Administrador

Administrador

10 b2b 02 10 25

Em reunião na sede da Ahpaceg, um grupo de representantes dos associados conheceu hoje, 2, a plataforma B2A, criada para apoiar o Projeto de Aquisições Coletivas. O encontro foi conduzido pela farmacêutica Ana Valéria Miranda, responsável pela Central de Compras da associação.

A novidade amplia as negociações já conduzidas pela Ahpaceg, possibilitando agora a realização de compras conjuntas de itens definidos pelos próprios associados. O objetivo é oferecer maior organização, eficiência e ganho de escala, garantindo condições mais vantajosas para as instituições filiadas.

Segundo Ana Valéria, a plataforma vai permitir maior organização, agilidade e poder de barganha nas transações, garantindo que os hospitais obtenham melhores condições comerciais em produtos estratégicos. “Estamos criando um ambiente colaborativo, no qual a união dos associados gera economia, eficiência e mais competitividade”, explicou.

Esse é mais um importante serviço que a Ahpaceg traz para a rede associada, apresentando soluções que fortalecem a gestão hospitalar e promovem benefícios concretos para seus membros.

Quinta, 02 Outubro 2025 16:23

CLIPPING AHPACEG 02/10/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Excelência, segurança e acolhimento que transformam a saúde em Goiás

https://opopular.com.br/infomercial/excelencia-seguranca-e-acolhimento-que-transformam-a-saude-em-goias-1.3319490

Câmara aprova proibição de corte de energia em unidades de saúde em Goiânia

https://www.aredacao.com.br/noticias/241330/camara-aprova-proibicao-de-corte-de-energia-em-unidades-de-saude-em-goiania

Estudo aponta que acreditação hospitalar melhora a cultura de segurança do paciente no Brasil

https://medicinasa.com.br/acreditacao-seguranca-paciente/

Desafios da inflação médica e o papel da tecnologia neste cenário

https://medicinasa.com.br/desafios-inflacao-medica/

Hospitais como operadoras: e agora?

https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/hospitais-como-operadoras-e-agora

O POPULAR

Rede Ahpaceg

Excelência, segurança e acolhimento que transformam a saúde em Goiás

O que faz um hospital ser realmente confiável? Para muitos, a resposta está na soma de três elementos: qualidade assistencial, segurança no atendimento e acolhimento humano. Em Goiás, esses pilares se encontram em uma rede que cresceu nos últimos 22 anos, se fortaleceu e hoje se tornou referência nacional: a Rede Ahpaceg, formada por hospitais, maternidades, clínicas de imagem, centros especializados e instituições de alta complexidade.

Com 32 associados, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) reúne instituições que compartilham valores comuns: investir continuamente em tecnologia de ponta, adotar protocolos clínicos rigorosos, buscar certificações nacionais e internacionais e, acima de tudo, colocar o paciente no centro do cuidado, sempre com foco na qualidade e segurança da assistência. Essa combinação permitiu que Goiás alcançasse patamares de excelência em saúde privada, com serviços equivalentes aos prestados nos melhores centros do Brasil e do mundo.

Tudo em Goiás

“Hoje, nenhum paciente precisa sair de Goiás em busca de diagnósticos mais precisos, resolutividade e segurança nos tratamentos”, assegura o presidente da Ahpaceg, médico Renato Daher, respaldado pela estrutura, corpo clínico, equipe multiprofissional, parque tecnológico e assistência prestada pela Rede Ahpaceg.

Os indicadores assistenciais da rede também falam por si. O projeto de registro e avaliação sistemática dos indicadores dos associados, implantado pela Ahpaceg, representou uma mudança na cultura da gestão dos serviços de saúde, possibilitando às instituições a mensuração da qualidade de seu trabalho e o aperfeiçoamento de boas práticas.

Indicadores

Os índices, que começarão a ser divulgados periodicamente pela Ahpaceg, também trarão ganhos significativos para os pacientes. “A análise dos indicadores dará mais transparência aos serviços prestados, e o paciente terá mais condições de avaliar, por exemplo, a segurança de uma instituição”, afirma o médico Haikal Helou, presidente do Conselho de Administração da Ahpaceg.

Os indicadores atuais da Rede Ahpaceg revelam que a média de permanência hospitalar é de 2,99 dias, índice que pode variar de acordo com o perfil do hospital, mas é um reflexo de atendimentos resolutivos e eficientes. A taxa de mortalidade após 24 horas é de 1,38%; entre grandes hospitais brasileiros essa taxa chega a 1,84%.

As infecções hospitalares representam 0,32% dos casos, índice bem abaixo dos padrões internacionais, que variam entre 2% e 3%. Já a taxa de infecção em cirurgias limpas não passa de 0,35%, quando a média de referência é de até 2%. Resultados assim só são possíveis graças a uma gestão comprometida, equipes capacitadas e investimentos contínuos em segurança.

Certificações

Outro diferencial da Rede Ahpaceg está nas acreditações e reconhecimentos de qualidade. Ao todo, são 16 hospitais e clínicas de imagem com acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação), sendo que nove possuem Acreditação ONA 3 e sete, Acreditação ONA 2. Dez conquistaram a Certificação de Alta Conformidade em Práticas de Segurança do Paciente, oito receberam o selo "UTI Top Performer", concedido pela Epimed Solutions e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Além das certificações ONA, duas clínicas de diagnóstico por imagem têm a certificação PADI (Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem) e uma tem a Certificação ACSA International - Nível Avançado. Esses títulos nacionais e internacionais atestam que os processos assistenciais são monitorados, avaliados e melhorados constantemente, garantindo que cada paciente receba atendimento seguro e padronizado.

Excelência

Mas a excelência da Rede Ahpaceg vai além das estatísticas. Cada instituição preserva sua identidade, ao mesmo tempo em que compartilha a missão de oferecer aos pacientes e acompanhantes um cuidado mais humano.

Isso significa desde maternidades que acolhem a gestante em todas as fases do parto até centros cirúrgicos equipados com robótica de última geração, que reduzem a dor e aceleram a recuperação do paciente. Significa, também, iniciativas que valorizam a escuta, o diálogo e o bem-estar, tanto do paciente quanto dos profissionais de saúde.

A diversidade de especialidades dentro da rede é outro ponto de destaque. Há instituições referência em cardiologia, oncologia, ortopedia, pediatria, nefrologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, saúde da mulher e muito mais.

Clínicas de imagem oferecem diagnósticos com precisão milimétrica, utilizando inteligência artificial e equipamentos de última geração. Serviços de hemoterapia, UTIs altamente especializadas, centros de pesquisa e programas de ensino e residência médica reforçam o compromisso com a inovação e a formação de novos profissionais.

“Tudo isso está ao alcance dos goianos. Não é preciso buscar em outros estados o que já se consolidou em Goiás: hospitais modernos, prontos para atender com qualidade, segurança e acolhimento, seja em situações de emergência, seja em tratamentos complexos e de longa duração. A Rede Ahpaceg representa o encontro entre tradição e modernidade, tecnologia e humanidade, eficiência e cuidado verdadeiro”, ressalta Renato Daher.

Rede Ahpaceg

Conheça as instituições que integram a Rede Ahpaceg e conte com essa assistência segura, precisa, atualizada e humana para cuidar da sua saúde e qualidade de vida.

GOIÂNIA

CD I Premium

Cebrom

Clínica São Marcelo

Clínica da Imagem

CRD

Hemolabor

Hospital Amparo

Hospital da Criança

Hospital de Acidentados

Hospital do Coração Anis Rassi

Hospital do Coração de Goiás

Hospital do Rim

Hospital Ortopédico de Goiânia

Hospital Otorrino Goiânia

Hospital Premium Mater Dei

Hospital Samaritano de Goiânia

Hospital Santa Bárbara

Hospital Santa Helena

Hospital São Francisco de Assis

Instituto de Neurologia de Goiânia

Instituto Ortopédico de Goiânia

Instituto Panamericano da Visão

Maternidade Ela

Oncovida

Ver Hospital de Olhos

ANÁPOLIS

Hospital Evangélico Goiano

APARECIDA DE GOIÂNIA

Hospital Santa Mônica

CALDAS NOVAS

Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida

CATALÃO

Hospital Nasr Faiad

Hospital São Nicolau

CERES

Hospital Ortopédico de Ceres

RIO VERDE

Hospital Santa Terezinha

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A REDAÇÃO

Câmara aprova proibição de corte de energia em unidades de saúde em Goiânia

A Câmara de Goiânia aprovou, em segunda votação, nesta terça-feira (30/9), projeto de lei (PL 334/2024) que proíbe o corte no fornecimento de energia elétrica em estabelecimentos de saúde – hospitais, clínicas, postos de saúde e unidades de pronto atendimento –, mesmo em caso inadimplência. O projeto segue para sanção ou veto do prefeito Sandro Mabel (União Brasil).

Segundo o texto, de autoria do vereador Lucas Kitão (União Brasil), a concessionária de energia deverá manter o fornecimento ininterrupto às unidades de saúde, independentemente da situação de pagamento, para garantir o atendimento da população.

De acordo com Kitão, a medida evita o “desgoverno que aconteceu em outubro de 2024”. Na ocasião, três unidades de saúde administradas pela Prefeitura de Goiânia – Cais Campinas, Cais Novo Mundo e UPA do Residencial Itaipu – tiveram cortes no fornecimento de energia.

"Foram inúmeros erros, como falta de pagamento de contas dessas unidades. A aprovação desse texto garante que unidades de saúde não sejam afetadas por gestões atrapalhadas que interferem diretamente na vida dos goianienses”, afirmou o vereador.

Comunicado com antecedência

Para evitar cortes, a concessionária deverá comunicar à Secretaria Municipal de Saúde, com antecedência mínima de cinco dias, qualquer interrupção programada.

“As unidades de saúde são responsáveis por serviços essenciais à população. Muitas delas contam com equipamentos que necessitam de energia elétrica, como respiradores, incubadoras e equipamentos de diálise. A interrupção no fornecimento de energia, portanto, pode causar sérios riscos à vida”, concluiu Lucas Kitão.

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MEDICINA S/A

Estudo aponta que acreditação hospitalar melhora a cultura de segurança do paciente no Brasil

Publicado no Global Journal on Quality and Safety in Healthcare e destacado no editorial da revista, o estudo liderado por Helidea Lima e por Leopoldo Muniz, do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), analisou como a acreditação hospitalar influencia a cultura de segurança em hospitais brasileiros. A pesquisa envolveu 68 hospitais da Rede D'Or e contou com a participação de cerca de 32 mil profissionais de saúde.

A acreditação hospitalar, concedida por entidades como JCI, ACSA, Qmentum International e ONA, é um selo de qualidade que atesta o cumprimento de padrões rigorosos de segurança e assistência. No Brasil, menos de 5% dos hospitais possuem essa certificação.

Os dados foram coletados em setembro de 2022, por meio do questionário HSOPSC (Hospital Survey on Patient Safety Culture), adaptado para o português. O estudo obteve uma taxa de resposta de 91,4%, refletindo o engajamento com o tema. À época, 80% dos hospitais da Rede D'Or eram acreditados, número que hoje chega a 90%, com mais da metade certificados internacionalmente.

A cultura geral de segurança teve média de 65,1% de percepções positivas, com pontos fortes em apoio da gestão (77,5%) e aprendizado organizacional (81,8%). Hospitais acreditados apresentaram melhores resultados, especialmente em comunicação aberta, frequência de relatos de eventos e percepção geral de segurança, com diferenças de 3% a 4% em relação aos não acreditados.

Um dos principais desafios permanece: a resposta não punitiva a erros, com apenas 43,2% de avaliações positivas. O estudo revela que o medo de punições, a hierarquia rígida e a falta de retorno sobre relatos ainda limitam o avanço da cultura de segurança.

Outro ponto crítico é a subnotificação: 41,9% dos profissionais afirmaram não ter relatado nenhum evento de segurança nos últimos 12 meses, especialmente em hospitais sem acreditação.

Profissionais de enfermagem foram os que mais contribuíram com relatos de eventos, demonstrando maior engajamento com a segurança do paciente. Em contraste, os médicos apresentaram maior resistência em reportar incidentes, evidenciando a importância da enfermagem na construção de ambientes hospitalares mais seguros e colaborativos.

Embora a acreditação traga benefícios mensuráveis, os pesquisadores concluem que ela não é suficiente, por si só, para transformar a cultura organizacional. É preciso investir em lideranças engajadas, sistemas de relato não punitivos e capacitação contínua das equipes.

"A acreditação é um importante catalisador para a melhoria da qualidade assistencial, mas a transformação real exige o compromisso diário dos profissionais com uma cultura de segurança sólida e colaborativa", afirma Helidea Lima, pesquisadora do IDOR e uma das autoras do estudo.

Segundo a Rede D'Or, a acreditação funciona como direcionador externo para avaliação da qualidade técnica, sendo complementada pelo monitoramento de indicadores e transparência nos resultados.

O IDOR oferece programas voltados à formação de profissionais que desejam liderar transformações na saúde. O MBA em Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente oferece uma visão ampla e multidisciplinar, enquanto a Pós-Graduação em Experiência do Paciente foca na humanização do cuidado e na vivência do paciente.

Com um corpo docente experiente e atividades práticas na Rede D'Or, os cursos capacitam para implementar melhorias reais na segurança e qualidade da assistência.

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Desafios da inflação médica e o papel da tecnologia neste cenário

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) realiza, anualmente, uma pesquisa para acompanhar a Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH), também conhecida como “inflação médica”. No ciclo 2022/2023, por exemplo, houve um aumento de 12,7%, mais que o dobro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 2023 em 5,79%. Em períodos anteriores, o salto nesses custos chegou a ultrapassar os 20%.

Ocorre que seguidas altas de preços podem obrigar operadoras a praticar reajustes elevados, o que, porventura, pode afastar antigos usuários desse serviço essencial. É importante ressaltar que quase três quartos dos planos no Brasil são empresariais, ou seja, pagos por companhias que precisam manter a conta do benefício sob controle para preservar a própria saúde financeira.

inflação médica reflete questões demográficas (o envelhecimento da população e a consequente alta na incidência de doenças crônicas), comportamentais (a crescente preocupação das pessoas com a saúde) e até tecnológicas (a inclusão de novos medicamentos, procedimentos e exames no combate a doenças). Mas não podemos simplesmente encará-la como um fato incontornável.

Para que mais pessoas tenham acesso à saúde, é necessário buscar soluções que mantenham os custos sob controle. Um acréscimo importante antes de seguirmos: os dados do IESS dizem respeito à saúde privada. No entanto, a alta de custos também é visível no setor público, que sofre com orçamentos limitados e demanda crescente.

Aí entra um fator que, sem dúvidas, faz muita diferença nesses ambientes: a tecnologia. Ela é a principal aliada das instituições que buscam reduzir desperdícios e, ainda assim, garantir a qualidade do atendimento assistencial.

Nesse contexto, a transformação digital surge como um dos pilares mais relevantes no combate ao desperdício na saúde. A interoperabilidade entre sistemas evita retrabalho e exames duplicados; a telemedicina reduz deslocamentos e internações desnecessárias; ferramentas de analytics e inteligência artificial antecipam riscos, apoiam programas de prevenção e ainda ajudam a detectar fraudes ou inconsistências em contas médicas. Além disso, a automação de processos administrativos elimina erros burocráticos e libera profissionais para atividades assistenciais, enquanto a gestão digital de leitos, estoques e escalas médicas garante melhor aproveitamento dos recursos. Todas essas iniciativas convergem para um mesmo objetivo: otimizar custos sem abrir mão da qualidade do cuidado ao paciente.

Agentes de Inteligência Artificial (IA) e de automatização, por exemplo, seguem como parceiros estratégicos de gestores hospitalares que buscam tornar suas áreas mais eficientes. Essas tecnologias também podem apoiar a análise de informações sobre beneficiários e gerar subsídios para programas de atenção à saúde e prevenção de doenças.

Por fim, é possível concluir que há fatores que impactam a inflação médica e que não podem ser controlados, como o envelhecimento da população ou o avanço da tecnologia. Mas, com inteligência, organização e uso de tecnologia, custos associados ao desperdício de recursos podem ser monitorados e reduzidos. Impedir que a inflação médica dispare trará benefícios para todos, afinal, quanto menor for o custo assistencial para operadoras e instituições de saúde, maior será a capacidade clínica disponível para a manutenção de uma jornada do paciente de excelência.

*André Machado é CEO da Maida.Health.

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JOTA INFO

Hospitais como operadoras: e agora?

Hospitais criam seus próprios planos de saúde em movimento defensivo à monopolização do mercado por alguns grupos

Uma tendência que vem ganhando espaço no setor de saúde suplementar é a de hospitais que decidem estruturar seus próprios planos de saúde. A prática não é inédita, mas ganha relevância diante do cenário atual de verticalização das grandes operadoras, dificuldades de credenciamento e retração da cobertura em diversas regiões, reposicionando seu papel no ecossistema.

Do ponto de vista jurídico, hospitais que estruturam planos de saúde estão submetidos às mesmas exigências previstas na Lei 9.656/1998 e nas regulamentações expedidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para as demais empresas do setor: ambos devem obter autorização de funcionamento, cumprir requisitos de solvência e garantir a cobertura mínima estabelecida no rol de procedimentos da ANS.

Trata-se de um desafio nada trivial: ao se lançar como operadora, o hospital deve fazer frente a um complexo conjunto de obrigações regulatórias e financeiras, em relações às quais sua expertise assistencial tem pouca ou nenhuma utilidade.

Em termos regulatórios, o movimento pode ser interpretado como resposta ao avanço da verticalização no setor. Grandes grupos, como Hapvida e Rede D'Or, vêm estruturando redes próprias de hospitais, consultórios e laboratórios.

Para hospitais independentes, especialmente aqueles com marca consolidada regionalmente, a criação de um plano próprio representa uma forma de proteger o acesso de seus pacientes diante da eventual priorização de redes exclusivas pelas operadoras. A lógica é defensiva: se o credenciamento se torna mais restrito, controlar a própria porta de entrada por meio de um convênio médico pode assegurar a sustentabilidade.

É importante ressaltar que a verticalização não é um processo imune a críticas. Uma delas é o risco de concentração de mercado em determinadas regiões, na hipótese em que hospitais relevantes passem a direcionar pacientes apenas para suas próprias operadoras, cabendo à ANS e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acompanhar de perto essas condutas e reprimir infrações à concorrência.

Outro ponto é o latente conflito de interesse existente nesse modelo de negócio: a integração entre prestação de serviços e gestão do risco financeiro exige mecanismos de transparência, controle de custos e qualidade assistencial, a fim de assegurar que o desfecho clínico esperado pelo paciente não seja impactado pelo resultado econômico perseguido pela operadora/hospital.

Ainda assim, não se pode ignorar os benefícios potenciais. O hospital que conhece profundamente o perfil epidemiológico de sua comunidade pode, como operadora, investir em gestão de saúde preventiva e reduzir a sinistralidade, como demonstra a experiência do Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre, que registra queda expressiva de custos após implantação de plano voltado a funcionários e dependentes. Em outras palavras, se bem conduzido, o modelo pode alinhar eficiência assistencial e sustentabilidade econômica.

No plano institucional, cabe destacar a posição cautelosa da Abramge, entidade que congrega as operadoras de planos de saúde. Como afirmou seu presidente, Gustavo Ribeiro, embora notícias recentes deem visibilidade a hospitais que lançaram seus próprios convênios, não há evidências de que esse seja um movimento estrutural ou dominante do mercado. Trata-se de iniciativas pontuais, em geral concentradas em grupos hospitalares de maior porte e em determinadas regiões.

A lembrança é pertinente: o setor de saúde suplementar brasileiro é vasto e heterogêneo, com mais de 600 operadoras de diferentes perfis, o que desaconselha generalizações apressadas.

Em síntese, a entrada de hospitais no mercado de planos de saúde reforça a complexidade do ecossistema regulado pela ANS. Mais do que um deslocamento de fronteiras entre prestadores e operadoras, o fenômeno é um sinal da necessidade de adaptação às transformações concorrenciais e regulatórias.

A prudência recomendada pela Abramge é, portanto, essencial: entender esses casos como experiências a serem observadas, e não como um paradigma consolidado, permite analisar seus impactos de forma equilibrada, preservando o pluralismo e a segurança jurídica que caracterizam a saúde suplementar brasileira.

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Assessoria de Comunicação 

FACHADA AHPACEG

O que faz um hospital ser realmente confiável? Para muitos, a resposta está na soma de três elementos: qualidade assistencial, segurança no atendimento e acolhimento humano. Em Goiás, esses pilares se encontram em uma rede que cresceu nos últimos 22 anos, se fortaleceu e hoje se tornou referência nacional: a Rede Ahpaceg, formada por hospitais, maternidades, clínicas de imagem, centros especializados e instituições de alta complexidade.

Com 32 associados, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) reúne instituições que compartilham valores comuns: investir continuamente em tecnologia de ponta, adotar protocolos clínicos rigorosos, buscar certificações nacionais e internacionais e, acima de tudo, colocar o paciente no centro do cuidado, sempre com foco na qualidade e segurança da assistência. Essa combinação permitiu que Goiás alcançasse patamares de excelência em saúde privada, com serviços equivalentes aos prestados nos melhores centros do Brasil e do mundo.

Tudo em Goiás

“Hoje, nenhum paciente precisa sair de Goiás em busca de diagnósticos mais precisos, resolutividade e segurança nos tratamentos”, assegura o presidente da Ahpaceg, médico Renato Daher, respaldado pela estrutura, corpo clínico, equipe multiprofissional, parque tecnológico e assistência prestada pela Rede Ahpaceg.

Os indicadores assistenciais da rede também falam por si. O projeto de registro e avaliação sistemática dos indicadores dos associados, implantado pela Ahpaceg, representou uma mudança na cultura da gestão dos serviços de saúde, possibilitando às instituições a mensuração da qualidade de seu trabalho e o aperfeiçoamento de boas práticas.

Indicadores

SETEMBRO PLENÁRIA CREMEGO

 

Os índices, que começarão a ser divulgados periodicamente pela Ahpaceg, também trarão ganhos significativos para os pacientes. “A análise dos indicadores dará mais transparência aos serviços prestados, e o paciente terá mais condições de avaliar, por exemplo, a segurança de uma instituição”, afirma o médico Haikal Helou (FOTO), presidente do Conselho de Administração da Ahpaceg.

Os indicadores atuais da Rede Ahpaceg revelam que a média de permanência hospitalar é de 2,99 dias, índice que pode variar de acordo com o perfil do hospital, mas é um reflexo de atendimentos resolutivos e eficientes. A taxa de mortalidade após 24 horas é de 1,38%; entre grandes hospitais brasileiros essa taxa chega a 1,84%.

As infecções hospitalares representam 0,32% dos casos, índice bem abaixo dos padrões internacionais, que variam entre 2% e 3%. Já a taxa de infecção em cirurgias limpas não passa de 0,35%, quando a média de referência é de até 2%. Resultados assim só são possíveis graças a uma gestão comprometida, equipes capacitadas e investimentos contínuos em segurança.

Certificações

Outro diferencial da Rede Ahpaceg está nas acreditações e reconhecimentos de qualidade. Ao todo, são 16 hospitais e clínicas de imagem com acreditações ONA (Organização Nacional de Acreditação), sendo que nove possuem Acreditação ONA 3 e sete, Acreditação ONA 2. Dez conquistaram a Certificação de Alta Conformidade em Práticas de Segurança do Paciente, oito receberam o selo "UTI Top Performer", concedido pela Epimed Solutions e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Além das certificações ONA, duas clínicas de diagnóstico por imagem têm a certificação PADI (Programa de Acreditação em Diagnóstico por Imagem) e uma tem a Certificação ACSA International - Nível Avançado. Esses títulos nacionais e internacionais atestam que os processos assistenciais são monitorados, avaliados e melhorados constantemente, garantindo que cada paciente receba atendimento seguro e padronizado.

Excelência

Mas a excelência da Rede Ahpaceg vai além das estatísticas. Cada instituição preserva sua identidade, ao mesmo tempo em que compartilha a missão de oferecer aos pacientes e acompanhantes um cuidado mais humano.

Isso significa desde maternidades que acolhem a gestante em todas as fases do parto até centros cirúrgicos equipados com robótica de última geração, que reduzem a dor e aceleram a recuperação do paciente. Significa, também, iniciativas que valorizam a escuta, o diálogo e o bem-estar, tanto do paciente quanto dos profissionais de saúde.

A diversidade de especialidades dentro da rede é outro ponto de destaque. Há instituições referência em cardiologia, oncologia, ortopedia, pediatria, nefrologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, saúde da mulher e muito mais.

Clínicas de imagem oferecem diagnósticos com precisão milimétrica, utilizando inteligência artificial e equipamentos de última geração. Serviços de hemoterapia, UTIs altamente especializadas, centros de pesquisa e programas de ensino e residência médica reforçam o compromisso com a inovação e a formação de novos profissionais.

RENATO DAHER

“Tudo isso está ao alcance dos goianos. Não é preciso buscar em outros estados o que já se consolidou em Goiás: hospitais modernos, prontos para atender com qualidade, segurança e acolhimento, seja em situações de emergência, seja em tratamentos complexos e de longa duração. A Rede Ahpaceg representa o encontro entre tradição e modernidade, tecnologia e humanidade, eficiência e cuidado verdadeiro”, ressalta Renato Daher (FOTO).

Rede Ahpaceg

Conheça as instituições que integram a Rede Ahpaceg e conte com essa assistência segura, precisa, atualizada e humana para cuidar da sua saúde e qualidade de vida.

GOIÂNIA

CD I Premium

Cebrom

Clínica São Marcelo

Clínica da Imagem

CRD

Hemolabor

Hospital Amparo

Hospital da Criança

Hospital de Acidentados

Hospital do Coração Anis Rassi

Hospital do Coração de Goiás

Hospital do Rim

Hospital Ortopédico de Goiânia

Hospital Otorrino Goiânia

Hospital Premium Mater Dei

Hospital Samaritano de Goiânia

Hospital Santa Bárbara

Hospital Santa Helena

Hospital São Francisco de Assis

Instituto de Neurologia de Goiânia

Instituto Ortopédico de Goiânia

Instituto Panamericano da Visão

Maternidade Ela

Oncovida

Ver Hospital de Olhos

ANÁPOLIS

Hospital Evangélico Goiano

APARECIDA DE GOIÂNIA

Hospital Santa Mônica

CALDAS NOVAS

Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida

CATALÃO

Hospital Nasr Faiad

Hospital São Nicolau

CERES

Hospital Ortopédico de Ceres

RIO VERDE

Hospital Santa Terezinha.

 

NA MÍDIA

O POPULAR

https://opopular.com.br/infomercial/excelencia-seguranca-e-acolhimento-que-transformam-a-saude-em-goias-1.3319490

 

 

 

 

 

Quarta, 01 Outubro 2025 07:22

CLIPPING AHPACEG 01/10/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM cobra reforço da fiscalização após intoxicações por metanol

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-09/cfm-cobra-reforco-da-fiscalizacao-apos-intoxicacoes-por-metanol

Brasil enfrenta falta de medicamentos para intoxicação por metanol, alerta Unicamp

https://www.otempo.com.br/brasil/2025/9/30/brasil-enfrenta-falta-de-medicamentos-para-intoxicacao-por-metanol-alerta-unicamp

Depois do Setembro Amarelo, o desafio continua: como identificar sinais de burnout nas equipes 

https://exame.com/carreira/depois-do-setembro-amarelo-o-desafio-continua-como-identificar-sinais-de-burnout-nas-equipes/

Unimed realiza 54ª Convenção Nacional em João Pessoa

https://revistacobertura.com.br/noticias/saude-e-odonto-noticias/unimed-realiza-54a-convencao-nacional-em-joao-pessoa/

A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil

https://medicinasa.com.br/leve-saude-edi31/

 

AGÊNCIA BRASIL

CFM cobra reforço da fiscalização após intoxicações por metanol

Conselho alerta para cuidados na hora de comprar bebidas alcoólicas

Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta terça-feira (30) um posicionamento em que cobra reforço na fiscalização para combater os esquemas de falsificação de bebidas alcoólicas, após os casos de intoxicação por metanol no estado de São Paulo, que causaram ao menos três mortes

O presidente do CFM, José Hiram Gallo, lembrou que esses produtos "geram riscos de adoecimento, sequelas e mortes".

A entidade orientou a população que, em caso de consumo de bebidas alcoólicas, compre sempre produtos em estabelecimentos confiáveis.

Além disso, é importante recusar produtos que estejam com lacre violado ou tenham rótulos com erros de impressão e sem dados, como CNPJ, número de lote e data de validade.

O presidente do CFM também reforçou o alerta para sinais de intoxicação por metanol: os mais frequentes são dor de cabeça intensa, náuseas, confusão mental, visão turva repentina ou cegueira. Eles podem aparecer entre seis e 24 horas após a ingestão. 

“Em caso de identificação desse quadro, deve-se buscar imediatamente os serviços de emergência médica”, alerta Gallo

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui); 
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.

A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

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O TEMPO

Brasil enfrenta falta de medicamentos para intoxicação por metanol, alerta Unicamp

O Brasil não dispõe de um estoque suficiente de medicamentos para tratar casos de intoxicação por metanol. O alerta foi feito pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A situação ganha contornos mais críticos diante do aumento recente de ocorrências ligadas a bebidas adulteradas, que já causou cinco mortes – todas em São Paulo. Os casos são alvo de inquérito da Polícia Federal (PF).

De acordo com a Unicamp, há indisponibilidade do fomepizol e do etanol puro — principais substâncias utilizadas nesses casos. Ambos atuam bloqueando a ação da enzima que transforma o metanol em ácido fórmico, composto responsável pelas complicações mais graves. O cenário foi detalhado em coletiva à imprensa nesta terça-feira, conforme mostrou o portal g1.

O fomepizol é considerado mais eficaz e de fácil aplicação, mas não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) nem incluído na política nacional de antídotos lançada no fim de 2023. Já o etanol, alternativa usada em hospitais, também não está disponível em quantidade suficiente.
Na coletiva, o CIATox afirmou que, junto com a Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Abracit), tem pressionado o governo pela revisão da política nacional de antídotos. Atualmente, a importação de fomepizol pode ser autorizada pela Anvisa em caráter emergencial, mas especialistas defendem que o medicamento esteja disponível permanentemente na rede pública.

Padilha diz que há medicamentos 

Em Brasília, durante entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que os serviços especializados em intoxicação contam com o antídoto para o metanol, por isso é importante buscar rapidamente o atendimento. 

“Procure um serviço de saúde que ele vai ter a preocupação de te manter hidratado a níveis elevados e monitorar, dependendo da gravidade”, disse. “A gente tem o etanol específico para antídoto do metanol, registrado aqui no Brasil. Os serviços especializados de intoxicação têm e sabem o manejo desse produto”, disse Padilha.

Casos em São Paulo

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram confirmadas cinco mortes e sete casos de contaminação por metanol. Outros 15 episódios estão sob investigação. A Unicamp informou que, no ano passado, houve suspeita de intoxicação por álcool combustível, mas a hipótese não foi confirmada. Esta é a primeira vez que o CIATox identifica registros associados a bebidas falsificadas.

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EXAME

Depois do Setembro Amarelo, o desafio continua: como identificar sinais de burnout nas equipes

saúde mental no ambiente de trabalho tem se consolidado como um dos principais desafios corporativos no Brasil. Segundo o Ministério da Previdência Social, mais de 440 mil trabalhadores foram afastados por transtornos mentais e comportamentais em 2024.

Entre os fatores que explicam esse crescimento está o avanço do burnout. O país ocupa hoje a segunda posição no ranking mundial de casos da síndrome, atrás apenas do Japão, de acordo com a International Stress Management Association. Estima-se que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros apresentem sintomas como exaustão, distanciamento emocional e queda de produtividade.

O reconhecimento oficial do problema veio em janeiro de 2025, com a entrada em vigor da 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), da Organização Mundial da Saúde. O documento incluiu o burnout como doença ocupacional, com código próprio (QD85).

A atualização da CID amplia a responsabilidade das empresas na gestão da saúde mental. Além de legitimar o diagnóstico, a medida reforça a necessidade de ações estruturadas de prevenção e acompanhamento dos casos de adoecimento relacionados ao trabalho.

O papel dos líderes na prevenção

Entre as empresas, cresce a percepção de que saúde mental não pode ser reduzida a campanhas de conscientização pontuais. 

Para além do cuidado com o colaborador,  profissionais de RH e gestores, o desafio é permanente: identificar sinais de estresse e burnout antes que eles se transformem em afastamentos, prejuízos à produtividade e danos à cultura corporativa.

Diante desse cenário, especialistas alertam que a linha de frente da prevenção está nas lideranças. São os gestores que podem reconhecer sinais precoces de esgotamento, como: 

  • Queda de performance repentina: entregas atrasadas ou abaixo do padrão habitual; 
  • Mudanças de comportamento: colaboradores antes participativos que passam a se isolar ou evitar reuniões; 
  • Exaustão constante: queixas frequentes de cansaço, insônia ou falta de energia;
  • Cinismo ou distanciamento: falas negativas sobre a empresa ou perda de interesse pelas tarefas; 
  • Aumento de erros e esquecimentos: dificuldade em manter concentração e foco.

Treinar líderes para reconhecer esses pontos é crucial. Muitas vezes, são eles que têm o primeiro contato com o colaborador e podem acionar o RH ou programas de apoio.

Saúde mental o ano todo

A saúde mental deve ser trabalhada de forma permanente. O fim do Setembro Amarelo não significa o fim da discussão: ao contrário, é a oportunidade de reforçar que prevenção e cuidado são parte da estratégia de negócios.

Treinar líderes para identificar sinais precoces de estresse e burnout não é apenas uma boa prática de RH, é um investimento essencial para a sustentabilidade das organizações no Brasil de 2025.

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REVISTA COBERTURA

Unimed realiza 54ª Convenção Nacional em João Pessoa

Evento consolida novo marco histórico do cooperativismo em saúde ao pautar o futuro e a inovação neste que é o principal evento do Sistema Unimed, reunindo dirigentes, médicos cooperados e especialistas na capital da Paraíba

Entre os dias 8 e 11 de outubro, a cidade de João Pessoa (PB) receberá a 54ª Convenção Nacional Unimed, o mais importante e representativo encontro do Sistema Unimed. Mais do que uma agenda de debates, ao reunir dirigentes, médicos cooperados e especialistas, o evento reafirma o protagonismo do Sistema na construção de um modelo de saúde cada vez mais inovador e sustentável.

Entre os destaques da programação, Adalberto Campos, ex-ministro da Saúde de Portugal, e Nelson Teich, ex-ministro da Saúde do Brasil, irão debater o tema "Repensando o Sistema de Saúde por meio de Parcerias Público-Privadas". Já Juliana Rosa, jornalista e apresentadora da Band TV/BandNews, e Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria, discutirão "Transformações e oportunidades no setor de saúde".

A edição de 2025 pauta reflexões sobre o futuro do Sistema Unimed, com governança renovada e reafirmação do compromisso cooperativo. Além disso, fortalece os investimentos em inovação, posicionando a marca como protagonista da revolução tecnológica na medicina robótica.

"Estamos diante de um momento histórico. A renovação do nosso modelo de governança permitirá que sigamos como referência em nosso setor, fortalecendo nosso compromisso com aquilo que nos diferencia e nos torna cada vez mais fortes: a cooperação", afirma Omar Abujamra Junior, presidente da Unimed do Brasil.

Unimed é protagonista na saúde suplementar brasileira, cuidando de aproximadamente 10% da população do país e estando presente em nove de cada dez municípios. Este momento ganha ainda mais relevância com a decisão da ONU de reconhecer 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, destacando o papel dessas organizações no desenvolvimento sustentável e na transformação social. O marco coincide com a celebração dos 50 anos da Unimed do Brasil - representante institucional das cooperativas e empresas Unimed - e de uma escolha estratégica: o uso de uma marca única, que celebra a grandeza e a relevância do Sistema Unimed, o maior sistema de cooperativas de saúde do mundo.

A 54ª Convenção é um convite à construção do futuro: um espaço para pensar coletivamente as próximas décadas, com escuta ativa, diálogo estratégico e visão de longo prazo.

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MEDICINA S/A

A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil

Com foco em atenção primária, rede verticalizada e uso de tecnologia, empresa aposta em modelo inovador para levar saúde acessível e de qualidade à população.

Leve Saúde é uma das operadoras que mais crescem no Brasil atualmente e isso não se dá por acaso. Criada no Rio de Janeiro com o propósito de oferecer serviços de qualidade a preços acessíveis, a empresa nasceu com o objetivo de ampliar o acesso à saúde suplementar para um público historicamente negligenciado, o de pessoas com mais de 45 anos das classes B, C e D. Essa decisão estratégica foi o ponto de partida de um modelo que rapidamente demonstrou potencial de escala. Com apenas cinco anos de existência, a Leve ultrapassou R$ 700 milhões em faturamento e já conquistou mais de 95 mil clientes.

No entanto, o foco inicial não limita a atuação da empresa. A operadora vem expandindo seus serviços com um portfólio que engloba diversos perfis de clientes, mas que não deixa de lado o compromisso de oferecer uma saúde mais acessível, contínua e centrada no cuidado do paciente. Neste ano, lançou uma nova grade de planos médicos, com hospitais de ponta e preços ainda mais competitivos – especialmente para o público sênior – e ampliou a abrangência dos planos odontológicos.

Com um modelo que combina três pilares essenciais (rede própria, tecnologia e atenção primária), a operadora vem redefinindo a experiência dos clientes em todas as etapas da jornada assistencial, desde a prevenção até o acompanhamento especializado.

A empresa mantém uma rede de 12 clínicas próprias em pontos estratégicos do estado do Rio de Janeiro, onde já realiza a maior parte dos atendimentos ambulatoriais. Cerca de 75% dos clientes já realizam exames e consultas dentro da rede, e mais de 30% passam por atendimento ao menos uma vez por mês em uma das unidades. A meta é que, em breve, 90% dos atendimentos aconteçam nas clínicas Leve, garantindo mais integração, agilidade e personalização. É dessa forma que a Leve mantém um cuidado mais próximo, com médicos que conhecem o histórico do cliente e acompanham sua saúde de forma contínua e integrada.

Tecnologia

Com o objetivo de elevar a excelência de seus serviços e oferecer uma experiência mais completa aos clientes, a Leve também aposta em tecnologia. Em 2024, implantou um novo sistema de gestão ambulatorial que centraliza todos os dados clínicos em um único Repositório Eletrônico de Saúde. Com isso, garante a interoperabilidade com parceiros laboratoriais e acesso imediato a dados e histórico pelos profissionais de saúde, beneficiando tanto as equipes de cuidado quanto os próprios pacientes. A empresa também implementou, em todas as suas clínicas, uma ferramenta de check-in com reconhecimento facial em totens automatizados que permite o cadastro inicial em poucos segundos. Com uma expressiva redução do tempo de espera, a Leve garante redução de custos, prevenção de fraudes e maior automação de processos – além de mais comodidade para seus clientes.

O app de autoatendimento da operadora, usado por 80% dos seus clientes mensalmente, reúne mais de 25 funcionalidades, como agendamento de consultas, acesso a resultados de exames, receitas médicas e atestados, além de conexão a um sistema próprio de telemedicina, que reduz a necessidade de consultas presenciais e amplia a possibilidade de conversar com o time de cuidados para orientações de saúde.

Toda essa digitalização também se traduz em eficiência operacional e combate a fraudes, o que colabora para que os valores dos planos se mantenham acessíveis. Desde 2024, análises assistidas por inteligência artificial passaram a ser utilizadas para autorizar exames e procedimentos, otimizando prazos e reduzindo riscos. Ainda em 2025, esse sistema será expandido para a auditoria de contas médicas, criando uma linha de defesa integrada que conecta autorização, execução e faturamento.

Atenção Primária

O terceiro pilar da Leve Saúde está na atenção primária à saúde. Em um setor em que a média de investimentos em prevenção não passa de 0,25% da receita, a Leve investe seis vezes mais. Em 2024, foram R$ 4,5 milhões destinados a programas e iniciativas de cuidado. Em 2025, a expectativa é dobrar esse número e chegar a R$ 10 milhões. São nove programas já em curso e outros em fase de lançamento. Há projetos voltados para puérperas, gestantes, saúde mental, autismo, doenças renais, alta complexidade e home care. Um novo programa para emagrecimento saudável também estreará ainda este ano. Ao todo, a empresa conta com um time de 150 médicos e 60 enfermeiros dedicados ao atendimento nas clínicas e nas plataformas virtuais.

Mas um dos maiores símbolos da valorização da Leve Saúde aos cuidados preventivos está fora das clínicas e dos aplicativos. A Arena Leve, projeto de bem-estar e inclusão patrocinado pela operadora, transformou quatro espaços icônicos do Rio de Janeiro em centros de atividade física gratuita e promoção de saúde. Com aulas diárias de yoga, ritmos, funcional, pilates, boxe e até futevôlei, o projeto já superou 70 mil inscrições em um ano e impactou diretamente 13 mil pessoas. Além das atividades esportivas, os participantes contam com acesso a serviços de saúde, estrutura com vestiários, materiais de treino e apoio de mais de 70 professores. Aberta a todos, a Arena reforça o compromisso da Leve com a democratização do acesso à saúde e o incentivo à vida ativa. Até o fim de 2026, o investimento previsto na Arena Leve é de R$ 3 milhões.

Todo esse conjunto de inovações contribuiu para que a empresa alcançasse o segundo menor índice de sinistralidade do setor, com 58%. Com isso, a Leve demonstra que é possível ser sustentável, oferecer saúde de qualidade e ainda manter planos com preços até 30% mais acessíveis do que a média do mercado. Esse é um feito ainda mais expressivo se considerarmos que mais de 50% da base da Leve não possuía plano em até 6 meses antes da contratação. Além disso, metade da base atual contratou diretamente com a empresa, sem migrar de outras operadoras.

Em um mercado com mais de 70 milhões de brasileiros acima dos 45 anos e menos da metade com acesso à saúde privada, a Leve possui planos de expansão para além do Rio de Janeiro, e em breve contará com hospitais próprios em sua rede.

Ao ampliar sua atuação calcada em atenção primária, presença digital consolidada, tecnologia própria e uma filosofia de cuidado genuíno, a Leve Saúde mostra que é possível crescer rápido sem abrir mão do essencial: cuidar de pessoas. E faz isso de maneira leve, acessível, integrada e humana, tendo sempre como foco principal o próprio cliente. Uma verdadeira receita de sucesso para quem quer, mais do que planos de saúde, construir um novo futuro para a saúde no Brasil.

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Assessoria de Comunicação        

Terça, 30 Setembro 2025 06:49

CLIPPING AHPACEG 30/09/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Padilha fala por vídeo em evento nos EUA e critica negacionismo

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-09/padilha-fala-por-video-em-evento-nos-eua-critica-negacionismo

Ministérios da Saúde e da Educação homologam novas Diretrizes Curriculares de Medicina

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/setembro/ministerios-da-saude-e-da-educacao-homologam-novas-diretrizes-curriculares-de-medicina

A urgência de um tratamento diferenciado para dispositivos médicos na reforma tributária

https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/a-urgencia-de-um-tratamento-diferenciado-para-dispositivos-medicos-na-reforma-tributaria

“Só tenho a agradecer a Deus por estar viva”, diz jovem que perdeu 80% do couro cabeludo em acidente no Rio Araguaia

https://www.maisgoias.com.br/cidades/so-tenho-a-agradecer-a-deus-por-estar-viva-diz-jovem-que-perdeu-80-do-couro-cabeludo-em-acidente-no-rio-araguaia/

Diversificação de investimentos cresce entre profissionais de saúde

https://medicinasa.com.br/diversificacao-investimentos/

AGÊNCIA BRASIL

Padilha fala por vídeo em evento nos EUA e critica negacionismo

País impôs restrições ao visto do ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou, nesta segunda (29), a imposição de restrições ao seu visto pelo governo dos Estados Unidos e também atacou políticas consideradas “negacionistas” na área de saúde. Ele não pôde participar presencialmente de evento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Washington, que vai até sexta-feira (3 de outubro).

“Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte”, ponderou.

Padilha participou por videoconferência do 62º Conselho Diretor da entidade, que reúne as autoridades de saúde das Américas. Em seu discurso, garantiu que a decisão dos EUA não restringirá a circulação das ideias do Brasil. “Podem impor tarifas abusivas, mas não vão impedir nossa vocação para a cooperação entre os povos das Américas.”

“Negacionismo de líderes”

Padilha também criticou a desinformação. “Nada impedirá o Brasil de agir diante do negacionismo. Quando o negacionismo é impulsionado por líderes de governo, vimos isso na pandemia da covid-19, milhares de vidas e a unidade entre as nações são perdidas.”

Dentro desse tema, o ministro brasileiro enfatizou a necessidade de recursos para pesquisas na área de imunização. “Por isso, precisamos agir diante dos cortes em programas de vacinação e de pesquisas, um retrocesso para a ciência, uma ameaça à vida.”

No mês passado, Padilha havia criticado o governo de Donald Trump por restringir recursos para pesquisa de vacinas.

Ele disse que o Brasil pretende ampliar a participação para garantir produtos mais acessíveis inclusive para todas as Américas. “Precisamos construir pontes entre os povos americanos, não barreiras ou muros. Ao contrário daqueles que nos restringem, vamos continuar a defender as vacinas, a ciência e os sistemas públicos de saúde.”

O ministro destacou que o país retomou o aumento da cobertura vacinal, depois de seis anos de quedas consecutivas.

Em outro ataque ao negacionismo científico, Padilha considerou inadmissível que ainda existam posições que não considerem os impactos das mudanças climáticas sobre a vida e a saúde.

“Precisamos avançar juntos na adaptação dos nossos sistemas de saúde aos riscos ambientais”, defendeu. Ele pediu a participação das autoridades internacionais na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em novembro em Belém, para tratar do tema.

“Portas abertas”

Padilha disse que é preciso manter a cooperação com instituições e empresas das Américas e do mundo para a produção de vacinas e medicamentos em todas as plataformas tecnológicas. Ele ainda convocou pesquisadores e empresas de vacina de RNA mensageiro para atuarem no Brasil.

“As portas do Brasil estão abertas à ciência e à inovação”. No âmbito interno, Padilha aproveitou para explicar que o governo federal duplicou o programa Mais Médicos, o que garantiu presença de profissionais na atenção primária “especialmente nas regiões mais pobres”. Segundo ele, essa política pública, em parceria com a Opas, é aprovada “por quem importa”.

Outra política pública destacada no discurso foi o Agora Tem Especialistas, que tem o objetivo de reduzir as filas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames e cirurgias.

Ainda no âmbito brasileiro, Padilha recordou que o Brasil entregou à Opas um relatório que destaca a redução da transmissão vertical do HIV e também a diminuição em 75% do número de mortes causadas pela dengue neste ano.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ministérios da Saúde e da Educação homologam novas Diretrizes Curriculares de Medicina

Documento é resultado de um amplo processo de escuta e participação social e representa um marco para a formação médica no Brasil.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o ministro da Educação, Camilo Santana, assinaram, nesta segunda-feira (29), o termo de homologação do parecer das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de graduação em medicina.  Aprovadas por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em agosto de 2025, as DCNs representam um marco histórico para a formação médica no Brasil. 

“A aprovação das novas diretrizes permite alinhar a educação médica às necessidades sociais de saúde, ao fortalecimento do SUS e aos desafios contemporâneos ao incorporarem temas como inteligência artificial, análise de dados em larga escala, mudanças climáticas e sustentabilidade. Por isso, quero parabenizar todo o trabalho que foi feito, os apontamentos, o diálogo e a escuta de todas as instituições envolvidas nesse processo histórico”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

Segundo o ministro da Saúde, as novas DCNs são resultado de “um trabalho de cooperação que possibilitará grandes avanços para a profissão de médico e para a saúde do país”. Padilha se refere ao amplo processo de escuta e participação social, envolvendo universidades, entidades médicas, gestores de saúde e representantes da sociedade civil, do qual se originou o documento.  

Já o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o trabalho conjunto do MEC e do Ministério da Saúde em prol da formação médica, organizando critérios, estabelecendo diretrizes e avalizando as necessidades de abertura de faculdades, com olhar criterioso e atento para uma formação de qualidade. “A atualização das diretrizes é uma iniciativa necessária para acompanhar as transformações da sociedade; é mais um passo importante para garantir a qualidade da formação em medicina. As diretrizes olham para a saúde mental, a tecnologia e as questões de inclusão, com base na realidade que estamos vivendo”, declarou.  

Formação médica de qualidade 

Entre as medidas que buscam garantir a qualidade da formação médica estão: a participação dos estudantes no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (ENAMED) e no Exame Nacional de Residência (ENARE); a realização do ENAMED no 4º ano do curso a partir de 2026; a supervisão estratégica nos cursos com baixo desempenho no ENAMED; e o cumprimento de visitas in loco em todos os cursos em 2026. 

Em relação a organização das instituições de ensino, o curso de graduação em Medicina deverá dispor de infraestrutura física, tecnológica e de recursos humanos adequados, que assegurem a plena execução do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), tanto nos ambientes institucionais de aprendizagem quanto nos campos de prática externa, com supervisão de docentes ou preceptores habilitados. 

Diversidade e inclusão 

Outro ponto de destaque é a valorização da diversidade e da inclusão, com a determinação de políticas institucionais de pertencimento e de apoio aos estudantes, contemplando aspectos étnico-raciais, sociais, culturais, de gênero e de orientação sexual. Também foi incluída a obrigatoriedade de núcleos de apoio psicossocial e programas estruturados de mentoria e saúde mental.  

Novas diretrizes 

As novas DCNs de medicina decorrem de um processo iniciado em 2023, conduzido pelo CNE, que envolveu consultas públicas, audiências e reuniões com universidades, entidades médicas, gestores de saúde, estudantes e sociedade civil. A revisão tornou-se necessária diante dos quase dez anos da resolução anterior, das mudanças tecnológicas e sociais e da necessidade de alinhar a formação médica às demandas contemporâneas do sistema de saúde brasileiro. O resultado foi um documento aprovado por unanimidade em agosto de 2025, que fortalece a integração com o SUS, valoriza a inclusão e atualiza o currículo para os desafios do século 21.   

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JOTA INFO

A urgência de um tratamento diferenciado para dispositivos médicos na reforma tributária

Congresso tem a oportunidade de promover uma transição fiscal equilibrada com proteção à saúde pública

A votação do PLP 108/2024, que regulamenta a reforma tributária e institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS), representa um passo importante para simplificar o sistema tributário brasileiro. No campo da saúde, entretanto, ainda há dúvidas acerca dos impactos dessas mudanças para que elas não elevem os custos assistenciais e nem reduzam o acesso a tratamentos essenciais.

Os dispositivos médicos - presentes em toda a cadeia da saúde, da assistência básica à de alta complexidade - ainda não têm definição clara sobre a tributação no texto atual.

Ao fixar uma lista na Lei Complementar 214/2025 para redução e isenção da alíquotas na área de saúde há uma limitação para a inovação tecnológica, com novos produtos podendo ser enquadrados na alíquota cheia dos novos tributos.

Isso incorre em, no mínimo, dois problemas: afastará o incentivo à inovação - em movimento contrário a todo o esforço que o setor vem empenhando, especialmente no pós-pandemia, de fortalecer a indústria da saúde no Brasil - e prejudicará o acesso a dispositivos inovadores, que, se chegarem ao mercado, serão taxados integralmente e implicarão em um efeito cascata que afetará o SUS e a saúde suplementar.

Em um país onde 75% da população depende exclusivamente do SUS, o impacto pode ser devastador, ampliando desigualdades regionais e comprometendo a sustentabilidade do sistema.

A experiência internacional reforça a necessidade de atenção. Nos países da OCDE, dispositivos médicos recebem tratamento fiscal diferenciado, por serem insumos estratégicos para salvar vidas. Seguir esse modelo não é criar privilégios, mas adotar uma política pública alinhada às melhores práticas globais.

É necessário que os novos produtos que chegarão aos sistemas de saúde brasileiro sejam incluídos - de forma automática e periódica - na lista de bens com alíquotas reduzidas, a fim de evitar a disparidade com produtos incorporados à lista até então.

Essa medida traz previsibilidade, protege investimentos e, sobretudo, garante que os pacientes continuem a ter acesso a tecnologias fundamentais. Também é essencial que a transição para o novo modelo tributário seja gradual, evitando o desabastecimento, a fuga de investimentos e descontinuidade de produtos e serviços de saúde.

O Congresso tem a oportunidade de assegurar que a reforma tributária seja socialmente justa, promovendo uma transição fiscal equilibrada e proteção à saúde pública. Reconhecer dispositivos médicos como bens essenciais é afirmar, na prática, que a vida deve estar no centro das decisões do Estado.

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MAIS GOIÁS

“Só tenho a agradecer a Deus por estar viva”, diz jovem que perdeu 80% do couro cabeludo em acidente no Rio Araguaia

O que era para ser uma viagem de férias em família se transformou em um dos maiores desafios da vida de Jackeline Silva Faria, de 29 anos. No dia 19 de julho, durante um passeio de moto aquática no Rio Araguaia, ela caiu do veículo e teve 80% do couro cabeludo sugado pela turbina. Em entrevista ao Mais Goiás, a jovem contou que tem gratidão a Deus por estar viva.

Depois do acidente, Jackeline foi resgatada ainda consciente pelo Corpo de Bombeiros, que prestou os primeiros atendimentos no posto de apoio montado na região. De lá, foi levada para uma unidade de saúde em Barra do Garças (MT) e, posteriormente, transferida para Goiânia, onde segue em tratamento no Totum Saúde.

Dois meses depois, a jovem já passou por cirurgias e enfrenta um processo longo de reabilitação. Ainda sem previsão de quando voltará a ter os cabelos, ela prefere se apegar à chance de recomeçar. “Esse acidente mudou minha vida. Eu só tenho a agradecer a Deus por ter sobrevivido e por poder estar com minha família”, contou Jackeline, emocionada.

O médico Sinval Silveira, que acompanha o caso, reforça que o quadro é considerado delicado: “Acidentes desse tipo são graves e exigem cuidados contínuos, para evitar complicações durante a recuperação.”

A mãe de Jackeline, Terezinha Jacinta, relembra os momentos de desespero quando soube do acidente. Hoje, transformou a angústia em gratidão ao ver a filha vencendo cada etapa do tratamento.

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MEDICINA S/A

Diversificação de investimentos cresce entre profissionais de saúde

Médicos e outros profissionais de saúde estão diversificando e sofisticando seus investimentos financeiros, buscando proteção patrimonial e rentabilidade. Essa é uma das tendências verificadas por um estudo realizado pela fintech Mitfokus Contabilidade Médica. De acordo com o levantamento, a diversificação é caracterizada por aplicações em fundos, ações em bolsa de valores, títulos de renda fixa e previdência privada, expansão e inovação por meio de criptoativos, além de aplicações tanto no Brasil como no exterior.

“A análise de tendências aponta uma crescente capacidade de acumulação patrimonial e uso estratégico da estrutura de holdings”, avalia a fundadora e CEO da Mitfokus, Júlia Lázaro. Ela descreve, a seguir, as principais recorrências:

Fundos de investimento diversificados, abrangendo fundos de investimento imobiliário. “Além disso, fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos de ações e fundos de debêntures incentivadas são uma tendência, muitas vezes por meio de plataformas como a XP Investimentos, BTG Pactual, Itaú e Santander”, explica a especialista.

Ações e ETFs (Exchange-Traded Funds), de empresas listadas em bolsa no Brasil, como Vale, Petrobras, Itausa, Ambev e Web. Júlia Lázaro detalha: “Há um interesse notável em ETFs, tanto para exposição ao mercado brasileiro quanto ao exterior, como os relacionados ao S&P 500 (IVV, CORE SP 500, IVVB11) e outros fundos internacionais.

Renda fixa tradicional e previdência privada. Segundo o levantamento, instrumentos de renda fixa como CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são uma fonte comum de rendimentos isentos ou de aplicações financeiras. “Produtos de previdência privada, como o VGBL, indicam um foco em planejamento de longo prazo e benefícios fiscais”, observa a CEO da Mitfokus.

Ainda segundo Júlia, embora investimentos em criptoativos (como Bitcoin e Ethereum) e ganhos de capital na venda de imóveis ou ativos no exterior também estejam presentes no cenário médico, essas três categorias acima demonstram uma presença mais consistente no estudo de tendências realizado.

O levantamento cita ainda a participação societária como outra tendência de investimento por profissionais de saúde. Constituem, assim, capital social em clínicas e serviços médicos, e outras empresas privadas da área.

As tradicionais contas correntes e cadernetas de poupança não perdem espaço. Nessas situações, além dos investimentos em bancos comerciais brasileiros, o estudo verifica ainda aplicações em corretoras internacionais e até contas em exchanges (plataformas para troca de ativos financeiros, como moedas, ações e criptomoedas).

Levantamento e perfil do público

A amostra analisada inclui majoritariamente médicos, residentes e outros profissionais da saúde, como fisioterapeutas, psicólogos e instrumentadores. “A maioria possui vínculos com clínicas médicas, hospitais universitários e cooperativas médicas”, pontua a CEO da empresa. “As principais fontes são clínicas médicas, hospitais universitários e cooperativas de trabalho médico. Profissionais que operam via PJ tendem a apresentar rendimentos tributáveis mais baixos e altos lucros isentos, o que indica distribuição de lucros em vez de pró-labore”.

Padrões financeiros e comportamentais constatados pelo estudo

Forte adesão ao modelo de Pessoa Jurídica como forma de otimização tributária legal.

Elevada concentração de lucros e dividendos isentos.

Diversificação de investimentos: fundos, ações, previdência, criptoativos.

Evolução patrimonial consistente ano a ano.

Presença de dívidas gerenciáveis, mas também sinais de aperto em parte da base.

Médicos em início de carreira tendem a ter baixos rendimentos tributáveis e foco em especialização (bolsas, residência).

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Assessoria de Comunicação        

Segunda, 29 Setembro 2025 06:36

CLIPPING AHPACEG 27 A 29/09/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pesquisa indica consciência de brasileiros com saúde do coração

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-09/pesquisa-indica-consciencia-de-brasileiros-com-saude-do-coracao

Turquia vira capital mundial do transplante capilar e atrai pacientes de todo o mundo

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/09/28/turquia-vira-capital-mundial-do-transplante-capilar-e-atrai-pacientes-de-todo-o-mundo.ghtml

Filha acusa hospital de negligência após perder pai e mãe em minutos em Goiás

https://www.dm.com.br/saude/filha-acusa-hospital-de-negligencia-apos-perder-pai-e-mae-em-minutos-em-goias/

Equipamentos médicos e insumos de saúde bucal serão afetados por tarifaço de Trump, diz Padilha 

https://exame.com/brasil/equipamentos-medicos-e-insumos-de-saude-bucal-serao-afetados-por-tarifaco-de-trump-diz-padilha/

Estudo inédito vai revelar o estágio de Interoperabilidade do sistema de saúde brasileiro

https://medicinasa.com.br/brasil-interoperabilidade/

Segurança do Paciente: dados, transparência e comunicação

https://medicinasa.com.br/seguranca-paciente-einstein/

Amortalidade: o futuro possível além do mito da imortalidade

https://medicinasa.com.br/amortalidade-futuro-possivel/

PORTAL G1

Turquia vira capital mundial do transplante capilar e atrai pacientes de todo o mundo

Indústria movimenta bilhões de dólares por ano com pacotes que incluem cirurgia, hotel de luxo e tradutor. Fantástico acompanhou brasileiros em clínicas de Istambul.

Nos últimos anos, a Turquia se tornou o destino número um no mundo para quem quer fazer transplante capilar.

Uma indústria que movimenta bilhões de dólares por ano cresce com a promessa de resolver o problema de quem não quer ficar careca.

Istambul, cidade que já foi capital dos impérios Romano, Bizantino e Otomano, agora ganhou outro título: a capital mundial dos cabelos.

Mais de um milhão de pessoas viajaram ao país em 2024 para realizar procedimentos estéticos — e a maior parte delas buscava transplantes capilares.

Hoje, a cidade tem mais de mil clínicas especializadas nesse tipo de cirurgia.

Nos últimos anos, a Turquia se tornou o destino número um no mundo para quem quer fazer transplante capilar. Uma indústria que movimenta bilhões de dólares por ano cresce com a promessa de resolver o problema de quem não quer ficar careca.

Istambul, cidade que já foi capital dos impérios Romano, Bizantino e Otomano, agora ganhou outro título: a capital mundial dos cabelos. Mais de um milhão de pessoas viajaram ao país em 2024 para realizar procedimentos estéticos — e a maior parte delas buscava transplantes capilares. Hoje, a cidade tem mais de mil clínicas especializadas nesse tipo de cirurgia.

A procura não se explica apenas pelo resultado médico. O país oferece pacotes que unem cirurgia estética e turismo.

“O paciente não vem só operar. Ele tem uma experiência completa: carro de luxo no aeroporto, hotel cinco estrelas, tradutor acompanhando”, explicou ao Fantástico a empresária de turismo médico Ellen Assis Koçtürk.

Valores mais acessíveis

Os preços também atraem: no Brasil, um transplante pode custar de R$ 20 mil a R$ 40 mil. Na Turquia, os valores variam de 1.500 a 4 mil euros — cerca de R$ 9.300 a R$ 25 mil — incluindo cirurgia, hospedagem, traslado, exames e acompanhamento inicial.

Essa diferença fez surgir até uma imagem simbólica nas redes sociais: voos que saem de Istambul lotados de passageiros com curativos na cabeça, apelidados de “Hairline”. O termo em inglês, que mistura “linha do cabelo” e “companhia aérea”, virou piada internacional e mostra o tamanho do fluxo de pacientes.

Entre eles está o ator brasileiro Arthur Amado, que mora na Holanda. Ele pesquisou por dois anos antes de decidir fazer o primeiro transplante. Gostou tanto do resultado que voltou para uma segunda etapa.

“Como ator, a imagem é importante. Eu sempre tive muito cabelo e, quando comecei a perder, me incomodou. Fiz o transplante, e ficou ótimo. Agora fiz a manutenção para deixar o preenchimento mais acentuado”, contou.

Antes da cirurgia, os pacientes passam por consulta médica, exames e marcações no couro cabeludo. Depois, os fios são raspados para a preparação. A técnica mais usada, chamada FUE, envolve três etapas. Primeiro, os folículos — estruturas da pele que produzem os cabelos — são retirados um a um da parte de trás da cabeça. Depois, o médico faz pequenas aberturas na área que vai receber o transplante. Por fim, os folículos são reimplantados, fio por fio.

Cada cirurgia pode durar até dez horas e alcançar seis mil fios transplantados.

No caso de Arthur, foram 3.200 folículos. Foram oito horas de cirurgia. "As anestesias foram tranquilas, o mais difícil foram as posições, muitas horas deitado de lado ou de bruço", conta. No dia seguinte, ele voltou à clínica para receber um kit com medicamentos e shampoo especial, usado na primeira lavagem.

Paciente, não cliente

Apesar da popularidade, especialistas reforçam que o transplante é uma cirurgia e envolve riscos.

"Pode haver sangramento, infecção, necrose de pele. O acompanhamento médico é essencial, ainda mais quando o paciente viaja longas horas de avião logo após operar”, explicou o cirurgião plástico brasileiro Fabrício Ribeiro.

O britânico Greg Williams, presidente da Associação de Cirurgia de Restauração Capilar do Reino Unido, destacou a importância da avaliação médica:

“O paciente deve ser tratado como paciente, não como cliente. É preciso analisar histórico de saúde, medicamentos e condições como diabetes ou hipertensão.”

Casos graves já foram registrados. Em janeiro deste ano, o britânico Martyn Latchman, de 38 anos, morreu durante um transplante em Istambul, após sofrer parada cardíaca ainda na anestesia. A clínica não tinha licença médica.

Outro episódio que viralizou foi o do influenciador britânico Ruben Chorlton-Owen que ignorou recomendações do pós-operatório e fez sexo três dias após a cirurgia. O esforço físico aumentou a pressão na região operada e provocou inchaço no rosto. “Acordei deformado, em pânico. Depois entendi que era efeito do transplante”, relatou.

Segundo o Ministério da Saúde da Turquia, os padrões de segurança seguem regulamentos da União Europeia. Ainda assim, as clínicas não são obrigadas a prestar contas às autoridades locais sobre como realizam os procedimentos. Essa brecha permite a existência de estabelecimentos sem supervisão adequada, o que aumenta o risco de complicações.

Mesmo assim, o setor cresce e atrai também brasileiros famosos. Rodrigo Faro fez um transplante no Brasil em 2016, quando foram implantados 3.500 folículos. "Fez total diferença para mim, melhorou muito a autoestima", afirmou o apresentador.

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AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa indica consciência de brasileiros com saúde do coração

6 em cada 10 entrevistados mudaram hábitos 

Um questionário online respodido por 2 mil pessoas em todo o Brasil aponta que hábitos saudáveis para o coração são uma preocupação comum entre brasileiros. 

Realizada entre 25 de agosto e 2 de setembro pelo Instituto Ipsos a pedido da farmacêutica Novartis, a pesquisa ouviu de 64% dos entrevistados a afirmação de que adotaram novos hábitos de vida pela saúde do coração. A percepção de que esses hábitos são importantes também foi captada: 76% dos entrevistados disseram estar conscientes de que é possível se prevenir contra um infarto, e 72% disseram conhecer uma pessoa que infartou.

Entre os entrevistados que declararam ter mudado sua rotina em prol da saúde, 70% passaram a se alimentar de uma forma mais saudável, 64% começaram a se exercitar e 45% procuraram atividades com a finalidade de reduzir o estresse.

Ouvida pelo Ipsos para comentar a pesquisa, a cardiologista Maria Cristina Izar, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e diretora científica do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia, comemorou parte dos resultados.

“Esta pesquisa é uma prova de que as pessoas estão mais bem informadas e interessadas em preservar a saúde do coração, adotando comportamentos mais saudáveis. Isso significa um avanço importante se pensarmos que a nossa expectativa de vida mudou e a prevenção é o caminho do envelhecimento saudável”, destacou a cardiologista.

Sintomas diferentes em homens e mulheres
Por outro lado, apesar de 82% dos entrevistados terem consciência de que o infarto não distingue faixa etária, 51% das pessoas não sabiam que os sintomas do infarto são diferentes em homens e mulheres.

“Isso significa que precisamos abordar melhor esse tópico e informar a população sobre essa diferença, pois no lugar da clássica dor no peito, as mulheres podem apresentar cansaço extremo, náusea, dor nas costas, no pescoço ou falta de ar como manifestações do infarto. Inclusive, por serem considerados atípicos para doenças do coração, esses sintomas são frequentemente atribuídos a causas como estresse ou ansiedade, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado das mulheres”, alerta a cardiologista.

Exames

Outro dado considerado positivo nas respostas foi que 77% dos entrevistados sabem que existe mais de um tipo de colesterol, e 82% reconhecem que as taxas de colesterol ruim (LDL) podem ocorrer em qualquer idade.

Mais da metade dos entrevistados, 55%, também sabe que o colesterol ruim (LDL) alto aumenta a possibilidade do infarto, e oito em cada dez já fizeram exame de sangue para medir o colesterol.

Entre os que já fizeram exames de colesterol, 77% levam os resultados para algum especialista, mesmo que raramente. O principal profissional que avalia esse laudo é o clínico geral e, em segundo lugar, o cardiologista.

Para Maria Cristina Izar, é preocupante que 18% dos entrevistados nem sempre levem o resultado do exame para um médico avaliar. “Após a realização de um exame, é ideal mostrar os resultados para que o médico possa interpretá-los da maneira correta e indicar o devido tratamento”, avaliou. 

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DIÁRIO DA MANHÃ

Filha acusa hospital de negligência após perder pai e mãe em minutos em Goiás

A jovem Ghenyffer Lowrrany Fernandes, de 26 anos, acusa uma unidade de saúde de Corumbá de Goiás de negligência no atendimento à mãe, Cleonice Coelho Furtado de Sousa, de 53 anos. O caso ocorreu há 1 ano e 5 meses, quando Cleonice sofreu um infarto minutos após a morte do marido, Genismar Fernandes, conhecido como “Graia”, vítima de ataque cardíaco.

O boletim registrado na Polícia Civil aponta possíveis irregularidades no atendimento, ao incluir omissão de socorro, falhas no preenchimento de prontuário e relatos sobre a exposição dos corpos do casal. Segundo Ghenyffer, a mãe chegou consciente ao hospital, embora debilitada, com histórico de doença renal, diabetes e hipertensão.

De acordo com a filha, a mãe foi encaminhada para a enfermaria, mas não recebeu atendimento imediato. O médico de plantão teria se afastado após breve conversa, ao ignorar a queixa de falta de ar. O primeiro auxílio partiu de um acompanhante de outro paciente, já que enfermeiros não estavam na sala.

Momentos depois, Cleonice sofreu parada cardíaca. Ghenyffer relatou que implorou pela intervenção médica, mas o profissional teria se limitado a observar. A mãe apertou a mão da filha antes de morrer, enquanto a equipe só se aproximou após a retirada da jovem do quarto.

Câmeras de segurança mostram Cleonice quando chega ao hospital com dificuldade para andar, amparada pelos filhos. Nas imagens, ela aparece ao ser levada a um dos quartos, onde faleceu pouco depois.

No dia seguinte, a família foi informada de que os corpos do casal teriam sido colocados lado a lado em uma sala e expostos a comentários de funcionários. Também circulou a notícia de que imagens teriam sido compartilhadas na internet, mas Ghenyffer afirma não ter tido coragem de vê-las.

A jovem destacou ainda que o prontuário da mãe não foi preenchido pelo médico, mas por terceiros, que não presenciaram o óbito. O documento só foi disponibilizado à família 30 dias após a morte.

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EXAME

Equipamentos médicos e insumos de saúde bucal serão afetados por tarifaço de Trump, diz Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, neste sábado, 27, que os preços dos medicamentos não devem ser diretamente impactados pelo novo tarifaço do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Segundo o ministro, o impacto são voltados para a indústria exportadora brasileira.

“O impacto que essas tarifas absurdas feitas pelo presidente dos Estados Unidos gerou é para a indústria exportadora brasileira. A gente tem uma indústria na área da saúde, sobretudo da saúde bucal, de equipamentos médicos, de insumos para a saúde bucal que exportava inclusive para os Estados Unidos”, disse.

A declaração foi dada à jornalistas durante visita às obras e a inauguração de novas alas no Hospital Federal do Andaraí, localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Na última quinta-feira, 26, Trump anunciou tarifas de 100% sobre produtos farmacêuticos de marca ou patenteados. Segundo ele, a taxa será aplicada, a menos que a empresa farmacêutica esteja construindo uma fábrica nos EUA. A cobrança começará a partir de 1º de outubro.

Ele pondera, que já estão sendo tomadas medidas para mitigar esses impactos, por parte do governo federal, do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para poderem manter os empregos, a produção e descobrir outros mercados.

“Essa indústria está exportando para outros países, não tem só os Estados Unidos para exportar”, afirmou.

Sobre medicamentos, o ministro disse que as restrições incentivaram novas parcerias para a produção nacional, como da insulina, medicamento usado no tratamento de diabetes.

Padilha também destacou que as próprias empresas americanas estão buscando parcerias com o Brasil, trazendo tecnologia para o país. Ele citou como exemplo, o acordo para a produção de vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo quadros de bronquiolite.

Segundo o ministro, a vacina estará disponível no SUS a partir de novembro.

“Essas empresas que têm sede nos Estados Unidos, nessas situações, elas investem ainda mais no Brasil, transferem a tecnologia aqui no Brasil. A gente garante a vacina da bronquiolite para o povo brasileiro com essas parcerias e vai gerando renda, empregos e tecnologia aqui no Brasil”, afirmou.

Viagem para ONU

Padilha disse ainda que as restrições impostas à participação dele nas reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo presidente norte-americano, Donald Trump, podem até atrasar, mas não impedirão o Brasil de firmar parcerias na área da saúde com outros países.

“Eles até podem restringir a circulação de um ministro, mas não podem restringir a ideia. Não conseguem segurar a circulação da ideia e nem a força do Brasil na cooperação internacional com os outros países para trazer investimentos para cá”, disse.

Padilha, a esposa e a filha de 10 anos sofreram represálias por parte do governo de Trump. No mês passado, tanto a esposa quanto a filha tiveram os vistos para os EUA cancelados. O do ministro não foi cancelado porque já estava vencido desde 2024.

Este mês, por conta da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, que começou nessa terça-feira, 23, e segue até este sábado, Trump suspendeu a proibição de entrada de Padilha no país, mas restringiu a circulação dele ao hotel, à sede da ONU, e a instalações médicas, em caso de emergência. A participação presencial na reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Washington, seguiu, no entanto, restrita.

Padilha, que viajaria de Nova York a Washington nessa sexta-feira, 26, para a reunião, optou por não ir.

“Eu tinha reuniões marcadas em embaixadas de outros países e as restrições não permitiam que eu pudesse fazer isso. Eu ia sair de Nova York ontem para estar segunda-feira em Washington, na Assembleia da OPAS. Tudo isso foi impedido por essas restrições absurdas. Isso pode atrasar, mas não vai impedir que a gente possa firmar essas parcerias. Obviamente, o fato de não estar presente lá, essas reuniões não aconteceram presencialmente, [pode atrasar], mas elas vão acontecer aqui no Brasil ou em outros países”, garantiu.

Gravidez planejada

Durante a visita, o ministro fez uma demonstração da utilização do Implanon, implante contraceptivo, usado para prevenir a gravidez. Fácil de implantar, o medicamento custa de R$ 3 mil a R$ 5 mil em clínicas particulares.

De acordo com Padilha, o SUS irá ofertar, até o final do ano, 500 mil unidades, e 1,8 milhão até o final de 2026, de forma gratuita.

“Vai ser mais uma forma das mulheres poderem organizar a sua vida, organizar a vida da sua família e a gente poder reduzir algo que é muito grave no Brasil, que é a gravidez na adolescência”, disse Padilha.

Hospitais no Rio de Janeiro

Padilha cumpre agenda durante todo o sábado em hospitais no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu (RJ). Além de visitar o Hospital Federal do Andaraí, o ministro visita, em Nova Iguaçu, o Hospital Geral de Nova Iguaçu, Instituto Estadual de Oncologia da Baixada Fluminense, Rio Imagem Baixada – Centro de Diagnóstico.

No Hospital Federal do Andaraí, a visita marcou a reabertura do Centro de Tratamento de Queimados, do serviço de ortopedia e do espaço da cozinha, que estava fechado há mais de dez anos. A ação integra o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais, que objetiva ampliar o atendimento especializado e reduzir o tempo de espera por cirurgias na rede federal de saúde, em articulação com o programa Agora Tem Especialistas.

O Hospital do Andaraí é mantido por investimentos federais. Ao todo, são R$ 600 milhões para recuperar a unidade federal, que está sob a gestão municipal. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, com 30% das obras concluídas, a expectativa é finalizar todas as principais obras no primeiro trimestre de 2026.

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MEDICINA S/A

Estudo inédito vai revelar o estágio de Interoperabilidade do sistema de saúde brasileiro

ABCIS – Associação Brasileira CIO e Líderes de Tecnologia em Saúde, a SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, e o Instituto HL7 Brasil, organização desenvolvedora de padrões (SDOs) internacional, se uniram para lançar o “Panorama da interoperabilidade na saúde brasileira”, uma série histórica que pretende retratar a partir de 2025 os avanços do país sobre o tema.

A interoperabilidade, que é a capacidade de diferentes sistemas se comunicarem de forma padronizada e segura, ainda é um dos maiores desafios no Brasil. Problemas como silos de informação, falta de padronização, custos de integração elevados e barreiras regulatórias comprometem a continuidade do cuidado, a eficiência operacional e a segurança do paciente.

O estudo será feito a partir de realização de uma pesquisa de âmbito nacional. Trata-se de um questionário com 24 questões e com um tempo médio estimado de 20 minutos para responder na sua totalidade.

Voltado para os hospitais, laboratórios, operadoras e demais atores de saúde, a pesquisa tem como objetivo coletar dados sobre como as instituições estão lidando com a troca de informações, seja internamente ou com atores externos.

O comitê técnico da pesquisa é formado por representantes de três instituições reconhecidas: ABCIS, que traz a visão estratégica dos CIOs e líderes de tecnologia em saúde; SBIS, referência em conhecimento técnico, normativo e científico em informática em saúde; e o Instituto HL7 Brasil, responsável por fomentar no país os padrões internacionais de interoperabilidade, fundamentais para que os dados circulem de forma segura e eficiente.

A soma das expertises traz legitimidade, representatividade e força técnica à iniciativa, criando uma oportunidade inédita para construir uma visão integrada sobre o estágio da interoperabilidade no Brasil.

Segundo Jussara Rötzsch, presidente do HL7 Brasil, e terminologista e especialista em modelagem de informação no Hospital Sírio-Libanês, a união das entidades é um marco. “É a primeira vez que as principais instituições de saúde digital do Brasil se unem em uma pesquisa nacional sobre interoperabilidade. Esse diagnóstico é histórico porque nos ajudará a enxergar onde estamos e para onde precisamos ir. Cada avanço nessa agenda traz mais eficiência ao sistema de saúde e salva vidas”, comenta.

“A realização conjunta nasce da convergência de propósitos e da complementaridade de atuação dessas três entidades cíveis referenciadas pelo setor. Essa união inédita fortalece o propósito comum, que é acelerar a transformação digital da saúde no Brasil, tornando a interoperabilidade uma realidade em benefício de pacientes, profissionais e instituições, complementa Sonia Poloni, CEO da ABCIS.

“A interoperabilidade é mais que um desafio, ela é o futuro da saúde quebrando todos os paradigmas que conhecemos e criando realidades no Brasil e no mundo. Com isso, essa pesquisa se torna fundamental para todos nós que trabalhamos nesse sentido, unindo esforços institucionais de diferentes frentes para ampliar a nossa capilaridade de alcance e engajamento. As respostas com as informações de forma colaborativa serão uma grande bússola para orientar a consolidação da interoperabilidade no Brasil”, afirma Antônio Carlos Onofre de Lira, presidente da SBIS.

Contexto Regulatório

No Brasil, a interoperabilidade no sistema de saúde tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente com a evolução da saúde digital. Diversos marcos regulatórios, estratégias e normas técnicas vêm sendo implementados para garantir a troca segura, padronizada e eficiente de dados de saúde entre diferentes sistemas e instituições.

O recente Decreto Presidencial n° 12560 de julho de 2025 estabelece diretrizes nacionais para interoperabilidade em saúde. Na prática, determina que os sistemas de informação em saúde, tanto públicos quanto privados, sigam os padrões de interoperabilidade definidos pelo Ministério da Saúde.

A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) se consolidou como o ambiente central de interoperabilidade nacional, permitindo que diferentes sistemas compartilhem dados clínicos, exames, vacinação.

Diagnóstico estratégico para apoiar decisões

De acordo com Atualpa Aguiar, diretor de tecnologia na MêdSenior, e coordenador do Grupo de Trabalho de Interoperabilidade na ABCIS, a iniciativa será fundamental para orientar políticas e investimentos. “Historicamente, a saúde suplementar e o SUS têm operado de forma paralela, com sistemas que não conversam entre si. Essa iniciativa permitirá mapear de forma realista o estágio da interoperabilidade no país, identificar lacunas e propor caminhos consistentes para evolução”, explica.

O levantamento também será uma ferramenta prática para os gestores. “Para hospitais, clínicas e operadoras, o diagnóstico será uma referência útil, vai ajudá-los a investir melhor, a escolher soluções mais alinhadas com padrões internacionais e a evoluir a partir do que já possuem hoje”, reforça Jussara.

Não se trata de uma ferramenta para medir o nível de maturidade em interoperabilidade de cada instituição e sim, um estudo estatístico que será útil do ponto de vista de benchmarking e referência no tema interoperabilidade em saúde. Nenhuma instituição terá os dados expostos, auditados. Serão dados que serão usados de forma anonimizada e macro”, explica Sonia.

Além disso, os resultados devem reduzir a tomada de decisão baseada apenas em percepções fragmentadas. “O grande valor dessa pesquisa está em oferecer um raio-x nacional sobre interoperabilidade. Em vez de decisões baseadas em percepções subjetivas, passaremos a ter dados concretos para orientar políticas públicas, investimentos e estratégias institucionais”, acrescenta Aguiar.

Próximos passos

O questionário já está disponível para participação de hospitais, clínicas, operadoras, laboratórios e demais instituições em todo o Brasil. Um recorte do resultado da pesquisa será apresentado publicamente durante o Healthcare Innovation Show (HIS), um dos mais importantes eventos de inovação em saúde do país, que acontece em outubro.

“A pesquisa tem potencial de criar uma base comum de entendimento para todo o setor. Com um diagnóstico nacional em mãos, passamos a falar a mesma língua e podemos estabelecer prioridades que tragam ganhos reais em eficiência, qualidade assistencial e sustentabilidade”, exalta Jussara. “Mais do que levantar dados, queremos provocar reflexão e mudança. Nosso objetivo é entregar ao setor um instrumento que sirva de guia para decisões estratégicas, de forma que a interoperabilidade deixe de ser apenas um discurso e se consolide como parte da infraestrutura crítica da saúde no Brasil”, completa Aguiar.

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Segurança do Paciente: dados, transparência e comunicação

A segurança do paciente é um dos pilares fundamentais da assistência em saúde de excelência. No Einstein, essa premissa é mais do que um compromisso institucional — é uma estratégia sustentada por uma cultura organizacional madura, orientada por dados, transparência e comunicação estruturada.

Essa trajetória é marcada pelo pioneirismo: da certificação ISO 9001, em 1994, à acreditação pela Joint Commission International (JCI), em 1999 — a primeira concedida a um hospital fora dos Estados Unidos —, o Einstein mantém alinhamento com os mais altos padrões internacionais.

Nos últimos anos, essa abordagem tornou-se ainda mais orientada por dados. A mensuração contínua de indicadores de qualidade, segurança e desfechos clínicos — incluindo os PROMs, reportados pelos próprios pacientes — passou a ser central para a tomada de decisões e melhoria contínua. A relevância dos PROMs é tamanha que a Newsweek, em seu respeitado ranking global de melhores hospitais, passou a dar maior peso a esse critério – e, ao obter a pontuação máxima, o Einstein alcançou o 22º lugar entre os melhores do mundo em 2025.

A formalização do Núcleo de Avaliação de Cuidados em Saúde (NAVS) e a criação do Escritório de Valor em 2017 são exemplos claros dessa virada estratégica. O Escritório de Valor, em particular, atua de forma integrada à Divisão de Prática Médica, desenvolvendo indicadores e dashboards para monitoramento da performance médica e assistencial, sistematizando iniciativas que evidenciam a entrega de valor e fornecendo suporte técnico para análises de impacto clínico e econômico. Já a parceria com o Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS) garante que a incorporação de novas tecnologias esteja alinhada à efetividade clínica e ao cuidado centrado no paciente.

Um dos pilares fundamentais para a segurança do paciente é a comunicação eficaz, especialmente durante as transições de cuidado, conhecidas como handover communication. Sabemos que a falha na comunicação é uma das principais causas de eventos adversos em saúde, reconhecendo essa criticidade, implementamos estratégias para mitigar os riscos.

Um exemplo é o monitoramento da “taxa de conformidade no processo de passagem de plantão”, que verifica o percentual de profissionais que realizam o processo entre turnos e entre áreas, garantindo a comunicação de informações fundamentais de forma padronizada, utilizando o método I-PASS. Essa padronização é crucial para evitar a perda de informações vitais sobre o paciente, seu histórico, medicações e plano de tratamento.

Outro indicador chave é a “taxa de conformidade na comunicação de resultado crítico”. O Einstein verifica se o enfermeiro descreve o processo de comunicação de resultados críticos de exames laboratoriais, se o radiologista descreve o processo de comunicação de resultados de pânico de exames de imagem, e se o laboratório comunica o resultado crítico em até 1 hora, com registro da conduta em prontuário. A agilidade e a precisão nessa comunicação são vitais para intervenções rápidas e seguras.

Já a “taxa de conformidade no processo de ordem verbal e telefônica” assegura que as ordens verbais sejam permitidas apenas em situações de urgência e emergência, e que as ordens telefônicas sigam um processo de registro, releitura e confirmação (read-back). Isso minimiza erros de interpretação e garante a rastreabilidade das informações.

Os indicadores clínicos refletem diretamente o impacto das práticas de segurança. A taxa de infecção de sítio cirúrgico em cirurgia limpa é de apenas 0,42%, e a densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a um cateter venoso central é de 0,25 — ambas inferiores às referências da literatura médica. Já na Anestesiologia, a taxa de infarto agudo do miocárdio no intraoperatório é de apenas 0,002%. Esses resultados são continuamente comparados com benchmarks internacionais, evidenciando o compromisso com a minimização de complicações e a entrega de valor assistencial.

A Pesquisa de Cultura de Segurança, aplicada bienalmente, reforça a solidez do sistema. Em 2023, pela primeira vez, 50% dos domínios foram classificados como fortes, e nenhum foi considerado frágil — superando a média dos hospitais americanos em seis domínios. Isso revela uma cultura organizacional resiliente, proativa e orientada ao aprendizado contínuo, com a comunicação como elemento central.

O futuro da segurança do paciente passa pela incorporação de tecnologias como robótica, inteligência artificial e patologia digital, além da expansão do Programa de Pertinência do Cuidado e da busca por acreditações internacionais focadas em condições clínicas. A equidade no acesso também é prioridade, com iniciativas como o Cuidado Integrado Acessível e o uso de dados para monitoramento de condições crônicas na atenção primária, inclusive no SUS.

A comunicação eficaz — presente desde o diagnóstico até o pós-alta — é o elo que conecta profissionais, sistemas e decisões, garantindo que o cuidado seja seguro, oportuno e centrado na pessoa. Com esse olhar para o futuro, o Einstein reafirma seu compromisso com a promoção de vidas mais saudáveis e com a evolução contínua do sistema de saúde.

*Paula Tuma é diretora de Qualidade e Segurança do Einstein Hospital Israelita.

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Amortalidade: o futuro possível além do mito da imortalidade

A ideia de viver eternamente sempre fascinou a humanidade. Desde a Epopeia de Gilgamesh, escrita há quase quatro mil anos, reis, alquimistas e até cientistas têm sonhado com a vida eterna. Hoje, líderes globais acompanham de perto os avanços da biotecnologia e do transplante de órgãos como forma de prolongar a existência. Mas se a imortalidade continua a povoar imaginários e conversas políticas, é preciso dizer com clareza: não passa de mito.

A ciência tem outro horizonte, muito mais concreto e plausível: a amortalidade. Diferente da imortalidade, ela não pretende eliminar a morte, mas sim adiar ao máximo suas causas naturais, expandindo a longevidade humana com qualidade de vida. O conceito parte de um reconhecimento: existe um limite biológico. Um estudo publicado em 2021 na Nature Communications estima que esse teto esteja entre 120 e 150 anos. Nosso corpo perde progressivamente a capacidade de se recuperar do estresse celular, mesmo na ausência de doenças graves. É um freio natural, até agora intransponível.

Mas a pergunta que mobiliza cientistas não é “como viver para sempre”, e sim “como chegar mais perto desse limite com saúde e autonomia?”. E aí entra o papel decisivo da medicina regenerativa e da terapia celular.

As pesquisas com células-tronco mostram que já vivemos uma revolução. Elas podem se transformar em diferentes tecidos (pele, músculo cardíaco, vasos sanguíneos, neurônios) e regenerar áreas comprometidas do corpo. Estudos publicados em periódicos internacionais, como o Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, destacam o avanço dessas terapias no reparo de tecidos danificados e no tratamento de doenças degenerativas. A combinação com engenharia de tecidos abre caminho para tratamentos cada vez mais sofisticados, capazes de restaurar funções vitais perdidas ao longo do envelhecimento.

Não é ficção. Existem terapias desse tipo já aprovadas em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul e na União Europeia. No Brasil, a Anvisa autorizou, em 2023, o início de um ensaio clínico com células CAR-T para tratar cânceres hematológicos: um passo histórico. Desde 2020, a agência também aprovou terapias gênicas para leucemias, linfomas, mielomas e doenças genéticas raras. O próprio Ministério da Saúde destinou mais de R$ 200 milhões para pesquisas com CAR-T em instituições brasileiras. Esses movimentos mostram que o caminho da amortalidade já está sendo trilhado, ainda que de forma inicial e restrita.

O entusiasmo, porém, não dispensa cautela. Para que essas inovações cheguem com segurança aos pacientes, é preciso uma base regulatória sólida. No Brasil, a Anvisa já publicou normas específicas para produtos de terapia avançada, assim como FDA (EUA) e EMA (Europa) estabelecem critérios para terapia celular, medicina regenerativa e dispositivos associados. Coreia do Sul e Japão também investem pesado em regulações e ensaios clínicos. Esse cuidado não é burocracia: é a garantia de que avanços não virem promessas vazias ou riscos à saúde.

Mas talvez o maior desafio não esteja no laboratório nem na legislação, e sim na sociedade. Viver mais tempo, e com vitalidade, vai exigir mudanças profundas: novas formas de organizar o trabalho, educação contínua ao longo da vida, previdência reestruturada e atenção aos impactos ambientais de populações mais longevas. Também surgem dilemas éticos: quem terá acesso a essas terapias de alto custo? Como evitar que a longevidade seja um privilégio de poucos? Como equilibrar inovação científica e justiça social?

É por isso que precisamos refinar o debate. A imortalidade pertence ao campo da ficção científica, às narrativas mitológicas e às utopias tecnológicas. A amortalidade, por outro lado, é um conceito com base científica, que reconhece nossos limites biológicos mas busca expandi-los com responsabilidade. Mais do que prolongar a vida, trata-se de prolongar a vida saudável.

O futuro da humanidade não está em sonhar com a eternidade, mas em garantir que possamos viver cada vez mais e melhor. Hollywood adora vender a imortalidade como em filmes de vampiro, mas a ciência não compra esse roteiro. É hora de investir no que realmente importa: a ciência da amortalidade.

*Raul Canal é advogado especialista em Direito Médico e Odontológico, Presidente da Anadem, da AAAPV e da Confseg.

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O POPULAR

Uma luta contra o sol, o maior inimigo

Há dez anos, a realidade do povoado Recanto das Araras, no município de Faina, a 245 km de Goiânia, veio à tona por iniciativa do médico Gabriel Gontijo, então presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Atendendo o apelo da colega Sulamita Costa Wirth Chaibub, que lutava pelo reconhecimento de uma condição genética anormal envolvendo toda a comunidade, a entidade realizou a primeira ação naquele ponto distante dos grandes centros. Foi assim que o Brasil soube do Xeroderma Pigmentoso (XP), uma doença genética rara que deixa a pele muito sensível à luz solar, aumentando em até mil vezes o risco de câncer de pele.

Neste final de semana - nos dias 26 e 27 de setembro - a SBD, em parceria com a La Roche-Posay, retornou ao Recanto das Araras reafirmando o compromisso de a cada dois anos atender a comunidade. Com o suporte de 13 profissionais médicos, 700 pessoas foram atendidas, mais de cem consultas realizadas e 42 micro cirurgias realizadas. À frente da SBD, o dermatologista Carlos Barcaui, que há oito anos visita o povoado, comemora os avanços proporcionados pelas expedições. "Quando vim pela primeira vez, aqui não tinha árvores. Agora há muita sombra e as pessoas estão mais orientadas, mais conscientes de sua condição. Estamos pegando tumores bem menores."

Nas primeiras incursões, a SBD chegava ao povoado em caminhões adaptados com salas cirúrgicas. A partir de Faina é preciso vencer 40 km de estrada de chão e de Matrinchã, 20 km. Uma logística complicada. Este ano, três salas do colégio municipal da comunidade foram transformadas em centros cirúrgicos. "Melhorou muito", comemora Carlos Barcaui. Entre os pacientes atendidos estava Luiz Carlos Apolinário de Bastos, 48 anos, que descobriu a condição aos 18. Ele é irmão de Maria Darci Apolinário de Bastos, atual presidente da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (ABRAXP), que desde o início do ano substitui Gleice Freire Machado, a maior referência na luta pelo reconhecimento da situação da comunidade.

Luiz Carlos Apolinário conta que decidiu não ter filhos. "Fiz essa opção porque já vi muita gente sofrer e não pude fazer nada". Outro irmão, também portador do gene, não sobreviveu à condição e ao câncer de cérebro e pulmão. O presidente da SBD lembra que desde o início das excursões muitos pacientes morreram, entre eles o agricultor Deíde Freire, que após mais de cem cirurgias para remover lesões cancerígenas, passou a usar prótese no rosto. Deíde, que morreu em junho de 2023, se tornou um personagem símbolo de Araras. O XP é uma condição que não tem cura, por isso a prevenção é o melhor caminho para combater a desordem genética e os malefícios provocados pela exposição aos raios ultravioletas.

Embora pesquisadores tenham identificado portadores de XP em todo o Brasil, a comunidade goiana possui a maior incidência mundial, com uma proporção de 1 para cada 400 pessoas. Embora muitos a tratem como uma doença, o presidente da SBD , Carlos Barcaui prefere chamar o XP de condição genética rara e não contagiosa que afeta homens e mulheres igualmente. Seus portadores possuem falhas no reparo do DNA, danificado pela radiação ultravioleta (UV). A exposição contínua ao sol provoca lesões cutâneas, tumores e complicações neurológicas.

As pesquisas, em especial na área da genética, avançam em busca de uma terapia que possa combater o XP. Por enquanto, os portadores do gene modificado devem usar protetores solares potentes, roupas especiais e abusarem de barreiras físicas como sombreamento. Procedimentos cirúrgicos contribuem para reduzir as lesões cutâneas, evitando o surgimento de tumores de grandes proporções que em alguns casos levam os pacientes a optarem pelo uso de prótese facial. O trabalho desenvolvido nos últimos dez anos em Araras reduziu consideravelmente o número de pacientes nessa condição.

Condição genética atinge ao menos 200 no Brasil

Durante a expedição da SBD, a pesquisadora Veridiana Munford, que atua ao lado de Carlos Menck, no Laboratório de Reparo de DNA da USP, esteve em Araras coletando material genético para compor um novo estudo em andamento. Ela lembra que o grupo de pesquisadores da USP esteve na comunidade pela primeira vez em 2010. "Na época, praticamente não havia estudos sobre XP." O que foi descoberto ali deu início a uma ampla investigação em todo o país. "Hoje sabemos que são cerca de 200 pacientes no Brasil inteiro com a doença, 23 deles em Araras. Neste trabalho vai entrar 120 portadores do gene de Goiás. Mas há oito subtítulos diferentes. Quando a gente vê a genética, percebemos que são genes distintos, com algumas peculiaridades, como neurodegeneração e sensibilidade ao sol diferentes."

Para Veridiana, a diferença dos moradores de Araras para pacientes de outras localidades do país é o fato de terem formado uma comunidade a partir, acredita-se, de um único ramo familiar. Os casamentos consanguíneos foram responsáveis pela continuidade dos casos. "Agora, como sabemos que existe a mutação, podemos orientar geneticamente. Os pacientes com XP apresentam câncer de pele, mas há alguns grupos que desenvolvem tumores internos." A pesquisadora Lígia Pereira Castro, em estudo coordenado por Carlos Menck, descobriu que a mutação do gene predominante nos pacientes de XP em Araras é exatamente igual ao de pacientes oriundos de quatro famílias que vivem na região do País Basco e de Cantábria, na Espanha. "Na Europa, a mutação está presente há mais de mil anos. Em Araras, os casamentos consanguíneos e o isolamento geográfico deram origem a uma alta frequência de pacientes com XP", informou Carlos Menck a uma publicação da USP.

"XP é muito mais do que apenas passar filtro solar"

"Xeroderma Pigmentoso não é somente operar e passar filtro solar. É muito mais", brada a dermatologista Sulamita Chaibub. Em 2009 ela atendeu o primeiro paciente da comunidade de Araras, Alisson Wendel Machado Freire, então com 4 anos, levado pela mãe, Gleice Freire Machado. Ela ouviu que muitos outros moradores da localidade apresentavam a mesma condição e outros tantos já tinham morrido. Servidora do Ministério da Saúde lotada no Hospital Alberto Rassi (HGG), unidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ao lado de Gleice ela deu início a um movimento junto às autoridades para garantir o atendimento aos moradores do povoado e à ciência brasileira para garantir as pesquisas necessárias.

Hoje, Sulamita Chaibub não tem dúvidas de que o grande responsável pela visibilidade dada a Araras foi o colega Gabriel Gontijo, ex-presidente da SBD. "Ele é nosso patrono, abriu as portas e merece um monumento." Mas ela sabe também que a SES compreendeu a importância de manter o atendimento contínuo à comunidade. "Aqueles pacientes não tinham nada e estavam cheios de tumores, trabalhando no sol. Não sabiam nem usar um filtro solar. A SES envia uma médica mensalmente para atender na comunidade, entrega protetores solares e garante um carro com motorista para levar ao HGG e ao Hospital Araújo Jorge", elenca. O HGG é referência no tratamento de portadores de XP.

Sulamita Chaibub, se aposentou do serviço público em 2017 e continua atuante em seu consultório privado, além de manter o trabalho junto aos pacientes de XP. "Eu não tinha como fugir. Mesmo se eu quisesse, minha consciência não deixava. Caiu diante de nós um diagnóstico terrível, envolvendo uma comunidade inteira. Há 15 anos eu durmo pensando nisso", revela. Hoje a médica é diretora científica da Abrxp e a personagem médica mais respeitada de Araras. Na ação da SBD de 2025, ela entregou ao presidente Carlos Barcaui e ao representante da La Roche-Posay um dossiê de todo o trabalho e estudos científicos desenvolvidos ao longo dos últimos anos sobre a condição genética no povoado goiano.

"A genética dos portadores de XP precisa continuar a ser estudada", defende Sulamita Chaibub. Quem primeiro investigou cientificamente a comunidade de Araras foi o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Frederico Martins Menck, que tem experiência em genética molecular. "Ele e sua equipe identificaram que o gene de XP veio da Espanha na época da colonização do Brasil, mas acredito que tenha mais coisa", diz a médica. Ela conta que há pouco uma criança, filha de dois primos com o gen, mas não portadores de XP, foi diagnosticada com uma doença rara, de difícil tratamento. "Acredito que, além do XP, o gen pode apresentar outras comorbidades."

Casas específicas para portadores

A assistente social Gleice Freire Machado e o marido Jarbas são primos, carregam o DNA de XP, mas não desenvolveram a doença. Desde 2009, ao lado da médica Sulamita Chaibub ela tem empreendido uma luta incansável em busca de tratamento e qualidade de vida para os portadores de XP. Criadora e até o início do ano presidente da ABRAXP, ela decidiu entregar a função à Maria Darci Apolinário de Bastos depois de ter sido eleita vereadora de Faina e mais tarde indicada para a Secretaria de Saúde do município. "Preferi não misturar as coisas", explica. Ela continua vivendo em Araras com a família e se desloca diariamente para a sede do município, enfrentando os 40 km de estrada sem asfalto.

O filho Alisson, hoje com 22 anos, que desencadeou todo o processo que deu visibilidade ao povoado, também mora em Araras. Ruivo, ele já enfrentou cerca de cem procedimentos cirúrgicos para remover manchas provenientes de sua condição genética e atende todas as recomendações médicas, como o uso de filtro solar e roupas que protegem a pele do sol. Gleice lembra que qualquer mancha evolui muito rápido, por isso não é possível descuidar. "Além do XP, há outras doenças que podem surgir", afirma. Para ela, a expedição da SBD é de grande importância, mas defende algumas mudanças para garantir uma presença maior de portadores. "Veja esse sol, ninguém suporta e dificulta muito. Talvez tenhamos de repensar essa logística", afirma.

Gleice Machado lamenta que algumas reivindicações necessárias ao povoado ainda não tenham sido atendidas, como a cobertura da quadra esportiva, mas comemora a mais recente conquista da comunidade, o conjunto de 50 casas construída com verba do governo federal através do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades, que a ABRAXP viabilizou. Araras conta atualmente com 200 famílias, aproximadamente 700 pessoas, mas parte delas vive na zona rural. "Depois de 11 anos conseguimos terminar as casas e algumas famílias já se mudaram. Foi uma longa caminhada até aqui. Tirei uma tonelada das costas. Teve uma paciente que morreu esperando a casa", conta.

As moradias foram projetadas especialmente para os portadores de XP. Com dois quartos, sala, banheiro e cozinha, todas as janelas possuem um insulfilm especial e toldos. "Elas foram idealizadas e planejadas considerando a particularidade deles. A entrada de sol é zero", explica. Diante da construção paralisada da Unidade Básica de Saúde (UBS), Gleice explica que a unidade deveria ter sido inaugurada em 2014. "Agora ela entrou para o PAC da Retomada. Esperamos que a conclusão realmente ocorra." Em novembro do ano passado o Tribunal de Justiça de Goiás inaugurou no povoado um Ponto de Inclusão Digital (PID). "Facilitou muito a vida dos moradores que agora não precisam sair daqui para serviços essenciais."

Ação envolveu outros tipos de atendimento

Nos dois dias da expedição 2025 da SBD em Araras, a La Roche-Posay, além de garantir todo o apoio logístico para a entidade, fez a entrega de cestas básicas e de um kit composto de protetor solar, hidratante e reparador às famílias com portadores da doença provocada pela mutação genética. Este ano, a empresa apresentou um produto novo, com 99% de proteção UV. "Ele é capaz de penetrar nas camadas mais profundas da pele, ideal para as pessoas dessa comunidade", explica Matheus Vieira, gerente de Marketing da empresa.

Além de 164 consultas e 42 cirurgias dermatológicas, a ação, com apoio da prefeitura de Faina, possibilitou outros tipos de atendimento, como odontológico e consultas com médicos generalista, ginecologista e psiquiatra. Foram levados ainda serviços bancários, orientação jurídica, atualização do CadÚnico e emissão do cartão SUS. Os atendimentos culminaram na regulação de 51 pessoas para outros tipos de procedimentos.

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Assessoria de Comunicação        

Sexta, 26 Setembro 2025 06:20

CLIPPING AHPACEG 26/09/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

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PORTAL PATRÍCIA FINOTTI

Crer celebra 23 anos cuidando com excelência e reabilitando com amor


A unidade de saúde do Governo de Goiás, já realizou mais de 25 milhões de atendimentos/procedimentos, e é referência nacional em reabilitação e readaptação

Fundado em 25 de setembro de 2002, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo - Crer - celebra 22 anos de uma trajetória marcada por excelência e dedicação ao cuidado centrado na pessoa. Ao longo desse período, a unidade realizou mais de 25 milhões de atendimentos e procedimentos, reafirmando seu papel como referência em reabilitação e readaptação no estado de Goiás e em todo o país.

Comemorando mais de duas décadas de serviços prestados à população, o Crer preparou uma semana especial de eventos que envolve pacientes, usuários, colaboradores e parceiros. Este será um momento de celebração e de reconhecimento às pessoas que, diariamente, contribuem para a construção dessa história de sucesso.

O diretor-geral do Crer, Luiz Carlos Junio Sampaio Teles, A transformação que o Crer trouxe para a saúde pública não está apenas nos números ou nas certificações, mas nas histórias de vida. Está em cada paciente que retoma sua independência, em cada família que volta a acreditar, em cada exemplo que prova que a deficiência não é um limite para viver com dignidade e qualidade de vida. Esse é o legado vivo que construímos diariamente. Nossas conquistas institucionais, como a acreditação Qmentum International - Diamond, confirmam que o SUS pode alcançar padrões internacionais de qualidade e segurança. Mas a maior vitória é social: está no incentivo ao esporte adaptado, na pesquisa, na formação de profissionais, na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e na promoção da inclusão em todas as suas dimensões.

Crer em Números

Desde sua fundação, em setembro de 2002, até agosto de 2025, o Crer realizou um total de 25.528.783 atendimentos e procedimentos. Entre eles, 1.967.345 consultas médicas ambulatoriais, 14.850.078 atendimentos em reabilitação e consultas multiprofissionais, tanto em regime ambulatorial quanto de internação. Além disso, foram feitos 5.235.365 exames de laboratório e análises clínicas, 1.484.534 exames de imagem, 718.488 exames de audiologia, 4.600 procedimentos no laboratório de marcha, 299.292 procedimentos odontológicos e 122.558 cirurgias. A unidade também registrou 288 implantes cocleares, confeccionou 158.333 próteses e órteses na oficina ortopédica e dispensou 59.315 aparelhos de amplificação sonora (AASI). No mesmo período, o Crer contabilizou 7.224 atendimentos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Esses números demonstram a abrangência e o impacto significativo da instituição na reabilitação e cuidado dos seus pacientes.

Referência Nacional e Internacional

Reconhecido como Centro Especializado em Reabilitação e Readaptação (CER IV) pelo Ministério da Saúde, o Crer se destaca no atendimento de alta e média complexidade nas áreas hospitalar e ambulatorial. Primeira unidade pública do país focada em reabilitação e readaptação, o hospital atua nas deficiências físicas, auditivas, visuais e intelectuais, e é certificado com o selo de Excelência Nível 3 da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a norma ISO 9001:2015.

Em 2022, o Crer foi o único hospital do governo estadual a atingir 100% de conformidade na Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, divulgada pela Anvisa. Recebeu ainda o selo 'UTI Top Performer 2022', concedido pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), e o título de 'Great Place to Work' (GPTW), consolidando-se como um excelente ambiente de trabalho, com uma cultura organizacional baseada em confiança e alto desempenho.

Também em 2022, o Crer foi reconhecido nacionalmente, sendo o hospital público mais bem avaliado de Goiás e ocupando a 14ª posição no ranking dos melhores hospitais públicos do Brasil, uma honraria concedida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Em 2024, o Crer se destacou por ser o 1º hospital de Goiás e único 100% SUS do centro-oeste a obter a Acreditação Canadense Qmentum Internacional, selo diamante (nível máximo de certificação). A metodologia Qmentum é um modelo de avaliação internacional de serviços de saúde, reconhecido em 30 países, que garante que as organizações cumpram requisitos de governança e boas práticas assistenciais.

Em 2025 E pelo terceiro ano consecutivo, a Unidade de Terapia Intensiva - UTI da unidade foi contemplada com o selo "UTI Top Performer", do "Projeto UTIs Brasileiras", da Associação de Medicina Intensiva Brasileira - Amib e Epimed Solutions. Em Goiás, o único da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a conseguir essa honraria.

Ensino e Pesquisa

Na área de ensino, o Crer é um hospital escola reconhecido pelo Ministério da Educação, já formando mais de 224 especialistas e publicando inúmeros estudos em revistas nacionais e internacionais. O programa de Aperfeiçoamento Profissional da unidade já qualificou mais de 500 profissionais.

Estrutura de Ponta

Com mais de 33 mil metros quadrados de área construída, o Crer conta com 156 leitos de enfermaria, 20 leitos de UTI, 8 salas cirúrgicas, 4 piscinas aquecidas para hidroterapia e 5 ginásios de reabilitação. A estrutura inclui ainda um moderno Centro de Diagnóstico e o único serviço de Aconselhamento e Laboratório de Genética do estado.

Além disso, o Crer possui uma oficina ortopédica fixa e itinerante, credenciada pelo Ministério da Saúde, que confecciona órteses, próteses e outros dispositivos sob prescrição médica, garantindo aos pacientes um atendimento completo e integrado, promovendo a autonomia e a qualidade de vida.

Com uma equipe altamente qualificada, o Crer continua sendo um símbolo de cuidado humanizado centrado na pessoa, inovação e excelência na reabilitação, consolidando-se como um dos maiores patrimônios da saúde pública em Goiás e no Brasil.

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IMPRENSA PÚBLICA

Treinamento de médicos generalistas ajuda a acelerar tratamento do paciente, diz SBR

Desde a infância, Regiane Araújo Pacheco, artesã de 40 anos da cidade de Ipupiara, na Bahia, sofria com dores nos joelhos e quadril. Ela buscava ajuda médica localmente, mas só recebeu um diagnóstico definitivo quando, aos 15 anos, foi a São Paulo consultar especialistas.

Ela conta que antes desse diagnóstico teve crises intensas de dor que a impediram de andar. Em São Paulo, visitou vários médicos sem sucesso até ser diagnosticada com artrite reumatoide infantil por um reumatologista.

Ainda assim, as dores persistiram e, em 2008, após muitas viagens à cidade de Vitória da Conquista, ela foi diagnosticada com lúpus, doença para a qual faz tratamento até hoje.

Essa busca por diagnóstico e tratamento é chamada de jornada do paciente, que, no caso de Regiane, foi longa e difícil devido às grandes distâncias e demora para obtenção de atendimento especializado.

José Eduardo Martinez, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), destaca que um dos maiores desafios da saúde é justamente reduzir essa jornada, especialmente para pacientes com doenças reumáticas.

Ele explica que muitos pacientes passam por vários médicos não especialistas antes de chegarem a um diagnóstico correto. Martinez defende o programa "Agora tem Especialistas", criado pelo governo para aumentar o número de especialistas e, principalmente, encurtar a jornada do paciente.

Programa Agora Tem Especialistas

Esse programa do Ministério da Saúde visa diminuir o tempo de espera por consultas, cirurgias e exames no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o atendimento especializado em áreas prioritárias como oncologia, ortopedia, ginecologia, cardiologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

A medida provisória que criou o programa foi aprovada pelo Congresso Nacional e aguarda sanção presidencial. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca que o programa traz inovações legislativas e promove a distribuição de especialistas em regiões que atualmente carecem desses profissionais.

Importância da Atenção Básica

Martinez aponta que, embora o programa seja positivo, é essencial melhorar a atenção básica para agilizar o atendimento inicial e facilitar o encaminhamento correto dos pacientes.

Ele exemplifica com a realidade de pacientes que vêm de cidades distantes para atendimento em centros especializados, enfrentando longas viagens e esperas. Uma melhor capacitação dos médicos generalistas poderia permitir que eles acompanhassem esses pacientes localmente, acelerando o tratamento.

Valderilio Azevedo, reumatologista da SBR, concorda que uma formação mais sólida dos médicos generalistas pode facilitar o diagnóstico e tratamento precoces, diminuindo a necessidade de encaminhamento imediato ao especialista.

Licia Maria Henrique da Mota, diretora científica da SBR, acrescenta que o problema também está na comunicação entre os serviços de saúde especializados e os de atenção básica, que precisa ser aprimorada para tornar o processo mais eficiente.

O Ministério da Saúde informa que tem aumentado significativamente os investimentos na Atenção Primária à Saúde, responsável por cerca de 70% do atendimento da população no SUS. O orçamento para esse nível de cuidado subiu de R$ 35,3 bilhões em 2022 para R$ 54,1 bilhões em 2024.

A Atenção Primária não apenas oferece cuidados através de médicos de família e comunidade, mas também integra ações de qualificação profissional e acompanhamento de condições crônicas, ajudando a reduzir o tempo de espera e encurtar a jornada do paciente até a atenção especializada.

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O HOJE

Hospital de Rio Verde realiza cirurgia inédita e salva recém-nascido com malformação rara

Procedimento corrige atresia de esôfago e marca avanço na saúde infantil de alta complexidade no Hospital Materno Infantil Augusta Bastos

O Hospital Materno Infantil Augusta Bastos, em Rio Verde, realizou pela primeira vez uma cirurgia de correção de atresia de esôfago, malformação congênita rara que impede o bebê de se alimentar pela boca. A intervenção inédita foi conduzida com sucesso por uma equipe especializada, representando um marco na assistência pediátrica de alta complexidade oferecida pelo município.

A atresia de esôfago provoca uma desconexão entre o esôfago proximal, ligado à boca, e o esôfago distal, ligado ao estômago. Essa condição compromete a alimentação e pode vir acompanhada de outras anomalias, como malformações cardíacas, nos membros ou em outros órgãos do sistema digestivo. Por isso, o tratamento exige uma abordagem médica especializada e multidisciplinar.

Os cirurgiões pediátricos Dr. Antonio Rozeni Gomes Barbosa Junior e Dra. Mallu Emrich lideraram o procedimento, garantindo ao recém-nascido a chance de se alimentar naturalmente, com dignidade e qualidade de vida. A correção cirúrgica impacta diretamente no desenvolvimento e bem-estar da criança.

Com a realização da cirurgia, o Hospital Materno Infantil Augusta Bastos se consolida como referência regional em tratamentos pediátricos de alta complexidade. Esta foi a intervenção mais desafiadora já realizada na unidade, evidenciando a competência da equipe médica e o avanço da estrutura de saúde de Rio Verde.

A Prefeitura de Rio Verde continua investindo na saúde pública, ampliando o acesso a tratamentos especializados e salvando vidas desde os primeiros dias de vida.

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Mulher denuncia que mãe diabética dormiu no chão do corredor do HCN em Uruaçu

Paciente transferida de Alvorada do Norte percorreu 500 km e, sem leito, passou a noite em condições insalubres

Uma moradora de Alvorada do Norte denunciou nesta quinta-feira (25) ao jornal O Hoje a situação da mãe, paciente transferida pela Central de Regulação de Goiás para o Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu. Segundo a família, apesar da indicação de vaga, a mulher não conseguiu ser internada e permanece em condições precárias no corredor da unidade.

De acordo com os relatos, a paciente, que apresenta necrose em um dos dedos do pé, é diabética, hipertensa e possui histórico de outras complicações médicas. A filha afirma que a transferência foi autorizada com a informação de que havia leito disponível. Entretanto, após percorrer mais de 500 quilômetros até Uruaçu, a paciente foi mantida no corredor do hospital.

Ainda segundo a família, a mulher possui baixa visão, dificuldade de locomoção e depende de acompanhamento constante. A denúncia aponta que a paciente dormiu no chão, sem acesso adequado a banho ou alimentação desde a noite de quarta-feira (24). Além disso, a filha relata que a equipe teria cogitado deixar a paciente sem acompanhante, apesar da condição clínica e da limitação física.

O hospital, de acordo com o relato, também não realizou os cuidados básicos necessários, como curativos no pé da paciente. A denúncia acrescenta que outros usuários enfrentam situação semelhante, aguardando por leitos em corredores da unidade.

O jornal entrou em contato com a administração do HCN de Uruaçu para esclarecer os fatos e questionar a denúncia. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação da unidade e da Secretaria Estadual de Saúde.

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MEDICINA S/A

Judicialização da saúde custou R$ 9,6 bilhões à União entre 2020 e 2024

O peso da judicialização da saúde sobre o orçamento público segue em crescimento. Dados do Ministério da Saúde, obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que a União desembolsou R$ 9,6 bilhões no cumprimento de decisões judiciais entre 2020 e 2024. No período, foram contabilizadas 23.046 ações.

Os gastos estão relacionados ao fornecimento de medicamentos, a cirurgias e a internações, entre outros. Entre as medicações mais solicitadas, em primeiro lugar está o eculizumabe, de alto custo, utilizado no tratamento de doenças raras e graves, como a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e a síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa). Foram 2.871 registros entre 2020 e 2024, com um gasto total de R$ 1.769.646.368,94.

Em segundo lugar, está o alfagalsidase, indicado para terapia crônica de reposição enzimática em pacientes com diagnóstico confirmado de doença de Fabry. Foram gastos R$ 408.853.784,83 com o medicamento nesse período.

Os medicamentos elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor, que são indicados juntos para o tratamento da fibrose cística (FC), estão em terceiro lugar. O valor pago pelo Ministério da Saúde foi de R$ 551.733.997,88 em 1.246 solicitações.

A judicialização da saúde, embora seja um mecanismo legítimo de acesso a direitos individuais, tem produzido efeitos colaterais significativos no planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, comenta que a imprevisibilidade desses gastos pode desorganizar a gestão financeira, impor cortes em outras áreas e criar desigualdade. “Esse gasto de R$ 9,6 bilhões em 4 anos mostra que o país segue sem políticas públicas eficazes para atender às demandas por terapias de alto custo”, afirmou.

O especialista em Direito Médico e Odontológico reforça a importância do fortalecimento da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras (PNAIPDR). “O Brasil precisa avançar em uma estratégia específica para esse público, com financiamento adequado, protocolos claros e programas de acesso estruturados”.

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Sale and Leaseback – modalidade de captação de capital ganha força

No mercado corporativo a perspectiva sobre o Sale and Leaseback (SLB) evoluiu nos últimos anos e passou a ser reconhecida como uma ferramenta eficaz de gestão de ativos. A Diretoria Executiva da Unimed Nova Iguaçu vislumbrou na modalidade a solução do enorme agravo financeiro diagnosticado na Cooperativa, responsável pela corrosão da sustentabilidade operacional do negócio. A transação, finalizada com êxito após meses de negociação, envolveu o prédio do futuro hospital próprio.

No país, a modalidade ganhou força impulsionada, principalmente, pela escassez de crédito e carência de alternativas para captação de capital. Em um cenário onde o acesso a financiamentos é restrito e as alternativas de captação de recursos são limitadas, o SLB emerge como uma solução viável e atraente não apenas em tempos de crise, mas como parte de uma estratégia financeira sólida e de longo prazo. No Brasil a operação é autorizada pela Lei nº 6.099/74, que estabelece as normas para o arrendamento mercantil (leasing). Embora a Lei nº 6.099/74 seja o arcabouço legal fundamental, a prática do leaseback também é regulada por Resoluções do Banco Central do Brasil, como a de nº 4.977/2021, que define requisitos específicos, como a restrição da operação para pessoas jurídicas.

O mecanismo é simples: trata-se de uma operação estruturada abrangendo a alienação de um ativo imobiliário por determinada empresa a um investidor – geralmente um fundo de investimento imobiliário (FII) ou uma instituição financeira – com a subsequente locação atípica do imóvel de volta à empresa alienante. No caso da Unimed Nova Iguaçu, o prazo estabelecido em contrato foi de 25 anos, renováveis. A operação financeira, por sua vez, respondeu com a injeção imediata de capital na Cooperativa, destinado à quitação do seu endividamento, oriundo de financiamentos adquiridos, em 2018, para a construção do seu hospital. Importante salientar que todos os mecanismos de transparência foram respeitados e incluíram troca de ideias junto ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Cooperativa, assim como realização de Assembleia Geral Extraordinária com os cooperados.

O recurso também poderá atender a demandas estratégicas ou operacionais da organização, como investimento em novas tecnologias, ampliação de negócios ou desenvolvimento de projetos estratégicos. A flexibilidade financeira proporcionada pelo SLB pode ser crucial em um ambiente econômico desafiador, já que mitiga a dependência de financiamentos bancários.

Os benefícios para o proprietário são inúmeros: geração de caixa, crucial em cenários de dificuldade de acesso ao crédito; contabilização dos aluguéis pagos ao investidor como despesa operacional, permitindo uma redução de sua carga tributária; desoneração do balanço com a venda do imóvel, melhorando índices de liquidez e margens financeiras; e transferência de riscos jurídicos e comerciais para o novo proprietário.

Além disso, a natureza atípica do contrato de SLB propicia às partes envolvidas uma ampla margem de liberdade contratual. Na prática, os contratantes podem estabelecer cláusulas e condições que se desviem das disposições da Lei n.º 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei de Locações), desde que não contrariem princípios basilares do direito e da ordem pública. Isso porque, na locação derivada de um SLB, as disposições contratuais devem ser consideradas como fontes normativas preponderantes, e a interferência do Poder Judiciário nas condições pactuadas pelas partes, embora possível, deve ser medida excepcional.

Por fim, importante destacar que o processo de due diligence do imóvel e da empresa vendedora – e de seus antecessores na propriedade do imóvel, quando aplicável – é essencial para garantir a segurança e o sucesso da operação de SLB, pois permite que o investidor identifique e avalie os riscos compreendidos na operação que possam afetar ou inviabilizar os retornos financeiros previstos. Esse processo envolve etapas como a inspeção física do imóvel, a análise da documentação do imóvel e dos proprietários para confirmar a inexistência de ônus ou gravames, e a avaliação da saúde financeira da empresa vendedora.

As transações de Sale and Leaseback são complexas e demandam análise criteriosa sob diversos aspectos jurídicos, financeiros, contábeis e estratégicos. Ao buscar uma solução desta natureza, devem ser considerados alguns fatores, como a relevância dos imóveis para as suas operações. A decisão necessita estar alinhada ao seu planejamento estratégico e, eventuais riscos operacionais, devem ser ponderados.

Assim, com a ampla disseminação e o maior entendimento a respeito das operações de Sale and Leaseback, será natural que cada vez mais organizações de variados segmentos, inclusive, do Sistema Unimed, recorram à parceria fundamentada pela legislação com o propósito de otimizar sua estrutura de capital e melhorar a eficiência operacional para potenciais expansões e investimentos, mantendo sua competitividade no mercado.

*Joé Gonçalves Sestello é Diretor-Presidente da Unimed Nova Iguaçu.

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Assessoria de Comunicação        

9 AHPACEG REUNIÃO ENFERMAGEM 25 09 25

A coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, reuniu-se ontem, 25, com gestores de enfermagem e coordenadores de CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) das instituições associadas. A reunião, realizada na sede da Associação, reforçou o compromisso da Ahpaceg em promover o alinhamento de boas práticas na assistência hospitalar.

Entre os temas debatidos, estiveram a adoção da luva nitrílica na rotina hospitalar e a apresentação do relatório de testagem do sistema de drenagem fechado da Ross. O encontro também trouxe uma novidade para os associados: em outubro será realizado um curso de epidemiologia com foco na ficha técnica, ampliando as oportunidades de capacitação na área.

Madalena Del Duqui ainda apresentou o funcionamento da plataforma de indicadores da Ahpaceg, ressaltando a importância do engajamento das instituições para garantir registros consistentes e o monitoramento efetivo dos dados

Quinta, 25 Setembro 2025 06:22

CLIPPING AHPACEG 25/09/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospital público especializado em câncer infantil propõe atendimento humanizado em Goiás: 'Acolhimento e até comida personalizada'

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/09/25/hospital-publico-especializado-em-cancer-infantil-propoe-atendimento-humanizado-em-goias-acolhimento-e-ate-comida-personalizada.ghtml

Decisão do STF sobre cobertura do rol traz alertas e otimismo

https://futurodasaude.com.br/stf-decisao-cobertura-fora-do-rol-repercussao/

A combinação que está mudando o jogo na saúde corporativa

https://medicinasa.com.br/telemedicina-plano-medicamentos/

Desafios da Indústria Farmacêutica Nacional para os próximos anos

https://medicinasa.com.br/industria-farmaceutica-nacional/

PORTAL G1

Hospital público especializado em câncer infantil propõe atendimento humanizado em Goiás: 'Acolhimento e até comida personalizada'

Cora está localizado em Goiânia e alia tecnologia ao lúdico para tornar ambiente acolhedor e eficiente no tratamento de crianças. Atendimentos já começaram a ser feitos, mas inauguração oficial acontece nesta quinta-feira (25).

Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) tem oferecido tratamento a crianças diagnosticadas com câncer em Goiás. O hospital é o primeiro da rede pública destinado ao tratamento de câncer infantil no estado. Inaugurado oficialmente nesta quinta-feira (25), a unidade opera desde junho de 2025 e já fez a diferença na vida de famílias que precisariam se mudar ou viajar para outros estados para realizar o tratamento de crianças.

O Cora está localizado Residencial Barravento, em Goiânia, e foi construído em 2 anos. A família de Henry Gabriel, de 5 anos, está entre as que foram acolhidas no hospital. De acordo com a mãe dele, Emanuela, de 24 anos, o menino faz tratamento para leucemia linfoide aguda (LLA). Ele estava internado no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e ficou 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Com a suspeita de câncer, ele foi encaminhado ao Cora, recebeu o diagnóstico e iniciou o tratamento, há dois meses. Toda semana, a família, que é de Trindade, vai até o hospital realizar exame de sangue e quimioterapias.

“É muito difícil receber um diagnóstico desses, mas aqui a gente sempre foi bem recebido. A estrutura é muito boa. Quando fica internado na enfermaria, eles fazem comida personalizada, do jeito que a criança quer”, relatou.

Emanuela conta que a abertura do hospital permitiu que ela e a família continuassem em casa. “Eu sou muito grata a Deus pelo hospital ter ficado pronto a tempo, porque quando ele veio aqui, não fazia nem um mês que tinha começado as atividades no hospital. Se não tivesse ficado pronto, provavelmente a gente tinha que ir para outro estado e ficar longe do meu outro filho”, disse .

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FUTURO DA SAÚDE

Decisão do STF sobre cobertura do rol traz alertas e otimismo

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cobertura de tratamentos fora do rol da ANS reacendeu o debate entre segurança regulatória e acesso à saúde. Enquanto operadoras comemoram critérios mais rígidos para o fornecimento de medicamentos e procedimentos, pacientes temem perder acesso a terapias essenciais.

Do lado das operadoras de planos de saúde, o tema é visto como um caminho para reduzir a judicialização da saúde, tida como um dos maiores problemas do setor, junto a fraudes e desperdícios. De acordo com o Painel Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foram gastos cerca de R$ 15,8 bilhões em despesas judiciais entre julho de 2024 e junho de 2025. Do total, 40,5% são de procedimentos e medicamentos que não estão previstos em contrato.

Para beneficiários, a decisão do STF representa um risco para pessoas com doenças que demandam coberturas além do rol. Entre os argumentos estão a demora na chegada de novas tecnologias ao Brasil e na sua incorporação no sistema de saúde, a obrigação do paciente preencher critérios cumulativos para ter acesso ao tratamento e a dificuldade, em casos como doenças raras, de ter comprovação científica robusta, já que o número de participantes em estudos é menor.

Um dos critérios para que a pessoa consiga solicitar cobertura além do rol é o tratamento não ter sido expressamente negado pela ANS. Atualmente, 24 propostas de incorporação estão em análise técnica, sendo a mais antiga proposta em outubro de 2024. Entre as últimas 50 tecnologias avaliadas pela Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), 29 foram incorporadas e 21 não foram incorporadas.

Na visão de fontes ouvidas por Futuro da Saúde, parte dos desafios a partir da decisão passa pelo Judiciário, já que os juízes de primeira instância deverão utilizar os critérios estabelecidos e solicitar suporte técnico quando necessário. Também passa pelas operadoras e pela ANS, contribuindo para que situações sejam resolvidas na parte administrativa, sem precisar chegar à justiça. Há dúvidas se de fato vai reduzir a judicialização de forma expressiva.

"Há um discurso fundamentado de que a judicialização é uma âncora para o desenvolvimento da regulação do setor. Daqui em diante o tema não vai sumir, mas vai diminuir de forma significativa. Como o mercado e o regulador vão agir?", indaga Silvio Guidi, advogado sanitarista e sócio do SPLAW.

Planos de Saúde

Desde que o STF começou a discutir a judicialização da saúde no âmbito do SUS junto ao Ministério da Saúde, havia um interesse das operadoras de planos de saúde que as decisões tomadas para a saúde pública se estendessem para a saúde suplementar. Por isso, a definição de critérios para cobertura fora do rol da ANS foi celebrada por diferentes entidades.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) afirma que a decisão que cria novos critérios para a lei do rol exemplificativo, aprovada em 2022, pode trazer impactos positivos para o setor, depois de três anos de aumento da judicialização. "Agora vai começar uma melhora. No horizonte de médio prazo para frente o que se espera é que esses impactos positivos ajudem a reduzir a inflação médica e os impactos dessa judicialização indevida. Com certeza, no futuro reverberará em menores reajustes, em menores preços, que é o que se espera", defende Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge.

Em nota, a FenaSaúde afirma que "a decisão do STF representa uma vitória do paciente e de sua segurança clínica. Fica estabelecido que apenas terapias com comprovação científica sejam ofertadas, trazendo segurança e proteção contra práticas abusivas, desnecessárias ou arriscadas. Alinha-se, assim, aos melhores sistemas de saúde do mundo, que têm na medicina baseada em evidências o seu parâmetro central".

Já a Unidas, autora da ação contra a lei do rol exemplificativo, avalia que "a aplicação desses critérios ajuda a evitar indicações sem respaldo técnico e reduz divergências de interpretação, preservando a segurança do paciente e a maior previsibilidade das regras".

Os critérios definidos pelo STF são:

O tratamento deve ser prescrito por médico ou odontólogo assistente;

O tratamento não pode ter sido expressamente negado pela ANS nem estar pendente de análise para sua inclusão no rol;

Não deve haver alternativa terapêutica adequada no rol da ANS;

O tratamento deve ter comprovação científica de eficácia e segurança;

O tratamento deve ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Ribeiro, da Abramge, apesar de um espaço de subjetividade, a cumulatividade dos itens vai trazer uma redução da judicialização. "Passa a trazer uma segurança muito maior tanto para o beneficiário, quanto para a operadora. A cumulatividade demonstra que não é tão frágil, porque vem de uma construção muito bem feita, olhando para a ciência, estabelecendo quais são os fatores mundialmente consagrados que podem justificar que o medicamento seja entregue fora do rol, com segurança para o beneficiário", afirma.

Em nota publicada no site da ANS, o diretor-presidente da agência, Wadih Damous, considerou a decisão equilibrada. "Além de garantir o direito do consumidor de forma coerente, reafirma a importância da saúde baseada em evidências, da capacidade institucional da agência reguladora e racionalidade decisória", disse ele.

Questionada por Futuro da Saúde sobre qual o papel da ANS em relação ao cumprimento da lei, com os critérios estabelecidos pelo STF, a agência afirma que a decisão não definiu papel específico para a ANS para além das suas competências legais, mas que está buscando diálogo com o Poder Judiciário para avaliar a execução da decisão no que se refere à Agência.

Avaliação de especialistas e indústria

Na avaliação de Silvio Guidi, do SPLAW, há uma oportunidade para o setor e a agência reguladora conseguirem resultados a partir da decisão do STF. No entanto, é preciso que haja engajamento do Judiciário e uma percepção de resultados. "O Judiciário, em primeira e segunda instância, vai demonstrar o quanto concorda ou não com a posição do STF. Como há certa margem de interpretação, os juízes podem aplicar esses critérios de forma subjetiva, o que tende a incentivar a continuidade da judicialização, mesmo diante da tentativa do STF de pacificar o tema", pondera.

Por não se tratar de uma súmula vinculante, a decisão do STF não obriga juízes de instâncias inferiores a segui-la integralmente, o que abre espaço para interpretações divergentes e pode comprometer a uniformização das decisões. No entanto, processos que cheguem ao Supremo serão julgados com base na decisão. A orientação do STF é que se utilize os pareceres do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus) para a tomada de decisão.

Guidi também questiona se de fato somente a decisão será capaz de reduzir a judicialização: "As operadoras nunca entregaram sem decisão judicial algo que tivesse extra rol, com raríssimas exceções. Isso deve continuar. Agora, um caminho interessante para as operadoras é começar a desenvolver uma espécie de autorregulação, em um espaço de mercado com os laboratórios e fabricantes de produtos."

Procurada, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) afirma que irá aguardar a publicação da decisão para se posicionar sobre o tema. O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) estuda entrar com embargos de declaração no processo, mas especialistas apontam que há pouca probabilidade do STF alterar o entendimento.

Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, afirma que há um equívoco na decisão em estabelecer que se deve cobrar os mesmos critérios para fornecimento de medicamentos no SUS e na saúde suplementar. "Por isso se chama suplementar. Para dar mais do que temos na saúde. Se é para fazer igual o SUS, deveríamos ser radicais e acabar com todos os planos de saúde", defende Mussolini.

Resolve a judicialização?

Para Renata Rothbarth, sócia de Life Sciences, Digital Health & Healthcare do Machado Meyer Advogados, é preciso que haja uma regulação por parte da ANS que traga mais definições para reduzir as subjetividades de critérios estabelecidos pelo STF. "Quando se pensa em técnica é fundamental ter uma regulação da ANS, definindo o que é medicina baseada em evidência no ambiente da saúde suplementar. Vai ter espaço para judicialização, sempre vão existir casos possíveis, e aquele conceito definido pela ANS pode eventualmente ser desafiado", explica.

No entanto, reforça que mesmo que haja tais definições, a decisão não deve resolver a judicialização na saúde suplementar. "Continuamos tendo um grau de subjetividade grande em relação ao que é a alternativa terapêutica disponível, por exemplo. A operadora pode continuar fazendo uma interpretação restritiva disso, apontando que há uma alternativa terapêutica que não é a mais inovadora, não é a técnica específica ou não é o medicamento de última geração, mas há uma alternativa terapêutica. Isso vai continuar gerando um fluxo de ações judiciais", afirma Rothbarth.

A sócia do Machado Meyer Advogados observa que é preciso aguardar a publicação da decisão para entender se vai haver alguma dosimetria, definindo a partir de quando os critérios estabelecidos serão válidos para aplicação em processos ou se poderão ser utilizados para processos que já estão correndo na justiça.

"As operadoras vão ter que se organizar para olhar para seus processos e pedir para que esses critérios sejam endereçados. Foi algo que vimos nos processos contra o SUS no âmbito do tema 6 e 1234. Existem situações que tribunais, juízes e pedidos das procuradorias no sentido de que a partir da decisão o processo deveria voltar para a origem para que o beneficiário tenha a oportunidade de demonstrar o cumprimento desses requisitos ou não", explica Renata.

Defesa de consumidores

O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) aguarda a publicação da decisão para entender qual será o entendimento final, principalmente se a decisão irá impactar casos que tramitam na justiça ou que houve fornecimento por via judicial, impactando no tratamento de pacientes. "O que nos preocupa especialmente é como esses cinco requisitos vão ser atendidos, se as operadoras vão facilitar esse atendimento de forma extrajudicial ou se o consumidor de fato vai continuar tendo que buscar o poder judiciário para resolver essas situações", afirma Marina Paulelli, advogada do programa de saúde do Idec.

Segundo a coordenadora, diante desse julgamento, cabe à ANS também indicar como esses requisitos determinados pelo STF podem ser atendidos de forma extrajudicial, sem que as pessoas necessitem ingressar na justiça para discutir a cobertura.

"A parte mais programática dos princípios do Estado também deve ser aplicada nessas situações. E a principal delas é justamente a inversão do ônus da prova. O consumidor vai ter mais que uma dificuldade e, dessa vez, camadas técnicas para provar o tratamento que pleiteia, sendo que, de acordo com o próprio Código de Defesa do Consumidor, os usuários de planos de saúde são a parte vulnerável da relação de consumo", afirma Marina.

O Idec discorda da visão da corte de que os planos devem oferecer o mesmo que está ofertado no SUS. Segundo o instituto, ao longo dos anos, os planos de saúde têm dificuldade de atender aos parâmetros de cuidados estabelecidos no SUS, levando a um aumento da dívida de ressarcimento. "A corte entendeu que é necessário garantir o equilíbrio econômico das operadoras, que a lei do rol de 2022 poderia causar um desequilíbrio econômico-financeiro frente a sua abertura, mas o Idec não concorda com essa avaliação. Isso porque os dados da própria ANS mostram que as operadoras estão em uma situação de equilíbrio-financeiro e o setor registrou lucros", argumenta Marina.

Doenças raras

"Ainda que o rol não seja fechado, o filtro que foi imposto pela decisão do Barroso reduz drasticamente o alcance da Lei 14.454. Nas doenças raras, há uma escassez de estudos de grande escala, o que não pode ser confundido, de forma alguma, com ausência de eficácia. E essa confusão é feita no Judiciário", explica Andreia Bessa, diretora jurídica da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas).

Um dos critérios definidos pelo STF, o registro na Anvisa pode inviabilizar o acesso a novos tratamentos que acabaram de chegar ao mercado, segundo a avaliação de Bessa. "Muitos medicamentos chegam primeiro via importação ou acesso expandido. Muitos medicamentos são órfãos e nem sempre o Brasil está na expectativa de ser um país para aquela farmacêutica trazer seu medicamento para comercialização", explica.

Andreia defende que é preciso que o Judiciário olhe para outros tipos de estudos, como dados de vida real, para não excluir tratamentos de doenças raras de sua cobertura. Da mesma forma, defende que a ANS aperfeiçoe o processo de incorporação para atender a população com doenças raras.

A Febrararas está buscando o Legislativo para dialogar sobre a decisão do STF e os riscos a pessoas com doenças raras visando uma mudança. Nomes como os senadores Romário, Damares Alves e Mara Gabrilli, além da deputada federal Rosângela Moro, estão entre os principais parceiros.

"Temos provocado audiências públicas com as partes que são importantes nessa discussão e tentado colocar de forma muito transparente qual é o real problema. E a partir disso fazer a construção de si uma mudança legislativa, de uma discussão mais profunda sobre o tema", explica Andreia. A ideia é tornar a lei mais clara e criar um estatuto específico para doenças raras. De acordo com Bessa, há perspectiva de que projetos de lei sejam propostos em breve.

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MEDICINA S/A

A combinação que está mudando o jogo na saúde corporativa

Os reajustes dos planos de saúde corporativos seguem como um dos maiores desafios para empresas que precisam conter custos e manter a qualidade da assistência oferecida aos colaboradores. Em 2024, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a sinistralidade média do setor alcançou 83,8%, um patamar elevado que pressiona diretamente a sustentabilidade financeira das operadoras. O impacto aparece no bolso: de acordo com a consultoria Aon, os reajustes médios dos planos corporativos chegaram a 14,1% no ano passado, quase três vezes a inflação oficial do período.

Diante desse cenário, empresas e operadoras buscam soluções inovadoras e sustentáveis. A telemedicina desponta como uma das estratégias mais eficazes, e sua adoção vem sendo potencializada por uma ferramenta poderosa: o plano de medicamentos. Essa combinação não apenas otimiza a gestão de custos, como também incentiva uma mudança cultural no uso dos serviços de saúde.

A matemática é simples: uma ida ao pronto-socorro custa mais de R$ 400; uma consulta presencial varia de R$ 150 a R$ 250; já uma teleconsulta sai por R$ 30 a R$ 60. A economia pode chegar a 78% nos custos diretos de atendimento, segundo levantamento da Mercer Marsh Benefícios.

Mas não basta falar dos benefícios, é preciso criar incentivos reais para que as pessoas migrem para o digital quando for o caso mais adequado. É aqui que o plano de medicamentos faz toda a diferença. Empresas que oferecem medicamentos gratuitos quando prescritos em teleconsulta conseguem ampliar as opções de cuidado disponíveis aos colaboradores.

Se você sabe que pode resolver seu problema sem sair de casa e ainda receber o remédio sem pagar nada, a chance de optar pela teleconsulta aumenta exponencialmente. Esse é o primeiro passo para reduzir custos e melhorar a experiência de cuidado. A ideia não é substituir o atendimento presencial, mas complementá-lo com soluções flexíveis e preventivas. Garantir acesso facilitado a medicamentos é, por si só, uma forma eficaz de evitar que casos simples evoluam para situações que demandem internações.

Falo isso com a experiência de quem ajudou a trazer o conceito de plano de medicamentos para o Brasil. Nos Estados Unidos, os planos de saúde chegam a subsidiar até 80% do custo dos medicamentos prescritos. Aqui, quando comecei a empreender, esse recurso não existia. Sem acesso facilitado a medicamentos, as pessoas interrompiam o tratamento, voltavam a adoecer e sobrecarregavam o sistema com novas consultas e internações.

Apostar na jornada digital na saúde corporativa é muito mais do que cortar custos. É engajar pessoas e melhorar desfechos clínicos. Quando um colaborador consegue falar com um médico por teleconsulta e, de forma simples, já receber seu medicamento sem custo, eliminamos duas das maiores barreiras ao cuidado: tempo e dinheiro.

Isso incentiva o atendimento logo nos primeiros sinais de um problema, evitando agravamentos e, consequentemente, custos muito maiores para a empresa e para o sistema de saúde. O cuidado começa na consulta, mas a experiência precisa ser fluida do início ao fim. Quando conseguimos oferecer essa jornada digital desde o primeiro contato, o impacto sobre engajamento, qualidade e custo do cuidado é positivo.

Com um público mais habituado a soluções digitais, posso afirmar que a combinação de telemedicina e plano de medicamentos se tornará um pilar central da saúde corporativa. Ela une conveniência, eficiência e controle de custos mas, acima de tudo, coloca as pessoas no centro da solução.

*Luis Gonzalez é CEO e cofundador da Vidalink.

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Desafios da Indústria Farmacêutica Nacional para os próximos anos

Como observador e sempre atento ao que pode impactar a nossa indústria farmacêutica, verifico, e não deve ser um privilégio só meu, mas de todos que atuam nesse importante setor da economia e da saúde, que estamos em um momento crucial.

Isso porque, ao mesmo tempo em que cresce a pressão por inovação (biotecnologia, terapias avançadas, digitalização), também aumentam os desafios regulatórios, econômicos e de acesso, além de fatores geopolíticos.

Não é nenhuma novidade que o mercado global segue uma forte tendência e necessidade de desenvolver medicamentos biológicos (anticorpos monoclonais, terapias celulares e gênicas). O nosso país precisa investir e ampliar sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento (P&D), para que a produção local se torne relevante e menos dependente de empresas multinacionais. Além disso, verifica-se, hoje, uma forte tendência em terapias direcionadas com base em perfil genético e molecular, o que desafia novos modelos de ensaios clínicos e companion diagnostic.

Todo esse cenário, sugere que haja colaboração com universidades, startups de biotecnologia e centros de inovação. Do contrário, a indústria nacional sempre ficará léguas atrás das multinacionais e delas dependente.

A transformação tecnológica é outro desafio, será necessário investir em big datas e IA, como ferramenta para descoberta de moléculas, farmacovigilância e análise preditiva de desfechos.

Além de todos esses desafios, não exaustivos, necessitamos de um ambiente regulatório que traga segurança e, de um judiciário que compreenda as demandas que porventura venham surgir para dar uma solução célere. Embora pareça mais do mesmo, é imprescindível, como para qualquer setor que exige fortes investimentos, que exista um ambiente de previsibilidade e segurança jurídica.

Portanto, ter uma assessoria jurídica interna ou externa, é fundamental para mitigar riscos e conflitos. Esse apoio legal, regulatório e jurídico, pari passu aos investimentos da indústria, poderá representar uma economia enorme no futuro, evitando-se gargalos junto aos órgãos reguladores e demandas indesejáveis.

Por fim, e não menos importante, deve-se ficar atento às discussões com o poder público, uma vez que notamos cada vez mais orçamentos pressionados, apesar de maior arrecadação do Estado, através de impostos, devendo ficar ainda mais evidente a queda de braço sobre custo-benefício e modelos de pagamento baseados no value-based healthcare.

O Brasil também precisa, urgentemente, incentivar a produção local de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) para tentar reduzir a dependência externa. Essa é uma pauta que o Governo Federal deveria enfrentar como política pública de saúde. Não podemos só contar com medicamentos genéricos e biossimilares, como única forma de ampliar o acesso e reduzir custos. Precisamos mirar no futuro, e construir um ecossistema de saúde no Brasil, para gerar sinergias e, com isso entregar ao sistema de saúde e aos cidadãos produtos de altíssima qualidade e de ponta.

E tudo isso, pautado pelas boas práticas, diversidade em pesquisas clínicas e baixo impacto ambiental.

Com a nossa população a cada dia mais longeva, importante investir em saúde e em P&D para que novos medicamentos sejam lançados, diminuindo a dependência que se tem hoje do mercado externo.

Um país próspero, não se faz sem educação, saúde, segurança e previsibilidade nas decisões dos órgãos reguladores e do judiciário.

*Ruy Dourado é sócio do Dourado & Cambraia Advogados.

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Assessoria de Comunicação       

compra

Ahpaceg, por meio de sua Central de Compras, firmou importantes Termos de Acordo Comercial (TAC) com grandes empresas do setor farmacêutico e de nutrição clínica.

 

As negociações, que visam oferecer aos associados condições comerciais vantajosas, abrangem 130 medicamentos essenciais, como antibióticos, sedo-anestésicos, heparinas, corticoides, entre outros, além de mais de 30 opções de dietas enterais, suplementos e fórmulas infantis.

 

Os TACs foram firmados com importantes fornecedores, incluindo Eurofarma, ABL, Blau, União Química, Halex Istar, B. Braun e Sanofi, no segmento de medicamentos, e Danone, Nestlé e Fresenius, no setor de nutrição clínica.

 

Essa ampla rede de parcerias garante acesso a produtos de alta qualidade, essenciais para o funcionamento das instituições de saúde associadas.

 

Os contratos são revisados a cada três meses, permitindo ajustes que acompanhem as dinâmicas do mercado e garantam a competitividade dos acordos.

 

A Ahpaceg reforça que a participação ativa dos associados, por meio do compartilhamento de informações sobre o mercado, é fundamental para a manutenção e o sucesso contínuo dos TACs, por isso, conta com a adesão de todos.

 

Para mais informações sobre os TACs e como participar das negociações, entre em contato

 

Telefone: (62) 3088-5800

WhatsApp: (62) 9690-0712

E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Site: www.ahpaceg.com.br