
Imprensa (2479)
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Conselho Médico do RS lança cartilha sobre atendimento médico via WhatsApp
Dentistas vão ter permissão para fazer cirurgias plásticas faciais
Médico suspeito de crime sexual contra adolescente deve usar tornozeleira eletrônica, decide Justiça
Médica que diz ter sido detida após policiais exigirem atendimento com prioridade é absolvida de acusação de desacato
Fazenda desiste de criar teto de isenção de IR para doença grave
Justiça ordena retorno do aborto legal após suspensão que afetou 15 mulheres vítimas de estupro
STJ reafirma presunção de culpa de cirurgiões em cirurgias estéticas
CORREIO DO POVO
Conselho Médico do RS lança cartilha sobre atendimento médico via WhatsApp
Material destinado aos médicos abrange pontos como consulta médica remota e renovação de receitas
A telemedicina é uma realidade indiscutível e permite que médicos e pacientes se comuniquem com agilidade. Com isso em mente, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) lançou uma cartilha para médicos com orientações sobre as formas mais indicadas de prestar atendimento via aplicativos de mensagens.
"As ferramentas de comunicação digital vieram para ficar, e na Medicina não é diferente. Mas precisamos estabelecer o que são boas práticas no uso dessas ferramentas, como garantir uma troca segura de informações, a necessidade de consentimento informado e outros pontos fundamentais para a prática médica. Por isso, nos empenhamos na criação dessa cartilha", explica o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade.
O material abrange desde a definição do que é uma consulta médica remota até a renovação de receitas. O foco principal, no entanto, é na segurança dos dados do paciente e na preservação do sigilo profissional. A cartilha está disponível no site cremers.org.br/ebook_telemedicina .
.................................
CORREIO 24 HORAS
Dentistas vão ter permissão para fazer cirurgias plásticas faciais
Decisão, que expande determinação de 2019, causa polêmica com médicos
Seis anos após receberem autorização para realizar harmonização orofacial em consultórios, utilizando toxina botulínica (botox) e ácido hialurônico, os dentistas agora estão prestes a ganhar permissão para realizar cirurgias plásticas no rosto. A decisão, em fase final de formulação pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), inclui procedimentos como rinoplastia, lifting facial, alectomia, otoplastia, blefaroplastia e queiloplastia. As informações foram divulgadas pelo site Viva Bem, do Uol.
A rinoplastia, que modifica a estrutura do nariz, é um dos procedimentos mais aguardados. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, é a quarta cirurgia mais procurada no Brasil. Outras técnicas populares, como o lifting facial (para suavizar sinais de envelhecimento) e a otoplastia (correção de "orelha de abano"), também estão na lista de possíveis liberações.
Claudio Miyake, presidente do CFO, explicou para o Uol que a habilitação será gradual e exigirá adaptações na estrutura dos consultórios odontológicos. "A nova habilitação é uma evolução", disse Miyake, referindo-se à autorização de 2019 para harmonização orofacial. Ele destacou que a decisão só foi possível após anos de estudos e experimentações, garantindo a segurança dos procedimentos.
A liberação é uma demanda dos próprios profissionais, que desde 2019 têm atuado fortemente no segmento estético. Dados do CFO mostram que o número de dentistas especializados em harmonização orofacial saltou de 908 em 2021 para mais de 4.000 em 2023. Miyake classificou o interesse pela área como um "fenômeno" entre os cirurgiões-dentistas. Atualmente, 426 mil profissionais estão registrados no CFO.
No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vê com preocupação a expansão das atribuições dos dentistas. A entidade já contesta na Justiça a resolução do CFO que reconhece a harmonização orofacial como especialidade odontológica. Em nota, o CFM afirmou que "os avanços das demais profissões da área da saúde sobre os atos privativos do médico colocam em risco a saúde e a vida da população".
Para atuar na área, os dentistas precisarão comprovar especialização por meio de cursos com carga horária mínima, ainda a ser definida. O CFO também criará registros de especialidades, seguindo modelo semelhante ao do Conselho Federal de Medicina. Cursos de pós-graduação, como o oferecido pela Faculdade do Centro Oeste Paulista (Facop), com 1.481 horas/aula e duração de dois anos, já estão disponíveis.
A expectativa é que as primeiras habilitações sejam liberadas em breve, embora Miyake não tenha divulgado datas específicas. Enquanto isso, entidades como a Associação Brasileira de Harmonização Orofacial (Abrahof) e a Sociedade Brasileira de Toxina Botulínica e Implantes Faciais na Odontologia (SBTI) auxiliam na formatação das regras.
.................................
PORTAL G1
Médico suspeito de crime sexual contra adolescente deve usar tornozeleira eletrônica, decide Justiça
Profissional alegou que paciente de 17 anos tinha ‘útero invertido’ para justificar abuso, diz Ministério Público. Defesa afirma que ele é inocente e que possui mais de 30 anos de carreira.
Justiça determina que médico suspeito de crime sexual contra adolescente deve usar tornozeleira eletrônica
O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior, que foi denunciado por uma adolescente de 17 anos por abuso sexual, deve usar tornozeleira eletrônica, conforme decisão da Justiça. O homem, condenado anteriormente pelo assassinato da ex-mulher, cometeu o abuso dentro do próprio consultório, no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia, segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), obtida com exclusividade pela TV Anhanguera.
A defesa de Carlos Alfredo foi procurada para que pudesse se pronunciar sobre a decisão relativa ao uso de tornozeleira, nesta quinta-feira (6), mas não retornou até a última atualização desta reportagem. Sobre a denúncia, o advogado Roberto Serra da Silva Maia afirmou que ele é inocente e que possui mais de 30 anos de carreira, "sem qualquer histórico de conduta inadequada". Ele escreveu ainda que o caso "exige serenidade e rigor técnico para evitar pré-julgamentos indevidos" (leia nota completa ao fim do texto).
No texto da decisão, o juiz considerou que os crimes relatados foram praticados "no exercício da medicina, no local de trabalho do acusado". Além disso, a medida visa impedir que o médico possa fugir.
Anteriormente, o MP havia pedido pela prisão do médico, mas foi negado sob a justificativa de que os argumentos usados pelos promotores foram genéricos e se basearam nos relatos feitos pela suposta vítima e pela mãe dela. Na segunda-feira (3), o órgão entrou com recurso para que o investigado utilize tornozeleira eletrônica, tendo sido atendido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
A Polícia Penal informou, na manhã desta quinta-feira (6), que ainda não foi notificada da decisão. Órgão pontuou que, assim que for notificado, o equipamento será instalado, seguindo a determinação judicial.
A Justiça já havia determinado em fevereiro que o médico, que continuava atuando no mesmo hospital onde o crime foi praticado, fique impedido de exercer a medicina. Em nota à TV Anhanguera, na quarta-feira (5), a direção do Hospital Ruy Azeredo comunicou que não foi notificada da nova decisão. No entanto, ressaltou que Carlos não pertence ao quadro clínico da unidade desde o dia 17 de fevereiro.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, até quarta-feira (5), também não havia sido noticiado sobre a decisão judicial. Na manhã desta quinta-feira (6), o TJGO destacou que o caso está em segredo de Justiça e, por isso, não há acesso a qualquer informação sobre ele.
Denúncia
A denúncia realizada pelo Ministério Público, diz que o médico atendeu a adolescente em março de 2023. Ele solicitou uma endoscopia e uma ultrassom endovaginal à jovem, após ela ir até o consultório em busca de um tratamento para uma dor no estômago.
No mês seguinte, a adolescente e a mãe levaram para Alfredo os resultados do exame, ele afirmou que ela tinha “anteversão do útero”, conhecida popularmente como “útero invertido”, e que essa era a causa das dores.
O documento relatou que o médico pediu que a adolescente retirasse a blusa, abaixasse a calça e se deitasse na maca para corrigir a posição do útero ali mesmo no consultório. O texto pontuou que Alfredo iniciou a prática de atos libidinosos acariciando as mamas da adolescente, declarando que estava ensinando a fazer o autoexame.
“Em seguida, o denunciado colocou uma luva e introduziu os dedos na vagina da ofendida, manipulando o órgão genital por cerca de um minuto e meio, sob o pretexto de que estaria ‘colocando o útero no lugar’”, afirmou o texto.
Após a vítima sentir dores durante os abusos, a mãe interviu e pediu que o médico parasse, conforme a denúncia. Nesse momento, Alfredo alegou que já havia colocado o útero no lugar, pontuou o MP.
A adolescente e a mãe procuraram um ginecologista, depois do ocorrido, que informou que o procedimento não tinha respaldo técnico. Para a TV Anhanguera, o ginecologista e diretor da Maternidade Nascer Cidadão, Rogério Cândido, reafirmou que o procedimento não existe na ginecologia.
"O argumento para fazer uma mudança na posição do útero na região da vagina é descabido. Não existe esse procedimento no meio médico”, declarou Rogério.
Além disso, na denúncia, os promotores destacaram ainda que outras pacientes já registraram ocorrência contra Alfredo Carlos por práticas semelhantes, “o que demonstra a habitualidade e a gravidade de sua conduta”.
Em fevereiro, a Justiça determinou que o médico não está autorizado a sair de Goiânia por mais de oito dias sem autorização judicial. O denunciado também deve permanecer em casa entre as 22h e 6h. A proibição do exercício da medicina fica a cargo Cremego, diz a decisão judicial.
Nota da defesa de Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior
Diante da denúncia que envolve o médico Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior, sua defesa vem a público reafirmar seu compromisso com a verdade e a devida apuração dos fatos no âmbito do devido processo legal.
É fundamental ressaltar que o Dr. Alfredo possui uma trajetória profissional irrepreensível, com mais de três décadas de dedicação à medicina, tendo atendido milhares de pacientes sem qualquer histórico de conduta inadequada. O caso em questão, que se encontra em fase processual inicial, exige serenidade e rigor técnico para evitar pré-julgamentos indevidos.
A defesa reforça que todas as providencias necessárias serão tomadas para esclarecer os fatos e demonstrar a inexistência de qualquer irregularidade. Neste momento, confiamos na Justiça, que certamente conduzirá o processo em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
Reiteramos nossa plena confiança na inocência do Dr. Alfredo e no esclarecimento integral dos fatos, convictos de que a verdade prevalecerá.
..............................
Médica que diz ter sido detida após policiais exigirem atendimento com prioridade é absolvida de acusação de desacato
Médica afirmou ter sido intimidada por policial dentro do hospital e levada à delegacia durante plantão. Acusação alegou que ela ofendeu um dos agentes ao chamá-lo de "doido".
Médica recebe voz de prisão durante plantão em hospital de Trindade
A médica que denunciou ter sido detida após policiais exigirem atendimento prioritário foi absolvida pela Justiça da acusação de desacato feita pelos agentes. Ela foi levada à delegacia enquanto realizava atendimentos no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), na Região Metropolitana de Goiânia. A profissional afirmou ter sofrido abuso psicológico.
O caso ocorreu em 18 de novembro de 2024, e a sentença foi proferida na última quinta-feira (27). A decisão do juiz Thiago Mehari Ferreira Martins destacou a ausência de elementos que caracterizassem o crime. A Polícia Civil não se posicionou sobre a decisão. O g1 não conseguiu contato com os policiais.
A Justiça entendeu que o uso da palavra "doido" por uma médica para se referir a um policial civil não configura crime de desacato. Na decisão, foi destacado que o termo, isoladamente, não possui conotação de menosprezo, humilhação ou desprestígio à autoridade.
"Além disso, a expressão foi proferida no contexto de uma discussão acalorada, gerada pela insatisfação da médica com a presença dos policiais em seu consultório sem prévia autorização", afirmou o documento da Justiça.
A advogada da médica, Luísa Siqueira, ressaltou que, em nenhum momento, a médica desacatou os agentes, “limitando-se a agir em conformidade com os preceitos éticos e legais de sua profissão”. Ao g1, a médica disse que aguardava a sentença sobre a acusação de desacato para entrar com uma ação contra o estado.
De acordo com o processo, os policiais estavam no hospital acompanhando um detento para a realização de um laudo médico quando discutiram com a médica. A acusação alegou que ela ofendeu um dos agentes ao chamá-lo de "doido". No entanto, no interrogatório, a profissional negou a intenção de insultá-lo. Ela ressaltou que usou a expressão "gritar feito um doido" para se referir ao tom de voz do policial.
A presidente do Conselho Regional de Medicina de Goiás, Sheila Soares Ferro, afirmou em depoimento que desconhecia a realização de exames de corpo de delito no Hetrin, uma vez que essa não é a função do hospital, mas sim do Instituto Médico Legal (IML). Segundo ela, ao tomar conhecimento da prática, questionou o diretor técnico da unidade, que confirmou a realização dos exames devido à falta de médicos especializados.
A presidente do conselho afirmou que há pareceres contrários a essa prática, pois o exame deve ser realizado por profissionais treinados. Ela também disse que, conforme o diretor técnico, o Hetrin não realiza mais esses procedimentos. Sobre a entrada de terceiros em consultórios médicos, esclareceu que a autorização deve ser dada pelo médico presente na sala.
Ao g1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) destacou que a realização de exames de corpo delito é atribuição exclusiva do Instituto Médico Legal (IML), conforme o Código Penal. Em nota, a instituição afirmou ainda que os exames devem ser realizados por serviços oficiais, "garantindo que médicos assistenciais não sejam compelidos a atuar como peritos".
Relembre o caso
A médica denunciou ter sido detida após questionar policiais civis que, acompanhados de um detento, exigiram prioridade na realização de um exame de corpo de delito durante o plantão dela no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). Em entrevista ao g1, a profissional, que preferiu não se identificar, explicou que solicitou que os policiais aguardassem do lado de fora depois que eles interromperam uma consulta em andamento e, por isso, foi intimidada.
"Fui levada escoltada por três policiais, como uma bandida, enquanto estava trabalhando. Fui levada na frente dos pacientes e dos meus colegas de trabalho. Não consegui dormir de ontem para hoje e sigo bem ansiosa, com medo de ir trabalhar e ter que passar por tudo novamente”, desabafou.
À época, a Polícia Civil de Goiás informou que os fatos noticiados eram apurados pela Corregedoria da instituição, e que todas as providências necessárias seriam adotadas para a elucidação do caso.
Segundo o relato da profissional, os policiais entraram no consultório sem serem chamados, enquanto ela atendia outro paciente. Ela informou que eles deveriam esperar para serem chamados e não podiam interromper a consulta. Nesse momento, um dos policiais teria se alterado e gritado com ela.
"Solicitei que ele aguardasse do lado de fora para que eu pudesse fazer o corpo de delito do paciente. No entanto, colocando a mão no coldre e me intimidando, gritou que não iria sair”, explicou a médica. “A presença dele não era necessária no atendimento, pois, embora ele estivesse escoltando o preso, havia outra policial no consultório que poderia fazer a escolta”, completou.
A médica contou que terminou o exame de corpo de delito por volta das 20h40. Às 21h, os policiais retornaram enquanto ela atendia outro paciente. A profissional disse que foi surpreendida quando eles entraram no consultório, começaram a filmá-la e, em seguida, deram voz de prisão em flagrante por desacato, afirmando que ela deveria acompanhá-los "por bem ou por mal".
“Levantei e fui sem questionar nada. Naquele momento, o hospital estava lotado, com cerca de 40 pacientes esperando atendimento, inúmeros retornos e a sala vermelha cheia. Perguntei a eles se iriam deixar o hospital sem médico e eles disseram que sim”, disse a médica.
O Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) lamentou o ocorrido e disse que segue "empenhada em oferecer o melhor atendimento à população, prestando apoio a todos os profissionais que com ela se relacionam, incluindo servidores da saúde e autoridades policiais".
Na delegacia
Ao chegar à delegacia, a médica contou que teve seu celular apreendido e foi informada de que estava "presa". Quando foi chamada pelo delegado para prestar depoimento, relatou os acontecimentos e ele a informou de que seria liberada após o depoimento.
No entanto, a médica afirmou que uma das policiais envolvidas começou a tentar coagi-la psicologicamente, acusando-a de tirar fotos dela de forma escondida — o que a médica nega. O intuito, segundo a profissional, era que ela reagisse.
Desesperada, a médica afirmou que entrou em contato com sua advogada e falou sobre a possibilidade de denunciar abuso de autoridade. Ao ouvir isso, a policial teria voltado a intimidá-la, dizendo que ela poderia abrir um processo, mas, sem provas, teria de arcar com as consequências de um falso testemunho.
"Ao escutar isso, [a policial] foi até mim e disse: "Você pode até entrar com processo contra, mas pensa bem porque você não tem como provar, né? A pena para falso testemunho é alta, viu? Daí, que deixaríamos você presa mesmo. Cito palavras dela", disse a médica.
A médica disse que chegou à delegacia por volta das 21h10 e o depoimento só foi registrado por volta das 23h. Enquanto aguardava, contou ter sofrido abuso psicológico. “Fui liberada às 23h50 e mandaram que eu pedisse um Uber para ir embora, o que foi bem difícil de conseguir devido ao horário e à chuva. Retornei ao hospital, mas não consegui finalizar o plantão por estar emocionalmente abalada e ansiosa”, afirmou.
........................................
AGÊNCIA BRASIL
Fazenda desiste de criar teto de isenção de IR para doença grave
Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Fazenda desistiu de criar um teto para a isenção de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para pessoas com doenças graves. Em nota, a assessoria da pasta admitiu que a proposta chegou a ser estudada, mas foi retirada das discussões.
“A Fazenda não enviou e não vai enviar proposta sobre teto de isenção para moléstia grave. A medida chegou a ser estudada, mas acabou sendo retirada das discussões a pedido do presidente Lula. Devido a esse e outros ajustes o projeto de lei ainda não foi encaminhado para a Câmara”, informou o comunicado.
A instituição de um teto para doenças graves seria uma das medidas que ajudariam a compensar a elevação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Em novembro, ao anunciar o pacote de corte de gastos junto com a proposta de aumentar a faixa de isenção, o Ministério da Fazenda havia anunciado que pretendia restringir a isenção de IRPF nos casos de doença grave apenas a quem ganha até R$ 20 mil por mês. Conforme anunciado na época, a dedução de 100% dos gastos com saúde na declaração do Imposto de Renda não mudaria.
A proposta, no entanto, enfrentou resistência da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco). A entidade ameaçou entrar no Supremo Tribunal Federal (STF), caso a medida virasse lei.
Segundo a Unafisco, a retirada da isenção de Imposto de Renda a pessoas com doenças graves é inconstitucional. Para a entidade, o benefício deve abranger todas as pessoas com enfermidades graves, independentemente da renda mensal.
.............................
JORNAL OPÇÃO
Justiça ordena retorno do aborto legal após suspensão que afetou 15 mulheres vítimas de estupro
A Justiça de São Paulo determinou que a Prefeitura da capital volte a oferecer o serviço de aborto legal no Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. A decisão, proferida nesta quarta-feira, 5, pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública, atende a uma ação movida por parlamentares do PSOL e reconhece que a interrupção do serviço representou um retrocesso social e uma violação à moralidade administrativa. Cabe recurso.
A suspensão do procedimento no hospital ocorreu em dezembro de 2023, sob a justificativa da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de que a unidade precisava priorizar cirurgias eletivas voltadas à saúde da mulher. No entanto, a decisão judicial destacou que o serviço de aborto legal, que há mais de três décadas era oferecido na unidade, não foi efetivamente transferido para outras instituições da rede municipal.
“O Hospital Municipal Vila Nova Cachoeirinha, que há mais de 3 décadas prestava o serviço com qualidade e sem limites para a idade gestacional, era uma referência na área e atendida mulheres em hipervulnerabilidade social, motivo pelo qual a interrupção do serviço configura ofensa ao princípio da proibição do retrocesso social, que impede a reversibilidade dos direitos fundamentais de caráter social, como é o caso da dignidade e da saúde das mulheres vítimas de abuso sexual”, afirmou a juíza na decisão.
A ação foi protocolada pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL), pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e pelo vereador Celso Giannazi (PSOL). O Ministério Público e a Defensoria Pública também se manifestaram contra a decisão da prefeitura de interromper o serviço. Segundo ofícios elaborados pela Defensoria Pública de São Paulo e pela ONG Projeto Vivas, ao menos 15 mulheres vítimas de estupro foram recusadas por hospitais indicados pela administração municipal e precisaram recorrer ao órgão ou à ONG em busca de atendimento.
A magistrada ressaltou que a prefeitura não apresentou nenhuma documentação que justificasse a suspensão do serviço e que a ampliação de cirurgias ginecológicas e fetais poderia ser realizada sem inviabilizar o atendimento de aborto legal. “Nada impediria a implantação de outros atendimentos ginecológicos no Hospital Vila Nova Cachoeirinha sem que fosse suspensa a prestação do serviço de aborto legal, que não foi implementado em outros hospitais municipais da forma como vinha sendo prestado”, pontuou.
O aborto legal no Brasil é permitido em três situações: quando a gravidez resulta de estupro, quando há risco de vida para a gestante e nos casos de anencefalia do feto. A legislação garante que esses procedimentos sejam oferecidos de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão judicial destacou que a interrupção do serviço comprometeu o direito das mulheres a um atendimento seguro e adequado, especialmente em um cenário de aumento do número de casos de violência sexual no estado de São Paulo.
O Hospital Vila Nova Cachoeirinha era a única unidade da rede municipal que realizava abortos legais em gestações acima de 22 semanas, o que tornou a suspensão do serviço ainda mais grave. A Defensoria Pública constatou que os hospitais indicados pela prefeitura não realizavam o procedimento nesses casos, o que deixou muitas vítimas sem alternativa viável para interromper a gestação dentro dos parâmetros da lei.
Além da retomada imediata do serviço, a decisão judicial condenou a prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde ao pagamento de R$ 10 mil em honorários advocatícios.
.................................
MEDICINA S/A
STJ reafirma presunção de culpa de cirurgiões em cirurgias estéticas
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidou um entendimento que já vinha sendo adotado em diversas decisões judiciais: em cirurgias plásticas estéticas não reparadoras, presume-se a culpa do médico quando o resultado não atender ao critério de harmonia esperado. Ou seja, ainda que o cirurgião tenha utilizado técnicas corretas e seguido protocolos médicos, ele poderá ser responsabilizado caso o resultado não seja considerado satisfatório, mas não por parâmetros individuais do paciente, e sim com base em critérios objetivo e coletivo, comparando a aparência do local antes e depois do procedimento.
Na avaliação da advogada Samantha Takahashi, especialista em Direito Médico, a decisão não representa uma novidade na jurisprudência, mas reforça a importância da transparência na comunicação médico-paciente e do registro preciso de todas as etapas do procedimento.
“Diferentemente do que se pode imaginar à primeira vista, a decisão traz uma interpretação mais razoável ao dever de resultado imposto ao profissional, um parâmetro mais claro e objetivo sobre a avaliação do resultado cirúrgico, independentemente da satisfação subjetiva ou ‘agrado pessoal’ do paciente”, analisa Takahashi.
Segundo ela, o caminho mais seguro para os médicos desempenharem a profissão continuará sendo a adoção de boas práticas jurídicas e médicas para minimizar riscos e garantir a segurança tanto do paciente quanto da própria carreira.
Porém, a decisão vai ainda de encontro ao entendimento do Conselho Federal de Medicina (CFM), destaca Takahashi.
“O CFM, valendo-se de sua autoridade sobre a matéria, estabeleceu, por meio da Resolução CFM 1621/2001, que a obrigação do cirurgião plástico na cirurgia estética, assim como nas demais áreas da Medicina, se restringe ao emprego das melhores técnicas disponíveis, buscando o melhor desfecho possível, sem garantir um resultado específico”, expõe a advogada.
E, ao divergir desse entendimento e impor ao cirurgião plástico a obrigação de resultado, o Judiciário impõe um ônus adicional ao profissional, acrescenta a especialista. “A necessidade de comprovar que a escolha e a execução da técnica foram adequadas e que o resultado obtido após a cirurgia trouxe uma melhoria objetiva na aparência da área operada, em comparação ao estado anterior ao procedimento”.
Documentação médica e perícia
Com a presunção de culpa, o médico passa a ter a responsabilidade de demonstrar que o resultado desarmonioso ocorreu por fatores imprevisíveis, como caso fortuito e força maior, ou culpa exclusiva do paciente. Ou seja, a presunção de culpa pode ser afastada com uma defesa bem estruturada, baseada em documentação detalhada, perícia médica e um consentimento claro.
“A melhor estratégia de prevenção reside na documentação minuciosa. A redução dos riscos nasce do prontuário com registros completos das condições clínicas do paciente, incluindo peso, altura, IMC, comorbidades e uso de medicamentos, além da descrição detalhada do objetivo cirúrgico e da queixa principal do paciente, o registro da técnica utilizada e a justificativa da escolha, da evolução pós-operatória, incluindo eventuais intercorrências e condutas adotadas, assim como a realização de fotografias pré e pós-operatórias, como meio de prova da efetividade da cirurgia”, avisa a especialista.
Além disso, registros detalhados sobre a evolução do paciente, fotografias pré e pós-operatórias e perícia técnica são essenciais nesses casos. “A perícia médica é um dos mais relevantes meios de prova para afastar a responsabilidade do profissional. O laudo pericial pode comprovar, de forma técnica e robusta, que o evento lesivo era inevitável e estava além do controle do médico.”
Outro ponto importante é manter um termo de consentimento bem elaborado, o que pode ser determinante para evitar problemas futuros. “O consentimento informado é o documento que comprova que o paciente foi devidamente esclarecido de que o resultado do procedimento cirúrgico pode não atender integralmente às suas expectativas pessoais e que isso não caracterizará inadimplemento por parte do médico”, afirma Samantha Takahashi.
A decisão é definitiva?
Apesar do reforço desse entendimento pelo STJ, isso não significa que todos os processos futuros serão julgados da mesma forma.
“Esse posicionamento estabelece um direcionamento jurisprudencial, mas não configura uma decisão definitiva e vinculante para todos os casos que envolvem a obrigação de resultado do cirurgião plástico. Cada processo continuará sendo analisado individualmente, considerando as circunstâncias específicas da demanda, as provas apresentadas e a interpretação dos tribunais.”
................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Mais uma mulher denuncia abuso sexual cometido por cirurgião
Inteligência artificial amplia eficiência nos hospitais, mas exige planejamento
5G na saúde: desafios regulatórios, financeiros e de infraestrutura
Sírio-Libanês é eleito um dos melhores hospitais do mundo pela sexta vez
Artigo - Como a tecnologia pode ajudar a virar o jogo na saúde suplementar
TV ANHANGUERA
Mais uma mulher denuncia abuso sexual cometido por cirurgião
.........................
SAÚDE BUSINESS
Inteligência artificial amplia eficiência nos hospitais, mas exige planejamento
Tema foi debatido na Jornada Digital Anahp, onde especialistas destacaram benefícios da tecnologia e os desafios para sua implementação segura e eficiente.
A Inteligência Artificial (IA) vem se consolidando como uma ferramenta estratégica na área da saúde, contribuindo para maior eficiência, segurança e personalização no atendimento. Esse foi o foco do debate que encerrou a primeira Jornada Digital Anahp de 2025, realizada na última quinta-feira (27), com destaque para o impacto da IA na eficiência operacional das instituições de saúde.
O evento, que reuniu 590 participantes online, ressaltou que, apesar dos benefícios, a implementação da IA exige planejamento, integração cuidadosa e supervisão contínua. “A IA, por si só, não resolve problemas. O grande desafio é integrá-la ao ambiente hospitalar sem criar barreiras para os profissionais”, afirmou Marco Bego, diretor-executivo do Instituto de Radiologia do HCFMUSP. Ele destacou que um dos principais desafios no InRad foi adaptar a IA aos sistemas legados dos hospitais, garantindo que sua implementação não comprometesse fluxos já estabelecidos.
IA como apoio ao atendimento humanizado
Um dos receios mais comuns sobre a IA na saúde é o risco de tornar o atendimento mais impessoal ou substituir o papel dos médicos. No entanto, os especialistas enfatizaram que a tecnologia deve atuar como ferramenta de apoio, permitindo que os profissionais tenham mais tempo para o contato humano. “Quando bem aplicada, a IA melhora a relação médico-paciente. Ela assume tarefas burocráticas, permitindo que os profissionais foquem no que realmente importa: o cuidado”, destacou Felipe Cabral, gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, que moderou o debate.
Previsibilidade e segurança no ambiente hospitalar
Os participantes também ressaltaram o papel dos modelos preditivos baseados em IA na gestão hospitalar, permitindo antecipar picos de atendimento, ajustar escalas de trabalho e prever necessidades de internação. “Quando conseguimos antecipar a demanda, ganhamos eficiência e qualidade. A IA nos dá previsibilidade e reduz desperdícios operacionais”, explicou Victor Gadelha, Head de Educação, Pesquisa e Inovação da Dasa.
Essa perspectiva foi reforçada por Vitor Ferreira, CIO do Sabará Hospital Infantil, ao destacar o uso da IA no monitoramento de prontuários eletrônicos para identificar padrões que indicam riscos ao paciente, como interações medicamentosas perigosas ou sinais precoces de deterioração clínica. “A IA é um apoio essencial para a segurança do paciente. Ao cruzar dados em tempo real, conseguimos agir antes que um evento adverso aconteça”, pontuou.
.............................
5G na saúde: desafios regulatórios, financeiros e de infraestrutura
Para que a tecnologia seja implementada, de forma plena, e traga os benefícios esperados para a saúde, é necessária a união de diferentes atores do setor.
A tecnologia 5G tem o potencial de revolucionar a saúde, viabilizando desde atendimentos remotos com baixa latência até procedimentos médicos mais precisos e conectados. No entanto, sua implementação no setor enfrenta desafios complexos, que vão desde barreiras financeiras e estruturais até entraves regulatórios e de segurança.
Embora a cobertura do 5G no Brasil tenha avançado, sua adoção plena na saúde ainda depende de investimentos, modernização da infraestrutura hospitalar e estratégias para garantir a proteção de dados dos pacientes. O caminho para essa transformação já começou, mas exige um esforço coordenado entre o setor público e privado.
Atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 62,98% dos moradores do Brasil estão cobertos pelo 5G. Esse percentual é distribuído entre 73,09% dos moradores em áreas urbanas, e 8,18% em áreas rurais. A expectativa é de que, para os próximos anos, a tecnologia, especificamente na área de saúde, possa entregar o que se espera, como velocidade e tempo de latência reduzido em prol de melhor acesso à saúde. Porém, existem vários obstáculos a serem vencidos.
Desafios estruturais
A expansão do 5G no Brasil enfrenta dificuldades estruturais expressivas, incluindo a necessidade de instalação de novas antenas e equipamentos, principalmente em regiões remotas e de difícil acesso. Além da conectividade limitada, há problemas adicionais, como a falta de fornecimento contínuo de energia elétrica e a substituição de equipamentos obsoletos que não suportam a nova tecnologia.
“Ao mesmo tempo, a segurança cibernética surge como um fator crítico, exigindo medidas rigorosas para proteger a integridade da rede e dos dispositivos conectados, prevenindo ataques e acessos não autorizados que poderiam comprometer dados e serviços essenciais”, analisa Sérgio Portugal, professor da Pós-Graduação em Gestão de Negócios da Saúde da Fundação Dom Cabral (FDC).
Uma das características do 5G é a latência muito baixa, o que favorece a utilização para aplicações classificadas como missão crítica, ou seja, onde não pode haver falhas. Isso implica em densificação da rede com mais antenas e pequenos sites (small cells), o que demanda investimentos e adaptação da infraestrutura hospitalar para suportar essa conectividade.
“Muitos hospitais não possuem estrutura adequada para receber novos equipamentos de telecomunicação. Em locais de menos concentração populacional e mais afastados, o desafio reside na capilaridade da rede de fibra óptica, o que dificulta ainda mais a adoção da tecnologia”, aponta Matheus Rodrigues, sócio líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações na Deloitte Brasil.
Custos: uma das grandes barreiras
Segundo Donizetti Louro, consultor especialista da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo), embora existam alguns mecanismos financeiros, não há incentivos diretos de financiamento para a adoção do 5G na saúde. Programas, como os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), fornecem apoio financeiro para a transformação digital, mas o apoio específico para iniciativas de saúde 5G é limitado.
Nos hospitais, os custos são um desafio ainda mais complexo de ser vencido, na análise de Rodrigues, principalmente naqueles de pequeno porte, com uma infraestrutura tecnológica menor e geralmente orçamentos reduzidos. A tecnologia ainda tem um alto custo para implementação, principalmente onde a infraestrutura é mais antiga.
“A implementação do 5G em hospitais de menor porte é dificultada pelo alto custo de infraestrutura e pela falta de incentivos financeiros específicos”, diz Louro. Contudo, há soluções tecnológicas que podem tornar a implantação mais barata e também ações que podem gerar a obtenção de incentivos fiscais, o que varia conforme município e estado.
O especialista destaca que quem investe em inovação em saúde relacionada ao 5G pode se qualificar para incentivos fiscais sob a Lei 11.196/2005 (Lei do Bem), mas o processo é lento e burocrático. “Por outro lado, temos as Parcerias Público-Privadas (PPPs) com iniciativas de universidades, centros de pesquisa e hospitais privados que conseguem financiamento privado para programas-piloto 5G, porém as instituições públicas de saúde lutam para obter recursos comparáveis e funcionais.”
Entraves regulatórios e a proteção de dados
As questões regulatórias são consideradas um dos principais fatores responsáveis pela não adoção do 5G e podem ser observadas na dificuldade de conciliar o avanço da tecnologia com as autorizações de instalação de equipamentos em ambiente hospitalar.
Na avaliação de Louro, os atrasos na alocação e licenciamento de espectro da tecnologia 5G no setor de saúde brasileiro estão atrelados a atrasos regulatórios na liberação de frequência e implementação de infraestrutura, as quais prejudicaram sua aplicabilidade prática na área da saúde.
“Paralelamente, os cuidados com o gerenciamento e a transferência de dados confidenciais de pacientes em redes 5G reiteraram as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que aumentou consideravelmente as análises de segurança, criptografia e armazenamento. Por outro lado, a certificação de dispositivos médicos habilitados para 5G (como instrumentos de cirurgia remota e diagnósticos alimentados por inteligência artificial) também exigem aprovação regulatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), processo demorado e burocrático.”
Existem diversas atividades, tais como a telemedicina, que é regida pela Lei 13.989/2020, mas para a qual não há uma estrutura legal explícita para aplicações 5G, como cirurgia robótica em tempo real e diagnóstico orientado por inteligência artificial.
Para o professor da FDC, são necessárias diretrizes mais claras sobre o uso de dados de pacientes e a obtenção de aprovações para a instalação de infraestrutura. “A LGPD exige uma abordagem rigorosa no manuseio de informações sensíveis, demandando políticas de segurança robustas e mecanismos eficientes de consentimento e auditoria.”
O desenvolvimento de protocolos de segurança, a implementação de criptografia avançada e a criação de sistemas de monitoramento contínuo são passos que se mostram essenciais para garantir a integridade das informações. “Além disso, educar usuários e profissionais de saúde sobre boas práticas de segurança digital pode reduzir riscos e fortalecer a confiança na nova tecnologia”, diz Portugal.
Louro, da Abimo, destaca que a privacidade dos dados é um tema que merece muita atenção, pois o fluxo de dados em tempo real de alta velocidade em redes 5G aumenta a probabilidade de violações de dados por hackers, caso a arquitetura e os mecanismos de segurança forem inadequados.
“Nesta direção, ainda temos os riscos de conformidade para hospitais. Caso essas instituições optem por fatiamento de redes, teremos riscos de segurança com a largura de banda especializada. Se os sistemas da instituição não forem adequadamente protegidos, um ataque cibernético pode prejudicar todo o sistema em operação. Aqui, deve-se refletir sobre a necessidade de uma criptografia segura, pois à medida que a tecnologia 5G melhora, as técnicas de criptografia devem se expandir.”
Caminhos para superar barreiras
A solução para superar esses problemas, na análise de Rodrigues, passa pela combinação de incentivos financeiros, modernização regulatória e parcerias estratégicas atreladas a um plano de desenvolvimento que pode ser elaborado utilizando-se as tecnologias adequadas para cada caso.
“A criação de políticas públicas voltadas para a digitalização da saúde, a flexibilização de normas para instalação de infraestrutura 5G e o desenvolvimento de modelos de negócios para os provedores da tecnologia e hospitais pode acelerar a implementação.”
Para que as barreiras sejam vencidas, a colaboração de todos os stakeholders do setor se faz necessária, na opinião dos especialistas. “É essencial uma colaboração ativa entre governo, setor privado e instituições de ensino, pesquisa e extensão. A criação de um arcabouço regulatório sólido e flexível, o investimento contínuo em infraestrutura e o desenvolvimento de mecanismos de incentivo financeiro são aspectos fundamentais para acelerar a transformação digital das instituições de saúde, de maneira especial com a aplicação da tecnologia 5G”, acredita Rodrigues.
Além disso, a troca de experiências com outros países e a realização de projetos-piloto podem oferecer insights e impulsionar a adoção segura e eficiente da tecnologia. “As iniciativas devem ser tratadas como projetos de inovação dentro de um contexto de transformação digital. Caso contrário, parte do investimento realizado corre o risco de se perder pela falta de foco estratégico na adoção da tecnologia”, alerta ele.
Louro aposta também que, para virar o jogo do 5G no Brasil, é preciso iniciativas para acelerar a adoção da tecnologia na área da saúde, com foco nas estratégias da Anatel e da Anvisa, que devem estabelecer programas contínuos de certificação para dispositivos médicos habilitados para 5G e simplificar os procedimentos de licenciamento para implantações de redes hospitalares.
“Os setores de saúde e telecomunicações devem trabalhar juntos para implementar soluções de saúde 5G, principalmente em unidades de saúde pública. Minimizar barreiras com incentivos financeiros direcionados, os quais poderiam introduzir incentivos fiscais, subsídios ou fundos de investimento dedicados para ajudar na implantação do 5G em hospitais, instalações de pesquisa e projetos de saúde digital são fundamentais.”
Soluções viáveis a curto e médio prazo
A tecnologia 5G chegou prometendo uma revolução na saúde, mas ainda não deslanchou como se esperava e seus benefícios ainda não são claros para muitos gestores. Os desafios são muitos e requerem, principalmente, investimentos financeiros. Mas, a curto e médio prazo, o que pode ser feito?
“No curto prazo, soluções viáveis incluem a implementação de redes 5G privadas em hospitais e clínicas, a aquisição de equipamentos compatíveis e a realização de testes lean para validar os benefícios da conectividade avançada”, diz Portugal.
Nesse sentido, Rodrigues comenta que a adoção de redes privativas pode ser realizada através do desenvolvimento da solução e posteriormente implementação com algum provedor.
Para Louro, algumas iniciativas também envolvem a implantação de redes híbridas 4G-5G massivamente com integração gradual de redes 5G não autônomas (NSA) na infraestrutura 4G LTE existente, o que tornaria a iniciativa mais econômica.
“A Anatel também pode desenvolver iniciativas que permitam que os hospitais testem aplicativos médicos baseados em 5G em ambientes regulatórios, acelerando assim a acurácia sistêmica e validação tecnológica.”
No médio prazo, a ampliação da infraestrutura de fibra óptica e o desenvolvimento de ecossistemas de tecnologias e conectividade em conjunto com a criação de políticas de financiamento específicas podem acelerar a adoção do 5G, beneficiando o público que vive em regiões menos favorecidas tecnologicamente e procedimentos que podem ser realizados de forma remota.
Portugal destaca, por fim, que na lista de prioridades das empresas do setor de saúde devem constar investimentos na capacitação de profissionais para que estes estejam preparados para lidar com novas ferramentas e processos tecnológicos em uma realidade de transformação digital do setor de saúde.
Segundo informações da Anatel, a expectativa é de que a tendência de crescimento do 5G permaneça no ano de 2025. A popularização dos dispositivos NB-IoT (sigla em inglês para Narrowband Internet of Things) poderá impulsionar o uso de dispositivos de automação, sensores industriais, vestíveis e muitos outros. Essa tecnologia permite implementar redes de grande alcance com baixo consumo de energia, além de reduzir o custo dos próprios dispositivos, viabilizando diversos modelos de negócio.
Embora o 5G tenha o potencial de alterar o setor de saúde do Brasil, atrasos em pesquisa, desenvolvimento e inovação; dificuldades de regulamentação; deficiências de infraestrutura; restrições financeiras e preocupações com implantação de sistemas cognitivos artificiais continuam sendo obstáculos significativos. Investimentos direcionados, reformas legislativas e colaboração do setor podem acelerar consideravelmente a formação de profissionais e a adoção plena da tecnologia.
...........................................
Sírio-Libanês é eleito um dos melhores hospitais do mundo pela sexta vez
Instituição integra o ranking World’s Best Hospitals 2025, que destaca os hospitais de maior excelência global, segundo a Newsweek e a Statista.
Pelo sexto ano consecutivo, o Hospital Sírio-Libanês figura entre os melhores hospitais do mundo, segundo o ranking World’s Best Hospitals 2025. A lista, elaborada pela revista norte-americana Newsweek em parceria com a Statista Inc., destaca as instituições de saúde de maior excelência globalmente.
“Receber esse reconhecimento pelo sexto ano seguido é um grande orgulho para nós. Ele reflete o comprometimento diário de nossos profissionais em oferecer um atendimento de excelência, inovar em ensino e pesquisa e levar a medicina de ponta além das fronteiras do Brasil”, afirma Fernando Ganem, diretor-geral do Sírio-Libanês.
World’s Best Hospitals 2025
Considerado um dos rankings mais relevantes da área, a classificação se baseia em recomendações de especialistas, indicadores de desempenho hospitalar, avaliações de pacientes e na adoção dos PROMs (Patient-Reported Outcome Measures). A lista contempla instituições de 30 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Coreia do Sul e Brasil.
Os países foram selecionados com base em critérios como padrão de vida, expectativa de vida, número de hospitais e disponibilidade de dados. Um conselho global de especialistas apoia a contínua evolução da metodologia do ranking.
...................................
MEDICINA S/A
Artigo - Como a tecnologia pode ajudar a virar o jogo na saúde suplementar
O faturamento hospitalar é, sem dúvida, um dos maiores gargalos da saúde suplementar brasileira. Trata-se de um processo burocrático, moroso e cheio de entraves que afeta diretamente a eficiência operacional de hospitais e operadoras de planos de saúde. O que deveria ser simples — a formalização de serviços prestados — acaba se transformando em um ciclo desgastante, que consome tempo, recursos humanos especializados e muita paciência para lidar com divergências administrativas, seja do lado do prestador ou da fonte pagadora.
Nos hospitais, tudo começa na consolidação das informações: prontuários, guias, autorizações e registros de procedimentos. O problema? Cada operadora tem suas próprias regras, e qualquer inconsistência pode gerar glosas e atrasos no pagamento. O aumento das glosas é alarmante: o 4º Balanço Observatório Anahp, publicado em dezembro do ano passado, destaca que o volume de glosas iniciais gerenciais atingiu 18,51% no terceiro trimestre de 2024, indicando uma oscilação crescente significativa em relação aos anos anteriores. Diante desse cenário, a equipe hospitalar precisa revisar contas, conferir documentos e interagir com múltiplas operadoras, consumindo um tempo precioso que poderia ser investido na melhoria da assistência.
O impacto financeiro direto é significativo: estima-se que o atraso nos repasses e o retrabalho gerado pelas glosas causem perdas milionárias para as instituições de saúde, comprometendo investimentos em infraestrutura e tecnologia. Já do lado das operadoras, o desafio não é menor. É preciso analisar cada conta recebida, cruzar dados, auditar cobranças e evitar pagamentos indevidos. Apesar do lucro operacional de R$3 bilhões registrado em 2024, conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a falta de padronização entre os elos da cadeia gera ajustes constantes, retrabalho, custos administrativos elevados e impacto direto no fluxo de caixa das empresas.
O impacto vai além do financeiro. A lentidão no processo de faturamento pode prejudicar diretamente o paciente, seja por atrasos na autorização de novos procedimentos, seja pela limitação de recursos nos hospitais para investimentos em melhoria da assistência. Em contrapartida, instituições que já adotaram soluções de automação e digitalização de processos relatam ganhos significativos em eficiência e redução de erros, demonstrando que o caminho da transformação digital é promissor.
No fim, esse processo travado prejudica todos os lados. A solução passa pela digitalização e automação do faturamento, com sistemas que integrem e padronizem essas trocas. Isso não é apenas uma questão de eficiência operacional, mas de sustentabilidade do setor. O uso de tecnologias emergentes, como inteligência artificial para auditorias automatizadas e análise preditiva, pode ser um divisor de águas. Quem conseguir destravar esse processo, trazendo mais eficiência e previsibilidade, estará um passo à frente na transformação da saúde suplementar, beneficiando tanto as instituições quanto os pacientes que dependem de um sistema mais ágil e eficaz.
*Fabio Lia é country manager da Osigu no Brasil.
...................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
A controvérsia dos planos de saúde sem pronto-socorro: uma questão jurídica e social
Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio
20 estados ainda mantem manicômios judiciais enquanto Goiás trocou política no começo dos anos 2000
Alexandre Padilha retorna à Saúde com objetivo de criar marca de governo
Oito em cada 10 posts sobre exames de saúde são enganosos
CONSULTOR JURÍDICO
A controvérsia dos planos de saúde sem pronto-socorro: uma questão jurídica e social
A proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de introduzir um plano de saúde restrito a consultas e exames, sem a inclusão de serviços de pronto-socorro, anunciada recentemente pela autarquia, suscita debates acalorados no cenário jurídico brasileiro. A iniciativa, de acordo com o Procurador da República, Hilton Melo, pode colidir frontalmente com a legalidade vigente ao potencialmente ignorar garantias essenciais previstas pela legislação, colocando os beneficiários em situação vulnerável e levantando questões sobre o acesso universal à saúde, um direito fundamental.
De fato, segundo a Lei 9656/98, que regulamenta os planos de saúde no Brasil, é fundamental que os beneficiários tenham acesso a serviços de urgência e emergência. Essa lei estabelece um padrão mínimo de cobertura que visa proteger o consumidor em momentos críticos.
O novo plano sugerido pela ANS, conforme descrito, parece desafiar essa premissa crucial, ao limitar o escopo de cobertura exclusivamente a consultas e exames, excluindo, por exemplo, atendimentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ou procedimentos cirúrgicos emergenciais.
Diante da ideia da ANS, o procurador Hilton Melo chama a atenção para a ausência de autorização legal para tais experimentações nos moldes propostos, algo que requereria uma revisão ou até mesmo a criação de novas regulamentações, possivelmente através de um projeto de lei que altere a Lei 9656/98 ou a edição de uma Medida Provisória (MP) com força de lei imediata, mas sujeita à aprovação do Congresso Nacional.
A preocupação não reside apenas na legalidade, mas também na prática dessa ideia da ANS. Existe um risco real de que essas sub segmentações nos planos de saúde venham a enfraquecer a oferta de produtos que atualmente asseguram internações de média e alta complexidade. Tal movimento poderia, alarmantemente, endossar uma desconexão entre o sistema de saúde suplementar e o Sistema Único de Saúde (SUS), sobrecarregando ainda mais este último. Por exemplo, um paciente com um plano restrito que necessite de uma cirurgia de emergência, como uma apendicectomia, seria inevitavelmente encaminhado ao SUS, aumentando a demanda e potencialmente comprometendo a qualidade do atendimento para todos os usuários.
Sem dúvidas, ao sugerir esse novo tipo de plano de saúde, a ANS mira no potencial existente no Brasil. Dos 213 milhões de brasileiros, aproximadamente 50 milhões possuem algum tipo de plano de saúde, o que significa que há um mercado demográfico potencial para esses produtos "populares".
Contudo, lançar tais planos sem uma rede apropriada de suporte às emergências pode não só deslocar problemas para o SUS como pode também incitar um cenário onde planos de saúde de baixa cobertura se tornem padrão de mercado, com implicações graves para o atendimento hospitalar. Imagine, por exemplo, um idoso com um plano de saúde limitado que sofra um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A ausência de cobertura para internação e tratamento intensivo poderia resultar em sequelas graves ou até mesmo óbito, evidenciando a vulnerabilidade dessa população.
Para mitigar os riscos, é imperativo que a ANS e o Ministério da Saúde adotem um papel fiscalizador ainda mais ativo. Deve-se garantir um quadro regulatório capaz de preservar a integridade tanto dos serviços públicos quanto privados, por meio de uma arquitetura sólida de compliance que contemple as inovações tecnológicas, como prontuários eletrônicos integrados entre os sistemas de saúde.
A implementação de um sistema de blockchain, por exemplo, poderia garantir a segurança e a transparência dos dados dos pacientes, o que facilitaria a comunicação entre os diferentes níveis de atenção à saúde e evitaria a duplicação de exames e procedimentos. Além disso, a criação de indicadores de qualidade e desempenho para os planos de saúde, com a divulgação pública dos resultados, poderia incentivar a concorrência e a melhoria dos serviços.
A vitalidade da saúde suplementar precisa coexistir de maneira harmoniosa e eficiente com o serviço público, de forma que nenhuma das partes seja negligenciada. A proposta atual, então, aponta para um futuro incerto, com implicações legais e sociais significativas. É essencial que os poderes públicos, juntamente com entidades não governamentais e o próprio setor privado discutam estratégias sustentáveis antes da implementação de qualquer mudança que, em sua gênese, carrega a promessa de uma dualidade funcional ao mesmo tempo provocativa e contingente.
É crucial considerar o impacto a longo prazo dessas decisões e garantir que o acesso à saúde continue sendo um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros, independentemente de sua condição socioeconômica. Iniciativas como a proposta da ANS devem ser amplamente discutidas e rigorosamente analisadas, incluindo representantes dos consumidores, profissionais de saúde, operadoras de planos de saúde e órgãos de defesa do consumidor, para garantir um debate democrático e bem fundamentado, além de realizar estudos que identifiquem os impactos socioeconômicos e de saúde desta nova modalidade de plano, e que considerem diferentes cenários e grupos populacionais.
Mais além, é necessário reforçar os mecanismos de fiscalização para evitar abusos e garantir a aplicação correta da legislação existente, com a criação de canais de denúncia e a aplicação de sanções para as operadoras que descumprirem as normas.
Trata-se de uma discussão complexa, que sublinha a necessidade de uma abordagem cuidadosa e abrangente que não só respeite o texto de lei mas também assegure que todas as mudanças desempenhem um papel positivo no espectro dos cuidados de saúde no Brasil. A criação de um grupo de trabalho multidisciplinar, com a participação de juristas, economistas, médicos e representantes da sociedade civil poderia ser uma medida eficaz para garantir que todas as perspectivas sejam consideradas e que as decisões sejam tomadas de forma transparente e responsável
................................
AGÊNCIA BRASIL
Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio
Entidades médicas apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um parecer defendendo a mamografia de rastreio para todas as mulheres entre 40 e 74 anos. O documento tenta mudar o critério a ser usado pela ANS para certificar planos de saúde em seu novo programa de valorização às boas práticas no tratamento do câncer.
Em dezembro do ano passado, a Agência lançou uma consulta pública para receber contribuições sobre o programa, e divulgou a cartilha preliminar com orientações e critérios para os planos de saúde que desejarem obter a certificação. Mas acabou sendo alvo de protestos.
Notícias relacionadas:
Um dos principais critérios é a realização de rastreamento organizado, ou seja, a convocação das usuárias para realizarem exames regularmente, mesmo sem sintomas. No caso do câncer de mama, a cartilha seguiu o protocolo do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca): mamografias a cada dois anos para as mulheres com idades entre 50 e 69 anos.
Mas para as entidades médicas, essa faixa etária exclui uma parcela importante da população. Após os protestos, a ANS concedeu um prazo de um mês para que as organizações apresentassem um parecer com evidências científicas, o que foi feito na semana passada.
Aumento de casos
Elaborado em conjunto pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o parecer argumenta que em 2024, 22% das mulheres que morreram por câncer de mama no Brasil tinham menos de 50 anos, e 34% tinham mais de 70.
Os estudos reunidos no documento também apontam que houve crescimento de casos de câncer em mulheres mais jovens, e que esses tumores geralmente são mais agressivos e tem mais risco de metástase.
Para as entidades médicas, a mamografia deve incluir essas pessoas, porque o diagnóstico de câncer em pessoas assintomáticas, a partir de exames de imagem, demanda tratamentos que impactam menos a qualidade de vida da paciente, e tem menos risco de recidivas, metástases e mortalidade.
"No grupo do rastreamento, o tumor é detectado no estágio inicial e apresenta características biológicas menos agressivas, permitindo maior número de cirurgias conservadoras da mama. Essas pacientes também possuem menos indicação de quimioterapia, consequentemente com menores efeitos colaterais do tratamento" diz o parecer.
E as entidades complementam: "o diagnóstico precoce também é custo-efetivo e se associa a benefícios econômicos, porque reduz os custos do tratamento, ao evitar terapias caras para cânceres em estágios avançados".
Efetividade
Mas de acordo com o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, não há discussão sobre os benefícios do diagnóstico precoce, mas sim sobre a efetividade de aumentar a idade dos exames de rastreamento, que devem ser feitos por todas as mulheres, quando não há sintomas ou suspeita.
"Nossa questão não está baseada na incidência da doença abaixo dos 50 anos, mas nas fortes evidências de que o rastreamento abaixo de 50 anos não tem sensibilidade, aumentando o risco de sobrediagnóstico e de maior número de intervenções, sobrecarregando todo o sistema de Saúde", afirmou Gil na quinta-feira (27).
Em entrevista anterior à Agência Brasil, Gil enfatizou: "A informação científica que temos hoje não é da opinião de um especialista, é da literatura médica, avaliada com o nível de evidência 1, meta-análise e estudo randomizado, que é o maior nível de evidência que se tem. Grande parte dos trabalhos não conseguiu mostrar nenhum aumento de sobrevida na faixa dos 40 aos 50 anos. Só houve aumento de sobrevida na faixa de 50 a 69 anos."
De acordo com ele, isso se explica pela maior densidade da mama de mulheres mais jovens, o que aumenta as chances de um resultado falso positivo, que precisará ser descartado por exames adicionais, ou até por cirurgias desnecessárias.
.................................
JORNAL OPÇÃO
20 estados ainda mantem manicômios judiciais enquanto Goiás trocou política no começo dos anos 2000
Censo de 2011, coordenador pela pesquisadora Debora Diniz, visitou todas as unidades espalhadas pelo Brasil e produziu um extenso relatório sobre a situação dos chamados manicômios judiciais
Apenas Acre, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins não possuem mais os Estabelecimentos de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (ECTPs). No Brasil, ao todo, são 23 ECTPs, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro possuem mais de três cada. De acordo com a Lei 10.2016, de 2001, “é vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares”.
Censo de 2011, coordenado pela pesquisadora Debora Diniz, visitou todas as unidades espalhadas pelo Brasil e produziu um extenso relatório sobre a situação dos chamados manicômios judiciais. A população das unidades era de 3.989 indivíduos, sendo 2.839 em medida de segurança, 117 por convenrsão de pena e 3.033 em internação temporária. Homens, na sua maioria, sendo que ao menos 25% não deveriam estar internados por cumprirem medidas de segurança com a periculosidade cessada, desinternação ou medida extinta.
No Estado, as politicas manicominais, foram substituídas pelo Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), inspirado em programa semalhante ao Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário (PAI-PJ), de Minas Gerais. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a execução é responsabilidade pelo conjunto entre Ministério Público, Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Segurança Pública e Diretoria Geral de Polícia Penal.
As discussões sobre as implementações das políticas antimanicomiais são feitas pelo CEIMPRA (Comitê Estadual de Implantação e Monitoramento da Política Antimanicomial ), da e a Defensoria Pública do Estado de Goiás. O município de Goiânia, através da Secretaria Municipal da Saúde também tem participação na aplicação das políticas.
Política responsável pela execução das medidas de segurança no Estado de Goiás. Atuação de forma à auxiliar aos juízos de execução penal, tem a tarefa de acompanhar os pacientes julgados e absolvidos pela Justiça Criminal, mas que, em razão de doença ou pertubação da saúde mental, são submetidos à internação psquiátrica ou ao tratamento ambulatorial de “pessoas com transtorno mental ou qualquer forma de deficiência psicossocial que estejam custodiadas, sejam investigadas, acusadas, rés ou privadas de liberdade, em cumprimento de pena ou de medida de segurança, em prisão domiciliar, em cumprimento de alternativas penais, monitoração eletrônica ou outras medidas em meio aberto”.
De acordo com a pesquisadora, o Brasil passou por três picos de instalação das custódias psiquiátricas. Entre 1921 e 1933, na década de 1980 e em 2001. Segundo a Universidade Federal de Goiás (UFG), o estabelecimento de institucionalização da loucura no Estado teve início com o médico Pedro Ludovico Teixeira. Uma década depois, o diagnóstico era que o Estado, juntamente com Sergipe e Acre não prestaram assistências a seus doentes.
Os sanatórios Espírita Batuíra e JK são ianugurados em 1950, no entanto, o louco infrator continua a ser recluso em presídios, em meio a criminosos comuns. É somente no ano de 1964 que o Hospital Adauto Botelho é utilizado como uma espécie de presídio, principalmente para presos políticos opositores ao regime da ditura militar em Goiás no início do golpe. As práticas diferenciadas do tratamento psiquiátrico tradicional só começaram em 1992, com o atendimento do tipo dia, quando os pacientes podiam ir embora para casa do final do horário comercial.
O que é a luta antimanicomial
A luta antimanicomial é um movimento social e político que visa transformar o modelo de assistência às pessoas com transtornos mentais, combatendo a lógica do isolamento e da institucionalização em hospitais psiquiátricos e manicômios. No Brasil, essa luta ganhou força especialmente a partir da década de 1970, impulsionada por denúncias de abusos e violações de direitos humanos dentro dessas instituições, onde pacientes eram submetidos a condições degradantes, maus-tratos e violência.
O movimento se consolidou na década de 1980, alinhado com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que resultou na Lei nº 10.216, de 2001. Essa legislação estabeleceu diretrizes para substituir o modelo manicomial por uma rede de atenção psicossocial baseada no cuidado humanizado e na inclusão social. Com isso, a internação psiquiátrica passou a ser medida excepcional, priorizando-se o atendimento em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e outras formas de assistência comunitária.
No contexto da saúde mental e do sistema prisional, a luta antimanicomial questiona a existência dos Estabelecimentos de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (ECTPs), também conhecidos como manicômios judiciais. Essas unidades mantêm pessoas em privação de liberdade sob justificativa de tratamento psiquiátrico, mas muitas vezes reproduzem a lógica punitiva e de exclusão dos hospitais psiquiátricos convencionais.
Nos últimos anos, estados como Goiás têm implementado programas alternativos, como o Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), que busca garantir acompanhamento multidisciplinar a pacientes em conflito com a lei, sem a necessidade de internação em unidades asilares. Essas iniciativas estão alinhadas com a defesa dos direitos humanos e com a proposta de um cuidado em liberdade, onde o tratamento da saúde mental não implique em segregação.
A luta antimanicomial, portanto, não se restringe ao fechamento de hospitais psiquiátricos, mas propõe uma transformação profunda na forma como a sociedade encara a loucura e o sofrimento psíquico. Trata-se de uma questão de direitos humanos, inclusão social e construção de uma política pública que respeite a dignidade das pessoas em sofrimento mental, garantindo-lhes tratamento adequado, inserção na comunidade e acesso a políticas de assistência e reinserção social.
...........................................
JOTA INFO
Alexandre Padilha retorna à Saúde com objetivo de criar marca de governo
Em momento de baixa popularidade do governo Lula, a Saúde é tida como possibilidade de vitrine
O médico infectologista Alexandre Padilha refaz, agora, o movimento que fez entre 2010 e 2011: deixa o comando da Secretaria de Relações Institucionais para novamente assumir o Ministério da Saúde . Desta vez, ele também repete uma missão que teve à frente da Saúde, a de criar uma marca de governo. Em momento de baixa popularidade do governo Lula, a Saúde é tida como possibilidade de vitrine.
A passagem de Padilha no governo Dilma Rousseff no comando do ministério foi marcada por dois programas: Aqui Tem Farmácia Popular e Mais Médicos. Ambos tornaram-se conhecidos e tiveram uma boa receptividade entre população. No caso do Aqui Tem Farmácia Popular, a boa avaliação ocorreu também entre integrantes da classe média.
Articulação política
A troca no Ministério da Saúde é vista como uma solução para acomodar Alexandre Padilha, que tinha como certa sua saída da articulação política. Desde os primeiros seis meses de governo Lula, as críticas à sua gestão na Secretaria de Relações Institucionais são uma constante no governo. A crise foi escancarada em junho de 2023, quando a Câmara dos Deputados derrubou o marco do saneamento básico e aprovou o marco temporal das terras indígenas - duas pautas contrárias à agenda do governo Lula.
À época, o então presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) tornou pública a primeira rusga com Padilha e disse que as lideranças do governo deveriam "andar com as próprias pernas". A principal queixa a Padilha era de que ele fazia verbalmente um acordo com os parlamentares, que envolviam cargos e liberação de emendas, mas não cumpria.
Nos 18 meses que se seguiram, a relação entre Padilha e Lira tornou-se cada vez mais distante, com ápice em abril de 2024. À imprensa, o deputado alagoano se referiu ao ministro como "desafeto pessoal", o chamou de "incompetente" e disse ser "lamentável" que integrantes do governo ficassem "plantando mentiras". Após o embate, Padilha negou crise e as queixas públicas se amenizaram.
Nos últimos meses, Padilha se tornou novamente alvo de críticas por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o pagamento de emendas, exigindo maior transparência. Inicialmente, parlamentares o acusaram de ter atuado para que houvesse o bloqueio e depois exigiram que ele buscasse uma solução, mas o ministro evitou entrar diretamente no conflito.
Padilha também foi alvo de críticas do próprio partido, especialmente por causa de derrotas nas pautas econômicas. Ainda assim, ele seguiu no cargo com respaldo do presidente Lula, que o vê como aliado de primeira hora, confiável e tem reconhecimento pela história de Padilha no PT. Em momentos difíceis do partido, como no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula, Padilha esteve presente e fez ampla defesa dos correligionários.
..........................................
PORTAL UOL
Oito em cada 10 posts sobre exames de saúde são enganosos
Influenciadores promovem no Instagram e TikTok testes como ressonância magnética de corpo inteiro para pessoas sem sintomas, o que pode gerar tratamentos desnecessários, aponta estudo.Dicas de saúde enganosas e falsas promessas de cura são tão antigas quanto a própria humanidade. Os primeiros cristãos eram instruídos a ingerir imagens devocionais de santos para curar doenças e dores, enquanto charlatães do século 18 vendiam o chamado óleo de cobra como uma cura para qualquer problema de saúde.
Em tempos de mídias sociais, a desinformação médica se espalha com uma rapidez que nenhum charlatão ou padre viajante poderia atingir. Com milhões de seguidores ao alcance de um clique, influenciadores podem exercer um enorme poder quando se trata de conselhos médicos e de saúde.
Um novo estudo, liderado pela Universidade de Sydney e publicado no periódico científico JAMA Network Open, constatou que cerca de 85% das publicações no Instagram e no TikTok sobre exames médicos fornecem orientações médicas falsas, enganosas ou potencialmente prejudiciais, que não mencionam danos importantes, como diagnóstico excessivo ou uso excessivo desses testes.
Além da facilidade em produzir e disseminar conteúdos proporcionada pelas mídias sociais, outro fator abordado pelo estudo é capacidade maior de influência que esse meio tem em comparação com as mídias tradicionais.
Esses dados demonstram a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa de informações médicas enganosas nas mídias sociais , escreveram os autores.
Faca de dois gumes
Um dos exemplos citados pelo artigo é da celebridade Kim Kardashian, que em 2023 incentivou seus mais de 360 milhões de seguidores a se submeterem a uma ressonância magnética de corpo inteiro.
O exame consiste em ficar imóvel por cerca de uma hora numa maca longa e estreita que desliza para dentro de uma máquina cilíndrica que capta imagens detalhadas de órgãos, articulações e tecidos, que Kardashian chamou de máquina salva-vidas por seu poder de detectar sinais precoces de doenças como câncer.
De acordo com o artigo, há evidências cada vez mais claras de que os testes de detecção precoce são facas de dois gumes: podem salvar vidas, mas também trazer diagnósticos desnecessários.
De acordo com os pesquisadores, a principal preocupação com esses exames é que eles têm a capacidade de detectar condições que não levam necessariamente a uma doença, levando a diagnósticos e tratamentos desnecessários.
Agências reguladoras como a americana Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa no Brasil) têm se articulado para regulamentar melhor testes como esse, pois identificam em seu uso inadequado uma das causas de tratamentos desnecessários, que podem causar danos individuais e ao sistema de saúde.
Além da ressonância magnética de corpo inteiro, o estudo se debruçou sobre o uso excessivo de mais quatro testes:
Multi-Cancer Early Detection (MCED), exame de sangue que detecta fragmentos de genes mutantes relacionados a tumores, estão sendo promovidos como uma forma de rastrear mais de 50 tipos de câncer antes do surgimento dos sintomas, embora não haja aprovação dos agentes regulatórios nem evidências de que os benefícios superam os danos, incluindo diagnósticos desnecessários;
Teste AMH, que mostra a quantidade de óvulos, é falsamente promovido como um teste de fertilidade e pode levar a tratamentos de fertilidade desnecessários;
Teste de microbioma intestinal, que coleta uma amostra de fezes e avalia a composição do microbioma no intestino de um indivíduo, promete bem-estar por meio da detecção precoce de muitas condições, apesar da falta de evidências de benefícios e preocupações sobre o uso excessivo de medicamentos;
Exames de sangue de baixa testosterona não têm evidências de benefícios para homens saudáveis assintomáticos e provavelmente causam o uso excessivo de suplementos.
Redes sociais e tratamentos desnecessários
Os pesquisadores afirmam que publicações nas mídias sociais são um dos principais fatores para o excesso de diagnósticos e para o aumento da demanda por tratamentos desnecessários.
O diagnóstico excessivo desvia recursos do combate a doenças que são subdiagnosticadas e subtratadas, afirmam os autores. O uso excessivo de tratamentos pode levar ainda a efeitos colaterais, como dores de cabeça induzidas por medicamentos.
Os pesquisadores analisaram 982 publicações de mídia social de influenciadores do Instagram e do TikTok com cerca de 200 milhões de seguidores no total para avaliar sua precisão e o possível impacto sobre os usuários.
Dessas publicações, apenas 15% mencionaram os possíveis danos associados aos exames médicos.
Quase todos os influenciadores da amostra não tinham o conhecimento médico necessário para fornecer informações precisas. Apenas 6% das postagens incluíam alguma forma de evidência médica.
Em vez disso, os influenciadores tenderam a se basear em evidências anedóticas ou em dados escolhidos a dedo para promover testes que podem não ser necessários ou mesmo benéficos.
Claramente, essa nova evidência de informações persuasivas e enganosas em quase 1.000 postagens exige respostas para ajudar a reduzir o possível excesso de diagnóstico e uso excessivo , escreveram os autores.
O estudo também descobriu que mais de dois terços dos influenciadores tinham incentivos financeiros para promover o teste sobre o qual estavam postando.
Esse incentivo financeiro pode levar a informações tendenciosas, em que os benefícios dos testes são exagerados, e os riscos, minimizados.
Como se proteger
Encontrar orientações de saúde confiáveis e com base científica na internet pode ser difícil, mas há caminhos que qualquer pessoa pode seguir para se proteger contra desinformação médica:
Verifique a fonte: Sempre confira as credenciais da pessoa que está fornecendo a orientação médica. Os influenciadores podem não ter o histórico médico necessário para oferecer informações confiáveis;
Proteja-se contra informações enganosas: Pense criticamente sobre o conteúdo que está vendo. Pergunte a si mesmo se o influenciador está se referindo a evidências científicas de fontes confiáveis;
Verifique os fatos: Use fontes confiáveis para verificar os fatos das informações compartilhadas pelos influenciadores. Sites como o da Organização Mundia de Saúde (OMS) podem ajudar;
Pense antes de compartilhar: Antes de passar algo adiante, considere se isso pode ser falso ou se pode causar danos. Verificar a precisão das informações com uma fonte respeitável pode reduzir o compartilhamento de falsidades.
.................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ipasgo Saúde realiza live para esclarecer dúvidas sobre pagamentos
CFM participa de reunião da Frente Parlamentar Mista da Saúde e reforça compromisso com a defesa da assistência à população
Advogados e médicos de MS faturam alto com judicialização da saúde, indica PGE
Padilha abre transição na Saúde e diz que meta é reduzir espera para atendimentos
A REDAÇÃO
Ipasgo Saúde realiza live para esclarecer dúvidas sobre pagamentos
Transmissão ocorre nesta sexta-feira (28/2)
O Ipasgo Saúde promove nesta sexta-feira (28/2) uma transmissão ao vivo para esclarecer dúvidas e otimizar os processos relacionados ao envio e validação de pagamentos na linguagem XML. A live, destinada a prestadores de serviços, visa garantir maior eficiência e conformidade nas operações que balizam as transações financeiras realizadas entre os profissionais e a instituição.
Durante o encontro online, das 9h30 às 11h, os participantes terão a oportunidade de aprender, passo a passo, como garantir que os pagamentos de terceiros sejam processados corretamente, sem falhas que possam impactar o fluxo. Além disso, especialistas estarão à disposição para esclarecer dúvidas e orientar sobre as melhores práticas no envio e validação dos pagamentos no XML, um processo fundamental para a gestão do faturamento.
A live será transmitida ao vivo no canal oficial do Ipasgo Saúde no YouTube. “Nosso objetivo é proporcionar a todos os prestadores as condições necessárias para refinar os processos de faturamento. Com essa capacitação, esperamos não apenas resolver dúvidas, mas também conferir maior agilidade e precisão nas operações financeiras”, diz o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz.
Esta é a nona live que o Ipasgo Saúde realiza para sanar dúvidas da rede credenciada sobre o sistema Facplan, por meio do qual ocorre a gestão do plano de saúde. Além das transmissões ao vivo, a instituição disponibiliza na plataforma cerca de 50 tutoriais em vídeo e quatro manuais, que podem ser acessados por meio do Portal do Prestador.
................................
CFM
CFM participa de reunião da Frente Parlamentar Mista da Saúde e reforça compromisso com a defesa da assistência à população
O Conselho Federal de Medicina (CFM) segue atuante na defesa de políticas públicas que garantam a qualidade da assistência médica no Brasil. Nesta quarta-feira (26/02), os conselheiros federais Antonio Meira e Alceu Pimentel, membros da Comissão de Assuntos Políticos (CAP-CFM), representaram a autarquia na reunião da Frente Parlamentar Mista da Saúde (FPMS), realizada em Brasília (DF).
O encontro reuniu deputados, senadores, assessores e representantes de diversas categorias da saúde para discutir o planejamento estratégico da Frente Parlamentar para o ano. Entre as ações da FPMS destacam-se o observatório do orçamento da saúde, que monitora alocação de recursos; o acompanhamento da reforma tributária, com análise dos impactos na saúde; e o monitoramento de novas tecnologias no Sistema único de Saúde (SUS).
O presidente da FPMS, deputado Dr. Zacharias Calil, explicou que a FPMS tem monitorado a agenda legislativa e articulado com os parlamentares. Ele destacou a relevância da presença do CFM no grupo. "Juntos, seguimos trabalhando para fortalecer a saúde no Brasil e defender os interesses da sociedade", afirmou o parlamentar. Ele também ressaltou que a parceria com o CFM é fundamental para o avanço de pautas como a qualidade da formação médica, a ética na medicina, a transparência na gestão da saúde e demais temas estratégicos para o setor.
Defesa da medicina - O encontro também foi uma oportunidade para que os conselheiros do CFM reforçassem a necessidade de políticas públicas que assegurem condições adequadas para o exercício da medicina e um atendimento de excelência à população. Entre os temas prioritários que passam pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, o conselheiro federal Alceu Pimentel alertou para a necessidade de se estabelecer critérios mais rígidos para a criação de cursos de medicina, incluindo restrições ao ensino a distância na área da saúde.
Com participação ativa nos debates legislativos, os dois conselheiros reafirmaram o compromisso da autarquia de atuar em defesa da categoria médica e da qualidade da assistência prestada à população.
Segundo o coordenador da CAP-CFM, Antonio Meira, o trabalho conjunto entre a autarquia e os parlamentares é essencial para garantir avanços concretos na área. "O CFM segue atento às discussões legislativas e contribui ativamente com propostas que visam a melhoria do sistema de saúde, sempre pautado na ética médica e na valorização da profissão", ressaltou.
.....................................
CORREIO DO ESTADO
Advogados e médicos de MS faturam alto com judicialização da saúde, indica PGE
PGE-MS mostra que, no intervalo de 1 ano, uma mesma advogada patrocinou 32 ações em favor dos mesmos médicos; impacto é de mais de R$ 5 milhões
Um relatório elaborado pela Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (PGE-MS) indica que apenas uma advogada, em 2023, ingressou com 32 ações solicitando procedimentos médicos, sendo que 28 deles tinham custo superior a R$ 150 mil. A constatação foi fundamental para reforçar a tese de que há um esquema entre médicos e advogados que consiste em inflar os preços dos procedimentos e, consequentemente, turbinar o ganho dos advogados. Nesta terça-feira (25), o Ministério Público transformou o procedimento preparatório aberto em 2023 em inquérito civil. A investigação pode ir ainda mais além, pois a Polícia Civil também estaria no caso (não há confirmação de abertura de inquérito). A PGE-MS, em 2023, além de enviar os dados para a investigação civil do Ministério Público, também solicitou que a Polícia Civil instaurasse inquérito policial para investigar o esquema de superfaturamento de cirurgias pagas com dinheiro público a mando da Justiça.
Os processos patrocinados pela mesma advogada resultaram (ou resultariam, na época do dossiê, em 2023) em um impacto de R$ 5 milhões aos cofres públicos. Nessas ações judiciais, normalmente em caráter de urgência, há pouco espaço para o contraditório do poder público ou para questionar orçamentos. O valor, a título de comparação, é pouco menos da metade dos R$ 14 milhões investidos em cirurgias eletivas no ano passado, com ajuda federal. A suspeita dos envolvidos na investigação é que o sobrepreço dos procedimentos médicos pode contribuir para elevar o faturamento dos profissionais de saúde e ainda levar os advogados a turbinar seus honorários sucumbenciais, que podem chegar a 20% do valor da causa. Quanto ao inquérito do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, ele também investiga uma suposta omissão das procuradorias do Estado e do Município. A motivação foi levantada pelo juiz Cláudio Muller Pareja, que estranhou que, em um desses processos com valor exorbitante, o poder público não tenha pedido a impugnação dos orçamentos.
Na investigação do Ministério Público, já foram identificados pelo menos cinco clientes de uma mesma advogada, já intimados a depor. A investigação é reforçada pelo mapeamento da PGE-MS, elaborado pelo procurador do Estado Kaoye Guazina Oshiro, com o apoio da Polícia Civil, que notou uma repetição de processos judiciais requerendo a realização de neurocirurgias e cirurgias ortopédicas, em que os pacientes solicitam procedimentos com valores expressivos. Todos os processos, conforme o documento ao qual o Correio do Estado teve acesso em primeira mão, eram patrocinados pela mesma advogada: Luciana Tosta Quintana Ribas. "Não raro, os profissionais que ofereciam os serviços (os procedimentos cirúrgicos) se repetiam", argumenta o procurador do Estado. Em 2023, ano em que se concentra a investigação, a advogada Luciana Tosta Quintana Ribas ingressou com 32 demandas judiciais contra o Estado e municípios.
A maioria das demandas foi na comarca de Campo Grande: 19 ao todo. Mas também havia processos judiciais, na época em que o procurador do Estado elaborou o documento, nos municípios de São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nioaque, Costa Rica, Miranda (Bodoquena), Rio Verde de Mato Grosso, Paranaíba, Coxim e Rio Negro. "De fato, no universo de 32 processos, apenas quatro contêm como menor orçamento de equipe médica montante inferior a R$ 150 mil", argumenta o procurador. Cartas marcadas O monitoramento feito pela Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul ainda apontou para indícios de carta marcada na oferta dos procedimentos pelos médicos. Normalmente, o paciente apresenta três orçamentos de procedimentos ao magistrado, que normalmente decide pelo mais barato. "Na maior parte dos orçamentos de menor valor - ou seja, dos orçamentos utilizados como parâmetro para sequestro de verbas públicas para a realização de procedimentos em âmbito privado - são dos Drs.
(médicos) Wolnei Zeviani (13) e Antônio Martins de Freitas Júnior (16). "O procurador do Estado complementa: "Ou seja, dos 32 processos, apenas três não têm como orçamento de menor valor o apresentado por um desses dois médicos." O dossiê da PGE-MS, feito a pedido do Ministério Público, ainda lembra que, nos outros três casos em que Zeviani e Freitas Júnior não aparecem, os médicos citados são Mariana Mazzuia (1) e Roberto Cisneros (2). O que chamou a atenção da PGE-MS é que, no orçamento feito por Mariana Mazzuia, a conta indicada como destino para o depósito era da empresa Nanoneuro Serviços Médicos, cujo responsável financeiro é nada menos que Wolnei Zeviani. O documento ainda mostra que Zeviani e Freitas Júnior também ofertaram orçamentos nos procedimentos em que não ofereceram o menor preço. Na época em que o relatório ficou pronto, no final de 2023, o dossiê da PGE-MS ainda indicou que, dos 32 processos patrocinados por Luciana Ribas, 16 já estavam com ordens de bloqueios de verbas públicas efetuadas.
"Todos esses bloqueios foram destinados a empresas que contêm ou o Dr. Wolnei Zeviani ou o Dr. Antônio Martins de Freitas Júnior ou ambos no quadro societário", demonstrou. As empresas que receberam os pagamentos foram: Instituto de Nervos, Cérebro e Coluna (INCC) Martins Neuro Serviços Médicos WW Zeviani Prestação de Serviços Médicos Nanoneuro Serviços Médicos Valor exorbitante Os procedimentos tinham valores exorbitantes e distantes da média praticada pelo mercado, indica o relatório do procurador Kaoye Oshiro. Ele cita o exemplo de uma cirurgia de coluna indicada pela advogada, em que o procedimento de menor valor sairia por R$ 339,4 mil. Ocorre que a PGE encontrou, na mesma época, um orçamento para o mesmo procedimento a ser executado em Ponta Porã por menos da metade do preço: R$ 162,4 mil. Fác-Símile de documento da PGE-MS Suspeita antiga Em meados do ano passado, a própria Procuradoria-Geral do Município de Campo Grande revelou, em peça judicial, a existência de um suposto esquema envolvendo médicos e advogados que forçam a judicialização da saúde para aumentar seus rendimentos.
A descrição veio à tona em defesa de uma ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) que visa acabar com uma fila de espera de 7,7 mil consultas e cirurgias ortopédicas. Na ocasião, a procuradora do município Viviani Moro afirmou, na peça de defesa, que os custos desses procedimentos, solicitados via processos judiciais, contribuem para o aumento das filas na saúde pública. Em contestação à ação civil pública ajuizada pelo MPMS no fim de abril, ela destacou dois processos judiciais em que pessoas demandam procedimentos de quase R$ 600 mil e R$ 50 mil. "Desde a judicialização da saúde, inúmeros profissionais médicos e empresas encontraram nas ações meios para obter melhores lucros", afirmou a procuradora. "Por uma questão lógica, tais profissionais não se interessam em realizar o procedimento no âmbito do SUS, cujo custeio de tais procedimentos é pífio. E, por mais que os serviços estejam contratualizados, o gestor público não possui finanças suficientes para subsidiar valores equiparados com os que são praticados no âmbito privado", complementou a procuradora jurídica.
..............................................
FOLHA ONLINE
Padilha abre transição na Saúde e diz que meta é reduzir espera para atendimentos
Lula trocou comando do ministério após cobrar marca forte na pasta, e aposta é o programa Mais Acesso a Especialistas
Escolhido para comandar o Ministério da Saúde , o médico e deputado federal Alexandre Padilha (PT) disse nesta quinta-feira (27) que sua meta na pasta será reduzir o tempo de espera para atendimentos.
"A missão é se esforçar permanentemente, até o momento que for necessário, de minha parte de forma obsessiva, para reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento neste país", disse
Padilha ao chegar ao ministério pela primeira vez após ser escolhido para o cargo.
Ele participou de reunião com a equipe da ministra Nísia Trindade para organizar a troca de comando na Saúde . Nísia foi demitida por Lula (PT) na terça-feira (25), cinco dias após a Folha revelar que o presidente havia decidido trocar a chefia do ministério.
Lula tem cobrado que o Ministério da Saúde emplaque uma ação de maior visibilidade. Com Padilha à frente da pasta, o governo deve aumentar a aposta no Mais Acesso a Especialistas . O programa, que ainda ganha tração , promete encurtar o tempo para a realização de consultas e exames especializados nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
Atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Padilha deve tomar posse no Ministério da Saúde no dia 10 de março. Já o nome que comandará a SRI ainda não foi anunciado.
Padilha disse que a transição na chefia da Saúde "será tranquila, construtiva e amigável".
"Estou sucedendo uma defensora do SUS que durante dois anos se esforçou para reconstruir o Ministério da Saúde, tão atacado pelo negacionismo", afirmou o próximo ministro da Saúde sobre Nísia.
O petista ainda disse que Lula colocou a redução do tempo para atendimentos como um "desafio".
Atual secretário de Atenção Especializada, o médico Adriano Massuda deve assumir a Secretaria Executiva da Saúde sob Padilha. O cargo é visto como uma espécie de vice-ministro, além de lidar com temas sensíveis ao governo, como elaboração do orçamento da Saúde, compras públicas e logística.
Massuda hoje comanda a secretaria que executa o Mais Acesso a Especialistas e foi secretário-executivo substituto da Saúde em 2011 e 2012, durante a gestão anterior de Padilha na pasta. Ele ainda participou, em 2022, da banca de doutorado do novo chefe do ministério.
Padilha assumirá a pasta também com o desafio de frear crises sanitárias, como a da dengue.
Terá, ainda, de lidar com a cobiça do Congresso sobre o orçamento da Saúde . Em 2024, as emendas parlamentares drenaram mais de 40% da verba empenhada para custeio e investimentos da pasta. Na passagem anterior de Padilha pela Saúde, encerrada em 2014, menos de 20% desses recursos eram definidos por deputados e senadores.
Ex-presidente da Fiocruz, Nísia comandou a Saúde desde janeiro de 2022 e foi uma escolha da cota pessoal de Lula. A ideia do presidente era reorganizar as políticas da pasta, como o Farmácia Popular e o Mais Médicos, além de se contrapor às gestões anteriores, marcadas por falhas no combate à Covid-19.
Ao se despedir dos servidores nesta quarta-feira (26), Nísia afirmou que sua gestão teve o "papel histórico" de reconstruir o ministério. Disse também que desejava permanecer no cargo durante os quatro anos do governo e se queixou dos dias de indefinição sobre a troca de ministro , mas sem citar o presidente Lula (PT).
A gestão de Nísia vinha sendo alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio presidente, que chegou a fazer cobranças pela falta de uma nova política que se tornasse bandeira do governo. À frente da pasta ela enfrentou uma sequência de crises, como a explosão de casos de dengue e a falta de alguns modelos de medicamentos e vacinas em todo o país.
Aliados da ministra, contudo, defendem que a gestão de Nísia retomou políticas públicas e ampliou coberturas vacinais. Em 2024, o Brasil foi recertificado pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) pela eliminação de sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita.
................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Saúde Suplementar em 2025: desafios, oportunidades e perspectivas para o setor
O ritmo intenso de inclusão de novas tecnologias no Rol da ANS
7 hospitais brasileiros estão entre os melhores do mundo, segundo ranking da Newsweek; veja quais
Ahpaceg denuncia aumento abusivo nos preços de insulina humana
MEDICINA S/A
Saúde Suplementar em 2025: desafios, oportunidades e perspectivas para o setor
O setor de saúde suplementar no Brasil chega a 2025 diante de desafios importantes. O envelhecimento da população, o aumento dos custos assistenciais e a pressão regulatória colocam operadoras de planos de saúde em um cenário de grande transformação. Ao mesmo tempo, a inovação tecnológica e novos modelos de gestão surgem como alternativas viáveis para garantir a sustentabilidade do setor nos próximos anos.
O que aconteceu em 2024?
Antes de mergulharmos nas expectativas para 2025, é interessante dar uma olhada no que aconteceu em 2024, ano que, sem dúvida, preparou o terreno para os próximos passos. O cenário econômico foi desafiador. O déficit fiscal elevado, a alta do dólar, a elevação no valor dos insumos, impactaram de forma importante o setor de saúde. Isso porque, vale lembrar, o Brasil depende de 90% de insumos importados para a produção de medicamentos, como já divulgado pelo relatório da organização internacional Oxfam. Além disso, grande parte dos equipamentos e tecnologias aplicadas nas instituições de saúde vem de fora.
A respeito, me veio à memória o discurso da ministra da Saúde, Nísia Trindade, na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na fala, Nísia reforçou que essa dependência representa um dos pontos de vulnerabilidade de todo o setor de saúde do Brasil.
Outros fatores, como o aumento da demanda pela assistência em saúde, da sinistralidade, os custos crescentes e debates em esferas legislativas, também marcaram o ano de 2024. Em meio a esses desafios, a saúde suplementar manteve seu crescimento de forma contínua. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor registrou 51,5 milhões de beneficiários em planos de assistência médica. Esse aumento corresponde a cerca de 850 mil beneficiários a mais que em outubro de 2023. Além disso, as operadoras e administradoras de benefícios conseguiram recuperar-se dos reflexos da pandemia, registrando um lucro líquido de R$ 8,7 bilhões nos três primeiros trimestres de 2024, um aumento de 178% em comparação com 2023. Por minha vivência no setor e pelos dados oficiais, digo que 2024 nos preparou para um movimento de retomada positiva, que será impulsionado em 2025.
O que esperar de 2025?
Em 2025, o envelhecimento da população e a sinistralidade seguem como pontos de atenção para a saúde suplementar. Dados do IBGE já demonstram que mais de 15% da população brasileira está acima dos 60 anos. Uma população que, de forma geral, necessita de cuidados mais prolongados, manejo de doenças crônicas, tratamentos de alta complexidade. O que, inevitavelmente, aumenta os custos assistenciais. Nessa equação, temos ainda o fator sinistralidade (o índice de custos com serviços médicos em relação à receita do plano de saúde), que pode impactar diretamente na sustentabilidade das operadoras de planos de saúde em 2025.
Desde já as operadoras precisam se concentrar em estratégias para reduzir a sinistralidade. Investir em serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) e estimular os beneficiários a adotarem hábitos mais saudáveis são medidas essenciais. Além disso, aprimorar o uso da rede credenciada do plano também pode contribuir para reduzir custos e melhorar a experiência do paciente.
Ainda falando em desafios, para garantir a sustentabilidade do setor de saúde suplementar, será muito importante desenvolver novos modelos de trocas econômicas intrasetoriais. O foco deve ser em remunerar médicos e serviços com base no valor entregue ao paciente ou em modelos fundamentados no desempenho assistencial e na qualidade do cuidado. Sem essa evolução, corremos o risco de não atender plenamente às necessidades do setor, deixando de entregar valor tanto aos cooperados quanto aos beneficiários. Para viabilizar essa transformação, é crucial aprimorar a agenda regulatória, fortalecer os processos de acreditação e revisar os modelos de remuneração. O modelo tradicional de fee-for-service, que prioriza o volume de serviços realizados sem considerar a necessidade clínica ou os resultados de saúde, precisa ser repensado. A remuneração deve se basear no desempenho e nos resultados alcançados, garantindo que estejam diretamente vinculadas à qualidade do cuidado oferecido.
Outro ponto a ser observado é que o crescimento da saúde suplementar está diretamente vinculado ao emprego com carteira assinada em nosso país. E, estamos em um momento com a menor taxa de desemprego da história, o que pode não se repetir ao longo de 2025. Isso porque, observamos pela frente um cenário internacional complexo, além dos desafios nacionais como o aumento da inflação e dos juros, fatores que podem esfriar a economia e reduzir o emprego formal. Nesse contexto, investir em ações e iniciativas que proporcionem o desenvolvimento e crescimento do setor de saúde suplementar é de extrema importância para gerar mais postos de emprego e, consequentemente, renda para a população do país.
Discorri sobre alguns obstáculos, mas é importante ressaltar que 2025 também se inicia com novas oportunidades. Não posso deixar de citar a forte presença da tecnologia no setor de saúde. Será possível observar, por exemplo, um impacto crescente das soluções de Inteligência Artificial (IA) no auxílio às operadoras em análises preditivas de custos e otimização de recursos. A IA não só promete melhorar a eficiência operacional das operadoras, mas também aprimorar a experiência dos pacientes, tornando os serviços mais rápidos e personalizados.
Um recorte sobre o Sistema Unimed
No contexto desafiador da saúde suplementar, as operadoras Unimed têm se destacado com estratégias de inovação e eficiência. A verticalização de serviços, o investimento em governança clínica e o uso de tecnologia têm permitido que muitas Unimeds mantenham equilíbrio financeiro e entreguem serviços de qualidade.
A estrutura cooperativista também se mostra um diferencial importante. Enquanto muitas operadoras de planos de saúde enfrentam dificuldades de sustentabilidade, o modelo Unimed fortalece a sinergia entre operadoras e prestadores, garantindo um ecossistema mais resiliente. E os números demonstram isso. A Unimed foi destaque na principal avaliação setorial realizada anualmente pela ANS, falo aqui do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS 2024, ano-base 2023). Entre as 18 operadoras médico-hospitalares que obtiveram nota máxima na avaliação, 16 são cooperativas Unimed, totalizando 89% de participação. Vale reforçar que das 269 operadoras do Sistema Unimed avaliadas pela ANS, 223 estão classificadas nas duas melhores faixas de desempenho, são 83% em comparação aos 71% do segmento.
Os bons resultados também se refletem no aumento de beneficiários, o Sistema Unimed entra em 2025 com mais de 20 milhões de beneficiários. Na equipe de profissionais, conta com mais de 117 mil médicos cooperados, que equivalem a 21% dos médicos do Brasil. Além disso, o Sistema Unimed possui 38% de participação no mercado nacional de planos de saúde e já gerou mais de 143 mil empregos diretos. Para 2025, digo ainda que as expectativas no desenvolvimento contínuo e expansão do Sistema se mantém.
Gestão profissionalizada como caminho para a sustentabilidade
Ao longo desse ano, observaremos uma movimentação direcionada a profissionalização das gestões das cooperativas Unimeds. Cada dia mais, as singulares compreendem a necessidade de fomentar uma capacitação contínua dos seus gestores. E, nesse âmbito, a Faculdade Unimed, em seu papel de Casa do Conhecimento do Sistema Unimed, realiza um trabalho fundamental. A instituição promove uma jornada de iniciativas educacionais, de capacitação e assessorias, para preparar dirigentes e cooperativas para enfrentarem os desafios. A aposta na formação e na qualificação dessas lideranças, a partir de uma instituição de ensino que compreende o DNA e as especificidades do Sistema, reforça o compromisso com a sustentabilidade do negócio.
No momento, podemos concluir que…
O setor de saúde suplementar está em plena transformação, e 2025 será um ano crucial para moldar o futuro. Os desafios seguem se apresentando, mas observamos também novas oportunidades emergirem por meio da inovação, de uma maior abertura para mudanças e da adoção de modelos mais sustentáveis. Movimentos que buscam aproximar a relação das operadoras de planos de saúde com os beneficiários e, proporcionar ao paciente uma assistência com foco ainda maior em qualidade e eficiência, sempre priorizando a segurança e melhor experiência.
O Sistema Unimed, com sua estrutura cooperativista e capacidade de adaptação, segue como referência no mercado, apontando caminhos para uma gestão mais equilibrada e conectada às mudanças da sociedade. Em 2025, o sucesso das operadoras Unimeds estará também vinculado a capacidade de fazer com que os desafios se tornem oportunidades e liderar a transformação do setor. Assim como apostar na capacitação contínua das pessoas que movimentam esse Sistema, principalmente nos dirigentes. Afinal, uma gestão mais profissionalizada, atenta à inovação e aberta ao diálogo, possibilita o alcance de melhores resultados para a singular, o que contribui para o desenvolvimento e fortalecimento de todo o Sistema Unimed.
*Fábio Leite Gastal é Diretor acadêmico da Faculdade Unimed, Presidente do Conselho e Diretor-geral da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e Superintendente de Novos Negócios da Seguros Unimed.
.............................
O ritmo intenso de inclusão de novas tecnologias no Rol da ANS
Recentemente, a ANS anunciou a inclusão de novos medicamentos e tratamentos ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, com vigência a partir de fevereiro de 2025. Entre as inovações, destacam-se terapias para doenças raras e procedimentos de alta tecnologia, ampliando as opções de cuidado para os beneficiários.
Estamos falando de um tema é de grande importância, pois a atualização contínua do rol impacta diretamente a cobertura oferecida pelos planos de saúde, influenciando tanto os beneficiários quanto as operadoras. Enquanto os usuários ganham acesso a tratamentos mais modernos e eficazes, as operadoras enfrentam o desafio de adequar-se às novas exigências sem comprometer a sustentabilidade do sistema.
A atualização do rol é um processo criterioso, que busca garantir aos beneficiários acesso a tratamentos eficazes e seguros, preservando a sustentabilidade do setor. Ele começa com a submissão de propostas, feitas por operadoras, profissionais de saúde, associações de pacientes e fabricantes.
Essas propostas são avaliadas com base em critérios como eficácia, segurança e custo-efetividade. Após análise técnica e científica, muitas vezes com o apoio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC), as tecnologias são submetidas à consulta pública, permitindo a participação da sociedade.
A decisão final é tomada pela Diretoria Colegiada da ANS, que considera o impacto econômico, os benefícios clínicos e a viabilidade de implementação no sistema.
Dados recentes da ANS mostram que, somente em 2024, 35 novos itens foram incorporados ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Essa ampliação inclui novos procedimentos, medicamentos, indicações terapêuticas e ampliações de uso, marcando um passo importante no processo de avaliação e inclusão de tecnologias. Entre as inovações, destacam-se tratamentos contra câncer, leucemia e osteoporose, além de opções terapêuticas para psoríase, e asma, e testes avançados para tuberculose.
Esse número expressivo reflete a evolução e a agilidade do processo conduzido pela ANS, reforçando o compromisso com a modernização e a ampliação do acesso a tecnologias de ponta no sistema de saúde suplementar. No entanto, o impacto financeiro e operacional gerado evidencia a necessidade de constante aprimoramento nos fluxos de análise e decisão, de forma a equilibrar celeridade, qualidade e sustentabilidade.
Embora a ampliação do rol seja positiva para os beneficiários, ela também representa desafios significativos para as operadoras de planos de saúde. A inclusão de novas tecnologias aumenta os custos operacionais, que nem sempre podem ser repassados integralmente às mensalidades.
A inclusão acelerada de novas tecnologias, ainda que positiva, exige que sejam implementadas estratégias robustas para mitigar o aumento dos custos operacionais e garantir a viabilidade econômica do setor. Sem essas medidas, o risco de oneração excessiva pode comprometer a acessibilidade dos planos de saúde, afastando beneficiários e enfraquecendo o caráter inclusivo do sistema.
Manter o equilíbrio entre a incorporação de inovações e a sustentabilidade financeira é fundamental para assegurar que os avanços tecnológicos sejam acompanhados de ações que promovam a equidade e a eficiência. Essa abordagem é crucial para que o setor continue atendendo às necessidades dos beneficiários de forma eficaz e acessível, sem comprometer sua sustentabilidade no longo prazo.
Dessa forma, o avanço na ampliação do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde não apenas reafirma o compromisso com o acesso a cuidados modernos e eficazes, mas também ressalta a importância de práticas responsáveis que garantam um sistema sustentável e inclusivo.
*Viviane Reis Diniz é advogada do Bhering Cabral Advogados.
.............................
PORTAL TERRA
7 hospitais brasileiros estão entre os melhores do mundo, segundo ranking da Newsweek; veja quais
Hospital das Clínicas é o único hospital público do Brasil na lista; mais de 2 mil instituições foram avaliadas
Sete hospitais brasileiros estão entre os 250 melhores do mundo, de acordo com o ranking anual divulgado pela revista americana Newsweek, em parceria com o Statista, empresa global de pesquisa de dados.
A lista, divulgada nesta quarta-feira, 26, considera uma série de critérios, como recomendações de especialistas, satisfação dos pacientes e indicadores de qualidade hospitalar, incluindo a eficácia dos tratamentos e seu impacto na qualidade de vida.
Além disso, neste ano, a produção científica dos hospitais passou a ser considerada, com foco na quantidade e no impacto das publicações em revistas científicas. No total, a análise abrangeu 30 países, selecionados com base em fatores como qualidade de vida, expectativa de vida, tamanho da população, número de hospitais e disponibilidade de dados. Para chegar aos 250 melhores, mais de 2,4 mil hospitais foram avaliados.
Na edição de 2025, o Hospital Israelita Albert Einstein se destacou na 22ª posição global, sendo o hospital brasileiro mais bem colocado.
Para o presidente do Einstein, Sidney Klajner, a instituição atingiu essa classificação devido à sua transformação em um ecossistema de saúde , que integra ensino, pesquisa e inovação. Nós entendemos que a geração de conhecimento deve ocorrer por meio de pesquisas que sustentem resultados capazes de beneficiar não só o setor privado, mas também o público e, em alguns casos, a humanidade como um todo. Desde então, nossa trajetória tem sido desenhada nesse sentido , afirma.
Ele ressalta que uma resposta direta desse foco foi a atuação do hospital durante a pandemia de covid-19 , com pesquisas voltadas ao desenvolvimento de novos tratamentos e protocolos clínicos, progressos em relação a terapias avançadas (como a CAR-T ), parcerias com a rede pública e, principalmente, investimento em tecnologia - como inteligência artificial e análise de dados - para otimizar a gestão e aprimorar os tratamentos.
Os dados desempenham um papel fundamental na transformação da saúde, especialmente quando aplicados por meio de algoritmos inteligentes , diz Klajner, que destaca alguns assuntos que têm sido foco de atenção pelo hospital, como mudanças climáticas, envelhecimento acelerado e saúde mental.
Para o futuro, a ideia é manter qualidade e segurança como pilares inegociáveis, investir cada vez mais na experiência e humanização do atendimento e reforçar o compromisso com a excelência - não só aquela que se destaca em rankings, mas a que efetivamente transforma o cuidado em saúde e a vida das pessoas.
Além do Hospital Israelita Albert Einstein, outros seis hospitais brasileiros foram destacados no ranking:
83º - Hospital Sírio-Libanês (São Paulo/SP)
O Hospital Sírio-Libanês foi indicado pelo World s Best Hospitals pela sexta vez. Recentemente, também foi reconhecido como líder no setor de serviços de saúde pelo ranking Merco Empresas 2024.
Receber esse reconhecimento é motivo de grande orgulho. Ele reflete o comprometimento diário de nossos profissionais de saúde, equipe assistencial, gestores e administradores em oferecer um atendimento de excelência, inovar em ensino e pesquisa e levar a medicina de ponta além das fronteiras do Brasil. Essa conquista reforça nossa missão de transformar vidas por meio do cuidado e do conhecimento , afirma o diretor-geral do Sírio-Libanês, Fernando Ganem.
115º - Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo/SP)
Referência em alta complexidade, com foco especial em oncologia, cardiologia, neurologia, ortopedia e transplantes, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz aparece pelo quinto ano consecutivo e subiu algumas posições em relação ao ranking anterior.
Este reconhecimento ratifica nosso compromisso com a missão de impulsionar o desenvolvimento da saúde, oferecendo atendimento personalizado e focado nos melhores resultados para cada paciente ao longo de toda a sua jornada. Este resultado é fruto do esforço coletivo e da dedicação de nossos colaboradores, assim como do corpo clínico e assistencial do hospital, que se empenham continuamente na evolução da qualidade do cuidado e bem-estar de nossos pacientes, diz José Marcelo de Oliveira, diretor-presidente da instituição.
127º - Hospital Moinhos de Vento ( Porto Alegre /RS)
Único hospital brasileiro fora do Estado de São Paulo na lista, o Moinhos de Vento figura no ranking da Newsweek pela sexta vez. Além disso, é um dos seis hospitais de referência do País e o único da região Sul a integrar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde .
Temos a missão de ser a melhor instituição de saúde do Brasil até o fim desta década. Queremos alcançar esse objetivo não apenas para atender quem nos procura, mas também para liderar transformações na saúde do País, gerando desenvolvimento e sustentabilidade para um futuro melhor para todos , diz Mohamed Parrini, CEO do hospital.
165º - Hospital Santa Catarina - Paulista (São Paulo/SP)
Presente no ranking pelo sexto ano consecutivo, o Hospital Santa Catarina - Paulista subiu seis posições em relação a 2024.
Esse resultado é motivo de grande orgulho para toda a nossa equipe, que se dedica a oferecer um atendimento de qualidade, com foco em um cuidado seguro e humanizado, colocando o bem-estar do paciente como prioridade. Cada avanço é fruto do trabalho e do compromisso de nossos colaboradores, médicos e parceiros , afirma o diretor-geral do hospital, Rogério Quintela Pirotto.
202º - Hospital do Coração, o HCor (São Paulo/SP)
É a primeira vez que o HCor, referência nacional em cardiologia, aparece entre os 250 melhores hospitais do mundo. Neste ano, o hospital também foi indicado ao ranking Top Hospitais Privados em Ortopedia, da própria Newsweek.
Nosso trabalho tem como foco o melhor cuidado para cada paciente. Milhares de profissionais trabalham no Hcor, todos os dias, com esse propósito. Alcançar a marca de estar entre os melhores hospitais é a causa do que fazemos. Então, estamos orgulhosos e cientes da nossa responsabilidade de sermos cada vez melhores para cada pessoa que busca por nossos cuidados , diz o superintendente-CEO do Hcor, Fernando Torelly.
210º - Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o HC-FMUSP (São Paulo/SP)
Pelo terceiro ano consecutivo, o Hospital das Clínicas , considerado o maior hospital da América Latina, foi a única instituição integralmente pública do Brasil a figurar no ranking global.
É sempre um orgulho ser referência e estar entre as principais instituições médicas do mundo, especialmente sendo um hospital público. Seguiremos trabalhando com empenho para oferecer um atendimento de excelência aos nossos pacientes e fortalecer, cada vez mais, a posição do HC-FMUSP em ensino, pesquisa, assistência e inovação no cenário nacional e mundial , afirma Edivaldo Utiyama, diretor clínico do HC.
........................................
FOLHA DO PLANALTO
Ahpaceg denuncia aumento abusivo nos preços de insulina humana
Com o produto escasso no mercado nacional e com os aumentos abusivos, a Associação notificou o Ministério Público do Estado de Goiás, solicitando apoio para garantir a assistência a pacientes diabéticos
Após denunciar na semana passada a escassez de insulina humana no mercado nacional e alertar que esse problema pode comprometer a assistência aos pacientes, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás) notificou o Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde) do Ministério Público do Estado de Goiás sobre a escassez e o aumento abrupto dos preços das insulinas humanas Regular e NPH.
No documento enviado ao MP, a Associação destaca que a falta desses medicamentos essenciais e o aumento abrupto nos preços comprometem o atendimento a pacientes diabéticos internados, expondo-os a riscos graves de saúde.
A Ahpaceg solicita que o Ministério Público intervenha junto às autoridades competentes para regularizar o abastecimento e fiscalizar práticas abusivas de preços, garantindo o direito à saúde conforme a Constituição Federal.
Na notificação extrajudicial, a Ahpaceg destaca que os preços da unidade de Insulina NPH subiram de R$ 30,13, em 2024, para R$187,60 neste ano. No mesmo período, os preços da Insulina Regular saltaram de R$ 27,10 para R$ 229,99.
“Tal inflação inviabiliza economicamente a aquisição em escala suficiente para atender à demanda hospitalar”, destaca o presidente Haikal Helou.
A demanda anual das instituições associadas à Ahpaceg é de aproximadamente 6,6 mil frascos das insulinas Regular e NPH. A escassez coloca em risco a continuidade do atendimento seguro e eficaz aos pacientes diabéticos internados.
O presidente da Ahpeceg ressalta que a escassez desse medicamento essencial afeta não apenas os pacientes atendidos pelas instituições privadas associadas, mas também configura uma questão de saúde pública em âmbito nacional.
A Ahpaceg conta com o apoio do Ministério Público para:
a) Promover interlocução junto às autoridades competentes, incluindo o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visando assegurar a regularização do abastecimento das insulinas Regular e NPH no mercado nacional;
b) Fiscalizar possíveis práticas abusivas relacionadas à elevação dos preços das insulinas no mercado privado, com fundamento no art. 39, X, do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990);
c) Garantir o cumprimento do direito à saúde previsto no art. 196 da Constituição Federal, que estabelece ser dever do Estado assegurar acesso universal e igualitário às ações e serviços necessários à promoção da saúde.
...............................
Assessoria de Comunicação
Ahpaceg denuncia aumento abusivo nos preços de insulina humana
Escrito por AdministradorCom o produto escasso no mercado nacional e com os aumentos abusivos, a Associação notificou o Ministério Público do Estado de Goiás, solicitando apoio para garantir a assistência a pacientes diabéticos
Após denunciar na semana passada a escassez de insulina humana no mercado nacional e alertar que esse problema pode comprometer a assistência aos pacientes, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás) notificou o Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde) do Ministério Público do Estado de Goiás sobre a escassez e o aumento abrupto dos preços das insulinas humanas Regular e NPH.
No documento enviado ao MP, a Associação destaca que a falta desses medicamentos essenciais e o aumento abrupto nos preços comprometem o atendimento a pacientes diabéticos internados, expondo-os a riscos graves de saúde.
A Ahpaceg solicita que o Ministério Público intervenha junto às autoridades competentes para regularizar o abastecimento e fiscalizar práticas abusivas de preços, garantindo o direito à saúde conforme a Constituição Federal.
Na notificação extrajudicial, a Ahpaceg destaca que os preços da unidade de Insulina NPH subiram de R$ 30,13, em 2024, para R$187,60 neste ano. No mesmo período, os preços da Insulina Regular saltaram de R$ 27,10 para R$ 229,99.
“Tal inflação inviabiliza economicamente a aquisição em escala suficiente para atender à demanda hospitalar”, destaca o presidente Haikal Helou.
A demanda anual das instituições associadas à Ahpaceg é de aproximadamente 6,6 mil frascos das insulinas Regular e NPH. A escassez coloca em risco a continuidade do atendimento seguro e eficaz aos pacientes diabéticos internados.
O presidente da Ahpeceg ressalta que a escassez desse medicamento essencial afeta não apenas os pacientes atendidos pelas instituições privadas associadas, mas também configura uma questão de saúde pública em âmbito nacional.
A Ahpaceg conta com o apoio do Ministério Público para:
a) Promover interlocução junto às autoridades competentes, incluindo o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visando assegurar a regularização do abastecimento das insulinas Regular e NPH no mercado nacional;
b) Fiscalizar possíveis práticas abusivas relacionadas à elevação dos preços das insulinas no mercado privado, com fundamento no art. 39, X, do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990);
c) Garantir o cumprimento do direito à saúde previsto no art. 196 da Constituição Federal, que estabelece ser dever do Estado assegurar acesso universal e igualitário às ações e serviços necessários à promoção da saúde.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
este rápido de meningite se torna obrigatório nos planos de saúde
Lula demite Nísia após insatisfação com falta de resultados, e Padilha assumirá o Ministério da Saúde
Especialista fala sobre a incidência de doenças raras na população
Ipasgo Saúde antecipa 147,5 milhões à rede credenciada
CNN BRASIL
Teste rápido de meningite se torna obrigatório nos planos de saúde
O novo teste PCR multiplex rápido para o diagnóstico de meningite em cerca de 1h passa a fazer parte do rol de procedimentos e eventos em saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com cobertura obrigatória pelos planos de saúde privados.
O teste PCR multiplex serve para o diagnóstico simultâneo de meningites e encefalites em curto tempo e diferencia casos bacterianos e virais, segundo Allan Munford, gerente regional Latam de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da Qiagen, multinacional responsável por trazer esse tipo de exame ao país.
"Se até então levava cerca de dois ou três dias para saber se o paciente estava infectado por um vírus ou uma bactéria causadora da doença, agora, em apenas uma hora este exame concede o resultado, o que permite manejar com urgência o tratamento mais indicado para cada caso", explica Munford.
Os laboratórios centrais e hospitais públicos têm o prazo máximo de 180 dias para disponibilizar os novos testes. "Como a nova Portaria para incorporação do teste entrou em vigor no último mês de dezembro, provavelmente até o final deste primeiro semestre teremos essa novidade disponível aos brasileiros", diz Allan.
O novo teste também pode colaborar com o objetivo do SUS que é erradicar a meningite no Brasil até 2030, como parte do plano nacional do Ministério da Saúde.
Em 2024 foram registrados mais de 233 mil casos de meningite no país e mais de 22,5 mil casos foram fatais ao longo dos últimos 14 anos.
....................................
O GLOBO
Lula demite Nísia após insatisfação com falta de resultados, e Padilha assumirá o Ministério da Saúde
Ex-presidente da Fiocruz deixa o cargo após pouco mais de dois anos diante de queixas do Planalto e dificuldades com o Congresso
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após demonstrar insatisfação com a falta de resultados da gestão na área. O lugar será ocupado por Alexandre Padilha, titular das Relações Institucionais e chefe da pasta durante o governo de Dilma Rousseff.
A decisão ocorreu após duas reuniões. À tarde, Lula recebeu Nísia para uma conversa a sós. Depois, foi a vez de Padilha.
Após a reunião com Lula, a ministra foi para o Ministério da Saúde e chamou o secretário-executivo, Swedenberger Barbosa, para seu gabinete, para dar a notícia.
Em nota oficial, o Palácio do Planalto informou que Lula comunicou a Nísia "a substituição na titularidade da pasta, que passará a ser ocupada pelo atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a partir da posse marcada para a quinta-feira, dia 6 de março. O presidente agradeceu à ministra pelo trabalho e dedicação à frente do ministério".
Trindade ainda não informou sobre a demissão para demais secretários e funcionários, e marcou uma reunião com seu time principal para esta quarta-feira. A indefinição dos últimos dias levou equipes de diferentes setores da pasta a desmarcarem agendas já fechadas para as próximas semanas e meses.
Mais cedo, Lula participou de evento ao lado de Nísia para celebrar uma pactuação de vacinas e anunciou a inclusão do imunizante da dengue do Instituto Butantan no SUS.
A cerimônia aconteceu no Planalto e foi marcada pelo silêncio do presidente e uma ministra ovacionada pelo público.
A cúpula da Saúde não esconde a frustração sobre a falta de informações do Planalto, em crise que se arrastou por dias, e a incerteza sobre a continuidade no ministério. O time de Nísia descobriu sobre a decisão de Lula pela imprensa.
A tendência é que Padilha mantenha parte da equipe de Nísia, como Estela Haddad (Saúde Digital), Felipe Proenço (Atenção Primária) e Adriano Massuda (Atenção Especializada).
Nísia foi a primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde e presidiu a Fiocruz durante a pandemia de Covid-19. O perfil técnico foi visto como um ativo pelo governo no início do mandato de Lula, após a série de críticas à pasta na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas a demora nas entregas e a dificuldade na articulação política desgastaram Nísia e, na visão do Planalto, inviabilizaram a permanência.
Lula vinha reclamando com aliados da demora da pasta em gerar ações que pudessem ser usadas pelo governo como exemplos de impacto positivo na população - o presidente chegou ao seu índice mais baixo de popularidade nos três mandatos, como mostrou o Datafolha.
A principal queixa era direcionada ao programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como meta ampliar a oferta de consultas, exames e cirurgias na rede pública. Nísia foi cobrada por Lula em mais de uma ocasião diante do avanço a passos lentos da iniciativa. O programa alcançou 99% dos municípios do país atendidos só em fevereiro, dez meses após ter sido lançado.
Além disso, o Palácio do Planalto avalia que os benefícios da ação não foram transmitidos corretamente para a população. Até o momento, o ministério investiu R$ 2,4 bilhões, além de R$ 1,2 bilhão para as cirurgias eletivas.
A passagem de Nísia foi marcada ainda por outras crises, como a explosão de casos de dengue, falhas na estratégia de vacinação e falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), como insulina.
Em meio à escalada dos casos de dengue em 2024, Lula reclamou com auxiliares que a Saúde errou ao gerar expectativa na população de que o governo teria vacina contra a doença, sendo que não havia doses disponíveis no mercado à época. No ano passado, Nísia chegou a passar por um treinamento com o marqueteiro Sidônio Palmeira, hoje ministro da Comunicação Social.
Uma reportagem do GLOBO também mostrou, em novembro do ano passado, que o governo havia deixado vencer 58,7 milhões de imunizantes desde 2023. O número supera em 22% a quantidade desperdiçada nos quatro anos em que o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no poder, quando 48,2 milhões de imunizantes foram descartados por não serem usados no prazo de validade
A agora ex-ministra da Saúde também viu respingar na gestão a crise com a administração dos hospitais federais do Rio e o escândalo da contaminação de HIV por transplante na rede estadual do Rio de Janeiro.
Lula chegou a falar publicamente, em dezembro do ano passado, que era preciso tratar com "respeito" os hospitais federais do Rio e que, se o governo federal não conseguisse cuidar, era preciso procurar um jeito melhor de administrá-los.
- Já que é para ter hospital, que ele seja um hospital de excelência e um motivo de orgulho para qualquer brasileiro. Não era possível a gente continuar vendo hospitais desfalcados de funcionários e de funcionamento de sala de cirurgia. Se o governo federal não tem condições, que a gente procure um jeito melhor de administrar.
Quatro unidades estão passando por mudanças no modelo de gestão: os hospitais federais de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes e Servidores do Estado - Andaraí e Cardoso Fontes passaram a ser administrados pela Prefeitura do Rio.
"Tem um aprendizado" Enquanto lidava com os percalços da gestão, Nísia também virou alvo de parlamentares, especialmente do Centrão, pelo pouco trânsito político. Congressistas reclamavam que não eram recebidos com frequência e relatavam dificuldades para conseguirem recursos para as bases. A agora ex-ministra fez mudanças na equipe buscou abrir mais a agenda para deputados e senadores, incluindo viagens. O movimento arrefeceu as críticas, mas não conseguiu aliviar totalmente a pressão.
- Eu tenho registrado atas de todas as reuniões, tenho até a contabilidade de quantos parlamentares. Mas sempre tem os fatos, a percepção e a expectativa, que é imensa. É claro que tem um aprendizado. Passei a me reunir com mais frequência com lideranças de partidos, estreitamos muito, ao longo do ano passado, o trabalho com a Secretaria de Relações Institucionais. As críticas são do meu conhecimento, mas não creio que sejam gerais - disse em entrevista ao GLOBO em agosto do ano passado.
...............................
PUC TV
Especialista fala sobre a incidência de doenças raras na população
https://www.youtube.com/watch?v=KzFuQhWz4Qs
.........................
O PARLAMENTO ONLINE
Ipasgo Saúde antecipa 147,5 milhões à rede credenciada
No total, 671 pessoas jurídicas que atendem beneficiários do plano de saúde recebem hoje pagamento que deveria ocorrer na sexta-feira, dia 28. Pessoas física receberam no último dia 14
O Ipasgo Saúde credita nesta terça-feira (25/02) o pagamento de 671 pessoas jurídicas, a exemplo de hospitais e clínicas, que prestam atendimento aos quase 600 mil beneficiários do plano de saúde, o maior de Goiás e a maior autogestão do país. Ao todo, R$ 147,5 milhões que, originalmente, deveriam ser repassados na sexta-feira (28/02) serão depositados de forma antecipada para 90% dos prestadores, porque eles apresentaram a documentação dentro do prazo. Os demais receberão de acordo com o fluxo normal de pagamentos.
"Essa antecipação demonstra nosso compromisso com a rede credenciada, fortalece nossa parceria com hospitais, clínicas e demais prestadores e, além disso, garante que a rede tenha os recursos necessários para continuar oferecendo um serviço de excelência aos nossos beneficiários", afirma o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz.
Esta é a segunda vez este mês que o Ipasgo Saúde paga os prestadores de forma antecipada. Nos dias 13 e 14, o plano de saúde já havia quitado R$ 17,5 milhões em remunerações de 2.760 médicos e outros profissionais de saúde que atendem os beneficiários como pessoas físicas. Ou seja, antes mesmo do fim de fevereiro, o plano de saúde já injetou mais de R$ 165 milhões no mercado de saúde.
Outros pagamentos
Até o final deste mês, de acordo com a evolução da apresentação de documentos necessários ao recebimento pelos serviços prestados, a instituição deve ultrapassar os R$ 180,3 milhões em pagamentos à rede credenciada. O Ipasgo Saúde, por exemplo, já tem em processamento notas fiscais recebidas depois do dia 21 de fevereiro, após o prazo estabelecido. Ainda assim, a meta é que esses pagamentos também ocorram antes do dia 28.
De acordo com o calendário de pagamento do Ipasgo Saúde, prestadores pessoas físicas recebem no dia 15 e pessoas jurídicas, no dia 30. Contratualmente, os recebimentos deveriam ser efetivados 60 dias após a apresentação da fatura. Ou seja, a data de pagamento teria variação de acordo com cada prestador.
Para Vinícius Luz, essas antecipações de pagamentos visam proporcionar mais segurança e previsibilidade financeira para a rede credenciada. Além disso, atestam o compromisso da instituição em manter um fluxo de pagamentos ágil e eficiente, importante tanto para os prestadores de serviço quanto os beneficiários.
Credenciamento
A instituição, que já tem o maior número de prestadores entre os planos de saúde que operam em Goiás, com quase cinco mil pessoas físicas e jurídicas, está em processo de ampliação da rede credenciada. Desde o último dia 17, o Ipasgo Saúde recebe inscrições de médicos, de todas as especialidades, interessados em atender os quase 600 mil beneficiários do Ipasgo Saúde.
O processo de credenciamento é simples e pode ser realizado de forma totalmente digital. Os profissionais precisam possuir registro ativo no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e anexar a documentação obrigatória em um formulário disponível do site www.ipasgo.go.gov.br. As solicitações serão avaliadas considerando critérios como município de atuação, cobertura assistencial, demanda de beneficiários e facilidade de acesso aos serviços.
............................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde: cobertura limitada que ANS quer testar sofre oposição até de empregados da agência
Ipasgo firma compromisso com o Cremego para o pagamento de médicos
Médicos poderão pedir medida protetiva
Erro médico em laudo radiológico: estratégias ativas na era digital
O GLOBO
Planos de saúde: cobertura limitada que ANS quer testar sofre oposição até de empregados da agência
Proposta de contratos sem cobertura de pronto-socorro e internações preocupa MPF e órgãos de defesa do consumidor
A proposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de criar um novo tipo de plano de saúde, com cobertura restrita a consultas e exames, é vista com preocupação pelo Ministério Público Federal (MPF), entidades de defesa do consumidor e até servidores do órgão regulador. O modelo, que não inclui cobertura a atendimentos de pronto-socorro, internações, cirurgias e terapias, é pauta de uma audiência pública nesta terça-feira.
Para especialistas, o modelo vai contra a lei dos planos de saúde, o que pode impulsionar a já alta judicialização do setor. Além disso, avaliam que há risco de "downgrade em massa", com redução na oferta ou alta de preço das coberturas mais completas e usuários sendo empurrados para opções mais baratas e restritas.
Este novo tipo de cobertura foi proposto pela ANS no último dia 10, e ainda não está sendo ofertado pelas operadoras: a ideia com a proposta é a criação de um ambiente regulatório experimental de dois anos para testar o modelo.
Nesse período, as operadoras interessadas precisarão criar e registrar um novo plano coletivo por adesão, sem limite de reajuste anual, e com coparticipação (quando o usuário paga por utilização) limitada a 30%.
Risco de perder qualidade Na noite de domingo, a Associação dos Servidores e demais Trabalhadores da ANS (Assetans) criticou o projeto, como mostrou o blog da colunista do GLOBO Miriam Leitão.
Numa publicação nas redes sociais, a entidade diz que com o novo modelo de plano proposto pela agência "seria possível subir os preços dos planos de cobertura completa de forma a garantir margens maiores (para as empresas), sem o receio de perda de clientes no mercado. Estes seriam absorvidos nos novos planos de coberturas menores, em um downgrade em massa."
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento, sem natureza investigatória, para acompanhar o processo. Para o procurador da República Hilton Melo, da Câmara de Defesa da Ordem Econômica e da Defesa do Consumidor do MPF, a lei dos planos de saúde determina que não pode haver uma cobertura que exclua atendimento de urgência e emergência.
- Tem que ter pronto-socorro, ou não pode chamar de plano de saúde, e sim fazer a regulação de um outro tipo de produto - diz.
Melo ainda afirma que a principal preocupação é sobre o entendimento do consumidor, que precisará estar plenamente informado do que está contratando, e teme pela queda na qualidade das coberturas:
- Os usuários precisam estar blindados. De forma nenhuma pode haver downgrade, com incentivo ao mercado para oferecer produtos de menor cobertura. Agora, são planos coletivos por adesão. O maior risco é também abarcar os empresariais, porque aí os empregadores podem oferecer aos empregados um plano de saúde popular.
A agência reguladora justifica que o plano ajudaria a reduzir filas do Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas e exames. Mas os usuários continuariam dependentes da saúde pública: ao serem diagnosticados com uma doença e precisarem de tratamento, cirurgia ou exames mais complexos, por exemplo, teriam de recorrer ao SUS.
e hospitais investem em clínicas especializadas em câncer Para isso, haveria necessidade de uma integração público-privada para garantir agilidade no tratamento desses pacientes. Mas, até agora, o produto não foi apresentado ao Ministério da Saúde, como informou o blog da colunista Miriam Leitão.
Em nota, a pasta afirmou que acompanha de perto os debates sobre a proposta da ANS e "segue atento às discussões em andamento".
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enxerga o projeto como uma desregulação do setor, e defende a suspensão do processo pela ANS.
- Isso cria a expectativa enganosa de que as pessoas terão seus problemas resolvidos. Mas depois que passarem por atendimento, se verão no máximo com um diagnóstico e sem perspectiva de tratamento, cirurgia ou terapias necessárias. A tendência é que as pessoas sejam levadas a um entendimento enganoso de que estão contratando planos de saúde - analisa Lucas Andrietta, coordenador do programa de Saúde da entidade.
Mais acesso Para as operadoras, a criação de um plano mais restrito pode ajudar a ampliar o número de vidas cobertas por planos de saúde, além da possibilidade de ofertar serviços mais baratos, que caibam no bolso de um número maior de famílias.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) disse em nota que a medida abre a possibilidade de ser oferecida mais uma alternativa de assistência aos beneficiários, "preservando todas as demais opções de planos hoje disponíveis". E que o modelo pode colaborar para a prevenção de doenças e aliviar o SUS.
Gustavo Ribeiro, presidente da Associação Brasileira dos Planos de Saúde (Abramge), diz que o setor acredita que a proposta vai facilitar o acesso à saúde privada, e nega risco de downgrade. Ele argumenta que as operadores fazem "altos investimentos" em seus hospitais próprios e redes parceiras, e que por isso "não faria sentido" reduzir a oferta de planos médico-hospitalares.
- As operadoras terão que dar total transparência sobre a que o produto se presta. Vamos trabalhar a conscientização para que o consumidor entenda o contrato, treinando equipes de vendas e corretores parceiros - observa.
...................................
CREMEGO
Ipasgo firma compromisso com o Cremego para o pagamento de médicos
Na semana passada, a presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e o 2º secretário Robson Azevedo reuniram-se com o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius de Cecílio Luz, para tratar de assuntos relacionados à remuneração dos médicos credenciados e aos contratos de trabalho destes profissionais.
Pendências relacionadas ao pagamento dos médicos vêm sendo acompanhadas pelo Cremego, que tem atuado junto ao Ipasgo em busca de uma solução para o problema.
Na sexta-feira, 21, o presidente do Ipasgo enviou à presidência do Cremego um ofício com os seguintes compromissos:
Pagamento de Honorários: Os honorários dos profissionais de saúde serão pagos em até 60 dias após o recebimento e processamento das contas, com esforços para manter o pagamento antecipado no dia 15 de cada mês.
Correção de Inconsistências: Medidas corretivas foram adotadas para resolver inconsistências geradas pela mudança do sistema em agosto de 2024. Casos específicos podem ser requeridos via e-mail (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.) e dúvidas podem ser solucionadas por telefone: 3238-2528 (exclusivo para tais situações) ou 3238-2576 (para informações gerais sobre faturamento, ou em segundo caso ante a abertura de chamado no Portal do Prestador, com as seguintes informações: hospital, data, paciente, procedimentos realizados e eventuais valores ausentes ou parciais).
Pagamentos Diretos: Pagamentos aos credenciados como Pessoa Física são realizados diretamente em contas informadas no credenciamento, exceto quando o profissional faz parte do corpo clínico de uma Pessoa Jurídica.
Demonstrativos Consolidados: Disponibilização de demonstrativos consolidados em Excel e PDF para facilitar o acompanhamento dos pagamentos, com um vídeo explicativo para orientação.
Avaliação de Reajustes: Criação de um Grupo de Trabalho para avaliar possíveis impactos financeiros e na gestão orçamentária, com prazo de até 6 meses para finalizar os trabalhos.
Novos Planos: Lançamento de novos planos a partir de março de 2025, sem migração compulsória dos atuais, alinhados ao rol da ANS.
Cobrança de Diferença de Acomodação: Beneficiários que optarem por acomodação superior devem pagar diretamente ao prestador, eximindo o Ipasgo de responsabilidades.
Identificação de Auditores: Consulta jurídica para verificar a legalidade da identificação dos auditores nos processos de análise e liberação de guias, conforme a LGPD.
Compromisso com a Regularidade dos Pagamentos: Reafirmação do compromisso com a regularidade dos pagamentos e a melhoria contínua dos processos, evitando prejuízos aos médicos credenciados e à população assistida.
Diálogo e Soluções Conjuntas: Disposição para o diálogo e formação de comissões ou grupos de trabalho para esclarecer dúvidas e buscar soluções conjuntas.
...............................................
FOLHA DO SUL
Médicos poderão pedir medida protetiva
O Projeto de Lei 4074/24, em análise na Câmara dos Deputados, propõe a concessão de medidas protetivas para médicos que sofrerem ameaças, coação ou violência no exercício da profissão. A proposta altera a Lei 3.268/57, que regula os conselhos de Medicina.
O autor do projeto, deputado Allan Garcês (PP-MA), que também é médico, destacou a importância da medida para proteger profissionais essenciais ao atendimento da população.
Segundo um estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM), houve 3.951 casos de violência contra médicos em 2022 e 3.981 em 2023, incluindo mortes dentro de unidades de saúde.
Os dados mostram que, atualmente, um médico é vítima de violência a cada três horas no Brasil. Nos últimos 11 anos, foram registrados cerca de 38 mil boletins de ocorrência envolvendo agressões a esses profissionais.
...............................
MEDICINA S/A
Erro médico em laudo radiológico: estratégias ativas na era digital
Erick Falci e Adolfo Bolinelli
Errar é um ato esperado e na área médica não será diferente. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o Brasil registrou, em 2023, cerca de 25 mil processos por “erro médico” – ou danos materiais ou morais decorrentes da prestação de serviços de saúde, denominação que passou a ser adotada neste ano pelo Judiciário. O volume representa alta de 35% em relação a 2020.
Muito mais que debater o erro em si, destaco a importância nas medidas implementadas para evitá-los (“camadas de proteção”) e como proceder de maneira ética e transparente quando esses mecanismos falham.
Na prática, a precisão e a clareza dos achados nos laudos radiológicos são fundamentais para direcionar um bom tratamento. Um estudo recente, conduzido pelo médico Andrew Rosenkrantz e sua equipe da NYU Langone Health, publicado no Journal of the American College of Radiology, em maio de 2021, revelou que a radiologia foi responsável por 3,9% de todas as reclamações de negligência médica e por 12,8% das reclamações relacionadas aos erros de diagnóstico. Entre essas reclamações, as imagens oncológicas representam 44% dos casos de negligência, destacando a importância crítica da precisão nessa área.
Erros podem ocorrer nas diferentes etapas do processo diagnóstico. Destaco dois tipos: os de percepção e interpretação. Entender suas nuances é essencial na estratégia de boas práticas.
O erro de percepção refere-se à falha em perceber ou reconhecer informações relevantes durante a avaliação diagnóstica. Quando um erro de percepção ocorre, o médico pode deixar de identificar uma condição crítica, resultando em diagnósticos tardios. Por exemplo, a não percepção de um nódulo na mamografia pode levar a um atraso no diagnóstico de câncer de mama, impactando negativamente no prognóstico.
Já os erros de interpretação podem levar a diagnósticos incorretos, erros de lateralidade ou tratamentos equivocados. Por exemplo, a interpretação errônea de um nódulo hepático pode resultar em uma conduta muito superficial e/ou muito agressiva, desnecessária.
Portanto, precisamos lidar basicamente com dois cenários: as lesões não vistas e as que são identificadas, mas interpretadas erradas. Como proceder?
A seguir, discutiremos três situações fundamentais que podem contribuir para a redução de erros nos laudos de radiologia: a seleção de médicos qualificados, adequação da escala médica e a revisão sistemática dos laudos realizados em horários hostis.
A escolha de profissionais qualificados e com as devidas titulações perante o colégio brasileiro de radiologia (CBR) é a primeira camada de proteção visando minimizar os erros. A seleção criteriosa dos radiologistas que vão compor o time deve considerar não apenas a formação acadêmica, mas também sua especialização, subespecialização e o caráter em lidar com as cobranças da empresa. A captação de radiologistas competentes tem sido um grande desafio na área de teleradiologia.
A adequação da escala médica é outra camada essencial na prevenção de erros nos laudos radiológicos. A carga de trabalho excessiva e a falta de descanso levam à fadiga, comprometendo o nível de atenção e precisão dos médicos. Portanto, é fundamental que as escalas sejam organizadas de forma a garantir que os radiologistas trabalhem com a calma e remuneração adequadas.
Uma escala bem planejada não apenas melhora a qualidade do trabalho, mas também contribui para a saúde e o bem-estar dos médicos, reduzindo situações de “burn-out” e desatenção.
A revisão sistemática dos laudos realizados, principalmente em horários hostis, é uma camada de proteção crítica. Os turnos noturnos são inerentes à nossa profissão e nos coloca à prova em horários onde deveríamos estar descansando (“contra-fisiológico”). A maior concentração de equívocos nos laudos e perda dos prazos de entrega acordados ocorrem durante a madrugada e o motivo no parece muito óbvio: exaustão.
Para reduzir os riscos associados a esses horários, é importante implementar um sistema de revisão sistemática em que todos os laudos feitos durante os turnos noturnos sejam revisados por um segundo radiologista no primeiro horário do expediente regular. Essa prática ajuda a identificar possíveis erros a tempo de solucioná-los, além de uma segunda opinião que enriquece a discussão clínica. A utilização da tecnologia, como sistemas de inteligência artificial, pode auxiliar na triagem inicial dos laudos, destacando áreas que necessitam de atenção especial.
Por fim, ressalto que mesmo adotando todas as boas práticas e camadas de proteções preventivas, lidaremos eventualmente com erros estabelecidos. Nesse contexto, o diálogo e o bom senso na apuração dos fatos entre as lideranças são fundamentais. Assumir a responsabilidade e manter a transparência com os envolvidos não são as questões, devemos trabalhar para minimizar as situações indesejadas e evitar cobranças excessivas ou desleais. Estamos longe da perfeição.
*Adolfo Previdelli Bolinelli é CEO da Erad Solution e Erick Falci Santos é Diretor Geral da Erad Solution.
.......................................
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Nova resolução do Cremego determina que apenas médicos terão acesso às áreas reservadas em hospitais
Resolução sobre fiscalização em hospitais públicos gera debate sobre atuação de agentes políticos
OMS alerta para aumento de casos de febre amarela no Brasil
Jovem de 23 anos morre após fazer procedimento no pulmão em unidade de saúde; família denuncia erro médico
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/02/21/jovem-de-23-anos-morre-apos-fazer-procedimento-no-pulmao-em-unidade-de-saude-familia-denuncia-erro-medico.ghtml
DIÁRIO DE GOIÁS
Nova resolução do Cremego determina que apenas médicos terão acesso às áreas reservadas em hospitais
De acordo com o Conselho, a medida tem objetivo de proteger o sigilo médico e a privacidade dos pacientes nas unidades de saúde
A resolução foi sancionada e publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira (21), válida a partir de então. Foto: Reprodução
A nova resolução do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) que estabelece que apenas médicos tenham acesso às áreas reservadas de hospitais e unidades de saúde no Estado foi publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira (21), e já está em vigor. A medida tem objetivo principal de proteger o sigilo médico e a privacidade dos pacientes.
Conforme o documento, a partir de então, fica vedado o acesso de agentes públicos não-médicos às áreas reservadas de hospitais, clínicas e demais unidades de saúde. Prevê ainda que as visitas de agentes públicos não-médicos às instituições de saúde deverão ser previamente agendadas e acompanhadas por profissional designado pela administração da unidade, e determina que a captação de imagens, vídeos ou áudios durante a execução do ato médico sem consentimento, são expressamente proibidas.
Assim sendo, orienta que não-médicos possuem acesso proibido ao consultório médico, à sala de procedimentos e de cirurgias, à ala de repouso médico e até ao refeitório. A entrada só será permitida em casos previstos em lei ou mediante autorização expressa do diretor técnico da instituição.
Justificativas
As medidas se respaldam no Código de Ética Médica, que prevê o sigilo profissional como uma obrigação. “O sigilo médico é um princípio fundamental da relação médico-paciente, sendo essencial para a confiança no atendimento de saúde. A entrada indevida de agentes públicos não médicos em áreas reservadas compromete esse sigilo, podendo gerar exposição indevida de dados sensíveis e fragilizar a relação de confiança entre paciente e profissional”, justifica a resolução.
O Cremego ainda argumenta no documento as ponderações para a iniciativa. “Busca garantir um ambiente seguro e adequado para o exercício da medicina e para a preservação da dignidade dos pacientes. O ambiente hospitalar e de unidades de saúde exige condições seguras para a prática da medicina. O ingresso indevido de terceiros em áreas reservadas pode comprometer a concentração e a execução do ato médico, interferindo na qualidade do atendimento e expondo os profissionais a riscos desnecessários”, salienta.
A presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, ressaltou que a medida já é válida em todo o Estado de Goiás. “O CREMEGO aprovou a resolução CREMEGO 116/2025. O documento que estabelece restrições ao acesso de agentes públicos não-médicos às áreas reservadas de hospitais e unidades de saúde no estado de Goiás foi publicado no Diário Oficial e já está em vigor”, pontuou.
Consequências
O Art. 4º da resolução estabelece que os médicos que sofrerem qualquer violação desta resolução devem registrar o ocorrido em documento próprio da instituição de saúde, acionar a Polícia Militar, se necessário, para evitar maiores prejuízos ao ato médico e à privacidade do paciente, em seguida, registrar boletim de ocorrência e encaminhar cópia ao Cremego para as providências cabíveis.
....................................
JORNAL OPÇÃO
Resolução sobre fiscalização em hospitais públicos gera debate sobre atuação de agentes políticos
Caso um vereador ou outro agente público insista em entrar no hospital sem o devido acompanhamento, podem ocorrer sanções
Uma recente resolução do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CREMEGO) tem gerado discussão sobre os limites da fiscalização de hospitais públicos por agentes políticos. O documento, publicado no último dia 14, estabelece regras para a entrada de parlamentares em unidades de saúde, com o objetivo de proteger o sigilo do paciente e garantir a autonomia do ato médico.
Para entender melhor os impactos dessa resolução, o Jornal Opção ouviu o advogado especializado em direito médico e da saúde, Dr. Luan Mazza. Ele avalia que a medida foi tomada em um “momento muito importante e urgente”, dado o crescente número de casos de invasão de hospitais por parlamentares, principalmente vereadores.
“Pode haver certas críticas no sentido de que o Conselho Regional de Medicina não poderia legislar sobre fatos não estritamente ligados ao ato médico. Contudo, ao meu ponto de vista, essa resolução está resguardada juridicamente, pois o Supremo Tribunal Federal já declarou que os conselhos regionais podem regulamentar o ato médico e garantir o sigilo do paciente”, argumenta.
Um dos pontos polêmicos da resolução é a exigência de acompanhamento de um diretor técnico ou outro profissional da unidade de saúde durante as visitas de fiscalização. Segundo o advogado, isso não impede a transparência da administração pública, mas regulamenta a forma como a fiscalização deve ocorrer para evitar abusos.
“Essa resolução não proíbe a fiscalização. O que ela almeja é um equilíbrio entre o dever de fiscalizar e o direito do médico de exercer sua profissão sem pressões externas indevidas. A fiscalização ainda pode ser feita pelo Tribunal de Contas, Anvisa e Ministério Público”, explica.
Caso um vereador ou outro agente público insista em entrar no hospital sem o devido acompanhamento, podem ocorrer sanções.
“O médico ou diretor técnico deve registrar um boletim de ocorrência e comunicar o CREMEGO sobre a violação. O conselho pode tomar medidas jurídicas, como notificação ao Ministério Público por abuso de poder e ação civil para impedir futuras visitas não autorizadas. No caso dos vereadores, a própria Câmara pode avaliar a conduta por quebra de decoro parlamentar”, pontua Dr. Luan.
Sobre a possibilidade de visitas sem aviso prévio, o advogado esclarece que a resolução não impede fiscalização surpresa, desde que seja acompanhada por um responsável técnico.
“A medida não veda a visita surpresa, mas impede que um parlamentar entre abruptamente em uma unidade de saúde. A melhor solução é um diálogo institucional, onde o diretor do hospital possa acompanhar a fiscalização sem comprometer o atendimento aos pacientes”, afirma.
Outra questão abordada na resolução é a proibição da gravação de atos médicos. Segundo o advogado, essa regra está de acordo com o Código de Ética Médica, mas há exceções.
“Se o paciente consentir, ele pode gravar seu próprio procedimento. No entanto, isso não autoriza a filmagem de outros pacientes ou atos médicos alheios, pois isso violaria o sigilo médico”, esclarece Dr. Luan.
.................................
OMS alerta para aumento de casos de febre amarela no Brasil
Sem casos em Goiás desde 2017, SES/GO recomenda medidas de prevenção para o estado
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento de casos e óbitos por febre amarela em alguns países das Américas, incluindo o Brasil. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES/GO) reforçou a recomendação, destacando a importância da vacinação e das medidas preventivas, principalmente em regiões rurais e de mata.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), foram registradas oito mortes causadas pela doença em São Paulo, além de casos em São Paulo (13 casos), Minas Gerais (1 caso) e Tocantins (1 caso). Em todos os casos fatais, as vítimas não haviam sido vacinadas. Embora Goiás não tenha registrado casos desde 2017, a SES/GO emitiu um alerta para garantir que a população esteja devidamente imunizada, especialmente com o aumento das viagens durante o carnaval e outros feriados.
A vacinação contra a febre amarela é essencial para a prevenção da doença, transmitida pela picada de mosquitos silvestres. A dose deve ser administrada com antecedência mínima de 10 dias antes da viagem a regiões de risco. O estado de Goiás apresenta uma cobertura vacinal de 72,77%, ainda abaixo da meta de 95% definida pelo MS.
A SES/GO orienta a população a adotar medidas adicionais de proteção, como o uso de roupas longas e repelentes ao viajar para áreas de risco, além de atualizar o cartão de vacinação. Em relação à vacina, a recomendação é que crianças de 9 meses a 5 anos recebam duas doses e que indivíduos de 5 a 59 anos que ainda não foram vacinados tomem uma dose única.
Para aqueles que tomaram a dose fracionada da vacina em 2018, o MS sugere a aplicação de uma dose adicional caso a pessoa vá viajar para áreas com circulação do vírus, como os estados afetados atualmente.
Apesar da eficácia comprovada da vacina, a febre amarela continua sendo uma doença de alta letalidade, com taxas de mortalidade variando entre 20% e 50% nos casos graves. A OMS também destacou a importância do uso de doses fracionadas em emergências, como ocorreu em 2018 em alguns estados brasileiros, para ampliar a proteção da população.
.................................
PORTAL G1/GOIÁS
Jovem de 23 anos morre após fazer procedimento no pulmão em unidade de saúde; família denuncia erro médico
Família relata que jovem entrou na sala de emergência, após piorar esperar atendimento. A Polícia Civil investiga o caso e aguarda o resultado do exame cadavérico.
Por Tatiane Barbosa, Samantha Souza, g1 Goiás e O Popular
Jovem de 23 anos morre após fazer procedimento no pulmão em UPA em Caldas Novas
Francisco Guilherme da Costa Silva, de 23 anos, morreu depois de dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Caldas Novas, no sul de Goiás, e ser submetido a um procedimento médico no pulmão. A família afirma ter ocorrido um erro médico e certidão de óbito a aponta, entre as causas da morte, “pneumotórax extenso por perfuração pulmonar” e “complicação de procedimento médico invasivo”. A Polícia Civil investiga o caso.
Ao g1, a Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas informou que foi aberta uma sindicância para averiguar os fatos relacionados ao óbito do jovem e aguarda o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) (confira a nota completa ao final da matéria).
O jovem morreu no dia 15 de fevereiro. Para a TV Anhanguera, a mãe do jovem, Graciane Lisboa, fala que o filho foi para a UPA durante em crise de asma. “Na triagem, a menina mediu a saturação dele e falou que estava normal. Então, a gente ficou na espera e, com isso, meu filho ia piorando. Ele falando: mãe, eu estou morrendo”, narrou.
Ela conta que, no desespero, foi atrás de um médico e, quando encontrou, ela e o médico levaram o jovem para a sala de emergência. “Eles fizeram um procedimento errado. Eles perfuraram o pulmão do meu filho”, contou.
Investigação
Ao g1, o delegado Rogério Moreira explicou que a Polícia Civil está investigando o caso e aguarda o laudo do exame cadavérico do IML. Segundo ele, só com o resultado desse exame é possível confirmar se houve culpa ou não no procedimento adotado em relação à vítima.
Quanto à perfuração no pulmão citada na certidão de óbito de Francisco Guilherme, ele explicou que é um procedimento comum em casos graves de urgência em que o paciente precisa respirar. “Pelo que apuramos, é um procedimento comum. Não foi uma perfuração acidental, foi um procedimento adotado visando salvar a vida do paciente. Agora, se foi devido ou não, correto ou não, somente o laudo médico vai poder atestar se houve algum erro”, esclareceu o delegado.
O delegado explicou também que o “complicações de procedimento médico invasivo” é citado na certidão de óbito do jovem como uma explicação básica sobre o procedimento a que ele foi submetido. “É uma explicação básica de que o paciente passou por intervenção de modo interno e que não conseguiu salvar o paciente. Mas não quer dizer que houve culpa ou não, se foi certo ou não, se foi devido ou não”, afirmou.
Ele contou ainda que já foram ouvidos um parente da vítima e um dos médicos que atendeu Francisco Guilherme. “Por enquanto, não há nenhum parecer, nenhum juízo de valor sobre o caso que encontra-se em andamento”, finalizou.
Nota da Secretaria Municipal de Saúde de Caldas Novas
Em razão dos questionamentos sobre “o falecimento de Francisco Guilherme da Costa Silva na Unidade de Pronto Atendimento - UPA de Caldas Novas”, o Governo de Caldas Novas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público esclarecer que:
1)Segue em curso na Secretaria Municipal de Saúde, uma sindicância para averiguar os fatos relacionados ao óbito do paciente. Para tanto, aguarda o laudo final do Instituto Médico Legal (IML) que deve sair em aproximadamente 30 dias.
iante das investigações em curso, a Administração Municipal opta por não se manifestar até a conclusão final de todo o processo.
Lamentamos profundamente o ocorrido, nos solidarizamos com a família neste momento de dor. Respeitosamente, nos colocamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.
Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Lula planeja trocar Nísia por Padilha na Saúde
https://ohoje.com/2025/02/20/lula-planeja-trocar-nisia-por-padilha-na-saude/
Se Padilha vier, vai ser muito mais criticado do que Nísia, diz membro do CFM
http://c.smrclipping.com.br/cfm/site/m014/noticia.asp?cd_noticia=202166942
Tricampeã: Unimed Federação Centro Brasileira conquista certificação GPTW
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/02/tricampea-unimed-federacao-centro.html
Governo Federal anuncia repasse de R$ 30 mi para Saúde de Goiânia
'A inteligência artificial consegue humanizar a relação do médico com o paciente', diz Paulo Moll, CEO da Rede D'Or
https://unimed.empauta.com/e6/noticia/2502211740114889001
O HOJE
Lula planeja trocar Nísia por Padilha na Saúde
Presidente cogita nomear Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, após críticas à gestão de Nísia e pressões por maior visibilidade em políticas públicas
Postado em 20 de fevereiro de 2025 por Bruno Goulart
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou a aliados que pretende substituir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em uma reforma ministerial em discussão no governo.
A gestão de Nísia tem sido alvo de queixas de integrantes do Congresso, do Palácio do Planalto e do próprio Lula, que cobra uma marca mais forte na área. O nome mais cotado para assumir a pasta é o do atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que já comandou a Saúde no governo Dilma Rousseff (PT).
A insatisfação com Nísia cresceu após uma série de críticas e crises sanitárias em 2024, além da pressão do Centrão por maior controle sobre o orçamento da Saúde. No Planalto, avalia-se que a pasta tem potencial para implementar políticas públicas de maior visibilidade, como o programa Mais Acesso a Especialistas, que promete reduzir filas e ampliar o acesso a exames e consultas em áreas como oncologia e cardiologia.
Embora Lula tenha manifestado preferência pessoal pelo ex-ministro Arthur Chioro, ele admite que Padilha é a escolha mais viável por questões políticas e pela relação do ministro com a equipe atual da Saúde. A reforma ministerial deve começar por petistas e nomes da cota pessoal de Lula, com anúncios possíveis a partir do aniversário de 45 anos do PT, no Rio de Janeiro.
...............................
FOLHA ONLINE
Se Padilha vier, vai ser muito mais criticado do que Nísia, diz membro do CFM
Raphael Câmara afirma ainda que se atual ministra cair vai ser por sua péssima gestão
O ginecologista Raphael Câmara , conselheiro do CFM (Conselho Federal de Medicina ), diz que o ministro Alexandre Padilha , atualmente na SRI (Secretaria de Relações Institucionais), será muito mais criticado do que Nísia Trindade , caso a substitua no Ministério da Saúde .
Como mostrou a Folha , o presidente Lula (PT) já avisou a aliados que Nísia será substituída na reforma ministerial. Padilha é um dos mais cotados para entrar na vaga da ministra.
Para Câmara, a substituição de Nísia é resultado das seguidas incompetências do ministério da Saúde .
A gente mostrou as sete pragas do Egito na realidade brasileira trazendo de volta doenças que já haviam sumido. Mostramos fatos. Nenhuma ofensa , afirma.
O CFM, com membros abertamente conservadores, tem se destacado pela oposição a diversos aspectos da gestão da Saúde no governo Lula.
A gente foi chamado de genocida e nunca nos vitimizamos , complementa, ressaltando que seu grupo é chamado de misógino por criticar a ministra. Se ela cair foi por sua péssima gestão, e não por termos mostrado a péssima gestão .
Câmara sinaliza que o cenário não será melhor caso Padilha assuma o ministério. Se vier o Padilha, que é homem, vai ser criticado muito mais , diz. É um dos idealizadores do Mais Médicos que trouxe esse cenário de caos na saúde.
Segundo ele, Padilha é considerado por muitos o inimigo número um da medicina brasileira por causa do programa, que no passado se notabilizou por importar médicos cubanos para exercer a profissão no interior do Brasil.
...................................
FOLHA DO PLANALTO
Tricampeã: Unimed Federação Centro Brasileira conquista certificação GPTW
A Unimed Federação Centro Brasileira é tri na conquista da certificação Great Place to Work (GPTW), um selo de reconhecimento conferido às empresas que oferecem um ambiente profissional de qualidade, baseado em confiança, respeito e valorização de seus colaboradores.
A certificação, conquistada em 2020, 2024 e, agora, em 2025, não é apenas um título, mas a validação de um compromisso contínuo da Federação em cuidar de seu maior patrimônio: as pessoas.
A conquista reflete que a Federação é mais do que um excelente lugar para se trabalhar. É um espaço no qual o colaborador se sente valorizado e cuja cultura organizacional tem em cada trabalhador um aliado para o sucesso coletivo.
Para receber o selo GPTW 2025, a Federação passou por um processo de avaliação, que incluiu uma pesquisa respondida pelos próprios colaboradores. Além de chancelar o compromisso da Federação em oferecer a todos um ambiente saudável e motivador, a certificação GPTW também funciona como um termômetro para identificar pontos fortes e oportunidades de aprimoramento.
Ela tem validade de 12 meses e traduz a essência da Unimed Federação Centro Brasileira: um time unido, engajado e pronto para cooperar e transformar o ambiente de trabalho em um espaço cada vez mais inspirador e produtivo.
.....................
A REDAÇÃO
Governo Federal anuncia repasse de R$ 30 mi para Saúde de Goiânia
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, irá repassar R$ 30 milhões, em verba suplementar, para a Prefeitura de Goiânia. O montante, que será destinado à rede municipal de saúde, é resultado de uma articulação do senador goiano Jorge Kajuru (PSB-GO) e já foi creditado na conta do município.
A convite do chefe do Executivo municipal, o parlamentar estará em uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (21/2), durante a qual Sandro Mabel vai detalhar a destinação dos recursos.
No ano passado, Mabel e Kajuru estiveram em Brasília para uma audiência com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, quando destacaram a situação de calamidade da saúde pública na capital e solicitaram apoio do Governo Federal.
......................................
O GLOBO
'A inteligência artificial consegue humanizar a relação do médico com o paciente', diz Paulo Moll, CEO da Rede D'Or
Em entrevista ao GLOBO, o economista fala também da carência de leitos hospitalares no país e como a Rede se tornou referência em sustentabilidade
Aos 43 anos, Paulo Moll preside o maior grupo de hospitais privados do país, a Rede D'Or. Sob sua gestão a Rede se tornou uma das empresas de saúde mais sustentáveis do mundo e ampliou o investimento em inteligência artificial (IA), tanto no funcionamento das instituições, como no dia a dia do atendimento médico e laboratorial.
O caçula do médico e empresário Jorge Moll Filho, criador do conglomerado, não planejava trabalhar nos negócios do pai. Formado em economia, sonhava com a Bolsa de Valores, até fazer o primeiro estágio no Barra D´Or, no Rio, a convite do pai, no fim da década de 90.
CEO há cinco anos, inaugurou recentemente um novo conceito de hospital, o Vila Nova Star 2, em São Paulo, o primeiro com pronto-socorro privativo, onde não há fila de espera e os exames vão até o quarto do paciente durante a internação. São Paulo, inclusive, acaba de se tornar o estado com o maior número de hospitais do grupo, com 28 unidades, do total de 78 espalhadas por 13 estados brasileiros.
Em entrevista ao GLOBO, Moll fala como a IA está transformando a saúde, da carência de leitos hospitalares no Brasil e dos bastidores da movimentação médica provocada no mercado com a contratação de pesos-pesados na medicina.
Como a inteligência artificial está mudando a área da saúde? Estamos só no início de uma grande transformação. Acredito que a grande revolução seja na área da assistência. A IA consegue humanizar e potencializar a atuação do médico, a sua relação com o paciente. Temos um projeto piloto que gosto muito, na área do atendimento. Nele, toda a consulta é gravada, sempre com a devida autorização do paciente. No final, a IA faz hipóteses de diagnósticos e sugestões de exames e a serem pedidos. O médico avalia o material, e o utiliza como apoio para dar seu veredicto. Isso faz com que o médico fique totalmente concentrado no paciente durante a consulta, sem ter que ficar anotando as informações ao longo do atendimento, voltado para um laptop. Esse olho no olho é fundamental.
E o impacto da IA no dia a dia dos hospitais? Para citar alguns exemplos, temos mudanças importantes na identificação de patologias, que antes poderiam passar despercebidas. No refinamento dos exames de anatomia patológica, que agora conseguem detectar a presença mínima residual de células de câncer após uma terapia, contribuindo para saber se o tratamento está sendo eficaz ou se é necessário rever a estratégia. No setor administrativo tem sido essencial na redução de no-show (situação em que o paciente agenda uma consulta ou exame, mas não comparece e não desmarca previamente), que traz prejuízo para o hospital. A IA calcula essa possibilidade conforme a distância da casa do paciente e a especialidade.
Como o senhor avalia o déficit de leitos no país? O Brasil tem muito para crescer em todas as regiões, com hospitais eficientes. Temos cerca de 2,3 leitos por mil habitantes, inferior à média global que é de 3,2. A Organização Mundial da Saúde estima que o ideal é entre 3 e 5 leitos. E a média de leitos por hospital no país é baixa também, 60. Nos EUA, a título de comparação, são 170. Hospitais menores em geral têm mais dificuldade de serem eficientes sem uma rede de apoio pela pouca diluição de custos para operar. Os hospitais estão cada vez mais caros. Estudo da Federação Brasileira de Hospitais com a Confederação Nacional de Saúde aponta o fechamento de 630 hospitais privados entre 2010 e 2020 no país. Para você ter uma ideia, nos primeiros hospitais que inauguramos, como o Barra D ´Or e o Copa D´Or, 80% do investimento era no imóvel, como a compra do terreno, a construção do prédio, 20% era para equipamentos médicos. Hoje, os equipamentos requerem 50%. Não ficou mais barato comprar terreno e construir. A tecnologia é que é cada vez mais intensiva.
A Rede D'Or está entre as 500 empresas do mundo mais sustentáveis pelo ranking da revista Time e é a única do setor de saúde entre as 5 instituições brasileiras da lista. O que tem sido feito na prática? Somos signatários do pacto global da ONU desde 2021, com o compromisso de até 2050 neutralizar as emissões líquidas de carbono. Trata-se não só de uma medida sustentável, mas também econômica. O grande gasto de energia dos hospitais está ligado ao ar condicionado. Passamos a contratar energia limpa e, mais recentemente, fizemos a nossa autoprodução. A migração das nossas unidades para o uso de energia de fontes renováveis será concluída até o final de 2025. São plantas de energia solar que vão abastecer a rede. Como parte do pacto teremos também a redução de 36% das emissões relativas de gases de efeito estufa até 2030. Curiosamente há muito tempo não sou cobrado pelos investidores para ser sustentável, a sensação é que não se trata mais da pauta da vez. A cobrança vem muito mais nos corredores do hospital, da nossa equipe, principalmente os mais jovens.
Em 2019, a Rede D´Or mexeu com o mercado hospitalar de São Paulo com a inauguração do Vila Nova Star, quando chamou médicos renomados de outras instituições de ponta na capital, prática que continua até hoje. Como é o bastidor dessas movimentações? Na inauguração da primeira torre do Vila Nova Star, se especulou muito sobre a forma como estávamos atraindo os médicos. A realidade é que eles foram atraídos por motivos que vão muito além do financeiro. Discutimos com cada um dos médicos das lideranças o que poderíamos fazer de melhor em relação à tecnologia, infraestrutura que eles teriam nas mãos, nas mais diversas especialidades. Vou citar o que foi feito na oncologia, uma de nossas vitrines, com a liderança do médico Paulo Hoff. Montamos uma infraestrutura única. Por exemplo, temos o único Cybernife do Brasil, um bisturi robótico virtual que ataca o tumor por meio da emissão de raios fótons com exatidão milimétrica. É um dispositivo robótico, não invasivo, que proporciona um tratamento altamente preciso. O robô se move e se curva ao redor do paciente. O Tomotherapy também é inigualável, com imagens de tomografia que detectam a posição do tumor e emite pulsos de radicação de forma extremamente precisa. Somos líderes em robótica no pais, com mais de 30 equipamentos instalados. Mas não adianta ter os melhores equipamentos sem os profissionais e foi isso que buscamos. Tem mais um detalhe importante. Os grandes nomes da medicina querem estar envolvidos com ensino e pesquisa. O IDOR (Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino) tem 16 anos de experiência, com mais de 150 Ph.Ds. É a maior instituição privada em publicações médicas no país. Isso é um grande atrativo. E vou elencar mais um fator: somos uma instituição com dono, ao qual eles têm acesso. Somos capazes de tomar decisões rápidas. Quando alguém traz um projeto, uma solicitação que faça sentido podemos aprovar no mesmo dia.
Como está hoje a atuação da Rede em São Paulo? Há pouco inauguramos no estado a nossa 28º unidade hospitalar e, com isso, São Paulo passou a ser a nossa maior operação em número de hospitais e leitos. É natural, o estado é mais populoso, tem mais por onde crescer. Acredito que nos posicionamos muito bem. O Rio vem logo em seguida, com 26 unidades, entre elas uma muito querida da minha família, o Barra D´Or, o primeiro hospital da Rede, que acaba de ser reinaugurado em um prédio ultramoderno bem em frente ao antigo endereço, que se transformou em um hospital pediátrico. Temos obviamente uma estrutura grande e vital no Rio de Janeiro, vou para lá toda semana.
É por isso que a sua base de trabalho passou a ser em São Paulo recentemente? Nada disso. Vim para São Paulo por que casei com uma paulista (Gabriela Feffer). Nosso combinado era morar no Rio. Moramos dois anos lá e ela foi convidada a trabalhar na empresa da família dela. Eu já vinha dividindo meu tempo entre o Rio e SP, mas a decisão da nossa base familiar ficar aqui foi a partir disso.
................................
Assessoria de Comunicação