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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quase 60% dos leitos hospitalares do Brasil estão no Sul-Sudeste
MP aponta irregularidades em planos que restringem terapia a autistas
90% dos autistas ganham ações judiciais contra planos de saúde
https://eshoje.com.br/geral/2025/04/90-dos-autistas-ganham-acoes-judiciais-contra-planos-de-saude/
ANS sob pressão: flexibilização do modelo regulatório pode avançar?
Entidades da saúde propõem inclusão de ética econômico-financeira na formação universitária
Fim da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode elevar custos e pressionar o SUS
Estudo global revela desafios e oportunidades na Inclusão em Saúde
https://medicinasa.com.br/estudo-inclusao-saude/
PODER 360
Quase 60% dos leitos hospitalares do Brasil estão no Sul-Sudeste
As regiões Sul e Sudeste do Brasil concentram 57% dos leitos hospitalares do país, de acordo com o ElastiCNES, plataforma de dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). O levantamento indica que a região Norte é a mais deficitária, com apenas 7,4% dos leitos. O Sudeste aparece na frente, com 41,3% do total de leitos do país. Outros 26,5% estão no Nordeste, 15,7% no Sul e 9% no Centro-Oeste.
Entre os Estados, o Amazonas é a unidade federativa com menor disponibilidade de leitos hospitalares do país. São 168 leitos para cada 100 mil habitantes. Segundo informações do portal, que opera com dados enviados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, Sergipe e Pará também têm menos de 200 camas para cada 100 mil pessoas, com 189 e 198, respectivamente.
O Distrito Federal é o ente federativo com maior disponibilidade de leitos. São 368 para cada 100 mil habitantes. Apenas outras duas unidades federativas têm mais de 300 camas para cada 100 mil pessoas: Rondônia, com 324, e Rio Grande do Sul, com 302.
Segundo o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, são considerados leitos hospitalares as camas destinadas à internação de pacientes em hospitais. Para este cálculo, não são considerados os leitos de observação.
Em nota enviada ao Poder360, o MS (Ministério da Saúde) informou que a distribuição desigual de leitos entre os estados resulta de fatores históricos, econômicos, demográficos e de infraestrutura.
O MS disse ainda que estão em curso ações do Governo Federal para ampliar o acesso à assistência em regiões com carência de serviços. "O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos próximos anos, buscará universalizar serviços essenciais na rede de saúde pública e retomar investimentos em políticas públicas, especialmente em obras de infraestrutura econômica, social e urbana", afirmou.
Outra iniciativa da União para democratizar o acesso a serviços de saúde é o programa Mais Médicos, que leva profissionais a áreas prioritárias e vulneráveis. De acordo com o ministério, o primeiro edital de 2025 prevê a atuação de mais de 28 mil médicos no país.
Dos 535.392 leitos hospitalares do Brasil, 357.425 estão em estabelecimentos do SUS (Sistema Único de Saúde). Esse número corresponde a 67% do total disponível no país.
Em 17 anos, a proporção de leitos no SUS em relação ao total do país caiu 5 pontos percentuais. Em 2008, primeiro ano com registros no ElastiCNES, a quantidade de camas do sistema público correspondia a 72% do total do Brasil.
Em números absolutos, a variação do total de leitos neste intervalo de tempo não foi significativa. Eram 502.971 em 2008 e passaram para 535.392 em 2025, um aumento de 6,5%.
O único crescimento expressivo no período se deu de 2019 para 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19. Foram 45.424 novos leitos de um ano para o outro, crescimento de 9,2% que representou a maior alta entre dois anos.
O maior número de leitos da série histórica foi registrado em 2021, quando o Brasil ainda enfrentava o coronavírus. Em dezembro daquele ano, o país tinha 547.069 camas hospitalares em funcionamento.
Segundo o Ministério da Saúde, a redução na proporção de leitos SUS em relação ao total do país reflete uma tendência global de desospitalização, processo em que internações são substituídas por cuidados ambulatoriais e domiciliares.
Leia a íntegra da nota do Ministério da Saúde:
"A distribuição desigual de leitos entre os estados brasileiros resulta de fatores históricos, econômicos, demográficos e de infraestrutura. A Região Norte, por exemplo, possui vasta extensão territorial e áreas isoladas.
"Com o objetivo de ampliar o acesso à assistência em regiões com carência de serviços, o Governo Federal promove diversas medidas, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, nos próximos anos, buscará universalizar serviços essenciais na rede pública e retomar os investimentos em políticas públicas, especialmente em obras de infraestrutura econômica, social e urbana. Destaca-se também o Programa Mais Médicos, que leva profissionais a áreas prioritárias e vulneráveis. Com o primeiro edital de 2025, serão mais de 28 mil médicos atuando no país.
"Quanto à redução de leitos, essa mudança reflete uma tendência global de substituição de internações por cuidados ambulatoriais e domiciliares, promovendo a desospitalização. Essa estratégia prioriza a promoção da saúde e a prevenção de agravos, contribuindo para a redução de internações evitáveis e garantindo um modelo de cuidado mais eficiente.
"Além disso, a transformação no modelo de atenção do SUS reforça a ênfase em ações preventivas, sem deixar de assegurar o acesso aos serviços hospitalares sempre que necessário, preservando a integralidade do cuidado oferecido à população".
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METRÓPOLES
MP aponta irregularidades em planos que restringem terapia a autistas
O MPGO representou à PGR e pediu avaliação da resolução 424/2017 da ANS. Para o MP, a norma possibilita a redução de terapia para autistas
O Ministério Público de Goiás (MPGO) representou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediu para que seja apontada a inconstitucionalidade da Resolução Normativa 424/2017 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo o MP, a norma possibilita que os planos de saúde reduzam as terapias para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A norma foi criada em auditoria própria da ANS, por meio de notificações ou reiteradas Juntas Médicas, em planos de saúde. O autor da representação à PGR é o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, titular da 70ª promotoria de Goiânia.
Durante apreciação de uma ação civil pública que tratava de um caso de paciente autista, o promotor teria identificado que a operadora do caso em questão "pratica uma nova modalidade de abuso, que consistiria no uso da resolução para notificar os beneficiários sobre a adequação de quantidade de terapias".
As reduções chegam 50% da quantidade de terapias indicadas aos pacientes. Segundo o MP, a operadora convocava uma junta médica - grupo autorizado pela resolução em questão a definir o seguimento de um tratamento quando há divergência entre o médico do paciente e o plano de sáude - que decidia pelas reduções ou, simultaneamente, pedia que os usuários assinassem um termo de concordância com redução terapêutica pré-determinada.
O que aconteceu
MPGO pediu que a PGR apresente um pedido de inconstitucionalidade da Resolução Normativa 424/2017 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ao Supremo Tribunal Federal (STF);
O pedido requer uma liminar que suspenda a resolução;
Para o MP, os planos de saúde têm utilizado a resolução - que dispõe sobre a convocação de juntas médicas - para reduzir o tratamento indicado para pacientes autistas;
A resolução dispõe sobre os casos em que deve ou não ser formada a junta médica, especifica a qualificação dos profissionais envolvidos, determina as formas de notificação, prazos e formas de resposta, além dos direitos e deveres de beneficiários, profissionais assistentes e operadoras.
Para o promotor, essa situação pressiona famílias vulneráveis e desinformadas a aceitarem a diminuição de terapias, antes mesmo da realização do exame da junta.
"Essa prática coercitiva aproveita-se da dificuldade técnica das famílias em compreender as implicações dessas reduções propostas e do temor de perderem completamente a cobertura, caso não concordem com os termos apresentados unilateralmente", avalia Élvio Vicente.
Na representação, o promotor esclareceu que os níveis de suporte do TEA e a necessidade de intervenções multidisciplinares intensivas e abrangentes que necessitam para o desenvolvimento neuropsicomotor e os retrocessos já documentados, em caso de sua falta.
"Desta forma, apontando a inconstitucionalidade material da resolução, o MP requer ao Ministério Público Federal (MPF) a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de medida cautelar contra a Resolução 424/2017, por violação à Constituição Federal, no que se refere a garantia de direitos, em proteção aos direitos fundamentais das pessoas com TEA e seus familiares, equiparados como consumidores hipervulneráveis", completa o texto.
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ES HOJE
90% dos autistas ganham ações judiciais contra planos de saúde
Cerca de nove em cada dez ações judiciais (92%) contra planos de saúde que pedem tratamentos para crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) têm decisões favoráveis ao beneficiário, mostra estudo inédito do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), que analisou sentenças do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Os pedidos com maiores índices de sucesso foram para tratamentos de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psicoterapia e equoterapia (acima de 94% de sucesso). Já os menores foram para acompanhante terapêutico (70,6%), psicopedagogia (76,7%), nutricionista (80%), medicamentos a base de canabidiol (81,8%), musicoterapia (83,3%) e hidroterapia (87,5%).
Em 66% dos casos houve solicitação para que fosse usada a ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês), uma técnica baseada na ciência do comportamento que foi alvo recente de controvérsia sobre a falta de evidências científicas que atestem a sua eficácia e/ou a superioridade em comparação a outros métodos.
Atualmente, o autismo é condição de saúde que mais motiva litígios contra planos de saúde entre o público infantojuvenil, respondendo por 51% das demandas, segundo uma outra análise do Insper. No SUS (Sistema Único de Saúde), essa condição abarca 10,4% dos casos.
De acordo com Vanessa Boarati, pesquisadora do núcleo de economia do direito do Insper, o estudo objetivou entender qual o perfil de crianças que ingressam com demandas judiciais, quais os principais pedidos e as sucesso dessas demandas. A pesquisa teve financiamento da FJLS (Fundação José Luiz Setúbal).
A maior parte das ações envolve meninos (80,7%), com idades entre dois e cinco anos (62,8%). Em mais de um terço dos casos, foram requeridos três (18,1%) ou quatro (20%) tratamentos. As decisões levaram cerca de um ano para serem proferidas.
A pesquisadora diz que se surpreendeu com a taxa de sucesso de ações que pedem terapias não relacionadas diretamente à saúde. "A hipótese que eu tinha era que questões relacionadas à educação [como psicopedagogia] não seriam aprovadas, mas a taxa de sucesso foi acima de 70%", diz.
Boarati reforça que análise buscou isenção e não emite juízo de valor sobre as terapias solicitadas. "A gente teve uma preocupação muito grande de não assumir posição, de garantir a nossa independência como pesquisador."
De acordo com o estudo, as operadoras de planos de saúde basearam suas argumentações de defesa principalmente em discussões jurídicas sobre a obrigatoriedade ou não da cobertura dos tratamentos solicitados.
Já os juízes fundamentaram suas decisões na jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo, no Código de Defesa do Consumidor e em súmulas do próprio tribunal. O argumento predominante foi que nem o Judiciário nem a operadora poderiam revisar a prescrição médica do paciente.
Em 2022, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) editou duas normas sobre o tema. Uma ampliou a cobertura de tratamentos para o TEA, como o método ABA, e a outra pôs fim à limitação do número de consultas e sessões com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e psicoterapeutas.
Segundo a pesquisadora, o esperado seria que essas normas freassem a judicialização, mas isso não ocorreu. Ela diz que há muita controvérsia em torno da necessidade de cobertura de certos tratamentos e insegurança jurídica. Ainda não há, por exemplo, decisão vinculante do Superior Tribunal de Justiça) sobre o tema.
"O que mais chega ao nosso gabinete são negativas de planos de saúde de terapias e cancelamento de apólices de crianças autistas, mas uma minoria de pais tem recursos para ingressar com ações judiciais contra os planos", afirma a deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP), ativista pelos direitos dos autistas.
Ela afirma que há duas semanas sentiu na pele o problema ao ter o reembolso da equoterapia do filho negado pelo plano de Saúde. Theo foi diagnosticado com autismo nível 3 aos dois anos, em 2010. "O argumento é que não está no rol da ANS."
A análise do Insper envolveu apenas casos julgados em 2023, ou seja depois da publicação das novas normas da ANS. Foram inicialmente reunidas 1.588 sentenças judiciais relacionadas ao TEA e feita uma análise sistemática do conteúdo em 212 delas.
Para Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), existe um vácuo legislativo e regulatório que estimula o ingresso de ações judiciais.
"Como a lei permite tudo, a regulação não delimita o que pode e o que não pode, vira combustível para a judicialização. Quanto menos segurança jurídica você tem na base legislativa e na base regulatória, mais judicialização você vai ter."
Segundo ele, grande parte dessa judicialização está ligada a fraudes, que envolvem terapias sem evidências ou quantidade de horas não factíveis de tratamento, e não necessariamente a deficiência ou falha de atendimento dos planos.
Na opinião de Ribeiro, para reduzir a judicialização é preciso lei e regulação da ANS. "É preciso que diga o que é bom para o paciente, mas sempre com lastro na ciência. Sem isso, é praticamente impossível conseguir fazer essa gestão."
De acordo com dados da Abramge, em 2023, os custos com tratamentos para pacientes com TEA e outros transtornos globais de desenvolvimento (TGD) superaram os custos com tratamentos oncológicos_9% do custo médico total 8,7%.
O pediatra José Luiz Setúbal, presidente da FJLS, diz que o objetivo da instituição em financiar pesquisas como essa do autismo é estimular trabalhos, com rigor científico, que influenciem políticas públicas na adoção de boas práticas para a promoção da saúde infantil.
"Essa pesquisa é uma prova de que o tratamento do TEA tem sido objeto de processos judiciais desnecessários, que atrasam e impactam o desenvolvimento infantil", afirma.
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SAÚDE BUSINESS
ANS sob pressão: flexibilização do modelo regulatório pode avançar?
Propostas da Agência Nacional de Saúde Suplementar para promover a sustentabilidade em saúde dividem opiniões.
No mês de fevereiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou um total de pouco mais de 52 milhões de beneficiários de planos de saúde no Brasil, número esse que vem se mantendo estável nos últimos anos. Houve um crescimento de 912.706 beneficiários em relação a fevereiro de 2024. Já no comparativo de fevereiro de 2025 com janeiro de 2025, houve uma queda de 10.676 usuários.
Por um lado, um mercado estagnado; do outro, custos de saúde cada vez mais elevados, e, no meio disso, o envelhecimento populacional e o consequente aumento das doenças crônicas. Esse cenário tem feito com que os atores do ecossistema de saúde discutam algumas propostas para manter a sustentabilidade do setor.
Hoje, a pauta gira em torno de temas como regras de coparticipação, determinando o percentual de 30% de coparticipação por procedimento, o limite mensal de 30% do valor da mensalidade e limite anual de até 3,6 vezes o valor da mensalidade; revisão técnica de planos individuais e familiares, que prevê um reajuste maior que o autorizado pela ANS para operadoras que demonstrarem desequilíbrio econômico-financeiro; e a discussão de novas formas de remuneração, onde sairia de cena o modelo fee for service para dar lugar a um modelo de pagamento baseado em valor.
Mas o quanto essas propostas podem realmente contribuir para a sustentabilidade do setor sem com isso afetar a qualidade do atendimento ao consumidor? Esse é o debate que vem sendo travado.
Para José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), as mudanças propostas pela ANS merecem discussões aprofundadas. “A possibilidade de um novo modelo de reajuste para contratos com até mil vidas, mudanças nas regras de coparticipação e reativação dos planos individuais com reajustes mais flexíveis, tem suscitado grande debate nos meios de comunicação e precisam ser avaliadas com cautela.”
Novo formato de plano de saúde
Entre as propostas da ANS, uma tem gerado polêmicas: a criação de planos ambulatoriais que incluem consultas e exames, sem cobertura de urgência e emergência. Para Cechin, esse é outro tema a ser profundamente debatido, com argumentos técnicos e sem vieses. “Esses planos representariam mais uma opção para os consumidores. Como há dúvidas sobre seus efeitos práticos, a ANS optou por submeter essa proposta ao sandbox regulatório por prazo determinado, findo o que poderão ser avaliados seus efeitos práticos.”
O sandbox regulatório funciona como um ambiente experimental de regulação, com as empresas tendo dois anos para testar seu produto, durante os quais deverão seguir algumas regras, o que inclui a criação e registro de um plano de saúde no formato coletivo por adesão, com participação limitada a 30%, além de oferecer bônus aos beneficiários que participarem de programas de cuidado e permanecerem no plano após o período de testes de dois anos.
Passado esse prazo, caso a ANS decida por não manter a modalidade, os beneficiários terão portabilidade extraordinária para troca por outro plano ou a possibilidade de voltar ao plano de origem.
Diferentes atores do ecossistema, diferentes perspectivas
Na avaliação de Cechin, abrir o leque de escolhas para os consumidores não pode ser prejudicial, pois os consumidores não optariam por produtos que piorassem suas situações. “Na verdade, esses planos refletem uma realidade já em curso. O consumidor já vem buscando alternativas mais acessíveis e flexíveis, como clínicas populares e cartões de desconto em saúde, que oferecem serviços com cobertura limitada e sem regulação da ANS. O que a agência está fazendo é abrir espaço para que o setor regulado ofereça esse tipo de serviço com mais segurança para o consumidor. Com isso, os usuários terão acesso a serviços estruturados, com canais formais para reclamação, fiscalização e informações claras sobre os direitos adquiridos.”
Com a criação do modelo mais simples, a expectativa da ANS é ampliar a quantidade de pessoas com acesso à atenção primária e secundária, incluindo cerca de 10 milhões de brasileiros no setor de saúde suplementar. Isso, justifica a Agência, reduziria a fila de exames do SUS e aceleraria o diagnóstico dos pacientes.
Países como os Estados Unidos, com o Obama Care, a África do Sul ou Austrália já adotam modelos mais flexíveis e segmentados na regulação da saúde suplementar. “Essa abordagem permitiu ao setor desenvolver produtos diversificados, com maior capacidade de adaptação à renda e às necessidades específicas de diferentes perfis de consumidores. O resultado foi um mercado mais dinâmico, com maior penetração entre a população, especialmente entre aqueles que antes estavam excluídos do sistema tradicional de cobertura integral. A flexibilidade regulatória não significa ausência de proteção, mas sim a possibilidade de equilibrar acesso, sustentabilidade e responsabilidade contratual”, destaca Cechin.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante das operadoras de planos de saúde do país, avalia que a medida abre a possibilidade de ser oferecida mais uma alternativa de assistência aos beneficiários, preservando todas as demais opções de planos hoje disponíveis.
Em nota, a Federação diz que considera, ainda, que coberturas mais focadas, como a proposta pela ANS, podem contribuir para tornar os planos de saúde mais acessíveis e ampliar o acesso dos brasileiros à saúde de qualidade que as operadoras propiciam. Segundo a FenaSaúde, as empresas também irão colaborar para maior promoção de saúde e prevenção de doenças, com efeitos benéficos sobre todo o sistema de saúde, ao aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS) das filas de espera de consultas eletivas e exames.
Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a lei que autoriza as agências reguladoras a abrirem processos de sandbox regulatório determina que a inovação é requisito indispensável para ser observado. No entanto, o tipo de plano proposto pela ANS não traz qualquer inovação ao setor de planos de saúde. Trata, na realidade, de um pleito antigo das operadoras de saúde e que vem sendo discutido desde a criação da Lei de Planos de Saúde (Lei nº 9.656), em 1998, pelo setor regulado.
Essa também é a visão do advogado especialista em Direito à Saúde e sócio do escritório Vilhena Silva, Rafael Robba, ao afirmar que a proposta confronta a própria lei, que determina que os planos ambulatoriais de saúde devam ter como cobertura mínima obrigatória procedimentos ambulatoriais como quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, entre outros, além de garantir atendimentos de urgência e emergência.
“Essa proposta, além de não contribuir com o melhor funcionamento do sistema de saúde, ainda deixa o consumidor vulnerável, pois caso ele necessite de um tratamento, terá que recorrer ao SUS. Porém, devemos lembrar que a porta de entrada para o SUS são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, analisa Robba. Isso significa que toda a jornada do paciente começaria do zero, com novas consultas e exames sendo necessários, o que pode levar a um atraso no início do tratamento e um aumento nos custos.
Essa questão apontada por Robba deve estar na pauta de discussão caso a proposta seja aprovada, acredita Cechin. “Existem dois pontos de atenção: a posição na fila e, para evitar desperdícios, o SUS precisará se valer dos resultados dos exames que o paciente fez pelo plano.”
Para Yuri Hidd, pesquisador do Programa de Saúde do Idec, produtos nesse formato não garantem o direito à saúde do paciente, pois as suas necessidades de saúde não se esgotam na realização de consultas e exames.
“Com esses produtos, os consumidores terão no máximo um diagnóstico. Hoje, os planos existentes também se separam entre aqueles que oferecem serviços de maior ou de menor qualidade. Com a proposta de planos ainda mais desregulamentados, é possível que, além de não terem seus problemas de saúde resolvidos, também terão atendimentos de baixa qualidade. É preciso destacar, ainda, que a ANS não avança sobre a regulação de prestadores de serviço ou de certificação de qualidade.”
Para Cechin, a proteção ao consumidor em um modelo mais flexível está diretamente ligada à atuação regulatória da ANS, à transparência contratual e a vendas bem-informadas. “Um contrato claro e bem delimitado garante que o beneficiário tenha pleno conhecimento dos serviços que está adquirindo. Assim como acontece com os cartões de desconto em saúde, o consumidor não terá mais direitos do que os previstos no contrato — mas, diferente desses produtos, terá a segurança de contar com um operador regulado, sujeito às normas da ANS. Cabe à agência garantir que os limites de cobertura estejam explicitados e que haja canais eficazes de fiscalização, orientação aos prospectivos contratantes e resolução de conflitos.”
Hidd comenta ainda que existe o risco de que a flexibilização favoreça grandes corporações em detrimento de pequenos prestadores de serviço. “Hoje, já existe um mercado privado de saúde que oferece serviços desregulamentados de consultas e exames para pacientes – os cartões de desconto e as clínicas populares. Grandes empresas não conseguem operar nesse mercado, pois ele não é regulamentado pela ANS. Ao criar produtos com menor regulamentação, a ANS está atendendo ao anseio das operadoras por essa reserva de mercado, ainda que em detrimento da saúde dos pacientes.”
Sobre a possibilidade de redução de custos em saúde e aumento do acesso, o pesquisador do Idec analisa que os produtos são mais lucrativos para as operadoras, pois cobrem apenas os serviços de saúde mais baratos, o que pode sobrecarregar o SUS, em especial considerando que, com a possibilidade de oferecer produtos mais baratos e flexíveis, ocorra um downgrade, ou seja, pessoas que hoje têm planos de saúde migrem para esse novo produto que diminui seu acesso aos serviços de saúde.
Segundo Cechin, os atendimentos ambulatoriais têm alta resolutividade (entre 80% e mais de 90% dos casos). “O atendimento ambulatorial faz uso mais eficiente dos recursos, daí a redução de custos, sem falar que as orientações adequadas por parte do profissional podem ajudar o paciente a construir saúde e evitar o adoecimento.”
Para Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a proposta não reduz custo do que é necessário, somente do que é entregue, e não deve avançar. “A saúde suplementar, para sobreviver, tem que aumentar a sua eficiência.”
O debate sobre sustentabilidade em saúde tem levado à criação de propostas que precisam ser amplamente debatidas para que tanto empresas quanto consumidores possam ter suas necessidades atendidas, sem risco para o que mais importa: a saúde das pessoas.
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Entidades da saúde propõem inclusão de ética econômico-financeira na formação universitária
Mais de 30 instituições levaram ao MEC uma sugestão para incorporar o tema às Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos da área, com foco na integridade e no combate a práticas indevidas.
Em uma iniciativa inédita, mais de 30 entidades representativas da saúde apresentaram ao Ministério da Educação (MEC), no dia 2 de abril, em Brasília, uma proposta para inclusão de conteúdos sobre ética nas relações econômico-financeiras nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de saúde. A proposta é liderada pelo Instituto Ética Saúde (IES), com apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), e visa incorporar o tema à formação de profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.
A sugestão segue o modelo de outras resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) que integram de forma transversal temas como relações étnico-raciais, direitos humanos e educação ambiental no ensino superior. A próxima etapa do processo será a apresentação da proposta ao próprio CNE, responsável por deliberar sobre as mudanças nas diretrizes.
Ética e integridade como parte da formação profissional
Participaram da reunião com o MEC o secretário executivo Leonardo Osvaldo Barchini Rosa, o secretário executivo adjunto Gregório Durlo Brisa, o secretário de Educação Superior Marcus Vinicius David e a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Marta Abramo. Também estiveram presentes o diretor executivo do IES, Filipe Venturini Signorelli, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, e o assessor da presidência da Ebserh, José Santana.
Segundo os idealizadores, a proposta tem como objetivo contribuir para a formação de profissionais mais conscientes quanto às implicações éticas de decisões econômico-financeiras no setor de saúde. A intenção é estimular o pensamento crítico e promover práticas alinhadas às normas legais e aos valores socioculturais.
“O objetivo é que os profissionais iniciem suas carreiras com um entendimento sólido sobre quais condutas são consideradas éticas e íntegras nas relações profissionais, reduzindo riscos de envolvimento em práticas indevidas e fortalecendo uma cadeia de valor mais transparente no setor”, explicou Filipe Venturini Signorelli.
Proposta conta com apoio amplo do setor de saúde
O documento foi elaborado com o apoio de entidades de diversos segmentos do setor — incluindo indústria, distribuição, hospitais, diagnóstico, organizações sociais, conselhos profissionais e associações de pacientes — que assinam a proposta em conjunto.
Arthur Chioro, presidente da Ebserh, destacou que a proposta chega em um momento oportuno, já que as DCNs dos cursos da área da saúde estão em fase de revisão. “É uma pauta que, mesmo com uma mudança pontual, pode gerar impacto significativo na formação dos futuros profissionais do setor”, afirmou.
Criado em 2015, o Instituto Ética Saúde é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua no combate à corrupção na área da saúde e na promoção da integridade, com foco na sustentabilidade do setor e na segurança do paciente.
Entidades e personalidades apoiadoras da proposta:
Associação Médica Brasileira (AMB)
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS)
ABIMED, ABIMO, ABRAIDI, ABRAFARMA, ABRAMED
Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP)
Associação Brasileira de Auditores em Saúde (AUDIF)
Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL)
Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs)
Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH)
Federações de hospitais e santas casas como FEHOESP e FEHOSP
Grupo FarmaBrasil, IBROSS, IBSP, Instituto Ethos, INTERFARMA
Observatório Social do Brasil (OSB)
Diversas sociedades médicas e conselhos profissionais, como COFEN
Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO)
Personalidades como Arthur Chioro, Angélica Carlini, Celso Grisi, entre outros
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Fim da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode elevar custos e pressionar o SUS
ABIMO propõe prorrogação do Convênio ICMS nº 01/99 até 2032 para evitar aumento nos custos da saúde, insegurança jurídica e queda na inovação.
A possível extinção da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode resultar em um aumento médio de 20% no custo desses materiais, com reflexos diretos sobre hospitais, clínicas e o Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta é da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos), que defende a prorrogação do Convênio ICMS nº 01/99 como medida para preservar a sustentabilidade do setor e o acesso da população à saúde.
Em vigor há 25 anos, o convênio garante a isenção do imposto estadual para itens como marcapassos, stents, próteses e insumos hospitalares. Segundo a entidade, o benefício tem sido fundamental para evitar o aumento da carga tributária sobre produtos essenciais à assistência médica.
“A retirada desse benefício impactaria diretamente os custos dos tratamentos e o acesso da população à saúde, gerando filas ainda maiores e reduzindo investimentos em inovação”, afirma Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO.
Insegurança jurídica e risco de retrocesso
Atualmente, o convênio foi prorrogado até julho de 2025. No entanto, a falta de definição sobre sua continuidade tem gerado insegurança jurídica para as empresas do setor. Para mitigar esses efeitos, a ABIMO propõe um calendário de transição com validade até 2032 — prazo que coincide com a implementação da Reforma Tributária.
A proposta está sendo discutida com a Frente Parlamentar de Serviços de Saúde e no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), com o objetivo de alinhar a vigência do convênio às etapas previstas da reforma.
Impactos sobre o acesso, a inovação e a geração de empregos
Caso a isenção não seja mantida, os impactos podem incluir aumento dos custos para o sistema público e privado de saúde; redução de investimentos em inovação e tecnologia; perda de competitividade e empregos no setor; e maior dificuldade de acesso a tratamentos e equipamentos essenciais, com possíveis prejuízos à segurança dos pacientes.
“Criar um ambiente seguro e previsível para o setor significa garantir que as empresas possam continuar inovando e oferecendo melhores tratamentos à população”, conclui Fraccaro.
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MEDICINA S/A
Estudo global revela desafios e oportunidades na Inclusão em Saúde
A Haleon, empresa de produtos de consumo em saúde, apresentou a segunda fase do estudo Health Inclusivity Index. Desenvolvido pela divisão de pesquisa do Economist, este estudo global, que abrange 40 países, investiga como as políticas nacionais integram a inclusão na saúde e como as pessoas vivenciam essa inclusão e exclusão na prática. Além de fornecer recursos valiosos para a formulação de políticas, o estudo desafia pensamentos estabelecidos e destaca abordagens inovadoras para promover a inclusão na saúde.
Nesta edição, pesquisadores ouviram mais de 42 mil pessoas para avaliar a inclusão ou exclusão no acesso aos serviços de saúde, identificando lacunas significativas, especialmente entre populações vulneráveis. Ao obter informações sobre as principais barreiras globais, é possível recomendar ações necessárias para promover a inclusão e expandir as oportunidades de melhorar a saúde cotidiana de milhões de pessoas em todo o mundo.
Em relação ao Brasil, o estudo revelou insights relevantes sobre as barreiras de acesso a recursos de saúde, como:
74% dos brasileiros enfrentam pelo menos uma barreira no acesso aos serviços de saúde.
50% das populações marginalizadas e com condições crônicas de saúde no Brasil relatam que a qualidade do atendimento foi prejudicada por características demográficas ou antecedentes.
69% dos entrevistados se sentem capacitados para tomar decisões de saúde quando compartilhadas com profissionais de saúde.
40% dos brasileiros afirmam que membros específicos da comunidade fornecem apoio aos pacientes que não são membros da família ou profissionais de saúde.
73% dos brasileiros dizem que podem pedir ajuda a vizinhos ou amigos para temas de saúde, se necessário.
Além disso, a pesquisa ressalta a importância de continuarmos avançando para garantir que a saúde seja acessível a todos.
“O levantamento traz uma radiografia do setor para identificar gargalos e aspectos que devem ser aprimorados na busca por mais acesso à saúde de qualidade. Na Haleon, acreditamos que sistemas inclusivos são essenciais para garantir que todas as pessoas tenham acesso e sejam educadas e empoderadas para tomar decisões quanto a sua saúde, por isso é fundamental que as políticas públicas de saúde incorporem o autocuidado e a educação em saúde. Promover o autocuidado não apenas melhora a qualidade de vida das pessoas, mas também alivia a pressão sobre os sistemas de saúde públicos.”, destaca Mariana Lucena, Diretora de Corporate Affairs LatAm da Haleon.
O estudo também destaca que muitos países de baixa e média renda conseguem trazer acesso à saúde com menos recursos e infraestrutura menos desenvolvida, oferecendo uma fonte rica de aprendizado. Isso representa uma oportunidade para os formuladores de políticas liderarem a conversa sobre como impulsionar a inclusão em saúde, promovendo serviços nas comunidades de baixo para cima e de cima para baixo.
Apesar de um baixo nível de letramento em saúde em comparação com outros países, o empoderamento do autocuidado é um ponto positivo para o Brasil e pode fornecer as bases para uma comunidade mais empoderada.
“Reconhecemos a importância dos dados e informações confiáveis para a tomada de decisão adequada à formulação de políticas públicas e iniciativas em saúde que assegurem a inclusão de todos na sociedade. O índice desenvolvido pela Economist Impact tem como objetivo ser uma ferramenta para entendimento da realidade e auxiliar na construção de ações e políticas efetivas. Vale notar que o estudo traz conclusões interessantes, como o fato de os países mais inclusivos serem aqueles que oferecem à população ferramentas e condições para tomar decisões relativas à sua própria saúde, demonstrando a relevância da informação e o empoderamento das pessoas”, destaca Mariana.
O estudo aponta que populações marginalizadas e pessoas com condições crônicas de saúde continuam enfrentando barreiras significativas, ressaltando a necessidade urgente de políticas de saúde mais inclusivas e eficazes. Além disso, as gerações mais jovens demonstram falta de conscientização sobre os serviços disponíveis, evidenciando a carência de uma maior educação e disseminação de informações.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ANS divulga resultados do 4º trimestre de 2024
https://monitormercantil.com.br/ans-divulga-resultados-do-4o-trimestre-de-2024/
Workshop OPME em Foco, da Unimed Federação Centro Brasileira, debate estratégias para negociações
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/04/workshop-opme-em-foco-da-unimed.html
GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem
https://www.foconacional.com.br/2025/04/gestao-20252028-marcelo-vilela-lauar-e.html
Cibersegurança na Saúde: Um remédio essencial contra fraudes e ataques virtuais
Unimed descobre crianças fantasmas em tratamento; clínica foi fechada
Com um público qualificado e muito atento, Sindhoesg e Soquasa realizam o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”
https://www.tendenciasenegocios.com.br/2025/04/com-um-publico-qualificado-e-muito.html
Goiás investe R$ 4 milhões em pesquisas na saúde pública
Brasil vai ampliar produção de insulina com nova planta da Novo Nordisk
Namorado de Sandy é proibido pela Justiça de fracionar recibos médicos após acusação de fraude de R$ 2 milhões
MONITOR MERCANTIL
ANS divulga resultados do 4º trimestre de 2024
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde responsável pelos planos de saúde no Brasil, divulgou nesta segunda-feira os resultados do 4º trimestre de 2024 do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que passou a utilizar uma nova base de dados, ampliada, de reclamações de consumidores sobre negativas de cobertura ou descumprimento dos prazos máximos para atendimento.
Segundo a ANS, neste momento, não haverá suspensão da comercialização de planos de saúde, pois o monitoramento considera os resultados de dois ciclos seguidos. No período analisado, 540 operadoras ficaram na faixa zero (melhor desempenho) e 120 ficaram na faixa 3 (pior desempenho).
O diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Alexandre Fioranelli, esclarece que não houve mudanças na metodologia do monitoramento e, sim, a ampliação da base de dados utilizada para o cálculo do desempenho das operadoras, o que reflete o compromisso contínuo da ANS com a sociedade: "A partir das novas informações, poderemos avaliar com mais precisão quais operadoras apresentam problemas, identificar riscos à assistência dos beneficiários e garantir a proteção dos consumidores em casos de irregularidades", destacou.
Com o ajuste no indicador aprovado na 608ª Reunião da Diretoria Colegiada da ANS, realizada em 1º de julho de 2024, o Monitoramento da Garantia de Atendimento passou a usar um número maior de demandas assistenciais registradas na ANS pelos consumidores. A grande diferença é que o novo indicador considera 50% do total de demandas informadas como não resolvidas pelos beneficiários no período referente a cada ciclo como base de cálculo do numerador.
Diferente do indicador anterior, que se baseava em demandas assistenciais analisadas e classificadas pela Diretoria de Fiscalização. O denominador permanece usando como base a média do número de beneficiários no período.
"Não dependemos mais da análise manual de demandas assistenciais e mantemos o uso de reclamações dos beneficiários como indícios de infração em questões relacionadas ao atendimento", completou Fioranelli.
Demandas assistenciais classificadas como Núcleo são aquelas que foram analisadas pela Diretoria de Fiscalização e enviadas para apuração nos Núcleos da ANS. As demandas classificadas como RVE (Reparação Voluntária e Eficaz) são aquelas que a operadora soluciona o problema corrigindo eventuais danos ou prejuízos ao beneficiário dentro do prazo de 5 dias úteis da Notificação de Intermediação Preliminar - NIP).
Resultados
Para possibilitar a realização dos ajustes necessários no novo indicador, a ANS suspendeu os ciclos relativos ao 2º e ao 3º trimestres de 2024. Sendo assim, o 4º trimestre de 2024 é o primeiro calculado com a nova base de dados. Portanto, nesse ciclo, não haverá planos que terão a venda suspensa pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento, já que será necessário constatar a sua reincidência na faixa 3.
O Monitoramento da Garantia de Atendimento é o acompanhamento do acesso dos beneficiários às coberturas contratadas, realizado com base nas reclamações recebidas pela ANS e na quantidade de beneficiários de planos de saúde. As reclamações consideradas nesse monitoramento se referem a negativas de cobertura assistencial ou ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames, terapias e cirurgias.
Com base no número de demandas registradas na ANS, as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas. Aquelas que são enquadradas nas faixas superiores do monitoramento apresentam um pior resultado no indicador da operadora. A partir de dois ciclos seguidos na pior faixa, as operadoras são proibidas de receber novos beneficiários nos planos que tiveram mais reclamações. A cada trimestre a listagem de planos é reavaliada, e as operadoras que deixarem de apresentar risco à assistência à saúde são liberadas, pelo monitoramento, para oferecer os planos para novas comercializações.
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FOLHA DO PLANALTO
Workshop OPME em Foco, da Unimed Federação Centro Brasileira, debate estratégias para negociações
Participantes receberam orientações da especialista Andrea Bergamini para evitar desperdícios e custos altos nas compras
Profissionais de auditoria, compras e áreas relacionadas das Unimed federadas se reuniram na Unimed Federação Centro Brasileira no Workshop OPME em Foco, realizado nos dias 3 e 4 de abril. O evento foi formulado com o objetivo de debater o comitê criado pela Federação para unificar as compras de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), a fim de obter melhores negociações com os fornecedores.
Afinal, o primeiro contratempo que envolve tais materiais é o fato de que não há uma tabela de preço unificada. Assim, os fornecedores negociam de formas diferentes com cada operadora, como explicou Andrea Bergamini, vice-presidente da Advice Health, empresa que realiza a intermediação do comitê da Federação com os fabricantes e representantes.
“No ramo de OPME, nunca sabemos o quanto os materiais custam e não existem comparativos técnicos. É um mercado volátil e ambíguo, que envolve muita complexidade”, destacou ela, que é ex-integrante da Comissão de OPME do Conselho Federal de Medicina (CFM) e referência na área.
Os participantes do Workshop debateram os aspectos técnicos, comerciais e éticos. Por exemplo, casos de indicações inadequadas de determinados materiais, o que gera o aumento injustificado dos custos para as operadoras e até mesmo desperdícios.
“Chegam muitas tecnologias no Brasil, mas não são novas. A indústria coloca algo diferente e quer vender mais caro dizendo que vai entregar mais valor ao paciente. Temos que entender que uma nova tecnologia é aquela que realmente entrega valor ao paciente, como mais resultado, tempo menor de cirurgia e melhor qualidade de vida”, ressaltou Andrea.
Na federada Unimed Cerrado, o aumento abusivo de preços e as demandas por OPMEs de alto valor agregado são alguns dos desafios enfrentados, como contou o gerente executivo de Saúde da operadora, José Lino.
“Internamente, fazemos juntas médicas e negociações pontuais, para comparar valor e tecnologias. Tudo sem esquecer de verificar o melhor prazo de pagamento”, descreveu ele sobre as estratégias aplicadas.
Já na Unimed Araguaína, o maior desafio está nos preços mais altos. “A cidade não tem aeroporto, o que deixa tudo caro e difícil. Por isso, entramos no comitê da Federação para compras conjuntas”, relatou a responsável pelo setor de compras de OPME da entidade, Ana Clara Reis.
“As operadoras têm tido muita dificuldade referente à negociação e à expertise. É um meio com muitas mudanças e que requer grande conhecimento sobre os materiais”, resumiu Tábata Martins Baicere e Silva, coordenadora de Operações da Advice Health.
Durante o Workshop, as especialistas demonstraram como criar a curva de aprendizado para poder “navegar” com mais tranquilidade no ramo. Uma dica é separar os materiais por especialidades e conhecer as variedades dos produtos.
Andrea Bergamini ainda orientou os profissionais sobre a importância das visitas técnicas aos fornecedores, gravando ou elaborando atas das reuniões. Também é indicado avaliar os registros de CNPJ, as autorizações na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estudar criteriosamente os orçamentos.
“Com o tempo, começamos a ficar com um olho clínico mais apurado, o que nos ajuda muito nas negociações. Porém, sem esquecer de manter sempre em mente a qualidade da assistência prestada, sustentabilidade financeira da operadora e foco no paciente. Afinal, o beneficiário paga para nós (operadoras) fazermos uma boa gestão da saúde dele”, definiu Andrea.
Além de profissionais da Unimed Federação Centro Brasileira, o evento contou com a participação de representantes das federadas Unimed Anápolis, Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Cerrado, Unimed Goiânia, Unimed Gurupi, Unimed Regional Sul Goiás (Itumbiara) e Unimed Rio Verde.
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FOCO NACIONAL
GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem
O médico Marcelo Vilela Lauar, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, foi reeleito para presidir no Sindimagem (Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás) na gestão 2025/2028.
Confira a composição da nova diretoria e do Conselho Fiscal do Sindicato:
Presidente: Marcelo Vilela Lauar
Vice-Presidente: Paulo Eduardo Marinho de Jesus
Secretário-Geral: Luiz Rassi Júnior
Secretário-Adjunto: Ricardo Tavares Daher
Tesoureiro-Geral: Renato Tavares Daher
Tesoureiro-Adjunto: Celso Augusto de Paula Nunes
Conselho Fiscal
Presidente: Mauricio Fogliatto Zacarias
Relator: Alexandre Rodrigues Mendonça
Conselheiro: Rubens Carneiro dos Santos Neto
Suplente - Conselho Fiscal
Primeiro Suplente: Cristiano Rézio Fonseca
Segundo Suplente : Ana Beatriz Marinho de Jesus Teixeira
Terceiro Suplente : Rodrigo Seronni Frota FOCO NACIONAL
https://www.foconacional.com.br/2025/04/gestao-20252028-marcelo-vilela-lauar-e.html
GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem
O médico Marcelo Vilela Lauar, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, foi reeleito para presidir no Sindimagem (Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás) na gestão 2025/2028.
Confira a composição da nova diretoria e do Conselho Fiscal do Sindicato:
Presidente: Marcelo Vilela Lauar
Vice-Presidente: Paulo Eduardo Marinho de Jesus
Secretário-Geral: Luiz Rassi Júnior
Secretário-Adjunto: Ricardo Tavares Daher
Tesoureiro-Geral: Renato Tavares Daher
Tesoureiro-Adjunto: Celso Augusto de Paula Nunes
Conselho Fiscal
Presidente: Mauricio Fogliatto Zacarias
Relator: Alexandre Rodrigues Mendonça
Conselheiro: Rubens Carneiro dos Santos Neto
Suplente - Conselho Fiscal
Primeiro Suplente: Cristiano Rézio Fonseca
Segundo Suplente : Ana Beatriz Marinho de Jesus Teixeira
Terceiro Suplente : Rodrigo Seronni Frota
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JORNAL DO BELÉM
Cibersegurança na Saúde: Um remédio essencial contra fraudes e ataques virtuais
Frente às nossas rotinas corridas, cada dia é uma nova chance de refletir sobre bem-estar e qualidade de vida. No entanto, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 07 de abril, vai além: é um momento oportuno para dar ênfase não só aos riscos de ataques do coração, mas também aos riscos de ataques cibernéticos. Em um cenário cada vez mais digital, proteger dados sensíveis e garantir a integridade das informações tornou-se fundamental para assegurar a confiança, qualidade e continuidade dos serviços de saúde. Portanto, não podemos deixar de mencionar como a cibersegurança é necessária, como ela está acompanhando o desenvolvimento do setor e, mais ainda, impactando direta ou indiretamente o nosso dia a dia.
Um estudo elaborado pela Kaspersky apontou que, em 2024, o setor de saúde no Brasil sofreu um aumento significativo de 146% no número de tentativas de ataques por ransomware, alcançando o terceiro lugar no ranking dos mercados mais visados por cibercriminosos no país. Esclarecendo brevemente, ransomwares possuem um alto nível de sofisticação na exploração de vulnerabilidades de rede e têm como principal objetivo invadir sistemas e criptografar dados, visando uma possível exigência de pagamento para devolução das informações roubadas. Para se proteger, empresas precisam investir em estratégias de segurança digital eficientes que resguardem a privacidade dos dados de fornecedores, colaboradores e, é claro, dos pacientes.
Além de ser um setor altamente regulamentado em todo o mundo, a Saúde vem passando por atualizações, dada a evolução tecnológica que observamos diariamente. Isso significa que, além de adaptar e aprimorar técnicas médicas ao uso de tecnologias como a 5G, por exemplo, a Saúde também tem investido na digitalização de processos e demandas. Para ilustrar, temos a recente resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece novas regras para notificações de inadimplência em planos de saúde. Vamos entender melhor.
A partir da nova resolução, as operadoras de planos de saúde estão autorizadas a enviar notificações por diversos meios digitais, como e-mails e mensagens de texto via SMS ou aplicativos de mensagens com criptografia de ponta a ponta. Embora essas medidas facilitem a comunicação, é importante ressaltar que também acabam abrindo brechas para tentativas de fraude, que se aproveitam do ambiente digital para enganar beneficiários. Diante disso, como impedir que hackers interceptem mensagens e pratiquem golpes voltados para esse nicho?
Soluções digitais
Uma das modalidades mais conhecidas e praticadas por cibercriminosos são os ataques por phishing. Nessa situação, os golpistas enviam e-mails, SMS ou links falsos que imitam correspondências legítimas de empresas com o intuito de enganar as vítimas para que revelem informações como senhas, dados bancários e números de cartões de crédito. Vale ressaltar que, com o uso da Inteligência Artificial, as páginas falsas e links fraudulentos estão cada vez mais sofisticados, o que aumenta as chances de o golpe ter sucesso. Felizmente, existem ferramentas que podem auxiliar na prevenção do phishing.
Soluções como o S/MIME (Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions) são altamente eficientes para assegurar a veracidade das comunicações. Em linhas gerais, o S/MIME permite a criptografia e a assinatura digital de e-mails, atuando para avisar ao remetente e ao destinatário com um alerta, caso a mensagem tenha sido interceptada e adulterada. Além disso, a assinatura digital garante a autenticidade do remetente, permitindo que os beneficiários verifiquem a legitimidade das notificações recebidas, mitigando riscos de golpes e fraudes.
O S/MIME também pode ser combinado a outros mecanismos para ampliar a sua eficácia, tais como filtros de e-mail avançados e a Autenticação Multifator (MFA). Tudo isso, somado às melhores práticas em segurança digital, ajudará empresas e consumidores finais a não cair em armadilhas cibernéticas e fortalecerá a confiança entre operadoras e beneficiários. Em um cenário onde a digitalização é cada vez mais presente, adotar medidas que garantam a integridade e a confidencialidade das informações se torna um passo fundamental para a construção de um ambiente digital mais seguro e saudável.
Ludmila Lobo de Sa Vianez da Silveira
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A GAZETA ONLINE - ES
Unimed descobre crianças fantasmas em tratamento; clínica foi fechada
Fraudes envolvem clínicas que têm convênio com diversos planos de saúde e fazem com que o mesmo paciente supostamente faça tratamento com todos eles
A Unimed Vitória está apostando em mais segurança e investindo em tecnologia para combater fraudes no sistema de saúde.
A Unimed Vitória está apostando em mais segurança e investindo em tecnologia para combater fraudes no sistema de saúde. Com a implementação de geolocalização e reconhecimento facial, por exemplo, a cooperativa pode verificar se a carteirinha do usuário foi utilizada no local correto e se o paciente realmente esteve presente na consulta.
O reforço nas medidas de segurança se tornou necessário, segundo a cooperativa médica, após uma recente atualização do sistema identificar algumas irregularidades, como a ausência de 40 crianças que supostamente realizavam tratamento de neurodesenvolvimento.
Segundo o diretor-presidente da Unimed Vitória, Fabiano Pimentel, esse número revelou a existência de pacientes fantasmas e fraudes praticadas por administradoras que recebem pagamentos indevidos por atendimentos que nunca foram realizados.
Considerando que cada paciente fantasma tenha recebido atendimentos seguindo o padrão da Unimed - 12 horas semanais de sessões de terapia ABA com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo -, esse cenário representa um prejuízo anual de R$ 1,49 milhão.
CLÍNICA FECHADA
As fraudes, explica a cooperativa, envolvem clínicas que têm convênio com diversos planos de saúde, não apenas da Unimed, e fazem com que a mesma criança supostamente realize tratamento com todos eles. De acordo com o diretor, uma clínica médica em Jardim Camburi, em Vitória, foi fechada neste ano após uma denúncia.
"Registramos um boletim de ocorrência e denunciamos o caso ao Ministério Público. Estamos atentos e auditando essas clínicas, pois não é possível que uma criança passe 24 horas dentro de um ambiente clínico. Além disso, encontramos registros de atendimentos nos finais de semana, em locais que sequer funcionam nesses dias", destaca Pimentel.
O diretor também alerta os pacientes para nunca deixarem suas carteirinhas, nem as de seus filhos ou acompanhantes, sob a posse de clínicas ou hospitais. "Nossos clientes também são vítimas dessas fraudes. Por isso, adotamos novas medidas para reforçar a segurança e garantir um atendimento mais confiável para todos."
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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS
Com um público qualificado e muito atento, Sindhoesg e Soquasa realizam o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”
Com um público formado por profissionais de várias áreas da saúde, todos com um interesse comum – saber mais sobre a qualidade da gestão e a acreditação dos serviços de saúde –, o Sindhoesg e a Soquasa ministraram, no sábado, 5, o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”.
Realizado na sede do Sindicato, o curso reuniu farmacêuticos, enfermeiros, gestores, administradores e outros profissionais que já atuam ou têm interesse em ingressar na área da saúde.
Durante toda a manhã, a turma teve a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a gestão da qualidade. Marietha Severino, diretora comercial da Soquasa, explicou que o objetivo deste Módulo Básico foi nivelar o conhecimento dos participantes sobre os fundamentos da Gestão da Qualidade em Saúde, com foco na certificação ONA.
“Abordamos a história da qualidade na saúde e a importância da cultura organizacional, estrutura e princípios da Organização Nacional de Acreditação (ONA), conceitos-chave como foco no cliente, melhoria contínua e segurança do paciente, introdução à gestão por processos, riscos e indicadores, além de apresentarmos os níveis de certificação ONA e o papel da governança clínica”, disse.
A abordagem foi feita com linguagem acessível e exemplos do cotidiano das unidades de saúde, o que facilitou o entendimento e engajamento dos alunos, mostrando como o conteúdo pode ser aplicado na prática.
“Tivemos uma turma muito interessada, questionadora e com grande disposição para aprender e trocar experiências. A diversidade de instituições e perfis dos participantes enriqueceu o debate e mostrou o quanto o tema é necessário e atual”, afirmou Marietha.
Uma das alunas foi Maysa da Fonseca Signoreli, farmacêutica do Hospital Samaritano de Goiânia. Ela soube do curso pelo Instagram do Sindhoesg e, como tem muito interesse na área de qualidade hospitalar, decidiu participar do primeiro módulo e já garantiu sua vaga nos demais. “Procurei o curso para agregar conhecimento, e o primeiro módulo foi maravilhoso”, contou Maysa, que aguarda as próximas aulas com muita expectativa.
Mas o que o público pode esperar dos próximos módulos? Marietha Severino garante que os próximos encontros trarão uma abordagem ainda mais prática, aprofundando temas como gestão de processos, segurança do paciente, indicadores de desempenho, liderança e como implantar efetivamente os requisitos do manual ONA em cada realidade institucional.
“A intenção é preparar os participantes para conduzir seus serviços rumo à certificação, com conhecimento técnico e ferramentas aplicáveis”, adiantou, parabenizando o Sindhoesg pelo investimento em formação técnica e prática. “Esse é um grande diferencial para o fortalecimento do setor da saúde em Goiás. Essa trilha formativa dará base sólida para que gestores e profissionais implantem uma cultura de excelência em suas instituições, com foco no paciente e em resultados sustentáveis.”
Investir na educação continuada e no aperfeiçoamento dos gestores e técnicos do setor de saúde é uma das metas da gestão, que tem à frente o presidente Gustavo Clemente. Os próximos módulos do curso “Acreditação ONA na Prática” serão realizados nos dias 12, 25, 26 e 27 de abril. Quem não participou do primeiro módulo também pode se inscrever. Confira e faça a sua inscrição:
✅ Curso Intermediário – 08h/aula
Data: 12/04/2025 – 08h às 17h
✅ Curso Avançado – 16h/aula
Data: 25/04/2025 – 18h às 20h
Data: 26/04/2025 – 08h às 18h
Data: 27/04/2025 – 08h às 12h
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pacientes com câncer ficam sem exames com suspensão de radiofármacos
Adoção de IA na saúde pode crescer mais de 300%, indica estudo da KPMG
107 hospitais estaduais de SP aderem a sistema de indicadores da Anahp
TV ANHANGUERA
Pacientes com câncer ficam sem exames com suspensão de radiofármacos
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SAÚDE BUSINESS
Adoção de IA na saúde pode crescer mais de 300%, indica estudo da KPMG
Pesquisa revela expansão da inteligência artificial no setor de saúde e ciências da vida, destacando desafios, investimentos e impacto da tecnologia.
A inteligência artificial (IA) está ganhando espaço no setor de saúde e ciências da vida, e sua adoção pode crescer mais de 300% nos próximos três anos. De acordo com o KPMG Global AI in Finance Report, atualmente, 18% das empresas do setor utilizam IA de forma parcial ou ampla. Esse percentual pode saltar para 74% até 2027.
Quando se trata especificamente da IA generativa, a adoção ainda é mais restrita: apenas 8% das empresas já fazem uso dessa tecnologia, mas a expectativa é que esse índice suba para 42% nos próximos anos.
Maturidade do setor e investimentos em IA
O estudo também avaliou o grau de maturidade da inteligência artificial no setor. Atualmente, 59% das empresas estão em processo de implementação da tecnologia, 25% ainda estão na fase inicial e apenas 16% se destacam como líderes na adoção da IA.
Os investimentos também devem crescer. Hoje, as empresas do setor destinam 7,3% de seu orçamento para IA, com projeção de aumento para 8,6% nos próximos três anos.
Principais desafios na adoção da IA
Apesar do avanço, algumas barreiras ainda dificultam a implementação da inteligência artificial no setor. Os principais desafios apontados pelos executivos foram:
Vulnerabilidades em segurança e privacidade de dados (59%)
Falta de habilidades e conhecimentos técnicos (53%)
Dificuldade em coletar dados relevantes e consistentes (48%)
Mesmo com esses entraves, a pesquisa revelou um retorno sobre investimento (ROI) de 22% na aplicação da IA no setor de saúde e ciências da vida.
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107 hospitais estaduais de SP aderem a sistema de indicadores da Anahp
Plataforma permite monitoramento e comparação de desempenho entre unidades públicas e privadas, ampliando a qualidade da gestão hospitalar.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo firmou, na última quarta-feira (02/04), um acordo de cooperação para que os 107 hospitais estaduais passem a integrar o Sistema de Indicadores Hospitalares da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). O evento contou com a presença de Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde; Priscilla Perdicaris, secretária-executiva da Saúde; Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp; e Antônio Britto, diretor-executivo da entidade.
“A Anahp tem entre seus objetivos expandir as melhorias conquistadas pelas instituições privadas para além das fronteiras da saúde suplementar, beneficiando todos os brasileiros. Nosso sistema de indicadores é uma ferramenta valiosa nesse sentido, pois permite não apenas a avaliação dos serviços hospitalares, mas também a comparação entre instituições para identificar oportunidades de aprimoramento. Desde 2016, disponibilizamos essa plataforma para hospitais públicos e filantrópicos, tornando seu uso ainda mais relevante para o setor. A adesão dos hospitais do Estado de São Paulo representa mais um passo essencial para fortalecer a qualidade da saúde no país”, afirmou Eduardo Amaro.
Além das unidades de São Paulo, o sistema já é utilizado em parcerias estratégicas com o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a Confederação das Santas Casas (CMB) e o complexo de institutos do Hospital das Clínicas.
Monitoramento e capacitação para aprimorar a gestão
O próximo passo da iniciativa será a capacitação dos profissionais dos hospitais estaduais para que possam registrar, inicialmente, 30 indicadores no sistema da Anahp. Entre os principais dados monitorados estão a média de permanência dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a taxa de conversão de atendimentos de emergência em internações.
Com a inclusão desses dados, será possível comparar o desempenho de cada hospital com a média das demais instituições participantes, permitindo uma análise mais precisa sobre a qualidade dos serviços prestados. Esse processo contribuirá para estabelecer benchmarks, identificar oportunidades de aprimoramento e direcionar estratégias de gestão hospitalar.
Atualmente, o Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp reúne 265 indicadores distribuídos em quatro categorias: assistenciais, gestão de pessoas, econômico-financeiros e sustentabilidade. A plataforma, criada há 17 anos, oferece relatórios individuais para cada hospital, permitindo análises segmentadas por porte, localização, número de leitos e outros critérios. Com acesso restrito e exclusivo, a ferramenta auxilia gestores na tomada de decisões estratégicas, promovendo melhorias no atendimento aos pacientes e na sustentabilidade dos recursos hospitalares.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dívida de R$ 6 milhões faz empresa suspender serviço nas unidades de saúde de Goiânia
Paciente denuncia que o teto de centro de saúde está caindo
Ipasgo volta a cobrar coparticipação por consultas, exames e tratamentos
Após quase dois meses de espera, paciente com aneurisma consegue fazer exame
Curta-metragem expõe racismo na assistência médica brasileira
Anvisa proíbe venda de suplementos alimentares à base de ora-pro-nóbis
“Não vendo planos, entrego qualidade", diz presidente da Uniodonto Goiânia
SUS inclui ressonância magnética para detectar câncer de mama
https://medicinasa.com.br/sus-ressonancia/
TV ANHANGUERA
Dívida de R$ 6 milhões faz empresa suspender serviço nas unidades de saúde de Goiânia
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Paciente denuncia que o teto de centro de saúde está caindo
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Ipasgo volta a cobrar coparticipação por consultas, exames e tratamentos
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Após quase dois meses de espera, paciente com aneurisma consegue fazer exame
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MEIO E MENSAGEM
Curta-metragem expõe racismo na assistência médica brasileira
Projeto idealizado pelo Instituto Yduqs e IDOMED questiona as diferenças no atendimento médico e os desafios raciais enfrentados pela população negra
O Instituto Yduqs e o Instituto de Educação Médica (IDOMED), com produção assinada pela Artplan, lançam o curta-metragem Corpo Preto , filme baseado no contexto da assistência e serviços de saúde no Brasil.
Com foco nas microagressões e discriminações sofridas por pessoas negras, a iniciativa questiona as diferenças no atendimento médico e impasses raciais.
Em conjunto ao conteúdo, foi desenvolvido o livro Nigrum Corpus - Um estudo sobre racismo na medicina brasileira , baseado em depoimentos reais. O objetivo é que o material seja distribuído para as principais faculdades de medicina do País.
Racismo institucional
O insight do filme surgiu baseado nos estudos do projeto MEDIVERSIDADE, destacando que apenas 3% dos médicos no Brasil são negros, segundo dados do Conselho Federal de Medicina de 2023; e pacientes negros esperam, em média, 10 minutos a mais para serem avaliados
Além disso, consultas com pacientes negros duram, em média, 47% menos do que com pacientes brancos e o tempo entre o diagnóstico e a cirurgia é, em média, 6,7 dias maior para pacientes negros, segundo dados extraídos de diversos estudos.
Com o objetivo de ampliar a visibilidade do projeto, serão realizadas também ações de comunicação focadas no letramento racial, incluindo exibições especiais do filme em cinemas nacionais, ativações com influenciadores, palestras com especialistas e divulgação em mídias out-of-home (OOH).
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PORTAL UOL
Anvisa proíbe venda de suplementos alimentares à base de ora-pro-nóbis
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu nesta quinta-feira (3) a comercialização de todos os suplementos alimentares com ora-pro-nóbis em sua composição.
Na justificativa, a agência afirma que não há autorização de uso da planta (cujo nome científico é pereskia aculeata ) nesse tipo de produto. Para que um ingrediente seja aprovado como suplemento alimentar pela agência ele deve passar por avaliação de segurança e eficácia -ou seja, as empresas devem comprovar, de forma científica, que a matéria-prima é fonte de algum nutriente ou substância de relevância para o corpo humano.
A medida, diz a Anvisa, não afeta o consumo in natura da planta, tradicionalmente usada na alimentação, especialmente nos estados de Goiás e Minas Gerais.
A proibição abrange comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso dos suplementos.
A resolução foi oficializada no Diário Oficial da União pela Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Anvisa.
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A REDAÇÃO
“Não vendo planos, entrego qualidade", diz presidente da Uniodonto Goiânia
Fábio Prudente cita expansão nos atendimentos
O ramo da saúde é o terceiro maior do cooperativismo no Brasil. Para o presidente da Uniodonto Goiânia, Fábio Prudente, essa força está na necessidade das pessoas, aliada ao esforço do segmento em ser um elemento de transformação social, levando saúde bucal de maneira mais acessível e de qualidade para a população. “No cooperativismo, eu tenho, na ponta, um dentista cooperado que é dono do negócio, então há um incentivo para levar trabalho e renda para esse profissional. Assim, eu não vendo planos odontológicos, eu entrego assistência odontológica de qualidade”, assegura.
O presidente relata que tanto o setor de odontologia quanto o de cooperativismo estão em expansão no Brasil como um todo e, em particular, em Goiás. Na capital, já são cerca de 400 dentistas cooperados, além da presença de cooperados e parceiros credenciados no interior. Goiânia retém cerca de 40% dos dentistas cooperados em todo o Estado, reforçando o interesse das pessoas em cuidar da saúde bucal.
Um objetivo para este ano é buscar uma expansão maior no interior, atendendo áreas que não estão tão contempladas por profissionais como na capital. “Todo mundo quer se concentrar próximo às capitais, e a gente tem feito um trabalho reverso de ir para o interior, de buscar mais parceiros, estar nas cooperativas, porque enxergamos uma oportunidade de crescimento ímpar no interior das nossas áreas de atuação. Temos trabalhado muito, temos rodado muito”, comenta.
E o modelo tem dado certo: a Uniodonto distribuiu, no último fechamento, R$ 2 milhões em sobras para os cooperados. Isso mostra responsabilidade, solidez e sustentabilidade da gestão com um trabalho sério, conforme destacou Fábio Prudente em entrevista exclusiva à reportagem do jornal A Redação.
Prevenção e cuidado
Houve uma mudança de percepção geracional: atualmente, mais pessoas, em particular os jovens, procuram o dentista com mais frequência, em uma abordagem mais preventiva. Ainda assim, o Brasil é um país de "desdentados": quase metade dos brasileiros entre 35 e 45 anos já perdeu até 12 dentes. Entre os idosos, 80% possuem menos de 20 dentes na boca. “É uma estatística que mostra que ainda temos um trabalho social e uma responsabilidade muito grande. O Brasil tem quase 34 milhões de brasileiros com planos exclusivamente odontológicos, então ainda temos um mar de possibilidades de crescimento”, avalia Prudente.
A sabedoria popular diz que a saúde começa pela boca, e o Dr. Fábio Prudente concorda plenamente com essa afirmação. “Como é que você vai ter um estômago fazendo uma boa digestão se não tem uma boa mastigação? A gente pega doenças como diabetes, partos prematuros, bebê de baixo peso, doenças cardíacas, todas têm correlação com a saúde bucal. Cerca de 35% das patologias cardiológicas têm um foco odontogênico: começam com uma infecção maltratada no dente”, pontua.
Para prevenir, o doutor recomenda uma visita ao dentista duas vezes por ano ou, no mínimo, uma vez. “Cuidar da boca é cuidar do corpo, porque ela é a porta de entrada. Cuidar da saúde bucal é uma responsabilidade grande. Não tem como dissociar a saúde bucal da saúde integral do indivíduo”, conclui.
Turismo de saúde
Além disso, Goiânia tem se destacado no turismo de saúde, inclusive para estrangeiros, e especificamente para o tratamento odontológico. “A odontologia na Europa e nos EUA ainda é muito cara, então as pessoas buscam saúde no Brasil, em primeiro lugar, porque a qualidade dos nossos dentistas é indiscutível em termos de habilidade manual, de facilidade com tecnologia e com tratamentos mais acessíveis. É um nicho a ser explorado bastante interessante”, comenta Prudente.
Alguns diferenciais da capital colaboram para isso, como sua localização central e próxima a Brasília, além de já ser um polo do agronegócio e de outros eventos de negócios e de saúde, com um PIB per capita alto. “É uma cidade jovem, moderna e com um bom aeroporto, que pulsa em todos os segmentos”, complementa.
Transformação social
Um dos objetivos da Uniodonto Goiânia é ajudar a comunidade, algo que está previsto nos princípios do cooperativismo. A principal maneira que a cooperativa tem atuado é por meio do Projeto Sorriso, que já tem quase 30 anos e leva educação e cuidados preventivos em saúde bucal para escolas, creches e comunidades em situação de vulnerabilidade.
“Levamos a escovação, cartilhas de higienização, teatro de fantoches, escovódromo, kits de higiene a comunidades carentes. É o nosso braço social, sejam escolas, sejam asilos, sejam eventos organizados pelo município”, explica Prudente. “Esse projeto é transformador e leva conhecimento em prevenção de saúde bucal. Então, para nós, é muito gratificante. Acho que toda empresa que está conectada de fato com a responsabilidade social faz isso genuinamente, porque tem que fazer com coração, acreditando. Não adianta fazer porque é bonito, porque todo mundo faz”, afirma.
E esse trabalho social não se limita à prevenção: a Uniodonto também possui uma horta urbana com aquaponia, cuidada voluntariamente. Ela utiliza tilápias para alimentar os vegetais com os adubos orgânicos necessários e foi instalada há cerca de um ano. “Já conseguimos alimentar mais de 700 pessoas entre asilos, creches e associações de pessoas em vulnerabilidade social. Isso é um elemento transformador, é um propósito: não fazemos pensando em nós, mas preocupados com a sociedade”, destaca.
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MEDICINA S/A
SUS inclui ressonância magnética para detectar câncer de mama
A ressonância magnética de mamas passa a ser incluída no SUS (Sistema Único de Saúde). A partir da Portaria SAES/MS nº 2.632, publicada no Diário Oficial da União no início deste mês, o exame é oferecido agora como recurso complementar para rastreamento do câncer de mama. Entre as maiores beneficiadas estão pacientes submetidas à biópsia e que apresentam lesão com risco aumentado para a doença, bem como mulheres submetidas à radioterapia de tórax entre 10 e 30 anos de idade. A este grupo se juntam pessoas com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, com mais chances de desenvolver cânceres de mama e ovário. “Para entender a importância do acesso à ressonância magnética no SUS como recurso para detecção precoce da doença, temos uma estatística importante: 20% das brasileiras diagnosticadas têm câncer de mama herdado, originado de mutação genética”, afirma a mastologista Rosemar Rahal, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
De acordo com Rosemar Rahal, a ressonância magnética, com eficiência comprovada em estudos científicos, é um recurso complementar essencial para o diagnóstico de câncer de mama, especialmente em pacientes de alto risco. A SBM elenca vários fatores para a condição aumentada da doença. A mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 figura entre os principais. “Os casos associados a causas hereditárias, ou seja, caracterizados por uma predisposição familiar e que podem passar de geração para geração, representam hoje 20% do total de casos de câncer de mama diagnosticado no Brasil”, destaca a mastologista.
Disponível no SUS a partir deste mês, a ressonância magnética é uma técnica de imagem avançada que permite a visualização detalhada das estruturas das mamas e axilas. O exame foi utilizado pela primeira vez em 1986, revelando-se promissor na investigação do câncer mamário.
“Atualmente, a literatura médica considera como principais indicações de uso, além do rastreamento para mulheres com alto risco de câncer, a avaliação diagnóstica no esclarecimento de alterações mamárias em que mamografia e ultrassom são inconclusivos, na avaliação de extensão tumoral (especialmente no carcinoma lobular invasivo), suspeita de recorrência, detecção de carcinoma oculto e avaliação de implantes mamários com suspeita de complicações”, ressalta a mastologista Annamaria Massahud Rodrigues dos Santos, secretária-adjunta da SBM.
Segundo Rosemar, como método complementar à mamografia, a comprovação de diagnósticos a partir da ressonância magnética permite, nos casos de mutação, medidas profiláticas, como as cirurgias de mastectomia. “Hoje, além das cirurgias profiláticas, existem medicamentos específicos para as mulheres com câncer de mama e portadores desta predisposição genética”, afirma.
Para Rosemar Rahal, a disponibilização de exames complementares na rede pública de saúde, como a ressonância magnética, que contribuem para o rastreamento e a detecção precoce do câncer de mama indica importante impacto na sobrevida das mulheres brasileiras. “Estamos diante de mais um avanço no enfrentamento da doença no País”, conclui a representante da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Começa a operar a Rede Américas, segunda maior rede hospitalar do Brasil
Inovação está redefinindo a experiência na saúde suplementar
https://medicinasa.com.br/papel-ao-digital/
Anvisa e Einstein desenvolvem projeto para agilizar a regulação de novas tecnologias em saúde
https://medicinasa.com.br/projeto-inova-visa/
Devemos ser protagonistas no combate à corrupção na saúde
https://medicinasa.com.br/responsabilidade-brasil/
ANS aprova consulta pública para revisão da RN 137 sobre autogestões
https://medicinasa.com.br/consulta-autogestoes/
Ele estava desenganado, mas a inteligência artificial achou uma saída que pode ajudar muita gente
Dono de farmácia é preso suspeito de falsificar carimbos e receitas em Luziânia
SAÚDE BUSINESS
Começa a operar a Rede Américas, segunda maior rede hospitalar do Brasil
Com 25 hospitais e presença em cinco estados, nova empresa nasce da associação entre Amil e Dasa.
Começa a operar no Brasil a Rede Américas, nova rede hospitalar formada pela associação entre Amil e Dasa. A empresa, que nasce com 25 hospitais, 30 centros oncológicos e 23 centros médicos distribuídos em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Distrito Federal, se torna a segunda maior rede hospitalar do país. A Rede Américas conta com 4,5 mil leitos e mais de 30 mil colaboradores. A receita líquida combinada, baseada nas operações de 2024, é estimada em R$ 10,6 bilhões.
Hospitais de referência integram a nova rede
O portfólio da nova empresa inclui hospitais reconhecidos, como o Samaritano Higienópolis (SP), com mais de 130 anos de história, o Nove de Julho (SP), referência em saúde há 70 anos, e o Samaritano Botafogo (RJ), um dos principais centros de tratamento do país. Também fazem parte da rede o Hospital Pró-Cardíaco, pioneiro no transplante de coração artificial, o Hospital Brasília e o Complexo Hospitalar Niterói, ambos especializados em medicina de alta complexidade.
Certificações e estrutura operacional
A Rede Américas inicia suas atividades com 90% de seus hospitais acreditados por instituições nacionais e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), Magnet, ONA, QMENTUM e World Stroke Organization (WSO). Essas certificações atestam padroes de qualidade, segurança do paciente e eficiência nos processos assistenciais.
“Nosso objetivo é consolidar uma rede hospitalar de qualidade, acessível a diversas operadoras, com foco na boa medicina e na sustentabilidade do setor”, afirma Lício Cintra, CEO da Dasa e da Rede Américas. Segundo ele, a empresa busca aliar tecnologia e boas práticas assistenciais para aprimorar a experiência do paciente e otimizar a gestão hospitalar.
O comitê executivo da companhia é composto por Lício Cintra (CEO), Rogério Reis (Vice-Presidente Médico e Clínico), Gustavo Fernandes (Vice-Presidente de Oncologia), Viviane Valente (Vice-Presidente de Finanças), Luiz Gonzaga Foureaux (Vice-Presidente de Estratégia e Marketing), Ricardo Melo (Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos Corporativos), Majo Campos (Vice-Presidente de Gente Gestão e Cultura) e Carlos Prebelli (Vice-Presidente Comercial).
Hospitais da Rede Américas
São Paulo
Hospital Nove de Julho
Unidade Nove de Julho Alphaville
Hospital Santa Paula
Hospital Leforte Liberdade
Hospital Leforte Morumbi
Hospital Christóvão da Gama – Diadema
Hospital e Maternidade Christóvão da Gama – Santo André
Hospital Samaritano Higienópolis
Hospital Samaritano Paulista
Hospital Alvorada Moema
Hospital e Maternidade Madre Theodora – Campinas
Rio de Janeiro
Hospital São Lucas Copacabana
Complexo Hospitalar Niterói
Hospital Nossa Senhora do Carmo
Hospital Pró-Cardíaco
Hospital Samaritano Botafogo
Hospital Samaritano Barra
Hospital e Maternidade Santa Lúcia
Hospital Vitória Barra
Brasília
Maternidade Brasília
Hospital Brasília Águas Claras
Hospital Brasília
Hospital Alvorada Brasília
Paraná
Hospital Paraná
Pernambuco
Hospital Santa Joana Recife
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MEDICINA S/A
Inovação está redefinindo a experiência na saúde suplementar
Por César Camargo
Imagine um futuro em que a burocracia na saúde seja coisa do passado, onde a tecnologia agilize processos e facilite o acesso a serviços de qualidade. Esse futuro já é uma realidade em construção e a revolução digital na saúde suplementar é o motor dessa transformação.
Hoje, vivenciamos uma revolução profunda no setor de saúde suplementar, impulsionada pela inovação tecnológica que tem simplificado e agilizado os processos tanto para operadoras quanto para prestadores e beneficiários. A utilização de aplicativos para localizar serviços de saúde até o atendimento automatizado em hospitais exemplifica o impacto positivo da digitalização e que está presente em todo o ecossistema de saúde.
Esta evolução, no entanto, é fruto de décadas de mudanças, regulamentações e aprimoramentos operacionais que têm colocado a qualidade do atendimento e a transparência no centro da gestão da saúde.
Digitalização dos processos
Segundo pesquisa realizada pela Deloitte em 2023, 78% dos usuários de planos de saúde relataram melhora significativa na agilidade dos serviços devido à digitalização dos processos.
A transição do papel para o digital, entretanto, não se restringiu apenas ao atendimento ao beneficiário. Operadoras e prestadores passaram por uma verdadeira revolução interna, com a automação de processos antes manuais, como credenciamento, negociação de reajustes, faturamento e reembolsos.
Entre as tendências emergentes, podemos destacar:
Blockchain na saúde: Adoção que eleva a segurança e a rastreabilidade dos contratos e transações, minimizando riscos e aumentando a confiança entre os agentes do setor.
Adoção que eleva a segurança e a rastreabilidade dos contratos e transações, minimizando riscos e aumentando a confiança entre os agentes do setor. Com o blockchain, todos os termos contratuais e alterações subsequentes são registrados de forma transparente e auditável.
Inteligência Artificial (IA) e Big Data: Ferramentas que permitem a análise preditiva do uso dos serviços de saúde, contribuindo para a otimização das redes credenciadas e melhorando a experiência dos usuários.
Ferramentas que permitem a análise preditiva do uso dos serviços de saúde, contribuindo para a otimização das redes credenciadas e melhorando a experiência dos usuários. Plataformas de gestão integradas: Essas soluções digitais reúnem diversas funcionalidades em um único ambiente, facilitando a comunicação e a administração dos processos, como a centralização do diálogo entre operadoras e prestadores.
Desafios enfrentados pelas operadoras na gestão da rede credenciada
Apesar dos avanços tecnológicos, muitas operadoras ainda enfrentam dificuldades na administração da rede credenciada. Um dos principais desafios incluem a dificuldade em localizar novos prestadores, a lentidão com o processo de credenciá-lo e posteriormente, a manutenção dos seus dados e documentos atualizados no ERP da operadora.
Além disso, a falta de integração entre sistemas internos compromete a atualização rápida de dados críticos, como valores negociados e aditivos. Isso gera inconsistências e traz dificuldade para a comunicação e a implementação de novas regras contratuais em toda a rede credenciada.
E não para por aqui. Os desafios continuam no momento de aplicar reajustes anuais nas negociações da rede, ou seja, na simulação de impactos e na aplicação dos reajustes em massa.
Toda essa falta de interprocesso na comunicação resulta diretamente na operação financeira das operadoras. Afinal, ao longo dos anos, elas relataram que até 53% das glosas estão relacionadas a divergências entre os valores cobrados e os valores negociados, por erros operacionais de ambas as partes.
Soluções
Uma plataforma de gestão integrada pode transformar a maneira como as operadoras administram sua rede credenciada, eliminando barreiras operacionais e trazendo mais eficiência para os processos. E o que vou contar agora não é futuro, é algo que está bem aqui, acessível para todos nós.
"Mas, como funciona?", você deve estar se perguntando. A partir de um ambiente digital centralizado, torna-se possível localizar e credenciar novos prestadores de forma rápida, reduzindo significativamente o tempo do processo e garantindo que toda a documentação seja enviada e validada corretamente.
Após a conclusão, os dados dos prestadores são automaticamente organizados e mantidos atualizados, de forma centralizada, eliminando erros manuais e por falta de integração com o ERP da operadora.
Hoje, inclusive, é exatamente a falta de integração entre os sistemas internos das operadoras que frequentemente geram atrasos e problemas no fluxo de dados. Com um sistema que centraliza contratos e documentos, essa dificuldade é superada, permitindo que todas as áreas da empresa tenham acesso a informações atualizadas e, melhor, em tempo real, sem a necessidade de ações manuais demoradas. Dessa forma, a gestão da rede credenciada, além de mais assertiva e segura, ganha maior controle sobre os vínculos contratuais.
Os desafios na aplicação de reajustes anuais também são minimizados com o uso de uma plataforma de gestão integrada. A simulação de impacto financeiro, que antes demandava um esforço manual extenso, pode ser realizada de forma automatizada e estratégica, o que permite a comparação de cenários e a aplicação de reajustes com mais precisão.
Além disso, a possibilidade de negociações em massa (ponto que falei lá atrás a respeito de dificuldade) reduz o tempo necessário para renegociar contratos, garantindo que as novas condições sejam aplicadas de forma uniforme e sem risco de divergências futuras.
Todo esse processo reduz os casos de glosas causadas por tabelas desatualizadas, eliminando divergências entre valores cobrados e valores negociados. Um exemplo disso é o vencimento de um documento como um alvará ou um contrato vencido. Ele causa transtorno a ambas as partes.
O prestador não recebe pelo serviço e a operadora deixa de atender seu beneficiário. Em alguns casos, ainda, pode gerar NIPS. Já com um sistema estruturado para a gestão da rede, a operadora passa a ter maior previsibilidade financeira, o que reduz erros e transparência em toda a cadeia de serviços.
Digitalização de processos internos não é tendência, mas realidade
Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), em seu relatório Transformação Digital no Setor de Saúde Suplementar (janeiro de 2024), a digitalização dos processos internos contribuiu para uma redução de até 35% nos índices de glosas e erros contratuais. Tais avanços não só aprimoram a gestão operacional, mas também repercutem diretamente na experiência dos beneficiários.
Em maio de 2023, o relatório Tendências em Saúde Digital, da Deloitte, já apontava a importância da integração digital e a eficiência operacional, fortalecendo o impacto digitalização na comunicação e gestão entre operadoras e prestadores. Nesse estudo, o destaque foi a melhoria na agilidade dos serviços e na redução de custos administrativos.
O futuro é agora
Em breve, estaremos com ferramentas cada vez mais capacitadas, que vão proporcionar para operadoras e prestadores: redução do esforço operacional, rastreamento e transparência total, gestão eficiente da rede credenciada, estudos e relatórios que atendem às exigências da ANS, negociações rápidas e seguras, eliminação de papelada e redução de glosas e falhas contratuais.
O futuro da saúde já começou, e ele é digital, ágil e acessível. A tecnologia está quebrando barreiras, aproximando operadoras, prestadores e beneficiários em um ecossistema mais eficiente.
Estamos entrando em uma nova era, onde a burocracia cede espaço para a inovação, onde processos antes demorados agora acontecem com um clique, e onde a qualidade do atendimento se torna o verdadeiro foco.
Essa revolução não é apenas sobre sistemas e automação, mas sobre cuidar das pessoas de forma mais humana, inteligente e conectada.
O amanhã nos reserva uma saúde mais justa, integrada e sem fronteiras. E esse futuro já está ao nosso alcance.
*César Camargo é Head de Operações da NexoRede.
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Anvisa e Einstein desenvolvem projeto para agilizar a regulação de novas tecnologias em saúde
O Einstein vai apoiar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na criação de um programa de inovação para tornar mais ágeis os trâmites regulatórios de novas tecnologias em saúde. O projeto, denominado Inova-Visa, será realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e tem por objetivo desenvolver um ambiente de inovação na regulação sanitária no Brasil, para acelerar o acesso da população a novos métodos diagnósticos, terapias, tratamentos, equipamentos médicos e outros insumos, sempre com foco em qualidade, segurança e eficácia.
Artur Iuri A. de Sousa, Gerente-Geral de Conhecimento, Inovação e Pesquisa da Anvisa, informa que "em um cenário no qual o uso de novas tecnologias tem avançado de forma acelerada, que tenderá a impactar substancialmente a saúde da população, e em que a vigilância sanitária regula quase 250 atividades econômicas no Brasil, é necessário estabelecer um modelo de inovação que favoreça e assegure o acesso à população brasileira a essas tecnologias, mantendo rigorosos critérios de segurança e eficácia".
Rodrigo Demarch, Diretor de Inovação do Einstein, diz que a iniciativa está diretamente ligada ao propósito da organização de gerar e disseminar conhecimento em diferentes áreas de saúde, entre elas em inovação. "Vamos apoiar a Anvisa no processo de criar sua cultura de inovação. O projeto identificará os desafios e barreiras na regulação da produção e da comercialização de produtos e serviços, bem como as metodologias e ferramentas que os líderes e técnicos da Agência precisam conhecer para aprimorar a capacidade de adaptação e resposta a eventos inesperados e à regulação de produtos e serviços inovadores, equiparando-a às principais agências regulatórias do mundo", destaca.
Na última década, a área de inovação do Einstein apoiou cerca de 140 startups em seus programas de aceleração, desenvolveu mais de 230 projetos e fechou aproximadamente 40 de inovação aberta com grandes organizações, capacitando mais de 7 mil profissionais e realizando mais de 300 eventos ligados ao tema.
Ao longo de cerca de 30 meses, serão executadas quatro etapas do projeto: entendimento das necessidades de inovação da Agência, por meio de diagnósticos quantitativo e qualitativo, que envolverão, por exemplo, grupos ligados ao processo regulatório, como startups, servidores, representantes dos setores farmacêutico e de equipamentos médicos, vigilâncias estaduais e municipais e outras agências reguladoras; diagnóstico do cenário externo, com mapeamento e entrevistas com outras instituições reguladoras; criação do programa de inovação com base nas etapas anteriores; e validação do modelo com as diretorias da Anvisa.
Ao final do projeto, espera-se que a Anvisa possa ampliar sua cultura de inovação, por meio de um programa alinhado ao que há de mais moderno no Brasil e no mundo, e esteja preparada não só para atender às novas tecnologias em desenvolvimento, mas antever e enfrentar desafios novos, complexos e inesperados. A ideia é que a iniciativa facilite o desenvolvimento e a internalização no Brasil de produtos e serviços inovadores.
O Einstein vai apoiar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na criação de um programa de inovação para tornar mais ágeis os trâmites regulatórios de novas tecnologias em saúde. O projeto, denominado Inova-Visa, será realizado por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e tem por objetivo desenvolver um ambiente de inovação na regulação sanitária no Brasil, para acelerar o acesso da população a novos métodos diagnósticos, terapias, tratamentos, equipamentos médicos e outros insumos, sempre com foco em qualidade, segurança e eficácia.
Artur Iuri A. de Sousa, Gerente-Geral de Conhecimento, Inovação e Pesquisa da Anvisa, informa que "em um cenário no qual o uso de novas tecnologias tem avançado de forma acelerada, que tenderá a impactar substancialmente a saúde da população, e em que a vigilância sanitária regula quase 250 atividades econômicas no Brasil, é necessário estabelecer um modelo de inovação que favoreça e assegure o acesso à população brasileira a essas tecnologias, mantendo rigorosos critérios de segurança e eficácia".
Rodrigo Demarch, Diretor de Inovação do Einstein, diz que a iniciativa está diretamente ligada ao propósito da organização de gerar e disseminar conhecimento em diferentes áreas de saúde, entre elas em inovação. "Vamos apoiar a Anvisa no processo de criar sua cultura de inovação. O projeto identificará os desafios e barreiras na regulação da produção e da comercialização de produtos e serviços, bem como as metodologias e ferramentas que os líderes e técnicos da Agência precisam conhecer para aprimorar a capacidade de adaptação e resposta a eventos inesperados e à regulação de produtos e serviços inovadores, equiparando-a às principais agências regulatórias do mundo", destaca.
Na última década, a área de inovação do Einstein apoiou cerca de 140 startups em seus programas de aceleração, desenvolveu mais de 230 projetos e fechou aproximadamente 40 de inovação aberta com grandes organizações, capacitando mais de 7 mil profissionais e realizando mais de 300 eventos ligados ao tema.
Ao longo de cerca de 30 meses, serão executadas quatro etapas do projeto: entendimento das necessidades de inovação da Agência, por meio de diagnósticos quantitativo e qualitativo, que envolverão, por exemplo, grupos ligados ao processo regulatório, como startups, servidores, representantes dos setores farmacêutico e de equipamentos médicos, vigilâncias estaduais e municipais e outras agências reguladoras; diagnóstico do cenário externo, com mapeamento e entrevistas com outras instituições reguladoras; criação do programa de inovação com base nas etapas anteriores; e validação do modelo com as diretorias da Anvisa.
Ao final do projeto, espera-se que a Anvisa possa ampliar sua cultura de inovação, por meio de um programa alinhado ao que há de mais moderno no Brasil e no mundo, e esteja preparada não só para atender às novas tecnologias em desenvolvimento, mas antever e enfrentar desafios novos, complexos e inesperados. A ideia é que a iniciativa facilite o desenvolvimento e a internalização no Brasil de produtos e serviços inovadores.
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Devemos ser protagonistas no combate à corrupção na saúde
Uma onda de discussões vem se alastrando, nas últimas semanas, pela decisão do Governo Americano de suspender por 180 dias as investigações que envolvem a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) – que é considerada a lei pioneira de combate à corrupção no exterior e entrou em vigor em 1977 – pelo Departamento de Justiça Americano. Não devemos considerar uma vantagem. Pelo contrário! Sem dúvida, se mostra um prejuízo considerável para a repressão de práticas ilícitas no cenário internacional.
Ao contrário do que muitos fazem, em apenas tecerem críticas e delegarem responsabilidades, é hora de “arregaçar as mangas” e trabalhar para combater, cada vez mais, as más práticas e a corrupção, pois já temos no Brasil muitas leis aprovadas e outras em tramitação, decretos, regulações e afins que devem ser seguidas.
E neste cenário de responsabilidade com o setor da saúde, chamamos atenção para a autorregulação privada, um trabalho com resultados promissores em constante aprimoramento pelo Instituto Ética Saúde, como o Acordo Setorial, existente desde junho de 2015, que é um mecanismo de promoção do autocontrole privado, com definições de regras claras e objetivas com foco na transparência e combate à corrupção em todas as suas vertentes (público-privado e privado-privado).
O próprio Instituto Ética Saúde, como protagonista e pioneiro da autorregulação privada no setor da saúde no Brasil, em continuidade ao mencionado Acordo, possui um conjunto de Instruções Normativas que regulam e direcionam as boas práticas para as empresas associadas, sendo uma importante diretriz normativa para todas as relações no mercado nacional da saúde. Bem como o Marco de Consenso Brasileiro para Colaboração Multisetorial, que descreve com clareza Objetivos e Princípios para promoção da Ética, Transparência e Confiança nas relações da cadeia de valor da saúde.
Empresas, Associações e Entidades da Sociedade Civil representativas da Saúde, a administração pública direta e indireta, órgãos de controle, agências reguladoras, Poder Legislativos e Judiciário já demonstraram conhecimento destes processos e documentos de autorregulação privada, o que deve ser mecanismo condutor de responsabilidade, complementar a regulação estatal. Por este motivo, devemos juntar forças para consolidar a transparência nas relações e garantir confiança no setor da saúde brasileiro.
Devemos ser promotores, reguladores e executores das normas vigentes e autores da própria (auto)regulação para o combate real da corrupção pública e privada. É obrigação do Estado Brasileiro, com a participação direta da sociedade civil organizada, rever sua legislação e trazer maior rigidez no combate às práticas ilícitas. Como sempre falamos, a corrupção mata! Reiteramos que é mandatório que todos os envolvidos na condução do sistema de saúde brasileiro defendam relações 100% honestas e transparentes, avocando para si a responsabilidade por um setor justo, honesto e confiável. Pois, Ética não é moda, Ética é Saúde.
*Candida Bollis é presidente do Instituto Ética Saúde.
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ANS aprova consulta pública para revisão da RN 137 sobre autogestões
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a abertura de consulta pública para colher contribuições da sociedade sobre a proposta de revisão da Resolução Normativa nº 137, de 2006, que regulamenta as entidades de autogestão no sistema de saúde suplementar. A Consulta Pública será aberta em breve e terá um prazo de 45 dias para contribuições.
Com o objetivo de conferir mais autonomia regulatória às autogestões sem comprometer os princípios que regem esse modelo – como a não lucratividade, o foco em grupo fechado e o mutualismo –, a proposta de revisão da RN 137 sinaliza uma modernização significativa da regulação das autogestões. O foco é proporcionar maior flexibilidade e sustentabilidade a essas operadoras.
Para Mário Jorge, presidente da UNIDAS – representante das autogestões – “a alteração da RN 137 representa um avanço significativo, permitindo que as autogestões ampliem sua possibilidade de atuação e oxigenação do público elegível, garantindo sua perenidade. Essa é uma das principais bandeiras da UNIDAS, que vem atuando ativamente para essa atualização da norma”.
Entre as principais mudanças propostas estão: a ampliação da elegibilidade com a retirada das restrições quanto às categorias profissionais; a permissão de compartilhamento de rede assistencial com outras modalidades; a ampliação do grau de parentesco dos beneficiários; e a inclusão de patrocinadores de diferentes segmentos, eliminando a exigência de correlação entre as atividades dos patrocinadores, desde que exista representatividade entre eles.
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O GLOBO
Ele estava desenganado, mas a inteligência artificial achou uma saída que pode ajudar muita gente
A medicina atual aposta na inteligência das máquinas para solucionar questões que antes pareciam não ter solução
Há pouco mais de um ano, Joseph Coates foi informado de que havia apenas uma coisa a decidir: ele queria morrer em casa ou no hospital?
Coates, então com 37 anos e morando na cidade de Renton, no estado norte-americano de Washington, estava quase inconsciente. Durante meses, ele havia lutado contra uma rara doença sanguínea chamada síndrome de POEMS, que o deixou com mãos e pés dormentes, um coração dilatado e rins falhando. A cada poucos dias, os médicos precisavam drenar litros de líquido de seu abdômen. Ele ficou doente demais para receber um transplante de células-tronco, um dos únicos tratamentos que poderiam colocá-lo em remissão.
- Eu desisti, achei que o fim era inevitável - lembra Coates.
Mas a namorada de Coates, Tara Theobald, não estava pronta para desistir. Então, ela enviou um e-mail pedindo ajuda para um médico na Filadélfia chamado David Fajgenbaum. O casal o havia conhecido um ano antes em uma conferência sobre doenças raras.
Na manhã seguinte, Fajgenbaum respondeu, sugerindo uma combinação não convencional de quimioterapia, imunoterapia e esteroides, algo que nunca havia sido testada como tratamento para o distúrbio de Coates.
Em uma semana, Coates começou a responder ao tratamento. Em quatro meses, ele já estava saudável o suficiente para um transplante de células-tronco. Hoje, ele está em remissão.
O regime de medicamentos que salvou sua vida não foi criado pelo médico, nem por qualquer outra pessoa. Ele foi gerado por um modelo de inteligência artificial.
Em laboratórios ao redor do mundo, cientistas estão usando IA para tentar encontrar tratamentos para doenças raras entre medicamentos já existentes. A reutilização de medicamentos, como é chamada, não é novidade, mas o uso de IA está acelerando o processo e pode expandir as possibilidades de tratamento para pessoas que tenham doenças raras e poucas opções.
Graças às versões da tecnologia desenvolvidas pela equipe de Fajgenbaum na Universidade da Pensilvânia e em outros lugares, diversos medicamentos estão sendo reutilizados para tratar condições como cânceres raros e agressivos, distúrbios inflamatórios fatais e condições neurológicas complexas. E, frequentemente, eles funcionam.
As poucas histórias de sucesso até agora já levaram pesquisadores a questionar: quantas outras curas estão escondidas debaixo do nosso nariz?
- Existe um verdadeiro tesouro de medicamentos que poderiam ser usados para muitas outras doenças. Nós apenas não tínhamos um método sistemático para analisá-los - afirma Donald C. Lo, ex-chefe de desenvolvimento terapêutico do Centro Nacional para o Avanço das Ciências Translacionais (NCATS) e líder científico do Remedi4All, um grupo focado na reutilização de medicamentos.
- Seria um desperdício não tentar isso, já que esses medicamentos já estão aprovados. Você pode comprá-los na farmácia - complementa.
Os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA definem doenças raras como aquelas que afetam menos de 200 mil pessoas no país. Mas existem milhares de doenças raras, que, juntas, afetam dezenas de milhões de americanos e centenas de milhões de pessoas em todo o mundo.
- Ainda assim, mais de 90% das doenças raras não têm tratamentos aprovados, e as grandes empresas farmacêuticas não investem muitos recursos para encontrá-los, já que normalmente não há muito lucro no desenvolvimento de um novo medicamento para um pequeno número de pacientes - afirma Christine Colvis, que lidera os programas de parcerias de desenvolvimento de medicamentos no NCATS.
Segundo Marinka Zitnik, professora associada da Escola de Medicina de Harvard, que estuda aplicações de ciência da computação na pesquisa médica, é por isso que a reutilização de medicamentos se torna uma alternativa tão atraente para encontrar tratamentos para doenças raras. O laboratório de Zitnik em Harvard desenvolveu outro modelo de IA para reutilização de medicamentos.
- Outras técnicas de descoberta em laboratório já colocaram a reutilização de medicamentos no mapa, a IA apenas adiciona um impulso extraordinário a isso - comenta Lo.
Encontrando pistas em pesquisas antigas
A reutilização de medicamentos é algo relativamente comum na indústria farmacêutica: o Minoxidil, desenvolvido como um medicamento para pressão alta, foi reutilizado para tratar a queda de cabelo. O Viagra, originalmente comercializado para tratar uma condição cardíaca, agora é usado para disfunção erétil. A Semaglutida, vendida sob o nome comercial de Ozempic, foi criada como um medicamento para diabetes, mas tornou-se mais conhecida por sua capacidade de ajudar na perda de peso.
A primeira vez que Fajgenbaum reutilizou um medicamento foi na tentativa de salvar sua própria vida. Aos 25 anos, enquanto cursava medicina, ele foi diagnosticado com um subtipo raro de uma doença chamada doença de Castleman, que desencadeou uma reação do sistema imunológico que o levou à UTI.
Não há um único tratamento para a doença de Castleman, e algumas pessoas não respondem a nenhum dos tratamentos disponíveis. Fajgenbaum estava entre elas. Entre hospitalizações e rodadas de quimioterapia que o ajudavam temporariamente, ele passou semanas analisando seu próprio sangue, estudando literatura médica e testando tratamentos não convencionais.
- Tive uma percepção muito clara de que eu não tinha um bilhão de dólares e 10 anos para criar um novo medicamento do zero - diz.
O medicamento que salvou a vida de Fajgenbaum foi um genérico chamado sirolimo, medicamento imunossupressor normalmente dado a receptores de transplantes renais para evitar rejeição. A medicação manteve sua doença de Castleman em remissão por mais de uma década.
Fajgenbaum se tornou professor na Universidade da Pensilvânia e começou a buscar outros medicamentos com usos desconhecidos. Ele percebeu que pesquisas existentes estavam repletas de pistas negligenciadas sobre possíveis ligações entre medicamentos e as doenças que poderiam tratar.
- Se essas informações estão na literatura publicada, alguém não deveria estar procurando por elas o tempo todo? - questiona.
Seu laboratório teve alguns sucessos iniciais, incluindo a descoberta de que um novo medicamento contra o câncer ajudava outro paciente com doença de Castleman. Mas o processo era trabalhoso, exigindo que sua equipe analisasse um medicamento e uma doença por vez. Fajgenbaum decidiu que precisava acelerar o projeto. Em 2022, ele fundou uma organização sem fins lucrativos chamada Every Cure, com o objetivo de usar aprendizado de máquina para comparar milhares de medicamentos e doenças de uma só vez.
Trabalhos semelhantes ao da Every Cure estão sendo realizados em outros laboratórios ao redor do mundo, incluindo na Penn State e na Universidade de Stanford, bem como no Japão e na China.
Em Birmingham, no Alabama, um modelo de IA sugeriu que um paciente de 19 anos debilitado por um quadro de vômitos crônicos experimentasse álcool isopropílico inalado pelo nariz.
- Basicamente, pedimos para a IA: 'Mostre-nos todos os tratamentos já propostos na história da medicina para náusea - , lembra Matt Might, professor da Universidade do Alabama em Birmingham e líder do instituto que desenvolveu o modelo.
- O álcool apareceu no topo da nossa lista, e a ideia funcionou instantaneamente - complementa Might.
O modelo desenvolvido pelo instituto de Might também previu com sucesso outros tratamentos: anfetaminas, normalmente usadas para tratar TDAH, aliviaram paralisia periódica em crianças com um distúrbio genético raro. Um medicamento para Parkinson ajudou pacientes com uma condição neurológica a se mover e falar. Um medicamento comum para pressão alta chamado guanfacina melhorou drasticamente a mobilidade de um paciente pediátrico com outra condição neurológica.
- Muitos medicamentos fazem mais de uma coisa, mas suas funções adicionais às vezes são classificadas como efeitos colaterais - afirma Might.
- Se você examinar um número suficiente de medicamentos, eventualmente encontrará o efeito colateral que está procurando, e aí isso se torna o efeito principal - complementa.
Na Universidade da Pensilvânia, a plataforma de Fajgenbaum comparou aproximadamente 4.000 medicamentos com 18.500 doenças. Para cada doença, os fármacos recebem uma pontuação baseada na probabilidade de eficácia. Uma vez feitas as previsões, uma equipe de pesquisadores as analisa em busca de ideias promissoras, depois realiza testes laboratoriais ou entra em contato com médicos dispostos a testar os medicamentos em pacientes.
Em outros lugares, empresas farmacêuticas estão usando IA para descobrir medicamentos completamente novos, uma busca que tem o potencial de otimizar o funcionamento de uma indústria já bilionária. Mas a reutilização de medicamentos provavelmente não será lucrativa para nenhuma parte específica.
- Muitas patentes de medicamentos expiram após algumas décadas, o que significa que há pouco incentivo para que as empresas farmacêuticas busquem novos usos para eles - comenta Aiden Hollis, especialista em comércio médico e professor de economia na Universidade de Calgary, no Canadá.
Uma vez que um medicamento se torna um dos milhares de genéricos aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, ele normalmente enfrenta forte concorrência, reduzindo seu preço.
- Se você usa IA para criar um novo medicamento, pode ganhar muito dinheiro com esse novo medicamento. Se você usa IA para encontrar um novo uso para um medicamento antigo e barato, ninguém ganha dinheiro com isso - diz Fajgenbaum.
Para financiar a iniciativa, o Every Cure assinou um compromisso no ano passado para receber mais de 100 milhões de dólares do Audacious Project, da TED, e da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada para a Saúde (ARPA-H), uma agência dentro do departamento de saúde federal dos EUA dedicada a apoiar avanços científicos. Fajgenbaum afirma que o Every Cure usará parte do dinheiro para financiar testes clínicos de medicamentos reutilizados.
- Este é um exemplo de IA que não precisamos temer, do qual podemos realmente nos orgulhar - , celebra Grant Mitchell, cofundador do Every Cure e ex-colega de classe de Fajgenbaum na faculdade de medicina.
- Isso ainda vai ajudar muita gente - complementa.
Alguém tinha que ser o primeiro a tentar O hematologista Luke Chen estava cético quando o modelo de Fajgenbaum sugeriu que ele tratasse um paciente com doença de Castleman usando adalimumabe, um medicamento normalmente utilizado para tratar artrite, doença de Crohn e colite ulcerativa.
- Eu não achava que ia funcionar, porque é um medicamento meio fraco - lembra Chen, que também é professor na Universidade Dalhousie e na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.
Mas o paciente já havia passado por quimioterapia e um transplante de medula óssea e havia tentado medicamentos, incluindo aquele que salvou a vida de Fajgenbaum. Nada funcionava, e ele estava entrando em cuidados paliativos.
- Basicamente, já tínhamos desistido, mas resolvi fazer uma última ligação para o David - diz Chen.
Sem outras opções, Chen administrou o adalimumabe ao paciente. Em poucas semanas, ele estava em remissão. O caso foi recentemente tema de um artigo no The New England Journal of Medicine.
Nenhum modelo é infalível, disse Zitnik. E IA às vezes pode fazer previsões com base em evidências que não são suficientemente fortes.
Colvis alerta que classificar os tratamentos potenciais por probabilidade de sucesso também pode ser um desafio. Essas questões tornam a supervisão médica essencial.
- Às vezes, um médico determinará que uma sugestão de tratamento é arriscada demais para ser testada - diz Colvis.
- Mas há casos em que eles olham para uma sugestão e dizem: 'Ok, isso parece fazer algum sentido' - acrescenta.
O hematologista e oncologista Wayne Gao teve dúvidas quando Fajgenbaum sugeriu pela primeira vez que ele experimentasse um tratamento inovador em um de seus pacientes.
O paciente era Coates, o homem de Washington que estava indo para os cuidados paliativos, e a combinação agressiva de medicamentos sugerida pela IA parecia um pouco louca na visão de Gao. Ele temia que o tratamento pudesse matar Coates ainda mais rápido.
Mas Coates era um homem jovem, e não havia outras opções de tratamento.
- Alguém tinha que ser o primeiro a tentar - afirma Gao.
No mês passado, pouco mais de um ano após seu quase encontro com a morte, Coates e sua namorada visitaram Fajgenbaum na Filadélfia para agradecê-lo por sua ajuda. Sorridente, Coates era a imagem da saúde. Ele havia até ganhado músculos desde a última vez que encontrou o médico.
Coates torceu o tornozelo naquela manhã enquanto se exercitava. Mas, fora isso, disse ele, sentia-se muito bem.
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TV ANHANGUERA
Dono de farmácia é preso suspeito de falsificar carimbos e receitas em Luziânia
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Conselho Nacional de Educação e associação divergem sobre diretrizes curriculares de Medicina
Planos de saúde individuais devem subir no máximo 6,5% neste ano, calculam analistas
SindHosp e FeSaude alertam para os riscos da redução de jornada de trabalho no setor de saúde
Amil e Dasa finalizam acordo para formar 2º maior grupo hospitalar
O crescimento dos processos contra médicos ameaça a saúde?
https://universodoseguro.com.br/o-crescimento-dos-processos-contra-medicos-ameaca-a-saude/
Mabel pretende fazer aporte financeiro no Imas e quer negociar pessoalmente com hospitais que tem dívidas a receber
Estado registra aumento de 240% em processos ligados à saúde
https://ohoje.com/2025/04/01/estado-registra-aumento-de-240-em-processos-ligados-a-saude/
BAHIA NOTÍCIAS
Conselho Nacional de Educação e associação divergem sobre diretrizes curriculares de Medicina
Por Paulo Dourado
O Conselho Nacional de Educação (CNE), no dia 14 de fevereiro, abriu consulta pública para uma proposta de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos Cursos de Graduação em Medicina. O conteúdo apresentado, no entanto, tem sido bastante criticado por diversas instituições e médicos, sob argumento de superficialidade e erros conceituais.
Uma das instituições a reagir foi a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem). O conselho diretor manifestou surpresa em relação ao que foi proposto pela CNE. Segundo o órgão, a associação esteve presente em uma construção de um novo texto, proposto e debatido em congressos brasileiros de educação médica, conhecido como Cobem, e entregue formalmente ao Conselho Nacional, em outubro de 2024. A associação declara que o proposto a consulta pública "apresenta uma construção de forma, conceitos e conteúdos bastante distante do proposto pela instituição (Abem)."
As primeiras Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos Cursos de Graduação em Medicina foram publicadas em 2001. À época, o documento foi tratado como algo revolucionário na educação, que, de acordo com especialistas, deixou de ser algo majoritariamente conteudista e passou a desenvolver a humanização da medicina, trazendo o pensamento critico e reflexivo nos estudos médicos. Esta primeira publicação foi feita de modo participativo com a inclusão de diversas entidades médicas, como a Associação Baiana de Educação Médica (BEM), Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM) e uma comissão interinstitucional de avaliação do ensino médico nacional (Sinaens), que hoje não existe mais.
Após isso, um movimento de revisão contínua dessas DCNs foi imposto para trazer atualizações no ensino e na formação médica, considerando as transformações na sociedade, tanto nos âmbitos tecnológicos, científicos e sanitários.
No ano de 2014, houve outra publicação das DCNs para o estudo da medicina, a resolução CNE/CES n.º 3/2014, que trazia novamente os pontos já impostos na publicação mais antiga e agora foca no ensino-serviço-comunidade e da abordagem e valorização do Sistema Único de Saúde (SUS).
DIFERENÇAS
Segundo Humberto Castro Lima, diretor regional Nordeste da Abem e coordenador do curso de medicina da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), o texto apresentado pelo Conselho Nacional de Educação acaba por ser menos desenvolvido do que o primeiro publicado, em 2001, além de apresentar diversos erros.
"O texto era muito ruim. Muito ruim, porque ele é um retrocesso em relação, inclusive, a 2001. Tanto do ponto de vista organizacional, assim como o texto está organizado, como do ponto de vista conceitual, confunde coisas como competência e conteúdo, então, do ponto de vista pedagógico, ele tem várias falhas pedagógicas", iniciou ele.
"Um aspecto que eu acho que é interessante, bem objetivo, por exemplo, a atenção primária à saúde, que é o que acontece nas unidades de saúde básica, nas unidades de saúde da família, enfim, que é a base de todo o sistema de saúde, perde importância nesse texto atual. Antes a gente precisava ter pelo menos, no mínimo, 15% do internato dedicado a isso, agora ele reduz essa carga horária para 10%. É um texto que favorece a especialização, em contrapartida, desfavorece a formação generalista", disse.
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O GLOBO
SindHosp e FeSaude alertam para os riscos da redução de jornada de trabalho no setor de saúde
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo também lançou um boletim de dados da saúde do setor diagnóstico com 4 bilhões de registros
A FESAÚDE e o SindHosp - Federação e Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo alertam sobre as consequências negativas da PEC 08/2025, que propõe a redução da jornada laboral dos trabalhadores brasileiros de 44 horas para 36 horas semanais. A nota técnica entregue ao deputado federal Zacharias Calil (União Brasil - GO), presidente da Frente Parlamentar Mista de Saúde em Defesa dos Serviços de Saúde, pelo médico Francisco Balestrin, presidente das duas instituições, questiona a inconstitucionalidade da medida visto a inexistência de previa dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes inclusive com impactos negativos no SUS.
"A PEC 08/2025, que a princípio pode parecer beneficiar os trabalhadores brasileiros, se aprovada, trará consequências nefastas especialmente para o setor de saúde, prejudicando a qualidade do atendimento à população e gerando custos imprevisíveis ao governo e à iniciativa privada. Precisamos avaliar tecnicamente a proposta, livre de ranços ideológicos ou interesses políticos", avalia Balestrin, em comunicado.
O documento foi entregue em reunião na sede da FESAÚDE-SP em São Paulo. Participaram grandes grupos da saúde entre eles Rede D'or, Dasa, Grupo Fleury e Hapvida entre outros.
A nota técnica pontua que a PEC apresenta contradição em seus próprios termos ao estipular, de um lado, limite de jornada diária de 8 horas e, de outro, jornada semanal de 36 horas em até 4 dias na semana. Isso porque o labor de 36 horas na semana, distribuídos em 4 dias, resultaria em 9 horas diárias, superando o limite de 8 horas estipulado na própria PEC. De acordo com a FESAÚDE e o SindHosp, a PEC trará consequências econômicas e sociais negativas ao mercado da saúde, cujas especificidades devem ser levadas em consideração.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as despesas com saúde movimentaram recursos equivalentes a 9% do PIB brasileiro em 2023, o equivalente a R$ 977,26 bilhões. Desse total, 40,85%foram recursos públicos e 59,15%, recursos privados. Mas dentro dos recursos privados, boa parte do montante foi pago por empresas ou família para custear planos de saúde.
Ainda no setor privado, as instituições ressaltam que as despesas com mão de obra respondem por cerca de 50% das despesas dos hospitais, sendo os itens de maior participação na despesa total.
Consequências Se a PEC for aprovada, os serviços de saúde precisarão reorganizar as escalas de trabalho para que seja garantida a cobertura contínua dos serviços, que é especialmente necessária no setor da saúde. A readequação da escala de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem para a observância dos 3 dias de repouso exigiria a contratação de mais profissionais para a manutenção do atendimento e de sua qualidade, aumentando os custos e a complexidade da gestão de pessoal.
Outro possível risco, em especial para hospitais de menor porte e reduzida capacidade financeira, seria o de aumento de atendimentos por turno, potencialmente agravando a sobrecarga dos profissionais e em prejuízo da qualidade dos serviços prestados.
"Soma-se ao rol de consequências que, na maioria das relações de trabalho no setor da saúde, verifica-se a manutenção de vínculo empregatício com duas ou mais entidades hospitalares. Diminuindo a jornada, a PEC poderia fomentar ainda mais a busca por mais uma fonte de renda ou oportunidade de trabalho, o que levaria à sobrecarga de jornadas e comprometimento do bem-estar do trabalhador", dizem as instituições, em comunicado.
Boletim de dados inédito O SindHosp acaba de lançar o BIS SADT - Boletim Infográfico da Saúde do setor de serviços de apoio e diagnóstico terapêutico - que avaliou e compilou 19 bases de dados com mais de 4 bilhões de registros e 41indicadores. Segundo Balestrin, o objetivo é oferecer inteligência e inovação para o setor da saúde.
"Esta ferramenta pode auxiliar gestores à tomada de decisão. O formato interativo do painel será disponibilizado para associados contribuintes e parceiros estratégicos", destaca em comunicado.
Trata-se de um amplo estudo que consolida e dispõe dados extraídos de bases públicas, incluindo informações estruturais, empregos, produção de serviços auxiliares de diagnóstico e terapias e indicadores do mercado de saúde suplementar como número de beneficiários, taxas de cobertura e sinistralidade.
O Brasil possui 31.747 estabelecimentos que prestam serviços de diagnóstico o que equivale a 15,63 estabelecimentos para cada 100 mil habitantes. Destes, 8.689 possuem convênio com o SUS. Em São Paulo, são 5.564 estabelecimentos, sendo a maioria privada, no total de 5. 316 serviços dos quais 937 possuem contrato com o SUS. Totalizam 11,97 estabelecimentos para cada 100 mil habitantes.
Também no quesito número de equipamentos diagnósticos no país temos 59.392 equipamentos (dados do CNES/ 2025) sendo que a maioria dos equipamentos, ou seja, 57 mil encontram-se em estabelecimentos privados.
O serviço de medicina suplementar, que inclui planos e seguros de saúde privados, atende a 52 milhões de pessoas no Brasil, dando cobertura a 25,7% da população. Enquanto o estado de São Paulo soma quase metade desse montante, com cerca de 18 milhões de usuários de planos de saúde.
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Planos de saúde individuais devem subir no máximo 6,5% neste ano, calculam analistas
Percentual de aumento deve ser maior que a inflação de 2024, mas abaixo do teto de 6,91% da ANS e o menor desde 2008
Planos de saúde individuais ou familiares devem ter reajuste de até 6,5% este ano, segundo cálculos de analistas que acompanham o setor de saúde suplementar. O percentual é maior que a inflação de 2024, quando o IBGE calculou o IPCA em 4,83%, mas abaixo do teto de 6,91% definido no ano passado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice pode ser o menor desde 2008.
Apesar de os usuários de planos individuais somarem menos de 17% dos 52 milhões na saúde suplementar, o reajuste desses contratos é um balizador para o aumento dos planos coletivos - tanto os empresariais quanto aqueles por adesão (vinculados a uma entidade de classe ou administradora de benefícios) - , que não têm a correção de preço regulada pela ANS.
Nesse caso, os contratos são negociados entre as operadoras e as administradoras ou empresas contratantes, e os índices muitas vezes ficam na casa dos dois dígitos. No ano passado, a média de reajuste dos contratos coletivos foi de 13,80%, mas há registros de correções ainda mais altas.
Índice sai até maio O percentual máximo de reajuste dos contratos individuais é definido anualmente pela ANS, que vai divulgar o índice oficial até maio. O modelo de cálculo reflete a variação de custos médico-hospitalares em 12 meses, entre 31 de dezembro último e igual data do ano anterior, e também a inflação geral do país, excluindo o grupo saúde.
Depois de definido, o índice é enviado ao Ministério da Fazenda, que tem 15 dias para analisar o dado e dar um retorno à agência. Somente após esse processo de aprovação o aumento passa a ser aplicado aos contratos, vigorando entre 1º de maio de 2025 a 30 de abril de 2026, com aplicação sempre na data de aniversário de cada contrato.
Com a divulgação pela ANS, no último dia 19, dos dados econômico-financeiros do setor em 2024 - quando as operadoras de planos médico-hospitalares e odontológico registraram lucro líquido de R$ 11,1 bilhões, salto de 271% em relação a 2023 - , analistas que acompanham o segmento começaram a calcular qual deve ser o teto de reajuste.
Samuel Alves e Yan Cesquim, do BTG, estimam o percentual em 6%, próximo da inflação prevista pelo banco para 2025. "Os dados sugerem que os ajustes de preços devem se aproximar do cenário-base da equipe macroeconômica do BTG para a inflação do IPCA em 2025 (5,7%)", afirmam.
A Milliman, consultoria global especializada em seguros e saúde privada, calcula que o índice máximo deve ser de 6,20%. Os analistas Larissa Martins e João Longo observam que a sinistralidade - fatia da receita da operadora que é usada para custear a assistência médica dos usuários - fechou 2024 em 82,60%, inferior aos 86,3% registrados no ano anterior.
Além disso, destacam a melhora no resultado operacional das operadoras entre 2023 e 2024, "passando de R$ 4,4 bilhões negativos para R$ 6,1 bilhões positivos".
"No entanto, ainda cerca de 40% destas operadoras apresentaram resultado operacional negativo, percentual próximo ao observado em 2023, demonstrando que o aumento observado não pode ser caracterizado como uma melhora geral do setor, nem que todas estão em uma situação confortável", pondera o estudo da Milliman.
Em nota, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que representa os planos, afirmou ontem que o índice de reajuste dos planos individuais e familiares, "possivelmente o menor reajuste dos últimos 17 anos", reflete esforços de gestão como controle de despesas, aperfeiçoamento de contratos, redução de desperdícios e combate a fraudes.
Fenasaúde cita despesas A FenaSaúde afirma, no entanto, que em muitas operadoras "o reajuste da ANS fica aquém da variação efetiva das despesas assistenciais, ou seja, não cobre a variação dos custos".
Leandro Bastos e Renan Prata, do Citi, preveem reajuste de 6,5%. Os analistas consideram que o patamar, "embora já esperado", é "relativamente modesto" frente aos custos do setor, com destaque para o "aumento contínuo das despesas judiciais". Como mostrou O GLOBO, o volume de ações contra operadoras encerrou 2024 com quase 300 mil novos casos, o maior patamar registrado desde o início do monitoramento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2020.
"Na verdade, destacamos a importância do limite de preços individuais, não apenas como um fator para os aumentos de preços nos planos individuais regulados, mas também como 'âncora' para as negociações de planos não regulados", afirma o relatório do Citi.
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PODER 360
Amil e Dasa finalizam acordo para formar 2º maior grupo hospitalar
A Dasa (Diagnósticos da América S.A.) anunciou na última 3ª feira (1º.abr.2025) a conclusão do acordo de associação com a Amil Assistência Médica Internacional. Com o fechamento do negócio, a Ímpar Serviços Hospitalares, unidade de hospitais e oncologia da Dasa, passa a ser uma joint venture, com controle compartilhado entre as duas empresas e participação igualitária de 50% no capital votante, segundo documento divulgado pela Dasa (íntegra - PDF - 65 kB).
Como parte do acordo de associação entre as empresas, a Amil realizou um aumento de capital na Ímpar, transferindo suas participações na Esho (Empresa de Serviços Hospitalares S.A.) e no Hospital Alvorada Taguatinga. Essas unidades administram hospitais e clínicas oncológicas da Rede Américas, com exceção do Hospital Promater e do Hospital Monte Klinikum, no Nordeste, além do Hospital Maternidade Santa Lúcia.
A Ímpar, por sua vez, manteve suas operações, incluindo os hospitais e clínicas recebidos da Amil, mas sem o Hospital São Domingos, o Hospital da Bahia e a AMO, também na região Nordeste. Além disso, imóveis que abrigam o Hospital do Paraná e o Hospital Cristóvão da Gama Diadema foram desmembrados da Ímpar e passaram a ser controlados diretamente pela Dasa.
A fusão entre a Dasa e a Amil foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em dezembro do ano passado. Com a fusão, a empresa torna-se o 2º maior grupo hospitalar do Brasil, com 25 hospitais, 6 clínicas oncológicas e 6 clínicas médicas sobre a gestão compartilhada, totalizando 4.400 leitos.
A receita líquida combinada das operações envolvidas na associação entre Dasa e Amil alcançou R$ 10,6 bilhões em 2024. Com a conclusão do acordo, as empresas iniciam a integração da Rede Américas, com foco em otimizar a operação conjunta, aumentar a eficiência e criar ganhos de escala.
Com a conclusão da associação, a Ímpar assume um endividamento líquido estimado em R$ 3,2 bilhões, resultado de uma dívida bruta de R$ 3,7 bilhões, incluindo aquisições a pagar e impostos parcelados, e um caixa de R$ 500 milhões. Os valores ainda passarão por verificação nas demonstrações financeiras de fechamento.
Para a Dasa, a operação resultou em uma redução estimada de R$ 3,5 bilhões em sua dívida líquida total, reflexo dos recursos recebidos da Ímpar e da exclusão de aquisições a pagar, impostos parcelados e caixa que permaneceram na empresa hospitalar. Além disso, a Dasa utilizará R$ 2,3 bilhões desses recursos para antecipar o pagamento da 18ª e 20ª emissões de debêntures, reduzindo sua dívida bruta.
Como parte da conclusão da associação entre Dasa e Amil, foram assinados novos contratos para garantir a transição e a continuidade das operações. Entre os principais acordos estão:
compartilhamento temporário de despesas: contratos firmados entre Ímpar e Dasa, e Ímpar e Amil, para custear atividades que ainda não foram totalmente separadas das empresas durante o período de transição;
despesas administrativas: acordo entre Dasa e Ímpar para cobrir custos operacionais relacionados ao Hospital São Domingos, Hospital da Bahia e AMO, que permanecem sob controle da Dasa;
locação de imóveis: contratos para o uso de hospitais e clínicas operados pela Ímpar, incluindo unidades incorporadas pela Amil na associação, com Dasa, Amil e acionistas do grupo de controle da Dasa atuando como locadores.
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UNIVERSO SEGUROS
O crescimento dos processos contra médicos ameaça a saúde?
Artigo de Ana Falcão Gierlich, advogada e especialista em Direito Médico e Odontológico
A medicina sempre foi guiada pela confiança entre médico e paciente. No entanto, essa relação tem sido profundamente abalada pelo crescimento da judicialização da medicina. Com o aumento das ações judiciais contra profissionais da área, muitos médicos têm adotado uma abordagem conhecida como medicina defensiva - uma estratégia que prioriza a autoproteção em detrimento da real necessidade do paciente. O receio de figurar como réu em um processo leva médicos a solicitarem exames excessivos, recomendarem internações desnecessárias e evitarem condutas mais assertivas, o que impacta diretamente a qualidade do atendimento e onera todo o sistema de saúde.
Uma consequência mais visível dessa prática é o desperdício de recursos. No SUS, onde o orçamento já é limitado, exames que poderiam ser evitados acabam sobrecarregando a rede pública e ocupando vagas de exames e consultas que poderiam atender casos prioritários. No setor privado, o impacto também é preocupante: o aumento dos custos operacionais leva ao encarecimento dos planos de saúde, tornando-os inacessíveis para uma parcela crescente da população. Na prática, a medicina defensiva empurra o sistema para um colapso financeiro, prejudicando pacientes que realmente necessitam de exames e tratamentos essenciais.
O impacto financeiro, no entanto, é apenas uma parte do problema. A relação médico-paciente também sofre com essa insegurança jurídica. Quando um profissional teme ser processado, ele passa a tratar cada consulta como um possível litígio futuro, tornando a comunicação impessoal e excessivamente técnica. Isso gera um distanciamento, que, por sua vez, faz com que o paciente também desconfie mais das decisões médicas, questionando diagnósticos e exigindo ainda mais exames. De acordo com o artigo "Medicina defensiva: uma prática em defesa de quem?", a pesquisadora Homaile Mascarin do Vale, juntamente com outros colaboradores, desenvolveu um estudo na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) sobre a prática da medicina defensiva. A pesquisa analisou 104 médicos de 28 especialidades e observou que muitos profissionais alteram sua conduta clínica ao tomarem conhecimento de processos contra colegas, evidenciando o efeito cascata da judicialização sobre toda a classe médica.
Esse comportamento gera um paradoxo preocupante: médicos, que deveriam atuar com base no conhecimento e na experiência clínica, passam a confiar mais nos exames complementares do que em suas próprias habilidades diagnósticas. Exames laboratoriais e de imagem, que deveriam ser ferramentas auxiliares, tornam-se protagonistas das decisões médicas. Esse excesso de precaução não apenas atrasa diagnósticos, como também expõe pacientes a riscos desnecessários, como a radiação de exames de imagem ou procedimentos invasivos sem real indicação.
O caminho para romper esse ciclo vicioso não está em intensificar a defensiva, mas sim em fortalecer o direito médico preventivo. Ao contrário da medicina defensiva, que age pelo medo, o direito médico preventivo oferece segurança jurídica sem comprometer a qualidade da assistência. Isso envolve a capacitação dos profissionais sobre boas práticas e normativas éticas, a adequação da documentação médica - incluindo prontuários detalhados com termos de consentimento bem estruturados - e a assessoria jurídica especializada para orientar decisões e minimizar riscos legais.
Quando um médico atua com respaldo jurídico adequado, ele se sente mais confiante para exercer sua profissão sem a necessidade de excessos. Ele documenta suas condutas de forma clara, explica as opções terapêuticas com transparência e estabelece uma comunicação mais próxima com o paciente. Já na medicina defensiva, o profissional vê o paciente como uma ameaça potencial, tornando o atendimento menos humanizado e mais burocrático. A longo prazo, essa distorção prejudica tanto a saúde dos pacientes quanto o bem-estar dos próprios médicos, que vivem sob constante tensão.
A medicina não pode ser pautada pelo medo. Para garantir um atendimento mais eficiente, acessível e humano, é fundamental abandonar a defensiva e investir em uma abordagem baseada no conhecimento, na ética e na confiança. O direito médico preventivo não apenas protege os profissionais, mas também fortalece o próprio sistema de saúde, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma mais justa e eficaz. Afinal, um médico que trabalha com segurança jurídica trabalha melhor - e um sistema de saúde mais eficiente beneficia a todos.
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JORNAL OPÇÃO
Mabel pretende fazer aporte financeiro no Imas e quer negociar pessoalmente com hospitais que tem dívidas a receber
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, se reuniu na manhã desta terça-feira, 1, com o presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) Paulo Henrique da Farmácia. Em meio a uma grave crise financeira que atinge a autarquia desde a gestão passada, o prefeito pediu um planejamento detalhado para a quitação de dívidas para definir o valor do aporte financeiro necessário.
Paulo Henrique afirmou que a dívida consolidada do Imas está em torno de R$ 197 milhões, mas ainda é necessário contabilizar outros valores. Segundo ele, para quitar esses débitos será necessário a realização de aporte financeiro para a quitação das dívidas e também para reestruturação do instituto. “Hoje a gente faz um esforço para pagarmos tudo em dia, mas para esta dívida será necessário uma intervenção do Prefeito. Por isso ele veio aqui para que a gente pudesse alinhar as demandas e entregar para ele um planejamento para reestruturação do Imas”, afirmou.
O prefeito solicitou um planejamento detalhado com o total das dívidas contabilizadas, para que ele negociasse pessoalmente com os prestadores de serviços que têm valores a receber. O valor do aporte ainda não foi definido e só será feito após a análise dos dados enviados pelo Imas
O Jornal Opção mostrou no início de dezembro, que o relatório do Imas para a Comissão de Transição da Prefeitura apontou uma dívida com prestadores de serviços no valor de R$ 227,1 milhões. O relatório apontava que as despesas foram maiores que as receitas informadas, evidenciando déficit orçamentário constante, que contribuiu com o endividamento do Imas.
O Imas tem 33.415 titulares, que são servidores da ativa, aposentados, pensionistas e servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Dependentes somam 36.568 pessoas que incluem cônjuges e filhos menores de 21 anos; já os agregados são 8.636 que são filhos maiores de 24 anos, pais, irmãos, netos de servidores efetivos. Ao todo são 78.619 beneficiários.
Reestruturação
Após a entrega do planejamento, o Imas vai elaborar um projeto de lei para reestruturar o instituto. Segundo o presidente deve ser feito um planejamento para concurso, uma vez que o Imas não tem pessoal efetivo no seu quadro. “Esse projeto que vamos enviar para a Câmara vai mudar tudo, até o nome do instituto nós queremos mudar para tirar esse estigma de plano de saúde ruim que o Imas carrega no mercado. Nós vamos remodelar o Imas e trazer o melhor de serviços de saúde para o servidor da Prefeitura”, afirmou Paulo Henrique.
Ainda não há prazo para elaboração do projeto de lei, porque tudo vai depender da decisão tomada pelo prefeito após a análise do planejamento que está sendo elaborado.
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O HOJE
Estado registra aumento de 240% em processos ligados à saúde
Crescimento expressivo reflete desafios do setor público e privado
O número de processos judiciais relacionados à saúde aumentou de forma alarmante em Goiás, com um crescimento superior a 240% entre 2020 e 2024, conforme dados do Painel de Estatísticas Processuais de Direito à Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2020, foram registrados 5.455 novos casos. Já em 2024, esse volume disparou para 18.606, representando um aumento exponencial nas demandas judiciais em busca de garantia de tratamentos e serviços médicos.
Esse levantamento, realizado pelo CNJ, contabiliza os processos em tramitação tanto na Justiça Estadual quanto na Federal, desde que estes tenham conexão com o estado de Goiás.
O crescimento das ações judiciais foi constante ao longo dos últimos anos, com 7.373 casos registrados em 2021, 8.506 em 2022 e 11.876 em 2023. Só nos dois primeiros meses de 2025, já foram ajuizados 2.668 novos processos, o que demonstra a continuidade da tendência crescente.
Até a última atualização do painel, em 28 de fevereiro deste ano, havia um total de 13.433 processos pendentes relacionados à saúde na Justiça de Goiás. O tempo médio de tramitação de um processo pendente é de 326 dias, e o tempo de espera pelo primeiro julgamento gira em torno de 183 dias.
Em termos de atendimento da demanda, a Justiça goiana tem conseguido resolver 92,7% dos processos de saúde em trâmite, um índice significativo, mas ainda insuficiente diante do volume crescente de ações.
Fatores que impulsionam o aumento dos processos judiciais
Para o advogado especializado em direito da saúde, Rafael Fontenele, os principais fatores que contribuem para esse aumento são a precarização do sistema público de saúde e as práticas abusivas adotadas pelos planos de saúde privados.
No setor público estadual, a principal razão para o aumento de processos está relacionada à longa espera para realização de procedimentos médicos, tratamentos e fornecimento de medicamentos. Quando não conseguem acesso ao atendimento de que necessitam, muitos pacientes recorrem à Justiça para garantir a execução de seus direitos. No setor privado, as queixas mais recorrentes envolvem a quebra de contratos, negativa indevida de procedimentos e outras práticas abusivas praticadas pelas operadoras de planos de saúde.
O impacto da pandemia da Covid-19 na judicialização da saúde
A pandemia da Covid-19 teve um papel determinante no aumento da judicialização no setor da saúde. A escassez de leitos hospitalares e de insumos, aliada a uma elevada taxa de mortalidade, fez com que muitos pacientes buscassem a proteção do Judiciário para garantir internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou outros tratamentos essenciais.
Além disso, a ampla divulgação dos direitos do paciente pela mídia contribuiu para o aumento da conscientização sobre o acesso à saúde, incentivando a população a procurar a Justiça sempre que necessário.
A atuação do Governo Federal e o crescimento das ações relacionadas aos planos de saúde
A escalada de processos judiciais também gerou uma reação por parte dos órgãos reguladores. O Governo Federal tem intensificado a fiscalização sobre os planos de saúde, com o intuito de coibir as práticas abusivas e melhorar a qualidade do serviço prestado. Isso é fundamental, pois o aumento no número de ações envolvendo planos de saúde reflete diretamente na insegurança que os beneficiários enfrentam em relação aos serviços prestados pelas operadoras.
Desde 2020, já foram proferidas 47.026 decisões judiciais relacionadas à saúde no estado de Goiás. Em 2024, o número de casos julgados alcançou 16.076, e apenas nos dois primeiros meses de 2025, o Judiciário goiano já havia julgado cerca de 2.600 processos.
Esse grande volume de decisões judiciais envolvendo a saúde coloca em evidência a sobrecarga do sistema judiciário e a necessidade urgente de reformulação nas políticas públicas e privadas de saúde para evitar que mais casos cheguem aos tribunais.
Mais da metade das ações judiciais em Goiás estão relacionadas à saúde pública. Atualmente, o estado possui 9.727 processos pendentes relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto os processos envolvendo planos de saúde totalizam 3.949 casos aguardando julgamento. Esses números revelam a magnitude da judicialização, tanto no setor público quanto no privado, e os desafios enfrentados pela Justiça na busca por soluções adequadas.
Consequências para o sistema de saúde e a judicialização excessiva
As consequências da judicialização da saúde são de longo alcance, afetando tanto o sistema judiciário quanto o sistema de saúde. O impacto financeiro imediato é expressivo, pois muitas decisões judiciais resultam em indenizações por danos morais e materiais, além de determinar a oferta de tratamentos e serviços médicos de urgência.
A médio e longo prazo, espera-se que as decisões judiciais impulsionem a melhoria do sistema de saúde, com a expansão de leitos, o aumento da capacitação de profissionais de saúde e a otimização da logística de atendimento. A judicialização tem forçado os gestores públicos e privados a buscarem soluções mais rápidas e eficazes para atender às necessidades da população, visando evitar o ingresso de novos processos no futuro.
Falhas no sistema de saúde brasileiro
Em paralelo ao aumento das ações judiciais, o Brasil também tem enfrentado um número alarmante de falhas na assistência à saúde. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, foram registradas 295.355 falhas, de acordo com levantamento realizado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essas falhas refletem uma série de problemas no sistema de saúde, que afetam diretamente a segurança do paciente.
As falhas mais graves incluem a administração inadequada de medicamentos, seja por erro na dosagem ou no tipo prescrito, além da realização de cirurgias em locais incorretos no corpo dos pacientes.
Também foram registrados casos de lesão por pressão, que podem ser causadas por contusão, entorse ou luxação, sendo esta última a mais grave. Em Goiás, foram contabilizadas 12.227 falhas, com destaque para os erros no atendimento médico (3.731), problemas relacionados ao uso de cateter venoso (1.543) e lesões por pressão (1.318).
Para evitar a judicialização excessiva, é fundamental que o sistema de saúde se reestruture, promovendo a qualidade do atendimento, reduzindo o tempo de espera para procedimentos e garantindo que os pacientes recebam os tratamentos de forma adequada e eficiente.
Além disso, é necessário que os profissionais da saúde, bem como as operadoras de planos de saúde, sejam mais transparentes e responsáveis em suas práticas, assegurando que os direitos dos pacientes sejam respeitados e evitando que o caminho da Justiça seja a única alternativa para quem busca o atendimento médico adequado.
O papel do Poder Judiciário, enquanto garantidor dos direitos dos cidadãos, continuará sendo fundamental, mas é imprescindível que haja uma mudança significativa na gestão dos sistemas de saúde para que a judicialização não seja vista como a única forma de acesso à saúde de qualidade.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Decisão que permitia farmacêuticos de prescreverem remédios é suspensa pela Justiça do DF
Servidores sofrem para conseguir atendimento médico para os filhos pelo IMAS
Juiz suspende norma que autoriza farmacêuticos a prescreverem remédios
UTI Top Performer 2025: dos 13 hospitais privados goianos citados, 10 são associados da Ahpaceg
https://www.foconacional.com.br/2025/03/uti-top-performer-2025-dos-13-hospitais.html
Um olhar de cuidado: Instituto Panamericano da Visão encerra Mês da Mulher com ação social
https://www.issoegoias.com.br/2025/03/um-olhar-de-cuidado-instituto.html
Sesi fará perícias médicas dos servidores da Prefeitura de Goiânia
Quase 12 mil falhas são registradas em 1 ano na assistência à saúde em Goiás
84% dos pacientes preferem marcar consultas via canais digitais
ANS: rastreio do câncer de mama deve ser feito a partir dos 40 anos
https://medicinasa.com.br/rastreio-cancer-mama/
Casos de câncer colorretal devem aumentar 21% no Brasil até 2040
https://medicinasa.com.br/cancer-colorretal-2040/
Como a IA pode aprimorar diagnósticos por imagem
https://medicinasa.com.br/ia-diagnosticos-imagem/
TV ANHANGUERA
Decisão que permitia farmacêuticos de prescreverem remédios é suspensa pela Justiça do DF
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Servidores sofrem para conseguir atendimento médico para os filhos pelo IMAS
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AGÊNCIA BRASIL
Juiz suspende norma que autoriza farmacêuticos a prescreverem remédios
Decisão foi motivada por ação do CFM
A Justiça Federal em Brasília decidiu nesta segunda-feira (31/3) suspender a resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que autorizou farmacêuticos a prescreverem medicamentos. A decisão foi motivada por uma ação movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Na decisão, o juiz federal Alaôr Piacini afirmou que a resolução do CFF que autorizou a medida invade as atividades privativas dos médicos. "O balcão de farmácia não é local para se firmar um diagnóstico nosológico de uma doença, porque o farmacêutico não tem competência técnica, profissional e legal para tal procedimento", afirmou o magistrado.
O juiz também acrescentou que somente os médicos têm competência legal e técnica para fazer diagnósticos e receitar tratamento terapêutico.
Para fundamentar a decisão, o magistrado citou a Lei 12.842, de 2013, conhecida como Lei do Ato Médico. "Verifica-se da referida lei que somente o médico tem competência legal e formação profissional para diagnosticar e, na sequência, indicar o tratamento terapêutico para a doença, após a realização do diagnóstico nosológico, processo pelo qual se determina a natureza de uma doença, mediante o estudo de sua origem, evolução, sinais e sintomas manifestos", afirmou.
Alaôr Piacini também ressaltou casos de diagnóstico inadequado divulgados pela imprensa. "É fato incontroverso que a imprensa noticia, quase diariamente, mortes e deformações estéticas, com repercussão para a vida toda da pessoa, em tratamentos realizados por profissionais da área da saúde que não são médicos e passam a realizar procedimentos sem a formação técnica adequada", completou.
De acordo com a Resolução 5/2025 do CFF, o farmacêutico está autorizado a prescrever medicamentos, incluindo os de venda sob prescrição, renovar prescrições e prescrever medicamentos em atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.
Para o Conselho Federal de Medicina, os farmacêuticos não têm atribuição legal e preparação técnica para definir tratamentos.
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FOCO NACIONAL
UTI Top Performer 2025: dos 13 hospitais privados goianos citados, 10 são associados da Ahpaceg
A AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e a Epimed Solutions divulgaram os resultados da edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, que reconhece e certifica as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de melhor desempenho no País.
Dos 13 hospitais privados goianos citados na restrita lista de UTI Top Performer 2025, 10 são associados da Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás)
O projeto, criado há mais de dez anos, avalia o perfil epidemiológico das UTIs brasileiras e reconhece e premia as que demonstraram excelência em desempenho e qualidade no atendimento a pacientes críticos.
Confira a lista dos associados da Ahpaceg que se destacaram nesta jornada de excelência!
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi (também Top UTI Cardiológica Eficiente)
Hospital do Rim de Goiânia
Hospital e Maternidade Santa Bárbara
Hospital Mater Dei
Hospital São Francisco de Assis
Instituto de Neurologia de Goiânia
Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
“Parabéns aos associados e parabéns à AMIB e Epimed pela iniciativa que traz transparência para o sistema, informa o paciente sobre o que é seguro, através de parâmetros confiáveis, e ainda estimula uma "competição" saudável entre os prestadores da mesma região”, diz o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.
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ISSO É GOIÁS
Um olhar de cuidado: Instituto Panamericano da Visão encerra Mês da Mulher com ação social
O Instituto Panamericano da Visão encerrou as celebrações do Mês das Mulheres com um gesto que vai além da homenagem: um compromisso com a saúde e o bem-estar feminino. Na manhã da última sexta-feira, 28, um grupo de médicas da instituição ofereceu atendimento oftalmológico voluntário a 10 mulheres em situação de vulnerabilidade, assistidas pelo Centro de Valorização da Mulher (Cevam).
Para algumas das pacientes, essa foi a primeira consulta oftalmológica da vida. É o caso de Ana (nome fictício), que aos 50 anos de idade, teve a chance de passar por sua primeira consulta com um oftalmologista. Mais do que exames e diagnósticos, a ação social simbolizou cuidado e acolhimento, proporcionando às pacientes a possibilidade de um olhar novo para o futuro.
Elas chegaram ao Instituto acompanhadas pela presidente do Cevam, Carla Monteiro, e foram recebidas pelo diretor Clausmir Jacomini, que deu as boas-vindas ao grupo. Após passarem pelas consultas, aquelas que necessitarem de acompanhamento terão seus encaminhamentos organizados pelo Instituto.
Fundado há 21 anos e uma referência em oftalmologia em todo o Centro-Oeste, o Instituto Panamericano da Visão conta com 27 médicas em seu corpo clínico e a ação foi uma forma encontrada para levar saúde a mulheres que necessitam deste atendimento oftalmológico. “Em um mês dedicado à valorização da mulher, esse gesto reafirma um compromisso que deve ser de todos e se estender durante todo o ano: garantir que cada mulher, independentemente da sua história, tenha acesso à saúde e a um cuidado digno”, afirma o superintendente do hospital, Nilson Melo.
A presidente do Cevam destacou a importância da ação. “Ainda estou em estado de graça com essa ação realizada na sexta-feira. O Instituto ofereceu não só consultas, como exames das que precisaram, e entregaram os colírios necessários. Considero isso uma bênção e não é todo dia que alguém recebe essa bênção. Estou muito grata em nome de todas as mulheres atendidas”, disse.
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A REDAÇÃO
Sesi fará perícias médicas dos servidores da Prefeitura de Goiânia
Contrato será assinado nesta terça (1º/4)
Na intenção de dar vasão a um montante de mais de 8 mil pedidos de afastamento que estão na Gerência da Junta Médica e Saúde da Prefeitura de Goiânia aguardando processo pericial, a atual gestão municipal vai contratar o Serviço Social da Indústria (Sesi) para assumir a análise técnica dos documentos. O prefeito Sandro Mabel e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, assinam o contrato nesta terça-feira (1º/4).
Segundo Mabel, o novo modelo de perícia médica deve trazer também economia para administração e coibir o uso de atestados médicos falsificados. A Secretaria de Administração de Goiânia já havia autorizado a contratação, que está na casa dos R$ 9 milhões, mesmo sem licitação, pelo prazo de um ano.
O despacho da decisão foi assinado pelo secretário Celso Dellalíbera e publicado no Diário Oficial do Município. No texto fica claro que o processo ocorrerá sem licitação - o que é permitido por lei, já que o Sesi é uma entidade sem fins lucrativos.
Dellalibera informou ainda que, somente em março, mais de mil e 200 servidores foram afastados do trabalho no serviço público municipal e, segundo ele, o custo disso ultrapassa os R$ 6 milhões.
Em janeiro, a Prefeitura de Goiânia já havia informado que estava em fase final de contratação de uma auditoria privada para investigar um suposto esquema de atestados. Isso porque o alto número de pedidos de afastamento chamou a atenção da gestão municipal. Dos servidores afastados no ano passado, cerca de 4 mil seriam da Educação, conforme a representação enviada pelo Paço ao Ministério Público de Goiás (MPGO), que investiga o caso.
A ideia é que a nova auditoria "reduza a demora na análise dos processos de afastamento dos servidores e trazer mais transparência ao sistema de concessão de afastamentos médicos". "A auditoria irá verificar o número exato de servidores afastados, incluindo os da Educação, e mapear o perfil das licenças médicas, considerando fatores como tempo de afastamento, diagnósticos (CID), entre outros", informa o documento.
Além disso, a Junta Médica terceirizada fará o cruzamento de informações, considerando o registro dos médicos que emitiram os atestados. A pasta não soube informar se será verificada uma suposta venda de atestados.
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Quase 12 mil falhas são registradas em 1 ano na assistência à saúde em Goiás
Dado é da Organização Nacional de Acreditação
Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil contabilizou 295.355 mil falhas na assistência à saúde. Em Goiás, o número ultrapassou 12 mil, com 87 mortes. Os dados foram levantados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em informações fornecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dizem respeito à realidade em hospitais públicos e privados.
Entre as ocorrências mais graves estão a administração incorreta de medicamentos, seja por dosagem ou tipo errados, e a realização de cirurgias em locais equivocados no corpo dos pacientes. Além disso, destacam-se casos de lesão por pressão, divididos em três tipos: contusão (lesão dos tecidos moles causada por trauma), entorse (alongamento dos ligamentos) e luxação, considerada a mais grave, em que há deslocamento do osso da articulação. Esses dados refletem a seriedade das falhas no sistema de saúde brasileiro e o impacto que podem ter na segurança do paciente.
Existem, no entanto, diversas medidas que podem ser implementadas para reduzir estes erros e até evitar óbitos. Uma delas é a implementação de processos de acreditação, que permitem às instituições adotar protocolos de segurança mais rigorosos para proteger os pacientes.
Recentemente, a ONA conduziu uma pesquisa com aproximadamente 100 instituições de saúde, para avaliar a redução de falhas após a implementação de medidas de segurança. “Mais de 30% dos entrevistados relataram que as falhas na administração de medicamentos diminuíram em 51%; os erros na identificação de pacientes caíram 52%; as infecções hospitalares reduziram 42%; as falhas na prescrição de medicamentos baixaram 35%; enquanto os problemas de comunicação diminuíram 37%. Houve ainda uma redução de 33% nas quedas de pacientes nos leitos e de 45% tanto nas falhas na esterilização de materiais quanto na manutenção preventiva dos equipamentos”, evidencia a gerente de Operações da ONA, Gilvane Lolato.
“A obtenção da acreditação é um processo desafiador que exige comprometimento, disciplina e uma profunda mudança cultural dentro das organizações. Além de aumentar a segurança no atendimento médico e na realização de exames e diagnósticos, também traz maior precisão e confiança tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. O processo contribui ainda para minimizar riscos e reduzir falhas operacionais”, acrescenta Gilvane.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que ocorram anualmente cerca de 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda, levando a aproximadamente 2,6 milhões de mortes.
O cenário de acreditação no Brasil
Atualmente, das mais de 380 mil organizações de saúde registradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), apenas 1.932 estão acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,1% das certificações, o que corresponde a mais de 1.500 instituições, sendo 422 hospitais. No entanto, apenas 0,45% das instituições de saúde no Brasil possuem certificação. Dentre as acreditadas, 68,4% são de gestão privada, 22,2% de gestão pública, 8,3% filantrópica e 0,1% são de gestão militar.
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REVISTA COBERTURA
84% dos pacientes preferem marcar consultas via canais digitais
Relatório da ABComm (2023) indica que 89% das empresas de e-commerce usam estratégias digitais
As clínicas de diagnósticos estão cada vez mais inseridas no universo do marketing digital, utilizando a tecnologia para facilitar o agendamento de consultas e exames. A digitalização dos processos não só melhora a eficiência operacional, mas também aprimora a experiência do paciente, tornando-a mais ágil e personalizada.
De acordo com a 6ª edição do Perfil do Paciente Digital, divulgada pela Doctoralia em 2024, 84% dos agendamentos de consultas médicas no Brasil são realizados por meio de dispositivos móveis, como celulares e tablets. Além disso, o estudo revelou que 43% dos brasileiros utilizaram a telemedicina durante a pandemia, indicando uma crescente aceitação dos serviços de saúde online no país.
No Brasil, 94% das empresas já adotam o marketing digital como estratégia de crescimento, segundo a pesquisa "Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil", realizada por Resultados Digitais, Mundo do Marketing, Rock Content e Vendas B2B. No setor de saúde, esse movimento se traduz em iniciativas como a implementação de sistemas de agendamento online, que permitem aos pacientes marcar consultas a qualquer hora do dia, sem precisar ligar para a clínica. Além da praticidade, essa automação reduz a sobrecarga das recepções, minimiza erros e aumenta a taxa de comparecimento, já que os sistemas enviam lembretes automáticos.
Victor Okuma
A presença digital também é estratégica para atrair e fidelizar pacientes. Para Victor Okuma, Country Manager da Indigitall, empresa especializada em comunicação omnichannel, a combinação de um site otimizado para SEO (uso de palavras-chave e conteúdos bem estruturados), redes sociais ativas, marketing de conteúdo e campanhas ativas de canais como Whatsapp é essencial. "Clínicas que investem nessas frentes conseguem não apenas atrair novos clientes, mas também criar um relacionamento de longo prazo com os pacientes. O marketing de conteúdo, por exemplo, estabelece a clínica como referência em saúde, enquanto campanhas pagas aumentam a visibilidade entre o público-alvo local", explica.
O uso de chatbots e tecnologias automatizadas tem sido outra aposta das clínicas. No Brasil, há cerca de 164 mil chatbots em operação, segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, da Mobile Time. Essas ferramentas auxiliam no atendimento inicial, respondem dúvidas frequentes e facilitam o agendamento, tornando a comunicação mais ágil e eficiente.
As redes sociais também desempenham um papel importante na humanização da marca. "Elas permitem que as clínicas se conectem emocionalmente com os pacientes, compartilhando conteúdos informativos e interagindo diretamente com o público", diz Okuma.
Mas não basta estar presente no digital - é preciso medir resultados. Ferramentas como Google Analytics, HubSpot e Facebook Insights ajudam as clínicas a monitorar métricas como leads gerados, taxa de conversão, ROI (Retorno Sobre Investimento) e CAC (Custo de Aquisição por Cliente). "Além dessas métricas, é fundamental analisar o feedback dos pacientes sobre o processo de agendamento e o atendimento recebido. A melhoria contínua garante um serviço mais alinhado às expectativas do público e, consequentemente, um aumento na taxa de agendamentos", complementa Okuma.
Com estratégias bem planejadas e monitoramento constante, as clínicas de diagnósticos seguem o caminho da inovação, garantindo eficiência nos serviços e uma experiência mais satisfatória para os pacientes.
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MEDICINA S/A
ANS: rastreio do câncer de mama deve ser feito a partir dos 40 anos
A pedido de entidades médicas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) modificou os requisitos de mamografia do Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica.
Para receber a certificação, os planos de saúde terão que garantir a mamografia para pessoas a partir dos 40 e até os 74 anos. A cada dois anos, o planos terão ainda de convocar todas as suas usuárias, na faixa etária dos 50 aos 69 anos, para a realização do exame.
A decisão da agência, tomada em conjunto com entidades como o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), encerra uma disputa que começou em dezembro do ano passado, quando a ANS lançou consulta pública sobre o programa de certificação.
As regras se referem ao exame de rastreamento, aquele que deve ser feito por todas as pessoas a partir de uma certa idade, mesmo sem sintomas, para detectar tumores em fase inicial. Já a mamografia indicada pelo médico por suspeita de câncer não tem restrição de idade.
A ANS ressaltou também que os requisitos se referem apenas ao programa de certificação e não tem relação com o chamado rol obrigatório, que é a relação de todos os procedimentos que os planos de saúde são obrigados a custear. O rol atual prevê cobertura obrigatória de mamografia bilateral sempre que houver necessidade e mamografia digital de rastreio para todas as mulheres de 40 a 69 anos.
Disputa
Inicialmente, nos critérios relativos ao câncer de mama, a ANS seguia as recomendações do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que preconizam mamografia de rastreio a cada dois anos, dos 50 aos 69 anos.
As entidades protestaram, argumentando que boa parte dos casos de câncer atingem mulheres com menos de 50 anos, e que essa proporção vem crescendo.
Já o Inca afirma que o rastreamento populacional em mulheres mais jovens é menos eficiente, principalmente por causa da alta densidade das mamas, o que pode gerar falsos positivos, que precisarão ser descartados em outros procedimentos. Como as evidências científicas não apontam aumento de sobrevida com a extensão da faixa etária, o instituto mantém a sua recomendação atual.
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Casos de câncer colorretal devem aumentar 21% no Brasil até 2040
Um estudo inédito da Fundação do Câncer projeta um aumento expressivo de casos de câncer colorretal no Brasil para os próximos anos. Segundo o levantamento, o número de novos casos deve ter um crescimento estimado de 21% entre 2030 e 2040.
De acordo com a fundação, o aumento pode ser atribuído ao envelhecimento da população brasileira, à baixa adesão a hábitos saudáveis e, sobretudo, à falta de programas de rastreamento eficazes.
Também chamado de câncer de cólon e reto ou câncer de intestino grosso, o câncer colorretal figura entre os cinco principais tipos de câncer que acometem homens e mulheres em todo o mundo.
A fundação alerta que, atualmente, não existe um protocolo específico no Brasil para rastreamento do câncer colorretal. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, a indicação é que o exame de colonoscopia seja feito a cada dez anos, a partir dos 50 anos de idade, para pacientes assintomáticos.
De acordo com o estudo, a maioria dos casos de câncer colorretal no país será observada entre pessoas com mais de 50 anos, grupo considerado de maior risco. A estimativa é que mais de 88% dos casos em 2040 estarão concentrados nessa faixa etária.
Entenda
O levantamento mostra uma projeção da evolução da doença entre homens e mulheres para 2030-2035-2040, feita com base nos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), nos números de óbitos registrados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e nas projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para os anos de 2030, 2035 e 2040.
As estimativas de casos novos no Brasil indicam um aumento de cerca de 21% entre 2030 e 2040 (de 58.830 para 71.050 casos, respectivamente). As regiões Centro-Oeste (32,7%) e Norte (31,13%) devem registrar os maiores incrementos da doença e o Sudeste, o menor (18%).
Apesar do menor percentual de crescimento em relação à média brasileira, o Sudeste apresenta números absolutos maiores que outras regiões. A projeção é de um crescimento de 32.410 casos em 2030 para 38.210 em 2040.
A incidência da doença, segundo o estudo, é equivalente entre os sexos feminino e masculino, com exceção das regiões Centro-Oeste e Sul, onde os homens apresentam valores levemente superiores aos das mulheres.
Para que essas tendências não se concretizem, a fundação reforça a importância de adaptar estratégias de prevenção e de diagnóstico às realidades locais do país, por meio de ações regionalizadas, permitindo a ampliação de programas de rastreamento, fundamentais para a detecção precoce e, consequentemente, redução da mortalidade.
De acordo com a entidade, a detecção precoce por meio de exames como colonoscopia e pesquisa de sangue oculto nas fezes é fundamental para reduzir a mortalidade causada pela doença.
“No entanto, o rastreamento populacional organizado ainda é um desafio no Brasil, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas por países de baixa e média renda”, avaliou a fundação, citando pontos como infraestrutura inadequada dos sistemas de saúde, dificuldade de acesso aos exames e adesão reduzida da população devido à falta de conscientização e ao medo do diagnóstico.
Além da regionalização de políticas públicas e da alocação de recursos de acordo com as necessidades específicas de cada região, a entidade considera fundamental reduzir desigualdades no acesso ao diagnóstico e ao tratamento do câncer colorretal.
Outra estratégia consiste em ações que impactam nos fatores sociais de prevenção à doença, como mudanças no estilo de vida, por meio de práticas saudáveis na alimentação, na atividade física e na redução de fatores de risco, incluindo tabagismo e consumo de carne processada.
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Como a IA pode aprimorar diagnósticos por imagem
Por Augusto Oliveira
A Inteligência Artificial (IA) está transformando diversas áreas da saúde, e a radiologia se destaca como um dos campos mais impactados por essa revolução tecnológica. Com a capacidade de analisar imagens médicas com rapidez e precisão, a IA otimiza diagnósticos e amplia as possibilidades de personalização e eficiência nos tratamentos.
Nos últimos anos, algoritmos de aprendizado profundo passaram a ser utilizados para identificar padrões em exames como tomografias, ressonâncias magnéticas e raios-X. Esses sistemas conseguem detectar anomalias com precisão comparável – e, em alguns casos, superior – à dos próprios especialistas, permitindo diagnósticos precoces e reduzindo o risco de erros médicos. Estudos indicam que a IA pode auxiliar na identificação de doenças como câncer, pneumonia e fraturas ósseas com alta acurácia.
Além da análise de imagens, a IA tem potencial para melhorar fluxos de trabalho nos hospitais e clínicas, reduzindo a sobrecarga dos profissionais de saúde. Sistemas inteligentes podem classificar exames de acordo com a urgência, otimizando a priorização de casos graves. Outro avanço que pode ser mencionado está na automação de relatórios, que acelera a entrega de laudos e libera mais tempo para que radiologistas se concentrem na tomada de decisões clínicas.
Apesar dos avanços, desafios ainda precisam ser superados. A integração da IA nos sistemas de saúde exige investimentos em infraestrutura, treinamento profissional e regulamentação. Questões éticas, como a responsabilidade por eventuais erros algorítmicos e a necessidade de transparência nos diagnósticos automatizados, também são aspectos fundamentais para a adoção segura dessa tecnologia.
O futuro da radiologia não está na substituição dos especialistas, mas na colaboração entre humanos e máquinas. A IA surge como uma ferramenta para potencializar a expertise dos radiologistas, garantindo diagnósticos mais rápidos, precisos e acessíveis. À medida que essa tecnologia evolui, cabe ao setor médico adotá-la de forma estratégica, assegurando que os benefícios cheguem a todos os pacientes de maneira ética e segura.
*Augusto Oliveira é CEO da Alko do Brasil.
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Assessoria de Comunicação
UTI Top Performer 2025: dos 13 hospitais privados goianos citados, 10 são associados da Ahpaceg
Escrito por AdministradorA AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e a Epimed Solutions divulgaram os resultados da edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, que reconhece e certifica as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de melhor desempenho no País.
Dos 13 hospitais privados goianos citados na restrita lista de UTI Top Performer 2025, 10 são associados da Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás)
O projeto, criado há mais de dez anos, avalia o perfil epidemiológico das UTIs brasileiras e reconhece e premia as que demonstraram excelência em desempenho e qualidade no atendimento a pacientes críticos.
Confira a lista dos associados da Ahpaceg que se destacaram nesta jornada de excelência!
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi (também Top UTI Cardiológica Eficiente)
Hospital do Rim de Goiânia
Hospital e Maternidade Santa Bárbara
Hospital Mater Dei
Hospital São Francisco de Assis
Instituto de Neurologia de Goiânia
Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
“Parabéns aos associados e parabéns à AMIB e Epimed pela iniciativa que traz transparência para o sistema, informa o paciente sobre o que é seguro, através de parâmetros confiáveis, e ainda estimula uma "competição" saudável entre os prestadores da mesma região”, diz o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou.
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Escrito por Administrador
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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Teto para reajuste de medicamentos será divulgado nesta segunda
Ministro Padilha busca guinada na Saúde, investe em vacinação e enfrenta mesmos obstáculos de Nísia
Brasileiros gastaram mais de R$ 215 bilhões com medicamentos em 2024
https://medicinasa.com.br/reajuste-medicamentos/
Relatório do IESS analisa empregabilidade na cadeia produtiva da saúde
https://medicinasa.com.br/economia-mercado-trabalho/
Einstein e Anvisa formam parceria para acelerar regulação de inovações na saúde
AGÊNCIA BRASIL
Teto para reajuste de medicamentos será divulgado nesta segunda
Limite de reajuste máximo visa proteger consumidores
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) divulga, nesta segunda-feira (31), a lista com o novo teto de preços dos remédios vendidos em farmácias e drogarias. A Lei nº 10.742, de 2003, que trata da regulação do setor farmacêutico, prevê o reajuste anual dos medicamentos.
Isso não significa, entretanto, que haverá aumento automático dos preços praticados, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Cabe aos fornecedores – farmacêuticas, distribuidores e lojistas - fixarem o preço de cada produto colocado à venda, respeitados o teto legal estabelecido e suas estratégias diante da concorrência.
Para definição dos novos valores, o conselho de ministros da CMED leva em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos e custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado.
Em 2024, por exemplo, o reajuste anual do preço de medicamentos foi de 4,5%, equivalente ao índice de inflação do período anterior. A lista com os preços máximos que podem ser cobrados pelos produtos fica disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Anvisa, a lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos.
Caso o consumidor encontre irregularidades, é possível acionar os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e a plataforma consumidor.gov.br. Também é possível encaminhar denúncia diretamente à CMED, por meio de formulário disponível na página da Anvisa.
A CMED é composta pelos ministérios da Saúde, Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exerce a função de secretaria executiva, fornecendo o suporte técnico às decisões.
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O GLOBO
Ministro Padilha busca guinada na Saúde, investe em vacinação e enfrenta mesmos obstáculos de Nísia
Alice Cravo
Avaliação é que Nísia Trindade fez um bom trabalho, mas pecou nas estratégias de comunicação, foco de Padilha agora.
Cobrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dar uma guinada na pasta diante da crise de popularidade, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu a largada na gestão aumentando a divulgação das campanhas de vacinação e buscando novas estratégias para o combate à dengue. A ordem do Palácio do Planalto é centrar as forças no que foi considerado um "gargalo" da gestão de Nísia Trindade. A lista inclui a diminuição das filas para consultas e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS), problema histórico e visto dentro do governo como o mais difícil de ser resolvido a curto prazo.
Padilha completa hoje três semanas no cargo. Nos últimos dias, levou o Zé Gotinha para um culto na Assembleia de Deus, em São Paulo, e para a final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras. Ao tomar posse, o ministro anunciou que viajaria o país ao lado do personagem com o intuito de fazer com que "o Brasil volte a ter o maior e mais diverso programa de vacinação do sistema público do mundo".
O ministro também determinou mudanças nas estratégias de comunicação sobre vacinação, com campanhas específicas para as redes sociais e o retorno das peças para a televisão. A pasta disse, em nota, que "o reforço das ações de comunicação contemplam, principalmente, ações de mobilização e parcerias orgânicas, além dos recursos do Ministerio da Saúde já disponíveis para campanhas de interesse público na ordem de R$ 250 milhões por ano".
- Vamos fazer uma campanha forte. Eu vou procurar as igrejas, sobretudo nas regiões mais vulneráveis. Vou procurar artistas, influenciadores nas redes sociais, torcidas uniformizadas, times de futebol. Queremos um movimento amplo para superar o número de doses aplicadas no ano passado - disse Padilha na semana passada, durante entrega de doses contra a Influenza.
Ao longo do mês, Padilha também lançou mudanças na estratégia de vacinação contra a influenza, que teve 55% do público alvo prioritário imunizado em 2024. Ao todo, são 81 milhões de pessoas nesse recorte, que abraça a população idosa, gestantes, puérperas, profissionais de saúde, professores, agentes de segurança pública, população carcerária, deficientes, pessoas com doença crônica, indígenas e outros.
Agora, o Ministério da Saúde afirmou que a vacina ficará disponível durante todo o ano nos postos de saúde, na tentativa de se aproximar na meta de 90% do público prioritário vacinado. O ministério também estrutura já para o próximo mês campanhas de vacinação dentro das escolas. Padilha também tem reforçado com Lula e o vice Geraldo Alckmin o pedido pela presença ativa dos dois nas campanhas.
A campanha de vacinação em igrejas é vista como um ponto importante por especialistas, pela possibilidade de alcançar um público que pode enfrentar resistências à imunização. Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai destaca que ação precisa alcançar também a televisão para alcançar parte significativa da população e entrar no terreno de combate à desinformação.
- Não podemos achar que todo mundo se informa pelas redes sociais. Mas é importante ocupar esse espaço também, porque estudos mostram que é por ali que se informam as pessoas que não se vacinam ou têm dúvidas sobre a vacinação - afirmou a médica, ressaltando ainda que a atuação precisa ser segmentada. - A estratégia para uma cidade grande não é igual para uma aldeia indígena. O ministério tem que entender qual é a preocupação da região sobre a vacinação. Por que as pessoas daquela localidade não vão nos postos de saúde. É o calor? O horário de funcionamento? Violência?
Em sua passagem de dois anos no ministério, Nísia enfrentou dificuldades para atingir as metas de vacinação, um dos pontos usados nos bastidores do governo para justificar a sua saída do comando da pasta. A avaliação é que ela fez um bom trabalho para recuperar os níveis de vacinação do país diante do cenário herdado da gestão de Jair Bolsonaro, mas pecou nas estratégias de comunicação, foco de Padilha agora.
Também está na lista do ministro melhorar o acesso a consultas e cirurgias no SUS, outro ponto que provocou insatisfação de Lula com Nísia. Padilha pretende avançar com o Programa Mais Acesso a Especialistas, que prevê medidas para tornar mais rápido o acesso da população ao atendimento em cinco áreas com mais demanda (oncologia, oftalmologia, cardiologia, ortopedia e otorrinolaringologia). Lula tem apostado no programa como uma marca para seu terceiro mandato e tem cobrado insistentemente resultados, o que ainda não ocorreu. Procurada, Nísia não respondeu.
Como o GLOBO mostrou, dados obtidos junto ao Ministério da Saúde via Lei de Acesso à Informação mostram que pacientes precisam aguardar, em média, 52 dias para realizar uma cirurgia pelo SUS. Além disso, o levantamento também mostra que lacunas de atendimento especializado no país, com pacientes que precisam viajar longas distâncias para se consultar com especialistas pelo SUS.
Logo na primeira semana à frente da pasta, Padilha anunciou a expansão do programa Mais Médicos, tentando usá-lo para reduzir o gargalo de especialistas. Dentro dessa ideia, minimizar as demandas da atenção primária teria impacto na redução da necessidade de atendimentos especializados e, consequentemente, amenizaria o problema das filas.
O senador Hiran Gonçalves (PP-RR), médico e presidente da Frente Parlamentar de Medicina, afirma que o governo "vai na direção errada" ao seguir investindo em atenção primária. A explicação dada pelo parlamentar é que hoje faltam vagas para formar médicos em áreas como cardiologia, neurologia e ortopedia, gargalos de atendimento no SUS, enquanto há formação suficiente de médicos para a atenção primária.
- Mas isso é complexo de resolver. Sobra vaga em medicina da família, mas cardiologia, ortopedia, oftalmologia, neurologia, não têm vagas, justamente onde mais precisa de especialista no SUS. Tem que fazer trabalho junto com o Ministério da Educação para a residência médica conseguir preparar mais especialistas - disse Hiran.
Dengue preocupa Nas primeiras semanas, Padilha também se reuniu com membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Ele ouviu dos secretários um pedido por mais recursos, em especial para cirurgias eletivas, habilitações de serviços e melhorias da rede assistencial nos estados.
O ministro ouviu ainda um grupo de especialistas em dengue, ponto de preocupação do ministério diante da ameaça do tipo 3 do vírus, que pode causar nova explosão de casos. Há, ainda, o desafio de aumentar o índice de vacinação. A necessidade de mudanças na estratégia empenhada até aqui já foi identificada pela equipe.
Na ocasião, Padilha abordou a situação da dengue, com atenção especial para São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O ponto principal discutido foi o manejo clínico dos pacientes e o diagnóstico, que pode evitar o agravamento dos quadros. Houve, ainda, encaminhamentos sobre a possibilidade do aumento de internações por dengue.
- Já estamos com o pico acontecendo em algumas regiões. Não dá para esperar. O grande ponto agora é a circulação dos três sorotipos e algumas regiões com maior conversão de casos graves. Existe a necessidade de se preparar para um maior número de internações daqui para frente - afirmou presidente do Conass Fábio Baccheretti.
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MEDICINA S/A
Brasileiros gastaram mais de R$ 215 bilhões com medicamentos em 2024
Dados da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo, mostram que, no ano passado, as famílias brasileiras desembolsaram cerca de R$ 215,8 bilhões com medicamentos — um acréscimo de 9,5% em relação a 2023. Com o reajuste previsto para vigorar a partir de amanhã, dia 1, a tendência é que tais valores sejam ainda maiores ao longo deste ano.
Segundo o levantamento, o estado de São Paulo lidera o ranking nacional, tendo respondido por quase R$ 61,3 bilhões dos gastos, porém foi o Distrito Federal que, na comparação de 2023 para 2024, contabilizou a maior alta — de 25,9% — nas despesas com remédios, resultando em mais de R$ 3,8 bilhões repassados pelas famílias.
Também em crescimento, embora mais lento, está a quantidade de farmácias no Brasil. Nos últimos dois anos, cerca de 4.227 unidades (3,5%) foram abertas, totalizando 123.565 estabelecimentos no ano passado.
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Relatório do IESS analisa empregabilidade na cadeia produtiva da saúde
Enquanto a economia brasileira enfrentou uma queda no número de empregos formais no final de 2024, o setor da saúde teve comportamento distinto, apresentando uma leve alta. A constatação é do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), relatada na nova edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS).
O documento mostra que a empregabilidade na cadeia produtiva da saúde oscilou 0,1% entre setembro e dezembro, enquanto o mercado de trabalho brasileiro, de forma geral, diminuiu 0,6%. Assim, na comparação de dezembro ante setembro, a saúde teve um saldo positivo de 8 mil novos postos de trabalho, enquanto o Brasil registrou, na mesma base comparativa, a perda de 535,5 mil ocupações formais. A saúde representa 10,9% do total de empregos no Brasil. Encerrou 2024 com 5,1 milhões de trabalhadores formais, sendo 4,1 milhões da área privada e aproximadamente 1 milhão no sistema público. O segmento da saúde suplementar teve o acréscimo de 181 mil empregos em 12 meses, impulsionando o setor como todo.
“Os números mostram a força e a resiliência da saúde e confirmam o papel estratégico desempenhado pelo setor na economia brasileira. Enquanto outros setores sofrem com demissões, a saúde continua gerando empregos”, analisa José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Principais destaques do Relatório:
Saúde x Economia Geral: Enquanto o mercado de trabalho brasileiro recuou 0,6%, e a economia sem considerar o setor da saúde caiu 0,7%; a cadeia produtiva da saúde apresentou leve alta de 0,1%;
Panorama do Emprego no Brasil: O saldo de empregos formais foi negativo em 535,5 mil postos, com as respectivas quedas nos setores de Serviços (-257,7 mil), Indústria (116,4 mil), Construção (-89,6 mil), Agropecuária (-46,6 mil) e Comércio (-25 mil);
Setor Privado em Expansão: A área privada da saúde registrou alta de 0,1%, enquanto o setor público diminuiu 0,4%;
Desempenho Regional: O setor de saúde cresceu no Nordeste (alta de 0,5%), Centro-Oeste (alta de 0,4%), Sul (alta de 0,4%) e Sudeste (alta de 0,2%), mas teve retração no Norte, ficando negativo em 1,5%.
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ESTADÃO
Einstein e Anvisa formam parceria para acelerar regulação de inovações na saúde
A análise feita pela agência varia de acordo com cada produto, levando, em média, de 6 a 18 meses
O Hospital Israelita Albert Einstein e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária firmaram uma parceria em busca de acelerar a regulação de novas tecnologias de saúde . O objetivo é reduzir o tempo para que a população tenha acesso a novos métodos de diagnóstico, terapias, tratamentos, equipamentos médicos e insumos.
A análise feita pela Anvisa varia de acordo com cada produto, levando, em média, de 6 a 18 meses. Pacientes, principalmente aqueles com doenças como o câncer, pressionam por liberações mais rápidas. Em agosto do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a cobrar mais celeridade da agência.
"Nós vivemos em um mundo altamente tecnológico, que requer a incorporação de um número cada vez maior de produtos e serviços para o cidadão. Nosso desafio é acompanhar essa velocidade", explica o gerente-geral de Conhecimento, Inovação e Pesquisa da Anvisa, Artur Iuri Alves de Sousa. Ele ressalta que, embora o processo de regulação possa parecer "uma trava", é por meio desse procedimento que se garante a segurança das inovações médicas para seu uso pela população. Sousa também destaca que um dos principais empecilhos enfrentados pela agência é a falta de servidores.
A primeira etapa do projeto com o Einstein, realizado por meio do Proadi-SUS , foca em diagnosticar os desafios que prolongam a análise da Anvisa. Já a segunda fase vai buscar soluções adotadas por agências de outros países para tornar a regulação mais rápida. Depois, a ideia é adaptar e incorporar essas soluções ao cenário brasileiro.
"O componente regulatório é importante no processo de inovação na área da saúde. Ter uma agência que entenda isso é um ativo para o país atrair novas tecnologias", explica Rodrigo Demarch, diretor de Inovação do Einstein.
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Assessoria de Comunicação