Quarta, 08 Outubro 2025 06:52

CLIPPING AHPACEG 08/10/25

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás

https://www.aredacao.com.br/noticias/241680/tce-go-apura-denuncia-de-superlotacao-no-hospital-de-urgencias-de-goias

Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás

https://www.aredacao.com.br/noticias/241693/pesquisa-de-qualidade-pacientes-poderao-avaliar-servicos-de-saude-em-goias

Certificações e rankings: quando medir é também cuidar

https://www.saudebusiness.com/colunistas/certificacoes-e-rankings-quando-medir-e-tambem-cuidar/

Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços

https://www.saudebusiness.com/gestao/bionexo-adquire-brasindice-e-amplia-atuacao-em-inteligencia-de-precos/

Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos

https://medicinasa.com.br/qualidade-saude-brasileiros/

Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo

https://pn7.com.br/donas-de-clinica-em-goiania-sao-indiciadas-por-fraudes-em-atendimentos-a-criancas-com-autismo/

A REDAÇÃO

TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás

Órgão irá produzir relatório sobre o caso

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), por meio do Serviço de Fiscalização da Saúde, realizou nesta segunda-feira (6/10) uma visita técnica ao Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) para verificar as condições de internação e ocupação dos leitos na unidade, após denúncia de superlotação.

Acompanhada da diretora-Geral do Hospital, Fabiana Rolla, a equipe do TCE-GO percorreu as alas médicas e reuniu informações sobre o fluxo de atendimento dos pacientes.
 

Os auditores do Tribunal solicitaram, ainda, o encaminhamento de documentos complementares, a fim de subsidiar a elaboração do relatório final. Desde o ano passado, a gestão, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hugo estão a cargo da Sociedade Beneficente Albert Einstein, conforme Termo de Colaboração nº 54/2024, assinado pela entidade e Secretaria de Estado da Saúde (SES). 
 

Entre os achados preliminares da visita técnica desta segunda-feira, a discrepância entre o indicador Taxa de Ocupação utilizado pelo Complexo Regulador Estadual (taxa de ocupação instalada) e aquele utilizado pelo Hugo (taxa de ocupação operacional) pode estar relacionada à sobrecarga na ocupação.

Assim, uma vez que a realidade da unidade não corresponde àquela mapeada pela SES, os pacientes continuam sendo encaminhados mesmo diante da indisponibilidade de leitos. Os detalhes da visita técnica e a proposta de encaminhamentos para solucionar e mitigar os problemas identificados constarão no relatório final do TCE-GO. 

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Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás

Hospitais estaduais receberão notas 

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) - nas pessoas do conselheiro Sebastião Tejota, do secretário de Saúde, Rasível Santos, e do controlador-geral, Marcos Tadeu de Andrade, lançaram, nesta tereça-feira (7/10), uma iniciativa que permite ao usuário de hospitais estaduais avaliar a qualidade do serviço prestado.
A iniciativa consiste na disponibilização de questionários, via QR Code, nos prédios das unidades hospitalares para que os usuários avaliem a satisfação do atendimento recebido. O objetivo é mapear a qualidade dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos que administram as unidades e dar subsídios para o aprimoramento.
A ação também busca fortalecer o controle social e assegurar a participação do cidadão na tomada de decisões sobre assuntos públicos. Os dados coletados vão respeitar o anonimato dos participantes.

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SAÚDE BUSINESS

Certificações e rankings: quando medir é também cuidar

Funcionam como indicadores de segurança, qualidade e confiança na experiência do paciente.

Quando um paciente entra em um hospital, leva consigo não apenas um diagnóstico ou uma dor física, mas também expectativas: de ser ouvido, de ter segurança em cada etapa e de confiar que está no lugar certo. Eu, como médico, conheço bem esse momento e sei que, para quem está sob cuidados da equipe, segurança, qualidade e confiança são fundamentais.

É por isso que as certificações e os rankings hospitalares têm um papel que vai muito além do prestígio institucional. Eles funcionam como sinais de credibilidade, mostrando que aquele cuidado é guiado por padrões reconhecidos no mundo todo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 10 pacientes internados em países de média e alta renda sofre algum evento adverso evitável, sendo que metade poderia ser prevenida com protocolos adequados. Esse alerta me lembra todos os dias que não basta fazer o certo. É preciso medir, amparar e ajustar o que for necessário e a transparência é parte essencial da construção da confiança.

Esse movimento é reforçado por uma tendência global. O relatório Deloitte Global Health Care Outlook 2025 mostra que mais de 70% dos executivos de saúde ao redor do mundo têm como prioridade aumentar eficiência e produtividade, ao mesmo tempo em que buscam melhorar a experiência do paciente. Para mim, isso significa que cuidar bem exige inovação, mas também organização e muita disciplina.

Na América Latina, a IntelLat se tornou uma das metodologias mais respeitadas para avaliar hospitais. São analisados mais de mil indicadores, que incluem desfechos clínicos, governança, uso de tecnologia, experiência do paciente e sustentabilidade.

O ranking de 2025 trouxe exemplos de hospitais — públicos, privados e filantrópicos — que se destacaram em especialidades como cardiologia, oncologia e pediatria. Entre as instituições está a Rede Américas, que aparece com 16 de seus hospitais listados – um exemplo concreto de que aplicar esses critérios não é opcional, mas estratégico e assertivo. Esse reconhecimento representa a comprovação de que processos mais seguros, equipes preparadas e caminhos de melhoria contínua fazem diferença na jornada de cuidado.

As certificações nacionais e internacionais também cumprem esse papel de orientar e validar o cuidado. Selos como a Joint Commission International (JCI), a QMentum, a Quality Global Alliance e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) são chancelas que traduzem rigor técnico em impacto humano. Da mesma forma, reconhecimentos específicos para unidades de terapia intensiva — como o UTI Top Performer e o UTI Eficiente — mostram que é possível unir alta complexidade com eficiência e acolhimento.

Na pandemia, por exemplo, vimos de perto como a padronização do atendimento fez a diferença. Protocolos já estabelecidos por certificações ajudaram a dar respostas rápidas em um cenário de enorme pressão. Foi graças a esses padrões que conseguimos organizar fluxos de triagem, isolar casos suspeitos, treinar equipes de forma ágil e manter a segurança tanto dos profissionais quanto dos pacientes.

No fundo, rankings e certificações são como espelhos: refletem o que já se faz bem, mas também mostram onde precisamos melhorar. Para quem está do lado de fora, eles dão segurança. Para quem está dentro das unidades de saúde, oferecem motivação e responsabilidade. E para quem mais importa — o paciente —, significam mais do que números: representam histórias de vida preservadas, amores de famílias que voltam para se reunir em casa e a certeza de que a saúde pode, sim, ser vivida com confiança.

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Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços

Movimento reforça a estratégia da empresa de integrar dados e tecnologia para tornar o mercado de medicamentos e materiais hospitalares mais transparente e previsível.

A Bionexo anunciou a aquisição da Brasíndice, especializada em precificação de medicamentos e materiais hospitalares no Brasil. O movimento marca um novo passo na consolidação da empresa como uma das principais fornecedoras de dados e tecnologia para o setor de saúde. 

Criada em 1965, a Brasíndice é amplamente utilizada por hospitais, clínicas, farmácias e operadoras de saúde como parâmetro oficial de preços de mercado. A integração ao ecossistema digital da Bionexo deve modernizar a base de dados da publicação, incorporando automação e atualizações em tempo real por meio das capacidades em nuvem da companhia. 

A operação reforça a estratégia da Bionexo de ampliar sua atuação em inteligência de dados aplicada à gestão hospitalar. A empresa mantém, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), três indicadores públicos — o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), no Brasil e na Argentina, e o Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) — construídos a partir de metodologias auditáveis e milhões de transações registradas em sua plataforma. 

Segundo Solange Plebani, CEO da Bionexo, a incorporação da Brasíndice amplia a capacidade de análise e oferece mais previsibilidade ao setor. “A Brasíndice é uma referência histórica nas negociações entre prestadores e operadoras. Integrá-la ao nosso ecossistema permite desenvolver análises mais robustas, com transparência e inteligência de mercado”, afirma. 

Com 25 anos de operação, a Bionexo atua em cinco países da América Latina e movimentou mais de R$ 35 bilhões em transações em 2024. A empresa atende cerca de 9 mil instituições de saúde e mantém 30 mil fornecedores ativos.  

Para o CFO, Carlos Eduardo Baron, a aquisição está alinhada à estratégia de crescimento. “A união das bases da Bionexo e da Brasíndice reforça nosso papel como hub de dados estratégicos e consolida uma posição de liderança regional em tecnologia e gestão de saúde”, diz. 

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MEDICINA S/A

Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos

Em sete anos, o Brasil teve uma variação positiva de 15 p.p na avaliação sobre a qualidade da saúde: em 2018, 18% dos entrevistados a consideravam boa ou muito boa, porcentagem que passou para 34% em 2025, segundo a Ipsos. No entanto, o otimismo em relação a melhorias futuras na assistência médica variou negativamente de 61% (em 2018) para 57% neste ano e Brasil (43%), enquanto 80% acreditam que a população brasileira não pode arcar com uma boa assistência à saúde. Os dados são da sétima edição do Ipsos Health Service Report 2025 (Relatório sobre os Serviços de Saúde 2025), que monitora as percepções de 30 países sobre o sistema de saúde e os desafios de saúde que cada um deles enfrenta.

O relatório mostra que 3 em cada dez brasileiros (29%) acreditam que todos no país recebem o mesmo padrão de atendimento, indicando a percepção de disparidades no sistema de atendimento. No entanto, na mesma pergunta, em 2018, 18% concordavam com a afirmação, sinalizando uma melhora na percepção de desigualdades na saúde.

Entre os desafios nacionais mais apontados, em primeiro lugar estão longos tempos de espera (43%) e, em segundo lugar, a falta de investimentos (39%). A saúde mental continua sendo o maior problema de saúde em 18 países, incluindo o Brasil (citado por 52% dos entrevistados). Na sequência, estão câncer, estresse, obesidade e abuso de drogas.

A pesquisa identifica que o conhecimento sobre medicamentos GLP-1 (como Ozempic, Wegovy, Zepbound, Rybelsus ou Mounjaro) é muito alto no Brasil. Enquanto a média global é de 36%, no Brasil 58% declararam conhecer esse tipo de medicamento, indicado no controle do açúcar no sangue em diabéticos tipo 2 e na redução de peso em pacientes com obesidade e sobrepeso. A maioria (55%) dos brasileiros também acreditam que obesidade irá aumentar no país nos próximos 10 anos, seguindo a média global de 54%.

Globalmente, dos que ouviram falar a respeito de medicamentos GLP-1, a maioria tomou conhecimento por meio das mídias sociais (45%) e apenas 19% por meio de um profissional médico. No Brasil, a influência das redes é ainda maior, 54% tomaram conhecimento do medicamento pelas redes sociais.

A pesquisa também avaliou a confiança dos entrevistados nas vacinas: 70% dos brasileiros concordam que a vacinação contra doenças infecciosas graves deveria ser obrigatória (13% discordam), deixando o Brasil no top cinco de países com maior concordância com o tema.

Já 41% confiam que o sistema de saúde do Brasil oferece o melhor tratamento (em 2018, era 20%). Por outro lado, os brasileiros estão entre os que mais se automedicam, assumindo a terceira posição entre os países pesquisados: 73% declaram que no Brasil frequentemente as pessoas tomam medicamentos sem consultar um médico ou um profissional de saúde.

Saúde mental

Quando avaliada a maior preocupação de saúde dos brasileiros, a saúde mental, declarada por 52% dos entrevistados, aparece em primeiro lugar (em 2018 era 18%). Entre as mulheres são 60%, enquanto 44% dos homens a consideram o principal problema. Mesmo assim, saúde mental também é o problema de saúde mais citado por eles.

As diferenças entre Geração Z x Boomers no Brasil também são bem-marcadas. Enquanto a saúde mental é citada por 40% do Boomers, ela é mencionada por 60% da Gen Z. A menção do estresse como principal problema também acompanha essa tendência: 25% entre os Boomers x 37% entre a Gen Z.

O Brasil está na quinta posição entre os países que no ano passado as pessoas se sentiram estressadas a ponto de acharem que não conseguiam lidar com as situações: 31% dos entrevistados se sentiram dessa forma e 39% se sentiam assim várias vezes.

Metodologia

A Ipsos entrevistou um total de 23.172 adultos com 18 anos ou mais na Índia, de 18 a 74 anos no Canadá, República da Irlanda, Malásia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos, de 20 a 74 anos na Tailândia, de 21 a 74 anos na Indonésia e Singapura e de 16 a 74 anos em todos os outros países.

A amostra é composta por aproximadamente 1.000 indivíduos na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, Japão, Espanha, Turquia e EUA, e 500 indivíduos na Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Irlanda, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Tailândia. A amostra na Índia é composta por aproximadamente 2.200 indivíduos, dos quais aproximadamente 1.800 foram entrevistados pessoalmente e 400 foram entrevistados online. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.

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PORTAL PANORAMA

Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo

A Polícia Civil de Goiás indiciou as donas de uma clínica em Goiânia por estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. A investigação revelou um esquema de fraudes em atendimentos a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo o inquérito, as empresárias cobravam e registravam terapias que nunca ocorreram. Em alguns casos, os relatórios mostravam atendimentos enquanto os pacientes estavam internados em outros estados. As notas fiscais falsas eram enviadas à operadora de saúde como se os serviços tivessem sido realizados em Goiânia.

A apuração também identificou assinaturas falsificadas de profissionais de saúde e transferências via PIX para familiares de pacientes, usadas para disfarçar cobranças irregulares.

A Unimed Goiânia, responsável pela denúncia, afirmou que o maior prejuízo foi humano. O diretor de Provimento de Saúde, Francisco Albino Rebouças, lamentou os impactos do golpe.

“Mais do que o prejuízo financeiro, o maior dano recai sobre as crianças autistas e suas famílias. Esse tipo de fraude compromete a evolução clínica e a confiança das famílias”, afirmou.

O caso segue para o Poder Judiciário, que decidirá sobre as responsabilidades criminais das investigadas. A Unimed reforçou que mantém auditorias e processos internos para prevenir novas irregularidades e garantir atendimento ético e seguro aos beneficiários.

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Assessoria de Comunicação        

Terça, 07 Outubro 2025 06:38

CLIPPING AHPACEG 07/10/25

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros

https://portal.cfm.org.br/noticias/anvisa-desmente-cofen-prescricao-de-antibioticos-nao-pode-ser-feita-por-enfermeiros

País tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol

https://www.infomoney.com.br/brasil/brasil-tem-17-casos-confirmados-de-intoxicacao-por-metanol-e-200-em-investigacao/

Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia

https://www.aredacao.com.br/noticias/241616/cais-amendoeiras-deixa-de-atender-urgencias-e-emergencias-em-goiania

Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia

https://www.jornalopcao.com.br/saude/apos-1-mes-de-troca-de-oss-veja-como-esta-gestao-das-maternidades-de-goiania-753290/#google_vignette

Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina

https://medicinasa.com.br/telemonitoramento-reinternacoes/

Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade

https://www.saudebusiness.com/esg/hcor-elimina-uso-de-gas-anestesico-de-alto-impacto-ambiental-e-reduz-emissoes-pela-metade/

Seu próximo erro será fatal?

https://www.saudebusiness.com/colunistas/seu-proximo-erro-sera-fatal/

CFM

Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros

Ao contrário do que afirmou o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) no último dia 12 – que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria autorizado os enfermeiros a prescreverem antimicrobianos a pacientes -, esses profissionais, porém, não têm tal competência. A informação é da própria Anvisa, que comunicou o Conselho Federal de Medicina (CFM), por ofício, que o “documento (ao qual o Cofen se baseia) não foi assinado, e desta forma, não representa o posicionamento oficial da Anvisa com relação ao tema em questão”. A agência ainda afirma no ofício encaminhado ao CFM que “o assunto foge das competências regimentais da Anvisa”.

No começo de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino já havia decidido pela inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Distrital nº 7.530/2024, que permitia a prescrição de medicamentos por enfermeiros no Distrito Federal. A decisão foi tomada em julgamento ao Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.561.727 (Lei Distrital nº 7.530/2024).

Na ocasião, a Suprema Corte deixou claro que não há margem para interpretações ampliativas ou para atuação autônoma da categoria em matéria de prescrição. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) também já havia decidido pela inconstitucionalidade da lei em maio deste ano. Ao julgar o caso, a relatora destacou que a “norma distrital usurpou a competência privativa da União para legislar sobre condições para o exercício de profissões”.

Diagnóstico médico – Diante da informação da Anvisa e das decisões judiciais do STF e do TJDFT, não resta qualquer dúvida de que compete aos enfermeiros apenas a prerrogativa de disponibilizar medicamentos em programas de saúde pública e rotinas institucionais já estabelecidas e após diagnóstico médico, não tendo competência para prescrever antibióticos.

“A prescrição de medicamentos pressupõe a determinação de prognóstico relativo a diagnóstico nosológico, atividade que é de competência privativa do médico. Ao ampliar prescrições fora de protocolos e sem governança diagnóstica, o Cofen transfere aos sistemas de saúde o ônus de decisão administrativa que afronta a legislação do País e o Supremo Tribunal Federal”, avalia o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo.

Ele explica que, para doenças como sífilis, tuberculose e hanseníase, há protocolos seguros que estabelecem os medicamentos específicos, as dosagens e o tempo de tratamento a ser seguido pelos pacientes após diagnóstico médico. “O enfermeiro pode, somente nesses casos, disponibilizar o medicamento aos pacientes e em ambientes públicos de saúde”, diz.

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INFOMONEY

Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e 200 em investigação

A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento

Dados do Ministério da Saúde divulgados na noite desta segunda-feira, 6, informam que o País soma 17 casos de intoxicação por metanol confirmados e que outras 200 ocorrências são investigadas.

A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento. No Paraná, outro único Estado com casos confirmados, foram duas ocorrências positivas para intoxicação por metanol, e outras quatro estão em análise.

Outros 12 Estados também verificam possíveis intoxicações pela substância. São os casos do Acre (1 caso em investigação), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).

Na Bahia, no Distrito Federal e em Mato Grosso, os casos que estavam sendo apurados foram descartados.

Ao todo, 14 pessoas morreram e duas, ambas da capital paulista, tiveram a morte confirmada por intoxicação por metanol. As outras 12 mortes ainda são investigadas. Além de São Paulo, os Estados que também registraram óbitos suspeitos são: Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (3), Paraíba (1) e Ceará (3).

A intoxicação por metanol é grave, podendo levar à cegueira permanente e até ao óbito. A substância, incolor, pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustíveis, solventes e líquidos de limpeza.

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A REDAÇÃO

Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia

O Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Chácara do Governador, em Goiânia, recebeu, nesta segunda-feira (6/10), a visita técnica do Ministério da Saúde para habilitação como Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A mudança visa ampliar a qualidade do atendimento ofertado à população, por meio da captação de recursos federais para o custeio e manutenção da unidade. A mudança, no entanto, afeta diretamente o modelo de outro local, já que os atendimentos eletivos, que são agendados, serão transferidos para o Cais Amendoeiras, que deixa de atender urgências e emergências.

“A transformação do Chácara do Governador busca ampliar a resolutividade da nossa rede de urgências. A UPA tem estrutura adequada para estabilização dos pacientes e tratamento de grande parte das demandas de saúde da população, sem a necessidade de hospital”, explica o secretário municipal de saúde, Luiz Pellizzer. “A mudança facilita a possibilidade de cofinanciamento, parcerias e captação de recursos do governo federal”, diz Pellizzer.

Entre os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde para a habilitação como UPA, está a oferta exclusiva de atendimentos de urgência e emergência, que é a assistência imediata a pessoas com quadros que podem trazer complicações, dor ou sofrimento intenso e risco de vida. Por isso, a mudança afeta diretamente o modelo do Cais Amendoeiras.

“Os tratamentos especializados em gastroenterologia, urologia, dermatologia e imunologia passarão a ser oferecidos no Cais Amendoeiras, que deixa de realizar atendimentos de urgência e emergência”, destaca a superintendente de redes de atenção à Saúde da SMS, Camila Brum. “O perfil do Amendoeiras é alterado para concentrar serviços especializados, de forma eletiva. Serão  700 consultas com especialistas ofertadas mensalmente na unidade”, afirma.

“Os Cais têm estrutura híbrida, criada por iniciativa municipal ou estadual, sem padronização nacional e mesclam atividades ambulatoriais, serviços especializados e pronto-atendimento”, pontuou Luiz Pellizzer. “No entanto, esse modelo não está alinhado com a rede nacional de urgências, o que dificulta a implementação de protocolos integrados de regulação e transferência e o cofinanciamento das unidades”, explica Camila Brum.

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JORNAL OPÇÃO

Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia

Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012

Após mais de uma década sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), as maternidades municipais de Goiânia passaram por uma profunda reestruturação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) optou por substituir o modelo de gestão unificada por um sistema com três organizações sociais (OSs), cada uma especializada em um perfil de atendimento. A mudança, oficializada por meio de contrato emergencial, marca uma nova fase na prestação de serviços de saúde na capital.

Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012. Desde então, a fundação foi responsável pela administração da Maternidade Dona Íris, da Maternidade Nascer Cidadão e do Hospital e Maternidade Célia Câmara.

Segundo o assessor técnico da SMS, Dr. Frank Cardoso, a decisão de romper com a Fundahc foi motivada por recorrentes falhas na prestação dos serviços. “O serviço como era prestado anteriormente vinha passando por recorrentes interrupções, riscos de paralisação e fechamento de serviço”, afirmou.

Ele destacou que o atendimento chegou a ser interrompido até mesmo em situações de urgência. “O atendimento ambulatorial estava interrompido, chegou ao ponto de interromper o serviço de urgência e emergência por meio-dia, até que a gente conseguiu restabelecer enviando anestesista para dar continuidade”, disse.

Novo modelo

O novo contrato emergencial selecionou três OSs com perfis distintos para cada unidade:

Unidade de saúde Perfil de atendimento Nova gestora
Maternidade Dona Íris Alta complexidade Instituto Patris
Hospital e Maternidade Célia Câmara Perfil hospitalar robusto Sociedade Beneficente São José (SBSJ)
Maternidade Nascer Cidadão Baixa complexidade Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB)

“Saímos de uma entidade única que geria três perfis de unidade para uma entidade para cada unidade de saúde, capaz de atender aquele perfil pré-estabelecido”, explicou Dr. Cardoso.

Resultados do primeiro mês

Em apenas 30 dias de nova gestão, os números já mostram retomada significativa:

– 645 partos realizados

– Mais de 3.000 atendimentos de urgência e emergência

– Mais de 1.500 consultas e exames ambulatoriais

– Cerca de 700 internações

– Retomada das cirurgias eletivas nas áreas de ginecologia, mastologia e pediatria

“Começamos a ter o cuidado de atender a demanda da fila de cirurgia eletiva, cirurgia pra mamãe, cirurgia pra bebê, tanto do campo da ginecologia quanto da mastologia quanto da parte de pediatria”, detalhou.

Além disso, estão sendo implantados serviços como mamografias e exames citopatológicos, que estavam paralisados. “Estamos fazendo a inserção e implantação de DIU, mamografias e citopatológico nesse processo”, acrescentou.

Emergencial ao definitivo

O contrato emergencial tem validade de seis meses e foi baseado no edital anterior, o que limitou a possibilidade de ajustes. “No processo emergencial, nós obrigatoriamente temos que usar o material antigo. Então não podemos fazer um novo edital, um novo termo de referência, porque a ideia do emergencial é essa: poupar tempo pra conseguir fazer algo de emergência pra suprir uma necessidade que é urgente”, apontou.

A SMS já trabalha na elaboração de um novo edital com metas atualizadas, mecanismos de controle mais robustos e ampla concorrência. “Agora nós temos um mecanismo mais robusto pra acompanhar essas entregas. O acompanhamento de metas era muito delicado anteriormente”, concluiu Dr. Frank Cardoso.

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MEDICINA S/A

Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina

A taxa de reinternação de pacientes em cuidados de saúde mental caiu 11% em um intervalo de seis meses desde 2023, resultado do programa de telemonitoramento da Hapvida. A iniciativa acompanha, de forma remota, pacientes por pelo menos 90 dias após a alta hospitalar, com suporte contínuo de uma equipe multidisciplinar.

O acompanhamento da linha de cuidado é disparado nos momentos mais críticos do paciente. Nos atendimentos presenciais nos prontos atendimentos, a equipe médica geral pode acionar psiquiatras especialistas, via teleinterconsulta, para um diagnóstico e conduta ágil e eficaz. Após a alta, o paciente é contatado para dar início ao telemonitoramento. Nos casos em que há uma internação psiquiátrica integral, o serviço é ativado e contata o beneficiário tão logo a alta hospitalar ocorra.

“Nosso objetivo é garantir que o cuidado não termine com a alta hospitalar. O acompanhamento remoto permite identificar precocemente sinais de agravamento e reduzir as barreiras de acesso ao tratamento”, explica Adria Mara Cândido, diretora-executiva de Saúde Digital e Clínicas Médicas da Hapvida. Com isso, a necessidade de novas internações desses pacientes é reduzida.

Rotina de cuidados

O monitoramento é conduzido por uma equipe multidisciplinar, composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, que gerenciam o tratamento, desde a marcação das consultas até a verificação da adesão aos medicamentos.

Durante o programa, os pacientes têm acesso a consultas com psicólogos e com psiquiatras, realizadas por telefone ou videochamada. A equipe oferece ainda apoio em situações de crise e orientações sobre o uso correto da medicação. Caso o especialista avalie necessário, o prazo do acompanhamento pode ser ampliado. Todas as interações são registradas em prontuário eletrônico, assegurando o alinhamento entre os profissionais de saúde envolvidos e a segurança do paciente.

Saúde mental

O avanço de transtornos mentais é uma preocupação crescente. Segundo o relatório global “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo. A pesquisa também apontou que a preocupação com a saúde mental vem numa crescente desde a pandemia, citada por 18% dos participantes em 2018 e chegando a 54% em 2024. Diante desse cenário, a Hapvida vem atuando de maneira estratégica. Durante todo o ano de 2024, quando a linha de cuidado de saúde mental foi expandida para toda a rede de hospitais e prontos-socorros, foram realizados mais de 14.417 pareceres. Em 2025, o número já ultrapassou 14,5 mil avaliações até o início de setembro.

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SAÚDE BUSINESS

Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade

Substituição do óxido nitroso pode cortar em 50% as emissões diretas de gases de efeito estufa no Hcor.

O Hcor interrompeu o uso de óxido nitroso (NO) em seus procedimentos anestésicos, marcando uma das mudanças mais significativas em sua política ambiental recente. Embora amplamente utilizado em anestesias, o gás é um dos principais agentes de efeito estufa e também afeta a camada de ozônio.

A decisão faz parte de uma revisão mais ampla das práticas ESG do hospital, que já resultou em reduções no volume de resíduos por paciente-dia e no descarte em aterros sanitários. Com a nova medida, o Hcor projeta uma queda de cerca de 50% nas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) em um ano.

A retirada do gás não traz prejuízos clínicos, segundo Marcelo Gonçalves o líder médico do Centro Cirúrgico. “O óxido nitroso é apenas uma das substâncias usadas em anestesias. Outras opções, como o sevoflurano, já garantem o mesmo efeito de supressão temporária do sistema nervoso central, essencial para os procedimentos cirúrgicos”, explica.

Além do impacto ambiental reduzido, o sevoflurano tem uma vida atmosférica estimada em apenas um ano — contra 114 anos do NO. A substituição, afirma Gonçalves, mantém os protocolos de segurança dos pacientes e elimina um composto de alto potencial de aquecimento global.

A transição exigiu ajustes técnicos, como a desativação do sistema central de distribuição de óxido nitroso e a revisão dos protocolos anestésicos. “A mudança reflete uma decisão estratégica voltada à sustentabilidade, mas também à eficiência clínica e operacional”, afirma Julio Vieira, CEO do Hcor.

Para Gabriel Dalla Costa, diretor médico executivo da instituição, a iniciativa só foi possível com o engajamento das equipes médicas, técnicas e de suprimentos. “É uma transformação ambiental relevante, mas também um compromisso com a segurança e a sustentabilidade institucional”, avalia.

Reconhecimento internacional

Membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, o Hcor tem avançado em metas ambientais nos últimos anos. Em 2024, registrou redução de 3,93% na geração de resíduos por paciente-dia e de 8,10% no volume enviado a aterros sanitários — mesmo com o aumento de 4,31% no número de pacientes e de 7,7% nas cirurgias realizadas.

O desempenho rendeu reconhecimento do Pacto Global – Rede Brasil, no âmbito da iniciativa Ambição 2030, com o case “Redução de Resíduos Hospitalares como Estratégia para um Futuro Sustentável”, inscrito na categoria Gestão de Resíduos.

Em paralelo, o hospital também reduziu o consumo hídrico em 6,6% e o consumo de energia por paciente-dia em 12%, além de ampliar o volume de materiais reciclados e compostados. Em 2024, a comercialização de recicláveis gerou R$ 237 mil, revertidos para projetos gratuitos de saúde mantidos pela instituição.

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Seu próximo erro será fatal?

Erros na saúde revelam falhas sistêmicas de gestão e liderança — e mostram a urgência de fortalecer a cultura de segurança nas instituições.

Esse é o título de um livro muito interessante sobre falhas catastróficas em organizações. Escrito por Robert Mittelstaedt, um influente pensador norte-americano sobre administração de empresas, reitor emérito da WP Carey School of Business.

No livro, Mittelstaedt usa exemplos de grandes corporações, como o da Enron, do acidente com a plataforma de petróleo da Exxon, no Golfo do México, e do ônibus espacial Colúmbia, que explodiu poucos segundos após o lançamento.

Na saúde, estima-se que ocorra um erro fatal a cada 11 minutos, segundo publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2018, foram estimadas cerca de 55 mil mortes por ano relacionadas a eventos adversos associados à prestação do cuidado; desses, mais de 87%, ou seja, 48 mil, seriam evitáveis.

Enquanto as falhas fatais de Mittelstaedt destroem as organizações e, em alguns casos, também com fatalidades, na saúde vivemos uma epidemia de mortes associadas a erros. E não se trata de um problema brasileiro. Estudo de 2016 da Universidade Johns Hoplkins, dos EUA, publicado no BMJ, uma das principais publicações científicas do mundo sobre saúde, estima em 250 mil o número de mortes associadas a falhas na prestação do cuidado, tornando-se a terceira principal causa de morte nos EUA.

Mas por que erros acontecem? Estudiosos têm perspectivas distintas ao lidar com falhas, mas todos convergem para pontos centrais similares ao se pensar em contramedidas.

Amy Edmondson, professora da Universidade de Harvard e especialista em segurança psicológica, divide os erros em três tipos: evitáveis em processos previsíveis, inevitáveis em processos complexos/incertos ou erros de experimentação.

Os “erros evitáveis em operações previsíveis” envolvem um desvio involuntário de uma especificação. Eles ocorrem, por exemplo, por falta de capacidade de pessoas não qualificadas ou sem o devido treinamento, por processos inadequados ou por tarefas acima da capacidade funcional de quem as executa. Falhas assim são tratadas com ações de melhorias e/ou redesenhos de processos.

Já os “erros inevitáveis em processos complexos/incertos” envolvem trabalhos formados por muitos elementos. Por exemplo, uma cirurgia de emergência em um diabético com exames mal controlados ou em uso de anticoagulante. Assim, pode provocar algum tipo de interação inédita e uma falha imprevisível.

Esse tipo de erro está relacionado à falta de clareza sobre os eventos futuros, nos quais decisões aparentemente sensatas produzem resultados indesejados – como no caso do uso de respiradores mecânicos no início da pandemia de Covid-19, ajustado em seguida para um tratamento menos invasivo, evitando lesões pulmonares irreversíveis.

Ambientes complexos, onde ocorre esse tipo de falha, precisam constantemente de acompanhamentos e realinhamentos de rotas. São os grandes desafios dos sistemas hospitalares. Porém, muito pode ser feito para reduzir a exposição a esse tipo de falha.

Por exemplo, trabalhar para a redução dos “erros evitáveis em operações previsíveis”. Isso, por si só, já limita a incidência de “erros inevitáveis em processos complexos/incertos”. É que sem isso, em pouco tempo, a interação entre falhas evitáveis induz a ocorrência de erros complexos, imprevisíveis e incontroláveis.

Por fim, há o terceiro tipo de falha, ou seja, os “erros de experimentação”, que estão relacionados aos processos de aprendizagem. Eles ocorrem, por exemplo, em testes para avaliar a validade de uma hipótese ou em experimentos inovadores que produzem também efeitos indesejados. Atualmente, há uma grande regulamentação no sistema de saúde para tratar de experimentos de novas drogas e procedimentos; mesmo assim, efeitos inesperados são frequentes.

Talvez a mais impactante droga da oncologia moderna, responsável por mudar o curso natural do câncer de mama, o tamoxifeno iniciou sua trajetória de estudos como anticoncepcional em animais de laboratório. Ao ser testado em humanos, o efeito foi o contrário, gerando um aumento de fertilidade, e a droga foi quase abandonada ainda nos anos 60.

Arthur Walpole resolveu testar o potencial antiestrogênico em casos de câncer de mama em animais e, anos depois, com estudos de outro pesquisador, V. Craig Jordan, o tamoxifeno foi aprovado para o tratamento do câncer metastático de mama em 1978. Hoje é usada até mesmo para prevenção do câncer de mama.

Mittelstaedt enxerga erros sob uma perspectiva temporal: não há um único evento que leve à catástrofe, uma única falha fatal, mas uma sequência crescente de erros, falhas sequenciais, que levam ao erro fatal. Essas falhas se relacionam com três problemas típicos das organizações de saúde:

Falta de comunicação: a omissão de informações críticas, mesmo que de forma involuntária, acaba induzindo ao erro, especialmente a omissão em informar sobre medicamentos de alto risco, como insulina, anticoagulantes, opioides ou cloreto de potássio.

O excesso de informação também induz ao mesmo tipo de problema, por exemplo, a fadiga de alarmes dentro de UTIs: as pessoas podem, por fim, ignorar, mudar os ajustes ou simplesmente silenciar alarmes insistentes dentro de unidades de cuidado.

Decisões apressadas ou enviesadas: há na medicina moderna um caso catastrófico exemplificando o problema do viés cultural e a pressa em decidir. Há estudos demonstrando o maior índice de apendicite perfurada e suas complicações em jovens negros quando comparados a jovens brancos. Profissionais atendendo jovens negros demoram mais para solicitar exames ou procedimentos mais invasivos, tratando apenas como uma dor abdominal comum.

Ainda assim, esses jovens recebem menos analgésicos que jovens brancos em geral. É um viés cultural do prestador de serviço que impacta de forma relevante e desigual o desfecho do cuidado, com 33% mais chance de apendicite perfurada em jovens e crianças negras do que brancas e as complicações tardias associadas a esse tratamento desigual.

Cultura da complacência e da subestimação de pequenos problemas: tolerar pequenos erros ou subestimá-los pode também ser catastrófico. Incidentes isolados ou quase erros de pequeno impacto podem, na verdade, “cascatear” e levar eventos catastróficos.

São inúmeros os relatos de eventos pós-operatórios, como dor discreta ou febre baixa, que são, inicialmente, considerados de baixo impacto, mas que se desdobram em quadros graves de sepse e morte.

Tanto Edmondson quanto Mittelstaedt entendem que o remédio para a maioria desses problemas está na capacidade de se comunicar melhor e tratar abertamente de problemas, usando técnicas estruturadas para análise e gestão dos riscos. Mais que isso, os dois consideram que líderes que se comportam de forma humilde, reconhecendo suas próprias limitações e vieses culturais e conseguem administrar melhor os problemas de segurança, equidade e riscos em operações sob suas responsabilidades.

Organizações que lidam bem com erros estão mais atentas a essas falhas na operação. Tornar os erros e riscos visíveis aumenta a chance de reconhecimento e prevenção precoce. É necessário aceitar que cometer falhas é da natureza humana. E que há tipos diferentes de erros e métodos possíveis de mitigá-los. No entanto, isso demanda uma postura proativa da liderança.

Exige que o líder fale abertamente sobre falhas, sobre condições de vulnerabilidade e iniquidade, e estude suas causas dentro de um ambiente psicologicamente seguro para que todos possam falar sobre isso. A segurança psicológica é a forma mais consistente de tornar o ambiente de trabalho mais seguro para profissionais e pacientes.

Para que o próximo erro fatal não aconteça, é preciso falar aberta e humildemente sobre a última falha. E ter em mente o pensamento do Dr. W. E. Deming, estatístico e pioneiro da melhoria contínua da qualidade: 94% dos erros são provocados pelo sistema e não pelos indivíduos. Uma pessoa boa será sempre derrotada por um sistema ruim.

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Assessoria de Comunicação        

mulher com visao frontal usando roupas de protecao no hospital

A Ahpaceg reforça a importância da participação das instituições hospitalares associadas na Avaliação Nacional da Cultura de Segurança do Paciente, conduzida pela Anvisa, em parceria com o Grupo de Pesquisa QualiSaúde da UFRN.

 

A iniciativa, realizada por meio do E-Questionário de Cultura de Segurança Hospitalar, oferece aos hospitais uma oportunidade estratégica para avaliar e fortalecer suas práticas de segurança, identificando fragilidades e direcionando ações de melhoria contínua.

 

Entre os benefícios da participação estão:

Diagnóstico do nível atual da cultura de segurança do paciente;

Identificação de riscos e condições organizacionais que impactam o cuidado;

Possibilidade de benchmarking com outras instituições;

Acompanhamento da evolução das práticas ao longo do tempo.

 

A pesquisa é voluntária e os resultados servirão como base para aprimorar a qualidade assistencial e a segurança nos serviços hospitalares.

️ O prazo para participação encerra-se em 31 de dezembro de 2025.

 

Para mais informações, acesse https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/seguranca-do-paciente/cultura-de-seguranca-do-paciente-2

Segunda, 06 Outubro 2025 06:56

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/10/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-10/brasil-tem-209-casos-suspeitos-de-intoxicacao-por-metanol

Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/goias-recebe-alcool-etilico-injetavel-como-antidoto-para-intoxicacao-por-metanol-752902/

Saiba qual é o maior hospital do Brasil

https://www.jornalopcao.com.br/brasil/maior-hospital-do-brasil-funciona-como-metropole-com-mais-de-2-mil-leitos-e-20-mil-funcionarios-752906/

Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama

https://www.aredacao.com.br/noticias/241476/startup-goiana-desenvolve-tecnologia-com-ia-para-cirurgias-de-cancer-de-mama

Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024

https://medicinasa.com.br/ataque-saude-prejuizos/

Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde

https://www.saudebusiness.com/eventos-3/healthcare-innovation-show/entenda-as-novas-regras-do-stf-para-judicializacao-da-saude/

AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol

O Brasil tem 209 casos em investigação de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste domingo (5).

Em todo o país, são 16 casos confirmados - 14 em São Paulo e 2 no Paraná.  As informações são enviadas pelos estados e consolidadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS). 

O estado de São Paulo responde pela maioria das notificações, com 14 casos confirmados e 178 em investigação.

Ao todo, 13 estados tem casos notificados - Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os estados da Bahia e do Espírito Santo tiveram os casos registrados descartados. Já o Ceará notificou o primeiro caso suspeito.  

Até o momento, o país tem 15 registros de óbitos, com duas mortes confirmadas no estado de São Paulo. As demais mortes (13) estão em investigação.

7, em São Paulo,

3, em Pernambuco,

1, no Mato Grosso do Sul,

1, em Paraíba,

1, no Ceará.

 As informações consideram os registros enviados pelos estados até as 16h deste domingo (5) e estão sujeitas a atualizações locais.

Antídoto

O Ministério da Saúde informou também que iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, aos estados que formalizaram pedido de reforço de estoque.

Nesta primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas a cinco estados:

240 para Pernambuco,

100 para o Paraná,

90 para a Bahia,

90 para o Distrito Federal,

60 para Mato Grosso do Sul.

As unidades distribuídas fazem parte das 4,3 mil ampolas entregues aos estoques dos Sistema Único de Saúde (SUS) pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Emergência 

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, busque imediatamente os serviços de emergência médica e contate pelo menos uma das instituições a seguir:

Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;

CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui); 

Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.

A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso

Diante dos recentes casos de intoxicação por metanol registrados em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que o Ministério da Saúde publicou, neste domingo, 5, a Nota Informativa nº 27/2025-CGAFME/DAF/SECTICS/MS. O documento estabelece o fluxo de distribuição do álcool etílico 99,5% (solução injetável em ampola), utilizado como antídoto em casos de envenenamento pelo composto químico.

Conforme a SES, o envio do medicamento será feito apenas mediante demanda específica — ou seja, após a notificação de um caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso, de acordo com a disponibilidade do produto.

A SES-GO informou ainda que, de forma emergencial, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (CIATox-GO) retirou 27 ampolas de álcool etílico absoluto estéril disponíveis no Hospital das Clínicas da UFG, na tarde de sexta-feira (3/10), para atender imediatamente pacientes internados em Formosa e Uruaçu.

A pasta já havia comunicou o registro de três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado, envolvendo duas mulheres e um homem. Segundo a SES, dois dos pacientes apresentam quadro grave, estão internados em UTI e necessitam de hemodiálise.

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Saiba qual é o maior hospital do Brasil

Complexo hospitalar do HC-FMUSP abriga institutos especializados, como InCor e ICESP

Com mais de 20 mil profissionais e uma estrutura que abriga até 2.500 leitos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), em São Paulo, é o maior e mais complexo centro hospitalar do Brasil, e um dos maiores da América Latina. Funcionando como uma verdadeira cidade dentro da capital paulista, o HC se destaca não apenas pelo tamanho, mas também pela excelência em ensino, pesquisa e atendimento à população.

Idealizado em 1915, o hospital nasceu da necessidade de oferecer à recém-criada Faculdade de Medicina da USP um hospital-escola moderno e de referência. O projeto começou a ganhar forma com o apoio da Fundação Rockefeller, responsável por financiar parte da estrutura e dos equipamentos.

As obras tiveram início em 1938, e, apenas seis anos depois, em 1944, o Hospital das Clínicas foi inaugurado oficialmente, marcando o início de uma nova era para a saúde pública e a formação médica no país.

Diferente de um hospital convencional, o HC não se limita a um único prédio. Trata-se de um complexo de institutos especializados, interligados por corredores, passagens e áreas de apoio, que funcionam de forma integrada.

Entre as unidades de maior destaque estão o Instituto do Coração (InCor), o Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) e o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), cada um com equipes, laboratórios e infraestrutura próprios. 

Atualmente, o Hospital das Clínicas mobiliza diariamente entre 2.200 e 2.500 leitos, além de realizar milhões de atendimentos por ano. Suas atividades abrangem desde consultas ambulatoriais e cirurgias até casos de emergência e tratamentos de alta especialidade.

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A REDAÇÃO

Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama

Iniciativa tem apoio do Governo de Goiás 

Batizado de OBNext, o equipamento portátil desenvolvido pela healthtech goiana GONexter une inteligência artificial e fluorescência por imagem para revolucionar as cirurgias de câncer de mama — e, futuramente, de outros tipos de neoplasias. O Governo de Goiás tem apoiado a iniciativa por meio do Programa Centelha, executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). O dispositivo permite analisar margens cirúrgicas em tempo real, no próprio centro cirúrgico, garantindo maior precisão, rapidez e confiabilidade ao procedimento.
“O fármaco é um marcador tumoral fluorescente. Com o OBNext conseguimos gerar um gêmeo digital da peça retirada e colorir, em verde, a parte livre de doença e, em vermelho, as áreas comprometidas, indicando ao cirurgião onde deve ampliar a ressecção”, explica o médico nuclear Antônio César Pereira, um dos fundadores da startup. Ele lembra que, hoje, mais de 90% dos hospitais dependem de laboratórios externos para esse tipo de análise, o que retarda o processo e aumenta os custos.

Origem em Goiás

Criada em Anápolis, a GONexter nasceu da união de expertises complementares: Antônio César Pereira, médico com experiência em cirurgias radioguiadas; Kleber Mundim, físico matemático especialista em IA; e Sérgio Hirase, executivo de TI e plataformas em nuvem. A proposta conquistou apoio no Programa Centelha 2, executado pela Fapeg.

“A empresa só existe graças ao Centelha. O apoio inicial com capacitações, networking e fomento foi fundamental para transformar um sonho em realidade. O programa cumpre o que promete: impulsiona a inovação e prepara Goiás para um futuro cada vez mais tecnológico”, afirma Antônio César Pereira.

Impacto

A tecnologia busca eliminar a dependência de análises externas feitas por patologistas — em muitos casos, com logística precária e envio de amostras por motoboys. Além de reduzir tempo e custos, a solução deve ampliar o acesso a cirurgias oncológicas de alta precisão em cidades de pequeno e médio porte.

Expectativa

O OBNext está em fase de validações clínicas e aguarda aprovação da Anvisa. A expectativa é disponibilizar o equipamento em breve para hospitais, operadoras de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil e no exterior. A startup já acumula parcerias com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), com apoio da Embrapii/Sebrae, além de colaboração com a goiana Ziontech para produção e comercialização. Outro avanço é o trabalho conjunto com a Universidade Estadual de Goiás (UEG) no desenvolvimento de novos fármacos marcadores tumorais com inteligência artificial.

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MEDICINA S/A

Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024

Netwrix, provedora de cybersecurity representada no Brasil pela Aiqon, divulgou novas descobertas de seu Relatório de Tendências de Segurança Cibernética para 2025. Esta análise revela que o setor de saúde está sofrendo com o aumento das perdas causadas por ataques cibernéticos. O relatório constatou que quase metade (48%) das organizações de saúde sofreram pelo menos um incidente de cybersecurity no último ano. Os resultados sobre saúde são baseados em uma pesquisa global da Netwrix com 2.150 profissionais de TI e segurança de 121 países, incluindo o Brasil.

Em muitos casos, o custo foi severo: a proporção de entrevistados do setor de saúde que relataram perdas acima de US$ 200.000 (cerca de 1 milhão de reais) quase quadruplicou em relação ao ano anterior, passando de 5% em 2024 para 19% na pesquisa de 2025. As perdas acima de US$ 500.000 (mais de 2,5 milhões de reais) também aumentaram, passando de 2% das perdas relatadas no ano passado para 12% neste ano. Em comparação com o estudo da Netwrix sobre todas as verticais de negócios, nos outros setores apenas 13% relataram perdas acima de US$ 200.000 e 6% acima de US$ 500.000.

“O setor de saúde está sendo mais afetado do que outros setores porque os invasores sabem que os registros dos pacientes têm alto valor e as operações não podem sofrer interrupções. Esses ataques geralmente começam com credenciais comprometidas. É por isso que a identidade deve ser a primeira linha de defesa para os dados dos pacientes”, observa Grady Summers, diretor executivo da Netwrix.

Phishing, ransomware e comprometimento de contas de usuário foram os tipos de ataque mais comuns relatados — frequentemente esses ataques começam com credenciais roubadas. Quase um terço dos entrevistados (31%) disse que suas organizações tiveram incidentes envolvendo contas de usuário ou administrador comprometidas.

A pesquisa de 2025 investigou o impacto da IA sobre o setor de saúde pela primeira vez. Mais de um terço dos profissionais de TI e segurança (37%) disseram que as ameaças impulsionadas por IA já os forçaram a fortalecer as defesas, mostrando a rapidez com que os adversários estão adotando a IA para potencializar o phishing e o comprometimento de contas privilegiadas. Mesmo com um maior investimento em defesas, as descobertas do estudo sugerem que os invasores — especialmente aqueles que usam IA — estão evoluindo mais rápido do que muitos defensores conseguem se adaptar.

“Os invasores estão se movendo mais rápido do que os defensores, e a IA está ampliando essa distância. Fechar essa lacuna requer resiliência baseada em uma abordagem que prioriza a identidade e protege tanto as contas quanto os dados confidenciais aos quais elas têm acesso”, recomenda Jeff Warren, diretor de produtos da Netwrix.

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SAÚDE BUSINESS

Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde

No HIS 2025, especialista explica como os novos critérios do STF impactam a cobertura de saúde suplementar fora do rol da ANS.

judicialização da saúde no Brasil está ganhando novos contornos com decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelecem critérios mais rigorosos para o fornecimento de medicamentos e tecnologias não incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A análise foi apresentada por Renata Rothbarth, sócia da Machado Meyer Advogados, no palco Saúde Privada durante o HIS – Healthcare Innovation Show 2025

Segundo Rothbarth, os julgamentos ocorridos em setembro de 2024 e setembro de 2025 representam uma mudança de paradigma. “A judicialização do que não está incorporado no SUS só pode ser fornecida em caráter excepcional, não é a regra e sim a exceção”, afirmou. Essa nova diretriz rompe com a interpretação ampla do direito à saúde que prevalecia até então. 

Seis requisitos para acesso judicial a medicamentos 

O chamado Tema 6, relatado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, estabelece seis requisitos cumulativos que devem ser comprovados pelo autor da ação para obter judicialmente um medicamento não incorporado ao SUS. Entre eles estão:  

Negativa administrativa de acesso; 

Ilegalidade ou omissão da Conitec; 

Ausência de substituição terapêutica; 

Comprovação de eficácia com evidência científica de alto nível; 

Imprescindibilidade clínica; 

Incapacidade financeira do paciente. 

Rothbarth alerta para os impactos dessa nova exigência: “Pode ser que a gente deixe de conceder medicamentos que cumprem todos os cinco requisitos, mas não cumprem o sexto por razões que fogem ao controle do paciente, da agência, da própria indústria ou qualquer outra entidade”. 

Taxatividade mitigada no rol da ANS 

Já o julgamento da ADI 7265, ocorrido em setembro de 2025, trouxe à tona a discussão sobre a natureza do rol da ANS. O STF definiu que o rol tem caráter de “taxatividade mitigada”, ou seja, tecnologias não listadas podem ser cobertas desde que cumpram cinco requisitos específicos. A decisão impacta diretamente as operadoras de planos de saúde, que agora devem considerar esses critérios antes de negar cobertura. 

Os cinco requisitos definidos pela ADI 7265 são: 

Existência de prescrição médica ou odontológica; 

Inexistência de negativa da ANS ou pendência de avaliação de incorporação; 

Ausência de alternativa terapêutica disponível no rol da ANS; 

Comprovação de eficácia, qualidade e segurança com evidência científica de alto nível; 

Existência de registro na Anvisa, quando aplicável. 

“Os cinco requisitos são limitadores no sentido de que passamos a criar um padrão do que precisa ser analisado tanto pelas operadoras quanto pelos juízes”, explicou Rothbarth. Ela também destacou que, diferentemente do tema 6, a ADI 7265 permite a inversão do ônus da prova, cabendo às operadoras justificar a negativa de cobertura. 

Dados revelam complexidade do cenário 

O mapeamento realizado pelo escritório mostra que, após a aplicação dos novos critérios, houve uma taxa de interrupção de tratamentos já concedidos entre 18% e 20%. Além disso, cerca de 70% dos medicamentos judicializados custam menos de mil reais, e 45% dos processos envolvem tecnologias já incorporadas ao SUS. 

“Será que o problema da judicialização é efetivamente o que está fora do rol ou será que o que a gente incorporou no rol não está sendo comprado, não está sendo disponibilizado?”, questiona Rothbarth, apontando para falhas operacionais que obrigam o paciente a recorrer à Justiça para obter acesso ao que já deveria estar disponível. 

Futuro incerto e necessidade de dados 

Apesar dos avanços, Rothbarth acredita que os novos critérios não resolverão o problema da judicialização. “A gente ainda vai ter um alto grau de subjetividade em relação a determinados critérios”, afirmou. Ela defende que o debate seja pautado por dados concretos e não por estigmas. “Não é sobre o paciente que pede um Uno e quer levar uma Ferrari. É sobre entender se todos estão cumprindo seu papel e onde estão os pain points do sistema.” 

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Assessoria de Comunicação        

Sexta, 03 Outubro 2025 06:58

CLIPPING AHPACEG 03/10/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministério da Saúde recomenda que população evite bebida destilada

https://www.aredacao.com.br/noticias/241391/ministerio-da-saude-recomenda-que-populacao-evite-bebida-destilada

Justiça Federal suspende eleição dos conselhos regionais de odontologia em todo o Brasil

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/justica-federal-suspende-eleicao-dos-conselhos-regionais-de-odontologia-de-todo-o-brasil-751984/

Paciente se revolta ao encontrar corpo sobre maca em unidade de saúde de Goiânia

https://www.jornalopcao.com.br/saude/paciente-se-revolta-ao-encontrar-corpo-sobre-maca-em-unidade-de-saude-de-goiania-video-751955/

Inteligência artificial redefine prioridades de investimento na saúde 

https://www.saudebusiness.com/eventos-3/healthcare-innovation-show/inteligencia-artificial-redefine-prioridades-de-investimento-na-saude/

Proposta amplia cobertura de planos de saúde para emergências na gestação

https://medicinasa.com.br/cobertura-planos-gestacao/

Cuidado com idosos vira negócio bilionário no Brasil

https://ohoje.com/2025/10/03/cuidado-com-idosos-vira-negocio-bilionario-no-brasil/

Congresso debate IA na saúde e desafios do setor hospitalar

https://www.gazetadopovo.com.br/parana/congresso-fehospar-discute-inovacao-sustentabilidade/

A REDAÇÃO

Ministério da Saúde recomenda que população evite bebida destilada

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou, nesta quinta-feira (2/10), que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas destiladas. Até o momento, o Brasil tem 59 casos notificados de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica, sendo 11 confirmados. "Na condição de ministro e como médico, a recomendação é que se evite ingerir produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem. Não estamos falando de um produto essencial para a vida das pessoas", recomendou Padilha. " Não faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo."

O ministro reforçou que a recomendação é sobre bebidas destiladas. Ele explicou que no caso da cerveja, por exemplo, é mais difícil adulterar pelas características da bebida, como gás, tampa descartável, entre outros. "Já tivemos casos de intoxicação em cerveja quando teve uma falha na produção", disse.

Agora, são 53 casos em São Paulo, 5 em Pernambuco e 1 no Distrito Federal. Até o momento, 1 óbito foi confirmado em São Paulo. Sete mortes estão em investigação: duas em Pernambuco (João Alfredo e Lajedo) e cinco em São Paulo (dois em São Bernardo do Campo e três na capital).

Padilha anunciou que o Ministério da Saúde vai ampliar os estoques do etanol farmacêutico, usado para tratar os pacientes, por meio da compra de 4.300 ampolas do insumo. A pasta vai adquirir ainda 5 mil tratamentos (que incluem 30 ampolas cada um).

O Ministério da Saúde pediu à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol, um outro antídoto utilizado em casos mais graves e que não tem registro no Brasil.

Além disso, a pasta manifestou a intenção de compra de até 1000 tratamentos para constituir estoque no País. Diante do aumento de casos considerados "fora do padrão", a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai oficiar dez agências reguladoras de referência ao redor do mundo para que elas acionem produtores de fomepizol. 

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JORNAL OPÇÃO

Justiça Federal suspende eleição dos conselhos regionais de odontologia em todo o Brasil

Conforme apurado com exclusividade pelo Jornal Opção, o pleito eleitoral, que teria início à meia-noite nos estados para a escolha dos novos presidentes dos conselhos, foi suspenso após suspeita de corrupção e fraude no processo

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) suspendeu, na noite desta quinta-feira, 2, a eleição dos conselhos regionais de odontologia de quase todos os estados do Brasil.

Estão mantidas somente as eleições dos estados do Amapá, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Roraima e Pará, onde o pleito será presencial.

Conforme apurado com exclusividade pelo Jornal Opção, o pleito eleitoral, que teria início virtualmente à meia-noite nos estados para a escolha dos novos presidentes dos conselhos, foi suspenso após suspeita de corrupção e fraude no processo.

“O conjunto probatório juntado aos autos, em consonância com os normativos legais que regulam a atuação do CFO, recomendam, com propósito cautelar e preventivo, a interrupção do processo eletivo em curso, com eleição prevista para 03/10/2025, uma vez que a indicação de ilicitude administrativa praticada por esse Conselho se refere,principalmente, à irregularidades no processo eletivo anterior e em atos administrativos praticados sob a atual gestão”, afirma o desembargador federal Gustavo Soares Amorim em sua decisão.

À reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO), Renerson dos Santos, disse ainda não ter sido notificado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), entidade responsável pela realização das eleições em todo o país.

No entanto, Santos confirmou que o pleito em Goiás, que teria início em poucas horas, não deve mais acontecer.

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Paciente se revolta ao encontrar corpo sobre maca em unidade de saúde de Goiânia

A gravação mostra o homem exigindo uma solução imediata e ameaçando procurar a delegacia diante da falta de atendimento adequado

Um episódio chocante registrado no Cais Vila Nova, em Goiânia, gerou, nesta quarta-feira, 1, revolta e viralizou nas redes sociais. Nelson Afonso Ferreira, que buscava atendimento urgente para sua filha, se deparou com uma situação inesperada: a ausência de macas disponíveis na unidade. Segundo ele, a única maca que poderia ser utilizada estava ocupada por um corpo.

Em vídeo gravado no local, Nelson expressa sua frustração. “Eu pedindo, pelo amor de Deus, uma maca ou uma cadeira para eu tirar um paciente do meu carro… Eles me informam que tem um óbito aqui em cima e que eu deveria usar essa maca. Será que eu tiro um corpo de uma pessoa dessa para eu usar a maca?”, questiona.

A gravação mostra o homem exigindo uma solução imediata e ameaçando procurar a delegacia diante da falta de atendimento adequado.

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou que, no momento da chegada da paciente, todas as macas estavam ocupadas. Um dos pacientes internados havia falecido, e o corpo permanecia sobre uma das macas até a conclusão dos procedimentos para encaminhamento ao morgue da unidade.

A SMS também garantiu que o Cais Vila Nova está abastecido com medicamentos e insumos essenciais, e se comprometeu a verificar possíveis falhas pontuais no fornecimento de materiais, caso sejam informados pela produção.

A cena gerou comoção entre internautas e reacendeu o debate sobre a qualidade da saúde pública em Goiânia. Nelson, visivelmente abalado, cobrou responsabilidade e respeito diante da situação enfrentada.

Nota da Secretária ao Jornal Opção

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que no momento da chegada da paciente, todas as macas da unidade de saúde estavam ocupadas. Um dos pacientes que estavam em internação foi a óbito, e o corpo estava em uma das macas até a finalização dos procedimentos necessários para o trânsito até o morgue da unidade. A SMS ressalta que o Cais Vila Nova está abastecido com medicamentos e insumos essenciais para a assistência à saúde e que a pasta pode verificar se há falhas pontuais no fornecimento de materiais específicos caso a produção envie os nomes dos materiais.

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SAÚDE BUSINESS

Inteligência artificial redefine prioridades de investimento na saúde 

Com escassez de profissionais e pressão orçamentária, IA ganha escala e se consolida como eixo estratégico para produtividade, sustentabilidade e inovação no setor.

A inteligência artificial deixou de ser promessa para se tornar protagonista nos investimentos em saúde. Esse foi o diagnóstico de Everton Santos, vice-presidente Internacional da KLAS Research, ao apresentar, no segundo dia do Healthcare Innovation Show (HIS), uma radiografia global sobre a transformação digital do setor. 

Na palestra “Do PEP à Inteligência Artificial: Como as novas apostas em TI estão redefinindo a saúde global”, o executivo mostrou que o setor vive uma mudança de paradigma. Depois de anos em que o prontuário eletrônico do paciente (PEP) era prioridade de investimento, a inteligência artificial (IA) e o analytics assumiram a dianteira. 

O movimento é claro: em 2023, apenas 29% das instituições projetavam algum investimento em IA, em grande parte ainda em fase piloto, segundo dados globais levantados pela KLAS. Em 2025, Santos explicou que esse percentual saltou para 54%, já com projetos comerciais em larga escala — uma curva de crescimento que deve se intensificar nos próximos anos. 

O que está acelerando a adoção da IA 

Everton destacou três forças principais que explicam a rápida adesão à IA: a escassez de mão de obra; a pressão orçamentária sobre os gestores e o burnout das equipes médicas. Nesse contexto, a inteligência artificial surge como aliada para aliviar gargalos de produtividade, automatizar processos e apoiar decisões clínicas. 

Entre os casos de uso mais promissores apresentados, estão: 

Transcrição inteligente de consultas (ambient speech) – automatiza o registro clínico e devolve tempo ao médico, o que aumenta a produtividade e reduz o risco de esgotamento;  

Triagem de imagens radiológicas – uma das aplicações mais avançadas e com impacto direto na precisão diagnóstica;  

Otimização do ciclo de receitas – algoritmos ajudam a reduzir glosas e perdas financeiras em hospitais privados. 

A base da transformação

Apesar do entusiasmo, Santos reforçou que não há IA eficaz sem dados limpos e estruturados. O PEP continua sendo o “coração” da transformação digital, fornecendo a base para análises preditivas e suporte clínico. 

Para que isso seja viável, três frentes precisam avançar em paralelo de acordo:  

Modernização da infraestrutura hospitalar – ainda defasada em muitas regiões; 

Cibersegurança – frente ao aumento de ataques que colocam vidas e operações em risco; 

Interoperabilidade – para garantir integração de dados entre sistemas distintos e potencializar os projetos de IA. 

Outro ponto de atenção é a adoção de soluções em nuvem, que cresce de forma gradual, apesar das resistências ligadas à segurança da informação. 

Os desafios do Brasil e da América Latina 

Na América Latina, o PEP ainda concentra boa parte dos investimentos, mas a expectativa é que a IA ultrapasse esse patamar em dois a três anos. No Brasil, a fragmentação entre operadoras, hospitais públicos e privados torna mais difícil a consolidação de dados e o avanço da maturidade digital. 

Iniciativas como o padrão FHIR e o programa federal ARNDS ajudam a reduzir barreiras de interoperabilidade, mas ainda há um longo caminho a percorrer até alcançar a maturidade digital plena. 

Equidade e capacitação como próximos passos 

Everton alertou ainda para o risco da exclusão digital. Enquanto hospitais de ponta nas capitais avançam rapidamente, instituições do interior seguem limitadas por infraestrutura precária e orçamentos reduzidos. Para garantir equidade, governos e gestores precisarão pensar em políticas que levem inovação também a cidades menores. 

Outro desafio é a literacia digital. Médicos e enfermeiros precisam ser capacitados para usar plenamente os recursos da IA, sob risco de a tecnologia não entregar todo o valor esperado. “A inteligência artificial já deixou de ser tendência, é uma realidade. Mas para gerar impacto real, precisa ser compreendida e utilizada pelo corpo clínico”, destacou o executivo. 

Colaboração para seguir

Santos reforçou o chamado à colaboração: “A saúde precisa ser tratada como um ecossistema. Não podemos avançar isoladamente. IA, interoperabilidade e governança só farão sentido se houver colaboração ampla.” 

Colaboração é a palavra de ordem do setor, inclusive ecoou na palestra de Marcelo Tás, keynote do primeiro dia do HIS 2025. 

O próximo Healthcare Innovation Show já tem data marcada, 16 e 17 de setembro de 2026, no São Paulo Expo. 

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Proposta amplia cobertura de planos de saúde para emergências na gestação

O Projeto de Lei 649/25 obriga operadoras de planos de saúde a cobrir urgências médicas ligadas à gestação, mesmo que a modalidade contratada não inclua atendimento obstétrico. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e altera a Lei 9.656/98, que trata dos planos privados de assistência à saúde.

A autora do projeto, deputada Rosangela Moro (União-SP), explica que a legislação já prevê cobertura compulsória nesses casos. No entanto, a falta de clareza permite que as operadoras neguem atendimento a gestantes em situação de emergência, quando o plano não tem cobertura obstétrica.

Segundo a deputada, isso faz com que mulheres em situação de fragilidade tenham o atendimento de urgência negado. “[Elas acabam] submetidas a constrangimento, dor e agravamento de seus problemas de saúde, em decorrência da falta do cumprimento pleno da lei”, reforça Rosangela.

Próximos passos
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. (*Com informações da Agência Câmara)

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O HOJE

Cuidado com idosos vira negócio bilionário no Brasil

Setor cresce com o envelhecimento acelerado da população, movimenta mais de US$ 80 bilhões

Mulheres representam 75% da força de trabalho do setor

O envelhecimento da população brasileira está transformando o cuidado com idosos em um setor estratégico da economia. O que antes era visto como uma atividade doméstica ou uma responsabilidade familiar, hoje desponta como mercado em expansão, com potencial bilionário e em busca de regulamentação.

O Brasil vive uma transição demográfica acelerada. Entre 2012 e 2022, a população com 60 anos ou mais cresceu 57,4%. De acordo com o Censo de 2022, 10,9% dos brasileiros já têm mais de 65 anos — o maior percentual da história. Esse crescimento pressiona as famílias e os sistemas de saúde, impulsionando a busca por profissionais qualificados para acompanhar a rotina de idosos.

A força dos cuidadores informais

Dados do IBGE apontam que, entre 2016 e 2019, o número de pessoas dedicadas a cuidar de indivíduos com 60 anos ou mais passou de 3,7 milhões para 5,1 milhões. A maioria, porém, atuava sem remuneração: cerca de 78,8% eram cuidadores informais, muitas vezes parentes. Estudos mostram que essa responsabilidade recai majoritariamente sobre mulheres, em especial mulheres negras, evidenciando desigualdade de gênero e de raça no cuidado.

O avanço da demanda por cuidadores remunerados é visível nos números oficiais. Levantamento do Instituto de Longevidade mostra que, em 2024, aproximadamente 21% dos trabalhadores domésticos atuavam como cuidadores, percentual que era de 13,9% em 2014. Entre 2019 e 2023, a procura formal por cuidadores cresceu 15%, alcançando cerca de 840 mil profissionais. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam a tendência: entre 2012 e 2022, o número de cuidadores registrados saltou de 5.263 para 34.054, um crescimento de 547%.

Do ponto de vista econômico, o setor já movimenta cifras expressivas. Estimativas apontam que o mercado de cuidados para idosos no Brasil alcançou US$ 82,6 bilhões em 2023, com projeção de chegar a US$ 124,4 bilhões até 2030. A taxa média de crescimento anual prevista é de 8%, o que coloca o segmento como um dos mais promissores da chamada “economia prateada” — voltada às necessidades da população idosa.

Perfil dos profissionais e desigualdades

O setor de cuidado como um todo já emprega 24 milhões de brasileiros, segundo estudos recentes. Desse total, 75% são mulheres. No núcleo específico dos cuidados domiciliares e diretos, 98% dos profissionais são mulheres, e quase metade se autodeclara negra. Esses dados revelam não apenas a força de trabalho do setor, mas também as desigualdades que ainda persistem.

A profissionalização do cuidador exige capacitação técnica e preparo emocional. Além de apoiar a mobilidade, alimentação e medicação, os profissionais precisam lidar com doenças crônicas, situações de vulnerabilidade e com a solidão que muitas vezes acompanha a velhice. O trabalho é reconhecido como essencial para prevenir internações e garantir qualidade de vida, mas ainda carece de suporte e regulamentação.

Inovação, regulamentação e futuro do setor

Nos últimos anos, empresas de home care e franquias especializadas em serviços de cuidado domiciliar têm se multiplicado no país. Elas oferecem desde acompanhamento noturno até suporte em casos de Alzheimer e fisioterapia em casa. Plataformas digitais e startups também começam a atuar, conectando famílias a cuidadores autônomos e oferecendo sistemas de pagamento e monitoramento.

A inovação tecnológica é outro vetor de crescimento. Dispositivos de monitoramento remoto, sensores de movimento e telemedicina já são incorporados a serviços de cuidado domiciliar. A combinação entre presença humana e tecnologia deve ser uma das marcas do setor na próxima década, permitindo ampliar a segurança e a autonomia dos idosos.

Apesar do avanço, a profissão ainda carece de regulamentação nacional consolidada. Projetos de lei em tramitação no Congresso buscam definir requisitos, atribuições e formação mínima, mas a ausência de norma clara gera insegurança jurídica e mantém grande parte dos contratos na informalidade.

Desafios e oportunidades econômicas

A remuneração dos cuidadores varia conforme a região e a forma de contratação. Em média, profissionais autônomos recebem entre R$ 1.800 e R$ 3.000 mensais. Em empresas ou clínicas, os valores podem ser mais altos, mas a exigência de cursos e certificações também é maior. A rotatividade, impulsionada pelo desgaste físico e emocional, é um dos desafios mais apontados por especialistas.

O envelhecimento populacional não é apenas um dado demográfico, mas um fenômeno que transforma a economia. O cuidado com idosos movimenta empresas, plataformas digitais, serviços de saúde e cursos de capacitação. É um setor que gera emprego, abre espaço para empreendedores e, ao mesmo tempo, levanta desafios de políticas públicas e de direitos trabalhistas.

Ao consolidar-se como profissão, o cuidador de idosos representa um elo fundamental entre famílias, saúde e mercado. A expectativa é que, até 2030, o setor se expanda em ritmo constante, ampliando sua relevância na economia nacional. O cuidado, que sempre foi visto como uma tarefa doméstica, se tornou um negócio em crescimento, com impacto direto na vida de milhões de brasileiros e na construção de um país que envelhece em ritmo acelerado.

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GAZETA DO POVO

Congresso debate IA na saúde e desafios do setor hospitalar

Curitiba foi palco de um encontro que é considerado como um dos mais relevantes do setor hospitalar no Sul do Brasil: o Congresso de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná 2025, promovido pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Paraná (Fehospar).

O evento reuniu mais de 700 gestores, dirigentes, especialistas e profissionais de saúde de diferentes regiões do país. Com o tema central “Inteligência, Inovação e Sustentabilidade na Saúde”, o congresso da Fehospar contemplou discussões sobre inteligência artificial, novas tecnologias, gestão de pessoas, sustentabilidade, direito, compliance e tendências de mercado.

A programação fortaleceu o diálogo entre hospitais, clínicas, operadoras, fornecedores e instituições públicas, com apoio de entidades como a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR) e Unimed Curitiba.

A abertura contou com a presença de autoridades como o secretário estadual da Saúde, Beto Preto; a secretária municipal de Curitiba, Tatiane Filipak; e o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro. Logo no primeiro painel, especialistas debateram o futuro da saúde, destacando o papel da inteligência artificial e a necessidade de regulamentações adequadas para sua incorporação no atendimento. Segundo Beto Preto, “a inovação deve chegar também aos municípios menores, garantindo equidade no acesso”.

Congresso da Fehospar une feira de negócios e debates estratégicos

Além das mesas-redondas e palestras, o congresso da Fehospar contou com uma feira de negócios que reuniu mais de 30 expositores de diversas áreas, como exames de imagem, receituário digital, anestesiologia, mobiliário hospitalar, refrigeração, higiene e nutrição. O espaço foi avaliado como positivo pelos participantes, que relataram parcerias firmadas e oportunidades de expansão.

Ao longo dos dois dias, o evento trouxe ainda reflexões sobre temas estratégicos como os impactos da reforma tributária na saúde, sustentabilidade hospitalar, liderança transformadora e digitalização da gestão. O encontro também reforçou a necessidade de colaboração entre as diferentes frentes da saúde para enfrentar desafios crescentes, como a pressão sobre o financiamento hospitalar, a escassez de profissionais especializados e a incorporação de tecnologias em escala.

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Assessoria de Comunicação        

10 b2b 02 10 25

Em reunião na sede da Ahpaceg, um grupo de representantes dos associados conheceu hoje, 2, a plataforma B2A, criada para apoiar o Projeto de Aquisições Coletivas. O encontro foi conduzido pela farmacêutica Ana Valéria Miranda, responsável pela Central de Compras da associação.

A novidade amplia as negociações já conduzidas pela Ahpaceg, possibilitando agora a realização de compras conjuntas de itens definidos pelos próprios associados. O objetivo é oferecer maior organização, eficiência e ganho de escala, garantindo condições mais vantajosas para as instituições filiadas.

Segundo Ana Valéria, a plataforma vai permitir maior organização, agilidade e poder de barganha nas transações, garantindo que os hospitais obtenham melhores condições comerciais em produtos estratégicos. “Estamos criando um ambiente colaborativo, no qual a união dos associados gera economia, eficiência e mais competitividade”, explicou.

Esse é mais um importante serviço que a Ahpaceg traz para a rede associada, apresentando soluções que fortalecem a gestão hospitalar e promovem benefícios concretos para seus membros.

Quinta, 02 Outubro 2025 16:23

CLIPPING AHPACEG 02/10/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Excelência, segurança e acolhimento que transformam a saúde em Goiás

https://opopular.com.br/infomercial/excelencia-seguranca-e-acolhimento-que-transformam-a-saude-em-goias-1.3319490

Câmara aprova proibição de corte de energia em unidades de saúde em Goiânia

https://www.aredacao.com.br/noticias/241330/camara-aprova-proibicao-de-corte-de-energia-em-unidades-de-saude-em-goiania

Estudo aponta que acreditação hospitalar melhora a cultura de segurança do paciente no Brasil

https://medicinasa.com.br/acreditacao-seguranca-paciente/

Desafios da inflação médica e o papel da tecnologia neste cenário

https://medicinasa.com.br/desafios-inflacao-medica/

Hospitais como operadoras: e agora?

https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/hospitais-como-operadoras-e-agora

O POPULAR

Rede Ahpaceg

Excelência, segurança e acolhimento que transformam a saúde em Goiás

O que faz um hospital ser realmente confiável? Para muitos, a resposta está na soma de três elementos: qualidade assistencial, segurança no atendimento e acolhimento humano. Em Goiás, esses pilares se encontram em uma rede que cresceu nos últimos 22 anos, se fortaleceu e hoje se tornou referência nacional: a Rede Ahpaceg, formada por hospitais, maternidades, clínicas de imagem, centros especializados e instituições de alta complexidade.

Com 32 associados, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) reúne instituições que compartilham valores comuns: investir continuamente em tecnologia de ponta, adotar protocolos clínicos rigorosos, buscar certificações nacionais e internacionais e, acima de tudo, colocar o paciente no centro do cuidado, sempre com foco na qualidade e segurança da assistência. Essa combinação permitiu que Goiás alcançasse patamares de excelência em saúde privada, com serviços equivalentes aos prestados nos melhores centros do Brasil e do mundo.

Tudo em Goiás

“Hoje, nenhum paciente precisa sair de Goiás em busca de diagnósticos mais precisos, resolutividade e segurança nos tratamentos”, assegura o presidente da Ahpaceg, médico Renato Daher, respaldado pela estrutura, corpo clínico, equipe multiprofissional, parque tecnológico e assistência prestada pela Rede Ahpaceg.

Os indicadores assistenciais da rede também falam por si. O projeto de registro e avaliação sistemática dos indicadores dos associados, implantado pela Ahpaceg, representou uma mudança na cultura da gestão dos serviços de saúde, possibilitando às instituições a mensuração da qualidade de seu trabalho e o aperfeiçoamento de boas práticas.

Indicadores

Os índices, que começarão a ser divulgados periodicamente pela Ahpaceg, também trarão ganhos significativos para os pacientes. “A análise dos indicadores dará mais transparência aos serviços prestados, e o paciente terá mais condições de avaliar, por exemplo, a segurança de uma instituição”, afirma o médico Haikal Helou, presidente do Conselho de Administração da Ahpaceg.

Os indicadores atuais da Rede Ahpaceg revelam que a média de permanência hospitalar é de 2,99 dias, índice que pode variar de acordo com o perfil do hospital, mas é um reflexo de atendimentos resolutivos e eficientes. A taxa de mortalidade após 24 horas é de 1,38%; entre grandes hospitais brasileiros essa taxa chega a 1,84%.

As infecções hospitalares representam 0,32% dos casos, índice bem abaixo dos padrões internacionais, que variam entre 2% e 3%. Já a taxa de infecção em cirurgias limpas não passa de 0,35%, quando a média de referência é de até 2%. Resultados assim só são possíveis graças a uma gestão comprometida, equipes capacitadas e investimentos contínuos em segurança.

Certificações

Outro diferencial da Rede Ahpaceg está nas acreditações e reconhecimentos de qualidade. Ao todo, são 16 hospitais e clínicas de imagem com acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação), sendo que nove possuem Acreditação ONA 3 e sete, Acreditação ONA 2. Dez conquistaram a Certificação de Alta Conformidade em Práticas de Segurança do Paciente, oito receberam o selo "UTI Top Performer", concedido pela Epimed Solutions e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Além das certificações ONA, duas clínicas de diagnóstico por imagem têm a certificação PADI (Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem) e uma tem a Certificação ACSA International - Nível Avançado. Esses títulos nacionais e internacionais atestam que os processos assistenciais são monitorados, avaliados e melhorados constantemente, garantindo que cada paciente receba atendimento seguro e padronizado.

Excelência

Mas a excelência da Rede Ahpaceg vai além das estatísticas. Cada instituição preserva sua identidade, ao mesmo tempo em que compartilha a missão de oferecer aos pacientes e acompanhantes um cuidado mais humano.

Isso significa desde maternidades que acolhem a gestante em todas as fases do parto até centros cirúrgicos equipados com robótica de última geração, que reduzem a dor e aceleram a recuperação do paciente. Significa, também, iniciativas que valorizam a escuta, o diálogo e o bem-estar, tanto do paciente quanto dos profissionais de saúde.

A diversidade de especialidades dentro da rede é outro ponto de destaque. Há instituições referência em cardiologia, oncologia, ortopedia, pediatria, nefrologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, saúde da mulher e muito mais.

Clínicas de imagem oferecem diagnósticos com precisão milimétrica, utilizando inteligência artificial e equipamentos de última geração. Serviços de hemoterapia, UTIs altamente especializadas, centros de pesquisa e programas de ensino e residência médica reforçam o compromisso com a inovação e a formação de novos profissionais.

“Tudo isso está ao alcance dos goianos. Não é preciso buscar em outros estados o que já se consolidou em Goiás: hospitais modernos, prontos para atender com qualidade, segurança e acolhimento, seja em situações de emergência, seja em tratamentos complexos e de longa duração. A Rede Ahpaceg representa o encontro entre tradição e modernidade, tecnologia e humanidade, eficiência e cuidado verdadeiro”, ressalta Renato Daher.

Rede Ahpaceg

Conheça as instituições que integram a Rede Ahpaceg e conte com essa assistência segura, precisa, atualizada e humana para cuidar da sua saúde e qualidade de vida.

GOIÂNIA

CD I Premium

Cebrom

Clínica São Marcelo

Clínica da Imagem

CRD

Hemolabor

Hospital Amparo

Hospital da Criança

Hospital de Acidentados

Hospital do Coração Anis Rassi

Hospital do Coração de Goiás

Hospital do Rim

Hospital Ortopédico de Goiânia

Hospital Otorrino Goiânia

Hospital Premium Mater Dei

Hospital Samaritano de Goiânia

Hospital Santa Bárbara

Hospital Santa Helena

Hospital São Francisco de Assis

Instituto de Neurologia de Goiânia

Instituto Ortopédico de Goiânia

Instituto Panamericano da Visão

Maternidade Ela

Oncovida

Ver Hospital de Olhos

ANÁPOLIS

Hospital Evangélico Goiano

APARECIDA DE GOIÂNIA

Hospital Santa Mônica

CALDAS NOVAS

Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida

CATALÃO

Hospital Nasr Faiad

Hospital São Nicolau

CERES

Hospital Ortopédico de Ceres

RIO VERDE

Hospital Santa Terezinha

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A REDAÇÃO

Câmara aprova proibição de corte de energia em unidades de saúde em Goiânia

A Câmara de Goiânia aprovou, em segunda votação, nesta terça-feira (30/9), projeto de lei (PL 334/2024) que proíbe o corte no fornecimento de energia elétrica em estabelecimentos de saúde – hospitais, clínicas, postos de saúde e unidades de pronto atendimento –, mesmo em caso inadimplência. O projeto segue para sanção ou veto do prefeito Sandro Mabel (União Brasil).

Segundo o texto, de autoria do vereador Lucas Kitão (União Brasil), a concessionária de energia deverá manter o fornecimento ininterrupto às unidades de saúde, independentemente da situação de pagamento, para garantir o atendimento da população.

De acordo com Kitão, a medida evita o “desgoverno que aconteceu em outubro de 2024”. Na ocasião, três unidades de saúde administradas pela Prefeitura de Goiânia – Cais Campinas, Cais Novo Mundo e UPA do Residencial Itaipu – tiveram cortes no fornecimento de energia.

"Foram inúmeros erros, como falta de pagamento de contas dessas unidades. A aprovação desse texto garante que unidades de saúde não sejam afetadas por gestões atrapalhadas que interferem diretamente na vida dos goianienses”, afirmou o vereador.

Comunicado com antecedência

Para evitar cortes, a concessionária deverá comunicar à Secretaria Municipal de Saúde, com antecedência mínima de cinco dias, qualquer interrupção programada.

“As unidades de saúde são responsáveis por serviços essenciais à população. Muitas delas contam com equipamentos que necessitam de energia elétrica, como respiradores, incubadoras e equipamentos de diálise. A interrupção no fornecimento de energia, portanto, pode causar sérios riscos à vida”, concluiu Lucas Kitão.

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MEDICINA S/A

Estudo aponta que acreditação hospitalar melhora a cultura de segurança do paciente no Brasil

Publicado no Global Journal on Quality and Safety in Healthcare e destacado no editorial da revista, o estudo liderado por Helidea Lima e por Leopoldo Muniz, do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), analisou como a acreditação hospitalar influencia a cultura de segurança em hospitais brasileiros. A pesquisa envolveu 68 hospitais da Rede D'Or e contou com a participação de cerca de 32 mil profissionais de saúde.

A acreditação hospitalar, concedida por entidades como JCI, ACSA, Qmentum International e ONA, é um selo de qualidade que atesta o cumprimento de padrões rigorosos de segurança e assistência. No Brasil, menos de 5% dos hospitais possuem essa certificação.

Os dados foram coletados em setembro de 2022, por meio do questionário HSOPSC (Hospital Survey on Patient Safety Culture), adaptado para o português. O estudo obteve uma taxa de resposta de 91,4%, refletindo o engajamento com o tema. À época, 80% dos hospitais da Rede D'Or eram acreditados, número que hoje chega a 90%, com mais da metade certificados internacionalmente.

A cultura geral de segurança teve média de 65,1% de percepções positivas, com pontos fortes em apoio da gestão (77,5%) e aprendizado organizacional (81,8%). Hospitais acreditados apresentaram melhores resultados, especialmente em comunicação aberta, frequência de relatos de eventos e percepção geral de segurança, com diferenças de 3% a 4% em relação aos não acreditados.

Um dos principais desafios permanece: a resposta não punitiva a erros, com apenas 43,2% de avaliações positivas. O estudo revela que o medo de punições, a hierarquia rígida e a falta de retorno sobre relatos ainda limitam o avanço da cultura de segurança.

Outro ponto crítico é a subnotificação: 41,9% dos profissionais afirmaram não ter relatado nenhum evento de segurança nos últimos 12 meses, especialmente em hospitais sem acreditação.

Profissionais de enfermagem foram os que mais contribuíram com relatos de eventos, demonstrando maior engajamento com a segurança do paciente. Em contraste, os médicos apresentaram maior resistência em reportar incidentes, evidenciando a importância da enfermagem na construção de ambientes hospitalares mais seguros e colaborativos.

Embora a acreditação traga benefícios mensuráveis, os pesquisadores concluem que ela não é suficiente, por si só, para transformar a cultura organizacional. É preciso investir em lideranças engajadas, sistemas de relato não punitivos e capacitação contínua das equipes.

"A acreditação é um importante catalisador para a melhoria da qualidade assistencial, mas a transformação real exige o compromisso diário dos profissionais com uma cultura de segurança sólida e colaborativa", afirma Helidea Lima, pesquisadora do IDOR e uma das autoras do estudo.

Segundo a Rede D'Or, a acreditação funciona como direcionador externo para avaliação da qualidade técnica, sendo complementada pelo monitoramento de indicadores e transparência nos resultados.

O IDOR oferece programas voltados à formação de profissionais que desejam liderar transformações na saúde. O MBA em Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente oferece uma visão ampla e multidisciplinar, enquanto a Pós-Graduação em Experiência do Paciente foca na humanização do cuidado e na vivência do paciente.

Com um corpo docente experiente e atividades práticas na Rede D'Or, os cursos capacitam para implementar melhorias reais na segurança e qualidade da assistência.

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Desafios da inflação médica e o papel da tecnologia neste cenário

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) realiza, anualmente, uma pesquisa para acompanhar a Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH), também conhecida como “inflação médica”. No ciclo 2022/2023, por exemplo, houve um aumento de 12,7%, mais que o dobro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 2023 em 5,79%. Em períodos anteriores, o salto nesses custos chegou a ultrapassar os 20%.

Ocorre que seguidas altas de preços podem obrigar operadoras a praticar reajustes elevados, o que, porventura, pode afastar antigos usuários desse serviço essencial. É importante ressaltar que quase três quartos dos planos no Brasil são empresariais, ou seja, pagos por companhias que precisam manter a conta do benefício sob controle para preservar a própria saúde financeira.

inflação médica reflete questões demográficas (o envelhecimento da população e a consequente alta na incidência de doenças crônicas), comportamentais (a crescente preocupação das pessoas com a saúde) e até tecnológicas (a inclusão de novos medicamentos, procedimentos e exames no combate a doenças). Mas não podemos simplesmente encará-la como um fato incontornável.

Para que mais pessoas tenham acesso à saúde, é necessário buscar soluções que mantenham os custos sob controle. Um acréscimo importante antes de seguirmos: os dados do IESS dizem respeito à saúde privada. No entanto, a alta de custos também é visível no setor público, que sofre com orçamentos limitados e demanda crescente.

Aí entra um fator que, sem dúvidas, faz muita diferença nesses ambientes: a tecnologia. Ela é a principal aliada das instituições que buscam reduzir desperdícios e, ainda assim, garantir a qualidade do atendimento assistencial.

Nesse contexto, a transformação digital surge como um dos pilares mais relevantes no combate ao desperdício na saúde. A interoperabilidade entre sistemas evita retrabalho e exames duplicados; a telemedicina reduz deslocamentos e internações desnecessárias; ferramentas de analytics e inteligência artificial antecipam riscos, apoiam programas de prevenção e ainda ajudam a detectar fraudes ou inconsistências em contas médicas. Além disso, a automação de processos administrativos elimina erros burocráticos e libera profissionais para atividades assistenciais, enquanto a gestão digital de leitos, estoques e escalas médicas garante melhor aproveitamento dos recursos. Todas essas iniciativas convergem para um mesmo objetivo: otimizar custos sem abrir mão da qualidade do cuidado ao paciente.

Agentes de Inteligência Artificial (IA) e de automatização, por exemplo, seguem como parceiros estratégicos de gestores hospitalares que buscam tornar suas áreas mais eficientes. Essas tecnologias também podem apoiar a análise de informações sobre beneficiários e gerar subsídios para programas de atenção à saúde e prevenção de doenças.

Por fim, é possível concluir que há fatores que impactam a inflação médica e que não podem ser controlados, como o envelhecimento da população ou o avanço da tecnologia. Mas, com inteligência, organização e uso de tecnologia, custos associados ao desperdício de recursos podem ser monitorados e reduzidos. Impedir que a inflação médica dispare trará benefícios para todos, afinal, quanto menor for o custo assistencial para operadoras e instituições de saúde, maior será a capacidade clínica disponível para a manutenção de uma jornada do paciente de excelência.

*André Machado é CEO da Maida.Health.

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JOTA INFO

Hospitais como operadoras: e agora?

Hospitais criam seus próprios planos de saúde em movimento defensivo à monopolização do mercado por alguns grupos

Uma tendência que vem ganhando espaço no setor de saúde suplementar é a de hospitais que decidem estruturar seus próprios planos de saúde. A prática não é inédita, mas ganha relevância diante do cenário atual de verticalização das grandes operadoras, dificuldades de credenciamento e retração da cobertura em diversas regiões, reposicionando seu papel no ecossistema.

Do ponto de vista jurídico, hospitais que estruturam planos de saúde estão submetidos às mesmas exigências previstas na Lei 9.656/1998 e nas regulamentações expedidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para as demais empresas do setor: ambos devem obter autorização de funcionamento, cumprir requisitos de solvência e garantir a cobertura mínima estabelecida no rol de procedimentos da ANS.

Trata-se de um desafio nada trivial: ao se lançar como operadora, o hospital deve fazer frente a um complexo conjunto de obrigações regulatórias e financeiras, em relações às quais sua expertise assistencial tem pouca ou nenhuma utilidade.

Em termos regulatórios, o movimento pode ser interpretado como resposta ao avanço da verticalização no setor. Grandes grupos, como Hapvida e Rede D'Or, vêm estruturando redes próprias de hospitais, consultórios e laboratórios.

Para hospitais independentes, especialmente aqueles com marca consolidada regionalmente, a criação de um plano próprio representa uma forma de proteger o acesso de seus pacientes diante da eventual priorização de redes exclusivas pelas operadoras. A lógica é defensiva: se o credenciamento se torna mais restrito, controlar a própria porta de entrada por meio de um convênio médico pode assegurar a sustentabilidade.

É importante ressaltar que a verticalização não é um processo imune a críticas. Uma delas é o risco de concentração de mercado em determinadas regiões, na hipótese em que hospitais relevantes passem a direcionar pacientes apenas para suas próprias operadoras, cabendo à ANS e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acompanhar de perto essas condutas e reprimir infrações à concorrência.

Outro ponto é o latente conflito de interesse existente nesse modelo de negócio: a integração entre prestação de serviços e gestão do risco financeiro exige mecanismos de transparência, controle de custos e qualidade assistencial, a fim de assegurar que o desfecho clínico esperado pelo paciente não seja impactado pelo resultado econômico perseguido pela operadora/hospital.

Ainda assim, não se pode ignorar os benefícios potenciais. O hospital que conhece profundamente o perfil epidemiológico de sua comunidade pode, como operadora, investir em gestão de saúde preventiva e reduzir a sinistralidade, como demonstra a experiência do Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre, que registra queda expressiva de custos após implantação de plano voltado a funcionários e dependentes. Em outras palavras, se bem conduzido, o modelo pode alinhar eficiência assistencial e sustentabilidade econômica.

No plano institucional, cabe destacar a posição cautelosa da Abramge, entidade que congrega as operadoras de planos de saúde. Como afirmou seu presidente, Gustavo Ribeiro, embora notícias recentes deem visibilidade a hospitais que lançaram seus próprios convênios, não há evidências de que esse seja um movimento estrutural ou dominante do mercado. Trata-se de iniciativas pontuais, em geral concentradas em grupos hospitalares de maior porte e em determinadas regiões.

A lembrança é pertinente: o setor de saúde suplementar brasileiro é vasto e heterogêneo, com mais de 600 operadoras de diferentes perfis, o que desaconselha generalizações apressadas.

Em síntese, a entrada de hospitais no mercado de planos de saúde reforça a complexidade do ecossistema regulado pela ANS. Mais do que um deslocamento de fronteiras entre prestadores e operadoras, o fenômeno é um sinal da necessidade de adaptação às transformações concorrenciais e regulatórias.

A prudência recomendada pela Abramge é, portanto, essencial: entender esses casos como experiências a serem observadas, e não como um paradigma consolidado, permite analisar seus impactos de forma equilibrada, preservando o pluralismo e a segurança jurídica que caracterizam a saúde suplementar brasileira.

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Assessoria de Comunicação 

FACHADA AHPACEG

O que faz um hospital ser realmente confiável? Para muitos, a resposta está na soma de três elementos: qualidade assistencial, segurança no atendimento e acolhimento humano. Em Goiás, esses pilares se encontram em uma rede que cresceu nos últimos 22 anos, se fortaleceu e hoje se tornou referência nacional: a Rede Ahpaceg, formada por hospitais, maternidades, clínicas de imagem, centros especializados e instituições de alta complexidade.

Com 32 associados, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) reúne instituições que compartilham valores comuns: investir continuamente em tecnologia de ponta, adotar protocolos clínicos rigorosos, buscar certificações nacionais e internacionais e, acima de tudo, colocar o paciente no centro do cuidado, sempre com foco na qualidade e segurança da assistência. Essa combinação permitiu que Goiás alcançasse patamares de excelência em saúde privada, com serviços equivalentes aos prestados nos melhores centros do Brasil e do mundo.

Tudo em Goiás

“Hoje, nenhum paciente precisa sair de Goiás em busca de diagnósticos mais precisos, resolutividade e segurança nos tratamentos”, assegura o presidente da Ahpaceg, médico Renato Daher, respaldado pela estrutura, corpo clínico, equipe multiprofissional, parque tecnológico e assistência prestada pela Rede Ahpaceg.

Os indicadores assistenciais da rede também falam por si. O projeto de registro e avaliação sistemática dos indicadores dos associados, implantado pela Ahpaceg, representou uma mudança na cultura da gestão dos serviços de saúde, possibilitando às instituições a mensuração da qualidade de seu trabalho e o aperfeiçoamento de boas práticas.

Indicadores

SETEMBRO PLENÁRIA CREMEGO

 

Os índices, que começarão a ser divulgados periodicamente pela Ahpaceg, também trarão ganhos significativos para os pacientes. “A análise dos indicadores dará mais transparência aos serviços prestados, e o paciente terá mais condições de avaliar, por exemplo, a segurança de uma instituição”, afirma o médico Haikal Helou (FOTO), presidente do Conselho de Administração da Ahpaceg.

Os indicadores atuais da Rede Ahpaceg revelam que a média de permanência hospitalar é de 2,99 dias, índice que pode variar de acordo com o perfil do hospital, mas é um reflexo de atendimentos resolutivos e eficientes. A taxa de mortalidade após 24 horas é de 1,38%; entre grandes hospitais brasileiros essa taxa chega a 1,84%.

As infecções hospitalares representam 0,32% dos casos, índice bem abaixo dos padrões internacionais, que variam entre 2% e 3%. Já a taxa de infecção em cirurgias limpas não passa de 0,35%, quando a média de referência é de até 2%. Resultados assim só são possíveis graças a uma gestão comprometida, equipes capacitadas e investimentos contínuos em segurança.

Certificações

Outro diferencial da Rede Ahpaceg está nas acreditações e reconhecimentos de qualidade. Ao todo, são 16 hospitais e clínicas de imagem com acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação), sendo que nove possuem Acreditação ONA 3 e sete, Acreditação ONA 2. Dez conquistaram a Certificação de Alta Conformidade em Práticas de Segurança do Paciente, oito receberam o selo "UTI Top Performer", concedido pela Epimed Solutions e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Além das certificações ONA, duas clínicas de diagnóstico por imagem têm a certificação PADI (Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem) e uma tem a Certificação ACSA International - Nível Avançado. Esses títulos nacionais e internacionais atestam que os processos assistenciais são monitorados, avaliados e melhorados constantemente, garantindo que cada paciente receba atendimento seguro e padronizado.

Excelência

Mas a excelência da Rede Ahpaceg vai além das estatísticas. Cada instituição preserva sua identidade, ao mesmo tempo em que compartilha a missão de oferecer aos pacientes e acompanhantes um cuidado mais humano.

Isso significa desde maternidades que acolhem a gestante em todas as fases do parto até centros cirúrgicos equipados com robótica de última geração, que reduzem a dor e aceleram a recuperação do paciente. Significa, também, iniciativas que valorizam a escuta, o diálogo e o bem-estar, tanto do paciente quanto dos profissionais de saúde.

A diversidade de especialidades dentro da rede é outro ponto de destaque. Há instituições referência em cardiologia, oncologia, ortopedia, pediatria, nefrologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, saúde da mulher e muito mais.

Clínicas de imagem oferecem diagnósticos com precisão milimétrica, utilizando inteligência artificial e equipamentos de última geração. Serviços de hemoterapia, UTIs altamente especializadas, centros de pesquisa e programas de ensino e residência médica reforçam o compromisso com a inovação e a formação de novos profissionais.

RENATO DAHER

“Tudo isso está ao alcance dos goianos. Não é preciso buscar em outros estados o que já se consolidou em Goiás: hospitais modernos, prontos para atender com qualidade, segurança e acolhimento, seja em situações de emergência, seja em tratamentos complexos e de longa duração. A Rede Ahpaceg representa o encontro entre tradição e modernidade, tecnologia e humanidade, eficiência e cuidado verdadeiro”, ressalta Renato Daher (FOTO).

Rede Ahpaceg

Conheça as instituições que integram a Rede Ahpaceg e conte com essa assistência segura, precisa, atualizada e humana para cuidar da sua saúde e qualidade de vida.

GOIÂNIA

CD I Premium

Cebrom

Clínica São Marcelo

Clínica da Imagem

CRD

Hemolabor

Hospital Amparo

Hospital da Criança

Hospital de Acidentados

Hospital do Coração Anis Rassi

Hospital do Coração de Goiás

Hospital do Rim

Hospital Ortopédico de Goiânia

Hospital Otorrino Goiânia

Hospital Premium Mater Dei

Hospital Samaritano de Goiânia

Hospital Santa Bárbara

Hospital Santa Helena

Hospital São Francisco de Assis

Instituto de Neurologia de Goiânia

Instituto Ortopédico de Goiânia

Instituto Panamericano da Visão

Maternidade Ela

Oncovida

Ver Hospital de Olhos

ANÁPOLIS

Hospital Evangélico Goiano

APARECIDA DE GOIÂNIA

Hospital Santa Mônica

CALDAS NOVAS

Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida

CATALÃO

Hospital Nasr Faiad

Hospital São Nicolau

CERES

Hospital Ortopédico de Ceres

RIO VERDE

Hospital Santa Terezinha.

 

NA MÍDIA

O POPULAR

https://opopular.com.br/infomercial/excelencia-seguranca-e-acolhimento-que-transformam-a-saude-em-goias-1.3319490

 

 

 

 

 

Quarta, 01 Outubro 2025 07:22

CLIPPING AHPACEG 01/10/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM cobra reforço da fiscalização após intoxicações por metanol

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-09/cfm-cobra-reforco-da-fiscalizacao-apos-intoxicacoes-por-metanol

Brasil enfrenta falta de medicamentos para intoxicação por metanol, alerta Unicamp

https://www.otempo.com.br/brasil/2025/9/30/brasil-enfrenta-falta-de-medicamentos-para-intoxicacao-por-metanol-alerta-unicamp

Depois do Setembro Amarelo, o desafio continua: como identificar sinais de burnout nas equipes 

https://exame.com/carreira/depois-do-setembro-amarelo-o-desafio-continua-como-identificar-sinais-de-burnout-nas-equipes/

Unimed realiza 54ª Convenção Nacional em João Pessoa

https://revistacobertura.com.br/noticias/saude-e-odonto-noticias/unimed-realiza-54a-convencao-nacional-em-joao-pessoa/

A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil

https://medicinasa.com.br/leve-saude-edi31/

 

AGÊNCIA BRASIL

CFM cobra reforço da fiscalização após intoxicações por metanol

Conselho alerta para cuidados na hora de comprar bebidas alcoólicas

Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta terça-feira (30) um posicionamento em que cobra reforço na fiscalização para combater os esquemas de falsificação de bebidas alcoólicas, após os casos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo, que causaram ao menos três mortes

O presidente do CFM, José Hiram Gallo, lembrou que esses produtos "geram riscos de adoecimento, sequelas e mortes".

A entidade orientou a população que, em caso de consumo de bebidas alcoólicas, compre sempre produtos em estabelecimentos confiáveis.

Além disso, é importante recusar produtos que estejam com lacre violado ou tenham rótulos com erros de impressão e sem dados, como CNPJ, número de lote e data de validade.

O presidente do CFM também reforçou o alerta para sinais de intoxicação por metanol: os mais frequentes são dor de cabeça intensa, náuseas, confusão mental, visão turva repentina ou cegueira. Eles podem aparecer entre seis e 24 horas após a ingestão. 

“Em caso de identificação desse quadro, deve-se buscar imediatamente os serviços de emergência médica”, alerta Gallo

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui); 
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.

A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

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O TEMPO

Brasil enfrenta falta de medicamentos para intoxicação por metanol, alerta Unicamp

O Brasil não dispõe de um estoque suficiente de medicamentos para tratar casos de intoxicação por metanol. O alerta foi feito pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A situação ganha contornos mais críticos diante do aumento recente de ocorrências ligadas a bebidas adulteradas, que já causou cinco mortes – todas em São Paulo. Os casos são alvo de inquérito da Polícia Federal (PF).

De acordo com a Unicamp, há indisponibilidade do fomepizol e do etanol puro — principais substâncias utilizadas nesses casos. Ambos atuam bloqueando a ação da enzima que transforma o metanol em ácido fórmico, composto responsável pelas complicações mais graves. O cenário foi detalhado em coletiva à imprensa nesta terça-feira, conforme mostrou o portal g1.

O fomepizol é considerado mais eficaz e de fácil aplicação, mas não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) nem incluído na política nacional de antídotos lançada no fim de 2023. Já o etanol, alternativa usada em hospitais, também não está disponível em quantidade suficiente.
Na coletiva, o CIATox afirmou que, junto com a Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Abracit), tem pressionado o governo pela revisão da política nacional de antídotos. Atualmente, a importação de fomepizol pode ser autorizada pela Anvisa em caráter emergencial, mas especialistas defendem que o medicamento esteja disponível permanentemente na rede pública.

Padilha diz que há medicamentos 

Em Brasília, durante entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que os serviços especializados em intoxicação contam com o antídoto para o metanol, por isso é importante buscar rapidamente o atendimento. 

“Procure um serviço de saúde que ele vai ter a preocupação de te manter hidratado a níveis elevados e monitorar, dependendo da gravidade”, disse. “A gente tem o etanol específico para antídoto do metanol, registrado aqui no Brasil. Os serviços especializados de intoxicação têm e sabem o manejo desse produto”, disse Padilha.

Casos em São Paulo

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram confirmadas cinco mortes e sete casos de contaminação por metanol. Outros 15 episódios estão sob investigação. A Unicamp informou que, no ano passado, houve suspeita de intoxicação por álcool combustível, mas a hipótese não foi confirmada. Esta é a primeira vez que o CIATox identifica registros associados a bebidas falsificadas.

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EXAME

Depois do Setembro Amarelo, o desafio continua: como identificar sinais de burnout nas equipes

saúde mental no ambiente de trabalho tem se consolidado como um dos principais desafios corporativos no Brasil. Segundo o Ministério da Previdência Social, mais de 440 mil trabalhadores foram afastados por transtornos mentais e comportamentais em 2024.

Entre os fatores que explicam esse crescimento está o avanço do burnout. O país ocupa hoje a segunda posição no ranking mundial de casos da síndrome, atrás apenas do Japão, de acordo com a International Stress Management Association. Estima-se que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros apresentem sintomas como exaustão, distanciamento emocional e queda de produtividade.

O reconhecimento oficial do problema veio em janeiro de 2025, com a entrada em vigor da 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), da Organização Mundial da Saúde. O documento incluiu o burnout como doença ocupacional, com código próprio (QD85).

A atualização da CID amplia a responsabilidade das empresas na gestão da saúde mental. Além de legitimar o diagnóstico, a medida reforça a necessidade de ações estruturadas de prevenção e acompanhamento dos casos de adoecimento relacionados ao trabalho.

O papel dos líderes na prevenção

Entre as empresas, cresce a percepção de que saúde mental não pode ser reduzida a campanhas de conscientização pontuais. 

Para além do cuidado com o colaborador,  profissionais de RH e gestores, o desafio é permanente: identificar sinais de estresse e burnout antes que eles se transformem em afastamentos, prejuízos à produtividade e danos à cultura corporativa.

Diante desse cenário, especialistas alertam que a linha de frente da prevenção está nas lideranças. São os gestores que podem reconhecer sinais precoces de esgotamento, como: 

  • Queda de performance repentina: entregas atrasadas ou abaixo do padrão habitual; 
  • Mudanças de comportamento: colaboradores antes participativos que passam a se isolar ou evitar reuniões; 
  • Exaustão constante: queixas frequentes de cansaço, insônia ou falta de energia;
  • Cinismo ou distanciamento: falas negativas sobre a empresa ou perda de interesse pelas tarefas; 
  • Aumento de erros e esquecimentos: dificuldade em manter concentração e foco.

Treinar líderes para reconhecer esses pontos é crucial. Muitas vezes, são eles que têm o primeiro contato com o colaborador e podem acionar o RH ou programas de apoio.

Saúde mental o ano todo

A saúde mental deve ser trabalhada de forma permanente. O fim do Setembro Amarelo não significa o fim da discussão: ao contrário, é a oportunidade de reforçar que prevenção e cuidado são parte da estratégia de negócios.

Treinar líderes para identificar sinais precoces de estresse e burnout não é apenas uma boa prática de RH, é um investimento essencial para a sustentabilidade das organizações no Brasil de 2025.

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REVISTA COBERTURA

Unimed realiza 54ª Convenção Nacional em João Pessoa

Evento consolida novo marco histórico do cooperativismo em saúde ao pautar o futuro e a inovação neste que é o principal evento do Sistema Unimed, reunindo dirigentes, médicos cooperados e especialistas na capital da Paraíba

Entre os dias 8 e 11 de outubro, a cidade de João Pessoa (PB) receberá a 54ª Convenção Nacional Unimed, o mais importante e representativo encontro do Sistema Unimed. Mais do que uma agenda de debates, ao reunir dirigentes, médicos cooperados e especialistas, o evento reafirma o protagonismo do Sistema na construção de um modelo de saúde cada vez mais inovador e sustentável.

Entre os destaques da programação, Adalberto Campos, ex-ministro da Saúde de Portugal, e Nelson Teich, ex-ministro da Saúde do Brasil, irão debater o tema "Repensando o Sistema de Saúde por meio de Parcerias Público-Privadas". Já Juliana Rosa, jornalista e apresentadora da Band TV/BandNews, e Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria, discutirão "Transformações e oportunidades no setor de saúde".

A edição de 2025 pauta reflexões sobre o futuro do Sistema Unimed, com governança renovada e reafirmação do compromisso cooperativo. Além disso, fortalece os investimentos em inovação, posicionando a marca como protagonista da revolução tecnológica na medicina robótica.

"Estamos diante de um momento histórico. A renovação do nosso modelo de governança permitirá que sigamos como referência em nosso setor, fortalecendo nosso compromisso com aquilo que nos diferencia e nos torna cada vez mais fortes: a cooperação", afirma Omar Abujamra Junior, presidente da Unimed do Brasil.

Unimed é protagonista na saúde suplementar brasileira, cuidando de aproximadamente 10% da população do país e estando presente em nove de cada dez municípios. Este momento ganha ainda mais relevância com a decisão da ONU de reconhecer 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, destacando o papel dessas organizações no desenvolvimento sustentável e na transformação social. O marco coincide com a celebração dos 50 anos da Unimed do Brasil - representante institucional das cooperativas e empresas Unimed - e de uma escolha estratégica: o uso de uma marca única, que celebra a grandeza e a relevância do Sistema Unimed, o maior sistema de cooperativas de saúde do mundo.

A 54ª Convenção é um convite à construção do futuro: um espaço para pensar coletivamente as próximas décadas, com escuta ativa, diálogo estratégico e visão de longo prazo.

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MEDICINA S/A

A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil

Com foco em atenção primária, rede verticalizada e uso de tecnologia, empresa aposta em modelo inovador para levar saúde acessível e de qualidade à população.

Leve Saúde é uma das operadoras que mais crescem no Brasil atualmente e isso não se dá por acaso. Criada no Rio de Janeiro com o propósito de oferecer serviços de qualidade a preços acessíveis, a empresa nasceu com o objetivo de ampliar o acesso à saúde suplementar para um público historicamente negligenciado, o de pessoas com mais de 45 anos das classes B, C e D. Essa decisão estratégica foi o ponto de partida de um modelo que rapidamente demonstrou potencial de escala. Com apenas cinco anos de existência, a Leve ultrapassou R$ 700 milhões em faturamento e já conquistou mais de 95 mil clientes.

No entanto, o foco inicial não limita a atuação da empresa. A operadora vem expandindo seus serviços com um portfólio que engloba diversos perfis de clientes, mas que não deixa de lado o compromisso de oferecer uma saúde mais acessível, contínua e centrada no cuidado do paciente. Neste ano, lançou uma nova grade de planos médicos, com hospitais de ponta e preços ainda mais competitivos – especialmente para o público sênior – e ampliou a abrangência dos planos odontológicos.

Com um modelo que combina três pilares essenciais (rede própria, tecnologia e atenção primária), a operadora vem redefinindo a experiência dos clientes em todas as etapas da jornada assistencial, desde a prevenção até o acompanhamento especializado.

A empresa mantém uma rede de 12 clínicas próprias em pontos estratégicos do estado do Rio de Janeiro, onde já realiza a maior parte dos atendimentos ambulatoriais. Cerca de 75% dos clientes já realizam exames e consultas dentro da rede, e mais de 30% passam por atendimento ao menos uma vez por mês em uma das unidades. A meta é que, em breve, 90% dos atendimentos aconteçam nas clínicas Leve, garantindo mais integração, agilidade e personalização. É dessa forma que a Leve mantém um cuidado mais próximo, com médicos que conhecem o histórico do cliente e acompanham sua saúde de forma contínua e integrada.

Tecnologia

Com o objetivo de elevar a excelência de seus serviços e oferecer uma experiência mais completa aos clientes, a Leve também aposta em tecnologia. Em 2024, implantou um novo sistema de gestão ambulatorial que centraliza todos os dados clínicos em um único Repositório Eletrônico de Saúde. Com isso, garante a interoperabilidade com parceiros laboratoriais e acesso imediato a dados e histórico pelos profissionais de saúde, beneficiando tanto as equipes de cuidado quanto os próprios pacientes. A empresa também implementou, em todas as suas clínicas, uma ferramenta de check-in com reconhecimento facial em totens automatizados que permite o cadastro inicial em poucos segundos. Com uma expressiva redução do tempo de espera, a Leve garante redução de custos, prevenção de fraudes e maior automação de processos – além de mais comodidade para seus clientes.

O app de autoatendimento da operadora, usado por 80% dos seus clientes mensalmente, reúne mais de 25 funcionalidades, como agendamento de consultas, acesso a resultados de exames, receitas médicas e atestados, além de conexão a um sistema próprio de telemedicina, que reduz a necessidade de consultas presenciais e amplia a possibilidade de conversar com o time de cuidados para orientações de saúde.

Toda essa digitalização também se traduz em eficiência operacional e combate a fraudes, o que colabora para que os valores dos planos se mantenham acessíveis. Desde 2024, análises assistidas por inteligência artificial passaram a ser utilizadas para autorizar exames e procedimentos, otimizando prazos e reduzindo riscos. Ainda em 2025, esse sistema será expandido para a auditoria de contas médicas, criando uma linha de defesa integrada que conecta autorização, execução e faturamento.

Atenção Primária

O terceiro pilar da Leve Saúde está na atenção primária à saúde. Em um setor em que a média de investimentos em prevenção não passa de 0,25% da receita, a Leve investe seis vezes mais. Em 2024, foram R$ 4,5 milhões destinados a programas e iniciativas de cuidado. Em 2025, a expectativa é dobrar esse número e chegar a R$ 10 milhões. São nove programas já em curso e outros em fase de lançamento. Há projetos voltados para puérperas, gestantes, saúde mental, autismo, doenças renais, alta complexidade e home care. Um novo programa para emagrecimento saudável também estreará ainda este ano. Ao todo, a empresa conta com um time de 150 médicos e 60 enfermeiros dedicados ao atendimento nas clínicas e nas plataformas virtuais.

Mas um dos maiores símbolos da valorização da Leve Saúde aos cuidados preventivos está fora das clínicas e dos aplicativos. A Arena Leve, projeto de bem-estar e inclusão patrocinado pela operadora, transformou quatro espaços icônicos do Rio de Janeiro em centros de atividade física gratuita e promoção de saúde. Com aulas diárias de yoga, ritmos, funcional, pilates, boxe e até futevôlei, o projeto já superou 70 mil inscrições em um ano e impactou diretamente 13 mil pessoas. Além das atividades esportivas, os participantes contam com acesso a serviços de saúde, estrutura com vestiários, materiais de treino e apoio de mais de 70 professores. Aberta a todos, a Arena reforça o compromisso da Leve com a democratização do acesso à saúde e o incentivo à vida ativa. Até o fim de 2026, o investimento previsto na Arena Leve é de R$ 3 milhões.

Todo esse conjunto de inovações contribuiu para que a empresa alcançasse o segundo menor índice de sinistralidade do setor, com 58%. Com isso, a Leve demonstra que é possível ser sustentável, oferecer saúde de qualidade e ainda manter planos com preços até 30% mais acessíveis do que a média do mercado. Esse é um feito ainda mais expressivo se considerarmos que mais de 50% da base da Leve não possuía plano em até 6 meses antes da contratação. Além disso, metade da base atual contratou diretamente com a empresa, sem migrar de outras operadoras.

Em um mercado com mais de 70 milhões de brasileiros acima dos 45 anos e menos da metade com acesso à saúde privada, a Leve possui planos de expansão para além do Rio de Janeiro, e em breve contará com hospitais próprios em sua rede.

Ao ampliar sua atuação calcada em atenção primária, presença digital consolidada, tecnologia própria e uma filosofia de cuidado genuíno, a Leve Saúde mostra que é possível crescer rápido sem abrir mão do essencial: cuidar de pessoas. E faz isso de maneira leve, acessível, integrada e humana, tendo sempre como foco principal o próprio cliente. Uma verdadeira receita de sucesso para quem quer, mais do que planos de saúde, construir um novo futuro para a saúde no Brasil.

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Assessoria de Comunicação        

Terça, 30 Setembro 2025 06:49

CLIPPING AHPACEG 30/09/25

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DESTAQUES

Padilha fala por vídeo em evento nos EUA e critica negacionismo

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-09/padilha-fala-por-video-em-evento-nos-eua-critica-negacionismo

Ministérios da Saúde e da Educação homologam novas Diretrizes Curriculares de Medicina

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/setembro/ministerios-da-saude-e-da-educacao-homologam-novas-diretrizes-curriculares-de-medicina

A urgência de um tratamento diferenciado para dispositivos médicos na reforma tributária

https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-urgencia-de-um-tratamento-diferenciado-para-dispositivos-medicos-na-reforma-tributaria

“Só tenho a agradecer a Deus por estar viva”, diz jovem que perdeu 80% do couro cabeludo em acidente no Rio Araguaia

https://www.maisgoias.com.br/cidades/so-tenho-a-agradecer-a-deus-por-estar-viva-diz-jovem-que-perdeu-80-do-couro-cabeludo-em-acidente-no-rio-araguaia/

Diversificação de investimentos cresce entre profissionais de saúde

https://medicinasa.com.br/diversificacao-investimentos/

AGÊNCIA BRASIL

Padilha fala por vídeo em evento nos EUA e critica negacionismo

País impôs restrições ao visto do ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou, nesta segunda (29), a imposição de restrições ao seu visto pelo governo dos Estados Unidos e também atacou políticas consideradas “negacionistas” na área de saúde. Ele não pôde participar presencialmente de evento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington, que vai até sexta-feira (3 de outubro).

“Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte”, ponderou.

Padilha participou por videoconferência do 62º Conselho Diretor da entidade, que reúne as autoridades de saúde das Américas. Em seu discurso, garantiu que a decisão dos EUA não restringirá a circulação das ideias do Brasil. “Podem impor tarifas abusivas, mas não vão impedir nossa vocação para a cooperação entre os povos das Américas.”

“Negacionismo de líderes”

Padilha também criticou a desinformação. “Nada impedirá o Brasil de agir diante do negacionismo. Quando o negacionismo é impulsionado por líderes de governo, vimos isso na pandemia da covid-19, milhares de vidas e a unidade entre as nações são perdidas.”

Dentro desse tema, o ministro brasileiro enfatizou a necessidade de recursos para pesquisas na área de imunização. “Por isso, precisamos agir diante dos cortes em programas de vacinação e de pesquisas, um retrocesso para a ciência, uma ameaça à vida.”

No mês passado, Padilha havia criticado o governo de Donald Trump por restringir recursos para pesquisa de vacinas.

Ele disse que o Brasil pretende ampliar a participação para garantir produtos mais acessíveis inclusive para todas as Américas. “Precisamos construir pontes entre os povos americanos, não barreiras ou muros. Ao contrário daqueles que nos restringem, vamos continuar a defender as vacinas, a ciência e os sistemas públicos de saúde.”

O ministro destacou que o país retomou o aumento da cobertura vacinal, depois de seis anos de quedas consecutivas.

Em outro ataque ao negacionismo científico, Padilha considerou inadmissível que ainda existam posições que não considerem os impactos das mudanças climáticas sobre a vida e a saúde.

“Precisamos avançar juntos na adaptação dos nossos sistemas de saúde aos riscos ambientais”, defendeu. Ele pediu a participação das autoridades internacionais na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em novembro em Belém, para tratar do tema.

“Portas abertas”

Padilha disse que é preciso manter a cooperação com instituições e empresas das Américas e do mundo para a produção de vacinas e medicamentos em todas as plataformas tecnológicas. Ele ainda convocou pesquisadores e empresas de vacina de RNA mensageiro para atuarem no Brasil.

“As portas do Brasil estão abertas à ciência e à inovação”. No âmbito interno, Padilha aproveitou para explicar que o governo federal duplicou o programa Mais Médicos, o que garantiu presença de profissionais na atenção primária “especialmente nas regiões mais pobres”. Segundo ele, essa política pública, em parceria com a Opas, é aprovada “por quem importa”.

Outra política pública destacada no discurso foi o Agora Tem Especialistas, que tem o objetivo de reduzir as filas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames e cirurgias.

Ainda no âmbito brasileiro, Padilha recordou que o Brasil entregou à Opas um relatório que destaca a redução da transmissão vertical do HIV e também a diminuição em 75% do número de mortes causadas pela dengue neste ano.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ministérios da Saúde e da Educação homologam novas Diretrizes Curriculares de Medicina

Documento é resultado de um amplo processo de escuta e participação social e representa um marco para a formação médica no Brasil.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro da Educação, Camilo Santana, assinaram, nesta segunda-feira (29), o termo de homologação do parecer das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em medicina.  Aprovadas por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em agosto de 2025, as DCNs representam um marco histórico para a formação médica no Brasil. 

“A aprovação das novas diretrizes permite alinhar a educação médica às necessidades sociais de saúde, ao fortalecimento do SUS e aos desafios contemporâneos ao incorporarem temas como inteligência artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade. Por isso, quero parabenizar todo o trabalho que foi feito, os apontamentos, o diálogo e a escuta de todas as instituições envolvidas nesse processo histórico”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Segundo o ministro da Saúde, as novas DCNs são resultado de “um trabalho de cooperação que possibilitará grandes avanços para a profissão de médico e para a saúde do país”. Padilha se refere ao amplo processo de escuta e participação social, envolvendo universidades, entidades médicas, gestores de saúde e representantes da sociedade civil, do qual se originou o documento.  

Já o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o trabalho conjunto do MEC e do Ministério da Saúde em prol da formação médica, organizando critérios, estabelecendo diretrizes e avalizando as necessidades de abertura de faculdades, com olhar criterioso e atento para uma formação de qualidade. “A atualização das diretrizes é uma iniciativa necessária para acompanhar as transformações da sociedade; é mais um passo importante para garantir a qualidade da formação em medicina. As diretrizes olham para a saúde mental, a tecnologia e as questões de inclusão, com base na realidade que estamos vivendo”, declarou.  

Formação médica de qualidade 

Entre as medidas que buscam garantir a qualidade da formação médica estão: a participação dos estudantes no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (ENAMED) e no Exame Nacional de Residência (ENARE); a realização do ENAMED no 4º ano do curso a partir de 2026; a supervisão estratégica nos cursos com baixo desempenho no ENAMED; e o cumprimento de visitas in loco em todos os cursos em 2026. 

Em relação a organização das instituições de ensino, o curso de graduação em Medicina deverá dispor de infraestrutura física, tecnológica e de recursos humanos adequados, que assegurem a plena execução do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), tanto nos ambientes institucionais de aprendizagem quanto nos campos de prática externa, com supervisão de docentes ou preceptores habilitados. 

Diversidade e inclusão 

Outro ponto de destaque é a valorização da diversidade e da inclusão, com a determinação de políticas institucionais de pertencimento e de apoio aos estudantes, contemplando aspectos étnico-raciais, sociais, culturais, de gênero e de orientação sexual. Também foi incluída a obrigatoriedade de núcleos de apoio psicossocial e programas estruturados de mentoria e saúde mental.  

Novas diretrizes 

As novas DCNs de medicina decorrem de um processo iniciado em 2023, conduzido pelo CNE, que envolveu consultas públicas, audiências e reuniões com universidades, entidades médicas, gestores de saúde, estudantes e sociedade civil. A revisão tornou-se necessária diante dos quase dez anos da resolução anterior, das mudanças tecnológicas e sociais e da necessidade de alinhar a formação médica às demandas contemporâneas do sistema de saúde brasileiro. O resultado foi um documento aprovado por unanimidade em agosto de 2025, que fortalece a integração com o SUS, valoriza a inclusão e atualiza o currículo para os desafios do século 21.   

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JOTA INFO

A urgência de um tratamento diferenciado para dispositivos médicos na reforma tributária

Congresso tem a oportunidade de promover uma transição fiscal equilibrada com proteção à saúde pública

A votação do PLP 108/2024, que regulamenta a reforma tributária e institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS), representa um passo importante para simplificar o sistema tributário brasileiro. No campo da saúde, entretanto, ainda há dúvidas acerca dos impactos dessas mudanças para que elas não elevem os custos assistenciais e nem reduzam o acesso a tratamentos essenciais.

Os dispositivos médicos - presentes em toda a cadeia da saúde, da assistência básica à de alta complexidade - ainda não têm definição clara sobre a tributação no texto atual.

Ao fixar uma lista na Lei Complementar 214/2025 para redução e isenção da alíquotas na área de saúde há uma limitação para a inovação tecnológica, com novos produtos podendo ser enquadrados na alíquota cheia dos novos tributos.

Isso incorre em, no mínimo, dois problemas: afastará o incentivo à inovação - em movimento contrário a todo o esforço que o setor vem empenhando, especialmente no pós-pandemia, de fortalecer a indústria da saúde no Brasil - e prejudicará o acesso a dispositivos inovadores, que, se chegarem ao mercado, serão taxados integralmente e implicarão em um efeito cascata que afetará o SUS e a saúde suplementar.

Em um país onde 75% da população depende exclusivamente do SUS, o impacto pode ser devastador, ampliando desigualdades regionais e comprometendo a sustentabilidade do sistema.

A experiência internacional reforça a necessidade de atenção. Nos países da OCDE, dispositivos médicos recebem tratamento fiscal diferenciado, por serem insumos estratégicos para salvar vidas. Seguir esse modelo não é criar privilégios, mas adotar uma política pública alinhada às melhores práticas globais.

É necessário que os novos produtos que chegarão aos sistemas de saúde brasileiro sejam incluídos - de forma automática e periódica - na lista de bens com alíquotas reduzidas, a fim de evitar a disparidade com produtos incorporados à lista até então.

Essa medida traz previsibilidade, protege investimentos e, sobretudo, garante que os pacientes continuem a ter acesso a tecnologias fundamentais. Também é essencial que a transição para o novo modelo tributário seja gradual, evitando o desabastecimento, a fuga de investimentos e descontinuidade de produtos e serviços de saúde.

O Congresso tem a oportunidade de assegurar que a reforma tributária seja socialmente justa, promovendo uma transição fiscal equilibrada e proteção à saúde pública. Reconhecer dispositivos médicos como bens essenciais é afirmar, na prática, que a vida deve estar no centro das decisões do Estado.

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MAIS GOIÁS

“Só tenho a agradecer a Deus por estar viva”, diz jovem que perdeu 80% do couro cabeludo em acidente no Rio Araguaia

O que era para ser uma viagem de férias em família se transformou em um dos maiores desafios da vida de Jackeline Silva Faria, de 29 anos. No dia 19 de julho, durante um passeio de moto aquática no Rio Araguaia, ela caiu do veículo e teve 80% do couro cabeludo sugado pela turbina. Em entrevista ao Mais Goiás, a jovem contou que tem gratidão a Deus por estar viva.

Depois do acidente, Jackeline foi resgatada ainda consciente pelo Corpo de Bombeiros, que prestou os primeiros atendimentos no posto de apoio montado na região. De lá, foi levada para uma unidade de saúde em Barra do Garças (MT) e, posteriormente, transferida para Goiânia, onde segue em tratamento no Totum Saúde.

Dois meses depois, a jovem já passou por cirurgias e enfrenta um processo longo de reabilitação. Ainda sem previsão de quando voltará a ter os cabelos, ela prefere se apegar à chance de recomeçar. “Esse acidente mudou minha vida. Eu só tenho a agradecer a Deus por ter sobrevivido e por poder estar com minha família”, contou Jackeline, emocionada.

O médico Sinval Silveira, que acompanha o caso, reforça que o quadro é considerado delicado: “Acidentes desse tipo são graves e exigem cuidados contínuos, para evitar complicações durante a recuperação.”

A mãe de Jackeline, Terezinha Jacinta, relembra os momentos de desespero quando soube do acidente. Hoje, transformou a angústia em gratidão ao ver a filha vencendo cada etapa do tratamento.

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MEDICINA S/A

Diversificação de investimentos cresce entre profissionais de saúde

Médicos e outros profissionais de saúde estão diversificando e sofisticando seus investimentos financeiros, buscando proteção patrimonial e rentabilidade. Essa é uma das tendências verificadas por um estudo realizado pela fintech Mitfokus Contabilidade Médica. De acordo com o levantamento, a diversificação é caracterizada por aplicações em fundos, ações em bolsa de valores, títulos de renda fixa e previdência privada, expansão e inovação por meio de criptoativos, além de aplicações tanto no Brasil como no exterior.

“A análise de tendências aponta uma crescente capacidade de acumulação patrimonial e uso estratégico da estrutura de holdings”, avalia a fundadora e CEO da Mitfokus, Júlia Lázaro. Ela descreve, a seguir, as principais recorrências:

Fundos de investimento diversificados, abrangendo fundos de investimento imobiliário. “Além disso, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos de ações e fundos de debêntures incentivadas são uma tendência, muitas vezes por meio de plataformas como a XP Investimentos, BTG Pactual, Itaú e Santander”, explica a especialista.

Ações e ETFs (Exchange-Traded Funds), de empresas listadas em bolsa no Brasil, como Vale, Petrobras, Itausa, Ambev e Web. Júlia Lázaro detalha: “Há um interesse notável em ETFs, tanto para exposição ao mercado brasileiro quanto ao exterior, como os relacionados ao S&P 500 (IVV, CORE SP 500, IVVB11) e outros fundos internacionais.

Renda fixa tradicional e previdência privada. Segundo o levantamento, instrumentos de renda fixa como CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são uma fonte comum de rendimentos isentos ou de aplicações financeiras. “Produtos de previdência privada, como o VGBL, indicam um foco em planejamento de longo prazo e benefícios fiscais”, observa a CEO da Mitfokus.

Ainda segundo Júlia, embora investimentos em criptoativos (como Bitcoin e Ethereum) e ganhos de capital na venda de imóveis ou ativos no exterior também estejam presentes no cenário médico, essas três categorias acima demonstram uma presença mais consistente no estudo de tendências realizado.

O levantamento cita ainda a participação societária como outra tendência de investimento por profissionais de saúde. Constituem, assim, capital social em clínicas e serviços médicos, e outras empresas privadas da área.

As tradicionais contas correntes e cadernetas de poupança não perdem espaço. Nessas situações, além dos investimentos em bancos comerciais brasileiros, o estudo verifica ainda aplicações em corretoras internacionais e até contas em exchanges (plataformas para troca de ativos financeiros, como moedas, ações e criptomoedas).

Levantamento e perfil do público

A amostra analisada inclui majoritariamente médicos, residentes e outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas, psicólogos e instrumentadores. “A maioria possui vínculos com clínicas médicas, hospitais universitários e cooperativas médicas”, pontua a CEO da empresa. “As principais fontes são clínicas médicas, hospitais universitários e cooperativas de trabalho médico. Profissionais que operam via PJ tendem a apresentar rendimentos tributáveis mais baixos e altos lucros isentos, o que indica distribuição de lucros em vez de pró-labore”.

Padrões financeiros e comportamentais constatados pelo estudo

Forte adesão ao modelo de Pessoa Jurídica como forma de otimização tributária legal.

Elevada concentração de lucros e dividendos isentos.

Diversificação de investimentos: fundos, ações, previdência, criptoativos.

Evolução patrimonial consistente ano a ano.

Presença de dívidas gerenciáveis, mas também sinais de aperto em parte da base.

Médicos em início de carreira tendem a ter baixos rendimentos tributáveis e foco em especialização (bolsas, residência).

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Assessoria de Comunicação        

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