CLIPPING AHPACEG 14/08/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hapvida tem queda de quase 70% no lucro líquido ajustado do 2º tri, a R$ 149 milhões
https://www.infomoney.com.br/mercados/hapvida-hapv3-resultados-segundo-trimestre-2025/
Criminosos aplicam golpes em pacientes internados em UTI de hospital de Rio Verde
Delegado fala sobre indiciamento por morte de menino que colocou grão de milho no nariz
EUA revoga vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos
Governo Trump cancela visto de secretário do Ministério da Saúde por relação com programa 'Mais Médicos'
Como Dilma usou o Mais Médicos para financiar a ditadura cubana
"Saúde e soberania não se negociam", diz Padilha após sanção dos EUA
Médicas são indiciadas por morte de menino que colocou grão de milho no nariz
Especialistas alertam para danos à saúde mental e física causados pelo uso excessivo de telas
INFOMONEY
Hapvida tem queda de quase 70% no lucro líquido ajustado do 2º tri, a R$ 149 milhões
Já o Ebitda ajustado caiu 26,6% no trimestre, para R$ 703,3 milhões
A Hapvida (HAPV3) apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, declínio de 69,6% ante a mesma etapa do ano passado, com menor desempenho operacional.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da empresa caiu 26,6% no trimestre, para R$ 703,3 milhões, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira.
Excluindo um impacto não recorrente do ReSUS, o Ebitda caiu 1,6% ano a ano, para R$ 905,4 milhões, acrescentou a empresa.
Analistas, em média, esperavam um lucro de R$ 223,7 milhões e um Ebitda de R$ 837,7 milhões para a operadora de saúde no trimestre de abril a junho, segundo pesquisa da LSEG.
A receita líquida do período totalizou R$ 7,67 bilhões, um aumento de 7,3% ante o segundo trimestre de 2024, impulsionada principalmente pelo crescimento de 7,7% na linha de planos de saúde, resultado dos reajustes de preços realizados.
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A Hapvida também registrou uma adição líquida de 57,7 mil clientes em planos de saúde no período, movimento atribuído à retomada comercial após efeitos sazonais do primeiro trimestre.
Já a sinistralidade caixa atingiu 73,9% no segundo trimestre, alta de 0,4 ponto percentual versus um ano antes. Excluindo efeitos relacionados a procedimentos assistenciais provenientes de ações judiciais, o indicador marcaria 72,8%.
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TV ANHANGUERA
Criminosos aplicam golpes em pacientes internados em UTI de hospital de Rio Verde
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Delegado fala sobre indiciamento por morte de menino que colocou grão de milho no nariz
METRÓPOLES
EUA revoga vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos
Decisão foi anunciada pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, nesta quarta-feira (13/8)
Os Estados Unidos anunciaram uma nova revogação de vistos de funcionários públicos do governo do Brasil, agora ligados ao programa Mais Médicos. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (13/8) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana.
Foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implementado no Brasil.
Além disso, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foram atingidos pela restrição, que os impede de entrar no país liderado por Donald Trump.
Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA já havia anunciado a revogação dos vistos de autoridades dos governos de Cuba e de países da África e da Granada. A retaliação é uma resposta direta a programas cubanos que enviam profissionais de saúde para atuarem em outros países, como o Mais Médicos no Brasil.
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Para Marco Rubio, o envio de médicos de Cuba para outras nações é um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Conforme antecipado pela coluna Igor Gadelha, a ofensiva é uma espécie de “acerto de contas” do chefe da diplomacia norte-americana, que é filho de imigrantes cubanos e crítico ao governo do país.
Em nota, o Departamento de Estado dos EUA acusou o governo brasileiro de driblar as sanções impostas contra Cuba, por meio de um suposto desvio do pagamento de profissionais de saúde cubanos.
“Como parte do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos. Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa”, disse um trecho do comunicado da chancelaria norte-americana.
Em julho, o governo norte-americano já havia cancelado os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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PORTAL G1
Governo Trump cancela visto de secretário do Ministério da Saúde por relação com programa 'Mais Médicos'
Marco Rubio, do Departamento de Estado dos EUA, disse que o programa foi "um golpe diplomático inconcebível" e acusou autoridades de Cuba de explorar médicos e privar seus cidadãos de cuidados médicos essenciais. A contratação de médicos cubanos pelo Mais Médicos ocorreu entre 2013 e 2018.
O governo Trump anunciou a revogação dos vistos americanos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde do Brasil, e Alberto Kleiman, um ex-funcionário do governo brasileiro, nesta quarta-feira (13).
A decisão foi revelada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na rede social X. Sem citar nomes, ele afirmou que estava tomando medidas para revogar vistos de vários funcionários do governo brasileiro.
Também disse que o programa Mais Médicos, em que o governo federal brasileiro contratou cubanos para conseguir preencher vagas no Sistema Único de Saúde (SUS), foi "um golpe diplomático inconcebível".
"O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS, cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. O Mais Médicos foi um golpe diplomático inconcebível de 'médicos' estrangeiros", afirmou o secretário, citando a Organização PanAmericana da Saúde.
A contratação de médicos cubanos pelo Mais Médicos ocorreu entre 2013 e 2018 (veja mais abaixo).
Em um post anterior, Rubio contou que estava impondo restrições de visto a autoridades dos governos africanos, cubanos e granadinos - e seus familiares - devido a acusações de que eles privaram os cubanos de cuidados médicos essenciais.
De acordo com comunicado divulgado no site do departamento americano, os atingidos pelas restrições "foram responsáveis ou envolvidos na cumplicidade do esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano, que explora trabalhadores médicos cubanos por meio de trabalho forçado".
Ao falar do Mais Médicos, o governo Trump diz que Mozart Sales e Alberto Kleiman "usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos trabalhadores médicos cubanos".
"Esse esquema enriquece o corrupto regime cubano e priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais. (...) Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa", argumenta o documento.
Atualmente, Alberto Kleiman é diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30. Mozart Júlio Tabosa Sales é secretário de Atenção Especializada à Saúde.
A investigação do governo Trump sobre a Opas e seu papel no programa Mais Médicos começou já no primeiro mandato do republicano.
Em 2020, o então secretário de Estado americano, Mike Pompeo, exigiu que a Opas esclarecesse seu envolvimento no envio de médicos cubanos ao Brasil. Assim como Marco Rubio, Pompeo também acusou a organização de “facilitar o trabalho forçado” de médicos cubanos por meio do programa.
Além disso, Pompeo afirmou na ocasião que a administração Trump cobraria prestação de contas "de todas as organizações internacionais de saúde que dependem de recursos de contribuintes americanos".
O que era o Mais Médicos?
O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pelo então governo Dilma Rousseff (PT) para levar profissionais de medicina às periferias das grandes cidades e a municípios do interior.
Na ocasião, porém, sofreu críticas por parte de parlamentares da oposição e de entidades médicas por prever a possibilidade de médicos estrangeiros poderem atuar.
Isso porque a maioria desses profissionais era de Cuba, fruto de uma parceria do governo brasileiro com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundical de Saúde (OMS).
No governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Saúde trocou o nome do programa para "Médicos pelo Brasil". A participação dos profissionais de Cuba foi encerrada em 2018, após a eleição de Bolsonaro, por iniciativa de Havana.
Desde então, os cubanos só podem atuar caso passem pela prova de validação do diploma em território brasileiro.
Relançado em 2023, o Mais Médicos conta hoje em dia com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios. No edital mais recente, 3.173 médicos selecionados iniciaram suas atividades em 1.618 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) no início de julho de 2025.
O programa prioriza médicos brasileiros registrados no CRM, brasileiros formados no exterior e estrangeiros habilitados.
Moraes e outros ministros já haviam tido vistos revogados
Em julho, os Estados Unidos já haviam suspendido os vistos de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e de outros sete ministros do tribunal.
Marco Rubio, secretário de Estado do governo Donald Trump, que cuida das relações dos Estados Unidos com os outros países, anunciou que revogou os vistos americanos para Moraes, "de seus aliados e de seus familiares imediatos".
De acordo com fontes do governo federal, além Moraes, tiveram seus vistos suspensos:
Luis Roberto Barroso, o presidente da Corte;
Edson Fachin, vice-presidente;
Dias Toffoli;
Cristiano Zanin;
Flavio Dino;
Cármen Lúcia; e
Gilmar Mendes.
Além dos ministros, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também teve a permissão para entrar nos Estados Unidos suspensa.
Os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da lista.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emitiu uma nota na qual manifesta "solidariedade e apoio" aos ministros do STF atingidos pela revogação de vistos dos Estados Unidos.
Segundo ele, essa é "mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos".
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GAZETA DO POVO
Como Dilma usou o Mais Médicos para financiar a ditadura cubana
A polêmica que sempre cercou o programa Mais Médicos, especialmente quanto à parceria com Cuba, ganha novos contornos e reforça a percepção de que a saúde dos brasileiros foi instrumentalizada para fins ideológicos e diplomáticos. Nesta quarta-feira (13), o governo dos Estados Unidos revogou os vistos de ex-funcionários do Ministério da Saúde da gestão Dilma Rousseff (2011-2016), em uma ação que reforça as denúncias de que o programa teria funcionado como um "golpe diplomático inconcebível" e um esquema de exploração de mão de obra cubana.
Entre os sancionados pelo Departamento de Estado americano estão Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que atuaram na gestão do Mais Médicos durante o governo Dilma. A acusação é grave: ambos são considerados cúmplices de um "esquema de exportação de mão de obra forçada do regime cubano", por terem "conscientemente pago ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos".
Segundo o Departamento de Estado, a medida "envia uma mensagem inequívoca de que os Estados Unidos promovem a responsabilização daqueles que permitem o esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano".
No mesmo dia, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou um relatório apontando falhas graves no programa, como a ausência de diagnóstico preciso sobre a real necessidade de médicos e a falta de metas e indicadores para medir a efetividade da iniciativa.
Lançado em outubro de 2013, o Mais Médicos foi apresentado como uma ação para suprir a escassez de profissionais de saúde em áreas carentes e remotas do Brasil. No entanto, documentos diplomáticos revelados recentemente mostram que a iniciativa partiu do próprio governo cubano, que via nas missões médicas uma fonte de renda para sustentar a ditadura. Os telegramas da embaixada brasileira em Cuba, antes sigilosos, confirmam que o Brasil aceitou todas as exigências impostas por Havana, incluindo a obrigatoriedade de retorno dos médicos à ilha mesmo que desejassem permanecer no Brasil.
Acordo internacional canalizou bilhões para o regime cubano
O principal ponto de discórdia inicial era o valor pago aos profissionais de saúde. O consenso era de que os médicos cubanos receberiam apenas entre 15% e 25% do montante, e o restante seria transferido diretamente aos cofres do regime. Para viabilizar esse modelo e contornar a necessidade de aprovação do Congresso Nacional, o governo Dilma articulou uma triangulação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que serviu como marco jurídico para a contratação.
Na prática, o programa ganhou uma "roupagem simpática" para encobrir um acordo celebrado nos bastidores com uma das mais duras ditaduras latino-americanas. O objetivo: financiar a opressão comandada pela família Castro em troca da mão de obra de médicos reféns do regime. Segundo relatório da Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), entre 2013 e 2017, o governo brasileiro gastou cerca de R$ 13 bilhões com o programa, dos quais mais da metade - cerca de R$ 7 bilhões - foram enviados ao exterior para o convênio com Cuba.
Em 2019, a médica cubana Tatiana Carballo relatou à BBC que desembarcou no Brasil em 2014 após um curso de 45 dias de português. Foi colocada em um avião pelo regime, sem informações detalhadas sobre seu destino. Em Limeira (SP), ela atendia de 25 a 30 pacientes por dia e recebia R$ 1,2 mil mensais, enquanto colegas de outras nacionalidades ganhavam R$ 11 mil.
Tatiana e outros três médicos cubanos desertaram do programa e moveram uma ação coletiva contra a Opas nos Estados Unidos, acusando a organização de participar de um suposto esquema de trabalho análogo à escravidão e tráfico humano. Eles alegam que a Opas lucrou aproximadamente US$ 75 milhões e que o governo cubano reteve cerca US$ 1,3 bilhão com o modelo.
Em 2021, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que Cuba lucra com missões médicas no exterior há mais de uma década, confiscando documentos e salários dos profissionais.
MP aprovada em 2013 dispensou revalidação de diploma e ampliou alcance do programa
Outra polêmica envolvendo o programa foi a dispensa da revalidação do diploma dos médicos cubanos. Pela Medida Provisória (MP) sancionada por Dilma, e aprovada no Senado, esses profissionais poderiam atuar por até três anos sem necessidade de revalidação no Brasil. Para continuar além desse período, teriam de integrar uma "carreira médica específica", cuja regulamentação dependeria de um projeto de lei futuro.
A normativa também transferiu para o Ministério da Saúde a responsabilidade pelo registro dos médicos estrangeiros, retirando essa função dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Aos conselhos coube apenas a fiscalização da atuação dentro do programa, enquanto o exercício da Medicina fora do Mais Médicos permaneceu vedado a esses profissionais.
Outra alteração relevante incluída no texto foi a prioridade de contratação para médicos aposentados. Além disso, a MP trouxe mudanças estruturais na formação médica no país. Até o fim de 2018, os programas de residência médica deveriam garantir vagas anuais equivalentes ao número de formandos do ano anterior. E o internato - estágio obrigatório no final do curso - passou a destinar pelo menos 30% de sua carga horária à atenção básica e aos serviços de urgência e emergência do SUS.
Cuba encerrou programa após vitória de Bolsonaro
Após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, o regime cubano anunciou a saída do programa diante das exigências do presidente eleito: pagamento direto aos médicos, revalidação dos diplomas, testes de capacidade e permissão para vinda das famílias. Cerca de 8,5 mil médicos cubanos, que ocupavam quase metade das vagas do programa, deixaram abruptamente o Brasil. A retirada afetou especialmente regiões remotas, periferias urbanas e distritos indígenas, criando um vácuo assistencial imediato.
Como resposta, o governo Bolsonaro lançou em 1º de agosto de 2019 o programa Médicos pelo Brasil, com 18 mil vagas - 7 mil a mais que o modelo anterior. A nova proposta priorizava localidades com maiores déficits assistenciais, especialmente no Norte e Nordeste.
Entre as mudanças introduzidas estavam:
Contratação via CLT, substituindo os contratos temporários do modelo anterior;
Salário líquido de R$ 12 mil, com gratificações de R$ 3 mil para áreas rurais e R$ 6 mil para regiões ribeirinhas;
Progressão salarial baseada em desempenho e indicadores de qualidade, com bonificação entre 11% e 30%.
Retomado por Lula, Mais Médicos volta a ser questionado pelo TCU
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que recriou o programa, agora denominado "Programa Mais Médicos para o Brasil". A proposta previa a priorização de profissionais formados no país e a redução da dependência de estrangeiros. O edital abriu 15 mil vagas imediatas, somadas a outras 13 mil já ocupadas.
Com contratos de quatro anos, prorrogáveis por igual período, o novo modelo estipulou salário inicial de R$ 12,8 mil, com incentivos de 10% a 20% para médicos em áreas remotas ou vulneráveis.
Apesar da reformulação, o programa voltou a ser alvo de críticas. Um relatório do TCU apontou falhas graves na reativação da política: ausência de diagnóstico claro sobre a demanda por médicos, falta de metas e indicadores de custo-efetividade, e uma gestão de riscos deficiente.
Segundo o ministro Jhonatan de Jesus, relator da auditoria, não houve comprovação da carência de profissionais em 2023, nem análise de alternativas viáveis antes da retomada do projeto.
"O exame revela governança satisfatória em coordenação e monitoramento, mas debilidades relevantes em diagnóstico, análise de alternativas, especificação de metas, indicadores de custo-efetividade e gestão de riscos. Tais fragilidades não configuram ilicitude, mas podem reduzir eficiência e transparência do gasto público", escreveu o ministro.
Em resposta, o Ministério da Saúde informou que trabalha em parceria com universidades federais para criar indicadores, simular impactos e desenvolver algoritmos que priorizem áreas mais vulneráveis. Segundo a pasta, o programa conta atualmente com 26,4 mil médicos atuando em 4,5 mil municípios e em todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas, mais que o dobro registrado em 2022.
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AGÊNCIA BRASIL
"Saúde e soberania não se negociam", diz Padilha após sanção dos EUA
Após o governo dos Estados Unidos revogar os vistos de integrantes do governo ligados ao Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu na noite desta quarta-feira (13) o programa.
Segundo o ministro, o Mais Médicos "sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja", assim como o Pix, sistema de pagamento brasileiro que também já foi alvo de críticas do governo de Donald Trump.
"O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira. Não nos curvaremos a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos na minha primeira gestão como Ministro da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman", disse em postagem nas redes sociais.
Mais cedo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e seus familiares.
De acordo com comunicado, foram revogados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral para COP30.
A justificativa do governo de Donald Trump foram que eles desempenharam um papel na implementação do programa enquanto trabalhavam no Ministério da Saúde do Brasil e que são cúmplices "com o trabalho forçado do governo cubano" por meio do programa.
Nas redes sociais, Padilha afirmou ainda que, nos últimos dois anos, o número de profissionais no programa dobrou.
"Temos muito orgulho de todo esse legado que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Seguiremos firmes em nossas posições: saúde e soberania não se negociam. Sempre estaremos do lado do povo brasileiro", acrescentou.
Criado em 2013, o Programa Mais Médicos atende regiões remotas, de difícil acesso, vulneráveis e com escassez desses profissionais. Na época, foram contratados médicos cubanos por meio de cooperação com a Opas, até 2018. Em 2023, o governo federal retomou o programa, rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, com prioridade para profissionais brasileiros e abertura de vagas para outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.
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PORTAL G1/GOIÁS
Médicas são indiciadas por morte de menino que colocou grão de milho no nariz
Segundo o delegado do caso, Sérgio Henrique, as duas médicas foram indiciados por homicídio culposo por negligência. Caso aconteceu em Goiatuba.
Foram indiciadas por homicídio culposo por negligência as médicas Daniella Carvalho Ferreira e Isabella Helena Caixeta de Oliveira, que atenderam Ravi de Souza Figueiredo, de 2 anos. O menino morreu após um procedimento para retirar um grão de milho no nariz, em Goiatuba, região sul de Goiás.
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Daniela Carvalho até a última atualização desta reportagem. Ao g1, a defesa de Isabella Helena disse que vai se manifestar no decorrer do processo e que respeita o curso legal da investigação.
Ravi morreu no dia 5 de abril de 2025, mas o caso foi divulgado pela família três meses depois, em julho.
Em entrevista à TV Anhanguera, o delegado do caso, Sérgio Henrique, disse que o laudo da morte de Ravi apontou erro médico ocasionado pelo atendimento recebido em Goiatuba (assista acima). "Elas [as médicas] justificaram que o procedimento de inserção de ar comprimido nas narinas é comum, que pode ter 1% só de intercorrência," informou o delegado.
O delegado apontou que se a equipe médica tivesse feito um exame de raio-x, talvez teria evitado a morte de Ravi.
"Essa criança tinha que ter sido encaminhada direto para um raio-x porque no próprio exame conseguiria diagnosticar de imediato. A criança ficou lá por muito tempo, foi pra casa e voltou, só no outro dia de manhã que fizeram o raio-x e ele veio a óbito," disse o delegado.
Ao g1, o advogado da família, Vinícius Dias, disse que vai auxiliar o Ministério Público durante o processo criminal. Em nota, a defesa disse que "será firme, técnica e combativa, com o propósito de contribuir para que o julgamento reflita, de forma justa, a gravidade do ocorrido e a necessidade de prevenção de condutas semelhantes no futuro".
O MP informou ao g1 que recebeu o inquérito policial no final de julho e aguarda informações técnicas complementares requisitadas ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).
Tipificação
Ao g1, o delegado explicou que homicídio culposo acontece quando uma pessoa tira a vida de outra sem ter a intenção de matar, mas por descuido, imprudência, imperícia ou negligência. Sérgio ainda deu alguns exemplos para a reportagem:
Negligência – deixar de tomar cuidado que deveria. Exemplo: médico que não acompanha um paciente em estado grave e este morre.
Imprudência – agir de forma precipitada e perigosa. Exemplo: dirigir acima da velocidade em área escolar.
Imperícia – falta de habilidade técnica para realizar algo. Exemplo: operador de máquina sem treinamento que a usa de forma errada e causa a morte de alguém.
Entenda o caso
De acordo com a família, Ravi colocou um caroço de milho de pipoca em uma das narinas e, em seguida, mostrou para ele e para a companheira. Josenilson contou que ele e a mãe do menino tentaram retirar o grão antes de levar o filho ao hospital, mas não conseguiram. Segundo a família, os primeiros atendimentos foram realizados no Hospital Municipal de Goiatuba.
Josenilson contou que a equipe do hospital tentou retirar o caroço de milho de pipoca com uma pinça, mas não teve sucesso. Ele relatou que, em seguida, um profissional da equipe utilizou uma espécie de “cânula de borracha”, por onde saía ar, inserida na narina do menino duas vezes. No entanto, o caroço não saiu, e logo em seguida a criança vomitou.
O pai disse que notou que, logo após o procedimento, a barriga da criança ficou inchada. Segundo ele, a equipe médica afirmou que isso era normal. Em seguida, foi administrado um remédio para gases e a criança ficou em observação por algumas horas. Depois disso, recebeu alta.
Novamente no hospital, a equipe aplicou uma medicação e realizou exames na criança, segundo o pai. Depois disso, um pediatra informou que seria necessário transferi-lo para Goiânia. Ele foi levado para uma ambulância, mas, a caminho da capital, passou mal, teve dificuldade para respirar e morreu no Hospital Municipal de Hidrolândia, onde foi atendido às pressas.
"Vi a hora que a enfermeira baixou a cabeça (...) Ela falou: Infelizmente, seu filho veio a óbito. Aí eu já entrei em desespero", contou a mãe, Priscila Marta de Souza, à TV Anhanguera.
Investigação
O laudo da Polícia Científica apontou que a causa da morte foi insuficiência respiratória aguda. À TV Anhanguera, o delegado Sérgio Henrique Alves disse que, de acordo com o médico legista, o procedimento realizado no hospital foi incorreto.
A defesa da família confirmou que, após os procedimentos para tentar retirar o grão de milho, a criança sofreu perfurações no pulmão e no estômago.
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JORNAL OPÇÃO
Especialistas alertam para danos à saúde mental e física causados pelo uso excessivo de telas
Embora o psicólogo não classifique as telas como causadoras diretas de vício, ressalta que seu uso excessivo pode atuar como um 'facilitador'
O uso excessivo de telas pode desencadear impactos severos na saúde mental e física dos indivíduos. Nesse sentido, vivemos em uma era digital em que o uso de telas se tornou parte inseparável da rotina. Seja por trabalho, lazer ou socialização, estamos constantemente conectados a celulares, computadores e televisores. Embora a tecnologia tenha ampliado nossas possibilidades, especialistas ouvidos, nesta quarta-feira, 13, pelo Jornal Opção alertam para os riscos do uso excessivo desses dispositivos, especialmente no que diz respeito à saúde mental, física e ao desenvolvimento cognitivo.
O psicólogo William Nascimento, pós-graduando em psicologia organizacional e do Trabalho, destaca que o uso de telas é natural e até necessário nos dias de hoje. No entanto, quando feito em excesso, pode se tornar prejudicial. Segundo ele, a busca por satisfação imediata, o desejo de estar sempre atualizado e o entretenimento constante são fatores que contribuem para esse comportamento compulsivo.
“Diversos estudos apontam correlação entre exposição prolongada a dispositivos eletrônicos e problemas como ansiedade, depressão e dificuldades de regulação emocional”, afirma William. Além disso, ele chama atenção para o afinamento do córtex cerebral, que é a área responsável pela memória, tomada de decisões e resolução de problemas, como uma das consequências mais preocupantes da superexposição digital.
Embora o especialista não classifique as telas como causadoras diretas de vício, William ressalta que seu uso excessivo pode atuar como um ‘facilitador’. Um exemplo é a síndrome de FOMO (Fear of Missing Out), que gera ansiedade por sentir que se está perdendo algo importante ou popular. “O mundo não para de mudar, e essa necessidade de acompanhar tudo pode gerar ansiedade, impulsividade e até gastos financeiros desnecessários”, explica. Tendências virais, redes sociais e jogos online alimentam esse ciclo de compulsão, levando o indivíduo a buscar constantemente pertencimento e validação.
William também destaca o impacto das redes sociais na autoestima. O Brasil, terceiro país que mais consome redes sociais no mundo, é palco de uma constante exposição a “vidas perfeitas” e padrões inalcançáveis. “As plataformas estimulam versões idealizadas do outro, levando à comparação desfavorável e à sensação de insuficiência”, alerta. A busca por curtidas, comentários e seguidores transforma métricas digitais em indicadores de valor pessoal, deslocando o eixo da autoestima de critérios internos, como habilidades e valores, para padrões externos e muitas vezes inatingíveis.
Crianças e adolescentes
O psicólogo Celmo José Caetano reforça que os efeitos negativos são especialmente graves em crianças e adolescentes. Entre os principais impactos, ele destaca o aumento da obesidade, problemas de sono, sedentarismo, sintomas depressivos e ansiosos, além de dificuldades de atenção e queda no desempenho escolar. Segundo ele, os efeitos variam conforme a idade, o tipo de tela e o conteúdo consumido, sendo fundamental estabelecer limites saudáveis e incentivar atividades físicas e sociais.
Efeitos neuroquímicos
A psicóloga e psicoterapeuta de adolescentes, adultos e casais, Amanda Vaz, aprofunda os efeitos neuroquímicos e fisiológicos do uso excessivo de telas. Ela explica que a claridade das telas ativa a produção de cortisol e adrenalina, hormônios ligados ao estresse, além de hiperestimular a dopamina, neurotransmissor do prazer. “Essa hiperestimulação pode prejudicar a capacidade de sentir bem-estar em atividades que exigem mais esforço”, diz Amanda. Ela também alerta para problemas oculares, como vista cansada e ressecamento, além de consequências graves como nomofobia (medo de ficar longe do celular), diminuição precoce do QI, baixa autoestima e perda de prazer em atividades cotidianas.
Caminhos para o equilíbrio
Apesar dos riscos, os especialistas são unânimes em afirmar que o uso consciente das telas é possível e necessário. Estabelecer limites, buscar atividades offline, valorizar interações reais e desenvolver critérios internos de autoestima são passos fundamentais para preservar a saúde mental e física. Em tempos de hiperconexão, talvez o maior desafio seja justamente desconectar, não por completo, mas o suficiente para reconectar com o que realmente importa.
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Assessoria de Comunicação