Segunda, 04 Dezembro 2023 08:54

Associado Hospital São Francisco de Assis é ONA 2

Escrito por

HSFA

Nosso associado Hospital São Francisco de Assis acaba de conquistar a certificação ONA 2 – Acreditado Pleno, o que atesta que a instituição, além de atender aos critérios de segurança definidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades.

Essa conquista reforça o compromisso do Hospital São Francisco de Assis com a qualidade e a segurança dos serviços prestados aos pacientes, colocando em prática esses dois pilares da rede Ahpaceg.

Parabéns a todos do Hospital São Francisco de Assis pela conquista, que é fruto da boa gestão e do engajamento de toda a equipe.

#ahpaceg #acreditaçãoONA

Segunda, 04 Dezembro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 02 A 04/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo

Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

O GLOBO ONLINE

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo


O Ministério da Saúde tem enfrentado resistência de estados e municípios para colocar em prática o compromisso de fechar as portas de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, estruturas que recebem pessoas com distúrbios mentais e dependentes químicos. Enquanto a pasta comandada por Nísia Trindade investe em alternativas, o modelo, considerado retrógrado por especialistas e entidades de psiquiatria, segue recebendo financiamento público das administrações locais. Segundo levantamento do GLOBO, hoje, a abordagem recebe recursos de todos os estados e do Distrito Federal.

O modelo também tem apoio de prefeituras. No fim de novembro, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em uma rede social ter determinado à Secretaria Municipal de Saúde que preparasse uma proposta para "implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas". A decisão do prefeito vai na contramão da legislação atual, que prevê a internação compulsória para tratamento de saúde apenas em caso de decisão médica, não podendo ser imposta por agentes estatais. Outra possibilidade é se a pessoa estiver cometendo algum delito. Nesses casos, o abrigamento é uma medida socioassistencial, excepcional, temporária e voluntária. A postagem de Paes foi respondida pelo Ministério Público Federal, que enviou uma nota técnica ao prefeito destacando que a proposta é inconstitucional e traduz uma medida higienista, além de ser contra a dignidade do ser humano. Questionada, a Prefeitura não respondeu se a medida será mesmo implementada.

Entre os locais onde as internações ocorrem estão as comunidades terapêuticas, geralmente localizadas em sítios ou fazendas na zona rural. O tratamento costuma ser baseado na abstinência e trabalho forçado, com a internação podendo durar até seis meses. Segundo estimativas da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), cerca de 5 mil unidades funcionam no país, que contam com financiamento público para se manter.

Como estão fora da alçada da Saúde, esses centros não precisam passar pelo controle, fiscalização e análise do SUS. Também não é obrigatória a atuação de profissionais de saúde nesses locais.

O compromisso de reduzir a quantidade dessas instituições e ampliar políticas de saúde mental alinhadas aos princípios da reforma psiquiátrica foi firmado pela ministra assim que assumiu o cargo, ao criar o Departamento de Saúde Mental. Neste ano, o órgão ampliou em 27% os investimentos na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 2023 e construiu novos CAPs, modelo que prevê tratamento sem retirada do cotidiano.

Desde que foi aprovada em 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica estruturou a política de saúde mental no Brasil com base no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e no desenvolvimento da Raps, que oferece cuidados interdisciplinares, em liberdade e próximo da residência de quem recebe esses cuidados.

- Com tantas opções que temos atualmente, não cabe mais recorrer a um modelo que promove a exclusão do paciente. É importante ressaltar que hoje em dia já existem leitos na Raps e em hospitais gerais - afirma o psiquiatra e ex-gestor de Saúde Mental do SUS-DF, Augusto Cesar Costa. De acordo com a pasta, apesar da coexistência dos dois modelos, gestores municipais têm se mostrado empenhados em ampliar o número de CAPs. "Só no ano em curso, já foram habilitados 42 novos CAPS, 55 Serviços Residenciais Terapêuticos, quatro Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospital geral. Esses serviços foram solicitados por gestores municipais que, a partir de um diagnóstico de situação em saúde, constataram a necessidade de implantar novas modalidades assistenciais", diz, em nota.

Hoje, o Brasil conta com 2.872 centros desse tipo, com unidades específicas voltadas apenas para crianças e adolescentes, dependentes químicos ou pessoas adultas com distúrbios psiquiátricos. A avaliação de pessoas do alto escalão do ministério é que o atual tamanho da Raps ainda não dá conta de todas as pessoas que precisam do atendimento em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, a coexistência das comunidades terapêuticas seria necessária para não sobrecarregar a rede. Para o próximo ano está prevista a abertura de 200 novos CAPs.

O próprio governo federal mantém uma política dúbia sobre o assunto e, enquanto o Ministério da Saúde se propõe a acabar com tratamentos baseados na internação e no isolamento, o Ministério do Desenvolvimento Social segue investindo em comunidades terapêuticas. Das estimadas 5 mil unidades no Brasil, 602 são financiadas pela pasta.

São 14.982 vagas pagas ao redor do país, e esse número deve aumentar: em agosto, uma portaria assinada pelo ministro Wellington Dias autoriza a ampliação do número nos próximos três anos.

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Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual


O Hospital do Rim, em São Paulo, é líder mundial em transplantes renais. O centro de excelência foi fundado em 1998, pela Fundação Oswaldo Ramos, e completou 25 anos no dia 12 de setembro de 2023. Ao longo desse período, foram feitos mais de 19 mil transplantes, dos quais 90% foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).: Desse total, 6% foram feitos em crianças e 15% em pacientes com mais de 60 anos.

-- Pessoas de todos os estados brasileiros já foram transplantadas aqui. Recebemos pacientes do Brasil inteiro -- conta o nefrologista José Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim e professor da Escola Paulista de Medicina. O hospital é pioneiro na aplicação de conceitos da produção industrial na assistência à saúde, que é a produção em larga escala do procedimento, com a repetição do mesmo processo. Por exemplo, existe a equipe especializada em fazer a coleta do órgão, a especializada em fazer o transplante e assim em diante. Isso permitiu não apenas o alto número de transplantes - cerca de 900 por ano - como uma alta taxa de sucesso.

-- Há 25 anos, quando abrimos, a chance de um transplante dar certo depois de um ano era de 77%. Agora, é 92% -- pontua Pestana.

Além do aumento na taxa de sucesso, ao desse um quarto de século, houve uma mudança importante no perfil dos doadores. Segundo o diretor, nos primórdios, 70% dos órgãos doados vinham de doadores vivos. Hoje, 80% são de doadores falecidos, o que evita que uma pessoa viva e saudável seja submetida ao procedimento. -- Investimos bastante na captação de órgão. Temos uma equipe que trabalha com os hospitais comunitários. Quando há um possível doador, somos notificados, abordamos a família e, se ela autorizar, o órgão é captado. Quando começamos, apenas 20% das famílias autorizavam a doação. Hoje, 70% autorizam. Quanto mais transplante, maior o número de pessoas transplantadas que se beneficiou e isso incentiva ainda mais a doação porque as pessoas passam a conhecer algum desses beneficiários -- afirma o médico.

Embora os transplantes sejam o carro-chefe, o hospital também oferece serviços de hemodiálise, hemodinâmica, telessaúde e realiza procedimentos urológicos para ajudar no atendimento de pacientes do sistema público de saúde.:

Ensino e pesquisa O Hospital do Rim também é líder em ensino e referência em pesquisa. Além de receber profissionais e formar profissionais que atuam na África, Europa, Estados Unidos e América Latina, durante a pandemia, foi a instituição que mais publicou artigos científicos sobre Covid no Brasil, com 49 artigos em periódicos internacionais.

Devido ao alto número de transplantes, o hospital participa de toda pesquisa internacional de novas drogas de imunossupressão para evitar rejeição.

-- A nossa visão para o futuro é que outras áreas da saúde apliquem esse conceito de produção em larga escala para atender um número maior de pessoas, com qualidade e melhoria sistemática -- conclui Pestana.

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MEDICINA S/A

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla


De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla atualmente no país. Em todo o mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2,8 milhões de pessoas tenham diagnóstico da doença, uma das principais causas de incapacidade neurológica em jovens. Diante do cenário, a rede Americas acaba de inaugurar um centro voltado para o diagnóstico, acompanhamento, além das terapias medicamentosas para a doença.

Apesar de ser um problema crônico e incurável, há tratamento disponível para o controle dos sintomas, que confere maior qualidade de vida e independência. Felipe da Rocha Schmidt, coordenador do serviço de neurologia dos Hospitais Vitória e Samaritano da Barra da Tijuca, da rede Americas, esclarece que a EM é uma doença inflamatória, imunomediada, em que as próprias células de defesa do organismo atacam o Sistema Nervoso Central (SNC), com o desenvolvimento de lesões cerebrais, em nervo óptico e na medula espinhal.

" O fato do Instituto ser integrado aos Hospitais Vitória e Samaritano Barra também viabiliza o acompanhamento dos casos com necessidade de internação hospitalar, seja para tratamentos mais complexos, como transplante autólogo de células tronco, ou por outras intercorrências médicas".

O especialista explica, ainda, que a doença pode ser subdividida na forma Remitente- Recorrente, com os ataques frequentes de inflamação no sistema nervoso central (também chamados de "surtos") com o aparecimento agudo de sintomas neurológicos. Estes, duram dias até semanas com melhora parcial ou total mesmo sem tratamento. "O problema é que com a repetição desses episódios, as sequelas tendem a se acumular", destaca o especialista. O segundo subtipo é a forma progressiva, caracterizada por apresentação lenta de sintomas no decorrer de meses a anos, com incapacidade ao longo do tempo.

Dados epidemiológicos e perfil

Estima-se que no Brasil entre 40 e 100 mil pessoas possuam o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobre o perfil, os estudos indicam que a maior prevalência se concentra nas mulheres jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. "Um dos maiores problemas dessa doença é que afeta uma população jovem, com uma vida inteira pela frente. Pessoas que querem vínculos sociais, sucesso profissional, construir família. Com o diagnóstico precoce e os tratamentos atuais, todos esses planos seguem como possíveis", destaca o especialista.

E completa "Quanto mais precoce o início do tratamento, maior a chance de sucesso e menores serão as sequelas".

Causas da doença

Schmidt informa que a causa para a esclerose múltipla não é única, e que diversos fatores genéticos e ambientais podem contribuir. Vários genes já foram descritos como relacionados à doença, mas a ausência deles não garante que uma pessoa não vá ter, e nem a presença deles significa, necessariamente, que vá acontecer. "Não basta ser geneticamente predisposto, há uma série de fatores ambientais como infecções da infância, alimentação, exposição a substâncias, níveis de vitamina D, entre outros, poucos conhecidos, para o desenvolvimento da Esclerose".

Os baixos níveis de vitamina D, que ocorre mais frequentemente em regiões de pouca exposição solar do hemisfério Norte, por exemplo, estão relacionados a maior risco de desenvolvimento. Outro gatilho que parece ser fundamental é a infecção pelo vírus Epstein Barr (causador da mononucleose), uma vez que quase a totalidade dos pacientes com esclerose múltipla já tiveram contato com o vírus, mas é importante lembrar que mais de 95% da população brasileira adulta já teve contato com o vírus e a imensa maioria não desenvolve a doença. Estão sendo desenvolvidas vacinas contra o vírus Epstein Barr, com o objetivo de reduzir a taxa de infecção e, possivelmente, o desenvolvimento da esclerose múltipla.

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A REDAÇÃO

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Com a chegada das férias escolares, especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiás divulgaram esta semana uma série de orientações aos pais e responsáveis para evitar acidentes domésticos neste período em que as crianças passam mais tempo em casa. Segundo a ortopedista pediátrica e gerente médica do Hecad, Ingrid Araújo, é necessário redobrar a atenção a tudo que está no campo de visão da criança.
 
“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças até os nove anos no Brasil. O Hecad registrou, apenas em 2023, 4.295 atendimentos relacionados a quedas, ferimentos e queimaduras.
 
“Por isso, nós orientamos os responsáveis a evitar o contato de crianças com objetos pontiagudos e cortantes, mantendo esses utensílios em gavetas e armários mais altos, deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e com trava quando possível – porque a água pode ser um atrativo para a criança – e utilizar tapetes antiderrapantes na cozinha e no banheiro, onde o piso fica mais escorregadio”, ressalta a especialista.
 
Prazo de validade
Outro ponto importante é utilizar sempre as bocas de trás do fogão, dificultando o acesso das crianças ao fogo, e manter os cabos das panelas voltados para dentro. “É preciso tomar cuidado também com a utilização de toalhas de mesa, pois as crianças podem puxar e sofrer queimaduras caso tenha algum recipiente com alimentos quentes sobre a mesa ou cortes, em caso de recipientes de vidro, copos e taças”, lembra Ingrid Araújo.
 
Os especialistas orientam ainda que os pais confiram o prazo de validade e o estado de conservação das telas de proteção de apartamentos, que ficam expostas ao sol e à chuva e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm validade máxima de três anos. “Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma o médico.
 
A chegada das férias e a presença das crianças em casa por maiores períodos de tempo exigem também uma revisão nos locais onde são mantidos produtos de limpeza e medicamentos. “O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.
 
Pula-Pula
Neste ano, uma criança de seis anos perdeu a vida em um acidente ocorrido dentro de um pula-pula, no dia do seu aniversário. Segundo os especialistas do Hecad, acidentes no brinquedo são muito comuns e os pais precisam estar atentos à capacidade do pula-pula, intensidade das brincadeiras e separação das crianças por idade.
 
“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid Araújo. “A borda do pula-pula também deve ser coberta, para evitar que o pé da criança fique preso entre os espaços das molas”, diz a ortopedista pediátrica.

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AGÊNCIA BRASIL

Campanha alerta para riscos do glaucoma e importância da prevenção

Nova Notícias

04 de dezembro de 2023

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Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem for aos cinemas de 125 cidades do Brasil assistirá a filme de 29 segundos com alerta sobre os riscos do glaucoma, causa mais comum da cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) quer mostrar a importância dos exames preventivos com oftalmologista.

A ideia da campanha nos cinemas é mostrar o que pode se perder ao deixar a doença avançar. "Infelizmente, no glaucoma a perda de visão é definitiva. No cinema, que é uma arte tão querida por todos, onde vemos imagens belíssimas, o paciente com a visão ruim, não consegue aproveitar. Então quisemos chocar as pessoas. Quase 150 mil pessoas serão impactadas por essa ação e o objetivo é informar que existe essa doença e fazer com que as pessoas procurem o oftalmologista para iniciar o tratamento o mais cedo possível", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Roberto Galvão Filho.

Apesar de ser a mais comum causa de cegueira o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Segundo uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à SBG, com 1.636 indivíduos, 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença. As estimativas da SBG mostram que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença no país.

Segundo a SBG, no mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual moderada a grave devido ao glaucoma. Estima-se que 2040, o número de pessoas com glaucoma em todo o planeta chegará a 114 milhões. De 1% a 2% da população terá a doença. Quando se considera os indivíduos acima dos 70 anos, esse percentual sobe para 6% a 7%.

Os dados do dossiê elaborado pela SBG, indicam que em 2022 foram realizadas 10.805.942 consultas oftalmológicas pelo SUS, em todo o Brasil. Como o SUS atende 76% da população (24% têm cobertura de planos de saúde), o que corresponde a cerca de 163 milhões de brasileiros, o percentual de indivíduos que visitaram o oftalmologista uma vez por ano fica em torno de 6,7%.

"Por isso, os casos no Brasil são descobertos tão tarde. E o glaucoma descoberto tardiamente é mais difícil e mais caro para tratar. É quatro vezes mais caro tratar um glaucoma avançado do que um inicial. Além disso, os pacientes sofrem mais porque os defeitos visuais são irreversíveis. E isso implica em mais acidente de trânsito, mais quedas e mais custo para o estado", enfatizou Galvão.

Sintomas e tratamento

O glaucoma não tem cura, mas, com diagnóstico precoce, é possível conter o avanço da doença. Por isso, a consulta anual ao oftalmologista é tão importante. A doença afeta a visão das laterais para o centro do olho e por isso o indivíduo não percebe que há algo errado, podendo se dar conta apenas quando até 60% do nervo ótico já estiver destruído. "As pessoas simplesmente não percebem que a visão está sumindo. Elas só percebem quando começam a bater no carro, esbarrar nas pessoas, na lateral de móvel, isso quando o campo visual periférico está danificado", explicou.

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e normalmente é causada pelo aumento da pressão intraocular, que também passa desapercebida pelo paciente. "O glaucoma não tem sintomas, mas tem sinais. Quando eu vejo o paciente no consultório, um dos primeiros sinais de glaucoma é a pressão intraocular elevada". Outros aspectos que também podem ser observados em um exame no consultório são defeitos no nervo ótico e no fundo de olho, como aumento da escavação, sangramento e assimetrias de escavação. Ao notar esses sinais, o médico deve pedir exames mais detalhados.

Segundo o médico, o glaucoma não tem um tratamento específico e definitivo, e é muito difícil controlar, mas é possível estacionar a doença e a perda de campo visual. Além da pressão intraocular elevada, são fatores de risco o diabetes, a hipertensão arterial e miopia. Pessoas negras também precisam ficar atentas, pois têm maior predisposição a desenvolver o glaucoma. "Se a pessoa tem um desses fatores de risco presentes, precisa ir ao oftalmologista uma vez ao ano", disse Galvão.

O presidente da SBG enfatizou ainda que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS para pacientes de qualquer localidade do Brasil. "Se prescrito por um médico, o paciente tem a possibilidade de fazer o tratamento no SUS, incluindo desde os colírios que alguns estados até fornecem gratuitamente, até o tratamento com laser e cirurgias", finalizou.

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SES/GO

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

Estoques da Cemac JB e de outras sete unidades são disponibilizados na internet em tempo recorde; prazo máximo para estados cumprirem lei federal vai até fevereiro de 2024

Já está disponível no Portal Expresso o serviço on-line de consulta aos estoques da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) e de outras sete unidades do Governo de Goiás no interior. Trata-se de ferramenta disponibilizada inicialmente no site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) 15 dias após a publicação da lei federal que torna obrigatória a divulgação dos estoques das farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Goiás é um dos primeiros estados a oferecer a opção, alguns municípios e o Distrito Federal já contavam com sistema semelhante. O serviço on-line do Governo de Goiás permite que o usuário verifique os medicamentos disponíveis de forma totalizada ou por unidade, pelo nome, volume e gramatura. O secretário de Saúde, Sérgio Vencio, destaca que a novidade “evita o deslocamento do usuário até a unidade de atendimento, caso, naquele momento, o medicamento não esteja disponível”, explica. 

Sérgio Vencio também ressalta o trabalho integrado das equipes da Cemac JB e da Superintendência de Tecnologia e Inovação que permitiu à SES criar e ativar o sistema. Segundo o diretor-geral da Cemac JB, Roney Pereira, como todos os serviços da central estão informatizados, os dados ficaram disponíveis para consulta ao público em apenas 15 dias, no site da Secretaria de Saúde (www.saude.go.gov.br/estrutura/outras-unidades/cemac-juarezbarbosa) e, agora, no Portal Expresso (https://www.go.gov.br/). 

As informações apresentadas no Portal Expresso incluem os estoques das farmácias da Cemac JB, em Goiânia; Regional Pireneus, em Anápolis; e Policlínicas Estaduais de Posse, Formosa, Quirinópolis, Goianésia, São Luís de Montes Belos e cidade de Goiás. O acesso é intuitivo, ou seja, leva o usuário a encontrar facilmente as informações que procura. Ao entrar no Portal Expresso, o primeiro passo é procurar o serviço ‘Estoque de medicamentos’. Em seguida, selecionar ‘Consultar estoque de medicamentos de alto custo’. Por fim, clicar no botão ‘Acessar’. 

Caso o usuário não esteja cadastrado na Cemac JB ou em uma das unidades do interior que também fazem a dispensação do medicamento de alto custo, o Portal Expresso oferece o link ‘Solicitar abertura de processo ou alteração e/ou inclusão de medicamentos de alto custo’. E, ainda, ‘Solicitar renovação de processo para Medicamentos de Alto Custo’, se for o caso. As mesmas informações estão disponíveis na seção da Cemac JB no portal da SES-GO.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 04 Dezembro 2023 07:29

CLIPPING AHPACEG 02 A 04/12/23

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo

Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

O GLOBO ONLINE

Saúde mental: Estados e prefeituras ignoram política de tratamento do governo e seguem modelo antigo


O Ministério da Saúde tem enfrentado resistência de estados e municípios para colocar em prática o compromisso de fechar as portas de hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, estruturas que recebem pessoas com distúrbios mentais e dependentes químicos. Enquanto a pasta comandada por Nísia Trindade investe em alternativas, o modelo, considerado retrógrado por especialistas e entidades de psiquiatria, segue recebendo financiamento público das administrações locais. Segundo levantamento do GLOBO, hoje, a abordagem recebe recursos de todos os estados e do Distrito Federal.

O modelo também tem apoio de prefeituras. No fim de novembro, por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em uma rede social ter determinado à Secretaria Municipal de Saúde que preparasse uma proposta para "implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas". A decisão do prefeito vai na contramão da legislação atual, que prevê a internação compulsória para tratamento de saúde apenas em caso de decisão médica, não podendo ser imposta por agentes estatais. Outra possibilidade é se a pessoa estiver cometendo algum delito. Nesses casos, o abrigamento é uma medida socioassistencial, excepcional, temporária e voluntária. A postagem de Paes foi respondida pelo Ministério Público Federal, que enviou uma nota técnica ao prefeito destacando que a proposta é inconstitucional e traduz uma medida higienista, além de ser contra a dignidade do ser humano. Questionada, a Prefeitura não respondeu se a medida será mesmo implementada.

Entre os locais onde as internações ocorrem estão as comunidades terapêuticas, geralmente localizadas em sítios ou fazendas na zona rural. O tratamento costuma ser baseado na abstinência e trabalho forçado, com a internação podendo durar até seis meses. Segundo estimativas da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract), cerca de 5 mil unidades funcionam no país, que contam com financiamento público para se manter.

Como estão fora da alçada da Saúde, esses centros não precisam passar pelo controle, fiscalização e análise do SUS. Também não é obrigatória a atuação de profissionais de saúde nesses locais.

O compromisso de reduzir a quantidade dessas instituições e ampliar políticas de saúde mental alinhadas aos princípios da reforma psiquiátrica foi firmado pela ministra assim que assumiu o cargo, ao criar o Departamento de Saúde Mental. Neste ano, o órgão ampliou em 27% os investimentos na Rede de Atenção Psicossocial (Raps) em 2023 e construiu novos CAPs, modelo que prevê tratamento sem retirada do cotidiano.

Desde que foi aprovada em 2001, a Lei da Reforma Psiquiátrica estruturou a política de saúde mental no Brasil com base no fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e no desenvolvimento da Raps, que oferece cuidados interdisciplinares, em liberdade e próximo da residência de quem recebe esses cuidados.

- Com tantas opções que temos atualmente, não cabe mais recorrer a um modelo que promove a exclusão do paciente. É importante ressaltar que hoje em dia já existem leitos na Raps e em hospitais gerais - afirma o psiquiatra e ex-gestor de Saúde Mental do SUS-DF, Augusto Cesar Costa. De acordo com a pasta, apesar da coexistência dos dois modelos, gestores municipais têm se mostrado empenhados em ampliar o número de CAPs. "Só no ano em curso, já foram habilitados 42 novos CAPS, 55 Serviços Residenciais Terapêuticos, quatro Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospital geral. Esses serviços foram solicitados por gestores municipais que, a partir de um diagnóstico de situação em saúde, constataram a necessidade de implantar novas modalidades assistenciais", diz, em nota.

Hoje, o Brasil conta com 2.872 centros desse tipo, com unidades específicas voltadas apenas para crianças e adolescentes, dependentes químicos ou pessoas adultas com distúrbios psiquiátricos. A avaliação de pessoas do alto escalão do ministério é que o atual tamanho da Raps ainda não dá conta de todas as pessoas que precisam do atendimento em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, a coexistência das comunidades terapêuticas seria necessária para não sobrecarregar a rede. Para o próximo ano está prevista a abertura de 200 novos CAPs.

O próprio governo federal mantém uma política dúbia sobre o assunto e, enquanto o Ministério da Saúde se propõe a acabar com tratamentos baseados na internação e no isolamento, o Ministério do Desenvolvimento Social segue investindo em comunidades terapêuticas. Das estimadas 5 mil unidades no Brasil, 602 são financiadas pela pasta.

São 14.982 vagas pagas ao redor do país, e esse número deve aumentar: em agosto, uma portaria assinada pelo ministro Wellington Dias autoriza a ampliação do número nos próximos três anos.

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Transplante renal: hospital que mais faz o procedimento no mundo fica no Brasil; saiba qual


O Hospital do Rim, em São Paulo, é líder mundial em transplantes renais. O centro de excelência foi fundado em 1998, pela Fundação Oswaldo Ramos, e completou 25 anos no dia 12 de setembro de 2023. Ao longo desse período, foram feitos mais de 19 mil transplantes, dos quais 90% foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).: Desse total, 6% foram feitos em crianças e 15% em pacientes com mais de 60 anos.

-- Pessoas de todos os estados brasileiros já foram transplantadas aqui. Recebemos pacientes do Brasil inteiro -- conta o nefrologista José Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim e professor da Escola Paulista de Medicina. O hospital é pioneiro na aplicação de conceitos da produção industrial na assistência à saúde, que é a produção em larga escala do procedimento, com a repetição do mesmo processo. Por exemplo, existe a equipe especializada em fazer a coleta do órgão, a especializada em fazer o transplante e assim em diante. Isso permitiu não apenas o alto número de transplantes - cerca de 900 por ano - como uma alta taxa de sucesso.

-- Há 25 anos, quando abrimos, a chance de um transplante dar certo depois de um ano era de 77%. Agora, é 92% -- pontua Pestana.

Além do aumento na taxa de sucesso, ao desse um quarto de século, houve uma mudança importante no perfil dos doadores. Segundo o diretor, nos primórdios, 70% dos órgãos doados vinham de doadores vivos. Hoje, 80% são de doadores falecidos, o que evita que uma pessoa viva e saudável seja submetida ao procedimento. -- Investimos bastante na captação de órgão. Temos uma equipe que trabalha com os hospitais comunitários. Quando há um possível doador, somos notificados, abordamos a família e, se ela autorizar, o órgão é captado. Quando começamos, apenas 20% das famílias autorizavam a doação. Hoje, 70% autorizam. Quanto mais transplante, maior o número de pessoas transplantadas que se beneficiou e isso incentiva ainda mais a doação porque as pessoas passam a conhecer algum desses beneficiários -- afirma o médico.

Embora os transplantes sejam o carro-chefe, o hospital também oferece serviços de hemodiálise, hemodinâmica, telessaúde e realiza procedimentos urológicos para ajudar no atendimento de pacientes do sistema público de saúde.:

Ensino e pesquisa O Hospital do Rim também é líder em ensino e referência em pesquisa. Além de receber profissionais e formar profissionais que atuam na África, Europa, Estados Unidos e América Latina, durante a pandemia, foi a instituição que mais publicou artigos científicos sobre Covid no Brasil, com 49 artigos em periódicos internacionais.

Devido ao alto número de transplantes, o hospital participa de toda pesquisa internacional de novas drogas de imunossupressão para evitar rejeição.

-- A nossa visão para o futuro é que outras áreas da saúde apliquem esse conceito de produção em larga escala para atender um número maior de pessoas, com qualidade e melhoria sistemática -- conclui Pestana.

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MEDICINA S/A

Rede Americas inaugura Centro de Esclerose Múltipla


De acordo com o Ministério da Saúde cerca de 40 mil pessoas vivem com esclerose múltipla atualmente no país. Em todo o mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2,8 milhões de pessoas tenham diagnóstico da doença, uma das principais causas de incapacidade neurológica em jovens. Diante do cenário, a rede Americas acaba de inaugurar um centro voltado para o diagnóstico, acompanhamento, além das terapias medicamentosas para a doença.

Apesar de ser um problema crônico e incurável, há tratamento disponível para o controle dos sintomas, que confere maior qualidade de vida e independência. Felipe da Rocha Schmidt, coordenador do serviço de neurologia dos Hospitais Vitória e Samaritano da Barra da Tijuca, da rede Americas, esclarece que a EM é uma doença inflamatória, imunomediada, em que as próprias células de defesa do organismo atacam o Sistema Nervoso Central (SNC), com o desenvolvimento de lesões cerebrais, em nervo óptico e na medula espinhal.

" O fato do Instituto ser integrado aos Hospitais Vitória e Samaritano Barra também viabiliza o acompanhamento dos casos com necessidade de internação hospitalar, seja para tratamentos mais complexos, como transplante autólogo de células tronco, ou por outras intercorrências médicas".

O especialista explica, ainda, que a doença pode ser subdividida na forma Remitente- Recorrente, com os ataques frequentes de inflamação no sistema nervoso central (também chamados de "surtos") com o aparecimento agudo de sintomas neurológicos. Estes, duram dias até semanas com melhora parcial ou total mesmo sem tratamento. "O problema é que com a repetição desses episódios, as sequelas tendem a se acumular", destaca o especialista. O segundo subtipo é a forma progressiva, caracterizada por apresentação lenta de sintomas no decorrer de meses a anos, com incapacidade ao longo do tempo.

Dados epidemiológicos e perfil

Estima-se que no Brasil entre 40 e 100 mil pessoas possuam o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Sobre o perfil, os estudos indicam que a maior prevalência se concentra nas mulheres jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. "Um dos maiores problemas dessa doença é que afeta uma população jovem, com uma vida inteira pela frente. Pessoas que querem vínculos sociais, sucesso profissional, construir família. Com o diagnóstico precoce e os tratamentos atuais, todos esses planos seguem como possíveis", destaca o especialista.

E completa "Quanto mais precoce o início do tratamento, maior a chance de sucesso e menores serão as sequelas".

Causas da doença

Schmidt informa que a causa para a esclerose múltipla não é única, e que diversos fatores genéticos e ambientais podem contribuir. Vários genes já foram descritos como relacionados à doença, mas a ausência deles não garante que uma pessoa não vá ter, e nem a presença deles significa, necessariamente, que vá acontecer. "Não basta ser geneticamente predisposto, há uma série de fatores ambientais como infecções da infância, alimentação, exposição a substâncias, níveis de vitamina D, entre outros, poucos conhecidos, para o desenvolvimento da Esclerose".

Os baixos níveis de vitamina D, que ocorre mais frequentemente em regiões de pouca exposição solar do hemisfério Norte, por exemplo, estão relacionados a maior risco de desenvolvimento. Outro gatilho que parece ser fundamental é a infecção pelo vírus Epstein Barr (causador da mononucleose), uma vez que quase a totalidade dos pacientes com esclerose múltipla já tiveram contato com o vírus, mas é importante lembrar que mais de 95% da população brasileira adulta já teve contato com o vírus e a imensa maioria não desenvolve a doença. Estão sendo desenvolvidas vacinas contra o vírus Epstein Barr, com o objetivo de reduzir a taxa de infecção e, possivelmente, o desenvolvimento da esclerose múltipla.

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A REDAÇÃO

Especialistas dão dicas para garantir segurança das crianças em casa

Com a chegada das férias escolares, especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) de Goiás divulgaram esta semana uma série de orientações aos pais e responsáveis para evitar acidentes domésticos neste período em que as crianças passam mais tempo em casa. Segundo a ortopedista pediátrica e gerente médica do Hecad, Ingrid Araújo, é necessário redobrar a atenção a tudo que está no campo de visão da criança.
 
“As crianças são curiosas e não têm a mesma percepção de perigo dos adultos. Por isso, podem se colocar em situações de risco e os pais precisam ter atenção a tudo o que está na altura do olhar das crianças, porque pode gerar curiosidade e criar a possibilidade de um acidente”, destaca a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes são a principal causa de morte de crianças até os nove anos no Brasil. O Hecad registrou, apenas em 2023, 4.295 atendimentos relacionados a quedas, ferimentos e queimaduras.
 
“Por isso, nós orientamos os responsáveis a evitar o contato de crianças com objetos pontiagudos e cortantes, mantendo esses utensílios em gavetas e armários mais altos, deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada e com trava quando possível – porque a água pode ser um atrativo para a criança – e utilizar tapetes antiderrapantes na cozinha e no banheiro, onde o piso fica mais escorregadio”, ressalta a especialista.
 
Prazo de validade
Outro ponto importante é utilizar sempre as bocas de trás do fogão, dificultando o acesso das crianças ao fogo, e manter os cabos das panelas voltados para dentro. “É preciso tomar cuidado também com a utilização de toalhas de mesa, pois as crianças podem puxar e sofrer queimaduras caso tenha algum recipiente com alimentos quentes sobre a mesa ou cortes, em caso de recipientes de vidro, copos e taças”, lembra Ingrid Araújo.
 
Os especialistas orientam ainda que os pais confiram o prazo de validade e o estado de conservação das telas de proteção de apartamentos, que ficam expostas ao sol e à chuva e podem comprometer a segurança das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os equipamentos de proteção têm validade máxima de três anos. “Outra dica que vale ser lembrada é só permitir o acesso das crianças a ambientes com piscina quando houver a supervisão de um adulto”, afirma o médico.
 
A chegada das férias e a presença das crianças em casa por maiores períodos de tempo exigem também uma revisão nos locais onde são mantidos produtos de limpeza e medicamentos. “O ideal é que esses produtos estejam fora do alcance das crianças, em locais de difícil acesso. A proteção das tomadas, pontas de mesas e móveis pontiagudos também é uma medida muito válida para evitar acidentes domésticos”, conta o pediatra André Resende.
 
Pula-Pula
Neste ano, uma criança de seis anos perdeu a vida em um acidente ocorrido dentro de um pula-pula, no dia do seu aniversário. Segundo os especialistas do Hecad, acidentes no brinquedo são muito comuns e os pais precisam estar atentos à capacidade do pula-pula, intensidade das brincadeiras e separação das crianças por idade.
 
“O pula-pula está sempre presente, seja em reuniões familiares, confraternizações, bares, restaurantes ou festas de aniversário. É muito importante que os pais permitam no máximo três crianças por vez no mesmo brinquedo e que essas crianças sejam da mesma idade e peso semelhante porque elas serão impulsionadas durante a brincadeira”, orienta Ingrid Araújo. “A borda do pula-pula também deve ser coberta, para evitar que o pé da criança fique preso entre os espaços das molas”, diz a ortopedista pediátrica.

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AGÊNCIA BRASIL

Campanha alerta para riscos do glaucoma e importância da prevenção

Nova Notícias

04 de dezembro de 2023

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Entre os dias 7 e 15 de dezembro, quem for aos cinemas de 125 cidades do Brasil assistirá a filme de 29 segundos com alerta sobre os riscos do glaucoma, causa mais comum da cegueira irreversível no mundo. A campanha da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) quer mostrar a importância dos exames preventivos com oftalmologista.

A ideia da campanha nos cinemas é mostrar o que pode se perder ao deixar a doença avançar. "Infelizmente, no glaucoma a perda de visão é definitiva. No cinema, que é uma arte tão querida por todos, onde vemos imagens belíssimas, o paciente com a visão ruim, não consegue aproveitar. Então quisemos chocar as pessoas. Quase 150 mil pessoas serão impactadas por essa ação e o objetivo é informar que existe essa doença e fazer com que as pessoas procurem o oftalmologista para iniciar o tratamento o mais cedo possível", disse o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Roberto Galvão Filho.

Apesar de ser a mais comum causa de cegueira o glaucoma ainda é desconhecido por grande parte da população. Segundo uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à SBG, com 1.636 indivíduos, 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença. As estimativas da SBG mostram que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença no país.

Segundo a SBG, no mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de indivíduos com deficiência visual moderada a grave devido ao glaucoma. Estima-se que 2040, o número de pessoas com glaucoma em todo o planeta chegará a 114 milhões. De 1% a 2% da população terá a doença. Quando se considera os indivíduos acima dos 70 anos, esse percentual sobe para 6% a 7%.

Os dados do dossiê elaborado pela SBG, indicam que em 2022 foram realizadas 10.805.942 consultas oftalmológicas pelo SUS, em todo o Brasil. Como o SUS atende 76% da população (24% têm cobertura de planos de saúde), o que corresponde a cerca de 163 milhões de brasileiros, o percentual de indivíduos que visitaram o oftalmologista uma vez por ano fica em torno de 6,7%.

"Por isso, os casos no Brasil são descobertos tão tarde. E o glaucoma descoberto tardiamente é mais difícil e mais caro para tratar. É quatro vezes mais caro tratar um glaucoma avançado do que um inicial. Além disso, os pacientes sofrem mais porque os defeitos visuais são irreversíveis. E isso implica em mais acidente de trânsito, mais quedas e mais custo para o estado", enfatizou Galvão.

Sintomas e tratamento

O glaucoma não tem cura, mas, com diagnóstico precoce, é possível conter o avanço da doença. Por isso, a consulta anual ao oftalmologista é tão importante. A doença afeta a visão das laterais para o centro do olho e por isso o indivíduo não percebe que há algo errado, podendo se dar conta apenas quando até 60% do nervo ótico já estiver destruído. "As pessoas simplesmente não percebem que a visão está sumindo. Elas só percebem quando começam a bater no carro, esbarrar nas pessoas, na lateral de móvel, isso quando o campo visual periférico está danificado", explicou.

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade e normalmente é causada pelo aumento da pressão intraocular, que também passa desapercebida pelo paciente. "O glaucoma não tem sintomas, mas tem sinais. Quando eu vejo o paciente no consultório, um dos primeiros sinais de glaucoma é a pressão intraocular elevada". Outros aspectos que também podem ser observados em um exame no consultório são defeitos no nervo ótico e no fundo de olho, como aumento da escavação, sangramento e assimetrias de escavação. Ao notar esses sinais, o médico deve pedir exames mais detalhados.

Segundo o médico, o glaucoma não tem um tratamento específico e definitivo, e é muito difícil controlar, mas é possível estacionar a doença e a perda de campo visual. Além da pressão intraocular elevada, são fatores de risco o diabetes, a hipertensão arterial e miopia. Pessoas negras também precisam ficar atentas, pois têm maior predisposição a desenvolver o glaucoma. "Se a pessoa tem um desses fatores de risco presentes, precisa ir ao oftalmologista uma vez ao ano", disse Galvão.

O presidente da SBG enfatizou ainda que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS para pacientes de qualquer localidade do Brasil. "Se prescrito por um médico, o paciente tem a possibilidade de fazer o tratamento no SUS, incluindo desde os colírios que alguns estados até fornecem gratuitamente, até o tratamento com laser e cirurgias", finalizou.

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SES/GO

Saúde cria serviço de consulta on-line a medicamentos do Juarez Barbosa

Estoques da Cemac JB e de outras sete unidades são disponibilizados na internet em tempo recorde; prazo máximo para estados cumprirem lei federal vai até fevereiro de 2024

Já está disponível no Portal Expresso o serviço on-line de consulta aos estoques da Central Estadual de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) e de outras sete unidades do Governo de Goiás no interior. Trata-se de ferramenta disponibilizada inicialmente no site da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) 15 dias após a publicação da lei federal que torna obrigatória a divulgação dos estoques das farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Goiás é um dos primeiros estados a oferecer a opção, alguns municípios e o Distrito Federal já contavam com sistema semelhante. O serviço on-line do Governo de Goiás permite que o usuário verifique os medicamentos disponíveis de forma totalizada ou por unidade, pelo nome, volume e gramatura. O secretário de Saúde, Sérgio Vencio, destaca que a novidade “evita o deslocamento do usuário até a unidade de atendimento, caso, naquele momento, o medicamento não esteja disponível”, explica. 

Sérgio Vencio também ressalta o trabalho integrado das equipes da Cemac JB e da Superintendência de Tecnologia e Inovação que permitiu à SES criar e ativar o sistema. Segundo o diretor-geral da Cemac JB, Roney Pereira, como todos os serviços da central estão informatizados, os dados ficaram disponíveis para consulta ao público em apenas 15 dias, no site da Secretaria de Saúde (www.saude.go.gov.br/estrutura/outras-unidades/cemac-juarezbarbosa) e, agora, no Portal Expresso (https://www.go.gov.br/). 

As informações apresentadas no Portal Expresso incluem os estoques das farmácias da Cemac JB, em Goiânia; Regional Pireneus, em Anápolis; e Policlínicas Estaduais de Posse, Formosa, Quirinópolis, Goianésia, São Luís de Montes Belos e cidade de Goiás. O acesso é intuitivo, ou seja, leva o usuário a encontrar facilmente as informações que procura. Ao entrar no Portal Expresso, o primeiro passo é procurar o serviço ‘Estoque de medicamentos’. Em seguida, selecionar ‘Consultar estoque de medicamentos de alto custo’. Por fim, clicar no botão ‘Acessar’. 

Caso o usuário não esteja cadastrado na Cemac JB ou em uma das unidades do interior que também fazem a dispensação do medicamento de alto custo, o Portal Expresso oferece o link ‘Solicitar abertura de processo ou alteração e/ou inclusão de medicamentos de alto custo’. E, ainda, ‘Solicitar renovação de processo para Medicamentos de Alto Custo’, se for o caso. As mesmas informações estão disponíveis na seção da Cemac JB no portal da SES-GO.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 01 Dezembro 2023 06:09

CLIPPING AHPACEG 01/12/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Luta contra a Aids: saiba até onde a ciência já avançou no combate ao HIV

'É muito preocupante o aumento de casos de HIV em jovens com a combinação sexo, álcool e drogas', diz infectologista

Mãe perde útero após parto a vácuo e filha sofre sequelas depois de 14 minutos sem respirar: 'vai vegetar pelo resto da vida'

48% dos profissionais com menos de 30 anos correm mais risco de sofrer com burnout, diz pesquisa

No próximo sábado, SBD-GO vai promover mutirão de atendimento da campanha Dezembro Laranja/Prevenção do Câncer de Pele

CNN BRASIL

Luta contra a Aids: saiba até onde a ciência já avançou no combate ao HIV


Depois de mais de 40 anos do início da pandemia de HIV no mundo, a tecnologia e a ciência avançaram ao ponto de assegurar diversas formas de prevenção ao vírus e tratamentos eficazes, que impedem o desenvolvimento da Aids.

Além disso, os tratamentos disponíveis hoje garantem o fim da transmissão do vírus pela pessoa que vive com HIV.

A CNN lista abaixo os principais avanços científicos e as mudanças que eles provocaram na luta contra esse vírus.

Existem no Brasil 22 medicamentos antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas diferentes, que podem ser utilizados por pessoas que vivem com HIV.

Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e, consequentemente, o desenvolvimento da Aids, que é a doença que o vírus HIV pode provocar.

Quando tomados corretamente pelas pessoas que vivem com o vírus, é comum que eles façam elas atingirem o nível de "indetectável", quando os exames não conseguem mais detectar o HIV no organismo delas.

Ao se tornarem indetectáveis, essas pessoas deixam de transmitir o vírus. Para manter a condição é necessário manter o tratamento em dia.

Muitos estudos e testes em animais e seres humanos vêm sendo feitos nas últimas décadas em prol da criação de uma vacina contra o HIV.

A empresa Moderna, por exemplo, anunciou em janeiro de 2022 que os primeiros participantes de um ensaio clínico de Fase 1 de uma vacina experimental contra HIV foram vacinados.

Em agosto deste ano, um ensaio científico prometeu a criação do novo imunizante. Chamado PrEPVacc, o ensaio está testando duas vacinas juntamente com duas formas de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).

Nesse meio tempo, tratamentos alternativos já garantiram a cura de pelo menos seis pessoas em todo o mundo.

Em julho deste ano, um homem na Suíça, apelidado de "Paciente de Genebra", apresentou remissão do vírus HIV após a realização de um transplante de medula óssea.

Antes dele, outros cinco pacientes tiveram resultados semelhantes após transplantes anteriormente.

Em maio, cientistas já haviam conseguido eliminar o HIV do organismo de animais combinando terapias antirretrovirais de ação prolongada e uma nova técnica de edição genética.

TestagemRealizar a testagem com frequência (de seis meses a um ano) é uma forma de prevenir o avanço de várias infecções sexualmente transmissíveis.

Isso porque, saber seu estado de saúde significa poder ser encaminhado(a) o mais rápido possível para o tratamento adequado.

Os testes para diagnosticar uma eventual infecção pelo HIV podem ser feitos por fluido oral ou coleta sanguínea.

No Brasil, existem dois tipos:

testagem rápida (feitos pelo SUS ou com teste de farmácia, que pode ser feito em casa); eexames laboratoriais.Eles detectam a presença de anticorpos que atuam contra o HIV em cerca de 30 minutos.

PreservativosAs populares camisinhas são classificadas pelo Ministério da Saúde como método mais eficaz para proteção contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Existem dois modelos, um para cobrir o pênis antes do ato sexual e outro para ser usado internamente na vagina. Eles não devem ser usados ao mesmo tempo.

A proteção ocorre ao impedir o contato direto da pele, de fluidos corporais e microfissuras.

PEPJá a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de urgência para evitar a infecção pelo HIV que pode ser usada após exposições de risco.

A PEP são dois comprimidos (um com tenofovir e lamivudina e o outro com dolutegravir - todos chamados de antirretrovirais) que devem ser tomados por 28 dias, sem interrupção, sob orientação e avaliação médica.

O início do tratamento deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição de risco e no máximo após 72 horas

São entendidas como situações de risco:

violência sexual;relação sexual desprotegida;acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).PrEPA Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), por sua vez, deve ser utilizadas antes que surjam situações de risco para infecções pelo HIV.

A PrEP reduz em mais de 90% as chances de uma pessoa se infectar pelo HIV quando exposta ao vírus.

A medicação, que combina dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina), pode ser tomada de algumas formas:

oral regular (um comprido por dia);oral sob demanda ou intermitente (dois comprimidos entre duas e 24 horas antes do sexo previsto e, em caso de haver a relação sexual, mais uma pílula até 24 horas após o ato e mais uma no dia seguinte);injetável (com injeções administradas pelo SUS a cada dois meses).Prevenção combinadaProfissionais e agências de saúde indicam ser possível aumentar a proteção contra o HIV, e também outras ISTs, ao combinar mais de uma tecnologia de prevenção.

O uso de PrEP e preservativos, por exemplo. As combinações possíveis são variadas e dependem das características individuais e do momento de vida de cada pessoa.

Desde os anos 1980, foram registrados no Brasil mais de 1 milhão de casos de infecções por HIV, segundo o Ministério da Saúde e a Unaids.

Os estados com maiores taxas são respectivamente: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.

Gráfico: Ministério da Saúde/UnaidsAté 2022, a Unaids contabilizava 39 milhões de pessoas vivendo com o HIV em todo o mundo.

No ano passado, foi registrado 1,3 milhão de novos casos de infecções, das quais 46% são meninas e mulheres de todas as idades.

Do total de pessoas vivendo com HIV, 29,8 milhões (76%) estavam em terapia antirretroviral em dezembro de 2022. Em 2010, o número pessoas em tratamento era de 7,7 milhões.

Gráfico aponta taxas de infecção pelo HIV em gestantes e crianças com menos de 5 anos, além de taxas de desenvolvimento da aids e a de mortalidade pelo quadro / Gráfico: Sinan e Siscel/SiclomDe 2007 até junho de 2023, foram notificados no Sinan 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 203.227 (41,5%) na região Sudeste, 104.251 (21,3%) na região Nordeste, 93.399 (19,1%) na região Sul, 49.956 (10,2%) na região Norte e 38.761 (7,9%) na região Centro-Oeste.

Já em 2022, foram notificados 43.403 casos de infecção pelo HIV, dos quais 15.064 (34,7%) na região Sudeste, 11.414 (26,3%) no Nordeste, 6.900 (15,9%) no Sul, 6.200 (14,3%) no Norte e 3.825 (8,8%) no Centro-Oeste.

Na série histórica, 345.069 (70,5%) casos foram notificados em homens e 144.364 (29,5%) em mulheres. A razão de sexos sofreu alteração ao longo do tempo: em 2007 era de 14 homens para cada dez mulheres e, a partir de 2020, passou a ser de 28 homens para cada dez mulheres.

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O GLOBO

'É muito preocupante o aumento de casos de HIV em jovens com a combinação sexo, álcool e drogas', diz infectologista

O infectologista David Uip, reitor do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) é um dos maiores especialistas em HIV/Aids e um dos pioneiros no tratamento de pacientes com a doença no país. Uip foi um dos autores do estudo sobre o primeiro caso autóctone da doença no Brasil e é um dos fundadores da Casa da Aids, um serviço inovador de atendimento de pacientes com HIV/Aids. No Dia Mundial de Combate à Aids, Uip relembra como foi o diagnóstico do primeiro caso da doença transmitido no Brasil, fala sobre a evolução do tratamento ao longo dessas quatro décadas, quais são os grupos de risco atualmente e o que falta ser feito para eliminar a doença. Em 1982-83, nós não sabíamos que aera causada por um vírus nem como era a transmissão. Tanto que, nas minhas primeiras aulas sobre o assunto, eu colocava alguns países como grupo de risco porque eram lugares que as pessoas visitavam para ter relações sexuais mais abertas. Então era muito diferente. Depois que se descobriu a forma de transmissão, isso foi ficando mais claro. Hoje sabemos que aé transmitida pelo sangue, por relação sexual e também há transmissão materno-fetal. Nos lugares com acesso aos medicamentos, a transmissão materno-fetal deixou de existir. O controle dos bancos de sangue também eliminou a transmissão via transfusão de sangue ou derivados. A transmissão pelo uso de drogas injetáveis varia muito de país para país. O que continua é a transmissão por via sexual. Nesse sentido, os grupos mais vulneráveis são a população de travestis, transexuais, gays, homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e pessoas privadas de liberdade, além do usuário de drogas. Nesses grupos, é preciso ter uma atenção redobrada, inclusive com campanhas esclarecedoras muito dirigidas.

Eu estou muito preocupado com os jovens em geral. Pessoalmente, eu tenho visto um aumento no número de casos de HIV em jovens tanto homens quanto mulheres. O que nós estamos vendo na prática são alguns grupos em absurdo exagero: bebida alcoólica, uso de drogas e sexo sem nenhum nível de proteção. Esse tripé é muito complicado não só para a Aids, mas para inúmeras outras doenças, tanto as doenças sexualmente transmissíveis como as hepatites B e C, por exemplo. Quando as pessoas entram nesse embalo, além de não se protegerem do ponto de vista sexual, elas saem muitas vezes do estado de racionalidade pelos excessos que cometem. Há quem diga que sempre foi assim. Mas eu não acho. Está pior. As pessoas nem cogitam o uso de preservativo. A notícia é sempre ruim. Eles desdenham da doença e acham que estão totalmente protegidos, mas quando vem a notícia que tem HIV, o choque é igual ao de antigamente. Então o médico precisa explicar que a doença mudou e que hoje em dia é possível tratar melhor.

Hoje, os pacientes com HIV tratados, bem conduzidos e aderentes ao tratamento, não morrem de HIV. Eles têm que se dedicar ao tratamento, fazer exames periódicos, mas vivem uma vida muito semelhante ao indivíduo que não é HIV positivo. Mas é claro que tem as consequências da rotina de fazer exames, do uso dos medicamentos a longo prazo e dos efeitos adversos desses medicamentos. Mas o que foi uma sentença de morte no passado, hoje não é mais. Hoje, o esquema básico são dois comprimidos por dia. Para fator de comparação, no início dessa história, o indivíduo começava a tratar o HIV com, no mínimo, 20 comprimidos. Era uma loucura. Os efeitos colaterais também diminuíram muito, mas ainda tem alterações metabólicas. O indivíduo tem resistência insulina, aumenta o colesterol e o triglicérides. Além disso, o paciente precisa fazer exames periódicos. Os meus pacientes que estão controlados passam em consulta a cada três meses, por exemplo. Nessa periodicidade eles também fazem exames para ver o CD4 e o CD8, que são marcadores de imunidade, e a quantificação do vírus. Além disso eu faço a prevenção de todos as eventuais complicações de medicação, as alterações cardiovasculares, a densitometria óssea, etc. Eu resumo isso tudo dizendo: essa doença continua não sendo boa. Não vale a pena você se arriscar a pegar. O HIV é um vírus complicado. Claro que o mundo inteiro procura remédios definitivos. Mas é muito difícil, mesmo medicando, que você garanta a supressão total do vírus. Provar a cura é muito difícil porque o vírus se esconde em reservatórios. A prevenção por vacinas também é um desafio porque esse é um vírus muito complexo e mutante. As pessoas que não acompanham a literatura pensam que a ciência não está mais preocupada com a Aids. Mas não é isso. É difícil mesmo. Evoluiu-se muito no tratamento e virão novidades, como novos grupos de medicamentos, velhos grupos com medicamentos mais atuais. Mas, na verdade, hoje nós não temos a prevenção completa nem a cura. Não há hipótese de se implementar o transplante de medula como medida terapêutica para o HIV. Eu trabalho a vida inteira com infecção e transplante. As consequências de um transplante, em termos de rejeição e infecção, são dramáticas. Mas é possível usar o conhecimento trazido pelo transplante para ir em busca de novos medicamentos. Isso abre uma linha de pesquisa muito interessante. O uso de medicamentos pré e pós exposição ajudaram muito no combate à Aids. A PrEP em si foi um grande avanço que continua a evoluir. Hoje existe a PrEP que é uma injeção por mês e, em breve, será uma a cada seis meses. Isso é um grande avanço na prevenção, mas tem que ser entendido que não é uma forma isolada de prevenção. Ela complementa outras, como o uso de preservativo e a educação de formas mais seguras de relacionamento. Essas medidas devem ser conjuntas. A terapia pós-exposição também é uma medida importante de segurança, mas não é 100%. Conheço um indivíduo que usou a PEP no tempo adequado e soroconverteu. Além disso, as pessoas precisam lembrar que existem outras doenças que não são preveníveis pela PrEP ou pela PEP. Hoje temos uma epidemia de sífilis, de HPV, de gonorreia causada por gonococo resistente aos antibióticos e um aumento muito expressivo de herpes tipo dois, transmitido por sexo. É estarrecedor, inclusive o aumento do número de casos de sífilis congênita. O indivíduo pode pegar sífilis na relação habitual, mas estamos vendo um aumento do número de casos de sífilis adquirida por sexo oral. Isso não é uma novidade, mas estamos vendo aumentar. Hoje na literatura está muito claro quais são as formas de maior exposição. A principal é o sexo anal receptivo, seguida do sexo introdutivo anal. Mas com o uso de preservativo, desde que ele não rompa, o sexo anal é seguro. É preciso lembrar que a lubrificação vaginal é diferente da anal. Eu digo isso porque há um aumento das escoriações e machucaduras dos dois lados, com aumento do risco do rompimento do preservativo. Por isso, também tem que haver lubrificação e cuidados adequados. Os serviços de saúde voltados àforam muito bem organizados no Brasil desde o começo. O paciente tem acesso a um diagnóstico fácil e correto, tem acesso aos medicamentos e às consultas. O Brasil, sem dúvida, saiu muito na frente e ainda é um programa exemplar. Mas precisamos de mais campanhas em cima dos grupos-chave. A gente só fala de HIV no dia 1º de dezembro. Eu me decepciono muito comigo mesmo porque eu falo de HIV há mais de 40 anos e tem muitas coisas que eu continuo a ver que não estão acontecendo, como a prevenção. Isso tem que ser política pública constante. Tem que falar todos os dias de HIV e de doenças sexualmente transmissíveis. O primeiro caso que nós vimos foi em 1982. Foi um indivíduo que veio para a consulta com febre e emagrecimento e, na investigação, ele culminou com uma cirurgia de vesícula. Nesse procedimento, o cirurgião, que era muito experiente, viu que ele tinha mais gânglios do que deveria para um problema de vesícula e fígado aumentado e decidiu fazer uma biópsia. Naquele momento, sabia-se muito pouco dee não tinha exames para a detecção da doença. Mas a análise patológica mostrou que ele estava infectado com uma mico-bactéria prima da tuberculose e essa era justamente uma das infecções oportunistas que estavam sendo associadas aos primeiros casos deem São Francisco e Nova York. Então embora não tivessem exames para Aids, nós conseguimos isolar uma bactéria e mostrar a deficiência. Depois, foi feito um grande estudo imunológico desse caso e a descrição feita cientificamente em 1983 é muito interessante porque mostra todo o sistema imunológico deficiente. Esse caso foi publicado como o primeiro caso autóctone do Brasil, ou seja, foi o primeiro brasileiro que pegoude outro brasileiro. Soubemos disso porque se tratava de um paciente que morava no interior de Minas Gerais e que nunca viajou para outro lugar. Então nós tínhamos certeza que ele adquiriu de alguém dentro do Brasil. A meta da Unaids para acabar com a pandemia deaté 2030 é uma estratégia que chama 95, 95,95. Ou seja, que 95% das pessoas que vivem com HIV sejam diagnosticadas, que 95% das pessoas que conhecem seu status sorológico estejam sob tratamento e que 95% das pessoas em tratamento estejam com supressão viral. Países africanos que eram tidos como os mais afetados conseguiram alcançar os 95 95 95. Isso tem que ser meta brasileira. Eu, e muitos que começamos essa luta, merecemos isso. Tem que ser política pública. Não pode reduzir orçamento para HIV e DST. Tem que aumentar a divulgação da prevenção e visar os grupos-chave para uma prevenção bem acentuada. Uma última coisa que melhorou muito, mas que ainda precisamos combater é preconceito e o estigma. Isso não cabe mais nesse mundo.

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PORTAL G1

Mãe perde útero após parto a vácuo e filha sofre sequelas depois de 14 minutos sem respirar: 'vai vegetar pelo resto da vida'


"Minha filha não pisca, minha filha não chora, minha filha não se mexe e respira por aparelhos". O relato da artesã Denyse Ribeiro, de 26 anos, é carregado de dor, fé e sede por justiça. Segundo ela, a condução do parto fez com que a bebê, hoje com 6 meses, ficasse sem respirar por 14 minutos, a deixando em estado vegetativo -- foi diagnosticada com encefalopatia hipóxico-isquêmica grave. Caso aconteceu no Hospital dos Estivadores, em Santos, no litoral de São Paulo. (entenda abaixo)

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"Para a medicina, ela nunca vai se mexer, nunca vai respirar sozinha, vai ficar dependente de um aparelho. O que me move é minha fé em Deus. Eu tenho muita fé em Deus e para ele nada é impossível", disse. Helena Vitória nasceu em 6 de maio de 2023. Ao g1, Denyse explicou que a segunda filha foi muito desejada e planejada. Ela contou ter ido a todas as consultas de pré-natal em uma policlínica da cidade, e que não esperava esse desfecho. O caso foi registrado no 4º DP da cidade e ela constituiu dois advogados para instruí-la nas esferas criminal e civil.

Durante o parto, perdeu o útero, as trompas e os ovários, o que a impede de engravidar novamente. Ela responsabiliza a equipe médica do hospital. "Nunca tive nem infecção de urina, foi uma gravidez completamente saudável e desejada".

Denyse contou ter dado entrada no Hospital dos Estivadores no dia 4 de maio e que, no dia seguinte, a equipe começou a induzir o parto normal. Ela afirma que não tinha dilatação, que a bolsa estava intacta e os médicos "forçaram" o procedimento por muito tempo.

À reportagem, ela afirmou ter "implorado" por uma cesariana [procedimento cirúrgico em que o bebê é retirado do útero, como a primeira filha nasceu]. A decisão da equipe médica, no entanto, foi submetê-la a um parto a vácuo -- quando se utiliza um extrator com sucção para aderir à cabeça do bebê.

Ela alegou ter gritado pedindo pela cesárea, mas que o desejo não foi atendido. "Infelizmente, o desrespeito ao direito de uma gestante resultou na situação que hoje minha filha se encontra".

A mãe contou que foi levada ao centro cirúrgico, onde os médicos começaram o parto a vácuo que, segundo ela, resultou em danos irreversíveis.

"Na primeira vez ela não saiu. Era o médico puxando no vácuo, eu fazendo força e uma outra médica empurrando a minha barriga. Na segunda vez, minha irmã relata que saiu sangue. Em vez de o médico parar e ir para uma cesárea, ele tentou pela terceira vez. O meu útero rompeu. Eu perdi o útero, eu perdi ovário, eu perdi as trompas", contou.

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Denyse grávida de Helena Vitória, que nasceu em Santos (SP) em maio deste ano. - Foto: Arquivo pessoal Cesárea e minutos sem respirar Após o rompimento do útero, os médicos realizaram a cesárea e a menina nasceu sem respirar, e assim ficou por aproximadamente 14 minutos, ao mesmo tempo em que recebia massagem cardíaca. De acordo com Denyse, a equipe conseguiu reanimar a bebê, mas as sequelas, de acordo com ela, são irreversíveis.

Denyse precisou ficar internada por seis dias devido às complicações. "Minha irmã viu a minha filha nascer morta e me viu perdendo muito sangue. Eu tive hemorragia, perdi muito sangue devido à ruptura uterina", contou ela, que só viu Helena Vitória dois dias após o nascimento."E, depois que levaram minha filha para a UTI, porque eu não vi minha filha quando ela nasceu, o anestesista chegou em mim e falou: 'algo deu errado. Você perdeu útero, ovários e trompas, a sua filha morreu e voltou e não tem expectativa'. Foi isso que eles falaram".

Acompanhamento médico e cirurgias Na Santa Casa de Santos, Helena Vitória passou por cirurgias de traqueostomia e gastrostomia, mas a bebê ainda não tem condições de retirar o equipamento. Denyse espera que em dezembro o procedimento seja realizado com sucesso e ela possa dar entrada a um pedido de home care.

Uma neurologista que avaliou a criança afirmou a Denyse que o cérebro dela "amoleceu" e encolheu. "Para a medicina, ela vai vegetar pelo resto da vida dela.Encefalopatia hipóxico-isquêmica Ao g1, o neurologista João Brainer afirmou que, normalmente, a encefalopatia hipóxico-isquêmica, ou hipóxico-perinatal, ocorre quando falta sangue e oxigênio no cérebro da criança. A condição pode surgir quando o bebê demora a nascer ou há alguma condição que o impede de respirar adequadamente.

"Infelizmente, é uma condição muito comum. A maioria evolui para um prognóstico ruim, mas alguns pacientes ficam somente com algum grau de atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, como dificuldade de raciocínio, de andar, para fazer movimentos", explicou.

Segundo o médico, clinicamente falando, as crianças que nascem com a síndrome [quando genético] podem ter condições neurológicas que passam despercebidas antes do parto. Apesar disso, a maioria dos casos decorre de complicações na hora do nascimento. Muitas crianças podem chegar à fase adulta.Caso de polícia Denyse contou ter registrado um Boletim de Ocorrência no 4º DP de Santos. Ela constituiu dois advogados que atuam nas esferas criminal e cível. De acordo com Douglas Blum Lima, que representa a mulher na esfera criminal, as guias do IML para mãe e filha já foram expedidas. Em breve, ela fará os exames, que serão encaminhados à delegacia para instruir o inquérito policial.

Com a materialidade, todos os envolvidos serão ouvidos. Terminada essa fase, na qual a Polícia Civil vai apurar se há os elementos necessários, poderá ser feita a denúncia junto ao Ministério Público.

Em contato com a reportagem, o advogado Lucas Pórpora, que representa Denyse na esfera cível, explicou que houve a contratação de um profissional da saúde para analisar as documentações médicas referentes ao caso. A mãe poderá solicitar na Justiça indenização pelos danos causados, incluindo morais e estéticos.
Respostas Em nota, o Instituto Social Oswaldo Cruz, que administra o Hospital dos Estivadores, informou que a família segue acolhida com os recursos hospitalares disponíveis para os cuidados à bebê. De acordo com o texto o atendimento da equipe "seguiu as melhores práticas assistenciais e de segurança do paciente e medicina baseada em evidência".

O hospital afirmou que as cesáreas feitas no local seguem as indicações técnicas médicas, que consideram o risco do procedimento e as patologias envolvidas em cada caso, ou as indicações em respeito às regulamentações pertinentes.

A Secretaria de Saúde de Santos, por meio da Seção de Contratos de Gestão, disse que realizará a apuração dos fatos junto ao hospital e acompanhará o caso. O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas ainda não obteve retorno

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FALANDO DE GESTÃO

48% dos profissionais com menos de 30 anos correm mais risco de sofrer com burnout, diz pesquisa


Jornadas de trabalho exaustivas, muita pressão e demandas cada vez maiores têm causado um esgotamento físico, emocional e mental em diversos profissionais, que nem sempre conseguem identificar esses sintomas como uma doença ocupacional que tem se tornado cada vez mais comum: a síndrome de burnout.

Com um ritmo cada vez mais acelerado e com a cultura de trabalho que exige cada vez mais dos trabalhadores, que acumulam horas extras, reuniões, projetos, e menos dias de descanso, relaxamento e lazer, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com mais casos da doença, perdendo apenas para o Japão, conforme relatório da International Stress Management Association (Isma-BR - 2021). Segundo o levantamento feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), no mesmo ano, um em cada quatro brasileiros sofre com a síndrome de burnout.

Diante deste cenário frenético, dados do Construindo e liderando equipes de alto desempenho confirmam que profissionais exaustos apresentam uma probabilidade três vezes maior de ir em busca de novas oportunidades no período de um ano. Além disso, têm duas vezes mais chance de se sentirem desconectados dos valores da empresa, dos líderes e gestores. "Sem saúde mental, física e emocional, não existe produtividade, bons resultados e crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e desempenho", afirma Ricardo Triana, diretor executivo de Project Management Institute América Latina (PMI), a principal associação global que prepara organizações e indivíduos para trabalharem de forma mais inteligente e agregarem valor através de projetos.

Burnout em números

Outro ponto que chama a atenção na pesquisa do PMI é que o risco de burnout não é distribuído igualmente entre os colaboradores. As mulheres têm uma taxa de esgotamento de 46%, enquanto os homens têm uma taxa de esgotamento de 37%. "Além das responsabilidades no trabalho, as mulheres ainda têm uma carga de trabalho em casa muito maior do que os homens. Com essa jornada dupla, ou até tripla, eventualmente, corpo e mente respondem com exaustão, o que pode evoluir para problemas mais graves", alerta Ricardo.

Em relação à faixa etária, a pesquisa mostra que 48% dos indivíduos com menos de 30 anos correm maior risco de burnout, em comparação com 40% daqueles com 30 anos ou mais. Isso porque a geração x está mais conectada e ainda consome muito conteúdo e vive de forma mais conectada que as gerações anteriores.

Principais causas

Entre as principais causas para o crescimento da síndrome de burnout no local de trabalho estão a realização de tarefas em ritmo acelerado e sob pressão, o assédio moral e as demandas cada vez maiores nas empresas. O estresse também aumenta nas equipes de projeto quando há incerteza, imprevisibilidade e falta de comunicação. Então, para garantir que os colaboradores não fiquem sobrecarregados, é importante definir as expectativas antes de cada etapa, para que eles se sintam mais confiantes diante dos imprevistos, e fazer um bom planejamento.

Soluções, planejamento e trabalho em equipe

Para o diretor executivo de PMI América Latina, ter uma equipe de colaboradores sobrecarregados pode custar caro para as organizações, pois isso limita a produtividade, afetando diretamente os resultados. "Priorizar um espaço organizacional justo e saudável é o caminho essencial para assegurar a saúde mental dos trabalhadores".

Para promover a construção de resiliência nas equipes contemporâneas, o estudo sugere a prática regular de verificação de bem-estar e os níveis de estresse da equipe e a adoção de ferramentas e tecnologias que possam otimizar a eficiência da equipe, promovendo um trabalho mais inteligente em vez de mais árduo.

Outra estratégia que também é essencial para ajudar os colaboradores a realizar atividades no trabalho sem que eles se sintam sobrecarregados, é desacelerar para acelerar. "Isso é possível reorganizando o cronograma para aproveitar os pontos fortes dos recursos e reduzir as responsabilidades administrativas do líder da equipe técnica para que ele possa se concentrar no que faz de melhor: solução de problemas. Isso pode ajudar a reduzir significativamente o risco de esgotamento, perda de recursos e atrasos no projeto. Quando todos se empenham juntos, além de solucionar problemas, eles fortalecem a unidade da equipe", afirma o diretor executivo de PMI América Latina.

Saúde

O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais dos profissionais, por isso prestar muita atenção à saúde dos colaboradores é essencial para promover um ambiente de trabalho responsável, inclusivo, digno e saudável.

"Sem saúde não há produtividade, bons resultados nem crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e do desempenho. Nesse sentido, PMI defende o uso de IA Generativa (GenAI) no gerenciamento de projetos. Com a ampla disponibilidade e o potencial das ferramentas GenAI, tanto a nível individual como organizacional, é importante aproveitar os melhores resultados ao automatizar, auxiliar ou aumentar as habilidades e competências de gestão de projetos. Um gestor de projetos que sabe implementar melhor as ferramentas GenAI ajuda a otimizar o desempenho, a produtividade e a eficiência das equipes, o que evita sobrecargas", destaca Triana.

Por fim, criar um ambiente onde haja comunicação aberta, confiança e apoio permite às equipes partilhar pensamentos e sentimentos, aproxima as pessoas e também torna o ambiente mais saudável.

Sobre PMI

PMI é a principal autoridade em gestão de projetos, comprometida em fazer avançar a profissão de gestão de projetos e positivamente impactar o sucesso dos projetos. Capacitamos os profissionais para se destacarem nas práticas de gestão de projectos através da nossa comunidade global em crescimento, da partilha de conhecimentos e das melhores certificações - conduzindo a uma mudança positiva nas organizações e comunidades. Desde 1969, a nossa missão inabalável tem sido a de defender a profissão, oferecendo aprendizagem e conexões para aperfeiçoar competências muito procuradas. Atualmente, PMI fornece aos profissionais, em todas as fases da carreira, os padrões globalmente reconhecidos, cursos online, liderança de pensamento, eventos e ferramentas de que necessitam para serem bem-sucedidos. Com mais de 300 filiais em todo o mundo, os membros de PMI podem estabelecer contatos, encontrar mentores, conquistar oportunidades de carreira e aprender com os seus pares, trabalhando em conjunto para gerar um maior impacto. Visite-nos em: http://www.pmi.org/, linkedin.com/company/projectmanagementinstitute, facebook.com/PMInstitute, ou em X @PMInstitute.

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FOLHA DO PLANALTO

No próximo sábado, SBD-GO vai promover mutirão de atendimento da campanha Dezembro Laranja/Prevenção do Câncer de Pele

Os atendimentos serão gratuitos e acontecerão no Hospital das Clínicas, das 9 às 15 horas. A expectativa é atender 1 mil pacientes

No próximo sábado, 2 de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) vai realizar, em Goiânia, mais uma edição do mutirão de atendimento da Campanha Dezembro Laranja, uma grande mobilização nacional para a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoces do câncer de pele, um tipo da doença que representa 33% de todos os casos de câncer registrados no Brasil.

Das 9 às 15 horas, voluntários da SBD-GO estarão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, para o atendimento gratuito à população. As consultas serão feitas por ordem de chegada dos pacientes. A entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A expectativa, de acordo com o coordenador local da campanha, dermatologista Samir Pereira, é atender cerca de 1 mil pacientes.

Durante os atendimentos, os médicos vão avaliar os pacientes para identificar lesões suspeitas de câncer de pele e orientá-los sobre a prevenção. Quando forem identificadas essas lesões, os pacientes serão encaminhados para investigação e tratamento especializado no HC/UFG.

Esse mutirão acontecerá simultaneamente em 100 postos instalados em todo o Brasil, onde cerca de 3,5 mil dermatologistas voluntários trabalharão para ajudar na prevenção do câncer de pele. A Campanha Dezembro Laranja foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 1999 e, desde 2014, recebe esse nome. Em 2009, a SBD ganhou o Prêmio Guiness World of Records pela maior campanha médica do mundo em um dia e maior campanha mundial de prevenção ao câncer da pele.

Saiba mais sobre o câncer de pele

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A cada ano, são registrados cerca de 185 mil novos casos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.

Os tipos mais comuns do câncer de pele são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento do câncer de pele.

Tipos da doença

Carcinoma basocelular (CBC) - É o tipo mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC) - Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.

Melanoma - O menos frequente dos cânceres da pele, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.

Fatores de risco

Alguns fatores podem elevar os riscos de câncer de pele:

Ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele.

Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo.

Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo.

Ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia.

Já ter tido câncer da pele.

Ter mais de 50 anos.

Prevenção

Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores de pele. Confira as principais medidas de proteção:

Usar chapéus, camisetas, óculos escuros com proteção UV e protetores solares.

Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.

Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão).

Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada quatro horas, mas se for nadar ou tiver transpiração excessiva a cada duas horas. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses e vêm com a especificação Kids.

Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo. (Fonte: SBD)

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Assessoria de Comunicação

 

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29/11) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.

Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.

Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Lista de doenças ocupacionais 

A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador. As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27/11) e se encerrou nesta quarta-feira (29/11), em Brasília.

Renast
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.

Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.

Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho. (Agência Brasil)

Quinta, 30 Novembro 2023 06:57

CLIPPING AHPACEG 30/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer

Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"

Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia

Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás

Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei

Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA

Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade

Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras

Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina

AGÊNCIA BRASIL

Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29/11) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador. Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.

Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista. Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.

Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Lista de doenças ocupacionais 

A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento. Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador. As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27/11) e se encerrou nesta quarta-feira (29/11), em Brasília.

Renast
Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.

Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.

Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho. (Agência Brasil)

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BRASIL 247

Tanure desiste da compra da Amil: "estudamos e declinamos"

Ao 247, o empresário afirmou que não irá participar da disputa pelo grupo Amil, um dos gigantes da saúde complementar no Brasil

Por Joaquim de Carvalho – O empresário Nelson Tanure, que atua no setor de saúde por meio da rede de laboratórios Alliar, e está presente em vários setores da economia com empresas como Prio (petróleo), Light (energia) e Gafisa (construção), afirmou ao 247 que não irá participar da disputa pelo controle da Amil, operadora de saúde que foi colocada à venda pelo grupo estadunidense United Health Group. "Eu não estou interessado", disse ele. "Estudamos e declinamos", acrescentou. Questionado sobre eventual recuperação judicial da empresa, Tanure, que já utilizou o instrumento em algumas de suas aquisições, disse que a lei que rege operadoras de saúde não permite essa possibilidade. 

Com prejuízos anuais acima de R$ 2 bilhões, em razão da crise no mercado de saúde complementar, a Amil foi colocada à venda pelo grupo estadunidense e terá de ser vendida de forma integral, sem a separação de ativos bons e deficitários, como já foi tentado no passado pela UHG. O processo está sendo acompanhado de perto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque envolve um setor sensível da economia, com forte repercussão social. Autoridades regulatórias já sinalizaram que não gostariam de ver a empresa, com milhões de clientes, cair em mãos de fundos financeiros, com mentalidade de curto prazo, e não em poder de grupos vocacionados para a assistência de saúde.

A despeito da crise, a Amil ainda é uma das maiores empresas de planos de saúde e odontológicos do Brasil, com 31 hospitais, 28 clínicas e 5,4 milhões de usuários, com forte presença na classe média, e faturamento anual estimado em cerca de R$ 27 bilhões.

Com a saída de Tanure, a Amil passa a ser disputada por cinco potenciais compradores: a família do fundador Edson Bueno (falecido em 2017), que vendeu a empresa à UHG e controla os laboratórios Dasa, o empresário José Seripieri Júnior, que fundou a Qualicorp e a QSaúde (ambas já vendidas), o fundo Bain Capital, o fundo Advent e o fundo Coruja Capital, do empresário Marcio Schettini (ex-Itaú). Estima-se que o negócio, quando concluído, movimentará uma cifra entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.

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A REDAÇÃO

Hospital das Clínicas realiza mutirão contra o câncer de pele em Goiânia

Goiânia - O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), realiza, neste sábado (2/12), um mutirão de prevenção ao câncer de pele. O evento ocorrerá das 9h às 15h e faz parte de uma ação em alusão ao Dezembro Laranja, mês que coloca em pauta a importância da conscentização a respeito da doença.
 

Os atendimentos serão gratuitos e feitos por ordem de chegada dos pacientes. A entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A expectativa é atender cerca de 1 mil pessoas. 


A organização do evento também divulgou informações sobre quando as pessoas devem se preocupar a respeito do câncer de pele. "São consideradas lesões suspeitas de câncer: feridas que não cicatrizam, sangram ou crescem. Ou pintas que estão em crescimento. Nesses casos é necessário procurar um especialista. O mutirão será voltado para este público". 
 

Fatores de risco 

Qualquer pessoa pode ter câncer de pele, mas existem alguns fatores de risco, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia: Se você ou algum familiar já foi afetado pela doença; possui cabelos ou olhos claros; pele clara que não bronzeia; possui muitas pintas ou sardas; já teve queimadura solar ou tomou muito sol sem proteção. 

“Cada um com a sua prevenção” 

Esse é o tema escolhido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para a campanha Dezembro Laranja de 2023. O foco é a individualidade de cada pele, com base no clima da região e medidas de proteção específicas, com base no histórico de vida de cada um.  

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JORNAL OPÇÃO

Hospital Cora deve dobrar capacidade de tratamento de câncer em Goiás

Estimativa é que hospital tenha capacidade de realizar 7,5 mil cirurgias por ano

A construção do primeiro hospital 100% público destinado ao tratamento—via Sistema Único de Saúde (SUS)—, de câncer em Goiás inaugura um marco para a saúde pública no Estado. O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) teve sua pedra fundamental fixada em fevereiro deste ano, e 40% das obras já foram concluídas. O governo de Goiás estima que em dezembro de 2024 o Cora já inicie os atendimentos e tratamentos na ala pediátrica.

Finalizado, o hospital deve dobrar a capacidade de atendimento e tratamento do câncer em Goiás. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), são realizadas cerca de 4,5 mil cirurgias oncológicas por ano na rede pública de saúde do Estado. Somente o Cora terá a capacidade de executar 7,5 mil cirurgias por ano. Além disso, o hospital terá aptidão para realizar 13,5 mil consultas e 3,5 exames de imagens mensais.

O projeto do Hospital foi doado pela Instituição Pio XII, que integrará a gestão do complexo, e está orçado em cerca de R$ 424,7 milhões, com previsão de mais de 450 mil metros quadros de construção. Além dos 148 leitos de internação, centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagens e de infusão quimioterápica, a unidade também disponibilizará um espaço para hospedagem de familiares dos pacientes que será construído através da parceria com artistas goianos.

Dignidade aos pacientes goianos

Caiado destacou que cerca de 8 mil pacientes goianos fazem tratamento fora do Estado, especialmente nas cidades de Barreto e Brasília. “Até a dignidade do cidadão goiano está sendo aviltada porque hoje o paciente, para ter acesso ao medicamento, ele precisa se mudar e achar uma residência em São Paulo porque o Estado não oferece”, disse.

De acordo com Caiado, cerca de 7 mil crianças no Brasil morrem devido ao câncer sem ter condições sequer de serem tratadas. “Com o diagnóstico precoce e com o tratamento feito aqui, nós teremos capacidade de cura”, diz.

O governador lembrou ainda que os primeiros leitos destinados ao tratamento do câncer em Goiás foram construídos em sua gestão. “O primeiro foi instalado em Uruaçu e fizemos ainda um segundo em Itumbiara. Mas esse aqui é o primeiro 100% baseado na melhor medicina, nos melhores tratamentos”, conta.

Questionamento da obra foram rebatidos

Em coletiva de imprensa durante visita ao canteiro de obras da unidade na manhã desta quarta-feira, 29, o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) citou a tentativa de embargo e pontuou que a obra tem o “metro quadrado mais barato e ágil” de obras públicas no Estado. “Estamos entregando uma obra para salvar vidas. Estamos fazendo essa obra gastando 30% a menos do que seria se fosse feita através de uma construtora ou empreiteira”, argumentou.

O questionamento da obra foi protocolado pelo ex-governador Marconi Perillo, presidente do PSDB goiano, sob o argumento de que a obra descumpriu a Lei 13.019 (marco regulatório do terceiro setor). A formatação jurídica que possibilitou a implantação do Cora —via Organização da Sociedade Civil (OSC)—, foi aprovada pela Assembleia em novembro de 2022.

Pela Lei nº 21.642, o governo de Goiás foi autorizado a implantar  uma unidade de saúde semelhante, em qualidade, ao Hospital de Amor de Barretos (SP).

A dúvida levantada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público Estadual (MPGO) sobre o formato de contratação para a construção do hospital foi respondida por Caiado, pelo titular da SES-GO, Sérgio Vencio, e pelo Hospital de Barretos Henrique Prata.

Caiado pontuou que a Fundação Pio VII tem, não somente a planta especializada para a construção do hospital, como a expertise na prestação do serviço especializado no atendimento de pacientes com câncer. “Hoje, a parte de pesquisa da Fundação dá condições para que uma criança atinja a condição de cura do câncer, isso é qualidade de saúde. Querer alegar uma burocracia em detrimento da vida das pessoas é indigno”, disse.

Presidente da Fundação Pio VII, do Hospital do Amor de Barretos (referência em tratamento de câncer no País), Prata lembrou que todo o trâmite foi avaliado pelo Tribunal de Contas e um projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para que ajustes necessários fossem feitos. A Fundação Pio VII, além da doação do projeto para construção do hospital, ficará responsável pela gestão do Complexo.

Vencio destacou a economicidade da obra, tocada pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). O secretário de Saúde apontou que as obras terão um custo reduzido pela característica particular da Fundação (sendo uma instituição filantrópica), tem regime especial de tributação. “Graças à economia e gestão que o governador fez ao longo da gestão, essa obra é tocada sem a dependência de nenhum investimento”, disse.

Parceria com artistas

A visita ao canteiro de obras do Complexo foi acompanhada pelos cantores sertanejos Gusttavo Lima e a dupla Maiara & Maraisa. Essa inspeção tem ainda outro significado: a busca de apoio para a construção das alas de hospedagem para pais e parentes de pacientes em tratamento.

Vencio destacou a doação de cerca de R$ 1 milhão do Dj Alok para a construção da ‘Casa dos Artistas’, primeira etapa da área que será destinada hospedagem dos acompanhantes. “Essa primeira etapa será entregue junto com a primeira etapa do CORA que é destinado à ala pediátrica”, pontua.

A primeira-dama Gracinha Caiado, presente na vistoria, destacou o desejo de ver os tratamentos iniciados no hospital. “Não vejo a hora de ver essas crianças aqui, bem instaladas e podendo receber o melhor atendimento possível para essa doença que é tão devastadora. Ronaldo Caiado tem o compromisso de cuidar das pessoas, sempre buscando parcerias e o que há de melhor e mais moderno. E é isso que estamos fazendo aqui”, disse.

O cantor Gustavo Lima comentou sobre a estrutura do Hospital e disse que o CORA será responsável por salvar vidas. “A gente sabe da seriedade disso e também gostaria de convidar pessoas que tem condições de apoiar e a patrocinar uma obra tão importante”.

Já Maiara e Maraisa lembraram do histórico de câncer da família e falaram sobre a importância das obras. “Teremos o início da ala infantil muito em breve e Goiás precisa desse apoio para ajudar as famílias com câncer. Nós apoiamos o CORA”, disse Maiara.

Prefeitos de 118 cidades participaram do ato, muitos relataram as dificuldades e manobras que precisam fazer para mandar pacientes para outros estados.

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PORTAL G1

Profissionais de saúde vítimas da Covid recorrem à Justiça para receber indenização prevista há 2 anos em lei


A falta de regulamentação sobre como deve ser feito o pagamento de uma indenização a profissionais de saúde vítimas da Covid-19 tem obrigado quem tem direito à compensação a recorrer à Justiça para receber o dinheiro.

A lei está em vigor há mais de 2 anos e meio, mas ainda não foram editadas pelo governo federal as normas que estabelecem como devem ser realizados os pagamentos. E não previsão de quando isso vá mudar.

A lei 14.128/21 estabelece uma "compensação financeira a ser paga pela União aos profissionais e trabalhadores de saúde" que, durante a pandemia de Covid-19, se contaminaram por terem trabalhado no atendimento a pacientes e faleceram ou ficaram incapacitados pela doença.

Nas situações em que os profissionais morreram pela doença, a indenização deve ser paga aos familiares. O valor previsto no texto é de pelo menos R$ 50 mil.

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Homem em atendimento médico para quadro grave da Covid-19 em UTI - Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Nos casos de falecimento, o valor deve ser aumentado para cada dependente com menos de 21 anos (24 caso esteja cursando ensino superior). Neste caso, o valor é aumentado em R$ 10 mil para cada ano até que o dependente complete 21 anos (ou 24). As despesas com o funeral também devem ser indenizadas.

Para os efeitos da lei, são considerados trabalhadores da saúde médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais que atuam no setor, como nutricionistas, fisioterapeutas e técnicos de laboratório, entre outros.

Aprovada em 2020, a lei foi inicialmente vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Após o Congresso derrubar o veto, o governo levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, em agosto de 2022, validou a lei (entenda mais abaixo).

Sem regulamentação O texto da lei aprovada não estabeleceu qual órgão do governo federal seria responsável por realizar os pagamentos e as verificações previstas na lei, como a perícia e análise de laudos. Com isso, quem pode ter o direito ao benefício não sabe quem procurar para pedir a indenização.

O g1 questionou o ministério da Saúde sobre se há uma previsão para a regulamentação, se há dados sobre os pagamentos das compensações e estimativas de quantas pessoas teriam direito à indenização."Reparar e reduzir os impactos causados pela pandemia da covid-19, tanto para quem perdeu familiares quanto para quem sofre com as sequelas da doença, é uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Saúde. A forma como se dará a compensação financeira dessas vítimas está em estudo de forma conjunta pelo governo federal", disse o ministério. A Casa Civil da Presidência da República, que articula a produção de normas que dependam de mais de um ministério, disse que a resposta do governo seria a emitida pelo ministério da Saúde.Na Justiça A ausência destas normas levou quem busca o direito a recorrer à Justiça para receber os valores, em processos que têm sido bem-sucedidos.

Em março, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região determinou o pagamento da indenização à filha de uma enfermeira vítima da Covid-19 em 2020. Na primeira instância, o pedido havia sido negado pela falta de regulamentação sobre o tema."A deliberada morosidade nessa regulamentação demonstra que não ha interesse do Executivo Federal em fazer cumprir a Lei", diz o voto do desembargado relator no caso. "Sendo assim, não pode o beneficiário ficar tolhido da compensação financeira criada por Lei pelo fato do Governo Federal discordar do seu conteúdo", concluiu ele. O advogado Renato Bastos Abreu foi um dos advogados que atuou como "amigo da Corte" no julgamento pelo STF, representando o Sindicato dos Trabalhadores no Combate às Endemias e Saúde Preventiva do Rio de Janeiro.

Hoje, o escritório em que ele trabalha atende alguns clientes que recorreram ao Judiciário para receber a indenização."É um estado de coisas inconstitucional, essa demora nessa regulamentação está impedindo a fruição do direito. Como não temos posicionamento das autoridades, temos de acionar o Judiciário. E já temos sentenças favoráveis", explica o advogado Renato Bastos Abreu. Os sindicatos também tem sido procurados pelos trabalhadores em busca de orientação -- e as áreas jurídicas sindicais têm recomendado recorrer aos tribunais.

Diretor da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), Lincoln Ramos disse que o tema ainda não foi trazido pelo governo para as mesas de negociação em que o assunto poderia ser abordado.

"Nenhum destes temas foram efetivamente implementados pelo governo. Ficou tudo no campo do debate", explica ele.Histórico A proposta foi aprovada pelo Congresso ainda em 2020, mas acabou vetada pelo então presidente Jair Bolsonaro. À época, o presidente argumentou que a lei contrariava o interesse público e poderia gerar risco fiscal.

O veto foi derrubado pelos parlamentares em março de 2021, e a lei entrou em vigor, mas seguiu sendo questionada pelo governo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O texto foi mantido em decisão unânime dos ministros.

À época do julgamento, o então ministro Ricardo Lewandowski destacou a relevância da lei."Enxergo, em determinadas situações, a necessidade de não só resguardar, mas também de fornecer compensação financeira pela dedicada atuação dos profissionais e trabalhadores da saúde durante o período gravoso de pandemia", afirmou em seu voto.

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MONITOR MERCANTIL

Bradesco Saúde reforça segurança do beneficiário com automação e IA


Com o objetivo de proporcionar ainda mais segurança aos seus beneficiários na jornada de serviços relacionados ao uso do plano de saúde, a Bradesco Saúde instituiu no início de 2023, de forma pioneira entre as operadoras de planos de saúde, o reconhecimento por biometria facial no processo de solicitação de reembolso. Resultado de parceria com a idwall, empresa de tecnologia especializada em gestão de identidade all-in-one, e disponível pelo app Bradesco Saúde, o recurso hoje já faz parte da rotina de grande parte dos segurados da operadora que utilizam o serviço de reembolso.

Com a implementação da tecnologia da idwall, a Bradesco Saúde se reafirma como referência na utilização de tecnologias disruptivas, automação e Inteligência Artificial no mercado de saúde suplementar. "Com a ferramenta de IA e automação, estabelecemos critérios ainda mais rígidos para garantir a segurança na cadeia de serviços do beneficiário. Nossa iniciativa pioneira de implementar a biometria facial para a solicitação de reembolsos tornou o processo mais seguro para todos, com importantes ganhos operacionais", afirma Sylvio Vilardi, diretor da Bradesco Saúde.

"A idwall tem sido importante parceira para as operadoras de saúde, ainda mais diante de um cenário em que a digitalização do mercado impulsiona as fraudes cada vez mais complexas. Vivemos em uma época de crise de identidade, que a IA pode ser estrategicamente aplicada tanto para a prevenção de fraudes sofisticadas, como para oferecer escalabilidade da operação, eficiência e a confiança de uma gestão de identidade centralizada", analisa Rafael d'Ávila, CRO da idwall.

A plataforma permite a criação de perfis centralizados de cada usuário no momento da 1ª solicitação de reembolso no aplicativo, garantindo a veracidade da identificação obtida por meio da leitura e validação da autenticidade de documentos próprios (RG, CNH) comparados à verificação biométrica. No segundo acesso para solicitação de reembolso, bastará ao beneficiário tirar uma foto que, uma vez certificada, assegurará a continuidade da jornada.

Espaço Publicitário

Além disso, com as informações centralizadas em um só ecossistema e a adoção da Inteligência Artificial para prevenção de riscos inerentes à operação, a Bradesco Saúde ganha eficiência operacional, conectando dados e aumentando a escalabilidade.

Ao adicionar essa camada de proteção, a Bradesco Saúde aumenta a confiabilidade no processo de solicitação de reembolso, garantindo a identidade do beneficiário e mantendo uma experiência intuitiva e conveniente para o usuário.

A mesma plataforma centralizada de gestão de identidade da idwall já está presente em diversas instituições financeiras do país como tema central de segurança. Agora, em parcerias com operadoras de saúde, a empresa de tecnologia passa a se tornar também especialista na área da saúde suplementar, com know-how para apoiar os clientes não só em suas estratégias de segurança, mas também ajudando a escalar os negócios, trazendo uma operação mais econômica, inteligente, que potencializa os resultados e gera vantagens competitivas.

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SAÚDE BUSINESS

Sírio-Libanês inaugura sede de sua faculdade

Crédito: Divulgação

Foi inaugurado, nesta terça-feira, 28, o prédio da Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês. Com 11 andares, 9 mil metros quadrados e investimentos da ordem de R$60 milhões, localizado na região da Avenida Paulista, o prédio está equipado com o que há de mais inovador em educação, e mais especificamente, de educação em saúde.

Quatro andares são ocupados por 9 laboratórios de ensino prático, com tecnologias de simulação realística, e realidade virtual e aumentada, e sistemas pedagógicos de saúde. A estrutura ainda conta com 14 salas de aula, 11 salas collab (para atividades em grupo), biblioteca e várias áreas lúdicas e espaços de descanso.

O lançamento da Faculdade faz parte do planejamento estratégico da instituição, feito em 2022, com visão até 2030. “Pensar na expansão de uma instituição centenária não é algo simples. Buscamos aquilo que já era uma vocação do Sírio-Libanês, no Instituto de Ensino e Pesquisa, e tornamos um novo negócio, sendo um ponto fundamental nessa expansão. Esse prédio tem capacidade de ter 5 mil alunos circulando por aqui. Será um contribuinte importante para os negócios do Sírio-Libanês”, afirmou Paulo Nigro, CEO da instituição.

Diferenciais de ensino

Para quem questiona se o Sírio-Libanês está investindo na faculdade para formar os seus futuros profissionais, o diretor de ensino da Faculdade Sírio-Libanês, Liao Chein, é categórico. “Não. Estamos preparando os alunos para o mundo. Os currículos dos cursos contarão com trilhas de ensino voltados para Empreendedorismo e Inovação, e Saúde Global, por exemplo”, ressaltou.

A faculdade oferecerá trilhas de aprendizagem que trabalharão no desenvolvimento de uma liderança global em saúde; com análise preditiva de dados, aplicação de pensamento computacional para usar os dados e transformação de dados em saúde e melhorar o desfecho clínico. A exposição contínua do estudante ao tripé ensino- pesquisa-extensão viabiliza a prototipação de ideias, projetos e negócios, além de propiciar o desenvolvimento de competências pessoais e profissionais como generosidade, inteligência socioemocional, pensamento crítico, liderança e colaboração. 

As metodologias de ensino também estão entre as mais modernas, incorporando competências internacionalmente reconhecidas e estratégias de ensino e aprendizagem centradas na autonomia do estudante.

Nos cursos da faculdade, por exemplo, não haverá uma grade curricular tradicional. O ensino será dado por meio de Unidades Curriculares, onde serão reunidos os conteúdos e as práticas de disciplinas correlacionadas. “No ensino tradicional, um estudante de enfermagem, por exemplo, tinha disciplina de Citologia, Fisiologia, Anatomia. Aqui o aluno ou a aluna aprenderá isso em unidade, para ter uma visão do todo, e de como isso funciona na clínica”, explicou.

Aliás, a parte clínica estará presente desde o primeiro dia, enfatizou o diretor de Pesquisa, Dr. Luiz Reis. Isso se dará por meio dos laboratórios de simulação. O importante sempre será o aluno entender, na prática, porque aquele conhecimento é relevante na hora de cuidar dos pacientes.

Faculdade e hospital

A estrutura do Hospital Sírio-Libanês também será usada na formação dos alunos. Isso se dá tanto na parte de experiência profissional, com visitas, não só ao Sírio, mas nos hospitais públicos geridos por eles.

“A Residência sempre se deu no Sírio e no SUS. Na graduação é igual. Passamos a oferecer uma formação mais abrangente, que contempla já na graduação uma visão mais humana e social, reforçando a excelência e a qualidade para fomentar uma saúde mais acolhedora para os brasileiros por meio de profissionais mais bem preparados para o futuro”, diz Dr. Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês

A intersecção entre as instituições também se dará no uso da estrutura do hospital. Recursos como o Alma Sírio, focado em inovação, e o Healthlake criado pela instituição junto com a Amazon, estarão disponíveis para o uso dos alunos.

O Sírio-Libanês segue o exemplo de instituições internacionais renomadas que aliam ensino e cuidado, como Mayo Clinic e Cleveland Clinic. “Hospitais acadêmicos como esses são referências mundiais porque eles definem a medicina moderna”, salienta o diretor de pesquisa, Dr. Luis Reis.

A ideia é reiterada pelo CEO da instituição. “Hoje falamos que o Hospital Sírio-Libanês tem uma faculdade. No futuro, em alguns anos, a faculdade é que terá o hospital”, salienta Nigro.

Doações e perenidade

Como forma de promover mais acesso ao ensinado diferenciado que oferece, e seguindo sua característica filantrópica, 20% das vagas de cada turma serão destinadas a bolsas de estudo, sendo metade dessas bolsas custeadas pelo hospital e a outra parte por doações.

Visando a perenidade do negócio, a Faculdade Sírio-Libanês se vale também do modelo de fundo patrimonial filantrópico (endowment fund). A exemplo do que acontece nas universidades americanas onde pessoas físicas, ou famílias realizam doações para manter as instituições e seus projetos, a instituição se organizou para poder receber esse tipo de investimento. “Ninguém tinha feito isso ainda em saúde. Esse modelo garante uma espiral positiva. Daqui 10 anos, com todos os resultados de alcançados pela faculdade, com todas suas pesquisas, e impacto acadêmico, mais gente se interessará por investir, e isso garante a perenidade do negócio. Essa instituição nasce para não acabar”, finaliza o CEO.

A Faculdade de Ciências da Saúde Sírio-Libanês inicia suas atividades de graduação com os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia. Os próximos cursos a serem abertos são Nutrição e Gestão Hospitalar, que já passaram por todo processo de credenciamento e aprovação do Ministério da Educação e aguardam a publicação no Diário Oficial.

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Programa de gerenciamento de antibióticos de Curitiba chega a instituições brasileiras

Pesquisa da Anvisa mostra que mais de mil hospitais ainda não implementaram medidas para o uso racional das medicações, cuja utilização inadequada diminui a resistência humana às infecções

Uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou que 58% dos 2.072 hospitais que responderam à Avaliação Nacional dos Programas de Gerenciamento de Antimicrobianos ainda não implementaram o programa para gerir o uso desses medicamentos. Em Curitiba, o Pequeno Príncipe, hospital exclusivamente pediátrico, chama atenção para a crescente resistência das bactérias a esses medicamentos especialmente em crianças.

De acordo com números de 2021 divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pneumonia bacteriana e infecções da corrente sanguínea estão entre as principais causas de mortalidade em crianças abaixo de 5 anos. Os dados mostram que cerca de 30% dos recém-nascidos com infecção no sangue morrem devido à resistência a vários antibióticos de primeira linha.

Frente a esse cenário, o Pequeno Príncipe implantou há aproximadamente 15 anos o Programa de Stewardship de Antimicrobianos, com foco na gestão desses medicamentos. Os principais resultados foram a redução de dias de uso de antimicrobianos, a diminuição de custos e o controle do avanço da resistência a esses fármacos.

Em 2020, com o apoio da indústria farmacêutica, o Hospital iniciou a capacitação de quatro hospitais brasileiros nessa metodologia. Com os bons resultados alcançados, em 2022, a mentoria foi ampliada para mais 15 instituições. Atualmente, 13 hospitais de 10 estados brasileiros estão com seus programas, que visam o uso racional e mais efetivo desses medicamentos, implantados ou em fase de implantação. Dois deles não concluíram o processo.

O assessoramento permitiu que a instituição também produzisse um relatório com dados qualitativos e quantitativos sobre a situação dos hospitais em relação ao gerenciamento de antimicrobianos que espelham a realidade brasileira. Um exemplo são os 1.501 problemas relacionados ao uso desses medicamentos identificados nos hospitais que receberam a mentoria do Pequeno Príncipe no último ano. Do total, 42% deles eram de uso desnecessário ou uso inadequado.

Programa de Stewardship de Antimicrobianos

O programa do Pequeno Príncipe é fundamental para o uso criterioso e individualizado desses medicamentos. Ele incentiva as práticas mais seguras e efetivas e a interface entre os serviços e profissionais envolvidos no uso de antimicrobianos em pacientes internados nas UTIs pediátricas e neonatal.

A metodologia consiste em um programa dirigido pela farmácia clínica, onde o farmacêutico realiza uma avaliação técnica e habilidosa do uso de antimicrobianos, identificando oportunidades de otimização do tratamento para discutir com o infectologista. Ele também articula a discussão entre a equipe, o que permite uma avaliação mais precisa do tratamento prescrito para cada paciente, além de garantir o gerenciamento de protocolos clínicos.

“Realizamos acompanhamento no quadro da criança ou do adolescente internado no Hospital. Dessa forma, conseguimos ajustar o que precisa e garantir que o paciente tenha o melhor acompanhamento e antimicrobiano possível. Isso evita que sejam aplicados inúmeros medicamentos até que um faça o efeito desejado”, explica o vice-diretor-técnico de Qualidade e Pesquisa Clínica, Fábio de Araújo Motta, do Pequeno Príncipe.

Resistência a antibióticos

Em todo o mundo, a resistência a antibióticos mata cerca de seis milhões de pessoas anualmente, incluindo um milhão de crianças que morrem de infecção generalizada (sepse ou septicemia) e pneumonia evitáveis.

A resistência antimicrobiana – que se refere a micro-organismos que não respondem aos antibióticos é considerada uma “pandemia silenciosa”. Patógenos resistentes mataram 1,26 milhão de pessoas em 2019, segundo análise publicada na revista médica “The Lancet”.

O consumo excessivo de antibióticos, prescrições equivocadas, doses inadequadas e poucas ações de controle podem causar resistência a essa classe de medicamento. Isso ocorre quando bactérias, vírus ou fungos passam por mutações ao longo do tempo e não são mais eliminados pelos antimicrobianos. Essa condição, torna as infecções difíceis de serem tratadas e aumenta o risco de propagação e gravidade das doenças e também o risco de morte.

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Telemedicina cresce em diferentes áreas da medicina

O resultado de pesquisas reforçam o potencial da telemedicina para diferentes áreas médicas e reafirmam o alto nível de assertividade dessa ferramenta para consultas e tratamentos clínicos. Durante um período de 24 meses, entre junho de 2021 e maio de 2023, a TopMed monitorou seus atendimentos e identificou um aumento de 50,2% no número de consultas à distância, em todas as regiões brasileiras, com maior concentração no Sul, Sudeste e Nordeste.

Neste período, também houve acréscimo de 96,3% em atendimentos de especialidades médicas como neurologia, psiquiatria e endocrinologia, dermatologia, neurologia pediátrica, entre outras. Outro número que chama a atenção é a elevação em 39,9% nas consultas de clínica geral e medicina da família e comunidade.  

Homens procuram menos ajuda médica mesmo na telemedicina

Do total de pacientes, 63,4% são mulheres, em sua maioria na faixa etária entre 20 e 49 anos, e 36,5%, homens. No universo pesquisado, 81,83% dos usuários têm entre 20 e 59 anos.

“É sabido que as mulheres têm mais cuidado com a saúde do que os homens. E, embora estudos recentes demonstram um aumento significativo da procura do público masculino por consultas médicas, ainda estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde”, observa a médica Renata Zobaran, diretora de telemedicina e saúde digital da TopMed.

Ao final do estudo, a empresa consolidou uma taxa de resolutividade de 94,5%, índice 8,7% maior do que o de junho de 2021. Segundo Renata Zobaran, existem áreas médicas ainda pouco exploradas pela telemedicina devido a características e restrições particulares. Como exemplo, as especialidades cirúrgicas, já que, por existir a indicação de cirurgia na maioria das vezes, há preferência pelo atendimento presencial. A oftalmologia, ela complementa, ainda é pouco explorada, porque depende muito do uso de equipamentos para a realização de exames durante a consulta.

“Todas as especialidades tendem a crescer dentro da telemedicina à medida que a tecnologia vai sendo incorporada. Porém, é sempre importante lembrar que o objetivo desse modelo de atendimento não é substituir totalmente o presencial, mas contribuir para o acesso seguro e de qualidade a mais pessoas.”

Em relação ao salto na quantidade de atendimentos virtuais, a médica destaca dois momentos. O primeiro na fase inicial da pandemia, que obrigou as pessoas a ficarem em suas casas para evitar aglomerações em unidades de pronto atendimento. “A telemedicina para atendimento clínico e avaliação de sintomas foi experimentada e aprovada por muitos pacientes, além do próprio Governo Federal”.

O segundo pico de crescimento foi a busca por consultas com médicos especialistas, tanto por parte da população quanto por agentes das iniciativas públicas e privadas. “Esse movimento aconteceu mais a partir do segundo ano da pandemia, quando a telemedicina já estava validada e, portanto, empresas, instituições e outros segmentos do mercado viram a oportunidade de estender os benefícios desse modelo de atendimento para mais pessoas.”

Renata lembra ainda que a distribuição dos profissionais de saúde no Brasil é muito desigual, havendo concentração em grandes capitais e regiões do litoral, o que ocasiona escassez de especialistas de variadas categorias.

Ela destaca que com a telemedicina é possível mudar esse cenário e beneficiar mais indivíduos, sobretudo integrantes de populações atualmente pouco assistidas, sem a necessidade da presença física do médico.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 29 Novembro 2023 07:10

CLIPPING AHPACEG 29/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas

Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano

Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG

Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia

Médico é condenado por racismo

Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde

Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid

Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho

AGÊNCIA ESTADO

Planos de saúde: clientes reclamam de uso abusivo de juntas médicas


Por Fabiana Cambricoli

Clientes de planos de saúde têm ido cada vez mais à Justiça para questionar o uso das juntas médicas por parte das operadoras para negar a autorização de procedimentos. Regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2017, a junta médica é instaurada quando há uma divergência entre o médico do paciente e o profissional técnico da operadora sobre a indicação de um procedimento. Nesses casos, nomeia-se um terceiro médico, chamado de desempatador, para dar o parecer.

Beneficiários reclamam, no entanto, que esse terceiro profissional só pode ser escolhido a partir de uma pequena lista indicada pela própria operadora e que há uso indiscriminado da junta médica para dificultar o acesso a procedimentos. O cenário tem levado clientes a entrar com ações judiciais questionando o resultado da junta.

Apenas no último ano, o número de processos em segunda instância sobre o tema que chegaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mais do que dobrou, passando de 105 casos no ano passado para 270 neste ano, segundo levantamento feito pelo escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde.

O caso de Beatriz Marianna Krynski Mattos, de 50 anos, é um deles. Ela sofreu um acidente grave em 2017 que afetou seus joelhos e coluna e, desde então, já fez mais de 20 cirurgias. Em dezembro do ano passado, ela ficou com os membros inferiores paralisados e procurou a emergência de um hospital. Seu médico avisou que seria necessária mais uma cirurgia, mas, mesmo com o quadro agudo, a operadora SulAmérica negou a autorização com base em parecer de uma junta médica.

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AGÊNCIA BRASIL

Mais Médicos terão 28 mil profissionais em campo até o fim do ano


Esta semana, cerca de 3,5 mil médicos concluem o curso de capacitação para trabalhar no Programa Mais Médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, esta é a maior turma em formação desde o lançamento do programa há 10 anos. Com a retomada da iniciativa, no primeiro semestre, foram 34 mil pedidos de inscrição, o maior número da história. O ministério acredita que, até o fim deste ano, 28 mil profissionais estarão atuando nos municípios. Atualmente, 20 mil estão alocados.

Nesta terça-feira (28), os médicos que fazem o curso em São Paulo farão uma prova para ingressar no programa. Na segunda-feira (27), os profissionais tiveram uma aula intensiva de preparação para o teste. Eles precisam passar por esse exame que, entre outros assuntos, aborda atenção primária à saúde e o acolhimento dos pacientes.

"A gente vai pensar na população quilombola, na população ribeirinha, na atenção à saúde prisional, na população LGBTQIA+, e a gente traz tanto essas políticas como alguns problemas de saúde mais prevalentes, como hipertensão e diabetes, mas também tuberculose, hanseníase, malária, covid, raiva", disse Mariana Tomasi Scardua, coordenadora pedagógica do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) - Polo São Paulo.

Em São Paulo, 1,3 mil médicos que vão atuar nas regiões Sul e Sudeste fazem o treinamento, com duração de 30 dias. Após aprovação nesse módulo, eles terão a inscrição efetivada.

O curso também foi realizado na Bahia e em Minas Gerais para os médicos que vão trabalhar nas outras regiões do país. Os aprovados terão de 4 a 8 de dezembro para se apresentar nos municípios. Os médicos formados no exterior ou estrangeiros vão receber um registro temporário para atuar enquanto não passam pelo Revalida, exame que valida diplomas de medicina de formados fora do Brasil.

O objetivo do Ministério da Saúde é ampliar ainda mais o programa. "No primeiro semestre já foi possível recompor o quantitativo de profissionais que estavam no programa ao longo do tempo. Ele vinha sendo bastante descaracterizado e, agora, nesse segundo semestre, estamos providenciando vagas novas. Vamos chegar a 28 mil médicos alocados até o final deste ano", disse Felipe Proenço de Oliveira, secretário adjunto de Atenção Primária do Ministério da Saúde.

Nídia Machado é formada na Nicarágua. "Eu já trabalhei aqui [no Brasil], mas com uma liminar. Ao final do processo, eu perdi e tenho que fazer o Revalida", explicou.

Ela disse que há similaridades entre as doenças encontradas no seu país e, especialmente, na Região Norte do Brasil.

A médica Gabriela Ferrari Santos participa do curso em São Paulo e avalia o programa como uma oportunidade para levar atenção básica a toda população. "Para que o brasileiro entenda a importância do SUS [Sistema Único de Saúde], colocar o SUS em prática de verdade e mostrar para a nossa gente que a gente tem o melhor sistema", avalia.

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PORTAL G1

Mãe vai receber indenização de mais de R$ 22 mil após ter o parto negado pelo plano de saúde em MG


Uma mulher que teve o parto negado pelo plano de saúde Unimed receberá indenização por danos materiais e morais no valor total de R$ 22.300. O caso ocorreu em João Pinheiro em outubro de 2022.

Em dezembro do ano passado, a mulher solicitou a indenização na Justiça, em João Pinheiro, mas em junho de 2023 o pedido foi negado sob a justificativa de que o plano contratado estava em período de carência, que a cliente afirmou não ter conhecimento.

A defesa da mulher, então, entrou com recurso na Turma Recursal de Paracatu, que acatou o pedido dela.

O g1 entrou em contato com a Unimed e aguarda retorno. A reportagem procurou a Qualicorp, responsável por comercializar o plano, que afirmou que "não comenta processos judiciais envolvendo beneficiários".

Uso do plano negado A paciente teve um plano de saúde ambulatorial e hospitalar com obstetrícia da Unimed até 31 de outubro de 2021, que não tinha período de carência. Em dezembro daquele ano, ela foi informada pela Qualicorp, administradora de benefícios pelo qual foi obtido o plano, de que o plano tinha sido cancelado.

Durante a negociação foi oferecido à mulher a possibilidade de adquirir o plano novamente. Segundo a cliente, ela só aceitou a proposta após confirmar que o novo plano seria igual ao antigo.

Em outubro de 2022, a grávida entrou em trabalho de parto e quando chegou ao hospital foi informada de que o plano estava em período de carência, e por isso não poderia cobrir os custos do procedimento.

Ainda no hospital, a paciente e o marido ficaram em contato com os responsáveis pelo plano por mais de 6 horas, sem resolução para o problema. Conforme o casal, as empresas pediram prazo de 48 horas para darem uma resposta.

Como não podia esperar, o marido pegou dinheiro emprestado com amigos e familiares para realizar a cesárea de forma particular. O custo total foi de R$ 7.300.

De acordo com os advogados da paciente, Iuri Furtado, Jamir Andrade e Bruna Andrade, a situação causou desespero nela e no marido devido a incerteza do que poderia ocorrer.



"Os requerentes, em uma situação de total descontrole emocional, em um momento que era para ser de extrema felicidade e atenção total para seu filho que estaria prestes a nascer, tiveram que se preocupar com tal situação e como arrumaria o dinheiro para pagar o procedimento." ð² Receba no WhatsApp notícias do Triângulo e região



O caso judicial Em dezembro de 2022, o casal pediu na Justiça de João Pinheiro indenização por dano moral e dano material de R$ 37.300. A defesa argumentou que a mulher contratou um plano de saúde nas mesmas condições e regras do primeiro, sem nenhuma carência.

A petição, no entanto, foi negada pelo 2º Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de João Pinheiro. A sentença foi dada apenas em junho de 2023.

Após a negativa, a defesa entrou com recurso na Turma Recursal do Grupo Jurisdicional de Paracatu, que acatou o pedido. Na decisão, o juiz Maurício Pinto Filho considerou Qualicorp e Unimed culpadas.

Assim, as duas empresas foram condenadas a pagar R$ 22.300 como indenização. Destes, R$ 7.300 são referentes à restituição pela despesa do parto, e R$ 15 mil o casal pelos danos morais sofridos.

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Em caso raro, quadrigêmeos nascem em Goiânia

As crianças nasceram em menos de cinco minutos. Os bebês e a mãe estão bem.

Por Thais Alves, g1 Goiás

A gerente de marketing Kassia Cristina Freitas deu à luz a quadrigêmeos nesta terça-feira (28), em Goiânia. As crianças nasceram em menos de cinco em um parto cesárea. Os bebês e a mãe estão bem.

A irmã da Kássia, Katiuscia Christiane, contou que todos estão muito felizes com a chegada dos quadrigêmeos e que o pai acompanhou todo o parto.

De acordo com a médica Rita de Cássia Borges, os bebês nasceram com ótimos pesos, mas precisaram ser internados na UTI. A previsão de alta para os irmãos é de no mínimo quatro semanas dependendo da evolução de cada bebê, já a mãe deve receber alta entre 48h a 72h.

"Eles ficarão no mínimo um mês. Precisam corrigir para 34 semanas no mínimo . Eles estavam com 30 semanas e quatro dias".

A médica contou que eles não foram entubados porque eles estão com bons níveis de saturação, oxigênio no sangue. Após este período, terão cuidados mais específicos para prematuros.

"Até o momento não há necessidade de intubação. Estão no oxigênio apenas".

A pequena Lívia Luiza nasceu com 1,165 kg e 35 centímetros. Já, Aurora está com 37 centímetros e o seu peso é de 1,085 kg. Ulisses, o maior entre os irmãos, nasceu com 42 centímetros e 1,480 kg. Ícaro está com 1,225 kg e 38 centímetros.

Kassia Cristina Freitas estava grávida de dois pares de gestações monocoriônicas-diamnióticas, uma situação que ocorre uma vez a cada 70 milhões de gestações.

A gerente de marketing tem um filho de 4 anos chamado Davi e com a gravidez dos quadrigêmeos ela passou a morar com os pais para receber uma assistência maior.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médico é condenado por racismo

A condenação marca um episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou o médico Márcio Antônio Souza Júnior a pagar R$ 300 mil a título de indenização por danos morais coletivos. A condenação, resultante do crime de racismo, marca o episódio lamentável ocorrido na Fazenda Jatobá, em 15 de fevereiro de 2022. A sentença foi proferida pela juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal.

O médico, que era proprietário da fazenda, filmou um caseiro negro com as mãos e os pés acorrentados por uma gargalheira em seu pescoço, simulando uma cena do período escravocrata. O vídeo, posteriormente compartilhado nas redes sociais, causou indignação e repúdio nacional e internacional.

Segundo informações do processo, o funcionário, que recebia um salário-mínimo para realizar serviços pesados na fazenda, foi abordado pelo acusado enquanto mostrava os apetrechos armazenados na igrejinha da propriedade. O médico então acorrentou o trabalhador, proferindo palavras ofensivas e insinuando que ele estava em uma "senzala" por não ter estudado.conteúdo sensível

Durante as investigações, foram apreendidos objetos que chancelam a denúncia apresentada pelo Ministério Público: uma gargalheira, um par de grilhões para mãos sem corrente e um par de grilhões para pés com corrente.

O valor da sentença será dividido entre a Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas.

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ESTADÃO

Artigo - Contra eventuais abusos: entenda a lei que garante companhia à mulher nos serviços de saúde


A Lei 14.737, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 28 de novembro de 2023, amplia o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados, com ou sem necessidade de sedação. Essa lei estabelece que, em consultas, exames e procedimentos realizados em unidades de saúde públicas ou privadas, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, independentemente de notificação prévia.

Importante esclarecer os principais pontos e direitos estabelecidos pela nova lei que dispõe sobre o direito da Mulher possuir um acompanhante durante procedimentos de saúde, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.

De acordo com a nova lei, toda mulher tem o direito de ser acompanhada por uma pessoa maior de idade durante todo o período do atendimento, sem necessidade de prévia notificação. Este acompanhante pode ser livremente indicado pela paciente ou, nos casos em que ela esteja impossibilitada de manifestar sua vontade, por seu representante legal.

É importante ressaltar que o acompanhante escolhido estará obrigado a manter o sigilo das informações de saúde às quais tiver acesso durante o acompanhamento, preservando a privacidade da paciente.

Nos casos em que a paciente não indique um acompanhante e o atendimento envolva sedação ou rebaixamento do nível de consciência, a unidade de saúde deverá indicar uma pessoa para acompanhá-la, preferencialmente um profissional de saúde do sexo feminino, sem custo adicional para a paciente. Ela terá o direito de recusar o nome indicado e solicitar a indicação de outro, sem a necessidade de justificativa.

É estabelecido também que, em situações de atendimento com sedação, caso a paciente renuncie ao direito de ser acompanhada, deverá fazê-lo por escrito, após esclarecimento de seus direitos, com no mínimo 24 horas de antecedência, assinando o documento que será arquivado em seu prontuário.

Para garantir o pleno conhecimento desse direito, todas as unidades de saúde do país são obrigadas a manter um aviso visível em suas dependências, informando sobre a possibilidade de acompanhamento durante o atendimento.

Vale ressaltar que em situações específicas, como atendimentos em centro cirúrgico ou unidade de terapia intensiva com restrições relacionadas à segurança ou à saúde dos pacientes, poderá ser admitido apenas um acompanhante que seja profissional de saúde.

Nos casos de urgência e emergência, os profissionais de saúde estão autorizados a agir na proteção e defesa da saúde e da vida da paciente, mesmo na ausência do acompanhante requerido.

Esta legislação reforça o compromisso com a garantia de direitos, a privacidade e o apoio às mulheres em situações de saúde, proporcionando-lhes a possibilidade de um acompanhamento adequado e respeitoso durante o atendimento médico.

A nova Lei visa promover, sobretudo, a segurança das mulheres em momentos de vulnerabilidade durante procedimentos médicos em que há o uso de substâncias sedativas. A nova legislação amplia o direito de acompanhamento para todas as mulheres em atendimentos de saúde, indo além das normas anteriores que limitavam esse direito apenas a parturientes e pessoas com deficiência, buscando assegurar um suporte mais amplo e proteção durante o atendimento médico, destacando sua importância e impacto na assistência à saúde das mulheres no Brasil.

*Juliana Hasse, advogada com MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Saúde pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, especializada em Direito Médico e Hospitalar pela EPD - Escola Paulista de Direito, presidente das Comissões Especiais de Direito Médico e da Saúde da OAB São Paulo. Especialização em Direito da Saúde e Proteção de Dados em Saúde pela Faculdade de Direito de Coimbra - Portugal

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O TEMPO

Falta de acesso à saúde mata 5 vezes mais do que a Covid


"Por que você não trouxe ele antes?". A frase que ecoa na mente de Carla Cristina de Marins, 22, foi dita por uma médica após ela ter travado uma luta judicial de quase três meses contra o Sistema Único de Saúde (SUS) pela transferência do filho para um hospital com a estrutura necessária para o tratamento do bebê. Com o pequeno de 3 meses agonizando no colo, o diálogo finalizou com um seco "complicado, né, mãe?", vindo da profissional de saúde, com a conclusão de não haver mais o que fazer. O fim da vida de Pedro Lucca, alguns dias depois, não é um caso isolado. Ele compõe um universo de 898,4 mil mortes classificadas como "evitáveis" ocorridas em Minas Gerais, em dez anos, o equivalente a quase 90 mil por ano. A falta de oportunidade de realizar um tratamento possível matou cerca de cinco vezes mais no Estado do que a pandemia de Covid-19, que foi a maior crise sanitária enfrentada no século, com 65,9 mil perdas humanas em 3 anos e 8 meses, desde que ocorreu o primeiro óbito de coronavírus no Estado.

Desde a primeira morte por Covid em Minas, já se passaram 44 meses. Ou seja, são menos de dois óbitos por mês (1,49). Já as causas evitáveis mataram mais de sete pessoas (7,49) mensalmente. Na prática, a pandemia que chocou pela alta mortalidade é, até o momento, cinco vezes menos fatal do que a falta de estrutura enfrentada por uma parcela da população.

Conforme dados do Ministério da Saúde, de 2011 a 2021, 38.113 crianças menores de 5 anos tiveram mortes evitáveis no Estado. Segundo Fausto Pereira dos Santos, especialista em políticas públicas, gestão e saúde, o conceito de óbitos evitáveis diz respeito a perdas que não poderiam ocorrer, uma vez que existe assistência adequada. "É quando um conjunto de situações poderia ter sido diferente. Por exemplo, na prematuridade, um pré-natal bem conduzido é capaz de evitar a morte do bebê", explica o especialista.

O filho de Carla tinha uma doença genética rara, a leucinose, que ocorre por um erro inato do metabolismo. Um a cada 185 mil recém-nascidos recebe o diagnóstico, mas, diferente do que aconteceu com Pedro Lucca, podem seguir a vida ao cumprir com um tratamento, sobretudo, nutricional. A doença não era o grande problema para a família, e sim a falta de atendimento especializado na região, a dificuldade na transferência para a capital e um atraso de 90 dias no cumprimento de uma liminar que exigia a solução em um prazo de 48 horas.

Após inúmeras complicações, como infecções e efeitos adversos à dieta, Pedro Lucca conseguiu um leito de UTI Neonatal em BH, quando já era tarde demais para ele. A equipe assistencial assumiu que não havia mais como salvá-lo, desligou os aparelho e colocou o bebê no colo da mãe.

"Disseram que ele estava preparado para ir no meu colo. O Pedro estava todo deformado, e senti o coraçãozinho dele ir parando. A médica cochichou algo no meu ouvido, mas nem escutei, só conseguia pensar que lutei muito e acabei com ele morrendo no meu colo", lamenta a mãe.

Uma história bem diferente da presenciada pela própria Carla: o primo dela, Matheus, 3, também tem a doença, conseguiu leito, está passando por tratamento em BH e, seguindo a dieta, celebra a vida a cada aniversário. "Sempre achei que meu filho fosse viver bem, igual ao Matheus", diz.

Pedro Lucca não teve a mesma sorte. Nem mesmo a liminar garantida na Justiça foi atendida dentro do prazo. Porém, há situações em que o tempo dos tribunais também supera o da saúde. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, em Minas Gerais, um processo de alguém que luta pela vida demora em média 459 dias (um ano e três meses) para ser julgado. O intervalo no Estado é 5% maior do que a média nacional. No país, o tempo médio até que uma causa de direito à saúde seja julgada é de 436 dias (um ano e dois meses). Para se ter ideia, a espera por um transplante do coração é cinco vezes mais rápida do que a espera por uma sentença. Neste ano, de 1º de janeiro a 27 de agosto, a maioria dos pacientes recebeu a doação em até três meses, segundo o Ministério da Saúde.

Na avaliação do desembargador Alexandre Quintino, superintendente de Saúde do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Justiça, quando acionada para uma causa de saúde, faz uma série de análises, entre elas da urgência do problema. "Há uma suposição de que essas causas são 'ganhas' por serem de vida ou morte. Mas a possibilidade de conseguir ou não é igual. Aquilo que dizem ser urgência e emergência, muitas vezes, não é, ou nem chegaria ao Poder Judiciário", diz. O tempo de tramitação, segundo ele, segue um protocolo. "Para a Justiça, é questão de analisar os pedidos feitos, seja de tratamento, medicamento etc. Precisa analisar se os medicamentos estão ou não registrados na Anvisa, se estão no SUS, se existe ou não aplicação de casos. Nos embasamos na medicina de evidências", afirma.

Uma vida de dor por um tratamento restrito

Vitorino Gomes, 51, tem uma doença rara como herança genética da família. É a Doença de Fabry (DF), causada pela falta da enzima alfa-galactosidase A nas células do corpo. Após quatro décadas vivendo de forma limitada pelas dores, conseguiu na Justiça o acesso pelo SUS ao medicamento Fabrazyme, que tem um custo de R$ 22 mil a unidade (se particular, o valor mensal seria de R$ 88 mil). A conquista é um alívio, mas tem seu preço: assistir à sua filha Sara, 15, e outros familiares não terem a mesma "sorte". Um de seus irmãos, com a doença mais avançada, já não consegue andar.

Em 2020, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) decidiu não incorporar o Fabrazyme ao SUS, mesmo ele sendo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O impacto orçamentário ao SUS é potencialmente superior à sua capacidade de pagamento", diz o relatório do órgão.

O preço alto, para Vitorino, não é só monetário. "Cresci sem saber o que tinha e, hoje, sou muito debilitado. Meus membros são inchados, e tenho problemas pulmonares, auditivos, renais, circulatórios. É uma doença degenerativa, e infelizmente precisamos lutar para ter o tratamento", diz.

A filha dele, de 15 anos, tenta o suporte do SUS desde 2020. "A cada dia, o corpo da Sara tem mais danos. Tenho medo que um órgão vital seja afetado, ou que ela fique comprometida como eu", lamenta.

Para o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), Luciano Moreira de Oliveira, situações como essa pressionam novas políticas públicas. "Algumas tecnologias têm evidência, estão em outros países, funcionam no privado e mostram uma lacuna do SUS. São populações que não estão sendo reconhecidas", afirma.

Números

Após o julgamento, um processo leva, em média, mais sete meses para ser encerrado nos tribunais mineiros. No Brasil, a média é de mais oito meses até a baixa da ação. A média calculada pelo Conselho Nacional de Justiça considera o período de agosto de 2022 a agosto de 2023.

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FOCO NACIONAL

Encontro do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira abordou aspectos atuais que impactam na rotina de trabalho

Especialistas convidados promoveram debates sobre inteligência artificial, inclusão de pessoas com deficiência e gestão de carreira

A segunda reunião de 2023 do Comitê Regional de Gestão de Pessoas da Unimed Federação Centro Brasileira foi realizada em 23 de novembro, reunindo colaboradores da Federação e de diversas Unimeds federadas, em um encontro presencial na sede da entidade.

A pauta abordou assuntos que impactam no relacionamento interpessoal das cooperativas, como mencionou Fabiana Daniel, superintendente da Federação. “Falamos de inteligência artificial, algo que costuma assustar, mas que já está presente. Também convidamos especialistas com grande know-how sobre carreira, como a Cibele Gayoso, que trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência”, descreveu.

A primeira apresentação teve como tema “Inteligência artificial x Inteligência emocional”, que mostrou como a IA pode automatizar algumas funções do departamento de Recursos Humanos, até mesmo no momento de fechar contratos.

O bate-papo foi comandado pela analista de Cargos e Salários da Federação, Lorena Vaz, e pelo assistente da área de projetos, Arthur Oliveira. Eles mostraram que as ferramentas de IA já estão presentes no dia a dia e não se tratam de recursos complexos para serem usados. Por exemplo, o ChatGPT, de criação de textos; Gamma, de formulação de apresentações; e Leonardo AI, de imagens. 

“Existe o medo de que essa tecnologia vá substituir os profissionais, o que não é verdade, mas nós teremos que mudar nossas competências para esse mundo de convivência com a IA”, comentou Fabiana.

“O bom desse processo (de uso da IA) é a mescla de competências nossas e da plataforma, pois são os humanos que geram as instruções”, acrescentou Lorena, comentando ainda sobre a economia de energia proporcionada pela IA para essas tarefas que poderiam tomar um grande tempo dos colaboradores.

Assim, é possível utilizar a inovação tecnológica para a sustentabilidade do negócio, como ressaltou Arthur. “Existem cerca de 120 ferramentas de IA e esse dado é do mês passado. Agora, esse número deve ser muito maior. São recursos que precisamos monitorar o tempo inteiro e contar para as outras pessoas que podem aproveitá-las, pois não podemos lidar com elas como uma substituição, mas como um apoio”.

Por fim, os especialistas mostraram que inteligência artificial e emocional não são dois pontos separados. Eles se conectam, pois a maior inserção das tecnologias no cotidiano influencia na necessidade do trabalho empático, criativo e com habilidades sociais dos indivíduos que irão comandar os softwares.

“A IA surgiu para substituir o trabalho que os humanos fazem como robôs. Assim, podemos ter mais tempo para sermos humanos, em momentos com a nossa família, por exemplo”, resumiu Arthur Oliveira.

A inclusão da pessoa com deficiência na cooperativa

O segundo tema abordado no encontro foi a inclusão de pessoas com deficiência nas cooperativas, com palestra de Cibele Gayoso, consultora da Estilo Empresarial Consultoria.

Ela mencionou que existe um histórico de exclusão e, mesmo com as evoluções da sociedade, ainda há um inconsciente coletivo que impede a inclusão.

Assim, há o perigo de surgir um ciclo de adoecimento, sendo que o distanciamento do mercado de trabalho pode causar sofrimento psíquico na pessoa com deficiência (PCD), e esses transtornos psicológicos são capazes de afastar ainda mais a inserção nos empregos.

“Quando tiramos uma PCD de casa e ela começa a receber um salário, isso promove autonomia e um vigor que nasce na relação com todos os âmbitos da sociedade”, afirmou Cibele, relatando que as famílias também podem ter a tendência de evitar que a pessoa entre no mercado, em uma tentativa de protegê-la.

Porém, é preciso diferenciar a integração da inclusão. O primeiro termo indica a situação em que as empresas contratam PCDs, mas as segregam dos demais funcionários, impedindo que o trabalho seja feito adequadamente. Já incluir é promover um ambiente em que todos conseguem realizar suas funções. 

Tal inclusão está relacionada à equidade, que é oferecer condições adequadas às necessidades de cada indivíduo. “Depois de contratar a PCD, há um olhar de empatia pelos Recursos Humanos, como para auxiliá-la na missão de alcançar cargos maiores?”, questionou a consultora.

É por isso que todos na empresa precisam ser sensibilizados para o processo de acolhida, o que começa com a seleção adaptada, no entendimento das necessidades, no estudo da jornada da carreira dentro da instituição e o mapeamento de oportunidades. Em resumo, “não excluir antes de conhecer”, esclareceu.

A importância da gestão de carreira

Para finalizar a segunda edição do Comitê Regional de Gestão de Pessoas, a Unimed Federação Centro Brasileira convidou o fundador da Avante Consultoria, Milton Marinho, e a gerente de Desenvolvimento Humano da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Sarah Nunes, para orientar os participantes sobre a gestão de carreira. 

A analista de Recursos Humanos da Unimed Caldas Novas, Valquíria Rodrigues, contou que o conhecimento adquirido durante todo o dia será valioso para as futuras ações que a federada pretende colocar em prática. “É o nosso primeiro ano de departamento de Recursos Humanos (na operadora). Por isso, todos os assuntos abordados são bastante úteis para o crescimento e projetos que teremos em 2024”.

Já Valdirene Santos, gerente geral da Unimed Araguaína, destacou a importância de ter momentos como os proporcionados pelo evento para ampliar os conhecimentos sobre a gestão de pessoas em um cenário em que tudo exige pressa, o que impacta nos níveis de estresse entre os colaboradores e produtividade. 

“O maior desafio atual de uma organização é desenvolver pessoas. Isso é o que faz a gestão fluir e caminhar. Então, temos que estar sempre atentos ao desenvolvimento para que eles (os colaboradores) saibam que são importantes e que fazem parte do crescimento da empresa”, esclareceu. 

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Assessoria de Comunicação

Decisão saiu, hoje, 28, no Diário Oficial da União

Todas as mulheres agora têm direito a um acompanhante maior de idade, sem que haja necessidade de aviso prévio, durante as consultas médicas, exames e procedimentos realizados em unidades públicas e privadas de saúde. O direito foi ampliado pela lei 14.737/2023, publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial da União.

A nova legislação altera a Lei Orgânica da Saúde (8.080/1990) e determina ainda que - em casos de procedimento com sedação que a mulher não aponte um acompanhante - a unidade de saúde será responsável por indicar uma pessoa para estar presente durante o atendimento. A renúncia do direito deverá ainda ser assinada pela paciente, com um mínimo de 24 horas de antecedência.

Informação

As mulheres também devem ser informadas sobre esse direito tanto nas consultas que antecedam procedimentos com sedação, quanto por meio de avisos fixados nas dependências dos estabelecimentos de saúde.

Para centros cirúrgicos e unidade de terapia intensiva em que haja restrição por motivos de segurança à saúde dos pacientes, o acompanhante deverá ser um profissional de saúde.

O direito de acompanhamento da mulher só poderá ser sobreposto nos casos de urgência e emergência, pela defesa da saúde e da vida. Isso só poderá acontecer quando a paciente chegar desacompanhada à unidade de atendimento.

Antes, a Lei Orgânica da Saúde garantia o direito a acompanhamento somente nos casos de parto ou para pessoas com deficiência. E esse direito alcançava apenas o serviço público de saúde.

https://in.gov.br/web/dou/-/lei-n-14.737-de-27-de-novembro-de-2023-526247935

Fonte: Agência Brasil

Terça, 28 Novembro 2023 09:26

CLIPPING 28/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões

Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde

Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu

Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer

Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes

Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família

O GLOBO

Grupo liderado por médica é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões


Um grupo liderado pela médica Patrícia Adi Massat é suspeito de fraudar planos de saúde em mais de R$ 2 milhões, através do recebimento de reembolsos de consultas e exames médicos falsos.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a quadrilha atuava numa sala comercial em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Patrícia, que é a dona do espaço, também era a responsável por conseguir as informações para aplicar os golpes nos planos de saúde.

O esquema passava também por outras vítimas, como colegas médicos e outros prestadores de serviços de medicina.

Segundo a polícia, Patrícia contratava esses profissionais para trabalharem na clínica dela e, sem que eles soubessem, ela falsificava assinaturas e outros itens, como carimbos pessoais.

A ideia do grupo era conseguir pedir reembolsos a pelo menos três grandes operadores de planos de saúde. Uma das vítimas, que não quis ter sua identidade revelada, contou ao RJ2 como soube do golpe.

"Tinham quase 50 recibos com meu nome que eu não reconhecia, que eu não emiti, com um carimbo meu falso que eu nunca dei autorização para fazer. Tinha e-mail de vários lugares. Um que eu trabalhava e outros dois lugares que eu nunca ouvi falar. Não sabia dessas clínicas e até de procedimentos que fogem um pouco da minha especialidade", revelou a médica.

O golpe funcionou por quase dois anos. Durante esse período, o grupo falsificou inúmeros procedimentos médicos, consultas e terapias, sempre inserindo dados verdadeiros de profissionais da medicina.

Com o recibo falso, a quadrilha pedia o reembolso ao plano de saúde. O plano avaliava e, se aprovado, pagava o reembolso para o cliente, que também era ligado ao grupo.

Golpistas confessam

O golpe milionário começou a ser descoberto pelas operadoras de planos de saúde, que suspeitaram do volume de pedidos de reembolso.

Com o avanço das investigações, os suspeitos confessaram o crime e fizeram um acordo com parte das empresas lesadas, restituindo os valores fraudados. Até o momento, o grupo devolveu mais R$ 2 milhões.

Nos depoimentos, Patrícia e uma outra médica envolvida no esquema, Catiana Contrim, afirmaram que a ideia de aplicar o golpe foi de Rodrigo de Mello Nascimento, durante a pandemia de Covid.

Os três não serão indiciados pelo crime de estelionato por terem feito acordo e devolvido os valores fraudados às empresas. Contudo, as investigações continuam para apurar a falsidade ideológica, já que eles se passaram por outros profissionais.

Fraude e ameaças

Um sentimento comum entre as vítimas do golpe é o de temor por retaliações do grupo que aplicava a fraude. Alguns dos profissionais que tiveram seus nomes utilizados no golpe toparam falar, mas não aceitaram revelar suas identidades.

As vítimas contam que durante o processo de apuração da fraude, os acusados ameaçaram com processos na Justiça, caso elas decidissem falar sobre o que sofreram.

Os advogados dos suspeitos informavam que as vítimas não poderiam comentar sobre o assunto, nem mesmo em grupos de mensagens, sob pena de serem presos.

"Eu sou a vítima e acabou que eu fui acuada por ela. Você se sente numa posição muito ameaçada, para não poder falar ( ) Só que a gente só tá aqui para falar a verdade", comentou a vítima.

Cremerj abre investigação

A Associação Brasileira dos Planos de Saúde disse que esse tipo de fraude investigada é comum e pediu atenção aos médicos.

"Essa falsificação de carimbos, atendimentos falsos, isso é um crime complexo. Mostra aí como verdadeiras quadrilhas estão se profissionalizando. ( ) Não ceda seu carimbo para um terceiro. A receita médica e todos os documentos são de responsabilidade do médico", comentou Cassio Alves, superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde.

A médica Patrícia Adi Massat foi denunciada pelas vítimas ao Cremerj, mas ainda continua atuando.

"Os processos éticos têm que ser abertos, essas pessoas têm que ser punidas com celeridade. As denúncias para os conselhos têm que ser feitas e acompanhadas", completou Cassio.

O que dizem os citados

Nenhum dos suspeitos de participarem do golpe topou falar com o RJ2. O advogado dos suspeitos informou que a investigação continua em andamento e que os envolvidos negam as acusações e vão se defender.

O Cremerj disse que abriu uma sindicância sobre o caso, que o procedimento está em andamento e segue em sigilo, seguindo o código de processo ético-profissional.

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O TEMPO

Mineiro tem gasto histórico de R$ 46,9 bi com a saúde

Em um cenário de judicialização em alta para se garantir acesso a consultas e medicamentos, a população é forçada a buscar alternativas de sobrevivência e a arcar com os custos da saúde. Estimativa da consultoria IPC Maps feita com exclusividade para O TEMPO mostra que os mineiros deverão gastar R$ 46,9 bilhões para custear remédios, planos, além de tratamentos médicos e dentários particulares em 2023. É o maior desembolso da série histórica em 29 anos de pesquisa. Em Belo Horizonte, as projeções são que a população invista R$ 8,12 bilhões, número também recorde.

Para se ter uma ideia do que essas cifras representam, em um Estado com cerca de 21 milhões de habitantes, um gasto de R$ 46,9 bilhões equivale a dizer que a saúde custará R$ 2.200 para cada mineiro. Mas a conta não é tão simples: alguns pagam mais, e muitos não têm dinheiro e aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) a solução ou improvisam.

Depois de ver os recursos da família serem empregados em saúde em uma proporção cada vez maior, Karina Icasatti, 48, buscou qualificação e praticamente se transformou na "terapeuta" do filho Gabriel, 11, nas horas vagas. A criança tem síndrome de Down, nasceu com uma cardiopatia (problema no coração) e com apraxia da fala (distúrbio que afeta a comunicação verbal), além de conviver com algumas sequelas motoras após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorrido em função de um diagnóstico equivocado. Graças às terapias e após muito empenho da mãe, ele aprendeu a andar aos 9 anos e hoje tem uma vida muito ativa.

A família chegou a investir mais de R$ 7.000 mensais para bancar dois planos de saúde e as terapias que não tinham cobertura das operadoras contratadas. "A saúde é uma novela porque a gente pode ter planos, mas, se não tiver os profissionais que precisamos, as opções são pagar ou ir para o SUS. O problema é que nem tudo tem na rede pública e o custo na rede particular é altíssimo. Já chegamos a pagar fisioterapia cinco vezes na semana, sendo cada uma R$ 180", conta Karina.

Ela então fez cursos e aprendeu como estimular Gabriel em casa para reduzir os gastos e o desgaste de enfrentar trânsito com o filho diariamente. Agora, o gasto mensal familiar é de cerca de R$ 3.000 com saúde, e Gabriel pôde passar da escola pública para a particular. "Priorizamos a saúde. Agora, conseguimos pagar a escola. Mas o maior gasto na nossa família é com saúde, sem dúvida alguma", diz.

No caso de Karina, o que pesa mais no orçamento são as terapias alternativas, mas o alto preço da saúde tem explicações mais amplas, segundo o diretor da IPC Maps, Marcos Pazzini. "Os idosos precisam passar por mais exames médicos e costumam depender de mais medicamentos para ter qualidade de vida. Quanto mais a população envelhece, mais se gasta com saúde. Se pensarmos na pandemia, vamos ver também uma preocupação maior das pessoas com as condições físicas porque estiveram mais próximas da morte, e várias hoje convivem com as sequelas de Covid-19", explica.

Economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead), Diogo Santos aponta uma "confluência de fatores" na tentativa de explicar o alto custo do setor.

"Os aumentos de preços de produtos e serviços de saúde no Brasil nos últimos anos são resultado, por um lado, da alta dependência do país da importação de medicamentos, de fármacos e de equipamentos médico-hospitalares. Por outro lado, nos últimos anos, tivemos um impacto muito forte da pandemia sobre as cadeias de produção no mundo inteiro, gerando escassez, aumentos de custo de produção e também uma desvalorização da moeda brasileira, que faz com que tudo que nós importamos fique mais caro", argumenta o especialista.

Brasileiros empurrados para a pobreza

A alta dos custos da saúde tem impactos econômicos e sociais: a cada ano, mais de 10 milhões de brasileiros são empurrados para a pobreza por causa desses gastos, de acordo com o Banco Mundial. Para especialistas, a conjunção de fatores, que incluem altos preços de produtos básicos para a sobrevivência, como os medicamentos, o empobrecimento da população e a indisponibilidade de recursos na rede pública, é uma mistura perigosa que "explode" nas mãos do Judiciário em um aumento vertiginoso de ações.

O empobrecimento detectado pela pesquisa tem uma explicação simples, como mostra o economista da Fundação Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipead) Diogo Santos: "Esses aumentos dos custos da saúde geram também uma diminuição do orçamento disponível das famílias para gastos com outras despesas", pondera ele.

Para o especialista, parte da solução do problema da saúde é econômica. "É muito importante que existam no país políticas ativas dos governos para desenvolver o complexo econômico industrial da saúde. Ou seja, expandir a produção, no Brasil, de bens ligados ao setor, como medicamentos. A medida pode ampliar a oferta dos serviços e ao mesmo tempo gerar emprego, desenvolvimento e melhorar o acesso da população à saúde ampla, de qualidade e gratuita".

Números

Em Belo Horizonte, por exemplo, a alta dos preços de produtos e serviços ligados à saúde de outubro de 2020 a setembro de 2023 foi bem acima da inflação acumulada no período. Enquanto o IPCA, inflação medida pela Fundação Ipead, no período ficou em 25,77%, os produtos farmacêuticos encareceram em média 37,36%; os óculos e lentes, 45,8%; os planos de saúde, 25,74%; serviços médicos e dentários, 11,43%; e serviços laboratoriais e hospitalares, 41,17%.

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JORNAL OPÇÃO

Cremego aponta renumeração abaixo do piso em edital para médicos de Porangatu

Edital propõe pagamento de R$ 68, R$ 45 e R$ 80 por hora de plantão

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) pediu a ratificação do edital para contratação de prestadores de serviço em Saúde da Prefeitura de Porangatu. Em ofício enviado à gestão de Vanuza Primo de Oliveira, a presidente do Conselho Sheila Soares Ferro Lustosa diz que os valores ofertados para o pagamento dos serviços estão “aquém do piso”.

O edital propõe o pagamento de R$ 68,19 por hora de plantão para médico clínico geral; R$ 45,46 por hora de plantão para médico auditor/regulador e R$ 80 por consulta para médico pediatra e médico oftalmologista.

De acordo com o Cremego, no entanto, o valor estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) para o exercício de 2023 é de R$ 18.709,99, o que equivale a um valor mínimo da hora de plantão de R$ 233,87.

O valor mínimo da consulta, segundo o Conselho, seria de R$ 229,77. “Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados”, disse.

Procurada, a prefeitura de Porangatu informou que a Secretaria de Saúde ainda não foi notificada sobre a recomendação.

Confira a recomendação do Cremego

Excelentíssima Senhora Prefeita,

A par de cumprimentá-la, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE GOIÁS – CREMEGO, no uso das atribuições conferidas pela Lei 3.268/1957, vem por meio do presente, expor e requerer o seguinte:

O Município de Porangatu – GO publicou o Edital de Credenciamento nº 003/2023, no qual são oferecidas vagas para as seguintes funções e respectivos valores dos serviços:

Médico Clínico Geral – R$ 68,19 por hora de plantão;

Médico Auditor/Regulador – R$ 45,46 por hora de plantão;

Médico Regulador/Intervencionista – R$ 70,83 por hora de plantão de segunda a
sexta e R$ 75,00 por hora de plantão nos fins de semana;

Médico Pediatra e Médico Oftalmologista – R$ 80,00 por consulta.

Todavia, os valores ofertados para pagamento dos serviços estão aquém do piso estabelecido pela FENAM – Federação Nacional dos Médicos, para o exercício de 2023 (no valor de R$ 18.709,99), porquanto, ao dividir o valor do referido piso por 80 (considerando a média de 4 semanas para cada mês) tem-se que o valor mínimo da hora de plantão corresponde à R$ 233,87.

Quanto ao valor da consulta, temos a registrar a FENAM também estabeleceu o piso mínimo, que corresponde à R$ 229,77 (vide informação no sítio da Federação – link http://www.fenam.org.br/2023/01/30/piso-salarial-da-fenam-2023/).

Tais valores (mínimos), tem o condão de garantir aos referidos profissionais, condições dignas de trabalho, bem como respeito e valorização, razão pela qual, merecem ser observados.

Assim, considerando que o Código de Ética Médica em vigor, determina que:
“Capítulo I
……………..
III – Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.”

“Capítulo II
É direito do Médico:
……………..
IV – Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada
onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a
própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse
caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina.

V – Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente,
quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer
condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina.”
(grifamos)

E considerando que a Lei 3.268/57 determina que:
“O conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos
supervisores da ética profissional em toda a República e ao mesmo tempo,
julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente.” (grifamos)

O CREMEGO considera que os valores para pagamento dos serviços médicos constantes no Edital de Credenciamento nº 003/2023, não condiz com o grau de formação destes, e menos ainda com o nível de responsabilidade inerente à função. Ademais, é irrefutável o fato de que o Município de Porangatu, ao fazer constar regras em desacordo com os preceitos legais supramencionados, macula o referido certame, tornando-o absolutamente ilegal.

Desta feita, pugnamos pelo recebimento e acolhimento do presente
ofício/impugnação, com a consequente determinação da RETIFICAÇÃO do Edital de Credenciamento nº 03/2023, a fim de que seja assegurado aos médicos, o pagamento pelos seus serviços equivalente ao citado piso salarial indicado pela FENAM em 2023, garantindo, assim, condições dignas de trabalho aos referidos profissionais, e à população, condições dignas de atendimento.

Sem mais para o momento, aguardamos resposta e nos colocamos à disposição para o que se fizer necessário.

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PORTAL G1

Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar autografam itens que serão leiloados para ajudar na construção de hospital beneficente para tratamento de câncer

No total, serão mais de 100 itens a serem leiloados. Projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.

Por Thais Alves, g1 Goiás

Artistas e criadores de animais de elite se engajaram em um leilão para ajudar na construção do Hospital de Câncer Francisco Camargo (HCG), em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. No total, foram mais de 100 itens leiloados. Os artigos doados são novos e foram autografados por artistas e jogadores como Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima e Neymar.

Veja a lista dos itens

Violão autografado por Zezé Di Camargo

Violão autografado por Gustavo Lima

Violão autografado por Mayara e Maraísa

Violão autografado por Chitãozinho

Violão autografado por Jorge e Mateus

Camisa autografada pelo jogador de futebol Neymar

Camisa autografada pelo jogador de futsal Falcão

Também foram leiloados carros e moto zero quilometro, joias e obras de arte. Para o público do agronegócio, teve animais de raça superior registrados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, prenhes de cavalo quarto de milha importado, sêmen de animais registrados e embriões de vacas famosas.

De acordo com a organização, cerca de 1000 pessoas iriam participar presencialmente do leilão, que aconteceu no Goiás Leilões na última segunda-feira (27), em Goiânia. Fora o público que iria acompanhar as transmissões ao vivo do evento pelo YouTube, através dos canais TV Arroba, do HCG e do cantor Zezé Di Camargo.

O cantor Zezé Di Camargo é embaixador do projeto e, em 2020, após o falecimento de seu pai, por câncer, o hospital passou a adotar seu nome como uma homenagem.

O hospital sem fins lucrativos já possui policlínica em funcionamento e, em breve, inaugurará uma nova ala. A previsão é que o hospital tenha mais de 100 mil metros quadrados de estrutura.

Segundo a organização, toda a obra, equipamentos e mobiliário do hospital estão sendo viabilizados com recursos privados. O projeto necessita de mais de R$ 300 milhões para a conclusão da obra.

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PORTAL JNN

Cobertura de doenças raras pelos planos de saúde ainda é desafio para pacientes

Pacientes com doenças raras ainda encontram dificuldades em obter a cobertura de tratamentos pelos planos de saúde, que muitas vezes são multidisciplinares e baseados em pesquisas científicas ainda em andamento. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 13 milhões de pessoas sofram com doenças raras, sendo que para 95% delas não há tratamento especifico. As operadoras de saúde, por sua vez, limitam-se a custear medicamentos, exames e procedimentos previstos no Rol de Procedimentos e Eventos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que, em geral, contempla apenas tratamentos padronizados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como doenças raras aquelas que acometem 65 em cada 100 mil pessoas. Em geral, essas enfermidades são condições crônicas, degenerativas, progressivas, incapacitantes e, até mesmo, fatais. E o tratamento para elas costuma ser de alto custo, o que dificulta o acesso dos pacientes.

Um exemplo é o medicamento ravulizumabe, indicado para a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença considerada rara pelo Ministério da Saúde. O custo de apenas um frasco dessa medicação pode ultrapassar os R$ 44 mil. E, apesar de ter registro sanitário no Brasil, o ravulizumabe ainda não foi incorporado no rol da ANS, o que leva as operadoras a negarem seu custeio.

O professor da pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto e advogado especialista em plano de saúde, Elton Fernandes, explica que a aprovação de tratamentos pelos planos de saúde segue padrões que não contemplam, por exemplo, as doenças raras. "O que se tem hoje é um protocolo padrão, feito para a maioria dos casos. Mas, quando o paciente possui uma doença rara, em geral ele excepciona todos os padrões. O que precisa, no final das contas, é ter um olhar mais aberto para a questão e que siga a ciência, a despeito do rol", destaca.

Acesso a tratamentos de doenças raras

Desde 2014, vigora a portaria 199 do Ministério da Saúde, que instituiu a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre seus objetivos, está o estabelecimento de diretrizes de cuidados às pessoas com doenças raras em todos os níveis de atenção do SUS e a ampliação do acesso universal e regulado das pessoas com doenças raras na Rede de Atenção à Saúde.

Como resultado, novos tratamentos têm sido incorporados pelo SUS para o tratamento de doenças raras. No início de agosto deste ano, por exemplo, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) indicou a incorporação de medicamentos para o tratamento da fibrose cística e da hemofilia, além do implante intravítreo de dexametasona contra edema macular diabético.

No caso dos planos de saúde, entretanto, a cobertura de tratamentos limita-se aos tratamentos listados no rol da ANS que, em geral, seguem as indicações da bula, conforme explica o advogado Elton Fernandes. "O rol de procedimentos da ANS prevê como regras gerais o tratamento clínico padrão, especialmente com tratamentos listados em bula, mas uma série de doenças raras costumam ser tratadas com medicamentos off label", pondera.

Tratamento fora da bula e experimental

Considera-se um medicamento off label quando ele é indicado para um tratamento ainda não previsto em sua bula. Diferentemente do tratamento experimental, que não possui evidência científica de sua eficiência, o tratamento off label é empregado de forma constante pela medicina, especialmente para doenças raras ou mesmo para crianças, cuja realização de estudos para lançar medicamentos é especialmente difícil em comparação aos demais.

Um exemplo comum de emprego de tratamento off label são os casos em que o medicamento não possui mais patente, o gera desinteresse da indústria farmacêutica pela atualização de sua bula com os tratamentos possíveis, descobertos mais recentemente. Isto porque, como explica o advogado Elton Fernandes, o processo de inclusão de novas indicações na bula é caro e nenhuma empresa vai se beneficiar exclusivamente disso.

"Na prática, o que acontece é que a bula do medicamento sem patente fica congelada com as indicações que já estão aprovadas pela Anvisa e não se consegue evoluir a bula com os novos tratamentos. Quem pagará pelos estudos científicos e pela mudança da bula para que terceiros se beneficiem? Mas a ciência é muito mais dinâmica, o que pode gerar a recomendação de uso off label do medicamento", pondera.

Lei prevê cobertura amparada pela ciência

O professor de Direito Elton Fernandes ressalta, no entanto, que a Lei dos Planos de Saúde prevê a cobertura de tratamentos com base na ciência, mesmo sem a indicação de tratamento em bula ou no rol da ANS, o que engloba os casos de doenças raras. "A Lei dos Planos de Saúde, atualmente, diz muito expressamente que sempre que houver a indicação médica de um tratamento com base na Medicina Baseada em Evidências, ou seja, sempre que houver evidências científicas de que esse tratamento tem reconhecimento técnico-científico para o caso, a cobertura pelo plano de saúde pode ser buscada", afirma o advogado.

O caminho para isso, porém, ainda tem sido a busca pela Justiça diante da recusa dos planos de saúde ao custeio de seus tratamentos, sobretudo para a cobertura para doenças raras.

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EDITAL CONCURSOS BRASIL

Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde, trabalho e família


Mais da metade dos brasileiros perdem o sono devido a uma angústia em comum: o dinheiro. A ansiedade financeira é fonte de preocupação para milhões de pessoas todos os dias, superando até mesmo as perturbações com saúde, trabalho e família.

É isso que mostra o levantamento da fintech Onze feito em parceria com a seguradora Icatu. Dos 8.573 trabalhadores entrevistados, 54% afirmaram que o dinheiro (ou a falta dele) é a preocupação constante de suas vidas. Os outros fatores apontados foram família (17%), saúde (13%) e trabalho (8%), todos eles com percentuais bem inferiores ao primeiro.

Uma das pessoas que sofrem com a ansiedade financeira é a auxiliar técnica de enfermagem Suzilene Tanaka, de 48 anos, que além do emprego principal tem trabalhado como temporária para complementar sua renda familiar. Ela afirma que dorme apenas três horas por dia.

Fabrícia Oliveira, de 41 anos, está desempregada e já sofre com problemas de saúde física e mental causados pelas preocupações com o dinheiro, inclusive depressão e pressão alta. "Se eu não aprender a conviver com as dívidas, eu vou surtar. Não estou conseguindo pagar todas as minhas contas, pago somente o que dá", diz.

Não ter dinheiro para emergências, como acidentes ou problemas de saúde, é o pior para 55% dos trabalhadores. Outros 42% se preocupam mais com não ter dinheiro suficiente para arcar com as contas mensais. Mais de 70% dos entrevistados pela Onze têm renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640).

Falta de dinheiro afeta a saúde

Assim como Fabrícia, 71% dos participantes da pesquisa são impactados emocionalmente por problemas financeiros e outros 20% desenvolveram problemas físicos. As principais condições citadas foram ansiedade (53%), insônia (41%) e problemas de relacionamento com amigos, familiares e parceiros (15%).

"Você acaba tendo desânimo de trabalhar. Eu comecei agora na área da saúde e essa área deveria ser mais valorizada, o salário da enfermagem é pouco, mesmo correndo risco de pegar doenças", afirma Suzilene Tanaka.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 27 Novembro 2023 07:04

CLIPPING AHPACEG 25 A 27/11/23

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Aplicativo para recrutar doadores promete facilitar de captação de sangue

Cora será fundamental para tratar crianças com câncer. Ninguém tem o direito de ficar contra

Doadores de sangue vão receber mensagens quando bolsas forem utilizadas

Famoso por mostrar a vida na roça, influenciador Jacques Vanier diz que terá filho por barriga solidária

Mãe se emociona após bebê passar por rara cirurgia ainda no ventre: 'Agora é cuidar dessa menininha'

"A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência"

Justiça é acionada contra o SUS a cada 20 minutos em Minas Gerais

Aluno com epilepsia cria protocolo contra crises na universidade

JORNAL OPÇÃO

Aplicativo para recrutar doadores promete facilitar de captação de sangue

Os estoques de sangue dos dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento que facilitará a ação voluntária de doadores. O Ministério da Saúde criou a plataforma miniapp Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. Com o aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação.

Além disso, o doador terá um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.

Sobre os serviços hemoterápicos o doador terá a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade.

De acordo com o ministério, o Hemovida vai facilitar a captação de doadores e conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. O aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira, 27. O anúncio de criação da plataforma foi feito no sábado, 25, Dia Nacional do Doador de Sangue.

“O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.

Para o Ministério da Saúde, a plataforma gratuita pode ser uma ponte entre os hemocentros da rede pública de saúde e os possíveis doadores. “O aplicativo desempenha um importante papel na disseminação de informações sobre a doação de sangue e campanhas em andamento”, diz a pasta.

Na plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras.

Critérios de doação

O aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.

Quem quiser se cadastrar no ConecteSUS Cidadão precisa baixaro aplicativo nas lojas Android ou iOS, ou por meio do site conectesus.saude.gov.br. O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).

Sangue doado

Segundo o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.

Além dos procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.

“Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.

As taxas de doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.

Segundo a coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados, Joyce Aragão, como estratégia para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde monitora diariamente o volume de bolsas de sangue em estoque nos hemocentros estaduais. Caso seja necessário, o Plano Nacional de Contingência do Sangue pode ser acionado, possibilitando o remanejamento de bolsas de sangue de outras unidades da federação para aquelas com alguma dificuldade, explica Joyce.

Voluntários

Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de 60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos. É preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.

“O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto”, recomenda a pasta.

Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.”

PEC do Plasma

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, destaca que o acesso à saúde de qualidade, a universalização de serviços e o atendimento gratuito para a população é prioridade do governo federal. Gadelha afirma, porém, que seria um retrocesso a permissão legal para comercialização de plasma no Brasil. A questão está em discussão no Congresso Nacional em uma proposta de emenda à Constituição (PEC).

“Foi uma conquista do Brasil ter proibido a comercialização de sangue na nossa Constituição. Antigamente, tínhamos uma situação onde os brasileiros precisavam vender o próprio sangue para ter um prato de comida”, enfatiza Gadelha, acrescentando que a OMS rejeita a ideia em debate no Legislativo brasileiro.

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Cora será fundamental para tratar crianças com câncer. Ninguém tem o direito de ficar contra

Políticos, pensando em eleições futuras, não podem operar contra a construção de um hospital que atenderá pacientes pobres de Goiás

O duplo é uma figura recorrente literatura — do americano Edgar Allan Poe aos russos Nicolai Gógol e Fiódor Dostoiévski. Digamos, portanto, que Marconi Ferreira Perillo Júnior, de 60 anos, é um duplo. De um lado, Marconi Perillo, a faceta mais conhecida, e, de outro, Ferreira Júnior, menos conhecido.

Como se sabe, Marconi Perillo, quando governador, construiu o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, o Crer, e o Hugol, o segundo hospital de urgências de Goiânia.

Imagine se na época da construção do Crer (foi inaugurado em 2002), Ferreira Júnior, comportando-se como se fosse um duplo — similar ao da história de William Wilson, de Poe —, contestasse Marconi Perillo, com o objetivo de impedir ou retardar a feitura da obra.

Se tivesse conseguido impedir a construção do Crer e do Hugol (inaugurado em 2015), Ferreira Júnior, o duplo, estaria prejudicando muito menos Marconi Perillo e muito mais os goianos — aliás, os brasileiros (porque as duas unidades não tratam apenas de pessoas nascidas em Goiás).

Porém, Marconi Perillo não enfrentou problemas político-eleitorais. Ferreira Júnior, por sorte, não prejudicou a construção do Crer e do Hugol. O duplo não entrou em contato com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público para tentar impedir a edificação e a administração das unidades de saúde. Todos entenderam que eram benéficas para a sociedade — notadamente para os mais pobres, aqueles que, em geral, não têm plano de saúde.

Portanto, sorte de Marconi Perillo que Ferreira Júnior, seu duplo, não era, por assim dizer, Caim. Era Abel.

Corre a informação de que Marconi Perillo, quiçá como vingança por causa de duas derrotas eleitorais — ambas para o Senado — e por que está se aproximando a eleição de 2026, quando, de acordo com aliados, planeja disputar o governo do Estado, opera, repassando críticas para jornais e tentando influenciar o Tribunal de  Contas do Estado, senão para impedir, ao menos para retardar a construção e o funcionamento do Cora — o hospital que vai tratar de crianças — e, em seguida, de adultos — com câncer. Gratuitamente. Muitos goianos não terão de percorrer o país — por exemplo, esperando na fila em Barretos — em busca de tratamento contra o câncer, um doença que, se o paciente não tiver plano de saúde e se não conseguir atendimento numa unidade pública de saúde, pode levar as famílias à falência.

Portanto, ao construir o Cora, o governador Ronaldo Caiado está pensando em duas questões. Primeiro, óbvio, tratar as pessoas com alta qualidade — salvando vidas. Segundo, o tratamento mais rápido, com médicos altamente gabaritados, tem alto índice de sucesso.

Por que, então, operar contra a construção do Cora? O duplo Ferreira Júnior decidiu aparecer e agir contra o próprio Marconi Perillo?

Veja-se a questão técnica. A Assembleia Legislativa aprovou a formatação jurídica que possibilita a implantação do Cora — via uma Organização da Sociedade Civil (OSC) —, sem quaisquer resistências, por entender que se trata de cuidar da saúde pública. A aprovação se deu em 3 de novembro de 2022 —  há um ano.

Pela Lei nº 21.642, o governo de Goiás foi autorizado a implantar  uma unidade de saúde semelhante, em qualidade, ao Hospital de Amor de Barretos (SP).

Pela lei, o Estado está autorizando a repassar recursos financeiros para implantar a unidade de saúde. A Lei Federal 13.019/2014 embasa a ação do governo goiano — repita-se, com projeto aprovado pelos 41 deputados da Assembleia Legislativa —, que, assim, poderá operar por intermédio de uma parceria social, na modalidade colaboração.

A parceria é com a Fundação Pio XII, que tem expertise na área de atendimento de pacientes em tratamento oncológico. Para implementar o Cora, a Secretaria de Saúde firmou, com a Agência de Infraestrutura e Transportes e a Fundação Pio XII, um Termo de Colaboração — cujo objetivo é implementar o Cora… para, insista-se, salvar vidas o mais rápido possível.

O atendimento será 100% pelo sistema SUS. Quer dizer, os pacientes não pagam — o atendimento é gratuito. E dizer isto é importante, é decisivo. Porque não se pode impedir que se trate, de maneira gratuita, aqueles que têm câncer. Não se pode impedir os pobres de serem atendidos e, sobretudo, de viver…

A Procuradoria-Geral do Estado debateu o modelo jurídico com os poderes estaduais. Não houve questionamento.  O Ministério Público, que é sempre exigente, não viu nenhum problema na celebração de parceria com uma organização idônea, como a Fundação Pio XII, da sociedade civil. O TCE, por certo, irá pelo mesmo caminho. Frise-se que o atual presidente do órgão, Edson Ferrari, é muito preocupado com a saúde das crianças.

Finalizando, oxalá Ferreira Júnior, o encosto, deixe Marconi Perillo, aquele que construiu o Crer e o Hugol, em paz. As crianças que sofrem com câncer, ao lado de seus pais, torcem para que Ferreira Júnior, o mau, deixe o “inocente” Marconi Perillo pensar na saúde dos que padecem. Parte da imprensa precisa ficar atenta para não aderir, digamos assim, ao irracionalismo niilista dos tempos pós-modernos. (E.F.B.)

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A REDAÇÃO

Doadores de sangue vão receber mensagens quando bolsas forem utilizadas

O programa Mensagem de Vida foi lançado neste sábado (25/11) pelo Governo de Goiás, por meio da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos - Rede Hemo. A iniciativa envia notificações para doadores de sangue via WhatsApp todas as vezes que os componentes das bolsas coletadas forem utilizados. Essa é uma forma do doador acompanhar e saber quando sua doação chegou ao paciente.

O programa foi desenvolvido pelo núcleo de tecnologia da informação do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social responsável pela gestão da Rede Hemo. A iniciativa pretende causar um impacto positivo nos doadores voluntários e incentivar a ação. 

Sangue seguro

O programa Mensagem de Vida reforça, ainda mais, o compromisso de transparência com o material coletado e seus doadores. O Secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vêncio, explica que o projeto pretende estimular que o doador retorne para realizar outras coletas, ao certificar-se sobre a efetividade da sua doação. “Pretendemos estimular as pessoas a se fidelizarem, pois agora deixará de ser uma atitude distante, que o doador não sabe ao certo se alguém foi beneficiado. Nossa expectativa é que o número de doadores regulares aumente”.

A secretaria estadual da saúde investiu na contratação de uma equipe profissional de gerenciamento de WhatsApp. Todas as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) serão asseguradas. “A mensagem só será enviada com a permissão do doador no momento em que realiza o cadastro para doação e, só então, realizaremos o contato, de forma padronizada”, garante o secretário. 

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PORTAL G1

Famoso por mostrar a vida na roça, influenciador Jacques Vanier diz que terá filho por barriga solidária

Criador de conteúdo usou as redes sociais para compartilhar a novidade especial. Publicação teve quase 10 mil comentários.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

Conhecido por usar o humor para compartilhar o estilo de vida na roça com as novidades da vida urbana, o influenciador Jacques Vanier usou as redes sociais para compartilhar que vai ser pai pela primeira vez. Ao g1, ele confirmou que a gestação acontecerá por meio de uma barriga solidária.

“Meu maior sonho é ser pai. Já venho pensando sobre isso há alguns anos e, no tempo de Deus, as coisas aconteceram”, afirmou ao portal.

Na publicação feita em um de seus perfis nas redes sociais, Jacques mostrou uma foto da ultrassom. “Logo estarei segurando em meu colo um bebê que eu sei que vai mudar minha vida e queria dividir essa alegria com vocês que eu sei que estão comigo há tanto tempo”, disse.

O criador de conteúdo possui atualmente 5,1 milhões de seguidores. Nos quase 10 mil comentários do post muitas pessoas se disseram surpresas com a novidade e desejaram felicidades para Jacques.

“Parabéns meu fiii, eu achei que era pegadinha e já fui lendo o final kk, mas é de verdade”, disse um internauta.

“Como assim?! Vc solta a bomba e sai correndo? Kkk Volta aqui e conta essa história direito”, comentou outra.

Conheça Jacques Vanier

Nascido em Goiás, o influenciador morou por um período nos Estados Unidos, onde começou a produzir conteúdos para a internet. Nas gravações ele misturava palavras em inglês com termos tipicamente goianos.

Goiano faz sucesso na web com expressões em 'goianês'

No primeiro vídeo em que viralizou, Jacques foi a um McDonald’s e pediu à atendente pamonha e caldo de cana grandes. A mulher não compreendeu e ele resolveu pedir galinhada. Ela pergunta do que se trata, ele explica, e acaba saindo do local com um sanduíche.

A partir dali, o jovem passou a fazer sucesso nas redes e retornou a sua terra natal.

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Mãe se emociona após bebê passar por rara cirurgia ainda no ventre: 'Agora é cuidar dessa menininha'

Médico goiano realizou a cirurgia em feto com tumor por meio de furo único na barriga da mãe. Equipamentos foram trazidos de São Paulo, e operação foi considerada um sucesso.

Por Barbara Ferreira, g1 Goiás

Maria Isabel ainda mora na barriga da mãe e já passou pela primeira cirurgia. Cada movimento dela é comemorado por Inaê Mariê, que grávida de 28 semanas foi submetida a uma cirurgia intrauterina, no último sábado (18). O procedimento é considerado raro em Goiás e os equipamentos foram trazidos de São Paulo até Goiânia. A cirurgia de 2 horas de duração ocorreu no Hospital Mater Dei Premium Goiânia e foi considerada um sucesso pelos médicos.

Durante o pré-natal, foi identificado que o bebê tinha sequestro pulmonar, “um tumor no tórax do que estava comprimindo o pulmão e coração do feto, além de produzir água no pulmão”, explica o médico obstetra especialista em medicina fetal, Jônatas Soares. Ele foi quem conduziu a cirurgia, juntamente com os médicos Maurício Saito, de São Paulo, e Lara Santillo, de Brasília.

A mãe, Inaê Mariê, contou sobre o processo.

“Eu só sentia muito medo, muito medo mesmo, o medo do meu bebê morrer era o sentimento maior que eu tinha”, disse.

O medo se misturava com a confiança que ela sentia na equipe de médicos. “Ao mesmo tempo medo e confiança, sim, de que tudo que pudesse ser feito, a gente faria”, explicou.

Cirurgia

Para solucionar o problema, os médicos realizaram uma fotocoagulação a laser guiada por agulha no feto, procedimento onde o tumor é queimado por um laser para diminuir a irrigação sanguínea e, consequentemente, a atividade dele. “Fizemos tudo por meio de um furo único na barriga da mãe, guiado por ultrassom”, explica Jônatas.

O médico detalhou o processo da cirurgia: “atravessamos a pele da mãe, o útero, entramos dentro da bolsa amniótica sem estourar a bolsa, entramos dentro do tórax do feto e depois dentro do tumor”. Ao final, foi colocado um dreno no tórax do feto para retirar a água do pulmão em direção ao líquido amniótico.

A necessidade de cirurgia foi identificada pelo médico em 9 de outubro deste ano. Os ultrassons se tornaram rotina para acompanhar o desenvolvimento do tumor, do bebê e a função do coração.

Riscos e benefícios

Esta é uma cirurgia delicada e há risco de perda do bebê, além de hemorragia intensa, lesão em outros órgãos do bebê, risco de parto prematuro e de romper a bolsa, de acordo com o médico. A decisão de prosseguir com o procedimento é tomada quando a chance do bebê falecer ou precisar nascer muito prematuro são superiores ao risco da própria cirurgia.

“Explicaram os benefícios e os riscos em relação à cirurgia, e a não realização da cirurgia traria muito mais riscos para o meu bebê do que os possíveis riscos vindos dela”, disse Inaê Mariê.

O médico ainda afirmou que com o tratamento, ganharam muito tempo e muito mais segurança em aguardar o bebê amadurecer mais para nascer. “Trocamos uma alta chance de mortalidade intrauterina ou neonatal do prematuro, por uma alta chance de sobrevivência”, destacou.

“Quando a gente descobriu que tinha piorado e que precisava ficar monitorando bem de pertinho a cada dois dias o desenvolvimento dessa condição, eu sentia muito medo dela morrer”, disse Inaê. Ela ainda perguntou ao médico como monitoraria a condição, se devia ficar no hospital, e ele disse que a mãe perceberia uma diminuição dos movimentos do bebê caso houvesse piora.

“Essas mexidinhas dela na minha barriga são uma conexão entre nós”, disse Inaê. Ela contou que acordava durante a noite para observar a movimentação, colocava músicas para o bebê, e que comemorava cada chute. “Se ela estava se movimentando, a gente ainda tinha tempo de cuidar, de buscar os recursos que precisavam”, completou.

Recuperação

Inaê Mariê e Maria Isabel ainda estão se recuperando da cirurgia. Quando acordou, a mãe relatou que sentia alegria e gratidão. “Eu passava a mão na minha barriga e eu fiquei muito feliz que tinha dado tudo certo”, disse.

A mãe continua tomando medicamentos para auxiliar na recuperação e garantir que o bebê nasça no tempo certo. O médico disse que a mãe e o bebê estão ótimos, e que a cirurgia foi um sucesso.

“Agora é cuidar dessa menininha para ela ficar crescendo e se desenvolvendo bem aqui na minha barriga e nascendo no tempo certo pra gente comemorar muito e abraçar ela bastante”, finalizou.

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FOLHA DE PERNAMBUCO

"A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência"


Saúde "A saúde precisa deixar de ser apenas uma agenda de emergência" A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defende o fortalecimento do SUS como resposta aos desafios do setor. Em entrevista à Folha Saúde, ela anunciou a intenção de reduzir as filas de espera em 45% até o fim do ano

Qual o diagnóstico que o ministério faz da saúde pública do Brasil?

O quadro que encontramos na transição de governo era desafiador. Tivemos um conjunto de retrocessos desde 2016, com o desmonte de uma série de políticas e a degradação da autoridade sanitária e do papel coordenador do Ministério da Saúde, sobretudo durante a pandemia de Covid-19. Isso se refletiu nos indicadores de saúde. Tivemos, no período, a redução da taxa de coberturas vacinais, com alto risco de reintrodução de doenças como a poliomielite, e o aumento acentuado das filas de exames, cirurgias e outros procedimentos. Na saúde infantil, houve o retorno de internações por desnutrição e a estagnação da mortalidade infantil, enquanto na saúde materna vimos quase que dobrar as taxas de mortalidade materna, um dado inadmissível. Houve grave descaso com a saúde da população nesses anos, em uma verdadeira política do abandono.

O que foi feito nos primeiros meses de sua gestão?

Nesse contexto, a primeira fase de nossa gestão foi, sobretudo, de reconstrução, com avanços. Buscamos reestabelecer o papel de coordenação nacional do Ministério da Saúde, com a retomada da relação interfederativa com estados e municípios, a recomposição do orçamento da saúde, para a qual a PEC da Transição foi fundamental, e a recuperação de diversas políticas bem-sucedidas, aperfeiçoadas a partir dos aprendizados com sua aplicação.

Esse período envolveu, portanto, a retomada do Mais Médicos, do Farmácia Popular, Brasil Sorridente, Saúde na Escola, a criação do Departamento de Saúde Mental e o fortalecimento dos CAPS e da RAPS, o incremento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o relançamento de campanhas de vacinação, reunidas no Movimento Nacional pela Vacinação, que tem por finalidade recuperar as altas taxas de cobertura vacinal. Com o Programa Nacional de Redução de Filas, pretendemos reduzir as filas de cirurgias em 45% até o fim do ano. Todas essas retomadas precisaram ser conciliadas com a resposta a emergências, como a própria Covid-19, a crise Yanomami e os desastres socioambientais, nos litorais de São Paulo e da Bahia, na região Sul e agora com as secas e queimadas na região Norte, que também afetam populações indígenas e vulnerabilizadas.

Entre tantas necessidades da saúde pública no Brasil, quais as prioridades do ministério?

Para responder a tantos desafios, precisamos avançar ainda mais no fortalecimento do SUS para que sua resiliência seja um fator determinante de preparação e prevenção. A saúde precisa deixar de ser uma agenda apenas de emergência. Por meio do Comitê Interministerial para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, queremos eliminar até 2030 doenças como a tuberculose e a malária, alinhados com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Pelo Mais Médicos, devemos chegar a 28 mil médicos até o fim do ano, a fim de cobrir os vazios assistenciais e fazer a atenção primária, porta de entrada do SUS, chegar a todos os brasileiros. Vamos conferir uma atenção destacada para a atenção especializada, para a qual estamos formatando uma política específica, e o Novo PAC irá dar um impulso para a universalização do atendimento e de serviços, como o SAMU, além de permitir a construção de Unidades Básicas de Saúde, Policlínicas e Maternidades, o fortalecimento do CEIS, a preparação para emergências sanitárias e a transição digital. Nosso objetivo com esse impulso é nos aproximarmos o máximo possível dos valores centrais do SUS, de universalidade, integralidade e equidade.

O Programa Nacional de Imunizações está completando 50 anos, com um histórico de unificação do calendário de vacinação. Há algum planejamento para os próximos anos no setor?

Esses 50 anos merecem ser celebrados. Graças ao PNI, contribuímos para erradicar a varíola no mundo, eliminamos doenças como a poliomielite no país e controlamos uma série de outras. O PNI já fez o Brasil ser referência em imunização no mundo, quando, a partir dos anos 90 até a metade da década de 2010, tivemos nossa população protegida com taxas de vacinação exemplares. São essas taxas que queremos reconquistar com o Movimento Nacional pela Vacinação. Mais do que de campanhas pontuais, precisamos da mobilização permanente de toda a sociedade para voltar a alcançar esse objetivo.

Para isso, lançamos a estratégia inédita do microplanejamento de campanhas, orientada pela OMS, um investimento de R$151 milhões que visa adaptar as ações de vacinação às realidades de cada estado e município, identificando áreas mais descobertas e mobilizando estratégias e comunicadores locais. As campanhas estaduais acontecem até o final do ano.

Celebramos estes 50 anos de PNI reafirmando que a ciência voltou e que a retomada das altas coberturas vacinais é tema prioritário do governo do presidente Lula. Estamos comprometidos com o combate à desinformação e à hesitação vacinal, querendo unir o país e mostrando que, se de um lado, vacinas salvam vidas, inversamente, a desinformação põe em perigo a todos nós, coletivamente, a começar pelas crianças e adolescentes. As famílias são fundamentais nessa proteção.

Como enfrentar e amenizar, em conjuntos com estados e municípios, a crônica falta de leitos hospitalares e as longas filas nas emergências públicas em todo o país?

Os últimos anos, de fato, agravaram muito o problema das filas, que já eram um desafio histórico no SUS devido ao subfinanciamento. Estima-se que R$ 60 bilhões deixaram de ser investidos no SUS desde 2016. A pandemia levou a um represamento acentuado dos procedimentos. O resultado foi a situação preocupante que encontramos na transição, para a qual não dispúnhamos sequer de dados para avaliar sua magnitude. Hoje, sabemos que são mais de um milhão de procedimentos represados.

Buscamos tratar disso desde o início de nossa gestão, lançando o Programa Nacional de Redução de Filas, com investimento de R$ 600 milhões a serem aplicados em três etapas. A retomada do diálogo com estados e municípios tem sido fundamental e, em junho, todos os estados e o Distrito Federal já haviam recebido recursos para apoiar a realização de cirurgias eletivas, na primeira etapa do programa. A expectativa é reduzirmos 45% das filas até o final do ano, com a destinação de R$ 200 milhões.

E como estão os investimentos nos hospitais filantrópicos?

Temos investido também nos hospitais filantrópicos 100% SUS, que respondem por 60% de nossos atendimentos e internações de alta complexidade. Aumentamos os recursos em R$ 82,6 milhões por ano, garantindo investimento total de R$256,7 milhões por ano para essas entidades. Ainda estamos ampliando o Mais Médicos, para chegarmos a 28 mil médicos pelo programa, e a infraestrutura da saúde será beneficiada pelo Novo PAC, com a universalização do SAMU e mais de 3 mil Unidades Básicas de Saúde, o que nos permitirá alcançar 73,1% da população, percentual muito próximo da população que depende exclusivamente do SUS, além de novas policlínicas e maternidades.

Como está sendo a retomada dos investimentos públicos em pesquisa no Brasil? Quais as prioridades do ministério no setor?

A ciência é um instrumento de geração de valor, de inovação, de riquezas, de soluções para os desafios nacionais, de inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Ao longo de 2023, o Ministério da Saúde atuou em diversas frentes para que pautas intersetoriais e interministeriais fossem retomadas. Apresentamos uma Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o CEIS, para o qual a pesquisa e a inovação são fundamentais e pelo qual esperamos chegar, em 10 anos, à produção nacional de 70% dos bens de saúde necessários ao SUS. Essa estratégia de reindustrialização por meio da saúde tem investimento previsto de R$ 42 bilhões para ações de diversos tipos, incluindo pesquisa. Nesse sentido, também retomamos a publicação de editais e chamadas públicas para pesquisas em saúde, com a previsão de cerca de R$ 250 milhões em 2023 em parceria com o CNPq. Temos estabelecido ainda parcerias com atores internacionais para incentivar a pesquisa de cientistas brasileiros em inteligência artificial, a fim de desenvolver ferramentas de atendimento e gerenciamento, como parte da transição digital do SUS, contando para isso com um investimento de R$ 2,5 milhões.

A qualificação dos profissionais é também uma ponte entre ciência e saúde. Um exemplo disso é a oferta de especialização, mestrado e doutorado como atrativo no programa Mais Médicos. Nossas ações concretas ao longo do ano mostram que a ciência e a tecnologia são insumos estratégicos para o desenvolvimento nacional e contribuem para o acesso aos direitos fundamentais básicos, como a saúde.

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O TEMPO

Justiça é acionada contra o SUS a cada 20 minutos em Minas Gerais


"A saúde é um direito de todos e dever do Estado". Se, de um lado, o artigo 196 da Constituição Federal de 1988 garantiu acesso universal à assistência médica, de outro, a Justiça tem a balança cada vez mais pesada de processos provocados pela carência de serviços. Neste ano, a cada 20 minutos, alguém que luta pela vida ingressa com uma ação junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O número de pessoas que precisa lançar mão do expediente judicial para fazer valer o direito básico cresce a cada ano. No Brasil, de 2015 a 2020, o volume de demandas da saúde na Justiça subiu 60%, segundo o Ministério da Saúde (MS). A pasta informou ter acumuladas mais de 50 mil causas judiciais.

O governo federal não soube detalhar o número de processos por ano, mas disse que, entre 2008 e 2017, as demandas em primeira instância - órgão da Justiça ao qual se faz um pedido de solução de conflito, antes de qualquer outro - já haviam saltado 130%. A tendência é acompanhada em Minas Gerais, onde a média diária de processos em saúde cresceu 64% entre 2020 e 2023. Em 2020, os tribunais receberam 16.077 causas: média de 44 por dia. Neste ano, até 10 de outubro, foram 20.561 ações - 73 por dia.

"Essa judicialização está em crescimento desde que passamos a enxergar a saúde como um direito social. O cidadão entende que o Estado tem que fornecer saúde e passa a buscá-la por ações judiciais. São dois lados: estamos judicializando porque o Estado está ineficiente na prestação de saúde e porque é um caminho que garante urgência", avalia o desembargador Alexandre Quintino Santiago, superintendente de Saúde do TJMG.

O ciclo vicioso de uma briga judicial na saúde, que força famílias a lutar por algo que deveria ser garantido e faz governos bancarem gastos bilionários com demandas individuais, é o tema da série "Saúde nos tribunais: para que lado pende esta balança?", que O TEMPO começa a publicar hoje.

De acordo com o coordenador da Defensoria Especializada da Saúde de Minas, defensor público Bruno Barcala, a judicialização funciona como um termômetro de qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele analisa que o aumento das ações é sintoma de problemas muito maiores na linha de frente dos serviços. "O SUS não atingiu um patamar de qualidade que a Constituição define como necessária. O sistema cresceu muito, se qualificou, mas não consegue atender toda a demanda. Isso, sem contar que mais pessoas conseguem acessar um advogado, seja particular ou por órgãos públicos, e a saúde recai sobre a Justiça", afirma.

Quando Dayane Judite Silva, 22, precisou acionar a Justiça, o problema foi a falta de um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrico para a filha Alice Gonçalves, agora com oito meses. Uma complicação da prematuridade fez a menina desmaiar no colo da mãe no primeiro mês de vida, e o hospital onde estavam, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, não tinha leito de UTI Neonatal. "Minha bebê estava roxa, ficou muito grave rapidamente. No segundo dia, teve parada cardíaca. Foi aí que a médica disse que, se eu não corresse atrás de uma vaga, ela não sobreviveria mais um dia", lembra Dayane Judite.

A jovem entrou com ação com tutela de urgência junto ao Ministério Público: a filha precisava de um leito em menos de 24h. A família sentiu alívio ao obter a liminar e a transferência a poucas horas do fim do prazo. Já em casa, a menina aprende a respirar sozinha, sem se dar conta de que, com ajuda da Justiça, escapou da morte. "Ainda não acredito. Podíamos não estar juntas hoje. Vencemos por ela, foi um milagre", comemora a mãe.

Remédio motiva 52% das ações

A maioria dos pacientes que recorrem à Justiça devido a um problema de saúde solicita medicamentos. Levantamento de ações junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) desde 2020 até 10 de outubro deste ano revela o ingresso de 39.982 processos solicitando o fornecimento de fármacos. O volume equivale a 52% do total das causas: 76.813.

No cenário nacional não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde, as ordens judiciais apenas para aquisição de medicamentos causaram impacto orçamentário da ordem de R$ 1 bilhão em 2022. O valor foi desembolsado para compra de 632.141 unidades de medicamentos.

A despesa diz respeito, principalmente, a fármacos recomendados para doenças raras, que custam milhares de reais. Um dos mais judicializados é o atalureno, vendido como Translarna. Indicado para crianças com distrofia muscular de Duchenne, custa cerca de R$ 63 mil. "Mesmo quem tem plano de saúde judicializa, porque não tem cobertura para medicamentos. Além disso, a maioria é muito cara, impossível de comprar", diz a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fabiola Sulpino Vieira.

Outra questão coloca os fármacos como o principal problema do sistema de saúde no país, segundo a assessora jurídica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Mônica Lima: "Alguns medicamentos não têm na farmácia. Passam por licitação, são importados, precisam ter a segurança comprovada. E não estão dentro da programação do gestor de saúde, forçado a criar mecanismos para atender a judicialização", diz.

Em Minas Gerais, o segundo maior motivo de judicialização é a dificuldade de acesso ao tratamento médico hospitalar, com 19.066 ações de 2020 até 10 de outubro deste ano. "Minas é grande e cheia de vazios assistenciais, com falta de serviço especializado", diz Fabíola.

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METRÓPOLES ONLINE

Aluno com epilepsia cria protocolo contra crises na universidade


A epilepsia é um distúrbio cerebral que causa crises convulsivas espontâneas caracterizadas pela atividade elétrica excessiva e sincronizada do cérebro. A condição pode trazer impactos significativos na vida diária do paciente, como problemas de memória, sono e até depressão e ansiedade.

Para o estudante Lucas Liandro, 27, de Goiânia, a principal consequência das crises de epilepsia é a dificuldade de lembrar dos conteúdos estudados na infância. "Na vida social, foi um problema me relacionar com as pessoas, ir ao cinema era ruim e até escutar música era um desafio", afirma.

A doença também afetou a vida profissional de Lucas, que foi demitido de alguns empregos por conta da epilepsia. "Sempre me despediam com o discurso de que eu precisava me cuidar, descansar, que não seria o melhor momento para trabalhar e que eu devia priorizar minha saúde", lamenta.

Segundo a embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) Aline Pansani, a epilepsia é um problema que afeta 1% da população mundial, e as razões de seu desenvolvimento ainda não são bem definidas. "Traumas, lesões cerebrais, infecções, problemas durante o parto e até fatores genéticos podem causar a condição. Essas situações podem criar regiões no cérebro que geram as crises", explica.

Epilepsia impedia de estudar

A primeira lembrança de crise de Lucas foi aos 12 anos, quando ele não tinha o diagnóstico e sua família não sabia o que era epilepsia. A identificação da condição aconteceu apenas quando ele tinha 16 anos.

"Foi uma surpresa, pois eu não sabia o que era. E ao mesmo tempo, um alívio, já que antes eu sofria sem saber como lidar e tratar de forma adequada", desabafa o estudante.

Porém, mesmo com a identificação do distúrbio, Lucas teve que passar por muita burocracia para conseguir os medicamentos que controlam as crises na rede pública. "Hoje, tenho fácil acesso aos remédios pelo SUS, mas foi um desafio. Ainda que eu tivesse o diagnóstico em mãos, os médicos me pediam mais e mais exames, o que levava muito tempo", afirma.

Até começar o tratamento de fato, Lucas teve várias crises e precisou parar de estudar. "Saí da escola no ensino médio por causa da epilepsia. Mas com a aprovação no Enem, consegui o certificado de conclusão e veio a possibilidade de ingressar na Universidade Federal de Goiás (UFG)", conta o estudante de Artes Visuais.

C.A.L.M.A

Na UFG, ele conheceu Aline e, junto com a universidade e a ABE, fez parte da criação de um protocolo para apoio em primeiros socorros de crise convulsiva. O C.A.L.M.A significa:

Coloque a pessoa de lado, com a cabeça elevada, para que ela não se sufoque com a saliva;

Apoie a cabeça da pessoa para proteção em algo macio, como mochilas, blusas, jalecos;

Localize objetos que possam machucar a pessoa, como óculos, correntes, móveis e roupas apertadas, e afaste-os;

Monitore o tempo. Caso a crise dure mais que 5 minutos ou acontecer outra logo após a primeira, ligue para o SAMU (192);

Acompanhe a pessoa até ela acordar. Em caso de ferimentos ou se for a primeira crise, ligue para o SAMU.

"Participei indicando quais necessidades a universidade poderia atender para ajudar quem tem epilepsia. Isso foi útil na formulação do protocolo institucional", conta Lucas.

A intenção é levar maior segurança e conhecimento para lidar com crises dentro do ambiente acadêmico, onde alguns gatilhos podem desencadeá-las. Muitas vezes, outros alunos e professores não sabem como agir diante do episódio convulsivo.

Inicialmente, foram feitas atividades de conscientização, palestras e campanhas de esclarecimento sobre as crises no campus. Após alguns casos de episódios convulsivos em sala de aula, a equipe decidiu criar um protocolo para ajudar alunos com a condição.

Aline explica que a ação começou em 2022 e evoluiu ao longo do tempo, envolvendo diálogo com as autoridades acadêmicas. "Não foi um processo rápido, e muitas pessoas estiveram envolvidas para desenvolver o CALMA e sensibilizar os professores e alunos sobre a importância dos primeiros socorros em casos de crise epiléptica", afirma.

"Quero conquistar tudo o que for possível"

Lucas comemora a oportunidade de conscientizar as pessoas de seu ciclo social sobre a epilepsia - assim, não serão pegos de surpresa quando alguém próximo precisar de ajuda. "Percebo que já melhorei bastante e hoje consigo falar abertamente sobre o assunto, reivindicar meus direitos e buscar formas de melhorar minha rotina", diz.

"Não é fácil, nunca foi e nem será. Lidar com a epilepsia é um mix de sensações e desejos que hoje são mais fáceis de acessar, pois tenho a ajuda da minha família, da universidade e do meu trabalho. Enquanto eu estiver bem, quero conquistar o que for possível", conta Lucas.

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Assessoria de Comunicação

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