Quarta, 13 Março 2024 07:16

CLIPPING AHPACEG 13/03/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue

Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia

Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego

Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue

Médicos irão paralisar serviços por 24 horas

MEDICINA S/A

Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional

O grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R$ 20 bilhões.

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.

O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle.

 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R$ 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.

Números

O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.

Confira o estudo completo aqui: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://app.i-maxpr.com/x/12094/2fa/2fa97eeaf0e7dd4543bb65c763b94cdd.pdf

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue


O Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico e fechamento de casos de dengue. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, foi elaborada uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre o uso de testes rápidos para dengue.

"Já iniciamos a compra para distribuição", disse Ethel, em entrevista coletiva. A secretária lembrou que outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus. Entretanto, em meio à explosão de casos de dengue no país, o Ministério da Saúde decidiu recomendar teste rápido para o diagnóstico de dengue com a devida orientação aos profissionais de saúde das redes estaduais e municipais.

A secretária de Vigilância Sanitária em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, fala sobre uso de testes rápidos para diagnóstico da dengue - Wilson Dias/Agência Brasil

De acordo com a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado pelo ministério deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. Mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas, reforçou.

Ainda segundo Marília, para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente.

Autoteste

Marília confirmou também tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização de autotestes para dengue no Brasil. A informação foi antecipada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Tivemos duas reuniões com a Anvisa", disse Marília, ao detalhar que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo o primeiro é conduzido por um profissional de saúde e o segundo, pelo próprio paciente.

Marília lembrou que, diferentemente do cenário de covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus por meio do isolamento, o autoteste de dengue não contribui nesse aspecto, já que a doença só pode ser transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. "A gente ainda está iniciando uma discussão técnica."

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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia

Período é favorável para recebimento de recursos federais e para a flexibilização de gastos do município sem necessidade de licitação, por exemplo

A Prefeitura de Goiânia decidiu decretar situação de emergência de dengue, nesta terça-feira, 12. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, em entrevista coletiva, disse que a medida é em decorrência do aumento de casos e óbitos da doença. Até o momento, foram registrados um óbito e 10 casos estão sendo investigados, segundo o boletim epidemia.

O decreto assinado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) está previsto para sair em edição do Diário Oficial do Município (DOM) ainda nesta segunda. “Nós atingimos os níveis necessários para que isso [emergência] seja feito. Nós temos duas situações. A primeira situação, do Ministério da Saúde, que é a manutenção durante quatro meses crescente de casos, e segundo, também do Ministério da Saúde, quando o número de casos por mês ultrapassa a média dos últimos cinco anos. Então, isso caracteriza a emergência”, explicou.

Pollara pontuou que a Capital está com cinco mil casos, o que permite a decretação de emergência. Com isso, segundo o secretário, o Paço deve receber recursos emergências do Ministério da Saúde (a estimativa inicial é de R$ 5 milhões), para realizar contratações de agentes e adquirir insumos com a dispensa de licitação.

Questionado sobre a utilização das oito novas armadilhas para os mosquitos, o secretário lembrou que os equipamentos chegaram ao município na sexta-feira, 8, e que ainda não foram colocados em uso.    

Embora tenham sido chamados 200 agentes de endemias no ano passado, o que totaliza mais de 250 efetivos, o superintendente de Vigilância em Saúde, Pedro Moraes, salienta que com a situação de emergência outros profissionais devem ser contratados. “Com este decreto vai facilitar a gente contratar mais efetivo, fazer aquisição de produtos e insumos e serviços ao combate ao mosquito”.

Paralisação de médicos

Ao mesmo tempo, nesta segunda, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou a paralisação de advertência de 24 horas para esta quarta-feira, 13, a partir das 7 horas da manhã. As principais reclamações dos médicos são atrasos de pagamentos e desvalorização profissional pela chamada pejotização (contrato por CNPJ).

Ao Jornal Opção, Pollara rebateu os atrasos de pagamentos aos médicos e ressaltou que os contratos via pessoa jurídica são uma opção para o profissional e para o setor público. De acordo com ele, esses profissionais têm ganhos maiores com esta modalidade. “Sobre o concurso público, para você ter uma ideia, tínhamos 17 vagas do processo anterior, fizemos o chamamento, sabe quantos vieram? Apenas oito. Sabe quantos foram efetivados? Apenas quatro”, frisou.

O secretário destacou que pelo contrato com CNPJ o profissional paga menos impostos, do que o servidor público, que tem os descontos no contracheque.

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GOIÁS VIDA SAUDÁVEL

Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego

Há anos, o Cremego vem se posicionando publicamente contra esse tipo de prescrição e alertando a população sobre os riscos que uso indiscriminado hormônios representa para a saúde.

O caso também foi tema de uma carta divulgada no fim de 2023, na qual várias Sociedades de Especialidades Médicas alertavam que “não existe dose, tampouco acompanhamento médico que garanta segurança para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance”.

Médicos goianos reiteraram que a terapia hormonal para rejuvenescimento, emagrecimento, ganho de massa ou qualquer outro fim estético atende unicamente a interesses da indústria e de médicos que atropelam a ética médica e insistem na prescrição de procedimentos sem comprovação.

A presidente do Cremego voltou a alertar a população que não se submeta a esses tratamentos. “A terapia hormonal tem indicações específicas e a busca da beleza e da juventude eterna não é uma delas”, afirmou.

Sheila Soares Ferro Lustosa Victor explicou que o Cremego tem feito uma busca ativa nas redes sociais, onde os anúncios destes supostos tratamentos têm ganhado espaço, e punido os responsáveis por infração à ética médica.

“Mas, não conseguimos fiscalizar todos”, observou a presidente, que pediu ajuda à classe médica e à sociedade para que denunciem os profissionais que oferecem essas terapias. As denúncias podem ser encaminhadas à Ouvidoria do Cremego pelo telefone (62) 3250 4930 ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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Os médicos fiscalizados podem responder a processo ético-profissional. Se confirmada a infração, eles podem ser punidos com penas que incluem a advertência confidencial, censura confidencial, censura pública, suspensão e cassação do direito de exercício da medicina.

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A REDAÇÃO

Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue

A Prefeitura de Goiânia declarou, nesta terça-feira (12/3), situação de emergência nível 3 pelo aumento significativo do número de casos de dengue. Conforme explica o titular da  Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, a medida foi tomada devido ao fato de o município ter ultrapassado, no último mês, a média dos últimos cinco anos, registrando mais de cinco mil infecções. 


Conforme dados da nona edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS, foram confirmados 5.724 casos de dengue no município, representando aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, Goiânia registrou um óbito confirmado e outros 10 em investigação. Wilson Pollara explica que o crescimento da doença por quatro semanas seguidas caracteriza a epidemia. “Além desse crescimento de registros confirmados, temos o óbito que confirma a situação de emergência”. 

Questionado sobre a gravidade da situação, Wilson Pollara destacou que esse é um momento que requer maior empenho por parte de toda a população. "Da parte administrativa, os processos referentes à epidemia da dengue serão tratados em regime de urgência e prioridade em todos os órgãos e entidades da administração municipal", afirmou o secretário. Ele acrescentou que contratações temporárias poderão ser realizadas para evitar que o déficit atual do quadro de pessoal permanente afete a prestação dos serviços à população de Goiânia.

Em termos operacionais, Pollara confirmou a ampliação de ações preventivas e de combate ao vetor transmissor, o Aedes aegypti, destacando a aquisição pública de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação anormal, respeitando a legislação vigente. "Recebemos recentemente outras oito mil armadilhas In Care, que já serão instaladas em regiões estratégicas", informou.

A tecnologia das armadilhas consiste em um dispositivo feito de plástico durável, aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que atrai as fêmeas do mosquito para depositar os ovos em um recipiente contendo larvicida e um fungo para contaminar os mosquitos durante a postura dos ovos. Ao voarem para fora da armadilha, os insetos espalham as substâncias em outros criadouros, resultando na eliminação dos mosquitos contaminados.

Pollara ressaltou também que a SMS realiza visitas domiciliares constantes por parte dos Agentes de Combate a Endemias (ACEs) para orientar a população sobre as medidas para a prevenção das arboviroses urbanas, enfatizando que 75% dos focos do mosquito estão dentro do ambiente domiciliar, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). "O combate à dengue deve ser um pacto social em que toda a sociedade se envolva, cada cidadão fazendo a sua parte para evitar a proliferação do Aedes aegypti", frisou.

Outra medida destacada pelo secretário de Saúde foi a vacinação contra a dengue. Desde o dia 15 de fevereiro, foram aplicadas 9.896 doses de Qdenga em crianças de 10 a 14 anos na Capital. Distribuído pela farmacêutica japonesa Takeda, o imunizante teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se de uma vacina viva atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que não protege contra chikungunya, zika e febre amarela.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médicos irão paralisar serviços por 24 horas

Decisão se deve ao impasse entre a categoria e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), informou nsta terça-feira, 12, que a classe médica irá paralisar os serviços. A paralisação tem início às 7h da manhã de quarta-feira, 13, e se estende por 24 horas.

A greve foi estabelecida no dia 6 de março, durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente, na qual a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não teria atendido às reivinidcações dos profissionais.

As principais reivindicações dos médicos são reajuste salarial, melhores condições de trabalho, revisão nas escalas de plantões e investimentos nas infraestruturas de unidades de saúde públicas.

Procedimentos classifcados como não urgentes e de emergência sofrerão impactos devido à greve. No entanto, atendimentos essenciais deverão ser mantidos, conforme é estabelecido pela legislação.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 12 Março 2024 07:32

CLIPPING AHPACEG 12/03/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pesquisa avalia sequelas da covid-19 na população brasileira

Médica é denunciada por morte de paciente após procedimento estético

Decisão da Justiça muda regras para o uso de anestesia em consultórios de dentistas

Há 4 anos era declarada a pandemia de Covid-19; relembre o enfrentamento e a situação atual em GO

Nova maternidade de Aparecida de Goiânia terá 101 leitos e UTI

Artigo - Setor médico tem quebrado paradigmas, mas e a questão jurídica?

AGÊNCIA BRASIL

Pesquisa avalia sequelas da covid-19 na população brasileira


O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (11) a segunda fase da coleta de dados de um estudo de base populacional sobre a covid-19 no Brasil. Durante o mês de março, serão realizadas visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram a doença e que residem em 133 municípios brasileiros. O objetivo, segundo a pasta, é levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid ou covid longa, classificadas como sequelas da doença.

O estudo, denominado Epicovid 2.0: inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e encomendado à Universidade Federal de Pelotas. Em nota, o ministério destacou que, até o momento, não existem estimativas nacionais sobre o impacto da doença a longo prazo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 20% das pessoas infectadas, independentemente da gravidade do quadro, desenvolvem condições pós-covid.

A expectativa do ministério é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios selecionados que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como vacinação, histórico de infecção, sintomas de longa duração e efeitos da doença sobre o cotidiano.

"Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário", destacou a pasta, ao citar que, diferentemente das primeiras etapas do estudo, na fase atual, não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de covid. Também participam da pesquisa a Universidade Católica de Pelotas, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo ministério. "Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA", destacou a pasta.

Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho - por meio de suas secretarias municipais de Saúde - e participaram de reunião online com o epidemiologista Pedro Halla, coordenador da pesquisa, e integrantes do ministério. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.

A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

Primeiras fases

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do vírus no Brasil. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% mais ricos.

Memorial

Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava o cenário de covid-19 no mundo como uma pandemia. Quatro anos depois, também nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um memorial às vítimas da doença que matou 710 mil brasileiros. O local escolhido, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é o Centro Cultural do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.

"Ao falarmos de um memorial e de uma política de memória, porque é isso que estamos propondo, não circunscrevemos a pandemia de covid-19 ao passado. Como todas as reflexões sobre memória, sabemos do componente presente, político, das ações de memória. E, ao mesmo tempo, lembramos que, a despeito de termos superado a emergência sanitária, nós não superamos a covid-19 como problema de saúde pública".

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TV ANHANGUERA

Médica é denunciada por morte de paciente após procedimento estético

https://globoplay.globo.com/v/12427907/

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JORNAL NACIONAL

Decisão da Justiça muda regras para o uso de anestesia em consultórios dos dentistas

A decisão da Justiça Federal se refere à sedação com remédio controlado, em que o paciente pode ficar inconsciente durante a consulta, geralmente em cirurgias e implantes odontológicos.

Uma decisão da Justiça mudou as regras para o uso de anestesia em consultórios dos dentistas.

As práticas de anestesia mais comuns nos consultórios odontológicos são a anestesia local, aquela injeção na gengiva, e o uso do óxido nitroso, um gás que o paciente respira junto com o oxigênio.

“A sedação consciente por inalação de oxigênio e óxido nitroso é uma forma de se tirar a ansiedade e o pânico do paciente no consultório de odontologia. Sejam eles crianças ou adultos, e essa é a finalidade", diz o cirurgião dentista Silvio Teixeira.

Em procedimentos em que a anestesia é menos complexa, como uma obturação, nada vai mudar. A decisão da Justiça Federal se refere à sedação com remédio controlado, em que o paciente pode ficar inconsciente durante a consulta, geralmente em cirurgias e implantes odontológicos.

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia tinha recorrido à Justiça alegando que dentistas não são preparados para fazer o trabalho de sedação. A sociedade médica pediu à Justiça que fosse proibida de realização de procedimentos em pacientes com uso de fármacos de uso controlados, como opioides e sedativos, em consultórios dos dentistas. Segundo o Conselho de Odontologia, o Brasil tem 409 mil cirurgiões-dentistas.

O advogado que representa os médicos afirma que não há regras para o dentista nem fiscalização nos consultórios e o risco para os pacientes é grande.

“O profissional que está realizando esse procedimento que é um procedimento considerado como de risco, ele não tem conhecimento técnico para agir diante de uma intercorrência. Um médico, não anestesista, qualquer médico que quiser fazer uma sedação, um procedimento anestésico, ele primeiro precisa ter um curso avançado de suporte de vida. Esse curso traz para o profissional conhecimentos de intubação, circulação de oxigênio, manter o paciente estável em caso de uma intercorrência anestésica”, afirma Celso Papaleo, advogado da Sociedade Brasileira de Anestesiologista.

A Justiça Federal acolheu em parte o pedido dos médicos anestesistas. A decisão da Justiça Federal não proíbe os dentistas de fazerem o procedimento, mas determina que agora eles têm que seguir as regras do Conselho Federal de Medicina. Entre elas, uma sala de recuperação pós-anestésica ao lado do consultório e o dentista não pode mais atender o paciente e fazer a sedação ao mesmo tempo. É preciso um profissional responsável, exclusivamente, pela anestesia.

A juíza Rachel Soares Chiatelli afirma que não se pode deixar de reconhecer que assim como médicos não anestesistas podem administrar anestésicos, ao profissional dentista também deve ser assegurada a possibilidade de sua utilização, em razão da própria natureza da sua atividade.

O Conselho Federal de Odontologia enviou uma nota na qual informa que só vai se manifestar nos autos do processo; que fará uma análise técnica para garantir os direitos dos cirurgiões dentistas, e ao mesmo tempo, cumprir a decisão da Justiça. O conselho afirmou ainda que está empenhando em atualizar e aprimorar as diretrizes éticas e técnicas para garantir a segurança dos pacientes.

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JORNAL OPÇÃO

Há 4 anos era declarada a pandemia de Covid-19; relembre o enfrentamento e a situação atual em GO

Coronavírus teve sua origem em 31 de janeiro de 2019, na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China

Há exatos quatro anos, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializava o reconhecimento da Covid-19 como uma pandemia. Desde então, o tempo transcorreu, e agora, em 2024, a OMS registra oficialmente mais de 7 milhões de óbitos em todo o mundo, ciente de que os números reais podem ser consideravelmente superiores.

O coronavírus teve sua origem em 31 de janeiro de 2019, na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China. Esse novo vírus disseminou-se globalmente, desencadeando a mais severa pandemia em um século. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado no final de fevereiro de 2020, e a primeira morte ocorreu em 12 de março do mesmo ano.

Em Goiás, os primeiros diagnósticos da doença ocorreram em 12 de março de 2020, nas cidades de Rio Verde e Goiânia. Em 15 de março, o Governo decretava o fechamento das atividades não essenciais, uma medida que entrou em vigor no dia seguinte.

Ao todo, Goiás já distribuiu 17.998.143 milhões de doses da vacina contra Covid-19, aplicou 6.000.586 em primeira dose (85,51%), 5.432.397 em segunda ou dose única (77,41%), 3.662.838 dose de reforço, 1.107.271 reforço 2 e 208.123 de dose adicional.

Sendo assim, o Estado aplicou 16.411.215 doses, o que representa 91,18% da demanda recebida e distribuída. Segunda dose em atraso são 691.632, reforço em atraso 2.332.571 e reforço dois não há atraso.

No total, 28.528 pessoas morreram por Covid-19 em Goiás (16.220 homens e 12.308 mulheres). Há ainda 10 casos suspeitos e 460 foram descartados. Outras 5.327 foram diagnosticadas com alguma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não especificada.

Atualmente, foram 2.027.323 casos confirmados de Covid-19 [882.048 homens (43,51%) e 1.145.275 mulheres (56,49%)], 901.025 suspeitos, 423.547 descartados e 30.027 SRAG não especificada. Recuperados foram 1.989.319, com uma incidência de casos em 28.889 por 100 mil habitantes. Nas últimas quatro semanas, foram confirmados 8.184 casos em Goiás e quatro mortes.

Relembre os acontecimentos cruciais ao longo da trajetória do vírus em todo o mundo, no Brasil e em Goiás:

31 de dezembro de 2019: OMS recebe a notificação sobre casos de pneumonia sem causa clara em Wuhan, na China.

10 de janeiro de 2020: OMS publica guia de orientações para países detectarem, testarem e gerenciarem potenciais casos da doença.

11 de janeiro de 2020: China informa sua primeira morte pela doença.

12 de janeiro de 2020: OMS compartilha o sequenciamento genético do novo coronavírus.

13 de janeiro de 2020: primeiro caso de Covid-19 — ainda sem esse nome — fora da China é detectado, na Tailândia.

30 de janeiro de 2020: OMS declara emergência global de saúde.

7 de fevereiro de 2020: morre o médico chinês Li Wenliang, que ficou conhecido por tentar alertar sobre o grande perigo da Covid nos primeiros dias da crise. Ele próprio foi infectado.

11 de fevereiro de 2020: doença causada pelo novo coronavírus é batizada como Covid-19, para designar algo como “doença do coronavírus 2019”.

23 de fevereiro de 2020: Europa vive sua primeira grande onda de infecções, na Itália.

26 de fevereiro de 2020: Brasil confirma seu primeiro caso, em São Paulo. Foi o primeiro caso conhecido na América Latina.

11 de março de 2020: a Covid-19 é caracterizada pela OMS como uma pandemia.

12 de março de 2020: primeira morte por Covid é registrada no Brasil, em São Paulo.

12 de março de 2020: primeiros casos de Covid registrados em Goiás.

26 de março de 2020: primeira morte confirmada por Covid-19 em Goiás. Uma mulher de 66 anos de Luziânia.

25 de maio de 2020: OMS suspende uso e testes com a cloroquina.

23 de agosto de 2020: EUA aprovam o uso da vacina da Pfizer, primeiro imunizante aprovado no país.

28 de setembro de 2020: total de mortes no mundo chega a 1 milhão.

8 de dezembro de 2020: primeira pessoa é vacinada no mundo, no Reino Unido, com o imunizante da Pfizer. 

12 de janeiro de 2021: Fiocruz anuncia o sequenciamento da variante Gamma, que circulava em Manaus.

17 de janeiro de 2021: Brasil vacina primeira pessoa contra a Covid-19, com a vacina Coronavac em parceria com o Instituto Butantan.

18 de janeiro de 2021: Goiás recebe as primeiras doses e inicia a vacinação. O governador Ronaldo Caiado (UB), em um ato simbólico, aplicou a primeira dose em uma pessoa em Anápolis.

22 de janeiro de 2021: primeiro lote de vacinas da AstraZeneca chega ao Brasil.

29 de abril de 2021: primeiro lote de vacinas da Pfizer chega ao Brasil. 

31 de maio de 2021: OMS batiza como Delta a variante encontrada primeiro na Índia em outubro de 2020.

26 de novembro de 2021: descoberta da variante ômicron é anunciada pela OMS.

3 de fevereiro de 2022: Brasil bate recorde de número diário de infecções, com 298.408 casos confirmados em 24 horas.

7 de dezembro de 2022: governo chinês abandona parte das regras de sua política de “Covid zero”, com rígidas medidas de restrição de circulação de pessoas, após protestos populares. Casos no país escalam em um ritmo inédito e pesquisadores ao redor do mundo temem o surgimento de novas variantes do coronavírus.

30 de janeiro de 2023: a OMS decide manter o nível máximo de alerta para a pandemia de Covid-19, exatamente três anos depois de declarar a doença como uma emergência de saúde pública internacional.

23 de fevereiro de 2023: O Brasil começa a vacinar públicos prioritários com a vacina bivalente, que confere maior proteção contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron.

1º de maio de 2023: São Paulo detecta o primeiro caso da variante Arcturus, caracterizada por quadros de conjuntivite e de febre alta.

05 de maio de 2023: OMS declara o fim da emergência de saúde pública da pandemia do coronavírus no planeta.

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A REDAÇÃO

Nova maternidade de Aparecida de Goiânia terá 101 leitos e UTI

Goiânia - A nova maternidade municipal de Aparecida de Goiânia será inaugurada no dia 22 de março. A unidade será instalada no antigo Hospital Garavelo, no Setor Garavelo, no município. O evento oficial de abertura contará com a presença do governador Ronaldo Caiado e também do vice Daniel Vilela. O nome presta homenagem a Maria da Cruz, uma das moradoras mais antigas do bairro. Ela morreu vítima da covid-19.

Em visita ao jornal A Redação, o prefeito Vilmar Mariano destacou que a Maternidade Maria da Cruz terá 101 leitos e duas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo uma neonatal e outra geral, para pacientes que darão à luz no local. Apesar da quantidade de leitos, apenas 60 estarão disponíveis inicialmente.


A unidade no Garavelo substitui a Maternidade Marlene Teixeira, que será transformada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Setor Vila Brasília. Os investimentos foram de R$ 35 milhões para desapropriação do Hospital Garavelo. Do total, R$ 20 milhões foram recursos repassados pelo Governo Federal, conforme pontua Vilmar Mariano à reportagem do A Redação. 

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GAZETA DA SEMANA

Artigo - Setor médico tem quebrado paradigmas, mas e a questão jurídica?


Sendo crucial para o cumprimento de leis e regulamentos, promover a segurança jurídica na saúde é uma questão cara à sociedade e à própria conformidade de instituições do segmento


É de comum acordo que entidades hospitalares e de saúde desempenham um papel vital na prestação de cuidados de saúde, com serviços médicos e de apoio para pacientes de todas as idades e com as mais diversas condições. Esta missão de zelar pela saúde, por um lado, requer atenção sob uma ótica que não é tão explorada, mas devidamente necessária e atemporal: questões legais e regulatórias, que moldam as operações e as práticas hospitalares.

De longe, à primeira vista, o espectro jurídico pode até parecer focado apenas em contratos e autorização de equipamentos, mas, olhando de perto, esse espectro abrange outras tonalidades, confirmando a importância do Direito Médico para adversidades jurídicas hospitalares, desde a responsabilidade civil até a conformidade com leis de privacidade de dados. Em tempos digitais, principalmente, grande parte da defesa contra esses riscos concentra-se em processos jurídicos, que, assim como a área médica, movimenta-se em prol de melhorias no país.

Administração hospitalar exige infraestrutura jurídica

A responsabilidade civil é, com certeza, o destaque do trabalho jurídico em hospitais, lidando com processos judiciais que surgem devido a alegações de negligência médica, erro no diagnóstico, má conduta profissional ou lesões ocasionadas durante o tratamento. Ao seu lado, o tratamento de informações de pacientes, prezando pela privacidade e segurança de dados, hoje respaldada com a robustez e rigorosidade da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), também oferece muitos efeitos para assuntos médicos, altamente delicados e que necessitam de olhares empenhados a tratarem as situações com seriedade, justiça e isonomia.

Além da responsabilidade civil e o gerenciamento de dados, a falta de cumprimento de regulamentos, as disputas contratuais com fornecedores e as questões éticas em decisões médicas são outros desafios que envolvem o jurídico dentro das esferas de saúde. A experiência e dedicação de profissionais do Direito são primordiais para que as operações hospitalares não desviem o curso para chegarem ao destino de cuidar de seus pacientes.

Dessa forma, subestimar o papel de uma equipe jurídica em ambientes de saúde é um erro que afeta o core business das clínicas e impacta na qualidade dos cuidados de saúde prestados pelo hospital, caracterizando erros médicos, práticas inseguras e falta de acesso a serviços. Por isso, o departamento jurídico atua diretamente nas responsabilidades e preocupações legais, agregando com boas estratégias e com orientações que previnem riscos aos pacientes e às entidades hospitalares. As duas partes são beneficiadas.

Os hospitais, a tecnologia e as orientações jurídicas

A área médica também tem se destacado por aderir inovações tecnológicas em seus equipamentos e métodos de tratamento, além, vale mencionar, de serem ótimas aliadas para a constatação de diagnósticos e de pesquisas de saúde. Com isso, entendemos que a precisão é primordial para a área da saúde, que se move no caminho de promover bem-estar e cura. Ao lado da precisão, o setor jurídico, orientando os profissionais sobre as questões legais relacionadas, torna-se um fator que possibilita e tem influência direta nas decisões médicas em tempos tecnológicos.

Conectividade é uma palavra que está se familiarizando cada vez mais com a área da saúde e, somada ao que já abordamos sobre a privacidade de dados, com a LGPD, outras questões também permeiam a tecnologia integrada com a saúde. Uma delas é manter o Compliance com normas de Saúde Digital, interpretando e aplicando as normas de forma ética e legalmente válida nos sistemas e padrões hospitalares. Assim como as novas tecnologias ajudam na Medicina, a equipe jurídica toma a proporção de orientar a implementação, o uso e os impactos de tais ferramentas dentro dos hospitais.

Entendo, para concluir, que o setor jurídico é de extrema importância para a área médica, auxiliando os hospitais e centros de saúde a navegarem e se adaptarem com segurança a inovações e novidades regulatórias. Isso porque a presença de uma experiência jurídica, com conhecimento das leis e regulamentos aplicáveis, é essencial para a estabilidade de clínicas e hospitais, no intuito de assegurar que o avanço da saúde no país contemple as expectativas dos profissionais, alinhando o interesse dos pacientes com políticas efetivas de conformidade e segurança jurídica.

*Rogério Fachin é especialista em Direito Médico e Tributário no FNCA Advogados. Formado em Direito, possui mais de 17 anos de atuação como Advogado, com sólida experiência em consultoria.

*Ludwig Lopes é Sócio e responsável pela área Cível e Empresarial no FNCA Advogados. LLM e especialista em Direito Empresarial, possui mais de 11 anos de atuação no mercado, com grande atuação na área, em questões consultivas e de contencioso.

Sobre o FNCA Advogados

Consolidado no mercado desde 2007, o FNCA - Fernando, Nagao, Cardone, Alvarez Jr. & Advogados, exerce a advocacia empresarial e se destaca pelo atendimento personalizado, de acordo com as demandas de cada cliente. Atualmente, é referência no segmento, pela atuação diferenciada e objetiva, apoiando empresas de forma preventiva, além de fornecer o suporte ideal para tomadas de decisão. Presente no cotidiano operacional do cliente, leva o jurídico por meio de linguagem simples e transparente. O FNCA Advogados se destaca, principalmente, pela atuação pessoal dos sócios na definição das estratégias e planejamentos. Veja mais: https://fnca.com.br/

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Assessoria de Comunicação

 

Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.

Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.

Cuidado

Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.

“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.  

Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.

Clínicas e hospitais

As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.

O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.

Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal. (Fonte: Agência Brasil)

Segunda, 11 Março 2024 09:16

CLIPPING AHPACEG 09 A 11/03/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saiba como foi feita a primeira impressão 3D de coração de bebê para ajudar em cirurgia em Goiás

Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade

PEC propõe proteção à privacidade mental na era das neurotecnologias

AGÊNCIA BRASIL

Médicos, clínicas e hospitais devem seguir novas regras de publicidade

Entram em vigor nesta segunda-feira (11) as novas regras da publicidade médica estabelecidas na Resolução 2.336/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que foram aprovadas depois de três anos de estudos. O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o advogado Raul Canal, alerta que, ao mesmo tempo que garante segurança jurídica aos médicos, o novo texto cria também pontos de atenção para suas condutas publicitárias nas esferas cível e criminal.

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse que a principal inovação foi a autorização para os médicos e, sobretudo, aqueles que trabalham na área estética, como cirurgia plástica e dermatologia, exibirem imagens e fotografias com os resultados antes e depois. “Isso até agora era proibido. O médico, mesmo com consentimento do paciente, não poderia fazer isso. Agora, ele pode fazer”.

Canal advertiu que, nesse caso, o médico não pode “tratar ou maquiar” a fotografia, nem fazer um ‘photoshop’ (edição) na imagem. “Tem que ser a fotografia natural; mas, com consentimento do paciente, ele pode publicar isso na sua propaganda, nas suas mídias sociais. Esse foi o maior avanço”, indicou. Outro avanço foi a divulgação de preços de cirurgias, procedimentos e tratamentos. Antes, o médico não podia divulgar isso porque era considerado mercantilização da medicina. “A partir de agora, isso está autorizado a ser feito”.

Cuidado

Para evitar processos na Justiça, o presidente da Anadem destacou que o profissional da saúde deve prestar atenção para não tratar uma fotografia e prometer um resultado fantástico que poderá não ser alcançado. O profissional deve deixar claro na propaganda e nas mídias sociais que nem todo paciente vai atingir o mesmo resultado porque isso depende de predisposições orgânicas e até de questões comportamentais do paciente e de reações inflamatórias.

“Cada organismo reage de uma forma diferente. Se não, ele estaria prometendo um resultado e, se o paciente não atingir aquele resultado, poderá processá-lo por ter sido enganado. Ou seja, induziu o consumidor, e não mais o paciente, a um erro. Tem que deixar claro que aquele é um resultado específico e que nem todas as cirurgias atingirão o mesmo resultado. Esse é o principal cuidado que o médico deve ter. E sempre ele deve obter por escrito a autorização do uso da imagem do paciente. Porque não se trata apenas do Código de Ética Médica. Ele tem a Lei Geral de Proteção de Dados”, explica Canal.  

Por isso, para divulgar um dado do paciente, inclusive um dado biométrico ou uma imagem, deve haver o consentimento, ou autorização, por escrito. “Esse é um cuidado fundamental”, sustentou.

Clínicas e hospitais

As mesmas regras valem para clínicas ou hospitais. As novas normas permitem que um médico ou clínica divulgue a aquisição de um aparelho importado que não tem similar no Brasil. Antes, isso não era permitido porque gerava concorrência desleal em relação aos demais. “Hoje pode -se divulgar uma técnica, um equipamento, que só o médico possui, que é de última geração”.

O médico, em sua propaganda, deve preservar o caráter informativo e educativo da informação. Na publicidade feita, os médicos deverão incluir o nome; o número do Conselho Regional de Medicina (CRM); e, se for especialista, informar também o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Caso o profissional seja pós-graduado, poderá indicar o aperfeiçoamento profissional, desde que inclua a inscrição “não especialista”.

Já para clínicas e hospitais, serão exigidos o nome do diretor técnico médico, responsável pelo estabelecimento, com o respectivo CRM e do diretor técnico com o RQE, caso haja oferta de especialidades médicas. “Mesmo que seja uma pessoa jurídica, tem que ter uma pessoa física com CRM que responda tecnicamente por aquele Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), concluiu Raul Canal. 

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PEC propõe proteção à privacidade mental na era das neurotecnologias

Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada por senadores de diferentes partidos busca proteger a integridade e a privacidade dos dados mentais de usuários de equipamentos neurotecnológicos – métodos ou dispositivos utilizados para registrar ou modificar a atividade cerebral.

Protocolada em junho de 2023, a PEC nº 29 é inspirada na proposição da fundação norte-americana Neurorights, cujo principal porta-voz é o neurobiólogo espanhol Rafael Yuste (Leia aqui a entrevista dele à Agência Brasil) e em uma proposta já aprovada pelo Congresso do Chile. O país é o primeiro a incluir em sua Constituição a proteção à atividade e aos dados cerebrais.

Entre as justificativas apresentadas na PEC nº 29, os parlamentares destacam que o desenvolvimento das neurotecnologias gera “esperança e grande expectativa”, principalmente em áreas como a medicina, mas também cria uma “fundada e real preocupação sobre os limites éticos e normativos” do uso desses métodos e aparelhos em seres humanos.

Quase nove meses após ser apresentada, a PEC 29 ainda aguarda a indicação do relator da matéria pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União-AP). O relator ficará encarregado de apresentar um parecer aos demais membros do colegiado responsável por opinar sobre a constitucionalidade das propostas em análise no Senado.

A iniciativa chama a atenção não só pelo número de signatários, 27 senadores, mas também por unir representantes de diferentes correntes ideológicas, como os líderes do governo federal no Congresso Nacional e no Senado, respectivamente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), e o ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS), além de Angelo Coronel (PSD-BA); professora Dorinha Seabra (União-TO) e Mara Gabrilli (PSD-SP), entre outros.

Os autores da PEC argumentam que a regulamentação dos neurodireitos é essencial para proteger a privacidade, a autonomia e a liberdade individual em um mundo cada vez mais digitalizado. A proposta também busca garantir que os benefícios das tecnologias neurocientíficas sejam distribuídos de forma justa e equitativa entre a sociedade.

A defesa parlamentar à regulamentação dos chamados neurodireitos no Brasil ecoa a proposta internacional de especialistas em neurociências, direito e bioética que pregam a necessidade de os países incorporarem a proteção aos neurodados em suas leis e a possibilidade de a Organização das Nações Unidas (ONU) ampliar o rol de direitos fundamentais estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos a fim de proteger as pessoas e sociedades dos eventuais efeitos nocivos do uso da neurotecnologia.

A procuradora do estado de São Paulo Camila Pintarelli participou da elaboração da PEC 29. A exemplo do espanhol Rafael Yuste, ela considera que as perspectivas quanto ao que está por vir no campo das neurociências se assemelham a um “novo Renascimento”.

“Venho estudando e lendo sobre a evolução das neurotecnologias e sobre os impactos que elas podem causar há ao menos cinco anos. Noto que não só o interesse pelo tema vem aumentando, como também que o cérebro, a atividade cerebral, assumiu um valor jurídico que não tinha até há pouquíssimo tempo”, comentou a procuradora ao destacar que, embora soem “abstratas e complexas”, as neurotecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano, exigindo um debate sobre os direitos essenciais dos usuários.

“Precisamos começar a prestar atenção neste tema. A velocidade com que as tecnologias avançam é muito superior à velocidade de regulação [dos legisladores]. Os tempos mudam, e os direitos fundamentais precisam ser frequentemente relidos à luz das novas tecnologias", disse.

"Considerando os avanços recentes e as perspectivas de avanços nas neurociências, penso que já está na hora de incorporarmos a proteção à mente humana e aos neurodados em nossa Constituição, a exemplo do que fez o Chile, com a aprovação da Lei 21.383, em 2021”, acrescentou a procuradora, destacando que já existem grupos de defesa da regulamentação dos neurodireitos em vários países.

“Já há, no México, uma proposta de reformar a Constituição para incluir a proteção dos neurodireitos. Estamos vendo movimentos semelhantes no Uruguai, na Colômbia, no Peru e em outros países”, citou Camila.

“O importante é distinguirmos duas vertentes. Há a neurotecnologia usada no campo da saúde, no tratamento de doenças, e que é uma promessa de cura para doenças até hoje incuráveis. E há o emprego das neurotecnologias para outros fins mais, digamos, comerciais. Isto é o que preocupa. Quando a neurotecnologia, o acesso a dados neurais, deixa de ser usado sob o rígido controle que rege o campo da saúde e passa a ser oferecido em prateleiras, pela internet, para outros fins e sem nenhum controle”, distinguiu Camila, frisando que já existem, à disposição de qualquer interessado, produtos como tiaras e capacetes capazes de monitorar e armazenar informações do cérebro dos usuários.

“Hoje, os exemplos de produtos e de uso prático não terapêutico são pontuais, mas, considerando a velocidade com que esse mercado evolui, se não nos anteciparmos e estabelecermos algumas regras e algumas proteções à integridade mental das pessoas, perderemos o timing. O número de patentes em neurotecnologia simplesmente duplicou nos últimos cinco anos, e cada vez mais empresas, incluindo as big techs, têm se interessado pelo potencial da interação direta entre cérebro e máquinas – interação que abre uma gama infinita de possibilidades de desenvolvimento de novos produtos”, concluiu ela.

As considerações da procuradora estão respaldadas por dados de um relatório que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura (Unesco) divulgou em 2023. No documento, a Unesco afirma que o mundo está “no limiar de uma nova revolução tecnológica”. E aponta que, de 2013 a 2023, os investimentos governamentais globais em pesquisas relacionadas às neurociências superaram US$ 6 bilhões, ou cerca de R$ 29,8 bilhões, enquanto os investimentos privados alcançaram, de 2010 a 2020, os US$ 7,3 bilhões, ou mais de R$ 36,2 bilhões.

No relatório, a organização alerta que “a promessa de que as neurotecnologias melhorem a vida das pessoas que vivem com deficiências desencadeadas por problemas relacionados ao cérebro pode ter um custo elevado em termos de direitos humanos e liberdades, se abusadas”. Daí a importância de “políticas bem-elaboradas, eficazes, baseadas em evidências e numa clara definição e descrição do problema, para que as escolhas feitas não corram o risco de serem distorcidas”.

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PORTAL G1

Saiba como foi feita a primeira impressão 3D de coração de bebê para ajudar em cirurgia em Goiás

Modelo tem tamanho igual ao do paciente, que tinha malformação no coração. Custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil.

Por Gilmara Roberto, g1 Goiás

Vídeo mostra imagem virtual de coração para impressão 3D

Goiás realizou a primeira cirurgia cardíaca pediátrica na rede pública que pôde ser planejada com base em um modelo 3D em tamanho real. À base de resina e polímero flexível, o protótipo permitiu que a equipe médica do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, pudesse planejar o procedimento de maneira mais eficiente e assertiva.

Responsável pela cirurgia, a cardiologista Mayra Barreto explica que buscava parceiros para esse tipo de projeto há mais de dois anos, mas que só agora encontrou tecnologia e especialistas capazes de executar em Goiás.

“Neste caso, eu precisava de um material filamentoso, e não rígido. Eu consegui abrir a peça com o bisturi e simular a cirurgia”, relata.

A impressão foi realizada pelo Laboratório de Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo da Universidade Federal de Goiás (IPElab/UFG). Pedro Henrique Gonçalves, que é coordenador do laboratório e foi o responsável pela impressão, comenta que o trabalho de extração da geometria do coração é a etapa que exige mais critério e qualificação.

“A partir de um exame de imagem, como uma tomografia, utilizamos um software específico da área da saúde para a reconstrução da geometria do coração”, explica.

De acordo com Gonçalves, algumas partes são reconstruídas e outras remodeladas, e esse tipo de mão de obra é difícil de encontrar.

O protótipo passa ainda por validação da equipe médica antes que seja feita a impressão final.

Cirurgia pioneira

A impressão do coração do bebê leva cerca de sete horas e custa em torno de R$ 150. O custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil.

A cirurgia foi realizada no último dia 26 de fevereiro, Hugol. O bebê possuía duas malformações cardíacas complexas. O procedimento durou apenas duas horas graças ao planejamento feito a partir impressão 3D, enquanto que sem o protótipo poderia durar cerca de seis horas.

"Reduzimos o tempo, mas não conseguimos saber se a criança irá se adaptar à cirurgia ou não. Quanto mais tempo a criança fica com o coraçãozinho aberto, pior é", explica.

Outros procedimentos

Mayra Barreto explica que, para além de cirurgias cardíacas, a impressão 3D pode ser utilizada na construção de próteses de estruturas de mãos, pés, mandíbulas e crânio, além de auxiliar no tratamento de feridas em diabéticos.

“Já temos tecnologia que imprime próteses de pele que cicatriza, em poucos dias, ferimentos que levavam meses para cicatrizar no método tradicional”, comenta a cardiologista.

Construção e mecânica

Para além da medicina, a impressão 3D também tem conquistado espaço na engenharia civil e na arquitetura. Se há alguns anos a criação de um projeto exigia uma elaboração manual, que demandava muito tempo e esforço, “atualmente, com a digitalização, automações e simulações via auxílio de um computador é possível desenvolver um produto ou serviço com mais agilidade, compatibilidade e assertividade”, explica a arquiteta Ana Paula Nishimoto Ito.

Responsável pela área de manufatura aditiva (conceito que reúne a impressão 3D e outras técnicas de impressão) de uma empresa de transporte coletivo de Goiânia, Nishimoto esclarece ainda que em Goiás já é feita a produção de peças e ferramentas para ônibus por meio da técnica. Na área da engenharia mecânica, a impressão em 3D tem sido utilizada na prototipagem de peças e componentes além da fabricação de peças e ferramentas para reparação de máquinas.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 08 Março 2024 08:25

CLIPPING AHPACEG 08/03/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

A transformação digital na saúde é impulsionada pela telemedicina

Ministério da Saúde recomenda ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue

MANEZINHO NEWS

A transformação digital na saúde é impulsionada pela telemedicina


A Doutor Ao Vivo, healthtech pioneira e líder no ecossistema de saúde digital e telemedicina, conecta médicos, organizações e pacientes de forma inovadora e humanizada em mais de 20 especialidades. Nos seus cinco anos de atividade, a empresa já realizou mais de 1,5 milhão de consultas virtuais em mais de 3 mil cidades brasileiras e em 90 países diferentes. Com mais de 200 clientes, a Doutor Ao Vivo utiliza a tecnologia HaaS + SaaS, inclusive White-label, para garantir eficiência no ecossistema de saúde digital.

A telemedicina é hoje uma das áreas mais importantes em todo o ecossistema de saúde digital, segundo a pesquisa Distrito Healthtechs Report, lançada em 2023. De acordo com o relatório, o mercado global prevê projeções que chegam a cifras de US$ 857,2 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 18,8%.

"Estabelecemos laços de confiança, integrando, facilitando e analisando dados que expandem possibilidades. Nosso objetivo é proporcionar mais liberdade e autonomia a todos, garantindo que o atendimento médico seja seguro, confiável e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar", explica Mauren Ginaldo Souza, CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo.

O relatório Healthtechs Report ainda mostra que a telemedicina vem sendo amplamente adotada tanto por pacientes, quanto pelas organizações de saúde, chegando a 87% de adesão nas primeiras consultas virtuais. Além disso, 93% dos pacientes indicaram que utilizam a telemedicina para gerenciar suas prescrições, uma vez que a tecnologia facilita o acesso à saúde, simplificando rotinas, reduzindo tempo e custos, e consequentemente, melhorando o bem-estar e a saúde das pessoas.

"Os dados destacam o papel vital da telemedicina na reformulação do setor de saúde, ao oferecer um atendimento ao paciente mais acessível e eficiente. À medida que mais indivíduos e organizações percebem seus benefícios, a expectativa é que a utilização da telemedicina continue em ascensão. O novo segmento na saúde digital tem sido fundamental para melhorar o acesso, a eficiência do atendimento e a qualidade de vida das pessoas. Essa é uma tendência que seguirá em expansão no futuro", detalha Souza.

Telemedicina No Brasil, a implementação da telemedicina teve início - de maneira extremamente restrita - em 2002, por meio de uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Posteriormente, essa prática foi estendida para todo o território nacional com a portaria do Ministério da Saúde. A consolidação desse modelo de atendimento à distância ocorreu com a promulgação da Lei 13.989, de abril de 2020, que regulamentou oficialmente a telemedicina no país.

Fundada em 2019 por Mauren Ginaldo Souza (CEO), Gian Piero Gazzillo Pestana (COO) e Luciano Lima (CTO), a Doutor ao Vivo surgiu com a missão de expandir e democratizar o acesso à saúde no país. "Nesse contexto, a Doutor Ao Vivo desempenha um papel crucial na expansão do acesso democrático à saúde em todo o Brasil e também no mundo", reforça Souza

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a telemedicina é definida como a oferta de serviços de bem-estar e saúde onde a distância é um fator crucial. Ao integrar tecnologia e cuidados, essa estratégia permite que médicos e pacientes interajam remotamente, superando obstáculos físicos e ampliando diagnósticos e propondo tratamentos. Isso revoluciona as rotinas de acesso ao médico, substituindo filas e senhas por conexões na palma da mão, e vence os desafios de tempo, distância e acesso.

Em cinco anos de atividade, a Doutor Ao Vivo estabeleceu parcerias significativas que reforçam sua presença no setor de saúde. Entre seus clientes estão algumas das organizações mais respeitadas do Brasil, incluindo o Grupo Fleury, Bradesco Saúde, Medicar, HB Saúde, Hospital Oswaldo Cruz e as Unimeds de São José do Rio Preto e Londrina.

"Essas parcerias não apenas validam a qualidade dos serviços da Doutor Ao Vivo, mas também nos permitem alcançar um público mais amplo e diversificado, auxiliando em nossa missão de democratizar o acesso à saúde. Valorizamos uma relação de parceria e confiança com nossos clientes, mantendo a transparência sobre nossos produtos e serviços e atuando com responsabilidade para oferecer suporte em diversas áreas e etapas da jornada das organizações, médicos e pacientes", reforça o CEO.

Vazio Assistencial

A Doutor Ao Vivo transforma todo o ecossistema de saúde ao desenvolver soluções para as necessidades do mercado, facilitando o acesso a profissionais, como médicos, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e muitos outros. Isso possibilita uma jornada de saúde completa, integrada, simplificada e eficiente. "Nossos produtos e serviços são destinados a organizações de saúde e empresas que buscam, além de uma ferramenta facilitadora e segura, um suporte parceiro e humanizado para a saúde", detalha Souza.

Os executivos concordam que a telemedicina vai além da mera combinação de medicina e tecnologia. Este modelo de atendimento integra os procedimentos convencionais de uma consulta com os benefícios da conexão remota, preenchendo lacunas na assistência à saúde e permitindo que os médicos e outros profissionais de saúde cheguem em regiões distantes onde o atendimento presencial é desafiador.

"Apostamos e desenvolvemos tecnologias que facilitam a comunicação entre médicos e pacientes. Nossa solução permite o acesso remoto à saúde, alcançando áreas onde o atendimento médico presencial enfrenta, há décadas, muitos obstáculos. Dessa forma, a Doutor Ao Vivo vem contribuindo para o bem-estar de pacientes e organizações, impactando toda a sociedade de forma segura, eficiente e humanizada", reforça Mauren.

Visibilidade

A posição de destaque da healthtech no mercado foi reforçada pela sua inclusão na lista do primeiro Growth Startups Ranking, em dezembro de 2023. Publicada pela AEVO, plataforma de inovação para empresas, em parceria com a Fundação Dom Cabral, a lista destaca as 20 startups que mais cresceram no país nos últimos cinco anos. Na primeira versão do ranking, foram avaliadas as healthtechs e scitechs, sendo a Doutor Ao Vivo uma das destacadas pelo ranking.

"Nós fomentamos uma experiência completa em saúde digital para que as organizações, médicos e pacientes tenham mais liberdade e autonomia, além de assegurar uma assistência médica segura, confiável e disponível a qualquer momento e em qualquer lugar. Acreditamos que a empatia e o afeto abrem caminhos, e que a medicina e a tecnologia caminham juntas", finaliza Souza.

Sobre a Doutor Ao Vivo

A Doutor Ao Vivo tem como missão ampliar e democratizar o acesso à saúde. Combinando tecnologia e sua expertise em saúde digital, ela cria soluções que promovem o bem-estar de pessoas e organizações, impactando significativamente a sociedade de maneira segura, ágil e humanizada.

Fundada por Mauren Ginaldo, Gian Pestana e Luciano Lima, que trabalhavam juntos quando decidiram sair para empreender, a healthtech, por meio da telemedicina, estabelece uma conexão inovadora e humanizada entre médicos, organizações e pacientes, resultando uma transformação nas rotinas, reduzindo tempo e custos.

Atualmente, a startup - que já recebeu mais de R$ 1,7 milhão em aporte e figura na lista das 20 startups mais promissoras da AEVO e Fundação Dom Cabral - conta com mais de 200 clientes, entre eles o Grupo Fleury, Bradesco Saúde, Medicar, HB Saúde, Hospital Oswaldo Cruz e as Unimeds de São José do Rio Preto (SP) e Londrina (PR).

Mauren Ginaldo Souza, CEO e cofundador da Doutor Ao Vivo - Crédito: Divulgação. Para mais informações, acesse www.doutoraovivo.com.br

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DIÁRIO PB

Ministério da Saúde recomenda ampliação da faixa etária para vacinação contra a dengue


O Ministério da Saúde orienta que os estados e municípios ampliem a faixa etária para vacinação contra a dengue para pessoas de 10 a 14 anos. A recomendação foi apresentada em Nota Técnica publicada pela pasta nesta quarta-feira (6).

Antes, diante do quantitativo de doses, que é restrito, baseado na capacidade de produção e entrega do laboratório produtor, a pasta distribuiu as duas primeiras remessas aos 521 municípios inicialmente elencados para receber a vacina, e havia recomendado que a estratégia fosse iniciada em pessoas de 10 a 11 anos de idade. A ampliação, portanto, busca alavancar a proteção entre o público-alvo.

Os municípios contemplados continuam sendo aqueles previamente definidos antes da recomendação de ampliação da faixa etária. As vacinas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

A decisão de expandir a idade do público contemplado foi tomada em conjunto com a representação dos conselhos municipais e estaduais de saúde, respeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Comitê Técnico Assessor em Imunização (CTAI).

Até o momento, o Ministério da Saúde destinou R$ 44 milhões para apoiar gestores locais que declararam emergência em saúde pública para o enfrentamento da dengue. Os recursos são parte do R$ 1,5 bilhão reservados pela pasta para este fim.

Do total destinado até agora, R$ 6,7 milhões foram para os estados, R$ 5,5 milhões para o Distrito Federal e R$ 31,7 milhões para os municípios. O apoio financeiro será destinado para medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Essas ações estão no foco do Ministério da Saúde, uma vez que as doses de vacinas ainda são insuficientes para cobrir a maior parte da população.

Os recursos enviados para as unidades federativas foram viabilizados com o objetivo de otimizar a liberação de recursos para os gestores e gestoras que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública. Para receber a assistência financeira, o estado ou município deve enviar ao governo federal um ofício com a declaração de emergência em saúde. Os repasses serão mensais durante a vigência do decreto de emergência.

Também será necessário apresentar um plano de ação, que deve conter a apresentação da condição de saúde local, considerando a situação epidemiológica, necessidade de atendimento à população e a sobrecarga da rede assistencial. Também deve detalhar as ações de saúde a serem realizadas e os respectivos valores estimados. É possível que a solicitação de apoio ao Ministério da Saúde seja feita por mais de um ente federativo em conjunto.

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante monitoramento e alerta quanto ao cenário epidemiológico da dengue no Brasil, coordenando uma série de ações para o enfrentamento das arboviroses em todo o território nacional.

A pasta adquiriu todo o estoque disponível de vacinas da dengue do laboratório fabricante - 5,2 milhões de doses que serão entregues entre fevereiro e novembro de 2024. Além dessas, também serão distribuídas 1,32 milhão de doses fornecidas sem custo ao governo federal. Para 2025, 9 milhões de doses que estavam disponíveis também foram compradas. É importante reforçar que outras aquisições podem ser feitas se houver nova disponibilidade de doses à pasta.

Foi instalado ainda o Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue). A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, visa acelerar a organização de estratégias de vigilância frente ao aumento de casos no Brasil, permitindo mais agilidade no monitoramento e análise do cenário para definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento da doença no país.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 07 Março 2024 07:33

CLIPPING AHPACEG 07/03/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Como a inteligência artificial revoluciona o atendimento na saúde?; Entenda o assunto

Artigo - Operadoras de saúde se antecipam à nova resolução da ANS de credenciamento hospitalar mais rígido

Paulo Chapchap assume cargo de diretor médico do IEPS

A vacinação para a gripe chega mais cedo em 2024

FOCO NACIONAL

Como a inteligência artificial revoluciona o atendimento na saúde?; Entenda o assunto

A inovação tem permeado diversos setores, e na área da saúde, as healthtechs têm abraçado tecnologias como a inteligência artificial (IA) para aprimorar significativamente o atendimento aos pacientes na área da saúde. O Gestor Publicitário Especialista em Marketing Médico, Clínicas e Hospitais, Rafael Delgado, destaca que essa transformação vai além, impactando positivamente o relacionamento com os pacientes, modernizando processos e elevando os resultados alcançados por hospitais e centros de saúde.



De acordo com pesquisa da Tractica, empresa de inteligência de mercado, o mercado de serviços de inteligência artificial em saúde deve ultrapassar US$ 34 bilhões em todo o mundo até 2025. Sinal de que essa tecnologia veio para ficar e já mostra seus efeitos no dia a dia das instituições.



“Sistemas de inteligência artificial, em operação em clínicas, hospitais e laboratórios, têm se mostrado agentes de mudança ao resolver problemas, reduzir retrabalho e promover ganhos expressivos em eficiência e segurança”, reforça o especialista.



Segundo Rafael Delgado, a IA pode ajudar das seguintes maneiras no atendimento médico:

- Agendamento e Confirmação de Consultas e Exames: Otimização dos horários para maior comodidade dos pacientes;

- Check-in Automático dos Pacientes: Eficiência na chegada à unidade de atendimento, proporcionando uma experiência mais ágil;

- Avisos por Mensagem sobre Preparos para Exames: Orientações automáticas para garantir procedimentos adequados;

- Antecipação do Envio de Documentos para Cadastro: Redução de burocracias e agilidade no registro;

- Envio Rápido de Resultados com Alertas Críticos: Comunicação imediata sobre informações relevantes nos resultados de exames;

- Auxílio no Diagnóstico Médico: Suporte avançado para médicos, aprimorando a precisão diagnóstica;

- Informações sobre Complicações de Pacientes Internados: Notificações em tempo real para intervenções mais rápidas;

- Redução do Tempo de Permanência Pós-Cirúrgica: Estratégias para otimizar a recuperação dos pacientes;

- Prevenção de Complicações Cirúrgicas com Técnicas Robóticas: Maior precisão e segurança em procedimentos cirúrgicos;

- Geração de Economia com Iniciativas de Cuidados de Saúde: Estratégias eficientes para uma gestão sustentável dos recursos;

- Automação no primeiro contato do paciente: Visa filtrar qual necessidade e especialidade o paciente busca, ou tirar dúvidas sobre atendimento de maneira geral;

- Redução de custos para pequenas clínicas:  A Inteligência Artificial, quando bem programada, consegue filtrar e entender as necessidades individuais de cada procura, sem precisar que haja uma pessoa específica para atender individualmente cada uma destas.



“Essas aplicações destacam não apenas a amplitude da transformação proporcionada pela inteligência artificial na saúde, mas também como essa tecnologia se torna uma aliada essencial no caminho rumo a um atendimento mais eficaz, centrado no paciente e com resultados superiores”, reforça o especialista.

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SAÚDE BUSINESS

Artigo - Operadoras de saúde se antecipam à nova resolução da ANS de credenciamento hospitalar mais rígido

As novas diretrizes da ANS estão impactando a rede hospitalar de planos de saúde antes mesmo de entrarem em vigor, devido ao descredenciamento antecipado das operadoras

As novas diretrizes para alteração da rede hospitalar de planos de saúde tiveram a data de início prorrogada de março para setembro de 2024, conforme estabelecido pela Resolução Normativa (RN) nº 585/2023 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Contudo, os hospitais já estão vivenciando os impactos dessas mudanças mesmo antes da vigência da RN, marcada para 1º de março, devido a um movimento antecipado de descredenciamento por parte das Operadoras de Planos de Saúde. Essa foi a estratégia adotada pelas operadoras para evitar ter que lidar com as normas mais rigorosas relacionadas às alterações na rede credenciada.

Hospitais independentes têm sido os mais prejudicados com a antecipação de descredenciamento das operadoras, uma vez que possuem menor poder de barganha em comparação às grandes redes hospitalares, pois tendem a ser menos relevantes dentro do panorama de prestação de serviço das operadoras. Ao mesmo tempo, os modelos verticalizados claramente se beneficiam no movimento de internalização dos atendimentos.

O aspecto positivo é que, após a implementação das novas diretrizes, os prestadores remanescentes nas redes credenciadas, até mesmo os players independentes, estarão mais resguardados contra movimentações semelhantes no futuro. No entanto, o processo de credenciamento, já é uma fonte significativa de desafios para os prestadores, se tornará cada vez mais exigente.

Na prática, a Resolução 585/23 da ANS introduz maior rigidez às alterações de rede credenciada ao estabelecer critérios específicos para a substituição ou exclusão de hospitais na lista de prestadores das operadoras.

Com a implementação dessa nova norma, as operadoras são obrigadas a selecionar hospitais que ofereçam serviços equivalentes aos oferecidos pelo prestador a ser substituído para que as alterações possam ser efetuadas, seguindo parâmetros como disponibilidade de leitos, qualificação e certificações do que já estava disponível nos últimos 12 meses para os beneficiários.

Para permitir que as operadoras realizem a exclusão de hospitais da rede credenciada (redimensionamento por redução), conforme diretrizes da RN, a norma estipula que a alteração será autorizada desde que os prestadores selecionados não estejam entre os hospitais responsáveis por até 80% das internações na sua região de saúde nos últimos 12 meses.

Vale pontuar que há uma exceção a essa regra: hospitais que façam parte do conjunto de prestadores responsáveis por até 80% das internações, mas que, individualmente, representem menos de 5% desse volume total, podem ser descredenciados, uma vez que o impacto à massa assistida é reduzido. Também só será permitido substituir hospitais por prestadores já cadastrados se estes tiverem ampliado sua capacidade de atendimento.

Essas normas proporcionam uma camada adicional de proteção aos hospitais credenciados, mitigando o risco de descredenciamento. No entanto, é importante ressaltar que as diretrizes também demandarão que esses prestadores mantenham e/ou aprimorem continuamente seu nível de serviço.

Assim, observa-se uma demanda crescente para que os prestadores evidenciem às operadoras sua capacidade de proporcionar serviços com os mais elevados padrões de qualidade e eficiência, visando a obtenção de novos credenciamentos. Os beneficiários, na outra ponta, se insatisfeitos com as mudanças, têm o direito garantido pela RN 585 de fazer portabilidade do plano sem necessidade de cumprir prazos de carência, adicional à obrigatoriedade das operadoras de informar à ANS e aos beneficiários sobre as alterações na rede hospitalar, com 30 dias de antecedência.

É essencial que o setor siga acompanhando os desdobramentos desse cenário, como fazemos nos projetos da A&M (Alvarez & Marsal) Healthcare, analisando o movimento do mercado hospitalar na busca por otimizar sua eficiência operacional, bem como a qualidade e segurança dos serviços prestados aos pacientes.

Tudo sugere que estratégias voltadas para o fortalecimento da reputação de eficiência e qualidade dos prestadores junto a operadoras, beneficiários e médicos devem assumir uma prioridade ainda maior daqui pra frente.

Com essas mudanças, a gestão da rede credenciada e acompanhamento de performance dos prestadores tornam-se ainda mais essenciais, assim como abordagens mais assertivas para ajustes futuros nessa rede, visando evitar estresse desnecessário na base de beneficiários das operadoras.

O equilíbrio no relacionamento entre operadoras e prestadores de serviços de saúde é imperativo para garantir a sustentabilidade de todos os participantes no ecossistema de saúde, especialmente em um mercado que já se encontra bastante desafiador.

Caio Moreira, diretor da A&M (Alvarez & Marsal) Healthcare na América Latina. Possui mais de 10 anos de experiência no mercado de saúde, com especialização em FP&A, gestão financeira, melhoria de performance e estratégia.

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MEDICINA S/A

Paulo Chapchap assume cargo de diretor médico do IEPS

O médico-cirurgião Paulo Chapchap assumiu o cargo de diretor médico do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). Chapchap integrava o Conselho Deliberativo do IEPS e a mudança reflete o processo de expansão do instituto, que completa 5 anos em 2024. Para Miguel Lago, diretor executivo do IEPS, a presença de Chapchap como diretor é um ponto determinante para a atuação do instituto nos próximos anos.

“Esse é um passo importante para nós e expressa não só o crescimento que conquistamos nos últimos anos, como também o nosso trabalho para continuar esse processo de forma ainda mais qualificada. O Chapchap tem uma sólida trajetória na área da Saúde e sem dúvidas irá contribuir imensamente com o nosso crescimento institucional”, enfatizou Miguel Lago.

Entre os diversos cargos e titulações de excelência, o médico, que ainda atua como cirurgião, já foi coordenador do Programa de Transplante de Fígado e Diretor Geral do Hospital Sírio-Libanês, além de Presidente do Conselho e Pró-Reitor dos Cursos Stricto-Sensu do Instituto de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês e conselheiro do International Liver Transplantation Society,

E é com toda essa experiência que o médico pretende contribuir ainda mais com a atuação do IEPS na sua missão de fortalecer o SUS e o acesso da população ao sistema de saúde. “O instituto tem feito um trabalho muito consistente e esse meu novo momento na instituição é um passo para construirmos uma dinâmica institucional mais transversal. O objetivo é potencializar a atuação e fortalecer a missão do IEPS em aprimorar o sistema de saúde e garantir melhores condições de funcionamento e acesso ao SUS”, pontua Chapchap, que vai se dedicar, por exemplo, à construção de soluções, com o uso de tecnologia, para atender os vazios assistenciais que ainda existem no país, em particular na região amazônica.

Além de diretor médico do IEPS, Chapchap também é presidente do conselho do Instituto Todos pela Saúde e membro do conselho do Instituto Phaneros e da Fundação Faculdade de Medicina da USP.

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O GLOBO

A vacinação para a gripe chega mais cedo em 2024


O Ministério da Saúde vai antecipar a vacinação contra a gripe.

Todos os anos, temos um aumento de casos de gripe influenza e outras viroses respiratórias a partir de fevereiro ou março dependendo da região do Brasil. Desde a pandemia, essa sazonalidade vem se tornando menos clara, mais confusa, com surtos de influenza em épocas atípicas, como o verão. Este ano, estamos vivendo um forte aumento de casos de Covid-19 e influenza no Rio de Janeiro e em outros estados. Por isso, houve uma mudança no calendário vacinal do Ministério da Saúde, que, sensível aos dados epidemiológicos, antecipou a campanha de vacinação da gripe.

Ela terá início nos próximos dias nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, depois de um esforço conjunto do Ministério, Instituto Butantan e Fiocruz (através do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde - INCQS) para disponibilizar as vacinas a estados e municípios o mais cedo possível. A região Norte já recebeu os imunizantes entre novembro e dezembro, em função da sua sazonalidade.

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil em 2024. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas.

As clínicas privadas oferecem a vacina quadrivalente, mas sua necessidade é questionável. O quarto componente, do vírus B/Yamagata, não é encontrado desde 2020, e pode estar extinto. A vacina trivalente é suficiente.

Serão vacinados pelo SUS as crianças de 6 meses a menores de 6 anos, crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos; idosos com 60 anos ou mais; gestantes e puérperas.

E também os seguintes grupos: trabalhadores da Saúde; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança, de salvamento e das Forças Armadas; pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo; trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; e a população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.

Não dê brechas para a gripe por influenza, que pode ser não só muito incômoda, mas grave. Especialmente se você tem crianças menores de 6 anos em casa. Grávidas, puérperas, idosos e crianças, especialmente até 2 anos, se apresentarem sintomas gripais intensos, devem ser levados para avaliação médica ainda nos primeiros dois dias de doença se possível, pois há tratamento disponível com antivirais no SUS e hospitais privados que pode atenuar os sintomas e reduzir as complicações.

Lembre-se também que um estado gripal, com febre, coriza, dor de garganta e tosse, pode ser causada não só pelo vírus influenza mas também por vários outros. A imunização reduz o risco de se infectar com o influenza, e especialmente de ter um caso mais intenso, com complicações. Mas você pode ainda ficar gripado por outros vírus, claro.

Bora vacinar!

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 06 Março 2024 08:32

CLIPPING AHPACEG 06/03/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Enfermarias virtuais e os wearables revolucionarão os cuidados com saúde em 2024

Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional

Jovem morre após complicações no parto e causa comoção nas redes sociais

Índice de letalidade da dengue grave é de quase 3% no Brasil

TikTokers estão usando imagens falsas de médicos e enfermeiras para cometer fraudes

MEDICINA S/A

Enfermarias virtuais e os wearables revolucionarão os cuidados com saúde em 2024

A revolução digital no setor de saúde está redefinindo o cenário dos cuidados médicos no mundo, proporcionando avanços significativos e enfrentando desafios antigos do setor. Dois estudos recentes do Boston Consulting Group (BCG) – The Future of Digital Health 2024 e Transforming Healthcare: navigating digital health with a value-driven approach, em parceria com o World Economic Forum – destacam as principais transformações e impactos positivos da tecnologia na saúde em 2024 e ao longo dos próximos anos. Os insights indicam que as mudanças em curso estão sendo marcadas pela era da inteligência artificial (IA) e da inteligência artificial generativa (GenAI), que estão possibilitando aprimorar a eficiência, produtividade e acesso à saúde.

A personalização dos cuidados médicos e a promoção da autonomia das pessoas em relação à própria saúde são características preponderantes deste novo cenário da saúde. A pesquisa do BCG aponta que equipamentos vestíveis (wearable) e dispositivos médicos inteligentes para cuidados em casa serão cada vez mais frequentes, especialmente para pacientes com doenças crônicas e em pós-operatório. Empresas de seguros, por sua vez, também aumentarão os incentivos ao uso desses dispositivos, subsidiando sua distribuição para coletar dados de saúde em tempo real.

Os especialistas do BCG atestam que o constante fluxo de informações de dispositivos médicos inteligentes vai impulsionar a eficácia dos grandes modelos de linguagem (large language models, em inglês, LLMs). LLMs aprimorados estão abrindo caminho para consultas virtuais altamente qualificadas disponíveis 24 horas, 7 dias por semana, gerando sugestões de melhores caminhos de tratamento e prevenção e aliviando a carga administrativa em hospitais, especialmente em um momento sem precedentes de escassez de profissionais. A World Health Organization (WHO) prevê uma falta de até 10 milhões de profissionais de saúde qualificados no mundo todo em 2030.

Outro uso fundamental das novas tecnologias no setor de saúde em 2024 é nas plataformas impulsionadas por IA para oferecer suporte à saúde mental. “Agentes de conversação estão sendo treinados para identificar sinais de depressão ou angústia. Essas ferramentas podem ser integradas a dispositivos diários, como smartphones ou assistentes virtuais, conectando indivíduos a terapeutas humanos quando necessário”, afirma Filipe Mesquita, diretor executivo e sócio do BCG. Além disso, as aplicações em saúde mental devem ser cada vez mais especializadas, como no apoio a pacientes crônicos ou em situações de luto e perda.

Desafios para a transformação digital em saúde

Apesar de todo o potencial que as ferramentas digitais e a IA têm, ainda existem muitos aspectos que precisam ser melhorados para que as aplicações tecnológicas realmente atuem como facilitadoras do setor de saúde. Entre eles estão a equidade social nos cuidados, investimento nos profissionais da área e melhoria no acesso a medicamentos e dispositivos.

Segundo Mesquita, a maioria dos sistemas de saúde ainda têm infraestrutura de tecnologia da informação (TI) fragmentada, incompatível com os padrões de dados, e formas inadequadas de compartilhar essas informações, fazendo com que o segmento fique atrás de muitos outros setores em termos de maturidade digital.

Por essa razão, os relatórios do BCG identificam os principais facilitadores que precisam estar em vigor para acelerar a adoção e impacto das soluções digitais, traçando um caminho a seguir para acelerar a jornada em direção a transformação na saúde.

Enfermarias virtuais e dispositivos em casa empoderam pacientes

Os pacientes estão no centro da transformação digital dos cuidados de saúde, evoluindo de stakeholders passivos para cocriadores ativos, afirmam os estudos do BCG. A telemedicina, por exemplo, irá além de consultas médicas tradicionais para contemplar diagnósticos remotos, análise de sintomas por IA, testes laboratoriais em casa e monitoramento de sinais vitais em tempo real. Tudo isso com o auxílio de dispositivos médicos para serem usados em casa e tecnologias vestíveis. Essa abordagem não só traz autonomia aos pacientes, permitindo-lhes serem ativos em seus cuidados, mas também possibilitando o monitoramento remoto contínuo pelas equipes médicas sem aumentar os custos das empresas de saúde.

Possibilitadas pelos dispositivos vestíveis, o BCG aponta a expansão das enfermarias virtuais como outras tendências, reduzindo a necessidade de visitas hospitalares presenciais. Sua integração ao ecossistema hospitalar deve se tornar cada vez mais prevalente nos próximos anos, algo que já está ocorrendo no Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido. “As enfermarias virtuais têm o potencial de revolucionar o atendimento ao paciente por meio do monitoramento remoto, telemedicina e análise de dados, contribuindo para melhores resultados aos pacientes e para um uso mais eficiente dos recursos dos sistemas de saúde”, analisa Mesquita.

Tecnologia contribui para acesso equitativo à saúde e maior eficiência

Nessa revolução digital, o paciente passa a ser visto como um consumidor e os serviços médicos precisam chegar até ele onde quer que esteja e a baixo custo. O BCG observa que junto à expansão das enfermarias virtuais, IA e digital podem contribuir na otimização de diversos elos da cadeia de saúde, por exemplo na redução dos custos de pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos e na otimização de gastos na fabricação de dispositivos médicos para serem usados em casa, tornando-os mais acessíveis e simples para uso de pessoas comuns. A utilização da IA pelo poder público também é importante na velocidade dos processos para acelerar submissões regulatórias e aprovações, além de diminuir custos de registro de produtos, possibilitando que empresas de saúde cheguem a mais países e populações carentes a um custo menor. Um dado da pesquisa que confirma a necessidade de revisão de recursos é que 20% dos gastos globais com saúde são considerados desperdício, totalizando US 1,8 trilhão. Endereçar o problema contribuirá para o acesso mais equitativo aos cuidados de saúde.

Além disso, pacientes agora esperam diagnóstico e tratamento quase instantâneos. “O próximo grande avanço para as empresas de diagnóstico será fornecer resultados de testes laboratoriais em minutos, em vez dos dias que costumam levar atualmente. Esse desenvolvimento terá um impacto significativo na satisfação do paciente, mas exigirá também um avanço de normas e regulações sobre o uso de IA nos fluxos clínicos”, comenta Mesquita.

Além do diagnóstico, deve haver uma escalada no uso de ferramentas digitais de IA e IA generativa para melhoria de eficiência de processos de prestadores de saúde, como faturamento, gestão do ciclo de receita e outras tarefas administrativas manuais, como documentação. Além de redução de custos, essas aplicações permitirão que profissionais de saúde foquem seu tempo em tarefas de maior valor agregado e viabilizarão maior transparência na precificação e aumento de contratos de compartilhamento de risco (value-based).

Saúde da mulher terá destaque em 2024

Nos últimos anos, o BCG identifica casos de sucesso de empresas que aplicaram IA na saúde reprodutiva de mulheres, com startups que começaram a melhorar a taxa de sucesso de fertilizações in vitro, por exemplo. Empresas também já estão reduzindo o tempo de diagnóstico de condições ginecológicas de anos para meses. O BCG prevê que o maior uso de dados e aplicações da IA será uma das principais tendência em saúde da mulher, em especial na saúde reprodutiva. Somente no Reino Unido, por exemplo, mais de 90% das mulheres envolvidas ativamente em sua jornada de fertilidade usam um aplicativo para acompanhar seu ciclo menstrual. “As empresas líderes nesse espaço ainda não oferecem insights clinicamente significativos às usuárias e estão desperdiçando essa abundância de dados disponíveis. Ao longo dos próximos anos, veremos empresas de saúde ajudando as mulheres a gerenciar sintomas, prevendo tendências de longo prazo, otimizando a fertilidade da população e diagnosticando condições ainda mais precocemente”, conclui Mesquita.

Para vencer e continuar expandindo em serviços em saúde feminina, será chave também a busca de parcerias estratégicas entre as empresas de modo a criar uma oferta e experiência integrada, que cubra toda a jornada de saúde da mulher.

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Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional

O grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R$ 20 bilhões.

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.

O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle.

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R$ 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.

Números

O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.

Confira o estudo completo aqui.

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PORTAL G1

Jovem morre após complicações no parto e causa comoção nas redes sociais

O vídeo da homenagem já conta com 6,3 milhões de visualizações nas redes sociais. Fernanda Ribeiro Pereira Faria, de 28 anos, teve complicações logo após ser submetida a uma cesariana.

Por Samantha Souza, g1 Goiás

Dentista emociona a web com homenagem para filha de amiga que morreu após o parto

Uma dentista emocionou a web após publicar nas redes sociais homenagem para filha de amiga que morreu após cerca de 20 minutos depois de dar à luz, em Rio Verde, no sudoeste goiano. A vítima, Fernanda Ribeiro Pereira Faria, de 28 anos, teve complicações logo após ser submetida a uma cesariana.

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O vídeo da homenagem foi publicado pela dentista Kamilla Malaquias no último dia 28 e já conta com mais de 6,3 milhões de visualizações. Nas imagens, Fernanda aparece ao lado de familiares durante um ensaio fotográfico. À reportagem, ela contou que não imaginava que a publicação tivesse tamanha repercussão.

No texto ela diz que Fernanda “foi uma menina linda, bondosa, cheia de luz, que amava incondicionalmente sua família, e que realizou seu maior sonho, o de se tornar mãe”.

“Meu Instagram tem um alcance alto, mas minhas publicações giram em torno de 30 , 50, 100 mil visualizações. Quando postei o texto e o vídeo, sabia que teria um certo alcance, por isso quis homenageá-la pelo Instagram, mas, jamais imaginei que alcançaria mais de 6 milhões de pessoas”, contou Kamilla, que ao perceber o alcance do vídeo, procurou a família de Fernanda preocupada com exposição.

Ainda de acordo com Kamilla, ela e a família da gestante são naturais de Quirinópolis, cidade do interior de Goiás, onde Fernanda atuava como dentista em um posto de saúde. No dia de sua morte, ela teria ido até a Rio Verde para dar a luz ao seu primeiro filho.

“Ela faleceu cerca de 20 minutos após o parto, ela chegou a ver o bebê, mas começou a passar mal, e logo depois faleceu, a causa da morte foi descrita como choque anafilático, mas, estão [os familiares] esperando os resultados de autópsias para concluir com mais clareza o que realmente aconteceu”, detalhou Kamilla.

Em choque com a notícia, a dentista relata que fez uma publicação na rede social para homenagear Fernanda.

“No dia que recebi a notícia, fiquei muito assustada, emocionada com a situação, e como tenho muito carinho e admiração pela família que são amigos e pacientes meus, postei o vídeo e fiz a legenda logo que recebi a notícia, na intenção de homenagear mesmo, pois imaginei a dor dos pais, eu tenho uma relação de amizade muito grande com a Lilian mãe da Fernanda, e estava acompanhando a alegria delas na espera pelo bebê”, contou Kamilla.

A Missa de Sétimo dia em memória a Fernanda, será celebrada nesta terça-feira (5), em Goiânia.

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PODER 360

Índice de letalidade da dengue grave é de quase 3% no Brasil

Cerca de 10.000 pessoas apresentaram forma grave da doença no país; número total de casos é de 1.253.919

O índice de letalidade dos casos graves de dengue no Brasil é de 2,99%. O número é a proporção da quantidade de pessoas que morreram pela doença em relação ao de pessoas infectadas pelo mosquito. O total de infectados que apresentaram a forma grave do vírus é de 9.996, conforme boletim do Ministério da Saúde desta 3ª feira (5.mar.2024)

Ao todo, 299 pessoas já morreram por causa da dengue neste ano. Comparativamente, segundo dados do ministério, a letalidade da doença está menor neste ano. Em 2023, no mesmo período, o índice era de 4,9%.

Em relação ao número geral de casos prováveis, a proporção de mortes é menor, de 0,02%. Também caiu comparado ao ano passado, quando era de 0,07%. São 1.253.919 casos prováveis da doença.

Eis o top 10 das unidades da federação com mais registros de casos:

Minas Gerais - 424.179;

São Paulo - 225.000;

Paraná - 123.288;

Distrito Federal - 118.895;

Rio de Janeiro - 95.700;

Goiás - 72.222;

Espírito Santo - 46.229;

Santa Catarina - 35.824;

Bahia - 32.326, e;

Rio Grande do Sul - 20.031.

ESTADO DE EMERGÊNCIA

Nesta 3ª feira (5.mar), o São Paulo declarou emergência para a dengue. Se tornou o 7º Estado a decretar a medida, que também foi adotada pelo Distrito Federal.

Ao Poder360, a secretária estadual de saúde em exercício de São Paulo, Priscilla Reinisch Perdicaris, disse que o decreto é necessário para que a população receba insumos para atendimento nesse momento de surto da doença.

Situação também é reconhecida por:

Acre;

Amapá;

Espírito Santo;

Goiás;

Minas Gerais;

Rio de Janeiro; e

Santa Catarina.

O Ministério da Saúde divulga diariamente os últimos dados de casos prováveis, mortes em investigação e confirmadas, e o coeficiente de incidência de dengue no Painel de Monitoramento das Arboviroses.

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FORBES BRASIL

TikTokers estão usando imagens falsas de médicos e enfermeiras para cometer fraudes

Malinda Weekly, enfermeira de pronto-socorro em Chicago, salvou uma vida na semana passada. Ela ajudou a tratar um homem durante uma parada cardiorrespiratória. Porém, segundo vídeos virais no TikTok, ela foi demitida e agora está ocupada vendendo pílulas e medicamentos questionáveis - de nutrientes para vacas a estimulantes cerebrais.

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"Depois de trabalhar 417 dias como nutricionista, fui demitida aleatoriamente depois de engravidar. Então, aqui estão as dicas de saúde que eu não pude compartilhar com os meus pacientes", diz uma imagem de Weekly em um post no TikTok.

Entretanto, Malinda Weekly é uma enfermeira de pronto-socorro, não uma nutricionista. Ela nunca foi demitida ou esteve grávida. Ela nunca experimentou o remédio que estava anunciando e nem mesmo sabe o que esses suplementos fazem. E, o mais importante: ela nunca deu permissão para o Miracle Moo ou WonderCow usarem sua imagem para vender seus produtos.

Ela é apenas entre muitos profissionais licenciados cujas faces e credenciais foram arrancadas das redes sociais e reaproveitadas para vender suplementos duvidosos e desinformação de saúde aos usuários do TikTok nos Estados Unidos e na Europa - sem o conhecimento ou permissão deles.

"Como as pessoas estão sendo pagas usando meu rosto?" disse Weekly, que afirma se sentir atacada e violada, mesmo que as fotos tenham sido retiradas de suas redes sociais públicas. "As pessoas estão sendo fraudadas" e potencialmente colocadas em perigo, acrescentou. Pesquisas mostraram que os suplementos às vezes são misturados com drogas não aprovadas ou proibidas. Sem mencionar que a carreira e a reputação de Weekly estão em jogo.

"E se alguém me contar no pronto-socorro que comprou o produto que 'eu' anunciei e depois algo de ruim acontecer?" reflete Weekly. "Eu não levo mais essa situação com bom humor."

"Como o TikTok permite esse absurdo?" ela acrescentou. "Eles são uma empresa bilionária; eles precisam resolver isso."

A porta-voz do TikTok, Mahsau Cullinane, disse que a empresa está revisando o conteúdo e as contas e continuará removendo qualquer publicação que viole as políticas da plataforma. A Forbes usou a ferramenta de denúncia do TikTok para sinalizar vários desses posts, incluindo com Weekly, como "desinformação", "comportamento enganoso e spam" ou "fraudes e golpes". Dentro de 30 minutos, eles voltaram ao ar.

A "festa" dos suplementos

Usar o prestígio de médicos e enfermeiros para legitimar remédios ou modismos de bem-estar não é novidade. Mas as redes sociais tornaram muito mais fácil comercializar necessidades extravagantes para audiências enormes. O TikTok, em particular, conseguiu transformar o que é viral online - incluindo medicamentos caros que prometem resolver seus problemas - em tendências da vida real que estão impulsionando os US$ 30 bilhões da indústria de suplementos dos EUA.

A plataforma recentemente tornou um composto obscuro chamado 'Berberina' famoso. Entretanto, na realidade, a Berberina até o momento não demonstrou nenhum efeito significativo sobre o peso e tem efeitos colaterais como constipação e diarreia.

A rede social também impulsionou um aumento nas vendas de água de clorofila (prometendo suavizar manchas e melhorar o hálito) e pós verdes (prometendo menos inchaço e um intestino mais forte), mas, também, a evidência científica é escassa.

Pesquisando os 7 milhões de posts na poderosa hashtag "TikTok Made Me Buy It", você pode encontrar super-pílulas nutricionais, resina do Himalaia e suplementos de desodorante natural entre os principais resultados. No TikTok Shop, os usuários podem navegar pelos suplementos para a "juventude" e pílulas de "energia e foco". E, embora alguns aditivos possam ser perigosos, muitas marcas por trás deles estão lucrando.

A Forbes encontrou dezenas de contas no TikTok que promovem uma variedade de suplementos e às vezes reivindicações de saúde duvidosas usando fotos de médicos, enfermeiros e dentistas reais (todas roubadas das redes sociais).

As contas seguem um padrão semelhante: os posts apresentam jovens trabalhadores da área médica com uniformes, crachás de trabalho ou estetoscópios, junto com reivindicações provocativas de que eles acabaram de ser demitidos e agora estão divulgando os segredos de saúde que foram proibidos. Alguns criticam as grandes farmacêuticas e mostram pessoas em leitos de morte. O que se segue são slideshows de fotos que misturam dicas genéricas de saúde com vendas de medicações.

"Eu prego a prática baseada em evidências e na saúde, e muitas dessas empresas que estão usando minhas fotos estão enganando as pessoas e comercializando coisas que eu não colocaria meu nome", disse Ashley Lorena Adkins, uma enfermeira de UTI do Arizona, cuja imagem está vinculada a anúncios fraudulentos.

Vender esses tipos de suplementos nos EUA é uma "festa", disse o Dr. Pieter Cohen, professor associado da Faculdade de Medicina de Harvard, que supervisiona o programa de pesquisa de suplementos da Cambridge Health Alliance. "É um ótimo esquema para quem quer vender algo que não faz nada por você."

"A razão pela qual os suplementos são a área perfeita para entrar, se você quiser enganar os consumidores sobre os efeitos de seu produto", disse Cohen. Nos EUA, "você não precisa de nenhuma evidência científica, não precisa provar que seu suplemento sequer foi testado."

Desde que influenciadores, marcas ou contas de mídia social evitem certos termos relacionados a doenças, como prometer explicitamente que uma pílula irá curá-las, "fabricantes ou pessoas vendendo suplementos têm liberdade para promover seus produtos da maneira que desejam."

Quem está por trás disso?

A WonderCow é feita pelos agricultores Rob e Erica Diepersloot, que possuem cerca de 17.000 vacas na Califórnia e no Colorado. Uma conta do TikTok promovendo o pó ($65) e o creme ($35) da WonderCow no TikTok Shop, @wonderhealthmania, gerou mais de 5 milhões de curtidas e construiu uma audiência de mais de 250.000 visualizações, desde que começou a postar as fotos roubadas das enfermeiras em dezembro. (Uma estratégia semelhante foi usada no Facebook.)

A WonderCow e o Miracle Moo não responderam a várias solicitações de comentários, inclusive sobre se seus suplementos foram testados. O marketing para ambos os produtos afirma que são respaldados pela ciência e têm resultados comprovados.

Shanil Beekarry, autor do e-book "Como Ter Um Six Pack Matador Em Tempo Recorde", é o fundador de outra marca de suplemento que está sendo promovida dessa maneira no TikTok. Sua empresa, JustFloow, é fabricante de um nootrópico chamado Genius Mind que "liberará sua vantagem mental" e é o "#1 Brain Enhancer na Amazon", de acordo com uma conta do TikTok. A Forbes encontrou mais de uma dúzia, com mais de 2,5 milhões de curtidas, promovendo o suplemento de saúde cognitiva em posts virais usando fotos de Weekly, uma higienista dental na Geórgia e muitos outros funcionários médicos.

Beekarry disse que sua empresa não possui ou controla as contas do TikTok e que "continuamos comprometidos em fornecer produtos de alta qualidade respaldados por pesquisa científica". Ao ser questionado sobre para onde direcionar a Forbes para essa pesquisa científica, ele disse: "Não podemos divulgar mais informações em conformidade com acordos de confidencialidade."

"Ficamos preocupados ao saber sobre o uso não autorizado de fotos pessoais de médicos e enfermeiros licenciados em certas contas do TikTok que podem estar associadas à nossa marca", disse o empreendedor baseado na Inglaterra por e-mail. "Embora nos envolvamos com sub-redes de terceiros para fins de marketing, nos esforçamos para garantir a conformidade com diretrizes éticas. No entanto, reconhecemos que, apesar de nossos melhores esforços, algumas instâncias podem passar despercebidas."

Cohen, o professor de Harvard que supervisiona a pesquisa de suplementos em Cambridge, disse que os suplementos nootrópicos têm pouco benefício comprovado e que o colostro é uma área de pesquisa científica ativa onde são necessários mais estudos.

Ele também disse que uma quantidade significativa dos ingredientes originais na maioria dos suplementos dietéticos nos EUA na verdade vem da China.

O TikTok é de propriedade do gigante chinês de tecnologia ByteDance, e os especialistas dizem que a plataforma pode ser uma ferramenta altamente valiosa à medida que a ByteDance se aventura na área farmacêutica dos EUA. "Se você pudesse encontrar uma maneira de vender produtos que sejam atraentes para os consumidores, você certamente pode construir uma robusta indústria farmacêutica ou um produto competitivo, e depois anunciá-lo no TikTok", disse um especialista à Forbes no início deste ano.

"Tentando conter o mar"

Embora a Food and Drug Administration dos EUA seja encarregado de garantir que os rótulos dos suplementos sejam precisos e verdadeiros, uma vez que pílulas ou produtos de saúde são disparados online, eles entram em um "Velho Oeste" regulatório, disseram especialistas à Forbes.

A publicidade em mídias sociais teoricamente cai sob o Federal Trade Commission, e a agência trouxe ações de fiscalização contra fabricantes de suplementos que vendem reivindicações de saúde enganosas ou falsas no passado. Mas a pequena e subfinanciada tem lutado para acompanhar o mundo em expansão e em rápida mudança dos influenciadores de mídia social e quem está dizendo o quê em um aplicativo usado por 150 milhões de estadunidenses.

"É tentar conter o mar", disse David Vladeck, ex-diretor de Proteção ao Consumidor da FTC. "É um tsunami de informações."

Vladeck disse que, embora seja preocupante que essas postagens do TikTok para suplementos questionáveis pareçam estar vindo de pessoas com experiência médica, os médicos e enfermeiros cujas fotos estão sendo usadas erroneamente provavelmente não terão muito sucesso com ações legais, e os danos seriam modestos.

Enquanto o TikTok não resolver o problema, TikTokers discernidores - e até médicos, aparentemente - estão fazendo o trabalho de policiar e desmascarar eles próprios.

"As pessoas vão tentar vender coisas para você no TikTok, nas mídias sociais, e afirmar que têm uma cura para tudo, mas não há soluções simples", disse um TikToker chamado Dr. Michael em um vídeo recente destacando como o rosto de uma dentista da Geórgia está sendo fraudado. "Normalmente, eu apresento estudos e evidências para apoiar o que eu digo - mas para esse monte de absurdos, eu realmente não preciso."

"Se parece bom demais para ser verdade", acrescentou o Dr. Michael, "provavelmente é".

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Assessoria de Comunicação

Terça, 05 Março 2024 06:54

CLIPPING AHPACEG 05/03/24

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Saúde Suplementar: desafios, mudanças e soluções futuras

Artigo - Redução de desperdícios na saúde é desafio e precisa ser prioridade

Hugol recebe novos tomógrafos e promete otimizar realização de exames

Apenas 10% do público-alvo recebeu vacina contra a dengue em Goiânia

Hospital é evacuado após princípio de incêndio, em Goiânia

Como a tecnologia pode otimizar o dia a dia do profissional de saúde

MEDICINA SA

Artigo - Saúde Suplementar: desafios, mudanças e soluções futuras

Por Andréa Bergamini

Ao término de 2023, o setor da Saúde Suplementar registrou um significativo aumento no contingente de beneficiários em suas duas categorias: 51 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 32 milhões por planos exclusivamente odontológicos.

Embora esses números representem uma conquista notável para o setor, marcando a primeira vez em que os planos de assistência médica atingem tal montante, uma análise mais aprofundada revela a persistência de desafios que têm afetado o setor nos anos anteriores e que continuam em 2024. Dentre esses desafios, destaco: as atualizações do rol de procedimentos e eventos em saúde, o aumento da taxa de sinistralidade, a crescente judicialização da saúde e a incorporação de novas tecnologias.

Hoje a atualização do rol é realizada de forma contínua a partir de uma solicitação de inclusão, e de publicações de incorporação pela Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias no Sistema Único de Saúde – Conitec. Ressalta-se que na solicitação de novos procedimentos que não tenha estudo finalizado no Conitec, a metodologia de avaliação da tecnologia em saúde e seus impactos deverão ser seguidas.

Acrescenta-se ainda a promulgação da Lei n° 14.454/22, em que o rol de procedimentos da ANS passa a ser uma referência básica. Na prática, essa medida amplia a cobertura dos planos de saúde em relação a exames, medicamentos e tratamentos, desde que atendam às condições estabelecidas pela lei relacionadas à justificativas que apresentem peso científico relevante.

Tais mudanças representam um desafio para as operadoras de saúde, uma vez que, diante do surgimento de novas tecnologias e medicamentos que atendam a pelo menos uma destas condicionantes – eficácia comprovada cientificamente, recomendações do Conitec ou recomendações de no mínimo um órgão de avaliação de tecnologias em saúde de renome internacional – poderá ser possível a inclusão de novas coberturas de forma coletiva ou até mesmo de forma pontual. No entanto, é necessário que os profissionais assistentes respaldem a indicação com diagnósticos baseados em evidências e com uma visão realista que priorize a qualidade de vida do paciente em todos os aspectos.

Essa modificação apresenta desafios consideráveis para as operadoras de saúde e sistema de saúde como um todo, tais como: alterações no cálculo atuarial, uma vez que envolvem custos não previstos anteriormente, aumento das mensalidades dos contratos coletivos e empresariais, incorporação acrítica de novas tecnologias que aumentam custo sem entregar “valor” ao paciente; crescimento das demandas judiciais, reclamações, entre outras questões.

Dentro os fatores apontados quero destacar a incorporação acrítica de novas tecnologias que é umas das causas da judicialização em saúde, podendo inclusive sua inclusão ser impulsionada por pressões judiciais. Tal fato é prejudicial tanto para o beneficiário (exemplificando, casos de incorporação de terapias com base em estudos de fase 2), quanto para a sustentabilidade do setor saúde.

Outra consequência desta incorporação de forma não controlada é o aumento exorbitante de custo de um determinado produto médico. A disparidade nos custos dos materiais empregados em procedimentos médicos é um elemento adicional que eleva muito os custos assistenciais.

Exemplificando os procedimentos de infiltração e bloqueio de coluna. Não são procedimentos novos, mas há um incremento de custo exponencial destes procedimentos que não acompanha o crescimento do resultado, da entrega de valor ao paciente. Para tais procedimentos utilizavam-se e ainda utilizam-se agulhas/ cânulas com custo que varia de R$300,00 até R$1.500,00. Hoje há um grande número de empresas nacionais e de diferentes países que comercializam “novas” cânulas/ agulhas com valores que podem chegar a R$20.000,00. Pergunta-se se há evidência científica de superioridade dos materiais comparados ao de menor custo ou se há ganho para o paciente. Há justificativa para um custo tão elevado? Um procedimento relativamente simples quando comparado com uma cirurgia cardíaca, por exemplo, mas que apresenta um custo mais elevado (considerando que em cada procedimento serão utilizadas duas unidades de material e grande recorrência de tais procedimentos).

Esse comparativo destaca a disparidade nos custos, indicando que o valor de procedimentos recorrentes pode ser muito maior do que o custo de procedimentos destinados a tratar doenças mais graves. Essa discrepância contribui para o cenário atual, agravando os desafios enfrentados no setor saúde.

Considerando o cenário exemplificado, algumas alternativas se apresentam como soluções que, se aplicadas gradualmente, podem ser efetivas no controle de desperdícios e na sustentabilidade da Saúde Suplementar no Brasil.

Uma sugestão é o “risco compartilhado”. Neste caso seria o compartilhamento com a indústria que desenvolveu a tecnologia. Qual valor está sendo entregue ao paciente que justifique o incremento de preço? Caso esse valor não seja alcançado, como dividir este custo?

Outra medida é uma aproximação entre todos os players de mercado (fornecedores, prescritores, prestadores e operadoras de saúde) para que possam entender a complexidade e os riscos do setor, de modo que consigam chegar em um denominador comum.

Ainda exemplificando as cânulas de coluna destaco um pequeno movimento que aconteceu no final do ano passado por alguns grandes hospitais no Brasil para não incorporação de “cânulas especiais” que apresentam custo tão elevado. Outro fator relevante é a grande variação de preços do mesmo material de acordo com o tipo de comprador.

Por fim, o cenário da saúde suplementar em 2024 apresenta desafios complexos, exigindo uma abordagem inovadora e colaborativa. A adaptação às mudanças regulatórias, a integração de tecnologias emergentes e a busca por uma relação mais equilibrada entre operadoras, profissionais de saúde, prestadores de serviços, fornecedores e beneficiários são cruciais para o sucesso do setor. O trabalho em conjunto, inovações de modelos de pagamento, a atenção centrada no paciente e não na doença, são alguns exemplos que poderão ser utilizados para enfrentar os desafios e moldar um futuro mais sustentável para a saúde suplementar no Brasil. Por isso sempre digo aos meus colegas da saúde, trabalhar nesta área é sempre uma aventura desafiadora. Tem dias que realmente acreditamos que nada vai acontecer, mas temos muitos outros que acreditamos que podemos sempre evoluir e buscar o melhor para a saúde suplementar no Brasil.


*Andréa Bergamini é Diretora Técnica Comercial da AdviceHealth, mestre em Ciências da Saúde e Especialista em OPME.

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Artigo - Redução de desperdícios na saúde é desafio e precisa ser prioridade

Por Marcelo Carnielo

Temos um ano praticamente inteiro pela frente e, com ele, diversos desafios em uma das áreas mais vitais: a saúde. O fato é que velhos problemas persistem, como os desperdícios no setor.

Se considerarmos dados de uma reportagem veiculada por um jornal de circulação nacional, em 26 de fevereiro, intitulada “Programa do Einstein detecta que 22% das cirurgias de endometriose são desnecessárias”, e a qual cita um estudo publicado no BMJ Open Quality, que indicou que 13% das cirurgias de vesículas feitas não tinham necessidade, um outro levantamento mostra o alto custo que isso despendeu, desnecessariamente.

Segundo a plataforma DRG Brasil, em 2023 a permanência média de pacientes que foram submetidos ao procedimento cirúrgico de colecistectomia (remoção da vesícula), em 47.755 altas válidas, foi de 1,9 dias. As condições adquiridas nesta amostra foram de 2,68%, destas, 0,61% graves.

A base do DATASUS em 2023, por meio de AIH (Autorização de Internação Hospitalar) aprovadas, informa que foram realizadas 301.771 cirurgias de colecistectomia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), portanto, se consideramos 1,9 dias de permanência, estes pacientes consumiram 573.364 dias de leito ou 18.860 leitos de internação.

Se considerarmos que 13% das cirurgias de vesículas são desnecessárias, podemos concluir que 2.451 leitos foram consumidos em 2023 desnecessariamente, equivalente a um hospital de 205 leitos, aproximadamente.

Na perspectiva econômica do prestador de serviço hospitalar, conforme banco de dados da Planisa, analisando custo de 2.513 pacientes que foram submetidos a cirurgia de colecistectomia em 2023, o custo mediano por cirurgia foi de R$ 3.125. Se considerar que 13% destas cirurgias foram desnecessárias, conclui-se que poderiam ter sido economizados – só com cirurgias de retiradas de vesículas – aproximadamente R$ 122,5 milhões.

Um sistema de saúde baseado em valor, com o paciente no centro do cuidado, é melhor para todos: reduz os custos assistenciais, diminui os riscos e disponibiliza recursos – que são escassos – para quem realmente precisa.

Muito além de demonstrar as oportunidades de economia hospitalar, esse artigo propõe uma reflexão conjunta com todos os players da saúde, com o propósito de avaliar propostas e alternativas para uma verdadeira transformação da saúde baseada em informação de qualidade e assistência focada no paciente.


*Marcelo Carnielo é especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa.

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A REDAÇÃO

Hugol recebe novos tomógrafos e promete otimizar realização de exames

Investimento ultrapassou R$ 5 milhões  

O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) inaugurou dois novos tomógrafos em fevereiro. De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (4/3), os novos equipamentos otimizaram o tempo de realização de cada exame e a dosagem da carga foi reduzida, o que garante mais segurança aos pacientes.

Cada tomógrafo tem capacidade de atender mais de 2.500 pacientes por mês. "Para se ter uma ideia, em 2023, foram realizados em média 5,4 mil exames de tomografia por mês, tanto de paciente adultos quanto de pacientes pediátricos da unidade", explica o diretor geral da unidade, Hélio Ponciano Trevenzol.

Hélio pontua ainda que o Hugol já possuía dois aparelhos de tomografia, sendo um de 16 e um de 64 canais, que foram substituídos por dois aparelhos mais modernos. Os novos equipamentos podem chegar até 160 canais, ou seja, são mais rápidos e com o dobro de qualidade de imagem.

“Quanto maior o número de canais, maior a rapidez na aquisição de imagens, maior a qualidade dos exames e menor a radiação para o paciente. Essa atualização significa não apenas uma melhoria na qualidade dos exames, mas também uma significativa redução no tempo de espera, refletindo nosso compromisso contínuo com a excelência no cuidado da saúde.”, frisa Trevenzol.


Investimento

De acordo com a organização do Hugol, o investimento para aquisição dos novos aparelhos foi de R$ 5,2 milhões. Um dos tomógrafos foi adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e o outro por meio de uma verba parlamentar recebida em dezembro do ano passado. 
 

Durante todo mês, foram instalados de forma gradativa os dois tomógrafos, além de treinamentos com toda a equipe para melhor aproveitamento da tecnologia oferecida. Os treinamentos foram feitos com a consultoria da empresa responsável pela fabricação dos equipamentos.

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Apenas 10% do público-alvo recebeu vacina contra a dengue em Goiânia

Imunizante é aplicado em 2 doses

Apenas 10,69% do público-alvo recebeu a vacina contra a dengue em Goiânia até domingo (3/3), segundo informações repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ao jornal A Redação. De acordo com a pasta, do dia 15 de fevereiro (início da vacinação) até ontem, 9.175 doses da vacina foram aplicadas. O público-alvo engloba crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, totalizando 85.812 pessoas. A imunização de adolescentes de 12 a 14 começou na tarde da última quinta-feira (29/2). 

Em Goiânia, a vacinação contra a dengue está disponível nas 72 salas de vacinas do município, das 8h às 17h. A SMS convoca os responsáveis a comparecerem com as crianças e adolescentes que integram o público-alvo nos postos de saúde para protegê-los contra a doença. No Brasil, já são mais de 1 milhão de casos notificados e mais de 200 mortes ligadas à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. 

A capital goiana recebeu 34.234 doses da vacina. As quatro unidades de saúde disponíveis no fim de semana para imunização, além do CMV no Setor Pedro Ludovico, são os Ciams Urias Magalhães, Novo Horizonte e Dr. Domingo Viggiano. Além da disponibilidade de se vacinar contra a dengue, as salas também oferecem vacinas contra a covid-19 e as vacinas de rotina. É necessário apresentar documento com foto e caderneta de vacinação, com acompanhamento dos pais ou responsáveis para as crianças.


Qdenga
A vacina que está sendo aplicada é a Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda. A aplicação deve ser em 2 doses, com intervalo de 3 meses entre elas. O governo federal comprou 6 milhões de doses que serão entregues aos municípios ao longo de 2024. De acordo com as estratégias adotadas para a campanha, recebem a vacina, inicialmente, pessoas de 10 a 14 anos. Este grupo é o primeiro a receber as doses em razão do maior número de hospitalizações pela doença. 

A vacina da dengue age no organismo estimulando o sistema imunológico na prevenção e na produção de anticorpos. A Qdenga é um imunizante tetravalente produzido a partir do vírus vivo atenuado, ou seja, do micro-organismo infectado, mas enfraquecido. Essa condição pode melhorar a resposta do sistema imunológico, funcionando de forma semelhante à defesa do corpo humano nos casos de infecção pela dengue.

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PORTAL G1

Hospital é evacuado após princípio de incêndio, em Goiânia

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

O Hospital Ortopédico de Goiânia precisou ser parcialmente evacuado, na manhã desta terça-feira (5), após um princípio de incêndio. Segundo o Corpo de Bombeiros, no local foi encontrado bastante fumaça. Apenas o primeiro andar do prédio foi evacuado, como uma forma de precaução.

A unidade hospitalar é localizada Avenida L, no Setor Aeroporto. O g1 não conseguiu contatar o hospital para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

Ao g1, o Corpo de Bombeiros explicou que a causa do incêndio ainda não foi identificada e que apenas uma perícia, realizada após a finalização do atendimento, deve determiná-la.

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GAZETA DA SEMANA

Como a tecnologia pode otimizar o dia a dia do profissional de saúde


A transição da prática médica convencional para o universo digital apresenta desafios significativos para os profissionais de saúde. A telemedicina, regulamentada no Brasil, por meio da Lei nº 14.510 de 2022, tem se destacado nos últimos anos, mas ainda é muito recente. Incorporar inovações tecnológicas nas rotinas, seja no atendimento ou na gestão das atividades, é um movimento repleto de vantagens tanto para os trabalhadores quanto para os pacientes.

Contudo, nenhuma mudança de perspectiva acontece sem esforços. Por essa razão, os profissionais precisam estar receptivos a treinamentos necessários para integrar as novas ferramentas ao trabalho.

Período de adaptação

A educação contínua e a divulgação dos benefícios da tecnologia são fundamentais para superar a resistência inicial. A demonstração dos resultados positivos, como a melhoria da satisfação do paciente e a eficiência do sistema, desempenha papel fundamental na mudança de mentalidade. É crucial fazê-los entender que a adoção de novos recursos digitais não visa aumentar a carga de trabalho, mas sim melhorar a eficácia e a qualidade dos serviços prestados.

O profissional de saúde deve reconhecer sua participação nessa transição para o digital e estar aberto tanto a treinamentos como a feedbacks com o objetivo de aprimorar suas habilidades. Vale reforçar que ele é parte efetiva do processo e deve ajudar na fiscalização dos métodos e resultados. Por último, a supervisão e o apoio dos gestores são essenciais para deixar os trabalhadores mais confortáveis dentro dessa nova realidade.

Benefícios reais e tangíveis

Ferramentas tecnológicas oferecem diversas melhorias para o setor público ou privado. Plataformas de telemedicina ampliam e barateiam o acesso a diagnósticos e tratamentos, além de fornecer suporte técnico e auxiliar na tomada de decisões. Na gestão pública, há programas que otimizam intervalos de espera em cirurgias e facilitam a gestão de estoque. Existem filtros de filas que também ajudam a reduzir o tempo e identificar casos que representam riscos, promovendo o bom uso do sistema.

A integração da tecnologia na rotina simplifica tarefas e melhora o cuidado ao paciente, sendo a satisfação deles importante para influenciar gestores e equipes. Essa interação entre inovação digital, colaboradores e usuários não apenas representa uma evolução na prática médica, como também oferece uma oportunidade para aprimorar o segmento. Ao abraçar essa mudança, os profissionais estão posicionados para enfrentar os desafios do futuro com confiança e eficiência.

*Diogo Kussakawa é médico ortopedista, professor universitário e CMO da AgilizaMed, startup de telemedicina integrante do portfólio da Dome Ventures / Diogo Catão é CEO da Dome Ventures, uma Venture Builder GovTech que tem o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil

Sobre a Dome Ventures

A Dome Ventures é uma venture builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Sua missão é contribuir com o avanço digital do setor público, selecionando e desenvolvendo de forma contínua inovações aplicadas e startups que possuam soluções para impactar positivamente a sociedade e a vida de toda a população. Para mais informações, acesse: https://dome.ventures/.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 04 Março 2024 07:25

CLIPPING AHPACEG 02 A 04/03/24

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DESTAQUES

Dengue, gripe e Covid: passados 15 dias de incubação dos vírus, veja o real impacto do Carnaval no nº de infecções

Dengue: apesar da explosão de casos, vacina tem baixa procura e estados aumentam público-alvo

Idoso morre durante transferência para hospital, polícia investiga possível omissão de socorro

O GLOBO

Dengue, gripe e Covid: passados 15 dias de incubação dos vírus, veja o real impacto do Carnaval no nº de infecções

Desde o começo do ano, o número de casos de dengue, Covid e influenza está em crescimento gradual no Brasil. Mas, de acordo com um levantamento feito pelo GLOBO com hospitais, laboratórios e redes de farmácia no país, houve um crescimento expressivo na procura ou positividade de testes dessas doenças na terceira semana de fevereiro, o que coincide com o período após o carnaval.

A Rede D'Or registrou aumento de 74% nos atendimentos de casos suspeitos de Covid na emergência dos hospitais e de 38% nos casos suspeitos de dengue, entre os dias 16 e 22 de fevereiro, em comparação com a semana anterior. Os dados se referem aos 69 hospitais da Rede, localizados em 13 unidades da federação. São elas: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo.

- Realmente houve um grande aumento, desde o começo do ano, no número de casos de dengue e outras viroses como coronavírus, influenza, metapneumovírus e rinovírus. Mas com o carnaval, isso aumentou ainda mais, sem dúvida. Tudo o que o vírus gosta é de pessoas um grande número de pessoas no mesmo lugar, então esse cenário já era o esperado - diz o infectologista David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D'Or. Ludhmila Hajjar, professora titular da USP e cardiologista da Rede D´Or complementa: "Me preocupo especialmente com dengue neste momento, infecção ainda sem vacina para grande parte da população", diz.

O Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, registrou aumento de 15,47% nos atendimentos de emergência por síndrome respiratória. A maioria dos casos são de Covid-19, seguido de influenza, o vírus causador da gripe. No Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, houve aumento de 27% nos atendimentos por síndrome gripal e de oito vezes nos casos suspeitos de dengue na semana após o carnaval, em comparação com o período pré-carnaval.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, registrou aumento de 86,4% nos atendimentos na emergência na semana seguinte ao carnaval e a rede de farmácias RaiaDrogasil informou aumento médio de 25% na procura por testes de Covid nesse mesmo período.

No Grupo Fleury, houve crescimento de 50% no número de solicitações de exames de dengue e de seis vezes na quantidade de notificações de casos. Um crescimento semelhante foi observado na demanda por testes de Covid, de acordo com o infectologista Celso Granato, diretor Clínico do Grupo Fleury.

- Vemos aumento desde o final do ano passado, mas não na mesma proporção dessa última semana e tudo leva a crer que isso seja resultado do carnaval porque claramente aumentou a velocidade de propagação - avalia Granato.

A Dasa, maior rede integrada de saúde da América Latina, viu um aumento nos atendimentos nos hospitais do Distrito Federal e do Rio de Janeiro por Covid, dengue e gastroenterites após o carnaval. Também houve crescimento de 34,6% na demanda e de 16,6% na taxa de positividade dos testes para influenza na semana após o carnaval, em comparação com o período anterior, nas unidades da rede de todo o país.

O influenza, vírus causador da gripe, normalmente circula no país no período de outono-inverno. Mas, há alguns anos, é observado um aumento "fora de época" desse vírus. José Eduardo Levi, virologista da Dasa, explica que isso se deve à pandemia, que "quebrou a periodicidade dos vírus respiratórios", mas ressalta que as aglomerações do carnaval também contribuem para a disseminação desse e outros vírus transmissíveis.

Inclusive, o aumento da circulação de vírus respiratórios no país fez com que o Ministério da Saúde decidisse antecipar a campanha de vacinação contra a doença, que geralmente tem início em meados de abril, para o dia 25 de março. A medida vale para todas as regiões do Brasil, menos a Norte, onde a imunização ocorre no segundo semestre devido às particularidades climáticas que influenciam a disseminação do Influenza na região.

Sintomas semelhantes Embora a dengue não seja uma doença respiratória, nos primeiros 2 dias de sintomas ela pode ser facilmente confundida com gripe e Covid, pois os sintomas iniciais dessas doenças, como febre, cansaço e dor no corpo, são semelhantes. Por isso, a recomendação é sempre buscar atendimento médico antes de se medicar, sobretudo em caso de suspeita de dengue.

- É importante ter um diagnóstico diferencial porque o prognóstico para essas doenças é diferente. Na dengue, o paciente precisa de muita hidratação e é necessário estar atento aos sinais de alerta para dengue grave. Já a infecção por influenza tem tratamento específico e ele precisa ser aplicado nos primeiros dias para ter efeito - orienta Granato.

Para dengue, a vacinação ainda não é uma medida preventiva em nível populacional, dado que as doses são limitadas. Mas Covid e gripe, sim e os especialistas alertam para a importância de colocar a vacinação em dia,

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Dengue: apesar da explosão de casos, vacina tem baixa procura e estados aumentam público-alvo


No momento em que o país atinge a marca de um milhão de casos de dengue apenas nos dois primeiros meses do ano, estados relatam baixa procura pela vacina contra a doença e decidiram ampliar o público alvo que já pode ser imunizado. A recomendação do Ministério da Saúde tem sido a de restringir as doses disponíveis apenas a crianças entre 10 a 11 anos, mas Acre, Mato Grosso do Sul e Goiás já elevaram para até 14 anos a lista dos que podem receber a proteção, enquanto o Distrito Federal avalia incluir as de 12.

Segundo levantamento do GLOBO com as secretarias de saúde de estados e municípios, cerca de 82 mil crianças entre 10 e 11 anos foram imunizadas contra a doença em nove estados após três semanas do início da vacinação no país. O número representa 11,6% das 712 mil doses do primeiro lote do imunizante recebido pelo governo, no início de fevereiro, e apenas 0,02% da população total que pretende vacinar em 2024 - 3,2 milhões de pessoas. Quatro unidades da federação - Rio de Janeiro, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte - , contudo, não informaram quantas pessoas vacinaram até agora.

Apesar do movimento dos estados, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, pediu para os municípios não se anteciparem ao cronograma de vacinação pensado pelo governo federal. O argumento é que a estratégia de aumentar as faixas etárias gradativamente foi pensada para garantir a aplicação da segunda dose, após três meses. O mesmo método foi aplicado na época da vacinação da Covid-19.

- Se cada município tomar uma decisão descoordenada, a gente pode deixar crianças e adolescentes sem proteção. Todas as nossas ações são decididas por um comitê técnico com especialistas e também há escassez de doses de vacina - afirmou a ministra em entrevista na sexta-feira. Procurada, a pasta não se manifestou.

No Acre, primeiro estado do Norte a iniciar a campanha, a vacinação foi ampliada para adolescentes de até 14 anos em seis dos 11 municípios no dia 26, uma semana após ser iniciada. Segundo a última atualização da secretaria de saúde, até então 770 jovens entre 10 e 11 anos haviam sido vacinados, o que representa 4,3% da meta de imunizar 17.810 pessoas nesta faixa etária.

- Se a procura continuar baixa, enquanto houver estoque, iremos sinalizar para o Ministério da Saúde formalizar uma solicitação de extensão da vacinação para as outras regionais de saúde do estado. Convocamos aos pais para que vacinem seus filhos e evitaremos, assim, casos graves da doença - disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações no Acre, Renata Quiles, em entrevista ao site do governo local.

Em Goiás, a vacinação nas 134 cidades que já receberam doses do imunizante foi ampliada para crianças até 14 anos na última sexta-feira. O secretário estadual de saúde, Rasível dos Santos, afirmou que o avanço foi discutido com o Ministério da Saúde.

- Nós tivemos uma boa procura pela vacina nos primeiros dias da campanha, mas a adesão diminuiu com o passar do tempo e apenas 13,1% das crianças com idade entre 10 e 11 anos foram vacinadas - afirmou ele.

A baixa procura também foi a justificativa do governo do Mato Grosso do Sul para elevar a população apta a receber as doses. Segundo a secretaria estadual de saúde, 7.143 vacinas contra a dengue haviam sido aplicadas até a semana passada. A expectativa da gestão é imunizar ao menos 90% do público previsto nesta primeira etapa, estimado em cerca de 28 mil crianças e adolescentes.

Diferentemente dos estados, que já ampliaram o público-alvo, o Distrito Federal ainda aguarda orientação do Ministério da Saúde para vacinar crianças de 12 anos diante da avaliação que o ritmo de imunização da população está lento.

A capital federal, contudo, é onde a imunização mais avançou. Em três semanas, 24.355 das 75.291 crianças entre 10 e 11 anos que vivem na capital federal haviam sido vacinadas até sexta-feira passada, o equivalente a 32%. "A ampliação da faixa etária está sendo avaliada e a pasta aguarda orientações do Ministério da Saúde para a ação", afirma a secretaria em nota.

Médico sanitarista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Jonas Brant cita o horário e local em que o imunizante está disponível como uma das barreiras que dificultam a procura.

- A vacina é disponibilizada em um horário muito específico, em um lugar muito específico. Isso faz com que as pessoas tenham dificuldade de chegar até a vacina, então é um horário que a pessoa trabalha, e ela vai ter que faltar ao emprego para poder levar os filhos - afirmou o especialista.

Segundo o último informe semanal do Ministério da Saúde sobre dengue, o Brasil registrou nesse início de ano uma alta de 369% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado, além de 154% nos diagnósticos graves e de 31% nas mortes. O cenário preocupa já que 2023 foi o segundo pior da série histórica, com 1.658.816 casos, além de ter sido o mais letal, com 1.094 óbitos.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Idoso morre durante transferência para hospital, polícia investiga possível omissão de socorro

Segundo a PM, o paciente morreu durante discussão entre médicos sobre onde ele ficaria

A morte do idoso Valdemar Matias, de 71 anos, é investigada pela Polícia Civil. Ele havia sido transferido de Pontalina para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, na quinta-feira, 29, e não teria sido prontamente atendido, segundo a Polícia Militar.

Ainda de acordo com a PM, os médicos foram autuados por omissão de socorro. O tenente Vinícius Sena informou que a equié médica tentou dar entrada do paciente na emergência, No entanto, teriam sido orientados a ir a outro local da unidade de saúdde.

Neste espaço, um médico havia dito para eles retornarem com Valdemar para a emergência, e foi neste momento que começou uma discussão entre a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O tenente explicou que, nesta discussão, o paciente veio a ótibo.

"O médico da emergência falou que lá era situação de trauma, situação de acidente, facada, tiro, essas coisas. Aí passou para outra outra área dentro do Hugol e levaram esse senhor para lá. Só que o mestre dessa outra área falou que era no trauma. Aí ficou nesse entrevero entre os médicos e o médico do Samu, e o senhor veio a falecer”, disse Sena ao g1.

O Hugol informou, por meio de nota, que Valdemar “foi atendido pela equipe multidisciplinar da unidade e recebeu toda assistência médica necessária, tendo vindo a óbito minutos após a admissão". Afirmou também que "segue rigorosos protocolos de segurança na atenção a todos os pacientes”.

Confira a nota na íntegra:

“O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) informa que o paciente Valdemar Matias da Silva deu entrada na unidade no dia 29/02/2024, em transporte do Samu, oriundo de Pontalina - GO.

No Hugol, foi atendido pela equipe multidisciplinar da unidade e recebeu toda assistência médica necessária, tendo vindo a óbito minutos após a admissão. O Hugol reforça que segue rigorosos protocolos de segurança na atenção a todos os pacientes. A unidade segue à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 23 Fevereiro 2024 16:43

CLIPPING AHPACEG 23/02/24

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Projeto traz novas exigências para operadoras e seguradoras no ramo saúde

Unimed, Notredame e Bradesco Saúde: 3 gigantes dos convênios se unem e cravam fim de serviço aclamado

Hospital Inteligente: São Cristóvão Saúde aposta em tecnologia para salvar vidas

Judicialização da saúde: número de processos é maior que o de médicos no Brasil

CQCS - CENTRO DE QUALIFICAÇÃO DO CORRETOR DE SEGUROS

Projeto traz novas exigências para operadoras e seguradoras no ramo saúde


O senador Wilder Morais (PL-GO) apresentou projeto de lei que obriga operadoras e seguradoras a comunicarem "de modo individualizado" o descredenciamento ou substituição de prestador de serviço de saúde. Segundo a proposta, essa comunicação deve ser feita por meio de canal de comunicação eletrônico indicado pelo próprio consumidor.

Na ausência de indicação de canal de comunicação eletrônico por parte do consumidor, a operadora adotará meio de comunicação individual que permita a comprovação do recebimento da mensagem pelo destinatário.

Segundo o senador, o descredenciamento de hospital ou outro prestador de serviço da rede de atendimento de uma operadora de planos de saúde é "motivo frequente de insatisfação dos consumidores", e vem resultado em demandas judiciais. "Tanto a Lei dos Planos de Saúde (9.656/98), quanto diversas resoluções normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) disciplinam a matéria, que, não obstante, permanece sem uma regulação satisfatória que atenda aos interesses dos beneficiários dos planos", sublinha o parlamentar.

Ele lembra que, embora a ANS exija que operadora substitua o hospital descredenciado por outro equivalente, além de comunicar essa substituição ao consumidor com 30 dias de antecedência, o que ocorre na prática é que o beneficiário vem sendo surpreendido pela notícia da indisponibilidade de determinado prestador de serviço de saúde nos piores momentos possíveis, seja durante uma internação hospitalar, seja por ocasião de uma demanda de atendimento urgente. "O consumidor, já fragilizado pela doença que provocou a busca pelo serviço de saúde, fica muitas vezes desnorteado diante da impossibilidade de ser atendido no local onde já está habituado ou pelo profissional em que confia", frisa o senador.

Ele acrescenta ainda que elaborou a proposta com o objetivo de "corrigir o problema e evitar uma profusão de ações judiciais e tentar compensar a enorme assimetria da relação entre consumidores e operadoras de planos de saúde".

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TV O FOCO

Unimed, Notredame e Bradesco Saúde: 3 gigantes dos convênios se unem e cravam fim de serviço aclamado


Unimed, Notredame e Bradesco Saúde cancelaram planos de saúde empresarial

Nesta sexta-feira, 23, você irá saber sobre o fim de um serviço aclamado dos convênios Unimed, Notredame e Bradesco Saúde, que ocorreram no ano passado.

Desde o ano passado, as três gigantes dos convênios passaram a cancelar os planos de saúde empresariais de milhares de clientes.

Primeiramente, vamos começar com a situação envolvendo o Bradesco Saúde, que ocorreu em maio de ano passado.

Desde abril do ano passado, o gabinete da deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP) recebe denúncias sobre os cancelamentos.

O Bradesco Saúde teve 5% dos casos de ocorrências, segundo informações da Folha de S.Paulo.

Na época, os clientes chegaram a receber avisos sobre o cancelamento dos planos de saúde.

As operadoras afirmar estar dentro da lei, uma vez que a rescisão unilateral está prevista em contrato. A posição é compartilhada pela própria ANS.

No entanto, advogados e autoridades olham a prática como uma possível forma de "limpar" a base dos clientes mais custosos.

A Unimed Nacional tornou-se um dos principais convênios que optou por cancelar os planos empresárias.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a Unimed Nacional teria 90% das denúncias.

Entre janeiro e maio, cerca de 2.200 contratos de planos de saúde com empresas foram cancelados pela operadora.

O cancelamento atingiu cerca de 10 mil usuários entre janeiro e maio do ano passado.

Por meio de nota, a empresa reforçou que a rescisão de contratos dos planos coletivos da operadora, de porte PME ou coletivos por adesão, está regulamentada pela ANS .

O motivo das rescisões, segundo a Unimed Nacional, é a ausência de conveniência da manutenção do contrato.

MAIS SOBRE O ASSUNTO


Por fim, a NotreDame Intermédica também emitiu avisos prévios sobre o cancelamento dos planos de saúde empresariais.

A justificativa para a rescisão unilateral dos contratos é o "desinteresse desta operadora na continuidade da prestação de serviços médicos e hospitalares".

De acordo com o portal Elton Fernandes, a NotreDame Intermédica possuí 60 dias para informar os clientes sobre o cancelamento. Foram mais de 2 mil convênios afetados.

PARA QUE SERVE OS PLANOS DE SAÚDE?

Os planos de saúde geralmente oferecem uma gama abrangente de cobertura para vários tratamentos e procedimentos médicos. Isso inclui consultas de rotina, exames laboratoriais, cirurgias, terapias e internações hospitalares.

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REVISTA HOSPITAIS BRASIL - ONLINE

Hospital Inteligente: São Cristóvão Saúde aposta em tecnologia para salvar vidas


Os hospitais necessitam continuamente gerar e coletar dados. Antigamente, tudo era armazenado em arquivos de papel: desde histórico do paciente até consultas e resultados de exames e laboratórios. Hoje, além de possuírem todas as informações necessárias registradas no sistema de saúde, a tecnologia aplicada se estende também a dados e insights de IA, utilizados por hospitais inteligentes de modo a facilitar a tomada de decisões em cada estágio do atendimento ao paciente, além de otimizar os processos.

De acordo com o o Presidente/CEO do Grupo São Cristóvão Saúde e Presidente da Santa Casa de Francisco Morato, Engº Valdir Pereira Ventura, "a velocidade das inovações tecnológicas é muito grande e oferece inúmeras oportunidades para melhorar a qualidade do atendimento, considerando ainda a constante preocupação com a segurança cibernética, a proteção dos dados coletados e das informações sensíveis aos ataques digitais".

Desse modo, o líder do São Cristóvão Saúde reforça seu compromisso em investir em novas tecnologias: "Temos aperfeiçoado a conectividade e interoperabilidade dos sistemas, avançando em protocolos com apoio à decisão clínica e cada vez mais automatizados. Investimos fortemente na Telemedicina, pois entendemos que é um caminho muito eficiente para fazer o monitoramento dos nossos pacientes", complementa Ventura.

Benefícios da tecnologia no cotidiano hospitalar

De acordo com a diretora de tecnologia e inovação do São Cristóvão Saúde, Patrícia Hatae, o papel da tecnologia na saúde é preciso e inspirador, revolucionando a forma de como cuidamos da saúde, tanto em termos de prevenção quanto de tratamento. "A capacidade de monitorar indicadores e obter insights valiosos a partir de dados é crucial para a tomada de decisões mais assertivas. Isso se traduz em diagnósticos mais precisos, planos de tratamento personalizados e, consequentemente, melhores resultados para os pacientes. Como o exemplo do uso da Inteligência Artificial (IA), uma aliada poderosa nesse processo, é possível a análise de grandes volumes de dados de forma rápida e eficiente, como na identificação de padrões e a previsão de riscos, o que contribui para a prevenção de doenças e a otimização dos recursos disponíveis".

Outro ponto importante destacado por Patrícia Hatae é a necessidade de engajamento de todos os atores da cadeia de saúde para que os benefícios da tecnologia sejam maximizados, incluindo profissionais de saúde, gestores, pacientes e fornecedores de software, indústria farmacêutica, entre outros. "É fundamental que haja um esforço conjunto para garantir que as tecnologias sejam utilizadas de forma eficaz e ética, sempre com foco no bem-estar do paciente", reforça Hatae. Segundo a especialista, a educação e o treinamento dos profissionais de saúde são essenciais nesse processo, assim como a criação de ações que incentivem a inovação e o acesso às novas tecnologias, tornando-as mais eficientes, personalizada e acessíveis para todos. "Através da colaboração e do uso responsável das ferramentas disponíveis, podemos construir um futuro mais saudável para a sociedade como um todo", reforça Patrícia.

Outro aspecto da tecnologia são os grandes efeitos de sustentabilidade, tanto operacionalmente quanto financeiramente. "Um bom exemplo disso é a redução do consumo de energia gerada pelo aumento da eficiência de processos e automatização das tarefas, considerando que a medicina de ponta orientada ao paciente é usualmente associada a um altíssimo consumo de energia", destaca o CEO Valdir Ventura.

Em sua busca contínua pela excelência e qualidade no atendimento aos beneficiários, além do desejo em proporcionar todo o suporte ao corpo clínico durante o atendimento ao público, a instituição anunciou recentemente o lançamento de mais um recurso, destinado aos médicos do São Cristóvão - o Portal Médico São Cristóvão Saúde. "Em uma era onde a tecnologia e a medicina estão intrinsecamente ligadas, a implementação deste portal reafirma nosso compromisso com a inovação e a melhoria contínua. A plataforma, projetada para ser web responsiva, não só oferece uma interface amigável e intuitiva, mas também otimiza processos, economiza tempo e amplia os horizontes da prática médica dentro do São Cristóvão Saúde", finaliza Patrícia Hatae.

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MEDICINA SA

Judicialização da saúde: número de processos é maior que o de médicos no Brasil


A judicialização da saúde no Brasil configura-se como um tema complexo e multifacetado, que desafia o sistema de saúde e as relações entre pacientes, médicos e o Poder Judiciário. De acordo com a pesquisa elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), junto a outras instituições, atualmente, o Brasil possui 573.750 processos para um total de 562.206 médicos distribuídos no País. Ou seja, a média de processos por médico é de 1,02. Considerando a média por mil habitantes, o número é de 2,59.

Entre 2021 e 2022, houve aumento de 19% de processos sobre saúde. Já nos últimos nove anos, o aumento se divide entre a primeira instância, em que o número de processos de saúde subiu 198% e o de processos gerais caiu 6%; e segunda instância, em que a quantidade de processos de saúde cresceu 85% e a de processos gerais diminuiu 32%.

O estudo também aponta que a Região Sul é a que possui o maior número de processos por mil habitantes, com 5,11. Em seguida, estão as Regiões Sudeste (3,12), Centro-Oeste (2,72), Nordeste (1,85) e a Norte (0,80). Quando se leva em conta os estados que concentram o maior número de processos, aparecem São Paulo (133.500), Rio Grande do Sul (83.710), Minas Gerais (50.520), Rio de Janeiro (33.750) e Bahia (27.330).

Por fim, quando se analisa as especialidades médicas com o maior número de processos no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ao contrário do que o senso comum possa imaginar, Cirurgia Plástica ocupa apenas o terceiro lugar, com 7% dos processos, sendo que Ginecologia e Obstetrícia (42,60%) e Traumatologia e Ortopedia (15,91%) ocupam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente.

Diversos fatores contribuem para essa situação: falta de acesso a medicamentos, dificuldades no acesso a especialistas e a serviços especializados e negativas de coberturas por planos de saúde. O presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, ressalta que "a medicina é uma ciência complexa que demanda confiança mútua, diálogo aberto e colaboração para alcançar os melhores resultados de saúde. No entanto, quando essa relação é obscurecida pelo viés consumista, corre-se o risco de minar a confiança e a autonomia do médico, bem como comprometer a eficácia do tratamento".

Canal ainda afirma que é preocupante observar o crescente fenômeno da judicialização da medicina no Brasil: "essa tendência não apenas sobrecarrega nosso sistema judiciário, mas também impacta negativamente a relação médico-paciente, que é primordial em qualquer atendimento. Isso se deve, principalmente, ao fato de que o paciente se tornou consumidor".

Além disso, o presidente da Anadem reforça que é fundamental encontrar um equilíbrio entre o direito legítimo do paciente de buscar reparação em casos de suposto erro médico e a necessidade de preservar a autonomia e a integridade da prática médica. "O aumento dos processos por suposto erro médico impulsiona, também, a chamada medicina defensiva, na qual os profissionais de saúde adotam medidas excessivamente cautelosas, com solicitações de exames e procedimentos além do necessário".

Por fim, Raul Canal alerta que esse aumento da demanda judicial sobrecarrega o sistema judiciário e impacta negativamente a gestão do SUS, desviando recursos de ações de saúde preventiva e atenção básica. "Essa prática sobrecarrega tanto o sistema de saúde público quanto o suplementar, ao aumentar os custos, comprometer a eficiência do atendimento e, por consequência, prejudicar a acessibilidade aos serviços de saúde".

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Assessoria de Comunicação

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