CLIPPING AHPACEG 06/08/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Judicialização na saúde suplementar cresce 8% no primeiro semestre
https://medicinasa.com.br/judicializacao-saude-cresce/
Hetrin recebe reacreditação ONA2
https://medicinasa.com.br/hetrin-ona2/
Artigo - IA na medicina é sinergia entre máquina e olhar humano
https://medicinasa.com.br/ia-medicina-sinergia/
Ministério da Saúde anuncia R$ 1,2 milhão para ampliar ações do programa Agora Tem Especialistas em Goiás
Atlântica D’Or anuncia novo hospital de R$ 250 milhões em Ribeirão Preto
ABCIS e ONA firmam parceria para segurança digital na acreditação hospitalar
Exportações brasileiras de dispositivos médicos crescem 7,5%
MEDICINA S/A
Judicialização na saúde suplementar cresce 8% no primeiro semestre
De acordo com dados do painel Estatísticas Processuais de Direito à Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), durante o primeiro semestre de 2025 foram abertos 156.482 novos processos relacionados à saúde suplementar. Um crescimento de 8,2%, se comparado ao mesmo período de 2024, quando o número chegou a 144.542.
As principais queixas são relacionadas a negativas de cobertura para tratamentos médico-hospitalares, reajustes contratuais e ao fornecimento de medicamentos. Em relação aos processos baixados (encerrados), no primeiro semestre do ano passado, foram 94.057. Neste ano, 135.497.
Para o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, “a crescente judicialização do sistema suplementar de saúde revela fragilidades estruturais graves, especialmente em relação à transparência na regulação e à previsibilidade das coberturas. Esse cenário gera insegurança tanto para os profissionais de saúde quanto para os usuários, que veem na Justiça o único caminho para salvaguardar seus direitos”.
Canal também destaca que a combinação de crescimento de custos médicos, envelhecimento populacional e expectativas elevadas de atendimento impõem novos desafios à saúde suplementar brasileira.
“É preciso promover um diálogo mais transparente entre operadoras, Judiciário e órgãos reguladores, buscando soluções que garantam o equilíbrio do sistema e o acesso justo aos tratamentos pelos usuários”, completou o especialista em Direito Médico.
Em abril deste ano, a Anadem analisou o recorde de lucros do sistema suplementar de saúde em 2024 e reforçou que o crescimento do valor dos planos não necessariamente impacta positivamente a prestação dos serviços aos usuários e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.
Em maio, dados divulgados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), por meio da Nota de Acompanhamento de Beneficiários 104 (NAB 104), mostram que, em fevereiro deste ano, o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares chegou a 52,1 milhões.
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Hetrin recebe reacreditação ONA2
O Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do governo de Goiás, passou recentemente pelo processo de certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), atendendo aos padrões e requisitos de segurança do paciente, gestão integrada e excelência em gestão. Referência em atendimentos em Trindade e região, o hospital consolidou a qualidade do trabalho que presta à população ao manter-se com o segundo nível do certificado de qualidade concedido pela ONA como Acreditado Pleno.
A ONA 2, segundo nível do modelo de acreditação brasileira conquistada pelo Hetrin, tem foco nos processos hospitalares, avaliando sua gestão e suas interações, além da segurança do paciente. Mesmo em fase de reforma e expansão de sua estrutura física, a unidade manteve todos os seus serviços em pleno funcionamento, oferecendo saúde de excelência à população goiana. Ao final da obra a unidade passará de 2.491 m² para 10.011 m² e de 56 para 149 leitos.
No estado de Goiás, apenas três hospitais públicos são acreditados com o nível Acreditado Pleno pela ONA. Durante os dois dias de avaliação presencial, diversos requisitos foram verificados, passando por todos os setores do hospital. “Estamos muito orgulhosos por essa conquista. A certificação representa não apenas benefícios diretos para a população, mas também reforça o compromisso de toda a equipe em manter um atendimento de excelência, sempre focado nas necessidades da comunidade”, afirma a diretora da unidade, Vânia Fernandes.
Metas e Compromissos
O Hetrin obteve o certificado “Acreditado – ONA 1” em 2021, passando pelo processo de manutenção, e alcançou o selo “Acreditado Pleno – ONA 2”, em junho de 2023. Esse nível exige que a unidade atenda a pelo menos 80% dos padrões de qualidade e segurança e 90% dos requisitos da ONA para gestão integrada. Esse reconhecimento faz parte das metas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) nos contratos com as organizações sociais de saúde parceiras.
O trabalho desenvolvido pela equipe de colaboradores da unidade, é fundamental para a conquista de avaliações positivas. Composta por profissionais de diversas áreas, a equipe atua com dedicação, cuidado e atendimento humanizado, sempre buscando oferecer um serviço de excelência, dar voz aos pacientes e garantir qualidade e conforto durante todo o processo de atendimento e internação.
Com a manutenção da certificação, o Hetrin reforça seu compromisso com a qualidade e segurança nos serviços de saúde. O planejamento estratégico da unidade inclui a expansão para novas áreas e, após as obras, a busca pela conquista da certificação ONA 3, consolidando seu papel como referência na assistência à saúde pública de Goiás.
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Artigo - IA na medicina é sinergia entre máquina e olhar humano
A Inteligência Artificial tem demonstrado avanços notáveis, especialmente em especialidades como a radiologia. A mamografia, por exemplo, é feita não porque a mulher sente algo, mas por prevenção. Espera-se que a maioria dos exames seja normal.
De fato, cerca de 91% das mamografias não apresentam anormalidades, enquanto apenas 9% indicam necessidade de investigação mais detalhada, como biópsias ou cirurgias.
Nesse contexto, a IA se mostra uma ferramenta valiosa para aumentar a eficiência médica. Ao examinar centenas de mamografias, o médico pode facilmente se distrair ou cometer erros ao buscar os 9% que realmente exigem atenção. A IA, por sua vez, processa vastas quantidades de imagens — normais e anormais — com rapidez e precisão.
Um supercomputador analisa imagens com velocidade, comparando padrões normais e não normais. Isso reduz a fadiga humana e foca a atenção nos casos críticos.
Essa aplicação se estende a diversos outros exames de imagem, como tomografias, ressonâncias e radiografias.
A experiência médica é aliada da IA
A amigdalite, por exemplo, o diagnóstico é direto:
É fácil identificar uma amigdalite. Um estudante de medicina vê as placas de pus e já sabe o que fazer.
O tratamento segue um protocolo claro, sem muitas variações. Mas o cenário muda em doenças como a depressão: O computador não consegue identificar depressão facilmente. Isso depende muito da análise do médico.
Há ainda doenças cujo caminho diagnóstico não é bem definido, ou que envolvem variabilidade genética. Nestes casos, a experiência médica é insubstituível.
As vezes, a medicina ainda não tem clareza sobre o melhor tratamento, ou há muitas variáveis genéticas. Aí entra a intuição e o conhecimento do médico.”
É justamente nessas situações que a IA pode expandir as possibilidades de diagnóstico.
A inteligência artificial oferece um leque muito amplo. O médico experiente consegue filtrar essas opções com discernimento. Sem IA, ele pode deixar passar doenças que nunca estudou.
A sabedoria clínica e o olhar humano seguem essenciais, com a IA atuando como complemento estratégico. Muitos médicos não estão preparados para usar essas ferramentas.
É importante ressaltar que a prática médica exige investigação minuciosa de sinais e sintomas. Médicos experientes extraem mais das consultas, enquanto profissionais menos preparados podem se apoiar excessivamente em exames, sem dominar sua interpretação.
Se a IA recebe poucas informações, pode sugerir uma conduta equivocada. O médico precisa saber interpretar os resultados.
A precisão da IA depende da qualidade dos dados inseridos e da competência do profissional em contextualizá-los.
Sempre é importante lembrar que a tecnologia existe para otimizar o tempo e fazer com que o profissional de saúde tenha mais tempo para o que é mais importante: a atenção ao paciente.
*Antonio Carlos Endrigo é diretor de Tecnologia da Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) e presidente da Comissão de Saúde Digital da Associação Médica Brasileira (AMB).
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde anuncia R$ 1,2 milhão para ampliar ações do programa Agora Tem Especialistas em Goiás
Recursos destinados ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (GO) visam ampliar a capacidade de atendimento do SUS. Objetivo é reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias
O secretário-adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Nilton Pereira, anunciou nesta sexta-feira (1º), em Aparecida de Goiânia (GO), o investimento de R$ 1,2 milhão destinado ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia. O objetivo é ampliar a capacidade de atendimento na rede pública de saúde do estado de Goiás. O novo repasse faz parte do montante de R$ 440 milhões do programa Agora Tem Especialistas, anunciados hoje pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Rio de Janeiro, para a habilitação de novos serviços especializados em dez estados e no Distrito Federal.
O programa Agora Tem Especialistas, do governo federal, tem como objetivo reduzir o tempo de espera para pacientes do SUS em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia e cardiologia.
“O Agora Tem Especialistas vai mobilizar tudo que a gente puder da saúde pública e privada para reduzir o tempo de espera. Nós criamos, inclusive, mecanismos inovadores para parceria com a rede privada. Vamos trocar as dívidas dos planos de saúde e dos hospitais por mais cirurgias, mais exames, mais consultas especializadas”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em Aparecida de Goiânia (GO), o secretário-adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Nilton Pereira, detalhou como os investimentos serão aplicados no município. Com o recurso, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia será habilitado a realizar novos procedimentos especializados. A ação integra as iniciativas do programa Agora Tem Especialistas, que conta com um conjunto de ações para ampliar a capacidade de atendimento do SUS em todo o Brasil, com a realização de mais consultas, exames e cirurgias eletivas.
Com a medida, o hospital recebe habilitação em traumatologia e ortopedia e se torna referência em alta complexidade na região, incluindo sistemas de internação, diagnóstico por imagem e emergências hemodinâmicas, além de ampliar a assistência com alta capacidade operacional em múltiplas especialidades, como cardiologia, ortopedia, cirurgia geral e pediatria.
Medidas para fortalecer o Agora Tem Especialistas em 10 estados e DF
Nesta sexta-feira (1), representantes do Ministério da Saúde também estiveram em outros estados para o anúncio de ações do programa Agora Tem Especialistas. Somados aos recursos destinados às unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro, a pasta vai investir o total de R$ 440 milhões para a ampliação do atendimento especializado no SUS em: Bahia, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Piauí, Paraná, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
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SAÚDE BUSINESS
Atlântica D’Or anuncia novo hospital de R$ 250 milhões em Ribeirão Preto
Unidade será voltada à alta complexidade e integra o plano de expansão da joint venture entre Rede D’Or e Grupo Bradesco Seguros.
A Atlântica D’Or — joint venture formada pela Rede D’Or, maior rede hospitalar da América Latina, e pela Atlântica Hospitais e Participações, controlada pela Bradseg Participações (Grupo Bradesco Seguros) — realizou hoje, 5 de agosto, a cerimônia de lançamento das obras de seu novo hospital em Ribeirão Preto (SP). A unidade marca a expansão da marca para uma das principais cidades do interior paulista, conhecida por seu polo médico e hospitalar.
Localizado no bairro Jardim Califórnia, zona sul da cidade, o hospital ocupará uma área estratégica dentro do complexo RibeirãoShopping, com acesso facilitado pela Avenida Braz Olaia Acosta, 815. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2026.
A solenidade contou com a presença de executivos da área da saúde e autoridades locais, entre eles Rodrigo Gavina, CEO de Hospitais da Rede D’Or; Rodrigo Bacellar, diretor-presidente da Atlântica Hospitais e Participações; Vander Giordano, vice-presidente de Compliance e Institucional da Multiplan; e Ricardo Silva, prefeito de Ribeirão Preto.
“Trata-se de um serviço de alto nível que reúne a expertise da Rede D’Or em gestão e operação hospitalar à capacidade da Atlântica de desenvolver soluções que agregam valor ao setor de saúde”, destacou Rodrigo Gavina.
Estrutura voltada à alta complexidade
Com investimento estimado em R$ 250 milhões, o novo hospital terá aproximadamente 19 mil m² de área construída e será voltado ao atendimento de alta complexidade. A estrutura contará com leitos de internação, UTI adulto e pediátrica, centro cirúrgico de alta complexidade, pronto-socorro adulto e infantil, além de um centro médico com diversas especialidades.
A unidade também abrigará um centro completo de diagnóstico por imagem, com serviços como tomografia, ressonância magnética, raio-X, ultrassonografia e hemodinâmica — voltado para procedimentos minimamente invasivos no tratamento de doenças cardiovasculares e neurológicas.
“Ribeirão Preto se destaca pelo dinamismo econômico e demanda crescente por serviços de saúde qualificados. Com essa nova unidade, trazemos uma infraestrutura moderna e integrada, com foco em tecnologia, humanização e eficiência assistencial”, afirmou Rodrigo Bacellar, Diretor-Presidente da Atlântica Hospitais e Participações.
Expansão estratégica
A chegada da Atlântica D’Or a Ribeirão Preto está inserida em um plano robusto de crescimento da marca. Desde sua criação, a joint venture já entregou três hospitais — São Luiz Guarulhos e São Luiz Alphaville (SP) e Macaé D’Or (RJ) — e incorporou, em março de 2025, o Hospital São Luiz Campinas. Há ainda uma nova unidade em planejamento em Taubaté (SP), além do recém-anunciado projeto em Ribeirão.
“Integrar um hospital deste porte ao ecossistema do RibeirãoShopping reforça o potencial da cidade em atrair investimentos estratégicos com alto impacto social e econômico”, destacou Vander Giordano da Multiplan.
Com a nova unidade, a Atlântica D’Or consolida sua atuação em regiões com forte vocação para a saúde e reafirma seu compromisso com a ampliação do acesso a serviços hospitalares de excelência no Brasil.
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ABCIS e ONA firmam parceria para segurança digital na acreditação hospitalar
Iniciativa vai estabelecer critérios técnicos e alinhados à LGPD para avaliar maturidade digital, cibersegurança e proteção de dados no setor hospitalar
A segurança digital no setor de saúde brasileiro ganha um importante reforço. A Associação Brasileira CIO e Gestores de Tecnologia em saúde (ABCIS) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) assinaram recentemente um termo de cooperação técnica. Esta união visa incluir critérios estruturados de segurança da informação no processo de acreditação das instituições de saúde.
A ONA contribui com sua experiência em avaliação da qualidade assistencial. Já a ABCIS traz seu conhecimento especializado em tecnologia e cibersegurança na saúde. Juntas, as organizações desenvolverão requisitos específicos para proteção de dados e governança digital. Todos os critérios seguirão as exigências da LGPD e padrões internacionais.
“A parceria com a ABCIS responde à crescente importância da tecnologia nos processos de cuidado em saúde”, destaca Fabio Leite Gastal, presidente da ONA. Atualmente, a segurança da informação já aparece nos processos de acreditação, principalmente em requisitos de gestão de riscos. Contudo, a nova cooperação permitirá uma abordagem mais técnica e estruturada.
Metodologia e desenvolvimento dos critérios
Grupos técnicos formados por profissionais das duas organizações conduzirão o trabalho. Eles realizarão encontros regulares para:
Analisar referências nacionais e internacionais
Mapear riscos de segurança digital
Definir parâmetros claros de avaliação
A metodologia seguirá os princípios da ONA, com foco em segurança, integridade e disponibilidade da informação.
Desafios atuais das instituições brasileiras
As instituições de saúde enfrentam hoje diversos obstáculos na área digital. Entre eles destacam-se:
Falta de políticas claras de segurança da informação
Baixa maturidade digital
Investimentos insuficientes em infraestrutura tecnológica
Necessidade urgente de capacitação profissional
Para Vitor Ferreira, presidente da ABCIS e CIO do Hospital Sabará, esta parceria representa um divisor de águas. “Segurança da informação não é apenas uma questão técnica, mas um componente essencial da qualidade assistencial”, afirma. “Estamos orgulhosos de contribuir para elevar o padrão da acreditação no Brasil.”
Cronograma de implementação
Os primeiros resultados da cooperação chegarão no segundo semestre de 2025. Nesta fase, ocorrerão projetos-piloto e capacitação de avaliadores. A implementação completa dos novos critérios está prevista para 2026, quando será publicado o novo manual OPSS.
“Esperamos implementar os padrões com equilíbrio entre flexibilidade e responsabilização”, conclui Ferreira. Assim, a parceria estabelecerá um novo patamar de maturidade digital nas instituições de saúde brasileiras, beneficiando profissionais e pacientes com ambientes digitais mais seguros.
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Exportações brasileiras de dispositivos médicos crescem 7,5%
Setor fatura mais de meio bilhão de dólares no primeiro semestre de 2025, com destaque para produtos médico-hospitalares, enquanto monitora possível impacto de novas tarifas nos EUA.
A indústria brasileira de dispositivos médicos consolidou sua expansão internacional no primeiro semestre de 2025, registrando um crescimento de 7,5% nas exportações em comparação ao mesmo período do ano anterior. O valor total alcançou impressionantes US$ 572,6 milhões, evidenciando o reconhecimento global da qualidade dos produtos de saúde fabricados no Brasil e fortalecendo o posicionamento estratégico do país na cadeia global de saúde.
“Os resultados demonstram a confiança internacional na tecnologia e inovação da indústria nacional. Nosso setor entrega qualidade, segurança e competitividade para sistemas de saúde em diversos países”, destaca Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos).
O desempenho positivo também se refletiu nas 135 empresas participantes do Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da ABIMO em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Estas companhias exportaram US$ 74,2 milhões no período, mantendo o ritmo de crescimento e conquistando novos mercados. Um dado significativo revela que mais da metade das empresas do BHD expandiram para novos destinos, enquanto 27,4% começaram a exportar produtos anteriormente comercializados apenas no mercado doméstico.
“Este movimento demonstra maturidade exportadora. As empresas estão inovando, diversificando seu portfólio e alcançando novos compradores em diferentes regiões do mundo”, complementa Larissa.
Estados Unidos lideram importações, mas tarifa gera apreensão
Entre os 174 países que adquiriram produtos da indústria brasileira, os Estados Unidos mantêm a liderança como principal destino, com importações superiores a US$ 150 milhões, representando mais de 25% do total exportado. Este volume expressivo intensifica a preocupação do setor diante do “tarifaço” anunciado pelo governo de Donald Trump, que pretende aplicar uma alíquota de 50% sobre todos os produtos brasileiros que entrarem no país.
Após os EUA, países latino-americanos figuram como importantes compradores: Argentina (US$ 44,7 milhões), Colômbia (US$ 42,5 milhões), México (US$ 41,2 milhões) e Chile (US$ 29,4 milhões). Juntos, estes cinco mercados respondem por 53,7% do total exportado pelo setor.
O primeiro trimestre foi determinante para o resultado semestral positivo. Somente entre janeiro e março, o setor acumulou US$ 288,4 milhões em vendas internacionais.
Diversidade de produtos exportados
No primeiro semestre de 2025, mais de 200 tipos de produtos foram exportados para diferentes regiões do mundo. Os itens médico-hospitalares lideraram com 66,3% do total e crescimento de 6,27% no período. Destacam-se categutes esterilizados para suturas cirúrgicas (US$ 76,1 milhões), válvulas cardíacas (US$ 49,3 milhões), sacos e bolsas de plástico para uso médico (US$ 37,2 milhões) e pensos adesivos (US$ 24,5 milhões).
A odontologia também apresentou desempenho favorável, com US$ 67,13 milhões exportados e alta de 7,45% em relação ao primeiro semestre de 2024. O segmento de reabilitação registrou o maior crescimento percentual: 19,9%, totalizando US$ 64,3 milhões.
Desempenho do Brazilian Health Devices
As 135 fabricantes participantes do projeto BHD finalizaram o semestre com US$ 74,2 milhões em exportações, resultado ligeiramente superior ao mesmo período do ano anterior.
No âmbito do BHD, os produtos odontológicos representaram 33,9% do total, seguidos pelos médico-hospitalares (32,7%), reabilitação (30,6%) e laboratório (2,59%). Estas empresas comercializaram 190 produtos em 125 países, com destaque para EUA, Argentina, Colômbia, Chile e Paraguai como principais destinos. Em 68 desses mercados houve aumento no volume exportado, demonstrando maior confiança e fortalecimento das parcerias internacionais.
Um indicador positivo adicional revela que mais da metade das empresas participantes do BHD abriram novos mercados neste primeiro semestre, enquanto 27,4% passaram a exportar produtos anteriormente comercializados apenas no mercado interno. Destacam-se artigos e aparelhos ortopédicos e de prótese, instrumentos e aparelhos de odontologia e de medicina, além de cimentos para obturação dentária.
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Assessoria de Comunicação