Postado em: 08/08/2025

CLIPPING AHPACEG 08/08/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Agentes de IA: o que os líderes da saúde precisam entender sobre a tecnologia

https://medicinasa.com.br/agentes-ia/

ONA abre consulta pública para atualização do Manual OPSS 2026

https://medicinasa.com.br/consulta-publica-manual-opss26/

Investir em equipamentos próprios pode triplicar o retorno líquido de clínicas

https://medicinasa.com.br/equipamentos-estetica/

Conselho de Saúde de Goiânia rejeita terceirização do Samu

https://www.dm.com.br/goiania/conselho-de-saude-de-goiania-rejeita-terceirizacao-do-samu/

Qualicorp vende Gama Saúde por R$ 164 milhões e ações sobem 16%

https://noticiasdoplanalto.com.br/qualicorp-vende-gama-saude-por-r-164-milhoes-e-acoes-sobem-16/

Fim de patentes estendidas reduz em 20% preço de medicamentos oncológicos

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/fim-de-patentes-estendidas-reduz-em-20-preco-de-medicamentos-oncologicos/

Unimed Cerrado mantém certificação GPTW pelo quarto ano

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/unimed-cerrado-mantem-certificacao-gptw-pelo-quarto-ano/

Por que Unimed Ferj terá reajuste maior que o dobro dos outros planos de saúde? Entenda

https://extra.globo.com/economia/noticia/2025/08/por-que-unimed-ferj-tera-reajuste-maior-que-o-dobro-dos-outros-planos-de-saude-entenda.ghtml

MEDICINA S/A

Agentes de IA: o que os líderes da saúde precisam entender sobre a tecnologia

O crescimento da força de trabalho digital, ou seja, das tecnologias que automatizam tarefas, tem um novo protagonista: os Agentes de Inteligência Artificial (AIA). Projetados para otimizar tarefas e apoiar a tomada de decisões, a utilização desses assistentes digitais cresce exponencialmente. Segundo relatório da McKinsey publicado em abril deste ano, o mercado global de AIA deve ultrapassar US$ 50 bilhões até 2030 — um salto de 40 vezes em relação ao volume investido no primeiro trimestre de 2025.

Esse forte apetite da indústria reforça a expectativa de que essa tecnologia emergente transformará profundamente diferentes setores da economia, com impacto especialmente expressivo na área da saúde – desde a reformulação de processos administrativos até o aprimoramento direto do cuidado do paciente e do time assistencial.

Um AIA é um programa de software capaz de interagir com seu ambiente, coletar dados, processar informações e tomar decisões, muitas vezes, sem a necessidade de intervenção humana direta. Diferente de um chatbot tradicional, que apenas responde a perguntas, os AIAs vão além, aprendendo com estímulos externos para atingir objetivos específicos. Assim, a tecnologia refina seu comportamento com base em experiências e feedback do usuário – ou do paciente.

Embora o setor de saúde ainda esteja nos estágios iniciais de adoção, a tendência é evidente e o potencial transformador da tecnologia é imenso. Para a saúde, alguns exemplos que materializam os benefícios, de acordo com o tipo de AIA são:

Agentes reflexivos simples: reagem diretamente a estímulos do ambiente com base em regras predefinidas. Um exemplo é um sistema de alerta que dispara um alarme quando os sinais vitais de um paciente, como a saturação de oxigênio, caem abaixo de um limite crítico.

Agentes reflexivos baseados em modelo: têm um “modelo interno” do ambiente, que é atualizado com as novas informações recebidas – e isso permite decisões mais sofisticadas. Podem, por exemplo, identificar quedas na saturação de oxigênio, levando em conta o histórico do paciente e interações medicamentosas. Assim, emitem alertas mais precisos ou ajustam protocolos de forma proativa.

Agentes baseados em objetivos: avaliam diferentes possibilidades com base em objetivos a serem alcançados. No tratamento oncológico, o agente pode buscar reduzir o volume tumoral enquanto preserva a qualidade de vida do paciente. Ele ajusta quimioterapia, radioterapia e cirurgia conforme dados como tipo histológico do câncer, perfil genético, estágio da doença e histórico clínico.

Agentes baseados em utilidade: usados em decisões complexas com múltiplos critérios. Na gestão de leitos hospitalares, avaliam variáveis como gravidade, prognóstico e tempo de espera para maximizar benefícios ou minimizar riscos.

Agentes com capacidade de aprendizado: aprendem com a experiência e ajustam seu comportamento para melhorar a performance. Como exemplo, cito um sistema de diagnóstico por imagem para doenças cerebrais que, inicialmente, tem precisão limitada. À medida que novos dados de treinamento (imagens com diagnósticos confirmados) são incorporados, o sistema se torna mais preciso, refinando suas habilidades diagnósticas.

Na melhoria do cuidado, os agentes também auxiliam na identificação de condições e doenças ao analisar dados como resultados de laboratório, exames digitais, histórico e literatura médica. Também podem gerar recomendações de tratamento personalizadas e adaptar planos de tratamento com base nas necessidades do paciente, pesquisas recentes e diretrizes clínicas, sempre para revisão e aprovação do médico.

A análise preditiva é outra capacidade transformadora das AIA, calculando riscos de doenças e resultados de pacientes, considerando fatores como idade, gênero, geografia, estilo de vida, histórico de saúde e genômica. Ao se conectarem aos wearables (smartwatches, monitores cardíacos), permitem o monitoramento em tempo real da saúde do paciente, alertando médicos apenas quando intervenções são necessárias e filtrando grandes volumes de dados para fornecer apenas informações relevantes.

Outro impacto significativo dos AIAs é o alívio da sobrecarga administrativa e do burnout médico, com o excesso de tarefas burocráticas. Ao funcionarem de maneira integrada aos sistemas de prontuário eletrônico, automatizam atividades repetitivas como o preenchimento de formulários, a atualização de registros e a codificação de procedimentos para fins de reembolso. Com isso, os profissionais ganham mais tempo para se dedicar à interação com os pacientes e à tomada de decisões clínicas complexas. O Hospital Comunitário St. John’s Health, de Los Angeles, nos Estados Unidos, é um exemplo de instituição de saúde que utiliza AIA para registrar automaticamente as notas pós-consulta, permitindo que os médicos foquem no atendimento ao paciente.

Riscos potenciais

Apesar do entusiasmo, a adoção de agentes de IA envolve potenciais riscos. Violações de privacidade e segurança de dados, com implicações legais, como a LGPD; viés algorítmico que pode reforçar discriminações; deepfakes ou ciberataques e perda de controle humano em sistemas autônomos, são alguns deles. Por isso, os investimentos são altos: a implementação requer infraestrutura tecnológica robusta, integração com sistemas, governança de dados eficaz.

Nesse cenário complexo e promissor, o papel do líder executivo será não apenas compreender a tecnologia, mas também liderar seu uso de forma estratégica, segura e ética. A transformação é inevitável, e a capacidade de inovar e integrar essas tecnologias definirá o sucesso no futuro do cuidado à saúde.

*Leonardo Vedolin é Vice-presidente Médico da Dasa.

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ONA abre consulta pública para atualização do Manual OPSS 2026

Está aberta a consulta pública para a atualização do Manual OPSS 2026 da ONA (Organização Nacional de Acreditação). Profissionais de todo o país podem enviar suas contribuições, ajudando a construir uma versão mais alinhadas às reais necessidades e desafios do setor.

O conteúdo está disponível para leitura no site da ONA, ainda em versão não diagramada, com foco exclusivo na validação técnica das informações e na escuta ativa de profissionais de saúde, instituições, gestores, pesquisadores e toda a sociedade interessada.

A participação é fundamental para garantir que o manual represente com precisão as demandas atuais da saúde. O conteúdo estará disponível até o dia 15 de agosto.

A revisão do conteúdo contou com mais de diversos profissionais, incluindo representantes das Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs), Avaliadores do SBA (Sistema Brasileira de Acreditação), especialistas de mercado, além de membros da sociedade civil e associações setoriais. representantes de sociedade e associações, dentre outros.

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Investir em equipamentos próprios pode triplicar o retorno líquido de clínicas

A decisão entre financiar ou adquirir diretamente um equipamento de alto valor altera significativamente o desempenho financeiro de clínicas. De acordo com simulação realizada por Wanessa Guimarães, planejadora financeira CFP® pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), clínicas que utilizam recursos próprios alcançam retorno líquido de R$ 630 mil em cinco anos. Já aquelas que optam pelo financiamento acumulam cerca de R$ 207 mil no mesmo período. A diferença de R$ 423 mil demonstra o peso da escolha na construção de um negócio financeiramente sustentável.

Em segmentos com forte sazonalidade e margens sensíveis à demanda, essa diferença pode representar a possibilidade de reinvestir em estrutura, atrair profissionais qualificados ou suportar ciclos econômicos adversos com mais solidez. O impacto direto sobre o caixa também afeta a capacidade de resposta da clínica, que depende de liquidez para tomar decisões estratégicas em momentos de expansão, crise ou inovação. Manter o controle sobre os recursos disponíveis torna-se uma vantagem competitiva relevante.

A análise considera um cenário objetivo: um equipamento de R$ 500 mil, capaz de gerar receita mensal de R$ 40 mil, com despesas operacionais de R$ 25 mil. O lucro líquido estimado gira em torno de R$ 15 mil. Na compra com recursos próprios, o retorno ocorre em 33 meses. Quando se aplica o rendimento de 0,9% ao mês que esse capital poderia gerar em uma aplicação conservadora, o prazo se estende a 47 meses. Ainda assim, o desempenho supera o retorno obtido no modelo financiado em quatro anos.

Com taxa mensal de 1,5% em 48 parcelas, a prestação reduz drasticamente o lucro nos primeiros anos, limitando a margem líquida a R$ 572 por mês. Apenas após a quitação, no quinto ano, o ganho volta ao patamar inicial. “O financiamento consome boa parte da receita operacional, limitando o crescimento e aumentando o risco de comprometimento do caixa em caso de sazonalidade ou instabilidade econômica”, afirma Guimarães. A diferença acumulada ao longo do período demonstra como o custo do crédito impacta diretamente a eficiência financeira.

Mesmo quando se considera o rendimento perdido pelo uso do capital próprio, o modelo de compra à vista ainda oferece retorno três vezes maior. Para a especialista, os dados deixam clara a relevância do planejamento financeiro. “A diferença entre os dois modelos ilustra o poder da decisão bem planejada. Os números falam por si quando se analisa com clareza o impacto de cada escolha sobre o patrimônio da clínica”, avalia a planejadora. Escolhas com base técnica produzem resultados mais consistentes no longo prazo.

Além do ganho superior, o modelo à vista preserva o fluxo de caixa desde o início da operação. A ausência de parcelas permite manter o lucro líquido elevado e garante margem de manobra para absorver oscilações, reinvestir em melhorias ou lidar com períodos de menor movimento. Clínicas que mantêm esse tipo de equilíbrio financeiro operam com maior tranquilidade e conseguem crescer de forma estruturada, sem recorrer a endividamentos adicionais.

A opção por financiamento só se justifica em casos muito específicos, como ausência completa de capital sem comprometimento das operações ou retorno imediato e comprovado com o novo equipamento. Guimarães aponta que é necessário avaliar o histórico de agendamentos, a consistência da demanda e o potencial real de monetização. Sem dados claros, a operação pode comprometer mais do que beneficiar. Cada decisão deve considerar os limites da clínica e sua capacidade de gerar resultado com o ativo adquirido.

O risco de subutilização também precisa ser levado em conta. Equipamentos parados ou usados de forma irregular representam capital imobilizado, comprometendo o giro e a liquidez. “É necessário garantir demanda mínima, consistência nos atendimentos e um modelo de negócio preparado para absorver o investimento. Caso contrário, o equipamento deixa de agregar valor e passa a travar a operação”, alerta a especialista. Clareza comercial e planejamento de uso são condições fundamentais para retorno eficiente.

Outro fator que impacta a decisão é a velocidade da inovação tecnológica. Em setores com evolução acelerada, a obsolescência reduz o ciclo de aproveitamento do equipamento, afetando diretamente o retorno financeiro. A impulsividade, segundo a planejadora, pode transformar uma compra estratégica em passivo. “A melhor decisão nasce de números bem avaliados, projeções realistas e clareza sobre os objetivos. Planejar significa escolher com consciência, não com pressa ou otimismo excessivo”, conclui Guimarães.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Conselho de Saúde de Goiânia rejeita terceirização do Samu

O Conselho Municipal de Saúde de Goiânia (CMS-GYN) emitiu resolução contrária à terceirização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O documento alerta para riscos como precarização do trabalho, fragmentação do serviço e perda de transparência na gestão pública.

O órgão defende a manutenção do modelo atual, com investimentos em servidores concursados e infraestrutura pública. Segundo o CMS-GYN, essa é a única forma de garantir atendimento universal e de qualidade à população.

O conselho orientou formalmente o prefeito Sandro Mabel e a Secretaria Municipal de Saúde a rejeitarem propostas de gestão consorciada ou terceirizada. A recomendação enfatiza a necessidade de fortalecer o Samu como serviço público essencial.

A Constituição Federal (Art. 199) e a Lei Orgânica do SUS (8.080/1990) permitem parcerias complementares com o setor privado, mas vedam a terceirização da gestão do sistema. Contratos existem apenas para suprir lacunas pontuais na rede pública.

ARGUMENTOS PRÓ-TERCEIRIZAÇÃO

Agilidade na contratação e aquisições

Redução de custos operacionais

Possibilidade de inovação tecnológica

ARGUMENTOS CONTRA

Riscos de precarização trabalhista

Fragilização do controle social

Possível quebra da integralidade do SUS

Dificuldades na fiscalização de contratos

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NOTÍCIAS DO PLANALTO

Qualicorp vende Gama Saúde por R$ 164 milhões e ações sobem 16%

A administradora de planos de saúde e corretora Qualicorp anunciou a alienação integral de sua participação na Gama Saúde para a holding ESB, pertencente ao empresário Fernando Vieira, por um valor de R$ 163,9 milhões.

A operação, comunicada oficialmente na noite da quarta-feira (6), provocou um aumento de 16,4% no valor das ações da Qualicorp na quinta-feira (7).

Ao término do pregão, as ações da empresa finalizaram em alta de 10,3%, cotadas a R$ 1,82.

No informe ao mercado, a Qualicorp destacou que, após a transação, a ESB passará a ser a única proprietária da Gama. O pagamento será efetuado ao longo de 60 meses, ou seja, cinco anos.

Com mais de 25 anos no mercado, a Gama Saúde não comercializa mais planos de saúde e foca exclusivamente na terceirização de serviços na área da saúde.

De acordo com o comunicado da Qualicorp, a conclusão do negócio depende da aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A empresa acredita que essa decisão fortalece seu compromisso com a eficiência e a criação de valor para seus acionistas, representando um passo importante em seu plano estratégico de concentração no segmento principal de negócios, que é a gestão e comercialização de planos de saúde coletivos por adesão e PME.

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TV ANHANGUERA

Menina de 6 anos consegue vaga em UTI para passar por cirurgia no crânio

https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/menina-de-6-anos-consegue-vaga-em-uti-para-passar-por-cirurgia-no-cranio-13821479.ghtml

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SAÚDE BUSINESS

Fim de patentes estendidas reduz em 20% preço de medicamentos oncológicos

Estudo revela que decisão do STF de 2021 ampliou concorrência no setor farmacêutico e beneficiou pacientes oncológicos com medicamentos mais acessíveis.

Um estudo realizado pelo Instituto Esfera de Estudos e Inovação em parceria com a farmacêutica EMS revelou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2021, que pôs fim à extensão automática de patentes, resultou em uma redução média de 20% nos preços de medicamentos oncológicos de alto custo no Brasil.

A pesquisa, intitulada “O Impacto da Concorrência: evidências do fim da extensão automática das patentes pelo STF“, foi conduzida pelo professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Cristiano Oliveira, utilizou dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aplicados a um modelo econométrico para mensurar como a entrada antecipada de concorrentes afetou os preços no mercado farmacêutico.

Concorrência como fator determinante na redução de preços

O estudo demonstra que o principal fator para a redução de preços dos medicamentos é a presença de mais competidores no mercado, superando o impacto da própria regulação de preços-teto vigente no Brasil. Após a decisão do STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5529, verificou-se uma redução gradual e consistente de aproximadamente 20% nos preços mínimos regulados dos medicamentos oncológicos afetados pela medida.

Equilíbrio entre inovação e acesso

A pesquisa analisa o dilema entre a proteção patentária, necessária para estimular investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e o acesso a medicamentos. Quando excessivamente longas ou sujeitas a prorrogações, as patentes podem criar distorções de mercado, desestimulando novos entrantes e reduzindo a competição, o que mantém preços elevados e dificulta o acesso a tratamentos, especialmente em países de menor renda.

Fernando Meneguin, diretor acadêmico do Instituto Esfera, ressalta que “o estudo reforça que as políticas públicas devem garantir a previsibilidade em sua aplicação e incentivar a concorrência, pois nessa direção haverá redução de preços e ganhos de bem-estar social”.

Impactos da decisão do STF

A decisão do STF na ADI 5529 representou um marco nas políticas de propriedade intelectual na saúde brasileira, minimizando a imprevisibilidade e contendo o aumento de custos para o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o estudo aponta que ainda persiste certa insegurança jurídica devido à judicialização por parte de empresas insatisfeitas, que buscam caso a caso a extensão de seus monopólios como compensação pela morosidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Recomendações para políticas públicas

Com base nos resultados, o estudo propõe direcionamentos para os Três Poderes:

Judiciário: Considerar o impacto econômico nas decisões sobre extensão de patentes

Executivo e Legislativo: Buscar soluções estruturais para dinamizar o trabalho do INPI, reduzindo a morosidade e o número de litígios

A principal conclusão do estudo é que políticas voltadas ao aumento da concorrência e à maior previsibilidade regulatória, com simplificação do ambiente de negócios, conseguem promover ganhos significativos de bem-estar para a população brasileira, especialmente para pacientes que dependem de medicamentos oncológicos de alto custo.

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Unimed Cerrado mantém certificação GPTW pelo quarto ano

Cooperativa de saúde recebe selo que avalia práticas de gestão de pessoas e ambiente organizacional.

A Unimed Cerrado obteve novamente a certificação Great Place to Work (GPTW), figurando entre as empresas reconhecidas por suas práticas de gestão de pessoas. Esta é a quarta certificação consecutiva da cooperativa, que iniciou esta trajetória em 2022.

O processo de certificação baseia-se em pesquisas anônimas respondidas pelos próprios colaboradores da instituição, que avaliam diversos aspectos do ambiente de trabalho. Com mais de 160 profissionais, a Unimed Cerrado atende milhares de beneficiários na região.

De acordo com Lina Souza de Oliveira, gerente de Desenvolvimento Humano, a certificação contribui para o engajamento interno e para a imagem institucional. “O selo representa uma chancela de credibilidade e demonstra nosso compromisso com um ambiente de trabalho saudável”, afirma.

Leandro Soto, supervisor comercial da cooperativa, compartilha sua experiência: “O que mais valorizo aqui é a oportunidade de desenvolvimento, a transparência da gestão e o ambiente de trabalho.”

Histórico de certificações

Em 2022, quando recebeu sua primeira certificação, a Unimed Cerrado alcançou o 2º lugar nacional entre empresas de pequeno porte no segmento de saúde. Nos anos seguintes – 2023, 2024 e 2025 – a cooperativa manteve o reconhecimento.

A gerência de Desenvolvimento Humano da instituição destaca a implementação de uma cultura de escuta, onde sugestões de melhorias são recebidas e analisadas conforme a viabilidade.

Gestão e atendimento

Para a diretora-presidente da Unimed Cerrado, Dra. Shirley Gonçalves de Pádua Miguel, o ambiente de trabalho tem impacto direto na qualidade dos serviços prestados. “Promover um ambiente adequado para os colaboradores fortalece toda a estrutura da cooperativa, o que se reflete no atendimento aos beneficiários”, observa.

A certificação GPTW é considerada um dos principais reconhecimentos em gestão de pessoas no Brasil, avaliando aspectos como confiança, transparência e práticas organizacionais.

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EXTRA

Por que Unimed Ferj terá reajuste maior que o dobro dos outros planos de saúde? Entenda

Planos de saúde individuais e familiares da Unimed Ferj serão reajustados em 14,43% este ano, mais que o dobro do limite de 6,06% estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para esses contratos. É o segundo ano em que a operadora aplica aumentos "fura-teto". Dessa vez, a justificativa é que a correção considera, além do reajuste máximo autorizado, um "percentual residual" do acordo feito no ano passado com a reguladora, que autorizou um aumento além do limite para reequilíbrio econômico-financeiro da carteira.

A medida extraordinária já constava no Termo de Compromisso da transferência das carteiras entre a Unimed-Rio e a Ferj estabelecido no início de 2024. Para reequilíbrio técnico-atuarial dos contratos individuais da operadora, foram liberados reajustes de 21,1%.

No entanto, a ANS limitou a aplicação do percentual a 20%, sob a justificativa de proteger os consumidores. Isso porque, no mesmo período, os contratos também estavam sujeitos ao reajuste anual, de 6,91%. A combinação dos dois índices (6,91% e 21,1%) resultaria em um aumento de 29,47%, o que foi considerado excessivo.

O cálculo dos percentuais não deve ser feito por simples soma ou subtração, mas por juros compostos. Dessa forma, a limitação do reajuste a 20% no ano passado fez com que parte do percentual autorizado (os 21,1%) ficasse pendente para aplicação futura. Esse "resíduo" foi calculado em 7,89%, que será aplicado agora, em 2025, junto com o novo reajuste anual de 6,06%, chegando a 14,43%.

O aumento acima do teto da ANS pegou de surpresa os usuários. Caso da pesquisadora Roni Filgueiras, que junto com as duas irmãs ajuda a custear o plano da mãe, Roni Maia, de 82. O contrato subiu de R$ 3,5 mil para R$ 4 mil.

- A má gestão da Unimed está sendo premiada pela ANS. É dividir o prejuízo com a carteira de clientes, isso não existe - protesta.

A advogada Melissa Areal Pires, especializada em Direito Aplicado aos Serviços de Saúde e Direito do Consumidor, explica que o reajuste não é irregular, porque foi autorizado pela agência reguladora.

- Mas entendo a justificativa como abusiva. Tudo depende, porém, de uma avaliação à luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC) numa eventual judicialização do caso. Ainda assim, enfrentaria uma tese complicada pela decisão da ANS - analisa.

O aumento nas mensalidades não é o único ponto que incomoda os usuários. Entre as operadoras de grande porte, a Ferj lidera com o maior índice geral de reclamações (IGR). A métrica da ANS é calculada a partir do volume de queixas sobre o tamanho da carteira da operadora num determinado período. Somente em julho, foram 1.834 notificações feitas por usuários à agência reguladora. Desde janeiro, são 13 mil queixas, a maior parte delas relacionadas à cobertura.

Enquanto a mensalidade pesa mais no bolso, usuários veem a rede credenciada reduzir. No caso mais recente, a rede Oncoclínicas deixou de atender usuários da Ferj neste mês de agosto, sem comunicação prévia da operadora, segundo os consumidores. Cerca de 12 mil pacientes da Ferj em tratamento de câncer eram atendidos na rede.

Um dos afetados foi o médico aposentado Antonio Mizael Lustosa, que tratava um câncer de próstata com metástase na coluna numa das unidades conveniadas da Oncoclínicas. A esposa dele, a advogada aposentada Vaneida Pires, conta que não recebeu nenhum comunicado da Unimed, descobrindo no último dia 22 que a unidade de saúde deixaria de atender o plano do marido a partir de 1º de agosto. Juntos, eles desembolsam quase R$ 7 mil pela cobertura.

Vaneida diz que foi orientada a ligar numa central telefônica da Unimed, mas não foi atendida. Depois, tentou atendimento via e-mail, enviando o histórico e exames do marido - até hoje sem retorno.

Sem saber o que fazer, buscou atendimento Espaço Cuidar Bem, unidade oncológica própria da Unimed, inaugurada em Botafogo no último dia 28. No dia agendado para que ele recebesse a infusão, porém, o atendimento foi suspenso porque o tratamento não tinha sido entregue pelo fornecedor. A família segue sem informações de quando o tratamento do idoso, que precisa receber doses trimestrais da medicação, deve acontecer.

- O atendimento na Oncoclínicas era maravilhoso, tínhamos uma equipe que acompanhava não apenas o Mizael, mas todos nós. O câncer é uma doença que atinge toda a família. Mas chegando lá, foi péssimo. O atendimento dele, que é trimestral, foi cancelado. Era um monte de gente, uma confusão - lamenta.

Já segundo a Unimed Ferj, não houve descredenciamento, mas uma "repactuação contratual, sem interrupção abrupta de vínculo", o que não obrigaria a operadora a cumprir o aviso prévio de 30 dias aos beneficiários, conforme previsto pela ANS, "por não se tratar de atendimento hospitalar".

"A transição dos atendimentos para o Espaço Cuidar Bem vem sendo conduzida com responsabilidade e cuidado. A comunicação com os pacientes foi iniciada no dia 28/07 por meio de canais diretos da Unimed Ferj e com todas as informações sobre a transição para a nova unidade, além de contato por telefone com os beneficiários incluídos no primeiro ciclo de atendimento", afirmou a operadora, em nota.

Já a Oncoclínicas disse que a Unimed Ferj anunciou a criação de um serviço próprio para atendimento oncológico, como parte da reestruturação de sua rede assistencial, e que a comunicação aos beneficiários foi conduzida pela operadora.

Procurada novamente sobre o caso do aposentado Antônio Mizael, a Ferj ainda não respondeu.

Em nota, a ANS ressaltou que os consumidores que não desejarem permanecer na Unimed Ferj podem trocar de operadora sem cumprir novos prazos de carência, desde que atendam às regras da portabilidade previstas na Resolução Normativa nº 438/2018. A agência disponibiliza uma cartilha com orientações e oferece, em seu site, um guia para comparar planos de saúde.

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Assessoria de Comunicação