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CLIPPING AHPACEG 15/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Dasa 'vira página' da dívida, tem Ebitda recorde e mira salto em nova fase, diz CEO
Goiânia perde 14 vagas de UTI infantil
Saúde pública e privada podem ficar R$ 8,2 bilhões mais caras
https://medicinasa.com.br/saude-publica-e-privada/
CFM atualiza os critérios para o reconhecimento de novos procedimentos e terapias
https://medicinasa.com.br/cfm-atualiza-criterios/
Tratamento médico-hospitalar é o principal assunto de processos relacionados à saúde
https://medicinasa.com.br/processos-saude/
Justiça Federal derruba regra do CFM que constrangia médicos pós-graduados
Como Conselho de Odontologia viu sumir R$ 40 milhões com fornecedores “invisíveis”
BLOOMBERG LÍNEA BRASIL
Dasa 'vira página' da dívida, tem Ebitda recorde e mira salto em nova fase, diz CEO
Em entrevista à Bloomberg Línea, Lício Cintra diz que empresa de medicina diagnóstica e hospitais tem condições de avançar de forma mais acelerada na agenda operacional, agora sem a pressão da quebra de 'covenants' Bloomberg Línea - Ao longo dos últimos dezoito meses, a Dasa conviveu com o espectro do risco da quebra de covenants, as cláusulas que são um gatilho para o vencimento antecipado de dívidas caso sejam descumpridas em relação à alavancagem.
Esse capítulo da trajetória de uma das maiores e mais tradicionais empresas de saúde do país ficou para trás diante dos resultados do primeiro trimestre, divulgados nesta noite de quarta-feira (14), segundo disse o CEO da Dasa, Lício Cintra, em entrevista para a Bloomberg Línea.
"Estamos contentes com os rumos da operação. Vínhamos de uma sequência difícil de trimestres com quase quebra de covenants e essa era uma preocupação presente que limitava a tomada de decisões internas e de posicionamento, por exemplo, frente a fontes pagadoras", disse o CEO da Dasa.
Cintra deu como exemplo o que classificou como "receitas de baixa qualidade", da qual faz sentido abrir mão com perspectiva de médio e longo prazo. "Quando você está pressionado pelos covenants, não pode abrir mão de receita."
Em casos assim, de pressão financeira, a prioridade é direcionada para ações que resultem em aumento de receita ou queda de despesa, como readequar estruturas ou repactuar contratos de aluguel.
Segundo ele, a empresa passa a se permitir olhar para um número maior de frentes de ganho operacional, em vez do foco absoluto apenas nas ações que vão gerar impacto imediato no resultado.
"Eu estou muito convicto de que essa agenda de melhora operacional agora tende a acelerar e que teremos boas surpresas nos próximos trimestres."
A empresa agora "enxerga os próximos períodos sem a menor chance de quebra de covenants", disse o executivo.
Esse momento também coincide, segundo Cintra, com "o passo final para endereçar a questão do foco", citando o trabalho próximo a Rafael Lucchesi, que assumirá como CEO da Dasa em 1º de julho. O executivo, que tem 12 anos de empresa, já comanda a unidade de negócios de medicina diagnóstica desde 2022.
Como parte do planejamento, Lício Cintra ficará dedicado a partir da mesma data a atuar como CEO da Rede Américas, marca da empresa de hospitais e oncologia resultante da joint venture dessa unidade de negócios da Dasa - a Ímpar Serviços Hospitalares - com a Amil, de José Seripieri Júnior (veja mais abaixo).
A empresa (DASA3) registrou um Ebitda consolidado de R$ 708 milhões, com aumento de 11% na base anual e o melhor resultado já registrado para os três primeiros meses do ano e o segundo melhor de qualquer trimestre. O consenso de analistas pela Bloomberg apontava para R$ 652 milhões.
A margem Ebitda avançou 1,4 ponto percentual na mesma base de comparação, para 18,5% de janeiro a março - ou 2,1 pontos de melhora se o dado de 2024 for ajustado pelo provisionamento para glosa (recusa da operadora de saúde em pagar pelo serviço prestado pelo hospital ou clínica).
A geração de caixa operacional continuou negativa, mas melhorou em R$ 175 milhões, para uma queima de R$ 43 milhões.
As receitas líquidas, por outro lado, ficaram aquém do consenso da Bloomberg: chegaram a R$ 3,83 bilhões (vs. R$ 3,93 bilhões), com alta de 2,6% na comparação anual.
"O resultado é consequência do plano de busca de excelência operacional que temos perseguido ao longo dos últimos trimestres, com foco em disciplina de capital e na redução de desperdícios", disse o executivo.
A alavancagem medida pela relação dívida líquida financeira após aquisições a pagar e antecipação de recebíveis sobre o Ebitda caiu quase um ponto percentual em 12 meses, de 5,14x para 4,17x no primeiro trimestre.
O executivo destacou também o fato de que o primeiro trimestre marcou o closing da joint venture da unidade de negócios de hospitais da Dasa com a Amil.
Oficialmente a data ficou para 1º de abril, o que significa que a consolidação dos resultados será iniciada de fato neste segundo trimestre corrente.
A expectativa é que a alavancagem tenha uma nova redução no segundo trimestre corrente, dado que o impacto com a redução da divida que será transferida para a joint venture - no valor de R$ 3,5 bilhões - será maior em termos positivos do que da diminuição do Ebitda (valor não divulgado).
No caso da Rede Américas como marca da empresa da joint venture, com 50% do capital para a Dasa e outros 50% para a Amil, há uma expectativa de ganho maior de eficiência operacional, dado que se trata de uma unidade "menos madura" do que a de medicina diagnóstica, por exemplo. Na estimativa proforma do fim de 2024, a margem estava em 9%, muito abaixo da média de mercado.
"Quando olhamos pelo retrovisor e comparamos, hoje temos uma empresa muito diferente do era que doze e dezoito meses atrás, com dois negócios endereçados do ponto de vista de alavancagem e de eficiência operacional", disse ele, que apontou uma sequência, na prática, de cinco trimestres de execução.
Nesse processo, Cintra ressaltou também a importância da formação de dois times de diretoria executiva "espelhados", um para hospitais e oncologia e outro para medicina diagnóstica, com substituição de alguns executivos.
Como capítulo adicional das mudanças, o conselho aprovou o nome de Rafael Bossolani como novo diretor Financeiro (CFO) e de Relações com Investidores, em substituição a André Covre, que assume como diretor de Estratégia Corporativa.
Na trajetória de retomada da Dasa houve também, como endosso do compromisso da família controladora - Bueno - com o negócio, um aporte de R$ 1,5 bilhão no ano passado, para reforçar a estrutura de capital.
As ações da Dasa subiram 2,91% nesta quarta-feira antes da divulgação do resultado. Mas acumulam queda de cerca de 5% no acumulado do ano e da ordem de 50% em 12 meses, o que sinaliza o desafio de recuperar a confiança do investidor.
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TV ANHANGUERA
Goiânia perde 14 vagas de UTI infantil
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MEDICINA S/A
Saúde pública e privada podem ficar R$ 8,2 bilhões mais caras
Os custos de 198 produtos para a saúde podem sofrer um aumento de 21,4%, no Brasil, o que corresponde a R$ 8,2 bilhões, a partir de julho, sendo 4,3 bilhões referentes ao SUS e R$ 3,9 bilhões à saúde privada. Hoje o mercado dessa lista de itens amplamente utilizada em hospitais, clínicas e prestadores de serviços de diagnóstico movimenta cerca de R$ 38,5 bilhões por ano, podendo chegar a R$ 46,8 bilhões. Isso porque o Convênio 01/99 – que garante isenção de ICMS para eles – pode não ser renovado. Quem tomará a decisão será o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que começa a analisar o caso esta semana. Em seguida, há ainda a decisão dos governadores e secretários de fazenda estaduais em internalizar ou não o Convênio.
A Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) fez um amplo estudo sobre os impactos da não-renovação do Convênio 01/99. Foram calculados os valores envolvidos no comércio exterior, na produção nacional e no número de procedimentos realizados no SUS e entre as empresas reguladas pela ANS, como planos de saúde, operadoras e seguradoras.
Ao todo, 37 categorias de produtos são contempladas na atual isenção – todas muito utilizadas em exames, tratamentos, internações e cirurgias: materiais para suturas; grampos e clipes; sondas, cateteres e cânulas; cimentos para reconstituição óssea; chapas e filmes para raio-x; tubos para hemodiálise; instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue ou infusão intravenosa; artigos e aparelhos ortopédicos e para fraturas; próteses articulares; válvulas cardíacas; marcapassos cardíacos; stents; e cardiodesfibriladores.
Haverá impacto em 184,2 milhões de exames; 18,2 milhões de tratamentos; 1,5 milhão de internações; e 1,7 milhão de cirurgias. No caso das cirurgias de câncer, só no SUS, 29% terão custos mais elevados. As mais impactadas serão de câncer de mama, útero, cólon e reto e próstata. Estima-se ainda o impacto sobre 17,5 milhões de procedimentos de hemodiálise, entre SUS e sistema suplementar.
“Os números preocupam. Os produtos podem voltar a ter alíquota média de 18%, depois de mais de duas décadas de isenção. Isso vai provocar prejuízo do atendimento à saúde da população, que poderá se deparar com maiores filas para realização de cirurgias, tratamentos e exames, no caso do SUS, e reajustes ainda maiores nos planos de saúde, podendo levar à ampliação na busca pelo atendimento no sistema público, já bastante saturado. Há o risco também de ampliação dos vazios assistenciais em vários municípios do Brasil, onde a distribuição do acesso já é bastante desigual. Haverá, com isso, uma elevação de gasto por parte do setor público na aquisição desses itens essenciais à manutenção dos atendimentos no SUS”, afirma o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
O executivo lembra que os países da OCDE priorizam saúde como direito de todos, assegurando isenção total ou parcial da carga tributária de dispositivos médicos. “Há ainda o risco de desestímulo à produção industrial brasileira de dispositivos médicos, com a oneração em cadeia desse setor, podendo ser prejudicial às exportações e à concorrência com outros produtores internacionais. O que, em um cenário de guerra comercial, amplificará certamente os prejuízos no setor industrial de saúde”, analisa.
José Márcio Cerqueira Gomes destaca ainda que a Reforma Tributária permite a manutenção dos Convênios até 2032. “O ideal seria manter o Convênio até essa data, para que o setor faça a transição de maneira escalonada para o novo regime, previsto na LC 214/25”, defende.
Impactos diretos à indústria
O estudo também analisou o impacto na indústria, que reúne ao todo 13.298 empresas e gera 150.435 empregos diretos. Segundo a amostra, as principais especialidades afetadas pela eventual não-renovação do Convênio ICMS 01/99 serão a ortopedia (citada por 92% dos entrevistados), a cardiologia (55% citada), a neurologia (36%), buco-maxilo-facial (36%) e cirurgia-geral (incluindo cirurgias oncológicas, abdominais, torácicas, entre outras), citada por 33%.
As consequências observadas, além da elevação dos preços, são: redução de oferta de determinados produtos, especialmente no setor público (SUS), por inviabilidade econômico-financeira para seu fornecimento; elevação do gasto público para compra dos itens contemplados no Convênio, decorrente do aumento de preços causado pelo aumento da carga tributária; desestímulo à produção industrial brasileira de dispositivos médicos, a partir da oneração da cadeia de produção; impacto no planejamento financeiro das empresas da cadeia de saúde (indústrias, distribuidores, hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde); e demissões.
“Sem contar que tanto os fornecedores dos produtos para saúde abrangidos pelo Convênio 01/99 quanto os clientes (hospitais, clínicas e laboratórios) trabalham com planejamento antecipado de seus negócios. A incerteza em relação à renovação e vigência do referido convênio provoca insegurança jurídica, o que afeta diretamente esse mercado, incluindo a aquisição de mais produtos, a ampliação das importações ou das exportações e, especialmente, os investimentos produtivos na ampliação de linhas fabris, o que, como é sabido, gera um ciclo virtuoso – mais empregos, mais arrecadação tributária, mais crescimento econômico – para o país”, acrescenta Gomes. E concluiu: “Esperamos que os achados dos estudos ajudem as autoridades estaduais na tomada de uma decisão sobre a manutenção do Convênio ICMS 01/1999 no médio-longo prazo, que dê estabilidade até mesmo para o setor se organizar para a transição para o novo sistema tributário”, completa o presidente executivo.
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CFM atualiza os critérios para o reconhecimento de novos procedimentos e terapias
Acompanhando as mudanças recentes na pesquisa experimental e clínica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou os critérios para o reconhecimento de novos procedimentos e terapias médicas. A Resolução CFM nº 2.428/25, publicada ontem (14), implementa várias mudanças, como o reconhecimento de estudos realizados no exterior para a aprovação de procedimentos e terapias, com o objetivo de dar celeridade ao pedido ou requisição.
“Esta Resolução mostra o compromisso do CFM com a ciência, a sociedade e a saúde das pessoas e não com interesses econômicos. Além disso, as novas regras estão de acordo com o que já é feito hoje em outros países e em órgãos brasileiros que trabalham com pesquisa, como a Conitec e a Anvisa”, esclarece o presidente do CFM, José Hiran Gallo. Ele argumenta que o objetivo do CFM também é assegurar que os processos para aprovação de novas terapias e procedimentos ocorra de forma transparente e de acordo com as melhores evidências científicas.
O relator da Resolução nº 2.428/25, Alcindo Cerci Neto, lembrar que a Resolução anterior, a 1.982/2012, foi muito bem-feita para a época, mas que o mundo mudou muito nesses treze anos. “Além de uma aceleração vertiginosa da ciência médica e biomédica, tivemos a aprovação da lei do Ato Médico (nº 12.842/13), que coloca como competência exclusiva do CFM a edição de normas para definir o caráter experimental, ou não, de procedimentos em medicina, autorizando ou vedando a sua prática pelos médicos”, explica.
Além de definir o que é experimental na medicina, o CFM também vai estabelecer as condições médico-hospitalares adequadas para que um procedimento seja realizado. “Vamos dizer qual infraestrutura o médico precisa para poder aplicar, na prática corrente e com segurança, o novo procedimento ou terapia. Também vamos especificar quais conhecimentos e técnicas ele deve dominar para atender o paciente”, explica Alcindo Cerci Neto.
Processo – Para conseguir que o CFM analise um novo procedimento/terapia, o postulante deve preencher requerimentos técnicos e científicos, enviados eletronicamente, os quais precisam dar várias informações sobre a nova tecnologia. Este pedido deve ter, por exemplo, a justificativa da aplicabilidade médica de acordo com uma pergunta de padrão PICO (população, intervenção, comparação e desfechos clínicos), além de apresentar os estudos que validaram o novo procedimento, os quais devem seguir as regras previstas pelo sistema CEP/Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa). Também deve elencar documentos técnicos que demonstrem a força e a qualidade da evidência científica apresentada.
O postulante deve, ainda, declarar que não tem conflito de interesse pessoal ou financeiro e apresentar os limites, barreiras, dúvidas e aspectos de custo envolvidos na implementação do procedimento, entre outras informações.
“Esta é uma grande inovação desta nova Resolução: agora, além da admissibilidade do processo, que deve seguir todas as regras científicas, quem solicita a declaração de não experimentalidade de um procedimento é quem deve demonstrar as evidências de forma sistematizada”, pontua Alcindo Cerci Neto.
A Resolução nº 2.428/25 estabelece uma série de critérios que deverão ser avaliados pelo recém-criado Departamento de Pesquisas (Decip) do CFM. “Estabelecemos critérios objetivos e claros, que devem ser seguidos por todos os postulantes”, esclarece Alcindo Cerci. Não serão analisados, por exemplo, um pedido sobre um procedimento/terapia que tenha sido considerado experimental pelo CFM há menos de dois anos. “Este marco temporal é importante, pois significa que só vamos analisar um pedido se houver um intervalo de dois anos para que a ciência construa novas evidências”, reforça o relator da Resolução.
CNPT – Após a análise do Decip, o processo é enviado para a Comissão de Novos Procedimentos e Terapias (CNPT), que deve produzir um Relatório Técnico (RT) concluindo, de forma fundamentada, sobre o caráter experimental, ou não, do procedimento, sua eficácia (benefício) e o risco (dano). Este RT também poderá ser elaborado por uma Câmara Técnica do CFM, por uma comissão criada para estudar o procedimento, por um especialista em medicina baseada em evidências ou por uma comissão administrativa. Todos os relatórios técnicos produzidos e homologados pelo Departamento de Ciência e Pesquisa (Decip) e pela Comissão de Novos Procedimentos e Terapias (CNPT) devem ser publicizados.
Passada essa fase, o RT é enviado para o Departamento de Processo-Consulta do CFM (DEPCO), que o encaminhará para ser apreciado pelo Plenário da autarquia, o qual poderá modificá-lo. “É importante ressaltar que o relatório tem natureza jurídica de recomendação técnica, sem caráter vinculante. Deve sempre ser respeitada a soberania do Pleno do CFM”, ressalta Alcindo Cerci Neto.
A decisão do plenário do CFM pode ser pelo arquivamento da solicitação, pela aprovação do novo procedimento/terapia ou pela abertura de uma consulta pública. O Pleno pode aprovar apenas parcialmente o pedido. Neste caso, deve estabelecer um prazo ou limitar a quantidade de centro médicos que poderão realizar o procedimento. A finalidade desse limite é a coleta de mais informações que possam subsidiar a aprovação definitiva. A autorização do novo procedimento/terapia será feita por meio de Resolução do CFM.
A norma entra em vigor na data da sua publicação, mas foi dado um prazo de 60 dias para que a CNPT regularize os pedidos que estão sendo analisados.
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Tratamento médico-hospitalar é o principal assunto de processos relacionados à saúde
De acordo com o painel Estatísticas Processuais de Direito à Saúde, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o tratamento médico-hospitalar foi o principal assunto dos novos processos relacionados à saúde em 2024. Foram 157.155 casos, número que apresenta crescimento desde 2020. Esse tipo de processo refere-se a um conjunto de ações e de procedimentos legais que envolvem o acesso a cuidados médicos e hospitalares, incluindo a disputa de direitos, como o direito a um tratamento adequado ou à indenização por erro médico. Em 2025, no primeiro trimestre, foram 39.148 novos casos.
Segundo o especialista em Direito Médico e presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, o país vive um momento de intensa judicialização na área da saúde, impulsionada tanto por falhas na prestação dos serviços quanto por uma maior conscientização da população sobre seus direitos.
“Esse cenário mostra aos hospitais e aos profissionais de saúde a necessidade de adotar medidas preventivas: desde o reforço nos protocolos de segurança até o aprimoramento da comunicação com os pacientes”, disse.
Saúde suplementar
A média de novos processos judiciais relacionados à saúde suplementar chegou a 823,3 por dia no primeiro trimestre de 2025. Ao todo, foram 73.281 de janeiro a março, segundo o CNJ. O número cresceu de 149.305 em 2021 para 301.383 em 2024 – um aumento de 101% em 4 anos.
“Estamos diante de uma epidemia judicial que expõe a incapacidade das operadoras de atender às demandas dos beneficiários dentro dos limites legais. As principais reclamações envolvem negativas de cobertura, reajustes unilaterais e exclusões indevidas”, completa Canal.
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REVISTA SEGURO TOTAL
Justiça Federal derruba regra do CFM que constrangia médicos pós-graduados
A Justiça Federal anulou dispositivos da Resolução nº 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM) que, na prática, desvalorizavam e constrangiam os médicos com pós-graduação reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). A norma exigia que esses profissionais divulgassem a expressão “NÃO ESPECIALISTA”, em letras maiúsculas, mesmo tendo completado longos anos de estudos em instituições certificadas. Para a Associação Brasileira de Médicos com Expertise de Pós-Graduação (Abramepo), autora da ação, essa obrigação era injusta, discriminatória e sem base legal. “Agora, com a decisão da Justiça, médicos com pós-graduação podem informar suas qualificações sem sofrer discriminação ou constrangimento, valorizando sua formação e oferecendo à população mais transparência e segurança sobre a qualificação dos profissionais de saúde”, destaca o presidente da Abramepo, o cirurgião Eduardo Teixeira.
A Abramepo representa médicos que buscam o reconhecimento da expertise adquirida em programas lato sensu reconhecidos pelo MEC – uma alternativa essencial numa realidade em que o número de vagas para residência médica é insuficiente para atender a demanda dos novos profissionais. “A exigência do CFM não apenas diminuía o valor das pós-graduações reconhecidas pelo MEC, mas criava uma hierarquia artificial entre profissionais igualmente qualificados”, reforça Eduardo Teixeira.
Para a Abramepo, abrir o caminho para o reconhecimento das pós-graduações não é apenas uma defesa corporativa, mas sim uma luta por um sistema de especialização médica mais justo e democrático, com mais médicos atuando habilitados e preparados para atender a população.
Decisão histórica e fundamentação robusta
A sentença acatou os argumentos da Abramepo, reconhecendo que a resolução do CFM violava princípios constitucionais como a legalidade e a liberdade profissional, ao ultrapassar o poder regulamentar da entidade e impor limitações não previstas em lei. Como destacou a magistrada: “O CFM, ao fazer tal exigência, viola o princípio constitucional da legalidade e das liberdades individuais previstos no artigo 5º, incisos II e XIII, ultrapassando os limites de seu poder regulamentar”.
Outro ponto central foi o reconhecimento de que apenas o Ministério da Educação detém competência para fixar critérios e validar títulos de pós-graduação reforçando que “impedir médicos de divulgarem suas pós-graduações obtidas em instituições reconhecidas pelo MEC por meio de uma resolução não encontra amparo no ordenamento jurídico”, comenta Bruno Reis Figueiredo, advogado da Abramepo.
A juíza foi categórica ao determinar que o CFM deve se abster de qualquer medida punitiva administrativa contra os associados da Abramepo por divulgarem suas qualificações sem a expressão discriminatória. “Essa é a quarta decisão da Justiça Federal contra trechos da Resolução nº 2.336/2023 que garante aos profissionais o direito de informar suas áreas de atuação e formação legítima, sem restrições arbitrárias e ilegais”, comenta Figueiredo.
Um novo cenário para a saúde brasileira
A decisão abre caminho para que médicos pós-graduados possam exercer sua atividade com reconhecimento e respeito, assegurando à população atendimento por profissionais qualificados. Para Eduardo Teixeira, o julgamento é emblemático: “Representa uma conquista não só para a classe médica, mas para todos os brasileiros que buscam acesso a médicos capacitados e não podem esperar anos em uma fila do SUS ou pagar preços altos por consultas”.
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METROPOLES
Como Conselho de Odontologia viu sumir R$ 40 milhões com fornecedores “invisíveis”
Conselho Federal de Odontologia (CFO) amargou prejuízo milionário após investir patrimônio em um suposto esquema de pirâmide financeira
Os R$ 40 milhões investidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) na Solstic Capital Investimentos e Participações Ltda. desapareceram da conta da empresa logo após serem repassados. Extratos bancários da holding, obtidos pelo Metrópoles com exclusividade, mostram que o dinheiro foi transferido para fornecedores não identificados, sem que se soubesse o verdadeiro destino do montante milionário.
As transações levantam suspeitas de um suposto esquema de pirâmide financeira por trás das aplicações, e agora o CFO recorreu à Justiça na tentativa de reaver o patrimônio.
O golpe financeiro foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal (PF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O CFO é a entidade responsável pela regulamentação e supervisão da prática da odontologia no Brasil. A autarquia coordena e supervisiona os conselhos regionais de odontologia (CROs) em todos os estados e no Distrito Federal. Com sede em Brasília, representa mais de 797 mil cirurgiões-dentistas, clínicas, empresas e outros profissionais em saúde bucal.
A receita da autarquia federal é basicamente constituída pelo pagamento das anuidades dos profissionais registrados na autarquia. Atualmente, o valor da cobrança varia entre R$ 54,79 e R$ 547,93, a depender da categoria.
As operações milionárias foram realizadas em 2021 na Solstic Capital, de propriedade de Flávio Batel. O empresário morreu em novembro do ano passado, e a empresa em questão foi encerrada sem que o valor investido fosse devolvido à autarquia federal.
Acordo milionário
Durante a pandemia de Covid-19, a antiga direção do conselho buscou parcerias que viabilizassem linhas de crédito especiais para profissionais da odontologia em dificuldade financeira. Em 2021, a então diretoria da entidade pública celebrou acordo com a Solstic Capital, que se apresentou como interlocutora do Banco BTG Pactual.
De acordo com dados que constam no portal da transparência da autarquia, dos R$ 101,6 milhões disponíveis em caixa para investir naquele ano, R$ 40 milhões foram aplicados na empresa.
As setes transferências bancárias realizadas pelo CFO para contas da Solstic Capital ocorreram entre julho e outubro de 2021, sob a premissa de que os valores seriam imediatamente repassados para uma conta da autarquia no banco.
Extratos bancários de um processo judicial do Banco Itaú, em desfavor da empresa Solstic Capital, demonstram que o valores milionários transferidos do CFO para a empresa diariamente eram esvaziados da conta bancária. A quantia sempre era repassada com a descrição de saída “pagamento de fornecedores”, o que pode sugerir se tratar de uma lavagem de dinheiro.
De acordo com denúncias de servidores e testemunhas do caso, os aportes financeiros na Solstic partiram de decisões da diretoria do CFO, então composta por Juliano do Vale (presidente), Evaristo Volpato (tesoureiro) e Cláudio Yukio Miyake (secretário-geral), sem a realização de processo administrativo prévio, deliberadamente contra a legislação que restringe esse tipo de investimento por parte de autarquias.
O documento aponta o atual presidente da entidade, Cláudio Yukio Miyake, secretário-geral da entidade na época das supostas irregularidades, como “operador financeiro da estrutura empresarial que recebeu os aportes, tendo sido possivelmente o principal articulador para que o CFO investisse recursos públicos na pirâmide financeira da Solstic”.
Vale ressaltar que, no Brasil, conselhos de classe estão restritos a investimentos em títulos públicos ou aplicações de baixo risco, conforme normas do Tribunal de Contas da União, o que impediria o CFO de ter repassado esse valor à empresa privada.
O empresário Flávio Batel teria se aproximado de Miyake por meio de Carlos Alberto Kubota, também empresário e sócio do presidente do CFO no Instituto Educacional União Cultural, que também possuía contrato com a autarquia. À época, a Solstic Capital — empresa de Batel — oferecia uma comissão de 5% para cada novo investidor captado. A promessa de lucro teria sido o principal incentivo para que Kubota apresentasse Miyake à empresa.
A empresa K INFRA, de Kubota, também já realizava aportes na Solstic desde março de 2021, conforme extratos de movimentação obtidos em processos judiciais públicos contra Flávio Batel.
Com o histórico profissional aparentemente promissor de Batel, nenhum dos diretores do CFO teria questionado a viabilidade do aporte financeiro. “Tratava-se, aos olhos deles, de um investimento supostamente seguro, de retorno rápido — e ainda por cima, com promessa de comissão pessoal envolvida”, menciona a denúncia.
Apesar de ser demonstrado no balancete do CFO do ano de 2022 como banco vinculado à aplicações financeiras, a Solstic Capital não era um fundo de investimento supervisionado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) — órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários no Brasil.
Empresa não habilitada
Relatórios de uma auditoria externa confirmaram que a Solstic Capital não era habilitada pelo Banco Central ou pela CVM para custódia de depósitos ou para oferecer remuneração, e que o contrato firmado com a empresa estava à margem das normas do mercado financeiro.
Apesar de diversas notificações extrajudiciais e tentativas de recuperação entre 2022 e 2023, apenas uma parte dos valores foi devolvida pela empresa, cerca de R$ 8,6 milhões, aponta a denúncia. Em 28 de fevereiro de 2023, a Solstic Capital reconheceu formalmente uma dívida de R$ 37.184.518,00 com o CFO em termo de responsabilidade.
A reportagem também teve acesso a uma nota interna, enviada aos conselheiros regionais de odontologia, na qual o CFO reconheceu as aplicações na Solstic e responsabilizou a gestão de 2021 pela operação, excluindo o Cláudio Miyake — atual presidente da autarquia que à época dos fatos era secretário-geral.
“A diretoria atual do CFO manifesta profunda indignação ao constatar que a entidade foi vítima de um elaborado golpe financeiro. Os extratos mensais emitidos pela própria Solstic, sem correspondência em instituições financeiras oficiais, constituem fortes indícios de estelionato financeiro”, alegou a autarquia em nota divulgada em 28 de abril deste ano.
Diante da gravidade da situação, a atual gestão do CFO disse que adotou medidas como auditorias internas, análise de documentos e extratos bancários, ação judicial no TRF1, notícia-crime ao MPF, pedido de bloqueio de bens, reforço dos controles financeiros e centralização das aplicações em instituições oficiais com garantia do governo.
Entre os pedidos da denúncia encaminhada ao MPF, à PF e ao TCU estão o afastamento imediato de Cláudio Miyake, de membros da diretoria e da Comissão de Tomada de Contas, e o rastreio de movimentações bancárias de empresas ligadas ao esquema, incluindo conta da Solstic no BTG Pactual.
Além do afastamento da diretoria do CFO, a denúncia também pede a instauração de inquérito para apuração dos crimes de peculato, estelionato, advocacia administrativa, tráfico de influência, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, prevaricação e desobediência a ordem judicial.
Fim da Solstic
Conforme constam nas informações cadastrais na Junta Comercial de São Paulo, a Solstic Capital iniciou as atividades em maio de 2020. Com um patrimônio de R$ 1,5 milhão, a empresa foi registrada tendo como principal atividade holdings de instituições não financeiras.
A função desse tipo de empresa é controlar participações societárias (ações ou quotas) de um conjunto de companhias cujas atividades predominantes não pertencem ao setor financeiro. O gerenciamento direto das empresas controladas pela holding não é obrigatório, podendo atuar apenas de forma estratégica ou patrimonial.
O empresário Flávio Batel aparece como sócio e administrador da Solstic Capital, com valor de participação na sociedade de R$ 1,4 milhão. Ao todo, a operação irregular da empresa movimentou cerca de R$ 100 milhões entre 2021 e 2022.
Em novembro de 2023, a empresa ficou inapta na Receita Federal devido à omissão de declarações obrigatórias. No site do JusBrasil, a Solstic Capital é mencionada em 47 processos judiciais
O dono da empresa, Flávio Batel, morreu, aos 50 anos, em novembro do ano passado. Sua condição cadastral na Receita Federal também confirma o falecimento. Na sequência, em 6 de dezembro de 2024, o então presidente, Juliano do Vale, e o então tesoureiro do conselho federal, Luiz Evaristo Volpato, renunciaram aos cargos.
“O ex-presidente Juliano do Vale e o ex-tesoureiro Luiz Evaristo Volpato, ambos citados, deveriam ter tomado posse no dia 8 de dezembro de 2024 para a continuidade do mandato, mas renunciaram misteriosamente ao cargo antes da posse. Atualmente, não compõem o Plenário do CFO. Tal saída repentina ocorreu muito próxima da data da morte de Flávio Batel, o que reforça a suspeita de que já havia pleno conhecimento da gravidade dos fatos nos bastidores da autarquia”, diz a documentação da denúncia.
Com as renúncias, o então secretário-geral Cláudio Miyake assumiu o comando da instituição.
O que diz o CFO
Procurado pela reportagem, o CFO não se manifestou sobre a denúncia até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/05/25
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DESTAQUES
Golden Cross tem fim das atividades decretado pela ANS, que amplia prazo para troca de operadora
Empresa responsável por planos de saúde dos Correios também passa por dificuldades financeiras e fala em 'risco' para a continuidade
A estratégia da Justiça para proteger os bons empregadores no Brasil
Siamesas de SP separadas em Goiânia estão em estado grave, mas estável
Mabel promete agilizar atendimento médico especializado em Goiânia
Artigo- IA otimiza o atendimento médico e fideliza pacientes
https://medicinasa.com.br/ia-atendimento/
O TEMPO
Golden Cross tem fim das atividades decretado pela ANS, que amplia prazo para troca de operadora
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decretou o fim das atividades da Golden Cross (Vision Med Assistência Médica Ltda.) e ampliou o prazo para os beneficiários do plano de saúde realizarem a troca de operadora com portabilidade especial de carências.
A decisão de liquidação extrajudicial da operadora foi publicada em resolução no Diário Oficial da União desta terça-feira (13). Ela foi tomada em reunião fechada do órgão na terça-feira (12), realizada após a 622ª reunião ordinária da Dicol (Diretoria Colegiada), que ocorreu na mesma tarde.
Em nota, a agência afirma que acompanhava a carteira da Vision Med e a diminuição de beneficiários, diz ainda que todos os segurados até o dia anterior à decretação da liquidação extrajudicial estavam vinculados a planos coletivos empresariais.
Ao todo, são 32 mil beneficiários de convênios médico-hospitalares e cerca de 18 mil em planos odontológicos. O assunto já tinha sido debatido em reunião anterior, da Câmara de Saúde Suplementar, na semana passada.
Em nota, a Vision Med afirma que, com a decretação da liquidação da empresa, os administradores foram afastados e ANS se torna responsável “pelos atos de gestão”. É a operadora que deve responder pela empresa a partir de agora.
De acordo com a decisão da agência suplementar, os beneficiários da Golden Cross terão 60 dias a partir desta terça -até 11/07/2025- para contratar um plano de saúde de outra operadora sem cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária.
O prazo inicial para a troca de plano com carência especial terminaria em 11 de maio, segundo decisão anterior da agência, tomada em março, mas foi ampliado.
Na época, a agência informou que a decisão foi tomada por causa de “graves anormalidades administrativas e econômico-financeiras da operadora e de sua incapacidade de regularizar essas questões, colocando em risco o atendimento à saúde dos beneficiários”.
No caso dos segurados que estejam em período de carência ou cobertura parcial temporária em algum plano da Golden Cross por terem contratado há pouco tempo, o período que falta para ter acesso a atendimento e procedimentos médicos poderá ser cumprido na nova operadora.
Com a decretação da liquidação extrajudicial, a Golden Cross não vai mais prestar assistência à saúde no país. Para não ficar sem atendimento, a agência orienta os beneficiários a fazerem a portabilidade especial de carências o mais rápido possível.
Segundo a advogada Natalia Soriani, especialista em direito de saúde do escritório Natalia Soriani Advocacia, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a fazer essa portabilidade, mas muitas se negam, especialmente quando se trata de plano individual.
Neste caso, ela diz que o beneficiário precisa procurar o convênio médico de destino e iniciar conversas que provem a recusa em lhe atender como novo cliente. Dentre as provas que devem ser guardadas caso necessite ir à Justiça contra a empresa estão conversas de WhatsApp e troca de emails, entre outras.
Natalia diz ainda que o cidadão pode registrar uma queixa na ANS. “Há casos em que as respostas da ANS são protocolares, mas há casos que se resolvem. De qualquer forma, a agência responde em 100% dos casos”, diz.
A advogada diz que, se não for atendido como a troca de plano e a portabilidade especial, é possível acionar a Justiça no Juizado Especial Cível, onde não precisa de defensor para iniciar um processo, mas afirma que é bom ter um especialista já representando o cliente.
Para ela, empresas de plano de saúde têm falido por má gestão, já que estão entre as que mais lucram. “Nos últimos anos, o mercado de plano de saúde tem lucrado absurdamente. Basta ver os reajuste aplicados aos planos não controlados pela ANS. Há um mau gerenciamento mesmo”, afirma.
O que os clientes da Golden Cross devem fazer?
Os clientes podem contratar qualquer plano de saúde disponível no mercado sem precisar cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária. Caso ainda estejam em carência ou cobertura parcial temporária no plano atual contratado da empresa, poderá cumprir o prazo que falta na outra operadora.
Como funciona a portabilidade especial de carência?
Na portabilidade especial de carências, os beneficiários podem escolher qualquer plano de saúde em funcionamento no país, independentemente do valor. É possível, no Guia ANS de Planos de Saúde, ver quais estão disponíveis, os tipos e os prazos de carência.
Para ter a portabilidade especial, no entanto, é preciso ir diretamente na operadora escolhida com os seguintes documentos:
– Documento de identidade
– CPF
– Comprovante de residência
– Cópias de, pelo menos, três boletos pagos na operadora anterior nos últimos seis meses
A ANS afirma que a portabilidade de carências é um direito individual de cada beneficiário, mesmo que o plano contratado seja coletivo empresarial ou coletivo por adesão. Isso significa que pessoas jurídicas não podem exercer a portabilidade especial por não haver previsão legal.
Como funciona a regra quando o plano é da empresa?
No caso do plano que a empresa oferece, chamado de coletivo empresarial, é a própria empresa que deve escolher outras operadoras para prestarem a assistência à saúde a seus funcionários.
Todos terão a portabilidade especial de carência, que será exercida como um direito individual, e se o trabalhador quiser, pode procurar um novo plano individual e também exercer seu direito de ter carência especial.
Como é a portabilidade quando o plano é coletivo por adesão?
A mesma regra de plano empresarial vale pare os coletivos por adesão, mas dessa vez, quem escolhe o novo plano é a administradora de benefício, mas, se o cliente quiser, também pode fazer essa escolha de forma individual e ter direito à portabilidade especial de carência.
Como funciona o direito à portabilidade no plano contratado por MEI?
No caso de contrato firmado por MEI (microempresário individual), por exemplo, o cliente é considerado pessoa física e tem direito à portabilidade de carências, de forma individual na hora de contratar um novo plano empresarial, assim como nos planos individuais ou familiares.
Quais são as regras gerais para os planos de pessoa jurídica?
Segundo a agência, quando o plano de destino for de contratação coletiva, o contrato celebrado entre a operadora e a pessoa jurídica deverá estar vigente para que os beneficiários interessados possam aderir de forma individual ao contrato, sendo beneficiado pela portabilidade de carências.
Nestes casos, o beneficiário deverá comprovar que está elegível para o novo plano.
Se uma operadora impedir qualquer beneficiário que atenda todos os requisitos de exercer seu direito a portabilidade de carências, essa atitude será considerada como obstrução da portabilidade e deverá ser relatada à ANS para apuração de possível irregularidade.
Exemplo:
Uma empresa possui um plano de saúde da Golden Cross com 15 vidas. Ao firmar um novo contrato com outra operadora, essa empresa recebe a informação de prazos de carências a serem cumpridos.
Entretanto, como os beneficiários estão dentro do prazo de portabilidade especial de carências, todos podem, individualmente, fazer pedido de portabilidade especial para ingressar no novo contrato sem precisar cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária.
Caso ainda haja beneficiários em carência ou em período de cobertura parcial temporária no plano atual, estes poderão cumprir o período remanescente nova operadora.
Onde denunciar o plano de saúde que não cumprir as regras?
Há vários canais para tirar dúvidas ou denunciar empresas de plano que não cumpram as regras da portabilidade. Veja:
1. Disque ANS (0800- 7019656): atendimento telefônico gratuito, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, exceto feriados nacionais;
2. Formulário eletrônico: Fale Conosco na Central de Atendimento ao Consumidor;
3. Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800-021 2105
4. Núcleos da ANS existentes nas cinco regiões do país. Confira aqui as unidades com atendimento presencial e faça o agendamento online
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PORTAL G1
Empresa responsável por planos de saúde dos Correios também passa por dificuldades financeiras e fala em 'risco' para a continuidade
Postal Saúde é um braço dos Correios. Em 2024, gestora gastou R$ 2 bilhões com procedimentos médicos para beneficiários. Além dos desafios enfrentados pelos Correios, a Postal Saúde, estatal responsável pela gestão do plano de saúde dos funcionários, também está passando por graves dificuldades financeiras. Segundo as Demonstrações Financeiras de 2024, divulgadas pela própria empresa, há risco para "continuidade operacional".
Essa situação ocorre porque a Postal Saúde opera sob um regime de mantenedor - ou seja, sua sustentabilidade financeira depende diretamente dos Correios. Dessa forma, os problemas econômicos da estatal impactam diretamente a saúde financeira da operadora.
"Observando o atual cenário econômico do Mantenedor [Correios], é salutar analisar em contextos gerais a possibilidade de os riscos não serem integralmente garantidos", apontou a Postal Saúde em uma das notas explicativas.
O que significa o risco para continuidade operacional?
O risco de continuidade operacional surge quando a empresa não consegue honrar seus compromissos financeiros, o que, no caso da Postal Saúde, implica na interrupção da prestação de serviços médicos aos beneficiários, devido à falta de recursos para cobrir os custos assistenciais.
Essa vulnerabilidade financeira da Postal Saúde é consequência de uma perda de liquidez, ocorrida após a devolução de R$ 221 milhões aos Correios, decorrente de uma transação frustrada.
"No caso em questão, a devolução dos valores aportados e dos rendimentos nos moldes estabelecidos traz para a operadora riscos normativos e de continuidade", diz o relatório da empresa.
Dependência dos repasses dos Correios
Atualmente, a Postal Saúde se mantém financeiramente graças aos repasses feitos pelos Correios e pelas coparticipações dos funcionários que utilizam o serviço. Em 2024, a operadora destinou cerca de R$ 2 bilhões para procedimentos médicos dos seus 202 mil participantes.
Ainda assim, as Demonstrações Financeiras apontam que pode ser necessário um "lastro financeiro" adicional para garantir a continuidade das operações, caso os Correios não consigam manter os aportes necessários.
"Cabe observar a possível necessidade de lastro financeiro, para constituição de capital base", destaca o documento.
Devolução milionária e impacto financeiro
Em março de 2022, uma medida estabeleceu que os Correios deixariam de ser mantenedores da Postal Saúde, passando a atuar como patrocinadores. Essa mudança visava desonerar a estatal da responsabilidade financeira direta sobre a gestora do plano de saúde.
Para aliviar as dificuldades financeiras da Postal, os Correios enviaram R$ 221 milhões como contribuição adicional. No entanto, sob a gestão do governo Lula e presidência de Fabiano Silva, os Correios voltaram atrás, reassumindo o papel de mantenedores.
Essa reversão fez com que a Postal Saúde tivesse que devolver os recursos recebidos, o que impactou drasticamente o caixa da operadora.
"A restituição dos recursos aportados para constituição de ativos garantidores e provisões a ressarcir evidencia o patrimônio líquido da Postal Saúde de forma negativa", indicou o relatório.
Suspensão de atendimentos e preocupação dos sindicatos
Devido à crise financeira, a Postal Saúde passou a suspender pagamentos a prestadoras de serviços de saúde, o que resultou na interrupção de atendimentos em algumas redes conveniadas.
Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), essa situação configura uma potencial violação ao direito fundamental à saúde e à vida.
"A omissão institucional, a inadimplência com prestadores e a não garantia dos serviços essenciais aos beneficiários configuram uma violação ao direito fundamental à saúde", afirmou a Findect em notificação extrajudicial.
A entidade, presidida por José Aparecido Gandara, enviou uma carta à Postal Saúde manifestando preocupação com a situação. Gandara também criticou o alto custo da contrapartida para os funcionários, que atualmente é de 42% - após ter chegado a 70% durante o governo Bolsonaro.
"A gente estima que mais de 25 mil deixaram de participar do plano de saúde por conta dessa contrapartida, que ao longo dos anos foi aumentando. Conseguimos reduzir para cerca de 42%", explicou Gandara.
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VEJA
A estratégia da Justiça para proteger os bons empregadores no Brasil
Durante a palestra de abertura do Fórum VEJA Brazil Insights Nova York o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, falou sobre o tema da segurança jurídica e citou uma das principais estratégias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para diminuir o numero de reclamações trabalhistas que tramitam na Justiça.
Para reduzir a litigiosidade trabalhista no país, a nova resolução, aprovada em outubro do ano passado, permite que, no momento da rescisão do contrato, empregador e empregado — desde que ambos estejam assistidos por advogados — levem o acordo diretamente à homologação da Justiça do Trabalho. Com isso, ficam impedidas futuras reclamações trabalhistas sobre aquele vínculo.
“Aprovamos no Conselho Nacional de Justiça uma resolução pela qual, se no ato da rescisão o trabalhador e o empregado estiverem de acordo, cada um com seu advogado, eles podem levar à Justiça do Trabalho para homologar, e a partir daí fica proibida a reclamação trabalhista”, explicou Barroso. Para o ministro, a medida tem potencial para combater o que chamou de “indústria de reclamações”, protegendo o empregador que age corretamente. “O empregador que viola os direitos dos empregados vai continuar responsável, mas a gente quer proteger o empregador correto que sofre muitas vezes com essa indústria.”
Barroso também comentou o alto volume de ações judiciais na área da saúde, especialmente envolvendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e planos privados. Ele afirmou que o Supremo conseguiu encontrar soluções em parte dos casos envolvendo o setor público, apesar de ainda haver questões delicadas, como a judicialização de medicamentos de alto custo. “Há uma litigância excessiva ainda em relação à saúde privada, aos planos de saúde, e nós também estamos tentando equacionar esse tipo de litigância”, disse.
O ministro destacou que a alta litigiosidade não é exclusividade do Brasil, mas reconheceu que, no país, o fenômeno atinge proporções maiores. “Litigiosidade existe em diferentes países, e ninguém considera que os Estados Unidos têm insegurança jurídica porque têm litigiosidade. A litigiosidade aqui é muito grande.”
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O POPULAR
Siamesas de SP separadas em Goiânia estão em estado grave, mas estável
As gêmeas siamesas Kiraz e Aruna de São Paulo, que fizeram uma cirurgia de separação em Goiânia no último sábado (10), estão em estado grave, mas estável, segundo Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), local onde o procedimento foi realizado.
Conforme o pai das crianças Alessandro Rodrigues, elas ainda não acordaram devido o sedativo utilizado durante a cirurgia de 19h que finalizará o efeito na próxima sexta-feira (16) . As crianças de um ano e seis meses estavam unidas pelo tórax, abdômen e bacia e foram operadas pelo médico Zacharias Calil (confira nota na íntegra ao final do texto) .
Em nota divulgada nesta terça-feira (13), o Hecad ainda informou que as gêmeas seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dentro do que é esperado para o momento pós-operatório. “As gêmeas permanecem em observação contínua, em uso de ventilação mecânica, com dieta zero e sem piora clínica até o momento. A equipe multiprofissional segue acompanhando a evolução das pacientes de forma rigorosa”, divulgou em nota.
A cirurgia aconteceu às 9h de sábado (10) . O pai contou ao POPULAR que viu as filhas somente na cirurgia e aguarda o momento de Kiraz e Aruna acordarem do sedativo com boas expectativas. “Muito positiva. Elas são guerreiras”, informou Alessandro.
A cirurgia durou quatro horas a mais do que o previsto , teve o prazo estendido diante da alta complexidade e teve duração de 19h ao todo . Para realização do procedimento foi envolvida uma equipe formada por mais de 50 especialistas, sendo 16 cirurgiões de várias especialidades.
Segundo o médico Zacharias Calil, foi um grande trabalho. “Foi um trabalho muito grande, muitos profissionais envolvidos. Eu só tenho a agradecer a toda a equipe, a todo mundo pelas orações, todo mundo com a energia positiva para fazer essa cirurgia. Foi muito difícil, muito trabalhoso, mas nós vencemos”, declarou Calil.
Apesar da complexidade da cirurgia, o pai das crianças informou que a cirurgia representa ‘liberdade para o futuro’.
Para nós, representa uma parte da missão que nos foi concedida por Deus. Garantir a liberdade delas é primordial para o futuro delas”, contou Alessandro.
Procedimento
As crianças são de Igaraçu do Tietê, em São Paulo, e estão sendo acompanhadas pela equipe médica desde o início de 2024.
Após o procedimento, o médico Zacharias Calil informou detalhes sobre o procedimento aos pais. Na conversa, Callil disse que o intestino e a bexiga das gêmeas estavam interligados, portanto, foram divididos. “Eu tive que tirar uma parte do intestino dela (Kiraz) para separar, fizemos a sutura, emendamos o intestino. Então, talvez demore mais o pós-operatório. Demora a funcionar a bexiga, tudo isso vai ser complicado, mas estão separadas”, detalhou o médico.
Diante do médico, a mãe das gêmeas não conteve a emoção. Em lágrimas, ela agradeceu ao médico e lhe deu um abraço. “Valeu a pena a espera”, declarou a mãe, emocionada.
Médico Zacharias Calil e pais das gêmeas siamesas Kiraz e Aruna (Divulgação/ Assessoria)
Tratamento
As gêmeas compartilhavam partes importantes do corpo, como tórax, abdômen, bacia, fígado, intestino e tinham três pernas. O terceiro membro foi retirado na cirurgia deste sábado. Anteriormente, elas passaram por um procedimento para colocar o expansor de pele em 17 de outubro de 2024, em Goiânia.
A estimativa de custo da assistência oferecida às crianças gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é de mais de R$ 1 milhão. A intervenção contou com um biomodelo em 3D de realidade aumentada, que é o mesmo utilizado para o tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o médico.
Nota do Hecad
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa que as pacientes Kiraz e Aruna seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, porém estável, dentro do que é esperado para o momento pós-operatório.
As gêmeas permanecem em observação contínua, em uso de ventilação mecânica, com dieta zero e sem piora clínica até o momento.
A equipe multiprofissional segue acompanhando a evolução das pacientes de forma rigorosa, garantindo todos os cuidados necessários para a recuperação.
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A REDAÇÃO
Mabel promete agilizar atendimento médico especializado em Goiânia
Área vai receber R$ 5 mi de investimento
O prefeito Sandro Mabel, lançou, nesta terça-feira (13/5), ao lado do diretor de Programa da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira de Faria, o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), em Goiânia. O ato, realizado no Paço Municipal, marca o início da oferta de consultas e exames diagnósticos pelo programa, que assegura mais resolutividade e rapidez na oferta de assistência especializada.
Segundo o material de apresentação do programa, se antes o paciente era inserido em várias filas diferentes na regulação, fato que provocava demora no atendimento, agora, ele será cadastrado em fila única na regulação para um pacote de serviços. Com isso, a população terá acesso ao especialista, com consulta, exame diagnóstico e retorno, com ciclo de cuidado integrado em prazo de até 60 dias.
Em discurso, Mabel falou de sua alegria em participar odo lançamento do programa, reafirmando seu compromisso de vestir a camisa da saúde e anunciou que há em caixa quase R$ 5 milhões para o início do programa. “Eu fiz um compromisso com a população de que eu não receberia o meu salário até a melhoria na saúde. Com o dinheiro, eu adquiro remédios, insumos e equipamentos. Eu sou um cara resiliente e persistente, e tenho certeza que juntos vamos fazer muito pela saúde de Goiânia”, sustenta.
Mabel relatou ainda sobre as visitas que têm feito às unidades de saúde, seja pela manhã, de noite ou na madrugada, para aferir os atendimentos prestados à população. “A nossa equipe toda está disposta a fazer o trabalho lá na ponta”.
O diretor Rodrigo Oliveira iniciou a sua fala ressaltando os esforços do Ministério da Saúde em investir na área, assim como qualificar o debate com a sociedade e corrigir eventuais erros.
“Queria agradecer pelo convite e celebrar o prefeito Mabel, que veste a camisa do SUS, que veste a camisa da saúde do seu povo e deixar o recado do presidente Lula e do ministro Padilha, que a prefeitura de Goiânia pode contar com o Ministério da Saúde para cuidar da saúde do povo”, destacou Oliveira.
Diante dos desafios de ofertar uma saúde de qualidade à população, Rodrigo Oliveira ressaltou a necessidade de tomadas de medidas coordenadas com toda a sociedade, envolvendo os governos federal, estaduais e municipais, como forma de diminuir o sofrimento do povo.
“A nossa bandeira é a bandeira do povo brasileiro, e é um esforço de cuidar do nosso povo. Por isso, Goiânia, o Estado de Goiás e todo o Brasil pode contar que nós vamos trabalhar dia e noite para garantir o mais rápido possível, que a gente reduza o tempo que espera na assistência especializada da nossa população”, pontuou.
Novo acesso às consultas especializadas
O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, destacou a importância do lançamento do programa, que possibilitará a oferta de novo acesso às consultas especializadas na atenção básica, como evitar complicações no quadro de pacientes acometidos por alguma enfermidade.
“O Ministério da Saúde, entendendo que realmente talvez fosse um programa nacional que cria esse programa, fundamenta o novo modelo de participação, de novo modelo de financiamento, que permite que a gente consiga considerar essa figura e fornecer saúde e qualidade para uma população tão carente”, disse.
Ao cumprimenta o prefeito Sandro Mabel, a presidente do Conselho dos Secretários Municipais do Estado de Goiás, Fabrícia Fleury registrou a sua satisfação em assistir Goiânia tornando-se novamente protagonista na oferta de serviços de média e alta complexidade, e o fato de o Ministério da Saúde reconhecer a importância de atualizar os recursos destinados à execução do programa.
“Nós estamos falando de reduzir filas, de aumentar o acesso, mas também como contratualizar serviços com tabelas que não atendem às necessidades de execução dos serviços”, pontuou “O PMAE vem com força total aqui na capital, para a gente melhorar o tempo de diagnóstico, e com isso também reduzir os tratamentos prolongados e dando a eles mais eficiência", aposta.
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MEDICINA S/A
Artigo- IA otimiza o atendimento médico e fideliza pacientes
Por Marcel Andrade
Em meio à transformação digital que vem revolucionando a saúde, a inteligência artificial desponta como o novo aliado na personalização do atendimento e no fortalecimento do vínculo entre pacientes e instituições. Imagine um cenário em que, ao buscar atendimento, um paciente encontra um assistente virtual preparado para esclarecer dúvidas, traduzir termos médicos complexos e recomendar planos de cuidado sob medida, tornando sua jornada de saúde mais compreensível e segura.
Essa inovação não se restringe à primeira interação. Por meio do monitoramento remoto e da análise inteligente de dados, as equipes médicas identificam rapidamente alterações no quadro clínico, permitindo intervenções preventivas que evitam complicações. Essa atenção constante demonstra ao paciente que seu cuidado é prioridade, aproximando-o ainda mais da instituição que o atende.
A experiência personalizada não só potencializa a eficácia dos tratamentos, como também valoriza o paciente, fazendo-o se sentir único. Nesse novo contexto, a comunicação entre médicos, instituições e pacientes evoluiu de maneira significativa. Hoje, chatbots e assistentes virtuais já integram a rotina de 62,5% dos hospitais privados brasileiros, atuando 24 horas por dia para agendar consultas, esclarecer dúvidas e direcionar os pacientes – liberando os profissionais para se concentrarem em demandas clínicas mais complexas.
Paralelamente, a inteligência artificial tem promovido a gestão eficiente dos recursos. Ela identifica gargalos, prevê picos de demanda e otimiza a administração de estoques, contribuindo para a redução dos custos operacionais. Segundo o Índice de Saúde Futura da Philips, 92% dos líderes do setor reconhecem que a automação é essencial para aliviar a sobrecarga das equipes e dedicar mais tempo ao cuidado humano, transformando a jornada do paciente em um processo mais ágil e menos burocrático.
Os resultados dessa transformação já são visíveis: clínicas e hospitais relatam aumento nas taxas de satisfação e fidelização dos pacientes, além de diagnósticos mais rápidos e precisos.
A tecnologia também aprimora a coleta e análise de feedback, captando as opiniões dos pacientes logo após o atendimento e apontando áreas para melhorias. Com a possibilidade de monitoramento em tempo real de métricas como níveis de satisfação, tempos de espera e taxas de comparecimento, as instituições podem ajustar seus processos de forma contínua, elevando a qualidade do serviço e fortalecendo a fidelização dos pacientes.
Os benefícios dessa transformação ultrapassam a experiência individual, refletindo-se em melhorias significativas nos resultados institucionais. Uma experiência positiva, desde o primeiro contato até o pós-atendimento, fomenta a fidelidade do paciente, reduzindo a rotatividade e consolidando a reputação do serviço de saúde.
Contudo, é necessário reconhecer os desafios que ainda persistem. A confiança dos pacientes na inteligência artificial encontra-se em construção, principalmente em aplicações mais sofisticadas. Assim, é imprescindível que as instituições sejam transparentes quanto às potencialidades e limitações dessas tecnologias, educando os pacientes e promovendo um diálogo aberto e colaborativo. Essa postura fortalece não só a relação entre paciente e profissional, mas também a evolução de um setor em constante inovação.
*Marcel Andrade é o cofundador e CPO da Wellon.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
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Golden Cross tem fim das atividades decretado pela ANS, que amplia prazo para troca de operadora
Empresa responsável por planos de saúde dos Correios também passa por dificuldades financeiras e fala em 'risco' para a continuidade
A estratégia da Justiça para proteger os bons empregadores no Brasil
Siamesas de SP separadas em Goiânia estão em estado grave, mas estável
Mabel promete agilizar atendimento médico especializado em Goiânia
Artigo- IA otimiza o atendimento médico e fideliza pacientes
https://medicinasa.com.br/ia-atendimento/
O TEMPO
Golden Cross tem fim das atividades decretado pela ANS, que amplia prazo para troca de operadora
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decretou o fim das atividades da Golden Cross (Vision Med Assistência Médica Ltda.) e ampliou o prazo para os beneficiários do plano de saúde realizarem a troca de operadora com portabilidade especial de carências.
A decisão de liquidação extrajudicial da operadora foi publicada em resolução no Diário Oficial da União desta terça-feira (13). Ela foi tomada em reunião fechada do órgão na terça-feira (12), realizada após a 622ª reunião ordinária da Dicol (Diretoria Colegiada), que ocorreu na mesma tarde.
Em nota, a agência afirma que acompanhava a carteira da Vision Med e a diminuição de beneficiários, diz ainda que todos os segurados até o dia anterior à decretação da liquidação extrajudicial estavam vinculados a planos coletivos empresariais.
Ao todo, são 32 mil beneficiários de convênios médico-hospitalares e cerca de 18 mil em planos odontológicos. O assunto já tinha sido debatido em reunião anterior, da Câmara de Saúde Suplementar, na semana passada.
Em nota, a Vision Med afirma que, com a decretação da liquidação da empresa, os administradores foram afastados e ANS se torna responsável “pelos atos de gestão”. É a operadora que deve responder pela empresa a partir de agora.
De acordo com a decisão da agência suplementar, os beneficiários da Golden Cross terão 60 dias a partir desta terça -até 11/07/2025- para contratar um plano de saúde de outra operadora sem cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária.
O prazo inicial para a troca de plano com carência especial terminaria em 11 de maio, segundo decisão anterior da agência, tomada em março, mas foi ampliado.
Na época, a agência informou que a decisão foi tomada por causa de “graves anormalidades administrativas e econômico-financeiras da operadora e de sua incapacidade de regularizar essas questões, colocando em risco o atendimento à saúde dos beneficiários”.
No caso dos segurados que estejam em período de carência ou cobertura parcial temporária em algum plano da Golden Cross por terem contratado há pouco tempo, o período que falta para ter acesso a atendimento e procedimentos médicos poderá ser cumprido na nova operadora.
Com a decretação da liquidação extrajudicial, a Golden Cross não vai mais prestar assistência à saúde no país. Para não ficar sem atendimento, a agência orienta os beneficiários a fazerem a portabilidade especial de carências o mais rápido possível.
Segundo a advogada Natalia Soriani, especialista em direito de saúde do escritório Natalia Soriani Advocacia, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a fazer essa portabilidade, mas muitas se negam, especialmente quando se trata de plano individual.
Neste caso, ela diz que o beneficiário precisa procurar o convênio médico de destino e iniciar conversas que provem a recusa em lhe atender como novo cliente. Dentre as provas que devem ser guardadas caso necessite ir à Justiça contra a empresa estão conversas de WhatsApp e troca de emails, entre outras.
Natalia diz ainda que o cidadão pode registrar uma queixa na ANS. “Há casos em que as respostas da ANS são protocolares, mas há casos que se resolvem. De qualquer forma, a agência responde em 100% dos casos”, diz.
A advogada diz que, se não for atendido como a troca de plano e a portabilidade especial, é possível acionar a Justiça no Juizado Especial Cível, onde não precisa de defensor para iniciar um processo, mas afirma que é bom ter um especialista já representando o cliente.
Para ela, empresas de plano de saúde têm falido por má gestão, já que estão entre as que mais lucram. “Nos últimos anos, o mercado de plano de saúde tem lucrado absurdamente. Basta ver os reajuste aplicados aos planos não controlados pela ANS. Há um mau gerenciamento mesmo”, afirma.
O que os clientes da Golden Cross devem fazer?
Os clientes podem contratar qualquer plano de saúde disponível no mercado sem precisar cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária. Caso ainda estejam em carência ou cobertura parcial temporária no plano atual contratado da empresa, poderá cumprir o prazo que falta na outra operadora.
Como funciona a portabilidade especial de carência?
Na portabilidade especial de carências, os beneficiários podem escolher qualquer plano de saúde em funcionamento no país, independentemente do valor. É possível, no Guia ANS de Planos de Saúde, ver quais estão disponíveis, os tipos e os prazos de carência.
Para ter a portabilidade especial, no entanto, é preciso ir diretamente na operadora escolhida com os seguintes documentos:
– Documento de identidade
– CPF
– Comprovante de residência
– Cópias de, pelo menos, três boletos pagos na operadora anterior nos últimos seis meses
A ANS afirma que a portabilidade de carências é um direito individual de cada beneficiário, mesmo que o plano contratado seja coletivo empresarial ou coletivo por adesão. Isso significa que pessoas jurídicas não podem exercer a portabilidade especial por não haver previsão legal.
Como funciona a regra quando o plano é da empresa?
No caso do plano que a empresa oferece, chamado de coletivo empresarial, é a própria empresa que deve escolher outras operadoras para prestarem a assistência à saúde a seus funcionários.
Todos terão a portabilidade especial de carência, que será exercida como um direito individual, e se o trabalhador quiser, pode procurar um novo plano individual e também exercer seu direito de ter carência especial.
Como é a portabilidade quando o plano é coletivo por adesão?
A mesma regra de plano empresarial vale pare os coletivos por adesão, mas dessa vez, quem escolhe o novo plano é a administradora de benefício, mas, se o cliente quiser, também pode fazer essa escolha de forma individual e ter direito à portabilidade especial de carência.
Como funciona o direito à portabilidade no plano contratado por MEI?
No caso de contrato firmado por MEI (microempresário individual), por exemplo, o cliente é considerado pessoa física e tem direito à portabilidade de carências, de forma individual na hora de contratar um novo plano empresarial, assim como nos planos individuais ou familiares.
Quais são as regras gerais para os planos de pessoa jurídica?
Segundo a agência, quando o plano de destino for de contratação coletiva, o contrato celebrado entre a operadora e a pessoa jurídica deverá estar vigente para que os beneficiários interessados possam aderir de forma individual ao contrato, sendo beneficiado pela portabilidade de carências.
Nestes casos, o beneficiário deverá comprovar que está elegível para o novo plano.
Se uma operadora impedir qualquer beneficiário que atenda todos os requisitos de exercer seu direito a portabilidade de carências, essa atitude será considerada como obstrução da portabilidade e deverá ser relatada à ANS para apuração de possível irregularidade.
Exemplo:
Uma empresa possui um plano de saúde da Golden Cross com 15 vidas. Ao firmar um novo contrato com outra operadora, essa empresa recebe a informação de prazos de carências a serem cumpridos.
Entretanto, como os beneficiários estão dentro do prazo de portabilidade especial de carências, todos podem, individualmente, fazer pedido de portabilidade especial para ingressar no novo contrato sem precisar cumprir novos períodos de carências ou cobertura parcial temporária.
Caso ainda haja beneficiários em carência ou em período de cobertura parcial temporária no plano atual, estes poderão cumprir o período remanescente nova operadora.
Onde denunciar o plano de saúde que não cumprir as regras?
Há vários canais para tirar dúvidas ou denunciar empresas de plano que não cumpram as regras da portabilidade. Veja:
1. Disque ANS (0800- 7019656): atendimento telefônico gratuito, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, exceto feriados nacionais;
2. Formulário eletrônico: Fale Conosco na Central de Atendimento ao Consumidor;
3. Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800-021 2105
4. Núcleos da ANS existentes nas cinco regiões do país. Confira aqui as unidades com atendimento presencial e faça o agendamento online
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PORTAL G1
Empresa responsável por planos de saúde dos Correios também passa por dificuldades financeiras e fala em 'risco' para a continuidade
Postal Saúde é um braço dos Correios. Em 2024, gestora gastou R$ 2 bilhões com procedimentos médicos para beneficiários. Além dos desafios enfrentados pelos Correios, a Postal Saúde, estatal responsável pela gestão do plano de saúde dos funcionários, também está passando por graves dificuldades financeiras. Segundo as Demonstrações Financeiras de 2024, divulgadas pela própria empresa, há risco para "continuidade operacional".
Essa situação ocorre porque a Postal Saúde opera sob um regime de mantenedor - ou seja, sua sustentabilidade financeira depende diretamente dos Correios. Dessa forma, os problemas econômicos da estatal impactam diretamente a saúde financeira da operadora.
"Observando o atual cenário econômico do Mantenedor [Correios], é salutar analisar em contextos gerais a possibilidade de os riscos não serem integralmente garantidos", apontou a Postal Saúde em uma das notas explicativas.
O que significa o risco para continuidade operacional?
O risco de continuidade operacional surge quando a empresa não consegue honrar seus compromissos financeiros, o que, no caso da Postal Saúde, implica na interrupção da prestação de serviços médicos aos beneficiários, devido à falta de recursos para cobrir os custos assistenciais.
Essa vulnerabilidade financeira da Postal Saúde é consequência de uma perda de liquidez, ocorrida após a devolução de R$ 221 milhões aos Correios, decorrente de uma transação frustrada.
"No caso em questão, a devolução dos valores aportados e dos rendimentos nos moldes estabelecidos traz para a operadora riscos normativos e de continuidade", diz o relatório da empresa.
Dependência dos repasses dos Correios
Atualmente, a Postal Saúde se mantém financeiramente graças aos repasses feitos pelos Correios e pelas coparticipações dos funcionários que utilizam o serviço. Em 2024, a operadora destinou cerca de R$ 2 bilhões para procedimentos médicos dos seus 202 mil participantes.
Ainda assim, as Demonstrações Financeiras apontam que pode ser necessário um "lastro financeiro" adicional para garantir a continuidade das operações, caso os Correios não consigam manter os aportes necessários.
"Cabe observar a possível necessidade de lastro financeiro, para constituição de capital base", destaca o documento.
Devolução milionária e impacto financeiro
Em março de 2022, uma medida estabeleceu que os Correios deixariam de ser mantenedores da Postal Saúde, passando a atuar como patrocinadores. Essa mudança visava desonerar a estatal da responsabilidade financeira direta sobre a gestora do plano de saúde.
Para aliviar as dificuldades financeiras da Postal, os Correios enviaram R$ 221 milhões como contribuição adicional. No entanto, sob a gestão do governo Lula e presidência de Fabiano Silva, os Correios voltaram atrás, reassumindo o papel de mantenedores.
Essa reversão fez com que a Postal Saúde tivesse que devolver os recursos recebidos, o que impactou drasticamente o caixa da operadora.
"A restituição dos recursos aportados para constituição de ativos garantidores e provisões a ressarcir evidencia o patrimônio líquido da Postal Saúde de forma negativa", indicou o relatório.
Suspensão de atendimentos e preocupação dos sindicatos
Devido à crise financeira, a Postal Saúde passou a suspender pagamentos a prestadoras de serviços de saúde, o que resultou na interrupção de atendimentos em algumas redes conveniadas.
Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), essa situação configura uma potencial violação ao direito fundamental à saúde e à vida.
"A omissão institucional, a inadimplência com prestadores e a não garantia dos serviços essenciais aos beneficiários configuram uma violação ao direito fundamental à saúde", afirmou a Findect em notificação extrajudicial.
A entidade, presidida por José Aparecido Gandara, enviou uma carta à Postal Saúde manifestando preocupação com a situação. Gandara também criticou o alto custo da contrapartida para os funcionários, que atualmente é de 42% - após ter chegado a 70% durante o governo Bolsonaro.
"A gente estima que mais de 25 mil deixaram de participar do plano de saúde por conta dessa contrapartida, que ao longo dos anos foi aumentando. Conseguimos reduzir para cerca de 42%", explicou Gandara.
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VEJA
A estratégia da Justiça para proteger os bons empregadores no Brasil
Durante a palestra de abertura do Fórum VEJA Brazil Insights Nova York o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, falou sobre o tema da segurança jurídica e citou uma das principais estratégias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para diminuir o numero de reclamações trabalhistas que tramitam na Justiça.
Para reduzir a litigiosidade trabalhista no país, a nova resolução, aprovada em outubro do ano passado, permite que, no momento da rescisão do contrato, empregador e empregado — desde que ambos estejam assistidos por advogados — levem o acordo diretamente à homologação da Justiça do Trabalho. Com isso, ficam impedidas futuras reclamações trabalhistas sobre aquele vínculo.
“Aprovamos no Conselho Nacional de Justiça uma resolução pela qual, se no ato da rescisão o trabalhador e o empregado estiverem de acordo, cada um com seu advogado, eles podem levar à Justiça do Trabalho para homologar, e a partir daí fica proibida a reclamação trabalhista”, explicou Barroso. Para o ministro, a medida tem potencial para combater o que chamou de “indústria de reclamações”, protegendo o empregador que age corretamente. “O empregador que viola os direitos dos empregados vai continuar responsável, mas a gente quer proteger o empregador correto que sofre muitas vezes com essa indústria.”
Barroso também comentou o alto volume de ações judiciais na área da saúde, especialmente envolvendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e planos privados. Ele afirmou que o Supremo conseguiu encontrar soluções em parte dos casos envolvendo o setor público, apesar de ainda haver questões delicadas, como a judicialização de medicamentos de alto custo. “Há uma litigância excessiva ainda em relação à saúde privada, aos planos de saúde, e nós também estamos tentando equacionar esse tipo de litigância”, disse.
O ministro destacou que a alta litigiosidade não é exclusividade do Brasil, mas reconheceu que, no país, o fenômeno atinge proporções maiores. “Litigiosidade existe em diferentes países, e ninguém considera que os Estados Unidos têm insegurança jurídica porque têm litigiosidade. A litigiosidade aqui é muito grande.”
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O POPULAR
Siamesas de SP separadas em Goiânia estão em estado grave, mas estável
As gêmeas siamesas Kiraz e Aruna de São Paulo, que fizeram uma cirurgia de separação em Goiânia no último sábado (10), estão em estado grave, mas estável, segundo Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), local onde o procedimento foi realizado.
Conforme o pai das crianças Alessandro Rodrigues, elas ainda não acordaram devido o sedativo utilizado durante a cirurgia de 19h que finalizará o efeito na próxima sexta-feira (16) . As crianças de um ano e seis meses estavam unidas pelo tórax, abdômen e bacia e foram operadas pelo médico Zacharias Calil (confira nota na íntegra ao final do texto) .
Em nota divulgada nesta terça-feira (13), o Hecad ainda informou que as gêmeas seguem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dentro do que é esperado para o momento pós-operatório. “As gêmeas permanecem em observação contínua, em uso de ventilação mecânica, com dieta zero e sem piora clínica até o momento. A equipe multiprofissional segue acompanhando a evolução das pacientes de forma rigorosa”, divulgou em nota.
A cirurgia aconteceu às 9h de sábado (10) . O pai contou ao POPULAR que viu as filhas somente na cirurgia e aguarda o momento de Kiraz e Aruna acordarem do sedativo com boas expectativas. “Muito positiva. Elas são guerreiras”, informou Alessandro.
A cirurgia durou quatro horas a mais do que o previsto , teve o prazo estendido diante da alta complexidade e teve duração de 19h ao todo . Para realização do procedimento foi envolvida uma equipe formada por mais de 50 especialistas, sendo 16 cirurgiões de várias especialidades.
Segundo o médico Zacharias Calil, foi um grande trabalho. “Foi um trabalho muito grande, muitos profissionais envolvidos. Eu só tenho a agradecer a toda a equipe, a todo mundo pelas orações, todo mundo com a energia positiva para fazer essa cirurgia. Foi muito difícil, muito trabalhoso, mas nós vencemos”, declarou Calil.
Apesar da complexidade da cirurgia, o pai das crianças informou que a cirurgia representa ‘liberdade para o futuro’.
Para nós, representa uma parte da missão que nos foi concedida por Deus. Garantir a liberdade delas é primordial para o futuro delas”, contou Alessandro.
Procedimento
As crianças são de Igaraçu do Tietê, em São Paulo, e estão sendo acompanhadas pela equipe médica desde o início de 2024.
Após o procedimento, o médico Zacharias Calil informou detalhes sobre o procedimento aos pais. Na conversa, Callil disse que o intestino e a bexiga das gêmeas estavam interligados, portanto, foram divididos. “Eu tive que tirar uma parte do intestino dela (Kiraz) para separar, fizemos a sutura, emendamos o intestino. Então, talvez demore mais o pós-operatório. Demora a funcionar a bexiga, tudo isso vai ser complicado, mas estão separadas”, detalhou o médico.
Diante do médico, a mãe das gêmeas não conteve a emoção. Em lágrimas, ela agradeceu ao médico e lhe deu um abraço. “Valeu a pena a espera”, declarou a mãe, emocionada.
Médico Zacharias Calil e pais das gêmeas siamesas Kiraz e Aruna (Divulgação/ Assessoria)
Tratamento
As gêmeas compartilhavam partes importantes do corpo, como tórax, abdômen, bacia, fígado, intestino e tinham três pernas. O terceiro membro foi retirado na cirurgia deste sábado. Anteriormente, elas passaram por um procedimento para colocar o expansor de pele em 17 de outubro de 2024, em Goiânia.
A estimativa de custo da assistência oferecida às crianças gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é de mais de R$ 1 milhão. A intervenção contou com um biomodelo em 3D de realidade aumentada, que é o mesmo utilizado para o tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o médico.
Nota do Hecad
O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informa que as pacientes Kiraz e Aruna seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, porém estável, dentro do que é esperado para o momento pós-operatório.
As gêmeas permanecem em observação contínua, em uso de ventilação mecânica, com dieta zero e sem piora clínica até o momento.
A equipe multiprofissional segue acompanhando a evolução das pacientes de forma rigorosa, garantindo todos os cuidados necessários para a recuperação.
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A REDAÇÃO
Mabel promete agilizar atendimento médico especializado em Goiânia
Área vai receber R$ 5 mi de investimento
O prefeito Sandro Mabel, lançou, nesta terça-feira (13/5), ao lado do diretor de Programa da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira de Faria, o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), em Goiânia. O ato, realizado no Paço Municipal, marca o início da oferta de consultas e exames diagnósticos pelo programa, que assegura mais resolutividade e rapidez na oferta de assistência especializada.
Segundo o material de apresentação do programa, se antes o paciente era inserido em várias filas diferentes na regulação, fato que provocava demora no atendimento, agora, ele será cadastrado em fila única na regulação para um pacote de serviços. Com isso, a população terá acesso ao especialista, com consulta, exame diagnóstico e retorno, com ciclo de cuidado integrado em prazo de até 60 dias.
Em discurso, Mabel falou de sua alegria em participar odo lançamento do programa, reafirmando seu compromisso de vestir a camisa da saúde e anunciou que há em caixa quase R$ 5 milhões para o início do programa. “Eu fiz um compromisso com a população de que eu não receberia o meu salário até a melhoria na saúde. Com o dinheiro, eu adquiro remédios, insumos e equipamentos. Eu sou um cara resiliente e persistente, e tenho certeza que juntos vamos fazer muito pela saúde de Goiânia”, sustenta.
Mabel relatou ainda sobre as visitas que têm feito às unidades de saúde, seja pela manhã, de noite ou na madrugada, para aferir os atendimentos prestados à população. “A nossa equipe toda está disposta a fazer o trabalho lá na ponta”.
O diretor Rodrigo Oliveira iniciou a sua fala ressaltando os esforços do Ministério da Saúde em investir na área, assim como qualificar o debate com a sociedade e corrigir eventuais erros.
“Queria agradecer pelo convite e celebrar o prefeito Mabel, que veste a camisa do SUS, que veste a camisa da saúde do seu povo e deixar o recado do presidente Lula e do ministro Padilha, que a prefeitura de Goiânia pode contar com o Ministério da Saúde para cuidar da saúde do povo”, destacou Oliveira.
Diante dos desafios de ofertar uma saúde de qualidade à população, Rodrigo Oliveira ressaltou a necessidade de tomadas de medidas coordenadas com toda a sociedade, envolvendo os governos federal, estaduais e municipais, como forma de diminuir o sofrimento do povo.
“A nossa bandeira é a bandeira do povo brasileiro, e é um esforço de cuidar do nosso povo. Por isso, Goiânia, o Estado de Goiás e todo o Brasil pode contar que nós vamos trabalhar dia e noite para garantir o mais rápido possível, que a gente reduza o tempo que espera na assistência especializada da nossa população”, pontuou.
Novo acesso às consultas especializadas
O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, destacou a importância do lançamento do programa, que possibilitará a oferta de novo acesso às consultas especializadas na atenção básica, como evitar complicações no quadro de pacientes acometidos por alguma enfermidade.
“O Ministério da Saúde, entendendo que realmente talvez fosse um programa nacional que cria esse programa, fundamenta o novo modelo de participação, de novo modelo de financiamento, que permite que a gente consiga considerar essa figura e fornecer saúde e qualidade para uma população tão carente”, disse.
Ao cumprimenta o prefeito Sandro Mabel, a presidente do Conselho dos Secretários Municipais do Estado de Goiás, Fabrícia Fleury registrou a sua satisfação em assistir Goiânia tornando-se novamente protagonista na oferta de serviços de média e alta complexidade, e o fato de o Ministério da Saúde reconhecer a importância de atualizar os recursos destinados à execução do programa.
“Nós estamos falando de reduzir filas, de aumentar o acesso, mas também como contratualizar serviços com tabelas que não atendem às necessidades de execução dos serviços”, pontuou “O PMAE vem com força total aqui na capital, para a gente melhorar o tempo de diagnóstico, e com isso também reduzir os tratamentos prolongados e dando a eles mais eficiência", aposta.
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MEDICINA S/A
Artigo- IA otimiza o atendimento médico e fideliza pacientes
Por Marcel Andrade
Em meio à transformação digital que vem revolucionando a saúde, a inteligência artificial desponta como o novo aliado na personalização do atendimento e no fortalecimento do vínculo entre pacientes e instituições. Imagine um cenário em que, ao buscar atendimento, um paciente encontra um assistente virtual preparado para esclarecer dúvidas, traduzir termos médicos complexos e recomendar planos de cuidado sob medida, tornando sua jornada de saúde mais compreensível e segura.
Essa inovação não se restringe à primeira interação. Por meio do monitoramento remoto e da análise inteligente de dados, as equipes médicas identificam rapidamente alterações no quadro clínico, permitindo intervenções preventivas que evitam complicações. Essa atenção constante demonstra ao paciente que seu cuidado é prioridade, aproximando-o ainda mais da instituição que o atende.
A experiência personalizada não só potencializa a eficácia dos tratamentos, como também valoriza o paciente, fazendo-o se sentir único. Nesse novo contexto, a comunicação entre médicos, instituições e pacientes evoluiu de maneira significativa. Hoje, chatbots e assistentes virtuais já integram a rotina de 62,5% dos hospitais privados brasileiros, atuando 24 horas por dia para agendar consultas, esclarecer dúvidas e direcionar os pacientes – liberando os profissionais para se concentrarem em demandas clínicas mais complexas.
Paralelamente, a inteligência artificial tem promovido a gestão eficiente dos recursos. Ela identifica gargalos, prevê picos de demanda e otimiza a administração de estoques, contribuindo para a redução dos custos operacionais. Segundo o Índice de Saúde Futura da Philips, 92% dos líderes do setor reconhecem que a automação é essencial para aliviar a sobrecarga das equipes e dedicar mais tempo ao cuidado humano, transformando a jornada do paciente em um processo mais ágil e menos burocrático.
Os resultados dessa transformação já são visíveis: clínicas e hospitais relatam aumento nas taxas de satisfação e fidelização dos pacientes, além de diagnósticos mais rápidos e precisos.
A tecnologia também aprimora a coleta e análise de feedback, captando as opiniões dos pacientes logo após o atendimento e apontando áreas para melhorias. Com a possibilidade de monitoramento em tempo real de métricas como níveis de satisfação, tempos de espera e taxas de comparecimento, as instituições podem ajustar seus processos de forma contínua, elevando a qualidade do serviço e fortalecendo a fidelização dos pacientes.
Os benefícios dessa transformação ultrapassam a experiência individual, refletindo-se em melhorias significativas nos resultados institucionais. Uma experiência positiva, desde o primeiro contato até o pós-atendimento, fomenta a fidelidade do paciente, reduzindo a rotatividade e consolidando a reputação do serviço de saúde.
Contudo, é necessário reconhecer os desafios que ainda persistem. A confiança dos pacientes na inteligência artificial encontra-se em construção, principalmente em aplicações mais sofisticadas. Assim, é imprescindível que as instituições sejam transparentes quanto às potencialidades e limitações dessas tecnologias, educando os pacientes e promovendo um diálogo aberto e colaborativo. Essa postura fortalece não só a relação entre paciente e profissional, mas também a evolução de um setor em constante inovação.
*Marcel Andrade é o cofundador e CPO da Wellon.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 13/05/25
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DESTAQUES
Hapvida tem lucro líquido ajustado de R$ 416,4 mi no no 1º tri, queda anual de 15,8%
https://www.infomoney.com.br/mercados/hapvida-hapv3-resultados-primeiro-trimestre-2025/
Justiça mantém multa de R$ 25,2 milhões à HapVida por descredenciamento de rede
ANS divulga Consulta Pública sobre a reestruturação da Plataforma Fala.BR
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Sírio-Libanês cria triagem que prevê risco de morte em 90 dias
https://medicinasa.com.br/pronto-atendimento-geriatrico/
INFOMONEY
Hapvida tem lucro líquido ajustado de R$ 416,4 mi no no 1º tri, queda anual de 15,8%
A Hapvida (HAPV3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 15,8% ante o mesmo período de 2024. No critério sem ajuste, a companhia teve lucro de R$ 54,3 milhões, recuo de 34,9% na mesma comparação.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 1,003 bilhão no primeiro trimestre, alta de apenas 0,5% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado ficou em 13,4%, queda de 0,9 ponto porcentual na base anual.
A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 7,499 bilhões entre janeiro e março, 7,3% acima do visto nos mesmos meses de 2024.
Segundo a companhia, em seu release de resultados divulgado há pouco, a receita líquida foi impulsionada principalmente pelo crescimento da linha de Planos de Saúde - resultado dos reajustes de preços e da recomposição dos tickets médios.
O resultado financeiro da companhia totalizou uma despesa líquida de R$ 311,4 milhões no primeiro trimestre, 21,6% maior frente ao mesmo trimestre de 2024.
A dívida líquida atingiu R$ 4,164 bilhões ao fim de março, uma redução de 5,7% frente ao fim de março de 2024, com uma alavancagem de 0,98 vez (relação da dívida líquida com o Ebitda ajustado), ante 1,18 vez na mesma comparação.
Sinistralidade Caixa
A sinistralidade caixa da Hapvida, por sua vez, chegou a 68,6% no primeiro trimestre, um aumento de 0,7 p.p. em comparação ao quarto trimestre e ao primeiro trimestre de 2024, frutos dos procedimentos assistenciais provenientes de ações judiciais. Excluindo esse efeito, a sinistralidade caixa teria sido de 67 6%.
"A sinistralidade caixa do primeiro trimestre apresenta comportamento alinhado aos padrões históricos de utilização do segmento para primeiros trimestres, com elevação nos números de atendimentos em comparação aos quartos trimestres, em função do início sazonal das viroses e arboviroses. Não foram identificados, até o momento, grandes diferenças quanto ao momento de início, volume ou complexidade dos atendimentos usuais para o período", disse a companhia.
Segundo a Hapvida, o resultado reflete os níveis de utilização inerentes do segmento para quartos trimestres, refletindo a redução da demanda por atendimentos no mês de dezembro por conta dos feriados de fim de ano e sem eventos atípicos como deslocamento de viroses.
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PORTAL GOV.BR
Justiça mantém multa de R$ 25,2 milhões à HapVida por descredenciamento de rede
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu manter na Justiça auto de infração e multa de mais de R$ 25 milhões aplicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) à Hapvida, em razão do descredenciamento de 83 entidades hospitalares da rede da operadora de saúde sem autorização prévia da ANS. Em acórdão, a 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) reconheceu a higidez das decisões administrativas que fundamentaram a aplicação e dosimetria da penalidade de multa aplicada, mantendo a decisão de primeira instância.
A multa de R$ R$ 9.338.592,50 foi aplicada em 2015 no contexto do Programa Olho Vivo da ANS, regido pela RN/ANS nº 223/2010, que estabeleceu um processo programado de fiscalização proativa e preventiva das grandes operadoras de saúde. Nas diligências foram analisados aspectos econômico-financeiros e técnico-assistenciais, considerando o número de usuários, a área de atuação e o índice de reclamações de empresas.
A Hapvida interpôs recurso administrativo junto à ANS, o que foi negado pela Diretoria Colegiada da autarquia em 2016. A ação de execução fiscal para a cobrança do crédito foi ajuizada pela AGU em 2019. Em 2021, a Hapvida interpôs embargos à execução fiscal, mas o Juízo da 33ª Vara da Justiça Federal no Ceará reconheceu a validade da multa aplicada pela ANS. Afastou ainda a alegação de prescrição intercorrente e reconheceu que a área técnica da autarquia enfrentou todas as questões suscitadas nos embargos e, somente após minuciosa apuração dos fatos, em confronto com as provas produzidas, aplicou a penalidade cabível, em observância às normas legais.
A operadora apresentou, então, recurso de apelação, alegando ilegalidade na aplicação da penalidade de multa, pois solicitou o redimensionamento de sua rede hospitalar e, em face da evidente demora da ANS em apreciar o requerimento formulado e no intuito de manter a viabilidade de sua atividade, teria sido forçada a promover o redimensionamento de sua rede em meados de 2010, ou seja, após o protocolo do requerimento e antes de sua apreciação pela agência reguladora.
A 2ª Turma do TRF5 decidiu, por unanimidade, negar provimento ao apelo da Hapvida, afastando o pedido de cancelamento do auto de infração e anulação da multa, restando mantida a decisão de primeiro grau no sentido de confirmar a correção da multa aplicada. O valor atual é de R$ 25.281.437,62.
Atuaram no processo a Procuradoria-Geral Federal (PGF), a Procuradoria Federal junto à ANS e a Procuradoria-Regional Federal da 5ª Região (PRF5). "A atuação da AGU assegurou o poder regulatório da ANS, que interveio para preservar a rede de atendimento dos usuários do plano de saúde", afirmou o procurador federal Ronaldo Santos Magalhães, responsável pelo acompanhamento do processo e gestor regional da Equipe de Grandes Devedores da 5ª Região.
Segundo o chefe do Serviço de Cobrança de Grandes Devedores (SCGD) da PGF, procurador federal Raphael dos Santos Mello, "a decisão é importante porque valida o conjunto de ações de caráter proativo, sistemático e planejado da ANS, com o objetivo de promover a crescente adequação das operadoras de planos privados de assistência à saúde à legislação que regula o setor de saúde suplementar, garantido a proteção dos consumidores, usuários dos planos de saúde".
O processo ainda não transitou em julgado, estando pendentes de julgamento os embargos de declaração apresentados pela Hapvida.
Processo de referência: Apelação Cível n. 0800812-45.2021.4.05.8100/CE.
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ANS divulga Consulta Pública sobre a reestruturação da Plataforma Fala.BR
Sociedade pode contribuir com sugestões até o dia 16 de maio pelo site da Controladoria-Geral da União
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - agência reguladora do setor de planos de saúde no Brasil - informa que está aberta a Consulta Pública "Contribua para o futuro: propostas para a reestruturação da Plataforma Fala.BR", sobre o aprimoramento da Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação. A iniciativa é conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), que está colhendo contribuições da sociedade para aprimorar a ferramenta.
A Plataforma Fala.BR foi desenvolvida pela Controladoria-Geral da União (CGU) e permite que qualquer cidadão envie pedidos de acesso à informação e manifestações de ouvidoria, como denúncias, reclamações, sugestões, elogios ou solicitação de forma rápida e organizada. A reestruturação tem como objetivo tornar a experiência do usuário ainda mais eficiente e acessível.
Por meio da Plataforma Fala.BR, é possível entrar em contato com órgãos federais, além de diversas instituições de estados, municípios e outros poderes que aderiram à Plataforma. O sistema também oferece funcionalidades como acompanhamento de prazos, visualização de respostas, apresentação de recursos e registro de reclamações em face de órgãos da administração pública, seguindo as normas da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Lei de Proteção e Defesa dos Usuários de Serviços Públicos.
Interessados em participar podem enviar suas sugestões até o dia 16 de maio através de um formulário disponível no site da CGU, por meio deste link. A participação social é essencial para fortalecer a transparência e a qualidade dos serviços públicos.
Após o encerramento do prazo, as contribuições serão disponibilizadas no site da Consulta Pública do CGU.
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PORTAL GUIA DA FARMÁCIA
Pesquisa: 64% dos brasileiros acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação
No mês de maio faz alusão ao Uso Racional de Medicamentos, o Conselho Federal de Farmácia e os demais Conselhos regionais do país, entre eles o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, apresentam uma pesquisa inédita, realizada em abril de 2025, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) com o Instituto DataFolha. O estudo, que abrangeu uma mostra de 2.009 brasileiros, em todas as regiões do país, revelou dados contundentes:
64% da população acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação
54% dizem confiar na prescrição de medicamentos realizada por farmacêuticos
A realização do estudo
O estudo foi realizado por meio de entrevistas presenciais em pontos de fluxo populacional, com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de nível de confiança. O público entrevistado representa a população com 16 anos ou mais, conforme dados do Censo IBGE 2022.
Os dados vêm à tona em um momento controverso, em que a prescrição de medicamentos por farmacêuticos, instituída há 12 anos, está sendo questionada judicialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Três resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que disciplinam a prescrição farmacêutica estão suspensas temporariamente por força de liminares judiciais.
Rol de atividades
O argumento acolhido para a suspensão das resoluções ignora os vetos à Lei do Médico, que retiraram do rol de atividades privativas dos médicos prescrição e diagnóstico. E, conforme o resultado da pesquisa, ignora também a opinião do cidadão, que regularmente vai às farmácias de todo o país em busca de resolutividade para os seus problemas de saúde. Resolutividade que ele encontra cada vez mais qualificada.
Desde 2017, a formação dos farmacêuticos está voltada ao cuidado direto ao paciente e inclui o desenvolvimento de habilidades para a realização de anamnese, solicitação, realização e interpretação de exames, entre outras diversas atividades clínicas.
No Sudeste, 56% da população confia na prescrição de medicamentos feita por farmacêuticos, valor ligeiramente acima da média nacional (54%). Quanto à crença na redução da automedicação, 66% dos entrevistados acreditam que a atuação do farmacêutico como prescritor ajudaria a evitar esse problema — um dos percentuais mais altos, empatado com o Nordeste. Isso evidencia que a maior região do país reconhece amplamente o papel do farmacêutico no cuidado com o uso racional de medicamentos.
Automedicação
Além dos dados de percepção, a realidade brasileira reforça a urgência da pauta: mais de 90% da população se automedica, segundo levantamentos anteriores do próprio ICTQ e do CFF. Importante ressaltar ainda que o SUS gasta aproximadamente R$ 62 bilhões por ano tratando danos provocados por uso incorreto de medicamentos, cinco vezes mais do que o sistema gasta provendo as farmácias públicas.
Outro dado preocupante: o tempo médio de espera por uma consulta no SUS é de 57 dias, podendo ultrapassar 150 dias no Distrito Federal (fonte: DataSUS/SISREG). Nesse cenário, o farmacêutico, presente em milhares de unidades básicas de saúde e farmácias em todo o país, representa um ponto de acesso imediato, qualificado e seguro.
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Medicina: o que deve mudar no novo currículo do curso? Conheça os detalhes em discussão
As novas diretrizes curriculares para os cursos de Medicina devem estipular que cerca de 10% da carga horária seja destinada às atividades que envolvam tecnologia. Além disso, é prevista uma ênfase ainda maior na atividade prática.
O documento está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE) e pretende atualizar o perfil e as competências necessárias para a formação dos médicos no País, que deve ser seguido pelas universidades.
A última atualização das chamadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de Medicina havia sido em 2014. Sobre tecnologia, ela mencionava apenas que o conteúdo dos cursos deveria incluir “compreensão e domínio das novas tecnologias da comunicação para acesso a base remota de dados”.
Agora, a ideia é de que o currículo inclua a telemedicina, a robótica e técnicas dinâmicas de diagnóstico. “É a técnica atrelada à Medicina, não é a técnica em si, é a robótica sendo utilizada, por exemplo, numa cirurgia de pulmão”, afirma a relatora das DCNs no CNE, Beth Guedes ao Estadão.
“O aluno vai ver alguém fazendo, ser exposto a essa realidade, não ver apenas por fotografia ou nas páginas dos livros.” Essa parte destinada a atividades descritas como “online”, porque incluem novas tecnologias e podem ou não serem feitas a distância, deve ocupar até 10% do currículo, diz ela, que também é vice presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).
A qualidade do ensino médico no Brasil é uma das grandes discussões do ensino superior. Segundo mostrou o Estadão, desde 2013, universidades com conceitos mínimos em avaliações do Ministério da Educação (MEC) colocaram no mercado quase 50 mil médicos formados, o que representa 21,4% do total.
O número de vagas em universidades duplicou nos últimos dez anos, hoje são mais de 40 mil, em meio a incentivos do programa Mais Médicos e liminares na Justiça.
O MEC anunciou recentemente uma nova prova anual para formandos em Medicina, que começa esta ano, o Exame Nacional da Formação Médica (Enamed), que vai servir também como via de acesso a residências médicas.
Além disso, o governo vai mudar a forma como os cursos da área da saúde – incluindo Medicina – serão avaliados in loco, como mostrou o Estadão. Os avaliadores que visitam as universidades passarão a analisar com mais rigor a parte prática dos cursos, ou seja, como é o aprendizado quando eles estão atendendo em postos de saúde (nível primário), ambulatórios e maternidades (secundário) ou hospitais (terciário). Uma grande parte do currículos é dedicada a essa parte.
A atualização das diretrizes curriculares é mais uma etapa, segundo especialistas, que era esperada para a organização do ensino de Medicina no País. As novas avaliações devem ser feitas também com base nas exigências curriculares. Não há prazo ainda para a aprovação no CNE, mas a expectativa é que seja ainda este ano.
“A gente está pegando o que as outras DCNs tinham de correto, de determinante, reforçando o papel do SUS, a questão da atenção primária, mas dando mais responsabilidade para os internatos, fazendo a preceptoria ser mais relevante”, completa Beth. Os internatos são os estágios obrigatórios na formação médica, com atividades práticas.
A Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) produziu um documento em 2024 com um texto pronto de novas DCNs, que foi entregue ao CNE. Segundo Beth, ele está sendo incorporado “o máximo possível” na proposta oficial.
A ABEM afirma que o documento foi feito de forma coletiva, ouvindo um total de 3 mil pessoas, entre docentes, discentes, gestores e entidades médicas.
A proposta da associação também menciona que os médicos devem saber utilizar “tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), sistemas de informação em saúde, telemedicina, saúde digital e ferramentas de inteligência artificial aplicadas na atenção, gestão e educação na saúde”.
Segundo Beth, a proposta do CNE já recebeu diversas contribuições de instituições de ensino de Medicina e deve ser colocada em uma segunda consulta pública na semana que vem. Depois de aprovada no órgão, ela precisa ainda ser homologada pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
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TRIBUNA DO PLANALTO
Goiânia concentra quase 60% dos médicos e Goiás tem pior distribuição do Centro-Oeste
Capital possui 8,89 profissionais por mil habitantes, enquanto o interior do estado enfrenta escassez histórica
Goiânia conta com 13.299 médicos registrados, o que representa uma razão de 8,89 profissionais por mil habitantes. O número está acima da média nacional, de 6,97 por mil, e também superior à média do Centro-Oeste, de 6,76. No interior do estado, a distribuição de médicos está abaixo do ideal, com pior resultado entre os estados da região, mostra estudo anual, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina.
No total, Goiás tem 22.019 médicos registrados, o que significa que, fora da capital, há apenas 8.720 médicos atuando para uma população de mais de 5 milhões de habitantes. Isso resulta em uma razão estimada de 1,49 médico por mil habitantes no interior do estado.
A disparidade entre capital e interior é a mais acentuada do Centro-Oeste. Em Mato Grosso, dos 10.626 médicos registrados, 4.845 atuam fora da capital, Cuiabá. Em Mato Grosso do Sul, dos 8.284 médicos, 3.791 estão no interior. Já o Distrito Federal concentra todo o seu contingente de médicos (20.890) em uma única área urbana, por não possuir divisão territorial entre capital e interior.
Demografia Médica
O levantamento faz parte do estudo Demografia Médica 2024, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo foi publicado em 30 de abril e mostra que, embora o número de médicos tenha crescido no país, a desigualdade na distribuição territorial permanece um desafio para o acesso à saúde.
O estado de Goiás tem hoje mais de 1,2 milhão de habitantes em municípios com razão inferior a 1 médico por mil habitantes, segundo estimativas baseadas nos dados populacionais do IBGE e nos registros por CRM.
Formação
Segundo o levantamento, 55,8% dos médicos em Goiás possuem título de especialista. Em Goiânia, estão registrados 8.512 desses profissionais, o que corresponde a 69,5% dos especialistas no estado.
O relatório também informa que Goiás conta com 17 escolas médicas, com 2.338 vagas anuais de graduação. Em 2024, o estado tinha 1.092 médicos residentes em atividade.
Mulheres são maioria na medicina no Brasil
Pela primeira vez, as mulheres se tornarão maioria entre os médicos no Brasil. Já em 2025, irão representar 50,9% do total de profissionais. Esse aumento é expressivo em comparação com 2010, quando elas correspondiam a 41% da população médica. As projeções indicam que, até 2035, as mulheres serão 56% do total de médicos no país.
No ensino de Medicina, a presença feminina também tem crescido. Em 2010, as mulheres representavam 53,7% dos matriculados nos cursos de graduação, número que subiu para 61,8% em 2023. Entretanto, elas predominam em apenas 20 das 55 especialidades médicas – a Dermatologia lidera o ranking, com 80,6% das mulheres.
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JORNAL OPÇÃO
“Se não for na Justiça, a criança morre”: pais relatam abandono em UPA de Goiânia
Os pais denunciam o que classificam como descaso e superlotação na unidade. “A situação da UPA está um caos”, disse Athos Matheus
Pais de crianças internadas com bronquiolite na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, em Goiânia, denunciam que o acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) só foi possível após decisão judicial. Segundo os relatos, a situação da saúde pediátrica na capital é crítica, com falta de vagas e atendimento considerado negligente. “Se não for na Justiça, a criança morre”, relata mãe.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que declarou que há leitos de UTI pediátrica disponíveis e que a responsabilidade é compartilhada com o Estado [veja a nota ao final da matéria].
Cristielen, mãe do pequeno Noah, que deu entrada na unidade no dia 8 de maio, afirma que o filho só conseguiu ser transferido após intervenção da Justiça. “A vaga só saiu porque houve a intervenção judicial”, disse. O bebê Athos Júnior Rodrigues Dantas, de apenas 27 dias, foi internado no local dois dias antes, em 6 de maio. O pai, Athos Matheus, também precisou recorrer ao Judiciário. “Precisamos recorrer à Defensoria Pública”, contou.
Os pais denunciam o que classificam como descaso e superlotação na unidade. “A situação da UPA está um caos”, disse Athos Matheus. Cristiele afirma que a rede municipal de saúde não tem vagas para internação de crianças e aponta negligência no atendimento. “Se não bastasse a falta de vaga, ainda sofremos com a negligência por parte dos atendentes, que não dão a importância devida aos casos de bronquiolite. As crianças chegam e eles não estão nem aí”, relatou.
A mãe de Noah também relatou dificuldades para transportar o filho até o Hospital São Marcos, em Itumbiara, onde havia um leito de UTI disponível. Segundo ela, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) inicialmente recusou o translado e só o realizou após determinação judicial. “Eles alegaram que o quadro do meu filho não era grave”, afirmou.
Athos Matheus relatou que a vaga para o filho só foi garantida após acionar a Defensoria Pública no domingo, 11. “Eles falam que não tem vaga, mas quando a gente recorre judicialmente, essas vagas aparecem?”, questionou.
Ainda de acordo com o pai, outras crianças enfrentam a mesma situação. “Meu filho está na sala de observação infantil e, junto com ele, estão mais três crianças com o mesmo problema de saúde”, afirmou. Ele também denunciou a presença de quatro idosos na sala vermelha da UPA, todos à espera de vaga em UTI.
O pai também criticou a conduta da equipe médica ao relatar que uma criança com diagnóstico posterior de influenza foi colocada na mesma sala dos demais pacientes. “Jamais poderiam ter colocado ela junto a outras pessoas. Uma irresponsabilidade sem tamanho”, declarou. A criança foi transferida para uma sala separada após a confirmação da doença.
Por fim, Athos Matheus afirmou que a transferência do filho estava prevista para a manhã desta segunda-feira, mas, até as 16h, ainda não havia ocorrido por falta de equipe médica na unidade do SAMU designada para o transporte. “Estamos esperando que enviem uma viatura devidamente equipada”, concluiu.
Veja nota da SMS na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que possui sete leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica na rede municipal. A SMS ressalta que a oferta de vagas de UTI não é responsabilidade exclusiva do município, mas competência compartilhada entre os entes federativos, e os leitos também são ofertados pela rede estadual de saúde. Nos dois casos em questão, a Justiça determinou à Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) o fornecimento dos leitos de UTI Pediátrica.
A secretaria informa que a transferência entre unidades pelo SAMU precisa levar em consideração as condições clínicas dos pacientes durante todo o trajeto e que para informações específicas sobre o transporte precisa de nome completo, data de nascimento e número de CPF ou nome da mãe.
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MEDICINA S/A
Sírio-Libanês cria triagem que prevê risco de morte em 90 dias
O Hospital Sírio-Libanês desenvolveu uma ferramenta exclusiva que ajuda a avaliar com maior precisão os riscos à saúde dos idosos no Pronto-Atendimento. Essa iniciativa utiliza uma ferramenta quantitativa, o escore, que atribui pontos a diferentes fatores clínicos e funcionais, como perda de peso, hospitalizações recentes e alteração mental aguda, permitindo uma avaliação objetiva do risco ou da gravidade de determinada condição. Quanto maior a pontuação, maior o risco do paciente. Ao considerar fatores além dos sintomas imediatos, o método padroniza a avaliação de risco e orienta a tomada de decisões tornando o atendimento mais completo, seguro e eficiente, pois identifica precocemente riscos que poderiam passar despercebidos.
O escore PRO-AGE oferece uma abordagem mais completa e assertiva para atender uma população que cresce rapidamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 203 milhões de habitantes registrados no Censo 2022, pouco mais de 15% são idosos — cerca de 32 milhões de pessoas. E essa parcela da população deve crescer ainda mais: até 2030, estima-se que o Brasil terá mais pessoas com mais de 60 anos do que crianças. “Diante desse cenário, a adaptação dos serviços de saúde se torna urgente, e o Sírio-Libanês já está fazendo a diferença”, explica Pedro Curiati, geriatra do Hospital Sírio-Libanês e um dos especialistas responsáveis pelo projeto.
A iniciativa, que é resultado de quase uma década de esforços, teve sua eficiência comprovada a partir de uma pesquisa, publicada no Journal of the American Geriatrics Society, que acompanhou 1.390 pacientes idosos atendidos nos prontos atendimentos do Brasil e dos Estados Unidos. “O estudo revelou que pacientes classificados no grupo de maior vulnerabilidade pelo escore tinham um risco até 12 vezes maior de morrer em 90 dias do que aqueles considerados de baixo risco. Além disso, houve um impacto significativo na perda de autonomia nas atividades diárias, reforçando a necessidade de uma abordagem diferenciada para esse público”, destaca o geriatra.
Curiati explica que o PRO-AGE foi desenvolvido para identificar rapidamente a vulnerabilidade do idoso ao chegar ao pronto atendimento, garantindo um cuidado mais adequado e direcionado. “A metodologia se baseia em seis variáveis principais, representadas por um mnemônico em inglês formado a partir do nome do serviço: P (Physical impairment) refere-se à perda funcional; R (Recent hospitalization), à internação recente nos últimos seis meses; O (Older age), à idade avançada, considerando pacientes com 90 anos ou mais; A (Acute mental change), a alterações agudas no estado mental; G (Getting thinner), à perda de peso significativa (igual ou superior a 5% no último ano); e E (Exhaustion), à fadiga persistente”, esclarece.
O especialista detalha que essa metodologia começou a ser desenvolvida em 2017, junto com a criação de um dos primeiros Prontos Atendimentos Geriátricos do país. “A implementação de um serviço de emergência voltado para idosos, onde pacientes com mais de 70 anos e em estado estável passam por uma avaliação de risco geriátrico adicional, foi uma iniciativa pioneira. Esse modelo inovador levou, em 2019, à conquista do selo Geriatric Emergency Department Accreditation (GEDA), concedido pelo American College of Emergency Physicians — tornando o Sírio-Libanês o primeiro e único hospital do Hemisfério Sul a receber esse reconhecimento pela excelência no cuidado geriátrico em emergências”, destaca.
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Assessoria de Comunicação
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CLIPPING AHPACEG 12/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde sem PS e o risco de ainda mais sobrecarga ao SUS
Bradesco Saúde é alvo de ação civil pública por exigir CNES para reembolso
Equipe com 16 especialistas participou da separação de siamesas em Goiânia
Biólogos podem fazer procedimentos estéticos não invasivos, define Conselho
Doença erradicada volta com força e assusta o Brasil
https://www.correiobraziliense.com.br/cbradar/doenca-erradicada-volta-com-forca-e-assusta-o-brasil/
Rede Mater Dei registra EBITDA de R$ 97 milhões no 1T/25
https://medicinasa.com.br/mater-dei-1t25/
DIÁRIO DO AÇO
Planos de saúde sem PS e o risco de ainda mais sobrecarga ao SUS
Natália Soriani *
A ideia de criação de uma nova modalidade de plano de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mais barata e sem a cobertura de Pronto-Socorro para atendimentos de urgência, bem como sem internações e terapias, segue dando o que falar. Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Comissão de Saúde da Câmara do Consumidor e da Ordem Econômica, publicou uma nota técnica com críticas à proposta.
Na nota técnica, o órgão alerta para falhas significativas na ideia de uma cobertura restrita a consultas eletivas e exames, e que devem ser sanadas antes de qualquer decisão de disponibilizá-la no mercado. A falta de estudos mais aprofundados que dimensionem o impacto dos planos populares para aqueles que já têm convênios médicos tradicionais foi um dos pontos de atenção do documento que o MPF enviou para a ANS. Outro item destacado foi o fato dessa modalidade não estar prevista na lei que regulamenta os planos de saúde, o que tornaria ilegal sua comercialização como tal, devendo a agência elaborar um regramento específico para tratar dos agentes regulados, dos regimes de oferta e contratação, das coberturas oferecidas e das garantias, entre outras obrigações legais.
Os representantes do Ministério Público Federal reforçam ser fundamental prever número de pessoas que podem migrar dos planos de saúde completos para os restritos, o que levaria uma maior sobrecarga ao já saturado Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de necessidade de atendimento mais complexo.
A ANS alega ter como motivação para a criação dessa nova modalidade de cobertura médica a oportunidade de ampliar o acesso dos brasileiros aos planos de saúde, especialmente aqueles que não conseguem arcar com os custos dos convênios tradicionais.
“É fundamental refletir e colocar em maior relevância o que está em jogo: a saúde do brasileiro”
Diante das justificativas e críticas à iniciativa da ANS, é fundamental refletir e colocar em maior relevância o que está em jogo: a saúde do brasileiro. Nesse sentido, vale destacar que a disponibilização dessa modalidade de plano sem arquitetar uma rede apropriada de suporte às emergências pode não só deslocar problemas para o SUS como também incitar um cenário em que esses planos de saúde, com baixa cobertura, se tornem padrão de mercado, com graves implicações para o atendimento hospitalar.
Como exemplo de vulnerabilidade para o próprio beneficiário desse tipo de plano, um paciente que tenha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que não possa contar com total cobertura para internação e tratamento intensivo pode vir a ter sequelas graves ou até mesmo vir à óbito, justamente em decorrência da falta do total cuidado ofertado pelo plano.
Para além de rede apropriada, bem lembra o MPF em sua nota técnica para a necessidade de regulamentação específica, esta que seja capaz de preservar a integridade tanto dos serviços públicos quanto privados, por meio de uma arquitetura sólida de compliance que contemple, inclusive, prontuários eletrônicos integrados entre os sistemas de saúde. Junta-se a isso a necessidade de criação de mecanismos que viabilizem eficaz fiscalização que coíba abusos, negligências ou outras condutas nocivas e ilegais ao consumidor.
Estamos falando de milhões de vidas envolvidas e, por toda a relevância que o tema tem, a decisão de disponibilizar ao mercado nacional essa modalidade de convênio merece ser mais profundamente debatida, com participação do poder público, de entidades não governamentais, do setor privado, bem como de profissionais de saúde, operadoras de planos de saúde e órgãos de defesa do consumidor. Na saúde, não dá para errar.
* Advogada especialista em Direito Médico e de Saúde, sócia do escritório Natália Soriani Advocacia
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O GLOBO
Bradesco Saúde é alvo de ação civil pública por exigir CNES para reembolso
O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) ajuizou uma ação civil pública contra a Bradesco Saúde para impedir que a operadora exija cadastro no CNES para conceder reembolsos aos clientes. O órgão pede uma indenização coletiva de, no mínimo, R$ 10 milhões.
O CNES é o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, uma base de dados do Ministério da Saúde. Segundo o MPRJ, exigir que o prestador de serviço esteja cadastrado no CNES para a concessão de reembolso é ilegal, abusivo e contraria as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a jurisprudência existente.
“A exigência do cadastro do prestador no CNES, imposta aos usuários (e não ao próprio prestador), constitui apenas um meio de o réu diminuir ilegitimamente os seus desembolsos”, escreveu o promotor Julio Machado Teixeira Costa na petição.
O MPRJ está pedindo, em caráter liminar, a suspensão imediata da exigência, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. De acordo com o órgão, antes do novo processo, a Bradesco Saúde não aceitou um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo MPRJ.
— Trata-se de prática abusiva, por colocar o consumidor em desvantagem manifestamente exagerada, fruto de empecilho inexistente no ordenamento jurídico. Em caso de decisão favorável, todos os clientes da Bradesco Saúde serão beneficiados — opinou Gabriel de Britto Silva, advogado especializado em direito do consumidor e diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci).
Procurada, a Bradesco Saúde disse que não comenta casos levados ao Judiciário.
O processo tramita na 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio.
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A REDAÇÃO
Equipe com 16 especialistas participou da separação de siamesas em Goiânia
A equipe médica coordenada pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil contou com 16 especialistas na realização da 23ª cirurgia de separação efetuada pelo médico goiano e seus colegas. No total, a equipe multidisciplinar contou com 50 profissionais. A cirurgia, realizada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente-Hecad em Goiânia, durou 19 horas, tendo começado na manhã de sábado (10/5) e terminado na madrugada deste domingo (11). Kiraz e Aruna eram unidas pelo tórax e abdômen,elas seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o estado de saúde é estável.
Este foi o 23° procedimento de separação de gêmeos siameses realizado pelo médico goiano e o 2º realizado no Hecad desde sua inauguração, todas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cirurgia foi finalizada às 4h20 da madrugada deste domingo. "Foram 19 horas só de anestesia. Esse foi um trabalho muito grande, com muitos profissionais envolvidos e eu só tenho a agradecer à equipe e a todo mundo pelas orações. Foi uma cirurgia difícil e trabalhosa, mas conseguimos e agora as meninas seguirão na UTI. É claro que não estão livres de risco porque as complicações no pós-operatório podem ocorrer, mas vamos torcer pra que tudo dê certo", pontuou Calil.
Boletim
Conforme boletim divulgado neste domingo (11/5) pelo Hecad, as gêmeas Kiraz e Aruna seguem em observação na UTI. Ambas apresentam estado geral estável, permanecem em uso de ventilação mecânica, e em dieta zero. "A equipe multiprofissional segue acompanhando atentamente a evolução das pacientes, considerando o pós-operatório como uma fase crítica que requer monitoramento contínuo", informou, em nota, a unidade de saúde.
Profissionais renomados
A cirurgia envolveu mais 16 cirurgiões de diferentes especialidades médicas, como cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, urologia pediátrica, ortopedia pediátrica, cirurgia vascular, cirurgia do aparelho digestivo e anestesiologia. Incluindo profissionais como enfermeiros, instrumentistas, auxiliares e outros, a equipe coordenada por Zacharias Calil contou com 50 profissionais.
Entre os médicos, a cirurgiã pediátrica Célia Britto, de Salvador e o Dr. Hélio Buson, referência em cirurgia pediátrica urológica. O cirurgião Plástico e filho de Calil, Rogério Hamu também foi um dos integrantes do time, ao lado do Dr. Mário Kuwae e Fernando Martins, que coordenou a equipe de ortopedia. Alguns deles participam das separações de siameses desde o ano 2000, quando as primeiras gêmeas, Lorrayne e Larissa, foram separadas em Goiás.
"Cada criança tinha dois ureteres e os dois ureteres de cada uma eram inseridos em sua respectiva bexiga. A nossa grande preocupação foi simplesmente separar as duas bexigas e isso foi feito. Nós também conseguimos reconstruir o que a gente chama de esfíncter urinário, então existe uma grande chance de elas conseguirem desenvolver continência urinária no futuro", explicou o dr. Hélio Buson.
Célia Britto explicou, por sua vez, que já realizou várias cirurgias ao lado de Zacharias Calil e que vem de Salvador para ajudar na parte pediátrica, que é a parte abdominal. Seu trabalho envolve a parte intestinal, a separação hepática seguida da reconstrução. "Esses casos são sempre muito complexos e demandam uma equipe multidisciplinar grande, com profissionais que tenham alguma expertise. Eu sou uma dessas parceiras ao longo dos últimos anos", completou.
Histórico
As crianças, hoje com 1 ano e seis meses, são de Igaraçu do Tietê (SP), cidade que fica a 289 km de São Paulo, e são acompanhadas pelo Dr. Zacharias Calil e sua equipe desde o início de 2024, após os pais entrarem em contato com o especialista. Em Goiás, as crianças realizaram suas primeiras consultas e passaram por uma cirurgia preparatória em outubro, para a colocação dos expansores de pele.
Calil explica que as gêmeas eram consideradas conjugadas, esquiópagas triplos e estavam unidas pelo osso ísquio, que é o osso da bacia, e possuem três pernas, além de terem uma segunda classificação, pois eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia, com o compartilhamento de órgãos como fígado, parte do intestino e da bexiga.
Por esse motivo, o médico realizou o primeiro procedimento, de colocação dos expansores de pele, que estimulam o crescimento mais rápido da pele. “É fundamental para podermos fazer o fechamento. Sem pele suficiente para o fechamento, os pacientes não sobrevivem”, explica Calil.
2ª no Hecad
Esta foi a 23ª cirurgia de separação de siameses realizada pelo cirurgião pediátrico e sua equipe. Foi a 2ª cirurgia realizada no Hecad, desde sua inauguração em dezembro de 2021. A primeira cirurgia realizada pela equipe no Hospital foi das gêmeas Heloá e Valentina, que foram separadas no dia 11 de janeiro de 2023 e vivem em Morrinhos, no interior de Goiás.
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Biólogos podem fazer procedimentos estéticos não invasivos, define Conselho
O Conselho Federal de Biologia (CFBio) publicou na quarta-feira (7/5), no Diário Oficial da União, uma resolução que estabelece as diretrizes para a atuação de biólogos na área da estética. A norma estabelece que profissionais da área de Biologia Estética estão autorizados a realizar procedimentos considerados não invasivos. Segundo o CFBio, os profissionais podem realizar técnicas como aplicação de toxina botulínica ("botox") e bioestimulação de colágeno.
São liberadas intervenções simples, feitas principalmente com o uso das mãos. Já equipamentos como lasers, ultrassom e radiofrequência continuam proibidos, por serem considerados métodos invasivos. A resolução também permite que os biólogos prescrevam substâncias e formulações com finalidade estética, desde que não envolvam medicamentos de uso terapêutico.
Segundo o documento, o conselho irá padronizar a prática por meio de um manual de habilitação, que será distribuído aos conselhos regionais da profissão. Além disso, define que, para habilitação na área de Biologia Estética, o profissional deverá ter formação em áreas básicas da saúde e específicas do campo, o que pode ocorrer por meio de disciplinas de graduação, pós-graduação ou cursos livres.
Entre os procedimentos que o chamado biólogo esteta pode realizar, estão:
- Intradermoterapia (preenchedores dérmicos e bioestimuladores de colágeno);
- Mesoterapia/Intradermoterapia (inclusive pressurizada);
- Microagulhamento;
- Terapia Celular e Regenerativa;
- Tricologia;
- Toxina Botulínica;
- Procedimento estético para microvasos (PEIM);
- Fios de Polidioxanona (PDO);
- Ozonioterapia
Entidades médicas se manifestam
A medida, no entanto, gerou reações contrárias por parte de entidades médicas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já criticaram a decisão. Em nota, a SBD destacou que "a aplicação de substâncias injetáveis, como toxina botulínica e preenchedores dérmicos, embora não envolva ato cirúrgico, é um procedimento médico com riscos potenciais relevantes".
Além disso, a SBD afirma que "treinamentos pontuais ou habilitações por cursos livres não substituem a formação médica completa, indispensável para garantir a segurança do paciente". Argumentou ainda que os serviços propostos se enquadram dentro do escopo da Lei do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013), que estabelece as atividades privativas dos médicos.
Desde 2020, o conselho autoriza biológos a realizar procedimentos na área, desde que possuam formação para a área, mas, em 2023, sob pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), a atuação foi suspensa por decisão judicial. À época, o CFBio apontou que havia "violação ao princípio de congruência", pois, segundo a entidade, o CFM havia solicitado a suspensão das partes da Resolução ligadas aos atos médicos, mas que o juiz suspendeu toda a norma; além disso, destacou que o CFM não teria legitimidade para questionar outras matérias abrangidas na decisão.
Em nota enviada ao Estadão, o CFM definiu a resolução como "absolutamente ilegal e desprovida de qualquer fundamento jurídico". Além disso, a autarquia informou que vai tomar medidas para suspender a norma, como aconteceu em 2023. "No entendimento do CFM, ao publicar novamente uma resolução tentando reeditar uma tese do passado, e que já havia sido derrubada na Justiça, o CFBio pode estar cometendo ato de prevaricação", disse.
O conselho médico apontou ainda que os atos previstos na atual resolução estariam "adentrando, mais uma vez, atividades atribuídas como privativas dos médicos e não se enquadram na previsão da lei que regulamenta a profissão de biólogo". Por sua vez, a presidente do CFBio, Alcione Ribeiro de Azevedo, afirma que a atuação do biólogo na área da estética é "fundamental e inegavelmente competente, amparada por um arcabouço legal robusto e um conhecimento técnico aprofundado que o credencia como um profissional de destaque neste setor".
Além disso, a instituição ressalta que o conhecimento técnico do biólogo na área de saúde é vasto e abrangente, englobando a fisiologia humana, a bioquímica, a biologia celular e molecular, a microbiologia, genética, entre outras. Por fim, a presidente ressalta que o conhecimento em biologia é o alicerce para uma prática estética responsável.
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CORREIO BRAZILIENSE
Doença erradicada volta com força e assusta o Brasil
O Sarampo, uma doença que muitos acreditavam estar sob controle, voltou a ser uma preocupação para as autoridades de saúde no Brasil. Após a reconquista do certificado de eliminação da doença em 2024, novos casos começaram a surgir, acendendo um alerta para a população e profissionais de saúde.
Com uma alta taxa de contágio, o Sarampo é uma infecção viral que pode se espalhar rapidamente em comunidades com baixa cobertura vacinal. Neste artigo, serão explorados os sintomas, formas de transmissão e as medidas de prevenção para proteger a saúde pública.
O que é o Sarampo e como ele se manifesta?
O Sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta exclusivamente os seres humanos. A doença é caracterizada por sintomas iniciais semelhantes aos de uma gripe, como febre alta, tosse, coriza e conjuntivite. Após alguns dias, surgem manchas vermelhas na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo.
O período de incubação do vírus varia de seis a 21 dias, e a transmissão pode ocorrer antes mesmo do aparecimento das manchas na pele. Isso torna o Sarampo uma doença de fácil disseminação, especialmente em populações não vacinadas.
Como o Sarampo é transmitido?
A transmissão do Sarampo ocorre através de gotículas respiratórias expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 18 outras que não estejam vacinadas, o que demonstra a alta contagiosidade da doença.
Em um mundo globalizado, as viagens internacionais são uma das principais vias para a reintrodução do Sarampo em regiões onde a doença estava controlada. Por isso, a vigilância e a vacinação são essenciais para prevenir surtos.
Quais são as complicações do Sarampo?
Embora a maioria dos casos de Sarampo seja considerada benigna, a doença pode causar complicações graves, especialmente em crianças pequenas e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Entre as complicações mais comuns estão pneumonia, otite média e diarreia intensa.
Em casos mais severos, o Sarampo pode levar a complicações neurológicas, como a encefalite, que pode ser fatal. A vacinação é a melhor forma de prevenir essas complicações e proteger a saúde da população.
Como se proteger do Sarampo?
A vacinação é a principal estratégia de prevenção contra o Sarampo. A vacina tríplice viral, que protege contra Sarampo, caxumba e rubéola, é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é recomendada para crianças e adultos que não estejam com o esquema vacinal completo.
Além da vacinação, é importante adotar medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente e usar máscaras em locais com risco de transmissão. Para quem vai viajar, é essencial verificar a situação vacinal e a presença de surtos nos destinos planejados.
O que fazer em caso de suspeita de Sarampo?
Em caso de suspeita de Sarampo, é fundamental procurar atendimento médico para confirmação do diagnóstico e orientação sobre o tratamento. O isolamento do paciente é importante para evitar a disseminação do vírus para outras pessoas.
As autoridades de saúde devem ser notificadas para que possam tomar medidas de controle, como a vacinação de contactantes e a busca ativa de possíveis casos na comunidade.
Qual é o papel da vacinação na prevenção do Sarampo?
A vacinação é a ferramenta mais eficaz para prevenir o Sarampo e suas complicações. A imunização em massa ajuda a criar uma barreira de proteção, conhecida como imunidade de rebanho, que impede a circulação do vírus em populações vacinadas.
Para manter o Sarampo sob controle, é essencial que a cobertura vacinal atinja níveis elevados, garantindo que a maioria da população esteja protegida. Isso é especialmente importante em um cenário de aumento de casos em várias partes do mundo.
Para mais informações sobre a vacinação contra o Sarampo, acesse o site do Ministério da Saúde.
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MEDICINA S/A
Rede Mater Dei registra EBITDA de R$ 97 milhões no 1T/25
A Rede Mater Dei de Saúde divulgou seu balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2025, revelando resultados positivos. No período de 1º de janeiro a 31 de março deste ano, a empresa apresentou um EBITDA de R$ 97 milhões, valor que supera a média do EBITDA trimestral registrado no ano anterior e representa um aumento considerável em comparação aos R$ 78 milhões registrados no último trimestre de 2024. A margem EBITDA cresceu 3,4 pp em relação ao trimestre anterior, alcançando 19,3% no trimestre.
Duas outras frentes foram muito relevantes no trimestre: aumento de 14% ano contra ano do ticket médio por leito ocupado e uma redução de R$ 1 milhão da dívida líquida , não considerando a recompra de ações realizada pela empresa.
O CEO da Rede Mater Dei de Saúde, José Henrique Salvador, celebra o desempenho: "prestes a completarmos 45 anos de operação e vindo de um cenário de mudanças corajosas e estratégicas, ficamos satisfeitos com os resultados obtidos no começo de 2025. A empresa está trilhando o caminho certo, e tenho boas perspectivas para o futuro".
Vindo de um período de leve queda por reflexo de questões macroeconômicas e setoriais, o desempenho atual e a recuperação da empresa é atribuída a uma estratégia combinada, incluindo a venda do Hospital Porto Dias, medidas de redução de custos, otimização do número de leitos com consequente aumento da taxa de ocupação e uma disciplina de capital aprimorada. Foco nos setores cirúrgico e oncológico, além da atração de corpo clínico qualificado, também refletiram em resultados positivos.
"Entregamos o trimestre com o melhor resultado, superior à média do ano passado, mesmo com os desafios enfrentados na economia nacional e no nosso setor da saúde. Nosso foco em termos disciplina de caixa, com controle do capital de giro e em gerar resultados a partir dos investimentos já realizados foi fundamental para a recuperação observada", aponta Rafael Cordeiro, CFO e Diretor de Relacionamento com Investidores da Rede Mater Dei.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 09/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Denúncias de auditorias irregulares geram pressão de médicos por CPI
CFM vai lançar a plataforma Medicina Segura
https://portal.cfm.org.br/noticias/cfm-vai-lancar-plataforma-medicina-segura
III Fórum do Ato Médico debate a formação do especialista
https://portal.cfm.org.br/noticias/iii-forum-do-ato-medico-debate-a-formacao-do-especialista
Justiça suspende consulta 145 da ANS — por recomendação da própria ANS
O plano contra filas no SUS que vem ganhando força nos bastidores do governo Lula
81% de violações de segurança envolvem dados de pacientes
https://medicinasa.com.br/politicas-seguranca/
Instituto Ética Saúde analisa evolução da maturidade de compliance
https://medicinasa.com.br/ies-maturidade-compliance/
Formação médica no Brasil vai além da qualidade técnica
https://medicinasa.com.br/formacao-medica-humanizacao/
UTIs cheias e cirurgias desnecessárias: empresas perdem milhões com internações e Alper propõe solução
METRÓPOLES ONLINE
Denúncias de auditorias irregulares geram pressão de médicos por CPI
Denúncias enviadas à coluna apontam que empresas que atuam para operadoras de planos de saúde têm desviado funções e afetados pacientes
Uma mobilização recolhe assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar supostas fraudes cometidas por empresas terceirizadas de auditoria médica, com o objetivo de favorecer operadoras de planos de saúde.
As denúncias apontam que profissionais sem formação na área médica estariam atuando como fiscais, restringindo o acesso de pacientes a tratamentos. Os principais prejudicados seriam grupos vulneráveis, como crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e pacientes oncológicos.
À coluna, o neurocirurgião José Ramalho Neto, responsável por iniciar a mobilização, afirmou que, nos últimos três anos, especialmente nos últimos 24 meses, o lucro das operadoras de saúde apresentou crescimento significativo.
Segundo ele, esse aumento decorre da aplicação da estratégia conhecida como "Delay, Deny, Defend", na qual as operadoras postergam a análise e a aprovação de tratamentos, negam procedimentos com justificativas infundadas e sustentam judicialmente essas negativas, dificultando o acesso dos pacientes ao tratamento necessário.
A coluna teve acesso aos documentos que fundamentaram os pedidos de instauração da investigação. Os textos indicam que as auditorias médicas são conduzidas por empresas terceirizadas contratadas pelas operadoras, sem qualquer critério técnico adequado.
Denúncias e provas
O médico destacou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) exige que o exercício da auditoria médica seja realizado exclusivamente por profissionais registrados no Conselho Regional de Medicina da jurisdição onde ocorre a prestação do serviço.
Apesar dessa exigência, as denúncias apontam que muitos auditores atuam sem a devida formação médica, sendo graduados em áreas como administração ou enfermagem.
Prints obtidos pela reportagem mostram uma mulher entrando em contato com um médico para retornar sobre uma auditoria. Ao ser questionada sobre sua formação e cargo, ela admite ser enfermeira e informa que a análise foi feita por ela e por um médico - cujo nome e número do CRM não foram revelados.
Em outro registro, de uma segunda empresa terceirizada, um suposto auditor revela ao médico com quem dialoga que sua formação é em administração.
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Danos aos pacientes
Além da atuação irregular dos profissionais, José Ramalho Neto denuncia que as barreiras impostas pelas operadoras têm causado danos irreparáveis aos pacientes. Ele citou, como exemplo, a morte de dois pacientes na Paraíba, que faleceram enquanto aguardavam a autorização das operadoras para realizar cirurgias de emergência.
Para o médico, as negativas sistemáticas aos procedimentos prescritos deixam evidente que o sistema está sendo utilizado em favor das operadoras, que priorizam o lucro em detrimento da saúde dos beneficiários.
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou um aumento de 500% nas reclamações, e mais de 300 mil ações judiciais foram movidas contra operadoras por negativas indevidas de tratamento. Observa-se que algumas empresas impõem condutas terapêuticas sem respaldo científico, pautadas exclusivamente por critérios econômicos. Além disso, auditorias médicas vêm sendo conduzidas por profissionais sem a qualificação técnica exigida, o que compromete gravemente a vida de milhares de pessoas", declarou.
José Ramalho afirma que, após se unir a pacientes e apresentar denúncias ao Ministério Público e a órgãos fiscalizadores do setor, passou a receber ameaças.
Mobilização
A coluna apurou que um deputado federal protocolou um documento cobrando providências diante das irregularidades relatadas.
No texto, o parlamentar solicitou um posicionamento oficial do Conselho Federal de Medicina e a apuração de possível tentativa de aparelhamento da autarquia para beneficiar operadoras de saúde, promovendo enriquecimento ilícito por meio de auditorias médicas.
A reportagem constatou ainda que cerca de 46 deputados federais, de diferentes espectros políticos - tanto da esquerda quanto da direita - , já assinaram o requerimento.
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PORTA CFM
CFM vai lançar a plataforma Medicina Segura
O III Fórum do Ato Médico, realizado nos dias 6 e 7 de maio na sede do CFM, também foi palco para a apresentação da plataforma Medicina Segura, que poderá ser usada pelos médicos para denunciar intercorrências decorrentes de atendimentos realizados por outros profissionais. A partir das denúncias, o CFM vai saber quais são os principais problemas causados pela invasão do ato médico.
“E a partir dessas informações, vamos implementar ações que coíbam abusos e irregularidades cometidos no exercício ilegal da medicina”, informou o 1º secretário do CFM e diretor de TI do CFN, Hideraldo Cabeça.
Para fazer a denúncia, o médico deve informar seu CRM, CPF e data de nascimento e preencher um formulário, onde devem constar informações do paciente, como idade e sexo, o local do atendimento que gerou a complicação e o tipo de atendimento, se foi cirurgia plástica, ou atendimento dermatológico, por exemplo. “Todos as informações dos pacientes serão tratadas com o mais absoluto sigilo e anonimato”, garantiu Hideraldo Cabeça.
O lançamento oficial da plataforma está previsto para o final de maio. Para saber sobre as linhas gerais do projeto, acesse AQUI.
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III Fórum do Ato Médico debate a formação do especialista
A última mesa do III Fórum do Ato Médico, realizado nos dias 6 e 7 na sede do CFM, tinha como tema a “Valorização da medicina e o combate à precarização do trabalho médico”. O moderador foi o conselheiro federal pelo Espírito Santo e 2º tesoureiro do CFM, Carlos Magno Dalapicola, e a secretaria foi feita pela conselheira federal suplente por Pernambuco, Leila Katz.
O primeiro palestrante foi o coordenador do Departamento Científico do CFM e representante da autarquia na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Alcindo Cerci Neto, que falou sobre o tema “A formação do especialista”. Ele defendeu que a especialização deve ser o norte de todo médico, “pois ela valoriza a medicina, é uma barreira contra a precarização do trabalho médico e gera segurança ao paciente”.
A queda na qualidade do ensino devido a abertura indiscriminada de escolas médicas, levou a residência médica, padrão-ouro para a formação de um especialista, a suprir lacunas de aprendizagem do médico recém-formado. “Essa situação nos leva a uma dicotomia entre quantidade e qualidade. Ao mesmo tempo em que precisamos de mais residências, pois elas dão acesso a um campo de prática maior para o médicos recém-formados, não podemos abrir mão da qualidade”, ponderou Alcindo Cerci.
Após discorrer sobre as formas de obtenção do título de especialista e os desafios enfrentados pelos médicos recém-formados, “ou ele vai enfrentar as difíceis provas para entrar em uma residência, ou vai fazer plantões para juntar dinheiro e posteriormente se submeter a uma prova das sociedades de especialidade, ou decide fazer uma pós-graduação, que não lhe vai conferir o título de especialista”, Alcindo Cerci defendeu uma ampliação das residências médicas, “mas com qualidade”.
Levantamento apresentado pelo palestrante mostra o predomínio dos entes privados como maiores ofertantes de cursos de pós-graduação lato sensu: enquanto 72,1% são oferecidos por entidades particulares, apenas 27,9% são ofertados em escolas médicas públicas. “O problema está na qualidade de alguns desses cursos”, argumentou. Para Alcindo Cerci, ao mesmo tempo em que as pós-graduações são necessárias, pois, quando bem estruturados são essenciais para a aperfeiçoamento dos médicos, não podem substituir as residências médicas, nem as provas aplicadas pelas sociedades de especialidade. A apresentação pode ser acessada AQUI.
Precarização – O palestrante seguinte foi o presidente da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Paulo Maurício Siqueira. Ele defendeu o ato médico e a liberdade de os médicos escolherem a forma de contratualização. “Como advogado da Cooperativa de Anestesiologistas do Distrito Federal, defendo que o médico decida se quer ser contratado como pessoa jurídica, ou como pessoa física”, opinou.
O moderador da mesa, conselheiro federal Carlos Magno Dalapicola argumentou é que hoje os médicos não têm a opção de uma contratação como pessoa física. “Raramente são oferecidos concursos e, quando abrem, são para vencimentos muito baixos. O que temos visto são contratos como pessoa jurídica, em terceirizações e quarteirizações”, argumentou.
Carreira Nacional – Antes da realização desta mesa, o III Fórum do Ato Médico contou com a presença do deputado federal e médico Osmar Terra (MDB-RS), que prestou seu apoio às causas médicas, como a luta contra o exercício ilegal da medicina. O deputado também defendeu a criação de uma carreira nacional do Sistema Único de Saúde para médicos que atuam na atenção primária. “Muitos dos problemas de saúde do país seriam resolvidos se tivéssemos uma saúde básica mais resolutiva e acredito que uma carreira nesses moldes diminuiria a precarização do trabalho médico e seria o caminho ideal para alcançarmos mais efetividade”, argumentou.
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VEJA
Justiça suspende consulta 145 da ANS — por recomendação da própria ANS
A Justiça do Distrito Federal concedeu liminar, pedida pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que suspende a consulta 145 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A decisão se baseia em relatório do Grupo de Trabalho Planos de Saúde do Ministério Público Federal (MPF), que destacou manifestação de Jorge Aquino, diretor da ANS. A consulta pública 145 da ANS trata da reformulação da política de preços e reajustes dos planos de saúde.
Em janeiro deste ano, Aquino considerou que as propostas teriam de ser tratadas em conjunto. Analisá-las em separado poderia levar a soluções “fragmentadas e ineficazes”. A consulta das quatro propostas em caráter integrado coincide justamente com o pedido de liminar feito pela Abramge.
A recomendação do grupo do MPF foi de que a consulta fosse suspensa até que a ANS realize a Análise de Impacto Regulatório (AIR) dos quatro temas. De acordo com os procuradores, “uma abordagem integrada permitiria uma visão sistêmica, com a implementação de medidas mais abrangentes e equitativas”. O órgão apontou vícios da consulta sobre restrições à participação social e sua “insuficiência” como mecanismo para proporcionar o exame das propostas veiculadas.
Na decisão, o juiz Diego Câmara – da 17a Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), diz ser necessária “a renovação de tal procedimento consultivo”, seja pela “insuficiência do prazo oportunizado para colheita de manifestações” como “pela necessidade de eficaz publicização da documentação vinculada quando da sua abertura”.
A suspensão tem efeito imediato e vale até que seja feita a AIR das propostas da agência – de reformular a Política de Preços e Reajustes e tratar de mecanismos de regulação financeira, venda online e Revisão Técnica. A consulta deverá – após atendidas as determinações judiciais – ser reaberta para manifestações dos interessados por, no mínimo, 90 dias.
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O plano contra filas no SUS que vem ganhando força nos bastidores do governo Lula
Segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), três em cada quatro brasileiros dependem do SUS para serviços médicos como consultas, exames e tratamentos. Isso explica a superlotação do serviço público: em janeiro, a fila para consultas era de 5,7 milhões de pessoas. Nesse cenário, uma proposta vem ganhando fôlego nos bastidores do governo Lula: a criação de uma espécie de plano de saúde de baixo custo, regulamentado pela ANS, com um mercado potencial de 50 milhões de brasileiros. A iniciativa, em fase de estudos, mas andando a passos largos na agência, pretende oferecer serviços básicos, como consultas e exames, sem a cobertura de internações e tratamentos, a um preço fixo mensal mais acessível do que os modelos disponíveis no mercado. O objetivo é diminuir a fila de pacientes do SUS, liberando espaço para as camadas mais pobres da população. Esse novo modelo também permitiria a operadores privados tentar conquistar um vistoso mercado potencial de beneficiários da classe C.
Para entender o que está em jogo, é preciso analisar primeiro o xadrez político que envolve o tema. O atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assumiu o posto há menos de dois meses com uma missão delegada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: garantir uma marca ao governo na área da saúde, algo que sua antecessora, Nísia Trindade, não foi capaz de fazer. A ideia maior é reduzir o tempo de espera de consultas, exames e cirurgias do SUS. Para isso, prometeu esforços para deslanchar o Mais Acesso a Especialistas, programa lançado no ano passado e que tem como meta, justamente, acelerar o acesso de pacientes às áreas mais demandadas no SUS: oftalmologia, cardiologia, ortopedia, oncologia e otorrinolaringologia. O que Padilha pretende é reformular o programa e apresentá-lo com diretrizes promissoras. Uma das pernas para diminuir a alta demanda, inclusive, seria a parceria com hospitais privados para aliviar a fila do SUS, algo que já foi avalizado por Lula, que está de olho na reeleição em 2026.
O plano de “baixo custo” complementaria o esforço de redução das filas do SUS no caso de consultas — por falta de nome melhor, ele foi batizado por ora de “Plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames” . A ideia foi apresentada pela ANS e tem sido fortemente apoiada por operadoras de saúde, que querem comercializar o produto. O item já passou pela fase de consulta pública, encerrada em abril, e deverá ser implementado de forma experimental, no que é chamado de “sandbox regulatório”, assim que as áreas técnicas finalizarem o seu relatório. O documento precisa passar por avaliação conjunta com o Ministério da Saúde, exame jurídico da Procuradoria Federal junto à ANS e, uma vez formatada a proposta final, ela deve ser submetida à aprovação da Diretoria Colegiada da agência. Pessoas familiarizadas com o trâmite dizem que, apesar de uma ou outra resistência, a iniciativa, com a bênção de Lula e de Padilha, caminha para ser aprovada. Um dos pontos a serem afinados é a confirmação de Wadih Damous, ex-deputado do PT e aliado de Lula, à frente da ANS: ele aguarda ser sabatinado pelo Senado.
Há um outro motivo para a ANS defender a nova modalidade: fazer frente à expansão do mercado não regulado de serviços pós-pagos de cobertura médica, que é o caso de cartões de desconto e de clínicas populares. Esses serviços, hoje consumidos por cerca de 50 milhões de pessoas, sobretudo da classe C, são legais, mas não seguem regulamentação da agência. Já o plano estudado prevê um preço fixo na faixa de 100 reais mensais. Esse serviço deve atuar em concordância com as regras de cobertura da ANS e as diretrizes do SUS. Mais que isso, pleiteia ter uma integração maior público-privada, na qual o paciente obteria um diagnóstico pelo plano e, no caso de tratamentos mais complexos, seria encaminhado à rede pública — caminho que hoje não é possível. “A ideia é oferecer uma opção de produto regulado, com segurança e garantia de cobertura para consultas eletivas de todas as especialidades e uma ampla lista de exames, muitos de alta complexidade, como colonoscopia, endoscopia, tomografia e ressonância magnética, biópsia, por um baixo custo mensal e sem limite de quantidade”, diz a ANS em nota enviada à redação de VEJA.
Embora ainda esteja a caminho da regulamentação, a iniciativa desperta algumas críticas, principalmente de institutos de defesa do consumidor, como o Idec. Esse instituto foi à Justiça contra a ANS questionando a legalidade da resolução que permitiu testar planos de saúde sem internação. Os problemas levantados na fase de consulta pública foram respondidos com a garantia de que eles serão resolvidos na fase de testes. É compreensível a preocupação com algo que vai impactar uma área sensível, mas não se pode obstruir a discussão e a experimentação, com as necessárias correções, se for o caso, de uma iniciativa que pode ajudar a melhorar o complexo e problemático sistema de saúde brasileiro.
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MEDICINA S/A
81% de violações de segurança envolvem dados de pacientes
O Netskope Threat Labs publicou seu relatório de ameaças com foco na área da saúde, revelando o aumento de tentativas dos profissionais do setor de enviar informações confidenciais para locais não aprovados pela TI, tanto na web quanto na nuvem. Aplicações de IA generativa (GenAI), como ChatGPT ou Google Gemini, os dois mais usados por profissionais da saúde, estão frequentemente envolvidos nessa classe de violações de políticas de dados.
“As aplicações GenAI oferecem soluções inovadoras, mas também revelam novos vetores para potenciais violações de dados, especialmente em ambientes de alta pressão e alto risco, como o da saúde, onde profissionais de saúde precisam operar com rapidez e agilidade. As organizações de saúde devem equilibrar os benefícios da GenAI com a implementação de proteções de segurança e de dados para mitigar esses riscos”, diz Gianpietro Cutolo, pesquisador de Ameaças à Nuvem no Netskope Threat Labs.
As principais descobertas do relatório incluem:
81% de todas as violações de política de dados ocorridas em organizações de saúde nos últimos doze meses foram relacionadas a dados regulamentados de saúde, ou seja, dados protegidos por regulamentações locais, nacionais ou internacionais, incluindo informações sensíveis médicas e clínicas. Senhas e chaves, código-fonte ou propriedade intelectual também foram afetados (19% no total), e um grande número dessas violações ocorreu por envio de dados sensíveis para contas pessoais do Microsoft OneDrive ou do Google Drive.
A GenAI tornou-se onipresente no setor, e suas aplicações são utilizadas em 88% das organizações de saúde. Uma grande parcela de violações de políticas de dados ocorre agora no uso da GenAI por profissionais de saúde, com 44% envolvendo dados regulamentados, 29% envolvendo código-fonte, 25% envolvendo propriedade intelectual e 2% envolvendo senhas e chaves. Riscos adicionais de vazamento de dados podem advir de aplicações que utilizam dados do usuário para treinamento ou que incorporam recursos da GenAI, que são utilizados em 96% e 98% das organizações de saúde, respectivamente.
Mais de 2 em cada 3 usuários de GenAI na área da saúde usam e enviam dados confidenciais para suas contas pessoais de GenAI no trabalho. Esse comportamento prejudica a visibilidade das equipes de segurança sobre as atividades relacionadas à GenAI entre seus funcionários e, sem as devidas proteções de dados, afeta também a capacidade de detectar e prevenir vazamentos de dados.
Confira abaixo o que a equipe de especialistas recomenda ao implementar mais segurança:
Implementar aplicações aprovadas de IA generativa entre as equipes para centralizar o uso dessa forma, monitoradas e protegidas pela organização, e reduzir o uso de contas pessoais e “Shadow AI”. O uso de contas pessoais de GenAI por profissionais de saúde, embora ainda alto, já caiu de 87% para 71% no último ano, à medida que as organizações migram cada vez mais para aplicações aprovadas.
A implementação de políticas rigorosas de Prevenção contra Perda de Dados (DLP) para monitorar e controlar o acesso a aplicações GenAI e definir o tipo de dados que podem ser compartilhados nelas fornece uma camada adicional de segurança caso os usuários tentem ações arriscadas. A proporção de organizações de saúde que implementam políticas de DLP para GenAI aumentou de 31% para 54% no último ano.
Implementação de coaching de usuários em tempo real, uma ferramenta que alerta os funcionários caso estejam realizando ações arriscadas. Por exemplo, se um profissional de saúde tentar enviar um arquivo para o ChatGPT que inclua nomes de pacientes, um prompt perguntará ao usuário se ele deseja prosseguir. Um outro relatório mostra que a maioria dos funcionários (73%) em todos os setores não prossegue quando recebem prompts de coaching.
“No setor da saúde, a rápida adoção de aplicações GenAI e o crescente uso de plataformas em nuvem trouxeram uma nova urgência à proteção de dados regulamentados de saúde. À medida que a GenAI se torna mais integrada aos fluxos de trabalho clínicos e operacionais, as organizações estão acelerando a implementação de controles como DLP e políticas de bloqueio de aplicações para reduzir riscos. As organizações estão progredindo, mas o foco contínuo em soluções seguras e aprovadas pelas empresas será fundamental para garantir que os dados permaneçam protegidos neste cenário em evolução”, conclui Gianpietro.
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Instituto Ética Saúde analisa evolução da maturidade de compliance
O Instituto Ética Saúde (IES) analisou a evolução da maturidade em compliance entre os associados, no período de 2017 a 2024, com base nos dados obtidos por meio da aplicação anual do Questionário de Autoavaliação de Integridade. O documento mede o grau de aderência das empresas associadas às boas práticas. Anualmente, são avaliados em 44 questões: Governança e Gestão; Políticas e Procedimentos Internos; Canal de Denúncias e Tratamento de Não Conformidades; Relacionamento com Terceiros; Auditorias e Controles Internos, com enfoque na revisão periódica de processos e validação por partes independentes.
Nas perguntas com alternativas de resposta ‘sim’ e ‘não’, houve uma redução de 82% nas respostas negativas, durante todo o ciclo de avaliação, em relação a implantação de iniciativas de conformidade. “Esta queda acentuada nas respostas negativas, aliada ao aumento percentual das respostas positivas, demonstra que os programas de integridade deixaram de ser iniciativas isoladas para se tornarem parte estruturante das organizações que compõem o quadro de associados do IES”, analisa o diretor executivo do IES, Filipe Venturini Signorelli.
Outro aspecto relevante foi a eliminação da categoria ‘Em andamento’, após o ciclo de 2018. “O resultado comprova a eficácia da autorregulação privada, promovida por meio das Instruções Normativas do IES, às quais as empresas aderem voluntariamente ao se tornarem associadas e que caracterizam um compromisso maior do que a legislação vigente em relação ao compliance”, aponta o diretor.
Perguntas sobre política formal anticorrupção, existência de comitê de integridade e realização de treinamentos periódicos dentro das empresas apresentaram um aumento médio superior a 30% nas respostas positivas. Nos blocos temáticos mais complexos, como Governança e Gestão — especialmente aqueles que tratam da autonomia da área de compliance, da atuação de comitês internos e da existência de mapas de riscos — perguntas que apresentavam índices inferiores a 40% de respostas positivas em 2017 alcançaram mais de 75% em 2024, o que confirma a efetividade das orientações e ferramentas promovidas pelo Instituto.
“Importante destacar que houve uma notória mudança nas relações econômico-financeiras das empresas avaliadas, com crescimento efetivo nos padrões de transparência e aperfeiçoamento das condutas institucionais, o que gerou um grau elevado de confiança junto aos stakeholders do mercado da saúde”, salienta Filipe Venturini.
Alguns temas seguem como pontos sensíveis. Práticas relacionadas ao relacionamento com terceiros, processos de due diligence e auditoria externa ainda apresentaram menor taxa de adesão, indicando que muitas organizações permanecem em processo de desenvolvimento nessas áreas.
Na avaliação do Instituto Ética Saúde, “ainda que persistam desafios pontuais, o saldo geral é amplamente positivo. A jornada iniciada em 2017 evoluiu para muito além de uma simples avaliação de conformidade. Tornou-se um instrumento estratégico de fortalecimento institucional, de estímulo à autorregulação e de construção de um setor mais transparente, seguro e confiável para a sociedade”, conclui o assessor de ética e integridade IES, Julio Zanelli que conduziu o estudo.
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Formação médica no Brasil vai além da qualidade técnica
Entender o nível dos médicos formados no Brasil, principalmente, se considerarmos a grande expansão dos cursos de medicina no País – sendo mais de 370 faculdades de medicina, formando entre 25 e 30 mil médicos por ano, é um passo importante. Mesmo com o aumento de universidades, o Brasil ainda apresenta uma média de 2,8 médicos por mil habitantes – número abaixo de países como Estados Unidos (quase 3) e Itália (cerca de 4). Nas regiões Norte e Nordeste do País, a situação é ainda mais crítica, com menos de 1,5 médico por mil habitantes. No entanto, o problema não é somente de quantidade, mas sim, de qualidade.
A qualidade na formação médica se reflete diretamente na assistência à saúde. Um médico mal especializado gera custos imensos para o setor, impactando negativamente no ecossistema de saúde, tanto da rede pública quanto da privada e, assim, comprometendo a vida de milhões de brasileiros. Erros diagnósticos, tratamentos inadequados que impactam na jornada de cuidado e falhas na comunicação podem levar a internações prolongadas, aumento de sequelas e até mortes evitáveis. E, principalmente no sistema público, a falta de preparo de profissionais enfraquece a confiança da população, gera desperdício de recursos e sobrecarrega equipes.
A prova de múltipla escolha — como a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (ENAMED) pelo Ministério da Educação – deve ser reconhecida como um pontapé inicial positivo na avaliação de critérios de habilidades técnicas para uma melhor visão do médico recém-formado, assim como o vestibular para a entrada em uma universidade. Mas, aliado a isso, formar um profissional de saúde é um processo complexo e o caminho deve ser construído de forma urgente, principalmente para alunos egressos para a vida profissional. A real competência de um médico exige avaliação de conhecimentos cognitivos e, também, da capacidade de tomada de decisão, das habilidades práticas, da comunicação interpessoal e da postura ética diante do paciente.
Acima de tudo, devemos lembrar que a medicina é, essencialmente, uma ciência humana. O médico não trata apenas doenças — ele cuida de pessoas. E esse cuidado exige empatia, escuta atenta, sensibilidade cultural e respeito pela dignidade de cada ser humano. Humanizar a formação médica é tão importante quanto dominar a técnica. Inclusive, arrisco dizer que a verdadeira competência de um médico se mede também na maneira como ele acolhe, orienta e conforta seus pacientes, especialmente, nos momentos mais difíceis da vida.
Além da avaliação, é importante fortalecer a formação contínua dos médicos, estimulando programas de educação permanente e o desenvolvimento de competências emocionais e sociais. Com médicos mais sensíveis e humanos, críticos e bem-preparados será possível construir um atendimento de saúde mais eficiente, acolhedor e capaz de atender as necessidades reais da população brasileira.
Por isso, a construção de um sistema de avaliação médica profissional mais robusto e multimodal é indispensável. Um modelo que combine provas escritas, exames práticos de habilidades clínicas, simulações de atendimentos reais, avaliações de comunicação e de tomada de decisões éticas sob pressão.
Se queremos, de fato, formar médicos mais preparados, mais humanos e mais capazes de transformar o sistema de saúde brasileiro como um todo, precisamos investir tanto na técnica quanto na essência da medicina: o cuidado genuíno com o outro e de acolher vidas.
*Manoel Canesin é médico cardiologista, professor, CEO e Sócio Fundador do Paciente 360.
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PORTAL REVISTA COBERTURA
UTIs cheias e cirurgias desnecessárias: empresas perdem milhões com internações e Alper propõe solução
Por trás dos planos de saúde empresariais, um custo milionário corrói orçamentos e impacta a saúde financeira das empresas em todo o país: as internações hospitalares. Essa despesa, subestimada no planejamento estratégico da Gestão de Benefícios, representa cerca de 50% dos custos assistenciais, pressionando a inflação médica e, consequentemente, elevando os reajustes anuais dos contratos que fornecem os planos de saúde.
Em resposta a esse cenário, a Alper Seguros emerge com uma solução estratégica: o Programa de Corregulação de Senhas. Focada na retração de desperdícios e centrada no cuidado do colaborador, a iniciativa atua em conjunto com operadoras, hospitais e empresas na revisão de solicitações de internações e cirurgias. Uma equipe especializada da Alper - formada por médicos, enfermeiros e auditores - analisa as senhas em tempo real, verificando o uso adequado de protocolos médicos baseados em evidências.
"Com tecnologia de ponta e um time clínico experiente, o programa já gerou resultados expressivos: R$ 19 milhões em economia em menos de um ano e redução de até 30% no custo médio por internação", ressalta André de Barros Martins, VP Sênior de Benefícios da Alper Seguros.
Os casos também demonstram a eficácia da abordagem ao proteger o colaborador e reduzir os custos: pacientes com indicação de cirurgias de alto custo, como colocação de implantes cocleares e próteses nos ossos da face, foram reavaliados. E internações em UTIs sem justificativa clínica foram revistas.
"Nosso objetivo é tornar a jornada de saúde mais segura para o colaborador e mais sustentável para as empresas. Estreitando o relacionamento com todas as partes envolvidas - empresa, hospital e operadora - mitigamos o risco de NIPs, que são reclamações feitas pelo paciente na ANS por uma insatisfação com a demora na autorização da sua cirurgia, ou até mesmo de uma judicialização para o tratamento de saúde. Isso impede, também, que autorizações sejam feitas no contexto do risco de uma autuação da ANS", detalha Dr. Felipe Toledo, Superintendente de Gestão de Saúde e Riscos da Alper Seguros.
O impacto da iniciativa se estende à área de RH, que encontra na Alper um suporte técnico para reduzir ruídos na comunicação, agilizar a tomada de decisões e fornecer orientações claras sobre as melhores linhas de cuidado, fortalecendo a relação entre empresa e colaborador.
A operação do Programa de Corregulação de Senhas se baseia em um sistema inteligente de BI. Essa ferramenta cruza dados clínicos com indicadores de desempenho dos hospitais, apontando taxas de reinternação, tempo médio de permanência, utilização de UTI, custo por procedimento e a adesão dos hospitais aos protocolos médicos - gerando insights para decisões e melhorias constantes. A Corregulação de Senhas da Alper representa uma revolução no setor da saúde suplementar.
André de Barros Martins reforça que, ao invés de focar unicamente na contenção de custos, a iniciativa prioriza a coordenação eficaz do cuidado. A Alper demonstra que é possível aliar humanização e qualidade operacional à eficiência econômica na gestão da saúde corporativa.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 08/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Rede Mater Dei de Saúde e Unimed Uberlândia fecham parceria inovadora para excelência assistencial
Luta no tribunal e no hospital: mulher tenta manter plano de saúde após demissão
Cinco anos de telemedicina: de emergência a recurso indispensável
https://medicinasa.com.br/doctoralia-telemedicina-br/
MPGO e Prefeitura de Goiânia avançam em tratativas para reestruturação do Imas
Maior congresso de radiologia da América Latina bate recordes
Transformação digital na Saúde: como a tecnologia está salvando a cadeia cirúrgica
REVISTA SOBERANA
Rede Mater Dei de Saúde e Unimed Uberlândia fecham parceria inovadora para excelência assistencial
Acordo pioneiro melhora a performance clínica e otimiza custos, beneficiando pacientes e operadoras
As Unidades da Rede Mater Dei de Saúde e a Unimed Uberlândia anunciaram uma parceria inovadora baseada em eficiência assistencial. A colaboração, uma das primeiras desse modelo no Brasil, reforça o compromisso das instituições com um atendimento de excelência e com a otimização de recursos na saúde.
O diferencial das unidades da Rede Mater Dei de Saúde em Uberlândia é sua excelência clínica originada da combinação de hospitais tradicionais na região com a experiência de mais de 45 anos da Rede Mater Dei. Isso resulta em maior eficiência operacional, garantindo a resolutividade e excelência em experiência para os pacientes. Para a Unimed, essa performance significa um melhor fluxo de pacientes e otimização de custos.
"Essa parceria representa um marco para o setor e pode inspirar novos modelos de contrato em todo o país", destaca Gustavo Paiva, diretor geral dos Hospitais Mater Dei Santa Clara e Mater Dei Santa Genoveva.
Com essa colaboração, a expectativa é uma assistência ainda mais eficiente e resolutiva, por meio de linhas de cuidado, garantindo ao paciente um atendimento ágil e de qualidade. Além disso, a parceria abre portas para a implementação de novos protocolos assistenciais e tecnologias que fortalecem a missão do Mater Dei de oferecer excelência em saúde.
"A Rede Mater Dei está constantemente se esforçando para oferecer um atendimento diferenciado a seus clientes e continuará a buscar a excelência tanto na qualidade assistencial quanto nos fluxos operacionais. Além disso, a rede investe de forma contínua na capacitação de suas equipes e na modernização de sua infraestrutura, com o objetivo de manter os mais altos padrões de serviço", destaca Gustavo Paiva.
A parceria também fortalece a presença estratégica do Mater Dei em Uberlândia e reafirma o compromisso da Rede com um modelo de saúde sustentável e de alto desempenho. "Esse é um passo importante dentro do nosso plano de expansão, que busca consolidar a Rede Mater Dei como referência nacional em assistência hospitalar baseada em eficiência e excelência", conclui Gustavo.
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CORREIO BRAZILIENSE
Luta no tribunal e no hospital: mulher tenta manter plano de saúde após demissão
Durante mais de dois anos, Amanda Bandeira, 25 anos, trabalhou no estoque da loja Gucci, onde uma bolsa custa em média R$ 20 mil. No ano passado, ela começou a se sentir fraca e se submeteu a uma bateria de exames. Nesse meio tempo, veio a demissão. Quando cumpria o aviso prévio, em fevereiro, saiu o diagnóstico: linfoma de Hodgkin. O longo cabelo preto caiu após a primeira sessão de quimioterapia, e além do tratamento, Amanda começou a enfrentar uma outra luta, na Justiça. Ela tenta manter o plano de saúde, pagando a mensalidade do próprio bolso. Mas a empresa não aceitou. Amanda ingressou com Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho, alegando que sua rescisão contratual foi discriminatória por ser portadora de doença estigmatizante e, portanto, considerada nula.
Plano corporativo
No processo, a Gucci sustentou que Amanda não faz jus ao plano de saúde após a dispensa, ainda que assuma seu custeio integral, tendo em vista que o benefício era pago integralmente pela empresa. Segundo a loja, a previsão do artigo 30 da Lei 9.656/1998 - que garante o direito de um empregado demitido (sem justa causa) manter a cobertura do plano de saúde por um período, pagando integralmente a mensalidade - está condicionada à contribuição do trabalhador na vigência do contrato de trabalho.
Preconceito
O desembargador Augusto César Alves de Souza Barreto, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, concedeu liminar, em 4 de abril, para restabelecer o plano de saúde. Ele ressaltou que Amanda apresentou relatório médico indicando que ela recebeu o diagnóstico do linfoma em 18 de fevereiro último, quando estava em aviso prévio, e seu processo de adoecimento teve início sete meses antes. O magistrado citou a súmula 443 do TST que indica uma presunção relativa de discriminação na dispensa de empregado portador de doença grave, causadora de estigma ou preconceito, o que seria o caso de neoplasia maligna (câncer). A empresa ainda não reatou o plano. O desembargador deu um prazo até esta sexta-feira (09) para a Gucci se manifestar.
Fé na medicina e no direito
Os médicos de Amanda Bandeira, uma jovem alegre, mãe de um menino de seis anos, acreditam que as chances de cura são altas, mas o tratamento não pode esperar. "Eu acredito muito que vou me curar. Tenho muita fé também que vou restabelecer o plano de saúde por decisão da Justiça", disse ao Correio.
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MEDICINA S/A
Cinco anos de telemedicina: de emergência a recurso indispensável
Tecnologia já é adotada por 68% das instituições de saúde e impacta positivamente pacientes e médicos.
Em meio ao início da pandemia de corononavírus, em março de 2020, o Brasil deu um passo importante na transformação digital da medicina. Por meio da Portaria 467, o Ministério da Saúde autorizou, de maneira temporária e emergencial, o uso da telemedicina no país. O que começou como uma resposta necessária à crise sanitária, consolidou-se como um modelo de cuidado eficiente e seguro, que hoje faz parte da rotina de milhares de médicos e pacientes.
Três dias após a publicação da portaria, a Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil, já oferecia suporte para que médicos iniciassem os atendimentos a distância. Na primeira semana, mais de 5 mil consultas foram agendadas. Sete dias depois, o número já se aproximava de 10 mil.
Desde então, o crescimento foi contínuo. De 2023 para 2024, os agendamentos de consultas online via Doctoralia cresceram 53%, alcançando o marco de 3 milhões de teleconsultas realizadas somente no último ano, uma média de 270 mil atendimentos por mês. Em cinco anos de atuação, a plataforma já contabiliza mais de 10 milhões de atendimentos online, conectando pacientes e médicos com eficiência e segurança. Atualmente, mais de 15 mil profissionais da saúde oferecem esse tipo de agendamento pela plataforma.
A evolução do modelo também foi acompanhada pela consolidação legal. A telemedicina é, hoje, regulamentada pela Lei nº 14.510/2022, que autoriza e disciplina a telessaúde em todo o território nacional. A prática está detalhada na Resolução CFM 2.314/2022, que estabelece os critérios técnicos e éticos para a sua realização. Dessa forma, o que antes era uma medida excepcional tornou-se parte do escopo da medicina contemporânea, integrada à rotina de clínicas, consultórios e hospitais.
“A função da telemedicina é ampliar o acesso à saúde, agilizar diagnósticos, promover a continuidade do cuidado médico e reduzir barreiras geográficas, permitindo que os pacientes recebam atendimento de qualidade onde estiverem. É uma revolução importante no setor e que deve seguir crescendo com as novas gerações, mais acostumadas com a tecnologia”, afirma Marco Salero – COO da Doctoralia.
Segundo o Panorama das Clínicas e Hospitais 2025, pesquisa desenvolvida pela Doctoralia em parceria com a Feegow, 68% das instituições de saúde no país já oferecem o serviço de telemedicina, um aumento em relação aos 64% registrados na edição anterior do estudo, de 2024. O dado reforça a consolidação desse modelo de atendimento, que vem sendo adotado tanto por grandes redes quanto por profissionais autônomos, como uma alternativa eficiente de cuidado.
Benefícios para profissionais e pacientes
Do ponto de vista do médico, a telemedicina representa também uma nova frente de crescimento profissional. Permite a ampliação da base de pacientes, otimização do tempo de agenda e melhor gestão dos atendimentos, com auxílio de tecnologias integradas. Para muitos profissionais, é a porta de entrada para a transformação digital no consultório, processo que inclui o agendamento online, a gestão de prontuários eletrônicos – sempre de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – a gestão financeira e o marketing médico.
“Muitos pacientes solicitavam atendimento remoto principalmente por questões de deslocamento e para não perder o horário. Com a pandemia, a telemedicina foi impulsionada e passou a ser uma opção real, acessível e prática. Hoje, deixo a critério do paciente: ele escolhe se prefere vir até o consultório ou fazer de forma remota”, aponta Dr. Oswaldo Petermann – Psiquiatra.
Pioneira nesse movimento no Brasil, a Doctoralia tem papel fundamental nessa trajetória. Além de disponibilizar uma plataforma segura e completa para a realização das teleconsultas, investe continuamente em soluções que conectam médicos e pacientes de forma simples, ética e eficiente. Entre as novidades, a empresa desenvolveu o assistente virtual Noa Notes, que resume e registra detalhadamente a consulta, sem que o profissional precise digitar ou tomar nota manualmente.
“Olhando para o futuro, a tendência é de que a telemedicina se torne ainda mais presente e integrada ao ecossistema de saúde. Com o avanço de tecnologias como inteligência artificial, interoperabilidade de dados e prontuários inteligentes, o atendimento a distância está avançando rápido para se tornar cada vez mais personalizado, resolutivo e seguro – sempre com foco no cuidado contínuo e na experiência do paciente”, comenta Flávia Soccol, líder global de Patient Care da Doctoralia.
A jornada da telemedicina no Brasil mostra como a inovação pode romper fronteiras e transformar a vida de milhares de pessoas. Ao lado de médicos, clínicas e hospitais, a Doctoralia segue protagonizando essa evolução, com soluções que facilitam o acesso, otimizam o trabalho dos profissionais e colocam o paciente no centro do cuidado. O futuro da saúde é híbrido, digital e mais humano — e ele já começou.
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JORNAL OPÇÃO
MPGO e Prefeitura de Goiânia avançam em tratativas para reestruturação do Imas
Proposta do MPGO é estabelecer um termo de ajustamento de conduta (TAC) que defina prazos e metas para as mudanças
O Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Prefeitura de Goiânia retomaram nesta terça-feira, 6, o diálogo para reestruturar o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas). A reunião, conduzida pelo MPGO, contou com a presença do prefeito Sandro Mabel e de representantes das duas instituições, com o objetivo de sanar irregularidades e melhorar o funcionamento do Imas.
Durante o encontro, foram debatidas medidas estruturais para corrigir falhas administrativas e promover um funcionamento mais eficiente do Imas. A proposta do MPGO é estabelecer um termo de ajustamento de conduta (TAC) que defina prazos e metas para as mudanças, com vistas à possível finalização de um procedimento investigatório ainda em andamento.
A promotora de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas apresentou um histórico das auditorias realizadas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que identificaram vulnerabilidades no instituto e sugeriram melhorias para evitar sua extinção. Após um período de interrupção no diálogo institucional, esta foi a primeira reunião efetiva com a nova gestão municipal.
O prefeito Sandro Mabel e o presidente do Imas, Paulo Henrique Rodrigues Silva, reconheceram os desafios na gestão do instituto. Entre os pontos destacados estão a redução de gastos, revisão de contratos com fornecedores e a necessidade de maior transparência nas ações administrativas.
Segundo o prefeito, os compromissos financeiros da atual gestão estão sendo cumpridos rigorosamente, e há expectativa de que os ajustes necessários sejam implementados até o final de 2025.
O promotor de Justiça Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues elogiou a diminuição de queixas sobre atendimento nos últimos meses, mas alertou para a falta de transparência e a necessidade de melhorar os canais de comunicação com os usuários do Imas. A sugestão foi bem recebida pelo prefeito, que reconheceu a importância da medida.
Já a promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, coordenadora da Área da Saúde do MPGO, enfatizou que a gestão do Imas exige decisões estratégicas, sobretudo na definição de prioridades para reestruturação. Ela afirmou que ainda é necessária a responsabilização por gestões passadas que contribuíram para o cenário crítico encontrado, mas demonstrou otimismo com a construção conjunta de soluções.
Ao final do encontro, ficou acordado que o MPGO irá enviar um documento com propostas formais à Prefeitura em até 15 dias. Após o recebimento, a equipe municipal terá mais 15 dias para análise e posterior reunião de alinhamento.
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SAÚDE BUSINESS
Maior congresso de radiologia da América Latina bate recordes
Com mais de 16 mil participantes, Jornada Paulista de Radiologia reuniu extensa programação científica e tecnológica. Saiba mais!
A 55ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR) consolidou sua posição como principal evento do setor na América Latina, reunindo mais de 16 mil participantes entre os dias 1º e 4 de maio no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O congresso destacou-se pela programação científica robusta e pela presença expressiva internacional.
Números expressivos
Na edição de 2025, o evento alcançou marcos significativos:
Corpo docente de excelência com 978 professores, sendo 73 internacionais
Público composto por 5.787 congressistas, 8.218 visitantes e aproximadamente 2.500 estudantes
Exposição Técnica com cerca de 100 empresas do setor
Programa científico abrangente que oferece:
28 cursos especializados
9 atividades práticas práticas
710 trabalhos científicos apresentados em diferentes modalidades
Três vilas temáticas focadas em ultrassonografia, radiologia intervencionista e inovação
Inovação e interatividade
O evento inovou ao disponibilizar mais de 17 horas de transmissão ao vivo pela SPR TV e promoção de atividades interativas, como o Escape Room, que atraiu 35 equipes participantes. “A JPR reafirma compromisso com a excelência científica e a troca de conhecimento. Os resultados de 2025 demonstram o engajamento da comunidade radiológica e o trabalho meticuloso de toda a equipe”, ressalta Douglas Jorge Racy, presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).
Perspectivas para 2026
A próxima edição da JPR já está agendada para 30 de abril a 3 de maio de 2026, mantendo o Transamerica Expo Center como sede. O evento marca uma parceria histórica com a Radiological Society of North America (RSNA) e adota o tema “Unindo pessoas, expandindo horizontes”.
“A colaboração com a RSNA eleva ainda mais o prestígio internacional da JPR e amplia seus horizontes científicos. Em 2026, manteremos nosso compromisso com a excelência, estabelecendo novas conexões entre inovação, ensino e prática clínica”, antecipa Racy.
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Transformação digital na Saúde: como a tecnologia está salvando a cadeia cirúrgica
A saúde brasileira vive uma revolução silenciosa. Longe dos holofotes das grandes inovações clínicas ou dos lançamentos farmacêuticos, é nas engrenagens operacionais — aquelas que viabilizam um procedimento cirúrgico do início ao fim — que se desenha um dos movimentos mais importantes para o futuro do setor: a digitalização da cadeia de suprimentos hospitalares.
Segundo o Anuário ABRAIDI 2025, a digitalização já desponta como uma das principais estratégias para aumentar a previsibilidade, conter desperdícios e destravar valor na gestão de órteses, próteses e materiais especiais (OPME). Apesar disso, a realidade de muitas instituições ainda é analógica, desorganizada e, por consequência, ineficiente.
A jornada de um dispositivo médico até a sala de cirurgia envolve médicos, operadoras, hospitais e fornecedores — e, na prática, uma sucessão de planilhas, e-mails, telefonemas e aprovações manuais. Essa falta de integração entre sistemas compromete o fluxo de informações e gera erros evitáveis: cirurgias desmarcadas, pedidos extraviados, glosas recorrentes e prazos descumpridos. O prejuízo é evidente, mas dificilmente contabilizado de forma estruturada.
Estudos mostram que a maior parte das dificuldades financeiras relatadas por empresas do setor não está relacionada à inadimplência formal, mas sim à morosidade dos processos e à ineficiência provocada por falhas operacionais. Quando a base é analógica, o risco de ruptura é permanente.
Nesse cenário, a digitalização deixa de ser uma modernização estética para se tornar uma questão de sobrevivência. Plataformas integradas que centralizam o fluxo cirúrgico — da solicitação à entrega, da conferência técnica ao faturamento — transformam o caos em previsibilidade. Mais do que automatizar tarefas, essas soluções criam uma cultura de dados capaz de antecipar gargalos, acelerar aprovações e reduzir drasticamente o índice de glosas.
Essa “torre de controle” digital, hoje possível graças à maturidade de tecnologias como inteligência analítica e interoperabilidade de sistemas, representa um novo patamar de gestão hospitalar. E tem se mostrado fundamental, especialmente em tempos de restrição orçamentária e pressão por eficiência.
O impulso das healthtechs
O avanço das healthtechs no Brasil tem desempenhado um papel decisivo nessa virada. A Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) identifica um crescimento expressivo de soluções voltadas à automatização de processos, rastreamento de dispositivos, auditoria preditiva e integração de sistemas. É a tecnologia aplicada não ao diagnóstico, mas à governança do ecossistema da saúde — e com potencial de impacto sistêmico.
Essa convergência entre inovação e operação exige, no entanto, mais do que boas ferramentas. Depende de vontade política, flexibilidade regulatória, cultura organizacional e, sobretudo, um alinhamento entre os elos da cadeia. A tecnologia, sozinha, não salva. Mas alinha, integra e impulsiona transformações que já não podem ser adiadas.
Digitalizar a cadeia cirúrgica não é apenas uma decisão estratégica. É uma necessidade ética. Em última instância, o atraso de um pagamento, a falha na comunicação ou a perda de um documento pode significar o adiamento de um procedimento vital. Eficiência, aqui, é sinônimo de cuidado. A transformação digital que se anuncia precisa ser compreendida como um novo alicerce da saúde suplementar no Brasil. Um caminho sem volta — e com muito ainda por construir.
*Michel Goya atua como diretor da Associação Brasileira de Startups de Saúde e Healthtechs (ABSS), CEO da OPME Log e mentor no InovaHC, hub de inovação do Hospital das Clínicas de São Paulo. Participou como mentor do VI Hackathon Harvard, um dos maiores eventos globais de inovação promovido pela universidade norte-americana.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 07/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Diretor da Unimed Federação Centro Brasileira participa de reunião do Comitê Nacional de Mercado da Unimed do Brasil
https://empauta.com/u/45567JUXTOLX
Unimed Nacional anuncia novo diretor executivo
https://www.saudebusiness.com/gestao/unimed-nacional-anuncia-novo-diretor-executivo/
Ipasgo Saúde lança Plano Cerrado com mensalidades a partir de R$ 78 e amplia cobertura para beneficiários
"Vamos deixar as UPAs mais acolhedoras", diz Mabel no Residencial Itaipú
Hospitais privados lançam plano emergencial para catástrofes
https://medicinasa.com.br/plano-emergencial-sp/
Bruno Sobral é o novo diretor executivo da FenaSaúde
https://medicinasa.com.br/bruno-sobral-fenasaude/
Artigo - A melhoria do SUS depende de remunerações dignas
https://medicinasa.com.br/melhoria-sus-remuneracao/
ANS propõe reajuste extra e prazo menor para planos de saúde avisarem cliente
Planos de baixa complexidade ou minimalista: soluções ou problemas para as filas do SUS?
Estudante de medicina que morreu em acidente na BR-060 ‘encantava a todos por onde passava’, diz amiga
AGÊNCIA UNIMED
Diretor da Unimed Federação Centro Brasileira participa de reunião do Comitê Nacional de Mercado da Unimed do Brasil
O diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional da Unimed Federação Centro Brasileira, Éder Cássio Rocha Ribeiro, representou a instituição na reunião do Comitê Nacional de Mercado da Unimed do Brasil. A colaboradora Aline Alves, especialista na área de Mercado, também participou do encontro realizado nos dias 5 e 6 de maio, com o objetivo de discutir pautas estratégicas para o Sistema.
Entre os temas debatidos estiveram a atualização de normativas e a apresentação da campanha "Dia Imperdível 2025". A Unimed Federação Centro Brasileira participou com grande êxito da campanha em 2024, mobilizando Unimeds federadas e contribuindo para resultados expressivos.
As novidades discutidas na reunião do comitê serão, em breve, compartilhadas com as Singulares federadas, reforçando o compromisso com a integração e o fortalecimento conjunto do Sistema Unimed em Goiás e Tocantins.
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SAÚDE BUSINESS
Unimed Nacional anuncia novo diretor executivo
Gustavo Vilela assume o cargo com foco em estratégia, inovação e continuidade do processo de reestruturação da cooperativa.
A Unimed Nacional nomeou Gustavo Vilela como seu novo diretor executivo. Com mais de 25 anos de experiência no setor de saúde e consultoria estratégica, Vilela possui uma trajetória consolidada em cargos de liderança e desenvolvimento de novos negócios.
Ele foi sócio de duas consultorias internacionais de renome, sempre com foco em estratégia e inovação. Também atuou por sete anos como diretor executivo de Novos Negócios, Estratégia e Produtos na Amil, onde participou diretamente do processo de venda da operadora, avaliado em R$ 11 bilhões.
Desde outubro do ano passado, Gustavo Vilela vinha colaborando com a Unimed Nacional como sócio da KPMG, liderando o processo de reestruturação da cooperativa. Agora, assume oficialmente o cargo de diretor executivo, com o objetivo de dar continuidade à transformação estratégica da instituição.
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O HOJE
Ipasgo Saúde lança Plano Cerrado com mensalidades a partir de R$ 78 e amplia cobertura para beneficiários
Novo plano oferece mais de 1.900 procedimentos, coparticipação limitada e possibilidade de inclusão de pais, netos e irmãos como dependentes
O Ipasgo Saúde anunciou o Plano Cerrado, uma nova modalidade de assistência com foco em ampliar o acesso e oferecer mais serviços a seus mais de 520 mil beneficiários. O plano passa a ser ofertado com mensalidades a partir de R$ 78 para dependentes de 0 a 18 anos, valor possibilitado pelo subsídio de R$ 100 por vida concedido pelo Governo de Goiás a servidores do Poder Executivo estadual.
Com cobertura ampliada, o Plano Cerrado oferece mais de 1.900 procedimentos adicionais em relação aos planos anteriores. Dentre os novos serviços inclusos estão a inserção de DIU, cirurgias refrativas, tratamentos oncológicos com tecnologia atualizada, cirurgias robóticas e testes rápidos para doenças como dengue e Covid-19. Na área odontológica, foram incorporados procedimentos como profilaxia com ultrassom, aplicação de flúor, restaurações estéticas e radiografias.
A coparticipação ambulatorial e odontológica permanece em 30% do valor do procedimento, com limite de R$ 150 por item. Já internações, cirurgias e tratamentos de alta complexidade continuam sem cobrança adicional, mantendo a assistência integral aos usuários.
Uma das principais novidades é a possibilidade de ampliação do grupo de dependentes. Agora, além dos familiares diretos, o plano permite a inclusão de pais, mães, netos, irmãos, genros, noras e outros, desde que o titular esteja vinculado ao Plano Cerrado ou a planos anteriores do Ipasgo. Essa medida visa garantir maior cobertura familiar e facilitar o acesso à saúde para mais pessoas ligadas aos servidores públicos.
Os beneficiários do Ipasgo interessados em aderir ao novo plano podem consultar os canais oficiais da instituição e o site www.ipasgo.go.gov.br para obter detalhes completos, inclusive sobre a forma de adesão e sobre o impacto do subsídio governamental na redução das mensalidades.
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A REDAÇÃO
"Vamos deixar as UPAs mais acolhedoras", diz Mabel no Residencial Itaipú
Com a promessa de reestruturar a rede pública de saúde da capital e oferecer mais conforto, dignidade e eficiência no atendimento à população, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, e o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, entregaram, na manhã desta segunda-feira (5/5), o novo mobiliário da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itaipu.
Na ocasião, foram entregues mais de 250 itens, como longarinas, camas hospitalares, cadeiras giratórias, mesas, poltronas de hidratação, balanças, aparelhos de ar-condicionado, entre outros. Os equipamentos substituem móveis antigos e deteriorados, considerados impróprios para o uso diário em unidades de saúde com alto fluxo de pacientes. De acordo com dados da saúde, o investimento total, contando o da UPA Noroeste, que será entregue na próxima semana, ultrapassa R$ 500 mil.
“É uma forma de oferecer mais dignidade, conforto e segurança aos pacientes. A calamidade na saúde é visível inclusive nos equipamentos em uso nas unidades, por isso vamos deixar as UPAs, assim como todos os pontos de assistência, mais acolhedores, aconchegantes e agradáveis para os usuários”, afirmou Mabel.
Segundo o secretário Luiz Pellizzer, além da renovação estrutural, a unidade passou por uma reorganização dos espaços físicos para dar mais agilidade aos fluxos de atendimento. “Essa já é uma unidade que registra entre 10 mil e 13 mil atendimentos por mês. A estrutura sofre desgaste constante. Renovar o mobiliário é também uma forma de garantir a continuidade dos serviços com mais qualidade”, afirmou.
Pellizzer acrescenta que a entrega na UPA Itaipu faz parte de esforço contínuo de modernização da rede. “Já fizemos entregas menores, em etapas, para unidades como o Cais Amendoeiras, e na próxima semana teremos uma entrega expressiva de mobiliário na UPA Noroeste. As entregas são dimensionadas conforme a necessidade de cada unidade. A situação estrutural que encontramos era muito ruim. Ainda temos deficiências, mas o prefeito determinou que, até a conclusão do processo licitatório de uma empresa de manutenção, façamos reformas emergenciais. A partir de junho, teremos condições de realizar manutenções mais amplas e frequentes, com uma verba mensal específica para isso”, explicou.
Diretora da UPA Itaipu, Maiara Jordana de Sá Arruda lembrou que, em 12 anos de funcionamento, é a primeira vez que a unidade tem a troca de mobiliário. “É um reforço grande, que vai trazer qualidade para o acolhimento dos pacientes. A unidade é a primeira unidade em atendimento clínico e pediátrico, perdendo apenas para Campinas, que é nossa referência também de pediatria”, expliou. “Esse novo olhar da gestão garante também a qualidade do serviço e do acolhimento dos trabalhadores”, acrescentou.
Chamamento
O secretário Luiz Pellizzer também comentou sobre o reforço das equipes. “Na semana passada, realizamos novos chamamentos para técnicos e profissionais de enfermagem, além de médicos. Ainda temos 28 equipes de saúde da família incompletas. Já fizemos dois chamamentos médicos e um para quase 200 profissionais de enfermagem, mas tivemos menos de 50% de adesão. Nas próximas semanas, vamos convocar novamente para preencher esses déficits”, completou.
Durante a entrega, o prefeito destacou que, mesmo diante da crise financeira enfrentada pelo município, sua gestão tem avançado na recomposição da rede de saúde, com abastecimento de medicamentos, contratação de profissionais e reestruturação física das unidades. “Hoje temos 90% das necessidades atendidas em remédios, reativamos o serviço pediátrico da unidade, e muitas crianças que antes precisavam se deslocar até bairros distantes agora são atendidas mais perto de casa”, pontuou.
Mabel também reforçou que a gestão está empenhada em descentralizar o atendimento das UPAs, ampliando e fortalecendo o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Queremos atender o cidadão no posto de saúde do bairro, com médicos, exames e estrutura adequada. Assim, aliviamos a sobrecarga das unidades de urgência”, disse.
A iniciativa conta com o apoio do deputado federal Ismael Alexandrino, ex-secretário estadual de Saúde, que garantiu recursos para a reestruturação de outras unidades. “Quando temos um gestor comprometido como o prefeito Sandro Mabel, conseguimos ver a saúde saindo do papel e se transformando em ações concretas para a população”, afirmou o parlamentar.
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MEDICINA S/A
Hospitais privados lançam plano emergencial para catástrofes
Pela primeira vez, a cidade de São Paulo contará com uma iniciativa estruturada e coordenada entre hospitais privados para atuação em situações de emergência e desastres de grandes proporções. O chamado Plano de Auxílio Mútuo Hospitalar (PAM-H) é uma iniciativa colaborativa entre instituições de saúde para oferecer suporte mútuo em situações de emergência e desastres. Cinco hospitais associados à Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) fazem parte deste projeto piloto: BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hcor, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio-Libanês. O objetivo principal é garantir a continuidade do cuidado adequado para pacientes críticos em momentos de crise na capital, que abriga cerca de 12,3 milhões de habitantes.
O PAM-H prevê atuação integrada em cenários que excedam a capacidade de resposta de uma instituição, proporcionando a possibilidade de transferências de pacientes críticos de forma a dar continuidade a seu cuidado. Entre suas frentes estão a transferência coordenada de pacientes, o suporte a instituições que atinjam sua capacidade máxima e o auxílio a hospitais que precisem evacuar pacientes críticos por causa de incidentes internos (colapso estrutural ou incêndios, por exemplo).
“Este projeto piloto representa um avanço na gestão colaborativa da saúde, alinhando-se a modelos bem-sucedidos em outras grandes metrópoles do mundo, onde a cooperação entre diferentes instituições tem se mostrado fundamental para enfrentar desafios sanitários complexos e garantir melhor atendimento à população”, afirma Fábio Racy, médico especialista em Medicina de Desastre do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos participantes do projeto.
São Paulo, como centro econômico e populacional do país, tem características que tornam essa iniciativa especialmente relevante, mas o projeto tem perspectiva de expansão. “Podemos incluir gradualmente mais hospitais privados, aumentando a capilaridade e potência da rede, além de desenvolver integrações com o setor público de saúde”, reforça Racy.
De acordo com cientistas climáticos, a intensificação de catástrofes naturais tende a se agravar sem ações efetivas em prol do meio ambiente. Grandes centros urbanos já enfrentam com frequência impactos severos, como alagamentos e enchentes. Em 24 de janeiro deste ano, moradores de São Paulo receberam, pela primeira vez, via celular, um comunicado da Defesa Civil do Estado em decorrência das fortes chuvas que caíram na capital paulista, e provocaram quedas de árvores, desabamentos, interrupções de energia e bloqueios em vias da cidade, o que já representa uma evolução em termos de alerta à população.
“A Anahp busca atuar e apoiar todas as iniciativas que contribuam para o fortalecimento da saúde no país e, juntamente com seus associados que compartilham deste propósito, identificamos uma sinergia possível para enfrentar situações que precisam de uma resposta rápida e eficaz. Estamos falando de hospitais com estrutura avançada, equipes médicas altamente qualificadas e gestão preparada para atuar em cenários extremamente tensos e difíceis”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.
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Bruno Sobral é o novo diretor executivo da FenaSaúde
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) anuncia Bruno Sobral para assumir a sua diretoria executiva. Com mais de 20 anos de experiência na área, o executivo deixa o cargo que ocupava na Confederação Nacional de Saúde.
Bruno Sobral chega à FenaSaúde junto à nova presidente Raquel Reis em um momento de transformações e desafios. Entre os desafios da nova gestão, estão a ampliação de diálogo com as empresas de saúde, o parlamento, o judiciário e os órgãos reguladores para o fortalecimento do setor e a melhoria da satisfação dos beneficiários.
O executivo pretende trazer a sua experiência em análise de mercado, governança e macroeconomia. Sobral é engenheiro civil e mestre em economia formado pela Universidade de Brasília e tem MBA com honras acadêmicas nos Estados Unidos pela Universidade de Georgetown-McDonough School of Business, em Washington.
Sobral exerceu funções públicas como assessor econômico na Anvisa, coordenador-geral de Economia da Saúde no Ministério da Fazenda e foi diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar entre 2011 e 2014.
“Nossa proposta é fortalecer o setor de saúde como um todo, buscando a sustentabilidades das cadeias produtivas para assim propiciar mais investimentos em inovação e na qualidade da atenção à saúde dos beneficiários de planos privados de saúde”, afirma.
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Artigo - A melhoria do SUS depende de remunerações dignas
Em seu discurso de posse, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre a necessidade de estabelecer uma mudança de financiamento do Sistema Único de Saúde e “enterrar a tabela SUS”. Esta tabela é uma referência que define os valores fixos que devem ser pagos pelo governo aos hospitais e clínicas e laboratórios que atendem pacientes pelo SUS. Ela é usada para remunerar igualitariamente por cada serviço prestado, modelo conhecido como fee for service.
Algo que já vem sendo discutido há muito tempo no próprio Ministério da Saúde e no âmbito da saúde suplementar, é deixar de utilizar esse modelo de pagamento por procedimento e passar a remunerar os prestadores de serviço por desfecho, ou seja, em vez de pagar o tratamento simplesmente pelo valor fixo de um procedimento, remunera-se pelo conjunto de ações multiprofissionais que compõe o acompanhamento do paciente, desde a admissão até a alta, premiando os melhores resultados.
Mudar o modelo de remuneração atual para uma forma mais justa que possa diferenciar atendimentos e valorizar quem investe em qualidade assistencial é um anseio do setor. A prestação de serviço de terapia renal substitutiva (TRS), que é regida por uma série de portarias e resoluções que estabelecem em seu texto metas e indicadores, seria perfeita para que o Ministério da Saúde iniciasse um plano piloto para um novo modelo de remuneração. O setor de diálise pode atender na prevenção, no tratamento dialítico e pré transplante – o que torna mais fácil a fiscalização no cumprimento de metas e análise de indicadores, usando diferentes modelos de acordo com o serviço prestado.
Na prevenção (pré dialítico), o modelo por captação (capitation) seria o melhor, pois se estabelece um valor fixo por pessoa cadastrada (per capita) para o fornecimento de serviços de saúde previamente contratados. Esse número de vidas é definido para cada prestador de serviço por um período especificado de acordo com a área e capacidade instalada.
O valor unitário é definido pelo risco paciente considerando idade, sexo, patologia de base entre outros e multiplicado pela população a ser atendida. Cabe ao prestador de serviços cobrir todos os custos no tratamento dessas vidas sobre sua gestão em um modelo de compartilhamento de risco com a fonte pagadora.
Exemplificando o estágio 4 pré dialítico de doença renal crônica (DRC), na região de saúde Sul Matogrossense há três clínicas de diálise, 601 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e 419 mil pessoas com mais de 20 anos. Seguindo orientação dos critérios e parâmetros assistenciais para o planejamento e programação de ações e serviços de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, a região teria 839 pacientes nesse estágio 4 de doença renal crônica. E ainda de acordo com as regras da portaria 1565, as consultas multiprofissionais deveriam ser mensais (médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social). Esse acompanhamento é a linha tênue entre entrar em diálise de urgência ou manter- se por mais tempo em tratamento conservador.
Minha sugestão é que 280 pacientes por clínica seriam mensalmente atendidos no modelo Capitation e cada clínica seria remunerada prospectivamente, ou seja, pelo número de vidas vezes o valor per capita pagos antecipadamente. Porém, como esse modelo implica em custear todo o atendimento do paciente durante o período determinado e não se pode pagar diretamente uma possível internação no SUS, proponho um modelo híbrido, em que parte do repasse é prospectivo e parte retrospectivo, baseado em indicadores.
As três clínicas recebem o valor prospectivo idêntico e baseado em seus resultados, como taxa de internação, mortalidade e outros indicadores laboratoriais que estão inseridos na portaria 1565 de 2017, e no final do contrato, que é anual, o Ministério da Saúde complementa o valor. Na diálise não seria diferente, cabendo apenas alguns ajustes no pagamento por desempenho, já que segue a mesma portaria que também apresenta indicadores de qualidade para diálise em seu anexo.
Uma remuneração digna com modelo baseado em valor proporciona uma melhor qualidade de vida para o paciente, de um setor de atenção à saúde que tem uma peculiaridade que lhe torna único: os pacientes passam mais de uma década sob tratamento semanal.
*Leonardo Barberes é vice-presidente da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante ( ABCDT)
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ANS propõe reajuste extra e prazo menor para planos de saúde avisarem cliente
Especialistas apontam que proposta da ANS favorece operadoras e pode elevar custos para usuários
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) discute um conjunto de medidas regulatórias que pode, entre outros pontos, permitir reajustes extras em planos individuais, superando o teto fixado pela própria agência.
Uma nova proposta foi apresentada no fim de abril, após as primeiras sugestões de mudança na norma, divulgadas no ano passado, serem submetidas a uma consulta pública.
Para especialistas em defesa do consumidor, as alterações feitas na proposta inicial beneficiam o setor privado em detrimento dos usuários.
“Essas mudanças pontuais sugeridas pela agência se alinham muito mais a interesses do mercado e a pleitos que as operadoras vêm apresentando ao longo dos anos do que às regras do Código de Defesa do Consumidor”, critica Marina Paullelli, advogada do programa de Saúde do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).
Representante das maiores operadoras de planos de saúde do País, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) classificou as mudanças como uma “minirreforma regulatória” e defendeu maior debate (leia mais abaixo).
A ANS submeteu a proposta à área jurídica e, posteriormente, voltará a analisar o texto na diretoria colegiada. Ao Estadão, a agência afirmou que a proposta está acompanhando o fluxo dos processos e que não há um prazo determinado para cumprimento das etapas.
Nesta quarta-feira, 7, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado realizará uma audiência pública para debater recentes decisões da agência e discutir eventuais impactos sobre os usuários de planos de saúde.
Planos individuais
A possibilidade de aplicação de reajustes extras em planos individuais é um dos principais alvos da mudança regulatória em debate. Atualmente, o aumento de mensalidade é limitado a um índice fixado pela ANS. Há uma demanda antiga das empresas para que haja a possibilidade de reajustar preços acima desse teto.
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A proposta mais recente, apresentada em reunião no fim de abril, flexibiliza critérios e contrapartidas para a revisão técnica, como é chamada a aplicação de reajuste nos planos dessa modalidade. Caso ela seja aprovada, as medidas passariam a valer em 2026.
Marina argumenta que o reajuste por revisão técnica é contrário ao que diz o Código de Defesa do Consumidor. “Não deveria ser autorizado em nenhuma hipótese porque permite uma alteração unilateral do contrato”, diz. Além disso, a mudança pode colocar o consumidor numa posição de desvantagem e em uma situação financeira preocupante.
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Um dos pontos mais criticados é a redução dos prazos para que as empresas avisem os consumidores que aplicarão o reajuste. No projeto inicial, a previsão era de que isso fosse feito em 90 dias. Agora, a ANS baixou o período para 60 dias.
Os critérios para que empresas estejam aptas a aplicar o reajuste também foram modificados. Antes, elas deveriam apresentar as seguintes características:
Desequilíbrio econômico-financeiro da carteira total há três anos;
Desequilíbrio na carteira individual no mesmo período;
Venda ativa de planos individuais.
Na versão atualizada, a agência retirou a primeira exigência, deixando apenas as duas últimas.
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A proposta mais recente incluiu ainda medidas que não tinham sido abordadas pela agência, como a periodicidade do reajuste e o porcentual máximo:
Reajuste limitado a 20% ao ano, considerando o impacto do porcentual já fixado pela ANS e do aumento extra;
Valores maiores do que 20% devem ser diluídos ao longo de três ou cinco anos;
A revisão técnica só pode ser aplicada de cinco em cinco anos;
Clientes com plano há menos de cinco anos da data da concessão da revisão não serão submetidos ao reajuste.
Segundo Marina, a diluição do valor de reajuste não diminui o problema. “Medida semelhante de diluição dos valores já aconteceu durante a pandemia e uma pesquisa do Idec mostrou como isso foi prejudicial ao consumidor”, aponta. O estudo do instituto mostrou que, nos planos individuais, a diluição do reajuste causou um aumento médio anual de até 34,99%.
Planos coletivos
Inicialmente, a ANS trabalhava com a possibilidade de ampliar o escopo dos planos de saúde coletivos de até 29 vidas para 1.000 vidas. O aumento desse número poderia gerar uma diluição do risco ao contratar um plano, fazendo com que os reajustes fossem mais equilibrados.
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Mas, após a consulta pública, a agência baixou para 400 vidas o limite de cobertura e justificou que a ideia é chegar de forma progressiva ao patamar de 1.000 vidas.
“Não fica muito clara a razão dessa mudança ou como se pretende atingir progressivamente o patamar de mil vidas”, observa Marina.
O que diz o setor
Cerca de 52 milhões de brasileiros utilizam planos de saúde. A regulamentação do setor é uma queda de braço entre empresas e órgãos de defesa do consumidor.
Atualmente, um projeto de lei que altera significativamente a regulação da saúde suplementar está parado no Congresso. Há quase 20 anos, propostas legislativas tentam alterar regras do mercado sem sucesso. Nesse contexto, as mudanças promovidas pela ANS ganham contornos ainda mais relevantes.
Em comunicado enviado à reportagem, a FenaSaúde afirmou que a agência promove uma “minirreforma regulatória” com as mudanças propostas. A entidade cita a amplitude, abrangência e profundidade das alterações sugeridas e afirma que é necessário “um debate mais detido” sobre o tema, considerando seus impactos sobre as operadoras e os beneficiários.
“Em especial, consideramos que ainda é necessário para as propostas apresentadas até aqui melhor embasamento atuarial, jurídico e econômico, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade do setor e a garantia da assistência à saúde”, diz a FenaSaúde.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) também reiterou a necessidade de haver “as devidas e adequadas análises técnicas de cada uma das propostas comentadas pela ANS, considerando seus impactos de forma individualizada e com foco na sustentabilidade do setor”.
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JOTA INFO
Planos de baixa complexidade ou minimalista: soluções ou problemas para as filas do SUS?
Desde a promulgação da Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/98) e a criação da estrutura reguladora da saúde suplementar, que criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (Lei 9.961/2000), os agentes privados que operam o setor buscam minimizar os custos e flexibilizar as segmentações ofertadas, em outras palavras, diminuir a oferta de procedimentos como forma de economia.
O entendimento é que qualquer alteração das modalidades de coberturas dos planos deve ser pauta do Congresso Nacional, pela gravidade e impacto que pode gerar, tanto para os beneficiários quanto para o sistema de saúde brasileiro.
A "popularização" da saúde suplementar, ou o nome que queiram atribuir, pode ter diversos objetivos e os resultados impactam diretamente na saúde do beneficiário e na organização dos sistemas de saúde, em especial no Sistema Único de Saúde (SUS). Certamente impactará na competitividade interna do mercado de saúde suplementar e na sua própria organização.
Para os beneficiários, as preocupações são de diversas ordens. Do ponto de vista da assimetria das relações, estes são sempre os mais frágeis. São os que mais sofrem com a ausência ou dificuldade de acesso às informações sobre as coberturas de seus planos, que nem sempre chegam no momento que mais precisam.
Por vezes também, e não raro, dificuldades e limitações financeiras fazem desistir de pagar seus planos, enquanto operadoras dialogam apenas de forma burocrática em situações de fragilidade desses beneficiários, sem oferecer alternativas ou negociações mais personalizadas ou direcionadas. O beneficiário, no momento da contratação de seu plano, não consegue projetar as suas necessidades futuras. A saúde não pode ser comparada a aquisição de nenhum produto.
O rol de procedimentos da ANS é um parâmetro mínimo dos procedimentos cobertos pelos planos. O rol é elaborado visando a integralidade da atenção à saúde, um dos princípios constitucionais. Com as mudanças provenientes da Lei 14.454/2022, as alterações do rol tornaram-se mais dinâmicas, pois sua revisão deixou de ser a cada dois anos, para uma análise a cada pedido, além da incorporação de todos procedimentos que forem incorporados ao SUS.
Novas tecnologias não podem esperar demais para serem incorporadas, tendo em vista que podem ser as melhores alternativas terapêuticas ou com melhor custo-benefício. Assim, o objetivo do rol é de que as necessidades de saúde do cidadão estejam minimamente assistidas pelo plano de saúde contratado. A informação sobre a cobertura de cada plano não é simples nem tão fácil de acessar, além da dificuldade de obter as informações claras e transparentes sobre as coberturas.
De certo, que acesso às informações está cada dia mais fácil, em especial com instrumentos de tecnologia que permitem alcançar as informações em tempo mais adequado. Mas, a incerteza da continuidade dos tratamentos será sempre angustiante. Imaginem um cidadão que tenha um plano nessa nova modalidade e que não tenha direito de acessar às consultas, exames ou mesmo tratamentos mais especializados no sistema suplementar. Terá de buscar a continuidade do seu cuidado no SUS e provavelmente em momentos de mais sofrimento.
Para agilizar seu cuidado em saúde adquire um plano de saúde de baixa complexidade e consegue, no máximo, seu diagnóstico, ainda assim, limitado a exames de baixa complexidade. A angústia continuará, pois na parte mais sensível de solução de seus problemas de saúde terá de recorrer ao SUS, e não "escapará" da fila que tanto o preocupa.
Atualmente a modalidade de plano ambulatorial já existe. Mas, com obrigatoriedade de cobertura de urgência e de 24 horas de internação e com o conjunto dos procedimentos realizados ambulatoriamente. Tempo mínimo para estabilizar o paciente e ter possibilidade de transferência para o SUS, se for necessário. É exatamente nessa questão e os tratamentos crônicos, Terapia Renal Substitutiva, tratamentos oncológicos e exames de alta complexidade, que desestimulam as operadoras a comercialização deste produto.
O itinerário do paciente dos planos minimalistas no sistema de saúde brasileiro será misto, entre público e privado. Quem regulará isso? Que estrutura no sistema de saúde tem capacidade de organizar essa engenharia? É possível a atenção especializada do SUS ter duas portas de entrada, sem que haja um processo de furar a fila?
Agora, refletindo sobre o aspecto da organização do sistema de saúde, certamente se avizinha um outro grande desafio. A análise que a ANS fez sobre o SUS, ao menos citada, é que há uma "fila" nas consultas básicas. Realmente o acesso pode não estar tão facilitado, ou tão rápido quanto os pacientes gostariam ou necessitam. Mas, hoje existem em torno de 50 mil estabelecimentos de atenção primária em saúde no SUS para atender aos milhões de brasileiros dependentes unicamente do SUS, além dos beneficiários de planos de saúde, que recorrem ao SUS para a realização de diversos procedimentos.
Há, ainda, desafios importantes no SUS, especialmente, no acesso às consultas, exames e terapias especializadas, nas cirurgias e no cumprimento dos prazos legais para cuidado dos pacientes com câncer. Sendo, inclusive, uma das metas do governo federal e do Ministério da Saúde a ampliação do acesso a esses procedimentos.
O famoso conceito de "desafogar o SUS" não passa por diminuir a "fila" na atenção básica, mas sim dar conta de ampliar o acesso e encurtar os prazos para atendimentos de média e alta complexidade. Esse é um grande desafio que passa por maiores investimentos, reorganização de processos e parcerias com o setor privado e suplementar para fornecimento de serviços, novas formas de gestão. Definitivamente aumentar a fila no SUS dos procedimentos mais complexos não só desorganiza o sistema, como deixa os pacientes mais vulneráveis.
Essa solução é absolutamente enviesada e produzida com um olhar de apenas para parte do sistema de saúde brasileiro. É não querer enxergar a real necessidade do SUS. Pode-se usar outros argumentos, como oportunidades de negócio, organizar um setor margeado de regulação ou até mesmo repensar o modelo de sistema universal alterando-o para o de cobertura universal, sendo este último o mais preocupante de todos.
Não podemos fechar os olhos para os novos modelos de negócio que aparecem. Podem ser sempre oportunidades para novos investimentos e de novas parcerias que otimizem a relação público-privada. Lembram-se das administradoras de planos de saúde? Começaram a tomar corpo no mercado e precisaram ser regulados. Estão estabelecidos hoje como um modelo de negócio que ampliou o acesso de beneficiários aos planos de saúde. Por outro lado, este segmento, bem como as outras modalidades de planos de saúde, ainda carecem de ajustes e de um novo olhar regulatório.
Existem clínicas populares e cartões de desconto que estão à margem da regulação suplementar. Se este segmento se dispõe a ofertar alguma ação próxima com uma atenção à saúde ofertada pelos planos de saúde, é necessário submeterem-se às regras do Estado.
O cidadão não pode e não deve ser enganado, como se estes estivessem adquirindo um plano de saúde no formato regulado. A integralidade da atenção à saúde não é disponibilizada. Isto prejudica o cidadão, e as demais operadoras que seguem as regras da ANS tornando-se uma competição desleal. Essa oferta de serviços migrará para o modelo de planos acessíveis?
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Não menos importante, o processo de debate de um novo modelo de produto, em especial que possa trazer riscos à saúde dos beneficiários, bem como desequilibrar o sistema de saúde, não pode ser feito de forma açodada, ou sem um olhar dos gestores de saúde. O sandbox não pode substituir instrumentos como Análise do Impacto Regulatório ou até descumprimento da agenda regulatória. Muito menos, ser olhado apenas pelo viés dos operadores que se interessam pelo novo nicho de mercado.
Não existe "novidade" no produto ofertado. Esse tipo de plano era a mais comum antes da Lei 9656/98. Se trata de um retorno ao passado. Trará ainda mudanças importantes na estrutura do mercado regulado, não só pelo surgimento de inúmeras empresas sem condições de operação, como pela possibilidade de rebaixamento dos planos ofertados pelas empresas aos seus empregados, reduzindo assim, a cobertura dos planos já existentes.
Conass, Conasems, CNS e Ministério da Saúde se debruçaram suficientemente para inferir os impactos na organização dos sistemas de saúde local? Os espaços de audiência pública e consulta pública não são suficientes para um debate tão denso que tanto pode impactar no sistema de saúde brasileiro.
Torcemos pela melhoria da saúde de toda população brasileira e pela melhoria dos sistemas de gestão públicos e privados. Acreditamos em novas formas e alternativas que reorganizem o SUS e a saúde suplementar e que estes tenham capacidade de interações e inteligências que melhorem a gestão de ambos os sistemas. Nesse ganha-ganha quem mais ganha é o cidadão brasileiro.
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O POPULAR
Estudante de medicina que morreu em acidente na BR-060 ‘encantava a todos por onde passava’, diz amiga
Camilla de Paula Lopes Cavalcante, de 19 anos, uma das estudantes de medicina que morreu em um acidente na BR-060 , em Indiara, “encantava a todos por onde passava”, considerou uma amiga da família, que a acompanhou desde a infância. No enterro realizado nesta terça-feira (6), em Goiânia, parentes e amigos se despediram da jovem, soltando balões brancos no ar.
Cazinha, sempre nos lembraremos de você com saudade. Menina doce, que virou uma grande mulher e encantava a todos por onde passava”, disse Kariny Costa, nas redes sociais.
Ao POPULAR , Kariny disse que foi “devastador” o sentimento da morte prematura da jovem, a qual ela elogiou como “menina de ouro”.
Ela era um doce, uma querida, responsável, estudiosa, muito família. O sonho dela sempre foi medicina. Muito responsável efetivamente também com toda família. Menina de ouro”, afirmou a amiga
Camilla estudava em Mineiros, no sudoeste de Goiás, e veio passar o final de semana com os pais, segundo a amiga. Na noite de domingo (4), a família da jovem estava reunida em uma igreja.
O velório de Camilla foi realizado na noite de segunda-feira (5), no cemitério Parque Memorial de Goiânia, no Setor Vau das Pombas. O sepultamento ocorreu na manhã desta terça-feira (6). Balões foram soltos no céu em homenagem.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) lamentou, nesta terça-feira, as mortes de Camilla e Anna Luyza Carvalho, de 21 anos. Nas redes sociais, a entidade disse que as jovens eram “comprometidas com a formação médica, carregavam em si o desejo de cuidar da vida e servir à sociedade”. Também mencionou as outras três estudantes que estavam no carro.
“É sempre doloroso ver vidas tão jovens, cheias de propósitos e sonhos, interrompidas tão cedo. Manifestamos nossa solidariedade às famílias, amigos e colegas das estudantes. Que a vida, apesar das dores, siga encontrando caminhos de reconstrução, cuidado, esperança e fé. Estendemos nossos sentimentos e preces aos que seguem internados, desejando que se recuperem plenamente”, descreveu
Dor de mãe
A mãe da Camilla lamentou a perda da filha, de 19 anos, nas redes sociais. Na mensagem, ela agradeceu o carinho de amigos e familiares, e desabafou que está sentindo uma “dor inimaginável”.
Infelizmente, nossa menina partiu, sofreu um acidente de carro indo para a faculdade, e não conseguiu resistir. Não estamos conseguindo responder mensagens agora, mas agradecemos por todo amor conosco. É uma dor inimaginável, mas Deus sabe de todas as coisas e o Senhor nos dará forças. Para sempre em nossos corações”, afirmou Giselle de Paula.
Giselle de Paula abraçando a filha Camilla (Reprodução/Redes sociais)
Em seu perfil na internet, Giselle fez questão de abrir um “destaques” exclusivamente sobre a nova carreira da filha. Na aba chamada “É MEEEEED”, ela relembra com orgulho o momento em que a filha conquistou uma das 15 vagas do curso, em agosto de 2024.
Morando em Goiânia com a família, Camilla precisou se mudar para em Mineiros, no sudoeste goiano, onde fica faculdade. Em uma postagem, a mãe desabafou sobre a saudade e o “turbilhão de emoções” que sentia a cada despedida”, disse.
Mais um dia que eu me despeço da minha filha, companheira e amiga! Nesse momento de tantas lágrimas tento descrever o turbilhão de emoções que eu sinto dentro de mim. Dói em nós e sei que dói nela, mas sabemos que é necessário essa distância”, mencionou.
O velório de Camilla será realizado às 22h desta segunda-feira (5), no cemitério Parque Memorial de Goiânia, no Setor Vau das Pombas. O sepultamento está programado para acontecer às 10h desta terça-feira (6).
Acidente
Duas estudantes de medicina morreram na manhã desta segunda-feira (5), em um acidente após o carro sair da pista e capotar na BR-060, em Indiara, no sul do estado. São elas: Camilla de Paula Lopes Cavalcante, de 19 anos, e Anna Luyza Carvalho, de 21. Outras três ocupantes do veículo estão em estado grave, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Camilla de Paula Lopes Cavalcante, de 19 anos, e Anna Luyza Carvalho, de 21 anos, vítimas do acidente na BR-060, em Indiara (Reprodução/Redes sociais)
O acidente aconteceu por volta das 7h30, na KM 246, na zona rural da cidade, sentido Mineiros. Ao POPULAR , Leonardo Gomes, que estava com a família rumo à Goiânia, disse que viu pelo retrovisor o momento em que o carro modelo Hyundai HB20S branco perdeu o controle da direção, capotou, e passou por cima da grade de proteção, caindo em uma ribanceira. A esposa dele acionou o socorro.
Segundo o Corpo de Bombeiros, três ocupantes estavam presas às ferragens. Camilla morreu ainda no local do acidente. Já Anna Luyza sofreu politraumatismo e chegou a ser socorrida com vida, mas morreu no hospital, conforme a PRF.
Outra jovem teve lesões nos membros inferiores e trauma de face e também socorrida em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de acordo com os Bombeiros.
Carro ficou destruído após o acidente. Três ocupantes ficaram presas às ferragens (Divulgação/Polícia Civil)
A PRF informou que as três sobreviventes foram socorridas e encaminhadas em estado grave para o Hospital Municipal de Indiara. Ao POPULAR , a Secretaria Municipal de Saúde de Indiara (SMS) afirmou que pacientes foram encaminhadas com vida para diferentes unidades de saúde de Goiânia.
O POPULAR ainda não conseguiu saber o estado de saúde delas. A Polícia Civil investiga as causas do acidente.
O Centro Universitário de Mineiros lamentou a morte das duas alunas pelas redes sociais.
Lamentamos informar o falecimento das acadêmicas do 2° período do Curso de Medicina. […] Neste momento de dor, expressamos nossos mais profundos sentimentos aos familiares, amigos e colegas. Encontrem conforto e força para superar essa perda irreparável”, descreveu.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 06/05/25
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DESTAQUES
Artigo - O impacto da judicialização na prática médica e sistema de saúde
https://medicinasa.com.br/judicializacao-pratica-medica/
Cursos gratuitos em saúde digital qualificam profissionais da área
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Unimed-BH incorpora Unimed Sete Lagoas e amplia presença em MG
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Lula muda indicação para cargo na diretoria da Anvisa
https://www.oliberal.com/variedades/lula-muda-indicacao-para-cargo-na-diretoria-da-anvisa-1.956718
Prescrição farmacêutica passará pelo crivo da justiça
https://panoramafarmaceutico.com.br/prescricao-farmaceutica-passara-pelo-crivo-da-justica/
Reunião pública debate atendimento especializado à população trans em Goiás
Duas estudantes de medicina morrem em acidente na BR-060, em Indiara
Juiz determina aplicação de índices da ANS a plano "falso coletivo"
https://www.migalhas.com.br/quentes/429631/juiz-determina-aplicacao-de-indices-da-ans-a-plano-falso-coletivo
MEDICINA S/A
Artigo - O impacto da judicialização na prática médica e sistema de saúde
A judicialização da saúde é, por definição, um reflexo da busca pelo cumprimento de um direito fundamental. No entanto, o crescimento exponencial desse fenômeno no Brasil exige uma análise crítica e técnica, sobretudo do ponto de vista médico. Mais do que uma questão jurídica, estamos diante de um desafio de saúde pública que, se não enfrentado com responsabilidade e base científica, pode comprometer a eficácia terapêutica, a autonomia profissional, a alocação racional de recursos e, sobretudo, a segurança dos pacientes.
Dados recentes, levantados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), indicam a existência de mais de 573 mil processos judiciais relacionados à saúde em tramitação. O número já supera o total de médicos registrados no país, e o crescimento de 198% nas ações de primeira instância ao longo dos últimos nove anos revela uma banalização preocupante. O impacto é direto sobre o cotidiano de profissionais e instituições que precisam lidar com demandas nem sempre pautadas em evidência científica.
Nesse contexto, é preciso reafirmar: judicializar não pode ser o caminho padrão para a obtenção de tratamentos experimentais, off-label ou sem registro regulatório. O caso emblemático da fosfoetanolamina sintética, popularmente chamada de “pílula do câncer”, ilustra com clareza os riscos dessa distorção. A substância foi amplamente judicializada por pacientes e familiares, apesar da ausência de estudos clínicos robustos e de autorização da Anvisa. Tempos depois, o Supremo Tribunal Federal declarou a lei que liberava seu uso como inconstitucional. Além da ineficácia comprovada, o episódio expôs pacientes a falsas esperanças e retirou o foco de condutas terapêuticas validadas, ferindo o princípio da beneficência que rege a prática médica.
Esse tipo de decisão, ainda que movida pela empatia do Judiciário, pode ter efeitos deletérios. A substituição da avaliação clínica individualizada por uma ordem judicial compromete o julgamento médico e desloca o risco terapêutico para fora dos parâmetros éticos e técnicos estabelecidos. O médico, nesse cenário, se vê obrigado a administrar tratamentos cujo benefício é duvidoso, muitas vezes contra as melhores práticas reconhecidas pela comunidade científica.
O papel do e-NatJus e das Notas Técnicas Científicas
Avançamos, felizmente, em mecanismos que buscam qualificar esse debate. O Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus) e o e-NatJus (Núcleo de Apoio Técnico ao Judiciário) vêm promovendo o uso de pareceres técnicos para embasar decisões. As notas técnicas emitidas por especialistas dos NatJus auxiliam magistrados a diferenciar o que é demanda legítima do que é pressão emocional ou marketing pseudocientífico.
Contudo, ainda há um abismo entre o conhecimento médico e a tomada de decisão judicial. A judicialização não deve ignorar os princípios da farmacovigilância, da medicina baseada em evidências e das diretrizes clínicas, sob pena de gerar iniquidade no sistema de saúde. Recursos escassos acabam destinados a tratamentos de baixa eficácia ou fora dos protocolos, enquanto outras demandas, potencialmente mais benéficas, ficam desassistidas.
Um espaço de diálogo técnico entre Saúde e Justiça
Foi nesse cenário que nasceu o evento “O Direito e a Saúde – Repensando a Judicialização”, que neste ano chegou à sua terceira edição. Único no Brasil a reunir de forma estruturada médicos, magistrados, gestores públicos e privados, representantes de planos de saúde e agências reguladoras, o evento tem sido um catalisador de mudanças. Nossa proposta não é combater a judicialização, mas sua banalização — garantindo que ela se mantenha como um instrumento legítimo para correção de falhas do sistema, e não como atalho institucionalizado.
A edição mais recente contou com o apoio do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e trouxe à tona projetos concretos, como o Projeto Quero-Quero, que eliminou a judicialização de cirurgias cardiovasculares no Hospital SOS Cárdio, graças a fluxos pactuados com operadoras e baseados em evidência científica. O projeto, premiado nacionalmente pelo CNJ, demonstra que é possível reduzir o conflito judicial sem abrir mão da qualidade do cuidado.
A esperança, sim — mas com ciência
O STF foi claro ao declarar a inconstitucionalidade da Lei da fosfoetanolamina: “A esperança que a sociedade deposita nos medicamentos, sobretudo aqueles destinados ao tratamento de doenças como o câncer, não pode se distanciar da ciência”. Essa mensagem deve ecoar entre todos os que atuam na Saúde. A responsabilidade sobre o que é oferecido ao paciente não pode se dissociar dos critérios técnicos de segurança, eficácia e custo-efetividade.
A judicialização da saúde, quando desprovida desse lastro científico, transforma o sistema em um campo de batalha emocional, onde a decisão clínica é substituída por sentenças que nem sempre consideram as consequências a longo prazo. O resultado pode ser a fragmentação da assistência, o colapso orçamentário e, pior, o adoecimento do próprio sistema de saúde.
Que o futuro da judicialização seja guiado pelo equilíbrio entre o direito e a ciência. Só assim conseguiremos proteger não apenas o acesso, mas também a qualidade, a segurança e a sustentabilidade do cuidado médico no Brasil.
*Sérgio Lima de Almeida é Cirurgião cardiovascular e idealizador do evento “O Direito e a Saúde – Repensando a Judicialização”.
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Cursos gratuitos em saúde digital qualificam profissionais da área
O Programa de Atualização Profissional em Saúde Digital (PAP-SD) foi criado para ampliar e aperfeiçoar os conhecimentos de profissionais da saúde em temas ligados à transformação digital do setor. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Escola Superior de Redes (ESR), unidade de ensino da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A trilha é composta por dois cursos gratuitos, ofertados na modalidade de Ensino a Distância (EaD): um voltado para conceitos e prática, e outro que apresenta o cenário da saúde digital no Brasil.
As inscrições podem ser feitas no site da Escola Superior de Redes e dão direito a um certificado. O programa visa contribuir com o desenvolvimento e aprimoramento das competências necessárias para atuação na área, ajudando a avançar com a saúde digital no país.
No Brasil, a transformação digital na saúde vem sendo impulsionada por iniciativas como a ampliação da conectividade em hospitais universitários e de ensino, viabilizando atividades remotas como consultas, monitoramento de pacientes, gestão de serviços, capacitação de profissionais e colaboração em pesquisas científicas.
Programas como o Telessaúde Brasil Redes e a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) têm desempenhado papel fundamental nesse processo, promovendo uma integração das tecnologias digitais nos serviços de saúde e contribuindo para a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A contribuição da RNP à Transformação Digital na Saúde no Brasil teve início em janeiro de 2006, quando hospitais universitários e de ensino receberam conectividade significativa para ações remotas de assistência, gestão, ensino e pesquisa. O avanço na área foi substancial e reconhecido pela Organização Mundial da Saúde. Essa nova trilha em Saúde Digital da ESR, aliada às ações nacionais de formação de novas capacidades e competências, contribui ao esforço necessário à plena implantação do SUS Digital com adesão de 100% dos estados e municípios”, diz o coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) e gerente de Relacionamento da RNP, Luiz Ary Messina.
Transformação Digital em Saúde: Dos conceitos à prática
O curso Transformação Digital em Saúde: Dos conceitos à prática oferece uma imersão nos fundamentos da saúde digital e nas transformações causadas pelo avanço tecnológico na área. Com carga horária de 30 horas, o conteúdo é dividido em seis módulos que tratam de conceitos iniciais e marcos históricos a aspectos práticos como a aplicação da telessaúde, a proteção de dados sensíveis, os desafios do engajamento digital de pacientes e as políticas públicas que orientam o setor no Brasil. Também apresenta uma análise crítica sobre os impactos dessas tecnologias na prática clínica e na gestão dos serviços de saúde.
O curso é oferecido totalmente a distância, com acesso autônomo ao conteúdo por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA/Moodle). A proposta permite a cada participante avançar no seu próprio ritmo, com média recomendada de uma a duas horas diárias ao longo de quatro a seis semanas. Ao final, os participantes que completarem todas as atividades receberão um certificado emitido em conjunto pela ESR, RNP e RUTE.
Saúde e Tecnologia: Caminhos para o Futuro Digital
Com uma abordagem objetiva e dinâmica, o curso Saúde e Tecnologia: Caminhos para o Futuro Digital apresenta o cenário atual e os principais desafios da transformação digital na área de saúde. Com formato de microlearning, o curso possui carga horária de 15 horas e foi estruturado para oferecer uma compreensão clara sobre temas como a evolução das tecnologias no setor, as políticas públicas de saúde digital no Brasil e o processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS).
Além disso, o conteúdo destaca a importância das redes de colaboração, com foco no papel da RNP e da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) como estruturas fundamentais para integrar tecnologia e atenção à saúde no país. O curso também é oferecido totalmente online e autoinstrucional, permitindo ao aluno organizar seus próprios horários de estudo. Ao final, será emitido certificado de participação para quem concluir a capacitação.
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Unimed-BH incorpora Unimed Sete Lagoas e amplia presença em MG
Em uma decisão estratégica para o fortalecimento regional e expansão de mercado, os cooperados da Unimed-BH e da Unimed Sete Lagoas aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária conjunta, a incorporação da cooperativa de Sete Lagoas pela cooperativa de Belo Horizonte. A proposta representa mais um passo da Unimed-BH na consolidação de sua presença em Minas Gerais.
O estudo de incorporação foi conduzido por uma comissão formada por médicos cooperados das duas Unimeds e contou com a análise de mercado da Deloitte, que avaliou os cenários e os possíveis impactos para ambas as cooperativas, e auditoria da Ernst & Young sobre os resultados econômico-financeiros apresentados e análise para emissão do laudo patrimonial.
Com a operação, a Unimed-BH amplia sua área de atuação para 46 municípios, incluindo 12 novas cidades, e passa a contar com mais de 5,5 mil médicos cooperados. A carteira de clientes também cresce, atingindo 1,55 milhão de beneficiários.
Segundo Frederico Peret, diretor-presidente da Unimed-BH, a incorporação representa o fortalecimento de marca e ampliação da capacidade de crescimento da cooperativa. “Trata-se de uma decisão estratégica que aproveita sinergias administrativas e operacionais. A região de Sete Lagoas é uma das mais desenvolvidas economicamente em Minas Gerais, com grande potencial para a expansão de planos corporativos, impulsionada por investimentos relevantes e presença de grandes empresas”, afirma.
Sete Lagoas é atualmente a 11ª cidade com mais empresas em Minas Gerais, a 12ª em potencial de consumo (com R$ 9,7 bilhões em 2024, segundo o IPC Maps) e a 11ª no ranking estadual de saldo positivo de empregos em 2024, reforçando sua relevância econômica regional.
Histórico de expansão da Unimed-BH
A incorporação da Unimed Sete Lagoas segue o movimento histórico da Unimed-BH de consolidação regional. A cooperativa já realizou outros movimentos como este em sua trajetória, como a incorporação da Unimed Betim, em 2012, das regiões de Pedro Leopoldo e Serra do Caraça, em 2009, e da Unimed Parque Cimenteiro em 2003.
Benefícios da incorporação
Entre os principais benefícios da incorporação estão o fortalecimento da marca Unimed na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ganhos de escala, maior eficiência operacional e sinergia. Além disso, a operação amplia as oportunidades de atuação dos médicos cooperados, que é a proposta do cooperativismo.
A transação ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deverá se manifestar nos próximos meses.
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O LIBERAL
Lula muda indicação para cargo na diretoria da Anvisa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou uma indicação de nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), foi retirada a indicação de Diogo Penha Soares, que foi substituído por Thiago Lopes Cardoso Santos. Soares havia sido indicado por Lula ao cargo ainda em dezembro do ano passado, mas não chegou a ser sabatinado pelo Senado. A vaga na diretoria da Anvisa é na cadeira de Alex Machado Campos, que renunciou ao mandato em agosto de 2024.
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PANORAMA FARMACÊUTICO
Prescrição farmacêutica passará pelo crivo da justiça
A prescrição farmacêutica vigorou por doze anos, mas, recentemente, esse direito foi retirado da categoria. Para reverter esse cenário, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) entrou com um recuso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). As informações são da Veja.
A pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), a 17ª Vara Federal suspendeu a resolução, alegando que a prescrição deve ser exclusiva aos médicos. Tal entendimento contrapõe os conselhos.
De um lado, o CFM alega que os farmacêuticos não estão capacitados para fazer diagnósticos e determinar tratamentos. Do outro, o CFF defende que o diagnóstico e a prescrição terapêutica não estão elencados como atos privativos aos médicos.
Prescrição farmacêutica voltou à pauta após Resolução 5/2025
Apesar de ser permitida há 12 anos, a prescrição farmacêutica não era alvo de ataques por parte do cfm/”>CFM. Mas, após a Resolução 5/2025 do CFF, a situação mudou.
O texto em questão apontava que o farmacêutico habilitado poderia receitar medicamentos, exceto os remédios de tarja preta ou aqueles cujo uso restrito exige uma receita assinada por um profissional médico.
Por meio da resolução, o farmacêutico também poderia realizar exames físicos e renovar prescrições emitidas por outros profissionais da saúde. O objetivo é incutir mais responsabilidade para outros profissionais da saúde, diminuindo a sobrecarga sobre o Sistema Único de Saúde.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), um em cada três municípios sofre com a ausência de médicos, um problema que afeta 112 milhões de brasileiros.
Farmacêuticos já prescrevem no exterior
Enquanto a prescrição farmacêutica segue um tabu aqui no Brasil, países como Austrália, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia já adotaram a prática. Nessas localidades, as restrições são semelhantes às propostas por aqui.
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A REDAÇÃO
Reunião pública debate atendimento especializado à população trans em Goiás
Serviço é ofertado pelo Hospital das Clínicas
Nesta terça-feira (6/5), a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) participam de audiência de instrução para discutir a retomada do atendimento especializado à população trans em Goiás ofertado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG). O evento ocorre às 14h, na 9ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás.
Durante a ocasião, serão ouvidos representantes do HC/UFG e do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), que atualmente é a única unidade pública do Estado a ofertar o atendimento especializado. Além disso, a audiência contará com a presença de lideranças da Associação Goiana de Pessoas Trans (UnitransGoiás), do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat), do Fórum de Transexuais do Estado de Goiás e da sociedade civil.
A audiência tem o objetivo de garantir que o serviço de Atenção Especializada no Processo Transexualizador realizado pelo HC/UFG volte a ser ofertado e desafogue a fila de espera do HGG. Desde que tomou conhecimento da interrupção dos atendimentos no Hospital das Clínicas, a DPE-GO atua para que a população trans de Goiás volte a receber um serviço de qualidade.
Entendo o caso
Desse momento em diante, a DPE-GO começou a realizar reuniões com representantes dos movimentos e das unidades de saúde, enviar ofícios e monitorar os setores responsáveis com o objetivo de amenizar os prejuízos causados à população. Ainda em 2023, o MPF instaurou e instruiu o procedimento extrajudicial em que apurou irregularidades na desabilitação do HC-UFG na oferta do procedimento de transexualização, nas modalidades ambulatorial e hospitalar.
Já em 2024, o MPF ajuizou a ação com objetivo de obter tutela judicial para que determinasse à União que direcionasse ao HC os recursos financeiros necessários para reimplantação do serviço de Atenção Especializada no Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS), em nível ambulatorial e hospitalar.
Com a ação, a DPE-GO solicitou em outubro de 2024 representar população LGBTQIAPN+ na condição de custos vulnerabilis. Em uma decisão inédita, a solicitação da Instituição foi acolhida e resultou no agendamento da reunião que ocorre nesta terça-feira (6/5). A atuação, na ocasião, será conduzida pela defensora Ketlyn Chaves de Souza e pelo defensor Tairo Esperança Batista.
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Duas estudantes de medicina morrem em acidente na BR-060, em Indiara
Outros três jovens ficaram feridos
Duas estudantes de medicina de Anápolis morreram em um grave acidente, nesta segunda-feira (5/5), na BR-060, em Indiara. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, um veículo com cinco ocupantes saiu da pista e capotou. O impacto causou amorte de Camilla de Paula Lopes Cavalcante, de 19 anos, e de Anna Luyza Carvalho, de 21 anos.
Os demais ocupantes do veículo, todos em estado grave, foram encaminhados ao Hospital de Indiara. Segundo informações preliminares, os cinco jovens formavam um grupo de estudantes que estava a caminho da faculdade.
Cocalzinho
O segundo acidente foi registrado no km 356 da BR-414, em Cocalzinho de Goiás. De acordo com informações preliminares, um carro de passeio colidiu frontalmente com um caminhão. O condutor do carro, um homem de 32 anos, morreu no local.
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MIGALHAS
Juiz determina aplicação de índices da ANS a plano "falso coletivo"
https://www.migalhas.com.br/quentes/429631/juiz-determina-aplicacao-de-indices-da-ans-a-plano-falso-coletivo
O juiz de Direito Eurico Leonel Peixoto Filho, da 5ª vara Cível de Santo Amaro/SP, reconheceu como abusivos os reajustes anuais aplicados em contrato empresarial de plano de saúde. Para o magistrado, apesar de a contratação ter sido realizada por pessoa jurídica, o contrato beneficia apenas membros da mesma família, devendo as regras do plano de saúde familiar serem aplicadas, inclusive no que tange aos reajustes contratuais.
A empresa afirmou que, diante da escassez de planos individuais no mercado, aderiu ao plano coletivo empresarial, com abrangência nacional, voltado apenas a quatro beneficiários.
Alegou que os reajustes aplicados anualmente por sinistralidade e variação dos custos médico-hospitalares vinham sendo muito superiores aos autorizados pela ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar para planos individuais, sem qualquer comprovação da necessidade desses aumentos.
Em defesa, a operadora sustentou que o contrato firmado possui natureza coletivo empresarial, sendo os reajustes legalmente definidos por negociação entre as partes, e todos os critérios em conformidade com o previsto na regulamentação da ANS. Argumentou, ainda, que a empresa aderiu livremente à modalidade coletiva e não poderia, agora, pleitear a aplicação de regras distintas.
Ao analisar o caso, o magistrado observou que, embora o contrato tenha sido celebrado por pessoa jurídica, o fato de beneficiar apenas membros da mesma família revela uma "falsa coletivização".
Para o juiz, "tratando-se de contrato 'falso coletivo', nula cláusula contratual que estabelece o reajuste em razão do aumento da sinistralidade e/ou da variação dos custos médico-hospitalares", sendo abusivos os reajustes aplicados desde a vigência do contrato.
Diante disso, determinou que os reajustes sigam os índices fixados pela ANS para planos individuais/familiares, bem como que os valores pagos a mais sejam restituídos.
O escritório Sinzinger Advocacia atuou pelos beneficiários.
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Assessoria de Comunicação
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CLIPPING AHPACEG 05/05/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Exame de Avaliação da Formação Médica do MEC não deve ser confundido com Exame de Proficiência
https://medicinasa.com.br/enamed-mec/
Pela primeira vez na história, mulheres são maioria entre médicos
Estadão O que fazer com 50 mil médicos formados em cursos mal avaliados pelo MEC?
"A informação equivocada está tomando a frente nas redes sociais", diz médico
Lavar as mãos reduz em até 40% risco de adquirir infecções, alerta OMS
Ozonioterapia: entenda como funciona tratamento que matou empresário
https://www.metropoles.com/saude/ozonioterapia-morte-empresario
MEDICINA S/A
Exame de Avaliação da Formação Médica do MEC não deve ser confundido com Exame de Proficiência
O Ministério da Educação (MEC) anunciou o lançamento do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), prova que tem como objetivo avaliar a qualidade dos cursos de Medicina oferecidos no Brasil e o desempenho de seus respectivos estudantes.
A expectativa é de que a avaliação já seja aplicada em outubro deste ano, com os resultados divulgados a partir de dezembro. A prova será realizada anualmente e contará com 100 questões objetivas de múltipla escolha focadas em diferentes áreas da Medicina.
O lançamento do Exame Nacional de Avaliação de Formação Médica não deve ser confundido com o Exame Nacional de Proficiência Médica, atualmente em tramitação no Senado.
O exame, defendido pela APM e pelas entidades médicas mais importantes do País, vai complementar o Enamed. Destacamos que o Exame de Proficiência, chamado de “OAB para Médicos” deve continuar sendo discutido no Senado e sabemos que atualmente os cursos estão muito deficientes, devido à abertura indiscriminada de vagas em Medicina. A avaliação anunciada pelo MEC é restrita às escolas médicas abertas e não influi diretamente na proteção da população brasileira. Já a prova de proficiência pode assegurar que apenas os profissionais que demonstrem o domínio mínimo das competências exigidas pela Diretrizes Curriculares Nacionais estejam habilitados a exercer a Medicina.
O exame de proficiência é uma medida pública e de interesse social já aplicada em países como Austrália, Canadá e Reino Unido. O objetivo da ação não é punir os estudantes, mas sim, garantir que a população não fique desassistida e nem seja atendida por um profissional sem as aptidões necessárias.
Atualmente, há mais de 400 escolas médicas espalhadas pelo País, a segunda maior quantidade do mundo — só fica atrás da Índia, nação que tem uma população mais de seis vezes maior que a brasileira.
Somente nos últimos dez anos, foram colocados em funcionamento 190 estabelecimentos de ensino médico, número igual ao de escolas abertas ao longo de dois séculos. A imensa maioria das novas faculdades não atende a critérios básicos para a formação do aluno, como a existência de leitos do SUS para a prática médica, programa de residência, hospital de ensino e corpo docente qualificado —já que não há o tempo necessário para a qualificação, levando em conta que, ao todo, a formação em medicina, englobando graduação, residência e especialização (mestrado ou doutorado), costuma levar entre 10 e 12 anos, em média.
A abertura de inúmeros cursos é irresponsável, pois formam-se aproximadamente 40 mil jovens todos os anos e só há vagas para 20 mil residentes. Neste cenário, muitos formandos nem buscam fazer residência, seja pela alta concorrência, baixa remuneração ou necessidade de pagar o financiamento estudantil ao término do curso, levando-os a começar a trabalhar rapidamente para quitar suas dívidas —em vez de aprimorar seus conhecimentos.
Em meio a circunstâncias tão graves, a melhor forma de minimizar suas consequências seria aplicar um exame de proficiência obrigatório para egressos das escolas de medicina, nos moldes do realizado para futuros advogados. O Exame Nacional de Proficiência em Medicina visa balizar o conhecimento adquirido pelo médico durante a graduação.
O projeto de lei foi criado para garantir que os atendimentos médicos continuem sendo feitos com qualidade, visto que o número de profissionais formados está cada vez maior e a qualidade do ensino, questionável. A Associação Paulista de Medicina (APM) defende capacitar os estudantes e acompanhar a qualidade da formação médica, que, nos últimos anos, vive uma grave crise.
*Antonio José Gonçalves é Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM).
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CORREIO BRAZILIENSE
Pela primeira vez na história, mulheres são maioria entre médicos
Estudo feito pelo Demografia Médica no Brasil (DMB), publicado na quarta-feira (30/4), aponta que as mulheres representam 50,9% dos profissionais da área e a projeção é que até 2035 sejam 55,7%. Além desse dado histórico, a pesquisa que foi desenvolvida nos últimos 15 anos também apresentou desigualdades extremas na distribuição de profissionais pelo país, a “pejotização” e a mudança nos vínculos de trabalho.
As mulheres como mais da metade dos profissionais atuando no Brasil é uma tendência crescente observada ao longo dos anos. O estudo mostra que, em 2009, elas eram 40,5% de médicas e em 2024, 49,3%. A projeção indica que essa participação feminina se acentuará ainda mais, chegando a 55,7% em 2035.
Segundo o estudo, esse movimento é nítido nas faixas etárias mais jovens de médicos formados e na composição dos estudantes de medicina, onde as mulheres já representavam 61,8% em 2023, especialmente nas escolas privadas.
A Demografia Médica no Brasil 2025 também destaca que essa crescente participação feminina na medicina é um fenômeno que acompanha uma tendência global. A nova configuração da força de trabalho médica, com a maioria sendo mulheres, impacta positivamente a organização do trabalho médico e o funcionamento do sistema de saúde.
Mas ainda é necessário superar as desigualdades de gênero que ainda persistem. O estudo aponta que elas se manifestam na remuneração, na ocupação de cargos de liderança e na distribuição desigual entre as especialidades médicas.
Embora as mulheres sejam maioria em algumas especialidades como dermatologia (80,6%), pediatria (76,8%), ginecologia e obstetrícia (63,4%), medicina de família e comunidade (59,3%) e geriatria (62,1%), os homens ainda predominam em 35 das 55 especialidades, incluindo a maioria das cirúrgicas e urologia (96,5% homens). Além disso, a renda declarada pelas médicas era menor que a dos homens, equivalente a 63,7% do rendimento deles em 2021.
Outros dados importantes
O estudo também apresentou que a desigualdade na distribuição geográfica ainda é um grande problema no Brasil. Embora o número total de médicos cresça, a concentração em capitais e grandes centros continua alta, deixando vastas áreas do país, os chamados vazios assistenciais ou desertos médicos, com escassez de profissionais. No Sudeste existe uma taxa de 3,77 médicos a cada mil habitantes e no Norte a média é de 1,70 por mil.
Além da má distribuição, outro fato chama atenção: a “pejotização” desses profissionais. De acordo com a pesquisa, os empregos formais (CLT e estatutários) entre os médicos caiu de 52,5% para 33,3% em uma década. Este é um fenômeno no mercado de trabalho médico, com implicações para a estabilidade dos profissionais, benefícios e para a forma como o sistema de saúde contrata e gerencia sua força de trabalho.
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ESTADÃO
Estadão O que fazer com 50 mil médicos formados em cursos mal avaliados pelo MEC?
Desde 2013, universidades com conceitos mínimos em avaliações do Ministério da Educação (MEC) colocaram no mercado quase 50 mil médicos formados, o que representa 21,4% do total.
O governo federal anunciou medidas recentes para avaliar melhor os cursos e os alunos de Medicina, mas o País tem um contingente de doutores e doutoras já trabalhando não se sabe como nem onde.
Em uma década, 229.667 médicos se formaram em todos os cursos de Medicina do País e 49.336 estavam em universidades que tiraram notas 1 e 2 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), do MEC.
Os dados foram tabulados para o Estadão pelo pesquisador e consultor em avaliação Alexandre Nicolini, a partir do Censo da Educação Superior e do Enade, entre 2013 e 2023 – os mais recentes. Como a avaliação só é realizada a cada três anos, foi feita uma estimativa replicando o porcentual de egressos dessas instituições nos períodos sem prova
A quantidade de vagas em Medicina duplicou nos últimos dez anos, passando das 40 mil atualmente Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ensino de Medicina, que movimenta um mercado bilionário, é uma das grandes discussões na educação superior nos últimos anos. Com mensalidades médias de R$ 9 mil e evasão baixíssima, estima-se que cada vaga representa um ativo de R$ 2 milhões para a instituição.
A quantidade de estudantes duplicou nos últimos dez anos, passando das 40 mil atualmente. Nesse crescimento desenfreado há um caldo que envolve o programa Mais Médicos, diversas aquisições de pequenas instituições por grandes grupos e uma moratória.
A tentativa do governo de paralisar o boom de novos cursos em 2018, que vinha desde os Mais Médicos em 2013, causou uma enxurrada de liminares na Justiça questionando o impedimento e uma consequente autorização de mais milhares de vagas por juízes pelo País todo. Até que o Supremo decidiu em 2024 que o crescimento só poderia se dar respeitando as regras dos Mais Médicos, ou seja, onde há déficit de profissionais.
Isso organizou um processo regulatório caótico, mas não garantiu qualidade nem atendimento para quem mais precisa. Mesmo com novas regras e incentivos, ainda é difícil manter o médico nas pequenas cidades em que ele se forma – principalmente porque as residências estão nos grandes centros.
E os resultados do último Enade, divulgados em abril, mostram que os novos cursos têm avaliação pior que os mais antigos, em especial em universidades privadas. Conta-se nos dedos o número de instituições particulares com nota máxima em Medicina; na capital só a Santa Casa e Faculdade Albert Einstein, ambas sem fins lucrativos.
O MEC anunciou recentemente uma nova prova anual para formandos em Medicina, mas cujo desempenho não está atrelado ao diploma. O que pode ajudar a selecionar melhores profissionais é que ela também servirá como via de acesso a residências médicas. Mas os médicos podem atuar como generalistas, sem essa especialização.
Já o Conselho Federal de Medicina (CFM) defende algo mais radical: um projeto de lei, em discussão no Congresso, que cria uma espécie de OAB dos Médicos. Só a aprovação no exame permitiria o exercício da profissão.
Há quem discorde da prova alegando que ela tiraria a autonomia das instituições de ensino, criaria reserva de mercado, e faria currículos se voltarem para a certificação. É preciso discutir o melhor modelo – ou se os dois devem coexistir.
Mas a estimativa de 50 mil formandos em cursos de baixa qualidade mostra que o País precisa olhar tanto para a formação quanto para o exercício profissional dos médicos de hoje para garantir a saúde do futuro do Brasil.
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A TARDE
"A informação equivocada está tomando a frente nas redes sociais", diz médico
Ana Cristina Pereira
Atuando no tripé ensino, pesquisa e prática nos consultórios, o médico baiano Raymundo Paraná é uma das referências nacionais na área da hepatologia. Com mais de 40 anos de experiência, é ferrenho defensor de uma formação médica que alie o domínio da técnica com um olhar humanitário para o paciente, mediado pela ética. Para o especialista, a medicina atual reflete a má formação oferecida nos cursos que proliferam no Brasil. A crise no setor, reflete, é amplificada pela atuação irresponsável de muitos profissionais nas redes sociais, que "vendem" tratamentos sem comprovação científica.
Nesta entrevista, Paraná fala do avanço do tratamento na hepatologia, mas também das dificuldades de acesso aos tratamentos - e conclama os governantes do país a tomarem ações mais enérgicas para regulação dos cursos e a atuação de médicos nas redes sociais. Confira.
Cuidamos muito mal. O Brasil tem uma escassez absoluta de hepatologistas e de serviços de hepatologia, sobretudo do SUS. Isso se deve a um modelo de formação equivocado e a alta complexidade que se exige para pacientes com doença de fígado, além da infraestrutura para diagnóstico, o que não é a realidade da maioria dos centros privados e públicos no país. Então há uma discrepância entre o número de pacientes que morrem de cirrose e o número de pacientes que estão em lista de transplante, o que significa que boa parte dos pacientes está longe de ter um acompanhamento com um especialista e de encontrar um fluxo para hierarquizar o seu atendimento.
A área da hepatologia teve avanços fantásticos nos últimos 30 anos, sobretudo nos últimos 20 anos. A chegada da biologia molecular no laboratório modificou as doenças virais e permitiu que tivéssemos uma série de medicamentos antivirais que não tínhamos acesso antes e que a gente pudesse curar a Hepatite C e controlar a Hepatite B. Os métodos de imagem permitiram o diagnóstico precoce das doenças hepáticas e também dos tumores do fígado. Os exames laboratoriais de genética também permitem hoje o diagnóstico de diversas doenças genéticas que não eram conhecidas, como por exemplo as colestases familiares, a hemocromatose e a doença de Wilson, entre outras. E por fim, há um espetacular ganho de possibilidades terapêuticas para doenças hepáticas, o que não acontecia antes.
Não há dúvida que a cirurgia robótica é um grande avanço, reduz a inflamação do ato operatório, torna a cirurgia menos invasiva, com menos efeitos adversos, riscos e morbidades. Não é indicada universalmente, mas se bem indicada tem vantagens. O problema é o custo muito alto, poucos hospitais públicos têm e nos hospitais privados não há ainda cobertura total dos planos e seguros de saúde. Também temos que tomar cuidado com a super indicação, há situações em que a cirurgia laparoscópica ou mesmo a cirurgia convencional têm resultados próximos da cirurgia robótica.
A questão do acesso à informação de saúde é um problema, porque nós nunca tivemos tanto acesso, mas nunca tivemos tanta informação de má qualidade. As redes sociais, através de profissionais que a utilizam com fim comercial para vender tratamentos, suplementos, hormônios, negando a ciência, colocando em risco os pacientes de forma despudorada, se tornou normal. É revoltante receber no consultório pacientes adoecidos por essas práticas inidôneas das redes sociais. Então, se a informação chega mais fácil, a informação equivocada, descabida, está tomando a frente nas redes sociais. É um modelo de informação subversivo, absurdo, e que adoece pessoas para enriquecer outras pessoas. É preciso punição urgente e é preciso regular as redes sociais para que indivíduos que se coloquem numa posição de profissional de saúde não a utilizem em benefício próprio ou em malefício de outras pessoas.
É difícil para o leigo entender quem está falando a verdade, de ciência, e quem está falando mentiras, de picaretagem. Ficou muito difícil, porque aqueles que falam dessa última forma, geralmente têm uma conversa muito bonita, inebriante, traz conceitos que parecem verdadeiros. Eles falam com a propriedade que não tem, mas também com o treinamento de quem está falando para as massas. Mas eu costumo dizer, procure o RQE - Registro de Qualificação de Especialista no portal do Conselho Federal de Medicina. A pessoa coloca o CRM, nome do médico e o local onde ele atende e verá se ele é realmente especialista e se uma determinada especialidade existe. As pessoas podem procurar o currículo lattes no CNPQ.
Eu sempre fui contra a prova do médico nos moldes da OAB, porque eu acho que não é uma prova que define a qualidade e a capacidade da pessoa e sempre penso que tem indivíduos que podem não ter tido a oportunidade de estudar numa boa escola, mas que podem ser resgatados. Por outro lado, a situação é tão vexatória, tão crítica e a inércia dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo é doentia. O indivíduo está graduado, mas não está formado nem moralmente nem tecnicamente para ser um profissional de saúde. Então, nesse momento eu defendo, porque eu acho que vai ser uma forma de denúncia, as pessoas vão perceber que indivíduos oriundos de determinadas escolas médicas não vão ter a chance de aprovação, porque passaram seis anos pagando muito caro em cursos que despejam na sociedade médicos sem condição de atuar. O que lamento muito porque, o mercado se regula nos grandes hospitais acessados pelas pessoas com maior poder aquisitivo. Mas a população geral, os usuários do SUS, ficam vulneráveis e não têm o direito de saber qual é a qualidade do médico que cuida da sua vida.
O que está acontecendo no Brasil é um descalabro, típico de um país que não tem seriedade. Não é possível a proliferação de tantas escolas médicas, simplesmente porque o país não se preparou para expandi-las. O professor precisa ser formado para ter técnicas pedagógicas de ensino médico, para ter ética e ensinar ética, ser um tutor, um paradigma. Ora, nenhum país do mundo teria condições de formar tantos professores num curto período de tempo. Então, quem está indo ensinar não tem formação de professor. Não sabemos nem quem é, qual é a qualificação. Também não há campos de prática para todo mundo. Medicina é um curso prático, tutorial, se não tiver bons campos de prática não funciona. A gente vê três, quatro faculdades jogando os alunos no serviço de saúde, no serviço público geralmente, sem nenhuma orientação.
Tenho muitas críticas à medicina desumanizada, que não escuta, não toca, não examina o paciente, que pede muitos exames descontextualizados. É uma medicina cara, pouco resolutiva, fria, que adoece e não cuida de seres humanos. Há o médico que tem boa formação moral, mas tem má formação técnica e acaba solicitando muitos exames, porque ele não sabe examinar o paciente, não sabe fazer o eixo do raciocínio clínico, contextualizar os exames complementares, a história clínica, o exame físico do paciente. Isso retarda diagnósticos, encarece o sistema. E há o indivíduo que tem má formação técnica e moral, geralmente são esses que aparecem nas redes sociais com teorias anti-ciência para vender suplementos, hormônios, tratamentos, soros e outras coisas. Esses ferem de morte a ética médica e eu acho que são pessoas irrecuperáveis do ponto de vista da atuação na medicina. A má formação gera essas duas situações que estão se tornando majoritárias no país.
O nosso sistema de saúde é único. Engloba o público e o privado. Embora ainda esteja em formação, o SUS é o maior programa de reparação e justiça social que este país já conheceu. Eu fui estudante e médico residente quando não havia o SUS. O seu programa de vacinação controlou ou extinguiu várias doenças infecciosas, deu acesso ao programa de saúde da família, ofereceu assistência farmacêutica de alto e baixo custo e possibilitou a todo brasileiro fazer transplantes. Ainda assim, temos muito a realizar, há lacunas e imperfeições. Militar na saúde privada não é um paradoxo com o SUS. Eu só trabalho no HUPES/UFBA e no hospital Aliança. No Hupes posso atender, assistir pacientes do SUS e ensinar a estudantes e jovens médicos para que tenham ética e sejam inconformados na busca de melhorias na saúde e humanismo na medicina. No hospital Aliança, com o seu conceito humanístico e de qualidade assistencial, me inspiro ao longo de 35 anos de atividades assistenciais e de gestão.
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O DIA
Lavar as mãos reduz em até 40% risco de adquirir infecções, alerta OMS
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam que o simples ato de lavar as mãos pode reduzir em até 40% o risco de adquirir infecções, tais como gripe, diarreia, conjuntivite, dentre outras, além de evitar a transmissão de infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Diante deste dado, a OMS promove a campanha “Salve Vidas: Higienize Suas Mãos” neste segunda-feira, 05 de maio, em alusão aos Dia Mundial da Higiene das Mãos, como forma de conscientizar os profissionais de saúde sobre como lavar as mãos é fundamental para evitar a transmissão de doenças, infecções e até mortes.
Segundo o relatório global divulgado recentemente pela OMS, analisado pela Sobrasp, as infecções relacionadas à assistência à saúde continuam sendo uma das principais causas de eventos adversos. Estima-se que, até 2050, essas infecções poderão ocasionar cerca de 3,5 milhões de mortes por ano no mundo.
A situação é ainda mais preocupante em países de baixa e média renda (PBMR). Nesses locais, a incidência de infecções é maior: em média, de cada 100 pacientes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UTI), 7 em países de alta renda (PAR) e 15 em PBMR desenvolverão, pelo menos, uma infecção durante a internação. Nas UTIs, quase um terço dos pacientes (30%) podem ser afetados, com taxas de infecção duas a vinte vezes maiores em PBMR, especialmente entre os recém-nascidos.
Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) em UTIs
As Infecções de Corrente Sanguínea (ICS), especialmente aquelas associadas ao uso de cateter venoso central, são consideradas as mais graves entre as IRAS, devido à sua alta taxa de mortalidade e complexidade no tratamento.
Segundo dados do Boletim Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde nº 31 da ANVISA, publicado em 2023, as ICS representam uma das principais causas de infecções em UTIs no Brasil.
No Brasil, foram registradas 34.428 mil infecções por ICS em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), sendo 24.430 em UTIs adulto, 6.826 em neonatais e 3.172 em UTIs pediátricas.
Resistência Antimicrobiana
A resistência antimicrobiana (RAM) é uma consequência direta do uso inadequado de antibióticos e da infecção hospitalar. A OMS alerta que, se medidas não forem inovadoras, até 2050 poderemos enfrentar 10 milhões de mortes anuais devido a infecções resistentes a medicamentos.
O uso estendido de antibióticos é uma questão de saúde pública no mundo, pois leva ao desenvolvimento da resistência microbiana, tornando o tratamento de infecções mais difícil e, em muitos casos, impossível de tratar. A previsão é que ocorram aproximadamente 136 milhões de casos anuais de infecções resistentes a antibióticos no mundo.
“O uso de antimicrobianos pode ocasionar resistência bacteriana, cursar com efeitos colaterais e gerar custos desnecessários para o sistema de saúde. O Brasil é um dos maiores consumidores de antibióticos do mundo, segundo a OMS, superando países como a Europa, Canadá e Japão”, ressalta a infectologista Cláudia Vidal.
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Ozonioterapia: entenda como funciona tratamento que matou empresário
O empresário Mauro Fernandes Júnior, 41, morreu na última terça-feira (29/4) durante uma sessão de ozonioterapia em uma clínica de estética em Paranaguá, no Paraná. Logo após o início do procedimento para tratar uma luxação no ombro, Mauro sofreu uma parada cardíaca. A Polícia Civil do Paraná investiga as circunstâncias do caso.
Segundo o boletim de ocorrência, em uma sessão anterior, o empresário já havia relatado sintomas depois do atendimento, como tonturas. No dia da morte, a profissional responsável pela sessão prestou os primeiros socorros e acionou o Samu. A equipe médica tentou reanimá-lo por cerca de 50 minutos, porém Mauro não resistiu.
O que é ozonioterapia
Considerada uma técnica minimamente invasiva mas bastante polêmica, a ozonioterapia utiliza o ozônio como agente terapêutico a partir da aplicação na boca, venosa, retal ou injeção subcutânea, a depender do objetivo.
Segundo os defensores da terapia, ela melhoraria a oxigenação e a circulação do sangue, aumentando a ação anti-inflamatória do corpo e a imunidade, diminuindo dor e inchaço e combatendo microrganismos.
No entanto, não há comprovação científica para nenhuma dessas aplicações. “A Anvisa ressalta que há riscos à saúde oriundos da utilização indevida e indiscriminada da tecnologia, sob indicações de uso que não foram, até o momento, científica e clinicamente comprovadas”, afirmou o órgão, em nota publicada no site da instituição.
Em 2023, o presidente Lula (PT) sancionou a lei que autorizava o uso da ozonioterapia em todo país como terapia complementar a outros tratamentos de saúde. De acordo com a lei, o equipamento de produção de ozônio medicinal deve ser regularizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o procedimento só pode ser realizado por um profissional de saúde com nível superior, inscrito no conselho de fiscalização da área.
Até o momento, os equipamentos aprovados são destinados exclusivamente para fins odontológicos e estéticos. O uso do ozônio em tratamentos odontologicos foi regulamentado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2015.
Em entrevista anterior ao Metrópoles, a implantodontista e periodontista Gisele Martinez, coordenadora do curso de periodontia do instituto Aria, destacou os benefícios do ozonioterapia na odontologia. “Utilizar a ozonioterapia proporciona vantagens para os pacientes, resultando em melhora da qualidade de vida e conforto pós-operatório”, afirmou.
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Assessoria de Comunicação