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CLIPPING AHPACEG 16/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
https://medicinasa.com.br/reputacao-digital/
Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
https://medicinasa.com.br/emprego-saude-iess-2/
ALEGO
Deputado Cairo Salim promoveu audiência pública na manhã desta 4ª-feira para discutir irregularidades nos planos de saúde
A Assembleia Legislativa de Goiás, por iniciativa do deputado Cairo Salim (PSD), realizou, na manhã desta quarta-feira, 15, audiência pública com o intuito de debater irregularidades praticadas por planos de saúde, falhas na assistência, erros médicos e o aumento da judicialização envolvendo o tema em Goiás. O evento teve lugar na Sala das Comissões Júlio da Retífica do Palácio Maguito Vilela.
Além de Salim, participaram da mesa diretiva: o coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Eduardo Peres; a defensora pública Bruna Gomide Côrrea; a fiscal das Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu; o presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados em Goiás (OAB), Pitágoras Lacerda dos Reis; o presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB, Wenderjus Amorim; e o médico neurocirurgião e presidente da Aliança Nacional em Defesa da Ética na Saúde Suplementar (Andess), José Ramalho.
O deputado iniciou a discussão apontando a ausência dos representantes das operadoras dos planos de saúde e do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). Em seguida, ele apresentou a temática e os desafios observados quanto aos problemas, ações e questões que envolvem a saúde da população. Ele mencionou que a população busca órgãos, como o Judiciário, o Ministério Público,a Defensoria Pública e o Procon Goiás, mas quando as decisões chegam nos planos de saúde, ainda encontra dificuldade em ter seu direito alcançado.
O legislador destacou que a relação entre consumidor e plano de saúde é privada, na qual o consumidor paga uma mensalidade por um serviço. Ele informou que quase 2 milhões de goianos usam planos de saúde e questionou o destino desses usuários em caso de serviço de baixa qualidade: "Para onde esse pessoal vai? Para o SUS, para a fila do SUS e vai piorar ainda mais para a população que já usa o sistema".
Salim abordou a situação da classe média, que, segundo ele, não tem acesso a benefícios e precisa pagar por saúde privada se quiser ter atendimento. Ele ressaltou a importância da qualidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde, citando que o setor envolve conglomerados que controlam a saúde privada no Brasil, com operadoras ligadas a bancos.
O parlamentar mencionou a classe médica, ao afirmar que a medicina brasileira é uma das melhores do mundo, mas que sofre com um declínio de qualidade devido ao número de faculdades de medicina que estão sendo abertas. "Nós já estamos com 500 mil médicos no Brasil, daqui a dez anos será um milhão, vai dobrar o número de médicos", pontuou. Ele questionou a formação dos profissionais: "Serão médicos vocacionados, bem preparados, que têm experiência, que passaram por um estado de qualidade dos hospitais?"
O legislador afirmou que, se for preciso, o Congresso Nacional deve tomar providências para aprovar um exame de ordem ou de proeminência, para que os médicos tenham um mínimo de qualidade para atuar no mercado público ou privado. Por fim, ele reconheceu a boa-fé da maioria dos médicos, hospitais, enfermeiros e planos de saúde, mas reiterou que as falhas acontecem.
Autoridades
Diversas autoridades ligadas à área da saúde se pronunciaram buscando trazer soluções efetivas para garantir o cumprimento de um direito considerado básico.
Coordenador do Comitê do Fórum Nacional de Saúde do CNJ e do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário do TJ-GO, Eduardo Peres disse que o comitê faz registros importantes para entender o que está acontecendo na saúde em Goiás, de forma a identificar a raiz do problema. “Mas hoje viemos aqui para ouvir, porque o juiz trabalha em cima daquilo que chega pra ele, a judicialização precisa ser bem aplicada, entendendo que a lei deve ser eficaz.”
Defensora pública, Bruna Gomide Correa discorreu sobre a situação dos planos de saúde. Ela disse que demandas atendidas pela Defensoria Pública de Goiás (DPE) incluem problemas como negativas de cobertura, de procedimentos e de tratamentos multidisciplinares, como o de crianças autistas. A instituição lida também com cancelamentos de planos de saúde, aumento de mensalidades e erros médicos, situações em que o sistema de saúde suplementar, o plano de saúde e os médicos apresentam falhas na prestação do serviço.
A representante da DPE apontou “que a complexidade do tema reside na busca por garantir a proteção e o direito à saúde dos consumidores que pagam por serviços e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio do contrato para que o sistema de saúde suplementar possa continuar a funcionar com atendimento de qualidade de forma rápida e efetiva”.
Na sequência, a Fiscal de Relações de Consumo do Procon, Lívia Magalhães de Oliveira Abreu, falou que o trabalho da entidade é dar voz aos consumidores, especialmente aos hipervulneráveis. Ela afirmou que a grande maioria das pessoas que procuram o Procono fazem por conta da negativa da utilização dos planos de saúde. Ela informou que, ao se receber as denúncias, busca-se fazer o atendimento de forma imediata. “Estamos sempre em contato com o corpo jurídico dos planos de saúde e atuamos com olhar cada vez mais atento para realizar autuações quando necessário. Nessa relação, o consumidor é o lado mais vulnerável e ele precisa estar satisfeito com seu plano de saúde.”
Presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB-GO, Pitágoras Lacerda dos Reis ressaltou a importância da união entre os órgãos de defesa do consumidor no Estado. Ele mencionou que, em momento anterior, havia provocado o sistema de defesa do consumidor para que houvesse união entre as entidades que realizavam seus trabalhos de forma isolada.
Reis informou que, desde que assumiu o comando da comissão, tem promovido reuniões com os entes de defesa do consumidor em Goiás com o objetivo de buscar essa união. Ele afirmou que as entidades de defesa dos planos de saúde são unidas. E destacou que é relevante que os órgãos se unam para atender à sociedade para fazer os planos de saúde cumprirem sua obrigação, lembrando que a saúde é um dever do Estado e um direito de todos, e que a Assembleia Legislativa cumpre sua função ao realizar o debate sobre o tema.
Judicialização
O presidente da Comissão de Direito da Saúde da OAB-GO, Wenderjus Amorim, afirmou que o tema extremamente relevante e quem melhor detém competência para debater esse assunto são aqueles que representam a ponte da judicialização. De acordo com ele, o sistema da saúde suplementar não é de todo ruim, o problema é quando as pessoas precisam de médico especialista, já que é muito mais caro.
“Os donos das maiores operadoras de saúde do Brasil são frequentemente citados na Forbes [publicação americana sobre negócios e economia] como grandes milionários. O tema lucro não pode ser ignorado, todavia isso não pode vir em detrimento do direito ao acesso à saúde”, discorreu Amorim.
Para ele, é necessário diminuir o desequilíbrio, já que existem critérios muito rigorosos adotados hoje diminuindo o acesso à saúde. Amorim considera que, apesar do sistema judiciário estar de portas abertas, infelizmente a atual jurisprudência está construindo uma barreira que restringe cada dia mais o acesso à saúde.
O médico neurocirurgião e presidente da Andess, José Ramalho, lembrou que em Goiás dois milhões de pessoas dependem da saúde suplementar. “Temos documentado dificuldades sistemáticas no acesso a tratamentos, por vezes,simples e de primeira linha. Refiro-me, em particular, a tratamentos oncológicos e a cuidados para crianças com necessidades específicas relacionadas à neuroatipia”, enfatizou.
Segundo ele, é sistemático o descumprimento de ordens judiciais. “E já vi operadora responder que por ordem do seu sistema jurídico, ela não deve acatar a ordem judicial. É muito grave o que está acontecendo em todo o território nacional. A ausência dos representantes das operadoras aqui hoje é compreensível, demonstra que elas não estão com ânimo para dialogar.”
O neurocirurgião revelou que, hoje, há cirurgias pelas quais o plano de saúde pratica uma tabela em que é pago apenas 230 reais para um especialista, que estudou por pelo menos 11 anos para chegar ao centro cirúrgico, sendo responsável pela vida de um paciente. “Há profissionais que agem de modo marginal, mas as auditorias precisam frear essas pessoas de forma séria. Estou muito satisfeito com essa audiência pública e entendo que, futuramente, os frutos serão colhidos. Entendo que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) pode ser uma boa alternativa para tratar desses problemas", afirmou, parabenizando Cairo Salim por levantar a discussão no Parlamento goiano.
Limite de gastos
O gestor descreveu que, atualmente, é imposto um limite de gastos, e o paciente e o médico é que devem adequar a doença e o tratamento aos interesses da operadora de saúde. Ele questionou a gravidade do fato e como isso ocorre em todo o território nacional, especialmente nos últimos dois ou três anos, com a necessidade de um médico denunciar. Ele mencionou a omissão das entidades que devem fiscalizar e regular.
Ramalho afirmou que esse tema está fundamentado, resultado de um trabalho que a Andess desenvolve, e manifestou satisfação com a postura do Procon local, considerando o número de 140 ou 150 denúncias um número expressivo. Ele informou que a Andess se aproxima das procuradorias dos consumidores do país e é idealizadora do Procon Saúde, uma iniciativa que prevê a criação de uma entidade com o papel de descentralizar o ato fiscalizatório. O objetivo é facilitar o papel do Procon e oferecer apoio técnico para o acompanhamento, identificação, diagnóstico e punição das irregularidades.
O presidente da Andess observou que a discussão em Goiás foi pioneira e positiva. E concluiu: “A gente vê um Judiciário que está muito envolvido com o caso, que está evoluindo na discussão, que está entendendo o que está acontecendo”.
Ao final, o deputado Cairo Salim deixou em aberto a participação para os demais presentes na audiência pública. Todos eles que se manifestaram trouxeram uma série de reclamações de todos os planos de saúde alegando a negativa do acesso aos tratamento e o descumprimento das determinações judiciais.
A advogada especialista em direito da saúde e direito da medicina Ana Luzia Morais relatou alguns casos de pacientes aos quais ela defende atualmente. Segundo ela, está faltando respeito e transparência dos planos de saúde que sempre dificultam a vida do paciente, independentemente do seu estado de saúde, inclusive para aqueles que estão com quadro de metástase e com risco de vida.
Ana Morais falou da dor de pessoas que seguem a vida se esforçando diariamente para alcançar seus direitos mais básicos.
Paciente
Márcio Lima alegou ter sido vítima de um erro médico em cirurgia, trouxe ao debate críticas sobre a infraestrutura e a qualidade do atendimento, citando a superlotação, a falta de insumos e a demora no diagnóstico como fatores de risco de vida. O depoente relatou ter sido diagnosticado e operado de forma errada, o que lhe causou sequelas.
Ele mencionou ter motivado outros processos contra o mesmo neurocirurgião após um relato seu ter se tornado público. O paciente sugeriu a instalação de câmeras especiais e destacou o número de denúncias recebidas por outro participante. Por fim, apontou a falta de condições financeiras de muitas vítimas para custear advogados e tratamentos caros, como a fisioterapia.
O jornalista Alexandre Braga, do jornal Diário do Estado, também se pronunciou e disse que nos seus 20 anos de carreira, tem percebido que são recorrentes as reclamações com relação aos planos de saúde em Goiás. Braga mostrou indignação com o descaso dos planos. “Para se ter uma ideia, hoje aqui não apareceu sequer um único representante de operadora, uma total falta de respeito com o Parlamento e com o povo goiano.”
De acordo com ele, a imprensa é ouvidoria da população e todos os meses aparecem diversas reclamações com relação aos planos de saúde. O jornalista também cobrou uma atitude mais firme e institucional por parte do Legislativo. "Acredito que uma comissão parlamentar de inquérito nesta Casa de Leis pode ser uma boa resposta para tentar dar soluções para essas questões relacionadas à saúde."
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Assembleia Legislativa realiza sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum 2025
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realiza, na próxima sexta-feira, 17 de outubro de 2025, às 9 horas, no Plenário Iris Rezende Machado, a sessão solene de entrega da Comenda Nabyh Salum, uma das mais tradicionais homenagens concedidas pela Comissão de Saúde da Alego. A honraria é uma iniciativa do deputado Gustavo Sebba (PSDB), presidente da Comissão e médico, e tem como objetivo reconhecer o trabalho e a dedicação de profissionais que se destacam na promoção da saúde e do bem-estar da população goiana.
“É uma alegria imensa promover mais uma edição da Comenda Nabyh Salum, um reconhecimento àqueles que fazem da medicina um verdadeiro ato de amor e compromisso com o próximo. Neste ano, mais uma vez teremos a oportunidade de homenagear médicos que se dedicam diariamente a salvar vidas e a melhorar a qualidade da saúde em nosso Estado”, afirmou o deputado Gustavo Sebba.
Criada pela Resolução nº 1627/2017, a Comenda Nabyh Salum leva o nome do médico que inspirou a homenagem — um profissional exemplar que marcou gerações pelo compromisso ético, humano e técnico com a medicina. Desde sua criação, a honraria destaca profissionais indicados por entidades médicas como a Associação Médica de Goiás e a Academia Goiana de Medicina, além de indicações feitas pela própria Alego, ampliando a representatividade e o alcance da homenagem.
De acordo com o parlamentar, a entrega da Comenda é também um momento de reflexão sobre o papel essencial da medicina e dos profissionais de saúde na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
“Em tempos desafiadores, reconhecer o trabalho dos médicos é reconhecer a força de quem enfrenta, todos os dias, as dores e esperanças de tantas pessoas. Esta comenda é uma forma de agradecer e valorizar esses profissionais que não medem esforços para garantir o cuidado, a dignidade e a vida dos goianos”, destacou Gustavo Sebba.
Ao longo dos anos, a Comenda Nabyh Salum consolidou-se como um dos maiores reconhecimentos na área da saúde em Goiás, reforçando o compromisso da Assembleia Legislativa com a valorização dos profissionais que fazem da medicina um instrumento de transformação social.
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EXTRA
ANS incorpora tecnologia para tratamento de câncer na lista de cobertura obrigatória para planos de saúde
Nova tecnologia passa a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar a partir de 3 de novembro, conforme suas diretrizes de utilização
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incorporou ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde a radioterapia de intensidade modulada para o tratamento de pacientes adultos com tumores no reto. O rol é a lista de procedimentos e tratamentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde.
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A REDAÇÃO
Mabel promete modernizar atendimento emergencial com construção de nova UPA
Obra será custeada por emenda de R$ 8,5 mi
De Brasília, onde passou toda a quarta-feira (15/10), entre compromissos externos e reuniões com a bancada goiana de deputados federais, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), prometeu modernizar o atendimento emergencial da capital. Isso porque ele conseguiu, junto ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD), uma emenda parlamentar de R$ 8,5 milhões. O valor será usado na construção de uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tipo 3, a mais completa entre as categorias existentes no sistema de saúde pública.
Mabel usou as redes sociais para anunciar a novidade e adiantou que a nova estrutura será construída para substituir uma das unidades antigas da capital, garantindo mais qualidade aos pacientes. “O deputado Ismael Alexandrino acaba de dar para Goiânia uma emenda para o ano que vem, para uma UPA Tipo 3, a maior que tem, de R$ 8,5 milhões. Vamos construir uma UPA novinha para substituir essas UPAs cansadas que nós temos aí. O nosso povo merece”, afirmou o prefeito.
No vídeo, Alexandrino reforçou o compromisso de seu mandato com a melhoria do sistema público de saúde em Goiás e com a capital. “Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. E o senhor, como homem público responsável, que está colocando Goiânia nos trilhos, nos fez esse pedido, e eu, que quero deixar um legado na área da saúde, faço questão de destinar essa emenda”, afirmou o parlamentar.
A UPA Tipo 3 é o modelo mais robusto de pronto atendimento, com capacidade para atender até 450 pacientes por dia e estrutura que inclui consultórios, salas de emergência, observação adulta e pediátrica, laboratório e raio-X.
“Agora, no mês de outubro, destinamos essa emenda para ser paga no próximo ano, já para iniciar a obra. Que Deus possa abençoar e muitas pessoas sejam salvas nessa UPA”, completou Alexandrino.
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MEDICINA S/A
Pacientes avaliam, médicos crescem: reputação digital na prática
90% dos pacientes usam a internet para procurar especialistas e 80% escolhe com base nas avaliações. Doctoralia, a maior plataforma de saúde do mundo, propõe estratégias
Em um mercado de saúde cada vez mais digital, a primeira impressão sobre um médico já não acontece apenas dentro do consultório. Hoje, ela nasce na internet, nas avaliações deixadas por outros pacientes. Esse foi o ponto de partida da mais recente edição do Doctoralia Connect, mesacast que abordou “Como transformar opiniões de pacientes em autoridade e receita”. O evento apresentou dados inéditos, dicas práticas e casos que reforçam como comentários online podem se tornar um dos ativos mais estratégicos da carreira médica.
O peso das avaliações na decisão do paciente
Segundo a pesquisa Perfil do Paciente Digital, conduzida pela Doctoralia, 90% dos pacientes usam a internet para encontrar profissionais de saúde. E quando dois ou três médicos oferecem condições semelhantes – mesma especialidade, localização e disponibilidade – o que define a escolha são as avaliações.
“As opiniões funcionam como fator de diferenciação e segurança. O paciente quer saber se pode confiar naquele atendimento, assim como faz em outros setores, quando lê sobre hotéis, restaurantes ou motoristas de aplicativo, por exemplo”, explica Dayane Carvalho, Relações Públicas da Doctoralia Brasil.
O estudo mostra ainda que 80% dos pacientes escolhem um médico com base em avaliações de outros pacientes. Além da opinião, a disponibilidade de agenda e a aceitação de convênios estão entre os principais critérios de decisão – e que a foto do perfil e a clareza das informações também ajudam a transmitir confiança.
Estratégias éticas para conquistar mais avaliações
Um dos receios mais comuns entre médicos é parecer invasivo ao solicitar comentários. Para o ortopedista Dr. Jonas Lenzi, referência na plataforma por seu histórico de quase 800 avaliações positivas, até o momento, a chave está em criar uma experiência positiva que naturalmente motiva o paciente a avaliar. Ele relatou casos nos quais simples gestos de atenção e simplicidade nas explicações renderam depoimentos detalhados e valiosos.
A Doctoralia potencializa esse processo com recursos automáticos: ao final de cada consulta agendada pela plataforma, o paciente recebe uma notificação para avaliar o profissional. “Quanto mais avaliações, maior a credibilidade do perfil, e nós criamos mecanismos para que isso aconteça de forma ética, prática e constante”, destacou Gabriel Manes, CMO Brasil e Chile.
Como lidar com críticas e avaliações negativas
Neste novo cenário, a gestão de críticas pode ser um ponto sensível. Para Dayane, ignorar um comentário negativo é o maior erro. “Responder de forma rápida, respeitosa e personalizada mostra comprometimento. Uma opinião desfavorável isolada não prejudica quando o perfil já tem muitas avaliações positivas; ao contrário, confere autenticidade”.
Dr. Jonas complementa com um caso real. Ao responder um paciente insatisfeito e propor melhorias, conseguiu reconquistá-lo. “Uma opinião negativa pode mostrar nossos pontos fracos. Se não sabemos os calcanhares de Aquiles, não conseguimos nos defender nem melhorar continuamente”. Segundo o ortopedista, responder de forma educada e profissional a comentários críticos é parte do processo de evolução.
Da expectativa à confiança
Dr. Jonas reforça, também, a influência direta das avaliações na adesão aos tratamentos. “Quando o paciente lê opiniões sobre meu atendimento e depois comprova na consulta que aquilo é real, ele passa a confiar mais no tratamento e aumenta a disciplina. Isso impacta na conversão e até no resultado clínico.”
Esse alinhamento entre expectativa e prática cria uma experiência mais satisfatória e, segundo ele, pode até melhorar a percepção de eficácia do tratamento.
Analisando suas próprias avaliações, o ortopedista notou que os aspectos mais mencionados pelos pacientes eram pontualidade e atenção. “São fatores simples, mas que impactam muito na decisão do paciente. Nenhuma agência faria uma campanha de marketing sobre pontualidade, mas é exatamente isso que o paciente valoriza – e as opiniões dão voz a esses detalhes”, afirma.
Para Dayane Carvalho, três fatores são os mais relevantes nas avaliações: o conteúdo do relato (experiência detalhada), a quantidade de opiniões e o fato de o médico responder aos comentários.
Ferramentas potencializam a reputação
Além de conectar pacientes e médicos, a Doctoralia oferece soluções que fortalecem a visibilidade e a reputação dos profissionais:
Notificações automáticas que convidam os pacientes a avaliar o atendimento, sem esforço extra para o médico.
Certificado de Excelência e Selo de Pacientes Fiéis, que destacam qualidade e recorrência.
Integração com o Google Perfil de Empresa, que conecta agenda online e opiniões em diferentes canais.
Lembretes automáticos de consulta, que reduzem em 65% as faltas.
Esses recursos, aliados ao grande tráfego orgânico da plataforma, ampliam a confiança do paciente e aumentam as chances de novos agendamentos.
Um novo olhar sobre o paciente digital
Outro dado do estudo “Perfil do Paciente Digital 2025” destaca mudanças importantes no comportamento de consumo em saúde: 84% dos agendamentos já são feitos por smartphone, 33% ocorrem fora do horário comercial e 13% durante os fins de semana. Esse cenário exige que médicos estejam disponíveis online, com agenda atualizada, fotos profissionais, descrições completas e, sobretudo, opiniões de pacientes.
Para Dayane Carvalho, o recado é: “Cuidar da reputação online não é marketing, é a forma mais eficaz de mostrar excelência, conquistar confiança e crescer de forma sustentável no mercado de saúde”.
Uma jornada mais humana e transparente
Para Gabriel Manes, o propósito da Doctoralia vai além da tecnologia: “Nosso papel é educar o mercado e mostrar como cada opinião pode ser convertida em autoridade, confiança e novos agendamentos. Cuidar da reputação online não é mais uma opção para o médico, mas uma necessidade. Em um ambiente competitivo e cada vez mais digital, as avaliações se tornaram parte essencial da jornada do paciente e um dos maiores ativos para o futuro da prática médica”.
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Emprego na saúde atinge 5,27 milhões de vínculos formais
O número de empregos formais na cadeia produtiva da saúde cresceu 1% entre maio e agosto de 2025, passando de 5,22 milhões para 5,27 milhões de vínculos, um saldo positivo de 52 mil postos de trabalho. O desempenho superou o da economia brasileira como um todo, que registrou alta de 0,9% no mesmo período. Os dados constam da 78ª edição do Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
De acordo com o levantamento, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor privado, que avançou 1,3% e ampliou sua participação para 82% do total de vínculos da saúde, o equivalente a 4,32 milhões de empregos formais. Já o setor público, com 950,8 mil vínculos (18% do total), apresentou leve retração de 0,3% no trimestre, com destaque negativo para a região Norte, que reduziu em 3,6% os vínculos públicos em saúde.
“O setor de saúde segue sendo um importante gerador de empregos formais no País, com um ritmo de crescimento que supera a média da economia. Esse resultado reflete a força da cadeia privada e a ampliação dos serviços assistenciais em todas as regiões”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Convém notar que parte dos empregos privados estão em organizações que prestam serviços ao SUS, como no caso de filantrópicos ou nas entidades do terceiro setor que administram unidades do setor público”, ressalta.
Centro-Oeste e Nordeste lideram o crescimento regional
Entre as regiões, o Centro-Oeste apresentou o maior crescimento proporcional, de 2,9%, seguido pelo Nordeste (alta de 1,4%) e pelo Sul (alta de 1,2%). A região Sudeste, que concentra quase metade dos empregos do setor, cresceu 0,9%, enquanto o Norte foi a única com retração de 0,5%, influenciada pela queda no emprego público.
Em termos absolutos, o Sudeste mantém a liderança com 2,63 milhões de vínculos formais, seguido pelo Nordeste (1,04 milhão), Sul (765 mil), Centro-Oeste (544 mil) e Norte (291 mil). A participação da saúde na economia brasileira alcançou 10,8% dos vínculos formais, chegando a 12,7% no Nordeste e 12,4% no Centro-Oeste — evidenciando a importância estrutural do setor para o desenvolvimento regional.
O relatório mostra que os prestadores de serviços (clínicas, consultórios, hospitais e laboratórios) seguem como o principal motor da geração de empregos na saúde. Em agosto, eles representavam 74% de todos os vínculos da cadeia, chegando a 80% no Norte e 79,2% no Nordeste.
No recorte da saúde suplementar, o saldo acumulado entre agosto de 2024 e agosto de 2025 foi de 167,9 mil novas vagas, sendo 123,9 mil criadas por prestadores (73,8%), 38 mil por fornecedores e 6 mil por operadoras de planos de saúde.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 15/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
OAB pressiona Anvisa por canal exclusivo para advogados
Aplicar menos de 1% do orçamento da saúde em cuidados oculares traria retorno anual de R$ 42 bilhões ao Brasil
https://medicinasa.com.br/orcamento-cuidados-oculares/
Como a Inteligência Artificial está redefinindo a eficiência das operadoras
https://www.brazildental.com.br/como-a-inteligencia-artificial-esta-redefinindo-a-eficiencia-das-operadoras
Tecnologia e governança fortalecem a segurança contra fraudes hospitalares
JORNAL OPÇÃO
OAB pressiona Anvisa por canal exclusivo para advogados
Atualmente, os advogados são atendidos pelos mesmos canais destinados ao público geral, o que, segundo a OAB, tem gerado atrasos significativos em demandas urgentes
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) formalizou um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a criação de um canal de atendimento exclusivo voltado à advocacia. A iniciativa busca garantir acesso mais rápido e eficiente a processos administrativos, além de assegurar o respeito às prerrogativas profissionais previstas em lei.
Atualmente, os advogados são atendidos pelos mesmos canais destinados ao público geral, o que, segundo a OAB, tem gerado atrasos significativos em demandas urgentes. A proposta se apoia na Portaria nº 570/2023 da própria Anvisa, que já prevê atendimento diferenciado para determinados públicos, mas ainda não contempla os profissionais da advocacia.
Para o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, a solicitação vai além da defesa corporativa. “Garantir que os advogados tenham acesso direto e rápido aos processos significa proteger direitos de toda a sociedade. Prerrogativas respeitadas transformam a atuação da advocacia em benefício do cidadão”, afirmou.
Simonetti também destacou que a medida fortalecerá o diálogo institucional entre a OAB e os órgãos públicos, criando um ambiente mais propício para a atuação da advocacia na defesa dos interesses coletivos.
Relatos de Dificuldades
O procurador Nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis, explicou que o pedido surgiu após diversos relatos de advogados enfrentando obstáculos para obter cópias e informações processuais. “Sem um canal específico, pedidos urgentes acabam presos em fluxos genéricos. Um atendimento diferenciado garante celeridade e eficiência na atuação profissional”, pontuou.
Sarkis reforçou que a proposta não representa um embate, mas sim uma construção conjunta. “Não se trata de confronto, mas de diálogo institucional. O objetivo é construir soluções que beneficiem o funcionamento do serviço público e da Justiça como um todo.”
Base Legal
O pedido da OAB também se fundamenta no Estatuto da Advocacia, Lei nº 8.906 de 1994, que assegura aos advogados o direito de examinar processos administrativos, obter cópias e realizar apontamentos, salvo nos casos em que o processo esteja sob sigilo.
A expectativa da Ordem é que a Anvisa avalie a proposta com celeridade e sensibilidade institucional, reconhecendo o papel essencial da advocacia na garantia dos direitos fundamentais e no bom funcionamento da Justiça.
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MEDICINA S/A
Aplicar menos de 1% do orçamento da saúde em cuidados oculares traria retorno anual de R$ 42 bilhões ao Brasil
A Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) estima que até 90% dos casos de cegueira e deficiência visual possam ser prevenidos ou tratados. De acordo com estudo inédito, a destinação de R$ 1,55 bilhão para a promoção da saúde ocular – menos de 1% do orçamento público da saúde previsto para 2025 – poderia gerar um retorno anual de R$ 42 bilhões, o equivalente a R$ 27 para cada R$ 1 investidos. O relatório Valor da Visão foi produzido pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), Fundação Seva e Fundação Fred Hollows.
As consequências da perda de visão parcial ou total são muitas. Envolvem desemprego, baixa escolaridade, redução de renda, sobrecarga para os cuidadores, problemas de saúde mental e maior risco de acidentes e doenças – fatores que afetam diretamente a realidade socioeconômica do país.
Assim, segundo o estudo, entre os principais benefícios da atenção à saúde ocular estariam ganhos de empregabilidade (R$ 16,8 bilhões) e de produtividade (R$ 9,36 bilhões). Além disso, o investimento em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças oculares também traria benefícios sociais: evitaria 60 mil casos de depressão e quase 14 mil acidentes de trânsito, além de gerar um ganho em escolaridade de 139 mil anos.
Em 2019, ela pôde, enfim, corrigir gratuitamente o estrabismo, com o apoio do Instituto Verter. “Quando eu cheguei em casa depois da cirurgia e vi meus olhos no espelho, fiquei emocionada e falei para minha mãe ‘estão retinhos, estão retinhos’. Fui à praia comemorar e tirei muitas fotos sem óculos. A cirurgia mudou completamente a minha vida.”
Para Caio Abujamra, presidente do Instituto Suel Abujamra, o investimento em saúde ocular é uma das decisões mais inteligentes que o Brasil poderia tomar. “O impacto vai muito além do financeiro. Quando melhoramos a visão, nós também prevenimos depressão, reduzimos acidentes e aliviamos os cuidadores. O ato de enxergar está relacionado à dignidade e às oportunidades tanto quanto à economia – e em um país onde as desigualdades sociais e econômicas são tão profundas, investir na saúde ocular pode fazer uma diferença decisiva”, diz.
A pesquisa aponta seis áreas prioritárias para os governos prevenirem a perda da visão: detecção precoce por meio de exames nas comunidades – nas escolas, por exemplo –, distribuição de óculos de leitura, aumento da capacidade cirúrgica, melhorias na produtividade cirúrgica e das equipes, e remoção de barreiras ao acesso à saúde ocular – como custo, distância e estigma –, além do aprimoramento da cirurgia de catarata com técnicas inovadores, uso mais amplo de biometria e padrões mais rigorosos de cuidados pós-operatórios.
“A perda da visão é um problema universal que impacta todas as áreas da vida, mas temos soluções claras para ela. Grande parte dos casos pode ser prevenida com intervenções simples e acessíveis como expandir os testes de visão e melhorar a cirurgia de catarata. Convocamos governos, empresas, escolas e famílias a fazer da saúde ocular uma prioridade. A evidência é clara: ao investirmos na visão, investimos no futuro”, afirma Peter Holland, diretor-executivo da IAPB.
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BRASIL DENTAL
Como a Inteligência Artificial está redefinindo a eficiência das operadoras
A transformação digital da saúde suplementar avança a passos largos, e um dos grandes protagonistas dessa mudança é a inteligência artificial (IA).
Em um setor que lida com grandes volumes de dados e fluxos complexos, a IA tem se mostrado essencial para aumentar a eficiência, melhorar o cuidado e reduzir custos operacionais.
IA na auditoria de guias e procedimentos
A aplicação de algoritmos inteligentes permite revisar guias de procedimentos com mais rapidez e precisão, identificando inconsistências e acelerando autorizações. O resultado: menos retrabalho, mais segurança e uma rede mais satisfeita.
Previsibilidade de custos com análise preditiva
Com o uso de IA, operadoras conseguem analisar históricos de uso, perfil de risco e comportamento do beneficiário para prever sinistros e direcionar ações preventivas. A gestão de risco passa a ser ativa — e não reativa.
Otimização da regulação e liberação
Soluções baseadas em IA estão transformando o processo de regulação em algo quase instantâneo. Isso melhora a experiência do credenciado, reduz ligações e agiliza o acesso do paciente ao tratamento.
Detecção de fraudes e erros com mais precisão
Sistemas treinados para detectar padrões suspeitos ajudam operadoras a identificar fraudes, duplicidades ou desvios com muito mais eficácia do que os métodos manuais.
Suporte à tomada de decisão clínica
Alguns modelos de IA já estão sendo aplicados para sugerir condutas baseadas em evidências e cruzamento de dados clínicos — sempre com foco no cuidado seguro e personalizado.
A inteligência artificial não substitui o olhar humano, mas amplia sua capacidade. Operadoras que investem em IA não apenas ganham agilidade, mas também constroem um novo padrão de cuidado: mais estratégico, resolutivo e centrado no beneficiário. A Brazil Dental apoia soluções inteligentes que impulsionam a transformação da odontologia no Brasil.
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SAÚDE BUSINESS
Tecnologia e governança fortalecem a segurança contra fraudes hospitalares
Integração entre tecnologia, governança e comunicação atua no combate às fraudes hospitalares e reforça a cultura de segurança em instituições de saúde.
Especialistas em segurança da informação e proteção de dados discutiram, durante o HIS 2025, estratégias eficazes para combater a fraude hospitalar — um problema silencioso que ameaça vidas, compromete a sustentabilidade financeira das instituições e fragiliza a confiança entre pacientes e prestadores.
Os avanços tecnológicos, aliados à integração entre áreas e à conscientização dos colaboradores, têm mostrado resultados concretos e duradouros no combate às irregularidades.
Projeto antifraude gera economia milionária
No São Cristóvão Saúde, um projeto antifraude reduziu 86% das perdas financeiras entre 2023 e 2024 e chegou a zero fraudes de boletos em 2025. A solução envolveu parceria entre as áreas de TI e financeira para mapear toda a jornada do boleto — físico e digital — e identificar vulnerabilidades, segundo Patricia Hatae, diretora de Inovação e Tecnologia da instituição.
O processo incluiu auditorias para rastreabilidade, campanhas de adesão ao débito automático e ferramentas de monitoramento de segurança, o que garantiu maior controle e transparência.
Outro ponto crítico destacado por Patricia foi a fraude em terapias, em que pacientes não comparecem aos atendimentos, mas mantêm guias ativas. A implantação de tecnologia de reconhecimento facial trouxe um retorno financeiro de aproximadamente R$ 2 milhões. “A gente tem que trabalhar em equipe, porque quem tem essa percepção (da fraude), muitas vezes é a área afetada”, destacou.
Governança e princípio do menor privilégio
Para Felipe Raddi, DPO do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a gestão de acessos é um dos pilares da segurança digital. O executivo ressaltou a importância de aplicar o princípio do menor privilégio, capaz de conceder a cada colaborador apenas o acesso estritamente necessário para o desempenho de suas funções.
Segundo Raddi, muitas vulnerabilidades surgem quando profissionais mantêm acessos “por conveniência” ou “uso eventual”. A recomendação é que fluxos de informação sejam centralizados e supervisionados por setores especializados, o que reduz o risco de exposição indevida de dados sensíveis.
Comunicação como ferramenta de prevenção
Além da tecnologia, a comunicação efetiva foi apontada como um componente essencial no combate às fraudes. Pequenas falhas operacionais — como vazamentos de informações durante o transporte físico de exames — podem se transformar em grandes brechas de segurança.
Para mitigar esse tipo de risco, o São Cristóvão Saúde desenvolveu ações de comunicação direta com pacientes e beneficiários para alertar sobre golpes e reforçar boas práticas no compartilhamento de informações. A medida resultou na redução dos incidentes.
O público mais visado pelas fraudes, segundo os especialistas, é formado por pessoas acima de 60 anos, grupo que geralmente apresenta menor familiaridade com tecnologia.
Everson Remedi, gerente de Segurança da Informação e Governança de TI do HCor, destacou que criminosos exploram essa vulnerabilidade. Por isso, defende o uso de mensagens preventivas em painéis, WhatsApp e chatbots, garantindo uma comunicação acessível e constante com o paciente.
Colaboração interinstitucional fortalece o setor
A troca de experiências entre instituições foi apontada como um dos caminhos mais eficazes para reduzir vulnerabilidades. O grupo ABC, que reúne mais de 100 profissionais de diferentes organizações de saúde em encontros mensais, é exemplo de como a cooperação acelera a adoção de medidas preventivas e melhora o nível de segurança do setor.
Os especialistas reforçaram que, embora a tecnologia e os processos estruturados sejam fundamentais, a interface humana continua sendo o elo mais frágil da cadeia de segurança. A conscientização constante e o tratamento cuidadoso dos dados de pacientes e colaboradores são indispensáveis.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
16|10 – Cremego vai homenagear 20 médicos com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025
MEC suspende edital de abertura de novos cursos privados de medicina
Brasil confirma 34 casos de sarampo e Ministério da Saúde emite alerta
SUS recebe medicamento de última geração para tratamento de câncer de mama
A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil
https://medicinasa.com.br/leve-saude-edi31/
Saúde mental dos plantonistas: como aliviar a sobrecarga
https://medicinasa.com.br/saude-mental-plantonistas/
Como implementar um programa ESG em hospitais e clínicas: passo a passo para começar
https://www.saudebusiness.com/esg/como-implementar-um-programa-esg-nos-hospitais/
CREMEGO
16|10 – Cremego vai homenagear 20 médicos com a Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025
No próximo dia 16 de outubro, às 19 horas, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) realizará a entrega da “Comenda Honra ao Mérito Profissional Médico 2025”, em sua sede, em Goiânia. A solenidade marca duas datas especiais: a celebração do Dia do Médico (18 de outubro) e os 20 anos da criação da comenda, que se tornou um dos mais importantes reconhecimentos da medicina goiana.
Criada em 2005, a honraria é concedida anualmente a profissionais que se destacam pela conduta ética, dedicação ao exercício da medicina, contribuição para o ensino, pesquisa e também pela representatividade junto à classe médica. A escolha dos homenageados é feita pelos conselheiros do Cremego.
Neste ano, 20 médicos e médicas goianos serão condecorados. Todos têm em comum mais de 35 anos de atuação e uma trajetória marcada pela excelência, o respeito à ética médica, a valorização da medicina e o compromisso com a saúde da população.
Os homenageados de 2025:
• Dra. Carmen Neuda Alves Calixto
• Dr. Clidenor Gomes Filho
• Dr. Eurípedes Figueiredo Alessandri
• Dr. Francisco Barrozo Neto
• Dr. Gastão Siqueira Neto
• Dr. José de Oliveira e Silva
• Dr. Kim Ir Sen Santos Teixeira
• Dra. Lia Cândida Miranda de Castro
• Dr. Luiz Cláudio Quinan
• Dr. Luiz Fernando Martins
• Dr. Magno Machado
• Dr. Marcos Pereira de Ávila
• Dr. Ney Domingos de Morais
• Dr. Pedro Chaves Canedo
• Dra. Regina Maria Santos Marques
• Dr. Rodolfo Bertoldo Ribeiro
• Dr. Sebastião Mesquita
• Dr. Severino Teixeira de Mendonça
• Dra. Teresa Cristina de Oliveira Marques
• Dr. Ubiratã Monte Christo Ferreira
A solenidade será um momento de reconhecimento público a profissionais que se tornaram referência para colegas, alunos e para a sociedade, pelo exemplo de compromisso com a vida, a ciência e a ética médica.
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GAZETA DO POVO
MEC suspende edital de abertura de novos cursos privados de medicina
O Ministério da Educação (MEC) suspendeu, por 120 dias, o edital que determinava a abertura de novos cursos de medicina em faculdades particulares. A pasta apontou que é necessária uma avaliação dos impactos da expansão dessas vagas “em razão da conclusão de processos administrativos determinados por decisões judiciais”.
A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 10. O edital, de 4 de outubro de 2023, previa a criação de 5.700 novas vagas ligadas ao Programa Mais Médicos em um período de 10 anos.
No último dia 6, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) afirmou que, entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, o MEC autorizou a criação de 77 novos cursos de medicina, totalizando 4.412 vagas de graduação.
Segundo o levantamento, no mesmo período, outros 20 cursos já existentes tiveram suas turmas ampliadas, o que representou 1.049 vagas adicionais.
“No total, o país ganhou 5.461 novas vagas em menos de dois anos. Com isso, o Brasil chega a 494 escolas médicas em 2025, com 50.974 vagas anuais de graduação, das quais 80% estão em instituições privadas”, disse a FMUSP, em nota, ao anunciar o resultado do estudo.
O MEC disse ter recebido mais 360 ordens judiciais para abertura de cursos, entre 2018 e 2022. O prazo de suspensão será utilizado pela pasta para avaliar a judicialização do tema e o impacto na estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS), pois os estudantes de medicina precisam de campos de estágios adequados para a formação.
Após a suspensão do edital, o médico César Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), afirmou que o crescimento do curso de medicina no país é “irracional, absurdo e inaceitável”, pois “ocorre de maneira desordenada, com condições precárias de formação”. Em nota, Fernandes destacou que “não há campo de ensino prático adequado”.
Na última semana, a Gazeta do Povo mostrou que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação dos Mantenedores Independentes Educadores do Ensino Superior (Amies) travam um embate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a fiscalização das atividades práticas para estudantes de medicina.
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A REDAÇÃO
Brasil confirma 34 casos de sarampo e Ministério da Saúde emite alerta
O Ministério da Saúde (MS) emitiu um alerta nacional para os Estados e municípios nesta sexta-feira (10/10), sobre o aumento de casos de sarampo no País. Do início de janeiro até o momento, o Brasil registra 34 casos da doença. Os Estados do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso chegaram a entrar em situação de surto. A pasta solicita intensificação da vacinação e da vigilância em relação a possíveis infecções.
De acordo com a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o cenário é motivado por uma cobertura vacinal heterogênea. "Você pode ter 95% (de cobertura vacinal) em um lugar, mas 10% em outro, por exemplo. Então, nesses municípios em que a cobertura é baixa, os casos vão surgindo até que você perde o controle", explica.
O esquema básico de vacinação é composto por duas doses. A primeira é aplicada aos 12 meses de idade e a segunda, aos 15 meses. Geralmente, é utilizada a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O imunizante está disponível gratuitamente na rede pública.
Isabella destaca que a eficácia é de 98% e a vacinação é a única forma de prevenção à doença. Em 2024, o Brasil apresentou cobertura vacinal da tríplice viral de 95,7% para a primeira dose e 80,3% para a segunda dose. Já os dados preliminares de 2025 indicam coberturas de 91,2% e 74,6%, respectivamente.
De acordo com o MS, esses índices aumentam a vulnerabilidade para a circulação do vírus do sarampo, já que estão abaixo da meta recomendada de 95%. Dos 34 casos registrados no Brasil, nove são importados de pessoas que retornaram do exterior já infectadas. Outros 22 estão relacionados a esses casos. Já os outros três apresentam sequenciamento genômico compatível com variantes que circulam em outros países.
Segundo Isabella, muitos países estão vivendo um surto de sarampo, como os Estados Unidos, destino frequente de brasileiros. A transmissão começa justamente quando essas pessoas viajam, contraem a doença e retornam ao Brasil. Esses são os casos chamados de importados. "O problema é quando surgem infecções em pessoas que não viajaram. Isso significa que o vírus já está circulando na comunidade", destaca.
Sarampo no mundo
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram notificados mais de 360 mil casos suspeitos da doença em 173 países, e cerca de 164 mil deles foram confirmados. A maior parte dos registros veio da Região do Mediterrâneo Oriental, com 34% dos casos, seguida pela África, com 23%, e pela Europa, com 18%. N
as Américas, o cenário também chama atenção. Foram confirmados 11.691 casos de sarampo e 25 mortes em dez países. O Canadá liderou o número de infecções, com pouco mais de 5 mil casos, seguido pelo México, com 4.703, e pelos Estados Unidos, com 1.514. Em março deste ano, os Estados Unidos registraram o primeiro óbito em dez anos por conta da doença.
A situação aconteceu no início da gestão de Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde e Serviços Humanos, cargo equivalente ao de ministro da Saúde no Brasil. Kennedy Jr. já afirmou que a vacina tríplice viral estaria ligada ao autismo, uma alegação que foi estudada e desmentida - ou seja, não tem qualquer base científica.
Na América do Sul, a Bolívia enfrenta um surto ativo com 320 casos confirmados, enquanto o Paraguai registrou 50 casos, o Peru, 4, e a Argentina, 35. Os dados da OMS apontam que os adolescentes e jovens adultos registram o maior número absoluto de casos. Nas Américas, 22% dos casos confirmados ocorreram entre pessoas de 10 a 19 anos, e 19% entre 20 e 29 anos.
No entanto, quando se considera a taxa de incidência proporcional à população, os bebês com menos de 1 ano são os mais vulneráveis, com 6,6 casos para cada 100 mil habitantes.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença causada por um vírus do gênero Morbillivirus, de transmissão respiratória, assim como a covid-19, influenza e outras infecções virais. A doença causa um quadro de saúde preocupante e potencialmente fatal, especialmente para crianças com menos de 2 anos. "Até os anos 90, o sarampo era uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil", pontua Isabella.
Os sintomas iniciais costumam ser parecidos com os de uma gripe: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e mal-estar. Depois de alguns dias, surgem manchas vermelhas pelo corpo, a principal marca da doença. Quando elas aparecem, o paciente pode estar transmitindo a doença há seis dias - a transmissão continua até quatro dias após o surgimento dessas marcas. É importante frisar que o vírus do sarampo é considerado um dos mais contagiosos: um indivíduo com a doença pode infectar outros 16 que não estejam imunizados.
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JORNAL OPÇÃO
SUS recebe medicamento de última geração para tratamento de câncer de mama
Quase 12 mil unidades para tratamento do câncer de mama HER2-positivo chegaram ao Brasil
O Brasil recebeu, neste mês de Outubro Rosa, o primeiro lote do medicamento de última geração incorporado ao SUS para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo. A primeira tem 11.978 unidades do Trastuzumabe Entansina, sendo 6.206 de 100 mg e 5.772 de 160 mg. As doses chegaram nesta segunda-feira, 13.
Ao todo, serão quatro lotes do medicamento. As próximas entregas estão previstas para dezembro de 2025, março e junho de 2026. Os insumos atenderão 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS, beneficiando 1.144 pacientes em 2025.
O investimento total é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, sendo 17,2 mil unidades de 100 mg e 17,2 mil de 160 mg. O Ministério da Saúde negociou a compra no valor de cerca de 50% abaixo do mercado, garantindo economia de aproximadamente R$ 165,8 milhões e ampliando o acesso ao tratamento no SUS. Os preços negociados passaram de R$ 7,2 mil por frasco de 100 mg e R$ 11,6 mil por frasco de 160 mg, para R$ 3,5 mil e R$ 5,6 mil respectivamente.
“É um avanço gigantesco para a oncologia nacional, com o primeiro protocolo clínico voltado a esse tratamento. Trata-se de uma medicação muito esperada pela nossa população, que poderá reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com câncer de mama do tipo HER2 positivo. É uma grande vitória para a saúde pública e para o povo brasileiro”, afirmou o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto.
Pós quimioterapia inicial
O medicamento é indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2- positivo em estágio III. A nova terapia representa um avanço no cuidado, ampliando as opções de tratamento no SUS e oferecendo melhores perspectivas de controle da doença e qualidade de vida. O medicamento será distribuído às secretarias estaduais de saúde, que farão a dispensação conforme os protocolos clínicos vigentes.
Além do Trastuzumabe Entansina, o Ministério da Saúde avança na oferta dos inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe) indicados para o tratamento de câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo e HER2- negativo.
A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos, por meio da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade (APAC), será publicada ainda neste mês. Esse modelo permite que estados e municípios realizem diretamente a aquisição dos medicamentos, com financiamento federal, otimizando a logística e garantindo que o tratamento chegue com mais agilidade às pacientes atendidas nos serviços especializados.
Ampliação de Mamografia
Recentemente o Ministério da Saúde anunciou mudança na faixa etária para realização da mamografia no SUS. A partir de agora o exame está disponível também para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo na ausência de sintomas de câncer. A ampliação da faixa etária fortalece o diagnóstico precoce e o acesso à assistência, especialmente para mulheres que antes encontravam barreiras no sistema público de saúde, como a exigência de histórico familiar ou de sinais clínicos da doença. Em 2024, as mamografias realizadas em mulheres com menos de 50 anos já corresponderam a 30% do total, ultrapassando 1 milhão de exames.
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MEDICINA S/A
A receita da Leve Saúde para ser uma das operadoras que mais crescem no Brasil
Com foco em atenção primária, rede verticalizada e uso de tecnologia, empresa aposta em modelo inovador para levar saúde acessível e de qualidade à população.
A Leve Saúde é uma das operadoras que mais crescem no Brasil atualmente e isso não se dá por acaso. Criada no Rio de Janeiro com o propósito de oferecer serviços de qualidade a preços acessíveis, a empresa nasceu com o objetivo de ampliar o acesso à saúde suplementar para um público historicamente negligenciado, o de pessoas com mais de 45 anos das classes B, C e D. Essa decisão estratégica foi o ponto de partida de um modelo que rapidamente demonstrou potencial de escala. Com apenas cinco anos de existência, a Leve ultrapassou R$ 700 milhões em faturamento e já conquistou mais de 95 mil clientes.
No entanto, o foco inicial não limita a atuação da empresa. A operadora vem expandindo seus serviços com um portfólio que engloba diversos perfis de clientes, mas que não deixa de lado o compromisso de oferecer uma saúde mais acessível, contínua e centrada no cuidado do paciente. Neste ano, lançou uma nova grade de planos médicos, com hospitais de ponta e preços ainda mais competitivos – especialmente para o público sênior – e ampliou a abrangência dos planos odontológicos.
Com um modelo que combina três pilares essenciais (rede própria, tecnologia e atenção primária), a operadora vem redefinindo a experiência dos clientes em todas as etapas da jornada assistencial, desde a prevenção até o acompanhamento especializado.
A empresa mantém uma rede de 12 clínicas próprias em pontos estratégicos do estado do Rio de Janeiro, onde já realiza a maior parte dos atendimentos ambulatoriais. Cerca de 75% dos clientes já realizam exames e consultas dentro da rede, e mais de 30% passam por atendimento ao menos uma vez por mês em uma das unidades. A meta é que, em breve, 90% dos atendimentos aconteçam nas clínicas Leve, garantindo mais integração, agilidade e personalização. É dessa forma que a Leve mantém um cuidado mais próximo, com médicos que conhecem o histórico do cliente e acompanham sua saúde de forma contínua e integrada.
Tecnologia
Com o objetivo de elevar a excelência de seus serviços e oferecer uma experiência mais completa aos clientes, a Leve também aposta em tecnologia. Em 2024, implantou um novo sistema de gestão ambulatorial que centraliza todos os dados clínicos em um único Repositório Eletrônico de Saúde. Com isso, garante a interoperabilidade com parceiros laboratoriais e acesso imediato a dados e histórico pelos profissionais de saúde, beneficiando tanto as equipes de cuidado quanto os próprios pacientes. A empresa também implementou, em todas as suas clínicas, uma ferramenta de check-in com reconhecimento facial em totens automatizados que permite o cadastro inicial em poucos segundos. Com uma expressiva redução do tempo de espera, a Leve garante redução de custos, prevenção de fraudes e maior automação de processos – além de mais comodidade para seus clientes.
O app de autoatendimento da operadora, usado por 80% dos seus clientes mensalmente, reúne mais de 25 funcionalidades, como agendamento de consultas, acesso a resultados de exames, receitas médicas e atestados, além de conexão a um sistema próprio de telemedicina, que reduz a necessidade de consultas presenciais e amplia a possibilidade de conversar com o time de cuidados para orientações de saúde.
Toda essa digitalização também se traduz em eficiência operacional e combate a fraudes, o que colabora para que os valores dos planos se mantenham acessíveis. Desde 2024, análises assistidas por inteligência artificial passaram a ser utilizadas para autorizar exames e procedimentos, otimizando prazos e reduzindo riscos. Ainda em 2025, esse sistema será expandido para a auditoria de contas médicas, criando uma linha de defesa integrada que conecta autorização, execução e faturamento.
Atenção Primária
O terceiro pilar da Leve Saúde está na atenção primária à saúde. Em um setor em que a média de investimentos em prevenção não passa de 0,25% da receita, a Leve investe seis vezes mais. Em 2024, foram R$ 4,5 milhões destinados a programas e iniciativas de cuidado. Em 2025, a expectativa é dobrar esse número e chegar a R$ 10 milhões. São nove programas já em curso e outros em fase de lançamento. Há projetos voltados para puérperas, gestantes, saúde mental, autismo, doenças renais, alta complexidade e home care. Um novo programa para emagrecimento saudável também estreará ainda este ano. Ao todo, a empresa conta com um time de 150 médicos e 60 enfermeiros dedicados ao atendimento nas clínicas e nas plataformas virtuais.
Mas um dos maiores símbolos da valorização da Leve Saúde aos cuidados preventivos está fora das clínicas e dos aplicativos. A Arena Leve, projeto de bem-estar e inclusão patrocinado pela operadora, transformou quatro espaços icônicos do Rio de Janeiro em centros de atividade física gratuita e promoção de saúde. Com aulas diárias de yoga, ritmos, funcional, pilates, boxe e até futevôlei, o projeto já superou 70 mil inscrições em um ano e impactou diretamente 13 mil pessoas. Além das atividades esportivas, os participantes contam com acesso a serviços de saúde, estrutura com vestiários, materiais de treino e apoio de mais de 70 professores. Aberta a todos, a Arena reforça o compromisso da Leve com a democratização do acesso à saúde e o incentivo à vida ativa. Até o fim de 2026, o investimento previsto na Arena Leve é de R$ 3 milhões.
Todo esse conjunto de inovações contribuiu para que a empresa alcançasse o segundo menor índice de sinistralidade do setor, com 58%. Com isso, a Leve demonstra que é possível ser sustentável, oferecer saúde de qualidade e ainda manter planos com preços até 30% mais acessíveis do que a média do mercado. Esse é um feito ainda mais expressivo se considerarmos que mais de 50% da base da Leve não possuía plano em até 6 meses antes da contratação. Além disso, metade da base atual contratou diretamente com a empresa, sem migrar de outras operadoras.
Em um mercado com mais de 70 milhões de brasileiros acima dos 45 anos e menos da metade com acesso à saúde privada, a Leve possui planos de expansão para além do Rio de Janeiro, e em breve contará com hospitais próprios em sua rede.
Ao ampliar sua atuação calcada em atenção primária, presença digital consolidada, tecnologia própria e uma filosofia de cuidado genuíno, a Leve Saúde mostra que é possível crescer rápido sem abrir mão do essencial: cuidar de pessoas. E faz isso de maneira leve, acessível, integrada e humana, tendo sempre como foco principal o próprio cliente. Uma verdadeira receita de sucesso para quem quer, mais do que planos de saúde, construir um novo futuro para a saúde no Brasil.
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Saúde mental dos plantonistas: como aliviar a sobrecarga
Quem olha de fora, muitas vezes enxerga apenas o prestígio da profissão médica. Porém, quem vive o dia a dia de um plantão conhece o peso da rotina com jornadas longas, noites mal dormidas e decisões críticas a cada minuto. Porém, quando o expediente termina, começa outra maratona, a burocracia.
Emitir notas fiscais, calcular impostos, organizar recibos, controlar escalas… Tudo isso recai sobre os ombros do plantonista, que já chega ao fim do turno esgotado fisicamente e emocionalmente. O resultado é um fardo extra que amplia o desgaste e ameaça a qualidade de vida.
Um estudo publicado este ano na Revista FT revela que a Síndrome de Burnout afeta significativamente os profissionais da saúde no Brasil, especialmente no cenário pós-pandemia. A pesquisa, baseada em artigos publicados nas bases de dados Lilacs e SciELO, identifica como principais fatores de risco a carga horária excessiva, múltiplos empregos e condições de trabalho inadequadas. De acordo com o levantamento, profissionais residentes apresentaram taxas de até 50% de acometimento da síndrome.
O cenário se torna ainda mais alarmante diante de um estudo publicado pela BMJ em 2024, que aponta que médicas enfrentam um risco 76% maior de suicídio em comparação com a população geral. A pesquisa também revela que médicos homens têm 41% mais chance em relação aos homens da população geral, evidenciando que a profissão médica apresenta um risco consistente.
Grande parte desse estresse não vem apenas da prática médica em si, e sim da falta de suporte fora do hospital. A burocracia financeira é um inimigo silencioso da saúde mental. Quando um médico perde horas da madrugada organizando documentos fiscais ou tentando entender se seus impostos foram pagos corretamente, deixa de investir esse tempo no que realmente importa: descansar, aproveitar momentos de lazer ou estar com a família.
Aqui entra a importância da Tecnologia como aliada. Simplificar a vida financeira do plantonista, automatizando notas fiscais, centralizando pagamentos e calculando tributos de forma instantânea é um cuidado necessário com a saúde mental. O médico precisa de soluções práticas, acessíveis e que funcionem no ritmo de sua rotina, para que possa dedicar sua energia ao que realmente importa: cuidar de pessoas.
Oferecer suporte ao médico fora do hospital é tão essencial quanto qualquer inovação dentro dele. Garantir que esses profissionais tenham menos peso burocrático e mais qualidade de vida é também investir na qualidade da medicina no Brasil.
*André Servaes é CEO da Selvia.
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SAÚDE BUSINESS
Como implementar um programa ESG em hospitais e clínicas: passo a passo para começar
Implementar ESG em hospitais e clínicas envolve diagnóstico inicial, definição de metas, integração cultural e monitoramento.
A pressão por sustentabilidade hospitalar e transparência na gestão tem colocado o ESG em saúde no centro das discussões do setor. Mais do que atender normas ou conquistar certificações, trata-se de repensar a forma como clínicas e hospitais lidam com recursos naturais, pessoas e governança.
Ao estruturar um plano ESG hospitalar, a instituição consegue reduzir desperdícios, ampliar eficiência energética, fortalecer a responsabilidade social hospitalar e ganhar credibilidade perante pacientes, colaboradores e investidores. O grande desafio está em como transformar esses conceitos em prática.
A implementação ESG clínica exige um caminho bem definido. O processo passa por diagnóstico inicial, definição de metas, integração cultural e acompanhamento de resultados — etapas que permitem alinhar impacto ambiental, social e econômico de forma consistente.
O que é ESG hospitalar
O conceito de ESG hospitalar está diretamente ligado à integração dos pilares ambiental, social e de governança ao setor da saúde.
Em hospitais e clínicas, a aplicação prática abrange desde o manejo adequado de resíduos e a transparência na gestão até ações que ampliam o compromisso com a responsabilidade social.
Ao analisar como implementar um programa ESG nos hospitais, é importante enxergar que não se trata apenas de uma adequação normativa, mas de uma transformação cultural voltada para a sustentabilidade e para a reputação institucional.
O impacto ambiental da saúde é expressivo: de acordo com a Health Care Without Harm (HCWH), os sistemas de saúde respondem por 4,4% das emissões globais de CO₂, o que equivale à operação anual de 514 usinas de carvão.
Já a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) mostra que hospitais consomem quase 2,5 vezes mais energia por metro quadrado do que edifícios comerciais comuns. Esses dados deixam claro que a sustentabilidade hospitalar é decisiva para reduzir custos, minimizar riscos e reforçar a credibilidade das instituições.
Além do aspecto ambiental, a gestão ESG em clínicas e hospitais amplia benefícios sociais. Pacientes encontram ambientes mais seguros e saudáveis, enquanto colaboradores percebem maior valorização e propósito no trabalho.
Para investidores, um hospital sustentável transmite solidez, alinhamento com boas práticas de governança em hospitais e um compromisso claro com métricas de sustentabilidade em saúde.
Os 3 pilares do ESG em saúde
A incorporação do ESG em saúde vai além da adoção de tecnologias ou da modernização de estruturas. O desafio é integrar práticas que unem sustentabilidade, responsabilidade social e governança ética ao dia a dia de hospitais e clínicas.
Cada pilar a seguir contribui para transformar o setor em um modelo mais consciente e preparado para os desafios atuais:
Ambiental: envolve medidas para reduzir o consumo de energia e água, ampliar a eficiência energética e garantir o manejo correto de resíduos. Essas iniciativas ajudam a diminuir a pegada ambiental e posicionam a instituição como um hospital sustentável.
Social: refere-se ao impacto direto na comunidade e nas pessoas. Programas de saúde comunitária, diversidade e inclusão e ações voltadas ao bem-estar das equipes fortalecem a relação de confiança entre pacientes, profissionais e sociedade.
Governança: abrange a transparência na gestão, o cumprimento de normas e a criação de processos éticos que garantam credibilidade. A definição de indicadores claros e a adoção de políticas de governança clínica permitem acompanhar resultados e gerar valor de longo prazo.
Ao alinhar esses três pilares, hospitais e clínicas passam a construir não apenas um serviço de qualidade, mas também um modelo de gestão que gera impacto positivo e duradouro.
Como implementar um programa ESG em hospitais
Para elaborar um plano ESG hospitalar, é necessário alinhar o projeto à estratégia da instituição e assegurar a participação ativa da alta liderança. A medida reforça a implementação consistente das ações por meio de um cascateamento top-down.
Abaixo estão etapas que podem guiar essa jornada:
Avaliação da situação atual da clínica ou hospital
O primeiro passo é entender onde a instituição está em termos de práticas ambientais, sociais e de governança. Para isso, muitas organizações formam um comitê ou equipe multidisciplinar capaz de mapear riscos, oportunidades e pontos de melhoria.
Esse diagnóstico inicial é a base para uma implementação ESG clínica bem-sucedida.
Definição de metas e indicadores claros
A materialidade é o processo de identificação e priorização dos temas Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) que mais impactam o negócio e seus públicos de interesse.
Essa análise é organizada em uma matriz de materialidade, um mapa estratégico que mostra quais ações ESG são mais relevantes para a organização e seus stakeholders, orientando a atuação e a comunicação de sustentabilidade.
A análise de materialidade ESG é estruturada em quatro etapas:
Identificação dos temas: análise dos aspectos ambientais, sociais e de governança que podem afetar o negócio ou a operação.
Consulta às partes interessadas: escuta de colaboradores, clientes, investidores e comunidades para compreender expectativas e prioridades.
Análise de impacto: avaliação de como cada tema influencia custos, riscos e reputação, além do impacto que a empresa gera sobre o meio ambiente e a sociedade.
Criação da matriz de materialidade: consolidação dos resultados em um gráfico que representa a relevância dos temas para o negócio e para os stakeholders.
A matriz de materialidade orienta decisões e direciona investimentos nas ações ESG mais relevantes. Também reforça a gestão de riscos, aprimora a comunicação corporativa, facilita a elaboração de relatórios de sustentabilidade e amplia a competitividade e o valor de longo prazo da organização.
O conceito de dupla materialidade complementa essa análise ao considerar duas perspectivas: a financeira — como os temas ESG afetam o valor da empresa — e a de impacto — como a empresa influencia o meio ambiente e a sociedade. Essa visão integrada fortalece a coerência entre propósito, resultados e impacto socioambiental.
Integração de ESG na cultura organizacional
Para que a estratégia seja efetiva, ela precisa ser incorporada à rotina da instituição com treinamentos, campanhas de engajamento e incentivo à adoção de práticas de responsabilidade social no dia a dia.
Uma política de governança clínica transparente também contribui para fortalecer a confiança entre equipes, pacientes e parceiros.
Monitoramento e reporte de resultados
A jornada não termina com a execução das ações. É fundamental acompanhar métricas de sustentabilidade em saúde, revisar processos e divulgar os avanços de forma clara.
O monitoramento constante e os relatórios periódicos reforçam o compliance e demonstram compromisso com a melhoria contínua.
Um plano bem estruturado coloca hospitais e clínicas em sintonia com as melhores práticas do setor, gera impacto positivo para a sociedade e aumenta a credibilidade da instituição no mercado.
Casos de sucesso
A aplicação de ESG em saúde já deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma realidade em hospitais e instituições de referência.
Diversas experiências mostram que a sustentabilidade hospitalar, quando bem planejada, gera impacto ambiental positivo, fortalece a reputação e melhora a gestão no longo prazo.
Libbs
Um exemplo vem da farmacêutica Libbs, que reduziu em 43% o consumo de gasolina de sua frota corporativa em apenas seis meses. A campanha, voltada à conscientização dos colaboradores e ao uso preferencial do etanol, evitou a emissão de 674 toneladas de CO₂.
Além do ganho ambiental, a iniciativa demonstrou como engajamento interno e mobilidade sustentável podem se transformar em vantagem competitiva e em economia significativa.
Hospital Moinhos de Vento
Outro destaque é o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, que conquistou pela quarta vez consecutiva o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. A certificação reconhece a qualidade e a transparência na gestão das emissões de gases de efeito estufa.
O hospital adotou medidas como a descontinuação gradual do uso de óxido nitroso (N₂O), responsável por grande parte das emissões diretas, e investiu em energia renovável, incluindo usina fotovoltaica própria.
Essas práticas reforçam a governança em hospitais e a capacidade de alinhar eficiência operacional com responsabilidade climática.
Hospital Moriah
O Hospital Moriah, em São Paulo, também se tornou referência ao conquistar o selo LEED Gold de sustentabilidade, concedido pelo U.S. Green Building Council. A certificação reconhece edificações que seguem padrões internacionais de eficiência energética e qualidade ambiental.
Para chegar lá, o hospital implementou gestão eficiente de resíduos, reaproveitamento de calor de sistemas de climatização e programas de educação ambiental para colaboradores.
O resultado foi um espaço de saúde mais sustentável, com benefícios diretos para pacientes, equipe e comunidade.
Esses exemplos revelam que o plano ESG hospitalar não é apenas uma diretriz teórica, mas um caminho prático para gerar impacto social de hospitais, reduzir custos operacionais e atender às expectativas de investidores e da sociedade.
Hcor
O Hcor, em São Paulo, eliminou o uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduziu em cerca de 50% suas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1). A substituição do óxido nitroso pelo sevoflurano diminui o potencial de aquecimento global sem comprometer a segurança dos pacientes.
A mudança exigiu ajustes técnicos, como a desativação do sistema central de distribuição do N₂O e a revisão dos protocolos anestésicos. A ação integra uma estratégia mais ampla de sustentabilidade que também reduziu o volume de resíduos por paciente-dia e o descarte em aterros.
O hospital é membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, com resultados expressivos: redução de 3,93% na geração de resíduos e de 8,10% no volume enviado a aterros sanitários em 2024, mesmo com aumento na quantidade de pacientes e cirurgias.
A redução no consumo hídrico chegou a 6,6% e o consumo de energia por paciente-dia atingiu 12%, ampliando o volume de materiais reciclados e compostados. A comercialização de recicláveis gerou R$ 237 mil, revertidos para projetos gratuitos de saúde.
Rede D’Or
A Rede D’Or firmou um acordo de 17 anos com a CGN Brasil Energy e o Grupo Bolt para a autoprodução de 57 MW médios de energia solar, suficientes para abastecer 79 unidades hospitalares em 13 estados e no Distrito Federal.
O fornecimento provém principalmente do Complexo Solar Fotovoltaico Lagoinha, no Ceará, com 337 mil painéis fotovoltaicos distribuídos em 304 hectares. A iniciativa reforça a estratégia de transição energética da empresa e deve garantir autonomia total no consumo de energia elétrica de suas operações hospitalares.
A Rede D’Or é signatária do Pacto Global da ONU e da iniciativa Race to Zero, com metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050 e reduzir 36% da intensidade de emissões até 2030 (base 2020).
Suas práticas são reconhecidas nos índices Carbono Eficiente (ICO2) e de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, além do Carbon Disclosure Project (CDP – Clima).
A experiência dessas instituições mostra que a implementação ESG clínica, quando estruturada, pode transformar o setor da saúde em um modelo de inovação, credibilidade e compromisso com o futuro.
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Assessoria de Comunicação
Presidente e associados prestigiam celebração dos 63 anos do Ipasgo Saúde
O presidente da Ahpaceg, Renato Daher, e os diretores do associado Hospital e Maternidade Santa Bárbara, Bárbara Teodoro e Hugo Teodoro, prestigiaram hoje, 13, a abertura da celebração dos 63 anos do Ipasgo Saúde.
O Instituto iniciou as comemorações com um culto ecumênico que reuniu diretores, prestadores de serviços, colaboradores, beneficiários, autoridades e parceiros.
Bruno D’Abadia, que assumiu a presidência do Ipasgo Saúde em março de 2025, ressaltou a importância da continuidade institucional e da responsabilidade compartilhada entre gestões. “O Ipasgo chega aos 63 anos com equilíbrio e transparência, graças ao trabalho de muitas gestões e servidores que ajudaram a construir essa história. Nosso compromisso é cuidar de mais de 580 mil vidas com responsabilidade e eficiência, mantendo a instituição sólida e preparada para o futuro”, afirmou.
Foto: Ipasgo - Hugo (esq.), Renato e Bárbara
CLIPPING AHPACEG 11 A 13/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS
Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida
https://www.foconacional.com.br/2025/10/outubro-rosa-da-unimed-catalao-destaca.html
Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol
https://medicinasa.com.br/intoxicacao-metanol/
SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde
https://medicinasa.com.br/parceria-reino-unido-sus/
Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?
https://medicinasa.com.br/estrategia-e-risco/
Onde estará seu hospital no futuro da saúde?
https://www.saudebusiness.com/colunistas/onde-estara-seu-hospital-no-futuro-da-saude/
Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia
https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/como-preparar-auditorias-fiscalizacoes-clinicas/
Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação
A REDAÇÃO
Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS
Dado inclui consulta, exame, terapia e mais
Os beneficiários de planos de saúde realizaram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, aumento de 0,3%, segundo o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número, divulgado nesta sexta-feira (10/10), inclui consultas, exames, terapias, internações e atendimentos odontológicos, autorizados pelas operadoras de planos de saúde ao longo do ano.
De acordo com o levantamento da ANS, no topo do ranking continuam os exames ambulatoriais, que responderam por 1,18 bilhão de registros, aumento de 0,7% em relação ao ano anterior. No período, foram realizadas 284,5 milhões de consultas no País, aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior. Já o número de atendimentos ambulatoriais alcançou 202,1 milhões de procedimentos, alta de 2,8%.
Por outro lado, houve redução na quantidade de terapias ambulatoriais, que somaram 67,7 milhões procedimentos, segundo os dados da ANS. Houve redução também em internações, que totalizaram 9,1 milhões de registros em 2024, diminuição de 1% em relação ao ano anterior.
Outra modalidade que teve retração foi a de procedimentos odontológicos, que alcançou 190,8 milhões de atendimentos, queda de 2,7% em base anual de comparação.
Procedimentos por beneficiário
De acordo com a ANS, no período a média de procedimentos por beneficiário se manteve estável em 5,5 consultas médicas e 22,9 exames por ano. Nos planos odontológicos, a quantidade de procedimentos foi de 5,2 por pessoa ao longo do período.
O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apontou, ainda, que os gastos com medicamentos representaram 10,2% do total de despesas médico-hospitalares no ano passado, aumento de 40% em relação a 2019, ano de referência para a medição. Para a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, a publicação permitirá aos beneficiários, operadoras e prestadores de serviço, compreender melhor a realidade da saúde suplementar no País.
"Temos hoje um modelo de saúde que precisa ser discutido da maneira mais abrangente possível, e a agência tenta trazer transparência, dados e informações para fomentar esse debate", explicou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
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FOCO NACIONAL
Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida
Na Unimed Catalão, o cuidado com a saúde das mulheres é diário, mas neste mês ele ganha uma nova cor. Aproveitando a campanha Outubro Rosa, a Unimed Catalão desenvolve uma série de ações voltadas para a prevenção do câncer de mama, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequados são essenciais para a promoção da saúde.
E a campanha Outubro Rosa deste ano vem carregada de emoção, coragem e histórias reais que tocam o coração. Com o tema “Força que Cuida”, a Unimed Catalão dá voz a mulheres que enfrentaram ou enfrentam o câncer de mama e hoje inspiram outras com seus relatos de superação, mostrando a todas como é importante se cuidarem.
Serão divulgados vídeos com dez histórias reais, emocionantes e motivadoras de mulheres que foram desafiadas pela doença e estão superando essa situação com determinação, força e coragem. A campanha dá voz a mulheres como Marcela Cabral, Eline Pereira, Ludmila Martins, Mayara Cardoso, Leidilaine Gomes, Vânia Cavalcante, Ana Paula Rodovalho e Rosa Nayara, que aceitaram o convite para compartilhar momentos marcantes da luta contra a doença.
Em comum, além da força e determinação, elas relatam o apoio que encontram na família, nos amigos, na fé e no cuidado contínuo oferecido pela Unimed Catalão.
Cada depoimento é um lembrete de que o autocuidado pode mudar o rumo de uma vida. Além dos relatos, que serão veiculados até o início de novembro, o público também terá acesso, nas redes sociais, a orientações sobre a prevenção do câncer de mama. Um convite para parar, se observar, se tocar e se cuidar não apenas em outubro, mas em todos os dias do ano.
Acesse, confira, compartilhe e cuide-se @unimedcatalao
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MEDICINA S/A
Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol
O Ministério da Saúde enviou uma nota técnica aos estados e municípios com orientações atualizadas sobre o atendimento e a notificação de casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O documento atualiza os critérios para confirmação dos casos e detalha o fluxo de análise laboratorial, os procedimentos para solicitação de insumos e a notificação imediata ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).
A principal orientação está na definição de casos de intoxicação por metanol. Agora, a confirmação de caso com indicação de tratamento é baseada no histórico de ingestão de bebida alcoólica, no quadro clínico e em achados laboratoriais compatíveis. Para casos suspeitos, passa a ser considerado o período de persistência ou piora dos sintomas entre 6 e 72 horas após a ingestão.
O documento também traz definições de casos confirmados, descartados e em investigação. Além disso, orienta sobre o fluxo de análise laboratorial dos exames, os procedimentos para solicitação de insumos e as regras para notificação imediata aos CIEVS estaduais, que devem informar o CIEVS Nacional por meio do Disque-Notifica (0800-644-6645) e do e-Notifica (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.). Mesmo com a notificação imediata, o registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação continua sendo obrigatório.
Fluxo laboratorial
A definição do laboratório responsável pelas análises deve ser feita por cada estado, com prioridade para os laboratórios da rede Centro de Informações Toxicológicas (CIATox) ou os da Polícia Científica. Nos casos em que o estado não tiver capacidade para realizar as análises, as amostras devem ser enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do estado, que vai encaminhar o material para o CIATox-Campinas. Até o momento, 21 estados possuem fluxo definido para o encaminhamento e análise das amostras.
O Brasil conta com 32 CIATox, centros de referência em toxicologia para orientação, diagnóstico e manejo de intoxicações, além de apoio à toxicovigilância e à ingestão de risco químico. Os estados que não têm CIATox, podem usar gratuitamente o serviço Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001.
Para reforçar a rede laboratorial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a ampliação da capacidade de análise de casos suspeitos. Com o apoio do laboratório da Unicamp, em São Paulo, passam a ser realizados até 190 testes por dia, reforçando a capacidade de resposta e o tratamento dos pacientes.
Antídotos
O Brasil recebeu, nesta quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol para reforçar o estoque estratégico do SUS destinado ao tratamento de intoxicações por metanol. A compra é inédita, e a distribuição já foi iniciada, com 1,5 mil unidades enviadas aos estados. São Paulo foi o primeiro a receber 288 unidades do medicamento, em razão do elevado número de casos.
Os demais estados com ocorrências suspeitas também receberão o antídoto: Pernambuco (68 unidades), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16). Em seguida, a distribuição será ampliada para todo o país, garantindo o abastecimento em todas as regiões. Permanecerão no estoque estratégico do Ministério da Saúde 1.000 ampolas.
O ministério também enviou mais de 1,4 mil unidades de etanol farmacêutico — outro antídoto usado para reduzir a gravidade da intoxicação por metanol — a 11 estados: Acre (30), Alagoas (60), Bahia (90), Ceará (120), Distrito Federal (90), Goiás (75), Mato Grosso do Sul (60), Paraná (360), Pernambuco (480), Rio Grande do Sul (60) e Rio de Janeiro (60).
Sinais e sintomas
Os sintomas por esse tipo de intoxicação podem demorar de 6 a 72 horas para aparecer. Fique atento se você ou alguém próximo apresentar:
Sintomas iniciais: Sensação de embriaguez que não passa, acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal forte ou desconforto gástrico.
Sintomas neurológicos: Dor de cabeça, tontura e confusão mental.
Ao apresentar qualquer um desses sintomas, especialmente alterações visuais, após a ingestão de bebida alcoólica procure imediatamente o serviço de emergência mais próximo. (Com informações do Ministério da Saúde)
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SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, renovou parceria bilateral entre Brasil e Reino Unido com ênfase na troca de experiências entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o National Health Service (NHS) britânico – uma das inspirações para a criação do SUS. O NHS também adota iniciativas do modelo brasileiro de atenção primária à saúde, com destaque para a estratégia Saúde da Família e a atuação de agentes comunitários de saúde.
Projetos-piloto em bairros de Londres já incorporam práticas inspiradas no SUS e têm despertado interesse em expandir o modelo para outras regiões do país. O ministro assinou o documento juntamente com Zubir Ahmed, subsecretário parlamentar de Estado para Inovação e Segurança em Saúde.
“É uma grande alegria e honra a ampliação dessa parceria. O NHS é como um irmão mais velho. Quando fomos criar o nosso sistema nacional público de saúde, depois da redemocratização do Brasil, uma das experiências que nos inspirou foi a luta da sociedade inglesa depois da Segunda Guerra Mundial, a luta dos trabalhadores e trabalhadoras inglesas que criaram o NHS e que inspirou o Brasil na criação do SUS. Por outro lado, a ideia da nossa atenção primária em saúde ser fortemente baseada no território onde as pessoas vivem influencia o cuidado e a organização dos serviços de saúde. Vocês adotam aqui, essa que é uma estratégia que iniciamos no Brasil nos anos 90, dos agentes comunitários de saúde. Então, essa nossa colaboração vai continuar em favor dos desafios que enfrentamos, da resiliência do sistema de saúde que exige antecipar, identificar problemas para os anos futuros”, disse Padilha.
Zubir Ahmed também celebrou a renovação do acordo. “Nós temos muito em comum com o Brasil e estamos muito orgulhosos de ter estabelecido trabalhadores de saúde comunitários que foram muito inspirados pela experiência brasileira com base em evidências ao longo dos últimos 30 anos. Nós fizemos os primeiros pilotos aqui em Westminster em 2020, bem no meio da Covid-19, onde percebemos que nosso sistema de saúde pública não estava funcionando, e precisávamos encontrar soluções para ajudar as comunidades mais vulneráveis. Iniciamos os pilotos com apenas quatro profissionais e isso cresceu para mais de 200 trabalhadores de saúde comunitários em 25 locais diferentes em toda a Inglaterra em apenas dois ou três anos. A função do trabalhador de saúde comunitário está sendo implementada em todo o país e toda semana estamos conversando com mais e mais localidades que desejam implementar essa função. Portanto, é um momento muito emocionante para a colaboração, para continuarmos aprendendo uns com os outros”, disse.
O acordo prevê ações conjuntas nas seguintes ações: mudanças climáticas e saúde pública; política de igualdade racial em saúde; preparação, prevenção e resposta a pandemias; inovação, tecnologia em saúde e saúde digital; e fortalecimento dos sistemas de saúde.
Missão
A missão brasileira também busca novas alianças voltadas ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, à autonomia tecnológica do SUS e à cooperação científica internacional. A programação inclui visitas a centros de inovação tecnológica e de saúde digital, que servem de referência para a modernização do sistema público brasileiro. Participam da comitiva entidades governamentais e empresariais para fortalecer parcerias estratégicas na área de medicamentos, vacinas e inteligência artificial aplicada à saúde. (Com informações do Ministério da Saúde)
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Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?
A verticalização na saúde suplementar — movimento em que operadoras passam a investir em hospitais, laboratórios e centros próprios, ou em que hospitais tornam-se operadoras — é uma tendência crescente no Brasil. Esse processo busca alinhar três objetivos fundamentais: controle de custos, efetividade assistencial e melhoria do resultado operacional.
No entanto, a decisão estratégica entre construir ou comprar um hospital deve ser analisada com cautela. Mais do que o investimento inicial, é a capacidade de operação eficiente e sustentável que define o sucesso no médio e longo prazo.
Na gestão da Unimed Criciúma, por exemplo, houve a experiência prática de abrir dois hospitais do zero e adquirir um terceiro, que já possuía quase 60 anos de história na cidade. Essa vivência permite avaliar, com base em variáveis objetivas, as vantagens e desvantagens de cada estratégia.
Análise de custo para construção de um hospital próprio
Para a construção de um hospital próprio, consideremos um exemplo com valores aproximados, fundamentados nos casos de uma operadora real. O custo do metro quadrado de construção varia entre R$ 6.000 e R$ 10.000 (CBIC; Abrasce, 2023). Com isso, a construção de um hospital de aproximadamente 7.000 m² exigiria:
R$ 60 milhões em obras;
R$ 40 milhões em equipamentos.
Totalizando R$ 100 milhões para uma estrutura com 60 leitos, pronto-atendimento, UTI, centro cirúrgico com cinco salas e centro obstétrico com três salas.
Para a operação inicial, seria necessário contratar cerca de 300 colaboradores, gerando um custo mensal de pessoal de R$ 2,1 milhões/mês. O custo operacional total, considerando 50% de ocupação, ficaria em torno de R$ 6 milhões/mês, enquanto a receita inicial é limitada, já que apenas 30% a 50% da rede migra nos primeiros dois anos.
Isso gera uma dupla despesa: a operadora mantém custos com a rede credenciada e passa a arcar com o hospital novo. O déficit estimado é de R$ 4 milhões/mês (R$ 48 milhões/ano) até a maturação do negócio, mesmo considerando intercâmbio de pacientes e atendimentos particulares.
O desafio maior não está no investimento, mas na operação eficiente sem comprometer margens. Estudos indicam que hospitais levam de 3 a 5 anos para atingir equilíbrio financeiro (Porter & Teisberg, 2006). Eficiência de processos, gestão enxuta e alta ocupação são fundamentais para o sucesso.
Análise de custo para compra de um hospital existente
Geralmente, um hospital em funcionamento é colocado à venda devido a dificuldades operacionais ou endividamento, o valor de compra do hospital geralmente é realizado através de valuation baseado em fluxo de caixa descontado (DCF) ou EBITDA, com múltiplos de 5 a 7 vezes.
Um exemplo prático: um hospital de 7.000 m² com faturamento anual de R$ 90 milhões, margem operacional de 5% e valuation estimado entre R$ 45 a 100 milhões.
O custo da operação gira em torno de R$ 7 milhões/mês, enquanto a receita da operadora local representa 50% (R$ 3,75 milhões) e os outros R$ 3,75 milhões vêm de pacientes particulares, outros convênios e intercâmbio. O saldo líquido para a operadora (sem otimização) fica em R$ 375 mil/mês, com impacto anual de R$ 4,5 milhões positivo.
Comparativo com a construção
Diferente da construção, a compra não apresenta o grande impacto inicial. No exemplo analisado, o resultado líquido para a operadora foi positivo em R$ 4,5 milhões/ano, exigindo ajustes operacionais.
Comparativo construção x compra de hospital
A verticalização é uma estratégia inevitável para muitas operadoras diante da alta sinistralidade e da pressão regulatória. Construir hospitais é mais arriscado no curto prazo, mas pode gerar ganhos relevantes no longo prazo, desde que a gestão seja eficiente. Comprar hospitais oferece retorno imediato em termos de estrutura física e carteira, mas exige aquisição criteriosa.
Do ponto de vista estratégico ampliado, a compra tende a ter menor impacto operacional no curto e médio prazo, sendo a opção preferível quando disponível.
Assim, a decisão deve considerar:
Perfil da carteira (tamanho, dispersão, risco);
Capacidade de investimento e gestão;
Objetivos estratégicos de longo prazo (eficiência, valorização médica, perpetuidade do negócio).
A verticalização não é um fim em si mesma, mas um meio de garantir eficiência, sustentabilidade e qualidade assistencial.
*Leandro Avany Nunes é presidente da Unimed Criciúma.
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SAÚDE BUSINESS
Onde estará seu hospital no futuro da saúde?
Gestores hospitalares precisam se preparar para liderar a transformação acelerada da saúde no Brasil.
Recentemente, acompanhei uma palestra do médico Peter Diamandis, considerado uma das principais vozes globais sobre a inovação exponencial. Suas projeções para o futuro da saúde são surpreendentes, tanto pelo potencial de transformação do setor quanto pela velocidade com que as mudanças acontecem.
Ele espera, por exemplo, que em dez anos tenhamos um século de progresso tecnológico. Em meia década, as inteligências artificiais alcançarão a capacidade cognitiva de toda a humanidade combinada. Isso traz implicações imediatas para o futuro do trabalho, dos negócios, da educação e, também, da saúde.
Temos inovações batendo à nossa porta, como tecnologias vestíveis capazes de monitorar nossa fisiologia 24 horas por dia, fazendo um check-up contínuo. Técnicas como o CRISPR, ferramenta de edição do genoma, trazem possibilidades surpreendentes para mudar o desfecho de uma série de doenças. E mesmo a extensão da longevidade é um desafio sobre o qual muitos especialistas se debruçam neste exato momento.
Mudará, também, o modelo de negócios, uma vez que muitas atividades de saúde sairão dos hospitais para ocorrer nas casas dos pacientes. Isso exigirá menos infraestrutura para as próprias instalações hospitalares e mais tecnologia, conhecimento e pessoas para que sigamos na liderança do melhor tratamento para o indivíduo, onde ele estiver.
Diante disso, a pergunta não é mais “se” essas mudanças virão, mas “quando” elas acontecerão. Aqui reside o grande desafio dos gestores de hospitais e instituições de saúde do país: onde estaremos no futuro do setor? Seremos os líderes dessas transformações ou correremos atrás dos avanços?
Ainda temos uma série de percalços a serem superados em nosso país, que segue bastante desigual na disponibilidade dessas tecnologias para toda a população. Sem contar também as dificuldades que enfrentamos na sustentabilidade econômica, diante de um financiamento estatal insuficiente e da necessidade de avanços na relação com as operadoras.
Apesar dos desafios, é nossa missão sermos agentes da transformação, dentro da realidade das nossas instituições. E isso já está acontecendo: por exemplo, o mais recente ranking dos melhores hospitais do mundo, realizado pela revista Newsweek, colocou 22 centros médicos brasileiros entre os destaques globais.
O Rio Grande do Sul também tem se destacado, reunindo, da capital ao interior, instituições de referência internacional em qualidade na assistência. Em Porto Alegre, os hospitais representados pelo SINDIHOSPA vêm registrando conquistas importantes, como centros altamente especializados, profissionais de destaque e conexão com universidades que estão entre as melhores do mundo.
Inovações como a inteligência artificial já fazem parte do nosso cotidiano, contribuindo na busca de melhores desfechos, otimizando a atuação dos médicos e, também, permitindo dar passos consistentes na direção de uma saúde cada vez mais preditiva e preventiva.
Se na pandemia vimos avanços extraordinários ocorrerem de forma acelerada, a tendência para os próximos anos é de transformações muito mais céleres. Atualize-se, prepare suas lideranças e estruturas para o que virá pela frente. Isso determinará o lugar onde você e seu hospital estarão quando o futuro chegar.
*Daniel Giaccheri é vice-presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e fundador do São Pietro Hospitais e Clínicas
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Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia
A preparação para auditorias clínicas envolve gestão documental, tecnologia para auditorias e controle de conformidade.
Cada vez mais comuns em hospitais, clínicas e centros de diagnóstico, a auditoria clínica e a fiscalização em clínicas garantem não apenas conformidade regulatória, mas também melhorias operacionais e eficiência administrativa.
A seguir, vamos explorar práticas e recursos que ajudam a transformar o controle de conformidade em um processo de melhoria contínua, que une monitoramento de processos, checklist de fiscalização e suporte tecnológico para decisões mais estratégicas.
Relacionado: [e-book] Hospitalar 2025: inovação, integração e novos caminhos da Saúde
O que são auditorias clínicas
A auditoria clínica é uma ferramenta de gestão voltada para revisar práticas assistenciais e comparar resultados com padrões baseados em evidências. O objetivo é identificar falhas, corrigir processos e elevar a qualidade do atendimento ao paciente.
Existem dois tipos principais: a auditoria interna, conduzida pela própria instituição para monitorar conformidade e propor melhorias operacionais clínicas, e a auditoria externa, realizada por órgãos fiscalizadores ou empresas independentes, que validam se a instituição cumpre protocolos de auditoria e normas regulatórias.
Ambas são fundamentais para o compliance em saúde e fortalecem a credibilidade da organização. A relevância desse processo vai além da burocracia.
Ao revisar prontuários, protocolos e fluxos de atendimento, a auditoria apoia a gestão de saúde, assegura conformidade regulatória e contribui para a eficiência administrativa.
Em outras palavras, conecta boas práticas médicas, segurança do paciente e sustentabilidade da operação: pilares essenciais para clínicas e hospitais interessados em crescer com segurança.
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Como se preparar para uma auditoria
A preparação para auditoria não deve ser vista apenas como uma obrigação regulatória, mas como parte da rotina de qualidade da instituição.
Para estar pronto diante de auditorias e fiscalizações clínicas, três pilares sustentam o processo: planejamento documental, capacitação da equipe e uso de tecnologia para controle de conformidade.
Cada um desses pontos ajuda a organizar informações, padronizar práticas e antecipar falhas antes que se tornem não conformidades.
A seguir, veja como aplicar cada pilar de forma prática no dia a dia.
Preparação documental
Uma auditoria bem-sucedida começa pela organização de prontuários, contratos e relatórios.
Todos os registros devem estar completos, atualizados e facilmente localizáveis. Essa prática assegura rastreabilidade e reduz o risco de apontamentos negativos durante uma fiscalização em clínicas.
A digitalização é o próximo passo. Criar um repositório seguro, com controle de acesso e histórico de alterações, fortalece a gestão documental clínica. Assim, além de atender às exigências de compliance em saúde, a clínica ganha agilidade para apresentar evidências sempre que solicitado.
Treinamento da equipe
A equipe é parte decisiva na preparação para auditoria.
Todos precisam compreender as respectivas responsabilidades dentro dos processos internos, desde a atualização correta do prontuário eletrônico até o cumprimento dos protocolos assistenciais. Treinamentos regulares e objetivos criam consciência de que cada registro é uma evidência de conformidade.
As simulações de auditoria ajudam a testar esse preparo na prática. Ao reproduzir situações reais, gestores identificam falhas, ajustam rotinas e deixam os profissionais mais seguros diante de auditores externos. Essa etapa fortalece a cultura de qualidade e o controle de conformidade.
Uso da tecnologia
Sistemas de prontuário eletrônico centralizam informações e reduzem falhas de documentação, tornando-se aliados estratégicos durante a avaliação de conformidade.
Além disso, softwares de compliance e monitoramento permitem acompanhar indicadores em tempo real e consolidar relatórios de auditoria com rapidez.
Outro recurso eficiente são os alertas automáticos para pendências, que lembram sobre licenças a vencer, treinamentos obrigatórios ou registros incompletos.
Essa automação mantém o monitoramento de processos constante e garante que a clínica esteja sempre pronta para auditorias e fiscalizações.
Benefícios do uso da tecnologia em auditorias
Redução de erros humanos: sistemas de prontuário eletrônico e softwares de compliance evitam falhas de digitação, perdas de documentos e glosas.
Agilidade no acesso e organização de dados: relatórios, contratos e registros ficam centralizados, fortalecendo a gestão documental clínica e acelerando a preparação para auditoria.
Monitoramento contínuo de processos: alertas automáticos e painéis de controle mantêm o controle de conformidade e antecipam falhas em fiscalizações clínicas.
Suporte à tomada de decisão baseada em dados: relatórios digitais e dashboards orientam gestores a ajustar protocolos, reduzir custos e aumentar a eficiência administrativa.
Checklist de preparação para auditoria clínica
Prontuários completos e padronizados: garanta registros clínicos atualizados, de preferência em prontuário eletrônico com histórico acessível.
Contratos e relatórios organizados: mantenha documentos digitalizados, com controle de acesso e trilha de auditoria.
Protocolos revisados: valide rotinas assistenciais e administrativas segundo normas do CFM e exigências da Anvisa.
Equipe capacitada: realize treinamentos periódicos e simulações de auditoria para reforçar a conscientização dos colaboradores.
Soluções de compliance: adote tecnologia para auditorias, como softwares que monitoram processos e emitem alertas automáticos.
Planos de ação claros: defina responsáveis, prazos e indicadores para correção imediata de não conformidades.
A preparação para auditoria vai além da documentação: envolve cultura de qualidade, tecnologia integrada e treinamento constante.
Clínicas que adotam esse ciclo reduzem riscos, aumentam a confiança dos pacientes e fortalecem sua posição no mercado de saúde.
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PORTAL G1
Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação
A TV Anhanguera confirmou que, além de empresário, Fabrício Lourenço era secretário executivo de uma associação na área da saúde. A Polícia Civil investiga o caso.
O empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, morto em uma pastelaria foi alvo de uma operação que investigava um desvio de R$ 10 milhões. Segundo a TV Anhanguera, além de comerciante, Fabrício também era secretário executivo da associação União Mais Saúde. Essa associação firmou um convênio com a Prefeitura de Goiânia para prestar serviços na área da saúde.
O g1 entrou em contato com a associação União Mais Saúde pedindo um posicionamento, mas não teve retorno até a última
A morte de Fabrício ocorreu na noite do último sábado (4), em Goiânia. Nas imagens de uma câmera de segurança, a vítima aparece na porta da pastelaria, enquanto leva dois sacos de lixo para fora. Logo depois, dois homens usando capacetes e armados efetuam disparos e depois fogem (assista acima).
Empresa firmou convênio
De acordo com a TV Anhanguera, em agosto do ano passado, a associação firmou um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para fornecer exames a pacientes transplantados que precisavam de tratamento para uma doença rara chamada doença de Crohn. O valor do contrato foi de R$ 10 milhões.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou a suspensão do convênio. Segundo a investigação, não houve processo de licitação, e a associação foi quem procurou a prefeitura oferecendo o serviço. No mesmo dia, a Prefeitura de Goiânia autorizou um pagamento de R$ 5 milhões, mesmo sem a entrega de qualquer serviço.
A Polícia Civil chamou a operação de Speed Cash, pela rapidez em que o contrato foi realizado, segundo a reportagem. Até o momento, ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, a investigação do assassinato de Fabrício está sob sigilo.
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Assessoria de Comunicação
Renato Daher será debatedor no Fórum Saúde e Educação: últimos ajustes para a Reforma Tributária
Presidente da Ahpaceg e diretor do Sindimagem, o médico Renato Daher será um dos debatedores do “Fórum Saúde e Educação: últimos ajustes para a Reforma Tributária”.
Promovido pela Acieg, com o apoio da Ahpaceg, Sindimagem e SEPE (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia), o fórum será realizado no formato híbrido no dia 15 de outubro, às 10h.
O professor André Villar, do SEPE, também participará do debate.
O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo link https://forms.gle/YK8AaT4oLMFJVFyQA
Parte do projeto “Tour ACIEG Reforma Tributária 2026 – Prepare-se Agora”, esse é o primeiro de uma série de três encontros que acontecerão até novembro e são voltados a setores estratégicos da economia, como saúde, educação, agronegócio, indústria e comércio.
Presidente da Câmara Setorial da Reforma Tributária da Acieg, o advogado tributarista Alexandre Limiro destaca que as empresas devem estar preparadas para a implantação da reforma a partir de 1º de janeiro de 2026. “Caso contrário, poderão enfrentar aumento imediato da carga tributária”, alerta.
CLIPPING AHPACEG 10/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Missão internacional fortalece inovação, conhecimento e integração entre Unimeds federadas e Unimed Federação Centro Brasileira
https://www.foconacional.com.br/2025/10/missao-internacional-fortalece-inovacao.html
Justiça determina que Hapvida cubra tratamentos de pacientes com sequelas graves
Nenhum caso notificado de intoxicação por metanol foi confirmado, informa a SES-GO
Caiado lança Rede Nascer em Goiás para fortalecer cuidado materno-infantil
Ministério da Saúde inicia atendimentos nas carretas da saúde da mulher
Santa Casa suspende internações pelo SUS
Mulher de 55 anos morre após sofrer perfuração no intestino durante colonoscopia
https://www.youtube.com/watch?v=j0tXdVOyQiY
Saúde Mental: 40% dos líderes não têm preparo para riscos psicossociais
https://medicinasa.com.br/lideres-riscos-psicossociais/
A tecnologia a serviço da ética e da proteção do paciente
https://medicinasa.com.br/tecnologia-etica-protecao/
FOCO NACIONAL
Missão internacional fortalece inovação, conhecimento e integração entre Unimeds federadas e Unimed Federação Centro Brasileira
Diretores e gestores da Unimed Federação Centro Brasileira e de Unimeds federadas participaram da Jornada Internacional em Inovação, Saúde e Liderança, realizada em Lisboa, Portugal. A missão técnica foi promovida pela Federação em parceria com o Sescoop/GO (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Goiás) e proporcionou aos participantes um rico intercâmbio de experiências e conhecimentos na área da saúde, liderança e gestão cooperativista.
A programação foi dividida em duas fases. A primeira, preparatória, consistiu em aulas virtuais com a FIA (Fundação Instituto de Administração), referência nacional em formação executiva com foco no cooperativismo. A segunda fase ocorreu presencialmente no ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro.
Na capital portuguesa, a programação teve início no dia 29 de setembro pela manhã com o workshop “Liderança e Gestão de Equipe”. No dia 30, foi ministrada a palestra “Política e Economia de Saúde”. No dia 1º, todos participaram do workshop “Inovação”. À tarde, teve a entrega dos certificados e o encerramento à noite com um jantar.
A missão técnica também incluiu visitas a duas instituições de destaque no sistema de saúde português: o Hospital da Luz, maior complexo privado de Portugal, e o Hospital Santa Maria, o maior hospital público de Lisboa. Os encontros proporcionaram à comitiva brasileira uma visão prática dos desafios, soluções e investimentos voltados à inovação em saúde.
Participaram da missão, os diretores da Federação, Fernando Henrique Abrão Alves da Costa (vice-presidente), Martúlio Nunes Gomes (diretor-superintendente) e Éder Cássio Rocha Ribeiro (diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional) e diretores e gestores das federadas Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Cerrado, Unimed Goiânia, Unimed Gurupi, Unimed Jataí, Unimed Morrinhos, Unimed Norte Goiano, Unimed Oeste Goiano, Unimed Porangatu, Unimed Regional Sul Goiás e Unimed Vale do Corumbá.
Para o diretor-superintendente da Unimed Federação Centro Brasileira, Martúlio Nunes Gomes, a missão foi altamente proveitosa em diferentes dimensões. “A visita foi muito positiva em três aspectos. No prático, tivemos a oportunidade de conhecer os dois grandes hospitais, onde ficou evidente a preocupação do país com inovação e com ensaios clínicos para mensurar a eficiência e eficácia dos procedimentos e tratamentos, com foco na redução de custos. No aspecto científico, as palestras contribuíram significativamente para nossa reflexão sobre liderança, inovação e a importância de mensurar os resultados e impactos das nossas ações, considerando especialmente os riscos e custos envolvidos em muitas práticas da medicina”, disse.
O diretor também ressaltou o aspecto social da missão. “Tivemos também um grande ganho social, com a participação e integração de representantes de quase todas as federadas. Isso proporcionou não apenas desenvolvimento técnico e profissional, mas também pessoal, o que fortalece o trabalho conjunto, o papel de cada instância do Sistema Unimed, a importância da marca e do cooperativismo. Foi positivo para todos.”
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JORNAL OPÇÃO
Justiça determina que Hapvida cubra tratamentos de pacientes com sequelas graves
Justiça aponta que operadoras de saúde não podem limitar procedimentos indicados por profissionais médicos
A Justiça de Goiás determinou que a operadora Hapvida Assistência Médica S.A. cubra integralmente tratamentos e cirurgias de pacientes com graves sequelas neurológicas e ortopédicas atendidos pelo plano. As sentenças foram proferidas pela 8ª e 31ª Varas Cíveis da capital com base em jurisprudência que entende que as operadoras de saúde não podem limitar os procedimentos indicados por profissionais médicos, sob risco de violar o direito à vida e à saúde do beneficiário.
A primeira decisão, assinada pela juíza Vanessa Cristina Garcia Lemos, da 8ª Vara Cível, foi movida por Edson Alves contra a operadora e o Hospital Jardim América. O autor relata ter sofrido uma lesão neurológica irreversível após uma cirurgia de coluna realizada em 2023, o que resultou em perda de movimento do pé esquerdo, atrofia muscular e incapacidade de laboral permanente, além de sequelas estéticas e psicológicas.
A magistrada reconheceu a presença dos requisitos legais para a concessão da tutela de urgência e destacou que a falta do tratamento adequado pode agravar o quadro do paciente. A magistrada determinou que a operadora e o hospital custeiem, no prazo de 10 dias, a cirurgia de Fusão Intervertebral Lombar Anterior, além de fisioterapia neurofuncional, medicamentos, órteses e acompanhamento multidisciplinar com neurologista, fisiatra, ortopedista e psicólogo.
Segunda decisão
Nesta quinta-feira, 9, o juiz José Augusto de Melo Silva, da 31ª Vara Cível, também deferiu tutela de urgência em favor de Márcio de Lima Almeida, que busca reparação por danos morais, materiais e estéticos decorrentes de complicações pós-operatórias na coluna.
Nesse caso, houve uma revisão de um entendimento anterior, fundamentada em uma nova nota técnica do núcleo de apoio do judiciário. O novo parecer atestou a existência de um quadro clínico de urgência, caracterizado por instabilidade acentuada da coluna vertebral, complicações pós-operatórias, limitação funcional expressiva e quadro de dor intensa que exige intervenção imediata.
As determinações incluem consultas médicas especializadas (ortopedia, neurologia e fisiatria), exames de controle (ressonâncias magnéticas, tomografias e eletroneuromiografias), todos os medicamentos necessários mediante prescrição médica e sessões de fisioterapia especializada.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse que acompanha as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos, recebidas ou das quais tomam conhecimento. A reportagem procurou a Hapvida, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.
Problema comum
Em entrevista ao Jornal Opção, o empresário Márcio Lima, lembra da batalha judicial contra o plano de saúde e um médico neurocirurgião após uma cirurgia de coluna mal sucedida em dezembro de 2024. Segundo ele, após a alta hospitalar, não houve acompanhamento médico adequado, o que resultou em parafusos soltos na coluna e dores incapacitantes.
“Eu fiquei 22 dias sem contato com o médico. Quando voltei, já não conseguia andar direito. Ele disse que estava tudo bem, mas um novo especialista constatou que todos os parafusos estavam soltos. Se eu não tivesse feito outra cirurgia, poderia ter tido uma complicação irreversível”, contou Márcio.
O paciente afirma que buscou apoio jurídico após constatar que outras pessoas haviam passado por situações semelhantes com o mesmo profissional.
“Eu fiz uma live contando o que aconteceu e várias pessoas me procuraram. Hoje somos pelo menos oito pacientes que relatam complicações parecidas. Alguns não quiseram seguir com o processo por trauma psicológico. Nosso objetivo não é atacar ninguém, mas fazer justiça”, declarou.
Versão do médico:
O médico Tiago Vinícius Silva Fernandes esclarece que as recentes decisões judiciais mencionadas não tratam de responsabilidade civil nem de suposto erro médico.
Ambas as decisões — proferidas pela 8ª Vara Cível e pela 31ª Vara Cível de Goiânia — dizem respeito exclusivamente às obrigações contratuais da operadora de plano de saúde Hapvida, relacionadas ao custeio de tratamentos médicos de seus beneficiários.
Em uma das decisões, o próprio magistrado destaca:
“É fundamental distinguir que a tutela de urgência ora apreciada não versa sobre a responsabilidade civil pelos danos já ocorridos, mas sim sobre a obrigação contratual da operadora de plano de saúde de custear o tratamento médico necessário ao seu beneficiário.”
Portanto, não há qualquer decisão judicial que reconheça culpa, negligência ou imperícia do médico.
Tiago Vinícius reafirma sua confiança na Justiça e seu compromisso com a ética e a boa prática profissional.
A reportagem contatou a Hapvida, porém não recebeu resposta até o fechamento desta edição. A empresa continua com o espaço aberto para se manifestar.
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Nenhum caso notificado de intoxicação por metanol foi confirmado, informa a SES-GO
De acordo com a pasta, o caso do paciente de Padre Bernardo foi descartado após resultado negativo no exame toxicológico. Ainda não há informações sobre o protocolo de morte encefálica desse paciente
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quinta-feira, 9, uma nova atualização sobre os casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Dos cinco casos notificados em Goiás, a pasta informou que nenhum foi confirmado até o momento.
De acordo com a pasta, o caso do paciente de Padre Bernardo foi descartado após resultado negativo no exame toxicológico. Ainda não há informações sobre o protocolo de morte encefálica desse paciente.
Dos cinco casos notificados, um foi descartado por não apresentar detecção de metanol, embora tenha inicialmente atendido aos critérios para caso suspeito. Outros dois também foram excluídos por não se enquadrarem na definição de suspeita de intoxicação.
Dois casos permanecem em investigação. Uma mulher de 25 anos, moradora de Itapaci, está internada no Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN). Já um homem de 20 anos, residente em Formosa, recebeu alta hospitalar após atendimento.
A SES-GO informou que segue acompanhando os casos e reforça as orientações de vigilância e prevenção junto às unidades de saúde dos municípios.
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Caiado lança Rede Nascer em Goiás para fortalecer cuidado materno-infantil
O projeto vai acompanhar a mulher desde o planejamento familiar até os dois primeiros anos de vida da criança
O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira, 9, em Goiânia, o programa Rede Nascer em Goiás, iniciativa voltada ao fortalecimento da atenção integral e humanizada à saúde materno-infantil. O projeto vai acompanhar a mulher desde o planejamento familiar até os dois primeiros anos de vida da criança, com o objetivo de reduzir os índices de mortalidade materna e infantil no estado.
Com previsão de atender os 246 municípios goianos, o programa vai oferecer suporte contínuo para um pré-natal seguro, parto acolhedor e desenvolvimento saudável do bebê, articulando ações entre Estado e prefeituras. A proposta também envolve o uso de tecnologia e logística integrada, com aplicativo próprio, call center e veículos exclusivos para transporte de gestantes, garantindo acesso mais rápido e seguro ao atendimento.
O secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, destacou que a iniciativa nasce de um compromisso direto do governador e da primeira-dama Gracinha Caiado com a vida e a dignidade das mães goianas. “A Rede Nascer é um compromisso moral com a vida. O cuidado começa desde a gestação, e a gestante será a verdadeira fiscal da qualidade da saúde que está recebendo. Queremos que ela saiba onde vai ter o parto, conheça a equipe e se sinta segura”, afirmou o secretário.
Segundo ele, o programa vai mapear todas as gestantes do estado, permitindo que cada uma seja acompanhada por uma “madrinha”, profissional responsável por garantir que o pré-natal e os exames sejam feitos no tempo certo. O call center 155 e o aplicativo do programa serão ferramentas centrais nesse acompanhamento.
“Cada gestante será cadastrada e monitorada. Vamos garantir que ela esteja bem nutrida, vacinada e acompanhada, com acesso a medicamentos e exames. Esse é um programa que vai salvar vidas e reduzir complicações”, disse.
Além do acompanhamento digital, o programa prevê a entrega de 65 veículos para facilitar o transporte de gestantes, especialmente em municípios de difícil acesso. Os carros foram adquiridos com recursos do programa Goiás do Crescimento, com apoio de deputados estaduais. “É mais econômico e mais seguro que a gestante seja levada a um local de parto estruturado, em vez de arriscar em unidades que fazem poucos partos por mês e não têm equipe completa. Queremos qualidade e segurança, não quantidade”, explicou o secretário.
A primeira-dama Gracinha Caiado, madrinha do projeto, ressaltou que o Estado assume papel ativo no apoio às mães, mesmo quando a responsabilidade direta é municipal. “As mães estão nos municípios, mas o Estado não vai virar as costas. O call center e o aplicativo vão permitir chegar a cada mãe, 24 horas por dia, inclusive nas regiões mais distantes. É uma rede de cuidado, amor e proteção à vida”, disse Gracinha.
O governador Ronaldo Caiado, que também é médico, defende que a Rede Nascer representa um passo decisivo na consolidação de um sistema público de saúde que funcione de forma regionalizada e integrada. A meta, segundo ele, é reduzir a mortalidade infantil para um dígito e tornar Goiás referência em atenção à primeira infância. “Não existe política social mais nobre do que garantir que uma mãe e seu filho tenham o direito de viver com dignidade e segurança”, afirmou Caiado.
O programa prevê ainda capacitação de profissionais, ampliação de maternidades regionais e integração com as ações do Goiás Social, unindo saúde, educação e assistência.
Rede Nascer em Goiás
O programa tem como as principais ações:
Acompanhamento da gestante desde a concepção até os 2 anos da criança
Aplicativo e call center 155 para monitoramento das mães
65 veículos para transporte de gestantes
Ações conjuntas entre Estado e municípios
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A REDAÇÃO
Ministério da Saúde inicia atendimentos nas carretas da saúde da mulher
O Ministério da Saúde anunciou o início dos atendimentos das carretas da saúde da mulher em Goiânia, nesta sexta-feira (10/10), a partir das 14h, no Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara. A ação do programa Agora Tem Especialistas ocorre neste Outubro Rosa em locais de difícil acesso, com pouca oferta de serviços especializados e em cidades-polo. O foco é a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.
A ação também acontece, de forma simultânea, em 15 municípios de 11 estados, com a presença de secretários e de outros representantes do Ministério da Saúde. Na próxima semana, outros 8 estados também iniciarão a prestação do serviço nas carretas da saúde da mulher do Agora Tem Especialistas.?
Serviço:
10h - Cerimônia da chegada de carreta de saúde da mulher do Agora Tem Especialistas
Com as autoridades: Diretor de Programa da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Junior, o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, Olavo Noleto, e o superintendente estadual do Ministério da Saúde em Goiás, Lucas Betti de Vasconcellos
Data: 10/10/2025 (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara - Av. Sen. Canedo, 1031-907 - Conj. Vera Cruz, Goiânia-GO
14h - Início dos atendimentos da carreta de saúde do Agora Tem Especialistas
Data: 10/10/2025 (sexta-feira)
Horário: 14h
Local: Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara - Av. Sen. Canedo, 1031-907 - Conj. Vera Cruz, Goiânia-GO
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TV ANHANGUERA
Santa Casa suspende internações pelo SUS
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TV RECORD
Mulher de 55 anos morre após sofrer perfuração no intestino durante colonoscopia
https://www.youtube.com/watch?v=j0tXdVOyQiY
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MEDICINA S/A
Saúde Mental: 40% dos líderes não têm preparo para riscos psicossociais
Quatro em cada dez líderes não possuem preparo para lidar com riscos psicossociais. Ao mesmo tempo, uma em cada três empresas não aplicam qualquer tipo de política contra assédio. Os dados fazem parte de um levantamento inédito divulgado pela Zenklub, uma empresa Conexa, ecossistema digital de saúde física e mental, que ouviu quase 800 companhias em todo o país e aponta para uma imaturidade na gestão da organização do trabalho e dos fatores de risco psicossociais relacionados a ele.
Segundo o estudo, 43% das empresas afirmaram que suas lideranças não são capacitadas para reconhecer riscos psicossociais. Outras 33,3% apontaram apenas uma qualificação parcial, enquanto somente 18,4% consideram o preparo adequado.
A pesquisa indica ainda que 40% das instituições não oferecem capacitação contínua em gestão de pessoas e comunicação empática para seus líderes. Além disso, 29,1% afirmaram que os gestores enfrentam problemas para manter um ambiente de trabalho colaborativo.
“Embora muitas empresas já contarem com estruturas formais de liderança, ainda existe uma oportunidade importante de fortalecer o preparo humano dos gestores. A NR-1 ajuda justamente a dar luz a esses pontos, criando intencionalidade para que as organizações invistam em capacitação e estejam mais preparadas para lidar com riscos psicossociais de forma estratégica”, avalia Rui Brandão, Cofundador do Zenklub e Vice-Presidente de Saúde Mental da Conexa.
Lacunas de gestão
A falta de preparo começa já desde o processo de admissão: em 50% das empresas, os escopos de trabalho e responsabilidades não estão bem definidos, e 58,8% não possuem rotinas formalizadas para execução das tarefas. Como consequência, apenas 33,5% conseguem organizar prazos e prioridades de forma adequada, enquanto 61% relatam dificuldades nesse processo. O cenário expõe grande parte dos profissionais a riscos de adoecimento relacionados ao trabalho, como ansiedade, depressão e esgotamento profissional.
“A gestão adequada da carga de trabalho é aliada poderosa na prevenção do estresse ocupacional. Ao adotar práticas previstas pela NR-1, as empresas conseguem organizar melhor processos, reduzir riscos de esgotamento e criar condições mais saudáveis para colaboradores”, complementa Brandão.
Assédio e falta de segurança psicológica
O levantamento mostra ainda que o assédio e a segurança psicológica seguem como ponto crítico. Apenas 37,1% das empresas relataram possuir uma política formal de prevenção contra as impertinências. Outras 35,8% disseram não ter qualquer diretriz, ao mesmo tempo que 21,9% possuem apenas iniciativas parciais, mesmo diante da necessidade formal estabelecida pela NR5 – CIPA, norma que obriga as empresas a abordarem o tema.
O cenário se agrava quando se trata de processos de denúncia. Enquanto apenas 38,9% relataram ter um fluxo estruturado de apuração, 36,2% disseram não contar com nenhum processo e 19,1% apontaram que o canal é apenas parcial, o que sugere riscos de impunidade para a maioria dos respondentes.
“Os dados mostram que existe espaço para evolução em segurança emocional e políticas de prevenção. A ausência de políticas claras e de canais de denúncia eficazes expõe profissionais a situações de risco, impactando diretamente sua qualidade de vida e produtividade no trabalho”, reforça o VP de saúde mental da Conexa.
A pesquisa revelou também deficiências nos programas de diversidade e inclusão. Mais da metade das empresas, que representam 53,2%, não possuem comitês ou metas de D&I, ao passo que 42,6% não analisam práticas de equidade salarial, e 40,1% delas não oferecem um suporte psicológico acessível.
“A integração da saúde mental com estratégias de diversidade, inclusão e equidade é essencial. Quando a empresa adota esse olhar mais amplo, cria um ambiente seguro e saudável para todos”, conclui o executivo.
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A tecnologia a serviço da ética e da proteção do paciente
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que pretende lançar um robô de inteligência artificial (IA) para rastrear redes sociais e identificar falsos especialistas. Essa novidade reacende debates importantes.
A “epidemia” de fraudes na saúde, caracterizada pela proliferação de profissionais que se apresentam como especialistas sem a devida formação ou reconhecimento oficial, coloca em risco não apenas a credibilidade da classe médica, mas principalmente a segurança dos pacientes. Nesse contexto, o uso de tecnologia e IAs como instrumento de fiscalização surgem como ferramentas necessárias e inovadoras.
Essa medida dialoga diretamente com os princípios da beneficência e da não maleficência. Permitir que profissionais não habilitados atuem em especialidades médicas viola o dever de cuidado e pode causar danos irreversíveis à saúde das pessoas. O uso de IA, quando orientado pela ética e pelo compromisso com a vida, pode se tornar um aliado fundamental para preservar esses princípios.
Além disso, é importante lembrar que a prática profissional deve observar normas claras, que incluem a titulação adequada, o registro nos conselhos de classe e o respeito aos limites da atuação médica. Profissionais que se apresentam de forma irregular em redes sociais incorrem em infrações éticas e jurídicas, sujeitando-se a processos administrativos e até mesmo judiciais. A rastreabilidade promovida por ferramentas digitais, nesse sentido, pode reforçar a efetividade das normas já existentes.
O movimento do CFM vai além da fiscalização individual. Ele sinaliza a necessidade de que clínicas, hospitais e empresas de saúde implementem mecanismos internos de verificação e controle de credenciais profissionais. A conformidade regulatória não pode se limitar ao cumprimento formal da lei, ela deve ser incorporada à cultura organizacional como prática contínua de mitigação de riscos.
É inegável que utilizar IA em processos regulatórios levanta dilemas adicionais, como a transparência dos algoritmos e os limites éticos da vigilância digital. Contudo, se equilibrado com salvaguardas jurídicas e bioéticas, o robô do CFM pode se tornar um marco na proteção da sociedade contra práticas fraudulentas na medicina.
Em um cenário em que a informação circula de forma veloz e nem sempre com a devida responsabilidade, a combinação entre tecnologia, ética e direito é essencial para resguardar o bem maior que deve sempre orientar a medicina: a saúde e a dignidade do paciente.
*Camila Cortez é advogada, consultora, palestrante especializada em Bioética, Direito Médico e Healthcare Compliance, fundadora da KCortez Consultoria, Diretora e Professora do Instituto BIOMEDS.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 09/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH
Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro
https://www.saudebusiness.com/hospitais/conahp-2025-foca-em-inovacao-e-cuidados-do-futuro/
Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica
https://medicinasa.com.br/ing-cirurgia-robotica/
Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos
CFM
CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH
O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (7), de audiência pública conjunta das comissões de Educação e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados que discutiu quais componentes devem ser obrigatoriamente contemplados em laudos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Representando a autarquia, o neurologista infantil Alexandre Ribeiro Fernandes, membro da câmara técnica do tema no CFM e professor associado da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi o primeiro a falar no debate. Em sua exposição, destacou que o TDAH é um transtorno cognitivo-comportamental que se manifesta por sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, sendo um problema que passa necessariamente pela escola e impacta de forma significativa a vida das crianças e suas famílias.
Segundo o especialista, para que o diagnóstico seja feito corretamente, os sintomas precisam ter início antes dos 12 anos, estar presentes em mais de um ambiente — como escola e família — e não haver outra explicação plausível para sua ocorrência. “O diagnóstico é essencialmente clínico, não existe biomarcador que o comprove, como exame de sangue, ressonância ou neuroimagem. O que temos são evidências observacionais e relatos de comportamento”, explicou.
Fernandes enfatizou que a avaliação neuropsicológica é um instrumento complementar importante, pois fornece informações sobre o funcionamento cognitivo e comportamental da criança, mas não substitui o diagnóstico clínico, que deve ser realizado por médico devidamente habilitado.
Ele alertou para o aumento expressivo de diagnósticos. “Nos Estados Unidos, uma em cada nove crianças já foi diagnosticada com TDAH, o que corresponde a aproximadamente 10% das crianças em tratamento. Em uma sala de aula com 30 alunos, por exemplo, de um a três podem ter TDAH”, observou.
O médico salientou que, além da identificação do transtorno, é fundamental avaliar a presença de comorbidades, como transtornos de aprendizado, depressão, ansiedade, altas habilidades ou autismo. “Nem sempre a desatenção está ligada a uma doença. Pode estar relacionada a um ambiente familiar desagregado ou a um modelo pedagógico que não dialoga com o perfil da criança”, pontuou.
Fernandes reforçou que o tratamento deve ser multidisciplinar, com intervenções escolares e familiares que auxiliem o desenvolvimento da criança. “Cada caso é um caso. Mas só o remédio não é suficiente. Há situações também que não é preciso o uso de medicamento. O que é fundamental é criar estratégias que ajudam a criança a lidar com os estímulos e a manter o foco”, disse.
Laudos médicos – O representante do CFM lembrou que se trata de documento técnico e formal, de responsabilidade exclusiva do médico, regido pelo Código de Ética Médica e pela Resolução CFM nº 2.381/2024, devendo conter identificação do profissional, data, descrição técnica e conclusão. Ele destacou que os dados de saúde são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) e que o laudo integra o prontuário médico, com guarda mínima conforme determina a autarquia.
“O laudo médico deve ser objetivo, técnico e livre de juízo de valor. As informações precisam ser as mais científicas possíveis, com base em evidências e observações clínicas. Cada paciente é único, e não há como padronizar os conteúdos obrigatórios de um laudo”, pontuou Fernandes.
“Cada laudo médico (ou relatório médico especializado) deve respeitar sempre a individualidade e as necessidades únicas de cada pessoa com TDAH e preservar a liberdade do médico assistente em prescrever tratamentos com o devido embasamento técnico e/ou científico. O único item, necessariamente a ser contemplado, é a qualificação do médico emitente: exigir sempre o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) diante de condições que requeiram um olhar especializado”, finalizou.
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SAUDE BUSINESS
Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro
O congresso apresentará espaço imersivo sobre novas tecnologias, modelos integrados e experiências centradas no paciente.
Nos dias 15 e 16 de outubro, ocorrerá o o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O destaque da edição será o “Circuito de Saúde do Futuro”, um espaço que oferece uma experiência imersiva para explorar as transformações no cuidado em saúde, guiada pela personagem Ana.
A iniciativa pretende mostrar, de forma prática, como novas tecnologias, modelos integrados e cuidados centrados no paciente podem impactar o sistema de saúde.
Conteúdo científico e temas estratégicos
A curadoria científica do congresso é liderada por Vanessa Teich, diretora de Transformação da Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, e Gabriel Dalla Costa, diretor médico e executivo do Hcor.
Entre os temas abordados estão: equilíbrio entre inovação, acesso e resultados; construção de um sistema de saúde acessível, conectado e integrado; regulação e políticas públicas; parcerias público-privadas; inteligência artificial em diagnósticos, tratamentos e fármacos; multimorbidade e modelos integrados; impactos de eventos climáticos extremos na saúde; e o papel de ensino, pesquisa e inovação na transformação das instituições.
Palcos temáticos e convidados internacionais
O evento contará com seis palcos temáticos — Central, Inovação, Eficiência, Pessoas, Assistência e Saúde do Futuro. Entre os nomes internacionais confirmados estão Maneesh Goyal, da Mayo Clinic; Arnon Afek, do Ministério da Saúde de Israel; Noelia Mateo, do Hospital Clínic de Barcelona; e Gordon Guyatt, professor da Universidade McMaster. Entre os brasileiros, estarão Drauzio Varella, Carla Tieppo e líderes das principais instituições de saúde do país.
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MEDICINA S/A
Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica
O Instituto de Neurologia de Goiânia (ING) dará um passo histórico em sua trajetória ao inaugurar sua nova unidade de robótica. A chegada da tecnologia robótica coloca o hospital entre os centros de referência no país capazes de oferecer procedimentos de alta complexidade com ainda mais precisão, segurança e eficiência.
A cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões por onde são introduzidas uma câmera e pinças delicadas acopladas a braços robóticos. Esses instrumentos são controlados integralmente pelo cirurgião a partir de um console, garantindo maior precisão nos movimentos e reduzindo a agressão ao organismo.
“Essa tecnologia nos permite realizar cirurgias complexas de forma mais delicada e segura, proporcionando ao paciente menos dor no pós-operatório, menor risco de complicações, cicatrizes mínimas e uma recuperação significativamente mais rápida”, explica o urologista e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ING, Vagner Gil.
Na urologia, especialidade que mais utiliza a robótica em todo o mundo, os procedimentos mais frequentes são voltados ao tratamento de tumores de próstata, rins e bexiga. Mas a tecnologia já é aplicada também em outras áreas, como cirurgia digestiva, ginecologia, torácica, cardíaca e até de cabeça e pescoço. No caso da prostatectomia radical, a cirurgia robótica tem como diferencial maior preservação da continência urinária e da função sexual do paciente, além de menor tempo de internação — muitas vezes entre 24 e 48 horas após a intervenção.
Para o diretor-geral do ING, Jayme Ferraz, a conquista representa um marco para a instituição e para a medicina em Goiás. “É um momento marcante de grande satisfação inaugurarmos nossa nova unidade de robótica. Essa é uma conquista importante para nossa instituição e marca o início de uma nova era em nossa jornada para oferecer os melhores cuidados e tratamentos aos nossos pacientes”, afirma.
Entre os benefícios mais reconhecidos da cirurgia robótica em relação à técnica tradicional estão a menor necessidade de analgésicos, menor sangramento, menor incidência de hérnias incisionais e o rápido retorno às atividades habituais. Outra vantagem é a ergonomia proporcionada ao cirurgião, que opera sentado em um console com visão tridimensional ampliada, o que garante mais conforto ao médico e segurança ao paciente.
O coordenador do Programa de Cirurgia Robótica, pondera que, apesar dos avanços, o acesso à cirurgia robótica ainda é um desafio no Brasil. Porém, um importante passo foi dado com a publicação da Portaria SECTICS/MS nº 72, de 30 de setembro de 2025, que incorpora a prostatectomia radical robótica ao rol de procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que a medida amplie o acesso não apenas na rede pública, mas também na saúde suplementar, por meio dos planos de saúde.
Vagner Gil ressalta que a tecnologia não substitui o trabalho humano. “Muitas pessoas têm a dúvida se o robô opera sozinho. A resposta é não! Todos os movimentos são 100% controlados pelo cirurgião. O robô é uma ferramenta que amplia nossa precisão, mas quem conduz todo o processo é sempre o médico”, conclui.
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FOLHA PE
Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos
Aplicação de regra pode atrair investimento direto de R$2,1 bilhões e fazer Brasil saltar de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º
O Governo Federal regulamentou, nesta terça-feira (7), a Lei da Pesquisa Clínica, um marco para o desenvolvimento científico e para a saúde no Brasil.
A expectativa é que a nova regulamentação, que já havia sido sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traga mais segurança jurídica, investimentos em inovação e impulsione o desenvolvimento científico e industrial do país. O Brasil está entre os 20 países no ranking global de estudos clínicos, mas participa de menos de 2% da pesquisa clínica mundial, com a legislação, esse cenário deve mudar.
A aprovação da lei que muda os critérios de pesquisa clínica no Brasil entrou em vigor agosto do ano passado, após anos de paralisações e vetos.
A legislação, entre outras coisas, acelera prazos, reduz o período que desenvolvedores são obrigados a fornecer o medicamento ao voluntário após o fim do estudo, e também muda os critérios da aprovação ética de cada análise.
As mudanças, contudo, só poderiam entrar oficialmente em vigor quando o Ministério da Saúde regulamentasse como devem ocorrer essas alterações, por meio de portarias, que expliquem prazos e métodos para que o plano saia do papel.
Avanços
Um levantamento realizado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) em parceria com a consultoria IQVIA apontou que a aplicação da nova lei que determina como deve ser feita a pesquisa clínica — como se chamam os estudos de novos medicamentos — pode incluir 286 mil novos pacientes brasileiros em análises do tipo.
O mesmo levantamento diz que a nova regulamentação pode levar ao investimento de R$ 2,1 bilhão de reais do setor no Brasil, por ano, causando impacto econômico de R$6,3 bilhões anuais.
A pesquisa, obtida com exclusividade pelo Globo e divulgada no começo de setembro, também aponta que 56 mil profissionais científicos podem ser envolvidos nessas novas análises, uma vez que elas sejam atraídas para o país.
A avaliação da entidade é que se o Brasil implementar as mudanças previstas na nova regulamentação, passará de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º. O prazo para essas mudanças ocorrerem, porém, ainda é difícil de medir, aponta o setor.
— Se o país tiver esse marco regulatório implementado, haveria uma subida na capacidade de fazer estudos clínicos. Isso porque o Brasil tem outras características naturais (positivas). Há uma grande população urbana, miscigenada, há excelente base científica, centros de pesquisas, uma população gigantesca, de 200 milhões de pessoas — afirma Renato Porto, presidente-executivo da organização. — Comparando as características de países que estão em determinadas posições (no ranking de realização de estudos clínicos) e as nossas características, seria possível dizer que o Brasil facilmente passaria a ocupar, por exemplo, a décima posição.
Outro trunfo do país, diz o material, seriam custos menos elevados para realizar uma análise do tipo. A pesquisa toma como exemplo uma média de custo para pesquisas oncológicas — o tipo mais predominante em todo o mundo — para avaliar as métricas de custos globais.
Realizar uma análise do Brasil consumiria apenas 44% do orçamento necessário para fazer uma pesquisa do mesmo tipo nos Estados Unidos. O país, demonstra a pesquisa, seria menos custoso do que Argentina, Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Polônia.
Dobrar número de estudos
"Muitas vezes, uma universidade ou um instituto quer fazer um projeto de avaliação de medicamento e, hoje, no Brasil, isso demora em média até seis meses, em alguns casos, até um ano, para aprovação pelas várias etapas do sistema atual. Esse sistema foi criado nos anos 90 e deu conta da necessidade de se ter um sistema de ética em pesquisa no país. Mas, com esse novo instrumento aprovado pelo Congresso Nacional e regulamentado pelo presidente, estamos modernizando esse sistema para encurtar os prazos de aprovação”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em 2024, o Brasil registrou 254 estudos clínicos. A expectativa é dobrar esse número e reverter a tendência de queda a partir de 2022, quando os marcos regulatórios de outros países se tornaram mais competitivos.
Após a pandemia de Covid-19, países como China, Reino Unido, membros da União Europeia, Índia, Canadá e Estados Unidos reavaliaram seus marcos regulatórios de pesquisas clínicas, buscando aumentar a competitividade, estimular a inovação e facilitar o acesso a novas tecnologias.
“Vários estudos avaliam o potencial de crescimento de investimentos, que deve mais do que triplicar no Brasil, de indústrias, universidades e cooperação internacional para esses estudos de pesquisa no país. Isso é decisivo para atrair também a produção de medicamentos e de diagnósticos. Portanto, é um marco regulatório que vai permitir que o Brasil tenha mais pesquisa na área da saúde e, ao mesmo tempo, atraia investimentos, produtos e gere emprego e renda aqui no Brasil”, destacou o ministro.
Mudanças
O novo modelo reduz de 180 dias para 30 dias o processo de avaliação dos projetos pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs). A avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será de até 90 dias úteis. Já as pesquisas estratégicas para o SUS e os casos de situações emergências em saúde, serão avaliadas em até 15 dias úteis.
A nova lei determina que, em casos de doenças graves e sem alternativas de tratamento, os pacientes que apresentarem benefícios comprovados tenham garantida a continuidade do tratamento por até cinco anos após o término da pesquisa.
Novo sistema de governança ética, com a criação do Sistema Nacional de Ética em Pesquisa (SINEP)
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 08/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
https://www.saudebusiness.com/colunistas/certificacoes-e-rankings-quando-medir-e-tambem-cuidar/
Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
https://medicinasa.com.br/qualidade-saude-brasileiros/
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A REDAÇÃO
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Órgão irá produzir relatório sobre o caso
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), por meio do Serviço de Fiscalização da Saúde, realizou nesta segunda-feira (6/10) uma visita técnica ao Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) para verificar as condições de internação e ocupação dos leitos na unidade, após denúncia de superlotação.
Acompanhada da diretora-Geral do Hospital, Fabiana Rolla, a equipe do TCE-GO percorreu as alas médicas e reuniu informações sobre o fluxo de atendimento dos pacientes.
Os auditores do Tribunal solicitaram, ainda, o encaminhamento de documentos complementares, a fim de subsidiar a elaboração do relatório final. Desde o ano passado, a gestão, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hugo estão a cargo da Sociedade Beneficente Albert Einstein, conforme Termo de Colaboração nº 54/2024, assinado pela entidade e Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Entre os achados preliminares da visita técnica desta segunda-feira, a discrepância entre o indicador Taxa de Ocupação utilizado pelo Complexo Regulador Estadual (taxa de ocupação instalada) e aquele utilizado pelo Hugo (taxa de ocupação operacional) pode estar relacionada à sobrecarga na ocupação.
Assim, uma vez que a realidade da unidade não corresponde àquela mapeada pela SES, os pacientes continuam sendo encaminhados mesmo diante da indisponibilidade de leitos. Os detalhes da visita técnica e a proposta de encaminhamentos para solucionar e mitigar os problemas identificados constarão no relatório final do TCE-GO.
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Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Hospitais estaduais receberão notas
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) - nas pessoas do conselheiro Sebastião Tejota, do secretário de Saúde, Rasível Santos, e do controlador-geral, Marcos Tadeu de Andrade, lançaram, nesta tereça-feira (7/10), uma iniciativa que permite ao usuário de hospitais estaduais avaliar a qualidade do serviço prestado.
A iniciativa consiste na disponibilização de questionários, via QR Code, nos prédios das unidades hospitalares para que os usuários avaliem a satisfação do atendimento recebido. O objetivo é mapear a qualidade dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos que administram as unidades e dar subsídios para o aprimoramento.
A ação também busca fortalecer o controle social e assegurar a participação do cidadão na tomada de decisões sobre assuntos públicos. Os dados coletados vão respeitar o anonimato dos participantes.
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SAÚDE BUSINESS
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
Funcionam como indicadores de segurança, qualidade e confiança na experiência do paciente.
Quando um paciente entra em um hospital, leva consigo não apenas um diagnóstico ou uma dor física, mas também expectativas: de ser ouvido, de ter segurança em cada etapa e de confiar que está no lugar certo. Eu, como médico, conheço bem esse momento e sei que, para quem está sob cuidados da equipe, segurança, qualidade e confiança são fundamentais.
É por isso que as certificações e os rankings hospitalares têm um papel que vai muito além do prestígio institucional. Eles funcionam como sinais de credibilidade, mostrando que aquele cuidado é guiado por padrões reconhecidos no mundo todo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 10 pacientes internados em países de média e alta renda sofre algum evento adverso evitável, sendo que metade poderia ser prevenida com protocolos adequados. Esse alerta me lembra todos os dias que não basta fazer o certo. É preciso medir, amparar e ajustar o que for necessário e a transparência é parte essencial da construção da confiança.
Esse movimento é reforçado por uma tendência global. O relatório Deloitte Global Health Care Outlook 2025 mostra que mais de 70% dos executivos de saúde ao redor do mundo têm como prioridade aumentar eficiência e produtividade, ao mesmo tempo em que buscam melhorar a experiência do paciente. Para mim, isso significa que cuidar bem exige inovação, mas também organização e muita disciplina.
Na América Latina, a IntelLat se tornou uma das metodologias mais respeitadas para avaliar hospitais. São analisados mais de mil indicadores, que incluem desfechos clínicos, governança, uso de tecnologia, experiência do paciente e sustentabilidade.
O ranking de 2025 trouxe exemplos de hospitais — públicos, privados e filantrópicos — que se destacaram em especialidades como cardiologia, oncologia e pediatria. Entre as instituições está a Rede Américas, que aparece com 16 de seus hospitais listados – um exemplo concreto de que aplicar esses critérios não é opcional, mas estratégico e assertivo. Esse reconhecimento representa a comprovação de que processos mais seguros, equipes preparadas e caminhos de melhoria contínua fazem diferença na jornada de cuidado.
As certificações nacionais e internacionais também cumprem esse papel de orientar e validar o cuidado. Selos como a Joint Commission International (JCI), a QMentum, a Quality Global Alliance e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) são chancelas que traduzem rigor técnico em impacto humano. Da mesma forma, reconhecimentos específicos para unidades de terapia intensiva — como o UTI Top Performer e o UTI Eficiente — mostram que é possível unir alta complexidade com eficiência e acolhimento.
Na pandemia, por exemplo, vimos de perto como a padronização do atendimento fez a diferença. Protocolos já estabelecidos por certificações ajudaram a dar respostas rápidas em um cenário de enorme pressão. Foi graças a esses padrões que conseguimos organizar fluxos de triagem, isolar casos suspeitos, treinar equipes de forma ágil e manter a segurança tanto dos profissionais quanto dos pacientes.
No fundo, rankings e certificações são como espelhos: refletem o que já se faz bem, mas também mostram onde precisamos melhorar. Para quem está do lado de fora, eles dão segurança. Para quem está dentro das unidades de saúde, oferecem motivação e responsabilidade. E para quem mais importa — o paciente —, significam mais do que números: representam histórias de vida preservadas, amores de famílias que voltam para se reunir em casa e a certeza de que a saúde pode, sim, ser vivida com confiança.
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Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Movimento reforça a estratégia da empresa de integrar dados e tecnologia para tornar o mercado de medicamentos e materiais hospitalares mais transparente e previsível.
A Bionexo anunciou a aquisição da Brasíndice, especializada em precificação de medicamentos e materiais hospitalares no Brasil. O movimento marca um novo passo na consolidação da empresa como uma das principais fornecedoras de dados e tecnologia para o setor de saúde.
Criada em 1965, a Brasíndice é amplamente utilizada por hospitais, clínicas, farmácias e operadoras de saúde como parâmetro oficial de preços de mercado. A integração ao ecossistema digital da Bionexo deve modernizar a base de dados da publicação, incorporando automação e atualizações em tempo real por meio das capacidades em nuvem da companhia.
A operação reforça a estratégia da Bionexo de ampliar sua atuação em inteligência de dados aplicada à gestão hospitalar. A empresa mantém, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), três indicadores públicos — o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), no Brasil e na Argentina, e o Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) — construídos a partir de metodologias auditáveis e milhões de transações registradas em sua plataforma.
Segundo Solange Plebani, CEO da Bionexo, a incorporação da Brasíndice amplia a capacidade de análise e oferece mais previsibilidade ao setor. “A Brasíndice é uma referência histórica nas negociações entre prestadores e operadoras. Integrá-la ao nosso ecossistema permite desenvolver análises mais robustas, com transparência e inteligência de mercado”, afirma.
Com 25 anos de operação, a Bionexo atua em cinco países da América Latina e movimentou mais de R$ 35 bilhões em transações em 2024. A empresa atende cerca de 9 mil instituições de saúde e mantém 30 mil fornecedores ativos.
Para o CFO, Carlos Eduardo Baron, a aquisição está alinhada à estratégia de crescimento. “A união das bases da Bionexo e da Brasíndice reforça nosso papel como hub de dados estratégicos e consolida uma posição de liderança regional em tecnologia e gestão de saúde”, diz.
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MEDICINA S/A
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
Em sete anos, o Brasil teve uma variação positiva de 15 p.p na avaliação sobre a qualidade da saúde: em 2018, 18% dos entrevistados a consideravam boa ou muito boa, porcentagem que passou para 34% em 2025, segundo a Ipsos. No entanto, o otimismo em relação a melhorias futuras na assistência médica variou negativamente de 61% (em 2018) para 57% neste ano e Brasil (43%), enquanto 80% acreditam que a população brasileira não pode arcar com uma boa assistência à saúde. Os dados são da sétima edição do Ipsos Health Service Report 2025 (Relatório sobre os Serviços de Saúde 2025), que monitora as percepções de 30 países sobre o sistema de saúde e os desafios de saúde que cada um deles enfrenta.
O relatório mostra que 3 em cada dez brasileiros (29%) acreditam que todos no país recebem o mesmo padrão de atendimento, indicando a percepção de disparidades no sistema de atendimento. No entanto, na mesma pergunta, em 2018, 18% concordavam com a afirmação, sinalizando uma melhora na percepção de desigualdades na saúde.
Entre os desafios nacionais mais apontados, em primeiro lugar estão longos tempos de espera (43%) e, em segundo lugar, a falta de investimentos (39%). A saúde mental continua sendo o maior problema de saúde em 18 países, incluindo o Brasil (citado por 52% dos entrevistados). Na sequência, estão câncer, estresse, obesidade e abuso de drogas.
A pesquisa identifica que o conhecimento sobre medicamentos GLP-1 (como Ozempic, Wegovy, Zepbound, Rybelsus ou Mounjaro) é muito alto no Brasil. Enquanto a média global é de 36%, no Brasil 58% declararam conhecer esse tipo de medicamento, indicado no controle do açúcar no sangue em diabéticos tipo 2 e na redução de peso em pacientes com obesidade e sobrepeso. A maioria (55%) dos brasileiros também acreditam que obesidade irá aumentar no país nos próximos 10 anos, seguindo a média global de 54%.
Globalmente, dos que ouviram falar a respeito de medicamentos GLP-1, a maioria tomou conhecimento por meio das mídias sociais (45%) e apenas 19% por meio de um profissional médico. No Brasil, a influência das redes é ainda maior, 54% tomaram conhecimento do medicamento pelas redes sociais.
A pesquisa também avaliou a confiança dos entrevistados nas vacinas: 70% dos brasileiros concordam que a vacinação contra doenças infecciosas graves deveria ser obrigatória (13% discordam), deixando o Brasil no top cinco de países com maior concordância com o tema.
Já 41% confiam que o sistema de saúde do Brasil oferece o melhor tratamento (em 2018, era 20%). Por outro lado, os brasileiros estão entre os que mais se automedicam, assumindo a terceira posição entre os países pesquisados: 73% declaram que no Brasil frequentemente as pessoas tomam medicamentos sem consultar um médico ou um profissional de saúde.
Saúde mental
Quando avaliada a maior preocupação de saúde dos brasileiros, a saúde mental, declarada por 52% dos entrevistados, aparece em primeiro lugar (em 2018 era 18%). Entre as mulheres são 60%, enquanto 44% dos homens a consideram o principal problema. Mesmo assim, saúde mental também é o problema de saúde mais citado por eles.
As diferenças entre Geração Z x Boomers no Brasil também são bem-marcadas. Enquanto a saúde mental é citada por 40% do Boomers, ela é mencionada por 60% da Gen Z. A menção do estresse como principal problema também acompanha essa tendência: 25% entre os Boomers x 37% entre a Gen Z.
O Brasil está na quinta posição entre os países que no ano passado as pessoas se sentiram estressadas a ponto de acharem que não conseguiam lidar com as situações: 31% dos entrevistados se sentiram dessa forma e 39% se sentiam assim várias vezes.
Metodologia
A Ipsos entrevistou um total de 23.172 adultos com 18 anos ou mais na Índia, de 18 a 74 anos no Canadá, República da Irlanda, Malásia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos, de 20 a 74 anos na Tailândia, de 21 a 74 anos na Indonésia e Singapura e de 16 a 74 anos em todos os outros países.
A amostra é composta por aproximadamente 1.000 indivíduos na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, Japão, Espanha, Turquia e EUA, e 500 indivíduos na Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Irlanda, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Tailândia. A amostra na Índia é composta por aproximadamente 2.200 indivíduos, dos quais aproximadamente 1.800 foram entrevistados pessoalmente e 400 foram entrevistados online. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.
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PORTAL PANORAMA
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A Polícia Civil de Goiás indiciou as donas de uma clínica em Goiânia por estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. A investigação revelou um esquema de fraudes em atendimentos a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo o inquérito, as empresárias cobravam e registravam terapias que nunca ocorreram. Em alguns casos, os relatórios mostravam atendimentos enquanto os pacientes estavam internados em outros estados. As notas fiscais falsas eram enviadas à operadora de saúde como se os serviços tivessem sido realizados em Goiânia.
A apuração também identificou assinaturas falsificadas de profissionais de saúde e transferências via PIX para familiares de pacientes, usadas para disfarçar cobranças irregulares.
A Unimed Goiânia, responsável pela denúncia, afirmou que o maior prejuízo foi humano. O diretor de Provimento de Saúde, Francisco Albino Rebouças, lamentou os impactos do golpe.
“Mais do que o prejuízo financeiro, o maior dano recai sobre as crianças autistas e suas famílias. Esse tipo de fraude compromete a evolução clínica e a confiança das famílias”, afirmou.
O caso segue para o Poder Judiciário, que decidirá sobre as responsabilidades criminais das investigadas. A Unimed reforçou que mantém auditorias e processos internos para prevenir novas irregularidades e garantir atendimento ético e seguro aos beneficiários.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 07/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros
País tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol
Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia
Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia
Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina
https://medicinasa.com.br/telemonitoramento-reinternacoes/
Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade
Seu próximo erro será fatal?
https://www.saudebusiness.com/colunistas/seu-proximo-erro-sera-fatal/
CFM
Anvisa desmente Cofen: prescrição de antibióticos não pode ser feita por enfermeiros
Ao contrário do que afirmou o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) no último dia 12 – que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria autorizado os enfermeiros a prescreverem antimicrobianos a pacientes -, esses profissionais, porém, não têm tal competência. A informação é da própria Anvisa, que comunicou o Conselho Federal de Medicina (CFM), por ofício, que o “documento (ao qual o Cofen se baseia) não foi assinado, e desta forma, não representa o posicionamento oficial da Anvisa com relação ao tema em questão”. A agência ainda afirma no ofício encaminhado ao CFM que “o assunto foge das competências regimentais da Anvisa”.
No começo de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino já havia decidido pela inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei Distrital nº 7.530/2024, que permitia a prescrição de medicamentos por enfermeiros no Distrito Federal. A decisão foi tomada em julgamento ao Agravo em Recurso Extraordinário nº 1.561.727 (Lei Distrital nº 7.530/2024).
Na ocasião, a Suprema Corte deixou claro que não há margem para interpretações ampliativas ou para atuação autônoma da categoria em matéria de prescrição. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) também já havia decidido pela inconstitucionalidade da lei em maio deste ano. Ao julgar o caso, a relatora destacou que a “norma distrital usurpou a competência privativa da União para legislar sobre condições para o exercício de profissões”.
Diagnóstico médico – Diante da informação da Anvisa e das decisões judiciais do STF e do TJDFT, não resta qualquer dúvida de que compete aos enfermeiros apenas a prerrogativa de disponibilizar medicamentos em programas de saúde pública e rotinas institucionais já estabelecidas e após diagnóstico médico, não tendo competência para prescrever antibióticos.
“A prescrição de medicamentos pressupõe a determinação de prognóstico relativo a diagnóstico nosológico, atividade que é de competência privativa do médico. Ao ampliar prescrições fora de protocolos e sem governança diagnóstica, o Cofen transfere aos sistemas de saúde o ônus de decisão administrativa que afronta a legislação do País e o Supremo Tribunal Federal”, avalia o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo.
Ele explica que, para doenças como sífilis, tuberculose e hanseníase, há protocolos seguros que estabelecem os medicamentos específicos, as dosagens e o tempo de tratamento a ser seguido pelos pacientes após diagnóstico médico. “O enfermeiro pode, somente nesses casos, disponibilizar o medicamento aos pacientes e em ambientes públicos de saúde”, diz.
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INFOMONEY
Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação por metanol e 200 em investigação
A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento
Dados do Ministério da Saúde divulgados na noite desta segunda-feira, 6, informam que o País soma 17 casos de intoxicação por metanol confirmados e que outras 200 ocorrências são investigadas.
A maior parte das notificações se concentra no Estado de São Paulo. São 15 casos confirmados e 164 em investigação até o momento. No Paraná, outro único Estado com casos confirmados, foram duas ocorrências positivas para intoxicação por metanol, e outras quatro estão em análise.
Outros 12 Estados também verificam possíveis intoxicações pela substância. São os casos do Acre (1 caso em investigação), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).
Na Bahia, no Distrito Federal e em Mato Grosso, os casos que estavam sendo apurados foram descartados.
Ao todo, 14 pessoas morreram e duas, ambas da capital paulista, tiveram a morte confirmada por intoxicação por metanol. As outras 12 mortes ainda são investigadas. Além de São Paulo, os Estados que também registraram óbitos suspeitos são: Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (3), Paraíba (1) e Ceará (3).
A intoxicação por metanol é grave, podendo levar à cegueira permanente e até ao óbito. A substância, incolor, pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas, além de produtos como combustíveis, solventes e líquidos de limpeza.
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A REDAÇÃO
Cais Amendoeiras deixa de atender urgências e emergências em Goiânia
O Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Chácara do Governador, em Goiânia, recebeu, nesta segunda-feira (6/10), a visita técnica do Ministério da Saúde para habilitação como Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A mudança visa ampliar a qualidade do atendimento ofertado à população, por meio da captação de recursos federais para o custeio e manutenção da unidade. A mudança, no entanto, afeta diretamente o modelo de outro local, já que os atendimentos eletivos, que são agendados, serão transferidos para o Cais Amendoeiras, que deixa de atender urgências e emergências.
“A transformação do Chácara do Governador busca ampliar a resolutividade da nossa rede de urgências. A UPA tem estrutura adequada para estabilização dos pacientes e tratamento de grande parte das demandas de saúde da população, sem a necessidade de hospital”, explica o secretário municipal de saúde, Luiz Pellizzer. “A mudança facilita a possibilidade de cofinanciamento, parcerias e captação de recursos do governo federal”, diz Pellizzer.
Entre os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde para a habilitação como UPA, está a oferta exclusiva de atendimentos de urgência e emergência, que é a assistência imediata a pessoas com quadros que podem trazer complicações, dor ou sofrimento intenso e risco de vida. Por isso, a mudança afeta diretamente o modelo do Cais Amendoeiras.
“Os tratamentos especializados em gastroenterologia, urologia, dermatologia e imunologia passarão a ser oferecidos no Cais Amendoeiras, que deixa de realizar atendimentos de urgência e emergência”, destaca a superintendente de redes de atenção à Saúde da SMS, Camila Brum. “O perfil do Amendoeiras é alterado para concentrar serviços especializados, de forma eletiva. Serão 700 consultas com especialistas ofertadas mensalmente na unidade”, afirma.
“Os Cais têm estrutura híbrida, criada por iniciativa municipal ou estadual, sem padronização nacional e mesclam atividades ambulatoriais, serviços especializados e pronto-atendimento”, pontuou Luiz Pellizzer. “No entanto, esse modelo não está alinhado com a rede nacional de urgências, o que dificulta a implementação de protocolos integrados de regulação e transferência e o cofinanciamento das unidades”, explica Camila Brum.
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JORNAL OPÇÃO
Após um mês de troca de OSs; veja como está gestão das maternidades de Goiânia
Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012
Após mais de uma década sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), as maternidades municipais de Goiânia passaram por uma profunda reestruturação. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) optou por substituir o modelo de gestão unificada por um sistema com três organizações sociais (OSs), cada uma especializada em um perfil de atendimento. A mudança, oficializada por meio de contrato emergencial, marca uma nova fase na prestação de serviços de saúde na capital.
Documentos oficiais confirmam que o convênio entre a Fundahc, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a SMS teve início em junho de 2012. Desde então, a fundação foi responsável pela administração da Maternidade Dona Íris, da Maternidade Nascer Cidadão e do Hospital e Maternidade Célia Câmara.
Segundo o assessor técnico da SMS, Dr. Frank Cardoso, a decisão de romper com a Fundahc foi motivada por recorrentes falhas na prestação dos serviços. “O serviço como era prestado anteriormente vinha passando por recorrentes interrupções, riscos de paralisação e fechamento de serviço”, afirmou.
Ele destacou que o atendimento chegou a ser interrompido até mesmo em situações de urgência. “O atendimento ambulatorial estava interrompido, chegou ao ponto de interromper o serviço de urgência e emergência por meio-dia, até que a gente conseguiu restabelecer enviando anestesista para dar continuidade”, disse.
Novo modelo
O novo contrato emergencial selecionou três OSs com perfis distintos para cada unidade:
Unidade de saúde | Perfil de atendimento | Nova gestora |
Maternidade Dona Íris | Alta complexidade | Instituto Patris |
Hospital e Maternidade Célia Câmara | Perfil hospitalar robusto | Sociedade Beneficente São José (SBSJ) |
Maternidade Nascer Cidadão | Baixa complexidade | Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB) |
“Saímos de uma entidade única que geria três perfis de unidade para uma entidade para cada unidade de saúde, capaz de atender aquele perfil pré-estabelecido”, explicou Dr. Cardoso.
Resultados do primeiro mês
Em apenas 30 dias de nova gestão, os números já mostram retomada significativa:
– 645 partos realizados
– Mais de 3.000 atendimentos de urgência e emergência
– Mais de 1.500 consultas e exames ambulatoriais
– Cerca de 700 internações
– Retomada das cirurgias eletivas nas áreas de ginecologia, mastologia e pediatria
“Começamos a ter o cuidado de atender a demanda da fila de cirurgia eletiva, cirurgia pra mamãe, cirurgia pra bebê, tanto do campo da ginecologia quanto da mastologia quanto da parte de pediatria”, detalhou.
Além disso, estão sendo implantados serviços como mamografias e exames citopatológicos, que estavam paralisados. “Estamos fazendo a inserção e implantação de DIU, mamografias e citopatológico nesse processo”, acrescentou.
Emergencial ao definitivo
O contrato emergencial tem validade de seis meses e foi baseado no edital anterior, o que limitou a possibilidade de ajustes. “No processo emergencial, nós obrigatoriamente temos que usar o material antigo. Então não podemos fazer um novo edital, um novo termo de referência, porque a ideia do emergencial é essa: poupar tempo pra conseguir fazer algo de emergência pra suprir uma necessidade que é urgente”, apontou.
A SMS já trabalha na elaboração de um novo edital com metas atualizadas, mecanismos de controle mais robustos e ampla concorrência. “Agora nós temos um mecanismo mais robusto pra acompanhar essas entregas. O acompanhamento de metas era muito delicado anteriormente”, concluiu Dr. Frank Cardoso.
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MEDICINA S/A
Hapvida reduz em 11% as reinternações em saúde mental com telemedicina
A taxa de reinternação de pacientes em cuidados de saúde mental caiu 11% em um intervalo de seis meses desde 2023, resultado do programa de telemonitoramento da Hapvida. A iniciativa acompanha, de forma remota, pacientes por pelo menos 90 dias após a alta hospitalar, com suporte contínuo de uma equipe multidisciplinar.
O acompanhamento da linha de cuidado é disparado nos momentos mais críticos do paciente. Nos atendimentos presenciais nos prontos atendimentos, a equipe médica geral pode acionar psiquiatras especialistas, via teleinterconsulta, para um diagnóstico e conduta ágil e eficaz. Após a alta, o paciente é contatado para dar início ao telemonitoramento. Nos casos em que há uma internação psiquiátrica integral, o serviço é ativado e contata o beneficiário tão logo a alta hospitalar ocorra.
“Nosso objetivo é garantir que o cuidado não termine com a alta hospitalar. O acompanhamento remoto permite identificar precocemente sinais de agravamento e reduzir as barreiras de acesso ao tratamento”, explica Adria Mara Cândido, diretora-executiva de Saúde Digital e Clínicas Médicas da Hapvida. Com isso, a necessidade de novas internações desses pacientes é reduzida.
Rotina de cuidados
O monitoramento é conduzido por uma equipe multidisciplinar, composta por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, que gerenciam o tratamento, desde a marcação das consultas até a verificação da adesão aos medicamentos.
Durante o programa, os pacientes têm acesso a consultas com psicólogos e com psiquiatras, realizadas por telefone ou videochamada. A equipe oferece ainda apoio em situações de crise e orientações sobre o uso correto da medicação. Caso o especialista avalie necessário, o prazo do acompanhamento pode ser ampliado. Todas as interações são registradas em prontuário eletrônico, assegurando o alinhamento entre os profissionais de saúde envolvidos e a segurança do paciente.
Saúde mental
O avanço de transtornos mentais é uma preocupação crescente. Segundo o relatório global “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo. A pesquisa também apontou que a preocupação com a saúde mental vem numa crescente desde a pandemia, citada por 18% dos participantes em 2018 e chegando a 54% em 2024. Diante desse cenário, a Hapvida vem atuando de maneira estratégica. Durante todo o ano de 2024, quando a linha de cuidado de saúde mental foi expandida para toda a rede de hospitais e prontos-socorros, foram realizados mais de 14.417 pareceres. Em 2025, o número já ultrapassou 14,5 mil avaliações até o início de setembro.
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SAÚDE BUSINESS
Hcor elimina uso de gás anestésico de alto impacto ambiental e reduz emissões pela metade
Substituição do óxido nitroso pode cortar em 50% as emissões diretas de gases de efeito estufa no Hcor.
O Hcor interrompeu o uso de óxido nitroso (N₂O) em seus procedimentos anestésicos, marcando uma das mudanças mais significativas em sua política ambiental recente. Embora amplamente utilizado em anestesias, o gás é um dos principais agentes de efeito estufa e também afeta a camada de ozônio.
A decisão faz parte de uma revisão mais ampla das práticas ESG do hospital, que já resultou em reduções no volume de resíduos por paciente-dia e no descarte em aterros sanitários. Com a nova medida, o Hcor projeta uma queda de cerca de 50% nas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) em um ano.
A retirada do gás não traz prejuízos clínicos, segundo Marcelo Gonçalves o líder médico do Centro Cirúrgico. “O óxido nitroso é apenas uma das substâncias usadas em anestesias. Outras opções, como o sevoflurano, já garantem o mesmo efeito de supressão temporária do sistema nervoso central, essencial para os procedimentos cirúrgicos”, explica.
Além do impacto ambiental reduzido, o sevoflurano tem uma vida atmosférica estimada em apenas um ano — contra 114 anos do N₂O. A substituição, afirma Gonçalves, mantém os protocolos de segurança dos pacientes e elimina um composto de alto potencial de aquecimento global.
A transição exigiu ajustes técnicos, como a desativação do sistema central de distribuição de óxido nitroso e a revisão dos protocolos anestésicos. “A mudança reflete uma decisão estratégica voltada à sustentabilidade, mas também à eficiência clínica e operacional”, afirma Julio Vieira, CEO do Hcor.
Para Gabriel Dalla Costa, diretor médico executivo da instituição, a iniciativa só foi possível com o engajamento das equipes médicas, técnicas e de suprimentos. “É uma transformação ambiental relevante, mas também um compromisso com a segurança e a sustentabilidade institucional”, avalia.
Reconhecimento internacional
Membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, o Hcor tem avançado em metas ambientais nos últimos anos. Em 2024, registrou redução de 3,93% na geração de resíduos por paciente-dia e de 8,10% no volume enviado a aterros sanitários — mesmo com o aumento de 4,31% no número de pacientes e de 7,7% nas cirurgias realizadas.
O desempenho rendeu reconhecimento do Pacto Global – Rede Brasil, no âmbito da iniciativa Ambição 2030, com o case “Redução de Resíduos Hospitalares como Estratégia para um Futuro Sustentável”, inscrito na categoria Gestão de Resíduos.
Em paralelo, o hospital também reduziu o consumo hídrico em 6,6% e o consumo de energia por paciente-dia em 12%, além de ampliar o volume de materiais reciclados e compostados. Em 2024, a comercialização de recicláveis gerou R$ 237 mil, revertidos para projetos gratuitos de saúde mantidos pela instituição.
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Seu próximo erro será fatal?
Erros na saúde revelam falhas sistêmicas de gestão e liderança — e mostram a urgência de fortalecer a cultura de segurança nas instituições.
Esse é o título de um livro muito interessante sobre falhas catastróficas em organizações. Escrito por Robert Mittelstaedt, um influente pensador norte-americano sobre administração de empresas, reitor emérito da WP Carey School of Business.
No livro, Mittelstaedt usa exemplos de grandes corporações, como o da Enron, do acidente com a plataforma de petróleo da Exxon, no Golfo do México, e do ônibus espacial Colúmbia, que explodiu poucos segundos após o lançamento.
Na saúde, estima-se que ocorra um erro fatal a cada 11 minutos, segundo publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2018, foram estimadas cerca de 55 mil mortes por ano relacionadas a eventos adversos associados à prestação do cuidado; desses, mais de 87%, ou seja, 48 mil, seriam evitáveis.
Enquanto as falhas fatais de Mittelstaedt destroem as organizações e, em alguns casos, também com fatalidades, na saúde vivemos uma epidemia de mortes associadas a erros. E não se trata de um problema brasileiro. Estudo de 2016 da Universidade Johns Hoplkins, dos EUA, publicado no BMJ, uma das principais publicações científicas do mundo sobre saúde, estima em 250 mil o número de mortes associadas a falhas na prestação do cuidado, tornando-se a terceira principal causa de morte nos EUA.
Mas por que erros acontecem? Estudiosos têm perspectivas distintas ao lidar com falhas, mas todos convergem para pontos centrais similares ao se pensar em contramedidas.
Amy Edmondson, professora da Universidade de Harvard e especialista em segurança psicológica, divide os erros em três tipos: evitáveis em processos previsíveis, inevitáveis em processos complexos/incertos ou erros de experimentação.
Os “erros evitáveis em operações previsíveis” envolvem um desvio involuntário de uma especificação. Eles ocorrem, por exemplo, por falta de capacidade de pessoas não qualificadas ou sem o devido treinamento, por processos inadequados ou por tarefas acima da capacidade funcional de quem as executa. Falhas assim são tratadas com ações de melhorias e/ou redesenhos de processos.
Já os “erros inevitáveis em processos complexos/incertos” envolvem trabalhos formados por muitos elementos. Por exemplo, uma cirurgia de emergência em um diabético com exames mal controlados ou em uso de anticoagulante. Assim, pode provocar algum tipo de interação inédita e uma falha imprevisível.
Esse tipo de erro está relacionado à falta de clareza sobre os eventos futuros, nos quais decisões aparentemente sensatas produzem resultados indesejados – como no caso do uso de respiradores mecânicos no início da pandemia de Covid-19, ajustado em seguida para um tratamento menos invasivo, evitando lesões pulmonares irreversíveis.
Ambientes complexos, onde ocorre esse tipo de falha, precisam constantemente de acompanhamentos e realinhamentos de rotas. São os grandes desafios dos sistemas hospitalares. Porém, muito pode ser feito para reduzir a exposição a esse tipo de falha.
Por exemplo, trabalhar para a redução dos “erros evitáveis em operações previsíveis”. Isso, por si só, já limita a incidência de “erros inevitáveis em processos complexos/incertos”. É que sem isso, em pouco tempo, a interação entre falhas evitáveis induz a ocorrência de erros complexos, imprevisíveis e incontroláveis.
Por fim, há o terceiro tipo de falha, ou seja, os “erros de experimentação”, que estão relacionados aos processos de aprendizagem. Eles ocorrem, por exemplo, em testes para avaliar a validade de uma hipótese ou em experimentos inovadores que produzem também efeitos indesejados. Atualmente, há uma grande regulamentação no sistema de saúde para tratar de experimentos de novas drogas e procedimentos; mesmo assim, efeitos inesperados são frequentes.
Talvez a mais impactante droga da oncologia moderna, responsável por mudar o curso natural do câncer de mama, o tamoxifeno iniciou sua trajetória de estudos como anticoncepcional em animais de laboratório. Ao ser testado em humanos, o efeito foi o contrário, gerando um aumento de fertilidade, e a droga foi quase abandonada ainda nos anos 60.
Arthur Walpole resolveu testar o potencial antiestrogênico em casos de câncer de mama em animais e, anos depois, com estudos de outro pesquisador, V. Craig Jordan, o tamoxifeno foi aprovado para o tratamento do câncer metastático de mama em 1978. Hoje é usada até mesmo para prevenção do câncer de mama.
Mittelstaedt enxerga erros sob uma perspectiva temporal: não há um único evento que leve à catástrofe, uma única falha fatal, mas uma sequência crescente de erros, falhas sequenciais, que levam ao erro fatal. Essas falhas se relacionam com três problemas típicos das organizações de saúde:
Falta de comunicação: a omissão de informações críticas, mesmo que de forma involuntária, acaba induzindo ao erro, especialmente a omissão em informar sobre medicamentos de alto risco, como insulina, anticoagulantes, opioides ou cloreto de potássio.
O excesso de informação também induz ao mesmo tipo de problema, por exemplo, a fadiga de alarmes dentro de UTIs: as pessoas podem, por fim, ignorar, mudar os ajustes ou simplesmente silenciar alarmes insistentes dentro de unidades de cuidado.
Decisões apressadas ou enviesadas: há na medicina moderna um caso catastrófico exemplificando o problema do viés cultural e a pressa em decidir. Há estudos demonstrando o maior índice de apendicite perfurada e suas complicações em jovens negros quando comparados a jovens brancos. Profissionais atendendo jovens negros demoram mais para solicitar exames ou procedimentos mais invasivos, tratando apenas como uma dor abdominal comum.
Ainda assim, esses jovens recebem menos analgésicos que jovens brancos em geral. É um viés cultural do prestador de serviço que impacta de forma relevante e desigual o desfecho do cuidado, com 33% mais chance de apendicite perfurada em jovens e crianças negras do que brancas e as complicações tardias associadas a esse tratamento desigual.
Cultura da complacência e da subestimação de pequenos problemas: tolerar pequenos erros ou subestimá-los pode também ser catastrófico. Incidentes isolados ou quase erros de pequeno impacto podem, na verdade, “cascatear” e levar eventos catastróficos.
São inúmeros os relatos de eventos pós-operatórios, como dor discreta ou febre baixa, que são, inicialmente, considerados de baixo impacto, mas que se desdobram em quadros graves de sepse e morte.
Tanto Edmondson quanto Mittelstaedt entendem que o remédio para a maioria desses problemas está na capacidade de se comunicar melhor e tratar abertamente de problemas, usando técnicas estruturadas para análise e gestão dos riscos. Mais que isso, os dois consideram que líderes que se comportam de forma humilde, reconhecendo suas próprias limitações e vieses culturais e conseguem administrar melhor os problemas de segurança, equidade e riscos em operações sob suas responsabilidades.
Organizações que lidam bem com erros estão mais atentas a essas falhas na operação. Tornar os erros e riscos visíveis aumenta a chance de reconhecimento e prevenção precoce. É necessário aceitar que cometer falhas é da natureza humana. E que há tipos diferentes de erros e métodos possíveis de mitigá-los. No entanto, isso demanda uma postura proativa da liderança.
Exige que o líder fale abertamente sobre falhas, sobre condições de vulnerabilidade e iniquidade, e estude suas causas dentro de um ambiente psicologicamente seguro para que todos possam falar sobre isso. A segurança psicológica é a forma mais consistente de tornar o ambiente de trabalho mais seguro para profissionais e pacientes.
Para que o próximo erro fatal não aconteça, é preciso falar aberta e humildemente sobre a última falha. E ter em mente o pensamento do Dr. W. E. Deming, estatístico e pioneiro da melhoria contínua da qualidade: 94% dos erros são provocados pelo sistema e não pelos indivíduos. Uma pessoa boa será sempre derrotada por um sistema ruim.
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Assessoria de Comunicação