Quarta, 06 Dezembro 2023 07:34

CLIPPING AHPACEG 06/12/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Evento vai mostrar a importância dos cães-guia para crianças com deficiência visual

Especialista alerta sobre riscos de trombose em viagens prolongadas

"Envelhecimento não é sinal de adoecimento", diz geriatra

Mortalidade por cânceres ligados ao HPV é alta e pode ser evitada com prevenção primária

STJ: plano de saúde tem que cobrir cirurgia de redesignação sexual

FOCO NACIONAL

Evento vai mostrar a importância dos cães-guia para crianças com deficiência visual

Você certamente já ouviu falar em cão-guia, não é mesmo? E conhece a importância deste animal para orientar e conduzir pessoas com baixa ou sem visão.

Mas, você sabia que esses amigos peludos também podem ser fundamentais para o tratamento e desenvolvimento de crianças com deficiência visual?

Além de guiá-las, os cães adestrados podem se tornar grandes companheiros dos pequenos pacientes, lhes proporcionando mais segurança, melhorando a autoestima e contribuindo para a integração social e o fortalecimento emocional de meninos e meninas.

Os benefícios das Atividades Assistidas por Animais (AAAs) e da Terapia Assistida por Animais (TAA) já são reconhecidos por médicos e muitos pacientes. Porém, quando se trata de crianças com comprometimento da visão, essas práticas complementarem, que incluem o uso de animais em tratamentos, ainda enfrentam alguma resistência.

Encontro

Para desmistificar ideias que impedem a implantação da AAA e TAA e mostrar a importância dos cães-guias para o desenvolvimento, apoio emocional e promoção da autonomia de crianças com deficiência visual, o Instituto Panamericano da Visão e o grupo Retina Pediátrica vão realizar uma grande confraternização entre pequenos pacientes, suas famílias, médicos, a equipe do Centro Universal de Referência em Assistência Animal (Curaa) e, claro, cães-guia.

A psicóloga Marianna Santiago também participará do encontro, conversando e orientando os pais sobre a importância do convívio entre os cães e as crianças. O evento será no sábado, 9 de dezembro, às 9 horas, no Instituto Panamericano da Visão, e aberto a convidados.

Segurança

A médica oftalmologista Alessandra Rassi observa que os cães-guia proporcionam segurança aos pacientes, possibilitando que eles circulem por ambientes diversos de maneira mais independente, superando de forma segura barreiras que poderiam parecer intransponíveis.

“No caso específico de crianças com deficiência visual, os cães-guia oferecem um tipo único de apoio emocional e terapêutico. Além de fornecer assistência prática na locomoção, esses animais se tornam amigos leais, promovendo um ambiente emocionalmente estável e afetuoso e o vínculo entre a criança e o cão-guia vai além da funcionalidade prática, contribuindo para o desenvolvimento emocional e social da criança”, diz.

Saiba mais

Um cão-guia é um tipo de cão de assistência, adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave ou auxiliá-las em tarefas caseiras. Apesar dos inegáveis benefícios proporcionados pelos cães-guia, ainda existem desafios a serem superados, dentre eles, a falta de conscientização sobre a importância desses animais, a necessidade de políticas que garantam o acesso irrestrito deles a locais públicos e o acesso de pacientes, principalmente de baixa renda, aos cães treinados.

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Especialista alerta sobre riscos de trombose em viagens prolongadas

Com as férias chegando, viajar se torna sinônimo de descanso para muitas pessoas. Nesse período, os destinos geralmente são mais distantes, e ficar sentado por horas, seja em carros, ônibus ou aviões, pode ser um convite para problemas vasculares, elevando consideravelmente o risco de trombose venosa profunda.



A trombose venosa profunda é uma condição em que se formam coágulos sanguíneos nas veias profundas do corpo, geralmente nas pernas, e seu surgimento é mais comum nas primeiras duas semanas após a viagem. De acordo com a Dra. Camila Oliveira, angiologista e cirurgiã vascular da clínica Venous, as causas ainda não são muito claras, mas o risco pode aumentar devido a longos períodos de imobilidade e ativação dos fatores de coagulação.



Os primeiros sinais de problemas vasculares nas pernas podem incluir inchaço, dor, sensação de peso, formigamento ou mudanças na coloração da pele. Diante desses sintomas persistentes, deve-se consultar um profissional de saúde para avaliação e diagnóstico.



“Durante viagens de carro é recomendado fazer pausas a cada duas horas para alongar as pernas, caminhar um pouco e estimular a circulação. Em voos longos, levantar e se movimentar pelo avião sempre que possível”, recomenda a Dra. Camila. “Além disso, manter-se hidratado, usar roupas confortáveis e realizar exercícios simples, como flexionar e estender os pés e fazer movimentos circulares com os tornozelos, são outras medidas que auxiliam na circulação sanguínea e reduzem o risco de trombose.”

Indivíduos com histórico de trombose ou outros fatores de risco, como cirurgia recente, câncer, gravidez, idade avançada, varizes, uso de estrogênio contido nos contraceptivos orais ou na terapia de reposição hormonal devem redobrar os cuidados. “Se você possui algum desses fatores de risco e planeja realizar uma viagem longa neste final de ano, é importante procurar um cirurgião vascular. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de anticoagulantes e meias compressivas para reduzir o risco de trombose venosa. 

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DIÁRIO DA MANHÃ

"Envelhecimento não é sinal de adoecimento", diz geriatra

Dados do Censo de 2022 apontam que a população com 65 anos ou mais saltou de 2,8 para 9,2 em Goiás

A população goiana tem avançado progressivamente no fator longevidade. Dados do Censo de 2022 chamam atenção para o aumento no número de idosos em Goiás.

Em quatro décadas, a população com 65 anos ou mais saltou de 2,8 para 9,2 no estado. Segundo os dados mais recentes, Goiânia possui, aproximadamente, 147.728 idosos.

Estudos do Instituto Mauro Borges (2020) apontam que o envelhecimento da população em Goiás é justificado por um conjunto de aspectos, como: saúde, educação, segurança, renda, condições de trabalho, desigualdade, pobreza, acesso a determinados serviços e fatores demográficos. Dessa forma, quanto mais o estado avança com o objetivo de levar cidadania mais alta é a qualidade e a expectativa de vida da população.

A respeito do envelhecimento da população no estado, a médica Patricia Mendonça De Melo Azzi, geriatra do Instituto de Neurologia de Goiânia, comentou sobre a importância de hábitos mais saudáveis. "Hoje a gente tem visto uma busca maior na realização de exames, maior cobertura das vacinas, prática de atividade física. E isso tudo acaba contribuindo para que essa população goiana esteja envelhecendo bem", comentou.

Conforme o Censo, o município que apresentou maior índice de envelhecimento no estado é Amorinópolis e com o menor índice de envelhecimento foi Chapadão do Céu. A capital, Goiânia, apresentou um índice superior ao estadual e nacional, 57%.

Questionada se as pessoas estão se cuidando mais por medo de envelhecer ou de adquirir doenças, a nutricionista Marinna Reis, pontuou que é um pouco das duas alternativas, mas que o medo maior é de perder a autonomia. "Eu acredito que as pessoas estão com medo de envelhecer debilitadas ou precisando da ajuda de alguém, então tá todo mundo querendo viver melhor e também isso engloba a prevenção de doenças, principalmente essas crônicas não transmissíveis que faz com que a gente tenha que tomar remédio a vida toda", explicou.

O fato de estarmos inseridos na era das redes sociais implica uma pressão estética que influencia as decisões de diversas pessoas, seja para escolhas mais saudáveis, como iniciar uma atividade física ou as menos sútis, que envolvem procedimentos cirúrgicos, por exemplo.

"O ideal seria a gente achar o elixir da juventude. Só que, infelizmente, essa fórmula mágica, ela ainda não foi descrita. Mas um bom suporte social, familiar, isso tudo contribui para que esse processo de envelhecimento não seja tão sofrido. Envelhecimento não é sinal de adoecimento", pontua Patricia Mendonça.

Marinna reforça ainda que a busca por novos hábitos deve incluir uma alimentação balanceada, gerando assim um maior bem-estar social e consequentemente a prevenção de doenças como pressão alta e diabates. "As pessoas estão procurando fazer mais exercícios, cuidar da mente, que é muito importante, e também, além de tudo, ter uma alimentação mais saudável, mais equilibrada e mais orgânica, com menos produtos industrializados, esse movimento ele tem acontecido mesmo que ainda precise aumentar cada vez mais".

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MEDICINA S/A

Mortalidade por cânceres ligados ao HPV é alta e pode ser evitada com prevenção primária


Estudo da Fundação do Câncer revela que cerca de 6 mil casos de câncer relacionados ao HPV (Human Papilomavirus) poderiam ser evitados por meio da prevenção primária a cada ano, isso sem contar os 17 mil casos estimados anualmente de câncer do colo do útero, tipo mais frequente associado pelo HPV. A quarta edição da publicação info.oncollect, intitulada 'O impacto do HPV em diferentes tipos de câncer no Brasil', analisou cinco tipos de câncer: orofaringe, ânus e canal anal, vagina, vulva e pênis. A publicação traz informações que mostram que a maioria dos pacientes já chega às unidades de saúde em estágios avançados da doença. Os dados destacam ainda que o não adoecimento por esses tipos de cânceres preveníveis em grande parte por meio da vacinação, poderia impactar os custos da Saúde no Brasil: "além de evitar 4,5 mil mortes/ano, o que equivale a um expressivo número de 75% de mortalidade, a prevenção iria reduzir os gastos com diagnóstico, tratamento e internações, inclusive abrindo espaço para pacientes com outros tipos de câncer no sistema de saúde", analisa Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.

A análise do perfil dos pacientes com algum desses cinco tipos de cânceres revela que a maioria, considerando homens e mulheres, tem mais de 50 anos de idade (78%), possui baixa escolaridade (64%) e é negra (56% e 53%, respectivamente).

Estágios da doença e tempo de tratamento

Em relação ao estadiamento, os pacientes com câncer de orofaringe, tumor que se desenvolve em parte da garganta, são diagnosticados em estágios avançados da doença em todas as regiões do Brasil (homens 88% e mulheres 84%). Em relação ao tempo entre o diagnóstico e o tratamento, o que se observa é que a maioria dos homens acometidos pela enfermidade (65%) inicia o tratamento em até 60 dias, quando encaminhados sem diagnóstico prévio.

"As regiões com maiores tempos de espera entre o diagnóstico e o tratamento são Nordeste (44%) e Sudeste (36%). Já entre aqueles encaminhados com algum diagnóstico, somente 39% têm o tratamento iniciado em até 60 dias. Já as mulheres que chegam com o diagnóstico da doença enfrentam maior tempo de espera (62%), sendo que no Centro-Oeste (70%), Sudeste (65%) e Norte (64%), o tempo de espera delas é maior que o tempo-médio do país", destaca a bióloga Rejane reis, uma das pesquisadoras do boletim.

O estadiamento do câncer de ânus e canal anal chama atenção, com um significativo percentual de pacientes chegando à unidade de saúde em estágios avançados da doença (55% para homens e 54% para mulheres). A maioria dos homens (66%) encaminhados às unidades de saúde sem diagnóstico prévio inicia o tratamento em até 60 dias. "Por outro lado, aqueles encaminhados com o diagnóstico em mãos têm o maior tempo até o tratamento: somente 40% inicia o tratamento dentro dos 60 dias. Com relação às mulheres, das que chegam ao hospital sem o diagnóstico, 64% conseguem iniciar o tratamento em até 60 dias. Porém, daquelas que chegam com o diagnóstico em mão, apenas 37% conseguem começar o tratamento dentro do mesmo tempo", ressalta Yammê Portella, estatística e pesquisadora da Fundação.

Em relação ao câncer de pênis, 43% dos casos são diagnosticados já em estágios avançados. As regiões Norte e Centro-Oeste enfrentam os maiores percentuais de câncer em estadiamento avançado (55%), enquanto o Sudeste tem o menor percentual (34%). Com relação ao tempo entre o diagnóstico e o tratamento, é possível perceber uma diferença enorme com 82% dos homens sem diagnóstico prévio iniciando o tratamento em até 60 dias, enquanto apenas 37% daqueles com diagnóstico iniciam tratamento no mesmo período.

No caso do câncer de vulva, mais de 50% dos tumores chegam na fase inicial da doença. A região Sudeste apresenta o maior percentual de mulheres com neoplasia que chegam com estadiamento inicial da doença (60%). Já com relação ao tempo de espera entre o diagnóstico e o tratamento, pode ser observado maior período de espera para tratamento das mulheres que chegam ao hospital já com o diagnóstico em mãos, se comparado às que chegam sem o diagnóstico (apenas 26% são atendidas em até 60 dias, em todo o país). A região Norte apresenta o menor percentual brasileiro (16%) de mulheres que chegam ao hospital com diagnóstico e iniciam o tratamento em até 60 dias.

O câncer de vagina apresenta uma distribuição semelhante relativa ao estadiamento clínico da doença. A região Centro-Oeste é a que tem o maior percentual de mulheres chegando às unidades de saúde em estágios iniciais da doença (63%). Entre o diagnóstico e o tratamento das mulheres que chegam à unidade hospitalar sem diagnóstico e sem tratamento, 64% recebem o tratamento em até 60 dias após o diagnóstico. Comparado com as outras regiões, o Sudeste possui o maior percentual de mulheres que receberam tratamento após 60 dias do diagnóstico (42%). Os dados mostram que o percentual de mulheres com a doença que chegam com diagnóstico na unidade hospitalar e recebem o tratamento após 60 dias é alto (66%).

"Os dados apontam que as pessoas que chegam ao hospital com o diagnóstico em mãos, em sua maioria, são tratadas com mais de 60 dias, o que fere a lei 12.732/12 que garante ao cidadão iniciar o tratamento dentro desse prazo após o diagnóstico da doença. Isso evidencia que há um fluxo falho no sistema de saúde, sugerindo demora na investigação na atenção secundária e no encaminhamento para a terapêutica", atenta o diretor executivo da Fundação.

Prevenção, detecção e controle

Segundo Alfredo Scaff, epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, essa edição do info.oncollect pode auxiliar no direcionamento das políticas públicas específicas. "Esses dados reforçam a importância de estratégias eficazes de detecção precoce, tratamento rápido e acesso igualitário aos cuidados de saúde. As informações sobre o tempo entre o diagnóstico e o tratamento apontados na publicação mostram que há um problema no fluxo da rede de saúde. Compreender as disparidades regionais é essencial para desenvolver intervenções direcionadas e garantir melhores resultados para todos os pacientes."

Flávia Miranda, consultora médica da Fundação do Câncer, enfatiza a necessidade crucial de medidas preventivas, especialmente no contexto dos cânceres relacionados ao HPV. "A vacinação é uma medida fundamental para a prevenção desses tipos de câncer, sendo um recurso disponível no SUS, para meninos e meninas, entre 9 e 14 anos, além das mulheres e dos homens de 15 a 45 anos de idade vivendo com HIV/AIDS, transplantados e pacientes oncológicos. Mas o que se observa é que apesar da imunização ser disponibilizada gratuitamente no SUS, ainda há uma dificuldade para atingir a cobertura vacinal adequada. E essa dificuldade se mostra maior quando se trata do esquema vacinal completo, ou seja, contemplando as duas doses." Ela completa ainda que é preciso olhar para a prevenção ao HPV para além do câncer do colo do útero, o mais prevalente entre as doenças causadas pelo Papilomavirus. "O avanço do controle dos tipos de câncer relacionados a esse vírus depende muito da conscientização no aumento da cobertura vacinal, aliada à redução das barreiras de acesso, garantindo e melhorando a condição da chegada dos pacientes às unidades de saúde, desde seu diagnóstico até o tratamento".

A médica alerta que 8 a cada 10 pessoas serão infectadas pelo HPV em algum momento da vida. "Portanto, vacinar significa diminuir riscos", salienta.

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AGÊNCIA BRASIL

STJ: plano de saúde tem que cobrir cirurgia de redesignação sexual


A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que as operadoras de plano de saúde são obrigadas a cobrir as cirurgias de redesignação sexual.

Os cinco ministros que compõem a turma, especializada em Direito Privado, deram ganho de causa a Ana Paula Santos, de Uberaba, confirmando decisões judiciais anteriores.

Todos os ministros entenderam que as cirurgias de transgenitalização e de plástica mamária para colocação de próteses não podem ser consideradas experimentais ou estéticas, como alegado pela Unimed de Uberaba.

Prevaleceu o voto da relatora, ministra Nancy Andrighi, que frisou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece tais cirurgias como recomendadas para casos de mudança de sexo. Os procedimentos já são também cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não havendo assim razão para não serem cobertos por planos de saúde.

A ministra destacou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a chamada disforia de gênero - quando uma pessoa se identifica com gênero não compatível com o sexo de nascimento.

"A OMS ressalta que essa condição, muitas vezes, leva a um desejo de "transição" para viver e ser aceito como uma pessoa do gênero experienciado, seja por meio de tratamento hormonal, intervenção cirúrgica ou outros serviços de saúde, para que o corpo possa se alinhar, tanto quanto desejar e na medida do possível, com o gênero vivenciado", lembrou a relatora.

A ministra também citou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, que desde 2011 vem ampliando o acesso ao processo transsexualizador no SUS.

A relatora escreveu em seu voto que "por qualquer ângulo que se analise a questão" as cirurgias de redesignação sexual são de cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Além da realização dos procedimentos, Andrighi também manteve indenização de R$ 20 mil a ser paga pela Unimed de Uberaba à mulher que recorreu ao STJ.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 05 Dezembro 2023 06:54

CLIPPING AHPACEG 05/12/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim

Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes

45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental

Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos

Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão

Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade

Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia

PORTAL BRASIL 61

Piso da enfermagem: impasse sobre o salário da categoria pode chegar ao fim


Os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem dar um fim às negociações que tratam do pagamento dos salários. O Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu na pauta do julgamento que acontece em plenário virtual os embargos de declaração - recurso para questionar alguma contradição em decisões do tribunal - contra deliberação da própria Corte na ação em que se discute o piso da enfermagem. A votação deve acontecer de 8 a 18 deste mês. Essa é a última fase do processo que pretende analisar, entre outros pontos, a desindexação da jornada de 44h para o cálculo do piso, assim como esclarecer a definição entre piso e remuneração.

Último levantamento da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, mostra uma estimativa de percentuais dos profissionais de enfermagem que recebem remuneração mensal abaixo dos pisos salariais. De acordo os dados, 54% dos enfermeiros recebiam abaixo do piso de R$ 4.750,00; 82% dos técnicos de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 3.325,00 e 49% dos auxiliares de enfermagem recebiam abaixo do piso de R$ 2.375,00.

Com a inclusão dos embargos de declaração no plenário virtual da STF, o conselheiro do Conselho Nacional da Enfermagem Daniel Menezes espera que os questionamentos levantados pelas entidades que representam a categoria, sejam definidos.

"A gente defende que a carga horária seja aquela contratada pelo empregador por conta do vínculo e o piso se aplique sobre essa cargo horária contratada. Então a expectativa é que a gente possa, através de todos os elementos e as demais entidades que também questionam nesses embargos, assim como a AGU e o próprio Congresso Nacional através do Senado", observa.

Impactos na economia

Enquanto a situação não se resolve, especialistas avaliam que os trabalhadores, a população e a própria economia ficam prejudicadas. Na opinião do economista Newton Marques, todos os setores vão ter que se adequar para suportar esses gastos. Ele também acredita que a falta de definição pode impactar outras categorias ligadas à área de saúde como técnicos, médicos, anestesistas, e operadores de instrumentos e aparelhos.

"Agora as demais categorias também querem seguir os passos da enfermagem. Só que aí o piso nacional da enfermagem tem um problema. As prefeituras e estados têm impactos diferenciados no orçamento e isso tem gerado também problema no setor privado, que não consegue pagar o piso nacional de enfermagem", destaca.

Na opinião do consultor de orçamento Luigi Mauri, um problema clássico da economia porque de um lado se comemora aprovação de uma legislação como essa que protegeria trabalhadores dessa área, mas por outro se lamenta pelo que ocorre na prática.

"Na prática, os salários continuam sendo menores do que se prevê na legislação. Ou seja, o mercado não trabalha com o que está previsto em lei ou quando trabalha rigorosamente com o que está previsto em lei, assim acontecem muitas demissões em vista dos empregadores não terem interesse em cumprir um piso legal para a profissão", avalia.

Entenda o impasse

Em 2022, a CNSaúde entrou com uma ação no STF para questionar o Projeto de Lei (PL) 2564/2020, que deu origem à lei que estabeleceu o piso para os enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras e que já tinha sido aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Em julho, deste ano, o STF definiu que o piso nacional da enfermagem fosse pago aos trabalhadores do setor público pelos estados e municípios na medida dos repasses federais. O Tribunal definiu ainda que prevaleceria a exigência de negociação sindical coletiva como requisito procedimental obrigatório, mas que, se não houvesse acordo, o piso deveria ser pago conforme fixado em lei. Além disso, a aplicação da lei só poderia ocorrer depois de 60 dias a contar da publicação da ata do julgamento.

Em 11 de maio de 2023, o governo federal sancionou a Lei n.°14.581/2023 que garantiria um crédito especial de R$ 7,3 bilhões, para a Assistência Financeira Complementar aos estados, municípios e Distrito Federal referente ao pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. As diferenças entre as regras para o setor público em relação ao setor privado dependeriam das negociações coletivas, como determinado pelo STF.

Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal seriam responsáveis por efetuar o pagamento dos colaboradores diretos, sejam servidores e ou empregados, bem como a transferência dos recursos às entidades privadas contratualizadas ou conveniadas, que atendam, pelo menos, 60% de seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 21 de agosto, o Ministério da Saúde fez o primeiro repasse adicional aos estados e municípios do piso nacional da enfermagem. Até o fim de 2023, foi definido o pagamento de nove parcelas, incluindo o 13º salário. Os valores praticados são: enfermeiros: R$ 4.750, técnicos de enfermagem: R$ 3.325 e auxiliares e parteiras: R$ 2.235.

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JORNAL ONLINE

Médico de família pode resolver 85% das queixas mais comuns dos pacientes


Especialista cuida das pessoas ao longo da vida, em vez de apenas tratar doenças; Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade é celebrado em 05 de dezembro

Cerca de 85% das queixas dos pacientes que chegam às Unidades Básicas de Saúde e aos hospitais públicos brasileiros podem ser resolvidas pelo médico de família e comunidade, que costuma ter uma relação mais próxima e vínculo de confiança com os moradores locais. A informação é da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Dados semelhantes também são compartilhados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo a entidade, a atenção primária cuida das pessoas e pode atender de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo de sua vida.

Para lembrar a importância e o trabalho desses profissionais, existe o Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, celebrado em 05 de dezembro. A data valoriza quem atua na atenção primária nos sistemas de saúde em todo Brasil.

O que faz o médico de família?

"Ainda tem uma confusão entre médico de família e clínico geral, mas são funções diferentes. Enquanto o segundo trata especificamente da doença, o primeiro tem o foco na pessoa e na raiz do que pode estar causando o problema", explica a coordenadora adjunta do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Taísa Navasconi Berbert.

Além dos sintomas, o estilo de vida, os hábitos, as emoções, as condições de trabalho e a moradia são levados em conta para que o médico de família e comunidade aponte um diagnóstico.

"O indivíduo é analisado de forma integral, em uma abordagem biopsicossocial, justamente porque todos esses fatores podem estar relacionados à saúde e nem sempre as pessoas estão conscientes disso", destaca Taísa.

Onde atua?

Segundo a OPAS, o médico de família e comunidade pode atuar em unidades de atenção primária à saúde, consultórios privados, serviços de emergência, hospitais, serviços de medicina paliativa e atender equipes de população de rua.

Os atendimentos mais comuns estão relacionados às consultas de rotina, check-ups, queixas ginecológicas, doenças crônicas, questões de saúde mental, uso de substâncias químicas, dores crônicas, falta de ar e taquicardia. Quando o problema exige cirurgia, tratamento oncológico ou se revela uma doença rara, é preciso encaminhar para outros especialistas.

O que precisa para ser médico de família?

Para atuar como médico de família e comunidade é preciso concluir os seis anos de estudos em medicina e ainda fazer uma residência de dois anos na área. Durante esse período, o profissional vai aprofundar seus conhecimentos em temas como saúde coletiva, medicina preventiva e epidemiologia.

"Escolhi essa área por ver o paciente de forma integral e ficar próximo da realidade onde ele vive. Assim, criamos um vínculo para que seja tomado decisões centradas no paciente e não na doença", explica Alan Eduardo Tavares Martin, que atua como médico de família e comunidade na Prefeitura Municipal de Campo Mourão, no curso de medicina do Integrado e numa empresa de plano de saúde.

"Nesta profissão, vínculo significa confiança. Assim, compreendemos a dimensão dos problemas individuais e coletivos e buscamos as melhores estratégias de intervenção", destaca Camila Gomes Braga, que é responsável pela Estratégia de Saúde da Família da Prefeitura de Campo Mourão, supervisora do Programa de Residência Médica da Santa Casa de Misericórdia do mesmo município e docente no Integrado.

Prática desde cedo

Para que os estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado se familiarizem com essa prática de trabalho, eles realizam diferentes atendimentos - sob monitoria dos professores - ao longo da graduação. Só no ambulatório da instituição de ensino, foram 21.635 atendimentos desde 2020.

Dos 53 acadêmicos que fizeram a Colação de Grau em medicina, no dia 1º de dezembro, todos já realizaram esses atendimentos à população durante o período de internato.

Outra atividade como essa é feita para os moradores do Lar de Idosos São Joaquim e Sant'Ana de Campo Mourão. Toda semana, um médico geriatra e os acadêmicos visitam os idosos e fazem atendimentos gratuitos no próprio local.

A instituição de ensino patrocina a mão de obra do profissional geriatra, custeia os insumos utilizados nos atendimentos, proporciona acesso à saúde de qualidade e promove o bem-estar aos residentes do local.

"Outro bom motivo para atuar como médico de família e comunidade é a expansão do mercado de trabalho, que tem boas oportunidades de emprego", complementa Taísa Navasconi Berbert.

Sobre o Centro Universitário Integrado

Localizado em Campo Mourão (PR), o Centro Universitário Integrado oferece, há mais de 25 anos, ensino superior de excelência reconhecido pelo MEC com nota máxima (5) no Conceito Institucional. Preocupado com o que o mercado necessita, busca ofertar um ensino de qualidade voltado às competências que precisam ser desenvolvidas por todos os profissionais.

Para isso, conta com infraestrutura moderna, laboratórios com tecnologia de ponta, metodologias de ensino inovadoras e corpo docente com forte experiência acadêmica e vivência prática.

Atualmente, o Integrado oferece mais de 55 cursos de graduação presencial, semipresencial e a distância, incluindo Direito, Medicina e Odontologia e mais de 100 cursos de pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

45% das mulheres sofrem algum tipo de transtorno mental

A pandemia de Covid-19 foi uma das piores crises já enfrentadas no século e suas consequências ainda ressoam no cotidiano, mesmo após o fim da emergência sanitária. Para as mulheres, entretanto, que já chegaram em 2020 adoecidas, o problema se apresentou ainda mais profundo. É o que mostra o relatório "Esgotadas: o empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres", desenvolvido pela ONG Think Olga, que indica que 45% das mulheres brasileiras possuem hoje um diagnóstico de ansiedade, depressão ou outros tipos de transtornos.

A pesquisa inédita foi realizada com 1.078 mulheres, entre 18 e 65 anos, em todos os estados do País, entre 12 e 26 de maio de 2023. "A saúde mental não deve ser uma discussão limitada por fatores biológicos. Claro que existe influência deles, mas o que o relatório nos mostra é que a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades afetam diretamente as relações sociais e, portanto, impactam diretamente no psicológico das mulheres", explica a diretora da Think Olga, Maíra Liguori.

Com a proposta de entender as estruturas que impõem o sofrimento das brasileiras na atualidade, o relatório reúne dados que demonstram desde a sobrecarga de trabalho e insegurança financeira até o esgotamento mental e físico causado pela economia do cuidado, que enquadra todas as atividades relacionadas aos cuidados com a casa e com produção e manutenção da vida. Entre as principais conclusões do relatório:

Esgotadas, portanto, adoecidas - 45% das entrevistadas foram diagnosticadas com algum transtorno mental. A ansiedade, o estresse e a irritabilidade fazem parte do cotidiano de pelo menos 4 em cada 10 mulheres. As pressões estéticas e as violências de gênero também cobram seu preço: entre as entrevistadas mais jovens, 26% declararam que os padrões de beleza impostos impactam negativamente na saúde mental. Já o medo de sofrer violência é citado por 16% das respondentes;

Maior vulnerabilidade e maior responsabilidade - As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares. Essas mulheres são, em sua maior parte, negras, da classe D e E e com mais de 55 anos de idade. Somente 11% das entrevistadas dizem não contribuir financeiramente para a manutenção de suas famílias;

Mulheres dedicam o dobro de tempo nas tarefas de cuidado - Segundo dados da Pesquisa Nacional por amostra de domicílio realizada em 2022, as mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas. Já o relatório Esgotadas mostrou que a sobrecarga de trabalho doméstico e a jornada excessiva de trabalho foi a segunda causa de descontentamento mais apontada - atrás apenas de preocupações financeiras. O trabalho de cuidado sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos (57% cuidam de alguém) e pretas e pardas (50% cuidam de alguém);

Responsabilidade demais adoece - 86% das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades. A insatisfação entre mães solo e cuidadoras é muito superior em relação àquelas que não possuem esse tipo de responsabilidade. As cuidadoras e mães-solo também são as mais sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de cuidado, com 51% das mães e 49% das cuidadoras apontando a situação financeira restrita como o maior impacto na saúde mental. Isso quer dizer que a sobrecarga de cuidado também é um fator de empobrecimento das mulheres ou "feminização da pobreza".

Diante da realidade, a Think Olga também traz pontos de partida para que a sociedade civil, o setor privado e o poder público possam começar a enxergar e a atuar sobre esses problemas. Para a codiretora da Think Olga, Nana Lima, "é necessário que comecemos a entender o impacto do trabalho de cuidado e suas consequências, além de partirmos de discussões que desestigmatizem tabus sobre a saúde mental. É essencial incentivar ações do setor privado, da sociedade civil e, principalmente, do setor público para um futuro viável para as mulheres", avalia.

Minoria das empresas tem políticas eficazes

Embora 99% dos profissionais de Recursos Humanos (RH) ou gestão de pessoas acreditem que as companhias devem adotar estratégias voltadas para saúde mental dos colaboradores, apenas 34% das empresas desenvolvem ações efetivas com este objetivo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH. O estudo apresenta os impactos negativos e comprova que 61% das pessoas não se sentem satisfeitas ou felizes no trabalho, sendo que 86% mudariam de emprego em busca de mais saúde mental.

"A atração e a retenção de talentos estão entre os maiores desafios enfrentados atualmente. E mesmo que a pesquisa indique que em 41% das organizações a felicidade corporativa e bem-estar dos funcionários tenham destaque para o time de gestão de pessoas, as ações não são implementadas como deveriam", avalia a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado.

A grande maioria dos profissionais de RH (91%) entende que benefícios voltados para saúde mental impactam a atração e retenção de talentos. De encontro com isso, 75% dos profissionais participantes da pesquisa afirmam que na empresa onde trabalham ou trabalharam recentemente não têm ações e suporte para temas relacionados.

Nas organizações que existem medidas para promover a saúde mental, os destaques ficam para campanha de bem-estar e saúde mental (43%), suporte com psicólogos (41%), canal de escuta ativa (37%) e treinamento para lideranças empáticas (35%) - para essa questão, foram consideradas múltiplas respostas. Além disso, 96% dos profissionais de RH ou gestão de pessoas acreditam que o recrutamento humanizado pode ser considerado uma prática voltada para a saúde mental. Na pesquisa de 2022, 93% dos profissionais da área de RH acreditavam nessa afirmativa.

Insegurança no ambiente corporativo

Pouco mais da metade (55%) dos respondentes diz que não se sente psicologicamente seguro na empresa em que trabalha ou já trabalhou. Entre os aspectos mais prejudiciais citam ambiente ou liderança tóxica e abusiva (64%), cobranças excessivas de resultados (40%) e pressão constante (37%).

"A pesquisa também revelou que 86% dos participantes acreditam que as empresas não estão preparadas para lidar com a saúde mental dos colaboradores. Algumas razões podem explicar a afirmação, como a falta de diálogo aberto durante todo o ano e olhar individual para cada colaborador, com a intenção de entender as necessidades únicas e particulares. Mas, além de encontrar justificativas, devemos encontrar soluções", afirma.

Neste sentido, para a executiva, as lideranças e RH devem se comprometer em conscientizar e educar sobre assuntos envolvendo a saúde mental e criar uma cultura que promova o bem-estar para cada colaborador.

"Fomos acostumados com um mercado de trabalho competitivo e com grande pressão para resultados, mas ano após ano percebemos que é possível equilibrar vidas pessoal e profissional. Além de garantir satisfação, ainda impacta diretamente na produtividade e qualidade", conclui.

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O ESTADO

Inteligência artificial na saúde: tecnologia traz soluções para a gestão de processos farmacêuticos


A inteligência artificial (IA), um caminho sem volta no mundo moderno, ganha cada vez mais espaço e diversos segmentos estão se utilizando dessa tecnologia para auxiliar nos processos. A saúde é um desses nichos que tem feito a diferença na vida dos pacientes e na abordagem diária com o uso de tecnologias que ajudam na resolução das tarefas que envolvem a segurança, o cuidado e a agilidade nas gestões. Recentemente o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), concluiu um projeto piloto que usa inteligência artificial (IA) preditiva, para facilitar a gestão dos processos de análise da farmacêutica. O ISGH é responsável por administrar unidades de saúde nas cinco macrorregiões do Estado do Ceará.

Baseado em evidências, o novo sistema irá apoiar as análises de prescrições médicas, gerando indicadores para a priorização de atendimento, assim como gerar alertas que precisam de uma análise mais profunda. Na prática, o sistema se vincula aos dados dos hospitais e indica onde estão os potenciais erros de prescrições, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. O programa de inteligência artificial é 100% gratuito quando utilizado em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é seguir um planejamento contínuo em busca de soluções que apoiem na resolução de diagnósticos, diminuição de impacto na redução de custos e ganhos de eficiência.

O gerente sênior do Núcleo de Tecnologia da Informação (TI), do ISGH, Luidgi Machado, explica a importância da utilização da IA nos sistemas. Ele destaca que tudo é feito com base legal e seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). "É importante destacar que, ao implementar soluções de IA na área da saúde, é necessário considerar questões éticas, de privacidade e segurança dos dados, além de garantir a validação clínica adequada para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados", pontua.

A gerente da Farmácia, do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NUASF) do ISGH, Rosemeire Sousa, adianta que as expectativas para o uso da tecnologia na rotina do setor são das melhores. Entre os diferenciais, ela espera maior agilidade e segurança na análise técnica pelos farmacêuticos das prescrições médicas diárias, otimizando o gerenciamento dessas intervenções e ampliando a visão do profissional para potenciais riscos na farmacoterapia do paciente.

"O sistema também dispõe de relatórios didáticos em tempo real e está interligado ao nosso Sistema Vitae paciente. Nossa expectativa é que até o final do 1º semestre de 2024, todos os farmacêuticos das Centrais de Análises de Prescrição (CAP) e Farmácia Clínica em nossas unidades, estejam utilizando esse sistema, garantindo assim uma análise mais ampla, segura; potencializando as barreiras de segurança na cadeia medicamentosa e colaborando no cuidado multiprofissional ao paciente, junto às nossas equipes", destaca.

Ars vitae

Ainda na gestão do cuidado, outro importante software, também criado pelo ISGH, é o ARS VITAE. Com o objetivo de facilitar o acesso aos prontuário dos pacientes em todas as unidades hospitalares, auxiliando ainda no monitoramento da assistência destinada aos pacientes, com acesso ao cadastro e evolução do paciente no hospital. Além disso, o plano terapêutico e o prontuário também são todos digitalizados, com chaves e fluxos seguros para que o profissional de saúde tenha acesso.

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PORTAL TERRA

Brasil perde R$1 bi em produtividade com câncer de pulmão


O câncer de pulmão no Brasil gerou custos econômicos de mais de R$1 bilhão em 2019. O cálculo faz parte de pesquisa do Insper divulgada durante evento sobre prevenção e tratamento desse tipo de câncer, promovido no dia 24 de novembro pelo Fórum Intersetorial para Combate às Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil (FórumDCNTs). O valor refere-se aos custos indiretos, ou seja, relacionados à redução da produtividade em decorrência do óbito de pessoas com idade inferior à de sua aposentadoria (grupo que corresponde a 1/3 das quase 30 mil mortes anuais por câncer de pulmão), ao absenteísmo no trabalho e à aposentadoria precoce.

Apesar de ser o quarto tipo mais incidente no Brasil (atrás dos cânceres de próstata, mama e cólon e reto), o câncer de pulmão é o que mais mata. Em 2019, a doença causou 29,3 mil mortes no país, enquanto os tumores de próstata e mama não chegaram a 20 mil cada. Por conta disso, de acordo com o Insper, os custos indiretos do câncer de pulmão se aproximam da perda de R$1 bilhão e 380 milhões provocada pelo câncer de mama, o qual apresenta quase o dobro de casos por ano em relação ao primeiro.

A alta morbimortalidade do câncer de pulmão está relacionada ao diagnóstico tardio, realizado, na maioria das vezes, nos estágios III e IV do desenvolvimento do tumor, nos quais as chances de cura são mínimas ou nulas. "Preocupa-nos que a população esteja bem informada sobre quando suspeitar de uma alteração pulmonar e a atenção primária apta a agir em tempo oportuno para rastreio e diagnóstico precoce, o que melhorará drasticamente o cenário atual", enfatiza o coordenador geral do FórumDCNTs, Mark Barone.

A pesquisa do Insper também mapeou e classificou as principais barreiras para a implementação de uma política nacional de rastreamento de câncer de pulmão, assim como sistematizou propostas de soluções. "Dentre as sugestões, encontram-se melhorias em centros de excelência; aproveitamento da alta capilaridade da atenção primária do SUS, com o engajamento de seus profissionais na triagem, convencimento da população de risco e navegação do usuário no sistema; e criação de protocolos que considerem prevenção, rastreamento, diagnóstico, tratamento e reabilitação", expõe Carolina Melo, professora de Políticas Públicas e Economia no Insper.

A importância do suporte para cessação de fumar também é sublinhada por especialistas. "Estudos mostram que as pessoas que param de fumar aos 50 anos reduzem em, aproximadamente, 90% o risco de câncer de pulmão aos 75 anos. Pessoas que ficaram abstinentes durante sete anos apresentaram uma redução de 20% no risco de mortalidade", afirma Paulo Correa, coordenador da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Além de insistir na relevância da prevenção e combate a todas as formas de consumo de tabaco, inclusive o vape (cigarro eletrônico), Gustavo Prado, gerente de inovação e educação médica no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, sugere ações para efetivar o diagnóstico precoce no país. "Devemos melhorar a jornada da pessoa com sintomas sugestivos de câncer de pulmão dentro do sistema de saúde, que hoje é muito lenta e fragmentada", comenta. Ele reforça também a necessidade em agilizar o encaminhamento para o diagnóstico daquelas pessoas cujos exames de imagem (realizados por outros motivos, como gripes) revelam achados anormais. "E sobretudo, é imprescindível uma política de rastreamento, ou seja, a busca ativa de pessoas assintomáticas por meio de tomografia, à semelhança do que já ocorre com a mamografia para detecção de câncer de mama", elenca.

Experiências locais de rastreamento e melhor gestão do sistema de saúde mostram resultados positivos e podem ser replicadas. Médicos do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre (RS), por exemplo, tiveram a iniciativa de fazer o rastreamento por tomografia computadorizada de baixa dose nas pessoas atendidas pelo Serviço de Pneumologia. A atividade envolveu a discussão e padronização de condutas, investigação e manejo de pessoas com anormalidades observadas. Segundo Fábio Svartman, pneumologista do HNSC, foram encontrados nódulos suspeitos em 14% das 712 pessoas rastreadas, sendo que 1,5% foram confirmados como câncer de pulmão. Destes casos, â estavam nos estágios I e II, o que permitiu a realização de tratamentos com intenção curativa .

O hospital também instituiu o projeto Relógio do Câncer, com o intuito de diminuir o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento a partir da integração e monitoramento de informações dos prontuários eletrônicos. "Com isso, identificamos gargalos, priorizamos exames e consultas, e fizemos busca ativa de quem faltava. Entre junho de 2021 e fevereiro de 2023, reduzimos a média de dias entre diagnóstico e tratamento de 63 para 43", informou Svartman.

Chama a atenção a falta de visibilidade dessa doença silenciosa. "Temos a campanha Novembro Branco, de conscientização sobre o câncer de pulmão, mas ela é pouco difundida em relação ao Novembro Azul, que trata do câncer de próstata. Precisamos de ações mais robustas e constantes nesse sentido", defende Helena Esteves, coordenadora de advocacy no Instituto Oncoguia. "Para melhorar o atual cenário, não devemos esquecer da educação dos profissionais de saúde, pois muitos deles não possuem informações suficientes sobre os sinais e sintomas do câncer de pulmão", acrescenta.

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ISSO É GOIÁS

Com aumento de atendimentos no Pronto-Socorro, Hetrin reforça seu perfil de média complexidade

Desde o início das obras de reforma e ampliação, o Hospital Estadual de Trindade - Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) registrou aumento no número de pacientes no pronto-socorro, atraídos pela infraestrutura e atendimento da unidade. Enquanto, em novembro, o hospital recebeu cerca de 5.700 pacientes, em janeiro deste ano o número saltou para 6.400, sendo que a maioria desses atendimentos foram de caráter pouco urgente ou não urgente (60%). O aumento é tão significativo que só na primeira quinzena de fevereiro o hospital registrou uma média de 237 atendimentos diários, 46 a mais que a média do mês de novembro de 2022.

Esse aumento tem exigido ainda mais dos profissionais atuantes no pronto-socorro, que funciona 24 horas por dia. A equipe conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, maqueiros, biomédicos e demais profissionais para levar o melhor atendimento à população. Para os atendimentos de porta aberta, que recebe todos os pacientes, a unidade conta com o quadro de médicos completo atendendo simultaneamente. Antes de entrar para a consulta, todos os pacientes passam por triagem e são classificados de acordo com o Protocolo de Manchester para identificar a gravidade de cada caso.

Além do atendimento de urgência e emergência, o Hetrin é uma unidade com perfil hospitalar de assistência de baixa e média complexidade com perfil cirúrgico eletivo, ou seja, que realiza cirurgias programadas, sem teor de urgência. A unidade dispõe hoje de serviços de cirurgia geral, obstetrícia, urologia e vascular, como por exemplo colecistectomia, hernioplastia, histerectomia, laqueadura, cistotomia, prostectomia, vasectomia, tratamento cirúrgico de varizes bilateral sem retirada de safena entre outras.

Mesmo com todo o processo de reforma em pleno andamento, nenhum serviço oferecido pelo Hetrin foi interrompido. A inauguração do novo Pronto-Socorro para atendimento de urgências e emergências está prevista para o meio deste ano.

Para a diretora da unidade, Vânia Fernandes, o atendimento prestado continua com a mesma qualidade, mesmo durante essa fase de reforma e ampliação. “Registramos um aumento no número de atendimentos no pronto-socorro e estamos em pleno funcionamento para atender a todos”, afirma ela, lembrando que, considerando o perfil de média complexidade do Hetrin, também é possível buscar atendimento para casos mais simples na rede básica de saúde do município.

Com a entrega das próximas fases das obras, o Hetrin conseguirá ampliar ainda mais seu atendimento, bem como elevar o número de leitos. Ao todo, a unidade contará com 149 leitos. No geral, serão seis de observação; dois de emergência; 14 de alojamento conjunto; 20 de enfermaria para clínica cirúrgica e 20 de UTI; 90 de clínica médica; quatro salas cirúrgicas; cinco leitos de Recuperação Pós-Anestésicos (RPA); cinco quartos de isolamento e três quartos para parto normal (PPP). Ou seja, o triplo de leitos que o hospital possui atualmente.

Classificação de risco

Sempre que um paciente chega para atendimento de urgência e emergência no Hetrin, é protocolo passar pela triagem a fim de fazer sua classificação de acordo com a gravidade de seu quadro clínico. Assim, as pessoas que apresentam risco de vida são atendidas primeiro.

As classificações são divididas por cinco cores. O método do Protocolo de Manchester é um dos mais utilizados no mundo. O vermelho significa emergência e o paciente deve ser atendido imediatamente, pois apresenta risco de morte; o laranja é muito urgente, considerando que o paciente pode esperar, no máximo, 10 minutos para ser atendido, pois apesar de apresentar risco de morte, ele está um pouco mais estável que o anterior. Na cor amarela estão os casos urgentes, nos quais a gravidade é moderada e o tempo de espera pode ser de 50 minutos. A cor verde representa casos pouco urgentes e é indicado para situações menos graves, sendo que paciente pode esperar até duas horas. Por último, o indicador azul, são para casos não urgentes, classificação mais baixa que envolve problemas simples. Assim, o paciente pode esperar até quatro horas.

Os casos que envolvem serviços básicos, com a classificação de azul ou verde podem ser atendidos pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município de Trindade e dos municípios próximos. Esses centros são os responsáveis pela avaliação primária e inserção de pacientes graves que necessitam de atendimento especializado no sistema de regulação.

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Diretora do CDI PREMIUM é homenageada pela Alego por trabalho durante a pandemia

Durante a cerimônia, Colandy Nunes Dourado enfatizou que apoio da sociedade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde foram essenciais para o enfrentamento da crise

A diretora e sócia-fundadora do CDI PREMIUM, médica cardiologista Colandy Nunes Dourado, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no último sábado, 2. A cerimônia, realizada por iniciativa do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), teve como objetivo reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19.

 "Principalmente durante e após a pandemia, ficou evidente a necessidade de contarmos com profissionais comprometidos e apaixonados pelo cuidado com o ser humano”, ressaltou o parlamentar, mostrando a importância de a Alego valorizar o empenho destes profissionais na luta por salvar vidas e promover saúde.

Representando todos os homenageados, Colandy Nunes Dourado falou na abertura da sessão, que reuniu parlamentares, familiares e amigos dos homenageados. Ela agradeceu a honra de representar o grupo CDI PREMIUM – médicos e colaboradores -, profissionais de saúde e todos que direta ou indiretamente contribuíram para o enfrentamento desta fase desafiadora.

A diretora relembrou os desafios vivenciados durante a crise sanitária e enfatizou a importância do apoio dos profissionais e da sociedade para a superação dos momentos difíceis, que mudaram de uma hora para a outra todo o modelo de atendimento, impondo novos prazos, processos e medidas de proteção dos pacientes e trabalhadores.

Segundo ela, foram momentos sombrios. “Mas, cada um de nós, profissionais de saúde, tivemos uma força que nos colocou no mesmo barco. De mãos dadas, seguimos para tentar achar alguma saída. Se estamos aqui hoje, é graças a cada um de vocês, do apoio dos políticos e da população. Eu falo que, em dois anos, conseguimos evoluir 10 anos na parte de tecnologia e cuidados médicos para diminuir a mortalidade”, relatou ela, agradecendo ainda o reconhecimento da Alego.

Parabenizamos nossa diretora Colandy Nunes Dourado pela merecida homenagem e a gestão cuidadosa durante a pandemia e nos anos seguintes, sempre trabalhando para oferecer o melhor aos pacientes e cuidar da família CDI PREMIUM.

Confira a cerimônia na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=uIocpgwdsj0

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Assessoria de Comunicação

 

COLANDY NUNES DOURADO

 

Durante a cerimônia, Colandy Nunes Dourado enfatizou que apoio da sociedade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde foram essenciais para o enfrentamento da crise

 

A diretora e sócia-fundadora do associado CDI PREMIUM, médica cardiologista Colandy Nunes Dourado, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) no último sábado, 2. A cerimônia, realizada por iniciativa do deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), teve como objetivo reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19.

 

"Principalmente durante e após a pandemia, ficou evidente a necessidade de contarmos com profissionais comprometidos e apaixonados pelo cuidado com o ser humano”, ressaltou o parlamentar, mostrando a importância de a Alego valorizar o empenho destes profissionais na luta por salvar vidas e promover saúde.

 

Representando todos os homenageados, Colandy Nunes Dourado falou na abertura da sessão, que reuniu parlamentares, familiares e amigos dos homenageados. Ela agradeceu a honra de representar o grupo CDI PREMIUM – médicos e colaboradores -, profissionais de saúde e todos que direta ou indiretamente contribuíram para o enfrentamento desta fase desafiadora.

 

A diretora relembrou os desafios vivenciados durante a crise sanitária e enfatizou a importância do apoio dos profissionais e da sociedade para a superação dos momentos difíceis, que mudaram de uma hora para a outra todo o modelo de atendimento, impondo novos prazos, processos e medidas de proteção dos pacientes e trabalhadores.

 

Segundo ela, foram momentos sombrios. “Mas, cada um de nós, profissionais de saúde, tivemos uma força que nos colocou no mesmo barco. De mãos dadas, seguimos para tentar achar alguma saída. Se estamos aqui hoje, é graças a cada um de vocês, do apoio dos políticos e da população. Eu falo que, em dois anos, conseguimos evoluir 10 anos na parte de tecnologia e cuidados médicos para diminuir a mortalidade”, relatou ela, agradecendo ainda o reconhecimento da Alego.

 

 

Confira a cerimônia na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=uIocpgwdsj0

Segunda, 04 Dezembro 2023 08:54

Associado Hospital São Francisco de Assis é ONA 2

Escrito por

HSFA

Nosso associado Hospital São Francisco de Assis acaba de conquistar a certificação ONA 2 – Acreditado Pleno, o que atesta que a instituição, além de atender aos critérios de segurança definidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades.

Essa conquista reforça o compromisso do Hospital São Francisco de Assis com a qualidade e a segurança dos serviços prestados aos pacientes, colocando em prática esses dois pilares da rede Ahpaceg.

Parabéns a todos do Hospital São Francisco de Assis pela conquista, que é fruto da boa gestão e do engajamento de toda a equipe.

#ahpaceg #acreditaçãoONA

Segunda, 04 Dezembro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 02 A 04/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo

Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

O GLOBO ONLINE

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo


O Ministério da Saúde tem enfrentado resistência de estados e municípios para colocar em prática o compromisso de fechar as portas de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, estruturas que recebem pessoas com distúrbios mentais e dependentes químicos. Enquanto a pasta comandada por Nísia Trindade investe em alternativas, o modelo, considerado retrógrado por especialistas e entidades de psiquiatria, segue recebendo financiamento público das administrações locais. Segundo levantamento do GLOBO, hoje, a abordagem recebe recursos de todos os estados e do Distrito Federal.

O modelo também tem apoio de prefeituras. No fim de novembro, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em uma rede social ter determinado à Secretaria Municipal de Saúde que preparasse uma proposta para "implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas". A decisão do prefeito vai na contramão da legislação atual, que prevê a internação compulsória para tratamento de saúde apenas em caso de decisão médica, não podendo ser imposta por agentes estatais. Outra possibilidade é se a pessoa estiver cometendo algum delito. Nesses casos, o abrigamento é uma medida socioassistencial, excepcional, temporária e voluntária. A postagem de Paes foi respondida pelo Ministério Público Federal, que enviou uma nota técnica ao prefeito destacando que a proposta é inconstitucional e traduz uma medida higienista, além de ser contra a dignidade do ser humano. Questionada, a Prefeitura não respondeu se a medida será mesmo implementada.

Entre os locais onde as internações ocorrem estão as comunidades terapêuticas, geralmente localizadas em sítios ou fazendas na zona rural. O tratamento costuma ser baseado na abstinência e trabalho forçado, com a internação podendo durar até seis meses. Segundo estimativas da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), cerca de 5 mil unidades funcionam no país, que contam com financiamento público para se manter.

Como estão fora da alçada da Saúde, esses centros não precisam passar pelo controle, fiscalização e análise do SUS. Também não é obrigatória a atuação de profissionais de saúde nesses locais.

O compromisso de reduzir a quantidade dessas instituições e ampliar políticas de saúde mental alinhadas aos princípios da reforma psiquiátrica foi firmado pela ministra assim que assumiu o cargo, ao criar o Departamento de Saúde Mental. Neste ano, o órgão ampliou em 27% os investimentos na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 2023 e construiu novos CAPs, modelo que prevê tratamento sem retirada do cotidiano.

Desde que foi aprovada em 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica estruturou a política de saúde mental no Brasil com base no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e no desenvolvimento da Raps, que oferece cuidados interdisciplinares, em liberdade e próximo da residência de quem recebe esses cuidados.

- Com tantas opções que temos atualmente, não cabe mais recorrer a um modelo que promove a exclusão do paciente. É importante ressaltar que hoje em dia já existem leitos na Raps e em hospitais gerais - afirma o psiquiatra e ex-gestor de Saúde Mental do SUS-DF, Augusto Cesar Costa. De acordo com a pasta, apesar da coexistência dos dois modelos, gestores municipais têm se mostrado empenhados em ampliar o número de CAPs. "Só no ano em curso, já foram habilitados 42 novos CAPS, 55 Serviços Residenciais Terapêuticos, quatro Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospital geral. Esses serviços foram solicitados por gestores municipais que, a partir de um diagnóstico de situação em saúde, constataram a necessidade de implantar novas modalidades assistenciais", diz, em nota.

Hoje, o Brasil conta com 2.872 centros desse tipo, com unidades específicas voltadas apenas para crianças e adolescentes, dependentes químicos ou pessoas adultas com distúrbios psiquiátricos. A avaliação de pessoas do alto escalão do ministério é que o atual tamanho da Raps ainda não dá conta de todas as pessoas que precisam do atendimento em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, a coexistência das comunidades terapêuticas seria necessária para não sobrecarregar a rede. Para o próximo ano está prevista a abertura de 200 novos CAPs.

O próprio governo federal mantém uma política dúbia sobre o assunto e, enquanto o Ministério da Saúde se propõe a acabar com tratamentos baseados na internação e no isolamento, o Ministério do Desenvolvimento Social segue investindo em comunidades terapêuticas. Das estimadas 5 mil unidades no Brasil, 602 são financiadas pela pasta.

São 14.982 vagas pagas ao redor do país, e esse número deve aumentar: em agosto, uma portaria assinada pelo ministro Wellington Dias autoriza a ampliação do número nos próximos três anos.

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Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual


O Hospital do Rim, em São Paulo, é líder mundial em transplantes renais. O centro de excelência foi fundado em 1998, pela Fundação Oswaldo Ramos, e completou 25 anos no dia 12 de setembro de 2023. Ao longo desse período, foram feitos mais de 19 mil transplantes, dos quais 90% foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).: Desse total, 6% foram feitos em crianças e 15% em pacientes com mais de 60 anos.

-- Pessoas de todos os estados brasileiros já foram transplantadas aqui. Recebemos pacientes do Brasil inteiro -- conta o nefrologista José Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim e professor da Escola Paulista de Medicina. O hospital é pioneiro na aplicação de conceitos da produção industrial na assistência à saúde, que é a produção em larga escala do procedimento, com a repetição do mesmo processo. Por exemplo, existe a equipe especializada em fazer a coleta do órgão, a especializada em fazer o transplante e assim em diante. Isso permitiu não apenas o alto número de transplantes - cerca de 900 por ano - como uma alta taxa de sucesso.

-- Há 25 anos, quando abrimos, a chance de um transplante dar certo depois de um ano era de 77%. Agora, é 92% -- pontua Pestana.

Além do aumento na taxa de sucesso, ao desse um quarto de século, houve uma mudança importante no perfil dos doadores. Segundo o diretor, nos primórdios, 70% dos órgãos doados vinham de doadores vivos. Hoje, 80% são de doadores falecidos, o que evita que uma pessoa viva e saudável seja submetida ao procedimento. -- Investimos bastante na captação de órgão. Temos uma equipe que trabalha com os hospitais comunitários. Quando há um possível doador, somos notificados, abordamos a família e, se ela autorizar, o órgão é captado. Quando começamos, apenas 20% das famílias autorizavam a doação. Hoje, 70% autorizam. Quanto mais transplante, maior o número de pessoas transplantadas que se beneficiou e isso incentiva ainda mais a doação porque as pessoas passam a conhecer algum desses beneficiários -- afirma o médico.

Embora os transplantes sejam o carro-chefe, o hospital também oferece serviços de hemodiálise, hemodinâmica, telessaúde e realiza procedimentos urológicos para ajudar no atendimento de pacientes do sistema público de saúde.:

Ensino e pesquisa O Hospital do Rim também é líder em ensino e referência em pesquisa. Além de receber profissionais e formar profissionais que atuam na África, Europa, Estados Unidos e América Latina, durante a pandemia, foi a instituição que mais publicou artigos científicos sobre Covid no Brasil, com 49 artigos em periódicos internacionais.

Devido ao alto número de transplantes, o hospital participa de toda pesquisa internacional de novas drogas de imunossupressão para evitar rejeição.

-- A nossa visão para o futuro é que outras áreas da saúde apliquem esse conceito de produção em larga escala para atender um número maior de pessoas, com qualidade e melhoria sistemática -- conclui Pestana.

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MEDICINA S/A

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla


De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla atualmente no país. Em todo o mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2,8 milhões de pessoas tenham diagnóstico da doença, uma das principais causas de incapacidade neurológica em jovens. Diante do cenário, a rede Americas acaba de inaugurar um centro voltado para o diagnóstico, acompanhamento, além das terapias medicamentosas para a doença.

Apesar de ser um problema crônico e incurável, há tratamento disponível para o controle dos sintomas, que confere maior qualidade de vida e independência. Felipe da Rocha Schmidt, coordenador do serviço de neurologia dos Hospitais Vitória e Samaritano da Barra da Tijuca, da rede Americas, esclarece que a EM é uma doença inflamatória, imunomediada, em que as próprias células de defesa do organismo atacam o Sistema Nervoso Central (SNC), com o desenvolvimento de lesões cerebrais, em nervo óptico e na medula espinhal.

" O fato do Instituto ser integrado aos Hospitais Vitória e Samaritano Barra também viabiliza o acompanhamento dos casos com necessidade de internação hospitalar, seja para tratamentos mais complexos, como transplante autólogo de células tronco, ou por outras intercorrências médicas".

O especialista explica, ainda, que a doença pode ser subdividida na forma Remitente- Recorrente, com os ataques frequentes de inflamação no sistema nervoso central (também chamados de "surtos") com o aparecimento agudo de sintomas neurológicos. Estes, duram dias até semanas com melhora parcial ou total mesmo sem tratamento. "O problema é que com a repetição desses episódios, as sequelas tendem a se acumular", destaca o especialista. O segundo subtipo é a forma progressiva, caracterizada por apresentação lenta de sintomas no decorrer de meses a anos, com incapacidade ao longo do tempo.

Dados epidemiológicos e perfil

Estima-se que no Brasil entre 40 e 100 mil pessoas possuam o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobre o perfil, os estudos indicam que a maior prevalência se concentra nas mulheres jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. "Um dos maiores problemas dessa doença é que afeta uma população jovem, com uma vida inteira pela frente. Pessoas que querem vínculos sociais, sucesso profissional, construir família. Com o diagnóstico precoce e os tratamentos atuais, todos esses planos seguem como possíveis", destaca o especialista.

E completa "Quanto mais precoce o início do tratamento, maior a chance de sucesso e menores serão as sequelas".

Causas da doença

Schmidt informa que a causa para a esclerose múltipla não é única, e que diversos fatores genéticos e ambientais podem contribuir. Vários genes já foram descritos como relacionados à doença, mas a ausência deles não garante que uma pessoa não vá ter, e nem a presença deles significa, necessariamente, que vá acontecer. "Não basta ser geneticamente predisposto, há uma série de fatores ambientais como infecções da infância, alimentação, exposição a substâncias, níveis de vitamina D, entre outros, poucos conhecidos, para o desenvolvimento da Esclerose".

Os baixos níveis de vitamina D, que ocorre mais frequentemente em regiões de pouca exposição solar do hemisfério Norte, por exemplo, estão relacionados a maior risco de desenvolvimento. Outro gatilho que parece ser fundamental é a infecção pelo vírus Epstein Barr (causador da mononucleose), uma vez que quase a totalidade dos pacientes com esclerose múltipla já tiveram contato com o vírus, mas é importante lembrar que mais de 95% da população brasileira adulta já teve contato com o vírus e a imensa maioria não desenvolve a doença. Estão sendo desenvolvidas vacinas contra o vírus Epstein Barr, com o objetivo de reduzir a taxa de infecção e, possivelmente, o desenvolvimento da esclerose múltipla.

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A REDAÇÃO

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Com a chegada das férias escolares, especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiás divulgaram esta semana uma série de orientações aos pais e responsáveis para evitar acidentes domésticos neste período em que as crianças passam mais tempo em casa. Segundo a ortopedista pediátrica e gerente médica do Hecad, Ingrid Araújo, é necessário redobrar a atenção a tudo que está no campo de visão da criança.
 
“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças até os nove anos no Brasil. O Hecad registrou, apenas em 2023, 4.295 atendimentos relacionados a quedas, ferimentos e queimaduras.
 
“Por isso, nós orientamos os responsáveis a evitar o contato de crianças com objetos pontiagudos e cortantes, mantendo esses utensílios em gavetas e armários mais altos, deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e com trava quando possível – porque a água pode ser um atrativo para a criança – e utilizar tapetes antiderrapantes na cozinha e no banheiro, onde o piso fica mais escorregadio”, ressalta a especialista.
 
Prazo de validade
Outro ponto importante é utilizar sempre as bocas de trás do fogão, dificultando o acesso das crianças ao fogo, e manter os cabos das panelas voltados para dentro. “É preciso tomar cuidado também com a utilização de toalhas de mesa, pois as crianças podem puxar e sofrer queimaduras caso tenha algum recipiente com alimentos quentes sobre a mesa ou cortes, em caso de recipientes de vidro, copos e taças”, lembra Ingrid Araújo.
 
Os especialistas orientam ainda que os pais confiram o prazo de validade e o estado de conservação das telas de proteção de apartamentos, que ficam expostas ao sol e à chuva e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm validade máxima de três anos. “Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma o médico.
 
A chegada das férias e a presença das crianças em casa por maiores períodos de tempo exigem também uma revisão nos locais onde são mantidos produtos de limpeza e medicamentos. “O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.
 
Pula-Pula
Neste ano, uma criança de seis anos perdeu a vida em um acidente ocorrido dentro de um pula-pula, no dia do seu aniversário. Segundo os especialistas do Hecad, acidentes no brinquedo são muito comuns e os pais precisam estar atentos à capacidade do pula-pula, intensidade das brincadeiras e separação das crianças por idade.
 
“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid Araújo. “A borda do pula-pula também deve ser coberta, para evitar que o pé da criança fique preso entre os espaços das molas”, diz a ortopedista pediátrica.

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AGÊNCIA BRASIL

Campanha alerta para riscos do glaucoma e importância da prevenção

Nova Notícias

04 de dezembro de 2023

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Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem for aos cinemas de 125 cidades do Brasil assistirá a filme de 29 segundos com alerta sobre os riscos do glaucoma, causa mais comum da cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) quer mostrar a importância dos exames preventivos com oftalmologista.

A ideia da campanha nos cinemas é mostrar o que pode se perder ao deixar a doença avançar. "Infelizmente, no glaucoma a perda de visão é definitiva. No cinema, que é uma arte tão querida por todos, onde vemos imagens belíssimas, o paciente com a visão ruim, não consegue aproveitar. Então quisemos chocar as pessoas. Quase 150 mil pessoas serão impactadas por essa ação e o objetivo é informar que existe essa doença e fazer com que as pessoas procurem o oftalmologista para iniciar o tratamento o mais cedo possível", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Roberto Galvão Filho.

Apesar de ser a mais comum causa de cegueira o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Segundo uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à SBG, com 1.636 indivíduos, 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença. As estimativas da SBG mostram que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença no país.

Segundo a SBG, no mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual moderada a grave devido ao glaucoma. Estima-se que 2040, o número de pessoas com glaucoma em todo o planeta chegará a 114 milhões. De 1% a 2% da população terá a doença. Quando se considera os indivíduos acima dos 70 anos, esse percentual sobe para 6% a 7%.

Os dados do dossiê elaborado pela SBG, indicam que em 2022 foram realizadas 10.805.942 consultas oftalmológicas pelo SUS, em todo o Brasil. Como o SUS atende 76% da população (24% têm cobertura de planos de saúde), o que corresponde a cerca de 163 milhões de brasileiros, o percentual de indivíduos que visitaram o oftalmologista uma vez por ano fica em torno de 6,7%.

"Por isso, os casos no Brasil são descobertos tão tarde. E o glaucoma descoberto tardiamente é mais difícil e mais caro para tratar. É quatro vezes mais caro tratar um glaucoma avançado do que um inicial. Além disso, os pacientes sofrem mais porque os defeitos visuais são irreversíveis. E isso implica em mais acidente de trânsito, mais quedas e mais custo para o estado", enfatizou Galvão.

Sintomas e tratamento

O glaucoma não tem cura, mas, com diagnóstico precoce, é possível conter o avanço da doença. Por isso, a consulta anual ao oftalmologista é tão importante. A doença afeta a visão das laterais para o centro do olho e por isso o indivíduo não percebe que há algo errado, podendo se dar conta apenas quando até 60% do nervo ótico já estiver destruído. "As pessoas simplesmente não percebem que a visão está sumindo. Elas só percebem quando começam a bater no carro, esbarrar nas pessoas, na lateral de móvel, isso quando o campo visual periférico está danificado", explicou.

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e normalmente é causada pelo aumento da pressão intraocular, que também passa desapercebida pelo paciente. "O glaucoma não tem sintomas, mas tem sinais. Quando eu vejo o paciente no consultório, um dos primeiros sinais de glaucoma é a pressão intraocular elevada". Outros aspectos que também podem ser observados em um exame no consultório são defeitos no nervo ótico e no fundo de olho, como aumento da escavação, sangramento e assimetrias de escavação. Ao notar esses sinais, o médico deve pedir exames mais detalhados.

Segundo o médico, o glaucoma não tem um tratamento específico e definitivo, e é muito difícil controlar, mas é possível estacionar a doença e a perda de campo visual. Além da pressão intraocular elevada, são fatores de risco o diabetes, a hipertensão arterial e miopia. Pessoas negras também precisam ficar atentas, pois têm maior predisposição a desenvolver o glaucoma. "Se a pessoa tem um desses fatores de risco presentes, precisa ir ao oftalmologista uma vez ao ano", disse Galvão.

O presidente da SBG enfatizou ainda que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS para pacientes de qualquer localidade do Brasil. "Se prescrito por um médico, o paciente tem a possibilidade de fazer o tratamento no SUS, incluindo desde os colírios que alguns estados até fornecem gratuitamente, até o tratamento com laser e cirurgias", finalizou.

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SES/GO

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

Estoques da Cemac JB e de outras sete unidades são disponibilizados na internet em tempo recorde; prazo máximo para estados cumprirem lei federal vai até fevereiro de 2024

Já está disponível no Portal Expresso o serviço on-line de consulta aos estoques da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) e de outras sete unidades do Governo de Goiás no interior. Trata-se de ferramenta disponibilizada inicialmente no site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) 15 dias após a publicação da lei federal que torna obrigatória a divulgação dos estoques das farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Goiás é um dos primeiros estados a oferecer a opção, alguns municípios e o Distrito Federal já contavam com sistema semelhante. O serviço on-line do Governo de Goiás permite que o usuário verifique os medicamentos disponíveis de forma totalizada ou por unidade, pelo nome, volume e gramatura. O secretário de Saúde, Sérgio Vencio, destaca que a novidade “evita o deslocamento do usuário até a unidade de atendimento, caso, naquele momento, o medicamento não esteja disponível”, explica. 

Sérgio Vencio também ressalta o trabalho integrado das equipes da Cemac JB e da Superintendência de Tecnologia e Inovação que permitiu à SES criar e ativar o sistema. Segundo o diretor-geral da Cemac JB, Roney Pereira, como todos os serviços da central estão informatizados, os dados ficaram disponíveis para consulta ao público em apenas 15 dias, no site da Secretaria de Saúde (www.saude.go.gov.br/estrutura/outras-unidades/cemac-juarezbarbosa) e, agora, no Portal Expresso (https://www.go.gov.br/). 

As informações apresentadas no Portal Expresso incluem os estoques das farmácias da Cemac JB, em Goiânia; Regional Pireneus, em Anápolis; e Policlínicas Estaduais de Posse, Formosa, Quirinópolis, Goianésia, São Luís de Montes Belos e cidade de Goiás. O acesso é intuitivo, ou seja, leva o usuário a encontrar facilmente as informações que procura. Ao entrar no Portal Expresso, o primeiro passo é procurar o serviço ‘Estoque de medicamentos’. Em seguida, selecionar ‘Consultar estoque de medicamentos de alto custo’. Por fim, clicar no botão ‘Acessar’. 

Caso o usuário não esteja cadastrado na Cemac JB ou em uma das unidades do interior que também fazem a dispensação do medicamento de alto custo, o Portal Expresso oferece o link ‘Solicitar abertura de processo ou alteração e/ou inclusão de medicamentos de alto custo’. E, ainda, ‘Solicitar renovação de processo para Medicamentos de Alto Custo’, se for o caso. As mesmas informações estão disponíveis na seção da Cemac JB no portal da SES-GO.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 04 Dezembro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 02 A 04/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo

Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

O GLOBO ONLINE

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo


O Ministério da Saúde tem enfrentado resistência de estados e municípios para colocar em prática o compromisso de fechar as portas de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, estruturas que recebem pessoas com distúrbios mentais e dependentes químicos. Enquanto a pasta comandada por Nísia Trindade investe em alternativas, o modelo, considerado retrógrado por especialistas e entidades de psiquiatria, segue recebendo financiamento público das administrações locais. Segundo levantamento do GLOBO, hoje, a abordagem recebe recursos de todos os estados e do Distrito Federal.

O modelo também tem apoio de prefeituras. No fim de novembro, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em uma rede social ter determinado à Secretaria Municipal de Saúde que preparasse uma proposta para "implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas". A decisão do prefeito vai na contramão da legislação atual, que prevê a internação compulsória para tratamento de saúde apenas em caso de decisão médica, não podendo ser imposta por agentes estatais. Outra possibilidade é se a pessoa estiver cometendo algum delito. Nesses casos, o abrigamento é uma medida socioassistencial, excepcional, temporária e voluntária. A postagem de Paes foi respondida pelo Ministério Público Federal, que enviou uma nota técnica ao prefeito destacando que a proposta é inconstitucional e traduz uma medida higienista, além de ser contra a dignidade do ser humano. Questionada, a Prefeitura não respondeu se a medida será mesmo implementada.

Entre os locais onde as internações ocorrem estão as comunidades terapêuticas, geralmente localizadas em sítios ou fazendas na zona rural. O tratamento costuma ser baseado na abstinência e trabalho forçado, com a internação podendo durar até seis meses. Segundo estimativas da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), cerca de 5 mil unidades funcionam no país, que contam com financiamento público para se manter.

Como estão fora da alçada da Saúde, esses centros não precisam passar pelo controle, fiscalização e análise do SUS. Também não é obrigatória a atuação de profissionais de saúde nesses locais.

O compromisso de reduzir a quantidade dessas instituições e ampliar políticas de saúde mental alinhadas aos princípios da reforma psiquiátrica foi firmado pela ministra assim que assumiu o cargo, ao criar o Departamento de Saúde Mental. Neste ano, o órgão ampliou em 27% os investimentos na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 2023 e construiu novos CAPs, modelo que prevê tratamento sem retirada do cotidiano.

Desde que foi aprovada em 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica estruturou a política de saúde mental no Brasil com base no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e no desenvolvimento da Raps, que oferece cuidados interdisciplinares, em liberdade e próximo da residência de quem recebe esses cuidados.

- Com tantas opções que temos atualmente, não cabe mais recorrer a um modelo que promove a exclusão do paciente. É importante ressaltar que hoje em dia já existem leitos na Raps e em hospitais gerais - afirma o psiquiatra e ex-gestor de Saúde Mental do SUS-DF, Augusto Cesar Costa. De acordo com a pasta, apesar da coexistência dos dois modelos, gestores municipais têm se mostrado empenhados em ampliar o número de CAPs. "Só no ano em curso, já foram habilitados 42 novos CAPS, 55 Serviços Residenciais Terapêuticos, quatro Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospital geral. Esses serviços foram solicitados por gestores municipais que, a partir de um diagnóstico de situação em saúde, constataram a necessidade de implantar novas modalidades assistenciais", diz, em nota.

Hoje, o Brasil conta com 2.872 centros desse tipo, com unidades específicas voltadas apenas para crianças e adolescentes, dependentes químicos ou pessoas adultas com distúrbios psiquiátricos. A avaliação de pessoas do alto escalão do ministério é que o atual tamanho da Raps ainda não dá conta de todas as pessoas que precisam do atendimento em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, a coexistência das comunidades terapêuticas seria necessária para não sobrecarregar a rede. Para o próximo ano está prevista a abertura de 200 novos CAPs.

O próprio governo federal mantém uma política dúbia sobre o assunto e, enquanto o Ministério da Saúde se propõe a acabar com tratamentos baseados na internação e no isolamento, o Ministério do Desenvolvimento Social segue investindo em comunidades terapêuticas. Das estimadas 5 mil unidades no Brasil, 602 são financiadas pela pasta.

São 14.982 vagas pagas ao redor do país, e esse número deve aumentar: em agosto, uma portaria assinada pelo ministro Wellington Dias autoriza a ampliação do número nos próximos três anos.

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Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual


O Hospital do Rim, em São Paulo, é líder mundial em transplantes renais. O centro de excelência foi fundado em 1998, pela Fundação Oswaldo Ramos, e completou 25 anos no dia 12 de setembro de 2023. Ao longo desse período, foram feitos mais de 19 mil transplantes, dos quais 90% foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).: Desse total, 6% foram feitos em crianças e 15% em pacientes com mais de 60 anos.

-- Pessoas de todos os estados brasileiros já foram transplantadas aqui. Recebemos pacientes do Brasil inteiro -- conta o nefrologista José Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim e professor da Escola Paulista de Medicina. O hospital é pioneiro na aplicação de conceitos da produção industrial na assistência à saúde, que é a produção em larga escala do procedimento, com a repetição do mesmo processo. Por exemplo, existe a equipe especializada em fazer a coleta do órgão, a especializada em fazer o transplante e assim em diante. Isso permitiu não apenas o alto número de transplantes - cerca de 900 por ano - como uma alta taxa de sucesso.

-- Há 25 anos, quando abrimos, a chance de um transplante dar certo depois de um ano era de 77%. Agora, é 92% -- pontua Pestana.

Além do aumento na taxa de sucesso, ao desse um quarto de século, houve uma mudança importante no perfil dos doadores. Segundo o diretor, nos primórdios, 70% dos órgãos doados vinham de doadores vivos. Hoje, 80% são de doadores falecidos, o que evita que uma pessoa viva e saudável seja submetida ao procedimento. -- Investimos bastante na captação de órgão. Temos uma equipe que trabalha com os hospitais comunitários. Quando há um possível doador, somos notificados, abordamos a família e, se ela autorizar, o órgão é captado. Quando começamos, apenas 20% das famílias autorizavam a doação. Hoje, 70% autorizam. Quanto mais transplante, maior o número de pessoas transplantadas que se beneficiou e isso incentiva ainda mais a doação porque as pessoas passam a conhecer algum desses beneficiários -- afirma o médico.

Embora os transplantes sejam o carro-chefe, o hospital também oferece serviços de hemodiálise, hemodinâmica, telessaúde e realiza procedimentos urológicos para ajudar no atendimento de pacientes do sistema público de saúde.:

Ensino e pesquisa O Hospital do Rim também é líder em ensino e referência em pesquisa. Além de receber profissionais e formar profissionais que atuam na África, Europa, Estados Unidos e América Latina, durante a pandemia, foi a instituição que mais publicou artigos científicos sobre Covid no Brasil, com 49 artigos em periódicos internacionais.

Devido ao alto número de transplantes, o hospital participa de toda pesquisa internacional de novas drogas de imunossupressão para evitar rejeição.

-- A nossa visão para o futuro é que outras áreas da saúde apliquem esse conceito de produção em larga escala para atender um número maior de pessoas, com qualidade e melhoria sistemática -- conclui Pestana.

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MEDICINA S/A

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla


De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla atualmente no país. Em todo o mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2,8 milhões de pessoas tenham diagnóstico da doença, uma das principais causas de incapacidade neurológica em jovens. Diante do cenário, a rede Americas acaba de inaugurar um centro voltado para o diagnóstico, acompanhamento, além das terapias medicamentosas para a doença.

Apesar de ser um problema crônico e incurável, há tratamento disponível para o controle dos sintomas, que confere maior qualidade de vida e independência. Felipe da Rocha Schmidt, coordenador do serviço de neurologia dos Hospitais Vitória e Samaritano da Barra da Tijuca, da rede Americas, esclarece que a EM é uma doença inflamatória, imunomediada, em que as próprias células de defesa do organismo atacam o Sistema Nervoso Central (SNC), com o desenvolvimento de lesões cerebrais, em nervo óptico e na medula espinhal.

" O fato do Instituto ser integrado aos Hospitais Vitória e Samaritano Barra também viabiliza o acompanhamento dos casos com necessidade de internação hospitalar, seja para tratamentos mais complexos, como transplante autólogo de células tronco, ou por outras intercorrências médicas".

O especialista explica, ainda, que a doença pode ser subdividida na forma Remitente- Recorrente, com os ataques frequentes de inflamação no sistema nervoso central (também chamados de "surtos") com o aparecimento agudo de sintomas neurológicos. Estes, duram dias até semanas com melhora parcial ou total mesmo sem tratamento. "O problema é que com a repetição desses episódios, as sequelas tendem a se acumular", destaca o especialista. O segundo subtipo é a forma progressiva, caracterizada por apresentação lenta de sintomas no decorrer de meses a anos, com incapacidade ao longo do tempo.

Dados epidemiológicos e perfil

Estima-se que no Brasil entre 40 e 100 mil pessoas possuam o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobre o perfil, os estudos indicam que a maior prevalência se concentra nas mulheres jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. "Um dos maiores problemas dessa doença é que afeta uma população jovem, com uma vida inteira pela frente. Pessoas que querem vínculos sociais, sucesso profissional, construir família. Com o diagnóstico precoce e os tratamentos atuais, todos esses planos seguem como possíveis", destaca o especialista.

E completa "Quanto mais precoce o início do tratamento, maior a chance de sucesso e menores serão as sequelas".

Causas da doença

Schmidt informa que a causa para a esclerose múltipla não é única, e que diversos fatores genéticos e ambientais podem contribuir. Vários genes já foram descritos como relacionados à doença, mas a ausência deles não garante que uma pessoa não vá ter, e nem a presença deles significa, necessariamente, que vá acontecer. "Não basta ser geneticamente predisposto, há uma série de fatores ambientais como infecções da infância, alimentação, exposição a substâncias, níveis de vitamina D, entre outros, poucos conhecidos, para o desenvolvimento da Esclerose".

Os baixos níveis de vitamina D, que ocorre mais frequentemente em regiões de pouca exposição solar do hemisfério Norte, por exemplo, estão relacionados a maior risco de desenvolvimento. Outro gatilho que parece ser fundamental é a infecção pelo vírus Epstein Barr (causador da mononucleose), uma vez que quase a totalidade dos pacientes com esclerose múltipla já tiveram contato com o vírus, mas é importante lembrar que mais de 95% da população brasileira adulta já teve contato com o vírus e a imensa maioria não desenvolve a doença. Estão sendo desenvolvidas vacinas contra o vírus Epstein Barr, com o objetivo de reduzir a taxa de infecção e, possivelmente, o desenvolvimento da esclerose múltipla.

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A REDAÇÃO

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Com a chegada das férias escolares, especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiás divulgaram esta semana uma série de orientações aos pais e responsáveis para evitar acidentes domésticos neste período em que as crianças passam mais tempo em casa. Segundo a ortopedista pediátrica e gerente médica do Hecad, Ingrid Araújo, é necessário redobrar a atenção a tudo que está no campo de visão da criança.
 
“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças até os nove anos no Brasil. O Hecad registrou, apenas em 2023, 4.295 atendimentos relacionados a quedas, ferimentos e queimaduras.
 
“Por isso, nós orientamos os responsáveis a evitar o contato de crianças com objetos pontiagudos e cortantes, mantendo esses utensílios em gavetas e armários mais altos, deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e com trava quando possível – porque a água pode ser um atrativo para a criança – e utilizar tapetes antiderrapantes na cozinha e no banheiro, onde o piso fica mais escorregadio”, ressalta a especialista.
 
Prazo de validade
Outro ponto importante é utilizar sempre as bocas de trás do fogão, dificultando o acesso das crianças ao fogo, e manter os cabos das panelas voltados para dentro. “É preciso tomar cuidado também com a utilização de toalhas de mesa, pois as crianças podem puxar e sofrer queimaduras caso tenha algum recipiente com alimentos quentes sobre a mesa ou cortes, em caso de recipientes de vidro, copos e taças”, lembra Ingrid Araújo.
 
Os especialistas orientam ainda que os pais confiram o prazo de validade e o estado de conservação das telas de proteção de apartamentos, que ficam expostas ao sol e à chuva e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm validade máxima de três anos. “Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma o médico.
 
A chegada das férias e a presença das crianças em casa por maiores períodos de tempo exigem também uma revisão nos locais onde são mantidos produtos de limpeza e medicamentos. “O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.
 
Pula-Pula
Neste ano, uma criança de seis anos perdeu a vida em um acidente ocorrido dentro de um pula-pula, no dia do seu aniversário. Segundo os especialistas do Hecad, acidentes no brinquedo são muito comuns e os pais precisam estar atentos à capacidade do pula-pula, intensidade das brincadeiras e separação das crianças por idade.
 
“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid Araújo. “A borda do pula-pula também deve ser coberta, para evitar que o pé da criança fique preso entre os espaços das molas”, diz a ortopedista pediátrica.

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AGÊNCIA BRASIL

Campanha alerta para riscos do glaucoma e importância da prevenção

Nova Notícias

04 de dezembro de 2023

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Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem for aos cinemas de 125 cidades do Brasil assistirá a filme de 29 segundos com alerta sobre os riscos do glaucoma, causa mais comum da cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) quer mostrar a importância dos exames preventivos com oftalmologista.

A ideia da campanha nos cinemas é mostrar o que pode se perder ao deixar a doença avançar. "Infelizmente, no glaucoma a perda de visão é definitiva. No cinema, que é uma arte tão querida por todos, onde vemos imagens belíssimas, o paciente com a visão ruim, não consegue aproveitar. Então quisemos chocar as pessoas. Quase 150 mil pessoas serão impactadas por essa ação e o objetivo é informar que existe essa doença e fazer com que as pessoas procurem o oftalmologista para iniciar o tratamento o mais cedo possível", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Roberto Galvão Filho.

Apesar de ser a mais comum causa de cegueira o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Segundo uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à SBG, com 1.636 indivíduos, 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença. As estimativas da SBG mostram que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença no país.

Segundo a SBG, no mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual moderada a grave devido ao glaucoma. Estima-se que 2040, o número de pessoas com glaucoma em todo o planeta chegará a 114 milhões. De 1% a 2% da população terá a doença. Quando se considera os indivíduos acima dos 70 anos, esse percentual sobe para 6% a 7%.

Os dados do dossiê elaborado pela SBG, indicam que em 2022 foram realizadas 10.805.942 consultas oftalmológicas pelo SUS, em todo o Brasil. Como o SUS atende 76% da população (24% têm cobertura de planos de saúde), o que corresponde a cerca de 163 milhões de brasileiros, o percentual de indivíduos que visitaram o oftalmologista uma vez por ano fica em torno de 6,7%.

"Por isso, os casos no Brasil são descobertos tão tarde. E o glaucoma descoberto tardiamente é mais difícil e mais caro para tratar. É quatro vezes mais caro tratar um glaucoma avançado do que um inicial. Além disso, os pacientes sofrem mais porque os defeitos visuais são irreversíveis. E isso implica em mais acidente de trânsito, mais quedas e mais custo para o estado", enfatizou Galvão.

Sintomas e tratamento

O glaucoma não tem cura, mas, com diagnóstico precoce, é possível conter o avanço da doença. Por isso, a consulta anual ao oftalmologista é tão importante. A doença afeta a visão das laterais para o centro do olho e por isso o indivíduo não percebe que há algo errado, podendo se dar conta apenas quando até 60% do nervo ótico já estiver destruído. "As pessoas simplesmente não percebem que a visão está sumindo. Elas só percebem quando começam a bater no carro, esbarrar nas pessoas, na lateral de móvel, isso quando o campo visual periférico está danificado", explicou.

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e normalmente é causada pelo aumento da pressão intraocular, que também passa desapercebida pelo paciente. "O glaucoma não tem sintomas, mas tem sinais. Quando eu vejo o paciente no consultório, um dos primeiros sinais de glaucoma é a pressão intraocular elevada". Outros aspectos que também podem ser observados em um exame no consultório são defeitos no nervo ótico e no fundo de olho, como aumento da escavação, sangramento e assimetrias de escavação. Ao notar esses sinais, o médico deve pedir exames mais detalhados.

Segundo o médico, o glaucoma não tem um tratamento específico e definitivo, e é muito difícil controlar, mas é possível estacionar a doença e a perda de campo visual. Além da pressão intraocular elevada, são fatores de risco o diabetes, a hipertensão arterial e miopia. Pessoas negras também precisam ficar atentas, pois têm maior predisposição a desenvolver o glaucoma. "Se a pessoa tem um desses fatores de risco presentes, precisa ir ao oftalmologista uma vez ao ano", disse Galvão.

O presidente da SBG enfatizou ainda que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS para pacientes de qualquer localidade do Brasil. "Se prescrito por um médico, o paciente tem a possibilidade de fazer o tratamento no SUS, incluindo desde os colírios que alguns estados até fornecem gratuitamente, até o tratamento com laser e cirurgias", finalizou.

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SES/GO

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

Estoques da Cemac JB e de outras sete unidades são disponibilizados na internet em tempo recorde; prazo máximo para estados cumprirem lei federal vai até fevereiro de 2024

Já está disponível no Portal Expresso o serviço on-line de consulta aos estoques da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) e de outras sete unidades do Governo de Goiás no interior. Trata-se de ferramenta disponibilizada inicialmente no site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) 15 dias após a publicação da lei federal que torna obrigatória a divulgação dos estoques das farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Goiás é um dos primeiros estados a oferecer a opção, alguns municípios e o Distrito Federal já contavam com sistema semelhante. O serviço on-line do Governo de Goiás permite que o usuário verifique os medicamentos disponíveis de forma totalizada ou por unidade, pelo nome, volume e gramatura. O secretário de Saúde, Sérgio Vencio, destaca que a novidade “evita o deslocamento do usuário até a unidade de atendimento, caso, naquele momento, o medicamento não esteja disponível”, explica. 

Sérgio Vencio também ressalta o trabalho integrado das equipes da Cemac JB e da Superintendência de Tecnologia e Inovação que permitiu à SES criar e ativar o sistema. Segundo o diretor-geral da Cemac JB, Roney Pereira, como todos os serviços da central estão informatizados, os dados ficaram disponíveis para consulta ao público em apenas 15 dias, no site da Secretaria de Saúde (www.saude.go.gov.br/estrutura/outras-unidades/cemac-juarezbarbosa) e, agora, no Portal Expresso (https://www.go.gov.br/). 

As informações apresentadas no Portal Expresso incluem os estoques das farmácias da Cemac JB, em Goiânia; Regional Pireneus, em Anápolis; e Policlínicas Estaduais de Posse, Formosa, Quirinópolis, Goianésia, São Luís de Montes Belos e cidade de Goiás. O acesso é intuitivo, ou seja, leva o usuário a encontrar facilmente as informações que procura. Ao entrar no Portal Expresso, o primeiro passo é procurar o serviço ‘Estoque de medicamentos’. Em seguida, selecionar ‘Consultar estoque de medicamentos de alto custo’. Por fim, clicar no botão ‘Acessar’. 

Caso o usuário não esteja cadastrado na Cemac JB ou em uma das unidades do interior que também fazem a dispensação do medicamento de alto custo, o Portal Expresso oferece o link ‘Solicitar abertura de processo ou alteração e/ou inclusão de medicamentos de alto custo’. E, ainda, ‘Solicitar renovação de processo para Medicamentos de Alto Custo’, se for o caso. As mesmas informações estão disponíveis na seção da Cemac JB no portal da SES-GO.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 01 Dezembro 2023 06:09

CLIPPING AHPACEG 01/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Luta contra a Aids: saiba até onde a ciência já avançou no combate ao HIV

'É muito preocupante o aumento de casos de HIV em jovens com a combinação sexo, álcool e drogas', diz infectologista

Mãe perde útero após parto a vácuo e filha sofre sequelas depois de 14 minutos sem respirar: 'vai vegetar pelo resto da vida'

48% dos profissionais com menos de 30 anos correm mais risco de sofrer com burnout, diz pesquisa

No próximo sábado, SBD-GO vai promover mutirão de atendimento da campanha Dezembro Laranja/Prevenção do Câncer de Pele

CNN BRASIL

Luta contra a Aids: saiba até onde a ciência já avançou no combate ao HIV


Depois de mais de 40 anos do início da pandemia de HIV no mundo, a tecnologia e a ciência avançaram ao ponto de assegurar diversas formas de prevenção ao vírus e tratamentos eficazes, que impedem o desenvolvimento da Aids.

Além disso, os tratamentos disponíveis hoje garantem o fim da transmissão do vírus pela pessoa que vive com HIV.

A CNN lista abaixo os principais avanços científicos e as mudanças que eles provocaram na luta contra esse vírus.

Existem no Brasil 22 medicamentos antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas diferentes, que podem ser utilizados por pessoas que vivem com HIV.

Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e, consequentemente, o desenvolvimento da Aids, que é a doença que o vírus HIV pode provocar.

Quando tomados corretamente pelas pessoas que vivem com o vírus, é comum que eles façam elas atingirem o nível de "indetectável", quando os exames não conseguem mais detectar o HIV no organismo delas.

Ao se tornarem indetectáveis, essas pessoas deixam de transmitir o vírus. Para manter a condição é necessário manter o tratamento em dia.

Muitos estudos e testes em animais e seres humanos vêm sendo feitos nas últimas décadas em prol da criação de uma vacina contra o HIV.

A empresa Moderna, por exemplo, anunciou em janeiro de 2022 que os primeiros participantes de um ensaio clínico de Fase 1 de uma vacina experimental contra HIV foram vacinados.

Em agosto deste ano, um ensaio científico prometeu a criação do novo imunizante. Chamado PrEPVacc, o ensaio está testando duas vacinas juntamente com duas formas de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).

Nesse meio tempo, tratamentos alternativos já garantiram a cura de pelo menos seis pessoas em todo o mundo.

Em julho deste ano, um homem na Suíça, apelidado de "Paciente de Genebra", apresentou remissão do vírus HIV após a realização de um transplante de medula óssea.

Antes dele, outros cinco pacientes tiveram resultados semelhantes após transplantes anteriormente.

Em maio, cientistas já haviam conseguido eliminar o HIV do organismo de animais combinando terapias antirretrovirais de ação prolongada e uma nova técnica de edição genética.

TestagemRealizar a testagem com frequência (de seis meses a um ano) é uma forma de prevenir o avanço de várias infecções sexualmente transmissíveis.

Isso porque, saber seu estado de saúde significa poder ser encaminhado(a) o mais rápido possível para o tratamento adequado.

Os testes para diagnosticar uma eventual infecção pelo HIV podem ser feitos por fluido oral ou coleta sanguínea.

No Brasil, existem dois tipos:

testagem rápida (feitos pelo SUS ou com teste de farmácia, que pode ser feito em casa); eexames laboratoriais.Eles detectam a presença de anticorpos que atuam contra o HIV em cerca de 30 minutos.

PreservativosAs populares camisinhas são classificadas pelo Ministério da Saúde como método mais eficaz para proteção contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Existem dois modelos, um para cobrir o pênis antes do ato sexual e outro para ser usado internamente na vagina. Eles não devem ser usados ao mesmo tempo.

A proteção ocorre ao impedir o contato direto da pele, de fluidos corporais e microfissuras.

PEPJá a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de urgência para evitar a infecção pelo HIV que pode ser usada após exposições de risco.

A PEP são dois comprimidos (um com tenofovir e lamivudina e o outro com dolutegravir - todos chamados de antirretrovirais) que devem ser tomados por 28 dias, sem interrupção, sob orientação e avaliação médica.

O início do tratamento deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo após 72 horas

São entendidas como situações de risco:

violência sexual;relação sexual desprotegida;acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).PrEPA Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), por sua vez, deve ser utilizadas antes que surjam situações de risco para infecções pelo HIV.

A PrEP reduz em mais de 90% as chances de uma pessoa se infectar pelo HIV quando exposta ao vírus.

A medicação, que combina dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina), pode ser tomada de algumas formas:

oral regular (um comprido por dia);oral sob demanda ou intermitente (dois comprimidos entre duas e 24 horas antes do sexo previsto e, em caso de haver a relação sexual, mais uma pílula até 24 horas após o ato e mais uma no dia seguinte);injetável (com injeções administradas pelo SUS a cada dois meses).Prevenção combinadaProfissionais e agências de saúde indicam ser possível aumentar a proteção contra o HIV, e também outras ISTs, ao combinar mais de uma tecnologia de prevenção.

O uso de PrEP e preservativos, por exemplo. As combinações possíveis são variadas e dependem das características individuais e do momento de vida de cada pessoa.

Desde os anos 1980, foram registrados no Brasil mais de 1 milhão de casos de infecções por HIV, segundo o Ministério da Saúde e a Unaids.

Os estados com maiores taxas são respectivamente: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.

Gráfico: Ministério da Saúde/UnaidsAté 2022, a Unaids contabilizava 39 milhões de pessoas vivendo com o HIV em todo o mundo.

No ano passado, foi registrado 1,3 milhão de novos casos de infecções, das quais 46% são meninas e mulheres de todas as idades.

Do total de pessoas vivendo com HIV, 29,8 milhões (76%) estavam em terapia antirretroviral em dezembro de 2022. Em 2010, o número pessoas em tratamento era de 7,7 milhões.

Gráfico aponta taxas de infecção pelo HIV em gestantes e crianças com menos de 5 anos, além de taxas de desenvolvimento da aids e a de mortalidade pelo quadro / Gráfico: Sinan e Siscel/SiclomDe 2007 até junho de 2023, foram notificados no Sinan 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 203.227 (41,5%) na região Sudeste, 104.251 (21,3%) na região Nordeste, 93.399 (19,1%) na região Sul, 49.956 (10,2%) na região Norte e 38.761 (7,9%) na região Centro-Oeste.

Já em 2022, foram notificados 43.403 casos de infecção pelo HIV, dos quais 15.064 (34,7%) na região Sudeste, 11.414 (26,3%) no Nordeste, 6.900 (15,9%) no Sul, 6.200 (14,3%) no Norte e 3.825 (8,8%) no Centro-Oeste.

Na série histórica, 345.069 (70,5%) casos foram notificados em homens e 144.364 (29,5%) em mulheres. A razão de sexos sofreu alteração ao longo do tempo: em 2007 era de 14 homens para cada dez mulheres e, a partir de 2020, passou a ser de 28 homens para cada dez mulheres.

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O GLOBO

'É muito preocupante o aumento de casos de HIV em jovens com a combinação sexo, álcool e drogas', diz infectologista

O infectologista David Uip, reitor do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) é um dos maiores especialistas em HIV/Aids e um dos pioneiros no tratamento de pacientes com a doença no país. Uip foi um dos autores do estudo sobre o primeiro caso autóctone da doença no Brasil e é um dos fundadores da Casa da Aids, um serviço inovador de atendimento de pacientes com HIV/Aids. No Dia Mundial de Combate à Aids, Uip relembra como foi o diagnóstico do primeiro caso da doença transmitido no Brasil, fala sobre a evolução do tratamento ao longo dessas quatro décadas, quais são os grupos de risco atualmente e o que falta ser feito para eliminar a doença. Em 1982-83, nós não sabíamos que aera causada por um vírus nem como era a transmissão. Tanto que, nas minhas primeiras aulas sobre o assunto, eu colocava alguns países como grupo de risco porque eram lugares que as pessoas visitavam para ter relações sexuais mais abertas. Então era muito diferente. Depois que se descobriu a forma de transmissão, isso foi ficando mais claro. Hoje sabemos que aé transmitida pelo sangue, por relação sexual e também há transmissão materno-fetal. Nos lugares com acesso aos medicamentos, a transmissão materno-fetal deixou de existir. O controle dos bancos de sangue também eliminou a transmissão via transfusão de sangue ou derivados. A transmissão pelo uso de drogas injetáveis varia muito de país para país. O que continua é a transmissão por via sexual. Nesse sentido, os grupos mais vulneráveis são a população de travestis, transexuais, gays, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas privadas de liberdade, além do usuário de drogas. Nesses grupos, é preciso ter uma atenção redobrada, inclusive com campanhas esclarecedoras muito dirigidas.

Eu estou muito preocupado com os jovens em geral. Pessoalmente, eu tenho visto um aumento no número de casos de HIV em jovens tanto homens quanto mulheres. O que nós estamos vendo na prática são alguns grupos em absurdo exagero: bebida alcoólica, uso de drogas e sexo sem nenhum nível de proteção. Esse tripé é muito complicado não só para a Aids, mas para inúmeras outras doenças, tanto as doenças sexualmente transmissíveis como as hepatites B e C, por exemplo. Quando as pessoas entram nesse embalo, além de não se protegerem do ponto de vista sexual, elas saem muitas vezes do estado de racionalidade pelos excessos que cometem. Há quem diga que sempre foi assim. Mas eu não acho. Está pior. As pessoas nem cogitam o uso de preservativo. A notícia é sempre ruim. Eles desdenham da doença e acham que estão totalmente protegidos, mas quando vem a notícia que tem HIV, o choque é igual ao de antigamente. Então o médico precisa explicar que a doença mudou e que hoje em dia é possível tratar melhor.

Hoje, os pacientes com HIV tratados, bem conduzidos e aderentes ao tratamento, não morrem de HIV. Eles têm que se dedicar ao tratamento, fazer exames periódicos, mas vivem uma vida muito semelhante ao indivíduo que não é HIV positivo. Mas é claro que tem as consequências da rotina de fazer exames, do uso dos medicamentos a longo prazo e dos efeitos adversos desses medicamentos. Mas o que foi uma sentença de morte no passado, hoje não é mais. Hoje, o esquema básico são dois comprimidos por dia. Para fator de comparação, no início dessa história, o indivíduo começava a tratar o HIV com, no mínimo, 20 comprimidos. Era uma loucura. Os efeitos colaterais também diminuíram muito, mas ainda tem alterações metabólicas. O indivíduo tem resistência insulina, aumenta o colesterol e o triglicérides. Além disso, o paciente precisa fazer exames periódicos. Os meus pacientes que estão controlados passam em consulta a cada três meses, por exemplo. Nessa periodicidade eles também fazem exames para ver o CD4 e o CD8, que são marcadores de imunidade, e a quantificação do vírus. Além disso eu faço a prevenção de todos as eventuais complicações de medicação, as alterações cardiovasculares, a densitometria óssea, etc. Eu resumo isso tudo dizendo: essa doença continua não sendo boa. Não vale a pena você se arriscar a pegar. O HIV é um vírus complicado. Claro que o mundo inteiro procura remédios definitivos. Mas é muito difícil, mesmo medicando, que você garanta a supressão total do vírus. Provar a cura é muito difícil porque o vírus se esconde em reservatórios. A prevenção por vacinas também é um desafio porque esse é um vírus muito complexo e mutante. As pessoas que não acompanham a literatura pensam que a ciência não está mais preocupada com a Aids. Mas não é isso. É difícil mesmo. Evoluiu-se muito no tratamento e virão novidades, como novos grupos de medicamentos, velhos grupos com medicamentos mais atuais. Mas, na verdade, hoje nós não temos a prevenção completa nem a cura. Não há hipótese de se implementar o transplante de medula como medida terapêutica para o HIV. Eu trabalho a vida inteira com infecção e transplante. As consequências de um transplante, em termos de rejeição e infecção, são dramáticas. Mas é possível usar o conhecimento trazido pelo transplante para ir em busca de novos medicamentos. Isso abre uma linha de pesquisa muito interessante. O uso de medicamentos pré e pós exposição ajudaram muito no combate à Aids. A PrEP em si foi um grande avanço que continua a evoluir. Hoje existe a PrEP que é uma injeção por mês e, em breve, será uma a cada seis meses. Isso é um grande avanço na prevenção, mas tem que ser entendido que não é uma forma isolada de prevenção. Ela complementa outras, como o uso de preservativo e a educação de formas mais seguras de relacionamento. Essas medidas devem ser conjuntas. A terapia pós-exposição também é uma medida importante de segurança, mas não é 100%. Conheço um indivíduo que usou a PEP no tempo adequado e soroconverteu. Além disso, as pessoas precisam lembrar que existem outras doenças que não são preveníveis pela PrEP ou pela PEP. Hoje temos uma epidemia de sífilis, de HPV, de gonorreia causada por gonococo resistente aos antibióticos e um aumento muito expressivo de herpes tipo dois, transmitido por sexo. É estarrecedor, inclusive o aumento do número de casos de sífilis congênita. O indivíduo pode pegar sífilis na relação habitual, mas estamos vendo um aumento do número de casos de sífilis adquirida por sexo oral. Isso não é uma novidade, mas estamos vendo aumentar. Hoje na literatura está muito claro quais são as formas de maior exposição. A principal é o sexo anal receptivo, seguida do sexo introdutivo anal. Mas com o uso de preservativo, desde que ele não rompa, o sexo anal é seguro. É preciso lembrar que a lubrificação vaginal é diferente da anal. Eu digo isso porque há um aumento das escoriações e machucaduras dos dois lados, com aumento do risco do rompimento do preservativo. Por isso, também tem que haver lubrificação e cuidados adequados. Os serviços de saúde voltados àforam muito bem organizados no Brasil desde o começo. O paciente tem acesso a um diagnóstico fácil e correto, tem acesso aos medicamentos e às consultas. O Brasil, sem dúvida, saiu muito na frente e ainda é um programa exemplar. Mas precisamos de mais campanhas em cima dos grupos-chave. A gente só fala de HIV no dia 1º de dezembro. Eu me decepciono muito comigo mesmo porque eu falo de HIV há mais de 40 anos e tem muitas coisas que eu continuo a ver que não estão acontecendo, como a prevenção. Isso tem que ser política pública constante. Tem que falar todos os dias de HIV e de doenças sexualmente transmissíveis. O primeiro caso que nós vimos foi em 1982. Foi um indivíduo que veio para a consulta com febre e emagrecimento e, na investigação, ele culminou com uma cirurgia de vesícula. Nesse procedimento, o cirurgião, que era muito experiente, viu que ele tinha mais gânglios do que deveria para um problema de vesícula e fígado aumentado e decidiu fazer uma biópsia. Naquele momento, sabia-se muito pouco dee não tinha exames para a detecção da doença. Mas a análise patológica mostrou que ele estava infectado com uma mico-bactéria prima da tuberculose e essa era justamente uma das infecções oportunistas que estavam sendo associadas aos primeiros casos deem São Francisco e Nova York. Então embora não tivessem exames para Aids, nós conseguimos isolar uma bactéria e mostrar a deficiência. Depois, foi feito um grande estudo imunológico desse caso e a descrição feita cientificamente em 1983 é muito interessante porque mostra todo o sistema imunológico deficiente. Esse caso foi publicado como o primeiro caso autóctone do Brasil, ou seja, foi o primeiro brasileiro que pegoude outro brasileiro. Soubemos disso porque se tratava de um paciente que morava no interior de Minas Gerais e que nunca viajou para outro lugar. Então nós tínhamos certeza que ele adquiriu de alguém dentro do Brasil. A meta da Unaids para acabar com a pandemia deaté 2030 é uma estratégia que chama 95, 95,95. Ou seja, que 95% das pessoas que vivem com HIV sejam diagnosticadas, que 95% das pessoas que conhecem seu status sorológico estejam sob tratamento e que 95% das pessoas em tratamento estejam com supressão viral. Países africanos que eram tidos como os mais afetados conseguiram alcançar os 95 95 95. Isso tem que ser meta brasileira. Eu, e muitos que começamos essa luta, merecemos isso. Tem que ser política pública. Não pode reduzir orçamento para HIV e DST. Tem que aumentar a divulgação da prevenção e visar os grupos-chave para uma prevenção bem acentuada. Uma última coisa que melhorou muito, mas que ainda precisamos combater é preconceito e o estigma. Isso não cabe mais nesse mundo.

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PORTAL G1

Mãe perde útero após parto a vácuo e filha sofre sequelas depois de 14 minutos sem respirar: 'vai vegetar pelo resto da vida'


"Minha filha não pisca, minha filha não chora, minha filha não se mexe e respira por aparelhos". O relato da artesã Denyse Ribeiro, de 26 anos, é carregado de dor, fé e sede por justiça. Segundo ela, a condução do parto fez com que a bebê, hoje com 6 meses, ficasse sem respirar por 14 minutos, a deixando em estado vegetativo -- foi diagnosticada com encefalopatia hipóxico-isquêmica grave. Caso aconteceu no Hospital dos Estivadores, em Santos, no litoral de São Paulo. (entenda abaixo)

â para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp.
"Para a medicina, ela nunca vai se mexer, nunca vai respirar sozinha, vai ficar dependente de um aparelho. O que me move é minha fé em Deus. Eu tenho muita fé em Deus e para ele nada é impossível", disse. Helena Vitória nasceu em 6 de maio de 2023. Ao g1, Denyse explicou que a segunda filha foi muito desejada e planejada. Ela contou ter ido a todas as consultas de pré-natal em uma policlínica da cidade, e que não esperava esse desfecho. O caso foi registrado no 4º DP da cidade e ela constituiu dois advogados para instruí-la nas esferas criminal e civil.

Durante o parto, perdeu o útero, as trompas e os ovários, o que a impede de engravidar novamente. Ela responsabiliza a equipe médica do hospital. "Nunca tive nem infecção de urina, foi uma gravidez completamente saudável e desejada".

Denyse contou ter dado entrada no Hospital dos Estivadores no dia 4 de maio e que, no dia seguinte, a equipe começou a induzir o parto normal. Ela afirma que não tinha dilatação, que a bolsa estava intacta e os médicos "forçaram" o procedimento por muito tempo.

À reportagem, ela afirmou ter "implorado" por uma cesariana [procedimento cirúrgico em que o bebê é retirado do útero, como a primeira filha nasceu]. A decisão da equipe médica, no entanto, foi submetê-la a um parto a vácuo -- quando se utiliza um extrator com sucção para aderir à cabeça do bebê.

Ela alegou ter gritado pedindo pela cesárea, mas que o desejo não foi atendido. "Infelizmente, o desrespeito ao direito de uma gestante resultou na situação que hoje minha filha se encontra".

A mãe contou que foi levada ao centro cirúrgico, onde os médicos começaram o parto a vácuo que, segundo ela, resultou em danos irreversíveis.

"Na primeira vez ela não saiu. Era o médico puxando no vácuo, eu fazendo força e uma outra médica empurrando a minha barriga. Na segunda vez, minha irmã relata que saiu sangue. Em vez de o médico parar e ir para uma cesárea, ele tentou pela terceira vez. O meu útero rompeu. Eu perdi o útero, eu perdi ovário, eu perdi as trompas", contou.

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Denyse grávida de Helena Vitória, que nasceu em Santos (SP) em maio deste ano. - Foto: Arquivo pessoal Cesárea e minutos sem respirar Após o rompimento do útero, os médicos realizaram a cesárea e a menina nasceu sem respirar, e assim ficou por aproximadamente 14 minutos, ao mesmo tempo em que recebia massagem cardíaca. De acordo com Denyse, a equipe conseguiu reanimar a bebê, mas as sequelas, de acordo com ela, são irreversíveis.

Denyse precisou ficar internada por seis dias devido às complicações. "Minha irmã viu a minha filha nascer morta e me viu perdendo muito sangue. Eu tive hemorragia, perdi muito sangue devido à ruptura uterina", contou ela, que só viu Helena Vitória dois dias após o nascimento."E, depois que levaram minha filha para a UTI, porque eu não vi minha filha quando ela nasceu, o anestesista chegou em mim e falou: 'algo deu errado. Você perdeu útero, ovários e trompas, a sua filha morreu e voltou e não tem expectativa'. Foi isso que eles falaram".

Acompanhamento médico e cirurgias Na Santa Casa de Santos, Helena Vitória passou por cirurgias de traqueostomia e gastrostomia, mas a bebê ainda não tem condições de retirar o equipamento. Denyse espera que em dezembro o procedimento seja realizado com sucesso e ela possa dar entrada a um pedido de home care.

Uma neurologista que avaliou a criança afirmou a Denyse que o cérebro dela "amoleceu" e encolheu. "Para a medicina, ela vai vegetar pelo resto da vida dela.Encefalopatia hipóxico-isquêmica Ao g1, o neurologista João Brainer afirmou que, normalmente, a encefalopatia hipóxico-isquêmica, ou hipóxico-perinatal, ocorre quando falta sangue e oxigênio no cérebro da criança. A condição pode surgir quando o bebê demora a nascer ou há alguma condição que o impede de respirar adequadamente.

"Infelizmente, é uma condição muito comum. A maioria evolui para um prognóstico ruim, mas alguns pacientes ficam somente com algum grau de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, como dificuldade de raciocínio, de andar, para fazer movimentos", explicou.

Segundo o médico, clinicamente falando, as crianças que nascem com a síndrome [quando genético] podem ter condições neurológicas que passam despercebidas antes do parto. Apesar disso, a maioria dos casos decorre de complicações na hora do nascimento. Muitas crianças podem chegar à fase adulta.Caso de polícia Denyse contou ter registrado um Boletim de Ocorrência no 4º DP de Santos. Ela constituiu dois advogados que atuam nas esferas criminal e cível. De acordo com Douglas Blum Lima, que representa a mulher na esfera criminal, as guias do IML para mãe e filha já foram expedidas. Em breve, ela fará os exames, que serão encaminhados à delegacia para instruir o inquérito policial.

Com a materialidade, todos os envolvidos serão ouvidos. Terminada essa fase, na qual a Polícia Civil vai apurar se há os elementos necessários, poderá ser feita a denúncia junto ao Ministério Público.

Em contato com a reportagem, o advogado Lucas Pórpora, que representa Denyse na esfera cível, explicou que houve a contratação de um profissional da saúde para analisar as documentações médicas referentes ao caso. A mãe poderá solicitar na Justiça indenização pelos danos causados, incluindo morais e estéticos.
Respostas Em nota, o Instituto Social Oswaldo Cruz, que administra o Hospital dos Estivadores, informou que a família segue acolhida com os recursos hospitalares disponíveis para os cuidados à bebê. De acordo com o texto o atendimento da equipe "seguiu as melhores práticas assistenciais e de segurança do paciente e medicina baseada em evidência".

O hospital afirmou que as cesáreas feitas no local seguem as indicações técnicas médicas, que consideram o risco do procedimento e as patologias envolvidas em cada caso, ou as indicações em respeito às regulamentações pertinentes.

A Secretaria de Saúde de Santos, por meio da Seção de Contratos de Gestão, disse que realizará a apuração dos fatos junto ao hospital e acompanhará o caso. O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas ainda não obteve retorno

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FALANDO DE GESTÃO

48% dos profissionais com menos de 30 anos correm mais risco de sofrer com burnout, diz pesquisa


Jornadas de trabalho exaustivas, muita pressão e demandas cada vez maiores têm causado um esgotamento físico, emocional e mental em diversos profissionais, que nem sempre conseguem identificar esses sintomas como uma doença ocupacional que tem se tornado cada vez mais comum: a síndrome de burnout.

Com um ritmo cada vez mais acelerado e com a cultura de trabalho que exige cada vez mais dos trabalhadores, que acumulam horas extras, reuniões, projetos, e menos dias de descanso, relaxamento e lazer, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com mais casos da doença, perdendo apenas para o Japão, conforme relatório da International Stress Management Association (Isma-BR - 2021). Segundo o levantamento feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), no mesmo ano, um em cada quatro brasileiros sofre com a síndrome de burnout.

Diante deste cenário frenético, dados do Construindo e liderando equipes de alto desempenho confirmam que profissionais exaustos apresentam uma probabilidade três vezes maior de ir em busca de novas oportunidades no período de um ano. Além disso, têm duas vezes mais chance de se sentirem desconectados dos valores da empresa, dos líderes e gestores. "Sem saúde mental, física e emocional, não existe produtividade, bons resultados e crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e desempenho", afirma Ricardo Triana, diretor executivo de Project Management Institute América Latina (PMI), a principal associação global que prepara organizações e indivíduos para trabalharem de forma mais inteligente e agregarem valor através de projetos.

Burnout em números

Outro ponto que chama a atenção na pesquisa do PMI é que o risco de burnout não é distribuído igualmente entre os colaboradores. As mulheres têm uma taxa de esgotamento de 46%, enquanto os homens têm uma taxa de esgotamento de 37%. "Além das responsabilidades no trabalho, as mulheres ainda têm uma carga de trabalho em casa muito maior do que os homens. Com essa jornada dupla, ou até tripla, eventualmente, corpo e mente respondem com exaustão, o que pode evoluir para problemas mais graves", alerta Ricardo.

Em relação à faixa etária, a pesquisa mostra que 48% dos indivíduos com menos de 30 anos correm maior risco de burnout, em comparação com 40% daqueles com 30 anos ou mais. Isso porque a geração x está mais conectada e ainda consome muito conteúdo e vive de forma mais conectada que as gerações anteriores.

Principais causas

Entre as principais causas para o crescimento da síndrome de burnout no local de trabalho estão a realização de tarefas em ritmo acelerado e sob pressão, o assédio moral e as demandas cada vez maiores nas empresas. O estresse também aumenta nas equipes de projeto quando há incerteza, imprevisibilidade e falta de comunicação. Então, para garantir que os colaboradores não fiquem sobrecarregados, é importante definir as expectativas antes de cada etapa, para que eles se sintam mais confiantes diante dos imprevistos, e fazer um bom planejamento.

Soluções, planejamento e trabalho em equipe

Para o diretor executivo de PMI América Latina, ter uma equipe de colaboradores sobrecarregados pode custar caro para as organizações, pois isso limita a produtividade, afetando diretamente os resultados. "Priorizar um espaço organizacional justo e saudável é o caminho essencial para assegurar a saúde mental dos trabalhadores".

Para promover a construção de resiliência nas equipes contemporâneas, o estudo sugere a prática regular de verificação de bem-estar e os níveis de estresse da equipe e a adoção de ferramentas e tecnologias que possam otimizar a eficiência da equipe, promovendo um trabalho mais inteligente em vez de mais árduo.

Outra estratégia que também é essencial para ajudar os colaboradores a realizar atividades no trabalho sem que eles se sintam sobrecarregados, é desacelerar para acelerar. "Isso é possível reorganizando o cronograma para aproveitar os pontos fortes dos recursos e reduzir as responsabilidades administrativas do líder da equipe técnica para que ele possa se concentrar no que faz de melhor: solução de problemas. Isso pode ajudar a reduzir significativamente o risco de esgotamento, perda de recursos e atrasos no projeto. Quando todos se empenham juntos, além de solucionar problemas, eles fortalecem a unidade da equipe", afirma o diretor executivo de PMI América Latina.

Saúde

O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais dos profissionais, por isso prestar muita atenção à saúde dos colaboradores é essencial para promover um ambiente de trabalho responsável, inclusivo, digno e saudável.

"Sem saúde não há produtividade, bons resultados nem crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e do desempenho. Nesse sentido, PMI defende o uso de IA Generativa (GenAI) no gerenciamento de projetos. Com a ampla disponibilidade e o potencial das ferramentas GenAI, tanto a nível individual como organizacional, é importante aproveitar os melhores resultados ao automatizar, auxiliar ou aumentar as habilidades e competências de gestão de projetos. Um gestor de projetos que sabe implementar melhor as ferramentas GenAI ajuda a otimizar o desempenho, a produtividade e a eficiência das equipes, o que evita sobrecargas", destaca Triana.

Por fim, criar um ambiente onde haja comunicação aberta, confiança e apoio permite às equipes partilhar pensamentos e sentimentos, aproxima as pessoas e também torna o ambiente mais saudável.

Sobre PMI

PMI é a principal autoridade em gestão de projetos, comprometida em fazer avançar a profissão de gestão de projetos e positivamente impactar o sucesso dos projetos. Capacitamos os profissionais para se destacarem nas práticas de gestão de projectos através da nossa comunidade global em crescimento, da partilha de conhecimentos e das melhores certificações - conduzindo a uma mudança positiva nas organizações e comunidades. Desde 1969, a nossa missão inabalável tem sido a de defender a profissão, oferecendo aprendizagem e conexões para aperfeiçoar competências muito procuradas. Atualmente, PMI fornece aos profissionais, em todas as fases da carreira, os padrões globalmente reconhecidos, cursos online, liderança de pensamento, eventos e ferramentas de que necessitam para serem bem-sucedidos. Com mais de 300 filiais em todo o mundo, os membros de PMI podem estabelecer contatos, encontrar mentores, conquistar oportunidades de carreira e aprender com os seus pares, trabalhando em conjunto para gerar um maior impacto. Visite-nos em: http://www.pmi.org/, linkedin.com/company/projectmanagementinstitute, facebook.com/PMInstitute, ou em X @PMInstitute.

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FOLHA DO PLANALTO

No próximo sábado, SBD-GO vai promover mutirão de atendimento da campanha Dezembro Laranja/Prevenção do Câncer de Pele

Os atendimentos serão gratuitos e acontecerão no Hospital das Clínicas, das 9 às 15 horas. A expectativa é atender 1 mil pacientes

No próximo sábado, 2 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) vai realizar, em Goiânia, mais uma edição do mutirão de atendimento da Campanha Dezembro Laranja, uma grande mobilização nacional para a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoces do câncer de pele, um tipo da doença que representa 33% de todos os casos de câncer registrados no Brasil.

Das 9 às 15 horas, voluntários da SBD-GO estarão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, para o atendimento gratuito à população. As consultas serão feitas por ordem de chegada dos pacientes. A entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A expectativa, de acordo com o coordenador local da campanha, dermatologista Samir Pereira, é atender cerca de 1 mil pacientes.

Durante os atendimentos, os médicos vão avaliar os pacientes para identificar lesões suspeitas de câncer de pele e orientá-los sobre a prevenção. Quando forem identificadas essas lesões, os pacientes serão encaminhados para investigação e tratamento especializado no HC/UFG.

Esse mutirão acontecerá simultaneamente em 100 postos instalados em todo o Brasil, onde cerca de 3,5 mil dermatologistas voluntários trabalharão para ajudar na prevenção do câncer de pele. A Campanha Dezembro Laranja foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 1999 e, desde 2014, recebe esse nome. Em 2009, a SBD ganhou o Prêmio Guiness World of Records pela maior campanha médica do mundo em um dia e maior campanha mundial de prevenção ao câncer da pele.

Saiba mais sobre o câncer de pele

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A cada ano, são registrados cerca de 185 mil novos casos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.

Os tipos mais comuns do câncer de pele são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento do câncer de pele.

Tipos da doença

Carcinoma basocelular (CBC) - É o tipo mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC) - Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.

Melanoma - O menos frequente dos cânceres da pele, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.

Fatores de risco

Alguns fatores podem elevar os riscos de câncer de pele:

Ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele.

Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo.

Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo.

Ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia.

Já ter tido câncer da pele.

Ter mais de 50 anos.

Prevenção

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores de pele. Confira as principais medidas de proteção:

Usar chapéus, camisetas, óculos escuros com proteção UV e protetores solares.

Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.

Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão).

Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada quatro horas, mas se for nadar ou tiver transpiração excessiva a cada duas horas. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses e vêm com a especificação Kids.

Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo. (Fonte: SBD)

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Assessoria de Comunicação

 

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29/11) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.

Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.

Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Lista de doenças ocupacionais 

A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador. As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27/11) e se encerrou nesta quarta-feira (29/11), em Brasília.

Renast
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.

Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.

Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho. (Agência Brasil)

Quinta, 30 Novembro 2023 06:57

CLIPPING AHPACEG 30/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer

Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"

Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia

Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás

Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei

Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA

Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade

Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras

Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina

AGÊNCIA BRASIL

Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29/11) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.

Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.

Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Lista de doenças ocupacionais 

A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador. As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27/11) e se encerrou nesta quarta-feira (29/11), em Brasília.

Renast
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.

Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.

Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho. (Agência Brasil)

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BRASIL 247

Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"

Ao 247, o empresário afirmou que não irá participar da disputa pelo grupo Amil, um dos gigantes da saúde complementar no Brasil

Por Joaquim de Carvalho – O empresário Nelson Tanure, que atua no setor de saúde por meio da rede de laboratórios Alliar, e está presente em vários setores da economia com empresas como Prio (petróleo), Light (energia) e Gafisa (construção), afirmou ao 247 que não irá participar da disputa pelo controle da Amil, operadora de saúde que foi colocada à venda pelo grupo estadunidense United Health Group. "Eu não estou interessado", disse ele. "Estudamos e declinamos", acrescentou. Questionado sobre eventual recuperação judicial da empresa, Tanure, que já utilizou o instrumento em algumas de suas aquisições, disse que a lei que rege operadoras de saúde não permite essa possibilidade. 

Com prejuízos anuais acima de R$ 2 bilhões, em razão da crise no mercado de saúde complementar, a Amil foi colocada à venda pelo grupo estadunidense e terá de ser vendida de forma integral, sem a separação de ativos bons e deficitários, como já foi tentado no passado pela UHG. O processo está sendo acompanhado de perto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque envolve um setor sensível da economia, com forte repercussão social. Autoridades regulatórias já sinalizaram que não gostariam de ver a empresa, com milhões de clientes, cair em mãos de fundos financeiros, com mentalidade de curto prazo, e não em poder de grupos vocacionados para a assistência de saúde.

A despeito da crise, a Amil ainda é uma das maiores empresas de planos de saúde e odontológicos do Brasil, com 31 hospitais, 28 clínicas e 5,4 milhões de usuários, com forte presença na classe média, e faturamento anual estimado em cerca de R$ 27 bilhões.

Com a saída de Tanure, a Amil passa a ser disputada por cinco potenciais compradores: a família do fundador Edson Bueno (falecido em 2017), que vendeu a empresa à UHG e controla os laboratórios Dasa, o empresário José Seripieri Júnior, que fundou a Qualicorp e a QSaúde (ambas já vendidas), o fundo Bain Capital, o fundo Advent e o fundo Coruja Capital, do empresário Marcio Schettini (ex-Itaú). Estima-se que o negócio, quando concluído, movimentará uma cifra entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.

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A REDAÇÃO

Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia

Goiânia - O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), realiza, neste sábado (2/12), um mutirão de prevenção ao câncer de pele. O evento ocorrerá das 9h às 15h e faz parte de uma ação em alusão ao Dezembro Laranja, mês que coloca em pauta a importância da conscentização a respeito da doença.
 

Os atendimentos serão gratuitos e feitos por ordem de chegada dos pacientes. A entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A expectativa é atender cerca de 1 mil pessoas. 


A organização do evento também divulgou informações sobre quando as pessoas devem se preocupar a respeito do câncer de pele. "São consideradas lesões suspeitas de câncer: feridas que não cicatrizam, sangram ou crescem. Ou pintas que estão em crescimento. Nesses casos é necessário procurar um especialista. O mutirão será voltado para este público". 
 

Fatores de risco 

Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, mas existem alguns fatores de risco, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia: Se você ou algum familiar já foi afetado pela doença; possui cabelos ou olhos claros; pele clara que não bronzeia; possui muitas pintas ou sardas; já teve queimadura solar ou tomou muito sol sem proteção. 

“Cada um com a sua prevenção” 

Esse é o tema escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para a campanha Dezembro Laranja de 2023. O foco é a individualidade de cada pele, com base no clima da região e medidas de proteção específicas, com base no histórico de vida de cada um.  

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JORNAL OPÇÃO

Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás

Estimativa é que hospital tenha capacidade de realizar 7,5 mil cirurgias por ano

A construção do primeiro hospital 100% público destinado ao tratamento—via Sistema Único de Saúde (SUS)—, de câncer em Goiás inaugura um marco para a saúde pública no Estado. O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) teve sua pedra fundamental fixada em fevereiro deste ano, e 40% das obras já foram concluídas. O governo de Goiás estima que em dezembro de 2024 o Cora já inicie os atendimentos e tratamentos na ala pediátrica.

Finalizado, o hospital deve dobrar a capacidade de atendimento e tratamento do câncer em Goiás. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), são realizadas cerca de 4,5 mil cirurgias oncológicas por ano na rede pública de saúde do Estado. Somente o Cora terá a capacidade de executar 7,5 mil cirurgias por ano. Além disso, o hospital terá aptidão para realizar 13,5 mil consultas e 3,5 exames de imagens mensais.

O projeto do Hospital foi doado pela Instituição Pio XII, que integrará a gestão do complexo, e está orçado em cerca de R$ 424,7 milhões, com previsão de mais de 450 mil metros quadros de construção. Além dos 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagens e de infusão quimioterápica, a unidade também disponibilizará um espaço para hospedagem de familiares dos pacientes que será construído através da parceria com artistas goianos.

Dignidade aos pacientes goianos

Caiado destacou que cerca de 8 mil pacientes goianos fazem tratamento fora do Estado, especialmente nas cidades de Barreto e Brasília. “Até a dignidade do cidadão goiano está sendo aviltada porque hoje o paciente, para ter acesso ao medicamento, ele precisa se mudar e achar uma residência em São Paulo porque o Estado não oferece”, disse.

De acordo com Caiado, cerca de 7 mil crianças no Brasil morrem devido ao câncer sem ter condições sequer de serem tratadas. “Com o diagnóstico precoce e com o tratamento feito aqui, nós teremos capacidade de cura”, diz.

O governador lembrou ainda que os primeiros leitos destinados ao tratamento do câncer em Goiás foram construídos em sua gestão. “O primeiro foi instalado em Uruaçu e fizemos ainda um segundo em Itumbiara. Mas esse aqui é o primeiro 100% baseado na melhor medicina, nos melhores tratamentos”, conta.

Questionamento da obra foram rebatidos

Em coletiva de imprensa durante visita ao canteiro de obras da unidade na manhã desta quarta-feira, 29, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) citou a tentativa de embargo e pontuou que a obra tem o “metro quadrado mais barato e ágil” de obras públicas no Estado. “Estamos entregando uma obra para salvar vidas. Estamos fazendo essa obra gastando 30% a menos do que seria se fosse feita através de uma construtora ou empreiteira”, argumentou.

O questionamento da obra foi protocolado pelo ex-governador Marconi Perillo, presidente do PSDB goiano, sob o argumento de que a obra descumpriu a Lei 13.019 (marco regulatório do terceiro setor). A formatação jurídica que possibilitou a implantação do Cora —via Organização da Sociedade Civil (OSC)—, foi aprovada pela Assembleia em novembro de 2022.

Pela Lei nº 21.642, o governo de Goiás foi autorizado a implantar  uma unidade de saúde semelhante, em qualidade, ao Hospital de Amor de Barretos (SP).

A dúvida levantada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPGO) sobre o formato de contratação para a construção do hospital foi respondida por Caiado, pelo titular da SES-GO, Sérgio Vencio, e pelo Hospital de Barretos Henrique Prata.

Caiado pontuou que a Fundação Pio VII tem, não somente a planta especializada para a construção do hospital, como a expertise na prestação do serviço especializado no atendimento de pacientes com câncer. “Hoje, a parte de pesquisa da Fundação dá condições para que uma criança atinja a condição de cura do câncer, isso é qualidade de saúde. Querer alegar uma burocracia em detrimento da vida das pessoas é indigno”, disse.

Presidente da Fundação Pio VII, do Hospital do Amor de Barretos (referência em tratamento de câncer no País), Prata lembrou que todo o trâmite foi avaliado pelo Tribunal de Contas e um projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para que ajustes necessários fossem feitos. A Fundação Pio VII, além da doação do projeto para construção do hospital, ficará responsável pela gestão do Complexo.

Vencio destacou a economicidade da obra, tocada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). O secretário de Saúde apontou que as obras terão um custo reduzido pela característica particular da Fundação (sendo uma instituição filantrópica), tem regime especial de tributação. “Graças à economia e gestão que o governador fez ao longo da gestão, essa obra é tocada sem a dependência de nenhum investimento”, disse.

Parceria com artistas

A visita ao canteiro de obras do Complexo foi acompanhada pelos cantores sertanejos Gusttavo Lima e a dupla Maiara & Maraisa. Essa inspeção tem ainda outro significado: a busca de apoio para a construção das alas de hospedagem para pais e parentes de pacientes em tratamento.

Vencio destacou a doação de cerca de R$ 1 milhão do Dj Alok para a construção da ‘Casa dos Artistas’, primeira etapa da área que será destinada hospedagem dos acompanhantes. “Essa primeira etapa será entregue junto com a primeira etapa do CORA que é destinado à ala pediátrica”, pontua.

A primeira-dama Gracinha Caiado, presente na vistoria, destacou o desejo de ver os tratamentos iniciados no hospital. “Não vejo a hora de ver essas crianças aqui, bem instaladas e podendo receber o melhor atendimento possível para essa doença que é tão devastadora. Ronaldo Caiado tem o compromisso de cuidar das pessoas, sempre buscando parcerias e o que há de melhor e mais moderno. E é isso que estamos fazendo aqui”, disse.

O cantor Gustavo Lima comentou sobre a estrutura do Hospital e disse que o CORA será responsável por salvar vidas. “A gente sabe da seriedade disso e também gostaria de convidar pessoas que tem condições de apoiar e a patrocinar uma obra tão importante”.

Já Maiara e Maraisa lembraram do histórico de câncer da família e falaram sobre a importância das obras. “Teremos o início da ala infantil muito em breve e Goiás precisa desse apoio para ajudar as famílias com câncer. Nós apoiamos o CORA”, disse Maiara.

Prefeitos de 118 cidades participaram do ato, muitos relataram as dificuldades e manobras que precisam fazer para mandar pacientes para outros estados.

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PORTAL G1

Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei


A falta de regulamentação sobre como deve ser feito o pagamento de uma indenização a profissionais de saúde vítimas da Covid-19 tem obrigado quem tem direito à compensação a recorrer à Justiça para receber o dinheiro.

A lei está em vigor há mais de 2 anos e meio, mas ainda não foram editadas pelo governo federal as normas que estabelecem como devem ser realizados os pagamentos. E não previsão de quando isso vá mudar.

A lei 14.128/21 estabelece uma "compensação financeira a ser paga pela União aos profissionais e trabalhadores de saúde" que, durante a pandemia de Covid-19, se contaminaram por terem trabalhado no atendimento a pacientes e faleceram ou ficaram incapacitados pela doença.

Nas situações em que os profissionais morreram pela doença, a indenização deve ser paga aos familiares. O valor previsto no texto é de pelo menos R$ 50 mil.

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Homem em atendimento médico para quadro grave da Covid-19 em UTI - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Nos casos de falecimento, o valor deve ser aumentado para cada dependente com menos de 21 anos (24 caso esteja cursando ensino superior). Neste caso, o valor é aumentado em R$ 10 mil para cada ano até que o dependente complete 21 anos (ou 24). As despesas com o funeral também devem ser indenizadas.

Para os efeitos da lei, são considerados trabalhadores da saúde médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que atuam no setor, como nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, entre outros.

Aprovada em 2020, a lei foi inicialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Após o Congresso derrubar o veto, o governo levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto de 2022, validou a lei (entenda mais abaixo).

Sem regulamentação O texto da lei aprovada não estabeleceu qual órgão do governo federal seria responsável por realizar os pagamentos e as verificações previstas na lei, como a perícia e análise de laudos. Com isso, quem pode ter o direito ao benefício não sabe quem procurar para pedir a indenização.

O g1 questionou o ministério da Saúde sobre se há uma previsão para a regulamentação, se há dados sobre os pagamentos das compensações e estimativas de quantas pessoas teriam direito à indenização."Reparar e reduzir os impactos causados pela pandemia da covid-19, tanto para quem perdeu familiares quanto para quem sofre com as sequelas da doença, é uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Saúde. A forma como se dará a compensação financeira dessas vítimas está em estudo de forma conjunta pelo governo federal", disse o ministério. A Casa Civil da Presidência da República, que articula a produção de normas que dependam de mais de um ministério, disse que a resposta do governo seria a emitida pelo ministério da Saúde.Na Justiça A ausência destas normas levou quem busca o direito a recorrer à Justiça para receber os valores, em processos que têm sido bem-sucedidos.

Em março, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou o pagamento da indenização à filha de uma enfermeira vítima da Covid-19 em 2020. Na primeira instância, o pedido havia sido negado pela falta de regulamentação sobre o tema."A deliberada morosidade nessa regulamentação demonstra que não ha interesse do Executivo Federal em fazer cumprir a Lei", diz o voto do desembargado relator no caso. "Sendo assim, não pode o beneficiário ficar tolhido da compensação financeira criada por Lei pelo fato do Governo Federal discordar do seu conteúdo", concluiu ele. O advogado Renato Bastos Abreu foi um dos advogados que atuou como "amigo da Corte" no julgamento pelo STF, representando o Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva do Rio de Janeiro.

Hoje, o escritório em que ele trabalha atende alguns clientes que recorreram ao Judiciário para receber a indenização."É um estado de coisas inconstitucional, essa demora nessa regulamentação está impedindo a fruição do direito. Como não temos posicionamento das autoridades, temos de acionar o Judiciário. E já temos sentenças favoráveis", explica o advogado Renato Bastos Abreu. Os sindicatos também tem sido procurados pelos trabalhadores em busca de orientação -- e as áreas jurídicas sindicais têm recomendado recorrer aos tribunais.

Diretor da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Lincoln Ramos disse que o tema ainda não foi trazido pelo governo para as mesas de negociação em que o assunto poderia ser abordado.

"Nenhum destes temas foram efetivamente implementados pelo governo. Ficou tudo no campo do debate", explica ele.Histórico A proposta foi aprovada pelo Congresso ainda em 2020, mas acabou vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. À época, o presidente argumentou que a lei contrariava o interesse público e poderia gerar risco fiscal.

O veto foi derrubado pelos parlamentares em março de 2021, e a lei entrou em vigor, mas seguiu sendo questionada pelo governo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O texto foi mantido em decisão unânime dos ministros.

À época do julgamento, o então ministro Ricardo Lewandowski destacou a relevância da lei."Enxergo, em determinadas situações, a necessidade de não só resguardar, mas também de fornecer compensação financeira pela dedicada atuação dos profissionais e trabalhadores da saúde durante o período gravoso de pandemia", afirmou em seu voto.

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MONITOR MERCANTIL

Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA


Com o objetivo de proporcionar ainda mais segurança aos seus beneficiários na jornada de serviços relacionados ao uso do plano de saúde, a Bradesco Saúde instituiu no início de 2023, de forma pioneira entre as operadoras de planos de saúde, o reconhecimento por biometria facial no processo de solicitação de reembolso. Resultado de parceria com a idwall, empresa de tecnologia especializada em gestão de identidade all-in-one, e disponível pelo app Bradesco Saúde, o recurso hoje já faz parte da rotina de grande parte dos segurados da operadora que utilizam o serviço de reembolso.

Com a implementação da tecnologia da idwall, a Bradesco Saúde se reafirma como referência na utilização de tecnologias disruptivas, automação e Inteligência Artificial no mercado de saúde suplementar. "Com a ferramenta de IA e automação, estabelecemos critérios ainda mais rígidos para garantir a segurança na cadeia de serviços do beneficiário. Nossa iniciativa pioneira de implementar a biometria facial para a solicitação de reembolsos tornou o processo mais seguro para todos, com importantes ganhos operacionais", afirma Sylvio Vilardi, diretor da Bradesco Saúde.

"A idwall tem sido importante parceira para as operadoras de saúde, ainda mais diante de um cenário em que a digitalização do mercado impulsiona as fraudes cada vez mais complexas. Vivemos em uma época de crise de identidade, que a IA pode ser estrategicamente aplicada tanto para a prevenção de fraudes sofisticadas, como para oferecer escalabilidade da operação, eficiência e a confiança de uma gestão de identidade centralizada", analisa Rafael d'Ávila, CRO da idwall.

A plataforma permite a criação de perfis centralizados de cada usuário no momento da 1ª solicitação de reembolso no aplicativo, garantindo a veracidade da identificação obtida por meio da leitura e validação da autenticidade de documentos próprios (RG, CNH) comparados à verificação biométrica. No segundo acesso para solicitação de reembolso, bastará ao beneficiário tirar uma foto que, uma vez certificada, assegurará a continuidade da jornada.

Espaço Publicitário

Além disso, com as informações centralizadas em um só ecossistema e a adoção da Inteligência Artificial para prevenção de riscos inerentes à operação, a Bradesco Saúde ganha eficiência operacional, conectando dados e aumentando a escalabilidade.

Ao adicionar essa camada de proteção, a Bradesco Saúde aumenta a confiabilidade no processo de solicitação de reembolso, garantindo a identidade do beneficiário e mantendo uma experiência intuitiva e conveniente para o usuário.

A mesma plataforma centralizada de gestão de identidade da idwall já está presente em diversas instituições financeiras do país como tema central de segurança. Agora, em parcerias com operadoras de saúde, a empresa de tecnologia passa a se tornar também especialista na área da saúde suplementar, com know-how para apoiar os clientes não só em suas estratégias de segurança, mas também ajudando a escalar os negócios, trazendo uma operação mais econômica, inteligente, que potencializa os resultados e gera vantagens competitivas.

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SAÚDE BUSINESS

Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade

Crédito: Divulgação

Foi inaugurado, nesta terça-feira, 28, o prédio da Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês. Com 11 andares, 9 mil metros quadrados e investimentos da ordem de R$60 milhões, localizado na região da Avenida Paulista, o prédio está equipado com o que há de mais inovador em educação, e mais especificamente, de educação em saúde.

Quatro andares são ocupados por 9 laboratórios de ensino prático, com tecnologias de simulação realística, e realidade virtual e aumentada, e sistemas pedagógicos de saúde. A estrutura ainda conta com 14 salas de aula, 11 salas collab (para atividades em grupo), biblioteca e várias áreas lúdicas e espaços de descanso.

O lançamento da Faculdade faz parte do planejamento estratégico da instituição, feito em 2022, com visão até 2030. “Pensar na expansão de uma instituição centenária não é algo simples. Buscamos aquilo que já era uma vocação do Sírio-Libanês, no Instituto de Ensino e Pesquisa, e tornamos um novo negócio, sendo um ponto fundamental nessa expansão. Esse prédio tem capacidade de ter 5 mil alunos circulando por aqui. Será um contribuinte importante para os negócios do Sírio-Libanês”, afirmou Paulo Nigro, CEO da instituição.

Diferenciais de ensino

Para quem questiona se o Sírio-Libanês está investindo na faculdade para formar os seus futuros profissionais, o diretor de ensino da Faculdade Sírio-Libanês, Liao Chein, é categórico. “Não. Estamos preparando os alunos para o mundo. Os currículos dos cursos contarão com trilhas de ensino voltados para Empreendedorismo e Inovação, e Saúde Global, por exemplo”, ressaltou.

A faculdade oferecerá trilhas de aprendizagem que trabalharão no desenvolvimento de uma liderança global em saúde; com análise preditiva de dados, aplicação de pensamento computacional para usar os dados e transformação de dados em saúde e melhorar o desfecho clínico. A exposição contínua do estudante ao tripé ensino- pesquisa-extensão viabiliza a prototipação de ideias, projetos e negócios, além de propiciar o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais como generosidade, inteligência socioemocional, pensamento crítico, liderança e colaboração. 

As metodologias de ensino também estão entre as mais modernas, incorporando competências internacionalmente reconhecidas e estratégias de ensino e aprendizagem centradas na autonomia do estudante.

Nos cursos da faculdade, por exemplo, não haverá uma grade curricular tradicional. O ensino será dado por meio de Unidades Curriculares, onde serão reunidos os conteúdos e as práticas de disciplinas correlacionadas. “No ensino tradicional, um estudante de enfermagem, por exemplo, tinha disciplina de Citologia, Fisiologia, Anatomia. Aqui o aluno ou a aluna aprenderá isso em unidade, para ter uma visão do todo, e de como isso funciona na clínica”, explicou.

Aliás, a parte clínica estará presente desde o primeiro dia, enfatizou o diretor de Pesquisa, Dr. Luiz Reis. Isso se dará por meio dos laboratórios de simulação. O importante sempre será o aluno entender, na prática, porque aquele conhecimento é relevante na hora de cuidar dos pacientes.

Faculdade e hospital

A estrutura do Hospital Sírio-Libanês também será usada na formação dos alunos. Isso se dá tanto na parte de experiência profissional, com visitas, não só ao Sírio, mas nos hospitais públicos geridos por eles.

“A Residência sempre se deu no Sírio e no SUS. Na graduação é igual. Passamos a oferecer uma formação mais abrangente, que contempla já na graduação uma visão mais humana e social, reforçando a excelência e a qualidade para fomentar uma saúde mais acolhedora para os brasileiros por meio de profissionais mais bem preparados para o futuro”, diz Dr. Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês

A intersecção entre as instituições também se dará no uso da estrutura do hospital. Recursos como o Alma Sírio, focado em inovação, e o Healthlake criado pela instituição junto com a Amazon, estarão disponíveis para o uso dos alunos.

O Sírio-Libanês segue o exemplo de instituições internacionais renomadas que aliam ensino e cuidado, como Mayo Clinic e Cleveland Clinic. “Hospitais acadêmicos como esses são referências mundiais porque eles definem a medicina moderna”, salienta o diretor de pesquisa, Dr. Luis Reis.

A ideia é reiterada pelo CEO da instituição. “Hoje falamos que o Hospital Sírio-Libanês tem uma faculdade. No futuro, em alguns anos, a faculdade é que terá o hospital”, salienta Nigro.

Doações e perenidade

Como forma de promover mais acesso ao ensinado diferenciado que oferece, e seguindo sua característica filantrópica, 20% das vagas de cada turma serão destinadas a bolsas de estudo, sendo metade dessas bolsas custeadas pelo hospital e a outra parte por doações.

Visando a perenidade do negócio, a Faculdade Sírio-Libanês se vale também do modelo de fundo patrimonial filantrópico (endowment fund). A exemplo do que acontece nas universidades americanas onde pessoas físicas, ou famílias realizam doações para manter as instituições e seus projetos, a instituição se organizou para poder receber esse tipo de investimento. “Ninguém tinha feito isso ainda em saúde. Esse modelo garante uma espiral positiva. Daqui 10 anos, com todos os resultados de alcançados pela faculdade, com todas suas pesquisas, e impacto acadêmico, mais gente se interessará por investir, e isso garante a perenidade do negócio. Essa instituição nasce para não acabar”, finaliza o CEO.

A Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês inicia suas atividades de graduação com os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. Os próximos cursos a serem abertos são Nutrição e Gestão Hospitalar, que já passaram por todo processo de credenciamento e aprovação do Ministério da Educação e aguardam a publicação no Diário Oficial.

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Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras

Pesquisa da Anvisa mostra que mais de mil hospitais ainda não implementaram medidas para o uso racional das medicações, cuja utilização inadequada diminui a resistência humana às infecções

Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou que 58% dos 2.072 hospitais que responderam à Avaliação Nacional dos Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos ainda não implementaram o programa para gerir o uso desses medicamentos. Em Curitiba, o Pequeno Príncipe, hospital exclusivamente pediátrico, chama atenção para a crescente resistência das bactérias a esses medicamentos especialmente em crianças.

De acordo com números de 2021 divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pneumonia bacteriana e infecções da corrente sanguínea estão entre as principais causas de mortalidade em crianças abaixo de 5 anos. Os dados mostram que cerca de 30% dos recém-nascidos com infecção no sangue morrem devido à resistência a vários antibióticos de primeira linha.

Frente a esse cenário, o Pequeno Príncipe implantou há aproximadamente 15 anos o Programa de Stewardship de Antimicrobianos, com foco na gestão desses medicamentos. Os principais resultados foram a redução de dias de uso de antimicrobianos, a diminuição de custos e o controle do avanço da resistência a esses fármacos.

Em 2020, com o apoio da indústria farmacêutica, o Hospital iniciou a capacitação de quatro hospitais brasileiros nessa metodologia. Com os bons resultados alcançados, em 2022, a mentoria foi ampliada para mais 15 instituições. Atualmente, 13 hospitais de 10 estados brasileiros estão com seus programas, que visam o uso racional e mais efetivo desses medicamentos, implantados ou em fase de implantação. Dois deles não concluíram o processo.

O assessoramento permitiu que a instituição também produzisse um relatório com dados qualitativos e quantitativos sobre a situação dos hospitais em relação ao gerenciamento de antimicrobianos que espelham a realidade brasileira. Um exemplo são os 1.501 problemas relacionados ao uso desses medicamentos identificados nos hospitais que receberam a mentoria do Pequeno Príncipe no último ano. Do total, 42% deles eram de uso desnecessário ou uso inadequado.

Programa de Stewardship de Antimicrobianos

O programa do Pequeno Príncipe é fundamental para o uso criterioso e individualizado desses medicamentos. Ele incentiva as práticas mais seguras e efetivas e a interface entre os serviços e profissionais envolvidos no uso de antimicrobianos em pacientes internados nas UTIs pediátricas e neonatal.

A metodologia consiste em um programa dirigido pela farmácia clínica, onde o farmacêutico realiza uma avaliação técnica e habilidosa do uso de antimicrobianos, identificando oportunidades de otimização do tratamento para discutir com o infectologista. Ele também articula a discussão entre a equipe, o que permite uma avaliação mais precisa do tratamento prescrito para cada paciente, além de garantir o gerenciamento de protocolos clínicos.

“Realizamos acompanhamento no quadro da criança ou do adolescente internado no Hospital. Dessa forma, conseguimos ajustar o que precisa e garantir que o paciente tenha o melhor acompanhamento e antimicrobiano possível. Isso evita que sejam aplicados inúmeros medicamentos até que um faça o efeito desejado”, explica o vice-diretor-técnico de Qualidade e Pesquisa Clínica, Fábio de Araújo Motta, do Pequeno Príncipe.

Resistência a antibióticos

Em todo o mundo, a resistência a antibióticos mata cerca de seis milhões de pessoas anualmente, incluindo um milhão de crianças que morrem de infecção generalizada (sepse ou septicemia) e pneumonia evitáveis.

A resistência antimicrobiana – que se refere a micro-organismos que não respondem aos antibióticos é considerada uma “pandemia silenciosa”. Patógenos resistentes mataram 1,26 milhão de pessoas em 2019, segundo análise publicada na revista médica “The Lancet”.

O consumo excessivo de antibióticos, prescrições equivocadas, doses inadequadas e poucas ações de controle podem causar resistência a essa classe de medicamento. Isso ocorre quando bactérias, vírus ou fungos passam por mutações ao longo do tempo e não são mais eliminados pelos antimicrobianos. Essa condição, torna as infecções difíceis de serem tratadas e aumenta o risco de propagação e gravidade das doenças e também o risco de morte.

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Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina

O resultado de pesquisas reforçam o potencial da telemedicina para diferentes áreas médicas e reafirmam o alto nível de assertividade dessa ferramenta para consultas e tratamentos clínicos. Durante um período de 24 meses, entre junho de 2021 e maio de 2023, a TopMed monitorou seus atendimentos e identificou um aumento de 50,2% no número de consultas à distância, em todas as regiões brasileiras, com maior concentração no Sul, Sudeste e Nordeste.

Neste período, também houve acréscimo de 96,3% em atendimentos de especialidades médicas como neurologia, psiquiatria e endocrinologia, dermatologia, neurologia pediátrica, entre outras. Outro número que chama a atenção é a elevação em 39,9% nas consultas de clínica geral e medicina da família e comunidade.  

Homens procuram menos ajuda médica mesmo na telemedicina

Do total de pacientes, 63,4% são mulheres, em sua maioria na faixa etária entre 20 e 49 anos, e 36,5%, homens. No universo pesquisado, 81,83% dos usuários têm entre 20 e 59 anos.

“É sabido que as mulheres têm mais cuidado com a saúde do que os homens. E, embora estudos recentes demonstram um aumento significativo da procura do público masculino por consultas médicas, ainda estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde”, observa a médica Renata Zobaran, diretora de telemedicina e saúde digital da TopMed.

Ao final do estudo, a empresa consolidou uma taxa de resolutividade de 94,5%, índice 8,7% maior do que o de junho de 2021. Segundo Renata Zobaran, existem áreas médicas ainda pouco exploradas pela telemedicina devido a características e restrições particulares. Como exemplo, as especialidades cirúrgicas, já que, por existir a indicação de cirurgia na maioria das vezes, há preferência pelo atendimento presencial. A oftalmologia, ela complementa, ainda é pouco explorada, porque depende muito do uso de equipamentos para a realização de exames durante a consulta.

“Todas as especialidades tendem a crescer dentro da telemedicina à medida que a tecnologia vai sendo incorporada. Porém, é sempre importante lembrar que o objetivo desse modelo de atendimento não é substituir totalmente o presencial, mas contribuir para o acesso seguro e de qualidade a mais pessoas.”

Em relação ao salto na quantidade de atendimentos virtuais, a médica destaca dois momentos. O primeiro na fase inicial da pandemia, que obrigou as pessoas a ficarem em suas casas para evitar aglomerações em unidades de pronto atendimento. “A telemedicina para atendimento clínico e avaliação de sintomas foi experimentada e aprovada por muitos pacientes, além do próprio Governo Federal”.

O segundo pico de crescimento foi a busca por consultas com médicos especialistas, tanto por parte da população quanto por agentes das iniciativas públicas e privadas. “Esse movimento aconteceu mais a partir do segundo ano da pandemia, quando a telemedicina já estava validada e, portanto, empresas, instituições e outros segmentos do mercado viram a oportunidade de estender os benefícios desse modelo de atendimento para mais pessoas.”

Renata lembra ainda que a distribuição dos profissionais de saúde no Brasil é muito desigual, havendo concentração em grandes capitais e regiões do litoral, o que ocasiona escassez de especialistas de variadas categorias.

Ela destaca que com a telemedicina é possível mudar esse cenário e beneficiar mais indivíduos, sobretudo integrantes de populações atualmente pouco assistidas, sem a necessidade da presença física do médico.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 29 Novembro 2023 07:10

CLIPPING AHPACEG 29/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas

Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano

Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG

Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia

Médico é condenado por racismo

Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde

Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid

Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho

AGÊNCIA ESTADO

Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas


Por Fabiana Cambricoli

Clientes de planos de saúde têm ido cada vez mais à Justiça para questionar o uso das juntas médicas por parte das operadoras para negar a autorização de procedimentos. Regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2017, a junta médica é instaurada quando há uma divergência entre o médico do paciente e o profissional técnico da operadora sobre a indicação de um procedimento. Nesses casos, nomeia-se um terceiro médico, chamado de desempatador, para dar o parecer.

Beneficiários reclamam, no entanto, que esse terceiro profissional só pode ser escolhido a partir de uma pequena lista indicada pela própria operadora e que há uso indiscriminado da junta médica para dificultar o acesso a procedimentos. O cenário tem levado clientes a entrar com ações judiciais questionando o resultado da junta.

Apenas no último ano, o número de processos em segunda instância sobre o tema que chegaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mais do que dobrou, passando de 105 casos no ano passado para 270 neste ano, segundo levantamento feito pelo escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde.

O caso de Beatriz Marianna Krynski Mattos, de 50 anos, é um deles. Ela sofreu um acidente grave em 2017 que afetou seus joelhos e coluna e, desde então, já fez mais de 20 cirurgias. Em dezembro do ano passado, ela ficou com os membros inferiores paralisados e procurou a emergência de um hospital. Seu médico avisou que seria necessária mais uma cirurgia, mas, mesmo com o quadro agudo, a operadora SulAmérica negou a autorização com base em parecer de uma junta médica.

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AGÊNCIA BRASIL

Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano


Esta semana, cerca de 3,5 mil médicos concluem o curso de capacitação para trabalhar no Programa Mais Médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, esta é a maior turma em formação desde o lançamento do programa há 10 anos. Com a retomada da iniciativa, no primeiro semestre, foram 34 mil pedidos de inscrição, o maior número da história. O ministério acredita que, até o fim deste ano, 28 mil profissionais estarão atuando nos municípios. Atualmente, 20 mil estão alocados.

Nesta terça-feira (28), os médicos que fazem o curso em São Paulo farão uma prova para ingressar no programa. Na segunda-feira (27), os profissionais tiveram uma aula intensiva de preparação para o teste. Eles precisam passar por esse exame que, entre outros assuntos, aborda atenção primária à saúde e o acolhimento dos pacientes.

"A gente vai pensar na população quilombola, na população ribeirinha, na atenção à saúde prisional, na população LGBTQIA+, e a gente traz tanto essas políticas como alguns problemas de saúde mais prevalentes, como hipertensão e diabetes, mas também tuberculose, hanseníase, malária, covid, raiva", disse Mariana Tomasi Scardua, coordenadora pedagógica do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) - Polo São Paulo.

Em São Paulo, 1,3 mil médicos que vão atuar nas regiões Sul e Sudeste fazem o treinamento, com duração de 30 dias. Após aprovação nesse módulo, eles terão a inscrição efetivada.

O curso também foi realizado na Bahia e em Minas Gerais para os médicos que vão trabalhar nas outras regiões do país. Os aprovados terão de 4 a 8 de dezembro para se apresentar nos municípios. Os médicos formados no exterior ou estrangeiros vão receber um registro temporário para atuar enquanto não passam pelo Revalida, exame que valida diplomas de medicina de formados fora do Brasil.

O objetivo do Ministério da Saúde é ampliar ainda mais o programa. "No primeiro semestre já foi possível recompor o quantitativo de profissionais que estavam no programa ao longo do tempo. Ele vinha sendo bastante descaracterizado e, agora, nesse segundo semestre, estamos providenciando vagas novas. Vamos chegar a 28 mil médicos alocados até o final deste ano", disse Felipe Proenço de Oliveira, secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde.

Nídia Machado é formada na Nicarágua. "Eu já trabalhei aqui [no Brasil], mas com uma liminar. Ao final do processo, eu perdi e tenho que fazer o Revalida", explicou.

Ela disse que há similaridades entre as doenças encontradas no seu país e, especialmente, na Região Norte do Brasil.

A médica Gabriela Ferrari Santos participa do curso em São Paulo e avalia o programa como uma oportunidade para levar atenção básica a toda população. "Para que o brasileiro entenda a importância do SUS [Sistema Único de Saúde], colocar o SUS em prática de verdade e mostrar para a nossa gente que a gente tem o melhor sistema", avalia.

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PORTAL G1

Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG


Uma mulher que teve o parto negado pelo plano de saúde Unimed receberá indenização por danos materiais e morais no valor total de R$ 22.300. O caso ocorreu em João Pinheiro em outubro de 2022.

Em dezembro do ano passado, a mulher solicitou a indenização na Justiça, em João Pinheiro, mas em junho de 2023 o pedido foi negado sob a justificativa de que o plano contratado estava em período de carência, que a cliente afirmou não ter conhecimento.

A defesa da mulher, então, entrou com recurso na Turma Recursal de Paracatu, que acatou o pedido dela.

O g1 entrou em contato com a Unimed e aguarda retorno. A reportagem procurou a Qualicorp, responsável por comercializar o plano, que afirmou que "não comenta processos judiciais envolvendo beneficiários".

Uso do plano negado A paciente teve um plano de saúde ambulatorial e hospitalar com obstetrícia da Unimed até 31 de outubro de 2021, que não tinha período de carência. Em dezembro daquele ano, ela foi informada pela Qualicorp, administradora de benefícios pelo qual foi obtido o plano, de que o plano tinha sido cancelado.

Durante a negociação foi oferecido à mulher a possibilidade de adquirir o plano novamente. Segundo a cliente, ela só aceitou a proposta após confirmar que o novo plano seria igual ao antigo.

Em outubro de 2022, a grávida entrou em trabalho de parto e quando chegou ao hospital foi informada de que o plano estava em período de carência, e por isso não poderia cobrir os custos do procedimento.

Ainda no hospital, a paciente e o marido ficaram em contato com os responsáveis pelo plano por mais de 6 horas, sem resolução para o problema. Conforme o casal, as empresas pediram prazo de 48 horas para darem uma resposta.

Como não podia esperar, o marido pegou dinheiro emprestado com amigos e familiares para realizar a cesárea de forma particular. O custo total foi de R$ 7.300.

De acordo com os advogados da paciente, Iuri Furtado, Jamir Andrade e Bruna Andrade, a situação causou desespero nela e no marido devido a incerteza do que poderia ocorrer.



"Os requerentes, em uma situação de total descontrole emocional, em um momento que era para ser de extrema felicidade e atenção total para seu filho que estaria prestes a nascer, tiveram que se preocupar com tal situação e como arrumaria o dinheiro para pagar o procedimento." ð² Receba no WhatsApp notícias do Triângulo e região



O caso judicial Em dezembro de 2022, o casal pediu na Justiça de João Pinheiro indenização por dano moral e dano material de R$ 37.300. A defesa argumentou que a mulher contratou um plano de saúde nas mesmas condições e regras do primeiro, sem nenhuma carência.

A petição, no entanto, foi negada pelo 2º Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de João Pinheiro. A sentença foi dada apenas em junho de 2023.

Após a negativa, a defesa entrou com recurso na Turma Recursal do Grupo Jurisdicional de Paracatu, que acatou o pedido. Na decisão, o juiz Maurício Pinto Filho considerou Qualicorp e Unimed culpadas.

Assim, as duas empresas foram condenadas a pagar R$ 22.300 como indenização. Destes, R$ 7.300 são referentes à restituição pela despesa do parto, e R$ 15 mil o casal pelos danos morais sofridos.

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Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia

As crianças nasceram em menos de cinco minutos. Os bebês e a mãe estão bem.

Por Thais Alves, g1 Goiás

A gerente de marketing Kassia Cristina Freitas deu à luz a quadrigêmeos nesta terça-feira (28), em Goiânia. As crianças nasceram em menos de cinco em um parto cesárea. Os bebês e a mãe estão bem.

A irmã da Kássia, Katiuscia Christiane, contou que todos estão muito felizes com a chegada dos quadrigêmeos e que o pai acompanhou todo o parto.

De acordo com a médica Rita de Cássia Borges, os bebês nasceram com ótimos pesos, mas precisaram ser internados na UTI. A previsão de alta para os irmãos é de no mínimo quatro semanas dependendo da evolução de cada bebê, já a mãe deve receber alta entre 48h a 72h.

"Eles ficarão no mínimo um mês. Precisam corrigir para 34 semanas no mínimo . Eles estavam com 30 semanas e quatro dias".

A médica contou que eles não foram entubados porque eles estão com bons níveis de saturação, oxigênio no sangue. Após este período, terão cuidados mais específicos para prematuros.

"Até o momento não há necessidade de intubação. Estão no oxigênio apenas".

A pequena Lívia Luiza nasceu com 1,165 kg e 35 centímetros. Já, Aurora está com 37 centímetros e o seu peso é de 1,085 kg. Ulisses, o maior entre os irmãos, nasceu com 42 centímetros e 1,480 kg. Ícaro está com 1,225 kg e 38 centímetros.

Kassia Cristina Freitas estava grávida de dois pares de gestações monocoriônicas-diamnióticas, uma situação que ocorre uma vez a cada 70 milhões de gestações.

A gerente de marketing tem um filho de 4 anos chamado Davi e com a gravidez dos quadrigêmeos ela passou a morar com os pais para receber uma assistência maior.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médico é condenado por racismo

A condenação marca um episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou o médico Márcio Antônio Souza Júnior a pagar R$ 300 mil a título de indenização por danos morais coletivos. A condenação, resultante do crime de racismo, marca o episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022. A sentença foi proferida pela juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal.

O médico, que era proprietário da fazenda, filmou um caseiro negro com as mãos e os pés acorrentados por uma gargalheira em seu pescoço, simulando uma cena do período escravocrata. O vídeo, posteriormente compartilhado nas redes sociais, causou indignação e repúdio nacional e internacional.

Segundo informações do processo, o funcionário, que recebia um salário-mínimo para realizar serviços pesados na fazenda, foi abordado pelo acusado enquanto mostrava os apetrechos armazenados na igrejinha da propriedade. O médico então acorrentou o trabalhador, proferindo palavras ofensivas e insinuando que ele estava em uma "senzala" por não ter estudado.conteúdo sensível

Durante as investigações, foram apreendidos objetos que chancelam a denúncia apresentada pelo Ministério Público: uma gargalheira, um par de grilhões para mãos sem corrente e um par de grilhões para pés com corrente.

O valor da sentença será dividido entre a Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas.

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ESTADÃO

Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde


A Lei 14.737, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 28 de novembro de 2023, amplia o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados, com ou sem necessidade de sedação. Essa lei estabelece que, em consultas, exames e procedimentos realizados em unidades de saúde públicas ou privadas, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, independentemente de notificação prévia.

Importante esclarecer os principais pontos e direitos estabelecidos pela nova lei que dispõe sobre o direito da Mulher possuir um acompanhante durante procedimentos de saúde, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.

De acordo com a nova lei, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, sem necessidade de prévia notificação. Este acompanhante pode ser livremente indicado pela paciente ou, nos casos em que ela esteja impossibilitada de manifestar sua vontade, por seu representante legal.

É importante ressaltar que o acompanhante escolhido estará obrigado a manter o sigilo das informações de saúde às quais tiver acesso durante o acompanhamento, preservando a privacidade da paciente.

Nos casos em que a paciente não indique um acompanhante e o atendimento envolva sedação ou rebaixamento do nível de consciência, a unidade de saúde deverá indicar uma pessoa para acompanhá-la, preferencialmente um profissional de saúde do sexo feminino, sem custo adicional para a paciente. Ela terá o direito de recusar o nome indicado e solicitar a indicação de outro, sem a necessidade de justificativa.

É estabelecido também que, em situações de atendimento com sedação, caso a paciente renuncie ao direito de ser acompanhada, deverá fazê-lo por escrito, após esclarecimento de seus direitos, com no mínimo 24 horas de antecedência, assinando o documento que será arquivado em seu prontuário.

Para garantir o pleno conhecimento desse direito, todas as unidades de saúde do país são obrigadas a manter um aviso visível em suas dependências, informando sobre a possibilidade de acompanhamento durante o atendimento.

Vale ressaltar que em situações específicas, como atendimentos em centro cirúrgico ou unidade de terapia intensiva com restrições relacionadas à segurança ou à saúde dos pacientes, poderá ser admitido apenas um acompanhante que seja profissional de saúde.

Nos casos de urgência e emergência, os profissionais de saúde estão autorizados a agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, mesmo na ausência do acompanhante requerido.

Esta legislação reforça o compromisso com a garantia de direitos, a privacidade e o apoio às mulheres em situações de saúde, proporcionando-lhes a possibilidade de um acompanhamento adequado e respeitoso durante o atendimento médico.

A nova Lei visa promover, sobretudo, a segurança das mulheres em momentos de vulnerabilidade durante procedimentos médicos em que há o uso de substâncias sedativas. A nova legislação amplia o direito de acompanhamento para todas as mulheres em atendimentos de saúde, indo além das normas anteriores que limitavam esse direito apenas a parturientes e pessoas com deficiência, buscando assegurar um suporte mais amplo e proteção durante o atendimento médico, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.

*Juliana Hasse, advogada com MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Saúde pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, especializada em Direito Médico e Hospitalar pela EPD - Escola Paulista de Direito, presidente das Comissões Especiais de Direito Médico e da Saúde da OAB São Paulo. Especialização em Direito da Saúde e Proteção de Dados em Saúde pela Faculdade de Direito de Coimbra - Portugal

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O TEMPO

Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid


"Por que você não trouxe ele antes?". A frase que ecoa na mente de Carla Cristina de Marins, 22, foi dita por uma médica após ela ter travado uma luta judicial de quase três meses contra o Sistema Único de Saúde (SUS) pela transferência do filho para um hospital com a estrutura necessária para o tratamento do bebê. Com o pequeno de 3 meses agonizando no colo, o diálogo finalizou com um seco "complicado, né, mãe?", vindo da profissional de saúde, com a conclusão de não haver mais o que fazer. O fim da vida de Pedro Lucca, alguns dias depois, não é um caso isolado. Ele compõe um universo de 898,4 mil mortes classificadas como "evitáveis" ocorridas em Minas Gerais, em dez anos, o equivalente a quase 90 mil por ano. A falta de oportunidade de realizar um tratamento possível matou cerca de cinco vezes mais no Estado do que a pandemia de Covid-19, que foi a maior crise sanitária enfrentada no século, com 65,9 mil perdas humanas em 3 anos e 8 meses, desde que ocorreu o primeiro óbito de coronavírus no Estado.

Desde a primeira morte por Covid em Minas, já se passaram 44 meses. Ou seja, são menos de dois óbitos por mês (1,49). Já as causas evitáveis mataram mais de sete pessoas (7,49) mensalmente. Na prática, a pandemia que chocou pela alta mortalidade é, até o momento, cinco vezes menos fatal do que a falta de estrutura enfrentada por uma parcela da população.

Conforme dados do Ministério da Saúde, de 2011 a 2021, 38.113 crianças menores de 5 anos tiveram mortes evitáveis no Estado. Segundo Fausto Pereira dos Santos, especialista em políticas públicas, gestão e saúde, o conceito de óbitos evitáveis diz respeito a perdas que não poderiam ocorrer, uma vez que existe assistência adequada. "É quando um conjunto de situações poderia ter sido diferente. Por exemplo, na prematuridade, um pré-natal bem conduzido é capaz de evitar a morte do bebê", explica o especialista.

O filho de Carla tinha uma doença genética rara, a leucinose, que ocorre por um erro inato do metabolismo. Um a cada 185 mil recém-nascidos recebe o diagnóstico, mas, diferente do que aconteceu com Pedro Lucca, podem seguir a vida ao cumprir com um tratamento, sobretudo, nutricional. A doença não era o grande problema para a família, e sim a falta de atendimento especializado na região, a dificuldade na transferência para a capital e um atraso de 90 dias no cumprimento de uma liminar que exigia a solução em um prazo de 48 horas.

Após inúmeras complicações, como infecções e efeitos adversos à dieta, Pedro Lucca conseguiu um leito de UTI Neonatal em BH, quando já era tarde demais para ele. A equipe assistencial assumiu que não havia mais como salvá-lo, desligou os aparelho e colocou o bebê no colo da mãe.

"Disseram que ele estava preparado para ir no meu colo. O Pedro estava todo deformado, e senti o coraçãozinho dele ir parando. A médica cochichou algo no meu ouvido, mas nem escutei, só conseguia pensar que lutei muito e acabei com ele morrendo no meu colo", lamenta a mãe.

Uma história bem diferente da presenciada pela própria Carla: o primo dela, Matheus, 3, também tem a doença, conseguiu leito, está passando por tratamento em BH e, seguindo a dieta, celebra a vida a cada aniversário. "Sempre achei que meu filho fosse viver bem, igual ao Matheus", diz.

Pedro Lucca não teve a mesma sorte. Nem mesmo a liminar garantida na Justiça foi atendida dentro do prazo. Porém, há situações em que o tempo dos tribunais também supera o da saúde. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, em Minas Gerais, um processo de alguém que luta pela vida demora em média 459 dias (um ano e três meses) para ser julgado. O intervalo no Estado é 5% maior do que a média nacional. No país, o tempo médio até que uma causa de direito à saúde seja julgada é de 436 dias (um ano e dois meses). Para se ter ideia, a espera por um transplante do coração é cinco vezes mais rápida do que a espera por uma sentença. Neste ano, de 1º de janeiro a 27 de agosto, a maioria dos pacientes recebeu a doação em até três meses, segundo o Ministério da Saúde.

Na avaliação do desembargador Alexandre Quintino, superintendente de Saúde do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Justiça, quando acionada para uma causa de saúde, faz uma série de análises, entre elas da urgência do problema. "Há uma suposição de que essas causas são 'ganhas' por serem de vida ou morte. Mas a possibilidade de conseguir ou não é igual. Aquilo que dizem ser urgência e emergência, muitas vezes, não é, ou nem chegaria ao Poder Judiciário", diz. O tempo de tramitação, segundo ele, segue um protocolo. "Para a Justiça, é questão de analisar os pedidos feitos, seja de tratamento, medicamento etc. Precisa analisar se os medicamentos estão ou não registrados na Anvisa, se estão no SUS, se existe ou não aplicação de casos. Nos embasamos na medicina de evidências", afirma.

Uma vida de dor por um tratamento restrito

Vitorino Gomes, 51, tem uma doença rara como herança genética da família. É a Doença de Fabry (DF), causada pela falta da enzima alfa-galactosidase A nas células do corpo. Após quatro décadas vivendo de forma limitada pelas dores, conseguiu na Justiça o acesso pelo SUS ao medicamento Fabrazyme, que tem um custo de R$ 22 mil a unidade (se particular, o valor mensal seria de R$ 88 mil). A conquista é um alívio, mas tem seu preço: assistir à sua filha Sara, 15, e outros familiares não terem a mesma "sorte". Um de seus irmãos, com a doença mais avançada, já não consegue andar.

Em 2020, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) decidiu não incorporar o Fabrazyme ao SUS, mesmo ele sendo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O impacto orçamentário ao SUS é potencialmente superior à sua capacidade de pagamento", diz o relatório do órgão.

O preço alto, para Vitorino, não é só monetário. "Cresci sem saber o que tinha e, hoje, sou muito debilitado. Meus membros são inchados, e tenho problemas pulmonares, auditivos, renais, circulatórios. É uma doença degenerativa, e infelizmente precisamos lutar para ter o tratamento", diz.

A filha dele, de 15 anos, tenta o suporte do SUS desde 2020. "A cada dia, o corpo da Sara tem mais danos. Tenho medo que um órgão vital seja afetado, ou que ela fique comprometida como eu", lamenta.

Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Luciano Moreira de Oliveira, situações como essa pressionam novas políticas públicas. "Algumas tecnologias têm evidência, estão em outros países, funcionam no privado e mostram uma lacuna do SUS. São populações que não estão sendo reconhecidas", afirma.

Números

Após o julgamento, um processo leva, em média, mais sete meses para ser encerrado nos tribunais mineiros. No Brasil, a média é de mais oito meses até a baixa da ação. A média calculada pelo Conselho Nacional de Justiça considera o período de agosto de 2022 a agosto de 2023.

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FOCO NACIONAL

Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho

Especialistas convidados promoveram debates sobre inteligência artificial, inclusão de pessoas com deficiência e gestão de carreira

A segunda reunião de 2023 do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira foi realizada em 23 de novembro, reunindo colaboradores da Federação e de diversas Unimeds federadas, em um encontro presencial na sede da entidade.

A pauta abordou assuntos que impactam no relacionamento interpessoal das cooperativas, como mencionou Fabiana Daniel, superintendente da Federação. “Falamos de inteligência artificial, algo que costuma assustar, mas que já está presente. Também convidamos especialistas com grande know-how sobre carreira, como a Cibele Gayoso, que trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência”, descreveu.

A primeira apresentação teve como tema “Inteligência artificial x Inteligência emocional”, que mostrou como a IA pode automatizar algumas funções do departamento de Recursos Humanos, até mesmo no momento de fechar contratos.

O bate-papo foi comandado pela analista de Cargos e Salários da Federação, Lorena Vaz, e pelo assistente da área de projetos, Arthur Oliveira. Eles mostraram que as ferramentas de IA já estão presentes no dia a dia e não se tratam de recursos complexos para serem usados. Por exemplo, o ChatGPT, de criação de textos; Gamma, de formulação de apresentações; e Leonardo AI, de imagens. 

“Existe o medo de que essa tecnologia vá substituir os profissionais, o que não é verdade, mas nós teremos que mudar nossas competências para esse mundo de convivência com a IA”, comentou Fabiana.

“O bom desse processo (de uso da IA) é a mescla de competências nossas e da plataforma, pois são os humanos que geram as instruções”, acrescentou Lorena, comentando ainda sobre a economia de energia proporcionada pela IA para essas tarefas que poderiam tomar um grande tempo dos colaboradores.

Assim, é possível utilizar a inovação tecnológica para a sustentabilidade do negócio, como ressaltou Arthur. “Existem cerca de 120 ferramentas de IA e esse dado é do mês passado. Agora, esse número deve ser muito maior. São recursos que precisamos monitorar o tempo inteiro e contar para as outras pessoas que podem aproveitá-las, pois não podemos lidar com elas como uma substituição, mas como um apoio”.

Por fim, os especialistas mostraram que inteligência artificial e emocional não são dois pontos separados. Eles se conectam, pois a maior inserção das tecnologias no cotidiano influencia na necessidade do trabalho empático, criativo e com habilidades sociais dos indivíduos que irão comandar os softwares.

“A IA surgiu para substituir o trabalho que os humanos fazem como robôs. Assim, podemos ter mais tempo para sermos humanos, em momentos com a nossa família, por exemplo”, resumiu Arthur Oliveira.

A inclusão da pessoa com deficiência na cooperativa

O segundo tema abordado no encontro foi a inclusão de pessoas com deficiência nas cooperativas, com palestra de Cibele Gayoso, consultora da Estilo Empresarial Consultoria.

Ela mencionou que existe um histórico de exclusão e, mesmo com as evoluções da sociedade, ainda há um inconsciente coletivo que impede a inclusão.

Assim, há o perigo de surgir um ciclo de adoecimento, sendo que o distanciamento do mercado de trabalho pode causar sofrimento psíquico na pessoa com deficiência (PCD), e esses transtornos psicológicos são capazes de afastar ainda mais a inserção nos empregos.

“Quando tiramos uma PCD de casa e ela começa a receber um salário, isso promove autonomia e um vigor que nasce na relação com todos os âmbitos da sociedade”, afirmou Cibele, relatando que as famílias também podem ter a tendência de evitar que a pessoa entre no mercado, em uma tentativa de protegê-la.

Porém, é preciso diferenciar a integração da inclusão. O primeiro termo indica a situação em que as empresas contratam PCDs, mas as segregam dos demais funcionários, impedindo que o trabalho seja feito adequadamente. Já incluir é promover um ambiente em que todos conseguem realizar suas funções. 

Tal inclusão está relacionada à equidade, que é oferecer condições adequadas às necessidades de cada indivíduo. “Depois de contratar a PCD, há um olhar de empatia pelos Recursos Humanos, como para auxiliá-la na missão de alcançar cargos maiores?”, questionou a consultora.

É por isso que todos na empresa precisam ser sensibilizados para o processo de acolhida, o que começa com a seleção adaptada, no entendimento das necessidades, no estudo da jornada da carreira dentro da instituição e o mapeamento de oportunidades. Em resumo, “não excluir antes de conhecer”, esclareceu.

A importância da gestão de carreira

Para finalizar a segunda edição do Comitê Regional de Gestão de Pessoas, a Unimed Federação Centro Brasileira convidou o fundador da Avante Consultoria, Milton Marinho, e a gerente de Desenvolvimento Humano da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Sarah Nunes, para orientar os participantes sobre a gestão de carreira. 

A analista de Recursos Humanos da Unimed Caldas Novas, Valquíria Rodrigues, contou que o conhecimento adquirido durante todo o dia será valioso para as futuras ações que a federada pretende colocar em prática. “É o nosso primeiro ano de departamento de Recursos Humanos (na operadora). Por isso, todos os assuntos abordados são bastante úteis para o crescimento e projetos que teremos em 2024”.

Já Valdirene Santos, gerente geral da Unimed Araguaína, destacou a importância de ter momentos como os proporcionados pelo evento para ampliar os conhecimentos sobre a gestão de pessoas em um cenário em que tudo exige pressa, o que impacta nos níveis de estresse entre os colaboradores e produtividade. 

“O maior desafio atual de uma organização é desenvolver pessoas. Isso é o que faz a gestão fluir e caminhar. Então, temos que estar sempre atentos ao desenvolvimento para que eles (os colaboradores) saibam que são importantes e que fazem parte do crescimento da empresa”, esclareceu. 

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Assessoria de Comunicação