Postado em: 05/08/2025

CLIPPING AHPACEG 05/08/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Médicos brasileiros formados no exterior relatam desafios para atuar no país

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/medicos-brasileiros-formados-no-exterior-enfrentam-desafios-para-atuar-no-pais-730967/

17º Workshop de Vendas e 4ª Convenção de Mercado da Unimed Federação Centro Brasileira e Unimed Goiânia abordam técnicas de conexão, cooperação e crescimento

https://unimed.empauta.com/e6/noticia/2508051754384287009

Segurança do paciente começa com prevenção e protocolos bem definidos

https://medicinasa.com.br/seguranca-paciente-protocolos/

Desenvolvimento sustentável: a importância de mecanismos éticos

https://medicinasa.com.br/desenvolvimento-sustentavel/

Responsabilidade técnica de coordenadores de curso de medicina

https://medicinasa.com.br/cfm-estagio/

Secretaria de Saúde de Goiás divulga que duas clínicas de hemodiálise são liberadas

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/secretaria-de-saude-de-goias-divulga-que-duas-clinicas-de-hemodialise-sao-liberadas-13814649.ghtml

Prefeitura de Goiânia é condenada a pagar indenização por morte de mulher

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/prefeitura-de-goiania-e-condenada-a-pagar-indenizacao-por-morte-de-mulher-13813049.ghtml

 

O GLOBO

Unimed Ferj: com pagamentos atrasados, médicos fecham consultórios e operadora perde 17% dos usuários

Crise se arrasta desde migração da carteira de clientes da Unimed-Rio, no ano passado

Em mais um capítulo da crise que se arrasta desde a migração da carteira da Unimed-Rio, há cerca de um ano, médicos cooperados que atendem usuários da Unimed Ferj relatam atrasos recorrentes no pagamento de consultas e procedimentos.

Sem garantia de que vão receber pelo serviço prestado, há casos de especialistas fechando as portas dos consultórios, o que reduz a rede credenciada disponível aos consumidores do plano de saúde, que têm migrado da Ferj para outras operadoras.

Peso no bolso sobem 327% em 18 anos, acima da inflação no período Em tese, pagamentos de consultas, procedimentos e cirurgias são feitos pela Unimed-Rio aos cooperados entre 30 e 45 dias após o fechamento do mês, a partir dos repasses da Ferj, que administra a carteira de usuários e recebe as mensalidades.

Mas segundo médicos ouvidos pelo GLOBO, desde janeiro o cronograma é reiteradamente descumprido. Os procedimentos de abril, que deveriam ser pagos até o dia 27 de junho, ainda estão em aberto.

Mais Já as consultas realizadas em maio, com pagamento previsto para o dia 15 de julho, também não foram depositadas na data. E ainda entra na lista de débitos os procedimentos feitos em maio, cujo prazo de vencimento venceu no último dia 29.

'Revoltante' - Isso é revoltante porque nos deixa sem nenhuma previsibilidade para honrar não apenas nossas despesas pessoais, mas os próprios custos do consultório. Há vários colegas fechando as portas - lamenta um profissional ouvido sob anonimato.

Com os atrasos nos pagamentos, uma gastroenterologista, que também prefere não se identificar, decidiu alugar o consultório próprio e sublocar horários em outra sala para manter os atendimentos, mas driblando as despesas fixas com condomínio, IPTU e luz.

- Usei tudo o que economizei para a aposentadoria para tentar suportar os custos. Fui além do que podia. Sou cooperada há quase 40 anos e agora estou tendo que distribuir currículo, o que é super difícil na minha idade - relata.

Quem acompanha o comando da cooperativa argumenta que os atrasos não atingem apenas os repasses aos cooperados, mas "todos os compromissos" da Unimed-Rio.

Num comunicado enviado aos médicos nesta semana, a direção afirma que desde que assumiu a gestão sabia "que o caminho da recuperação não seria fácil" e que tem "trabalhado incansavelmente para honrar o compromisso de proteger o CPF de cada um dos sócios". O documento, porém, não dá prazos de quando o cenário financeiro será restabelecido.

Gestão Sem citar nomes, a direção da Unimed-Rio ainda diz no texto que tem "negociações estratégicas em curso", mas que atua num "cenário sensível, em um momento em que diversos players do setor tentam fragilizar o sistema Unimed".

"Vivemos um cenário delicado no mercado de saúde suplementar, especialmente no Rio de Janeiro, que há tempos se tornou alvo de grandes grupos do setor. Mesmo diante dessas adversidades, reforçamos que, como parceiros da Ferj, estamos atentos e acompanhando de perto todas as movimentações, sempre com o objetivo de resguardar os interesses, a remuneração e o patrimônio de cada um de vocês", diz o comunicado.

Debandada na base de usuários

Enquanto a crise se prolonga, consumidores desembarcam da Unimed Ferj. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, desde a migração da carteira em maio de 2024, houve uma queda de 17% no número de usuários do plano. Entre junho do ano passado e maio último, 85,8 mil pessoas deixaram o plano. Fontes da Unimed dizem que não há uma queda vertiginosa na carteira, mas que, no balanço, "sai mais gente do que entra".

Entenda Sócio-fundador da consultoria Arquitetos da Saúde, Adriano Londres analisa que esse saldo negativo para a companhia, com mais usuários indo embora do que entrantes, impacta diretamente no equilíbrio econômico-financeiro da operadora.

- O prêmio vai embora e a despesa fica, o que é ruim para os resultados. A conta de alguém que se internou esse mês, por exemplo, só vai ser paga pelo plano ao hospital daqui 120 dias, quando a pessoa às vezes já até deixou a operadora - diz.

Dados não estão disponíveis Londres ainda observa que pode haver um aumento na sinistralidade da Unimed Ferj, a fatia da receita da operadora que é usada para custear a assistência médica dos usuários

- E isso tem muito a ver com o que vem sendo noticiado sobre a operadora, que tem sido incapaz de honrar seus compromissos. Quem pode sair sai. Mas o idoso, por exemplo tem muito mais dificuldade de encontrar uma alternativa, ainda mais se for contrato individual, e a carteira fica mais cara.

Hoje, 31,6% da carteira da Unimed Ferj são de idosos, enquanto a média no setor é de 13,4%.

Apesar de as operadoras serem obrigadas a enviar dados de sinistralidade para a ANS, não é possível verificar dados atualizados da Ferj porque a operadora está liberada da determinação desde que firmou um acordo com o órgão regulador em dezembro de 2024. O termo de compromisso flexibiliza as regras e isenta a operadora de sanções até março de 2026 para que a Unimed tente reequilibrar as contas.

O que diz a operadora Em nota ao GLOBO, a Unimed Ferj afirmou que os atrasos nos pagamentos de honorários médicos e serviços prestados foram pontuais, em função de ajustes no fluxo de caixa, e que está "empenhada em regularizar a situação o mais breve possível".

"A operadora reforça que, desde a assunção da carteira de beneficiários da Unimed-Rio, houve uma melhora no valor da consulta recebida pelos cooperados, o que reflete nosso esforço e compromisso com a valorização do trabalho médico", defende a operadora.

Já sobre a redução no número de beneficiários da carteira, o convênio afirmou que esse movimento "já era previsto e está inserido na estratégia de reestruturação da Unimed Ferj". Isso porque a operadora deixou de vender planos nacionais e está concentrando a atuação na cidade do Rio e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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JORNAL OPÇÃO

Médicos brasileiros formados no exterior relatam desafios para atuar no país

Relatos de brasileiros que optaram por cursar medicina no exterior, porém ao voltar, enfrentaram um processo de revalidação de diploma complexo

A cada ano, milhares de brasileiros optam por cursar medicina no exterior, atraídos por mensalidades mais acessíveis e processos seletivos menos concorridos. Ao voltar ao país, no entanto, enfrentam um processo de revalidação de diploma considerado complexo, oneroso e, muitas vezes, doloroso — além de lidar com preconceitos que persistem. O Jornal Opção conversou com seis médicos brasileiros formados no exterior para compreender melhor essa realidade.

Para muitos, a decisão de estudar medicina em países vizinhos como Paraguai e Bolívia é impulsionada por fatores financeiros e pela alta concorrência nas universidades brasileiras. Maxmiller Ferreira Machado, médico formado na Universidad Privada Abierta Latinoamericana (UPAL), na Bolívia, entre 2010 e 2016, relata que o sonho de cursar medicina com a esposa, era distante, pois faltavam condições financeiras para pagar uma faculdade particular no Brasil. “Em 2010, o Brasil tinha pouco mais de 180 faculdades de medicina. Hoje já são quase 400. Então, a decisão de estudar fora acabou sendo muito natural”, afirma Maxmiller.

Luis Otávio Benevenuto compartilha da mesma motivação: “Eu não queria perder dois, três, quatro anos com o cursinho pré-vestibular para passar na federal e, na situação financeira em que estávamos, era inviável uma mensalidade particular no Brasil”. Ele encontrou em Pedro Juan, no Paraguai, uma alternativa viável, onde o custo mensal total — incluindo aluguel, alimentação e faculdade — girava em torno de R$ 3.000 a R$ 3.500 no primeiro ano, contraste marcante com a mensalidade média de R$ 8.000 a R$ 10.000 no Brasil.

A goiana, Nicelene Rosse Pereira Crespo, que cursou medicina na Bolívia a partir de 2006, também vivenciou essa realidade. “Eu tinha muito medo de não conseguir entrar na federal. Tinha estudado em colégio público e não se sentia preparada”, confessa Nicelene. A decisão foi incentivada pelo pai, que já havia estudado na UFG e via na Bolívia uma opção mais acessível. “Meu maior receio era que meus irmãos terminassem o colégio e tivessem que trabalhar direto, sem conseguir avançar para uma faculdade”, complementa.

A facilidade de ingresso em universidades estrangeiras também é atrativa. Adelicio Galvão, médico especialista em revalidação, destaca: “Na grande maioria das faculdades [no exterior] não existe vestibular como aqui no Brasil. Em muitos países, basta se matricular na instituição”.

A Experiência Acadêmica e o Choque Cultural

Apesar das diferenças, a qualidade do ensino no exterior é elogiada por alguns. Hudson Lucena, formado na Universidade Maria Auxiliadora (Max) no Paraguai, avalia positivamente sua formação: “Minha experiência na faculdade foi muito boa. Tive bastante suporte e gostei muito da formação que recebi”. Ele acrescenta que, em comparação com colegas no Brasil, sua formação “não deixou nada a desejar” e ressalta a abordagem mais humanizada da medicina no Paraguai: “Os médicos sabem escutar mais os pacientes lá; é mais humanizado. O diagnóstico é mais certeiro por conta disso, coisa que eu não vi aqui no Brasil”.

A adaptação cultural e linguística, porém, pode ser desafiadora. Hudson relata: “Em um mês, consegui me adaptar tranquilamente ao país. É um país acolhedor, o Paraguai. Foi o que senti, pelo menos na região em que fiquei”. Já Wanessa Melo, formada na Uninter, no Paraguai, descreve o idioma como o maior choque: “Tive de me adaptar ao espanhol e ao guarani”. Luis Otávio também menciona as dificuldades com o idioma nos primeiros meses.

Bolívia e Paraguai se tornaram polos de atração para estudantes brasileiros. Adelicio afirma: “O país que mais tem alunos hoje é o Paraguai, pela acessibilidade, pela proximidade da fronteira”. Wanessa corrobora: “Em 2017, nossa turma inicial no Paraguai tinha cerca de 500 alunos, quase todos brasileiros”.

O Revalida: Um Obstáculo “Dificultoso, Injusto e Doloroso”

O retorno ao Brasil e a intenção de atuar profissionalmente esbarram na exigência do Revalida, exame nacional de revalidação de diplomas médicos estrangeiros. Entre os entrevistados, é consenso que esse processo representa o maior desafio.

Wanessa Melo classifica o processo como “dificultoso, injusto e doloroso”. Ela relata ter sido reprovada na primeira fase do Revalida INEP por “0,06 pontos” em março de 2024 e na segunda fase por três pontos em dezembro de 2024. “O processo é dolorido, vai te desgastar; são muitas noites sem dormir”, critica. Sobre a correção, afirma: “Eles fingem que não viram erros, só passam o olho; não corrigem como deveriam”.

Hudson Lucena defende um “Revalida justo”, reconhecendo a necessidade de avaliar a qualidade das formações estrangeiras, mas critica a aplicação atual: “Nos últimos dois anos, vi provas absurdas, tanto na parte teórica quanto na prática — exigiam protocolos que não se usam no cotidiano”. Ele menciona a pressão psicológica: “Eu estou com mais medo da prática do que da teórica”.

Luis Otávio Benevenuto, que reprovou na primeira fase do Revalida 2024.2 por 1,2 ponto e foi aprovado na edição 2025.1, descreve a segunda etapa como “desafiadora”. “Psicologicamente, a prática não mede só conhecimento clínico; exige controle emocional intenso e gestão do tempo, pela pressão”, compara, lembrando que o Revalida não tem concorrência externa: “Você concorre consigo mesmo”.

Nicelene Pereira enfrentou o Revalida três vezes, passando na teórica em 2020 e na prática em 2021. Ela destaca o alto custo da prova prática: “Paguei R$ 4.500 três vezes, um valor muito alto considerando a bolsa de residência”.

Adelicio Galvão corrobora as dificuldades financeiras: “O Revalida é, talvez, a prova geral mais cara do Brasil”. Ele aponta a baixa taxa de aprovação, de 10% a 12% na primeira fase, e elogia a remoção da prova discursiva: “Havia má correção anterior”, e relata ter conseguido recuperar até 18 dos 50 pontos da prova em recurso.

Preconceito e Luta por Reconhecimento

Além dos desafios burocráticos, médicos formados no exterior enfrentam preconceito no Brasil. Hudson Lucena comenta: “Muitos acham que medicina fora do Brasil é menos rigorosa, mas a língua e a metodologia tornam tudo mais difícil”.

Maxmiller Machado minimiza o estigma: “Durante a faculdade, ouvi muitos comentários sobre isso. Mas, sinceramente, nunca senti isso na prática. Trabalhei por bastante tempo no hospital de referência da minha região, diretamente na emergência, e sempre fui muito bem recebido pela equipe, e já trabalhei em quase todos os hospitais da região e nunca percebi preconceito, então, na minha vivência, considero isso um mito”, relata.

Além disso, como médico formado no exterior, ele explica que passou por uma prova oficial de conclusão de curso organizada pelo Ministério da Saúde da Bolívia. “Tive um desempenho que me garantiu, além do diploma regular, um diploma de excelência. Depois disso, enfrentei mais duas etapas no Revalida: a prova teórica, na qual tive uma nota bem acima da nota de corte, e a prova prática, também aprovada”.

E por fim, Maxmiller conclui sua lógica: “Isso enquanto me preparava para a prova de graduação da faculdade e nem por isso me sinto no direito de julgar ou desmerecer quem se formou no Brasil e recebeu o diploma direto, sem ter que passar por provas semelhantes às que eu enfrentei. Cada trajetória tem seu valor”.

Para Nicelene Pereira, porém, “existe preconceito em grupos médicos, que acreditam que quem estuda fora ‘corta atalhos’ e não está preparado”. Ela cita o programa Mais Médicos: “Neste último Mais Médicos, por exemplo, que teve agora, a gente viu uma mobilização de alguns grupos de médicos formados no Brasil com o CRM, dizendo que iriam ocupar todas as vagas, iriam se inscrever mesmo que não fossem se apresentar. É, para que outros médicos formados no exterior não ocupassem essas vagas, né? Então, foi um movimento muito feio, muito, muito ruim, sabe?”

Luis Otávio Benevenuto concorda que “o preconceito é mais de quem não está na área.” Ele observa que “profissionais que já trabalharam com revalidado não falam mal; mas ‘dinossauros’ e o público geral duvidam do diploma até a revalidação.” Ele ressalta seu empenho: “Queremos mostrar um bom serviço; temos cuidado dobrado para não depor contra nossa reputação”.

Adelicio Galvão observa ainda discriminação de aplicadores: “Alguns fazem comentários pejorativos durante as avaliações práticas”. Para quem não revalida, diz, “há médicos trabalhando em farmácias, como motoristas de aplicativo ou em supermercados”.

Apesar dos percalços, essa geração de médicos mantém o desejo de contribuir com a saúde do país. Entre obstáculos burocráticos e símbolos de preconceito, seguem movidos por um sonho: cuidar de vidas.

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AGÊNCIA UNIMED

17º Workshop de Vendas e 4ª Convenção de Mercado da Unimed Federação Centro Brasileira e Unimed Goiânia abordam técnicas de conexão, cooperação e crescimento


Diretores, gestores e colaboradores do Sistema Unimed se reuniram por três dias para conhecer estratégias que promovem conexão com os clientes e crescimento sustentável

Conectar, cooperar e crescer: esse foi o tema do 17º Workshop de Vendas e 4ª Convenção de Mercado, realizados pela Unimed Federação Centro Brasileira e Unimed Goiânia, que reuniram diretores e equipes durante três dias de trocas de conhecimento, de 31 de julho a 2 de agosto, em Goiânia (GO).

"Eventos como esses fazem parte da nossa estratégia e, neste ano, chegam com mais propósito", afirmou o presidente da Federação, Danúbio Antonio de Oliveira. "Estamos conectados com o mesmo ideal de nos fortalecermos e continuarmos contribuindo com a vida das pessoas", acrescentou.

 
"É uma grande satisfação reunir nossas cooperativas para alinhar estratégias e fortalecer a qualidade da assistência que oferecemos", destacou o diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Xavier.

Para o presidente do Conselho de Administração da Unimed Goiânia, Washington Luiz Ferreira Rios, é importante aproveitar as oportunidades de traçar caminhos para a sustentabilidade das operadoras. "Temos que estar juntos para crescermos", destacou.

O diretor-presidente da Unimed Goiânia, Lueiz Amorim Canêdo, também reforçou a importância do encontro. "Esse é um momento de alinhamento e construção coletiva, que nos permite avançar no cooperativismo", afirmou.

Desafios

Para iniciar a jornada, que contou com o apoio do Sicoob UniCentro Br, o público assistiu a uma palestra do economista e empresário Samy Dana. Ele destacou como a produtividade é a chave para o crescimento de uma economia. No Brasil, apesar de entraves, como a complexidade tributária, há mercado e possibilidades para se desenvolver.

Um dos motivos é o fato de que os consumidores brasileiros são menos conservadores e mais disponíveis para trocar seus hábitos e marcas. Isso se destaca, inclusive, no mercado de planos de saúde.

"É evidente que muitas empresas quebram por fazer investimentos errados, mas outras porque, simplesmente, não fizeram nada. O Brasil tem desafios, mas você pode perder (chances) por não fazer nada", destacou.

As oportunidades existem, como ressaltou a conselheira de Administração da Unimed Goiânia, Márcia Cristina de Toledo, durante uma mesa-redonda no segundo dia do evento. O apoio de cooperativas contribui para essas perspectivas.

 A tarefa é fazer com que os cooperados entendam o que é a cultura cooperativista e os benefícios dela, especialmente entre o público mais jovem, como destacou o conselheiro de Administração do Sicoob UniCentro Br e presidente da Central Sicoob Uni, Raimundo Nonato Leite Pinto.

 "Temos que trazer os jovens para a cooperativa, treiná-los e conhecê-los, para que possamos formar os próximos gestores. Esse é o nosso dever", acrescentou o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.

 Em meio a isso, é preciso equilibrar os cuidados com o quadro social e a sustentabilidade financeira, lembrou Danúbio Antonio de Oliveira. "Quando o coletivo ganha, também existem ganhos individuais. Por isso, temos sempre que acreditar no cooperativismo".

Comunicação e venda

Não é segredo que, para vender, é preciso se comunicar bem. A jornalista Liliane Bueno conversou com os participantes sobre a potência da comunicação e do reconhecimento de valor no que é vendido.

 "Pessoas que entendem o poder da influência que carregam sabem que comunicação não é sobre o que se fala, mas sobre o que se obtém com a narrativa", descreveu ela. No entanto, não se trata de manipulação, mas de "entender de gente". Ou seja, compreender o comportamento do público e o poder do relacionamento, reconhecendo que desejos mudam de acordo com cada pessoa. "Sai na frente quem entende esse processo e se adapta".

A conexão da população com a marca também é criada por meio de uma publicidade de qualidade, como mostrou o publicitário Frederico Parma. Para isso, é preciso ter mais do que criatividade, mas métricas e dados, que irão ajudar a criar a peça ideal para o grupo a quem ela se destina, com a tão importante ligação emocional.

 Conectar para precificar

 A conexão deve estar em todas as ações de uma cooperativa, inclusive na precificação dos produtos.  A atuária, gestora e consultora de operadoras de planos de saúde, Jacqueline Barbosa, explicou a importância de observar em detalhes o perfil do futuro beneficiário para criar uma tabela de valores adequada, de acordo com os riscos.

 "Isso não atrasa a venda, mas a qualifica, trazendo uma melhor carteira. Essa é uma das responsabilidades do consultor de vendas. Prefira vender certo do que correr o risco de um cancelamento ou desgaste", aconselhou.

 
Inteligência artificial e conexão emocional combinam?
O diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Xavier, foi o responsável por mostrar que, em tempos de inteligência artificial (IA), a conexão ainda deve estar presente. Afinal, apesar da tecnologia, o que é precioso está na performance e nas emoções humanas.


"A IA é programada por humanos e nós temos que mostrar nossos valores éticos e morais a ela. A ferramenta deve aprender com os nossos conhecimentos", ilustrou. "O futuro é a colaboração entre o ser humano e a tecnologia. A IA acelera processos, mas quem cria vínculos são as pessoas".

 
Crescer com ética


Para abordar um dos focos do 17º Workshop de Vendas e 4ª Convenção de Mercado, o crescimento, os diretores da Unimed Goiânia e Unimed Federação Centro Brasileira debateram as formas de desenvolvimento com base na ética e honestidade, durante uma mesa-redonda.


"Precisamos estar atentos aos nossos valores para que eles sejam mais do que palavras, mas uma prática presente diariamente. Isso começa na alta diretoria", definiu Fernando Henrique Abrão, conselheiro de Administração da operadora e vice-presidente da Unimed Federação Centro Brasileira.

 
Educação continuada, comitês de ética, cultura organizacional e equidade são algumas das formas para conquistar esse objetivo. "Temos que ser conscientes dos problemas e humildes para o aprendizado. É isso o que irá gerar resultado. Eu conclamo a todos, especialmente aos gestores, para que tenham uma escuta ativa, pois podem existir ideias melhores que as nossas e caminhos melhores do que pensamos", resumiu Márcia Cristina de Toledo, também conselheira de Administração.


Talk Show com quem representa o sucesso


Para animar ainda mais os eventos, as ex-jogadoras e campeãs pela Seleção Brasileira de Vôlei, Jaqueline Carvalho e Fernanda Venturini, subiram ao palco para mostrar como o trabalho em conjunto promove vitórias.

 
Elas conversaram sobre como foi participar de gerações que marcaram a história do esporte brasileiro e como o respeito entre as jogadoras foi essencial para o sucesso dos times. Obviamente, os desafios também estavam presentes, como contusões.

 
"Eu fiz três cirurgias no joelho antes das Olimpíadas e muitas pessoas achavam que eu não iria voltar (para as quadras), mas eu voltei. Nós podemos dar a volta por cima", contou Jaqueline, que é bicampeã olímpica.


A Noite Match Point encerrou a programação do segundo dia, com o reconhecimento dos corretores campões em vendas. Foram homenageados 52 profissionais da Unimed GoiâniaUnimed Catalão e Unimed Anápolis.

 

Conectar para gerar confiança

As inspirações continuaram com as histórias e conversas entre os dirigentes da Unimed Federação Centro Brasileira e Unimed Goiânia, em uma mesa-redonda no último dia de evento. Eles abordaram como a conexão interpessoal impacta diversas áreas, desde aspectos individuais até os organizacionais.

 
"A ética e a transparência devem existir em todas as partes da nossa vida. Acho que isso é o mais importante: a conexão que nos leva a um objetivo, mas sempre sendo honesto com o próximo. A honestidade não é qualidade, é uma obrigação", relatou o presidente da Unimed Goiânia, Lueiz Amorim Canêdo.

 
Essa paz também leva à saúde física, como lembrou Frederico Xavier, diretor de Mercado da Unimed Goiânia. "Quando temos contato com pessoas boas, nós nos tornamos melhores", acrescentou ele.

 
As conexões também são essenciais para o bem-estar mental. "Não nascemos para viver isolados. Socializar, acompanhar e estar ao lado da outra pessoa traz resultados. Somos sociáveis e temos que criar boas conexões", complementou Éder Ribeiro, diretor de Integração e Desenvolvimento Institucional da Federação.

 
Assim, as conexões geram outro ativo valioso: a confiança. "O maior problema que temos nas cooperativas é a confiança. A falta dela torna o produto a ser vendido lento e caro. Hoje, a maior necessidade que temos é ser ágeis em nossa comunicação e conexão, assim como as redes verticalizadas (operadoras concorrentes)", explicou Haikal Helou presidente da Câmara do Setor de Saúde da Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (ACIEG).

 
Vendas não ocorrem por acaso

 
Após a jornada de aprendizado, o 17º Workshop de Vendas e 4ª Convenção de Mercado foi finalizado com chave de ouro com uma palestra de Thiago Concer, referência em vendas no Brasil. Ele apresentou que os fechamentos de negócios não ocorrem por "sorte", mas, sim, quando há uma ligação genuína entre vendedor e cliente. Por isso, o segredo não está apenas na qualidade do produto, mas na operação comercial, especialmente em um mercado com ampla concorrência.

 
Nesse âmbito, estão envolvidas a ambição, consistência, disciplina e o que Thiago chamou de "raridade" de cada vendedor. "Venda é consequência. O que você controla são as atividades que levam a ela", definiu.

 
Dessa forma, mais do que planejar algo, é preciso executar. "O que vemos na prática é que grupos que lideram têm capacidade de execução. Colocar na prática aquilo que nós já sabemos", finalizou.

 
Hora de crescer: as opiniões do público

 
"A programação foi produtiva e com assuntos atualizados, acrescentando no âmbito pessoal e profissional. Um dos aprendizados foi conhecer a individualidade de cada cliente, para oferecermos exatamente o que ele está procurando. Não apenas vender um produto, mas vender uma solução".

Fernanda Velasco

Analista de Relacionamento Empresarial da Unimed Goiânia

 
"Os conhecimentos da consultora Jacqueline agregaram na compreensão dos desafios das receitas e mensalidade, incluindo o que deve ser considerado nas estratégias para reduzir a sinistralidade".

Fernando de Oliveira

Coordenador de Controladoria da Unimed Goiânia


"O evento foi incrível, tanto pela logística, quanto pelo espaço e pela organização. As palestras foram dinâmicas. A de inteligência artificial foi ótima. A do Samy Dana também, pois fugiu das questões políticas e mostrou que não temos que ficar esperando o 'tempo certo' para agir".

Clailton José da Silveira

Coordenador da Inteligência de Vendas da Unimed Goiânia
"O tema escolhido, 'conectar, cooperar e crescer', foi muito interessante e estamos caminhando entre esses verbos de forma dinâmica. Estamos aprendendo muito e ainda fazendo networking".

Ellen Andrade

Diretora Comercial e Marketing da Unimed Caldas Novas

"Evento grandioso, os assuntos são temas atuais e que precisamos debater para o nosso crescimento sustentável. Já estamos crescendo de forma sustentável, porque eu acredito que o crescimento de uma operadora não pode ser exagerado. É preciso ter cuidado, com uma carteira sustentável".

Renato Azevedo

Presidente da Unimed Araguaína

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MEDICINA S/A

Segurança do paciente começa com prevenção e protocolos bem definidos

O Brasil registrou 37.170 novos casos de falhas assistenciais em saúde entre janeiro e maio de 2025, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número revela um cenário alarmante na segurança do paciente, envolvendo danos materiais e morais decorrentes de erros e omissões na prestação de serviços de saúde, tanto na rede pública quanto na privada.

Além dos novos casos, o levantamento aponta que há 153.993 processos pendentes relacionados ao tema e 31.119 já foram julgados no mesmo período. Em 2024, o país já havia registrado um aumento de 506% nas ações judiciais por erro médico, totalizando 74.358 processos.

Para o advogado Gustavo Clemente, especialista em Direito Médico e da Saúde, pós-graduado em Administração Hospitalar (IPEP), sócio do Lara Martins Advogados e presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado de Goiás (SINDHOESG), o cenário exige ações preventivas urgentes por parte das instituições de saúde. Segundo ele, garantir a segurança do paciente e minimizar os riscos de falhas assistenciais passa por investir em protocolos assistenciais detalhados e juridicamente orientados. "Um padrão operacional com segurança jurídica é essencial. Um protocolo de atendimento bem definido garante padrão e qualidade assistencial, documentando todas as etapas do processo, os resultados esperados são alcançados e os possíveis eventos adversos evitados".

O especialista explica que "o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é o documento de maior relevância jurídica na relação médico-paciente, pois transmite ao paciente todas as informações necessárias de forma clara e acessível, permitindo que ele tome decisões conscientes sobre sua assistência. Já o prontuário médico é juridicamente considerado indispensável, sendo o principal registro da jornada do paciente e a melhor "testemunha" do que foi feito assistencialmente", afirma.

Quanto a elaboração e revisão de protocolos internos que devem ser realizados pelas clínicas e hospitais, Clemente destaca que a atuação preventiva do profissional jurídico, com conhecimento específico da área da saúde, permite identificar brechas nos processos assistenciais e propor melhorias que reforcem a segurança tanto da equipe quanto dos pacientes.

"Essa atuação integrada entre o jurídico e o operacional assistencial resulta em processos mais seguros e eficientes. Para que essa interação seja efetiva, é preciso ir além da especialização jurídica, ou seja, é necessário vivenciar a rotina hospitalar, compreender os fluxos de ponta a ponta e dominar ferramentas de gestão como o PDCA (Plan, Do, Check, Act), amplamente utilizada na avaliação da eficiência dos processos de atenção à saúde", finaliza o advogado.

A advogada Karla Kiuchi, especialista em Direito Médico, alerta que os dados precisam ser interpretados com cautela. "É preciso ressaltar que este número não está relacionado diretamente a 37 mil falhas reais, pois muitas destas ações são julgadas improcedentes, exatamente por não ter havido nenhuma falha assistencial", diz a especialista.

Segundo ela, o crescimento de processos tem duas principais causas: "A facilitação e popularização do acesso à Justiça e a queda na qualidade da assistência", aponta. A má formação de profissionais, a sobrecarga da rede pública e a falta de estrutura figuram entre os principais fatores de risco.

Muitos pacientes ainda atribuem os danos exclusivamente à conduta do médico, mas a especialista explica que, na prática, o cenário é mais complexo. "A responsabilidade do hospital particular, em relação a uma falha pessoal do médico, vai depender da relação existente entre eles. Se o médico é funcionário, o hospital responde. Mas se ele apenas aluga o centro cirúrgico, por exemplo, o hospital responde apenas pelo serviço de hotelaria", explica Karla, citando entendimento do STJ.

Para a médica Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica, com pós-graduação em gestão da qualidade e segurança do paciente, os números refletem uma realidade grave e multifatorial. Segundo ela, as falhas assistenciais decorrem de fatores estruturais e culturais profundamente enraizados nos sistemas de saúde. "Do ponto de vista estrutural, essas falhas frequentemente decorrem de deficiências crônicas como a sobrecarga dos serviços, a escassez de profissionais, a inadequação de protocolos clínicos e a insuficiência de recursos tecnológicos e materiais", explica. Esses elementos comprometem diretamente à execução segura de procedimentos e favorecem a ocorrência de eventos adversos.

No aspecto cultural, a médica destaca a ausência de uma cultura de segurança consolidada como um dos principais entraves à melhoria contínua. "Em muitos ambientes hospitalares, persiste a culpabilização individual em detrimento da análise sistêmica dos incidentes, o que inibe a notificação voluntária de falhas e compromete o aprendizado organizacional. Esse cenário impacta diretamente a segurança do paciente, contribuindo para a ocorrência de eventos evitáveis como erros de medicação, infecções hospitalares e procedimentos realizados de forma incorreta", afirma a especialista.

Entre as medidas mais eficazes para reduzir falhas assistenciais, Daitx destaca a padronização de processos críticos, como a administração de medicamentos e a realização de cirurgias, com uso de duplo cheque independente e checklists de segurança. Ela também enfatiza a importância da comunicação estruturada entre equipes, especialmente nas transições de turno e em situações de emergência, além do treinamento contínuo com simulações clínicas e revisões periódicas de protocolos. "O fortalecimento da cultura de segurança, que valoriza a notificação de incidentes sem punição e promove o aprendizado organizacional, é essencial para criar um ambiente clínico mais resiliente", conclui.

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Desenvolvimento sustentável: a importância de mecanismos éticos

Em recente participação no Fórum Esfera Brasil, o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, destacou com precisão um dos eixos mais sensíveis e transformadores da estrutura institucional brasileira: a urgência da autorregulação como pré-condição para o país avançar como civilização. A afirmação não apenas ressoa com os fundamentos defendidos pelo Instituto Ética Saúde (IES), como também se materializa em práticas concretas desenvolvidas ao longo da última década pelo setor de saúde – especialmente no ambiente da saúde suplementar e das relações público-privadas.

A defesa da autorregulação feita pelo ministro Salomão aponta para um amadurecimento institucional que, no Brasil, tem ocorrido muitas vezes à revelia de marcos normativos definitivos. Em diversos setores, o Judiciário tem sido chamado a assumir papéis típicos de mediação regulatória, o que revela, como afirmou o ministro, “que se não acontecer, as coisas acabam não funcionando”. Em outras palavras: onde faltam estruturas de controle, a judicialização se impõe como substituto emergencial da governança.

É precisamente para evitar essa substituição disfuncional que programas estruturados de integridade têm assumido protagonismo, como é o caso da iniciativa Radar da Ética, conduzida pelo IES, desde maio de 2025. O programa mapeia, acompanha e analisa casos de grande relevância envolvendo denúncias, irregularidades, operações de fiscalização e decisões judiciais com impactos diretos no sistema de saúde. O foco está na prevenção e no fortalecimento de uma cultura de conformidade, promovendo a transparência como prática setorial contínua – não apenas como reação eventual.

Paralelamente, o IES tem promovido, ano a ano, o Relatório de Maturidade em Integridade Corporativa, baseado em um questionário técnico aplicado a todos os seus associados. Realizando uma análise dos ciclos entre 2017 e 2024 revelou uma mudança estrutural significativa: mais de 80% das respostas em 2024 demonstraram aderência efetiva às práticas de governança, políticas anticorrupção, canais de denúncia e comitês de integridade, indicando que a conformidade deixou de ser uma meta retórica para se tornar realidade prática.

A experiência do Instituto Ética Saúde se alinha ao conceito de autorregulação privada espontânea, conforme delineado por especialistas em direito regulatório. Trata-se de um sistema normativo construído a partir da autonomia de vontade coletiva dos atores do setor da saúde, que criam, aprovam e se submetem voluntariamente a normas e padrões éticos de conduta. Esse modelo, como reconhece a literatura especializada, promove a segurança jurídica, a previsibilidade e a estabilidade institucional, aspectos fundamentais para a boa governança.

No caso do IES, a autorregulação não se resume à elaboração de códigos ou recomendações. Ela inclui mecanismos concretos de monitoramento, auditoria externa, instâncias de apuração e sanção por descumprimento das normas, além de constante atualização dos compromissos firmados. Essa estrutura operacional aproxima-se daquilo que a doutrina qualifica como autorregulação com função coercitiva e disciplinadora, característica de modelos maduros e efetivos de controle social privado. O engajamento contínuo dos signatários, a corresponsabilidade setorial e o acompanhamento técnico especializado conferem legitimidade e autoridade ao sistema de integridade promovido pelo IES, servindo como referência positiva inclusive para a Administração Pública ao reconhecer, chancelar ou adotar práticas oriundas do setor regulado.

O modelo de autorregulação promovido pelo Instituto Ética Saúde é fundamentado na lógica da corresponsabilidade e da transparência colaborativa. Ele opera por meio de normas internas, compromissos públicos de integridade, e avaliação constante dos associados, com base em critérios técnicos definidos coletivamente e revisados periodicamente. A adesão ao sistema de autorregulação do IES não se limita a uma formalidade institucional – ela implica acompanhamento contínuo, auditoria externa e sanções em caso de descumprimento, garantindo um ciclo permanente de melhoria, confiança e credibilidade setorial.

Esses indicadores demonstram o poder da autorregulação voluntária e monitorada para gerar mudanças substanciais na cultura corporativa, sem a necessidade de imposição exclusivamente estatal. A experiência do IES, inclusive, é emblemática na demonstração de que as empresas que se envolvem genuinamente com processos de avaliação interna e com o acompanhamento institucional elevam seus padrões operacionais e conquistam maior confiança do mercado e da sociedade.

É nesse contexto que a fala do ministro Salomão ganha ainda mais relevância: o desenvolvimento sustentável do país depende da criação de mecanismos estáveis, éticos e transparentes de controle. Isso inclui, sem dúvida, a regulação da atividade econômico-financeira, da política pública e do uso de recursos em setores estratégicos como saúde, meio ambiente, energia e tecnologia.

Mais do que uma exigência técnica, a governança baseada em integridade, como reconhece o próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é uma condição indispensável para a pacificação institucional e a construção de uma justiça social baseada em eficiência e responsabilidade.

Acreditamos que apenas com o envolvimento direto das empresas, da sociedade civil e das instâncias de controle técnico será possível consolidar um ambiente onde a ética e a responsabilidade sejam o centro das decisões estratégicas – e não apenas sua consequência eventual. E tal fato, observando a autorregulação privada proposta pelo Instituto Ética Saúde, e a consolidação dos seus resultados, já é um modelo existente e consolidado, que demonstra um avanço real para a condução do livre mercado e sua justa maneira gerir com ética e transparência os negócios.

*Julio Zanelli é assessor de Ética e Integridade do Instituto Ética Saúde.

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Responsabilidade técnica de coordenadores de curso de medicina

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou norma inédita para a regulamentaçãodos locais de estágios curriculares oferecidos no País, onde as competências práticas são apreendidas pelos estudantes de medicina. A Resolução CFM nº 2.434/2025 torna coordenadores dos cursos responsáveis técnicos e éticos pelos campos de estágio durante a graduação, assim como o diretor técnico é responsável pelo hospital.

A norma traz segurança tanto para os estudantes e coordenadores, que terão garantida infraestrutura e condição adequada de estágio, quanto para pacientes, uma vez que graduandos terão atuação obrigatoriamente supervisionada. A medida abrange o estágio obrigatório de formação em serviço (internato) ou em quaisquer outras atividades que envolvam interações entre graduandos de medicina, preceptores ou professores e médicos com pacientes e/ou familiares.

Se os fiscais médicos dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) constatarem algum tipo de problema nas condições de infraestrutura, recursos humanos, responsabilidade técnica, segurança do paciente, entre outros, eles poderão determinar a interdição ética, total ou parcial, temporária ou definitiva das atividades médicas de ensino no campo de estágio irregular. Para o relator, conselheiro Alcindo Cerci Neto, a resolução é um marco essencial para aprimorar a governança da formação médica no Brasil.

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TV ANHANGUERA

Secretaria de Saúde de Goiás divulga que duas clínicas de hemodiálise são liberadas

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/secretaria-de-saude-de-goias-divulga-que-duas-clinicas-de-hemodialise-sao-liberadas-13814649.ghtml

Prefeitura de Goiânia é condenada a pagar indenização por morte de mulher

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/prefeitura-de-goiania-e-condenada-a-pagar-indenizacao-por-morte-de-mulher-13813049.ghtml

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Assessoria de Comunicação