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Presidente da Ahpaceg prestigia cerimônias de homenagens a médicos

O presidente da Ahpaceg, Renato Daher, prestigiou homenagens a médicos goianos em cerimônias alusivas ao Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro.
Na quinta-feira (16), ele esteve presente na entrega da Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico, concedida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) a 20 médicos com mais de 35 anos de atuação e conduta ilibada.
Dentre os homenageados, estavam os médicos ginecologistas e obstetras Clidenor Gomes Filho e Sebastião Mesquita, da associada Maternidade Ela, e o oftalmologista Eurípedes Figueiredo Alessandri, do também associado Instituto Panamericano da Visão.
Nesta sexta-feira (17), foi a vez de prestigiar a entrega da Comenda Nabyh Salum pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) a médicos que se destacam no exercício da medicina.
Um dos homenageados foi Valney Luiz da Rocha, ex-presidente e ex-diretor da Ahpaceg, indicado pela Associação para o merecido recebimento da comenda. Outro homenageado foi Sérgio Daher, do associado CRD Medicina Diagnóstica. Tanto Sérgio quanto Valney também integram o corpo clínico do associado Hospital de Acidentados.





Associado HCAR conquista Selo ESG no Conahp 2025

O associado Hospital do Coração Anis Rassi (HCAR) foi reconhecido no Conahp 2025 com o Selo ESG, conferido pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) a seus associados que se destacam por boas práticas de sustentabilidade e governança baseadas nas diretrizes dos pilares Ambiental (E), Social (S) e de Governança (G), que guiam o conceito internacional ESG.
O Selo ESG foi entregue a 11 hospitais brasileiros, sendo o HCAR o único goiano.
Gustavo Gabriel Rassi, diretor do Hospital do Coração Anis Rassi, recebeu o documento entregue pelo diretor executivo da Anahp, Antônio Britto, e pelo diretor de relações governamentais, Marco Aurélio Ferreira.
A conquista reafirma o compromisso do hospital com a excelência ambiental, social e de governança e reforça a importância do ESG como um conjunto de princípios que orienta as instituições na construção de uma gestão mais ética, sustentável e voltada ao bem-estar coletivo, fortalecendo a confiança e a relevância das organizações no cenário atual. (Com informações: HCAR)




CLIPPING AHPACEG 17/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Família ainda não sabe o que provocou o óbito
https://www.youtube.com/watch?v=GeR31d7RKv8
Senado avança com proposta que proíbe aborto legal após 22 semanas de gestação
Unimed Federação Centro Brasileira conquista recertificação Prata no Selo ESG da Unimed do Brasil
https://empauta.com/u/E9567JHYGQSM
Saúde mental ganha protagonismo na escolha de planos de saúde
Reforma tributária e os regimes diferenciados para medicamentos
https://medicinasa.com.br/reforma-tributaria-consumo/
Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
https://medicinasa.com.br/incentivos-mercado-medicina/
Entre o público e o privado, o Brasil busca um novo pacto pela saúde
TV RECORD
Família ainda não sabe o que provocou o óbito
https://www.youtube.com/watch?v=GeR31d7RKv8
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INFOMONEY
Senado avança com proposta que proíbe aborto legal após 22 semanas de gestação
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou, na quarta-feira (15), uma proposta que proíbe a realização de aborto legal após a 22ª semana de gestação, mesmo nas situações atualmente permitidas pela legislação e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.
O texto, aprovado de forma simbólica, ainda precisa ser analisado pelas Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir ao plenário. A proposta altera o Código Civil e estabelece que, após a 22ª semana, o nascituro tem direito “inviolável ao nascimento sadio e harmonioso”.
Pela redação aprovada, a partir da 23ª semana de gestação, o aborto será substituído por antecipação de parto, inclusive em casos de risco grave à vida da mãe. Nessas situações, o texto determina que devem ser feitos “esforços para manter a vida do feto”. O projeto também prevê que o Estado deve defender os direitos do feto por meio de curadores especiais e da Defensoria Pública.
A proposta é de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), relator do texto e aliado da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), presidente da comissão.
Atualmente, a legislação brasileira criminaliza o aborto, mas prevê exceções quando há risco à vida da gestante ou gravidez decorrente de estupro. Desde 2012, o STF também autoriza o aborto em casos de anencefalia fetal.
Nenhuma norma federal, porém, define um limite de semanas para o procedimento, embora decisões judiciais e pareceres do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina (CFM) venham impedindo a realização após a 22ª semana.
Em 2023, o STF iniciou o julgamento da descriminalização do aborto até 12 semanas, em ação relatada pela ministra Rosa Weber, que votou a favor. O julgamento foi suspenso após pedido de destaque do então presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e permanece suspenso até então.
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AGÊNCIA UNIMED
Unimed Federação Centro Brasileira conquista recertificação Prata no Selo ESG da Unimed do Brasil
A Unimed Federação Centro Brasileira conquistou a recertificação do Selo ESG Unimed na categoria Prata, reafirmando seu compromisso contínuo com a sustentabilidade e com uma cultura organizacional alinhada às boas práticas ambientais, sociais e de governança. A recertificação em 2025, concedida pela Unimed do Brasil, reconhece que a Federação deu continuidade às ações que a levaram à sua primeira certificação em 2024.
O Selo ESG Unimed é uma iniciativa da Unimed do Brasil que avalia e reconhece o desempenho das cooperativas e hospitais do Sistema Unimed no cumprimento de diretrizes ligadas aos pilares Ambiental (E), Social (S) e Governança (G), fundamentos que guiam o conceito internacional ESG. As certificações são concedidas em quatro categorias: Bronze, Prata, Ouro e Diamante, conforme o nível de maturidade e pontuação atingida pelas cooperativas e hospitais do Sistema Unimed.
A recertificação evidencia a consolidação do trabalho da Federação com uma gestão comprometida com o desenvolvimento sustentável, a ética corporativa e o fortalecimento do cooperativismo.
Entre os destaques da atuação da Federação estão os cursos, workshops e eventos realizados periodicamente para a capacitação contínua das equipes e o alinhamento das diretorias às diretrizes ESG. Além disso, a Federação desenvolve ações sociais, por meio de projetos como o Tampatas, que promove a arrecadação de tampas plásticas para serem revertidas em recursos destinados à castração de animais abandonados, uma ação que une cuidado com o meio ambiente e sensibilidade social.
Essa recertificação, mais do que um reconhecimento, é reflexo de uma missão institucional sólida da Federação de oferecer serviços de excelência com responsabilidade, transparência e compromisso com um futuro mais sustentável. Para a Federação, integrar as práticas ESG ao cotidiano de suas ações e dos serviços prestados às Unimeds federadas é um caminho estratégico para a evolução do modelo de negócio e para o fortalecimento da marca Unimed, que cada vez mais se posiciona como referência em responsabilidade social corporativa.
A recertificação Prata no Selo ESG é, portanto, mais do que uma conquista institucional. É a confirmação de que a Unimed Federação Centro Brasileira segue na direção certa, unindo valores cooperativistas, responsabilidade e inovação para transformar realidades e construir um amanhã mais justo, equilibrado e sustentável.
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JORNAL DO BRÁS
Saúde mental ganha protagonismo na escolha de planos de saúde
Amparo psicológico e psiquiátrico com cobertura ampliada e rede próxima reforça importância do cuidado emocional na saúde suplementar
O cuidado com a saúde mental passou a ocupar um espaço central na vida dos brasileiros e, cada vez mais, influencia a escolha dos planos de saúde. A ampliação das coberturas obrigatórias pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em vigor desde 2022, garantiu mais previsibilidade e segurança para quem necessita de acompanhamento psicológico ou psiquiátrico contínuo. A medida reforçou a importância do tema e contribuiu para que beneficiários e empresas passassem a valorizar operadoras com rede credenciada próxima e acesso facilitado a terapias.
Segundo o Mapa Assistencial da ANS, os planos de saúde realizaram 1,94 bilhão de procedimentos em 2024, incluindo consultas, exames e terapias, um reflexo da demanda crescente por atenção integral e pela valorização do bem-estar emocional. O avanço acompanha o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estima que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivam com algum transtorno mental, sendo ansiedade e depressão as condições mais recorrentes. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que esses quadros estão entre as principais causas de afastamento do trabalho, reforçando a importância de políticas de cuidado contínuo.
Para o diretor comercial da GoCare Saúde, Gustavo Normanha, o tema passou a ser decisivo também na relação entre empresas, operadoras e beneficiários. “A cobertura psicológica mudou a percepção do usuário sobre o que é um bom plano”, afirma Gustavo. “Hoje, ele quer saber se o atendimento é próximo, se a autorização é rápida e se o tratamento tem continuidade garantida. O benefício está no uso efetivo, não apenas no contrato”, reforça o executivo. Ele destaca que, na Baixada Santista, onde a GoCare concentra uma boa parte de sua base de clientes, a busca por terapias e acompanhamento influencia a forma como os planos são estruturados.
Com sede em Campinas e forte atuação regional, a GoCare Saúde comercializa planos coletivos empresariais e por adesão e tem reforçado a presença de clínicas e parceiros especializados em saúde mental na Baixada. “O bem-estar emocional se tornou parte da rotina de cuidados. Nosso papel é facilitar esse acesso, com rede próxima e processos mais ágeis, para que o beneficiário encontre suporte real no momento em que mais precisa”, finaliza Normanha.
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MEDICINA S/A
Reforma tributária e os regimes diferenciados para medicamentos
A Lei Complementar nº 214, de 16 de janeiro de 2025, reorganiza a tributação sobre o consumo no país e inaugura um desenho normativo que combina simplificação com mecanismos de transparência e de redução de litigiosidade. Para o setor de medicamentos, a norma cria regimes diferenciados que podem resultar em queda efetiva de preços — desde que observadas condições de repasse e de regulação. Para as empresas, a adaptação exigirá ajustes operacionais, revisões contratuais e monitoramento regulatório permanente.
A reforma mitiga a fragmentação que marcou o antigo sistema, marcado por elevada carga, custos de conformidade, insegurança jurídica e disputas federativas. O novo modelo estrutura a incidência em três tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada por Estados, Municípios e Distrito Federal; a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), de competência da União; e o Imposto Seletivo (IS), direcionado a produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. O desenho foi orientado por quatro pilares: simplificação (unificação de tributos), justiça fiscal (redução da regressividade), estímulo econômico (ambiente pró-investimento) e transparência (clareza sobre a carga efetiva).
No eixo federativo, a LC nº 214/2025 enfrenta a guerra fiscal ao substituir benefícios pulverizados por Regimes Diferenciados de Tributação, com reduções de alíquotas de 30%, 60% e até 100% para setores essenciais ou estratégicos. A lógica é dar tratamento favorecido com critérios objetivos, reduzindo distorções concorrenciais e a necessidade de contencioso para sustentar incentivos locais. Para empresas que operavam com mosaicos de benefícios, o desenho tende a simplificar decisões locacionais e a previsibilidade de custos.
Nesse sentido, as empresas deverão revisar a logística, considerando sua relevância em razão da alteração para o princípio do destino. Muitos atacadistas abriram centros de distribuição em estados em razão dos benefícios fiscais que serão extintos com a reforma tributária. Também é importante que a empresa verifique se o benefício utilizado atualmente se enquadra nos requisitos para habilitação no fundo de compensação dos benefícios fiscais, que se inicia em janeiro de 2026 e encerra em 2028.
O setor de medicamentos recebeu dois tratamentos específicos. O primeiro, de redução de 60% da alíquota, abrange medicamentos registrados na Anvisa (incluídos os manipulados), dispositivos médicos e de acessibilidade, serviços de saúde e composições para nutrição enteral e parenteral. Para fruição, a lei condiciona a adesão a Compromisso de Ajustamento de Conduta com a União e o Comitê Gestor do IBS ou ao cumprimento da regulação de preços pela CMED, conforme o § 2º do art. 9º. O segundo, de isenção total (100%), aplica-se a lista taxativa constante dos anexos da lei. Nesse ponto, é importante destacar que o PLP 108, ainda em andamento, busca alterar a existência de uma lista taxativa.
A lista inicial de itens com redução de 60%, que no PLP nº 68/2023 chegou a abarcar cerca de 850 itens, foi revista na versão final da LC nº 214/2025. Já a lista de isentos será atualizada a cada 120 dias pelo Ministério da Fazenda e pelo Comitê Gestor do IBS, com participação do Ministério da Saúde, com objetivo de incorporar novas composições sem suprimir as já contempladas. Para a indústria, distribuidores e varejo farmacêutico, isso exige governança tributária para acompanhar revisões, recalcular preços e ajustar cadastros fiscais e sistemas de faturamento.
Do ponto de vista prático, as mudanças tendem a simplificar a apuração e a reduzir obrigações acessórias redundantes, com impacto direto no custo de conformidade. Na cadeia farmacêutica, a previsibilidade dos créditos e a eliminação de controvérsias — como cumulatividade do ISS, incidência concentrada em etapa única e divergências entre crédito físico e financeiro — favorecem o planejamento de margens e a renegociação de contratos de fornecimento. Empresas com portfólios amplos precisarão reclassificar seus estoques, revisar políticas comerciais e cláusulas de reajuste para refletir o tratamento diferenciado de IBS/CBS.
Persistem, contudo, incertezas jurídicas e operacionais. A lei demanda regulamentação sobre operacionalização dos Regimes Diferenciados, mecanismos de verificação da repercussão da desoneração e governança entre Comitê Gestor do IBS, Ministério da Fazenda e CMED. Eventuais revisões periódicas de listas e critérios podem gerar variações de preço e necessidade de ajustes sistemáticos de estoque e de contratos. Além disso, a calibragem do IS sobre itens nocivos impõe avaliação de portfólios com potenciais reclassificações. Até que as normas infralegais estejam maduras, recomenda-se prudência na precificação e provisões de risco.
Do ponto de vista estratégico, a reforma procura reduzir a litigiosidade e fortalecer a segurança jurídica — metas condicionadas à regulamentação e à aplicação uniforme das novas regras. Para capturar eventuais ganhos, as empresas devem mapear enquadramentos de produtos e serviços, implementar governança para monitorar atualizações de listas, integrar as áreas tributária, regulatória e de pricing e documentar repasses. A transição requer plano de comunicação com a cadeia e treinamento das equipes fiscal, vendas e compras.
Em síntese, a LC nº 214/2025 inaugura um ciclo de racionalidade fiscal com potencial de ampliar competitividade e acesso a medicamentos, desde que empresas implementem controles para assegurar a repercussão dos benefícios e a conformidade regulatória. A etapa normativa que se segue — voltada à operacionalização e à coordenação entre órgãos — será decisiva para transformar expectativa de simplificação em queda concreta de custos e em estabilidade de preços ao consumidor.
*Andressa Sehn é sócia-líder da área de Entidades do escritório Rafael Pandolfo Advogados Associados.
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Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
Nos últimos anos, tenho observado um fenômeno curioso: profissionais de outras áreas, principalmente mulheres advogadas, engenheiras ou atuando em diferentes campos, migrando para a medicina. Essa decisão, em muitos casos, reflete duas motivações principais: ou uma vocação genuína para cuidar das pessoas, ou a expectativa de melhor remuneração.
Infelizmente, a segunda motivação é a mais comum. E aqui reside um equívoco fundamental: muitos não compreendem a dinâmica de oferta e demanda do mercado médico. Não é erro individual, mas consequência de um cenário estrutural.
Nos últimos 20 anos, o Brasil assistiu a um crescimento exponencial do número de faculdades de medicina. Em 2005, existiam 143 instituições; hoje, são 448, um aumento superior a 200%. A oferta anual de vagas atingiu 48.491 em 2025. Segundo projeções da Demografia Médica no Brasil 2025, o país deve alcançar 1.152.230 médicos em atividade até 2035, o que corresponde a cerca de 5,25 médicos por 1.000 habitantes, aproximadamente 1 médico para cada 190 brasileiros, considerando uma população estimada de 219,5 milhões.
O impacto disso no mercado de trabalho é imediato. Plantões que antes pagavam de R$1.000 a R$1.500, hoje chegam a R$500. A tendência é que os valores continuem caindo, à medida que milhares de médicos se formam a cada semestre. Para entrar em um mercado cada vez mais competitivo e mal remunerado, muitos desses jovens assumem endividamentos significativos, já que algumas graduações chegam a custar mais de um milhão de reais por aluno.
A situação se agrava com a consolidação do setor privado em hospitais e clínicas, que concentra o poder de negociação e reduz a capacidade de jovens médicos negociarem salários justos. Paralelamente, os municípios diminuem a remuneração nas UPAs, muitas delas geridas por associações e cooperativas cientes do excesso de profissionais disponíveis.
O efeito prático é que o sonho de muitos jovens, ingressar na medicina para garantir uma carreira segura e financeiramente vantajosa, dificilmente se realizará. As residências médicas oferecem pouquíssimas vagas, e a concorrência se torna cada vez mais acirrada.
O governo, ao acreditar que a expansão de faculdades resolveria a escassez de médicos, especialmente no interior, errou a mão: os profissionais evitam essas regiões, os salários caem e o problema persiste.
O Brasil vive uma distorção incomum: existem mais faculdades de medicina do que de direito, um número desproporcional de advogados em relação a engenheiros, e ainda assim criou-se a ideia de que um diploma é a chave para uma vida transformada. A experiência mostra que não é assim. Incentivos mal planejados, aplicados por governos de diferentes espectros políticos nos últimos 10 anos, estão corroendo a boa remuneração do mercado médico e comprometendo a qualidade do atendimento básico à população.
O reflexo dessa política educacional mal orientada já é visível: médicos recém-formados sem experiência consultam colegas via WhatsApp sobre procedimentos. O resultado é um mercado saturado, remuneração em queda e alta frustração entre jovens profissionais.
Podemos traçar analogias com fenômenos passados, como o “advogado Uber” ou o “engenheiro Uber” em períodos de crise econômica. Em breve, veremos o “médico Uber”, fruto de incentivos equivocados que beneficiam principalmente as faculdades, não os estudantes ou a população.
É urgente repensar a política de formação médica no Brasil. Sem ajustes estruturais, milhares de jovens verão seus sonhos frustrados, não por falta de talento ou dedicação, mas por erros de planejamento e incentivos mal desenhados.
Garantir acesso à medicina não pode significar apenas multiplicar faculdades e gerar um excesso de profissionais; é necessário criar condições reais para que esses médicos tenham carreira sustentável, remuneração adequada e impacto positivo na saúde da população.
*Igor Lucena é economista, Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa e CEO da Amero Consulting. Membro da Chatham House – The Royal Institute of International Affairs e da Associação Portuguesa de Ciência Política.
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SAÚDE BUSINESS
Entre o público e o privado, o Brasil busca um novo pacto pela saúde
Com o SUS pressionado e o início de novos mandatos nas agências reguladoras, diálogo, regulação inteligente e cooperação são essenciais para um sistema mais eficiente e sustentável.
O sistema de saúde brasileiro vive um ponto de inflexão. Diante de desafios como o subfinanciamento do SUS, o aumento dos custos assistenciais e a rápida incorporação de tecnologias, cresce o consenso de que o país precisa redesenhar sua lógica de funcionamento — com novas pontes entre o público e o privado, modelos de cuidado mais integrados e preventivos e uma regulação ágil, transparente e centrada nas pessoas.
Essa visão guiou as discussões entre representantes do Ministério da Saúde, Anvisa e ANS — que acabam de ter novos dirigentes empossados — e gestores hospitalares sobre a necessidade de alinhar políticas públicas, inovação e regulação eficiente.
SUS como eixo central e o desafio da atenção especializada
Adriano Massuda, secretário-executivo do Ministério da Saúde, defendeu que fortalecer o Sistema Único de Saúde é condição indispensável para qualquer avanço estrutural. “A primeira prioridade na transição foi fortalecer o SUS. Recuperar o SUS”, afirmou no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp).
Segundo Massuda, o governo federal trabalha em três frentes principais: ampliação do acesso à atenção especializada, formação de profissionais e preparação para emergências sanitárias e climáticas.
O programa Agora Tem Especialistas é o eixo mais visível dessa estratégia, e busca utilizar a capacidade ociosa de hospitais públicos, filantrópicos e privados para reduzir filas e desigualdades regionais.
“O setor privado pode ajudar compreendendo as novas lógicas que estão colocadas. A inovação não é só para medicamento e vacina. É inovação no jeito de desenhar o cuidado, no jeito de organizar o sistema e no jeito de financiar”, explicou.
A proposta também prevê financiamento baseado em pacotes de cuidado, em vez de pagamento por procedimentos isolados, e a criação de estruturas móveis de atendimento. “O SUS não é uma usina de produção de procedimentos, é uma usina de produção de cuidado”, reforçou.
Massuda anunciou ainda o projeto de um hospital inteligente, desenvolvido em parceria com a USP e o governo paulista, que contará com 800 leitos e integração digital completa. A iniciativa, segundo ele, simboliza a aposta em tecnologia e sustentabilidade na saúde pública.
ANS aposta em escuta e prevenção
Recém-empossado na presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o ex-deputado e advogado Wadih Damous destacou que a nova gestão pretende fortalecer o diálogo com o setor e com os beneficiários. “A vida toda eu fui treinado para ouvir. E agora, na ANS, nada mais necessário é do que ouvir — ouvir muito”, disse.
Assumindo o comando da agência em meio a desafios urgentes, como interrupções de atendimentos oncológicos por impasses contratuais no Rio de Janeiro, Damous enfatizou que a prioridade é garantir a continuidade do cuidado e a proteção do paciente. “Ver pessoas tendo seu tratamento interrompido é algo que não pode nos deixar alheios. A ANS não pode ficar indiferente”, ressaltou.
Damous também apontou as linhas de cuidado e a saúde preventiva como eixos estruturantes da agenda regulatória. “Acho que isso racionaliza o sistema e espero que se reflita nos custos dos planos de saúde”, afirmou.
O novo presidente reforçou ainda a necessidade de reduzir a distância entre o sistema público e o suplementar, que, segundo ele, devem atuar de forma complementar. “Eu não vim para acirrar conflitos. Vim para ajudar a construir pontes — pontes com todos os setores que participam do sistema de saúde brasileiro.”
Damous afirmou que sua gestão buscará reposicionar a ANS como uma agência reguladora de caráter cidadão, atenta aos direitos dos beneficiários e aberta à escuta de prestadores e operadoras. “Nós exercemos a regulação para seres humanos, com carências e vulnerabilidades. É para eles que nós existimos.”
Anvisa mira eficiência e inovação
Leandro Safatle, diretor-presidente da Anvisa, se concentrou em dois desafios centrais: destravar as filas de análise e preparar a agência para uma nova era de inovação tecnológica em saúde.
Segundo ele, o passivo acumulado durante a pandemia representa mais de R$ 20 bilhões em investimentos parados. “Resolver ou mitigar as filas é a prioridade absoluta da Anvisa”, afirmou.
Safatle destacou a carência histórica de pessoal e comemorou a chegada de 150 novos servidores, com expectativa de mais 250 nomeações. Ele comparou o quadro atual da Anvisa — com cerca de 1.400 servidores — ao de agências internacionais como a FDA, nos Estados Unidos, que tem 17 mil profissionais, e a EMA, na Europa, com pouco mais de 5 mil. “O que a Anvisa faz com esse quadro já é impressionante”, afirmou.
Entre as medidas de modernização, Safatle defendeu o uso de inteligência artificial na triagem de processos e a revisão de fluxos internos, sem abrir mão do rigor técnico. “A agência precisa estar pronta para a inovação — tanto a que vem de fora quanto a que está sendo feita no país.”
Ele também ressaltou a importância da coordenação institucional em crises sanitárias, relembrando a atuação durante o surto de contaminação por metanol. “Em menos de uma semana, autorizamos a produção de etanol farmacêutico e o produto estava disponível no país. É um exemplo de como o alinhamento entre setor público e privado pode salvar vidas.”
Safatle encerrou reafirmando os cinco princípios que devem nortear a nova fase da Anvisa: “Diálogo, transparência, ciência, inovação e eficiência.”
Gestores cobram sustentabilidade e integração
José Antônio Rodrigues, provedor da Santa Casa da Bahia, alertou para o subfinanciamento crônico do SUS e a falta de previsibilidade dos programas públicos. “Nós não podemos mais correr o risco de termos programas com começo, meio e fim. No final, o subfinanciamento nos fragiliza”, afirmou.
Rodrigues lembrou que boa parte dos serviços prestados pela rede filantrópica tem valores congelados há mais de uma década, o que compromete a sustentabilidade das instituições. “Os novos programas trazem desafios, e nós temos que adaptar nossa capacidade instalada, mas eles precisam vir com sustentabilidade. Não podemos dar três passos à frente e dois atrás.”
Para Antônio José Pereira, superintendente do Hospital das Clínicas da USP, é necessário romper as barreiras entre o público e o privado e criar um ambiente de aprendizado mútuo. “O público e o privado têm que caminhar juntos. Falta disseminar o qdue cada um faz de melhor”, observou. Ele citou avanços em telemedicina e gestão de leitos como exemplos de eficiência que poderiam ser replicados nacionalmente.
Prevenção, tecnologia e o protagonismo do paciente
O médico e executivo Paulo Chapchap, diretor de Estratégia Corporativa doGrupo Santa Joana, defendeu que o futuro da saúde passa pela prevenção e pelo engajamento do paciente.
“A prevenção primária é não ficar doente, e a secundária é não ter agravamento das doenças crônicas. Não há outra forma de fazer isso que não seja ativando e educando o paciente”, destacou.
Chapchap sugeriu que a regulação cobre programas de prevenção baseados em resultados, com métricas de impacto. Ele destacou o SUS como referência na mensuração de desempenho, citando as taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária.
O executivo também apresentou um exemplo prático de inovação: o uso de inteligência artificial nas maternidades do Grupo Santa Joana, que permitiu detectar precocemente 79 casos de sepse e reduzir internações neonatais. “Quando se quer e há coordenação entre o público e o privado, é possível fazer muito mais com o mesmo valor”, concluiu.
Um futuro colaborativo
Os executivos convergiram em um ponto: a integração entre setores, a modernização regulatória e a sustentabilidade financeira são condições para um sistema de saúde mais eficiente.
Enquanto o Ministério da Saúde aposta em novos modelos de cuidado e financiamento, as agências reforçam a escuta ativa, a transparência e o uso de tecnologia para aproximar regulação e prática assistencial.
“Não é um aumento paliativo de financiamento — é uma transformação”, resumiu Massuda. E, nas palavras de Wadih Damous, “saúde, vida e morte dizem respeito a todos nós. A regulação deve ser instrumento de cidadania”, concluiu.
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Assessoria de Comunicação
Anis Rassi e Anis Rassi Jr. entre os cientistas mais influentes do mundo, segundo ranking da Universidade de Stanford
Pelo sexto ano consecutivo, o pesquisador goiano Anis Rassi Jr., do associado Hospital do Coração Anis Rassi, integra o grupo dos 2% de cientistas mais citados do planeta e, em 2025, figura no terço superior dessa elite mundial — em uma trajetória científica marcada pela parceria com seu pai, o saudoso Dr. Anis Rassi.
A trajetória do Dr. Anis Rassi Jr. confunde-se com a de seu pai, o professor emérito Anis Rassi (1929–2021), com quem compartilhou importantes contribuições científicas que consolidaram a reputação da cardiologia goiana no cenário internacional.

O levantamento, elaborado em parceria com a Elsevier Data Repository, reúne anualmente os 2% de pesquisadores com maior impacto de citações científicas em todas as áreas do conhecimento. Considerado um dos rankings científicos mais respeitados e amplamente utilizados no meio acadêmico internacional, o estudo é referência mundial por aplicar critérios padronizados e independentes na avaliação da influência científica de milhões de pesquisadores.
Em 2025, Rassi Jr. aparece pelo sexto ano consecutivo entre os 2% mais influentes do planeta e alcançou sua melhor posição até hoje: está no terço superior dessa elite mundial. A classificação global avaliou mais de 230 mil cientistas e posicionou Anis Rassi Jr. entre os 100 médicos brasileiros mais citados. No ranking geral — que abrange pesquisadores de todas as áreas do conhecimento, como ciências biológicas, exatas, sociais e de saúde —, ele ocupa a 228ª posição entre os 1.196 brasileiros incluídos.
“Estar entre os pesquisadores mais influentes do planeta por seis anos seguidos mostra que a ciência feita fora dos grandes centros também tem relevância e reconhecimento global”, afirma Rassi Jr.
Como o ranking é feito
O levantamento da Universidade de Stanford analisou mais de 9 milhões de cientistas com pelo menos cinco publicações registradas na base internacional Scopus, que reúne autores de todas as áreas do conhecimento. A partir dessa amostra, o estudo organiza os pesquisadores em 22 grandes áreas científicas — como Clinical Medicine, Biology, Engineering, Physics & Astronomy, Social Sciences e Chemistry — e em 174 subcampos específicos, como Tropical Medicine, Cardiology, Epidemiology, Neurosciences, Public Health e Artificial Intelligence, entre outros.

O ranking seleciona os 100 mil cientistas com maior impacto global e todos aqueles que, mesmo atuando em áreas menores, estão entre os 2% mais citados dentro de seu subcampo. Isso explica por que, além dos 100 mil pesquisadores mais citados no total, outros especialistas de destaque em campos específicos também são incluídos, perfazendo um total de cerca de 234 mil nomes. Em outras palavras, todos os cientistas listados pertencem ao percentil superior de 2% da base global de dados do Scopus — um universo de aproximadamente 9 milhões de pesquisadores ativos.
O estudo apresenta duas listas complementares: uma referente ao impacto de toda a carreira científica (citações acumuladas até o final de 2024) e outra que considera apenas o impacto de citações recebidas no ano de 2024, permitindo identificar tanto a influência histórica quanto a relevância recente de cada pesquisador. O Dr. Anis Rassi Jr. integra ambas as classificações, figurando entre os cientistas com impacto consolidado ao longo da carreira e entre aqueles que mantêm influência científica ativa e crescente no último ano.
Reconhecimento internacional e impacto científico
O estudo é liderado pelo renomado epidemiologista John P.A. Ioannidis, da Universidade de Stanford, e utiliza a base de dados Scopus para calcular métricas padronizadas de influência científica — incluindo o h-index, o hm-index (ajustado por coautoria) e o c-score, indicador composto que combina impacto e contribuição autoral. A constância de Rassi Jr. na lista demonstra relevância e consistência científica, com contribuições reconhecidas internacionalmente nas áreas de doença de Chagas, cardiologia clínica e medicina baseada em evidências.
Liderança científica e contribuição para a medicina
Reconhecido internacionalmente por suas contribuições nas áreas de doença de Chagas, cardiologia clínica e medicina baseada em evidências, o Dr. Rassi Jr. é autor do Escore de Rassi, publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) — ferramenta amplamente utilizada no mundo para estratificação de risco de morte em pacientes com cardiopatia chagásica crônica. Também é coautor de um dos artigos mais citados da literatura médica sobre doença de Chagas, publicado na The Lancet, com mais de 3.300 citações no Google Scholar.
“Sempre acreditei que a boa medicina se faz com ciência sólida. A estatística e a medicina baseada em evidências sempre foram minhas grandes paixões, e tive a alegria de compartilhar esse conhecimento em cursos e eventos por todo o Brasil”, destaca.
O Dr. Rassi Jr. foi um dos pioneiros na divulgação da Medicina Baseada em Evidências no Brasil, tendo ministrado mais de 30 cursos sobre estatística aplicada e interpretação crítica de artigos científicos em todo país, capacitando centenas de médicos e pesquisadores brasileiros.
Uma tradição familiar dedicada à ciência e ao esporte
Grande parte de sua carreira científica foi construída ao lado de seu pai, o saudoso Dr. Anis Rassi (1929–2021), professor emérito da Universidade Federal de Goiás (UFG) e referência mundial no estudo da doença de Chagas.
“Meu pai foi e sempre será minha maior inspiração. Compartilhar com ele a paixão pela pesquisa e pela medicina foi um privilégio que carrego com orgulho”, emociona-se o Dr. Rassi Jr.

Fora da medicina, o Dr. Rassi Jr. também é conhecido por sua paixão pelo futebol. Torcedor fanático do Goiás Esporte Clube, acompanha o time desde a infância e mantém laços familiares com o clube — seu irmão, Sérgio Rassi, já presidiu o Goiás, levando para o esporte o mesmo espírito de liderança que caracteriza a família Rassi.
A Família Rassi é hoje uma das mais tradicionais da medicina goiana e nacional, com cerca de 130 médicos atuando em diferentes especialidades. Os filhos do Dr. Anis Rassi Jr. — Fábio e Vanessa Rassi, ambos cardiologistas — seguem a mesma vocação, integrando uma nova geração dedicada à ciência, ao cuidado e à inovação em saúde.

O futuro da pesquisa e da assistência
Sob a direção de seus irmãos Gustavo e Alexandre Rassi, o Hospital do Coração Anis Rassi vive um novo ciclo de expansão com a construção do Centro Médico e Diagnóstico Anis Rassi, que reunirá em um único espaço avançado assistência, ensino e pesquisa clínica, reafirmando o compromisso da instituição com a excelência em medicina e inovação científica.

Fontes oficiais e créditos
Projetos do associado Hospital do Coração de Goiás são destaque na publicação ESG ANAHP 2025

Três projetos do associado Hospital do Coração de Goiás são destaque na publicação “ESG nos Hospitais Anahp 2025”, lançada na quarta-feira, 15, no Conahp 2025. A CEO do Hospital, Jacqueline Lopes Rodovalho, participa do evento que acontece na capital paulista e acompanhou o lançamento.
A publicação destaca os projetos “Integridade e segurança do paciente: governança clínica e corporativa”, “Projeto de Saúde Mental para Colaboradores” e “Redução dos descartáveis/desperdícios oriundos da nutrição”.
Para conferir, acesse o site da Anahp: https://www.anahp.com.br/
Em fórum da Acieg, Renato Daher aborda o impacto da reforma tributária na saúde

Com o apoio da Ahpaceg, Sindimagem e Sepe (Sindicato de Estabelecimentos de Ensino Particulares de Goiânia), a Acieg promoveu, no dia 15 de outubro, o primeiro encontro do “Tour ACIEG Reforma Tributária 2026 – Prepare-se Agora”, que enfocou o impacto da reforma na saúde e na educação.
Coordenado pela Câmara da Reforma Tributária da ACIEG e realizado no formato híbrido, o evento contou com a participação do presidente da Ahpaceg e diretor do Sindimagem, Renato Daher, entre os debatedores.
A necessidade de as empresas fazerem um planejamento estratégico para os novos tributos foi o ponto-chave abordado. “As instituições de saúde devem se preparar e se antecipar, não deixando as adequações para a última hora, pois a reforma chega com a retórica de simplificar a tributação, mas vai exigir mudanças significativas”, alertou Renato Daher.
“Hospitais, clínicas e planos de saúde precisam mudar imediatamente de postura porque a Receita Federal terá instantaneamente informações relacionadas ao faturamento e ao tipo de serviço prestado, com a mudança na nota fiscal. Atualmente, há uma desconformidade entre o faturamento do setor de saúde e o regime de competência que a Receita utiliza”, destacou Alexandre Limiro, presidente da Câmara Setorial da Reforma Tributária da ACIEG.
Aprovada em 2023, a reforma tributária começa a ser implementada em 2026.
Valney Luiz da Rocha será homenageado com a Comenda Nabyh Salum

O médico Valney Luiz da Rocha, do associado Hospital de Acidentados e ex-diretor da Ahpaceg, será condecorado nesta sexta-feira, 17, com a Comenda Nabyh Salum, entregue pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) em comemoração ao Dia do Médico.
Indicado pela Ahpaceg para receber a honraria conferida a profissionais que se destacam no exercício da medicina, Valney Luiz da Rocha participou da Associação deste a sua fundação e é uma das grandes referência da área médica em Goiás, tanto em sua especialidade – Ortopedia e Traumatologia – quanto na gestão e representatividade do setor hospitalar.
Sessão Solene de Entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
Data: 17 de outubro de 2025 (sexta-feira)
Hora: 9h
Local: Plenário Iris Rezende Machado – Assembleia Legislativa de Goiás
CLIPPING AHPACEG 16/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
https://medicinasa.com.br/reputacao-digital/
Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
https://medicinasa.com.br/emprego-saude-iess-2/
ALEGO
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
A Assembleia Legislativa de Goiás, por iniciativa do deputado Cairo Salim (PSD), realizou, na manhã desta quarta-feira, 15, audiência pública com o intuito de debater irregularidades praticadas por planos de saúde, falhas na assistência, erros médicos e o aumento da judicialização envolvendo o tema em Goiás. O evento teve lugar na Sala das Comissões Júlio da Retífica do Palácio Maguito Vilela.
Além de Salim, participaram da mesa diretiva: o coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Eduardo Peres; a defensora pública Bruna Gomide Côrrea; a fiscal das Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu; o presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados em Goiás (OAB), Pitágoras Lacerda dos Reis; o presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB, Wenderjus Amorim; e o médico neurocirurgião e presidente da Aliança Nacional em Defesa da Ética na Saúde Suplementar (Andess), José Ramalho.
O deputado iniciou a discussão apontando a ausência dos representantes das operadoras dos planos de saúde e do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). Em seguida, ele apresentou a temática e os desafios observados quanto aos problemas, ações e questões que envolvem a saúde da população. Ele mencionou que a população busca órgãos, como o Judiciário, o Ministério Público,a Defensoria Pública e o Procon Goiás, mas quando as decisões chegam nos planos de saúde, ainda encontra dificuldade em ter seu direito alcançado.
O legislador destacou que a relação entre consumidor e plano de saúde é privada, na qual o consumidor paga uma mensalidade por um serviço. Ele informou que quase 2 milhões de goianos usam planos de saúde e questionou o destino desses usuários em caso de serviço de baixa qualidade: "Para onde esse pessoal vai? Para o SUS, para a fila do SUS e vai piorar ainda mais para a população que já usa o sistema".
Salim abordou a situação da classe média, que, segundo ele, não tem acesso a benefícios e precisa pagar por saúde privada se quiser ter atendimento. Ele ressaltou a importância da qualidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde, citando que o setor envolve conglomerados que controlam a saúde privada no Brasil, com operadoras ligadas a bancos.
O parlamentar mencionou a classe médica, ao afirmar que a medicina brasileira é uma das melhores do mundo, mas que sofre com um declínio de qualidade devido ao número de faculdades de medicina que estão sendo abertas. "Nós já estamos com 500 mil médicos no Brasil, daqui a dez anos será um milhão, vai dobrar o número de médicos", pontuou. Ele questionou a formação dos profissionais: "Serão médicos vocacionados, bem preparados, que têm experiência, que passaram por um estado de qualidade dos hospitais?"
O legislador afirmou que, se for preciso, o Congresso Nacional deve tomar providências para aprovar um exame de ordem ou de proeminência, para que os médicos tenham um mínimo de qualidade para atuar no mercado público ou privado. Por fim, ele reconheceu a boa-fé da maioria dos médicos, hospitais, enfermeiros e planos de saúde, mas reiterou que as falhas acontecem.
Autoridades
Diversas autoridades ligadas à área da saúde se pronunciaram buscando trazer soluções efetivas para garantir o cumprimento de um direito considerado básico.
Coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do CNJ e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do TJ-GO, Eduardo Peres disse que o comitê faz registros importantes para entender o que está acontecendo na saúde em Goiás, de forma a identificar a raiz do problema. “Mas hoje viemos aqui para ouvir, porque o juiz trabalha em cima daquilo que chega pra ele, a judicialização precisa ser bem aplicada, entendendo que a lei deve ser eficaz.”
Defensora pública, Bruna Gomide Correa discorreu sobre a situação dos planos de saúde. Ela disse que demandas atendidas pela Defensoria Pública de Goiás (DPE) incluem problemas como negativas de cobertura, de procedimentos e de tratamentos multidisciplinares, como o de crianças autistas. A instituição lida também com cancelamentos de planos de saúde, aumento de mensalidades e erros médicos, situações em que o sistema de saúde suplementar, o plano de saúde e os médicos apresentam falhas na prestação do serviço.
A representante da DPE apontou “que a complexidade do tema reside na busca por garantir a proteção e o direito à saúde dos consumidores que pagam por serviços e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio do contrato para que o sistema de saúde suplementar possa continuar a funcionar com atendimento de qualidade de forma rápida e efetiva”.
Na sequência, a Fiscal de Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu, falou que o trabalho da entidade é dar voz aos consumidores, especialmente aos hipervulneráveis. Ela afirmou que a grande maioria das pessoas que procuram o Procono fazem por conta da negativa da utilização dos planos de saúde. Ela informou que, ao se receber as denúncias, busca-se fazer o atendimento de forma imediata. “Estamos sempre em contato com o corpo jurídico dos planos de saúde e atuamos com olhar cada vez mais atento para realizar autuações quando necessário. Nessa relação, o consumidor é o lado mais vulnerável e ele precisa estar satisfeito com seu plano de saúde.”
Presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-GO, Pitágoras Lacerda dos Reis ressaltou a importância da união entre os órgãos de defesa do consumidor no Estado. Ele mencionou que, em momento anterior, havia provocado o sistema de defesa do consumidor para que houvesse união entre as entidades que realizavam seus trabalhos de forma isolada.
Reis informou que, desde que assumiu o comando da comissão, tem promovido reuniões com os entes de defesa do consumidor em Goiás com o objetivo de buscar essa união. Ele afirmou que as entidades de defesa dos planos de saúde são unidas. E destacou que é relevante que os órgãos se unam para atender à sociedade para fazer os planos de saúde cumprirem sua obrigação, lembrando que a saúde é um dever do Estado e um direito de todos, e que a Assembleia Legislativa cumpre sua função ao realizar o debate sobre o tema.
Judicialização
O presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB-GO, Wenderjus Amorim, afirmou que o tema extremamente relevante e quem melhor detém competência para debater esse assunto são aqueles que representam a ponte da judicialização. De acordo com ele, o sistema da saúde suplementar não é de todo ruim, o problema é quando as pessoas precisam de médico especialista, já que é muito mais caro.
“Os donos das maiores operadoras de saúde do Brasil são frequentemente citados na Forbes [publicação americana sobre negócios e economia] como grandes milionários. O tema lucro não pode ser ignorado, todavia isso não pode vir em detrimento do direito ao acesso à saúde”, discorreu Amorim.
Para ele, é necessário diminuir o desequilíbrio, já que existem critérios muito rigorosos adotados hoje diminuindo o acesso à saúde. Amorim considera que, apesar do sistema judiciário estar de portas abertas, infelizmente a atual jurisprudência está construindo uma barreira que restringe cada dia mais o acesso à saúde.
O médico neurocirurgião e presidente da Andess, José Ramalho, lembrou que em Goiás dois milhões de pessoas dependem da saúde suplementar. “Temos documentado dificuldades sistemáticas no acesso a tratamentos, por vezes,simples e de primeira linha. Refiro-me, em particular, a tratamentos oncológicos e a cuidados para crianças com necessidades específicas relacionadas à neuroatipia”, enfatizou.
Segundo ele, é sistemático o descumprimento de ordens judiciais. “E já vi operadora responder que por ordem do seu sistema jurídico, ela não deve acatar a ordem judicial. É muito grave o que está acontecendo em todo o território nacional. A ausência dos representantes das operadoras aqui hoje é compreensível, demonstra que elas não estão com ânimo para dialogar.”
O neurocirurgião revelou que, hoje, há cirurgias pelas quais o plano de saúde pratica uma tabela em que é pago apenas 230 reais para um especialista, que estudou por pelo menos 11 anos para chegar ao centro cirúrgico, sendo responsável pela vida de um paciente. “Há profissionais que agem de modo marginal, mas as auditorias precisam frear essas pessoas de forma séria. Estou muito satisfeito com essa audiência pública e entendo que, futuramente, os frutos serão colhidos. Entendo que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) pode ser uma boa alternativa para tratar desses problemas", afirmou, parabenizando Cairo Salim por levantar a discussão no Parlamento goiano.
Limite de gastos
O gestor descreveu que, atualmente, é imposto um limite de gastos, e o paciente e o médico é que devem adequar a doença e o tratamento aos interesses da operadora de saúde. Ele questionou a gravidade do fato e como isso ocorre em todo o território nacional, especialmente nos últimos dois ou três anos, com a necessidade de um médico denunciar. Ele mencionou a omissão das entidades que devem fiscalizar e regular.
Ramalho afirmou que esse tema está fundamentado, resultado de um trabalho que a Andess desenvolve, e manifestou satisfação com a postura do Procon local, considerando o número de 140 ou 150 denúncias um número expressivo. Ele informou que a Andess se aproxima das procuradorias dos consumidores do país e é idealizadora do Procon Saúde, uma iniciativa que prevê a criação de uma entidade com o papel de descentralizar o ato fiscalizatório. O objetivo é facilitar o papel do Procon e oferecer apoio técnico para o acompanhamento, identificação, diagnóstico e punição das irregularidades.
O presidente da Andess observou que a discussão em Goiás foi pioneira e positiva. E concluiu: “A gente vê um Judiciário que está muito envolvido com o caso, que está evoluindo na discussão, que está entendendo o que está acontecendo”.
Ao final, o deputado Cairo Salim deixou em aberto a participação para os demais presentes na audiência pública. Todos eles que se manifestaram trouxeram uma série de reclamações de todos os planos de saúde alegando a negativa do acesso aos tratamento e o descumprimento das determinações judiciais.
A advogada especialista em direito da saúde e direito da medicina Ana Luzia Morais relatou alguns casos de pacientes aos quais ela defende atualmente. Segundo ela, está faltando respeito e transparência dos planos de saúde que sempre dificultam a vida do paciente, independentemente do seu estado de saúde, inclusive para aqueles que estão com quadro de metástase e com risco de vida.
Ana Morais falou da dor de pessoas que seguem a vida se esforçando diariamente para alcançar seus direitos mais básicos.
Paciente
Márcio Lima alegou ter sido vítima de um erro médico em cirurgia, trouxe ao debate críticas sobre a infraestrutura e a qualidade do atendimento, citando a superlotação, a falta de insumos e a demora no diagnóstico como fatores de risco de vida. O depoente relatou ter sido diagnosticado e operado de forma errada, o que lhe causou sequelas.
Ele mencionou ter motivado outros processos contra o mesmo neurocirurgião após um relato seu ter se tornado público. O paciente sugeriu a instalação de câmeras especiais e destacou o número de denúncias recebidas por outro participante. Por fim, apontou a falta de condições financeiras de muitas vítimas para custear advogados e tratamentos caros, como a fisioterapia.
O jornalista Alexandre Braga, do jornal Diário do Estado, também se pronunciou e disse que nos seus 20 anos de carreira, tem percebido que são recorrentes as reclamações com relação aos planos de saúde em Goiás. Braga mostrou indignação com o descaso dos planos. “Para se ter uma ideia, hoje aqui não apareceu sequer um único representante de operadora, uma total falta de respeito com o Parlamento e com o povo goiano.”
De acordo com ele, a imprensa é ouvidoria da população e todos os meses aparecem diversas reclamações com relação aos planos de saúde. O jornalista também cobrou uma atitude mais firme e institucional por parte do Legislativo. "Acredito que uma comissão parlamentar de inquérito nesta Casa de Leis pode ser uma boa resposta para tentar dar soluções para essas questões relacionadas à saúde."
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Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realiza, na próxima sexta-feira, 17 de outubro de 2025, às 9 horas, no Plenário Iris Rezende Machado, a sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, uma das mais tradicionais homenagens concedidas pela Comissão de Saúde da Alego. A honraria é uma iniciativa do deputado Gustavo Sebba (PSDB), presidente da Comissão e médico, e tem como objetivo reconhecer o trabalho e a dedicação de profissionais que se destacam na promoção da saúde e do bem-estar da população goiana.
“É uma alegria imensa promover mais uma edição da Comenda Nabyh Salum, um reconhecimento àqueles que fazem da medicina um verdadeiro ato de amor e compromisso com o próximo. Neste ano, mais uma vez teremos a oportunidade de homenagear médicos que se dedicam diariamente a salvar vidas e a melhorar a qualidade da saúde em nosso Estado”, afirmou o deputado Gustavo Sebba.
Criada pela Resolução nº 1627/2017, a Comenda Nabyh Salum leva o nome do médico que inspirou a homenagem — um profissional exemplar que marcou gerações pelo compromisso ético, humano e técnico com a medicina. Desde sua criação, a honraria destaca profissionais indicados por entidades médicas como a Associação Médica de Goiás e a Academia Goiana de Medicina, além de indicações feitas pela própria Alego, ampliando a representatividade e o alcance da homenagem.
De acordo com o parlamentar, a entrega da Comenda é também um momento de reflexão sobre o papel essencial da medicina e dos profissionais de saúde na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
“Em tempos desafiadores, reconhecer o trabalho dos médicos é reconhecer a força de quem enfrenta, todos os dias, as dores e esperanças de tantas pessoas. Esta comenda é uma forma de agradecer e valorizar esses profissionais que não medem esforços para garantir o cuidado, a dignidade e a vida dos goianos”, destacou Gustavo Sebba.
Ao longo dos anos, a Comenda Nabyh Salum consolidou-se como um dos maiores reconhecimentos na área da saúde em Goiás, reforçando o compromisso da Assembleia Legislativa com a valorização dos profissionais que fazem da medicina um instrumento de transformação social.
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EXTRA
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Nova tecnologia passa a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar a partir de 3 de novembro, conforme suas diretrizes de utilização
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incorporou ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde a radioterapia de intensidade modulada para o tratamento de pacientes adultos com tumores no reto. O rol é a lista de procedimentos e tratamentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
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A REDAÇÃO
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Obra será custeada por emenda de R$ 8,5 mi
De Brasília, onde passou toda a quarta-feira (15/10), entre compromissos externos e reuniões com a bancada goiana de deputados federais, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), prometeu modernizar o atendimento emergencial da capital. Isso porque ele conseguiu, junto ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), uma emenda parlamentar de R$ 8,5 milhões. O valor será usado na construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tipo 3, a mais completa entre as categorias existentes no sistema de saúde pública.
Mabel usou as redes sociais para anunciar a novidade e adiantou que a nova estrutura será construída para substituir uma das unidades antigas da capital, garantindo mais qualidade aos pacientes. “O deputado Ismael Alexandrino acaba de dar para Goiânia uma emenda para o ano que vem, para uma UPA Tipo 3, a maior que tem, de R$ 8,5 milhões. Vamos construir uma UPA novinha para substituir essas UPAs cansadas que nós temos aí. O nosso povo merece”, afirmou o prefeito.
No vídeo, Alexandrino reforçou o compromisso de seu mandato com a melhoria do sistema público de saúde em Goiás e com a capital. “Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. E o senhor, como homem público responsável, que está colocando Goiânia nos trilhos, nos fez esse pedido, e eu, que quero deixar um legado na área da saúde, faço questão de destinar essa emenda”, afirmou o parlamentar.
A UPA Tipo 3 é o modelo mais robusto de pronto atendimento, com capacidade para atender até 450 pacientes por dia e estrutura que inclui consultórios, salas de emergência, observação adulta e pediátrica, laboratório e raio-X.
“Agora, no mês de outubro, destinamos essa emenda para ser paga no próximo ano, já para iniciar a obra. Que Deus possa abençoar e muitas pessoas sejam salvas nessa UPA”, completou Alexandrino.
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MEDICINA S/A
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
90% dos pacientes usam a internet para procurar especialistas e 80% escolhe com base nas avaliações. Doctoralia, a maior plataforma de saúde do mundo, propõe estratégias
Em um mercado de saúde cada vez mais digital, a primeira impressão sobre um médico já não acontece apenas dentro do consultório. Hoje, ela nasce na internet, nas avaliações deixadas por outros pacientes. Esse foi o ponto de partida da mais recente edição do Doctoralia Connect, mesacast que abordou “Como transformar opiniões de pacientes em autoridade e receita”. O evento apresentou dados inéditos, dicas práticas e casos que reforçam como comentários online podem se tornar um dos ativos mais estratégicos da carreira médica.
O peso das avaliações na decisão do paciente
Segundo a pesquisa Perfil do Paciente Digital, conduzida pela Doctoralia, 90% dos pacientes usam a internet para encontrar profissionais de saúde. E quando dois ou três médicos oferecem condições semelhantes – mesma especialidade, localização e disponibilidade – o que define a escolha são as avaliações.
“As opiniões funcionam como fator de diferenciação e segurança. O paciente quer saber se pode confiar naquele atendimento, assim como faz em outros setores, quando lê sobre hotéis, restaurantes ou motoristas de aplicativo, por exemplo”, explica Dayane Carvalho, Relações Públicas da Doctoralia Brasil.
O estudo mostra ainda que 80% dos pacientes escolhem um médico com base em avaliações de outros pacientes. Além da opinião, a disponibilidade de agenda e a aceitação de convênios estão entre os principais critérios de decisão – e que a foto do perfil e a clareza das informações também ajudam a transmitir confiança.
Estratégias éticas para conquistar mais avaliações
Um dos receios mais comuns entre médicos é parecer invasivo ao solicitar comentários. Para o ortopedista Dr. Jonas Lenzi, referência na plataforma por seu histórico de quase 800 avaliações positivas, até o momento, a chave está em criar uma experiência positiva que naturalmente motiva o paciente a avaliar. Ele relatou casos nos quais simples gestos de atenção e simplicidade nas explicações renderam depoimentos detalhados e valiosos.
A Doctoralia potencializa esse processo com recursos automáticos: ao final de cada consulta agendada pela plataforma, o paciente recebe uma notificação para avaliar o profissional. “Quanto mais avaliações, maior a credibilidade do perfil, e nós criamos mecanismos para que isso aconteça de forma ética, prática e constante”, destacou Gabriel Manes, CMO Brasil e Chile.
Como lidar com críticas e avaliações negativas
Neste novo cenário, a gestão de críticas pode ser um ponto sensível. Para Dayane, ignorar um comentário negativo é o maior erro. “Responder de forma rápida, respeitosa e personalizada mostra comprometimento. Uma opinião desfavorável isolada não prejudica quando o perfil já tem muitas avaliações positivas; ao contrário, confere autenticidade”.
Dr. Jonas complementa com um caso real. Ao responder um paciente insatisfeito e propor melhorias, conseguiu reconquistá-lo. “Uma opinião negativa pode mostrar nossos pontos fracos. Se não sabemos os calcanhares de Aquiles, não conseguimos nos defender nem melhorar continuamente”. Segundo o ortopedista, responder de forma educada e profissional a comentários críticos é parte do processo de evolução.
Da expectativa à confiança
Dr. Jonas reforça, também, a influência direta das avaliações na adesão aos tratamentos. “Quando o paciente lê opiniões sobre meu atendimento e depois comprova na consulta que aquilo é real, ele passa a confiar mais no tratamento e aumenta a disciplina. Isso impacta na conversão e até no resultado clínico.”
Esse alinhamento entre expectativa e prática cria uma experiência mais satisfatória e, segundo ele, pode até melhorar a percepção de eficácia do tratamento.
Analisando suas próprias avaliações, o ortopedista notou que os aspectos mais mencionados pelos pacientes eram pontualidade e atenção. “São fatores simples, mas que impactam muito na decisão do paciente. Nenhuma agência faria uma campanha de marketing sobre pontualidade, mas é exatamente isso que o paciente valoriza – e as opiniões dão voz a esses detalhes”, afirma.
Para Dayane Carvalho, três fatores são os mais relevantes nas avaliações: o conteúdo do relato (experiência detalhada), a quantidade de opiniões e o fato de o médico responder aos comentários.
Ferramentas potencializam a reputação
Além de conectar pacientes e médicos, a Doctoralia oferece soluções que fortalecem a visibilidade e a reputação dos profissionais:
Notificações automáticas que convidam os pacientes a avaliar o atendimento, sem esforço extra para o médico.
Certificado de Excelência e Selo de Pacientes Fiéis, que destacam qualidade e recorrência.
Integração com o Google Perfil de Empresa, que conecta agenda online e opiniões em diferentes canais.
Lembretes automáticos de consulta, que reduzem em 65% as faltas.
Esses recursos, aliados ao grande tráfego orgânico da plataforma, ampliam a confiança do paciente e aumentam as chances de novos agendamentos.
Um novo olhar sobre o paciente digital
Outro dado do estudo “Perfil do Paciente Digital 2025” destaca mudanças importantes no comportamento de consumo em saúde: 84% dos agendamentos já são feitos por smartphone, 33% ocorrem fora do horário comercial e 13% durante os fins de semana. Esse cenário exige que médicos estejam disponíveis online, com agenda atualizada, fotos profissionais, descrições completas e, sobretudo, opiniões de pacientes.
Para Dayane Carvalho, o recado é: “Cuidar da reputação online não é marketing, é a forma mais eficaz de mostrar excelência, conquistar confiança e crescer de forma sustentável no mercado de saúde”.
Uma jornada mais humana e transparente
Para Gabriel Manes, o propósito da Doctoralia vai além da tecnologia: “Nosso papel é educar o mercado e mostrar como cada opinião pode ser convertida em autoridade, confiança e novos agendamentos. Cuidar da reputação online não é mais uma opção para o médico, mas uma necessidade. Em um ambiente competitivo e cada vez mais digital, as avaliações se tornaram parte essencial da jornada do paciente e um dos maiores ativos para o futuro da prática médica”.
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Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde cresceu 1% entre maio e agosto de 2025, passando de 5,22 milhões para 5,27 milhões de vínculos, um saldo positivo de 52 mil postos de trabalho. O desempenho superou o da economia brasileira como um todo, que registrou alta de 0,9% no mesmo período. Os dados constam da 78ª edição do Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor privado, que avançou 1,3% e ampliou sua participação para 82% do total de vínculos da saúde, o equivalente a 4,32 milhões de empregos formais. Já o setor público, com 950,8 mil vínculos (18% do total), apresentou leve retração de 0,3% no trimestre, com destaque negativo para a região Norte, que reduziu em 3,6% os vínculos públicos em saúde.
“O setor de saúde segue sendo um importante gerador de empregos formais no País, com um ritmo de crescimento que supera a média da economia. Esse resultado reflete a força da cadeia privada e a ampliação dos serviços assistenciais em todas as regiões”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Convém notar que parte dos empregos privados estão em organizações que prestam serviços ao SUS, como no caso de filantrópicos ou nas entidades do terceiro setor que administram unidades do setor público”, ressalta.
Centro-Oeste e Nordeste lideram o crescimento regional
Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento proporcional, de 2,9%, seguido pelo Nordeste (alta de 1,4%) e pelo Sul (alta de 1,2%). A região Sudeste, que concentra quase metade dos empregos do setor, cresceu 0,9%, enquanto o Norte foi a única com retração de 0,5%, influenciada pela queda no emprego público.
Em termos absolutos, o Sudeste mantém a liderança com 2,63 milhões de vínculos formais, seguido pelo Nordeste (1,04 milhão), Sul (765 mil), Centro-Oeste (544 mil) e Norte (291 mil). A participação da saúde na economia brasileira alcançou 10,8% dos vínculos formais, chegando a 12,7% no Nordeste e 12,4% no Centro-Oeste — evidenciando a importância estrutural do setor para o desenvolvimento regional.
O relatório mostra que os prestadores de serviços (clínicas, consultórios, hospitais e laboratórios) seguem como o principal motor da geração de empregos na saúde. Em agosto, eles representavam 74% de todos os vínculos da cadeia, chegando a 80% no Norte e 79,2% no Nordeste.
No recorte da saúde suplementar, o saldo acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025 foi de 167,9 mil novas vagas, sendo 123,9 mil criadas por prestadores (73,8%), 38 mil por fornecedores e 6 mil por operadoras de planos de saúde.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
OAB pressiona Anvisa por canal exclusivo para advogados
Aplicar menos de 1% do orçamento da saúde em cuidados oculares traria retorno anual de R$ 42 bilhões ao Brasil
https://medicinasa.com.br/orcamento-cuidados-oculares/
Como a Inteligência Artificial está redefinindo a eficiência das operadoras
https://www.brazildental.com.br/como-a-inteligencia-artificial-esta-redefinindo-a-eficiencia-das-operadoras
Tecnologia e governança fortalecem a segurança contra fraudes hospitalares
JORNAL OPÇÃO
OAB pressiona Anvisa por canal exclusivo para advogados
Atualmente, os advogados são atendidos pelos mesmos canais destinados ao público geral, o que, segundo a OAB, tem gerado atrasos significativos em demandas urgentes
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) formalizou um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a criação de um canal de atendimento exclusivo voltado à advocacia. A iniciativa busca garantir acesso mais rápido e eficiente a processos administrativos, além de assegurar o respeito às prerrogativas profissionais previstas em lei.
Atualmente, os advogados são atendidos pelos mesmos canais destinados ao público geral, o que, segundo a OAB, tem gerado atrasos significativos em demandas urgentes. A proposta se apoia na Portaria nº 570/2023 da própria Anvisa, que já prevê atendimento diferenciado para determinados públicos, mas ainda não contempla os profissionais da advocacia.
Para o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, a solicitação vai além da defesa corporativa. “Garantir que os advogados tenham acesso direto e rápido aos processos significa proteger direitos de toda a sociedade. Prerrogativas respeitadas transformam a atuação da advocacia em benefício do cidadão”, afirmou.
Simonetti também destacou que a medida fortalecerá o diálogo institucional entre a OAB e os órgãos públicos, criando um ambiente mais propício para a atuação da advocacia na defesa dos interesses coletivos.
Relatos de Dificuldades
O procurador Nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis, explicou que o pedido surgiu após diversos relatos de advogados enfrentando obstáculos para obter cópias e informações processuais. “Sem um canal específico, pedidos urgentes acabam presos em fluxos genéricos. Um atendimento diferenciado garante celeridade e eficiência na atuação profissional”, pontuou.
Sarkis reforçou que a proposta não representa um embate, mas sim uma construção conjunta. “Não se trata de confronto, mas de diálogo institucional. O objetivo é construir soluções que beneficiem o funcionamento do serviço público e da Justiça como um todo.”
Base Legal
O pedido da OAB também se fundamenta no Estatuto da Advocacia, Lei nº 8.906 de 1994, que assegura aos advogados o direito de examinar processos administrativos, obter cópias e realizar apontamentos, salvo nos casos em que o processo esteja sob sigilo.
A expectativa da Ordem é que a Anvisa avalie a proposta com celeridade e sensibilidade institucional, reconhecendo o papel essencial da advocacia na garantia dos direitos fundamentais e no bom funcionamento da Justiça.
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MEDICINA S/A
Aplicar menos de 1% do orçamento da saúde em cuidados oculares traria retorno anual de R$ 42 bilhões ao Brasil
A Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) estima que até 90% dos casos de cegueira e deficiência visual possam ser prevenidos ou tratados. De acordo com estudo inédito, a destinação de R$ 1,55 bilhão para a promoção da saúde ocular – menos de 1% do orçamento público da saúde previsto para 2025 – poderia gerar um retorno anual de R$ 42 bilhões, o equivalente a R$ 27 para cada R$ 1 investidos. O relatório Valor da Visão foi produzido pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), Fundação Seva e Fundação Fred Hollows.
As consequências da perda de visão parcial ou total são muitas. Envolvem desemprego, baixa escolaridade, redução de renda, sobrecarga para os cuidadores, problemas de saúde mental e maior risco de acidentes e doenças – fatores que afetam diretamente a realidade socioeconômica do país.
Assim, segundo o estudo, entre os principais benefícios da atenção à saúde ocular estariam ganhos de empregabilidade (R$ 16,8 bilhões) e de produtividade (R$ 9,36 bilhões). Além disso, o investimento em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças oculares também traria benefícios sociais: evitaria 60 mil casos de depressão e quase 14 mil acidentes de trânsito, além de gerar um ganho em escolaridade de 139 mil anos.
Em 2019, ela pôde, enfim, corrigir gratuitamente o estrabismo, com o apoio do Instituto Verter. “Quando eu cheguei em casa depois da cirurgia e vi meus olhos no espelho, fiquei emocionada e falei para minha mãe ‘estão retinhos, estão retinhos’. Fui à praia comemorar e tirei muitas fotos sem óculos. A cirurgia mudou completamente a minha vida.”
Para Caio Abujamra, presidente do Instituto Suel Abujamra, o investimento em saúde ocular é uma das decisões mais inteligentes que o Brasil poderia tomar. “O impacto vai muito além do financeiro. Quando melhoramos a visão, nós também prevenimos depressão, reduzimos acidentes e aliviamos os cuidadores. O ato de enxergar está relacionado à dignidade e às oportunidades tanto quanto à economia – e em um país onde as desigualdades sociais e econômicas são tão profundas, investir na saúde ocular pode fazer uma diferença decisiva”, diz.
A pesquisa aponta seis áreas prioritárias para os governos prevenirem a perda da visão: detecção precoce por meio de exames nas comunidades – nas escolas, por exemplo –, distribuição de óculos de leitura, aumento da capacidade cirúrgica, melhorias na produtividade cirúrgica e das equipes, e remoção de barreiras ao acesso à saúde ocular – como custo, distância e estigma –, além do aprimoramento da cirurgia de catarata com técnicas inovadores, uso mais amplo de biometria e padrões mais rigorosos de cuidados pós-operatórios.
“A perda da visão é um problema universal que impacta todas as áreas da vida, mas temos soluções claras para ela. Grande parte dos casos pode ser prevenida com intervenções simples e acessíveis como expandir os testes de visão e melhorar a cirurgia de catarata. Convocamos governos, empresas, escolas e famílias a fazer da saúde ocular uma prioridade. A evidência é clara: ao investirmos na visão, investimos no futuro”, afirma Peter Holland, diretor-executivo da IAPB.
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BRASIL DENTAL
Como a Inteligência Artificial está redefinindo a eficiência das operadoras
A transformação digital da saúde suplementar avança a passos largos, e um dos grandes protagonistas dessa mudança é a inteligência artificial (IA).
Em um setor que lida com grandes volumes de dados e fluxos complexos, a IA tem se mostrado essencial para aumentar a eficiência, melhorar o cuidado e reduzir custos operacionais.
IA na auditoria de guias e procedimentos
A aplicação de algoritmos inteligentes permite revisar guias de procedimentos com mais rapidez e precisão, identificando inconsistências e acelerando autorizações. O resultado: menos retrabalho, mais segurança e uma rede mais satisfeita.
Previsibilidade de custos com análise preditiva
Com o uso de IA, operadoras conseguem analisar históricos de uso, perfil de risco e comportamento do beneficiário para prever sinistros e direcionar ações preventivas. A gestão de risco passa a ser ativa — e não reativa.
Otimização da regulação e liberação
Soluções baseadas em IA estão transformando o processo de regulação em algo quase instantâneo. Isso melhora a experiência do credenciado, reduz ligações e agiliza o acesso do paciente ao tratamento.
Detecção de fraudes e erros com mais precisão
Sistemas treinados para detectar padrões suspeitos ajudam operadoras a identificar fraudes, duplicidades ou desvios com muito mais eficácia do que os métodos manuais.
Suporte à tomada de decisão clínica
Alguns modelos de IA já estão sendo aplicados para sugerir condutas baseadas em evidências e cruzamento de dados clínicos — sempre com foco no cuidado seguro e personalizado.
A inteligência artificial não substitui o olhar humano, mas amplia sua capacidade. Operadoras que investem em IA não apenas ganham agilidade, mas também constroem um novo padrão de cuidado: mais estratégico, resolutivo e centrado no beneficiário. A Brazil Dental apoia soluções inteligentes que impulsionam a transformação da odontologia no Brasil.
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SAÚDE BUSINESS
Tecnologia e governança fortalecem a segurança contra fraudes hospitalares
Integração entre tecnologia, governança e comunicação atua no combate às fraudes hospitalares e reforça a cultura de segurança em instituições de saúde.
Especialistas em segurança da informação e proteção de dados discutiram, durante o HIS 2025, estratégias eficazes para combater a fraude hospitalar — um problema silencioso que ameaça vidas, compromete a sustentabilidade financeira das instituições e fragiliza a confiança entre pacientes e prestadores.
Os avanços tecnológicos, aliados à integração entre áreas e à conscientização dos colaboradores, têm mostrado resultados concretos e duradouros no combate às irregularidades.
Projeto antifraude gera economia milionária
No São Cristóvão Saúde, um projeto antifraude reduziu 86% das perdas financeiras entre 2023 e 2024 e chegou a zero fraudes de boletos em 2025. A solução envolveu parceria entre as áreas de TI e financeira para mapear toda a jornada do boleto — físico e digital — e identificar vulnerabilidades, segundo Patricia Hatae, diretora de Inovação e Tecnologia da instituição.
O processo incluiu auditorias para rastreabilidade, campanhas de adesão ao débito automático e ferramentas de monitoramento de segurança, o que garantiu maior controle e transparência.
Outro ponto crítico destacado por Patricia foi a fraude em terapias, em que pacientes não comparecem aos atendimentos, mas mantêm guias ativas. A implantação de tecnologia de reconhecimento facial trouxe um retorno financeiro de aproximadamente R$ 2 milhões. “A gente tem que trabalhar em equipe, porque quem tem essa percepção (da fraude), muitas vezes é a área afetada”, destacou.
Governança e princípio do menor privilégio
Para Felipe Raddi, DPO do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a gestão de acessos é um dos pilares da segurança digital. O executivo ressaltou a importância de aplicar o princípio do menor privilégio, capaz de conceder a cada colaborador apenas o acesso estritamente necessário para o desempenho de suas funções.
Segundo Raddi, muitas vulnerabilidades surgem quando profissionais mantêm acessos “por conveniência” ou “uso eventual”. A recomendação é que fluxos de informação sejam centralizados e supervisionados por setores especializados, o que reduz o risco de exposição indevida de dados sensíveis.
Comunicação como ferramenta de prevenção
Além da tecnologia, a comunicação efetiva foi apontada como um componente essencial no combate às fraudes. Pequenas falhas operacionais — como vazamentos de informações durante o transporte físico de exames — podem se transformar em grandes brechas de segurança.
Para mitigar esse tipo de risco, o São Cristóvão Saúde desenvolveu ações de comunicação direta com pacientes e beneficiários para alertar sobre golpes e reforçar boas práticas no compartilhamento de informações. A medida resultou na redução dos incidentes.
O público mais visado pelas fraudes, segundo os especialistas, é formado por pessoas acima de 60 anos, grupo que geralmente apresenta menor familiaridade com tecnologia.
Everson Remedi, gerente de Segurança da Informação e Governança de TI do HCor, destacou que criminosos exploram essa vulnerabilidade. Por isso, defende o uso de mensagens preventivas em painéis, WhatsApp e chatbots, garantindo uma comunicação acessível e constante com o paciente.
Colaboração interinstitucional fortalece o setor
A troca de experiências entre instituições foi apontada como um dos caminhos mais eficazes para reduzir vulnerabilidades. O grupo ABC, que reúne mais de 100 profissionais de diferentes organizações de saúde em encontros mensais, é exemplo de como a cooperação acelera a adoção de medidas preventivas e melhora o nível de segurança do setor.
Os especialistas reforçaram que, embora a tecnologia e os processos estruturados sejam fundamentais, a interface humana continua sendo o elo mais frágil da cadeia de segurança. A conscientização constante e o tratamento cuidadoso dos dados de pacientes e colaboradores são indispensáveis.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
16|10 – Cremego vai homenagear 20 médicos com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025
MEC suspende edital de abertura de novos cursos privados de medicina
Brasil confirma 34 casos de sarampo e Ministério da Saúde emite alerta
SUS recebe medicamento de última geração para tratamento de câncer de mama
A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil
https://medicinasa.com.br/leve-saude-edi31/
Saúde mental dos plantonistas: como aliviar a sobrecarga
https://medicinasa.com.br/saude-mental-plantonistas/
Como implementar um programa ESG em hospitais e clínicas: passo a passo para começar
https://www.saudebusiness.com/esg/como-implementar-um-programa-esg-nos-hospitais/
CREMEGO
16|10 – Cremego vai homenagear 20 médicos com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025
No próximo dia 16 de outubro, às 19 horas, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) realizará a entrega da “Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025”, em sua sede, em Goiânia. A solenidade marca duas datas especiais: a celebração do Dia do Médico (18 de outubro) e os 20 anos da criação da comenda, que se tornou um dos mais importantes reconhecimentos da medicina goiana.
Criada em 2005, a honraria é concedida anualmente a profissionais que se destacam pela conduta ética, dedicação ao exercício da medicina, contribuição para o ensino, pesquisa e também pela representatividade junto à classe médica. A escolha dos homenageados é feita pelos conselheiros do Cremego.
Neste ano, 20 médicos e médicas goianos serão condecorados. Todos têm em comum mais de 35 anos de atuação e uma trajetória marcada pela excelência, o respeito à ética médica, a valorização da medicina e o compromisso com a saúde da população.
Os homenageados de 2025:
• Dra. Carmen Neuda Alves Calixto
• Dr. Clidenor Gomes Filho
• Dr. Eurípedes Figueiredo Alessandri
• Dr. Francisco Barrozo Neto
• Dr. Gastão Siqueira Neto
• Dr. José de Oliveira e Silva
• Dr. Kim Ir Sen Santos Teixeira
• Dra. Lia Cândida Miranda de Castro
• Dr. Luiz Cláudio Quinan
• Dr. Luiz Fernando Martins
• Dr. Magno Machado
• Dr. Marcos Pereira de Ávila
• Dr. Ney Domingos de Morais
• Dr. Pedro Chaves Canedo
• Dra. Regina Maria Santos Marques
• Dr. Rodolfo Bertoldo Ribeiro
• Dr. Sebastião Mesquita
• Dr. Severino Teixeira de Mendonça
• Dra. Teresa Cristina de Oliveira Marques
• Dr. Ubiratã Monte Christo Ferreira
A solenidade será um momento de reconhecimento público a profissionais que se tornaram referência para colegas, alunos e para a sociedade, pelo exemplo de compromisso com a vida, a ciência e a ética médica.
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GAZETA DO POVO
MEC suspende edital de abertura de novos cursos privados de medicina
O Ministério da Educação (MEC) suspendeu, por 120 dias, o edital que determinava a abertura de novos cursos de medicina em faculdades particulares. A pasta apontou que é necessária uma avaliação dos impactos da expansão dessas vagas “em razão da conclusão de processos administrativos determinados por decisões judiciais”.
A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 10. O edital, de 4 de outubro de 2023, previa a criação de 5.700 novas vagas ligadas ao Programa Mais Médicos em um período de 10 anos.
No último dia 6, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) afirmou que, entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, o MEC autorizou a criação de 77 novos cursos de medicina, totalizando 4.412 vagas de graduação.
Segundo o levantamento, no mesmo período, outros 20 cursos já existentes tiveram suas turmas ampliadas, o que representou 1.049 vagas adicionais.
“No total, o país ganhou 5.461 novas vagas em menos de dois anos. Com isso, o Brasil chega a 494 escolas médicas em 2025, com 50.974 vagas anuais de graduação, das quais 80% estão em instituições privadas”, disse a FMUSP, em nota, ao anunciar o resultado do estudo.
O MEC disse ter recebido mais 360 ordens judiciais para abertura de cursos, entre 2018 e 2022. O prazo de suspensão será utilizado pela pasta para avaliar a judicialização do tema e o impacto na estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), pois os estudantes de medicina precisam de campos de estágios adequados para a formação.
Após a suspensão do edital, o médico César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), afirmou que o crescimento do curso de medicina no país é “irracional, absurdo e inaceitável”, pois “ocorre de maneira desordenada, com condições precárias de formação”. Em nota, Fernandes destacou que “não há campo de ensino prático adequado”.
Na última semana, a Gazeta do Povo mostrou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (Amies) travam um embate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fiscalização das atividades práticas para estudantes de medicina.
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A REDAÇÃO
Brasil confirma 34 casos de sarampo e Ministério da Saúde emite alerta
O Ministério da Saúde (MS) emitiu um alerta nacional para os Estados e municípios nesta sexta-feira (10/10), sobre o aumento de casos de sarampo no País. Do início de janeiro até o momento, o Brasil registra 34 casos da doença. Os Estados do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso chegaram a entrar em situação de surto. A pasta solicita intensificação da vacinação e da vigilância em relação a possíveis infecções.
De acordo com a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o cenário é motivado por uma cobertura vacinal heterogênea. "Você pode ter 95% (de cobertura vacinal) em um lugar, mas 10% em outro, por exemplo. Então, nesses municípios em que a cobertura é baixa, os casos vão surgindo até que você perde o controle", explica.
O esquema básico de vacinação é composto por duas doses. A primeira é aplicada aos 12 meses de idade e a segunda, aos 15 meses. Geralmente, é utilizada a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O imunizante está disponível gratuitamente na rede pública.
Isabella destaca que a eficácia é de 98% e a vacinação é a única forma de prevenção à doença. Em 2024, o Brasil apresentou cobertura vacinal da tríplice viral de 95,7% para a primeira dose e 80,3% para a segunda dose. Já os dados preliminares de 2025 indicam coberturas de 91,2% e 74,6%, respectivamente.
De acordo com o MS, esses índices aumentam a vulnerabilidade para a circulação do vírus do sarampo, já que estão abaixo da meta recomendada de 95%. Dos 34 casos registrados no Brasil, nove são importados de pessoas que retornaram do exterior já infectadas. Outros 22 estão relacionados a esses casos. Já os outros três apresentam sequenciamento genômico compatível com variantes que circulam em outros países.
Segundo Isabella, muitos países estão vivendo um surto de sarampo, como os Estados Unidos, destino frequente de brasileiros. A transmissão começa justamente quando essas pessoas viajam, contraem a doença e retornam ao Brasil. Esses são os casos chamados de importados. "O problema é quando surgem infecções em pessoas que não viajaram. Isso significa que o vírus já está circulando na comunidade", destaca.
Sarampo no mundo
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram notificados mais de 360 mil casos suspeitos da doença em 173 países, e cerca de 164 mil deles foram confirmados. A maior parte dos registros veio da Região do Mediterrâneo Oriental, com 34% dos casos, seguida pela África, com 23%, e pela Europa, com 18%. N
as Américas, o cenário também chama atenção. Foram confirmados 11.691 casos de sarampo e 25 mortes em dez países. O Canadá liderou o número de infecções, com pouco mais de 5 mil casos, seguido pelo México, com 4.703, e pelos Estados Unidos, com 1.514. Em março deste ano, os Estados Unidos registraram o primeiro óbito em dez anos por conta da doença.
A situação aconteceu no início da gestão de Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde e Serviços Humanos, cargo equivalente ao de ministro da Saúde no Brasil. Kennedy Jr. já afirmou que a vacina tríplice viral estaria ligada ao autismo, uma alegação que foi estudada e desmentida - ou seja, não tem qualquer base científica.
Na América do Sul, a Bolívia enfrenta um surto ativo com 320 casos confirmados, enquanto o Paraguai registrou 50 casos, o Peru, 4, e a Argentina, 35. Os dados da OMS apontam que os adolescentes e jovens adultos registram o maior número absoluto de casos. Nas Américas, 22% dos casos confirmados ocorreram entre pessoas de 10 a 19 anos, e 19% entre 20 e 29 anos.
No entanto, quando se considera a taxa de incidência proporcional à população, os bebês com menos de 1 ano são os mais vulneráveis, com 6,6 casos para cada 100 mil habitantes.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença causada por um vírus do gênero Morbillivirus, de transmissão respiratória, assim como a covid-19, influenza e outras infecções virais. A doença causa um quadro de saúde preocupante e potencialmente fatal, especialmente para crianças com menos de 2 anos. "Até os anos 90, o sarampo era uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil", pontua Isabella.
Os sintomas iniciais costumam ser parecidos com os de uma gripe: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e mal-estar. Depois de alguns dias, surgem manchas vermelhas pelo corpo, a principal marca da doença. Quando elas aparecem, o paciente pode estar transmitindo a doença há seis dias - a transmissão continua até quatro dias após o surgimento dessas marcas. É importante frisar que o vírus do sarampo é considerado um dos mais contagiosos: um indivíduo com a doença pode infectar outros 16 que não estejam imunizados.
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JORNAL OPÇÃO
SUS recebe medicamento de última geração para tratamento de câncer de mama
Quase 12 mil unidades para tratamento do câncer de mama HER2-positivo chegaram ao Brasil
O Brasil recebeu, neste mês de Outubro Rosa, o primeiro lote do medicamento de última geração incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo. A primeira tem 11.978 unidades do Trastuzumabe Entansina, sendo 6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg. As doses chegaram nesta segunda-feira, 13.
Ao todo, serão quatro lotes do medicamento. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. Os insumos atenderão 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS, beneficiando 1.144 pacientes em 2025.
O investimento total é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, sendo 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. O Ministério da Saúde negociou a compra no valor de cerca de 50% abaixo do mercado, garantindo economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso ao tratamento no SUS. Os preços negociados passaram de R$ 7,2 mil por frasco de 100 mg e R$ 11,6 mil por frasco de 160 mg, para R$ 3,5 mil e R$ 5,6 mil respectivamente.
“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto.
Pós quimioterapia inicial
O medicamento é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2- positivo em estágio III. A nova terapia representa um avanço no cuidado, ampliando as opções de tratamento no SUS e oferecendo melhores perspectivas de controle da doença e qualidade de vida. O medicamento será distribuído às secretarias estaduais de saúde, que farão a dispensação conforme os protocolos clínicos vigentes.
Além do Trastuzumabe Entansina, o Ministério da Saúde avança na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) indicados para o tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2- negativo.
A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos, por meio da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC), será publicada ainda neste mês. Esse modelo permite que estados e municípios realizem diretamente a aquisição dos medicamentos, com financiamento federal, otimizando a logística e garantindo que o tratamento chegue com mais agilidade às pacientes atendidas nos serviços especializados.
Ampliação de Mamografia
Recentemente o Ministério da Saúde anunciou mudança na faixa etária para realização da mamografia no SUS. A partir de agora o exame está disponível também para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo na ausência de sintomas de câncer. A ampliação da faixa etária fortalece o diagnóstico precoce e o acesso à assistência, especialmente para mulheres que antes encontravam barreiras no sistema público de saúde, como a exigência de histórico familiar ou de sinais clínicos da doença. Em 2024, as mamografias realizadas em mulheres com menos de 50 anos já corresponderam a 30% do total, ultrapassando 1 milhão de exames.
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MEDICINA S/A
A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil
Com foco em atenção primária, rede verticalizada e uso de tecnologia, empresa aposta em modelo inovador para levar saúde acessível e de qualidade à população.
A Leve Saúde é uma das operadoras que mais crescem no Brasil atualmente e isso não se dá por acaso. Criada no Rio de Janeiro com o propósito de oferecer serviços de qualidade a preços acessíveis, a empresa nasceu com o objetivo de ampliar o acesso à saúde suplementar para um público historicamente negligenciado, o de pessoas com mais de 45 anos das classes B, C e D. Essa decisão estratégica foi o ponto de partida de um modelo que rapidamente demonstrou potencial de escala. Com apenas cinco anos de existência, a Leve ultrapassou R$ 700 milhões em faturamento e já conquistou mais de 95 mil clientes.
No entanto, o foco inicial não limita a atuação da empresa. A operadora vem expandindo seus serviços com um portfólio que engloba diversos perfis de clientes, mas que não deixa de lado o compromisso de oferecer uma saúde mais acessível, contínua e centrada no cuidado do paciente. Neste ano, lançou uma nova grade de planos médicos, com hospitais de ponta e preços ainda mais competitivos – especialmente para o público sênior – e ampliou a abrangência dos planos odontológicos.
Com um modelo que combina três pilares essenciais (rede própria, tecnologia e atenção primária), a operadora vem redefinindo a experiência dos clientes em todas as etapas da jornada assistencial, desde a prevenção até o acompanhamento especializado.
A empresa mantém uma rede de 12 clínicas próprias em pontos estratégicos do estado do Rio de Janeiro, onde já realiza a maior parte dos atendimentos ambulatoriais. Cerca de 75% dos clientes já realizam exames e consultas dentro da rede, e mais de 30% passam por atendimento ao menos uma vez por mês em uma das unidades. A meta é que, em breve, 90% dos atendimentos aconteçam nas clínicas Leve, garantindo mais integração, agilidade e personalização. É dessa forma que a Leve mantém um cuidado mais próximo, com médicos que conhecem o histórico do cliente e acompanham sua saúde de forma contínua e integrada.
Tecnologia
Com o objetivo de elevar a excelência de seus serviços e oferecer uma experiência mais completa aos clientes, a Leve também aposta em tecnologia. Em 2024, implantou um novo sistema de gestão ambulatorial que centraliza todos os dados clínicos em um único Repositório Eletrônico de Saúde. Com isso, garante a interoperabilidade com parceiros laboratoriais e acesso imediato a dados e histórico pelos profissionais de saúde, beneficiando tanto as equipes de cuidado quanto os próprios pacientes. A empresa também implementou, em todas as suas clínicas, uma ferramenta de check-in com reconhecimento facial em totens automatizados que permite o cadastro inicial em poucos segundos. Com uma expressiva redução do tempo de espera, a Leve garante redução de custos, prevenção de fraudes e maior automação de processos – além de mais comodidade para seus clientes.
O app de autoatendimento da operadora, usado por 80% dos seus clientes mensalmente, reúne mais de 25 funcionalidades, como agendamento de consultas, acesso a resultados de exames, receitas médicas e atestados, além de conexão a um sistema próprio de telemedicina, que reduz a necessidade de consultas presenciais e amplia a possibilidade de conversar com o time de cuidados para orientações de saúde.
Toda essa digitalização também se traduz em eficiência operacional e combate a fraudes, o que colabora para que os valores dos planos se mantenham acessíveis. Desde 2024, análises assistidas por inteligência artificial passaram a ser utilizadas para autorizar exames e procedimentos, otimizando prazos e reduzindo riscos. Ainda em 2025, esse sistema será expandido para a auditoria de contas médicas, criando uma linha de defesa integrada que conecta autorização, execução e faturamento.
Atenção Primária
O terceiro pilar da Leve Saúde está na atenção primária à saúde. Em um setor em que a média de investimentos em prevenção não passa de 0,25% da receita, a Leve investe seis vezes mais. Em 2024, foram R$ 4,5 milhões destinados a programas e iniciativas de cuidado. Em 2025, a expectativa é dobrar esse número e chegar a R$ 10 milhões. São nove programas já em curso e outros em fase de lançamento. Há projetos voltados para puérperas, gestantes, saúde mental, autismo, doenças renais, alta complexidade e home care. Um novo programa para emagrecimento saudável também estreará ainda este ano. Ao todo, a empresa conta com um time de 150 médicos e 60 enfermeiros dedicados ao atendimento nas clínicas e nas plataformas virtuais.
Mas um dos maiores símbolos da valorização da Leve Saúde aos cuidados preventivos está fora das clínicas e dos aplicativos. A Arena Leve, projeto de bem-estar e inclusão patrocinado pela operadora, transformou quatro espaços icônicos do Rio de Janeiro em centros de atividade física gratuita e promoção de saúde. Com aulas diárias de yoga, ritmos, funcional, pilates, boxe e até futevôlei, o projeto já superou 70 mil inscrições em um ano e impactou diretamente 13 mil pessoas. Além das atividades esportivas, os participantes contam com acesso a serviços de saúde, estrutura com vestiários, materiais de treino e apoio de mais de 70 professores. Aberta a todos, a Arena reforça o compromisso da Leve com a democratização do acesso à saúde e o incentivo à vida ativa. Até o fim de 2026, o investimento previsto na Arena Leve é de R$ 3 milhões.
Todo esse conjunto de inovações contribuiu para que a empresa alcançasse o segundo menor índice de sinistralidade do setor, com 58%. Com isso, a Leve demonstra que é possível ser sustentável, oferecer saúde de qualidade e ainda manter planos com preços até 30% mais acessíveis do que a média do mercado. Esse é um feito ainda mais expressivo se considerarmos que mais de 50% da base da Leve não possuía plano em até 6 meses antes da contratação. Além disso, metade da base atual contratou diretamente com a empresa, sem migrar de outras operadoras.
Em um mercado com mais de 70 milhões de brasileiros acima dos 45 anos e menos da metade com acesso à saúde privada, a Leve possui planos de expansão para além do Rio de Janeiro, e em breve contará com hospitais próprios em sua rede.
Ao ampliar sua atuação calcada em atenção primária, presença digital consolidada, tecnologia própria e uma filosofia de cuidado genuíno, a Leve Saúde mostra que é possível crescer rápido sem abrir mão do essencial: cuidar de pessoas. E faz isso de maneira leve, acessível, integrada e humana, tendo sempre como foco principal o próprio cliente. Uma verdadeira receita de sucesso para quem quer, mais do que planos de saúde, construir um novo futuro para a saúde no Brasil.
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Saúde mental dos plantonistas: como aliviar a sobrecarga
Quem olha de fora, muitas vezes enxerga apenas o prestígio da profissão médica. Porém, quem vive o dia a dia de um plantão conhece o peso da rotina com jornadas longas, noites mal dormidas e decisões críticas a cada minuto. Porém, quando o expediente termina, começa outra maratona, a burocracia.
Emitir notas fiscais, calcular impostos, organizar recibos, controlar escalas… Tudo isso recai sobre os ombros do plantonista, que já chega ao fim do turno esgotado fisicamente e emocionalmente. O resultado é um fardo extra que amplia o desgaste e ameaça a qualidade de vida.
Um estudo publicado este ano na Revista FT revela que a Síndrome de Burnout afeta significativamente os profissionais da saúde no Brasil, especialmente no cenário pós-pandemia. A pesquisa, baseada em artigos publicados nas bases de dados Lilacs e SciELO, identifica como principais fatores de risco a carga horária excessiva, múltiplos empregos e condições de trabalho inadequadas. De acordo com o levantamento, profissionais residentes apresentaram taxas de até 50% de acometimento da síndrome.
O cenário se torna ainda mais alarmante diante de um estudo publicado pela BMJ em 2024, que aponta que médicas enfrentam um risco 76% maior de suicídio em comparação com a população geral. A pesquisa também revela que médicos homens têm 41% mais chance em relação aos homens da população geral, evidenciando que a profissão médica apresenta um risco consistente.
Grande parte desse estresse não vem apenas da prática médica em si, e sim da falta de suporte fora do hospital. A burocracia financeira é um inimigo silencioso da saúde mental. Quando um médico perde horas da madrugada organizando documentos fiscais ou tentando entender se seus impostos foram pagos corretamente, deixa de investir esse tempo no que realmente importa: descansar, aproveitar momentos de lazer ou estar com a família.
Aqui entra a importância da Tecnologia como aliada. Simplificar a vida financeira do plantonista, automatizando notas fiscais, centralizando pagamentos e calculando tributos de forma instantânea é um cuidado necessário com a saúde mental. O médico precisa de soluções práticas, acessíveis e que funcionem no ritmo de sua rotina, para que possa dedicar sua energia ao que realmente importa: cuidar de pessoas.
Oferecer suporte ao médico fora do hospital é tão essencial quanto qualquer inovação dentro dele. Garantir que esses profissionais tenham menos peso burocrático e mais qualidade de vida é também investir na qualidade da medicina no Brasil.
*André Servaes é CEO da Selvia.
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SAÚDE BUSINESS
Como implementar um programa ESG em hospitais e clínicas: passo a passo para começar
Implementar ESG em hospitais e clínicas envolve diagnóstico inicial, definição de metas, integração cultural e monitoramento.
A pressão por sustentabilidade hospitalar e transparência na gestão tem colocado o ESG em saúde no centro das discussões do setor. Mais do que atender normas ou conquistar certificações, trata-se de repensar a forma como clínicas e hospitais lidam com recursos naturais, pessoas e governança.
Ao estruturar um plano ESG hospitalar, a instituição consegue reduzir desperdícios, ampliar eficiência energética, fortalecer a responsabilidade social hospitalar e ganhar credibilidade perante pacientes, colaboradores e investidores. O grande desafio está em como transformar esses conceitos em prática.
A implementação ESG clínica exige um caminho bem definido. O processo passa por diagnóstico inicial, definição de metas, integração cultural e acompanhamento de resultados — etapas que permitem alinhar impacto ambiental, social e econômico de forma consistente.
O que é ESG hospitalar
O conceito de ESG hospitalar está diretamente ligado à integração dos pilares ambiental, social e de governança ao setor da saúde.
Em hospitais e clínicas, a aplicação prática abrange desde o manejo adequado de resíduos e a transparência na gestão até ações que ampliam o compromisso com a responsabilidade social.
Ao analisar como implementar um programa ESG nos hospitais, é importante enxergar que não se trata apenas de uma adequação normativa, mas de uma transformação cultural voltada para a sustentabilidade e para a reputação institucional.
O impacto ambiental da saúde é expressivo: de acordo com a Health Care Without Harm (HCWH), os sistemas de saúde respondem por 4,4% das emissões globais de CO₂, o que equivale à operação anual de 514 usinas de carvão.
Já a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) mostra que hospitais consomem quase 2,5 vezes mais energia por metro quadrado do que edifícios comerciais comuns. Esses dados deixam claro que a sustentabilidade hospitalar é decisiva para reduzir custos, minimizar riscos e reforçar a credibilidade das instituições.
Além do aspecto ambiental, a gestão ESG em clínicas e hospitais amplia benefícios sociais. Pacientes encontram ambientes mais seguros e saudáveis, enquanto colaboradores percebem maior valorização e propósito no trabalho.
Para investidores, um hospital sustentável transmite solidez, alinhamento com boas práticas de governança em hospitais e um compromisso claro com métricas de sustentabilidade em saúde.
Os 3 pilares do ESG em saúde
A incorporação do ESG em saúde vai além da adoção de tecnologias ou da modernização de estruturas. O desafio é integrar práticas que unem sustentabilidade, responsabilidade social e governança ética ao dia a dia de hospitais e clínicas.
Cada pilar a seguir contribui para transformar o setor em um modelo mais consciente e preparado para os desafios atuais:
Ambiental: envolve medidas para reduzir o consumo de energia e água, ampliar a eficiência energética e garantir o manejo correto de resíduos. Essas iniciativas ajudam a diminuir a pegada ambiental e posicionam a instituição como um hospital sustentável.
Social: refere-se ao impacto direto na comunidade e nas pessoas. Programas de saúde comunitária, diversidade e inclusão e ações voltadas ao bem-estar das equipes fortalecem a relação de confiança entre pacientes, profissionais e sociedade.
Governança: abrange a transparência na gestão, o cumprimento de normas e a criação de processos éticos que garantam credibilidade. A definição de indicadores claros e a adoção de políticas de governança clínica permitem acompanhar resultados e gerar valor de longo prazo.
Ao alinhar esses três pilares, hospitais e clínicas passam a construir não apenas um serviço de qualidade, mas também um modelo de gestão que gera impacto positivo e duradouro.
Como implementar um programa ESG em hospitais
Para elaborar um plano ESG hospitalar, é necessário alinhar o projeto à estratégia da instituição e assegurar a participação ativa da alta liderança. A medida reforça a implementação consistente das ações por meio de um cascateamento top-down.
Abaixo estão etapas que podem guiar essa jornada:
Avaliação da situação atual da clínica ou hospital
O primeiro passo é entender onde a instituição está em termos de práticas ambientais, sociais e de governança. Para isso, muitas organizações formam um comitê ou equipe multidisciplinar capaz de mapear riscos, oportunidades e pontos de melhoria.
Esse diagnóstico inicial é a base para uma implementação ESG clínica bem-sucedida.
Definição de metas e indicadores claros
A materialidade é o processo de identificação e priorização dos temas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) que mais impactam o negócio e seus públicos de interesse.
Essa análise é organizada em uma matriz de materialidade, um mapa estratégico que mostra quais ações ESG são mais relevantes para a organização e seus stakeholders, orientando a atuação e a comunicação de sustentabilidade.
A análise de materialidade ESG é estruturada em quatro etapas:
Identificação dos temas: análise dos aspectos ambientais, sociais e de governança que podem afetar o negócio ou a operação.
Consulta às partes interessadas: escuta de colaboradores, clientes, investidores e comunidades para compreender expectativas e prioridades.
Análise de impacto: avaliação de como cada tema influencia custos, riscos e reputação, além do impacto que a empresa gera sobre o meio ambiente e a sociedade.
Criação da matriz de materialidade: consolidação dos resultados em um gráfico que representa a relevância dos temas para o negócio e para os stakeholders.
A matriz de materialidade orienta decisões e direciona investimentos nas ações ESG mais relevantes. Também reforça a gestão de riscos, aprimora a comunicação corporativa, facilita a elaboração de relatórios de sustentabilidade e amplia a competitividade e o valor de longo prazo da organização.
O conceito de dupla materialidade complementa essa análise ao considerar duas perspectivas: a financeira — como os temas ESG afetam o valor da empresa — e a de impacto — como a empresa influencia o meio ambiente e a sociedade. Essa visão integrada fortalece a coerência entre propósito, resultados e impacto socioambiental.
Integração de ESG na cultura organizacional
Para que a estratégia seja efetiva, ela precisa ser incorporada à rotina da instituição com treinamentos, campanhas de engajamento e incentivo à adoção de práticas de responsabilidade social no dia a dia.
Uma política de governança clínica transparente também contribui para fortalecer a confiança entre equipes, pacientes e parceiros.
Monitoramento e reporte de resultados
A jornada não termina com a execução das ações. É fundamental acompanhar métricas de sustentabilidade em saúde, revisar processos e divulgar os avanços de forma clara.
O monitoramento constante e os relatórios periódicos reforçam o compliance e demonstram compromisso com a melhoria contínua.
Um plano bem estruturado coloca hospitais e clínicas em sintonia com as melhores práticas do setor, gera impacto positivo para a sociedade e aumenta a credibilidade da instituição no mercado.
Casos de sucesso
A aplicação de ESG em saúde já deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma realidade em hospitais e instituições de referência.
Diversas experiências mostram que a sustentabilidade hospitalar, quando bem planejada, gera impacto ambiental positivo, fortalece a reputação e melhora a gestão no longo prazo.
Libbs
Um exemplo vem da farmacêutica Libbs, que reduziu em 43% o consumo de gasolina de sua frota corporativa em apenas seis meses. A campanha, voltada à conscientização dos colaboradores e ao uso preferencial do etanol, evitou a emissão de 674 toneladas de CO₂.
Além do ganho ambiental, a iniciativa demonstrou como engajamento interno e mobilidade sustentável podem se transformar em vantagem competitiva e em economia significativa.
Hospital Moinhos de Vento
Outro destaque é o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que conquistou pela quarta vez consecutiva o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. A certificação reconhece a qualidade e a transparência na gestão das emissões de gases de efeito estufa.
O hospital adotou medidas como a descontinuação gradual do uso de óxido nitroso (N₂O), responsável por grande parte das emissões diretas, e investiu em energia renovável, incluindo usina fotovoltaica própria.
Essas práticas reforçam a governança em hospitais e a capacidade de alinhar eficiência operacional com responsabilidade climática.
Hospital Moriah
O Hospital Moriah, em São Paulo, também se tornou referência ao conquistar o selo LEED Gold de sustentabilidade, concedido pelo U.S. Green Building Council. A certificação reconhece edificações que seguem padrões internacionais de eficiência energética e qualidade ambiental.
Para chegar lá, o hospital implementou gestão eficiente de resíduos, reaproveitamento de calor de sistemas de climatização e programas de educação ambiental para colaboradores.
O resultado foi um espaço de saúde mais sustentável, com benefícios diretos para pacientes, equipe e comunidade.
Esses exemplos revelam que o plano ESG hospitalar não é apenas uma diretriz teórica, mas um caminho prático para gerar impacto social de hospitais, reduzir custos operacionais e atender às expectativas de investidores e da sociedade.
Hcor
O Hcor, em São Paulo, eliminou o uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduziu em cerca de 50% suas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1). A substituição do óxido nitroso pelo sevoflurano diminui o potencial de aquecimento global sem comprometer a segurança dos pacientes.
A mudança exigiu ajustes técnicos, como a desativação do sistema central de distribuição do N₂O e a revisão dos protocolos anestésicos. A ação integra uma estratégia mais ampla de sustentabilidade que também reduziu o volume de resíduos por paciente-dia e o descarte em aterros.
O hospital é membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, com resultados expressivos: redução de 3,93% na geração de resíduos e de 8,10% no volume enviado a aterros sanitários em 2024, mesmo com aumento na quantidade de pacientes e cirurgias.
A redução no consumo hídrico chegou a 6,6% e o consumo de energia por paciente-dia atingiu 12%, ampliando o volume de materiais reciclados e compostados. A comercialização de recicláveis gerou R$ 237 mil, revertidos para projetos gratuitos de saúde.
Rede D’Or
A Rede D’Or firmou um acordo de 17 anos com a CGN Brasil Energy e o Grupo Bolt para a autoprodução de 57 MW médios de energia solar, suficientes para abastecer 79 unidades hospitalares em 13 estados e no Distrito Federal.
O fornecimento provém principalmente do Complexo Solar Fotovoltaico Lagoinha, no Ceará, com 337 mil painéis fotovoltaicos distribuídos em 304 hectares. A iniciativa reforça a estratégia de transição energética da empresa e deve garantir autonomia total no consumo de energia elétrica de suas operações hospitalares.
A Rede D’Or é signatária do Pacto Global da ONU e da iniciativa Race to Zero, com metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050 e reduzir 36% da intensidade de emissões até 2030 (base 2020).
Suas práticas são reconhecidas nos índices Carbono Eficiente (ICO2) e de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, além do Carbon Disclosure Project (CDP – Clima).
A experiência dessas instituições mostra que a implementação ESG clínica, quando estruturada, pode transformar o setor da saúde em um modelo de inovação, credibilidade e compromisso com o futuro.
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Assessoria de Comunicação