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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS
Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida
https://www.foconacional.com.br/2025/10/outubro-rosa-da-unimed-catalao-destaca.html
Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol
https://medicinasa.com.br/intoxicacao-metanol/
SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde
https://medicinasa.com.br/parceria-reino-unido-sus/
Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?
https://medicinasa.com.br/estrategia-e-risco/
Onde estará seu hospital no futuro da saúde?
https://www.saudebusiness.com/colunistas/onde-estara-seu-hospital-no-futuro-da-saude/
Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia
https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/como-preparar-auditorias-fiscalizacoes-clinicas/
Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação
A REDAÇÃO
Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS
Dado inclui consulta, exame, terapia e mais
Os beneficiários de planos de saúde realizaram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, aumento de 0,3%, segundo o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número, divulgado nesta sexta-feira (10/10), inclui consultas, exames, terapias, internações e atendimentos odontológicos, autorizados pelas operadoras de planos de saúde ao longo do ano.
De acordo com o levantamento da ANS, no topo do ranking continuam os exames ambulatoriais, que responderam por 1,18 bilhão de registros, aumento de 0,7% em relação ao ano anterior. No período, foram realizadas 284,5 milhões de consultas no País, aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior. Já o número de atendimentos ambulatoriais alcançou 202,1 milhões de procedimentos, alta de 2,8%.
Por outro lado, houve redução na quantidade de terapias ambulatoriais, que somaram 67,7 milhões procedimentos, segundo os dados da ANS. Houve redução também em internações, que totalizaram 9,1 milhões de registros em 2024, diminuição de 1% em relação ao ano anterior.
Outra modalidade que teve retração foi a de procedimentos odontológicos, que alcançou 190,8 milhões de atendimentos, queda de 2,7% em base anual de comparação.
Procedimentos por beneficiário
De acordo com a ANS, no período a média de procedimentos por beneficiário se manteve estável em 5,5 consultas médicas e 22,9 exames por ano. Nos planos odontológicos, a quantidade de procedimentos foi de 5,2 por pessoa ao longo do período.
O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apontou, ainda, que os gastos com medicamentos representaram 10,2% do total de despesas médico-hospitalares no ano passado, aumento de 40% em relação a 2019, ano de referência para a medição. Para a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, a publicação permitirá aos beneficiários, operadoras e prestadores de serviço, compreender melhor a realidade da saúde suplementar no País.
"Temos hoje um modelo de saúde que precisa ser discutido da maneira mais abrangente possível, e a agência tenta trazer transparência, dados e informações para fomentar esse debate", explicou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
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FOCO NACIONAL
Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida
Na Unimed Catalão, o cuidado com a saúde das mulheres é diário, mas neste mês ele ganha uma nova cor. Aproveitando a campanha Outubro Rosa, a Unimed Catalão desenvolve uma série de ações voltadas para a prevenção do câncer de mama, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequados são essenciais para a promoção da saúde.
E a campanha Outubro Rosa deste ano vem carregada de emoção, coragem e histórias reais que tocam o coração. Com o tema “Força que Cuida”, a Unimed Catalão dá voz a mulheres que enfrentaram ou enfrentam o câncer de mama e hoje inspiram outras com seus relatos de superação, mostrando a todas como é importante se cuidarem.
Serão divulgados vídeos com dez histórias reais, emocionantes e motivadoras de mulheres que foram desafiadas pela doença e estão superando essa situação com determinação, força e coragem. A campanha dá voz a mulheres como Marcela Cabral, Eline Pereira, Ludmila Martins, Mayara Cardoso, Leidilaine Gomes, Vânia Cavalcante, Ana Paula Rodovalho e Rosa Nayara, que aceitaram o convite para compartilhar momentos marcantes da luta contra a doença.
Em comum, além da força e determinação, elas relatam o apoio que encontram na família, nos amigos, na fé e no cuidado contínuo oferecido pela Unimed Catalão.
Cada depoimento é um lembrete de que o autocuidado pode mudar o rumo de uma vida. Além dos relatos, que serão veiculados até o início de novembro, o público também terá acesso, nas redes sociais, a orientações sobre a prevenção do câncer de mama. Um convite para parar, se observar, se tocar e se cuidar não apenas em outubro, mas em todos os dias do ano.
Acesse, confira, compartilhe e cuide-se @unimedcatalao
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MEDICINA S/A
Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol
O Ministério da Saúde enviou uma nota técnica aos estados e municípios com orientações atualizadas sobre o atendimento e a notificação de casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O documento atualiza os critérios para confirmação dos casos e detalha o fluxo de análise laboratorial, os procedimentos para solicitação de insumos e a notificação imediata ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).
A principal orientação está na definição de casos de intoxicação por metanol. Agora, a confirmação de caso com indicação de tratamento é baseada no histórico de ingestão de bebida alcoólica, no quadro clínico e em achados laboratoriais compatíveis. Para casos suspeitos, passa a ser considerado o período de persistência ou piora dos sintomas entre 6 e 72 horas após a ingestão.
O documento também traz definições de casos confirmados, descartados e em investigação. Além disso, orienta sobre o fluxo de análise laboratorial dos exames, os procedimentos para solicitação de insumos e as regras para notificação imediata aos CIEVS estaduais, que devem informar o CIEVS Nacional por meio do Disque-Notifica (0800-644-6645) e do e-Notifica (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.). Mesmo com a notificação imediata, o registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação continua sendo obrigatório.
Fluxo laboratorial
A definição do laboratório responsável pelas análises deve ser feita por cada estado, com prioridade para os laboratórios da rede Centro de Informações Toxicológicas (CIATox) ou os da Polícia Científica. Nos casos em que o estado não tiver capacidade para realizar as análises, as amostras devem ser enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do estado, que vai encaminhar o material para o CIATox-Campinas. Até o momento, 21 estados possuem fluxo definido para o encaminhamento e análise das amostras.
O Brasil conta com 32 CIATox, centros de referência em toxicologia para orientação, diagnóstico e manejo de intoxicações, além de apoio à toxicovigilância e à ingestão de risco químico. Os estados que não têm CIATox, podem usar gratuitamente o serviço Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001.
Para reforçar a rede laboratorial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a ampliação da capacidade de análise de casos suspeitos. Com o apoio do laboratório da Unicamp, em São Paulo, passam a ser realizados até 190 testes por dia, reforçando a capacidade de resposta e o tratamento dos pacientes.
Antídotos
O Brasil recebeu, nesta quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol para reforçar o estoque estratégico do SUS destinado ao tratamento de intoxicações por metanol. A compra é inédita, e a distribuição já foi iniciada, com 1,5 mil unidades enviadas aos estados. São Paulo foi o primeiro a receber 288 unidades do medicamento, em razão do elevado número de casos.
Os demais estados com ocorrências suspeitas também receberão o antídoto: Pernambuco (68 unidades), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16). Em seguida, a distribuição será ampliada para todo o país, garantindo o abastecimento em todas as regiões. Permanecerão no estoque estratégico do Ministério da Saúde 1.000 ampolas.
O ministério também enviou mais de 1,4 mil unidades de etanol farmacêutico — outro antídoto usado para reduzir a gravidade da intoxicação por metanol — a 11 estados: Acre (30), Alagoas (60), Bahia (90), Ceará (120), Distrito Federal (90), Goiás (75), Mato Grosso do Sul (60), Paraná (360), Pernambuco (480), Rio Grande do Sul (60) e Rio de Janeiro (60).
Sinais e sintomas
Os sintomas por esse tipo de intoxicação podem demorar de 6 a 72 horas para aparecer. Fique atento se você ou alguém próximo apresentar:
Sintomas iniciais: Sensação de embriaguez que não passa, acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal forte ou desconforto gástrico.
Sintomas neurológicos: Dor de cabeça, tontura e confusão mental.
Ao apresentar qualquer um desses sintomas, especialmente alterações visuais, após a ingestão de bebida alcoólica procure imediatamente o serviço de emergência mais próximo. (Com informações do Ministério da Saúde)
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SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, renovou parceria bilateral entre Brasil e Reino Unido com ênfase na troca de experiências entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o National Health Service (NHS) britânico – uma das inspirações para a criação do SUS. O NHS também adota iniciativas do modelo brasileiro de atenção primária à saúde, com destaque para a estratégia Saúde da Família e a atuação de agentes comunitários de saúde.
Projetos-piloto em bairros de Londres já incorporam práticas inspiradas no SUS e têm despertado interesse em expandir o modelo para outras regiões do país. O ministro assinou o documento juntamente com Zubir Ahmed, subsecretário parlamentar de Estado para Inovação e Segurança em Saúde.
“É uma grande alegria e honra a ampliação dessa parceria. O NHS é como um irmão mais velho. Quando fomos criar o nosso sistema nacional público de saúde, depois da redemocratização do Brasil, uma das experiências que nos inspirou foi a luta da sociedade inglesa depois da Segunda Guerra Mundial, a luta dos trabalhadores e trabalhadoras inglesas que criaram o NHS e que inspirou o Brasil na criação do SUS. Por outro lado, a ideia da nossa atenção primária em saúde ser fortemente baseada no território onde as pessoas vivem influencia o cuidado e a organização dos serviços de saúde. Vocês adotam aqui, essa que é uma estratégia que iniciamos no Brasil nos anos 90, dos agentes comunitários de saúde. Então, essa nossa colaboração vai continuar em favor dos desafios que enfrentamos, da resiliência do sistema de saúde que exige antecipar, identificar problemas para os anos futuros”, disse Padilha.
Zubir Ahmed também celebrou a renovação do acordo. “Nós temos muito em comum com o Brasil e estamos muito orgulhosos de ter estabelecido trabalhadores de saúde comunitários que foram muito inspirados pela experiência brasileira com base em evidências ao longo dos últimos 30 anos. Nós fizemos os primeiros pilotos aqui em Westminster em 2020, bem no meio da Covid-19, onde percebemos que nosso sistema de saúde pública não estava funcionando, e precisávamos encontrar soluções para ajudar as comunidades mais vulneráveis. Iniciamos os pilotos com apenas quatro profissionais e isso cresceu para mais de 200 trabalhadores de saúde comunitários em 25 locais diferentes em toda a Inglaterra em apenas dois ou três anos. A função do trabalhador de saúde comunitário está sendo implementada em todo o país e toda semana estamos conversando com mais e mais localidades que desejam implementar essa função. Portanto, é um momento muito emocionante para a colaboração, para continuarmos aprendendo uns com os outros”, disse.
O acordo prevê ações conjuntas nas seguintes ações: mudanças climáticas e saúde pública; política de igualdade racial em saúde; preparação, prevenção e resposta a pandemias; inovação, tecnologia em saúde e saúde digital; e fortalecimento dos sistemas de saúde.
Missão
A missão brasileira também busca novas alianças voltadas ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, à autonomia tecnológica do SUS e à cooperação científica internacional. A programação inclui visitas a centros de inovação tecnológica e de saúde digital, que servem de referência para a modernização do sistema público brasileiro. Participam da comitiva entidades governamentais e empresariais para fortalecer parcerias estratégicas na área de medicamentos, vacinas e inteligência artificial aplicada à saúde. (Com informações do Ministério da Saúde)
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Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?
A verticalização na saúde suplementar — movimento em que operadoras passam a investir em hospitais, laboratórios e centros próprios, ou em que hospitais tornam-se operadoras — é uma tendência crescente no Brasil. Esse processo busca alinhar três objetivos fundamentais: controle de custos, efetividade assistencial e melhoria do resultado operacional.
No entanto, a decisão estratégica entre construir ou comprar um hospital deve ser analisada com cautela. Mais do que o investimento inicial, é a capacidade de operação eficiente e sustentável que define o sucesso no médio e longo prazo.
Na gestão da Unimed Criciúma, por exemplo, houve a experiência prática de abrir dois hospitais do zero e adquirir um terceiro, que já possuía quase 60 anos de história na cidade. Essa vivência permite avaliar, com base em variáveis objetivas, as vantagens e desvantagens de cada estratégia.
Análise de custo para construção de um hospital próprio
Para a construção de um hospital próprio, consideremos um exemplo com valores aproximados, fundamentados nos casos de uma operadora real. O custo do metro quadrado de construção varia entre R$ 6.000 e R$ 10.000 (CBIC; Abrasce, 2023). Com isso, a construção de um hospital de aproximadamente 7.000 m² exigiria:
R$ 60 milhões em obras;
R$ 40 milhões em equipamentos.
Totalizando R$ 100 milhões para uma estrutura com 60 leitos, pronto-atendimento, UTI, centro cirúrgico com cinco salas e centro obstétrico com três salas.
Para a operação inicial, seria necessário contratar cerca de 300 colaboradores, gerando um custo mensal de pessoal de R$ 2,1 milhões/mês. O custo operacional total, considerando 50% de ocupação, ficaria em torno de R$ 6 milhões/mês, enquanto a receita inicial é limitada, já que apenas 30% a 50% da rede migra nos primeiros dois anos.
Isso gera uma dupla despesa: a operadora mantém custos com a rede credenciada e passa a arcar com o hospital novo. O déficit estimado é de R$ 4 milhões/mês (R$ 48 milhões/ano) até a maturação do negócio, mesmo considerando intercâmbio de pacientes e atendimentos particulares.
O desafio maior não está no investimento, mas na operação eficiente sem comprometer margens. Estudos indicam que hospitais levam de 3 a 5 anos para atingir equilíbrio financeiro (Porter & Teisberg, 2006). Eficiência de processos, gestão enxuta e alta ocupação são fundamentais para o sucesso.
Análise de custo para compra de um hospital existente
Geralmente, um hospital em funcionamento é colocado à venda devido a dificuldades operacionais ou endividamento, o valor de compra do hospital geralmente é realizado através de valuation baseado em fluxo de caixa descontado (DCF) ou EBITDA, com múltiplos de 5 a 7 vezes.
Um exemplo prático: um hospital de 7.000 m² com faturamento anual de R$ 90 milhões, margem operacional de 5% e valuation estimado entre R$ 45 a 100 milhões.
O custo da operação gira em torno de R$ 7 milhões/mês, enquanto a receita da operadora local representa 50% (R$ 3,75 milhões) e os outros R$ 3,75 milhões vêm de pacientes particulares, outros convênios e intercâmbio. O saldo líquido para a operadora (sem otimização) fica em R$ 375 mil/mês, com impacto anual de R$ 4,5 milhões positivo.
Comparativo com a construção
Diferente da construção, a compra não apresenta o grande impacto inicial. No exemplo analisado, o resultado líquido para a operadora foi positivo em R$ 4,5 milhões/ano, exigindo ajustes operacionais.
Comparativo construção x compra de hospital
A verticalização é uma estratégia inevitável para muitas operadoras diante da alta sinistralidade e da pressão regulatória. Construir hospitais é mais arriscado no curto prazo, mas pode gerar ganhos relevantes no longo prazo, desde que a gestão seja eficiente. Comprar hospitais oferece retorno imediato em termos de estrutura física e carteira, mas exige aquisição criteriosa.
Do ponto de vista estratégico ampliado, a compra tende a ter menor impacto operacional no curto e médio prazo, sendo a opção preferível quando disponível.
Assim, a decisão deve considerar:
Perfil da carteira (tamanho, dispersão, risco);
Capacidade de investimento e gestão;
Objetivos estratégicos de longo prazo (eficiência, valorização médica, perpetuidade do negócio).
A verticalização não é um fim em si mesma, mas um meio de garantir eficiência, sustentabilidade e qualidade assistencial.
*Leandro Avany Nunes é presidente da Unimed Criciúma.
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SAÚDE BUSINESS
Onde estará seu hospital no futuro da saúde?
Gestores hospitalares precisam se preparar para liderar a transformação acelerada da saúde no Brasil.
Recentemente, acompanhei uma palestra do médico Peter Diamandis, considerado uma das principais vozes globais sobre a inovação exponencial. Suas projeções para o futuro da saúde são surpreendentes, tanto pelo potencial de transformação do setor quanto pela velocidade com que as mudanças acontecem.
Ele espera, por exemplo, que em dez anos tenhamos um século de progresso tecnológico. Em meia década, as inteligências artificiais alcançarão a capacidade cognitiva de toda a humanidade combinada. Isso traz implicações imediatas para o futuro do trabalho, dos negócios, da educação e, também, da saúde.
Temos inovações batendo à nossa porta, como tecnologias vestíveis capazes de monitorar nossa fisiologia 24 horas por dia, fazendo um check-up contínuo. Técnicas como o CRISPR, ferramenta de edição do genoma, trazem possibilidades surpreendentes para mudar o desfecho de uma série de doenças. E mesmo a extensão da longevidade é um desafio sobre o qual muitos especialistas se debruçam neste exato momento.
Mudará, também, o modelo de negócios, uma vez que muitas atividades de saúde sairão dos hospitais para ocorrer nas casas dos pacientes. Isso exigirá menos infraestrutura para as próprias instalações hospitalares e mais tecnologia, conhecimento e pessoas para que sigamos na liderança do melhor tratamento para o indivíduo, onde ele estiver.
Diante disso, a pergunta não é mais “se” essas mudanças virão, mas “quando” elas acontecerão. Aqui reside o grande desafio dos gestores de hospitais e instituições de saúde do país: onde estaremos no futuro do setor? Seremos os líderes dessas transformações ou correremos atrás dos avanços?
Ainda temos uma série de percalços a serem superados em nosso país, que segue bastante desigual na disponibilidade dessas tecnologias para toda a população. Sem contar também as dificuldades que enfrentamos na sustentabilidade econômica, diante de um financiamento estatal insuficiente e da necessidade de avanços na relação com as operadoras.
Apesar dos desafios, é nossa missão sermos agentes da transformação, dentro da realidade das nossas instituições. E isso já está acontecendo: por exemplo, o mais recente ranking dos melhores hospitais do mundo, realizado pela revista Newsweek, colocou 22 centros médicos brasileiros entre os destaques globais.
O Rio Grande do Sul também tem se destacado, reunindo, da capital ao interior, instituições de referência internacional em qualidade na assistência. Em Porto Alegre, os hospitais representados pelo SINDIHOSPA vêm registrando conquistas importantes, como centros altamente especializados, profissionais de destaque e conexão com universidades que estão entre as melhores do mundo.
Inovações como a inteligência artificial já fazem parte do nosso cotidiano, contribuindo na busca de melhores desfechos, otimizando a atuação dos médicos e, também, permitindo dar passos consistentes na direção de uma saúde cada vez mais preditiva e preventiva.
Se na pandemia vimos avanços extraordinários ocorrerem de forma acelerada, a tendência para os próximos anos é de transformações muito mais céleres. Atualize-se, prepare suas lideranças e estruturas para o que virá pela frente. Isso determinará o lugar onde você e seu hospital estarão quando o futuro chegar.
*Daniel Giaccheri é vice-presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e fundador do São Pietro Hospitais e Clínicas
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Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia
A preparação para auditorias clínicas envolve gestão documental, tecnologia para auditorias e controle de conformidade.
Cada vez mais comuns em hospitais, clínicas e centros de diagnóstico, a auditoria clínica e a fiscalização em clínicas garantem não apenas conformidade regulatória, mas também melhorias operacionais e eficiência administrativa.
A seguir, vamos explorar práticas e recursos que ajudam a transformar o controle de conformidade em um processo de melhoria contínua, que une monitoramento de processos, checklist de fiscalização e suporte tecnológico para decisões mais estratégicas.
Relacionado: [e-book] Hospitalar 2025: inovação, integração e novos caminhos da Saúde
O que são auditorias clínicas
A auditoria clínica é uma ferramenta de gestão voltada para revisar práticas assistenciais e comparar resultados com padrões baseados em evidências. O objetivo é identificar falhas, corrigir processos e elevar a qualidade do atendimento ao paciente.
Existem dois tipos principais: a auditoria interna, conduzida pela própria instituição para monitorar conformidade e propor melhorias operacionais clínicas, e a auditoria externa, realizada por órgãos fiscalizadores ou empresas independentes, que validam se a instituição cumpre protocolos de auditoria e normas regulatórias.
Ambas são fundamentais para o compliance em saúde e fortalecem a credibilidade da organização. A relevância desse processo vai além da burocracia.
Ao revisar prontuários, protocolos e fluxos de atendimento, a auditoria apoia a gestão de saúde, assegura conformidade regulatória e contribui para a eficiência administrativa.
Em outras palavras, conecta boas práticas médicas, segurança do paciente e sustentabilidade da operação: pilares essenciais para clínicas e hospitais interessados em crescer com segurança.
Relacionado: Projeto da BP utiliza IA para reduzir custos de auditoria e otimizar alta hospitalar
Como se preparar para uma auditoria
A preparação para auditoria não deve ser vista apenas como uma obrigação regulatória, mas como parte da rotina de qualidade da instituição.
Para estar pronto diante de auditorias e fiscalizações clínicas, três pilares sustentam o processo: planejamento documental, capacitação da equipe e uso de tecnologia para controle de conformidade.
Cada um desses pontos ajuda a organizar informações, padronizar práticas e antecipar falhas antes que se tornem não conformidades.
A seguir, veja como aplicar cada pilar de forma prática no dia a dia.
Preparação documental
Uma auditoria bem-sucedida começa pela organização de prontuários, contratos e relatórios.
Todos os registros devem estar completos, atualizados e facilmente localizáveis. Essa prática assegura rastreabilidade e reduz o risco de apontamentos negativos durante uma fiscalização em clínicas.
A digitalização é o próximo passo. Criar um repositório seguro, com controle de acesso e histórico de alterações, fortalece a gestão documental clínica. Assim, além de atender às exigências de compliance em saúde, a clínica ganha agilidade para apresentar evidências sempre que solicitado.
Treinamento da equipe
A equipe é parte decisiva na preparação para auditoria.
Todos precisam compreender as respectivas responsabilidades dentro dos processos internos, desde a atualização correta do prontuário eletrônico até o cumprimento dos protocolos assistenciais. Treinamentos regulares e objetivos criam consciência de que cada registro é uma evidência de conformidade.
As simulações de auditoria ajudam a testar esse preparo na prática. Ao reproduzir situações reais, gestores identificam falhas, ajustam rotinas e deixam os profissionais mais seguros diante de auditores externos. Essa etapa fortalece a cultura de qualidade e o controle de conformidade.
Uso da tecnologia
Sistemas de prontuário eletrônico centralizam informações e reduzem falhas de documentação, tornando-se aliados estratégicos durante a avaliação de conformidade.
Além disso, softwares de compliance e monitoramento permitem acompanhar indicadores em tempo real e consolidar relatórios de auditoria com rapidez.
Outro recurso eficiente são os alertas automáticos para pendências, que lembram sobre licenças a vencer, treinamentos obrigatórios ou registros incompletos.
Essa automação mantém o monitoramento de processos constante e garante que a clínica esteja sempre pronta para auditorias e fiscalizações.
Benefícios do uso da tecnologia em auditorias
Redução de erros humanos: sistemas de prontuário eletrônico e softwares de compliance evitam falhas de digitação, perdas de documentos e glosas.
Agilidade no acesso e organização de dados: relatórios, contratos e registros ficam centralizados, fortalecendo a gestão documental clínica e acelerando a preparação para auditoria.
Monitoramento contínuo de processos: alertas automáticos e painéis de controle mantêm o controle de conformidade e antecipam falhas em fiscalizações clínicas.
Suporte à tomada de decisão baseada em dados: relatórios digitais e dashboards orientam gestores a ajustar protocolos, reduzir custos e aumentar a eficiência administrativa.
Checklist de preparação para auditoria clínica
Prontuários completos e padronizados: garanta registros clínicos atualizados, de preferência em prontuário eletrônico com histórico acessível.
Contratos e relatórios organizados: mantenha documentos digitalizados, com controle de acesso e trilha de auditoria.
Protocolos revisados: valide rotinas assistenciais e administrativas segundo normas do CFM e exigências da Anvisa.
Equipe capacitada: realize treinamentos periódicos e simulações de auditoria para reforçar a conscientização dos colaboradores.
Soluções de compliance: adote tecnologia para auditorias, como softwares que monitoram processos e emitem alertas automáticos.
Planos de ação claros: defina responsáveis, prazos e indicadores para correção imediata de não conformidades.
A preparação para auditoria vai além da documentação: envolve cultura de qualidade, tecnologia integrada e treinamento constante.
Clínicas que adotam esse ciclo reduzem riscos, aumentam a confiança dos pacientes e fortalecem sua posição no mercado de saúde.
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PORTAL G1
Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação
A TV Anhanguera confirmou que, além de empresário, Fabrício Lourenço era secretário executivo de uma associação na área da saúde. A Polícia Civil investiga o caso.
O empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, morto em uma pastelaria foi alvo de uma operação que investigava um desvio de R$ 10 milhões. Segundo a TV Anhanguera, além de comerciante, Fabrício também era secretário executivo da associação União Mais Saúde. Essa associação firmou um convênio com a Prefeitura de Goiânia para prestar serviços na área da saúde.
O g1 entrou em contato com a associação União Mais Saúde pedindo um posicionamento, mas não teve retorno até a última
A morte de Fabrício ocorreu na noite do último sábado (4), em Goiânia. Nas imagens de uma câmera de segurança, a vítima aparece na porta da pastelaria, enquanto leva dois sacos de lixo para fora. Logo depois, dois homens usando capacetes e armados efetuam disparos e depois fogem (assista acima).
Empresa firmou convênio
De acordo com a TV Anhanguera, em agosto do ano passado, a associação firmou um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para fornecer exames a pacientes transplantados que precisavam de tratamento para uma doença rara chamada doença de Crohn. O valor do contrato foi de R$ 10 milhões.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou a suspensão do convênio. Segundo a investigação, não houve processo de licitação, e a associação foi quem procurou a prefeitura oferecendo o serviço. No mesmo dia, a Prefeitura de Goiânia autorizou um pagamento de R$ 5 milhões, mesmo sem a entrega de qualquer serviço.
A Polícia Civil chamou a operação de Speed Cash, pela rapidez em que o contrato foi realizado, segundo a reportagem. Até o momento, ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, a investigação do assassinato de Fabrício está sob sigilo.
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Assessoria de Comunicação
Renato Daher será debatedor no Fórum Saúde e Educação: últimos ajustes para a Reforma Tributária
Escrito por AdministradorPresidente da Ahpaceg e diretor do Sindimagem, o médico Renato Daher será um dos debatedores do “Fórum Saúde e Educação: últimos ajustes para a Reforma Tributária”.
Promovido pela Acieg, com o apoio da Ahpaceg, Sindimagem e SEPE (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia), o fórum será realizado no formato híbrido no dia 15 de outubro, às 10h.
O professor André Villar, do SEPE, também participará do debate.
O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo link https://forms.gle/YK8AaT4oLMFJVFyQA
Parte do projeto “Tour ACIEG Reforma Tributária 2026 – Prepare-se Agora”, esse é o primeiro de uma série de três encontros que acontecerão até novembro e são voltados a setores estratégicos da economia, como saúde, educação, agronegócio, indústria e comércio.
Presidente da Câmara Setorial da Reforma Tributária da Acieg, o advogado tributarista Alexandre Limiro destaca que as empresas devem estar preparadas para a implantação da reforma a partir de 1º de janeiro de 2026. “Caso contrário, poderão enfrentar aumento imediato da carga tributária”, alerta.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Missão internacional fortalece inovação, conhecimento e integração entre Unimeds federadas e Unimed Federação Centro Brasileira
https://www.foconacional.com.br/2025/10/missao-internacional-fortalece-inovacao.html
Justiça determina que Hapvida cubra tratamentos de pacientes com sequelas graves
Nenhum caso notificado de intoxicação por metanol foi confirmado, informa a SES-GO
Caiado lança Rede Nascer em Goiás para fortalecer cuidado materno-infantil
Ministério da Saúde inicia atendimentos nas carretas da saúde da mulher
Santa Casa suspende internações pelo SUS
Mulher de 55 anos morre após sofrer perfuração no intestino durante colonoscopia
https://www.youtube.com/watch?v=j0tXdVOyQiY
Saúde Mental: 40% dos líderes não têm preparo para riscos psicossociais
https://medicinasa.com.br/lideres-riscos-psicossociais/
A tecnologia a serviço da ética e da proteção do paciente
https://medicinasa.com.br/tecnologia-etica-protecao/
FOCO NACIONAL
Missão internacional fortalece inovação, conhecimento e integração entre Unimeds federadas e Unimed Federação Centro Brasileira
Diretores e gestores da Unimed Federação Centro Brasileira e de Unimeds federadas participaram da Jornada Internacional em Inovação, Saúde e Liderança, realizada em Lisboa, Portugal. A missão técnica foi promovida pela Federação em parceria com o Sescoop/GO (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Goiás) e proporcionou aos participantes um rico intercâmbio de experiências e conhecimentos na área da saúde, liderança e gestão cooperativista.
A programação foi dividida em duas fases. A primeira, preparatória, consistiu em aulas virtuais com a FIA (Fundação Instituto de Administração), referência nacional em formação executiva com foco no cooperativismo. A segunda fase ocorreu presencialmente no ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro.
Na capital portuguesa, a programação teve início no dia 29 de setembro pela manhã com o workshop “Liderança e Gestão de Equipe”. No dia 30, foi ministrada a palestra “Política e Economia de Saúde”. No dia 1º, todos participaram do workshop “Inovação”. À tarde, teve a entrega dos certificados e o encerramento à noite com um jantar.
A missão técnica também incluiu visitas a duas instituições de destaque no sistema de saúde português: o Hospital da Luz, maior complexo privado de Portugal, e o Hospital Santa Maria, o maior hospital público de Lisboa. Os encontros proporcionaram à comitiva brasileira uma visão prática dos desafios, soluções e investimentos voltados à inovação em saúde.
Participaram da missão, os diretores da Federação, Fernando Henrique Abrão Alves da Costa (vice-presidente), Martúlio Nunes Gomes (diretor-superintendente) e Éder Cássio Rocha Ribeiro (diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional) e diretores e gestores das federadas Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Cerrado, Unimed Goiânia, Unimed Gurupi, Unimed Jataí, Unimed Morrinhos, Unimed Norte Goiano, Unimed Oeste Goiano, Unimed Porangatu, Unimed Regional Sul Goiás e Unimed Vale do Corumbá.
Para o diretor-superintendente da Unimed Federação Centro Brasileira, Martúlio Nunes Gomes, a missão foi altamente proveitosa em diferentes dimensões. “A visita foi muito positiva em três aspectos. No prático, tivemos a oportunidade de conhecer os dois grandes hospitais, onde ficou evidente a preocupação do país com inovação e com ensaios clínicos para mensurar a eficiência e eficácia dos procedimentos e tratamentos, com foco na redução de custos. No aspecto científico, as palestras contribuíram significativamente para nossa reflexão sobre liderança, inovação e a importância de mensurar os resultados e impactos das nossas ações, considerando especialmente os riscos e custos envolvidos em muitas práticas da medicina”, disse.
O diretor também ressaltou o aspecto social da missão. “Tivemos também um grande ganho social, com a participação e integração de representantes de quase todas as federadas. Isso proporcionou não apenas desenvolvimento técnico e profissional, mas também pessoal, o que fortalece o trabalho conjunto, o papel de cada instância do Sistema Unimed, a importância da marca e do cooperativismo. Foi positivo para todos.”
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JORNAL OPÇÃO
Justiça determina que Hapvida cubra tratamentos de pacientes com sequelas graves
Justiça aponta que operadoras de saúde não podem limitar procedimentos indicados por profissionais médicos
A Justiça de Goiás determinou que a operadora Hapvida Assistência Médica S.A. cubra integralmente tratamentos e cirurgias de pacientes com graves sequelas neurológicas e ortopédicas atendidos pelo plano. As sentenças foram proferidas pela 8ª e 31ª Varas Cíveis da capital com base em jurisprudência que entende que as operadoras de saúde não podem limitar os procedimentos indicados por profissionais médicos, sob risco de violar o direito à vida e à saúde do beneficiário.
A primeira decisão, assinada pela juíza Vanessa Cristina Garcia Lemos, da 8ª Vara Cível, foi movida por Edson Alves contra a operadora e o Hospital Jardim América. O autor relata ter sofrido uma lesão neurológica irreversível após uma cirurgia de coluna realizada em 2023, o que resultou em perda de movimento do pé esquerdo, atrofia muscular e incapacidade de laboral permanente, além de sequelas estéticas e psicológicas.
A magistrada reconheceu a presença dos requisitos legais para a concessão da tutela de urgência e destacou que a falta do tratamento adequado pode agravar o quadro do paciente. A magistrada determinou que a operadora e o hospital custeiem, no prazo de 10 dias, a cirurgia de Fusão Intervertebral Lombar Anterior, além de fisioterapia neurofuncional, medicamentos, órteses e acompanhamento multidisciplinar com neurologista, fisiatra, ortopedista e psicólogo.
Segunda decisão
Nesta quinta-feira, 9, o juiz José Augusto de Melo Silva, da 31ª Vara Cível, também deferiu tutela de urgência em favor de Márcio de Lima Almeida, que busca reparação por danos morais, materiais e estéticos decorrentes de complicações pós-operatórias na coluna.
Nesse caso, houve uma revisão de um entendimento anterior, fundamentada em uma nova nota técnica do núcleo de apoio do judiciário. O novo parecer atestou a existência de um quadro clínico de urgência, caracterizado por instabilidade acentuada da coluna vertebral, complicações pós-operatórias, limitação funcional expressiva e quadro de dor intensa que exige intervenção imediata.
As determinações incluem consultas médicas especializadas (ortopedia, neurologia e fisiatria), exames de controle (ressonâncias magnéticas, tomografias e eletroneuromiografias), todos os medicamentos necessários mediante prescrição médica e sessões de fisioterapia especializada.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse que acompanha as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos, recebidas ou das quais tomam conhecimento. A reportagem procurou a Hapvida, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.
Problema comum
Em entrevista ao Jornal Opção, o empresário Márcio Lima, lembra da batalha judicial contra o plano de saúde e um médico neurocirurgião após uma cirurgia de coluna mal sucedida em dezembro de 2024. Segundo ele, após a alta hospitalar, não houve acompanhamento médico adequado, o que resultou em parafusos soltos na coluna e dores incapacitantes.
“Eu fiquei 22 dias sem contato com o médico. Quando voltei, já não conseguia andar direito. Ele disse que estava tudo bem, mas um novo especialista constatou que todos os parafusos estavam soltos. Se eu não tivesse feito outra cirurgia, poderia ter tido uma complicação irreversível”, contou Márcio.
O paciente afirma que buscou apoio jurídico após constatar que outras pessoas haviam passado por situações semelhantes com o mesmo profissional.
“Eu fiz uma live contando o que aconteceu e várias pessoas me procuraram. Hoje somos pelo menos oito pacientes que relatam complicações parecidas. Alguns não quiseram seguir com o processo por trauma psicológico. Nosso objetivo não é atacar ninguém, mas fazer justiça”, declarou.
Versão do médico:
O médico Tiago Vinícius Silva Fernandes esclarece que as recentes decisões judiciais mencionadas não tratam de responsabilidade civil nem de suposto erro médico.
Ambas as decisões — proferidas pela 8ª Vara Cível e pela 31ª Vara Cível de Goiânia — dizem respeito exclusivamente às obrigações contratuais da operadora de plano de saúde Hapvida, relacionadas ao custeio de tratamentos médicos de seus beneficiários.
Em uma das decisões, o próprio magistrado destaca:
“É fundamental distinguir que a tutela de urgência ora apreciada não versa sobre a responsabilidade civil pelos danos já ocorridos, mas sim sobre a obrigação contratual da operadora de plano de saúde de custear o tratamento médico necessário ao seu beneficiário.”
Portanto, não há qualquer decisão judicial que reconheça culpa, negligência ou imperícia do médico.
Tiago Vinícius reafirma sua confiança na Justiça e seu compromisso com a ética e a boa prática profissional.
A reportagem contatou a Hapvida, porém não recebeu resposta até o fechamento desta edição. A empresa continua com o espaço aberto para se manifestar.
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Nenhum caso notificado de intoxicação por metanol foi confirmado, informa a SES-GO
De acordo com a pasta, o caso do paciente de Padre Bernardo foi descartado após resultado negativo no exame toxicológico. Ainda não há informações sobre o protocolo de morte encefálica desse paciente
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quinta-feira, 9, uma nova atualização sobre os casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Dos cinco casos notificados em Goiás, a pasta informou que nenhum foi confirmado até o momento.
De acordo com a pasta, o caso do paciente de Padre Bernardo foi descartado após resultado negativo no exame toxicológico. Ainda não há informações sobre o protocolo de morte encefálica desse paciente.
Dos cinco casos notificados, um foi descartado por não apresentar detecção de metanol, embora tenha inicialmente atendido aos critérios para caso suspeito. Outros dois também foram excluídos por não se enquadrarem na definição de suspeita de intoxicação.
Dois casos permanecem em investigação. Uma mulher de 25 anos, moradora de Itapaci, está internada no Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN). Já um homem de 20 anos, residente em Formosa, recebeu alta hospitalar após atendimento.
A SES-GO informou que segue acompanhando os casos e reforça as orientações de vigilância e prevenção junto às unidades de saúde dos municípios.
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Caiado lança Rede Nascer em Goiás para fortalecer cuidado materno-infantil
O projeto vai acompanhar a mulher desde o planejamento familiar até os dois primeiros anos de vida da criança
O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira, 9, em Goiânia, o programa Rede Nascer em Goiás, iniciativa voltada ao fortalecimento da atenção integral e humanizada à saúde materno-infantil. O projeto vai acompanhar a mulher desde o planejamento familiar até os dois primeiros anos de vida da criança, com o objetivo de reduzir os índices de mortalidade materna e infantil no estado.
Com previsão de atender os 246 municípios goianos, o programa vai oferecer suporte contínuo para um pré-natal seguro, parto acolhedor e desenvolvimento saudável do bebê, articulando ações entre Estado e prefeituras. A proposta também envolve o uso de tecnologia e logística integrada, com aplicativo próprio, call center e veículos exclusivos para transporte de gestantes, garantindo acesso mais rápido e seguro ao atendimento.
O secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, destacou que a iniciativa nasce de um compromisso direto do governador e da primeira-dama Gracinha Caiado com a vida e a dignidade das mães goianas. “A Rede Nascer é um compromisso moral com a vida. O cuidado começa desde a gestação, e a gestante será a verdadeira fiscal da qualidade da saúde que está recebendo. Queremos que ela saiba onde vai ter o parto, conheça a equipe e se sinta segura”, afirmou o secretário.
Segundo ele, o programa vai mapear todas as gestantes do estado, permitindo que cada uma seja acompanhada por uma “madrinha”, profissional responsável por garantir que o pré-natal e os exames sejam feitos no tempo certo. O call center 155 e o aplicativo do programa serão ferramentas centrais nesse acompanhamento.
“Cada gestante será cadastrada e monitorada. Vamos garantir que ela esteja bem nutrida, vacinada e acompanhada, com acesso a medicamentos e exames. Esse é um programa que vai salvar vidas e reduzir complicações”, disse.
Além do acompanhamento digital, o programa prevê a entrega de 65 veículos para facilitar o transporte de gestantes, especialmente em municípios de difícil acesso. Os carros foram adquiridos com recursos do programa Goiás do Crescimento, com apoio de deputados estaduais. “É mais econômico e mais seguro que a gestante seja levada a um local de parto estruturado, em vez de arriscar em unidades que fazem poucos partos por mês e não têm equipe completa. Queremos qualidade e segurança, não quantidade”, explicou o secretário.
A primeira-dama Gracinha Caiado, madrinha do projeto, ressaltou que o Estado assume papel ativo no apoio às mães, mesmo quando a responsabilidade direta é municipal. “As mães estão nos municípios, mas o Estado não vai virar as costas. O call center e o aplicativo vão permitir chegar a cada mãe, 24 horas por dia, inclusive nas regiões mais distantes. É uma rede de cuidado, amor e proteção à vida”, disse Gracinha.
O governador Ronaldo Caiado, que também é médico, defende que a Rede Nascer representa um passo decisivo na consolidação de um sistema público de saúde que funcione de forma regionalizada e integrada. A meta, segundo ele, é reduzir a mortalidade infantil para um dígito e tornar Goiás referência em atenção à primeira infância. “Não existe política social mais nobre do que garantir que uma mãe e seu filho tenham o direito de viver com dignidade e segurança”, afirmou Caiado.
O programa prevê ainda capacitação de profissionais, ampliação de maternidades regionais e integração com as ações do Goiás Social, unindo saúde, educação e assistência.
Rede Nascer em Goiás
O programa tem como as principais ações:
Acompanhamento da gestante desde a concepção até os 2 anos da criança
Aplicativo e call center 155 para monitoramento das mães
65 veículos para transporte de gestantes
Ações conjuntas entre Estado e municípios
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A REDAÇÃO
Ministério da Saúde inicia atendimentos nas carretas da saúde da mulher
O Ministério da Saúde anunciou o início dos atendimentos das carretas da saúde da mulher em Goiânia, nesta sexta-feira (10/10), a partir das 14h, no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara. A ação do programa Agora Tem Especialistas ocorre neste Outubro Rosa em locais de difícil acesso, com pouca oferta de serviços especializados e em cidades-polo. O foco é a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.
A ação também acontece, de forma simultânea, em 15 municípios de 11 estados, com a presença de secretários e de outros representantes do Ministério da Saúde. Na próxima semana, outros 8 estados também iniciarão a prestação do serviço nas carretas da saúde da mulher do Agora Tem Especialistas.?
Serviço:
10h - Cerimônia da chegada de carreta de saúde da mulher do Agora Tem Especialistas
Com as autoridades: Diretor de Programa da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Junior, o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, Olavo Noleto, e o superintendente estadual do Ministério da Saúde em Goiás, Lucas Betti de Vasconcellos
Data: 10/10/2025 (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara - Av. Sen. Canedo, 1031-907 - Conj. Vera Cruz, Goiânia-GO
14h - Início dos atendimentos da carreta de saúde do Agora Tem Especialistas
Data: 10/10/2025 (sexta-feira)
Horário: 14h
Local: Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara - Av. Sen. Canedo, 1031-907 - Conj. Vera Cruz, Goiânia-GO
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TV ANHANGUERA
Santa Casa suspende internações pelo SUS
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TV RECORD
Mulher de 55 anos morre após sofrer perfuração no intestino durante colonoscopia
https://www.youtube.com/watch?v=j0tXdVOyQiY
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MEDICINA S/A
Saúde Mental: 40% dos líderes não têm preparo para riscos psicossociais
Quatro em cada dez líderes não possuem preparo para lidar com riscos psicossociais. Ao mesmo tempo, uma em cada três empresas não aplicam qualquer tipo de política contra assédio. Os dados fazem parte de um levantamento inédito divulgado pela Zenklub, uma empresa Conexa, ecossistema digital de saúde física e mental, que ouviu quase 800 companhias em todo o país e aponta para uma imaturidade na gestão da organização do trabalho e dos fatores de risco psicossociais relacionados a ele.
Segundo o estudo, 43% das empresas afirmaram que suas lideranças não são capacitadas para reconhecer riscos psicossociais. Outras 33,3% apontaram apenas uma qualificação parcial, enquanto somente 18,4% consideram o preparo adequado.
A pesquisa indica ainda que 40% das instituições não oferecem capacitação contínua em gestão de pessoas e comunicação empática para seus líderes. Além disso, 29,1% afirmaram que os gestores enfrentam problemas para manter um ambiente de trabalho colaborativo.
“Embora muitas empresas já contarem com estruturas formais de liderança, ainda existe uma oportunidade importante de fortalecer o preparo humano dos gestores. A NR-1 ajuda justamente a dar luz a esses pontos, criando intencionalidade para que as organizações invistam em capacitação e estejam mais preparadas para lidar com riscos psicossociais de forma estratégica”, avalia Rui Brandão, Cofundador do Zenklub e Vice-Presidente de Saúde Mental da Conexa.
Lacunas de gestão
A falta de preparo começa já desde o processo de admissão: em 50% das empresas, os escopos de trabalho e responsabilidades não estão bem definidos, e 58,8% não possuem rotinas formalizadas para execução das tarefas. Como consequência, apenas 33,5% conseguem organizar prazos e prioridades de forma adequada, enquanto 61% relatam dificuldades nesse processo. O cenário expõe grande parte dos profissionais a riscos de adoecimento relacionados ao trabalho, como ansiedade, depressão e esgotamento profissional.
“A gestão adequada da carga de trabalho é aliada poderosa na prevenção do estresse ocupacional. Ao adotar práticas previstas pela NR-1, as empresas conseguem organizar melhor processos, reduzir riscos de esgotamento e criar condições mais saudáveis para colaboradores”, complementa Brandão.
Assédio e falta de segurança psicológica
O levantamento mostra ainda que o assédio e a segurança psicológica seguem como ponto crítico. Apenas 37,1% das empresas relataram possuir uma política formal de prevenção contra as impertinências. Outras 35,8% disseram não ter qualquer diretriz, ao mesmo tempo que 21,9% possuem apenas iniciativas parciais, mesmo diante da necessidade formal estabelecida pela NR5 – CIPA, norma que obriga as empresas a abordarem o tema.
O cenário se agrava quando se trata de processos de denúncia. Enquanto apenas 38,9% relataram ter um fluxo estruturado de apuração, 36,2% disseram não contar com nenhum processo e 19,1% apontaram que o canal é apenas parcial, o que sugere riscos de impunidade para a maioria dos respondentes.
“Os dados mostram que existe espaço para evolução em segurança emocional e políticas de prevenção. A ausência de políticas claras e de canais de denúncia eficazes expõe profissionais a situações de risco, impactando diretamente sua qualidade de vida e produtividade no trabalho”, reforça o VP de saúde mental da Conexa.
A pesquisa revelou também deficiências nos programas de diversidade e inclusão. Mais da metade das empresas, que representam 53,2%, não possuem comitês ou metas de D&I, ao passo que 42,6% não analisam práticas de equidade salarial, e 40,1% delas não oferecem um suporte psicológico acessível.
“A integração da saúde mental com estratégias de diversidade, inclusão e equidade é essencial. Quando a empresa adota esse olhar mais amplo, cria um ambiente seguro e saudável para todos”, conclui o executivo.
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A tecnologia a serviço da ética e da proteção do paciente
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que pretende lançar um robô de inteligência artificial (IA) para rastrear redes sociais e identificar falsos especialistas. Essa novidade reacende debates importantes.
A “epidemia” de fraudes na saúde, caracterizada pela proliferação de profissionais que se apresentam como especialistas sem a devida formação ou reconhecimento oficial, coloca em risco não apenas a credibilidade da classe médica, mas principalmente a segurança dos pacientes. Nesse contexto, o uso de tecnologia e IAs como instrumento de fiscalização surgem como ferramentas necessárias e inovadoras.
Essa medida dialoga diretamente com os princípios da beneficência e da não maleficência. Permitir que profissionais não habilitados atuem em especialidades médicas viola o dever de cuidado e pode causar danos irreversíveis à saúde das pessoas. O uso de IA, quando orientado pela ética e pelo compromisso com a vida, pode se tornar um aliado fundamental para preservar esses princípios.
Além disso, é importante lembrar que a prática profissional deve observar normas claras, que incluem a titulação adequada, o registro nos conselhos de classe e o respeito aos limites da atuação médica. Profissionais que se apresentam de forma irregular em redes sociais incorrem em infrações éticas e jurídicas, sujeitando-se a processos administrativos e até mesmo judiciais. A rastreabilidade promovida por ferramentas digitais, nesse sentido, pode reforçar a efetividade das normas já existentes.
O movimento do CFM vai além da fiscalização individual. Ele sinaliza a necessidade de que clínicas, hospitais e empresas de saúde implementem mecanismos internos de verificação e controle de credenciais profissionais. A conformidade regulatória não pode se limitar ao cumprimento formal da lei, ela deve ser incorporada à cultura organizacional como prática contínua de mitigação de riscos.
É inegável que utilizar IA em processos regulatórios levanta dilemas adicionais, como a transparência dos algoritmos e os limites éticos da vigilância digital. Contudo, se equilibrado com salvaguardas jurídicas e bioéticas, o robô do CFM pode se tornar um marco na proteção da sociedade contra práticas fraudulentas na medicina.
Em um cenário em que a informação circula de forma veloz e nem sempre com a devida responsabilidade, a combinação entre tecnologia, ética e direito é essencial para resguardar o bem maior que deve sempre orientar a medicina: a saúde e a dignidade do paciente.
*Camila Cortez é advogada, consultora, palestrante especializada em Bioética, Direito Médico e Healthcare Compliance, fundadora da KCortez Consultoria, Diretora e Professora do Instituto BIOMEDS.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH
Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro
https://www.saudebusiness.com/hospitais/conahp-2025-foca-em-inovacao-e-cuidados-do-futuro/
Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica
https://medicinasa.com.br/ing-cirurgia-robotica/
Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos
CFM
CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH
O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (7), de audiência pública conjunta das comissões de Educação e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados que discutiu quais componentes devem ser obrigatoriamente contemplados em laudos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Representando a autarquia, o neurologista infantil Alexandre Ribeiro Fernandes, membro da câmara técnica do tema no CFM e professor associado da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi o primeiro a falar no debate. Em sua exposição, destacou que o TDAH é um transtorno cognitivo-comportamental que se manifesta por sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, sendo um problema que passa necessariamente pela escola e impacta de forma significativa a vida das crianças e suas famílias.
Segundo o especialista, para que o diagnóstico seja feito corretamente, os sintomas precisam ter início antes dos 12 anos, estar presentes em mais de um ambiente — como escola e família — e não haver outra explicação plausível para sua ocorrência. “O diagnóstico é essencialmente clínico, não existe biomarcador que o comprove, como exame de sangue, ressonância ou neuroimagem. O que temos são evidências observacionais e relatos de comportamento”, explicou.
Fernandes enfatizou que a avaliação neuropsicológica é um instrumento complementar importante, pois fornece informações sobre o funcionamento cognitivo e comportamental da criança, mas não substitui o diagnóstico clínico, que deve ser realizado por médico devidamente habilitado.
Ele alertou para o aumento expressivo de diagnósticos. “Nos Estados Unidos, uma em cada nove crianças já foi diagnosticada com TDAH, o que corresponde a aproximadamente 10% das crianças em tratamento. Em uma sala de aula com 30 alunos, por exemplo, de um a três podem ter TDAH”, observou.
O médico salientou que, além da identificação do transtorno, é fundamental avaliar a presença de comorbidades, como transtornos de aprendizado, depressão, ansiedade, altas habilidades ou autismo. “Nem sempre a desatenção está ligada a uma doença. Pode estar relacionada a um ambiente familiar desagregado ou a um modelo pedagógico que não dialoga com o perfil da criança”, pontuou.
Fernandes reforçou que o tratamento deve ser multidisciplinar, com intervenções escolares e familiares que auxiliem o desenvolvimento da criança. “Cada caso é um caso. Mas só o remédio não é suficiente. Há situações também que não é preciso o uso de medicamento. O que é fundamental é criar estratégias que ajudam a criança a lidar com os estímulos e a manter o foco”, disse.
Laudos médicos – O representante do CFM lembrou que se trata de documento técnico e formal, de responsabilidade exclusiva do médico, regido pelo Código de Ética Médica e pela Resolução CFM nº 2.381/2024, devendo conter identificação do profissional, data, descrição técnica e conclusão. Ele destacou que os dados de saúde são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) e que o laudo integra o prontuário médico, com guarda mínima conforme determina a autarquia.
“O laudo médico deve ser objetivo, técnico e livre de juízo de valor. As informações precisam ser as mais científicas possíveis, com base em evidências e observações clínicas. Cada paciente é único, e não há como padronizar os conteúdos obrigatórios de um laudo”, pontuou Fernandes.
“Cada laudo médico (ou relatório médico especializado) deve respeitar sempre a individualidade e as necessidades únicas de cada pessoa com TDAH e preservar a liberdade do médico assistente em prescrever tratamentos com o devido embasamento técnico e/ou científico. O único item, necessariamente a ser contemplado, é a qualificação do médico emitente: exigir sempre o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) diante de condições que requeiram um olhar especializado”, finalizou.
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SAUDE BUSINESS
Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro
O congresso apresentará espaço imersivo sobre novas tecnologias, modelos integrados e experiências centradas no paciente.
Nos dias 15 e 16 de outubro, ocorrerá o o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O destaque da edição será o “Circuito de Saúde do Futuro”, um espaço que oferece uma experiência imersiva para explorar as transformações no cuidado em saúde, guiada pela personagem Ana.
A iniciativa pretende mostrar, de forma prática, como novas tecnologias, modelos integrados e cuidados centrados no paciente podem impactar o sistema de saúde.
Conteúdo científico e temas estratégicos
A curadoria científica do congresso é liderada por Vanessa Teich, diretora de Transformação da Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, e Gabriel Dalla Costa, diretor médico e executivo do Hcor.
Entre os temas abordados estão: equilíbrio entre inovação, acesso e resultados; construção de um sistema de saúde acessível, conectado e integrado; regulação e políticas públicas; parcerias público-privadas; inteligência artificial em diagnósticos, tratamentos e fármacos; multimorbidade e modelos integrados; impactos de eventos climáticos extremos na saúde; e o papel de ensino, pesquisa e inovação na transformação das instituições.
Palcos temáticos e convidados internacionais
O evento contará com seis palcos temáticos — Central, Inovação, Eficiência, Pessoas, Assistência e Saúde do Futuro. Entre os nomes internacionais confirmados estão Maneesh Goyal, da Mayo Clinic; Arnon Afek, do Ministério da Saúde de Israel; Noelia Mateo, do Hospital Clínic de Barcelona; e Gordon Guyatt, professor da Universidade McMaster. Entre os brasileiros, estarão Drauzio Varella, Carla Tieppo e líderes das principais instituições de saúde do país.
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MEDICINA S/A
Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica
O Instituto de Neurologia de Goiânia (ING) dará um passo histórico em sua trajetória ao inaugurar sua nova unidade de robótica. A chegada da tecnologia robótica coloca o hospital entre os centros de referência no país capazes de oferecer procedimentos de alta complexidade com ainda mais precisão, segurança e eficiência.
A cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões por onde são introduzidas uma câmera e pinças delicadas acopladas a braços robóticos. Esses instrumentos são controlados integralmente pelo cirurgião a partir de um console, garantindo maior precisão nos movimentos e reduzindo a agressão ao organismo.
“Essa tecnologia nos permite realizar cirurgias complexas de forma mais delicada e segura, proporcionando ao paciente menos dor no pós-operatório, menor risco de complicações, cicatrizes mínimas e uma recuperação significativamente mais rápida”, explica o urologista e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ING, Vagner Gil.
Na urologia, especialidade que mais utiliza a robótica em todo o mundo, os procedimentos mais frequentes são voltados ao tratamento de tumores de próstata, rins e bexiga. Mas a tecnologia já é aplicada também em outras áreas, como cirurgia digestiva, ginecologia, torácica, cardíaca e até de cabeça e pescoço. No caso da prostatectomia radical, a cirurgia robótica tem como diferencial maior preservação da continência urinária e da função sexual do paciente, além de menor tempo de internação — muitas vezes entre 24 e 48 horas após a intervenção.
Para o diretor-geral do ING, Jayme Ferraz, a conquista representa um marco para a instituição e para a medicina em Goiás. “É um momento marcante de grande satisfação inaugurarmos nossa nova unidade de robótica. Essa é uma conquista importante para nossa instituição e marca o início de uma nova era em nossa jornada para oferecer os melhores cuidados e tratamentos aos nossos pacientes”, afirma.
Entre os benefícios mais reconhecidos da cirurgia robótica em relação à técnica tradicional estão a menor necessidade de analgésicos, menor sangramento, menor incidência de hérnias incisionais e o rápido retorno às atividades habituais. Outra vantagem é a ergonomia proporcionada ao cirurgião, que opera sentado em um console com visão tridimensional ampliada, o que garante mais conforto ao médico e segurança ao paciente.
O coordenador do Programa de Cirurgia Robótica, pondera que, apesar dos avanços, o acesso à cirurgia robótica ainda é um desafio no Brasil. Porém, um importante passo foi dado com a publicação da Portaria SECTICS/MS nº 72, de 30 de setembro de 2025, que incorpora a prostatectomia radical robótica ao rol de procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que a medida amplie o acesso não apenas na rede pública, mas também na saúde suplementar, por meio dos planos de saúde.
Vagner Gil ressalta que a tecnologia não substitui o trabalho humano. “Muitas pessoas têm a dúvida se o robô opera sozinho. A resposta é não! Todos os movimentos são 100% controlados pelo cirurgião. O robô é uma ferramenta que amplia nossa precisão, mas quem conduz todo o processo é sempre o médico”, conclui.
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FOLHA PE
Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos
Aplicação de regra pode atrair investimento direto de R$2,1 bilhões e fazer Brasil saltar de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º
O Governo Federal regulamentou, nesta terça-feira (7), a Lei da Pesquisa Clínica, um marco para o desenvolvimento científico e para a saúde no Brasil.
A expectativa é que a nova regulamentação, que já havia sido sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traga mais segurança jurídica, investimentos em inovação e impulsione o desenvolvimento científico e industrial do país. O Brasil está entre os 20 países no ranking global de estudos clínicos, mas participa de menos de 2% da pesquisa clínica mundial, com a legislação, esse cenário deve mudar.
A aprovação da lei que muda os critérios de pesquisa clínica no Brasil entrou em vigor agosto do ano passado, após anos de paralisações e vetos.
A legislação, entre outras coisas, acelera prazos, reduz o período que desenvolvedores são obrigados a fornecer o medicamento ao voluntário após o fim do estudo, e também muda os critérios da aprovação ética de cada análise.
As mudanças, contudo, só poderiam entrar oficialmente em vigor quando o Ministério da Saúde regulamentasse como devem ocorrer essas alterações, por meio de portarias, que expliquem prazos e métodos para que o plano saia do papel.
Avanços
Um levantamento realizado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) em parceria com a consultoria IQVIA apontou que a aplicação da nova lei que determina como deve ser feita a pesquisa clínica — como se chamam os estudos de novos medicamentos — pode incluir 286 mil novos pacientes brasileiros em análises do tipo.
O mesmo levantamento diz que a nova regulamentação pode levar ao investimento de R$ 2,1 bilhão de reais do setor no Brasil, por ano, causando impacto econômico de R$6,3 bilhões anuais.
A pesquisa, obtida com exclusividade pelo Globo e divulgada no começo de setembro, também aponta que 56 mil profissionais científicos podem ser envolvidos nessas novas análises, uma vez que elas sejam atraídas para o país.
A avaliação da entidade é que se o Brasil implementar as mudanças previstas na nova regulamentação, passará de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º. O prazo para essas mudanças ocorrerem, porém, ainda é difícil de medir, aponta o setor.
— Se o país tiver esse marco regulatório implementado, haveria uma subida na capacidade de fazer estudos clínicos. Isso porque o Brasil tem outras características naturais (positivas). Há uma grande população urbana, miscigenada, há excelente base científica, centros de pesquisas, uma população gigantesca, de 200 milhões de pessoas — afirma Renato Porto, presidente-executivo da organização. — Comparando as características de países que estão em determinadas posições (no ranking de realização de estudos clínicos) e as nossas características, seria possível dizer que o Brasil facilmente passaria a ocupar, por exemplo, a décima posição.
Outro trunfo do país, diz o material, seriam custos menos elevados para realizar uma análise do tipo. A pesquisa toma como exemplo uma média de custo para pesquisas oncológicas — o tipo mais predominante em todo o mundo — para avaliar as métricas de custos globais.
Realizar uma análise do Brasil consumiria apenas 44% do orçamento necessário para fazer uma pesquisa do mesmo tipo nos Estados Unidos. O país, demonstra a pesquisa, seria menos custoso do que Argentina, Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Polônia.
Dobrar número de estudos
"Muitas vezes, uma universidade ou um instituto quer fazer um projeto de avaliação de medicamento e, hoje, no Brasil, isso demora em média até seis meses, em alguns casos, até um ano, para aprovação pelas várias etapas do sistema atual. Esse sistema foi criado nos anos 90 e deu conta da necessidade de se ter um sistema de ética em pesquisa no país. Mas, com esse novo instrumento aprovado pelo Congresso Nacional e regulamentado pelo presidente, estamos modernizando esse sistema para encurtar os prazos de aprovação”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em 2024, o Brasil registrou 254 estudos clínicos. A expectativa é dobrar esse número e reverter a tendência de queda a partir de 2022, quando os marcos regulatórios de outros países se tornaram mais competitivos.
Após a pandemia de Covid-19, países como China, Reino Unido, membros da União Europeia, Índia, Canadá e Estados Unidos reavaliaram seus marcos regulatórios de pesquisas clínicas, buscando aumentar a competitividade, estimular a inovação e facilitar o acesso a novas tecnologias.
“Vários estudos avaliam o potencial de crescimento de investimentos, que deve mais do que triplicar no Brasil, de indústrias, universidades e cooperação internacional para esses estudos de pesquisa no país. Isso é decisivo para atrair também a produção de medicamentos e de diagnósticos. Portanto, é um marco regulatório que vai permitir que o Brasil tenha mais pesquisa na área da saúde e, ao mesmo tempo, atraia investimentos, produtos e gere emprego e renda aqui no Brasil”, destacou o ministro.
Mudanças
O novo modelo reduz de 180 dias para 30 dias o processo de avaliação dos projetos pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs). A avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será de até 90 dias úteis. Já as pesquisas estratégicas para o SUS e os casos de situações emergências em saúde, serão avaliadas em até 15 dias úteis.
A nova lei determina que, em casos de doenças graves e sem alternativas de tratamento, os pacientes que apresentarem benefícios comprovados tenham garantida a continuidade do tratamento por até cinco anos após o término da pesquisa.
Novo sistema de governança ética, com a criação do Sistema Nacional de Ética em Pesquisa (SINEP)
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
https://www.saudebusiness.com/colunistas/certificacoes-e-rankings-quando-medir-e-tambem-cuidar/
Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
https://medicinasa.com.br/qualidade-saude-brasileiros/
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A REDAÇÃO
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Órgão irá produzir relatório sobre o caso
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), por meio do Serviço de Fiscalização da Saúde, realizou nesta segunda-feira (6/10) uma visita técnica ao Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) para verificar as condições de internação e ocupação dos leitos na unidade, após denúncia de superlotação.
Acompanhada da diretora-Geral do Hospital, Fabiana Rolla, a equipe do TCE-GO percorreu as alas médicas e reuniu informações sobre o fluxo de atendimento dos pacientes.
Os auditores do Tribunal solicitaram, ainda, o encaminhamento de documentos complementares, a fim de subsidiar a elaboração do relatório final. Desde o ano passado, a gestão, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hugo estão a cargo da Sociedade Beneficente Albert Einstein, conforme Termo de Colaboração nº 54/2024, assinado pela entidade e Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Entre os achados preliminares da visita técnica desta segunda-feira, a discrepância entre o indicador Taxa de Ocupação utilizado pelo Complexo Regulador Estadual (taxa de ocupação instalada) e aquele utilizado pelo Hugo (taxa de ocupação operacional) pode estar relacionada à sobrecarga na ocupação.
Assim, uma vez que a realidade da unidade não corresponde àquela mapeada pela SES, os pacientes continuam sendo encaminhados mesmo diante da indisponibilidade de leitos. Os detalhes da visita técnica e a proposta de encaminhamentos para solucionar e mitigar os problemas identificados constarão no relatório final do TCE-GO.
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Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Hospitais estaduais receberão notas
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) - nas pessoas do conselheiro Sebastião Tejota, do secretário de Saúde, Rasível Santos, e do controlador-geral, Marcos Tadeu de Andrade, lançaram, nesta tereça-feira (7/10), uma iniciativa que permite ao usuário de hospitais estaduais avaliar a qualidade do serviço prestado.
A iniciativa consiste na disponibilização de questionários, via QR Code, nos prédios das unidades hospitalares para que os usuários avaliem a satisfação do atendimento recebido. O objetivo é mapear a qualidade dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos que administram as unidades e dar subsídios para o aprimoramento.
A ação também busca fortalecer o controle social e assegurar a participação do cidadão na tomada de decisões sobre assuntos públicos. Os dados coletados vão respeitar o anonimato dos participantes.
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SAÚDE BUSINESS
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
Funcionam como indicadores de segurança, qualidade e confiança na experiência do paciente.
Quando um paciente entra em um hospital, leva consigo não apenas um diagnóstico ou uma dor física, mas também expectativas: de ser ouvido, de ter segurança em cada etapa e de confiar que está no lugar certo. Eu, como médico, conheço bem esse momento e sei que, para quem está sob cuidados da equipe, segurança, qualidade e confiança são fundamentais.
É por isso que as certificações e os rankings hospitalares têm um papel que vai muito além do prestígio institucional. Eles funcionam como sinais de credibilidade, mostrando que aquele cuidado é guiado por padrões reconhecidos no mundo todo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 10 pacientes internados em países de média e alta renda sofre algum evento adverso evitável, sendo que metade poderia ser prevenida com protocolos adequados. Esse alerta me lembra todos os dias que não basta fazer o certo. É preciso medir, amparar e ajustar o que for necessário e a transparência é parte essencial da construção da confiança.
Esse movimento é reforçado por uma tendência global. O relatório Deloitte Global Health Care Outlook 2025 mostra que mais de 70% dos executivos de saúde ao redor do mundo têm como prioridade aumentar eficiência e produtividade, ao mesmo tempo em que buscam melhorar a experiência do paciente. Para mim, isso significa que cuidar bem exige inovação, mas também organização e muita disciplina.
Na América Latina, a IntelLat se tornou uma das metodologias mais respeitadas para avaliar hospitais. São analisados mais de mil indicadores, que incluem desfechos clínicos, governança, uso de tecnologia, experiência do paciente e sustentabilidade.
O ranking de 2025 trouxe exemplos de hospitais — públicos, privados e filantrópicos — que se destacaram em especialidades como cardiologia, oncologia e pediatria. Entre as instituições está a Rede Américas, que aparece com 16 de seus hospitais listados – um exemplo concreto de que aplicar esses critérios não é opcional, mas estratégico e assertivo. Esse reconhecimento representa a comprovação de que processos mais seguros, equipes preparadas e caminhos de melhoria contínua fazem diferença na jornada de cuidado.
As certificações nacionais e internacionais também cumprem esse papel de orientar e validar o cuidado. Selos como a Joint Commission International (JCI), a QMentum, a Quality Global Alliance e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) são chancelas que traduzem rigor técnico em impacto humano. Da mesma forma, reconhecimentos específicos para unidades de terapia intensiva — como o UTI Top Performer e o UTI Eficiente — mostram que é possível unir alta complexidade com eficiência e acolhimento.
Na pandemia, por exemplo, vimos de perto como a padronização do atendimento fez a diferença. Protocolos já estabelecidos por certificações ajudaram a dar respostas rápidas em um cenário de enorme pressão. Foi graças a esses padrões que conseguimos organizar fluxos de triagem, isolar casos suspeitos, treinar equipes de forma ágil e manter a segurança tanto dos profissionais quanto dos pacientes.
No fundo, rankings e certificações são como espelhos: refletem o que já se faz bem, mas também mostram onde precisamos melhorar. Para quem está do lado de fora, eles dão segurança. Para quem está dentro das unidades de saúde, oferecem motivação e responsabilidade. E para quem mais importa — o paciente —, significam mais do que números: representam histórias de vida preservadas, amores de famílias que voltam para se reunir em casa e a certeza de que a saúde pode, sim, ser vivida com confiança.
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Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Movimento reforça a estratégia da empresa de integrar dados e tecnologia para tornar o mercado de medicamentos e materiais hospitalares mais transparente e previsível.
A Bionexo anunciou a aquisição da Brasíndice, especializada em precificação de medicamentos e materiais hospitalares no Brasil. O movimento marca um novo passo na consolidação da empresa como uma das principais fornecedoras de dados e tecnologia para o setor de saúde.
Criada em 1965, a Brasíndice é amplamente utilizada por hospitais, clínicas, farmácias e operadoras de saúde como parâmetro oficial de preços de mercado. A integração ao ecossistema digital da Bionexo deve modernizar a base de dados da publicação, incorporando automação e atualizações em tempo real por meio das capacidades em nuvem da companhia.
A operação reforça a estratégia da Bionexo de ampliar sua atuação em inteligência de dados aplicada à gestão hospitalar. A empresa mantém, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), três indicadores públicos — o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), no Brasil e na Argentina, e o Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) — construídos a partir de metodologias auditáveis e milhões de transações registradas em sua plataforma.
Segundo Solange Plebani, CEO da Bionexo, a incorporação da Brasíndice amplia a capacidade de análise e oferece mais previsibilidade ao setor. “A Brasíndice é uma referência histórica nas negociações entre prestadores e operadoras. Integrá-la ao nosso ecossistema permite desenvolver análises mais robustas, com transparência e inteligência de mercado”, afirma.
Com 25 anos de operação, a Bionexo atua em cinco países da América Latina e movimentou mais de R$ 35 bilhões em transações em 2024. A empresa atende cerca de 9 mil instituições de saúde e mantém 30 mil fornecedores ativos.
Para o CFO, Carlos Eduardo Baron, a aquisição está alinhada à estratégia de crescimento. “A união das bases da Bionexo e da Brasíndice reforça nosso papel como hub de dados estratégicos e consolida uma posição de liderança regional em tecnologia e gestão de saúde”, diz.
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MEDICINA S/A
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
Em sete anos, o Brasil teve uma variação positiva de 15 p.p na avaliação sobre a qualidade da saúde: em 2018, 18% dos entrevistados a consideravam boa ou muito boa, porcentagem que passou para 34% em 2025, segundo a Ipsos. No entanto, o otimismo em relação a melhorias futuras na assistência médica variou negativamente de 61% (em 2018) para 57% neste ano e Brasil (43%), enquanto 80% acreditam que a população brasileira não pode arcar com uma boa assistência à saúde. Os dados são da sétima edição do Ipsos Health Service Report 2025 (Relatório sobre os Serviços de Saúde 2025), que monitora as percepções de 30 países sobre o sistema de saúde e os desafios de saúde que cada um deles enfrenta.
O relatório mostra que 3 em cada dez brasileiros (29%) acreditam que todos no país recebem o mesmo padrão de atendimento, indicando a percepção de disparidades no sistema de atendimento. No entanto, na mesma pergunta, em 2018, 18% concordavam com a afirmação, sinalizando uma melhora na percepção de desigualdades na saúde.
Entre os desafios nacionais mais apontados, em primeiro lugar estão longos tempos de espera (43%) e, em segundo lugar, a falta de investimentos (39%). A saúde mental continua sendo o maior problema de saúde em 18 países, incluindo o Brasil (citado por 52% dos entrevistados). Na sequência, estão câncer, estresse, obesidade e abuso de drogas.
A pesquisa identifica que o conhecimento sobre medicamentos GLP-1 (como Ozempic, Wegovy, Zepbound, Rybelsus ou Mounjaro) é muito alto no Brasil. Enquanto a média global é de 36%, no Brasil 58% declararam conhecer esse tipo de medicamento, indicado no controle do açúcar no sangue em diabéticos tipo 2 e na redução de peso em pacientes com obesidade e sobrepeso. A maioria (55%) dos brasileiros também acreditam que obesidade irá aumentar no país nos próximos 10 anos, seguindo a média global de 54%.
Globalmente, dos que ouviram falar a respeito de medicamentos GLP-1, a maioria tomou conhecimento por meio das mídias sociais (45%) e apenas 19% por meio de um profissional médico. No Brasil, a influência das redes é ainda maior, 54% tomaram conhecimento do medicamento pelas redes sociais.
A pesquisa também avaliou a confiança dos entrevistados nas vacinas: 70% dos brasileiros concordam que a vacinação contra doenças infecciosas graves deveria ser obrigatória (13% discordam), deixando o Brasil no top cinco de países com maior concordância com o tema.
Já 41% confiam que o sistema de saúde do Brasil oferece o melhor tratamento (em 2018, era 20%). Por outro lado, os brasileiros estão entre os que mais se automedicam, assumindo a terceira posição entre os países pesquisados: 73% declaram que no Brasil frequentemente as pessoas tomam medicamentos sem consultar um médico ou um profissional de saúde.
Saúde mental
Quando avaliada a maior preocupação de saúde dos brasileiros, a saúde mental, declarada por 52% dos entrevistados, aparece em primeiro lugar (em 2018 era 18%). Entre as mulheres são 60%, enquanto 44% dos homens a consideram o principal problema. Mesmo assim, saúde mental também é o problema de saúde mais citado por eles.
As diferenças entre Geração Z x Boomers no Brasil também são bem-marcadas. Enquanto a saúde mental é citada por 40% do Boomers, ela é mencionada por 60% da Gen Z. A menção do estresse como principal problema também acompanha essa tendência: 25% entre os Boomers x 37% entre a Gen Z.
O Brasil está na quinta posição entre os países que no ano passado as pessoas se sentiram estressadas a ponto de acharem que não conseguiam lidar com as situações: 31% dos entrevistados se sentiram dessa forma e 39% se sentiam assim várias vezes.
Metodologia
A Ipsos entrevistou um total de 23.172 adultos com 18 anos ou mais na Índia, de 18 a 74 anos no Canadá, República da Irlanda, Malásia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos, de 20 a 74 anos na Tailândia, de 21 a 74 anos na Indonésia e Singapura e de 16 a 74 anos em todos os outros países.
A amostra é composta por aproximadamente 1.000 indivíduos na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, Japão, Espanha, Turquia e EUA, e 500 indivíduos na Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Irlanda, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Tailândia. A amostra na Índia é composta por aproximadamente 2.200 indivíduos, dos quais aproximadamente 1.800 foram entrevistados pessoalmente e 400 foram entrevistados online. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.
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PORTAL PANORAMA
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A Polícia Civil de Goiás indiciou as donas de uma clínica em Goiânia por estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. A investigação revelou um esquema de fraudes em atendimentos a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo o inquérito, as empresárias cobravam e registravam terapias que nunca ocorreram. Em alguns casos, os relatórios mostravam atendimentos enquanto os pacientes estavam internados em outros estados. As notas fiscais falsas eram enviadas à operadora de saúde como se os serviços tivessem sido realizados em Goiânia.
A apuração também identificou assinaturas falsificadas de profissionais de saúde e transferências via PIX para familiares de pacientes, usadas para disfarçar cobranças irregulares.
A Unimed Goiânia, responsável pela denúncia, afirmou que o maior prejuízo foi humano. O diretor de Provimento de Saúde, Francisco Albino Rebouças, lamentou os impactos do golpe.
“Mais do que o prejuízo financeiro, o maior dano recai sobre as crianças autistas e suas famílias. Esse tipo de fraude compromete a evolução clínica e a confiança das famílias”, afirmou.
O caso segue para o Poder Judiciário, que decidirá sobre as responsabilidades criminais das investigadas. A Unimed reforçou que mantém auditorias e processos internos para prevenir novas irregularidades e garantir atendimento ético e seguro aos beneficiários.
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros
País tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol
Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia
Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia
Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina
https://medicinasa.com.br/telemonitoramento-reinternacoes/
Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade
Seu próximo erro será fatal?
https://www.saudebusiness.com/colunistas/seu-proximo-erro-sera-fatal/
CFM
Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros
Ao contrário do que afirmou o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) no último dia 12 – que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria autorizado os enfermeiros a prescreverem antimicrobianos a pacientes -, esses profissionais, porém, não têm tal competência. A informação é da própria Anvisa, que comunicou o Conselho Federal de Medicina (CFM), por ofício, que o “documento (ao qual o Cofen se baseia) não foi assinado, e desta forma, não representa o posicionamento oficial da Anvisa com relação ao tema em questão”. A agência ainda afirma no ofício encaminhado ao CFM que “o assunto foge das competências regimentais da Anvisa”.
No começo de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino já havia decidido pela inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Distrital nº 7.530/2024, que permitia a prescrição de medicamentos por enfermeiros no Distrito Federal. A decisão foi tomada em julgamento ao Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.561.727 (Lei Distrital nº 7.530/2024).
Na ocasião, a Suprema Corte deixou claro que não há margem para interpretações ampliativas ou para atuação autônoma da categoria em matéria de prescrição. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) também já havia decidido pela inconstitucionalidade da lei em maio deste ano. Ao julgar o caso, a relatora destacou que a “norma distrital usurpou a competência privativa da União para legislar sobre condições para o exercício de profissões”.
Diagnóstico médico – Diante da informação da Anvisa e das decisões judiciais do STF e do TJDFT, não resta qualquer dúvida de que compete aos enfermeiros apenas a prerrogativa de disponibilizar medicamentos em programas de saúde pública e rotinas institucionais já estabelecidas e após diagnóstico médico, não tendo competência para prescrever antibióticos.
“A prescrição de medicamentos pressupõe a determinação de prognóstico relativo a diagnóstico nosológico, atividade que é de competência privativa do médico. Ao ampliar prescrições fora de protocolos e sem governança diagnóstica, o Cofen transfere aos sistemas de saúde o ônus de decisão administrativa que afronta a legislação do País e o Supremo Tribunal Federal”, avalia o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo.
Ele explica que, para doenças como sífilis, tuberculose e hanseníase, há protocolos seguros que estabelecem os medicamentos específicos, as dosagens e o tempo de tratamento a ser seguido pelos pacientes após diagnóstico médico. “O enfermeiro pode, somente nesses casos, disponibilizar o medicamento aos pacientes e em ambientes públicos de saúde”, diz.
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INFOMONEY
Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e 200 em investigação
A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento
Dados do Ministério da Saúde divulgados na noite desta segunda-feira, 6, informam que o País soma 17 casos de intoxicação por metanol confirmados e que outras 200 ocorrências são investigadas.
A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento. No Paraná, outro único Estado com casos confirmados, foram duas ocorrências positivas para intoxicação por metanol, e outras quatro estão em análise.
Outros 12 Estados também verificam possíveis intoxicações pela substância. São os casos do Acre (1 caso em investigação), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).
Na Bahia, no Distrito Federal e em Mato Grosso, os casos que estavam sendo apurados foram descartados.
Ao todo, 14 pessoas morreram e duas, ambas da capital paulista, tiveram a morte confirmada por intoxicação por metanol. As outras 12 mortes ainda são investigadas. Além de São Paulo, os Estados que também registraram óbitos suspeitos são: Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (3), Paraíba (1) e Ceará (3).
A intoxicação por metanol é grave, podendo levar à cegueira permanente e até ao óbito. A substância, incolor, pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustíveis, solventes e líquidos de limpeza.
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A REDAÇÃO
Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia
O Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Chácara do Governador, em Goiânia, recebeu, nesta segunda-feira (6/10), a visita técnica do Ministério da Saúde para habilitação como Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A mudança visa ampliar a qualidade do atendimento ofertado à população, por meio da captação de recursos federais para o custeio e manutenção da unidade. A mudança, no entanto, afeta diretamente o modelo de outro local, já que os atendimentos eletivos, que são agendados, serão transferidos para o Cais Amendoeiras, que deixa de atender urgências e emergências.
“A transformação do Chácara do Governador busca ampliar a resolutividade da nossa rede de urgências. A UPA tem estrutura adequada para estabilização dos pacientes e tratamento de grande parte das demandas de saúde da população, sem a necessidade de hospital”, explica o secretário municipal de saúde, Luiz Pellizzer. “A mudança facilita a possibilidade de cofinanciamento, parcerias e captação de recursos do governo federal”, diz Pellizzer.
Entre os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde para a habilitação como UPA, está a oferta exclusiva de atendimentos de urgência e emergência, que é a assistência imediata a pessoas com quadros que podem trazer complicações, dor ou sofrimento intenso e risco de vida. Por isso, a mudança afeta diretamente o modelo do Cais Amendoeiras.
“Os tratamentos especializados em gastroenterologia, urologia, dermatologia e imunologia passarão a ser oferecidos no Cais Amendoeiras, que deixa de realizar atendimentos de urgência e emergência”, destaca a superintendente de redes de atenção à Saúde da SMS, Camila Brum. “O perfil do Amendoeiras é alterado para concentrar serviços especializados, de forma eletiva. Serão 700 consultas com especialistas ofertadas mensalmente na unidade”, afirma.
“Os Cais têm estrutura híbrida, criada por iniciativa municipal ou estadual, sem padronização nacional e mesclam atividades ambulatoriais, serviços especializados e pronto-atendimento”, pontuou Luiz Pellizzer. “No entanto, esse modelo não está alinhado com a rede nacional de urgências, o que dificulta a implementação de protocolos integrados de regulação e transferência e o cofinanciamento das unidades”, explica Camila Brum.
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JORNAL OPÇÃO
Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia
Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012
Após mais de uma década sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), as maternidades municipais de Goiânia passaram por uma profunda reestruturação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) optou por substituir o modelo de gestão unificada por um sistema com três organizações sociais (OSs), cada uma especializada em um perfil de atendimento. A mudança, oficializada por meio de contrato emergencial, marca uma nova fase na prestação de serviços de saúde na capital.
Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012. Desde então, a fundação foi responsável pela administração da Maternidade Dona Íris, da Maternidade Nascer Cidadão e do Hospital e Maternidade Célia Câmara.
Segundo o assessor técnico da SMS, Dr. Frank Cardoso, a decisão de romper com a Fundahc foi motivada por recorrentes falhas na prestação dos serviços. “O serviço como era prestado anteriormente vinha passando por recorrentes interrupções, riscos de paralisação e fechamento de serviço”, afirmou.
Ele destacou que o atendimento chegou a ser interrompido até mesmo em situações de urgência. “O atendimento ambulatorial estava interrompido, chegou ao ponto de interromper o serviço de urgência e emergência por meio-dia, até que a gente conseguiu restabelecer enviando anestesista para dar continuidade”, disse.
Novo modelo
O novo contrato emergencial selecionou três OSs com perfis distintos para cada unidade:
Unidade de saúde | Perfil de atendimento | Nova gestora |
Maternidade Dona Íris | Alta complexidade | Instituto Patris |
Hospital e Maternidade Célia Câmara | Perfil hospitalar robusto | Sociedade Beneficente São José (SBSJ) |
Maternidade Nascer Cidadão | Baixa complexidade | Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB) |
“Saímos de uma entidade única que geria três perfis de unidade para uma entidade para cada unidade de saúde, capaz de atender aquele perfil pré-estabelecido”, explicou Dr. Cardoso.
Resultados do primeiro mês
Em apenas 30 dias de nova gestão, os números já mostram retomada significativa:
– 645 partos realizados
– Mais de 3.000 atendimentos de urgência e emergência
– Mais de 1.500 consultas e exames ambulatoriais
– Cerca de 700 internações
– Retomada das cirurgias eletivas nas áreas de ginecologia, mastologia e pediatria
“Começamos a ter o cuidado de atender a demanda da fila de cirurgia eletiva, cirurgia pra mamãe, cirurgia pra bebê, tanto do campo da ginecologia quanto da mastologia quanto da parte de pediatria”, detalhou.
Além disso, estão sendo implantados serviços como mamografias e exames citopatológicos, que estavam paralisados. “Estamos fazendo a inserção e implantação de DIU, mamografias e citopatológico nesse processo”, acrescentou.
Emergencial ao definitivo
O contrato emergencial tem validade de seis meses e foi baseado no edital anterior, o que limitou a possibilidade de ajustes. “No processo emergencial, nós obrigatoriamente temos que usar o material antigo. Então não podemos fazer um novo edital, um novo termo de referência, porque a ideia do emergencial é essa: poupar tempo pra conseguir fazer algo de emergência pra suprir uma necessidade que é urgente”, apontou.
A SMS já trabalha na elaboração de um novo edital com metas atualizadas, mecanismos de controle mais robustos e ampla concorrência. “Agora nós temos um mecanismo mais robusto pra acompanhar essas entregas. O acompanhamento de metas era muito delicado anteriormente”, concluiu Dr. Frank Cardoso.
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MEDICINA S/A
Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina
A taxa de reinternação de pacientes em cuidados de saúde mental caiu 11% em um intervalo de seis meses desde 2023, resultado do programa de telemonitoramento da Hapvida. A iniciativa acompanha, de forma remota, pacientes por pelo menos 90 dias após a alta hospitalar, com suporte contínuo de uma equipe multidisciplinar.
O acompanhamento da linha de cuidado é disparado nos momentos mais críticos do paciente. Nos atendimentos presenciais nos prontos atendimentos, a equipe médica geral pode acionar psiquiatras especialistas, via teleinterconsulta, para um diagnóstico e conduta ágil e eficaz. Após a alta, o paciente é contatado para dar início ao telemonitoramento. Nos casos em que há uma internação psiquiátrica integral, o serviço é ativado e contata o beneficiário tão logo a alta hospitalar ocorra.
“Nosso objetivo é garantir que o cuidado não termine com a alta hospitalar. O acompanhamento remoto permite identificar precocemente sinais de agravamento e reduzir as barreiras de acesso ao tratamento”, explica Adria Mara Cândido, diretora-executiva de Saúde Digital e Clínicas Médicas da Hapvida. Com isso, a necessidade de novas internações desses pacientes é reduzida.
Rotina de cuidados
O monitoramento é conduzido por uma equipe multidisciplinar, composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, que gerenciam o tratamento, desde a marcação das consultas até a verificação da adesão aos medicamentos.
Durante o programa, os pacientes têm acesso a consultas com psicólogos e com psiquiatras, realizadas por telefone ou videochamada. A equipe oferece ainda apoio em situações de crise e orientações sobre o uso correto da medicação. Caso o especialista avalie necessário, o prazo do acompanhamento pode ser ampliado. Todas as interações são registradas em prontuário eletrônico, assegurando o alinhamento entre os profissionais de saúde envolvidos e a segurança do paciente.
Saúde mental
O avanço de transtornos mentais é uma preocupação crescente. Segundo o relatório global “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo. A pesquisa também apontou que a preocupação com a saúde mental vem numa crescente desde a pandemia, citada por 18% dos participantes em 2018 e chegando a 54% em 2024. Diante desse cenário, a Hapvida vem atuando de maneira estratégica. Durante todo o ano de 2024, quando a linha de cuidado de saúde mental foi expandida para toda a rede de hospitais e prontos-socorros, foram realizados mais de 14.417 pareceres. Em 2025, o número já ultrapassou 14,5 mil avaliações até o início de setembro.
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SAÚDE BUSINESS
Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade
Substituição do óxido nitroso pode cortar em 50% as emissões diretas de gases de efeito estufa no Hcor.
O Hcor interrompeu o uso de óxido nitroso (N₂O) em seus procedimentos anestésicos, marcando uma das mudanças mais significativas em sua política ambiental recente. Embora amplamente utilizado em anestesias, o gás é um dos principais agentes de efeito estufa e também afeta a camada de ozônio.
A decisão faz parte de uma revisão mais ampla das práticas ESG do hospital, que já resultou em reduções no volume de resíduos por paciente-dia e no descarte em aterros sanitários. Com a nova medida, o Hcor projeta uma queda de cerca de 50% nas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) em um ano.
A retirada do gás não traz prejuízos clínicos, segundo Marcelo Gonçalves o líder médico do Centro Cirúrgico. “O óxido nitroso é apenas uma das substâncias usadas em anestesias. Outras opções, como o sevoflurano, já garantem o mesmo efeito de supressão temporária do sistema nervoso central, essencial para os procedimentos cirúrgicos”, explica.
Além do impacto ambiental reduzido, o sevoflurano tem uma vida atmosférica estimada em apenas um ano — contra 114 anos do N₂O. A substituição, afirma Gonçalves, mantém os protocolos de segurança dos pacientes e elimina um composto de alto potencial de aquecimento global.
A transição exigiu ajustes técnicos, como a desativação do sistema central de distribuição de óxido nitroso e a revisão dos protocolos anestésicos. “A mudança reflete uma decisão estratégica voltada à sustentabilidade, mas também à eficiência clínica e operacional”, afirma Julio Vieira, CEO do Hcor.
Para Gabriel Dalla Costa, diretor médico executivo da instituição, a iniciativa só foi possível com o engajamento das equipes médicas, técnicas e de suprimentos. “É uma transformação ambiental relevante, mas também um compromisso com a segurança e a sustentabilidade institucional”, avalia.
Reconhecimento internacional
Membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, o Hcor tem avançado em metas ambientais nos últimos anos. Em 2024, registrou redução de 3,93% na geração de resíduos por paciente-dia e de 8,10% no volume enviado a aterros sanitários — mesmo com o aumento de 4,31% no número de pacientes e de 7,7% nas cirurgias realizadas.
O desempenho rendeu reconhecimento do Pacto Global – Rede Brasil, no âmbito da iniciativa Ambição 2030, com o case “Redução de Resíduos Hospitalares como Estratégia para um Futuro Sustentável”, inscrito na categoria Gestão de Resíduos.
Em paralelo, o hospital também reduziu o consumo hídrico em 6,6% e o consumo de energia por paciente-dia em 12%, além de ampliar o volume de materiais reciclados e compostados. Em 2024, a comercialização de recicláveis gerou R$ 237 mil, revertidos para projetos gratuitos de saúde mantidos pela instituição.
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Seu próximo erro será fatal?
Erros na saúde revelam falhas sistêmicas de gestão e liderança — e mostram a urgência de fortalecer a cultura de segurança nas instituições.
Esse é o título de um livro muito interessante sobre falhas catastróficas em organizações. Escrito por Robert Mittelstaedt, um influente pensador norte-americano sobre administração de empresas, reitor emérito da WP Carey School of Business.
No livro, Mittelstaedt usa exemplos de grandes corporações, como o da Enron, do acidente com a plataforma de petróleo da Exxon, no Golfo do México, e do ônibus espacial Colúmbia, que explodiu poucos segundos após o lançamento.
Na saúde, estima-se que ocorra um erro fatal a cada 11 minutos, segundo publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2018, foram estimadas cerca de 55 mil mortes por ano relacionadas a eventos adversos associados à prestação do cuidado; desses, mais de 87%, ou seja, 48 mil, seriam evitáveis.
Enquanto as falhas fatais de Mittelstaedt destroem as organizações e, em alguns casos, também com fatalidades, na saúde vivemos uma epidemia de mortes associadas a erros. E não se trata de um problema brasileiro. Estudo de 2016 da Universidade Johns Hoplkins, dos EUA, publicado no BMJ, uma das principais publicações científicas do mundo sobre saúde, estima em 250 mil o número de mortes associadas a falhas na prestação do cuidado, tornando-se a terceira principal causa de morte nos EUA.
Mas por que erros acontecem? Estudiosos têm perspectivas distintas ao lidar com falhas, mas todos convergem para pontos centrais similares ao se pensar em contramedidas.
Amy Edmondson, professora da Universidade de Harvard e especialista em segurança psicológica, divide os erros em três tipos: evitáveis em processos previsíveis, inevitáveis em processos complexos/incertos ou erros de experimentação.
Os “erros evitáveis em operações previsíveis” envolvem um desvio involuntário de uma especificação. Eles ocorrem, por exemplo, por falta de capacidade de pessoas não qualificadas ou sem o devido treinamento, por processos inadequados ou por tarefas acima da capacidade funcional de quem as executa. Falhas assim são tratadas com ações de melhorias e/ou redesenhos de processos.
Já os “erros inevitáveis em processos complexos/incertos” envolvem trabalhos formados por muitos elementos. Por exemplo, uma cirurgia de emergência em um diabético com exames mal controlados ou em uso de anticoagulante. Assim, pode provocar algum tipo de interação inédita e uma falha imprevisível.
Esse tipo de erro está relacionado à falta de clareza sobre os eventos futuros, nos quais decisões aparentemente sensatas produzem resultados indesejados – como no caso do uso de respiradores mecânicos no início da pandemia de Covid-19, ajustado em seguida para um tratamento menos invasivo, evitando lesões pulmonares irreversíveis.
Ambientes complexos, onde ocorre esse tipo de falha, precisam constantemente de acompanhamentos e realinhamentos de rotas. São os grandes desafios dos sistemas hospitalares. Porém, muito pode ser feito para reduzir a exposição a esse tipo de falha.
Por exemplo, trabalhar para a redução dos “erros evitáveis em operações previsíveis”. Isso, por si só, já limita a incidência de “erros inevitáveis em processos complexos/incertos”. É que sem isso, em pouco tempo, a interação entre falhas evitáveis induz a ocorrência de erros complexos, imprevisíveis e incontroláveis.
Por fim, há o terceiro tipo de falha, ou seja, os “erros de experimentação”, que estão relacionados aos processos de aprendizagem. Eles ocorrem, por exemplo, em testes para avaliar a validade de uma hipótese ou em experimentos inovadores que produzem também efeitos indesejados. Atualmente, há uma grande regulamentação no sistema de saúde para tratar de experimentos de novas drogas e procedimentos; mesmo assim, efeitos inesperados são frequentes.
Talvez a mais impactante droga da oncologia moderna, responsável por mudar o curso natural do câncer de mama, o tamoxifeno iniciou sua trajetória de estudos como anticoncepcional em animais de laboratório. Ao ser testado em humanos, o efeito foi o contrário, gerando um aumento de fertilidade, e a droga foi quase abandonada ainda nos anos 60.
Arthur Walpole resolveu testar o potencial antiestrogênico em casos de câncer de mama em animais e, anos depois, com estudos de outro pesquisador, V. Craig Jordan, o tamoxifeno foi aprovado para o tratamento do câncer metastático de mama em 1978. Hoje é usada até mesmo para prevenção do câncer de mama.
Mittelstaedt enxerga erros sob uma perspectiva temporal: não há um único evento que leve à catástrofe, uma única falha fatal, mas uma sequência crescente de erros, falhas sequenciais, que levam ao erro fatal. Essas falhas se relacionam com três problemas típicos das organizações de saúde:
Falta de comunicação: a omissão de informações críticas, mesmo que de forma involuntária, acaba induzindo ao erro, especialmente a omissão em informar sobre medicamentos de alto risco, como insulina, anticoagulantes, opioides ou cloreto de potássio.
O excesso de informação também induz ao mesmo tipo de problema, por exemplo, a fadiga de alarmes dentro de UTIs: as pessoas podem, por fim, ignorar, mudar os ajustes ou simplesmente silenciar alarmes insistentes dentro de unidades de cuidado.
Decisões apressadas ou enviesadas: há na medicina moderna um caso catastrófico exemplificando o problema do viés cultural e a pressa em decidir. Há estudos demonstrando o maior índice de apendicite perfurada e suas complicações em jovens negros quando comparados a jovens brancos. Profissionais atendendo jovens negros demoram mais para solicitar exames ou procedimentos mais invasivos, tratando apenas como uma dor abdominal comum.
Ainda assim, esses jovens recebem menos analgésicos que jovens brancos em geral. É um viés cultural do prestador de serviço que impacta de forma relevante e desigual o desfecho do cuidado, com 33% mais chance de apendicite perfurada em jovens e crianças negras do que brancas e as complicações tardias associadas a esse tratamento desigual.
Cultura da complacência e da subestimação de pequenos problemas: tolerar pequenos erros ou subestimá-los pode também ser catastrófico. Incidentes isolados ou quase erros de pequeno impacto podem, na verdade, “cascatear” e levar eventos catastróficos.
São inúmeros os relatos de eventos pós-operatórios, como dor discreta ou febre baixa, que são, inicialmente, considerados de baixo impacto, mas que se desdobram em quadros graves de sepse e morte.
Tanto Edmondson quanto Mittelstaedt entendem que o remédio para a maioria desses problemas está na capacidade de se comunicar melhor e tratar abertamente de problemas, usando técnicas estruturadas para análise e gestão dos riscos. Mais que isso, os dois consideram que líderes que se comportam de forma humilde, reconhecendo suas próprias limitações e vieses culturais e conseguem administrar melhor os problemas de segurança, equidade e riscos em operações sob suas responsabilidades.
Organizações que lidam bem com erros estão mais atentas a essas falhas na operação. Tornar os erros e riscos visíveis aumenta a chance de reconhecimento e prevenção precoce. É necessário aceitar que cometer falhas é da natureza humana. E que há tipos diferentes de erros e métodos possíveis de mitigá-los. No entanto, isso demanda uma postura proativa da liderança.
Exige que o líder fale abertamente sobre falhas, sobre condições de vulnerabilidade e iniquidade, e estude suas causas dentro de um ambiente psicologicamente seguro para que todos possam falar sobre isso. A segurança psicológica é a forma mais consistente de tornar o ambiente de trabalho mais seguro para profissionais e pacientes.
Para que o próximo erro fatal não aconteça, é preciso falar aberta e humildemente sobre a última falha. E ter em mente o pensamento do Dr. W. E. Deming, estatístico e pioneiro da melhoria contínua da qualidade: 94% dos erros são provocados pelo sistema e não pelos indivíduos. Uma pessoa boa será sempre derrotada por um sistema ruim.
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Assessoria de Comunicação
Hospitais têm até 31 de dezembro de 2025 para participar da Avaliação Nacional da Cultura de Segurança do Paciente
Escrito por AdministradorA Ahpaceg reforça a importância da participação das instituições hospitalares associadas na Avaliação Nacional da Cultura de Segurança do Paciente, conduzida pela Anvisa, em parceria com o Grupo de Pesquisa QualiSaúde da UFRN.
A iniciativa, realizada por meio do E-Questionário de Cultura de Segurança Hospitalar, oferece aos hospitais uma oportunidade estratégica para avaliar e fortalecer suas práticas de segurança, identificando fragilidades e direcionando ações de melhoria contínua.
Entre os benefícios da participação estão:
✅ Diagnóstico do nível atual da cultura de segurança do paciente;
✅ Identificação de riscos e condições organizacionais que impactam o cuidado;
✅ Possibilidade de benchmarking com outras instituições;
✅ Acompanhamento da evolução das práticas ao longo do tempo.
A pesquisa é voluntária e os resultados servirão como base para aprimorar a qualidade assistencial e a segurança nos serviços hospitalares.
➡️ O prazo para participação encerra-se em 31 de dezembro de 2025.
Para mais informações, acesse https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/seguranca-do-paciente/cultura-de-seguranca-do-paciente-2
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol
Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol
Saiba qual é o maior hospital do Brasil
Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama
Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024
https://medicinasa.com.br/ataque-saude-prejuizos/
Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde
AGÊNCIA BRASIL
Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol
O Brasil tem 209 casos em investigação de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste domingo (5).
Em todo o país, são 16 casos confirmados - 14 em São Paulo e 2 no Paraná. As informações são enviadas pelos estados e consolidadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).
O estado de São Paulo responde pela maioria das notificações, com 14 casos confirmados e 178 em investigação.
Ao todo, 13 estados tem casos notificados - Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os estados da Bahia e do Espírito Santo tiveram os casos registrados descartados. Já o Ceará notificou o primeiro caso suspeito.
Até o momento, o país tem 15 registros de óbitos, com duas mortes confirmadas no estado de São Paulo. As demais mortes (13) estão em investigação.
7, em São Paulo,
3, em Pernambuco,
1, no Mato Grosso do Sul,
1, em Paraíba,
1, no Ceará.
As informações consideram os registros enviados pelos estados até as 16h deste domingo (5) e estão sujeitas a atualizações locais.
Antídoto
O Ministério da Saúde informou também que iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, aos estados que formalizaram pedido de reforço de estoque.
Nesta primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas a cinco estados:
240 para Pernambuco,
100 para o Paraná,
90 para a Bahia,
90 para o Distrito Federal,
60 para Mato Grosso do Sul.
As unidades distribuídas fazem parte das 4,3 mil ampolas entregues aos estoques dos Sistema Único de Saúde (SUS) pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Emergência
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.
Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).
Em caso de identificação dos sintomas, busque imediatamente os serviços de emergência médica e contate pelo menos uma das instituições a seguir:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui);
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;
É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.
A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso
Diante dos recentes casos de intoxicação por metanol registrados em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que o Ministério da Saúde publicou, neste domingo, 5, a Nota Informativa nº 27/2025-CGAFME/DAF/SECTICS/MS. O documento estabelece o fluxo de distribuição do álcool etílico 99,5% (solução injetável em ampola), utilizado como antídoto em casos de envenenamento pelo composto químico.
Conforme a SES, o envio do medicamento será feito apenas mediante demanda específica — ou seja, após a notificação de um caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso, de acordo com a disponibilidade do produto.
A SES-GO informou ainda que, de forma emergencial, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (CIATox-GO) retirou 27 ampolas de álcool etílico absoluto estéril disponíveis no Hospital das Clínicas da UFG, na tarde de sexta-feira (3/10), para atender imediatamente pacientes internados em Formosa e Uruaçu.
A pasta já havia comunicou o registro de três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado, envolvendo duas mulheres e um homem. Segundo a SES, dois dos pacientes apresentam quadro grave, estão internados em UTI e necessitam de hemodiálise.
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Saiba qual é o maior hospital do Brasil
Complexo hospitalar do HC-FMUSP abriga institutos especializados, como InCor e ICESP
Com mais de 20 mil profissionais e uma estrutura que abriga até 2.500 leitos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), em São Paulo, é o maior e mais complexo centro hospitalar do Brasil, e um dos maiores da América Latina. Funcionando como uma verdadeira cidade dentro da capital paulista, o HC se destaca não apenas pelo tamanho, mas também pela excelência em ensino, pesquisa e atendimento à população.
Idealizado em 1915, o hospital nasceu da necessidade de oferecer à recém-criada Faculdade de Medicina da USP um hospital-escola moderno e de referência. O projeto começou a ganhar forma com o apoio da Fundação Rockefeller, responsável por financiar parte da estrutura e dos equipamentos.
As obras tiveram início em 1938, e, apenas seis anos depois, em 1944, o Hospital das Clínicas foi inaugurado oficialmente, marcando o início de uma nova era para a saúde pública e a formação médica no país.
Diferente de um hospital convencional, o HC não se limita a um único prédio. Trata-se de um complexo de institutos especializados, interligados por corredores, passagens e áreas de apoio, que funcionam de forma integrada.
Entre as unidades de maior destaque estão o Instituto do Coração (InCor), o Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) e o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), cada um com equipes, laboratórios e infraestrutura próprios.
Atualmente, o Hospital das Clínicas mobiliza diariamente entre 2.200 e 2.500 leitos, além de realizar milhões de atendimentos por ano. Suas atividades abrangem desde consultas ambulatoriais e cirurgias até casos de emergência e tratamentos de alta especialidade.
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A REDAÇÃO
Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama
Iniciativa tem apoio do Governo de Goiás
Batizado de OBNext, o equipamento portátil desenvolvido pela healthtech goiana GONexter une inteligência artificial e fluorescência por imagem para revolucionar as cirurgias de câncer de mama — e, futuramente, de outros tipos de neoplasias. O Governo de Goiás tem apoiado a iniciativa por meio do Programa Centelha, executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). O dispositivo permite analisar margens cirúrgicas em tempo real, no próprio centro cirúrgico, garantindo maior precisão, rapidez e confiabilidade ao procedimento.
“O fármaco é um marcador tumoral fluorescente. Com o OBNext conseguimos gerar um gêmeo digital da peça retirada e colorir, em verde, a parte livre de doença e, em vermelho, as áreas comprometidas, indicando ao cirurgião onde deve ampliar a ressecção”, explica o médico nuclear Antônio César Pereira, um dos fundadores da startup. Ele lembra que, hoje, mais de 90% dos hospitais dependem de laboratórios externos para esse tipo de análise, o que retarda o processo e aumenta os custos.
Origem em Goiás
Criada em Anápolis, a GONexter nasceu da união de expertises complementares: Antônio César Pereira, médico com experiência em cirurgias radioguiadas; Kleber Mundim, físico matemático especialista em IA; e Sérgio Hirase, executivo de TI e plataformas em nuvem. A proposta conquistou apoio no Programa Centelha 2, executado pela Fapeg.
“A empresa só existe graças ao Centelha. O apoio inicial com capacitações, networking e fomento foi fundamental para transformar um sonho em realidade. O programa cumpre o que promete: impulsiona a inovação e prepara Goiás para um futuro cada vez mais tecnológico”, afirma Antônio César Pereira.
Impacto
A tecnologia busca eliminar a dependência de análises externas feitas por patologistas — em muitos casos, com logística precária e envio de amostras por motoboys. Além de reduzir tempo e custos, a solução deve ampliar o acesso a cirurgias oncológicas de alta precisão em cidades de pequeno e médio porte.
Expectativa
O OBNext está em fase de validações clínicas e aguarda aprovação da Anvisa. A expectativa é disponibilizar o equipamento em breve para hospitais, operadoras de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil e no exterior. A startup já acumula parcerias com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), com apoio da Embrapii/Sebrae, além de colaboração com a goiana Ziontech para produção e comercialização. Outro avanço é o trabalho conjunto com a Universidade Estadual de Goiás (UEG) no desenvolvimento de novos fármacos marcadores tumorais com inteligência artificial.
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MEDICINA S/A
Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024
A Netwrix, provedora de cybersecurity representada no Brasil pela Aiqon, divulgou novas descobertas de seu Relatório de Tendências de Segurança Cibernética para 2025. Esta análise revela que o setor de saúde está sofrendo com o aumento das perdas causadas por ataques cibernéticos. O relatório constatou que quase metade (48%) das organizações de saúde sofreram pelo menos um incidente de cybersecurity no último ano. Os resultados sobre saúde são baseados em uma pesquisa global da Netwrix com 2.150 profissionais de TI e segurança de 121 países, incluindo o Brasil.
Em muitos casos, o custo foi severo: a proporção de entrevistados do setor de saúde que relataram perdas acima de US$ 200.000 (cerca de 1 milhão de reais) quase quadruplicou em relação ao ano anterior, passando de 5% em 2024 para 19% na pesquisa de 2025. As perdas acima de US$ 500.000 (mais de 2,5 milhões de reais) também aumentaram, passando de 2% das perdas relatadas no ano passado para 12% neste ano. Em comparação com o estudo da Netwrix sobre todas as verticais de negócios, nos outros setores apenas 13% relataram perdas acima de US$ 200.000 e 6% acima de US$ 500.000.
“O setor de saúde está sendo mais afetado do que outros setores porque os invasores sabem que os registros dos pacientes têm alto valor e as operações não podem sofrer interrupções. Esses ataques geralmente começam com credenciais comprometidas. É por isso que a identidade deve ser a primeira linha de defesa para os dados dos pacientes”, observa Grady Summers, diretor executivo da Netwrix.
Phishing, ransomware e comprometimento de contas de usuário foram os tipos de ataque mais comuns relatados — frequentemente esses ataques começam com credenciais roubadas. Quase um terço dos entrevistados (31%) disse que suas organizações tiveram incidentes envolvendo contas de usuário ou administrador comprometidas.
A pesquisa de 2025 investigou o impacto da IA sobre o setor de saúde pela primeira vez. Mais de um terço dos profissionais de TI e segurança (37%) disseram que as ameaças impulsionadas por IA já os forçaram a fortalecer as defesas, mostrando a rapidez com que os adversários estão adotando a IA para potencializar o phishing e o comprometimento de contas privilegiadas. Mesmo com um maior investimento em defesas, as descobertas do estudo sugerem que os invasores — especialmente aqueles que usam IA — estão evoluindo mais rápido do que muitos defensores conseguem se adaptar.
“Os invasores estão se movendo mais rápido do que os defensores, e a IA está ampliando essa distância. Fechar essa lacuna requer resiliência baseada em uma abordagem que prioriza a identidade e protege tanto as contas quanto os dados confidenciais aos quais elas têm acesso”, recomenda Jeff Warren, diretor de produtos da Netwrix.
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SAÚDE BUSINESS
Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde
No HIS 2025, especialista explica como os novos critérios do STF impactam a cobertura de saúde suplementar fora do rol da ANS.
A judicialização da saúde no Brasil está ganhando novos contornos com decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelecem critérios mais rigorosos para o fornecimento de medicamentos e tecnologias não incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A análise foi apresentada por Renata Rothbarth, sócia da Machado Meyer Advogados, no palco Saúde Privada durante o HIS – Healthcare Innovation Show 2025.
Segundo Rothbarth, os julgamentos ocorridos em setembro de 2024 e setembro de 2025 representam uma mudança de paradigma. “A judicialização do que não está incorporado no SUS só pode ser fornecida em caráter excepcional, não é a regra e sim a exceção”, afirmou. Essa nova diretriz rompe com a interpretação ampla do direito à saúde que prevalecia até então.
Seis requisitos para acesso judicial a medicamentos
O chamado Tema 6, relatado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, estabelece seis requisitos cumulativos que devem ser comprovados pelo autor da ação para obter judicialmente um medicamento não incorporado ao SUS. Entre eles estão:
Negativa administrativa de acesso;
Ilegalidade ou omissão da Conitec;
Ausência de substituição terapêutica;
Comprovação de eficácia com evidência científica de alto nível;
Imprescindibilidade clínica;
Incapacidade financeira do paciente.
Rothbarth alerta para os impactos dessa nova exigência: “Pode ser que a gente deixe de conceder medicamentos que cumprem todos os cinco requisitos, mas não cumprem o sexto por razões que fogem ao controle do paciente, da agência, da própria indústria ou qualquer outra entidade”.
Taxatividade mitigada no rol da ANS
Já o julgamento da ADI 7265, ocorrido em setembro de 2025, trouxe à tona a discussão sobre a natureza do rol da ANS. O STF definiu que o rol tem caráter de “taxatividade mitigada”, ou seja, tecnologias não listadas podem ser cobertas desde que cumpram cinco requisitos específicos. A decisão impacta diretamente as operadoras de planos de saúde, que agora devem considerar esses critérios antes de negar cobertura.
Os cinco requisitos definidos pela ADI 7265 são:
Existência de prescrição médica ou odontológica;
Inexistência de negativa da ANS ou pendência de avaliação de incorporação;
Ausência de alternativa terapêutica disponível no rol da ANS;
Comprovação de eficácia, qualidade e segurança com evidência científica de alto nível;
Existência de registro na Anvisa, quando aplicável.
“Os cinco requisitos são limitadores no sentido de que passamos a criar um padrão do que precisa ser analisado tanto pelas operadoras quanto pelos juízes”, explicou Rothbarth. Ela também destacou que, diferentemente do tema 6, a ADI 7265 permite a inversão do ônus da prova, cabendo às operadoras justificar a negativa de cobertura.
Dados revelam complexidade do cenário
O mapeamento realizado pelo escritório mostra que, após a aplicação dos novos critérios, houve uma taxa de interrupção de tratamentos já concedidos entre 18% e 20%. Além disso, cerca de 70% dos medicamentos judicializados custam menos de mil reais, e 45% dos processos envolvem tecnologias já incorporadas ao SUS.
“Será que o problema da judicialização é efetivamente o que está fora do rol ou será que o que a gente incorporou no rol não está sendo comprado, não está sendo disponibilizado?”, questiona Rothbarth, apontando para falhas operacionais que obrigam o paciente a recorrer à Justiça para obter acesso ao que já deveria estar disponível.
Futuro incerto e necessidade de dados
Apesar dos avanços, Rothbarth acredita que os novos critérios não resolverão o problema da judicialização. “A gente ainda vai ter um alto grau de subjetividade em relação a determinados critérios”, afirmou. Ela defende que o debate seja pautado por dados concretos e não por estigmas. “Não é sobre o paciente que pede um Uno e quer levar uma Ferrari. É sobre entender se todos estão cumprindo seu papel e onde estão os pain points do sistema.”
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Assessoria de Comunicação
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ministério da Saúde recomenda que população evite bebida destilada
Justiça Federal suspende eleição dos conselhos regionais de odontologia em todo o Brasil
Paciente se revolta ao encontrar corpo sobre maca em unidade de saúde de Goiânia
Inteligência artificial redefine prioridades de investimento na saúde
Proposta amplia cobertura de planos de saúde para emergências na gestação
https://medicinasa.com.br/cobertura-planos-gestacao/
Cuidado com idosos vira negócio bilionário no Brasil
https://ohoje.com/2025/10/03/cuidado-com-idosos-vira-negocio-bilionario-no-brasil/
Congresso debate IA na saúde e desafios do setor hospitalar
https://www.gazetadopovo.com.br/parana/congresso-fehospar-discute-inovacao-sustentabilidade/
A REDAÇÃO
Ministério da Saúde recomenda que população evite bebida destilada
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou, nesta quinta-feira (2/10), que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas destiladas. Até o momento, o Brasil tem 59 casos notificados de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica, sendo 11 confirmados. "Na condição de ministro e como médico, a recomendação é que se evite ingerir produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem. Não estamos falando de um produto essencial para a vida das pessoas", recomendou Padilha. " Não faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo."
O ministro reforçou que a recomendação é sobre bebidas destiladas. Ele explicou que no caso da cerveja, por exemplo, é mais difícil adulterar pelas características da bebida, como gás, tampa descartável, entre outros. "Já tivemos casos de intoxicação em cerveja quando teve uma falha na produção", disse.
Agora, são 53 casos em São Paulo, 5 em Pernambuco e 1 no Distrito Federal. Até o momento, 1 óbito foi confirmado em São Paulo. Sete mortes estão em investigação: duas em Pernambuco (João Alfredo e Lajedo) e cinco em São Paulo (dois em São Bernardo do Campo e três na capital).
Padilha anunciou que o Ministério da Saúde vai ampliar os estoques do etanol farmacêutico, usado para tratar os pacientes, por meio da compra de 4.300 ampolas do insumo. A pasta vai adquirir ainda 5 mil tratamentos (que incluem 30 ampolas cada um).
O Ministério da Saúde pediu à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol, um outro antídoto utilizado em casos mais graves e que não tem registro no Brasil.
Além disso, a pasta manifestou a intenção de compra de até 1000 tratamentos para constituir estoque no País. Diante do aumento de casos considerados "fora do padrão", a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai oficiar dez agências reguladoras de referência ao redor do mundo para que elas acionem produtores de fomepizol.
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JORNAL OPÇÃO
Justiça Federal suspende eleição dos conselhos regionais de odontologia em todo o Brasil
Conforme apurado com exclusividade pelo Jornal Opção, o pleito eleitoral, que teria início à meia-noite nos estados para a escolha dos novos presidentes dos conselhos, foi suspenso após suspeita de corrupção e fraude no processo
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) suspendeu, na noite desta quinta-feira, 2, a eleição dos conselhos regionais de odontologia de quase todos os estados do Brasil.
Estão mantidas somente as eleições dos estados do Amapá, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Roraima e Pará, onde o pleito será presencial.
Conforme apurado com exclusividade pelo Jornal Opção, o pleito eleitoral, que teria início virtualmente à meia-noite nos estados para a escolha dos novos presidentes dos conselhos, foi suspenso após suspeita de corrupção e fraude no processo.
“O conjunto probatório juntado aos autos, em consonância com os normativos legais que regulam a atuação do CFO, recomendam, com propósito cautelar e preventivo, a interrupção do processo eletivo em curso, com eleição prevista para 03/10/2025, uma vez que a indicação de ilicitude administrativa praticada por esse Conselho se refere,principalmente, à irregularidades no processo eletivo anterior e em atos administrativos praticados sob a atual gestão”, afirma o desembargador federal Gustavo Soares Amorim em sua decisão.
À reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO), Renerson dos Santos, disse ainda não ter sido notificado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), entidade responsável pela realização das eleições em todo o país.
No entanto, Santos confirmou que o pleito em Goiás, que teria início em poucas horas, não deve mais acontecer.
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Paciente se revolta ao encontrar corpo sobre maca em unidade de saúde de Goiânia
A gravação mostra o homem exigindo uma solução imediata e ameaçando procurar a delegacia diante da falta de atendimento adequado
Um episódio chocante registrado no Cais Vila Nova, em Goiânia, gerou, nesta quarta-feira, 1, revolta e viralizou nas redes sociais. Nelson Afonso Ferreira, que buscava atendimento urgente para sua filha, se deparou com uma situação inesperada: a ausência de macas disponíveis na unidade. Segundo ele, a única maca que poderia ser utilizada estava ocupada por um corpo.
Em vídeo gravado no local, Nelson expressa sua frustração. “Eu pedindo, pelo amor de Deus, uma maca ou uma cadeira para eu tirar um paciente do meu carro… Eles me informam que tem um óbito aqui em cima e que eu deveria usar essa maca. Será que eu tiro um corpo de uma pessoa dessa para eu usar a maca?”, questiona.
A gravação mostra o homem exigindo uma solução imediata e ameaçando procurar a delegacia diante da falta de atendimento adequado.
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou que, no momento da chegada da paciente, todas as macas estavam ocupadas. Um dos pacientes internados havia falecido, e o corpo permanecia sobre uma das macas até a conclusão dos procedimentos para encaminhamento ao morgue da unidade.
A SMS também garantiu que o Cais Vila Nova está abastecido com medicamentos e insumos essenciais, e se comprometeu a verificar possíveis falhas pontuais no fornecimento de materiais, caso sejam informados pela produção.
A cena gerou comoção entre internautas e reacendeu o debate sobre a qualidade da saúde pública em Goiânia. Nelson, visivelmente abalado, cobrou responsabilidade e respeito diante da situação enfrentada.
Nota da Secretária ao Jornal Opção
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que no momento da chegada da paciente, todas as macas da unidade de saúde estavam ocupadas. Um dos pacientes que estavam em internação foi a óbito, e o corpo estava em uma das macas até a finalização dos procedimentos necessários para o trânsito até o morgue da unidade. A SMS ressalta que o Cais Vila Nova está abastecido com medicamentos e insumos essenciais para a assistência à saúde e que a pasta pode verificar se há falhas pontuais no fornecimento de materiais específicos caso a produção envie os nomes dos materiais.
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SAÚDE BUSINESS
Inteligência artificial redefine prioridades de investimento na saúde
Com escassez de profissionais e pressão orçamentária, IA ganha escala e se consolida como eixo estratégico para produtividade, sustentabilidade e inovação no setor.
A inteligência artificial deixou de ser promessa para se tornar protagonista nos investimentos em saúde. Esse foi o diagnóstico de Everton Santos, vice-presidente Internacional da KLAS Research, ao apresentar, no segundo dia do Healthcare Innovation Show (HIS), uma radiografia global sobre a transformação digital do setor.
Na palestra “Do PEP à Inteligência Artificial: Como as novas apostas em TI estão redefinindo a saúde global”, o executivo mostrou que o setor vive uma mudança de paradigma. Depois de anos em que o prontuário eletrônico do paciente (PEP) era prioridade de investimento, a inteligência artificial (IA) e o analytics assumiram a dianteira.
O movimento é claro: em 2023, apenas 29% das instituições projetavam algum investimento em IA, em grande parte ainda em fase piloto, segundo dados globais levantados pela KLAS. Em 2025, Santos explicou que esse percentual saltou para 54%, já com projetos comerciais em larga escala — uma curva de crescimento que deve se intensificar nos próximos anos.
O que está acelerando a adoção da IA
Everton destacou três forças principais que explicam a rápida adesão à IA: a escassez de mão de obra; a pressão orçamentária sobre os gestores e o burnout das equipes médicas. Nesse contexto, a inteligência artificial surge como aliada para aliviar gargalos de produtividade, automatizar processos e apoiar decisões clínicas.
Entre os casos de uso mais promissores apresentados, estão:
Transcrição inteligente de consultas (ambient speech) – automatiza o registro clínico e devolve tempo ao médico, o que aumenta a produtividade e reduz o risco de esgotamento;
Triagem de imagens radiológicas – uma das aplicações mais avançadas e com impacto direto na precisão diagnóstica;
Otimização do ciclo de receitas – algoritmos ajudam a reduzir glosas e perdas financeiras em hospitais privados.
A base da transformação
Apesar do entusiasmo, Santos reforçou que não há IA eficaz sem dados limpos e estruturados. O PEP continua sendo o “coração” da transformação digital, fornecendo a base para análises preditivas e suporte clínico.
Para que isso seja viável, três frentes precisam avançar em paralelo de acordo:
Modernização da infraestrutura hospitalar – ainda defasada em muitas regiões;
Cibersegurança – frente ao aumento de ataques que colocam vidas e operações em risco;
Interoperabilidade – para garantir integração de dados entre sistemas distintos e potencializar os projetos de IA.
Outro ponto de atenção é a adoção de soluções em nuvem, que cresce de forma gradual, apesar das resistências ligadas à segurança da informação.
Os desafios do Brasil e da América Latina
Na América Latina, o PEP ainda concentra boa parte dos investimentos, mas a expectativa é que a IA ultrapasse esse patamar em dois a três anos. No Brasil, a fragmentação entre operadoras, hospitais públicos e privados torna mais difícil a consolidação de dados e o avanço da maturidade digital.
Iniciativas como o padrão FHIR e o programa federal ARNDS ajudam a reduzir barreiras de interoperabilidade, mas ainda há um longo caminho a percorrer até alcançar a maturidade digital plena.
Equidade e capacitação como próximos passos
Everton alertou ainda para o risco da exclusão digital. Enquanto hospitais de ponta nas capitais avançam rapidamente, instituições do interior seguem limitadas por infraestrutura precária e orçamentos reduzidos. Para garantir equidade, governos e gestores precisarão pensar em políticas que levem inovação também a cidades menores.
Outro desafio é a literacia digital. Médicos e enfermeiros precisam ser capacitados para usar plenamente os recursos da IA, sob risco de a tecnologia não entregar todo o valor esperado. “A inteligência artificial já deixou de ser tendência, é uma realidade. Mas para gerar impacto real, precisa ser compreendida e utilizada pelo corpo clínico”, destacou o executivo.
Colaboração para seguir
Santos reforçou o chamado à colaboração: “A saúde precisa ser tratada como um ecossistema. Não podemos avançar isoladamente. IA, interoperabilidade e governança só farão sentido se houver colaboração ampla.”
Colaboração é a palavra de ordem do setor, inclusive ecoou na palestra de Marcelo Tás, keynote do primeiro dia do HIS 2025.
O próximo Healthcare Innovation Show já tem data marcada, 16 e 17 de setembro de 2026, no São Paulo Expo.
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Proposta amplia cobertura de planos de saúde para emergências na gestação
O Projeto de Lei 649/25 obriga operadoras de planos de saúde a cobrir urgências médicas ligadas à gestação, mesmo que a modalidade contratada não inclua atendimento obstétrico. A proposta tramita na Câmara dos Deputados e altera a Lei 9.656/98, que trata dos planos privados de assistência à saúde.
A autora do projeto, deputada Rosangela Moro (União-SP), explica que a legislação já prevê cobertura compulsória nesses casos. No entanto, a falta de clareza permite que as operadoras neguem atendimento a gestantes em situação de emergência, quando o plano não tem cobertura obstétrica.
Segundo a deputada, isso faz com que mulheres em situação de fragilidade tenham o atendimento de urgência negado. “[Elas acabam] submetidas a constrangimento, dor e agravamento de seus problemas de saúde, em decorrência da falta do cumprimento pleno da lei”, reforça Rosangela.
Próximos passos
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado. (*Com informações da Agência Câmara)
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O HOJE
Cuidado com idosos vira negócio bilionário no Brasil
Setor cresce com o envelhecimento acelerado da população, movimenta mais de US$ 80 bilhões
Mulheres representam 75% da força de trabalho do setor
O envelhecimento da população brasileira está transformando o cuidado com idosos em um setor estratégico da economia. O que antes era visto como uma atividade doméstica ou uma responsabilidade familiar, hoje desponta como mercado em expansão, com potencial bilionário e em busca de regulamentação.
O Brasil vive uma transição demográfica acelerada. Entre 2012 e 2022, a população com 60 anos ou mais cresceu 57,4%. De acordo com o Censo de 2022, 10,9% dos brasileiros já têm mais de 65 anos — o maior percentual da história. Esse crescimento pressiona as famílias e os sistemas de saúde, impulsionando a busca por profissionais qualificados para acompanhar a rotina de idosos.
A força dos cuidadores informais
Dados do IBGE apontam que, entre 2016 e 2019, o número de pessoas dedicadas a cuidar de indivíduos com 60 anos ou mais passou de 3,7 milhões para 5,1 milhões. A maioria, porém, atuava sem remuneração: cerca de 78,8% eram cuidadores informais, muitas vezes parentes. Estudos mostram que essa responsabilidade recai majoritariamente sobre mulheres, em especial mulheres negras, evidenciando desigualdade de gênero e de raça no cuidado.
O avanço da demanda por cuidadores remunerados é visível nos números oficiais. Levantamento do Instituto de Longevidade mostra que, em 2024, aproximadamente 21% dos trabalhadores domésticos atuavam como cuidadores, percentual que era de 13,9% em 2014. Entre 2019 e 2023, a procura formal por cuidadores cresceu 15%, alcançando cerca de 840 mil profissionais. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) confirmam a tendência: entre 2012 e 2022, o número de cuidadores registrados saltou de 5.263 para 34.054, um crescimento de 547%.
Do ponto de vista econômico, o setor já movimenta cifras expressivas. Estimativas apontam que o mercado de cuidados para idosos no Brasil alcançou US$ 82,6 bilhões em 2023, com projeção de chegar a US$ 124,4 bilhões até 2030. A taxa média de crescimento anual prevista é de 8%, o que coloca o segmento como um dos mais promissores da chamada “economia prateada” — voltada às necessidades da população idosa.
Perfil dos profissionais e desigualdades
O setor de cuidado como um todo já emprega 24 milhões de brasileiros, segundo estudos recentes. Desse total, 75% são mulheres. No núcleo específico dos cuidados domiciliares e diretos, 98% dos profissionais são mulheres, e quase metade se autodeclara negra. Esses dados revelam não apenas a força de trabalho do setor, mas também as desigualdades que ainda persistem.
A profissionalização do cuidador exige capacitação técnica e preparo emocional. Além de apoiar a mobilidade, alimentação e medicação, os profissionais precisam lidar com doenças crônicas, situações de vulnerabilidade e com a solidão que muitas vezes acompanha a velhice. O trabalho é reconhecido como essencial para prevenir internações e garantir qualidade de vida, mas ainda carece de suporte e regulamentação.
Inovação, regulamentação e futuro do setor
Nos últimos anos, empresas de home care e franquias especializadas em serviços de cuidado domiciliar têm se multiplicado no país. Elas oferecem desde acompanhamento noturno até suporte em casos de Alzheimer e fisioterapia em casa. Plataformas digitais e startups também começam a atuar, conectando famílias a cuidadores autônomos e oferecendo sistemas de pagamento e monitoramento.
A inovação tecnológica é outro vetor de crescimento. Dispositivos de monitoramento remoto, sensores de movimento e telemedicina já são incorporados a serviços de cuidado domiciliar. A combinação entre presença humana e tecnologia deve ser uma das marcas do setor na próxima década, permitindo ampliar a segurança e a autonomia dos idosos.
Apesar do avanço, a profissão ainda carece de regulamentação nacional consolidada. Projetos de lei em tramitação no Congresso buscam definir requisitos, atribuições e formação mínima, mas a ausência de norma clara gera insegurança jurídica e mantém grande parte dos contratos na informalidade.
Desafios e oportunidades econômicas
A remuneração dos cuidadores varia conforme a região e a forma de contratação. Em média, profissionais autônomos recebem entre R$ 1.800 e R$ 3.000 mensais. Em empresas ou clínicas, os valores podem ser mais altos, mas a exigência de cursos e certificações também é maior. A rotatividade, impulsionada pelo desgaste físico e emocional, é um dos desafios mais apontados por especialistas.
O envelhecimento populacional não é apenas um dado demográfico, mas um fenômeno que transforma a economia. O cuidado com idosos movimenta empresas, plataformas digitais, serviços de saúde e cursos de capacitação. É um setor que gera emprego, abre espaço para empreendedores e, ao mesmo tempo, levanta desafios de políticas públicas e de direitos trabalhistas.
Ao consolidar-se como profissão, o cuidador de idosos representa um elo fundamental entre famílias, saúde e mercado. A expectativa é que, até 2030, o setor se expanda em ritmo constante, ampliando sua relevância na economia nacional. O cuidado, que sempre foi visto como uma tarefa doméstica, se tornou um negócio em crescimento, com impacto direto na vida de milhões de brasileiros e na construção de um país que envelhece em ritmo acelerado.
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GAZETA DO POVO
Congresso debate IA na saúde e desafios do setor hospitalar
Curitiba foi palco de um encontro que é considerado como um dos mais relevantes do setor hospitalar no Sul do Brasil: o Congresso de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Paraná 2025, promovido pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Paraná (Fehospar).
O evento reuniu mais de 700 gestores, dirigentes, especialistas e profissionais de saúde de diferentes regiões do país. Com o tema central “Inteligência, Inovação e Sustentabilidade na Saúde”, o congresso da Fehospar contemplou discussões sobre inteligência artificial, novas tecnologias, gestão de pessoas, sustentabilidade, direito, compliance e tendências de mercado.
A programação fortaleceu o diálogo entre hospitais, clínicas, operadoras, fornecedores e instituições públicas, com apoio de entidades como a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR) e Unimed Curitiba.
A abertura contou com a presença de autoridades como o secretário estadual da Saúde, Beto Preto; a secretária municipal de Curitiba, Tatiane Filipak; e o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro. Logo no primeiro painel, especialistas debateram o futuro da saúde, destacando o papel da inteligência artificial e a necessidade de regulamentações adequadas para sua incorporação no atendimento. Segundo Beto Preto, “a inovação deve chegar também aos municípios menores, garantindo equidade no acesso”.
Congresso da Fehospar une feira de negócios e debates estratégicos
Além das mesas-redondas e palestras, o congresso da Fehospar contou com uma feira de negócios que reuniu mais de 30 expositores de diversas áreas, como exames de imagem, receituário digital, anestesiologia, mobiliário hospitalar, refrigeração, higiene e nutrição. O espaço foi avaliado como positivo pelos participantes, que relataram parcerias firmadas e oportunidades de expansão.
Ao longo dos dois dias, o evento trouxe ainda reflexões sobre temas estratégicos como os impactos da reforma tributária na saúde, sustentabilidade hospitalar, liderança transformadora e digitalização da gestão. O encontro também reforçou a necessidade de colaboração entre as diferentes frentes da saúde para enfrentar desafios crescentes, como a pressão sobre o financiamento hospitalar, a escassez de profissionais especializados e a incorporação de tecnologias em escala.
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg apresenta aos associados a plataforma B2A para compras coletivas
Escrito por AdministradorEm reunião na sede da Ahpaceg, um grupo de representantes dos associados conheceu hoje, 2, a plataforma B2A, criada para apoiar o Projeto de Aquisições Coletivas. O encontro foi conduzido pela farmacêutica Ana Valéria Miranda, responsável pela Central de Compras da associação.
A novidade amplia as negociações já conduzidas pela Ahpaceg, possibilitando agora a realização de compras conjuntas de itens definidos pelos próprios associados. O objetivo é oferecer maior organização, eficiência e ganho de escala, garantindo condições mais vantajosas para as instituições filiadas.
Segundo Ana Valéria, a plataforma vai permitir maior organização, agilidade e poder de barganha nas transações, garantindo que os hospitais obtenham melhores condições comerciais em produtos estratégicos. “Estamos criando um ambiente colaborativo, no qual a união dos associados gera economia, eficiência e mais competitividade”, explicou.
Esse é mais um importante serviço que a Ahpaceg traz para a rede associada, apresentando soluções que fortalecem a gestão hospitalar e promovem benefícios concretos para seus membros.