Postado em: 19/08/2025

CLIPPING AHPACEG 19/08/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Sindicato dos médicos alerta para sistema de metas de atendimento

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/sindicato-dos-medicos-alerta-para-sistema-de-metas-de-atendimento-13852598.ghtml

Empresas economizam com “pejotição” de contratos, mas causam prejuízos a médicos e pacientes

https://portal.cfm.org.br/noticias/empresas-economizam-com-pejoticao-de-contratos-mas-causam-prejuizos-a-medicos-e-pacientes

Segunda opinião médica: um direito do paciente

https://istoe.com.br/segunda-opiniao-medica-um-direito-do-paciente

SUS inicia troca de papanicolau por exame de DNA. Entenda o novo teste

https://www.metropoles.com/saude/sus-troca-papanicolau-por-dna

Área de saúde deve ser prioridade da inovação para população internauta brasileira

https://medicinasa.com.br/saude-inovacao-populacao/

A IA no centro da transformação dos cuidados em saúde

https://medicinasa.com.br/ia-centro-cuidados/

Agora Tem Especialista: Goiás já realizou mais de 5 mil procedimentos

https://agenciacoradenoticias.go.gov.br/materias-especiais/agora-tem-especialista-goias-ja-realizou-mais-de-5-mil-procedimentos-pelo-programa

Hospitais brasileiros apostam no DRG para gestão mais eficiente

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/hospitais-brasileiros-apostam-no-drg-para-gestao-mais-eficiente/

A inteligência emocional como vacina contra falhas de comunicação na saúde

https://www.saudebusiness.com/colunistas/a-inteligencia-emocional-como-vacina-contra-falhas-de-comunicacao-na-saude/

TV ANHANGUERA

Sindicato dos médicos alerta para sistema de metas de atendimento

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/sindicato-dos-medicos-alerta-para-sistema-de-metas-de-atendimento-13852598.ghtml

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PORTAL MÉDICO

Empresas economizam com “pejotição” de contratos, mas causam prejuízos a médicos e pacientes

A pejotização de contratos na área médica tem levado à deterioração da qualidade dos serviços prestados à população e a terceirização tem forçado médicos a atuarem fora das suas atribuições. Esta é a avaliação do integrante da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do Conselho Federal de Medicina (CFM) José Carlos Duarte Ribeiro, que falou durante roda de conversa sobre medicina do trabalho e instituições estratégicas, no XI Fórum de Medicina do Trabalho na última sexta-feira (15), em Brasília.

Segundo Ribeiro, as empresas visam economizar recursos com essas modalidades de contratação, mas prejudicam os profissionais de saúde e os pacientes. “Nós, médicos do trabalho, devemos lutar contra isso. Para exercer a atividade com honra e dignidade, necessitamos de boas condições de trabalho e sermos remunerados de forma justa. Os médicos terceirizados também são colocados para realizarem atividades fora das suas atribuições; só que eles têm as mesmas responsabilidades daqueles contratados diretamente”, ressaltou.

Ele também destacou que o médico do trabalho atua na condução de atividades que promovem a saúde do trabalhador. “Atuei numa empresa que havia diversos processos de fadiga e desidratação de colaboradores pelo calor da Bahia em determinado período do ano. E o pessoal trabalhava com roupas sintéticas que diminuem a evaporação corporal. Diante da situação, nós trocamos energéticos por sucos de fruta e também por pedaços de fruta, para melhorar a oxigenação, e zeramos os casos de desidratação”, contou.

Iniciativa semelhante foi feita com o estabelecimento de home office para parte dos funcionários. “Nós traçamos o perfil de quem trabalharia de casa, estabelecendo critérios. Ninguém se tivesse qualquer tipo de relação conflitante em casa, por exemplo, ou diagnóstico de depressão – para não retirar a pessoa do convívio social. Começamos a proceder assim e visitamos cada casa para fotografar e corrigir o posto de trabalho domiciliar”, comentou.

O juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10) João Otávio Fidanza Frota também avalia que a maior parte dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais são evitáveis ou atenuáveis. Segundo ele, o País precisar tratar, em primeiro lugar, a cultura prevencionista. “O Poder Judiciário pode auxiliar na prevenção do acidente e da doença. Nosso papel é difundir a cultura de prevenção. Os tribunais têm de ajudar não só julgando processos, mas dialogando”, observou.

Na roda de conversa, o advogado do trabalho José Francisco de Araújo lembrou que o ordenamento jurídico evoluiu bastante nas últimas décadas. De acordo com ele, que atuou em uma grande construtora de Brasília nos anos 1980, muitos trabalhadores da construção civil se acidentavam, no período da manhã, por não terem tomado café da manhã antes do expediente e, no período da tarde, pela ingestão de álcool no almoço. “Eu sei o quanto é importante o cuidado com a saúde do trabalhador. Felizmente, as regras melhoram bastante”, explicou.

Apesar da melhora, o engenheiro de segurança do trabalho José Luiz Pedro de Barros lembrou que faltam médicos do trabalho ocupando cargo de auditor fiscal do Ministério do Trabalho. “Hoje, não chega a 10 a quantidade. E há uma previsão de que não haverá mais nenhum nos próximos anos. Assim, não tem como funcionar assim. Como um profissional não médico vai acessar um prontuário médico de algum trabalhador afastado, por exemplo?”, questionou.

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ISTOÉ

Segunda opinião médica: um direito do paciente

Quando se trata de saúde, é importante se certificar de que todos os cuidados estão sendo tomados. Entender com detalhes o que está acontecendo, qual é o diagnóstico e quais são as alternativas disponíveis para o tratamento é fundamental para que o paciente se sinta seguro e confiante. Proporcionar isso é um dever dos médicos. Em muitos casos, ainda que o profissional ofereça o melhor atendimento possível, buscar uma segunda opinião é uma prática recomendada e que ajuda a definir com mais cautela o que fazer – sobretudo em casos de diagnósticos graves, como o de câncer.

Mais do que isso. Obter uma segunda opinião é um direito do paciente, previsto no Código de Ética Médica. Para o médico Emmanuel Fortes, 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), aliás, é o próprio médico quem deve estimular o paciente a buscar um ponto de vista extra, vindo de outro profissional. “Isso pode auxiliar na elucidação do caso”, defende. “A segunda opinião normalmente é procurada em relação à avaliação dada pelo médico e ajuda a definir as condutas do paciente quanto a diagnósticos sérios, tratamentos invasivos, diagnósticos incertos ou contraditórios, com a exceção de situações de urgência e emergência”, diz ele.

Isso porque, nesta última condição, pode ser necessária uma intervenção mais rápida e a busca por outro especialista atrasaria o início do tratamento, reduzindo as chances de resolver o problema. De qualquer forma, segundo Fortes, se a pessoa não está de acordo ou tem dúvidas sobre as orientações do primeiro médico, pode seguir as orientações de um segundo. É uma decisão que deve ser tomada de maneira informada, pelo paciente e pela família.

Hoje, diante de um mundo mais conectado à internet, o paciente já chega ao consultório médico dispondo de muitas informações. Em muitos casos, ele indaga mais sobre o tratamento”, avalia Emmanuel Fortes, 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Além disso, em diversos casos, é o próprio profissional de saúde que procura uma segunda opinião, junto aos colegas – conduta prevista em resolução do CFM. “Mesmo o mais sábio dos médicos pode não ter uma resposta adequada para aquela situação específica. Então, pode fazer uma discussão de caso clínico com uma junta. Há uma norma que estimula a criação de grupos de análise”, explica Fortes.

De acordo com o Código de Ética Médico, o profissional de saúde não pode se recusar a fazer uma junta médica ou a fornecer informações, se o paciente ou seu representante legal solicitarem opiniões de outros especialistas. “Vale lembrar também que médicos, hospitais, clínicas e laboratórios são obrigados a fornecer todas as informações do paciente, incluindo prontuário médico, exames, laudos, histórico de atendimento e qualquer outro documento necessário para que o paciente possa buscar uma segunda opinião médica ou continuar o tratamento com outro profissional de sua escolha”, explica o advogado Junior Ozono, especialista em Direito do Consumidor e Advocacia Médica.

O Código de Ética Médica e as normas do CFM afirmam que o prontuário pertence ao paciente, assim como o Código de Defesa do Consumidor e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) reforçam o direito sobre as próprias informações pessoais e médicas.

“A entrega deve ser feita de forma clara, rápida e sem qualquer custo abusivo. Negar esse acesso é uma ilegalidade e pode ser denunciada aos conselhos de classe (como o CRM) e, se necessário, levada à Justiça”, diz Ozono. Exigir cópia de todos os seus documentos médicos ajuda a garantir o direito de tomar decisões com mais segurança sobre a própria saúde, com outras opiniões médicas, se necessário.

O plano de saúde garante uma segunda opinião?

Embora não exista uma lei específica que obrigue os planos de saúde a oferecer uma segunda opinião, o direito está garantido por princípios constitucionais e normas do Código de Defesa do Consumidor, como já citado.

“Todo paciente tem direito a uma segunda opinião médica, em qualquer fase do tratamento — desde o diagnóstico até as decisões terapêuticas mais avançadas. Esse direito não depende da autorização do plano de saúde, e o paciente não precisa justificar a razão da consulta com outro profissional”, diz o advogado Junior Ozono, especialista em Direito do Consumidor e Advocacia Médica.

Muitos contratos de planos de saúde e resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reconhecem a importância da segunda opinião, principalmente em casos complexos, como o tratamento de câncer”, explica Ozono.

O especialista explica que os planos de saúde devem cobrir a consulta a outro profissional da própria rede credenciada, escolhido pelo paciente, dentro da especialidade necessária. “O que o plano não é obrigado a fazer é autorizar uma segunda opinião com um médico fora da rede credenciada, salvo se não houver especialista da área dentro da rede contratada”, detalha. “Nesse caso, a Justiça já tem reconhecido o direito do paciente de ser atendido por um médico fora da rede sem custo adicional, garantindo a continuidade e a qualidade do tratamento”, observa o advogado.

Se necessário, o paciente tem o direito de buscar, inclusive, mais de duas opiniões. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não impõe restrições específicas quanto ao número de opiniões médicas que o paciente pode procurar. “Portanto, não há limite legal para solicitar uma nova avaliação”, reitera.

Ainda que o acesso possa ser mais burocrático ou demorado, o direito à segunda opinião é legítimo e deve ser respeitado, mesmo no atendimento da rede pública. “Pacientes atendidos pela rede pública de saúde (SUS) também têm direito a uma segunda opinião médica”, afirma Ozono. Esse direito está fundamentado no mesmo princípio da autonomia do paciente e no princípio da integralidade do atendimento, previsto na Constituição Federal e nas diretrizes do SUS, que assegura ao cidadão um atendimento completo, contínuo e de qualidade.

Na prática, o paciente pode solicitar uma nova avaliação com outro especialista, especialmente nos casos em que há dúvida sobre o diagnóstico ou o tratamento proposto. O ideal é que o próprio médico que realizou o primeiro atendimento faça o encaminhamento, justificando a necessidade de avaliação por outro profissional, especialmente em casos complexos.

Se houver resistência ou negativa, é direito do paciente:

Procurar a Ouvidoria do SUS no município ou no hospital;

Solicitar a intervenção da Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde;

Registrar um pedido formal no próprio posto de saúde ou unidade onde foi atendido.

Procurar apoio de um advogado especializado em Direito Médico e da Saúde, além do Ministério Público ou da Defensoria Pública.

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METROPOLES

SUS inicia troca de papanicolau por exame de DNA. Entenda o novo teste

Teste de DNA-HPV, mais sensível, passa a substituir o papanicolau no rastreamento feito pelo SUS contra o câncer de colo do útero

O Ministério da Saúde iniciou, na sexta-feira (15/8), a distribuição gradual do exame DNA-HPV, que deve substituir progressivamente no Brasil a realização do papanicolau para o rastreamento do câncer de colo do útero no Sistema Único de Saúde (SUS).

O teste feito com a secreção do colo do útero avalia 14 tipos do papilomavírus humano (HPV) que são mais cancerígenos. Ele será o teste primário e o papanicolau ficará restrito à confirmação de casos positivos.

O que é o HPV?

A infecção por papilomavírus humano (HPV) é uma das mais incidentes.

é uma das mais incidentes. Ela leva ao aparecimento de lesões na pele dos órgãos genitais de homens e mulheres.

de homens e mulheres. A textura dessas alterações pode ser suave ou rugosa, com coloração que varia de acordo com o tom de pele. Elas não causam dor, mas são contagiosas .

. Os sintomas podem ser silenciosos. A melhor forma de prevenção do HPV é se vacinar.

A substituição começa a ser feita em um município de cada estado selecionado: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e o Distrito Federal.

A meta é que, até dezembro de 2026, o novo rastreio esteja presente na rede pública em todo o território nacional, beneficiando 7 milhões de mulheres com idades entre 25 e 64 anos anualmente.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, graças à estrutura do SUS a implantação no Brasil será mais rápida do que a feita em outros países que adotam o teste, como Reino Unido, Espanha e Portugal, que levaram três anos para difundi-lo nacionalmente.

"Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível. Com diagnóstico mais rápido e tratamento precoce, podemos salvar muitas vidas", disse o ministro na sexta-feira, durante o lançamento da iniciativa no Recife.

Como funciona o teste de DNA?

A coleta continua semelhante à do exame anterior, com retirada de secreção do colo do útero. A diferença é que o material não vai mais para lâmina, mas para um tubo com líquido conservante, enviado a laboratórios para análise do DNA viral.

Segundo a pasta, a tecnologia permite identificar o vírus antes do surgimento de lesões. Isso amplia a chance de diagnóstico precoce e reduz a necessidade de intervenções desnecessárias, com intervalo maior entre exames em pacientes sem presença do HPV. Com resultado negativo, a mulher poderá repetir a coleta apenas a cada cinco anos.

O método foi desenvolvido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A decisão de incorporar a tecnologia ao SUS foi tomada após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que considerou o DNA-HPV mais preciso que o papanicolau tradicional, o que justifica o investimento.

Estudos mostram que a detecção precoce pode ocorrer até 10 anos antes do surgimento de lesões identificáveis no papanicolau. Essa diferença aumenta a chance de tratamento e reduz a mortalidade associada à doença.

HPV e prevenção

O HPV é a principal causa do câncer de colo do útero, terceiro mais incidente entre brasileiras. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam 17 mil novos casos anuais e 20 mortes por dia no país, com maior impacto nas regiões Norte e Nordeste.

A vacina contra o HPV é considerada medida complementar ao rastreamento. Disponível no SUS, é aplicada em dose única em meninas de 9 a 14 anos e em grupos específicos até 45 anos, como pessoas imunossuprimidas ou em tratamento oncológico.

O Ministério da Saúde afirma que a combinação entre vacinação e rastreamento com DNA-HPV pode acelerar a meta de redução da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o DNA-HPV como padrão ouro no rastreamento do câncer de colo do útero. O exame faz parte da estratégia global para eliminar a doença como problema de saúde pública até 2030.

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MEDICINA S/A

Área de saúde deve ser prioridade da inovação para população internauta brasileira

A saúde é considerada a principal prioridade para inovação por quase ¾ da população internauta brasileira, superando com ampla margem outras áreas como educação (52%) e segurança (51%). É o que aponta a pesquisa “Percepção e impacto da indústria farmacêutica”, realizada pelo Instituto IpsosIpec a pedido da Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. A coleta de dados foi realizada online entre os dias 11 e 22 de abril de 2025, em todas as regiões brasileiras, entre as classes A, B e C, com uma amostra total de 2.400 pessoas, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, de acordo com o instituto de pesquisas.

“Esses dados mostram o valor que os brasileiros atribuem para a inovação no setor de saúde e deixam clara a relevância da indústria farmacêutica que investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Tratamentos inovadores são desenvolvidos graças ao esforço de cientistas e pesquisadores e vêm revolucionando o tratamento de inúmeras doenças nos últimos anos. As políticas públicas precisam atuar no sentido de estimular a pesquisa e o acesso à inovação em saúde no Brasil”, afirma Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma.

Entre os principais achados do estudo está o fato de que cerca de 8 em cada 10 entrevistados concordam que o investimento em pesquisa para desenvolver medicamentos inovadores contribui para o crescimento do Brasil de alguma forma. Aliado a isso, 87% dos entrevistados também concordam que a indústria farmacêutica é extremamente importante no desenvolvimento de novos medicamentos.

Para os entrevistados, as contribuições esperadas em relação à indústria farmacêutica são desenvolver medicamentos inovadores para melhorar a vida dos pacientes (50%), facilitar o acesso a medicamentos (48%) e pesquisar remédios para doenças que hoje não têm cura (44%). Ao serem perguntados quem é o principal responsável por contribuir com o desenvolvimento de novos medicamentos no país, 43% responderam ser o Governo/Ministério da Saúde contra 25% para as universidades e 20% para a indústria farmacêutica. Entre os principais obstáculos para a inovação na área, aparece a falta de investimento público (56%), seguida pela falta de incentivo à pesquisa (43%).

Proteção à inovação

A maioria dos entrevistados (65%) percebe ter havido melhorias em algum nível nas áreas de prevenção e tratamento de doenças nos últimos 30 anos no Brasil. Ainda segundo a pesquisa, 61% dos brasileiros acreditam que um novo medicamento demora cerca de 5 anos ou entre 5 e 10 anos para ser desenvolvido.

“No geral, um medicamento leva cerca de 10 a 15 anos para ser criado, com um custo médio de US$ 2,6 bilhões, segundo dados da IFPMA. Apenas um ou dois compostos de cada 10 mil moléculas investigadas chegam às fases finais de desenvolvimento. O processo envolve profissionais altamente qualificados, equipamento, tecnologia de ponta e um risco muito grande para quem o realiza”, explica Porto.

Nesse contexto, a defesa da Propriedade Intelectual é um dos pontos cruciais na viabilização de investimentos na inovação em saúde. De acordo com a pesquisa, mais da metade dos entrevistados (55%) já tinham ouvido falar e sabiam o que é patente de medicamentos, seguidos por aqueles que nunca haviam ouvido falar (26%), e aqueles que já haviam ouvido falar, mas não sabiam do que se tratava (19%).

“Ainda há muitas dúvidas sobre a importância da Propriedade Intelectual e da proteção patentária. A Interfarma, nesses 35 anos de existência, vem ajudando a esclarecê-la para a população e junto ao poder público, para continuarmos viabilizando a inovação em saúde. O direito de comercializar exclusivamente um medicamento por período determinado, concedido pelo governo a quem desenvolve uma inovação, seja no setor farmacêutico ou em outros setores, faz muito sentido para compensar os recursos empregados e garantir mais investimentos no desenvolvimento de novas moléculas e terapias”, explica o presidente-executivo da Interfarma.

Acesso aos medicamentos

A pesquisa também explorou a percepção sobre o acesso às novas terapias. O SUS (Sistema Único de Saúde) é visto como a principal forma de acesso a um medicamento inovador para 54% dos entrevistados. Essa opinião é mais expressiva entre:

aqueles que não possuem plano de saúde (60%);

e na região Nordeste (61%).

Quando se fala de uma nova vacina, a percepção de que o sistema público é o principal meio de acesso é ainda mais preponderante (74%) – ou seja, 20 pontos percentuais a mais em relação à forma de acesso ao medicamento (54%). Já a compra particular como principal forma de acesso à vacina chega apenas a 19%.

A disponibilidade no SUS ou no Plano de Saúde é o principal motivador para adesão a um tratamento de longa duração para 32% das pessoas, seguida pela indicação de um especialista na área, com 30%. “Isso corrobora a nossa visão de que precisamos atuar em conjunto com o poder público para garantir o acesso do brasileiro aos tratamentos e vacinas, por meio da inserção dessas novas tecnologias no SUS e na Saúde Suplementar”, coloca Porto.

Quando perguntados quais as doenças que precisam de mais investimentos em inovação, os entrevistados colocaram o câncer (67%) como prioridade, seguido por transtornos mentais (46%), doenças infecciosas (36%) e doenças cardiovasculares (36%). “O desejo dos brasileiros vai ao encontro dos lançamentos mundiais de medicamentos na última década. A oncologia se destacou como a área mais relevante, com um terço dos lançamentos de novos produtos, o que reflete a intensa pesquisa e desenvolvimento nessa área, seguida pela Neurologia, com 11,2% dos lançamentos, de acordo com dados do IQVIA. Além disso, quando falamos em pesquisa clínica, apenas em 2023, o setor oncológico recebeu investimentos de US$ 109,6 bilhões (R$ 630 bilhões), seguido por neurologia US$ 34 milhões (R$ 196 bilhões)”, conclui o presidente executivo da Interfarma.

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A IA no centro da transformação dos cuidados em saúde

Inteligência Artificial vem ganhando tração nos mais diversos elos da cadeia econômica mundo afora. Passado o receio inicial provocado pelo surgimento dessa tecnologia, sua utilização tem permitido aprimorar processos e fluxos de trabalho para, a partir disso, possibilitar que os profissionais foquem seus esforços diários em questões cada vez mais estratégicas. O setor de saúde lidera movimentos relevantes na adoção da IA, com o olhar direcionado para que os profissionais que atuam diariamente nos cuidados em saúde possam ter, cada vez mais, o paciente no centro de seus esforços.

Dados da consultoria Precedence Research apontam que o mercado de soluções e serviços baseados em IA para a saúde deve movimentar mais de US$ 180 bilhões globalmente até 2030, com uma fatia significativa desse montante chegando às instituições brasileiras públicas e privadas.

Uma das frentes de operações em que a IA tem sido utilizada com bastante êxito é nos setores de diagnóstico de clínicas e hospitais, assim como nos players que atuam especificamente nesse nicho. Essa tecnologia possibilita, por exemplo, uma análise preliminar de grandes volumes de exames por imagem que, posteriormente, serão avaliados por especialistas já com indicações sobre possíveis diagnósticos.

Além disso, exames com imagens ainda mais nítidas e detalhadas geradas por equipamentos com conexão à IA contribuem com a acurácia clínica e, consequentemente, com melhores desfechos para os pacientes. Esse tipo de diagnóstico possibilita detectar alterações neurológicas sutis, em estágios iniciais, muitas vezes invisíveis a olho nu, o que pode levar à antecipação de intervenções com benefícios positivos para o prognóstico dos pacientes.

Outra especialidade em que a IA pode ter um impacto extremamente significativo é na detecção do câncer de pâncreas. Nesse tipo de doença, a identificação precoce é determinante para ampliar as chances de tratamento dos pacientes. Na grande maioria dessas situações, cerca de 80% a 85%, a patologia é diagnosticada, infelizmente, em estágio em que não há mais a possibilidade de cura.

A IA também já é realidade também no monitoramento de pacientes com problemas neurológicos como esclerose múltipla, demência ou lesão cerebral. Para além disso, o uso da tecnologia permite automatizar todo um processo atualmente feito de maneira manual, desde a identificação e marcação até a quantificação de volumes de estruturas cerebrais através de informações disponíveis em exames de tomografia e ressonância.

É preciso que a IA seja incorporada de maneira coordenada a dispositivos, equipamentos, insumos, soluções e outras tecnologias já utilizadas. A interoperabilidade é a chave para o acesso a dados precisos e em tempo real dos pacientes para que sejam efetivos no suporte às decisões clínicas e, consequentemente, resultem em melhores desfechos para os pacientes.

Alguns dos desafios na utilização da IA estão relacionados a questões regulatórias e ao desenvolvimento de estratégias nacionais. Outro ponto de atenção fundamenta-se no acesso ao maior número de pessoas, não somente aos que contam com serviços privados de saúde.

A Inteligência Artificial está transformando a saúde e outros setores, mas é preciso avançar em diferentes aspectos de maneira estratégica e coordenada para que profissionais de saúde e pacientes sejam beneficiados de maneira plena.

*Bruno Campello é CEO da Guerbet.

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AGÊNCIA CORA

Agora Tem Especialista: Goiás já realizou mais de 5 mil procedimentos

Números foram apresentados durante visita técnica de equipe do Ministério da Saúde ao Crer e ao Cerof da UFG, ambos com atendimentos regulados pelo Estado (Foto: Marco Monteiro)

Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) revelam que o Estado já executou 5.444 Ofertas de Cuidados Integrados (OCIs) pelo Programa Agora Tem Especialista desde a implantação das atividades, em 2024. Nos últimos 20 dias, foram mais de 2,6 mil procedimentos feitos em 31 unidades sob gestão da SES-GO.

Os números foram apresentados durante visita técnica do Ministério da Saúde, realizada na última nesta sexta-feira (15/08), ao Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e ao Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), da Universidade Federal de Goiás, ambos com regulação dos atendimentos pelo Estado.

Ação que integra a Política Nacional de Atenção Especializada (Pnaes), o Programa Agora Tem Especialista dá ênfase ao funcionamento e resultados da Atenção Ambulatorial Especializada, ampliando o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) às consultas ambulatoriais e aos exames especializados.

O paciente é encaminhado a um serviço de saúde que realiza as consultas e exames diagnósticos necessários num período de até 30 ou 60 dias, conforme a situação.

Ações do programa

Em Goiás, as ações do programa são facilitadas pela estrutura já construída desde o início da atual gestão estadual, atuando também com uma gama de especialistas em saúde nas seis policlínicas estaduais, distribuídas cinco macrorregiões do estado, bem como nos ambulatórios dos hospitais da rede própria e conveniada, a exemplo do próprio Cerof/UFG.

Segundo a superintendente de Regulação da SES-GO, Lorena Mota, o programa funciona em 31 unidades espalhadas por todo o Estado, incluindo hospitais e policlínicas.

“O objetivo é ampliar ainda mais esse acesso do paciente em tempo célere, seja em consultas, exames ou retorno na mesma semana ou até no mesmo dia”, afirmou.

Atualmente, as OCIs executadas em Goiás envolvem as áreas de ortopedia, cardiologia, ginecologia, oftalmologia, oncologia e otorrinolaringologia.

As filas de espera atuais de cada especialidade são avaliadas e aquelas identificadas no perfil de OCI são migradas para essa nova fila para agendamento e execução dentro do prazo estabelecido.

A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde, Amanda Limongi, ressaltou a qualidade do trabalho realizado pelo Crer que vai desde os atendimentos ambulatoriais até cirurgias de alta complexidade.

“O Crer foi uma das unidades piloto escolhidas para implantação do programa e temos visto o crescimento exponencial desses atendimentos no menor tempo possível”, acrescentou.

Desempenho de Goiás

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, que que esteve à frente das visitas técnicas, elogiou o desempenho de Goiás no Programa Agora Tem Especialista. Ele conheceu as dependências do Crer e do Cerof, além de assistir à apresentação dos números do programa executado nas duas unidades.

Segundo o secretário, Goiás é um dos pioneiros em muitos indicadores e já é considerado caso de sucesso.

“Isso é mérito de vocês e isso nos dá muito orgulho. Estaremos aqui, a cada 15 dias, para acompanhar o avanço das atividades.”, acrescentou.

O presidente do Cerof, Marcos Ávila, lembrou que a unidade passou a ter a regulação pela SES-GO há apenas um ano, e já colhe resultados. Hoje, são cerca de 540 atendimentos realizados diariamente pelo SUS.

“Mudou por completo e vamos aumentar esses números com implantação do Programa Agora Tem Especialista. Estamos muito empolgados”, completou.

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SAÚDE BUSINESS

Hospitais brasileiros apostam no DRG para gestão mais eficiente

Congresso no Rio de Janeiro reunirá especialistas para debater como o sistema de agrupamento de diagnósticos pode trazer mais valor à saúde.

Por muitos anos, o Brasil tem caminhado em direção a modelos de saúde mais sustentáveis e eficientes. No centro dessa transformação está um conceito ainda pouco compreendido por grande parte do setor: o Diagnosis Related Groups, ou DRG. Muito mais do que uma ferramenta de gestão hospitalar, o DRG ajuda a organizar o financiamento e aprimorar a qualidade da assistência em sistemas orientados por valor.

Este tema será abordado no CLAVS’25 – 2º Congresso Latino-Americano de Valor em Saúde, organizado pelo Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), programado para os dias 25 e 26 de agosto, no Rio de Janeiro.

Conceito e funcionamento do DRG

César Abicalaffe, presidente do Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), define DRG como “uma ferramenta de agrupamento de diagnósticos semelhantes em hospitais que tratam pacientes na fase aguda da doença.” Cada grupo reúne pacientes com condições clínicas similares e que, portanto, tendem a demandar recursos comparáveis. O agrupamento permite estruturar pacotes assistenciais que consideram severidade, comorbidades e o custo real da internação.

O sistema possui capacidade de ajuste de risco, com cada grupo apresentando níveis específicos de complexidade e severidade. O cálculo do custo estimado de internação resulta da multiplicação do peso relativo por uma taxa básica (base rate), constituindo um processo técnico e estruturado.

O DRG, por si só, não constitui um modelo de pagamento baseado em valor. Conforme explica Abicalaffe, é necessária a incorporação de componentes de avaliação de desfechos. No Brasil, isso ocorre através do EVS (Experiência de Valor em Saúde), metodologia que adiciona indicadores de qualidade, eficiência e experiência do cuidado.

Desafios de implementação

Márcia Sá, especialista em implantação do DRG, identifica a documentação clínica como principal obstáculo para a adoção do sistema no Brasil. “A construção do modelo de remuneração no Brasil não privilegia a documentação clínica. Mas o DRG depende justamente disso. Sem qualidade na documentação do prontuário, não há como traduzir o cuidado em dados estruturados”, afirma.

A especialista esclarece que o DRG não determina o tempo de permanência hospitalar. Sua função é categorizar pacientes clinicamente semelhantes para gerar transparência, sendo que cada paciente permanece internado pelo período clinicamente necessário.

O DRG possibilita o monitoramento de indicadores como o case mix (perfil de complexidade dos pacientes), identificação de desperdícios, avaliação de desempenho médico e detecção de mudanças no perfil assistencial. Isso resulta na formação de um banco de dados de morbidade útil para a governança clínica.

Contexto brasileiro

Em outros países, a implementação do DRG como modelo de pagamento geralmente origina-se de políticas públicas. No Brasil, a aplicação tem se concentrado em segmentos específicos, como a saúde suplementar.

A abordagem atual propõe iniciar com um modelo básico, baseado em conceitos internacionais, com evolução gradual ao longo de cinco anos para modelos mais complexos, permitindo adaptação progressiva do mercado brasileiro.

Evento CLAVS’25

O tema DRG e Valor será discutido no CLAVS’25 – 2º Congresso Latino-Americano de Valor em Saúde. O evento contará com especialistas para debater transformações nos sistemas de saúde, incluindo apresentações de casos, debates técnicos e experiências internacionais.

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A inteligência emocional como vacina contra falhas de comunicação na saúde

No setor de saúde, estamos acostumados a falar sobre comunicação como processo — definir protocolos, treinar uso do SBAR, investir em sistemas de prontuário eletrônico. Tudo isso é importante. Mas pouco discutimos sobre o “invisível” que interfere no processo: o estado emocional de quem comunica e de quem recebe a mensagem.

A inteligência emocional, conceito popularizado por Daniel Goleman, é a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. No contexto da saúde, ela funciona como uma verdadeira vacina contra falhas de comunicação, porque atua antes que o “vírus” do estresse, da irritação ou da pressa contamine a clareza da mensagem.

Comunicar não é apenas falar ou escrever. É fazer com que a mensagem chegue ao outro como foi pensada, levando em conta o contexto, o momento e o estado emocional de ambos.

Na prática, a emoção influencia:

O tom (um mesmo conteúdo pode soar como crítica construtiva ou ataque pessoal dependendo do humor do emissor);

A escolha das palavras (em estresse, tendemos a ser mais diretos ou até ríspidos, o que pode fechar portas para o diálogo);

A capacidade de escuta (emoções negativas reduzem a atenção plena, e parte da mensagem pode se perder);

A interpretação (quem está ansioso ou irritado tende a interpretar neutro como negativo).

Por isso, podemos ter o melhor protocolo de comunicação do mundo, mas se as emoções estiverem no comando de forma descontrolada, a informação vai se perder no caminho.

Por que a saúde é um ambiente de alto risco emocional

setor de saúde reúne todos os ingredientes para um ambiente emocionalmente desafiador:

Alta pressão: decisões urgentes, pouco tempo, múltiplas demandas simultâneas;

Impacto direto em vidas: qualquer erro pode significar um dano grave ou irreversível;

Trabalho em equipe multidisciplinar: diferentes formações, estilos e culturas convivendo no mesmo espaço;

Exposição a sofrimento e morte: lidar diariamente com perdas e limitações humanas;

Sobrecarga e jornadas longas: fadiga física e mental constantes.

Esse contexto gera vulnerabilidade emocional. Profissionais podem entrar em um modo automático de defesa, onde a prioridade é “resolver rápido” e não “comunicar bem”. Só que na saúde, comunicar mal pode custar mais caro do que investir alguns segundos a mais para alinhar corretamente.

Como a inteligência emocional atua como “vacina”

A inteligência emocional não elimina a pressão ou o risco, mas reduz a probabilidade de que esses fatores se transformem em falhas de comunicação. Confira algumas das estratégias que podem auxiliar no seu dia a dia na saúde.

Autoconsciência: É a capacidade de perceber o que você está sentindo no momento. Um líder autoconsciente nota quando está impaciente e evita iniciar uma conversa importante naquele estado.

Autorregulação: É escolher como e quando expressar o que sente. Em vez de responder no impulso, a pessoa respira, organiza as ideias e fala de forma construtiva.

Empatia: É entender o que o outro está sentindo e ajustar a forma de se comunicar. Por exemplo, ao dar uma orientação técnica a alguém que acabou de lidar com um paciente grave, o emissor pode usar mais cuidado e clareza.

Habilidade social: É usar a comunicação como ferramenta para criar conexão, engajar e resolver problemas. No ambiente hospitalar, isso pode significar convencer uma equipe resistente a adotar um novo protocolo, sem impor pela autoridade, mas persuadindo pela relevância.

Falhas comuns de comunicação que a inteligência emocional poderia prevenir

Mesmo em equipes bem treinadas, com protocolos claros e tecnologia de apoio, as falhas de comunicação continuam acontecendo. Muitas delas não têm relação com falta de conhecimento técnico ou de recursos, mas com a forma como as pessoas se relacionam e se expressam em momentos de pressão. É nesse ponto que a inteligência emocional faz a diferença — prevenindo mal-entendidos, reduzindo ruídos e criando um clima em que falar e ouvir se tornam mais efetivos. A seguir, alguns exemplos de falhas que poderiam ser evitadas se a gestão das emoções estivesse no centro da comunicação.

Mensagens mal interpretadas pelo tom: Em uma emergência, o tom de voz elevado pode ser lido como agressividade, gerando tensão desnecessária.

Interrupções constantes: Falta de escuta ativa faz com que detalhes importantes sejam perdidos.

Informações omitidas por medo de reação: Profissionais que deixam de alertar sobre riscos porque receiam retaliações.

Escalada de conflitos: Pequenas divergências que, sem gestão emocional, se tornam confrontos que afetam o trabalho.

Feedbacks destrutivos: Correções feitas em público ou com sarcasmo, gerando defensividade e reduzindo colaboração.

Inteligência emocional e segurança do paciente

As falhas de comunicação estão entre as principais causas de eventos adversos na saúde. Muitas vezes, essas falhas não vêm de desconhecimento técnico, mas de barreiras emocionais que impedem a mensagem de ser transmitida e recebida com clareza.

Ao investir em inteligência emocional, aumentamos:

A qualidade da informação trocada;

A confiança entre membros da equipe;

A rapidez na resolução de problemas;

A adesão a protocolos de segurança.

A inteligência emocional para quem trabalha na saúde é uma competência essencial que deve estar na mesma prateleira de prioridade que habilidades técnicas e conhecimento científico.

Ela é a vacina que previne falhas de comunicação — e como toda vacina, atua antes do problema, reduzindo a probabilidade e o impacto de erros. Cada profissional que aprende a gerenciar suas emoções e a se comunicar com empatia e clareza se torna uma barreira viva contra riscos.

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Assessoria de Comunicação