Terça, 31 Outubro 2023 07:34

CLIPPING AHPACEG 31/10/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Falsa médica é presa por usar registro de profissional para fazer procedimentos estéticos, diz polícia

Pai de jovem que morreu após cirurgia plástica diz que filha sonhava em fazer o procedimento: ‘Pagou com a vida’

Médicos contraindicam cateterismo para Vilmar Mariano; entenda o procedimento

De heróis contra covid a 'abandonados': a onda de greves dos profissionais de saúde nos EUA

Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento; empresa registra nota máxima na ANS

MV adquire empresa de tecnologia Maida Health, da Hapvida NotreDame Intermédica

PORTAL G1

Falsa médica é presa por usar registro de profissional para fazer procedimentos estéticos, diz polícia

Nas redes sociais, Renata Costa Ribeiro dizia ser referência em remodelação corporal. Segundo a polícia, ela ficou em silêncio durante depoimento.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

Uma mulher foi presa em flagrante suspeita de realizar procedimentos estéticos sem ter a formação necessária, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Renata Costa Ribeiro usava o registro profissional de uma ginecologista e fazia atendimentos em uma clínica, no Setor Bela Vista.

g1 não localizou a defesa de Renata para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem. Segundo a polícia, ela ficou em silêncio durante o depoimento.

O crime foi descoberto na segunda-feira (30), depois que uma médica procurou a delegacia para denunciar que o registro profissional dela estava sendo usado de forma indevida por outra mulher. Os policiais foram até o local indicado pela vítima e encontraram Renata conversando com uma paciente.

“Essa paciente não quis representar contra ela, mas nós acabamos encontrando no local atestados médicos do SUS, que ela usava e carimbava com o CRM da médica verdadeira, para dar de atestado”, informou o delegado do caso, William Bretz.

Em conversa informal com a polícia, Renata admitiu que usava indevidamente o registro profissional da médica verdadeira. Segundo o delegado, ela chegou a argumentar que tinha conhecimento e sabia o que estava fazendo, apesar de não ter nenhuma formação na área.

“Ela diz que cursou medicina no Paraguai, mas não concluiu e diz que está estudando biomedicina. Mas não apresentou, até o momento, nenhuma comprovação disso”, afirmou o delegado.

Renata será investigada por falsificação de documento público e exercício ilegal da medicina.

Vítimas

De acordo com o delegado William Bretz, ainda não há informações sobre pacientes de Renata que tiveram complicações com os procedimentos. Por isso, a polícia está divulgando o nome e rosto da suspeita, para incentivar possíveis vítimas a denunciá-la.

“A clínica tinha boa aparência, mas uma perícia será feita para saber se há mais alguma irregularidade. Vale dizer que o maior risco é o fato de que ela não tem habilitação para realizar esses procedimentos, mas o local, aparentemente, não era tão insalubre”, afirmou.

“Referência em remodelação corporal”

Nas redes sociais, Renata somava mais de 6 mil seguidores e dizia ser referência em remodelação corporal, além de também oferecer cursos. Entre os procedimentos realizados estão: aplicação de botox, rinomodelação, harmonização corporal e até tratamento de flacidez pós parto.

Em uma publicação feita em 28 de setembro, uma mulher perguntou se o procedimento funcionava. A falsa médica marcou duas pacientes e uma delas respondeu: “Sou paciente da Dra há 6 ou 7 anos e só confio nela para fazer os procedimentos em mim”.

O delegado também disse que vai investigar se Renata dava cursos para outras pessoas. Na internet, a suspeita postou uma série de fotos e vídeos sobre isso. Datas são de 2020 e 2021.

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Pai de jovem que morreu após cirurgia plástica diz que filha sonhava em fazer o procedimento: ‘Pagou com a vida’

Família de Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, aguarda o resultado dos laudos para decidir se vai processar ou não o médico. Pai e mãe da jovem dizem que estão fazendo uso de remédios para dormir.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

A família da jovem Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, que morreu durante uma lipoaspiração em Goiânia aguarda o resultado definitivo dos laudos cadavéricos para decidir se vai processar ou não o médico. Segundo o pai da jovem, Duílio Alves Freire, a filha sonhava em fazer a cirurgia plástica.

“Era o sonho dela fazer a cirurgia, mas pagou o sonho com a vida”, lamentou o pai.

Dayana morava em Itaberaí, na região noroeste do estado, com os pais. Mas, veio até a capital para fazer a cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri no dia 12 de setembro, foi anestesiada, mas durante a cirurgia, passou mal e morreu.

Duílio diz que a família tem feito uso de medicamentos para conseguir lidar com a perda precoce de Dayana.

“Está sendo muito difícil para todos. Ela era uma menina alegre, prestativa, sem defeitos, muito correta com tudo. Todo dia à noite estava em casa, mas agora ninguém chega. Tenho que tomar remédio para dormir. Minha esposa está no psicólogo e psiquiatra, remédio noite e dia”, relatou Duílio.

Ao g1, a defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que “foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito”. Veja a nota completa ao final da reportagem.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.

Complicação ou falha

Segundo o delegado Paulo Ribeiro, que investiga o caso, um laudo preliminar apontou que Dayana teve uma complicação chamada tromboembolismo pulmonar. Porém, a Polícia Técnico Científica aguarda a conclusão do laudo cadavérico completo para saber se a complicação foi ou não responsável pela morte da jovem.

"Esse laudo complementar estabelece que a causa da morte foi tromboembolismo pulmonar, mas ele não é definitivo, é como se fosse um resultado preliminar. Ou seja, ele ainda depende de um outro exame mais detalhado para definir a causa morte", explicou o delegado.

O prazo para que o laudo completo seja concluído é de pelo menos um mês.

A família de Dayana espera para saber se a morte dela foi ocasionada por uma complicação ou se falha houve falha do médico.

“O que eu tinha de perder, eu perdi. Quero saber o que aconteceu, se foi uma fatalidade ou falha. [...] A própria Dayana perguntou a eles sobre os riscos. Eles falaram que o risco era mínimo, que o aparelho é de última geração e bla bla bla”, declarou o Duílio.

A defesa do cirurgião plástico disse que não pode explicar detalhes do caso em função do sigilo médico. Porém, destacou que "se de fato estiver demonstrado que o quadro foi de tromboembolismo, ficará evidenciado que não houve qualquer conduta dolosa ou culposa do médico".

Segundo a Polícia Civil, testemunhas do caso continuam sendo ouvidas. "Estamos na fase de oitivas dos profissionais de saúde que trabalharam na cirurgia da Dayana. O médico cirurgião ainda não foi ouvido, mas outros médicos que participaram sim", explicou o delegado.

Íntegra nota cirurgião plástico (14/09)

O médico, cirurgião plástico, vem através de sua advogada Luciana Castro, OAB/GO 20872, manifestar-se sobre o óbito de sua paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, ocorrida ontem, 13/09/2023 bem como a acusações de erro médico cometido em outras pacientes.

Acima de tudo, o médico ora acusado lamenta profundamente a perda de sua paciente, e está à disposição da família para maiores esclarecimentos. Quanto aos fatos, informamos que, em razão do dever de sigilo, o médico não poderá fornecer detalhes técnicos sobre o caso, sob pena de infringir disposições do Código de Ética Médica bem como do Código Penal Brasileiro.

Temos o dever de esclarecer, todavia, que a paciente apresentou intercorrência durante o procedimento, sendo que imediatamente foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito.

Informamos que por decisão da família da paciente, esta foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para apuração. Estaremos à disposição, acompanharemos e prestaremos todas as informações pertinentes ao caso, estamos a disposição.

O médico acusado tem plena convicção de seus atos, e que nada foi realizado fora da técnica médica indicada para o caso.

Reiteramos que lamentamos o ocorrido e nos consternamos com a dor enfrentada pela família da paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, e esperamos a apuração dos fatos que levaram a seu óbito de forma tão prematura.

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JORNAL OPÇÃO

Médicos contraindicam cateterismo para Vilmar Mariano; entenda o procedimento

Contraindicado para o prefeito de Aparecida, o procedimento pode ser feito até duas vezes por ano em alguns pacientes

O exame ecocardiográfico de Vilmar Mariano, que recebeu alta nesta segunda-feira, 30, um dia após ser internado com dores no peito, revelou não haver necessidade de um cateterismo, procedimento ao qual o prefeito de Aparecida de Goiânia já foi submetido uma vez. O corpo médico, formado com médicos do Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), contraindicou a técnica devido à normalidade das coronárias de Vilmar. O cateterismo, apesar de apresentar riscos, é considerado seguro de acordo com especialista ouvido pelo Jornal Opção, e pode ser feito até duas vezes por ano.

O cateterismo cardíaco é um exame realizado pelo cardiologista para avaliar o funcionamento do coração e alterações nas estruturas do coração ou obstruções das artérias coronárias. Ele permite diagnosticar e/ou tratar doenças cardíacas, como infarto agudo do miocárdio, cardiomiopatias ou arritmias.

O governador de Goiás Ronaldo Caiado e o prefeito de Anápolis Roberto Naves (Republicanos) também já foram submetidos ao cateterismo. Em 2019, o governador foi internado às pressas após sentir dores no peito. Ele passou por um cateterismo, uma angioplastia e teve um stent colocado para desobstruir um vaso sanguíneo.

O médico cardiologista Atex Sander comenta que diversos fatores podem estar ligados aos problemas cardíaco, desde o emocional ao vício em cigarro, por exemplo.

“O cateterismo é usado para detectar obstruções, placas de gordura ou estreitamento das artérias coronárias, que são responsáveis por fornecer sangue ao músculo cardíaco”, revela.

Pacientes com problemas cardíacos podem necessitar de diversos procedimentos de cateterismo ao longo da vida. “Tem pessoas que passam pelo exame uma vez a cada seis meses, tem gente que à cada um ano”, explica Sander.

Como é feito o procedimento

Anestesia local: O paciente recebe anestesia local na virilha ou no antebraço.

Pequeno corte: O médico faz um pequeno corte na pele da virilha ou do antebraço, geralmente na altura do punho ou cotovelo, para inserir o cateter.

Inserção do cateter: O cateter, que é um tubo flexível extremamente fino, é inserido na artéria (geralmente radial, femoral ou braquial) e conduzido pelo médico especialista até o coração.

Localização das entradas das artérias coronárias: Durante o procedimento, o médico localiza as entradas das artérias coronárias direita e esquerda.

Prefeito agradece equipe médica e assina piso da enfermagem

Pelas redes sociais, Vilmar Mariano agradeceu a equipe médica do Hospital Municipal de Aparecida e aproveitou o quadro de saúde positivo para apresentar o projeto que estabelece pagamento do piso nacional da enfermagem.

A assinatura para encaminhar a proposta para a Câmara Municipal foi assinada foi alí mesmo, na sala do hospital. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a medida vai contemplar cerca de 1.580 dos 2.100 profissionais da área que atuam em Aparecida de Goiânia.

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PORTAL TERRA

De heróis contra covid a 'abandonados': a onda de greves dos profissionais de saúde nos EUA

No dia 23 de outubro, mais de 1,3 mil funcionários do sistema hospitalar PeaceHealth Southwest, na fronteira entre os Estados americanos de Oregon e Washington, entraram em greve.

Eles vinham pedindo ao seu empregador que tomasse medidas contra a falta de funcionários e oferecesse aumentos salariais que compensassem o custo de vida local, que é 16% mais alto que a média nacional dos Estados Unidos.

A PeaceHealth Southwest não atendeu às reivindicações dos funcionários, segundo a tecnóloga de ultrassom Shawna Ross, representante dos técnicos do hospital nas negociações. E, após o anúncio da greve, a PeaceHealth "cancelou todas as nossas rodadas de negociação e disse que, se a greve passasse de 1° de novembro, eles suspenderiam o nosso seguro-saúde", segundo ela.

Profissionais da saúde de todo o país estão vivendo problemas similares, trabalhando em departamentos com poucos funcionários e baixos salários. Eles estão esgotados, saturados e prontos para agir.

Já houve greves em farmácias de todo o país e os funcionários das redes de varejo Walgreens e CVS organizaram uma greve nacional, que teve início em 30 de outubro.

Funcionários de dois hospitais diferentes do condado de Los Angeles, na Califórnia (EUA), entraram em greve e, na primeira semana de outubro, cerca de 75 mil funcionários do sistema de saúde Kaiser Permanente em cinco Estados americanos entraram em greve por três dias. A paralisação foi considerada a maior greve de profissionais de saúde da história dos Estados Unidos.

"Esta é a maior onda de greves de profissionais de saúde que já vi na minha vida", afirma Ingrid Nembhard, professora de gestão de saúde da Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. "Acho que, realmente, representa um pedido de ajuda - que o que estava represado se rompeu."

De heróis para vilões?

Ao contrário do que muitas pessoas podem acreditar, os principais problemas enfrentados pelos profissionais da saúde não começaram com a pandemia, segundo Nembhard: "mesmo antes da covid, os profissionais enfrentavam dificuldades".

"Havia falta de pessoal, que fazia com que o volume de trabalho fosse grande para todos. O ambiente de trabalho não era ideal para muitas pessoas e, culturalmente, havia a sensação de que não podíamos nos manifestar e dizer 'existe um problema nesta área, o que podemos fazer para que melhore?'"

"Então, veio a covid e os profissionais vivenciaram coisas que nunca haviam visto antes, em termos de assistência às pessoas, impacto sobre os pacientes, devastação e doença", explica Nembhard.

A questão da falta de profissionais, particularmente, era prevista pelos trabalhadores de campo, segundo Caroline Lucas, diretora-executiva da Coalizão de Sindicatos da Kaiser Permanente, nos Estados Unidos. Ela afirma que "muitos dos fatores que levaram à crise de falta de profissionais eram previsíveis, questões que vínhamos monitorando há cinco, seis anos".

O número de formandos nas faculdades de medicina e enfermagem não vinha acompanhando as projeções de aposentadorias do setor. Mas, além disso, Lucas afirma que a covid-19 gerou uma "aceleração em massa da saída de funcionários, pessoas se aposentando mais cedo ou abandonando o setor de saúde".

Lucas acrescenta que a falta de profissionais foi agravada pelo aumento da demanda pós-pandemia, o que só agravou a sensação de burnout e exaustão.

"Quando a urgência da pandemia de covid meio que diminuiu e as pessoas que haviam postergado cirurgias ou suspendido tratamentos preventivos começaram a retornar em massa ao sistema de saúde, não havia pessoas que ajudassem a atender aquele fluxo", segundo ela.

Os profissionais das farmácias também enfrentaram a falta de trabalhadores e o drástico aumento da demanda, como resultado dos programas de vacinação e testes de covid-19.

"Os funcionários das farmácias CVS ou Walgreens ficaram sobrecarregados com essa exacerbação das tarefas profissionais, sem o correspondente aumento de contratações", afirma a professora de sociologia Gretchen Purser, da Escola Maxwell de Cidadania e Questões Públicas da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos.

Ela destaca que esses profissionais "se sentem muito assoberbados, muito sobrecarregados, muito exaustos. E nada disso trouxe aumento de salários."

Para Purser, este ritmo é "selvagem", considerando como esses mesmos profissionais foram enaltecidos durante o auge da pandemia.

"Três anos atrás, eles eram saudados como heróis - literalmente, heróis", relembra ela, "e eles estão simplesmente abandonados, agora que tudo passou."

Não há opção?

A decisão de entrar em greve não foi tomada de forma leviana, segundo Lucas. Mas os profissionais perceberam que a medida era necessária para melhorar as condições de atendimento.

"As pessoas perguntam se os pacientes não ficarão em risco enquanto você está em greve e nós respondemos que os pacientes estão em risco todos os dias", explica ela. "Se você for ao pronto atendimento, irá esperar por oito horas. Se você receber um encaminhamento para mamografia hoje, irá esperar seis meses. Existe uma crise."

Esta situação, segundo Nembhard, mostra que os profissionais da saúde em greve acreditam que seus pacientes enfrentam maior risco devido ao burnout, exaustão e falta de profissionais das equipes de assistência.

"São muito poucas as pessoas que trabalham no setor de saúde e não se preocupam com as pessoas, não se preocupam com a humanidade e não estão dispostas a se sacrificar para cumprir com a missão de atender os pacientes", ressalta ela. "Ver essas pessoas saindo e dizendo 'não me sinto em posição de poder fornecer bom atendimento aos pacientes e fazer bem o meu trabalho'? Isso é um sinal de alerta."

De fato, Purser afirma que, durante as negociações entre os profissionais de saúde e os executivos dos hospitais, a preocupação com o atendimento aos pacientes pode ter se tornado uma prioridade maior do que os próprios salários.

"Eles sabem que os pacientes não estão recebendo a assistência que merecem e de que precisam. Como se eles estivessem, na verdade, negociando em nome do atendimento aos pacientes", ela conta.

"Eles estão dizendo 'bem, se temos falta crônica de pessoal e estamos sobrecarregados, este empregador é incapaz de fazer o que diz que é sua função'. Por isso, o ponto mais importante da estratégia dos sindicatos no momento é pensar no atendimento aos pacientes."

Ações coletivas podem fazer a diferença

A greve na Kaiser Permanente acabou resultando em um acordo que, segundo Lucas, foi considerado muito promissor pelo sindicato.

O acordo aguarda para ser ratificado pelos funcionários e, se for implementado, irá elevar os salários em 21% ao longo de quatro anos e fornecer investimentos na contratação de novos funcionários e no treinamento dos empregados atuais.

"Existe um pacote de salários e benefícios que realmente ajuda a acompanhar o custo de vida, atraindo e mantendo as pessoas", afirma Caroline Lucas, "e serão formados diversos comitês para definir como podemos contratar melhor, quais vagas devem ser preenchidas com mais urgência e como podemos mudar o fluxo de trabalho para garantir que as pessoas consigam consultar seus médicos de forma rápida e eficiente."

Para ela, o acordo deverá ser um modelo para outras organizações de assistência médica. Não é uma panaceia para os problemas do sistema, mas o sentimento dos funcionários é de orgulho e esperança.

"Estes problemas não surgiram da noite para o dia e também não serão resolvidos da noite para o dia", explica Lucas. "Mas, pelo menos, as pessoas agora sentem que estão sendo ouvidas."

Para Ingrid Nembhard, a parte mais empolgante do acordo da Kaiser Permanente é o compromisso assumido pelos gestores de utilizar o conhecimento e a visão dos funcionários sobre o que realmente é preciso no trabalho de campo.

"Acho que os profissionais de saúde e as pessoas da linha de frente têm muitas ideias criativas", segundo ela, mas essas ideias, muitas vezes, não são ouvidas, nem implementadas.

"Precisamos do apoio dos gestores para poder fazer alguns desses experimentos e descobrir quais devem ser priorizados. Também será preciso que os profissionais tenham paciência. É o que se espera que saia dessas greves: uma parceria para fazer a diferença. Nenhum dos lados tem todas as respostas, mas acho que temos o potencial para um novo dia."

Gretchen Purser afirma que, em primeiro lugar, é provável que ocorram novas greves para forçar os empregadores a ouvir e atender às necessidades dos profissionais.

"De forma geral, existe um forte aumento da atividade dos sindicatos e greves nos Estados Unidos, o que é realmente empolgante", afirma ela.

"Acho que existe uma espécie de efeito de contágio, com as pessoas vendo ganhos reais que são obtidos em diversos setores. Elas também se sentem mal remuneradas, sobrecarregadas, não reconhecidas, não recompensadas e decidem tomar suas próprias ações", conclui Purser.

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MANEZINHO NEWS

Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento; empresa registra nota máxima na ANS


O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários. Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado.

"Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário", conta Bittencourt. Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve, por exemplo, a telemedicina.


"Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral.

Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro", explica Paulo. Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários.

Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima. De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento.
"Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa", diz. Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas.

"Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba", finaliza Bittencourt. 

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JORNAL AMANHECER

MV adquire empresa de tecnologia Maida Health, da Hapvida NotreDame Intermédica



A MV anuncia a compra da Maida Health, empresa de tecnologia da Hapvida NotreDame Intermédica, especialista em soluções de gestão para operadoras e planos de saúde com forte apoio de inteligência artificial e presença em todo o território nacional.

Esta é a quarta aquisição anunciada pela MV em 2023, em acordo ao plano estratégico da empresa, que tem como objetivo fornecer tecnologia para todo o ecossistema de saúde.

A transação está inserida no contexto de otimização e fortalecimento da estrutura de capital da companhia bem como maior foco em seu core business. Dessa forma, a MV tem buscado empresas e tecnologias que complementem seu portfólio especialista no setor saúde, como explica Paulo Magnus, fundador e CEO da companhia. "A aquisição da Maida Health, que possui uma equipe de destaque na área de inteligência artificial para operadoras de saúde, vai agregar muito valor para as operações dos clientes MV, em especial às operadoras Unimed, revolucionando o acesso e a gestão deste mercado", afirma.

Pelos termos acordados, o valor da transação é de R$ 26,6 milhões, sujeito a mecanismos de ajustes de preço comuns em transações similares, além de parcelas adicionais anuais a serem precificadas ao longo dos próximos cinco anos. O recurso para aquisição da Maida Health virá da geração de caixa da MV.

A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes, conforme previstas no respectivo contrato, incluindo a aprovação prévia pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ressalta-se que a Maida Health continuará a conduzir seus negócios normalmente. Portanto, clientes, fornecedores, colaboradores e demais partes interessadas não devem esperar quaisquer alterações na administração, relações comerciais, fornecimento e oferta de serviços.

Sobre a MV

A MV é uma multinacional brasileira especializada na transformação digital da saúde, que conecta, há 36 anos, as demandas do presente sem deixar de olhar para o futuro. Com foco em tecnologias que facilitam a rotina de todo o ecossistema da saúde e contribuem para salvar vidas, a MV desenvolve soluções de gestão integradas para hospitais, clínicas, operadoras, centros de medicina diagnóstica, rede de atendimento pública e pacientes. Mais de 3 mil instituições espalhadas pela América Latina, Central e na África utilizam as tecnologias da MV para garantir eficiência, agilidade, precisão e segurança na prestação de serviços da saúde. Para saber mais, acesse www.mv.com.br.

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Assessoria de Comunicação

 

Já está em vigor a Lei número 22.236/23, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, que assegura às mulheres o direito a um acompanhante, de sua livre escolha, nas consultas e exames em geral, em procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro que exija a sedação.

A nova lei deve ser seguida por estabelecimentos públicos e privados, que também devem afixar cartazes em locais visíveis, na recepção da unidade, orientando as pacientes sobre esse direito.

O descumprimento acarretará a aplicação de advertência ao estabelecimento. Em caso de reincidência será aplicada multa de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00, valores que dobrarão em caso de nova reincidência.

Confira o texto completo da lei.

LEI Nº 22.236, DE 24 DE AGOSTO DE 2023

Dispõe sobre o direito das mulheres à presença de acompanhante nos estabelecimentos públicos e privados de saúde no âmbito do Estado de Goiás.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica assegurado às mulheres o direito a um acompanhante, de sua livre escolha, nas consultas e exames em geral, em procedimentos cirúrgicos ou qualquer outro que exija a sedação, nos estabelecimentos públicos e privados de saúde do Estado de Goiás.

Parágrafo único. O direito previsto no caput deverá ser informado à paciente antes do procedimento e por meio da afixação de placa, em local visível, na recepção do estabelecimento.

Art. 2º O descumprimento desta Lei acarretará:

I – (VETADO);

II – quando praticado por funcionários de clínicas ou hospitais privados, a aplicação, de forma gradativa, de acordo com a responsabilidade do infrator, das seguintes penalidades administrativas:

a) advertência;

b) multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser paga em dobro em caso de reincidência, sendo os seus valores atualizados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC/IBGE.

Parágrafo único. A advertência será aplicada na primeira irregularidade, e a multa, a partir da segunda, aumentada a cada reincidência.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Goiânia, 24 de agosto de 2023; 135º da República.

RONALDO CAIADO

Governador do Estado

BIA DE LIMA

Deputada Estadual

Segunda, 30 Outubro 2023 08:04

CLIPPING AHPACEG 28 A 30/10/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

GO: Saúde firma cooperação para regulamentação da cannabis medicinal

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Passa muitas horas sentado? Veja como salvar sua saúde

METRÓPOLES ONLINE

GO: Saúde firma cooperação para regulamentação da cannabis medicinal


Goiânia - Ao menos 24 unidades da Federação já aprovaram uma regra sobre o uso de cannabis medicinal por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) ou estão debatendo o assunto no Legislativo. Já foram aprovadas leis no Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins. No entanto, isso não quer dizer que as leis já estejam em vigor.

As propostas acontecem nos âmbitos estaduais, já que os produtos à base de cannabis medicinal também não foram incorporados em contexto nacional pelo SUS. Até o momento, os projetos apresentados têm suas especificidades e não há padronização quanto as patologias atendidas ou até mesmo a aquisição dos produtos.

Em São Paulo, por exemplo, o governo definiu a regulamentação dos produtos à base de canabidiol que serão fornecidos pelo SUS. Contudo, em um primeiro momento, apenas as pessoas com as síndromes de Dravet, Lennox-Gastaut e da esclerosa tuberosa é que serão contempladas.

Já no Distrito Federal, existe o fornecimento do óleo de canabidiol para pacientes diagnosticados com epilepsia.

Iniciativa pioneira

Em Goiás, a Secretaria estadual da Saúde, em uma iniciativa inédita no país, firmou um Termo de Cooperação Técnico com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape). A parceria tem prazo de cinco anos para o desenvolvimento de atividades educacionais, de pesquisa científica e regulamentação de produtos derivados da planta cannabis para fins medicinais.

A maior ênfase para o momento é a regulamentação da Lei Estadual de nº. 21.940/2023, de autoria do deputado estadual Lincoln Tejota (UB) e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), mas que recebeu colaboração técnica da Agape para sua formulação. A lei instituiu em Goiás a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos fitorfármacos e fitoterápicos à base da planta cannabis nas unidades de saúde públicas ou privadas conveniadas ao SUS.

"A regulamentação da lei de fornecimento gratuito de medicamentos à base da planta cannabis trará benefícios incalculáveis para a saúde dos goianos, sem custos. O tratamento tem se mostrado, no mundo todo, muitas vezes, o único eficaz para alívio do sofrimento de pacientes acometidos por doenças como esclerose múltipla, fibromialgia, espectro autista, Alzheimer, TDAH, epilepsia, dores crônicas e para amenizar os efeitos colaterais, náuseas e vômitos, da quimioterapia nos pacientes com câncer", observa o diretor da Agape, Yuri Tejota.

O subsecretário de Vigilância e Saúde de Goiás, Luciano Moura, contou ao Metrópoles que, atualmente, a SES-GO já fornece medicamentos à base de cannabis, no entanto, apenas para pacientes que entraram com a judicialização. "Para as situações em que o paciente entrou na justiça, com o laudo médico, e obteve a decisão judicial, nós fornecemos o medicamento, porém, ainda não temos um protocolo de distribuição e é nisso que a parceria inédita com a Agape vem contribuir".

"A ideia do protocolo é desenvolver estudos com a associação para montar um protocolo de distribuição do medicamento. Temos perspectivas de não ter o uso discriminado, claro, que tudo baseado em ciência. A Agape já tem essa expertise e vai contribuir na elaboração desses estudos e processos. Como se trata de uma rotina nova, temos a lei mas não temos a regulamentação da distribuição, o objetivo é que isso seja instituído por meio desses protocolos clínicos. É uma iniciativa pioneira no Brasil, pois em diversos locais já houve a promulgação da lei, mas não avançaram no estabelecimento dos protocolos. Essa parceria vem atender a essas demandas", afirma ele.

Acesso facilitado

Em Goiás, a Lei 21.940 institui a Polícia Estadual de fornecimento gratuito de medicamentos fitofármacos e fitoterápicos à base de cannabis medicinal. A medida vida promover o acesso seguro e o uso racional de tratamentos com fitocanabionoides, como Canibidiol (CBD), Canabigerol (CBG) e Tetrahidrocanabidinol (THC).

A lei tem como objetivo garantir o acesso gratuito a medicamentos fitofármacos e fitoterápicos nas unidades de saúde pública estaduais e conveniadas ao SUS, tanto para o tratamento de patologias específicas quanto para melhorar a qualidade de vida e evitar o agravamento de doenças. Uma das metas da legislação é reduzir a judicialização relacionada aos pedidos de medicamentos à base de cannabis medicinal. Para isso, serão realizados estudos e referências internacionais para adequar a temática do uso terapêutico da cannabis aos padrões de saúde pública estadual.

No Congresso Nacional, também existem projetos em tramitação que buscam garantir o acesso a medicamento à base de cannabis para o uso medicinal do SUS. Há também projeto que regulamentam o setor.

Além disso, é papel da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), vinculada ao Ministério da Saúde, assessorar a pasta na avaliação e inclusão de novos medicamentos e procedimentos no rol do SUS.

Atualmente, a Anvisa já autorizou a comercialização de 25 produtos à base de Cannabis em farmácias brasileiras. Entretanto, apenas um produtos é registrado como medicamento, o Mevatyl. Ou seja, ele é o único que já passou pela avaliação da Conitec, que recomendou seu uso em auxíio a terapias de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave devido à esclerose múltipla que não responderam adequadamente a tratamentos anteriores.

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A REDAÇÃO

Casos de AVC avançam entre os mais jovens no pós-pandemia

Número passou de 10% para 18% em 2 anos 

O número de casos de acidente vascular cerebral (AVC) em jovens e adultos com menos de 45 anos tem chamado a atenção de médicos especialistas no assunto. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de jovens que sofreram com AVC aumentou de 10% em 2020, antes da pandemia, para 18%, em 2022. "A gente tem visto muitos pacientes jovens com a doença, principalmente depois da pandemia, e não é por conta da vacina como muitas pessoas falam. Até porque a covid-19 causa uma inflamação e isso pode ser um dos motivos junto a outros fatores de risco", explica a médica neurologista Mariana Battaglini, coordenadora do ambulatório de AVC do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Noroeste Paulista.

Fatores de risco
O Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é lembrado neste domingo (29/10). A data foi instituída para conscientizar a população sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce. A médica explica que "o tempo curto entre o início dos sintomas e o atendimento médico é essencial para evitar sequelas graves da doença". O AVC é a principal causa de mortes no país, segundo a Rede Brasil AVC, por isso é preciso estar atento aos sintomas e evitar os fatores de risco. "Pressão alta, sedentarismo, alimentação rica em sódio e gordura, drogas, álcool, tabagismo, aquele cigarro eletrônico que tá na moda agora, tudo isso prejudica", diz Mariana. 

O paciente Luiz Carlos dos Santos, de 54 anos, fuma desde os 17. Nesta semana, ele foi levado ao hospital após sentir o lado direito do corpo ficar dormente. Após exames, médicos constataram que se tratava de um AVC e acharam melhor interná-lo. "Eu comecei a sentir o meu braço dormente, depois foi descendo para a perna, e fiquei sem força. Minha mulher chamou a ambulância e eu vim pro hospital, não imaginava que pudesse ser um AVC". 

Luiz não ficou com sequelas graves da doença graças ao rápido atendimento médico. "Estou no hospital me recuperando. Vamos ver como vai ser daqui para frente. Eu me alimento direito, mas fumo há muitos anos, vamos ver se vou ter que mudar alguma coisa. Graças a Deus não tive nada pior", comemora o paciente. 

Tipos de AVC
De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. "A recuperação do paciente e as sequelas vão depender da área atingida. Nós temos dois tipos de AVC que acontecem por motivos diferentes, o hemorrágico e o isquêmico", explica a médica. 

AVC hemorrágico: quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. Pode ser o mais fatal entre os dois.

AVC isquêmico: quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.

Sintomas
A médica explica que as pessoas precisam ficar alertas sobre os sinais de um AVC. "Os mais comuns são formigamento, fraqueza nos braças e nas pernas, alteração na fala ou na compreensão, principalmente quando a pessoa tava dormindo e acorda confusa, isso pode ser um sinal", destaca. 

Tratamento e reabilitação
A pessoa com alterações decorrentes de um AVC pode apresentar diversas limitações em consequência da doença, e a recuperação é diferente em cada caso. "Os primeiros três meses para o paciente em processo de reabilitação são fundamentais. Em cada caso o médico vai indicar a melhor forma de tratamento, processos de reabilitação e medicamentos", ressalta a médica. 

Prevenção
Um estudo da Organização Mundial do AVC revela que o número de mortes pela doença no mundo poderá aumentar 50% e chegar a quase 10 milhões de vítimas até 2050, se ações de prevenção não forem aprimoradas. De acordo com a médica ouvida pela reportagem, os casos de AVC podem ser evitados através do controle dos fatores de risco. "É preciso ter uma vida saudável, se alimentar bem, fazer exercícios e exames de rotina", finaliza. 

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OAB-GO vai sediar Congresso Goiano da Saúde em novembro

A sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), em Goiânia, vai receber nos dias 21 e  22 de novembro o II Congresso Goiano da Saúde: Repensando a Judicialização. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site da Escola Superior de Advocacia de Goiás (Esa/GO)

Advogado com ênfase em Direito Médico, Igor Mascarenhas será um dos palestrantes. Especialista em Direito da Medicina pelo Centro de Direito Biomédico vinculado à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, ele vai participar da mesa 'Um novo Paradigma na Publicidade Médica', que abrirá o primeiro dia de atividades. 

Na programação do Congresso também estão previstos debates com os temas Compliance em Instituições de Saúde, Judicialização das Políticas Públicas de Saúde,  Aspectos Processuais do Direito da Saúde, Reajustes e Cobertura na Saúde Suplementar, entre outros. 

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PORTAL TERRA

Passa muitas horas sentado? Veja como salvar sua saúde


Para quem passa muitas horas do dia sentado, pesquisa internacional recomenda a prática diária de 22 minutos de atividade física, o que pode melhorar a saúde

Quanto tempo você passa diariamente sentado, considerando as horas de trabalho e o tempo gasto no transporte e no lazer, vendo a sua série preferida? Para um equipe internacional de pesquisa, adultos passam, em média, de 9 a 10 horas por dia sentados. Para evitar as complicações do excesso de sedentarismo, o grupo descobriu que fazer exercícios diariamente por 22 minutos elimina a maioria dos problemas envolvendo a saúde.


O estudo que busca soluções para quem passa longos períodos do dia sentado usou dados de aproximadamente 12 mil pessoas, com 50 anos ou mais, que usavam smartwatches ou outros dispositivos que indicassem o nível de atividade diária. Nesse recorte, participaram populações da Noruega, Suécia e Estados Unidos. O resultado final foi publicado na revista British Journal of Sports Medicine.

O problema de ficar sentado

Com as facilidades da vida moderna, o sedentarismo tem se intensificado na maioria das populações. No entanto, manter o corpo parado por longos períodos e com frequência, sem realizar nenhum tipo de atividade física, pode aumentar o risco de inúmeros problemas de saúde, como obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças do coração e alguns tipos de câncer. Consequentemente, o risco de morte precoce é maior.

Para entender o risco avaliado no estudo, uma pessoa que passa mais de 12 horas por dia sentada tem um risco de morte precoce 38% maior do que o observado em indivíduos que são sedentários por "apenas" 8 horas.

Como proteger sua saúde?

A saída, segundo os pesquisadores, para evitar os problemas do sedentarismo é acrescentar pequenos períodos de atividade física durante o dia. Nas análises, foi possível observar que aqueles que praticavam 22 minutos de atividade moderada ou intensa não tinham mais a alta probabilidade de morte precoce, mesmo que passassem 12 horas sentados.

O interessante é que, a cada 10 minutos extras de atividade por dia, mais benefícios para a saúde são observáveis. Então, vale entender como funciona a sua rotina e adaptar essas descobertas, ainda mais quando se pensa em longevidade e vida saudável.

Exemplos de atividades físicas e exercícios diários

Para os pesquisadores, os 22 minutos de atividade física não precisam ser consecutivos. Em outras palavras, ao longo do dia, uma pessoa pode acumular todo esse tempo, dividido em pequenas atividades, como:

Subir escadas;

Caminhar de forma acelerada - outra pesquisa indica 8 mil passos diários para ter uma vida longeva;

Realizar atividades domésticas que exigem esforço, como limpar janelas ou cortar a grama;

Andar de bicicleta.

Vale observar que a conclusão do estudo sobre os perigos do excesso de sedentarismo para a saúde estão completamente alinhados com a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma vida saudável, que recomenda 150 minutos semanais de atividades intensas e moderadas por semana.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 27 Outubro 2023 06:31

CLIPPING AHPACEG 27/10/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso da enfermagem: TST marca nova negociação

Parceria entre Sociedade Brasileira de Mastologia e Ministério Público pode mudar a realidade do câncer de mama no Brasil

Sancionada lei que amplia atendimento a pacientes com dor crônica

Especialistas fazem alerta com primeiros casos de falsificação do Ozempic no Brasil

Apesar da queixa de médicos, enfermeiros podem colocar DIU em mulheres

Amil: ao menos cinco investidores estão no páreo para comprar a operadora de planos de saúde

Outubro Rosa: colaboradoras da Unimed Federação Centro Brasileira aprenderam sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama

PORTAL NOVO MOMENTO

Piso da enfermagem: TST marca nova negociação


PISO O vice-presidente do TST Tribunal Superior do Trabalho,
ministro Aloysio Corrêa da Veiga, conduziu, nesta quinta-feira (26), duas reuniões unilaterais, uma com a Confederação Nacional da Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) e outra com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) e a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), às 14h. O objetivo foi buscar uma solução negociada para a implantação do piso nacional dos profissionais de enfermagem no setor privado. Uma nova rodada foi marcada para 7 de novembro.

Diálogo

Após os encontros, o ministro destacou que as partes estão dispostas ao diálogo e à busca de uma solução autocompositiva que atenda aos interesses das categorias. "Isso demonstra o comprometimento de ambas na busca da melhor solução para todos", enalteceu.

A CNSaúde ficou de apresentar uma proposta concreta aos trabalhadores até o dia 6 de novembro, véspera da próxima reunião marcada pela Vice-Presidência do TST. A CNTS e a FNE, por sua vez, se mostraram aberta ao diálogo e ressaltaram que irão continuar o processo negocial, sem prejuízo das ações coletivas em trâmite nos estados.

As audiências foram acompanhadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Mediação

A mediação do TST foi solicitada pela CNSaúde, representante da categoria patronal de estabelecimentos privados de saúde (hospitais, clínicas, casas de saúde, laboratório e serviços de diagnóstico, de imagem e de fisioterapia, entre outros).

Piso nacional

A Lei 14.434/2022 prevê que tanto os estabelecimentos públicos quanto os privados devem pagar a enfermeiros e enfermeiras o piso de R$ 4.750. Para técnicos de enfermagem, o piso é de R$ 3.325, e, para auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375.

A norma foi questionada pela CNSaúde no Supremo Tribunal Federal, que, em julho de 2023, definiu, em medida cautelar, que a implementação do piso salarial nacional no setor privado deveria ser necessariamente precedida de negociação coletiva, levando em conta a preocupação com demissões em massa e eventuais prejuízos para os serviços de saúde. Não tendo havido acordo no prazo de 60 dias a partir do julgamento, incidiriam os valores previstos na lei.

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PORTAL SAÚDE

Parceria entre Sociedade Brasileira de Mastologia e Ministério Público pode mudar a realidade do câncer de mama no Brasil


SBM quer unir forças para a formulação de um pacto que permita investir em informações e ampliar o acesso das mulheres ao diagnóstico e tratamento da doença, especialmente entre usuárias do SUS

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) busca uma parceria com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) que pode resultar em um pacto para expandir informações e ações sobre o câncer de mama no Brasil. A perspectiva também é ampliar o acesso de mulheres ao rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença, principalmente entre usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Temos recomendações médicas, que se fossem respeitadas, permitiriam iniciar o rastreamento do câncer de mama aos 40, e não aos 50 anos, como preconizado pelo Ministério da Saúde, afirma Tufi Hassan, presidente da SBM. O mastologista elenca ainda a Lei dos 60 dias, que determina o início do tratamento no prazo máximo de dois meses, e ressalta, entre outros pontos, a importância de equiparar Conitec e ANS nos métodos diagnósticos e tratamentos aprovados pela Anvisa.

Até o final deste ano são estimados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, nem todas as mulheres receberão o diagnóstico, por não realizarem exames de rotina ou não procurarem assistência médica ao sinal de alterações nas mamas.

O panorama esperado para o câncer de mama no País não só em 2023, mas também nos anos que virão, demanda iniciativas. Na busca de uma parceria com a Conamp, a Sociedade Brasileira de Mastologia tem a perspectiva de criar uma comissão mista, com a participação da SBM, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e de representantes do Ministério Público (MP). O MP, auxiliado por especialistas das áreas médica e científica, teria, em nosso entendimento, uma força renovada para fiscalizar a implementação de leis e contribuir para que políticas públicas se revertam em benefícios ao cidadão, destaca Hassan.

A SBM apresentou dados relevantes sobre o câncer de mama no Brasil para representantes da Conamp. Além do aumento significativo dos casos da doença até o final deste ano, relatório do Global Cancer Observatory indica que a mortalidade por câncer de mama vem aumentando no País. Em 2018, a taxa era de 13 para 100 mil mulheres. No mesmo ano, países como Estados Unidos, Austrália e Alemanha registraram declínio no número de mortes pela doença.

Embora o Ministério da Saúde preconize exames bienais para rastreamento do câncer de mama em mulheres dos 50 aos 69 anos, entidades como SBM, American Cancer Society e European Society for Medical Oncology recomendam o rastreamento entre 40 e 75 anos, como define a Lei nº 14.335 de 2022.

Mamógrafos têm. O Brasil dispõe de 6.334 aparelhos, número suficiente para atender a população-alvo. No SUS, nunca passamos de 30% do rastreamento. Ou seja, há uma subutilização de equipamentos que poderiam ser usados para investigar outros grupos de mulheres, incluindo as mais jovens, observa Tufi Hassan. Como efeito da cobertura mamográfica inadequada, os casos de câncer de mama em estágio avançado foram 43,16% (2018-2019) e 52,04% (2020-2021) no SUS; 30,5% (2018-2019) e 36,4% (2020-2021) na saúde suplementar, que inclui os planos de saúde.

Desde a biópsia até o primeiro tratamento, observam-se diferenças entre o SUS e a saúde suplementar. Em até 30 dias, os atendimentos representaram 21,1% no SUS e 45,4% no sistema privado. Entre 30 e 60 dias, o SUS registra 34%; a saúde suplementar, 40%. Acima de 60 dias, foram 44,9% no SUS e 14,6% no sistema privado. Neste sentido, a SBM considera fundamental a aplicação da Lei nº 12.732 de 2012, que determina o início do tratamento no prazo máximo de dois meses. Vale destacar que quando se fala de SUS, temos vários Brasis diferentes, com realidades específicas e bastante desiguais, reforça o presidente da SBM.

Entre 2015 e 2020 foram realizadas no SUS 87.323 mastectomias. A reconstrução mamária atendeu apenas 20,52% das mulheres mastectomizadas. Um número muito maior de pacientes poderia ser beneficiado com a cirurgia reparadora pela aplicação da Lei nº 9.797 de 1999.

Na reunião com a Conamp, a SBM sugeriu ainda a equiparação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nos métodos diagnósticos e tratamento dos procedimentos aprovados pela Anvisa. Alguns exames já estão incluídos apenas no rol da ANS: painel genético germinativo, pet-ct oncológico, ressonância magnética de mamas, marcação tumoral pré-quimioterapia, uso de medicina nuclear (radiofármacos) em cirurgia (roll e ls) e biópsia percutânea assistida à vácuo (mamotomia).

Embora estejam incorporados pela Conitec, alguns medicamentos ainda não estão disponíveis no SUS. São eles: trastuzumabe entansina e abemaciclibe/ribociclibe/palbociclibe. A droga pertuzumabe está liberada apenas para doença metastática.

Na possibilidade de parceria com a Conamp, esperamos alcançar uma soma de forças e construir um pacto que permita mudar uma realidade tão difícil, que é a do câncer de mama no Brasil, conclui o presidente da SBM.

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AGÊNCIA BRASIL

Sancionada lei que amplia atendimento a pacientes com dor crônica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União, a lei inclui no atendimento integral, previsto em portaria, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das medicações.

De acordo com a International Association for the Study of Pain, “dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial”. Há dois tipos de dor, a aguda, que dura até 30 dias, e crônica, com duração maior que 30 dias.

Apesar de parecer simples, o diagnóstico da dor e das síndromes e condições relacionadas a ela é um processo complexo e que, muitas vezes, exige intervenção multidisciplinar no seu tratamento. Por isso, o Ministério da Saúde estabeleceu, desde 2012, um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para a dor crônica no SUS, por meio de uma portaria.

O projeto de lei tramitou no Congresso Nacional para constituir legalmente o direito de atendimento integral a esses pacientes, por meio das diretrizes já existentes, que receberam ainda algumas complementações, com a inserção da garantia de acompanhamento nutricional, assim como do fornecimento pelo SUS de medicamentos descritos no protocolo.

A lei entrará em vigor dentro de 180 dias, e reforça ainda o direito desses pacientes ao acesso a exames complementares e modalidade terapêuticas como fisioterapia e atividades físicas. Outra medida complementar prevista na lei é a divulgação de informações e orientações sobre as doenças, medidas preventivas e tratamentos possíveis.

Uma regulamentação deverá ser estabelecida ainda para que os pacientes tenham acesso a uma relação de exames, medicamentos e modalidades terapêuticas garantidos pela nova lei.

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DIÁRIO DO ESTADO

Especialistas fazem alerta com primeiros casos de falsificação do Ozempic no Brasil

Compra de fontes não convencionais, especialmente pela internet, é desaconselhada

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medidas com os primeiros relatos de falsificação e uso não autorizado do medicamento do Ozempic, incluindo a manipulação ilegal e formatos não regulamentados, como implantes. Nesta semana, a Áustria sofreu com um alerta emitido por sua autoridade sanitária após diversos casos de hospitalização devido a falsificações, que resultaram em sérios quadros de hipoglicemia e convulsões.

Foram afetados pelo menos dois lotes do medicamento produzido pela Novo Nordisk e destinado ao tratamento da diabetes tipo 2, que ganhou popularidade por seu uso “off-label” para perda de peso. São MP5C960 e LP6F832, e as ações de fiscalização foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) em 7 de junho e 18 de outubro deste ano, respectivamente.

No caso do primeiro lote, a Anvisa agiu após receber notificação da Novo Nordisk, que identificou unidades com concentração da substância e rótulos em espanhol divergentes do fármaco original. A apreensão refere-se exclusivamente aos medicamentos com concentração de 1 mg. Já o mais recente, LP6F832, foi detectado pela farmacêutica, que notificou a Anvisa na semana passada. No entanto, a Novo Nordisk não reconhece a existência desse lote, tornando qualquer produto da leva considerado falsificado.

Especialistas advertem que comprar Ozempic de fontes não convencionais, especialmente pela internet, é desaconselhado. A segurança está nas farmácias, onde a garantia e o cuidado de armazenamento são assegurados. É essencial verificar todas as embalagens e rótulos, uma vez que muitos sites oferecem preços muito baixos para produtos falsificados. Em caso de dúvida, recomenda-se consultar um médico, orienta Dhiãnah Santini, diretora de educação e campanhas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Semaglutida

Além da falsificação, especialistas alertam sobre outros formatos ilegais de Ozempic no Brasil, como a manipulação não autorizada da substância semaglutida, o princípio ativo do medicamento. A Novo Nordisk detém a patente, tornando qualquer anúncio de comercialização da semaglutida fora dos produtos da empresa (Ozempic, Rybelsus e Wegovy) falso e ilegal.

Relatos recentes indicam a venda de supostas semaglutidas em formatos de manipulação e implantes subcutâneos, o que preocupa, pois essas práticas são ilegais e não garantem a segurança ou eficácia dos produtos. Os especialistas destacam que a automedicação é arriscada e pode tornar os pacientes mais suscetíveis a versões falsificadas, resultando em complicações graves, como produtos contaminados ou com substâncias desconhecidas.

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METRÓPOLES ONLINE

Apesar da queixa de médicos, enfermeiros podem colocar DIU em mulheres


Após muita polêmica, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal liberou a inserção do Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU, em mulheres por profissionais da enfermagem. O protocolo foi oficializado por meio da portaria Nº 422, de 23 de outubro de 2023, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) de terça-feira (24/10).

Em junho de 2023, o Ministério da Saúde emitiu nota técnica recomendando a inserção do DIU por enfermeiros e médicos. Segundo a pasta, o procedimento deve ser realizado por profissionais capacitados. A paciente deve passar por avaliação clínica e assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Enfermeiros travaram uma batalha técnica e judicial para ter o direito de inserir e retirar o DIU. Instituições representantes de médicos questionaram a competência técnica da enfermagem para o procedimento. No DF, a Justiça chegou a proibir a categoria, mas logo depois reviu a decisão.

Para a deputada distrital Dayse Amarilio (PSB), a decisão da secretaria possibilita a ampliação do acesso à contracepção e representa uma vitória da enfermagem. Segundo a parlamentar, a categoria tem uma grande importância e relevância, principalmente na atenção primária para a resolução das queixas ginecológicas.

"A gente atua muito forte no pré-natal e na contracepção, inclusive com a colocação do DIU, que é um dos métodos mais incentivados pelo Ministério da Saúde, pela segurança e eficácia. Então isso é muito bom, principalmente para quem mais precisa, ou seja, para as populações mais vulneráveis", comentou a Dayse.

Ciência

Para Elissandro Noronha, presidente do Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF), a decisão é acertada, e está em consonância com a recomendação do Ministério da Saúde.

Segundo Noronha, a medida vai ampliar o acesso da população ao método contraceptivo mais eficiente da atualidade, principalmente entre as mulheres pobres e dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o Coren, enfermeiras e enfermeiros são qualificados para realizar o procedimento.

"Sem dúvidas vai ter gente inescrupulosa aterrorizando a população, alegando riscos de perfuração de útero e outros absurdos. Essa alegação é falsa, pois não existe um caso sequer que comprove isso em todo o país. Querem apenas manter reserva de mercado, colocando o interesse público abaixo de interesses econômicos pessoais", comentou.

OMS

A diretora de comunicação do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiros-DF), Nayara Jéssica Silva, lembrou que a prática da inserção de DIU por enfermeiros não é uma novidade. É difundida em todo o mundo e estimulada pela Organização Mundial da saúde (OMS).

"Ter um protocolo institucional publicado trás mais segurança para a atuação profissional, padroniza o atendimento, além de fomentar estratégias de capacitação dentro da Secretaria de Saúde, o que consequentemente ampliará o acesso das usuárias do SUS que buscam pelo método", destacou. Segundo Nayara, compete ao Conselho de Enfermagem questionar e regulamentar a atuação profissional do enfermeiro.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde, com o Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) e com o Sindicato dos Médicos do DF (SindMédicos-DF). O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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O GLOBO

Amil: ao menos cinco investidores estão no páreo para comprar a operadora de planos de saúde


As primeiras propostas para a compra da Amil, terceira maior operadora de saúde do Brasil, já estão na mesa dos dirigentes do United Health Group (UHG), em Minnesota, nos EUA. O grupo americano colocou a operadora de planos de saúde à venda mais uma vez depois de algumas tentativas frustradas.

A Dasa, a empresa americana de private equity Bain Capital , o Coruja Capital e os empresários Nelson Tanure e José Seripieri Filho (fundador da Qualicorp) estão no páreo, segundo fontes a par das negociações.



fecham 1º semestre com lucro de R$ 1,45 bi, apesar de perdas na operação; entenda O valor da operação, no entanto, segue em aberto. Segundo fontes envolvidos, há propostas abaixo e acima dos R$ 10 bilhões desembolsados pela gigante americana ao adquirir, em 2012, a empresa da família Bueno, sua fundadora e atual controladora da Dasa, que seria uma das interessadas na aquisição.

O UHG agora passará a analisar a fundo as propostas para definir quais seguirão para a segunda fase da negociação. Nos bastidores, há quem diga que esse anúncio pode acontecer em cerca de dez dias. Escolhidas as ofertas, a próxima etapa deve durar entre dois e três meses, em verificações de parte a parte, para aquilo que costuma se chamar de proposta firme. Ou seja, é muito possível que o negócio só seja, de fato, fechado em 2024.



Apesar de haver informações de que o prazo para envio de propostas teria se encerrado nesta semana, fontes de mercado acreditam que ainda seja possível a chegada de novas ofertas, que seriam encaminhadas pelo BTG, banco responsável pela negociação, para a avaliação do grupo americano.

Nos últimos dias, muitos rumores circularam no mercado. Entre as diferentes cifras que circularam sobre a operação, chegou-se a falar em R$ 1 bilhão, o que segundo pessoas próximas a negociação estaria longe de ser factível e sequer seria apresentada a UHG.

Apesar do interesse firme em deixar o Brasil, o grupo americano não tem pressa para deixar essa operação. O UHG ocupa a quinta posição no ranking das maiores empresas americanas, segundo o ranking da revista americana Fortune. E reportou receita de US$ 92,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Ou seja, os prejuízos acumulados pela não pressionam o caixa do grupo, que segundo fontes, não pretende vender a operação a qualquer preço.

Mas é fato que a decisão do grupo de não fatiar a operação no Brasil, além de reduzir os potenciais compradores, na avaliação de analistas, jogou para baixo o valor da transação.



Entenda:mantêm negativa de cobertura de tratamentos mesmo após nova lei do rol de procedimentos A decisão do UHG de só negociar o pacote fechado foi tomada após uma tentativa frustrada de uma operação de venda em separado da deficitária carteira individual da Amil, no início do ano passado. A operação criou danos à imagem e problemas com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acabou suspendendo a transferência de mais de 340 mil usuários.

Quem comprar a operação do UHG no Brasil leva ae também a rede Americas. A operadora contabiliza uma carteira com 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. Já a Americas tem 28 centros médicos e clínicas, sete centros de excelência e 12 hospitais.

O comprador terá que ter uma estratégia e recursos para lidar com uma operação deficitária. Aregistrou o maior prejuízo entre as operadoras de planos de saúde no primeiro semestre deste ano, com um resultado negativo de R$ 866 milhões, depois de ter fechado 2022 com perdas de R$ 1,6 bilhão.



Desde janeiro de 2022, comentava-se no mercado que o BTG teria sido contratado pelo UHG para capitanear a saída do grupo do Brasil. Mudanças na liderança da companhia e novas iniciativas, como o retorno da venda de planos individuais, em maio deste ano, porém, pareciam ter colocado esse movimento de lado. Mas de fato agora o processo andou.

Procurados Amil, BTG, Dasa, Tanure e José Seripieri Filho não quiseram comentar a operação. A reportagem não conseguiu localizar representantes do Bain Capital e do Coruja Capital



Conheça os possíveis compradores da

A Dasa é a maior rede de saúde integrada do país, com mais de 40 marcas de laboratórios, hospitais e centros médicos. A companhia é controlada pela família Bueno, fundadora da Amil. A família detém 2% das ações do UHG. Nos bastidores circulou até que poderia ser feita uma operação de troca de papéis na transação, mas que parece já teria sido descartada pelo grupo americano.A gigante de investimentos Bain Capital zerou sua posição na operadora de planos de saúde Hapvida, em agosto, com a venda de R$ 1,3 bilhão em ações em bloco na bolsa. Para a negociação com a Amil, a empresa contaria com Irlau Machado Filho, ex-presidente da NotreDame Intermédica, que deixou a Hapvida em maio deste ano.José Seripieri Filho, mais conhecido como Junior, fundou a Qualicorp, em 1997, maior administradora de benefícios do país, da qual saiu em 2019, iniciando uma nova empreitada com o lançamento da operadora Qsaúde logo em seguida. A QSaúde também já foi vendida pelo empresário.Conhecido pelo seu apetite por empresas em dificuldade, o empresário Nelson Tanure é hoje o maior acionista individual da Light. Ele é controlador de Gafisa e Alliar, acionista de Azevedo & Travassos, WestWing e PetroRio.A Coruja Capital é uma firma de investimento independente, fundada, em 2021, por Marcio Schettini, ex-diretor-geral de varejo do Itaú. A empresa diz ter "como principal objetivo identificar oportunidades de criação de valor com conceitos de negócios superiores e líderes e empreendedores diferenciados."

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FOLHA DO PLANALTO

Outubro Rosa: colaboradoras da Unimed Federação Centro Brasileira aprenderam sobre a prevenção e diagnóstico do câncer de mama

Em palestra com o mastologista Leonardo Ribeiro Soares, as participantes tiveram a oportunidade de solucionar várias dúvidas

A campanha Outubro Rosa, de conscientização do câncer de mama, não passou em branco na Unimed Federação Centro Brasileira. Nesta quinta-feira, 26, a Federação promoveu uma palestra para as colaboradoras sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, que é o segundo tipo de câncer mais comum entre as brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).


“Se não aprendermos mais sobre o câncer de mama, continuaremos repetindo aqueles mitos sobre a doença ser uma sentença de morte ou que não é necessário se cuidar”. Foi assim que o médico mastologista Leonardo Ribeiro Soares iniciou a sua apresentação.

Ele relatou que cerca de 30% de tumores em mulheres aparecem nas mamas. Além disso, os diagnósticos estão aumentando em jovens e a suspeita é que o motivo esteja nos hábitos ruins de vida, como alimentação pouco saudável, sedentarismo e exposição à poluição.

“Muitas pacientes me perguntam sobre as taxas de cura e vemos dados mostrando que chegam a 94% em regiões do Brasil”, afirmou o médico, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia - Regional Goiás (SBM-GO). Mas, para alcançar essas chances de recuperação, é preciso fazer o diagnóstico precoce da doença.

Essa identificação rápida passa pela mamografia, que consegue verificar a presença de nódulos pequenos. “É o único exame que detecta as microcalcificações. Por mais que venham outros exames, nada substitui a mamografia”, explicou Leonardo.

O procedimento é indicado a partir dos 40 anos de idade, quando a identificação de tumores se torna mais precisa. Já o ultrassom das mamas é solicitado quando a mulher possui uma mama muito densa e para complementar a mamografia. “Geralmente, esses exames são associados”, observou o médico. 


Como surge o câncer de mama?


O médico mastologista mostrou como, no decorrer de anos, algumas células se multiplicam erroneamente, causando o câncer de mama. Segundo ele, a doença é progressiva, o que reforça a necessidade de realização de exames regularmente. “Mesmo quando não conseguimos identificar nada neste ano, podemos fazer o diagnóstico no próximo”.

Todas as mulheres precisam ter esse cuidado, mas existem alguns fatores que requerem atenção extra, como a primeira menstruação antes dos 12 anos, a menopausa tardia (após 55 anos) e fatores genéticos.

Todavia, existem fatores de risco que podem ser alteradas, o que ajuda a evitar o câncer de mama. Quais? A prática de exercícios físicos, controle do peso, não fumar e manter uma alimentação saudável, por exemplo. 

O diagnóstico


Mesmo com o resultado da mamografia apontando a existência de tumores, a confirmação do câncer só é feita com uma biópsia, de acordo com Leonardo Soares. Além disso, as mulheres também podem analisar as mamas regularmente, no chamado autoexame, a fim de conhecer melhor o seu corpo e identificar possíveis alterações.

Os sinais de alerta envolvem a sensação de um nódulo duro no seio, saída de secreção sanguinolenta ou transparente pelo mamilo, retração no formato da mama, mamilo invertido, feridas na pele e um aspecto de alergia que não passa.

“Sempre falo às pacientes para não entrar em desespero ao palpar um nódulo pois, felizmente, a maioria é benigna”, esclareceu Leonardo Soares.


Por fim, o médico solucionou as dúvidas das participantes e explicou várias questões comuns quando o assunto é o câncer de mama, como os riscos em quem tem prótese de silicone, quando fazer o teste genético e as situações que tornam a consulta com o mastologista necessária. 


Presente para quem se cuida


Em 2022, também foram realizadas ações da campanha Outubro Rosa na Unimed Federação Centro Brasileira. Por isso, neste ano, as colaboradoras passaram por uma pesquisa para saber quais delas se cuidaram contra o câncer de mama. Todas ganharam brindes, e quem comprovou que realizou os exames preventivos e outros cuidados receberá mais presentes!

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 26 Outubro 2023 06:58

CLIPPING AHPACEG 26/10/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospital Araújo Jorge realiza ação solidária para mulheres vítimas do câncer de mama

Corrida e caminhada contra a paralisia infantil

CDI PREMIUM participa do 32º Congresso Goiano de Cardiologia que acontece nos dias 26 a 28 de outubro

IX Encontro de Terapêutica da “doença” Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro UFG

Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose

Jovem que morreu em cirurgia plástica teve tromboembolismo pulmonar, aponta laudo preliminar

Check-up nas empresas: conheça as doenças mais comuns dos executivos

Câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo

PUC TV

Hospital Araújo Jorge realiza ação solidária para mulheres vítimas do câncer de mama

https://www.youtube.com/watch?v=i_i1o1S27YM

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TV SERRA DOURADA

Corrida e caminhada contra a paralisia infantil

https://www.youtube.com/watch?v=RfrDJnwcHgY

GO NEWS

CDI PREMIUM participa do 32º Congresso Goiano de Cardiologia que acontece nos dias 26 a 28 de outubro

CDI PREMIUM: Encontro vai aperfeiçoar os profissionais da área da saúde em Goiânia.

Com uma programação cheia de temas atuais, o 32º Congresso Goiano de Cardiologia será aberto nesta quinta-feira, 26, e segue até sábado, 28, no Transamérica Collection Órion, em Goiânia. O Centro de Diagnóstico por Imagem – CDI PREMIUM estará lá, apoiando e incentivando a atualização e o aperfeiçoamento profissional dos cardiologistas goianos. Além do estande do CDI PREMIUM, os médicos Leonardo Sara, Fernanda Sanches e Cibele Gontijo Lopes, do corpo clínico da unidade, também participarão do evento como palestrantes.

No dia 26, Fernanda Sanches vai abordar o tema “Doença da microcirculação e suas particularidades”. Na sexta-feira, 27, será a vez de Cibele Gontijo Lopes falar sobre o “Papel do escore de Cálcio”. E no sábado, último dia do evento, Leonardo Sara vai abordar o tema “Já devo pedir angiotomografia como exame inicial? ”. A cardiologista e diretora do CDI PREMIUM, Colandy Nunes Dourado, e outros médicos do corpo clínico também vão participar do congresso promovido pela Sociedade Goiana de Cardiologia.

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IX Encontro de Terapêutica da “doença” Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro UFG

A doença ainda é desconhecida, mas é possível ser controlada.

Com o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), o IX Encontro de Terapêutica na Psoríase será realizado nesta quinta-feira, 26 de outubro, das 7 às 12 horas, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento, que é aberto a médicos dermatologistas e residentes, antecipa a celebração do Dia Mundial da Psoríase, comemorado em 29 de outubro. A psoríase é uma doença de causa ainda desconhecida, que afeta a pele, causando manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. A doença é doença crônica e não contagiosa.

No evento, especialistas vão abordar vários aspectos do diagnóstico e tratamento da psoríase, como novidades no uso da ultrassonografia para o diagnóstico e monitoramento da doença, a relação entre psoríase e obesidade e, ainda, o acesso a medicamentos de alto custo na dermatologia. As inscrições podem ser feitas: (62) 98128 1638 (falar com Patrícia).

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PORTAL G1

Pesquisadores fazem testes em quem usa drogas nas baladas e identificam substância que causa necrose

Profissão Repórter desta terça-feira (24) mostrou quais são as drogas mais utilizadas na atualidade e os impactos que elas provocam na saúde da população. No interior de São Paulo, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pesquisa quais substâncias são consumidas em festas, festivais e shows.

Na última pesquisa, realizada entre 2018 e 2020, 70% das amostras identificaram substâncias diferentes das declaradas pelos usuários, incluindo um vermífugo utilizado para diluir a cocaína, o que pode causar necrose nas extremidades do corpo, como nariz, dedos e pés.

O repórter Chico Bahia e o repórter cinematográfico Fernando Grolla acompanharam a coleta e conversaram com as pessoas que participaram do teste.

“A gente tem percebido que existe uma discordância entre o que o usuário consome e o que a gente encontra nas amostras biológicas. Isso é um fator de risco, pois se ela for mais potente ele tem o risco de ter uma overdose e feitos indesejados”, afirmou o pesquisador Rafael Lanaro.

 

Saiba mais

"Eu tomei uma bala [nome utilizado para designar MDMA] faz 1h30. Ainda é uma coisa muito nova no Brasil, não se fala muito sobre isso, de ter esse controle de qualidade da substância que estamos ingerindo”, afirmou um dos voluntários da pesquisa.

A pesquisadora Aline Franco Martin explica que é feita uma coleta por saliva de quem fez o uso de alguma substância nos eventos. A participação é de maneira voluntária, gratuita e garante o anonimato dos participantes.

“No Brasil, a gente não sabe a procedência dos tipos de drogas, principalmente alucinógenos, que a gente sabe que há muita alteração dentro da química em que ele é produzido”, diz uma usuária que também consumiu MDMA.

“Por mais que seja uma droga que não seja legalizada, eu não quero consumir uma coisa que eu não imagino o que seja”, conta outro voluntário.

As amostras de saliva colhidas na festa são levadas ao laboratório da Unicamp. Os pesquisadores comparam as substâncias identificadas com o que haviam sido declarado. O resultado é compartilhado com os usuários por meio de um link anônimo.

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Jovem que morreu em cirurgia plástica teve tromboembolismo pulmonar, aponta laudo preliminar

Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia. Polícia Civil informou que profissionais de saúde que trabalharam na cirurgia estão sendo ouvidos.

A jovem Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, que morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia, teve uma complicação chamada tromboembolismo pulmonar (entenda doença abaixo). A informação foi repassada pelo delegado Paulo Ribeiro, que investiga o caso. A Polícia Técnico Científica informou que aguarda a conclusão do laudo cadavérico completo para saber se a complicação foi ou não responsável pela morte da jovem.

"Esse laudo complementar estabelece que causa da morte foi tromboembolismo pulmonar, mas ele não é definitivo, é como se fosse um resultado preliminar. Ou seja, ele ainda depende de um outro exame mais detalhado para definir a causa morte", explicou o delegado.

Ao g1, o perito Olegário Augusto reforçou que deve-se aguardar a finalização do laudo cadavérico para que a causa morte seja esclarecida. O prazo para que laudo completo seja concluído é de pelo menos um mês.

Segundo a Polícia Civil, testemunhas do caso continuam sendo ouvidas. "Estamos na fase de oitivas dos profissionais de saúde que trabalharam na cirurgia da Dayana. O médico cirurgião ainda não foi ouvido, mas outros médicos que participaram sim", explicou o delegado.

Em nota, a defesa do cirurgião plástico disse que não pode explicar detalhes do caso em função do sigilo médico. Porém, destacou que "se de fato estiver demonstrado que o quadro foi de tromboembolismo, ficará evidenciado que não houve qualquer conduta dolosa ou culposa do médico".

Tromboembolismo pulmonar

O cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Marcelo Cantarelli, explica que tromboembolismo pulmonar é uma doença que ocorre quando há o bloqueio em uma ou mais artérias dos pulmões.

"As artérias pulmonares são aquelas que levam sangue ao pulmão. Elas saem do ventrículo direito do coração com o sangue que vem do nosso organismo, e vão para o pulmão para ser oxigenado e retornar. Então, quando há o bloqueio dessas artérias, o sangue não consegue entrar no pulmão em quantidade suficiente para ser oxigenado", explica o Cantarelli.

Segundo o médico, existem diferentes causas de embolia pulmonar, em que o bloqueio das artérias se dá por conta de fatores como: gordura em excesso, pequenos pedaços de tecidos infeccionados ou até ar. No caso do tromboembolismo, a causa do bloqueio das artérias é um coágulo de sangue chamado trombo - por isso o nome da doença.

"Dentro do contexto de cirurgias plásticas ou qualquer grande cirurgia em que a pessoa vai ficar um tempo sem se movimentar, esse tempo parado pode causar a formação de coágulos na região das pernas e da bacia, principalmente. Em lipoaspiração é mais comum a ocorrência de embolia gordurosa, que é aquela que os pedacinhos de gordura é que causam o bloqueio das artérias", explica o médico.

Cantarelli reforça que a morte por esse tipo de doença não é comum, mas acontece com mais frequência em pacientes que têm problemas cardíacos e pulmonares. Em cirurgias longas o risco também se torna maior.

Relembre o caso

Dayana morava em Itaberaí, na região noroeste do estado, com os pais. Mas, veio até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri no dia 12 de setembro, foi anestesiada, mas durante a cirurgia, passou mal e morreu.

Na época em que o caso ganhou repercussão, o médico lamentou a morte da paciente e afirmou que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso. Veja a nota completa ao final da reportagem.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.

'Cheia de vida'

O primo de Dayana contou, à epoca, que a família estava muito abalada com a morte precoce da jovem. Gilberto Martins descreve Dayana como uma garota "cheia de vida".

“Era uma menina muito responsável. Formada, independente, pagou uns R$ 50 mil nessa cirurgia com dinheiro que ela juntou. Sempre cuidou da vó e da mãe”, lembra.

Íntegra nota cirurgião plástico (14/09)

O médico, cirurgião plástico, vem através de sua advogada Luciana Castro, OAB/GO 20872, manifestar-se sobre o óbito de sua paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, ocorrida ontem, 13/09/2023 bem como a acusações de erro médico cometido em outras pacientes.

Acima de tudo, o médico ora acusado lamenta profundamente a perda de sua paciente, e está à disposição da família para maiores esclarecimentos. Quanto aos fatos, informamos que, em razão do dever de sigilo, o médico não poderá fornecer detalhes técnicos sobre o caso, sob pena de infringir disposições do Código de Ética Médica bem como do Código Penal Brasileiro.

Temos o dever de esclarecer, todavia, que a paciente apresentou intercorrência durante o procedimento, sendo que imediatamente foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito.

Informamos que por decisão da família da paciente, esta foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para apuração. Estaremos à disposição, acompanharemos e prestaremos todas as informações pertinentes ao caso, estamos a disposição.

O médico acusado tem plena convicção de seus atos, e que nada foi realizado fora da técnica médica indicada para o caso.

Reiteramos que lamentamos o ocorrido e nos consternamos com a dor enfrentada pela família da paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, e esperamos a apuração dos fatos que levaram a seu óbito de forma tão prematura.

Quanto as acusações de "erro médico" (falando deste caso e de quaisquer outros) informamos que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça, mas temos a certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional a qualquer tempo.

Devemos aqui ressaltar que a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente, e que as pacientes são devidamente esclarecidas sobre os riscos, assinam termo de consentimento e entendem todas as possibilidades do tratamento indicado.

Nota íntegra Hospital Jacob Facuri (14/09)

O Hospital Jacob Facuri, em primeiro lugar e acima de tudo, presta sinceras condolências à família. Toda a equipe está extremamente sensibilizada, principalmente porque trabalhamos diariamente para salvar vidas e realizar sonhos.

Também deixamos claro que estamos investigando todas as possíveis causas e abertos para quaisquer questionamentos.

A direção do Hospital Jacob Facuri, lamenta o ocorrido e reitera a disponibilidade para quaisquer esclarecimentos.

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SAÚDE BUSINESS

Check-up nas empresas: conheça as doenças mais comuns dos executivos


Cada vez mais as pessoas se convencem de que a saúde, mais do que genética, é consequência de escolhas e bons hábitos. Do ponto de vista corporativo, colaboradores saudáveis impactam significativamente na redução do absenteísmo e dos afastamentos por doenças e, consequentemente, as empresas conseguem ter um maior controle de sinistros das operadoras de saúde.

Neste contexto, os check-ups médicos são ferramentas importantes, responsáveis pela detecção precoce e monitoramento de quaisquer problemas de saúde. Dados do IBGE mostram que o Brasil tem cerca de 211,8 milhões de pessoas, sendo que 70,6 milhões delas não fazem check-up anualmente.1 Mesmo aquelas que possuem plano de saúde acabam deixando de realizar exames de rotina, muitas vezes, em decorrência da falta de tempo.

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E por falar em tempo, este também é um dos fatores que está popularizando o check-up executivo, uma modalidade mais especializada, geralmente direcionada a executivos e profissionais de alto escalão das empresas. Essa abordagem é projetada para atender a necessidades específicas, considerando os desafios e demandas associadas a esse público.

Embora tanto o check-up médico tradicional quanto o executivo tenham o objetivo de identificar problemas e fornecer uma visão geral do estado de saúde da pessoa, os check-ups executivos são mais abrangentes e rápidos. A principal vantagem é que há a possibilidade de todos os exames laboratoriais e de imagem, além de avaliações cardiológicas, oftalmológicas e de saúde mental, por exemplo, serem realizadas em apenas uma manhã. Nestas avaliações, existe uma abordagem direcionada para realidade do executivo e discussão de metas para mudança de estilo de vida e hábitos.

Doenças mais comuns

De 2007 a 2020, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 94.163 casos de lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares, assim como 12.969 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho.2 E algumas dessas doenças são bastante apontadas nos check-ups executivos, incluindo:

Obesidade e sobrepeso : frequentemente associadas a comorbidades como doenças cardíacas, diabetes, apneia do sono e distúrbios metabólicos. De acordo com a OMS, há mais de um bilhão de adultos acima do peso no mundo - destes, 500 milhões são considerados obesos. 3

Estresse e saúde mental: ansiedade, depressão, estresse crônico e burnout também podem ser avaliados durante um check-up executivo. O Relatório Mundial de Saúde Mental da OMS estima que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, custando à economia global quase um trilhão de dólares. 4

Doenças cardiovasculares: incluem hipertensão arterial, doença arterial coronariana, arritmias cardíacas. Uma estimativa conjunta entre a Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho avaliou a relação entre doenças sistêmicas do coração com a duração de jornadas de trabalho e apontou que jornadas iguais ou superiores a 55 horas semanais, quando comparadas a jornadas de 35 a 40 horas semanais, aumentam em 35% o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e em 17% o risco de desenvolvimento de doença isquêmica do coração. 5

Doenças gastrointestinais: refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras e doença inflamatória intestinal também são queixas comuns entre executivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as doenças inflamatórias intestinais atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e não têm cura, mas o diagnóstico precoce ajuda a estabelecer um tratamento que melhore a qualidade de vida. 6

Indivíduos saudáveis têm maior disposição e rendimento, impactando positivamente a produtividade, a liderança e a eficiência da equipe. Hoje, as empresas se preocupam mais em ter um olhar preditivo. Oferecer um check-up executivo tem sido um benefício valioso para reter talentos de alto nível nas empresas, demonstrando preocupação genuína com o bem-estar de líderes que sofrem com a falta de tempo e pressão do dia a dia.

Nulvio Lermen Junior, Diretor Médico da Dasa Empresas e Raffael Fraga, médico e coordenador do Check-up no Alta Diagnósticos

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PORTAL S4 BR

Câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres no Brasil e no mundo


O câncer (CA) de mama é uma das doenças que mais preocupa as mulheres, sendo também a principal causa de morte por câncer entre o público feminino. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Ainda segundo o Inca, são esperados 73.610 novos diagnósticos até o final deste ano.

O câncer de mama é uma doença causada por fatores modificáveis - relacionados ao estilo de vida - e não-modificáveis, que correspondem a fatores genéticos (herdados), gênero e idade. "Uma pessoa que possui fatores genéticos, que são as mutações nos genes BRCA 1 e BRCA2, tem em média 70% de chance de desenvolver carcinoma mamário ao longo da vida até os 80 anos de idade", como explica a mastologista cooperada da Unimed-BH, Annamaria Massahud.

Por outro lado, a mastologista chama a atenção de que a detecção precoce eleva as chances de cura da doença para mais de 95%, confirmando a importância da realização dos exames de rastreamento. O monitoramento de pacientes com algum fator de risco torna-se ainda mais importante para a detecção do câncer nas fases iniciais.

Sinais do câncer de mama

O câncer de mama inicial pode cursar sem qualquer sinal da doença. Um dos primeiros sinais do câncer de mama pode ser a presença de nódulos de consistência endurecida, fixos e geralmente indolores com crescimento progressivo. Outros sinais possíveis são: saída de secreção pelos mamilos; descamação na aréola ou no mamilo; presença de íngua ou caroço na axila; aumento repentino e progressivo da mama; pele áspera com aspecto de casca de laranja; retração da pele da mama e mudança no formato do mamilo.

Os homens, que têm incidência de câncer de mama muito menor que as mulheres, o câncer se caracteriza por um caroço palpável, principalmente unilateral, e pela saída de secreção pelo mamilo.

A adoção de hábitos saudáveis se torna uma ferramenta de valiosa para a prevenção "Medidas como a prática de atividade física, manutenção do peso corporal adequado, alimentação saudável, evitar ou diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e evitar o tabagismo, reduzem consideravelmente o risco de desenvolvimento da doença. Para aquelas pessoas que têm o fator genético da doença é possível considerar a mastectomia redutora de risco, quando se retira a mama seguida pela reconstrução por meio da cirurgia reparadora", orienta Massahud.

Os tratamentos para o câncer de mama estão muito avançados, aumentando a chance de cura e, quando ela não é possível, aumenta a sobrevida das mulheres.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 25 Outubro 2023 06:58

CLIPPING AHPACEG 24 E 25/10/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo federal lança programa contra desinformação sobre vacinas

Planos de saúde contratam empresa para cuidar de perto de clientes idosos

Transtorno Borderline e Bipolar: Por que é tão difícil diferenciar os dois?

Três crianças perdem a vida devido à doença não identificada

Informações e indicadores integrados: um desafio a ser superado na saúde

Crescimento dos serviços de saúde em farmácias

Rita Saúde integra recursos para uma jornada de saúde na palma da mão

Goiás é o primeiro estado a oferecer teste genético para câncer de mama

Associação prevê aumento do turismo internacional para cirurgia plástica

Santa Casa processa médicos após condenações por erros

Doenças raras: diagnóstico e tratamento precisam de avanços na legislação

Jovem que morreu após infecção chegou a estudar 14 horas por dia para realizar sonho de cursar medicina: ‘era um exemplo’

Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA: 'Cena de filme'

AGÊNCIA ESTADO

Governo federal lança programa contra desinformação sobre vacinas

O governo federal lançou nesta terça-feira (24/10), um programa de combate à desinformação em saúde e de estímulo à vacinação com ações que incluem um portal de conteúdo para desmentir conteúdos enganosos, canal para checagem de informações, parcerias com plataformas digitais como YouTube e Tik Tok, ações judiciais para derrubada de páginas e canais desinformadores e até denúncia para órgãos competentes e responsabilização dos autores de peças desinformativas.

A iniciativa tenta interromper a queda das coberturas vacinais no País. Antes modelo no mundo nas políticas de imunização, o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, queda na adesão às principais vacinas. O cenário foi intensificado durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a disseminar diversas vezes desinformação sobre vacinas.

O cenário preocupa principalmente pelo risco de ressurgimento de doenças erradicadas ou controladas, como poliomielite e sarampo, e por deixar a população e o sistema de saúde mais vulnerável aos impactos de novas ondas de covid-19. Coordenado pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, o programa Saúde com Ciência vai atuar em cinco frentes e terá parceria com os ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU).

"Só vamos recuperar as altas coberturas vacinais se combatermos a desinformação porque ela coloca em risco a vida e a vacinação. Todas as vacinas sofrem o impacto do negacionismo e da desinformação. Então, essa é uma ação essencial para que possamos efetivamente existir como sociedade", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante evento de lançamento, em Brasília.

Na frente da comunicação, o Ministério da Saúde colocou no ar o portal do programa, com esclarecimentos sobre as principais dúvidas da população e esclarecimentos sobre as principais "fake news" disseminadas, quiz para a população saber se "já caiu em fake news" e canais de comunicação com a pasta para checagem de conteúdos potencialmente falsos. No pilar da responsabilização, o governo promete encaminhar aos órgãos competentes denúncias de grupos que promovam ou produzam desinformação contra vacinas para que eles sejam investigados e responsabilizados.

Nesse campo, o portal Fala BR, da Controladoria Geral da União (CGU), vai passar a receber também denúncias de desinformação em saúde, conforme anunciou o ministro da CGU, Vinicius Carvalho, durante o evento. O ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que o órgão já ingressou com ação para que o Telegram remova canais que disseminam desinformação em saúde. "A Procuradoria Geral de Defesa da Democracia já ajuizou ação para obrigar o Telegram a remover canais nos quais se disseminam teorias conspiratórias sobre vacinas e se comercializam a adulteração de certificados de vacinação.

A mentira virou um negócio nesse País. Há um modelo de negócio altamente lucrativo em que muitas pessoas se beneficiam da mentira e é contra esta atitude que o Estado deve se colocar", afirmou ele. O governo identificou 87 canais do tipo no Telegram e analisa outros casos. A disseminação de conteúdos enganosos e danos à saúde pública podem ser enquadrados nos crimes de curandeirismo e charlatanismo, segundo informou Messias.

Completam as cinco frentes do programa Saúde com Ciência as frentes de capacitação, para treinamento de profissionais da saúde de linha de frente para que eles não reproduzam informações equivocadas; de cooperação institucional, para formar parcerias com plataformas digitais, pesquisadores e sociedade civil para ampliar o alcance de informações íntegras, e, por fim, de acompanhamento, análise e pesquisa de fontes de dados online e offline para monitorar a circulação de informações e seu impacto nas políticas públicas de saúde.

Durante o evento de lançamento, Nísia e outros ministros criticaram a postura negacionista do governo anterior e responsabilizaram a gestão Bolsonaro como uma das responsáveis pelo cenário atual de queda de adesão às vacinas. "Tivemos a mais alta autoridade do País reproduzindo notícias falsas e até notícias absurdas", afirmou Nísia.

De acordo com levantamento apresentado pela ministra durante o evento, a pasta levantou as principais narrativas falsas que circulam nas redes sociais e outras plataformas digitais e encontrou, entre julho e setembro deste ano, mais de 6,8 mil conteúdos com desinformação sobre vacinas em canais públicos, "o que representa um impacto de mais de 23,3 milhões de pessoas".

Parceria com plataformas digitais
No campo das parcerias institucionais do programa Saúde com Ciência, o governo federal afirmou que a Secretaria de Políticas Digitais da Secom fez parceria com Tik Tok, Kwai, YouTube e Google para viabilizar a divulgação de conteúdos de serviço ao cidadão, incluindo o direcionamento dos usuários para páginas do Ministério da Saúde quando eles realizarem buscas de palavras relacionadas ao tema. O Ministério da Saúde disse que será criado ainda um chatbot tira-dúvidas no Whatapp em parceria com as empresas Robbu, desenvolvedora de software, e Meta, dona do Whatsapp.


O chatbot será lançado em novembro. "As iniciativas (de parcerias com as plataformas) envolvem também postagem de vídeos educativos, inovações nas barras de pesquisa e destaque para informações confiáveis em diferentes interfaces como no destaque de calendários de vacinação por Estado e outras informações relevantes sobre vacinas", disse nota do ministério.

O governo federal disse que faz parte ainda da ação contra desinformação o Programa Nacional de Popularização da Ciência, com iniciativas para promover a cultura científica e estímulo à utilização da ciência, tecnologia e inovação para a inclusão e redução das desigualdades sociais. Uma das primeiras ações foi a realização de um hackaton, no último sábado, 21, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, com alunos de escolas públicas do Distrito Federal que participaram de uma competição para pensar em soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas. A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, afirmou que será feita agora uma Olimpíada contra a Desinformação para 400 mil alunos do Ensino Médio. 

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Planos de saúde contratam empresa para cuidar de perto de clientes idosos

De olho na alta de custos dos últimos anos em suas operações e no impacto do aumento de clientes idosos em suas carteiras, algumas operadoras de planos de saúde contrataram uma empresa especializada em cuidado domiciliar e personalizado a idosos com o objetivo de reduzir o risco de surgimento ou agravamento de doenças e, consequentemente, as despesas assistenciais.

Inspirado no modelo holandês Buurtzorg, que significa "cuidados de vizinhança", o serviço da Laços Saúde é focado em visitas periódicas de enfermeiras, que levantam as necessidades e problemas de saúde do paciente nos primeiros atendimentos e, junto a uma equipe multidisciplinar, montam um plano de cuidado que pode incluir visitas mensais, semanais ou até diárias, dependendo da necessidade.

As demandas e intervenções são variadas: há aqueles idosos que ainda preservam a autonomia, mas precisam de acompanhamento para aderir ao tratamento de doenças crônicas ou adotar um estilo de vida mais saudável, por exemplo. Há outros que recebem orientações para fazer mudanças em casa e na rotina para reduzir o risco de quedas.

Há casos de pacientes mais debilitados em que a enfermeira fará visitas mais frequentes para oferecer auxílio em tarefas como higiene, alimentação, medicação, troca de sonda. Problemas de saúde mental, dor crônica e demência são outras questões comuns que a equipe acompanha.

A equipe também trabalha a criação e fortalecimento de vínculos sociais e familiares e a inclusão tecnológica, até porque algumas consultas de acompanhamento com a equipe podem ser online. A empresa também oferece uma central telefônica para acionamento 24 horas em caso de urgência e emergência e ferramentas de inteligência artificial para avaliar escala de depressão, por exemplo, um problema comum entre idosos.

"Na primeira visita, a gente mede muitos scores, como os de funcionalidade, cognição, ambiente, gestão de medicamentos, para traçarmos o perfil de risco e, a partir dele, traçarmos um plano para diminuir esses riscos, com metas, prazos e monitoramento para verificar se a pessoa está estabilizada ou melhorando ao longo do tempo", explica Martha Oliveira, CEO da Laços Saúde.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Transtorno Borderline e Bipolar: Por que é tão difícil diferenciar os dois?

A psicóloga Ana Lara fala da difícil tarefa do diagnóstico e de suas principais diferenças entre o borderline e bipolaridade

A complexa tarefa de diferenciar o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) tem sido um desafio constante para profissionais de saúde mental. A psicóloga Ana Lara Vicari Duarte, graduada pelo Centro Universitário Campo Real e especialista em “Transtorno de Personalidade Borderline na Terapia Cognitivo-Comportamental", compartilha suas perspicazes observações sobre o diagnóstico dessas condições e as nuances que os separam em uma conversa com o Diário da Manhã.

Ana Lara afirma que esse diagnóstico muitas vezes é difícil já que tanto o Transtorno de Personalidade Borderline quanto o Transtorno Afetivo Bipolar possuem diversas semelhanças e que por isso é tão importante saber suas diferenças.

A psicóloga, relata que a diferença já está na própria designação dos transtornos, enquanto um é o transtorno de personalidade — borderline, o outro é um transtorno de humor — bipolar, que possuí dois subtipos principais, I e II e que por mais que os dois tenham alterações de humor sua principal diferenciação é na duração.

“Enquanto o Borderline possuí uma variação de humor rápida podendo mudar várias vezes durante o dia, o paciente Bipolar, estaciona numa fase depressiva, eufórica ou de humor “normal” durante dias, semanas e até meses”, afirma Ana Lara Vicari Duarte

Outra diferenciação que a profissional nos traz é em relação à identidade de cada paciente, segundo Ana Lara Vicari Duarte, os pacientes acometidos do Transtorno de Personalidade Borderline não possuem uma identidade bem definida, podendo alterar sua percepção de autoimagem e suas opiniões de forma rápida e extrema, já os pacientes com Transtorno Bipolar, possuem uma identidade mais concreta, sabendo bem o que querem e como querem.

Para concluir a psicóloga fala sobre a importância do tratamento terapêutico, além do psiquiátrico, já que ambos os transtornos levam muitas vezes a internação e suicídio.

“O tratamento medicamentoso sozinho não se mostra tão eficaz se não aliado a uma terapia, a terapia ajuda o paciente a prever seus comportamentos futuros, a analisar a fase de humor em que estão e a manejar seus comportamentos de forma mais segura”, finalizou a psicóloga Ana Lara Vicari Duarte.

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Três crianças perdem a vida devido à doença não identificada

Os sintomas das vítimas eram amigdalite, febre, vômito e infecção na pele

A cidade de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, em Minas Gerais, está em estado de alerta. A preocupação veio após a morte de três crianças, de 3, 9 e 10 anos, nos últimos dois meses. A Secretaria Municipal de Saúde e a prefeitura da região, emitiu uma nota para explicar a situação e alertar a população com recomendações.

De acordo com a pasta, não existe um surto da doença, mas, medidas estão sendo desenvolvidas para evitar que algo mais grave aconteça. Os sintomas observados nas crianças são de amigdalite, febre, vômito, manchas e infecção na pele. Após as mortes, o setor de Vigilância e Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde foi acionado.

A decisão da prefeitura local foi suspender temporariamente as aulas em escolas municipais, mesmo após a Secretaria Municipal de Saúde dizer que não existe a necessidade do fechamento das unidades de ensino. A partir de quarta-feira, 25, todas as escolas vão passar por desinfecção e limpeza generalizada. Ainda não foi informado a previsão do retorno das aulas.

Após os últimos acontecimentos, uma recomendação foi feita à população. Caso a criança apresente alguns dos sintomas descrito, é recomendado que ela não vá à escola, os pais devem procurar o atendimento médico, nas unidades da prefeitura e também na rede hospitalar.

Outra recomendação é a higienização das mãos adequadamente, o uso de álcool 70%, o não compartilhamento de objetos pessoais, e o mantimento do sistema vacinal. As unidades de saúde disponibilizaram um serviço telefônico, basta ligar no (31) 9 9744-6983.

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SAÚDE BUSINESS

Informações e indicadores integrados: um desafio a ser superado na saúde

O desafio de integrar dados de mais de 200 milhões de pessoas, com segurança, necessita superar a desconexão entre sistemas de informações para melhorar a medicina preventiva e reduzir desperdícios

Um dos maiores desafios da saúde no Brasil é integrar, com sucesso, transparência e respeitando todas as premissas de segurança e privacidade, a enorme quantidade de dados e informações relativas a um contingente populacional de mais de 200 milhões de pessoas. Esse volume gigantesco de dados clínicos é essencial para endereçar a medicina preventiva e preditiva, como também apontar comportamentos e tendências. A superação desse entrave – longe de ter uma equação resolvida - contribui para a otimização de recursos, melhora da qualidade assistencial e para a - mais do que necessária - eliminação de desperdícios, gerando mais acesso e sustentabilidade.

As empresas de saúde, hoje, trabalham com grandes bancos de dados dispersos em sistemas nas diversas unidades de negócios, exigindo uma gestão coordenada, conectada e ágil, evitando a chamada "dívida de desconexão"1. O termo define as perdas, sejam financeiras, de gestão ou de experiência do cliente, ocasionadas por sistemas desconectados que demandam extensas horas de trabalho para extrair, transferir e integrar dados de um sistema para outro, resultando em altíssimos impactos negativos.

No setor hospitalar, conhecemos dezenas de indicadores, criados a partir da compilação, interpretação e análise de milhares de dados e informações. As organizações hospitalares utilizam alguns deles em comum, bastante objetivos, como taxa de ocupação ou índice de giro de leitos – necessários para a administração das unidades.

Entretanto, do ponto de vista macro do setor no Brasil, não há um consenso sobre quais indicadores são suficientemente abrangentes, transparentes - inclusive no que diz respeito à qualidade dos dados - e principalmente, permitam realizar análises e leituras profundas.

De certa forma, a saúde se encontra em uma espécie de dívida de desconexão intrasetorial. Os dados existem e estão disponíveis para gerar informações e indicadores importantes para a gestão, mas a impossibilidade de comparação efetiva entre as bases utilizadas é uma fragilidade do sistema.  Um desafio que precisa ser enfrentado para viabilizar ações setoriais que promovam a sustentabilidade do setor. 

A superação desta dívida de desconexão demanda a criação de um novo cenário, incluindo neste palco atores públicos e privados dirigindo esforços para o compartilhamento de informações e indicadores (dentro dos limites da LGPD, e considerando compliance e ética) de forma a subsidiar uma visão completa e realista do sistema de saúde.  

Todos os setores de atividade humana fazem uso dos dados para avaliar, planejar, prever cenários ou realizar análises para obter os melhores resultados. Para que os dados sejam úteis, é preciso que se transformem em informações, obtidas a partir do processamento baseado em critérios e conhecimentos coerentes aos objetivos desejados. É essencial também que os dados utilizados sejam confiáveis e auditáveis. Essas informações podem ser organizadas de forma a gerar indicadores que funcionam como balizadores para tomadas de decisões. Em saúde, evidentemente, não é diferente.

A transformação que almejamos será necessariamente baseada na transparência e na qualidade das informações e indicadores. O aprimoramento da governança resulta na eliminação de desperdícios e aumenta a eficiência. Desta forma, o setor poderá oferecer serviços mais econômicos, com maior qualidade e garantir a sustentabilidade econômica. Além disso, ao ampliar o acesso à saúde, colabora também com a esfera pública  reduzindo a pressão sobre o sistema estatal.

Emerson Gasparetto é médico e Diretor Geral de Negócios Hospitalares e Oncologia na Dasa.

Referências

1. Rohan Narayana Murty, RN; Dadlani, S; Das, RB; Mehta, N. What’s Lost When Data Systems Don’t Communicate. Harvard Business School. Disponível em: https://hbr.org/2023/10/whats-lost-when-data-systems-dont-communicate

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Crescimento dos serviços de saúde em farmácias

Os serviços de saúde em farmácias cresceram 69% no segundo trimestre de 2023 em comparação ao primeiro trimestre do ano

Lei 13.021, de 2014, foi um avanço significativo para o setor de farmácias, pois reconheceu a assistência farmacêutica como parte integrante e essencial para a promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva. Nove anos depois, a Anvisa regulamenta a realização de exames rápidos nas farmácias por meio da RDC 786, de 5 de maio de 2023, o que amplia os serviços de saúde que elas podem oferecer, impulsiona o crescimento e as posiciona, cada vez mais, como hubs de saúde.

Serviços de saúde de atenção básica nas farmácias

As farmácias podem realizar alguns serviços de atenção básica à saúde, como verificação de pressão arterial e glicemia capilar, explica Albery Dias, diretor de Serviços de Saúde da rede de farmácias Pague Menos / Extrafarma. “Recentemente, essa oferta de serviços creceu por causa da RDC 786, da Anvisa, que regulamentou a realização nas farmácias de exames laboratoriais rápidos, como teste de colesterol, teste de hemoglobina glicada, teste de dosagem de tireoide etc”.

Exames rápidos - o que determina o que é possível fazer nessa área é a tecnologia, ressalta Dias. “Isso porque não há uma pré-determinação do que pode ser feito”. Então, a oferta de exames rápidos depende que sejam cada vez mais disponibilizadas no mercado soluções tecnológicas a partir do desenvolvimento de novos equipamentos com acurácia, segurança e bons níveis de sensibilidade, equiparados aos laboratórios.

Consulta farmacêutica - outro fator que Dias destaca para a promoção da atenção básica à saúde nas farmácias é o acolhimento pelo farmacêutico. “A consulta farmacêutica, por mais que seja um serviço relativamente simples, é muito importante nessa época de digitalização, pois permite humanizar o atendimento”.

Telefarmácia – a Resolução 727 do Conselho Federal de Farmácia, de junho de 2022, permite o exercício da farmácia Clínica de forma remota para teleconsulta farmacêutica, teleinterconsulta telemonitoramento ou televigilância e teleconsultoria. Na interconsulta, por exemplo, quando o farmacêutico percebe que não consegue avançar em um desfecho no atendimento presencial, pergunta se o paciente quer chamar um médico de forma remota. Caso positivo, ele passa para o médico dados como pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio e triangula, explica Dias.

Triagem de problemas de saúde - ele avalia que a farmácia pode funcionar como um ponto de triagem em relação à atenção básica à saúde por ter bastante capilaridade. Ela é fundamental para saúde como um todo, tanto para a saúde pública como para a privada. “Apesar de termos 38 mil postos de saúde espalhados pelo Brasil, nem sempre a acessibilidade deles é a melhor e faltam insumos às vezes”.

Públicos dos serviços de saúde nas farmácias e sinergia com outras áreas

Em um primeiro momento, avalia Dias, as pessoas que têm plano de saúde procuram tratamento preventivos, procuram se cuidar mais. Por outro lado, as que ainda não têm acesso a plano de saúde - que são cerca de 120 milhões de pessoas no País, segundo ele - ainda são muito direcionadas para uma jornada hospitalocêntrica, uma jornada curativa e não uma jornada preventiva.

Usuários de planos de saúde - “normalmente, quem tem plano de de saúde ou é mais preocupado, ou é instruído a se preocupar. Então, como as farmácias participam disso e tem uma jornada muito conveniente, acabam sendo esses os principais usuários hoje”, explica Dias. Nesse contexto, o farmacêutico consegue ser um coordenador da saúde, especialmente da saúde privada. Porque na saúde pública, o SUS tem uma coordenação muito interessante, muito efetiva, apesar dos problemas já citados, diz ele.

Diminuição de custos – na saúde privada, considera Dias, ainda não há essa coordenação. “Os planos acabam sendo nichadas, sendo universos que não se tocam. Então, o farmacêutico consegue endereçar, direcionar. Mas, principalmente, acolher o usuário do plano nesse momento inicial que ele não sabe nem para onde ir. O acolhimento inicial pode evitar a procura de especialistas e a geração de custos desnecessários, ajudando a baixar sinistralidade do plano de saúde. As farmácias também  podem ajudar bastante na diminuição do custo da saúde pública.

Diagnósticos laboratoriais - em numa jornada na farmácia, a pessoa que faz um teste, por exemplo, de malária ou chikungunya, diz ele, vai precisar confirmar isso no laboratório, pois o exame rápido na farmácia é de triagem. Então, ela pode gerar tráfego adicional para um laboratório, remetendo para um segundo nível. O que gera sinergia com camadas secundárias de atendimento ou com outros players do mercado de saúde em geral.

Oportunidades de negócios nos serviços de saúde nas farmácias

Os serviços de saúde nas farmácias cresceram 69% no segundo trimestre de 2023 em comparação ao primeiro trimestre do ano, segundo o Report CRX T2-2023. O relatório, elaborado pela health-tech Clinicarx, mostra tendências e oportunidades de negócio no setor farmacêutico com base na análise de 1,7milhão de serviços de saúde realizados de primeiro de abril a 30 de junho em mais de quatro mil farmácias do País.

Os dados do relatório mostram que as farmácias realizaram quase 90 tipos diferentes de serviços clínicos, divididos nas categorias de procedimentos, consultas, exames rápidos, vacinas e checkups. Somados, os procedimentos e as consultas representaram mais de 86% dos serviços de saúde prestados, sendo que a primeira categoria foi responsável por 63,12% do total e a segunda por 23,56%.

Já os exames rápidos responderam por 8,46% do total, mostrando uma tendência de elevação comparando com o primeiro trimestre, quando representaram 8,4% dos serviços de saúde realizados nas farmácias. Em seguida vêm as vacinas, responsáveis por 4,79% dos serviços, seguidas pelos check-ups, que representaram 0,09% do total.

Embora a categoria de exames rápidos não tenha apresentado um crescimento muito grande do primeiro para o segundo trimestre de 2023, o resultado é bem diferente quando ela é dividida em exames rápidos Covid-19 e exames rápidos não-Covid. Enquanto os exames para detecção do novo coronavírus caíram 15% em relação ao primeiro trimestre e 86% comparando com o mesmo período do ano anterior, os exames rápidos não-Covid tiveram um crescimento muito expressivo.

Serviços de saúde nas farmácias cresceram mais de 80% na categoria de exames rápidos não-Covid

O aumento superior a 80% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior e de 40% comparando com o primeiro trimestre de 2023, que o relatório da Clinicarx aponta, é reflexo da RDC 786/23 da Anvisa, que regulamenta a realização de exames rápidos em farmácias e consultórios.

Quem faz serviços de saúde em farmácia não só se torna fiel, ou seja, consome por um período mais longo na unidade que frequenta, como incrementa mais produtos da cesta, observa Dias. Segundo ele, os serviços de saúde em farmácia estão sendo um complemento de jornada em farmácia.

“Queira ou não, a farmácia ainda é uma atividade varejista. E como qualquer atividade varejista, ela vai focar no seu core business, no seu principal negócio. O serviço de saúde em farmácia vem mais como um diferencial competitivo para fidelizar e incrementar a cesta”.

Ao colocar elementos como serviços de saúde, a sugestão ou a venda consultiva acaba sendo muito mais assertiva. E não só isso, “como o farmacêutico é muito acessível e tem a questão da pessoalidade, além de existir farmácias em todas as esquinas - a Pague Menos, por exemplo, tem mais de 1.600 lojas no País todo - você acaba gerando um vínculo”, finaliza o executivo.

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Rita Saúde integra recursos para uma jornada de saúde na palma da mão

Em meio às discussões sobre o futuro da saúde no país, plataforma integradora de serviços de saúde do Grupo Sabin cresce 200% nos últimos 12 meses

Como resultado de um projeto de inovação do Grupo Sabin, em Brasília, a Rita Saúde nasceu, em 2021, com a missão de conectar pessoas que procuram serviços de saúde a serviços de excelência. De lá pra cá, a plataforma vem expandindo sua atuação para diversas cidades brasileiras. O número de profissionais e serviços disponíveis, por exemplo, cresceu 200%, neste ano, e o total de usuário já aumentou em três vezes.

A plataforma integra diversos serviços de saúde, como consultas com médicos de família e especialistas e outros profissionais de saúde, medicamentos com desconto e medicina diagnóstica. Desenvolvida in house, de acordo com os conceitos de saúde 5.0, no qual as pessoas estão no centro do cuidado, a Rita Saúde é estruturada nos pilares da medicina participativa, preventiva e preditiva. Isto é, com um olhar para apoiar a jornada de saúde de seus usuários para além do momento da doença. Oferece uma rede de serviços e profissionais que o paciente pode dispor, no dia a dia, para avaliar e mitigar riscos à saúde, além de  e acompanhá-lo ao longo da vida. Facilita e agiliza a jornada com a oferta de serviços de telessaúde.  

Quando Karine Silva, 29 anos, soube da Rita, pensou imediatamente no pai, José dos Reis da Silva. O autônomo de 63 anos sofreu um infarto há dois anos, tem problema crônico de coluna, hipertensão e diabetes, e necessita de cuidados e acompanhamento frequentes. Sem plano de saúde, a Rita pareceu para a filha de José uma opção viável para oferecer ao pai o cuidado de saúde necessário e ela não se arrepende da escolha. “Estamos muito satisfeitos, os agendamentos são rápidos, os médicos muito atenciosos, os descontos em medicamentos nos ajudam muito e como meu pai tem uma certa dificuldade no entendimento e comunicação, a equipe de enfermagem está sempre atenta para me acionar quando necessário e assim garantir que as orientações sejam seguidas”, explica Karine. “É uma tranquilidade saber que temos a quem recorrer e uma alegria saber que meu pai está sendo bem cuidado”.  

“Em um país onde a desigualdade social é uma realidade, poder ampliar o acesso à saúde de qualidade é a força motriz que tem nos impulsionado a investir em integrar o Rita Saúde ao portfólio de serviços oferecidos pelo Grupo Sabin, nas 78 cidades onde está presente pelo Brasil. Queremos tornar a saúde de qualidade mais acessível para a população e contribuir também para a sustentabilidade do setor, por meio do impacto de seus resultados”, explica Lídia Abdalla, Presidente-executiva do Grupo Sabin. Doze estados já contam com os serviços do Rita Saúde, entre eles São Paulo, Amazonas, Tocantis, Bahia, além do Distrito Federal, e outros devem ampliar esse grupo até o final deste ano.  

Empresa com inovação no DNA, a Rita Saúde é mais uma estratégia dentro do plano de crescimento e expansão do Grupo Sabin. “Estamos caminhando para completar 40 anos no mercado nacional, atuando para entregar produtos e serviços de excelência e oferecer à população e ao mercado as melhores soluções para cuidados integrados de saúde com qualidade e eficiência. Queremos avançar cada vez mais rumo à democratização da saúde com qualidade para que a população conte com um serviço de saúde diferenciado. É uma oportunidade singular de levar a cada um o que há de melhor e mais inovador em saúde, sem ter de arcar com um alto custo, por isso, seguiremos ampliando e levando o Rita Saúde em breve para outras regiões do Brasil”, conclui ela.  

A Rita Saúde busca unir de um lado quem busca por serviços de saúde e do outro quem oferece esses serviços. Porém, trabalha para além da ideia do marketplace, focando num trabalho ativo de curadoria que garanta a qualidade dos serviços oferecidos e das relações estabelecidas a partir da plataforma.  

Hoje, são cerca de 1500 especialistas integrados ao Rita Saúde. A plataforma oferece acesso a comunidades de saúde locais que englobam consultas com médicos de família e especialistas, além de outros profissionais de saúde, telemedicina, medicamentos com preços diferenciados, bem como exames de análises clínicas e diagnóstico por imagem, vacinas e outros serviços. “Buscamos integrar os diversos elos da cadeia de saúde na plataforma, de forma a impactar positivamente a jornada de saúde de nossos usuários, por meio de uma experiência única que começa que começa na tela do smartphone”, detalha o gestor da plataforma, o médico Fernando Uzuelli.  

Um dos itens desta integração é justamente a oferta do serviço de Atenção Primária à Saúde (APS), da Amparo Saúde, empresa que também integra o ecossistema do Grupo Sabin. Os clientes que aderirem à assinatura Rita +Saúde, terão acesso a um centro de saúde digital que tem uma equipe da Amparo exclusivamente dedicada ao acompanhamento da saúde do cliente.  

“É importante esclarecer que o Rita Saúde não é um plano de saúde. Nossa proposta é preencher as lacunas da assistência à saúde oferecendo um modelo de acesso à saúde que atenda de forma eficiente e prática as necessidades da população. Para isso, buscamos entre outras coisas modelos de custeio para impactar positivamente o maior número de pessoas. Assim, além de mais de uma opção de assinatura, a plataforma permite a aquisição de vouchers ou o pagamento de assinaturas para custear o atendimento de outras pessoas, independente da relação de parentesco com o pagador”, aponta Uzuelli.  

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MEDICINA S/A

Goiás é o primeiro estado a oferecer teste genético para câncer de mama

Goiás é pioneiro ao colocar em prática a lei que dá às mulheres direito ao teste genético para câncer de mama herdado. Uma das cinco unidades federativas a dispor de uma lei para Detecção de Mutação Genética dos Genes BRCA1 e BRCA2 custeada pelo SUS, o governo estadual assinou o contrato de parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) que permite, efetivamente, a realização do exame. Para a mastologista Rosemar Rahal, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a oportunidade de fazer o teste representa um impacto positivo na sobrevida de pacientes portadoras de mutação.

Com a Lei nº 7.049/2015, conhecida como “Lei Angelina Jolie”, o governo do Rio de Janeiro foi pioneiro em firmar convênio com o SUS para a realização de exames em mulheres com histórico familiar de diagnóstico de câncer de mama ou de ovário em todo o Estado. Minas Gerais, em 2019, foi o segundo Estado a aprovar uma legislação com mesma finalidade, seguido de Goiás e Distrito Federal, em 2021, e Amazonas.

Mulheres com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, segundo a Rosemar Rahal, têm mais chances de desenvolver cânceres de mama e ovário. De acordo com a especialista, a mutação no gene BRCA representa um risco de 80% para câncer de mama e 40% para o de ovário. “Embora a legislação exista, podendo beneficiar uma grande parcela da população, ainda não foi de fato implementada onde foi promulgada”, destaca.

Mas desde a última quinta-feira, a exceção entre as cinco unidades da federação é o Estado de Goiás. A partir da assinatura do convênio com a UFG, o painel genético para câncer de mama herdado será realizado pelo Centro de Genética Humana do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, que dispõe de sequenciador, estrutura e recursos técnicos para a realização dos exames.

A partir da identificação da mutação, medidas profiláticas, como as cirurgias de mastectomia e ooforectomia (retirada dos ovários), impactam diretamente na sobrevida das pacientes. “Hoje, além das cirurgias profiláticas, existem medicamentos específicos para as mulheres com câncer de mama e portadores desta predisposição genética”, afirma a mastologista da SBM.

Para Rosemar Rahal, a parceria entre o governo de Goiás e a UFG serve de espelho para o País. “É fundamental que os Estados coloquem, de fato, as legislações em prática”, diz. Em tramitação federal, o Projeto de Lei nº 265/2020 propõe a realização de testes genéticos para prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama e ovário no âmbito do SUS em todo o País. O direito já assiste as mulheres no sistema suplementar operado pelos planos de saúde desde 2014. “Neste sentido, o convênio também é um estímulo para que o Brasil, como um todo, ofereça o teste para as mulheres”, conclui a representante da Sociedade Brasileira de Mastologia.

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Associação prevê aumento do turismo internacional para cirurgia plástica

BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) espera um impacto internacional, com o chamado turismo médico, em virtude da nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que atualizou as regras para publicidade médica no Brasil. Turismo médico é o nome que se dá quando um paciente viaja para outro país para se submeter a uma cirurgia. “O Brasil é hoje o segundo país que mais realiza cirurgia plástica, mas não possui um turismo médico internacional tão forte como a da Turquia e dos Estados Unidos. Agora, poderá finalmente ter seu lugar ao sol, já que os cirurgiões plásticos brasileiros estão entre os melhores do mundo e a BAPS espera fortemente contribuir com isso”, explica David Castro Stacciarini, advogado da Comissão de Publicidade e Propagandas Médicas da BAPS, associação que surgiu em março de 2022 para defender a publicidade médica livre e responsável. Os últimos dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (Isaps) mostram que as 1.634.220 cirurgias plásticas realizadas no Brasil em 2021 representam mais que 1/8 (12,7%) do total desses procedimentos no mundo.

A Resolução CFM nº 2.336/2023 estabelece mudanças na publicidade médica que entrarão em vigor a partir de 11 de março de 2024. De acordo com as determinações, os médicos poderão divulgar fotos de “antes e depois”, valores cobrados por consultas, explicar como funcionam tratamentos e mostrar dia a dia de trabalho nas redes sociais, desde que não identifiquem os pacientes nem façam propagandas de empresas ou marcas. Segundo o advogado, com a resolução nova, o paciente não terá que pagar uma consulta para descobrir se o cirurgião faz a cirurgia que ele deseja, podendo facilmente conhecer o trabalho do médico em suas redes sociais e isso, por si só, já é uma vitória para todos os pacientes. “Isso abre espaço para um maior crescimento, principalmente na questão internacional. E quando você conhece o trabalho do cirurgião fica mais fácil para você alinhar a expectativa da sua cirurgia”, argumenta o advogado da BAPS.

As imagens de antes e depois

O advogado explica que a resolução proíbe que as imagens de ‘antes e depois’ sejam editadas, como também exige descrição educativa informando os riscos e insatisfações, justamente para evitar que o paciente seja ludibriado ou crie uma fantasia que irá ficar igual a imagem visualizada. “Mas, a verdade é que nenhum paciente acredita mesmo que irá ficar igual a foto. Basta analisar os processos judiciais para perceber que o ponto nevrálgico se limita sempre à insatisfação com o resultado ou intercorrências que prejudicaram o resultado. Não podemos confundir exigência de um ótimo resultado com falsa expectativa”, diz o advogado. As fiscalizações das redes sociais são de responsabilidade dos conselhos regionais de Medicina, de forma que a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (CODAME) é o órgão que cuida disso. “Acredito que essa fiscalização das fotos ocorrerá sim. Mas, mais importante que isso, o médico terá que tomar cuidado com a lei geral de proteção de dados (LGPD), pois infrações nos dados sensíveis dos pacientes, e aqui inclui fotos médicas, poderão acarretar além de indenizações ao paciente, eventuais denúncias para a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que aplica multas para cada infração”, analisa o advogado.

Contradições da resolução

Apesar de a nova resolução estar mais adequada à atual sociedade e às comunidades internacionais, o advogado analisa que o CFM criou outras contradições nessa resolução. “Iniciando que o perfil pessoal caso esteja junto com o perfil profissional será analisado pelos critérios de publicidade e propaganda da resolução. Aqui entendemos uma certa invasão na vida pessoal do médico”, diz o advogado. “A princípio, a resolução informa que o médico pode aumentar sua clientela e seguidores e ao mesmo tempo afirma que não pode angariar clientes, o que torna contraditório de certa forma. E a resolução não explica o que seria ‘não identificar paciente’ apesar de exigir isso nas postagens. Como também não explica o que seria ‘promessa de resultado’, já que a resolução anterior de 2011 entendia promessa de resultado ser imagens de pré e pós-operatório, mas, agora que se tornou possível, é preciso de uma nova definição. Existe uma discussão também sobre anunciar preços de procedimentos, já que a resolução de 2023 entende ser possível, entretanto o parecer do CFM 2836/2020 solicitado pelo CRMPR, entende que não. Acreditamos que o tempo irá resolver esses impasses”, finaliza o especialista.

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DIÁRIO DA REGIÃO RIO PRETO ONLINE

Santa Casa processa médicos após condenações por erros


Em um esforço para manter a saúde das finanças, a Santa Casa de Rio Preto está processando quatro médicos para que eles devolvam à instituição valores pagos em indenização a pacientes que foram vítimas de erro médico. Em duas ações, a Santa Casa pede de volta o montante de R$ 427 mil. "A falha na prestação de serviços foi reconhecida, mas a Santa Casa não tem culpa, não é justo que eu tenha de arcar com o prejuízo", diz o provedor Nadim Cury.

A reportagem identificou duas ações de regresso protocoladas na última semana pelo escritório de advocacia Delucca e Castro Sociedade de Advogados em nome da Santa Casa. Nenhum dos médicos faz parte do atual quadro de profissionais da instituição.

Em um dos processos, a Santa Casa pede R$ 290.765 de duas médicas condenadas pela morte de um bebê durante o parto em 2011, mas que teve o acórdão (decisão em segunda instância) publicado em julho deste ano.

No processo, ficou comprovado que as profissionais demoraram 12 horas para realizar a cirurgia cesariana de uma paciente em trabalho de parto, o que resultou na morte do recém-nascido.

As duas médicas foram condenadas criminalmente por homicídio culposo, mas tiveram a pena substituída pelo pagamento de indenização. Como eram funcionárias da instituição, a Santa Casa foi condenada solidariamente a pagar o montante.

"Tivemos que pagar o valor integral para não perdermos o prazo e termos as contas bloqueadas, o que inviabilizaria o funcionamento da instituição", justificou Nadim.

O outro processo envolve um médico e uma médica que realizaram laqueadura em uma paciente sem autorização em 2016. Apesar de ter juntado ao processo um termo de anuência assinado pelo casal, o procedimento foi realizado durante o parto - conduta proibida pelo Ministério da Saúde. Nesta ação, a Santa Casa teve de indenizar a família em R$ 136.289 e ainda reverter a laqueadura na paciente.

"A apuração da culpa médica dos requeridos restou irrefutável, devendo os mesmos responder pelo prejuízo material que causaram à requerente (Santa Casa). Nesse sentido, dispõe o artigo 934 do Código Civil que: 'Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou'", escreveu o advogado Paulo Cesar Caetano Castro para justificar a cobrança da Santa Casa.

"Eu não vou 'passar pano' para ninguém. A Santa Casa está em crise orçamentária e não podemos perder dinheiro custeando erro dos outros", completou Nadim.

As ações correm na 1ª e 10ª varas cíveis de Rio Preto, respectivamente. Os médicos acionados na Justiça ainda não foram citados para apresentarem contestação.

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CORREIO BRAZILIENSE

Doenças raras: diagnóstico e tratamento precisam de avanços na legislação


Cerca de 13 milhões de brasileiros são acometidos com doenças raras - aquelas que afetam 65 pessoas a cada 100 mil. Dentre os pacientes de 8 mil patologias que compõem o rol dessas enfermidades, 75% são crianças e 30% delas morrem antes de completar 5 anos. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para a necessidade dos agentes do Estado melhorarem as políticas públicas voltadas para o diagnóstico e tratamento dessas patologias.

No último ano, entretanto, apenas 19 projetos de lei (PLs) sobre doenças raras foram apresentados no Congresso Nacional e nenhum deles foi aprovado. A informação faz parte da segunda edição do estudo "Radar dos Raros", lançado, ontem, no CB Talks: Radar dos Raros, debate realizado pelo Correio, em parceria com a Vertex Farmacêutica, com o objetivo de construir uma agenda positiva sobre o tema. A Interfarma, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), a Frente Parlamentar Mista da Saúde e a Subcomissão de Doenças Raras da Câmara dos Deputados apoiaram o evento ocorrido em Brasília e transmitido pelas redes sociais do Correio.

"Lamento informar que a gente não avançou muito no cenário das doenças raras", afirmou Gustavo San Martin, que é diagnosticado com esclerose múltipla e apresentou os dados da pesquisa de 2022 no CB Talks. A primeira edição da pesquisa ocorreu no ano passado e considerou o período de 2000 a 2021.

Dos quase 75 mil projetos de lei foram apresentados no Legislativo entre 2000 e 2022, somente 0,3% deles têm a ver com doenças raras (218 ao todo). Desse total, apenas oito projetos foram aprovados no mesmo período, dos quais cinco tratam de datas comemorativas, o que foi lamentado por San Martin. "Dias de conscientização são importantes, sim, mas são pontos de partida, não de fim", desabafou o fundador da CDD e da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas). "Diagnóstico e tratamento são temas fundamentais para seguir promovendo qualidade de vida para pessoas como eu e outras com doenças raras, tenham qualidade de vida e, muitas vezes, apenas vida", acrescentou.

Nesse período, houve poucos avanços. Um deles, ocorrido em 2014, a Política Nacional de Atenção Integral a Pessoas com Doenças Raras foi instaurada no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, a portaria nº 187 alterou e ampliou as regras do teste do pezinho no Brasil - o exame é o principal para identificar as doenças raras. Em 2021, foi instituído o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) que define um rol mínimo de doenças raras que serão identificadas pelo , garantindo também o diagnóstico correto e o tratamento necessário no SUS. "Uma das funções muito importantes do nosso parlamento é uma ação de fiscalização. Não basta uma boa lei, como a do pezinho, mas é preciso ser fiscalizado", ressaltou o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

De acordo com o presidente da Interfarma, Renato Porto, a jornada de um paciente com doença rara "é muito difícil". "A indústria farmacêutica está para desenvolver tecnologia, trazer uma solução para aquele paciente. Precisamos comemorar que existe diagnóstico e de que existe possibilidade do paciente brasileiro ter acesso a tratamento. Porém, temos os desafios de como fazer isso rápido e eficiente", afirmou.

'Mayara Souto

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PORTAL G1

Jovem que morreu após infecção chegou a estudar 14 horas por dia para realizar sonho de cursar medicina: ‘era um exemplo’

Lucas Borba, de 26 anos, deixou o curso de engenharia civil no 9º período para se preparar para o vestibular novamente, segundo a família. Mas ele passou mal em decorrência de uma infecção e acabou morrendo em Palmas no domingo (22).

Lucas Borba, de 26 anos, tinha o sonho de ser médico. Começou a vida acadêmica em outra área, mas largou tudo para se dedicar exclusivamente a esse objetivo: entrar no curso de medicina. Chegou a passar 14 horas por dia estudando e foi aprovado na Universidade Federal do Pará (UFPA). Mas, em decorrência de uma infecção, acabou morrendo em Palmas.

O jovem passou cerca de dez dias internado em um hospital da capital. Segundo a família, no domingo (22) o quadro de saúde piorou e ele precisou ir para a UTI. Mas sofreu uma parada cardíaca e a infecção se espalhou. A causa da morte, segundo a família, foi insuficiência renal e hepática.

Lucas, que nasceu em Araguaína, no norte do estado, chegou até o 9º período de engenharia civil, na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Mas para conseguir entrar no curso de medicina, abriu mão da engenharia e resolveu começar de novo.

Segundo Arthur Wieczorek, primo de Lucas, ele se matriculou em um cursinho para se preparar novamente para encarar um vestibular.

“Voltou à estaca zero e foi fazer cursinho visando o curso de medicina. Ele tinha esse objetivo em mente: ser estudante de medicina. Teve uma época que ele estudava 14 horas por dia”, contou.

Para a alegria da família e do jovem, ele foi aprovado para a federal do Pará em maio de 2022. “Essa graça foi alcançada. Lucas era um exemplo de estudo”, disse o primo.

Ele se mudou para Belém (PA) e atualmente cursava o 3ª período de medicina. Foi lá que ele começou a passar mal antes, antes de perder a vida em decorrência da infecção que afetou os rins e fígado.

Morte prematura

Arthur contou que Lucas chegou a pedir ajuda a parentes em Palmas após dias sentindo dores abdominais, com diarreia e vômitos.

“Essa diarreia e dores se prolongaram por mais ou menos um mês. Até que ele ligou para minha tia pedindo socorro para ele ir para Palmas se tratar, pois grande parte da família é daqui. Temos uma estrutura boa para servir ele”, relembrou o primo.

Ele chegou a Palmas em 13 de outubro e depois de cerca de dez dias acabou morrendo em um hospital da cidade.

Nas redes sociais, muitos amigos e parentes lamentaram a morte. O diretório acadêmico do curso de medicina da UFPA comentou: "Lucas, você ficará pra sempre em nossas memórias! Descanse em paz! Você foi incrível!"

"Meu amor, hoje vivi o sentimento mais doloroso de toda minha vida, o amargo no estômago, o nó na garganta e o vazio em tudo. Às vezes parece um pesadelo estando acordado, tem horas que eu quero gritar, outras horas quero deitar ou sair correndo, mas não há nada que eu queira mais do te abraçar pela última vez", disse o jovem nas redes sociais.

Lucas foi velado em Palmas e em Nova Olinda, cidade onde mora a família materna. O sepultamento aconteceu na manhã de terça-feira (24) no cemitério de Nova Olinda.

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Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA: 'Cena de filme'

Médicas de folga foram aos EUA para o casamento de uma amiga. Profissionais explicam que, com o atendimento, paciente passou de estado grave para estável.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

Médicas goianas contam que salvaram turista que teve parada cardíaca em aeroporto dos EUA

Duas médicas goianas salvaram, nesta segunda-feira (23), um turista brasileiro que teve uma parada cardíaca no aeroporto John F. Kennedy, Nova York, nos Estados Unidos. Ao g1, as médicas pediatras Gyselle Bessa, de 46 anos, e Kamilla Prudente, de 34, contaram a emoção que passaram logo que chegaram no aeroporto e passavam pela imigração (assista vídeo acima).

"Estamos em êxtase. Não estamos acreditando no que aconteceu. [Já] tivemos muitas ocorrências, mas essa de hoje foi a que mais me marcou", disse Gyselle, emocionada.

"Eu corria para um lado, corria para o outro. Parecia uma cena de filme", lembrou Kamilla.

Gyselle e Kamilla moram em Goiânia e, por estarem de folga, foram aos Estados Unidos para o casamento de uma amiga médica que também é goiana. Tudo começou quando as profissionais aguardavam na fila para passar pela imigração e ouviram um grito de ajuda: '"Help".

"Estávamos bem lá atrás [na fila] e escutamos 'help, help', e eu falei, Gyselle, parece que alguém está pedindo ajuda. Vai lá, olha lá o que aconteceu", narrou Kamilla.

g1 não conseguiu falar com a família do homem atendido pelas profissionais no aeroporto ou com o hospital em que ele foi levado até o momento para uma atualização do estado de saúde. No entanto, as médicas explicam que após o atendimento, o paciente passou de um estado grave para estável. De acordo com as profissionais, o turista estava com a esposa em visita ao filho.

Atendimento em aeroporto

Kamilla está em sua primeira vez nos Estados Unidos e contou que apesar de ter ido ao país a passeio, também levou alguns equipamentos, como o oxímetro e um estetoscópio. Com receio de uma possível extraviação, a médica manteve seus equipamentos médicos em uma mala de mão junto com ela, que foram essenciais para o atendimento do homem no aeroporto.

"Cheguei lá, vi que ele estava em parada cardiorrespiratória e já comecei a fazer a massagem [cardíaca]. Deixei a Gyselle assumir a massagem e voltei à fila para pegar minha mala onde estavam meus aparelhos médicos e saí correndo de novo. Parecia uma cena de filme", detalhou Kamilla sobre o momento em que foi atrás de Gyselle no local em que a família do paciente pediu ajuda.

As médicas ainda contaram que, depois de constatar o que o homem havia tido, elas conseguiram um desfibrilador no aeroporto, um aparelho que é usado para reanimar pessoas com parada cardíaca.

"Com o oxímetro vimos a saturação, a frequência cardíaca, graças a Deus tínhamos desfibrilador no aeroporto e depois de observar no oxímetro e no estetoscópio pudemos colocar o desfibrilador fazendo o choque e com as massagens conseguimos reverter até os paramédicos chegarem", detalhou Gyselle sobre as técnicas empreendidas no atendimento.

"Chegando o desfribrilador a gente cardioverteu ele, afastou todo mundo e mesmo falando muito pouco inglês a gente conseguiu organizar com os seguranças e tudo. Os paramédicos chegaram, a gente ainda ajudou eles para estabilizar o paciente até que a ambulância com os médicos chegassem, e isso foi uns 30, 40 minutos", completou Kamilla.

Ambas as profissionais são médicas pediatras. Na profissão, Gyselle com mais de 20 anos e Kamilla 11. Dentro de sua trajetória, Gyselle atuou por 10 anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e 5 anos no helicóptero do Corpo de Bombeiros. Ainda assim, a médica disse estar “em êxtase” com o ocorrido.

“Já peguei várias ocorrências chocantes, mas igual a essa, que estava relaxada, de boa, na fila, meio sonolenta, nunca imaginava ter que agir naquele momento”, disse Gyselle.

"Fazia muito tempo que eu já não atendia adultos. A principio eu mandei a Gyselle [ir ao local] porque já teve mais anos de SAMU atendendo adultos, mas a gente é formada em clinico geral e a gente sempre lembra", contou Kamilla.

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Assessoria de Comunicação

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O assunto foi abordado pela especialista Cyndia Bressan

 

Chegou a hora de dar aquele retorno a seu colaborador sobre uma ação executada por ele ou uma pequena falha detectada no serviço. O que fazer? Como abordá-lo? Qual a melhor forma de expor o posicionamento do hospital e assegurar que a mensagem seja bem entendida e contribua para a melhoria do serviço e desempenhos futuros do colaborador?

Quem trabalha com gestão de pessoas, principalmente na área da saúde, sabe que essa abordagem nem sempre é uma tarefa fácil. Mas, com as técnicas corretas é possível torná-la mais agradável, harmônica e eficiente.

E foi para orientar os gestores dos hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) sobre esse feedback que o Comitê de Gestão de Pessoas da Associação recebeu, no dia 19 de outubro, a psicóloga e mestre em Psicologia Organizacional e do Trabalho, Cyndia Bressan, diretora na consultoria em desenvolvimento Instituto Bressan (@institutobressan).

No encontro com representantes de hospitais da rede Ahpaceg, a palestrante, escritora e mentora de executivos abordou o tema “Estratégias e Ferramentas para Feedback Eficaz com Comunicação Não Violenta”.

Cyndia Bressan compartilhou com o público um pouco de seus mais de 20 anos de experiência em áreas, como consultoria em gestão de pessoas, academia de líderes e estratégia organizacional, e ressaltou a importância de uma comunicação eficiente e um feedback eficaz na construção de uma cultura positiva nas clínicas e hospitais, capaz de gerar um ambiente de trabalho mais saudável e de engajar os colaboradores.

Ela detalhou os tipos de feedback, qual o mais adequado à cultura e estilo de gestão das instituições e enfatizou a necessidade de a empresa manter uma comunicação baseada nos princípios da objetividade, de ser claro ao explicar o que deseja e da compaixão, a chamada comunicação não violenta.

“Precisamos entender que a comunicação é sempre a expressão de uma necessidade satisfeita ou insatisfeita e que as pessoas, quando se sentem invadidas em suas “necessidades”, tendem a ter comportamentos violentos, às vezes, pela falta de um recurso chamado comunicação, diálogo, empatia”, alertou.

Segundo ela, as empresas precisam desenvolver recursos, ferramentas, para que tenham, cada vez mais, a cultura de um feedback positivo, que motive o desenvolvimento do colaborador e dentro dos preceitos de uma cultura que valorize a comunicação, especialmente, com o suporte da comunicação não violenta.

Coordenado por Gissely Soares (do associado CDI) e Sanny Alves Andrade (do associado Hospital do Rim), o Comitê de Gestão de Pessoas da Ahpaceg reúne-se mensalmente, sempre abordando um tema de grande interesse dos gestores.

Segunda, 23 Outubro 2023 06:55

CLIPPING 21 A 23/10/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde

Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19

No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim

Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos

Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos

SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes

Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde

AGÊNCIA ESTADO

Tratamento para câncer terão cobertura obrigatória pelos planos de saúde


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incorporar dois medicamentos usados no tratamento para câncer na lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde. A decisão, divulgada na segunda-feira, 9, foi aprovada em reunião extraordinária da Diretoria Colegiada do órgão realizada na semana passada.

Conforme a ANS, medicamentos para melanoma, tipo de câncer de pele, e câncer de endométrio, um dos tumores ginecológicos mais comuns, terão sua cobertura obrigatória pelas operadoras de saúde a partir de 1º de novembro deste ano.

Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe, para o tratamento de pacientes adultos com melanoma irressecável ou metastático.

Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe, para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial avançado.

Os dois medicamentos foram incluídos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

"As propostas de incorporação dessas tecnologias ao rol foram submetidas diretamente à ANS, tendo passado pela 18ª Reunião Técnica da Cosaúde, realizada em julho, e pela Consulta Pública 114, bem como por criteriosa análise técnica", afirmou a ANS.

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a lista de coberturas obrigatórias pelas operadoras de planos de saúde a todos os seus beneficiários, que conta com tecnologias disponíveis entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias que atendem às doenças listadas na Classificação internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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JORNAL OPÇÃO

Cientistas descobrem o que causaria perda de memória após Covid-19

Pesquisa nos EUA descobre que pacientes com a modalidade longa da doença têm seus níveis de serotonina diminuídos

Cientistas propõem uma nova explicação para alguns casos de Covid longa com base em descobertas de que os níveis de serotonina estavam mais baixos em pessoas que sofrem com as sequelas. A descoberta é importante porque pode apontar o caminho para possíveis tratamentos, como a suplementação da substância no corpo.

No estudo publicado na última semana no periódico científico Cell, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia sugerem que a diminuição da serotonina pode ser provocada por resquícios do vírus da Covid-19 no intestino nos pacientes. A queda desses níveis seria a explicação, inclusive, para os problemas neurológios e cognitivos da Covid longa, de acordo com a pesquisa.

Esse é mais um dos novos estudos que relatam mudanças biológicas diversas em pacientes com Covid longa. E o resultado dessa pesquisa confirma o que muitas teorias sobre a causa da doença já previam: restos persistentes do vírus, inflamação, aumento da coagulação sanguínea e disfunção do sistema nervoso autônomo.

Para chegar à conclusão, pesquisadores analisaram o sangue de 58 pacientes com sintomas de Covid longa entre 3 e 22 meses após a infecção pelo coronavírus. Os resultados foram comparados à análise do sangue de outros 30 pacientes sem sintomas pós-Covid e 60 pacientes na fase aguda inicial da doença.

Nas amostra de fezes dos pacientes com Covid longa, foram encontradas partículas virais remanescentes do vírus. Com os dados encontrados, os cientistas concluíram que remanescentes virais estimulam o sistema imunológico a produzir interferons, que são proteínas de defesa.

Os interferons provocam nos pacientes inflamação e reduz a capacidade do corpo de absorver triptofano, um aminoácido que ajuda a produzir serotonina no intestino. Coágulos sanguíneos que podem se formar após uma infecção por coronavírus também podem prejudicar a capacidade do corpo de circular serotonina, segundo o estudo.

A serotonina é uma substância que desempenha um papel na memória de curto prazo, o que estaria relacionado com os problemas de memória e as alterações cognitivas relatada por pacientes com Covid longa.

No entanto, há ressalvas: uma vez que o estudo publicado não foi extenso, os resultados ainda precisam ser confirmados por novas pesquisas. Além disso, cientistas acreditam que não há apenas um único marcador responsável por diagnosticar a condição, que podem variar com base no tipo de sintomas e outros fatores.

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PORTAL G1

No Brasil, pessoas negras são mais vítimas de erro médico e acidentes em cirurgias, diz boletim

Entre 2010 e 2021, pessoas negras foram mais vítimas de erros médicos devido a acidentes ou à negligência profissional no Brasil. Essa é a conclusão do Boletim Saúde da População Negra, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê.

O estudo foi divulgado esta semana pelo IEPS e pelo Instituto Çarê, criado com o objetivo de produzir pesquisas e informações sobre a saúde da população negra. Os dados são exclusivos.

A pesquisa também revelou que as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentam mais casos de internação de negros por incidentes, como cortes acidentais numa cirurgia, em comparação com brancos.

Veja principais pontos sobre o tema

Quais foram os dados analisados pelo estudo?

O estudo levantou que, entre 2010 e 2021, foram registradas 66.496 internações por causa de "eventos adversos", que podem ser cortes acidentais, perfurações, limpeza (assepsia) insuficiente de uma ferida, objetos estranhos deixados no corpo do paciente durante procedimentos médicos, erros de dosagem, administração de substâncias contaminadas e outros. Pela média, foram 15 casos por dia.

Quais foram as principais conclusões estudo?

Em todas as regiões do país, menos no Sul, as taxas de internação devido a incidentes por causa de "eventos adversos" são mais elevadas entre a população negra.

Na média calculada de 2012 a 2021, no Norte e no Nordeste, as pessoas negras têm seis vezes mais chances de serem internadas por omissão médica em comparação com as brancas.

No Centro-Oeste, a probabilidade é três vezes maior. E, no Sudeste, as pessoas negras têm uma chance 65% mais elevada de serem hospitalizadas por conta de eventos adversos.

A análise comparou apenas negros e brancos pois a incidência de casos documentados de amarelos e indígenas foi baixa.

Qual a exceção?

Na região Sul, a tendência se inverte. Pessoas brancas apresentam uma probabilidade 38% maior de serem internadas por acidentes médicos em comparação com a população negra.

Como os erros médicos e acidentes ocorrem?

De acordo com o boletim, os erros médicos pode ocorrer em casos de negligência do médico, ação precipitada, imprudência do profissional e até desconhecimento teórico ou prático.

O instituto afirma que esses erros médicos são relacionados à deficiência no sistema organizacional e na execução dos serviços e que analisá-los é uma chance para aprimorar a qualidade do atendimento.

O estudo reconhece, porém, que "mesmo entre profissionais altamente conscientes, equívocos são inevitáveis devido à natureza humana".

Qual o perfil dos pacientes?

Dos 66.496 pacientes catalogados:

26.779 são brancos;

21.977 são negros;

792 são amarelos;

35 indígenas; e

16.913 sem informação.

Entre os negros que agrega pretos e pardos, 19.301 são pardos e 2.676 são pretos. Apesar da pequena diferença, as taxas dos acidentes com mulheres brancas superam as relativas às negras.

"Já para o caso dos homens, elas são um pouco maiores. Os homens negros têm apresentado as maiores taxas de acidentes e incidentes adversos, de maneira estável, desde 2016", aponta o texto.

Há soluções?

O documento diz que historicamente a população negra "sofre sobreposições de vulnerabilidades" pois "enfrenta mais barreiras no acesso à saúde e, inclusive, maiores níveis de discriminação racial no atendimento nos serviços de assistência médica".

Para o instituto, as desigualdades no tratamento médico mostram a "importância de políticas específicas".

O estudo cita a necessidade de aplicação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), para melhorar o acesso aos serviços de saúde à população como um todo.

"A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) (Brasil 2009), por exemplo, oferece diretrizes valiosas para abordar as disparidades, incluindo a promoção do acesso equitativo a serviços de saúde, o combate ao racismo estrutural e a participação ativa das comunidades afetadas no desenvolvimento de políticas de saúde", diz o artigo.

Qual critério foi escolhido para a análise?

Os dados usam como base o Sistema de Informações Hospitalares (SIH).

O estudo analisou internações relacionadas a acidentes e incidentes adversos, conforme definidos pela Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Esta classificação diz respeito a situações que ocorrem na prestação de cuidados médicos e cirúrgicos.

Também foram considerados eventos na etapa do diagnóstico e também relativos a terapias, com uso de dispositivos médicos.

O autor do estudo e pesquisador do IEPS, Rony Coelho, explica que as taxas de internação comparam o número de internações em cada grupo étnico com base em uma população de 10 mil habitantes. Ele usou as estimativas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua, IBGE).

"Assim, ao calcular as taxas de eventos (neste caso, acidentes e incidentes adversos) em relação à raça ou cor da população, ficam ajustados (balanceados) os números para garantir que não haja viés devido às diferenças na distribuição racial ou étnica na população. Isso visa evitar distorções nos dados causadas pela concentração de diferentes grupos raciais ou étnicos em determinadas regiões geográficas", disse o representante do IEPS.

"Por exemplo, se a população negra é mais numerosa em uma região do país e a população branca é mais numerosa em outras, os valores brutos podem ser influenciados por essa distribuição regional desigual. No entanto, ao realizar o cálculo das taxas elas refletem as diferenças raciais ou étnicas na população de maneira equitativa, independentemente de onde esses grupos predominem geograficamente. Isso ajuda a obter uma imagem mais precisa das disparidades de saúde entre diferentes grupos raciais ou étnicos, levando em consideração a distribuição demográfica em todo o país", exemplificou.

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CORREIO BRAZILIENSE

Desinformação é ponto crítico para baixa cobertura vacinal de brasileiros entre 18 e 59 anos


A baixa cobertura vacinal de adultos é um ponto vulnerável na saúde brasileira. Na avaliação de especialistas ouvidos pelo Correio, a desinformação constitui um fator crítico para esse quadro.

"Para o público adulto, alguns dos obstáculos incluem a falta de conscientização sobre a importância da vacinação contínua ao longo da vida. Muitos adultos podem erroneamente acreditar que as vacinas são apenas para crianças e não perceber que a imunização é fundamental para sua própria saúde", comenta Lurdinha Maia, coordenadora da assessoria clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos/Fiocruz.

A desinformação é outro obstáculo contra a vacinação em um país de dimensões continentais. "A propagação de mitos e informações falsas sobre vacinas pode levar a uma hesitação em receber os imunizantes recomendados. Além disso, a falta de campanhas de promoção específicas para adultos e idosos pode levar a uma falta de conscientização sobre a importância da vacinação nestes grupos", observa a coordenadora.

Ações abrangentes são necessárias. "Para superar esses desafios, é fundamental fornecer informações precisas, promover a educação em saúde em comunidades, clínicas e consultórios médicos para esclarecer mitos e desinformações sobre vacinas", acredita Lurdinha Maia. É preciso, ainda, "garantir o acesso fácil e econômico às vacinas; fortalecer a confiança nos imunizantes; e promover políticas de saúde pública que reconheçam a importância da vacinação ao longo da vida".

Na avaliação da médica, é fundamental envolver profissionais de saúde, comunidades e grupos de interesse para garantir que a mensagem sobre a importância da vacinação chegue a todos os segmentos da população.

"Nunca me perguntam"

Na rede de atendimento primária, são comuns os relatos de falta de informação. A servidora pública Sônia Ferreira Campos, 65 anos, relata que tomou as vacinas destinadas a adultos apenas quando estava grávida. Ela não sabe se tem que atualizar sua caderneta de vacinação. "Não vejo esse incentivo ao público adulto para ir se vacinar. Seria muito bom se tivesse. Acho que o governo deveria fazer esse incentivo na TV, jornal etc."

Para Maria das Dores, 70, o incentivo à vacinação nos últimos anos é mínimo. "Em minhas consultas, nunca me perguntam se eu me vacinei. Mas pela minha curiosidade, sempre procuro e me vacino".

O médico infectologista Victor Bertollo Gomes Porto avalia a vacinação adulta e idosa como uma forma de contenção e diminuição do risco epidemiológico na sociedade, com o poder de fortalecer a qualidade de vida e a longevidade. Em compensação, a falta dela pode levar à evolução de doenças que levam a complicações graves e consequentes sequelas.

"A vacinação traz a proteção tanto dos indivíduos como da sociedade como um todo", ressalta Gomes Porto. "As vacinas são um dos melhores custos efetivos na medicina, pois elas reduzem os gastos de saúde por reduzir internações e conseguem desafogar o grande número de pacientes nos sistemas de saúde", complementa o infectologista.

A vacinação adulta também tem efeitos em outras parcelas da população. Estudos indicam que a cobertura vacinal no grupo entre 18 e 59 anos contribui fortemente para a preservação da saúde imunológica idosa e infantil. A chamada "imunização de rebanho", quando um alto percentual da população está vacinado, protege indiretamente aqueles que não podem ser vacinados devido a condições médicas, a alergias ou porque são muito jovens.

A vacinação entre idosos também é estratégica. "É um componente fundamental para o envelhecimento saudável, aumentando a expectativa e a qualidade de vida", avalia o médico.

Imunossuprimidos

A cobertura vacinal de adultos e idosos ajuda, em particular, um público específico: os imunossuprimidos. "Essas pessoas necessitam muito da imunidade coletiva para diminuir a circulação e até mesmo bloquear a circulação de vírus na população", alerta o infectologista. "A vacinação adulta protege esses grupos de risco porque reduz o risco de complicações graves e hospitalizações. Protege também grupos vulneráveis, como crianças muito jovens e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, que podem não ser elegíveis para algumas vacinas ou podem não responder bem a elas", explica Lurdinha.

Para atender os imunossuprimidos, existem esquemas especiais de atendimento na rede pública, os Centros de Referências de Imunobiológicos Especiais/CRIEs. Essas unidades de saúde são ofertadas para pacientes, da rede pública ou privada, que se encaixarem nos critérios e indicações para uso de imunológico especial.

O Boletim Temático da Biblioteca do Ministério da Saúde de 2022 revela que, em 2030, o número de idosos irá superar o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Em 2050, poderá representar 30% da população brasileira.

A fim de informar esse público específico, o Ministério da Saúde oferece a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa para o acompanhamento multidimensional a nível primário de atenção. O documento possibilita o monitoramento da saúde e viabiliza a orientação sobre vacinação e outros pontos importantes na saúde sênior.

Para anotar e guardar

É grande a lista de vacinas direcionadas ao público adulto e idoso. Nem todas estão disponíveis na rede pública. Confira as doses recomendadas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e pelo Ministério da Saúde.

ADULTO 20 a 59 anos

dTpa ou dTpa-VIP / Dupla adulto - dT

RECOMENDAÇÕES: Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada 10 anos; quem estiver com o esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com dT de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componentes tetânico. Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para gestantes, puérperas e profissionais da saúde| Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.

Influenza (gripe)

RECOMENDAÇÕES: Dose única anual; em imunossuprimidos e em situação epidemiológica de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de 3 meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V para adultos pertencentes a grupos de risco | Clínicas privadas: Sim, 3V e 4V.

Pneumocócicas

RECOMENDAÇÕES: A vacinação entre 50 a 59 anos com VPC13 ou VPC15 fica a critério do médico.

DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim. VPC13, VPC15 e VPP23.

Herpes zóster

RECOMENDAÇÕES: Rotina a partir de 50 anos; vacina atenuada (VZA) - dose única; vacina inativada (VZR) - duas doses com intervalo de 2 meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

RECOMENDAÇÕES: Duas doses acima de 1 ano de idade, com intervalo mínimo de um mês entre elas; para adultos com esquema completo, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina, podendo ser consideradas em situações de risco epidemiológico, como surtos de caxumba e/ou sarampo.

DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, duas doses até 29 anos; uma dose entre 30 e 59 anos | Clínicas privadas: Sim.

Hepatites A, B ou A e B

RECOMENDAÇÕES: Hepatite A: duas doses, no esquema 0-6 meses; Hepatite B: três doses, no esquema 0-1-6 meses; Hepatite A e B: três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Hepatite A- Não; Hepatite B- Sim; Hepatite A e B- Não | Clínicas privadas: Hepatite A- Sim; Hepatite B- Não; Hepatite A e B- Sim.

HPV

RECOMENDAÇÕES: Duas vacinas disponíveis no Brasil, HPV4 e HPV9. É recomendado, sempre que possível , o uso preferencial da vacina HPV9 e a revacinação daqueles anteriormente vacinados com HPV2 ou HPV4, com o intuito de ampliar a proteção para os tipos adicionais; não vacinados anteriormente: três doses de HPV9 (0-2-6 meses) a partir de 15 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, HPV4 e HPV9.

Varicela (catapora)

RECOMENDAÇÕES: Para suscetíveis: duas doses com intervalo de um a dois meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócicas conjugadas ACWY ou C

RECOMENDAÇÕES: Uma dose. A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerão da situação epidemiológica. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócica B

RECOMENDAÇÕES: A indicação dependerá da situação epidemiológica; duas doses com intervalo mínimo de 12 mês (Bexsero) ou 6 meses (Trumenba); Não se conhece a duração da proteção .conferida e, consequentemente, a necessidade de dose(s) de reforço. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Febre amarela

RECOMENDAÇÕES: Recomendação do PNI: se recebeu a primeira dose antes dos 5 anos, indicada uma segunda dose, independente da idade atual. Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única; recomendação da SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma dose com intervalo de 10 anos. Essa vacina pode ser exigida pela emissão do CIVP - Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia, atendendo as exigências sanitárias de alguns destinos internacionais. Nesse caso, deve ser aplicada até 10 dias antes de viajar. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.

Dengue

RECOMENDAÇÕES: Qdenga é recomendada até 60 anos independentemente de contato prévio com o vírus da dengue. Esquema de duas doses com intervalo de três meses entre elas (0-3 meses). Dengvaxia é recomendada somente até 45 anos, soropositivos para dengue. Esquema de três doses com intervalo de seis meses entre elas (0-6-12 meses). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Covid-19

RECOMENDAÇÕES: Para pessoas de 12 a 39 anos não incluídas no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes e que não iniciaram a vacinação ou que estão com o esquema vacinal incompleto, deverá ser realizado o esquema primário utilizando duas doses das vacinas Covid-19 (monovalente) e o reforço com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses. // Para pessoas de 40 a 59 anos de idade não incluídos no grupo prioritário recomendado para receber as vacinas bivalentes, o esquema vacinal é composto por duas doses (1ª dose e 2ª dose) e duas doses de reforço (1° reforço e 2° reforço). DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.

IDOSO 60+ anos

VACINAS DE ROTINA

Influenza (gripe)

RECOMENDAÇÕES: Dose única anual, preferencialmente com a vacina quadrivalente de alta concentração (high dose, HD4V). Na impossibilidade, usar vacina disponível (preferencial 4V em relação a 3V) e, nesses casos, em situação epidemiológica de risco, considerar uma segunda dose a partir de três meses após a dose anual. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, 3V | Clínicas privadas: Sim, 3V, 4V e HD4V.

Pneumocócicas conjugadas VPC13 ou VPC15 e polisacarídica VPP23

RECOMENDAÇÕES: Iniciar com uma dose da VPC13 ou VPC15 seguida de uma dose de VPP23 de seis a 12 meses depois, e uma dose de VPP23 cinco anos após a primeira. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não, VPC13. Sim, VPP23 somente para asilados e grupos de risco aumentado | Clínicas privadas: Sim, VPC13, VPC15 E VPP23

Herpes zóster

RECOMENDAÇÕES: A partir de 50 anos - Vacina atenuada (VZA): dose única; Vacina inativada (VZR): duas doses com intervalo de dois meses (0-2). DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim, VZA e VZR.

dTpa ou dTpa-VIP / dupla adulto - dT

RECOMENDAÇÕES: Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. Quem estiver com o esquema de vacinação básico completo deve tomar um reforço com dTpa a cada 10 anos. Quem estiver com esquema de vacinação básico incompleto deve tomar uma dose de dTpa a qualquer momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou com histórico vacinal desconhecido devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim, dT e dTpa para profissionais da saúde | Clínicas privadas: Sim, sTpa e dTpa-VIP.

Hepatite B

RECOMENDAÇÕES: Três doses, no esquema 0-1-6 meses. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Não.

Febre amarela

RECOMENDAÇÕES: Recomendação PNI: Se aplicada a partir dos 5 anos de idade: dose única. O serviço de saúde deverá avaliar a indicação, considerando o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária e/ou decorrentes de comorbidades. Recomendação SBIm: Duas doses. Como há possibilidade de falha vacinal, está recomendada uma segunda dose com intervalo de 10 anos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Sim | Clínicas privadas: Sim.

Covid-19

RECOMENDAÇÕES e DISPONIBILIDADE: É recomendado o acesso a dados atualizados sobre a disponibilidade de vacinas e grupos contemplados na fase recorrente de vacinação de sua localidade.

VACINAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

Hepatite A

RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é prioritária. A sorologia pode ser solicitada para definição da necessidade ou não de vacinar. Em contactantes de doentes com hepatite A, ou durante surto da doença, a vacinação deve ser recomendada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Hepatites A e B

RECOMENDAÇÕES: A vacina combinada para as hepatites A e B é uma opção e pode substituir a vacinação isolada para as hepatites A e B. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Meningocócicas conjugadas ACWY ou C

RECOMENDAÇÕES: Na indisponibilidade da vacina meningocócica conjugada ACWY, substituir pela vacina meningocócica C conjugada. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

RECOMENDAÇÕES: Na população com mais de 60 anos, é incomum encontrar indivíduos suscetíveis ao sarampo, caxumba e rubéola. Para esse grupo, portanto, a vacinação não é rotineira. Porém, a critério médico (em situações de surtos, viagens, entre outros), pode ser recomendada. Contraindicada para imunodeprimidos. DISPONIBILIDADE: Gratuitas nas UBS: Não | Clínicas privadas: Sim.

Fonte: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2023/2024 | Ministério da Saúde | Programa Nacional de Imunizações (PNI)

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PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: advogados explicam impasse em relação ao pagamento dos valores estabelecidos


A discussão sobre o piso salarial da enfermagem está em pauta no Brasil há anos. Em 4 de agosto de 2022, a lei n.° 14.434 estabeleceu um valor mínimo de salário para enfermeiras, técnicas em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras em todo o país. Posteriormente, a Emenda Constitucional n.° 127/2022 determinou que caberia à União prestar assistência financeira complementar aos estados, municípios, Distrito Federal e entidades filantrópicas, como explica a advogada especialista em direito trabalhista, Camila Andrea Braga.

"A questão da reivindicação em relação ao piso salarial para a categoria de enfermagem já é bem antiga, até porque a lei que regulamentou o exercício da enfermagem profissional é de 1955 e não previa um piso salarial para a categoria de enfermagem". A especialista ainda destaca. "O pleito ganhou força maior durante a pandemia de Covid-19, em que se evidenciou a importância e a relevância desses profissionais", avalia.

VEJA MAIS:

Segundo Camila, assim que a lei foi sancionada e as entidades tomaram conhecimento da necessidade de seguir o novo piso da categoria, a Confederação Nacional de Saúde (CNS) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federa (STF), questionando algumas questões da lei, pedindo a inconstitucionalidade para que não fosse aplicado esse piso. "Por isso que essa questão foi parar no Supremo Tribunal Federal", salienta.

Divergências

De acordo com o advogado trabalhista Donne Pisco, por não tratar especificamente sobre o piso salarial, a profissão de enfermagem trouxe uma série de discrepâncias em âmbito nacional. "Isso acabou sendo objeto de atuação por parte das entidades representativas e que levou a regulamentação e a fixação do piso para a aplicação em âmbito nacional", reforça.

A medida valeria para aqueles que atendessem, no mínimo, 60% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para o cumprimento do piso salarial. Conforme Donne Pisco, dadas as condicionantes fixadas na decisão do STF, é que a "aplicação indistinta" da lei instituidora do piso de enfermagem não ocorre em sua plenitude.

"Ocorre apenas em relação aos servidores públicos civis da União em que há cumprimento efetivo do piso desde já a partir da decisão do STF. Em relação aos demais, ficou determinado que se observasse ali todos os requisitos para suplicação", informa.

Conforme o especialista, também deveria ser considerado o impacto financeiro dessas medidas em relação a estados e municípios, a possibilidade de fazê-lo com a complementação orçamentária a cargo da União e em relação à iniciativa privada condicionada à negociação coletiva. "Esses são os entraves que, no presente momento, condicionam a aplicação efetiva integral da lei instituidora do piso salarial dos enfermeiros", aponta.

Quem vai pagar a conta?

Como o novo piso ainda dependia de um dinheiro extra para que estados e municípios pudessem garantir o pagamento, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei liberando mais de R$ 7 bilhões para ajudar as regiões a garantirem o piso salarial para profissionais da enfermagem. Na opinião da especialista Camila Braga, o maior impasse é o orçamentário.

"Para o pagamento do piso de maio até dezembro de 2023, foi reservado um valor de R$ 7,3 bilhões, que está sendo repassado proporcionalmente, mas o repasse é uma parcela do pagamento. A outra parcela, o outro ente tem que arcar. E o que estão dizendo é que eles não têm dinheiro para arcar com o novo valor ainda com o recebimento do repasse", revela.

Camila ressalta que o governo federal já está fazendo os repasses, mas estados e municípios informam que esse repasse não é suficiente para arcar com o acréscimo do piso em relação aos profissionais já existentes dentro da rede pública.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) entende que a não inclusão do recolhimento de encargos patronais gerará ainda mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Segundo as estimativas da entidade, realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.

Definição da situação

Donne Pisco explica que o STF acabou suspendendo os efeitos da lei para esclarecer a situação. "A ideia era apurar a situação financeira de estados e municípios afetados pela aplicação do novo patamar remuneratório, a avaliação a respeito da empregabilidade dada a alegação de possibilidade de demissão em massa em função do incremento de custo na atividade e também para que fosse avaliada a qualidade dos serviços dada a alegação de risco de fechamento de leitos", salienta.

Segundo ele, o Supremo definiu que prevalece a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houver acordo, o piso deve ser pago conforme fixado em lei.

Os representantes dos trabalhadores de enfermagem e os empregadores do setor privado marcaram uma reunião para a próxima quinta-feira (26), para definir o ajuste salarial da categoria. A CNS solicitou auxílio do TST para chegar a um acordo com relação ao valor que a categoria deve receber de ajuste salarial.

No último dia 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, serão pagas nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.

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FOLHA.COM

SUS terá novo teste rápido duplo para HIV e sífilis em gestantes


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde anunciou investimento de R$ 27 milhões para a aquisição de um teste duplo para detecção de sífilis e HIV.

Com a verba, a pasta espera adquirir cerca de 4 milhões de testes rápidos, a serem distribuídos aos estados ainda até o final de 2023, de acordo com nota divulgada pela pasta da Saúde na última sexta (20). Os testes serão ofertados, em um primeiro momento, além de gestantes, para profissionais do sexo e homens que têm relação com outros homens.

O teste rápido foi produzido por pesquisadores do Lais (Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde), ligado à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), dentro do programa "Sífilis Não", desenvolvido pelo laboratório e pelo Ministério da Saúde, como parte de ações de enfrentamento à doença que ocorrem desde 2017.

O programa, que tem o apoio da Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde), tem como objetivo principal reduzir os casos de sífilis em gestantes e em bebês.

Como mostrou reportagem da Folha, os novos casos de sífilis no pós-pandemia cresceram em todas as faixas etárias. Foram registrados 213 mil casos de sífilis no país em 2022, segundo boletim epidemiológico do ministério divulgado na última sexta, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. Já a sífilis congênita, que é passada da mãe para o bebê, teve um crescimento de 17,6%, entre 2011 e 2017, e um aumento de 16,7% subsequente.

Apesar de os exames para detecção de sífilis e HIV fazerem parte da rotina de pré-natal, os médicos afirmam que as gestantes não procuram o diagnóstico por medo de uma reação do parceiro, já que ela pode sofrer violência doméstica e agressões se o marido julgar que ela foi infiel.

Assim, a disponibilidade de testes duplos para detecção das duas infecções sexualmente transmissíveis pode ajudar a reduzir os diagnósticos tardios e aumentar a prevenção de novos casos, especialmente na chamada sífilis congênita, passada da mãe para o bebê durante a gravidez.

Para a produção dos testes duplos (chamados "duos testes"), os pesquisadores do Lais importam insumos e fabricaram os primeiros testes utilizados, em um primeiro momento, em um projeto-piloto focado nas gestantes. Esta etapa do projeto teve início em outubro do último ano na atenção primária à saúde de Natal (RN).

Os testes rápidos utilizam um ensaio imunocromatográfico de fase sólida para a detecção dos anticorpos específicos para HIV ou Treponema pallidum, a bactéria causadora de sífilis, simultaneamente em soro humano, plasma ou sangue total.

O ensaio imunocromatográfico ficou conhecido por ser utilizado durante a pandemia da Covid na primeira forma dos chamados testes rápidos ou sorológicos. Esses exames ocorrem através da ligação de amostra de ouro coloidal com o conjunto antígeno-anticorpo que se deseja investigar, produzindo uma banda. Os aparelhos desses testes são semelhantes aos usados para testes de glicemia, onde é colhida uma gota de sangue da ponta do dedo. Os resultados saem em menos de dez minutos.

Embora os testes rápidos para detecção de HIV tenham um amplo uso e distribuição pelo SUS, a utilização de exames rápidos para sífilis acaba tendo um alcance menor do que o esperado, segundo o próprio governo.

Além do aumento de sífilis, o país enfrenta também um crescimento de outras ISTs, principalmente no público mais jovem.

Apesar de ser ter sido pioneiro na oferta de antirretrovirais pelo SUS para o tratamento de Aids, o Brasil só cumpriu 1 das 3 metas propostas pela OMS para combater a epidemia. Com isso, tem crescido o número de pessoas mais velhas convivendo com o vírus.

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou também um novo protocolo de diretrizes terapêuticas para pacientes vivendo com HIV/Aids focado no público mais velho. A iniciativa, assim como o projeto "Sífilis Não", faz parte da meta do governo de eliminar ou controlar, até 2030, 14 doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade social, como é o caso do HIV e da sífilis.

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SAÚDE BUSINESS

Conahp 2023 ratifica o papel do ESG na Saúde

O Conahp 2023 contou com um palco exclusivo para tratar de assuntos relacionados a ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa), tema que se consolidou como um pilar estratégico para o setor de saúde. São práticas com o intuito de gerar impacto positivo no meio ambiente e na qualidade de vida de funcionários e da população brasileira.

No painel “Como o pilar social vem sendo trabalhado no setor”, moderado por Luciana Gutierres, gerente técnica de Inovação e Sustentabilidade da Solvi, representantes da área de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês apresentaram a dinâmica e os resultados do TeleNordeste. Esta é uma iniciativa do Ministério da Saúde executada por seis hospitais de referência, que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). A discussão também contou com representantes do Hospital São Julião, no Mato Grosso do Sul, que trouxeram a experiência da transição no modelo de gestão.

Criado em 2009, o PROADI-SUS busca apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assitência. Um dos projetos é o TeleNordeste. Sabrina Dalbosco Gadenz, gerente do portfólio de Saúde Digital e Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês, e Vânia Bezerra, diretora de Compromisso Social da mesma instituição, trouxeram o recorte da operação que lhes cabem, com a cobertura de 86 municípios do Ceará e da Bahia. Ao todo, são 700 UBSs e 12 Pólos de Base de Saúde Indígena.

O TeleNordeste propõe atenção especializada inclusiva e está conectado com sete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) definidos pela ONU: erradicação da pobreza; fome zero; boa saúde e bem-estar; educação de qualidade; indústria, inovação e infraestrutura; redução das desigualdades e combate às alterações climáticas.

Atualmente, existem cerca de dois médicos por mil habitantes no Brasil. No sudeste, a proporção é maior, são três. Já no nordeste, a média cai pela metade, é um médico para cada mil pessoas. Neste cenário, o projeto traz soluções digitais para conexão entre a Atenção Primária à Saúde com especialistas. São mais de 40 linhas de cuidado digitais para oferecer os melhores desfechos clínicos no interior do nordeste.

TeleNE na prática

Na prática, o médico da UBSs liga conta com uma central de especialistas do Sírio-Libanês. Por exemplo, o médico generalista está com dificuldade para manejar um paciente com problemas cardiovasculares. Ele liga para central e um cardiologista do hospital ajuda na condução do caso do paciente. Após uma avliação de risco junto ao médico da UBS, é possível definir se o paciente pode ser tratado na APS ou necessiat ser encaminhado ao especilaista, na Atenção Secundária à Saúde.

Já foram realizadas 380 teleinterconsultas; 3.200 pacientes atendidos, sendo que 85% dos problemas de saúde foram resolvidos sem encaminhamento para consulta presencial. Com NPS 98, o projeto a ajuda a promover o letramento em saúde digital. Houve redução do tempo de espera para consultas e exames; de inequidades socioambientais; custo de deslocamento; pagamento de consultas e medicamentos desnecessários.

Do ponto de vista ambiental, cerca de nove toneladas de carbono deixaram de ser emitidas e 100 casas/ ano energia de energia foram poupadas, já que muitos deslocamentos foram evitados. Além disso, 220 árvores foram reflorestadas junto à comunidade indígena.

Líder em ação

Com 82 anos de existência, o Hospital São Julião, referência no tratamento de hanseníase, viveu uma mudança na gestão, em 2021, após cerca de 40 anos sob o comando da Irmã Silvia Vecellio, que hoje é presidente de honra da instituição. Com a chegada de Geraldo Maiolino, sucedido pelo presidente Carlos Augusto Melke, a gestão precisou ser remodelada.

Durante o encontro no Conahp, Caoana Duarte, gerente de Gestão de Pessoas do Hospital São Julião, e Jessyka Souza Mendes, superintendente de Gestão da instituição, mostraram como tem sido viver essa período de transformação, que está ocorrendo de modo top down. Existia uma fragilidade na profissionalização da liderança.

Com a ajuda dos Voluntários da Saúde, associação fundada e presidida por Fernando Torelly – CEO do Hcor e conselheiro da Anahp –, foi criado o primeiro módulo de formação para o líderes do hospital, o Líderes em Ação, que veio para atualizar e otimizar a gestão e os processos.

O programa trabalha com líderes desde a operação até a gestão estratégica, passando por assuntos como custos, recursos, processos, equipes e resultados.  Destaca o papel do líder, a partir de estilos de lideranças, responsabilidades e limites. Desenvolve fortemente como formar equipes, com entrevistas por competências e olhar estratégico para equipe. A iniciativa também ensina a usar ferramentas de gestão de desempenho e formas de condução. Houve um trabalho intenso com abordagens para estimular cultura e engajamento, além de conscientização sobre o assédio moral.

Caoana ressalta que, somente em nove meses, os resultados são visíveis. Para ela, a transição está ocorrendo de forma natural e leve. Os Voluntários da Saúde “ensinaram os profissionais a pescar”, agora que consigam caminhar com as próprias pernas.

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Assessoria de Comunicação

0 18 10 23 case

Sabe aquela escala de plantão médico elaborada em Excel, cheia de planilhas e que sempre exige um esforço redobrado na hora de conferir os horários e fechar a folha de pagamento? Pois é: você pode esquecê-la. Isso mesmo! Foi o que fez o associado Hospital Evangélico Goiano após a adoção de um aplicativo que possibilita a gestão das escalas com muito mais eficiência e agilidade.

Esse case foi apresentado aos associados em reunião na Ahpaceg, no dia 18, quando representantes do hospital e da empresa IAH - Soluções Integradas, parceira da Ahpaceg e da Ampheg (Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Estado de Goiás), detalharam funcionalidades do aplicativo.

Com um simples clique, o gestor consegue gerenciar a escala de médicos plantonistas, acompanhando a presença dos profissionais no hospital, os horários de entrada e saída, faltas ou trocas de plantão.

Ao término do período, o sistema ainda traz o relatório financeiro de cada usuário/plantonista, com sua escala efetiva, horas trabalhadas e qual valor tem a receber.

Por meio do aplicativo, apresentado por Gustavo Clemente, Bruno Lucena, Matheus Catão e Fillipe Siqueira, o hospital também pode ofertar vagas, selecionar o perfil do profissional desejado em diversas especialidades médicas, definir normas para a atuação na unidade e, graças à inteligência artificial, adequar a sua demanda de plantonistas de acordo com o mapa de calor na unidade e a sua necessidade operacional.

Detalhe: toda a documentação, como diploma médico e registro de especialidade médica do profissional, é conferida pela Ampheg antes do cadastro na plataforma.

E tem mais: o aplicativo pode incluir profissionais de outras áreas, como toda a equipe assistencial e administrativa, enfermagem e fisioterapeutas. Quer saber mais? Ligue: (62) 99310-5827 (Matheus Catão)

 

SAMARITANO DE GOIÂNIA

 

Na mesma reunião, os associados da Ahpaceg puderam conhecer outra experiência de sucesso em gestão: o Business Intelligence adotado pelo associado Hospital Samaritano de Goiânia. A diretora executiva do hospital, Anailma Graciotte, destacou a eficiência na gestão, agilidade do trabalho e economia proporcionadas pelo uso da ferramenta da empresa Easy Vision.

Maycon Samuel e Danilo Chaves, da goiana Easy Vision, falaram aos associados sobre a solução que evita, por exemplo, perdas no faturamento devido a cobranças erradas e a aplicação de tabelas desatualizadas.

“Com esse sistema, encontramos soluções que evitam falhas que levam a glosas futuras”, contou Anailma. “O sistema já faz uma auditoria prévia nas contas e aponta erros que podem ser sanados antes do envio aos convênios”, disse Maycon Samuel, ressaltando que a solução integra e centraliza informações e se comunica com diferentes sistemas operacionais.

A Easy Vison foi fundada em 2020 com objetivo de aprimorar a gestão hospitalar e eficácia no faturamento e suas soluções podem ser adequadas de acordo com a demanda do cliente. Para mais informações, ligue (62) 3221 5886.

Sexta, 20 Outubro 2023 06:54

CLIPPING AHPACEG 20/10/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe
Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade

TERRA

Plano de saúde descobre fraude milionária em solicitações de reembolso; fisioterapeuta é acusada de aplicar o golpe



Uma fisioterapeuta é acusada de fraude milionária em solicitações de reembolso da SulAmérica, operadora de plano de saúde. A empresa afirma que a mulher fornecia documentação fraudulenta aos seus pacientes para a abertura de solicitações indevidas de reembolso.

A profissional, que atende na Bahia, fraudava pedidos médicos, liberando beneficiários para fazer procedimentos de saúde. Embora não tenha detalhado como ela agia, a SulAmérica afirma que os supostos procedimentos feitos a diversos beneficiários somaram mais de R$ 2 milhões em pedidos de reembolso.

Um dos fatores que chamaram a atenção da seguradora foi o volume impraticável de atendimentos em uma mesma data. Em um único dia, a fisioterapeuta teria realizado 97 atendimentos. Entre dezembro de 2019 e abril de 2023, foram apresentadas 894 solicitações de reembolso.

A SulAmérica obteve liminar judicial do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para impedir que a fisioterapeuta realize atendimentos aos beneficiários do plano de saúde. A operadora também foi autorizada a deixar de pagar as solicitações de reembolso. O Terra teve acesso à decisão do juiz do TJ-BA Fabio de Oliveira Cordeiro.

Na decisão, o juiz escreve: "DEFIRO O PEDIDO LIMINAR PARA EFEITO de determinar à requerida que se abstenha de realizar atendimentos tendo como beneficiários os segurados do plano requerido, autorizando ainda que o réu deixe de quitar até ulterior determinação os pedidos eventualmente apresentados a contar da data da presente data."

Conselho Regional de Fisioterapia

O Conselho Regional de Fisioterapia da Bahia abriu processos éticos para apurar o caso. "Informamos a abertura de processos éticos para a apuração das denúncias apresentadas", diz trecho do comunicado.

"Adotaremos as medidas necessárias para garantir uma investigação justa e imparcial. Os processos éticos instaurados seguirão rigorosamente as normas regulamentares vigentes", acrescenta.

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MEDICINA S/A

Anahp detalha mais de 133 projetos de ESG em hospitais privados

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) divulgou a segunda edição da publicação "ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas", documento que reúne dados da atuação dos associados nos três âmbitos ESG, com iniciativas relacionadas à humanização da assistência, gestão de resíduos, eficiência energética, inovação e tecnologia, entre outras temáticas emergenciais.

Com dados coletados entre 81 hospitais, os projetos em destaque visam dar visibilidade às práticas de governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social do setor, mensurando o impacto positivo das ações das instituições privadas de saúde nos entornos de suas comunidades e para a sociedade como um todo.

Além dos 133 cases detalhados, a publicação traz números gerais de trabalhos colocados em prática no período entre junho de 2022 e junho de 2023: em 12 meses, 691 projetos foram desenvolvidos embaixo do guarda-chuva de ESG (Environmental, Social and Governance), 12,7 milhões de pessoas impactadas diretamente e mais de R$ 507 milhões investidos. Confira o conteúdo completo aqui.

"A pandemia de Covid-19 ampliou a importância dos critérios ESG ao destacar a interconexão global e a vulnerabilidade frente a desafios ambientais e sociais. Essa percepção reverberou na sociedade e se tornou um ponto de partida para o setor da saúde pública e suplementar, dada a urgência de se promover uma abordagem mais integrada e sustentável para enfrentar desafios atuais e futuros", destaca Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Conforme salienta Britto, a saúde é, por si só, fundamentada no princípio essencial de ESG, que é fazer a diferença na vida das pessoas. Ou seja, antes mesmo da existência desse conceito, os serviços assistenciais já atuavam com esse propósito.

"O que a Anahp faz hoje é ajudar a potencializar esse olhar das instituições, buscando caminhos estratégicos que conduzam seus objetivos dentro de uma perspectiva mais ampla de seus impactos no mundo", conclui.

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Plano Brasil Saúde registra alta de 97,6% no faturamento

O Plano Brasil Saúde, healthtech especializada em serviços de saúde corporativa, registrou aumento no faturamento de 97,6% no início do 4º semestre. A expectativa é que a companhia feche o ano com a receita de R$ 60 milhões. Somente neste ano, o número de clientes que contam com a cobertura de seus serviços saltou de 9 mil para 14 mil beneficiários.

Segundo o presidente do Plano Brasil Saúde, Paulo Bittencourt, um dos principais responsáveis por esta alta está na própria maturidade do mercado e na expectativa do usuário que busca um atendimento personalizado. "Os planos tradicionais estão passando por vários desafios e prejuízos e isso tudo acaba resvalando na qualidade prestada para o cliente final. No nosso modelo de negócio, mais enxuto e otimizado, conseguimos oferecer uma experiência mais humanizada e menos desgaste para o usuário", conta Bittencourt.

Paulo explica ainda a importância da tecnologia que envolve por exemplo a telemedicina. "Além da agilidade, temos ganhos concretos como diminuição de custos para as operadoras e melhor custo x benefício oferecido para os usuários, o que é fundamental para viabilizar o acesso à saúde suplementar. No Plano Brasil Saúde, por exemplo, as mensalidades são acessíveis e o usuário conta com um especialista que irá acompanhá-lo de forma integral. Este médico da família é altamente capacitado para fazer os diagnósticos de forma adequada e só realizar o encaminhamento quando realmente for necessário. Esse é o formato da saúde de hoje e do futuro", explica Paulo.

Desde 2009, quando a empresa foi criada, o Plano Brasil Saúde segue somando bons resultados financeiros e na avaliação dos usuários. Na classificação feita pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) no primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou nota máxima.

De acordo com o CEO da empresa, esta avaliação é o reconhecimento de um trabalho pautado na excelência do atendimento prestado ao usuário e de muita pesquisa e investimento. "Nossas decisões são baseadas em estudos altamente rigorosos e acompanhados por toda nossa equipe de especialistas; não podemos nunca nos esquecer de que cuidamos de pessoas, portanto, empatia, segurança e qualidade na prestação de serviços são ativos inegociáveis da empresa", diz.

Para o próximo ano, as expectativas seguem positivas. "Seguiremos alicerçados pelos pilares de inovação e cuidado com as pessoas. Em 2024, projetamos um faturamento de R$ 120 milhões com ampliação geográfica da nossa atuação; hoje, atendemos no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e Goiás, mas já estudamos a expansão para outros estados, como: Sergipe, Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais e Paraíba", finaliza Bittencourt.

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Após cair pela metade na pandemia, exames de mamografia têm retomada


Levantamento feito pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) na base de dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, mostra o impacto da pandemia de Covid-19 na realização de exames de mamografia de rastreamento nos serviços públicos do estado de São Paulo. A análise faz um recorte dos meses de janeiro a agosto dos anos de 2018 a 2023 e mostra que em 2020, primeiro ano da pandemia, o número de procedimentos caiu pela metade quando comparado com os dois anos anteriores. Foram feitas 443 mil mamografias em 2020, contra 803 mil e 822 mil em 2019 e 2018, respectivamente.

Com o avanço das campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a redução de casos graves da doença, o volume de exames passou a exibir uma tendência de aumento. De janeiro a agosto de 2021, foram feitas 583 mil mamografias de rastreamento no estado de São Paulo, número que subiu para 796 mil no mesmo período em 2022 e chegou a 803 mil em 2023, o mesmo patamar que se viu em 2018.

"Temos em São Paulo uma das melhores coberturas mamográficas, mas ainda assim abaixo do que seria necessário para melhorar a detecção precoce e identificar a doença em estágio inicial. Muitas mulheres ainda são diagnosticadas quando a doença já progrediu", observa a médica radiologista Bárbara Bresciani, membro da comissão cientifica da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).

A necessidade de ampliar o número anual de exames enfrenta obstáculos como a dificuldade de adesão das próprias pacientes e o problema da distribuição dos mamógrafos. "Há uma boa quantidade de mamógrafos no país, porém distribuídos de modo desigual. A maioria está concentrada nas grandes cidades, com menos equipamentos no interior e regiões mais distantes", descreve a radiologista.

Os dados consideram as mamografias bilaterais de rastreamento (também conhecidas como mamografia de rotina) realizadas por meio do Sistema Único de Saúde no período, contemplando mulheres que não apresentam queixas, mas fazem periodicamente o exame com a finalidade de encontrar, eventualmente, tumores de mama em fase inicial. Diferente, por exemplo, da mamografia diagnóstica, que é motivada por alguma alteração, sinal de lesão ou sintoma que a mulher tenha, podendo ser um caroço, ondulação, alterações pele e outras anomalias que não seguem o padrão normal da mama ou do mamilo daquela paciente e, a partir disso, investigar a presença de lesão benigna ou maligna (câncer).

Cobertura bem abaixo da recomendada pela OMS

As projeções do IBGE para estimar a pirâmide etária do Estado de São Paulo indicam que, em 2010, a região contava com quase 3 milhões de mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 3,2 milhões com idades entre 50 e 64 anos, faixa de referência, segundo o Ministério da Saúde, para a busca ativa para o rastreamento. Para se ter uma ideia do alcance da cobertura mamográfica, quando se considera apenas a mulher acima de 50 anos estimada em 2010, ainda assim as mamografias realizadas na rede pública paulista em 2023 teriam atingido apenas 25% das mulheres com indicação para o rastreamento. A cobertura mamográfica recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 70% da população feminina a partir dos 40 anos, com um exame anual.

Quando deve ter início o rastreamento?

A idade para o início do rastreamento é motivo de debate no país e no mundo. Várias sociedades de especialidade brasileiras e internacionais, seguidas pela SPR, defendem que o primeiro exame seja feito aos 40 anos. A recomendação atual do Ministério da Saúde é que deve ser feito a partir dos 50 anos, com repetição a cada dois anos para mulheres até os 69 anos ou em intervalos menores conforme o resultado da mamografia anterior. Para mulheres entre 40 e 49 anos, segundo o MS, a conduta deve ser individualizada considerando riscos e benefícios dos exames de rastreamento. Como rotina, elas devem passar por um exame clínico durante a consulta médica, com realização de ultrassonografia e mamografia somente com indicação médica. Na rede suplementar, o rastreamento tem início aos 40 anos.

Os dados sobre a incidência do câncer de mama acentuam a urgência do tema. "As evidências científicas vem mostrando um aumento do diagnóstico de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos, especialmente mulheres negras", informa a médica radiologista Bárbara Bresciani. "Na minha prática, tenho visto mulheres com cerca de 30 anos ou pouco mais com câncer de mama. São pacientes sem antecedentes familiares e sem teste genético positivo", diz a médica.

Diante da necessidade de melhorar a detecção e do aumento de casos em mulheres mais jovens, em maio deste ano, a Força Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos - USPSTF (sigla em inglês para United States Preventive Services Task Force) emitiu recomendações para que o sistema de saúde norte-americano antecipe o início do rastreamento em uma década, começando aos 40 anos em vez de fazê-lo a partir da quinta década. As orientações da USPSTF destacam também a importância de uma abordagem personalizada e baseada no risco para esse rastreio, levando em consideração fatores como histórico familiar, genética e etnia. "Essa mudança pode melhorar significativamente a detecção precoce. A preocupação é garantir que as mulheres não fiquem descobertas sem acesso ao rastreamento entre os 40 e os 50 anos de idade. É uma grande vitória", afirma Bárbara.

Mamografia digital e tomossíntese

A maioria das mamografias feitas no Brasil atualmente utiliza tecnologia digital. "Há cerca de uma década, ainda havia mamografias realizadas de modo convencional, cuja imagem precisava ser revelada depois de adquirida. Agora, praticamente todos os serviços têm um detector digital, que manda a imagem diretamente para o computador com qualidade muito superior", esclarece a médica Bárbara.

A tomossíntese é mais um avanço na forma de adquirir as imagens para identificar o câncer de mama. Trata-se de um método de diagnóstico complementar à mamografia que utiliza várias imagens de raios X de baixa dose da mama, adquiridas com angulações diferentes, aumentando a acurácia diagnóstica da mamografia. Embora disponível em algumas instituições de saúde no Brasil, a tomossíntese não é coberta pelos planos de saúde. O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) recomenda mamografia anual entre 40 e 74 anos por meio de tomossíntese, se possível.

"A tomossíntese minimiza a sobreposição de tecido mamário, que pode mascarar lesões, e também diminui a necessidade de incidências adicionais, reduzindo eventuais reconvocações para realizar imagens complementares", diz a radiologista Bárbara. Ela explica que composição das mamas é muito variada. "É uma característica individual de cada mulher, comparável à uma impressão digital. Cada pessoa tem o seu padrão, com uma proporção variável entre gordura e glândula. Se a mama é adiposa, ou seja, gordurosa, o nódulo aparece facilmente porque não tem nada que impeça a passagem do Raio X. Quando algo impede a passagem do Raio X da mamografia, como o tecido glandular, a área fica mais branca, e o tecido mamário pode obscurecer eventuais pequenos nódulos suspeitos", explica a médica.

De modo geral, nos serviços que já utilizam as máquinas de tomossíntese tem conseguido diminuir as suas taxas de reconvocação de pacientes para complementar os exames. "Esse exame faz imagens de ângulos diferentes, reduzindo as nossas dúvidas e a necessidade de chamar paciente para fazer uma imagem adicional", diz a médica. De acordo com Bárbara, a taxa de aumento nas detecções com esse tipo de tecnologia pode chegar a cerca de 20%, com diminuição de aproximadamente 30% nas reconvocações.

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YOBA

Dia Mundial de Combate à Poliomielite: tecnologia auxilia pacientes que tiveram doença a melhorar mobilidade


Doença permanece, segundo a OMS, como um caso de emergência global de saúde pública, o que preocupa o Brasil devido aos baixos índices de vacinação nos últimos anos

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A Poliomielite, conhecida como paralisia infantil, segue como emergência de saúde pública de importância internacional. Isso porque em países da Ásia e África, a baixa imunização e os casos registrados nestas regiões ligam o sinal de alerta para possíveis transmissões. Alguns casos chegam perto do Brasil: a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) informou que, em 2022, foram confirmadas duas infecções, uma nos Estados Unidos e outra no Peru. Nos dois casos, os pacientes não estavam vacinados e não tinham histórico de viagem. A situação preocupa o Brasil em virtude da queda na imunização no país. Nesta terça-feira (24), Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a data reforça também o investimento em tecnologias para a população que convive com sequelas da doença.

Em maio deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manteve o risco de disseminação internacional do vírus causador da enfermidade, o poliovírus. O Brasil registrou em 1989 o último caso oficial da doença. Desde então, a imunização da população tem garantido que o país permaneça como área livre da doença. Ainda assim, a situação é preocupante pois desde 2016 o país não supera os 90% de vacinação do público-alvo. No ano passado, por exemplo, o índice foi de 72%, um pouco acima de 2021, quando chegou a 71%.

Além disso, dados do Ministério da Saúde disponíveis no site da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) apontam que, entre 1968 e 1989, foram notificados 26,8 mil casos da doença. Em muitas dessas situações, pessoas que sobreviveram ao vírus desenvolveram comorbidades ou limitação dos movimentos. Com isso, necessitam de acompanhamento médico e equipamentos para mobilidade.

Como se desenvolve a doença

Uma pessoa pode contrair o vírus da poliomielite e não desenvolver a doença, ou apresentar sintomas leves, conforme explica o médico fisiatra e ortopedista Paulo Henrique Gomes Mulazzani. Ele diz que o Brasil teve surtos da doença no século 20, nos quais alguns pacientes desenvolveram a forma mais grave da doença e tiveram os movimentos dos membros afetados. "Foram muitos casos, mas notadamente foram contabilizadas as situações que resultaram em sequelas", diz.

Segundo o especialista, isso acontece porque o vírus afeta o sistema nervoso dos pacientes. "O nervo funciona como um fio elétrico que leva força do cérebro para as extremidades do corpo, passado pela medula. Com o agravamento da poliomielite, a transmissão da força fica comprometida. Muitas crianças cresceram, dessa forma, com alguma deficiência nos membros, e precisaram de equipamentos para garantir mais autonomia", explica Mulazzani.

Ryvia teve poliomielite aos nove meses. Desde então teve dificuldades para andar e precisou de uma órtese para auxiliar no movimento. Foto: Arquivo Pessoal.

A médica Ryvia Rose Ferraz Bezerra, de São Paulo, passou por situação semelhante. Aos nove meses, ela foi diagnosticada com a doença, o que afetou seus movimentos. "Eu estava aprendendo a andar. De lá pra cá foram 14 cirurgias com o objetivo de me ajudar a caminhar. Com o decorrer do tempo, as dores na perna afetada pela doença me levaram a considerar a necessidade do uso de um equipamento que auxiliasse na minha locomoção", conta.

Rotina de adaptação

Ryvia passou a usar uma órtese na perna, equipamento que melhora a mobilidade, ao mesmo tempo que ajuda na diminuição da dor e corrige más posições. A paciente procurou uma clínica da empresa alemã Ottobock, referência em equipamentos de mobilidade e que atua no Brasil. Ela passou a usar a órtese C-Brace, que permite ao paciente realizar movimentos em planos inclinados, solo irregular ou subir e descer escadas. Com tecnologia por sensores, torna a sequência de movimentos mais dinâmica. Mulazzani comenta que equipamentos com tecnologia mais avançada facilitam caminhada e estabilidade. "A pessoa consegue ter mais independência", completa.

Para usar a órtese, Ryvia teve um momento de adaptação, que veio acompanhado do receio por estar com um equipamento envolto à perna. "Como é natural no começo, veio o medo de não me adaptar e cair. Mas isso foi superado com perseverança e com o apoio que recebi. Os profissionais da reabilitação são fundamentais na adaptação, manuseio e cuidados com a órtese. Com equipe multidisciplinar, 'caminhar' se torna mais leve e é melhor para vencer as barreiras", comenta.

As Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Síndrome pós-Poliomielite e Comorbidades, documento de 2016 do Ministério da Saúde, orientam que o tratamento de casos que envolvem a síndrome ou sequelas "deve ser realizado por equipe multiprofissional de modo interdisciplinar e a partir da construção de projeto terapêutico singular". Segundo a Ottobock, as clínicas em que os pacientes fazem acompanhamento possuem profissionais como técnicos e fisioterapeutas.

Melhoria na mobilidade

Para Ryvia, com a órtese tem sido mais fácil realizar caminhadas de longas distâncias e ficar de pé por tempo moderado. "Consigo andar boas distâncias, e ficar em pé não é mais problema. Minha postura também ficou mais bonita e alinhada", afirma. Como todo equipamento, a órtese precisa de cuidados no manuseio e conservação. A médica afirma que é importante manter a higiene do equipamento, evitar molhar e sempre posicionar verticalmente a órtese quando não for utilizada. Ela também faz revisões periódicas para que a utilização seja mais eficiente. "No começo, foram precisos alguns ajustes na órtese com intervalos menores. Atualmente isso acontece ainda, mas com períodos maiores entre uma manutenção e outra", explica.

Sobre a Ottobock

Fundada em 1919, em Berlim, na Alemanha, a Ottobock é referência mundial na reabilitação de pessoas amputadas ou com mobilidade reduzida por sua dedicação em desenvolver tecnologia e inovação a fim de retomar a qualidade de vida dos usuários. Dentro de um vasto portfólio de produtos, a instituição investe em próteses (equipamentos utilizados por pessoas que passaram por uma amputação); órteses (quando pacientes possuem mobilidade reduzida devido a traumas e doenças ou quando estão em processo de reabilitação); e mobility (cadeiras de rodas para locomoção, com tecnologia adequada a cada necessidade). A Ottobock chegou ao Brasil em 1975 e atua no mercado da América Latina também em outros países como México, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai, Argentina, Chile e Cuba, além de territórios da América Central. Atualmente, no Brasil, são oito clínicas, presentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

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Assessoria de Comunicação