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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Diretoria da Unimed em Cuiabá vira alvo de ataques anônimos após identificar rombo de R$ 400 milhões; criminosos são alvos de operação
Médicos são indiciados por morte de empresária após cirurgia plástica em Goiânia
Para reduzir filas, governo Lula trocará até R$ 2 bi em dívidas de hospitais privados por cirurgias
Haddad diz que SUS não se sustenta sozinho e precisará de apoio da rede privada
Setor de Saúde é o segundo maior alvo de vazamentos de dados
https://medicinasa.com.br/vazamentos-dados/
Maioria das ações contra planos trata de coberturas previstas em contrato
https://medicinasa.com.br/judicializacao-alta/
O cuidado seguro como estratégia de gestão em saúde
https://medicinasa.com.br/cuidado-seguro/
PORTAL G1
Diretoria da Unimed em Cuiabá vira alvo de ataques anônimos após identificar rombo de R$ 400 milhões; criminosos são alvos de operação
Investigação apontou que campanha de difamação foi articulada por uma rede ligada à antiga gestão da cooperativa. A polícia cumpriu mandados em Mato Grosso e Goiás.
Uma rede de mensagens anônimas, disparadas em massa por SMS, foi usada para tentar destruir a imagem da nova diretoria da cooperativa de plano de saúde Unimed Cuiabá que assumiu a gestão após a descoberta de um rombo de R$ 400 milhões nas contas da empresa, em 2022.
Os suspeitos do crime são alvos de uma operação da Polícia Civil, nesta terça-feira (24). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis de Cuiabá e Aparecida de Goiânia (GO), com autorização judicial para acesso a celulares, computadores e quebra de sigilo de dados.
Em nota, a Unimed Cuiabá disse que os ataques ocorreram, inicialmente, por envio de mensagens via WhatsApp e, posteriormente, passou a ser conduzido publicamente pelo ex-marqueteiro da gestão, o publicitário, que criou um site chamado Instituto Brasil Cooperado, utilizando-se do mesmo modus operandi de disseminação de conteúdos caluniosos.
"A cooperativa reforça que desde o início colabora ativamente com as autoridades e acompanha de perto as investigações. Os serviços e operações não serão comprometidos com a ação", disse.
Conforme as investigações, as mensagens, assinadas com o pseudônimo “Edmond Dantès” — personagem que simboliza vingança —, usavam serviços de “short code”, um sistema de envio em massa por números curtos, geralmente usados em campanhas de marketing. O objetivo era atrair médicos cooperados a acessar links com acusações falsas contra os atuais dirigentes.
Ligação com a antiga gestão
Ainda de acordo com a investigação, os disparos de mensagens foram encomendados por empresas de marketing digital de fora do estado, mas ligadas a pessoas próximas da antiga diretoria da cooperativa. O pagamento pelos serviços foi rastreado até os envolvidos.
Os crimes investigados incluem associação criminosa, injúria, difamação e calúnia, todos na forma qualificada. O site usado na campanha, hospedado fora do Brasil, também dificultava a responsabilização direta dos autores.
Segundo a polícia, a nova diretoria da cooperativa assumiu o comando após uma auditoria identificar, ainda em 2022, um rombo bilionário causado por má gestão e irregularidades administrativas. Desde então, medidas de reestruturação têm sido implementadas para tentar recuperar a saúde financeira da instituição.
A operação foi coordenada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás e da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado da Polícia Civil.
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Médicos são indiciados por morte de empresária após cirurgia plástica em Goiânia
Para a polícia, eles devem responder por homicídio doloso devido a falhas no atendimento após o procedimento. Fábia Portilho, de 52 anos, teve complicações após mamoplastia e lipoaspiração, em 2024.
Dois médicos foram indiciados pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) pela morte da empresária Fábia Portilho, de 52 anos, após a realização de uma mamoplastia e uma lipoaspiração, em um hospital particular de Goiânia. O caso ocorreu em maio de 2024. A delegada Lara Soares informou nesta terça-feira (24) que o inquérito policial concluiu que houve falhas no atendimento médico após o procedimento.
“Diante dos elementos de prova produzidos, tanto de oitivas de médicos do hospital, como do parecer médico legal, houve uma negligência e omissão no encaminhamento imediato dela para uma UTI assim que instalado um quadro grave”, informou a investigadora.
Segundo a Polícia Civil, os profissionais indiciados por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, são o cirurgião plástico que fez o procedimento, Nelson Rodrigues, e o médico plantonista que atendeu a empresária no pós-operatório, Eduardo Lima de Melo Júnior. De acordo com a corporação, se denunciados e condenados, podem pegar pena de um a três anos de detenção.
A defesa de Nelson Rodrigues pontuou que a morte da paciente ocorreu devido a uma "complicação grave, porém reconhecida, associada a cirurgias plásticas extensas — riscos esses previamente esclarecidos e consentidos". A assessoria do médico frisou ainda que o indiciamento decorre de procedimento ainda em fase investigativa, sem oferecimento de denúncia ou formação de culpa (leia a nota completa ao fim do texto).
Em nota ao g1, a defesa de Eduardo Lima destacou que ainda não possui acesso integral ao inquérito policial que apura o caso, mas defeneu que o cliente “adotou todas as condutas médicas necessárias e compatíveis com a boa prática médica, incluindo a solicitação de exames e monitoramento do quadro clínico da paciente” (leia o pronunciamento completo ao fim do texto).
O advogado responsável pela defesa do hospital em que a empresária foi atendida disse que a instituição dispõe de estrutura técnica compatível com os procedimentos realizados e que em nenhum momento houve omissão estrutural ou insuficiência de meios por parte da unidade (leia a nota completa ao fim do texto).
"As decisões relativas à condução do caso, incluindo a eventual necessidade de transferência da paciente, são de natureza exclusivamente médica, tomadas por profissionais devidamente habilitados, dentro de sua autonomia técnica", pontuou.
Ao g1, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) esclareceu que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.
Investigação
Segundo divulgado pela polícia, o laudo cadavérico de Fábia Portilho identificou que a paciente morreu devido a um choque obstrutivo, que ocorre quando algo bloqueia o fluxo sanguíneo normal e impede que o coração se encha adequadamente e bombeie sangue de forma eficaz. A paciente sofreu um extenso tromboembolismo pulmonar gorduroso. A morte está relacionada às complicações do procedimento cirúrgico e ao manejo pós-operatório.
Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, a delegada destacou que o parecer médico não atestou que os profissionais causaram a morte da paciente. “O que o médico legista do IML diz é que a transferência imediata dela poderia reduzir as chances de morte, ou seja, ela teria uma chance de sobrevida”, ressaltou.
“Durante todo o dia, ela se queixou de muita dor, formigamento no corpo, queimação no corpo. O quadro dela foi se agravando. Além desses sintomas que ela relatava, o quadro clínico e a análise dos exames também mostraram que ela começou a ter uma queda muito grande na pressão arterial, queda de temperatura chegando a 34°C, o que já caracteriza uma hipotermia. Tudo isso começou a partir das 17h. Ela passou a apresentar confusão mental", relatou a delegada.
A investigação identificou que houve omissão na adoção de medidas necessárias devido à gravidade do quadro clínico. Entre as falhas destacadas, estão:
não terem pedido exames essenciais para o diagnóstico;
demora na administração de antibióticos;
não transferência imediata da vítima para uma unidade hospitalar com estrutura para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e tomografia.
“A questão que foi colocada pelo parecer médico legal não levanta nenhuma intercorrência e nenhum erro durante o procedimento cirúrgico, mas sim no pós-operatório”, explicou a investigadora.
Em depoimento, os médicos relataram que para o quadro clínico da paciente as medidas adotadas seriam suficientes. Contudo, no hospital não havia UTI nem aparelho para tomografia, os quais eram necessários para o devido atendimento, segundo a delegada. O estabelecimento médico não foi indiciado.
Relembre o caso
A família de Fábia Portilho denunciou a morte dela à Polícia Civil no dia 8 de maio de 2024. Conforme relato do boletim de ocorrência, a empresária realizou a cirurgia plástica no dia 1º. Na época do ocorrido, Mariana Batista, prima da vítima, disse que ela recebeu alta no dia 5, mas voltou ao hospital dois dias depois com dores abdominais.
"Ela foi internada e fez exames de sangue. A família pediu uma tomografia, mas os médicos disseram que ela estava só com anemia e não precisava da tomografia, só bolsas de sangue", disse.
Conforme o relato da família à polícia, Fábia gritava de dor e, mesmo assim, os médicos de plantão e o que fez a cirurgia não a examinaram ou pediram a tomografia. "Ela só tomou as bolsas de sangue e, quando houve a troca de plantão, a médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)", afirmou a prima.
Mariana afirma que, neste momento, no início da noite, as equipes do hospital informaram que a unidade não tinha uma UTI nem um aparelho para fazer a tomografia. Os médicos pediram o encaminhamento da Fábia para outro hospital, mas, preocupados, os parentes levaram a empresária para uma unidade de saúde que eles confiavam mais.
"Ela chegou no hospital em choque e foi super bem atendida, porém, já estava com o pulmão comprometido por uma embolia e uma septicemia", contou Mariana.
A vítima morreu na noite do dia 7. Após o ocorrido, a família alegou que houve falta de socorro por parte dos profissionais.
Nota da defesa do cirurgião plástico
A defesa técnica informa que o indiciamento noticiado decorre de procedimento ainda em fase investigativa, sem oferecimento de denúncia ou formação de culpa. O óbito ocorrido, embora profundamente lamentável, trata-se de uma fatalidade decorrente de complicação grave, porém reconhecida, associada a cirurgias plásticas extensas — riscos esses previamente esclarecidos e consentidos.
Não há, até o momento, qualquer evidência de conduta dolosa ou negligência por parte dos profissionais envolvidos. A defesa confia plenamente no devido processo legal e na apuração isenta dos fatos, oportunidade em que serão prestados todos os esclarecimentos nos autos competentes.
Nota da defesa do médico plantonista
O advogado Corby Eduardo Pereira Borba, OAB/GO 55.988, constituído como defensor do médico Dr. Eduardo Lima de Melo Júnior, vem a público esclarecer que, até o presente momento, não foi franqueado o acesso integral ao inquérito policial que apura os fatos relacionados ao óbito da paciente Sra. Fábia Partilho, ocorrido após procedimento cirúrgico estético.
Todavia, é imprescindível informar que a atuação do Dr. Eduardo Melo se restringiu exclusivamente ao período pós-operatório, ocasião em que adotou todas as condutas médicas necessárias e compatíveis com a boa prática médica, incluindo a solicitação de exames e monitoramento do quadro clínico da paciente.
Importante ressaltar que, quando os resultados dos exames foram disponibilizados, o acompanhamento da paciente já estava sob responsabilidade do médico que realizou o procedimento cirúrgico, não mais cabendo ao Dr. Eduardo qualquer decisão clínica direta naquele momento.
Dessa forma, não há qualquer elemento concreto que justifique o enquadramento do médico no crime de homicídio culposo, especialmente porque não houve omissão, imperícia, imprudência ou negligência na conduta adotada. Ao contrário, todas as providências ao seu alcance foram devidamente executadas com base na ciência médica e nos protocolos clínicos indicados ao caso.
O Dr. Eduardo Lima de Melo Júnior permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade profissional e o respeito à vida.
Nota da defesa do hospital
O hospital informa que tomou conhecimento, por meio da imprensa, da conclusão do inquérito policial que apura as circunstâncias do falecimento da paciente Fábia Portilho, ocorrido em maio de 2024.
Desde o início das investigações, o hospital prestou total colaboração às autoridades competentes, fornecendo prontuários, imagens e informações solicitadas, com absoluta transparência e boa-fé institucional.
A instituição reitera que dispõe de estrutura técnica compatível com os procedimentos realizados, com equipe médica especializada, suporte clínico completo e recursos para estabilização e monitoramento de pacientes no pós-operatório.
Durante todo o atendimento, foram adotadas condutas médicas baseadas em critérios técnicos, conforme os dados clínicos disponíveis e avaliações multiprofissionais. Em nenhum momento houve omissão estrutural ou insuficiência de meios por parte da instituição.
As decisões relativas à condução do caso, incluindo a eventual necessidade de transferência da paciente, são de natureza exclusivamente médica, tomadas por profissionais devidamente habilitados, dentro de sua autonomia técnica.
A eventual discussão sobre o acerto ou não dessas decisões será conduzida nos foros próprios, com observância do contraditório e da ampla defesa.
O Hospital manifesta profundo respeito pela memória da paciente e solidariedade à sua família, lamentando profundamente o desfecho trágico do caso, reafirmando seu compromisso histórico com a medicina ética, a segurança do paciente e o aperfeiçoamento contínuo dos processos assistenciais.
Aguarda-se com serenidade a manifestação do Ministério Público e o regular processamento judicial, confiando plenamente na atuação do Poder Judiciário.
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EXAME
Para reduzir filas, governo Lula trocará até R$ 2 bi em dívidas de hospitais privados por cirurgias
Os ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram nesta terça-feira, 24, a troca de dívida de hospitais privados por atendimentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria que estabelece as regras da medida será publicada nesta semana. O limite de crédito tributário para as empresas será de até R$ 2 bilhões por ano.
“A portaria conjunta do Ministério da Saúde e do Ministério da Fazenda, que vai para publicação hoje, ou em edição extra do Diário Oficial da União, ou vai ser publicada amanhã, regulamenta uma das medidas mais inovadoras do Agora Tem Especialistas. Cria um instrumento que, pela primeira vez, passa a existir no Sistema Único de Saúde”, afirmou Padilha em coletiva de imprensa ao lado de Haddad.
O planejamento é que a partir de agosto deste ano os hospitais privados e filantrópicos ofereçam o atendimento aos pacientes do SUS. A população poderá realizar exames e cirurgias nas instituições.
A medida do governo é mais uma que mira melhorar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As pesquisas de opinião mostram que a saúde é um dos temas que geram maior preocupação do brasileiro.
O Ministério da Saúde será responsável por avaliar a adequação da oferta apresentada, levando em consideração as necessidades regionais e o perfil das dívidas. Haverá um credenciamento que permitirá a integração dessa oferta à regulação assistencial dos estados e municípios. O critério principal será a análise das filas de espera e das demandas locais por serviços de saúde.
“O Ministério da Saúde foi muito feliz em levar ao presidente da República e ao Ministério da Fazenda a ideia de criar um misto de ProUni com Desenrola. É um híbrido de vários instrumentos de gestão pública que foram utilizados para criar um ambiente em que você pensa no saneamento de instituições históricas, que estão com algum problema de endividamento. Nós estamos falando de 3.537 instituições que prestam serviços médicos que estão nessa situação. E elas respondem por R$ 34,1 bilhões em dívidas inscritas”, disse Haddad.
A medida estabelece que as entidades devem ofertar, no mínimo, R$ 100 mil mensais em procedimentos médicos, com valores estipulados pela tabela SUS. Contudo, nas regiões com menor presença de hospitais privados e maior demanda, o valor mínimo será reduzido para R$ 50 mil.
Para as instituições com dívidas superiores a R$ 10 milhões, será possível trocar até 30% da pendência por atendimentos. Já as dívidas entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões podem ser trocadas por até 40% de serviços prestados. No caso de dívidas abaixo de R$ 5 milhões, até 50% do valor poderá ser convertido em atendimento ao SUS.
A nova medida prevê que, uma vez realizados os atendimentos e concluída a auditoria, será gerado um crédito financeiro, que poderá ser utilizado a partir de 1º de janeiro de 2026.
Além da medida, o ministro Padilha também afirmou que o Agora Tem Especialistas vai estruturar um painel nacional inédito de monitoramento dos tempos de espera de cirurgias, de exames e de consultas especializados.
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GAZETA DIGITAL
Haddad diz que SUS não se sustenta sozinho e precisará de apoio da rede privada
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (24), durante o lançamento da nova portaria do programa Agora Tem Especialista, que o Brasil possui um sistema de saúde universal, mas ainda não conta com um orçamento público compatível para esse serviço.
O programa permitirá que hospitais privados e filantrópicos com dívidas com o governo possam quitá-las por meio da oferta de atendimentos especializados à pacientes do SUS, como consultas, exames e cirurgias. A iniciativa é liderada pelos ministérios da Saúde e da Fazenda.
A expectativa do governo com o Agora Tem Especialista é reduzir o tempo de espera dos pacientes para acessar serviços de saúde. “Nós entendemos que essa iniciativa extraorçamentária vai na decisão correta de fortalecer o SUS no momento em que ele atravessa ainda um quadro pós-pandêmico que expira cuidado. Isso para não falar do crônico subfinanciamento da saúde no Brasil, conhecido por todos. O Brasil tem um sistema universal, mas não tem um orçamento público compatível com esse sistema”, disse Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, o país conta com 3.537 entidades privadas que acumulam cerca de R$ 34 bilhões em dívidas escritas. A região Sudeste concentra o maior percentual desses valores.
“A felicidade do Ministério da Saúde foi levar ao presidente e à Fazenda a ideia de permitir que, no âmbito de uma transação, [a entidade] abra uma perspectiva que uma parte dessa dívida limitada pela lei dentro das nossas possibilidades fiscais, seja paga por serviço mediante um crédito tributário”, destacou Haddad.
“O setor da saúde precisa ter uma atenção especial no âmbito da transação. [A iniciativa] é um misto de Prouni com Desenrola, na verdade”, continuou o ministro da Fazenda, citando o Programa Universidade para Todos, que oferece bolsas de estudo (integrais e parciais de 50%) em instituições privadas de ensino superior, e o Desenrola, criado para ajudar brasileiros endividados a negociar e quitar dívidas com condições especiais.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma portaria será publicada no Diário Oficial da União será publicada nesta terça-feira, e, após cinco dias úteis, os hospitais interessados poderão apresentar suas propostas de prestação de serviços.
A expectativa é que os contratos estejam formalizados até agosto para que os pacientes sejam atendidos na rede privada. A medida também prevê prioridade para os hospitais que já prestam serviços ao SUS e que mantêm programas de residência médica.
Como funcionará o programa
O Ministério da Saúde será responsável por avaliar a proposta feita pelos hospitais interessados em participar do programa. Essa análise levará em consideração a adequação da oferta de serviços (como consultas, exames e cirurgias) e o perfil da dívida que o hospital possui com o governo.
Após a aprovação, os hospitais poderão começar a atender os pacientes do SUS. Cada atendimento realizado será convertido em um crédito financeiro, que funcionará como uma espécie de moeda para abater a dívida existente.
O Ministério da Fazenda será o responsável pela fiscalização das negociações e acordos.
Requisitos para adesão ao programa
– Transação tribuária com o Ministério da Fazenda
– Capacidade comprovada
– Ser hospital credenciado e habilitado na Agência de Vigilância Sanitária
A oferta mínima do procedimento oferecido pelo hospital é de no mínimo R$ 100 mil por mês. Nas regiões com menos instituições, o valor mínimo será de R$ 50 mil por mês.
O governo ressalta que, quanto menor a dívida, maior será o crédito, sendo distribuído da seguinte forma:
– Maior que R$10 milhões: até 30% da dívida
– De R$ 5 milhões a R$ 10 milhões: até 40% da dívida
– Menor que R$ 5 milhões: até 50% da dívida
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MEDICINA S/A
Setor de Saúde é o segundo maior alvo de vazamentos de dados
Os números não deixam dúvidas: o setor da saúde segue como um dos alvos preferenciais dos cibercriminosos no mundo. Segundo o Data Breach Investigations Report (DBIR) 2025, divulgado pela Verizon, foram mais de 1.700 incidentes de segurança registrados na área médica entre novembro de 2023 e outubro de 2024. Destes, um assustador volume de 1.542 resultou em vazamentos de dados, muitos expostos por cibercriminosos em sites e fóruns na Dark e Deep Web.
O levantamento é considerado uma das maiores referências globais sobre segurança digital. Neste ano, analisou mais de 22 mil incidentes, com 12.195 violações de dados confirmadas em organizações de 139 países.
A saúde ficou atrás apenas do setor industrial, que acumulou 1.607 violações no mesmo período. “Os dados médicos são altamente sensíveis e valiosos. Por isso, o setor virou uma espécie de mina de ouro para os cibercriminosos”, explica Anchises Moraes, especialista da Apura Cyber Intelligence, que pelo sétimo ano consecutivo é uma das colaboradoras do relatório, levando dados do cenário brasileiro para esse levantamento global.
Segundo o relatório, 45% das violações miraram dados médicos, enquanto 40% afetaram dados pessoais, como nomes, endereços e números de documentos.
Os principais caminhos para as violações continuam sendo os mesmos: intrusões, falhas humanas e erros diversos, responsáveis por 74% dos casos. Já sobre quem promove os ataques, a maioria vem de fora: 67% são atribuídos a agentes externos. Mas o risco interno também é alto: 30% dos incidentes foram causados por pessoas com acesso legítimo aos sistemas. Os parceiros, por sua vez, responderam por 4% das investidas.
A maioria das invasões teve motivações financeiras: 90% dos ataques buscaram lucro direto com extorsão ou venda de dados. Contudo, um dado chama a atenção: os ataques movidos por espionagem saltaram de 1% em 2023 para 16% em 2024, um crescimento que, segundo Moraes, é “expressivo e preocupante”.
Anchises Moraes
“Esse é um dos grandes desafios: muitas vezes, quem está dentro da organização facilita ou executa o ataque”, alerta Moraes. Para ele, a resposta precisa ir além de barreiras tecnológicas. “É preciso investir em treinamento, conscientização e controles rigorosos.”
Outra mudança detectada pelo DBIR 2025: os ataques de ransomware e invasões sofisticadas superaram, pela primeira vez, os erros humanos como causa dos incidentes, que lideravam o ranking até 2023. A escalada preocupa, especialmente em hospitais, onde a indisponibilidade de sistemas por um ataque de ransomware pode comprometer o atendimento e colocar vidas em risco. A América Latina também figura no relatório com destaque: foram 657 incidentes na região, sendo 413 com vazamentos confirmados.
“Depois que um ataque acontece, o desespero toma conta, e isso dá ainda mais vantagem aos criminosos”, afirma Moraes. “Não basta ter rotinas de segurança, sistemas de proteção robustos e, principalmente, investir em educação protetiva cibernética para reduzir o risco de um ataque bem-sucedido”, destaca. “É fundamental investir em medidas preventivas e pró-ativas, como monitoramento de ameaças, e construir um sólido plano de resposta a incidentes, para minimizar o impacto e retomar rapidamente a operação caso o pior aconteça”.
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Maioria das ações contra planos trata de coberturas previstas em contrato
Dados recentes da agência reguladora dos planos de saúde no Brasil apontam que as operadoras registraram lucro líquido de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025 – um crescimento de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em paralelo, as despesas com ações judiciais também aumentaram expressivamente, passando de R$ 1 bilhão em 2020 para quase R$ 4 bilhões no acumulado de 12 meses até março deste ano.
Segundo a própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 62% dessas despesas decorrem de procedimentos que já constam nos contratos firmados com os beneficiários, o que pode evidenciar um cenário preocupante de negação indevida de cobertura.
Diante da repercussão, o advogado Elano Figueiredo, especialista em regulação e ex-diretor da ANS, comenta: “Muitos me perguntam se o aumento dos lucros dos planos estaria associado à negativa de coberturas, mas essa conclusão é precipitada. Isso porque as despesas decorrentes de decisões judiciais – como liminares que obrigam à realização do atendimento – também impactam diretamente o resultado das operadoras e já estão contabilizadas. Em muitos casos, essas condenações são mais onerosas, por envolverem valores de tabela particular e indenizações por dano moral”.
O dado mais preocupante está no fato de que a maioria dos processos judiciais envolve coberturas já previstas em contrato. “Por que, então, esses atendimentos foram negados? A resposta não está no lucro, porque foram deduzidas, então elas estariam sendo corretamente contabilizadas e classificadas”, questiona Figueiredo.
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O cuidado seguro como estratégia de gestão em saúde
A segurança do paciente é um pilar essencial da assistência qualificada e um indicador de maturidade das instituições de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, um em cada 10 pacientes hospitalizados sofre eventos adversos evitáveis — até 80% deles poderiam ser prevenidos —, o que gera perdas globais estimadas em US$ 42 bilhões ao ano.
Reduzir esses danos vai além de uma meta clínica: é uma estratégia de gestão que influencia diretamente a sustentabilidade, a reputação e o desempenho das organizações. A segurança precisa estar incorporada à cultura institucional, refletida nas rotinas e nas atitudes dos profissionais envolvidos no cuidado. Isso exige que o controle dos riscos assistenciais esteja no centro da governança, sustentado por políticas consistentes, liderança engajada, uma cultura organizacional sólida e o uso de tecnologias que apoiem a tomada de decisão.
Instituições que adotam boas práticas baseadas em evidências já colhem resultados concretos. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por exemplo, reduziu complicações pós-operatórias com o uso de checklists cirúrgicos orientados pelas diretrizes da OMS. Já o Brigham and Women’s Hospital, em Boston, registrou uma redução de 55% nos erros de medicação ao implantar prescrição eletrônica e sistemas de dupla checagem.
Além dos protocolos, a qualificação contínua das equipes é indispensável. No Hospital Israelita Albert Einstein, simulações clínicas realísticas aumentaram em até 60% a adesão a protocolos de segurança em UTIs — demonstrando como o treinamento prático, aliado à liderança engajada, promove mudanças sustentáveis no comportamento profissional.
Indicadores assistenciais também são ferramentas centrais. Como já afirmava William Edwards Deming, “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”. Taxas de infecção, erros de medicação e notificações de eventos adversos devem compor painéis de controle que orientem decisões estratégicas.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a superar, como resistência à mudança, cultura punitiva, alta rotatividade e falhas de comunicação entre áreas. Uma das formas mais eficazes de enfrentá-los é por meio da adoção de uma cultura justa, que equilibre responsabilização e aprendizado. O modelo do NHS, no Reino Unido, é referência nesse sentido: os erros são analisados como oportunidades de melhoria sistêmica e não como falhas individuais.
Na prática, reduzir eventos adversos salva vidas, melhora indicadores operacionais, reduz custos com retrabalho e litígios e fortalece a reputação institucional. Além de atender a exigências regulatórias, investir em segurança é assumir um compromisso com a qualidade — e com as pessoas.
Para os gestores, o desafio é transformar esse compromisso em um princípio de governança. Uma cultura que permeia profissionais, processos e decisões. Porque, em saúde, o cuidado seguro não é uma opção — é a única escolha aceitável.
*Claudia Balbuena Dal Forno é Médica da Promed – Soluções em Saúde.
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Assessoria de Comunicação
ALERTA: A CONTA QUE NÃO FECHA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Escrito por AdministradorA relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços (hospitais, clínicas de imagem, laboratórios e bancos de sangue) está se tornando financeiramente insustentável, o que ameaça todo o sistema de saúde suplementar brasileiro.
A promessa de qualidade, agilidade e inovação, que durante anos diferenciou a saúde privada do sistema público, vem sendo minada por uma remuneração defasada e, em muitos casos, insuficiente até mesmo para cobrir os custos operacionais.
O resultado dessa equação perversa é sentido diretamente por quem mais importa: o paciente.
A inviabilidade econômica tem levado hospitais, clínicas e laboratórios a suspenderem atendimentos por convênios. É um fenômeno que, após atingir parte dos médicos, agora alcança as instituições de saúde, colocando em risco toda a lógica do sistema suplementar.
O paciente, que paga caro pelo plano de saúde, já enfrenta dificuldades para agendar exames, marcar procedimentos ou realizar cirurgias eletivas, sinais claros do risco de colapso de um sistema que deveria amparar milhões de vidas.
É hora de encarar esse impasse com seriedade e coragem.
O modelo atual precisa ser revisto com transparência, responsabilidade e compromisso coletivo.
A sustentabilidade da saúde suplementar exige diálogo entre operadoras, prestadores e sociedade.
Somente com um novo pacto, que valorize quem cuida e viabilize quem estrutura o cuidado, será possível resgatar a essência e garantir a excelência do setor de saúde privado.
Goiânia, 24 de junho de 2025
AHPACEG – Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Falsos médicos: CFM orienta como saber se o profissional é um médico de verdade
Teto de reajuste para plano de saúde individual e familiar é de 6,06%, decide ANS
Governo federal regulamenta novo exame nacional obrigatório para estudantes de medicina
Cirurgias Estéticas: SBCP Lidera Defesa do Ato Médico e Segurança dos Pacientes
Sebrae passa a monitorar a área de Saúde e Bem-Estar
https://stgnews.com.br/sebrae-lanca-boletim-da-area-de-saude-e-bem-estar/
Plano de saúde pode limitar sessões de ABA para autistas?
Médicos são indiciados por homicídio culposo em investigação sobre a morte de paciente
Novas regras da Anvisa passam a valer a partir de hoje para compra de caneta emagrecedora
Pacientes relatam caos e falta de estrutura no CRDT em Goiânia
PORTAL G1
Falsos médicos: CFM orienta como saber se o profissional é um médico de verdade
A cada dia, pelo menos dois casos de exercício ilegal da medicina passam a tramitar no poder judiciário ou nas polícias civis dos estados, no país. Site do CFM oferece ferramenta de busca gratuita.
No domingo (23), o Fantástico mostrou o caso de um falso médico que virou réu por causa da morte de uma paciente e forjou a própria morte para fugir da Justiça. Em maio, outra falsa médica trabalhava em hospitais públicos e particulares, participava de congressos, dava aulas em faculdades de medicina, se dizia especialista em cardiopatia infantil e atendia crianças muitas vezes com doenças graves.
Casos como esses ocorrem com frequência em todo o país, são expostos de tempos em tempos e preocupam a população, que muitas se sente vulnerável e sem saber como verificar a autenticidade da formação de quem se diz médico. Mas como saber se o profissional é um médico de verdade?
O Conselho Federal de Medicina explica que, para saber se a pessoa que prestou atendimento ao paciente é médica, basta ir ao site do CFM, onde há o espaço “busca por médico”, e digitar o nome completo do médico ou o CRM (número do registro profissional).
O site do CFM fornece informações que permitem verificar se o profissional é realmente médico ou não, como:
Nome completo do médico
Foto do profissional
Número de inscrição profissional (CRM) e quando se inscreveu como médico
Registros de Qualificação de Especialidade (RQEs), caso tenha
Em que estado o profissional atua
Estabelecimento de ensino superior onde se formou e quando.
Como há muitos casos de pessoas que se passam por médicos de verdade - que são de fato formados - o paciente precisa confirmar se a foto do profissional que aparece no sistema de busca corresponde com a foto de quem prestou o atendimento.
Dois casos por dia de exercício ilegal da medicina no país
Em levantamento realizado junto à base de dados do Conselho Nacional de Justiça e das Polícias Civis das unidades da Federação do país, por meio da Lei de Acesso à Informação, o CFM constatou 9.556 registros de crimes de exercício ilegal da medicina (artigo 282 do Código Penal) entre 2013 e 2023.
No poder judiciário, foram 6.189 novos processos referentes ao tema. Já as delegacias de Polícia Civil registraram 3.377 boletins de ocorrência (BOs) referentes à prática ilegal.
Ou seja, nos 12 anos do período do levantamento, a cada dia, pelo menos dois casos de exercício ilegal da medicina passaram a tramitar no poder judiciário ou nas polícias civis dos estados.
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CORREIO BRAZILIENSE
Teto de reajuste para plano de saúde individual e familiar é de 6,06%, decide ANS
Nesta segunda-feira (23/6), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitou a 6,06% o reajuste anual que deve ser aplicado em planos de saúde individual e familiar regulamentado, podendo impactar até 16,4% dos 52 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
“O reajuste definido pela ANS leva em conta o aumento das despesas assistenciais das operadoras em relação aos atendimentos realizados em 2024. Isso inclui tanto o custo dos procedimentos quanto a frequência com que os beneficiários utilizaram os serviços. Nosso objetivo é garantir equilíbrio ao sistema” afirmou a diretora-presidente interina e diretora interina de Normas e Habilitação dos Produtos, Carla Soares.
O índice de 6,06% foi definido pela Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, apreciado pelo Ministro da Fazenda e aprovado na manhã da segunda-feira (23/6) em reunião de Diretoria Colegiada da ANS. O reajuste poderá ser aplicado no mês de aniversário do contrato, para os contratos que fazem aniversário em maio e junho, a cobrança poderá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato.
Para chegar ao percentual de 2025, a ANS utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), descontado o subitem Plano de Saúde. O valor final do plano de saúde é impactado por fatores como a inflação, o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos e dos insumos, como produtos e equipamentos médicos.
Para a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), o índice de reajuste anunciado pela ANS fica abaixo da real necessidade da recomposição de custos do setor. “Segundo projeções de consultorias internacionais e nacionais, no Brasil, o custo médico-hospitalar deverá crescer entre 12% e 13% em 2025, resultado direto da incorporação de tecnologias, custo de importação e do câmbio, aumento de frequência de utilização de serviços, dentre outros”, diz nota.
A ANS foi questionada por não prever a recomposição total do aumento de despesas, já que existem descontos devido a idade ou eficiência. Além disso, a atual metodologia de reajuste não permite a recomposição dos desequilíbrios acumulados, toma como referência uma média nacional da variação das despesas médicas, desconsiderando as profundas diferenças de porte e perfil das operadoras de planos de saúde, de acordo com a Abramge.
“O equilíbrio entre a utilização dos serviços, sua qualidade e a constante modernização de todo o sistema de saúde, são fundamentais para a sustentabilidade do setor e garantir esse serviço aos atuais 52,3 milhões de beneficiários.” completa a nota.
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Governo federal regulamenta novo exame nacional obrigatório para estudantes de medicina
O governo federal regulamentou, oficialmente, a aplicação do Enamed (Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica) em publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira (23). A medida prevê a aplicação de uma prova nacional obrigatória para estudantes de medicina, nos moldes do que acontece atualmente com a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O objetivo do governo é utilizar os resultados para avaliar os cursos de medicina espalhados pelo país e também orientar políticas públicas voltadas para a educação no ensino superior. Os resultados poderão ser usados, ainda, para compor os processos seletivos do Enare (Exame Nacional de Residência), voltado para programas de residência médica de acesso direto.
Como será o exame?
A prova será aplicada anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e acontecerá de forma descentralizada. O exame contará com uma prova teórica de 100 questões objetivas, com questões distribuídas entre áreas como Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, além de temas interdisciplinares de Saúde Coletiva e Saúde Mental.
Além da prova, os participantes deverão preencher questionários obrigatórios, como o de percepção da prova e o contextual, cujos dados serão usados exclusivamente para fins estatísticos e de avaliação educacional.
Estudantes inscritos no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) terão a inscrição automática no Enamed feita pelos coordenadores de curso, mas precisarão confirmar sua participação caso queiram utilizar o desempenho no processo seletivo do Enare.
Já os demais interessados poderão se inscrever voluntariamente para participar da prova, conforme edital específico.
Uso da nota do Enamed
A nota obtida no Enamed não terá peso direto na formação do aluno, mas será obrigatória como componente curricular, conforme determina a Lei nº 10.861/2004. Para os estudantes que desejarem disputar uma vaga em residência médica pelo Enare, os resultados poderão ser aproveitados por até três anos.
O Inep emitirá boletins de desempenho individuais, além de relatórios gerais para análise de políticas públicas, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados. A escala de pontuação e os níveis de desempenho serão definidos em documento técnico próprio.
A Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) será responsável por definir e cobrar a taxa de inscrição daqueles que não forem automaticamente isentos.
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STGNEWS
Sebrae passa a monitorar a área de Saúde e Bem-Estar
O envelhecimento da população no Brasil tem aumentado e deve crescer mais até 2030, o que pode impulsionar o setor de saúde e bem-estar. Segundo dados do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 65 anos ou mais aumentou 57,4% em doze anos (2010 a 2022). Até 2030, a pirâmide etária do país deve ser invertida, ou seja, a população idosa deverá superar a de crianças e adolescentes de até 14 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Esse cenário redefine as demandas por serviços de saúde e bem-estar, impulsionando o crescimento de um novo modelo de consumo, mais voltado à prevenção e à qualidade de vida. Dessa forma, o Sebrae Goiás lança o “Boletim de Tendências em Saúde e Bem-Estar”. O documento destaca as principais transformações para garantir competitividade, inovação e crescimento sustentável da área.
A gestora estadual do Programa Saúde, Beleza e Bem-Estar do Sebrae Goiás, Vera Oliveira, diz que, além da importância de orientar os empreendedores sobre as tendências e o cenário para este segmento, o material também evidencia o papel do Sebrae no desenvolvimento desses empreendimentos.
“São soluções para apoiá-los na busca da melhoria da performance de seus negócios e na identificação de novas oportunidades para desenvolver novos modelos de negócios alinhados às tendências”, explica.
Confira alguns pontos do boletim
Telemedicina
Ainda que não seja uma tendência nova, a telemedicina representa uma das mudanças mais significativas no modelo tradicional de atendimento à saúde. Com regulamentação por lei e por resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), o que traz segurança jurídica aos profissionais e pacientes, a modalidade é uma alternativa viável e prática para ampliar o acesso e reduzir tempo de espera para emissão de laudos. Também ajuda a quebrar barreiras geográficas para algumas necessidades, sobretudo em regiões com escassez de especialistas. Para se ter uma ideia, em 2023 foram 30 milhões de atendimentos a distância no Brasil, 172% a mais que o período de 2020 a 2022.
Healthtechs
Startups de saúde têm papel fundamental neste cenário, com agilidade, flexibilidade e soluções customizadas. Entre as frentes para atuação das healthtechs destaca-se a redução das ineficiências do sistema de saúde. Há no setor uma demanda por soluções que otimizem processos, tanto na atenção à saúde quanto na experiência do paciente. Áreas como faturamento, controle de fraudes, supply chain e ciclo de receitas são promissoras. Outra demanda é a integração de dados, com análise de perfis populacionais, epidemiológicos e comportamentais, para desenvolver jornadas de atendimento personalizadas e eficientes.
Prevenção e longevidade
A abordagem preventiva busca evitar o surgimento de patologias e diminuir seus impactos. Com o envelhecimento populacional, cresce a demanda por soluções que ajudem as pessoas a viverem mais e com melhor qualidade de vida. Isso influencia as escolhas de bem-estar e impulsiona mudanças para soluções preventivas e especializadas, em combinação com tratamentos reativos. As vitaminas e os suplementos, por exemplo, crescem em vendas e devem atingir US$ 139,9 bilhões em 2025. Suplementos personalizados e rotinas de exercícios sob medida passam a ser parte comum do cotidiano.
Bem-estar
Para a população, o tema não envolve só saúde física e mental, mas também ambiental, espiritual, emocional e social. Nesse sentido, algumas preferências dos consumidores podem gerar oportunidades estratégicas para o segmento. Entre elas estão:
Produtos naturais e não poluentes
Personalização de produtos
Crescimento dos canais digitais
Força dos influenciadores
Serviços de bem-estar (coaching, telemedicina e aplicativos)
Integração de categorias de saúde e bem-estar
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AFINA MENINA
Cirurgias Estéticas: SBCP Lidera Defesa do Ato Médico e Segurança dos Pacientes
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) liderou uma importante reunião nesta sexta-feira (20), reunindo cinco das principais sociedades médicas do país, além do Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos Conselhos Regionais de Medicina de São Paulo (Cremesp) e Paraná (CRM-PR). O objetivo do encontro foi consolidar uma frente institucional em defesa do Ato Médico e da segurança da população, especialmente contra o avanço de práticas invasivas realizadas por profissionais não médicos.
A iniciativa surge em resposta ao recente anúncio do Conselho Federal de Odontologia, que pretende habilitar dentistas para realizar procedimentos cirúrgicos estéticos. A SBCP reforça que qualquer cirurgia, independentemente do porte, exige domínio técnico para avaliação pré-operatória, planejamento, execução segura e capacidade de resposta a eventuais complicações. A banalização desses atos por profissionais não médicos expõe os pacientes a riscos graves, incluindo sequelas irreparáveis e até risco de morte.
Estiveram presentes na reunião representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Sociedade Brasileira de Dermatologia e a própria SBCP, que sediou o encontro. Juntos, eles formam uma frente contra cirurgias estéticas realizadas por dentistas, defendendo a ética, a valorização da formação médica especializada e a segurança do paciente.
A SBCP destaca que “Nossa atuação é em defesa do Ato Médico, da ética, da segurança do paciente e da valorização da formação médica especializada, que são princípios inegociáveis. Seguiremos firmes na adoção de todas as medidas legais e institucionais cabíveis para proteger a sociedade.”
Fundada em 1948, a SBCP é uma das maiores associações mundiais da especialidade e órgão oficial para conferir o título de especialista em cirurgia plástica no Brasil. A entidade atua para zelar pelo renome da cirurgia plástica, promover seu progresso e incentivar a formação de especialistas, sempre com foco na segurança e bem-estar dos pacientes.
Este movimento conjunto reforça a importância da atuação médica especializada para garantir procedimentos estéticos seguros e éticos, protegendo a saúde da população brasileira contra práticas que possam colocar vidas em risco.
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O DIA ONLINE
Plano de saúde pode limitar sessões de ABA para autistas?
Meu filho é autista e o plano de saúde se recusa a cobrir as sessões de ABA, alegando que já ultrapassamos o número de sessões anuais permitidas. Mas o tratamento é contínuo e não pode ser interrompido. Isso está certo? Silvia Regina, Madureira.
A advogada Melissa Areal Pires, especialista em Direito à Saúde, esclarece que essa conduta do plano é considerada abusiva e ilegal pela jurisprudência. "É entendimento consolidado que os planos de saúde não podem interromper terapias multidisciplinares pelo simples esgotamento do número de sessões anuais previstas no Rol da ANS, pois isso contraria o próprio objetivo do contrato", explica.
Ela destaca que impor essa limitação causa desvantagem exagerada ao consumidor, já que não é possível prever quanto tempo será necessário para o tratamento de um paciente com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A forma e frequência das terapias devem seguir rigorosamente o que está estabelecido em relatório médico.
"A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já determinou, e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já confirmou, que os planos de saúde devem garantir cobertura ilimitada para sessões de terapias multidisciplinares, com o método ou técnica prescritos pelo médico assistente. Isso inclui o tratamento de condições classificadas como "transtornos globais do desenvolvimento", como Autismo, Síndrome de Rett e Síndrome de Asperger", finaliza a especialista.
Se o plano se recusar a cumprir o que a lei já reconhece como direito do paciente, você pode buscar apoio jurídico, inclusive com pedido de medida de urgência, para garantir a continuidade do tratamento, salienta o advogado Átila Nunes do serviço www.reclamar adianta com br. O atendimento é gratuito pelo e-mail juríO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo WhatsApp (21) 993289328.
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TV ANHANGUERA
Médicos são indiciados por homicídio culposo em investigação sobre a morte de paciente
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A REDAÇÃO
Pacientes relatam caos e falta de estrutura no CRDT em Goiânia
Pacientes que procuraram atendimento no Centro de Referência em Diagnóstico e Tratamento (CRDT) de Goiânia, nesta segunda-feira (23/6), relataram caos e falta de estrutura no funcionamento temporário da unidade, que opera no Centro de Saúde Cidade Jardim. Segundo usuários, após cinco dias de recesso pelo feriado de Corpus Christi, o retorno dos serviços foi marcado por filas extensas, distribuição desorganizada de senhas e ausência de orientações, agravando a situação de quem depende do fornecimento de medicamentos de uso contínuo.
Conforme usuários, a farmácia responsável pela liberação de medicamentos para diversos tratamentos voltou a funcionar com equipe reduzida e sem o preparo necessário para lidar com a alta demanda registrada logo após o feriado.
Mais de 20 pessoas aguardavam informações do lado de fora da unidade na manhã desta segunda-feira (23/6), sem saber como o atendimento seria realizado. As senhas foram distribuídas de forma aleatória nos corredores, com retenção de documentos, gerando revolta e confusão entre os usuários.
"Não sabíamos para onde ir. Cada um dizia uma coisa. Ficamos em fila sem saber se iríamos ser atendidos", contou uma paciente que preferiu não se identificar.
Usuários também reclamam que, desde que o atendimento do CRDT foi transferido para a nova unidade, há mais de 15 dias, nenhum aviso oficial foi enviado aos pacientes. Nem mensagens por celular, nem e-mails.
Uma funcionária, que pediu anonimato por temer represálias, relatou o impacto psicológico sobre a equipe e os usuários:
“No primeiro dia, tínhamos mais de 60 pessoas esperando do lado de fora. Nada funcionou. Foi dramático, física e emocionalmente. Uma tragédia para ambas as partes.”
Outra servidora, da área da farmácia, questionou a demora na convocação de profissionais da saúde já aprovados em concurso:
“Tem verba, tem assinatura. Por que não chamam os concursados e o cadastro de reserva? Precisamos de equipe e estrutura para garantir adesão ao tratamento e à prevenção. Esses pacientes são estigmatizados, não podem ser tratados como uma simples postagem nas redes sociais.”
Entre os problemas mais graves relatados está a ausência de espaços adequados para triagem inicial, o que compromete o atendimento de situações sensíveis, como casos de violência ou relações sexuais recentes. De acordo com servvidores, o laboratório, improvisado na sala de vacinação infantil, causa desconforto e restrições para ambas as equipes.
“O local está muito desorganizado, não há um fluxo de atendimento definido. Estamos sem condições de trabalhar com dignidade e os pacientes estão desassistidos.”, completou outra servidora.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias. Enquanto isso, o serviço essencial segue funcionando em condições precárias, colocando em risco a saúde e o bem-estar de centenas de pessoas que dependem do atendimento diário do CRDT.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Setor de saúde privada começa a testar compartilhamento de dados de pacientes
https://www.portaltela.com/saude/saude-publica/2025/06/22/setor-de-saude-privada-inicia-testes-para-compartilhamento-de-dados-de-pacientes
Resolução 623, da ANS, e uma nova era da saúde suplementar
https://medicinasa.com.br/nova-era-saude-suplementar/
Inteligência estratégica: o novo papel da área de suprimentos
https://medicinasa.com.br/suprimentos-hospitais/
6 dicas para implementar práticas de segurança nas instituições
https://medicinasa.com.br/6-dicas-seguranca/
PORTAL TELA
Setor de saúde privada começa a testar compartilhamento de dados de pacientes
Imagine passar por uma emergência médica durante uma viagem a outro estado, longe de casa. No pronto-socorro, em vez de precisar avisar sobre alergias, medicamentos de uso contínuo ou o histórico — como uma cirurgia recente ou um tratamento em curso —, você autoriza e o médico consulta seu prontuário completo, agilizando o atendimento. Esse é o cenário que se desenha num projeto que reúne diferentes hospitais privados, laboratórios e operadoras de planos de saúde, sob liderança do InovaHC, núcleo de inovação tecnológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP).
Hoje, a maior parte dos hospitais e laboratórios particulares é digitalizada, com toda a jornada do paciente alimentando um sistema interno de informações. Agora, a ideia é testar a interoperabilidade, ou seja, uma integração dos dados de saúde que permita o acesso de profissionais de diferentes instituições, a partir da autorização prévia do usuário.
Para isso, as informações precisam seguir os mesmos protocolos e padrões, explica o diretor executivo do InovaHC, Marco Bego. A iniciativa se inspira na experiência do open finance, que permitiu a padronização e compartilhamento de dados entre bancos e instituições financeiras, com o aval do consumidor.
Por enquanto, hospitais como Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Oswaldo Cruz e as redes diagnósticas Dasa, Fleury e Sabin estão em fase final de negociação para o primeiro teste do projeto, previsto para ser colocado no ar em até 120 dias. Também há conversas com outras empresas.
Bego argumenta que a interoperabilidade na saúde, com a ideia de um prontuário compartilhado, “é uma pauta do setor há anos”.
Ele lembra que o HC levou para comunidades indígenas do Alto Xingu, na região amazônica, um projeto de atendimento remoto a partir de aparelhos de ultrassonografia portáteis, mas a iniciativa se deparou com entraves de compartilhamento dos laudos: quando algo era diagnosticado, o paciente tinha que entrar de novo na fila do SUS porque os dados não se comunicavam.
— Queremos que os hospitais tenham acesso às informações para oferecer um atendimento melhor. Você vai a um pronto-socorro hoje e os médicos não sabem quem você é. Com a interoperabilidade, vão saber se você tem alergias, se há algum histórico que se ligue ao problema atual, exames que foram feitos recentemente… Mais bem informado sobre o paciente, a conduta a ser adotada pelo profissional é escolhida de maneira mais eficiente — justifica Bego.
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) também participa das discussões. Antônio Britto, diretor executivo da entidade, defende que os sistemas público e privado de saúde no país estão atrasados no tema e que grande parte dos desperdícios acontece por falta de melhor uso dos dados, “que existem, mas não são integrados”:
— Não há cenário em que se melhore a assistência e que se reduzam as despesas que não parta de avaliar o histórico das pessoas. Toda vez que alguém vai ao médico, tudo começa de novo. Isso faz o paciente e o profissional perderem tempo e o hospital e a operadora de plano de saúde desperdiçarem recursos.
Diretor de Inovação e Saúde Populacional do Sírio-Libanês, Daniel Greca, acredita que o projeto pode ampliar a eficiência dos atendimentos e do sistema de saúde, auxiliando na redução de custos, mas que o teste do projeto-piloto será fundamental para validar esses objetivos e “criar modelo de negócio escalável” para diferentes perfis de instituições:
— Se os players não se conversam, se o dado não trafega, há muita dificuldade em trabalhar como um sistema. Com dados devidamente protegidos, a interoperabilidade permite entender a jornada do paciente, fazer intervenções corretas, evitar redundâncias. Isso não vale apenas para os hospitais, mas para todos os níveis assistenciais. Traz eficiência e, consequentemente, reduz custos.
O projeto é acompanhado de perto pelo Ministério da Saúde. A secretária de Informação e Saúde Digital da pasta, Ana Estela Haddad, destaca que o SUS já tem uma plataforma de interoperabilidade. Dados de municípios, estados e instituições federais são compartilhados na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), que os armazena no padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a troca de dados em saúde.
Ela afirma que vê na iniciativa do Hospital das Clínicas da USP uma espécie de hub do que pode se tornar, no futuro, uma ponte para a troca de dados entre a saúde pública e privada do país.
— Se pudermos adotar uma plataforma comum, todo o setor vai ganhar muito, mas principalmente o paciente, que vai ter seu prontuário e histórico à disposição para acompanhar a própria saúde e tomar decisões. E ganha também o profissional de saúde no contexto de atendimento desse paciente — diz Ana Estela.
Além dos hospitais, a rede de farmácias RD, dos selos Raia e Drogasil, e a Bradesco Saúde, também estão em reta final de negociação para participar do piloto. Conselheira do InovaHC, Marcia Ogawa argumenta que as drogarias compartilhariam dados como testes rápidos e vacinas aplicadas nas lojas.
Já no caso das operadoras, ela defende que o projeto pode agilizar autorizações de procedimentos e facilitar o calendário de pagamentos aos hospitais, reduzindo as chamadas glosas — quando o pagamento é retido por divergência entre o prestador e o plano de saúde.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que, na saúde suplementar, os dados assistenciais são enviados pelas operadoras para a ANS, por meio do Padrão de Troca de Informações da Saúde Suplementar (Padrão Tiss). Segundo a agência, a “interoperabilidade de dados e informações é elemento essencial no ecossistema da saúde, pois contribui para o uso mais eficiente de recursos e redução de desperdícios”.
Risco e proteção de dados
Coordenadora do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marina Paullelli, avalia que o projeto pode potencializar a gestão e o acesso à saúde, mas que se cuidados com o uso dos dados não forem respeitados, há riscos de práticas abusivas e discriminatórias.
Ela defende que as informações sejam usadas estritamente no contexto do atendimento médico, sempre sob autorização do paciente, ou por interesse público, como pelos gestores municipais, estaduais e federais para a elaboração de políticas públicas.
— As informações não podem ser usadas para a criação de publicidade personalizada, nem para seleção de risco. Nenhum consumidor pode ser impedido, por exemplo, de contratar um plano de saúde ou acessar um atendimento por causa do seu histórico de saúde — afirma. — Há de se ter sempre consentimento qualificado da pessoa, que precisa entender as razões para o acesso aos dados.
A possibilidade de uso de dados para barreira de acesso aos planos de saúde é também uma preocupação da secretária Ana Estela. Ela defende que, em qualquer cenário, os donos das informações são os usuários, que precisam entender de maneira clara o que será acessado, para quê e por quem:
— Quem vai acessar os dados é o usuário e o profissional na hora do atendimento. Esse é o princípio a ser respeitado. O propósito do uso das informações é o cuidado e a qualidade do atendimento.
Professora do FGVSaúde, Ana Maria Malik também pondera que é preciso cautela.
— A ideia é fenomenal porque integra diferentes atores do setor privado, e não apenas operadoras de planos de saúde. O ponto de atenção, porém, é o cuidado para que os dados das pessoas não sejam usados para bloquear o acesso aos convênios nem que sejam acessados pelas empresas empregadoras, que podem evitar contratações pelo histórico de saúde — analisa.
Marina, do Idec, destaca que a regulamentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) sobre uso de informações privadas em saúde não avançou. Ela defende que um sistema de interoperabilidade armazene dados pelo Cartão Nacional de Saúde (CNS), como forma de resguardar a triangulação do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) com outras bases. Além disso, ela defende que sejam respeitadas garantias da LGPD, permitindo que a edição, correção ou exclusão de dados possa ser solicitada a qualquer momento.
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MEDICINA S/A
Resolução 623, da ANS, e uma nova era da saúde suplementar
O setor de saúde suplementar brasileiro está diante de uma transformação sem precedentes. A Resolução Normativa nº 623/2024 da ANS, que entra em vigor em julho de 2025, vai muito além de uma atualização técnica — ela representa um novo paradigma para operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços e, sobretudo, para a experiência dos beneficiários. Mais do que nunca, a tecnologia deixa de ser um diferencial competitivo e passa a ser um requisito essencial para operar com conformidade, eficiência e segurança jurídica.
Na prática, a RN 623 redefine as responsabilidades das operadoras ao exigir prazos claros para respostas, justificativas fundamentadas para negativas de cobertura e a obrigatoriedade de protocolos de atendimento com rastreabilidade de todas as interações. Urgências e emergências exigirão respostas imediatas. Solicitações assistenciais eletivas terão o prazo máximo de três dias úteis. Demandas administrativas e ouvidorias, até sete dias úteis. Para os prestadores, o impacto é direto: sem processos integrados e digitais, será impossível atender a essas exigências.
O desafio vai além do atendimento ao paciente. A RN 623 afeta o ciclo da receita hospitalar, tradicionalmente fragmentado entre áreas assistenciais, administrativas e financeiras. O modelo onde o faturamento começa apenas após a alta do paciente está obsoleto. A rastreabilidade de dados, a gestão de prazos e a comunicação estruturada entre prestadores e operadoras se tornam mandatórias — e, sem tecnologia, essas demandas são inalcançáveis.
Instituições que anteciparem essa mudança estarão mais preparadas para reduzir glosas, melhorar a previsibilidade financeira e garantir segurança regulatória. O que está em jogo é a sustentabilidade do setor: margens pressionadas, custos crescentes e exigências regulatórias mais complexas não permitem mais a informalidade e a gestão manual de processos críticos.
A tecnologia se impõe como a única solução viável para enfrentar esse cenário. Plataformas de gestão documental, automatização de processos, integração de dados clínicos e financeiros, controle de prazos em tempo real e alertas para inconsistências passam a ser pilares de um sistema de saúde mais seguro, eficiente e sustentável.
A RN 623 não é apenas um marco regulatório — é um sinal claro de que o setor de saúde precisa avançar para um modelo de gestão mais inteligente, transparente e conectado. Instituições que hesitarem em investir em soluções digitais podem se ver não apenas descumprindo normas, mas também perdendo espaço em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.
Estamos vivendo um momento de virada. A conformidade é obrigatória, mas a modernização é estratégica. Quem se antecipar, modernizar seus processos e integrar tecnologia de forma inteligente não somente estará em conformidade com a nova regulamentação, mas também pavimentará o caminho para uma saúde suplementar mais eficiente, justa e sustentável para todos.
*Hanmera Gomes é especialista de produtos da Osigu.
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Inteligência estratégica: o novo papel da área de suprimentos
Durante muito tempo, o setor de suprimentos nos hospitais foi visto como uma área puramente operacional, voltada para compras e reposições. No entanto, esse cenário está mudando rapidamente. Em um contexto em que eficiência, segurança e inteligência de dados são cruciais, a área de suprimentos se posiciona como um pilar estratégico essencial à sustentabilidade da saúde — e, acima de tudo, ao cuidado com o paciente.
Considerado o segundo maior centro de custos de uma instituição de saúde, o setor de compras deixou de ser apenas um agente de execução e representa um papel fundamental no cuidado ao paciente. Hoje, o profissional da área precisa compreender tendências, dominar a cadeia de suprimentos e buscar constantemente novas formas de agregar valor à operação hospitalar.
A transformação digital é protagonista nesse processo. Plataformas de gestão, automação de processos e sistemas de análise preditiva permitem mais controle, mais visibilidade e mais agilidade. A digitalização das informações amplia o poder de decisão do profissional e o liberta de tarefas repetitivas para se concentrar na gestão estratégica.
Com o apoio da tecnologia, é possível acessar um número maior de fornecedores, comparar preços em tempo real, monitorar contratos e assegurar conformidade em todas as etapas do processo. A redução de custos se torna uma consequência de uma gestão mais inteligente e conectada.
Essa mudança de postura faz com que o setor de suprimentos deixe de ser reativo para assumir um papel proativo e inteligente. Com o uso de soluções automatizadas, o hospital ganha previsibilidade, reduz perdas, melhora a alocação de recursos e, o mais importante, garante o abastecimento eficiente de insumos fundamentais à assistência.
Estamos falando de um novo perfil de comprador hospitalar: mais estratégico, mais tecnológico e cada vez mais integrado aos demais setores. O objetivo não é apenas manter o estoque em dia, mas construir um estoque inteligente, que sirva diretamente à qualidade do atendimento e à segurança do paciente.
E é justamente neste novo cenário que a Inteligência Artificial surge como um diferencial competitivo. Ferramentas baseadas em IA oferecem análises preditivas, alertas de não conformidade, sugestões de melhorias e apoio na tomada de decisão. Com isso, o profissional de suprimentos ganha tempo, aumenta sua assertividade e contribui diretamente para os resultados da instituição.
O futuro da área de suprimentos na saúde já começou. E ele passa, inevitavelmente, por tecnologia, estratégia e integração. De coadjuvante operacional, o setor agora assume o protagonismo na construção de hospitais mais sustentáveis, eficientes e focados no bem-estar do paciente. Mais do que controlar custos, a nova missão do profissional de compras é gerar valor.
*Michael Almeida é gerente comercial da Apoio Cotações.
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6 dicas para implementar práticas de segurança nas instituições
A segurança do paciente é um pilar fundamental para a qualidade da assistência em saúde. Apesar de sua importância reconhecida, a implementação efetiva de práticas de segurança enfrenta diversos obstáculos nas instituições de saúde brasileiras. Dentro das clínicas e hospitais é possível compreender como resistência à mudança, escassez de recursos e comunicação ineficaz comprometem a adoção de protocolos fundamentais para a prevenção de eventos adversos e melhoria da segurança dos pacientes.
Além desses desafios estruturais e culturais, é importante destacar um novo aliado potencial: a inteligência artificial (IA). Com essa ferramenta, é possível transformar radicalmente a forma como identificamos riscos, prevenimos eventos adversos e melhoramos decisões clínicas. A literatura científica é clara: a maioria dos eventos adversos decorre não de más intenções, mas de falhas sistêmicas e limitações cognitivas. A IA ajuda a mitigar essas falhas ao processar grandes volumes de dados e reconhecer padrões invisíveis ao olho humano.
Para superar os desafios tradicionais e incorporar inovações tecnológicas, é preciso um esforço conjunto que envolva gestores, profissionais de saúde e todas as equipes multifuncionais. Pensando nisso, separei seis estratégias que contribuem para a melhoria e implementação das práticas de segurança:
1. Fortalecimento da Cultura de Segurança
A promoção de uma cultura organizacional que valorize a segurança do paciente é essencial. Isso implica em incentivar a comunicação aberta, o aprendizado com os erros e a participação ativa de todos os profissionais na identificação e mitigação de riscos. A substituição de uma cultura punitiva por uma abordagem de aprendizado contínuo é fundamental para engajar as equipes na adoção de práticas seguras.
Fora isso, ferramentas de IA com processamento de linguagem natural (NLP) já são capazes de analisar relatórios de incidentes e identificar padrões emocionais, fatores latentes e áreas críticas em larga escala — um apoio importante para compreender a maturidade da cultura de segurança dentro da instituição.
2. Capacitação Contínua dos Profissionais de Saúde
Investir em programas de educação permanente é importante para manter os profissionais atualizados sobre as melhores práticas de segurança. Treinamentos regulares, workshops e simulações realísticas podem aprimorar as habilidades das equipes e promover a adoção consistente de protocolos de segurança.
Nesse contexto, soluções com suporte à decisão clínica baseadas em IA estão ganhando espaço. Algoritmos podem auxiliar médicos e enfermeiros com recomendações alinhadas às diretrizes clínicas e evidências atualizadas — como, por exemplo, a escolha de um antibiótico empírico com base no microbioma local e perfil do paciente — reduzindo a variabilidade de condutas e promovendo maior aderência às melhores práticas.
3. Engajamento da Liderança Institucional
O comprometimento da alta gestão é determinante para o sucesso das iniciativas de segurança. Líderes devem participar ativamente das ações de segurança, demonstrando seu valor estratégico e incentivando a adesão das equipes. A liderança também tem papel fundamental na promoção do uso seguro e ético de tecnologias baseadas em IA, garantindo que essas ferramentas sejam utilizadas com foco no cuidado centrado no paciente.
4. Melhoria da Comunicação Interprofissional
A adoção de ferramentas padronizadas de comunicação pode reduzir falhas na transmissão de informações entre profissionais. Além disso, promover reuniões regulares e huddles diários pode fortalecer a colaboração e a coordenação das equipes. A tecnologia, mais uma vez, pode colaborar: sistemas de IA podem monitorar e rastrear dados de prontuários e identificar riscos antes que sejam comunicados formalmente.
Um exemplo prático é o uso de modelos preditivos baseados em machine learning que antecipam deterioração clínica, sepse, risco de quedas ou úlceras de pressão com horas de antecedência — permitindo intervenções clínicas proativas. O sistema Deterioration Index, da Epic, por exemplo, mostrou uma redução de 44% em paradas cardíacas em hospitais que o implementaram.
5. Implementação de Sistemas de Notificação de Eventos Adversos
Estabelecer sistemas eficazes para o relato de incidentes e eventos adversos é fundamental para identificar áreas de risco e implementar melhorias. Esses sistemas devem ser não punitivos e acessíveis, incentivando os profissionais a reportarem ocorrências sem receio de represálias.
Nesse cenário, a IA também pode desempenhar um papel decisivo. Sistemas automatizados são capazes de “ler” prontuários eletrônicos e identificar eventos adversos não notificados — como reações adversas a medicamentos ou erros de dosagem — com sensibilidade superior aos métodos tradicionais de auditoria por amostragem. Isso amplia a capacidade de vigilância e aumenta a transparência dos processos assistenciais.
6. Adequação da Infraestrutura e Recursos
Garantir recursos adequados, incluindo pessoal suficiente, equipamentos e tecnologias apropriadas, é essencial para a implementação eficaz das práticas de segurança. A escassez de recursos pode comprometer a adesão aos protocolos e aumentar o risco de eventos adversos.
Um bom exemplo de tecnologia com impacto direto é a reconciliação medicamentosa automatizada. A IA pode detectar erros de prescrição, interações medicamentosas perigosas e omissões críticas, especialmente durante transições de cuidado. Estudos mostram que esses sistemas aumentam a acurácia da prescrição em até 90% (David W. Bates, NEJM Catalyst, 2022).
*José Branco é Presidente na Sociedade Médica de Oxigenoterapia Hiperbárica, faz parte da Direção Executiva do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente, atua como Diretor Técnico do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e é Diretor Médico da CLOUDSAÚDE.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Sete estratégias para a saúde mental dos profissionais da saúde
https://medicinasa.com.br/estrategias-saude-mental/
Câmbio alivia preço dos medicamentos hospitalares em 0,79% em maio
https://monitormercantil.com.br/cambio-alivia-preco-dos-medicamentos-hospitalares-em-079-em-maio/
Medicamento para distrofia muscular de Duchenne é suspenso nos EUA após a morte de 2 adolescentes; entenda
https://www.acritica.net/editorias/saude/roche-suspende-elevidys-apos-mortes-por-falencia-hepatica/825620/
Família diz que bebê fraturou fêmur durante teste do pezinho em Aparecida
https://www.aredacao.com.br/noticias/234672/familia-diz-que-bebe-fraturou-femur-durante-teste-do-pezinho-em-aparecida
MEDICINA S/A
Sete estratégias para a saúde mental dos profissionais da saúde
Por André Fusco
Cuidar de quem cuida é, hoje, um dos maiores desafios da gestão em saúde. À medida que cresce o debate sobre saúde mental no trabalho, especialmente após a reformulação da NR-1, que passa a exigir a gestão de riscos psicossociais a partir de maio de 2026, estamos diante de um momento de oportunidade para rever não apenas as práticas assistenciais, mas também a estrutura organizacional que sustenta o trabalho em instituições hospitalares.
Estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aponta que 86% dos profissionais da saúde no Brasil apresentam sintomas de Burnout, e 81% relatam níveis elevados de estresse. Transtornos do sono, ansiedade, depressão e exaustão emocional são amplamente reportados por médicos, enfermeiros, técnicos e trabalhadores da linha de frente.
Ambientes hospitalares, pela sua própria natureza, concentram fatores que intensificam o risco de adoecimento: jornadas extensas, decisões críticas, contato diário com o sofrimento humano e alta demanda. Por outro lado, também são espaços em que o senso de propósito é muito presente. O desafio está em conciliar esse engajamento com uma organização do trabalho que preserve a saúde mental dos profissionais.
Além dos desafios intrínsecos da profissão, a cultura de normalização do sofrimento é ainda mais visível no setor de saúde. Essa lógica, muitas vezes, começa ainda na graduação. Estudantes são expostos a jornadas exaustivas, plantões sucessivos e à crença de que um bom profissional “dá conta de tudo”. A partir daí, constrói-se uma identidade marcada pelo sacrifício, e não pelo cuidado de si.
Mas há um limite para o nível de dedicação, mesmo que exista um propósito nisso. O chamado “presenteísmo”, quando o profissional está fisicamente presente, mas sem condições emocionais ou cognitivas para atuar, pode ser mais perigoso que o afastamento. Coloca em risco o próprio trabalhador e os pacientes.
É nesse contexto que proponho uma mudança estrutural pela Ergonomia Mental: uma abordagem Inspirada na Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejour que busca compreender como a organização do trabalho afeta a saúde psíquica das pessoas.
Enquanto a ergonomia osteomuscular ajusta o ambiente físico para evitar lesões, a Ergonomia Mental intervém sobre metas, processos, regras, lideranças e formas de reconhecimento. O objetivo é adaptar o trabalho para que ele seja psicologicamente viável, realizador e sustentável, gerando frutos positivos tanto para o colaborador quanto para a organização.
Sete estratégias para transformar o ambiente de trabalho
Com base em minha experiência com equipes de saúde e organizações hospitalares, proponho sete estratégias que podem ajudar instituições a promover ambientes mais saudáveis e gerar resultados positivos a longo prazo:
Mapeamento do trabalho real: usar ferramentas qualitativas para observar a rotina das equipes, entender as causas dos riscos psicossociais e o contexto geral das regras organizacionais.
Criação de espaços protegidos de escuta: promover rodas de conversa, canais anônimos e fóruns permanentes para acolher demandas emocionais e sugestões sem julgamento.
Revisão de protocolos com base na realidade: adaptar regras conforme o que gera mais produtividade e conforto para os colaboradores, com participação ativa das equipes técnicas.
Formação de lideranças empáticas: capacitar gestores para escutar, reconhecer e atuar com responsabilidade emocional, promovendo segurança psicológica.
Reconhecimento estratégico: usar o reconhecimento como ferramenta de motivação e proteção, não como benefício esporádico. Reconhecimento bem aplicado dá sentido ao sofrimento, fortalece vínculos, confiança e propósito.
Apoio estruturado ao retorno após adoecimento: criar planos personalizados com readaptação progressiva, escuta ativa e acompanhamento contínuo.
Integração da saúde mental nas políticas institucionais: acompanhar indicadores de clima organizacional e incorporar a saúde mental como parte das metas estratégicas e políticas de conduta.
Para além da prevenção: um investimento estratégico
A saúde mental precisa ser tratada como um tema estratégico para que qualquer empresa prospere de forma sustentável, especialmente quando seu propósito está diretamente ligado ao cuidado com vidas. Equipes saudáveis, engajadas e bem estruturadas contribuem de forma decisiva para a redução de afastamentos, erros, rotatividade e litígios, além de elevarem a qualidade assistencial e o desempenho institucional.
A sustentabilidade de um hospital passa, inevitavelmente, pela saúde emocional de quem cuida. E isso começa, fundamentalmente, pela forma como o trabalho é pensado, organizado e conduzido no dia a dia.
*André Fusco é médico-psicanalista, especialista em Ergonomia Mental e consultor em saúde mental no trabalho.
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MONITOR MERCANTIL
Câmbio alivia preço dos medicamentos hospitalares em 0,79% em maio
Após um mês de forte alta em abril, o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) voltou a apresentar queda. De acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), elaborados a partir de transações registradas na plataforma da Bionexo, o IPM-H registrou retração de 0,79% em maio de 2025.
A queda é mais acentuada quando comparada à inflação ao consumidor medida pelo IPCA/IBGE (0,26%), enquanto está mais alinhada ao IGP-M/FGV (-0,49%) que também mediu redução nos preços.
Além dos resultados dos índices de preço, que mostraram uma acomodação dos preços da economia brasileira em maio, houve uma nova apreciação do Real no mercado de câmbio no último mês - comportamento que, aliado à tendência de redução dos preços dos combustíveis (especialmente o diesel), podem ter contribuído para aliviar eventuais pressões de custo sobre a cadeia de suprimentos hospitalar, especialmente no caso de medicamentos importados.
"Mais especificamente, o resultado neste ano veio abaixo da média esperada para maio (+0,58%), mas sem estranhamento. Um dos fatores que pode estar contribuindo é a valorização cambial, que afeta insumos e produtos importados. Também é possível que a queda dos combustíveis tenha reduzido custos de distribuição", avalia Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe.
A inflexão no índice reflete um movimento de reequilíbrio do mercado hospitalar, após o impacto dos reajustes anuais autorizados pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), em abril. Vale lembrar que o primeiro passo na construção da Tabela CMED é a definição do preço teto, estabelecido sempre que um novo produto entra no mercado ou quando há uma nova apresentação farmacêutica - por exemplo, quando um medicamento que antes era apresentado em gotas passa a ser disponibilizado em comprimidos.
"Existe toda uma discussão sobre como se forma esse preço máximo", explica Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. "Muitas vezes, surgem categorias de medicamentos que ainda não existiam no Brasil e que passam a ser cadastradas. Isso exige uma análise comparativa com o mercado internacional, considerando o princípio ativo, a inovação terapêutica e a apresentação."
Cada categoria segue uma lógica de precificação distinta. Uma vez definido o teto, ocorre o processo mais conhecido da CMED: a atualização anual da tabela, realizada todo mês de abril. Nesse momento, são reajustados os valores máximos permitidos por medicamento, considerando preço fábrica, preço para o setor público e preço ao consumidor final. A inclusão de novos medicamentos, por sua vez, é feita mensalmente.
Entre os grupos que compõem o IPM-H, o destaque foi a redução de 2,46% nos preços de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos - medicamentos com alto valor agregado e grande representatividade nas transações hospitalares. "Na prática, certos medicamentos biológicos inovadores, como os imunomoduladores, têm preços elevados e grande influência sobre o índice. Por isso, mesmo pequenas variações nesse grupo têm forte influência na média do mercado", pontua Oliva.
Outros grupos também registraram queda, como os agentes antineoplásicos (-1,07%) e medicamentos para o aparelho digestivo (-1,23%). Em contrapartida, preparados hormonais subiram 3,98%, seguidos por medicamentos para o sistema musculoesquelético (+1,93%) e aparelho geniturinário (+1,39%).
Impacto
No acumulado do ano, o IPM-H exibe alta de 4,55%, refletindo ainda os impactos dos reajustes de abril. Os imunoterápicos lideram o avanço anual (+21,73%), seguidos por preparados hormonais (+7,09%). Já no acumulado de 12 meses até maio, o índice mostra alta de 3,84%, com desaceleração frente aos 5,03% observados em abril. Além disso, a análise histórica mostra que desde janeiro de 2015 o IPM-H acumula alta de 53,6%.
"O IPM-H não serve apenas para apontar tendências de alta ou baixa de preços. Ele revela a dinâmica específica do mercado hospitalar, com base em milhares de transações reais. Essa granularidade permite que gestores tomem decisões mais precisas e responsivas diante de oscilações relevantes", destaca Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.
Enquanto o IPCA, calculado pelo IBGE, mede preços ao consumidor em farmácias e drogarias, o IPM-H tem como foco o atacado, refletindo negociações entre hospitais e fornecedores. Em maio, o IPCA registrou alta de 0,26%, mas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais subiu 0,54%, puxado por medicamentos como produtos oftalmológicos (+2,15%) e hormonais (+1,26%). Essa divergência reforça o papel do IPM-H como instrumento complementar de análise, voltado à realidade das instituições de saúde.
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O GLOBO
Medicamento para distrofia muscular de Duchenne é suspenso nos EUA após a morte de 2 adolescentes; entenda
O uso do Elevidys, nome comercial do medicamento delandistrogeno moxeparvovequel, indicado para o tratamento da distrofia muscular de Duchenne (DMD), foi suspenso nos Estados Unidos para pacientes que não conseguem mais andar. A medida foi anunciada pela Sarepta, empresa de biotecnologia que detém os direitos do medicamento no país, e pela Roche, que comercializa o medicamento no Brasil e no resto do mundo, e foi motivada pela morte de dois adolescentes que fizeram uso do tratamento por insuficiência hepática aguda.
“Em 13 de junho de 2025, o Comitê de Segurança de Medicamentos da Roche tomou a decisão de iniciar as Restrições Urgentes de Segurança para o Elevidys (delandistrogeno moxeparvoveque) para pacientes não deambuladores (independentemente da idade). Com efeito imediato, nenhum novo paciente não deambulador (independentemente da idade) deve receber a dose de Elevidys para a distrofia muscular de Duchenne (DMD)”, diz a Roche, em comunicado.
A farmacêutica explica que pacientes deambuladores são aqueles que conseguem andar uma distância de 10 metros em até 30 segundos. Aquele que demoram mais de 30 segundos para percorrer essa distância são considerados não deambuladores, pois já não conseguem andar a pequenas distâncias em um tempo ideal e utilizam da cadeira de rodas para longos percursos.
O Elevidys é a primeira terapia gênica para distrofia muscular de Duchenne (DMD), um diagnóstico raro que leva ao enfraquecimento e deterioração dos músculos. O medicamento também chama atenção por ser um dos mais caros do mundo.
Nos Estados Unidos, a dose chega a 3,2 milhões de dólares. No Brasil, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o preço em até R$ 11 milhões, o mais elevado para um remédio no Brasil, acima até mesmo do Zolgensma, indicado para atrofia muscular espinhal (AME).
De acordo com informações da Anvisa, o Elevidys é um medicamento de terapia gênica que funciona utilizando um vetor viral para transportar um gene humano que codifica a microdistrofina, com o objetivo de substituir a proteína distrofina disfuncional ou ausente no organismo do paciente.
Esse tratamento visa restaurar, ainda que de forma parcial, a função muscular em pacientes pediátricos. O medicamento é administrado em uma única dose intravenosa, com a quantidade ajustada de acordo com o peso da criança.
A doença se caracteriza por uma lesão muscular progressiva, que leva o indivíduo até o estágio incapacitante. Em geral, os sintomas de fraqueza muscular começam entre os 3 e os 6 anos de idade. Embora a gravidade da doença e a expectativa de vida variem, os pacientes geralmente sucumbem à doença na faixa dos 20 ou 30 anos devido à insuficiência cardíaca e/ou respiratória.
Por isso, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o tratamento apenas para crianças de 4 a 7 anos de idade, que conseguem andar. De acordo com a agência, para pacientes acima de 7 anos e que perderam a capacidade de locomoção funcional, “os dados disponíveis são limitados e ainda não são suficientes para verificar o benefício do uso do produto”.
Portanto, as mortes ocorridas nos EUA e a suspensão não afetam os pacientes brasileiros nem de outros lugares do mundo em que o medicamento está aprovado e que fazem parte desse grupo de crianças com até 7 anos de idade, sem problemas de locomoção.
— Para esses pacientes de 4 a 7 anos que estão no Brasil, nos Estados Unidos, ou em outros países onde o medicamento está aprovado, não há suspensão — ressalta Hilda Petrs Silva, PhD, especialista em vetores de AAV, que é a base do medicamento Elevidys, e parte integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Terapia Gênica no Brasil (INCT-INTERGEN).
Mesmo assim, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações ao Ministério da Saúde, à Anvisa e à farmacêutica Roche Brasil sobre a gravidade dos efeitos colaterais do medicamento Elevidys. Em despacho enviado na última segunda-feira (16), o ministro questiona se houve alteração da classificação de segurança para o uso do Elevidys em pacientes menores de oito anos de idade.
O relator também quer saber se há informações sobre efeitos colaterais graves e permanentes em crianças que receberam o tratamento no Brasil e, em caso afirmativo, qual a frequência, os seus efeitos e o nível de comprovação da relação destes efeitos adversos com a infusão do medicamento. O ministro também requer informações sobre a extensão da suspensão determinada pela Roche.
A Roche ressaltou que está trabalhando em estreita colaboração com as autoridades de saúde relevantes (como Anvisa e Ministério da Saúde), e médicos prescritores para garantir que estejam informados. A empresa também ressalta que todos receberam comunicados e informativos no último domingo sobre a decisão e o ocorrido.
Nos Estados Unidos, a aprovação da FDA, agência que regula medicamentos no país, para o medicamento é mais ampla que no Brasil. No ano passado, a agência expandiu a aprovação do Elevidys para indivíduos deambuladores com 4 anos de idade ou mais.
A FDA também concedeu “aprovação acelerada” do medicamento para pacientes não deambulares com 4 anos de idade ou mais com DMD e uma mutação confirmada no gene DMD. Esse tipo de aprovação é realizada pela FDA para medicamentos para doenças graves ou potencialmente fatais, quando há uma necessidade médica não atendida e o medicamento demonstrar ter um efeito em um desfecho substituto com probabilidade razoável de prever benefício clínico para os pacientes (melhorando o bem-estar ou a funcionalidade, ou se eles sobrevivem por mais tempo), ou um efeito em um desfecho clínico que possa ser medido antes da morbidade ou mortalidade irreversível.
Neste caso, os pacientes recebem o tratamento, enquanto é realizado um ensaio clínico randomizado e controlado que confirma a eficácia do medicamento no grupo. Como as duas mortes relatadas ocorreram em pacientes dessa população, a Sarepta suspendeu temporariamente as remessas de Elevidys para pacientes não deambuladores “enquanto um regime imunossupressor aprimorado é avaliado, discutido com os órgãos reguladores e implementado” e também suspendeu temporariamente e voluntariamente a dosagem no estudo clínico.
A primeira morte de um paciente após a administração do paciente foi relata em março, em um adolescente de 16 anos. A segunda, foi relatada em 11 de junho e ocorreu em um jovem de 15 anos no estudo Envision.
Em ambos, o paciente faleceu após desenvolver insuficiência hepática aguda. Embora o quadro seja um efeito colateral bem documento de terapias gênicas, ambas as mortes ainda estão em investigação. No primeiro paciente, por exemplo, uma infecção recente por citomegalovírus pode ter contribuído para o quadro.
Silva, PhD explica que problemas hepáticos são previstos em terapias gênicas. Esse não é um efeito colateral específico do Elevidys nem desconhecido. Entretanto, até o momento, em todos os pacientes que esse tipo de dano ocorreu após o uso do medicamento, ele foi controlado.
— O caso desses dois pacientes têm questões importantes que eu acho importante ressaltar. Primeiro, a dose desse medicamento é baseada no peso. Então, pacientes mais velhos, consequentemente, vão receber uma dose maior. Isso significa mais partícula viral, que é o que leva o gene correto para a célula, onde o gene está defeituoso. Então, uma possibilidade é a falência hepática ter acontecido por causa da dose alta do Elevidys — explica Silva. — Outra questão relevante é que o primeiro paciente tinha citomegalovírus, que é um vírus que fica alojado no fígado. Além disso, os pacientes com Duchenne, no geral, principalmente os mais velhos, com a doença mais avançada, apresentam comprometimento no fígado. Então, não se sabe se esse efeito foi a combinação de fígado com problema com muito vetor, ou se um fígado ja comprometido apresentaria o mesmo problema, mesmo com dose menor do vetor.
O Elevidys já foi administrado a mais de 900 pacientes em todo o mundo, incluindo 140 pacientes não deambulantes. A Roche também já solicitou à Anvisa e outras agências regulatórias a inclusão de insuficiência hepática como um dos efeitos colaterais listados na bula do medicamento.
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A REDAÇÃO
Família diz que bebê fraturou fêmur durante teste do pezinho em Aparecida
Os pais de uma recém-nascida procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) no começo da semana alegando que a bebê, de 9 dias de vida, teria fraturado o fêmur durante a realização do teste do pezinho, em um laboratório localizado em Aparecida de Goiânia.
O caso ocorreu na última quinta-feira (12), quatro dias após o nascimento da bebê, mas só veio a público nesta terça-feira (17/6).
De acordo com a delegada do caso, Sayonara Lemgruber, a bebê foi submetida a remoção de sangue pelo calcanhar, para a realização do "teste do pezinho", exame que busca identificar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas.
Com base no depoimento da mãe, a criança teria chorado muito durante e após a execução do exame. Ainda segundo o relato, a profissional que atendeu a menina teve dificuldade na coleta, por isso pediu ajuda e assim foram feitas massagens para o sangue “descer” e permitir que a coleta fosse realizada.
Ainda segundo as informações da família, natural de Arraias (TO), a mãe acompanhou a criança durante o procedimento, segurando a criança no colo o tempo todo, mas o manuseio das pernas do bebê foi feito pelas profissionais.
A fratura foi confirmada posteriormente através de um exame de raio x.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde
https://medicinasa.com.br/noa-notes-doctoralia/
Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?
https://medicinasa.com.br/open-health-brasil/
Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD
https://medicinasa.com.br/ia-lgpd/
Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados
https://www.foconacional.com.br/2025/06/encontro-de-geracoes-de-liderancas-da.html
Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação
Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes
Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual
MEDICINA S/A
IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde
Ao automatizar tarefas administrativas, organizar informações clínicas e apoiar decisões diagnósticas, a tecnologia está promovendo uma mudança na forma como os médicos atendem seus pacientes e, principalmente, no tempo e na atenção que podem dedicar a eles.
"Longe de substituir o toque humano, a tecnologia emerge como facilitadora, otimizando atividades burocráticas e oferecendo suporte à decisão clínica, permitindo que os profissionais da saúde dediquem mais tempo e atenção àquilo que realmente importa: o cuidado humanizado", comenta Marco Salero, COO da Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil.
Automatização de tarefas: agilidade para médicos, praticidade para pacientes
A IA já está sendo utilizada com sucesso em diversas frentes da prática médica, como na automatização de tarefas. Em muitos consultórios, a inteligência artificial assumiu o protagonismo na realização de atividades repetitivas, como agendamento e confirmação de consultas.
Além do ganho de tempo para a equipe, que pode se dedicar a funções mais estratégicas, a experiência do paciente se torna mais positiva, pois ele pode agendar ou remarcar consultas a qualquer momento - inclusive em fins de semana e feriados -, sem depender da disponibilidade de um profissional em horário comercial.
IA cuida dos registros da consulta enquanto o médico concentra-se 100% no paciente
Outra frente é a documentação clínica. Por meio de ferramentas baseadas em IA é possível registrar e organizar as informações médicas dos pacientes de maneira eficiente e estruturada, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Um exemplo concreto dessa aplicação é o Noa Notes, assistente virtual desenvolvido pela Doctoralia.
Inovador, ele acompanha a conversa entre médico e paciente e anota automaticamente as informações clínicas relevantes, como queixas, histórico familiar, exames e recomendações. Ao fim da consulta, organiza as informações em um resumo detalhado, compatível com qualquer sistema de prontuário eletrônico e seguindo todas as exigências da LGPD.
"Ao liberar o médico da tarefa de ficar tomando nota ao longo do atendimento, o Noa Notes permite que ele mantenha o foco integral no paciente, fortalecendo a conexão e a empatia", comenta Felipe Locatelli, gerente de Projetos Estratégicos de IA na Doctoralia, que completa: "Nosso assistente é uma alternativa importante para aliviar a carga burocrática, economizando até 30% de tempo na rotina administrativa". Só no Brasil, o Noa Notes já impactou mais de 9 mil médicos em mais de 335 mil consultas. O país lidera a adoção da tecnologia no Grupo Docplanner, que está presente em 13 países, representando 32% do total de usuários.
Apoio à decisão clínica: IA ajuda, mas quem decide é o médico
Uma terceira frente em que a IA vem sendo utilizada é no apoio à decisão clínica. A tecnologia demonstra um potencial imenso na análise de grandes volumes de dados clínicos, auxiliando os médicos na formulação de diagnósticos mais precisos e na definição de planos de tratamento individualizados. "Ao processar informações complexas, identificar padrões sutis e lembrar de detalhes importantes sobre o histórico do paciente, a IA oferece um suporte valioso, especialmente em quadros clínicos desafiadores", observa Salero.
No entanto, a decisão final permanece sempre nas mãos do profissional médico, que utiliza a tecnologia como uma ferramenta complementar ao seu conhecimento e expertise.
O futuro é mais humano com ajuda da tecnologia
A transformação digital na saúde não é apenas uma questão de eficiência. Ao aliviar os profissionais das tarefas burocráticas e reforçar a tomada de decisão, a inteligência artificial está criando espaço para o que há de mais essencial na medicina: a escuta atenta, o olhar clínico e o vínculo de confiança entre médico e paciente. Nesse cenário, a IA consolida-se como uma ferramenta de apoio e não de substituição.
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Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?
A implementação do Open Health no Brasil representa uma oportunidade transformadora para nosso sistema de saúde, porém ainda enfrenta uma série de desafios. Trata-se de um conceito que visa promover o compartilhamento de dados entre prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e operadoras, a fim de possibilitar uma gestão mais eficiente e coordenada das informações. Com os sistemas de saúde integrados, é possível aumentar a eficiência operacional por meio de um gerenciamento mais preciso dos dados, o que destaca a relevância desse modelo para o aprimoramento do atendimento à saúde.
Entre os principais obstáculos para a adoção do Open Health no país está a padronização dos dados. No setor de saúde, cada instituição utiliza um dicionário próprio para medicamentos, exames e procedimentos, criando uma barreira para a interoperabilidade. Apesar de existirem padrões para troca de informações como a Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como repositório central de dados criado pelo governo brasileiro, muitas organizações optam por customizações específicas, dificultando o diálogo entre diferentes sistemas.
Outra questão é a segurança da informação. Quando lidamos com dados de saúde, tratamos de informações sensíveis sobre os pacientes que precisam estar seguras de acordo com as regulamentações. Sem a garantia de um sistema de proteção confiável, o Open Health corre o risco de expor dados confidenciais ao invés de cumprir o papel de uma solução segura e eficiente.
Somada a isso há a questão da adesão e resistência do mercado. A operacionalização do Open Health exige investimentos em tecnologia, adaptação de processos e uma mudança cultural. Muitas empresas do setor privado, como operadoras e hospitais, relutam em abrir mão do controle exclusivo de seus dados, temendo a perda de uma vantagem competitiva ou não identificando o valor imediato da abertura dessas informações.
Uma comparação interessante pode ser feita com o Open Finance, que avançou rapidamente no Brasil devido à regulamentação unificada do Banco Central e ao interesse comercial dos bancos. Já no caso do Open Health, a fragmentação regulatória entre diferentes órgãos, como ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Ministério da Saúde, e a ausência de um incentivo claro para os players do mercado dificultam sua execução. Dados de saúde são mais sensíveis do que dados financeiros, o que exige mecanismos ainda mais robustos de governança e segurança.
A interoperabilidade entre o setor público e o privado também é um ponto que precisa ser alinhado. Entretanto, em momentos de urgência, como foi durante a pandemia da COVID-19, essa colaboração se mostrou bem-sucedida, quando a RNDS permitiu que informações de vacinação fossem compartilhadas entre os setores para garantir o controle das doses em tempo real. Além da parceria público-privada, para que o Open Health funcione de maneira ampla, é necessário que tanto instituições públicas quanto privadas adotem padrões uniformes, como os protocolos Health Level 7 (HL7) e Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR), que já são utilizados em outros países. Ambos os padrões buscam facilitar a comunicação entre diferentes sistemas de saúde: o HL7 como um protocolo tradicional e o FHIR ao representar uma abordagem mais moderna e acessível para a troca de dados médicos.
Um exemplo disso é a Estônia, um dos países mais avançados na aplicação do Open Health. Lá, prontuários eletrônicos, prescrições e históricos clínicos são compartilhados de maneira segura entre instituições - e o paciente mantém o controle total sobre seus dados. A interoperabilidade é assegurada por uma plataforma chamada X-Road, que utiliza padrões de segurança rigorosos e identidade digital para proporcionar o acesso autorizado às informações.
Apesar de todos esses desafios, há um horizonte positivo. O Ministério da Saúde possui um plano de ação para a saúde digital até 2028 que estabelece diretrizes para a unificação dos dados de saúde no país. Iniciativas como a RNDS são passos importantes nessa direção e, com o avanço das healthtechs, há uma pressão por maior transparência e eficiência no setor.
Superar esses desafios e colocar o projeto em prática traria inúmeras vantagens, resultando em uma estrutura de saúde mais transparente, eficiente e focada no paciente. Isso possibilitaria que prestadores de serviços e usuários tomassem decisões mais embasadas, alcançando desfechos clínicos, intervenções mais rápidas e redução de custos operacionais Afinal, um sistema de saúde integrado propicia ao país progredir em direção a um modelo mais moderno e acessível para a população.
*Marcos Moraes é diretor da área de Health da FCamara.
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Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD
Vivemos com um crescimento explosivo das soluções de IA na área da saúde. Um levantamento realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) em conjunto com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) revelou que 62,5% das instituições de saúde já utilizam soluções baseadas em IA. Hoje, agentes inteligentes são capazes de transcrever consultas em tempo real, estruturar dados automaticamente e até sugerir condutas clínicas. São avanços notáveis em produtividade e qualidade de atendimento, mas que também introduzem desafios complexos no campo jurídico e ético.
O principal risco reside na superficialidade com que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tem sido tratada por muitas dessas instituições. Em nome da eficiência, dados sensíveis, envolvendo diagnósticos, exames e conversas clínicas, vêm sendo manipulados sem as salvaguardas legais adequadas. A impressão é de que a corrida pela inovação tecnológica vem ofuscando a necessidade de garantir a privacidade dos pacientes.
E essa percepção se estrutura também na diferença entre o setor de saúde e outros ramos. Dados médicos não podem ser tratados como meros registros administrativos, uma vez que representam aspectos íntimos da vida física e emocional dos pacientes. Quando algoritmos capturam, interpretam e armazenam essas informações, é fundamental questionar: onde esses dados estão sendo guardados? Quem tem acesso? Estão sendo usados exclusivamente para atendimento ou também para treinar sistemas de IA fora do país?
É a LGPD a responsável por garantir que essas informações sejam respondidas. O artigo 7 da norma exige consentimento específico e destacado para o tratamento de dados sensíveis. Já o 33 proíbe a transferência internacional desses dados para países sem garantias equivalentes de proteção, salvo exceções bem delimitadas.
Sendo assim, soluções que operam em nuvens estrangeiras, como é o caso dos grandes fornecedores globais de IA, precisam contar com cláusulas contratuais robustas, uma autorização da ANPD ou mecanismos formais de compliance. Caso contrário, as instituições se colocam em risco jurídico real.
Por outro lado, já existem caminhos mais seguros
Soluções integradas ao prontuário eletrônico (EHR), que estruturam e armazenam dados diretamente em sistemas auditáveis, tendem a estar mais alinhadas à LGPD. Ao mesmo tempo, grandes players como Oracle e Google já oferecem infraestrutura local que garante a hospedagem de dados em território nacional. No entanto, é preciso cuidado: não necessariamente o que é “nacional” está em conformidade. Mesmo empresas brasileiras podem estar usando, por trás das cortinas, tecnologias terceirizadas hospedadas no exterior e sem anonimização efetiva, muitas vezes, ainda, sem clareza contratual para os clientes.
Não são raros os casos recentes de vazamento de dados sensíveis da saúde. Em 2021, mais de 45,9 milhões de registros de saúde foram violados no Brasil, conforme dados do The HIPAA Journal. Esses vazamentos incluem informações extremamente sensíveis, como resultados de exames e conversas médicas. A LGPD não apenas exige segurança técnica e organizacional, como também prevê multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.
Além do aspecto jurídico, vale destacar que existe uma camada ética e clínica nessa equação. A responsabilidade sobre a integridade das informações do paciente continua sendo, em última instância, do profissional de saúde. Isso significa que médicos precisam estar envolvidos na escolha das soluções de IA, compreendendo seus riscos. A segurança da informação tornou-se parte integrante do cuidado. Instituições, por sua vez, podem nomear um DPO (Data Protection Officer) com autonomia real, garantindo governança contínua e efetiva.
É chegado o momento de encarar a convergência entre IA e LGPD como uma oportunidade e não um entrave. Se a IA é uma realidade imprescindível para o futuro médico, a legislação deve ser vista como um alicerce que reforça o compromisso com o paciente. Porém, vale sempre o aviso, se tecnologia não respeitar o sigilo e a privacidade, ela deixa de ser aliada e torna-se ameaça. Inovar com responsabilidade é o único caminho viável para garantir que o progresso tecnológico realmente esteja a serviço da saúde, e não à custa dela.
*Marcelo Mearim é CEO da Sofya no Brasil.
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FOCO NACIONAL
Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados
O lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Escritório Lara Martins Advogados, em Goiânia, foi marcado por um encontro simbólico entre gerações de lideranças do setor hospitalar goiano. O ex-presidente do Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás), José Silvério Peixoto Guimarães (esq), prestigiou o atual dirigente Gustavo Clemente.
O evento, realizado em 11 de junho, reuniu representantes de grandes instituições de saúde, dirigentes de entidades do setor hospitalar, como a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás), e profissionais das áreas de saúde e jurídica.
Sob a coordenação de Gustavo Clemente, que também é administrador e advogado, o novo núcleo nasce com a proposta de oferecer suporte jurídico especializado às instituições de saúde.
Ele ressaltou que o núcleo atuará de forma consultiva, contenciosa e preventiva, assessorando hospitais e demais empresas do setor em ações, como a elaboração e revisão de contratos, regimentos, processos de contratação de corpo clínico, além de auxiliar em negociações estratégicas com fornecedores e fomentar a qualificação das equipes.
A criação deste núcleo por um escritório com ampla atuação em Goiás e em outros Estados destaca a importância de as empresas de saúde estarem atentas às exigências legais em toda a sua atuação. O Sindhoesg já atua institucionalmente nesta área, de forma coletiva, representando a categoria e orientando os filiados sobre questões jurídicas.
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SAÚDE BUSINESS
Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação
Evento da Anahp aponta desaceleração no crescimento orgânico do setor, alta nas glosas e concentração de lucros nas operadoras.
O Brasil registrou uma redução de 70 mil beneficiários de planos de saúde no primeiro trimestre de 2025, interrompendo uma sequência de crescimento anual iniciada em 2022. A queda foi destacada durante o evento online “Anahp Ao Vivo – Análise econômico-financeira da saúde suplementar – Dados do 1º trimestre”, realizado na manhã desta quinta-feira (12) pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), com a participação dos especialistas da consultoria Arquitetos da Saúde, Adriano Londres e Luiz Feitoza, e do diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto.
Segundo os dados apresentados, o crescimento orgânico — ou seja, por novas adesões — perdeu força. Um dos fatores apontados é a possível saturação da base de beneficiários que ingressam por meio do modelo de Microempreendedor Individual (MEI), que vinha sendo o principal motor de expansão do setor. Com isso, o número total de usuários permanece próximo ao patamar dos últimos 11 anos, em torno de 52 milhões de pessoas.
Taxa de ocupação hospitalar recua e terapias aumentam
Outro dado preocupante revelado no encontro foi a queda na taxa média de ocupação dos hospitais da Anahp, que passou de 78% no mesmo período de 2024 para 74% neste primeiro trimestre. Apesar disso, houve aumento no número de terapias, o que indica um uso mais intensivo dos serviços por parte dos pacientes internados.
O evento ocorre poucos dias após a divulgação, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos resultados financeiros das operadoras, que iniciaram o ano com lucro líquido de R$ 6,9 bilhões — mais que o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2024.
Lucros das operadoras crescem, mas acesso continua limitado
Apesar do resultado positivo para as operadoras, Britto destacou que os ganhos precisam ser melhor distribuídos por toda a cadeia da saúde. “Ficamos felizes com essa melhora, mas acreditamos que esse cenário precisa beneficiar todos os elos do setor. Não podemos nos dar por satisfeitos com apenas 52 milhões de beneficiários. Queremos ampliar o acesso à saúde privada no país, essa é a nossa principal preocupação”, afirmou.
Outro ponto de alerta foi o aumento no índice de glosas — quando operadoras negam ou revisam pagamentos de serviços prestados pelos hospitais — que atingiu 17%, o maior percentual já registrado. Em 2024, a média foi de 15,89%.
A íntegra do evento está disponível no canal da Anahp no YouTube.
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O HOJE
Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes
Uma redução em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 23.618 confirmações
Goiânia registrou uma queda expressiva nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de janeiro a maio foram contabilizados 16.082 casos da doença, o que representa uma redução de 46% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 23.618 confirmações. A diminuição se estende também às ocorrências mais graves e aos óbitos.
Nos cinco primeiros meses do ano, nove pessoas morreram vítimas da dengue na capital, contra 17 no ano anterior, uma redução de 52,9%. Os casos graves caíram de 63 para 49, mesmo com a circulação do sorotipo 3 do vírus considerado o mais agressivo.
O secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, afirma que os resultados são animadores, mas alerta: “É um resultado positivo. No entanto, a vigilância precisa continuar, especialmente durante o período de estiagem, quando focos do mosquito podem passar despercebidos”.
Entre as ações desenvolvidas para o controle da doença, Goiânia realizou mais de 1,4 milhão de visitas domiciliares no período, resultando na identificação de 22.141 imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti. Nessas operações, mais de 32 mil criadouros foram eliminados. Um reforço importante foi o recolhimento de 20 mil pneus descartados irregularmente em vias públicas, um dos principais criadouros do vetor da dengue.
Em janeiro, foi realizado um mutirão integrado entre as prefeituras de Goiânia e Aparecida, com apoio do Governo de Goiás. A iniciativa teve como objetivo combater a dengue em bairros localizados na divisa entre as duas cidades, abrangendo cerca de 26 quilômetros de extensão. A mobilização envolveu serviços como remoção de lixo e entulho, limpeza de bueiros e bocas de lobo, roçagem de mato, tapa-buracos e ações específicas de combate ao mosquito transmissor da doença.
Vacinação e apoio federal reforçam combate à dengue, mas Goiás ainda enfrenta cenário preocupante
Outro ponto importante no combate à doença é a vacinação contra a dengue. Em abril, a capital e Aparecida foram incluídas entre as 80 cidades prioritárias do país para receber doses da vacina Qdenga, que tem sido aplicada em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária mais vulnerável. A imunização ocorre nas escolas públicas e também em unidades básicas de saúde.
Mesmo com a melhora nos índices locais, os dados estaduais ainda geram alerta. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foram confirmadas 31 mortes por dengue entre janeiro e maio de 2025. Para efeito de comparação, em todo o ano de 2023, foram 58 óbitos, apenas 27 a mais do que nos cinco primeiros meses deste ano. Outros 54 casos ainda estão sob investigação. Até o momento, o estado já confirmou 49.437 casos da doença, dentro de um total de mais de 90 mil notificações.
Goiânia lidera o número de mortes, com sete registros confirmados e 18 óbitos sob apuração. Aparecida aparece em segundo lugar, com duas mortes confirmadas e quatro em investigação. Montes Claros, Mozarlândia e Novo Gama registraram duas mortes cada. Outros municípios com um óbito confirmado são: Anápolis, Iporá, Trindade, Americano do Brasil, Inhumas, Nerópolis, Alto Horizonte, Ceres, Faina, Goianésia, cidade de Goiás, Heitoraí, Nova Crixás, Novo Planalto, Paranaiguara e São Simão.
A situação crítica de Goiás levou o Ministério da Saúde a incluir Goiânia e Aparecida no programa de apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza profissionais e insumos para municípios com alta transmissão. O apoio foi fundamental para reforçar os atendimentos nas unidades de saúde e ampliar a cobertura das ações de campo, principalmente nas áreas mais afetadas.
Para manter o controle da doença, as prefeituras seguem alertando a população sobre os cuidados essenciais para evitar a proliferação do mosquito transmissor. As principais recomendações incluem tampar caixas d’água, tonéis e baldes; eliminar recipientes que possam acumular água parada, como pneus e garrafas; colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas; manter lixeiras bem tampadas; trocar diariamente a água dos recipientes usados para animais de estimação; e evitar o descarte irregular de entulho em lotes baldios.
A expectativa das autoridades é de que a combinação de ações de campo, vacinação, apoio federal e conscientização coletiva permita não apenas conter o avanço da dengue em 2025, mas também reduzir ainda mais os impactos da doença nos próximos anos
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Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual
Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1
Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual Foto: Divulgação
A campanha de vacinação contra a gripe segue com baixa adesão em Goiânia. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na última quarta-feira (11), 305.086 pessoas foram imunizadas na capital, o que representa uma cobertura vacinal de apenas 37,52% do público-alvo. O índice, apesar de insuficiente, ainda supera a média estadual, que é de apenas 28,17%, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
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A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% das pessoas dos grupos prioritários até o fim do ano. No entanto, tanto a capital quanto o restante do estado estão longe de atingir esse objetivo. A situação preocupa as autoridades de saúde, especialmente diante dos números crescentes de casos e óbitos pela doença.
Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1. Até o momento, o estado aplicou 859.990 doses da vacina contra a Influenza e confirmou 480 casos da doença, sendo 125 do tipo H1N1. O avanço da gripe também se reflete na alta de internações: os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que exigem hospitalização, aumentaram 32% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A SMS alerta para a importância da vacinação, especialmente entre crianças, idosos e gestantes, que fazem parte dos grupos mais vulneráveis. A vacina protege contra as cepas mais prevalentes do vírus da gripe em circulação e, mesmo que o imunizado contraia a doença, ela evita quadros graves, reduz a necessidade de internações e diminui a mortalidade.
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Com outras vacinas
Além disso, a vacina contra a Influenza pode ser administrada junto com outras vacinas do calendário nacional. É segura para todas as faixas etárias e recomendada inclusive para gestantes, pessoas com deficiência ou com comorbidades.
Para ampliar o acesso da população, a Prefeitura de Goiânia mantém 62 salas de vacinação ativas em todas as regiões da cidade. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Algumas delas, como o Centro Municipal de Vacinação (CMV), CIAMS Urias Magalhães e unidades de pronto atendimento (UPAs), também operam aos finais de semana e feriados.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Família de aposentado denuncia que ele está internado mas sem receber tratamento
Presidente do CFM fala sobre ética e exame de proficiência em medicina na UB
Como a precarização do trabalho médico afeta toda a sociedade brasileira
Rede D'Or: excelência em qualidade técnica redefine padrões na saúde
Saúde Suplementar: judicialização e a inteligência artificial preditiva
https://medicinasa.com.br/judicializacao-saude-suplementar/
TV ANHANGUERA
Família de aposentado denuncia que ele está internado mas sem receber tratamento
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O EXTRA
Presidente do CFM fala sobre ética e exame de proficiência em medicina na UB
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, realizou visita institucional à Universidade Brasil, em Fernandópolis (SP), a convite da reitoria da instituição. Na oportunidade, ele conheceu as instalações do campus e interagiu com os gestores e o corpo docente e discente da escola.
“Este é um momento de muita felicidade para mim. Tenho a chance de me revigorar ao encontrar tantos jovens cheios de energia. Fico contente em saber que, em algum tempo, vão estar graduados em medicina e autorizados legalmente ao exercício diário dessa profissão, que é um misto de vocação, ciência e arte”, afirmou o presidente do CFM.
No auditório da Universidade, na sexta-feira (30), José Hiran Gallo fez uma exposição para os alunos sobre aspectos-chaves citados no Código de Ética Médica; os valores e compromissos impressos no Juramento de Hipócrates; e alguns dos desafios no exercício da medicina.
Várias autoridades locais e da comunidade acadêmica acompanharam a palestra que tratou de questões como a violência contra médicos.
Para o presidente do CFM, este fenômeno tem origem, entre outros fatores, no sucateamento e do excesso de demanda na rede pública. “Assim, o desespero de quem procura por cuidados faz com que, indevidamente, jogue sua insatisfação sobre os ombros do médico que está na porta da emergência”, disse.
Outro ponto abordado foi a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina (Projeto de Lei nº 2.294/2024), cuja proposta já foi aprovada na Comissão de Educação do Senado e está em análise na de Assuntos Sociais. Conforme explicou José Hiran Gallo, o teste funciona como uma barreira de proteção para a sociedade, em especial das parcelas que dependem exclusivamente do SUS.
“A intenção não é punir, mas proteger os pacientes e oferecer a possibilidade de aperfeiçoamento aos egressos que ainda precisam de treinamento”, complementou.
Participaram da atividade, Barbara Izabela Costa (reitora da Universidade Brasil), Rafael Mesquita Lopes (reitor do Centro Universitário de Brasília), João Paulo Cantarella (prefeito de Fernandópolis), dentre outros representantes da comunidade.
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REVISTA VEJA
Como a precarização do trabalho médico afeta toda a sociedade brasileira
Nas últimas décadas, o exercício da medicina no Brasil vem passando por transformações profundas e preocupantes. O que se observa é a consolidação de um modelo de saúde que, embora tenha como base o ideal do Estado de Bem-Estar Social, vem sendo progressivamente moldado por interesses econômicos, gerenciais e mercadológicos que colocam em risco a autonomia médica, a qualidade da assistência e a própria segurança dos pacientes.
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), consagrado pela Constituição Federal de 1988, representou um marco histórico na defesa do direito à saúde como prerrogativa universal, pública e integral. Ao lado do SUS, desenvolveu-se e consolidou-se o Sistema Suplementar de Saúde, que hoje atende cerca de 25% da população brasileira.
Essa coexistência entre os setores público e privado, longe de ser apenas complementar, resultou na transformação da saúde em um setor altamente lucrativo, que movimenta bilhões de reais por ano e envolve interesses diversos — operadoras de planos de saúde, hospitais privados, indústria farmacêutica, além do próprio Estado.
Neste novo cenário, a prática médica deixou de ser marcada pela tradicional relação direta e de confiança entre médico e paciente. Em seu lugar, instaurou-se um sistema intermediado por burocracias, protocolos rígidos, limitações de cobertura e imposições de metas e indicadores de produtividade.
O profissional médico vê-se frequentemente impedido de exercer sua autonomia para solicitar exames, indicar tratamentos ou optar por condutas que julgue mais adequadas ao caso clínico individual, sendo forçado a obedecer às regras e diretrizes estabelecidas por gestores públicos e privados.
Essa realidade compromete gravemente a qualidade da atenção prestada e gera efeitos colaterais preocupantes: atendimentos cada vez mais breves e impessoais, deterioração do vínculo terapêutico, insegurança na tomada de decisões clínicas, frustração profissional, e — o que é mais grave — desconfiança por parte da população, que percebe a limitação imposta ao médico como um obstáculo ao seu direito pleno à saúde.
Além disso, a fragmentação do cuidado, marcada pela ausência de acompanhamento longitudinal e pela superespecialização desarticulada, favorece a descontinuidade terapêutica e o aumento dos riscos assistenciais. As decisões clínicas, em muitos contextos, passam a ser guiadas por considerações financeiras em vez de serem exclusivamente orientadas pelas necessidades dos pacientes.
A esse cenário se somam dois fatores particularmente alarmantes:
1. A expansão descontrolada de cursos de medicina, sobretudo no setor privado, sem critérios de qualidade, sem infraestrutura adequada, sem hospitais universitários e sem vagas suficientes em programas de residência médica. Tal processo tem gerado a inserção no mercado de profissionais com formação deficiente, o que compromete a segurança da assistência e o prestígio da profissão.
2. O aumento expressivo da judicialização da saúde, que reflete não apenas as lacunas do sistema em garantir acesso, mas também o crescimento dos conflitos entre usuários, operadoras e profissionais. Médicos vêm sendo cada vez mais responsabilizados por falhas estruturais do sistema, muitas vezes exercendo sua atividade em condições adversas e sem o devido respaldo institucional.
Hoje, o médico brasileiro deixou de ser, em grande medida, um profissional liberal para tornar-se um “prestador de serviço”, submetido à lógica de mercado e à precarização de seus vínculos trabalhistas. Contratos temporários, jornadas exaustivas, ausência de direitos trabalhistas, pressão por produtividade e remuneração desvalorizada tornaram-se realidade cotidiana para muitos.
Esse processo de precarização impacta não apenas o bem-estar do médico, que sofre com altos índices de estresse, síndrome de burnout e insatisfação profissional, mas também a própria população, que recebe um cuidado cada vez mais mecanizado e menos humano. A qualidade da assistência médica está intrinsecamente relacionada às condições em que ela é prestada — e é impossível oferecer cuidado digno em ambientes que não garantem dignidade ao profissional.
Diante desse cenário, a Associação Médica Brasileira reafirma seu compromisso com a valorização da medicina e de seus profissionais. É urgente que a sociedade, os gestores e os legisladores compreendam que a sustentabilidade do sistema de saúde passa pela construção de um modelo que respeite e fortaleça a autonomia médica, ofereça condições dignas de trabalho e priorize a qualidade da assistência em vez da lógica do lucro.
As nossas propostas são:
• A regulamentação dos vínculos trabalhistas, com garantia de contratos estáveis e direitos sociais.
• A valorização da remuneração médica, especialmente em regiões de difícil acesso.
• Investimentos consistentes em infraestrutura, para que médicos possam exercer sua função com segurança.
• A revisão da política de abertura de escolas médicas, com critérios rigorosos de qualidade e fiscalização.
• A implementação de políticas públicas que incentivem a fixação de profissionais em áreas carentes, sem abrir mão da formação adequada.
A medicina é uma atividade essencial à vida e ao bem-estar da população. A desvalorização de seus profissionais não é apenas uma afronta à classe médica — é um risco à saúde pública. A luta contra a precarização do trabalho médico é, portanto, uma luta por um sistema de saúde mais justo, eficiente e humano.
* Florisval Meinão é médico especialista em otorrinolaringologia, atual secretário-geral da Associação Médica Brasileira (AMB) e ex-presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)
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METRÓPOLES
Rede D'Or: excelência em qualidade técnica redefine padrões na saúde
A transparência na divulgação de indicadores assistenciais contribui para que os pacientes façam escolhas assertivas
A Rede D'Or acredita que o paciente merece um cuidado baseado nas melhores práticas, na segurança e na transparência. Por isso, investe no Programa de Qualidade Técnica mais robusto da América Latina, consolidando-se como referência em saúde no Brasil e elevando os padrões de atendimento no país.
Esse programa é sustentado em três pilares: acreditação dos hospitais, monitoramento rigoroso de indicadores e transparência na divulgação dos resultados. Cada etapa é voltada para ampliar a confiança e a segurança de quem escolhe a Rede D'Or.
Qualidade aplicada à realidade
A acreditação é uma certificação que confirma a excelência no cuidado e na segurança assistencial. A Rede D'Or adota metodologias reconhecidas pela ISQua, como a Joint Commission International (JCI), a principal acreditadora do mundo.
Além de certificações da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (ACSA), Qmentum International, National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations (Niaho) e Organização Nacional de Acreditação (ONA).
Hoje, 90% dos hospitais da Rede D'Or são acreditados - e os 10% restantes já estão em processo para obtenção da acreditação. Desses hospitais acreditados, 55% possuem acreditações internacionais. Entre os hospitais certificados pela JCI no Brasil, 40% pertencem à Rede D'Or.
Monitoramento de indicadores com dupla auditoria
A Rede D'Or monitora 53 indicadores de qualidade assistencial nas 79 unidades, localizadas em 13 estados e no Distrito Federal. Esses indicadores passam anualmente por uma revisão minuciosa de especialistas, garantindo a atualização com as melhores práticas clínicas.
O diferencial do programa é a dupla auditoria. Em que, primeiro, uma equipe interna especializada audita os dados coletados e depois, uma auditoria externa e independente valida essas informações.
Transparência na divulgação dos resultados
Desde 2022, a Rede D'Or lidera a divulgação pública dos indicadores de qualidade técnica, reforçando o compromisso com a transparência. Essa prática permite que pacientes e parceiros tomem decisões mais seguras, baseadas em informações confiáveis.
Os resultados da Rede D'Or se destacam em bases de comparação nacionais como a da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e a da Epimed, que avalia UTIs em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
Na última análise, 89% das unidades da Rede D'Or foram reconhecidas entre as de melhor desempenho clínico, conquistando a premiação UTI Top Performer e/ou UTI Eficiente. A cada quatro UTIs reconhecidas no país, uma pertence à Rede D'Or.
Reputação reconhecida
O programa de qualidade técnica da Rede D'Or não apenas transforma a experiência dos pacientes, mas também é reconhecido no Brasil e no exterior.
A instituição foi eleita "Empresa da Década" em Serviços Médicos pelo Valor 1000 e representa 25% dos hospitais premiados no ranking World's Best Hospitals 2025, da revista , com 28 hospitais listados - sete a mais que no ano anterior.
Em sustentabilidade, a Rede D'Or mantém o Selo Ouro no programa GHG Protocol, integra o anuário The Sustainability Yearbook da S&P Global ESG Scores e faz parte, pelo segundo ano consecutivo, do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
Para a Rede D'Or, as certificações e os prêmios são importantes, mas o objetivo central é sempre a melhoria do cuidado ao paciente.
A instituição promove uma cultura de segurança em todas as unidades, incentivando os profissionais a identificar oportunidades de melhoria e compartilhar boas práticas.
Com o programa de qualidade técnica, a Rede D'Or reafirma diariamente o compromisso com a excelência, a inovação e o cuidado genuíno com cada paciente.
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MEDICINA S/A
Saúde Suplementar: judicialização e a inteligência artificial preditiva
A judicialização da saúde suplementar representa um dos fenômenos mais emblemáticos da sobrecarga estrutural do sistema judiciário brasileiro. Segundo levantamento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), entre janeiro de 2021 e fevereiro de 2025, foram ajuizadas 53.157 ações relacionadas à saúde no estado. Esse volume corresponde a uma média de 35 novas ações por dia útil, evidenciando o caráter sistêmico da litigância em saúde e sua recorrência factual e jurídica.
A análise estatística dessas demandas demonstra que 31% têm como objeto o acesso a tratamentos médico-hospitalares negados, enquanto 12% estão relacionadas ao fornecimento de medicamentos - frequentemente de alto custo ou não incorporados às diretrizes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Outros percentuais expressivos envolvem pedidos de home care, insumos médicos e acesso à terapia intensiva, indicando um padrão que transcende casos isolados e aponta para disfunções sistêmicas na regulação, contratação e entrega de serviços no setor suplementar de saúde.
Diante desse quadro, a aplicação de inteligência artificial preditiva (IAP) surge como um mecanismo central de enfrentamento do contencioso de massa. Trata-se da utilização de algoritmos estatísticos e modelos de aprendizado de máquina (machine learning) treinados com grandes volumes de dados extraídos de jurisprudência, protocolos administrativos e normativos regulatórios. O objetivo é construir sistemas que possam prever com alto grau de acurácia os possíveis desfechos de um litígio, a partir da identificação de variáveis-chave, como fundamentos da petição, tipo de cobertura pleiteada, perfil do beneficiário, jurisprudência local e decisões anteriores do mesmo juízo ou relator.
Tais modelos têm potencial para revolucionar a gestão jurídica no setor da saúde suplementar. A partir da classificação automatizada de litígios por grau de risco e recorrência, torna-se possível estruturar estratégias de autocomposição padronizadas, aprimorar a tomada de decisão em tempo real e estabelecer filtros técnicos para a formação de teses defensivas com base em clusters jurisprudenciais. Em ambientes empresariais, especialmente no contexto das operadoras de planos de saúde, a IAP viabiliza o mapeamento de litígios evitáveis, o redesenho de fluxos internos de análise contratual e o redirecionamento de recursos para disputas de maior complexidade e impacto econômico-regulatório.
Paralelamente, o Poder Judiciário e os órgãos reguladores vêm ampliando o escopo de projetos estruturantes orientados à desjudicialização. Em novembro de 2024, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) firmou acordo de cooperação técnica com a ANS, prevendo a elaboração de pareceres técnico-científicos para subsidiar decisões judiciais, o incentivo ao uso de métodos alternativos de resolução de conflitos e o monitoramento sistemático das principais causas da litigância no setor. A cooperação, com duração inicial de 36 meses, prevê também a formação de um grupo de trabalho interinstitucional para acompanhamento e avaliação periódica de impacto.
Inserida nesse ecossistema de inovação institucional, a plataforma +Acordo, desenvolvida pelo TJ-RJ em parceria com a PUC-Rio, representa um exemplo relevante - embora não exclusivo - da aplicação de soluções digitais alinhadas às diretrizes da Justiça 4.0. Inicialmente voltada para demandas do Direito do Consumidor, a plataforma passou a incluir operadoras de saúde suplementar, com destaque para a adesão da Unimed Ferj no final de 2024. O sistema permite a submissão de propostas de acordo automatizadas, com cláusulas dinâmicas baseadas em decisões anteriores, jurisprudência dominante e parâmetros objetivos, sendo sua homologação realizada diretamente no processo judicial eletrônico.
A estrutura da plataforma reflete um modelo orientado por dados, onde a IA atua na sugestão parametrizada de termos conciliatórios e na filtragem de litígios elegíveis à autocomposição. Ainda que experimental, a iniciativa alinha-se à tendência de valorização da resolução extrajudicial assistida por tecnologia, especialmente em segmentos marcados por alta incidência de litígios com baixa complexidade técnica ou elevada padronização de causa de pedir.
A aplicação coordenada de inteligência artificial preditiva e plataformas digitais especializadas não apenas favorece a eficiência judicial e a racionalidade administrativa, como também reforça a previsibilidade e a segurança jurídica no setor regulado. Ao permitir a identificação antecipada de litígios com elevado potencial de composição, a IAP atua como elemento de racionalização sistêmica, contribuindo para o redesenho dos limites entre o contratual e o judicializável, com impacto direto sobre a governança regulatória e a sustentabilidade econômico-financeira das operadoras.
Assim, o futuro da resolução de conflitos no setor da saúde suplementar depende cada vez menos da resposta reativa dos tribunais e cada vez mais da inteligência coordenada entre dados, tecnologia e decisão institucional. Trata-se de transitar de um modelo fragmentado e casuístico para uma lógica preventiva, parametrizada e estratégica, em que o litígio não seja a regra, mas a exceção tecnicamente qualificada. A inteligência artificial preditiva, nesse cenário, consolida-se não apenas como ferramenta, mas como infraestrutura analítica essencial à modernização do Direito e à racionalização do acesso à justiça.
*Lívia Linhares é sócia responsável pelo Contencioso e Rachel Quintana Rua Duarte é advogada do Bhering Cabral Advogados.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
INSPIRED NEWS
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
O número de mulheres nos planos de saúde atinge 27,6 milhões, sendo 53% do total, com destaque para as faixas etárias mais velhas, segundo dados do IESS.
Um novo levantamento revelou que a participação feminina nos planos de saúde atingiu um número recorde, com 27,6 milhões de mulheres beneficiárias, o que representa 53% do total de 52,3 milhões de vínculos na saúde suplementar. Essa análise, realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra um crescimento significativo desde 2014, quando 26,6 milhões de mulheres estavam cadastradas.
Entre 2020 e 2025, o crescimento do número de mulheres com acesso a planos médico-hospitalares foi de 9,2%. A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que mais cresceu, com um aumento impressionante de 27,6%. Outras faixas etárias que apresentaram aumento significativo foram as de 75 a 79 anos, com 24,4% de crescimento, e 40 a 44 anos, com 21,9%. O relatório do IESS destaca que os planos coletivos empresariais são os mais predominantes, abrangendo 69,2% dos vínculos femininos, o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de mulheres.
A região Sudeste do Brasil se destaca como a que concentra o maior número de beneficiárias, representando 59,6% do total. Nesse contexto, São Paulo aparece como líder, com 9,7 milhões de mulheres com planos médico-hospitalares, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões, e pelo Paraná, com 1,7 milhão de beneficiárias. José Cechin, superintendente executivo do IESS, aponta que esses números refletem a forte dependência da saúde suplementar em relação ao mercado de trabalho formal. Além disso, ele destaca que a preocupação das mulheres com a saúde é um fator importante que as leva a buscar esse benefício. "A necessidade e o uso de um plano tendem a ser maior do que para os homens", afirma.
Ainda segundo dados do governo federal, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro aumentou para 40,6%, totalizando 7,7 milhões de mulheres, apesar da persistente desigualdade salarial, onde elas ganham em média 20,9% a menos que os homens. O IESS não analisou se essa maior participação das mulheres nos planos de saúde está relacionada a custos médicos mais elevados. A médica Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde, sugere que isso pode ser um fator a ser considerado, especialmente para a faixa etária que mais cresceu em vínculos, a de 45 a 49 anos, que coincidentemente é uma fase marcada pelas mudanças hormonais e pela menopausa, levando muitas mulheres a buscar assistência médica.
Na faixa etária de 75 a 79 anos, também há um aumento significativo na procura por serviços de saúde. Malik cita que, acima dos 70 anos, as mulheres tendem a utilizar mais o sistema de saúde, dado que elas são demograficamente mais numerosas e, culturalmente, possuem um cuidado maior com sua saúde.
Martha Oliveira, CEO do Grupo Laços e que já ocupou um cargo de direção na ANS, ressalta a necessidade de o setor de saúde suplementar se adaptar a essa feminização. Ela destaca que, acima dos 60 anos, a proporção é de 7,1 homens para 8,1 mulheres e, acima dos 80 anos, a relação é ainda mais acentuada, com 1,9 homem para 3,4 mulheres. Tradicionalmente, o público feminino sempre foi associado à obstetrícia e aos partos, mas a realidade atual exige abordagens e programas de cuidado diferentes.
Oliveira também menciona um aumento de mulheres que vivem sozinhas, destacando uma epidemia de solidão que precisa ser tratada como um fator de risco, assim como hipertensão e outras condições. A falta de uma abordagem focada na medicina preventiva, especialmente para um envelhecimento saudável, é uma preocupação, segundo Malik. Ela acredita que o setor de saúde suplementar deve se atentar mais a esses aspectos, visto que a medicina preventiva não é uma prioridade, exceto para alguns planos que se especializam em atender ao público idoso.
O envelhecimento populacional é uma realidade que muitos sistemas de saúde no mundo estão abordando de forma proativa, enquanto o Brasil ainda oferece serviços sem considerar essas mudanças. Oliveira alerta que a abordagem tradicional de tratar doenças crônicas não será eficaz, pois isso pode resultar em custos elevados e cuidados inadequados.
Com a crescente presença de mulheres idosas no sistema de saúde suplementar, há um aumento potencial nos casos de osteoporose e riscos de quedas e fraturas. Prevenir esses problemas por meio de exercícios e programas de saúde deve ser uma prioridade para o setor, segundo Oliveira. Ela enfatiza que a prevenção precisa ser iniciada a partir dos 30 ou 40 anos, com foco na manutenção da mobilidade e prevenção de quedas, assegurando que as mulheres envelheçam de forma saudável e com menos custos associados tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde.
A situação atual dos planos de saúde e a participação crescente das mulheres traz à tona a necessidade de reavaliar as políticas e práticas dentro da saúde suplementar, assegurando que as mudanças demográficas sejam acompanhadas por um atendimento que considere a saúde integral e as especificidades de cada faixa etária.
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PORTAL SAÚDE DIGITAL NEWS
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
A saúde pública no Brasil está em constante evolução, e a tecnologia surge como uma aliada essencial para melhorar a eficiência, a qualidade e o acesso aos serviços de saúde. Neste cenário, falar sobre a transformação digital como um apoio da gestão e da população é falar do futuro.
De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2024, 90% dos estabelecimentos de Saúde Pública do Brasil utilizam hoje um sistema eletrônico para registro das informações do paciente. O número representa uma evolução, mas a transformação digital vai além do registro apenas. Os próximos passos, como a massificação da telemedicina, a integração entre sistemas e a presença da inteligência artificial ainda serão discutidos.
Neste cenário, a MV, líder em desenvolvimento de tecnologia para a saúde, estará presente no Congresso Conasems, reforçando seu compromisso com a inovação e a eficiência na gestão pública de saúde. Com soluções que integram dados clínicos, administrativos e epidemiológicos, a MV contribui para a tomada de decisão estratégica, permitindo que gestores municipais ofereçam um atendimento mais ágil e preciso à população.
"Estamos em um momento crucial para a saúde pública, onde a tecnologia não é mais um diferencial, mas uma necessidade. Mais do que a existência de um computador em uma sala, buscamos trazer a transformação completa, chegando até a palma da mão do cidadão. Temos exemplos pelo Brasil, como no caso do Hospital Geral do Grajaú, 00% SUS, além de unidades estaduais de Goiás e exemplos de municípios, que tiveram uma grande transformação no atendimento e na celeridade dos processos com a tecnologia", destaca Francisco Figueiredo, Diretor Corporativo de Operações da MV.
O Congresso do Conasems reunirá secretários municipais de saúde, especialistas e representantes do setor para debater os desafios e oportunidades da saúde pública no país. A participação da MV no evento reforça a importância da transformação digital como caminho para uma assistência mais eficiente, humana e sustentável.
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METROPOLES
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
Grupo farmacêutico envolvido em esquema de irregularidades na Lei Rouanet assinou contrato de R$ 64 milhões com o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde contratou por R$ 64,5 milhões, em janeiro deste ano, o grupo farmacêutico Takeda para fornecer concentrado de fator de coagulação, medicamento essencial no tratamento de distúrbios hemorrágicos como a hemofilia.
O acordo foi celebrado mesmo após o grupo ter sido multado em R$ 3,2 milhões pela Controladoria-Geral da União (CGU), em 2023, por desvio de finalidade e uso indevido de renúncia fiscal por meio da Lei Rouanet.
2 imagens Fechar modal. 1 de 2 Contrato foi firmado na gestão da ex-ministra Nísia Trindade Reprodução 2 de 2 CGU e PF atuaram em conjunto para desarticular fraude Reprodução
A penalidade aplicada à Takeda teve como base as investigações da Operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal, em 2017, durante a gestão do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
As apurações revelaram que a Nycomed Produtos Farmacêuticos - incorporada pela Takeda em 2011 - utilizou recursos públicos destinados a projetos culturais para financiar ações de interesse corporativo, contrariando os objetivos da legislação de incentivo.
Os atos investigados ocorreram entre 2008 e 2011, quando a Nycomed ainda operava como empresa independente.
No entanto, a Takeda foi responsabilizada administrativamente após incorporar a companhia.
A CGU concluiu que houve desvio de finalidade dos recursos incentivados, originalmente destinados à promoção cultural, e que acabaram sendo direcionados a atividades promocionais da farmacêutica.
Entre as ações custeadas irregularmente, estão a celebração dos 60 anos da companhia e a produção de livros institucionais utilizados em campanhas internas.
Esses eventos foram viabilizados por meio do patrocínio de três projetos culturais - dois shows e uma publicação - que, segundo a CGU, foram descaracterizados para atender a interesses comerciais, prática expressamente vedada pela Lei Rouanet.
A CGU apontou que a empresa se valeu de interpostas pessoas jurídicas e físicas, configurando uma tentativa de ocultar sua participação direta.
Os nomes citados foram a empresa Vision Mídia e Propaganda e a pessoa física Kátia dos Santos Piauy, ambas ligadas ao chamado Grupo Bellini Cultural.
Ainda conforme o relatório, o Grupo Bellini atuava como intermediário e executor de projetos financiados com recursos incentivados.
A CGU afirma que a Takeda celebrou acordos com o grupo para direcionar os recursos públicos a objetivos corporativos.
A Vision e Kátia Piauy teriam viabilizado a apresentação e execução das propostas junto ao então Ministério da Cultura.
A CGU também destacou que a Takeda já possuía um histórico consolidado no uso da Lei Rouanet, com mais de 70 projetos aprovados entre 1999 e 2015, totalizando mais de R$ 9 milhões em aportes.
Esse contexto, segundo o órgão de controle, enfraqueceu a alegação de desconhecimento da legislação ou erro de interpretação.
O que diz a empresa
Em sua defesa, a Takeda alegou boa-fé, disse ter sido induzida ao erro pelo Grupo Bellini e destacou o pagamento voluntário dos tributos relacionados aos projetos investigados. Negou, ainda, ter participado de qualquer plano fraudulento.
A CGU, no entanto, rejeitou os argumentos e concluiu que houve fraude na destinação dos recursos públicos para fins privados.
Procurado pela coluna, o grupo Takeda declarou que cumpriu integralmente todas as determinações da CGU, encerrando o processo.
"Na ocasião, a empresa colaborou com as investigações e cumpriu a penalidade aplicada, reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência.
Ressaltamos que não houve, em nenhum momento, qualquer impedimento para que a empresa continuasse fornecendo medicamentos ao governo brasileiro.
Os contratos são firmados em total conformidade com a legislação e os trâmites legais, refletindo o compromisso da Takeda em contribuir para o acesso à saúde no Brasil."
O que diz o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que a Takeda Distribuidora participou regularmente do Pregão Eletrônico nº 90112/2024, destinado ao fornecimento de concentrado de fator de coagulação IX, tendo atendido a todos os critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no edital e se sagrado vencedora.
"Para participar de processos licitatórios, é exigido o cumprimento de uma série de requisitos legais e documentais. A empresa apresentou toda a documentação necessária e não possuía qualquer restrição nos cadastros oficiais consultados, como o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), certidão do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros."
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Medicina Preventiva: o futuro da saúde começa agora
https://medicinasa.com.br/medicina-preventiva/
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/06/associados-da-ahpaceg-recebem-selo-uti.html
OMS alerta para desigualdade na distribuição de enfermeiros no mundo
Justiça impõe novas regras para sedação por dentistas: clínicas precisarão seguir protocolos médicos
https://unimed.empauta.com/e6/noticia/2506121749706086021
Prefeito Sandro Mabel estuda colocar Organização Social apenas em maternidades
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeito-sandro-mabel-estuda-colocar-organizacao-social-apenas-em-maternidades-13674076.ghtml
ABJD ajuíza ação para anular 1,2 mil processos do Tribunal de Contas contra ex-secretário da Saúde de Goiânia
TV ANHANGUERA
Prefeito Sandro Mabel estuda colocar Organização Social apenas em maternidades
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeito-sandro-mabel-estuda-colocar-organizacao-social-apenas-em-maternidades-13674076.ghtml
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MEDICINA S/A
Medicina Preventiva: o futuro da saúde começa agora
Como Unimeds, operadoras e healthtechs estão moldando o futuro da saúde com iniciativas voltadas para a Medicina Preventiva. Na edição que circulará no final de agosto, a Revista Medicina S/A destacará um dos pilares mais relevantes e transformadores da área da saúde: a Medicina Preventiva. Em um cenário onde a longevidade da população cresce e os sistemas de saúde enfrentam desafios crescentes, prevenir é mais do que necessário — é estratégico.
Tecnologia, gestão e inteligência em saúde impulsionam a nova era da Medicina Preventiva
Vamos apresentar iniciativas de Unimeds que estão redesenhando o cuidado com o paciente por meio de programas preventivos, rastreamentos precoces, ações educativas e gestão proativa da saúde populacional. Mais do que evitar doenças, essas práticas promovem bem-estar, reduzem custos e fortalecem a sustentabilidade dos sistemas de saúde.
Abordaremos cases concretos, dados atualizados e entrevistas com especialistas que mostram como a prevenção está deixando de ser um conceito para se tornar uma prática central em hospitais, clínicas e operadoras.
Unimeds e Operadoras: protagonismo em Medicina Preventiva
Com capilaridade e protagonismo na implementação de iniciativas voltadas à Medicina Preventiva, as Unimeds têm liderado modelos inovadores de prevenção no Brasil. Destacar essas experiências é reconhecer seu papel estratégico na construção de um sistema de saúde mais proativo, humano e preparado para os desafios do futuro. Nosso objetivo é evidenciar como a Medicina Preventiva está transformando a gestão em saúde, contribuindo para uma sociedade mais saudável, consciente e preparada para o futuro.
✅ Modelos de cuidado baseados no perfil de risco dos pacientes e atenção primária
✅ Uso de IA, análise de dados e ferramentas digitais para antecipar problemas de saúde
✅ Programas de check-up e rastreamento personalizados para doenças crônicas
✅ Monitoramento remoto da saúde com uso de aplicativos, dispositivos vestíveis e telemedicina
✅ Ações para evitar exames, tratamentos e internações desnecessárias
✅ Iniciativas focadas em saúde mental preventiva
✅ Campanhas de vacinação, vigilância epidemiológica e aprendizados do pós-pandemia
✅ Cuidados voltados ao envelhecimento saudável e à promoção da longevidade
✅ Estratégias de educação em saúde e comunicação com os pacientes em diferentes canais
✅ Modelos de remuneração e incentivos baseados em resultados e indicadores de saúde
Tecnologias e Soluções Inovadoras para a Medicina Preventiva
Além das iniciativas da Saúde Suplementar, vamos apresentar serviços, tecnologias e soluções inovadoras que estão apoiando toda a cadeia produtiva da saúde — de operadoras a prestadores, passando por healthtechs e empresas de diagnóstico — a colocar a Medicina Preventiva em prática de forma mais eficiente, integrada e orientada por dados. Essas iniciativas têm sido fundamentais para ampliar o acesso, otimizar recursos e gerar melhores desfechos clínicos.
As healthtechs e empresas fornecedoras de soluções são peças-chave na transformação da Medicina Preventiva no Brasil. Com tecnologias, plataformas digitais e inteligência de dados, vêm potencializando um cuidado mais eficiente, contínuo e acessível. Participar desta edição é uma oportunidade de mostrar como essas inovações estão ampliando o acesso, otimizando recursos e gerando melhores desfechos em saúde.
Entre as soluções em destaque, estão as ferramentas de inteligência artificial e analytics para predição de doenças e gestão proativa, check-ups personalizados e protocolos de rastreamento baseados em evidências, tecnologias de monitoramento remoto como apps, wearables e telemonitoramento contínuo, além de sistemas de apoio à decisão clínica. Também ganham relevância as soluções para gestão vacinal e vigilância epidemiológica, iniciativas integradas para promoção da longevidade saudável, plataformas de educação em saúde e engajamento do paciente, e modelos de Value-Based Care aliados a Business Intelligence e avaliação de desfechos clínicos.
Saúde Mental, Medicina Preventiva e a NR-1
A saúde mental vem ganhando destaque como parte essencial da Medicina Preventiva, especialmente diante das mudanças recentes na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que passou a reconhecer os riscos psicossociais no ambiente de trabalho com a mesma relevância dos riscos físicos. A nova diretriz exige das empresas uma abordagem mais proativa na identificação, avaliação e mitigação de fatores como estresse crônico, ansiedade, burnout, assédio moral e outras condições que impactam diretamente o bem-estar emocional dos trabalhadores. Essa mudança sinaliza um avanço importante na forma como a saúde mental é tratada na esfera ocupacional, promovendo ambientes mais seguros, saudáveis e humanos.
Na edição especial sobre Medicina Preventiva, a Revista Medicina S/A abordará como a atualização da NR-1 se conecta com práticas preventivas nas empresas e instituições de saúde. Serão discutidos temas como a implantação de programas de saúde mental preventiva, o uso de tecnologias para monitoramento emocional, capacitação de lideranças para gestão de clima organizacional, além de estratégias de acolhimento e escuta ativa. A cobertura trará cases de boas práticas, ferramentas inovadoras e evidências sobre os benefícios de integrar a saúde mental à estratégia preventiva das organizações — não apenas para cumprir uma exigência legal, mas para promover qualidade de vida, produtividade sustentável e equilíbrio nas relações de trabalho.
A nova NR-1 também impulsiona o debate sobre o papel das soluções digitais no cuidado com a saúde mental nas empresas, e a telemedicina surge como aliada estratégica nessa adaptação. Entre essas soluções, destacam-se as plataformas digitais de triagem e acompanhamento psicológico, os programas de suporte emocional com atendimento remoto, os sistemas de mapeamento de riscos mentais e os recursos voltados à capacitação de lideranças para a gestão de clima organizacional e acolhimento. Com o avanço da digitalização na saúde, cresce também o uso de indicadores de bem-estar, inteligência artificial e dados preditivos para personalizar intervenções e otimizar a tomada de decisão nas áreas de RH e saúde corporativa.
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FOLHA DO PLANALTO
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
Reconhecimento nacional foi entregue a hospitais associados da Ahpaceg com base nos resultados obtidos em 2024
Hospitais associados da Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) receberam, no dia 11, o selo UTI Top Performance concedido em 2025 pela Epimed Solutions em parceria com AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). O certificado é referente à excelência da atuação dos hospitais em 2024 no atendimento a pacientes críticos.
A entrega foi realizada por Joan Rodrigues de Castro, presidente da Sotiego (Sociedade de Terapia Intensiva do Estado de Goiás) e representante da Epimed no estado; Patrícia Maia, gerente Comercial Centro-Oeste da Epimed Solutions; e Rose Pimenta, gerente Comercial Inside Sales da empresa.
O selo UTI Top Performer é concedido às UTIs que apresentam alta eficiência assistencial, com base nas matrizes de desempenho geradas pelo sistema Epimed Monitor, ferramenta amplamente utilizada no país para gestão e análise de dados em terapia intensiva.
Além do selo UTI Top Performer, foram entregues certificados de “Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho”, concedidos pela AMIB aos hospitais que gerenciam seus indicadores de maneira sistemática, em conformidade com a Resolução RDC nº 7/2010 da Anvisa, por meio do sistema Epimed Monitor UTI Adulto.
Essa certificação destaca instituições comprometidas com a melhoria contínua da medicina intensiva e da segurança do paciente no Brasil.
Durante a entrega, Rose Pimenta destacou que o reconhecimento envolve todo o processo de recuperação do paciente. “O certificado UTI Top Performer não diz respeito somente às UTIs, mas a todo desfecho hospitalar que o paciente necessita após passar pela terapia intensiva. É preciso que o paciente seja bem cuidado após a UTI para que tenhamos um bom desfecho”, afirmou.
Joan Rodrigues de Castro parabenizou os hospitais pela conquista e incentivou a ampliação do reconhecimento no Estado. “Esperamos que o número de instituições certificadas aumente a cada ano e que as que já conquistaram o selo UTI Top Performer continuem primando pela segurança, qualidade, sustentabilidade e eficiência operacional.”
Na edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, 13 hospitais privados goianos receberam o selo UTI Top Performer, dos quais 10 são associados à Ahpaceg, reforçando a liderança da rede Ahpaceg na excelência da medicina intensiva.
Confira os associados certificados como UTI Top Performer 2025:
Hospital de Acidentados
Hospital do Coração Anis Rassi (também reconhecido como Top UTI Eficiente Cardiológica)
Hospital do Rim de Goiânia
Hospital e Maternidade Santa Bárbara
Hospital Mater Dei
Hospital São Francisco de Assis
Instituto de Neurologia de Goiânia
Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)
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SAÚDE BUSINESS
OMS alerta para desigualdade na distribuição de enfermeiros no mundo
Relatório projeta redução do déficit global até 2030, mas concentração de profissionais em países mais ricos ainda compromete o acesso à saúde.
Um relatório recém-divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), State of the World’s Nursing 2025, aponta que, apesar do crescimento no número de profissionais de enfermagem em nível global, a distribuição desses trabalhadores segue profundamente desigual. Em 2023, o total de enfermeiros no mundo chegou a 29,8 milhões.
Segundo o levantamento, cerca de 78% desses profissionais estão concentrados em países que reúnem apenas 49% da população mundial. Ainda de acordo com a OMS, o déficit global na força de trabalho da enfermagem caiu de 6,2 milhões em 2020 para 5,8 milhões em 2023, com expectativa de redução para 4,1 milhões até 2030. Apesar da melhora, a desigualdade no acesso permanece como um obstáculo à equidade nos sistemas de saúde.
Desigualdade também é desafio no Brasil
No cenário brasileiro, os dados mais recentes do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) indicam a existência de 783.566 enfermeiros em atividade no país. O estado de São Paulo concentra o maior contingente, com 191.160 profissionais.
Para o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, a má distribuição da força de trabalho em enfermagem compromete o acesso da população aos serviços de saúde, problema semelhante ao observado entre os médicos. “Não se trata apenas de má gestão de recursos humanos, mas de uma falha estrutural na formulação das políticas públicas de saúde”, afirmou.
O especialista defende a criação de mecanismos legais de cooperação entre União, estados e municípios, com foco no fortalecimento da atenção básica por meio da valorização dos recursos humanos. “Essas ações precisam estar acompanhadas de infraestrutura adequada, planos de carreira bem estruturados e garantias de segurança no exercício profissional”, completou Canal.
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CANAL COM Q
Justiça impõe novas regras para sedação por dentistas: clínicas precisarão seguir protocolos médicos
Uma decisão da Justiça Federal da 1ª Região determinou que, até que o Conselho Federal de Odontologia (CFO) edite regras próprias sobre sedação, cirurgiões-dentistas devem seguir os mesmos protocolos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A medida impacta diretamente clínicas odontológicas e estéticas que realizam procedimentos com sedativos, como benzodiazepínicos, opioides e hipnóticos.
A decisão foi proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 1110860-65.2023.4.01.3400, ajuizada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) contra o CFO, e tem como base a ausência de regulamentação específica para o uso de fármacos controlados em consultórios odontológicos.
O que motivou a decisão judicial?
A SBA argumentou que a sedação com medicamentos controlados deve ser restrita a médicos anestesistas, alegando riscos à saúde dos pacientes diante da ausência de protocolos técnicos equivalentes aos exigidos na medicina. Apesar disso, a Justiça rejeitou a proibição genérica, por entender que tal medida causaria prejuízos desproporcionais à atuação de toda a categoria odontológica.
A juíza federal Raquel Soares Chiarelli reconheceu a lacuna normativa do CFO, mas autorizou a continuidade da prática - desde que os profissionais sigam os parâmetros definidos em resoluções do CFM.
Quais protocolos devem ser seguidos?
Até que o CFO publique regulamentação própria, os dentistas devem observar as seguintes exigências previstas nas resoluções do CFM:
Realização de consulta pré-anestésica com o paciente;
Obrigatoriedade de exames prévios à sedação;
Presença de um profissional exclusivo para monitorar a sedação, distinto daquele que realiza o procedimento principal;
Manutenção de convênio com serviço de emergência médica e hospital capacitado para atender intercorrências;
Adoção de protocolos completos de segurança, monitoramento e prontuário.
Essas regras constam nas Resoluções CFM nº 2.174/2017, nº 1.670/2003 e nº 1.886/2008.
Riscos para clínicas que não se adequarem
A decisão judicial não impede a sedação por dentistas, mas impõe uma série de exigências estruturais e técnicas. O não cumprimento pode gerar responsabilização cível, criminal e administrativa, especialmente em casos de complicações com pacientes.
Além disso, clínicas que ignorarem os protocolos médicos podem sofrer sanções por órgãos de classe ou até enfrentar ações judiciais por falhas no atendimento.
Como se preparar para o novo cenário?
A adequação aos parâmetros médicos exige planejamento e investimento por parte das clínicas. Entre as medidas recomendadas estão:
Reavaliação de contratos com fornecedores e profissionais de apoio;
Revisão de infraestrutura e rotinas clínicas;
Treinamento das equipes com foco nos riscos da sedação;
Apoio jurídico para garantir a conformidade com as normas aplicáveis.
Segurança e conformidade como diferenciais competitivos
A decisão judicial reforça a importância de atuar com respaldo normativo em procedimentos que envolvem sedação. Para clínicas odontológicas e estéticas, estar em conformidade com as exigências médicas não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo no mercado.
Buscar orientação jurídica especializada pode ser o caminho mais seguro para garantir a continuidade dos serviços com responsabilidade, evitando exposição a riscos legais e protegendo a saúde dos pacientes.
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CBN GOIÂNIA
ABJD ajuíza ação para anular 1,2 mil processos do Tribunal de Contas contra ex-secretário da Saúde de Goiânia
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Assessoria de Comunicação
Associados da Ahpaceg recebem selo UTI Top Performer por excelência em medicina intensiva
Escrito por Administrador
Reconhecimento nacional foi entregue a hospitais associados da Ahpaceg com base nos resultados obtidos em 2024
Hospitais associados da Ahpaceg receberam hoje, 11, o selo UTI Top Performance concedido em 2025 pela Epimed Solutions em parceria com AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira). O certificado é referente à excelência da atuação dos hospitais em 2024 no atendimento a pacientes críticos.
A entrega foi realizada por Joan Rodrigues de Castro, presidente da Sotiego (Sociedade de Terapia Intensiva do Estado de Goiás) e representante da Epimed no estado; Patrícia Maia, gerente Comercial Centro-Oeste da Epimed Solutions; e Rose Pimenta, gerente Comercial Inside Sales da empresa.
O selo UTI Top Performer é concedido às UTIs que apresentam alta eficiência assistencial, com base nas matrizes de desempenho geradas pelo sistema Epimed Monitor, ferramenta amplamente utilizada no país para gestão e análise de dados em terapia intensiva.
Além do selo UTI Top Performer, foram entregues certificados de “Gestão de Indicadores de Qualidade e Desempenho”, concedidos pela AMIB aos hospitais que gerenciam seus indicadores de maneira sistemática, em conformidade com a Resolução RDC nº 7/2010 da Anvisa, por meio do sistema Epimed Monitor UTI Adulto.
Essa certificação destaca instituições comprometidas com a melhoria contínua da medicina intensiva e da segurança do paciente no Brasil.
Durante a entrega, Rose Pimenta destacou que o reconhecimento envolve todo o processo de recuperação do paciente. “O certificado UTI Top Performer não diz respeito somente às UTIs, mas a todo desfecho hospitalar que o paciente necessita após passar pela terapia intensiva. É preciso que o paciente seja bem cuidado após a UTI para que tenhamos um bom desfecho”, afirmou.
Joan Rodrigues de Castro parabenizou os hospitais pela conquista e incentivou a ampliação do reconhecimento no Estado. “Esperamos que o número de instituições certificadas aumente a cada ano e que as que já conquistaram o selo UTI Top Performer continuem primando pela segurança, qualidade, sustentabilidade e eficiência operacional.”
Na edição 2025 do Registro UTIs Brasileiras, 13 hospitais privados goianos receberam o selo UTI Top Performer, dos quais 10 são associados à Ahpaceg, reforçando a liderança da rede Ahpaceg na excelência da medicina intensiva.
Confira os associados certificados como UTI Top Performer 2025:
- Hospital de Acidentados
- Hospital do Coração Anis Rassi (também reconhecido como Top UTI Eficiente Cardiológica)
- Hospital do Rim de Goiânia
- Hospital e Maternidade Santa Bárbara
- Hospital Mater Dei
- Hospital São Francisco de Assis
- Instituto de Neurologia de Goiânia
- Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia)
- Hospital Evangélico Goiano (Anápolis)
- Hospital Santa Terezinha (Rio Verde)