
Imprensa (2590)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aparecida lança curso de pós-graduação em Preceptoria em Saúde no Estado
Senado aprova incentivo ao diagnóstico de autismo em adultos e idosos
HDT abre processo seletivo com salários de até R$ 13,5 mil
OMS adverte sobre resistência generalizada em todo o mundo a antibióticos de uso comum
MP pede indenização milionária contra Unimed por negar equoterapia a pacientes com autismo
A transformação como Estratégia de Sobrevivência
https://medicinasa.com.br/estrategia-sobrevivencia/
A REDAÇÃO
Aparecida lança curso de pós-graduação em Preceptoria em Saúde no Estado
Iniciativa qualifica profissionais da rede
O Ministério da Saúde (MS) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), abriram, em parceria com a Escola Municipal de Saúde Pública (EMSP) de Aparecida de Goiânia, na manhã da segunda-feira (20/10), uma iniciativa inédita no Estado de Goiás. Foi o início do primeiro curso de pós-graduação lato sensu em Preceptoria para Educação Profissional Técnica em Saúde, com ênfase na Atenção Primária e Vigilância em Saúde. O evento de abertura das aulas foi realizado às 8h, no Centro Universitário Estácio, localizado no Shopping Estação, em Goiânia.
O curso tem carga horária de mais de 400 horas, divididas em momentos presenciais, aulas à distância e estudos dirigidos, e tem 118 profissionais matriculados de secretarias de Saúde de todas as macrorregiões do Estado. Ele é conduzido pela coordenadora da EMSP, Ana Valéria dos Santos Barroso, e coordenado pelo representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO), Arivan Alves, e por José Antônio de Oliveira, também da equipe da EMSP.
Para o secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, a capacitação dos profissionais tem impacto direto na prevenção de doenças e na eficiência do SUS. “Quando investimos na capacitação de quem está na linha de frente, seja nas Unidades Básicas (UBS), nas visitas domiciliares e na vigilância, o impacto é direto na vida das pessoas. É ali que se previnem doenças e se começa a construção de um Sistema mais humano e eficiente”, afirmou.
..........................
Senado aprova incentivo ao diagnóstico de autismo em adultos e idosos
Projeto inclui medidas em política nacional
O Senado aprovou nesta terça-feira (21/10) um projeto de lei (PL) 4540/2023 que incentiva o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) entre adultos e idosos. O projeto, inclui esse incentivo entre as diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O projeto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O relator da proposta, senador Mecias de Jesus (Republicanos–RR), argumentou que o incentivo ao diagnóstico atende a um público cada vez maior de pessoas que chegam à vida adulta ou à velhice sem terem recebido diagnóstico formal.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), em maio de 2025 2,4 milhões de brasileiros (com 2 anos ou mais de idade) declararam terem sido diagnosticados com TEA por algum profissional de saúde, o que representa 1,2 % da população nessa faixa etária.
Segundo o senador, esse percentual não corresponde à realidade, em vista do subdiagnóstico na população adulta. Mecias de Jesus observou ainda que, no passado, a falta de informações levou muitos autistas a serem confundidos com portadores de outros transtornos, como ansiedade, depressão ou esquizofrenia.
“Para muitos adultos, receber o diagnóstico de autismo em fases mais avançadas da vida representa tanto um alívio quanto um desafio. O alívio está no fato de compreenderem melhor suas características, comportamentos e dificuldades que antes eram vistas como ‘falhas pessoais’. Por outro lado, o diagnóstico tardio pode trazer à tona sentimento de frustração por não terem recebido apoio adequado e tempestivo ao longo da vida”, destacou.
Funções no STF
Nesta terça-feira, os senadores também aprovaram, por 36 votos favoráveis e 18 contrários, a criação de 160 funções comissionadas no quadro de pessoal do Supremo Tribunal Federal (STF). As funções serão ocupadas nos gabinetes dos ministros da Corte. A proposta segue para sanção presidencial.
As funções criadas são no valor de R$ 3.256,70. Ao apresentar o projeto, o STF argumentou que as funções ajudarão a reter servidores mais qualificados, para auxiliar os juízes nos processos que tramitam na Corte.
Além das funções comissionadas, o projeto cria 40 cargos efetivos para o quadro de pessoal do STF, para Técnico Judiciário, Área Administrativa, Agente da Polícia Judicial, pertencentes a carreira dos servidores do Poder Judiciário da União.
..........................
JORNAL OPÇÃO
HDT abre processo seletivo com salários de até R$ 13,5 mil
As inscrições serão realizadas presencialmente entre os dias 28 e 31 de outubro, das 9h às 14h, na sede do HDT
O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás, abriu inscrições para o Processo Seletivo nº 008/2025, que visa à formação de cadastro reserva em 32 cargos das áreas assistencial e administrativa. Há oportunidades também para pessoas com deficiência (PCDs).
Entre as funções disponíveis estão analista de qualidade, analista de suporte, analista financeiro/custos, auxiliar administrativo, auxiliar de farmácia, enfermeiro, médico do trabalho, nutricionista e técnico de TI, entre outras. As remunerações variam de R$ 1.674,04 a R$ 13.498,84, conforme o cargo.
As inscrições serão realizadas presencialmente entre os dias 28 e 31 de outubro, das 9h às 14h, na sede do HDT, localizada na Alameda do Contorno, nº 3.556, Jardim Bela Vista, em Goiânia. A participação é gratuita. Os candidatos devem comparecer ao local com a ficha de inscrição preenchida e os documentos exigidos no Edital nº 008/2025, em originais e cópias.
O edital completo pode ser acessado no site www.isgsaude.org.br/hdt/trabalhe-conosco. Em caso de instabilidade, o conteúdo está disponível também neste link alternativo.
O processo seletivo será composto por avaliação curricular e prova oral, ambas de caráter classificatório e eliminatório. As convocações ocorrerão conforme a necessidade da instituição e seguirão a ordem de classificação dos candidatos.
Referência em infectologia
Referência em média e alta complexidade, o HDT é especializado no tratamento de doenças como HIV/aids, tuberculose, meningite, hepatites virais, tétano e acidentes com animais peçonhentos. É o único hospital da América Latina com foco exclusivo em Infectologia a receber o selo ONA 3 – Acreditado com Excelência, o mais alto nível de qualidade e segurança concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).
.....................
OPAS
OMS adverte sobre resistência generalizada em todo o mundo a antibióticos de uso comum
Genebra, 13 de outubro de 2025 – De acordo com novo relatório apresentado nesta segunda-feira (13/10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, uma em cada seis infecções bacterianas confirmadas em laboratório que evoluíram para infecções comuns em pessoas mostrou-se resistente aos tratamentos com antibióticos. Entre 2018 e 2023, a resistência a antibióticos aumentou em mais de 40% entre os medicamentos monitorados, com um crescimento médio anual entre 5% e 15%.
Os dados comunicados ao Sistema Mundial de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos e de seu Uso (GLASS) da OMS por mais de 100 países constituem um alerta de que o aumento da resistência a antibióticos essenciais representa uma ameaça crescente à saúde global.
O novo relatório mundial sobre a vigilância da resistência aos antibióticos de 2025 apresenta, pela primeira vez, estimativas da prevalência de resistência em 22 antibióticos utilizados para tratar infecções urinárias, gastrointestinais, na corrente sanguínea e gonorreia. O documento aborda oito patógenos bacterianos comuns — Acinetobacter spp., Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Neisseria gonorrhoeae, Salmonella spp. não tifoide, Shigella spp., Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae —, cada um associado a uma ou mais dessas infecções.
A OMS estima que a maior resistência aos antibióticos ocorre nas Regiões do Sudeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental, onde uma em cada três infecções notificadas era resistente. Na Região da África, uma em cada cinco infecções apresentou resistência. Os dados da Região das Américas mostram que uma em cada sete infecções é resistente a antibióticos — um índice ligeiramente melhor que a média mundial. A resistência também é mais comum e tende a piorar em locais onde os sistemas de saúde carecem de capacidade para diagnosticar ou tratar patógenos bacterianos.
Nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) coordena a Rede Latino-Americana de Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos (ReLAVRA+), uma plataforma regional criada para apoiar os países na geração, análise e disseminação de dados de alta qualidade sobre resistência aos antimicrobianos. Enquanto o sistema GLASS proporciona o marco global para coleta e notificação de dados, a ReLAVRA+ atua como sua contraparte regional — fortalecendo a capacidade dos laboratórios nacionais, harmonizando metodologias e garantindo que os dados provenientes das Américas sejam sólidos, comparáveis e contribuam efetivamente para a compreensão global da resistência aos antimicrobianos.
“A resistência aos antimicrobianos avança mais rapidamente do que os progressos da medicina moderna, representando uma ameaça à saúde das famílias em todo o mundo”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “À medida que os países fortalecem seus sistemas de vigilância da RAM, devemos usar os antibióticos de forma responsável e assegurar que todas as pessoas tenham acesso a medicamentos, diagnósticos e vacinas de qualidade garantida. Nosso futuro também depende do fortalecimento dos sistemas para prevenir, diagnosticar e tratar infecções, bem como da inovação em antibióticos de nova geração e testes moleculares rápidos nos locais de atendimento.”
Patógenos bacterianos gram-negativos representam a maior ameaça
O relatório destaca que as bactérias gram-negativas farmacorresistentes estão se tornando cada vez mais perigosas em escala global, especialmente nos países menos preparados para enfrentá-las. Entre elas, E. coli e K. pneumoniae são as principais bactérias gram-negativas resistentes detectadas em infecções sanguíneas — as infecções bacterianas mais graves, que frequentemente evoluem para sepse, falência de órgãos e até morte. Atualmente, mais de 40% das infecções por E. coli e 55% por K. pneumoniae em todo o mundo são resistentes às cefalosporinas de terceira geração, tratamento de primeira linha para essas infecções. Na Região da África, a resistência ultrapassa 70%.
Outros antibióticos essenciais que salvam vidas, como carbapenêmicos e fluoroquinolonas, estão se tornando cada vez menos eficazes contra E. coli, K. pneumoniae, Salmonella e Acinetobacter. A resistência aos carbapenêmicos, antes rara, está se tornando mais comum, reduzindo as opções terapêuticas e forçando o uso de antibióticos de último recurso. Esses medicamentos, no entanto, são caros, de difícil acesso e muitas vezes indisponíveis em países de baixa e média renda.
Avanços na vigilância da RAM, mas são necessárias mais ações
O número de países participantes do sistema GLASS quadruplicou, passando de 25 em 2016 para 104 em 2023. No entanto, 48% dos países não relataram dados ao GLASS em 2023, e cerca da metade dos que o fizeram ainda não possuem sistemas capazes de gerar dados confiáveis. De fato, os países que enfrentam as maiores dificuldades carecem de capacidade de vigilância para avaliar sua situação em relação à resistência aos antimicrobianos.
A declaração política sobre a RAM, adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2024, estabeleceu metas para enfrentar o problema por meio do fortalecimento dos sistemas de saúde e da adoção da abordagem “Uma Só Saúde”, que coordena os setores de saúde humana, saúde animal e meio ambiente. Para combater o desafio crescente da resistência antimicrobiana, os países devem se comprometer a fortalecer seus sistemas laboratoriais e gerar dados de vigilância confiáveis — especialmente em áreas desatendidas —, a fim de orientar tratamentos e políticas.
A OMS faz um chamado a todos os países para que enviem ao GLASS dados de qualidade sobre a RAM e o uso de antimicrobianos até 2030. Alcançar essa meta exigirá ações coordenadas para aprimorar a qualidade, a cobertura geográfica e o intercâmbio de dados de vigilância, permitindo acompanhar o progresso. Os países devem expandir intervenções coordenadas para enfrentar a resistência antimicrobiana em todos os níveis da atenção à saúde e garantir que as diretrizes terapêuticas e listas de medicamentos essenciais estejam alinhadas aos padrões locais de resistência.
O relatório é acompanhado por conteúdo digital ampliado, disponível no painel GLASS da OMS, que apresenta resumos globais e regionais, perfis de países baseados na cobertura de vigilância não ajustada e dados sobre a RAM, além de informações detalhadas sobre o uso de antimicrobianos.
................................
MSEMDIA
MP pede indenização milionária contra Unimed por negar equoterapia a pacientes com autismo
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul ingressou com uma ação civil pública contra a Unimed Campo Grande após a cooperativa negar o custeio de sessões de equoterapia a beneficiários com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo, da 25ª Promotoria de Defesa do Consumidor, pede que a empresa seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais coletivos de, no mínimo, R$ 3 milhões, além de multa diária de R$ 80 mil em caso de descumprimento de eventual decisão judicial. As informações são do Correio do Estado.
A ação é resultado de um inquérito instaurado para apurar denúncias de que a operadora de saúde vinha negando o tratamento sob o argumento de que a equoterapia não integra o rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A promotora contesta a justificativa, lembrando que o rol da ANS é apenas exemplificativo, conforme determina a Lei nº 14.454/2022 e entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Para Luciana Rabelo, a conduta da Unimed é abusiva e fere direitos fundamentais assegurados pela Constituição e por legislações específicas, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência e o Código de Defesa do Consumidor. “Negar cobertura a um tratamento essencial, reconhecido cientificamente e prescrito por profissional de saúde, representa discriminação e afronta direta à Constituição”, destacou a promotora na petição.
O Ministério Público solicita ainda que, em caráter liminar, a Unimed seja obrigada a autorizar e custear o tratamento para todos os beneficiários que tenham indicação médica, sob pena de multa diária de R$ 80 mil. A ação também requer a notificação dos consumidores que tiveram o atendimento negado para garantir o início imediato da terapia.
A denúncia que deu origem ao processo foi feita por uma mãe de uma criança autista de sete anos, após a operadora manter a negativa mesmo diante de tentativas de acordo extrajudicial. O MP chegou a propor a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a Unimed recusou o compromisso.
Na ação, o Ministério Público destaca que a equoterapia é reconhecida como método terapêutico eficaz por entidades como o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), além de estar regulamentada pela Lei nº 13.830/2019.
“A interrupção ou a negação desse tratamento compromete o desenvolvimento cognitivo, motor e social de crianças com TEA, muitas vezes de forma irreversível”, argumenta a promotora.
De acordo com o Correio do Estado, o MP pede ainda que a Unimed seja condenada a reembolsar em dobro os valores pagos por consumidores que custearam, por conta própria, as sessões de equoterapia. A indenização, caso deferida, será destinada ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor.
Luciana Rabelo conclui que é necessário “fazer cessar de imediato uma prática reiterada que prejudica pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente crianças com autismo, que necessitam de terapias contínuas para garantir seu pleno desenvolvimento e dignidade”.
...............................
MEDICINA S/A
A transformação como Estratégia de Sobrevivência
Gerir um negócio olhando apenas pelo retrovisor é a forma mais rápida de colidir com o futuro. Em saúde, onde o impacto é humano antes de financeiro, a complacência é o inimigo mais perigoso do SLA e do NPS: nasce do sucesso passado e bloqueia a evolução.
Transformar não é implantar inúmeras tecnologias digitais, é de fato mudar a cultura, conectando propósito, eficiência e resultado. Em qualquer setor, especialmente no da saúde, onde a vida e o bem-estar estão em jogo, a estagnação não é apenas um risco de mercado, é uma falha de propósito.
A transformação deixou de ser uma opção para se tornar a única estratégia viável de sobrevivência e relevância. Mas não falo de uma mudança cosmética, e sim de uma metamorfose cultural profunda e contínua. O questionamento deve ser diário: “Existe um método, uma ferramenta, um processo ou uma inovação que ofereça um resultado mais preciso e seguro? Uma forma de reduzir a ansiedade de quem nos procura?” Se a resposta for sim, nosso dever não é questionar o custo do investimento, mas o custo de não o fazer, e não fazer custa caro. Adotar a inovação não é uma busca por modernidade, mas uma obrigação ética com quem confia em nosso trabalho e que, de fato, nos financia.
O primeiro pilar dessa transformação, o famoso turnaround, vai muito além da essência do esgotamento econômico-financeiro. É transformar gestão em performance, com disciplina inteligente, controle de caixa e sustentabilidade do negócio. O segundo pilar, a liderança e gestão de pessoas, exige substituir o medo por propósito e a burocracia por autonomia. E mesmo com pouco ou nenhum investimento, é possível reinventar-se com expansão e novos negócios, gerando crescimento sustentável com visão estratégica, inovação e parcerias de valor.
Por décadas, nosso setor esteve focado quase que exclusivamente na excelência técnica e operacional. Isso continua sendo inegociável, mas hoje é apenas a base. O paciente evoluiu. Agora ele é um cliente consciente, bombardeado por informações e respostas em segundos, que busca clareza, agilidade e empatia no cuidado. No fim do dia, a saúde de uma organização é reflexo direto de sua capacidade de se adaptar.
As empresas que prosperarão na próxima década não serão necessariamente as maiores ou as mais antigas, mas as mais dispostas a ressignificar, aprender e se transformar de dentro para fora. A pergunta mais importante em qualquer sala de reunião hoje não é “o que nos levará adiante?”. A resposta, invariavelmente, estará na coragem de se transformar.
*Diego Dotoli é Diretor de Operações, Novos Negócios e Estratégia na Medicom Exames.
..........................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Novas diretrizes do MEC para Medicina ampliam integração com o SUS e reforçam formação prática desde o início do curso
https://www.paulomelo.blog.br/2025/10/novas-diretrizes-do-mec-para-medicina.html
Goiânia volta a sediar o maior evento de inovação do cooperativismo do país
Do Kuwait ao Paraná: cirurgia robótica realizada por brasileiro entra para o Guinness pela maior distância geográfica entre médico e paciente
Em caso raro, irmãos recebem rins de uma mesma doadora, em Goiás
Brasil amplia uso de saúde digital e atrai novos investimentos
https://ohoje.com/2025/10/21/brasil-amplia-uso-de-saude-digital-e-atrai-novos-investimentos/
Crescimento dos planos empresariais supera avanço do emprego formal no Brasil
https://medicinasa.com.br/crescimento-planos-emprego/
AVC mata 1 pessoa a cada 6 minutos e gera custo de quase R$ 1 bilhão em seis anos
https://medicinasa.com.br/avc-mortalidade-custos/
Como healthtechs e hospitais cocriam soluções de impacto
Capital Estratégico dos Dados: o diferencial na Saúde Suplementar
https://medicinasa.com.br/capital-estrategico-dados/
BLOG PAULO MELO
Novas diretrizes do MEC para Medicina ampliam integração com o SUS e reforçam formação prática desde o início do curso
Professor David Alves Teixeira Lima, do Centro Universitário Mauá do DF e de Goiás, avalia as mudanças como positivas e alinhadas às demandas da sociedade
O Ministério da Educação (MEC) anunciou uma atualização nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para o curso de Medicina - a primeira em mais de uma década. As novas normas reforçam a integração dos estudantes ao Sistema Único de Saúde (SUS), ampliam a carga horária prática desde o início da graduação e introduzem novas exigências formativas voltadas à realidade social e à saúde mental da população.
De acordo com David Alves Teixeira Lima, Coordenador Adjunto do Curso de Medicina do Centro Universitário Mauá DF e da Faculdade Mauá GO, as mudanças representam um avanço significativo na formação médica no país. "As diretrizes curriculares são uma forma de o MEC coordenar o que as faculdades de Medicina devem oferecer ao longo dos seis anos de curso. Elas não eram alteradas há mais de dez anos, e agora o Ministério traz inovações substanciais", explica o professor.
Entre as principais novidades está a obrigatoriedade das atividades de extensão - projetos que aproximam o estudante da comunidade desde o primeiro período do curso. "Essa mudança é muito positiva, pois leva o futuro médico a vivenciar a realidade social e as necessidades de saúde da população logo no início da formação", ressalta David Alves.
O MEC também reforçou a importância do ensino sobre o SUS, além de ampliar a ênfase em saúde mental, ortopedia e medicina intensiva (UTI). Segundo o professor, o foco nessas áreas reflete as novas demandas da sociedade e do sistema de saúde brasileiro. "O Ministério reforça, de maneira correta, o estudo da saúde mental, uma preocupação crescente na população de hoje. Também valoriza o aprendizado em ortopedia e em medicina intensiva, áreas fundamentais para a prática clínica", avalia o coordenador.
As instituições de ensino superior terão até dois anos para se adaptar às novas diretrizes. Para o docente, as mudanças consolidam um modelo de ensino mais humano, técnico e conectado à realidade brasileira. "Essas atualizações vão trazer resultados muito positivos para a formação médica e, consequentemente, para o atendimento à sociedade", conclui David Alves Teixeira Lima.
.............................
A REDAÇÃO
Goiânia volta a sediar o maior evento de inovação do cooperativismo do país
Ação é promovida pelo Sistema OCB/GO
Com o tema “Inovar é cooperar com o futuro”, o CoopsParty Summit 2025 chega à sua segunda edição entre 29 de outubro e 1º de novembro, no Centro de Convenções de Goiânia. Promovido pelo Sistema OCB/GO, o maior evento de inovação do cooperativismo brasileiro promete uma programação ampliada e deve reunir público ainda maior que os 1,5 mil participantes da estreia.
Serão quatro dias de palestras, painéis, mentorias e uma verdadeira imersão, com cerca de 42 palestras que fornecerão mais de 14 horas de conteúdo. O Sistema OCB/GO promove o CoopsParty Summit 2025 com o objetivo principal de incentivar o empreendedorismo e a inovação em Goiás, além de divulgar os ideais cooperativistas. A revista Mundo Coop, Wex e a PUC Goiás também são realizadores do evento.
De acordo com Carla Vinhadelli, coordenadora de inovação do Sistema OCB/GO, o principal objetivo é promover a inovação dentro do cooperativismo goiano. “O evento foi criado para inspirar cooperativas, dirigentes e colaboradores a pensarem de forma criativa sobre o futuro, conectando pessoas, ideias e soluções que possam fortalecer o movimento cooperativista e impulsionar o desenvolvimento sustentável em Goiás.”
Palestrantes e palcos
Entre os principais palestrantes estão Eduardo Feldberg, influenciador digital conhecido como Primo Pobre por ensinar educação financeira para pessoas de baixa renda; Murilo Gun, um dos pioneiros da internet no Brasil e professor de criatividade; Luiza Possi, cantora e empresária; e Ricardo Belino, ex-sócio do presidente americano Donald Trump.
O CoopsParty Summit 2025 contará com três palcos simultâneos (Intermídias, Coopsparty e Experience), que trarão painéis e debates sobre diferentes temas. Neles, a programação acontecerá de forma simultânea e os visitantes podem escolher a qual fala ouvir através dos fones disponibilizados no local. As palestras principais ocuparão os três palcos ao mesmo tempo.
O evento contará também com diversos stands de parceiros, que proporcionarão diferentes experiências relacionadas à inovação, cooperativismo e empreendedorismo. Nesta edição, a CoopsParty terá como atração especial o InovaCoop, uma maratona de inovação voltada ao cooperativismo que reunirá líderes, especialistas e empreendedores. A novidade trará workshops de Inteligência Artificial realizados por embaixadores do site Canva para cooperativas.
“O CoopsParty é mais do que um evento, é um movimento de transformação. É o espaço onde o cooperativismo se conecta ao futuro, onde ideias ganham força e pessoas se inspiram para inovar”, enfatiza Carla Vinhadelli.
FIC
Na edição deste ano, o CoopsParty Summit estará integrado à Feira da Indústria, Comércio, Habitação, Serviços, Empreendedorismo e Cooperativismo de Goiás (FIC Goiás), o maior encontro de negócios e empreendedorismo do Brasil. Com o tema “Tecnologia, Sustentabilidade e Conexões Estratégicas”, o evento tem expectativa de gerar R$ 800 milhões em novos negócios e atrair público de 30 mil visitantes.
.............................
PORTAL G1
Do Kuwait ao Paraná: cirurgia robótica realizada por brasileiro entra para o Guinness pela maior distância geográfica entre médico e paciente
O médico brasileiro, no Hospital Aldiaber, no Kuwait, operou um paciente com hérnia inguinal no Hospital da Cruz Vermelha, no Paraná — separados por 12 mil quilômetros.
Em setembro, a telecirurgia chegou a uma escala inédita. Um médico brasileiro, no Hospital Aldiaber, no Kuwait, operou um paciente com hérnia inguinal no Hospital da Cruz Vermelha, no Paraná — separados por 12 mil quilômetros.
“Qual era a primeira etapa? Provar que a cirurgia era segura e factível, dentro de um ambiente de pesquisa e ensino”, explicou Leandro Totti, o médico responsável. A equipe percebeu que a distância entre os hospitais poderia quebrar um recorde mundial.
“Um dos caras da telecomunicação disse: ‘Olha, pessoal, eu acho que essa telecirurgia que vocês vão fazer é a mais longa do planeta’”, contou o médico.
E foi. O Guinness, o livro dos recordes, registrou a marca.
“Nós conseguimos, durante toda a nossa cirurgia, manter esse delay abaixo de 0,194. Então foi muito seguro para o paciente”, afirmou o Leandro Totti.
Primeira cirurgia robótica no Brasil
No início de outubro, o Brasil alcançou outro feito histórico na medicina: uma telecirurgia robótica inédita conectou um médico em São Paulo a um paciente com câncer em Porto Alegre. O procedimento, realizado com sucesso entre hospitais separados por mais de mil quilômetros, marca um avanço tecnológico importante e promete ampliar o acesso a cirurgias minimamente invasivas pelo SUS.
O gaúcho Paulo Feijó de Almeida, de 73 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de próstata e aceitou ser operado por um robô. O procedimento foi realizado por Rafael Ferreira Coelho, urologista e especialista em cirurgia robótica, que estava no Hospital Nove de Julho, em São Paulo
O robô é dividido em duas partes: uma fica junto ao paciente, com braços e pinças usados na cirurgia; a outra é o console, controlado pelo médico como se fosse um joystick de videogame.
......................
Em caso raro, irmãos recebem rins de uma mesma doadora, em Goiás
Aldemar Cavalcante Barros, de 59 anos, e Divino Cavalcante Barros, de 57 anos, são policiais militares da reserva. Irmãos fazem parte de uma família de sete irmãos de Porangatu.
Os irmãos Aldemar Cavalcante Barros, de 59 anos, e Divino Cavalcante Barros, de 57 anos, receberam transplante de rim da mesma doadora, no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia. Em entrevista ao g1, o urologista e cirurgião responsável pelo procedimento, Rodrigo Rosa de Lima, informou que o caso é considerado raro.
“Em 13 anos trabalhando com transplante, eu nunca tinha visto uma situação parecida. Acredito que seja a primeira vez que algo assim acontece em Goiás”, afirmou.
Policiais militares da reserva, Aldemar e Divino fazem parte de uma família de sete irmãos de Porangatu, na região norte do estado. Eles estavam na lista de espera para receber o órgão e receberam a notícia que mudaria as suas vidas por ligação no dia anterior.
De acordo com o hospital, o mais velho, Aldemar, perdeu as funções renais devido a complicações de um quadro de diabetes. O ex-militar aguardava o transplante há quatro anos, após iniciar a diálise, um tratamento médico que substitui a função dos rins. O mais novo, Divino, que também foi diagnosticado com diabetes, convivia com a perda das funções renais há um ano.
Os transplantes foram realizados na sexta-feira (17). “O primeiro começou por volta das 17h30 e terminou às 19h30. O segundo teve início às 21h e terminou às 23h”, contou o cirurgião. Os pacientes seguem internados, com boa evolução.
“Nas primeiras 48 a 72 horas, eles ficam na UTI para monitoramento da pressão arterial e de possíveis sangramentos, mas estão se recuperando bem”, relatou o médico.
Lista de espera
Aldemar estava em Goiânia para fazer um check-up do coração quando foi informado de que o dia tão esperado havia chegado: ele receberia um rim após anos de espera.
O médico explicou que um dos pacientes ocupava a terceira posição na lista de espera, enquanto o outro fazia o tratamento há um ano e estava em quinto. “Quando os órgãos chegaram, os dois primeiros e o quarto da lista não estavam aptos a realizar o transplante por questões clínicas. O órgão foi oferecido ao quinto da lista, que, por coincidência, era irmão do primeiro paciente”, detalhou.
O hospital pontuou que a posição na lista de espera para doação de órgãos depende de fatores como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, além da avaliação da equipe cirúrgica.
Os órgãos foram captados em outro estado, onde não há a realização de transplantes. De acordo com o cirurgião, “quando ocorre a captação, os órgãos são oferecidos à Central Nacional de Transplantes, que faz a distribuição conforme a compatibilidade”.
Mudança de vida
O urologista também destacou a importância da doação de órgãos e o impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes transplantados. “O transplante é uma terapia renal substitutiva, assim como a hemodiálise, mas com grandes benefícios. A pessoa deixa de precisar ir à clínica três ou quatro vezes por semana e volta a ter uma vida muito próxima do normal”, explicou.
Segundo ele, o transplante exige cuidados contínuos e o uso de medicamentos imunossupressores. “O paciente troca as sessões de hemodiálise pela responsabilidade de cuidar do rim. Ele passa a tomar de 20 a 25 comprimidos por dia e precisa de acompanhamento constante do nefrologista”, afirmou.
Realização de transplantes em Goiás
Somente em 2025, o HGG realizou 127 transplantes renais. No total, a unidade já foi responsável por mais de 1,2 mil transplantes e é considerada o maior transplantador do Centro-Oeste.
Conforme dados da Central Estadual de Transplantes, mais de 2,4 mil pessoas aguardam na fila para realizar transplantes em Goiás. Desse número, 686 são de casos renais, como os irmãos.
O cirurgião Rodrigo Rosa de Lima reforçou a necessidade de conscientização sobre a doação. “Um único doador pode ajudar até nove pessoas. Mas, no Brasil, a doação só é autorizada se a família concordar após a morte encefálica, mesmo que o desejo tenha sido manifestado em vida”, lembrou.
De acordo com o profissional, atualmente, cerca de 40 mil pessoas fazem hemodiálise no país, mas apenas 7 mil transplantes de rim são realizados por ano. “Temos capacidade para aumentar esse número. Por isso, é fundamental conversar sobre o tema com a família e amigos, para que a vontade de ser doador seja respeitada”, concluiu o nefrologista.
O médico ressaltou que ainda há muitos mitos que dificultam o processo. “Há quem acredite que o corpo fica deformado, que não será possível fazer o velório com caixão aberto ou que é preciso cremá-lo, o que não é verdade. É preciso desmistificar essas questões”, finalizou.
...........................
O HOJE
Brasil amplia uso de saúde digital e atrai novos investimentos
Mercado brasileiro pode atingir US$ 21,9 bilhões até 2030
Em Mato Grosso, mais de 520 mil telediagnósticos foram realizados até outubro de 2025
A expansão da telessaúde e dos telediagnósticos está redefinindo a dinâmica da saúde pública e privada no país. A digitalização dos serviços médicos avança como vetor de eficiência e investimento, especialmente em regiões com carência de especialistas.
Mato Grosso aposta em teleoftalmologia
No Mato Grosso, o programa estadual de saúde digital foi ampliado para incluir um projeto de telediagnósticos voltado à oftalmologia. A proposta é encurtar distâncias e reduzir custos, integrando a Atenção Primária e o atendimento especializado.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, 250 retinógrafos portáteis já foram adquiridos — 75 deles prontos para implantação — capazes de capturar imagens de alta resolução da retina e dos vasos oculares. Os exames são enviados para uma plataforma em nuvem, com laudos emitidos em até 72 horas.
O programa estadual já atua em 42 especialidades médicas e seis tipos de telediagnóstico, entre eles telerretinografia, teledermatologia e tele-ECG. Até outubro de 2025, foram realizados mais de 520 mil telediagnósticos, 12,5 mil teleinterconsultas e 11,7 mil teleconsultorias, com economia estimada em R$ 270 milhões.
Mercado global cresce em ritmo acelerado
A transformação digital também se reflete nos números globais. Segundo levantamento da Precedence Research, o mercado de saúde digital deve movimentar US$ 420 bilhões em 2025, podendo atingir US$ 1,09 trilhão até 2034, com crescimento médio anual (CAGR) de 11,7%.
Outra projeção, da Grand View Research, aponta expansão ainda mais acelerada, chegando a US$ 946 bilhões em 2030, partindo de US$ 288 bilhões em 2024. No Brasil, o setor já movimenta US$ 6,3 bilhões e pode alcançar US$ 21,9 bilhões até 2030, com crescimento anual de 23,2%. A teleassistência é o segmento de maior peso nas receitas.
Eficiência e novos modelos de cuidado
A integração de tecnologias digitais cria oportunidades para o setor. No campo público, os telediagnósticos reduzem deslocamentos, agilizam resultados e melhoram a produtividade das equipes de saúde. No privado, abrem espaço para novos modelos de cuidado, baseados em acompanhamento remoto e atenção preventiva.
Empresas de tecnologia, software e análise de dados também encontram um ambiente de expansão. Estima-se que a teleassistência já represente cerca de 45% do faturamento global da saúde digital.
O mercado global de saúde digital deve alcançar US$ 1,09 trilhão até 2034
Desafios e perspectivas de mercado
Apesar do avanço, o setor ainda enfrenta obstáculos. A interoperabilidade entre sistemas e a segurança dos dados continuam sendo desafios centrais. Mais de 50% dos gestores de saúde relatam preocupação com riscos de violação de informações.
Além disso, a escassez de infraestrutura tecnológica e de capacitação em áreas remotas limita a adoção plena de serviços digitais. A regulação das soluções baseadas em inteligência artificial e a validação clínica de diagnósticos à distância também exigem atenção constante.
Mesmo com esses entraves, o Brasil desponta como ambiente estratégico para a consolidação de plataformas digitais em saúde. Experiências estaduais, como a de Mato Grosso, demonstram ganhos financeiros e operacionais com potencial de replicação nacional.
Negócios em transformação
Para investidores e gestores, a digitalização da saúde representa um campo de oportunidades que une tecnologia, políticas públicas e inovação. O avanço da telemedicina e dos telediagnósticos amplia o mercado para empresas de tecnologia e consultoria, e cria espaço para parcerias público-privadas.
A chamada “nova medicina conectada” já mostra resultados concretos: economia milionária em programas estaduais, maior eficiência no uso de recursos e alcance ampliado dos serviços. O setor caminha para se consolidar como um dos pilares da economia digital brasileira.
..........................
MEDICINA S/A
Crescimento dos planos empresariais supera avanço do emprego formal no Brasil
O número de beneficiários de planos médico-hospitalares coletivos empresariais cresceu 4,1% em agosto de 2025, ante o mesmo mês de 2024, o que representa 1,5 milhão de novos vínculos. No mesmo período, o emprego formal aumentou 3%, com a criação de 1,44 milhão de postos de trabalho. O dado consta da 110ª Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e mostra que a expansão dos planos empresariais superou o ritmo do mercado de trabalho.
Para o IESS, mais do que reforçar a correlação direta entre a geração de empregos no País e o avanço da saúde suplementar, o resultado é um indicativo de que o plano de saúde continua muito atrativo e, possivelmente, esteja sendo usado como um instrumento de atração e retenção de profissionais no mercado de trabalho. O relatório mostra que, segundo o Novo Caged, o estoque de empregos foi puxado principalmente pelos setores de serviços (767 mil vagas) e comércio (315 mil).
“Quando a economia gera empregos, a cobertura em saúde suplementar se expande. O fato de o crescimento dos planos empresariais ter superado o do emprego é um indício, a ser acompanhado e talvez confirmado nos próximos meses, de que o plano de saúde esteja sendo utilizado pelas empresas para atrair e reter talentos diante de um mercado no qual, em muitos setores, há uma crise de oferta de mão de obra qualificada”, pontua José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Nesse momento, o dado é um sintoma de uma possível tendência”, adiciona.
No total, o setor alcançou recorde de 53 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares e 34,7 milhões em planos exclusivamente odontológicos em agosto de 2025. Desse universo, a modalidade coletiva empresarial representa 72,7% dos vínculos médico-hospitalares.
Em relação a agosto do ano passado, o crescimento dos planos médico-hospitalares foi de 1,29 milhão de beneficiários, alta de 2,5%. Os planos individuais, em contrapartida, seguiram em retração, com a saída de 177,4 mil beneficiários (queda de 2%).
Planos odontológicos
O número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos também atingiu recorde histórico, alcançando 34,7 milhões em agosto de 2025, crescimento de 2,9% em relação a agosto de 2024, o equivalente a 987,6 mil novos vínculos.
A NAB também destaca um movimento estrutural de longo prazo: a redução da diferença entre o número de beneficiários de planos médico-hospitalares e odontológicos. Em setembro de 2000, havia 28,8 milhões de vínculos a mais em planos médicos; em agosto de 2025, essa diferença caiu para 18,3 milhões, uma redução de cerca de 10 milhões de vínculos em 25 anos. O resultado reflete o crescimento sustentado do segmento odontológico, impulsionado pela maior conscientização sobre saúde bucal, pela oferta de produtos acessíveis e pela incorporação das coberturas odontológicas nos pacotes corporativos de benefícios.
“Os números confirmam que a saúde suplementar mantém uma trajetória robusta de expansão, ancorada em bases diversificadas de contratação e em um processo contínuo de inclusão de beneficiários. Essa evolução contribui não apenas para o equilíbrio do setor, mas também para a ampliação do acesso à saúde no país”, conclui José Cechin, superintendente executivo do IESS.
............................
AVC mata 1 pessoa a cada 6 minutos e gera custo de quase R$ 1 bilhão em seis anos
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Neste ano, até 1º de outubro, o AVC matou 64.471 brasileiros, de acordo com dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. O cenário equivale a 1 morte a cada 6 minutos. Em todo o ano de 2024, 85.457 pessoas morreram, número superior aos óbitos por infarto: 77.935.
A atenção ao problema será reforçada em 29 de outubro, Dia Mundial do AVC e Dia Nacional de Prevenção ao AVC, que pode acontecer de duas maneiras. Uma delas é o tipo hemorrágico, quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia, que pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o outro tipo, o AVC isquêmico. Esse, ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.
Em um episódio de AVC, cada segundo conta, por isso, é fundamental saber identificar os sintomas. “A cada minuto em que o AVC isquêmico não é tratado, a pessoa perde 1,9 milhão de neurônios. Sinais como fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente, são alertas e o SAMU (192), deve ser imediatamente acionado”, explica a neurologista Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC.
A especialista ressalta que quanto mais rápido o atendimento, menores são as sequelas e o tempo de internação, mas alerta para a desigualdade regional no acesso ao tratamento adequado. “O Brasil precisa expandir a rede de hospitais preparados para o atendimento rápido ao AVC, com equipes treinadas e protocolos bem definidos. Quando conseguimos aplicar terapias específicas, como a trombólise ou a trombectomia mecânica, o impacto positivo é enorme: os pacientes se recuperam mais rápido, diminuem as sequelas e os custos hospitalares caem drasticamente.”
A presidente da Rede Brasil AVC lembra, ainda, que até 80% dos casos podem ser evitados. “O controle da hipertensão, do diabetes e do colesterol, somado a hábitos saudáveis como atividade física regular, alimentação equilibrada e abandono do tabagismo, reduz significativamente a incidência do AVC. Prevenir é mais eficaz e muito menos oneroso do que tratar”, salienta.
Impacto econômico
Se o impacto humano já é alarmante, o custo financeiro do AVC também revela a dimensão do problema. De acordo com levantamento realizado pela Planisa – consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares, entre 2019 e setembro de 2024, as internações por AVC custaram R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões em diárias críticas e R$ 492,4 milhões em diárias não críticas. Em 2024, até setembro, o montante já ultrapassava R$ 197 milhões.
O levantamento analisou 85.839 internações em hospitais, com permanência média de 7,9 dias por paciente, o que resultou em mais de 680 mil diárias hospitalares. Desse total, 25% ocorreram em Unidades de Terapia Intensiva, que possuem custos mais elevados, e 75% em enfermarias não críticas.
“Esses números mostram que o AVC não é apenas um problema de saúde individual, mas um enorme desafio coletivo. Cada morte representa uma vida interrompida, mas também há milhares de pessoas que sobrevivem com sequelas e demandam cuidado contínuo”, diz Sheila. “O impacto reforça a urgência de investir em prevenção, diagnóstico rápido e reabilitação. Se quisermos mudar essa realidade, precisamos olhar para o AVC como uma prioridade nacional em saúde pública”, conclui.
.............................
SAÚDE BUSINESS
Como healthtechs e hospitais cocriam soluções de impacto
Executivos destacam como essa colaboração pode aumentar eficiência, sustentabilidade e impacto no setor.
Startups e grandes instituições de saúde estão cocriando soluções que transformam a forma como o setor enfrenta desafios estratégicos, operacionais e tecnológicos. No painel “Inovação por meio de parcerias: as healthtechs que estão levando os negócios em saúde para outro nível”, realizado no Healthcare Innovation Show 2025, líderes do setor discutiram os caminhos para integrar inovação, métricas claras e alinhamento estratégico em iniciativas de saúde.
O debate evidenciou que inovação em saúde vai além da tecnologia, exigindo alinhamento estratégico, maturidade institucional e clareza de métricas.
“No dia a dia, percebemos quantos desafios isso traz, quantas metodologias são importantes e quanto o alinhamento da estratégia principal com o que a startup está fazendo pode fazer a diferença”, afirmou Rafael Zanatta, Head do Vibbe – Unimed VTPR.
Evolução das healthtechs e maturidade do setor
Istvan Camargo, CIO do Grupo Sabin, analisou a evolução das healthtechs no Brasil, dividida em quatro ondas. O executivo mostrou que a pandemia acelerou a entrada de novos players, mas também gerou uma saturação de soluções pouco conectadas à realidade do setor.
“A saúde cobra esse pedágio da gente, como profissional e como pessoa. Não vai ser fácil para o empreendedor também”, destacou. Camargo reforçou que o momento atual é de depuração e amadurecimento. “Hoje vejo propostas de valor muito mais sofisticadas, com founders mais treinados e nativos em inteligência artificial”, avaliou.
Inovação como ferramenta de sustentabilidade
Guilherme Sanchez, head de Inovação do Harena – Hospital do Amor, trouxe o exemplo da instituição onde atua, que atua em 18 estados e realizou mais de 2 milhões de atendimentos oncológicos gratuitos em 2024.
Com um déficit operacional mensal de cerca de R$ 50 milhões, a instituição aposta na inovação como ferramenta de sustentabilidade.
“A gente traz aplicação de projetos com startups e colaboração com centros de inovação para resolver problemas de saúde pública e buscar sustentabilidade do sistema”, explicou.
Metodologia e métricas para pilotos de inovação
A metodologia do hospital para avaliar pilotos com startups se baseia em três pilares: congruência com a tese de inovação, nível de prontidão tecnológica (TRL) e aderência a métricas.
“Temos sete áreas-chave e cerca de 22 perguntas norteadoras atualizadas anualmente. Se o piloto não é sensível às métricas, ele não tem sucesso”, afirmou Sanchez.
O painel também ressaltou a importância de preparar executivos para receber inovação. O Hospital de Amor criou um board de inovação com 13 líderes e implementou programas internos de letramento e vivência empreendedora.
“Fizemos os colaboradores criarem uma startup, validarem hipóteses, conversarem com usuários. Isso gerou empatia e entendimento real do processo de inovação”, contou Sanchez.
Camargo reforçou que inovar exige uma cultura de risco e aprendizado contínuo. “Inovação é muito mais o cara do ‘não’ do que o cara do ‘sim’. De cada dez conversas que eu começo, uma chega no final. Muitas vezes, quando o executivo não tem essa experiência, começa a gerar frustração”, alertou.
Os três executivos definiram os requisitos para que uma startup eleve o desempenho de uma corporação. “Combinar o jogo. Falar o que se espera daqui 3, 5, 10 anos e ver se há congruência nas metas”, disse Sanchez.
O próximo Healthcare Innovation Show já tem data marcada, 16 e 17 de setembro de 2026, no São Paulo Expo.
...........................
Capital Estratégico dos Dados: o diferencial na Saúde Suplementar
O cenário da saúde suplementar no Brasil é de contínua contradição. Embora a sinistralidade média tenha apresentado melhora nos últimos meses, a sustentabilidade do setor continua enfrentando desafios estruturais. A pressão existente no necessário balanceamento entre custo e eficácia médica é implacável, impulsionada por dois fatores principais: a importante incorporação de novas tecnologias e medicamentos, e a inflação médica, que historicamente supera a inflação geral do país. Este contexto exige uma busca incessante por eficiência operacional e assistencial.
Nesse contexto, os dados assumem o papel de novo capital estratégico. Mais do que registros administrativos, eles se tornam instrumentos decisivos para compreensão de riscos, para a personalização de serviços e criação de vantagens competitivas sustentáveis, sem deixar de atender às exigências dos beneficiários na excelência na prestação de serviços.
As operadoras já dispõem de informações valiosas, como dados do histórico de uso do plano, dados cadastrais, reembolsos, glosas e informações sobre a rede de prestadores. Esses elementos internos permitem compreender a dinâmica de custos e frequências, mas sozinhos apresentam limitações. Quando enriquecidos com dados de fontes externas e públicas, como indicadores de governança empresarial, econômicos, ocupacionais e até de relacionamentos digitais, esses dados ganham uma nova dimensão, transformando-se em um ativo estratégico para tomada de decisão, principalmente quando combinados com inteligência artificial e, obviamente, atendendo às exigências da LGPD.
Por exemplo, é possível entender não apenas o perfil cadastral e histórico de uso dos planos, mas também cruzar informações criminais, financeiras, jurídicas e ainda de vínculos societários para qualificar melhor os prestadores, fornecedores, parceiros ou entender melhor o perfil dos beneficiários.
Essa integração tem aplicações diretas em áreas críticas da saúde suplementar. Na prevenção de fraudes, a análise criteriosa e ágil do cruzamento entre histórico do uso do plano e vínculos entre beneficiários, prestadores e intermediários podem revelar padrões suspeitos que indicam tentativas de enriquecimento ilícito, ou mesmo sinalizar que determinada pessoa é um “laranja” ou até vítima de redes criminosas. A análise precisa ser feita com rapidez e rigor, justamente para separar de maneira justa quem de fato necessita de assistência médica, daqueles que buscam explorar “brechas” do sistema.
Outro campo relevante é a gestão da rede prestadora. Avaliar hospitais, clínicas e profissionais com base em tempo de atividade, taxa de sobrevivência no mercado, governança, perfil dos sócios e histórico de reclamações permite negociar contratos mais sólidos e previsíveis, além de assegurar continuidade e qualidade no atendimento ao beneficiário. A exposição georreferenciada também contribui para identificar sobreposição ou ausência de rede e otimizar a distribuição de recursos, tornando os serviços mais eficientes.
Na experiência do beneficiário, os dados também são transformadores. Ao cruzar informações de perfil de consumo digital com dados internos das operadoras, é possível personalizar jornadas de atendimento, oferecendo canais mais ágeis e adequados ao perfil de cada usuário. Beneficiários com mais facilidade em lidar com tecnologia, por exemplo, podem ser direcionados para soluções digitais-first, enquanto outros perfis podem demandar um atendimento híbrido ou presencial. Essa personalização reduz atritos e aumenta a percepção de valor, evitando, inclusive, que uma jornada de acompanhamento de saúde seja interrompida, o que poderia agravar uma eventual comorbidade e impactar a sinistralidade, cenário este negativo para todos os envolvidos.
Os benefícios são tangíveis: melhoria da margem operacional, fidelização de beneficiários por meio de jornadas mais rápidas e personalizadas e fortalecimento da governança assistencial. Operadoras que conseguem estruturar essa inteligência de dados internos e externos consolidam um relacionamento mais saudável com prestadores, corretores, estipulantes e beneficiários e aumentam a previsibilidade dos riscos.
Naturalmente, esse movimento necessita atenção. O cumprimento da legislação, em especial da LGPD, exige anonimização a depender da aplicação e rígida governança de acesso às informações sensíveis. A integração de múltiplas fontes demanda infraestrutura tecnológica robusta, como data lakes bem estruturados e variáveis pré-consolidadas. Além disso, é necessário investir em cultura orientada a dados, formando equipes capacitadas para transformar informação em decisões executivas.
Trabalhar com parceiros especializados, que compreendem a complexidade do setor e sabem lidar com diferentes jornadas, também se torna fundamental. A empresa que se isola e tenta resolver tudo sozinha provavelmente irá avançar de forma mais lenta e corre o risco de se tornar obsoleta. E, novamente, devo alertar que toda a análise precisa ser criteriosa, ágil e justa.
O futuro da saúde suplementar dependerá, em grande medida, da capacidade das operadoras de transformar dados em vantagem competitiva. A integração entre informações internas, como sinistros, glosas e rede prestadora, e dados externos, que vão de indicadores socioeconômicos a compliance e governança, é o caminho para alcançar previsibilidade, eficiência e melhor experiência ao beneficiário. As empresas que estruturarem esse processo desde já estarão mais preparadas para enfrentar a pressão sobre margens e entregar valor sustentável ao mercado, posicionando-se à frente na próxima fase de transformação do setor.
*Thiago Kovtunin é head de produtos da Neurotech.
......................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico denuncia gestão de UPA por priorizar rapidez e colocar pacientes em risco em Anápolis
Servidora da Secretaria de Saúde de Aparecida é presa por pedir PIX para liberar exame
Alta demanda por remédios para emagrecer pode afetar fornecimento de insulina no SUS
CFM defende proibição de enfermeiros atuarem em abortos legais
Barroso autoriza enfermeiros a realizar aborto legal e proíbe punição
Governo de Goiás facilita acesso a medicamentos de alto custo
Saúde pública do Brasil perde para a de Portugal e do Chile… e ninguém faz nada para melhorá-la
MAIS GOIÁS
Médico denuncia gestão de UPA por priorizar rapidez e colocar pacientes em risco em Anápolis
Município antecipou que vai apurar a questão junto à organização social (OS) responsável pela administração
O médico Edson Veloso Vieira Neto denunciou, nesta sexta-feira (17), ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) que a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra, em Anápolis, pressiona as equipes por produtividade, supostamente colocando a rapidez no atendimento acima da segurança dos pacientes. Como resultado de críticas e reclamações que já havia feito no local, o profissional foi demitido da UPA por mensagem de WhatsApp, na quinta-feira (16). Ao Mais Goiás, o município já antecipou que vai apurar a questão junto à organização social (OS) responsável pela administração.
Segundo Edson, que é neurodivergente (transtorno do espectro autista), a cobrança por “acelerar o passo” gera um ambiente de medo e eleva o risco de erros médicos. No caso dele, devido à condição, a tensão é ainda maior pela falta de previsibilidade. Sobre a demissão, ele afirma que ela ocorreu após fazer críticas internas sobre essa e outras questões ao diretor clínico da unidade. De fato, afirma o profissional, o desligamento aconteceu horas após questionar os critérios de gestão e a performance de outros profissionais.
“Eu estava vendo o que acontecia e expus. Médicos cansados, pressão que sofremos desde a gestão passada. Não sei se é ordem da prefeitura, mas é preciso contratar mais médicos, não pressionar mais”, disse. Segundo ele, o resultado de um atendimento às pressas é que o paciente retorna de forma precoce, pois não tem a situação resolvida. As cobranças e pressões partiam, sobretudo, do diretor clínico. Além disso, existe uma técnica em enfermagem no local apenas para cobrar os profissionais. “Fica por conta de cobrar pela produção.”
Vale lembrar que, no último mês, o Cremego publicou, por meio do Diário Oficial da União, nova resolução com a previsão de que a definição do tempo necessário para cada atendimento médico cabe exclusivamente ao profissional responsável. A medida “garante respaldo ético para que o médico atue com independência técnica, respeitando as necessidades clínicas de cada paciente”, conforme a entidade.
Esta surgiu após, em março deste ano, a Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS) enviar um termo instrutivo que sugeria aos médicos da rede pública atender quatro pacientes por hora, resultando em uma média de 15 minutos para cada consulta. Em agosto, o Cremego realizou um fórum para debater a carga horária nos serviços de saúde e autonomia médica, onde reforçou que este tempo é uma base, mas não precisa ser seguido estritamente. Além disso, elaborou a minuta da resolução, à época.
O Mais Goiás solicitou uma resposta à prefeitura de Anápolis, que apura a situação junto à OS. Esta matéria poderá ser atualizada, caso haja retorno.
Já o Cremego se manifestou por nota. Confira:
“Todas as denúncias recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ou das quais toma conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Sobre o tempo de consulta, o Cremego publicou, no dia 19 de setembro, a Resolução nº 118/2025, que trata diretamente da autonomia médica e estabelece diretrizes éticas voltadas à valorização da boa prática da medicina.
Em vigor desde sua publicação, a resolução deixa claro que a definição do tempo necessário para cada atendimento médico cabe exclusivamente ao médico responsável. A medida garante respaldo ético para que o médico atue com independência técnica, respeitando as necessidades clínicas de cada paciente.
O presidente do Cremego, Rafael Martinez, afirma que a nova norma representa um marco importante para a categoria. “É com grande satisfação e um senso de dever cumprido que o Conselho entrega essa resolução aos médicos e à sociedade. Ela ampara a boa medicina e reforça a autonomia do profissional ao deixar claro que quem julga o tempo necessário para cada atendimento é o médico”, destaca.
A Resolução Cremego nº 118/2025 está disponível na íntegra no Diário Oficial da União. Acesse e confira: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-cremego-n-118-de-21-de-agosto-de-2025-657079323.”
.................................
Servidora da Secretaria de Saúde de Aparecida é presa por pedir PIX para liberar exame
A servidora admitiu ter solicitado o pagamento à vítima, confirmando o teor das conversas e reconhecendo a cobrança indevida
Uma servidora do Centro de Atendimento Integrado de Saúde (CAIS) Colina Azul, em Aparecida de Goiânia, foi presa em flagrante suspeita de corrupção passiva ao pedir PIX para liberação de exames. A prisão aconteceu na quinta-feira (16/10). As informações são da Polícia Militar (PM).
A corporação foi acionada por uma paciente que denunciou a tentativa de cobrança para a realização de um exame que é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o registro da ocorrência, a paciente procurou o CAIS Colina Azul para realizar um exame médico. Inicialmente, a servidora Andressa Gonzaga Moreira informou a falta de vagas, prometendo tentar um encaixe posterior.
Cerca de 24 horas depois, a servidora iniciou uma comunicação com a paciente via aplicativo WhatsApp. Nas conversas, que ocorreram na manhã desta quinta-feira, a servidora afirmou ter conseguido viabilizar o exame. No entanto, exigiu que a mulher efetuasse um depósito via Pix correspondente à metade do valor cobrado por um laboratório particular para liberar o encaminhamento.
Desconfiada da exigência, uma vez que o serviço deveria ser público e gratuito, a paciente retornou à unidade de saúde para esclarecer a situação pessoalmente. A servidora, contudo, manteve a cobrança, condicionando a liberação do exame ao pagamento e negando o atendimento caso o valor não fosse depositado.
Diante da recusa e da conduta da servidora, a vítima acionou a Polícia Militar via 190. A guarnição da PM se deslocou ao CAIS Colina Azul, onde analisou as capturas de tela das conversas de WhatsApp apresentadas pela paciente. Durante a abordagem, a servidora admitiu ter solicitado o pagamento à vítima, confirmando o teor das conversas e reconhecendo a cobrança indevida em razão de seu cargo público.
Considerando os fatos e a possível caracterização do crime de concussão (Art. 316 do Código Penal Brasileiro), a servidora e a vítima foram conduzidas à Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia. Após análise preliminar dos elementos, a autoridade policial deliberou pela lavratura do auto de prisão em flagrante contra Andressa Gonzaga Moreira.
Em nota oficial, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) informou que, assim que tomou conhecimento dos fatos, adotou medidas administrativas imediatas como demissão e abertura de procedimento interno para averiguar o ocorrido. A SMS também assegurou que está em contato com as autoridades policiais e colabora integralmente com as investigações para o completo esclarecimento do caso.
............................
METRO 1
Alta demanda por remédios para emagrecer pode afetar fornecimento de insulina no SUS
Indústria prioriza produção de medicamentos mais lucrativos
A crescente procura por remédios para emagrecimento, como Ozempic e Mounjaro, pode estar afetando o fornecimento de insulina no SUS. A priorização da indústria farmacêutica na produção desses medicamentos pode estar dificultando o acesso à insulina registrada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Parte da insulina distribuída pelo SUS não tem registro na Anvisa. O Ministério da Saúde entregou 46 milhões de unidades, em 2025, de um total previsto de 67 milhões, com certificação apenas de agências internacionais. A medida, emergencial, tem sido criticada por representantes da indústria nacional.
A escassez estaria ligada à alta demanda por insumos usados tanto na produção de insulina quanto nos emagrecedores. Empresas como Novo Nordisk (produtora do Ozempic) e Eli Lilly (fabricante do Mounjaro), que produzem remédios para diabete, estariam priorizando o mais lucrativo mercado de obesidade.
Já laboratórios como EMS alegam enfrentar barreiras para vender insulina ao SUS.
Segundo documentos obtidos pela reportagem da Folha de São Paulo, as empresas afirmam que a demanda é alta, mas o preço pago pelo governo é baixo, o que desestimula a produção.
A Novo Nordisk, também fabricante dos medicamentos para emagrecimento, declarou estar modernizando suas linhas para diabete e que “não há relação entre a produção dos emagrecedores e o fornecimento de insulina”. Afirmou também que, em 2024, antecipou cerca de 90% das entregas previstas para 2025. Ainda assim, em 2025, forneceu apenas 20 milhões de unidades, menos de um terço do total distribuído pelo Ministério da Saúde, segundo dados via Lei de Acesso à Informação.
O Ministério da Saúde atribuiu a queda no fornecimento à escolha das farmacêuticas por produtos mais rentáveis: “A redução da oferta de insulina no Brasil e no mundo ocorre, principalmente, pela prioridade que as empresas estão dando a produtos mais rentáveis, como as canetas emagrecedoras”.
Em resposta, o governo informou estar investindo na produção nacional de insulina, com a meta de fabricar 45 milhões de doses por ano em parceria com laboratórios da Índia e China. Estuda também substituir a insulina humana atualmente usada no SUS por uma análoga, mais moderna, mas de aplicação ainda limitada na rede pública.
...............................
AGÊNCIA BRASIL
CFM defende proibição de enfermeiros atuarem em abortos legais
Em nota aos “médicos e à população”, neste domingo (19), o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, concordou com votos de ministros do Supremo Tribunal Federal contra a liminar de Luís Roberto Barroso que autorizaria enfermeiros a atuarem em procedimentos de abortos legais.
No Brasil, a realização de abortos está previsto em lei nos casos de estupro, risco à saúde da gestante e de fetos anencéfalos. No sábado, o STF formou maioria para derrubar decisão do ex-presidente do STF, que se aposentou nesta semana.
A primeira divergência ao voto de Barroso foi do ministro Gilmar Mendes. O voto dele foi acompanhado por Cristiano Zanin, Flávio Dino, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
"Médicos o suficiente"
Na nota, o presidente do CFM acrescentou que espera que no julgamento do mérito, os ministros mantenham a posição. Ele argumenta que existem médicos em quantidade suficiente para atender às “políticas públicas de saúde determinadas pelo Estado”.
José Gallo entende que as decisões do Judiciário devem levar em conta o que está previsto no “ato médico”, que é a Lei 12.842, de 2013.
“Isso ocorre por serem os médicos preparados para o diagnóstico e prognóstico de doenças, bem como para atuar de modo intempestivo na ocorrência de evento adverso”.
O presidente do CFM defendeu que a autorização de profissionais de “outras categorias” a atuarem em procedimentos desse tipo pode provocar “situações imprevisíveis, com desfechos indesejados, por conta da ampliação dos riscos (...)”.
Liminar de Barroso
Na liminar expedida por Barroso, na sexta, o ministro defendeu que profissionais de enfermagem não deveriam ser punidos em caso de atuação nos procedimentos para o aborto legal.
“Não era possível ao legislador da década de 1940 antever que a tecnologia evoluiria a ponto de a interrupção da gravidez poder ser realizada de maneira segura por profissionais que não são médicos”, ponderou o ministro. Para ele, o “anacronismo da legislação penal” não deveria impedir os “direitos fundamentais consagrados pela Constituição”.
O ministro, na sexta, também determinou a suspensão de processos penais e administrativos abertos contra enfermeiros e a proibição da criação de obstáculos para realização do aborto legal. A decisão do ministro passou a valer, mas precisava ser referendada pelo plenário da Corte.
A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para comentar a liminar e votos de ministros do STF.
..........................
A REDAÇÃO
Barroso autoriza enfermeiros a realizar aborto legal e proíbe punição
Processos contra profissionais serão suspensos
Brasília - O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (17/10) que enfermeiros e técnicos em enfermagem podem auxiliar na realização de abortos que estão previstos em lei, como casos de estupro, risco à saúde da gestante e de fetos anencéfalos. O ministro também garantiu que os profissionais não podem ser punidos.
Os anúncios foram proferidos em duas ações protocoladas por entidades que apontaram precariedade da saúde pública na assistência de mulheres que buscam a realização de aborto legal em hospitais públicos.
Com a decisão, Barroso entendeu que enfermeiros e técnicos em enfermagem podem atuar na interrupção da gestação. Para o ministro, a atuação deve ser compatível com o nível de formação profissional em relação a casos de aborto medicamentoso na fase inicial da gestação.
Para garantir que os profissionais não sejam punidos, o ministro estendeu a aplicação do Artigo 128, do Código Penal, aos enfermeiros e técnicos. O texto diz que os médicos não podem ser punidos no caso de aborto para salvar a vida da gestante e de estupro.
“No presente caso, não era possível ao legislador da década de 1940 antever que a tecnologia evoluiria a ponto de a interrupção da gravidez poder ser realizada de maneira segura por profissionais que não são médicos. Não se pode permitir, todavia, que o anacronismo da legislação penal impeça o resguardo de direitos fundamentais consagrados pela Constituição”, justificou Barroso.
O ministro também determinou a suspensão de processos penais e administrativos abertos contra enfermeiros e a proibição da criação de obstáculos para realização do aborto legal. A decisão precisará ser referendada pelo plenário da Corte.
Mais cedo, Barroso também votou pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. Os votos representaram os últimos posicionamentos do ministro no Supremo. A partir deste sábado (18/10), Barroso deixará a Corte após anunciar aposentadoria antecipada do cargo.
.....................................
Governo de Goiás facilita acesso a medicamentos de alto custo
Avisos chegam via WhatsApp
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) criou um sistema inovador para notificações dos usuários do Centro Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (CEMAC/JB). As mensagens automáticas são enviadas via WhatsApp sempre que houver atualizações em etapas específicas do processo de solicitação de medicamentos no Sistema de Dispensação de Medicamentos Especiais (SDME).
A nova ferramenta elimina a necessidade de deslocamentos desnecessários ou contatos telefônicos para verificação do andamento dos processos. “A iniciativa representa mais um avanço na digitalização dos serviços públicos, tornando o acompanhamento dos processos mais ágil, transparente e acessível para os pacientes que dependem de medicamentos de alto custo”, avalia o secretário da SES, Rasível Santos.
As mensagens serão enviadas pelo número oficial (62) 3201-3797 e têm caráter meramente informativo, alertando os pacientes sobre movimentações em suas solicitações, com orientações para consultar detalhes no Portal Expresso através do link https://www.go.gov.br/expresso.
"Nosso intuito é aprimorar a comunicação com os pacientes, oferecendo praticidade e transparência. Com esse recurso, o cidadão é informado de forma rápida sobre movimentações no seu processo, podendo acompanhar tudo on-line", destaca a diretora geral do CEMAC Juarez Barbosa, Viviane de Cássia Troncha.
*Sistema seguro*
As mensagens seguem um formato padronizado e genérico, garantindo uniformidade na comunicação. O conteúdo é automatizado e não requer resposta dos usuários. Um exemplo da mensagem recebida: "Sr.(a) MARIA, o Canal Saúde Goiás informa que houve uma atualização na sua solicitação de medicamento de alto custo junto ao CEMAC Juarez Barbosa. Por favor acesse o portal do SDME Expresso e visualize mais informações de atualização do status da sua solicitação."
O novo recurso integra as ações de modernização e digitalização dos serviços oferecidos pelo Governo de Goiás consolidando o compromisso do estado com a inovação tecnológica aplicada à saúde pública. A iniciativa busca melhorar significativamente a experiência do usuário e garantir maior eficiência na gestão dos processos de dispensa de medicamentos.
.............................
JORNAL OPÇÃO
Saúde pública do Brasil perde para a de Portugal e do Chile… e ninguém faz nada para melhorá-la
Portugal gasta três vezes mais que o Brasil e o Chile gasta o dobro com a saúde pública. E por que é assim? Falta dinheiro aqui? Não falta — sobra
Não há melhor aprendizado do que o da experiência pessoal. A experiência dos que nos são próximos também é valiosa e segue-se depois, como mais eficiente, o que se aprende por estudos sérios ao longo da existência.
Na vivência pessoal, na família e nos estudos, moldamos o conhecimento que nos orientará na vida.
Segue-se, como corolário, que quem não estudou, não bebeu da sabedoria materna ou paterna, e apenas viveu, terá deficiente capacidade de escolha em sua vida. Se tiver influência nos rumos de outras pessoas, levará muitos para o mau caminho. O leitor sabe do que falo.
Pretendo, nas linhas que se seguem, falar um pouco do que aprendi de nossa saúde pública.
Tenho observado, principalmente nos últimos anos, que amigos e conhecidos, os de menores posses principalmente, têm passado por grandes angústias quando buscam o serviço público de saúde, nessa nossa Pátria Amada.
Vejo com pesar e preocupação que a saúde no Brasil, se comparada no contexto mundial, é de envergonhar.
Tenho pena dos humildes, que só a ela podem recorrer nos momentos de aflição, e que encontram suas portas fechadas. E nada vejo, nos últimos 20 anos, de mudança para melhor. Ao contrário.
Na Saúde Pública, falo por observar de perto, até uma consulta não costuma ser fácil. Um procedimento simples, como reduzir uma fratura e aplicar um gesso, pode se transformar em um drama. Uma cirurgia de urgência pode se transformar em tragédia, como pode ocorrer com a necessidade de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Conseguir um medicamento importante pode demandar anos, enquanto o paciente definha. Esgoto a céu aberto e falta de água tratada são constantes ameaças às nossas crianças.
Por conhecimento pessoal, vejo que países não ricos como França ou Alemanha, mas relativamente pobres, como Portugal, ostentam serviços excelentes de saúde pública, com instalações simples, mas funcionais, com atendentes e enfermeiros competentes e educados e médicos qualificados, e com serviços prestados a tempo e a hora.
Não poderíamos ter um Serviço de Saúde nos moldes do português? É de se perguntar. E a resposta é sim.
E se perguntarmos por que não temos, a resposta também não é difícil de se encontrar. Veja o leitor o quadro abaixo, que contempla três países selecionados: nosso Brasil, um vizinho latino-americano, o Chile, e nosso avozinho, Portugal, que mencionei aqui, por conhecer sua saúde pública e ser, até, em termos europeus, um país pobre.
O quadro nos mostra coisas ao mesmo tempo tristes e interessantes, para os brasileiros:
1
Nossos bebês morrem, em média — que tristeza! — cinco vezes mais que os bebês portugueses e duas vezes e meia mais que os nenéns chilenos, como mostra a coluna 4.
2
Nossos velhinhos, nossos pais e avós, vivem quatro ou cinco anos menos que os velhinhos chilenos ou portugueses, como se vê na coluna 5.
Uma coisa e outra, que têm tudo a ver com saúde pública, se explicam pela coluna 3: Portugal gasta três vezes mais que o Brasil e o Chile gasta o dobro, com a saúde pública. E por que é assim? Falta dinheiro aqui? Fatos são fatos, e listamos alguns para os leitores:
A — Embora os gastos públicos sejam exagerados no Brasil, com sua máquina de governo gigantesca, esses gastos não se dirigem à população carente e aos serviços que beneficiam a sociedade, como acontece, por exemplo, com Portugal.
No Brasil, a prioridade é gastar com a elite, e com os “companheiros” do governo, ainda que faltem recursos para saúde e educação.
Enquanto o Brasil gasta com a Justiça 1,60 % do PIB, principalmente com os salários da cúpula, Portugal gasta 0,35%, menos que a quarta parte.
Um deputado português recebe por mês a quantia inferior a 5 mil euros, ou seja, algo como 30 mil reais, enquanto nossos deputados, com suas vantagens inexplicáveis, chegam ao dobro disso, ou mais.
Emendas parlamentares pouco ou nada fiscalizadas correspondem a enormes quantias levadas para lugares incertos e não sabidos. Bilhões contemplam um Fundo Partidário que beneficia parlamentares sem nenhuma contrapartida social.
B — O Poder Executivo usa e abusa do dinheiro público nos cartões de crédito corporativos (são mais de 5.000), nos ministérios inúteis (são 40, quando bastariam 14 ou 15), nos funcionários, bolsistas e pescadores fantasmas, nas viagens em jatos da FAB, nos programas sociais feitos para ganhar eleições consumindo bilhões de reais, nas verbas generosas para comprar a voz dos artistas.
As viagens presidenciais são hoje faustosas, com uma primeira-dama deslumbrada e mais de uma centena de acompanhantes do Presidente em cada viagem ao exterior, acompanhantes esses, também esquerdistas deslumbrados, lambuzando-se de dinheiro público nos hotéis mais caros do mundo, nas viaturas de luxo, nos restaurantes frequentados pelos milionários internacionais. Bilhões são gastos para comprar uma imprensa desinformativa, que esconde o que atinge o Governo e publicar elogios a ele.
C — Uma montanha de dinheiro de impostos, que seria bem-vinda na Saúde Pública, sai pelo ralo na corrupção, nos mensalões, petrolões, roubos no INSS e nas empresas públicas.
D — Quantias fabulosas, tiradas do trabalhador brasileiro foram entregues, de mão beijada, para “companheiros” esquerdistas no exterior, embora façam falta aqui dentro, e nunca serão devolvidas. Vide Porto de Mariel, em Cuba, aeroporto em Moçambique, bilhões entregues à Venezuela, para citar alguns poucos exemplos.
E — Os programas sociais, se cumprissem sua finalidade de socorro aos carentes, por certo custariam uma fração do que custam e dariam resultados melhores.
Mas o que ocorre: os programas sociais do governo não são temporários, como deveriam — eternizam a dependência, encabrestam votos e promovem a vadiagem.
Não estimulando o trabalho e criando hordas de permanentes e verdadeiros mendigos do dinheiro público, sobrecarregam os verdadeiros trabalhadores e promovem o desperdício – justamente dos recursos que fazem falta na saúde (para não dizer na educação e na segurança). Aqui, até bandido tem “bolsa”.
Por essas e por outras, com tantas “prioridades companheiras”, não sobra muito dinheiro para o que atende a sociedade carente. Por isso, não temos saúde pública que preste.
.............................................
Assessoria de Comunicação
Presidente da Ahpaceg prestigia cerimônias de homenagens a médicos
Escrito por Administrador
O presidente da Ahpaceg, Renato Daher, prestigiou homenagens a médicos goianos em cerimônias alusivas ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro.
Na quinta-feira (16), ele esteve presente na entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico, concedida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) a 20 médicos com mais de 35 anos de atuação e conduta ilibada.
Dentre os homenageados, estavam os médicos ginecologistas e obstetras Clidenor Gomes Filho e Sebastião Mesquita, da associada Maternidade Ela, e o oftalmologista Eurípedes Figueiredo Alessandri, do também associado Instituto Panamericano da Visão.
Nesta sexta-feira (17), foi a vez de prestigiar a entrega da Comenda Nabyh Salum pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) a médicos que se destacam no exercício da medicina.
Um dos homenageados foi Valney Luiz da Rocha, ex-presidente e ex-diretor da Ahpaceg, indicado pela Associação para o merecido recebimento da comenda. Outro homenageado foi Sérgio Daher, do associado CRD Medicina Diagnóstica. Tanto Sérgio quanto Valney também integram o corpo clínico do associado Hospital de Acidentados.
Associado HCAR conquista Selo ESG no Conahp 2025
Escrito por AdministradorO associado Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR) foi reconhecido no Conahp 2025 com o Selo ESG, conferido pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) a seus associados que se destacam por boas práticas de sustentabilidade e governança baseadas nas diretrizes dos pilares Ambiental (E), Social (S) e de Governança (G), que guiam o conceito internacional ESG.
O Selo ESG foi entregue a 11 hospitais brasileiros, sendo o HCAR o único goiano.
Gustavo Gabriel Rassi, diretor do Hospital do Coração Anis Rassi, recebeu o documento entregue pelo diretor executivo da Anahp, Antônio Britto, e pelo diretor de relações governamentais, Marco Aurélio Ferreira.
A conquista reafirma o compromisso do hospital com a excelência ambiental, social e de governança e reforça a importância do ESG como um conjunto de princípios que orienta as instituições na construção de uma gestão mais ética, sustentável e voltada ao bem-estar coletivo, fortalecendo a confiança e a relevância das organizações no cenário atual. (Com informações: HCAR)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Família ainda não sabe o que provocou o óbito
https://www.youtube.com/watch?v=GeR31d7RKv8
Senado avança com proposta que proíbe aborto legal após 22 semanas de gestação
Unimed Federação Centro Brasileira conquista recertificação Prata no Selo ESG da Unimed do Brasil
https://empauta.com/u/E9567JHYGQSM
Saúde mental ganha protagonismo na escolha de planos de saúde
Reforma tributária e os regimes diferenciados para medicamentos
https://medicinasa.com.br/reforma-tributaria-consumo/
Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
https://medicinasa.com.br/incentivos-mercado-medicina/
Entre o público e o privado, o Brasil busca um novo pacto pela saúde
TV RECORD
Família ainda não sabe o que provocou o óbito
https://www.youtube.com/watch?v=GeR31d7RKv8
..............................
INFOMONEY
Senado avança com proposta que proíbe aborto legal após 22 semanas de gestação
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou, na quarta-feira (15), uma proposta que proíbe a realização de aborto legal após a 22ª semana de gestação, mesmo nas situações atualmente permitidas pela legislação e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.
O texto, aprovado de forma simbólica, ainda precisa ser analisado pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir ao plenário. A proposta altera o Código Civil e estabelece que, após a 22ª semana, o nascituro tem direito “inviolável ao nascimento sadio e harmonioso”.
Pela redação aprovada, a partir da 23ª semana de gestação, o aborto será substituído por antecipação de parto, inclusive em casos de risco grave à vida da mãe. Nessas situações, o texto determina que devem ser feitos “esforços para manter a vida do feto”. O projeto também prevê que o Estado deve defender os direitos do feto por meio de curadores especiais e da Defensoria Pública.
A proposta é de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), relator do texto e aliado da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da comissão.
Atualmente, a legislação brasileira criminaliza o aborto, mas prevê exceções quando há risco à vida da gestante ou gravidez decorrente de estupro. Desde 2012, o STF também autoriza o aborto em casos de anencefalia fetal.
Nenhuma norma federal, porém, define um limite de semanas para o procedimento, embora decisões judiciais e pareceres do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina (CFM) venham impedindo a realização após a 22ª semana.
Em 2023, o STF iniciou o julgamento da descriminalização do aborto até 12 semanas, em ação relatada pela ministra Rosa Weber, que votou a favor. O julgamento foi suspenso após pedido de destaque do então presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e permanece suspenso até então.
....................................
AGÊNCIA UNIMED
Unimed Federação Centro Brasileira conquista recertificação Prata no Selo ESG da Unimed do Brasil
A Unimed Federação Centro Brasileira conquistou a recertificação do Selo ESG Unimed na categoria Prata, reafirmando seu compromisso contínuo com a sustentabilidade e com uma cultura organizacional alinhada às boas práticas ambientais, sociais e de governança. A recertificação em 2025, concedida pela Unimed do Brasil, reconhece que a Federação deu continuidade às ações que a levaram à sua primeira certificação em 2024.
O Selo ESG Unimed é uma iniciativa da Unimed do Brasil que avalia e reconhece o desempenho das cooperativas e hospitais do Sistema Unimed no cumprimento de diretrizes ligadas aos pilares Ambiental (E), Social (S) e Governança (G), fundamentos que guiam o conceito internacional ESG. As certificações são concedidas em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Diamante, conforme o nível de maturidade e pontuação atingida pelas cooperativas e hospitais do Sistema Unimed.
A recertificação evidencia a consolidação do trabalho da Federação com uma gestão comprometida com o desenvolvimento sustentável, a ética corporativa e o fortalecimento do cooperativismo.
Entre os destaques da atuação da Federação estão os cursos, workshops e eventos realizados periodicamente para a capacitação contínua das equipes e o alinhamento das diretorias às diretrizes ESG. Além disso, a Federação desenvolve ações sociais, por meio de projetos como o Tampatas, que promove a arrecadação de tampas plásticas para serem revertidas em recursos destinados à castração de animais abandonados, uma ação que une cuidado com o meio ambiente e sensibilidade social.
Essa recertificação, mais do que um reconhecimento, é reflexo de uma missão institucional sólida da Federação de oferecer serviços de excelência com responsabilidade, transparência e compromisso com um futuro mais sustentável. Para a Federação, integrar as práticas ESG ao cotidiano de suas ações e dos serviços prestados às Unimeds federadas é um caminho estratégico para a evolução do modelo de negócio e para o fortalecimento da marca Unimed, que cada vez mais se posiciona como referência em responsabilidade social corporativa.
A recertificação Prata no Selo ESG é, portanto, mais do que uma conquista institucional. É a confirmação de que a Unimed Federação Centro Brasileira segue na direção certa, unindo valores cooperativistas, responsabilidade e inovação para transformar realidades e construir um amanhã mais justo, equilibrado e sustentável.
........................
JORNAL DO BRÁS
Saúde mental ganha protagonismo na escolha de planos de saúde
Amparo psicológico e psiquiátrico com cobertura ampliada e rede próxima reforça importância do cuidado emocional na saúde suplementar
O cuidado com a saúde mental passou a ocupar um espaço central na vida dos brasileiros e, cada vez mais, influencia a escolha dos planos de saúde. A ampliação das coberturas obrigatórias pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em vigor desde 2022, garantiu mais previsibilidade e segurança para quem necessita de acompanhamento psicológico ou psiquiátrico contínuo. A medida reforçou a importância do tema e contribuiu para que beneficiários e empresas passassem a valorizar operadoras com rede credenciada próxima e acesso facilitado a terapias.
Segundo o Mapa Assistencial da ANS, os planos de saúde realizaram 1,94 bilhão de procedimentos em 2024, incluindo consultas, exames e terapias, um reflexo da demanda crescente por atenção integral e pela valorização do bem-estar emocional. O avanço acompanha o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivam com algum transtorno mental, sendo ansiedade e depressão as condições mais recorrentes. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que esses quadros estão entre as principais causas de afastamento do trabalho, reforçando a importância de políticas de cuidado contínuo.
Para o diretor comercial da GoCare Saúde, Gustavo Normanha, o tema passou a ser decisivo também na relação entre empresas, operadoras e beneficiários. “A cobertura psicológica mudou a percepção do usuário sobre o que é um bom plano”, afirma Gustavo. “Hoje, ele quer saber se o atendimento é próximo, se a autorização é rápida e se o tratamento tem continuidade garantida. O benefício está no uso efetivo, não apenas no contrato”, reforça o executivo. Ele destaca que, na Baixada Santista, onde a GoCare concentra uma boa parte de sua base de clientes, a busca por terapias e acompanhamento influencia a forma como os planos são estruturados.
Com sede em Campinas e forte atuação regional, a GoCare Saúde comercializa planos coletivos empresariais e por adesão e tem reforçado a presença de clínicas e parceiros especializados em saúde mental na Baixada. “O bem-estar emocional se tornou parte da rotina de cuidados. Nosso papel é facilitar esse acesso, com rede próxima e processos mais ágeis, para que o beneficiário encontre suporte real no momento em que mais precisa”, finaliza Normanha.
.............................
MEDICINA S/A
Reforma tributária e os regimes diferenciados para medicamentos
A Lei Complementar nº 214, de 16 de janeiro de 2025, reorganiza a tributação sobre o consumo no país e inaugura um desenho normativo que combina simplificação com mecanismos de transparência e de redução de litigiosidade. Para o setor de medicamentos, a norma cria regimes diferenciados que podem resultar em queda efetiva de preços — desde que observadas condições de repasse e de regulação. Para as empresas, a adaptação exigirá ajustes operacionais, revisões contratuais e monitoramento regulatório permanente.
A reforma mitiga a fragmentação que marcou o antigo sistema, marcado por elevada carga, custos de conformidade, insegurança jurídica e disputas federativas. O novo modelo estrutura a incidência em três tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada por Estados, Municípios e Distrito Federal; a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da União; e o Imposto Seletivo (IS), direcionado a produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. O desenho foi orientado por quatro pilares: simplificação (unificação de tributos), justiça fiscal (redução da regressividade), estímulo econômico (ambiente pró-investimento) e transparência (clareza sobre a carga efetiva).
No eixo federativo, a LC nº 214/2025 enfrenta a guerra fiscal ao substituir benefícios pulverizados por Regimes Diferenciados de Tributação, com reduções de alíquotas de 30%, 60% e até 100% para setores essenciais ou estratégicos. A lógica é dar tratamento favorecido com critérios objetivos, reduzindo distorções concorrenciais e a necessidade de contencioso para sustentar incentivos locais. Para empresas que operavam com mosaicos de benefícios, o desenho tende a simplificar decisões locacionais e a previsibilidade de custos.
Nesse sentido, as empresas deverão revisar a logística, considerando sua relevância em razão da alteração para o princípio do destino. Muitos atacadistas abriram centros de distribuição em estados em razão dos benefícios fiscais que serão extintos com a reforma tributária. Também é importante que a empresa verifique se o benefício utilizado atualmente se enquadra nos requisitos para habilitação no fundo de compensação dos benefícios fiscais, que se inicia em janeiro de 2026 e encerra em 2028.
O setor de medicamentos recebeu dois tratamentos específicos. O primeiro, de redução de 60% da alíquota, abrange medicamentos registrados na Anvisa (incluídos os manipulados), dispositivos médicos e de acessibilidade, serviços de saúde e composições para nutrição enteral e parenteral. Para fruição, a lei condiciona a adesão a Compromisso de Ajustamento de Conduta com a União e o Comitê Gestor do IBS ou ao cumprimento da regulação de preços pela CMED, conforme o § 2º do art. 9º. O segundo, de isenção total (100%), aplica-se a lista taxativa constante dos anexos da lei. Nesse ponto, é importante destacar que o PLP 108, ainda em andamento, busca alterar a existência de uma lista taxativa.
A lista inicial de itens com redução de 60%, que no PLP nº 68/2023 chegou a abarcar cerca de 850 itens, foi revista na versão final da LC nº 214/2025. Já a lista de isentos será atualizada a cada 120 dias pelo Ministério da Fazenda e pelo Comitê Gestor do IBS, com participação do Ministério da Saúde, com objetivo de incorporar novas composições sem suprimir as já contempladas. Para a indústria, distribuidores e varejo farmacêutico, isso exige governança tributária para acompanhar revisões, recalcular preços e ajustar cadastros fiscais e sistemas de faturamento.
Do ponto de vista prático, as mudanças tendem a simplificar a apuração e a reduzir obrigações acessórias redundantes, com impacto direto no custo de conformidade. Na cadeia farmacêutica, a previsibilidade dos créditos e a eliminação de controvérsias — como cumulatividade do ISS, incidência concentrada em etapa única e divergências entre crédito físico e financeiro — favorecem o planejamento de margens e a renegociação de contratos de fornecimento. Empresas com portfólios amplos precisarão reclassificar seus estoques, revisar políticas comerciais e cláusulas de reajuste para refletir o tratamento diferenciado de IBS/CBS.
Persistem, contudo, incertezas jurídicas e operacionais. A lei demanda regulamentação sobre operacionalização dos Regimes Diferenciados, mecanismos de verificação da repercussão da desoneração e governança entre Comitê Gestor do IBS, Ministério da Fazenda e CMED. Eventuais revisões periódicas de listas e critérios podem gerar variações de preço e necessidade de ajustes sistemáticos de estoque e de contratos. Além disso, a calibragem do IS sobre itens nocivos impõe avaliação de portfólios com potenciais reclassificações. Até que as normas infralegais estejam maduras, recomenda-se prudência na precificação e provisões de risco.
Do ponto de vista estratégico, a reforma procura reduzir a litigiosidade e fortalecer a segurança jurídica — metas condicionadas à regulamentação e à aplicação uniforme das novas regras. Para capturar eventuais ganhos, as empresas devem mapear enquadramentos de produtos e serviços, implementar governança para monitorar atualizações de listas, integrar as áreas tributária, regulatória e de pricing e documentar repasses. A transição requer plano de comunicação com a cadeia e treinamento das equipes fiscal, vendas e compras.
Em síntese, a LC nº 214/2025 inaugura um ciclo de racionalidade fiscal com potencial de ampliar competitividade e acesso a medicamentos, desde que empresas implementem controles para assegurar a repercussão dos benefícios e a conformidade regulatória. A etapa normativa que se segue — voltada à operacionalização e à coordenação entre órgãos — será decisiva para transformar expectativa de simplificação em queda concreta de custos e em estabilidade de preços ao consumidor.
*Andressa Sehn é sócia-líder da área de Entidades do escritório Rafael Pandolfo Advogados Associados.
.........................
Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
Nos últimos anos, tenho observado um fenômeno curioso: profissionais de outras áreas, principalmente mulheres advogadas, engenheiras ou atuando em diferentes campos, migrando para a medicina. Essa decisão, em muitos casos, reflete duas motivações principais: ou uma vocação genuína para cuidar das pessoas, ou a expectativa de melhor remuneração.
Infelizmente, a segunda motivação é a mais comum. E aqui reside um equívoco fundamental: muitos não compreendem a dinâmica de oferta e demanda do mercado médico. Não é erro individual, mas consequência de um cenário estrutural.
Nos últimos 20 anos, o Brasil assistiu a um crescimento exponencial do número de faculdades de medicina. Em 2005, existiam 143 instituições; hoje, são 448, um aumento superior a 200%. A oferta anual de vagas atingiu 48.491 em 2025. Segundo projeções da Demografia Médica no Brasil 2025, o país deve alcançar 1.152.230 médicos em atividade até 2035, o que corresponde a cerca de 5,25 médicos por 1.000 habitantes, aproximadamente 1 médico para cada 190 brasileiros, considerando uma população estimada de 219,5 milhões.
O impacto disso no mercado de trabalho é imediato. Plantões que antes pagavam de R$1.000 a R$1.500, hoje chegam a R$500. A tendência é que os valores continuem caindo, à medida que milhares de médicos se formam a cada semestre. Para entrar em um mercado cada vez mais competitivo e mal remunerado, muitos desses jovens assumem endividamentos significativos, já que algumas graduações chegam a custar mais de um milhão de reais por aluno.
A situação se agrava com a consolidação do setor privado em hospitais e clínicas, que concentra o poder de negociação e reduz a capacidade de jovens médicos negociarem salários justos. Paralelamente, os municípios diminuem a remuneração nas UPAs, muitas delas geridas por associações e cooperativas cientes do excesso de profissionais disponíveis.
O efeito prático é que o sonho de muitos jovens, ingressar na medicina para garantir uma carreira segura e financeiramente vantajosa, dificilmente se realizará. As residências médicas oferecem pouquíssimas vagas, e a concorrência se torna cada vez mais acirrada.
O governo, ao acreditar que a expansão de faculdades resolveria a escassez de médicos, especialmente no interior, errou a mão: os profissionais evitam essas regiões, os salários caem e o problema persiste.
O Brasil vive uma distorção incomum: existem mais faculdades de medicina do que de direito, um número desproporcional de advogados em relação a engenheiros, e ainda assim criou-se a ideia de que um diploma é a chave para uma vida transformada. A experiência mostra que não é assim. Incentivos mal planejados, aplicados por governos de diferentes espectros políticos nos últimos 10 anos, estão corroendo a boa remuneração do mercado médico e comprometendo a qualidade do atendimento básico à população.
O reflexo dessa política educacional mal orientada já é visível: médicos recém-formados sem experiência consultam colegas via WhatsApp sobre procedimentos. O resultado é um mercado saturado, remuneração em queda e alta frustração entre jovens profissionais.
Podemos traçar analogias com fenômenos passados, como o “advogado Uber” ou o “engenheiro Uber” em períodos de crise econômica. Em breve, veremos o “médico Uber”, fruto de incentivos equivocados que beneficiam principalmente as faculdades, não os estudantes ou a população.
É urgente repensar a política de formação médica no Brasil. Sem ajustes estruturais, milhares de jovens verão seus sonhos frustrados, não por falta de talento ou dedicação, mas por erros de planejamento e incentivos mal desenhados.
Garantir acesso à medicina não pode significar apenas multiplicar faculdades e gerar um excesso de profissionais; é necessário criar condições reais para que esses médicos tenham carreira sustentável, remuneração adequada e impacto positivo na saúde da população.
*Igor Lucena é economista, Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa e CEO da Amero Consulting. Membro da Chatham House – The Royal Institute of International Affairs e da Associação Portuguesa de Ciência Política.
...............................
SAÚDE BUSINESS
Entre o público e o privado, o Brasil busca um novo pacto pela saúde
Com o SUS pressionado e o início de novos mandatos nas agências reguladoras, diálogo, regulação inteligente e cooperação são essenciais para um sistema mais eficiente e sustentável.
O sistema de saúde brasileiro vive um ponto de inflexão. Diante de desafios como o subfinanciamento do SUS, o aumento dos custos assistenciais e a rápida incorporação de tecnologias, cresce o consenso de que o país precisa redesenhar sua lógica de funcionamento — com novas pontes entre o público e o privado, modelos de cuidado mais integrados e preventivos e uma regulação ágil, transparente e centrada nas pessoas.
Essa visão guiou as discussões entre representantes do Ministério da Saúde, Anvisa e ANS — que acabam de ter novos dirigentes empossados — e gestores hospitalares sobre a necessidade de alinhar políticas públicas, inovação e regulação eficiente.
SUS como eixo central e o desafio da atenção especializada
Adriano Massuda, secretário-executivo do Ministério da Saúde, defendeu que fortalecer o Sistema Único de Saúde é condição indispensável para qualquer avanço estrutural. “A primeira prioridade na transição foi fortalecer o SUS. Recuperar o SUS”, afirmou no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp).
Segundo Massuda, o governo federal trabalha em três frentes principais: ampliação do acesso à atenção especializada, formação de profissionais e preparação para emergências sanitárias e climáticas.
O programa Agora Tem Especialistas é o eixo mais visível dessa estratégia, e busca utilizar a capacidade ociosa de hospitais públicos, filantrópicos e privados para reduzir filas e desigualdades regionais.
“O setor privado pode ajudar compreendendo as novas lógicas que estão colocadas. A inovação não é só para medicamento e vacina. É inovação no jeito de desenhar o cuidado, no jeito de organizar o sistema e no jeito de financiar”, explicou.
A proposta também prevê financiamento baseado em pacotes de cuidado, em vez de pagamento por procedimentos isolados, e a criação de estruturas móveis de atendimento. “O SUS não é uma usina de produção de procedimentos, é uma usina de produção de cuidado”, reforçou.
Massuda anunciou ainda o projeto de um hospital inteligente, desenvolvido em parceria com a USP e o governo paulista, que contará com 800 leitos e integração digital completa. A iniciativa, segundo ele, simboliza a aposta em tecnologia e sustentabilidade na saúde pública.
ANS aposta em escuta e prevenção
Recém-empossado na presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o ex-deputado e advogado Wadih Damous destacou que a nova gestão pretende fortalecer o diálogo com o setor e com os beneficiários. “A vida toda eu fui treinado para ouvir. E agora, na ANS, nada mais necessário é do que ouvir — ouvir muito”, disse.
Assumindo o comando da agência em meio a desafios urgentes, como interrupções de atendimentos oncológicos por impasses contratuais no Rio de Janeiro, Damous enfatizou que a prioridade é garantir a continuidade do cuidado e a proteção do paciente. “Ver pessoas tendo seu tratamento interrompido é algo que não pode nos deixar alheios. A ANS não pode ficar indiferente”, ressaltou.
Damous também apontou as linhas de cuidado e a saúde preventiva como eixos estruturantes da agenda regulatória. “Acho que isso racionaliza o sistema e espero que se reflita nos custos dos planos de saúde”, afirmou.
O novo presidente reforçou ainda a necessidade de reduzir a distância entre o sistema público e o suplementar, que, segundo ele, devem atuar de forma complementar. “Eu não vim para acirrar conflitos. Vim para ajudar a construir pontes — pontes com todos os setores que participam do sistema de saúde brasileiro.”
Damous afirmou que sua gestão buscará reposicionar a ANS como uma agência reguladora de caráter cidadão, atenta aos direitos dos beneficiários e aberta à escuta de prestadores e operadoras. “Nós exercemos a regulação para seres humanos, com carências e vulnerabilidades. É para eles que nós existimos.”
Anvisa mira eficiência e inovação
Leandro Safatle, diretor-presidente da Anvisa, se concentrou em dois desafios centrais: destravar as filas de análise e preparar a agência para uma nova era de inovação tecnológica em saúde.
Segundo ele, o passivo acumulado durante a pandemia representa mais de R$ 20 bilhões em investimentos parados. “Resolver ou mitigar as filas é a prioridade absoluta da Anvisa”, afirmou.
Safatle destacou a carência histórica de pessoal e comemorou a chegada de 150 novos servidores, com expectativa de mais 250 nomeações. Ele comparou o quadro atual da Anvisa — com cerca de 1.400 servidores — ao de agências internacionais como a FDA, nos Estados Unidos, que tem 17 mil profissionais, e a EMA, na Europa, com pouco mais de 5 mil. “O que a Anvisa faz com esse quadro já é impressionante”, afirmou.
Entre as medidas de modernização, Safatle defendeu o uso de inteligência artificial na triagem de processos e a revisão de fluxos internos, sem abrir mão do rigor técnico. “A agência precisa estar pronta para a inovação — tanto a que vem de fora quanto a que está sendo feita no país.”
Ele também ressaltou a importância da coordenação institucional em crises sanitárias, relembrando a atuação durante o surto de contaminação por metanol. “Em menos de uma semana, autorizamos a produção de etanol farmacêutico e o produto estava disponível no país. É um exemplo de como o alinhamento entre setor público e privado pode salvar vidas.”
Safatle encerrou reafirmando os cinco princípios que devem nortear a nova fase da Anvisa: “Diálogo, transparência, ciência, inovação e eficiência.”
Gestores cobram sustentabilidade e integração
José Antônio Rodrigues, provedor da Santa Casa da Bahia, alertou para o subfinanciamento crônico do SUS e a falta de previsibilidade dos programas públicos. “Nós não podemos mais correr o risco de termos programas com começo, meio e fim. No final, o subfinanciamento nos fragiliza”, afirmou.
Rodrigues lembrou que boa parte dos serviços prestados pela rede filantrópica tem valores congelados há mais de uma década, o que compromete a sustentabilidade das instituições. “Os novos programas trazem desafios, e nós temos que adaptar nossa capacidade instalada, mas eles precisam vir com sustentabilidade. Não podemos dar três passos à frente e dois atrás.”
Para Antônio José Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da USP, é necessário romper as barreiras entre o público e o privado e criar um ambiente de aprendizado mútuo. “O público e o privado têm que caminhar juntos. Falta disseminar o qdue cada um faz de melhor”, observou. Ele citou avanços em telemedicina e gestão de leitos como exemplos de eficiência que poderiam ser replicados nacionalmente.
Prevenção, tecnologia e o protagonismo do paciente
O médico e executivo Paulo Chapchap, diretor de Estratégia Corporativa doGrupo Santa Joana, defendeu que o futuro da saúde passa pela prevenção e pelo engajamento do paciente.
“A prevenção primária é não ficar doente, e a secundária é não ter agravamento das doenças crônicas. Não há outra forma de fazer isso que não seja ativando e educando o paciente”, destacou.
Chapchap sugeriu que a regulação cobre programas de prevenção baseados em resultados, com métricas de impacto. Ele destacou o SUS como referência na mensuração de desempenho, citando as taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária.
O executivo também apresentou um exemplo prático de inovação: o uso de inteligência artificial nas maternidades do Grupo Santa Joana, que permitiu detectar precocemente 79 casos de sepse e reduzir internações neonatais. “Quando se quer e há coordenação entre o público e o privado, é possível fazer muito mais com o mesmo valor”, concluiu.
Um futuro colaborativo
Os executivos convergiram em um ponto: a integração entre setores, a modernização regulatória e a sustentabilidade financeira são condições para um sistema de saúde mais eficiente.
Enquanto o Ministério da Saúde aposta em novos modelos de cuidado e financiamento, as agências reforçam a escuta ativa, a transparência e o uso de tecnologia para aproximar regulação e prática assistencial.
“Não é um aumento paliativo de financiamento — é uma transformação”, resumiu Massuda. E, nas palavras de Wadih Damous, “saúde, vida e morte dizem respeito a todos nós. A regulação deve ser instrumento de cidadania”, concluiu.
..................................
Assessoria de Comunicação
Anis Rassi e Anis Rassi Jr. entre os cientistas mais influentes do mundo, segundo ranking da Universidade de Stanford
Escrito por AdministradorPelo sexto ano consecutivo, o pesquisador goiano Anis Rassi Jr., do associado Hospital do Coração Anis Rassi, integra o grupo dos 2% de cientistas mais citados do planeta e, em 2025, figura no terço superior dessa elite mundial — em uma trajetória científica marcada pela parceria com seu pai, o saudoso Dr. Anis Rassi.
A trajetória do Dr. Anis Rassi Jr. confunde-se com a de seu pai, o professor emérito Anis Rassi (1929–2021), com quem compartilhou importantes contribuições científicas que consolidaram a reputação da cardiologia goiana no cenário internacional.
O levantamento, elaborado em parceria com a Elsevier Data Repository, reúne anualmente os 2% de pesquisadores com maior impacto de citações científicas em todas as áreas do conhecimento. Considerado um dos rankings científicos mais respeitados e amplamente utilizados no meio acadêmico internacional, o estudo é referência mundial por aplicar critérios padronizados e independentes na avaliação da influência científica de milhões de pesquisadores.
Em 2025, Rassi Jr. aparece pelo sexto ano consecutivo entre os 2% mais influentes do planeta e alcançou sua melhor posição até hoje: está no terço superior dessa elite mundial. A classificação global avaliou mais de 230 mil cientistas e posicionou Anis Rassi Jr. entre os 100 médicos brasileiros mais citados. No ranking geral — que abrange pesquisadores de todas as áreas do conhecimento, como ciências biológicas, exatas, sociais e de saúde —, ele ocupa a 228ª posição entre os 1.196 brasileiros incluídos.
“Estar entre os pesquisadores mais influentes do planeta por seis anos seguidos mostra que a ciência feita fora dos grandes centros também tem relevância e reconhecimento global”, afirma Rassi Jr.
Como o ranking é feito
O levantamento da Universidade de Stanford analisou mais de 9 milhões de cientistas com pelo menos cinco publicações registradas na base internacional Scopus, que reúne autores de todas as áreas do conhecimento. A partir dessa amostra, o estudo organiza os pesquisadores em 22 grandes áreas científicas — como Clinical Medicine, Biology, Engineering, Physics & Astronomy, Social Sciences e Chemistry — e em 174 subcampos específicos, como Tropical Medicine, Cardiology, Epidemiology, Neurosciences, Public Health e Artificial Intelligence, entre outros.
O ranking seleciona os 100 mil cientistas com maior impacto global e todos aqueles que, mesmo atuando em áreas menores, estão entre os 2% mais citados dentro de seu subcampo. Isso explica por que, além dos 100 mil pesquisadores mais citados no total, outros especialistas de destaque em campos específicos também são incluídos, perfazendo um total de cerca de 234 mil nomes. Em outras palavras, todos os cientistas listados pertencem ao percentil superior de 2% da base global de dados do Scopus — um universo de aproximadamente 9 milhões de pesquisadores ativos.
O estudo apresenta duas listas complementares: uma referente ao impacto de toda a carreira científica (citações acumuladas até o final de 2024) e outra que considera apenas o impacto de citações recebidas no ano de 2024, permitindo identificar tanto a influência histórica quanto a relevância recente de cada pesquisador. O Dr. Anis Rassi Jr. integra ambas as classificações, figurando entre os cientistas com impacto consolidado ao longo da carreira e entre aqueles que mantêm influência científica ativa e crescente no último ano.
Reconhecimento internacional e impacto científico
O estudo é liderado pelo renomado epidemiologista John P.A. Ioannidis, da Universidade de Stanford, e utiliza a base de dados Scopus para calcular métricas padronizadas de influência científica — incluindo o h-index, o hm-index (ajustado por coautoria) e o c-score, indicador composto que combina impacto e contribuição autoral. A constância de Rassi Jr. na lista demonstra relevância e consistência científica, com contribuições reconhecidas internacionalmente nas áreas de doença de Chagas, cardiologia clínica e medicina baseada em evidências.
Liderança científica e contribuição para a medicina
Reconhecido internacionalmente por suas contribuições nas áreas de doença de Chagas, cardiologia clínica e medicina baseada em evidências, o Dr. Rassi Jr. é autor do Escore de Rassi, publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) — ferramenta amplamente utilizada no mundo para estratificação de risco de morte em pacientes com cardiopatia chagásica crônica. Também é coautor de um dos artigos mais citados da literatura médica sobre doença de Chagas, publicado na The Lancet, com mais de 3.300 citações no Google Scholar.
“Sempre acreditei que a boa medicina se faz com ciência sólida. A estatística e a medicina baseada em evidências sempre foram minhas grandes paixões, e tive a alegria de compartilhar esse conhecimento em cursos e eventos por todo o Brasil”, destaca.
O Dr. Rassi Jr. foi um dos pioneiros na divulgação da Medicina Baseada em Evidências no Brasil, tendo ministrado mais de 30 cursos sobre estatística aplicada e interpretação crítica de artigos científicos em todo país, capacitando centenas de médicos e pesquisadores brasileiros.
Uma tradição familiar dedicada à ciência e ao esporte
Grande parte de sua carreira científica foi construída ao lado de seu pai, o saudoso Dr. Anis Rassi (1929–2021), professor emérito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e referência mundial no estudo da doença de Chagas.
“Meu pai foi e sempre será minha maior inspiração. Compartilhar com ele a paixão pela pesquisa e pela medicina foi um privilégio que carrego com orgulho”, emociona-se o Dr. Rassi Jr.
Fora da medicina, o Dr. Rassi Jr. também é conhecido por sua paixão pelo futebol. Torcedor fanático do Goiás Esporte Clube, acompanha o time desde a infância e mantém laços familiares com o clube — seu irmão, Sérgio Rassi, já presidiu o Goiás, levando para o esporte o mesmo espírito de liderança que caracteriza a família Rassi.
A Família Rassi é hoje uma das mais tradicionais da medicina goiana e nacional, com cerca de 130 médicos atuando em diferentes especialidades. Os filhos do Dr. Anis Rassi Jr. — Fábio e Vanessa Rassi, ambos cardiologistas — seguem a mesma vocação, integrando uma nova geração dedicada à ciência, ao cuidado e à inovação em saúde.
O futuro da pesquisa e da assistência
Sob a direção de seus irmãos Gustavo e Alexandre Rassi, o Hospital do Coração Anis Rassi vive um novo ciclo de expansão com a construção do Centro Médico e Diagnóstico Anis Rassi, que reunirá em um único espaço avançado assistência, ensino e pesquisa clínica, reafirmando o compromisso da instituição com a excelência em medicina e inovação científica.
Fontes oficiais e créditos
Projetos do associado Hospital do Coração de Goiás são destaque na publicação ESG ANAHP 2025
Escrito por Administrador
Três projetos do associado Hospital do Coração de Goiás são destaque na publicação “ESG nos Hospitais Anahp 2025”, lançada na quarta-feira, 15, no Conahp 2025. A CEO do Hospital, Jacqueline Lopes Rodovalho, participa do evento que acontece na capital paulista e acompanhou o lançamento.
A publicação destaca os projetos “Integridade e segurança do paciente: governança clínica e corporativa”, “Projeto de Saúde Mental para Colaboradores” e “Redução dos descartáveis/desperdícios oriundos da nutrição”.
Para conferir, acesse o site da Anahp: https://www.anahp.com.br/
Em fórum da Acieg, Renato Daher aborda o impacto da reforma tributária na saúde
Escrito por AdministradorCom o apoio da Ahpaceg, Sindimagem e Sepe (Sindicato de Estabelecimentos de Ensino Particulares de Goiânia), a Acieg promoveu, no dia 15 de outubro, o primeiro encontro do “Tour ACIEG Reforma Tributária 2026 – Prepare-se Agora”, que enfocou o impacto da reforma na saúde e na educação.
Coordenado pela Câmara da Reforma Tributária da ACIEG e realizado no formato híbrido, o evento contou com a participação do presidente da Ahpaceg e diretor do Sindimagem, Renato Daher, entre os debatedores.
A necessidade de as empresas fazerem um planejamento estratégico para os novos tributos foi o ponto-chave abordado. “As instituições de saúde devem se preparar e se antecipar, não deixando as adequações para a última hora, pois a reforma chega com a retórica de simplificar a tributação, mas vai exigir mudanças significativas”, alertou Renato Daher.
“Hospitais, clínicas e planos de saúde precisam mudar imediatamente de postura porque a Receita Federal terá instantaneamente informações relacionadas ao faturamento e ao tipo de serviço prestado, com a mudança na nota fiscal. Atualmente, há uma desconformidade entre o faturamento do setor de saúde e o regime de competência que a Receita utiliza”, destacou Alexandre Limiro, presidente da Câmara Setorial da Reforma Tributária da ACIEG.
Aprovada em 2023, a reforma tributária começa a ser implementada em 2026.
Valney Luiz da Rocha será homenageado com a Comenda Nabyh Salum
Escrito por AdministradorO médico Valney Luiz da Rocha, do associado Hospital de Acidentados e ex-diretor da Ahpaceg, será condecorado nesta sexta-feira, 17, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) em comemoração ao Dia do Médico.
Indicado pela Ahpaceg para receber a honraria conferida a profissionais que se destacam no exercício da medicina, Valney Luiz da Rocha participou da Associação deste a sua fundação e é uma das grandes referência da área médica em Goiás, tanto em sua especialidade – Ortopedia e Traumatologia – quanto na gestão e representatividade do setor hospitalar.
Sessão Solene de Entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
Data: 17 de outubro de 2025 (sexta-feira)
Hora: 9h
Local: Plenário Iris Rezende Machado – Assembleia Legislativa de Goiás