
Administrador
CLIPPING AHPACEG 18/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Sete estratégias para a saúde mental dos profissionais da saúde
https://medicinasa.com.br/estrategias-saude-mental/
Câmbio alivia preço dos medicamentos hospitalares em 0,79% em maio
https://monitormercantil.com.br/cambio-alivia-preco-dos-medicamentos-hospitalares-em-079-em-maio/
Medicamento para distrofia muscular de Duchenne é suspenso nos EUA após a morte de 2 adolescentes; entenda
https://www.acritica.net/editorias/saude/roche-suspende-elevidys-apos-mortes-por-falencia-hepatica/825620/
Família diz que bebê fraturou fêmur durante teste do pezinho em Aparecida
https://www.aredacao.com.br/noticias/234672/familia-diz-que-bebe-fraturou-femur-durante-teste-do-pezinho-em-aparecida
MEDICINA S/A
Sete estratégias para a saúde mental dos profissionais da saúde
Por André Fusco
Cuidar de quem cuida é, hoje, um dos maiores desafios da gestão em saúde. À medida que cresce o debate sobre saúde mental no trabalho, especialmente após a reformulação da NR-1, que passa a exigir a gestão de riscos psicossociais a partir de maio de 2026, estamos diante de um momento de oportunidade para rever não apenas as práticas assistenciais, mas também a estrutura organizacional que sustenta o trabalho em instituições hospitalares.
Estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aponta que 86% dos profissionais da saúde no Brasil apresentam sintomas de Burnout, e 81% relatam níveis elevados de estresse. Transtornos do sono, ansiedade, depressão e exaustão emocional são amplamente reportados por médicos, enfermeiros, técnicos e trabalhadores da linha de frente.
Ambientes hospitalares, pela sua própria natureza, concentram fatores que intensificam o risco de adoecimento: jornadas extensas, decisões críticas, contato diário com o sofrimento humano e alta demanda. Por outro lado, também são espaços em que o senso de propósito é muito presente. O desafio está em conciliar esse engajamento com uma organização do trabalho que preserve a saúde mental dos profissionais.
Além dos desafios intrínsecos da profissão, a cultura de normalização do sofrimento é ainda mais visível no setor de saúde. Essa lógica, muitas vezes, começa ainda na graduação. Estudantes são expostos a jornadas exaustivas, plantões sucessivos e à crença de que um bom profissional “dá conta de tudo”. A partir daí, constrói-se uma identidade marcada pelo sacrifício, e não pelo cuidado de si.
Mas há um limite para o nível de dedicação, mesmo que exista um propósito nisso. O chamado “presenteísmo”, quando o profissional está fisicamente presente, mas sem condições emocionais ou cognitivas para atuar, pode ser mais perigoso que o afastamento. Coloca em risco o próprio trabalhador e os pacientes.
É nesse contexto que proponho uma mudança estrutural pela Ergonomia Mental: uma abordagem Inspirada na Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejour que busca compreender como a organização do trabalho afeta a saúde psíquica das pessoas.
Enquanto a ergonomia osteomuscular ajusta o ambiente físico para evitar lesões, a Ergonomia Mental intervém sobre metas, processos, regras, lideranças e formas de reconhecimento. O objetivo é adaptar o trabalho para que ele seja psicologicamente viável, realizador e sustentável, gerando frutos positivos tanto para o colaborador quanto para a organização.
Sete estratégias para transformar o ambiente de trabalho
Com base em minha experiência com equipes de saúde e organizações hospitalares, proponho sete estratégias que podem ajudar instituições a promover ambientes mais saudáveis e gerar resultados positivos a longo prazo:
Mapeamento do trabalho real: usar ferramentas qualitativas para observar a rotina das equipes, entender as causas dos riscos psicossociais e o contexto geral das regras organizacionais.
Criação de espaços protegidos de escuta: promover rodas de conversa, canais anônimos e fóruns permanentes para acolher demandas emocionais e sugestões sem julgamento.
Revisão de protocolos com base na realidade: adaptar regras conforme o que gera mais produtividade e conforto para os colaboradores, com participação ativa das equipes técnicas.
Formação de lideranças empáticas: capacitar gestores para escutar, reconhecer e atuar com responsabilidade emocional, promovendo segurança psicológica.
Reconhecimento estratégico: usar o reconhecimento como ferramenta de motivação e proteção, não como benefício esporádico. Reconhecimento bem aplicado dá sentido ao sofrimento, fortalece vínculos, confiança e propósito.
Apoio estruturado ao retorno após adoecimento: criar planos personalizados com readaptação progressiva, escuta ativa e acompanhamento contínuo.
Integração da saúde mental nas políticas institucionais: acompanhar indicadores de clima organizacional e incorporar a saúde mental como parte das metas estratégicas e políticas de conduta.
Para além da prevenção: um investimento estratégico
A saúde mental precisa ser tratada como um tema estratégico para que qualquer empresa prospere de forma sustentável, especialmente quando seu propósito está diretamente ligado ao cuidado com vidas. Equipes saudáveis, engajadas e bem estruturadas contribuem de forma decisiva para a redução de afastamentos, erros, rotatividade e litígios, além de elevarem a qualidade assistencial e o desempenho institucional.
A sustentabilidade de um hospital passa, inevitavelmente, pela saúde emocional de quem cuida. E isso começa, fundamentalmente, pela forma como o trabalho é pensado, organizado e conduzido no dia a dia.
*André Fusco é médico-psicanalista, especialista em Ergonomia Mental e consultor em saúde mental no trabalho.
............................
MONITOR MERCANTIL
Câmbio alivia preço dos medicamentos hospitalares em 0,79% em maio
Após um mês de forte alta em abril, o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) voltou a apresentar queda. De acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), elaborados a partir de transações registradas na plataforma da Bionexo, o IPM-H registrou retração de 0,79% em maio de 2025.
A queda é mais acentuada quando comparada à inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (0,26%), enquanto está mais alinhada ao IGP-M/FGV (-0,49%) que também mediu redução nos preços.
Além dos resultados dos índices de preço, que mostraram uma acomodação dos preços da economia brasileira em maio, houve uma nova apreciação do Real no mercado de câmbio no último mês - comportamento que, aliado à tendência de redução dos preços dos combustíveis (especialmente o diesel), podem ter contribuído para aliviar eventuais pressões de custo sobre a cadeia de suprimentos hospitalar, especialmente no caso de medicamentos importados.
"Mais especificamente, o resultado neste ano veio abaixo da média esperada para maio (+0,58%), mas sem estranhamento. Um dos fatores que pode estar contribuindo é a valorização cambial, que afeta insumos e produtos importados. Também é possível que a queda dos combustíveis tenha reduzido custos de distribuição", avalia Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe.
A inflexão no índice reflete um movimento de reequilíbrio do mercado hospitalar, após o impacto dos reajustes anuais autorizados pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), em abril. Vale lembrar que o primeiro passo na construção da Tabela CMED é a definição do preço teto, estabelecido sempre que um novo produto entra no mercado ou quando há uma nova apresentação farmacêutica - por exemplo, quando um medicamento que antes era apresentado em gotas passa a ser disponibilizado em comprimidos.
"Existe toda uma discussão sobre como se forma esse preço máximo", explica Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. "Muitas vezes, surgem categorias de medicamentos que ainda não existiam no Brasil e que passam a ser cadastradas. Isso exige uma análise comparativa com o mercado internacional, considerando o princípio ativo, a inovação terapêutica e a apresentação."
Cada categoria segue uma lógica de precificação distinta. Uma vez definido o teto, ocorre o processo mais conhecido da CMED: a atualização anual da tabela, realizada todo mês de abril. Nesse momento, são reajustados os valores máximos permitidos por medicamento, considerando preço fábrica, preço para o setor público e preço ao consumidor final. A inclusão de novos medicamentos, por sua vez, é feita mensalmente.
Entre os grupos que compõem o IPM-H, o destaque foi a redução de 2,46% nos preços de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos - medicamentos com alto valor agregado e grande representatividade nas transações hospitalares. "Na prática, certos medicamentos biológicos inovadores, como os imunomoduladores, têm preços elevados e grande influência sobre o índice. Por isso, mesmo pequenas variações nesse grupo têm forte influência na média do mercado", pontua Oliva.
Outros grupos também registraram queda, como os agentes antineoplásicos (-1,07%) e medicamentos para o aparelho digestivo (-1,23%). Em contrapartida, preparados hormonais subiram 3,98%, seguidos por medicamentos para o sistema musculoesquelético (+1,93%) e aparelho geniturinário (+1,39%).
Impacto
No acumulado do ano, o IPM-H exibe alta de 4,55%, refletindo ainda os impactos dos reajustes de abril. Os imunoterápicos lideram o avanço anual (+21,73%), seguidos por preparados hormonais (+7,09%). Já no acumulado de 12 meses até maio, o índice mostra alta de 3,84%, com desaceleração frente aos 5,03% observados em abril. Além disso, a análise histórica mostra que desde janeiro de 2015 o IPM-H acumula alta de 53,6%.
"O IPM-H não serve apenas para apontar tendências de alta ou baixa de preços. Ele revela a dinâmica específica do mercado hospitalar, com base em milhares de transações reais. Essa granularidade permite que gestores tomem decisões mais precisas e responsivas diante de oscilações relevantes", destaca Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
Enquanto o IPCA, calculado pelo IBGE, mede preços ao consumidor em farmácias e drogarias, o IPM-H tem como foco o atacado, refletindo negociações entre hospitais e fornecedores. Em maio, o IPCA registrou alta de 0,26%, mas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu 0,54%, puxado por medicamentos como produtos oftalmológicos (+2,15%) e hormonais (+1,26%). Essa divergência reforça o papel do IPM-H como instrumento complementar de análise, voltado à realidade das instituições de saúde.
.....................
O GLOBO
Medicamento para distrofia muscular de Duchenne é suspenso nos EUA após a morte de 2 adolescentes; entenda
O uso do Elevidys, nome comercial do medicamento delandistrogeno moxeparvovequel, indicado para o tratamento da distrofia muscular de Duchenne (DMD), foi suspenso nos Estados Unidos para pacientes que não conseguem mais andar. A medida foi anunciada pela Sarepta, empresa de biotecnologia que detém os direitos do medicamento no país, e pela Roche, que comercializa o medicamento no Brasil e no resto do mundo, e foi motivada pela morte de dois adolescentes que fizeram uso do tratamento por insuficiência hepática aguda.
“Em 13 de junho de 2025, o Comitê de Segurança de Medicamentos da Roche tomou a decisão de iniciar as Restrições Urgentes de Segurança para o Elevidys (delandistrogeno moxeparvoveque) para pacientes não deambuladores (independentemente da idade). Com efeito imediato, nenhum novo paciente não deambulador (independentemente da idade) deve receber a dose de Elevidys para a distrofia muscular de Duchenne (DMD)”, diz a Roche, em comunicado.
A farmacêutica explica que pacientes deambuladores são aqueles que conseguem andar uma distância de 10 metros em até 30 segundos. Aquele que demoram mais de 30 segundos para percorrer essa distância são considerados não deambuladores, pois já não conseguem andar a pequenas distâncias em um tempo ideal e utilizam da cadeira de rodas para longos percursos.
O Elevidys é a primeira terapia gênica para distrofia muscular de Duchenne (DMD), um diagnóstico raro que leva ao enfraquecimento e deterioração dos músculos. O medicamento também chama atenção por ser um dos mais caros do mundo.
Nos Estados Unidos, a dose chega a 3,2 milhões de dólares. No Brasil, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o preço em até R$ 11 milhões, o mais elevado para um remédio no Brasil, acima até mesmo do Zolgensma, indicado para atrofia muscular espinhal (AME).
De acordo com informações da Anvisa, o Elevidys é um medicamento de terapia gênica que funciona utilizando um vetor viral para transportar um gene humano que codifica a microdistrofina, com o objetivo de substituir a proteína distrofina disfuncional ou ausente no organismo do paciente.
Esse tratamento visa restaurar, ainda que de forma parcial, a função muscular em pacientes pediátricos. O medicamento é administrado em uma única dose intravenosa, com a quantidade ajustada de acordo com o peso da criança.
A doença se caracteriza por uma lesão muscular progressiva, que leva o indivíduo até o estágio incapacitante. Em geral, os sintomas de fraqueza muscular começam entre os 3 e os 6 anos de idade. Embora a gravidade da doença e a expectativa de vida variem, os pacientes geralmente sucumbem à doença na faixa dos 20 ou 30 anos devido à insuficiência cardíaca e/ou respiratória.
Por isso, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o tratamento apenas para crianças de 4 a 7 anos de idade, que conseguem andar. De acordo com a agência, para pacientes acima de 7 anos e que perderam a capacidade de locomoção funcional, “os dados disponíveis são limitados e ainda não são suficientes para verificar o benefício do uso do produto”.
Portanto, as mortes ocorridas nos EUA e a suspensão não afetam os pacientes brasileiros nem de outros lugares do mundo em que o medicamento está aprovado e que fazem parte desse grupo de crianças com até 7 anos de idade, sem problemas de locomoção.
— Para esses pacientes de 4 a 7 anos que estão no Brasil, nos Estados Unidos, ou em outros países onde o medicamento está aprovado, não há suspensão — ressalta Hilda Petrs Silva, PhD, especialista em vetores de AAV, que é a base do medicamento Elevidys, e parte integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Gênica no Brasil (INCT-INTERGEN).
Mesmo assim, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações ao Ministério da Saúde, à Anvisa e à farmacêutica Roche Brasil sobre a gravidade dos efeitos colaterais do medicamento Elevidys. Em despacho enviado na última segunda-feira (16), o ministro questiona se houve alteração da classificação de segurança para o uso do Elevidys em pacientes menores de oito anos de idade.
O relator também quer saber se há informações sobre efeitos colaterais graves e permanentes em crianças que receberam o tratamento no Brasil e, em caso afirmativo, qual a frequência, os seus efeitos e o nível de comprovação da relação destes efeitos adversos com a infusão do medicamento. O ministro também requer informações sobre a extensão da suspensão determinada pela Roche.
A Roche ressaltou que está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de saúde relevantes (como Anvisa e Ministério da Saúde), e médicos prescritores para garantir que estejam informados. A empresa também ressalta que todos receberam comunicados e informativos no último domingo sobre a decisão e o ocorrido.
Nos Estados Unidos, a aprovação da FDA, agência que regula medicamentos no país, para o medicamento é mais ampla que no Brasil. No ano passado, a agência expandiu a aprovação do Elevidys para indivíduos deambuladores com 4 anos de idade ou mais.
A FDA também concedeu “aprovação acelerada” do medicamento para pacientes não deambulares com 4 anos de idade ou mais com DMD e uma mutação confirmada no gene DMD. Esse tipo de aprovação é realizada pela FDA para medicamentos para doenças graves ou potencialmente fatais, quando há uma necessidade médica não atendida e o medicamento demonstrar ter um efeito em um desfecho substituto com probabilidade razoável de prever benefício clínico para os pacientes (melhorando o bem-estar ou a funcionalidade, ou se eles sobrevivem por mais tempo), ou um efeito em um desfecho clínico que possa ser medido antes da morbidade ou mortalidade irreversível.
Neste caso, os pacientes recebem o tratamento, enquanto é realizado um ensaio clínico randomizado e controlado que confirma a eficácia do medicamento no grupo. Como as duas mortes relatadas ocorreram em pacientes dessa população, a Sarepta suspendeu temporariamente as remessas de Elevidys para pacientes não deambuladores “enquanto um regime imunossupressor aprimorado é avaliado, discutido com os órgãos reguladores e implementado” e também suspendeu temporariamente e voluntariamente a dosagem no estudo clínico.
A primeira morte de um paciente após a administração do paciente foi relata em março, em um adolescente de 16 anos. A segunda, foi relatada em 11 de junho e ocorreu em um jovem de 15 anos no estudo Envision.
Em ambos, o paciente faleceu após desenvolver insuficiência hepática aguda. Embora o quadro seja um efeito colateral bem documento de terapias gênicas, ambas as mortes ainda estão em investigação. No primeiro paciente, por exemplo, uma infecção recente por citomegalovírus pode ter contribuído para o quadro.
Silva, PhD explica que problemas hepáticos são previstos em terapias gênicas. Esse não é um efeito colateral específico do Elevidys nem desconhecido. Entretanto, até o momento, em todos os pacientes que esse tipo de dano ocorreu após o uso do medicamento, ele foi controlado.
— O caso desses dois pacientes têm questões importantes que eu acho importante ressaltar. Primeiro, a dose desse medicamento é baseada no peso. Então, pacientes mais velhos, consequentemente, vão receber uma dose maior. Isso significa mais partícula viral, que é o que leva o gene correto para a célula, onde o gene está defeituoso. Então, uma possibilidade é a falência hepática ter acontecido por causa da dose alta do Elevidys — explica Silva. — Outra questão relevante é que o primeiro paciente tinha citomegalovírus, que é um vírus que fica alojado no fígado. Além disso, os pacientes com Duchenne, no geral, principalmente os mais velhos, com a doença mais avançada, apresentam comprometimento no fígado. Então, não se sabe se esse efeito foi a combinação de fígado com problema com muito vetor, ou se um fígado ja comprometido apresentaria o mesmo problema, mesmo com dose menor do vetor.
O Elevidys já foi administrado a mais de 900 pacientes em todo o mundo, incluindo 140 pacientes não deambulantes. A Roche também já solicitou à Anvisa e outras agências regulatórias a inclusão de insuficiência hepática como um dos efeitos colaterais listados na bula do medicamento.
..................................
A REDAÇÃO
Família diz que bebê fraturou fêmur durante teste do pezinho em Aparecida
Os pais de uma recém-nascida procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no começo da semana alegando que a bebê, de 9 dias de vida, teria fraturado o fêmur durante a realização do teste do pezinho, em um laboratório localizado em Aparecida de Goiânia.
O caso ocorreu na última quinta-feira (12), quatro dias após o nascimento da bebê, mas só veio a público nesta terça-feira (17/6).
De acordo com a delegada do caso, Sayonara Lemgruber, a bebê foi submetida a remoção de sangue pelo calcanhar, para a realização do "teste do pezinho", exame que busca identificar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas.
Com base no depoimento da mãe, a criança teria chorado muito durante e após a execução do exame. Ainda segundo o relato, a profissional que atendeu a menina teve dificuldade na coleta, por isso pediu ajuda e assim foram feitas massagens para o sangue “descer” e permitir que a coleta fosse realizada.
Ainda segundo as informações da família, natural de Arraias (TO), a mãe acompanhou a criança durante o procedimento, segurando a criança no colo o tempo todo, mas o manuseio das pernas do bebê foi feito pelas profissionais.
A fratura foi confirmada posteriormente através de um exame de raio x.
..............................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 17/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde
https://medicinasa.com.br/noa-notes-doctoralia/
Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?
https://medicinasa.com.br/open-health-brasil/
Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD
https://medicinasa.com.br/ia-lgpd/
Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados
https://www.foconacional.com.br/2025/06/encontro-de-geracoes-de-liderancas-da.html
Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação
Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes
Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual
MEDICINA S/A
IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde
Ao automatizar tarefas administrativas, organizar informações clínicas e apoiar decisões diagnósticas, a tecnologia está promovendo uma mudança na forma como os médicos atendem seus pacientes e, principalmente, no tempo e na atenção que podem dedicar a eles.
"Longe de substituir o toque humano, a tecnologia emerge como facilitadora, otimizando atividades burocráticas e oferecendo suporte à decisão clínica, permitindo que os profissionais da saúde dediquem mais tempo e atenção àquilo que realmente importa: o cuidado humanizado", comenta Marco Salero, COO da Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil.
Automatização de tarefas: agilidade para médicos, praticidade para pacientes
A IA já está sendo utilizada com sucesso em diversas frentes da prática médica, como na automatização de tarefas. Em muitos consultórios, a inteligência artificial assumiu o protagonismo na realização de atividades repetitivas, como agendamento e confirmação de consultas.
Além do ganho de tempo para a equipe, que pode se dedicar a funções mais estratégicas, a experiência do paciente se torna mais positiva, pois ele pode agendar ou remarcar consultas a qualquer momento - inclusive em fins de semana e feriados -, sem depender da disponibilidade de um profissional em horário comercial.
IA cuida dos registros da consulta enquanto o médico concentra-se 100% no paciente
Outra frente é a documentação clínica. Por meio de ferramentas baseadas em IA é possível registrar e organizar as informações médicas dos pacientes de maneira eficiente e estruturada, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Um exemplo concreto dessa aplicação é o Noa Notes, assistente virtual desenvolvido pela Doctoralia.
Inovador, ele acompanha a conversa entre médico e paciente e anota automaticamente as informações clínicas relevantes, como queixas, histórico familiar, exames e recomendações. Ao fim da consulta, organiza as informações em um resumo detalhado, compatível com qualquer sistema de prontuário eletrônico e seguindo todas as exigências da LGPD.
"Ao liberar o médico da tarefa de ficar tomando nota ao longo do atendimento, o Noa Notes permite que ele mantenha o foco integral no paciente, fortalecendo a conexão e a empatia", comenta Felipe Locatelli, gerente de Projetos Estratégicos de IA na Doctoralia, que completa: "Nosso assistente é uma alternativa importante para aliviar a carga burocrática, economizando até 30% de tempo na rotina administrativa". Só no Brasil, o Noa Notes já impactou mais de 9 mil médicos em mais de 335 mil consultas. O país lidera a adoção da tecnologia no Grupo Docplanner, que está presente em 13 países, representando 32% do total de usuários.
Apoio à decisão clínica: IA ajuda, mas quem decide é o médico
Uma terceira frente em que a IA vem sendo utilizada é no apoio à decisão clínica. A tecnologia demonstra um potencial imenso na análise de grandes volumes de dados clínicos, auxiliando os médicos na formulação de diagnósticos mais precisos e na definição de planos de tratamento individualizados. "Ao processar informações complexas, identificar padrões sutis e lembrar de detalhes importantes sobre o histórico do paciente, a IA oferece um suporte valioso, especialmente em quadros clínicos desafiadores", observa Salero.
No entanto, a decisão final permanece sempre nas mãos do profissional médico, que utiliza a tecnologia como uma ferramenta complementar ao seu conhecimento e expertise.
O futuro é mais humano com ajuda da tecnologia
A transformação digital na saúde não é apenas uma questão de eficiência. Ao aliviar os profissionais das tarefas burocráticas e reforçar a tomada de decisão, a inteligência artificial está criando espaço para o que há de mais essencial na medicina: a escuta atenta, o olhar clínico e o vínculo de confiança entre médico e paciente. Nesse cenário, a IA consolida-se como uma ferramenta de apoio e não de substituição.
...........................
Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?
A implementação do Open Health no Brasil representa uma oportunidade transformadora para nosso sistema de saúde, porém ainda enfrenta uma série de desafios. Trata-se de um conceito que visa promover o compartilhamento de dados entre prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e operadoras, a fim de possibilitar uma gestão mais eficiente e coordenada das informações. Com os sistemas de saúde integrados, é possível aumentar a eficiência operacional por meio de um gerenciamento mais preciso dos dados, o que destaca a relevância desse modelo para o aprimoramento do atendimento à saúde.
Entre os principais obstáculos para a adoção do Open Health no país está a padronização dos dados. No setor de saúde, cada instituição utiliza um dicionário próprio para medicamentos, exames e procedimentos, criando uma barreira para a interoperabilidade. Apesar de existirem padrões para troca de informações como a Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como repositório central de dados criado pelo governo brasileiro, muitas organizações optam por customizações específicas, dificultando o diálogo entre diferentes sistemas.
Outra questão é a segurança da informação. Quando lidamos com dados de saúde, tratamos de informações sensíveis sobre os pacientes que precisam estar seguras de acordo com as regulamentações. Sem a garantia de um sistema de proteção confiável, o Open Health corre o risco de expor dados confidenciais ao invés de cumprir o papel de uma solução segura e eficiente.
Somada a isso há a questão da adesão e resistência do mercado. A operacionalização do Open Health exige investimentos em tecnologia, adaptação de processos e uma mudança cultural. Muitas empresas do setor privado, como operadoras e hospitais, relutam em abrir mão do controle exclusivo de seus dados, temendo a perda de uma vantagem competitiva ou não identificando o valor imediato da abertura dessas informações.
Uma comparação interessante pode ser feita com o Open Finance, que avançou rapidamente no Brasil devido à regulamentação unificada do Banco Central e ao interesse comercial dos bancos. Já no caso do Open Health, a fragmentação regulatória entre diferentes órgãos, como ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Ministério da Saúde, e a ausência de um incentivo claro para os players do mercado dificultam sua execução. Dados de saúde são mais sensíveis do que dados financeiros, o que exige mecanismos ainda mais robustos de governança e segurança.
A interoperabilidade entre o setor público e o privado também é um ponto que precisa ser alinhado. Entretanto, em momentos de urgência, como foi durante a pandemia da COVID-19, essa colaboração se mostrou bem-sucedida, quando a RNDS permitiu que informações de vacinação fossem compartilhadas entre os setores para garantir o controle das doses em tempo real. Além da parceria público-privada, para que o Open Health funcione de maneira ampla, é necessário que tanto instituições públicas quanto privadas adotem padrões uniformes, como os protocolos Health Level 7 (HL7) e Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR), que já são utilizados em outros países. Ambos os padrões buscam facilitar a comunicação entre diferentes sistemas de saúde: o HL7 como um protocolo tradicional e o FHIR ao representar uma abordagem mais moderna e acessível para a troca de dados médicos.
Um exemplo disso é a Estônia, um dos países mais avançados na aplicação do Open Health. Lá, prontuários eletrônicos, prescrições e históricos clínicos são compartilhados de maneira segura entre instituições - e o paciente mantém o controle total sobre seus dados. A interoperabilidade é assegurada por uma plataforma chamada X-Road, que utiliza padrões de segurança rigorosos e identidade digital para proporcionar o acesso autorizado às informações.
Apesar de todos esses desafios, há um horizonte positivo. O Ministério da Saúde possui um plano de ação para a saúde digital até 2028 que estabelece diretrizes para a unificação dos dados de saúde no país. Iniciativas como a RNDS são passos importantes nessa direção e, com o avanço das healthtechs, há uma pressão por maior transparência e eficiência no setor.
Superar esses desafios e colocar o projeto em prática traria inúmeras vantagens, resultando em uma estrutura de saúde mais transparente, eficiente e focada no paciente. Isso possibilitaria que prestadores de serviços e usuários tomassem decisões mais embasadas, alcançando desfechos clínicos, intervenções mais rápidas e redução de custos operacionais Afinal, um sistema de saúde integrado propicia ao país progredir em direção a um modelo mais moderno e acessível para a população.
*Marcos Moraes é diretor da área de Health da FCamara.
................................
Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD
Vivemos com um crescimento explosivo das soluções de IA na área da saúde. Um levantamento realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) em conjunto com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) revelou que 62,5% das instituições de saúde já utilizam soluções baseadas em IA. Hoje, agentes inteligentes são capazes de transcrever consultas em tempo real, estruturar dados automaticamente e até sugerir condutas clínicas. São avanços notáveis em produtividade e qualidade de atendimento, mas que também introduzem desafios complexos no campo jurídico e ético.
O principal risco reside na superficialidade com que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tem sido tratada por muitas dessas instituições. Em nome da eficiência, dados sensíveis, envolvendo diagnósticos, exames e conversas clínicas, vêm sendo manipulados sem as salvaguardas legais adequadas. A impressão é de que a corrida pela inovação tecnológica vem ofuscando a necessidade de garantir a privacidade dos pacientes.
E essa percepção se estrutura também na diferença entre o setor de saúde e outros ramos. Dados médicos não podem ser tratados como meros registros administrativos, uma vez que representam aspectos íntimos da vida física e emocional dos pacientes. Quando algoritmos capturam, interpretam e armazenam essas informações, é fundamental questionar: onde esses dados estão sendo guardados? Quem tem acesso? Estão sendo usados exclusivamente para atendimento ou também para treinar sistemas de IA fora do país?
É a LGPD a responsável por garantir que essas informações sejam respondidas. O artigo 7 da norma exige consentimento específico e destacado para o tratamento de dados sensíveis. Já o 33 proíbe a transferência internacional desses dados para países sem garantias equivalentes de proteção, salvo exceções bem delimitadas.
Sendo assim, soluções que operam em nuvens estrangeiras, como é o caso dos grandes fornecedores globais de IA, precisam contar com cláusulas contratuais robustas, uma autorização da ANPD ou mecanismos formais de compliance. Caso contrário, as instituições se colocam em risco jurídico real.
Por outro lado, já existem caminhos mais seguros
Soluções integradas ao prontuário eletrônico (EHR), que estruturam e armazenam dados diretamente em sistemas auditáveis, tendem a estar mais alinhadas à LGPD. Ao mesmo tempo, grandes players como Oracle e Google já oferecem infraestrutura local que garante a hospedagem de dados em território nacional. No entanto, é preciso cuidado: não necessariamente o que é “nacional” está em conformidade. Mesmo empresas brasileiras podem estar usando, por trás das cortinas, tecnologias terceirizadas hospedadas no exterior e sem anonimização efetiva, muitas vezes, ainda, sem clareza contratual para os clientes.
Não são raros os casos recentes de vazamento de dados sensíveis da saúde. Em 2021, mais de 45,9 milhões de registros de saúde foram violados no Brasil, conforme dados do The HIPAA Journal. Esses vazamentos incluem informações extremamente sensíveis, como resultados de exames e conversas médicas. A LGPD não apenas exige segurança técnica e organizacional, como também prevê multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.
Além do aspecto jurídico, vale destacar que existe uma camada ética e clínica nessa equação. A responsabilidade sobre a integridade das informações do paciente continua sendo, em última instância, do profissional de saúde. Isso significa que médicos precisam estar envolvidos na escolha das soluções de IA, compreendendo seus riscos. A segurança da informação tornou-se parte integrante do cuidado. Instituições, por sua vez, podem nomear um DPO (Data Protection Officer) com autonomia real, garantindo governança contínua e efetiva.
É chegado o momento de encarar a convergência entre IA e LGPD como uma oportunidade e não um entrave. Se a IA é uma realidade imprescindível para o futuro médico, a legislação deve ser vista como um alicerce que reforça o compromisso com o paciente. Porém, vale sempre o aviso, se tecnologia não respeitar o sigilo e a privacidade, ela deixa de ser aliada e torna-se ameaça. Inovar com responsabilidade é o único caminho viável para garantir que o progresso tecnológico realmente esteja a serviço da saúde, e não à custa dela.
*Marcelo Mearim é CEO da Sofya no Brasil.
.................
FOCO NACIONAL
Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados
O lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Escritório Lara Martins Advogados, em Goiânia, foi marcado por um encontro simbólico entre gerações de lideranças do setor hospitalar goiano. O ex-presidente do Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás), José Silvério Peixoto Guimarães (esq), prestigiou o atual dirigente Gustavo Clemente.
O evento, realizado em 11 de junho, reuniu representantes de grandes instituições de saúde, dirigentes de entidades do setor hospitalar, como a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás), e profissionais das áreas de saúde e jurídica.
Sob a coordenação de Gustavo Clemente, que também é administrador e advogado, o novo núcleo nasce com a proposta de oferecer suporte jurídico especializado às instituições de saúde.
Ele ressaltou que o núcleo atuará de forma consultiva, contenciosa e preventiva, assessorando hospitais e demais empresas do setor em ações, como a elaboração e revisão de contratos, regimentos, processos de contratação de corpo clínico, além de auxiliar em negociações estratégicas com fornecedores e fomentar a qualificação das equipes.
A criação deste núcleo por um escritório com ampla atuação em Goiás e em outros Estados destaca a importância de as empresas de saúde estarem atentas às exigências legais em toda a sua atuação. O Sindhoesg já atua institucionalmente nesta área, de forma coletiva, representando a categoria e orientando os filiados sobre questões jurídicas.
......................
SAÚDE BUSINESS
Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação
Evento da Anahp aponta desaceleração no crescimento orgânico do setor, alta nas glosas e concentração de lucros nas operadoras.
O Brasil registrou uma redução de 70 mil beneficiários de planos de saúde no primeiro trimestre de 2025, interrompendo uma sequência de crescimento anual iniciada em 2022. A queda foi destacada durante o evento online “Anahp Ao Vivo – Análise econômico-financeira da saúde suplementar – Dados do 1º trimestre”, realizado na manhã desta quinta-feira (12) pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), com a participação dos especialistas da consultoria Arquitetos da Saúde, Adriano Londres e Luiz Feitoza, e do diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto.
Segundo os dados apresentados, o crescimento orgânico — ou seja, por novas adesões — perdeu força. Um dos fatores apontados é a possível saturação da base de beneficiários que ingressam por meio do modelo de Microempreendedor Individual (MEI), que vinha sendo o principal motor de expansão do setor. Com isso, o número total de usuários permanece próximo ao patamar dos últimos 11 anos, em torno de 52 milhões de pessoas.
Taxa de ocupação hospitalar recua e terapias aumentam
Outro dado preocupante revelado no encontro foi a queda na taxa média de ocupação dos hospitais da Anahp, que passou de 78% no mesmo período de 2024 para 74% neste primeiro trimestre. Apesar disso, houve aumento no número de terapias, o que indica um uso mais intensivo dos serviços por parte dos pacientes internados.
O evento ocorre poucos dias após a divulgação, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos resultados financeiros das operadoras, que iniciaram o ano com lucro líquido de R$ 6,9 bilhões — mais que o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2024.
Lucros das operadoras crescem, mas acesso continua limitado
Apesar do resultado positivo para as operadoras, Britto destacou que os ganhos precisam ser melhor distribuídos por toda a cadeia da saúde. “Ficamos felizes com essa melhora, mas acreditamos que esse cenário precisa beneficiar todos os elos do setor. Não podemos nos dar por satisfeitos com apenas 52 milhões de beneficiários. Queremos ampliar o acesso à saúde privada no país, essa é a nossa principal preocupação”, afirmou.
Outro ponto de alerta foi o aumento no índice de glosas — quando operadoras negam ou revisam pagamentos de serviços prestados pelos hospitais — que atingiu 17%, o maior percentual já registrado. Em 2024, a média foi de 15,89%.
A íntegra do evento está disponível no canal da Anahp no YouTube.
..........................
O HOJE
Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes
Uma redução em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 23.618 confirmações
Goiânia registrou uma queda expressiva nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de janeiro a maio foram contabilizados 16.082 casos da doença, o que representa uma redução de 46% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 23.618 confirmações. A diminuição se estende também às ocorrências mais graves e aos óbitos.
Nos cinco primeiros meses do ano, nove pessoas morreram vítimas da dengue na capital, contra 17 no ano anterior, uma redução de 52,9%. Os casos graves caíram de 63 para 49, mesmo com a circulação do sorotipo 3 do vírus considerado o mais agressivo.
O secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, afirma que os resultados são animadores, mas alerta: “É um resultado positivo. No entanto, a vigilância precisa continuar, especialmente durante o período de estiagem, quando focos do mosquito podem passar despercebidos”.
Entre as ações desenvolvidas para o controle da doença, Goiânia realizou mais de 1,4 milhão de visitas domiciliares no período, resultando na identificação de 22.141 imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti. Nessas operações, mais de 32 mil criadouros foram eliminados. Um reforço importante foi o recolhimento de 20 mil pneus descartados irregularmente em vias públicas, um dos principais criadouros do vetor da dengue.
Em janeiro, foi realizado um mutirão integrado entre as prefeituras de Goiânia e Aparecida, com apoio do Governo de Goiás. A iniciativa teve como objetivo combater a dengue em bairros localizados na divisa entre as duas cidades, abrangendo cerca de 26 quilômetros de extensão. A mobilização envolveu serviços como remoção de lixo e entulho, limpeza de bueiros e bocas de lobo, roçagem de mato, tapa-buracos e ações específicas de combate ao mosquito transmissor da doença.
Vacinação e apoio federal reforçam combate à dengue, mas Goiás ainda enfrenta cenário preocupante
Outro ponto importante no combate à doença é a vacinação contra a dengue. Em abril, a capital e Aparecida foram incluídas entre as 80 cidades prioritárias do país para receber doses da vacina Qdenga, que tem sido aplicada em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária mais vulnerável. A imunização ocorre nas escolas públicas e também em unidades básicas de saúde.
Mesmo com a melhora nos índices locais, os dados estaduais ainda geram alerta. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foram confirmadas 31 mortes por dengue entre janeiro e maio de 2025. Para efeito de comparação, em todo o ano de 2023, foram 58 óbitos, apenas 27 a mais do que nos cinco primeiros meses deste ano. Outros 54 casos ainda estão sob investigação. Até o momento, o estado já confirmou 49.437 casos da doença, dentro de um total de mais de 90 mil notificações.
Goiânia lidera o número de mortes, com sete registros confirmados e 18 óbitos sob apuração. Aparecida aparece em segundo lugar, com duas mortes confirmadas e quatro em investigação. Montes Claros, Mozarlândia e Novo Gama registraram duas mortes cada. Outros municípios com um óbito confirmado são: Anápolis, Iporá, Trindade, Americano do Brasil, Inhumas, Nerópolis, Alto Horizonte, Ceres, Faina, Goianésia, cidade de Goiás, Heitoraí, Nova Crixás, Novo Planalto, Paranaiguara e São Simão.
A situação crítica de Goiás levou o Ministério da Saúde a incluir Goiânia e Aparecida no programa de apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza profissionais e insumos para municípios com alta transmissão. O apoio foi fundamental para reforçar os atendimentos nas unidades de saúde e ampliar a cobertura das ações de campo, principalmente nas áreas mais afetadas.
Para manter o controle da doença, as prefeituras seguem alertando a população sobre os cuidados essenciais para evitar a proliferação do mosquito transmissor. As principais recomendações incluem tampar caixas d’água, tonéis e baldes; eliminar recipientes que possam acumular água parada, como pneus e garrafas; colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas; manter lixeiras bem tampadas; trocar diariamente a água dos recipientes usados para animais de estimação; e evitar o descarte irregular de entulho em lotes baldios.
A expectativa das autoridades é de que a combinação de ações de campo, vacinação, apoio federal e conscientização coletiva permita não apenas conter o avanço da dengue em 2025, mas também reduzir ainda mais os impactos da doença nos próximos anos
............................
Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual
Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1
Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual Foto: Divulgação
A campanha de vacinação contra a gripe segue com baixa adesão em Goiânia. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na última quarta-feira (11), 305.086 pessoas foram imunizadas na capital, o que representa uma cobertura vacinal de apenas 37,52% do público-alvo. O índice, apesar de insuficiente, ainda supera a média estadual, que é de apenas 28,17%, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
Compre vitaminas e suplementos
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% das pessoas dos grupos prioritários até o fim do ano. No entanto, tanto a capital quanto o restante do estado estão longe de atingir esse objetivo. A situação preocupa as autoridades de saúde, especialmente diante dos números crescentes de casos e óbitos pela doença.
Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1. Até o momento, o estado aplicou 859.990 doses da vacina contra a Influenza e confirmou 480 casos da doença, sendo 125 do tipo H1N1. O avanço da gripe também se reflete na alta de internações: os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que exigem hospitalização, aumentaram 32% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A SMS alerta para a importância da vacinação, especialmente entre crianças, idosos e gestantes, que fazem parte dos grupos mais vulneráveis. A vacina protege contra as cepas mais prevalentes do vírus da gripe em circulação e, mesmo que o imunizado contraia a doença, ela evita quadros graves, reduz a necessidade de internações e diminui a mortalidade.
Compre vitaminas e suplementos
Com outras vacinas
Além disso, a vacina contra a Influenza pode ser administrada junto com outras vacinas do calendário nacional. É segura para todas as faixas etárias e recomendada inclusive para gestantes, pessoas com deficiência ou com comorbidades.
Para ampliar o acesso da população, a Prefeitura de Goiânia mantém 62 salas de vacinação ativas em todas as regiões da cidade. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Algumas delas, como o Centro Municipal de Vacinação (CMV), CIAMS Urias Magalhães e unidades de pronto atendimento (UPAs), também operam aos finais de semana e feriados.
.....................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 16/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Família de aposentado denuncia que ele está internado mas sem receber tratamento
Presidente do CFM fala sobre ética e exame de proficiência em medicina na UB
Como a precarização do trabalho médico afeta toda a sociedade brasileira
Rede D'Or: excelência em qualidade técnica redefine padrões na saúde
Saúde Suplementar: judicialização e a inteligência artificial preditiva
https://medicinasa.com.br/judicializacao-saude-suplementar/
TV ANHANGUERA
Família de aposentado denuncia que ele está internado mas sem receber tratamento
......................
O EXTRA
Presidente do CFM fala sobre ética e exame de proficiência em medicina na UB
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, realizou visita institucional à Universidade Brasil, em Fernandópolis (SP), a convite da reitoria da instituição. Na oportunidade, ele conheceu as instalações do campus e interagiu com os gestores e o corpo docente e discente da escola.
“Este é um momento de muita felicidade para mim. Tenho a chance de me revigorar ao encontrar tantos jovens cheios de energia. Fico contente em saber que, em algum tempo, vão estar graduados em medicina e autorizados legalmente ao exercício diário dessa profissão, que é um misto de vocação, ciência e arte”, afirmou o presidente do CFM.
No auditório da Universidade, na sexta-feira (30), José Hiran Gallo fez uma exposição para os alunos sobre aspectos-chaves citados no Código de Ética Médica; os valores e compromissos impressos no Juramento de Hipócrates; e alguns dos desafios no exercício da medicina.
Várias autoridades locais e da comunidade acadêmica acompanharam a palestra que tratou de questões como a violência contra médicos.
Para o presidente do CFM, este fenômeno tem origem, entre outros fatores, no sucateamento e do excesso de demanda na rede pública. “Assim, o desespero de quem procura por cuidados faz com que, indevidamente, jogue sua insatisfação sobre os ombros do médico que está na porta da emergência”, disse.
Outro ponto abordado foi a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina (Projeto de Lei nº 2.294/2024), cuja proposta já foi aprovada na Comissão de Educação do Senado e está em análise na de Assuntos Sociais. Conforme explicou José Hiran Gallo, o teste funciona como uma barreira de proteção para a sociedade, em especial das parcelas que dependem exclusivamente do SUS.
“A intenção não é punir, mas proteger os pacientes e oferecer a possibilidade de aperfeiçoamento aos egressos que ainda precisam de treinamento”, complementou.
Participaram da atividade, Barbara Izabela Costa (reitora da Universidade Brasil), Rafael Mesquita Lopes (reitor do Centro Universitário de Brasília), João Paulo Cantarella (prefeito de Fernandópolis), dentre outros representantes da comunidade.
.......................
REVISTA VEJA
Como a precarização do trabalho médico afeta toda a sociedade brasileira
Nas últimas décadas, o exercício da medicina no Brasil vem passando por transformações profundas e preocupantes. O que se observa é a consolidação de um modelo de saúde que, embora tenha como base o ideal do Estado de Bem-Estar Social, vem sendo progressivamente moldado por interesses econômicos, gerenciais e mercadológicos que colocam em risco a autonomia médica, a qualidade da assistência e a própria segurança dos pacientes.
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), consagrado pela Constituição Federal de 1988, representou um marco histórico na defesa do direito à saúde como prerrogativa universal, pública e integral. Ao lado do SUS, desenvolveu-se e consolidou-se o Sistema Suplementar de Saúde, que hoje atende cerca de 25% da população brasileira.
Essa coexistência entre os setores público e privado, longe de ser apenas complementar, resultou na transformação da saúde em um setor altamente lucrativo, que movimenta bilhões de reais por ano e envolve interesses diversos — operadoras de planos de saúde, hospitais privados, indústria farmacêutica, além do próprio Estado.
Neste novo cenário, a prática médica deixou de ser marcada pela tradicional relação direta e de confiança entre médico e paciente. Em seu lugar, instaurou-se um sistema intermediado por burocracias, protocolos rígidos, limitações de cobertura e imposições de metas e indicadores de produtividade.
O profissional médico vê-se frequentemente impedido de exercer sua autonomia para solicitar exames, indicar tratamentos ou optar por condutas que julgue mais adequadas ao caso clínico individual, sendo forçado a obedecer às regras e diretrizes estabelecidas por gestores públicos e privados.
Essa realidade compromete gravemente a qualidade da atenção prestada e gera efeitos colaterais preocupantes: atendimentos cada vez mais breves e impessoais, deterioração do vínculo terapêutico, insegurança na tomada de decisões clínicas, frustração profissional, e — o que é mais grave — desconfiança por parte da população, que percebe a limitação imposta ao médico como um obstáculo ao seu direito pleno à saúde.
Além disso, a fragmentação do cuidado, marcada pela ausência de acompanhamento longitudinal e pela superespecialização desarticulada, favorece a descontinuidade terapêutica e o aumento dos riscos assistenciais. As decisões clínicas, em muitos contextos, passam a ser guiadas por considerações financeiras em vez de serem exclusivamente orientadas pelas necessidades dos pacientes.
A esse cenário se somam dois fatores particularmente alarmantes:
1. A expansão descontrolada de cursos de medicina, sobretudo no setor privado, sem critérios de qualidade, sem infraestrutura adequada, sem hospitais universitários e sem vagas suficientes em programas de residência médica. Tal processo tem gerado a inserção no mercado de profissionais com formação deficiente, o que compromete a segurança da assistência e o prestígio da profissão.
2. O aumento expressivo da judicialização da saúde, que reflete não apenas as lacunas do sistema em garantir acesso, mas também o crescimento dos conflitos entre usuários, operadoras e profissionais. Médicos vêm sendo cada vez mais responsabilizados por falhas estruturais do sistema, muitas vezes exercendo sua atividade em condições adversas e sem o devido respaldo institucional.
Hoje, o médico brasileiro deixou de ser, em grande medida, um profissional liberal para tornar-se um “prestador de serviço”, submetido à lógica de mercado e à precarização de seus vínculos trabalhistas. Contratos temporários, jornadas exaustivas, ausência de direitos trabalhistas, pressão por produtividade e remuneração desvalorizada tornaram-se realidade cotidiana para muitos.
Esse processo de precarização impacta não apenas o bem-estar do médico, que sofre com altos índices de estresse, síndrome de burnout e insatisfação profissional, mas também a própria população, que recebe um cuidado cada vez mais mecanizado e menos humano. A qualidade da assistência médica está intrinsecamente relacionada às condições em que ela é prestada — e é impossível oferecer cuidado digno em ambientes que não garantem dignidade ao profissional.
Diante desse cenário, a Associação Médica Brasileira reafirma seu compromisso com a valorização da medicina e de seus profissionais. É urgente que a sociedade, os gestores e os legisladores compreendam que a sustentabilidade do sistema de saúde passa pela construção de um modelo que respeite e fortaleça a autonomia médica, ofereça condições dignas de trabalho e priorize a qualidade da assistência em vez da lógica do lucro.
As nossas propostas são:
• A regulamentação dos vínculos trabalhistas, com garantia de contratos estáveis e direitos sociais.
• A valorização da remuneração médica, especialmente em regiões de difícil acesso.
• Investimentos consistentes em infraestrutura, para que médicos possam exercer sua função com segurança.
• A revisão da política de abertura de escolas médicas, com critérios rigorosos de qualidade e fiscalização.
• A implementação de políticas públicas que incentivem a fixação de profissionais em áreas carentes, sem abrir mão da formação adequada.
A medicina é uma atividade essencial à vida e ao bem-estar da população. A desvalorização de seus profissionais não é apenas uma afronta à classe médica — é um risco à saúde pública. A luta contra a precarização do trabalho médico é, portanto, uma luta por um sistema de saúde mais justo, eficiente e humano.
* Florisval Meinão é médico especialista em otorrinolaringologia, atual secretário-geral da Associação Médica Brasileira (AMB) e ex-presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)
..........................
METRÓPOLES
Rede D'Or: excelência em qualidade técnica redefine padrões na saúde
A transparência na divulgação de indicadores assistenciais contribui para que os pacientes façam escolhas assertivas
A Rede D'Or acredita que o paciente merece um cuidado baseado nas melhores práticas, na segurança e na transparência. Por isso, investe no Programa de Qualidade Técnica mais robusto da América Latina, consolidando-se como referência em saúde no Brasil e elevando os padrões de atendimento no país.
Esse programa é sustentado em três pilares: acreditação dos hospitais, monitoramento rigoroso de indicadores e transparência na divulgação dos resultados. Cada etapa é voltada para ampliar a confiança e a segurança de quem escolhe a Rede D'Or.
Qualidade aplicada à realidade
A acreditação é uma certificação que confirma a excelência no cuidado e na segurança assistencial. A Rede D'Or adota metodologias reconhecidas pela ISQua, como a Joint Commission International (JCI), a principal acreditadora do mundo.
Além de certificações da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA), Qmentum International, National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (Niaho) e Organização Nacional de Acreditação (ONA).
Hoje, 90% dos hospitais da Rede D'Or são acreditados - e os 10% restantes já estão em processo para obtenção da acreditação. Desses hospitais acreditados, 55% possuem acreditações internacionais. Entre os hospitais certificados pela JCI no Brasil, 40% pertencem à Rede D'Or.
Monitoramento de indicadores com dupla auditoria
A Rede D'Or monitora 53 indicadores de qualidade assistencial nas 79 unidades, localizadas em 13 estados e no Distrito Federal. Esses indicadores passam anualmente por uma revisão minuciosa de especialistas, garantindo a atualização com as melhores práticas clínicas.
O diferencial do programa é a dupla auditoria. Em que, primeiro, uma equipe interna especializada audita os dados coletados e depois, uma auditoria externa e independente valida essas informações.
Transparência na divulgação dos resultados
Desde 2022, a Rede D'Or lidera a divulgação pública dos indicadores de qualidade técnica, reforçando o compromisso com a transparência. Essa prática permite que pacientes e parceiros tomem decisões mais seguras, baseadas em informações confiáveis.
Os resultados da Rede D'Or se destacam em bases de comparação nacionais como a da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e a da Epimed, que avalia UTIs em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Na última análise, 89% das unidades da Rede D'Or foram reconhecidas entre as de melhor desempenho clínico, conquistando a premiação UTI Top Performer e/ou UTI Eficiente. A cada quatro UTIs reconhecidas no país, uma pertence à Rede D'Or.
Reputação reconhecida
O programa de qualidade técnica da Rede D'Or não apenas transforma a experiência dos pacientes, mas também é reconhecido no Brasil e no exterior.
A instituição foi eleita "Empresa da Década" em Serviços Médicos pelo Valor 1000 e representa 25% dos hospitais premiados no ranking World's Best Hospitals 2025, da revista , com 28 hospitais listados - sete a mais que no ano anterior.
Em sustentabilidade, a Rede D'Or mantém o Selo Ouro no programa GHG Protocol, integra o anuário The Sustainability Yearbook da S&P Global ESG Scores e faz parte, pelo segundo ano consecutivo, do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
Para a Rede D'Or, as certificações e os prêmios são importantes, mas o objetivo central é sempre a melhoria do cuidado ao paciente.
A instituição promove uma cultura de segurança em todas as unidades, incentivando os profissionais a identificar oportunidades de melhoria e compartilhar boas práticas.
Com o programa de qualidade técnica, a Rede D'Or reafirma diariamente o compromisso com a excelência, a inovação e o cuidado genuíno com cada paciente.
.............................
MEDICINA S/A
Saúde Suplementar: judicialização e a inteligência artificial preditiva
A judicialização da saúde suplementar representa um dos fenômenos mais emblemáticos da sobrecarga estrutural do sistema judiciário brasileiro. Segundo levantamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2025, foram ajuizadas 53.157 ações relacionadas à saúde no estado. Esse volume corresponde a uma média de 35 novas ações por dia útil, evidenciando o caráter sistêmico da litigância em saúde e sua recorrência factual e jurídica.
A análise estatística dessas demandas demonstra que 31% têm como objeto o acesso a tratamentos médico-hospitalares negados, enquanto 12% estão relacionadas ao fornecimento de medicamentos - frequentemente de alto custo ou não incorporados às diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Outros percentuais expressivos envolvem pedidos de home care, insumos médicos e acesso à terapia intensiva, indicando um padrão que transcende casos isolados e aponta para disfunções sistêmicas na regulação, contratação e entrega de serviços no setor suplementar de saúde.
Diante desse quadro, a aplicação de inteligência artificial preditiva (IAP) surge como um mecanismo central de enfrentamento do contencioso de massa. Trata-se da utilização de algoritmos estatísticos e modelos de aprendizado de máquina (machine learning) treinados com grandes volumes de dados extraídos de jurisprudência, protocolos administrativos e normativos regulatórios. O objetivo é construir sistemas que possam prever com alto grau de acurácia os possíveis desfechos de um litígio, a partir da identificação de variáveis-chave, como fundamentos da petição, tipo de cobertura pleiteada, perfil do beneficiário, jurisprudência local e decisões anteriores do mesmo juízo ou relator.
Tais modelos têm potencial para revolucionar a gestão jurídica no setor da saúde suplementar. A partir da classificação automatizada de litígios por grau de risco e recorrência, torna-se possível estruturar estratégias de autocomposição padronizadas, aprimorar a tomada de decisão em tempo real e estabelecer filtros técnicos para a formação de teses defensivas com base em clusters jurisprudenciais. Em ambientes empresariais, especialmente no contexto das operadoras de planos de saúde, a IAP viabiliza o mapeamento de litígios evitáveis, o redesenho de fluxos internos de análise contratual e o redirecionamento de recursos para disputas de maior complexidade e impacto econômico-regulatório.
Paralelamente, o Poder Judiciário e os órgãos reguladores vêm ampliando o escopo de projetos estruturantes orientados à desjudicialização. Em novembro de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) firmou acordo de cooperação técnica com a ANS, prevendo a elaboração de pareceres técnico-científicos para subsidiar decisões judiciais, o incentivo ao uso de métodos alternativos de resolução de conflitos e o monitoramento sistemático das principais causas da litigância no setor. A cooperação, com duração inicial de 36 meses, prevê também a formação de um grupo de trabalho interinstitucional para acompanhamento e avaliação periódica de impacto.
Inserida nesse ecossistema de inovação institucional, a plataforma +Acordo, desenvolvida pelo TJ-RJ em parceria com a PUC-Rio, representa um exemplo relevante - embora não exclusivo - da aplicação de soluções digitais alinhadas às diretrizes da Justiça 4.0. Inicialmente voltada para demandas do Direito do Consumidor, a plataforma passou a incluir operadoras de saúde suplementar, com destaque para a adesão da Unimed Ferj no final de 2024. O sistema permite a submissão de propostas de acordo automatizadas, com cláusulas dinâmicas baseadas em decisões anteriores, jurisprudência dominante e parâmetros objetivos, sendo sua homologação realizada diretamente no processo judicial eletrônico.
A estrutura da plataforma reflete um modelo orientado por dados, onde a IA atua na sugestão parametrizada de termos conciliatórios e na filtragem de litígios elegíveis à autocomposição. Ainda que experimental, a iniciativa alinha-se à tendência de valorização da resolução extrajudicial assistida por tecnologia, especialmente em segmentos marcados por alta incidência de litígios com baixa complexidade técnica ou elevada padronização de causa de pedir.
A aplicação coordenada de inteligência artificial preditiva e plataformas digitais especializadas não apenas favorece a eficiência judicial e a racionalidade administrativa, como também reforça a previsibilidade e a segurança jurídica no setor regulado. Ao permitir a identificação antecipada de litígios com elevado potencial de composição, a IAP atua como elemento de racionalização sistêmica, contribuindo para o redesenho dos limites entre o contratual e o judicializável, com impacto direto sobre a governança regulatória e a sustentabilidade econômico-financeira das operadoras.
Assim, o futuro da resolução de conflitos no setor da saúde suplementar depende cada vez menos da resposta reativa dos tribunais e cada vez mais da inteligência coordenada entre dados, tecnologia e decisão institucional. Trata-se de transitar de um modelo fragmentado e casuístico para uma lógica preventiva, parametrizada e estratégica, em que o litígio não seja a regra, mas a exceção tecnicamente qualificada. A inteligência artificial preditiva, nesse cenário, consolida-se não apenas como ferramenta, mas como infraestrutura analítica essencial à modernização do Direito e à racionalização do acesso à justiça.
*Lívia Linhares é sócia responsável pelo Contencioso e Rachel Quintana Rua Duarte é advogada do Bhering Cabral Advogados.
.............................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 13/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
INSPIRED NEWS
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
O número de mulheres nos planos de saúde atinge 27,6 milhões, sendo 53% do total, com destaque para as faixas etárias mais velhas, segundo dados do IESS.
Um novo levantamento revelou que a participação feminina nos planos de saúde atingiu um número recorde, com 27,6 milhões de mulheres beneficiárias, o que representa 53% do total de 52,3 milhões de vínculos na saúde suplementar. Essa análise, realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra um crescimento significativo desde 2014, quando 26,6 milhões de mulheres estavam cadastradas.
Entre 2020 e 2025, o crescimento do número de mulheres com acesso a planos médico-hospitalares foi de 9,2%. A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que mais cresceu, com um aumento impressionante de 27,6%. Outras faixas etárias que apresentaram aumento significativo foram as de 75 a 79 anos, com 24,4% de crescimento, e 40 a 44 anos, com 21,9%. O relatório do IESS destaca que os planos coletivos empresariais são os mais predominantes, abrangendo 69,2% dos vínculos femininos, o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de mulheres.
A região Sudeste do Brasil se destaca como a que concentra o maior número de beneficiárias, representando 59,6% do total. Nesse contexto, São Paulo aparece como líder, com 9,7 milhões de mulheres com planos médico-hospitalares, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões, e pelo Paraná, com 1,7 milhão de beneficiárias. José Cechin, superintendente executivo do IESS, aponta que esses números refletem a forte dependência da saúde suplementar em relação ao mercado de trabalho formal. Além disso, ele destaca que a preocupação das mulheres com a saúde é um fator importante que as leva a buscar esse benefício. "A necessidade e o uso de um plano tendem a ser maior do que para os homens", afirma.
Ainda segundo dados do governo federal, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro aumentou para 40,6%, totalizando 7,7 milhões de mulheres, apesar da persistente desigualdade salarial, onde elas ganham em média 20,9% a menos que os homens. O IESS não analisou se essa maior participação das mulheres nos planos de saúde está relacionada a custos médicos mais elevados. A médica Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde, sugere que isso pode ser um fator a ser considerado, especialmente para a faixa etária que mais cresceu em vínculos, a de 45 a 49 anos, que coincidentemente é uma fase marcada pelas mudanças hormonais e pela menopausa, levando muitas mulheres a buscar assistência médica.
Na faixa etária de 75 a 79 anos, também há um aumento significativo na procura por serviços de saúde. Malik cita que, acima dos 70 anos, as mulheres tendem a utilizar mais o sistema de saúde, dado que elas são demograficamente mais numerosas e, culturalmente, possuem um cuidado maior com sua saúde.
Martha Oliveira, CEO do Grupo Laços e que já ocupou um cargo de direção na ANS, ressalta a necessidade de o setor de saúde suplementar se adaptar a essa feminização. Ela destaca que, acima dos 60 anos, a proporção é de 7,1 homens para 8,1 mulheres e, acima dos 80 anos, a relação é ainda mais acentuada, com 1,9 homem para 3,4 mulheres. Tradicionalmente, o público feminino sempre foi associado à obstetrícia e aos partos, mas a realidade atual exige abordagens e programas de cuidado diferentes.
Oliveira também menciona um aumento de mulheres que vivem sozinhas, destacando uma epidemia de solidão que precisa ser tratada como um fator de risco, assim como hipertensão e outras condições. A falta de uma abordagem focada na medicina preventiva, especialmente para um envelhecimento saudável, é uma preocupação, segundo Malik. Ela acredita que o setor de saúde suplementar deve se atentar mais a esses aspectos, visto que a medicina preventiva não é uma prioridade, exceto para alguns planos que se especializam em atender ao público idoso.
O envelhecimento populacional é uma realidade que muitos sistemas de saúde no mundo estão abordando de forma proativa, enquanto o Brasil ainda oferece serviços sem considerar essas mudanças. Oliveira alerta que a abordagem tradicional de tratar doenças crônicas não será eficaz, pois isso pode resultar em custos elevados e cuidados inadequados.
Com a crescente presença de mulheres idosas no sistema de saúde suplementar, há um aumento potencial nos casos de osteoporose e riscos de quedas e fraturas. Prevenir esses problemas por meio de exercícios e programas de saúde deve ser uma prioridade para o setor, segundo Oliveira. Ela enfatiza que a prevenção precisa ser iniciada a partir dos 30 ou 40 anos, com foco na manutenção da mobilidade e prevenção de quedas, assegurando que as mulheres envelheçam de forma saudável e com menos custos associados tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde.
A situação atual dos planos de saúde e a participação crescente das mulheres traz à tona a necessidade de reavaliar as políticas e práticas dentro da saúde suplementar, assegurando que as mudanças demográficas sejam acompanhadas por um atendimento que considere a saúde integral e as especificidades de cada faixa etária.
.................................
PORTAL SAÚDE DIGITAL NEWS
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
A saúde pública no Brasil está em constante evolução, e a tecnologia surge como uma aliada essencial para melhorar a eficiência, a qualidade e o acesso aos serviços de saúde. Neste cenário, falar sobre a transformação digital como um apoio da gestão e da população é falar do futuro.
De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2024, 90% dos estabelecimentos de Saúde Pública do Brasil utilizam hoje um sistema eletrônico para registro das informações do paciente. O número representa uma evolução, mas a transformação digital vai além do registro apenas. Os próximos passos, como a massificação da telemedicina, a integração entre sistemas e a presença da inteligência artificial ainda serão discutidos.
Neste cenário, a MV, líder em desenvolvimento de tecnologia para a saúde, estará presente no Congresso Conasems, reforçando seu compromisso com a inovação e a eficiência na gestão pública de saúde. Com soluções que integram dados clínicos, administrativos e epidemiológicos, a MV contribui para a tomada de decisão estratégica, permitindo que gestores municipais ofereçam um atendimento mais ágil e preciso à população.
"Estamos em um momento crucial para a saúde pública, onde a tecnologia não é mais um diferencial, mas uma necessidade. Mais do que a existência de um computador em uma sala, buscamos trazer a transformação completa, chegando até a palma da mão do cidadão. Temos exemplos pelo Brasil, como no caso do Hospital Geral do Grajaú, 00% SUS, além de unidades estaduais de Goiás e exemplos de municípios, que tiveram uma grande transformação no atendimento e na celeridade dos processos com a tecnologia", destaca Francisco Figueiredo, Diretor Corporativo de Operações da MV.
O Congresso do Conasems reunirá secretários municipais de saúde, especialistas e representantes do setor para debater os desafios e oportunidades da saúde pública no país. A participação da MV no evento reforça a importância da transformação digital como caminho para uma assistência mais eficiente, humana e sustentável.
..............................
METROPOLES
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
Grupo farmacêutico envolvido em esquema de irregularidades na Lei Rouanet assinou contrato de R$ 64 milhões com o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde contratou por R$ 64,5 milhões, em janeiro deste ano, o grupo farmacêutico Takeda para fornecer concentrado de fator de coagulação, medicamento essencial no tratamento de distúrbios hemorrágicos como a hemofilia.
O acordo foi celebrado mesmo após o grupo ter sido multado em R$ 3,2 milhões pela Controladoria-Geral da União (CGU), em 2023, por desvio de finalidade e uso indevido de renúncia fiscal por meio da Lei Rouanet.
2 imagens Fechar modal. 1 de 2 Contrato foi firmado na gestão da ex-ministra Nísia Trindade Reprodução 2 de 2 CGU e PF atuaram em conjunto para desarticular fraude Reprodução
A penalidade aplicada à Takeda teve como base as investigações da Operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal, em 2017, durante a gestão do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
As apurações revelaram que a Nycomed Produtos Farmacêuticos - incorporada pela Takeda em 2011 - utilizou recursos públicos destinados a projetos culturais para financiar ações de interesse corporativo, contrariando os objetivos da legislação de incentivo.
Os atos investigados ocorreram entre 2008 e 2011, quando a Nycomed ainda operava como empresa independente.
No entanto, a Takeda foi responsabilizada administrativamente após incorporar a companhia.
A CGU concluiu que houve desvio de finalidade dos recursos incentivados, originalmente destinados à promoção cultural, e que acabaram sendo direcionados a atividades promocionais da farmacêutica.
Entre as ações custeadas irregularmente, estão a celebração dos 60 anos da companhia e a produção de livros institucionais utilizados em campanhas internas.
Esses eventos foram viabilizados por meio do patrocínio de três projetos culturais - dois shows e uma publicação - que, segundo a CGU, foram descaracterizados para atender a interesses comerciais, prática expressamente vedada pela Lei Rouanet.
A CGU apontou que a empresa se valeu de interpostas pessoas jurídicas e físicas, configurando uma tentativa de ocultar sua participação direta.
Os nomes citados foram a empresa Vision Mídia e Propaganda e a pessoa física Kátia dos Santos Piauy, ambas ligadas ao chamado Grupo Bellini Cultural.
Ainda conforme o relatório, o Grupo Bellini atuava como intermediário e executor de projetos financiados com recursos incentivados.
A CGU afirma que a Takeda celebrou acordos com o grupo para direcionar os recursos públicos a objetivos corporativos.
A Vision e Kátia Piauy teriam viabilizado a apresentação e execução das propostas junto ao então Ministério da Cultura.
A CGU também destacou que a Takeda já possuía um histórico consolidado no uso da Lei Rouanet, com mais de 70 projetos aprovados entre 1999 e 2015, totalizando mais de R$ 9 milhões em aportes.
Esse contexto, segundo o órgão de controle, enfraqueceu a alegação de desconhecimento da legislação ou erro de interpretação.
O que diz a empresa
Em sua defesa, a Takeda alegou boa-fé, disse ter sido induzida ao erro pelo Grupo Bellini e destacou o pagamento voluntário dos tributos relacionados aos projetos investigados. Negou, ainda, ter participado de qualquer plano fraudulento.
A CGU, no entanto, rejeitou os argumentos e concluiu que houve fraude na destinação dos recursos públicos para fins privados.
Procurado pela coluna, o grupo Takeda declarou que cumpriu integralmente todas as determinações da CGU, encerrando o processo.
"Na ocasião, a empresa colaborou com as investigações e cumpriu a penalidade aplicada, reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência.
Ressaltamos que não houve, em nenhum momento, qualquer impedimento para que a empresa continuasse fornecendo medicamentos ao governo brasileiro.
Os contratos são firmados em total conformidade com a legislação e os trâmites legais, refletindo o compromisso da Takeda em contribuir para o acesso à saúde no Brasil."
O que diz o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que a Takeda Distribuidora participou regularmente do Pregão Eletrônico nº 90112/2024, destinado ao fornecimento de concentrado de fator de coagulação IX, tendo atendido a todos os critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no edital e se sagrado vencedora.
"Para participar de processos licitatórios, é exigido o cumprimento de uma série de requisitos legais e documentais. A empresa apresentou toda a documentação necessária e não possuía qualquer restrição nos cadastros oficiais consultados, como o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), certidão do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros."
...............................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 12/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Medicina Preventiva: o futuro da saúde começa agora
https://medicinasa.com.br/medicina-preventiva/
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/06/associados-da-ahpaceg-recebem-selo-uti.html
OMS alerta para desigualdade na distribuição de enfermeiros no mundo
Justiça impõe novas regras para sedação por dentistas: clínicas precisarão seguir protocolos médicos
https://unimed.empauta.com/e6/noticia/2506121749706086021
Prefeito Sandro Mabel estuda colocar Organização Social apenas em maternidades
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeito-sandro-mabel-estuda-colocar-organizacao-social-apenas-em-maternidades-13674076.ghtml
ABJD ajuíza ação para anular 1,2 mil processos do Tribunal de Contas contra ex-secretário da Saúde de Goiânia
TV ANHANGUERA
Prefeito Sandro Mabel estuda colocar Organização Social apenas em maternidades
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeito-sandro-mabel-estuda-colocar-organizacao-social-apenas-em-maternidades-13674076.ghtml
...............................
MEDICINA S/A
Medicina Preventiva: o futuro da saúde começa agora
Como Unimeds, operadoras e healthtechs estão moldando o futuro da saúde com iniciativas voltadas para a Medicina Preventiva. Na edição que circulará no final de agosto, a Revista Medicina S/A destacará um dos pilares mais relevantes e transformadores da área da saúde: a Medicina Preventiva. Em um cenário onde a longevidade da população cresce e os sistemas de saúde enfrentam desafios crescentes, prevenir é mais do que necessário — é estratégico.
Tecnologia, gestão e inteligência em saúde impulsionam a nova era da Medicina Preventiva
Vamos apresentar iniciativas de Unimeds que estão redesenhando o cuidado com o paciente por meio de programas preventivos, rastreamentos precoces, ações educativas e gestão proativa da saúde populacional. Mais do que evitar doenças, essas práticas promovem bem-estar, reduzem custos e fortalecem a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Abordaremos cases concretos, dados atualizados e entrevistas com especialistas que mostram como a prevenção está deixando de ser um conceito para se tornar uma prática central em hospitais, clínicas e operadoras.
Unimeds e Operadoras: protagonismo em Medicina Preventiva
Com capilaridade e protagonismo na implementação de iniciativas voltadas à Medicina Preventiva, as Unimeds têm liderado modelos inovadores de prevenção no Brasil. Destacar essas experiências é reconhecer seu papel estratégico na construção de um sistema de saúde mais proativo, humano e preparado para os desafios do futuro. Nosso objetivo é evidenciar como a Medicina Preventiva está transformando a gestão em saúde, contribuindo para uma sociedade mais saudável, consciente e preparada para o futuro.
✅ Modelos de cuidado baseados no perfil de risco dos pacientes e atenção primária
✅ Uso de IA, análise de dados e ferramentas digitais para antecipar problemas de saúde
✅ Programas de check-up e rastreamento personalizados para doenças crônicas
✅ Monitoramento remoto da saúde com uso de aplicativos, dispositivos vestíveis e telemedicina
✅ Ações para evitar exames, tratamentos e internações desnecessárias
✅ Iniciativas focadas em saúde mental preventiva
✅ Campanhas de vacinação, vigilância epidemiológica e aprendizados do pós-pandemia
✅ Cuidados voltados ao envelhecimento saudável e à promoção da longevidade
✅ Estratégias de educação em saúde e comunicação com os pacientes em diferentes canais
✅ Modelos de remuneração e incentivos baseados em resultados e indicadores de saúde
Tecnologias e Soluções Inovadoras para a Medicina Preventiva
Além das iniciativas da Saúde Suplementar, vamos apresentar serviços, tecnologias e soluções inovadoras que estão apoiando toda a cadeia produtiva da saúde — de operadoras a prestadores, passando por healthtechs e empresas de diagnóstico — a colocar a Medicina Preventiva em prática de forma mais eficiente, integrada e orientada por dados. Essas iniciativas têm sido fundamentais para ampliar o acesso, otimizar recursos e gerar melhores desfechos clínicos.
As healthtechs e empresas fornecedoras de soluções são peças-chave na transformação da Medicina Preventiva no Brasil. Com tecnologias, plataformas digitais e inteligência de dados, vêm potencializando um cuidado mais eficiente, contínuo e acessível. Participar desta edição é uma oportunidade de mostrar como essas inovações estão ampliando o acesso, otimizando recursos e gerando melhores desfechos em saúde.
Entre as soluções em destaque, estão as ferramentas de inteligência artificial e analytics para predição de doenças e gestão proativa, check-ups personalizados e protocolos de rastreamento baseados em evidências, tecnologias de monitoramento remoto como apps, wearables e telemonitoramento contínuo, além de sistemas de apoio à decisão clínica. Também ganham relevância as soluções para gestão vacinal e vigilância epidemiológica, iniciativas integradas para promoção da longevidade saudável, plataformas de educação em saúde e engajamento do paciente, e modelos de Value-Based Care aliados a Business Intelligence e avaliação de desfechos clínicos.
Saúde Mental, Medicina Preventiva e a NR-1
A saúde mental vem ganhando destaque como parte essencial da Medicina Preventiva, especialmente diante das mudanças recentes na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que passou a reconhecer os riscos psicossociais no ambiente de trabalho com a mesma relevância dos riscos físicos. A nova diretriz exige das empresas uma abordagem mais proativa na identificação, avaliação e mitigação de fatores como estresse crônico, ansiedade, burnout, assédio moral e outras condições que impactam diretamente o bem-estar emocional dos trabalhadores. Essa mudança sinaliza um avanço importante na forma como a saúde mental é tratada na esfera ocupacional, promovendo ambientes mais seguros, saudáveis e humanos.
Na edição especial sobre Medicina Preventiva, a Revista Medicina S/A abordará como a atualização da NR-1 se conecta com práticas preventivas nas empresas e instituições de saúde. Serão discutidos temas como a implantação de programas de saúde mental preventiva, o uso de tecnologias para monitoramento emocional, capacitação de lideranças para gestão de clima organizacional, além de estratégias de acolhimento e escuta ativa. A cobertura trará cases de boas práticas, ferramentas inovadoras e evidências sobre os benefícios de integrar a saúde mental à estratégia preventiva das organizações — não apenas para cumprir uma exigência legal, mas para promover qualidade de vida, produtividade sustentável e equilíbrio nas relações de trabalho.
A nova NR-1 também impulsiona o debate sobre o papel das soluções digitais no cuidado com a saúde mental nas empresas, e a telemedicina surge como aliada estratégica nessa adaptação. Entre essas soluções, destacam-se as plataformas digitais de triagem e acompanhamento psicológico, os programas de suporte emocional com atendimento remoto, os sistemas de mapeamento de riscos mentais e os recursos voltados à capacitação de lideranças para a gestão de clima organizacional e acolhimento. Com o avanço da digitalização na saúde, cresce também o uso de indicadores de bem-estar, inteligência artificial e dados preditivos para personalizar intervenções e otimizar a tomada de decisão nas áreas de RH e saúde corporativa.
.......................................
FOLHA DO PLANALTO
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
Reconhecimento nacional foi entregue a hospitais associados da Ahpaceg com base nos resultados obtidos em 2024
Hospitais associados da Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) receberam, no dia 11, o selo UTI Top Performance concedido em 2025 pela Epimed Solutions em parceria com AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). O certificado é referente à excelência da atuação dos hospitais em 2024 no atendimento a pacientes críticos.
A entrega foi realizada por Joan Rodrigues de Castro, presidente da Sotiego (Sociedade de Terapia Intensiva do Estado de Goiás) e representante da Epimed no estado; Patrícia Maia, gerente Comercial Centro-Oeste da Epimed Solutions; e Rose Pimenta, gerente Comercial Inside Sales da empresa.
O selo UTI Top Performer é concedido às UTIs que apresentam alta eficiência assistencial, com base nas matrizes de desempenho geradas pelo sistema Epimed Monitor, ferramenta amplamente utilizada no país para gestão e análise de dados em terapia intensiva.
Além do selo UTI Top Performer, foram entregues certificados de “Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho”, concedidos pela AMIB aos hospitais que gerenciam seus indicadores de maneira sistemática, em conformidade com a Resolução RDC nº 7/2010 da Anvisa, por meio do sistema Epimed Monitor UTI Adulto.
Essa certificação destaca instituições comprometidas com a melhoria contínua da medicina intensiva e da segurança do paciente no Brasil.
Durante a entrega, Rose Pimenta destacou que o reconhecimento envolve todo o processo de recuperação do paciente. “O certificado UTI Top Performer não diz respeito somente às UTIs, mas a todo desfecho hospitalar que o paciente necessita após passar pela terapia intensiva. É preciso que o paciente seja bem cuidado após a UTI para que tenhamos um bom desfecho”, afirmou.
Joan Rodrigues de Castro parabenizou os hospitais pela conquista e incentivou a ampliação do reconhecimento no Estado. “Esperamos que o número de instituições certificadas aumente a cada ano e que as que já conquistaram o selo UTI Top Performer continuem primando pela segurança, qualidade, sustentabilidade e eficiência operacional.”
Na edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, 13 hospitais privados goianos receberam o selo UTI Top Performer, dos quais 10 são associados à Ahpaceg, reforçando a liderança da rede Ahpaceg na excelência da medicina intensiva.
Confira os associados certificados como UTI Top Performer 2025:
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi (também reconhecido como Top UTI Eficiente Cardiológica)
Hospital do Rim de Goiânia
Hospital e Maternidade Santa Bárbara
Hospital Mater Dei
Hospital São Francisco de Assis
Instituto de Neurologia de Goiânia
Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
.................................
SAÚDE BUSINESS
OMS alerta para desigualdade na distribuição de enfermeiros no mundo
Relatório projeta redução do déficit global até 2030, mas concentração de profissionais em países mais ricos ainda compromete o acesso à saúde.
Um relatório recém-divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), State of the World’s Nursing 2025, aponta que, apesar do crescimento no número de profissionais de enfermagem em nível global, a distribuição desses trabalhadores segue profundamente desigual. Em 2023, o total de enfermeiros no mundo chegou a 29,8 milhões.
Segundo o levantamento, cerca de 78% desses profissionais estão concentrados em países que reúnem apenas 49% da população mundial. Ainda de acordo com a OMS, o déficit global na força de trabalho da enfermagem caiu de 6,2 milhões em 2020 para 5,8 milhões em 2023, com expectativa de redução para 4,1 milhões até 2030. Apesar da melhora, a desigualdade no acesso permanece como um obstáculo à equidade nos sistemas de saúde.
Desigualdade também é desafio no Brasil
No cenário brasileiro, os dados mais recentes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) indicam a existência de 783.566 enfermeiros em atividade no país. O estado de São Paulo concentra o maior contingente, com 191.160 profissionais.
Para o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, a má distribuição da força de trabalho em enfermagem compromete o acesso da população aos serviços de saúde, problema semelhante ao observado entre os médicos. “Não se trata apenas de má gestão de recursos humanos, mas de uma falha estrutural na formulação das políticas públicas de saúde”, afirmou.
O especialista defende a criação de mecanismos legais de cooperação entre União, estados e municípios, com foco no fortalecimento da atenção básica por meio da valorização dos recursos humanos. “Essas ações precisam estar acompanhadas de infraestrutura adequada, planos de carreira bem estruturados e garantias de segurança no exercício profissional”, completou Canal.
..............................
CANAL COM Q
Justiça impõe novas regras para sedação por dentistas: clínicas precisarão seguir protocolos médicos
Uma decisão da Justiça Federal da 1ª Região determinou que, até que o Conselho Federal de Odontologia (CFO) edite regras próprias sobre sedação, cirurgiões-dentistas devem seguir os mesmos protocolos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A medida impacta diretamente clínicas odontológicas e estéticas que realizam procedimentos com sedativos, como benzodiazepínicos, opioides e hipnóticos.
A decisão foi proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 1110860-65.2023.4.01.3400, ajuizada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) contra o CFO, e tem como base a ausência de regulamentação específica para o uso de fármacos controlados em consultórios odontológicos.
O que motivou a decisão judicial?
A SBA argumentou que a sedação com medicamentos controlados deve ser restrita a médicos anestesistas, alegando riscos à saúde dos pacientes diante da ausência de protocolos técnicos equivalentes aos exigidos na medicina. Apesar disso, a Justiça rejeitou a proibição genérica, por entender que tal medida causaria prejuízos desproporcionais à atuação de toda a categoria odontológica.
A juíza federal Raquel Soares Chiarelli reconheceu a lacuna normativa do CFO, mas autorizou a continuidade da prática - desde que os profissionais sigam os parâmetros definidos em resoluções do CFM.
Quais protocolos devem ser seguidos?
Até que o CFO publique regulamentação própria, os dentistas devem observar as seguintes exigências previstas nas resoluções do CFM:
Realização de consulta pré-anestésica com o paciente;
Obrigatoriedade de exames prévios à sedação;
Presença de um profissional exclusivo para monitorar a sedação, distinto daquele que realiza o procedimento principal;
Manutenção de convênio com serviço de emergência médica e hospital capacitado para atender intercorrências;
Adoção de protocolos completos de segurança, monitoramento e prontuário.
Essas regras constam nas Resoluções CFM nº 2.174/2017, nº 1.670/2003 e nº 1.886/2008.
Riscos para clínicas que não se adequarem
A decisão judicial não impede a sedação por dentistas, mas impõe uma série de exigências estruturais e técnicas. O não cumprimento pode gerar responsabilização cível, criminal e administrativa, especialmente em casos de complicações com pacientes.
Além disso, clínicas que ignorarem os protocolos médicos podem sofrer sanções por órgãos de classe ou até enfrentar ações judiciais por falhas no atendimento.
Como se preparar para o novo cenário?
A adequação aos parâmetros médicos exige planejamento e investimento por parte das clínicas. Entre as medidas recomendadas estão:
Reavaliação de contratos com fornecedores e profissionais de apoio;
Revisão de infraestrutura e rotinas clínicas;
Treinamento das equipes com foco nos riscos da sedação;
Apoio jurídico para garantir a conformidade com as normas aplicáveis.
Segurança e conformidade como diferenciais competitivos
A decisão judicial reforça a importância de atuar com respaldo normativo em procedimentos que envolvem sedação. Para clínicas odontológicas e estéticas, estar em conformidade com as exigências médicas não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo no mercado.
Buscar orientação jurídica especializada pode ser o caminho mais seguro para garantir a continuidade dos serviços com responsabilidade, evitando exposição a riscos legais e protegendo a saúde dos pacientes.
...........................................
CBN GOIÂNIA
ABJD ajuíza ação para anular 1,2 mil processos do Tribunal de Contas contra ex-secretário da Saúde de Goiânia
..................................
Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
Reconhecimento nacional foi entregue a hospitais associados da Ahpaceg com base nos resultados obtidos em 2024
Hospitais associados da Ahpaceg receberam hoje, 11, o selo UTI Top Performance concedido em 2025 pela Epimed Solutions em parceria com AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). O certificado é referente à excelência da atuação dos hospitais em 2024 no atendimento a pacientes críticos.
A entrega foi realizada por Joan Rodrigues de Castro, presidente da Sotiego (Sociedade de Terapia Intensiva do Estado de Goiás) e representante da Epimed no estado; Patrícia Maia, gerente Comercial Centro-Oeste da Epimed Solutions; e Rose Pimenta, gerente Comercial Inside Sales da empresa.
O selo UTI Top Performer é concedido às UTIs que apresentam alta eficiência assistencial, com base nas matrizes de desempenho geradas pelo sistema Epimed Monitor, ferramenta amplamente utilizada no país para gestão e análise de dados em terapia intensiva.
Além do selo UTI Top Performer, foram entregues certificados de “Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho”, concedidos pela AMIB aos hospitais que gerenciam seus indicadores de maneira sistemática, em conformidade com a Resolução RDC nº 7/2010 da Anvisa, por meio do sistema Epimed Monitor UTI Adulto.
Essa certificação destaca instituições comprometidas com a melhoria contínua da medicina intensiva e da segurança do paciente no Brasil.
Durante a entrega, Rose Pimenta destacou que o reconhecimento envolve todo o processo de recuperação do paciente. “O certificado UTI Top Performer não diz respeito somente às UTIs, mas a todo desfecho hospitalar que o paciente necessita após passar pela terapia intensiva. É preciso que o paciente seja bem cuidado após a UTI para que tenhamos um bom desfecho”, afirmou.
Joan Rodrigues de Castro parabenizou os hospitais pela conquista e incentivou a ampliação do reconhecimento no Estado. “Esperamos que o número de instituições certificadas aumente a cada ano e que as que já conquistaram o selo UTI Top Performer continuem primando pela segurança, qualidade, sustentabilidade e eficiência operacional.”
Na edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, 13 hospitais privados goianos receberam o selo UTI Top Performer, dos quais 10 são associados à Ahpaceg, reforçando a liderança da rede Ahpaceg na excelência da medicina intensiva.
Confira os associados certificados como UTI Top Performer 2025:
- Hospital de Acidentados
- Hospital do Coração Anis Rassi (também reconhecido como Top UTI Eficiente Cardiológica)
- Hospital do Rim de Goiânia
- Hospital e Maternidade Santa Bárbara
- Hospital Mater Dei
- Hospital São Francisco de Assis
- Instituto de Neurologia de Goiânia
- Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
- Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
- Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
CLIPPING AHPACEG 11/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
68,9% dos serviços do SUS sob gestão de OSS têm acreditação
https://medicinasa.com.br/sus-gestao-oss/
O papel transformador da IA no diagnóstico médico
https://medicinasa.com.br/ia-diagnostico-medico/
Direito da saúde: por que nem todo erro médico gera indenização?
https://medicinasa.com.br/erro-medico-indenizacao/
Artigo - Transformação digital revoluciona a gestão de OPME
https://medicinasa.com.br/transformacao-digital-opme/
Jogador Pedro Severino recebe alta após 98 dias de luta
Saúde anuncia 3 mil bolsas de residência e 500 vagas para especialista
Secretaria quer passar administração das unidades de saúde para organizações sociais
O que mudou com o reajuste dos planos de saúde?
https://www.saudebusiness.com/operadoras/o-desafio-dos-reajustes-dos-planos-de-saude/
MEDICINA S/A
68,9% dos serviços do SUS sob gestão de OSS têm acreditação
Um levantamento realizado pelo Ibross (Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde) em parceria com o Instituto Ética Saúde (IES) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) revela que 68,9% dos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) sob gestão das principais Organizações Sociais de Saúde do país possuem selos de acreditação.
O alto índice demonstra a preocupação de entidades do terceiro setor que firmam contratos com secretarias municipais e estaduais de saúde em garantir e comprovar a qualidade e a segurança proporcionada aos pacientes nas unidades.
O levantamento utilizou uma amostragem de 219 serviços de saúde, entre hospitais, ambulatórios, Unidades Básicas de Saúde, UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), laboratórios e outros, dentre as entidades associadas ao Ibross, o que representa 12% do total de 1,8 mil equipamentos sob a gestão de organizações sociais no país. As associadas do Ibross respondem por cerca de 50% do total de serviços no Brasil sob gestão de organizações sociais.
“Esta pesquisa demonstra que, a cada ano, os órgãos públicos estão cada vez mais preocupados em oferecer segurança e humanização. Isso é um passo muito importante, principalmente, porque a maioria da população depende desse sistema para cuidar de sua saúde. Nossos processos promovem a melhoria contínua da qualidade e segurança dos serviços de saúde, garantindo que os pacientes recebam cuidados mais confiáveis, eficientes e humanizados. Estamos muito lisonjeados em fazer parte desta história para oferecer uma melhor jornada aos pacientes”, ressalta Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA.
Conforme o estudo, 56,6% dos serviços certificados na amostra analisada possuem acreditação expedida pela própria ONA e os demais, por instituições como JCI (Joint Comission International), Qmentum (Quality Global Alliance) e ACSA (Association of Clinical Safety Assessment), entre outras.
Do total de unidades acreditadas, 76% receberam a certificação há menos de cinco anos, 14% possuem o selo entre seis e dez anos e outros 10% há mais de 10 anos.
Ainda segundo o levantamento, 88,6% das unidades de saúde geridas pelas principais OSS do país realizam periodicamente treinamentos relativos à segurança do paciente e 99% possuem programas de segurança dos usuários. Também foi constatado que 95,4% dos serviços possuem protocolos e fluxos de trabalho padronizados para procedimentos clínicos. O número de serviços de saúde sob gestão de OSS que estabeleceram um programa de capacitação de colaboradores representou 97,3% do total.
Mais da metade (50,7%) dos serviços de saúde pesquisados estão localizados no estado de São Paulo, seguidos por Minas Gerais, com 25%, e Pernambuco, com 11%. Ceará (6,4%), Goiás (3,7%) e Bahia (3,2%) completam o quadro.
“A iniciativa é mais uma ação que estas três instituições realizam em conjunto visando o fortalecimento do SUS e o modelo de OSS. O objetivo é espalhá-lo cada vez mais pelo Brasil para, na ponta, fazer a diferença na qualidade dos serviços prestados. Os números podem ser considerados positivos, mostrando que estamos no caminho certo para transformar um cenário de desafios numa jornada de qualificação contínua e de impactos concretos na assistência aos usuários da rede pública de saúde”, diz o presidente do Ibross, Sergio Daher.
Segundo o executivo, ao mapear os valores obtidos, foi possível obter novas percepções sobre obstáculos, metas estratégicas e práticas de monitoramento. “A pesquisa abrangeu instituições de diversas regiões do país, permitindo uma visão representativa do panorama nacional e um maior planejamento de ações estruturantes voltadas a projetos de apoio específicos a cada localidade”.
Ainda conforme o presidente do Ibross, mais do que um levantamento, as informações obtidas configuram-se como base estratégica para desenvolver e aprofundar as políticas de incentivo à qualificação das OSS, impulsionando a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de avançar na implantação de uma cultura de excelência e que gere confiança na população.
...................................
O papel transformador da IA no diagnóstico médico
Estudo inédito realizado pelo Ministério da Saúde, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e a Associação Médica Brasileira (AMB) evidencia maior concentração de médicos especialistas na rede privada de saúde e distribuição desigual no país. Ele representa a Demografia Médica do Brasil em 2025. É o mais completo levantamento já realizado sobre a oferta, a formação, a especialização e o exercício profissional dos médicos no país.
Formação e distribuição dos especialistas
Em dezembro de 2024, o Brasil contava com 353.287 médicos especialistas, o que representa 59,1% do total de médicos registrados. Os demais 244.141 (40,9%) eram generalistas, graduados em medicina, mas sem título de especialista. Entre as 55 especialidades regulamentadas no Brasil, sete delas concentram 50,6% do total de especialistas: Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Anestesiologia, Cardiologia e Ortopedia e Traumatologia.
No Brasil, a parcela de especialistas (59,1%) em relação ao total de médicos está pouco abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 62,9%. O estudo revela que 63,7% dos títulos em especialidades foram obtidos por meio da Residência Médica, enquanto 36,3% foram concedidos por exames de titulação pelas sociedades médicas vinculadas à Associação Médica Brasileira (AMB). Entre os médicos especialistas, a maioria (79,1%) possui um título, enquanto 20,9% acumulam dois ou mais títulos em diferentes especialidades.
Apesar do crescimento, a distribuição dos especialistas no território nacional é desigual. O percentual de especialistas em relação ao total de médicos varia de 72,2% no Distrito Federal e 67,9% no Rio Grande do Sul a 46,5% em Rondônia e 45,1% no Piauí. A região Sudeste concentra 55,4% de todos os médicos especialistas, seguida pelas regiões Sul (16,7%), Nordeste (14,5%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (5,9%).
Quantos médicos hematologistas atuam hoje no Brasil?
Dados da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) destacam a quantidade de médicos hematologistas no Brasil atualmente. Além disso, a instituição faz um importante alerta sobre a desigualdade regional na distribuição de médicos no país.
Apenas na área da Hematologia e Hemoterapia, cujos especialistas são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de doenças do sangue e pelo acompanhamento da doação de sangue, eram 3.271 médicos registrados em 2024.
Neste contesto, a incorporação da inteligência artificial (IA) no setor de saúde está promovendo uma transformação estrutural no paradigma diagnóstico. Longe de ser um mero recurso auxiliar, os sistemas baseados em aprendizado de máquina e redes neurais profundas estão se consolidando como elementos centrais no suporte à decisão clínica, especialmente na análise e interpretação de exames de imagem e dados laboratoriais complexos.
Na radiologia, por exemplo, algoritmos de deep learning treinados com grandes volumes de imagens rotuladas têm alcançado desempenhos comparáveis aos de radiologistas humanos. Modelos como os baseados em CNNs (redes neurais convolucionais) vêm sendo aplicados com sucesso na detecção de nódulos pulmonares, microcalcificações mamárias, fraturas ocultas e lesões intracranianas, com métricas de acurácia, sensibilidade e especificidade que reforçam sua confiabilidade como ferramenta clínica.
Além das imagens, a IA também tem se mostrado promissora na análise de exames laboratoriais, correlacionando múltiplas variáveis bioquímicas com perfis de risco e gerando alertas automatizados para patologias silenciosas ou em estágio inicial. A combinação de dados estruturados (como hemogramas, marcadores tumorais e genômica) com dados não estruturados (como prontuários clínicos e anotações médicas) possibilita a construção de sistemas preditivos mais robustos e personalizados.
Outro vetor de impacto é a celeridade do processamento. Em sistemas de saúde sobrecarregados, a IA representa uma estratégia de escalabilidade diagnóstica, possibilitando triagens automatizadas, priorização inteligente de exames e redução significativa no tempo entre a coleta do dado clínico e a tomada de decisão médica. Isso é particularmente relevante em contextos de atenção primária, regiões com déficit de especialistas ou em situações de emergência, como pandemias e catástrofes.
Contudo, a implementação responsável desses sistemas exige atenção rigorosa a aspectos éticos, regulatórios e técnicos. A validação clínica multicêntrica, a mitigação de vieses algorítmicos, a interoperabilidade com sistemas legados e a rastreabilidade das decisões automatizadas (explainable AI) são requisitos indispensáveis para garantir a segurança e a equidade no uso dessas tecnologias.
Em última análise, a IA no diagnóstico médico não deve ser vista como substituta da expertise humana, mas como um multiplicador de capacidade clínica. Ao automatizar tarefas repetitivas, reduzir variabilidade interobservador e fornecer insights em tempo real, esses sistemas liberam os profissionais para funções de maior complexidade cognitiva e interpessoal — aquelas em que a empatia, o julgamento clínico e o contexto individual do paciente são insubstituíveis.
O diagnóstico hematológico e seus desafios na atenção primária
A jornada do paciente com doenças hematológicas é uma das mais desafiadoras no sistema de saúde por causa de sintomas inespecíficos e da sobreposição com outras condições. O hemograma, exame fundamental na triagem inicial, é frequentemente solicitado, mas sua interpretação pode apresentar limitações se não for realizada por um hematologista.
O uso de ferramentas de Inteligência Artificial capazes de identificar sinais de alerta no hemograma permite o acionamento de protocolos automatizados para investigação precoce e encaminhamento rápido a especialistas. A startup brasileira Hemodoctor exemplifica a aplicação da IA no contexto hematológico. Sua ferramenta analisa o hemograma, detecta alterações relevantes, sinaliza a criticidade do caso e sugere os próximos passos, como a solicitação de exames.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), em 2023, o Brasil realizou um total de 2,4 bilhões de exames diagnósticos, sendo 1,2 bilhão no setor privado e 1,2 bilhão no SUS e outros serviços públicos. O hemograma é o exame mais solicitado, evidenciando sua importância na prática clínica.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o tempo médio para diagnóstico de leucemia pode chegar a nove meses, entre o primeiro atendimento e a consulta com um hematologista. Apesar de existir legislação que prevê a realização de exames em até 30 dias e início de tratamento em até 60 dias, essa realidade ainda está distante para muitos pacientes.
A história de J.P.A, 42 anos, é um exemplo real e tristemente comum entre os brasileiros. Ele começou a sentir cansaço com frequência, apresentando palidez e dores de cabeça constantes. Procurou uma Unidade Básica de Saúde, onde foi atendido por um clínico geral que solicitou um hemograma. O exame indicava anemia, mas não foi especificada a causa. J.P.A. foi orientado a tomar suplementos de ferro e voltar em três meses.
Durante os meses seguintes, seus sintomas se agravaram: perdeu peso, passou a ter febre recorrente e episódios de desmaio. Só após quase seis meses, ao ser encaminhado a um hematologista em hospital de referência, recebeu o diagnóstico correto: a anemia do paciente era secundária a um linfoma não Hodgkin em estágio inicial.
No intervalo entre a primeira consulta e o diagnóstico do linfoma, a condição de J.P.S. evoluiu de forma silenciosa e perigosa, exigindo internação, transfusões sanguíneas e um tratamento oncológico mais agressivo. Além de prejudicar significativamente sua qualidade de vida, o atraso representou maior custo ao sistema de saúde, que poderia ter evitado a hospitalização e parte do tratamento com um diagnóstico precoce e adequado.
Estamos diante de uma transição de paradigma: da medicina baseada exclusivamente na observação e interpretação humana para uma prática clínica ampliada por dados e inteligência computacional. É responsabilidade de todos os atores do ecossistema de saúde — profissionais, desenvolvedores, gestores e reguladores — assegurar que essa transformação seja ética, transparente e centrada no paciente.
*Carlos Rolemberg é Co-fundador da Hemodoctor.
.........................
Direito da saúde: por que nem todo erro médico gera indenização?
É comum associar um desfecho clínico negativo à ideia automática de responsabilidade médica. Contudo, no Direito brasileiro, o dever de indenizar exige mais do que a existência de um erro: pressupõe a comprovação de culpa, por negligência, imprudência ou imperícia.
Em muitos casos, o médico adota todas as providências cabíveis — observa os protocolos, requisita exames, monitora a evolução — e, mesmo assim, não acerta no diagnóstico. Nessas situações, não há omissão ou falha ética, mas o que a doutrina e a jurisprudência denominam erro escusável: falha justificável diante das limitações técnicas e científicas da medicina. Quando assim caracterizado, não se configura o dever de indenizar.
O erro escusável não representa descuido. Ocorre quando o profissional atua com diligência, utiliza os meios disponíveis e respeita os padrões da boa prática médica. Ainda assim, diante da complexidade dos sintomas ou da ambiguidade do quadro, o resultado pode não ser o ideal. No Brasil, a atividade médica, como regra, envolve obrigação de meio, não de resultado. O médico não promete cura, mas sim empenho técnico. Exigir infalibilidade seria não apenas injusto — seria incompatível com a própria natureza da medicina, que lida com probabilidades, não com garantias.
Essa compreensão está presente na jurisprudência. Três decisões recentes do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) ilustram como a responsabilidade médica deve ser analisada com base na conduta adotada, e não no resultado. No processo nº 1001035-03.2022.8.26.0003, um paciente com fratura no fêmur foi atendido em hospital público, mas a lesão passou despercebida. O quadro evoluiu para infecção generalizada e óbito. A perícia indicou falha técnica no exame clínico inicial, e o tribunal reconheceu a culpa. A relatora, desembargadora Paola Lorena, apontou que “houve demora injustificada na adoção de condutas que o quadro clínico exigia, com prejuízos graves e evitáveis”.
Situação oposta ocorreu no processo nº 1001575-67.2021.8.26.0009. A família de uma paciente com câncer de mama alegou que ela teria contraído Covid-19 durante a internação hospitalar. Contudo, a perícia não confirmou falha nos protocolos de prevenção. O relator, desembargador Paulo Sergio Mangerona, afastou a responsabilidade por inexistência de nexo causal entre a conduta médica e a infecção.
O processo nº 1013633-58.2022.8.26.0562 revela uma hipótese intermediária. A paciente foi tratada inicialmente para um distúrbio gástrico, mas sofria de um problema cardíaco. Embora a confusão sintomática fosse plausível, a reavaliação do quadro demorou além do razoável. O tribunal entendeu que houve falha no tempo de resposta e fixou indenização por danos morais em R$ 10 mil. Para o relator, desembargador José Rubens Queiroz Gomes, “a dúvida diagnóstica é aceitável, mas o tempo excessivo de reavaliação gerou prejuízos concretos à paciente”.
Esses julgados demonstram que não basta apontar um equívoco. A responsabilidade civil exige prova de que o profissional se afastou do padrão exigido pela técnica médica e violou seu dever de cuidado. Julgar a conduta médica apenas pelo desfecho, sem considerar o contexto clínico e as medidas efetivamente adotadas, compromete a justiça da decisão.
Essa lógica estimula a chamada medicina defensiva: o médico deixa de decidir com base na melhor conduta assistencial e passa a agir por temor de processos, o que gera pedidos de exames desnecessários, recusa a pacientes com quadros complexos e prolongamento indevido de internações. O custo aumenta, a confiança na relação médico-paciente se deteriora e o próprio sistema de saúde é impactado.
A responsabilidade civil é um instrumento legítimo de controle e reparação. Corrige condutas desviantes, oferece compensações proporcionais e reforça os limites éticos da atuação médica. No entanto, quando aplicada sem critério, perde sua função pedagógica e transforma o erro humano em presunção automática de culpa. O Judiciário deve reconhecer o sofrimento, mas também distinguir o que decorre de uma falha evitável do que resulta dos limites intrínsecos da medicina. Sem essa distinção, pune-se não o descuido, mas o risco — e isso fragiliza tanto os profissionais quanto os pacientes.
Em tempos de judicialização crescente, reconhecer essa distinção é essencial para assegurar decisões proporcionais, tecnicamente fundamentadas e juridicamente responsáveis. Quando ela se perde, o direito deixa de proteger e passa a punir não a culpa, mas o acaso.
Diwlay Ferreira Rosa e Wagner Roberto F. Pozzer são, respectivamente, sócio e sócio coordenador no escritório Rubens Naves Santos Júnior.
........................
Artigo - Transformação digital revoluciona a gestão de OPME
O setor de saúde, em especial, a gestão do ciclo de receita de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), passa por um momento crítico no Brasil. A complexidade operacional, o excesso de burocracia e a comunicação fragmentada entre hospitais, médicos, fornecedores e operadoras de planos de saúde resultam em processos morosos, onerosos e pouco transparentes. Nesse contexto, a transformação digital surge como uma poderosa aliada para enfrentar esses desafios e revolucionar o modelo atual.
A ABRAIDI, ao longo dos últimos anos, tem exposto as distorções na saúde que comprometem a sustentabilidade da saúde suplementar e, na última pesquisa divulgada, revelou que os pagamentos pendentes ou não realizados por planos de saúde ou hospitais chegaram a R$ 4,587 bilhões, o que representou 36% do faturamento das empresas. A Associação propõe avançar para uma fase de construção coletiva de soluções e maior colaboração entre todos os envolvidos.
A ideia é criar uma Agenda de Convergência, baseada em ética, diálogo, transparência e compromisso com o bem coletivo. Essa construção deve ser mediada por uma terceira parte neutra – como, por exemplo, o Instituto Ética Saúde – e envolver acordos formais entre hospitais, operadoras, fornecedores e entidades reguladoras, com o objetivo de reconfigurar o relacionamento comercial com foco na sustentabilidade do setor e na qualidade da assistência ao paciente.
O ciclo de receita de OPME é caracterizado por etapas que vão desde a solicitação e aprovação dos materiais até seu uso em procedimentos cirúrgicos e posterior faturamento. A gestão envolve múltiplos atores – hospitais, médicos, fornecedores e operadoras de planos de saúde – e um fluxo descentralizado de informações, o que gera atrasos, erros e perdas financeiras.
Entre os principais problemas, destacam-se a solicitação descentralizada, quando médicos indicam os materiais com base na necessidade clínica, mas a burocracia para aprovação pelas operadoras pode ser demorada e inconsistente; aquisição ineficiente onde a logística hospitalar, baseada em mapas cirúrgicos diários, pode gerar impactos no estoque e na previsibilidade de entrega; falta de integração onde registros físicos e ausência de sistemas compartilhados prejudicam a rastreabilidade de uso e dificultam o controle de inventário.
Somados a esses três primeiros entraves, o faturamento lento das contas hospitalares, muitas vezes dependente de processos manuais, gera glosas, atrasos e desconfiança na relação com fornecedores. Isso compromete o recebimento com pagamentos tardios ou condicionados à liberação de operadoras, o que mina a sustentabilidade dos fornecedores repassando esses riscos aos preços praticados.
Diante de um cenário tão desafiador, a digitalização surge como solução estratégica. A proposta é integrar todo o ecossistema de OPME em uma única plataforma digital, com informações compartilhadas em tempo real por todos os integrantes da cadeia. Essa abordagem pode eliminar falhas operacionais, aumentar a previsibilidade e trazer maior controle financeiro.
As funcionalidades essenciais de uma solução digital incluem a autorização antecipada de procedimentos, garantindo que fornecedores possam preparar estoques com segurança; visibilidade de agendas cirúrgicas para melhorar a logística e reduzir cancelamentos ou atrasos; rastreabilidade de materiais em tempo real e assim permitindo controle preciso do consumo e facilitando o fechamento de contas; automação financeira com dashboards inteligentes para monitorar o status de contas e pagamentos; e uso da tão aplicada inteligência artificial e blockchain para prever necessidades logísticas, mitigar riscos e garantir conformidade regulatória.
A implementação de um modelo digital integrado promete benefícios expressivos com redução de ineficiências operacionais, melhoria no controle de custos e estoques, transparência e confiança nas relações comerciais e ciclo de receita mais curto e confiável. Embora demande investimento inicial e mudança cultural, os ganhos em eficiência, sustentabilidade e segurança compensam. Instituições que adotam soluções digitais tendem a apresentar melhor desempenho financeiro, maior capacidade de planejamento estratégico e menores riscos regulatórios.
A transformação digital aplicada à gestão de OPME não é apenas uma tendência, mas uma necessidade urgente. Ela permite modernizar processos, reduzir perdas e garantir que os dispositivos médicos certos cheguem ao paciente com agilidade e precisão. Somente com colaboração real e ferramentas tecnológicas eficazes será possível construir um novo ciclo – desta vez virtuoso – para o sistema de saúde brasileiro.
*Gustavo Veloso é CEO da Surgical Mapp e Davi Uemoto, gerente executivo da ABRAIDI.
...........................
AGÊNCIA BRASIL
Jogador Pedro Severino recebe alta após 98 dias de luta
O jogador Pedro Severino, da equipe sub-20 do Bragantino, recebeu alta médica após 98 dias de tratamento, informou a equipe de Bragança Paulista nesta terça-feira (10). Segundo a nota do Massa Bruta, o atleta seguirá “processo de recuperação motora, neurológica e física em casa”.
O atleta de 19 anos de idade e seu companheiro de equipe Pedro Castro ficaram feridos em um acidente de trânsito no dia 4 de março na Rodovia Anhanguera. Segundo o Bragantino, os atletas estavam em um veículo que colidiu com uma carreta. Nenhum dos jogadores dirigia o veículo no momento do acidente. Pedro Castro teve apenas ferimentos leves.
Já Pedro Severino foi encaminhado inicialmente ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, onde passou por cirurgia por causa de um traumatismo craniano. O atleta permaneceu dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição e, no dia 6 de março, foi transferido para um hospital particular em Ribeirão Preto.
Nesta nova etapa do tratamento, Pedro permaneceu monitorado na UTI, passando por diversos exames e procedimentos cirúrgicos, incluindo a reconstrução da parte frontal do crânio, que foi considerada bem-sucedida.
“O Red Bull Bragantino agradece o carinho e a solidariedade de todos que, de alguma forma, estiveram ao lado de Pedro e sua família ao longo dos últimos meses. O clube seguirá acompanhando de perto sua evolução e reforça que permanece integralmente à disposição para oferecer todo o suporte necessário neste novo momento da recuperação”, diz a nota da equipe de Bragança Paulista.
........................................
Saúde anuncia 3 mil bolsas de residência e 500 vagas para especialista
Amazônia Legal e Nordeste estão entre as prioridades do programa
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (10) a oferta de 3,5 mil bolsas no intuito de ampliar o número de médicos especialistas, com foco em regiões desassistidas. Do total de vagas, 3 mil visam fomentar a formação de residentes especialistas e 500 são para provimento imediato de médicos especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em nota, a pasta informou que os 500 profissionais serão selecionados em edital do Mais Médicos Especialistas, com bolsas no valor de até R$ 10 mil por mês para uma carga de 20 horas semanais. A atuação será focada na prática em áreas prioritárias para a rede pública de saúde e a previsão é que as atividades comecem em setembro.
Já as 3 mil bolsas de residência médica serão destinadas a profissionais que buscam qualificação. Neste caso, a formação segue o cronograma da Comissão Nacional de Residência Médica, com a avaliação dos programas e o início das atividades previstos para março de 2026.
Serão consideradas prioridade para distribuição das bolsas de residência médica as seguintes áreas: Amazônia Legal, Nordeste e regiões com número de especialistas abaixo da média nacional. Poderão ser disponibilizadas bolsas para novos programas e para programas já existentes, desde que a instituição amplie o número de vagas ofertadas.
Até o momento, segundo a pasta, 205 instituições já demonstraram interesse para 628 novos programas.
Qualidade
O ministério vai destinar ainda até R$ 200 mil para comissões estaduais de residência médica a fim de garantir a qualidade de programas de residência. As comissões são responsáveis pela avaliação dos programas de residência médica no país.
A pasta informou que também vai apoiar financeiramente coordenadores e preceptores de programas novos e ampliados com foco inicial nas seguintes áreas: anestesiologia, patologia e radioterapia
Provimento
No caso de provimento de médicos especialistas em regiões desassistidas, os profissionais, segundo a pasta, poderão contar com o suporte de hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Esses profissionais vão ter a maior parte da carga horária de sua atuação presencial em hospitais regionais, estaduais, municipais, policlínicas e ambulatórios do SUS”, explicou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
De acordo com o ministério, as vagas, neste caso, são consideradas estratégicas e alinhadas a seis áreas classificadas como prioritárias no âmbito do programa Agora Tem Especialistas: oncologia, ginecologia, cardiologia, cirurgia geral, anestesiologia e apoio diagnóstico.
Parcerias
A pasta anunciou parcerias no intuito de potencializar a formação de especialistas, incluindo entidades como Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Sírio-Libanês.
Esses polos formadores, segundo o ministério, vão garantir suporte técnico, imersões presenciais, mentoria e acompanhamento pedagógico contínuo no processo de aprimoramento de especialistas.
...............................
TV ANHANGUERA
Secretaria quer passar administração das unidades de saúde para organizações sociais
...........................
SAÚDE BUSINESS
O que mudou com o reajuste dos planos de saúde?
A ANS definiu em 6,91% o índice de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares em 2025, após aumentos expressivos em anos anteriores. A mudança impacta diretamente os custos do plano, convênios médicos e planos de saúde coletivos. Saiba mais!
O reajuste dos planos de saúde é uma das maiores preocupações de quem depende de um convênio médico para garantir atendimento de qualidade. A cada ano, os beneficiários conhecem uma nova tabela de valores, que varia conforme o tipo de plano, faixa etária e modalidade de contratação — individual, coletivo ou empresarial.
Em 2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu um reajuste anual do convênio em 6,91% para os planos individuais e familiares, um índice abaixo dos registrados nos últimos dois anos.
Mas o que isso representa na prática? Como ficam os custos do plano, os contratos coletivos e corporativos e o impacto da faixa etária nos reajustes? A seguir, entenda como essa mudança no plano de saúde empresarial e particular afeta diretamente o bolso do consumidor.
O que é o reajuste dos planos de saúde?
O reajuste dos planos de saúde é a atualização periódica dos valores pagos pelos beneficiários para manter seus convênios ativos.
Esse aumento considera fatores como custos assistenciais, inflação médica, frequência de uso dos serviços e faixa etária. Ele pode ser aplicado tanto em planos individuais quanto nos modelos coletivo empresarial ou plano de saúde corporativo.
A cada ano, o valor das mensalidades sofre alterações que impactam diretamente o orçamento dos usuários e das empresas contratantes. Por isso, entender como funciona o reajuste anual do convênio é fundamental para acompanhar mudanças de valor e evitar surpresas na fatura.
Como funciona o ajuste anual dos valores?
Nos planos individuais e familiares, o reajuste anual do convênio é regulado diretamente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice é calculado com base na variação das despesas assistenciais das operadoras e outros indicadores econômicos, como a inflação do setor.
Segundo a ANS, a metodologia considera o Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA) e o Índice de Reajuste dos Planos Individuais (IRPI). O objetivo é equilibrar a sustentabilidade das operadoras e o direito do consumidor de ter um convênio médico com valores previsíveis.
Já nos planos de saúde coletivo por adesão e empresarial, o índice de reajuste dos planos de saúde não é definido pela ANS. Ele é negociado entre operadora e contratante, o que pode gerar aumento dos planos de saúde muito acima da média — exigindo atenção especial das empresas e consumidores.
Recomendado: Tendência de diminuição dos reajustes aplicados pelas operadoras de saúde
O que mudou com o reajuste dos planos de saúde individuais?
Em 2025, a ANS autorizou um reajuste dos planos de saúde individuais e familiares de até 6,91%. Esse índice representa uma redução em relação ao reajuste de 2023 (9,63%) e ao de 2022 (15,5%), o maior da história recente. O novo percentual afeta cerca de 15,6% dos 51 milhões de beneficiários de planos no Brasil, ou seja, mais de 7,9 milhões de pessoas.
A nova tabela de reajuste da ANS leva em conta a desaceleração nos custos médico-hospitalares e o comportamento das operadoras após a pandemia. Mesmo sendo um percentual menor, o impacto ainda é sentido por famílias e aposentados, principalmente em faixas etárias mais elevadas, onde o aumento dos planos de saúde tende a ser mais oneroso.
Desafios dos planos de saúde coletivos no Brasil
Enquanto os planos individuais contam com índice de reajuste dos planos de saúde fixado pela ANS, os planos de saúde coletivos, sejam empresariais ou por adesão, funcionam de forma diferente.
Nesses casos, o reajuste anual do convênio é definido pela própria operadora em negociação com a empresa contratante ou entidade responsável. Esse modelo, que não segue os mesmos limites regulatórios, pode provocar uma mudança de valor muito mais significativa.
Nos últimos anos, o aumento dos planos de saúde coletivos foi em média três vezes maior do que o dos planos individuais. Em 2024, a expectativa é de que os planos de saúde corporativos e por adesão sofram reajustes entre 18% e 25%, conforme projeções do setor levantadas pelo InfoMoney.
Essa realidade preocupa, sobretudo porque os planos de saúde coletivos representam cerca de 80% do mercado de saúde suplementar no Brasil, segundo a Agência Brasil.
Diante desse cenário, há uma proposta em discussão para regulamentar os reajustes também nos planos coletivos, com o objetivo de trazer mais equilíbrio e previsibilidade aos custos do plano para empresas e beneficiários.
A ausência de limites claros para os aumentos tem gerado insegurança para empresas contratantes e uma mudança no plano de saúde empresarial em busca de alternativas mais sustentáveis.
O reajuste dos planos de saúde em 2025 trouxe mudanças significativas para beneficiários e empresas, com índices mais controlados nos planos individuais, mas pressões crescentes sobre os planos de saúde coletivos.
Em um cenário onde o aumento dos planos de saúde impacta diretamente o orçamento familiar e os custos operacionais das empresas, é fundamental buscar informações atualizadas, avaliar alternativas e entender seus direitos.
..................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 10/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Como vai funcionar o programa federal que prevê atendimento especializado no SUS pela iniciativa privada
Hospital Cora inicia atendimento pela ala pediátrica para tratamento de câncer em Goiás; saiba como funciona
Bruno D’Abadia: “A tabela do Ipasgo é bastante defasada. Vamos levar uma proposta de reajuste para os prestadores de serviço”
Expansão do Einstein inclui hospitais em Florianópolis e Goiânia e 31 unidades do SUS
Faltam dados padronizados e transparentes sobre hospitais no Brasil
Instituto Unimed Goiânia celebra aniversário com saldo de mais de 7 mil pessoas impactadas com projetos realizados
Aureo Ribeiro: CPI dos Planos de Saúde já!
https://odia.ig.com.br/opiniao/2025/06/7071945-aureo-ribeiro-cpi-dos-planos-de-saude-ja.html
ZERO HORA
Como vai funcionar o programa federal que prevê atendimento especializado no SUS pela iniciativa privada
Anunciado no final de maio, um programa federal que prevê a oferta de atendimento por especialistas pela iniciativa privada através do Sistema Único de Saúde (SUS) pretende reduzir a fila de espera para consultas, exames e cirurgias que chega a levar anos em algumas áreas.
Intitulada Agora Tem Especialistas, a iniciativa conta ainda com a ampliação da oferta em estabelecimentos públicos como os do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre.
Nas próximas semanas, o Ministério da Saúde deverá publicar portarias com diretrizes operacionais e critérios de regulamentação do programa.
A medida é vista como uma continuação do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), criado no ano passado, que também focava as áreas com o maior gargalo de atendimento: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
Será previsto o credenciamento para a realização de mais de 1,3 mil cirurgias. A estimativa é de investimento de R$ 2 bilhões pelo governo federal somente nesse reforço.
Ampliação do atendimento
Além da adesão de instituições privadas com e sem fins lucrativos, foi ampliado o número de turnos de atendimento em 53 hospitais federais — quatro deles em Porto Alegre, pertencentes ao GHC.
Na segunda-feira passada (2), o Conceição, o Criança Conceição, o Cristo Redentor e o Fêmina já iniciaram a ampliação gradual de seu horário. Até agosto, consultas, exames diagnósticos e cirurgias eletivas serão oferecidos também das 19h à 1h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 7h às 19h.
Com a implantação do terceiro turno, o GHC estima realizar, em um ano, cerca de 14 mil cirurgias eletivas a mais, o que representa um aumento de 50% em relação a 2024, quando foram realizadas 28 mil cirurgias eletivas.
O programa também estabelece o aumento da oferta do serviço de telessaúde com o objetivo de reduzir em até 30% a fila de consultas para diagnóstico.
A iniciativa ainda prevê mutirões com o uso de carretas para levar o atendimento especializado a áreas remotas e territórios indígenas. Além disso, até 6,3 mil micro-ônibus, vans e ambulâncias serão adquiridos até outubro para levar pacientes a serviços especializados.
Encaminhamento via SUS
Mesmo quando o atendimento ocorrer em um hospital ou clínica privada, o encaminhamento se dará por meio do SUS. Por esse motivo, pouca coisa deve mudar para o usuário na prática, com exceção do tempo reduzido de espera por consulta especializada, exame ou cirurgia: o primeiro atendimento seguirá ocorrendo em unidades de saúde ou hospitais públicos, que encaminham, então, o paciente para a especialidade necessária. Nesse encaminhamento, constará onde será feita a consulta, o exame ou a cirurgia.
A digitalização é um dos componentes do programa. O GHC, por exemplo, implementou, no início de junho, o aplicativo GHC Digital, que disponibiliza em um só local todo o prontuário do paciente, resultado e imagens de exames e consultas médicas. Outra novidade é o envio de mensagens pelo WhatsApp sete dias antes da consulta, a fim de evitar faltas por esquecimento. Hoje, a média de ausência nos estabelecimentos do grupo é de 27%.
Iniciativa atende demanda
O Agora Tem Especialistas tem sido comemorado por entidades representativas do setor, que reivindicavam uma integração maior entre os serviços públicos e particulares.
Em nota, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) celebrou a publicação da medida provisória, que, no seu entendimento, busca sanar um “gargalo que historicamente prejudica a assistência em saúde” da população. No entendimento da entidade, a iniciativa “inova ao possibilitar o pagamento dos serviços pela troca de dívidas das instituições” e permite que os hospitais aproveitem horários que costumam ser ociosos no programa.
O momento ainda é de análise por parte de muitos órgãos e entidades quanto à forma como serão os fluxos de atendimento e encaminhamento, mas a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES), por exemplo, vê a proposta com bons olhos e pretende aderir.
O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) afirmou, em nota, que considera importante “que haja medidas para ampliar o acesso dos pacientes a serviços especializados” e que ainda avalia “o alcance e o impacto dessa iniciativa”. Já a Federação das Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos do RS (FederaçãoRS) preferiu ainda não se manifestar.
Modelo de financiamento
A Confederação Nacional de Municípios (CNM), por sua vez, emitiu um alerta a seus associados observando que, apesar de o governo federal ter anunciado um recurso inicial de R$ 2,4 bilhões, ainda não há previsão legal para que os valores sejam mantidos de forma perene, “o que pode gerar insegurança orçamentária para continuidade e sustentabilidade das ações”.
A entidade também aponta para o modelo de financiamento proposto, que prevê que os recursos federais sejam repassados somente se a assistência for assegurada dentro de 30 ou 60 dias, o que “exige uma forma articulação e capacidade dos Estados e municípios em organizar a rede especializada, muitas vezes com infraestruturas insuficientes e deficientes”.
.............................
PORTAL G1
Hospital Cora inicia atendimento pela ala pediátrica para tratamento de câncer em Goiás; saiba como funciona
Primeira etapa é voltada para o atendimento de crianças e adolescentes, com espaço de lazer e acomodação para famílias. Confira os serviços disponíveis e horários de funcionamento.
Após dois anos em construção, o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) recebeu oficialmente seus primeiros pacientes nesta segunda-feira (9). Neste primeiro momento, o atendimento será voltado para crianças e adolescentes com câncer. O complexo foi construído na Rua Guatambús, no Residencial Barravento, em Goiânia.
O funcionamento do Cora será de 24h por dia, todos os dias da semana. Já o atendimento ambulatorial deverá funcionar das 07h às 19h, de segunda a sexta-feira. Neste início de atendimento ao público, o Cora já dispõe do atendimento das seguintes especialidades médicas: oncologia pediátrica, ortopedia pediátrica, cirurgia pediátrica e neuro-oncologia pediátrica. O atendimento é por encaminhamento do Sistema Único de Saúde.
A unidade vai atender a pacientes de 0 a 17 anos, 11 meses e 29 dias em casos de suspeita de neoplasia infanto-juvenil, neoplasia maligna de origem hematológica ou tumores sólidos. Já os pacientes da faixa etária de 18 anos a 23 anos, 11 meses e 29 dias serão atendidos nos casos de diagnóstico de neoplasia maligna de osso.
Capacidade inicial de atendimento
Devido à complexidade do projeto do Cora, a entrega da unidade está prevista para ser realizada em três fases, sendo que nesta segunda-feira (9) iniciou a prestação de serviços ao público infanto-juvenil oferecendo, ao total, 60 leitos, desses 48 são leitos de internação e 12, de observação.
Serão 10 leitos de enfermaria cirúrgica pediátrica, 8 leitos de enfermaria pediátrica transplante de medula óssea (TMO), 19 leitos de enfermaria pediátrica clínica, 12 leitos de pronto-socorro observação pediátrica, 6 leitos de UTI pediátrica e 5 leitos de UTI TMO Pediátrica.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), nesta primeira etapa, o Complexo poderá realizar cerca de 31 cirurgias eletivas e internas por mês, além de 50 atendimentos no pronto-socorro, 32 pequenos procedimentos, 280 consultas médicas, 560 consultas multiprofissionais e 264 sessões de quimioterapia.
Próximas etapas
O governador Ronaldo Caiado informou, durante coletiva na manhã desta segunda-feira (9), que não há previsão de quando a obra será entregue por completo ou do início da segunda etapa.
"Não vou avançar nessa data, porque agora a minha etapa foi essa da criança. No dia 30 de março, eu passo o governo a Daniel Vilela e ele vai empreitar essa segunda etapa dessa construção. Maas temos muito mais condições de poder avançar sem tantas dificuldades quanto as que nós tivemos”, declarou o governador.
O hospital em Goiânia será gerido pelo Dr. Henrique Prata, presidente do Hospital do Amor, em Barretos (SP), e possui capacidade para 148 leitos destinados à internação de pacientes em tratamento contra o câncer, além de centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e infusão quimioterápica.
Hospital Cora em números
Primeiro hospital público destinado exclusivamente ao tratamento do câncer em Goiás, o Hospital Cora tem mais de 44 mil metros quadrados de área construída. Nesta primeira etapa, foram mais de R$ 255 milhões de investimento. Desse valor, R$ 192,7 milhões foram investidos em obras e R$ 63,2 milhões, em equipamentos, com recursos do Tesouro Estadual.
O valor total estimado do projeto do Cora é de pouco mais de R$ 724 milhões. A segunda e terceira etapas da unidade de saúde serão construídas integralmente com recursos estaduais. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), não há previsão de recursos federais, até o momento. A pasta informou ainda que o custo mensal para o funcionamento da ala pediátrica será de R$ 6.022.010,75.
.......................
JORNAL OPÇÃO
Bruno D’Abadia: “A tabela do Ipasgo é bastante defasada. Vamos levar uma proposta de reajuste para os prestadores de serviço”
Presidente do Ipasgo Saúde garante que há um cenário mais estável no pagamento dos prestadores, que inclui um diálogo constante com médicos e demais profissionais vinculados ao plano, além de avanços na relação com os clientes
Com a promessa de modernizar e adequar o instituto às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o contador e engenheiro mecatrônico Bruno D’Abadia assumiu a presidência do Ipasgo Saúde em março deste ano e, desde então, vem promovendo mudanças e correções de destaque no maior plano de saúde do estado de Goiás. Entre elas, talvez a mais visível no momento, está a retomada da cobrança de coparticipações dos beneficiários, represada desde o ano passado durante a transição do sistema de informática do Ipasgo Saúde, além do lançamento de novos planos dentro do instituto.
Esses novos produtos, regulamentados pela ANS, contam, segundo Bruno, com maior abrangência e eficácia nos tratamentos de saúde. Ele revela que, em apenas um mês, os novos planos já registraram mais de 4,5 mil pedidos de adesão. Nesta entrevista, o presidente do Ipasgo também admite a necessidade urgente de reajustar a tabela de pagamento dos prestadores de serviço do instituto, o que, segundo ele, será feito, mas com cautela. “O Ipasgo é um instituto deficitário. Ele se mantém porque o governo estadual cobre parte desse déficit, mas essa cobertura tem um limite. Nosso objetivo é tornar o Ipasgo cada vez mais sustentável”, afirma.
Bruno D’Abadia garante ainda que há um cenário mais estável no pagamento dos prestadores, que inclui um diálogo constante com médicos e demais profissionais vinculados ao plano, além de avanços na relação com os clientes, aspecto que recebeu, inclusive, novos canais de atendimento recentemente.
Ton Paulo – Em abril deste ano, o Ipasgo anunciou o retorno da cobrança de coparticipações dos beneficiários. Foi anunciado, também, um esquema de parcelamento, a depender dos valores. Como está sendo esse processo e por que houve essa retomada agora?
As coparticipações sempre foram cobradas. Trata-se de uma prática comum entre todas as operadoras de saúde, sejam elas nacionais ou locais. A coparticipação é, inclusive, um mecanismo que estimula o beneficiário a participar ativamente da gestão do seu uso do plano.
A lógica é que o beneficiário passe a refletir: “Vou realizar os procedimentos que realmente preciso, mas nada além do que eu preciso”. Esse modelo é regulamentado pela Agência Nacional de Saúde [ANS] e é perfeitamente normal. O Ipasgo, mesmo antes de estar sob a supervisão direta da ANS, já adotava a cobrança de coparticipações.
O que aconteceu foi o seguinte: durante a transição do sistema de informática responsável pela gestão assistencial do Ipasgo, ou seja, o sistema que se comunica com os prestadores, gera faturamentos e, consequentemente, as cobranças de coparticipação, infelizmente houve uma situação de insegurança quanto aos valores que seriam gerados. Diante disso, optou-se, na época, por suspender temporariamente a cobrança das coparticipações. A ideia era reprocessar corretamente todos esses meses, refaturar os procedimentos realizados e garantir que os valores cobrados fossem exatamente os devidos.
Quando assumi a presidência em março, esse trabalho já estava em andamento. Nós aceleramos o processo, priorizamos essa questão e reorganizamos a pauta para dar foco total a essa demanda, que era muito grande por parte dos nossos beneficiários.
Se você observar, até meados de março, metade das mensagens que recebíamos no Instagram do Ipasgo eram justamente pedidos como: “Cadê as coparticipações?”, “Voltem a cobrar as coparticipações”, “Está acumulando, vai gerar um saldo muito alto”. Ou seja, a principal demanda que víamos nas redes sociais era exatamente a regularização dessas cobranças.
Nosso primeiro passo foi evitar que o problema continuasse a se acumular. Focamos, então, em colocar em dia as cobranças mensais de coparticipação. Em março, conseguimos regularizar: as coparticipações de fevereiro foram processadas em março e cobradas em abril; as de março, processadas em abril e cobradas em maio. Assim, as cobranças mensais foram normalizadas.
A cobertura para situações em que você precisa de atendimento imediato, o Ipasgo oferece cobertura ampla e irrestrita. Se for necessária uma cirurgia de emergência, um medicamento de emergência ou uma internação, há garantia de leito
Faltavam, então, os valores retroativos, aqueles anteriores a janeiro deste ano. Esse foi o segundo passo. Concluímos o reprocessamento dessas cobranças no final do mês de abril e início do mês de maio. Assim, lançamos a cobrança desses valores retroativos, que correspondem a procedimentos realizados no segundo semestre do ano passado e em janeiro deste ano, todos devidamente auditados e conferidos.
Todos os nossos beneficiários estão acostumados com a cobrança da coparticipação. Na verdade, em algum momento do passado, eles pagavam a coparticipação antes de fazer o procedimento. Isso, inclusive, restringia demais.
Ton Paulo – Como está funcionando hoje, desde a retomada da cobrança?
Antes, se o usuário precisasse fazer um exame hoje, mas tivesse recebido o salário há 20 dias e não tivesse mais dinheiro disponível, ele teria que dar um jeito, pegar dinheiro emprestado, por exemplo, para conseguir pagar na hora. Hoje, a situação é diferente.
Agora, o beneficiário realiza os procedimentos sem nenhuma restrição imediata e paga a coparticipação de forma consolidada no mês seguinte. Ou, na verdade, cerca de dois meses depois, devido ao prazo de processamento. É um modelo muito melhor, que está funcionando muito bem. No entanto, havia um passivo a ser regularizado.
Esse passivo parou de acumular em março, mas ainda precisava ser resolvido. No final de março, por volta do dia 20 a 25, tomamos a decisão de acelerar o reprocessamento dessas cobranças para que os valores estivessem disponíveis no início de maio. Para garantir a maior transparência possível, convocamos uma entrevista coletiva e convidamos rádio, TV e jornais, justamente para que essa informação chegasse ao maior número possível de beneficiários.
Mesmo com uma divulgação intensa, com dezenas de posts no Instagram, publicações no site, matérias em jornais, rádio e TV, percebemos que, devido à ampla distribuição geográfica dos beneficiários do Ipasgo e à diferença de acesso à informação, ainda houve muitas dúvidas. Isso acabou gerando um aumento temporário no volume de atendimentos presenciais nas nossas unidades ao longo das últimas duas semanas. Agora, felizmente, o fluxo já está normalizado, tudo está funcionando muito bem.
Quanto à cobrança dos valores retroativos, optamos por realizar o parcelamento. Se cobrássemos todo o saldo acumulado de uma vez, sendo que ele corresponde a cerca de cinco meses e meio, isso poderia pesar demais no orçamento dos beneficiários. Por isso, decidimos parcelar esses valores para facilitar o pagamento.
Ton Paulo – Mas o reprocessamento já foi concluído? Tivemos a informação de que houve um atraso.
O reprocessamento teve um atraso, mas foi concluído em 90%. Existem, ainda, alguns prestadores de serviços que não nos enviaram as suas faturas para reprocessamento, mas já não é uma pendência do Ipasgo, mas sim de alguns prestadores, bem poucos.
Para ser preciso, para não afirmar que 100% do reprocessamento acabou, pode-se dizer que ainda há um residual. Mas esse residual não tem potencial para gerar nenhum tipo de impacto.
Ton Paulo – E como está funcionando o parcelamento?
As coparticipações, o saldo foi, o extrato total foi disponibilizado no site. E mostra todos os procedimentos que foram realizados, de agosto, setembro do ano passado até janeiro desse ano.
Nós adotamos, então, um esquema de parcelamento. Qualquer beneficiário pode optar por pagar à vista, se assim desejar, e, de fato, há pessoas que escolhem quitar tudo de uma vez para ficarem logo livres da dívida. Mas, para todos os que preferirem, já existe um parcelamento automático disponível.
Esse parcelamento é totalmente sem juros, sem correção monetária, sem multa, absolutamente isento de qualquer encargo adicional. Isso porque, naturalmente, o beneficiário não teve nenhuma responsabilidade no fato de ter deixado de pagar durante esse período. Portanto, não faria sentido aplicar qualquer penalidade.
O número mínimo de parcelas é cinco. Veja: os usuários passaram cerca de cinco meses e meio sem pagar as coparticipações, e o parcelamento mínimo acompanha isso — ou seja, na média, o beneficiário pagará por mês agora o que teria pago à época.
Mas esse é apenas o mínimo. O parcelamento pode chegar a até 24 parcelas, nos casos em que o valor acumulado da coparticipação for superior a R$ 10 mil. É importante ressaltar que, dentre os 590 mil beneficiários, esse perfil representa uma parcela muito pequena, no máximo, entre 150 e 170 pessoas, ou seja, uma fração mínima. Para esses casos, estamos oferecendo a possibilidade de parcelar o valor em até dois anos.
Vale lembrar: essas pessoas teriam pago essas coparticipações no próprio mês da execução dos procedimentos, ou seja, em cerca de cinco meses. Em média, quem acumulou mais de R$ 10 mil teria desembolsado aproximadamente R$ 2 mil por mês no ano passado. Agora, estamos oferecendo a opção de parcelar esse valor em 24 vezes, o que resulta em pagamentos mensais um pouco superiores a R$ 400.
Portanto, o formato de pagamento foi extremamente facilitado. O que percebemos é que pode ter havido alguma dificuldade de acesso à informação para parte dos beneficiários, mas, em termos de condições de pagamento, o modelo que oferecemos foi realmente bastante acessível.
Italo Wolff – O vencimento das coparticipações foi adiado duas vezes. Os beneficiários tiveram alguma dificuldade para pagar?
As pessoas tiveram dificuldade para obter seus boletos, mais do que para pagar. O principal ponto aqui não é nem um argumento, é uma constatação: nós temos um público que, em boa medida, é idoso. Nosso público idoso é bastante expressivo.
E, de modo geral, as ferramentas digitais não atendem bem esse público. Embora os boletos estejam disponíveis no site, muitos desses beneficiários não acessam a internet com facilidade. Como resultado, eles acabam buscando atendimento presencial. Isso gerou um aumento significativo na procura pelo atendimento presencial. Batemos vários recordes históricos no Ipasgo, nunca tivemos tantos atendimentos em um único dia como vimos nas últimas semanas.
Agora, o beneficiário realiza os procedimentos sem nenhuma restrição imediata e paga a coparticipação de forma consolidada no mês seguinte. Ou, na verdade, cerca de dois meses depois, devido ao prazo de processamento. É um modelo muito melhor
Justamente para facilitar o acesso daqueles que não conseguiram baixar o boleto de forma digital, e também para reforçar a comunicação, fizemos diversas campanhas. Mas percebemos que até mesmo pessoas com bom nível de familiaridade digital – na faixa dos 30, 30 e poucos anos – às vezes não estavam baixando os boletos pelo site. Em parte, isso pode ter ocorrido por falta de informação.
Por isso, o adiamento foi decidido para dar mais tempo a quem precisava do atendimento presencial, para que pudesse buscar o boleto, e também para ampliar o alcance da informação. Essa questão da comunicação com os beneficiários hoje é uma prioridade para nós. Já começamos um trabalho nesse sentido, com o lançamento de um novo número 0800. Por quê? Porque percebemos que esse público um pouco mais idoso prefere o contato por telefone, em vez de usar canais digitais.
Com isso em mente, estamos ampliando o atendimento telefônico, vamos fortalecer ainda mais o atendimento presencial e também avançar na comunicação ativa — com envio de mensagens SMS e e-mails. Curiosamente, a faixa etária 60+ usa pouco o computador ou o navegador, mas utiliza bastante o celular.
Todo mundo usa o celular hoje. Posso citar meus próprios pais, que têm 65 e 64 anos e usam o celular intensivamente. Por isso, estamos focando em gerar mais acesso via celular e fortalecer a comunicação ativa com SMS e mensagens diretas. Isso foi uma constatação importante: ao longo dos anos, talvez o Ipasgo não tenha dado a devida atenção à sua capacidade de comunicação com os beneficiários. Agora, estamos caminhando para reforçar essa comunicação.
Ton Paulo – O Ipasgo enfrentou algumas crises nos últimos meses, desde o ano passado, envolvendo o pagamento tanto de prestadores de serviços quanto de médicos. O instituto chegou a enfrentar paralisação de médicos. Na mesma época, foi anunciada a abertura de credenciamento para novos médicos. Como está a questão do pagamento de serviços desses profissionais e dos prestadores hoje? Foi normalizado ou ainda está em negociação?
O primeiro ponto é que alguns desses pagamentos estavam represados devido à falta de processamento dos últimos meses do ano passado. À medida que concluímos esse processamento, estamos realizando os pagamentos correspondentes.
No mês passado, por exemplo, efetuamos pagamentos referentes a uma diferença de valor nas consultas. Todos os médicos que tinham direito a receber um valor maior — e que ainda não haviam recebido — foram contemplados. Fizemos esses pagamentos integralmente, direcionados a médicos e pessoas físicas.
E o que ainda temos de pendência? Existem basicamente dois tipos de pendência. Primeiro, há casos de alguns prestadores que ainda não enviaram os arquivos necessários para o reprocessamento. Infelizmente, os médicos que prestaram serviços em hospitais específicos não podem ser pagos enquanto esses hospitais não nos enviarem as faturas e toda a documentação exigida. Portanto, dependemos do envio desses documentos, e estamos em contato constante com os hospitais e clínicas para resolver essa questão.
O segundo ponto vai além da simples falta de pagamento. Hoje, não estamos acumulando novos atrasos. os pagamentos estão sendo feitos em dia, em prazos justos. Comparativamente, há operadoras que pagam em prazos bem maiores que os nossos, outras um pouco menores, mas o nosso compromisso é manter um pagamento justo e pontual. Não estamos gerando nenhum déficit adicional; estamos apenas organizando o que ficou pendente.
Porém, existe uma outra questão que, em alguns momentos da comunicação, pode gerar a percepção, por parte dos prestadores e médicos, de que há falta de pagamento. Trata-se de divergências relacionadas a glosas. Ou seja, procedimentos que foram glosados durante o segundo semestre do ano passado. Para resolver isso, reabrimos o sistema, realizamos uma revisão completa dessas glosas, e os valores devidos foram devidamente pagos.
E o que são glosas? Glosa é o seguinte: o médico, o hospital ou o prestador, seja qual for a especialidade, nos envia uma fatura.Essa fatura detalha tudo o que foi realizado. Nossos auditores então analisam essa fatura e verificam: “Espera aí, aqui tem uma cobrança em duplicidade; aqui estão cobrando por um procedimento que não foi autorizado; aqui há um procedimento que não está no rol de cobertura; aqui consta que o beneficiário ficou internado até o dia X, mas estão cobrando também pelos dias X mais 1 e X mais 2”.
Hoje, não estamos acumulando novos atrasos. os pagamentos [a prestadores] estão sendo feitos em dia, em prazos justos. Comparativamente, há operadoras que pagam em prazos bem maiores que os nossos
Ou seja, trata-se de uma conferência para garantir que se pague exatamente aquilo que é devido, avaliando a pertinência dos procedimentos realizados em relação à cobertura prevista no plano. Esse processo de auditoria é feito sobre todas as faturas. A partir dessa análise, surgem as glosas. Ou seja, valores que são contestados ou não reconhecidos como devidos.
Por exemplo: o prestador nos envia uma fatura de um milhão de reais. Após a auditoria, conclui-se que o valor efetivamente devido é de 920 mil reais. Nesse caso, houve uma glosa de 8%. A própria ANS regulamenta as glosas, as auditorias. Isso tudo é previsto, não é novidade, não é exclusivo.
Em algum momento do ano passado, e reconhecemos isso, e talvez infelizmente porque o sistema ainda não estava suficientemente maduro, houve glosas indevidas. As que foram apresentadas para o Ipasgo, ou já foram resolvidas ou estão em processo de análise.
Ton Paulo – Então não há risco, por exemplo, de uma nova paralisação por questões de pagamento?
A gente tem um contato intenso com os profissionais, especialmente com os médicos. E existe, de fato, um anseio por uma revisão e um reajuste da nossa tabela. A tabela do Ipasgo, principalmente no que diz respeito às consultas, está bastante defasada. Não há, da nossa parte, nenhuma negativa em relação a isso, muito pelo contrário. Há um entendimento claro de que, sim, a tabela está defasada, e muito em breve pretendemos apresentar uma proposta de reajuste aos prestadores. Nossa intenção é realizar esse reajuste ainda na primeira quinzena de junho.
É evidente que nem tudo depende exclusivamente de mim; há todo um processo de análise e deliberação pelo conselho, entre outros trâmites. Mas essa previsão existe, justamente para atender à demanda mais urgente, que é a defasagem no valor das consultas. A consulta é o primeiro passo. Nossa tabela contempla milhares de itens, como procedimentos, honorários, materiais, entre outros. Haverá outras atualizações, mas sempre com a seguinte premissa: o Ipasgo é um instituto deficitário. Ele se mantém porque o governo estadual cobre parte desse déficit, mas essa cobertura tem um limite. Nosso objetivo é tornar o Ipasgo cada vez mais sustentável.
Hoje, o déficit gira em torno de 21 a 22 milhões de reais, e quem realiza esse aporte é o governo do Estado. É importante destacar que esse aporte cobre o déficit gerado pelo atendimento aos servidores estaduais, que representam cerca de metade dos beneficiários do Ipasgo. No entanto, o instituto atende mais de 100 municípios. Para esses demais atendimentos, há um cálculo diferente de capital de risco.
Resumindo: o governo cobre o déficit, e a partir disso o Ipasgo equilibra suas contas. Mas é importante refletirmos: o governo terá condições de cobrir, indefinidamente, qualquer valor de déficit? Não. Todo orçamento público é restrito e baseado em escolhas. A cada 50 ou 100 milhões de reais adicionais que o governo precise aportar, esse recurso terá que ser retirado de outras áreas.
Portanto, há uma responsabilidade e um compromisso do Ipasgo em manter o menor déficit possível, ao mesmo tempo em que remunera adequadamente os prestadores e garante um serviço de qualidade para os beneficiários. É claro que algumas demandas dos prestadores são extremamente urgentes, em especial, a questão do valor das consultas. Além disso, precisamos tornar nossa tabela mais competitiva para atrair profissionais de especialidades que hoje são mais difíceis de encontrar, como neuropediatras e gastropediatras, por exemplo, que são mais raras.
Ton Paulo – Como está a questão da telemedicina, que foi disponibilizada pelo Ipasgo recentemente? Está funcionando, tendo boa adesão?
Nossa telemedicina foi contratada recentemente e começou a funcionar em fevereiro, inicialmente em um formato que eu classificaria quase como piloto, para entendermos melhor como ela funcionaria. Os resultados têm sido muito positivos, principalmente porque a telemedicina consegue oferecer algo que é difícil de viabilizar na rede própria: a disponibilização de especialidades raras. Isso acontece porque o médico não precisa estar vinculado diretamente ao Ipasgo nem estar presencialmente em Goiânia.
Isso é importante porque algumas especialidades são muito raras, e os profissionais podem atender de forma remota, oferecendo seus serviços ao Ipasgo sob demanda. Por isso, a telemedicina tem sido bastante procurada justamente por essas especialidades que são mais difíceis de encontrar ou que possuem um tempo de espera maior aqui na rede física, como endocrinologia, nutrição e psicologia.
No caso da psicologia, por exemplo, há uma demanda constante. Muitas pessoas precisam fazer sessões de terapia, muitas vezes com encaminhamento de psiquiatras ou outros médicos, mas nem sempre têm tempo ou querem se deslocar até um consultório ou clínica. A telemedicina, nesse contexto, facilita muito, pois permite que as sessões sejam feitas no conforto da casa do paciente, aumentando a adesão ao tratamento. Com isso, temos observado uma aceitação muito grande da telemedicina. É claro que ainda podemos avançar, e com certeza avançaremos.
Agora, já no terceiro mês de operação desse modelo, estamos coletando dados para entender melhor como seguir adiante. Isso inclui possivelmente revisar contratos e modelos, não para favorecer, mas para otimizar o uso da telemedicina, valorizando aquilo que ela faz de melhor e evitando gastos em áreas em que o seu impacto seja menor.
Italo Wolff – Recentemente, o instituto abriu novos planos para atender a uma exigência da ANS. Que exigência foi essa?
No momento em que o Ipasg recebeu seu registro junto à ANS, passou a ser obrigado a comercializar apenas planos regulamentados. A lei que instituiu o Ipasgo SSA garantiu a todos os beneficiários dos planos antigos, chamados básico e especial, o direito adquirido de permanecer nesses planos. Isso não era uma obrigação, pois, conforme a legislação nacional e as regulamentações da ANS, a lei local poderia ter determinado a migração compulsória para os planos regulamentados. Contudo, essa não foi a opção adotada na época, o que considero uma decisão muito acertada, pois assegurou o direito daqueles que já estavam vinculados aos planos anteriores.
No entanto, esses planos antigos não são regulamentados. Portanto, uma vez que o Ipasgo obteve o registro da ANS, ficou proibido de comercializar esses planos antigos, ou seja, não é mais permitido que novos beneficiários ingressem nesses planos. Novos beneficiários só podem aderir aos planos regulamentados. Assim, esses planos foram aprovados pela ANS e, para que pudessem ser operacionalizados, foi necessário firmar um convênio com o Estado.
Esse convênio foi concluído no final de abril, e desde então as adesões e migrações para os novos planos estão abertas.
Isso não significa apenas uma obrigação para com a ANS, mas também uma necessidade urgente, pois milhares de servidores do Estado estavam sem cobertura desde meados do ano passado, quando a ANS determinou que os planos antigos seriam congelados a partir daquela data.
Assim, servidores comissionados e efetivos que ingressaram no Estado ficaram sem planos de saúde. Por isso, estamos registrando um ritmo muito acelerado de pedidos de adesão. Em apenas 30 dias, já recebemos quase 4,5 mil solicitações, das quais mais de 2 mil já foram efetivadas, um processo que depende da conferência e complementação de informações, já que muitos cadastros apresentam dados incompletos. Portanto, a adesão está sendo bastante expressiva, motivada principalmente pela busca desses servidores por cobertura de saúde, já que estavam desassistidos.
Ton Paulo – Há reclamações quanto ao atendimento pelo 0800 do Ipasgo. Muitos beneficiários reclamam que não conseguem ser atendidos por lá. O instituto corrigiu as falhas deste canal? Como está hoje?
O 0800 foi, de fato, um problema ao longo das últimas semanas. E isso ocorreu por um motivo simples: um motivo técnico. Havia, sim, um número 0800 disponível, mas esses contratos de prestação de serviço preveem um número máximo de ligações a serem atendidas. Ou seja, você contrata o serviço para até um determinado volume de chamadas.
No caso do Ipasgo, operando no regime anterior, com dúvidas consideradas normais, o número contratado – um contrato mais antigo, inclusive – era suficiente pra demanda existente. Com as novas demandas, decorrentes dos novos planos, da coparticipação e de outras mudanças, o volume de ligações ultrapassou o limite contratado. Além disso, também superou a nossa capacidade de disponibilizar atendentes suficientes para absorver esse aumento. Em alguns casos, mesmo que tivéssemos mais licenças disponíveis, não teríamos atendentes em número adequado para realizar o atendimento.
Há um entendimento claro de que, sim, a tabela está defasada, e muito em breve pretendemos apresentar uma proposta de reajuste aos prestadores. Nossa intenção é realizar esse reajuste ainda na primeira quinzena de junho
Diante disso, o que fizemos? É claro, o contrato em vigor não podia ser alterado, ele já estava em execução, sem possibilidade de ampliação imediata da sua capacidade. Por isso, buscamos um novo número, que já foi disponibilizado. Esse novo número complementa o anterior. Agora, temos dois números em funcionamento, o que significa que a capacidade de atendimento foi dobrada. Além disso, também ampliamos a equipe de atendentes.
A criação desse novo número teve justamente esse objetivo. É evidente que gostaríamos que ele estivesse ativo já na semana retrasada, ou até antes. Porém, a formalização de um novo contrato, a instalação do sistema e o treinamento da equipe levam algum tempo. Vale destacar que o treinamento dos atendentes da nova plataforma foi realizado em tempo recorde. Não conheço nenhuma empresa que tenha implementado um novo 0800 com tanta agilidade.
Portanto, a medida adotada foi de ampliação da capacidade de atendimento, com mais ligações disponíveis e mais atendentes. Não se trata de uma substituição, mas de um acréscimo. Hoje, temos dois números em operação. Se um estiver ocupado, é possível tentar o outro, pois haverá disponibilidade.
Italo Wolff – Qual é o principal motivo de judicialização hoje do Ipasgo?
Em geral, o principal motivo de judicialização é a garantia de atendimento daquilo que não está presente no rol de cobertura. Então, há, talvez, uma não compreensão, ou alguma complexidade, no entendimento do que é ou não é coberto pelo plano.
Inclusive, o STF está, neste momento, com pauta para discutir o rol da ANS: o quão taxativo ele é ou o quão exemplificativo pode ser. Portanto, não se trata de um tema restrito ao nível básico. Compreender a abrangência do rol de cobertura e até onde vai ou não vai a obrigação de cobertura é uma questão de relevância nacional, atualmente em debate no Supremo Tribunal Federal. De modo geral, esse é o principal fator de judicialização na área da saúde.
Em essência, trata-se de pedidos de cobertura para procedimentos que, em tese, não estão previstos no contrato, mas que o beneficiário e seu prestador de serviços acreditam que deveriam ser incluídos. Essa discussão envolve uma série de direitos, entre eles, obviamente, o direito à saúde e à vida, e, ao mesmo tempo, levanta o desafio da sustentabilidade financeira dos planos. Afinal, se um plano for obrigado a cobrir todos e quaisquer procedimentos, independentemente de sua natureza ou complexidade, ele se tornará financeiramente inviável.
Italo Wolff – Quais as vantagens dos novos planos do Ipasgo? Eles têm tido boa adesão?
A adesão tem sido boa. Em um mês, já tivemos 4,5 mil pedidos. Muitas pessoas estão buscando o plano. É uma situação interessante: de um lado, quem já está dentro às vezes acha que a autorização está demorando ou que a cobrança da coparticipação foi confusa. Mas, por outro lado, quem está de fora quer entrar. E por que querem entrar? Porque o Ipasgo é o maior plano de saúde de Goiás, é 50% maior que a Unimed, que ocupa o segundo lugar.
O institto é muito grande e, por isso, sua rede de atendimento também é muito ampla. Já os planos privados, em geral, possuem redes bem menores. Isso acontece porque eles têm menos beneficiários e, portanto, negociam com uma rede mais limitada: um hospital de referência aqui, uma clínica ali. O Ipasgo, por sua vez, tem uma rede bastante aberta. Há prestadores de serviço em praticamente todos os municípios que possuem beneficiários. No mínimo, existe um posto de coleta de exames laboratoriais. A amplitude da rede é realmente grande.
A cobertura para eventos de urgência, emergência e internações é excelente. É curioso observar que, quando se trata de procedimentos eletivos, como consultas, há algum nível de crítica, por exemplo, a pessoa tentando marcar uma consulta com determinada especialidade e enfrentando demora. Mas, no que se refere ao que em outros países é conhecido como seguro de saúde. Ou seja, a cobertura para situações em que você precisa de atendimento imediato, o Ipasgo oferece cobertura ampla e irrestrita. Se for necessária uma cirurgia de emergência, um medicamento de emergência ou uma internação, há garantia de leito. Se o hospital onde a pessoa foi atendida não tiver leito disponível, o instituto, em conjunto com o prestador, busca vaga em outro hospital e providencia a ambulância para realizar a transferência.
Assim, quando pensamos no plano apenas como acesso a consultas, há, sim, espaço para avançar. Mas, se pensamos no Ipasgo como um seguro de saúde, o atendimento é amplo e irrestrito. E as pessoas percebem isso. É claro que elas desejam fazer consultas e exames pelo plano, mas o que as deixa mais seguras é saber que, se ocorrer algo grave, a cobertura estará garantida — assim como acontece com um seguro de carro. Por isso, temos muito a melhorar, mas, no que diz respeito a pronto atendimento, emergência e urgência, o Ipasgo oferece hoje uma cobertura sem precedentes em Goiás, com um custo menor do que qualquer outro plano comercializado no Estado.
Além disso, os novos planos incluem mais de 1,9 mil procedimentos adicionais em comparação com os antigos. Por exemplo, a colocação e acompanhamento de DIU, que tem grande demanda e não era coberta nos planos antigos, agora está incluída. A aplicação de vitaminas injetáveis, como vitamina D, que é muito procurada, uma vez que hoje temos menos exposição ao sol, também passou a ser coberta. Cirurgias refrativas, que não eram cobertas nos planos antigos, agora estão incluídas.
Em relação ao custo, para algumas faixas etárias, principalmente as mais avançadas, o valor é um pouco mais alto. Já nas faixas mais jovens, de zero a dezoito anos, até vinte e cinco, até trinta anos, o plano chega a ser mais barato que os antigos, especialmente devido ao subsídio de cem reais que o governo do Estado concede. Na média, o custo sobe um pouco em algumas faixas etárias, mas o que o plano oferece a mais compensa muito. A cobertura de medicamentos oncológicos complexos e modernos no novo plano, por exemplo, é significativamente maior.
..........................
EASY COOP
Instituto Unimed Goiânia celebra aniversário com saldo de mais de 7 mil pessoas impactadas com projetos realizados
O Instituto Unimed Goiânia, braço socioambiental da Unimed Goiânia - Cooperativa de Trabalho Médico, completa três anos de atuação, consolidando seu compromisso com a transformação social, cultural e ambiental. Desde sua fundação, em junho de 2022, a entidade sem fins lucrativos já beneficiou diretamente mais de 7 mil pessoas, promovendo ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
A celebração acontece no mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, reforçando um dos pilares do Instituto, a sustentabilidade. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), instituições socioambientais exercem um papel fundamental na construção de sociedades mais resilientes, promovendo inclusão social, conservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o Instituto Unimed Goiânia atua com o engajamento da comunidade para o fomento do bem-estar coletivo, da preservação ambiental e do fortalecimento das comunidades locais.
Atualmente, o Instituto conta com 53 voluntários ativos, entre cooperados, colaboradores e sociedade, que atuam em diferentes frentes organizadas em três eixos de atuação, assistência social, educação e meio ambiente. De 2022 a 2024, as campanhas do Instituto resultaram na doação de quase 10 toneladas de alimentos e na distribuição de mais de 6 mil mudas de espécies nativas.
Nos últimos anos, os resultados do Instituto mostram a força do voluntariado e da colaboração. Só em 2025, foram arrecadadas mais de 1,5 tonelada de alimentos destinados a famílias e instituições assistenciais, além da doação de 400 mudas nativas do Cerrado no âmbito do projeto de compensação de carbono, o "V de Verde". Ações como o "Potinhos de Amor", que arrecadou 700 potes de vidro para bancos de leite humano, e a entrega de 21 computadores para projetos de inclusão digital também fazem parte do impacto social gerado.
Projetos que geram impacto social
O Instituto mantém projetos próprios que transformam pequenos gestos em grandes mudanças, como o "De Tampa em Tampa" e "Eu Ajudo na Lata", que convertem materiais recicláveis em alimentos e equipamentos de mobilidade. O projeto "Já Fui um Banner" reaproveita lonas em bolsas e brindes, enquanto o "Ecoponto", apenas em 2024, coletou quase 300 kg de resíduos eletroeletrônicos, destinando-os corretamente e revertendo parte dos recursos para ações sociais. O projeto "Laços" promove acolhimento e cuidado a idosos em instituições de longa permanência.
Além disso, o "Potinhos de Amor" mobiliza a sociedade para a doação de potes de vidro aos bancos de leite humano, que, até maio, já somam quase mil unidades doadas. A Feira Criativa, que na última edição reuniu 30 expositores e recebeu quase 5 mil visitantes, fomenta o empreendedorismo, a economia circular e valoriza produtores locais. O Clube do Livro Bariani Ortêncio incentiva a leitura e a valorização da cultura goiana, enquanto o Grupo de Corrida e o Coral Cuidarte promovem saúde física, bem-estar emocional, socialização e qualidade de vida. O Estacionamento Solidário também faz parte desse ecossistema de impacto, transformando doações voluntárias em recursos para projetos sociais.
Parcerias estratégicas, como o "Mude1Hábito", ampliam o acesso da comunidade a práticas de bem-estar, oficinas, atividades culturais e de sustentabilidade. O evento acontece mensalmente, sempre com uma proposta que convida a comunidade a transformar pequenos hábitos em grandes mudanças para a saúde e o meio ambiente.
Três anos de impacto e transformação
Para o presidente voluntário do Instituto Unimed Goiânia, Dr. Frederico Xavier, os resultados alcançados refletem um compromisso genuíno com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável. "O Instituto Unimed Goiânia nasceu com a missão de cuidar das pessoas, do meio ambiente e da cultura. Esses três anos nos enchem de orgulho, não só pelos números, mas, principalmente, pelas histórias que ajudamos a escrever. A cada muda plantada, a cada cesta doada, a cada vida impactada, reforçamos nosso compromisso com um mundo melhor", afirma.
Sobre o Instituto Unimed Goiânia
O Instituto Unimed Goiânia é uma entidade sem fins lucrativos que atua como braço socioambiental da Unimed Goiânia, promovendo desenvolvimento social, cultural e ambiental. A entidade atua nos eixos de educação, meio ambiente e assistência social, desenvolvendo projetos que contribuem para melhores condições de vida e fortalecem a cidadania. Desde sua criação, em 2022, já impactou diretamente mais de 7 mil pessoas, mobilizando voluntários, parceiros e a comunidade em ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
...............................
O DIA
Aureo Ribeiro: CPI dos Planos de Saúde já!
Um pronto atendimento médico pode ser a diferença entre a vida e a morte. Por isso mesmo, mais de 51 milhões de brasileiros recorrem a operadoras de Plano de Saúde para terem assegurado acesso a exames, direito a consultas e internações em hospitais particulares, já que nem sempre é possível contar com o Sistema Único de Saúde (SUS).
O problema é que muitos desses brasileiros começaram a ser surpreendidos por cancelamentos unilaterais comunicados de supetão por parte das operadoras desses planos. Sem qualquer explicação.
Pior, os alvos preferenciais desses cancelamentos unilaterais são idosos ou portadores de alguma deficiência ou síndrome. Justamente, aqueles que mais dependem de atendimento médico diferenciado. Mesmo depois de terem passado décadas pagando esses planos, na expectativa de que não ficariam sem assistência no momento em que mais precisariam desse suporte médico.
Assim, em maio do ano passado eu apresentei um requerimento propondo a instalação de uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar os abusos cometidos pelos Planos de Saúde. A receptividade de meus colegas foi imediata. Mais de 300 parlamentares apoiaram a iniciativa. E no dia 5 de junho, protocolei o pedido junto à Mesa Diretora.
O então presidente da Casa, Arthur Lira, preferiu investir em um acordo informal anunciado após uma reunião com os dirigentes da Agência Nacional de Saúde (ANS), da Amil e da Unimed Nacional. Apesar das comemorações após o anúncio, nada mudou: os cancelamentos unilaterais prosseguem soltos e ninguém foi reincorporado aos antigos planos.
Em novembro passado, o presidente nacional do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força, ajuizou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal pedindo uma liminar que garantisse a instalação da CPI dos Planos de Saúde. Em fevereiro deste ano, o ministro André Mendonça, designado relator, pediu informações à Câmara dos Deputados.
Resta saber se o relator seguirá a jurisprudência do próprio Supremo, que em maio de 2021, quando o país já contava 300 mil óbitos por conta da pandemia da Covid-19, obrigou o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a instalar a CPI da Pandemia. Uma decisão célere do ministro André Mendonça pode abrir o caminho para que a Câmara comece a agir.
A sociedade brasileira segue aguardando providências do Legislativo, Judiciário e Executivo, para que seus direitos sejam respeitados. Essa, aliás, é a nossa missão! Apresentar soluções e saídas para as demandas dos brasileiros, na verdade, dos contribuintes que pagam a manutenção desses 3 Poderes da República.
Já que as operadoras dos planos de saúde não cumpriram com o acordo celebrado com a Câmara dos Deputados no ano passado, é chegada a hora de instalarmos a CPI dos Planos de Saúde!
Não podemos seguir assistindo os cancelamentos unilaterais de planos de saúde sem aviso prévio ou explicação e seguirmos de braços cruzados. É importante que os alvos prediletos dessas operadoras, como idosos e mães atípicas, saibam que não estão sós nesta luta por justiça!
Aureo Ribeiro é deputado federal do Rio de Janeiro, líder do Solidariedade na Câmara dos Deputados e coordenador da bancada fluminense na Câmara dos Deputados
........................................
Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 07 A 09/06/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ChatGPT pode substituir o seu médico? Especialistas explicam os riscos de se consultar com IA
Número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde chega a 5,18 milhões
https://medicinasa.com.br/empregos-saude-1t2025/
Alta dos juros ameaça acesso à saúde e desestimula investimentos
https://medicinasa.com.br/juros-acesso-saude/
O que vai mudar nos planos de saúde a partir de julho
Hospital Cora recebe primeiros pacientes em Goiânia
https://www.aredacao.com.br/noticias/234010/hospital-cora-recebe-primeiros-pacientes-em-goiania
ZERO HORA
ChatGPT pode substituir o seu médico? Especialistas explicam os riscos de se consultar com IA
Cada vez mais pessoas recorrem a inteligências artificiais (IAs) como o ChatGPTpara entender sintomas, buscar diagnósticos ou decidir se precisam procurar um médico. A prática, embora rápida e acessível, pode induzir ao erro, gerar pânico e comprometer tratamentos, segundo especialistas.
Para o médico vascular Vinicius Lain, do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), esse comportamento já é uma rotina nos consultórios.
— Hoje, é muito frequente o paciente chegar para o atendimento e dizer que fez uma pesquisa, que já sabe o que tem e que inclusive sabe o que precisa tomar — afirma ele.
O conselheiro do Cremers alerta que, além de interferir na escuta clínica, esse hábito pode atrasar diagnósticos e comprometer o tratamento adequado.
— Muitas vezes, ele acaba não procurando o atendimento correto no tempo certo. E, quando chega, está em uma situação mais complexa, às vezes agravada por condutas que não foram orientadas por um profissional — relata.
Quais os riscos para o atendimento médico?
— O paciente joga em uma plataforma de inteligência artificial, recebe um diagnóstico e um suposto tratamento, e a partir dali segue o que achou que estava certo — afirma Lain.
Isso pode levar à automedicação — incluindo o uso indevido de remédios — e ao atraso no início de tratamentos necessários. Segundo o médico, a falsa segurança oferecida pelas ferramentas pode acabar postergando a busca por atendimento profissional.
Muitos ainda chegam à consulta ansiosos ou pressionando por exames, com base nas informações distorcidas.
— A maioria das vezes o paciente se assusta, vem com o pior prognóstico possível depois que pesquisou. E aí, vira uma urgência para marcar a consulta, o que acaba atrapalhando o acesso ao sistema de saúde. É positivo que se tenha acesso, mas acho que a informação precisa ser filtrada por um profissional de saúde — relata.
Como o ChatGPT cria respostas para dúvidas médicas?
Apesar da linguagem técnica e da confiança no tom empregado ao responder, o ChatGPT nem sempre compreende a complexidade dos sintomas ou interpreta exames equadros clínicos.
Os sistemas são treinados com grandes volumes de dados, incluindo conteúdos sobre saúde, artigos públicos e fóruns. Porém, a ferramenta organiza palavras com base em padrões de textos da internet — ela tende a prever o que tem mais chance de vir a seguir em uma frase, sem entender exatamente o que está sendo dito.
— Quando alguém pergunta, o modelo interpreta a linguagem natural, identificando termos médicos e formulando uma resposta com base nos padrões aprendidos. É uma técnica chamada tokenização, que divide a frase em partes menores (tokens), e outra chamada embedding, que tenta entender o significado desses termos no contexto — explica Rodrigo Rios, professor da CESA.R School, mestre em design de artefatos digitais e doutorando em engenharia de software.
Na prática, isso significa que o sistema pode montar uma resposta com aparência médica — mas que pode estar descontextualizada ou incorreta para aquele caso específico. No entanto, o especialista ressalta que os modelos já são projetados para deixarem os usuários cientes que não substituem médicos e evitar conselhos “perigosos”.
O que são “alucinações” de IA — e por que preocupam
No contexto da inteligência artificial, o termo “alucinação” é usado quando a IA apresenta informações falsas ou imprecisas como se fossem verdadeiras. A ferramenta pode mencionar doenças que não se aplicam ao caso, citar estudos inexistentes ou indicar condutas ultrapassadas.
Segundo Rios, isso acontece porque o modelo busca completar uma sequência textual, mesmo que não exista fundamento.
— Isso pode ocorrer com nomes de doenças, tratamentos, dados estatísticos e referências científicas que nunca existiram. Mesmo com avanço nos modelos de IA, nenhuma delas está completamente livre desse problema, por isso o uso exige responsabilidade — afirma.
Existem modelos que já são pensados para o uso na medicina. É o caso do Med-PaLM, desenvolvido pela Google, treinado com dados médicos validados por especialistas, com foco em precisão, segurança e capacidade de lidar com linguagem clínica.
Mesmo assim, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso dessas tecnologias em saúde deve ser sempre supervisionado por profissionais qualificados.
O que diz a regulação médica sobre o uso de IA?
Em maio de 2025, o Cremers publicou uma resolução sobre o uso ético e responsável da inteligência artificial na prática médica. A norma, inédita no Brasil, define que a IA pode ser utilizada como ferramenta de apoio, desde que com conhecimento e supervisão do profissional.
— A IA pode ser útil no apoio à documentação, à organização do raciocínio clínico ou até na checagem de informações. Mas ela nunca pode ser autônoma, não substitui a decisão do médico — afirma Lain.
A resolução também estabelece que o paciente deve ser informado sobre o uso da tecnologia e qualquer informação gerada deve ter validação de um médico responsável.
— Da mesma maneira que fazemos termos de consentimento pré-operatório, ou pré-tratamento, devemos fazer também antes do uso de IA no atendimento — explica.
A IA pode ser usada com segurança?
Tanto Rios quanto Lain concordam que a IA pode ter função complementar no processo de atendimento e cuidado ao paciente, desde que usada com limites claros:
— Melhorar a consulta, organizar dados e liberar o médico para olhar no olho do paciente. Mas jamais deve ser usada para substituir a relação médica — acrescenta Lain.
Segundo os especialistas, ela pode ajudar, por exemplo:
- Esclarecer termos médicos após a consulta
- Estruturar dúvidas antes de falar com o profissional
- Organizar informações pessoais de saúde, desde que não substitua o parecer médico
Mas não deve ser usada para:
- Diagnosticar doenças com base em sintomas genéricos
- Sugerir tratamentos ou prescrever medicamentos
- Substituir a consulta presencial com um profissional
Para além das consultas, Lain enxerga um papel estratégico da inteligência artificial no futuro da saúde pública — principalmente no uso inteligente de recursos e no combate ao desperdício.
— A grande oportunidade dessas tecnologias na saúde está na redução de desperdícios. Não é só sobre atender mais rápido, mas sobre conectar o paciente certo ao médico certo, no tempo certo — conclui.
...................................
MEDICINA S/A
Número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde chega a 5,18 milhões
O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde no Brasil cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2025 ante o último trimestre do ano passado, saindo de 5,15 milhões de vínculos em dezembro de 2024 para 5,18 milhões em março deste ano – o que corresponde a um acréscimo de 34,8 mil postos de trabalho no setor. O resultado foi constatado pela 76ª Edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS) produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e demonstra a “resiliência do setor mesmo diante de um ritmo de crescimento mais moderado”.
Na mesma base comparativa, a economia geral cresceu 1,4% no mesmo período, equivalendo a 640,8 mil ocupações. Dessa maneira, o setor de saúde representou 5,4% de todo saldo de novos empregos criados no Brasil no período.
Conforme o relatório, o desempenho foi impulsionado exclusivamente pelo setor privado, que cresceu 1,1% no período, enquanto o setor público apresentou retração de 1,2%. Centro-Oeste foi a região com maior expansão da cadeia da saúde, alta de 2,1%, enquanto a região Norte teve o pior desempenho, com retração de 1,5%, causada pela expressiva queda de 4,2% nos empregos do setor público.
“A cadeia da saúde é um motor importante de geração de empregos no Brasil. Mesmo em um cenário econômico instável, o setor se manteve em crescimento, o que evidencia seu papel essencial e estruturante na base de empregos do País”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Com 10,8% dos empregos formais do Brasil, a saúde tem papel relevante tanto na economia quanto na coesão social. O relatório mostra, ainda, grandes desigualdades regionais: enquanto o Sudeste concentra 2,59 milhões de vínculos, sua proporção de empregos da saúde em relação à economia local é de 10,7%. Já o Centro-Oeste lidera proporcionalmente, com 12,5%. No Norte, chama a atenção a dependência do setor público: 46% dos vínculos da saúde estão nessa esfera.
“A retração no setor público em algumas regiões, especialmente no Norte, é um sinal de alerta. Esse tipo de oscilação impacta diretamente a oferta de serviços de saúde e deve ser monitorado com atenção por gestores e formuladores de políticas públicas”, afirma Cechin.
Na saúde suplementar, os prestadores de serviços foram responsáveis por quase 74% dos 170 mil novos empregos formais criados entre março de 2024 e março de 2025, reforçando sua centralidade na prestação de cuidados. O relatório também aponta que o Nordeste teve o maior crescimento relativo no número de vínculos da saúde por 100 mil habitantes, com alta de 8,3%.
“A expansão regional do emprego, especialmente no Nordeste, mostra o potencial da interiorização da saúde. Isso reflete um movimento positivo de desconcentração dos serviços e pode contribuir para maior equidade no acesso à assistência”, completa Cechin.
..............................
Alta dos juros ameaça acesso à saúde e desestimula investimentos
A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 14,75% ao ano reacendeu os alertas sobre os impactos profundos dos juros em setores estratégicos, como o da saúde. Para Renan Aleluia, consultor de gestão focado nas áreas de saúde, tecnologia e finanças, com esse aumento a sustentabilidade e a expansão dos serviços de saúde estão em risco, principalmente entre pequenos e médios prestadores.
A ata da 270ª reunião do Copom, divulgada na última semana, reforça as incertezas do cenário fiscal e inflacionário, ao sinalizar a possibilidade de manter os juros elevados por mais tempo. Embora o Banco Central evite falar em continuidade do ciclo de alta, o tom cauteloso preocupa os empresários do setor de saúde, que veem um efeito direto e imediato sobre a capacidade de investimento e operação.
“É muito perigoso ter juros próximos de 15% ao ano. Nenhum negócio consegue sobreviver por muito tempo assim e os negócios de saúde são ainda mais sensíveis, porque trabalham com margens muito apertadas”, afirma o especialista. Ele explica que o retorno de empreendimentos em saúde dificilmente compete com o rendimento de investimentos conservadores. “Os principais players do setor hospitalar, por exemplo, geram ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) de 13% a 15%. No cenário atual, o risco de se operar um negócio de saúde não está sendo remunerado”
Segundo Renan, esse cenário afasta investidores e inibe a inovação. “Isso tira o apetite de quem tem capital para apostar no setor. Se o dinheiro rende sozinho, porque colocá-lo em um setor complexo como a saúde? E sem investimento, não tem crescimento, não tem acesso. A conta chega para todos”.
Além da rentabilidade limitada, o setor de saúde depende de infraestrutura e tecnologia, que exigem altos aportes iniciais, financiamento de longo prazo e boa parte sensível ao dólar. “Para construir um hospital, o gestor precisa de equipamentos de alta tecnologia, espaço físico, obra civil especializada, mobiliário. Tudo isso tem valores milionários, e a maior parte desse investimento é feita com instrumentos de dívida. Com os juros altos, esse financiamento fica insustentável, criando um efeito cascata que é sentido no preço final dos serviços. Ou seja, se o custo para investir está mais alto, o valor cobrado do paciente e dos convênios também sobe. Isso encarece o sistema todo. E quanto mais caro, mais a saúde vira artigo de luxo.”
O cenário é ainda mais desafiador para o gestor que sempre operou alavancado, pois a dívida contraída em julho de 2024 com a Selic a 10,5% ficou quase 50% mais cara. Esse aumento repentino tende a consumir toda sua geração de caixa com pagamento de juros e dívida. Nesse momento é altamente importante contar com apoio do setor financeiro e consultores para garantir a sustentabilidade do negócio.
Por fim, o especialista ressalta que o debate sobre os juros precisa incluir os efeitos na vida real dos brasileiros. “Estamos com uma das maiores taxas de juros da história e ninguém está falando disso com a seriedade que merece. Juros altos empobrecem a população e tiram acesso à saúde privada, fazendo com que mais pessoas busquem o SUS, que já está sobrecarregado”, finaliza.
................................
TRIBUNA ONLINE
O que vai mudar nos planos de saúde a partir de julho
Pela nova resolução da ANS, operadoras deverão ter canais de atendimento presencial, além de virtual e telefônico
A partir do dia 1° de julho, uma nova resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aprovada no final do ano passado, trará mudanças no atendimento dos beneficiários de planos de saúde.
Na prática, as operadoras deverão ter canais de atendimento presencial (nas capitais ou regiões de maior atuação), além de atendimento virtual e telefônico, sendo 24h para grandes operadoras.
Uma mudança significativa é que as solicitações de procedimentos ou serviços de urgência e emergência devem ser respondidas imediatamente pela operadora.
Já nas solicitações de procedimentos de alta complexidade (PAC) ou de atendimento em regime de internação eletiva, a operadora terá o prazo de até 10 dias úteis, a partir da data da solicitação, para responder ao beneficiário.
O advogado Roberto Buticosky explica que, em casos de negativas, a nova resolução determina que elas devem ser reduzidas a termo, com justificativa detalhada. “Devem ter linguagem clara, indicando cláusula contratual ou dispositivo legal, informando ainda sobre direito de reanálise pela ouvidoria”.
O advogado Lukas Pedruzzi explica que, com as mudanças, o método de fiscalização do prazo máximo de atendimento será mais célere e exigido pela ANS, sendo exigido, ainda, um registro da data da solicitação e o andamento da demanda. “Com a nova normativa, todo esse trâmite e o prazo deverão ser efetivamente comprovados”.
advogada Andreia Carvalho, do escritório Ribeiro Fialho, ressalta, porém, que a Resolução Normativa 623 não amplia o rol de hipóteses de negativa de cobertura, tampouco modifica as regras de cobertura assistencial. “No entanto, impõe maior rigor quanto à forma e à transparência das respostas emitidas pelas operadoras”.
Segundo a diretora de fiscalização da ANS, Eliane Medeiros, as operadoras também passarão a ter incentivo para melhorarem o atendimento, com consequências regulatórias e fiscalizatórias diante das reclamações.
“As operadoras deverão atingir metas quanto às demandas dos consumidores. A norma, por si só, é um avanço na relação entre as centrais de atendimento das operadoras e seus beneficiários, e é um pilar inicial e fundamental para as mudanças fiscalizatórias que queremos implementar no setor”.
Fique por dentro
Mudanças
A partir de 1º de julho, haverá novas regras de atendimento aos beneficiários de planos de saúde. A Resolução Normativa 623 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece diretrizes para o atendimento, como transparência, clareza e segurança das informações.
Formas de atendimento
Para prestarem o atendimento previsto na resolução, as operadoras deverão disponibilizar e divulgar, de forma clara:
Atendimento presencial (em capitais ou regiões de maior atuação), indicando os endereços disponíveis para atendimento ao beneficiário;
Atendimento telefônico (24h para grandes operadoras), contendo número da respectiva central de atendimento;
Atendimento Virtual.
Protocolo de atendimento
Número de protocolo deve ser fornecido no início do atendimento.
Gravações e registros devem ser mantidos por 90 dias (telefone) e 2 anos (demais registros).
Se o beneficiário fizer reclamação, a operadora deve guardar os registros por, no mínimo, 5 anos.
razo de resposta
As solicitações não assistenciais (como pedidos de informações, dúvidas e reclamações) serão respondidas no prazo de 7 dias úteis, contado da data de seu registro.
Solicitações assistenciais: urgência e emergência: resposta imediata. Demais casos: até 5 dias úteis. Procedimento de alta complexidade ou internação eletiva: até 10 dias úteis.
Estão vedadas respostas genéricas, como “em análise” ou “em auditoria”; a resposta deve ser clara e fundamentada.
Direito ao acompanhamento
O Beneficiário poderá acompanhar o andamento da solicitação em canal virtual, telefone e presencial.
Negativas
A norma também veda respostas genéricas, por parte das operadoras, obrigando-as a fornecer justificativas claras, fundamentadas e com indicação da cláusula contratual ou norma legal em casos de negativa de cobertura, explica a advogada Andreia Carvalho.
Caso a resposta seja negativa, poderá requerer reanálise pela ouvidoria da operadora. Esgotadas as instâncias internas, o beneficiário poderá, ainda, formalizar uma Notificação de Intermediação Preliminar (NIP) junto à ANS. Mas, para tanto, é necessário guardar os protocolos feitos tanto para a operadora quanto para a ouvidoria da operadora.
Penalidades
A operadora que descumprir as regras sobre atendimento aos beneficiários, nas solicitações não assistenciais e de coberturas assistenciais, poderá responder pela prática de infração, que pode levar a sanções e aplicação de multas, esclarece a diretora de fiscalização da ANS, Eliane Medeiros.
Além disso, o número de reclamações recebidas pela operadora tem reflexos no seu Índice Geral de Reclamações (IGR). E, conforme a RN 623/2024, a ANS passará a dar maior divulgação no seu site para as operadoras que atingirem meta trimestral de excelência no IGR e a meta de redução do IGR trimestral, estimulando a concorrência no setor.
..........................
A REDAÇÃO
Hospital Cora recebe primeiros pacientes em Goiânia
Ala infantil será inaugurada
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, receberá oficialmente, nesta segunda-feira (9/6), os primeiros pacientes do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora). Em fase final de preparação para abertura da ala infantil, o Cora é o primeiro hospital público destinado exclusivamente ao tratamento do câncer em Goiás.
A unidade foi concebida, construída e equipada com tecnologia de primeiro mundo, tendo como inspiração o Hospital de Amor, de Barretos (SP), e atendendo a padrões internacionais de excelência em medicina oncológica.
A primeira etapa do hospital teve investimento de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos, recursos do Tesouro Estadual.
....................
Assessoria de Comunicação
Associado Hospital São Francisco de Assis promove ação no Dia Nacional de Combate à Desnutrição Hospitalar
6 de Junho – Dia Nacional de Combate à Desnutrição Hospitalar
Você sabia que a desnutrição pode afetar até 60% dos pacientes hospitalizados e comprometer diretamente sua recuperação? Pensando nisso, o associado Hospital São Francisco se uniu à campanha Junho Verde, promovida pela BRASPEN, para reforçar a importância da nutrição no cuidado com a saúde.
Com apoio da Danone, a equipe de Nutrição do Hospital — gestora Karla Diniz, Jessyca Rosas e Hellen Cristina — realizou uma ação educativa com os profissionais da saúde e pacientes:
Entrega dos 11 Passos para Segurança Nutricional em pranchetas aos colaboradores;
Orientações aos pacientes sobre alimentação saudável durante e após a internação.
Parabéns a todos pela iniciativa que traduz o cuidado com os pacientes!