Postado em: 10/11/2025

CLIPPING AHPACEG 10/11/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM em foco: decisões que se afastam da prática

https://www.estadao.com.br/opiniao/espaco-aberto/cfm-em-foco-decisoes-que-se-afastam-da-pratica/?srsltid=AfmBOor7i0OABblKI3C-s7nDFp0RZk1e2o0rp1stuUvqj6OB5v3qw_Fn

Dez anos na defesa de um modelo eficiente para a gestão da saúde

https://medicinasa.com.br/modelo-eficiente-gestao/

ANS aponta que número de beneficiários de planos de saúde chega a 53,2 milhões

https://medicinasa.com.br/usuarios-planos-aumenta/

Da teoria à prática: como a saúde pode liderar a agenda climática

https://medicinasa.com.br/saude-agenda-climatica/

ESTADÃO

CFM em foco: decisões que se afastam da prática

Completando 80 anos de instituição, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem papel fundamental na garantia de uma prática médica segura, ética e eficaz. É também quem está na linha de frente, tendo como principal objetivo a defesa dos médicos e suas condições de trabalho, atualmente em algumas situações insustentáveis: longas jornadas, falta de infraestrutura e remuneração defasada. Não há dúvidas de que a existência do conselho trouxe e traz avanços importantes em termos de organização da profissão e defesa da ética.
Mas, ao mesmo tempo, é inegável que, por vezes, o CFM se distancia das necessidades e demandas reais da categoria, ocupando-se com medidas e obrigações que ninguém pediu, que pouco levam em conta o profissional que está na ponta.
Um exemplo disso foi o Atesta CFM: uma norma, instituída em 2024 e atualmente suspensa judicialmente, que obriga que todos os atestados médicos sejam emitidos, geridos e armazenados por uma única plataforma do CFM.
Já temos prontuários eletrônicos, certificados digitais, sistemas que deveriam, idealmente, ser integrados. Agora teremos uma camada extra obrigatória. É preciso parar o atendimento para fazer login em outra plataforma, imprimir blocos de atestados e ainda redigitar informações no sistema. Tudo isso custa tempo, desgasta o médico e sobrecarrega quem já anda no limite.
O paciente é também prejudicado. No consultório lotado, em regiões que não têm internet estável, no posto de saúde que mal consegue imprimir um documento. Essas realidades parecem invisíveis para quem toma essa decisão. Imaginemos a cena: uma fila de pacientes à espera de atendimento e o médico parando para preencher e "passar a limpo" os atestados emitidos. A medida, em vez de fortalecer a assistência, só escancara o abismo entre as resoluções do conselho e a realidade do sistema público de saúde.
Além disso, impõe-se que os dados clínicos do paciente sejam compartilhados e armazenados na base de dados do CFM. A que propósito? Segundo a própria norma do CFM, o conselho poderá oferecer um serviço pago para empresas consultarem informações médicas dos colaboradores.
Ou seja, em vez de ouvir os médicos e investir em soluções que reduzam a burocracia, o CFM escolheu criar obrigações e mais barreiras, resultando em serviços pagos para a entidade.
Ainda que o uso da plataforma não tenha custo direto para o médico, sua implementação demanda adaptações, novas rotinas e tempo de trabalho. Todo esse entorno tem impacto financeiro e operacional. A criação de mais uma camada tecnológica implica ajustes em sistemas, treinamento de equipes e reestruturação de fluxos, algo que, na prática, recai sobre o médico e as instituições de saúde.
O Atesta CFM pode ter nascido com o propósito de proteger pacientes, profissionais e empregadores, mas o efeito prático é o oposto: desvia o tempo da consulta e ignora a realidade assistencial.
Não há dúvida de que mecanismos que protejam pacientes de fraudes são necessários. Queremos segurança. Mas segurança sem impor sistemas que não dialogam com a prática clínica, sem ignorar desigualdades de acesso, sem forçar duplicações desnecessárias.
Inclusive, com a expansão da telessaúde e digitalização de serviços, meios já existem para combater essas fraudes (assinaturas digitais com certificados, por exemplo - essas, aliás, fornecidas pelo próprio conselho -, assim como ferramentas de validação do próprio governo, como o Validar ITI). Elas deveriam ser melhor aproveitadas e integradas, não simplesmente suplantadas por mais uma obrigação que impactará o dia a dia do médico.
Não precisamos de um conselho que seja um cartório para autenticar ou não um documento. O que precisamos e valorizamos é uma entidade focada em proteger condições dignas de trabalho - que é a importância de uma entidade dessa natureza. Sua essencial atuação junto ao poder público, defendendo políticas que valorizem a profissão e assegurem infraestrutura adequada. Há carência de leitos, de equipamentos e de profissionais em diversas regiões do País. É esse tipo de pauta que é urgente - não a criação de plataformas que apenas acrescentam mais etapas a uma rotina já sobrecarregada.
Apreciamos a atuação do CFM quando assume o protagonismo de dialogar com a base médica, com as sociedades de especialidades e com os órgãos públicos. As decisões não podem nascer de gabinetes, mas de escuta, de consultas públicas, de entendimento real da rotina dos profissionais. Isso vale para o Atesta CFM e para tantas outras normas que impactam diretamente quem está cuidando de vidas.
Para o avanço de propostas em prol da classe, o primeiro passo é ouvir e se aproximar de quem está na ponta: médicos que trabalham no sistema de saúde, em UBS, hospitais públicos, consultórios - antes de tomar a decisão e impor obrigações. Só assim poderemos garantir que segurança e ética caminhem juntos para os próximos 80 anos com condições de trabalho mais dignas.

...........................

MEDICINA S/A

Dez anos na defesa de um modelo eficiente para a gestão da saúde

O Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross) completa neste ano uma década de existência, reunindo as principais instituições do terceiro setor que são responsáveis por mais de 50% dos serviços públicos de saúde sob contrato de gestão com secretarias municipais e estaduais de saúde. Em 2024 essas instituições foram responsáveis por 96,6 milhões de consultas, 1,1 milhão de internações, 988,3 mil cirurgias e 124,8 milhões de exames realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O instituto nasceu da necessidade de defender o modelo de OSS sob diferentes aspectos, incluindo sua adequada utilização por parte do poder público na escolha e acompanhamento do trabalho executado pelas entidades parceiras, a ética, a transparência e as boas práticas de governança, além do compromisso das instituições verdadeiramente sérias na constante busca pelo fortalecimento do SUS.

Também integram os objetivos do Ibross destacar as entidades sérias, corretas e com reconhecida capacidade técnica e gerencial dos serviços de saúde. O Ibross tem buscado soluções que tragam mais qualidade e eficiência para o modelo de organizações sociais, por meio do aprimoramento da legislação, capacitação dos gestores de saúde pública para a adequada escolha das OSS, fiscalização do cumprimento dos contratos de gestão e aperfeiçoamento dos mecanismos de compliance e transparência por parte das entidades parceiras.

É importante destacar as parcerias que o instituto firmou com órgãos como o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), TCU (Tribunal de Contas da União), OPAS/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde) e o Instituto Ética Saúde (IES), com participação ativa nas discussões sobre métodos eficientes de gestão na saúde pública.

O instituto também está desenvolvendo uma ferramenta para acompanhamento de indicadores de produtividade dos serviços de saúde sob contrato de gestão por OSS e publicou resolução interna recomendando total transparência de suas associadas em relação aos contratos de gestão firmados com o poder público, bem como contratos com fornecedores e remuneração dos colaboradores conforme cargo e função.

Promoveu, ainda, o primeiro censo nacional sobre o cenário das organizações sociais no Brasil, em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), e adotou pesquisa comparativa que auferiu significativa evolução dos pilares de maturidade em compliance das OSS associadas. Um levantamento realizado pelo Ibross em parceria com o IES e a ONA (Organização Nacional de Acreditação) revela que 68,9% dos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) sob gestão das principais Organizações Sociais de Saúde do país possuem selos de acreditação. Esse alto índice demonstra a preocupação das OSS associadas em garantir e comprovar a qualidade e a segurança proporcionada aos pacientes nas unidades.

O modelo de OSS já está bastante consolidado e faz parte da realidade do SUS há quase três décadas. Está presente em 20 estados e no Distrito Federal, contemplando cerca de 270 municípios. As organizações sociais existentes no país são responsáveis pelo gerenciamento de um total de aproximadamente 30 tipos de equipamentos de saúde, entre Unidades Básicas de Saúde (UBS), Caps (Centros de Atenção Psicossocial), centrais de regulação médica de urgência, ambulatórios especializados, hospitais gerais, hospitais especializados, prontos-socorros, clínicas, laboratórios, farmácias de alto custo e outros.

Em razão do avanço das OSS na saúde nos últimos anos no Brasil, o Ibross surgiu em momento oportuno para fornecer informações à sociedade sobre um sistema que proporciona mais eficiência na gestão de serviços públicos de saúde, com maior produtividade em relação aos recursos financeiros disponibilizados, além de assistência qualificada e resolutiva para a população. E temos trabalhado para o aperfeiçoamento contínuo desse modelo consagrado como um grande aliado do SUS em todo o Brasil.

*Sergio Daher é presidente do Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde) e superintendente de relações institucionais da Agir – Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde Irmã Rosane Ghedin e diretor-presidente do Santa Marcelina Saúde.

...............................

ANS aponta que número de beneficiários de planos de saúde chega a 53,2 milhões

O número de usuários de planos de saúde alcançou, em setembro, 53.232.560 pessoas na área de assistência médica e 34.910.516 em planos exclusivamente odontológicos. Os dados foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e mostram aumento de 0,63% e de 1,04%, respectivamente, em relação ao mês anterior.

Os planos de assistência médica tiveram 1.347.958 novas adesões ou vínculos, e o cancelamento de 1.015.121 vínculos. A agência chama a atenção que não se trata de indivíduos, já que uma mesma pessoa pode ser beneficiária em mais de um plano.

Segundo a ANS, os novos vínculos ou adesões são referentes a vários tipos de entrada, como novos beneficiários, transferência de carteira, mudança voluntária de plano, entre outros. Os cancelamentos também podem se referir a todo tipo de saída, seja encerramento do contrato de plano coletivo de uma empresa, retirada de beneficiários do setor ou óbito, por exemplo.

No acumulado de 12 meses, foram registrados 15.537.653 adesões e 14.111.652 cancelamentos.

Nos plan​os médico-hospitalares, setembro contou com mais 332.837 beneficiários em relação ao mês anterior.

Se o comparativo for em relação a igual mês de 2024, constata-se aumento de 1.426.001 beneficiários no setor. Nos planos exclusivamente odontológicos, 946.755 beneficiários incrementaram o setor em setembro deste ano, quando comparamos com o mesmo mês em 2024. Em relação a agosto, a saúde suplementar adquiriu mais 357.669 beneficiários.

Contratações

A ANS contabilizou 668 operadoras ativas nos planos de assistência médica com beneficiários, somando 21.824 planos ativos de saúde. Em relação aos planos exclusivamente odontológicos, o número de operadoras ativas com beneficiários atingiu 315, mostrando 5.321 planos ativos.

Por tipo de contratação, o número de contratos coletivos superou o de contratos individuais ou familiares tanto nos planos de assistência médica, como odontológicos, atingindo 44.637.145 nos planos médico-hospitalares, destacando os contratos coletivos empresariais (38.787.334); e 29.146.554 nos planos exclusivamente odontológicos, com 25.971.291 contratos coletivos empresariais.

Na comparação com setembro do ano passado, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em todos os estados brasileiros. Os maiores números de beneficiários são encontrados em São Paulo, que subiu de 18.102.385, em setembro de 2024 para 18.694.732, em setembro de 2025; Minas Gerais (de 5.790.510 para 5.902.946|) e Rio de Janeiro (de 5.531.660 para 5.607.424).

Entre os planos odontológicos, 20 estados e o Distrito Federal registraram crescimento no comparativo anual. (Com informações da Agência Brasil)

.............................

Da teoria à prática: como a saúde pode liderar a agenda climática

Quando falamos em sustentabilidade na saúde, é comum que o debate se concentre em eficiência hospitalar, descarte de resíduos e inovação tecnológica. Mas há um eixo que atravessa todos esses temas, o clima. A saúde é um dos setores que mais sofre os impactos da crise climática, e também um dos que mais pode contribuir para mitigá-los. No Sírio-Libanês, entendemos que cuidar do planeta é parte do nosso propósito de promover vida plena e digna.

Nos últimos anos, transformamos esse propósito em uma agenda concreta. Fomos o primeiro hospital brasileiro a aderir ao GHG Protocol, em 2011, e desde então seguimos uma jornada contínua de medição, reporte e redução de emissões. O resultado foi uma diminuição de 40% das emissões de CO em quatro anos, um feito raro para o setor hospitalar, que enfrenta desafios operacionais complexos e ininterruptos.

A transição para uma matriz energética limpa foi um dos marcos dessa trajetória. Hoje, 100% da energia elétrica consumida pelo Sírio-Libanês provém de fontes renováveis, como eólica e solar. Essa mudança foi acompanhada de uma revisão de processos internos e da adoção de tecnologias de eficiência energética como automação predial, iluminação LED e otimização de equipamentos de alta demanda. Em situações emergenciais, as emissões são compensadas integralmente por meio da aquisição de créditos de carbono auditados, com preferência por projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

Também avançamos na gestão circular de resíduos. Cerca de 18% do total produzido é reciclado e outros 17% passam por compostagem, aproveitando o potencial orgânico das operações de alimentação e lavanderia. Reduzimos o envio a aterros sanitários, priorizando destinações que capturam e reaproveitam gás metano, e ampliamos a logística reversa de insumos como embalagens de álcool em gel, sabonetes, seringas, bolsas de soro e gelox, sempre dentro dos mais rigorosos padrões de segurança hospitalar.

A sustentabilidade se estende ainda à cadeia de valor, responsável por mais de 70% das emissões indiretas. Por isso, adotamos critérios de sustentabilidade e pegada de carbono na seleção e acompanhamento de fornecedores, incentivando práticas responsáveis em toda a rede. Quando encontramos parceiros que ainda não estão alinhados à agenda ESG, buscamos promover o diálogo e a capacitação, apoiando sua transição para modelos mais sustentáveis.

Essas iniciativas só são possíveis com uma governança sólida. A sustentabilidade integra a estratégia institucional e o modelo de gestão do Sírio-Libanês, alinhado a frameworks internacionais como GRI, SASB e relato integrado. Também somos o único hospital do Brasil a receber duas vezes o selo Pró-Ética, concedido pela Controladoria-Geral da União (CGU) – um reconhecimento de que ética e transparência são pilares inseparáveis da agenda ESG.

Às vésperas da COP 30, que colocará o Brasil no centro do debate global sobre clima, reforçamos a convicção de que a saúde não deve ser apenas um setor impactado pela crise climática, mas um agente ativo na sua solução. O Sírio-Libanês tem demonstrado que é possível conciliar excelência assistencial, segurança do paciente e responsabilidade ambiental. Reduzir emissões, investir em energia limpa e promover a economia circular são decisões que salvam vidas – ainda que de forma indireta.

Cuidar do planeta é, também, cuidar da saúde de todos nós. E esse é um compromisso que ultrapassa fronteiras, governos e gerações.

*Giovana Kill é diretora de Sustentabilidade do Hospital Sírio-Libanês.

..............................

Assessoria de Comunicação