
Administrador
CLIPPING AHPACEG 27/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
ANS vai decidir sobre plano de saúde simplificado só depois de decisão do STJ
Auditores do SUS fazem vistoria no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara
Médica suspeita de atender como nutróloga paga fiança para não ficar presa
Mãos limpas, vidas protegidas: palestra do Sindhoesg reforça esse compromisso com a segurança do paciente
https://www.foconacional.com.br/2025/05/maos-limpas-vidas-protegidas-palestra.html
Maio Verde: Mais de 120 mil goianos podem ter glaucoma sem saber
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/05/maio-verde-mais-de-120-mil-goianos.html
Hospitalar 2025: inovações que estão redefinindo a saúde
https://medicinasa.com.br/hospitalar-2025-inovacoes/
“Não existirão mais radiologistas” – uma previsão equivocada
https://medicinasa.com.br/nao-existirao-radiologistas/
Sinistralidade dos planos de saúde: como calcular e reduzir o índice
https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/sinistralidade-dos-planos-de-saude/
Dr. Waldemar Naves é eleito para a Academia Nacional de Medicina
DIÁRIO DO GRANDE ABC
ANS vai decidir sobre plano de saúde simplificado só depois de decisão do STJ
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai concluir a análise sobre a criação de um plano de saúde simplificado somente após a decisão definitiva (com trânsito em julgado) do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a competência do órgão para regular produtos e serviços.
Na última sexta-feira, 23, após reunião extraordinária da diretoria colegiada, a ANS publicou nota afirmando que decidiu criar uma câmara técnica para “examinar criticamente os aspectos técnicos, jurídicos, econômicos e regulatórios” da nova modalidade. O grupo também vai “ampliar o debate sobre a proposta de implementação de um ambiente regulatório experimental (sandbox regulatório) para testar o produto”, segundo o órgão.
O plano de saúde simplificado em estudo na ANS seria mais barato e teria cobertura para consultas estritamente eletivas e exames, sem incluir internações, atendimentos de emergência, cirurgias e terapias. A proposta foi feita em fevereiro, e depois foi submetida a uma consulta pública. Caso a opção seja incluída no sistema de saúde, a estimativa da ANS é que cerca de 10 milhões de pessoas passem a utilizar planos com o novo formato.
“As conclusões só serão efetivadas após o encerramento definitivo do processo judicial em curso no STJ, que adotou o entendimento segundo o qual a regulamentação e fiscalização dos cartões de desconto em serviços de saúde caberiam à ANS”, informou o órgão.
Para a ANS, a decisão definitiva do STJ é importante para garantir segurança jurídica. “Tal entendimento, embora não esteja diretamente relacionado à proposta de sandbox em andamento, reforça a legalidade da medida, na medida em que conforma a competência da ANS para regular produtos e serviços diversos dos planos de saúde tradicionais”.
A previsão de duração do colegiado é de três meses, que podem ser prorrogados. O órgão será composto por dois representantes indicados por cada membro da Câmara de Saúde Suplementar (Camss); dois representantes por diretoria da ANS e dois representantes da Associação dos Servidores e demais trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (Assetans).
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TV ANHANGUERA
Auditores do SUS fazem vistoria no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara
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Médica suspeita de atender como nutróloga paga fiança para não ficar presa
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FOCO NACIONAL
Mãos limpas, vidas protegidas: palestra do Sindhoesg reforça esse compromisso com a segurança do paciente
O Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás) promoveu hoje, 23, a palestra “Higienização das mãos: compromisso com a qualidade e a vida”, voltada a profissionais de hospitais filiados. O evento fez parte das ações do mês de maio, marcado pelo Dia Mundial de Higienização das Mãos (5/5) e pelo Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares (15/5).
A palestrante foi a enfermeira Zilah Cândida Pereira das Neves, doutora em Enfermagem pela UFG, professora da PUC Goiás e coordenadora municipal de Segurança do Paciente e Controle de Infecção. Reconhecida por sua atuação na área, Zilah falou com grande conhecimento e sensibilidade sobre um gesto simples que salva vidas: lavar as mãos.
“O tema discutido hoje é imprescindível quando falamos de prevenção de infecções e segurança do paciente”, disse, ressaltando que a higienização das mãos depende de insumos mínimos, como água, sabonete líquido e papel-toalha quando há sujidade visível ou, na ausência de sujidade, requer o uso de uma preparação alcoólica. “É um ato simples, mas que depende muito da atitude do profissional de saúde”, enfatizou.
Durante a palestra, ela reforçou os chamados “cinco momentos” para higienização das mãos preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como antes e depois de tocar o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após contato com fluidos corporais e com o ambiente próximo ao paciente. “Se o profissional seguir esses cinco momentos, já é um grande passo. A questão é adesão. É atitude.”
Zilah também fez um resgate histórico, lembrando que, desde 1847, com Ignaz Semmelweis, considerado o pai do controle de infecções, a higienização das mãos é reconhecida como uma prática essencial. “Infelizmente, ainda há profissionais que não higienizam as mãos sempre que necessário. Por isso, palestras como esta são fundamentais.”
Durante a palestra, a especialista também demonstrou como higienizar as mãos e identificar se a higienização foi completa. Ela parabenizou a diretoria do Sindhoesg e a coordenadora do Grupo de Estudos da NR-32, Luciene da Silva Potenciano, pela iniciativa de debater esse tema, que precisa ser reforçado diariamente junto às equipes de saúde.
“É uma atitude louvável lembrar e reforçar um tema tão simples, mas de um impacto imenso na qualidade da assistência, na proteção do paciente e do profissional. Precisamos falar sobre isso todos os dias do ano”, disse. A palestra de capacitação ministrada faz parte das ações educativas promovidas pelo Sindhoesg para os filiados.
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FOLHA DO PLANALTO
Maio Verde: Mais de 120 mil goianos podem ter glaucoma sem saber
Campanha Maio Verde alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para prevenir a cegueira
Goiânia (GO) - O mês de maio é dedicado à conscientização sobre o glaucoma, e no dia 26, segunda-feira, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Essa é uma doença ocular silenciosa que pode levar à cegueira se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Estima-se que mais de 120 mil goianos convivam com o glaucoma sem saber. No Brasil, são cerca de 1 milhão de pessoas nessa situação.
Caracterizado pelo aumento da pressão intraocular e a principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença crônica que, na maioria dos casos, não apresenta sintomas nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce essencial para o sucesso do tratamento.
Nesta entrevista, o médico oftalmologista Ricardo Antônio Pereira, da equipe do Instituto Panamericano da Visão, fala sobre a doença, seus fatores de risco e formas de tratamento. Confira:
O que é o glaucoma?
Glaucoma é uma neuropatia óptica, ou seja, uma doença degenerativa do nervo óptico. É a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Trata-se de uma doença silenciosa e crônica, que pode ser primária, sem causa conhecida, ou secundária a outras doenças ou problemas.
Quais são os sintomas da doença?
No glaucoma primário, não há sintomas. No glaucoma secundário, pode haver dor e muitos outros sintomas oculares. Perda de campo visual, alterações do nervo óptico e baixa de visão são as alterações mais comuns no paciente com glaucoma. Mas o diagnóstico só é possível por meio do exame oftalmológico e de exames específicos.
Qual é a prevalência da doença no Brasil?
A prevalência da doença é de cerca de 2% da população. Estima-se que metade dos portadores de glaucoma não saiba que tem a doença. Portanto, é uma condição subdiagnosticada.
A doença tem uma causa específica? Quais são os fatores de risco?
Diversos são os fatores de risco, mas o mais importante é a hereditariedade. Miopia, idade avançada, doenças oculares e raça negra estão entre eles. Se o paciente apresentar esses fatores, deve ser examinado a cada 6 ou 12 meses. Em pacientes sem fatores de risco, a consulta de rotina pode ser anual.
A doença tem cura?
O glaucoma não tem cura, apenas controle para evitar perdas maiores da visão. Atualmente, há diversas formas de tratamento, conforme o caso. Não existe um tratamento padrão, e sim a individualização de cada situação. Podem ser utilizados medicamentos, laser, cirurgias ou uma combinação desses recursos. Quanto mais tarde se inicia o tratamento, pior será o desfecho. O tratamento precoce, aliado a uma boa aderência, melhora muito o prognóstico.
Há alguns anos, o glaucoma levava à cegueira na grande maioria dos pacientes. Hoje, os recursos são muito mais eficazes. O sucesso do tratamento depende, basicamente, dos cuidados e da disciplina do paciente.
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MEDICINA S/A
Hospitalar 2025: inovações que estão redefinindo a saúde
O ano de 2025 marca um novo capítulo para o setor de saúde. A Feira Hospitalar deste ano evidenciou um mercado cada vez mais tecnológico, sustentável e conectado com as demandas da sociedade. Inteligência artificial (IA), práticas ESG, engenharia clínica e gestão hospitalar baseada em dados foram os principais temas discutidos – com soluções que prometem transformar o cuidado com o paciente no Brasil e no mundo.
A seguir, destaco quatro grandes movimentos observados na feira e que sinalizam o rumo de um sistema de saúde mais eficiente, inovador e centrado nas pessoas.
Gestão hospitalar: eficiência e resiliência na cadeia de suprimentos
A gestão hospitalar moderna tornou-se o eixo central para garantir eficiência, segurança e continuidade no atendimento. Em 2025, os hospitais estão cada vez mais apoiados por plataformas digitais e sistemas integrados, capazes de transformar dados em informações estratégicas para a tomada de decisão.
Ferramentas de gestão baseadas em dados otimizam desde o agendamento de consultas até o gerenciamento de estoques, controle de leitos e recursos humanos. Soluções de business intelligence permitem identificar gargalos, antecipar demandas e corrigir desvios de performance, garantindo agilidade e resiliência em momentos críticos.
Sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) e plataformas de integração de cadeias de suprimentos estão reduzindo desperdícios e melhorando a disponibilidade de insumos essenciais. Além disso, a diversificação de fornecedores e a terceirização para países próximos
fortalecem a resiliência frente a eventuais crises logísticas.
A capacitação contínua das equipes para acompanhar a rápida evolução tecnológica e o cenário regulatório também é um pilar essencial para garantir um sistema de saúde mais eficaz, seguro e humano.
Inteligência artificial: diagnósticos precisos e cuidados personalizados
A inteligência artificial (IA) tornou-se uma aliada indispensável na medicina moderna. Em 2025, algoritmos avançados estão sendo utilizados para analisar exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, permitindo a detecção precoce de doenças como o câncer com precisão superior à dos especialistas humanos.
Para a gestão hospitalar, essa tecnologia está trazendo inovações significativas, proporcionando uma transformação no modo como os hospitais gerenciam suas operações e recursos. Sistemas baseados em IA têm sido utilizados para otimizar a alocação de recursos, desde o agendamento de consultas e procedimentos até o gerenciamento de estoques de medicamentos e materiais. A automação de processos, como a triagem de pacientes e a distribuição de leitos, além da análise preditiva da demanda por serviços de saúde, contribui para uma gestão mais eficiente e reduz custos operacionais.
Além disso, a IA pode ser utilizada para identificar padrões em grandes volumes de dados administrativos e clínicos, ajudando as instituições a antecipar possíveis problemas de fluxo de pacientes, gargalos na cadeia de suprimentos e até falhas em sistemas de tecnologia hospitalar, permitindo uma abordagem mais proativa e ágil. Essa aplicação não só aprimora a eficiência, mas também assegura uma melhor experiência para os pacientes, reduzindo tempos de espera e garantindo que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz.
Sustentabilidade: O compromisso com um futuro saudável
A transformação digital na saúde está diretamente conectada à incorporação de práticas sustentáveis e ao compromisso com os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança), que ganham cada vez mais relevância no setor. Em 2025, os hospitais e instituições de saúde estão utilizando tecnologias avançadas para otimizar seus processos e minimizar os impactos ambientais. A digitalização de registros médicos, a adoção de prontuários eletrônicos e o uso de plataformas de telemedicina são exemplos claros de como a tecnologia está substituindo práticas tradicionais, reduzindo a necessidade de materiais físicos e diminuindo o consumo de recursos como papel e energia.
Por outro lado, as práticas sustentáveis estão diretamente ligadas a escolha de fornecedores responsáveis e capazes de implementar a sustentabilidade desde o topo da cadeia, seja na criação de produtos mais ecológicos e que reduzam o lixo hospitalar até o desenvolvimento de novas tecnologias que auxiliem na gestão de ponta a ponta.
Engenharia clínica: inovações que transformam o cuidado
O papel da engenharia clínica também foi amplamente debatido. Com o aumento no volume e na complexidade dos equipamentos médicos, cresce a importância da manutenção preventiva, da gestão inteligente do parque tecnológico e da capacitação das equipes para operar novas tecnologias.
Na prática, isso significa menos interrupções em atendimentos, mais segurança nos procedimentos e maior durabilidade dos equipamentos. O investimento em engenharia clínica tem se mostrado essencial não só para garantir a segurança do paciente, mas também para otimizar custos e ampliar a capacidade operacional dos hospitais.
Setor em transformação
Os destaques da Hospitalar 2025 reforçam que inovação tecnológica e práticas ESG não são mais tendências futuras – são o presente do setor. A transformação está em curso, e exige olhar atento para implementação ética, acessível e escalável dessas soluções.
Avançamos, mas o caminho segue exigindo colaboração, investimento e uma visão de longo prazo. Mais do que nunca, saúde, tecnologia e propósito caminham juntos.
*Michael Dickscheid é vice-presidente de Marketing & Vendas Aesculap & Avitum na B. Braun.
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“Não existirão mais radiologistas” – uma previsão equivocada
Geoffrey Hinton é uma figura proeminente no campo da inteligência artificial, tendo sido laureado com o Prêmio Nobel de Física de 2024 e com o Prêmio Turing de 2018 – esse último é frequentemente chamado de “Nobel da Computação”.
Apesar de suas qualificações, em 2016, Hinton perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, quando disse ser óbvio que num prazo que oscilava entre cinco e dez anos, não existiriam mais radiologistas, pois ferramentas de inteligência artificial, como os algoritmos de aprendizado profundo (deep learning), superariam os humanos na tarefa de interpretar imagens médicas.
Agora, os radiologistas, cujo trabalho vai além de interpretar imagens, são profissionais em falta – segundo a Association of American Medical Colleges, em 2033 faltarão naquele país cerca de 42 mil médicos, inclusive muitos radiologistas.
Ao falar sobre o assunto, o New York Times diz que a inteligência artificial é uma importante arma dos radiologistas, permitindo-lhes atuar muito mais eficientemente, inclusive detectando doenças anos antes do que acontece quando se usa métodos convencionais.
Na Mayo Clinic, segundo o jornal, onde o número de radiologistas aumentou 55% desde quando Hinton fez sua infeliz previsão, o departamento de radiologia cresceu e passou a incluir uma equipe de 40 cientistas de inteligência artificial, pesquisadores, analistas e engenheiros que desenvolveram mais de 250 modelos de inteligência artificial para uso em radiologia, incluindo analisadores de tecidos e preditores de doenças.
A Mayo Clinic Platform, é uma iniciativa da Mayo Clinic focada em saúde digital e à distância, que visa posicionar a instituição como líder global nesses campos, usando inteligência artificial e outros dispositivos. Seu presidente, John Halamka disse que “daqui a cinco anos, será negligência médica não usar inteligência artificial”.
Falando sobre sua infeliz previsão alguns anos depois, Hinton disse que se referira mais especificamente à tarefa de interpretação de imagens, e não à totalidade das responsabilidades de um radiologista.
*Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor e consultor.
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SAUDE BUSINESS
Sinistralidade dos planos de saúde: como calcular e reduzir o índice
Para reduzir a sinistralidade dos planos de saúde, uma boa estratégia é firmar parcerias com prestadores de serviços, buscando condições comerciais mais vantajosas e, assim, reduzir os custos assistenciais. Outra medida é adotar políticas de coparticipação e franquias, que estimulam o uso consciente dos serviços pelos beneficiários. Saiba mais!
Nos últimos anos, o setor de saúde suplementar no Brasil tem enfrentado grandes desafios relacionados à sinistralidade dos planos de saúde. Esse indicador, que mede a proporção das receitas das operadoras destinadas ao pagamento de despesas assistenciais, é crucial para avaliar a sustentabilidade financeira dos planos.
Em 2024, observou-se uma melhora nesse cenário. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a sinistralidade das operadoras médico-hospitalares atingiu 82,2% no quarto trimestre de 2024, representando a menor taxa para esse período desde 2018. Essa redução contribuiu para um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões no setor, um aumento de 271% em relação ao ano anterior.
Apesar dessa recuperação, o setor ainda enfrenta desafios. Levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) indica que 44% das operadoras encerraram 2024 com prejuízo operacional, um aumento em comparação aos 33% registrados em 2019.
Além disso, uma pesquisa conduzida pelo SESI e FIESP revelou que 41% das indústrias não adotam estratégias para reduzir a sinistralidade, evidenciando a necessidade de ações mais eficazes na gestão dos custos assistenciais.
O que é sinistralidade dos planos de saúde?
A sinistralidade representa a relação entre os custos assistenciais (sinistros) e as receitas obtidas pelas operadoras de planos de saúde. Em outras palavras, ela reflete o quanto a operadora gasta com atendimentos médicos em comparação ao valor arrecadado com as mensalidades dos beneficiários.
Esse índice avalia a eficiência operacional das operadoras e garante a sustentabilidade financeira dos planos de saúde. Uma sinistralidade elevada pode indicar desequilíbrios que comprometem a viabilidade do plano, enquanto uma sinistralidade controlada contribui para a estabilidade e a qualidade dos serviços prestados.
O que é o índice de sinistralidade?
O índice de sinistralidade é expresso em porcentagem e calculado pela fórmula:
Índice de Sinistralidade (%) = (Despesas Assistenciais / Receitas com Prêmios) x 100
Por exemplo, se uma operadora teve R$ 150.000,00 em despesas assistenciais e arrecadou R$ 100.000,00 em prêmios, o índice de sinistralidade seria:
(150.000 / 100.000) x 100 = 150%
Um índice acima de 100% indica que as despesas superaram as receitas, o que pode levar a prejuízos e necessidade de reajustes nos planos.
Impacto financeiro dos sinistros e despesas assistenciais
A utilização excessiva dos serviços de saúde pelos beneficiários eleva os custos assistenciais, impactando diretamente na sinistralidade.
Esse aumento pode ser resultado de diversos fatores, como envelhecimento da população, prevalência de doenças crônicas e falta de programas preventivos.
Consequentemente, a alta sinistralidade pode levar a reajustes nas mensalidades, tornando os planos mais onerosos para os usuários e afetando a competitividade das operadoras no mercado.
Recomendado: Saúde digital pode contribuir para amenizar reajustes anuais nos planos de saúde
Reajuste por aumento de sinistralidade: quando ocorre e como evitar?
O reajuste por sinistralidade é comum em planos coletivos e ocorre quando há um desequilíbrio financeiro devido ao aumento das despesas assistenciais. Para aplicar esse reajuste, as operadoras devem seguir critérios estabelecidos em contrato e apresentar justificativas baseadas em dados atuariais.
Evitar esse tipo de reajuste envolve o monitoramento constante da sinistralidade e a implementação de estratégias que promovam o uso consciente dos serviços de saúde, além de programas de prevenção e promoção da saúde.
Como reduzir a sinistralidade dos planos de saúde?
Reduzir a sinistralidade é fundamental para manter a sustentabilidade dos planos de saúde. Algumas estratégias eficazes incluem:
Gestão de custos em saúde suplementar: Implementar políticas de coparticipação e franquias pode incentivar o uso responsável dos serviços de saúde pelos beneficiários.
Programas de promoção à saúde e prevenção de doenças: Investir em campanhas de vacinação, check-ups regulares e programas de controle de doenças crônicas ajuda a reduzir a incidência de complicações e internações.
Educação dos beneficiários sobre uso consciente: Promover a conscientização sobre a importância do uso adequado dos serviços de saúde contribui para a diminuição de procedimentos desnecessários.
Parcerias com redes credenciadas e negociação de serviços: Estabelecer acordos com prestadores de serviços de saúde para obtenção de melhores condições comerciais pode reduzir os custos assistenciais.
Utilização de tecnologia e análise de dados: Adotar sistemas de gestão e análise de dados permite identificar padrões de uso e áreas de risco, facilitando a implementação de ações preventivas.
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A REDAÇÃO
Dr. Waldemar Naves é eleito para a Academia Nacional de Medicina
Médico é natural de Porangatu |
Goiânia – Goiano de Porangatu, o médico Waldemar Naves do Amaral, formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Ginecologia e Obstetrícia, e um dos fundadores do Centro de Medicina Fetal de Goiás, é o mais novo membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), Cadeira nº 75. Primeiro médico goiano a ingressar na ANM, que tem quase 200 anos, ele enfrentou as avaliações técnicas para admissão na Academia (apresentação de tese e memorial) e votação em plenário, que ocorreu nesta quinta-feira (22/5), na sede da entidade, no Rio de Janeiro, quando obteve 46 votos. A posse solene será marcada para os próximos dias.
A história da Academia Nacional de Medicina se confunde com a história do Brasil e é parte integrante e atuante na evolução da prática da medicina no país. Fundada sob o reinado do imperador dom Pedro I, em 30 de junho de 1829, mudou de nome duas vezes, mas seu objetivo mantém-se inalterado: o de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.
Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18h, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Essa reunião faz da ANM a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo. Também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, durante a sessão de aniversário, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.
Quem é
Destaque como pesquisador – em especial na área de reprodução humana, integrando a equipe pioneira na criação do bebê de proveta no Centro-Oeste brasileiro – e por sua atuação como professor, Waldemar é o atual diretor da Faculdade de Medicina da UFG. Filho de Nilza Naves Amaral e Waldemar Lopes do Amaral Brito, é casado com a também médica Mara Sandra Coelho Borges do Amaral, com quem tem dois filhos: Waldemar Naves do Amaral Filho e Alexandre Alcides Borges do Amaral, ambos nascidos em Goiânia.
Classificado em terceiro lugar no vestibular, ingressou na Faculdade de Medicina da UFG aos 16 anos. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Diagnóstico por Imagem (USG); mestre e doutor pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG.
Entre seus vários cargos e conquistas, é diretor secretário-geral e membro da Academia Goiana de Medicina; membro da Academia Nacional de Saúde dos Policiais Militares e Bombeiros Militares; é presidente da Sociedade Brasileira de Ética Médica; presidente da Comissão Estadual de Residência Médica do Goiás; coordenador da Comissão de Residência Médica do Hospital e Maternidade Dona Iris, de Goiânia; coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de Goiás; membro do Conselho Curador da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas; ex-presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia; tesoureiro e ex-presidente da Associação Médica de Goiás; ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana; e presidente da Sociedade Brasileira de Videocirurgia, Robótica e Digital.
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Assessoria de Comunicação
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CLIPPING AHPACEG 24 A 26/05/25
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DESTAQUES
Após pressão, ANS decide fazer câmara técnica sobre plano de saúde sem pronto-socorro
Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de boas práticas para Atenção Primária
https://medicinasa.com.br/ms-indicadores-aps/
Como a Neurocirurgia está sendo transformada pela Inteligência Artificial
https://medicinasa.com.br/mentes-e-maquinas/
Justiça coloca em liberdade médica acusada de exercício ilegal da profissão; caso chega ao STJ
Entenda por que o chamado ‘protocolo superbebê’ preocupa especialistas e não tem respaldo científico
Após pressão, ANS decide fazer câmara técnica sobre plano de saúde sem pronto-socorro
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu criar uma câmara técnica para discutir o sistema de plano de saúde sem direito a internação, atendimentos de urgência e terapias antes de colocar o modelo em testes.
Para o Idec (Instituto de Defesa dos Consumidores) o recuo da agência reguladora é fruto da pressão de entidades de consumidores.
O modelo, que prevê limitar esses planos a consultas eletivas e exames, também já havia sido criticado no início deste mês pelo MPF (Ministério Público Federal), por meio de uma nota técnica da Comissão de Saúde da Câmara do Consumidor e da Ordem Econômica, que apontava possibilidade de sobrecarregar o SUS (Sistema Único de Saúde). O órgão avaliou ainda a possibilidade de as empresas precarizarem os benefícios a seus funcionários, passando a oferecer modalidades populares em razão do custo menor.
A decisão da ANS foi tomada em uma reunião da Diretoria Colegiada da agência realizada nesta sexta-feira (23). A comissão será formada por dois membros da Câmara de Saúde Suplementar, dois representantes indicados pela agência reguladora, além de integrantes da Associação dos Servidores e dos demais colaboradores da ANS. Ela terá como função avaliar de forma detalhada os aspectos técnicos, jurídicos, econômicos e regulatórios do plano.
O Idec afirma ainda que “o teste do produto sugerido pela ANS não representa uma inovação e tem o grande potencial de atentar contra a vida, saúde e segurança dos consumidores brasileiros, como também é extremamente prejudicial ao sistema público de saúde”.
O parecer do MPF apontava não haver estudos para dimensionar o impacto dos planos populares para aqueles que já têm convênios tradicionais.
Seria possível, segundo a procuradoria, que algumas pessoas migrassem dos convênios completos para os restritos, sobrecarregando ainda mais a rede pública em casos de necessidade de atendimento mais complexo.
COMO O PLANO DEVE FUNCIONAR?
Estima-se que os planos sejam vendidos por menos de R$ 100, mas, em casos de emergência, o consumidor continuará dependente do SUS. Pela proposta, a ANS não definirá um limite para o reajuste dos preços desse tipo de plano de saúde, como ocorre hoje com os convênios individuais e familiares.
Segundo a agência, a nova modalidade deve ampliar o acesso dos brasileiros aos planos de saúde, especialmente aqueles que não conseguem arcar com os custos dos convênios tradicionais.
A modalidade passará por um período experimental de dois anos. De acordo com a ANS, os dados dos consumidores do plano estarão integrados ao SUS Digital para que as informações sobre o paciente possam ser concentradas em uma única plataforma. Os consumidores também terão acesso a exames de baixa complexidade.
Com o fim do período de experimentação, a ideia é que ANS defina se o modelo será mantido ou encerrado.
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MEDICINA S/A
Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de boas práticas para Atenção Primária
O Ministério da Saúdelançou os novos indicadores do componente de qualidade do cofinanciamento federal da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS. Esses indicadores servirão como referência para o monitoramento das ações ofertadas pelas equipes nos territórios e fazem parte do incentivo financeiro de melhoria contínua do cuidado.
Ao todo, são 15 indicadores, organizados em três blocos: Equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP); Equipes Multiprofissionais (eMulti); e Equipes de Saúde Bucal (eSB).
Os indicadores integram o componente de qualidade, um dos pilares da nova metodologia de cofinanciamento federal da APS, instituída em 2024. O modelo considera o desempenho das equipes e a oferta efetiva de ações e serviços como critérios para a definição do valor mensal repassado aos municípios. A mensuração levará em conta os resultados alcançados em cada indicador, envolvendo todos os membros da equipe na oferta do cuidado integral à população.
Durante a transmissão ao vivo, realizada em parceria com o Conasems e o Conass, a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, apresentou os novos indicadores e explicou como será feita a avaliação do desempenho das boas práticas pelas equipes. São eles:
Ações interprofissionais realizadas pela eMulti
Média de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti
Mais acesso à APS
Cuidado da pessoa com diabetes
Cuidado da pessoa com hipertensão
Cuidado da gestante e do puerpério
Cuidado da mulher na prevenção do câncer
Cuidado da pessoa idosa
Cuidado no desenvolvimento infantil
Escovação dentária supervisionada em faixa etária escolar
Primeira consulta odontológica programada
Tratamento odontológico concluído
Tratamento restaurador atraumático
Procedimentos odontológicos preventivos
Taxa de exodontias realizadas
“Os indicadores vão apoiar e orientar profissionais e gestores na ponta a compreender melhor o padrão esperado do cuidado a ser ofertado pelas equipes. O componente de qualidade permite identificar melhor as lacunas nas ações ofertadas e avançar no planejamento e na qualificação dos serviços prestados nos territórios”, afirmou a secretária Ana Luiza.
Composição do financiamento
Além do componente de qualidade, o cofinanciamento federal da APS inclui outros dois componentes:
Fixo, baseado na classificação do município segundo o Índice de Equidade e Dimensionamento (IED);
Vínculo e Acompanhamento Territorial, que considera critérios como vulnerabilidade social, cadastro e acompanhamento das pessoas pelas equipes, além da satisfação dos usuários atendidos.
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Como a Neurocirurgia está sendo transformada pela Inteligência Artificial
A neurocirurgia, uma das áreas mais complexas da medicina, vive uma revolução. Robôs, algoritmos e inteligência artificial (IA) estão entrando em cena não para substituir o neurocirurgião, mas para ampliar sua precisão, reduzir riscos e oferecer tratamentos cada vez mais personalizados. À frente desse avanço, o neurocirurgião Denildo Veríssimo acompanha de perto o impacto das novas tecnologias na prática clínica e no futuro do cuidado com o cérebro.
O papel da IA na neurocirurgia hoje
A tecnologia tem se tornado uma grande aliada da neurocirurgia. Hoje, sistemas e plataformas de navegação por imagem ajudam os médicos a mapear o cérebro com mais precisão, guiando os procedimentos com segurança e previsibilidade. Robôs oferecem movimentos extremamente precisos, mesmo em áreas delicadas e de difícil acesso. Para o neurocirurgião Denildo Veríssimo, essas ferramentas não substituem o olhar humano, mas potencializam a atuação médica: "Com o suporte da inteligência artificial e da navegação cirúrgica, conseguimos planejar com mais clareza, agir com mais confiança e, principalmente, oferecer resultados mais seguros aos pacientes. Vale dizer ainda que a IA nos oferece uma segunda opinião baseada em dados, ajudando a confirmar diagnósticos e a planejar intervenções com maior segurança", afirma.
Dados que salvam vidas
A análise de grandes volumes de dados, conhecida como Big Data, tem se mostrado uma aliada poderosa na medicina - especialmente na neurocirurgia. A inteligência artificial já é capaz de processar informações clínicas e de imagem de milhares de pacientes, identificando padrões que passariam despercebidos ao olhar humano. Estudos publicados em revistas como Nature Medicine e The Lancet Digital Health mostram que algoritmos de IA têm alcançado níveis de precisão diagnóstica superiores aos de especialistas, antecipando complicações e sugerindo abordagens terapêuticas mais eficazes. Na prática, plataformas aumentam a precisão cirúrgica em até 50%, reduzindo riscos e otimizando resultados. Além disso, a IA pode diminuir em até 30% o tempo de planejamento cirúrgico e agilizar decisões críticas em UTIs e prontos-socorros, impactando diretamente no prognóstico dos pacientes. Embora não cure por si só, a IA contribui para tratamentos mais assertivos, melhora a sobrevida e amplia as chances de recuperação com qualidade de vida.
"No entanto, o sucesso dessas tecnologias está diretamente ligado à qualidade dos dados que as alimentam. A inteligência artificial só pode ser precisa se for treinada com informações clínicas bem estruturadas e relevantes. Nesse contexto, o papel do neurocirurgião vai além da atuação técnica: ele se torna um curador de dados, responsável por validar, interpretar e garantir que as decisões geradas pela IA estejam alinhadas com a realidade clínica e respaldadas por evidências científicas", destaca Veríssimo.
IA e a formação médica
A incorporação da inteligência artificial também está modificando de forma significativa a formação dos futuros neurocirurgiões. Simulações com realidade aumentada e plataformas de treinamento baseadas em IA já são utilizadas em centros acadêmicos e hospitais de referência em diversos países, permitindo que residentes pratiquem procedimentos complexos em ambientes controlados, sem riscos para o paciente. Estudos publicados por instituições como a American Association of Neurological Surgeons (AANS) e a Harvard Medical School já demonstram que esse tipo de tecnologia contribui para a redução de erros técnicos e acelera a curva de aprendizado dos profissionais em formação.
Para Denildo Veríssimo, no entanto, essa evolução tecnológica deve caminhar junto com a construção de uma base ética e humanizada. "A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas é o discernimento humano que garante seu uso adequado. É essencial que os profissionais mantenham o foco no bem-estar do paciente, utilizando a IA como um complemento à sua expertise clínica - e nunca como substituto do olhar sensível e responsável que a medicina exige", destaca o neurocirurgião.
O que esperar do futuro?
A inteligência artificial já não é mais uma promessa distante - é uma realidade em rápida expansão que vem redesenhando os rumos da medicina contemporânea. Segundo projeções da consultoria Statista, o mercado global de IA na saúde deve ultrapassar US$ 100 bilhões até o fim da década, impulsionado pela crescente incorporação de tecnologias inteligentes em hospitais, centros de pesquisa e formação médica. Na neurocirurgia, esse avanço é especialmente significativo. Algoritmos de alta complexidade já são aplicados com sucesso na identificação de tumores de difícil acesso, localizados em regiões profundas do cérebro, onde cada milímetro importa. Ao cruzar grandes volumes de exames e dados clínicos, essas ferramentas contribuem para um planejamento cirúrgico mais preciso, seguro e menos invasivo, com maior preservação das funções neurológicas.
Esse cenário de transformação tecnológica abre espaço para uma nova geração de práticas e possibilidades. Interfaces cérebro-máquina, plataformas de reabilitação assistida por IA e diagnósticos preditivos são algumas das inovações em desenvolvimento que já começam a fazer parte da rotina em centros de referência. Mas, junto com as oportunidades, surgem também dilemas éticos relevantes: como garantir a privacidade dos dados dos pacientes? Quem responde por decisões automatizadas? E como democratizar o acesso a essas tecnologias de ponta?
Para o neurocirurgião, o desafio está justamente na harmonização entre o avanço tecnológico e os princípios que sustentam a boa prática médica. "A IA deve ser vista como uma parceira que amplia nossas capacidades, mas nunca substitui o olhar atento e empático do médico. O desafio está em equilibrar inovação com o cuidado centrado no paciente", afirma. Em outras palavras, a neurocirurgia do futuro será aquela em que o bisturi e o algoritmo caminham lado a lado - cada um com seu papel, ambos a serviço da vida. Com o apoio da inteligência artificial, os especialistas poderão oferecer tratamentos mais personalizados, eficazes e menos invasivos, sem perder de vista o essencial: o ser humano no centro de cada decisão.
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JORNAL OPÇÃO
Justiça coloca em liberdade médica acusada de exercício ilegal da profissão; caso chega ao STJ
Na sexta-feira, 24 de maio, a equipe protocolou novo Habeas Corpus junto ao STJ, pleiteando a isenção total da fiança e o trancamento do inquérito policial por ausência de justa causa
A médica Bianca Borges Butterby, que estava presa desde a última terça-feira, 20, foi colocada em liberdade pela Justiça neste domingo, 25. A prisão se deu por suspeita de falsificação de produto terapêutico, exercício ilegal da medicina e propaganda enganosa, segundo a Polícia Civil. O advogado Jaroslaw Daroszewski Fernandes (Darô Fernandes), que lidera a banca responsável pela defesa da médica Dra. Bianca Borges Butterby, afirmou que o caso representa um dos mais graves erros judiciários dos últimos anos em Goiás.
Apesar das acusações, a Dra. Bianca possui formação completa em medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG), registro ativo no CREMEGO, pós-graduação em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein, atuação prática em clínica especializada e certificações da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em áreas como obesidade, síndrome metabólica e nutrição bariátrica.
Após ser detida, a médica foi submetida à audiência de custódia, ocasião em que foi arbitrada fiança de R$ 250 mil reais. A defesa considerou o valor desproporcional e impetrou Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que determinou a redução para 10 salários mínimos (R$ 15.180,00). Os advogados consideraram a exigência “injusta e descabida”, uma vez que a atuação da médica é legal, legítima e respaldada por sua formação e pela legislação que rege a atividade médica no Brasil.
Na sexta-feira, 24 de maio, a equipe protocolou novo Habeas Corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), pleiteando a isenção total da fiança e o trancamento do inquérito policial por ausência de justa causa. Até este domingo, 25, o pedido ainda não havia sido julgado pela Corte.
Durante o período em que esteve custodiada no Hospital Neurológico, sob escolta policial, a médica passou por situação considerada pela defesa como degradante. Amigos e colegas da área da saúde se mobilizaram por meio de uma vaquinha solidária para viabilizar o pagamento da fiança e garantir sua liberação.
A defesa, coordenada por Darô Fernandes e composta pelos advogados Henrique Luiz Éboli, Leonardo Henrique Chaves Éboli e Henrique Luiz Éboli Júnior, afirma que vai ajuizar ação indenizatória considerando a prisão arbitrária e a ampla exposição da médica na imprensa — que, a classificou erroneamente como “falsa médica”, comprometendo sua reputação pessoal e profissional.
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O GLOBO
Entenda por que o chamado ‘protocolo superbebê’ preocupa especialistas e não tem respaldo científico
Prometendo aumentar o QI de bebês ainda na gestação, o chamado “protocolo superbebê” tem circulado nas redes sociais com promessas sedutoras. A técnica, que inclui o uso de aminoácidos e vitaminas — por via oral e injetável — antes da 12ª semana de gravidez, não possui qualquer comprovação científica e tem gerado alertas de entidades médicas. Ao GLOBO, a presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Febrasgo, Dra. Lilian Hsu, esclareceu os riscos e reforçou a importância de um pré-natal baseado em evidências.
Segundo a médica, não existe base científica que sustente a eficácia do protocolo. Lilian explica que durante a embriogênese, especialmente nas primeiras 12 semanas, o organismo da gestante e o feto estão extremamente sensíveis a qualquer interferência externa.
— O desenvolvimento neurológico fetal é um processo complexo, influenciado por fatores genéticos, ambientais, nutricionais e psicossociais. Reduzi-lo à administração de suplementos é uma visão simplista e perigosa — afirma a médica.
As diretrizes oficiais de saúde, como as da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, recomendam apenas a suplementação universal de ácido fólico e ferro durante a gestação. Outras suplementações devem ser orientadas apenas após avaliação clínica individual. O uso indiscriminado de substâncias durante a gestação, especialmente sem diagnóstico prévio, pode acarretar prejuízos reais ao bebê em formação.
Além disso, a especialista alerta que a suplementação feita de maneira aleatória pode gerar intoxicações, sobrecarga hepática e renal, além de mascarar deficiências reais que precisariam de tratamento adequado.
— Muitos nutrientes atravessam a barreira placentária e podem afetar diretamente o desenvolvimento do feto. Por isso, é preciso critério e acompanhamento médico rigoroso — acrescenta.
Apesar da ausência de respaldo científico, práticas como o “protocolo superbebê” ganham popularidade nas redes sociais. Para a Dra. Lilian, isso ocorre porque essas promessas apelam ao desejo legítimo dos pais de oferecer o melhor aos filhos.
— São soluções fáceis, vendidas como milagrosas. E o ambiente digital, com sua velocidade e alcance, favorece a propagação desse tipo de conteúdo, mesmo sem qualquer embasamento — afirma.
O combate à desinformação, segundo a médica, exige uma atuação conjunta: maior presença de profissionais éticos nas redes sociais e fiscalização dos conselhos de classe. Além disso, destaca a importância de orientar a população para que saiba diferenciar fontes confiáveis de conteúdo sensacionalista.
— Desconfiem de promessas fáceis. Medicina de verdade se faz com base em ciência, não em modismos da internet — conclui.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) também se posicionou contra o protocolo e informou que está monitorando a divulgação desse tipo de conteúdo. Para o conselho, além de representar um perigo real, a prática infringe o Código de Ética Médica e as normas do Conselho Federal de Medicina por promover tratamentos sem validação científica.
Para garantir um bom desenvolvimento fetal, a Dra. Lilian recomenda um pré-natal completo, realizado com profissionais qualificados. Ela reforça que alimentação equilibrada, suplementação adequada, abandono de hábitos nocivos e o acompanhamento regular são os caminhos comprovadamente eficazes.
— Recomendo que façam um pré-natal com profissionais qualificados. Procurem por referências desses médicos. Mantenham uma alimentação equilibrada, façam uso dos suplementos indicados por seus médicos, evitem substâncias que podem prejudicar a sua gestação, que deve ser o objeto de maior atenção e cuidado. Desconfiem de promessas muito sedutoras e procurem pelo acesso a informações seguras — conclui.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 23/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
Presidente da SBD-GO defende banimento do PMMA em audiência pública na Câmara de Goiânia
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/05/presidente-da-sbd-go-defende-banimento.html
Pais denunciam descredenciamento de clínicas pela Unimed Goiânia
https://ohoje.com/2025/05/22/pais-denunciam-descredenciamento-de-clinicas-pela-unimed-goiania/
Faculdade Sírio-Libanês lança curso de medicina com 100 vagas
Paralisação afeta atendimentos no Hospital das Clínicas da UFG
https://www.maisgoias.com.br/cidades/paralisacao-hospital-clinicas-ufg/
Justiça condena cirurgião por erro que matou paciente em Goiânia
https://www.maisgoias.com.br/cidades/justica-cirurgiao-erro-goiania
Ações por burnout na Justiça do Trabalho crescem 14,5% em 2025
Uma década de avanços em compliance e transparência no setor da Saúde
https://medicinasa.com.br/avancos-compliance/
Conselho de lideranças entrega relatórios sobre problemas em unidades de saúde de Goiânia a secretário
TV ANHANGUERA
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
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FOLHA DO PLANALTO
Presidente da SBD-GO defende banimento do PMMA em audiência pública na Câmara de Goiânia
O uso estético do polimetilmetacrilato (PMMA) voltou a ser alvo de críticas em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Goiânia, no dia 20. O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), Samir Pereira, participou do encontro e defendeu com firmeza o banimento total da substância em procedimentos estéticos, alertando para os riscos graves associados ao seu uso.
A audiência foi proposta pelo vereador Dr. Gustavo (Agir), presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Casa, e reuniu especialistas da área médica, pacientes e representantes da indústria. Também participou o cirurgião plástico e conselheiro por Goiás no Conselho Federal de Medicina (CFM), Marcelo Prado, que reforçou o posicionamento contrário ao PMMA.
“Os riscos superam em muito qualquer benefício alegado. Estamos falando de um produto que pode causar complicações graves locais deformantes como necrose tecidual e complicações sistêmicas como hipercalcemia e insuficiência renal”, destacou Samir Pereira, alinhando-se à posição do CFM, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que também defendem a retirada definitiva da substância do mercado estético.
Durante a audiência, pacientes que sofreram complicações após o uso do PMMA em procedimentos faciais e corporais relataram experiências traumáticas, marcadas por mutilações, dores crônicas, alterações na pele e sofrimento psicológico.
Um representante da indústria defendeu o produto, atribuindo os problemas à imperícia de profissionais. A justificativa foi refutada por Marcelo Prado, que frisou que o problema não está no profissional que aplica, mas no produto apresentado como um preenchedor ou bioestimulador. “O CFM e a SBCP já alertaram que o polimetilmetacrilato não tem nenhuma indicação de uso”, disse.
O vereador Dr. Gustavo apresentou um projeto de lei para fiscalizar o uso do PMMA nas clínicas da capital. Porém, tanto a SBD-GO quanto a SBCP-GO sustentam que apenas a proibição total pode evitar novos casos de complicações graves. “Não se trata de uso incorreto, mas da inadequação do produto em si”, concluiu Samir Pereira.
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O HOJE
Pais denunciam descredenciamento de clínicas pela Unimed Goiânia
Mãe de criança autista afirma que alternativas indicadas pelo plano de saúde não possui estrutura, nem vagas e que muitos pacientes podem perder o acompanhamento com profissionais
“Querem que a gente mude de clínica, mas não tem vaga, não tem estrutura. Nossos filhos não são pacotes que você realoca de um lugar para outro”, desabafa Wanderleia Foto: Divulgação
Pais e responsáveis por crianças com necessidades especiais como autismo, Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia e síndrome de Down denunciam um cenário de incerteza e insegurança após a Unimed Goiânia anunciar, no último dia 15 de maio, o descredenciamento de três clínicas referência em atendimento terapêutico: a Clínica Amplitude, o Centro de Reabilitação e Aprendizagem Psicopedagógica (CRAP) e o Instituto Sara Jacobi. O atendimento será oficialmente encerrado em 29 de junho.
Segundo as famílias, a medida foi tomada de forma unilateral e compromete diretamente a continuidade dos tratamentos multidisciplinares de crianças que já estabeleceram vínculos com profissionais especializados. A situação afeta mais de 200 pacientes, muitos deles em situação de vulnerabilidade e com laudos que exigem terapias específicas e intensivas.
A mãe do Matheus, de 7 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), relata que o comunicado oficial não chegou por meio da operadora, mas sim das próprias clínicas. “Na crap, eles foram avisados por um motoboy que levou a documentação. As famílias foram informadas com pouco tempo para reorganizar as terapias dos filhos. A Unimed deu uma lista com quatro clínicas como alternativa, mas nenhuma delas tem todas as especialidades que nossos filhos precisam”, denúncia Wanderleia Teixeira de Oliveira, que também é psicóloga e atua na área de atendimento a pessoas atípicas.
Ela afirma que há hoje cerca de 30 clínicas credenciadas pelo plano médico em Goiânia, mas apenas 14 possuem todas as especialidades exigidas nos laudos das crianças, e mesmo essas não têm vagas. “A maioria das clínicas só tem vaga em uma especialidade. Uma atende psicologia, outra TO, outra fono. Mas como levar uma criança com necessidades complexas em locais diferentes com apenas cinco minutos entre uma sessão e outra? É inviável”, explica.
Wanderleia também chama atenção para o despreparo das clínicas ao lidar com casos mais severos ou com adolescentes. “Muitas recusam atender acima de 12 anos. Alegam rigidez comportamental, agressividade. Isso mostra que não estão prontas para receber esse público. E é esse o redirecionamento que estão oferecendo para nós?”, questiona.
Ela relata que, mesmo após o anúncio, a Unimed não dialogou diretamente com os pais e desmarcou reuniões com as clínicas. “Tentaram marcar reuniões com os diretores das clínicas, mas desmarcaram. Marcaram reunião pro CRAP só depois do prazo de descredenciamento. Isso mostra total falta de compromisso com a continuidade do tratamento”, desabafa.
Em nota oficial, a empresa afirmou que o descredenciamento foi realizado dentro das normas contratuais e com base na política de gestão da rede de prestadores. A operadora também assegura que a medida segue as diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que nenhum tratamento será interrompido, já que clínicas substitutas foram indicadas. “Foram realizados testes de capacidade com os prestadores, que confirmaram disponibilidade de vagas e estrutura para absorver os pacientes”, afirmou.
No entanto, pais e responsáveis seguem denunciando que a realidade é outra. “As crianças não são pacotes que você muda de lugar. Elas criam vínculos, têm rotinas. Tirar isso delas, de forma abrupta, é cruel. Parece que querem reduzir nossas terapias só pra cortar custo”, finaliza Wanderleia.
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CORREIO POPULAR
Faculdade Sírio-Libanês lança curso de medicina com 100 vagas
A Faculdade Sírio-Libanês anunciou nesta quinta-feira (22) o lançamento de graduação em medicina, recém autorizada pelo Ministério da Educação (MEC). A faculdade contará com 100 vagas por ano para o bacharelado em medicina, com duração de 12 semestres e carga horária total de 8.600 horas. O corpo docente será composto com 98% de profissionais doutores, que acumulam, em média, 17 anos de prática clínica e 9 anos de experiência no ensino. A faculdade já oferece os cursos de enfermagem, psicologia, fisioterapia e, mais recentemente, biomedicina.
Segundo a presidente do Sírio-Libanês, o curso oferece uma formação que une rigor científico e inovação tecnológica a uma abordagem humanizada.
“O lançamento do curso de medicina da Faculdade Sírio-Libanês é um marco histórico que reforça nosso legado centenário e materializa o compromisso genuíno com a formação de profissionais que buscam excelência no cuidado, no ensino e na pesquisa”, disse.
De acordo com o diretor geral do Sírio-Libanês, Fernando Ganem, a grade curricular integra teoria e prática desde o primeiro semestre, com conteúdo estruturado em unidades curriculares, que incluem, além dos temas inerentes à formação médica, conteúdos sobre empreendedorismo, gestão, pesquisa e inovação.
“Atuando de forma personalizada e centrada no paciente, nossos alunos estarão preparados para oferecer cuidados seguros, sustentáveis e humanizados ao longo de toda a vida. Estarão aptos a compreender e influenciar os sistemas de saúde como um todo, público e privado, aplicando conhecimentos de gestão para promover eficiência, eficácia e efetividade nos serviços, sempre com atuação colaborativa e interprofissional”, afirmou.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que os médicos e biomédicos formados serão especialistas em gente, o que está cada vez mais difícil de acontecer.
“Porque isso significa se confrontar com novas tecnologias que às vezes distanciam o profissional do cuidado com o ser humano. Significa se confrontar e interagir com novas tecnologias que nos ajudam a trazer mais informação como a inteligência artificial, com a busca ativa de informação”.
Padilha afirmou ainda confiar que a instituição formará médicos que reconheçam a evidência científica como a ciência que tem guiar sua conduta, sua prática clínica e terapêutica.
“Eu duvido que vai ter médico negacionista formado por essa instituição. Os formados aqui vão confiar de forma permanente na prática e na evidência clínica e com isso nos ajudar a enfrentar tantos desafios”, ressaltou.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que, mais do que a abertura de um curso, o que se celebrou hoje foi o compromisso com uma medicina humanizada, socialmente referenciada e academicamente robusta.
“O curso autorizado pelo MEC representa uma iniciativa de excelência, com 100 vagas anuais oferecidas por uma instituição que obteve nota máxima em todas as dimensões avaliadas pelo Ministério: projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura. Este curso nasce do contexto da lei 12.871, que instituiu o programa Mais Médicos e previu a abertura de cursos em hospitais que atendam a rigorosos requisitos de qualidade”.
De acordo com Santana, o Hospital Sírio-Libanês atendeu com excelência a todos os requisitos, com residências médicas em mais de 10 especialidades, mais 400 leitos próprios, convênios com o SUS, estrutura de ensino, laboratórios modernos e um ambiente interdisciplinar que articula ensino, serviço e pesquisa.
“Também quero lembrar que 10% do faturamento bruto do curso de medicina será destinado à estrutura de serviço, ações e programas de saúde do SUS. E 10% do total das vagas autorizadas serão de gratuidade para a seleção que a faculdade irá realizar. Mais do que formar médicos esta iniciativa se propõe a formar profissionais cidadãos com sólida formação científica, competência clínica, empatia, ética, liderança e compromisso com a justiça social”, finalizou o ministro.
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MAIS GOIÁS
Paralisação afeta atendimentos no Hospital das Clínicas da UFG
Aproximadamente 70% dos técnicos-administrativos do HC trabalham em plantão para que 30% dos servidores participem das atividades, o que inclui uma viagem a Brasília para reunião
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/EBSERH), em Goiânia, funciona com restrições nesta quinta (22) e sexta-feira (23). A situação ocorre em decorrência de uma paralisação de 48 horas dos colaboradores da UFG.
Conforme comunicado, o atendimento em todas as unidades de internação poderá ser afetado, uma vez que o hospital opera com capacidade reduzida durante esse período. A direção do HC pediu compreensão da população e garantiu que trabalha para manter a qualidade do atendimento, mesmo diante das limitações temporárias.
A paralisação é uma mobilização dos trabalhadores da universidade, o que impacta diretamente os serviços prestados dentro do hospital, que é vinculado à instituição. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), aproximadamente 70% dos técnicos-administrativos do HC trabalham em plantão para que 30% dos servidores participem das atividades de paralisação, incluindo uma caravana a Brasília para reunião da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) com o governo Federal nesses dias.
“Em Brasília vamos discutir a implementação das pautas acordadas que ainda faltam ser efetivadas, como: reposicionamento dos aposentados, revisão dos adicionais, reconhecimento de pós-graduação no exterior, democracia interna das IFES; 30 horas semanais, escala 12×60; carga horária das profissões regulamentadas, etc.”, detalha João Pires, diretor de comunicação do Sint-Ifesgo.
Sobre a paralisação, o sindicato esclarece que a ação ocorre após o governo federal descumprir um acordo firmado com a categoria (sobretudo, a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação). Ainda segundo a entidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a Reforma Administrativa, com um prazo de apenas 45 dias para apresentar propostas. Ou seja, sem debate profundo com os envolvidos.
“Enquanto os servidores públicos cobram diálogo e transparência, essa nova proposta surge como uma tentativa de acelerar mudanças profundas, sem o devido debate com a população”, diz o sindicato que alerta para o risco de:
Enfraquecimento do serviço público;
Risco de precarização do trabalho de servidores
Redução de direitos históricos;
Impacto direto na saúde, educação e segurança.
O Mais Goiás procurou a assessoria do Hospital das Clínicas, que enviou a seguinte nota:
“O Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) informa que os atendimentos de urgência e emergência permanecem inalterados e, até o momento, nenhum procedimento eletivo foi suspenso. O HC-UFG informa ainda que todos os esforços estão sendo feitos para garantir a continuidade dos serviços assistenciais com a força de trabalho dos empregados públicos da Ebserh.”
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Justiça condena cirurgião por erro que matou paciente em Goiânia
Thaisa Maia Gonçalves Pereira faleceu em 29 de julho de 2023 durante um procedimento cirúrgico comandado pelo profissional
O juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima condenou o cirurgião geral e do aparelho digestivo, Luiznei Francisco da Rocha, por homicídio culposo em um ano, nove meses e dez dias de reclusão, além de prestação de serviços à comunidade pagamento de dez salários-mínimos pela morte de uma paciente, em um hospital no setor Bueno, em Goiânia. A decisão é de quarta-feira (21).
Consta nos autos que Thaisa Maia Gonçalves Pereira faleceu em 29 de julho de 2023 durante um procedimento cirúrgico comandado pelo médico. Ela tinha sido diagnosticada com colelitíase (pedra na vesícula) e foi submetida a cirurgia abdominal sob responsabilidade do denunciado. Segundo o Ministério Público, entretanto, o profissional agiu com “imperícia, violando regras técnicas da profissão, ao perfurar ramos da aorta abdominal e da veia cava inferior com o instrumento de punção da parede abdominal (trocarte), o que resultou em grave hemorragia e choque hipovolêmico, ocasionando a morte da paciente”.
No processo, a defesa, por sua vez, negou imperícia ou descumprimento de regra técnica, e disse não haver prova de conduta censurável ou inabilidade técnica por parte do réu. Além disso, reforçou que o médico é um profissional qualificado e experiente, “e que a simples ocorrência do resultado danoso não implica responsabilidade penal, especialmente quando ausente demonstração de erro grosseiro”. Ainda conforme o defensor, a complicação ocorrida “constitui risco inerente ao procedimento, ainda que raro, mas reconhecido pela literatura médica especializada”.
Já o magistrado citou que o parecer do IML indicou que a causa da morte foi perfuração acidental de grandes vasos abdominais. “O laudo foi categórico ao apontar que esse tipo de lesão é incomum nesse tipo de procedimento e que a cirurgia de retirada da vesícula nem chegou a ser realizada, dada a gravidade da intercorrência.” E ainda: “Ainda que o acusado tenha declarado ter seguido os protocolos técnicos recomendados para a introdução do trocarte, é incontroverso que o instrumento ultrapassou o espaço seguro criado pelo pneumoperitônio, atingindo estruturas vasculares retroperitoneais que não deveriam ser alcançadas por esse tipo de acesso.”
Ele ressaltou, também, que se tratava de um procedimento considerado tecnicamente simples, amplamente difundido na prática médica cotidiana, cuja taxa de complicações graves é notoriamente baixa. Assim, para o juiz, com base no apurado, “o evento danoso não decorreu de risco inerente ou inevitável da medicina, mas sim de falha humana individualizada”.
O Mais Goiás procurou o advogado do médico para se posicionar, uma vez que ainda cabe recurso. Não houve retorno até o fechamento da matéria.
Advogado da família
O advogado da família de Thaisa, Henrique Tibúrcio, afirma que a decisão é um alento. Segundo ele, é o mínimo que se poderia fazer, já que não se pode mais trazer ela de volta. “O reconhecimento que houve um erro médico, por imperícia e negligência, é o que sustentávamos desde o início.” Segundo ele, ficou afastada qualquer possibilidade de alegação de intercorrência na cirurgia. Reforçou, inclusive, que essa decisão vai subsidiar um processo cível que já está em andamento.
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FOLHA DE S.PAULO
Ações por burnout na Justiça do Trabalho crescem 14,5% em 2025
Pedidos de indenização representam passivo de R$ 3,75 bilhões, com valor médio de R$ 368,9 mil por processo
A ações na Justiça do Trabalho por burnout cresceram 14,5% nos primeiros quatro meses de 2025 ante o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do escritório Trench Rossi Watanabe exclusivo para a Folha.
Os dados mostram que, de janeiro a abril de 2024, foram distribuídos 4.585 novos processos. Já no mesmo período deste ano, o volume subiu para 5.248. Os pedidos de indenização somam um passivo de R$ 3,75 bilhões para as empresas, com valor médio de R$ 368,9 mil por ação.
O burnout é um esgotamento profissional crônico, como consequência do excesso de trabalho altamente desgastante. A doença foi reconhecida como ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2022, passando a fazer parte da CID (Classificação Internacional de Doenças) sob o código 11.
No Brasil, o governo inclui o burnout na lista das que garantem afastamento do trabalho, com pagamento de auxílio-doença pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) - para quem contribui com a Previdência- , e pelos regimes próprios de previdência de estados, municípios e do Distrito Federal.
Ações na Justiça por burnout crescem entre 2024 e 2025 e ligam alerta de especialistas e governo, com passivo de R$ 3,75 bilhões
A advogada Leticia Ribeiro, líder da área trabalhista do Trench Rossi Watanabe, afirma que o número de ações por burnout saltou no ano de 2024, como consequência das mudanças no trabalho trazidas após a pandemia de Covid-19, quando, no confinamento, perdeu-se o limite entre o profissional e o privado.
"A verdade é que, com a pandemia, a gente passou a 'dormir no trabalho', e isso teve consequências, que culminaram em adoecimento e uma alta de ações na Justiça do Trabalho, e vemos que essa tendência continua", diz Leticia.
O levantamento do escritório mostra que, durante todo o ano de 2024, foram distribuídas 16.670 novas ações sobre burnout, quase 22 vezes mais do que há dez anos, em 2014, quando foram 771 novos processos do tipo, em um momento em que a síndrome ainda não era tratada como doença ocupacional, mas como "fenômeno ligado ao trabalho".
Segundo Leticia, o passivo trabalhista cresce e a Justiça do Trabalho passa a se ver ainda mais abarrotada de ações em causa que pode chegar a R$ 100 milhões ou mais. Ela afirma ainda que, do ponto de vista da empresa, provar que o adoecimento do profissional não está ligado ao trabalho tem ficado mais difícil.
"Quando o trabalhador entra com a ação, apresentando atestados e documentos médicos, cabe à empresa provar que não tem a ver com o trabalho. O que pode ser usado com prova de que o adoecimento eestaria ligado a outros fatores é ter um ambiente de trabalho bom, onde não há assédio, excesso de jornada extraordinária nem dano psicológico que pode gerar esgotamento", afirma.
Neste sentido, Leticia diz que as mudanças na NR-1 (norma regulamentadora 1), promovidas pelo MTE (Ministério do Trabalho Emprego), que obrigam empresas a mapearem os riscos psicossociais do ambiente de trabalho pode auxiliar as companhias contra futuros processos, para quem seguir as regras.
A validade da NR, que passaria a contar a partir de 26 de maio, foi adiada para 2026. Segundo o MTE, neste período de um ano, as empresas não serão multadas, mas deverão se adaptar ou que está sendo determinado pelo norma regulamentadora.
O adiamento ocorreu após pressão do empresariado, especialmente no setor de comércio e serviços e na indústria. O setor bancário afirma que já se adaptou às novas normas, publicadas há um ano, após grupo de trabalho formado entre governo, trabalhadores empregadores para debater as mudanças.
Em 2024, o MTE criou também um selo de saúde mental para as companhias, medida que, na prática, ainda está funcionando, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Glauco Callia, especialista em medicina do trabalho e criador da plataforma Zenith para monitorar os riscos psicossociais das atividades, acompanha há mais de dez anos questões ligadas à saúde ocupacional em todo o mundo e, segundo ele, o Brasil é das últimas grandes democracias a adotar essa legislação.
"Com base na experiência internacional de quem há 20 anos vem implementando ações em diversos países, o quanto antes uma empresa consiga mapear a causa-raiz de um problema do tipo, muito mais fácil é estabelecer soluções para isso e evitar que as pessoas cheguem ao burnout."
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MEDICINA S/A
Uma década de avanços em compliance e transparência no setor da Saúde
O Instituto Ética Saúde nasceu com o propósito de promover a integridade no setor da saúde, buscando aprimorar a cultura de negócios pautados na ética e transparência, sempre pensando em benefício do paciente e do sistema como um todo. E os últimos dez anos mostraram que o esforço coletivo é capaz de promover mudanças estruturais importantes. Começamos com foco específico nos dispositivos médicos, mas ampliamos seus eixos de atuação para todo o setor de saúde. Hoje, o IES é um marco na América Latina e um dos maiores do mundo.
A autorregulação da saúde é um processo pelo qual empresas, entidades e profissionais do setor estabelecem, voluntariamente, regras, padrões éticos e mecanismos de fiscalização para garantir práticas transparentes e justas, alinhadas com princípios de integridade. Por meio do Acordo Setorial de 2015 - do qual participei desde o início em uma parceria entre a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) e o Instituto Ethos - estabelecemos diretrizes éticas que vêm sendo aprimoradas continuamente. Instruções normativas foram criadas para orientar a conduta dos associados e promover um ambiente de transparência e integridade. Além disso, iniciativas como o QualIES, um programa avaliação da maturidade dos programas de compliance, auxiliam empresas a implementarem sistemas que efetivamente ajudam na disseminação dessas boas práticas em toda a cadeia da saúde.
Um dos resultados mais evidentes desse processo de autorregulação é a transformação cultural que temos presenciado nas empresas, ao longo desses anos. Muitas adotaram departamentos de compliance bem estruturados, com autonomia e acesso direto à alta liderança. Criaram canais de denúncia sólidos, capazes de apurar irregularidades de forma eficaz e transparente. Um estudo recente do IES, que avaliou as respostas dos associados ao Questionário de Autoavaliação de Integridade do Instituto Ética Saúde, de 2017 a 2024, confirma um processo contínuo de amadurecimento institucional e operacional, refletido na qualidade crescente das respostas e na incorporação prática de políticas e controles voltados à ética, conformidade e governança. No bloco temático Governança e Gestão - especialmente aqueles que tratam da autonomia da área de compliance, da atuação de comitês internos e da existência de mapas de riscos - algumas perguntas com índices inferiores a 40% de respostas positivas em 2017 alcançaram mais de 75% em 2024, o que confirma a efetividade das orientações e ferramentas promovidas pelo Instituto.
É importante destacar também a influência no Instituto na gestão pública e o setor privado, como o trabalho junto ao Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), cujas associadas são responsáveis por gerenciar cerca de 50% dos contratos de gestão das organizações sociais de saúde do país. Essa atuação ampliada contribuiu significativamente para a disseminação de padrões éticos, especialmente em grandes capitais. Ainda falando de gestão pública, estamos desenvolvendo, em conjunto com a prefeitura de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, um modelo piloto de boas práticas de máxima transparência e governança nas ações da Secretaria de Saúde do Município. Uma ação inédita que pode se replicar Brasil a fora.
Outro avanço concreto dessa uma década de trabalho é a diminuição significativa dos descontos financeiros sistemáticos, que eram práticas comuns e distorcidas nas negociações comerciais envolvendo hospitais e operadoras. É notória ainda a diminuição dos incentivos indevidos a profissionais de saúde. Antigamente, era comum a prática de comissões ilegítimas, brindes disfarçados e patrocínios sem propósito técnico ou científico. Hoje, critérios éticos claros regulam os processos comerciais e, em muitos casos, contratos são cancelados quando se identificam condutas antiéticas reincidentes. A relação com médicos e instituições também mudou significativamente. As interações passaram a ser registradas formalmente, com contratos claros e prestação de contas transparente sobre consultorias e eventos. Essa prática se tornou um importante balizador de integridade nas relações comerciais.
O IES sempre defendeu que a ética nas relações econômicas deve ser trabalhada já na formação dos futuros médicos, enfermeiros, biomédicos, odontólogos, fisioterapeutas e afins. E há avançando neste sentido. Apresentamos, no início de abril, ao Ministério da Educação uma proposta de inclusão de disciplinas transversais que promovam a formação da Ética e da Integridade das relações econômicas do profissional da saúde no currículo das escolas voltadas às ciências da saúde. Temos certeza que ensinar sobre os oportunismos existentes nas relações profissionais e como estas más-práticas impactam na vida do cidadão dentro de cada área de atuação garantirá aos pacientes serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua situação financeira ou social.
O Instituto também se destacou por promover um diálogo ético entre o setor privado e o poder público. A colaboração mútua com instituições como o Ministério da Saúde, Anvisa, ANS, CADE, TCU e CGU se intensifica, ano a ano. Esses órgãos governamentais apoiam inclusive o Marco de Consenso para a Colaboração Ética Multissetorial na Área de Saúde, outra grande entrega para a sociedade brasileira. Com mais de 40 entidades signatárias, esse documento define diretrizes para condutas éticas entre empresas, profissionais e instituições de saúde, com atualizações que abrangem temas contemporâneos como o uso ético de algoritmos e inteligência artificial.
Em paralelo, temos acompanhado e proposto projetos de lei junto ao Congresso Nacional. Entre as iniciativas em andamento, destaco a proposição de um "Mês da ética na saúde", com o desenvolvimento de mecanismos legais que obriguem estados e municípios a promoverem transparência nas suas relações econômicas e financeiras.
As parcerias com grupos de pesquisas vinculados a algumas das mais importantes e respeitadas faculdades do país, como Universidade Mackenzie, FGV e PUC, para desenvolvimento de estudos que nos ajudem a entender melhor o mercado e atuar de maneira ainda mais assertiva, são fundamentais e estão sendo de extrema importância para guiar os próximos passos. Entre as pesquisas e projetos em andamento estão a atualização das principais práticas oportunistas das empresas - com o descritivo de cada prática para conhecimento amplo dos profissionais do setor e da sociedade, que foi desenvolvido com base no canal de denúncia do IES, discussões com profissionais do setor da saúde, grupos de trabalho e denúncias informais; a percepção de corrupção na cadeia da saúde; e o mapeamento da legislação vigente para o combate às práticas ilícitas na saúde e o que pode ser melhorado.
Os avanços alcançados pelo Instituto Ética Saúde ao longo desses 10 anos são inegáveis. Esses são os frutos do trabalho conjunto de diferentes agentes do setor, que compreenderam a importância de se comprometer com os princípios éticos que defendemos. Olhar para trás e perceber essa evolução é um reconhecimento de que estamos no caminho certo.
Embora a estrada seja longa, tenho convicção de que continuaremos evoluindo e consolidando esse movimento de integridade que iniciamos há uma década. Hoje, mais de 300 empresas e entidades da cadeia da saúde, de diferentes portes e segmentos, estão engajadas voluntariamente com as normas de autorregulação. Essa adesão é um reflexo da credibilidade que o Instituto conquistou ao longo desses anos e de sua capacidade de influenciar positivamente o mercado. Vamos em frente!
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JORNAL OPÇÃO
Conselho de lideranças entrega relatórios sobre problemas em unidades de saúde de Goiânia a secretário
Conselho de lideranças da Região Noroeste leu relatório e estabeleceu prazo de 60 dias para retornas às unidades e verificar a solução dos problemas
O Conselho de Lideranças Comunitárias da Região Noroeste de Goiânia se reuniu com o secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizer, para entregar um relatório sobre a inspeção de nove unidades de saúde da região. O documento aponta diversas irregularidades, como o fechamento das farmácias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros São Carlos e Alto do Vale, além da falta de medicamentos como sertralina, tramadol, captopril, diazepam e paracetamol.
Também foram relatadas carências de insumos básicos — como cateteres (abocaths) para aplicação de injeções em crianças, capotes descartáveis, álcool, pilhas e até papel sulfite A4, utilizado na impressão de receitas e documentos médicos.
Durante a audiência com o secretário de saúde, os membros do conselho leram o relatório ao secretário e estabeleceram um prazo de 60 dias para novas visitas à unidade para averiguar a resolução dos problemas. Pellizer garantiu que uma resposta formal às demandas e disse que buscará solução para as questões.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já comprou e distribuiu de forma emergencial mais de 80 tipos de medicamentos e diversos materiais essenciais à assistência à saúde e que já aplicou penalidades a mais de 50 empresas que tem contrato com a pasta por falta de regularidade no fornecimento de insumos. A pasta também reforçou ter realizado a contratação de 150 profissionais da saúde para ampliar, qualificar e fortalecer a rede de atenção básica, além de 98 profissionais para atuar na urgência e emergência. Confira abaixo a nota na íntegra.
Pellizer agradeceu aos membros do conselho presentes na reunião e disse que a ação de controle e fiscalização por parte da população é importante e auxilia a gestão na resolução dos problemas. “Quanto mais dados vocês trouxerem pra gente, quanto mais problemas vocês trouxerem, mais facilmente a gente vai poder resolver”, disse. Ele pontuou, porém, que algumas informações descritas no relatório já foram resolvidas, como o envio errado do álcool e alguns medicamentos que já não estão mais em falta.
Problemas
Professor e membro do conselho, Alonso de Oliveira disse ao Jornal Opção que as visitas foram realizadas diante das reclamações de moradores e usuários do Sistema Único de Saúde e sem o apoio de vereadores. “Criamos o conselho com lideranças comunitárias da região noroeste de Goiânia há dois anos, é um conselho autônomo, apartidário e independente”, conta. Ele lembra que a região tem dezenas de unidades de saúde e que as visitas devem continuar com o objetivo de identificar falhas na prestação do serviço e para fiscalizar a atuação dos profissionais.
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) Noroeste, de acordo com o Conselho, está sem o gestor da unidade, o que, na visão de Alonso, dificulta a solução dos problemas da unidade. “Não tem segurança, falta canalizar o gás da cozinha da unidade, o local precisa de roçagem e retirada de entulhos. Além disso, não tem telefone há mais de oito meses e os servidores precisam utilizar seus próprios aparelhos celulares quando precisam entrar em contato com pacientes ou familiares”, conta. Ele revelou à reportagem que a unidade não regula os pacientes do CAPs e que a Unidade de Pronto Atendimento da Região (UPA) fica responsável pelos encaminhamentos.
Os moradores também reclamam que a UPA – Maria Pires Perillo – não está com a equipe de enfermagem completa na última terça-feira, 20, além da falta de alguns insumos na unidade. “O muro da parte externa está com um buraco que facilita o acesso de vândalos, os enfermeiros estão com uma escala de 12h x 60h e há falta de medicamentos para a unidade que é de pronto atendimento”, contou Florisvaldo Pereira.
Farmácias e centros odontológicos fechados
A vistoria no Posto de Saúde Família (PSF) do Jardim Curitiba II revelou o mato alto e muito entulho no entorno da unidade. “Falta materiais de limpeza, papel higiênico, papel toalha e até chamex para impressão de documentos”. Pacientes e servidores da unidade relataram à reportagem que falta segurança na unidade tanto no período noturno quanto no período diurno. Além disso, a farmácia da unidade só funciona no período da manhã e há falta de medicamentos no local.
O conselho constatou ainda que a sala de odontologia da UBS do bairro São Carlos está fechada há mais de cinco anos. “A farmácia está fechada por falta de servidores, o que vem causando grandes impactos para a população que dependem desse departamento da unidade funcionando”, disse um morador à reportagem. Os usuários reclamam ainda de objetos em estados degradantes, mofo em diversos locais, móveis sucateados e que a unidade precisa de uma roçagem e retirada de entulhos do entorno.
A situação é ainda mais grave na unidade do Setor Alto do Vale, que não tem gestor na unidade por falta de nomeação por parte da prefeitura. Segundo relatado à reportagem, faltam insumos como fita para medir glicemia, capotes descartáveis, dispositivo intrauterino (DIU), luvas, gazes, ataduras, pilhas para os aparelhos de pressão arterial, além do álcool, já que a empresa responsável pela distribuição do insumo mandou o tipo errado. “A farmácia está fechada, a sala de odontologia está fechada e a unidade precisa de manutenção na parte externa. Precisa de reparo pois foi identificado muito mofo na parte interna”, conta.
Nota SMS
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que o médico titular da pasta, Luiz Pellizzer, participou de reunião com as lideranças comunitárias da Região Noroeste, recebeu as demandas apresentadas e detalhou as principais ações da atual gestão para o enfrentamento do estado de calamidade em que a rede municipal de saúde foi recebida.
A SMS ressalta que já comprou e distribuiu de forma emergencial mais de 80 tipos de medicamentos e diversos materiais essenciais à assistência à saúde e que já aplicou penalidades a mais de 50 empresas que tem contrato com a secretaria por falta de regularidade no fornecimento de insumos.
A secretaria destaca que realizou a contratação de mais de 150 profissionais de saúde para ampliar, qualificar e fortalecer a rede de atenção básica, além de 98 profissionais para atuar na rede de urgência e emergência. A pasta tem ainda novo credenciamento em andamento para assegurar o dimensionamento adequado de pessoal às unidades de saúde. A SMS ressalta que todas a carga horária de todas as escalas de trabalho está de acordo com a legislação vigente.
A SMS informa que, por determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Controladoria Geral do Município (CGM), o contrato da pasta com a empresa Porto Engenharia, responsável pelas obras e serviços de manutenção predial nas unidades da rede de saúde de Goiânia foi suspenso. A secretaria aderiu a processo licitatório do estado para contratação de empresa de engenharia para realização de reparos estruturais nas unidades de saúde do município e assim que forem finalizados os trâmites legais, iniciará as reformas necessárias.
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Assessoria de Comunicação sin
CLIPPING AHPACEG 22/05/25
*CLIPPING 22/05/25* - II
TV ANHANGUERA
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
Casos de doenças respiratórias aumentam com a chegada do tempo frio
Paciente mostra superlotação em unidade do Ipasgo em Goiânia
Médica presa em Goiânia passa por audiência de custócia e consegue liberdade provisória
Fiança de médica presa suspeita de se passar por nutróloga é estipulada em R$ 250 mil
Médica é presa suspeita de se passar por nutróloga e endocrinologista
Médica é presa suspeita de enganar pacientes se passando por nutróloga, diz delegado
Claud.ia: Inteligência artificial lê bulas, tira dúvidas e até lembra o horário de tomar remédios
Prefeitura de Goiânia alerta para ociosidade em unidades básicas de saúde
Liderança estratégica como pilar fundamental para a segurança do paciente
TV ANHANGUERA
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
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Médica é presa suspeita de se passar por nutróloga e endocrinologista
Médica é presa suspeita de enganar pacientes se passando por nutróloga, diz delegado
REVISTA VEJA
Claud.ia: Inteligência artificial lê bulas, tira dúvidas e até lembra o horário de tomar remédios
Um programa de inteligência artificial lançado nesta terça-feira, 20, pela Cimed busca facilitar a compreensão das bulas farmacêuticas. Chamada de Claud.ia, a ferramenta funciona como uma conversa no WhatsApp e serve apenas para os medicamentos da empresa que se encaixem na categoria de genéricos ou que sejam vendidos sem a necessidade de receita.
Funciona assim: ao mandar um oi, por meio do QR code presente nas caixinhas dos remédios, a assistente digital abre um menu com algumas opções para o usuário. Entre as possibilidades, ele pode pedir que a Claud.ia leia a bula de um determinado medicamento, fale sobre a composição das fórmulas, tire duvidas utilizando uma linguagem mais acessível do que a do documento e até envie lembretes lembrando do horário de tomar as doses — esta última está disponível apenas para usuários de Android.
“Bulas são complexas, os nomes difíceis e muita gente toma remédio sem entender o que está fazendo”, disse João Adibe Marques, CEO da Cimed. “A Claud.ia vem para mudar isso.”
A tecnologia foi treinada por seis meses por uma equipe composta por farmacêuticos, linguistas, engenheiros de dados e especialistas em experiência do usuário para que conseguisse tirar as duvidas dos mais leigos, com foco especial em idosos e pessoas com baixa escolaridade. Ela ainda tem um módulo baseado em geolocalização que pode ajudar a encontrar farmácias próximas, também disponível apenas para usuários de Android.
O treinamento foi feito com base no Gemini, inteligência artificial do Google, e por isso a Claud.ia funciona de maneira muito semelhante aos robôs inteligentes convencionais. Com alguma freqüência, contudo, ela se recusa a responder algumas questões. Isso acontece porque o robô só pode responder sobre conteúdos que estão presentes nas bulas — e, portanto não deve dar respostas para dúvidas de saúde que necessitem de consultas com especialistas. Ao questionar, por exemplo, “que remédio tomar para a gripe?”, a Claud.ia rende com um texto padrão, indicando a impossibilidade de falar sobre o assunto.
“Ela não irá responder uma pergunta que não esteja na bula porque ela não é um médico de plantão”, disse Marques. “Deixamos claro que ela não vai indicar o produto que o paciente deve tomar, até porque quem regula a bula é a Anvisa.”
O lançamento faz parte da estratégia de digitalização da empresa. Em 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou um projeto que permite às farmacêuticas a publicação de bulas digitais, versões online do documento, que podem ser compostas também por fotos e vídeos que auxiliem o usuário. “Essa medida traz benefícios significativos, como a possibilidade de reduzir o custo dos produtos – especialmente dos genéricos – ao eliminar parte dos gastos com impressão, além de contribuir para a sustentabilidade com a redução de resíduos”, disse o CEO.
Já o nome da ferramenta foi uma escolha muito mais afetiva. “Minha mãe Cláudia foi o coração da nossa família e o começo da história da Cimed”, afirmou João.
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A REDAÇÃO
Prefeitura de Goiânia alerta para ociosidade em unidades básicas de saúde
41% das consultas de 2025 não foram realizadas
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) divulgou, nesta segunda-feira (19/5), que 41% das consultas ambulatoriais ofertadas nas unidades básicas de saúde do município em 2025 não foram realizadas devido à baixa procura pelos serviços. A população tem buscado, cada vez mais, os serviços de urgência, provocando ociosidade na rede primária.
“Nós temos registrado um volume cada vez maior de atendimentos na rede de urgência e emergência, enquanto as consultas ambulatoriais, que são aquelas com hora marcada, para acompanhar e promover a saúde e avaliar o paciente de forma integral, estão ociosas”, disse o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer.
A rede de atenção básica da capital ofertou, entre os meses de janeiro a abril deste ano, 458.460 consultas com clínico geral e médico da família, 20.200 consultas com pediatra e 20.700 consultas com ginecologista. Vale lembrar que a população pode realizar os agendamentos de maneira presencial nas unidades de saúde, pelo WhatsApp (62) 3524-6305 ou pelo 0800 646 1560 - por meio de ligações apenas pelo telefone fixo.
“As consultas oferecidas nas unidades básicas de saúde são fundamentais para diagnosticar precocemente doenças, orientar a população sobre hábitos e comportamentos que podem prejudicar a saúde, acompanhar pacientes com condições crônicas, prevenir agravamentos e reduzir a necessidade de atendimento em saúde nos níveis mais complexos”, diz o titular da SMS.
Atenção básica
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 85% das demandas de saúde da população podem ser resolvidas na atenção primária, sem a necessidade de ir até o pronto-socorro. “Precisamos reforçar que a porta de entrada do Sistema Único de Saúde é a atenção primária. Buscar a rede de saúde apenas quando o sintoma aparece, no momento da urgência, é prejudicial não só para o poder público, mas principalmente para o usuário, que deixa de receber o cuidado mais adequado”, explica o médico Frank Cardoso.
“Por exemplo, na atenção básica é possível identificar de forma precoce alterações na pressão arterial, ajustar a medicação, orientar o paciente sobre alimentação com menos sal e importância da atividade física, evitando uma crise hipertensiva ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no futuro”, diz o médico.
“Em pediatria, é na atenção básica que todas as fases do crescimento e desenvolvimento da criança serão acompanhadas, que a saúde integral do pequeno será avaliada e que os pais serão orientados sobre que medicamentos utilizar e como proceder em caso de urgências comuns para a idade, como diarreias e doenças respiratórias”, afirma Frank Cardoso.
Gestão
Para a SMS, buscar apenas a rede de urgência e emergência traz sérios impactos para a gestão do sistema de saúde. “Nós estamos em estado de calamidade, com recursos escassos, e este tipo de comportamento aumenta os custos do sistema de saúde, aumenta a ineficiência no uso do tempo, insumos e infraestrutura além de gerar filas desnecessárias, sobrecarregar as unidades de urgência e comprometer indicadores de saúde”, detalha Luiz Pellizzer.
“Nós buscamos qualificar, fortalecer e reestruturar a rede de atenção primária, com a contratação de mais de 150 profissionais para atuar nas unidades básicas de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, distribuição de insumos e equipamentos e abertura de novas salas de vacina. É preciso que a população busque os serviços”, pontua o secretário.
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SAÚDE BUSINESS
Liderança estratégica como pilar fundamental para a segurança do paciente
Debate no CISS da Hospitalar 2025 revela como gestores podem transformar a cultura organizacional em vantagem competitiva.
A segurança do paciente está diretamente vinculada ao comportamento das lideranças e à cultura institucional. Esta constatação emergiu como ponto central do painel “O papel da liderança na construção de uma cultura de segurança do paciente”, realizado na quarta-feira (21) durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) da Hospitalar 2025.
Carsten Engel, CEO da International Society for Quality in Health Care (ISQua), foi enfático ao afirmar que a transformação começa no topo. “A segurança do paciente só se consolida quando a alta gestão a trata como prioridade estratégica. Líderes eficazes comunicam claramente, mantêm proximidade com suas equipes e cultivam um ambiente onde erros são vistos como oportunidades de aprendizado, não como motivo para buscar culpados”, disse.
O especialista desmistificou a ideia de que incidentes hospitalares resultam principalmente de falhas individuais. Segundo ele, a maioria dos problemas tem origem sistêmica e exige uma abordagem organizacional baseada em transparência e melhoria contínua.
Estratégias personalizadas para cada ambiente assistencial
Um dos pontos mais relevantes da apresentação foi a necessidade de adaptar as estratégias de segurança aos diferentes contextos clínicos. Engel explicou que ambientes de alta complexidade, como centros de trauma e UTIs, demandam flexibilidade e capacidade de aprendizado rápido. Já setores como cirurgias eletivas dependem da execução rigorosa de protocolos e da sinergia entre equipes. Em áreas altamente reguladas, como radioterapia e hemoterapia, o foco recai sobre sistemas que minimizam qualquer margem de erro.
“Cada instituição precisa desenvolver sua própria abordagem, considerando suas particularidades. O denominador comum é uma cultura onde a segurança do paciente seja valor inegociável em todos os níveis hierárquicos”, ressaltou o CEO da ISQua.
Engel concluiu sua participação com uma mensagem pragmática para os gestores presentes: o avanço na segurança assistencial requer compreensão profunda dos sistemas de saúde, mapeamento preciso de riscos, padronização inteligente de processos e capacidade de adaptação frente a falhas.
“O cuidado em saúde é, essencialmente, um esforço coletivo. Instituições que prosperam são aquelas que colocam o aprendizado organizacional e o entendimento da complexidade sistêmica no centro de sua estratégia”, finalizou.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg e Danone promovem evento sobre nutrição hospitalar
Com o apoio da Danone, a Ahpaceg realizou o evento “Acesso Sustentável na Nutrição Hospitalar: como vencer barreiras e otimizar recursos”. O encontro aconteceu ontem, 20, no Empório Cristal.
Participaram equipes de Gestão de Nutrição, Assistência, Supply, Faturamento e representantes dos principais hospitais da rede para um momento rico de troca de experiências.
Foram discutimos desafios, como travas de acesso ao paciente hospitalar, glosas, protocolos e modelos de remuneração, temas essenciais para o avanço da nutrição clínica.
O evento também marcou a renovação da parceria com a distribuidora Ello como operador logístico da Ahpaceg. Para fechar com chave de ouro: um happy hour descontraído, muito networking e um camarim de maquiagem especial para as mulheres presentes.
CLIPPING AHPACEG 21/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Polícia fecha clínica e prende médica suspeita de atuar como nutróloga e endocrinologista
Unimed Goiânia descredencia duas clínicas especializadas no atendimento de pessoas com TEA
CFM altera normas para recomendações de cirurgia bariátrica; entenda as mudanças
Polícia prende médica e interdita clínica de emagrecimento no Setor Bueno
Governo de Goiás implanta projeto para reduzir fila de espera em hospitais
Consolidação da telemedicina: uma realidade presente na saúde
https://medicinasa.com.br/consolidacao-telemedicina/
TV ANHANGUERA
Polícia fecha clínica e prende médica suspeita de atuar como nutróloga e endocrinologista
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Unimed Goiânia descredencia duas clínicas especializadas no atendimento de pessoas com TEA
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INFOMONEY
CFM altera normas para recomendações de cirurgia bariátrica; entenda as mudanças
Novas regras sobre a realização de cirurgia bariátrica foram estipuladas e publicadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (20).
A entidade alterou as diretrizes para incluir determinadas recomendações médicas, como a realização do procedimento em adolescentes e em pessoas com índice de massa corporal (IMC) mais baixo.
Utilizada no tratamento da obesidade e de doenças associadas, a cirurgia bariátrica registrou 291 mil procedimentos realizados no Brasil entre 2020 e 2024, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
As alterações foram feitas com base em evidências científicas que demonstram que a cirurgia é segura para esses grupos.
Mudanças
Em janeiro deste ano, uma comissão global publicou um artigo na revista científica The Lancet Diabetes & Endocrinology, propondo uma nova abordagem para classificar e diagnosticar a obesidade.
A ideia é ir além do Índice de Massa Corporal (IMC) para identificar e tratar a obesidade, utilizando outras medidas de excesso de gordura corporal, assim como outros sinais e sintomas objetivos de problemas de saúde no nível individual.
A alteração nas normas feita pelo CFM agora inclui pessoas com IMC entre 30 e 35, faixa que corresponde à obesidade grau I, o que significa que elas se tornam elegíveis para o procedimento.
No entanto, ainda é necessário que apresentem alguma condição de saúde associada. Nesse aspecto, as regras também foram modificadas.
Antes, apenas pacientes com diabetes diagnosticado há menos de 10 anos e com idade entre 30 e 70 anos podiam se submeter ao procedimento. Agora, não há mais limite de idade nem tempo mínimo de diagnóstico.
Pessoas com IMC de 30 já podem se submeter à cirurgia bariátrica se tiverem uma das seguintes doenças:
- Diabetes tipo 2;
- Doença cardiovascular grave;
- Apneia do sono grave;
- Doença renal crônica em estágio inicial;
- Doença gordurosa hepática (esteatose hepática);
- Refluxo gastroesofágico.
Com isso, a nova resolução torna a cirurgia acessível a um número maior de pacientes, considerando o impacto da obesidade, mesmo em estágios menos avançados.
Adolescentes
Antes, adolescentes entre 16 e 18 anos só podiam se submeter à cirurgia caso se enquadrassem em padrões específicos, como ter as cartilagens das epífises de crescimento dos punhos consolidadas.
Além disso, menores de 16 anos só eram autorizados a se submeter ao procedimento se estivessem participando de pesquisas científicas, uma vez que a cirurgia nessa faixa etária era considerada experimental.
Agora, diante de estudos longitudinais que demonstraram a segurança e a eficácia das cirurgias, pacientes a partir de 16 anos poderão ser elegíveis para o tratamento, seguindo os mesmos critérios dos adultos, desde que compreendam os riscos e a necessidade de mudança de hábitos de vida inerentes ao procedimento.
Em situações excepcionais, adolescentes entre 14 e 15 anos também poderão ser submetidos à cirurgia. Para isso, deverão apresentar obesidade grave (IMC acima de 40 kg/m²) associada a riscos clínicos relevantes. A decisão deverá ser cuidadosamente avaliada por uma equipe multidisciplinar e pela família.
“Se ele (o adolescente) preencher todos os pré-requisitos, estará apto a realizar o procedimento. Antes, não tínhamos estudos efetivos que mostrassem isso, mas pesquisas nacionais e internacionais evidenciaram que a cirurgia também oferece benefícios e segurança para essas crianças”, explica o médico Sérgio Tamura, relator da nova resolução.
Outras alterações
A nova resolução do CFM também atualizou as técnicas permitidas para a cirurgia bariátrica. Foram mantidos como principais procedimentos o bypass gástrico e a gastrectomia vertical, também conhecida como sleeve, ambos considerados seguros e eficazes. Já técnicas como a banda gástrica ajustável e a cirurgia de Scopinaro foram oficialmente proibidas.
Algumas técnicas que antes eram consideradas experimentais agora foram oficialmente reconhecidas pelas normas, mas ainda são indicadas apenas para casos específicos e sob supervisão especializada.
Entre elas estão o duodenal switch com gastrectomia vertical e o bypass gástrico com anastomose única, recomendados quando o tratamento convencional não produz os resultados esperados.
As exigências quanto à estrutura hospitalar também foram reforçadas. A cirurgia deverá ser realizada em hospitais de grande porte, com capacidade para procedimentos de alta complexidade, UTI e plantão médico 24 horas. Já os pacientes com IMC acima de 60 só poderão ser operados em unidades com estrutura física adaptada e equipe multidisciplinar qualificada, devido à maior complexidade e ao risco de complicações nesses casos.
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A REDAÇÃO
Polícia prende médica e interdita clínica de emagrecimento no Setor Bueno
Local operava sem o alvará da Vigilância
Agentes da Central Geral de Flagrantes de Goiânia, em conjunto com a Vigilância Sanitária e com o Conselho Regional de Educação Física, deflagraram, nesta terça-feira (20/5), uma operação que resultou na prisão em flagrante de uma médica no Instituto Nutrir, localizado no setor Bueno. Segundo a corporação, a profissional, que é apenas clínica geral, se passava por nutróloga e endocrinologista, prometendo aos pacientes, principalmente por meio das redes sociais, promessas de emagrecimento rápido.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela prisão da médica, ela chegava a prescrever medicamentos redutores de apetite e mantinha em depósito diversos fitoterápicos para o tratamento de emagrecimento. Além disso, a clínica operava sem o alvará da Vigilância Sanitária e possuía uma academia clandestina, que também foi interditada.
A profissional foi enquadrada inicialmente no artigo 282 do Código Penal, que trata do exercício ilegal da medicina, e no artigo 68 do Código de Defesa do Consumidor, que se refere à propaganda enganosa. Durante a operação, vários documentos e produtos foram apreendidos, e as autoridades continuam investigando a situação.
A reportagem tentou contato com a defesa do Instituto Nutrir e da médica Bianca Butterby, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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Governo de Goiás implanta projeto para reduzir fila de espera em hospitais
Ação será lançada em junho
O Governo de Goiás implanta um projeto pioneiro que pode reduzir fila de espera pela metade nos hospitais estaduais. A iniciativa tem a parceria do Healthcare Improvement (IHI)/Albert Einstein e será lançada em junho pelo governador Ronaldo Caiado. O objetivo é otimizar o fluxo de pacientes, integrar a rede hospitalar e otimizar o uso dos leitos hospitalares, buscando reduzir a superlotação, diminuir pela metade o tempo de espera por vagas e melhorar a qualidade do atendimento nos hospitais espalhados pelas cinco macrorregiões de saúde.
O secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, informou que as ações serão realizadas imediatamente e devem durar cerca de 18 meses. No primeiro momento, serão realizadas visitas em todos hospitais para traçar o diagnóstico das dificuldades e oportunidades de melhoria do atendimento.
Em seguida, equipes serão capacitadas e os líderes serão multiplicadores na implantação das ações. “Teremos uma saúde cada vez mais inclusiva, atendendo às pessoas independente do lugar onde estejam, melhorando a qualidade de vida da população. Estamos muito felizes com a realização desse sonho, que é levar esse projeto aos quatro cantos do estado”, acrescentou.
De acordo com o subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Luciano de Moura Carvalho, o projeto já vem sendo desenhado há 7 meses e deve melhorar o fluxo de trabalho nas unidades. “A partir de experiência do trabalho desenvolvido pelo IHI/ Albert Einstein em várias partes do Brasil e do mundo, trouxemos essa ferramenta para Goiás com o objetivo de reduzir o tempo de espera, oferecer um serviço de qualidade e com máximo de eficiência possível nas nossas unidades”, informou.
Iniciativa inédita
Segundo o IHI/ Albert Einstein, que liderou mais de 200 iniciativas de melhoria de qualidade em larga escala em hospitais, o projeto deve possibilitar a redução das filas por atendimento pela metade. O diretor regional do Hospital Albert Einstein em Goiás, Felipe Piza, explicou que o estado será pioneiro ao reunir todos os hospitais em um único fluxo de processos. “Como resultado, vamos atender uma maior quantidade de pacientes, reduzir tempo de internação, eventos graves e evitar desperdícios”, acrescentou.
A iniciativa é esperada com grande expectativa pelos diretores de hospitais. O diretor do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), uma das unidades mais demandadas do estado, Guillermo Sócrates, comemorou a iniciativa. “É muito importante para nós que estamos diretamente na assistência e temos mais de 515 leitos. Precisamos desse ordenamento para que além das urgências e emergências, possamos atender com mais celeridade os pacientes eletivos”, afirmou.
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MEDICINA S/A
Consolidação da telemedicina: uma realidade presente na saúde
Durante anos, a ideia de atendimento médico por videochamadaera frequentemente associada ao futuro da medicina — um avanço tecnológico distante, restrito a ambientes altamente inovadores ou situações emergenciais. Contudo, essa visão tornou-se obsoleta. A telemedicina, hoje, é parte integrante da realidade do sistema de saúde moderno e um recurso imprescindível para o cuidado eficiente, acessível e contínuo da população. É notório que a pandemia da covid-19 funcionou como catalisadora desse processo. A necessidade urgente de distanciamento social impulsionou uma transformação significativa na maneira como os serviços médicos são prestados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 70% dos países adotaram ou expandiram o uso da telemedicina durante esse período. No Brasil, o número de atendimentos remotos saltou de cerca de 2 mil por mês para mais de 300 mil por mês em 2020, demonstrando a rápida adaptação do setor.
A videochamada médica deixou de ser uma alternativa pontual e se estabeleceu como solução concreta para inúmeras situações clínicas. O que surpreende positivamente é que, mesmo após o arrefecimento da crise sanitária, a telemedicina não apenas se manteve, como se fortaleceu e consolidou-se como prática indispensável em diversas regiões do país. Um levantamento realizado pela consultoria McKinsey apontou que 76% dos pacientes brasileiros manifestaram interesse em continuar utilizando o serviço mesmo no cenário pós-pandêmico, evidenciando a aceitação popular do modelo.
Vale destacar que a proposta da telemedicina não é substituir o atendimento presencial em casos que exigem exame físico detalhado ou intervenções diretas. No entanto, ao evitar deslocamentos desnecessários, reduzir filas e desafogar unidades de pronto atendimento, esse modelo se mostra extremamente eficaz tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. O Hospital Israelita Albert Einstein observou, por exemplo, uma redução de até 60% na necessidade de atendimentos presenciais de baixa complexidade após a adoção da telemedicina.
Em um contexto de constante sobrecarga dos serviços de urgência e emergência, o uso responsável da tecnologia representa um avanço importante para a sustentabilidade do sistema. Além disso, a telemedicina promove um cuidado mais dinâmico, ágil e personalizado. Permite que o paciente receba orientações médicas de forma segura e conveniente, sem comprometer sua rotina ou qualidade de vida. Esse modelo está plenamente integrado às grandes capitais e, segundo a Fiocruz, já alcança também cidades pequenas: cerca de 40% dos municípios com menos de 20 mil habitantes passaram a oferecer atendimento remoto, promovendo maior equidade no acesso à saúde.
A implementação de serviços de pronto-socorro online não é um modismo passageiro, mas sim uma mudança de paradigma. O serviço representa um avanço não só tecnológico, mas também de visão: entender que a saúde precisa estar onde o paciente está — e, hoje, isso significa também estar na tela do celular. É fundamental, entretanto, manter o foco na qualificação dos serviços prestados. A tecnologia deve ser vista como um meio e não como um fim. Humanização, segurança das informações, ética profissional e qualidade do atendimento continuam sendo pilares inegociáveis, mesmo no ambiente virtual.
Negar a relevância atual da telemedicina é ignorar uma transformação já em curso. A medicina evoluiu, o perfil dos pacientes mudou, e a forma de oferecer cuidado precisa acompanhar essa nova realidade. A videochamada médica, outrora vista como um recurso futurista, hoje ocupa lugar central no presente da prática médica. E compreender isso é essencial para quem deseja promover uma saúde mais eficiente, acessível e inteligente.
*Marco Antonio Benedetti Filho é Diretor Presidente da Unimed Franca.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
MEC proíbe Medicina, Odonto, Direito, Enfermagem e Psicologia a distância
Como o exame nacional de proficiência pode melhorar a formação médica?
CFM recebe manifestação de apoio ao cidadão brasileiro
https://portal.cfm.org.br/noticias/cfm-recebe-manifestacao-de-apoio-ao-cidadao-brasileiro
Setor de dispositivos médicos prevê alta de 15% nas vendas
https://medicinasa.com.br/dispositivos-alta-vendas/
Pesquisa aponta déficit alarmante de médicos patologistas no Brasil
https://medicinasa.com.br/deficit-medicos-patologistas/
Artigo - Defesa do ato médico – uma análise dos aspectos atuais
https://medicinasa.com.br/defesa-ato-medico/
AGÊNCIA BRASIL
MEC proíbe Medicina, Odonto, Direito, Enfermagem e Psicologia a distância
Decreto também cria modalidade híbrida
Os cursos superiores de medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia devem ser ofertados exclusivamente no formato presencial. A medida, determinada pelo decreto da Nova Política de Educação a Distância (EAD), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta segunda-feira (19/5), em Brasília, também determina que os demais cursos da área de saúde e licenciaturas deverão ser ofertadas nos formatos presencial ou semipresencial (híbrido).
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o foco do novo marco regulatório é “o estudante e a valorização dos professores: a garantia de infraestrutura nos polos, a qualificação do corpo docente, a valorização da interação e mediação para uma formação rica e integral, independentemente da distância física.”
Na cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o marco regulatório traz regras mais claras para garantir qualidade da oferta.
“Nós acreditamos que a educação a distância pode proporcionar ao estudante uma experiência rica quanto aos demais cursos, desde que haja um efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem, que se estabelece nesse modelo”, diz Camilo Santana.
As instituições de ensino superior terão dois anos de transição para adaptação gradual dos cursos.
De acordo com o ministro Camilo, as novidades principais da nova política são:
- as aulas online ao vivo deverão ter um máximo de 70 alunos por professor ou mediador pedagógico, para valorização destes profissionais;
- criação do modelo semipresencial, com atividades presenciais físicas e atividades virtuais ao vivo (síncronas) mediadas.
mais atividades presenciais e avaliações, com infraestrutura física e tecnológica adequada nos polos EAD.
Os polos de EAD serão reconhecidos como espaços acadêmicos de apoio, devendo atender a requisitos mínimos de infraestrutura física e tecnológica, como salas de coordenação, ambientes de estudo, laboratórios e acesso à internet. Não será permitido o compartilhamento de polos entre instituições de ensino superior.
O decreto cria, ainda, o cargo de mediador pedagógico, com formação compatível com o curso e vínculo formal com a instituição de ensino. O número destes profissionais deverá ser informado no Censo da Educação Superior, anualmente. A função de um mediador pedagógico será diferente do tutor, que era limitada a tarefas administrativas.
Outra determinação do decreto é que deverá haver pelo menos uma avaliação presencial a cada disciplina curricular, que deverá representar a maior parte da nota final, inclusive em cursos EAD.
Formatos das aulas
O decreto permite a modalidade semipresencial para cursos superiores, a exemplo dos cursos de licenciatura e da área de saúde, que poderão ser ofertados nesse formato, mas que terão limites para a carga horária virtual.
Em resumo, os três formatos contemplados pelo novo marco regulatório são de aulas:
- presenciais: caracterizado pela oferta majoritária de carga horária presencial física, com limite de até 30% de EAD;
semipresenciais: atividades presenciais físicas (estágio, extensão, práticas laboratoriais) e virtuais ao vivo (síncronas) mediadas, além de carga horária a distância;
- a distância: caracterizado pela oferta preponderante de carga horária a distância. Antes, não havia limite mínimo para atividades presenciais. Com o novo decreto, este limite mínimo passa a ser de 20% atividades presenciais e/ou online (síncronas) mediadas, com a exigência de provas presenciais.
O controle de frequência dos estudantes é obrigatório.
Relembre
Em junho de 2024, o MEC suspendeu a criação de novos cursos de graduação EaD, novas vagas e polos até 10 de março de 2025.
A medida teve o objetivo de reformular os novos referenciais de qualidade da EAD e criar este novo marco regulatório para oferta de cursos de graduação na modalidade EaD pelas instituições de ensino superior.
No início de maio, o Ministério da Educação prorrogou o prazo pela segunda vez para 9 de junho.
EAD em números
O MEC aponta que, no período de 2018 a 2023, os cursos a distância cresceram 232% no país.
Em 2023, o número de ingressantes em cursos EAD foi o dobro dos ingressantes nos cursos presenciais. De acordo com o Censo da Educação Superior 2023, divulgado em outubro de 2024 pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, na modalidade de EAD, a oferta de vagas foi de 77,2% (19.181.871); já as presenciais representaram 22,8% (5.505.259).
Se considerada somente a rede pública de ensino superior, a maior parte dos ingressos ocorreu nas graduações presenciais: 85% (481.578). Os outros 15% (87.511) são alunos de cursos a distância.
Na rede privada, a situação se inverte: 73% (3.226.891) dos ingressos em cursos de ensino superior foram na modalidade EAD, enquanto 27% (1.198.012) ingressaram em cursos presenciais.
Dos 5.570 municípios do Brasil, 3.392 deles têm estudantes matriculados em cursos de EAD. Esses municípios representam 93% da população brasileira.
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VEJA
Como o exame nacional de proficiência pode melhorar a formação médica?
O Brasil vive uma expansão sem precedentes na formação médica. Com quase 400 escolas médicas em funcionamento, o país ocupa a segunda posição mundial nesse quesito, ficando atrás apenas da Índia, cuja população é mais de seis vezes maior . Desde 1990, o número de faculdades de medicina no Brasil quase quintuplicou. Essa proliferação de instituições, muitas vezes estabelecidas sem a infraestrutura adequada e com carência de corpo docente qualificado, levanta preocupações sobre a qualidade da formação médica oferecida. A ausência de hospitais-escola e laboratórios bem equipados em diversas dessas faculdades compromete a formação prática dos estudantes, essencial para o exercício da medicina . Além disso, a distribuição desigual dos profissionais formados acentua as disparidades regionais no acesso à saúde. Enquanto o Sudeste concentra 51% dos médicos, regiões como o Norte enfrentam escassez, com apenas 4,9% dos profissionais .Neste contexto, o Projeto de Lei nº 785/2024, proposto pelo deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior, surge como uma iniciativa para estabelecer um padrão mínimo de competência para o exercício da medicina no país. Ao instituir o Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito para o registro profissional, a proposta visa assegurar que apenas os profissionais devidamente capacitados possam atuar, promovendo a segurança e a qualidade no atendimento à população. Neste cenário, em que a quantidade corre o risco de comprometer a qualidade, iniciativas que busquem garantir um padrão mínimo de excelência tornam-se não apenas bem-vindas, mas urgentes. Por isso, convidei o médico, ortopedista e deputado federal, Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior, autor do Projeto de Lei nº 785/2024, para esta conversa em minha coluna. O projeto propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como condição para o registro profissional, uma proposta que pode representar um divisor de águas na salvaguarda da qualidade médica no país.
Dr. Fabiano Serfaty:Qual o principal impacto esperado do Exame Nacional de Proficiência em Medicina na qualidade do atendimento à população?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: A qualidade do atendimento da população brasileira está diretamente ligada a boa formação dos profissionais de saúde , especialmente a diferença entre um médico com uma boa formação e uma conduta adequada de um médico de formação precária. O Exame Nacional de Proficiência Médica vai garantir que todo médico formado no Brasil tenha uma formação médica adequada.
Dr. Fabiano Serfaty:De que forma o exame pode expor falhas estruturais nos cursos de medicina atualmente em funcionamento no Brasil?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: O objetivo de realizar um exame seriado é justamente, fazer com que as Faculdades de Medicina sejam avaliadas anualmente a partir dos resultados dos seus alunos! Os maus resultados no exame de proficiência levará a melhoria do nível das faculdades ou ao fechamento das mesmas pois ninguém vai pagar para um filho não sair formado de uma faculdade particular.
Dr. Fabiano Serfaty: Como o modelo seriado do exame contribui para uma avaliação mais precisa da formação médica ao longo dos anos de graduação?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: No exame seriado, os alunos serão avaliados nas matérias e áreas específicas que aprenderam naquele ano e conhecimento acumulado ao longo do curso, com provas nacionais desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Medicina(CFM), o que irá gerar a certeza da qualidade da formação do médico em todo território nacional.
Dr. Fabiano Serfaty:Quais critérios técnicos serão usados para definir o conteúdo e o nível de exigência das provas?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: No exame seriado, os alunos serão avaliados nas matérias e áreas específicas que aprenderam naquele ano e conhecimento acumulado ao longo do curso, com provas nacionais desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Medicina(CFM), o que irá gerar a certeza da qualidade da formação do médico em todo território nacional.
Dr. Fabiano Serfaty:O exame pretende uniformizar o padrão de competência médica no país. Como isso se articula com a autonomia das instituições de ensino?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior:
Dr. Fabiano Serfaty:Em que medida o crescimento desordenado de faculdades de medicina compromete a segurança dos pacientes no sistema de saúde?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: Às provas serão de responsabilidade do Conselho Federal de medicina , com apoio do MEC e da AMB.
Dr. Fabiano Serfaty: Como garantir que o exame funcione como instrumento de qualificação e não como barreira artificial ao exercício profissional?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: A autonomia universitária se mantém, na forma da aplicação e metodologia de ensino, mas o conteúdo do ensino médico não pode e não deve ser diferente ao final da formação médica.
Dr. Fabiano Serfaty:O projeto prevê repescagens e avaliações complementares. Qual o racional técnico por trás dessa estrutura de compensação?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: Um aluno que cursou os 6 anos e não passou no exame , tem que ter outras chances para se dedicar e ser aprovado.
Dr. Fabiano Serfaty: Existe uma estimativa do impacto que a aplicação do exame teria hoje sobre os recém-formados em medicina?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior:O principal impacto será a melhoria da formação do médico no Brasil.
Dr. Fabiano Serfaty: O que impede que o mesmo modelo seja futuramente adotado em outras áreas críticas como odontologia, enfermagem ou psicologia?
Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior: Nada impede. Pelo contrário. Queremos avançar em todas as áreas da Saúde no Brasil.
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PORTAL CFM
CFM recebe manifestação de apoio ao cidadão brasileiro
O Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu mensagem de agradecimento e apoio pelo trabalho “incansável e destemido” realizado pela Autarquia. Na manifestação convocada por Ulisses da Costa Batista, ele destaca: “A dedicação em lutar contra o erro e buscar sempre o melhor para a comunidade é verdadeiramente inspiradora e digna de todo nosso respeito”.
No agradecimento e apoio encaminhado ao Conselho, Ulisses declara: “Nós, como sociedade, nos sentimos mais seguros e amparados sabendo que há um grupo tão dedicado e íntegro zelando por nossos interesses e pelo bem-estar de nosso país.
O CFM agradece à manifestação.
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MEDICINA S/A
Setor de dispositivos médicos prevê alta de 15% nas vendas
O setor de dispositivos médicos no Brasil projeta crescimento nos próximos meses. Segundo levantamento realizado pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) com suas associadas, as vendas devem subir 15% entre maio e junho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, 75% das associadas planejam aumentar sua produção e 36% pretendem expandir sua equipe para atender à nova demanda.
“O aumento da tabela SUS em todo o Brasil e a criação da tabela SUS Paulista influenciaram essa demanda. Por outro lado, o governo do estado de São Paulo, com o intuito de reduzir a fila para cirurgias ortopédicas, também contribuirá para esse aumento nas vendas”, analisa Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO.
Apesar do cenário positivo, a pesquisa traz um alerta importante: a expectativa é de que a inadimplência cresça 31% em relação ao mesmo período de 2024. Esse aumento está relacionado à retenção de pagamentos por parte das operadoras de saúde suplementar, o que afeta diretamente o fluxo de caixa dos hospitais. Como consequência, toda a cadeia de suprimentos sofre impacto — especialmente o fornecimento de produtos médicos por pequenas e médias empresas, que têm menor margem de manobra financeira.
A pesquisa envolveu empresas de diversos segmentos, como médico-hospitalar (50%), odontológicos (13%), implantes (16%), materiais de consumo (13%), e outros segmentos como reabilitação e laboratório e radiologia (8%), com a maioria das operações concentradas em São Paulo (74%), mas também com presença significativa em estados como Minas Gerais e Paraná.
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Pesquisa aponta déficit alarmante de médicos patologistas no Brasil
Atualmente, no Brasil, existem apenas 2,08 médicos patologistas para cada 100 mil habitantes, número bem abaixo do estimado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 5 a 6 patologistas a cada 100 mil habitantes. Hoje no País existem apenas 4.424 patologistas, sendo que parte deles possui outra especialidade com a qual trabalha. É o que revelam os dados da pesquisa Demografia Médica no Brasil 2025, publicada em maio e realizada pelo Ministério da Saúde, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Segundo Gerônimo Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), entidade que representa profissionais da Patologia, devido ao baixo número desses especialistas em diagnóstico de doenças, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer ficam comprometidos. Atualmente, segundo dados do Radar do Câncer analisados pelo próprio Instituto Oncoguia, 58% das pessoas diagnosticadas com câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) iniciam seus tratamentos já nos estágios avançados ou metastáticos, impedindo um prognóstico mais positivo.
A remuneração prevista na Tabela de Procedimentos do SUS para exames diagnósticos em Patologia está severamente defasada”, afirma o presidente da SBP. Em 2019, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) já havia identificado o diagnóstico histopatológico como um dos principais gargalos na linha de cuidado oncológico. Atualmente, o SUS paga apenas R$40,78 por exames essenciais, como a biópsia – fundamental para o diagnóstico de câncer – um valor absolutamente desproporcional à complexidade e importância do procedimento.
“O que temos observado ao longo dos últimos seis anos, após a auditoria do TCU que evidenciou o diagnóstico patológico como um gargalo, é a inércia diante da questão. Nada de concreto foi implementado para solucionar os desafios que envolvem o diagnóstico oncológico no País”, afirma Gerônimo Jr.
Desigualdades regionais – A pesquisa “Meu SUS é diferente do seu”, publicada em abril e desenvolvida pelo Oncoguia, também evidencia a persistência na desigualdade no acesso ao tratamento do câncer entre os hospitais oncológicos do SUS no Brasil. Entre outros dados, a pesquisa mostrou que as terapias recomendadas internacionalmente estão disponíveis em menos de 5% dos hospitais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, especialmente no tratamento de pulmão e melanoma.
“Um exemplo claro dessa realidade: na região Norte, temos apenas 177 patologistas, segundo a Demografia Médica. Imagine uma paciente do Acre, onde há apenas dez patologistas, que recebe um diagnóstico de câncer de mama – um processo que já tende a ser demorado. Durante a cirurgia, a presença do patologista é fundamental para avaliar as margens tumorais em tempo real, orientando o cirurgião sobre a necessidade de retirar mais tecido para garantir margens livres”, explica Gerônimo Jr.
No entanto, complementa o presidente da SBP, na ausência de um patologista no centro cirúrgico, a abordagem inicial pode ser inadequada, resultando em margens comprometidas e na necessidade de tratamentos adicionais, como a radioterapia, o que onera o sistema. Esse custo poderia ser evitado se esse profissional estivesse presente para assegurar uma conduta cirúrgica mais assertiva já no primeiro tempo operatório.
Os outros Estados da região Norte também possuem poucos patologistas, existindo do menor para o maior em números: no Amapá (9), em Roraima (11), em Rondônia (24), no Tocantins (24), no Amazonas (34) e no Pará (65), o que é distante da realidade de São Paulo, que conta com 1.468, ainda que esse estado tenha maior densidade populacional e, dessa maneira, maior demanda para a realização de exames diagnósticos. Ainda assim, em estados da região Norte, há uma incidência crescente de tipos de cânceres como o de estômago em relação a outras regiões.
“Desde outubro do ano passado, a SBP foi contatada pelo Ministério da Saúde e tem participado de várias reuniões com o objetivo de firmarmos um Termo de Cooperação Técnica. Nossa intenção é oferecer todo o suporte técnico e a expertise na construção de soluções voltadas ao diagnóstico oncológico no País. No entanto, é fundamental que esse tema seja tratado com a urgência que merece, garantindo a celeridade necessária para sua implementação”, afirma Gerônimo Jr.
Crescimento insuficiente – Dados da Demografia Médica 2025 demonstram, ainda, que houve um avanço no número de médicos formados e de especialistas em diferentes áreas médicas. No entanto, esses profissionais estão mais concentrados em regiões como o Sudeste e nos grandes centros, sendo reduzido seu número em regiões como o Norte e em municípios do interior do Brasil. Com isso, o País fica atrás de outros países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na média mundial de 3,70 médicos a cada 1.000 habitantes e do percentual de 62,1% de especialistas em relação ao total do número de médicos em atividade, possuindo, respectivamente, 2,98 e 59,1%.
Ademais, em relação às residências médicas, que formam especialistas, apenas seis especialidades concentram quase 55% dos residentes, sendo elas: Clínica Médica (13,6%), Pediatria (10,5%), Cirurgia Geral (9,0%), Ginecologia e Obstetrícia (8,6%), Anestesiologia (6,6%) e Medicina de Família e Comunidade (6,5%), áreas ligadas ao tratamento e prevenção de grandes grupos populacionais ou situações de saúde frequentes, também muito demandadas pelo sistema de saúde e mercado de trabalho e, portanto, com maior número de vagas.
Conforme analisa Gerônimo Jr., apesar de em 2024 ter havido um crescimento de 185,4% no número de patologistas no Brasil em relação a 2011, indo de 1.550 para 4.424 em pouco mais de 10 anos, muitas vagas em programas de residência médica em Patologia ainda ficam ociosas. Com isso, o número atual representa apenas 0,9% do total de especialistas de todo o País, considerando todas as áreas médicas. “Esse é um dos pontos que temos dialogado em caráter de urgência com o Ministério da Saúde”, conclui.
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Artigo - Defesa do ato médico – uma análise dos aspectos atuais
A lei que regula o ato médico é mais relevante do que nunca, pois vem sendo descumprida de forma sistemática. As invasões ao ato médico, caracterizando o exercício ilegal da medicina, nunca foram tão frequentes, resultando em uma evidente banalização do trabalho médico e colocando a saúde da população em sério risco.
O Brasil tem muito a perder com essa agressão às prerrogativas médicas e à lei do ato médico, tanto do ponto de vista ético quanto técnico, jurídico e financeiro. A falta de respeito à legislação e a irresponsabilidade de quem realiza atos para os quais não teve formação adequada prejudicam a população, podendo até levar à perda de vidas.
As entidades médicas têm o dever de proteger a integridade da população. O exercício ilegal da medicina frequentemente resulta em outros crimes cometidos por profissionais de saúde inconsequentes, que buscam lucros às custas da ignorância dos incautos. Recentemente, em Santa Catarina, foi desmantelada uma quadrilha que vendia testosterona e realizava procedimentos invasivos com drogas não recomendadas, expondo a população a riscos imensos. A intervenção do Conselho Regional de Medicina, em conjunto com o Ministério Público e a Polícia Federal, foi essencial para fechar a clínica e prender os responsáveis por esses crimes, que deveriam ser punidos com rigor.
No III Fórum do CFM, ouvimos um depoimento impactante de uma vítima da “profissional” irresponsável, que não possui nem o segundo ciclo escolar completo, clamando por ajuda das autoridades jurídicas e médicas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro. O desrespeito ao ato médico traz prejuízos evidentes ao sistema judiciário e à saúde pública, conforme apontado por juízes e diretores da ANS.
É crucial que sejam criados e divulgados trâmites legais e jurídicos para a defesa das vítimas dessas atrocidades. Os conselhos de medicina devem acolher denúncias e, ao analisar a gravidade dos casos, buscar apoio de entidades jurídicas e do Ministério Público para coibir, de maneira rigorosa e multiprofissional, essas práticas prejudiciais ao paciente.
No mesmo fórum, foi assinado um termo de cooperação técnica em prol da segurança do paciente e da defesa do ato médico. O CFM já possui um guia de orientação sobre condutas frente ao exercício ilegal da medicina.
Outro aspecto importante são as ameaças às prerrogativas médicas, incluindo abusos de autoridade, riscos sanitários e violações de sigilo. Casos recentes de invasão de ambientes médicos por parlamentares, com pressão psicológica sobre médicos, devem ser combatidos com medidas judiciais apropriadas. O sigilo médico, consagrado no juramento de Hipócrates, deve ser mantido como uma prerrogativa exclusiva do médico.
Os direitos dos médicos também precisam ser considerados. A infraestrutura para um bom atendimento e a sobrecarga de trabalho são preocupações que devem ser abordadas, uma vez que há corresponsabilidade do médico com a instituição em que trabalha.
Por fim, é fundamental valorizar a medicina e combater a precarização do trabalho médico. O respeito ao médico como trabalhador e o investimento na formação de especialistas e generalistas, sempre priorizando a qualidade, devem ser o norte das entidades representativas.
Defender o ato médico, realizado exclusivamente por profissionais bem formados e respeitados, é garantir que a saúde, um direito de todos, seja atendida de forma adequada e de qualidade para nossa população.
*Antonio José Gonçalves é Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM).
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Assessoria de Comunicação
Preços de Medicamentos para Hospitais sobem 4,18% em abril
Preços de Medicamentos para Hospitais sobem 4,18% em abril

Abril é, historicamente, o mês dos reajustes nos preços de medicamentos. O que pesa no bolso do consumidor final também gera forte impacto sobre os hospitais, que precisam lidar com aumentos concentrados em um curto período e, muitas vezes, acima da média inflacionária. O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) de abril desse ano, elaborado pela Fipe com base em dados transacionais da empresa de tecnologia Bionexo, registrou alta de 4,18% no mês, movimento puxado por fortes altas em grupos como imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+18,89%).
O salto nos preços hospitalares contrasta com a inflação ao consumidor, medida pelo IPCA, que foi de 0,43% no mesmo período. Segundo o IBGE, o grupo saúde e cuidados pessoais liderou a alta entre os segmentos analisados (+1,18%), influenciado pela elevação nos preços de produtos farmacêuticos (+2,32%), com destaque para anti-inflamatórios e antirreumáticos (+3,63%), anti-infecciosos e antibióticos (+3,50%) e psicotrópicos e anorexígenos (+3,08%).
A alta ocorre no mês em que entraram em vigor os reajustes anuais de medicamentos autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que estabeleceram os seguintes níveis máximos, aplicáveis a diferentes grupos de medicamentos de acordo com o nível de concorrência/grau de concentração de mercado:
a) nível 1: até 5,06% para medicamentos com maior concorrência;
b) nível 2: até 3,83% para medicamentos que enfrentam média concorrência no mercado;
c) nível 3: até 2,60% para medicamentos de pouca ou nenhuma concorrência de mercado.
De acordo com o informe oficial do Governo Federal, o índice de correção médio proposto (3,83%) é o menor para esse nível desde 2018 (quando foi de 2,47%).
https://medicinasa.com.br/wp-content/uploads/2025/05/IPMH-1-300x196.jpg 300w, https://medicinasa.com.br/wp-content/uploads/2025/05/IPMH-1-768x501.jpg 768w" sizes="(max-width: 650px) 100vw, 650px" style="box-sizing: border-box; vertical-align: middle; height: auto; max-width: 100%; clear: both; display: block; margin: 10px auto;">
“O índice revela uma pressão significativa sobre os custos hospitalares, que tende a se acentuar diante de reajustes autorizados e oscilações cambiais. Esse movimento preocupa não só hospitais, mas todo o ecossistema de saúde, que já opera com margens apertadas e demanda crescente por serviços”, afirma Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. “É fundamental que as instituições invistam em inteligência de compras e em ferramentas que aumentem a previsibilidade e o controle de gastos.”
O reajuste não significa aumento automático dos preços. De acordo com o Governo Federal, para os consumidores, a definição anual de um teto para o preço dos medicamentos busca garantir o acesso a eles, já que a lei impede aumentos excessivos e protege o poder aquisitivo da população. Já para o setor farmacêutico, o mecanismo permite compensar impactos de custos, o que é essencial para a continuidade do fornecimento de medicamentos.

“O IPM-H registrou uma alta importante de 4,18% em abril, acelerando de forma significativa em relação ao mês anterior, que teve uma variação de apenas 0,30%”, afirma Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe. Segundo ele, o comportamento dos preços em abril impulsionou o acumulado do IPM-H para 5,38% no ano e 5,03% nos últimos 12 meses. “Esses números mostram que a inflação hospitalar avança de forma mais intensa que a inflação geral da economia, o que exige atenção do setor de saúde para o impacto nos custos e no planejamento orçamentário”, explica.
Entre os grupos terapêuticos que compõem a cesta de cálculo do IPM-H, a maioria apresentou forte alta nos preços, especialmente imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+18,89%). Em seguida, destacaram-se as variações mensais em: preparados hormonais (+3,29%); aparelho geniturinário (+2,89%); aparelho respiratório (+2,31%); agentes antineoplásicos (+2,29%); órgãos sensitivos (+0,83%); sistema musculoesquelético (+0,72%); aparelho cardiovascular (+0,43%). Em contrapartida, quatro grupos terapêuticos registraram redução de preço no mês: aparelho digestivo e metabolismo (-3,04%); sistema nervoso (-0,71%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-0,25%); e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-0,23%).

No balanço parcial do ano, o resultado do IPM-H passou a exibir uma alta acumulada de 5,38%, também com grande contribuição de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+24,8%).

Comparativamente, nos últimos 12 meses encerrados em abril, a variação positiva do IPM-H (+5,03%) pode ser atribuída ao comportamento positivo dos preços dos seguintes grupos: imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+26,94%); aparelho digestivo e metabolismo (+14,44%); aparelho geniturinário (+3,25%); agentes antineoplásicos (+2,23%); aparelho respiratório (+2,07%); preparados hormonais (+2,06%); e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+1,73%). Em contraponto, os preços acumularam variações negativas nos demais grupos: sistema musculoesquelético (-9,43%); aparelho cardiovascular (-5,09%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-3,82%); sistema nervoso (-2,52%); órgãos sensitivos (-2,11%).

Considerando a série histórica do IPM-H até abril de 2025, os preços de medicamentos para hospitais registraram uma elevação acumulada de 54,8%.
Fonte: Medicina S/A
CLIPPING AHPACEG 19/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Falta de UTI na rede pública de Goiânia causa drama para pacientes
Robôs no hospital: inovação ou ameaça à humanidade no cuidado com a saúde?
O leito que falta: um problema de todos
Zanin dá 10 dias para CFM explicar norma que restringe transição de gênero
Curativo sustentável pode acelerar cicatrização de feridas graves
Governo amplia a vacinação contra a gripe para toda população em Goiás
https://news.conect.company/news-1747483231225-6943/
TV ANHANGUERA
Falta de UTI na rede pública de Goiânia causa drama para pacientes
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FOLHA DE PERNAMBUCO
Robôs no hospital: inovação ou ameaça à humanidade no cuidado com a saúde?
Em abril de 2025, a China inaugurou o Agent Hospital, o primeiro hospital do mundo totalmente operado por inteligência artificial (IA). Desenvolvido pela Universidade Tsinghua, em Pequim, o hospital conta com 14 médicos e 4 enfermeiros virtuais, todos alimentados por IA generativa. Esses agentes são capazes de realizar todo o processo de atendimento, desde a consulta inicial até o acompanhamento pós-tratamento, com uma taxa de precisão de 93,06% em diagnósticos de doenças respiratórias, superando muitos padrões de desempenho humano.
A eficiência do Agent Hospital é notável: ele pode atender até 3.000 pacientes por dia, algo que levaria anos para médicos humanos alcançarem. Além disso, o hospital pode realizar cirurgias minimamente invasivas, administrar medicamentos, aplicar vacinas e até oferecer sessões de psicoterapia baseadas em linguagem natural, com empatia simulada.
No entanto, essa inovação levanta questões importantes sobre a desumanização da medicina. O atendimento médico é, antes de tudo, uma relação humana. A escuta atenta, o olhar compassivo, a mão que toca, o silêncio que acolhe — esses elementos não constam nos manuais de programação. A presença do médico ao lado do paciente em momentos de dor, medo e fragilidade tem valor terapêutico e psicológico incontornável. Retirar esse contato, substituindo-o por uma voz robótica ou por respostas automatizadas, pode agravar o sofrimento e comprometer a confiança no cuidado.
Sob a perspectiva bioética, a automação da medicina exige reflexão à luz dos princípios da autonomia, beneficência, não maleficência e justiça. Um algoritmo pode ser eficaz, mas está apto a considerar contextos sociais, emocionais e espirituais do paciente? Está habilitado a ouvir as angústias de um diagnóstico terminal? A autonomia do paciente, por exemplo, só pode ser plenamente exercida quando ele é compreendido em sua integralidade — algo que a tecnologia, por mais avançada, ainda não é capaz de alcançar.
No campo do Direito, a atuação dos robôs na medicina também suscita questionamentos sobre a responsabilidade civil. Em caso de erro no diagnóstico, falha no procedimento ou prescrição indevida, quem responde? O médico que supervisiona a máquina, o hospital que a adquiriu, o programador do algoritmo? A jurisprudência ainda engatinha nessa seara, mas é certo que a utilização dessas ferramentas não exime os profissionais e as instituições de saúde de sua obrigação de cuidado, zelo e vigilância. A tendência será de aumento da responsabilidade objetiva das empresas e hospitais que optam por incorporar tecnologias em substituição ao julgamento humano.
No Brasil, um caso emblemático ocorreu em 2019, quando a 4ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis/SC julgou um processo envolvendo um paciente submetido a uma cirurgia robótica. O paciente alegou ter sofrido danos devido à falta de esterilização dos instrumentos utilizados pelo robô. Apesar de o hospital apresentar etiquetas de esterilização e relatórios de controle de qualidade, o juiz entendeu que isso não era suficiente para afastar a responsabilidade objetiva do hospital, conforme previsto no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Nos Estados Unidos, o sistema cirúrgico robótico da Vinci, desenvolvido pela empresa Intuitive Surgical, também esteve no centro de diversas ações judiciais. Em 2014, a empresa reservou US$ 67 milhões para acordos relacionados a cerca de 3.000 processos que alegavam complicações como queimaduras internas, lesões em órgãos e até mortes atribuídas a falhas no equipamento ou uso inadequado. Um caso notório envolveu Sandra Sultzer, que faleceu após sofrer queimaduras internas durante uma cirurgia de câncer de cólon realizada com o robô da Vinci. Seu marido processou a fabricante, alegando falhas de design e treinamento inadequado dos profissionais. (drugwatch.com)
Nesse contexto, é importante destacar que a Resolução CFM nº 2.311/2022, do Conselho Federal de Medicina, regulamenta a prática da cirurgia robótica no Brasil. A norma estabelece critérios para a formação dos profissionais, requisitos técnicos e operacionais das instituições de saúde e obrigações éticas que assegurem a segurança do paciente. De acordo com a resolução, a cirurgia robótica deve ser sempre conduzida por médico capacitado, com responsabilidade plena sobre o procedimento, não se admitindo sua delegação a softwares ou sistemas autônomos. A regulamentação reforça que a tecnologia é ferramenta auxiliar, e não substitutiva da atuação médica. Essa diretriz legal e ética é essencial para que o avanço técnico não se sobreponha à proteção da vida e da dignidade humana.
Há, claro, vantagens evidentes no uso de tecnologias de apoio à decisão clínica e cirurgias assistidas por robôs — mas como ferramentas complementares, e não como substitutos do saber e do sentir humanos. O que está em jogo não é apenas a eficiência, mas o sentido da medicina como arte de cuidar.
Entramos, assim, em uma nova era: a era em que o ser humano enfermo, no momento de sua maior vulnerabilidade, precisa ser acolhido por outro ser humano — e não apenas por uma máquina. Não se trata de renegar o futuro, mas de garantir que ele seja construído com responsabilidade, ética e, acima de tudo, humanidade.
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CORREIO DO ESTADO
O leito que falta: um problema de todos
O Brasil vive hoje um dilema decisivo para o futuro da medicina e da saúde pública: o País precisa de mais médicos ou de melhores médicos? Essa pergunta surge na esteira da expansão acelerada de cursos de Medicina nas últimas décadas, muitos deles sem observar critérios técnicos e sem a estrutura mínima para garantir uma formação de qualidade.
Diante desse cenário, o Projeto de Lei (PL) nº 2.294/2024 – que propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina – configura medida necessária, urgente e transformadora. Essa proposta, já aprovada por unanimidade na Comissão de Educação do Senado e atualmente em análise na Comissão de Assuntos Sociais, estabelece que somente médicos aprovados nessa prova poderão obter registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs).
A avaliação, a ser aplicada duas vezes ao ano, sob coordenação do Conselho Federal de Medicina (CFM), verificará se o recém-formado tem conhecimentos, habilidades e atitudes mínimas exigidas para o exercício da profissão. Assim, ela funcionará como uma forma de proteção da população, em especial das parcelas socialmente mais vulneráveis que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
De forma complementar, o PL nº 2.294/2024 contribui com uma reflexão sobre o sistema formador de médicos no País, o qual precisa ser urgentemente repensado, pelo bem das futuras gerações. Os números falam por si: entre 2010 e 2024, foram criados 210 cursos de Medicina, elevando o total para cerca de 390 escolas no País – 70% delas privadas. Contudo, esse avanço não necessariamente é sinônimo de qualidade.
O estudo Radiografia das Escolas Médicas, conduzido pelo CFM, revela um quadro preocupante dentro desse universo: em 78% dos municípios que abrigam esses cursos faltam leitos para práticas clínicas; em 57%, não há hospitais de ensino; e em 45%, o número de equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) é insuficiente para receber estudantes. Em síntese, não há um cenário favorável à boa formação dos futuros médicos.
Infelizmente, as consequências dessa realidade não ficam limitadas ao ambiente universitário, que deve ser avaliado pelo Ministério da Educação e suas organizações parceiras. Na verdade, ela ganha proporções preocupantes quando os egressos desses cursos deficitários, já diplomados, assumem posições na linha de frente de atendimento. Com isso, crescem os riscos de diagnósticos imprecisos, prescrições inadequadas, excessos em pedidos de exames, tratamentos ineficazes e aumento dos custos assistenciais.
O valor dessa fatura recai, sobretudo, sobre os ombros do paciente e seus familiares, vulneráveis aos riscos inerentes desse processo e menos amparados por uma medicina segura, resolutiva e ética. Para evitar danos, é preciso agir com base no que já está previsto na Lei nº 3.268/1957, que atribui ao CFM a missão de atuar em defesa de uma assistência em saúde de qualidade, da proteção da sociedade e do exercício ético, eficaz e seguro da profissão.
O Exame Nacional de Proficiência em Medicina, conforme proposta em tramitação, se torna um meio para alcançar todos esses objetivos, sendo uma barreira protetora para os cidadãos. Diversos países – como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Austrália – adotam exames nacionais obrigatórios para permitir aos recém-formados o direito de exercício da medicina em seus territórios.
Os candidatos que não atingem os critérios passam por programas de reciclagem até que estejam aptos a exercer a profissão com segurança. Percebe-se que não há punição, mas um fluxo que preserva a vida dos indivíduos e ainda oferece a possibilidade de aperfeiçoamento profissional aos que dele necessitam. Trata-se de um modelo de sucesso que o Estado brasileiro pode e deve seguir pela sua responsabilidade com a preservação da integridade, da saúde e da vida dos cidadãos.
O CFM e a Frente Parlamentar Mista da Medicina estão empenhadas em entregar à nação o Exame Nacional de Proficiência em Medicina, contrariando interesses econômicos e políticos que enxergam na abertura de escolas médicas um negócio lucrativo e uma máquina de gerar votos e visibilidade junto aos eleitores.
Superar esses obstáculos não será fácil, mas é possível com o apoio da população e dos médicos na sensibilização de senadores e deputados em favor dessa causa.
É preciso construir uma ponte para um futuro em que a nação poderá contar com uma medicina valorizada, praticada com qualidade, ética, segurança e compromisso com a vida humana em toda sua dimensão. É necessário fugir das armadilhas de questões que nos levam a optar entre quantidade e qualidade porque estes conceitos não são excludentes.
Nesse sentido, o Exame Nacional de Proficiência em Medicina é o caminho para garantir ambos: mais médicos, sim, porém, verdadeiramente capacitados, habilitados e preparados para honrar sua missão, ajudando no resgate da confiança da sociedade no sistema de saúde e promove um ciclo virtuoso de qualificação da assistência médica no País.
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CARTA CAPITAL
Zanin dá 10 dias para CFM explicar norma que restringe transição de gênero
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, cobrou esclarecimentos do CFM sobre quais estudos e pareceres embasaram a resolução que tornou as regras de procedimentos de transição de gênero. A entidade tem 10 dias para se manifestar, de acordo com despacho assinado nesta sexta-feira 16.
Também foram solicitadas informações do Ministério da Saúde e de pelo menos seis centros de referência médica voltados ao atendimento à transexualidade e à identidade de gênero. As determinações ocorrem na ação movida pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais em conjunto com o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades.
Antra e Ibrat argumentam que o novo texto é inconstitucional e impede o exercício do direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade das crianças trans. Também afirmam que o texto foi elaborado sem levar em consideração os estudos científicos que mostram que os procedimentos citados geram bem-estar psicológico e social para crianças e adolescentes trans.
Os centros de referência médica consultados por Zanin são:
Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos), de São Paulo/SP;
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, de Porto Alegre/RS;
Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, de Uberlândia/MG;
Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia, de Salvador/BA;
Policlínica Lessa de Andrade, de Recife/PE;
Programa Aquarela do Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente, do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, do Rio de Janeiro.
A resolução em questão revoga diretriz anterior do CFM, para tratamentos hormonais e cirúrgicos no processo de transição de gênero. Assim, fica proibido o uso de bloqueadores hormonais em crianças e a administração de hormônios para menores de idade e eleva de 18 para 21 anos a idade mínima para cirurgias com efeito esterilizante.
No despacho desta sexta, Zanin afirma que, após a manifestação do Conselho, do ministério chefiado por Alexandre Padilha (PT) e dos centros de referência, devem se pronunciar a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República.
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FOLHA DE S.PAULO
Curativo sustentável pode acelerar cicatrização de feridas graves
Tecnologia feita a partir de resíduos da pesca é alternativa a importação de bandagens pelo SUS
Um curativo confeccionado a partir de resíduos da indústria pesqueira, com potencial de acelerar a cicatrização de feridas graves, foi desenvolvido por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e UFLA (Universidade Federal de Lavras). Produzida localmente, a tecnologia é uma alternativa às bandagens importadas utilizadas no SUS (Sistema Único de Saúde).
O principal diferencial do modelo é a alta capacidade de absorção de exsudatos, que são líquidos liberados pelos machucados no processo de cicatrização. Isso é útil em casos como queimaduras de terceiro grau, feridas não cicatrizadas devido a diabetes, úlceras por pressão (escaras) e ferimentos de grande profundidade como os causados por acidentes de trânsito.
A Folha procurou o Ministério da Saúde e dez estados das cinco regiões do Brasil para levantar gastos com a importação de bandagens. Porém, não há dados públicos consolidados sobre essas despesas no SUS. As plataformas de compras públicas não detalham os valores por tipo específico de material nem distinguem a origem nacional ou estrangeira dos insumos.
No entanto, no Pará, este tipo de curativo é comprado exclusivamente por ordem judicial, fora da lista de insumos padronizados da rede estadual. As despesas chegaram a R$ 57 milhões entre 2023 e 2024, e somaram R$ 15 milhões apenas entre janeiro e abril de 2025.
Pesquisadora da UFMG segura curativo sustentável feito com resíduos da indústria pesqueira que deve acelerar cicatrização de feridas graves
Menos dor
Quanto mais líquido uma ferida produz, maior a necessidade de troca de curativo. Quando uma bandagem têxtil é utilizada, o exsudato faz com que ela grude na área lesionada, o que gera desconforto para o paciente. "É muito improvável que não haja dor em todas as vezes que há troca", diz Talita Martins, pesquisadora, professora e pós-doutora em ciência e engenharia de materiais, primeira autora do estudo.
Já o novo curativo, como é produzido em forma de espuma, pode ser personalizado para diferentes níveis de secreção das feridas e gerar menos trocas, portanto, menos dor. Ou seja, ele fornece o nível ideal de umidade para uma boa cicatrização, sem deixar o ferimento muito seco ou molhado. Ambas situações são problemáticas para o processo.
"Não dá para abafar aquela região e simplesmente colocar ali um curativo que vai tampar a ferida. Quando uma criança chuta o chão e faz um machucado no pé, se ela calçar uma meia por cima, o que acontece depois? Ela gruda na ferida por causa desse líquido. Agora, pensa em uma ferida maior", exemplifica Eduardo Nunes, orientador do estudo e coordenador do programa de pós-graduação em engenharia metalúrgica, materiais e de minas da UFMG.
Além da dor nas trocas de curativo, a liberação excessiva de líquido em feridas abertas é um problema porque aumenta a probabilidade de infecção local. Nos casos de diabéticos com dificuldade de cicatrização, isso pode levar até a amputação do membro - em 2023, a doença foi apontada como a responsável por mais da metade das amputações de pernas e pés realizadas no ano anterior, que bateu o maior nível da década em 2022.
Como funciona?
Nos testes laboratoriais realizados com peixes em condições similares à pele humana, o curativo CH50BGF teve capacidade de absorção de líquidos exsudatos de até 160% em 24 horas. Conforme os pesquisadores, esse desempenho é superior a diversos curativos comerciais.
Essa absorção é possível pela combinação da quitosana, um polímero natural derivado de resíduos da indústria pesqueira, com micropartículas de vidro bioativo, um material cerâmico usado principalmente em cirurgias odontológicas.
A quitosana atua como um antimicrobiano natural, mantendo a umidade ideal para a cicatrização e inibindo infecções. Martins explica que a substância é encontrada em carcaças de animais marítimos como camarão, siri, caranguejo e peixes.
O vidro bioativo, por sua vez, libera íons que estimulam a formação de novos vasos sanguíneos e colágeno, o que acelera o fechamento da ferida. O curativo é resultado de dez anos de pesquisa iniciada pela professora Marivalda M. Pereira, da UFMG, que também orienta o estudo.
Como Minas Gerais não tem mar, os pesquisadores firmaram uma parceria com uma empresa de Santa Catarina, que fornece gratuitamente o resíduo da indústria pesqueira necessário para a produção do curativo.
"A velocidade com que eles conseguem nos fornecer esses resíduos é assustadora, justamente porque a quantidade de lixo é grande demais", afirma Martins.
Quanto custa?
O custo inicial do curativo ficou entre R$ 20 e R$ 30 por unidade, valor que pode ser barateado se produzido em larga escala. O projeto está em submissão para o comitê de ética para conseguir autorização para os testes clínicos com humanos, necessários para validar a produção comercial.
O objetivo principal dos pesquisadores é substituir os insumos importados, reduzir custos e ampliar o acesso à tecnologis no SUS. Eles consideraram as estimativas levantadas por outros cientistas, com estudos de caso na área hospitalar, para nortear a pesquisa e comparar com o custo de produção do novo curativo.
"A gente consegue ter uma ideia dos valores gastos, e cada curativo tem um momento de utilização e um preço. O mais similar ao nosso, no mercado, sai em média entre R$ 80 e R$ 90, cada um", explica Martins.
Segundo os autores, além de ser uma cadeia sustentável, que dependerá de lixo da indústria pesqueira e produção local, a tecnologia também é uma forma de garantir a independência nacional. "Abre caminho para políticas de saúde mais resilientes, capazes de enfrentar crises globais sem depender de mercados externos", diz Martins.
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O POPULAR
Governo amplia a vacinação contra a gripe para toda população em Goiás
O Governo de Goiás ampliou a vacinação da gripe (Influenza) para todas as pessoas acima de seis meses de idade. A medida passa a valer neste sábado (17). Antes, a imunização pelo SUS tinha como público-alvo os grupos prioritários, como idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças até seis anos e povos indígenas.
A medida foi informada por meio de nota técnica as 18 regionais de saúde e aos 246 municípios goianos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), os municípios poderão definir suas estratégias com base no estoque disponível de vacinas.
A 27ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começou no dia 7 de abril para o público-alvo, que inclui idosos, trabalhadores de saúde, gestantes, entre outros. A vacina protege contra três tipos de vírus Influenza sendo A (H1N1), A (H3N2) e Influenza B, reduzindo as complicações graves da doença.
Dados do Ministério da Saúde, apontam que após 46 dias de vacinação voltada apenas para os grupos prioritários, a cobertura vacinal no estado está em 21,99%, ou seja, 602.241 pessoas do público-alvo já foram vacinadas contra a Influenza em Goiás. A cobertura no país é de 25,39%.
Influenza em Goiás
Segundo dados da SES-GO, Goiás já registrou 4.286 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 371 delas causadas por Influenza, este ano. A maior parte dos casos de SRAGs é de crianças menores de 2 anos, são 1.923 no total.
As chamadas SRAGs são as formas graves tanto de Influenza como de outros agravos respiratórios e, em geral levam à internação, podendo resultar no óbito do paciente.
Em 2025, até o momento, 17 mortes foram confirmadas por Influenza A este ano no estado e três por Influenza B e outros sete óbitos por SRAG estão em investigação. A maioria dos óbitos é de idosos, são 11 no total.
Ampliação em Aparecida e Goiânia
Os dois maiores municípios goianos, em termos de população, Goiânia e Aparecida de Goiânia aderiram à ampliação da vacinação contra a gripe.
Na capital, neste fim de semana, a vacinação ocorre na Van da Vacinação, neste sábado (17), das 8h às 12h, na Praça do Trabalhador, e no domingo (18), das 8h às 11h, no Parque Flamboyant. Além disso, estarão disponíveis para aplicação das doses as unidades Centro Municipal de Vacinação, UPA Jardim América e CIAMS Urias Magalhães, das 8h às 17h. Durante a semana, a vacinação contra a gripe segue nas 64 salas de vacina da rede municipal, distribuídas em todas as regiões da capital.
Já em Aparecida de Goiânia, para atender o novo público-alvo, neste sábado (17), a Central de Imunização de Aparecida estará aberta para a população das 7h30 às 18h30. Veja abaixo a lista com a localização das salas em Goiânia e Aparecida.
Pontos de vacinação em Goiânia:
Distrito Leste: UPA Chácara do Governador, Cais Amendoeiras, USF Dom Fernando, USF Recanto das Minas Gerais, CSF Ville de France, USF Parque Ateneu, UPA Novo Mundo, USF Santo Hilário, USF Riviera.
Distrito Sudoeste: CIAMS Novo Horizonte, CS União, CS Parque Anhanguera, CS Vila Mauá, CS Vila Boa, CSF Itaipu, CSF Condomínio das Esmeraldas, CSF Real Conquista, CSF Madre Germana, CSF Valéria Aparecida (Garavelo B).
Distrito Oeste: CS Goiânia Viva, CS Vera Cruz II, CS Jardim Cerrado IV, CS Vera Cruz I, CS Buritis, CS São Francisco, CS João Braz, ESF Vila Regina, Cais Bairro Goiá e USF Eldorado Oeste.
Distrito Noroeste: USF Vila Mutirão, USF Vila Planalto, USF São Carlos, USF Jardim Curitiba, USF Estrela Dalva, USF Boa Vista, USF Alto do Vale, USF Finsocial, CS Cândida de Morais, USF Brisas da Mata, USF Jardim Primavera.
Distrito Campinas-Centro: CS Vila Canaã, CS Esplanada dos Anicuns, CS Norte Ferroviário, CS Crimeia Leste, CS Marinho Lemos, CS Vila Nova, USF Santa Helena, USF Crimeia Oeste, USF Universitário, CS Cidade Jardim.
Distrito Norte: CIAMS Urias Magalhães, CS Clemente, USF Jardim Guanabara, USF Antônio Carlos Pires, CS Meia Ponte, USF Cachoeira Dourada, USF Vale dos Sonhos, USF São Judas Tadeu, CS Perim, USF Itatiaia.
Distrito Sul: UPA Jardim América, CS Vila Redenção, Centro Municipal de Vacinação e CS Parque Amazônia.
A maioria das salas de Goiânia funcionam de segunda à sexta-feira, das 07h30 ou 8h até às 18h. Somente três pontos funcionam aos finais de semana, sábado e domingo, são: a UPA Jardim América, o CS Urias Magalhães e o Centro Municipal de Vacinação. Para conferir o horário de funcionamento das salas, basta acessar o site da Prefeitura de Goiânia.
Pontos de vacinação em Aparecida:
UBS Andrade Reis
UBS Bairro Cardoso
UBS Bairro Ilda
UBS Colina Azul
UBS Cruzeiro do Sul
UBS Independência Mansões
UBS Jd Florença
UBS Jd Rivieira
UBS Jd Tirandentes
UBS Mansões Paraíso
UBS Papillon Park
UBS Pontal Sul 2
UBS Veiga Jardim
UBS Alto Paraíso
UBS Anhambi
UBS Bairro Independência
UBS Bandeirantes
UBS Boa Esperança
UBS Buriti Sereno
UBS Campos Eliseos
UBS Caraíbas
UBS Garavelo Park
UBS Jd dos Ipês
UBS Madre Germana
UBS Delfiore
UBS Cândido de Queiroz
UBS Expansul
UBS Jd Bela Vista
UBS Jd dos Buritis
UBS Jd Olímpico
UBS Jd Paraíso
UBS Parque Trindade
UBS Rosa dos Ventos
UBS Santa Luzia
UBS Santo André
UBS São Pedro
Central de Imunização
Em Aparecida de Goiânia, a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) funciona de segunda a sexta das 7h30 às 16h30. Na Central de Imunização funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 18h30, e, aos sábados, das 7h30 às 13h. Os postos de imunização não funcionam em feriados e pontos facultativos.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 16/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde atingem maior número de beneficiários da história
https://medicinasa.com.br/planos-saude-beneficiarios/
Saúde pública e privada podem ficar R$ 8,2 bilhões mais caras
https://medicinasa.com.br/saude-publica-e-privada/
Apenas 5% dos hospitais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste oferecem terapias oncológicas padrão ouro
https://medicinasa.com.br/terapias-oncologicas/
Comunicação em saúde: inovação do entendimento e confiança
https://medicinasa.com.br/comunicacao-em-saude/
Polícia Civil prende administrador de hospital em Goiânia
Goiânia tem 12 leitos de UTI para crianças desativados
Golpistas tentam vender curso online sobre IA na medicina
Administrador é preso após hospital receber pacientes em UTI e ambulatório mesmo depois de interdição da vigilância sanitária, diz PC
ANS cria ranking de excelência para operadoras de saúde
MEDICINA S/A
Planos de saúde atingem maior número de beneficiários da história
O número de brasileiros com planos de saúde médico-hospitalares atingiu, em março de 2025, o maior patamar da série histórica: 52,1 milhões de beneficiários. O dado consta da 105ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), e reflete um movimento diretamente associado à retomada do emprego formal no país.
Nos 12 meses encerrados em março, o Brasil gerou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged. No mesmo período, os planos coletivos empresariais – vinculados ao mercado formal – cresceram 3,5%, com a inclusão de 1,27 milhão de novos beneficiários. Hoje, 72% das pessoas que possuem plano de saúde estão nessa modalidade de contratação.
“Há uma correlação direta e expressiva entre o crescimento do emprego formal e o aumento da cobertura dos planos empresariais. Isso reafirma a importância do vínculo empregatício para o acesso à saúde suplementar no Brasil”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Por outro lado, é preciso considerar que o mercado de trabalho passa por um processo de transformação, com profundas mudanças nas relações de trabalho, com crescimento do empreendedorismo e cada vez mais será preciso analisar como a saúde suplementar vai se ajustar à essa nova dinâmica”, pondera.
Conforme demonstra a Análise Especial da NAB, o avanço é ainda mais significativo ao se considerar o cenário histórico: em 2000, os planos coletivos empresariais somavam 6 milhões de beneficiários. Hoje, ultrapassam os 37,6 milhões – um crescimento de 520% em 25 anos. Já os planos individuais ou familiares, apesar de terem aumentado em número absoluto desde então, perderam participação relativa no mercado e registraram queda de 1,3% no último ano – reflexo das restrições da regulamentação desse segmento.
“O crescimento observado no último ano concentrou-se exclusivamente nos contratos empresariais. Planos por adesão e individuais tiveram retração. Isso reforça a urgência de debates sobre a sustentabilidade e ampliação do acesso a outras modalidades de contratação”, analisa Cechin.
Outro destaque do relatório é o desempenho dos estados. São Paulo liderou a expansão, com 295 mil novos beneficiários em planos médico-hospitalares e mais de 517 mil em planos exclusivamente odontológicos. Em contrapartida, o Rio de Janeiro registrou a maior retração, com perda de 126,7 mil vínculos médico-hospitalares.
O total de beneficiários em planos odontológicos também cresceu de forma robusta: 2 milhões de novos vínculos em 12 meses, atingindo 34,6 milhões de pessoas e crescimento anual de 6,2%.
“Os números indicam não apenas uma recuperação pós-pandemia, mas uma consolidação do papel dos planos de saúde empresariais como principal porta de entrada para a saúde suplementar. A discussão sobre políticas públicas para ampliar e diversificar o acesso continua sendo estratégica”, pontua Cechin.
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Saúde pública e privada podem ficar R$ 8,2 bilhões mais caras
Os custos de 198 produtos para a saúde podem sofrer um aumento de 21,4%, no Brasil, o que corresponde a R$ 8,2 bilhões, a partir de julho, sendo 4,3 bilhões referentes ao SUS e R$ 3,9 bilhões à saúde privada. Hoje o mercado dessa lista de itens amplamente utilizada em hospitais, clínicas e prestadores de serviços de diagnóstico movimenta cerca de R$ 38,5 bilhões por ano, podendo chegar a R$ 46,8 bilhões. Isso porque o Convênio 01/99 – que garante isenção de ICMS para eles – pode não ser renovado. Quem tomará a decisão será o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que começa a analisar o caso esta semana. Em seguida, há ainda a decisão dos governadores e secretários de fazenda estaduais em internalizar ou não o Convênio.
A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) fez um amplo estudo sobre os impactos da não-renovação do Convênio 01/99. Foram calculados os valores envolvidos no comércio exterior, na produção nacional e no número de procedimentos realizados no SUS e entre as empresas reguladas pela ANS, como planos de saúde, operadoras e seguradoras.
Ao todo, 37 categorias de produtos são contempladas na atual isenção – todas muito utilizadas em exames, tratamentos, internações e cirurgias: materiais para suturas; grampos e clipes; sondas, cateteres e cânulas; cimentos para reconstituição óssea; chapas e filmes para raio-x; tubos para hemodiálise; instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue ou infusão intravenosa; artigos e aparelhos ortopédicos e para fraturas; próteses articulares; válvulas cardíacas; marcapassos cardíacos; stents; e cardiodesfibriladores.
Haverá impacto em 184,2 milhões de exames; 18,2 milhões de tratamentos; 1,5 milhão de internações; e 1,7 milhão de cirurgias. No caso das cirurgias de câncer, só no SUS, 29% terão custos mais elevados. As mais impactadas serão de câncer de mama, útero, cólon e reto e próstata. Estima-se ainda o impacto sobre 17,5 milhões de procedimentos de hemodiálise, entre SUS e sistema suplementar.
“Os números preocupam. Os produtos podem voltar a ter alíquota média de 18%, depois de mais de duas décadas de isenção. Isso vai provocar prejuízo do atendimento à saúde da população, que poderá se deparar com maiores filas para realização de cirurgias, tratamentos e exames, no caso do SUS, e reajustes ainda maiores nos planos de saúde, podendo levar à ampliação na busca pelo atendimento no sistema público, já bastante saturado. Há o risco também de ampliação dos vazios assistenciais em vários municípios do Brasil, onde a distribuição do acesso já é bastante desigual. Haverá, com isso, uma elevação de gasto por parte do setor público na aquisição desses itens essenciais à manutenção dos atendimentos no SUS”, afirma o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
O executivo lembra que os países da OCDE priorizam saúde como direito de todos, assegurando isenção total ou parcial da carga tributária de dispositivos médicos. “Há ainda o risco de desestímulo à produção industrial brasileira de dispositivos médicos, com a oneração em cadeia desse setor, podendo ser prejudicial às exportações e à concorrência com outros produtores internacionais. O que, em um cenário de guerra comercial, amplificará certamente os prejuízos no setor industrial de saúde”, analisa.
José Márcio Cerqueira Gomes destaca ainda que a Reforma Tributária permite a manutenção dos Convênios até 2032. “O ideal seria manter o Convênio até essa data, para que o setor faça a transição de maneira escalonada para o novo regime, previsto na LC 214/25”, defende.
Impactos diretos à indústria
O estudo também analisou o impacto na indústria, que reúne ao todo 13.298 empresas e gera 150.435 empregos diretos. Segundo a amostra, as principais especialidades afetadas pela eventual não-renovação do Convênio ICMS 01/99 serão a ortopedia (citada por 92% dos entrevistados), a cardiologia (55% citada), a neurologia (36%), buco-maxilo-facial (36%) e cirurgia-geral (incluindo cirurgias oncológicas, abdominais, torácicas, entre outras), citada por 33%.
As consequências observadas, além da elevação dos preços, são: redução de oferta de determinados produtos, especialmente no setor público (SUS), por inviabilidade econômico-financeira para seu fornecimento; elevação do gasto público para compra dos itens contemplados no Convênio, decorrente do aumento de preços causado pelo aumento da carga tributária; desestímulo à produção industrial brasileira de dispositivos médicos, a partir da oneração da cadeia de produção; impacto no planejamento financeiro das empresas da cadeia de saúde (indústrias, distribuidores, hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde); e demissões.
“Sem contar que tanto os fornecedores dos produtos para saúde abrangidos pelo Convênio 01/99 quanto os clientes (hospitais, clínicas e laboratórios) trabalham com planejamento antecipado de seus negócios. A incerteza em relação à renovação e vigência do referido convênio provoca insegurança jurídica, o que afeta diretamente esse mercado, incluindo a aquisição de mais produtos, a ampliação das importações ou das exportações e, especialmente, os investimentos produtivos na ampliação de linhas fabris, o que, como é sabido, gera um ciclo virtuoso – mais empregos, mais arrecadação tributária, mais crescimento econômico – para o país”, acrescenta Gomes. E concluiu: “Esperamos que os achados dos estudos ajudem as autoridades estaduais na tomada de uma decisão sobre a manutenção do Convênio ICMS 01/1999 no médio-longo prazo, que dê estabilidade até mesmo para o setor se organizar para a transição para o novo sistema tributário”, completa o presidente executivo.
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Apenas 5% dos hospitais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste oferecem terapias oncológicas padrão ouro
Durante a 15ª edição do seu Fórum Nacional, o Instituto Oncoguia apresentou os resultados da nova edição da pesquisa “Meu SUS é diferente do seu” e lançou um manifesto em defesa dos direitos dos pacientes com câncer, revelando um cenário alarmante de desigualdade no acesso ao tratamento oncológico na rede pública brasileira. O levantamento, realizado entre setembro de 2023 e janeiro de 2024, analisou 95 hospitais habilitados em oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS) e mostrou que 69% dessas unidades não possuem protocolos clínicos para todos os cinco tipos de câncer avaliados —mama, próstata, pulmão, colorretal e melanoma.
A pesquisa atualiza a edição pioneira realizada em 2017 e teve como foco a análise da disponibilidade, nesses hospitais, dos tratamentos incorporados ao SUS nos últimos cinco anos. Nenhuma das unidades oferece a totalidade das terapias recomendadas por referências internacionais, como as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDTs) do Ministério da Saúde, a Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a escala da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, as DDTs brasileiras permanecem desatualizadas, com exceção do protocolo para câncer de mama, o que compromete o acesso dos pacientes a terapias mais modernas e eficazes.
A desigualdade regional também chama atenção: menos de 5% dos hospitais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste oferecem terapias consideradas padrão ouro para cânceres como pulmão e melanoma. Em muitas dessas unidades, medicamentos obsoletos, como o Interferon, ainda são utilizados. “Ainda estamos em um sistema que, na prática, permite que o tipo de câncer que você tem e o CEP onde você mora definam suas chances de viver ou morrer. Isso é inaceitável”, afirma Luciana Holtz, fundadora e presidente do Instituto Oncoguia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025. Essa realidade, combinada à falta de padronização, estrutura e atualização dos protocolos, compromete diretamente os avanços no enfrentamento da doença. “É inacreditável constatar que, passados oito anos da primeira edição do estudo, os serviços do SUS continuam absurdamente desiguais. Seguimos sem garantir que as novas tecnologias já incorporadas estejam disponíveis para a maioria dos pacientes”, comenta Marina Sahade, oncologista e diretora do comitê científico do Oncoguia.
Ao apresentar os resultados, o Oncoguia também lançou um manifesto em defesa dos direitos dos pacientes com câncer. O texto denuncia que, apesar de o Brasil ter leis, políticas públicas e diretrizes para o tratamento da doença, milhares de pessoas seguem esperando, por diagnóstico, por tratamento, por uma chance real de viver. A carta aberta dá voz ao sofrimento de famílias que percorrem cidades em busca de um exame, de idosos que morrem antes de conseguirem uma consulta, de pessoas negras que sofrem mais com a negligência e de jovens diagnosticados tarde demais, não por falta de ciência, mas por falta de gestão. “Quando o cuidado falha, a dignidade também falha”, diz o manifesto. “Direito que não vira cuidado é violência. Direito que não chega, não salva.”
“Estamos diante de uma realidade cruel que precisa ser enfrentada com coragem e responsabilidade. O manifesto é um grito coletivo por dignidade, e também um convite à ação”, afirma Luciana Holtz. No lugar de apenas apontar falhas, o manifesto propõe soluções concretas: que o país adote uma gestão de filas mais humana; assegure o diagnóstico em até 30 dias e o início do tratamento em no máximo 60, com acesso a exames, consultas e biópsias de qualidade. Reivindica ainda um compromisso nacional com o diagnóstico precoce e a garantia do tratamento mais eficaz, ofertado de forma equitativa em todos os hospitais habilitados. Defende que as tecnologias aprovadas pela Conitec estejam disponíveis dentro do prazo legal e que cada paciente com câncer conte com equipes multiprofissionais, cuidados paliativos e atenção integral à qualidade de vida.
Com a autoridade de quem acompanha de perto os impactos da desigualdade no acesso à saúde, a presidente do Instituto Oncoguia, destacou: “Essa carta é por cada paciente que ficou no meio do caminho. Por cada família que enfrentou a dor sozinha. Por cada vida que ainda pode ser salva. Nós não vamos parar.” O evento foi encerrado com um apelo à sociedade civil, autoridades e profissionais de saúde: transformar o sistema oncológico público em um modelo mais justo, digno e eficiente é uma necessidade urgente. “O câncer não espera, e nós também não podemos mais esperar”, reforçou Holtz.
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Comunicação em saúde: inovação do entendimento e confiança
Com um mercado cada vez mais movido por tecnologia, ciência e regulamentação, comunicar no setor de saúde nunca foi tão desafiador e, ao mesmo tempo, tão determinante. Em um ambiente em que a precisão da informação impacta decisões clínicas, operacionais e institucionais, empresas fornecedoras de soluções em saúde precisam ir além do domínio técnico, precisam saber traduzir complexidade em confiança – e confiança em autoridade.
O setor de saúde no Brasil movimentou mais de R$ 350 bilhões em 2024, segundo dados da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), com expectativa de crescimento contínuo impulsionado pelo envelhecimento da população e pela digitalização dos serviços de saúde. Este cenário representa uma combinação desafiadora, uma vez que com um mercado em expansão e altamente competitivo, visibilidade e credibilidade tornaram-se pré-requisitos para se ter o destaque desejado.
O primeiro semestre do ano é marcado por encontros estratégicos entre os principais players da saúde, que reúnem tomadores de decisão e movimentam o setor. Nesse sentido, participar dessas agendas é fundamental, mas destacar-se requer mais do que presença, exigindo uma estratégia de comunicação clara, relevante e bem posicionada.
Um setor técnico, regulado – e incompreendido
O setor de saúde atua sob um grau de complexidade singular. De um lado, altos investimentos em inovação, especialmente com o avanço de tecnologias como inteligência artificial aplicada a diagnósticos, interoperabilidade de dados, plataformas digitais de gestão clínica. Do outro, uma estrutura regulatória rígida, que demanda uma precisão absoluta na maneira de divulgar informações, soluções ou resultados. Para as empresas do segmento, esse é um território onde cada palavra importa e, qualquer erro pode causar impacto altamente negativo para a reputação da marca.
Mesmo entre stakeholders técnicos, os avanços do setor nem sempre são fáceis de compreender. Segundo estudos, a baixa compreensão em saúde, se estende a muitos níveis da cadeia, desde compradores institucionais, gestores hospitalares e até líderes clínicos enfrentam dificuldades para entender soluções muito técnicas ou mal comunicadas. E, em tempos de desinformação, fake news e baixa confiança em instituições, comunicar com clareza, empatia e responsabilidade não é mais opcional. É um diferencial competitivo e ético.
Comunicação estratégica: da ciência ao storytelling
Traduzir complexidade científica para uma linguagem acessível e alinhada com as dores das instituições de saúde, sem perder a acurácia técnica, é um dos maiores desafios da comunicação na área da saúde. Para as empresas que atuam no B2B, oferecendo equipamentos, tecnologia, serviços clínicos ou soluções digitais, mais do que divulgar marcas, soluções ou serviços, é preciso construir narrativas que eduquem, engajem e gerem valor social.
Empresas de soluções hospitalares, sistemas de gestão, laboratórios, healthtechs e operadoras de saúde que se destacam no mercado são aquelas que atuam com comunicação integrada, alinhando suas equipes de marketing, compliance, assessoria de imprensa e canais digitais. O papel da comunicação, nesse contexto, é amplificar a autoridade institucional, para conquistar visibilidade qualificada e garantir que a inovação seja percebida como confiável e necessária.
Ganhar espaço na imprensa especializada, estar em veículos de referência e construir presença digital de forma consistente são estratégias imperativas para aumentar a visibilidade e o reconhecimento de empresas no segmento de saúde. No entanto, isso exige cuidados redobrados, pois um erro na maneira de comunicar pode gerar sanções legais, desinformar ou impactar diretamente a reputação da marca.
É tempo de se posicionar
A movimentação intensa do setor neste momento do ano abre oportunidades valiosas para empresas que desejam fortalecer seu posicionamento institucional. Por isso, antes, durante e depois de grandes encontros do setor, por exemplo, a comunicação precisa ser planejada para gerar impacto. Da preparação de porta-vozes à cobertura em tempo real, passando por materiais técnicos, ações em redes sociais e relacionamento com a imprensa, cada ponto de contato com o público é uma oportunidade de fortalecer a reputação das empresas.
A comunicação no setor de saúde é desafiadora, sim. Mas também é uma grande aliada para organizações que desejam crescer com solidez, autoridade e impacto social. Traduzir complexidade em clareza é o que torna a inovação compreendida. Na saúde, quem comunica bem fortalece reputações e, principalmente, aproxima soluções de quem mais precisa delas.
*Edna De Divitiis é Diretora Executiva da EPR Comunicação Corporativa.
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TV Anhanguera
Polícia Civil prende administrador de hospital em Goiânia
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Goiânia tem 12 leitos de UTI para crianças desativados
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Golpistas tentam vender curso online sobre IA na medicina
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PORTAL G1/GOIÁS
Administrador é preso após hospital receber pacientes em UTI e ambulatório mesmo depois de interdição da vigilância sanitária, diz PC
Segundo a polícia, ele foi ouvido e liberado. Conforme as investigações, os funcionários do hospital estão com atraso salarial e não estão recebendo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O administrador de um hospital de Goiânia foi preso nesta quinta-feira (15) suspeito de descumprir normas sanitárias de funcionamento. Segundo a Polícia Civil, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) funcionava de maneira irregular, sem a equipe médica completa e ainda estava com interdição total para não funcionar.
O g1 entrou em contato com o Hospital Renaissance, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. À TV Anhanguera, o hospital disse que não vai se manifestar.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do administrador do hospital até a última atualização desta reportagem. Segundo a Polícia Civil, ele foi ouvido e liberado.
O hospital fica localizado na Rua 9, no Setor Marista. Segundo a Polícia Civil, a Vigilância Sanitária interditou o hospital parcialmente, no dia 30 de abril, por não atender às normas de saúde.
Apesar da interdição, o hospital continuou a receber pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e no ambulatório, o que levou à interdição total do local.
O g1 entrou em contato com a Vigilância Sanitária para saber mais detalhes da interdição, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo a polícia, ele pode responder pelo crime de infração de medidas sanitárias preventivas. Conforme as investigações, os funcionários do hospital estão com atraso salarial e não estão recebendo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Além disso, tanto os colaboradores quanto os pacientes não tinham conhecimento da interdição do hospital, expondo-os a riscos sanitários e à precarização do trabalho.
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CONSULTOR JURÍDICO
ANS cria ranking de excelência para operadoras de saúde
A Resolução Normativa 623 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) institui, pela primeira vez, um ranking de excelência para as operadoras de planos de saúde com melhor desempenho na solução das reclamações feitas por beneficiários ao órgão regulador. A lista terá atualização trimestral e prevê benefícios às empresas com maior taxa de resolutividade, como o abatimento de multas.
A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (15/5), durante o evento "Regulação e Direitos: O que muda com a Resolução Normativa 623 da ANS?", promovido pela FGV Direito Rio. O encontro reuniu representantes da ANS, advogados e integrantes de entidades de defesa do consumidor, com o objetivo de debater os impactos da nova norma para o setor de saúde suplementar.
Segundo Marcus Braz, diretor-adjunto de Fiscalização da ANS, o novo ranking será publicado a cada três meses e permitirá diferenciar as operadoras que apresentam desempenho positivo na resposta às demandas de seus beneficiários. "Temos operadoras abaixo da linha de IGR (Índice Geral de Reclamações), mas temos outras que estão muito acima. Por isso, temos de criar incentivos. Quem está indo bem, terá o abatimento de valores (das multas). Mas quem não estiver, vai ter um agravante e uma penalidade maior."
A Resolução 623 também estabelece diretrizes para o atendimento, entre as quais prazos menores para as respostas, a utilização de linguagem acessível para justificar negativas - evitando-se termos técnicos - e a proibição de expressões genéricas, como "está em análise". A orientação nesse caso é informar com precisão o status da demanda.
"Observamos que o beneficiário precisa ser bem informado, ele recebe muito 'está em análise, em processamento, em auditoria'. Colocando-se no lugar dele, é esperado que o beneficiário fique ansioso por conta dessa resposta genérica e ligue para a agência. Falta também uma linguagem adequada na resposta de negativa. O setor de saúde suplementar tem muitos termos técnicos, mas é preciso mastigar um pouco para que o beneficiário saiba os motivos da negativa", afirmou Gustavo Campos, assessor normativo da Diretoria de Fiscalização da ANS.
A resolução também fixou regras para o atendimento a demandas não assistenciais, como aquelas relativas aos contratos. Com isso, incorporou as administradoras de benefícios, que até então estavam fora da fiscalização da ANS. Para Campos, as mudanças devem ser encaradas como uma oportunidade. "O que estamos querendo é engajá-los: 'O que eu posso evitar para o beneficiário não reclamar?'. E fica também uma questão para transmitir para todos aqui da plateia: não entender essas novas obrigações como uma despesa stricto sensu. Podem ser vistas também como um investimento para, inclusive, atrair novos consumidores para a carteira de vocês."
Mais prazo
Durante o debate, advogados do setor manifestaram apoio à norma, mas solicitaram a alteração do prazo de entrada em vigor das penalidades. A resolução foi aprovada em dezembro de 2024 e está prevista para começar a valer em 1º de julho deste ano. Representantes da advocacia sugeriram que as regras passem a valer integralmente, mas que as sanções sejam aplicadas apenas a partir de 2026.
"Estamos em 15 de maio e esse é praticamente o primeiro grande evento que a ANS faz sobre todas essas alterações. A resolução entra em vigor a partir de 1º de julho, já com regras que incluem multas pelo descumprimento. O grande pedido do mercado é que se amplie a vacância da norma por pelo menos 12 meses. Que a norma entre em vigor, mas pelo menos as multas sejam aplicadas somente a partir de um período de avaliação", afirmou o advogado Bruno Marcelos, do escritório Bruno Marcelos Advogados.
O mesmo foi defendido pelo advogado Luiz Felipe Conde, sócio do escritório Conde & Siciliano Advogados. "A evolução das normas tem de se adequar à realidade. Existem ajustes que precisam ser feitos. Nosso país é continental e tem realidades diferentes."
Ações na Justiça
Para Marcus Braz, a mudança poderá se refletir nas demandas que chegam ao Poder Judiciário. Como mostrou o Anuário da Justiça São Paulo, lançado pela revista eletrônica Consultor Jurídico no mês passado, o volume de ações relacionadas à saúde aumentou 75% em quatro anos somente na Justiça paulista, segundo o DataJud, painel de estatísticas judiciais do Conselho Nacional de Justiça. A cada dez processos relacionados ao tema distribuídos em 2024, sete foram contra as operadoras, a maioria pedindo tratamento negado pelas empresas.
"Acho que a resolução pode melhorar (a judicialização) por várias razões. Primeiro, porque busca dar mais clareza ao consumidor em relação à questão dele. Eventualmente, haverá aquele consumidor inconformado com a resposta, mas acredito que, ao receber a resposta correta e conseguir entender por que o pedido foi negado ou por que o reembolso não foi total, ele vai seguir. E, como foi falado, isso vai gerar mais documentos e evidências que podem ser utilizados pelas empresas tanto em nossa análise administrativa quanto no Judiciário", afirmou Braz.
A diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros, contou que a resolução foi elaborada por um grupo de trabalho e envolveu a participação de quem atua no setor e consultas públicas com a sociedade. "A ideia (da resolução) é esta: prevenir, educar e transformar, para somente depois punir."
Péricles Gonçalves, professor da FGV, destacou a importância do debate. "O que pretendemos, por meio desse debate de ideias, é contribuir com o desenvolvimento do setor regulado. É um setor muito complexo, com muitas peculiaridades e altamente judicializado. Portanto, para que a gente consiga resultados melhores do que aqueles que estão sendo produzidos hoje, é fundamental o diálogo."
Também participaram do evento Natasha Salinas, professora da FGV Direito Rio; Carla de Figueiredo e Pedro Vilela, presidente interina e especialista em Saúde Suplementar da ANS, respectivamente; Virginia Rodarte, sócia do escritório Oliveira Rodarte Advogados; e Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.
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Assessoria de Comunicação