CLIPPING AHPACEG 29/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Quanto ganha um médico no Brasil em 2025 e onde estão os melhores salários
Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
https://medicinasa.com.br/incentivos-mercado-medicina/
Estudo projeta alta de custos de até 60% e crescimento da prevalência de transtornos mentais até 2035
https://medicinasa.com.br/crescimento-transtornos-mentais/
Empresas aumentam investimentos em bem-estar e saúde dos funcionários
https://medicinasa.com.br/investimento-saude-funcionarios/
Dados não curam sozinhos: é o uso inteligente que redefine a saúde
https://medicinasa.com.br/dados-saude-empresas/
Coren-GO e sindicato cobram explicações sobre escala de enfermagem
Protocolo rápido de ressonância magnética acelera diagnóstico do câncer de mama
Unimed-RS lança plano de saúde veterinário com atendimento para cães e gatos
ANS promove reunião sobre o programa Agora Tem Especialistas
O ANTAGONISTA
Quanto ganha um médico no Brasil em 2025 e onde estão os melhores salários
Plantões, SUS, CLT ou consultório? Veja quanto ganha um médico no Brasil hoje e os detalhes que impactam diretamente na remuneração.
 
 O salário de um médico no Brasil em 2025 pode variar significativamente. Fatores como especialidade, tipo de vínculo e localização influenciam bastante nos valores. Descubra o que esperar em termos de remuneração.
 
 Qual é a média salarial de um médico em 2025?
 
 A média salarial nacional para médicos varia de R$ 8.000 a R$ 12.000 por mês para aqueles em regime CLT com jornada normal. Especialistas ou médicos com consultório próprio podem alcançar ganhos de R$ 15.000 a R$ 20.000 ou mais. Além disso, cargos de chefia em hospitais privados e gestores de saúde podem superar os R$ 25.000 mensais, especialmente em grandes centros urbanos.
 
 Quanto ganham os médicos residentes em 2025?
 
 Para aqueles em processo de formação, como médicos residentes, a bolsa em 2025 está estimada em cerca de R$ 4.106,09 por mês. Vale destacar que, em algumas instituições, podem ser oferecidos auxílios adicionais, como alimentação ou transporte, variando conforme o hospital universitário.
 
 Quais são os ganhos nos contratos públicos em 2025?
 
 No Sistema Único de Saúde (SUS), o salário pode variar dependendo da carga horária e do local. Médicos gerais podem ganhar entre R$ 6.000 e R$ 11.000 por mês. Em cidades do interior e regiões de difícil acesso, são comuns incentivos extras, elevando os valores para até R$ 15.000 mensais em alguns casos.
 
 Quanto se recebe por um plantão médico atualmente?
 
 Os plantões médicos também são uma importante fonte de renda. Por exemplo, um plantão de 12 horas pode render entre R$ 1.200 e R$ 3.000. Valores podem ser superiores em datas especiais, como feriados e finais de semana, ou em unidades de terapia intensiva.
 
 Dica rápida: O local de atuação pode influenciar nos ganhos. Regiões mais afastadas geralmente oferecem salários mais altos para atrair profissionais.
 
 Como construir uma carreira médica de sucesso em 2025?
 
 Atenção à Especialização: Escolher uma especialidade pode aumentar consideravelmente seus rendimentos.
 
 Importância do Local: Salários podem ser mais atrativos em regiões menos povoadas.
 
 Flexibilidade de Horários: Plantões permitem aumentar a renda mensal significativamente.
 
 Atualização constante: Investir em formação continuada e congressos pode abrir portas para empregos mais competitivos e salários mais altos.
 
 Redes de contacto: Participar em sociedades médicas e grupos profissionais favorece oportunidades e parcerias.
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MEDICINA S/A
Os incentivos que estão moldando (e distorcendo) a medicina
Nos últimos anos, tenho observado um fenômeno curioso: profissionais de outras áreas, principalmente mulheres advogadas, engenheiras ou atuando em diferentes campos, migrando para a medicina. Essa decisão, em muitos casos, reflete duas motivações principais: ou uma vocação genuína para cuidar das pessoas, ou a expectativa de melhor remuneração.
Infelizmente, a segunda motivação é a mais comum. E aqui reside um equívoco fundamental: muitos não compreendem a dinâmica de oferta e demanda do mercado médico. Não é erro individual, mas consequência de um cenário estrutural.
Nos últimos 20 anos, o Brasil assistiu a um crescimento exponencial do número de faculdades de medicina. Em 2005, existiam 143 instituições; hoje, são 448, um aumento superior a 200%. A oferta anual de vagas atingiu 48.491 em 2025. Segundo projeções da Demografia Médica no Brasil 2025, o país deve alcançar 1.152.230 médicos em atividade até 2035, o que corresponde a cerca de 5,25 médicos por 1.000 habitantes, aproximadamente 1 médico para cada 190 brasileiros, considerando uma população estimada de 219,5 milhões.
O impacto disso no mercado de trabalho é imediato. Plantões que antes pagavam de R$1.000 a R$1.500, hoje chegam a R$500. A tendência é que os valores continuem caindo, à medida que milhares de médicos se formam a cada semestre. Para entrar em um mercado cada vez mais competitivo e mal remunerado, muitos desses jovens assumem endividamentos significativos, já que algumas graduações chegam a custar mais de um milhão de reais por aluno.
A situação se agrava com a consolidação do setor privado em hospitais e clínicas, que concentra o poder de negociação e reduz a capacidade de jovens médicos negociarem salários justos. Paralelamente, os municípios diminuem a remuneração nas UPAs, muitas delas geridas por associações e cooperativas cientes do excesso de profissionais disponíveis.
O efeito prático é que o sonho de muitos jovens, ingressar na medicina para garantir uma carreira segura e financeiramente vantajosa, dificilmente se realizará. As residências médicas oferecem pouquíssimas vagas, e a concorrência se torna cada vez mais acirrada.
O governo, ao acreditar que a expansão de faculdades resolveria a escassez de médicos, especialmente no interior, errou a mão: os profissionais evitam essas regiões, os salários caem e o problema persiste.
O Brasil vive uma distorção incomum: existem mais faculdades de medicina do que de direito, um número desproporcional de advogados em relação a engenheiros, e ainda assim criou-se a ideia de que um diploma é a chave para uma vida transformada. A experiência mostra que não é assim. Incentivos mal planejados, aplicados por governos de diferentes espectros políticos nos últimos 10 anos, estão corroendo a boa remuneração do mercado médico e comprometendo a qualidade do atendimento básico à população.
O reflexo dessa política educacional mal orientada já é visível: médicos recém-formados sem experiência consultam colegas via WhatsApp sobre procedimentos. O resultado é um mercado saturado, remuneração em queda e alta frustração entre jovens profissionais.
Podemos traçar analogias com fenômenos passados, como o “advogado Uber” ou o “engenheiro Uber” em períodos de crise econômica. Em breve, veremos o “médico Uber”, fruto de incentivos equivocados que beneficiam principalmente as faculdades, não os estudantes ou a população.
É urgente repensar a política de formação médica no Brasil. Sem ajustes estruturais, milhares de jovens verão seus sonhos frustrados, não por falta de talento ou dedicação, mas por erros de planejamento e incentivos mal desenhados.
Garantir acesso à medicina não pode significar apenas multiplicar faculdades e gerar um excesso de profissionais; é necessário criar condições reais para que esses médicos tenham carreira sustentável, remuneração adequada e impacto positivo na saúde da população.
*Igor Lucena é economista, Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Lisboa e CEO da Amero Consulting. Membro da Chatham House – The Royal Institute of International Affairs e da Associação Portuguesa de Ciência Política.
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Estudo projeta alta de custos de até 60% e crescimento da prevalência de transtornos mentais até 2035
O Brasil ocupa o primeiro lugar mundial em prevalência de ansiedade e a quinta posição em depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário, somado ao aumento de 240% nos atendimentos por ansiedade no SUS entre 2018 e 2023, projeta um futuro preocupante: a prevalência dos transtornos relacionados à saúde mental tende a aumentar e os custos com cuidado podem crescer 60% até 2035. A conclusão é do estudo “Caminhos da Saúde Suplementar 2035 – Perspectivas 2035: Saúde Mental”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em parceria com a Ecare, rede de clínicas em psiquiatria e psicologia, e a Heads in Health, consultoria especializada em gestão de dados na saúde.
O trabalho integra a série especial “Caminhos da Saúde Suplementar – Perspectivas 2035”, que vem analisando os principais desafios e tendências para o setor no horizonte das próximas décadas.
O cenário preocupante e de tendência de agravamento estimulou os pesquisadores a proporem seis eixos estratégicos para a melhoria dos cuidados de saúde mental dentro do sistema de saúde brasileiro (público e privado):
Prevenção estrutural e políticas públicas;
Integração público-privada com financiamento baseado em valor;
Uso responsável de tecnologia;
Capacitação de profissionais em competências digitais e medicina de precisão;
Monitoramento e pesquisa com indicadores confiáveis; e
Redução do estigma e da garantia de direitos.
Ao analisar tendências emergentes da área e que já estão em curso, o trabalho chama atenção para alguns pontos capazes de redesenhar o futuro do cuidado em saúde mental. É o caso do uso de biomarcadores genéticos e digitais para diagnóstico precoce; adoção de novas terapias farmacológicas (como cetamina, psicodélicos e até terapia gênica); e uso de tecnologias digitais de suporte, como telepsiquiatria e aplicativos terapêuticos.
“O Brasil precisa decidir se seguirá em um caminho tendencial, com custos crescentes e insustentáveis, além de desigualdades crescentes, ou se adotará um modelo transformador, baseado em integração e inovação responsável”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Segundo o estudo, 10,27% da população adulta brasileira, cerca de 16,3 milhões de pessoas, apresenta sintomas depressivos. Há também uma correlação entre saúde mental e doenças físicas. Pacientes com transtornos psiquiátricos têm 54% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, além de maior vulnerabilidade em condições como diabetes, câncer e obesidade. Em todas essas situações, a presença de comorbidades mentais compromete a adesão ao tratamento e os resultados clínicos.
Do ponto de vista econômico, os custos indiretos relacionados a absenteísmo e presenteísmo variam entre US$ 681 e US$ 10.965 por trabalhador/ano, frequentemente superando as despesas médicas diretas, segundo o estudo. Além disso, os custos com saúde mental crescem em ritmo mais acelerado do que a média das demais despesas médicas, o que amplia o risco de insustentabilidade para o sistema.
A situação identificada mostra um cenário desafiador: apenas 23% dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) contam com psiquiatras em tempo integral, sobrecarregando profissionais que chegam a atender até 1,2 mil pacientes ao ano. No setor privado, o desafio não é menor: 78% dos psiquiatras estão concentrados em capitais, ampliando os vazios assistenciais no interior dos Estados, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.
Além disso, o estudo sugere atenção especial ao diagnóstico precoce de transtornos mentais em crianças e adolescentes, especialmente no ambiente escolar. A triagem em fases iniciais permite a identificação mais rápida, maior adesão a tratamentos e melhores resultados clínicos. Países como o Brasil, inclusive, onde há escassez de especialistas, a escola pode se tornar um ponto estratégico de intervenção em saúde pública, funcionando como porta de entrada para encaminhamentos e cuidados adequados.
“O cuidado em saúde mental precisa ser visto como estratégico e transversal, impactando diretamente resultados clínicos em todas as áreas da medicina”, afirma Eduardo Tancredi, médico psiquiatra e sócio-fundador da Ecare.
Para Paulo Vaz, fundador da Heads in Health e sócio da Ecare, a saúde mental é determinante não apenas para o bem-estar individual. “Estamos falando de uma agenda que busca equilíbrio social e sustentabilidade econômica de empresas e dos próprios sistemas de saúde”, observa.
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Empresas aumentam investimentos em bem-estar e saúde dos funcionários
As empresas brasileiras estão intensificando os investimentos em saúde, bem-estar e qualidade de vida para seus colaboradores. É o que mostra estimativas da 32ª Pesquisa de Benefícios Corporativos da consultoria Mercer Marsh Benefícios, que avaliou programas de gestão de saúde, bem-estar e qualidade de vida de 1.007 grandes e médias empresas no Brasil. A amostra analisada compreende 5 milhões de trabalhadores brasileiros.
De acordo com o estudo, o valor médio alocado por funcionário em iniciativas de qualidade de vida e bem-estar alcançou R$ 409,69 em 2024, um aumento de 11% em relação aos R$ 330,44 investidos em 2023. Esse movimento reforça o crescente compromisso das organizações com a saúde e a satisfação de suas equipes.
Metade das empresas participantes da pesquisa indicaram que planejam aumentar esse investimento nos próximos 12 meses, sinalizando que a tendência de priorizar o bem-estar no ambiente corporativo deve continuar.
As empresas participantes da pesquisa são do segmento financeiro, tecnologia, agronegócio, infraestrutura, varejo, bens de consumo não duráveis, energia, entre outros. Mais de 66% delas têm faturamento acima de R$ 100 milhões. A coleta dos dados online foi realizada de janeiro a março deste ano.
Foco em saúde mental e prevenção
O estudo também revela que mais de 60% das empresas estão investindo em ações voltadas para a saúde mental e a prática de exercícios físicos. Outras áreas de destaque incluem:
44% em programas para gestantes e família
43% em rotinas de check-up
30% nas iniciativas de rodas de conversas sobre saúde e bem-estar, mapeamento de saúde e benefício medicamentos.
Além disso, a atenção primária à saúde, o gerenciamento de doenças crônicas e o suporte a pacientes em tratamento de doenças graves também figuram entre as prioridades. Outras iniciativas relevantes incluem ações de combate ao tabagismo, drogas e uso excessivo de álcool.
Aumento significativo na implementação de ações de qualidade de vida
O relatório aponta que 81% das empresas brasileiras estão implementando ativamente ações de qualidade de vida neste ano, um crescimento notável de 16 pontos percentuais em relação à edição de 2023 da pesquisa. As lideranças de Recursos Humanos (RH) das empresas participantes veem esse investimento como uma estratégia que vai além do cuidado com o funcionário. Eles acreditam que o bem-estar impulsiona diretamente a produtividade organizacional e fortalece o ambiente de trabalho.
Esses números demonstram uma mudança significativa na cultura corporativa, onde a saúde e a qualidade de vida do colaborador são cada vez mais reconhecidas como fatores essenciais para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios.
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Dados não curam sozinhos: é o uso inteligente que redefine a saúde
Nos últimos anos, falar sobre dados virou quase um clichê. Todos repetem que eles são importantes, mas poucos entendem que o valor não está em acumular planilhas, relatórios e dashboards coloridos. O ponto central é transformar esse conhecimento em ações que mudem a realidade das pessoas e gerem resultados práticos, seja no cuidado individual, seja na gestão dentro das empresas.
Lembro do episódio do ConecteSUS, em 2021, quando milhares de brasileiros ficaram sem acesso ao comprovante de vacinação. O que parecia “apenas” uma falha técnica virou um caos: pessoas perderam voos, estados ficaram sem registros confiáveis e a vacinação foi prejudicada em diversos pontos. O que isso ensina? Que informações não são apenas números em um sistema; elas são a base que garante a continuidade da vida em sociedade. Quando não estão disponíveis ou não são usadas de forma correta, o impacto é imediato e profundo.
O desafio das organizações diante de dados dispersos
Dentro das organizações, a situação se repete em outra escala. Companhias com milhares de funcionários produzem uma enxurrada de registros sobre saúde, como exames admissionais, ausências, plano médico, campanhas de bem-estar, programas de saúde mental. Mas, quando tudo fica disperso em sistemas que não se conectam, a gestão vira um jogo de adivinhação. Decisões tomadas no escuro, custos assistenciais inflados e equipes que percebem a falta de cuidado integral com sua saúde.
É aqui que o RH precisa assumir um papel de liderança. Não mais como um setor operacional, restrito à folha de pagamento ou ao controle de benefícios, mas como protagonista da transformação da saúde corporativa. O desafio está em integrar registros, cruzar informações e antecipar riscos. É preciso coragem para encarar indicadores de saúde mental, presenteísmo ou risco ocupacional de frente. Não basta esperar relatórios prontos de terceiros, é hora de se tornar verdadeiramente data-driven — orientado por dados —, usando os números como ferramenta de gestão humana.
Na minha visão, o que diferencia companhias competitivas hoje é justamente a capacidade de transformar conhecimento em decisões que beneficiem efetivamente os colaboradores. O sucesso não se resume à redução de custos ou a balanços mais enxutos. A métrica real está no equilíbrio entre cuidado e desempenho. Organizações que entendem isso se destacam no mercado e ainda criam ambientes de trabalho nos quais as pessoas querem permanecer, crescer e dar o seu melhor.
Tecnologia e integração como pilares estratégicos
E a tecnologia tem um papel essencial nesse movimento. Ferramentas de Inteligência Artificial e machine learning (aprendizado de máquina) já são capazes de identificar padrões que o olhar humano dificilmente perceberia sozinho. Um aumento dos atestados de saúde mental pode ser correlacionado a indicadores de estresse ou de clima organizacional. Daí pode surgir uma intervenção preventiva que evita adoecimentos, afastamentos e até mesmo crises maiores.
As implicações estratégicas também não podem ser ignoradas. Cada centavo investido em prevenção pode gerar múltiplos ganhos em engajamento e eficiência. O oposto também é verdadeiro: quando as informações permanecem fragmentadas, o resultado é perda de visibilidade objetiva, mais retrabalho administrativo e maior vulnerabilidade jurídica, especialmente em tempos de LGPD. Integrar diferentes fontes deixou de ser um luxo — tornou-se uma necessidade estratégica para quem quer gerir equipes de forma inteligente.
Por isso, defendo que o futuro da saúde corporativa não será escrito por quem se limita a coletar registros, mas sim por quem souber interpretá-los e agir sobre eles. As organizações que compreenderem essa lógica estarão à frente, não porque gastam menos, mas porque cuidam melhor das pessoas que fazem seus negócios acontecerem. E, no fim, é sempre isso que diferencia uma empresa comum de uma instituição verdadeiramente transformadora: a capacidade de colocar as pessoas no centro, usando informações como meio, nunca como fim.
*Ana Beatriz Pereira é diretora de Dados da HealthBit.
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A REDAÇÃO
Coren-GO e sindicato cobram explicações sobre escala de enfermagem
Entidades defendem modelo 12x36
A defesa da manutenção da escala 12x36 pautou a visita do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) e do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg) ao Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) na segunda-feira (27/10). As entidades pedem que a Organização Social (OS) Imed esclareça a proposta de alteração para o regime 6x1, reforçando que o modelo atual garante melhores condições de trabalho, segurança assistencial e qualidade no atendimento à população.
Durante a visita, representantes locais informaram que a proposta ainda está em fase de estudo e que eventuais definições caberiam à gestão central da OS. Ainda assim, Coren-GO e Sieg reafirmaram sua posição contrária à mudança, destacando que o regime 12x36 é essencial para a qualidade da assistência e para a preservação dos direitos da categoria.
Direção
As entidades já adotaram medidas para tratar do tema diretamente com a direção da Imed, que também pretende implementar o novo regime no Hospital Estadual Centro-Norte (HCN) e no Hospital Estadual de Formosa. Os profissionais já foram informados sobre a possível mudança e, no caso de Formosa, um edital de novas contratações já prevê o regime 6x1.
 
 
O Coren-GO reforça que a escala 12x36 está consolidada como a mais adequada às especificidades da enfermagem, por garantir períodos de descanso compatíveis com a carga física e emocional do trabalho hospitalar e contribuir para a continuidade e qualidade do cuidado prestado aos pacientes.
Sobrecarga
A presidente do Coren-GO, Thaís Luane de Almeida, alerta que a alteração unilateral da escala para o regime 6x1 fere princípios de razoabilidade e de proteção à saúde do trabalhador. “A mudança pode gerar sobrecarga laboral, reduzir a segurança assistencial e comprometer a qualidade do atendimento à população”, afirma.
 
 
Thaís Luane lembra ainda que o artigo 7º da Constituição Federal assegura a redução dos riscos inerentes ao trabalho e que a Lei nº 7.498/1986, que regulamenta o exercício da enfermagem, garante condições adequadas para o pleno desempenho profissional.
“Seremos implacáveis na defesa de condições dignas de trabalho para os profissionais e da qualidade da assistência prestada à população”, conclui a presidente.
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 SAÚDE BUSINESS
Protocolo rápido de ressonância magnética acelera diagnóstico do câncer de mama
Nova abordagem reduz o tempo do exame, mantém precisão superior a 98% e aumenta a capacidade de atendimento, além de oferecer mais eficiência e conforto a pacientes de alto risco.
Um exame essencial para mulheres com risco de câncer de mama, que antes levava cerca de 40 minutos, agora pode ser concluído em poucos minutos sem comprometer a qualidade diagnóstica. É o que propõe o protocolo rápido de ressonância magnética (RM) das mamas, técnica que vem transformando o diagnóstico e o acompanhamento do câncer de mama no Brasil e no mundo.
A RM das mamas é considerada um dos métodos mais sensíveis para a detecção precoce da doença, capaz de identificar alterações funcionais que muitas vezes passam despercebidas em mamografias ou ultrassonografias. Isso porque o exame utiliza contraste, que aumenta a acurácia do diagnóstico, além de oferecer imagens anatômicas de alta resolução.
Com o novo protocolo, o tempo médio do exame caiu para 5 a 10 minutos, graças a tecnologias avançadas de captação e processamento de imagens. A segurança do diagnóstico supera 98%.
“Entre as principais vantagens do protocolo rápido estão o maior conforto para as pacientes, que permanecem menos tempo no equipamento, e o aumento da capacidade de atendimento dos serviços de diagnóstico por imagem”, explica José Luiz Bevilacqua, coordenador do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês.
O executivo acrescenta que o exame tem custo reduzido, tornando-se uma alternativa mais acessível para programas de rastreamento em grupos de maior risco.
Precisão que faz diferença
A ressonância magnética é um exame não invasivo que produz imagens internas de alta nitidez. Por meio de campo magnético e ondas de radiofrequência, gera imagens detalhadas, favorecendo diagnósticos precisos, especialmente de estruturas pequenas, como microcalcificações, que podem indicar o início de um câncer de mama.
A RM não é indicada para rastreio de rotina na população geral. Entre suas principais indicações estão: rastrear mulheres com alto risco de câncer de mama — incluindo aquelas com mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2 —, avaliar mamas densas, investigar achados inconclusivos em outros exames, planejar cirurgias, acompanhar a resposta à quimioterapia e monitorar pacientes no pós-tratamento.
A precisão do exame permite determinar com mais exatidão o tamanho do tumor, identificar tumores adicionais e realizar o estadiamento da doença.
“No protocolo rápido de ressonância magnética, foca-se na captação das chamadas imagens de subtração, que são as informações mais importantes que precisamos para o rastreio das pacientes com alto risco. Por isso, conseguimos o que mais precisamos para o diagnóstico da paciente com a agilidade de menos de 10 minutos na sala de exames”, esclarece Bevilacqua.
Embora o protocolo rápido não substitua totalmente o exame completo — indicado quando há necessidade de avaliação mais detalhada —, ele representa um avanço relevante no cuidado oncológico, ampliando o acesso, otimizando o tempo dos profissionais e proporcionando às pacientes uma experiência mais ágil e confortável.
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FORÇA DO VALE
Unimed-RS lança plano de saúde veterinário com atendimento para cães e gatos
Novo serviço será oferecido em todo o Brasil com contratação digital e diferentes faixas de cobertura
A Unimed do Rio Grande do Sul anunciou nesta semana a criação do UniPets, um plano de saúde voltado exclusivamente para cães e gatos. A novidade marca a entrada oficial da cooperativa médica no setor pet, que cresce em ritmo acelerado no Brasil.
O plano foi desenvolvido pela RS Empreendimentos, holding da Unimed-RS, e já está disponível para contratação em todo o país. A adesão é 100% digital e o serviço será ofertado em três modalidades, com diferentes faixas de mensalidade, cobertura e limite de uso.
Serviços incluídos
Entre os atendimentos previstos nos planos estão:
Consultas veterinárias presenciais
Atendimento ambulatorial
Exames laboratoriais e de imagem
Internações e cirurgias
Assistência funeral para pets
Teleorientação veterinária 24h
Serviços de concierge
A proposta, segundo a Unimed-RS, é reduzir impactos financeiros para tutores em situações inesperadas de saúde dos animais.
Base em pesquisa regional
O lançamento do UniPets foi baseado em uma pesquisa feita na Região Metropolitana de Porto Alegre, conduzida pela consultoria Pesquisa Quanti. O estudo apontou que os tutores demonstram alta preocupação com os custos veterinários, o que motivou a criação do novo produto.
A Unimed atende hoje cerca de 2 milhões de clientes no RS e mais de 20 milhões em todo o Brasil. Com o UniPets, a cooperativa busca diversificar seus serviços e ampliar sua atuação em segmentos conectados ao dia a dia das famílias.
A contratação do plano pode ser feita no site: https://lp.apetsaude.com.br/apet/unipets/home
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ANS
ANS promove reunião sobre o programa Agora Tem Especialistas
Encontro reuniu representantes da Agência, do Ministério da Saúde e da operadora Amil na tarde desta terça-feira, 28/10
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promoveu, na tarde desta terça-feira, 28/10, uma reunião com representantes da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde e da operadora de planos de saúde Amil. O objetivo do encontro foi tratar do programa Agora Tem Especialistas.
“O engajamento das operadoras é fundamental para que esse programa colabore com o atendimento ao cidadão brasileiro, reduzindo filas de atendimento no SUS", enfatizou o diretor-presidente da ANS, Wadih Damous.
O Programa Agora Tem Especialistas permite o atendimento em troca de dívidas, impostos ou cursos administrativos correntes das operadoras e prestadoras. A operadora Amil, por exemplo, não tem dívidas de ressarcimento ao SUS e irá se engajar no programa a partir desta reunião.
Além de Damous, participaram da reunião, pela ANS: a diretora de Gestão Interina, Carla Soares; o gerente-geral de Análise Técnica da Presidência, Vitor Guimarães; e a assessora-chefe de Relações Institucionais, Ana Carolina Rios. Representaram o Ministério da Saúde: o diretor do Departamento de Estratégias para a Expansão e Qualificação da Atenção Especializada, Rodrigo Alves Torres Oliveira; e o assessor jurídico João Luis Pereira.
Pela Amil, participaram Renato Casarotti, vice-presidente de Relações Institucionais; Kenneth Almeida, diretor executivo da Amil Total Care; e Anderson Nascimento, CEO Rede Total Care.
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Assessoria de Comunicação
 
								