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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médicos criam 55 entidades paralelas, driblam regras e concedem títulos de especialistas fora das normas
Novembro Roxo: tecnologia e cuidado garantem segurança aos bebês prematuros
Dasa tem lucro líquido de R$ 97 milhões no 3° trimestre e reverte prejuízo
Hapvida (HAPV3) cai mais de 40% após dados do 3T25: O que assusta o mercado?
REVISTA VEJA
Médicos criam 55 entidades paralelas, driblam regras e concedem títulos de especialista fora das normas
Projeto usa nome próximo ao da Associação Médica Brasileira, estabelecida há 70 anos, para certificar especialistas e divulgar diretrizes sem evidências
Não é de hoje que falsos especialistas minam a medicina. Basta uma pesquisa rápida nas redes sociais para encontrar médicos que se dizem especialistas em tal ou qual área, mas que, na prática, não têm qualificações registradas. Neste ano, porém, o problema parece ter ganhado outra dimensão. Desde janeiro, um projeto chamado Ordem Médica Brasileira (OMB) tenta se posicionar como alternativa à Associação Médica Brasileira (AMB), entidade responsável por conceder títulos de especialista a médicos há 70 anos.
A OMB se apresenta como defensora da “isonomia e justiça entre médicos” e promete criar suas próprias regras para certificar profissionais em diferentes áreas da medicina a partir de 2026. \”Vivemos uma estrutura concentradora, na qual apenas uma sociedade passou a emitir títulos […] isso ignora a multiplicidade de ideias e desconsidera formações médicas diversas\”, diz texto divulgado pela iniciativa. Nas redes sociais, onde soma quase 3 mil seguidores, um médico — que se apresenta como endocrinologista, mas não tem registro formal — é o rosto mais visível do projeto, cujo site ainda está “em construção”.
Apesar disso, a iniciativa já começou a se movimentar. Foram criadas pelo menos 55 sociedades médicas paralelas, muitas com nomes e siglas semelhantes aos de instituições tradicionais. Um exemplo é a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Exercício do Esporte (SBEMEE), muito parecida com a já consolidada Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), que completou 75 anos em setembro. Além disso, há entidades voltadas à ginecologia, menopausa, mastologia, pediatria, diabetes, cardiologia e outras especialidades — todas ligadas à OMB e criadas por ela.
E não é só pelo número de sociedades que a iniciativa chama a atenção: algumas já começaram a publicar diretrizes para orientar a prática médica, muitas delas questionáveis segundo especialistas. Um exemplo é a recomendação de implantes hormonais à base de testosterona em mulheres, uma técnica sem respaldo científico consolidado e considerada arriscada, com risco de problemas cardiovasculares, hepáticos e até câncer de mama. Especialistas também alertam que esse tipo de procedimento movimenta um mercado lucrativo, levantando suspeitas sobre interesses comerciais.
Riscos do “atalho”
Diante desse cenário, a AMB emitiu nota alertando para o que chama de “grave ameaça” ao sistema de certificação de especialistas e à segurança que ele garante. A entidade explica que, no Brasil, apenas médicos que concluíram residência reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou que obtiveram o título de especialista emitido pela AMB, em parceria com sociedades filiadas, têm direito ao Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
“São processos rigorosos, baseados em critérios técnicos, científicos e éticos, que visam, sobretudo, proteger o paciente”, diz o ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da AMB. Segundo ele, esse tipo de “atalho” para obter especialidade coloca diretamente em risco a segurança dos pacientes. “Um diagnóstico incorreto, um tratamento inadequado ou um procedimento mal conduzido pode custar não apenas a confiança no sistema médico, mas também vidas humanas”.
A AMB também chama a atenção para a estratégia da OMB de se aproximar do nome e das siglas de sociedades já consolidadas, criando risco de confusão institucional e levando, por exemplo, pacientes a acreditar que estão sendo atendidos por especialistas devidamente qualificados quando não estão. “A escolha do nome ‘OMB’, muito semelhante a ‘AMB’, e o anúncio de iniciativas que tangenciam atribuições legais e históricas da AMB e de suas sociedades filiadas, como a certificação de especialistas, revelam a inconveniência e o risco de confusão junto à sociedade, aos médicos em formação e às autoridades públicas”, alerta a entidade.
A Associação Médica Brasileira, que tem mais de 70 anos, orienta médicos a rejeitarem qualquer vínculo “com práticas irregulares que deturpam o conceito de especialidade e ferem a ética profissional”. A AMB também defende que “é imperativo que as autoridades competentes adotem medidas firmes para coibir tentativas de burlar o sistema legítimo de certificação, que colocam em risco a segurança da assistência médica no Brasil”.
A reportagem pediu posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o caso, questionando se há conhecimento da situação e se alguma medida está sendo tomada, mas ainda não houve resposta. A matéria será atualizada quando houver retorno.
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A REDAÇÃO
Novembro Roxo: tecnologia e cuidado garantem segurança aos bebês prematuros
Em alusão ao Novembro Roxo, mês mundial de conscientização sobre a prematuridade, a Unimed Goiânia reforça a importância da neuroproteção e da neuromonitorização para garantir um início de vida mais seguro aos bebês nascidos antes do tempo. Desde 2021, a cooperativa implantou neuromonitorização contínua em cinco hospitais da rede conveniada, melhorando os desfechos na neonatologia. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 11% dos nascimentos no Brasil são prematuros, exigindo atenção especial ao desenvolvimento cerebral que ocorre, muitas vezes, ainda dentro da UTI neonatal.
Nesse período, o sistema nervoso ainda está formando conexões, consolidando circuitos e definindo padrões de atividade elétrica.
Situações como instabilidade hemodinâmica, infecção, variações na oxigenação ou sangramentos podem interferir diretamente nesse processo. Por isso, a proteção neurológica se tornou um dos pilares do cuidado neonatal contemporâneo.
Desde 2021, a Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico implantou, em unidades conveniadas, um protocolo estruturado de neuroproteção associado à neuromonitorização contínua com Eletroencefalografia de Amplitude Integrada (aEEG). Trata-se de um monitoramento cerebral em tempo real que permite observar a atividade elétrica do cérebro durante 24 horas por dia, identificando crises convulsivas silenciosas, variações no padrão de atividade cerebral e sinais precoces de risco neurológico.
A iniciativa segue o modelo da PBSF – Protecting Brains & Saving Futures, referência nacional em neuroproteção neonatal.
Atualmente, a tecnologia está implementada em cinco hospitais da rede conveniada: Ela Maternidade, Hospital da Criança, Hospital Premium, Maternidade Amparo e Hospital Santa Bárbara, e já beneficiou mais de 500 recém-nascidos de alto risco, somando mais de 28 mil horas de vigilância cerebral.
A pediatra neonatologista cooperada da Unimed Goiânia Dra. Renata Lorenzetti, que atua na linha de cuidado, explica por quê. “O cérebro do prematuro está em pleno desenvolvimento. Quando esse processo acontece fora do útero, ele fica mais vulnerável a oscilações clínicas. Monitorar o cérebro continuamente nos permite enxergar alterações que não são visíveis ao exame físico, orientando intervenções antes que se tornem lesões permanentes.”
Além do diagnóstico precoce, a neuromonitorização orienta o uso mais preciso de medicamentos, como anticonvulsivantes, indica a necessidade de suporte adicional e ajuda a avaliar a resposta do cérebro ao tratamento.
“A tecnologia não substitui o cuidado humano, mas qualifica a tomada de decisão. Ela oferece informações que complementam o olhar clínico e ajudam a construir um prognóstico com mais segurança”, completa.
O cuidado não termina na alta
Para a Dra. Renata, os primeiros anos de vida representa uma janela de oportunidade decisiva: “Quando estimulamos o desenvolvimento no tempo certo, com fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e neuropediatria, a trajetória da criança pode mudar completamente. São ganhos que repercutem na fala, na autonomia, na coordenação, no aprendizado e na vida adulta.”
ntretanto, ela reforça que esse acompanhamento precisa ser contínuo, orientado e acolhedor, envolvendo família e equipe multiprofissional. “O prematuro é um bebê de acompanhamento de alto risco. Não é apenas sobreviver à UTI, é seguir apoiando o desenvolvimento, passo a passo, com cuidado, paciência e orientação”, reforça.
Mais que sobrevivência: qualidade de vida
Para a neonatologia contemporânea, o objetivo não é apenas aumentar taxas de sobrevivência, mas garantir que essas crianças cresçam com funcionalidade e participação na vida cotidiana.
Dra. Renata finaliza destacando a relevância da data. “O Novembro Roxo nos lembra que esses bebês, aparentemente tão frágeis, nos mostram todos os dias uma força extraordinária. Eles não aceitam limites desnecessários e nós, profissionais, também não devemos aceitar. Nosso compromisso é garantir não apenas a vida, mas a vida com qualidade”, conclui.
Sobre a Unimed Goiânia
A Unimed Goiânia integra o Sistema Nacional Unimed e atua com princípios cooperativistas no setor de Saúde Suplementar. Conta com uma ampla rede credenciada, composta por mais de 450 estabelecimentos, entre hospitais, clínicas e laboratórios, além de oferecer serviços próprios como o SOS Unimed (UTI móvel, aéreo e terrestre) e programas de atenção integral à saúde, responsáveis pela assistência a mais de 400 mil beneficiários em Goiânia, na região metropolitana e em outros 69 municípios circunvizinhos. A cooperativa oferece planos de saúde individuais ou familiares para pessoas físicas, além de planos empresariais e coletivos por adesão para pessoas jurídicas, com cobertura definida pela lista de Procedimentos e Eventos em Saúde estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também disponibiliza produtos opcionais, como SOS – UTI móvel, aéreo e terrestre – e Proteção no Trabalho. Presente há mais de 47 anos no mercado, a cooperativa segue investindo em inovação e qualidade assistencial, reforçando seu compromisso de cuidar da vida e da saúde dos goianos.
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CNN
Dasa tem lucro líquido de R$ 97 milhões no 3° trimestre e reverte prejuízo
Companhia havia registrado resultado negativo em R$ 87 milhões no mesmo período em 2024
A rede de diagnósticos Dasa registrou lucro líquido de R$ 97 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 87 milhões anotado no mesmo período do ano passado.
O resultado foi impulsionado pela reorganização do portfólio, por iniciativas de eficiência operacional e pela redução do endividamento. A companhia voltou ao lucro após um ano, ao mesmo tempo em que expandiu margens, gerou mais caixa e reduziu despesas.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) alcançou R$ 691 milhões, queda de 8,0% na comparação anual.
A receita líquida totalizou R$ 2,115 bilhões, aumento de 12,0% em relação ao apurado um ano antes.
"Essa receita vem mais forte com boa utilização dos nossos ativos, tanto o metro quadrado das unidades quanto nossos equipamentos de margem, que são cada vez mais produtivos", disse o diretor-presidente da companhia, Rafael Lucchesi.
No terceiro trimestre, a despesas comerciais, gerais e administrativas somaram R$ 348 milhões, uma redução de 43,9% em relação ao mesmo período de 2024.
A dívida líquida financeira após aquisições a pagar e antecipação de recebíveis totalizou R$ 6,657 bilhões ao final do terceiro trimestre do ano, redução de 34% em comparação com igual intervalo do ano passado.
A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,62 vezes, diminuição de 1,45 vez na mesma base de comparação.
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INVESTIDOR 10
Hapvida (HAPV3) cai mais de 40% após dados do 3T25: O que assusta o mercado?
Para o mercado, Hapvida mostrou resultados fracos e enfrenta desafios que devem persistir por algum tempo.
A Hapvida (HAPV3) sofre a maior queda da bolsa brasileira nesta quinta-feira (13), diante da decepção do mercado com os resultados do terceiro trimestre de 2025.
Renato Daher é homenageado com a Medalha Doutor Amyn José Daher pela Câmara de Goiânia
Escrito por Administrador
Renato Daher e o pai, o médico Sérgio Daher
Na noite desta quarta-feira, 12, o presidente da Ahpaceg, Renato Daher, recebeu da Câmara Municipal de Goiânia a Medalha Doutor Amyn José Daher, distinção concedida a profissionais que se destacam pelo exercício exemplar da medicina na capital.
A homenagem, proposta pelo vereador Dr. Gustavo, reconheceu a trajetória de Daher e sua contribuição para o fortalecimento da saúde e da representação médica em Goiás.
Criada em 2017, a honraria é entregue anualmente a médicos cujo trabalho gera impacto positivo na comunidade, reforçando o valor da dedicação e do compromisso ético na prática médica.



O presidente do Conselho de Administração da Ahpaceg, Haikal Helou, é o entrevistado de hoje do IRGCast.
Em pauta: Mercado de Saúde em Goiás.
O episódio de reestreia do programa será transmitido a partir das 20h.
Acesse e confira: https://www.youtube.com/@irgcast/featured
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM prepara resolução para regulamentar aplicação de IA na medicina
Em resposta às reinvindicações de Caiado, Ministério da Saúde diz que repasses para Goiás aumentaram em 65%
Prefeitura de Goiânia considera reduzir valores pagos a médicos da rede pública
Parte dos beneficiários não reconhece fraudes em planos
https://medicinasa.com.br/praticas-fraudulentas/
Doctoralia abre pesquisa para o Panorama das Clínicas e Hospitais
https://medicinasa.com.br/panorama-clinicas-hospitais-26/
A revolução silenciosa da IA e a reinvenção do papel médico
https://medicinasa.com.br/hlth-usa-2025-ia/
PORTAL CFM
CFM prepara resolução para regulamentar aplicação de IA na medicina
Durante a mesa de abertura do II Simpósio “O Futuro da Medicina e a Medicina do Futuro”, realizado pela Frente Parlamentar da Medicina (FPMed) no Senado Federal nessa terça-feira (11), a 2ª vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Rosylane Rocha, afirmou que a autarquia já elabora uma minuta de resolução para regulamentar a aplicação da Inteligência Artificial (IA) na medicina no Brasil. Ela reforçou que o CFM tem um departamento específico que trata do tema e mantém atuação contínua na construção de diretrizes éticas e seguras para tecnologias emergentes em saúde.
“Somos entusiastas do progresso científico, mas defendemos que ele seja acompanhado por marcos regulatórios robustos, que protejam o paciente e valorizem a relação médico-paciente, insubstituível mesmo diante das máquinas mais sofisticadas.” Segundo a 2ª vice-presidente, a revolução digital, que abrange telemedicina, cirurgias robóticas, medicina de precisão e terapias genéticas, já bate às portas de consultórios, hospitais e do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ela, incorporar inovação com segurança, ética e evidências científicas é condição para que os benefícios cheguem, de forma equânime, a toda a população.
“A telemedicina demonstrou seu imenso potencial para ampliar o acesso e alcançar regiões remotas, mas exige normatização clara sobre limites, segurança de dados e condições adequadas de prática. A IA promete diagnósticos mais rápidos e precisos, porém, deve ser validada cientificamente, operar sob supervisão médica qualificada e não substituir o julgamento clínico”, declarou.
Rosylane destacou também o papel crucial do Parlamento na normatização e promoção do acesso a tecnologias em saúde na era digital. Segundo ela, os debates técnicos da FPMed e da Frente Parlamentar da Medicina e Tecnologia (FPMedTec), no Congresso Nacional, são espaços essenciais para delimitar limites éticos, garantir segurança e incentivar a inovação responsável. “As leis aprovadas hoje moldarão a medicina que nossos filhos e netos receberão. O Brasil precisa de legislação equilibrada, que estimule a inovação sem abrir mão da segurança e promova o acesso sem comprometer a qualidade e a ética”, comentou.
A 2ª vice-presidente reiterou que o CFM está à disposição do Congresso como parceiro técnico na formulação de políticas públicas de saúde e incorporação tecnológica. “Representamos mais de 650 mil médicos que vivenciam a realidade do cuidado, dos grandes centros às comunidades mais distantes. Nossa experiência de oito décadas na defesa da boa prática médica pode e deve contribuir para o êxito dessas políticas”, reforçou.
Exame de proficiência – Em seu discurso, ela ainda ressaltou a importância de garantir que apenas profissionais capacitados obtenham o registro médico (CRM), defendendo o exame de proficiência como instrumento da fiscalização exercida pelos Conselhos de Medicina. Outro ponto enfatizado foi a necessidade de evitar o aprofundamento de desigualdades no acesso às inovações.
“Não podemos permitir jamais uma medicina para ricos e outra para pobres. O futuro da medicina será construído hoje no Parlamento, nas universidades, nos hospitais, nos consultórios e nos laboratórios de pesquisa. Que seja um futuro inclusivo, ético, centrado no paciente e alicerçado em ciência rigorosa, humanidade e fiscalização responsável”, finalizou.
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RÁDIO CBN
Em resposta às reinvindicações de Caiado, Ministério da Saúde diz que repasses para Goiás aumentaram em 65%
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Prefeitura de Goiânia considera reduzir valores pagos a médicos da rede pública
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MEDICINA S/A
Parte dos beneficiários não reconhece fraudes em planos
Uma parcela significativa de beneficiários de planos de saúde ainda não reconhece determinadas práticas irregulares como fraude, de acordo com pesquisa do Vox Populi encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Entre os exemplos citados, 17% dos entrevistados não consideram indevido registrar uma consulta como “urgência” para garantir cobertura; 14% não veem problema em emprestar a própria carteirinha do plano a outra pessoa; e 10% não consideram fraude uma clínica cobrar por exame não realizado.
O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.
“Os dados reforçam a necessidade de maior conscientização sobre o uso responsável dos serviços”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. “O desconhecimento sobre o que caracteriza fraude revela um desafio de comunicação e educação. Mesmo quando não há intenção de lesar, essas práticas distorcem o uso do sistema e impactam os custos para todos os beneficiários”, acrescenta.
As fraudes, junto com abusos e desperdícios, estão entre os principais catalizadores de despesas dos planos de saúde – além do grande volume de ações judiciais e do acelerado processo de adição de tecnologias (sobretudo medicamentos de alto custo) ao sistema.
A pesquisa mostra que, em geral, a maioria dos beneficiários considera irregulares ações como usar o plano para outra pessoa (85%), declarar informações falsas para contratar o plano (83%) e simular atendimentos não realizados (82%). Ainda assim, uma parcela de entrevistados demonstra incerteza ou tolerância diante de comportamentos reconhecidamente incorretos — um fator que, segundo o IESS, fragiliza a cultura de integridade e o equilíbrio econômico do setor.
Além da percepção, o levantamento identificou experiências diretas com práticas irregulares. Entre os beneficiários, 9% afirmam já ter recebido pedido de número da carteirinha e senha para autorizar atendimento, 4% dizem ter sido orientados a registrar um atendimento não realizado, e 5% relatam ter percebido “algo estranho” nas cobranças enviadas ao plano.
Entre os que possuem planos com reembolso de consulta (29%), 18% afirmam que o consultório já ofereceu mais de um recibo ou intermediou o processo de reembolso. “Os resultados reforçam a importância de ampliar o debate sobre ética e sustentabilidade na saúde suplementar”, reforça Cechin.
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Doctoralia abre pesquisa para o Panorama das Clínicas e Hospitais
A Doctoralia, plataforma que conecta pacientes a profissionais de saúde, anuncia o lançamento do questionário da pesquisa que dará origem ao Panorama das Clínicas e Hospitais 2026, relatório que chega à sua 6ª edição e se consolidou como uma das principais referências estatísticas do setor de saúde no Brasil.
Produzida em parceria com a Feegow, a pesquisa reúne percepções de gestores de clínicas e hospitais para mapear tendências, desafios, prioridades e movimentos que devem impactar o mercado no próximo ano.
A pesquisa pode ser respondida de forma gratuita e individual por gestores de qualquer porte ou especialidade de clínica ou hospital, e está disponível neste link.
“O Panorama se tornou um instrumento essencial para quem lidera equipes, processos e decisões em saúde. Quanto mais vozes participam, mais fiel e robusta é a radiografia do nosso setor e maior a nossa capacidade de impulsionar melhorias para profissionais e pacientes”, afirma Gabriel Manes, Head de Marketing da Doctoralia Brasil e Chile.
Além de contribuir para a construção do retrato anual da saúde suplementar e privada no Brasil, quem responde à pesquisa recebe o relatório completo em primeira mão. Para incentivar a participação, os respondentes concorrem a prêmios, incluindo um Echo Show, um Echo Pop e um livro sobre Experiência do Paciente.
Participe da pesquisa clicando aqui.
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A revolução silenciosa da IA e a reinvenção do papel médico
Mais do que uma promessa, a Inteligência Artificial (IA) emerge como o copiloto essencial que reorienta o foco do clínico: da burocracia digital para a essência humana do cuidado.
Participei do HLTH USA 2025 em Las Vegas, um dos mais importantes fóruns globais de inovação em saúde, e a sensação ao final é de clareza: estamos no epicentro de uma revolução inevitável na prática médica. A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um roadmap de P&D para se consolidar como uma força transformadora que redefine o modus operandi do profissional de saúde, a jornada do paciente e o engajamento clínico.
Entre as inovações, duas categorias de IA se destacaram por seu impacto imediato na rotina clínica. A primeira é a Ambient AI, tecnologia de escuta ativa e transcrição em tempo real de conversas médico-paciente. Seu impacto é profundo: ao automatizar o registro de dados clínicos, a codificação e a integração aos sistemas de prontuário eletrônico (EHRs), a Ambient AI liberta o médico da tirania da tela.
É um ponto crucial: o profissional de saúde reorienta sua atenção, deixando de ser um digitador de luxo para reafirmar seu papel central — o de cuidador humano. O ganho de conexão interpessoal e a redução do burnout administrativo são o verdadeiro ROI desta tecnologia, representando a primeira grande vitória da IA em favor da qualidade de vida do clínico.
A segunda força disruptiva é a Agentic AI. Esta opera como um assistente de saúde inteligente, capaz de executar tarefas autônomas com base em protocolos definidos. Funciona como um “secretário digital” que não apenas agenda exames e consultas, mas acompanha ativamente os resultados, emite lembretes de medicação e mantém uma comunicação contínua e personalizada com o paciente.
Essa automação inteligente desonera a equipe de saúde da sobrecarga administrativa, enquanto, na ponta, promove maior adesão e, consequentemente, melhores desfechos clínicos. A Agentic AI garante a continuidade do cuidado — um desafio crônico do sistema de saúde.
O HLTH 2025 também marcou o surgimento de uma nova e fascinante fronteira: a IA como Health Coach. Integrada à jornada do paciente, esta IA atua como um copiloto comportamental, dialogando, motivando, gamificando o cuidado e sugerindo ajustes de rotina em tempo real, baseada em dados fisiológicos. Sua eficácia é potencializada pela integração com wearables de alta precisão (smartwatches, anéis inteligentes, etc.), que monitoram padrões de sono, frequência cardíaca, respiração e outros biomarcadores de forma contínua e não invasiva.
Essa convergência de IA-Coach com a biometria vestível é o pontapé inicial para uma medicina verdadeiramente proativa e preditiva. A tecnologia que detecta alterações fisiológicas sutis e é capaz, por exemplo, de sinalizar um estresse metabólico ou uma gestação precoce, não é mais ficção científica. É o presente da vigilância clínica remota.
Adicionalmente, os medicamentos análogos de GLP-1 (semaglutida, tirzepatida, etc.) continuaram em destaque, mas o debate evoluiu de sua potência farmacológica para a sustentabilidade dos resultados. O foco agora é como integrar essas terapias a uma transformação comportamental e ao acompanhamento digital robusto.
A discussão técnica é clara: a farmacoterapia, por si só, não garante a manutenção do peso e da saúde metabólica a longo prazo sem a adesão a novos hábitos. A IA-Coach surge, portanto, como a peça que faltava para otimizar a eficácia clínica dos GLP-1s, transformando o tratamento pontual em uma mudança de lifestyle duradoura.
Saí de Las Vegas com uma provocação: o futuro da saúde não está em substituir o médico, mas em oferecer a ele e ao paciente copilotos digitais que transformem a gestão do cuidado em um hábito. Se a medicina sempre se equilibrou entre a arte do saber e a ciência do sentir, a IA nos oferece agora as ferramentas para unir esses domínios de forma mais poderosa e escalável. O desafio é nosso: abraçar a tecnologia para que possamos, finalmente, dedicar mais tempo ao toque humano e à expertise clínica que só o profissional pode oferecer.
*Leandro Rubio é médico cardiologista e CEO da Starbem.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura de Goiânia estuda cortar até 35% nos plantões médicos para equilibrar orçamento e aumentar atendimentos
‘Faltômetro’ de pacientes: prefeitura coloca cartaz com relação de faltas a exames e consultas em unidade de saúde e divide opiniões
Novo exame de sangue permite diagnóstico precoce do Alzheimer
Especialistas alertam para riscos da retinopatia diabética em pacientes com diabetes
https://www.youtube.com/watch?v=xznQu9SKf2s
HGG amplia estrutura e passa a contar com sala própria para quimioterápicos
https://www.youtube.com/watch?v=i2VyM3RtNy0
Mercado de enfermagem no Brasil cresce cerca de 44% em cinco anos
Lula assina decreto que muda regras para vale-refeição e alimentação
Plataforma Nacional de Fiscalização do CFM uniformizou vistorias em todo o país
Morte súbita atinge até 320 mil brasileiros por ano e aumenta alerta entre jovens
https://ohoje.com/2025/11/11/morte-subita-atinge-ate-320-mil-brasileiros/
Indústria de dispositivos médicos avança, mas crédito caro e estoques cheios preocupam
Mais de 60% das empresas de Medicina Diagnóstica adotam ações ESG, revela Abramed
JORNAL OPÇÃO
Prefeitura de Goiânia estuda cortar até 35% nos plantões médicos para equilibrar orçamento e aumentar atendimentos
Conselheiros municipais e representantes sindicais contestam medida
A Prefeitura de Goiânia deve reduzir os valores pagos pelos plantões médicos no município — medida que pode acarretar uma diminuição de até 35% nos salários dos profissionais. “Acreditamos que o edital está pronto, só falta entregar o aditivo para a gente”, afirmou uma servidora da pasta que pediu para não ser identificada.
O receio não é infundado, considerando os posicionamentos recentes do secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Pellizzer, e do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), favoráveis à redução da remuneração. Em nota, a SMS afirmou que os valores apresentados no projeto seguem a realidade orçamentária e financeira da pasta, o que não deve acarretar uma redução na qualidade do serviço.
“A proposta da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) traz valores ajustados à conjuntura do mercado e à realidade orçamentária e financeira da pasta, para tornar mais eficiente a aplicação de recursos públicos em toda a rede de saúde. A SMS ressalta que o novo credenciamento não traz retrocessos ou desvalorização para a classe médica, mas permite ampliar o quantitativo de profissionais que atuam na rede, assegurando o dimensionamento adequado de profissionais nas unidades de saúde.”
Ambos afirmam haver um descompasso nos pagamentos em relação a outras cidades da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), sendo o valor pago em Goiânia “muito acima do mercado”, como já declarou Mabel. Segundo a gestão, o corte representaria uma economia de cerca de R$ 2 milhões por mês.
A Prefeitura de Goiânia paga hoje cerca de 30% acima da tabela média praticada em outras cidades da região metropolitana e até de outros estados. A Secretaria Municipal de Saúde realizou um estudo técnico detalhado para corrigir distorções e, assim, viabilizar a ampliação dos serviços da rede especializada.
O objetivo é equalizar os valores pagos aos praticados pelo mercado – inclusive os aplicados em contratos de referência, como o do Hospital Albert Einstein, responsável pela gestão do Hugo.
“Com essa readequação, o atendimento especializado será ampliado em aproximadamente 30%, garantindo mais eficiência e qualidade à população”, completa a pasta.
Entenda o caso
O embate entre a gestão e a categoria começou em agosto, quando o Conselho Municipal de Saúde (CMS) — colegiado responsável por aprovar ou rejeitar medidas da Prefeitura na área — recebeu uma proposta de redução nos valores dos plantões pagos aos servidores municipais da saúde. O texto previa uma diminuição de até 30% na folha salarial dos profissionais pela redução no pagamento dos plantões.
A proposta gerou ampla mobilização da categoria e de entidades sindicais, como o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), que classificaram a medida como uma afronta aos direitos dos trabalhadores.
O texto foi rejeitado pelo CMS, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) manteve o apoio à medida durante a Audiência Pública de Prestação de Contas realizada na Câmara Municipal em setembro deste ano. Na ocasião, o titular da pasta reafirmou que a redução segue um projeto em andamento.
Na mesma época, a Prefeitura reenviou uma nova versão da proposta ao CMS, que também foi rejeitada pelo colegiado.
Manobra judicial
Mesmo após essas recusas, especialistas ouvidos acreditam que a gestão Mabel continua empenhada em efetivar o corte — seja por meio de um novo projeto ou de medidas judiciais.
Segundo o presidente do CMS, Venerando Lemes, a Prefeitura ainda não apresentou um novo texto, que, segundo ele, deve ser rejeitado novamente caso seja protocolado. Lemes afirma, contudo, que a administração pode contornar o conselho por meio de uma manobra judicial, recorrendo ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e ao Ministério Público de Goiás (MP-GO).
“A prefeitura pode fazer uma consulta ao Tribunal de Contas para obter um parecer mediante justificativa e, então, levar essa justificativa ao Ministério Público para ter o ato amparado. Mas, no âmbito do conselho, essa medida não vai passar”, afirmou ao Jornal Opção.
Para o conselheiro, a publicação de um edital sem o aval das instâncias competentes poderia resultar na reprovação das contas da pasta. Por isso, a Prefeitura poderia usar pareceres ou decisões judiciais como sustentação legal para o ato.
Greve generalizada
O diretor de Assuntos Financeiros do Simego, Robson Azevedo, afirma que qualquer medida que reduza os salários dos médicos vai levar a uma mobilização da categoria contra a Prefeitura.
Ele rebate o argumento de falta de recursos, lembrando que a saúde é uma prioridade constitucional. “A Constituição brasileira diz que a saúde é um direito e um dever do Executivo. Então, se é um dever dele, o município tem que garantir um serviço de qualidade para a população”, destacou.
Entendemos que não é justo que um trabalhador médico tenha seu salário reduzido, seja por qualquer motivo.
Azevedo também alerta que a redução pode afetar a qualidade do atendimento e a saúde mental dos servidores, o que, segundo ele, impactaria diretamente o serviço prestado à população. O sindicato, afirma, deve se manter vigilante e está pronto para contestar a medida em todas as instâncias, incluindo uma possível greve geral. “Assim que tivermos qualquer sinalização oficial da Prefeitura, o sindicato tomará todas as medidas necessárias para que isso não aconteça”, concluiu.
A justificativa da Prefeitura
Em nota, a SMS afirmou que os valores apresentados no projeto seguem a realidade orçamentária e financeira da pasta, o que não deve acarretar uma redução na qualidade do serviço.
“A proposta da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) traz valores ajustados à conjuntura do mercado e à realidade orçamentária e financeira da pasta, para tornar mais eficiente a aplicação de recursos públicos em toda a rede de saúde. A SMS ressalta que o novo credenciamento não traz retrocessos ou desvalorização para a classe médica, mas permite ampliar o quantitativo de profissionais que atuam na rede, assegurando o dimensionamento adequado de profissionais nas unidades de saúde.”
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PORTAL G1
‘Faltômetro’ de pacientes: prefeitura coloca cartaz com relação de faltas a exames e consultas em unidade de saúde e divide opiniões
Município registrou 144 ausências em consultas especializadas no mês de outubro. Iniciativa busca conscientizar pacientes e reduzir prejuízos ao atendimento.
Por Bárbara França, g1 Goiás
Centro Médico de Especialidades de Petrolina de Goiás instalou um “faltômetro”.
Painel contabiliza as ausências dos pacientes em consultas previamente agendadas.
Segundo levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, apenas no mês de outubro foram 144 faltas.
Iniciativa gerou repercussão nas redes sociais.
O Centro Médico de Especialidades de Petrolina de Goiás instalou um “faltômetro”, um painel que contabiliza as ausências dos pacientes em consultas previamente agendadas. Segundo o levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, apenas no mês de outubro foram 144 faltas, distribuídas entre diversas especialidades como psicologia (86 ausências), psiquiatria (17), endocrinologia (12), ultrassonografia (8), pediatria (6), ginecologia (6) e outras áreas.
Faltômetro no Centro Médico de Especialidades mostra número de faltas registradas em outubro, com 144 ausências em consultas marcadas — Foto: Reprodução/Instagram da Prefeitura de Petrolina de Goiás
A Secretaria afirma que cada ausência representa uma oportunidade perdida para outro paciente que aguardava atendimento na fila, já que, quando alguém não comparece e não avisa, o sistema não consegue realocar a vaga com antecedência. “Chegou o momento de conscientização. Se você não puder comparecer, avise com antecedência e permita que outra pessoa seja atendida”, diz post no instagram.
A iniciativa, no entanto, gerou repercussão nas redes sociais. Muitas pessoas apoiaram a divulgação pública das faltas e reforçaram a importância da responsabilidade com o agendamento. “Se fosse consulta particular, ninguém esqueceria”, comentou uma usuária, destacando que a ausência prejudica quem realmente precisava do atendimento.
Outros usuários, por outro lado, relataram experiências divergentes com o serviço. Um morador afirmou que sua esposa compareceu à consulta de psiquiatria, mas a profissional não estava presente: “Vai colocar o nome da doutora na lista por faltar?”.
A iniciativa abriu espaço para discussão entre moradores sobre o impacto das faltas e a necessidade de maior conscientização para evitar desperdício de vagas e atrasos no atendimento especializado.
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A REDAÇÃO
Novo exame de sangue permite diagnóstico precoce do Alzheimer
Teste é feito de forma menos invasiva
Um novo exame de sangue, recentemente aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos, promete transformar o diagnóstico do Alzheimer ao detectar marcadores biológicos de forma menos invasiva, mais acessível e nas fases iniciais da condição. A tecnologia ainda não está disponível no mercado brasileiro, mas já está sendo estudada para implementação no país, podendo beneficiar milhões de brasileiros que enfrentam o declínio cognitivo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que 1,2 milhão de brasileiros vivam com alguma forma de demência, sendo o Alzheimer responsável por cerca de 60% a 70% dos casos. Mundialmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 55 milhões de pessoas convivem com demência, número que deve triplicar até 2050.
"Nas fases iniciais, quando os neurônios ainda preservam parte da sua função, tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, como estimulação cognitiva, atividade física e controle de fatores de risco, têm maior impacto em retardar a progressão da doença. Por isso, a detecção precoce é fundamental", afirma a neurologista cooperada da Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico, Dra. Roussiane Gaioso.
De acordo com a especialista, o teste mede proteínas específicas no plasma sanguíneo que refletem alterações cerebrais típicas do Alzheimer. "As proteínas avaliadas são as proteínas tau e a beta-amiloide, biomarcadores que anteriormente só podiam ser detectados por exames de imagem como o PET scan (tomografia por emissão de pósitrons) ou pela análise do líquor através de punção lombar", explica.
Ela lembra que o exame é indicado para pacientes com mais de 55 anos que apresentam declínio cognitivo ou queixas de memória. "Plataformas mais amplas de pesquisa permitem medir painéis maiores de biomarcadores no sangue, auxiliando em diversos aspectos da patologia da doença. O exame consegue identificar o processo biológico inicial da doença antes que o paciente apresente perda de memória ou dificuldades cognitivas perceptíveis", afirma Dra. Roussiane.
No entanto, a médica faz um alerta importante: "O exame não deve ser utilizado como triagem populacional em pessoas assintomáticas. A presença dos biomarcadores não significa que o indivíduo desenvolverá demência, apenas indica alterações compatíveis com a patologia". O resultado precisa ser interpretado no contexto clínico individual, com acompanhamento neurológico adequado.
O exame de sangue não substitui os métodos diagnósticos atuais, mas os complementa de forma estratégica. "Representa o início de uma nova era no diagnóstico do Alzheimer de forma mais precoce, menos invasiva e potencialmente mais ampla em termos de acesso populacional", destaca a neurologista. Em casos com resultados muito claros, o teste pode reduzir a necessidade de exames mais invasivos.
Benefícios transformadores
"O diagnóstico precoce não muda apenas o tratamento, ele muda o rumo da vida do paciente e da família, permitindo mais tempo com qualidade e autonomia. Nas fases iniciais, os tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, como estimulação cognitiva, atividade física e controle de fatores de risco, têm maior impacto em retardar a progressão da doença", enfatiza Dra. Roussiane Gaioso.
A médica destaca ainda que o diagnóstico antecipado oferece ao paciente a oportunidade de participar ativamente de decisões sobre tratamento e futuro, mantendo autonomia por mais tempo, além de possibilitar acesso a novas terapias modificadoras da doença.
Para a neurologista da Unimed Goiânia, o avanço representa uma verdadeira transformação. "Com o avanço dos biomarcadores, podemos detectar precocemente as alterações cerebrais, abrindo caminho para intervenções muito mais eficazes. Não se trata apenas de diagnosticar antes, trata-se de cuidar melhor por mais tempo", conclui.
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PUC TV
Especialistas alertam para riscos da retinopatia diabética em pacientes com diabetes
https://www.youtube.com/watch?v=xznQu9SKf2s
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HGG amplia estrutura e passa a contar com sala própria para quimioterápicos
https://www.youtube.com/watch?v=i2VyM3RtNy0
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O IMPARCIAL
Mercado de enfermagem no Brasil cresce cerca de 44% em cinco anos
Estudo do Ministério da Saúde revela expansão de 1 milhão para 1,5 milhão de postos de trabalho entre 2017 e 2022, com maior concentração no SUS e na alta complexidade
Entre 2017 e 2022, o Brasil testemunhou um aumento de aproximadamente 44% nos postos de trabalho em enfermagem, saltando de cerca de 1 milhão para 1,5 milhão de vínculos. É importante notar, contudo, que essa estatística não reflete o número total de profissionais da área, uma vez que um único indivíduo pode possuir múltiplos contratos de trabalho.
Estes dados são parte integrante do estudo “Demografia e Mercado de Trabalho em Enfermagem no Brasil”, lançado nesta terça-feira (11) pelo Ministério da Saúde. O levantamento oferece um panorama detalhado do setor que, ao contabilizar enfermeiros, técnicos e auxiliares, possui a maior concentração de postos de trabalho na saúde do país.
De acordo com a pesquisa, que abrange o período de 2017 a 2022, o total de vagas na enfermagem brasileira apresentou crescimento em todos os níveis de atenção à saúde: primária ou básica, secundária ou de média complexidade, e terciária ou de alta complexidade. A atenção de alta complexidade registrou o maior crescimento absoluto, passando de 635 mil postos de trabalho em 2017 para quase 900 mil em 2022, uma alta de 41%. No mesmo intervalo, a atenção primária aumentou de 204 mil para 285 mil postos (39,2%), e a atenção secundária passou de 171 mil para 238 mil (39%).
Os números demonstram ainda que as mulheres constituem cerca de 85% da força de trabalho da enfermagem no Brasil, e o setor público é responsável por 61,9% dos vínculos empregatícios.
Impacto da covid-19 na contratação
Os dados referentes ao período de 2020, início da pandemia de covid-19, até 2022, indicam acréscimos significativos na contratação de enfermeiros e técnicos, especialmente no âmbito público.
O ministério avaliou que “Esse movimento é compatível com a necessidade de ampliação da resposta à pandemia, que exigiu investimentos em equipes para atender à alta demanda por serviços hospitalares, unidades de terapia intensiva e vacinação em massa”. Um exemplo é a atenção primária, que no setor público teve um aumento de 42% no número de enfermeiros e de 77% no número de técnicos de enfermagem.
Crescimento distribuído entre as regiões
Entre 2017 e 2022, o aumento de postos de trabalho foi observado em todas as regiões do país, com destaque para aquelas que possuíam menos profissionais: o Nordeste cresceu 46,3% e o Norte, 43,8%.
O Centro-Oeste apresentou o maior crescimento percentual no período, com 57,3%, seguido pelo Sul, com 44,6%. O Sudeste registrou o menor índice, com 34,9%, mas ainda assim se mantém como a região com a maior concentração de postos de trabalho.
Perfil dos vínculos e jornada
O estudo assinala a predominância de vínculos formais de trabalho, com aproximadamente 67% dos contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O restante dos profissionais trabalha sob contratos estatutários e outras modalidades, como temporários e autônomos. A demografia aponta, também, que enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem representam o maior contingente de profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministério ressaltou que “Esses profissionais atuam diretamente no cuidado aos pacientes, sendo essenciais para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. A presença desses trabalhadores é indispensável em todos os níveis de atenção, desde a atenção básica até os serviços de alta complexidade”.
No mercado de trabalho da enfermagem, predominam jornadas que variam entre 31 e 40 horas semanais, e a média salarial situa-se entre dois e três salários mínimos (o equivalente a R$ 3.036 e R$ 4.554, respectivamente).
Alerta no ensino a distância (EaD)
A pesquisa também indica um crescimento acentuado do setor privado no ensino de graduação e técnico de enfermagem, especialmente na modalidade de ensino a distância (EaD), que em 2022 chegou a ser responsável por 50,3% das vagas ofertadas. O ministério avaliou que “Esse cenário serviu de alerta para o governo federal e entidades de saúde ligadas à área da enfermagem, apesar do aumento de estudantes no ensino superior ser uma necessidade para melhorar o quantitativo de profissional necessário às realidades de saúde e contingente da população brasileira”.
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GAZETA DO POVO
Lula assina decreto que muda regras para vale-refeição e alimentação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (11) um decreto que altera as regras para o vale-refeição e alimentação. A medida institui um teto de 3,6% na taxa cobrada por empresas de benefícios aos restaurantes e estabelecimentos comerciais.
"Acabo de assinar o decreto que vai acabar com o oligopólio de poucas empresas com o vale-refeição do trabalhador", disse o mandatário. A cerimônia de assinatura do decreto ocorreu sem a presença da imprensa. Trechos da reunião foram divulgados nas redes sociais pelo governo.
O texto regulamenta o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), estabelecendo limites de taxas, prazos de repasse, entre outros. Em nota, o governo afirmou que “as mudanças beneficiam diretamente mais de 22 milhões de trabalhadores, que terão mais liberdade de escolha e melhor aceitação dos cartões”.
"O valor do benefício não muda. O que vai melhorar é a rentabilidade daquele restaurante e, portanto, ao melhorar a situação dele, pode eventualmente reduzir o preço da refeição lá na porta", afirmou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O texto fixa o prazo máximo de 15 dias para o repasse de pagamentos. Esse prazo entrará em vigor dentro de 90 dias. Hoje, restaurantes e similares recebem os valores depois de 30 dias após as transações.
A tarifa de intercâmbio terá teto de 2%, sendo vedada qualquer cobrança adicional. As empresas terão 90 dias para se adequar a essas regras. Além disso, qualquer cartão do programa deverá funcionar em qualquer maquininha de pagamento em até 360 dias.
Segundo o Planalto, “as empresas que concedem vale-refeição ou vale-alimentação, por meio do PAT, não terão aumento de custos nem precisarão alterar o valor dos benefícios”.
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PORTAL CFM
Plataforma Nacional de Fiscalização do CFM uniformizou vistorias em todo o país
Criada em 2014, a Plataforma Nacional de Fiscalização do Sistema de Conselhos de Medicina do CFM tem sido aprimorada nos últimos anos e hoje é utilizada por todos os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Ela permite que os CRMs sigam um mesmo roteiro de fiscalização (criado com a Resolução CFM nº 2.056/13, com alterações posteriores) e possibilita um retrato dos principais problemas encontrados pelas vistorias dos CRMs. Nesses 11 anos, por exemplo, foram realizadas 114.458 fiscalizações pela plataforma, em 4.621 municípios.
Para o 3º vice-presidente do CFM e diretor do Departamento de Fiscalização, Jeancarlo Cavalcante, a premiação no concurso Justiça e Saúde, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), obtida recentemente, é um reconhecimento do acerto que foi a criação da plataforma. “As fiscalizações ficaram mais precisas quando passaram a seguir os roteiros. Além disso, a tabulação dos dados ficou muito mais ágil”, argumentou. O diretor também lembra que o CFM disponibilizou laptops e softwares para auxiliar os CRMs no uso da plataforma.
Nos dez primeiros meses deste ano, foram realizadas pela Plataforma 19.541 vistorias, em 1.830 municípios, com 17.859 unidades fiscalizadas, sendo apontadas 128.086 irregularidades. Nas vistorias realizadas, foram realizadas 6.867 fiscalizações administrativas, 1.570 na atenção básica, 1.226 em hospitais, 1.020 em consultórios e 1.335 classificadas como outros, entre outros problemas encontrados.
As principais irregularidades encontradas estavam relacionadas a pendências administrativas (9,8%), falta de equipamentos ou medicamentos para intercorrências (3,12%), ambientes e estruturas físicas (3,03%), consultórios (1,11%), consultórios (1,11%) e publicidade e propaganda médica (0,91%). Para saber mais sobre os principais achados dessas fiscalizações, acesse https://observatorio.cfm.org.br/fiscalizacao/
Fiscalizado – Como forma de melhorar o acesso ao sistema, o CFM criou o Espaço do Fiscalizado, que permite o envio de documentos para os Departamentos de Fiscalização dos CRMs. Após logar no Espaço do Fiscalizado, o diretor-técnico do estabelecimento fiscalizado pode averiguar se há pendências e encaminhar documentos demonstrando que os problemas foram sanados.
O Sistema permite a centralização dos registros de fiscalização efetuados pelos CRMs em todo o território nacional, com a integração de dados, formulários e relatórios em tempo real, garantindo um padrão uniforme de atuação. Outros recursos são a emissão digital de autos de infração, termos de visita, notificações e recomendações; o registro georreferenciado das unidades fiscalizadas; o acompanhamento eletrônico das denúncias; e a geração de indicadores gerenciais para planejamento estratégico.
Todas essas funcionalidades foram reconhecidas no concurso Justiça e Saúde, do CNJ, que premiou o CFM com o 2º lugar na categoria “Poder Público”, do eixo temático II, que avaliou iniciativas voltadas à redução da judicialização da saúde pública e suplementar pela composição pré-processual dos conflitos. Nesse eixo, o CNJ buscou premiar iniciativas desenvolvidas por órgãos do Poder Público que conseguiram resolver demandas de saúde antes que elas se tornassem processos judiciais. “E esta é uma consequência indireta da nossa Plataforma de Fiscalização, pois como garantimos melhores condições de trabalho para o médico, melhoramos o atendimento da população e evitamos a judicialização”, explicou o 2º secretário do CFM, Estevam Rivello, que defendeu a inscrição do CFM no concurso Justiça e Saúde.
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O HOJE
Morte súbita atinge até 320 mil brasileiros por ano e aumenta alerta entre jovens
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma parada cardíaca súbita é registrada a cada dois minutos no país, muitas vezes em pessoas aparentemente saudáveis.
No Brasil, a morte súbita é responsável por um número alarmante de óbitos por ano. Estimativas de entidades cardiológicas como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apontam que entre 120 mil e 320 mil brasileiros morrem anualmente por arritmias cardíacas que levam à parada cardiorrespiratória.
Isso significa uma morte súbita a cada dois minutos. Embora mais frequente em adultos acima dos 35 anos, casos envolvendo jovens e atletas têm acendido um alerta nacional. O questionamento que surge abrange se a possibilidade de se prevenir.
A morte súbita é definida como a perda abrupta da circulação sanguínea, geralmente causada por uma arritmia grave que impede o coração de bombear sangue.
Ela ocorre de forma inesperada, muitas vezes em pessoas aparentemente saudáveis, e em 72% dos casos acontece dentro de casa, antes de qualquer atendimento emergencial. Por isso, especialistas reforçam que a rapidez no socorro é determinante para salvar vidas.
A morte súbita pode atingir qualquer pessoa, mas alguns grupos apresentam risco maior. Homens são mais frequentemente afetados, e há duas faixas etárias críticas: até os seis anos e acima dos 35 anos.
Em jovens abaixo dos 30 anos e atletas, os casos geralmente estão associados a doenças cardíacas genéticas, como a cardiomiopatia hipertrófica, que afeta cerca de 500 mil brasileiros.
A cardiomiopatia hipertrófica pode ser identificada por meio de alterações no eletrocardiograma e no exame clínico, já que costuma gerar um sopro cardíaco característico. Exames como ecocardiograma e ressonância magnética confirmam o diagnóstico.
Após essa etapa, é necessário avaliar o risco de morte súbita, principalmente em pacientes com menos de 40 anos, faixa etária em que a chance é maior. Para isso, médicos consideram fatores como sintomas, estrutura cardíaca e resposta a tratamentos, seguindo algoritmos que orientam se o paciente deve receber medicamentos, cirurgia ou até um desfibrilador implantável.
Segundo o cardiologista Fabio Fernandes, trata-se de uma doença frequente, porém subdiagnosticada. “É comum que o primeiro sintoma seja a parada cardíaca. Por isso, a detecção precoce é essencial”, afirma em publicação da Agência Einstein.
Já entre adultos sedentários, tabagistas, hipertensos ou com colesterol elevado, a causa mais comum é o infarto agudo do miocárdio seguido de arritmias fatais. Para pessoas que já sofreram infarto ou possuem histórico familiar de morte súbita, o risco é ainda maior.
Pesquisadores como Fernando Cannavan e colegas, em estudo sobre estratificação de risco em atletas, ressaltam que avaliações clínicas e exames cardíacos devem ser rotina antes do início de treinos intensos.
Em caso de desmaio súbito, a ação rápida é decisiva para salvar vidas. A orientação é ligar imediatamente para o SAMU (192) e verificar se a pessoa está respirando. Se a respiração estiver ausente ou irregular, é necessário iniciar a Reanimação Cardiopulmonar (RCP) sem esperar a chegada da ambulância. Caso haja um Desfibrilador Externo Automático (DEA) disponível, ele deve ser utilizado seguindo as instruções de voz do próprio aparelho.
Especialistas reforçam que nenhum suplemento, treino intenso ou boa forma física substitui o acompanhamento cardiológico. Em academias, clubes esportivos e modalidades de alta intensidade, a avaliação pré-participação deveria ser uma regra adotada de forma sistemática, garantindo segurança para praticantes iniciantes e atletas experientes.
Sinais e importância do diagnóstico precoce para evitar morte súbita
Apesar de, em muitos casos, ocorrer de forma inesperada, a morte súbita pode apresentar sinais de alerta nas horas ou dias anteriores. Entre os sintomas mais comuns estão palpitações ou sensação de batimentos acelerados e irregulares, além de dor ou pressão no peito.
A pessoa também pode sentir falta de ar repentina, mesmo em repouso, e episódios de desmaio ou quase desmaio, acompanhados de sudorese fria e tontura. Esses sinais, quando ignorados, podem evoluir rapidamente para um quadro grave, o que reforça a importância de procurar atendimento médico imediato diante de qualquer uma dessas manifestações.
Mesmo sintomas considerados “simples”, como cansaço inexplicável durante atividade física, podem representar risco. Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), 2 milhões de brasileiros convivem com fibrilação atrial, a arritmia mais comum no país e que pode levar à morte súbita se não tratada.
Para ampliar o conhecimento da população, entidades médicas realizam todo ano, em 12 de novembro, o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e da Morte Súbita. A campanha orienta sobre sintomas, importância do diagnóstico e tratamento, com o lema: “Não deixe seu coração sair do ritmo.”
Além disso, o treinamento da população em suporte básico de vida pode salvar milhares de vidas. Estudos mostram que quando a reanimação cardiopulmonar (RCP) é iniciada nos primeiros sete minutos após a parada cardíaca, mais da metade das vítimas podem sobreviver. O uso do desfibrilador externo automático (DEA), disponível em shoppings, aeroportos e academias, também aumenta significativamente a chance de reversão.
A prevenção da morte súbita começa com a realização de exames regulares, sobretudo para pessoas que apresentam fatores de risco, como histórico familiar de morte súbita, pressão alta, colesterol elevado, diabetes, tabagismo, sedentarismo ou o uso frequente de bebidas alcoólicas e energéticos.
Esses elementos aumentam a sobrecarga cardiovascular e favorecem o surgimento de arritmias e outras doenças cardíacas silenciosas. Por isso, o monitoramento médico contínuo é essencial.
Entre os exames recomendados estão o eletrocardiograma (ECG) e o ecocardiograma, considerados simples, acessíveis e fundamentais para detectar alterações elétricas ou estruturais no coração. Em situações específicas ou quando há suspeita de origem genética, testes genéticos também podem ser indicados, ajudando na identificação de predisposições hereditárias.
Além dos exames, medidas preventivas são determinantes para reduzir riscos: manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios com orientação profissional, evitar tabaco, reduzir o consumo de álcool, dormir adequadamente, controlar o estresse e realizar consultas cardiológicas anuais. A morte súbita pode acontecer de forma silenciosa e inesperada, mas não é inevitável.
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SAÚDE BUSINESS
Indústria de dispositivos médicos avança, mas crédito caro e estoques cheios preocupam
Pesquisa da ABIMO indica que, apesar do avanço na produção e no emprego, o crédito caro e a desaceleração do consumo exigem cautela no fim deste ano.
O setor brasileiro de dispositivos médicos manteve trajetória positiva em setembro, com indicadores que refletem a resiliência industrial mesmo diante do ambiente global de incertezas. A nova Pesquisa de Conjuntura da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) mostra que 62,5% das empresas registraram aumento nas vendas e 57,5% elevaram a produção na comparação com o mesmo mês de 2024.
O levantamento também aponta que 45% das indústrias ampliaram o quadro de funcionários e 47,5% aumentaram os investimentos no bimestre agosto/setembro de 2025 em relação ao ano anterior — resultado que reforça a confiança em uma retomada gradual do setor.
“O desempenho do setor segue surpreendendo positivamente, sobretudo num contexto de juros altos, pressão inflacionária e competição internacional acirrada. Isso mostra que a indústria nacional de dispositivos médicos tem se mostrado ágil e preparada para responder às demandas do mercado interno e externo”, destaca Larissa Gomes, gerente de Projetos e Marketing da ABIMO.
O estudo também revela avanço na produtividade, com crescimento em 57,5% das empresas em setembro de 2025, em comparação com o mesmo mês de 2024 — movimento que reforça a importância da inovação e da eficiência operacional como pilares da competitividade. Por outro lado, 47,5% dos empresários relataram estoques acima do normal e 37,5% apontaram aumento da inadimplência no período, dois sinais que exigem atenção na reta final do ano.
Segundo Larissa, os números pedem cautela na gestão financeira: “O crédito está caro e seletivo. Com juros reais próximos de 10% e linhas privadas acima de 25% ao ano, o setor precisa equilibrar expansão com prudência, mantendo o foco em produtividade e inovação para garantir sustentabilidade.”
Expectativas seguem otimistas para o fim do ano
As projeções para o último bimestre de 2025 permanecem positivas. Quase 59% das empresas esperam aumento nas vendas e 54% projetam alta na produção até dezembro. Também há otimismo moderado em relação ao emprego e aos investimentos, com 46% das companhias prevendo novas contratações e o mesmo percentual planejando ampliar aportes.
Contexto global e desafios estruturais
Apesar dos bons resultados, o cenário internacional segue desafiador. O World Uncertainty Index indica que a incerteza global permanece em níveis elevados, pressionada pelos conflitos na Europa, Oriente Médio e América Latina, além dos reflexos da disputa comercial entre Estados Unidos e China. Esses fatores impactam diretamente a cadeia produtiva, especialmente no fornecimento de semicondutores — insumo essencial para parte dos dispositivos médicos.
A ABIMO ressalta que políticas industriais como a Nova Indústria Brasil são fundamentais para sustentar o desenvolvimento do segmento no longo prazo. “É essencial que essas iniciativas tenham continuidade e transcendam governos, pois o desafio de consolidar a autonomia tecnológica brasileira exige uma estratégia nacional de longo alcance”, conclui Larissa.
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Mais de 60% das empresas de Medicina Diagnóstica adotam ações ESG, revela Abramed
Com adesão ao Pacto Global da ONU, o setor intensifica práticas de sustentabilidade, diversidade e transparência, consolidando seu papel na transição para uma economia de baixo carbono.
Com o início da COP30, que começou nesta semana, a sustentabilidade assume um papel central nas discussões globais e a Medicina Diagnóstica desponta como um vetor importante para o avanço de ações sustentáveis, de equidade e de governança sólida.
É o que mostra a 7ª edição do Painel Abramed – O DNA do Diagnóstico, que revela que 61% das empresas vinculadas à Associação possuem iniciativas socioambientais de voluntariado.
O levantamento indica ainda uma tendência consistente de redução do impacto ambiental nas operações de laboratórios e centros diagnósticos. Entre 2023 e 2024, o setor registrou uma queda de 25,6% no consumo de energia por exame realizado e de 7,1% no uso de água.
No campo da gestão de resíduos laboratoriais, os dados também apontam avanços: 93% das empresas adotam coleta seletiva, 88% promovem campanhas de conscientização, 87% realizam inspeções ou auditorias internas e 86% oferecem treinamentos voltados ao tema.
Para o médico patologista, professor e pesquisador Paulo Saldiva, a atuação proativa do segmento é determinante diante da crise climática.
“Hoje, as cidades estão na mesa de autópsia, e a saúde tem um papel central em diagnosticar, propor terapêuticas e orientar caminhos de sustentabilidade”, observou Saldiva, no 9º Fórum Internacional de Lideranças da Saúde (FILIS), em agosto.
A pauta ambiental também ganhou novo fôlego neste ano, com a Abramed se tornando signatária do Pacto Global da ONU, dentro do Programa Multiplicadores, movimento que reforça o compromisso da entidade em consolidar a Medicina Diagnóstica como agente ativo das agendas socioambientais.
Equidade e diversidade
No eixo social, outro pilar da agenda ESG, o relatório destaca a diversidade como elemento central nas empresas de Medicina Diagnóstica, com protagonismo feminino em equipes e cargos de liderança.
Segundo o estudo, 100% das associadas da Abramed têm mais da metade de seu quadro de colaboradores formado por mulheres e, em 65% das instituições, mais de 50% das lideranças são femininas.
A diversidade também se reflete em outros aspectos: uma em cada cinco empresas conta com 25% de colaboradores LGBTQIA+, e 20% das associadas têm 47% de seus funcionários com mais de 50 anos, demonstrando abertura à pluralidade geracional.
Governança e transparência como pilares de confiança
No campo da governança, a Abramed tem reforçado a importância de políticas de conformidade e transparência como ferramentas essenciais para fortalecer a confiança entre empresas, pacientes e demais stakeholders.
O Painel Abramed mostra que metade das organizações do setor já divulga relatórios de práticas ambientais, sociais e de governança corporativa — um movimento que tende a se ampliar nos próximos anos.
Para Milva Pagano, diretora executiva da Abramed, a governança é um eixo estratégico tanto para a reputação quanto para a sustentabilidade operacional das empresas.
“Relatórios de governança apoiam na tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores, atraem investidores para o ecossistema suplementar e melhoram a eficiência operacional. Além disso, fomentam o engajamento dos colaboradores e auxiliam no desenvolvimento de uma cultura de responsabilidade, preparando a empresa para desafios futuros e promovendo uma atuação mais sustentável e ética no setor”, explica Pagano.
Saldiva também reforça que entidades como a Abramed têm papel fundamental na construção de uma visão colaborativa da agenda ESG.
“No trabalho da Abramed, vemos empresas concorrentes trabalhando juntas, dialogando e trocando informações — e isso não é habitual em outras áreas. Esse talvez seja o maior legado da saúde: mostrar que é possível avançar coletivamente em prol da vida”, comentou o médico.
Com o Brasil sediando a COP30, Milva Pagano conclui que o momento é propício para que o setor reafirme seu compromisso com metas concretas de sustentabilidade.
“A COP30 representa um marco para o país e uma oportunidade para o setor reafirmar seu papel na transição para uma economia de baixo carbono. A Medicina Diagnóstica tem a capacidade de se posicionar como um dos líderes dessa transformação, unindo inovação, ciência e compromisso com o futuro do planeta”, afirmou.
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Assessoria de Comunicação
Presidente da Ahpaceg será homenageado com a Medalha Doutor Amyn José Daher
Escrito por Administrador
Nesta quarta-feira, 12, às 19 horas, o presidente da Ahpaceg, Renato Daher, será condecorado com a Medalha Doutor Amyn José Daher, entregue pela Câmara Municipal de Goiânia.
A solenidade foi proposta pelo vereador Dr. Gustavo e vai homenagear médicos que exercem ou já exerceram a medicina com destaque em Goiânia.
A “Medalha de Médico Destaque Doutor Amyn José Daher” foi criada em 2017 e é conferida anualmente a médicos reconhecidos pelos relevantes serviços prestados à sociedade.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Fraude em licitação: irmãos Magacho e ex-procurador de Formosa viram réus por corrupção na pandemia
Unimed Federação Centro Brasileira debate critérios para terapia ABA
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/11/unimed-federacao-centro-brasileira.html
Unimed do Brasil vai assumir assistência de beneficiários da Unimed Ferj a partir de 1º/12
A resolução aprovada pela ANS e a nova autogestão em saúde
https://medicinasa.com.br/nova-autogestao/
Estudo avalia os riscos de hospedar dados do SUS com big techs estrangeiras
https://medicinasa.com.br/dados-digitalizacao-sus/
A evolução silenciosa das UTIs e o futuro do cuidado intensivo
https://medicinasa.com.br/evolucao-silenciosa-utis/
Unimed testa modelo de telecirurgia robótica com rede pública de internet
JORNAL OPÇÃO
Fraude em licitação: irmãos Magacho e ex-procurador de Formosa viram réus por corrupção na pandemia
Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, os crimes ocorreram em 2020
A Justiça de Goiás recebeu denúncia do Ministério Público (MPGO) contra quatro pessoas acusadas de participar de um esquema de fraude em licitação e corrupção que teria causado prejuízo estimado de R$ 700 mil aos cofres públicos de Formosa. A decisão é da 2ª Vara Criminal da comarca, que também determinou o sequestro de bens dos investigados no mesmo valor.
Foram denunciados Rafael Magacho Vinícius dos Santos Silva, Bernardo Magacho dos Santos Silva, Leonardo Cândido Martins Bonini e Humberto de Alencastro Costa Ferreira. Nas redes sociais, Bernardo Magacho se apresenta como médico que “deixa você mais bonito (a) e jovem”. Ele possui mais de 112 mil seguidores no Instagram.
Segundo o promotor de Justiça Douglas Chegury, os crimes ocorreram em 2020, durante a pandemia, quando os acusados teriam manipulado processos de dispensa de licitação para superfaturar kits de testes de Covid-19.
Os médicos Bernardo e Rafael Magacho teriam usado a empresa Magacho Exportação & Importação Ltda. para importar e vender os produtos a preços inflados, com o apoio do empresário Humberto, que intermediava as negociações. O então procurador do município, Leonardo Bonini, teria atuado para garantir o sucesso do esquema e receber propina.
“O filão a ser explorado foi o poder público, notadamente municípios. Dentre os clientes captados pelos médicos e pelo empresário Humberto estava o município de Formosa. O intermediador Humberto foi quem apresentou Leonardo para darem início ao esquema”, explicou o promotor Douglas Chegury.
O MPGO aponta que o grupo acertou a fraude antes mesmo da licitação ser aberta. Em 13 de maio de 2020, os envolvidos já discutiam valores e condições, embora o processo (Dispensa de Licitação nº 184/2020) só tenha sido formalizado no dia seguinte.
A empresa Magacho já estava previamente definida como vencedora, e os denunciados forjaram orçamentos de três empresas inexistentes para dar aparência de legalidade à concorrência. Coube ao então procurador Leonardo ratificar as irregularidades com parecer jurídico favorável.
A primeira entrega de 5 mil kits de testes, segundo as investigações, foi feita diretamente a Leonardo por Humberto. A Justiça considerou os indícios suficientes para receber a denúncia e dar início à ação penal, atendendo ao pedido do MPGO para bloqueio de bens dos réus.
O Jornal Opção tentou contato com Rafael Magacho Vinícius dos Santos Silva, Bernardo Magacho dos Santos Silva, Leonardo Cândido Martins Bonini e Humberto de Alencastro Costa Ferreira pelas redes sociais mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para que os citados se manifestem.
Operação
O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou em abril a operação Homocinética, que investiga uma possível fraude em licitação para a aquisição de testes de Covid-19 pela Secretaria Municipal de Saúde de Formosa (GO), cidade localizada no Entorno do Distrito Federal.
As suspeitas se referem a processos ocorridos em 2020, durante o auge da pandemia causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão autorizados pela 2ª Vara Criminal de Formosa.
A apuração é conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça de Formosa e envolve possíveis crimes contra a administração pública, como corrupção, peculato, falsidade ideológica e fraude a licitação pública.
As ações ocorreram em Curitiba, Goiânia e Aparecida de Goiânia, tendo como alvos residências dos investigados Rafael Vinícius Magacho dos Santos Silva e Bernardo Magacho dos Santos Silva, além da empresa Magacho Exportação e Importação, suspeita de envolvimento na negociação de materiais hospitalares durante a crise sanitária.
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FOLHA DO PLANALTO
Unimed Federação Centro Brasileira debate critérios para terapia ABA
Participantes de workshop aprenderam como analisar a assistência de prestadores para aprimorar as negociações
A compreensão e a abordagem dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, especialmente o autismo, têm sido um desafio constante nas Operadoras de Saúde, impactando diretamente a qualidade do atendimento e a eficiência dos serviços. Para enfrentar esse desafio, a Unimed Federação Centro Brasileira promoveu um workshop inovador sobre Análise do Comportamento Aplicada, nos dias 6 e 7 de novembro, na sede da entidade.
Durante o evento, técnicos e gestores dos serviços TEA das Unimeds Federadas tiveram a oportunidade de aprender com a psicóloga Beatriz Costa sobre a aplicação de Práticas de Análise do Comportamento Aplicada, com o objetivo de fortalecer a assistência, aprimorar a avaliação de prestadores e otimizar as negociações. O resultado esperado é um atendimento mais eficaz, que não apenas atenda às necessidades dos beneficiários, mas também contribua para a sustentabilidade do sistema de saúde, mitigando fraudes e desperdícios.
Especialista em neuropsicologia e supervisora CABA BR, ela apresentou como deve ser a formação de um terapeuta do ramo, a estrutura da clínica e até mesmo as condutas e participação dos pais.
“Com conhecimento, as equipes da Unimed conseguem mitigar fraudes nos processos terapêuticos, assim como ter entendimento para negociar a redução de custos e garantir a qualidade da intervenção”, afirmou.
Uma das dificuldades mais comuns relatadas pelos participantes foi encontrar profissionais capacitados. “Temos problemas com a capacitação e formação online. Por ser interior, é difícil achar profissionais de qualidade nessa área, que realmente se importem com os pacientes”, contou Naiara Gonçalves, supervisora de Contas Médicas da federada Unimed Regional Sul Goiás.
Entender para negociar
Na federada Unimed Araguaína, os desafios são os mesmos. A falta de padronização técnica das clínicas, de acordo com o que define a Associação Brasileira de Ciências do Comportamento (ABPMC), é uma questão cotidiana.
No entanto, em 2024, foi inaugurado o Espaço Bem Viver, de assistência própria da operadora para os beneficiários. Com isso, foi possível também aprimorar o contato com os prestadores.
“Temos o serviço, sabemos o que é correto e conseguimos exigir. Se conseguimos fazer, outras clínicas também conseguem”, defendeu a psicóloga Beatriz Alves, que é coordenadora do Espaço Bem Viver.
A qualidade da terapia ofertada também se tornou um foco. “Não é só deixar o paciente permanecer por muito tempo (na terapia). A alta é importante, assim como a busca pela autonomia dessas crianças”, acrescentou a também psicóloga Sthefany Monteiro, que atua como supervisora no Espaço Bem Viver.
Esse é um exemplo de que o conhecimento do cenário de terapia ABA é fundamental para negociar, como explicou Beatriz Costa. “As operadoras podem mostrar seus conhecimentos em terapia para negociar. Mostrar que a Unimed precisa do prestador, mas o prestador também precisa da Unimed”.
Esse workshop é um passo importante na busca por soluções inovadoras e eficazes para os desafios enfrentados pelas Operadoras de Saúde, e reflete o compromisso da Unimed Federação Centro Brasileira com a excelência e a qualidade no atendimento à saúde.
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PORTAL ANS
Unimed do Brasil vai assumir assistência de beneficiários da Unimed Ferj a partir de 1º/12
Acordo foi definido em reunião na sede da ANS na tarde desta segunda-feira, 10/11
Em reunião realizada na sede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na tarde desta segunda-feira, 10/11, dirigentes da Unimed Ferj e da Unimed do Brasil acertaram que a Unimed do Brasil vai assumir integralmente a responsabilidade pela assistência a todos os beneficiários da Unimed Ferj a partir do dia 1º de dezembro de 2025.
A medida foi proposta pela ANS em reunião que contou com toda a diretoria da reguladora, além do procurador-chefe da Agência, de representantes das duas operadoras, do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública Estadual do Rio de Janeiro. “Com a assinatura desse acordo pelas duas operadoras, vamos restabelecer o pleno atendimento aos beneficiários, prioridade máxima para a ANS”, pontuou o diretor-presidente da Agência, Wadih Damous.
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MEDICINA S/A
A resolução aprovada pela ANS e a nova autogestão em saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, na reunião da Diretoria Colegiada realizada no dia 31 de outubro p.p, aprovou a nova redação da resolução normativa que trata das entidades de autogestão no âmbito do sistema de saúde suplementar.
O órgão regulador reconheceu que se fazia mister a alteração da regulação das autogestões em saúde porque a norma existente caracteriza um alto custo regulatório, podendo resultar na "insustentabilidade econômico-financeiro e descontinuidade de suas operações", não obstante o relevante papel social que exercem, pois não possuem finalidade lucrativa e são geridas pelos seus membros, empresas patrocinadoras ou mantenedoras, empregados e servidores públicos, representando mais de 4 milhões de beneficiários. Reconheceu a ANS que a norma até então vigente estabelecia critérios e condições restritivas, restringindo o acesso de muitas empresas e de categorias profissionais a esse exitoso modelo assistencial, mantida, porém, a regulação aplicável às autogestões de recursos humanos e órgãos assemelhados.
Aludida alteração foi objeto de inúmeros estudos e análises, bem como de intensa participação social e amplo debate.
As alterações aprovadas pela ANS referem-se, principalmente: (i) à ampliação do grupo familiar dos participantes, podendo abranger parentes consanguíneos e por afinidade até o 4º. Grau; (ii) a eliminação das restrições que existiam sobre a necessidade de as empresas patrocinadoras/mantenedoras serem do mesmo ramo de atividade ou grupo econômico; (iii) possibilidade de autogestões de uma ou mais categorias profissionais, eliminando restrição que existia; e (iv) a possibilidade das autogestões compartilharem a sua rede de prestadores de serviços com outras operadoras de planos privados de assistência à saúde.
A nova norma permitirá que pessoas jurídicas de ramos diversos possam se associar para a implantação de uma entidade de autogestão ou a integração a uma já existente, com objeto social exclusivo, destinada a proporcionar um plano de saúde mais acessível para os seus colaboradores. Doravante, empresas diversas, inclusive aquelas que estão em um mesmo distrito industrial, por exemplo, poderão constituir uma entidade de autogestão em saúde. Foi abolida a necessidade de correlação de atividades para patrocinadores u mantenedores das autogestões. As regras de convivência entre as empresas participantes são disciplinadas através de um convênio de adesão.
Igualmente, também foi afastada a exigência de associações ou fundações de uma única categoria profissional para a formação de um plano de saúde próprio, na modalidade de autogestão. Agora, categorias profissionais diversas poderão se unir, visando a constituição de um plano mais sólido e representativo, fortalecendo os princípios do mutualismo e solidariedade. Tal alteração facilitará e ampliará, por exemplo, a formação de autogestões, por iniciativa de Sindicatos, Associações Profissionais e outras formas de representação de categoriais profissionais. A norma também trata da elegibilidade de militares e ex-militares de um ou vários entes federativos.
As alterações foram realizadas, a fim de ampliar a elegibilidade das autogestões de saúde, devendo ser preservado o princípio da representatividade, pois o "ato constitutivo da entidade de autogestão deverá prever que todos os beneficiários titulares que contribuam para o custeio do plano de saúde, bem como o mantenedor ou patrocinador, serão elegíveis para compor seu órgão máximo de administração, bem como quaisquer outras instâncias de caráter deliberativo, fiscalizador ou consultivo, quando existentes". Esse aspecto é que diferencia as autogestões dos outros segmentos do mercado de saúde suplementar. A nova norma estabelece uma estrutura organizacional mínima que deverá ser observada pelas entidades de autogestão, pois os beneficiários titulares, os mantenedores e patrocinadores não são simples contratantes, mas sim os proprietários da entidade de autogestão, devendo participar de sua administração.
As alterações realizadas abrem, inclusive, a possibilidade de potenciais beneficiários e empresas, atualmente sem qualquer assistência suplementar à saúde, se tornarem elegíveis para a constituição ou a integração a uma entidade de autogestão, "estimulando o mercado e aumentando o acesso da população à saúde", lembrando que os planos de autogestão não possuem finalidade lucrativa, sendo que todos os seus resultados são revertidos para a própria entidade, sem distribuição de lucros e dividendos para seus dirigentes ou associados, bem como não possuem custos de intermediação e estão sujeitos a um regime tributário diferenciado, pois possuem natureza jurídica associativa ou fundacional.
Enfim, citada norma corrige uma situação limitadora que existia, proporcionando uma ampliação da elegibilidade do grupo de beneficiários, com a oxigenação das carteiras das autogestões, estimulando o mercado e aumentando o acesso da população à serviços de saúde de qualidade, geridos pelo seus beneficiários titulares e empresas patrocinadoras ou mantenedoras, observadas as garantias e reservas financeiras determinadas pela legislação vigente, observados os conceitos de mutualismo, solidariedade e sociedade civil organizada.
A nova norma ampliará a concorrência, com reflexos nos preços e na qualidade atualmente oferecida, com potencial de ampliação da massa atualmente assistida pelos planos privados de assistência à saúde.
*José Luiz Toro da Silva é Advogado e Professor. Sócio do escritório Toro e Advogados Associados.
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Estudo avalia os riscos de hospedar dados do SUS com big techs estrangeiras
E se as principais informações sobre a sua saúde fossem reunidas e integradas em um grande banco nacional para facilitar diagnósticos e tratamentos? Essa ideia já está em andamento no Sistema Único de Saúde (SUS), mas, a depender de como é implementada, pode comprometer o direito à privacidade dos cidadãos e a soberania digital brasileira. Isso é o que diz um estudo realizado no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que tem buscado entender as armadilhas envoltas nessa teia.
O trabalho foi apresentado na 16ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPR (Siepe) pelo discente de graduação João Pedro Bueno Ghizelini, orientado pela professora Carolina Batista Israel, que é autora do livro Redes Digitais, Espaços de Poder, Por uma Geografia da Internet (2021).
A transformação digital do sistema público de saúde no Brasil vem avançando em sintonia com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo como marco o lançamento de uma portaria em 2020 que instituiu a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), repositório com informações de operadoras, laboratórios, farmácias e aplicativos usados pelos cidadãos.
O documento também previu a criação do Conecte SUS, plataforma integrada à rede que permite ao usuário acessar registros de vacinas, exames e atendimentos. Em 2024, surgiu o Meu SUS Digital, versão aprimorada do Conecte SUS. Paralelamente às iniciativas federais, nasceram soluções locais, como o Saúde Já Curitiba, desenvolvido pela prefeitura da capital paranaense, que integra dados municipais ao ecossistema da RNDS.
A grande promessa desses projetos é otimizar e personalizar serviços de saúde, mas, dependendo de como são construídos, podem colocar dados nacionais em risco. A começar pelo espaço onde as informações da RNDS são armazenadas. Sua infraestrutura foi inicialmente alocada nos servidores da Amazon Web Services (AWS), sediada nos Estados Unidos, expondo informações sensíveis a empresas estrangeiras.
Para evitar problemas assim, especialistas propuseram que a hospedagem da RNDS fosse feita inteiramente em uma companhia do Governo Federal, a Empresa Nacional de Inteligência em Governo Digital e Tecnologia da Informação (Serpro), o que não se concretizou. Em vez disso, foi implementado o chamado Serpro MultiCloud, infraestrutura combinada com serviços de grandes empresas de tecnologia estrangeiras como a AWS. Portanto, parte dos dados continua hospedada fora do país e nas mãos de companhias internacionais, mesmo com supervisão nacional, explicam os pesquisadores.
Isso acontece porque o Brasil enfrenta uma dependência tecnológica global, permanecendo refém de servidores localizados nos Estados Unidos, segundo os autores do estudo. Essa situação deixa o país vulnerável a falhas, restrições de acesso ou intervenções capazes de afetar o controle sobre dados estratégicos de saúde.
Sob a lógica do capitalismo de vigilância, conceito da pesquisadora Shoshana Zuboff que descreve o uso massivo de dados pessoais para prever e influenciar comportamentos, elas podem acentuar desigualdades profundas e ameaçar a soberania sobre os dados dos brasileiros.
“O dado pessoal em saúde, além de sensível, é economicamente estratégico. Sabemos que 10 países controlam 88% das patentes em medicamentos e vacinas, e eles estão no norte global”, diz Ghizelini.
Israel explica que esse fenômeno ocorre não apenas em escala global, mas também local e individual, e os desdobramentos do acesso a dados e políticas de privacidade são interseccionais. “É um problema coletivo, mas que afeta mais setores da sociedade do que outros, a depender da vulnerabilidade social”.
Falta de transparência pode comprometer o acesso a direitos
Com foco nessa problemática, Ghizelini realizou uma análise do Meu SUS Digital e do Saúde Já Curitiba, avaliando a política de privacidade desses aplicativos à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regula o tratamento de dados pessoais por organizações públicas e privadas no Brasil. O pesquisador também analisou a geolocalização dos serviços que hospedam os dados dos usuários, utilizando a ferramenta LocalizeIP para verificar o domínio virtual do Meu SUS Digital.
Ghizelini remeteu ainda um requerimento à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, com apoio da UFPR, solicitando informações detalhadas sobre a governança de dados do aplicativo Saúde Já Curitiba, como nomes dos responsáveis pelo tratamento, armazenamento, uso para fins de marketing e canais de acesso aos dados dos usuários.
O estudo concluiu que as transformações em curso na saúde brasileira têm um custo alto, e que alguns aplicativos possuem políticas de privacidade pouco transparentes. Nesse sentido, o pesquisador argumenta que a solução para os riscos e assimetrias gerados pela digitalização da saúde no Brasil não deve se restringir ao debate meramente tecnológico, mas precisa perpassar o princípio da soberania digital, capacidade de uma sociedade e seu Estado de definir, governar e controlar tecnologias indispensáveis à sua autodeterminação.
Ghizelini defende também a criação de mecanismos de governança transparentes e democráticos que garantam o controle social e a fiscalização pública das políticas digitais em saúde, e a implementação de uma Reforma Sanitária Digital, proposta por Luiz Vianna Sobrinho, pesquisador e membro da Estratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial (ELA-IA).
Essa ideia visa fortalecer o papel do Estado na regulação das tecnologias em saúde, assegurando que o uso de dados e algoritmos atenda ao interesse público e não aos interesses comerciais das grandes corporações. A proposta busca resgatar o espírito da Reforma Sanitária original, que deu origem ao SUS, e adaptá-lo aos desafios contemporâneos da digitalização.
“Uma matéria da The Economist chegou a dizer que os dados são o novo petróleo”, lembra Israel. “E cada vez mais vemos todas as esferas da nossa vida participando dessa nova economia. Precisamos trabalhar para que ela não siga reproduzindo desigualdades e comprometendo o acesso a direitos”, finaliza. (Com informações da Agência Ciência UFPR)
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A evolução silenciosa das UTIs e o futuro do cuidado intensivo
Há três décadas, adentrar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era sinônimo de ingressar em um ambiente de intervenções heroicas, mas muitas vezes limitadas pela tecnologia disponível. Pacientes com falência de múltiplos órgãos enfrentavam prognósticos difíceis, e o suporte à vida era, em grande parte, reativo e segmentado. Hoje, quando olhamos para a evolução do tratamento intensivo nos últimos anos, testemunhamos uma revolução silenciosa, impulsionada por avanços tecnológicos que transformaram as UTIs em centros de cuidado mais precisos, proativos e, acima de tudo, eficazes.
Onde antes a falência renal significava partir para uma diálise convencional, com remoção rápida de fluidos que frequentemente desestabilizava pacientes críticos, hoje já é possível contar com sistemas capazes de oferecer terapias contínuas que, de forma muito mais gradual e fisiológica, permitem estabilidade ao paciente e, consequentemente, melhores desfechos clínicos. Ou seja, na prática, já é possível que o organismo do paciente se adapte sem quedas bruscas de pressão, um benefício inestimável para aqueles já em estado hemodinamicamente instáveis
Mas a grande virada, e talvez a mais significativa, se refere à possibilidade de transição de um suporte focado em órgãos isolados para uma abordagem integrada. A tecnologia não parou nos rins. A abordagem multi-órgãos, possível graças aos novos sistemas e protocolos, permite que uma mesma plataforma ofereça ao mesmo tempo suporte renal contínuo aliado a cuidados respiratórios, hepáticos, de purificação sanguínea, dentre outros.
Toda essa versatilidade, fruto de uma engenharia sofisticada, foi fundamental no contexto da pandemia de covid-19, por exemplo, onde as unidades de terapia intensiva foram colocadas ao limite e precisaram utilizar de todas as ferramentas possíveis para suportarem a demanda e a pressão daquele momento. A pandemia escancarou a necessidade de aceleração da adesão tecnológica nas UTIs e a importância do olhar holístico ao paciente.
Contudo, a tecnologia, por mais avançada que seja, é apenas uma ferramenta. Seu verdadeiro potencial é liberado pelas mãos e mentes dos profissionais de saúde. Por isso, a evolução dos tratamentos de UTI exige também uma constante atualização das equipes médicas, a partir de um compromisso inabalável com a educação continuada. Além, é claro, do trabalho multidisciplinar, que contribui de forma integrada e conjunta para garantir o melhor prognóstico aos pacientes.
As últimas décadas foram transformadoras do ponto de vista tecnológico para os ambientes hospitalares, sobretudo aqueles de terapia intensiva. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. É imperativo pensar em estratégias para ampliar o acesso às ferramentas de ponta e garantir que a capacidade de oferecer um suporte integrado e abrangente não seja um privilégio de poucas instituições, mas uma realidade em todas as UTIs.
Ao investir em equipamentos modernos e na capacitação das equipes, garantimos que mais pacientes críticos tenham a chance de recuperação, com menos sequelas e uma melhor qualidade de vida. É neste caminho que devemos mirar os próximos 30 anos. Para garantir que o futuro dos centros de cuidado possa contar com cada vez mais precisão, personalização e eficácia nos tratamentos. Com o objetivo final de salvar vidas e restaurar a saúde com a máxima dignidade.
*Paulo Lins é nefrologista, intensivista e gerente médico da Vantive.
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SAÚDE BUSINESS
Unimed testa modelo de telecirurgia robótica com rede pública de internet
Experiência inédita, na América Latina, consolida a viabilidade técnica e social da cirurgia remota, com foco em inclusão e sustentabilidade do modelo.
Em um feito que combina tecnologia, ciência e propósito social, a Unimed realizou a primeira telecirurgia robótica da América Latina utilizando rede pública de internet, conectando médicos e pacientes separados por mais de 3 mil quilômetros. O projeto, apresentado por Gualter Ramalho, diretor de Mercado e Marketing da Unimed do Brasil, representa um marco na história da medicina brasileira — e inaugura uma nova etapa de inclusão cirúrgica mediada por tecnologia.
O experimento foi resultado de três meses de trabalho e planejamento. Entre agosto e outubro de 2025, a equipe realizou três cirurgias progressivas, com distâncias e complexidades crescentes. A primeira, entre dois pontos separados por 500 quilômetros, obteve latência de apenas 0,01 segundo — um desempenho superior aos padrões globais.
Em setembro, a segunda etapa conectou o cirurgião em João Pessoa a um paciente em Curitiba, separados fisicamente por mais de 12 mil quilômetros (ou 31 mil quilômetros de cabeamento óptico), com resposta de 0,02 segundo. O terceiro ato, em outubro, foi transmitido ao vivo, unindo as duas cidades a uma distância de 3.200 quilômetros e consolidando a primeira telecirurgia robótica da América Latina feita com internet convencional.
Diferentemente dos protocolos internacionais, que normalmente exigem redes privadas e conexões dedicadas, a experiência da Unimed utilizou internet pública — ou “não dedicada”, ou seja, a mesma rede comercial disponível a qualquer usuário. A opção por essa estrutura teve caráter estratégico: testar a viabilidade de uma cirurgia robótica remota segura e de alta precisão com infraestrutura acessível, condição essencial para expandir o modelo a diferentes regiões do país.
Do pioneirismo à inclusão: um modelo para o país
O projeto marca o início de uma era em que a cirurgia se torna inclusiva e acessível, rompendo barreiras geográficas e sociais, segundo Ramalho. Em palestra no RD Summit, o executivo destacou como a tecnologia robótica vem evoluindo rapidamente — de procedimentos abertos para cirurgias endoscópicas e, agora, para o controle remoto via robô.
A inovação amplia a precisão cirúrgica, reduz o desgaste físico do cirurgião e permite que especialistas experientes atuem mesmo à distância, estendendo o alcance do conhecimento médico.
Mais do que um marco técnico, o projeto foi concebido com viés humanitário e educacional. “Estamos falando de uma solução social mediada por tecnologia”, afirmou o executivo. “Nosso objetivo é levar esse modelo de excelência para qualquer cidadão brasileiro, incluindo populações ribeirinhas e comunidades do interior, que hoje não têm acesso a esse tipo de assistência”, ressaltou.
Para sustentar o avanço, a Unimed criou um comitê científico e técnico (CET) voltado à pesquisa clínica aplicada, certificação profissional e controle de qualidade. Esse grupo é responsável por supervisionar os protocolos de segurança, garantir a regularização junto às autoridades sanitárias e disseminar boas práticas.
“A capacitação é a principal barreira para disseminar a tecnologia”, ressaltou Ramalho, lembrando que a educação médica continuada é parte da essência cooperativista da Unimed.
Em paralelo, um comitê de negócios foi formado para estruturar um modelo sustentável e multimarcas, permitindo parcerias com empresas privadas sem vínculo exclusivo com fornecedores de tecnologia. O propósito, segundo Ramalho, é assegurar que o projeto permaneça acessível e replicável, com base em um modelo de cooperação e adesão espontânea.
Inovação com propósito e cooperação em larga escala
O alcance do sistema Unimed confere musculatura ao projeto. São 340 cooperativas, 170 hospitais e 116 movimentos em atividade, além de uma base que realiza 665 milhões de procedimentos por ano, presente em 39% dos municípios brasileiros. Essa estrutura é vista como diferencial para escalar a cirurgia robótica e transformá-la em um serviço acessível e de impacto nacional.
Durante os testes, o desempenho técnico foi considerado excepcional: largura de banda superior a 100 megabytes, perda de imagem e áudio zero e latência mínima entre o comando do console e a resposta do robô. Ramalho afirmou que não houve delay perceptível.
“O cirurgião estava no quarto, o paciente em outra cidade, e a resposta era imediata. É uma demonstração concreta de que a excelência científica pode ser democratizada com recursos existentes”, explicou.
O projeto envolveu 42 profissionais, entre médicos, engenheiros, técnicos e especialistas em conectividade, e contou com quatro empresas parceiras, responsáveis pela infraestrutura e validação técnica. Cada etapa foi documentada e publicada para fins de transparência e validação científica.
Brasil, de consumidor a exportador de tecnologia
A experiência também inaugura uma nova fase no posicionamento do país no campo da inovação em saúde. “O Brasil deixa de ser apenas consumidor e passa a ser exportador de tecnologia médica”, afirmou Ramalho. A iniciativa da Unimed pode abrir caminho para cooperações internacionais, com médicos de diferentes países atuando juntos em tempo real — um modelo de cuidado transnacional e colaborativo.
No centro dessa transformação, Ramalho reforçou que a humanização segue sendo o valor norteador da medicina, mesmo em meio ao avanço tecnológico. “O olhar, a escolha e o contato humano são insubstituíveis. Mas a tecnologia pode ampliar esse olhar, levar cuidado e acolhimento — o nosso ‘colo humanitário’ — a quem antes estava distante de qualquer possibilidade de acesso”, pontuou.
Tecnologia a serviço da equidade
O programa de cirurgia robótica remota da Unimed se consolida, assim, como uma das iniciativas mais ousadas de inclusão tecnológica na saúde brasileira. Não voltado apenas ao setor suplementar, o projeto pretende beneficiar todo o sistema, público e privado, levando excelência cirúrgica e conhecimento médico especializado a localidades onde a distância costumava ser uma sentença de desassistência.
Para Ramalho, trata-se do início de uma revolução silenciosa.
“Estamos inaugurando uma era de telecirurgia inclusiva, em que a tecnologia serve como ponte entre o saber médico e o cidadão. É a prova de que inovação e humanização não são opostos — são complementares”, finalizou.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
CFM em foco: decisões que se afastam da prática
Dez anos na defesa de um modelo eficiente para a gestão da saúde
https://medicinasa.com.br/modelo-eficiente-gestao/
ANS aponta que número de beneficiários de planos de saúde chega a 53,2 milhões
https://medicinasa.com.br/usuarios-planos-aumenta/
Da teoria à prática: como a saúde pode liderar a agenda climática
https://medicinasa.com.br/saude-agenda-climatica/
ESTADÃO
CFM em foco: decisões que se afastam da prática
Completando 80 anos de instituição, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem papel fundamental na garantia de uma prática médica segura, ética e eficaz. É também quem está na linha de frente, tendo como principal objetivo a defesa dos médicos e suas condições de trabalho, atualmente em algumas situações insustentáveis: longas jornadas, falta de infraestrutura e remuneração defasada. Não há dúvidas de que a existência do conselho trouxe e traz avanços importantes em termos de organização da profissão e defesa da ética.
Mas, ao mesmo tempo, é inegável que, por vezes, o CFM se distancia das necessidades e demandas reais da categoria, ocupando-se com medidas e obrigações que ninguém pediu, que pouco levam em conta o profissional que está na ponta.
Um exemplo disso foi o Atesta CFM: uma norma, instituída em 2024 e atualmente suspensa judicialmente, que obriga que todos os atestados médicos sejam emitidos, geridos e armazenados por uma única plataforma do CFM.
Já temos prontuários eletrônicos, certificados digitais, sistemas que deveriam, idealmente, ser integrados. Agora teremos uma camada extra obrigatória. É preciso parar o atendimento para fazer login em outra plataforma, imprimir blocos de atestados e ainda redigitar informações no sistema. Tudo isso custa tempo, desgasta o médico e sobrecarrega quem já anda no limite.
O paciente é também prejudicado. No consultório lotado, em regiões que não têm internet estável, no posto de saúde que mal consegue imprimir um documento. Essas realidades parecem invisíveis para quem toma essa decisão. Imaginemos a cena: uma fila de pacientes à espera de atendimento e o médico parando para preencher e "passar a limpo" os atestados emitidos. A medida, em vez de fortalecer a assistência, só escancara o abismo entre as resoluções do conselho e a realidade do sistema público de saúde.
Além disso, impõe-se que os dados clínicos do paciente sejam compartilhados e armazenados na base de dados do CFM. A que propósito? Segundo a própria norma do CFM, o conselho poderá oferecer um serviço pago para empresas consultarem informações médicas dos colaboradores.
Ou seja, em vez de ouvir os médicos e investir em soluções que reduzam a burocracia, o CFM escolheu criar obrigações e mais barreiras, resultando em serviços pagos para a entidade.
Ainda que o uso da plataforma não tenha custo direto para o médico, sua implementação demanda adaptações, novas rotinas e tempo de trabalho. Todo esse entorno tem impacto financeiro e operacional. A criação de mais uma camada tecnológica implica ajustes em sistemas, treinamento de equipes e reestruturação de fluxos, algo que, na prática, recai sobre o médico e as instituições de saúde.
O Atesta CFM pode ter nascido com o propósito de proteger pacientes, profissionais e empregadores, mas o efeito prático é o oposto: desvia o tempo da consulta e ignora a realidade assistencial.
Não há dúvida de que mecanismos que protejam pacientes de fraudes são necessários. Queremos segurança. Mas segurança sem impor sistemas que não dialogam com a prática clínica, sem ignorar desigualdades de acesso, sem forçar duplicações desnecessárias.
Inclusive, com a expansão da telessaúde e digitalização de serviços, meios já existem para combater essas fraudes (assinaturas digitais com certificados, por exemplo - essas, aliás, fornecidas pelo próprio conselho -, assim como ferramentas de validação do próprio governo, como o Validar ITI). Elas deveriam ser melhor aproveitadas e integradas, não simplesmente suplantadas por mais uma obrigação que impactará o dia a dia do médico.
Não precisamos de um conselho que seja um cartório para autenticar ou não um documento. O que precisamos e valorizamos é uma entidade focada em proteger condições dignas de trabalho - que é a importância de uma entidade dessa natureza. Sua essencial atuação junto ao poder público, defendendo políticas que valorizem a profissão e assegurem infraestrutura adequada. Há carência de leitos, de equipamentos e de profissionais em diversas regiões do País. É esse tipo de pauta que é urgente - não a criação de plataformas que apenas acrescentam mais etapas a uma rotina já sobrecarregada.
Apreciamos a atuação do CFM quando assume o protagonismo de dialogar com a base médica, com as sociedades de especialidades e com os órgãos públicos. As decisões não podem nascer de gabinetes, mas de escuta, de consultas públicas, de entendimento real da rotina dos profissionais. Isso vale para o Atesta CFM e para tantas outras normas que impactam diretamente quem está cuidando de vidas.
Para o avanço de propostas em prol da classe, o primeiro passo é ouvir e se aproximar de quem está na ponta: médicos que trabalham no sistema de saúde, em UBS, hospitais públicos, consultórios - antes de tomar a decisão e impor obrigações. Só assim poderemos garantir que segurança e ética caminhem juntos para os próximos 80 anos com condições de trabalho mais dignas.
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MEDICINA S/A
Dez anos na defesa de um modelo eficiente para a gestão da saúde
O Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross) completa neste ano uma década de existência, reunindo as principais instituições do terceiro setor que são responsáveis por mais de 50% dos serviços públicos de saúde sob contrato de gestão com secretarias municipais e estaduais de saúde. Em 2024 essas instituições foram responsáveis por 96,6 milhões de consultas, 1,1 milhão de internações, 988,3 mil cirurgias e 124,8 milhões de exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O instituto nasceu da necessidade de defender o modelo de OSS sob diferentes aspectos, incluindo sua adequada utilização por parte do poder público na escolha e acompanhamento do trabalho executado pelas entidades parceiras, a ética, a transparência e as boas práticas de governança, além do compromisso das instituições verdadeiramente sérias na constante busca pelo fortalecimento do SUS.
Também integram os objetivos do Ibross destacar as entidades sérias, corretas e com reconhecida capacidade técnica e gerencial dos serviços de saúde. O Ibross tem buscado soluções que tragam mais qualidade e eficiência para o modelo de organizações sociais, por meio do aprimoramento da legislação, capacitação dos gestores de saúde pública para a adequada escolha das OSS, fiscalização do cumprimento dos contratos de gestão e aperfeiçoamento dos mecanismos de compliance e transparência por parte das entidades parceiras.
É importante destacar as parcerias que o instituto firmou com órgãos como o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), TCU (Tribunal de Contas da União), OPAS/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde) e o Instituto Ética Saúde (IES), com participação ativa nas discussões sobre métodos eficientes de gestão na saúde pública.
O instituto também está desenvolvendo uma ferramenta para acompanhamento de indicadores de produtividade dos serviços de saúde sob contrato de gestão por OSS e publicou resolução interna recomendando total transparência de suas associadas em relação aos contratos de gestão firmados com o poder público, bem como contratos com fornecedores e remuneração dos colaboradores conforme cargo e função.
Promoveu, ainda, o primeiro censo nacional sobre o cenário das organizações sociais no Brasil, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), e adotou pesquisa comparativa que auferiu significativa evolução dos pilares de maturidade em compliance das OSS associadas. Um levantamento realizado pelo Ibross em parceria com o IES e a ONA (Organização Nacional de Acreditação) revela que 68,9% dos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) sob gestão das principais Organizações Sociais de Saúde do país possuem selos de acreditação. Esse alto índice demonstra a preocupação das OSS associadas em garantir e comprovar a qualidade e a segurança proporcionada aos pacientes nas unidades.
O modelo de OSS já está bastante consolidado e faz parte da realidade do SUS há quase três décadas. Está presente em 20 estados e no Distrito Federal, contemplando cerca de 270 municípios. As organizações sociais existentes no país são responsáveis pelo gerenciamento de um total de aproximadamente 30 tipos de equipamentos de saúde, entre Unidades Básicas de Saúde (UBS), Caps (Centros de Atenção Psicossocial), centrais de regulação médica de urgência, ambulatórios especializados, hospitais gerais, hospitais especializados, prontos-socorros, clínicas, laboratórios, farmácias de alto custo e outros.
Em razão do avanço das OSS na saúde nos últimos anos no Brasil, o Ibross surgiu em momento oportuno para fornecer informações à sociedade sobre um sistema que proporciona mais eficiência na gestão de serviços públicos de saúde, com maior produtividade em relação aos recursos financeiros disponibilizados, além de assistência qualificada e resolutiva para a população. E temos trabalhado para o aperfeiçoamento contínuo desse modelo consagrado como um grande aliado do SUS em todo o Brasil.
*Sergio Daher é presidente do Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde) e superintendente de relações institucionais da Agir – Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde Irmã Rosane Ghedin e diretor-presidente do Santa Marcelina Saúde.
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ANS aponta que número de beneficiários de planos de saúde chega a 53,2 milhões
O número de usuários de planos de saúde alcançou, em setembro, 53.232.560 pessoas na área de assistência médica e 34.910.516 em planos exclusivamente odontológicos. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e mostram aumento de 0,63% e de 1,04%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
Os planos de assistência médica tiveram 1.347.958 novas adesões ou vínculos, e o cancelamento de 1.015.121 vínculos. A agência chama a atenção que não se trata de indivíduos, já que uma mesma pessoa pode ser beneficiária em mais de um plano.
Segundo a ANS, os novos vínculos ou adesões são referentes a vários tipos de entrada, como novos beneficiários, transferência de carteira, mudança voluntária de plano, entre outros. Os cancelamentos também podem se referir a todo tipo de saída, seja encerramento do contrato de plano coletivo de uma empresa, retirada de beneficiários do setor ou óbito, por exemplo.
No acumulado de 12 meses, foram registrados 15.537.653 adesões e 14.111.652 cancelamentos.
Nos planos médico-hospitalares, setembro contou com mais 332.837 beneficiários em relação ao mês anterior.
Se o comparativo for em relação a igual mês de 2024, constata-se aumento de 1.426.001 beneficiários no setor. Nos planos exclusivamente odontológicos, 946.755 beneficiários incrementaram o setor em setembro deste ano, quando comparamos com o mesmo mês em 2024. Em relação a agosto, a saúde suplementar adquiriu mais 357.669 beneficiários.
Contratações
A ANS contabilizou 668 operadoras ativas nos planos de assistência médica com beneficiários, somando 21.824 planos ativos de saúde. Em relação aos planos exclusivamente odontológicos, o número de operadoras ativas com beneficiários atingiu 315, mostrando 5.321 planos ativos.
Por tipo de contratação, o número de contratos coletivos superou o de contratos individuais ou familiares tanto nos planos de assistência médica, como odontológicos, atingindo 44.637.145 nos planos médico-hospitalares, destacando os contratos coletivos empresariais (38.787.334); e 29.146.554 nos planos exclusivamente odontológicos, com 25.971.291 contratos coletivos empresariais.
Na comparação com setembro do ano passado, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em todos os estados brasileiros. Os maiores números de beneficiários são encontrados em São Paulo, que subiu de 18.102.385, em setembro de 2024 para 18.694.732, em setembro de 2025; Minas Gerais (de 5.790.510 para 5.902.946|) e Rio de Janeiro (de 5.531.660 para 5.607.424).
Entre os planos odontológicos, 20 estados e o Distrito Federal registraram crescimento no comparativo anual. (Com informações da Agência Brasil)
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Da teoria à prática: como a saúde pode liderar a agenda climática
Quando falamos em sustentabilidade na saúde, é comum que o debate se concentre em eficiência hospitalar, descarte de resíduos e inovação tecnológica. Mas há um eixo que atravessa todos esses temas, o clima. A saúde é um dos setores que mais sofre os impactos da crise climática, e também um dos que mais pode contribuir para mitigá-los. No Sírio-Libanês, entendemos que cuidar do planeta é parte do nosso propósito de promover vida plena e digna.
Nos últimos anos, transformamos esse propósito em uma agenda concreta. Fomos o primeiro hospital brasileiro a aderir ao GHG Protocol, em 2011, e desde então seguimos uma jornada contínua de medição, reporte e redução de emissões. O resultado foi uma diminuição de 40% das emissões de CO₂ em quatro anos, um feito raro para o setor hospitalar, que enfrenta desafios operacionais complexos e ininterruptos.
A transição para uma matriz energética limpa foi um dos marcos dessa trajetória. Hoje, 100% da energia elétrica consumida pelo Sírio-Libanês provém de fontes renováveis, como eólica e solar. Essa mudança foi acompanhada de uma revisão de processos internos e da adoção de tecnologias de eficiência energética como automação predial, iluminação LED e otimização de equipamentos de alta demanda. Em situações emergenciais, as emissões são compensadas integralmente por meio da aquisição de créditos de carbono auditados, com preferência por projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.
Também avançamos na gestão circular de resíduos. Cerca de 18% do total produzido é reciclado e outros 17% passam por compostagem, aproveitando o potencial orgânico das operações de alimentação e lavanderia. Reduzimos o envio a aterros sanitários, priorizando destinações que capturam e reaproveitam gás metano, e ampliamos a logística reversa de insumos como embalagens de álcool em gel, sabonetes, seringas, bolsas de soro e gelox, sempre dentro dos mais rigorosos padrões de segurança hospitalar.
A sustentabilidade se estende ainda à cadeia de valor, responsável por mais de 70% das emissões indiretas. Por isso, adotamos critérios de sustentabilidade e pegada de carbono na seleção e acompanhamento de fornecedores, incentivando práticas responsáveis em toda a rede. Quando encontramos parceiros que ainda não estão alinhados à agenda ESG, buscamos promover o diálogo e a capacitação, apoiando sua transição para modelos mais sustentáveis.
Essas iniciativas só são possíveis com uma governança sólida. A sustentabilidade integra a estratégia institucional e o modelo de gestão do Sírio-Libanês, alinhado a frameworks internacionais como GRI, SASB e relato integrado. Também somos o único hospital do Brasil a receber duas vezes o selo Pró-Ética, concedido pela Controladoria-Geral da União (CGU) – um reconhecimento de que ética e transparência são pilares inseparáveis da agenda ESG.
Às vésperas da COP 30, que colocará o Brasil no centro do debate global sobre clima, reforçamos a convicção de que a saúde não deve ser apenas um setor impactado pela crise climática, mas um agente ativo na sua solução. O Sírio-Libanês tem demonstrado que é possível conciliar excelência assistencial, segurança do paciente e responsabilidade ambiental. Reduzir emissões, investir em energia limpa e promover a economia circular são decisões que salvam vidas – ainda que de forma indireta.
Cuidar do planeta é, também, cuidar da saúde de todos nós. E esse é um compromisso que ultrapassa fronteiras, governos e gerações.
*Giovana Kill é diretora de Sustentabilidade do Hospital Sírio-Libanês.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
STF garante segurança jurídica na regulação de estágios em medicina
https://medicinasa.com.br/stf-limites-atuacao-cfm/
Número de usuários de planos de saúde aumenta em setembro
Grupo Fleury amplia atuação na saúde da mulher com compra do laboratório Femme
Prefeito tiktoker de Sorocaba é afastado do cargo após operação que investiga contratos da Saúde
https://ohoje.com/2025/11/06/prefeito-tiktoker-de-sorocaba-afastado/
Arma dispara acidentalmente em pronto-socorro psiquiátrico em Goiânia
MEDICINA S/A
STF garante segurança jurídica na regulação de estágios em medicina
No início de outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou decisão que suspendeu trechos da Resolução nº 2.434/2025 do Conselho Federal de Medicina (CFM), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamento (ADPF) nº 1247, proposta pela Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES). A decisão referendou a liminar concedida pelo ministro Flavio Dino.
Com o julgamento, o STF afastou a possibilidade de o CFM fiscalizar diretamente estágios de estudantes de medicina e interditar atividades consideradas irregulares, atribuições que, segundo a Corte analisou em sede cautelar, extrapolam as competências legais do conselho e invadem a esfera de atuação da União. A decisão destacou que o CFM possui papel essencial na fiscalização do exercício profissional da medicina, mas não na regulação e supervisão do ensino superior, responsabilidades atribuídas ao Ministério da Educação (MEC).
A resolução também instituía novas obrigações administrativas para instituições de ensino superior (IES) e criava hipóteses de responsabilidade civil sem amparo legal. Entre os dispositivos suspensos estava a obrigatoriedade de exercício presencial desses coordenadores e a imposição de responsabilidade civil direta e indelegável.
Segundo a decisão do STF, essas disposições violavam o princípio da legalidade e comprometiam a segurança jurídica do sistema educacional. O entendimento reforça que normas sobre formação acadêmica e diretrizes educacionais são de competência exclusiva da União, nos termos da Constituição Federal.
O julgamento representa um importante precedente para a delimitação de competências entre o sistema profissional e o sistema educacional, preservando o equilíbrio regulatório e a autonomia das instituições de ensino. O mérito da ação ainda será apreciado pelo plenário do Supremo.
Apesar das divergências pontuais quanto às competências legais, é importante reconhecer que tanto a AMIES quanto o CFM compartilham o mesmo propósito: garantir a qualidade da formação médica no país. O diálogo institucional e o respeito aos limites constitucionais são caminhos essenciais para que educação e regulação profissional avancem de forma integrada, em benefício dos estudantes, das instituições e da sociedade.
*Priscila Planelis é advogada, especialista em Direito Educacional e secretária-executiva da Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (AMIES).
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AGÊNCIA BRASIL
Número de usuários de planos de saúde aumenta em setembro
Dados foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde
O número de usuários de planos de saúde alcançou, em setembro, 53.232.560 pessoas na área de assistência médica e 34.910.516 em planos exclusivamente odontológicos.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e mostram aumento de 0,63% e de 1,04%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
Os planos de assistência médica tiveram 1.347.958 novas adesões ou vínculos, e o cancelamento de 1.015.121 vínculos. A agência chama a atenção que não se trata de indivíduos, já que uma mesma pessoa pode ser beneficiária em mais de um plano.
Segundo a ANS, os novos vínculos ou adesões são referentes a vários tipos de entrada, como novos beneficiários, transferência de carteira, mudança voluntária de plano, entre outros. Os cancelamentos também podem se referir a todo tipo de saída, seja encerramento do contrato de plano coletivo de uma empresa, retirada de beneficiários do setor ou óbito, por exemplo.
No acumulado de 12 meses, foram registrados 15.537.653 adesões e 14.111.652 cancelamentos.
Nos planos médico-hospitalares, setembro contou com mais 332.837 beneficiários em relação ao mês anterior.
Se o comparativo for em relação a igual mês de 2024, constata-se aumento de 1.426.001 beneficiários no setor. Nos planos exclusivamente odontológicos, 946.755 beneficiários incrementaram o setor em setembro deste ano, quando comparamos com o mesmo mês em 2024. Em relação a agosto, a saúde suplementar adquiriu mais 357.669 beneficiários.
Contratações
A ANS contabilizou 668 operadoras ativas nos planos de assistência médica com beneficiários, somando 21.824 planos ativos de saúde. Em relação aos planos exclusivamente odontológicos, o número de operadoras ativas com beneficiários atingiu 315, mostrando 5.321 planos ativos.
Por tipo de contratação, o número de contratos coletivos superou o de contratos individuais ou familiares tanto nos planos de assistência médica, como odontológicos, atingindo 44.637.145 nos planos médico-hospitalares, destacando os contratos coletivos empresariais (38.787.334); e 29.146.554 nos planos exclusivamente odontológicos, com 25.971.291 contratos coletivos empresariais.
Na comparação com setembro do ano passado, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em todos os estados brasileiros. Os maiores números de beneficiários são encontrados em São Paulo, que subiu de 18.102.385, em setembro de 2024 para 18.694.732, em setembro de 2025; Minas Gerais (de 5.790.510 para 5.902.946|) e Rio de Janeiro (de 5.531.660 para 5.607.424).
Entre os planos odontológicos, 20 estados e o Distrito Federal registraram crescimento no comparativo anual.
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SAUDE BUSINESS
Grupo Fleury amplia atuação na saúde da mulher com compra do laboratório Femme
Aquisição de instituição de mais de R$ 200 milhões reforça presença do grupo no segmento intermediário e amplia rede para 582 unidades no país.
O Grupo Fleury anunciou a aquisição do Femme Laboratório da Mulher, referência em saúde feminina em São Paulo. O movimento dá continuidade à estratégia de expansão do grupo, iniciada em 2017, e reforça a aposta em oferecer soluções cada vez mais integradas na jornada de cuidado.
Fundado há 52 anos, o Femme atua com serviços de análises clínicas e diagnóstico por imagem em 12 unidades — 11 na capital e uma em Osasco.
Nos últimos 12 meses encerrados em 2024, o laboratório registrou receita de R$ 287 milhões. O valor da aquisição (Enterprise Value) foi de R$ 207,5 milhões, com múltiplos implícitos de 5,5x EV/EBITDA e 3,3x EV/EBITDA pós-sinergias. Com a incorporação, o Fleury passa a contar com 582 unidades de atendimento no Brasil, sendo 142 no estado de São Paulo.
Tradição e referência na saúde da mulher
Reconhecido por seu corpo clínico especializado e pela forte relação com ginecologistas, o Femme consolidou-se como prestador preferencial no cuidado à saúde da mulher. A marca conta com 1.400 colaboradores e 400 médicos atuando diariamente na atenção às pacientes.
“Femme é uma marca consolidada na saúde da mulher em São Paulo e complementa fortemente nossa oferta de serviços no segmento intermediário, em linha com nosso objetivo de oferecer soluções integradas na jornada de cuidado”, afirma Jeane Tsutsui, presidente do Grupo Fleury.
Esta é a 22ª aquisição do Fleury desde 2017, somando R$ 2,2 bilhões em investimentos. Segundo a presidente, o negócio segue a lógica de crescimento com sinergias e complementaridade.
“Além da aderência ao nosso crescimento de forma estratégica e da fundamental convergência cultural, encontramos no Femme elevado potencial de sinergias em receitas, custos e despesas operacionais que dão sustentação para nossas exigências econômico-financeiras”, destaca.
O movimento consolida o Fleury como um dos principais players em diagnósticos e saúde integrada no país, com forte presença em São Paulo e foco no segmento intermediário.
Expansão e demografia
A aquisição também reflete uma resposta ao aumento da demanda por rastreamento e diagnóstico precoce de doenças oncológicas femininas, como câncer de mama e de colo do útero. Em 2025, o Ministério da Saúde passou a recomendar mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, em decisão compartilhada entre paciente e médico.
“Diante do envelhecimento acelerado da população brasileira – com maior expectativa de vida entre mulheres –, o sistema de saúde suplementar precisa se preparar para o aumento das doenças crônicas em uma população idosa majoritariamente feminina”, observa a presidente.
Em São Paulo, 39,8% da população tem acesso à saúde suplementar — índice bem acima da média nacional, de 24,6%.
“Atuar em mercados com ampla cobertura de planos de saúde é essencial para expandirmos nossa presença, ganharmos escala e elevarmos o padrão dos serviços diagnósticos”, conclui a executiva.
Para Jeane, o movimento reforça a trajetória centenária do grupo e sua ambição de moldar o futuro da saúde no país.
“Seguimos firmes na missão de construir a saúde que desejamos para o futuro, guiados pela ética, pelo cuidado e pela dedicação das pessoas que nos permitem evoluir como referência e como um dos líderes do setor de saúde no Brasil”, ressalta.
A efetivação da transação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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O HOJE
Prefeito tiktoker de Sorocaba é afastado do cargo após operação que investiga contratos da Saúde
Decisão judicial suspende Rodrigo Manga do cargo em ação relacionada à operação Copia e Cola da Polícia Federal
O prefeito da cidade de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo nesta quinta-feira (6) por decisão judicial relacionada a investigações sobre possíveis irregularidades em contratos da área da saúde. A informação foi divulgada pelo próprio gestor em vídeo publicado nas redes sociais e confirmada pela assessoria do município. No comunicado, a prefeitura afirmou que irá se manifestar por meio de nota “nos próximos dias”.
No vídeo, gravado em Brasília, Manga relatou que recebeu a notificação enquanto estava na capital federal. Ele afirmou: “Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. Eu aqui em Brasília, ontem eu fui em frente ao Palácio da Justiça, falei que tem que colocar o Exército na rua, rodei o Congresso, os deputados me receberam super bem, falando: ‘Manga, cuidado, está aparecendo muito, estão tentando aí’”.
Influência nas redes sociais
Rodrigo Manga, de 45 anos, ficou conhecido nacionalmente por sua atuação nas redes sociais, onde publica vídeos diários sobre ações da prefeitura e bastidores da rotina política. O prefeito adotou um estilo comunicativo voltado ao público digital, ganhando o apelido de “prefeito TikTok”. Ele soma 3,8 milhões de seguidores no Instagram e 3,3 milhões no TikTok, números que colocam seu perfil entre os de maior alcance entre gestores municipais no país. Antes de assumir a prefeitura, Manga foi vereador por Sorocaba e presidiu a Câmara Municipal.
Operação investiga contratos emergenciais na Saúde de Sorocaba
A decisão judicial faz parte de uma nova fase da operação Copia e Cola, conduzida pela Polícia Federal (PF). Segundo nota da corporação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em Sorocaba. As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A PF também informou que houve o sequestro e a indisponibilidade de cerca de R$ 6,5 milhões em bens de investigados, além da determinação de medidas cautelares, como suspensão de função pública e proibição de contato entre determinados envolvidos.
A investigação apura suspeitas envolvendo a contratação emergencial e o termo de convênio para gestão de unidades de saúde por uma organização social sem fins lucrativos. Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa. Os detalhes da ação não foram divulgados por determinação judicial.
A operação Copia e Cola teve início em 10 de abril deste ano. Na primeira fase, agentes cumpriram mandados ligados ao mesmo núcleo de apurações sobre supostos desvios de recursos públicos na área da saúde. Rodrigo Manga também foi alvo das investigações na ocasião, conhecido nacionalmente por compartilhar vídeos curtos sobre ações da prefeitura em suas redes sociais, onde reúne milhões de seguidores.
Veja o pronunciamento de Rodrigo Manga:
Vice-prefeito assume e prefeitura afirma continuidade dos serviços
Após o afastamento, a Prefeitura de Sorocaba comunicou que o vice-prefeito, Fernando Martins da Costa Neto, assumiu interinamente a administração municipal. Em nota enviada à imprensa, informou que ele permanecerá no cargo “até que os fatos sejam esclarecidos, garantindo a plena continuidade dos serviços públicos e o funcionamento regular da Administração Municipal”. Não foram divulgadas novas posições sobre o conteúdo da decisão judicial.
Além das investigações da PF, o prefeito já respondia a outros processos ao longo do ano. Em maio, ele se tornou réu em uma ação por improbidade administrativa que apura suspeita de superfaturamento na compra de lousas digitais fornecidas pela empresa Educateca. O valor citado na ação ultrapassa R$ 11 milhões, de acordo com documentos anexados pelo Ministério Público.
Manga também é investigado em outro caso que apura possível recebimento de propina em um esquema envolvendo o contrato com uma Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela gestão de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade. As denúncias incluem suspeitas de desvio de recursos e irregularidades na execução do contrato.
No vídeo divulgado nesta quinta-feira (6), o prefeito afirmou que pretende analisar os documentos da decisão e divulgar mais informações. “Quero dizer para vocês que não vou desistir de Sorocaba, não vou desistir do Brasil. Vou verificar tudo que aconteceu e informar para vocês”, disse.
A Polícia Federal informou que as diligências desta fase da operação seguem em andamento e que os materiais apreendidos serão analisados e incorporados ao inquérito. Novas atualizações devem ser divulgadas conforme autorização judicial.
Sorocaba, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem 723 mil habitantes. A gestão municipal segue sob comando interino enquanto os desdobramentos do caso avançam na Justiça.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Arma dispara acidentalmente em pronto-socorro psiquiátrico em Goiânia
Em Goiânia, um disparo de arma de fogo dentro do Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc provocou susto e correria entre pacientes e servidores na manhã desta quinta-feira (6). O tiro, considerado acidental, partiu da arma de um policial penal que acompanhava uma paciente internada na unidade.
Segundo informações preliminares, o agente manuseava o equipamento durante um procedimento de segurança quando ocorreu o disparo. O projétil atingiu o chão e ninguém ficou ferido.
Profissionais do hospital afirmam que situações de risco envolvendo policiais penais são recorrentes. Eles relatam manuseio inadequado de armas, servidores armados dormindo durante o plantão e outros episódios que colocam pacientes e funcionários em perigo.
A unidade, que atende pessoas em crise e com transtornos mentais graves, também enfrenta problemas estruturais. Embora a Secretaria Municipal de Saúde tenha anunciado uma reforma, trabalhadores dizem que as melhorias não avançam. Banheiros sem vasos sanitários e áreas danificadas do prédio estão entre as reclamações.
O Ministério Público de Goiás destinou R$ 4 milhões para a reestruturação do pronto-socorro. A expectativa é que as obras tragam melhorias para a unidade, atualmente considerada fragilizada.
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) esteve no local logo após o disparo. Já a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) informou que instaurou procedimento para apurar o caso.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Plano de saúde aparece em 7º no ranking de desejos dos brasileiros
https://medicinasa.com.br/vox-populi-iess/
35 anos do SUS: o papel das OSSs na consolidação do sistema
https://medicinasa.com.br/35-anos-sus/
Ahpaceg realiza reunião sobre os impactos da reforma tributária na área da saúde
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/11/ahpaceg-realiza-reuniao-sobre-os.html
Sindhoesg promove evento sobre terapia nutricional e auditoria
https://www.issoegoias.com.br/2025/11/sindhoesg-promove-evento-sobre-terapia.html
Saúde mira filas por cirurgias e anuncia rodízio em hospitais goianos
Após vistoria do TCE-GO, Hugo divulga lista de melhorias no atendimento
Rede D'Or (RDOR3) registra lucro de R$ 1,54 bi no 3º tri de 2025
Execução é cultura: o segredo dos planos de ação na saúde que realmente transformam
Marcos do Val quer debate sobre denúncias contra planos de saúde
MEDICINA S/A
Plano de saúde aparece em 7º no ranking de desejos dos brasileiros
Possuir carro, casa própria e celular são os três principais desejos dos brasileiros, seguidos por internet, educação, computador e plano de saúde. Os dados constam da nova edição da pesquisa Vox Populi sobre planos de saúde no Brasil, encomendada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e mostram uma mudança de prioridades dos entrevistados, independentemente de possuir ou não plano de saúde.
Até a edição anterior do levantamento, de 2021, casa própria, educação e plano de saúde figuravam entre os três principais desejos do brasileiro, tanto para beneficiários quanto para não beneficiários. O Vox Populi alerta, entretanto, que a comparação entre a atual pesquisa e as anteriores, especialmente a de 2021, deve ser feita com cautela e considerar que alterações metodológicas introduzidas em 2025, que incluíram a substituição de “TV a cabo” por “serviços de streaming”, a separação de “computador” e “internet/Wi-Fi” como categorias distintas e o agrupamento de todos os tipos de seguros em uma única opção. Essas mudanças ampliaram as alternativas de respostas possíveis e impactam a ordem de classificação dos itens em relação às pesquisas anteriores, observa o instituto.
O plano de saúde figura em sétimo lugar entre os dez itens de maior desejo citados pela população nessa nova edição da pesquisa, ficando à frente de planos odontológicos, seguros e serviços de streaming.
O IESS analisa que, feita a ressalva sobre as mudanças metodológicas e suas influências sobre as respostas, a nova pesquisa reflete que o plano de saúde figura dentro dos desejos do brasileiro, mas admite a hipótese de estar se tornando um “sonho distante e de difícil acesso”. Isso porque um conjunto de fatores potencializa o aumento dos custos e reajustes das mensalidades dos planos, encarecendo o preço do produto. É o caso do gigantesco volume de “judicialização predatória” – ações motivadas por demandas não previstas nos contratos e no rol de coberturas e procedimentos –; o processo intenso e “em tempo real” de incorporação de novas tecnologias, especialmente de medicamentos de alto custo, algo sem precedentes no mundo; fraudes; e desperdícios, especialmente de casos de abusos.
“A adoção de novas tecnologias é um dos principais catalizadores de custos. O paciente, que é também o beneficiário, demanda e celebra essa incorporação, que amplia a oferta de tratamentos, mas que também envolve aumento de custos”, explica José Cechin, superintendente executivo do IESS. As características que envolvem a saúde suplementar no Brasil encarecem os planos e, para uma parte da população, os altos valores tornam o produto “inacessível”, a ponto de deixar de ser um objeto de desejo. “Vivemos em um país socialmente desigual e heterogêneo. Os valores dos planos de saúde podem estar se tornando algo muito distante da realidade financeira das pessoas e, diante disso, é admissível a hipótese de a pessoa deixar de desejar algo porque se tornou inatingível”, analisa.
Ainda no contexto de “acesso”, Cechin destaca o desejo da maioria dos brasileiros especialmente pelo que está a seu alcance financeiro. “O levantamento expressa as mudanças estruturais da vida do brasileiro nos últimos anos, especialmente no aumento do valor atribuído ao carro, ao celular e à conectividade — um reflexo direto da capacidade de consumo e do avanço do empreendedorismo, do trabalho remoto e das novas dinâmicas do mercado nas regiões metropolitanas”, complementa. “Mesmo distante dos primeiros lugares, o plano de saúde permanece entre os desejos mais mencionados — e isso mostra o peso simbólico da proteção à saúde em um país onde o acesso público ainda é desafiador”, reforça.
Cechin observa que o resultado demonstra a consolidação do plano como um símbolo de proteção social. “O fato de o plano de saúde aparecer em ambos os grupos, ainda que com intensidades levemente diferentes, mostra que ele já faz parte da cesta de aspirações estruturais do brasileiro — algo que traduz segurança, cuidado e previsibilidade”, conclui.
O Vox Populi ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas — São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.
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35 anos do SUS: o papel das OSSs na consolidação do sistema
Em 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos de história, consolidando-se como patrimônio coletivo do povo brasileiro e um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo. Criado pela Constituição de 1988, o SUS garante aos mais de 200 milhões de brasileiros o direito universal e gratuito à saúde, sendo referência em atendimento, prevenção e promoção da qualidade de vida.
Ao longo destas décadas, o SUS estruturou políticas que vão da atenção primária a procedimentos de alta complexidade, passando por campanhas de vacinação, programas de saúde da família e ações de vigilância epidemiológica. Manter um sistema dessa magnitude, em um país continental e marcado por desigualdades, exige mais que recursos financeiros: requer gestão eficiente, inovação e parcerias estratégicas. É nesse contexto que as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) se tornaram parceiras fundamentais.
As OSSs são instituições privadas, sem fins lucrativos, que colaboram com o poder público na administração de hospitais, unidades básicas, centros de especialidades e prontos-socorros. Essa parceria permite que políticas públicas sejam executadas com agilidade e foco em resultados, utilizando indicadores de desempenho para garantir atendimento de qualidade e segurança a quem mais precisa.
A atenção primária, porta de entrada do SUS, é um exemplo claro de como a gestão eficiente transforma vidas. Por meio de equipes multiprofissionais, os profissionais acompanham pacientes com doenças crônicas, previnem complicações e incentivam hábitos saudáveis. Essa abordagem reduz a demanda por atendimentos de urgência e internações, melhora a experiência do usuário e garante a sustentabilidade do sistema.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 70% da população brasileira depende exclusivamente do SUS. Em muitas localidades, são as OSSs que asseguram consultas, exames e tratamentos especializados, ajudando a diminuir desigualdades históricas e a levar saúde de qualidade para todos.
Celebrar os 35 anos do SUS é reconhecer suas conquistas, mas também assumir o compromisso com os desafios que virão. A sustentabilidade do sistema depende de modelos de gestão inovadores, investimento contínuo e parcerias sólidas que transformem políticas em serviços concretos.
Como gerente executivo de uma OSS, acredito que o SUS é mais do que uma política pública: é um patrimônio coletivo que deve ser protegido e fortalecido. Instituições, gestores e profissionais de saúde seguem trabalhando em parceria com o Estado e a sociedade civil para garantir que, nos próximos anos, o sistema público continue promovendo equidade, inovação e qualidade de vida para todos os brasileiros.
*João Romano é gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”).
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FOLHA DO PLANALTO
Ahpaceg realiza reunião sobre os impactos da reforma tributária na área da saúde
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) promoveu, na tarde desta quarta-feira, uma reunião com os sócios do Grupo Mapah, Manoel Estevam e Leandro Resende, que apresentaram aos associados as principais mudanças na forma de tributação e os reflexos da reforma tributária no setor da saúde. O encontro aconteceu no formato híbrido.
Manoel Estevam, graduado em Ciências Contábeis e pós-graduado em Gestão Financeira e Controladoria, abordou os principais pontos da proposta de simplificação tributária. Com mais de 20 anos de experiência em auditoria contábil, tributária e financeira, ele destacou que a reforma é um passo importante para reduzir a complexidade do sistema atual, que reúne mais de 460 mil normas desde 1988.
Também ressaltou que o novo modelo busca amenizar problemas históricos como litígios, insegurança jurídica, burocracia, falta de transparência e guerra fiscal entre estados e municípios.
Manoel explicou os pilares da nova tributação, os novos tributos sobre valor agregado (IVA) e o cronograma de implantação e transição. Comentou ainda o Projeto de Lei nº 1087/2025, que trata das novas regras de tributação de rendimentos e lucros.
Em seguida, o sócio Leandro Resende, graduado em Administração de Empresas e Ciências Contábeis, com ampla experiência em consultoria e auditoria tributária, apresentou uma análise sobre a tributação específica da área da saúde.
Ele destacou como os serviços médicos e de saúde serão alcançados pelas novas regras, as reduções e isenções previstas, os desafios e os principais impactos da implementação do IBS e da CBS no setor.
Ahpaceg tem acompanhado as discussões sobre a reforma tributária e promovido encontros com especialistas para manter os associados informados e preparados para as mudanças.
O presidente Renato Daher reforça a importância de as instituições de saúde iniciarem desde já o planejamento e a adequação às novas regras, garantindo segurança e sustentabilidade no período de transição.
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ISSO É GOIÁS
Sindhoesg promove evento sobre terapia nutricional e auditoria
Participantes tiveram aulas a respeito de condutas na nutrição especializada e como esse cuidado contribui financeiramente com os hospitais
Em parceria com o Movimento Nutrindo Vidas, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Sindhoesg) reuniu colaboradores dos hospitais associados para uma aula sobre auditoria e conexões estratégicas no futuro da saúde, na tarde do dia 4 de novembro. O evento teve o apoio a Danone, Ello Distribuidora e Viva Comércio e Importação.
“Falar sobre auditoria é falar sobre vidas, sobre terapia nutricional”, ressaltou Christine Pinto, consultora hospitalar da Danone Nutricia, responsável pelo Movimento que trabalha pela assistência nutricional especializada.
Assim, os participantes puderam conhecer as condutas atuais que envolvem a terapia nutricional. A nutricionista Débora Berbert destacou como os desfechos clínicos, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), são influenciados pela nutrição.
“Por trás de cada conduta clínica há um fator silencioso, mas que define a saúde, que é a nutrição. Não queremos que os pacientes saiam da UTI como sobreviventes, mas como indivíduos funcionais, que conseguem manter suas atividades”, afirmou.
O cuidado deve ser individualizado no decorrer da jornada do paciente, de acordo com triagens que podem diagnosticar a avaliar os níveis de desnutrição, como apresentou a especialista.
Ela alertou ainda que terapias nutricionais enterais costumam ser interrompidas por motivos evitáveis, comprometendo os tratamentos. “A desnutrição hospitalar é um problema de saúde pública no país e, quanto maior o tempo de internação, maior a prevalência do dano”.
Por isso, Débora recomendou o início precoce da terapia nutricional, nas primeiras 48h. “A nutrição enteral não pode ser adiada. Ela pode salvar vidas, especialmente em casos mais críticos”, aconselhou.
Nutrieconomia
Quando o assunto é nutrição, também é necessário pensar na sustentabilidade financeira da instituição, o que é chamada de “nutrieconomia”. Esses fatores se tornam cada vez mais relevantes em um cenário de envelhecimento da população, aumento das doenças crônicas e elevação dos custos hospitalares.
Com base em estudos científicos, Karla Oliveira Blue, especialista em auditoria da Danone, reforçou que o acompanhamento nutricional desde os primeiros momentos da internação contribui com a redução de custos no atendimento ao paciente.
“Não existe caro e barato, existe o que você está investindo no desfecho que espera ter”, resumiu.
Ao final do evento, representantes do Hospital do Rim e do Hospital da Criança, associados do Sindhoesg, apresentaram suas estratégias e debateram com os demais participantes sobre o que pode ser feito para aprimorar a assistência aos pacientes.
A roda vida, contou ainda com a participação de auditores do Ipasgo, que debateram com os representantes dos hospitais as condutas e novas normativas do Instituto para terapia nutricional. Janaína Ferreira Teixeira, coordenadora de Auditoria em Saúde, e Mayara Ferreira dos Santos Cananeia, coordenadora de Atenção Domiciliar do Ipasgo, esclareceram dúvidas dos nutricionistas hospitalares acerca das autorizações e guias de atendimentos parenteral.
O que é o Movimento Nutrindo Vidas?
Com uma coalizão formada por membros segundo e terceiro setores, o Movimento Nutrindo Vidas, relacionado à Danone Nutricia, tem o objetivo de lutar pelo direito à assistência nutricional especializada, principalmente para grupos de pacientes da primeira infância com agravos, oncológicos e idosos.
Uma das maneiras é promover informação por meio de eventos e palestras, como a realizada no Sindhoesg, que é apoiador dos trabalhos. O presidente do Sindicato, Gustavo Clemente, ressaltou a satisfação de fazer parte do movimento e levar informações aos profissionais de saúde.
Você também pode aproveitar essas ações de educação continuada. Fique atento ao cronograma do Sindicato e participe!
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A REDAÇÃO
Saúde mira filas por cirurgias e anuncia rodízio em hospitais goianos
Rasivel dos Reis prestou contas na Alego
Sob a presidência do deputado Wagner Camargo Neto (Solidariedade), a Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento (CTFO), da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), se reuniu na tarde desta quarta-feira (5/11), em audiência pública para a prestação de contas da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), referente aos 1º e 2º quadrimestres de 2025.
A apresentação dos dados foi feita pelo secretário Rasivel dos Reis Santos Júnior na Sala das Comissões Júlio da Retífica. Na ocasião, o gestor relatou, entre outras coisas, o aumento no número de consultas especializadas e queda nas taxas de mortalidade, além de divulgar balanço de atendimentos realizados em hospitais estaduais. Questionado por deputados, Rasivel respondeu sobre gastos com organizações sociais de saúde (OSSs) e demanda por vagas em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
A apresentação teve início com relatório referente à fila de espera para cirurgias eletivas e consultas especializadas no Estado. “Temos visto uma expansão contínua de consultas e procedimentos especializados”, disse, expondo números da primeira metade de 2025, em contraste com o mesmo período de 2024. Segundo ele, nos dois primeiros quadrimestres de 2025, foram feitas 56.426 cirurgias eletivas. Atualmente, 23.129 pacientes aguardam por procedimentos. “Estamos trabalhando para reduzir essa fila de espera, trabalhando com a priorização”, afirmou.
A estratégia será fazer um rodízio, com a participação de quatro hospitais goianos: de Urgências de Goiás (Hugo), Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e Estadual de Aparecida de Goiânia Caio Louzada (Heapa). Neste primeiro momento, cada um deles ficará uma semana sem receber pacientes levados pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros, podendo realizar cirurgias eletivas represadas.
Consultas especializadas
Com relação às consultas especializadas, o secretário enfatizou que, por meio do Sigo e do painel Regulatron, o percentual de utilização das vagas aumentou de 42,77%, em janeiro, para 72,38% em agosto. “Com o sistema integrado, são mais de 30 mil consultas marcadas automaticamente e, quando o paciente desiste, já entra outro da lista de espera. Isso otimizou muito a questão da consulta especializada”, pontuou Reis.
Mortalidade prematura e materna
Em seguida, o secretário apontou a redução na taxa de mortalidade prematura pelo conjunto de quatro principais doenças crônicas não transmissíveis. O número caiu, de acordo com o Rasível, em mais de 100 por 100 mil habitantes. A redução exposta passou de 287,08 para 185,53. A estimativa era de 275, 71.
Já a redução de mortalidade materna foi de 53,6 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. “Toda morte materna deve ser tratada como um evento catastrófico, porque 95% das mortes maternas são consideradas evitáveis”, frisou Rasivel. “Estamos fazendo todo o esforço para não termos morte materna. Cada morte materna é investigada para sabermos o que devemos fazer para que ela seja evitada”, salientou o titular da pasta da Saúde.
Iniciativas recentes e premiadas
O secretário também apontou as iniciativas recentes e premiadas do período. Ele abordou, primeiramente, a Rede Nascer, que tem foco na melhoria de crianças e gestantes, incluindo a busca pela redução das mortes maternas e infantis.
Outra ação que o secretário destacou foi a Identificação Neonatal, que consiste em identificar a criança e a mãe já na sala de parto, o que evita troca e rapto de bebês, além de ajudar em casos de abandono de recém-nascidos. A iniciativa teve início em setembro de 2025, no Hospital Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, e está em expansão, de acordo com Rasivel dos Reis.
O titular da Saúde abordou, ainda, o Meu Prontuário Eletrônico (Meu PEP), vencedor de prêmio de inovação digital. No prontuário, é disponibilizada aos pacientes uma série de informações relacionadas ao histórico de saúde a partir de dados das redes estaduais e municipais.
Ampliação da cobertura vacinal
Rasivel dos Reis destacou, ainda, o Canal Saúde Goiás como uma grande inovação do Estado. Trata-se de uma nova forma de comunicação com o cidadão, com acesso em tempo real a campanhas direcionadas, agendamento de consultas, exames, cirurgias e posição na fila de espera.
O sistema, que envia mensagens via SMS, mensagem de voz ou por meio do aplicativo WhatsApp, resultou no aumento da taxa de cobertura vacinal. “Começamos com a campanha da influenza e foi um sucesso. Conseguimos em torno de 15 mil pessoas a mais para serem vacinadas”, relatou Rasivel dos Reis ao apontar a importância da vacinação, sobretudo no momento atual.
“O mesmo leito em que eu internaria um paciente com uma complicação evitável porque ele não tomou a vacina seria o mesmo leito em que eu internaria um paciente com AVC, infarto ou algum trauma. Muitas vezes, aquele leito está sendo utilizado de forma inadequada por alguém que tomou a decisão deliberada de não se vacinar”, frisou o secretário.
O secretário de Saúde salientou, ainda, a atuação da gestão estadual no incentivo à imunização. “Precisamos nos recuperar dessa tragédia da hesitação vacinal, que, em momento nenhum, o nosso governador participou. Ronaldo Caiado foi o único gestor de direita que sempre incentivou a vacinação, nunca foi negacionista e sempre valorizou a ciência e a vida. Essa é uma questão extremamente importante, que o Estado de Goiás deu exemplo”, completou Rasivel dos Reis.
Novas unidades hospitalares
No encontro, o secretário também apresentou números referentes a novas unidades hospitalares em Goiás. Segundo o relatório, com um ano de funcionamento, o Hospital Estadual Ronaldo Ramos Caiado Filho, em Águas Lindas de Goiás, realizou mais de 200 mil atendimentos à população do Entorno do Distrito Federal (DF). O valor investido na unidade de saúde, que conta com 164 leitos, 40 unidades de terapia intensiva (UTIs) e 22 consultórios, foi de R$ 157 milhões.
Já o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), dedicado ao tratamento do câncer infantojuvenil, registrou no período de três meses de funcionamento: 119 casos atendidos; 81 casos diagnosticados; 146 internações em enfermaria; 35 admissões em UTI; 225 cirurgias realizadas, sendo 18 de grande porte e 19 neurocirurgias; 526 consultas médicas; 926 consultas multi; 104 sessões de quimioterapia; e 853 manipulação de quimioterápicos.
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Após vistoria do TCE-GO, Hugo divulga lista de melhorias no atendimento
Denúncias apontaram superlotação na unidade
Corredores limpos, sem pacientes em macas e sem superlotação – essas foram as imagens e informações de melhoria no atendimento prestado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mostradas nesta quarta-feira (5/11) pelo secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis, ao conselheiro Sebastião Tejota durante reunião no Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). O secretário e assessores trouxeram os primeiros resultados da ação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) após vistoria que o Tribunal realizou no Hugo, motivada pelo recebimento de denúncias de superlotação e demora no atendimento aos pacientes.
As medidas também implicaram na dinamização dos serviços prestados pelo Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol), Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) e Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), que passaram a receber um acompanhamento integrado e contínuo da secretaria.
A equipe da SES foi recebida pelo conselheiro Tejota, relator da área de saúde; pela secretária de Controle Externo, Ana Paula Rocha, e por integrantes da equipe técnica especializada. Durante a reunião, os expositores evidenciaram o caráter colaborativo da atuação do Tribunal em relação ao órgão fiscalizado, tendo como foco a melhor prestação de serviços públicos ao cidadão.
Rasível dos Reis explicou ao conselheiro relator e à área técnica do TCE-GO as medidas adotadas para otimizar o atendimento nos hospitais públicos, a partir do acompanhamento contínuo por parte de um grupo de trabalho, com a realização de reuniões diárias junto às equipes das unidades de saúde. A integração entre a Secretaria e os hospitais e o redesenho de processos de trabalho possibilitaram a redistribuição da demanda por cirurgias eletivas e até as de emergência, atendimento no pronto-socorro, bem como na recepção dos casos enviados pelos sistemas de regulação.
Integração em rede, apoio para consultas especializadas e a instituição da Semana Protegida – sistema que permite aos hospitais adotarem, a cada mês, uma semana com redução do número de atendimentos e a possibilidade de planejamento das demais semanas -, bem como a análise do ciclo de altas foram medidas elencadas pelo titular da SES para viabilizar os resultados alcançados após 23 dias de implementação.
Gestão orientada por evidências
O secretário discorreu ainda sobre gestão orientada por evidências, monitoramento dos ajustes operacionais clínicos e melhorias das condições de trabalho, assegurando que já foram gastos R$ 60 milhões em novos equipamentos para o Hugo e que outros R$ 40 milhões serão aplicados.
As providências, segundo ele, levaram ao aumento do giro de leitos e da eficiência cirúrgica, além da otimização das altas e agilidade nos diagnósticos. E finalizou falando sobre o compromisso da Secretaria de Saúde com a total transparência com o Tribunal de Contas, o monitoramento contínuo da rede, a qualidade e segurança do cuidado e a atuação de forma preventiva no ciclo de demanda.
O conselheiro Sebastião Tejota ressaltou que a parceria entre o Tribunal e a Secretaria é de caráter colaborativo, com foco em apresentar soluções que propiciem ao cidadão um atendimento público de qualidade, semelhante ao da rede privada. Por seu turno, a secretária de Controle Externo do TCE-GO, Ana Paula Rocha, enfatizou que o Tribunal vem mantendo uma fiscalização próxima à SES, acompanhando de forma contínua as ações direcionadas à melhoria dos serviços de saúde.
Ela explicou que uma das principais motivações para a reunião desta quarta-feira foi justamente a superlotação no Hugo, o que levou à adoção de medidas corretivas e à apresentação dos resultados dessas ações. Além disso, a Secretaria de Controle Externo do TCE-GO está realizando uma auditoria para avaliar os sistemas utilizados pela SES na condução das políticas de saúde, especialmente nas unidades hospitalares do estado.
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CNN
Rede D'Or (RDOR3) registra lucro de R$ 1,54 bi no 3º tri de 2025
A Rede D'Or, a maior rede de hospitais listada na bolsa brasileira, anunciou um lucro líquido de R$ 1,54 bilhão entre julho e setembro de 2025. Este resultado representa um crescimento de 32% em co
A Rede D'Or, a maior rede de hospitais listada na bolsa brasileira, anunciou um lucro líquido de R$ 1,54 bilhão entre julho e setembro de 2025. Este resultado representa um crescimento de 32% em comparação ao mesmo período do ano anterior, superando as expectativas do mercado, que previa um lucro de R$ 1,2 bilhão.
Além do lucro expressivo, a companhia reportou um Ebitda de R$ 3,23 bilhões, um aumento de 24,6% em relação ao ano anterior. A receita líquida também cresceu 10,7%, totalizando R$ 14,4 bilhões, embora tenha ficado abaixo da expectativa média de R$ 15,24 bilhões, conforme análise de analistas financeiros.
Esses números refletem a resiliência e o crescimento contínuo da Rede D'Or em um setor crítico como o da saúde. O desempenho acima do esperado pode influenciar as estratégias futuras da empresa e impactar o mercado de ações, especialmente em um cenário onde o setor de saúde enfrenta desafios constantes.
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SAÚDE BUSINESS
Execução é cultura: o segredo dos planos de ação na saúde que realmente transformam
Na gestão hospitalar, o verdadeiro diferencial não está em planejar, mas em fazer os planos acontecerem.
Quem trabalha na saúde sabe: planos de ação existem em abundância. São dezenas de planos em andamento ao mesmo tempo, tratando de qualidade, acreditação, segurança do paciente, processos assistenciais, indicadores e demandas administrativas. Cada plano nasce de uma boa intenção: corrigir falhas, melhorar resultados, alcançar excelência.
Mas há uma diferença entre ter planos de ação e fazer planos acontecerem. Muitos ficam apenas nos papéis, nas planilhas e nos slides das reuniões. Poucos se transformam em resultados concretos.
Planejar é importante. Mas planejar sem executar é desperdiçar energia estratégica. E é aqui que mora o verdadeiro desafio da gestão em saúde: criar uma cultura da execução.
A distância entre o planejamento e o resultado
Hospitais e clínicas têm se tornado cada vez mais hábeis em planejar. As equipes sabem estruturar 5W2H, aplicar PDCA, participar de reuniões de análise crítica, montar cronogramas. Mas, ao longo dos meses, os planos se perdem.
É comum ouvir frases como: “Esse plano ainda está pendente porque não deu tempo”; “Faltou acompanhamento”; “Começamos, mas não conseguimos finalizar”; Não falta competência técnica, falta disciplina, constância e senso de prioridade.
Quando há excesso de planos, pouco tempo e ausência de rituais de acompanhamento, a execução se torna frágil. Na saúde, onde tempo e atenção são recursos escassos, a execução só se sustenta se for parte da cultura, e não apenas uma etapa de um processo burocrático.
Execução é cultura
Uma organização que executa bem é aquela em que todos entendem que cumprir um plano de ação é compromisso institucional. Não se trata de “seguir ordens” ou “entregar para o gestor ver”. Trata-se de fazer o que precisa ser feito porque o propósito é maior do que a tarefa.
Cultura de execução é construída quando:
Há clareza sobre o porquê de cada plano;
Os resultados são acompanhados com transparência;
As equipes se sentem corresponsáveis pelos desdobramentos;
Existe reconhecimento pelos avanços e aprendizado com os erros.
Executar é um ato coletivo, sustentado por comunicação clara, liderança coerente e constância nos hábitos.
Um bom plano de ação não garante resultado se não for acompanhado de rotina, método e persistência. Os planos que realmente transformam seguem alguns princípios:
Metas claras e realistas: objetivos bem definidos, mensuráveis e alcançáveis dentro do contexto.
Prazos possíveis: um plano impossível de cumprir desmotiva.
Responsáveis definidos: se tudo é de todos, nada é de ninguém.
Monitoramento constante: reuniões curtas e periódicas de acompanhamento.
Revisão contínua: corrigir o rumo é parte do processo, não um sinal de fracasso.
Executar exige uma mistura de técnica e comportamento: organização, priorização e, acima de tudo, disciplina.
Quando a cultura da execução não existe
Sem cultura de execução, a instituição cai em alguns padrões nocivos:
Síndrome do planejamento eterno: novos planos são criados antes que os antigos terminem.
Relatórios que não mudam a realidade: muito documento, pouca ação.
Reuniões de acompanhamento improdutivas: longas, repetitivas e sem decisões.
Desmotivação das equipes: quando as pessoas percebem que nada avança, perdem o engajamento.
O resultado é um sistema de gestão que parece movimentado, mas é ineficaz, uma engrenagem que gira sem sair do lugar.
O papel do líder e das equipes
O líder é o guardião da execução. Seu papel é inspirar constância e remover obstáculos:
Estimular acompanhamento leve e produtivo;
Reconhecer avanços visíveis;
Transformar falhas em aprendizado.
Por outro lado, as equipes também precisam assumir protagonismo: a execução pertence a quem faz, e não apenas a quem cobra. Quando a equipe entende o impacto de suas entregas no resultado institucional, seja para o paciente, seja para o processo, o engajamento cresce naturalmente.
Barreiras e como superá-las
Falta de tempo: priorize o essencial. Menos planos, melhor execução.
Excesso de burocracia: simplifique relatórios e planilhas.
Falta de clareza: revise objetivos e responsabilidades a cada início de ciclo.
Desalinhamento entre áreas: crie rituais de integração e comunicação horizontal.
Falta de feedback: celebre avanços, mesmo pequenos, a motivação sustenta o ritmo.
Superar essas barreiras exige uma liderança comprometida e equipes conscientes de que execução é sinônimo de confiança.
Fazer é o que transforma
Na saúde, cada plano de ação representa uma promessa: melhorar processos, garantir segurança, aprimorar o cuidado. Mas promessas não salvam vidas, ações salvam.
Execução é o ponto em que a cultura se torna visível. Não basta planejar com excelência se não há disciplina para realizar, medir e corrigir.
Por isso, a execução é mais do que gestão, é uma forma de liderança. É o momento em que a intenção se converte em resultado, e a melhoria contínua deixa de ser discurso para se tornar prática viva.
No fim, o que diferencia as instituições que evoluem das que apenas planejam é simples: umas falam sobre o que vão fazer, outras fazem o que prometeram.
E, na saúde, essa diferença pode significar vidas salvas pela força de um plano de ação bem executado.
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AGÊNCIA SENADO
Marcos do Val quer debate sobre denúncias contra planos de saúde
Em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (5), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou que apresentará à Comissão de Direitos Humanos (CDH) um pedido de audiência pública para debater possíveis irregularidades e práticas ilícitas no setor de planos de saúde. O parlamentar pretende convocar representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Unimed Brasil e do Conselho Federal de Medicina (CFM) para prestar esclarecimentos. De acordo com o senador, documentos e áudios recebidos por ele apontam que planos de saúde estão interferindo em prescrições médicas para pacientes em tratamento oncológico.
— Isso é uma violação de direitos humanos. Vamos começar a investigar essa atitude criminosa. Se a Unimed está determinando que os médicos oncologistas não prescrevam essa medicação pelo preço e que prescrevam qualquer outra, ou seja, não cumprindo a sua formação como médico, que é salvar vidas a qualquer custo — afirmou o senador.
O senador comentou ainda sobre a operação policial no Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais. Ele destacou que o uso de câmeras corporais comprovou a conduta dos agentes e, segundo ele, desmentiu a narrativa de abuso policial. Marcos do Val afirmou que as imagens mostraram os policiais sendo atacados por traficantes que utilizavam drones para monitorar o avanço das tropas.
— Acabou essa narrativa de que são os excluídos da sociedade, os coitadinhos que não tiveram oportunidade e foram para o crime, foram para as drogas, foram ser traficantes. E também acabou-se a narrativa de que a polícia é violenta, criminosa, assassina, perseguidora. Acabou essa narrativa. Contra fatos não há mais argumentos. As imagens mostram isso para o Brasil e para o mundo — concluiu.
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Assessoria de Comunicação