CLIPPING AHPACEG 09/12/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Judicialização dos planos de saúde pode explodir até 2035
TJGO e Ipasgo selam parceria para acelerar atendimento e reduzir ações na saúde
Pesquisa mostra que ressonância pode predizer o risco de metástase
https://medicinasa.com.br/ressonancia-metastase-cancer/
Rombo de plano de saúde ajuda a quebrar Correios
https://www.osul.com.br/rombo-de-plano-de-saude-ajuda-a-quebrar-correios/
CORREIO BRAZILIENSE
Judicialização dos planos de saúde pode explodir até 2035
A judicialização dos planos de saúde pode chegar a 1,2 milhão de novos processos por ano até 2035, caso não haja mudanças estruturais capazes de conter o avanço das disputas na Justiça. A projeção aparece no estudo “Judicialização na Saúde Suplementar: Desafios Regulatórios e Caminhos para a Sustentabilidade do Setor até 2035”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em parceria com o juiz federal Clenio Schulze.
O relatório mostra que o fenômeno já cresce em ritmo acelerado. Entre 2020 e 2024, o número de ações mais que dobrou — salto de 112% — até atingir 298,7 mil novos processos em 2024, o que equivale a uma nova ação a cada 1 minuto e 45 segundos. Mantido esse ritmo, o setor tende a enfrentar forte pressão financeira e regulatória, com impactos diretos sobre a previsibilidade dos serviços oferecidos aos beneficiários.
Os dados do estudo apontam que as causas da judicialização permanecem relativamente estáveis. Medicamentos lideram 35% das disputas, seguidos por tratamentos médico-hospitalares (30%), reajustes contratuais (20%), órteses, próteses e materiais especiais (10%) e home care (3%).
A concentração geográfica também é significativa, São Paulo responde por 38% das ações, seguido por Rio de Janeiro (15%), Minas Gerais (9%) e Rio Grande do Sul (8%).
Entre 2019 e 2023, a judicialização consumiu cerca de R$ 17,1 bilhões das operadoras. Em 2024, o setor movimentou R$ 350 bilhões em receitas, com lucro líquido de R$ 11,1 bilhões — números que, segundo o IESS, revelam robustez, mas também um ambiente pressionado por custos crescentes e imprevisibilidade regulatória.
Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o estudo deixa claro que o tema exige articulação institucional. “A judicialização não é apenas um fenômeno jurídico; é um indicador de que nossas estruturas de diálogo, regulação e mediação ainda não estão funcionando como deveriam. Quando o Judiciário vira porta de entrada do sistema, todos perdem”, afirma.
Além disso, o estudo mapeia iniciativas consideradas bem-sucedidas no esforço de desjudicialização. A Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mantém a taxa de resolução acima de 90%.
Câmaras de mediação estaduais, como as do Rio de Janeiro e da Bahia, já evitaram mais de 80 mil processos desde que foram criadas. O e-NatJus soma mais de 272 mil notas técnicas e registrou alta de 40% nas consultas somente em 2024.
Projeções
Para os próximos dez anos, o IESS projeta três possíveis trajetórias para a judicialização. No cenário pessimista, o volume de ações poderia chegar a 1,2 milhão por ano. No cenário considerado realista, haveria estabilização em torno de 400 mil processos anuais.
Já o cenário otimista prevê redução para cerca de 170 mil ações, resultado de medidas como o fortalecimento da mediação pré-processual, a criação de um NAT específico para a saúde suplementar e avanços em transparência regulatória.
Segundo Cechin, o futuro dependerá da capacidade de o setor implementar reformas. “O Brasil já mostrou que sabe construir soluções inteligentes: NAT-JUS, Conitec e NIP são provas disso. Falta agora integrar essas iniciativas em um modelo coerente, previsível e sustentável. A janela de oportunidade existe, mas não ficará aberta para sempre”, diz.
A conclusão do estudo mostra que a judicialização só deixará de ser a rota dominante se houver coordenação institucional, modernização regulatória e ampliação dos mecanismos administrativos para resolver conflitos. “O acesso à saúde não pode depender da capacidade individual de litigar. Nosso desafio é construir um sistema que funcione para todos, sem precisar do Judiciário como mediador permanente”, resume Cechin.
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JORNAL OPÇÃO
TJGO e Ipasgo selam parceria para acelerar atendimento e reduzir ações na saúde
Durante o evento, a juíza Jussara Louza destacou que o termo representa um avanço significativo na forma como o Estado lida com as demandas de saúde dos servidores públicos e seus familiares
Em uma iniciativa que promete transformar a forma como conflitos na área da saúde são solucionados em Goiás, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e o Ipasgo Saúde oficializaram, na sexta-feira, 5, um Termo de Cooperação voltado à ampliação dos métodos consensuais de resolução de disputas. O acordo busca agilizar demandas relacionadas a serviços médicos e hospitalares, priorizando conciliação e mediação para reduzir a judicialização.
A cerimônia ocorreu no Salão Nobre da Presidência do TJGO e foi conduzida pela juíza auxiliar Jussara Cristina Oliveira Louza, representante do presidente do Tribunal, desembargador Leandro Crispim. Também participaram o presidente do Ipasgo, Bruno Magalhães D’Abadia, e o juiz coordenador do Cejusc Saúde, Eduardo Oliveira.
Durante o evento, a juíza Jussara Louza destacou que o termo representa um avanço significativo na forma como o Estado lida com as demandas de saúde dos servidores públicos e seus familiares. Segundo ela, a parceria reforça o compromisso das instituições com práticas modernas de gestão pública e com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A magistrada ressaltou que o acordo fortalece a cultura do diálogo e contribui para a redução de processos judiciais. “Nosso objetivo é garantir um atendimento que respeite a dignidade do cidadão, especialmente em momentos de vulnerabilidade. Esperamos que esta cooperação gere resultados concretos e fortaleça a cultura da paz e da eficiência no serviço público”, afirmou.
O presidente do Ipasgo, Bruno D’Abadia, celebrou a aproximação com o Judiciário e enfatizou que a medida trará benefícios diretos aos usuários do plano. Para ele, a cooperação permitirá respostas mais rápidas e soluções menos onerosas.
“O termo possibilita que o Ipasgo atue com maior eficiência, reduzindo prazos e custos. Além disso, contribui para que os recursos do Judiciário sejam utilizados de forma mais racional”, destacou.
O juiz Eduardo Oliveira, coordenador do Cejusc Saúde, ressaltou que a parceria inaugura um novo momento para o centro de conciliação. Ele lembrou que o TJGO tem buscado ampliar acordos com operadoras de saúde, e o Ipasgo tem se mostrado um parceiro constante nesse processo.
“Este termo é fruto de um esforço conjunto e está alinhado às diretrizes do CNJ. O Ipasgo tem demonstrado grande disposição em colaborar, sempre buscando soluções eficientes para as demandas judiciais relacionadas à saúde”, afirmou.
A solenidade contou ainda com a participação do secretário do Nupemec, Jackson Santos; da gestora do Cejusc Saúde, Stephanie Lopes; e dos representantes do Ipasgo José Rodolfo Alves da Silva Júnior (gerente jurídico), Caroline Nayhara Alves (chefe de gabinete) e Pedro José de Barros (secretário-executivo).
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MEDICINA S/A
Pesquisa mostra que ressonância pode predizer o risco de metástase
A ressonância magnética após a radioterapia pode predizer o risco de metástase em pacientes com câncer de reto antes mesmo do resultado da cirurgia. A descoberta é resultado de uma pesquisa conduzida no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INRADHCFMUSP), liderada pela médica radiologista Cinthia Ortega, coordenadora médica do Grupo de Imagem Gastrointestinal do instituto. O estudo foi publicado na revista European Radiology, publicação de alto fator de impacto e que é a principal publicação da Sociedade Europeia de Radiologia.
A pesquisa utilizou dados de pacientes com câncer de reto provenientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Os sujeitos tiveram tanto dados clínicos quanto imagens de ressonância analisados e relacionados a desfechos após longo tempo de seguimento, o que permitiu aos investigadores observar como características da ressonância podem antecipar o comportamento futuro da doença.
“A ressonância, além de mostrar o estadiamento (estágio atual) do tumor, mostrou-se capaz de prever se o paciente tem maior ou menor risco de desenvolver metástases no futuro. É uma informação que transforma o exame de imagem em um biomarcador prognóstico e pode mudar a forma como decidimos o tratamento”, explica Cinthia.
O achado representa um avanço importante rumo à oncologia de precisão, em que decisões terapêuticas são cada vez mais personalizadas. Saber antecipadamente o risco de metástase pode evitar tratamentos agressivos em pacientes de baixo risco e, ao mesmo tempo, indicar a intensificação da quimioterapia naqueles com maior probabilidade de recorrência.
“Os resultados não apenas demonstram o potencial da imagem como ferramenta de predição, mas também levantam novas hipóteses para futuros protocolos de pesquisa. É um passo importante rumo a uma medicina mais personalizada”, complementa a pesquisadora.
O estudo teve origem em um protocolo clínico multidisciplinar que contou com a colaboração das disciplinas de Oncologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Radioterapia e Radiologia, previamente apresentado no ESMO Congress 2020 (European Society for Medical Oncology) e reforça a posição do INRAD HCFMUSP como liderança em pesquisa.
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JORNAL O SUL
Rombo de plano de saúde ajuda a quebrar Correios
Prestes a registrar rombo de R$10 bilhões só em 2025 e na iminência de um colapso, a estatal Correios luta para manter o Postal Saúde, plano de saúde exclusivo para funcionários, aposentados e dependentes, que drena bilhões dos cofres públicos. Além dos cônjuges e filhos, o plano também beneficia pais dos funcionários e mais 203 mil aposentados. A cada três meses, R$700 milhões são tirados de quem paga impostos para cobrir o rombo do Postal, que aumentou 80% em relação a 2024.
Despesas explodem
O envelhecimento da clientela reduz a chance de recuperação do Postal Saúde: 25% dos 203 mil aposentados beneficiários têm mais de 59 anos.
Lipoaspiração
O custeio anual do Postal Saúde já chega a R$2 bilhões, segundo fontes dos Correios, consumindo 10% do faturamento da empresa.
Bomba-relógio
Sindicalistas do PT que dirigiram os Correios condenaram a empresa à morte, fechando acordos que ignoravam a sustentabilidade financeira.
Não pagou, parou
A situação é tão crítica o atraso nos repasses levou hospitais como Rede D'Or e Unimed a suspender atendimentos dos beneficiados do plano.
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Assessoria de Comunicação