CLIPPING AHPACEG 16/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Assistência religiosa em hospitais de Goiás passa a ser regulamentada por lei
Delegacia da Mulher investiga denúncia de abuso sexual contra idosa no HUGOL
Santa Casa de Goiânia oferece mais um turno de hemodiálise a partir de hoje
Anvisa autoriza emissão digital de receitas de medicamentos controlados
Idosa denuncia abuso sexual durante internação no Hugol, em Goiânia
https://ohoje.com/2025/12/15/idosa-denuncia-abuso-sexual-no-hugol-goiania/
Gripe volta ao radar global após alerta da OMS sobre avanço do vírus H3N2
https://ohoje.com/2025/12/15/gripe-k-alerta-oms/
Fundahc deu prejuízo de R$ 2,5 milhões durante gestão de maternidades em Goiânia, aponta relatório
Mabel defende prorrogação da calamidade na saúde e admite novo pedido de prazo se crise persistir
Tendências para a saúde em 2026: inteligência e integração
https://medicinasa.com.br/tendencias-saude-2026/
Planos empresariais impulsionam saúde suplementar há mais de duas décadas
TV ANHANGUERA
Assistência religiosa em hospitais de Goiás passa a ser regulamentada por lei
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Delegacia da Mulher investiga denúncia de abuso sexual contra idosa no HUGOL
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Santa Casa de Goiânia oferece mais um turno de hemodiálise a partir de hoje
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JORNAL OPÇÃO
Anvisa autoriza emissão digital de receitas de medicamentos controlados
O presidente do Cremego, Rafael Martinez, avalia a mudança de forma positiva
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira, 10, os requisitos para a emissão eletrônica de receitas de medicamentos sujeitos a controle especial, incluindo as notificações de receita amarela e azul, utilizadas para substâncias com maior rigor de fiscalização. A medida representa um avanço na modernização da prescrição médica e deve ampliar a segurança, a rastreabilidade e o controle do uso desses medicamentos em todo o país.
Com a nova norma, as receitas digitais só terão validade se forem emitidas por plataformas de prescrição eletrônica integradas ao Sistema Nacional de Controle de Receituários (SNCR). O sistema permitirá que cada receita tenha numeração única, possibilitando o registro e a baixa automática nas farmácias, evitando reutilização e reduzindo o risco de fraudes.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Rafael Martinez, avalia a mudança de forma positiva. Segundo ele, a iniciativa desburocratiza o processo e fortalece a autonomia médica. “Foi um trabalho em conjunto entre o Conselho Federal de Medicina e a Anvisa. Isso dá mais credibilidade e rastreabilidade à receita. Hoje o processo é muito burocrático, com talonários e controles manuais. A possibilidade de fazer tudo digital é um avanço enorme para o médico e também para o paciente”, afirmou ao Jornal Opção.
Além das receitas de medicamentos controlados, a regra também abrange receitas sujeitas à retenção, como antimicrobianos e medicamentos à base de GLP-1. Nesses casos, o registro de uso no SNCR passa a ser obrigatório, substituindo anotações manuais previstas na Portaria SVS/MS 344/1998, que foi atualizada para se adequar ao modelo eletrônico.
Para Martinez, a medida também beneficia regiões mais afastadas dos grandes centros. “Essa mudança ajuda de forma global, independentemente de onde o profissional esteja. Se ele tem acesso à plataforma digital, consegue prescrever com segurança, e a farmácia também consegue validar a receita”, pontua.
A Anvisa argumenta que a integração ao SNCR contribuirá para a redução de erros de medicação, falsificação de receitas e uso indiscriminado de substâncias controladas. Sobre eventuais riscos de vazamento de dados, o presidente do Cremego pondera que a área de tecnologia sempre exige cautela, mas destaca que há preocupação com a segurança. “Está sendo construído um sistema de integração com todo um cuidado para minimizar esse tipo de risco”, diz.
O sistema completo do SNCR deve estar plenamente disponível até 1º de junho de 2026. Após o início do funcionamento integral, receitas controladas emitidas sem a numeração do sistema ainda poderão ser aceitas por um período de transição de 30 dias. A receita em papel continuará válida e não há previsão para sua extinção.
Criado em 2024, o SNCR centraliza a gestão das notificações de receita em âmbito nacional e busca fortalecer o controle sanitário sobre medicamentos de uso sensível, ao mesmo tempo em que moderniza a prática médica e amplia a segurança para profissionais e pacientes.
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O HOJE
Idosa denuncia abuso sexual durante internação no Hugol, em Goiânia
O abuso teria ocorrido enquanto a paciente aguardava vaga em semi UTI
Uma idosa de 74 anos denuncia ter sido vítima de abuso sexual enquanto estava internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. O caso teria ocorrido na madrugada do último domingo (14).
A filha relatou ao portal Mais Goiás que a idosa estava com mobilidade reduzida e sob efeito de medicação quando um médico foi chamado para auxiliá-la. O crime teria ocorrido enquanto a paciente permanecia em uma sala de reanimação, aguardando vaga em uma semi UTI, sem acompanhante. De acordo com a família, o abuso foi presenciado por um paciente internado no leito ao lado, que se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Segundo o relato da vítima, durante o atendimento, o médico se aproximou de forma inadequada e iniciou toques em suas partes íntimas sem consentimento. O profissional permaneceu no leito entre 2h59 e 3h17. A paciente afirmou que permaneceu deitada, sem condições de se defender, enquanto era abusada. Ela relatou que pedia para que o suspeito parasse, mas não foi atendida.
Os fatos também teriam sido presenciados por um paciente internado no leito ao lado, em recuperação de um derrame. Por estar anestesiado e em condição clínica delicada, ele não conseguiu reagir fisicamente no momento do ocorrido e só procurou a assistência social do hospital na manhã seguinte, quando conseguiu se locomover. “Ele percebeu que algo estava errado e pediu ajuda, mas não tinha condições de intervir”, relatou a filha da paciente.
Após a denúncia, equipes policiais foram acionadas e se deslocaram até a unidade hospitalar, onde a paciente voltou a relatar que foi abusada enquanto permanecia deitada no leito. Registros do sistema de monitoramento confirmaram que o médico permaneceu junto à paciente por cerca de 18 minutos durante a madrugada. De acordo com o boletim de ocorrência, as imagens não foram anexadas ao registro devido às normas de segurança da unidade.
A filha informou ainda que a mãe enfrenta problemas respiratórios crônicos, faz uso contínuo de oxigênio e havia retornado recentemente ao hospital após sofrer uma queda em casa. Mesmo tendo recebido alta dias antes, a idosa apresentou agravamento do quadro respiratório. Segundo ela, a gestão da unidade só adotou providências administrativas após a chegada da polícia. “Até a equipe policial chegar, nenhuma medida tinha sido tomada”, afirmou.
Ainda conforme o relato, o médico chegou a ser visto sentado ao lado de outros profissionais, ainda com vestimentas hospitalares, em frente ao balcão de atendimento do plantão, a menos de quatro metros da vítima. Ele não foi mais visto no local cerca de oito minutos antes da chegada da Polícia Militar. A paciente segue internada, acompanhada por familiares, enquanto o caso é apurado pela Polícia Civil.
Em nota enviada ao jornal O HOJE, O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informa que, ao tomar conhecimento de uma denúncia envolvendo possível conduta inadequada no ambiente hospitalar, adotou imediatamente todas as providências previstas em seus protocolos internos.
A unidade acionou as autoridades competentes, com registro de boletim de ocorrência, realizou o acolhimento da paciente e de seus familiares e, de forma preventiva, determinou o afastamento do profissional citado até que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos.
Até o momento, conforme as apurações iniciais, não é possível afirmar com precisão as circunstâncias do ocorrido. O Hugol reforça que repudia qualquer forma de violação de direitos, atua com responsabilidade e transparência, e permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários.
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Gripe volta ao radar global após alerta da OMS sobre avanço do vírus H3N2
Circulação acelerada da gripe em países do hemisfério norte reacende atenção de autoridades de saúde e reforça importância da vacinação
A gripe voltou a ocupar o centro das atenções das autoridades sanitárias internacionais após a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitir um alerta sobre o aumento da circulação do vírus influenza A H3N2 em países da Europa, da América do Norte e da Ásia. Embora o subtipo seja conhecido há décadas, o ritmo acelerado de disseminação acendeu um sinal de vigilância nos sistemas de saúde.
De acordo com monitoramentos recentes, a gripe causada pelo H3N2 já representa uma parcela expressiva dos casos registrados nessas regiões. O cenário levou também a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a recomendar o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a ampliação da cobertura vacinal, sobretudo entre idosos e pessoas com doenças crônicas.
Por que o alerta preocupa autoridades de saúde
A OMS esclarece que o alerta não está ligado ao surgimento de uma mutação inédita, mas ao histórico do subtipo. Em temporadas em que a gripe H3N2 predomina, observa-se aumento de hospitalizações e de complicações respiratórias em grupos mais vulneráveis. Esse padrão já foi registrado em surtos anteriores e exige atenção antecipada.
Segundo a OPAS, a gripe continua sendo uma das principais causas de adoecimento respiratório no mundo, especialmente quando encontra populações com baixa imunização ou diagnóstico tardio. Por isso, a recomendação é agir antes que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados.
Sintomas da gripe seguem padrão conhecido
Apesar do nome popular que circula nas redes sociais, os sintomas da gripe não diferem das formas sazonais já conhecidas. Febre, dor no corpo, cansaço intenso, tosse, dor de garganta e mal-estar geral permanecem como os sinais mais comuns. O diferencial está no impacto mais severo que a gripe pode causar em idosos e pessoas com comorbidades.
Na prática, não há sintomas específicos que permitam distinguir a infecção pelo H3N2 das demais gripes sazonais. As diferenças são mínimas, mas alguns estudos indicam que a febre pode ser mais alta e iniciar abruptamente, especialmente em crianças, no caso da gripe K. Foto: Divulgação
Situação no Brasil e medidas preventivas
Até o momento, dados de plataformas internacionais de vigilância, citadas pela OMS, não indicam circulação expressiva do H3N2 no Brasil. Ainda assim, especialistas alertam que o comportamento da gripe pode mudar rapidamente, especialmente em períodos de maior circulação de pessoas.
A vacinação segue sendo a principal ferramenta de proteção contra a gripe, reduzindo o risco de formas graves e mortes. A OPAS reforça que, além da imunização, medidas simples como higiene das mãos, etiqueta respiratória e isolamento em caso de sintomas continuam fundamentais.
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JORNAL OPÇÃO
Fundahc deu prejuízo de R$ 2,5 milhões durante gestão de maternidades em Goiânia, aponta relatório
A informação consta no Relatório Final de Auditoria, que analisou o período de 2023 a junho de 2025
O Ministério da Saúde, por meio de auditoria oficial, confirmou um prejuízo superior a R$ 2,5 milhões deixado pela Fundahc na gestão das maternidades municipais de Goiânia. O valor corresponde ao serviço que deixou de ser executado (leitos inativos), mesmo com a disponibilidade financeira. A informação consta no Relatório Final de Auditoria, que analisou o período de 2023 a junho de 2025, e ao qual o Jornal Opção teve acesso em primeira mão.
O estudo do Ministério expôs um cenário de grave fragilidade financeira, assistencial e administrativa herdado pela gestão do prefeito Sandro Mabel. Segundo o próprio relatório, em diversos momentos, não foi possível identificar com precisão quanto foi gasto pela Fundahc, onde foi gasto e em qual unidade, o que comprometeu a transparência e o controle financeiro do contrato.
Essa ausência de rastreabilidade, aliada ao descumprimento de metas pactuadas nos planos de trabalho, gerou um passivo financeiro reconhecido, que culminou no rombo.
A auditoria registra que, mesmo com recursos formalmente disponíveis, houve interrupção de serviços, redução de leitos e suspensão de atendimentos pela entidade, o que evidencia um descompasso entre os valores repassados e os serviços efetivamente prestados. De forma direta, o dinheiro público repassado à Fundac não se traduziu, de forma proporcional, em atendimento à população.
Nesse contexto, o relatório corrobora a da decisão da Prefeitura de Goiânia de romper o contrato com a FUNDAHC. A auditoria demonstra que o modelo contratual estava fragilizado, financeiramente desequilibrado e incapaz de garantir continuidade e qualidade dos serviços.
Avanços
O documento do Ministério da Saúde também oficializa que a atual gestão, iniciada em janeiro de 2025, não é responsável pela origem do rombo. O relatório reconhece que a Secretaria Municipal de Saúde assumiu um cenário de crise herdada e passou a atuar no sentido de conter danos, reorganizar a gestão e retomar os serviços.
Entre os avanços registrados estão a implementação de novos protocolos assistenciais, a regularização gradual do direito ao acompanhante, a retomada progressiva da produção nas maternidades e a mudança na gestão das unidades a partir de agosto de 2025.
Para garantir melhor análise, a Prefeitura solicitou a ampliação do escopo da auditoria abrangendo o período a partir de 2022. O Ministério, no entanto, estendeu somente ao ano de 2023, excluindo da análise metade da gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.
O relatório será apresentado pelo diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, Rafael Bruxelas, à Câmara Municipal de Goiânia.
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Mabel defende prorrogação da calamidade na saúde e admite novo pedido de prazo se crise persistir
Proposta tramita na Assembleia que adiou a apreciação da matéria
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), voltou a defender, nesta segunda-feira, 15, a renovação do decreto de calamidade pública da saúde do município. A apreciação do projeto, que tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi adiada após reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada. A previsão é que o parlamento promova uma audiência com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) antes da apreciação da matéria.
Segundo Mabel, a extensão da calamidade é fundamental para manter ações emergenciais e garantir as condições administrativas ao município. “Esperamos que possamos aprovar essa extensão do decreto. O [decreto de calamidade] financeiro não é tão importante, mas o da saúde sim”, afirmou o prefeito em coletiva.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de resolver a crise em mais seis meses — prazo previsto na prorrogação —, Mabel admitiu que o período pode não ser suficiente. “Nós esperamos que sim. A calamidade financeira nós conseguimos superá-la, mas a da saúde é muito grave. Não sei se vai precisar de mais tempo. Vamos trabalhando e vendo a arrecadação e, se precisar de mais tempo, a gente pede”, disse.
Calamidade foi decreta no início do ano
O primeiro decreto de calamidade pública em Goiânia foi aprovado pela Alego no início de 2025 e incluía duas dimensões: a financeira e a da saúde. A gestão argumentou, à época, que herdara um déficit elevado, dívidas com fornecedores e uma rede municipal de saúde colapsada. A medida permitiu flexibilizar regras administrativas, agilizar contratações e reorganizar fluxos orçamentários.
Desde então, segundo o Paço Municipal, houve avanço na recomposição fiscal, mas persistem gargalos na rede de saúde, especialmente na atenção primária, regulação de leitos e na cobertura contratual de serviços terceirizados.
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MEDICINA S/A
Tendências para a saúde em 2026: inteligência e integração
À medida que avançamos para 2026, o setor da saúde se encontra em um patamar decisivo, pronto para grandes transformações. A aceleração digital, impulsionada pelos desafios recentes, consolidou a tecnologia não mais como um suporte, mas como o epicentro da estratégia de negócio. Para os gestores que visam não apenas sobreviver, mas liderar, compreender as tendências do setor de saúde que moldarão o futuro próximo é um imperativo. A questão não é mais se a tecnologia transformará a saúde, mas sim como podemos usá-la de forma estratégica, sustentável e centrada no paciente.
A inteligência artificial é, sem dúvida, o ponto central dessa nova era. Em 2026, sua aplicação transcenderá os projetos-piloto e se tornará a espinha dorsal da eficiência. A integração da IA com ERPs e sistemas de gestão hospitalar criará um ecossistema de dados unificados, reduzindo falhas e elevando a gestão a um novo patamar de inteligência. Processos administrativos serão automatizados, garantindo mais rapidez, menos erros e uma disponibilidade integral que atende às novas expectativas dos pacientes.
Quando olhamos para o cuidado direto com o paciente, essa inteligência ganha ainda mais potência. Dados em tempo real capturados por wearables — smartwatches, smart rings e outros dispositivos — alimentarão modelos preditivos capazes de antecipar riscos, acelerar diagnósticos e pavimentar o caminho para a medicina de precisão, com tratamentos verdadeiramente personalizados ao perfil único de cada indivíduo.
Mas para que essa revolução seja possível, é imprescindível fortalecer as bases tecnológicas que permitem a adoção plena de IA. A digitalização deixa de ser uma etapa opcional e passa a ser o alicerce de toda a inovação. E, nesse sentido, três movimentos são indispensáveis para garantir maturidade digital: manter sistemas atualizados; estar na nuvem, garantindo escala e disponibilidade; e estruturar e qualificar dados, que são o combustível da inteligência artificial.
Falando em centralidade no paciente, o segmento de saúde precisa aprender uma estratégia originalmente do varejo: a experiência omnichannel. Cada vez mais, a jornada do paciente será fluida, contínua e integrada em todos os canais — do agendamento ao atendimento presencial e ao monitoramento pós-consulta. A comunicação precisa deixar de ser reativa e fragmentada para se tornar proativa e coesa, construindo uma relação de confiança e lealdade. Um paciente que se sente compreendido e amparado em todos os pontos de contato é, inevitavelmente, um paciente mais engajado com seu próprio tratamento.
Mas vale destacar: nenhuma dessas inovações se sustenta sem um alicerce sólido de cibersegurança e proteção de dados. Com o aumento exponencial da conectividade e do volume de informações sensíveis, a superfície de ataque cresceu. A cibersegurança é uma premissa fundamental para a existência de um sistema de saúde digital e confiável. Proteger os dados dos pacientes é, em essência, uma extensão do juramento de cuidar.
No fim, o futuro da saúde será definido pela capacidade de unir tecnologia, eficiência e humanidade. As instituições que conseguirem equilibrar esses três pilares não apenas acompanharão as transformações de 2026, mas liderarão uma nova era — mais inteligente, mais integrada e, sobretudo, mais centrada nas pessoas.
*Rogério Pires, diretor de produtos para Saúde da TOTVS.
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SAÚDE BUSINESS
Planos empresariais impulsionam saúde suplementar há mais de duas décadas
Análise Especial da NAB mostra que, em cinco anos, o segmento empresarial quintuplicou.
Os planos de saúde empresariais representam mais de 73% dos vínculos médico-hospitalares no Brasil, atingindo o maior patamar da série histórica monitorada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Entre setembro de 2000 e outubro de 2025, o número de beneficiários desses planos cresceu de 7,1 milhões para 38,7 milhões, mais que quintuplicando. A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 112), produzida pelo IESS, evidencia a centralidade dos planos coletivos empresariais na saúde suplementar brasileira.
O levantamento evidencia os 25 anos de evolução do segmento e confirma que essa modalidade se consolidou como o principal eixo de sustentação do sistema privado de saúde. acompanhando o comportamento do emprego formal e a expansão da economia ao longo de duas décadas e meia.
Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, os planos empresariais têm papel decisivo na estrutura da saúde suplementar. “Crescem com o mercado de trabalho, refletem a economia real e constituem a espinha dorsal da cobertura privada no Brasil”, explica.
De acordo com o levantamento, a evolução demográfica do segmento reflete sua estabilidade. A faixa de 20 a 59 anos, que representa a maior parte da população economicamente ativa, concentra 67% dos beneficiários. Jovens de 0 a 19 anos reduziram participação ao longo dos anos, enquanto o grupo com 60 anos ou mais ampliou presença, acompanhando o envelhecimento populacional. A distribuição por sexo mantém estabilidade desde o início dos anos 2000, com 51% de mulheres e 49% de homens, um padrão praticamente inalterado.
Territórios
A análise revela que São Paulo continua sendo o maior polo da saúde suplementar empresarial, com cerca de 37% dos vínculos. Minas Gerais, Rio de Janeiro e os estados do Sul complementam o núcleo mais robusto do setor, enquanto Goiás se destaca pela ampliação significativa de sua participação ao longo do período.
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“A organização territorial dos planos empresariais segue a lógica da estrutura produtiva do País, refletindo níveis de formalização, renda, dinamismo econômico e geração de empregos”, explica Cechin.
Outro ponto de destaque é a melhoria da informação regulatória e a consolidação da segmentação assistencial. Em 2025, 91% dos beneficiários empresariais possuem planos com cobertura hospitalar e ambulatorial. A categoria “não informada”, que no início dos anos 2000 representava mais da metade dos registros, desapareceu quase por completo. “A qualificação das bases de dados mostra um setor mais maduro e preparado para debates sobre sustentabilidade, inovação e padrões de utilização”, destaca Cechin.
Novos avanços
Além da Análise Especial, a NAB 112 atualiza os dados do setor. O Brasil alcançou 53,2 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, um crescimento de 2,7% em 12 meses, equivalente a mais de 1,4 milhão de novos vínculos.
Destes, 83,9% possuem planos coletivos (empresariais e por adesão), e entre eles, 86,9% são empresariais. A expansão é puxada principalmente pelos adultos em idade produtiva e por estados como São Paulo, que sozinho adicionou 587,4 mil beneficiários no período.
O relatório ainda destaca a forte correlação entre emprego formal e evolução dos planos coletivos empresariais. Entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o estoque de trabalhadores celetistas passou de 47,6 para 49 milhões, avanço de 2,8%, movimento que acompanha o crescimento de 4,4% nos beneficiários empresariais médico-hospitalares no mesmo intervalo.
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Assessoria de Comunicação