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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cresce a violência contra médicos: profissionais relatam medo e insegurança no trabalho
Dados médicos podem valer até 50 vezes mais que os bancários
https://medicinasa.com.br/registros-medicos/
Administração Hospitalar: particularidades e oportunidades
https://medicinasa.com.br/administracao-hospitalar/
IA melhora em 22% a precisão no diagnóstico de câncer de mama HER2-baixo
https://medicinasa.com.br/ia-cancer-mama-2/
Médico do IPVisão representa o Brasil em congresso internacional de oftalmologia
https://www.issoegoias.com.br/2025/06/medico-do-ipvisao-representa-o-brasil.html
Médicos do Instituto Panamericano da Visão são premiados em congresso nacional de oftalmologia
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/06/medicos-do-instituto-panamericano-da.html
Número do Samu sai do ar em Goiânia e Prefeitura aciona a justiça
Governo lança programa para reduzir fila por especialistas no SUS
SBT NEWS
Cresce a violência contra médicos: profissionais relatam medo e insegurança no trabalho
Superar o trauma e voltar ao trabalho não foi fácil para a médica pediatra Andrea Cabral. Ela foi agredida fisicamente no hospital público onde atua, no Rio de Janeiro.
“Ela começou a me agredir, gritar. Eu falei: ‘Mãe, as coisas não se resolvem gritando’. Virei de costas para pegar meu material de trabalho e, quando virei, ela meteu a unha e saiu rasgando meu rosto todo”, relatou a médica.
Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), os agressores, na maioria das vezes, são os próprios pacientes ou familiares. No caso de Andrea, a agressora foi a mãe de uma criança diagnosticada com pneumonia. A mulher teria se revoltado porque o medicamento indicado estava em falta no Sistema Único de Saúde (SUS) e, na farmácia, o preço era alto.
“E foi assim que eu fui para a delegacia. Ela continuou gritando que ia me bater mesmo, que isso não ia dar em nada. Ela já sabia que não ia dar em nada”, conta Andrea.
Dados do CFM mostram que, no ano passado, foram registrados 4.562 boletins de ocorrência relacionados à violência contra médicos nas delegacias de todo o Brasil.
O estado de São Paulo lidera o número de casos, com 832 ocorrências. Na sequência, aparecem Paraná, com 767, e Minas Gerais, com 460 casos registrados.
Em Douradina, no Mato Grosso do Sul, a situação chegou ao extremo. O médico Edvandro Gil Braz, de 54 anos, foi morto a facadas em novembro do ano passado. O autor do crime ficou insatisfeito com o atendimento prestado à esposa.
Todos os dias, 12 médicos são vítimas de ameaças, injúrias, lesões corporais e até furtos dentro de hospitais públicos, privados, clínicas e unidades de pronto atendimento. Isso significa que, a cada duas horas, um profissional de saúde sofre algum tipo de violência no país. Um reflexo dos problemas estruturais do sistema de saúde no Brasil.
“É um número de médicos insuficiente, às vezes falta insumo, que aquela instituição não tem, e o médico acaba pagando pela má gestão”, explica José Hiran da Silva Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina.
Na tentativa de conter a escalada de violência, a Câmara dos Deputados aprovou, na semana passada, um projeto de lei que prevê o aumento de um terço da pena para o crime de lesão corporal quando for cometido contra médicos.
“A que ponto nós chegamos para que os profissionais de saúde possam ser respeitados”, diz José Hiran.
Uma medida imediata que poderia amenizar a situação seria aumentar o número de seguranças nas unidades de saúde. No entanto, a sensação dos profissionais ainda é de tristeza e insegurança. “É muito triste para nós, profissionais, que estamos aqui atendendo na ponta, dando nosso melhor para cada um, receber isso”, desabafa Andrea.
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MEDICINA S/A
Dados médicos podem valer até 50 vezes mais que os bancários
Em um mundo praticamente digitalizado e globalizado, a saúde não estaria em um cenário diferente. O maquinário inteligente permite administrar medicação e até monitorar pacientes quando conectados à internet, o que também pode significar um grave risco à segurança, tanto dos dados em si, como dos pacientes.
De acordo com um boletim de segurança pela ISH Tecnologia, companhia nacional de cibersegurança, os aparelhos como bombas de infusão, monitores de sinais vitais, respiradores ou sistemas de prontuários médicos foram programados inicialmente para funcionar em apenas redes locais. Entretanto, à medida que se conectam mais à internet, podem permitir a invasão por outros dispositivos se as configurações de segurança não forem corretas. Essa conectividade sem cuidado estão: nas interfaces da web acessíveis sem autenticação, senhas padrão ou fracas deixadas ativas, protocolos desatualizados ou sem criptografia, integrações mal configuradas e portas críticas expostas.
Dispositivos como o Shodan (que opera como o ‘Google para dispositivos conectados’) possibilita que qualquer pessoa que saiba o básico encontre esses equipamentos usando simples termos como os servidores PACS, que são um componente essencial de um tipo de sistema clínico de TI chamado PACS — Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens.
“Para os invasores, os dados dos pacientes em sistemas hospitalares são de grande valia por expor ativos de valor financeiro, estratégico e exploratório e, diferente de senhas ou cartões de créditos, os dados médicos não podem ser apagados ou trocados – e podendo valer até 50 vezes mais que dados bancários comuns”, explica Ismael Rocha, Especialista em Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia.
Os dados permitem ação de fraudes mais sofisticadas, como reembolsos indevidos de seguros de saúde, a aquisição de medicamentos controlados, a criação de identidades falsas baseadas nesses perfis reais e até mesmo a extorsão baseada em diagnósticos sensíveis.
Uma vez que os criminosos têm acesso ao histórico médico, eles criam campanhas de phishing (forma de fraude online onde os golpistas usam e-mails, mensagens de texto, redes sociais ou ligações para enganar as vítimas e roubar informações pessoais) personalizadas em que fingem ser do círculo hospitalar. A posse dessas informações aumenta significativamente as chances de sucesso na extorsão.
Ismael explica que os hospitais são alvos estratégicos devido a urgência e a sensibilidade dos dados. “Eles criptografam os sistemas hospitalares e, para não vazar as informações, exigem um resgate que é pago devido à pressão ética e operacional sob essas instituições – além de serem um tipo de arma de inteligência por rastrear vulnerabilidades de autoridades, militares e/ou executivos.”
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil considera as informações de saúde como sensíveis, exigindo mais cuidado, proteção, controle e transparência. Em resumo, hospitais, clínicas e operadoras são legalmente responsáveis pela segurança dos dados médicos que armazenam e transmitem.
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Administração Hospitalar: particularidades e oportunidades
Pesquisas, incluindo estudos de instituições como a Universidade de Yale, sugerem que apenas as companhias aéreas apresentam um nível de complexidade comparável. Ambos os setores compartilham características como custos fixos substanciais, constantes avanços tecnológicos, força de trabalho altamente qualificada e demanda flutuante.
Dentro da Administração Hospitalar, particularidades específicas impactam significativamente o desempenho.
Particularidades
Altos Custos Fixos:
Aproximadamente 60% dos custos hospitalares são fixos (sem considerar depreciação e amortização), uma proporção muito maior do que em outros setores. Quando a depreciação é incluída, os custos fixos podem ultrapassar 80% das despesas totais. Para colocar os custos fixos na Administração Hospitalar em perspectiva, considere que os custos fixos em outras indústrias, como construção, agricultura e manufatura, normalmente não excedem 30%, mesmo incluindo a depreciação.
Conformidade Regulatória Rigorosa:
Hospitais operam sob uma complexa rede de regulamentações, exigindo adesão meticulosa.
Gestão de Estoque e Inventário:
A gestão de estoques e inventário Hospitalar é extremamente complexa, envolve milhares equipamentos, suprimentos médicos, cirúrgico e farmacêuticos. A Farmácia, por si só, exemplifica a complexidade dessa tarefa.
Navegar por essas complexidades exige expertise administrativa e uma gestão excepcional.
Desafios
A administração hospitalar é excepcionalmente desafiadora devido às complexidades inerentes. Para mencionar apenas alguns desafios:
Demanda Imprevisível:
Ao contrário da maioria das empresas, os hospitais não tem demanda consistente e espontânea. As pessoas raramente decidem por impulso procurar serviços médicos. Essa falta de previsibilidade torna os hospitais vulneráveis a flutuações sazonais, como gripes, viroses e acidentes, bem como eventos imprevisíveis (epidemias). Consequentemente, é difícil evitar tanto leitos vazios quanto superlotação. Isso cria uma equação complexa que impacta diretamente nas operações, receitas, lucros, cargas de trabalho e quadro de pessoal do hospital.
Envelhecimento Populacional e Doenças Crônicas:
A expectativa de vida global aumentou significativamente de 51 anos em 1960 para 72 anos em 2024. Nos Brasil, o aumento foi de 52 anos para 76 anos durante o mesmo período. Esse aumento na expectativa de vida resultou em uma população maior que necessita de acesso ao sistema de saúde, colocando uma demanda adicional aos recursos existentes. Além disso, a prevalência de doenças crônicas entre essa população resulta em casos médicos mais complexos, sobrecarregando ainda mais o sistema. Isso criou um desequilíbrio onde a demanda por serviços de saúde está aumentando, mas os recursos disponíveis não acompanharam o ritmo.
Custos de Implementação de IA:
A integração da Inteligência Artificial no campo da saúde oferece um horizonte promissor.
Podemos esperar melhores resultados para os pacientes, uso mais racional dos recursos e, consequentemente, redução de custos. No entanto, a implementação da IA exige investimentos significativos e, nos estágios iniciais, isso significa aumento de custos para os sistemas de saúde. Embora a perspectiva de longo prazo seja promissora, o ônus financeiro inicial e a curva de aprendizado apresentam desafios para os hospitais.
Sem dúvida, um quebra-cabeça, consequentemente, não para iniciantes e nunca para amadores.
Você conseguiria imaginar esse nível de complexidade enfrentado pelos Administradores Hospitalares?
Oportunidades
Os desafios inerentes da administração hospitalar apresentam um terreno fértil para oportunidades significativas. A história demonstra que as crises e desafios estimulam a inovação, particularmente em tecnologia, resiliência e gestão de recursos.
Da mesma forma, as complexidades das operações hospitalares oferecem avenidas únicas para melhorias.
Escalabilidade para Ganhos Exponenciais:
A grande escala das operações hospitalares permite que até mesmo pequenas eficiências gerem retornos substanciais. Por exemplo, uma redução de custo de $10 Reais por procedimento, implementada 50 vezes ao dia, se traduz em mais de R$ 180.000 Reais de economia anual. Esse princípio se aplica a todos os fluxos de trabalho hospitalares. A otimização de processos, como por exemplo a redução de tempo de preparação da sala de cirurgia, pode aumentar significativamente a capacidade sem investimento adicional. Minutos otimizados na preparação do centro cirúrgico facilmente, anualizados, se transformam em horas, dias ou semanas de disponibilidade. Isso destaca o poder da escalabilidade!
Telemedicina, Expandindo Alcance e Eficiência:
Os rápidos avanços na telemedicina oferecem potencial transformador para hospitais e pacientes. A telemedicina pode aliviar a superlotação, reduzir custos fixos, expandir o acesso do paciente a áreas remotas e diminuir as taxas de readmissão, aumentando assim a eficiência e a receita.
Interoperabilidade, o Valor dos Dados na Saúde:
A interoperabilidade de dados de saúde, definida pela Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), como “a capacidade de diferentes sistemas de informação, dispositivos e aplicações, acessar, trocar, integrar e usar cooperativamente dados de forma coordenada, dentro e entre organizações, regionais e nacionais, para fornecer portabilidade oportuna e contínua de informações e otimizar a saúde de indivíduos e populações globalmente”, é uma oportunidade crítica.
Implementar a interoperabilidade aumenta a eficiência, melhora a tomada de decisões, otimiza os serviços e reduz os custos. Ao permitir o uso coordenado de dados entre organizações de saúde sem limite geográfico, a interoperabilidade promove a portabilidade de informações oportuna e contínua, melhorando, em última análise, a saúde da população.
Portanto, embora a administração hospitalar apresente desafios significativos, ela também oferece oportunidades incomparáveis de inovação e melhoria.
Para capitalizar essas oportunidades, os administradores devem priorizar o conhecimento junto com a dedicação e o comprometimento. As recompensas são substanciais e, com a adição de tecnologias como a IA, as possibilidades são vastas.
Para garantir lucratividade, serviço de alta qualidade e gestão sustentável, os gestores devem priorizar uma liderança hospitalar forte. Isso exige profissionais altamente experientes, com sólida formação acadêmica e conhecimento profundo em áreas como operações de gestão, tecnologia da informação, finanças e liderança.
Em conclusão, usando a analogia da companhia aérea, assim como as aeronaves mais avançadas requerem os melhores pilotos, a natureza intrínseca da administração hospitalar, a complexidade e a importância dos Hospitais na sociedade exigem Administradores de alto nível.
*Douglas Belarmino Tavares é Administrador, pós-graduado em finanças e contabilidade pela FAAP, Especialização em Gestão Hospitalar pela Yale School of Management, Neurociência nos negócios pelo MIT Management Sloan School. Certificação em PBM pela SABM-USA. Professor Adjunto do Departamento de Administração de Negócios na Florida Southern College, FL, USA.
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IA melhora em 22% a precisão no diagnóstico de câncer de mama HER2-baixo
Um estudo internacional que será apresentado no Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) 2025 revelou que o uso de inteligência artificial (IA) pode melhorar significativamente a precisão dos patologistas no diagnóstico de tumores de mama HER2-baixo e HER2-ultrabaixo. A pesquisa, que envolveu 105 especialistas de 10 países da Ásia e América do Sul, incluindo o Brasil, demonstrou que a assistência de IA aumentou a precisão diagnóstica em quase 22%.
A pesquisa focou em um grupo de pacientes que representa a maioria dos casos de câncer de mama: cerca de 65% dos tumores anteriormente classificados como HER2-negativos na verdade apresentam algum nível de expressão da proteína HER2 e pertencem aos subgrupos HER2-baixo ou HER2-ultrabaixo.
“Nosso estudo fornece a primeira evidência multinacional de que a inteligência artificial pode ajudar a fechar uma lacuna diagnóstica crítica e abrir portas para novas terapias como conjugados anticorpo-droga para a maioria dos pacientes que, até recentemente, não tinham tais alternativas”, disse a autora principal, Marina De Brot, médica patologista do A.C. Camargo Cancer Center.
A análise, que terá seus resultados detalhados apresentados em formato pôster durante o Congresso Anual da ASCO 2025, em Chicago (EUA), foi financiada pela farmacêutica AstraZeneca. Este é o primeiro conjunto de evidências multinacionais de que a inteligência artificial pode ajudar a fechar lacunas diagnósticas críticas e abrir portas para novas terapias.
O desafio da detecção microscópica
A identificação precisa dos níveis baixos de HER2 representa um desafio técnico significativo para os patologistas. Mesmo entre especialistas experientes, há discordância em aproximadamente um terço dos casos. Essa dificuldade resulta em muitos tumores HER2-baixo e HER2-ultrabaixo sendo erroneamente rotulados como HER2-nulos, o que nega às pacientes o acesso a terapias que poderiam prolongar sua sobrevida.
Na visão de Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas, esse é um avanço relevante para a medicina e pode trazer boas perspectivas para pacientes brasileiras. “Estamos falando de pelo menos 55% dos casos de câncer de mama que são HER2-baixo e outros 10% que são HER2-ultrabaixo. Muitas dessas mulheres vinham sendo privadas de tratamentos direcionados porque seus tumores eram incorretamente classificados como HER2-nulos”, explica o médico, que não participou diretamente da pesquisa, mas acompanhou os resultados.
O médico ressalta que a análise visual tradicional, baseada no olho humano, tem suas limitações quando se trata de detectar níveis sutis de expressão do HER2. “A introdução de conjugados anticorpo-droga (ADCs) nos últimos anos tornou essa detecção ainda mais relevante, pois agora temos tratamentos eficazes para esses casos anteriormente considerados inelegíveis para terapia-alvo”, comenta Gimenes.
Resultados impressionantes com suporte de IA
No estudo, os patologistas utilizaram uma plataforma digital de treinamento assistida por IA chamada ComPath Academy para avaliar 20 casos digitais de câncer de mama. Os resultados foram comparados com scores de referência estabelecidos por um centro especializado.
Os números revelaram melhorias substanciais:
A sensibilidade do diagnóstico aumentou de aproximadamente 76% para 90%
A concordância dos patologistas com os scores de referência melhorou cerca de 13%, saltando de 76,3% para 89,6%
A precisão geral na categorização dos casos aumentou de 66,7% para 88,5%
Mais impressionante ainda: a IA reduziu em mais de 25% os casos de HER2-ultrabaixo incorretamente classificados como HER2-nulos
“Esses resultados são extraordinários”, avalia o Dr. Gimenes. “Reduzir de 29,5% para apenas 4% os casos mal classificados significa que muito mais pacientes poderão ter acesso aos tratamentos adequados. No contexto brasileiro, onde buscamos constantemente melhorar o acesso e a qualidade do diagnóstico oncológico, essa tecnologia representa uma oportunidade importante”.
Impacto na prática clínica brasileira
O oncologista destaca que a implementação dessa tecnologia no Brasil poderia ter impacto significativo no tratamento do câncer de mama. “Estamos entrando na era da medicina de precisão, onde cada detalhe molecular do tumor importa para a escolha terapêutica. Essa ferramenta de IA não substitui o patologista, mas potencializa sua capacidade diagnóstica.”
A relevância é ainda maior considerando que o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil, com estimativa de mais de 73 mil novos casos anuais, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Próximos passos e perspectivas
Os pesquisadores já planejam estudos de implementação multicêntrica para incorporar a ferramenta de IA na rotina diagnóstica e medir os efeitos clínicos downstream, incluindo mudanças nas opções de tratamento e tempo até o início da terapia para pacientes com câncer de mama HER2-baixo e HER2-ultrabaixo.
“Esse é apenas o começo. A IA em oncologia não veio para substituir médicos, mas para nos tornar mais precisos e eficientes. Para nossas pacientes brasileiras, isso significa diagnósticos mais acurados e acesso a tratamentos mais personalizados”, finaliza Daniel Gimenes.
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ISSO É GOIÁS
Médico do IPVisão representa o Brasil em congresso internacional de oftalmologia
O oftalmologista Fernando Heitor de Paula (CRM/GO 11591 – RQE 6733), do Instituto Panamericano da Visão, participou como conferencista do XXXVI Congresso Panamericano de Oftalmologia, realizado entre 30 de maio e 2 de junho, em Bogotá, Colômbia.
Durante o evento, o Dr. Fernando Heitor ministrou duas palestras, compartilhando sua experiência com colegas de toda a América Latina.
Os temas apresentados foram: “Phacorefractive surgery: Is there space for EDOF or Enhanced monofocals?” (Cirurgia facorrefrativa: há espaço para lentes EDOF ou monofocais aprimoradas?) e “Precision in Phacorefractive surgery: Selecting the optimal lens for every patient” (Precisão na cirurgia facorrefrativa: selecionando a lente ideal para cada paciente).
O IPVisão se orgulha de ver sua equipe compartilhando conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da oftalmologia mundial e levando a excelência do atendimento prestado aos pacientes também aos grandes palcos da oftalmologia internacional.
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FOLHA DO PLANALTO
Médicos do Instituto Panamericano da Visão são premiados em congresso nacional de oftalmologia
Reconhecimento destaca excelência, inovação e compromisso com a qualidade da assistência oftalmológica
O Instituto Panamericano da Visão (IPVisão) celebra com orgulho uma importante conquista de dois de seus especialistas, os oftalmologistas Rafael Garcia (CRM/GO 23495 – RQE 12245) e Leiser Franco (CRM/GO 10466 – RQE 6607), que foram premiados no XXXII Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa, realizado entre os dias 28 e 31 de maio, em São Paulo (SP).
O Dr. Leiser Franco foi reconhecido com o prêmio de melhor caso clínico cirúrgico do congresso, apresentando o tema “Catarata subluxada (cold flange)” — um procedimento de alta complexidade que exige precisão, conhecimento técnico e habilidade cirúrgica.
Dr. Rafael Garcia recebeu o prêmio de melhor caso clínico da sessão do GAC e outro no tradicional Festival de Filmes, que integra a programação do congresso. Ele foi premiado com o vídeo “I Still Believe”.
As premiações reforçam o compromisso do IPVisão com a excelência profissional e a constante atualização científica de sua equipe médica. Para o Instituto é uma grande satisfação ver profissionais da equipe sendo reconhecidos nacionalmente por trabalhos que refletem a qualidade da assistência que IPVisão busca oferecer todos os dias aos pacientes.
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A REDAÇÃO
Número do Samu sai do ar em Goiânia e Prefeitura aciona a justiça
Decisão favorável obriga manutenção do serviço
O número 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está temporariamente fora do ar em Goiânia. De acordo com a prefeitura, a falha foi provocada pela retirada de cabeamento por parte da operadora Oi, o que comprometeu o funcionamento da linha tronco e dos ramais vinculados.
Para garantir a continuidade do serviço, o município obteve uma decisão judicial que obriga a operadora a manter o fornecimento e a manutenção dos serviços contratados. “A gestão municipal está em tratativas com a operadora para o restabelecimento integral, tendo em vista o caráter essencial dos serviços”, informou a prefeitura em nota.
Enquanto isso, os chamados de urgência devem ser feitos pelo número 193, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), que está repassando as ocorrências para as equipes do Samu.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura de Goiânia informa que obteve decisão judicial favorável que obriga a operadora Oi de manter o fornecimento e manutenção do serviço, conforme estabelecido em contrato.
A gestão municipal está em tratativas com a operadora para o restabelecimento integral, tendo em vista o caráter essencial dos serviços.
Os atendimentos do Samu seguem em funcionamento com apoio do Corpo de Bombeiros, que está repassando as solicitações de urgência para as equipes.
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SAÚDE BUSINESS
Governo lança programa para reduzir fila por especialistas no SUS
São Paulo, Bauru e Piracicaba recebem primeiros equipamentos do programa, que busca agilizar o acesso a atendimento especializado no SUS.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançaram na última sexta-feira (30) um novo programa para agilizar o acesso da população a médicos especialistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cerimônia principal aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com eventos simultâneos em diversos municípios paulistas, que marcaram a primeira fase da iniciativa.
Em São Paulo, três cidades participaram simultaneamente do lançamento: Bauru, Piracicaba e a capital paulista. Cada uma delas recebeu um acelerador linear — equipamento de alta tecnologia utilizado no tratamento do câncer — como entrega inicial do programa.
Em Bauru, a cerimônia foi realizada no Hospital Estadual e contou com a presença do coordenador-geral da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli.
Em Piracicaba, o evento aconteceu na Santa Casa local, com a presença do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), Márcio França, e do secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde, Nilton Pereira Junior.
Já na capital paulista, o lançamento foi realizado no Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp), com a participação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do presidente da Ebserh, Arthur Chioro, e da secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.
O programa visa não só ampliar a oferta de equipamentos de ponta no SUS, mas também reduzir a espera por atendimentos especializados, promovendo maior acesso, agilidade e equidade no cuidado à saúde da população brasileira.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Rafael Martinez é o novo presidente do Cremego
https://www.foconacional.com.br/2025/06/rafael-martinez-e-o-novo-presidente-do.html
Consulta em até 14 dias e exames em até 10: veja prazos obrigatórios dos planos de saúde e saiba como agir
Setor de serviços médicos lidera denúncias de assédio por gestores
https://medicinasa.com.br/denuncias-assedio/
Setor médico enfrenta nova escalada nos custos operacionais
https://medicinasa.com.br/custos-setor-medico-24/
Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde
https://medicinasa.com.br/saude-digital-obstaculos/
Cremego abre concurso com salário de até R$ 6,1 mil
https://ohoje.com/2025/06/02/cremego-abre-concurso-com-salario-de-ate-r-61-mil/
Dados na telemedicina: importância da segurança das informações
https://maislaudo.com.br/blog/dados-na-telemedicina/
FOCO NACIONAL
Rafael Martinez é o novo presidente do Cremego
Em plenária realizada na quinta-feira, 30, os conselheiros do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) elegeram a nova diretoria da instituição para a gestão junho/2025 a janeiro/2027. O médico oftalmologista Rafael Cardoso Martinez é o novo presidente do Conselho.
A nova diretoria é composta por:
Rafael Cardoso Martinez - Presidente
Vagner Ruiz Gil – 1º vice-presidente;
João Anastácio Dias – 2º vice-presidente;
Sheila Soares Ferro Lustosa Victor – 1º secretária;
Ruy Rocha de Macedo – 2º secretário;
Fernando Henrique Abrão Alves da Costa – 1º tesoureiro;
Adriano Jaime Consorte Loyola – 2º tesoureiro.
Durante a plenária, a ex-presidente, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, que deixou o cargo em 31 de maio, apresentou o relatório de sua gestão, apontando o cumprimento de 90% dos compromissos de campanha e desejando sucesso ao novo presidente.
O relatório, na íntegra, com todas as ações realizadas, está disponível no site do Cremego: www.cremego.org.br. O documento também aponta um aumento expressivo nas atividades do Conselho nos últimos meses com resultados positivos para a classe médica.
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PORTAL G1
Consulta em até 14 dias e exames em até 10: veja prazos obrigatórios dos planos de saúde e saiba como agir
Resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar determina prazos máximos para que convênios atendam clientes; g1 explica como recorrer para que sejam cumpridos.
Planos de saúde devem marcar consultas, exames e procedimentos em prazos curtos determinados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A resolução existe desde 2011 e foi atualizada em 2023, mas ainda é pouco conhecida pelos beneficiários dos convênios.
Consultas básicas, que englobam as especialidades de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia devem ser marcadas em até sete dias. As demais especialidades devem obedecer o prazo de 14 dias.
Mãe de um menino autista, a empregada doméstica Rosilene Moreira tentava há dois anos marcar um psiquiatra para o filho, que é autista e tem nove anos.
Rosilene, que é beneficiária da Amil, conta ao g1 que a consulta com o especialista é parte do tratamento do menino, que precisa de uma equipe multidisciplinar para cuidar de sua condição. A demanda para outras especialidades –terapia ocupacional e neurologia– também levou longos meses para ser atendida.
Quando conseguiu a terapia, Rosilene diz ter sido encaminhada para uma clínica em Interlagos, na zona sul de São Paulo, a 60 quilômetros de onde ela mora, em Franco da Rocha, na região metropolitana. Ela demora cerca de 2h30 de transporte público para chegar, trajeto que deixa o menino estressado.
O neurologista, que foi marcado depois de cerca de um ano de tentativas, foi uma péssima experiência, segundo ela.
“Quando finalmente consegui levar meu filho ao neurologista, esse médico prescreveu zolpidem para um menino de nove anos. Não sabia que era proibido para menores de 18 anos, e passei a dar o medicamento para o meu filho, que ficou totalmente desestabilizado”, ela conta.
O hemitartarato de zolpidem é um hipnótico recomendado para um tratamento a curto prazo de insônia crônica. Ele não tem qualquer indicação a crianças, muito menos a condições relacionadas ao autismo. Rosilene, então, desistiu. Hoje, paga R$ 600 para levar o garoto a um neurologista particular.
O g1 procurou a Amil, plano de saúde de Rosilene. Após o contato da reportagem, o convênio agendou a consulta do filho dela. Em nota, a empresa disse que “agendou com a mãe a realização da consulta em São Paulo, uma vez que no município de Franco da Rocha, em que o beneficiário reside, há uma carência de serviços dessa especialidade.”
ANS determina prazos máximos para marcar procedimentos
A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) obriga planos de saúde a concederem um prazo máximo para atendimento a beneficiários. A Pasta determina, ainda, que esses especialistas estejam localizados na mesma cidade do paciente.
Desde a pandemia de coronavírus, a ANS percebeu um aumento de 450% no número de reclamações.
Nos últimos dez anos, a Pasta interferiu em mais de 230 mil demandas de beneficiários, acelerando os processos de planos de saúde. Conheça os prazos máximos determinados pela ANS:
Consulta básica (pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia): 7 dias.
Consulta, demais especialidades: 14 dias.
Consulta/sessão com fonoaudiólogo: 10 dias.
Consulta/ sessão com nutricionista: 10 dias.
Consulta/ sessão com psicólogo: 10 dias.
Consulta/ sessão com terapeuta ocupacional: 10 dias.
Consulta/ sessão com fisioterapeuta: 10 dias.
Consulta/ sessão com enfermeiro obstetra: 10 dias.
Consulta e procedimentos realizados em clínica com cirurgião-dentista: 7 dias.
Exames de análises clínicas em laboratório: 3 dias.
Demais exames em laboratório: 10 dias.
Terapia em regime ambulatorial: 10 dias.
Procedimentos de alta complexidade: 21 dias.
Atendimento em regime de internação eletiva: 21 dias.
Atendimento em regime de hospital-dia: 10 dias.
Tratamentos oncológicos em casa (incluindo medicamentos que controlam efeitos colaterais): 10 dias.
Tratamentos contra o câncer iniciados em hospital que precisam ser continuados em casa ou em clínica: 10 dias.
Urgência e emergência: imediato
“Acionar a ANS dá resultado”
A doula Janaína Martins costuma acionar a ANS para resolver os prazos absurdos que, segundo ela, seu antigo convênio, o São Cristóvão, costumava dar. Ela conta à reportagem que tentou marcar uma consulta com um neurologista para a filha, de um ano, e a espera ultrapassava dois meses.
“Eu trabalhava com uma advogada especialista em saúde que me orientou a fazer o processo. Pedi o protocolo ao plano, acionei a ANS e no dia seguinte recebi um e-mail com um horário disponível em uma clínica. Mas não compareci porque as avaliações da clínica eram péssimas”, conta.
“Em outro momento, precisei fazer uma avaliação neuropsicológica e a espera era de seis meses. Fiz o mesmo procedimento, acionei a ANS no dia 24 de agosto. Em 30 de agosto eu comecei a avaliação neuropsicológica”, diz.
“Acionar a ANS é simples e dá resultado. É importante que clientes de plano de saúde saibam disso.”
Como proceder se prazos não forem cumpridos
Ao acionar o plano de saúde, ele deve conceder opções de datas compatíveis com os prazos máximos. Caso isso não aconteça, a ANS recomenda:
Peça ao convênio o protocolo de atendimento. Ao entrar em contato com o plano de saúde para solicitar a marcação, anote o número de protocolo. A operadora é obrigada a fornecê-lo. Esse número é a prova de que a solicitação foi feita e de quando foi feita.
Entre em contato com a ouvidoria do plano. Se o prazo expirar e a operadora não agendar o serviço, o próximo passo é acionar a ouvidoria do plano de saúde. Explique a situação, fornecendo o protocolo do atendimento inicial. A ouvidoria tem um prazo para dar uma resposta.
Acione a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Caso a ouvidoria do plano não resolva o problema ou não ofereça solução satisfatória dentro do prazo, o beneficiário deve registrar uma reclamação diretamente na ANS.
Registre a reclamação. É possível registrar a reclamação online, pelo site da ANS (www.gov.br/ans/pt-br), pelo telefone (0800 701 9656) ou presencialmente em um dos núcleos da ANS.
Cheque as informações necessárias. Tenha em mãos os dados, os dados do plano, o número de protocolo do atendimento no plano de saúde e da ouvidoria, além de uma descrição detalhada do problema (de qual serviço precisa, quando solicitou, e a falta de agendamento).
Problema deve ser resolvido em menos de uma semana. Se, mesmo após acionar a ANS, o plano não cumprir a determinação e o usuário for obrigado a pagar pelo serviço por conta própria (em um prestador particular, por exemplo), a operadora terá de reembolsar integralmente, incluindo possíveis despesas com transporte, em até 30 dias a partir da sua solicitação de reembolso.
Reembolso também vale se a operadora não marcar a consulta. O mesmo vale para os casos em que a operadora não fornecer um prestador em sua rede ou em municípios próximos e o usuário tiver que buscar atendimento por conta própria.
O que dizem convênios e ANS
À reportagem, o São Cristóvão, antigo convênio de Janaína, afirma que “atua fortemente para proporcionar um atendimento humanizado, ético e de qualidade, e que todos os processos seguem rigorosamente os protocolos e normas estabelecidos pelos órgãos reguladores.”
“Reforçamos nosso compromisso com a transparência e nos colocamos à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários pelos nossos canais oficiais de atendimento”, diz a empresa, em nota. "Sobre o caso informado pela reportagem, devido à limitação de dados e informações, não localizamos registros sobre a manifestação da interlocutora”, conclui.
Também em nota, a ANS explica que “em qualquer caso em que o consumidor tenha dificuldade quanto ao seu atendimento, ele ou seu representante legal deve procurar, inicialmente, sua operadora para que resolva o problema. Caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos seguintes Canais de Atendimento:
Disque ANS (0800 701 9656). Atendimento telefônico gratuito, de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h, exceto feriados nacionais;
Formulário eletrônico. Fale Conosco na Central de Atendimento ao Consumidor;
Central de atendimento para deficientes auditivos. 0800 021 2105;
Núcleos da ANS existentes nas cinco regiões do país.
“É importante pontuar que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a oferecer todos os procedimentos previstos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde para atendimento integral da cobertura prevista, de acordo com a segmentação assistencial, área geográfica de abrangência e de atuação do produto, dentro dos prazos definidos pela ANS, não sendo permitida, sob qualquer alegação, a negativa indevida de cobertura assistencial."
"Para garantir a assistência oferecida nos seus produtos, as operadoras devem formar uma rede de prestadores, seja própria ou contratualizada, compatível com a demanda e com a área de abrangência do plano, respeitando o que foi contratado, sendo imputada a elas a responsabilidade por eventuais falhas na formação desta rede”, conclui a Pasta.
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MEDICINA S/A
Setor de serviços médicos lidera denúncias de assédio por gestores
A 10ª edição da Pesquisa Nacional dos Canais de Denúncias, da Aliant, empresa especializada em soluções para Governança, Compliance, Ética, Privacidade e ESG, e pertencente à holding ICTS, revelou que o setor de serviços médicos foi o mais denunciado em 2024, concentrando 22,3% de todos os relatos registrados por canais independentes. O dado acende um alerta sobre o ambiente organizacional de hospitais, clínicas e empresas da área da saúde, onde 57,4% das denúncias dizem respeito a assédio e condutas inadequadas de líderes e gestores.
Os dados fazem parte do Panorama Setorial dos Canais de Denúncias – 2ª edição, publicação técnica da Aliant baseada em mais de 8 mil denúncias anonimizadas, recebidas entre janeiro e dezembro de 2024. O relatório analisa os principais setores econômicos e oferece insights acionáveis para líderes e gestores das áreas de integridade e compliance.
Além da alta concentração de relatos, o levantamento traz outros recortes preocupantes. Um deles mostra que 73% das denúncias partiram de mulheres e 67,5% foram realizadas de forma anônima, um forte indicativo de que o medo de retaliação ainda persiste e de que o canal é percebido como único espaço seguro para relatar irregularidades.
Apesar disso, o setor mantém um índice elevado de confiança no canal: o Net Trust Score (NTS) foi de 4,2, equivalente à média nacional, evidenciando que, mesmo diante de um cenário adverso, as colaboradoras acreditam na efetividade do sistema. Ainda assim, apenas 26,2% dos casos considerados procedentes resultaram em medidas disciplinares, número abaixo da média geral (32,8%). Nos casos mais graves, envolvendo assédio, preconceito e discriminação, apenas 20,3% resultaram em responsabilização formal.
“Quando vemos um volume alto de denúncias, principalmente contra lideranças, aliado à baixa taxa de responsabilização, temos um sinal de alerta: o canal está funcionando como termômetro de um ambiente ético fragilizado, mas o ciclo da integridade ainda não se fecha”, avalia Mauricio Fiss, Diretor Executivo da Aliant.
Outro dado relevante é o tempo médio de apuração das denúncias, que no segmento é de 43 dias (51 dias para denúncias qualificadas), indicador positivo que demonstra respostas mais rápidas em comparação com outros segmentos. No entanto, apenas 58% dos relatos foram considerados qualificados, abaixo da média geral (68%), o que sugere necessidade de mais clareza sobre como e o que denunciar.
Para a Aliant, os resultados reforçam a importância de não apenas ouvir, mas agir. “O canal de denúncias é um instrumento de transformação, desde que haja acolhimento, investigação qualificada e responsabilização. Sem isso, a confiança se quebra”, conclui Fiss.
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Setor médico enfrenta nova escalada nos custos operacionais
O setor médico e hospitalar brasileiro enfrenta, em 2024, uma nova escalada nos custos operacionais, com destaque para o aumento significativo dos preços dos medicamentos. Segundo o Boletim Informativo Planisa (BIP), os custos unitários hospitalares registraram aumentos em praticamente todas as áreas, ampliando os desafios de sustentabilidade financeira enfrentados por hospitais, operadoras de saúde e pacientes. Entre os principais fatores, o crescimento de 16,9% no custo com medicamentos se destaca como o mais expressivo, superando largamente a inflação oficial (IPCA), que foi de apenas 3,9% no mesmo período.
Esse avanço nos gastos reflete tanto os reajustes regulatórios quanto o uso crescente de medicamentos de alta complexidade, como imunobiológicos e agentes oncológicos. Em paralelo, os materiais hospitalares também apresentaram uma elevação considerável, com alta de 14,2% entre 2023 e 2024.
Além dos insumos, outras áreas críticas do atendimento hospitalar também tiveram aumentos relevantes. A hora do centro cirúrgico, por exemplo, subiu 15% no período, influenciada principalmente pelo aumento de 19% nos custos com pessoal não médico.
O custo por colaborador do centro cirúrgico aumentou 8%, enquanto os custos gerais e administrativos avançaram 15% e os custos absorvidos de apoio, 12%. Ainda que o número de cirurgias tenha crescido 6%, a taxa de ocupação das salas cirúrgicas caiu 9%, o que acentua o impacto do custo unitário.
Outros custos
No pronto-socorro, o custo médio por paciente atendido também registrou elevação expressiva de 17% entre 2023 e 2024. Essa alta foi puxada por um aumento de 10% nos custos com pessoal médico e não médico, além de uma elevação de 12% no custo médio por colaborador. Ao mesmo tempo, houve uma queda de 2% no número total de atendimentos, o que contribuiu para a elevação do custo por unidade de serviço prestado.
“Os serviços de diagnóstico também não escaparam da pressão inflacionária. O custo médio dos exames de raios X aumentou 22% em apenas um ano, influenciado por um crescimento de 18% nos custos gerais e de 12% com pessoal não médico. Mesmo com um aumento de 45% na produção desses exames, os custos por exame seguiram em alta. Esse movimento foi especialmente observado em unidades privadas sem fins lucrativos e geridas por organizações sociais de saúde (OSS), que apresentaram os maiores valores médios”, ressalta o diretor de Serviços da Planisa e especialista em custos hospitalares, Marcelo Carnielo.
Nas unidades de internação, os custos também seguiram em trajetória ascendente. A internação em unidades não críticas adultas teve aumento de 10,4% no custo médio, passando de R$ 882 em 2023 para R$ 974 em 2024. Já a UTI adulta apresentou crescimento mais moderado, de 3,3%, com o custo médio indo de R$ 2.424 para R$ 2.505. O cenário foi semelhante nas unidades pediátricas, com as internações não críticas para crianças subindo 11,1% e as UTIs pediátricas aumentando 8,5%. As UTIs neonatais também registraram alta de 3,3% nos custos, chegando a R$ 2.688.
Serviços
Outros serviços hospitalares de apoio, como lavanderia e alimentação, também registraram elevações. O custo médio por quilo de roupa processada cresceu 15% entre 2023 e 2024, sendo que nas unidades com lavanderia terceirizada os aumentos foram ainda mais acentuados: mão de obra terceirizada subiu 31%, materiais 33% e serviços gerais 15%. Já o custo por dia de alimentação do paciente aumentou de R$ 65 para R$ 73 no mesmo intervalo, uma elevação de 12,3%.
“Esses aumentos refletem uma combinação de fatores: reajustes salariais, pressão inflacionária, aumento do custo dos insumos médicos e impacto residual da pandemia, que ainda afeta a ocupação e a produtividade em várias unidades hospitalares. A taxa de ocupação, por exemplo, permanece abaixo dos níveis de 2019 em diversas áreas, o que reduz a diluição dos custos fixos e contribui para o aumento do custo unitário”, explica Carnielo.
Diante desse cenário, Carnielo pontua que há a necessidade de ações imediatas por parte dos gestores hospitalares e operadoras: renegociação de contratos com fornecedores, implementação de protocolos clínicos padronizados, revisão de processos administrativos e adoção de modelos de remuneração baseados em valor”, fala. “Além disso, o uso de ferramentas analíticas para monitorar custos e desempenho em tempo real pode ajudar a conter despesas e melhorar a previsibilidade orçamentária”, completa.
Na avaliação do especialista da Planisa, os resultados confirmas a continuidade de uma tendência preocupante no setor de saúde: os custos sobem mais rápido que a inflação, enquanto os níveis de ocupação e produtividade ainda se recuperam lentamente. “A sustentabilidade do sistema dependerá, cada vez mais, da eficiência na gestão hospitalar, da inovação em modelos de atenção e da capacidade de adaptação a um ambiente econômico e regulatório em constante transformação”, conclui.
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Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde
Não é novidade que a promessa da transformação digital na saúde brasileira sofre com vários obstáculos. Prontuários físicos e sistemas isolados e mal projetados mantiveram hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde em uma espécie de zona de estagnação tecnológica. Mas esse cenário finalmente começa a mudar — até mais rápido do que prevíamos — com a inteligência artificial (IA) generativa. Uma tecnologia que pode destravar caminhos, acelerar a reinvenção dos modelos de cuidado e até tornar aquilo que conhecemos como “padrão ouro” rapidamente obsoleto.
Para muitos médicos brasileiros, a insistência no uso de prontuários em papel não é apenas uma resistência ao novo; é, na verdade, uma escolha que fazem diante de sistemas antigos, pouco intuitivos e que impõem mais complicações do que soluções — e ainda roubam tempo da consulta que deveria ser gasto com o paciente. É aqui que a IA começa a se destacar, oferecendo fluxos de trabalho mais amigáveis que eliminam a necessidade de digitação manual e automatizam a coleta e análise de dados.
De acordo com o Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros 2024, elaborado pela FOLKS, 62% das instituições reconhecem a importância da transformação digital em seus planos estratégicos. Ainda assim, apenas 18% contam com estratégias estruturadas. Ou seja, a lacuna entre discurso e prática é grande, mas a pressão por mudança cresce e a inteligência artificial pode ser o elo que faltava para transformar intenção em ação.
Desafios clássicos como interoperabilidade complexa, infraestrutura precária, pouco investimento em pesquisa e déficit na capacitação dos profissionais de saúde desafiaram gestores do setor por anos. Mas esses obstáculos não são mais tão intransponíveis quanto pareciam. A própria natureza da IA generativa, com sua grande capacidade de se adaptar a diferentes contextos e de lidar com dados estruturados (que correspondem a mais de 80% dos dados do setor), permite que soluções sejam construídas mesmo em cenários de baixa maturidade digital e que grandes saltos de geração de valor passem a ser frequentes.
A chave para a transformação é oferecer algo melhor, mais simples, mais eficiente e centrado no usuário. Profissionais sobrecarregados, que enfrentam jornadas exaustivas e lidam com múltiplas demandas, não precisam de mais sistemas sofisticados. Precisam, sim, de soluções que funcionem integradas à sua rotina clínica.
A IA pode e deve ser esse caminho. Um caminho que não exige que se adapte a prática clínica às limitações tecnológicas, mas que adapte a tecnologia à realidade de quem cuida. Com escuta, investimento e atenção às particularidades do sistema de saúde brasileiro, será possível abordar, sob novas perspectivas, os problemas antigos que insistem em perdurar.
*Fillipe Loures é médico e fundador da Voa Health.
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O HOJE
CREMEGO abre concurso com salário de até R$ 6,1 mil
Conselho de Goiás oferece 60 vagas para jornalista e contador
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEGO) publicou o edital do novo concurso público para 2025. A seleção oferece 60 vagas, sendo duas para provimento imediato e as demais para formação de cadastro de reserva. As oportunidades são destinadas a candidatos com nível superior de escolaridade, para os cargos de Contador e Assessor de Imprensa (Jornalista).
A organização do certame está sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Educação, Seleção e Tecnologia (Ibest). Os interessados poderão se inscrever exclusivamente pela internet, por meio do site www.institutoibest.org.br, das 9h de 26 de maio até as 23h59 de 26 de junho de 2025. A taxa de inscrição será de R$ 65 para o cargo de jornalista e R$ 58 para o cargo de contador, havendo possibilidade de isenção para inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea.
Vagas e salários
O edital oferta as seguintes vagas:
Assessor de Imprensa (Jornalista): 1 vaga imediata + 29 em cadastro de reserva. Remuneração de R$ 6.158,43, para 25 horas semanais.
Contador: 1 vaga imediata + 29 em cadastro de reserva. Remuneração de R$ 3.822,36, para 20 horas semanais.
Ambas as funções exigem formação superior na área correspondente e registro ativo e adimplente no respectivo conselho profissional.
Benefícios
Além do salário base, os aprovados terão direito aos seguintes benefícios:
Auxílio-alimentação: R$ 756,25;
Auxílio-creche: R$ 349,18 por filho menor de 6 anos;
Auxílio-saúde: conforme instruções normativas;
Auxílio-transporte: conforme legislação vigente;
Plano de carreira, cargos e salários.
Etapas da seleção
O concurso será composto por duas etapas:
Prova objetiva: de caráter eliminatório e classificatório. Composta por 50 questões de múltipla escolha, sendo:
20 questões de conhecimentos básicos: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática e Atualidades;
30 questões de conhecimentos específicos da área do cargo.
A pontuação máxima da prova objetiva será de 80 pontos.
Avaliação de títulos: de caráter apenas classificatório. Serão pontuados títulos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A nota máxima será de 10 pontos, mesmo que a soma dos títulos ultrapasse esse limite.
Requisitos para investidura
Entre os requisitos para investidura no cargo estão:
Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa (nos termos legais);
Idade mínima de 18 anos;
Estar em dia com as obrigações eleitorais e, se do sexo masculino, com as militares;
Não acumular cargo público de forma irregular;
Ter aptidão física e mental para o exercício das atividades;
Não estar cumprindo sanção por inidoneidade em qualquer esfera da administração pública.
Aplicação das provas
As provas objetivas estão previstas para serem aplicadas em 27 de julho de 2025, em local e horário que serão divulgados posteriormente pela banca organizadora. Os candidatos devem acompanhar todas as atualizações e comunicados oficiais no site do Instituto Ibest.
Último concurso
O último certame realizado pelo CREMEGO ocorreu em 2024, com vagas para níveis médio e superior. Na época, foram ofertadas duas vagas com salários que variavam de R$ 2.591,82 a R$ 7.191,02, além de benefícios. A banca organizadora foi a ABCP Concursos.
Para mais informações, consulte o edital completo no site do Instituto Ibest.
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MAIS LAUDO
Dados na telemedicina: importância da segurança das informações
Os dados na telemedicina envolvem prontuários, históricos clínicos, resultados de exames e outros registros que, se vazados, podem causar danos jurídicos e à imagem das instituições. Por isso, é muito importante que as instituições de saúde tenham um compromisso ainda maior com a segurança da informação.
Neste artigo, explicamos como garantir a segurança dessas informações, quais são as principais normas que regulam o setor e como a Mais Laudo se posiciona como referência em proteção de dados.
Por que investir em segurança dos dados na telemedicina?
A segurança da informação na saúde vai além do ambiente digital. Embora o manuseio físico de documentos também envolva riscos, é no espaço virtual que as soluções mais eficazes se concentram. Sistemas digitais permitem restringir acessos, auditar registros e definir níveis de autorização com maior controle e eficiência.
Ao garantir a integridade dos dados, as instituições de saúde:
Evitam falhas humanas comuns no arquivamento físico;
Reforçam a proteção contra ciberataques e acessos não autorizados;
Mantêm conformidade com legislações como a LGPD;
Aumentam a produtividade e reduzem retrabalhos no dia a dia clínico.
Todos esses motivos citados contribuem para que as instituições transmitam mais confiança a pacientes e parceiros.
Quais são as consequências do vazamento de dados?
O vazamento de informações médicas pode causar prejuízos irreparáveis. Além de expor detalhes íntimos do paciente, como por exemplo, doenças sexualmente transmissíveis ou uso de medicamentos controlados, esses dados comprometem a reputação da instituição.
Legalmente, clínicas e hospitais podem ser alvos de processos movidos por pacientes ou familiares. A LGPD prevê sanções e multas severas, enquanto a Resolução CFM nº 1.997/2012 reafirma o dever ético do sigilo médico. A credibilidade da instituição também é afetada, já que confiança e privacidade são pilares no relacionamento com o paciente.
LGPD e telemedicina: o que diz a legislação?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais em qualquer setor — e na saúde, isso é ainda mais sensível. Informações clínicas são consideradas dados sensíveis e, por isso, demandam atenção redobrada.
Listamos abaixo algumas das principais exigências legais:
Obtenção de consentimento explícito do paciente;
Transparência no uso e finalidade das informações;
Garantia de acesso aos dados pelo titular;
Medidas de segurança como criptografia, autenticação e controle de acesso.
Além disso, é importante ressaltar que a Resolução CFM nº 1.638/2002 define que a telemedicina só deve ser praticada mediante infraestrutura tecnológica que assegure privacidade, sigilo e integridade das informações médicas.
Como garantir a segurança dos dados na prática?
A proteção de dados na telemedicina deve ser pensada como uma estratégia integrada entre pessoas, processos e tecnologia. Veja como colocar isso em prática:
Defina perfis de acesso conforme a função de cada colaborador;
Adote criptografia robusta para o armazenamento e a transmissão de dados;
Mantenha os sistemas sempre atualizados e com firewalls ativos;
Realize auditorias periódicas para identificar vulnerabilidades;
Capacite a equipe sobre boas práticas de segurança digital.
Essas ações reduzem riscos, promovem rastreabilidade e garantem conformidade com normas legais e éticas.
Como a Mais Laudo garante a segurança dos dados?
A Mais Laudo adota uma série de medidas para garantir que os dados compartilhados em sua plataforma estejam protegidos em todas as etapas do processo.
Laudos 100% assinados eletronicamente, laudados apenas por médicos especialistas com RQE
Todos os laudos liberados pela Mais Laudo possuem marca d’água e são 100% assinados eletronicamente com certificado digital individual de acordo com o ICP-BRASIL, tornando este documento inviolável.
Além disso, todos os laudos contam com dois formatos de validação, sendo por QRCode com acesso rápido e via link com token de verificação. Oferecendo assim, mais credibilidade para sua empresa.
Laudos disponíveis por 5 anos com backup e segurança:
Aqui na Mais Laudo utilizamos a melhor infraestrutura de servidores e armazenamento online, a Amazon Cloud Services. O que isso significa? Que todos seus laudos estão guardados e sempre disponíveis para seu acesso de qualquer lugar do mundo, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Gestão de contas e usuários
No sistema Mais Laudo é possível administrar todas suas unidades filiais através de uma única conta, com intuito de uma melhor gestão dos laudos. Assim como, é possível criarmos contas direcionadas para os seus clientes, para que eles possam ter acesso direto aos laudos de seus funcionários.
Além disso, pensando na segurança dos dados e na divisão de setores dentro da sua empresa, podemos disponibilizar usuários com diferentes níveis de permissões de acesso à sua conta.
Fale com nossos consultores e conheça todas as soluções da Mais Laudo para sua clínica ou hospital.
Médico Cardiologista formado pela UNEC e Especialista em Ecocardiografia pela FATESA. Possui vasta experiência em atendimento ambulatorial em Cardiologia e Saúde da Família, urgência e emergência, enfermaria hospitalar, além de atuar como ergometrista. Também possui expertise em Telemedicina, sendo especialista em laudos de Holter, Eletrocardiograma e MAPA. Atualmente, é Coordenador da Unidade Coronariana do Hospital Vila da Serra, Preceptor da Especialização em Cardiologia Clínica do mesmo hospital e referência técnica da Clínica Cuidar Saúde, em Sete Lagoas, MG. CRM MG 61303, RQE 43711 e LinkedIn @jailton-neves-fernandes.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
União é condenada a pagar R$ 50 mil após médico morrer atuando contra Covid-19
Governo assina MP para atendimento do SUS em rede privada e aumenta fiscalização em hospitais
Prefeitura de Goiânia amplia leitos de UTI Pediátrica
https://www.aredacao.com.br/noticias/233452/prefeitura-de-goiania-amplia-leitos-de-uti-pediatrica
Goiânia convoca 55 novos profissionais de saúde para rede de urgência
Mabel cobra investigação sobre atuação da Fundach e líder do prefeito pede fim do contrato com maternidades
“Ipasgo opera em déficit que é coberto pelo governo de Goiás” diz presidente da entidade
Como a IA impulsiona diagnósticos mais rápidos e precisos no Brasil
https://medicinasa.com.br/ia-diagnosticos/
LGPD na saúde: como garantir a conformidade e evitar penalizações
https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/seguranca-de-dados-na-saude-atencao-a-lgpd/
TV ANHANGUERA
União é condenada a pagar R$ 50 mil após médico morrer atuando contra Covid-19
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O GLOBO
Governo assina MP para atendimento do SUS em rede privada e aumenta fiscalização em hospitais
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta sexta-feira uma medida provisória (MP) para ampliar o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde. A estratégia prevê incorporar hospitais privados na rede de atendimento para escoar a demanda reprimida nas filas. Com isso, será necessário a criação de 518 novos cargos efetivos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária para controle e avaliação dos novos equipamentos da rede.
A criação dos novos cargos da Anvisa ocorre após a aprovação pelo Congresso Nacional nesta quarta-feira de um projeto de lei que recompõe o salário dos servidores e permite a reestruturação das carreiras, incluindo a criação de novos cargos no governo.
A aprovação do texto foi vista como uma estratégia para aproveitar o texto da MP que amplia o atendimento especializado para também aumentar os postos que serão necessários para a fiscalização. O custeio das equipes virá pelo orçamento da Anvisa.
Lula e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinam na sexta-fera a MP que visa acelerar o atendimento especializado no SUS. A ideia é que o ministério encaminhe pacientes para serem atendidos em clínicas e hospitais privados, que receberão em contrapartida a possibilidade de abater dívidas com o governo federal.
Com isso, o governo federal fará a primeira repaginada no programa Mais Acesso a Especialistas, lançado em 2024. Lula espera que este seja o novo programa vitrine do governo na área da Saúde e reclamou sobre a demora em ver resultados da iniciativa.
Ao assumir o comando da pasta, Padilha recebeu do presidente a missão de impulsionar o Mais Acesso a Especialistas.
Como revelou O GLOBO em março, o tempo médio de espera para uma consulta no SUS nunca foi tão longo. Números do Ministério da Saúde obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que pacientes precisaram aguardar, em média, quase dois meses (57 dias) para serem atendidos em 2024.
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A REDAÇÃO
Prefeitura de Goiânia amplia leitos de UTI Pediátrica
Objetivo é evitar crise durante altas demandas
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ampliou de quatro para dez o quantitativo de vagas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quinta-feira (29/5), em Goiânia. Além disso, também reativou alguns leitos.
Segundo o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, a iniciativa é importante para assegurar o acesso dos pequenos a cuidados especializados e evitar crises durante os períodos de alta demanda. “A gestão precisa planejar e agir antes da emergência acontecer. Por isso, estamos fortalecendo a rede de saúde para oferecer retaguarda durante o período de seca, quando tradicionalmente aumentam os casos de doenças respiratórias, disse o prefeito.
O Igope fornecia quatro leitos de UTI Pediátrica ao município de Goiânia, que haviam sido desativados por falta de pagamento da gestão anterior. “Nós renegociamos a dívida, reabrimos essas vagas de UTI, conseguimos ampliar o quantitativo de leitos e já estamos trabalhando na abertura de vagas em enfermaria”, explicou o titular da SMS, Luiz Pellizzer.
Cuidado integral
“O aumento no número de leitos é apenas parte da nossa estratégia para oferta de ciclos de cuidado integral com a saúde das crianças e adolescentes, que conta ainda com a vacinação nos centros de ensino, a ampliação de pontos de atendimento médico de urgência e emergência para o público infantil e a oferta de consultas ambulatoriais em pediatria em toda a rede”, destaca Luiz Pellizzer.
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Goiânia convoca 55 novos profissionais de saúde para rede de urgência
Prefeitura orienta sobre contratos
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), convocou, nesta semana, 55 novos profissionais de saúde para atuação na rede de urgência e emergência da capital. Os chamamentos contemplam 48 técnicos em radiologia e sete técnicos em laboratório.
Os candidatos credenciados devem consultar o Diário Oficial do Município (DOM) de Goiânia para confirmar se estão entre os convocados. Aqueles que tiverem seus nomes publicados devem agendar atendimento presencial na agência do Atende Fácil, localizada no Paço Municipal, para a assinatura do contrato. A SMS reforça que o comparecimento com toda a documentação exigida é essencial para garantir a efetivação do vínculo com o município.
Além disso, são necessários os seguintes documentos: todas as certidões previstas no edital, certidão de Dados Cadastrais do ISSQN e comprovante de conta corrente no Banco Itaú.
Para o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, a convocação é mais uma iniciativa da atual gestão para fortalecer e qualificar a assistência em saúde no município. “É importante lembrar que já havíamos contratado 283 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e farmacêuticos, para reforçar as equipes das unidades de urgência e tornar mais ágil e eficaz o atendimento a quem está na ponta”, pontuou Pellizzer.
“Os novos chamamentos visam fortalecer os serviços de realização de exames laboratoriais e de imagem, além da vigilância em saúde, com a coleta de dados e produção de informações estratégicas para o acompanhamento dos atendimentos realizados na rede pública”, explicou o secretário.
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JORNAL OPÇÃO
Mabel cobra investigação sobre atuação da Fundach e líder do prefeito pede fim do contrato com maternidades
Vereador fez críticas a entidade ligada à UFG enquanto prefeito apontou que manterá repasses na casa de R$ 12 milhões para maternidades
O prefeito Sandro Mabel (UB) voltou a criticar a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades de Goiânia. Durante a prestação de contas realizada nesta quinta-feira, 29, o chefe do Executivo solicitou que o Ministério da Saúde inspecione o contrato firmado entre a entidade e o município. Ao mesmo tempo, o líder do Paço Municipal na Câmara, vereador Igor Franco (MDB), defendeu o encerramento do contrato.
“Gostaria de solicitar ao presidente em exercício da Câmara que apresente um requerimento para que o SUS realize uma auditoria nos últimos quatro anos da Fundach, aqui em Goiânia”, disse Mabel, em discurso na audiência pública. “Peço que seja uma auditoria séria e rigorosa, com base em documentos e, se possível, utilizando também os relatórios da polícia que tratam do assunto”, acrescentou.
O prefeito ainda criticou a auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS). Assim como cobrou vistoriar a Fundach, ele ainda defendeu investigar o funcionamento das unidades de saúde nas administrações anteriores. Principalmente a gestão anterior do ex-prefeito Rogério Cruz (SD).
Mabel também garantiu que não pagará os R$ 20 milhões mensais referentes aos repasses da Fundahc, afirmando que manterá o pagamento abaixo de R$ 13 milhões. “Agora se paga R$ 12 milhões e se faz muito mais. Nós temos seis OSs (Organizações de Saúde) querendo fazer por R$ 10, R$ 11 milhões. Se pagava 20 milhões para o (ex-secretário) Wilson Pollara transferir dinheiro para os fornecedores dele. Era corrupção ali dentro”, afirmou.
Além de Mabel, o líder do prefeito, Franco, defendeu o fim do contrato da Prefeitura de Goiânia com a fundação ligada ao Hospital das Clínicas. Ele citou que a situação é “caso de polícia”.
“Passou da hora de tirar a Fundach de Goiânia pelas irresponsabilidades que ela tem feito. No dia que nós visitamos a Maternidade Célia Câmara, havia um médico que nos informou que havia paciente apto para receber alta da UTI e a enfermaria estava vazia. No entanto, eles mantendo na UTI para receber mais porque na UTI se paga mais.(…) Vamos analisar como se constrói essa saída definitiva do município”, defendeu o líder do prefeito.
Redução visa readequar serviço à realidade financeira
Por meio de nota, a Fundahc lembra que que o pedido de auditoria do DenaSUS foi feito pelo Poder Legislativo e que a definição do período auditado coube às autoridades competentes. “A Fundahc foi informada da visita de auditoria pela própria Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS)”. Além disso, a fundação disse repassar todas as informações solicitadas referentes aos serviços prestados durante a atual gestão em em gestão anteriores “seguindo os valores de transparência e idoneidade prezados pela fundação”.
“Reforçamos que a redução de 40% no valor dos convênios, bem como os ajustes dos planos de trabalho, visam adequar os serviços à realidade financeira do Executivo, conforme já colocado pela SMS”, continua a nota.
A fundação diz ainda que colocou sua equipe técnica para apoiar a prefeitura na elaboração do novo escopo, atendendo todas as solicitações feitas pela secretaria, dialogando e apresentando revisões e valores conforme tabela vigente do mercado para validação da gestão municipal
Nota na íntegra
A respeito da auditoria do DenaSUS nas maternidades públicas de Goiânia, reiteramos que o pedido foi realizado pelo Legislativo e a definição do período auditado coube às autoridades competentes. A Fundahc foi informada da visita de auditoria pela própria Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).
Todas as informações solicitadas serão fornecidas, sejam referentes aos serviços prestados durante a atual gestão ou em gestões anteriores da prefeitura da capital, seguindo os valores de transparência e idoneidade prezados pela fundação.
Reforçamos que a redução de 40% no valor dos convênios, bem como os ajustes dos planos de trabalho, visam adequar os serviços à realidade financeira do Executivo, conforme já colocado pela SMS. Desde o início deste processo, a Fundahc colocou sua equipe técnica para apoiar a prefeitura na elaboração do novo escopo, atendendo todas as solicitações feitas pela secretaria, dialogando e apresentando revisões e valores conforme tabela vigente do mercado para validação da gestão municipal.
A prioridade da Fundahc é manter a assistência à população e, neste sentido, os atendimentos de urgência e emergência nas maternidades continuam funcionando.
A fundação segue à disposição do município para alinhar a construção dos planos de trabalho e aguarda a aprovação do Conselho Municipal de Saúde para assinatura destes documentos.
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“Ipasgo opera em déficit que é coberto pelo governo de Goiás” diz presidente da entidade
Bruno relata que a entidade busca ter responsabilidade e compromisso para que o déficit seja o menor possível
O presidente do Ipasgo Saúde, Bruno Magalhães D´Abadia, explicou que a entidade opera em déficit mensal que, hoje, está entre 21 e 23 milhões de reais. Bruno afirmou, ao Jornal Opção, que o governo de Goiás realiza aportes para cobrir o déficit. Esse aporte, no entanto, só no que compete em relação aos servidores do estado.
“O governo faz o aporte em relação ao déficit gerado pelos servidores do estado, que é metade do Ipasgo. Mas o Ipasgo atende mais de 100 municípios e demais poderes. O governo tem um limite que pode aportar, já que o orçamento público é restrito”, disse.
O presidente relata que a entidade busca ter responsabilidade e compromisso para que o déficit seja o menor possível. Segundo ele, o Ipasgo busca remunerar justamente os prestadores e prestar o serviço adequado aos beneficiários. Além disso, existe um desafio para conciliar a restrição financeira com a demanda crescente dos beneficiários e a defasagem com os prestadores, o que chamou de um “problema de três corpos” ou “três equações simultâneas”.
O presidente afirmou, também, que existem estudos de inteligência assistencial em curso para atingir a sustentabilidade financeira e reduzir o déficit. “Parte desses estudos devem gerar economia para que possamos direcionar para o reajuste da tabela. Buscamos trazer racionalidade para grandes rubricas nas despesas para que as consultas possam ser valorizadas”.
As estratégias para otimizar recursos e diminuir o custo per capita incluem celebrar contratos específicos para áreas de alta despesa como tratamento de transtorno do espectro autista, medicamentos oncológicos, consultas psiquiátricas e psicológicas, em vez de depender apenas de credenciamento. Além disso, existe uma busca por ferramentas de inteligência artificial para análise de custo assistencial e referências no mercado para encontrar práticas que aumentem a cobertura sem elevar custos.
Os novos planos do Ipasgo são considerados sustentáveis por não gerar déficit ou lucro, já que a entidade se tornou uma SSA sem fins lucrativos. Os planos antigos, por outro lado, geram déficit. Mesmo sendo sustentáveis, os novos planos são mais baratos do que a maioria dos planos comerciais em Goiás e no DF.
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MEDICINA S/A
Como a IA impulsiona diagnósticos mais rápidos e precisos no Brasil
A medicina diagnóstica encontrou na inteligência artificial (IA) uma ferramenta importante para ampliar a eficiência operacional e potencializar a entrega de diagnósticos laboratoriais e por imagem. Sua utilização está cada vez mais frequente em um mercado em constante crescimento. Dados do último DNA do Diagnóstico, painel da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), mostram que 2,3 bilhões de exames foram realizados em 2023, um crescimento de 11% em comparação com o ano anterior. A saúde suplementar foi responsável por pouco mais da metade dos procedimentos: 1,2 bilhão, gerando uma receita de R$ 48,9 bilhões.
Sou uma grande entusiasta dessa sinergia entre otimização de processos e inovações tecnológicas, que se traduz em diagnósticos ainda mais rápidos e precisos, com inúmeros benefícios para o paciente e para o setor de saúde.
Imagine, por exemplo, um sistema capaz de analisar milhares de amostras com velocidade e acurácia impressionantes, identificando padrões sutis que poderiam escapar ao olhar humano. Para ilustrar essa realidade, trago o exemplo do Núcleo Técnico-Operacional da Dasa, no Rio de Janeiro, onde, depois de receber amostras de mais de 180 unidades, são processados mais de 7 milhões de exames por mês. Nas fases mais importantes da operação, ferramentas sofisticadas de IA e equipamentos de ponta analisam lâminas de patologia, auxiliando na detecção precoce de cânceres com uma precisão que pode superar a dos métodos tradicionais, como acontece com a biópsia líquida.
Outros exemplos são os sistemas que agilizam a entrega de exames de urinocultura, com liberação do resultado para o paciente, em caso negativo, em até 12 horas —, e a tecnologia de IA para análise parasitária, que garante alta precisão com menor intervenção humana. Essa eficiência operacional reduz o tempo de espera do paciente e aumenta ainda mais a segurança das análises.
O diagnóstico precoce e a agilidade nos resultados, impulsionados pela automação e pela IA, reduzem a ansiedade do paciente e permitem que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível, impactando positivamente o prognóstico.
Essa realidade representa um marco transformador na maneira como os cuidados com a saúde são conduzidos e acessados. Nesse contexto, as tecnologias de IA não substituem os médicos, mas atuam como um parceiro valioso, aprimorando a exatidão de especialidades como radiologia, patologia, microbiologia e genômica. Na prática, estamos identificando doenças de maneira mais ágil e em diferentes etapas do processo.
*Andréa Lamosa é superintendente de relacionamento médico dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, da Dasa no Rio de Janeiro.
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SAÚDE BUSINESS
LGPD na saúde: como garantir a conformidade e evitar penalizações
A LGPD na saúde traz uma série de critérios. A legislação exige que instituições obtenham consentimento claro dos pacientes para coletar seus dados pessoais. Com a telemedicina, a legislação estabelece que o compartilhamento de informações entre plataformas siga normas rígidas de segurança, assegurando a proteção contra acessos indevidos. Saiba mais!
A proteção de dados se tornou um dos pilares essenciais para o setor da saúde, garantindo que informações sensíveis dos pacientes sejam tratadas com segurança, transparência e respeito à legislação vigente. Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), gestores de saúde enfrentam o desafio de adequar seus processos para garantir a conformidade legal e evitar riscos de exposição indevida de informações.
Neste artigo, vamos explorar os impactos da LGPD na saúde, as penalidades pelo não cumprimento da lei e as melhores práticas para garantir a segurança dos dados dos pacientes, além dos desafios enfrentados na implementação dessas novas diretrizes.
Quais são os impactos da LGDP na saúde?
A LGPD trouxe mudanças significativas na forma como as informações dos pacientes são armazenadas e gerenciadas pelos gestores de saúde.
Com a regulamentação, hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde precisam garantir maior segurança, transparência e conformidade na manipulação de dados sensíveis.
Consentimento do paciente
A LGPD exige que instituições de saúde obtenham consentimento explícito para a coleta e processamento de dados pessoais dos pacientes. Isso reforça o direito à informação e ao controle sobre seus próprios dados.
Proteção dos dados nos meios digitais e físicos
Os dados dos pacientes devem ser protegidos tanto em sistemas eletrônicos quanto em documentos físicos. Isso inclui medidas como controle de acesso, restrição à manipulação manual e segurança em servidores e arquivos.
LGPD aplicada à telemedicina e troca de informações
Com o avanço da telemedicina e o uso de sistemas, como TISS e SUS, a LGPD determina que dados compartilhados entre plataformas sigam protocolos rigorosos de segurança, garantindo que informações sensíveis sejam protegidas contra acessos não autorizados.
Criptografia em mensagens e caixas postais
A adoção da criptografia é uma exigência para preservar a confidencialidade de comunicações entre médicos e pacientes. E-mails, mensagens e documentos que contenham dados de saúde devem ser protegidos por sistemas robustos para evitar vazamentos.
Responsável pela proteção de dados (DPO)
A LGPD estabelece que empresas e instituições tenham um Encarregado de Proteção de Dados (DPO), responsável por supervisionar as práticas de segurança e garantir a conformidade com a legislação.
Responsabilização pela quebra de sigilo
Caso ocorra o vazamento ou uso indevido de dados, os responsáveis podem ser penalizados, enfrentando sanções financeiras e legais que variam conforme a gravidade da infração.
Paciente no controle dos dados
A lei reforça o direito dos pacientes de acessar, corrigir e solicitar a exclusão de seus dados pessoais sempre que necessário. Isso fortalece a transparência e evita usos indevidos das informações.
Eliminação de dados quando não necessários
A LGPD determina que os dados dos pacientes sejam apagados quando não houver mais necessidade de armazenamento, evitando a retenção excessiva de informações e reduzindo riscos de exposição.
Consequências do não cumprimento da LGPD na saúde
A LGPD não apenas estabelece diretrizes para a gestão de dados na saúde, mas também prevê penalidades para instituições que descumprem suas normas. Pode variar desde advertências até sanções financeiras, afetando a credibilidade e sustentabilidade das empresas. Saiba quais são as consequências:
Advertência e medidas corretivas: em casos de descumprimento inicial ou falhas menos graves, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) pode emitir advertências e exigir medidas corretivas para adequação à legislação.
Multa simples: empresas privadas podem ser penalizadas com uma multa de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, incluindo grupos ou conglomerados no Brasil. O valor máximo por infração é limitado a 50 milhões de reais, excluindo tributos.
Multa diária: além da multa simples, a legislação permite a imposição de multas diárias pelo descumprimento continuado, sempre respeitando o limite total de 50 milhões de reais por infração.
Publicização da infração: a divulgação pública das penalidades pode comprometer a reputação de hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde, impactando diretamente a confiança dos pacientes e do mercado.
Bloqueio de dados pessoais: em casos mais graves, os dados pessoais envolvidos na infração podem ser bloqueados até que a situação seja regularizada, prejudicando o funcionamento da instituição e a continuidade dos serviços de saúde.
Eliminação dos dados pessoais: se uma empresa não cumprir as exigências da LGPD e persistir na violação, pode ser obrigada a eliminar completamente os dados pessoais em questão, causando prejuízo operacional e possíveis impactos legais na continuidade dos atendimentos.
O respeito à LGPD na saúde é essencial para garantir a privacidade dos pacientes e fortalecer a segurança da informação no setor da saúde.
As penalidades reforçam a necessidade de investimento em governança de dados e proteção digital, assegurando conformidade e confiança no relacionamento entre instituições e pacientes.
Como aplicar a LGPD na saúde e garantir a segurança de dados dos pacientes?
A LGPD exige que gestores de saúde adotem práticas seguras e transparentes no tratamento de informações dos pacientes. Para garantir a conformidade, é essencial implementar medidas que fortalecem a proteção de dados e respeitem os direitos dos usuários.
Além disso, a aplicação da LGPD na saúde exige que as instituições adotem sistemas de segurança robustos, capazes de prevenir vazamentos e proteger dados sensíveis.
Para isso, é necessário implementar múltiplas camadas de defesa contra tentativas de invasão, garantindo que as informações sejam armazenadas e transmitidas de forma segura.
Tecnologias como inteligência artificial generativa e bots já são amplamente utilizadas para identificar potenciais fraudes, proporcionando uma vantagem competitiva ao setor.
Mais do que um requisito técnico, a proteção dos dados na saúde é uma questão ética e legal. Garantir a confidencialidade das informações dos pacientes fortalece a confiança no sistema de saúde e assegura a integridade dos serviços prestados.
Além das medidas de segurança, diversas ferramentas e práticas ajudam as instituições no processo de conformidade com a LGPD. A seguir, veja algumas:
Prontuários eletrônicos
A digitalização dos prontuários eletrônicos médicos exige atenção à segurança da informação. É necessário que hospitais e clínicas utilizem sistemas que assegurem sigilo, controle de acesso e criptografia, reduzindo o risco de vazamentos e garantindo a proteção dos registros dos pacientes.
Direito à informação
Os pacientes têm o direito de saber como seus dados são coletados, armazenados e utilizados. O gestor de saúde deve fornecer informações claras sobre a finalidade do tratamento dos dados, garantindo transparência e respeitando os princípios da LGPD.
Emissão do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
Antes de coletar e processar informações pessoais, as instituições precisam obter consentimento explícito dos pacientes. O TCLE deve apresentar detalhes sobre o uso dos dados, garantindo que o paciente tenha controle e autonomia sobre suas informações.
Hospedagem de dados em bancos com segurança compatível ao Brasil
A LGPD permite que dados sejam armazenados em servidores internacionais, desde que sigam padrões de proteção equivalentes aos exigidos no Brasil. O gestor deve verificar se os provedores cumprem requisitos de segurança, evitando exposição indevida das informações.
Coleta de dados sensíveis apenas quando essencial
Informações como histórico médico, exames e condições de saúde devem ser solicitadas apenas quando realmente necessárias para o atendimento ou tratamento do paciente. Essa prática minimiza riscos de exposição indevida e reforça o princípio da minimização de dados.
Softwares com proteção de dados
As instituições de saúde precisam adotar sistemas de gestão que ofereçam mecanismos de proteção, como controle de acessos, auditorias, criptografia e autenticação multifator.
Ao seguir essas práticas, o gestor de saúde assegura que sua instituição esteja conforme a LGPD, além de fortalecer a credibilidade da organização e reduz riscos de sanções por descumprimento da legislação.
Desafios da adoção da LGPD na saúde
A implementação da LGPD na saúde traz desafios significativos para gestores e profissionais da área. Além da necessidade de adaptação tecnológica, é essencial garantir a conformidade legal e segurança da informação.
Gestores de saúde precisam adotar a inovação para estar dentro da lei
A LGPD exige que instituições de saúde aprimorem seus sistemas para garantir proteção de dados, controle de acesso e criptografia. A adoção de softwares especializados e inteligência artificial para monitoramento e prevenção de fraudes se torna essencial.
Orientações sobre a implementação da LGPD na saúde podem ser escassas
Muitos gestores encontram dificuldades na adequação à LGPD devido à falta de diretrizes claras e acessíveis sobre as melhores práticas de implementação. A consultoria especializada e a capacitação de equipes são medidas necessárias para evitar riscos e garantir a conformidade.
Importância de ser assegurado por um advogado
O aumento do número de ações judiciais relacionadas à privacidade e proteção de dados reforça a necessidade de suporte jurídico especializado. Advogados com experiência na LGPD podem orientar instituições de saúde sobre medidas preventivas e estratégias para evitar penalidades legais.
A adoção da LGPD na saúde exige investimento, planejamento e atualização constante, garantindo que instituições e profissionais estejam alinhados às exigências legais e protegidos contra riscos operacionais e jurídicos.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Procon Goiás multa e obriga, em TAC, que Hapvida promova melhorias
Médico denuncia no TCU e MPF gastos excessivos no Cremego
https://diariodegoias.com.br/medico-denuncia-no-tcu-e-mpf-gastos-excessivos-no-cremego/491436/
CFM publica nota de repúdio contra prisão de médica em Goiânia – Tribuna do Planalto
https://tribunadoplanalto.com.br/cfm-publica-nota-de-repudio-contra-prisao-de-medica-em-goiania/
Saúde quer ampliação da auditoria nas maternidades
https://opopular.com.br/cidades/saude-quer-ampliac-o-da-auditoria-nas-maternidades-1.3269760
Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde
https://medicinasa.com.br/saude-digital-obstaculos/
Operadora muda forma de custeio e é condenada por danos morais coletivos
https://medicinasa.com.br/custeio-trt/
DIÁRIO DE GOIÁS
Procon Goiás multa e obriga, em TAC, que Hapvida promova melhorias
TAC assinado entre Procon Goiás e Hapvida implica em melhorias e ampliação no atendimento e multa de R$ 80 mil pelas falhas anteriores
TAC foi celebrado um ano depois de fiscalização do Procon Goiás em unidade da Hapvida - Foto: divulgação Hapvida
O Procon Goiás assinou nesta quarta-feira (28) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o grupo gestor do plano de saúde Hapvida para corrigir falhas graves identificadas nos serviços prestados na unidade Hospital Jardim América. Além disso, a Hapvida foi multada e terá de pagar um valor compensatório pelas deficiências apontadas pelos segurados e constatadas pela fiscalização, estipulado em R$ 80 mil.
O TAC demorou um ano para ser celebrado, desde que o Procon Goiás suspendeu por uma semana a venda de novos planos pela operadora, em 15 de abril de 2024.
Esta semana a Hapvida também foi alvo de denúncia de um empresário que afirma ter ficado com sequelas após uma cirurgia pelo plano.
Fiscalização in loco
O documento firmado nesta quarta foi celebrado após a fiscalização do órgão constatar algumas irregularidades no atendimento oferecido pela rede credenciada.
Em nota após a assinatura do TAC, a Hapvida informou que o Hospital Jardim América “reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar de seus beneficiários e esclarece que um plano de ação de melhorias e adequações da estrutura e dos serviços prestados foi imediatamente iniciado e entregue após a visita do órgão”. Leia a íntegra ao final.
O acordo firmado prevê uma série de melhorias imediatas na estrutura, nos fluxos de atendimento e na qualidade dos serviços médico-hospitalares oferecidos aos usuários da rede privada.
Ampliação no atendimento
Pelo TAC, entre os principais compromissos assumidos pela empresa estão a ampliação de quase 40% nas poltronas de medicação e observação, disponibilização de novos consultórios médicos, implantação de sistema de triagem com classificação de risco, reforço no quadro de profissionais e reorganização de setores críticos como sala de reanimação.
Além disso, o plano de saúde terá que estabelecer metas claras de tempo de espera e atendimento e garantir o fornecimento de equipamentos médicos, insumos e EPIs.
Em caso de descumprimento das cláusulas contidas no TAC, o grupo Hapvida estará sujeito a penalidades adicionais, como multa de R$ 10 mil por conduta contrária ao acordado, podendo totalizar até R$ 759 mil. Isso além da multa pelo passivo (R$ 80 mil).
TAC vai durar 1 ano
O termo de ajustamento de conduta terá vigência de 12 meses, prorrogável por igual período, e resultará na suspensão dos processos administrativos relacionados às infrações previamente identificadas, desde que todas as obrigações sejam cumpridas.
De acordo com o superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, a assinatura do TAC pretende assegurar atendimento digno e eficiente aos consumidores.
“Nosso papel é garantir que os direitos da população sejam respeitados, principalmente quando se trata de um serviço essencial como a saúde”.
Segundo ele, o TAC tem um caráter resolutivo e preventivo, com foco na melhoria concreta do atendimento prestado pela operadora. “Seguiremos acompanhando e cobrando o cumprimento rigoroso de todos os compromissos assumidos”, concluiu.
NOTA À IMPRENSA
“O hospital reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar de seus beneficiários e esclarece que um plano de ação de melhorias e adequações da estrutura e dos serviços prestados foi imediatamente iniciado e entregue após a visita do órgão.
A unidade hospitalar reforça, também, que permanece dedicada no constante desenvolvimento de suas atividades e segue à disposição do Procon Goiás, a fim de garantir uma saúde de qualidade, segurança e acessível para toda população do estado.
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Médico denuncia no TCU e MPF gastos excessivos no Cremego
Médico que é Conselheiro Federal pede investigação do TCU e MPF em gastos do Cremego. Atual presidente recebe até por entrevista por telefone
O médico Marcelo Prado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) investigação sobre os gastos do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) diante de demonstrativos constantes no Portal de Transparência do Conselho que, segundo ele, apontam valores excessivos, por exemplo, com jetons (remuneração para representar o órgão) à presidente, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, até para dar entrevista aos meios de comunicação.
O pedido de investigação foi registrado no TCU na terça-feira (27) e é principalmente sobre as ações da presidente do Cremego, mas não só.
A direção do Cremego foi procurada pelo Diário de Goiás na tarde desta quarta-feira (28), sobre a representação protocolada pelo suplente de Conselheiro do CFM. Em nota, o conselho informa que não foi notificado e que presta contas de suas despesas no Portal da Transparência do órgão. Leia a íntegra ao final.
“Já há um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e é imperioso que isso seja feito também pelos órgãos de controle externo porque se trata de verbas públicas com natureza tributária e há vários indícios de gastos indevidos no Conselho Regional”, explicou o médico que fez a representação pedindo investigação no Cremego.
Autor da representação que pede investigação no Cremego, médico é Conselheiro Suplente do CFM
Marcelo Prado é cirurgião plástico e é Conselheiro Federal Suplente do CFM por Goiás. Ele frisou na representação aos órgãos de investigação que pesam fortes indícios de que a atual direção do Cremego “exorbitou pagamentos de jetons, verbas de representação, diárias e viagens muito acima do tolerável, excedendo todos os limites aceitáveis e dilapidando os recursos que havia no caixa”.
Ele sustenta que os registros financeiros do Cremego revelam pagamentos recorrentes e acima do padrão à presidente Sheila Ferro, com valores elevados em jetons, verbas de representação e outros benefícios. Os números chamam atenção pelo volume e pela natureza das atividades remuneradas.
Em outubro de 2024, os dados oficiais mostram que ela recebeu R$ 39.526,50 em jetons, verbas de representação e ouvidoria. No mês seguinte, novembro, o total chegou a R$ 36.684,50, incluindo despesas de representação em eventos, verbas de ouvidoria e diversos jetons. Já em dezembro do mesmo ano, seu salário totalizou R$ 34.466,00.
“Esse questionamento foi feito por alguns colegas médicos que preferiram não se identificar, mas que levantaram dúvidas ao tomarem conhecimento sobre o quanto o Cremego paga para conselheiros em cargos de direção e representação. Correu entre os médicos detalhes de como e quanto alguns conselheiros recebem e como isso impactou negativamente no orçamento do conselho nos últimos meses. E isso é dinheiro pago pela classe médica”, frisou Prado.
Os conselheiros podem receber jetons por atividades inerentes ao Cremego, limitados a 19 por mês e com o custo fixo de R$ 1.100,00 cada um. Por ser uma autarquia federal, os Conselhos precisam seguir as regras do serviço público como transparência, economicidade e eficiência.
Além disso, o portal do Cremego precisa ser constantemente atualizado com os dados da presidente e do conselho. Lá consta, por exemplo, que a presidente Sheila Ferro recebeu entre os meses de novembro de 2023 e fevereiro de 2025 um total de R$ 406 mil e o 2º secretário, Robson Paixão Azevedo, R$ 310 mil, citou o médico que pediu a investigação no Cremego.
Sheila recebeu por representar o Cremego em eventos distintos como sorteio de vagas, debate na televisão e outras ações. Antes disso, em outubro, a presidente recebeu do Cremego para conceder entrevista por telefone e participar de programa de rádio ao vivo.
Neste sentido, em outubro do ano passado, foi registrado um pagamento de R$ 12.254,00 para ela por seis atividades, sendo duas delas: entrevista sobre “Demografia Médica” por telefone, ao jornal O Popular, no dia 17 de outubro, e entrevista ao vivo sobre “As maternidades de Goiânia” concedida à Rádio Difusora, no dia 11 de outubro.
No demonstrativo de auxílios de representação do Cremego ao qual o Diário de Goiás teve acesso, relativo a outubro último, os demais pagamentos são por presença em solenidades e reuniões. Não está especificado o valor para cada participação da presidente do Conselho nos oito compromissos, mas ela consta como “favorecida” no demonstrativo no valor dos R$ 12.254,00, o que daria, supondo uma divisão igual entre os compromissos, R$ 2.042 a cada participação.
Os dados estão descritos e registrados no Portal da Transparência. Ele apurou que a presidente recebeu até por ser homenageada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Salário da Prefeitura
Além de receber do Cremego por ocupar a presidência, recursos pagos pela classe médica, Sheila Ferro recebe também R$ 9.000,00 mensais da Prefeitura de Goiânia como médica pediatra. Mas, nesse caso, está liberada do serviço por ser dirigente do Sindicato dos Médicos, onde é diretora de Assuntos Administrativos da atual gestão.
“Goiânia tem uma deficiência muito grande de pediatras na rede pública de saúde e essa colega recebe sem trabalhar por ser dirigente do sindicato. É o inverso da eficiência que pregamos para o serviço público de saúde”, alfinetou Marcelo Prado.
Ele ainda cita que Sheila Ferro e o 2º secretário Robson Azevedo estiveram juntos em algumas atividades como representantes do Cremego e ambos receberam sua verba como “despesa de representação”. Um exemplo foi uma solenidade para homenagear médicos com 50 anos de formados e médicos que completaram 70 anos de idade. “Inacreditável como gastam dinheiro do Cremego com certos tipos de atividades”, questiona.
Para somar, ele acrescenta que, de forma recorrente, a presidente incluiu entre despesas para o Cremego pagar até mesmo entrevistas por telefone que ela concedeu a jornais locais e rádios de Goiânia, como ocorreu em outubro passado. E disse que, além disso, em diversos meses, ela também recebe por sorteios de vagas em cursos PALS, ATLS E ACLS para médicos, realizados via Live, ou seja, uma transmissão de vídeo e áudio em tempo real, onde o conteúdo é transmitido ao vivo para uma audiência online, breves, com duração máxima de 15 minutos cada.
O conselheiro do CFM aponta que Robson também recebeu para conceder entrevista para televisão, programas de rádio e participar de plenária de saúde pública. “Mas, o que mais nos causou espanto foi o 2º secretário do Cremego receber para participar de live na internet”, lembrou o conselheiro federal.
Além disso, ele afirma que chama a atenção a discrepância nos valores recebidos, uma vez que o 2º secretário recebe verbas superiores às dos vice-presidentes e do 1º secretário, configurando uma inversão hierárquica que ele classifica como injustificável nos proventos. Conforme Prado, não há transparência nos critérios que determinam essa distorção, pois o cargo de 2º secretário não possui atribuições que justifiquem remuneração mais elevada; além disso, os vice-presidentes, por sua vez, exerceriam funções de maior relevância institucional.
Realidade da profissão X altos salários de conselheiros
Marcelo Prado considera que os altos salários de conselheiros médicos são incompatíveis com a realidade da profissão, pois a função não exige dedicação exclusiva e permite o exercício paralelo da atividade clínica. Para ele, enquanto médicos na linha de frente trabalham exaustivamente por remunerações muitas vezes modestas, os conselheiros desempenham funções burocráticas e protocolares que, embora necessárias, não justificam vencimentos exorbitantes.
“Esta distorção cria um grave desequilíbrio: enquanto médicos na ativa enfrentam jornadas exaustivas em hospitais e consultórios, com remuneração muitas vezes inadequada, vemos conselheiros sendo generosamente remunerados por atividades acessórias que não contribuem para o aprimoramento profissional ou para a qualidade da assistência à população. Se por um lado é legítimo pagar pelo trabalho administrativo real, por outro é indefensável transformar funções representativas secundárias em fonte de remuneração adicional, desvirtuando o propósito dos conselhos de medicina”, finaliza.
NOTA CREMEGO
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informa que, até o presente momento, não foi notificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou pelo Ministério Público Federal (MPF) a respeito das denúncias divulgadas, razão pela qual desconhece seu teor.
Esclarecemos que todas as despesas do Conselho são públicas, disponíveis no Portal da Transparência em seu site oficial, e realizadas em estrita conformidade com as normas emanadas pelo Conselho Federal de Medicina e pelo próprio TCU, órgãos que, inclusive, realizam auditorias regulares nas contas do Cremego.
Informamos que os gastos efetuados pelo Cremego estão diretamente relacionados ao efetivo desempenho de suas funções institucionais, sendo proporcionais à produtividade do órgão e devidamente comprovados por meio de documentos oficiais.
Ressaltamos, ainda, que é pública e notória a intensa atuação do Cremego na atual gestão, o que, naturalmente, demanda maior atividade por parte de toda a Diretoria e dos demais conselheiros.
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TRIBUNA DO PLANALTO
CFM publica nota de repúdio contra prisão de médica em Goiânia – Tribuna do Planalto
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota de repúdio contra a prisão da médica Bianca Borges Butterby, autuada em flagrante pela Polícia Civil de Goiás sob acusação de exercício ilegal da medicina – apesar de ser médica e estar com situação regular perante o Conselho Regional de Medicina (Cremego) – e propaganda enganosa. A profissional foi solta por determinação judicial, depois de pagar fiança de R$ 250 mil. Antes do CFM, o Cremego havia se manifestado totalmente contrário à prisão, classificando-a como “uma injustiça, que agride não apenas a profissional, mas também a própria medicina goiana”.
A Polícia Civil de Goiás realizou a prisão em flagrante na última terça-feira (20). De acordo com a polícia, a médica seria suspeita de enganar pacientes, afirmando ser especialista em nutrologia e aplicando medicamentos para emagrecimento, sem a devida formação e autorização. A prisão teve repercussão nacional.
Na nota, o CFM chamou a ação policial de “espetacularização”. “A espetacularização que vem sendo feita por autoridades públicas, ultrapassando seus direitos de fiscalização previstos em lei, precisa acabar”, diz a nota, acrescentando que a prisão é uma “ilegalidade inominável”.
Segundo a defesa da médica, Bianca é formada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG), inscrita no Cremego, e possui pós-graduação lato sensu em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstin, prática clínica pelo Giorelli Nutrologia e certificações pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) em áreas como obesidade, síndrome metabólica e bariátrica.
Veja a íntegra da nota do CFM:
O Conselho Federal de Medicina (CFM) manifesta absoluta indignação diante da prisão arbitrária de uma médica em Goiás, no exercício da profissão, pela Polícia Civil do estado.
A médica, com registro ativo no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), foi presa em flagrante por exercício ilegal da medicina, o que é uma ilegalidade inominável, ferindo frontalmente a Lei 3.268/1957, o Decreto nº 44.045/1958, alterado pelo Decreto nº 10.911/2021, além do Código Penal.
A espetacularização que vem sendo feita por autoridades públicas, ultrapassando seus direitos de fiscalização previstos em lei, precisa acabar.
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O POPULAR
Saúde quer ampliação da auditoria nas maternidades
O secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, disse ter ficado surpreso ao saber que a auditoria do Ministério da Saúde nas três maternidades da capital será referente ao exercício do ano de 2025. “A gente recebe com surpresa essa auditoria não englobar esse período anterior, dessa ausência de repasses. Período em que, muitas vezes, há indícios de irregularidades por parte das gestões anteriores”, afirmou Pellizzer sobre os anos de 2023 e 2024, período em que a pasta foi comandada por Durval Pedroso e Wilson Pollara.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a pasta vai solicitar ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS) que os anos anteriores também sejam auditados. “Esses são os anos importantes de serem auditados porque são os anos em que eu tenho dúvida do que foi feito”, pontuou Pellizer em entrevista coletiva ocorrida na manhã desta quarta-feira (28), após reunião do secretário municipal de Saúde com Rafael Bruxellas, diretor do DenaSUS.
O membro do governo federal está em Goiânia desde a última segunda-feira (28), ocasião em que fez uma visita técnica ao Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), Depois, o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) e a Maternidade Nascer Cidadão (MNC).
A inspeção do governo federal foi motivada por um ofício encaminhado pela vereadora Aava Santiago (PSDB) ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS). Aava enviou o documento, que aponta uma série de interrupções dos serviços prestados pelas maternidades, ao governo federal em 20 de março. Um dos pontos citados por ela é a Resolução nº 205, de 30 de janeiro de 2025, do Conselho Municipal de Saúde (CMS) que aprovou a redução do valor do contrato com a Fundahc de R$ 20,5 milhões para R$ 12,3 milhões. O novo contrato, que ainda não foi assinado, será um dos objetos de análise do DenaSUS.
Nesta quarta, Bruxellas voltou a falar da importância de se verificar se os recursos enviados pelo Ministério da Saúde foram aplicados adequadamente ou se houve algum tipo de desvio. Nos últimos anos, os repasses do governo federal para Goiânia aumentaram. Em 2022, por exemplo, a capital recebeu R$ 578,5 milhões para a alta e média complexidade. Em 2024, o número atingiu R$ 689,4 milhões.
“O governo (federal) vem aumentando sistematicamente os repasses para o fundo municipal de saúde. Esses repasses estão sendo utilizados nas maternidades? (…) Acho que essa é uma grande preocupação nossa. Independente de qual gestão está à frente no momento”, pontuou ele. Bruxellas também esclareceu que o escopo da auditoria ainda está sendo definido, sendo que a expectativa é de que todo o processo de inspeção dure entre três e quatro meses. Ele destacou que, até o momento, todos os atores envolvidos têm sido colaborativos.
Na visita técnica realizada à Célia Câmara na segunda, a equipe do DenaSUS encontrou a unidade funcionando com apenas 40% da capacidade, sendo que somente 20 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) estavam em operação e os atendimentos eletivos suspensos. Além disso, a unidade de saúde acumula equipamentos ociosos.
Na contramão, na visita técnica realizada na Dona Iris foi possível verificar que a unidade operava com sobrecarga. “Visitamos e há uma parte dos leitos, se não me engano eram 14 leitos (de enfermaria), que estão interrompidos em decorrência de problemas estruturais”, contou o diretor do DenaSUS.
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MEDICINA S/A
Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde
Não é novidade que a promessa da transformação digital na saúde brasileira sofre com vários obstáculos. Prontuários físicos e sistemas isolados e mal projetados mantiveram hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde em uma espécie de zona de estagnação tecnológica. Mas esse cenário finalmente começa a mudar - até mais rápido do que prevíamos - com a inteligência artificial (IA) generativa. Uma tecnologia que pode destravar caminhos, acelerar a reinvenção dos modelos de cuidado e até tornar aquilo que conhecemos como "padrão ouro" rapidamente obsoleto.
Para muitos médicos brasileiros, a insistência no uso de prontuários em papel não é apenas uma resistência ao novo; é, na verdade, uma escolha que fazem diante de sistemas antigos, pouco intuitivos e que impõem mais complicações do que soluções - e ainda roubam tempo da consulta que deveria ser gasto com o paciente. É aqui que a IA começa a se destacar, oferecendo fluxos de trabalho mais amigáveis que eliminam a necessidade de digitação manual e automatizam a coleta e análise de dados.
De acordo com o Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros 2024, elaborado pela FOLKS, 62% das instituições reconhecem a importância da transformação digital em seus planos estratégicos. Ainda assim, apenas 18% contam com estratégias estruturadas. Ou seja, a lacuna entre discurso e prática é grande, mas a pressão por mudança cresce e a inteligência artificial pode ser o elo que faltava para transformar intenção em ação.
Desafios clássicos como interoperabilidade complexa, infraestrutura precária, pouco investimento em pesquisa e déficit na capacitação dos profissionais de saúde desafiaram gestores do setor por anos. Mas esses obstáculos não são mais tão intransponíveis quanto pareciam. A própria natureza da IA generativa, com sua grande capacidade de se adaptar a diferentes contextos e de lidar com dados estruturados (que correspondem a mais de 80% dos dados do setor), permite que soluções sejam construídas mesmo em cenários de baixa maturidade digital e que grandes saltos de geração de valor passem a ser frequentes.
A chave para a transformação é oferecer algo melhor, mais simples, mais eficiente e centrado no usuário. Profissionais sobrecarregados, que enfrentam jornadas exaustivas e lidam com múltiplas demandas, não precisam de mais sistemas sofisticados. Precisam, sim, de soluções que funcionem integradas à sua rotina clínica.
A IA pode e deve ser esse caminho. Um caminho que não exige que se adapte a prática clínica às limitações tecnológicas, mas que adapte a tecnologia à realidade de quem cuida. Com escuta, investimento e atenção às particularidades do sistema de saúde brasileiro, será possível abordar, sob novas perspectivas, os problemas antigos que insistem em perdurar.
*Fillipe Loures é médico e fundador da Voa Health.
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Operadora muda forma de custeio e é condenada por danos morais coletivos
Uma operadora de saúde terá de pagar R$ 400 mil de indenizaçãopor danos morais coletivos por alteração lesiva do contrato de trabalho de seus empregados. A empresa instituiu coparticipação obrigatória no plano de saúde e desconto no salário-base para todos, mas quem estava com contrato em curso não deveria ser afetado por ela.
O entendimento é da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que invalidou a alteração e excluiu a coparticipação dos empregados admitidos antes da alteração da forma de custeio do plano de saúde. A empresa terá de devolver os valores descontados e, ainda, pagar indenização por dano moral coletivo de R$ 400 mil.
MPT questionou validade da alteração
Por meio dos acordos coletivos firmados em 2013/2014 e 2014/2015, a empresa estendeu somente à esposa ou companheira (ou seja, ao cônjuge feminino) o benefício do plano de saúde sem custo. O Ministério Público do Trabalho (MPT) questionou a validade da alteração, com o argumento de que se tratava de discriminação de gênero.
No acordo coletivo de 2017/2018, o plano foi ampliado para todos os cônjuges ou companheiros e companheiras, mas ficou convencionado que os empregados deveriam arcar, a título de coparticipação, com parte dos custos suportados pela operadora em todos os procedimentos, exceto internação. O MPT, então, entrou na Justiça, argumentando que se tratava de alteração unilateral do contrato de trabalho.
TRT não considerou alteração prejudicial
O juízo de primeiro grau considerou ilegal a exigência da coparticipação. Segundo a sentença, uma vez concedido o plano de saúde sem ônus, sua alteração exigiria a concordância do empregado e, ainda assim, desde que não lhe fosse prejudicial.
Para o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, porém, a adequação dos critérios para a concessão do plano, negociada por meio do acordo coletivo, não pode ser encarada como alteração prejudicial dos contratos de trabalho então vigentes.
Lei só permite alteração com mútuo consentimento
No recurso ao TST, o MPT argumentou que não houve apenas uma adequação de critérios, mas uma clara modificação para pior das condições de participação dos dependentes no plano de saúde da empresa.
O relator, ministro José Roberto Pimenta, observou que os empregados que já tinham contrato de trabalho com a empresa também foram englobados na coparticipação obrigatória. Nesse contexto, as alterações foram evidentemente prejudiciais a eles.
Pimenta ressaltou que a lei só permite alteração nos contratos individuais de trabalho por mútuo consentimento, e as mudanças não podem resultar em prejuízos ao empregado. “Caso isso ocorra, a cláusula que infringiu a garantia deve ser anulada”, afirmou.
Medida atingiu muitos empregados
Quanto ao dano moral coletivo, o ministro assinalou que a mudança atingiu um número significativo de empregados, afetados pelo ato ilícito contra direitos fundamentais ligados à proteção e à assistência à saúde. Nesse sentido, a indenização fixada na sentença é razoável. O valor será destinado ao Fundo dos Direitos Difusos (FDD) ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
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Assessoria de Comunicação
“Enfermagem que Transforma”: Ahpaceg e Hospital do Rim celebram o protagonismo da enfermagem em evento especial
Escrito por AdministradorNo mês dedicado à enfermagem, a Ahpaceg e o associado Hospital do Rim realizaram um encontro inspirador: o evento “Enfermagem que Transforma”.
A ação reuniu profissionais de enfermagem de hospitais associados para um momento de troca de experiências, atualização de conhecimentos e reforço do compromisso com a qualidade no cuidado com o paciente.
Em um formato dinâmico e acolhedor, os participantes vivenciaram três momentos distintos, todos conduzidos por profissionais que também atuam na transformação do cuidado.
Na abertura, o enfermeiro Ricardo Souza apresentou um panorama sobre o uso da inteligência artificial no cotidiano da enfermagem. Ele destacou que a IA tem se mostrado uma excelente ferramenta para otimizar rotinas, permitindo que o profissional direcione mais tempo e atenção ao que realmente importa: o cuidado direto com o paciente.
Em seguida, a enfermeira Madalena Del Duqui, coordenadora do Educa Ahpaceg, abordou a importância de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) como parte estratégica da Educação Continuada. Ela reforçou que, sendo uma exigência da Anvisa e um requisito em processos de acreditação hospitalar, o POP deve estar sempre visível na unidade, ser aplicável e acessível a todos que atuam na assistência.
O terceiro momento foi marcado por uma mesa-redonda coordenada pela enfermeira Lilian e composta por referências na área de enfermagem dos hospitais associados. Adriana Knupp (HCor), Patrícia Lisboa (Hospital do Rim), Mônica Rodrigues (Maternidade Ela) e Carolina Fernandes (IOG) compartilharam suas experiências na gestão de equipes em ambientes de alta complexidade.
Ao final do encontro, os participantes avaliaram o evento de forma positiva, destacando a relevância dos temas abordados e a possibilidade de interação entre profissionais de diferentes instituições, o que fortalece a qualidade da assistência prestada pela Rede Ahpaceg.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
STF reafirma validade da terceirização de atividade-fim, inclusive na saúde
https://medicinasa.com.br/stf-terceirizacao/
Telemedicina: a chave para democratizar o acesso à saúde
https://medicinasa.com.br/telemedicina-acesso-br/
Inteligências artificiais: você está preparado para ser um Dr. IA?
https://medicinasa.com.br/dr-ia/
Ambulâncias do Samu são multadas por excesso de velocidade pela Prefeitura de Goiânia
Prefeitura de Goiânia deve indenizar mulher grávida que foi abusada em unidade de saúde
Judicialização representa um terço do gasto estadual com medicamentos
Câmara aprova aumento de pena para crime contra profissionais de saúde
MEDICINA S/A
STF reafirma validade da terceirização de atividade-fim, inclusive na saúde
Em julgamento recente, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou a jurisprudência da Corte quanto à licitude da terceirização de atividade-fim, inclusive com a contratação de profissionais da saúde por meio de pessoa jurídica. A decisão foi tomada no âmbito da Reclamação 73.995, ajuizada por uma empresa de assistência geriátrica que teve vínculo empregatício reconhecido pela Justiça do Trabalho com uma técnica de enfermagem contratada como cuidadora de idosos via PJ.
Por maioria, os ministros deram provimento ao agravo regimental, julgaram procedente a reclamação e cassaram a decisão da Justiça do Trabalho da 10ª Região, entendendo que houve descumprimento do que já fora decidido pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 324.
“A decisão do STF representa um marco na jurisprudência trabalhista, equilibrando a proteção dos direitos dos trabalhadores com a liberdade econômica das empresas. Ao reafirmar a validade da terceirização e da contratação por MEI, o Supremo consolida um ambiente jurídico mais seguro e previsível para os negócios no Brasil”, explica o advogado do caso e sócio do Vieira e Serra Advogados, Leonardo Vieira.
Na decisão, a ministra Carmen Lúcia destacou que a Justiça do Trabalho desconsiderou o contrato de prestação de serviços firmado entre as partes, contrariando o entendimento fixado pelo Supremo quanto à validade das relações civis lícitas, mesmo em atividades-fim. “É lícita a terceirização de toda e qualquer atividade, meio ou fim, não se configurando relação de emprego entre a contratante e o empregado da contratada”, afirma a tese firmada pela Corte no Tema 725 de repercussão geral, citada no voto.
A técnica de enfermagem atuava como cuidadora domiciliar e mantinha contrato de prestação de serviços com CNPJ ativo. Mesmo assim, o Tribunal Regional do Trabalho havia considerado configurado o vínculo de emprego, apontando suposta fraude na relação contratual. Ao julgar procedente a reclamação, o STF entendeu que a decisão do TRT contrariou precedentes vinculantes da Corte.
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Telemedicina: a chave para democratizar o acesso à saúde
A transformação digital no setor de saúde não é mais uma promessa futura, mas uma necessidade urgente para enfrentar as desigualdades do Brasil. A telemedicina, que utiliza tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços médicos a distância, emerge como um pilar estruturante do Sistema Único de Saúde (SUS), com potencial para revolucionar o acesso à saúde e otimizar recursos. Desde a pandemia de covid-19, ferramentas como teleconsultas, triagem virtual, telediagnóstico e teleinterconsulta têm ampliado o alcance do atendimento, especialmente em regiões remotas. Projetos como o Conexão Povos da Floresta, que conecta comunidades isoladas da Amazônia, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas, exemplificam esse potencial, integrando saúde, inclusão digital e sustentabilidade. Contudo, consolidar a telemedicina como política pública exige superar barreiras de infraestrutura, capacitação e resistência cultural, garantindo que seus benefícios cheguem a todos.
A telemedicina no SUS oferece soluções concretas para desafios históricos. Em florestas do Amazonas, por exemplo, onde a falta de especialistas é crítica, plataformas de teleconsulta conectam pacientes a médicos em centros urbanos, eliminando viagens de dias por rios ou estradas precárias. Além disso, exames como eletrocardiogramas realizados em postos de saúde podem ser enviados digitalmente para análise por cardiologistas, agilizando diagnósticos. O projeto Conexão Povos da Floresta, por exemplo, leva conectividade e telemedicina a comunidades como a Resex do Rio Cajari, no Amapá, permitindo que moradores acessem consultas e diagnósticos sem deslocamentos longos, economizando tempo e recursos. No Piauí, o programa Piauí Saúde Digital, uma parceria público-privada, já realizou mais de 550 mil atendimentos, conectando todas as cidades do estado a especialidades médicas via teleconsultas e telediagnósticos.
Os benefícios são múltiplos: pacientes ganham acesso rápido a cuidados sem longas esperas, enquanto o SUS reduz custos operacionais e filas em hospitais. Para doenças crônicas, como diabetes, a telemedicina permite monitoramento contínuo via aplicativos que rastreiam glicemia, com orientações remotas que previnem complicações. Além disso, a facilidade de segunda opinião e a colaboração entre médicos via teleinterconsulta elevam a qualidade do atendimento, reduzindo erros diagnósticos.
Apesar do potencial, a telemedicina enfrenta obstáculos significativos. A infraestrutura tecnológica é uma barreira: 22,6 milhões de pessoas não têm internet em suas casas. No geral, o acesso é proporcionalmente menor em estados da região Norte e Nordeste, segundo o IBGE, dificultando teleconsultas em tempo real. A proteção de dados também é crítica: a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige sistemas robustos, mas muitas unidades de saúde carecem de recursos para implementá-los. A resistência cultural é outro desafio, tanto de pacientes, que podem desconfiar do atendimento remoto, quanto de médicos. Além disso, o financiamento público é insuficiente: programas como Telessaúde Brasil Redes e Telesus, embora cruciais, dependem de verbas limitadas, e a expansão para áreas remotas exige investimentos altos.
A regulamentação avançou com a Lei 14.510/2022, que autoriza a telessaúde no Brasil, garantindo segurança de dados e capacitação profissional. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) também é um marco, integrando informações entre o SUS e outras esferas com protocolos de interoperabilidade. No entanto, a implementação varia entre estados, e a capacitação de profissionais precisa ser ampliada. Um médico de uma UBS em área rural, por exemplo, pode hesitar em usar telemedicina sem treinamento adequado ou suporte técnico.
Portanto, a telemedicina é mais do que uma ferramenta, é a chave para um SUS mais inclusivo, eficiente e equitativo. Ao conectar pacientes remotos a especialistas, agilizar diagnósticos e personalizar o cuidado, ela tem o poder de transformar a saúde pública no Brasil. No entanto, sua consolidação exige enfrentar desafios estruturais: investir em conectividade, proteger dados, capacitar profissionais e garantir financiamento sustentável. Parcerias público-privadas e tecnologias como IA e IoT podem ampliar o impacto, mas devem ser guiadas por uma visão de equidade, evitando que o progresso beneficie apenas áreas privilegiadas. O futuro da saúde digital depende de um compromisso coletivo, governo, iniciativa privada e sociedade, para tornar o acesso à saúde um direito universal, não um privilégio. Em 2025, a telemedicina não é apenas uma oportunidade, mas uma responsabilidade: construir um sistema de saúde que chegue a todos, onde quer que estejam.
*Rafael Figueroa é CEO da Portal Telemedicina.
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Inteligências artificiais: você está preparado para ser um Dr. IA?
Cada nova evolução tecnológica traz consigo oportunidades — e, também, receios. Há aqueles que se entusiasmam pelas possibilidades oferecidas por essas inovações, enquanto outros temem a degradação profissional, ou mesmo serem substituídos. Medos que, para a grande maioria dos casos, se revelam infundados.
Com o crescimento do uso da internet, surgiram preocupações com o chamado “Dr. Google” e o maior número de pacientes se auto diagnosticando na web. Depois, a telemedicina — que demorou a ser uma realidade e acabou se tornando uma exigência imposta pela pandemia e o distanciamento social.
Agora, vemos o mesmo se repetir com as inteligências artificiais. ChatGPT, Gemini, DeepSeek e tantos outros serviços trazem, de novo, aquele temor sobre a substituição dos profissionais, em virtude da enorme capacidade de processamento de informações por essas tecnologias – e, inclusive, vários modelos de IA têm ajudado a conferir mais precisão em diagnósticos.
Longe de catastrofismos, vejo esse momento como oportuno para, justamente, os médicos reforçarem o caráter humano da sua atuação. A tecnologia ajuda, mas ela é um meio a mais para contribuir com o processo assistencial – e também da própria gestão de hospitais, clínicas e consultórios de profissionais autônomos.
IA não se resume a um ChatGPT: é uma tecnologia com inúmeras possibilidades de aplicação, sendo útil para otimizar uma série de tarefas que, de outra maneira, exigiriam muito mais esforço por parte dos profissionais. Veja-se o caso de um médico que tem o próprio consultório. Ele não apenas precisa cuidar da saúde dos seus pacientes, mas da saúde financeira e gerencial do seu próprio negócio.
Por que não se valer de ferramentas construídas com IA para auxiliar em temas como gestão financeira, relacionamento com o cliente, marketing ou mesmo gerenciamento de prontuários?
Por exemplo: softwares disponíveis no mercado permitem compilar todas as informações de um paciente, como exames, históricos e sintomas, ajudando a sugerir diagnósticos e condutas personalizadas com base em dados precisos – e com a decisão final cabendo sempre ao médico.
Para um consultório que atende centenas de pessoas simultaneamente, esse é um grande diferencial que otimiza o processo, reduz erros e qualifica o tratamento oferecido ao paciente. E, claro, os softwares devem seguir rígidas políticas de segurança e estar em linha com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A pesquisa TIC Saúde mostrou que, no último ano, entre todos os estabelecimentos de saúde, apenas 4% se valiam da IA, enquanto, entre os médicos, o índice é de 17%. Os números tendem – e podem – crescer, quanto mais for ampliado o conhecimento sobre essas ferramentas, que também vão se tornando mais acessíveis, tanto em facilidade de uso quanto custo.
Não tema, portanto, ser substituído pelo “Dr. IA”. Pelo contrário: seja você mesmo um Dr. IA. Um médico que usa as melhores tecnologias em favor da qualidade do seu trabalho e da gestão do seu negócio. Você ganha com isso e, principalmente, ganha o paciente, que terá um atendimento mais preciso, especializado e, sobretudo, humano.
*Marcelo Stangherlin é CEO da GestãoDS.
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TV ANHANGUERA
Ambulâncias do Samu são multadas por excesso de velocidade pela Prefeitura de Goiânia
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Prefeitura de Goiânia deve indenizar mulher grávida que foi abusada em unidade de saúde
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AGÊNCIA BRASIL
Judicialização representa um terço do gasto estadual com medicamentos
Centro-Oeste lidera ranking de casos
Do total de gastos dos estados brasileiros com medicamentos em 2023, em média um terço (32,9%) ocorreu por força de decisões judiciais. Os dados fazem parte da Pesquisa Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS), divulgada nesta terça-feira (27/5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A pesquisa foi feita em cooperação técnica com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Foram ouvidos gestores de saúde de 25 estados, incluindo o Distrito Federal, e de 1.865 municípios. Todos os estados registraram gastos do tipo com medicamentos, assim como 58,7% dos municípios (total de 1.904).
A frequência de municípios com fornecimento de medicamentos judicializados foi maior nas regiões Centro-Oeste (80,5%), Sudeste (73,3%) e Sul (57,6%), e menor nas regiões Norte (49%) e Nordeste (46,3%).
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no ano passado, foram 162.046 novos casos relacionados à saúde pública na 1ª instância do judiciário. Esse número era de 76.836 em 2020, um aumento de 110,9%.
Outra referência são os dados do Siga Brasil, sistema de acesso público que contém informações de execução orçamentária e financeira da União. Em 2024, o Ministério da Saúde teve despesa de R$ 3,2 bilhões relacionada às demandas judiciais de medicamentos.
Assistência farmacêutica
Para os pesquisadores do Ipea, essa realidade dificulta o planejamento da assistência farmacêutica e compromete o orçamento para aquisição de medicamentos, o que reduz a disponibilidade financeira para fornecimento de medicamentos para toda a população.
O presidente do Conasems Hisham Hamida diz que os municípios têm assumido responsabilidades maiores, sem aporte financeiro dos governos federal e estadual.
“Estamos sendo obrigados a custear medicamentos de altíssimo custo por decisões judiciais, muitas vezes sem o devido critério técnico e sem previsão orçamentária. Isso desorganiza completamente o planejamento da gestão municipal e compromete o orçamento”, diz Hamida.
Na comparação entre 2019 e 2023, municípios aumentaram os gastos em 40%, com diminuição de 21% dos repasses federais e 22% dos repasses estaduais. Em relação às despesas dos estados, houve crescimento de 25,1% no gasto e redução de 6,2% do repasse federal.
Segundo os pesquisadores do Ipea, os resultados mostram a necessidade de rediscussão do financiamento da assistência farmacêutica e do gerenciamento da aquisição de medicamentos pelas três esferas de governo.
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Câmara aprova aumento de pena para crime contra profissionais de saúde
Punição para homicídio pode chegar a 30 anos
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (27/5), o Projeto de Lei (PL) 6.749/16, que aumenta a pena para crimes de homicídio praticados contra profissional de saúde no exercício da profissão ou em decorrência dela. O texto segue para análise do Senado.
A proposta tipifica como hediondo o crime de homicídio contra esses profissionais. Caso o projeto seja aprovado na casa revisora, a pena padrão de homicídio, de reclusão de 6 a 20 anos, passa a ser de 12 a 30 anos.
Segundo o relator, deputado Bruno Farias (Avante-MG), a principal razão para estabelecer essa proteção é a necessidade de assegurar a integridade física e mental dos profissionais, diante do aumento de casos de violência no ambiente de trabalho.
“Essas situações geram consequências sérias, como estresse, adoecimento psicológico, afastamento do trabalho e queda na produtividade. Além disso, a insegurança vivida compromete diretamente a qualidade do atendimento prestado aos pacientes, criando um ciclo prejudicial tanto para os profissionais quanto para a população usuária dos serviços de saúde”, justificou.
Além do homicídio, o projeto na lista dos crimes hediondos, lesão corporal de natureza gravíssima ou lesão seguida de morte praticada contra os profissionais da saúde no exercício da profissão.
O crime de lesão será considerado hediondo se atingir cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o terceiro grau em razão do vínculo.
Outro ponto do projeto dobra a pena para o crime de constrangimento ilegal, quando, o crime for praticado contra profissionais da saúde no exercício de suas funções ou em decorrência dela.
Profissionais da educação
O relator acatou uma emenda da deputada Lucinete Cavalcanti (PSOL-SP) para incluir profissionais de educação em alguns casos. Com isso, o texto aumenta a pena para o crime de lesão corporal cometido contra profissionais da área de educação.
O crime de desacato passa a ter a pena dobrada quando cometido contra tais profissionais. Nos casos de crime de ameaça cometidos contra profissionais de saúde e de educação no exercício profissional, o projeto determina o aumento da pena em um terço.
“Diante da crescente violência contra profissionais da educação no Brasil e no mundo, justifica-se plenamente o aumento das penas para crimes contra a honra e lesão corporal quando direcionados a esses indivíduos. Tal medida não apenas protegerá os educadores, mas também contribuirá para a valorização da educação e a promoção de um ambiente escolar mais seguro e produtivo. O fortalecimento das leis que protegem esses profissionais é um passo essencial para garantir a dignidade e o respeito que eles merecem no exercício de sua importante função social”, argumentou a deputada.
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Assessoria de Comunicação
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ANS vai decidir sobre plano de saúde simplificado só depois de decisão do STJ
Auditores do SUS fazem vistoria no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara
Médica suspeita de atender como nutróloga paga fiança para não ficar presa
Mãos limpas, vidas protegidas: palestra do Sindhoesg reforça esse compromisso com a segurança do paciente
https://www.foconacional.com.br/2025/05/maos-limpas-vidas-protegidas-palestra.html
Maio Verde: Mais de 120 mil goianos podem ter glaucoma sem saber
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/05/maio-verde-mais-de-120-mil-goianos.html
Hospitalar 2025: inovações que estão redefinindo a saúde
https://medicinasa.com.br/hospitalar-2025-inovacoes/
“Não existirão mais radiologistas” – uma previsão equivocada
https://medicinasa.com.br/nao-existirao-radiologistas/
Sinistralidade dos planos de saúde: como calcular e reduzir o índice
https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/sinistralidade-dos-planos-de-saude/
Dr. Waldemar Naves é eleito para a Academia Nacional de Medicina
DIÁRIO DO GRANDE ABC
ANS vai decidir sobre plano de saúde simplificado só depois de decisão do STJ
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai concluir a análise sobre a criação de um plano de saúde simplificado somente após a decisão definitiva (com trânsito em julgado) do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a competência do órgão para regular produtos e serviços.
Na última sexta-feira, 23, após reunião extraordinária da diretoria colegiada, a ANS publicou nota afirmando que decidiu criar uma câmara técnica para “examinar criticamente os aspectos técnicos, jurídicos, econômicos e regulatórios” da nova modalidade. O grupo também vai “ampliar o debate sobre a proposta de implementação de um ambiente regulatório experimental (sandbox regulatório) para testar o produto”, segundo o órgão.
O plano de saúde simplificado em estudo na ANS seria mais barato e teria cobertura para consultas estritamente eletivas e exames, sem incluir internações, atendimentos de emergência, cirurgias e terapias. A proposta foi feita em fevereiro, e depois foi submetida a uma consulta pública. Caso a opção seja incluída no sistema de saúde, a estimativa da ANS é que cerca de 10 milhões de pessoas passem a utilizar planos com o novo formato.
“As conclusões só serão efetivadas após o encerramento definitivo do processo judicial em curso no STJ, que adotou o entendimento segundo o qual a regulamentação e fiscalização dos cartões de desconto em serviços de saúde caberiam à ANS”, informou o órgão.
Para a ANS, a decisão definitiva do STJ é importante para garantir segurança jurídica. “Tal entendimento, embora não esteja diretamente relacionado à proposta de sandbox em andamento, reforça a legalidade da medida, na medida em que conforma a competência da ANS para regular produtos e serviços diversos dos planos de saúde tradicionais”.
A previsão de duração do colegiado é de três meses, que podem ser prorrogados. O órgão será composto por dois representantes indicados por cada membro da Câmara de Saúde Suplementar (Camss); dois representantes por diretoria da ANS e dois representantes da Associação dos Servidores e demais trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (Assetans).
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TV ANHANGUERA
Auditores do SUS fazem vistoria no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara
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Médica suspeita de atender como nutróloga paga fiança para não ficar presa
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FOCO NACIONAL
Mãos limpas, vidas protegidas: palestra do Sindhoesg reforça esse compromisso com a segurança do paciente
O Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás) promoveu hoje, 23, a palestra “Higienização das mãos: compromisso com a qualidade e a vida”, voltada a profissionais de hospitais filiados. O evento fez parte das ações do mês de maio, marcado pelo Dia Mundial de Higienização das Mãos (5/5) e pelo Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares (15/5).
A palestrante foi a enfermeira Zilah Cândida Pereira das Neves, doutora em Enfermagem pela UFG, professora da PUC Goiás e coordenadora municipal de Segurança do Paciente e Controle de Infecção. Reconhecida por sua atuação na área, Zilah falou com grande conhecimento e sensibilidade sobre um gesto simples que salva vidas: lavar as mãos.
“O tema discutido hoje é imprescindível quando falamos de prevenção de infecções e segurança do paciente”, disse, ressaltando que a higienização das mãos depende de insumos mínimos, como água, sabonete líquido e papel-toalha quando há sujidade visível ou, na ausência de sujidade, requer o uso de uma preparação alcoólica. “É um ato simples, mas que depende muito da atitude do profissional de saúde”, enfatizou.
Durante a palestra, ela reforçou os chamados “cinco momentos” para higienização das mãos preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como antes e depois de tocar o paciente, antes da realização de procedimentos assépticos, após contato com fluidos corporais e com o ambiente próximo ao paciente. “Se o profissional seguir esses cinco momentos, já é um grande passo. A questão é adesão. É atitude.”
Zilah também fez um resgate histórico, lembrando que, desde 1847, com Ignaz Semmelweis, considerado o pai do controle de infecções, a higienização das mãos é reconhecida como uma prática essencial. “Infelizmente, ainda há profissionais que não higienizam as mãos sempre que necessário. Por isso, palestras como esta são fundamentais.”
Durante a palestra, a especialista também demonstrou como higienizar as mãos e identificar se a higienização foi completa. Ela parabenizou a diretoria do Sindhoesg e a coordenadora do Grupo de Estudos da NR-32, Luciene da Silva Potenciano, pela iniciativa de debater esse tema, que precisa ser reforçado diariamente junto às equipes de saúde.
“É uma atitude louvável lembrar e reforçar um tema tão simples, mas de um impacto imenso na qualidade da assistência, na proteção do paciente e do profissional. Precisamos falar sobre isso todos os dias do ano”, disse. A palestra de capacitação ministrada faz parte das ações educativas promovidas pelo Sindhoesg para os filiados.
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FOLHA DO PLANALTO
Maio Verde: Mais de 120 mil goianos podem ter glaucoma sem saber
Campanha Maio Verde alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para prevenir a cegueira
Goiânia (GO) - O mês de maio é dedicado à conscientização sobre o glaucoma, e no dia 26, segunda-feira, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Essa é uma doença ocular silenciosa que pode levar à cegueira se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Estima-se que mais de 120 mil goianos convivam com o glaucoma sem saber. No Brasil, são cerca de 1 milhão de pessoas nessa situação.
Caracterizado pelo aumento da pressão intraocular e a principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença crônica que, na maioria dos casos, não apresenta sintomas nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce essencial para o sucesso do tratamento.
Nesta entrevista, o médico oftalmologista Ricardo Antônio Pereira, da equipe do Instituto Panamericano da Visão, fala sobre a doença, seus fatores de risco e formas de tratamento. Confira:
O que é o glaucoma?
Glaucoma é uma neuropatia óptica, ou seja, uma doença degenerativa do nervo óptico. É a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Trata-se de uma doença silenciosa e crônica, que pode ser primária, sem causa conhecida, ou secundária a outras doenças ou problemas.
Quais são os sintomas da doença?
No glaucoma primário, não há sintomas. No glaucoma secundário, pode haver dor e muitos outros sintomas oculares. Perda de campo visual, alterações do nervo óptico e baixa de visão são as alterações mais comuns no paciente com glaucoma. Mas o diagnóstico só é possível por meio do exame oftalmológico e de exames específicos.
Qual é a prevalência da doença no Brasil?
A prevalência da doença é de cerca de 2% da população. Estima-se que metade dos portadores de glaucoma não saiba que tem a doença. Portanto, é uma condição subdiagnosticada.
A doença tem uma causa específica? Quais são os fatores de risco?
Diversos são os fatores de risco, mas o mais importante é a hereditariedade. Miopia, idade avançada, doenças oculares e raça negra estão entre eles. Se o paciente apresentar esses fatores, deve ser examinado a cada 6 ou 12 meses. Em pacientes sem fatores de risco, a consulta de rotina pode ser anual.
A doença tem cura?
O glaucoma não tem cura, apenas controle para evitar perdas maiores da visão. Atualmente, há diversas formas de tratamento, conforme o caso. Não existe um tratamento padrão, e sim a individualização de cada situação. Podem ser utilizados medicamentos, laser, cirurgias ou uma combinação desses recursos. Quanto mais tarde se inicia o tratamento, pior será o desfecho. O tratamento precoce, aliado a uma boa aderência, melhora muito o prognóstico.
Há alguns anos, o glaucoma levava à cegueira na grande maioria dos pacientes. Hoje, os recursos são muito mais eficazes. O sucesso do tratamento depende, basicamente, dos cuidados e da disciplina do paciente.
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MEDICINA S/A
Hospitalar 2025: inovações que estão redefinindo a saúde
O ano de 2025 marca um novo capítulo para o setor de saúde. A Feira Hospitalar deste ano evidenciou um mercado cada vez mais tecnológico, sustentável e conectado com as demandas da sociedade. Inteligência artificial (IA), práticas ESG, engenharia clínica e gestão hospitalar baseada em dados foram os principais temas discutidos – com soluções que prometem transformar o cuidado com o paciente no Brasil e no mundo.
A seguir, destaco quatro grandes movimentos observados na feira e que sinalizam o rumo de um sistema de saúde mais eficiente, inovador e centrado nas pessoas.
Gestão hospitalar: eficiência e resiliência na cadeia de suprimentos
A gestão hospitalar moderna tornou-se o eixo central para garantir eficiência, segurança e continuidade no atendimento. Em 2025, os hospitais estão cada vez mais apoiados por plataformas digitais e sistemas integrados, capazes de transformar dados em informações estratégicas para a tomada de decisão.
Ferramentas de gestão baseadas em dados otimizam desde o agendamento de consultas até o gerenciamento de estoques, controle de leitos e recursos humanos. Soluções de business intelligence permitem identificar gargalos, antecipar demandas e corrigir desvios de performance, garantindo agilidade e resiliência em momentos críticos.
Sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) e plataformas de integração de cadeias de suprimentos estão reduzindo desperdícios e melhorando a disponibilidade de insumos essenciais. Além disso, a diversificação de fornecedores e a terceirização para países próximos
fortalecem a resiliência frente a eventuais crises logísticas.
A capacitação contínua das equipes para acompanhar a rápida evolução tecnológica e o cenário regulatório também é um pilar essencial para garantir um sistema de saúde mais eficaz, seguro e humano.
Inteligência artificial: diagnósticos precisos e cuidados personalizados
A inteligência artificial (IA) tornou-se uma aliada indispensável na medicina moderna. Em 2025, algoritmos avançados estão sendo utilizados para analisar exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, permitindo a detecção precoce de doenças como o câncer com precisão superior à dos especialistas humanos.
Para a gestão hospitalar, essa tecnologia está trazendo inovações significativas, proporcionando uma transformação no modo como os hospitais gerenciam suas operações e recursos. Sistemas baseados em IA têm sido utilizados para otimizar a alocação de recursos, desde o agendamento de consultas e procedimentos até o gerenciamento de estoques de medicamentos e materiais. A automação de processos, como a triagem de pacientes e a distribuição de leitos, além da análise preditiva da demanda por serviços de saúde, contribui para uma gestão mais eficiente e reduz custos operacionais.
Além disso, a IA pode ser utilizada para identificar padrões em grandes volumes de dados administrativos e clínicos, ajudando as instituições a antecipar possíveis problemas de fluxo de pacientes, gargalos na cadeia de suprimentos e até falhas em sistemas de tecnologia hospitalar, permitindo uma abordagem mais proativa e ágil. Essa aplicação não só aprimora a eficiência, mas também assegura uma melhor experiência para os pacientes, reduzindo tempos de espera e garantindo que os recursos sejam utilizados de forma mais eficaz.
Sustentabilidade: O compromisso com um futuro saudável
A transformação digital na saúde está diretamente conectada à incorporação de práticas sustentáveis e ao compromisso com os princípios ESG (ambientais, sociais e de governança), que ganham cada vez mais relevância no setor. Em 2025, os hospitais e instituições de saúde estão utilizando tecnologias avançadas para otimizar seus processos e minimizar os impactos ambientais. A digitalização de registros médicos, a adoção de prontuários eletrônicos e o uso de plataformas de telemedicina são exemplos claros de como a tecnologia está substituindo práticas tradicionais, reduzindo a necessidade de materiais físicos e diminuindo o consumo de recursos como papel e energia.
Por outro lado, as práticas sustentáveis estão diretamente ligadas a escolha de fornecedores responsáveis e capazes de implementar a sustentabilidade desde o topo da cadeia, seja na criação de produtos mais ecológicos e que reduzam o lixo hospitalar até o desenvolvimento de novas tecnologias que auxiliem na gestão de ponta a ponta.
Engenharia clínica: inovações que transformam o cuidado
O papel da engenharia clínica também foi amplamente debatido. Com o aumento no volume e na complexidade dos equipamentos médicos, cresce a importância da manutenção preventiva, da gestão inteligente do parque tecnológico e da capacitação das equipes para operar novas tecnologias.
Na prática, isso significa menos interrupções em atendimentos, mais segurança nos procedimentos e maior durabilidade dos equipamentos. O investimento em engenharia clínica tem se mostrado essencial não só para garantir a segurança do paciente, mas também para otimizar custos e ampliar a capacidade operacional dos hospitais.
Setor em transformação
Os destaques da Hospitalar 2025 reforçam que inovação tecnológica e práticas ESG não são mais tendências futuras – são o presente do setor. A transformação está em curso, e exige olhar atento para implementação ética, acessível e escalável dessas soluções.
Avançamos, mas o caminho segue exigindo colaboração, investimento e uma visão de longo prazo. Mais do que nunca, saúde, tecnologia e propósito caminham juntos.
*Michael Dickscheid é vice-presidente de Marketing & Vendas Aesculap & Avitum na B. Braun.
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“Não existirão mais radiologistas” – uma previsão equivocada
Geoffrey Hinton é uma figura proeminente no campo da inteligência artificial, tendo sido laureado com o Prêmio Nobel de Física de 2024 e com o Prêmio Turing de 2018 – esse último é frequentemente chamado de “Nobel da Computação”.
Apesar de suas qualificações, em 2016, Hinton perdeu uma grande oportunidade de ficar calado, quando disse ser óbvio que num prazo que oscilava entre cinco e dez anos, não existiriam mais radiologistas, pois ferramentas de inteligência artificial, como os algoritmos de aprendizado profundo (deep learning), superariam os humanos na tarefa de interpretar imagens médicas.
Agora, os radiologistas, cujo trabalho vai além de interpretar imagens, são profissionais em falta – segundo a Association of American Medical Colleges, em 2033 faltarão naquele país cerca de 42 mil médicos, inclusive muitos radiologistas.
Ao falar sobre o assunto, o New York Times diz que a inteligência artificial é uma importante arma dos radiologistas, permitindo-lhes atuar muito mais eficientemente, inclusive detectando doenças anos antes do que acontece quando se usa métodos convencionais.
Na Mayo Clinic, segundo o jornal, onde o número de radiologistas aumentou 55% desde quando Hinton fez sua infeliz previsão, o departamento de radiologia cresceu e passou a incluir uma equipe de 40 cientistas de inteligência artificial, pesquisadores, analistas e engenheiros que desenvolveram mais de 250 modelos de inteligência artificial para uso em radiologia, incluindo analisadores de tecidos e preditores de doenças.
A Mayo Clinic Platform, é uma iniciativa da Mayo Clinic focada em saúde digital e à distância, que visa posicionar a instituição como líder global nesses campos, usando inteligência artificial e outros dispositivos. Seu presidente, John Halamka disse que “daqui a cinco anos, será negligência médica não usar inteligência artificial”.
Falando sobre sua infeliz previsão alguns anos depois, Hinton disse que se referira mais especificamente à tarefa de interpretação de imagens, e não à totalidade das responsabilidades de um radiologista.
*Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor e consultor.
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SAUDE BUSINESS
Sinistralidade dos planos de saúde: como calcular e reduzir o índice
Para reduzir a sinistralidade dos planos de saúde, uma boa estratégia é firmar parcerias com prestadores de serviços, buscando condições comerciais mais vantajosas e, assim, reduzir os custos assistenciais. Outra medida é adotar políticas de coparticipação e franquias, que estimulam o uso consciente dos serviços pelos beneficiários. Saiba mais!
Nos últimos anos, o setor de saúde suplementar no Brasil tem enfrentado grandes desafios relacionados à sinistralidade dos planos de saúde. Esse indicador, que mede a proporção das receitas das operadoras destinadas ao pagamento de despesas assistenciais, é crucial para avaliar a sustentabilidade financeira dos planos.
Em 2024, observou-se uma melhora nesse cenário. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a sinistralidade das operadoras médico-hospitalares atingiu 82,2% no quarto trimestre de 2024, representando a menor taxa para esse período desde 2018. Essa redução contribuiu para um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões no setor, um aumento de 271% em relação ao ano anterior.
Apesar dessa recuperação, o setor ainda enfrenta desafios. Levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) indica que 44% das operadoras encerraram 2024 com prejuízo operacional, um aumento em comparação aos 33% registrados em 2019.
Além disso, uma pesquisa conduzida pelo SESI e FIESP revelou que 41% das indústrias não adotam estratégias para reduzir a sinistralidade, evidenciando a necessidade de ações mais eficazes na gestão dos custos assistenciais.
O que é sinistralidade dos planos de saúde?
A sinistralidade representa a relação entre os custos assistenciais (sinistros) e as receitas obtidas pelas operadoras de planos de saúde. Em outras palavras, ela reflete o quanto a operadora gasta com atendimentos médicos em comparação ao valor arrecadado com as mensalidades dos beneficiários.
Esse índice avalia a eficiência operacional das operadoras e garante a sustentabilidade financeira dos planos de saúde. Uma sinistralidade elevada pode indicar desequilíbrios que comprometem a viabilidade do plano, enquanto uma sinistralidade controlada contribui para a estabilidade e a qualidade dos serviços prestados.
O que é o índice de sinistralidade?
O índice de sinistralidade é expresso em porcentagem e calculado pela fórmula:
Índice de Sinistralidade (%) = (Despesas Assistenciais / Receitas com Prêmios) x 100
Por exemplo, se uma operadora teve R$ 150.000,00 em despesas assistenciais e arrecadou R$ 100.000,00 em prêmios, o índice de sinistralidade seria:
(150.000 / 100.000) x 100 = 150%
Um índice acima de 100% indica que as despesas superaram as receitas, o que pode levar a prejuízos e necessidade de reajustes nos planos.
Impacto financeiro dos sinistros e despesas assistenciais
A utilização excessiva dos serviços de saúde pelos beneficiários eleva os custos assistenciais, impactando diretamente na sinistralidade.
Esse aumento pode ser resultado de diversos fatores, como envelhecimento da população, prevalência de doenças crônicas e falta de programas preventivos.
Consequentemente, a alta sinistralidade pode levar a reajustes nas mensalidades, tornando os planos mais onerosos para os usuários e afetando a competitividade das operadoras no mercado.
Recomendado: Saúde digital pode contribuir para amenizar reajustes anuais nos planos de saúde
Reajuste por aumento de sinistralidade: quando ocorre e como evitar?
O reajuste por sinistralidade é comum em planos coletivos e ocorre quando há um desequilíbrio financeiro devido ao aumento das despesas assistenciais. Para aplicar esse reajuste, as operadoras devem seguir critérios estabelecidos em contrato e apresentar justificativas baseadas em dados atuariais.
Evitar esse tipo de reajuste envolve o monitoramento constante da sinistralidade e a implementação de estratégias que promovam o uso consciente dos serviços de saúde, além de programas de prevenção e promoção da saúde.
Como reduzir a sinistralidade dos planos de saúde?
Reduzir a sinistralidade é fundamental para manter a sustentabilidade dos planos de saúde. Algumas estratégias eficazes incluem:
Gestão de custos em saúde suplementar: Implementar políticas de coparticipação e franquias pode incentivar o uso responsável dos serviços de saúde pelos beneficiários.
Programas de promoção à saúde e prevenção de doenças: Investir em campanhas de vacinação, check-ups regulares e programas de controle de doenças crônicas ajuda a reduzir a incidência de complicações e internações.
Educação dos beneficiários sobre uso consciente: Promover a conscientização sobre a importância do uso adequado dos serviços de saúde contribui para a diminuição de procedimentos desnecessários.
Parcerias com redes credenciadas e negociação de serviços: Estabelecer acordos com prestadores de serviços de saúde para obtenção de melhores condições comerciais pode reduzir os custos assistenciais.
Utilização de tecnologia e análise de dados: Adotar sistemas de gestão e análise de dados permite identificar padrões de uso e áreas de risco, facilitando a implementação de ações preventivas.
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A REDAÇÃO
Dr. Waldemar Naves é eleito para a Academia Nacional de Medicina
Médico é natural de Porangatu |
Goiânia – Goiano de Porangatu, o médico Waldemar Naves do Amaral, formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Ginecologia e Obstetrícia, e um dos fundadores do Centro de Medicina Fetal de Goiás, é o mais novo membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), Cadeira nº 75. Primeiro médico goiano a ingressar na ANM, que tem quase 200 anos, ele enfrentou as avaliações técnicas para admissão na Academia (apresentação de tese e memorial) e votação em plenário, que ocorreu nesta quinta-feira (22/5), na sede da entidade, no Rio de Janeiro, quando obteve 46 votos. A posse solene será marcada para os próximos dias.
A história da Academia Nacional de Medicina se confunde com a história do Brasil e é parte integrante e atuante na evolução da prática da medicina no país. Fundada sob o reinado do imperador dom Pedro I, em 30 de junho de 1829, mudou de nome duas vezes, mas seu objetivo mantém-se inalterado: o de contribuir para o estudo, a discussão e o desenvolvimento das práticas da medicina, cirurgia, saúde pública e ciências afins, além de servir como órgão de consulta do governo brasileiro sobre questões de saúde e de educação médica.
Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18h, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Essa reunião faz da ANM a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo. Também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, durante a sessão de aniversário, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.
Quem é
Destaque como pesquisador – em especial na área de reprodução humana, integrando a equipe pioneira na criação do bebê de proveta no Centro-Oeste brasileiro – e por sua atuação como professor, Waldemar é o atual diretor da Faculdade de Medicina da UFG. Filho de Nilza Naves Amaral e Waldemar Lopes do Amaral Brito, é casado com a também médica Mara Sandra Coelho Borges do Amaral, com quem tem dois filhos: Waldemar Naves do Amaral Filho e Alexandre Alcides Borges do Amaral, ambos nascidos em Goiânia.
Classificado em terceiro lugar no vestibular, ingressou na Faculdade de Medicina da UFG aos 16 anos. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Diagnóstico por Imagem (USG); mestre e doutor pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG.
Entre seus vários cargos e conquistas, é diretor secretário-geral e membro da Academia Goiana de Medicina; membro da Academia Nacional de Saúde dos Policiais Militares e Bombeiros Militares; é presidente da Sociedade Brasileira de Ética Médica; presidente da Comissão Estadual de Residência Médica do Goiás; coordenador da Comissão de Residência Médica do Hospital e Maternidade Dona Iris, de Goiânia; coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de Goiás; membro do Conselho Curador da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas; ex-presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia; tesoureiro e ex-presidente da Associação Médica de Goiás; ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana; e presidente da Sociedade Brasileira de Videocirurgia, Robótica e Digital.
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Assessoria de Comunicação
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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Após pressão, ANS decide fazer câmara técnica sobre plano de saúde sem pronto-socorro
Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de boas práticas para Atenção Primária
https://medicinasa.com.br/ms-indicadores-aps/
Como a Neurocirurgia está sendo transformada pela Inteligência Artificial
https://medicinasa.com.br/mentes-e-maquinas/
Justiça coloca em liberdade médica acusada de exercício ilegal da profissão; caso chega ao STJ
Entenda por que o chamado ‘protocolo superbebê’ preocupa especialistas e não tem respaldo científico
Após pressão, ANS decide fazer câmara técnica sobre plano de saúde sem pronto-socorro
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu criar uma câmara técnica para discutir o sistema de plano de saúde sem direito a internação, atendimentos de urgência e terapias antes de colocar o modelo em testes.
Para o Idec (Instituto de Defesa dos Consumidores) o recuo da agência reguladora é fruto da pressão de entidades de consumidores.
O modelo, que prevê limitar esses planos a consultas eletivas e exames, também já havia sido criticado no início deste mês pelo MPF (Ministério Público Federal), por meio de uma nota técnica da Comissão de Saúde da Câmara do Consumidor e da Ordem Econômica, que apontava possibilidade de sobrecarregar o SUS (Sistema Único de Saúde). O órgão avaliou ainda a possibilidade de as empresas precarizarem os benefícios a seus funcionários, passando a oferecer modalidades populares em razão do custo menor.
A decisão da ANS foi tomada em uma reunião da Diretoria Colegiada da agência realizada nesta sexta-feira (23). A comissão será formada por dois membros da Câmara de Saúde Suplementar, dois representantes indicados pela agência reguladora, além de integrantes da Associação dos Servidores e dos demais colaboradores da ANS. Ela terá como função avaliar de forma detalhada os aspectos técnicos, jurídicos, econômicos e regulatórios do plano.
O Idec afirma ainda que “o teste do produto sugerido pela ANS não representa uma inovação e tem o grande potencial de atentar contra a vida, saúde e segurança dos consumidores brasileiros, como também é extremamente prejudicial ao sistema público de saúde”.
O parecer do MPF apontava não haver estudos para dimensionar o impacto dos planos populares para aqueles que já têm convênios tradicionais.
Seria possível, segundo a procuradoria, que algumas pessoas migrassem dos convênios completos para os restritos, sobrecarregando ainda mais a rede pública em casos de necessidade de atendimento mais complexo.
COMO O PLANO DEVE FUNCIONAR?
Estima-se que os planos sejam vendidos por menos de R$ 100, mas, em casos de emergência, o consumidor continuará dependente do SUS. Pela proposta, a ANS não definirá um limite para o reajuste dos preços desse tipo de plano de saúde, como ocorre hoje com os convênios individuais e familiares.
Segundo a agência, a nova modalidade deve ampliar o acesso dos brasileiros aos planos de saúde, especialmente aqueles que não conseguem arcar com os custos dos convênios tradicionais.
A modalidade passará por um período experimental de dois anos. De acordo com a ANS, os dados dos consumidores do plano estarão integrados ao SUS Digital para que as informações sobre o paciente possam ser concentradas em uma única plataforma. Os consumidores também terão acesso a exames de baixa complexidade.
Com o fim do período de experimentação, a ideia é que ANS defina se o modelo será mantido ou encerrado.
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MEDICINA S/A
Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de boas práticas para Atenção Primária
O Ministério da Saúdelançou os novos indicadores do componente de qualidade do cofinanciamento federal da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS. Esses indicadores servirão como referência para o monitoramento das ações ofertadas pelas equipes nos territórios e fazem parte do incentivo financeiro de melhoria contínua do cuidado.
Ao todo, são 15 indicadores, organizados em três blocos: Equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP); Equipes Multiprofissionais (eMulti); e Equipes de Saúde Bucal (eSB).
Os indicadores integram o componente de qualidade, um dos pilares da nova metodologia de cofinanciamento federal da APS, instituída em 2024. O modelo considera o desempenho das equipes e a oferta efetiva de ações e serviços como critérios para a definição do valor mensal repassado aos municípios. A mensuração levará em conta os resultados alcançados em cada indicador, envolvendo todos os membros da equipe na oferta do cuidado integral à população.
Durante a transmissão ao vivo, realizada em parceria com o Conasems e o Conass, a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, apresentou os novos indicadores e explicou como será feita a avaliação do desempenho das boas práticas pelas equipes. São eles:
Ações interprofissionais realizadas pela eMulti
Média de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti
Mais acesso à APS
Cuidado da pessoa com diabetes
Cuidado da pessoa com hipertensão
Cuidado da gestante e do puerpério
Cuidado da mulher na prevenção do câncer
Cuidado da pessoa idosa
Cuidado no desenvolvimento infantil
Escovação dentária supervisionada em faixa etária escolar
Primeira consulta odontológica programada
Tratamento odontológico concluído
Tratamento restaurador atraumático
Procedimentos odontológicos preventivos
Taxa de exodontias realizadas
“Os indicadores vão apoiar e orientar profissionais e gestores na ponta a compreender melhor o padrão esperado do cuidado a ser ofertado pelas equipes. O componente de qualidade permite identificar melhor as lacunas nas ações ofertadas e avançar no planejamento e na qualificação dos serviços prestados nos territórios”, afirmou a secretária Ana Luiza.
Composição do financiamento
Além do componente de qualidade, o cofinanciamento federal da APS inclui outros dois componentes:
Fixo, baseado na classificação do município segundo o Índice de Equidade e Dimensionamento (IED);
Vínculo e Acompanhamento Territorial, que considera critérios como vulnerabilidade social, cadastro e acompanhamento das pessoas pelas equipes, além da satisfação dos usuários atendidos.
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Como a Neurocirurgia está sendo transformada pela Inteligência Artificial
A neurocirurgia, uma das áreas mais complexas da medicina, vive uma revolução. Robôs, algoritmos e inteligência artificial (IA) estão entrando em cena não para substituir o neurocirurgião, mas para ampliar sua precisão, reduzir riscos e oferecer tratamentos cada vez mais personalizados. À frente desse avanço, o neurocirurgião Denildo Veríssimo acompanha de perto o impacto das novas tecnologias na prática clínica e no futuro do cuidado com o cérebro.
O papel da IA na neurocirurgia hoje
A tecnologia tem se tornado uma grande aliada da neurocirurgia. Hoje, sistemas e plataformas de navegação por imagem ajudam os médicos a mapear o cérebro com mais precisão, guiando os procedimentos com segurança e previsibilidade. Robôs oferecem movimentos extremamente precisos, mesmo em áreas delicadas e de difícil acesso. Para o neurocirurgião Denildo Veríssimo, essas ferramentas não substituem o olhar humano, mas potencializam a atuação médica: "Com o suporte da inteligência artificial e da navegação cirúrgica, conseguimos planejar com mais clareza, agir com mais confiança e, principalmente, oferecer resultados mais seguros aos pacientes. Vale dizer ainda que a IA nos oferece uma segunda opinião baseada em dados, ajudando a confirmar diagnósticos e a planejar intervenções com maior segurança", afirma.
Dados que salvam vidas
A análise de grandes volumes de dados, conhecida como Big Data, tem se mostrado uma aliada poderosa na medicina - especialmente na neurocirurgia. A inteligência artificial já é capaz de processar informações clínicas e de imagem de milhares de pacientes, identificando padrões que passariam despercebidos ao olhar humano. Estudos publicados em revistas como Nature Medicine e The Lancet Digital Health mostram que algoritmos de IA têm alcançado níveis de precisão diagnóstica superiores aos de especialistas, antecipando complicações e sugerindo abordagens terapêuticas mais eficazes. Na prática, plataformas aumentam a precisão cirúrgica em até 50%, reduzindo riscos e otimizando resultados. Além disso, a IA pode diminuir em até 30% o tempo de planejamento cirúrgico e agilizar decisões críticas em UTIs e prontos-socorros, impactando diretamente no prognóstico dos pacientes. Embora não cure por si só, a IA contribui para tratamentos mais assertivos, melhora a sobrevida e amplia as chances de recuperação com qualidade de vida.
"No entanto, o sucesso dessas tecnologias está diretamente ligado à qualidade dos dados que as alimentam. A inteligência artificial só pode ser precisa se for treinada com informações clínicas bem estruturadas e relevantes. Nesse contexto, o papel do neurocirurgião vai além da atuação técnica: ele se torna um curador de dados, responsável por validar, interpretar e garantir que as decisões geradas pela IA estejam alinhadas com a realidade clínica e respaldadas por evidências científicas", destaca Veríssimo.
IA e a formação médica
A incorporação da inteligência artificial também está modificando de forma significativa a formação dos futuros neurocirurgiões. Simulações com realidade aumentada e plataformas de treinamento baseadas em IA já são utilizadas em centros acadêmicos e hospitais de referência em diversos países, permitindo que residentes pratiquem procedimentos complexos em ambientes controlados, sem riscos para o paciente. Estudos publicados por instituições como a American Association of Neurological Surgeons (AANS) e a Harvard Medical School já demonstram que esse tipo de tecnologia contribui para a redução de erros técnicos e acelera a curva de aprendizado dos profissionais em formação.
Para Denildo Veríssimo, no entanto, essa evolução tecnológica deve caminhar junto com a construção de uma base ética e humanizada. "A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas é o discernimento humano que garante seu uso adequado. É essencial que os profissionais mantenham o foco no bem-estar do paciente, utilizando a IA como um complemento à sua expertise clínica - e nunca como substituto do olhar sensível e responsável que a medicina exige", destaca o neurocirurgião.
O que esperar do futuro?
A inteligência artificial já não é mais uma promessa distante - é uma realidade em rápida expansão que vem redesenhando os rumos da medicina contemporânea. Segundo projeções da consultoria Statista, o mercado global de IA na saúde deve ultrapassar US$ 100 bilhões até o fim da década, impulsionado pela crescente incorporação de tecnologias inteligentes em hospitais, centros de pesquisa e formação médica. Na neurocirurgia, esse avanço é especialmente significativo. Algoritmos de alta complexidade já são aplicados com sucesso na identificação de tumores de difícil acesso, localizados em regiões profundas do cérebro, onde cada milímetro importa. Ao cruzar grandes volumes de exames e dados clínicos, essas ferramentas contribuem para um planejamento cirúrgico mais preciso, seguro e menos invasivo, com maior preservação das funções neurológicas.
Esse cenário de transformação tecnológica abre espaço para uma nova geração de práticas e possibilidades. Interfaces cérebro-máquina, plataformas de reabilitação assistida por IA e diagnósticos preditivos são algumas das inovações em desenvolvimento que já começam a fazer parte da rotina em centros de referência. Mas, junto com as oportunidades, surgem também dilemas éticos relevantes: como garantir a privacidade dos dados dos pacientes? Quem responde por decisões automatizadas? E como democratizar o acesso a essas tecnologias de ponta?
Para o neurocirurgião, o desafio está justamente na harmonização entre o avanço tecnológico e os princípios que sustentam a boa prática médica. "A IA deve ser vista como uma parceira que amplia nossas capacidades, mas nunca substitui o olhar atento e empático do médico. O desafio está em equilibrar inovação com o cuidado centrado no paciente", afirma. Em outras palavras, a neurocirurgia do futuro será aquela em que o bisturi e o algoritmo caminham lado a lado - cada um com seu papel, ambos a serviço da vida. Com o apoio da inteligência artificial, os especialistas poderão oferecer tratamentos mais personalizados, eficazes e menos invasivos, sem perder de vista o essencial: o ser humano no centro de cada decisão.
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JORNAL OPÇÃO
Justiça coloca em liberdade médica acusada de exercício ilegal da profissão; caso chega ao STJ
Na sexta-feira, 24 de maio, a equipe protocolou novo Habeas Corpus junto ao STJ, pleiteando a isenção total da fiança e o trancamento do inquérito policial por ausência de justa causa
A médica Bianca Borges Butterby, que estava presa desde a última terça-feira, 20, foi colocada em liberdade pela Justiça neste domingo, 25. A prisão se deu por suspeita de falsificação de produto terapêutico, exercício ilegal da medicina e propaganda enganosa, segundo a Polícia Civil. O advogado Jaroslaw Daroszewski Fernandes (Darô Fernandes), que lidera a banca responsável pela defesa da médica Dra. Bianca Borges Butterby, afirmou que o caso representa um dos mais graves erros judiciários dos últimos anos em Goiás.
Apesar das acusações, a Dra. Bianca possui formação completa em medicina pela Universidade Federal de Goiás (UFG), registro ativo no CREMEGO, pós-graduação em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein, atuação prática em clínica especializada e certificações da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em áreas como obesidade, síndrome metabólica e nutrição bariátrica.
Após ser detida, a médica foi submetida à audiência de custódia, ocasião em que foi arbitrada fiança de R$ 250 mil reais. A defesa considerou o valor desproporcional e impetrou Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que determinou a redução para 10 salários mínimos (R$ 15.180,00). Os advogados consideraram a exigência “injusta e descabida”, uma vez que a atuação da médica é legal, legítima e respaldada por sua formação e pela legislação que rege a atividade médica no Brasil.
Na sexta-feira, 24 de maio, a equipe protocolou novo Habeas Corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), pleiteando a isenção total da fiança e o trancamento do inquérito policial por ausência de justa causa. Até este domingo, 25, o pedido ainda não havia sido julgado pela Corte.
Durante o período em que esteve custodiada no Hospital Neurológico, sob escolta policial, a médica passou por situação considerada pela defesa como degradante. Amigos e colegas da área da saúde se mobilizaram por meio de uma vaquinha solidária para viabilizar o pagamento da fiança e garantir sua liberação.
A defesa, coordenada por Darô Fernandes e composta pelos advogados Henrique Luiz Éboli, Leonardo Henrique Chaves Éboli e Henrique Luiz Éboli Júnior, afirma que vai ajuizar ação indenizatória considerando a prisão arbitrária e a ampla exposição da médica na imprensa — que, a classificou erroneamente como “falsa médica”, comprometendo sua reputação pessoal e profissional.
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O GLOBO
Entenda por que o chamado ‘protocolo superbebê’ preocupa especialistas e não tem respaldo científico
Prometendo aumentar o QI de bebês ainda na gestação, o chamado “protocolo superbebê” tem circulado nas redes sociais com promessas sedutoras. A técnica, que inclui o uso de aminoácidos e vitaminas — por via oral e injetável — antes da 12ª semana de gravidez, não possui qualquer comprovação científica e tem gerado alertas de entidades médicas. Ao GLOBO, a presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Febrasgo, Dra. Lilian Hsu, esclareceu os riscos e reforçou a importância de um pré-natal baseado em evidências.
Segundo a médica, não existe base científica que sustente a eficácia do protocolo. Lilian explica que durante a embriogênese, especialmente nas primeiras 12 semanas, o organismo da gestante e o feto estão extremamente sensíveis a qualquer interferência externa.
— O desenvolvimento neurológico fetal é um processo complexo, influenciado por fatores genéticos, ambientais, nutricionais e psicossociais. Reduzi-lo à administração de suplementos é uma visão simplista e perigosa — afirma a médica.
As diretrizes oficiais de saúde, como as da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, recomendam apenas a suplementação universal de ácido fólico e ferro durante a gestação. Outras suplementações devem ser orientadas apenas após avaliação clínica individual. O uso indiscriminado de substâncias durante a gestação, especialmente sem diagnóstico prévio, pode acarretar prejuízos reais ao bebê em formação.
Além disso, a especialista alerta que a suplementação feita de maneira aleatória pode gerar intoxicações, sobrecarga hepática e renal, além de mascarar deficiências reais que precisariam de tratamento adequado.
— Muitos nutrientes atravessam a barreira placentária e podem afetar diretamente o desenvolvimento do feto. Por isso, é preciso critério e acompanhamento médico rigoroso — acrescenta.
Apesar da ausência de respaldo científico, práticas como o “protocolo superbebê” ganham popularidade nas redes sociais. Para a Dra. Lilian, isso ocorre porque essas promessas apelam ao desejo legítimo dos pais de oferecer o melhor aos filhos.
— São soluções fáceis, vendidas como milagrosas. E o ambiente digital, com sua velocidade e alcance, favorece a propagação desse tipo de conteúdo, mesmo sem qualquer embasamento — afirma.
O combate à desinformação, segundo a médica, exige uma atuação conjunta: maior presença de profissionais éticos nas redes sociais e fiscalização dos conselhos de classe. Além disso, destaca a importância de orientar a população para que saiba diferenciar fontes confiáveis de conteúdo sensacionalista.
— Desconfiem de promessas fáceis. Medicina de verdade se faz com base em ciência, não em modismos da internet — conclui.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) também se posicionou contra o protocolo e informou que está monitorando a divulgação desse tipo de conteúdo. Para o conselho, além de representar um perigo real, a prática infringe o Código de Ética Médica e as normas do Conselho Federal de Medicina por promover tratamentos sem validação científica.
Para garantir um bom desenvolvimento fetal, a Dra. Lilian recomenda um pré-natal completo, realizado com profissionais qualificados. Ela reforça que alimentação equilibrada, suplementação adequada, abandono de hábitos nocivos e o acompanhamento regular são os caminhos comprovadamente eficazes.
— Recomendo que façam um pré-natal com profissionais qualificados. Procurem por referências desses médicos. Mantenham uma alimentação equilibrada, façam uso dos suplementos indicados por seus médicos, evitem substâncias que podem prejudicar a sua gestação, que deve ser o objeto de maior atenção e cuidado. Desconfiem de promessas muito sedutoras e procurem pelo acesso a informações seguras — conclui.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
Presidente da SBD-GO defende banimento do PMMA em audiência pública na Câmara de Goiânia
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/05/presidente-da-sbd-go-defende-banimento.html
Pais denunciam descredenciamento de clínicas pela Unimed Goiânia
https://ohoje.com/2025/05/22/pais-denunciam-descredenciamento-de-clinicas-pela-unimed-goiania/
Faculdade Sírio-Libanês lança curso de medicina com 100 vagas
Paralisação afeta atendimentos no Hospital das Clínicas da UFG
https://www.maisgoias.com.br/cidades/paralisacao-hospital-clinicas-ufg/
Justiça condena cirurgião por erro que matou paciente em Goiânia
https://www.maisgoias.com.br/cidades/justica-cirurgiao-erro-goiania
Ações por burnout na Justiça do Trabalho crescem 14,5% em 2025
Uma década de avanços em compliance e transparência no setor da Saúde
https://medicinasa.com.br/avancos-compliance/
Conselho de lideranças entrega relatórios sobre problemas em unidades de saúde de Goiânia a secretário
TV ANHANGUERA
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
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FOLHA DO PLANALTO
Presidente da SBD-GO defende banimento do PMMA em audiência pública na Câmara de Goiânia
O uso estético do polimetilmetacrilato (PMMA) voltou a ser alvo de críticas em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Goiânia, no dia 20. O presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), Samir Pereira, participou do encontro e defendeu com firmeza o banimento total da substância em procedimentos estéticos, alertando para os riscos graves associados ao seu uso.
A audiência foi proposta pelo vereador Dr. Gustavo (Agir), presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Casa, e reuniu especialistas da área médica, pacientes e representantes da indústria. Também participou o cirurgião plástico e conselheiro por Goiás no Conselho Federal de Medicina (CFM), Marcelo Prado, que reforçou o posicionamento contrário ao PMMA.
“Os riscos superam em muito qualquer benefício alegado. Estamos falando de um produto que pode causar complicações graves locais deformantes como necrose tecidual e complicações sistêmicas como hipercalcemia e insuficiência renal”, destacou Samir Pereira, alinhando-se à posição do CFM, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que também defendem a retirada definitiva da substância do mercado estético.
Durante a audiência, pacientes que sofreram complicações após o uso do PMMA em procedimentos faciais e corporais relataram experiências traumáticas, marcadas por mutilações, dores crônicas, alterações na pele e sofrimento psicológico.
Um representante da indústria defendeu o produto, atribuindo os problemas à imperícia de profissionais. A justificativa foi refutada por Marcelo Prado, que frisou que o problema não está no profissional que aplica, mas no produto apresentado como um preenchedor ou bioestimulador. “O CFM e a SBCP já alertaram que o polimetilmetacrilato não tem nenhuma indicação de uso”, disse.
O vereador Dr. Gustavo apresentou um projeto de lei para fiscalizar o uso do PMMA nas clínicas da capital. Porém, tanto a SBD-GO quanto a SBCP-GO sustentam que apenas a proibição total pode evitar novos casos de complicações graves. “Não se trata de uso incorreto, mas da inadequação do produto em si”, concluiu Samir Pereira.
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O HOJE
Pais denunciam descredenciamento de clínicas pela Unimed Goiânia
Mãe de criança autista afirma que alternativas indicadas pelo plano de saúde não possui estrutura, nem vagas e que muitos pacientes podem perder o acompanhamento com profissionais
“Querem que a gente mude de clínica, mas não tem vaga, não tem estrutura. Nossos filhos não são pacotes que você realoca de um lugar para outro”, desabafa Wanderleia Foto: Divulgação
Pais e responsáveis por crianças com necessidades especiais como autismo, Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia e síndrome de Down denunciam um cenário de incerteza e insegurança após a Unimed Goiânia anunciar, no último dia 15 de maio, o descredenciamento de três clínicas referência em atendimento terapêutico: a Clínica Amplitude, o Centro de Reabilitação e Aprendizagem Psicopedagógica (CRAP) e o Instituto Sara Jacobi. O atendimento será oficialmente encerrado em 29 de junho.
Segundo as famílias, a medida foi tomada de forma unilateral e compromete diretamente a continuidade dos tratamentos multidisciplinares de crianças que já estabeleceram vínculos com profissionais especializados. A situação afeta mais de 200 pacientes, muitos deles em situação de vulnerabilidade e com laudos que exigem terapias específicas e intensivas.
A mãe do Matheus, de 7 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), relata que o comunicado oficial não chegou por meio da operadora, mas sim das próprias clínicas. “Na crap, eles foram avisados por um motoboy que levou a documentação. As famílias foram informadas com pouco tempo para reorganizar as terapias dos filhos. A Unimed deu uma lista com quatro clínicas como alternativa, mas nenhuma delas tem todas as especialidades que nossos filhos precisam”, denúncia Wanderleia Teixeira de Oliveira, que também é psicóloga e atua na área de atendimento a pessoas atípicas.
Ela afirma que há hoje cerca de 30 clínicas credenciadas pelo plano médico em Goiânia, mas apenas 14 possuem todas as especialidades exigidas nos laudos das crianças, e mesmo essas não têm vagas. “A maioria das clínicas só tem vaga em uma especialidade. Uma atende psicologia, outra TO, outra fono. Mas como levar uma criança com necessidades complexas em locais diferentes com apenas cinco minutos entre uma sessão e outra? É inviável”, explica.
Wanderleia também chama atenção para o despreparo das clínicas ao lidar com casos mais severos ou com adolescentes. “Muitas recusam atender acima de 12 anos. Alegam rigidez comportamental, agressividade. Isso mostra que não estão prontas para receber esse público. E é esse o redirecionamento que estão oferecendo para nós?”, questiona.
Ela relata que, mesmo após o anúncio, a Unimed não dialogou diretamente com os pais e desmarcou reuniões com as clínicas. “Tentaram marcar reuniões com os diretores das clínicas, mas desmarcaram. Marcaram reunião pro CRAP só depois do prazo de descredenciamento. Isso mostra total falta de compromisso com a continuidade do tratamento”, desabafa.
Em nota oficial, a empresa afirmou que o descredenciamento foi realizado dentro das normas contratuais e com base na política de gestão da rede de prestadores. A operadora também assegura que a medida segue as diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que nenhum tratamento será interrompido, já que clínicas substitutas foram indicadas. “Foram realizados testes de capacidade com os prestadores, que confirmaram disponibilidade de vagas e estrutura para absorver os pacientes”, afirmou.
No entanto, pais e responsáveis seguem denunciando que a realidade é outra. “As crianças não são pacotes que você muda de lugar. Elas criam vínculos, têm rotinas. Tirar isso delas, de forma abrupta, é cruel. Parece que querem reduzir nossas terapias só pra cortar custo”, finaliza Wanderleia.
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CORREIO POPULAR
Faculdade Sírio-Libanês lança curso de medicina com 100 vagas
A Faculdade Sírio-Libanês anunciou nesta quinta-feira (22) o lançamento de graduação em medicina, recém autorizada pelo Ministério da Educação (MEC). A faculdade contará com 100 vagas por ano para o bacharelado em medicina, com duração de 12 semestres e carga horária total de 8.600 horas. O corpo docente será composto com 98% de profissionais doutores, que acumulam, em média, 17 anos de prática clínica e 9 anos de experiência no ensino. A faculdade já oferece os cursos de enfermagem, psicologia, fisioterapia e, mais recentemente, biomedicina.
Segundo a presidente do Sírio-Libanês, o curso oferece uma formação que une rigor científico e inovação tecnológica a uma abordagem humanizada.
“O lançamento do curso de medicina da Faculdade Sírio-Libanês é um marco histórico que reforça nosso legado centenário e materializa o compromisso genuíno com a formação de profissionais que buscam excelência no cuidado, no ensino e na pesquisa”, disse.
De acordo com o diretor geral do Sírio-Libanês, Fernando Ganem, a grade curricular integra teoria e prática desde o primeiro semestre, com conteúdo estruturado em unidades curriculares, que incluem, além dos temas inerentes à formação médica, conteúdos sobre empreendedorismo, gestão, pesquisa e inovação.
“Atuando de forma personalizada e centrada no paciente, nossos alunos estarão preparados para oferecer cuidados seguros, sustentáveis e humanizados ao longo de toda a vida. Estarão aptos a compreender e influenciar os sistemas de saúde como um todo, público e privado, aplicando conhecimentos de gestão para promover eficiência, eficácia e efetividade nos serviços, sempre com atuação colaborativa e interprofissional”, afirmou.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que os médicos e biomédicos formados serão especialistas em gente, o que está cada vez mais difícil de acontecer.
“Porque isso significa se confrontar com novas tecnologias que às vezes distanciam o profissional do cuidado com o ser humano. Significa se confrontar e interagir com novas tecnologias que nos ajudam a trazer mais informação como a inteligência artificial, com a busca ativa de informação”.
Padilha afirmou ainda confiar que a instituição formará médicos que reconheçam a evidência científica como a ciência que tem guiar sua conduta, sua prática clínica e terapêutica.
“Eu duvido que vai ter médico negacionista formado por essa instituição. Os formados aqui vão confiar de forma permanente na prática e na evidência clínica e com isso nos ajudar a enfrentar tantos desafios”, ressaltou.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que, mais do que a abertura de um curso, o que se celebrou hoje foi o compromisso com uma medicina humanizada, socialmente referenciada e academicamente robusta.
“O curso autorizado pelo MEC representa uma iniciativa de excelência, com 100 vagas anuais oferecidas por uma instituição que obteve nota máxima em todas as dimensões avaliadas pelo Ministério: projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura. Este curso nasce do contexto da lei 12.871, que instituiu o programa Mais Médicos e previu a abertura de cursos em hospitais que atendam a rigorosos requisitos de qualidade”.
De acordo com Santana, o Hospital Sírio-Libanês atendeu com excelência a todos os requisitos, com residências médicas em mais de 10 especialidades, mais 400 leitos próprios, convênios com o SUS, estrutura de ensino, laboratórios modernos e um ambiente interdisciplinar que articula ensino, serviço e pesquisa.
“Também quero lembrar que 10% do faturamento bruto do curso de medicina será destinado à estrutura de serviço, ações e programas de saúde do SUS. E 10% do total das vagas autorizadas serão de gratuidade para a seleção que a faculdade irá realizar. Mais do que formar médicos esta iniciativa se propõe a formar profissionais cidadãos com sólida formação científica, competência clínica, empatia, ética, liderança e compromisso com a justiça social”, finalizou o ministro.
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MAIS GOIÁS
Paralisação afeta atendimentos no Hospital das Clínicas da UFG
Aproximadamente 70% dos técnicos-administrativos do HC trabalham em plantão para que 30% dos servidores participem das atividades, o que inclui uma viagem a Brasília para reunião
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/EBSERH), em Goiânia, funciona com restrições nesta quinta (22) e sexta-feira (23). A situação ocorre em decorrência de uma paralisação de 48 horas dos colaboradores da UFG.
Conforme comunicado, o atendimento em todas as unidades de internação poderá ser afetado, uma vez que o hospital opera com capacidade reduzida durante esse período. A direção do HC pediu compreensão da população e garantiu que trabalha para manter a qualidade do atendimento, mesmo diante das limitações temporárias.
A paralisação é uma mobilização dos trabalhadores da universidade, o que impacta diretamente os serviços prestados dentro do hospital, que é vinculado à instituição. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), aproximadamente 70% dos técnicos-administrativos do HC trabalham em plantão para que 30% dos servidores participem das atividades de paralisação, incluindo uma caravana a Brasília para reunião da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) com o governo Federal nesses dias.
“Em Brasília vamos discutir a implementação das pautas acordadas que ainda faltam ser efetivadas, como: reposicionamento dos aposentados, revisão dos adicionais, reconhecimento de pós-graduação no exterior, democracia interna das IFES; 30 horas semanais, escala 12×60; carga horária das profissões regulamentadas, etc.”, detalha João Pires, diretor de comunicação do Sint-Ifesgo.
Sobre a paralisação, o sindicato esclarece que a ação ocorre após o governo federal descumprir um acordo firmado com a categoria (sobretudo, a reestruturação do plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação). Ainda segundo a entidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a Reforma Administrativa, com um prazo de apenas 45 dias para apresentar propostas. Ou seja, sem debate profundo com os envolvidos.
“Enquanto os servidores públicos cobram diálogo e transparência, essa nova proposta surge como uma tentativa de acelerar mudanças profundas, sem o devido debate com a população”, diz o sindicato que alerta para o risco de:
Enfraquecimento do serviço público;
Risco de precarização do trabalho de servidores
Redução de direitos históricos;
Impacto direto na saúde, educação e segurança.
O Mais Goiás procurou a assessoria do Hospital das Clínicas, que enviou a seguinte nota:
“O Hospital das Clínicas da UFG, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) informa que os atendimentos de urgência e emergência permanecem inalterados e, até o momento, nenhum procedimento eletivo foi suspenso. O HC-UFG informa ainda que todos os esforços estão sendo feitos para garantir a continuidade dos serviços assistenciais com a força de trabalho dos empregados públicos da Ebserh.”
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Justiça condena cirurgião por erro que matou paciente em Goiânia
Thaisa Maia Gonçalves Pereira faleceu em 29 de julho de 2023 durante um procedimento cirúrgico comandado pelo profissional
O juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima condenou o cirurgião geral e do aparelho digestivo, Luiznei Francisco da Rocha, por homicídio culposo em um ano, nove meses e dez dias de reclusão, além de prestação de serviços à comunidade pagamento de dez salários-mínimos pela morte de uma paciente, em um hospital no setor Bueno, em Goiânia. A decisão é de quarta-feira (21).
Consta nos autos que Thaisa Maia Gonçalves Pereira faleceu em 29 de julho de 2023 durante um procedimento cirúrgico comandado pelo médico. Ela tinha sido diagnosticada com colelitíase (pedra na vesícula) e foi submetida a cirurgia abdominal sob responsabilidade do denunciado. Segundo o Ministério Público, entretanto, o profissional agiu com “imperícia, violando regras técnicas da profissão, ao perfurar ramos da aorta abdominal e da veia cava inferior com o instrumento de punção da parede abdominal (trocarte), o que resultou em grave hemorragia e choque hipovolêmico, ocasionando a morte da paciente”.
No processo, a defesa, por sua vez, negou imperícia ou descumprimento de regra técnica, e disse não haver prova de conduta censurável ou inabilidade técnica por parte do réu. Além disso, reforçou que o médico é um profissional qualificado e experiente, “e que a simples ocorrência do resultado danoso não implica responsabilidade penal, especialmente quando ausente demonstração de erro grosseiro”. Ainda conforme o defensor, a complicação ocorrida “constitui risco inerente ao procedimento, ainda que raro, mas reconhecido pela literatura médica especializada”.
Já o magistrado citou que o parecer do IML indicou que a causa da morte foi perfuração acidental de grandes vasos abdominais. “O laudo foi categórico ao apontar que esse tipo de lesão é incomum nesse tipo de procedimento e que a cirurgia de retirada da vesícula nem chegou a ser realizada, dada a gravidade da intercorrência.” E ainda: “Ainda que o acusado tenha declarado ter seguido os protocolos técnicos recomendados para a introdução do trocarte, é incontroverso que o instrumento ultrapassou o espaço seguro criado pelo pneumoperitônio, atingindo estruturas vasculares retroperitoneais que não deveriam ser alcançadas por esse tipo de acesso.”
Ele ressaltou, também, que se tratava de um procedimento considerado tecnicamente simples, amplamente difundido na prática médica cotidiana, cuja taxa de complicações graves é notoriamente baixa. Assim, para o juiz, com base no apurado, “o evento danoso não decorreu de risco inerente ou inevitável da medicina, mas sim de falha humana individualizada”.
O Mais Goiás procurou o advogado do médico para se posicionar, uma vez que ainda cabe recurso. Não houve retorno até o fechamento da matéria.
Advogado da família
O advogado da família de Thaisa, Henrique Tibúrcio, afirma que a decisão é um alento. Segundo ele, é o mínimo que se poderia fazer, já que não se pode mais trazer ela de volta. “O reconhecimento que houve um erro médico, por imperícia e negligência, é o que sustentávamos desde o início.” Segundo ele, ficou afastada qualquer possibilidade de alegação de intercorrência na cirurgia. Reforçou, inclusive, que essa decisão vai subsidiar um processo cível que já está em andamento.
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FOLHA DE S.PAULO
Ações por burnout na Justiça do Trabalho crescem 14,5% em 2025
Pedidos de indenização representam passivo de R$ 3,75 bilhões, com valor médio de R$ 368,9 mil por processo
A ações na Justiça do Trabalho por burnout cresceram 14,5% nos primeiros quatro meses de 2025 ante o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do escritório Trench Rossi Watanabe exclusivo para a Folha.
Os dados mostram que, de janeiro a abril de 2024, foram distribuídos 4.585 novos processos. Já no mesmo período deste ano, o volume subiu para 5.248. Os pedidos de indenização somam um passivo de R$ 3,75 bilhões para as empresas, com valor médio de R$ 368,9 mil por ação.
O burnout é um esgotamento profissional crônico, como consequência do excesso de trabalho altamente desgastante. A doença foi reconhecida como ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2022, passando a fazer parte da CID (Classificação Internacional de Doenças) sob o código 11.
No Brasil, o governo inclui o burnout na lista das que garantem afastamento do trabalho, com pagamento de auxílio-doença pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) - para quem contribui com a Previdência- , e pelos regimes próprios de previdência de estados, municípios e do Distrito Federal.
Ações na Justiça por burnout crescem entre 2024 e 2025 e ligam alerta de especialistas e governo, com passivo de R$ 3,75 bilhões
A advogada Leticia Ribeiro, líder da área trabalhista do Trench Rossi Watanabe, afirma que o número de ações por burnout saltou no ano de 2024, como consequência das mudanças no trabalho trazidas após a pandemia de Covid-19, quando, no confinamento, perdeu-se o limite entre o profissional e o privado.
"A verdade é que, com a pandemia, a gente passou a 'dormir no trabalho', e isso teve consequências, que culminaram em adoecimento e uma alta de ações na Justiça do Trabalho, e vemos que essa tendência continua", diz Leticia.
O levantamento do escritório mostra que, durante todo o ano de 2024, foram distribuídas 16.670 novas ações sobre burnout, quase 22 vezes mais do que há dez anos, em 2014, quando foram 771 novos processos do tipo, em um momento em que a síndrome ainda não era tratada como doença ocupacional, mas como "fenômeno ligado ao trabalho".
Segundo Leticia, o passivo trabalhista cresce e a Justiça do Trabalho passa a se ver ainda mais abarrotada de ações em causa que pode chegar a R$ 100 milhões ou mais. Ela afirma ainda que, do ponto de vista da empresa, provar que o adoecimento do profissional não está ligado ao trabalho tem ficado mais difícil.
"Quando o trabalhador entra com a ação, apresentando atestados e documentos médicos, cabe à empresa provar que não tem a ver com o trabalho. O que pode ser usado com prova de que o adoecimento eestaria ligado a outros fatores é ter um ambiente de trabalho bom, onde não há assédio, excesso de jornada extraordinária nem dano psicológico que pode gerar esgotamento", afirma.
Neste sentido, Leticia diz que as mudanças na NR-1 (norma regulamentadora 1), promovidas pelo MTE (Ministério do Trabalho Emprego), que obrigam empresas a mapearem os riscos psicossociais do ambiente de trabalho pode auxiliar as companhias contra futuros processos, para quem seguir as regras.
A validade da NR, que passaria a contar a partir de 26 de maio, foi adiada para 2026. Segundo o MTE, neste período de um ano, as empresas não serão multadas, mas deverão se adaptar ou que está sendo determinado pelo norma regulamentadora.
O adiamento ocorreu após pressão do empresariado, especialmente no setor de comércio e serviços e na indústria. O setor bancário afirma que já se adaptou às novas normas, publicadas há um ano, após grupo de trabalho formado entre governo, trabalhadores empregadores para debater as mudanças.
Em 2024, o MTE criou também um selo de saúde mental para as companhias, medida que, na prática, ainda está funcionando, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Glauco Callia, especialista em medicina do trabalho e criador da plataforma Zenith para monitorar os riscos psicossociais das atividades, acompanha há mais de dez anos questões ligadas à saúde ocupacional em todo o mundo e, segundo ele, o Brasil é das últimas grandes democracias a adotar essa legislação.
"Com base na experiência internacional de quem há 20 anos vem implementando ações em diversos países, o quanto antes uma empresa consiga mapear a causa-raiz de um problema do tipo, muito mais fácil é estabelecer soluções para isso e evitar que as pessoas cheguem ao burnout."
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MEDICINA S/A
Uma década de avanços em compliance e transparência no setor da Saúde
O Instituto Ética Saúde nasceu com o propósito de promover a integridade no setor da saúde, buscando aprimorar a cultura de negócios pautados na ética e transparência, sempre pensando em benefício do paciente e do sistema como um todo. E os últimos dez anos mostraram que o esforço coletivo é capaz de promover mudanças estruturais importantes. Começamos com foco específico nos dispositivos médicos, mas ampliamos seus eixos de atuação para todo o setor de saúde. Hoje, o IES é um marco na América Latina e um dos maiores do mundo.
A autorregulação da saúde é um processo pelo qual empresas, entidades e profissionais do setor estabelecem, voluntariamente, regras, padrões éticos e mecanismos de fiscalização para garantir práticas transparentes e justas, alinhadas com princípios de integridade. Por meio do Acordo Setorial de 2015 - do qual participei desde o início em uma parceria entre a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) e o Instituto Ethos - estabelecemos diretrizes éticas que vêm sendo aprimoradas continuamente. Instruções normativas foram criadas para orientar a conduta dos associados e promover um ambiente de transparência e integridade. Além disso, iniciativas como o QualIES, um programa avaliação da maturidade dos programas de compliance, auxiliam empresas a implementarem sistemas que efetivamente ajudam na disseminação dessas boas práticas em toda a cadeia da saúde.
Um dos resultados mais evidentes desse processo de autorregulação é a transformação cultural que temos presenciado nas empresas, ao longo desses anos. Muitas adotaram departamentos de compliance bem estruturados, com autonomia e acesso direto à alta liderança. Criaram canais de denúncia sólidos, capazes de apurar irregularidades de forma eficaz e transparente. Um estudo recente do IES, que avaliou as respostas dos associados ao Questionário de Autoavaliação de Integridade do Instituto Ética Saúde, de 2017 a 2024, confirma um processo contínuo de amadurecimento institucional e operacional, refletido na qualidade crescente das respostas e na incorporação prática de políticas e controles voltados à ética, conformidade e governança. No bloco temático Governança e Gestão - especialmente aqueles que tratam da autonomia da área de compliance, da atuação de comitês internos e da existência de mapas de riscos - algumas perguntas com índices inferiores a 40% de respostas positivas em 2017 alcançaram mais de 75% em 2024, o que confirma a efetividade das orientações e ferramentas promovidas pelo Instituto.
É importante destacar também a influência no Instituto na gestão pública e o setor privado, como o trabalho junto ao Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), cujas associadas são responsáveis por gerenciar cerca de 50% dos contratos de gestão das organizações sociais de saúde do país. Essa atuação ampliada contribuiu significativamente para a disseminação de padrões éticos, especialmente em grandes capitais. Ainda falando de gestão pública, estamos desenvolvendo, em conjunto com a prefeitura de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, um modelo piloto de boas práticas de máxima transparência e governança nas ações da Secretaria de Saúde do Município. Uma ação inédita que pode se replicar Brasil a fora.
Outro avanço concreto dessa uma década de trabalho é a diminuição significativa dos descontos financeiros sistemáticos, que eram práticas comuns e distorcidas nas negociações comerciais envolvendo hospitais e operadoras. É notória ainda a diminuição dos incentivos indevidos a profissionais de saúde. Antigamente, era comum a prática de comissões ilegítimas, brindes disfarçados e patrocínios sem propósito técnico ou científico. Hoje, critérios éticos claros regulam os processos comerciais e, em muitos casos, contratos são cancelados quando se identificam condutas antiéticas reincidentes. A relação com médicos e instituições também mudou significativamente. As interações passaram a ser registradas formalmente, com contratos claros e prestação de contas transparente sobre consultorias e eventos. Essa prática se tornou um importante balizador de integridade nas relações comerciais.
O IES sempre defendeu que a ética nas relações econômicas deve ser trabalhada já na formação dos futuros médicos, enfermeiros, biomédicos, odontólogos, fisioterapeutas e afins. E há avançando neste sentido. Apresentamos, no início de abril, ao Ministério da Educação uma proposta de inclusão de disciplinas transversais que promovam a formação da Ética e da Integridade das relações econômicas do profissional da saúde no currículo das escolas voltadas às ciências da saúde. Temos certeza que ensinar sobre os oportunismos existentes nas relações profissionais e como estas más-práticas impactam na vida do cidadão dentro de cada área de atuação garantirá aos pacientes serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua situação financeira ou social.
O Instituto também se destacou por promover um diálogo ético entre o setor privado e o poder público. A colaboração mútua com instituições como o Ministério da Saúde, Anvisa, ANS, CADE, TCU e CGU se intensifica, ano a ano. Esses órgãos governamentais apoiam inclusive o Marco de Consenso para a Colaboração Ética Multissetorial na Área de Saúde, outra grande entrega para a sociedade brasileira. Com mais de 40 entidades signatárias, esse documento define diretrizes para condutas éticas entre empresas, profissionais e instituições de saúde, com atualizações que abrangem temas contemporâneos como o uso ético de algoritmos e inteligência artificial.
Em paralelo, temos acompanhado e proposto projetos de lei junto ao Congresso Nacional. Entre as iniciativas em andamento, destaco a proposição de um "Mês da ética na saúde", com o desenvolvimento de mecanismos legais que obriguem estados e municípios a promoverem transparência nas suas relações econômicas e financeiras.
As parcerias com grupos de pesquisas vinculados a algumas das mais importantes e respeitadas faculdades do país, como Universidade Mackenzie, FGV e PUC, para desenvolvimento de estudos que nos ajudem a entender melhor o mercado e atuar de maneira ainda mais assertiva, são fundamentais e estão sendo de extrema importância para guiar os próximos passos. Entre as pesquisas e projetos em andamento estão a atualização das principais práticas oportunistas das empresas - com o descritivo de cada prática para conhecimento amplo dos profissionais do setor e da sociedade, que foi desenvolvido com base no canal de denúncia do IES, discussões com profissionais do setor da saúde, grupos de trabalho e denúncias informais; a percepção de corrupção na cadeia da saúde; e o mapeamento da legislação vigente para o combate às práticas ilícitas na saúde e o que pode ser melhorado.
Os avanços alcançados pelo Instituto Ética Saúde ao longo desses 10 anos são inegáveis. Esses são os frutos do trabalho conjunto de diferentes agentes do setor, que compreenderam a importância de se comprometer com os princípios éticos que defendemos. Olhar para trás e perceber essa evolução é um reconhecimento de que estamos no caminho certo.
Embora a estrada seja longa, tenho convicção de que continuaremos evoluindo e consolidando esse movimento de integridade que iniciamos há uma década. Hoje, mais de 300 empresas e entidades da cadeia da saúde, de diferentes portes e segmentos, estão engajadas voluntariamente com as normas de autorregulação. Essa adesão é um reflexo da credibilidade que o Instituto conquistou ao longo desses anos e de sua capacidade de influenciar positivamente o mercado. Vamos em frente!
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JORNAL OPÇÃO
Conselho de lideranças entrega relatórios sobre problemas em unidades de saúde de Goiânia a secretário
Conselho de lideranças da Região Noroeste leu relatório e estabeleceu prazo de 60 dias para retornas às unidades e verificar a solução dos problemas
O Conselho de Lideranças Comunitárias da Região Noroeste de Goiânia se reuniu com o secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizer, para entregar um relatório sobre a inspeção de nove unidades de saúde da região. O documento aponta diversas irregularidades, como o fechamento das farmácias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros São Carlos e Alto do Vale, além da falta de medicamentos como sertralina, tramadol, captopril, diazepam e paracetamol.
Também foram relatadas carências de insumos básicos — como cateteres (abocaths) para aplicação de injeções em crianças, capotes descartáveis, álcool, pilhas e até papel sulfite A4, utilizado na impressão de receitas e documentos médicos.
Durante a audiência com o secretário de saúde, os membros do conselho leram o relatório ao secretário e estabeleceram um prazo de 60 dias para novas visitas à unidade para averiguar a resolução dos problemas. Pellizer garantiu que uma resposta formal às demandas e disse que buscará solução para as questões.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já comprou e distribuiu de forma emergencial mais de 80 tipos de medicamentos e diversos materiais essenciais à assistência à saúde e que já aplicou penalidades a mais de 50 empresas que tem contrato com a pasta por falta de regularidade no fornecimento de insumos. A pasta também reforçou ter realizado a contratação de 150 profissionais da saúde para ampliar, qualificar e fortalecer a rede de atenção básica, além de 98 profissionais para atuar na urgência e emergência. Confira abaixo a nota na íntegra.
Pellizer agradeceu aos membros do conselho presentes na reunião e disse que a ação de controle e fiscalização por parte da população é importante e auxilia a gestão na resolução dos problemas. “Quanto mais dados vocês trouxerem pra gente, quanto mais problemas vocês trouxerem, mais facilmente a gente vai poder resolver”, disse. Ele pontuou, porém, que algumas informações descritas no relatório já foram resolvidas, como o envio errado do álcool e alguns medicamentos que já não estão mais em falta.
Problemas
Professor e membro do conselho, Alonso de Oliveira disse ao Jornal Opção que as visitas foram realizadas diante das reclamações de moradores e usuários do Sistema Único de Saúde e sem o apoio de vereadores. “Criamos o conselho com lideranças comunitárias da região noroeste de Goiânia há dois anos, é um conselho autônomo, apartidário e independente”, conta. Ele lembra que a região tem dezenas de unidades de saúde e que as visitas devem continuar com o objetivo de identificar falhas na prestação do serviço e para fiscalizar a atuação dos profissionais.
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) Noroeste, de acordo com o Conselho, está sem o gestor da unidade, o que, na visão de Alonso, dificulta a solução dos problemas da unidade. “Não tem segurança, falta canalizar o gás da cozinha da unidade, o local precisa de roçagem e retirada de entulhos. Além disso, não tem telefone há mais de oito meses e os servidores precisam utilizar seus próprios aparelhos celulares quando precisam entrar em contato com pacientes ou familiares”, conta. Ele revelou à reportagem que a unidade não regula os pacientes do CAPs e que a Unidade de Pronto Atendimento da Região (UPA) fica responsável pelos encaminhamentos.
Os moradores também reclamam que a UPA – Maria Pires Perillo – não está com a equipe de enfermagem completa na última terça-feira, 20, além da falta de alguns insumos na unidade. “O muro da parte externa está com um buraco que facilita o acesso de vândalos, os enfermeiros estão com uma escala de 12h x 60h e há falta de medicamentos para a unidade que é de pronto atendimento”, contou Florisvaldo Pereira.
Farmácias e centros odontológicos fechados
A vistoria no Posto de Saúde Família (PSF) do Jardim Curitiba II revelou o mato alto e muito entulho no entorno da unidade. “Falta materiais de limpeza, papel higiênico, papel toalha e até chamex para impressão de documentos”. Pacientes e servidores da unidade relataram à reportagem que falta segurança na unidade tanto no período noturno quanto no período diurno. Além disso, a farmácia da unidade só funciona no período da manhã e há falta de medicamentos no local.
O conselho constatou ainda que a sala de odontologia da UBS do bairro São Carlos está fechada há mais de cinco anos. “A farmácia está fechada por falta de servidores, o que vem causando grandes impactos para a população que dependem desse departamento da unidade funcionando”, disse um morador à reportagem. Os usuários reclamam ainda de objetos em estados degradantes, mofo em diversos locais, móveis sucateados e que a unidade precisa de uma roçagem e retirada de entulhos do entorno.
A situação é ainda mais grave na unidade do Setor Alto do Vale, que não tem gestor na unidade por falta de nomeação por parte da prefeitura. Segundo relatado à reportagem, faltam insumos como fita para medir glicemia, capotes descartáveis, dispositivo intrauterino (DIU), luvas, gazes, ataduras, pilhas para os aparelhos de pressão arterial, além do álcool, já que a empresa responsável pela distribuição do insumo mandou o tipo errado. “A farmácia está fechada, a sala de odontologia está fechada e a unidade precisa de manutenção na parte externa. Precisa de reparo pois foi identificado muito mofo na parte interna”, conta.
Nota SMS
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que o médico titular da pasta, Luiz Pellizzer, participou de reunião com as lideranças comunitárias da Região Noroeste, recebeu as demandas apresentadas e detalhou as principais ações da atual gestão para o enfrentamento do estado de calamidade em que a rede municipal de saúde foi recebida.
A SMS ressalta que já comprou e distribuiu de forma emergencial mais de 80 tipos de medicamentos e diversos materiais essenciais à assistência à saúde e que já aplicou penalidades a mais de 50 empresas que tem contrato com a secretaria por falta de regularidade no fornecimento de insumos.
A secretaria destaca que realizou a contratação de mais de 150 profissionais de saúde para ampliar, qualificar e fortalecer a rede de atenção básica, além de 98 profissionais para atuar na rede de urgência e emergência. A pasta tem ainda novo credenciamento em andamento para assegurar o dimensionamento adequado de pessoal às unidades de saúde. A SMS ressalta que todas a carga horária de todas as escalas de trabalho está de acordo com a legislação vigente.
A SMS informa que, por determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Controladoria Geral do Município (CGM), o contrato da pasta com a empresa Porto Engenharia, responsável pelas obras e serviços de manutenção predial nas unidades da rede de saúde de Goiânia foi suspenso. A secretaria aderiu a processo licitatório do estado para contratação de empresa de engenharia para realização de reparos estruturais nas unidades de saúde do município e assim que forem finalizados os trâmites legais, iniciará as reformas necessárias.
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Assessoria de Comunicação sin
*CLIPPING 22/05/25* - II
TV ANHANGUERA
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico e hospital são condenados a indenizar paciente que perdeu um rim após cirurgia
Casos de doenças respiratórias aumentam com a chegada do tempo frio
Paciente mostra superlotação em unidade do Ipasgo em Goiânia
Médica presa em Goiânia passa por audiência de custócia e consegue liberdade provisória
Fiança de médica presa suspeita de se passar por nutróloga é estipulada em R$ 250 mil
Médica é presa suspeita de se passar por nutróloga e endocrinologista
Médica é presa suspeita de enganar pacientes se passando por nutróloga, diz delegado
Claud.ia: Inteligência artificial lê bulas, tira dúvidas e até lembra o horário de tomar remédios
Prefeitura de Goiânia alerta para ociosidade em unidades básicas de saúde
Liderança estratégica como pilar fundamental para a segurança do paciente
TV ANHANGUERA
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REVISTA VEJA
Claud.ia: Inteligência artificial lê bulas, tira dúvidas e até lembra o horário de tomar remédios
Um programa de inteligência artificial lançado nesta terça-feira, 20, pela Cimed busca facilitar a compreensão das bulas farmacêuticas. Chamada de Claud.ia, a ferramenta funciona como uma conversa no WhatsApp e serve apenas para os medicamentos da empresa que se encaixem na categoria de genéricos ou que sejam vendidos sem a necessidade de receita.
Funciona assim: ao mandar um oi, por meio do QR code presente nas caixinhas dos remédios, a assistente digital abre um menu com algumas opções para o usuário. Entre as possibilidades, ele pode pedir que a Claud.ia leia a bula de um determinado medicamento, fale sobre a composição das fórmulas, tire duvidas utilizando uma linguagem mais acessível do que a do documento e até envie lembretes lembrando do horário de tomar as doses — esta última está disponível apenas para usuários de Android.
“Bulas são complexas, os nomes difíceis e muita gente toma remédio sem entender o que está fazendo”, disse João Adibe Marques, CEO da Cimed. “A Claud.ia vem para mudar isso.”
A tecnologia foi treinada por seis meses por uma equipe composta por farmacêuticos, linguistas, engenheiros de dados e especialistas em experiência do usuário para que conseguisse tirar as duvidas dos mais leigos, com foco especial em idosos e pessoas com baixa escolaridade. Ela ainda tem um módulo baseado em geolocalização que pode ajudar a encontrar farmácias próximas, também disponível apenas para usuários de Android.
O treinamento foi feito com base no Gemini, inteligência artificial do Google, e por isso a Claud.ia funciona de maneira muito semelhante aos robôs inteligentes convencionais. Com alguma freqüência, contudo, ela se recusa a responder algumas questões. Isso acontece porque o robô só pode responder sobre conteúdos que estão presentes nas bulas — e, portanto não deve dar respostas para dúvidas de saúde que necessitem de consultas com especialistas. Ao questionar, por exemplo, “que remédio tomar para a gripe?”, a Claud.ia rende com um texto padrão, indicando a impossibilidade de falar sobre o assunto.
“Ela não irá responder uma pergunta que não esteja na bula porque ela não é um médico de plantão”, disse Marques. “Deixamos claro que ela não vai indicar o produto que o paciente deve tomar, até porque quem regula a bula é a Anvisa.”
O lançamento faz parte da estratégia de digitalização da empresa. Em 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou um projeto que permite às farmacêuticas a publicação de bulas digitais, versões online do documento, que podem ser compostas também por fotos e vídeos que auxiliem o usuário. “Essa medida traz benefícios significativos, como a possibilidade de reduzir o custo dos produtos – especialmente dos genéricos – ao eliminar parte dos gastos com impressão, além de contribuir para a sustentabilidade com a redução de resíduos”, disse o CEO.
Já o nome da ferramenta foi uma escolha muito mais afetiva. “Minha mãe Cláudia foi o coração da nossa família e o começo da história da Cimed”, afirmou João.
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A REDAÇÃO
Prefeitura de Goiânia alerta para ociosidade em unidades básicas de saúde
41% das consultas de 2025 não foram realizadas
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) divulgou, nesta segunda-feira (19/5), que 41% das consultas ambulatoriais ofertadas nas unidades básicas de saúde do município em 2025 não foram realizadas devido à baixa procura pelos serviços. A população tem buscado, cada vez mais, os serviços de urgência, provocando ociosidade na rede primária.
“Nós temos registrado um volume cada vez maior de atendimentos na rede de urgência e emergência, enquanto as consultas ambulatoriais, que são aquelas com hora marcada, para acompanhar e promover a saúde e avaliar o paciente de forma integral, estão ociosas”, disse o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer.
A rede de atenção básica da capital ofertou, entre os meses de janeiro a abril deste ano, 458.460 consultas com clínico geral e médico da família, 20.200 consultas com pediatra e 20.700 consultas com ginecologista. Vale lembrar que a população pode realizar os agendamentos de maneira presencial nas unidades de saúde, pelo WhatsApp (62) 3524-6305 ou pelo 0800 646 1560 - por meio de ligações apenas pelo telefone fixo.
“As consultas oferecidas nas unidades básicas de saúde são fundamentais para diagnosticar precocemente doenças, orientar a população sobre hábitos e comportamentos que podem prejudicar a saúde, acompanhar pacientes com condições crônicas, prevenir agravamentos e reduzir a necessidade de atendimento em saúde nos níveis mais complexos”, diz o titular da SMS.
Atenção básica
Segundo estimativa do Ministério da Saúde, 85% das demandas de saúde da população podem ser resolvidas na atenção primária, sem a necessidade de ir até o pronto-socorro. “Precisamos reforçar que a porta de entrada do Sistema Único de Saúde é a atenção primária. Buscar a rede de saúde apenas quando o sintoma aparece, no momento da urgência, é prejudicial não só para o poder público, mas principalmente para o usuário, que deixa de receber o cuidado mais adequado”, explica o médico Frank Cardoso.
“Por exemplo, na atenção básica é possível identificar de forma precoce alterações na pressão arterial, ajustar a medicação, orientar o paciente sobre alimentação com menos sal e importância da atividade física, evitando uma crise hipertensiva ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no futuro”, diz o médico.
“Em pediatria, é na atenção básica que todas as fases do crescimento e desenvolvimento da criança serão acompanhadas, que a saúde integral do pequeno será avaliada e que os pais serão orientados sobre que medicamentos utilizar e como proceder em caso de urgências comuns para a idade, como diarreias e doenças respiratórias”, afirma Frank Cardoso.
Gestão
Para a SMS, buscar apenas a rede de urgência e emergência traz sérios impactos para a gestão do sistema de saúde. “Nós estamos em estado de calamidade, com recursos escassos, e este tipo de comportamento aumenta os custos do sistema de saúde, aumenta a ineficiência no uso do tempo, insumos e infraestrutura além de gerar filas desnecessárias, sobrecarregar as unidades de urgência e comprometer indicadores de saúde”, detalha Luiz Pellizzer.
“Nós buscamos qualificar, fortalecer e reestruturar a rede de atenção primária, com a contratação de mais de 150 profissionais para atuar nas unidades básicas de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, distribuição de insumos e equipamentos e abertura de novas salas de vacina. É preciso que a população busque os serviços”, pontua o secretário.
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SAÚDE BUSINESS
Liderança estratégica como pilar fundamental para a segurança do paciente
Debate no CISS da Hospitalar 2025 revela como gestores podem transformar a cultura organizacional em vantagem competitiva.
A segurança do paciente está diretamente vinculada ao comportamento das lideranças e à cultura institucional. Esta constatação emergiu como ponto central do painel “O papel da liderança na construção de uma cultura de segurança do paciente”, realizado na quarta-feira (21) durante o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) da Hospitalar 2025.
Carsten Engel, CEO da International Society for Quality in Health Care (ISQua), foi enfático ao afirmar que a transformação começa no topo. “A segurança do paciente só se consolida quando a alta gestão a trata como prioridade estratégica. Líderes eficazes comunicam claramente, mantêm proximidade com suas equipes e cultivam um ambiente onde erros são vistos como oportunidades de aprendizado, não como motivo para buscar culpados”, disse.
O especialista desmistificou a ideia de que incidentes hospitalares resultam principalmente de falhas individuais. Segundo ele, a maioria dos problemas tem origem sistêmica e exige uma abordagem organizacional baseada em transparência e melhoria contínua.
Estratégias personalizadas para cada ambiente assistencial
Um dos pontos mais relevantes da apresentação foi a necessidade de adaptar as estratégias de segurança aos diferentes contextos clínicos. Engel explicou que ambientes de alta complexidade, como centros de trauma e UTIs, demandam flexibilidade e capacidade de aprendizado rápido. Já setores como cirurgias eletivas dependem da execução rigorosa de protocolos e da sinergia entre equipes. Em áreas altamente reguladas, como radioterapia e hemoterapia, o foco recai sobre sistemas que minimizam qualquer margem de erro.
“Cada instituição precisa desenvolver sua própria abordagem, considerando suas particularidades. O denominador comum é uma cultura onde a segurança do paciente seja valor inegociável em todos os níveis hierárquicos”, ressaltou o CEO da ISQua.
Engel concluiu sua participação com uma mensagem pragmática para os gestores presentes: o avanço na segurança assistencial requer compreensão profunda dos sistemas de saúde, mapeamento preciso de riscos, padronização inteligente de processos e capacidade de adaptação frente a falhas.
“O cuidado em saúde é, essencialmente, um esforço coletivo. Instituições que prosperam são aquelas que colocam o aprendizado organizacional e o entendimento da complexidade sistêmica no centro de sua estratégia”, finalizou.
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Assessoria de Comunicação