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CLIPPING AHPACEG 19/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Plano de saúde figura entre os três maiores desejos de consumo dos brasileiros
Prêmio Reclame AQUI 2025: conheça empresas premiadas na área da saúde
Canal Saúde amplia acesso à informação e alcança mais de 3 milhões de interações
Ministério da Saúde intensifica vigilância do vírus da Influenza
A REDAÇÃO
Plano de saúde figura entre os três maiores desejos de consumo dos brasileiros
Lista é encabeçada por educação e casa própria
Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, revela que cerca de 75% dos consumidores pretendem presentear alguém neste fim de ano. E, embora roupas, eletrônicos e brinquedos continuem entre os itens mais procurados, cresce um novo comportamento de consumo: o de presentear com saúde e bem-estar.
Segundo levantamento da Ibope Inteligência, encomendado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), um plano de saúde está entre os três maiores desejos de consumo dos brasileiros, atrás apenas de educação e casa própria. Isso demonstra como o convênio médico deixou de ser visto apenas como uma necessidade eventual e passou a representar segurança, tranquilidade e proteção para toda a família.
Pensando nisso, a Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico apresenta sua campanha de fim de ano com condições diferenciadas para contratação de planos de saúde. A iniciativa, válida até 31 de dezembro, oferece carência zero para consultas, exames laboratoriais e radiodiagnóstico simples, além de benefícios adicionais para novos beneficiários.
Para pessoas físicas, a cooperativa elimina o período de carência em consultas, exames laboratoriais e radiodiagnóstico simples, inclui seguro residencial 24 horas sem custo adicional e oferece até 20% de desconto no valor da energia compensável. No segmento empresarial, companhias a partir de duas vidas contam com 10% de desconto na mensalidade, além dos mesmos benefícios concedidos a pessoas físicas.
“Sabemos que o fim de ano é um momento de celebração, mas também de planejamento. Muitas famílias aproveitam esse período para reorganizar prioridades e investir naquilo que realmente importa. Essa é uma forma de traduzir, na prática, o compromisso da Unimed Goiânia com o bem-estar de cada goiano”, afirma o diretor de mercado da cooperativa, Dr. Frederico Xavier.
O diretor-presidente da Unimed Goiânia, Dr. Lueiz Amorim Canedo, explica que a campanha foi pensada para dar mais do que um plano de saúde. “Queremos reafirmar nosso papel social e nosso compromisso com a saúde dos goianos, estando presente não apenas nos momentos de necessidade, mas também nas decisões que constroem um futuro mais saudável.”
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SAÚDE BUSINESS
Prêmio Reclame AQUI 2025: conheça empresas premiadas na área da saúde
O título é considerado um selo de credibilidade e reconhece empresas que se destacam pela transparência, eficiência e respeito ao consumidor.
O Prêmio Reclame Aqui consolidou-se como uma das mais importantes premiações de atendimento ao cliente no Brasil, reconhecendo empresas que se destacam pela excelência na resolução de problemas e na qualidade do relacionamento com os consumidores.
Para participar, as empresas precisam apresentar um histórico positivo na plataforma, com altos índices de solução de reclamações e satisfação dos clientes. A premiação abrange diversas categorias, como saúde, varejo, tecnologia, serviços financeiros, entre outras, refletindo a diversidade do mercado brasileiro.
Na edição de 2025, o evento destacou empresas que colocaram o consumidor no centro de suas estratégias, promovendo um mercado mais transparente e competitivo.
Mercado de saúde
No setor de saúde, a premiação tem uma importância significativa pois além de reconhecer a excelência no atendimento, promove também uma cultura de melhoria contínua, transparência e respeito ao consumidor, contribuindo para elevar os padrões de qualidade em um setor essencial para a sociedade.
Principais razões que destacam a importância do prêmio na área da saúde:
Reconhecimento da Qualidade no Atendimento
O prêmio evidencia empresas que priorizam o bem-estar e a satisfação dos pacientes, seja em planos de saúde, hospitais, laboratórios ou farmácias. Isso incentiva o setor a investir em processos mais ágeis e humanizados, essenciais para atender às necessidades de quem busca serviços de saúde.
Confiança e Credibilidade
Empresas premiadas pelo Reclame Aqui ganham maior credibilidade junto ao público, especialmente em um setor onde a confiança é indispensável.
Incentivo à Melhoria Contínua
A premiação estimula a competitividade saudável entre as empresas de saúde, incentivando-as a aprimorar seus serviços, desde o atendimento inicial até a resolução de reclamações.
Transparência e Valorização do Consumidor
O prêmio reforça a importância da transparência no relacionamento com os clientes, destacando empresas que tratam as reclamações de forma ética e eficiente.
Conheça alguns destaques da área da saúde:
Categoria Hospitais
Mercur
Sabará Hospital Infantil
Hospital Israelita Albert Einstein (grandes operações)
Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos
Omron Healthcare Brasil (grandes operações)
Administradora de benefícios
Qualicorp
Plano de Saúde
Hapvida (operações regulares)
Amil One (grandes operações)
Clínicas de saúde
Clínica Vitta
AmorSaúde (grandes operações)
Laboratórios de diagnóstico e imagem
CDPI – Centro de Diagnóstico por Imagem
Sabin Diagnóstico e Saúde (grandes operações)
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AGÊNCIA CORA
Canal Saúde amplia acesso à informação e alcança mais de 3 milhões de interações
O Governo de Goiás implantou, em 2025, um dos maiores ecossistemas públicos de comunicação em saúde do país: o Canal Saúde.
Criado e operado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o canal registrou resultados expressivos entre 1º de julho e 10 de dezembro, somando mais de 3 milhões de interações, incluindo atendimentos diretos, campanhas, mensagens automáticas e ligações de acompanhamento.
A plataforma reúne WhatsApp, SMS, voz, URA 155, bot inteligente e integração com programas estratégicos como Rede Nascer e Meu PEP, garantindo respostas rápidas, orientação especializada e aproximação entre o SUS e o cidadão goiano.
Atendimentos do Canal Saúde
Pelo WhatsApp oficial (62 3201-3797), o Canal Saúde registrou 17.123 atendimentos diretos, incluindo 14.703 demandas de Regulação, das quais mais de 5 mil foram solucionadas automaticamente pelo bot, reduzindo filas e agilizando encaminhamentos.
A ferramenta também recebeu 1.724 manifestações da Ouvidoria SUS, 528 da SUVISA e 168 dúvidas sobre alvará sanitário.
A Rede Nascer, novo programa de cuidado materno-infantil do Estado, teve participação destacada, com 100.726 interações ocorreram exclusivamente pelo WhatsApp, reforçando o apoio às gestantes e mães de crianças de até dois anos.
Desde outubro, pacientes do CEMAC passaram a receber informes sobre os processos de abertura e renovação de medicamentos de alto custo, e informes sobre disponibilidade para retirada do medicamento. Em menos de dois meses, já foram 68.891 mensagens enviadas a 36.029 cidadãos, garantindo consultas lembradas, preparo adequado para exames e redução de faltas.
As campanhas de comunicação ativa também alcançaram números inéditos. A mobilização pela vacinação contra gripe atingiu 402.145 pessoas, com taxa de conversão de 6,5%. A divulgação do Meu PEP, prontuário eletrônico do cidadão, alcançou 359.581 usuários via SMS.
Na Rede Nascer, mais de 15 mil gestantes realizaram pré-cadastro pelo WhatsApp; além disso, campanhas entre julho e agosto alcançaram 666.198 mulheres em idade fértil, e, em setembro, 1.302.742 homens e mulheres foram impactados por mensagens de voz, SMS e WhatsApp.
No atendimento telefônico pelo URA 155, a Rede Nascer registrou 2.659 ligações espontâneas de gestantes e mães, enquanto as “Madrinhas da Saúde” realizaram 138.997 ligações ativas, oferecendo orientação, suporte emocional e acompanhamento contínuo.
“Com resultados que apontam Goiás como referência nacional em comunicação digital em saúde, o Canal Saúde comprova que tecnologia, acolhimento e gestão eficiente podem caminhar juntos para fortalecer o SUS e aproximar políticas públicas de quem mais importa, o cidadão”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos.
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AGÊNCIA BRASIL
Ministério da Saúde intensifica vigilância do vírus da Influenza
Foram identificados quatro casos do subclado K no Brasil
Em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados ao vírus da Influenza A (H3N2), incluindo países da Europa e da Ásia, o Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância do vírus da gripe, em especial ao subclado K, que tem sido mais frequente nos Estados Unidos e Canadá.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram identificados até agora quatro casos no Brsail do subclado K, também chamado de vírus K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem.
A vigilância da influenza é feita a partir do monitoramento de casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). As ações incluem identificação e diagnóstico precoces, investigação e notificação imediata de eventos respiratórios incomuns, além do fortalecimento das medidas de prevenção e do acesso a vacinas e antivirais para grupos de risco.
“As vacinas disponibilizadas pelo SUS protegem contra formas graves da gripe, inclusive as causadas pelo subclado K. Os grupos mais vulneráveis ao vírus são os mesmos já contemplados como prioritários na campanha de vacinação. A hesitação vacinal, cenário observado em países da América do Norte, contribui para a maior circulação do vírus, especialmente em contextos de baixa adesão à imunização”, informa o Ministério.
Além da imunização, o SUS oferece gratuitamente antiviral específico para o tratamento da gripe, indicado principalmente para os públicos prioritários, como estratégia complementar para reduzir o risco de agravamento dos casos. Aderir à vacinação é a principal forma de prevenir casos graves e reduzir hospitalizações.
Subclado K
Até o momento, não há evidências de que essa variante esteja relacionada à maior gravidade dos casos. O que se observa é uma circulação mais intensa e antecipada em relação ao padrão esperado no hemisfério norte, o que resulta, consequentemente, em um aumento do número de internações.
Os sintomas são os já conhecidos da doença, como febre, dor no corpo, tosse e cansaço, com atenção para sinais de agravamento, como falta de ar e piora rápida do quadro.
A vacinação ofertada anualmente em todo o país é a principal forma de evitar casos graves e hospitalizações. Também são recomendadas medidas como o uso de máscara por pessoas com sintomas, higienização das mãos e ventilação adequada dos ambientes.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 18/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Adiada votação final de exame de proficiência para médicos
Investigação da morte de Benício chega aos donos do Hospital Santa Júlia
Por que decidiram vetar a entrada de um remédio que evita diálise no SUS?
Sustentabilidade na saúde começa na organização do ciclo de receita
https://medicinasa.com.br/sustentabilidade-financeira/
Como os médicos podem reduzir impostos ainda em 2025
https://medicinasa.com.br/reduzir-impostos-2025/
Por que o hospital 100% inteligente deve ser humano
https://medicinasa.com.br/hospital-inteligente/
AGÊNCIA SENADO
Adiada votação final de exame de proficiência para médicos
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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) adiou a análise final do projeto de lei que cria um exame nacional de proficiência para médicos formados no Brasil (PL 2.294/2024), após divergências sobre a forma de avaliação e o papel das instituições envolvidas.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (17), depois de pedido de vista (tempo para análise) apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). Com a vista concedida, a votação em turno suplementar ficou para uma próxima reunião da comissão, ainda sem data definida.
A proposta, que já havia sido aprovada em primeiro turno no início de dezembro, voltou à pauta para votação em turno suplementar, etapa necessária por se tratar de decisão final da comissão sobre um texto substitutivo (texto alternativo ao do projeto original). O senador Rogério Carvalho justificou o pedido de vista ao afirmar que o voto em separado apresentado por ele não chegou a ser discutido anteriormente.
— Meu voto em separado não foi apreciado pela comissão em função de a matéria ter sido votada [em primeiro turno] e ter tido maioria. Foram apresentadas emendas, foi feito um novo relatório, e peço vista desse relatório para que a gente possa discutir na sessão seguinte — argumentou.
Relator do substitutivo, o senador Dr. Hiran (PP-RR) explicou que o parecer apresentado no turno suplementar manteve integralmente o texto aprovado anteriormente e que ele rejeitou as emendas apresentadas.
— De modo geral, as emendas retomam propostas já rejeitadas. Nosso relatório não mudou, é exatamente igual. O voto em separado não foi votado porque o nosso relatório foi aprovado — ponderou.
O senador defendeu a proposta e criticou a expansão de cursos de medicina sem qualidade adequada.
— Prolifera-se neste país uma inflação absurda de cursos de medicina com formação absolutamente inadequada, com médicos mal formados — declarou ele.
Presidente da CAS, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) ressaltou que a principal controvérsia não está na existência do exame, mas na definição de quem deve ser responsável pela avaliação.
— Não me parece que haja senador contrário ao exame de proficiência. A discussão está em torno de quem deve ser o responsável pela avaliação, se o Ministério da Educação ou o Conselho Federal de Medicina, que é uma inovação — pontuou.
Ele destacou ainda que o pedido de vista está previsto no regimento da Casa e, por isso, foi concedido.
Controvérsia
O debate contou ainda com manifestações em defesa do papel do Conselho Federal de Medicina (CFM). A médica Dra. Eudócia (PL-AL) questionou as resistências ao projeto.
— O Conselho Federal de Medicina julga os médicos quando há erro, mas não pode fazer uma prova para avaliar a qualidade desses profissionais? Isso é inadmissível, esse projeto está aqui desde 2024 — reclamou.
Na mesma linha, o autor do projeto, senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), argumentou que a separação entre quem forma e quem fiscaliza é essencial.
— O conceito é simples: quem executa não fiscaliza. A responsabilidade final recai sobre o profissional, e é o conselho que tem capacidade de julgar se ele está apto para exercer a medicina — declarou.
Mudanças
O projeto institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina (Profimed) como requisito para o registro profissional, sob coordenação do CFM, e prevê instrumentos de acompanhamento da formação médica, como avaliação obrigatória durante o curso e ampliação das vagas de residência.
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PORTAL CM7
Investigação da morte de Benício chega aos donos do Hospital Santa Júlia
Amazonas – Os proprietários do Hospital Santa Júlia prestaram depoimento à Polícia Civil do Amazonas nesta quarta-feira (17) no âmbito da investigação que apura a morte do menino Benício Xavier Freitas, de 6 anos, após atendimento médico na unidade, em Manaus. As oitivas ocorreram no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e fazem parte do inquérito que investiga possíveis falhas no atendimento e na gestão hospitalar.
Durante o depoimento, os representantes da instituição foram questionados sobre os protocolos internos adotados no pronto-socorro, especialmente em relação à prescrição, checagem e administração de medicamentos de alto risco. A polícia busca esclarecer como uma dose elevada de adrenalina foi liberada e aplicada por via intravenosa em uma criança que apresentava sintomas compatíveis com laringite.
O caso ganhou grande repercussão após a confirmação de que Benício recebeu três doses de adrenalina pura na veia, totalizando 9 miligramas, procedimento indicado apenas em situações extremas, como paradas cardiorrespiratórias. A aplicação ocorreu mesmo sem dupla checagem da prescrição e sem validação farmacêutica, falhas já apontadas pela investigação policial.
Imagens inéditas e depoimentos colhidos ao longo do inquérito mostram que Benício chegou andando ao hospital, com tosse seca e febre. Um mês antes, havia sido atendido na mesma unidade e tratado com adrenalina por inalação, protocolo considerado adequado para o quadro clínico. Desta vez, no entanto, a conduta adotada foi diferente e resultou em rápida piora do estado de saúde da criança.
Segundo a Polícia Civil, a médica responsável pelo atendimento admitiu o erro na prescrição em mensagens trocadas com um colega e em relatório interno. Ainda assim, Benício só foi transferido para a UTI horas depois, sofreu seis paradas cardíacas e morreu na madrugada do dia 23 de novembro.
A investigação também aponta possíveis irregularidades administrativas por parte do Hospital Santa Júlia. De acordo com o delegado Marcelo Martins, a instituição cadastrou a médica Juliana Brasil como pediatra em plataforma do Ministério da Saúde, apesar de ela não possuir especialização reconhecida na área. O cadastro é de responsabilidade do estabelecimento de saúde, e a pessoa que realizou a declaração pode responder por falsidade ideológica.
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REVISTA VEJA
Por que decidiram vetar a entrada de um remédio que evita diálise no SUS?
A doença renal crônica (DRC) é uma enfermidade silenciosa e progressiva que, se não for diagnosticada e tratada de forma adequada, tende a evoluir para o estágio avançado, quando pode ser necessário a diálise ou o transplante renal.
O diagnóstico precoce, com exames simples como a creatinina e o exame de urina, e a implementação de estratégias terapêuticas eficazes têm o potencial de modificar a história natural da doença.
Felizmente, os avanços científicos dos últimos anos tornaram isso possível por meio de terapias capazes de retardar a progressão da DRC e preservar a função renal, adiando – ou até evitando – a evolução para as fases mais avançadas.
Portanto, foi com grande preocupação que recebemos a decisão preliminar da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), tomada em dezembro, que recomendou a não incorporação da finerenona ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da DRC associada ao diabetes tipo 2. Tal recomendação contraria evidências científicas robustas e, mais do que isso, afronta o direito dos brasileiros ao acesso a um tratamento capaz de melhorar desfechos clínicos em uma condição de alto impacto individual, social e econômico.
Cerca de 50 mil novos pacientes começam a fazer diálise todos os anos no Brasil – 79% são dependentes exclusivamente do SUS. A principal consequência dessa recomendação é o aprofundamento de uma iniquidade já existente no sistema de saúde brasileiro.
Atualmente, a finerenona encontra-se disponível para pacientes atendidos pela saúde suplementar, enquanto permanece inacessível à população dependente do SUS. Cria-se, assim, um cenário no qual pacientes com a mesma condição clínica, o mesmo risco de progressão da doença e os mesmos desfechos potenciais passam a ter trajetórias de cuidado distintas, determinadas, não por critérios clínicos ou científicos, mas, sim, pela sua condição socioeconômica. Trata-se de uma situação que contraria o princípio constitucional da equidade, um dos pilares do SUS, cujo objetivo é oferecer mais a quem mais precisa.
A DRC associada ao diabetes é mais prevalente justamente entre populações socialmente vulneráveis, que dependem majoritariamente do sistema público de saúde. Negar a esses pacientes o acesso a uma terapia capaz de reduzir desfechos renais e cardiovasculares, amplamente respaldada por evidências científicas, agrava desigualdades e compromete a integralidade do cuidado.
Do ponto de vista clínico, a eficácia e a segurança da finerenona foram demonstradas em grandes ensaios clínicos randomizados, como FIDELIO-DKD, FIGARO-DKD, CONFIDENCE e na análise integrada FIDELITY, com redução consistente de desfechos renais e cardiovasculares clinicamente relevantes. Esses resultados embasam sua incorporação em diretrizes internacionais e sua adoção na prática clínica em diferentes sistemas de saúde.
Além disso, a recomendação preliminar da Conitec ignora a expressiva manifestação da sociedade na consulta pública, que reuniu pouco mais de 1.700 contribuições, das quais 97,3% foram favoráveis à incorporação. Sociedades médicas, especialistas, entidades representativas de pacientes e a sociedade civil reconheceram o impacto positivo dessa tecnologia na trajetória clínica de milhares de brasileiros.
Sob a perspectiva econômica e sistêmica, o Brasil destina atualmente mais de R$ 4,2 bilhões anuais à terapia dialítica no SUS, sendo cerca de R$ 1,3 bilhão referentes a pacientes diabéticos em hemodiálise. A manutenção de um modelo centrado predominantemente no tratamento do estágio avançado, em detrimento de estratégias que retardem a progressão da doença, perpetua custos elevados e resultados subótimos. A incorporação de terapias eficazes deve ser compreendida como investimento em sustentabilidade do sistema e em justiça social.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia, em conjunto com outras entidades, já formalizou seu posicionamento junto ao Ministério da Saúde, reafirmando seu compromisso histórico com a ciência, a equidade e o fortalecimento do SUS. A incorporação da finerenona no sistema público não representa um privilégio, mas a correção de uma distorção: assegurar que pacientes do SUS tenham acesso às mesmas terapias já disponíveis na saúde suplementar, quando respaldadas por evidências sólidas e consenso técnico.
Reavaliar essa recomendação é, portanto, um imperativo ético, sanitário e institucional. Trata-se de garantir que decisões regulatórias não aprofundem desigualdades, mas promovam um cuidado mais justo, baseado em evidências e alinhado aos princípios que fundamentam o sistema público de saúde brasileiro.
* José A. Moura Neto é médico e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia
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MEDICINA S/A
Sustentabilidade na saúde começa na organização do ciclo de receita
A sustentabilidade financeira da saúde não será alcançada comprimindo margens. Ela depende da nossa capacidade de reconstruir lógica, incentivos e previsibilidade no sistema. E, analisando o movimento real do setor, eu chego a uma conclusão que precisa ser encarada com menos tabu e mais pragmatismo: não existe saída sustentável sem inovação aplicada ao ciclo de receita.
Não estamos diante de um problema conjuntural de curto prazo. Estamos diante de um paradoxo estrutural que se arrasta há anos. Segundo o IESS, no período de 12 meses encerrados em março de 2025, a VCMH (Variação do Custo Médico-Hospitalar) registrou 14,5% de crescimento — novamente muito acima da inflação geral do período. Para efeito de comparação, o relatório anterior, referente aos 12 meses encerrados em dezembro de 2024, já havia apontado alta de 12,9%. (Fontes: IESS – VCMH mar/2025 e VCMH jul/2025). Essa divergência prolongada desmonta qualquer tentativa de equilíbrio: não existe modelo sustentável quando a inflação da saúde se move em velocidade estruturalmente superior à economia real.
E esse descompasso não fica preso em macroeconomia. Ele se materializa no dia a dia, no atrito operacional e na erosão invisível de valor. Estudos e análises técnicas amplamente aceitas no mercado, incluindo referências do IESS, mostram que entre 10% e 30% das contas hospitalares sofrem glosa — grande parte evitável. Isso não é detalhe operacional. É vazamento contínuo de sustentabilidade financeira que se repete, mês após mês, em escala sistêmica.
Quando olhamos o que a tecnologia já permite hoje, a urgência fica ainda mais evidente. Pesquisa global da Deloitte (2025) mostra que mais de 70% dos C-levels de sistemas de saúde no mundo vão priorizar eficiência e produtividade como agenda estratégica imediata este ano, e cerca de 90% esperam aceleração de tecnologias digitais no setor. Isso reforça um ponto que, para mim, precisa ser reposicionado no debate brasileiro: IA, automação inteligente e dados estruturados não são “modernização”. São instrumentos para reequilibrar o sistema e reconstruir racionalidade econômica.
É exatamente nessa interseção — finanças da saúde, previsibilidade e dados — que reside o ponto de virada da sustentabilidade. Quando cada etapa, da recepção ao pós-faturamento, passa a ser monitorada em tempo real e sustentada por dados confiáveis, o hospital não apenas reduz glosas e retrabalho: ele ganha previsibilidade de receita, fortalece sua sustentabilidade financeira e libera energia para focar no cuidado ao paciente. Transformar o ciclo de receita em um fluxo preventivo, integrado e inteligente não é mais uma vantagem competitiva opcional; é um movimento essencial para instituições que querem sobreviver a margens cada vez mais pressionadas, garantir liquidez e investir onde realmente importa: em qualidade assistencial e inovação.
A sustentabilidade da saúde suplementar exige que tenhamos coragem de deslocar a conversa. Não é só sobre eficiência clínica. É sobre eficiência transacional. É sobre tratar o ciclo de receita como motor estratégico — e não como centro de fricção, ruído e perda.
E é nesse sentido que acredito que entramos em um ciclo decisivo. O setor tem, pela primeira vez, tecnologia suficiente para reconstruir confiança e ajustar incentivos de forma inteligente, escalável e transparente. Agora, o que falta é maturidade coletiva para colocar isso como prioridade imediata — e não como agenda periférica.
Se queremos sustentabilidade real, não podemos mais tratar inovação como fronteira experimental. Precisamos tratá-la como fundamento econômico. E essa transformação precisa começar agora.
*Bruno Lee é diretor de operações da Osigu no Brasil.
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Como os médicos podem reduzir impostos ainda em 2025
No setor de saúde, números não mentem: clínicas lotadas não garantem contas equilibradas. A verdade incômoda é que boa parte das decisões financeiras ainda nasce no improviso, enquanto custos, impostos e expectativas dos pacientes só sobem. Com o fim do ano se aproximando, profissionais médicos (como clínicas, consultórios e autônomos) têm uma janela limitada para otimizar a carga tributária.
Quem administra uma clínica hoje precisa de clareza, método e coragem para encarar o que não aparece no prontuário: ineficiências, desperdícios e decisões fiscais mal estruturadas. Os próximos meses trazem uma oportunidade rara de virar o jogo. Ainda dá tempo de ajustar o Imposto de Renda de 2025, tanto na PF quanto na PJ, e preparar a operação para a Reforma Tributária que vai reorganizar preços, margens e rotinas de quem trabalha com saúde. É hora de agir antes que a conta chegue. As orientações abaixo são fruto de planejamento especializado voltado especificamente para o setor médico.
A vida financeira do médico e a última janela de isenção
A vida financeira de um médico sempre acontece em três dimensões simultâneas: a da Pessoa Física, onde entram despesas pessoais, previdência, dependentes, educação e o impacto bruto do IR; a da Pessoa Jurídica, onde se definem regime tributário, ISS, pró-labore, distribuição de lucros, despesas dedutíveis e obrigações acessórias; e um terceiro modelo híbrido, que mistura contas da clínica com despesas pessoais, gerando riscos e inviabilizando créditos futuros do IVA. Entender essas fronteiras e tratá-las com rigor técnico é o ponto de partida: a PF e a PJ devem ser analisadas juntas, como um sistema único que conversa entre si, mas com limites operacionais claros para que o médico não pague imposto duas vezes e nem caia em malha fina.
Na prática, isso exige enxergar a vida financeira como uma engrenagem: o pró-labore precisa refletir o trabalho efetivo, a distribuição de lucros deve estar amparada por contabilidade real e o fluxo de pagamentos pessoais não pode jamais ser empurrado para dentro da conta da clínica. Só assim é possível capturar os créditos do futuro IVA, garantir isenção legítima na distribuição de lucros até o fim de 2025 e manter segurança diante do avanço da fiscalização eletrônica. Médicos que se reorganizam agora conseguem reduzir a carga tributária de forma legal, consistente e alinhada às exigências da Reforma Tributária, evitando que o aumento da complexidade do sistema se transforme em aumento de imposto na vida real.
A importância de organizar a Pessoa Física para 2025
A corrida para ajustar a PF é tão relevante quanto a decisão do regime da empresa. Muitos médicos pagam mais IR do que deveriam por não organizarem despesas dedutíveis ou por distribuírem lucros sem vínculo com uma contabilidade robusta. Casais, por exemplo, podem redistribuir gastos de saúde e educação para quem está em uma faixa de tributação mais vantajosa. Com o cruzamento eletrônico ampliado para 2025, recibos manuais deixam de ser suficientes, e cada inconsistência pode gerar cobrança automática.
Quem recebe apenas lucros distribuídos precisa entender que, nesse caso, deduções típicas do IRPF não fazem diferença alguma. Já quem recebe pró-labore deve analisar a composição renda x deduções para evitar retenções excessivas. E autônomos, ainda muito comuns no setor, conseguem reduzir substancialmente o IR mantendo um livro-caixa organizado, com despesas como aluguel, secretária, equipamentos, manutenção e cursos devidamente registrados.
A última janela de isenção na distribuição de lucros
O fim de 2025 marca uma virada decisiva para médicos que atuam como pessoas jurídicas. A mudança na legislação trouxe um novo horizonte para a tributação de lucros, a Lei nº 15.987/2025 prevê que, a partir de 2026, lucros distribuídos passarão a ser tributados. Porém, há uma brecha extremamente favorável, todos os lucros apurados até 31 de dezembro de 2025 continuarão isentos, desde que haja contabilidade completa, com demonstrações contábeis regulares que suportem o lucro apurado e aprovação formal até essa data.
Essa regra transformou o planejamento tributário do setor. Não se trata mais apenas de “fechar as contas”: é preciso garantir documentação sólida para proteger lucros acumulados que, no futuro próximo, estariam sujeitos ao novo imposto. A Receita Federal ainda definirá os procedimentos operacionais para pagamentos feitos até 2028, mas uma coisa já está clara: quem não tiver registros estruturados poderá perder completamente a isenção.
A distribuição de lucros passa, portanto, para um ambiente mais rastreável. O cruzamento automático de dados, o fortalecimento da fiscalização digital e o fim do espaço para informalidades exigem que clínicas atuem com precisão. A antecipação de lucros, quando feita com respaldo contábil, se torna um movimento estratégico e não apenas um ajuste de última hora.
A Reforma Tributária adiciona mais uma camada de complexidade. A partir de 2026, o sistema antigo e o novo passam a coexistir, com a CBS e o IBS ganhando espaço gradualmente enquanto ISS e PIS/COFINS reduzem até desaparecerem por completo em 2030. Esse período híbrido envolve volume maior de obrigações acessórias, novas regras de crédito tributário e a necessidade de rastrear, com rigor, cada compra, cada serviço, cada pagamento. Não é exagero: a transição é um divisor claro entre gestões profissionais e operações improvisadas.
O impacto financeiro da Reforma não é estático, ele muda ano a ano e varia conforme o grau de organização da clínica. Quem tiver documentação consistente poderá capturar créditos tributários relevantes, especialmente em insumos, tecnologia, equipamentos e serviços essenciais. Quem não tiver, simplesmente pagará mais imposto. A EC 132 prevê redução de até 60% na alíquota do IVA para serviços essenciais, como saúde, mas esse benefício só se concretiza para clínicas que possuírem contabilidade hábil para comprovar créditos. Na prática: o direito existe, mas só se materializa para quem estiver pronto.
Nesse cenário, a escolha do regime tributário deixa de ser uma decisão anual e passa a ser parte da estratégia da operação. Consultórios pequenos podem continuar encontrando eficiência no Simples Nacional, sobretudo quando beneficiados pelo Fator R. Mas clínicas estruturadas, com equipe, insumos e investimentos recorrentes, tendem a pagar mais ao permanecer no Simples, já que o regime não permite o aproveitamento dos créditos do futuro IVA. Para operações maiores, o Lucro Presumido frequentemente se mostra mais vantajoso, especialmente para quem pode acessar a equiparação hospitalar — um benefício ainda subutilizado no setor, mas capaz de reduzir IRPJ e CSLL em até 87% sobre a parcela da carga incidente sobre o lucro.
Clínicas que realizam exames diagnósticos, pequenos procedimentos, cirurgias ambulatoriais ou serviços de apoio hospitalar podem solicitar a equiparação. O benefício exige estrutura formal, registro sanitário e escopo técnico, mas pode ser aplicado inclusive de forma retroativa, gerando economia imediata. Para operações com maior complexidade e uso intenso de insumos e serviços, o Lucro Real se torna ainda mais estratégico, pois é o regime que melhor se adapta ao modelo de créditos do novo IVA, embora exija contabilidade impecável e controle total da operação.
Em um cenário de mudança estrutural, a mensagem é simples: 2025 não é um ano qualquer. É a última chance de garantir isenção total na distribuição de lucros, o primeiro passo de uma transição tributária que vai durar até 2030 e o momento mais inteligente para organizar PF, PJ e operação contábil com precisão. Quem se prepara agora atravessa a Reforma Tributária com segurança. Quem adia as decisões corre o risco de transformar o aumento da complexidade em aumento real de imposto.
*Adriana Melo é mentora financeira, especialista em finanças e tributação, com mais de 20 anos de experiência em finanças corporativas, planejamento, controladoria e uma especialização estratégica em tributação.
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Por que o hospital 100% inteligente deve ser humano
Recentemente foi inaugurado, na China, o primeiro hospital operado cem por cento por robôs, capaz de realizar triagens e diagnósticos com alto índice de precisão. Em outubro de 2025, o jornal Metrópoles destacou que o Brasil, em parceria com o governo chinês, também avança na criação de hospitais inteligentes públicos. O principal projeto é o Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil), em São Paulo, que contará com 800 leitos, investimento estimado em 320 milhões de dólares e integração com ambulâncias 5G e sistemas de telessaúde. O objetivo é reduzir o tempo médio de atendimento de casos graves de 17 horas para cerca de duas. Essas iniciativas mostram que a transformação digital na saúde já é uma realidade e que o desafio agora é equilibrar tecnologia, eficiência e cuidado humano.
A automação amplia a eficiência, mas exige governança tecnológica capaz de garantir continuidade, segurança e resposta rápida diante de falhas ou ataques, além de demandar investimentos significativos em implantação, integração e manutenção. Um hospital pode operar com robôs e sistemas inteligentes em tempo real, mas só continuará sendo hospital se mantiver a capacidade de enxergar o paciente como pessoa, sem substituir o vínculo e a sensibilidade que sustentam o cuidado.
A tecnologia é ferramenta essencial para aprimorar diagnósticos e prever riscos, mas seu valor depende da atuação dos profissionais especialistas, médicos, enfermeiros, técnicos e equipes multidisciplinares que unem conhecimento, experiência e empatia. São esses profissionais que interpretam dados, compreendem contextos e tomam decisões em situações complexas. Nenhum algoritmo é capaz de reproduzir a escuta, o tato e o discernimento clínico que definem o ato de cuidar.
O avanço digital também impõe um novo papel à regulação. A aplicação de soluções inteligentes na saúde desafia normas tradicionais e requer regras claras de interoperabilidade, segurança da informação e responsabilidade profissional. Regulamentar não significa frear o progresso, mas assegurar confiança e transparência a pacientes, instituições e profissionais.
Os sistemas processam informações, mas quem compreende pessoas são os especialistas que cuidam delas. São eles que percebem o medo, a dúvida e a dor que não aparecem em relatórios. O futuro da saúde não depende de hospitais sem pessoas, e sim de instituições que saibam unir tecnologia, empatia e propósito. O hospital cem por cento inteligente é aquele que usa a inovação para potencializar o humano. A verdadeira inteligência na saúde continua sendo a capacidade de acolher e a pertinência do cuidar.
*Bruno Muszkat é médico radiologista e CEO da Medicom Exames.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 17/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Auditoria nas três maternidades de Goiânia
CFM defende medicina baseada em evidências em debate sobre judicialização da saúde
Para Mabel, relatório do DenaSUS confirma acerto da Prefeitura de Goiânia na mudança da gestão das maternidades
Alego aprova prorrogação da calamidade na Saúde de Goiânia em primeira votação
Reajuste dos planos de saúde para 2026 deve chegar a 7,5%
https://voxpiaui.com.br/reajuste-dos-planos-de-saude-para-2026-deve-chegar-a-75/
Como implementar IA em hospitais: guia final em 9 passos
https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/como-implementar-ia-em-hospitais/
Coquetel marca o encerramento da exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição” no IPVisão
https://www.issoegoias.com.br/2025/12/coquetel-marca-o-encerramento-da.html
TV ANHANGUERA
Auditoria nas três maternidades de Goiânia
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PORTAL CFM
CFM defende medicina baseada em evidências em debate sobre judicialização da saúde
O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (16), de audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados que discutiu o tema “Medicina baseada em evidências no contexto da judicialização da saúde no Brasil”. O debate ocorreu no Plenário 7, a pedido da deputada Adriana Ventura (NOVO-SP), e contou com a participação de representantes da Defensoria Pública do Distrito Federal, da Associação Médica Brasileira, do Conselho Nacional de Justiça, da saúde suplementar e de entidades de pacientes.
Representando a autarquia, o conselheiro federal Alcindo Cerci Neto (PR) afirmou que o ato médico ocorre, muitas vezes, em um contexto individual e solitário, no qual o profissional precisa decidir o que é melhor para preservar ou reparar a saúde do paciente, sempre com base na melhor evidência científica disponível. Ele ressaltou ainda que a judicialização da saúde é um fenômeno complexo, que não pode ser atribuído apenas à prescrição médica. “A caneta do médico é, sim, um fator de judicialização, mas muitas ações decorrem da desorganização do sistema, que não consegue oferecer ao paciente tratamentos já disponíveis, inclusive de baixo custo”, afirmou.
Alcindo Cerci Neto destacou que a medicina baseada em evidências, incorporada à legislação brasileira pela Lei Orgânica da Saúde, deve orientar tanto as decisões clínicas quanto o processo de incorporação de tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o conselheiro, o avanço acelerado da produção científica, intensificado pelo uso da inteligência artificial, impõe desafios à avaliação crítica das evidências e à atualização dos protocolos assistenciais. “O custo deve ser um dos fatores associados à decisão, mas não pode ser o elemento que define a prescrição. A evidência científica precisa ser o eixo central”, enfatizou.
O conselheiro também chamou atenção para o papel da judicialização como instrumento de acesso à saúde, sobretudo diante do descompasso entre a velocidade da inovação científica e a capacidade de atualização das estruturas de governança do sistema público. “Muitas vezes, a judicialização é o único caminho para garantir ao paciente um tratamento que já é reconhecido pela comunidade médica como o mais adequado”, pontuou, citando exemplos de medicamentos e terapias cuja efetividade e adesão ao tratamento justificam demandas judiciais.
Ao final, o representante do CFM alertou para o impacto da qualidade da formação médica sobre a judicialização da saúde. Ele classificou como preocupante a deterioração do ensino médico no país, especialmente no que se refere à capacidade de análise crítica de evidências científicas e à prescrição racional. “A judicialização é multifatorial, e um dos seus vetores é, sem dúvida, a formação médica inadequada, visto que a qualidade da educação médica tem impactos diretos na análise de evidências e na prescrição racional. Precisamos atuar também nesse ponto”, concluiu.
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A REDAÇÃO
Para Mabel, relatório do DenaSUS confirma acerto da Prefeitura de Goiânia na mudança da gestão das maternidades
Auditoria apontou fragilidades na assistência obstétrica e neonatal na capital
O relatório final da auditoria apresentado nesta terça-feira (16/12), pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS), confirmou que a decisão da Prefeitura de Goiânia de alterar o modelo de gestão das maternidades municipais foi correta e necessária para garantir a continuidade da assistência materno-infantil em Goiânia. A constatação é do chefe do Executivo municipal, Sandro Mabel, que voltou a criticar a antiga gestão das unidades.
É que a auditoria do DenaSUS, apresentado na Câmara de Goiânia, avaliou o funcionamento das unidades entre janeiro de 2023 e junho de 2025, período em que as maternidades eram administradas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), e identificou interrupções de serviços, desabastecimento de insumos e medicamentos, além de falhas graves na assistência a gestantes e recém-nascidos.
Segundo o relatório, o cenário encontrado exigia a adoção de medidas para assegurar o funcionamento contínuo dos serviços e dos leitos habilitados. Essas recomendações, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, já haviam sido implementadas pela atual gestão antes mesmo da conclusão da auditoria, “o que reforça o acerto da decisão tomada pelo prefeito”.
“O relatório traz um panorama do cenário que enfrentávamos à época, que foi continuamente exposto pela secretaria, e que levou à substituição da instituição gestora das maternidades”, afirma o secretário.
Após a alteração do modelo de gestão, as maternidades municipais registraram retomada integral dos atendimentos. Entre setembro e novembro de 2025, já sob a nova administração, foram realizados 14.501 atendimentos de urgência e emergência, 7.704 internações e 2.151 partos, números que demonstram o pleno funcionamento das unidades. Atualmente, as maternidades estão abastecidas, com os leitos habilitados em funcionamento e de portas abertas para receber a população.
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JORNAL OPÇÃO
Alego aprova prorrogação da calamidade na Saúde de Goiânia em primeira votação
Foram 24 votos a favor, 6 contra e uma abstenção
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, nesta terça-feira, 16, em primeira votação, a prorrogação do estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, após audiência pública marcada por divergências políticas, questionamentos técnicos e resistência de parlamentares da oposição. O decreto estende por mais seis meses o reconhecimento da situação excepcional na rede municipal de saúde. Foram 24 votos a favor, 6 contra e uma abstenção.
O debate ocorreu na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e expôs o embate entre a gestão municipal, que defende a necessidade da medida, e órgãos de controle e deputados oposicionistas, que questionam a continuidade do instrumento.
Um dos principais pontos levantados pela Prefeitura de Goiânia foi a descoberta de um passivo de aproximadamente R$ 200 milhões herdado da gestão anterior, comandada por Rogério Cruz. Segundo o secretário municipal da Fazenda, Valdivino de Oliveira, cerca de R$ 119 milhões correspondem a repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) que teriam sido utilizados fora da finalidade original e agora precisam ser devolvidos. Outros R$ 81 milhões dizem respeito a dívidas com fornecedores.
“O município foi notificado para devolver recursos ao SUS que não se sabe exatamente para onde foram destinados. Além disso, há débitos expressivos com fornecedores que não estavam devidamente registrados nos balanços”, afirmou Valdivino durante a audiência.
De acordo com o secretário, a prorrogação do decreto é necessária para permitir ajustes orçamentários, renegociação de contratos e reorganização financeira da pasta, especialmente em uma capital que atende pacientes de todo o Estado.
Endividamento da Saúde chega a R$ 711 milhões
O secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Pellizzer, apresentou números mais amplos do passivo da área. Segundo ele, a dívida total da secretaria, entre valores empenhados e não empenhados, chegou a cerca de R$ 711 milhões. Desse montante, aproximadamente R$ 240 milhões já foram pagos ao longo do ano.
Pellizzer sustentou que o decreto de calamidade tem sido fundamental para dar transparência ao cenário financeiro e viabilizar negociações com fornecedores, evitando a interrupção de serviços essenciais. Ainda assim, segundo o gestor, cerca de R$ 400 milhões permanecem como passivo a ser equacionado gradualmente.
Representantes do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) adotaram postura mais cautelosa. O presidente do tribunal, Joaquim Alves de Castro Neto, afirmou que, do ponto de vista técnico, ainda não há elementos suficientes que justifiquem a manutenção do estado de calamidade.
O procurador-geral de Contas, Henrique Pandim Barbosa Machado, também se posicionou contra a prorrogação, ressaltando que o instituto da calamidade pública deve ser restrito a situações excepcionais e não pode ser utilizado como ferramenta permanente de gestão ou renegociação de dívidas.
Resistência da oposição
A oposição na Alego reagiu à proposta. O deputado Antônio Gomide (PT) criticou o descumprimento de dispositivos previstos no decreto original, como a realização periódica de audiências públicas para acompanhamento da situação fiscal, e declarou voto contrário à prorrogação. Mauro Rubem (PT) seguiu a mesma linha, afirmando que os problemas da saúde municipal são de gestão e não caracterizam calamidade continuada.
A vereadora de Goiânia Kátia Maria dos Santos (PT) também criticou a falta de detalhamento sobre restos a pagar e cobrou maior transparência antes de qualquer nova prorrogação.
Defesa da base governista
Parlamentares da base do governador Ronaldo Caiado (UB) e do prefeito Sandro Mabel (UB) defenderam a medida. Virmondes Cruvinel (UB) destacou que os passivos herdados e a pressão sobre a rede de saúde da capital justificam a continuidade do decreto. Talles Barreto (UB), líder do governo na Alego, reforçou que Goiânia funciona como polo regional de atendimento e absorve demanda de dezenas de municípios.
Na véspera da votação, o prefeito Sandro Mabel (UB) voltou a defender publicamente a renovação do decreto. Segundo ele, embora a calamidade financeira esteja mais próxima de ser superada, a situação da saúde permanece grave.
“A calamidade financeira nós conseguimos enfrentar, mas a da saúde é muito séria. Não sei se seis meses serão suficientes, mas precisamos desse prazo para continuar trabalhando”, afirmou.
Com a aprovação, a Prefeitura de Goiânia mantém a prerrogativa de adotar medidas administrativas excepcionais na área da saúde pelos próximos seis meses. A CCJ e os órgãos de controle devem acompanhar a execução do decreto e cobrar dados objetivos sobre renegociação de dívidas e melhoria dos serviços.
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VOX PIAUÍ
Reajuste dos planos de saúde para 2026 deve chegar a 7,5%
Nos primeiros nove meses de 2025, as operadoras de planos de saúde tiveram um lucro líquido de R$ 17,9 bilhões, o maior desde 2018, impulsionado pelo aumento de 140% no lucro operacional.
Lucratividade recorde impacta previsão de reajustes
De acordo com dados divulgados, o cenário de alta nas receitas levou os analistas do BTG a revisarem suas projeções para o próximo ciclo de reajuste dos contratos individuais, estimado em 7,5%. O índice considera a variação de custos médico-hospitalares e o IPCA, descontada a inflação do setor.
Reajuste e correções contratuais
O índice máximo de aumento, definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), leva em conta dados dos últimos 12 meses e costuma ser aprovado entre maio e junho, valendo até o fim do período seguinte. O reajuste é aplicado de forma gradual, sempre no aniversário dos contratos, visando equilibrar os custos do setor.
Scenario do mercado de planos de saúde em 2025
A alta no lucro das operadoras reforça o crescimento do setor, apesar das tensões com reajustes e a necessidade de equilibrar receitas e despesas. Entre as maiores operadoras, a Hapvida lidera com 18% de usuários em planos individuais, seguida pela Amil, com 13%, e Prevent Senior, com 9,4%, além da Athena.
Segundo especialistas do BTG, o impacto desproporcional da Hapvida, com custos médicos 32% superiores à média de mercado, elevou a variação das despesas assistenciais, influenciando o cenário de reajustes de 2026.
Expectativas para o próximo ano
Analistas destacam que o impacto positivo na sinistralidade — índice que mede o uso dos planos pelos beneficiários — deve resultar em reajustes menores, especialmente para planos coletivos empresariais, que poderão ter correções de um dígito. Para contratos de pequenas e médias empresas, o reajuste segue uma regra de pool de risco, com o mesmo percentual para todos os beneficiários.
O crescimento do tíquete médio deve ser menor do que o registrado em 2025, e há uma expectativa de que o reajuste para planos individuais ultrapasse 7,5%, podendo chegar a 7,5% ou mais, caso os custos continuem a subir neste ritmo.
Em relação à regulação do setor, o CEO da Porto Saúde criticou a limitação dos planos em coberturas de remédios de alto custo, como o de R$ 10 milhões, destacando a necessidade de maior flexibilidade para o setor.
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SAÚDE BUSINESS
Como implementar IA em hospitais: guia final em 9 passos
A implementação de IA na saúde exige um roadmap rigoroso. Saiba como garantir compliance, segurança do paciente e ROI na adoção de inteligência artificial.
Seu hospital ou clínica já avaliou os benefícios da inteligência artificial e agora enfrenta o desafio de entender como implementar IA em hospitais? Saiba que é possível fazer isso de forma prática, segura e com retorno claro sobre o investimento (ROI).
No Brasil, a adoção já é uma realidade: embora grande parte dos hospitais utilizem recursos tecnológicos em seus processos, a maioria ainda se sente despreparada para lidar com a tecnologia. Ou seja, há interesse, há pressão competitiva e há um desafio claro de maturidade digital.
Este artigo é o guia final para o tomador de decisão. Saiba os 9 passos indispensáveis para mover a IA do conceito para a operação, com foco em validação de modelos e segurança regulatória.
Por que implementar IA em hospitais agora?
A decisão de quando e como implementar IA em hospitais é estratégica. O objetivo é promover um atendimento mais seguro, eficiente e acessível, mas a adoção da tecnologia também costuma ser impulsionada por desafios e oportunidades próprias de cada instituição.
Um levantamento recente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) mostrou que mais de 80% dos hospitais privados já utilizam alguma solução de IA, embora 74% ainda se considerem pouco preparados para as transformações necessárias.
Conheça alguns fatores que estão acelerando essa decisão na saúde.
Pressões financeiras e competitivas do setor
A IA permite a redução de custos ao automatizar processos, prever desvios e otimizar recursos, alinhando a instituição com o modelo de saúde baseada em valor.
Demandas crescentes com equipes reduzidas
A IA atua como um assistente de produtividade, auxiliando equipes médicas e de enfermagem na triagem, diagnóstico e planejamento, mitigando o risco de burnout e erro humano.
Vantagem competitiva: hospitais inteligentes
Hospitais que adotam a inteligência artificial se posicionam na vanguarda, oferecendo diagnósticos mais rápidos e precisos, e se destacando no mercado como instituições de alta gestão da qualidade.
Riscos de não adotar: perda de eficiência, gargalos e erro humano
A inércia leva à perda de eficiência operacional, perpetuação de gargalos assistenciais (como longos tempos de espera) e aumento do potencial de erro, impactando diretamente a segurança do paciente.
Além disso, pesquisas comprovam que a implementação de estruturas robustas de governança de dados e o treinamento abrangente da equipe são etapas fundamentais para mitigar riscos e criar um sistema de saúde mais eficiente, centrado no paciente e realmente eficaz.
A seguir, conheça o passo a passo de como implementar a IA em hospitais.
Passo 1: Mapeamento de casos de uso com ROI imediato
A implantação deve começar com projetos que demonstrem retorno financeiro e operacional rápido.
Casos de uso com payback rápido
Triagem automática: Uso de chatbots ou machine learning na classificação de risco de pacientes, reduzindo o tempo de espera.
Previsão de demanda: Algoritmos para prever o fluxo de pacientes na emergência, otimizando o dimensionamento de equipes.
Priorização clínica: inteligência artificial no apoio diagnóstico por imagem, priorizando exames urgentes e reduzindo o tempo para a intervenção.
Automação de faturamento: Uso de IA para codificação e auditoria de contas, reduzindo glosas e otimizando o Tempo Médio de Atendimento (TMA).
Avaliar estudos recentes de adoção de IA em hospitais de grande porte — com aplicação clínica, apoio diagnóstico e mudanças operacionais — podem ser importantes para o benchmark internacional de melhora de ROI e modelos de implantação.
Passo 2: Definir estratégia institucional de IA
A inteligência artificial precisa de uma fundação de governança hospitalar sólida antes da contratação.
Responsabilidade estratégica e matriz RACI
Estabeleça quem é responsável por cada etapa do ciclo de vida de modelos de IA, desde a concepção até a manutenção (Matriz RACI).
Comitê de IA e governança clínica
Crie um comitê multidisciplinar (clínico, TI, jurídico) para supervisionar a ética, a validação de algoritmos médicos e a segurança do paciente.
Aderência regulatória e LGPD desde a concepção (privacy by design)
Assegure que a LGPD esteja integrada. A coleta e o uso de dados devem respeitar o privacy by design desde a primeira etapa do projeto.
Passo 3: Avaliar infraestrutura e maturidade digital
O sucesso da implementação de IA depende da qualidade dos dados e da infraestrutura existente.
Maturidade dos dados (DMM Healthcare / HIMSS)
Avalie a qualidade, consistência e integração dos dados. IA com “dados ruins” gera diagnósticos errados e prejuízo.
Conectividade entre sistemas legados
Muitos hospitais operam com sistemas legados (antigos). A IA exige APIs e conexões robustas para garantir a interoperabilidade.
Requisitos tecnológicos: servidores, cloud, APIs, pipeline de dados
Defina se o modelo será rodado on-premise ou em cloud e garanta um pipeline de gestão de dados em hospitais contínuo e seguro.
Sinal vermelho: quando o hospital ainda não está pronto para IA
Se o hospital não tiver uma gestão organizada, um prontuário eletrônico bem preenchido ou não possuir um Comitê de Governança ativo, a implantação de IA na saúde deve ser adiada.
Passo 4: Escolher o modelo de IA certo
A escolha do modelo impacta custo, tempo de implantação e controle.
Comparativo: modelos prontos vs. customizados
| Característica | Modelos Prontos (Fornecedor) | Modelos Customizados (Desenvolvimento Interno) |
| Custo | Alto custo inicial (licenciamento) | Alto custo de desenvolvimento e manutenção |
| Manutenção | Responsabilidade do fornecedor | Exige time de dados dedicado |
| Tempo de Implantação | Rápido (plug and play) | Longo (meses a anos) |
| Controle & Explainability | Limitado, caixa-preta | Total controle e transparência do código |
Critérios técnicos para avaliação de fornecedores
Acurácia comprovada localmente: O modelo deve ser validado com os dados e perfis populacionais do seu hospital.
Privacidade e proteção de dados: O fornecedor deve demonstrar compliance e métodos de anonimização.
Segurança, logging, trilhas de auditoria: O sistema deve registrar todas as decisões da IA para fins regulatórios e de uso ético na medicina.
Interoperabilidade: Capacidade de se conectar ao seu prontuário eletrônico sem fricção.
Histórico de implantação em saúde: Prefira players com experiência comprovada e casos de sucesso em hospitais de porte similar.
Passo 5: Validar o modelo com rigor clínico
A validação de algoritmos é obrigatória para a proteção do paciente.
Testes internos e validação com dados locais
Nunca confie apenas nos dados do fornecedor. É importante testar a capacidade do modelo de integrar e processar dados heterogêneos, como imagens médicas (radiologia), dados clínicos estruturados (exames laboratoriais) e dados não estruturados de prontuários eletrônicos.
O desempenho do algoritmo deve ser verificado com a sua base, superando desafios de interoperabilidade.
Testes cegos, bias de dados, performance real
Realize testes rigorosos para identificar bias (vieses) que possam prejudicar grupos específicos de pacientes.
Documentação obrigatória (regulatória e técnica)
Mantenha um registro completo da performance do modelo, fundamental para o compliance e auditorias.
Passo 6: Implementação piloto controlada
A implementação deve ser faseada para garantir a segurança.
Seleção de área-piloto (alto impacto + baixo risco): Escolha um setor que ofereça alto potencial de ROI, mas onde uma falha da IA não represente risco iminente de vida (ex: triagem administrativa, agendamento, processamento de imagens de baixo risco).
Indicadores para avaliar sucesso do piloto: Defina metas de TMA, redução de erro ou aumento de produtividade antes de ligar a inteligência artificial.
Checklist operacional para início da operação assistida: A IA deve atuar como assistente. Mantenha supervisão humana total no início.
Passo 7: Engajamento e capacitação das equipes
O maior risco da implantação de IA é a rejeição da equipe clínica.
Treinamento orientado a processos clínicos: Mostre aos médicos e à enfermagem como a IA simplifica o trabalho deles, não como o substitui.
Adesão e governança: Envolva os key users (líderes clínicos) no comitê de inteligência artificial.
Como evitar rejeição e adoção limitada: Demonstre que a IA aumenta a segurança do paciente e reduz a carga burocrática.
Passo 8: Escalabilidade e integração sistêmica
Após o sucesso do piloto, é hora de expandir.
Critérios para escalar para outras áreas: Utilize os KPIs do piloto para justificar a expansão.
Integração horizontal entre departamentos: Garanta que a solução de IA converse com outros sistemas (Financeiro, Farmácia, Laboratório) para otimizar o fluxo de dados em todo o hospital.
Passo 9: Medir ROI e garantir sustentabilidade
O ROI é a métrica final que justifica o investimento em da IA em hospitais.
Uma pesquisa abrangente sobre a adoção de IA em hospitais nos EUA quantificou os ganhos operacionais e o (ROI), apresentando alguns índices de performance e eficiência que os gestores de saúde podem avaliar. Veja algumas dessas métricas:
Indicadores financeiros: custos evitados, produtividade, TMA
Monitore a redução de glosas, o aumento de produtividade da equipe e a diminuição do tempo médio de permanência.
Indicadores clínicos: erros evitados, alertas corretos, segurança
Mensure a taxa de alertas corretos, a redução de eventos adversos e a melhoria dos desfechos clínicos (MDPI).
Indicadores operacionais: fluxo, gargalos, otimização
Analise a redução de filas, o tempo de ciclo dos processos e a otimização de leitos.
Retraining, manutenção e ciclos de reavaliação contínua
Um modelo de IA não é estático. Estabeleça ciclos regulares de retraining (re-treinamento) e revalidação de algoritmos para garantir a performance e a compliance em IA clínica a longo prazo.
Saber como implementar IA em hospitais com sucesso exige planejamento e rigor técnico. A inteligência artificial é uma ferramenta transformadora, mas sua validação e aderência na saúde são inegociáveis.
Ao seguir esses passos, o hospital estará apto a selecionar e implementar tecnologias de forma segura, garantindo o retorno financeiro e a excelência no cuidado ao paciente.
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ISSO É GOIÁS
Coquetel marca o encerramento da exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição” no IPVisão
Realizada no Instituto Panamericano da Visão (IPVisão), a exposição “Vida na Roça – 30 Anos de Arte e Tradição”, da artista plástica Selma di Medeiros, chegou ao fim ontem, 15 de dezembro, com um coquetel que celebrou o segundo ciclo das mostras de artes promovidas pelo hospital em parceria com o Instituto Rizzo.
O evento reuniu médicos, colaboradores, artistas plásticos, representantes do Instituto Rizzo, convidados e, claro, Selma di Medeiros. O diretor técnico do IPVisão, médico oftalmologista Paulo Ricardo de Oliveira, destacou a relevância do projeto, que em seu primeiro ciclo contou com uma mostra coletiva de artistas goianos e estudantes de artes.
Iniciado em agosto, o projeto trouxe ao hospital beleza, sensibilidade e momentos de pausa, mostrando como a arte pode inspirar, acalmar e levar conforto a pacientes, colaboradores e visitantes.
“Foi uma parceria importante, abrimos espaço para a arte e os pacientes aprovaram”, afirmou Paulo Ricardo de Oliveira, ressaltando a experiência positiva que a iniciativa trouxe ao IPVisão. O sucesso da parceria abre caminho para novos projetos artísticos no Instituto, que acredita no poder da arte para acolher, inspirar e transformar vidas.
Segundo ciclo
Durante essa segunda exposição, corredores e salas de espera do hospital se transformaram em espaços de emoção e contemplação com as obras de Selma di Medeiros. Com cores vibrantes e traços delicados, os quadros retratavam a vida simples do interior goiano, despertando lembranças afetivas e proporcionando aos pacientes, acompanhantes, colaboradores e a todos que passaram pelo IPVisão instantes de alegria e reflexão.
Para tornar a experiência ainda mais próxima do público, cada obra trazia na legenda um QR Code, que levava a um áudio com a descrição das telas, permitindo que visitantes mergulhassem na história de cada cena retratada. Além dos quadros da artista, fotografias de Lázaro Neves também compunham a mostra, aberta em outubro.
Selma di Medeiros destacou que foi “um prêmio expor no local” e que a receptividade do público superou, em muito, suas expectativas.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 16/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Assistência religiosa em hospitais de Goiás passa a ser regulamentada por lei
Delegacia da Mulher investiga denúncia de abuso sexual contra idosa no HUGOL
Santa Casa de Goiânia oferece mais um turno de hemodiálise a partir de hoje
Anvisa autoriza emissão digital de receitas de medicamentos controlados
Idosa denuncia abuso sexual durante internação no Hugol, em Goiânia
https://ohoje.com/2025/12/15/idosa-denuncia-abuso-sexual-no-hugol-goiania/
Gripe volta ao radar global após alerta da OMS sobre avanço do vírus H3N2
https://ohoje.com/2025/12/15/gripe-k-alerta-oms/
Fundahc deu prejuízo de R$ 2,5 milhões durante gestão de maternidades em Goiânia, aponta relatório
Mabel defende prorrogação da calamidade na saúde e admite novo pedido de prazo se crise persistir
Tendências para a saúde em 2026: inteligência e integração
https://medicinasa.com.br/tendencias-saude-2026/
Planos empresariais impulsionam saúde suplementar há mais de duas décadas
TV ANHANGUERA
Assistência religiosa em hospitais de Goiás passa a ser regulamentada por lei
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Delegacia da Mulher investiga denúncia de abuso sexual contra idosa no HUGOL
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Santa Casa de Goiânia oferece mais um turno de hemodiálise a partir de hoje
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JORNAL OPÇÃO
Anvisa autoriza emissão digital de receitas de medicamentos controlados
O presidente do Cremego, Rafael Martinez, avalia a mudança de forma positiva
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira, 10, os requisitos para a emissão eletrônica de receitas de medicamentos sujeitos a controle especial, incluindo as notificações de receita amarela e azul, utilizadas para substâncias com maior rigor de fiscalização. A medida representa um avanço na modernização da prescrição médica e deve ampliar a segurança, a rastreabilidade e o controle do uso desses medicamentos em todo o país.
Com a nova norma, as receitas digitais só terão validade se forem emitidas por plataformas de prescrição eletrônica integradas ao Sistema Nacional de Controle de Receituários (SNCR). O sistema permitirá que cada receita tenha numeração única, possibilitando o registro e a baixa automática nas farmácias, evitando reutilização e reduzindo o risco de fraudes.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Rafael Martinez, avalia a mudança de forma positiva. Segundo ele, a iniciativa desburocratiza o processo e fortalece a autonomia médica. “Foi um trabalho em conjunto entre o Conselho Federal de Medicina e a Anvisa. Isso dá mais credibilidade e rastreabilidade à receita. Hoje o processo é muito burocrático, com talonários e controles manuais. A possibilidade de fazer tudo digital é um avanço enorme para o médico e também para o paciente”, afirmou ao Jornal Opção.
Além das receitas de medicamentos controlados, a regra também abrange receitas sujeitas à retenção, como antimicrobianos e medicamentos à base de GLP-1. Nesses casos, o registro de uso no SNCR passa a ser obrigatório, substituindo anotações manuais previstas na Portaria SVS/MS 344/1998, que foi atualizada para se adequar ao modelo eletrônico.
Para Martinez, a medida também beneficia regiões mais afastadas dos grandes centros. “Essa mudança ajuda de forma global, independentemente de onde o profissional esteja. Se ele tem acesso à plataforma digital, consegue prescrever com segurança, e a farmácia também consegue validar a receita”, pontua.
A Anvisa argumenta que a integração ao SNCR contribuirá para a redução de erros de medicação, falsificação de receitas e uso indiscriminado de substâncias controladas. Sobre eventuais riscos de vazamento de dados, o presidente do Cremego pondera que a área de tecnologia sempre exige cautela, mas destaca que há preocupação com a segurança. “Está sendo construído um sistema de integração com todo um cuidado para minimizar esse tipo de risco”, diz.
O sistema completo do SNCR deve estar plenamente disponível até 1º de junho de 2026. Após o início do funcionamento integral, receitas controladas emitidas sem a numeração do sistema ainda poderão ser aceitas por um período de transição de 30 dias. A receita em papel continuará válida e não há previsão para sua extinção.
Criado em 2024, o SNCR centraliza a gestão das notificações de receita em âmbito nacional e busca fortalecer o controle sanitário sobre medicamentos de uso sensível, ao mesmo tempo em que moderniza a prática médica e amplia a segurança para profissionais e pacientes.
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O HOJE
Idosa denuncia abuso sexual durante internação no Hugol, em Goiânia
O abuso teria ocorrido enquanto a paciente aguardava vaga em semi UTI
Uma idosa de 74 anos denuncia ter sido vítima de abuso sexual enquanto estava internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. O caso teria ocorrido na madrugada do último domingo (14).
A filha relatou ao portal Mais Goiás que a idosa estava com mobilidade reduzida e sob efeito de medicação quando um médico foi chamado para auxiliá-la. O crime teria ocorrido enquanto a paciente permanecia em uma sala de reanimação, aguardando vaga em uma semi UTI, sem acompanhante. De acordo com a família, o abuso foi presenciado por um paciente internado no leito ao lado, que se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Segundo o relato da vítima, durante o atendimento, o médico se aproximou de forma inadequada e iniciou toques em suas partes íntimas sem consentimento. O profissional permaneceu no leito entre 2h59 e 3h17. A paciente afirmou que permaneceu deitada, sem condições de se defender, enquanto era abusada. Ela relatou que pedia para que o suspeito parasse, mas não foi atendida.
Os fatos também teriam sido presenciados por um paciente internado no leito ao lado, em recuperação de um derrame. Por estar anestesiado e em condição clínica delicada, ele não conseguiu reagir fisicamente no momento do ocorrido e só procurou a assistência social do hospital na manhã seguinte, quando conseguiu se locomover. “Ele percebeu que algo estava errado e pediu ajuda, mas não tinha condições de intervir”, relatou a filha da paciente.
Após a denúncia, equipes policiais foram acionadas e se deslocaram até a unidade hospitalar, onde a paciente voltou a relatar que foi abusada enquanto permanecia deitada no leito. Registros do sistema de monitoramento confirmaram que o médico permaneceu junto à paciente por cerca de 18 minutos durante a madrugada. De acordo com o boletim de ocorrência, as imagens não foram anexadas ao registro devido às normas de segurança da unidade.
A filha informou ainda que a mãe enfrenta problemas respiratórios crônicos, faz uso contínuo de oxigênio e havia retornado recentemente ao hospital após sofrer uma queda em casa. Mesmo tendo recebido alta dias antes, a idosa apresentou agravamento do quadro respiratório. Segundo ela, a gestão da unidade só adotou providências administrativas após a chegada da polícia. “Até a equipe policial chegar, nenhuma medida tinha sido tomada”, afirmou.
Ainda conforme o relato, o médico chegou a ser visto sentado ao lado de outros profissionais, ainda com vestimentas hospitalares, em frente ao balcão de atendimento do plantão, a menos de quatro metros da vítima. Ele não foi mais visto no local cerca de oito minutos antes da chegada da Polícia Militar. A paciente segue internada, acompanhada por familiares, enquanto o caso é apurado pela Polícia Civil.
Em nota enviada ao jornal O HOJE, O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informa que, ao tomar conhecimento de uma denúncia envolvendo possível conduta inadequada no ambiente hospitalar, adotou imediatamente todas as providências previstas em seus protocolos internos.
A unidade acionou as autoridades competentes, com registro de boletim de ocorrência, realizou o acolhimento da paciente e de seus familiares e, de forma preventiva, determinou o afastamento do profissional citado até que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos.
Até o momento, conforme as apurações iniciais, não é possível afirmar com precisão as circunstâncias do ocorrido. O Hugol reforça que repudia qualquer forma de violação de direitos, atua com responsabilidade e transparência, e permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.
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Gripe volta ao radar global após alerta da OMS sobre avanço do vírus H3N2
Circulação acelerada da gripe em países do hemisfério norte reacende atenção de autoridades de saúde e reforça importância da vacinação
A gripe voltou a ocupar o centro das atenções das autoridades sanitárias internacionais após a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir um alerta sobre o aumento da circulação do vírus influenza A H3N2 em países da Europa, da América do Norte e da Ásia. Embora o subtipo seja conhecido há décadas, o ritmo acelerado de disseminação acendeu um sinal de vigilância nos sistemas de saúde.
De acordo com monitoramentos recentes, a gripe causada pelo H3N2 já representa uma parcela expressiva dos casos registrados nessas regiões. O cenário levou também a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a recomendar o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a ampliação da cobertura vacinal, sobretudo entre idosos e pessoas com doenças crônicas.
Por que o alerta preocupa autoridades de saúde
A OMS esclarece que o alerta não está ligado ao surgimento de uma mutação inédita, mas ao histórico do subtipo. Em temporadas em que a gripe H3N2 predomina, observa-se aumento de hospitalizações e de complicações respiratórias em grupos mais vulneráveis. Esse padrão já foi registrado em surtos anteriores e exige atenção antecipada.
Segundo a OPAS, a gripe continua sendo uma das principais causas de adoecimento respiratório no mundo, especialmente quando encontra populações com baixa imunização ou diagnóstico tardio. Por isso, a recomendação é agir antes que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.
Sintomas da gripe seguem padrão conhecido
Apesar do nome popular que circula nas redes sociais, os sintomas da gripe não diferem das formas sazonais já conhecidas. Febre, dor no corpo, cansaço intenso, tosse, dor de garganta e mal-estar geral permanecem como os sinais mais comuns. O diferencial está no impacto mais severo que a gripe pode causar em idosos e pessoas com comorbidades.
Na prática, não há sintomas específicos que permitam distinguir a infecção pelo H3N2 das demais gripes sazonais. As diferenças são mínimas, mas alguns estudos indicam que a febre pode ser mais alta e iniciar abruptamente, especialmente em crianças, no caso da gripe K. Foto: Divulgação
Situação no Brasil e medidas preventivas
Até o momento, dados de plataformas internacionais de vigilância, citadas pela OMS, não indicam circulação expressiva do H3N2 no Brasil. Ainda assim, especialistas alertam que o comportamento da gripe pode mudar rapidamente, especialmente em períodos de maior circulação de pessoas.
A vacinação segue sendo a principal ferramenta de proteção contra a gripe, reduzindo o risco de formas graves e mortes. A OPAS reforça que, além da imunização, medidas simples como higiene das mãos, etiqueta respiratória e isolamento em caso de sintomas continuam fundamentais.
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JORNAL OPÇÃO
Fundahc deu prejuízo de R$ 2,5 milhões durante gestão de maternidades em Goiânia, aponta relatório
A informação consta no Relatório Final de Auditoria, que analisou o período de 2023 a junho de 2025
O Ministério da Saúde, por meio de auditoria oficial, confirmou um prejuízo superior a R$ 2,5 milhões deixado pela Fundahc na gestão das maternidades municipais de Goiânia. O valor corresponde ao serviço que deixou de ser executado (leitos inativos), mesmo com a disponibilidade financeira. A informação consta no Relatório Final de Auditoria, que analisou o período de 2023 a junho de 2025, e ao qual o Jornal Opção teve acesso em primeira mão.
O estudo do Ministério expôs um cenário de grave fragilidade financeira, assistencial e administrativa herdado pela gestão do prefeito Sandro Mabel. Segundo o próprio relatório, em diversos momentos, não foi possível identificar com precisão quanto foi gasto pela Fundahc, onde foi gasto e em qual unidade, o que comprometeu a transparência e o controle financeiro do contrato.
Essa ausência de rastreabilidade, aliada ao descumprimento de metas pactuadas nos planos de trabalho, gerou um passivo financeiro reconhecido, que culminou no rombo.
A auditoria registra que, mesmo com recursos formalmente disponíveis, houve interrupção de serviços, redução de leitos e suspensão de atendimentos pela entidade, o que evidencia um descompasso entre os valores repassados e os serviços efetivamente prestados. De forma direta, o dinheiro público repassado à Fundac não se traduziu, de forma proporcional, em atendimento à população.
Nesse contexto, o relatório corrobora a da decisão da Prefeitura de Goiânia de romper o contrato com a FUNDAHC. A auditoria demonstra que o modelo contratual estava fragilizado, financeiramente desequilibrado e incapaz de garantir continuidade e qualidade dos serviços.
Avanços
O documento do Ministério da Saúde também oficializa que a atual gestão, iniciada em janeiro de 2025, não é responsável pela origem do rombo. O relatório reconhece que a Secretaria Municipal de Saúde assumiu um cenário de crise herdada e passou a atuar no sentido de conter danos, reorganizar a gestão e retomar os serviços.
Entre os avanços registrados estão a implementação de novos protocolos assistenciais, a regularização gradual do direito ao acompanhante, a retomada progressiva da produção nas maternidades e a mudança na gestão das unidades a partir de agosto de 2025.
Para garantir melhor análise, a Prefeitura solicitou a ampliação do escopo da auditoria abrangendo o período a partir de 2022. O Ministério, no entanto, estendeu somente ao ano de 2023, excluindo da análise metade da gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.
O relatório será apresentado pelo diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, Rafael Bruxelas, à Câmara Municipal de Goiânia.
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Mabel defende prorrogação da calamidade na saúde e admite novo pedido de prazo se crise persistir
Proposta tramita na Assembleia que adiou a apreciação da matéria
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), voltou a defender, nesta segunda-feira, 15, a renovação do decreto de calamidade pública da saúde do município. A apreciação do projeto, que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi adiada após reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada. A previsão é que o parlamento promova uma audiência com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) antes da apreciação da matéria.
Segundo Mabel, a extensão da calamidade é fundamental para manter ações emergenciais e garantir as condições administrativas ao município. “Esperamos que possamos aprovar essa extensão do decreto. O [decreto de calamidade] financeiro não é tão importante, mas o da saúde sim”, afirmou o prefeito em coletiva.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de resolver a crise em mais seis meses — prazo previsto na prorrogação —, Mabel admitiu que o período pode não ser suficiente. “Nós esperamos que sim. A calamidade financeira nós conseguimos superá-la, mas a da saúde é muito grave. Não sei se vai precisar de mais tempo. Vamos trabalhando e vendo a arrecadação e, se precisar de mais tempo, a gente pede”, disse.
Calamidade foi decreta no início do ano
O primeiro decreto de calamidade pública em Goiânia foi aprovado pela Alego no início de 2025 e incluía duas dimensões: a financeira e a da saúde. A gestão argumentou, à época, que herdara um déficit elevado, dívidas com fornecedores e uma rede municipal de saúde colapsada. A medida permitiu flexibilizar regras administrativas, agilizar contratações e reorganizar fluxos orçamentários.
Desde então, segundo o Paço Municipal, houve avanço na recomposição fiscal, mas persistem gargalos na rede de saúde, especialmente na atenção primária, regulação de leitos e na cobertura contratual de serviços terceirizados.
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MEDICINA S/A
Tendências para a saúde em 2026: inteligência e integração
À medida que avançamos para 2026, o setor da saúde se encontra em um patamar decisivo, pronto para grandes transformações. A aceleração digital, impulsionada pelos desafios recentes, consolidou a tecnologia não mais como um suporte, mas como o epicentro da estratégia de negócio. Para os gestores que visam não apenas sobreviver, mas liderar, compreender as tendências do setor de saúde que moldarão o futuro próximo é um imperativo. A questão não é mais se a tecnologia transformará a saúde, mas sim como podemos usá-la de forma estratégica, sustentável e centrada no paciente.
A inteligência artificial é, sem dúvida, o ponto central dessa nova era. Em 2026, sua aplicação transcenderá os projetos-piloto e se tornará a espinha dorsal da eficiência. A integração da IA com ERPs e sistemas de gestão hospitalar criará um ecossistema de dados unificados, reduzindo falhas e elevando a gestão a um novo patamar de inteligência. Processos administrativos serão automatizados, garantindo mais rapidez, menos erros e uma disponibilidade integral que atende às novas expectativas dos pacientes.
Quando olhamos para o cuidado direto com o paciente, essa inteligência ganha ainda mais potência. Dados em tempo real capturados por wearables — smartwatches, smart rings e outros dispositivos — alimentarão modelos preditivos capazes de antecipar riscos, acelerar diagnósticos e pavimentar o caminho para a medicina de precisão, com tratamentos verdadeiramente personalizados ao perfil único de cada indivíduo.
Mas para que essa revolução seja possível, é imprescindível fortalecer as bases tecnológicas que permitem a adoção plena de IA. A digitalização deixa de ser uma etapa opcional e passa a ser o alicerce de toda a inovação. E, nesse sentido, três movimentos são indispensáveis para garantir maturidade digital: manter sistemas atualizados; estar na nuvem, garantindo escala e disponibilidade; e estruturar e qualificar dados, que são o combustível da inteligência artificial.
Falando em centralidade no paciente, o segmento de saúde precisa aprender uma estratégia originalmente do varejo: a experiência omnichannel. Cada vez mais, a jornada do paciente será fluida, contínua e integrada em todos os canais — do agendamento ao atendimento presencial e ao monitoramento pós-consulta. A comunicação precisa deixar de ser reativa e fragmentada para se tornar proativa e coesa, construindo uma relação de confiança e lealdade. Um paciente que se sente compreendido e amparado em todos os pontos de contato é, inevitavelmente, um paciente mais engajado com seu próprio tratamento.
Mas vale destacar: nenhuma dessas inovações se sustenta sem um alicerce sólido de cibersegurança e proteção de dados. Com o aumento exponencial da conectividade e do volume de informações sensíveis, a superfície de ataque cresceu. A cibersegurança é uma premissa fundamental para a existência de um sistema de saúde digital e confiável. Proteger os dados dos pacientes é, em essência, uma extensão do juramento de cuidar.
No fim, o futuro da saúde será definido pela capacidade de unir tecnologia, eficiência e humanidade. As instituições que conseguirem equilibrar esses três pilares não apenas acompanharão as transformações de 2026, mas liderarão uma nova era — mais inteligente, mais integrada e, sobretudo, mais centrada nas pessoas.
*Rogério Pires, diretor de produtos para Saúde da TOTVS.
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SAÚDE BUSINESS
Planos empresariais impulsionam saúde suplementar há mais de duas décadas
Análise Especial da NAB mostra que, em cinco anos, o segmento empresarial quintuplicou.
Os planos de saúde empresariais representam mais de 73% dos vínculos médico-hospitalares no Brasil, atingindo o maior patamar da série histórica monitorada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Entre setembro de 2000 e outubro de 2025, o número de beneficiários desses planos cresceu de 7,1 milhões para 38,7 milhões, mais que quintuplicando. A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 112), produzida pelo IESS, evidencia a centralidade dos planos coletivos empresariais na saúde suplementar brasileira.
O levantamento evidencia os 25 anos de evolução do segmento e confirma que essa modalidade se consolidou como o principal eixo de sustentação do sistema privado de saúde. acompanhando o comportamento do emprego formal e a expansão da economia ao longo de duas décadas e meia.
Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, os planos empresariais têm papel decisivo na estrutura da saúde suplementar. “Crescem com o mercado de trabalho, refletem a economia real e constituem a espinha dorsal da cobertura privada no Brasil”, explica.
De acordo com o levantamento, a evolução demográfica do segmento reflete sua estabilidade. A faixa de 20 a 59 anos, que representa a maior parte da população economicamente ativa, concentra 67% dos beneficiários. Jovens de 0 a 19 anos reduziram participação ao longo dos anos, enquanto o grupo com 60 anos ou mais ampliou presença, acompanhando o envelhecimento populacional. A distribuição por sexo mantém estabilidade desde o início dos anos 2000, com 51% de mulheres e 49% de homens, um padrão praticamente inalterado.
Territórios
A análise revela que São Paulo continua sendo o maior polo da saúde suplementar empresarial, com cerca de 37% dos vínculos. Minas Gerais, Rio de Janeiro e os estados do Sul complementam o núcleo mais robusto do setor, enquanto Goiás se destaca pela ampliação significativa de sua participação ao longo do período.
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“A organização territorial dos planos empresariais segue a lógica da estrutura produtiva do País, refletindo níveis de formalização, renda, dinamismo econômico e geração de empregos”, explica Cechin.
Outro ponto de destaque é a melhoria da informação regulatória e a consolidação da segmentação assistencial. Em 2025, 91% dos beneficiários empresariais possuem planos com cobertura hospitalar e ambulatorial. A categoria “não informada”, que no início dos anos 2000 representava mais da metade dos registros, desapareceu quase por completo. “A qualificação das bases de dados mostra um setor mais maduro e preparado para debates sobre sustentabilidade, inovação e padrões de utilização”, destaca Cechin.
Novos avanços
Além da Análise Especial, a NAB 112 atualiza os dados do setor. O Brasil alcançou 53,2 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, um crescimento de 2,7% em 12 meses, equivalente a mais de 1,4 milhão de novos vínculos.
Destes, 83,9% possuem planos coletivos (empresariais e por adesão), e entre eles, 86,9% são empresariais. A expansão é puxada principalmente pelos adultos em idade produtiva e por estados como São Paulo, que sozinho adicionou 587,4 mil beneficiários no período.
O relatório ainda destaca a forte correlação entre emprego formal e evolução dos planos coletivos empresariais. Entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o estoque de trabalhadores celetistas passou de 47,6 para 49 milhões, avanço de 2,8%, movimento que acompanha o crescimento de 4,4% nos beneficiários empresariais médico-hospitalares no mesmo intervalo.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15/12/25
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DESTAQUES
Indústria das liminares na saúde suga bilhões, quebra planos e ameaça milhões de pacientes
Dasa conquista pela segunda vez consecutiva o selo QGA de segurança
Projeto vai revelar os 100 melhores hospitais públicos brasileiros
https://medicinasa.com.br/100-hospitais-publicos/
Previsibilidade e precisão: IA na gestão logística da saúde
https://medicinasa.com.br/ia-gestao-logistica/
Como resolver o gargalo da enfermagem sem risco jurídico
https://medicinasa.com.br/compliance-inovacao/
Saúde: o combustível da vida e a prevenção como valor central
https://medicinasa.com.br/saude-combustivel-vida/
Resistência antimicrobiana: um desafio de gestão e segurança
https://medicinasa.com.br/ram-seguranca-paciente/
DIÁRIO DE SP
Indústria das liminares na saúde suga bilhões, quebra planos e ameaça milhões de pacientes
Escritórios de advogados especializados, pedidos padronizados e liminares concedidas em plantões judiciais, sob decisões rápidas e sem critério técnico, alimentam a chamada máfia das liminares, um mercado bilionário que se aproveita da urgência médica e empurra a conta para milhões de consumidores
A chamada 'máfia das liminares' transforma a urgência médica em um mercado bilionário, por meio de decisões judiciais rápidas e sem critério técnico, cujo custo recai sobre os consumidores - Imagem: Reprodução / Marcelo Casal Jr / Agência Brasil
Leandro Amaral Publicado em 13/12/2025, às 17h29
A judicialização desenfreada da saúde suplementar deixou de ser um instrumento excepcional de garantia de direitos e passou a operar, em muitos casos, como uma engrenagem organizada que drena recursos, distorce decisões médicas e compromete a sustentabilidade de todo o sistema. O crescimento acelerado de liminares concedidas sem análise técnica aprofundada abriu espaço para o que o próprio setor passou a classificar como a máfia das liminares, um modelo que transforma a urgência médica em estratégia jurídica e financeira.
Dados do Conselho Nacional de Justiçamostram que o volume de ações envolvendo planos de saúde cresce ano após ano, com dezenas de milhares de novos processos ajuizados anualmente. Uma parcela expressiva dessas demandas é decidida em caráter de urgência, muitas vezes durante plantões judiciais, sem perícia médica prévia, sem análise de evidência científica e sem avaliação do impacto coletivo da decisão. Em diversos tribunais, a taxa de deferimento de liminares supera 60%, inclusive em casos que envolvem tratamentos fora do rol da ANS ou uso off label de medicamentos.
O padrão das ações revela organização. Petições praticamente idênticas, pedidos repetidos em diferentes varas e decisões proferidas em sequência apontam para a atuação de escritórios de advogados especializados exclusivamente nesse tipo de demanda. Amparados por laudos genéricos e relatórios médicos padronizados, esses escritórios transformaram o litígio em método recorrente, criando um mercado paralelo que opera à margem da regulação técnica da saúde suplementar.
O impacto financeiro dessa engrenagem é concreto e crescente. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar indicam que os custos associados à judicialização já consomem bilhões de reais por ano e cresceram de forma acelerada na última década. São despesas imprevisíveis, que escapam de qualquer cálculo atuarial e corroem o equilíbrio econômico dos contratos. Cada liminar individual transfere para o coletivo uma conta que não estava prevista, pressionando reajustes e inviabilizando planos mais acessíveis.
O efeito chega diretamente ao consumidor. Mensalidades mais altas, redução de opções no mercado e a saída silenciosa de operadoras menores são consequências diretas desse modelo. A judicialização excessiva não amplia o acesso à saúde, mas cria um sistema desigual, no qual o tratamento passa a depender mais da capacidade de acionar a Justiça do que de critérios médicos, regulatórios ou contratuais.
Embora existam casos legítimos e urgentes, o abuso das liminares expõe um vazio institucional. A ANS possui atuação limitada diante de decisões judiciais. Núcleos de apoio técnico ainda não estão presentes de forma uniforme em todas as comarcas. O Judiciário, pressionado por volume e urgência, decide muitas vezes sem o suporte técnico necessário. Não há mecanismos eficazes de responsabilização para práticas abusivas que transformam a urgência médica em modelo de negócio.
O resultado é um sistema tensionado por todos os lados. Operadoras operam sob risco permanente, pacientes pagam a conta e a Justiça assume, na prática, o papel de regulador informal da saúde suplementar. A máfia das liminares não protege o cidadão. Ela drena recursos, distorce o sistema e ameaça a continuidade de um modelo que ainda atende milhões de brasileiros.
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SAÚDE BUSINESS
Dasa conquista pela segunda vez consecutiva o selo QGA de segurança
A auditoria ressaltou avanços significativos, como a maturidade técnica dos núcleos regionais de segurança do paciente, o progresso digital e o pioneirismo no modelo de governança assistencial.
A Dasa, medicina diagnóstica, tornou-se a primeira empresa do setor no país a alcançar, a reacreditação do Núcleo de Segurança do Paciente, o reconhecimento da Quality Global Alliance (QGA), que certifica a maturidade das práticas de segurança do paciente. O relatório oficial destacou pontos como a relevância institucional da Dasa, sua capacidade técnico-científica, o papel estratégico do Comitê de Segurança do Paciente, a evolução em transformação digital e o pioneirismo no setor de diagnóstico.
A avaliação contemplou a estrutura, as práticas e os resultados dos 6 Núcleos Regionais de Segurança do Paciente — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Após atender aproximadamente 90% dos 153 critérios aplicáveis, a companhia manteve o Nível Expert. O reconhecimento reafirma o compromisso das unidades com a qualidade assistencial, a segurança do paciente e a melhoria contínua dos processos, consolidando sua trajetória de excelência em saúde.
Para Roberto Cury, vice-presidente de atendimento e experiência do cliente na Dasa, o selo reforça uma trajetória que se consolidou ao longo dos últimos anos. “Essa recertificação demonstra que segurança não é pontual, mas parte estruturante do nosso modelo assistencial. A integração dos núcleos regionais garante que práticas estratégicas cheguem à ponta com consistência.”
A estrutura dos Núcleos de Segurança da Dasa
O modelo de núcleos regionais foi criado para padronizar práticas assistenciais, fortalecer a governança e garantir respostas rápidas a riscos operacionais. Cada núcleo reúne equipes multidisciplinares responsáveis por implementar, monitorar e revisar ações nos eixos avaliados pela QGA:
· Identificação correta do paciente
· Comunicação efetiva
· Segurança medicamentosa
· Procedimentos seguros e prevenção de quedas
· Controle de infecções e higiene das mãos
A rotina inclui auditorias internas, análise de eventos adversos, monitoramento de indicadores, capacitação das equipes e adoção de políticas corporativas como Cultura Justa, disclosure e fortalecimento dos sistemas estruturados de notificação.
Para Leonardo Vedolin, vice-presidente Médico da Dasa, o resultado reforça um movimento contínuo. “Segurança do paciente exige continuidade. Renovar o selo da QGA confirma que estamos no caminho certo, investindo na melhoria contínua das práticas que asseguram a segurança do paciente em nossas unidades. Esse trabalho sustenta o Plano Anual de Segurança do Paciente e garante que todas as marcas da companhia— incluindo análises clínicas, imagem, vacinas, anatomia patológica e infusão — sigam práticas unificadas de segurança, com alinhamento nacional e capacidade de resposta regional”.
Segundo Annelise Correa Wengerkievicz Lopes, diretora de qualidade e segurança do paciente, o modelo de núcleos regionais traduz princípios de segurança em rotinas diárias. “A recertificação confirma o compromisso da nossa instituição com o aprimoramento das práticas e de oferecer um ambiente seguro para pacientes e colaboradores.”
Com o início do novo ciclo, a Dasa seguirá acompanhada por auditorias de manutenção semestrais, dentro de um processo contínuo de aprimoramento das práticas assistenciais e fortalecimento da cultura de segurança.
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MEDICINA S/A
Projeto vai revelar os 100 melhores hospitais públicos brasileiros
Um projeto inédito no país, encabeçado pelo Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), vai revelar os 100 melhores hospitais públicos do Brasil. Os “top 10” serão premiados em maio de 2026.
A iniciativa conta com a parceria da OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), do Instituto Ética Saúde (IES), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
A lista dos hospitais indicados ao Prêmio Melhores Hospitais Públicos do Brasil será divulgada em janeiro e considerará serviços hospitalares dos governos federal, estadual ou municipal, com atendimento 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Os 100 concorrentes ao prêmio incluem hospitais gerais — adultos ou pediátricos — e hospitais especializados nas áreas de ortopedia, oncologia, cardiologia e maternidade, todos com mais de 50 leitos e produção registrada no SIH (Sistema de Informações Hospitalares) do Ministério da Saúde entre agosto de 2024 e julho de 2025. Hospitais psiquiátricos e de longa permanência não serão incluídos.
Para a definição dos 100 “finalistas”, foram aplicados critérios como acreditação hospitalar, taxas de ocupação e taxa de mortalidade, disponibilidade de leitos de terapia intensiva e tempo médio de permanência dos pacientes internados, dentre outros.
A relação dos 100 indicados será posteriormente ranqueada, com base em pesquisa de satisfação independente com os pacientes, no nível de acreditação dos serviços e nas informações de compliance fornecidas pelos hospitais. Também será considerada uma avaliação de eficiência que cruzará os dados de atendimentos com a disponibilidade de recursos financeiros.
Com a iniciativa, o Ibross busca reconhecer e divulgar as melhores práticas de gestão e assistência à saúde na rede pública hospitalar do país.
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Previsibilidade e precisão: IA na gestão logística da saúde
A cadeia de suprimentos hospitalar sempre representou um desafio crítico na gestão em saúde. A falta de insumos pode comprometer atendimentos de urgência, enquanto o excesso de estoque gera custos elevados e desperdício. Em um ambiente em que a escassez de recursos e a pressão assistencial são constantes, a previsibilidade e a precisão operacional deixaram de ser diferenciais e tornaram-se vitais. É justamente nesse ponto que a Inteligência Artificial (IA) vem assumindo um papel transformador, oferecendo um novo patamar de precisão e eficiência na operação logística hospitalar.
Há muitos anos, a incorporação de algoritmos preditivos e técnicas de machine learning vem permitindo que o planejamento hospitalar evolua de um modelo reativo para um modelo preditivo e, mais recentemente, com as novas tecnologias, é possível aplicarmos mais contexto e automação nessa dinâmica. Isso significa que, além de responder a crises de abastecimento, os sistemas passem a antecipar cenários, avaliar riscos e recomendar ações corretivas antes que o impacto chegue ao paciente.
Em várias instituições brasileiras, soluções baseadas em IA já proporcionam economia de milhões de reais em custos de estoque e compras, além de impactar diretamente a qualidade assistencial. A automação de rotinas de planejamento, compras, distribuição e priorização de fornecedores tem reduzido gargalos e aprimorado a previsibilidade de toda a cadeia.
Segundo levantamento da PwC (2025), 58% dos executivos de saúde no Brasil relataram ganhos expressivos de eficiência com o uso de IA generativa no supply chain hospitalar, especialmente em previsão de demanda, gestão de fornecedores e monitoramento de estoques críticos. O dado ilustra o avanço de uma tendência global: a consolidação de sistemas inteligentes voltados à gestão estratégica da saúde.
Nos meus quase 20 anos de atuação em sistemas de Supply Chain para saúde, vejo que o amadurecimento dessas tecnologias trouxe um novo paradigma. Já estamos reconstruindo nossas soluções com IA, com arquiteturas escaláveis e seguras, voltadas à usabilidade e à experiência dos profissionais que vivem o dia a dia da operação. Em breve, agentes inteligentes serão capazes de automatizar etapas inteiras de planejamento e compras, enquanto camadas de gestão de performance garantirão rastreabilidade e controle e confiabilidade em tempo real.
No entanto, é importante reforçar que, em cenários críticos, a inteligência artificial não substitui a inteligência humana, ela a potencializa. A adoção da IA no supply chain hospitalar requer mais do que infraestrutura tecnológica: depende da qualidade dos dados, integração entre sistemas, sincronização dos processos e uma cultura organizacional voltada à inovação e à segurança.
Investir em aculturamento e capacitação contínua das equipes é essencial para que a automação seja utilizada de forma ética, contextual e alinhada aos princípios da saúde. A transformação digital só alcança seu propósito quando aliada à governança e ao compromisso de cada profissional envolvido.
Acreditamos que a convergência entre inteligência artificial e inteligência humana aponta para o futuro da gestão hospitalar: um futuro em que a tecnologia atua como instrumento estratégico de sustentabilidade, previsibilidade e segurança do paciente.
*Thiago Fialho é cofundador da GTPLAN.
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Como resolver o gargalo da enfermagem sem risco jurídico
O debate sobre a falta de profissionais de enfermagem no Brasil costuma girar em torno de dois extremos: a urgência das instituições em cobrir escalas e garantir a segurança assistencial e o receio de gestores diante de riscos jurídicos e trabalhistas que cercam o setor. Esse dilema não precisa existir, é possível inovar, ampliar acesso à força de trabalho e, ao mesmo tempo, operar dentro de um modelo absolutamente seguro em termos legais e regulatórios.
A Demografia da Enfermagem no Brasil 2025, estudo do Ministério da Saúde, divulgou um aumento de quase 44% dos postos de trabalho em cinco anos no setor. Em 2022, o número de vínculos ficou em cerca de 1,5 milhão. Lembrando que esse dado não reflete o número de pessoas atuando na enfermagem, já que um único profissional pode estar associado a mais de um contrato.
Mesmo com esse número, o Brasil ainda enfrenta déficit de profissionais, sobretudo em plantões críticos. Hospitais e clínicas têm dificuldade em ajustar suas equipes e isso gera sobrecarga, queda na qualidade assistencial e aumento de custos. Ao mesmo tempo, muitos profissionais qualificados enfrentam barreiras para acessar oportunidades compatíveis com sua rotina e disponibilidade.
A solução desse gargalo passa, necessariamente, por três frentes: flexibilidade, tecnologia e compliance. Qualquer iniciativa que ignore um desses pilares tende a gerar problemas que podem ir desde buracos na escala até insegurança jurídica.
O primeiro ponto é compreender que a saúde não pode mais operar apenas com modelos rígidos de contratação. Quando uma instituição precisa de cobertura imediata, ela não pode esperar semanas por uma admissão tradicional. É aí que a tecnologia se torna uma aliada poderosa. Plataformas especializadas conseguem conectar, em minutos, profissionais qualificados a unidades que precisam deles.
No Brasil, a enfermagem é uma profissão regulamentada e altamente crítica. Por isso, qualquer solução inovadora precisa ser construída junto ao marco regulatório, e não à margem dele. É possível, sim, oferecer flexibilidade aos profissionais e às instituições sem precarizar vínculos, sem driblar a legislação e sem expor gestores a passivos trabalhistas.
Esse equilíbrio exige estrutura, processos sólidos, modelos contratuais adequados, validação documental rigorosa, integração com conselhos profissionais, mecanismos de auditoria e governança.
Quando tecnologia e compliance caminham juntos, criamos um ambiente em que profissionais trabalham de forma mais sustentável, hospitais operam com segurança e o paciente recebe cuidados de alta qualidade.
A única condição é que inovação não seja tratada como um atalho e sim como uma estrutura de responsabilidade. O Brasil não precisa escolher entre segurança jurídica e inovação, o avanço real do setor acontece quando essas duas frentes caminham juntas.
*João Hugo Silva é CEO da Clicknurse.
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Saúde: o combustível da vida e a prevenção como valor central
Nos últimos anos, a discussão sobre o futuro da saúde ganhou novos contornos. Avanços tecnológicos, o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas transformaram profundamente a forma como cuidamos de nós mesmos. No entanto, ainda prevalece um modelo de atenção voltado à reação, aquele que atua depois que a doença já se manifesta, e não, à promoção ativa da saúde.
Essa estrutura, presente em vários países, impõe custos crescentes e pressiona governos, empresas e indivíduos. No Brasil, os números mostram o tamanho do desafio. Segundo o IBGE, os gastos com saúde ultrapassaram R$ 700 bilhões em 2019. E embora a expectativa de vida, hoje em 76,4 anos, deva alcançar 77,8 anos até 2030, nem todos esses anos são vividos com autonomia e bem-estar. A lacuna entre longevidade e qualidade de vida segue aumentando.
Um levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em parceria com o PoderData, mostrou que 71% dos usuários do sistema público e 85% dos beneficiários de planos privados não incorporam práticas preventivas no dia a dia. Mesmo com acesso a consultas e exames, a prevenção ainda ocupa um papel secundário na rotina dos brasileiros. O sedentarismo, a má alimentação e o estresse seguem entre os principais fatores de risco.
Estudos internacionais, como os conduzidos pela Universidade de Stanford e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que cerca de 70% das mortes prematuras estão ligadas a hábitos e comportamentos modificáveis, como sedentarismo, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Sempre acreditei que saúde é o combustível da vida. Essa ideia traduz a essência da medicina preventiva: cuidar antes que o corpo adoeça, compreender que corpo e mente formam uma unidade indissociável e que o equilíbrio é a base de qualquer projeto de longevidade com qualidade.
A transformação necessária, porém, não depende apenas do indivíduo. Envolve empresas, governos e o próprio mercado da saúde. O relatório ROI do Bem-Estar 2024, da Wellhub, revelou que 99% das companhias brasileiras que medem o retorno financeiro de programas de bem-estar registram resultados positivos, com redução de custos médicos, queda no absenteísmo e aumento de produtividade. Investir em prevenção é mais do que uma escolha humana, é uma decisão estratégica.
A Organização Mundial da Saúde reforça esse movimento. Segundo a OMS, 15% dos adultos em idade produtiva sofrem de algum transtorno mental, e a depressão e a ansiedade resultam na perda de cerca de 12 bilhões de dias de trabalho por ano no mundo. Esses números mostram que cuidar da saúde mental e física não é custo, é sustentabilidade, humana e econômica.
A medicina do século 21 precisa consolidar um novo paradigma: o da prevenção como valor central. Um sistema que promova saúde, e não apenas trate doenças, gera benefícios éticos, sociais e econômicos. Não se trata de substituir a medicina curativa, mas de reconhecer que o cuidado contínuo é o verdadeiro antídoto contra o desgaste de um modelo reativo.
Em um mundo que corre contra o tempo, prevenir é o gesto mais inteligente e humano que podemos adotar. Porque saúde antes de ser gasto, negócio ou estatística, é e sempre será, o combustível da vida.
*Gilberto Ururahy é Diretor-médico especializado em medicina preventiva na Med-Rio Check-up.
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Resistência antimicrobiana: um desafio de gestão e segurança
A resistência antimicrobiana (RAM) é um dos maiores desafios da saúde moderna e também um dos mais silenciosos. De forma simples, ocorre quando microrganismos como bactérias, fungos e vírus passam a resistir aos medicamentos que antes eram eficazes. O resultado disso é alarmante: infecções mais difíceis de tratar, maior tempo de internação e aumento do risco de complicações graves.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 6 infecções bacterianas no mundo já não responde adequadamente aos tratamentos disponíveis. Porém, mais do que um problema clínico, a resistência antimicrobiana é um problema de gestão e segurança do paciente.
Durante muito tempo, acreditou-se que o controle da resistência era responsabilidade exclusiva do médico prescritor. Hoje sabemos que a questão é mais ampla: envolve processos institucionais, cultura organizacional, governança clínica e educação contínua.
O uso inadequado de antibióticos, seja por automedicação ou prescrição excessiva, cria um ambiente favorável para o surgimento e disseminação de microrganismos multirresistentes. Por isso, enfrentar a resistência antimicrobiana exige integração entre assistência, gestão e qualidade.
Cada dose de antibiótico administrada é uma decisão que carrega impacto clínico e estratégico. Implementar programas institucionais de uso racional de antimicrobianos é uma medida essencial para equilibrar eficácia terapêutica, segurança e sustentabilidade do cuidado.
Além disso, a resistência antimicrobiana afeta diretamente indicadores sensíveis de gestão:
Tempo médio de permanência hospitalar;
Custos com internações prolongadas;
Taxas de reinternação e infecção hospitalar;
Desfechos clínicos e satisfação do paciente.
Promover o uso responsável de antimicrobianos é uma forma de fortalecer a cultura de segurança do paciente e otimizar recursos dentro das instituições de saúde.
A partir disso, é possível entender que os protocolos estabelecidos nas instituições não são eficazes se não houver engajamento das equipes assistenciais e da liderança institucional. O combate à resistência depende de corresponsabilidade: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, gestores e pacientes precisam compreender seu papel nesse processo.
É fato que educar profissionais, monitorar resultados e manter a vigilância ativa são estratégias que salvam vidas e garantem a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
E falar sobre resistência antimicrobiana é falar sobre o futuro da medicina. Pois sem ação coordenada voltamos a um cenário em que infecções simples se tornam ameaças graves. E com gestão eficiente, cultura de segurança e uso racional, podemos preservar a eficácia dos tratamentos e garantir um cuidado mais seguro para todos.
Portanto, a conscientização em relação à resistência aos antimicrobianos nos convida a uma reflexão prática: como cada decisão clínica pode se tornar uma escolha de valor para o paciente e para o sistema de saúde?
*José Branco é Presidente na Sociedade Médica de Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB), faz parte da Direção Executiva do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), atua como Diretor Técnico do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e é Diretor Médico da CLOUDSAÚDE.
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Assessoria de Comunicação
Renato Daher e Haikal Helou são empossados conselheiros do CBEXS Chapter Goiás

Renato Daher, presidente da Ahpaceg, e Haikal Helou, presidente do Conselho de Administração da Associação, tomaram posse, em 12 de dezembro, como conselheiros do CBEXS Chapter Goiás, durante o evento de relançamento da entidade, que tem Renato Gomes na presidência.

Na posse, eles receberam certificados de reconhecimento pela contribuição com o fortalecimento da liderança, da inovação e da excelência em gestão em saúde.

Realizado no auditório da Coopanest, o encontro reuniu gestores, especialistas e autoridades da área da saúde para discutir soluções práticas e inovadoras para o sistema de saúde goiano. Haikal Helou foi um dos participantes do painel “O Cenário do Financiamento em Saúde no Brasil”.
Ahpaceg reúne farmacêuticos e compradores avaliar ações e alinhar estratégias para 2026

A coordenadora da Central de Compras da Ahpaceg, Ana Valéria Miranda, conduziu, na quinta-feira (11), uma reunião com farmacêuticos e profissionais de compras das instituições associadas. O encontro, realizado na sede da Associação, teve como objetivo avaliar o trabalho desenvolvido ao longo do ano e planejar estratégias para 2026.
Durante a reunião, o grupo analisou os contratos atualmente em vigor, discutiu novas demandas do mercado e identificou pontos de melhoria no processo de aquisição conjunta. As instituições também compartilharam experiências e expectativas, contribuindo para a construção de estratégias mais eficientes para o próximo ano.
Segundo Ana Valéria, a troca direta entre os participantes reforça a importância da integração entre as equipes e da atualização constante diante das mudanças do setor. A proposta é que as contribuições levantadas sirvam de base para aprimorar os processos e fortalecer as ações da Central de Compras em 2026.
CLIPPING AHPACEG 12/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Deputados autorizam nova cobrança no Ipasgo Saúde e matéria segue para sanção do governador Ronaldo Caiado
Lucro das operadoras de saúde dispara e setor registra melhor resultado em cinco anos
https://iclnoticias.com.br/economia/lucro-operadoras-de-saude/
Mabel tenta negociar em Brasília dívida de R$ 200 milhões do SUS deixada por Rogério Cruz
Em 2030, Emergência Hospitalar pode funcionar como ‘pit-stop’ de Fórmula 1
A REDAÇÃO
Deputados autorizam nova cobrança no Ipasgo Saúde e matéria segue para sanção do governador Ronaldo Caiado
Texto foi alvo de críticas por parte de alguns parlamentares
A sessão ordinária híbrida da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), realizada nesta quinta-feira (11/12), foi marcada pela validação definitiva do projeto do Poder Executivo Estadual que autoriza a cobrança de mensalidade de dependentes de beneficiários do Ipasgo Saúde, até então isentos de taxas.
A cobrança dos dependentes será de 30% da tabela atuarial e limitada por teto familiar, levando em consideração, ainda, a faixa etária do usuário dependente. A Secretaria da Economia do Estado de Goiás argumenta que essa cobrança “reduz, de forma expressiva, o déficit atual, traz a sinistralidade para patamar próximo ao equilíbrio técnico, corrige distorções históricas de custeio e reforça a justiça contributiva”.
A proposta tramita na Casa de Leis como processo no 30892/25 e foi alvo de críticas da oposição. Os posicionamentos contrários de ontem atravessaram sessões ordinária e extra, além de reunião da Comissão Mista, e seguiram na manhã desta quinta. Entretanto, com a nova e definitiva aprovação, a pauta segue agora para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).
Votos
Dos 41 deputados estaduais, 34 votaram. Foram 25 manifestações favoráveis e nove contrárias, estas de Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, do PT; Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, do PL; Gustavo Sebba e José Machado, do PSDB; além de Gugu Nader (Avante) e Clécio Alves (Republicanos).
Não estavam presentes, no momento da votação, Dr. George Morais (PDT), Lucas do Vale (MDB) e Paulo Cezar (PL).
Falas
Mauro Rubem acusou o Governo de querer “destruir” o Ipasgo Saúde, “um programa que reúne R$ 200 milhões de um monte de servidores com salário baixo, tentando ser atendido”. Segundo o deputado, totalizam 90 mil os dependentes que serão cobrados caso seja sancionado o projeto. Já Bia de Lima classificou a proposição como “a mais difícil deste ano para os servidores públicos”. Na visão da petista, os profissionais da Educação, que receberiam os menores salários entre esses servidores, não serão mais capazes de pagar o plano.
Gustavo Sebba declarou que o Ipasgo Saúde “já foi referência para as famílias que tanto se dedicam a cuidar do serviço público no Estado: professores, policiais, médicos, todos os colaboradores”. Afirmou ainda que, depois que “privatizaram o Ipasgo Saúde, ele não só ficou mais caro como teve uma piora na qualidade do serviço”.
Clécio Alves disse que o projeto penaliza quem depende do Ipasgo Saúde “para cuidar das suas famílias”. Para ele, a proposição foi feita “da noite para o dia, sem sequer ser debatida, sem dados técnicos que pudessem justificar uma matéria como essa, que pune e fere os 600 e tantos mil servidores do Governo do Estado”.
Major Araújo criticou, além da iniciativa legislativa, a postura do governo Ronaldo Caiado em relação aos servidores públicos de modo geral. O parlamentar sustentou, ainda, sua oposição contrária à instituição de diferentes tributos pelo chefe do Poder Executivo goiano, como o da semana passada em relação aos combustíveis.
Gugu Nader, pertencente à base, manifestou, ontem e hoje, que avalia deixá-la justamente por dissenso em relação ao projeto de lei em pauta. “Eu fiz o compromisso inegociável que eu nunca votaria contra servidores públicos”, declarou. “Na minha cidade de Itumbiara, tem mais de 15 mil conveniados do Ipasgo; estou aqui honrando meu compromisso.”
Amauri Ribeiro (UB) foi o único a se manifestar pela base governista. “Ou nós aprovamos essa lei ou o Ipasgo vai sucumbir, infelizmente”, sustentou. “Nós não queríamos aprovar uma lei como esta, mas se faz necessário, e não estamos aqui para fazer politicagem.”
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ICL NOTÍCIAS
Lucro das operadoras de saúde dispara e setor registra melhor resultado em cinco anos
O lucro operacional acumulado chegou a R$ 9,3 bilhões, um avanço de quase 140% em comparação ao mesmo período de 2024
As operadoras de planos de saúde tiveram um desempenho expressivo entre janeiro e setembro deste ano. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o lucro operacional acumulado chegou a R$ 9,3 bilhões, um avanço de quase 140% em comparação ao mesmo período de 2024 — o melhor resultado desde 2019.
Quando considerados também os ganhos financeiros — favorecidos pelo cenário de juros elevados — o lucro líquido atingiu R$ 17,9 bilhões, superando o recorde anterior de R$ 15,9 bilhões registrado em 2020, durante a pandemia. Esse é o maior valor desde o início da série histórica, em 2018.
O levantamento aponta que Bradesco, SulAmérica e Hapvida foram responsáveis por 43% de todo o lucro operacional do setor. O peso dessas companhias deixa evidente como o resultado das líderes influencia o panorama geral das operadoras de saúde.
Juros elevados impulsionam o lucro líquido das operadoras de saúde
As empresas também se beneficiaram significativamente das receitas vindas de aplicações financeiras. Só nos nove primeiros meses de 2025, o ganho com investimentos somou R$ 11,1 bilhões, 60% acima do mesmo período do ano passado e o maior volume desde 2018.
Outro dado positivo foi a redução da sinistralidade, que fechou o período em 81,9%, queda de 2,4 pontos percentuais em comparação com 2024. A métrica mede quanto da receita é utilizada para custear atendimentos e procedimentos dos clientes — quanto menor, maior a folga financeira das operadoras.
Apesar do crescimento robusto, a recuperação não é uniforme. Cerca de 7,2 milhões de beneficiários ainda dependem de operadoras que enfrentam dificuldades financeiras.
Atualmente:
49 operadoras participam de programas de ajuste econômico-financeiro
26 estão sob direção fiscal
41 enfrentam processos de cancelamento de registro
Segundo o jornal O Globo, fontes próximas à ANS afirmam que a diretoria discute formas de reforçar o monitoramento dessas empresas para evitar prejuízos assistenciais aos consumidores, já que muitos dos problemas são atribuídos à má gestão.
Durante a apresentação dos dados, Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras, resumiu o cenário:
“Há uma recuperação forte, lucros importantes, mas é um mercado ainda muito heterogêneo na sua performance.”
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JORNAL OPÇÃO
Mabel tenta negociar em Brasília dívida de R$ 200 milhões do SUS deixada por Rogério Cruz
A pendência, segundo o prefeito, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, aproveitou a ida a Brasília nesta quinta-feira, 11, quando participou de um evento promovido pelo movimento Todos pela Educação, para conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e tentar negociar uma dívida de cerca de R$ 200 milhões deixada pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.
A pendência, segundo o prefeito Sandro Mabel, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores, mas foram desviados para outras finalidades, mais o valor do pagamento a esses próprios fornecedores.
“Conversei com ele [Padilha], e ele disse que iria ver o que pode fazer”, disse o prefeito.
A dívida, que teria sido notificada pelo Ministério da Saúde em novembro deste ano, inclusive serviu de embasamento para o pedido de Mabel enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para prorrogar por 180 dias os efeitos do decreto de calamidade na Saúde.
Confusão
A proposta foi alvo de bate-boca de deputados na deliberação da CCJ nesta quinta-feira, ocasião em que Talles Barreto, que é líder do governo, e Clécio Alves trocaram insultos e quase foram às vias de fato.
Apesar da tramitação turbulenta, o Jornal Opção apurou que a prorrogação do decreto não deve enfrentar dificuldades e pode receber aval da Alego já na próxima semana.
“Pente-fino”
Conforme revelado pela coluna Bastidores em novembro deste ano, Sandro Mabel se reuniu com o ministro Alexandre Padilha em julho para apresentar demandas de Goiânia na Saúde e pedir ao Ministério que fizesse uma investigação “pente-fino” em todos os repasses federais feitos para a Saúde de Goiânia durante a gestão de Rogério Cruz.
Em novembro, o gestor esteve novamente em Brasília e teria reforçado o pedido.
Conforme já noticiado pela coluna, Mabel teria identificado repasses que foram realizados, mas se perdido pelo caminho, sem nenhum investimento que resultasse deles na gestão anterior.
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SAÚDE BUSINESS
Em 2030, Emergência Hospitalar pode funcionar como ‘pit-stop’ de Fórmula 1
Grand Prix de Fórmula 1 em 2025, pit-stop da escuderia que está à frente da corrida: tudo acontece na fronteira entre a biomecânica e uma coreografia do Bolshoi. O piloto aciona o limitador de 80 km/h, finca o ponto-morto e estanca o carro no espaço de um cartão de crédito (se errar, coleciona memes e punições). O cronômetro ladra décimos. Em média, 20 a 22 mecânicos usando macacões antichama Nomex, capacete FIA 8860 e luvas que resistem a 800° C por 4 segundos, avançam em direção ao bólido. Dois “jack men” erguem o carro; quatro “gunners” empunham pistolas pneumáticas que giram até 10 mil rpm, alçam o carro, retiram porcas de titânio e quatro “carriers” manuseiam pneus de 13 kg como se fossem rolimãs. Dois ajustam a asa dianteira em 0,35 graus cravados; um “lollipop” de semáforo decide quem vive ou morre na saída do box e o “chief-mechanic” rege a coreografia, eliminando cerca de 300 g de suor por pit-stop. O maestro invisível é o estrategista no pit-wall, cronometrando 2,2 segundos de parada, com erro estatístico na casa dos nanosegundos.
Corta para a Emergência Hospitalar em 2030, com um acidentado grave do trânsito carioca: a maca é como um chassi de carbono de última geração; está cravejada de biossensores piezoelétricos que vasculham em milissegundos pressões arteriais micro-pulsáteis e saturação de oxigênio. Câmeras de visão IA multiespectrais no teto varrem um “scan da lataria” que descreve hematomas, cortes e microfissuras sanguíneas com sofisticação da pista de Suzuka. O paciente, convertido em ‘monoposto biológico’, tem sua biometria facial decodificada por IA, estimando dor, ansiedade e nível de consciência (algo entre o “delta do pneu” e o “mapa-emocional do motor”). Antes que a triagem humana consiga perguntar a temperatura do corpo, um Assistente Agêntico ajusta a dose de noradrenalina em 1,8 R-R (o algoritmo reavalia e titula o vasopressor a cada 1,8 ciclos cardíacos).
No pit-lane clínico, cada profissional tem seu Agente Cognitivo Artificial de alta performance: o anestesista “encaixa” um tubo orotraqueal como quem aperta a porca a 12 mil rpm; o cirurgião declama “box, box, box” para chamar a ‘tomografia total-body’ em 45 segundos, que na corrida contra a hipoperfusão pode significar óbito. Um humor involuntário é sentido quando a IA avisa que o lactato de 8 mmol/L não é “desgaste de pneu”, mas choque séptico (referência normal: ≤ 2 mmol/L). Nesse instante, o clínico com seu headset Multiverso entende que perder décimos de segundo não rende ‘grid penalty’, mas necrose, com o córtex humano falhando bem antes disso. Calibrar o fluxo da bomba de infusão exige a mesma diligência com que se regula a válvula de recirculação do turbo híbrido da F1.
IAs representam uma força transformadora na medicina emergencial. Vão acelerar e melhorar a precisão da triagem de pacientes, diagnósticos e gerenciamento de recursos, concebendo um sistema de atendimento emergencial mais eficiente e resiliente. Por outro lado, é tosca e frágil a ideia de que LLMs Multimodais podem substituir o aparato humano disponibilizado nos ambientes de urgência. Profissionais de saúde e LLMs precisarão trabalhar em conjunto antes que o ‘paddock-clínico’ pegue fogo. A versão com ‘IA do Médico’ vai superar a versão sem IA quase sempre.
O Great Ormond Street Hospital for Children (GOSH), em Londres, sabe disso e aprimorou seu processo de transferência de pacientes da cirurgia para a UTI observando como a equipe de Fórmula 1 da Ferrari lidava com os pit-stops nos boxes. Durante a visita, médicos do GOSH se concentraram na maneira como os mecânicos e engenheiros lidavam com possíveis falhas. “O que poderia dar errado?”, “O que faremos se algo falhar?” e “Qual a importância dessa ação se der errado?”, indagavam à equipe da Ferrari, reunidos em uma mesa durante os treinos.
Todas as ideias dos ‘médicos estagiários’ na Ferrari levaram o grupo a criar um método denominado “Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA – Failure Modes and Effects Analysis)”. As lideranças médicas do GOSH perceberam que o planejamento antecipado deixa a equipe de apoio nos boxes muito mais preparada do que a equipe médica, cuja única estratégia tendia a ser “esperar que algo desse errado para então descobrir o que deveriam ter feito”. Observando a equipe nos boxes, os médicos notaram o valor do mapeamento e da descrição de processos, além da importância de definir as tarefas de cada pessoa. Embora as principais mudanças tenham sido nos procedimentos mais sofisticados, as informações da Fórmula 1 foram facilmente adaptadas ao ambiente hospitalar. As lições aprendidas pelo GOSH conseguiram reduzir o número de erros em 66% (erros por 100 transferências).
Os principais fundamentos apreendidos com os times de F1 foram:
Estrutura de liderança/comando clara. Ambientes de Pronto-atendimento no Brasil são geralmente confrontados com a tênue hierarquia de comando (“quem manda aqui?”). Não existe esse tipo de dúvida na F1; o “operador do pirulito” (lollipop man) orienta tudo, principalmente quando o carro deve entrar e sair. Ninguém discute sua autoridade (a equipe do GOSH designou o anestesista como “líder do time”, sem mais confusão);
Funções e coreografias definidas. Assim como cada mecânico na equipe nos boxes tem uma tarefa fixa (operador da pistola, operador do macaco, carregador de pneus, etc.), a equipe do GOSH definiu funções específicas (enfermeiro para drenos/cateteres, respiracionista para monitoramento, assistente de sinais vitais, etc.), com posições fixas para que os funcionários não “atrapalhem uns aos outros”;
Comunicação estruturada e conversa simultânea limitada. Eis um dos pontos nevrálgicos no pronto-atendimento: fala-se e grita-se demais, como uma competição de quem recebe mais atenção. A conversação verbal mínima é pouco adotada e não se ensaia códigos não verbais (como alertas oferecidos por monitores multiparamétricos). A F1 está ensinando aos hospitais que no atendimento emergencial (principalmente nos casos críticos, onde o paciente corre risco de óbito) são necessárias sessões de treinamento (briefing/debriefing), para coordenar ações e vozes;
Monitoramento ativo do desempenho e da redução de erros. No estudo realizado no GOSH, a implementação do novo protocolo reduziu o número médio de erros técnicos de 5,42 para 3,15 e as omissões de informação de 2,09 para 1,07; sendo que o tempo de transferência caiu de uma média de 10,8 minutos para 9,4 minutos. “Não se pode controlar aquilo que não se pode aferir”, diz a velha máxima da engenharia de produção, muito válida dentro da cadeia hospitalar.
É fácil sonhar que equipes de Pronto-atendimento no Brasil, ou em boa parte do mundo, treinem falhas prováveis no atendimento de urgência, em longos ensaios a portas fechadas. À exceção das entidades com controle de Acreditação, isso dificilmente ocorre com a frequência adequada. Esses ensaios, também denominados ‘Urgências e Emergências com Simulação Realística’ e, no Brasil, regulados pelo COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), têm sua periodicidade geralmente desestimulada por diversos fatores, como Custos e Recursos, Logística Complexa e o famigerado Foco na Produção.
O mundo é um grande pronto-socorro. Segundo o CDC (EUA), 17,8 milhões de atendimentos em Departamentos de Emergência resultaram em internações em 2023. Quando se compara esse número ao total de 34,4 milhões de admissões hospitalares, registradas pela American Hospital Association no mesmo ano, constata-se que cerca de 52% das internações norte-americanas começaram no Emergency Care. No Brasil, o “Observatório Anahp 2025”revela que 42,6% das saídas hospitalares de 2024 (rede privada) tiveram o pronto-socorro (PS) como porta de entrada (44,1% em 2023). Em ambos os países, portanto, o PS continua sendo a principal via de acesso ao leito hospitalar. Nenhuma surpresa: sabemos disso desde bem antes da largada do primeiro Grand Prix de Fórmula 1.
Nos ambientes de pronto-atendimento crítico, onde a vida, o aumento morbidade, as sequelas e a finitude circulam sem cerimônia, frações de segundo podem determinar o sucesso ou o fracasso, como no pit-stop da F1. O uso prematuro de uma bandeira amarela de advertência, por exemplo, pode fazer um piloto (ou médico) reduzir a velocidade o suficiente para não perder uma vantagem adquirida. Mecânicos e assistentes da F1 são treinados exaustivamente para agir com extrema decisão, nem muito cedo, nem muito tarde. Treinam o ano todo para isso, quase sempre realizam centenas de vezes a mesma tarefa para evitar falhas no pit-stop.
Quantos hospitais fazem uma análise metódica (periodicamente) dos erros em ambientes de pronto-socorro? A questão é: como os ambientes de cuidados emergenciais serão em 2030, considerando as transformações digitais e cognitivo-artificiais em curso?
“E se um cirurgião recebesse feedback em tempo real durante uma cirurgia robótica, assim como Max Verstappen e sua equipe fazem durante uma corrida? Pesquisadores do LUMC e NKI-AVL utilizam princípios de sucesso da Fórmula 1 para aprimorar procedimentos cirúrgicos tecnologicamente avançados. Não processando dados de pista, desempenho do carro ou paradas nos boxes, mas sim registrando e analisando meticulosamente cada movimento de um robô cirúrgico, por exemplo”, explica o paper “Proficiency in the operating room: how Formula 1 principles could help surgical teams implement advanced medical technology”, publicado em agosto de 2025 pela Leiden University Medical Center (LUMC), na Holanda. Numa Prostatectomia Laparoscópica Assistida por Robô, cada procedimento dura cerca de três horas, durante as quais foram medidos dados de 44 parâmetros diferentes. Foram analisados a velocidade e a suavidade dos “movimentos de instrumentos”, bem como a sua localização dentro do corpo e a relação de uns com outros, e, principalmente, quanto tempo cada etapa leva. Por meio de uma plataforma de IA, todas essas aferições foram processadas e interpretadas.
A equipe da LUMC estudou a movimentação e preparação dos pit-stops da F1 para ‘mapear curvas, retas e chicanes, e procedimentos cirúrgicos delicados’, que se desenrolam em fases distintas. Cada fase impõe diferentes exigências: às vezes a velocidade é fundamental, outras vezes a precisão é crucial. “Pense em Max Verstappen acelerando em uma reta ou freando antes de uma curva fechada para obter ‘tempos de volta’ mais rápidos e consistentes. Os cirurgiões também precisam ajustar sua abordagem dependendo da fase da cirurgia. Preservar as estruturas nervosas requer movimentos lentos e precisos, enquanto a sutura exige movimentos circulares”, explica o estudo.
Da mesma forma, a equipe Williams de Fórmula 1 fez parceria com o Hospital Universitário do País de Gales (Cardiff), para “aplicar técnicas de pit-stop aos protocolos de reanimação neonatal”. A equipe do hospital mapeou espaços padronizados nos centros obstétricos, “copiando os layouts personalizados” que a Williams utiliza nas pistas de corrida, onde 20 pessoas trocavam 4 pneus em 2 segundos com perfeita sincronia. As equipes médicas galesas adotaram as análises de vídeo e as reuniões de avaliação pós-corrida como prática padrão, como fazem as equipes de corrida após cada Grand Prix. Revisam cada parada nos boxes centenas de vezes em busca de melhorias. O foco do hospital era otimizar os fluxos de processo na saúde, eliminando movimentos desnecessários, esclarecendo funções e comunicando claramente ‘quando segundos podem determinar a sobrevivência do paciente’. Grande parte dessa engenharia ascendeu nos últimos anos graças aos LLMs, capazes de mapear, gravar, identificar, segmentar e avaliar todos os procedimentos dentro de um atendimento de urgência, com uma característica: realizam e registram tudo em segundos.
Em poucos anos, a sinfonia no corredor do pronto-socorro será orquestrada por médicos e máquinas de cognição artificial. Câmeras de Computer Vision (IA Multimodal) espalhadas pela emergência lerão a perfusão cutânea antes mesmo do enfermeiro perguntar “nome completo”, com microfones ultrassônicos detectando sibilos respiratórios ocultos. No ‘pit-stop emergencial’, o “jato de combustível” é uma infusão titulada por algoritmo e o “aperto final da porca” equivale ao ajuste dinâmico na ventilação mecânica, com base em loops de complacência que mudam a cada respiração. Felizmente, a mesma IA que avisa o superaquecimento do motor Honda é capaz de sugerir, em voz serena e neutra, que aquele lactato altíssimo não é “mero desgaste de pneus”, mas choque anafilático na curva hemodinâmica 1.
Se na Fórmula 1 a meta é trocar quatro pneus e reabastecer antes que o cronômetro pisque, em 2030 o desafio na saúde será transfundir quatro unidades de sangue antes que o córtex pisque, ambos dependendo de algoritmos que não podem vacilar. Respeitando as ‘salvaguardas ontológicas’ da coreografia esportiva da F1, cujos tempos e velocidade de ação não podem ser comparados ao que acontece num ambiente hospitalar emergencial, o que deve ocorrer cada vez mais nos pronto-atendimentos é uma “ação coreográfica orquestrada por telemetria”, e não a confusão improvisada de hoje.
Na década de 1950, os pit-stops da F1 tinham uma média de 67 segundos. Quinze anos depois, a mediana de uma parada nos boxes era de 45 segundos. No início dos anos 70, esse tempo caiu para quase 27 segundos e, na década seguinte, o tempo médio de parada foi de 11 segundos. No início dos anos 1990, o tempo médio já era de 6 segundos. Atualmente, o tempo médio está entre 2 e 2,5 segundos. Em 2030, é muito provável que o pit-stop na F1 dure menos de 1,5 segundo (o quick-lock hub, que trava/destrava as quatro porcas, poderá operar em cerca de 0,15 s, valor que coincide com o intervalo mínimo de reação humana definido no Manual Técnico da FIA).
Em novembro de 2025, o Ministério da Saúde anunciou que vai viabilizar a construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o primeiro hospital inteligente do Brasil. Com o uso de inteligência artificial e big data, a unidade objetiva ser um marco na modernização do SUS e “poderá reduzir em 25% o tempo de espera na emergência, significando que o atendimento no pronto-socorro pode passar de uma média de 120 minutos para 90 minutos”, segundo o MS. “Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas”, explicou o ministro na divulgação. Não há dúvida de que é uma boa notícia. Resta saber o que o governo entende por “Hospital Inteligente”, ou a que distância esse entendimento está daquilo que será efetivamente implantado (o ciclo de modelos de IAs muda a cada 3 semanas).
Cada vez mais as inovações tecnológicas reais (que se pagam) migram para Saúde, como a fibra de carbono, sensores, computer-vision, etc. Porém, os atendimentos de Pronto-Socorro no Brasil, Índia ou mesmo nos EUA ainda são colossais centros de improvisação e altruísmo. São corredores transformados em enfermarias, equipes sobrecarregadas e uma “caoticidade” aferida principalmente pelas horas de espera.
As Inteligências Artificiais notáveis chegaram há três anos. Ninguém pediu ou rezou por elas. Ninguém esperou que elas chegassem. Não nos preparamos antecipadamente para seu impacto. A maioria das pessoas ainda está atônita, sem saber o que fazer, como fazer ou qual a melhor maneira de aproveitar essa dádiva tecnológica. As resistências ao seu uso na Saúde foram ferozes, na Academia Médica, mais ainda. O poder público tropeça nas pernas artificiais “sem saber com que pernas deve seguir”. O tempo passa, os modelos de LLM avançam vertiginosamente e sua consolidação no setor produtivo é cada vez mais real. Na Saúde, sempre lenta em escolher pernas, já cresce a usabilidade das IAs, emergindo um novo frescor e ímpeto em reduzir problemas por meio delas. O que fazer, pergunta a Cadeia de Saúde? Como tratar o extraordinário avanço das IAs nas unidades emergenciais?
Isso lembra a velha piada da celebridade que recebeu um Prêmio de Honorabilidade, com direito a troféu e uma pequena quantia em dinheiro. Atrapalhado, ele subiu ao palco pensativo, confuso, ovacionado pela plateia. Com honesta abnegação, declarou: “Senhoras e Senhores, eu acredito sinceramente que não mereço esse prêmio…” Silêncio e surpresa no auditório. O agraciado pensou por 30 segundos, trêmulo. Depois agarrou firme o troféu e continuou: “…bem, sabe, eu tenho artrite, …e também acho que não mereço por ela… Portanto, aceito a homenagem, obrigado e boa noite!”. O setor nacional de saúde sofre de artrite; não convém rejeitar a ocasião oferecida pelas IAs.
Guilherme S. Hummel
Head Mentor – EMI (eHealth Mentor Institute)
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 11/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Calamidade pública na saúde de Goiânia
Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026
https://www.dm.com.br/brasil/atestados-fisicos-continuarao-validos-em-todo-o-brasil-em-2026/
Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas
Confiança é o capital invisível da saúde
https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/confianca-e-o-capital-invisivel-da-saude/
Unimed Federação Centro Brasileira é bronze no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025
https://www.issoegoias.com.br/2025/12/unimed-federacao-centro-brasileira-e.html
Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano
Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos
Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil
Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação
Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar
https://futurodasaude.com.br/coparticipacao-planos-de-saude/
TV ANHANGUERA
Calamidade pública na saúde de Goiânia
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DIÁRIO DA MANHÃ
Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026
Os atestados médicos emitidos em papel continuarão válidos em 2026. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que negou a existência de qualquer mudança que torne obrigatória a adoção exclusiva de documentos digitais.
Nos últimos dias, circularam nas redes sociais publicações afirmando que, a partir de março do próximo ano, apenas atestados digitais seriam aceitos por empregadores. Segundo o CFM, esse conteúdo é falso e não há alteração na legislação que retire a validade dos documentos físicos.
Em nota, o conselho esclareceu que tanto os atestados emitidos em papel quanto os digitais permanecem plenamente válidos em todo o território nacional.
Além disso, também foi desenvolvida uma plataforma chamada Atesta CFM, voltada à emissão, validação e verificação de atestados médicos. O objetivo do sistema é reduzir casos de fraudes nesses documentos. Atualmente, a ferramenta está temporariamente suspensa por decisão judicial.
O projeto foi criado como um mecanismo de proteção contra irregularidades. Com a plataforma, o médico responsável recebe notificações por e-mail sempre que um atestado é emitido em seu nome, o que facilita a identificação rápida de possíveis fraudes.
Segundo o conselho, a intenção é tornar o uso da ferramenta obrigatório no futuro, com a emissão digital dos documentos, sem que isso elimine a possibilidade de emissão de atestados em papel, que seguirão válidos.
Além dos atestados de afastamento, o sistema também permitirá a emissão de documentos relacionados à saúde ocupacional e à homologação de laudos.
Confira na íntegra o que diz a nota do Conselho Federal de Medicina
Atestados médicos físicos (em papel) e digitais seguem válidos e plenamente aceitos em todo o território nacional, visto que não há qualquer mudança na legislação, seja emanada pelo Poder Legislativo ou pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que determine a emissão exclusiva de atestados por meio digital.
Fortalecendo a segurança do ato médico e reduzindo a possibilidade de fraudes, o Conselho desenvolveu a plataforma Atesta CFM, criada para emitir, validar e verificar atestados médicos, contemplando tanto documentos físicos quanto digitais. A ferramenta, regulamentada pela Resolução CFM nº 2.382/2024, garante a integração de diferentes bancos de dados, observando integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Publicado em 2024, o Atesta CFM está judicialmente suspenso por decisão em 1ª instância e, portanto, sem previsão de data para entrar em vigor. O Tribunal de Contas da União (TCU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já confirmaram a legalidade e a adequação técnica do Atesta CFM.
O CFM aguarda decisão definitiva da Justiça Federal para que os médicos possam emitir seus atestados de forma rápida, prática e segura através do Atesta CFM, fato que será comunicado a todos pela autarquia.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas
Para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, programa do governo federal levou mais seis profissionais para atender o SUS em Goiânia, Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio quente
O Ministério da Saúde superou a meta inicial de 500 médicos especialistas prevista no lançamento do Programa Agora Tem Especialistas, que, para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas. Com mais 264 médicos – resultado da segunda chamada do Projeto reforçando a oferta de atendimento em hospitais e policlínicas do SUS em 187 municípios brasileiros.
Em Goiás, seis profissionais já estão atendendo na rede pública pelo programa do governo federal na capital Goiânia e nos municípios de Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio Quente. O objetivo é ampliar o acesso da população a serviços especializados de média e alta complexidade, reduzindo o tempo de espera no SUS. Somados aos profissionais da primeira chamada, o estado passa a contar com 16 médicos especialistas em atividade.
Com atuação em 105 municípios, os 264 novos médicos especialistas se somam aos 313 que já estavam atuando no Brasil, ampliando a oferta de serviços de saúde de média e alta complexidade para os pacientes do SUS. Do total, 65% vão reforçar o atendimento no interior do Brasil em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. A medida prevista no Programa Agora Tem Especialistas tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas.
A região Nordeste conta com o maior número de profissionais (348), o que representa 60% do total. Já o Sudeste recebe 132 especialistas, seguido pelo Norte (70), Centro-Oeste (22) e Sul (5). Considerando as regiões remotas do país, 24% atuam em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade e 20%, na região da Amazônia Legal.
“O Mais Médicos Especialistas alia essa formação continuada para profissionais que já são especialistas e buscam o suporte de uma instituição de excelência para se atualizar com as melhores evidências científicas, articulando isso à necessidade de um serviço capaz de reduzir o tempo de espera e oferecer uma equipe completa de especialistas. Saber que a meta foi superada demonstra a grande demanda existente e reforça que continuaremos atuando para ampliar o provimento e a formação de especialistas no país”, disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
Formação especializada em serviço
A iniciativa integra os novos profissionais às instituições formadoras, promovendo um ciclo de formação e provimento de especialistas dentro do Programa Agora Tem Especialistas. O objetivo é reduzir a demanda por atendimentos de média e alta complexidade em estados e municípios, priorizando a distribuição de vagas em regiões com número de especialistas abaixo da média nacional.
Os profissionais participarão de cursos de aprimoramento com carga horária compatível e conteúdo programático voltado à formação em serviço, promovidos e certificados por instituições e entidades parceiras com reconhecida atuação nacional na formação médica especializada.
Os cursos mais procurados foram nas áreas de Cirurgia (130), Anestesiologia (90), Colposcopia (84) e Ultrassonografia Mamária (76).
As atividades de formação envolvem imersões presenciais em cenários reais de prática (polos regionais), supervisões em serviços de referência, além de ações educacionais a distância, realizadas tanto de forma síncrona quanto assíncrona. Também estão previstas mentorias presenciais ou remotas, ofertadas em serviços públicos ou conveniados ao SUS. O objetivo central é desenvolver competências clínicas e cirúrgicas consideradas estratégicas para a atenção especializada.
A formação é conduzida por instituições de excelência como A.C.Camargo Câncer Center, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês, além da Ebserh e da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
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SAÚDE BUSINESS
Confiança é o capital invisível da saúde
A comunicação desempenha um papel estratégico ao conectar processos às pessoas e fortalecer a reputação a longo prazo.
Em um setor tão desafiador como a saúde, onde margens são pressionadas e a inovação se torna rapidamente commodity, há um ativo que decide o futuro das organizações: a confiança.
Pacientes confiam quando percebem transparência e cuidado. Colaboradores confiam quando enxergam coerência entre discurso e prática. A sociedade confia quando resultados clínicos e de gestão são comunicados de forma clara e responsável.
Sem confiança, nenhuma instituição sobrevive por muito tempo por mais avançada que seja sua tecnologia ou por mais renomado que seja seu corpo clínico. É nesse ponto que a comunicação assume papel estratégico. Longe de ser apenas ferramenta de visibilidade, ela se torna instrumento de gestão. Organiza narrativas, traduz dados em valor, conecta processos a pessoas e sustenta a reputação no longo prazo.
Da retórica à governança
Comunicação em saúde não é acessório de marketing. É parte da governança.
Quando uma instituição compartilha seus indicadores de qualidade assistencial, abre espaço para diálogo com a sociedade.
Quando traduz relatórios técnicos em linguagem compreensível, fortalece a relação com pacientes e familiares.
Quando monitora em tempo real menções e crises, evita que ruídos isolados se transformem em ondas de desconfiança.
Trata-se de alinhar cultura organizacional, práticas assistenciais e experiência do paciente em torno de um propósito maior: a sustentabilidade do sistema de saúde.
O Brasil diante do desafio
Embora algumas operadoras de planos de saúde tenham registrado lucros expressivos no último ano, quase metade do setor segue no vermelho. A inflação médica, o envelhecimento populacional e a judicialização continuam a pressionar custos. Diante desse cenário, comunicar de forma seletiva ou triunfalista pode ser um tiro no pé. O verdadeiro desafio é assumir e transformar vulnerabilidades, compartilhar aprendizados e mostrar o que está sendo feito para garantir continuidade e acesso.
Essa é a fronteira onde comunicação e gestão se encontram. É aqui que reputação se constrói ou se destrói.
O futuro é de quem inspira confiança
Tecnologia pode ser replicada. Estruturas podem ser copiadas. Mas confiança, construída dia após dia, é intransferível. Ela nasce da coerência entre discurso e prática e do respeito ao paciente.
No setor de saúde, confiança não é apenas ativo intangível. É vantagem competitiva. É o que diferencia instituições que sobrevivem daquelas que realmente se tornam referência. E a questão que fica é: sua organização está preparada para tratar a comunicação como parte da governança e assumir a confiança como seu maior ativo?
*Gilmara Espino é mestre em Gestão de Saúde pela FGV, professora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e presidente da GPeS – Comunicação em Saúde.
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ISSO É GOIÁS
Unimed Federação Centro Brasileira é bronze em Excelência em Gestão 2025
A Unimed Federação Centro Brasileira conquistou o bronze na categoria primeiros passos do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025. A premiação, promovida pelo Sistema OCB e entregue no dia 9 de dezembro, em Brasília, reconhece boas práticas de cooperativas de todo o Brasil em gestão.
São premiadas iniciativas que contribuem para melhores resultados na gestão cooperativista. Ao se inscrever, a Federação respondeu ao diagnóstico Governança e Gestão AvaliaCoop, um questionário que também promove o aprendizado organizacional e possibilita a melhoria dos processos. As cooperativas foram avaliadas de acordo com sua categoria e nível de maturidade selecionado.
Na entrega da premiação, a Federação foi representada pelo diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro, pela superintendente Fabiana Daniel e pela coordenadora da Qualidade, Thais Cardoso.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o prêmio cumpre um papel essencial no incentivo à melhoria contínua da gestão cooperativista, pois cada cooperativa premiada representa uma história de dedicação, inovação e impacto real na vida das pessoas.
Nesta sétima edição, o prêmio contou com a participação de 366 cooperativas, e a Unimed Federação Centro Brasileira se destacou entre elas. Parabéns a todos que fazem parte desta conquista!
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JORNAL OPÇÃO
Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano
O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos
O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia, o Imas, fechou um contrato com o Hospital de Câncer Araújo Jorge, que passa a atender os pacientes oncológico beneficiários do plano. O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos.
A contratação do hospital, que é referência no tratamento de câncer em Goiás, estava em negociação desde maio deste ano. As conversas se intensificaram na gestão da atual presidente do Imas, Gardene Moreira, e foram finalizadas agora.
Está incluída no contrato a prestação de serviços contínuos e por demanda que envolvam “a promoção, proteção e recuperação da saúde prestada aos usuários do Imas na área de atuação contratada”, de oncologia.
Atualmente, o Imas tem cerca de 300 usuários em tratamento de câncer e que agora poderão ser tratados pelo Araújo Jorge. Vale destacar que pacientes oncológicos do instituto municipal são isentos de coparticipação.
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Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos
O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA
A química brasileira Lívia Schiavinato Eberlin, professora da Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, é responsável por uma das inovações médicas mais promissoras da última década. Ela criou a MasSpec Pen, dispositivo capaz de identificar, em apenas 10 segundos, se um tecido é saudável ou cancerígeno, diretamente durante a cirurgia, sem danos ao paciente.
O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA com a tecnologia. A pesquisa é realizada em parceria com a multinacional Thermo Fisher Scientific, responsável pelo espectrômetro de massas que interpreta a leitura química captada pela caneta.
A MasSpec Pen funciona conectada a um espectrômetro. Durante a cirurgia, o médico encosta a ponta do dispositivo no tecido suspeito. Ele libera uma microgota de água estéril, que extrai moléculas da superfície. A amostra é aspirada imediatamente e analisada pelo equipamento, que identifica a composição química e determina se o material é tumoral ou não.
Segundo Eberlin, o processo é comparável a “fazer um café”: a água extrai moléculas, mas não danifica o tecido.
O método reduz o tempo e o risco das cirurgias oncológicas. Hoje, a avaliação intraoperatória depende do exame de congelação, que leva até 1h30 e pode distorcer a estrutura do tecido. A resposta instantânea permite maior precisão na retirada do tumor e evita recidivas.
Testes no Brasil
O Einstein acompanha 60 pacientes com câncer de pulmão e de tireoide. Estudos anteriores, publicados na JAMA Surgery, apontam acurácia superior a 92% na diferenciação entre tecidos normais e cancerígenos. A próxima etapa inclui tumores de mama, fígado e ovário.
O centro também investiga se a caneta pode identificar, em tempo real, o perfil imunológico do tumor, informação decisiva para tratamentos modernos como imunoterapia.
O espectrômetro Orbitrap 240, que integra o sistema, analisa moléculas ionizadas e cria uma assinatura química comparada a um banco de dados alimentado por inteligência artificial. É essa leitura que sustenta o diagnóstico instantâneo.
Trajetória e próximos passos
Campineira, formada pela Unicamp e com carreira construída em universidades norte-americanas, Lívia Eberlin comanda a MS Pen Technologies, startup que pretende comercializar o equipamento. Após a conclusão dos estudos clínicos, a tecnologia será submetida à aprovação da FDA, nos EUA, e futuramente à Anvisa.
“A ciência brasileira tem alcance global e pode transformar vidas”, afirmou a pesquisadora ao portal g1.
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PORTAL G1/GOIÁS
Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil
Justiça reconheceu falha no manuseio do equipamento. Domingos Lapa da Rocha tinha 66 anos.
A Justiça condenou o município de Anápolis a indenizar a família do pastor Domingos Lapa da Rocha, de 66 anos, que morreu depois de ser atingido por um cilindro de oxigênio enquanto estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra.
A decisão judicial concluiu que houve falha no manuseio do cilindro por parte de funcionários da UPA e que o acidente pode ter agravado o estado de saúde de Domingos.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o idoso apresentava um quadro infeccioso na região abdominal e estava com um hematoma do lado esquerdo da cabeça.
O município de Anápolis pagará indenização por danos morais para cinco familiares do pastor, totalizando R$ 60 mil, considerando o sofrimento que o acidente causou para a vítima e sua família.
Entenda o caso
Domingos Lapa da Rocha deu entrada na UPA Alair Mafra no dia 27 de dezembro de 2024, com queixas de febre, dificuldade para respirar e outros sintomas.
No dia 31 de dezembro, ao ser levado para um exame de radiografia do tórax dentro da unidade, um cilindro de oxigênio de 3 kg caiu sobre o rosto dele. Domingos teve traumatismo cranioencefálico e um corte no supercílio.
Em entrevista à repórter do g1 Goiás Yanca Cristina, a filha do pastor, Lídia Lapa da Rocha, afirmou que, apesar de a equipe médica responsável ter realizado exames após o acidente, seu pai apresentou uma piora no quadro infeccioso e no trauma sofrido pela queda do cilindro.
“Ele teve confusão mental. Fizeram uma tomografia que constatou um trauma (coágulo), que, segundo o médico, seria absorvido pelo organismo. Infelizmente, ele teve uma piora no quadro infeccioso e também piora do trauma sofrido pela pancada”, relatou Lídia.
Depois do acidente, ele foi transferido para o Hospital Municipal Alfredo Abrahão, onde faleceu 12 dias depois.
Após o ocorrido, a filha registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediu um exame cadavérico para averiguar a causa da morte do pai.
Sobre a vítima
Domingos era pastor há mais de 20 anos na Igreja Pentecostal de Jerusalém Celestial, segundo sua filha. Ela conta que o pastor também era técnico em eletrônica por formação, mas não exercia o cargo. Ele deixou uma esposa, cinco filhos e 15 netos.
A Prefeitura de Anápolis afirmou à TV Anhanguera que ainda não foi intimada da decisão da Justiça. O g1 em contato para pedir mais detalhes sobre o posicionamento do município, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
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PORTAL ALEGO
Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação
Sessão extraordinária
Iniciativa da Governadoria, que argumenta pelo reequilíbrio de custeio e melhores práticas do setor de saúde suplementar, foi tema central nesta quarta-feira, 10. Após duas sessões plenárias e discussão na Comissão Mista, a pauta obteve sua primeira chancela, apesar de sustentações da oposição. Presidente também anunciou sessões híbridas até o fim de 2025. Decisão busca agilizar pauta legislativa, que inclui adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
O projeto de lei que autoriza a cobrança sobre dependentes de beneficiários do Ipasgo Saúde voltou à pauta do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado Goiás (Alego) nesta quarta-feira (10). A proposta, assinada pelo Governo Estadual, demandou, ainda, uma sessão extraordinária para obter sua primeira aprovação do Parlamento.
Os deputados da oposição criticaram a iniciativa em diversas oportunidades ao longo da tarde, tanto na Comissão Mista, onde a matéria tramitou antes de ser submetida à primeira votação, quanto em Plenário, nas duas sessões de hoje. Um dos argumentos dos que se opõem à pauta é que essa cobrança sobre dependentes, até então isentos de taxas, pode inviabilizar o Ipasgo Saúde para muitos usuários e, em um âmbito maior, o plano de saúde como um todo. Na proposição, a Governadoria define que poderá ser cobrado até 30% da tabela atuarial de mensalidades, observada a faixa etária do usuário dependente.
Foram 25 votos favoráveis que garantiram a primeira aprovação da matéria e sete votos contrários, esses últimos de Clécio Alves (Republicanos), Gugu Nader (Agir), Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, ambos do PL, e Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, os três do PT.
Nove deputados estiveram ausentes no momento da votação: Lucas do Vale (MDB), Alessandro Moreira (PP), Vivian Naves (PP), Paulo Cezar (PL), Gustavo Sebba (PSDB), José Machado (PSDB), Dr. George Morais (PDT), Cristóvão Tormin (PRD) e Karlos Cabral (PSB).
A proposta, que tramita na Casa de Leis sob o nº 30892/25, busca alterar a Lei nº 21.880/23, que instituiu o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde.
Manifestação contrária
A deputada Bia de Lima (PT) abriu os debates sobre o tema nesta quarta-feira. Ao defender que a mudança seja barrada, ela ressaltou que o Ipasgo Saúde nunca cobrou mensalidade de dependentes.
“Vemos como injustiça a cobrança dos dependentes no Ipasgo Saúde, coisa que nunca aconteceu na história. Além disso, quero alertar a todos os deputados: não cometam esse erro, porque vocês estarão pedindo voto no ano que vem também para os servidores públicos - e isso terá reflexo nas eleições”, salientou. Durante a sessão extraordinária, a petista e outros opositores reforçaram o discurso contrário à proposta.
O deputado Mauro Rubem (PT) fez coro às ponderações contrárias. Na visão do parlamentar, a cobrança ocasionará uma “debandada” de usuários do plano. Para ele, a proposta é “mais uma iniciativa para acabar com o Ipasgo Saúde. [...] Estamos vendo o Ipasgo afundar, e não podemos ficar calados”.
Nesse sentido, Delegado Eduardo Prado (PL) também argumentou que “o Ipasgo vai quebrar de vez, porque quem é a estrutura do Ipasgo, [o servidor estadual], não vai ter condições de pagar o plano”. Ele acompanhou os posicionamentos contrários e estimou que cerca de 154 mil servidores deixarão o convênio, caso o projeto avance. Prado reforçou sua posição como servidor público e delegado de polícia: “Esse projeto é totalmente prejudicial para todos nós. Oriento a oposição e a base do Governo para que votem contra esta matéria”.
No mesmo tom, o deputado Gugu Nader (Avante) afirmou que não iria apoiar a proposta. “Sempre fui leal ao Governo, mas a minha cidade de Itumbiara tem 18 mil conveniados, e eu não vou votar um projeto para ficar mal com a minha cidade e com todas as pessoas do Estado de Goiás. Sem polemizar, eu gosto do governador Ronaldo Caiado (UB), mas o meu voto é contra”.
O republicano Clécio Alves acompanhou seus antecessores ao defender que se trata de “mais um projeto que prejudica a população goiana”. “Foram três presentes de Natal que a base do Governo entregou para o povo. O primeiro foi a aquisição de um prédio antigo por 128 milhões de reais, retirando 90 milhões de reais da saúde. O segundo é o reajuste do ICMS dos combustíveis no Estado de Goiás. E o terceiro presente está sendo votado agora: a destruição definitiva do Ipasgo”, frisou.
Na defesa
Mais cedo, antes da sessão extraordinária, o deputado Amauri Ribeiro (UB) foi o único, além do líder do Governo, Talles Barreto (UB), a sair em defesa da proposta do Palácio das Esmeraldas. Ribeiro sustentou que a medida é necessária para garantir a sobrevivência do plano. “Meu plano de saúde é Ipasgo e nenhum dos meus dependentes paga. Nenhum plano de saúde consegue sobreviver desse jeito. Mas, agora, porque o Ipasgo é público, precisa ser dessa forma?”, questionou.
Ele argumentou que a Governadoria busca recuperar a saúde financeira do serviço. “O que o Governo está tentando fazer é salvar esse plano de saúde, e nossa obrigação, enquanto deputados estaduais, é fazer o que é necessário. (…) Eu defendo o que é correto, e o governador Ronaldo Caiado vem tomando as atitudes corretas para resgatar esse Estado, inclusive para que o Ipasgo tenha um ótimo atendimento”, defendeu.
Rodovia Governador Maguito Vilela
Além do projeto alvo de intenso debate entre os parlamentares, terminou aprovado em definitivo o texto de nº 20896/25, de autoria do deputado Issy Quinan. A matéria denomina Governador Maguito Vilela a Rodovia GO-108, no trecho entre Guarani de Goiás e o Parque Estadual de Terra Ronca, em São Domingos.
Falecido em 2021, Maguito Vilela também dá nome ao prédio da Assembleia Legislativa. Natural de Jataí, nascido em 24 de janeiro de 1949, ele foi governador de Goiás entre 1995 e 1999. Na motivação da iniciativa legislativa, Quinan destaca que Vilela “construiu uma trajetória exemplar de dedicação à vida pública”. Ele foi, ainda, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, vice-governador, governador e prefeito de Aparecida de Goiânia.
Sessões híbridas
Antes de encerrar a sessão, os deputados aprovaram, por unanimidade, um requerimento que transforma todas as sessões ordinárias e extraordinárias de 2025, a partir de 11 de dezembro, em sessões híbridas até o fim do ano, ou seja, além dos presentes no Plenário Iris Rezende, estarão aptos para votar remotamente os parlamentares que participam de forma on-line das sessões da Alego.
O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), informou, ainda, que os trabalhos seguirão até pelo menos o dia 19 de dezembro, prazo que considera suficiente para votar todas as matérias pendentes. Isso inclui a adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permitirá ao Estado deixar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O Fundo Estadual de Gestão e Monitoramento dos Recursos do Propag (FGM-Propag), aprovado em outubro pelo Parlamento, já está oficialmente instituído em Goiás.
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O FUTURO DA SAÚDE
Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar
Em novo artigo, Maurício Lopes escreve sobre a função do modelo coparticipativo na sustentabilidade dos planos de saúde
Por Mauricio Lopes
A palavra coparticipação pode gerar dúvidas em quem contrata um plano de saúde, por ser associada a custos adicionais ou eventual redução de acesso. Mas, na prática, o mecanismo tem outro sentido: longe de ser uma ameaça, a coparticipação é uma aliada para equilibrar contas, estimular o uso consciente e fortalecer a sustentabilidade do setor.
A saúde suplementar atende hoje 53 milhões de pessoas, das quais 38,3 milhões estão em planos coletivos empresariais.
O desafio dos custos para as operadoras nem sempre é evidente. Em 2023, a sinistralidade média foi de 88,2%, com resultado operacional negativo de R$ 6,3 bilhões entre janeiro e setembro, segundo a ANS. Essa equação pressiona empresas, operadoras e beneficiários. Nesse cenário, o modelo coparticipativo ganha relevância. Em uma consulta de R$ 200, por exemplo, ele pode significar desembolso de apenas R$ 30 ou R$ 40 para o beneficiário - um valor acessível, que incentiva o uso consciente sem restringir o acesso.
O tíquete médio dos planos com coparticipação é 26% menor (R$ 969,47) que o dos produtos sem esse mecanismo. Essa diferença contribui para reduzir a sinistralidade, que fica, em geral, abaixo do limite técnico de 70% estipulado pelas principais operadoras.
Com custos mais equilibrados e previsíveis, as operadoras conseguem oferecer planos mais baratos, com reajustes menores, ampliando o acesso à saúde suplementar e incentivando a permanência dos beneficiários, o que gera maior estabilidade para o mercado.
A prática vem se consolidando: hoje, cerca de 60% dos planos existentes no mercado já contam com algum tipo de fator moderador, segundo a Abramge. Na Qualicorp, em 2024, 80% dos produtos vendidos ao longo do ano previam coparticipação em consultas e exames.
A lógica é parecida com o que aconteceu nos seguros de automóveis quando a franquia foi incorporada pelo Código Civil (Lei 10.406/2002), nos artigos sobre contratos de seguro. Até então, qualquer dano era totalmente coberto pela seguradora, o que tornava as apólices caras e difíceis de sustentar. Com a franquia, o risco passou a ser compartilhado entre segurado e seguradora, trazendo mais racionalidade no uso do seguro e ajudando a reduzir custos.
O seguro de automóveis já foi considerado o "patinho feio" do mercado até que esses mecanismos o tornaram um dos mais sustentáveis. A coparticipação cumpre função equivalente na saúde suplementar.
Vale reforçar: não se trata de impor um modelo único. Planos sem coparticipação continuam disponíveis, assim como opções com franquia ou limites de utilização. O essencial é oferecer alternativas para que empresas e beneficiários escolham conforme perfil e necessidade.
O futuro da saúde suplementar passa por essa pluralidade. Os beneficiários merecem serviço de qualidade, previsibilidade de preços e acesso a redes qualificadas. A coparticipação, quando bem estruturada, é uma ferramenta que permite alinhar esses incentivos e garantir a sustentabilidade de um sistema vital para milhões de brasileiros.
Mauricio Lopes
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 10/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude
CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/12/cdi-premium-celebra-25-anos-de-cuidado.html
Vacina contra a dengue do Butantan começa a ser aplicada em janeiro
ANS inclui 1º cirurgia robótica na cobertura obrigatória dos planos de saúde
ONA disponibiliza, a partir de hoje, o Manual OPSS 2026
https://www.saudebusiness.com/hospitais/ona-divulga-hoje-o-manual-opss-2026/
Gestão inteligente de dados tem potencial para revolucionar a saúde
https://medicinasa.com.br/gestao-inteligente-dados/
TV SERRA DOURADA
Atestado médico de papel deixará de ser aceito; entenda a mudança
https://www.youtube.com/watch?v=Qil56mY_E7I
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PUC TV
Ação promove a alunos da rede municipal orientação sobre os cuidados com a saúde dos olhos
https://www.youtube.com/watch?v=4IrcJldI9Xk
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DIÁRIO DE JUSTIÇA
Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude
Poucos documentos têm tanto peso social e econômico quanto um atestado médico, ele garante ao trabalhador o direito de se afastar sem prejuízo salarial, viabiliza benefícios previdenciários e influencia decisões de seguradoras, hospitais e planos de saúde. Mas quando mal utilizado, pode se transformar em porta de entrada para fraudes bilionárias que sobrecarregam empresas, distorcem o sistema previdenciário e minam a confiança na relação médico-paciente.
O Brasil convive há anos com um cenário onde falsificações e usos indevidos de atestados prejudicam o equilíbrio financeiro do setor público e privado, aumentam custos de planos e alimentam um ciclo de insegurança jurídica.
Os números sobre fraude em atestados no país são alarmantes, ainda que muitas vezes subnotificados. Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afastamentos fraudulentos e uso indevido de benefícios por incapacidade custam bilhões de reais anualmente. O Tribunal de Contas da União já apontou fragilidades na concessão de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez baseadas em documentos frágeis ou manipulados.
A publicação da Resolução CFM nº 2.381/2024 marca um ponto de virada
Até então, as regras que orientavam a emissão de atestados e outros documentos médicos eram baseadas em uma norma de 2002, que não acompanhava a realidade da saúde digital, da telemedicina e das exigências modernas de privacidade e integridade.
A nova norma exige que o médico identifique o paciente com documento oficial com foto e CPF, reforçando a segurança do processo. Também determina que documentos digitais sejam assinados com certificado qualificado, garantindo validade jurídica e dificultando falsificações. Define informações mínimas que devem constar nos documentos, como nome e CRM do médico, contatos profissionais, endereço e data, e reforça que esses registros gozam de presunção de veracidade, mas responsabilizam civil, penal e eticamente o profissional que emitir declarações falsas ou sem a devida fundamentação.
A norma também exige uma reflexão sobre privacidade e integridade
Ao restringir o uso indiscriminado da Classificação Internacional de Doenças (CID), ela protege dados sensíveis e está em sintonia com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que considera informações de saúde altamente delicadas. Isso impõe às instituições de saúde e aos departamentos de RH a necessidade de criar protocolos claros de compartilhamento e armazenamento seguro de informações médicas, equilibrando o dever de proteger o paciente com a obrigação de manter processos confiáveis e auditáveis.
Essas mudanças não são mera burocracia. Elas dialogam diretamente com temas como compliance, governança clínica e prevenção à fraude, e criam uma camada adicional de segurança para médicos, hospitais, planos de saúde, cooperativas médicas e empregadores.
Fraudes ligadas a afastamentos custam caro e quem paga a conta é toda a sociedade. O Ministério da Previdência estima que irregularidades em benefícios por incapacidade, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, superam R$ 10 bilhões ao ano. Grande parte desses casos começa com um atestado questionável que abre caminho para licenças indevidas.
Para as empresas privadas, o impacto vem em várias frentes. Além de bancar os primeiros 15 dias de afastamento, companhias enfrentam aumento de absenteísmo, queda de produtividade e despesas com contratação temporária ou horas extras. Estudos de associações empresariais apontam que o absenteísmo pode representar de 2% a 5% da folha anual em determinados setores e parte relevante está ligada a afastamentos médicos controversos.
Na saúde suplementar, fraudes documentais afetam o equilíbrio atuarial. Planos de saúde e cooperativas médicas relatam aumento de custos com procedimentos desnecessários ou licenças ampliadas indevidamente. Isso se reflete em reajustes mais altos para clientes e em margens de lucro mais estreitas para operadoras. Cada fraude não combatida acaba diluída no preço pago por todos os usuários.
A publicação da Resolução 2.381/24 inaugura uma nova era para a documentação médica no Brasil
Ao exigir rigor técnico, identidade verificada e assinatura qualificada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) responde a um cenário onde fraudes comprometem a sustentabilidade de empresas, planos de saúde e do próprio INSS. Ao mesmo tempo, a norma valoriza a ética médica e reforça a privacidade do paciente, alinhando a prática à LGPD e às expectativas contemporâneas de governança.
Para hospitais, cooperativas médicas e planos de saúde, adotar compliance robusto deixou de ser diferencial e passou a ser requisito de sobrevivência. Quem modernizar fluxos, treinar equipes e investir em tecnologia reduzirá riscos jurídicos, protegerá seu corpo clínico e ganhará reputação de confiabilidade. Para médicos, seguir as regras é também uma forma de blindar a própria carreira. Para empresas e RHs, significa reduzir passivos e melhorar previsibilidade de custos. Para a sociedade, representa um sistema mais justo e economicamente sustentável.
Em um país onde a integridade ainda é desafiada diariamente, usar normas como a Resolução CFM 2.381/24 para construir processos sólidos é visão estratégica. Saúde e economia agradecem quando ética e compliance caminham juntos.
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FOLHA DO PLANALTO
CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina
(Goiânia/GO) - Há 25 anos, dois médicos cardiologistas deram início a um projeto que mudaria para sempre a relação entre tecnologia, medicina e cuidado humano em Goiás. Assim, nasceu o CDI Premium, fruto do sonho e da dedicação dos amigos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado de oferecer à população um atendimento que fosse, ao mesmo tempo, tecnicamente preciso e profundamente humano.
Em 2025, ao celebrar um quarto de século de existência, o CDI Premium é muito mais do que um centro de diagnóstico por imagem: é um espaço onde o compromisso com a vida pulsa em cada detalhe. Um lugar onde conexão, dedicação e inspiração não são apenas palavras, são valores vividos diariamente, por toda a sua equipe, em cada exame, em cada gesto de cuidado.
Desde o início, o compromisso foi claro: ir além dos exames, com um olhar voltado para o todo, para o ser humano. Essa visão transformadora se materializou em uma estrutura que impressiona pela tecnologia, mas também acolhe com calor humano.
Em uma ampla sede localizada na esquina da Avenida Portugal e Rua 22, no Setor Oeste, em Goiânia, salas modernas, equipadas com o que há de mais avançado no mundo, como o Tomógrafo Aquilion One de 640 cortes, reconhecido internacionalmente como o melhor equipamento de radiologia em 2024, dividem espaço com recepções aconchegantes em todos os andares, com o Espaço Mulher, o Espaço Kids e o Espaço Ruy de Paula Nunes, que homenageia um dos pioneiros da medicina goiana. Tem ainda o CDI Premium Órion Concierge, localizado no Órion Business & Health Complex, como um ponto de apoio para médicos e pacientes.
A tecnologia empregada nos exames impressiona. O tomógrafo com tecnologia SilverBeam reduz significativamente a radiação em exames de tórax, enquanto outro equipamento com inteligência artificial permite uma resolução ainda mais precisa em angiotomografias cardíacas. Mas por trás de cada máquina, está o que realmente diferencia o CDI Premium: gente que ama o que faz, que se dedica com atenção e empatia ao paciente, que enxerga em cada exame uma oportunidade de cuidar com excelência.
Além do atendimento, o CDI Premium se dedica à formação de novos profissionais, por meio do NEPI (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação), reforçando o compromisso com o conhecimento e com o futuro da medicina. A atuação social também se faz presente em projetos como a Blitz da Saúde, que leva prevenção e informação à comunidade, e no apoio ao esporte, patrocinando atletas e incentivando a prática esportiva.
Mais do que um centro de diagnósticos, o CDI Premium tornou-se referência, um símbolo de um jeito diferente de fazer medicina: mais moderna, mais humana, mais completa. E isso só é possível porque há 25 anos, dois médicos decidiram transformar um sonho em realidade. Hoje, esse sonho é vivido por centenas de profissionais e milhares de pacientes, todos os dias.
Conexão, dedicação e inspiração: essa é a essência do CDI Premium. E é com ela que a instituição projeta o futuro, onde a medicina continua encontrando o humano, e o cuidado segue se transformando em legado.
CDI PREMIUM