CLIPPING AHPACEG 16/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
https://medicinasa.com.br/reputacao-digital/
Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
https://medicinasa.com.br/emprego-saude-iess-2/
ALEGO
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
A Assembleia Legislativa de Goiás, por iniciativa do deputado Cairo Salim (PSD), realizou, na manhã desta quarta-feira, 15, audiência pública com o intuito de debater irregularidades praticadas por planos de saúde, falhas na assistência, erros médicos e o aumento da judicialização envolvendo o tema em Goiás. O evento teve lugar na Sala das Comissões Júlio da Retífica do Palácio Maguito Vilela.
Além de Salim, participaram da mesa diretiva: o coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Eduardo Peres; a defensora pública Bruna Gomide Côrrea; a fiscal das Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu; o presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados em Goiás (OAB), Pitágoras Lacerda dos Reis; o presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB, Wenderjus Amorim; e o médico neurocirurgião e presidente da Aliança Nacional em Defesa da Ética na Saúde Suplementar (Andess), José Ramalho.
O deputado iniciou a discussão apontando a ausência dos representantes das operadoras dos planos de saúde e do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). Em seguida, ele apresentou a temática e os desafios observados quanto aos problemas, ações e questões que envolvem a saúde da população. Ele mencionou que a população busca órgãos, como o Judiciário, o Ministério Público,a Defensoria Pública e o Procon Goiás, mas quando as decisões chegam nos planos de saúde, ainda encontra dificuldade em ter seu direito alcançado.
O legislador destacou que a relação entre consumidor e plano de saúde é privada, na qual o consumidor paga uma mensalidade por um serviço. Ele informou que quase 2 milhões de goianos usam planos de saúde e questionou o destino desses usuários em caso de serviço de baixa qualidade: "Para onde esse pessoal vai? Para o SUS, para a fila do SUS e vai piorar ainda mais para a população que já usa o sistema".
Salim abordou a situação da classe média, que, segundo ele, não tem acesso a benefícios e precisa pagar por saúde privada se quiser ter atendimento. Ele ressaltou a importância da qualidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde, citando que o setor envolve conglomerados que controlam a saúde privada no Brasil, com operadoras ligadas a bancos.
O parlamentar mencionou a classe médica, ao afirmar que a medicina brasileira é uma das melhores do mundo, mas que sofre com um declínio de qualidade devido ao número de faculdades de medicina que estão sendo abertas. "Nós já estamos com 500 mil médicos no Brasil, daqui a dez anos será um milhão, vai dobrar o número de médicos", pontuou. Ele questionou a formação dos profissionais: "Serão médicos vocacionados, bem preparados, que têm experiência, que passaram por um estado de qualidade dos hospitais?"
O legislador afirmou que, se for preciso, o Congresso Nacional deve tomar providências para aprovar um exame de ordem ou de proeminência, para que os médicos tenham um mínimo de qualidade para atuar no mercado público ou privado. Por fim, ele reconheceu a boa-fé da maioria dos médicos, hospitais, enfermeiros e planos de saúde, mas reiterou que as falhas acontecem.
Autoridades
Diversas autoridades ligadas à área da saúde se pronunciaram buscando trazer soluções efetivas para garantir o cumprimento de um direito considerado básico.
Coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do CNJ e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do TJ-GO, Eduardo Peres disse que o comitê faz registros importantes para entender o que está acontecendo na saúde em Goiás, de forma a identificar a raiz do problema. “Mas hoje viemos aqui para ouvir, porque o juiz trabalha em cima daquilo que chega pra ele, a judicialização precisa ser bem aplicada, entendendo que a lei deve ser eficaz.”
Defensora pública, Bruna Gomide Correa discorreu sobre a situação dos planos de saúde. Ela disse que demandas atendidas pela Defensoria Pública de Goiás (DPE) incluem problemas como negativas de cobertura, de procedimentos e de tratamentos multidisciplinares, como o de crianças autistas. A instituição lida também com cancelamentos de planos de saúde, aumento de mensalidades e erros médicos, situações em que o sistema de saúde suplementar, o plano de saúde e os médicos apresentam falhas na prestação do serviço.
A representante da DPE apontou “que a complexidade do tema reside na busca por garantir a proteção e o direito à saúde dos consumidores que pagam por serviços e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio do contrato para que o sistema de saúde suplementar possa continuar a funcionar com atendimento de qualidade de forma rápida e efetiva”.
Na sequência, a Fiscal de Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu, falou que o trabalho da entidade é dar voz aos consumidores, especialmente aos hipervulneráveis. Ela afirmou que a grande maioria das pessoas que procuram o Procono fazem por conta da negativa da utilização dos planos de saúde. Ela informou que, ao se receber as denúncias, busca-se fazer o atendimento de forma imediata. “Estamos sempre em contato com o corpo jurídico dos planos de saúde e atuamos com olhar cada vez mais atento para realizar autuações quando necessário. Nessa relação, o consumidor é o lado mais vulnerável e ele precisa estar satisfeito com seu plano de saúde.”
Presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-GO, Pitágoras Lacerda dos Reis ressaltou a importância da união entre os órgãos de defesa do consumidor no Estado. Ele mencionou que, em momento anterior, havia provocado o sistema de defesa do consumidor para que houvesse união entre as entidades que realizavam seus trabalhos de forma isolada.
Reis informou que, desde que assumiu o comando da comissão, tem promovido reuniões com os entes de defesa do consumidor em Goiás com o objetivo de buscar essa união. Ele afirmou que as entidades de defesa dos planos de saúde são unidas. E destacou que é relevante que os órgãos se unam para atender à sociedade para fazer os planos de saúde cumprirem sua obrigação, lembrando que a saúde é um dever do Estado e um direito de todos, e que a Assembleia Legislativa cumpre sua função ao realizar o debate sobre o tema.
Judicialização
O presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB-GO, Wenderjus Amorim, afirmou que o tema extremamente relevante e quem melhor detém competência para debater esse assunto são aqueles que representam a ponte da judicialização. De acordo com ele, o sistema da saúde suplementar não é de todo ruim, o problema é quando as pessoas precisam de médico especialista, já que é muito mais caro.
“Os donos das maiores operadoras de saúde do Brasil são frequentemente citados na Forbes [publicação americana sobre negócios e economia] como grandes milionários. O tema lucro não pode ser ignorado, todavia isso não pode vir em detrimento do direito ao acesso à saúde”, discorreu Amorim.
Para ele, é necessário diminuir o desequilíbrio, já que existem critérios muito rigorosos adotados hoje diminuindo o acesso à saúde. Amorim considera que, apesar do sistema judiciário estar de portas abertas, infelizmente a atual jurisprudência está construindo uma barreira que restringe cada dia mais o acesso à saúde.
O médico neurocirurgião e presidente da Andess, José Ramalho, lembrou que em Goiás dois milhões de pessoas dependem da saúde suplementar. “Temos documentado dificuldades sistemáticas no acesso a tratamentos, por vezes,simples e de primeira linha. Refiro-me, em particular, a tratamentos oncológicos e a cuidados para crianças com necessidades específicas relacionadas à neuroatipia”, enfatizou.
Segundo ele, é sistemático o descumprimento de ordens judiciais. “E já vi operadora responder que por ordem do seu sistema jurídico, ela não deve acatar a ordem judicial. É muito grave o que está acontecendo em todo o território nacional. A ausência dos representantes das operadoras aqui hoje é compreensível, demonstra que elas não estão com ânimo para dialogar.”
O neurocirurgião revelou que, hoje, há cirurgias pelas quais o plano de saúde pratica uma tabela em que é pago apenas 230 reais para um especialista, que estudou por pelo menos 11 anos para chegar ao centro cirúrgico, sendo responsável pela vida de um paciente. “Há profissionais que agem de modo marginal, mas as auditorias precisam frear essas pessoas de forma séria. Estou muito satisfeito com essa audiência pública e entendo que, futuramente, os frutos serão colhidos. Entendo que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) pode ser uma boa alternativa para tratar desses problemas", afirmou, parabenizando Cairo Salim por levantar a discussão no Parlamento goiano.
Limite de gastos
O gestor descreveu que, atualmente, é imposto um limite de gastos, e o paciente e o médico é que devem adequar a doença e o tratamento aos interesses da operadora de saúde. Ele questionou a gravidade do fato e como isso ocorre em todo o território nacional, especialmente nos últimos dois ou três anos, com a necessidade de um médico denunciar. Ele mencionou a omissão das entidades que devem fiscalizar e regular.
Ramalho afirmou que esse tema está fundamentado, resultado de um trabalho que a Andess desenvolve, e manifestou satisfação com a postura do Procon local, considerando o número de 140 ou 150 denúncias um número expressivo. Ele informou que a Andess se aproxima das procuradorias dos consumidores do país e é idealizadora do Procon Saúde, uma iniciativa que prevê a criação de uma entidade com o papel de descentralizar o ato fiscalizatório. O objetivo é facilitar o papel do Procon e oferecer apoio técnico para o acompanhamento, identificação, diagnóstico e punição das irregularidades.
O presidente da Andess observou que a discussão em Goiás foi pioneira e positiva. E concluiu: “A gente vê um Judiciário que está muito envolvido com o caso, que está evoluindo na discussão, que está entendendo o que está acontecendo”.
Ao final, o deputado Cairo Salim deixou em aberto a participação para os demais presentes na audiência pública. Todos eles que se manifestaram trouxeram uma série de reclamações de todos os planos de saúde alegando a negativa do acesso aos tratamento e o descumprimento das determinações judiciais.
A advogada especialista em direito da saúde e direito da medicina Ana Luzia Morais relatou alguns casos de pacientes aos quais ela defende atualmente. Segundo ela, está faltando respeito e transparência dos planos de saúde que sempre dificultam a vida do paciente, independentemente do seu estado de saúde, inclusive para aqueles que estão com quadro de metástase e com risco de vida.
Ana Morais falou da dor de pessoas que seguem a vida se esforçando diariamente para alcançar seus direitos mais básicos.
Paciente
Márcio Lima alegou ter sido vítima de um erro médico em cirurgia, trouxe ao debate críticas sobre a infraestrutura e a qualidade do atendimento, citando a superlotação, a falta de insumos e a demora no diagnóstico como fatores de risco de vida. O depoente relatou ter sido diagnosticado e operado de forma errada, o que lhe causou sequelas.
Ele mencionou ter motivado outros processos contra o mesmo neurocirurgião após um relato seu ter se tornado público. O paciente sugeriu a instalação de câmeras especiais e destacou o número de denúncias recebidas por outro participante. Por fim, apontou a falta de condições financeiras de muitas vítimas para custear advogados e tratamentos caros, como a fisioterapia.
O jornalista Alexandre Braga, do jornal Diário do Estado, também se pronunciou e disse que nos seus 20 anos de carreira, tem percebido que são recorrentes as reclamações com relação aos planos de saúde em Goiás. Braga mostrou indignação com o descaso dos planos. “Para se ter uma ideia, hoje aqui não apareceu sequer um único representante de operadora, uma total falta de respeito com o Parlamento e com o povo goiano.”
De acordo com ele, a imprensa é ouvidoria da população e todos os meses aparecem diversas reclamações com relação aos planos de saúde. O jornalista também cobrou uma atitude mais firme e institucional por parte do Legislativo. "Acredito que uma comissão parlamentar de inquérito nesta Casa de Leis pode ser uma boa resposta para tentar dar soluções para essas questões relacionadas à saúde."
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Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realiza, na próxima sexta-feira, 17 de outubro de 2025, às 9 horas, no Plenário Iris Rezende Machado, a sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, uma das mais tradicionais homenagens concedidas pela Comissão de Saúde da Alego. A honraria é uma iniciativa do deputado Gustavo Sebba (PSDB), presidente da Comissão e médico, e tem como objetivo reconhecer o trabalho e a dedicação de profissionais que se destacam na promoção da saúde e do bem-estar da população goiana.
“É uma alegria imensa promover mais uma edição da Comenda Nabyh Salum, um reconhecimento àqueles que fazem da medicina um verdadeiro ato de amor e compromisso com o próximo. Neste ano, mais uma vez teremos a oportunidade de homenagear médicos que se dedicam diariamente a salvar vidas e a melhorar a qualidade da saúde em nosso Estado”, afirmou o deputado Gustavo Sebba.
Criada pela Resolução nº 1627/2017, a Comenda Nabyh Salum leva o nome do médico que inspirou a homenagem — um profissional exemplar que marcou gerações pelo compromisso ético, humano e técnico com a medicina. Desde sua criação, a honraria destaca profissionais indicados por entidades médicas como a Associação Médica de Goiás e a Academia Goiana de Medicina, além de indicações feitas pela própria Alego, ampliando a representatividade e o alcance da homenagem.
De acordo com o parlamentar, a entrega da Comenda é também um momento de reflexão sobre o papel essencial da medicina e dos profissionais de saúde na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
“Em tempos desafiadores, reconhecer o trabalho dos médicos é reconhecer a força de quem enfrenta, todos os dias, as dores e esperanças de tantas pessoas. Esta comenda é uma forma de agradecer e valorizar esses profissionais que não medem esforços para garantir o cuidado, a dignidade e a vida dos goianos”, destacou Gustavo Sebba.
Ao longo dos anos, a Comenda Nabyh Salum consolidou-se como um dos maiores reconhecimentos na área da saúde em Goiás, reforçando o compromisso da Assembleia Legislativa com a valorização dos profissionais que fazem da medicina um instrumento de transformação social.
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EXTRA
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Nova tecnologia passa a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar a partir de 3 de novembro, conforme suas diretrizes de utilização
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incorporou ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde a radioterapia de intensidade modulada para o tratamento de pacientes adultos com tumores no reto. O rol é a lista de procedimentos e tratamentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
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A REDAÇÃO
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Obra será custeada por emenda de R$ 8,5 mi
De Brasília, onde passou toda a quarta-feira (15/10), entre compromissos externos e reuniões com a bancada goiana de deputados federais, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), prometeu modernizar o atendimento emergencial da capital. Isso porque ele conseguiu, junto ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), uma emenda parlamentar de R$ 8,5 milhões. O valor será usado na construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tipo 3, a mais completa entre as categorias existentes no sistema de saúde pública.
Mabel usou as redes sociais para anunciar a novidade e adiantou que a nova estrutura será construída para substituir uma das unidades antigas da capital, garantindo mais qualidade aos pacientes. “O deputado Ismael Alexandrino acaba de dar para Goiânia uma emenda para o ano que vem, para uma UPA Tipo 3, a maior que tem, de R$ 8,5 milhões. Vamos construir uma UPA novinha para substituir essas UPAs cansadas que nós temos aí. O nosso povo merece”, afirmou o prefeito.
No vídeo, Alexandrino reforçou o compromisso de seu mandato com a melhoria do sistema público de saúde em Goiás e com a capital. “Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. E o senhor, como homem público responsável, que está colocando Goiânia nos trilhos, nos fez esse pedido, e eu, que quero deixar um legado na área da saúde, faço questão de destinar essa emenda”, afirmou o parlamentar.
A UPA Tipo 3 é o modelo mais robusto de pronto atendimento, com capacidade para atender até 450 pacientes por dia e estrutura que inclui consultórios, salas de emergência, observação adulta e pediátrica, laboratório e raio-X.
“Agora, no mês de outubro, destinamos essa emenda para ser paga no próximo ano, já para iniciar a obra. Que Deus possa abençoar e muitas pessoas sejam salvas nessa UPA”, completou Alexandrino.
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MEDICINA S/A
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
90% dos pacientes usam a internet para procurar especialistas e 80% escolhe com base nas avaliações. Doctoralia, a maior plataforma de saúde do mundo, propõe estratégias
Em um mercado de saúde cada vez mais digital, a primeira impressão sobre um médico já não acontece apenas dentro do consultório. Hoje, ela nasce na internet, nas avaliações deixadas por outros pacientes. Esse foi o ponto de partida da mais recente edição do Doctoralia Connect, mesacast que abordou “Como transformar opiniões de pacientes em autoridade e receita”. O evento apresentou dados inéditos, dicas práticas e casos que reforçam como comentários online podem se tornar um dos ativos mais estratégicos da carreira médica.
O peso das avaliações na decisão do paciente
Segundo a pesquisa Perfil do Paciente Digital, conduzida pela Doctoralia, 90% dos pacientes usam a internet para encontrar profissionais de saúde. E quando dois ou três médicos oferecem condições semelhantes – mesma especialidade, localização e disponibilidade – o que define a escolha são as avaliações.
“As opiniões funcionam como fator de diferenciação e segurança. O paciente quer saber se pode confiar naquele atendimento, assim como faz em outros setores, quando lê sobre hotéis, restaurantes ou motoristas de aplicativo, por exemplo”, explica Dayane Carvalho, Relações Públicas da Doctoralia Brasil.
O estudo mostra ainda que 80% dos pacientes escolhem um médico com base em avaliações de outros pacientes. Além da opinião, a disponibilidade de agenda e a aceitação de convênios estão entre os principais critérios de decisão – e que a foto do perfil e a clareza das informações também ajudam a transmitir confiança.
Estratégias éticas para conquistar mais avaliações
Um dos receios mais comuns entre médicos é parecer invasivo ao solicitar comentários. Para o ortopedista Dr. Jonas Lenzi, referência na plataforma por seu histórico de quase 800 avaliações positivas, até o momento, a chave está em criar uma experiência positiva que naturalmente motiva o paciente a avaliar. Ele relatou casos nos quais simples gestos de atenção e simplicidade nas explicações renderam depoimentos detalhados e valiosos.
A Doctoralia potencializa esse processo com recursos automáticos: ao final de cada consulta agendada pela plataforma, o paciente recebe uma notificação para avaliar o profissional. “Quanto mais avaliações, maior a credibilidade do perfil, e nós criamos mecanismos para que isso aconteça de forma ética, prática e constante”, destacou Gabriel Manes, CMO Brasil e Chile.
Como lidar com críticas e avaliações negativas
Neste novo cenário, a gestão de críticas pode ser um ponto sensível. Para Dayane, ignorar um comentário negativo é o maior erro. “Responder de forma rápida, respeitosa e personalizada mostra comprometimento. Uma opinião desfavorável isolada não prejudica quando o perfil já tem muitas avaliações positivas; ao contrário, confere autenticidade”.
Dr. Jonas complementa com um caso real. Ao responder um paciente insatisfeito e propor melhorias, conseguiu reconquistá-lo. “Uma opinião negativa pode mostrar nossos pontos fracos. Se não sabemos os calcanhares de Aquiles, não conseguimos nos defender nem melhorar continuamente”. Segundo o ortopedista, responder de forma educada e profissional a comentários críticos é parte do processo de evolução.
Da expectativa à confiança
Dr. Jonas reforça, também, a influência direta das avaliações na adesão aos tratamentos. “Quando o paciente lê opiniões sobre meu atendimento e depois comprova na consulta que aquilo é real, ele passa a confiar mais no tratamento e aumenta a disciplina. Isso impacta na conversão e até no resultado clínico.”
Esse alinhamento entre expectativa e prática cria uma experiência mais satisfatória e, segundo ele, pode até melhorar a percepção de eficácia do tratamento.
Analisando suas próprias avaliações, o ortopedista notou que os aspectos mais mencionados pelos pacientes eram pontualidade e atenção. “São fatores simples, mas que impactam muito na decisão do paciente. Nenhuma agência faria uma campanha de marketing sobre pontualidade, mas é exatamente isso que o paciente valoriza – e as opiniões dão voz a esses detalhes”, afirma.
Para Dayane Carvalho, três fatores são os mais relevantes nas avaliações: o conteúdo do relato (experiência detalhada), a quantidade de opiniões e o fato de o médico responder aos comentários.
Ferramentas potencializam a reputação
Além de conectar pacientes e médicos, a Doctoralia oferece soluções que fortalecem a visibilidade e a reputação dos profissionais:
Notificações automáticas que convidam os pacientes a avaliar o atendimento, sem esforço extra para o médico.
Certificado de Excelência e Selo de Pacientes Fiéis, que destacam qualidade e recorrência.
Integração com o Google Perfil de Empresa, que conecta agenda online e opiniões em diferentes canais.
Lembretes automáticos de consulta, que reduzem em 65% as faltas.
Esses recursos, aliados ao grande tráfego orgânico da plataforma, ampliam a confiança do paciente e aumentam as chances de novos agendamentos.
Um novo olhar sobre o paciente digital
Outro dado do estudo “Perfil do Paciente Digital 2025” destaca mudanças importantes no comportamento de consumo em saúde: 84% dos agendamentos já são feitos por smartphone, 33% ocorrem fora do horário comercial e 13% durante os fins de semana. Esse cenário exige que médicos estejam disponíveis online, com agenda atualizada, fotos profissionais, descrições completas e, sobretudo, opiniões de pacientes.
Para Dayane Carvalho, o recado é: “Cuidar da reputação online não é marketing, é a forma mais eficaz de mostrar excelência, conquistar confiança e crescer de forma sustentável no mercado de saúde”.
Uma jornada mais humana e transparente
Para Gabriel Manes, o propósito da Doctoralia vai além da tecnologia: “Nosso papel é educar o mercado e mostrar como cada opinião pode ser convertida em autoridade, confiança e novos agendamentos. Cuidar da reputação online não é mais uma opção para o médico, mas uma necessidade. Em um ambiente competitivo e cada vez mais digital, as avaliações se tornaram parte essencial da jornada do paciente e um dos maiores ativos para o futuro da prática médica”.
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Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde cresceu 1% entre maio e agosto de 2025, passando de 5,22 milhões para 5,27 milhões de vínculos, um saldo positivo de 52 mil postos de trabalho. O desempenho superou o da economia brasileira como um todo, que registrou alta de 0,9% no mesmo período. Os dados constam da 78ª edição do Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor privado, que avançou 1,3% e ampliou sua participação para 82% do total de vínculos da saúde, o equivalente a 4,32 milhões de empregos formais. Já o setor público, com 950,8 mil vínculos (18% do total), apresentou leve retração de 0,3% no trimestre, com destaque negativo para a região Norte, que reduziu em 3,6% os vínculos públicos em saúde.
“O setor de saúde segue sendo um importante gerador de empregos formais no País, com um ritmo de crescimento que supera a média da economia. Esse resultado reflete a força da cadeia privada e a ampliação dos serviços assistenciais em todas as regiões”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Convém notar que parte dos empregos privados estão em organizações que prestam serviços ao SUS, como no caso de filantrópicos ou nas entidades do terceiro setor que administram unidades do setor público”, ressalta.
Centro-Oeste e Nordeste lideram o crescimento regional
Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento proporcional, de 2,9%, seguido pelo Nordeste (alta de 1,4%) e pelo Sul (alta de 1,2%). A região Sudeste, que concentra quase metade dos empregos do setor, cresceu 0,9%, enquanto o Norte foi a única com retração de 0,5%, influenciada pela queda no emprego público.
Em termos absolutos, o Sudeste mantém a liderança com 2,63 milhões de vínculos formais, seguido pelo Nordeste (1,04 milhão), Sul (765 mil), Centro-Oeste (544 mil) e Norte (291 mil). A participação da saúde na economia brasileira alcançou 10,8% dos vínculos formais, chegando a 12,7% no Nordeste e 12,4% no Centro-Oeste — evidenciando a importância estrutural do setor para o desenvolvimento regional.
O relatório mostra que os prestadores de serviços (clínicas, consultórios, hospitais e laboratórios) seguem como o principal motor da geração de empregos na saúde. Em agosto, eles representavam 74% de todos os vínculos da cadeia, chegando a 80% no Norte e 79,2% no Nordeste.
No recorte da saúde suplementar, o saldo acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025 foi de 167,9 mil novas vagas, sendo 123,9 mil criadas por prestadores (73,8%), 38 mil por fornecedores e 6 mil por operadoras de planos de saúde.
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Assessoria de Comunicação