CLIPPING AHPACEG 11/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Calamidade pública na saúde de Goiânia
Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026
https://www.dm.com.br/brasil/atestados-fisicos-continuarao-validos-em-todo-o-brasil-em-2026/
Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas
Confiança é o capital invisível da saúde
https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/confianca-e-o-capital-invisivel-da-saude/
Unimed Federação Centro Brasileira é bronze no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025
https://www.issoegoias.com.br/2025/12/unimed-federacao-centro-brasileira-e.html
Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano
Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos
Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil
Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação
Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar
https://futurodasaude.com.br/coparticipacao-planos-de-saude/
TV ANHANGUERA
Calamidade pública na saúde de Goiânia
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DIÁRIO DA MANHÃ
Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026
Os atestados médicos emitidos em papel continuarão válidos em 2026. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que negou a existência de qualquer mudança que torne obrigatória a adoção exclusiva de documentos digitais.
Nos últimos dias, circularam nas redes sociais publicações afirmando que, a partir de março do próximo ano, apenas atestados digitais seriam aceitos por empregadores. Segundo o CFM, esse conteúdo é falso e não há alteração na legislação que retire a validade dos documentos físicos.
Em nota, o conselho esclareceu que tanto os atestados emitidos em papel quanto os digitais permanecem plenamente válidos em todo o território nacional.
Além disso, também foi desenvolvida uma plataforma chamada Atesta CFM, voltada à emissão, validação e verificação de atestados médicos. O objetivo do sistema é reduzir casos de fraudes nesses documentos. Atualmente, a ferramenta está temporariamente suspensa por decisão judicial.
O projeto foi criado como um mecanismo de proteção contra irregularidades. Com a plataforma, o médico responsável recebe notificações por e-mail sempre que um atestado é emitido em seu nome, o que facilita a identificação rápida de possíveis fraudes.
Segundo o conselho, a intenção é tornar o uso da ferramenta obrigatório no futuro, com a emissão digital dos documentos, sem que isso elimine a possibilidade de emissão de atestados em papel, que seguirão válidos.
Além dos atestados de afastamento, o sistema também permitirá a emissão de documentos relacionados à saúde ocupacional e à homologação de laudos.
Confira na íntegra o que diz a nota do Conselho Federal de Medicina
Atestados médicos físicos (em papel) e digitais seguem válidos e plenamente aceitos em todo o território nacional, visto que não há qualquer mudança na legislação, seja emanada pelo Poder Legislativo ou pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que determine a emissão exclusiva de atestados por meio digital.
Fortalecendo a segurança do ato médico e reduzindo a possibilidade de fraudes, o Conselho desenvolveu a plataforma Atesta CFM, criada para emitir, validar e verificar atestados médicos, contemplando tanto documentos físicos quanto digitais. A ferramenta, regulamentada pela Resolução CFM nº 2.382/2024, garante a integração de diferentes bancos de dados, observando integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Publicado em 2024, o Atesta CFM está judicialmente suspenso por decisão em 1ª instância e, portanto, sem previsão de data para entrar em vigor. O Tribunal de Contas da União (TCU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já confirmaram a legalidade e a adequação técnica do Atesta CFM.
O CFM aguarda decisão definitiva da Justiça Federal para que os médicos possam emitir seus atestados de forma rápida, prática e segura através do Atesta CFM, fato que será comunicado a todos pela autarquia.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas
Para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, programa do governo federal levou mais seis profissionais para atender o SUS em Goiânia, Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio quente
O Ministério da Saúde superou a meta inicial de 500 médicos especialistas prevista no lançamento do Programa Agora Tem Especialistas, que, para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas. Com mais 264 médicos – resultado da segunda chamada do Projeto reforçando a oferta de atendimento em hospitais e policlínicas do SUS em 187 municípios brasileiros.
Em Goiás, seis profissionais já estão atendendo na rede pública pelo programa do governo federal na capital Goiânia e nos municípios de Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio Quente. O objetivo é ampliar o acesso da população a serviços especializados de média e alta complexidade, reduzindo o tempo de espera no SUS. Somados aos profissionais da primeira chamada, o estado passa a contar com 16 médicos especialistas em atividade.
Com atuação em 105 municípios, os 264 novos médicos especialistas se somam aos 313 que já estavam atuando no Brasil, ampliando a oferta de serviços de saúde de média e alta complexidade para os pacientes do SUS. Do total, 65% vão reforçar o atendimento no interior do Brasil em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. A medida prevista no Programa Agora Tem Especialistas tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas.
A região Nordeste conta com o maior número de profissionais (348), o que representa 60% do total. Já o Sudeste recebe 132 especialistas, seguido pelo Norte (70), Centro-Oeste (22) e Sul (5). Considerando as regiões remotas do país, 24% atuam em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade e 20%, na região da Amazônia Legal.
“O Mais Médicos Especialistas alia essa formação continuada para profissionais que já são especialistas e buscam o suporte de uma instituição de excelência para se atualizar com as melhores evidências científicas, articulando isso à necessidade de um serviço capaz de reduzir o tempo de espera e oferecer uma equipe completa de especialistas. Saber que a meta foi superada demonstra a grande demanda existente e reforça que continuaremos atuando para ampliar o provimento e a formação de especialistas no país”, disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
Formação especializada em serviço
A iniciativa integra os novos profissionais às instituições formadoras, promovendo um ciclo de formação e provimento de especialistas dentro do Programa Agora Tem Especialistas. O objetivo é reduzir a demanda por atendimentos de média e alta complexidade em estados e municípios, priorizando a distribuição de vagas em regiões com número de especialistas abaixo da média nacional.
Os profissionais participarão de cursos de aprimoramento com carga horária compatível e conteúdo programático voltado à formação em serviço, promovidos e certificados por instituições e entidades parceiras com reconhecida atuação nacional na formação médica especializada.
Os cursos mais procurados foram nas áreas de Cirurgia (130), Anestesiologia (90), Colposcopia (84) e Ultrassonografia Mamária (76).
As atividades de formação envolvem imersões presenciais em cenários reais de prática (polos regionais), supervisões em serviços de referência, além de ações educacionais a distância, realizadas tanto de forma síncrona quanto assíncrona. Também estão previstas mentorias presenciais ou remotas, ofertadas em serviços públicos ou conveniados ao SUS. O objetivo central é desenvolver competências clínicas e cirúrgicas consideradas estratégicas para a atenção especializada.
A formação é conduzida por instituições de excelência como A.C.Camargo Câncer Center, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês, além da Ebserh e da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
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SAÚDE BUSINESS
Confiança é o capital invisível da saúde
A comunicação desempenha um papel estratégico ao conectar processos às pessoas e fortalecer a reputação a longo prazo.
Em um setor tão desafiador como a saúde, onde margens são pressionadas e a inovação se torna rapidamente commodity, há um ativo que decide o futuro das organizações: a confiança.
Pacientes confiam quando percebem transparência e cuidado. Colaboradores confiam quando enxergam coerência entre discurso e prática. A sociedade confia quando resultados clínicos e de gestão são comunicados de forma clara e responsável.
Sem confiança, nenhuma instituição sobrevive por muito tempo por mais avançada que seja sua tecnologia ou por mais renomado que seja seu corpo clínico. É nesse ponto que a comunicação assume papel estratégico. Longe de ser apenas ferramenta de visibilidade, ela se torna instrumento de gestão. Organiza narrativas, traduz dados em valor, conecta processos a pessoas e sustenta a reputação no longo prazo.
Da retórica à governança
Comunicação em saúde não é acessório de marketing. É parte da governança.
Quando uma instituição compartilha seus indicadores de qualidade assistencial, abre espaço para diálogo com a sociedade.
Quando traduz relatórios técnicos em linguagem compreensível, fortalece a relação com pacientes e familiares.
Quando monitora em tempo real menções e crises, evita que ruídos isolados se transformem em ondas de desconfiança.
Trata-se de alinhar cultura organizacional, práticas assistenciais e experiência do paciente em torno de um propósito maior: a sustentabilidade do sistema de saúde.
O Brasil diante do desafio
Embora algumas operadoras de planos de saúde tenham registrado lucros expressivos no último ano, quase metade do setor segue no vermelho. A inflação médica, o envelhecimento populacional e a judicialização continuam a pressionar custos. Diante desse cenário, comunicar de forma seletiva ou triunfalista pode ser um tiro no pé. O verdadeiro desafio é assumir e transformar vulnerabilidades, compartilhar aprendizados e mostrar o que está sendo feito para garantir continuidade e acesso.
Essa é a fronteira onde comunicação e gestão se encontram. É aqui que reputação se constrói ou se destrói.
O futuro é de quem inspira confiança
Tecnologia pode ser replicada. Estruturas podem ser copiadas. Mas confiança, construída dia após dia, é intransferível. Ela nasce da coerência entre discurso e prática e do respeito ao paciente.
No setor de saúde, confiança não é apenas ativo intangível. É vantagem competitiva. É o que diferencia instituições que sobrevivem daquelas que realmente se tornam referência. E a questão que fica é: sua organização está preparada para tratar a comunicação como parte da governança e assumir a confiança como seu maior ativo?
*Gilmara Espino é mestre em Gestão de Saúde pela FGV, professora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e presidente da GPeS – Comunicação em Saúde.
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ISSO É GOIÁS
Unimed Federação Centro Brasileira é bronze em Excelência em Gestão 2025
A Unimed Federação Centro Brasileira conquistou o bronze na categoria primeiros passos do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025. A premiação, promovida pelo Sistema OCB e entregue no dia 9 de dezembro, em Brasília, reconhece boas práticas de cooperativas de todo o Brasil em gestão.
São premiadas iniciativas que contribuem para melhores resultados na gestão cooperativista. Ao se inscrever, a Federação respondeu ao diagnóstico Governança e Gestão AvaliaCoop, um questionário que também promove o aprendizado organizacional e possibilita a melhoria dos processos. As cooperativas foram avaliadas de acordo com sua categoria e nível de maturidade selecionado.
Na entrega da premiação, a Federação foi representada pelo diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro, pela superintendente Fabiana Daniel e pela coordenadora da Qualidade, Thais Cardoso.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o prêmio cumpre um papel essencial no incentivo à melhoria contínua da gestão cooperativista, pois cada cooperativa premiada representa uma história de dedicação, inovação e impacto real na vida das pessoas.
Nesta sétima edição, o prêmio contou com a participação de 366 cooperativas, e a Unimed Federação Centro Brasileira se destacou entre elas. Parabéns a todos que fazem parte desta conquista!
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JORNAL OPÇÃO
Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano
O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos
O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia, o Imas, fechou um contrato com o Hospital de Câncer Araújo Jorge, que passa a atender os pacientes oncológico beneficiários do plano. O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos.
A contratação do hospital, que é referência no tratamento de câncer em Goiás, estava em negociação desde maio deste ano. As conversas se intensificaram na gestão da atual presidente do Imas, Gardene Moreira, e foram finalizadas agora.
Está incluída no contrato a prestação de serviços contínuos e por demanda que envolvam “a promoção, proteção e recuperação da saúde prestada aos usuários do Imas na área de atuação contratada”, de oncologia.
Atualmente, o Imas tem cerca de 300 usuários em tratamento de câncer e que agora poderão ser tratados pelo Araújo Jorge. Vale destacar que pacientes oncológicos do instituto municipal são isentos de coparticipação.
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Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos
O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA
A química brasileira Lívia Schiavinato Eberlin, professora da Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, é responsável por uma das inovações médicas mais promissoras da última década. Ela criou a MasSpec Pen, dispositivo capaz de identificar, em apenas 10 segundos, se um tecido é saudável ou cancerígeno, diretamente durante a cirurgia, sem danos ao paciente.
O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA com a tecnologia. A pesquisa é realizada em parceria com a multinacional Thermo Fisher Scientific, responsável pelo espectrômetro de massas que interpreta a leitura química captada pela caneta.
A MasSpec Pen funciona conectada a um espectrômetro. Durante a cirurgia, o médico encosta a ponta do dispositivo no tecido suspeito. Ele libera uma microgota de água estéril, que extrai moléculas da superfície. A amostra é aspirada imediatamente e analisada pelo equipamento, que identifica a composição química e determina se o material é tumoral ou não.
Segundo Eberlin, o processo é comparável a “fazer um café”: a água extrai moléculas, mas não danifica o tecido.
O método reduz o tempo e o risco das cirurgias oncológicas. Hoje, a avaliação intraoperatória depende do exame de congelação, que leva até 1h30 e pode distorcer a estrutura do tecido. A resposta instantânea permite maior precisão na retirada do tumor e evita recidivas.
Testes no Brasil
O Einstein acompanha 60 pacientes com câncer de pulmão e de tireoide. Estudos anteriores, publicados na JAMA Surgery, apontam acurácia superior a 92% na diferenciação entre tecidos normais e cancerígenos. A próxima etapa inclui tumores de mama, fígado e ovário.
O centro também investiga se a caneta pode identificar, em tempo real, o perfil imunológico do tumor, informação decisiva para tratamentos modernos como imunoterapia.
O espectrômetro Orbitrap 240, que integra o sistema, analisa moléculas ionizadas e cria uma assinatura química comparada a um banco de dados alimentado por inteligência artificial. É essa leitura que sustenta o diagnóstico instantâneo.
Trajetória e próximos passos
Campineira, formada pela Unicamp e com carreira construída em universidades norte-americanas, Lívia Eberlin comanda a MS Pen Technologies, startup que pretende comercializar o equipamento. Após a conclusão dos estudos clínicos, a tecnologia será submetida à aprovação da FDA, nos EUA, e futuramente à Anvisa.
“A ciência brasileira tem alcance global e pode transformar vidas”, afirmou a pesquisadora ao portal g1.
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PORTAL G1/GOIÁS
Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil
Justiça reconheceu falha no manuseio do equipamento. Domingos Lapa da Rocha tinha 66 anos.
A Justiça condenou o município de Anápolis a indenizar a família do pastor Domingos Lapa da Rocha, de 66 anos, que morreu depois de ser atingido por um cilindro de oxigênio enquanto estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra.
A decisão judicial concluiu que houve falha no manuseio do cilindro por parte de funcionários da UPA e que o acidente pode ter agravado o estado de saúde de Domingos.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o idoso apresentava um quadro infeccioso na região abdominal e estava com um hematoma do lado esquerdo da cabeça.
O município de Anápolis pagará indenização por danos morais para cinco familiares do pastor, totalizando R$ 60 mil, considerando o sofrimento que o acidente causou para a vítima e sua família.
Entenda o caso
Domingos Lapa da Rocha deu entrada na UPA Alair Mafra no dia 27 de dezembro de 2024, com queixas de febre, dificuldade para respirar e outros sintomas.
No dia 31 de dezembro, ao ser levado para um exame de radiografia do tórax dentro da unidade, um cilindro de oxigênio de 3 kg caiu sobre o rosto dele. Domingos teve traumatismo cranioencefálico e um corte no supercílio.
Em entrevista à repórter do g1 Goiás Yanca Cristina, a filha do pastor, Lídia Lapa da Rocha, afirmou que, apesar de a equipe médica responsável ter realizado exames após o acidente, seu pai apresentou uma piora no quadro infeccioso e no trauma sofrido pela queda do cilindro.
“Ele teve confusão mental. Fizeram uma tomografia que constatou um trauma (coágulo), que, segundo o médico, seria absorvido pelo organismo. Infelizmente, ele teve uma piora no quadro infeccioso e também piora do trauma sofrido pela pancada”, relatou Lídia.
Depois do acidente, ele foi transferido para o Hospital Municipal Alfredo Abrahão, onde faleceu 12 dias depois.
Após o ocorrido, a filha registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediu um exame cadavérico para averiguar a causa da morte do pai.
Sobre a vítima
Domingos era pastor há mais de 20 anos na Igreja Pentecostal de Jerusalém Celestial, segundo sua filha. Ela conta que o pastor também era técnico em eletrônica por formação, mas não exercia o cargo. Ele deixou uma esposa, cinco filhos e 15 netos.
A Prefeitura de Anápolis afirmou à TV Anhanguera que ainda não foi intimada da decisão da Justiça. O g1 em contato para pedir mais detalhes sobre o posicionamento do município, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
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PORTAL ALEGO
Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação
Sessão extraordinária
Iniciativa da Governadoria, que argumenta pelo reequilíbrio de custeio e melhores práticas do setor de saúde suplementar, foi tema central nesta quarta-feira, 10. Após duas sessões plenárias e discussão na Comissão Mista, a pauta obteve sua primeira chancela, apesar de sustentações da oposição. Presidente também anunciou sessões híbridas até o fim de 2025. Decisão busca agilizar pauta legislativa, que inclui adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
O projeto de lei que autoriza a cobrança sobre dependentes de beneficiários do Ipasgo Saúde voltou à pauta do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado Goiás (Alego) nesta quarta-feira (10). A proposta, assinada pelo Governo Estadual, demandou, ainda, uma sessão extraordinária para obter sua primeira aprovação do Parlamento.
Os deputados da oposição criticaram a iniciativa em diversas oportunidades ao longo da tarde, tanto na Comissão Mista, onde a matéria tramitou antes de ser submetida à primeira votação, quanto em Plenário, nas duas sessões de hoje. Um dos argumentos dos que se opõem à pauta é que essa cobrança sobre dependentes, até então isentos de taxas, pode inviabilizar o Ipasgo Saúde para muitos usuários e, em um âmbito maior, o plano de saúde como um todo. Na proposição, a Governadoria define que poderá ser cobrado até 30% da tabela atuarial de mensalidades, observada a faixa etária do usuário dependente.
Foram 25 votos favoráveis que garantiram a primeira aprovação da matéria e sete votos contrários, esses últimos de Clécio Alves (Republicanos), Gugu Nader (Agir), Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, ambos do PL, e Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, os três do PT.
Nove deputados estiveram ausentes no momento da votação: Lucas do Vale (MDB), Alessandro Moreira (PP), Vivian Naves (PP), Paulo Cezar (PL), Gustavo Sebba (PSDB), José Machado (PSDB), Dr. George Morais (PDT), Cristóvão Tormin (PRD) e Karlos Cabral (PSB).
A proposta, que tramita na Casa de Leis sob o nº 30892/25, busca alterar a Lei nº 21.880/23, que instituiu o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde.
Manifestação contrária
A deputada Bia de Lima (PT) abriu os debates sobre o tema nesta quarta-feira. Ao defender que a mudança seja barrada, ela ressaltou que o Ipasgo Saúde nunca cobrou mensalidade de dependentes.
“Vemos como injustiça a cobrança dos dependentes no Ipasgo Saúde, coisa que nunca aconteceu na história. Além disso, quero alertar a todos os deputados: não cometam esse erro, porque vocês estarão pedindo voto no ano que vem também para os servidores públicos - e isso terá reflexo nas eleições”, salientou. Durante a sessão extraordinária, a petista e outros opositores reforçaram o discurso contrário à proposta.
O deputado Mauro Rubem (PT) fez coro às ponderações contrárias. Na visão do parlamentar, a cobrança ocasionará uma “debandada” de usuários do plano. Para ele, a proposta é “mais uma iniciativa para acabar com o Ipasgo Saúde. [...] Estamos vendo o Ipasgo afundar, e não podemos ficar calados”.
Nesse sentido, Delegado Eduardo Prado (PL) também argumentou que “o Ipasgo vai quebrar de vez, porque quem é a estrutura do Ipasgo, [o servidor estadual], não vai ter condições de pagar o plano”. Ele acompanhou os posicionamentos contrários e estimou que cerca de 154 mil servidores deixarão o convênio, caso o projeto avance. Prado reforçou sua posição como servidor público e delegado de polícia: “Esse projeto é totalmente prejudicial para todos nós. Oriento a oposição e a base do Governo para que votem contra esta matéria”.
No mesmo tom, o deputado Gugu Nader (Avante) afirmou que não iria apoiar a proposta. “Sempre fui leal ao Governo, mas a minha cidade de Itumbiara tem 18 mil conveniados, e eu não vou votar um projeto para ficar mal com a minha cidade e com todas as pessoas do Estado de Goiás. Sem polemizar, eu gosto do governador Ronaldo Caiado (UB), mas o meu voto é contra”.
O republicano Clécio Alves acompanhou seus antecessores ao defender que se trata de “mais um projeto que prejudica a população goiana”. “Foram três presentes de Natal que a base do Governo entregou para o povo. O primeiro foi a aquisição de um prédio antigo por 128 milhões de reais, retirando 90 milhões de reais da saúde. O segundo é o reajuste do ICMS dos combustíveis no Estado de Goiás. E o terceiro presente está sendo votado agora: a destruição definitiva do Ipasgo”, frisou.
Na defesa
Mais cedo, antes da sessão extraordinária, o deputado Amauri Ribeiro (UB) foi o único, além do líder do Governo, Talles Barreto (UB), a sair em defesa da proposta do Palácio das Esmeraldas. Ribeiro sustentou que a medida é necessária para garantir a sobrevivência do plano. “Meu plano de saúde é Ipasgo e nenhum dos meus dependentes paga. Nenhum plano de saúde consegue sobreviver desse jeito. Mas, agora, porque o Ipasgo é público, precisa ser dessa forma?”, questionou.
Ele argumentou que a Governadoria busca recuperar a saúde financeira do serviço. “O que o Governo está tentando fazer é salvar esse plano de saúde, e nossa obrigação, enquanto deputados estaduais, é fazer o que é necessário. (…) Eu defendo o que é correto, e o governador Ronaldo Caiado vem tomando as atitudes corretas para resgatar esse Estado, inclusive para que o Ipasgo tenha um ótimo atendimento”, defendeu.
Rodovia Governador Maguito Vilela
Além do projeto alvo de intenso debate entre os parlamentares, terminou aprovado em definitivo o texto de nº 20896/25, de autoria do deputado Issy Quinan. A matéria denomina Governador Maguito Vilela a Rodovia GO-108, no trecho entre Guarani de Goiás e o Parque Estadual de Terra Ronca, em São Domingos.
Falecido em 2021, Maguito Vilela também dá nome ao prédio da Assembleia Legislativa. Natural de Jataí, nascido em 24 de janeiro de 1949, ele foi governador de Goiás entre 1995 e 1999. Na motivação da iniciativa legislativa, Quinan destaca que Vilela “construiu uma trajetória exemplar de dedicação à vida pública”. Ele foi, ainda, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, vice-governador, governador e prefeito de Aparecida de Goiânia.
Sessões híbridas
Antes de encerrar a sessão, os deputados aprovaram, por unanimidade, um requerimento que transforma todas as sessões ordinárias e extraordinárias de 2025, a partir de 11 de dezembro, em sessões híbridas até o fim do ano, ou seja, além dos presentes no Plenário Iris Rezende, estarão aptos para votar remotamente os parlamentares que participam de forma on-line das sessões da Alego.
O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), informou, ainda, que os trabalhos seguirão até pelo menos o dia 19 de dezembro, prazo que considera suficiente para votar todas as matérias pendentes. Isso inclui a adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permitirá ao Estado deixar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O Fundo Estadual de Gestão e Monitoramento dos Recursos do Propag (FGM-Propag), aprovado em outubro pelo Parlamento, já está oficialmente instituído em Goiás.
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O FUTURO DA SAÚDE
Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar
Em novo artigo, Maurício Lopes escreve sobre a função do modelo coparticipativo na sustentabilidade dos planos de saúde
Por Mauricio Lopes
A palavra coparticipação pode gerar dúvidas em quem contrata um plano de saúde, por ser associada a custos adicionais ou eventual redução de acesso. Mas, na prática, o mecanismo tem outro sentido: longe de ser uma ameaça, a coparticipação é uma aliada para equilibrar contas, estimular o uso consciente e fortalecer a sustentabilidade do setor.
A saúde suplementar atende hoje 53 milhões de pessoas, das quais 38,3 milhões estão em planos coletivos empresariais.
O desafio dos custos para as operadoras nem sempre é evidente. Em 2023, a sinistralidade média foi de 88,2%, com resultado operacional negativo de R$ 6,3 bilhões entre janeiro e setembro, segundo a ANS. Essa equação pressiona empresas, operadoras e beneficiários. Nesse cenário, o modelo coparticipativo ganha relevância. Em uma consulta de R$ 200, por exemplo, ele pode significar desembolso de apenas R$ 30 ou R$ 40 para o beneficiário - um valor acessível, que incentiva o uso consciente sem restringir o acesso.
O tíquete médio dos planos com coparticipação é 26% menor (R$ 969,47) que o dos produtos sem esse mecanismo. Essa diferença contribui para reduzir a sinistralidade, que fica, em geral, abaixo do limite técnico de 70% estipulado pelas principais operadoras.
Com custos mais equilibrados e previsíveis, as operadoras conseguem oferecer planos mais baratos, com reajustes menores, ampliando o acesso à saúde suplementar e incentivando a permanência dos beneficiários, o que gera maior estabilidade para o mercado.
A prática vem se consolidando: hoje, cerca de 60% dos planos existentes no mercado já contam com algum tipo de fator moderador, segundo a Abramge. Na Qualicorp, em 2024, 80% dos produtos vendidos ao longo do ano previam coparticipação em consultas e exames.
A lógica é parecida com o que aconteceu nos seguros de automóveis quando a franquia foi incorporada pelo Código Civil (Lei 10.406/2002), nos artigos sobre contratos de seguro. Até então, qualquer dano era totalmente coberto pela seguradora, o que tornava as apólices caras e difíceis de sustentar. Com a franquia, o risco passou a ser compartilhado entre segurado e seguradora, trazendo mais racionalidade no uso do seguro e ajudando a reduzir custos.
O seguro de automóveis já foi considerado o "patinho feio" do mercado até que esses mecanismos o tornaram um dos mais sustentáveis. A coparticipação cumpre função equivalente na saúde suplementar.
Vale reforçar: não se trata de impor um modelo único. Planos sem coparticipação continuam disponíveis, assim como opções com franquia ou limites de utilização. O essencial é oferecer alternativas para que empresas e beneficiários escolham conforme perfil e necessidade.
O futuro da saúde suplementar passa por essa pluralidade. Os beneficiários merecem serviço de qualidade, previsibilidade de preços e acesso a redes qualificadas. A coparticipação, quando bem estruturada, é uma ferramenta que permite alinhar esses incentivos e garantir a sustentabilidade de um sistema vital para milhões de brasileiros.
Mauricio Lopes
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Assessoria de Comunicação