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26 01 24 TREINAMENTO

 

A Ahpaceg promoveu na última sexta-feira, 26, mais uma capacitação para o uso da nova Plataforma de Indicadores adotada pela Associação.

O treinamento, realizado na sede da Ahpaceg, foi aberto a representantes de instituições associados que não conseguiram participar das aulas ministradas no início do mês.

Com essa capacitação, ministrada por profissionais da empresa Iah Soluções Integradas e acompanhada pela coordenadora de Educação Continuada da Associação, Madalena Del Duqui, a maioria dos associados já está apta a iniciar o uso da nova plataforma, que possibilitará a inserção, o monitoramento e a análise crítica e comparativa de informações referentes a indicadores assistenciais, financeiros e de recursos humanos das instituições.

Em breve, será agendado um novo treinamento online para os associados do interior do Estado.

Segunda, 29 Janeiro 2024 12:22

CLIPPING AHPACEG 27 A 29/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde podem subir 25% com inflação médica acima da média global

Hospitais da Rede D’Or São Luiz em SP registram até 833% mais casos de dengue em 2024

Projeto atribui a psicólogo prescrição de terapias para tratar autismo

Profissionais de saúde realizam capacitação para detecção precoce de câncer

Vacina contra a dengue chegará inicialmente a apenas 10% das cidades do país

Entenda o histórico político da crise da saúde em Goiânia

Estudo da Organização Mundial da Saúde avalia o impacto ocupacional do câncer de pele

UOL

Planos de saúde podem subir 25% com inflação médica acima da média global


Os custos dos planos empresariais de saúde no Brasil superaram a média mundial, e as operadoras devem reajustar o preço em cerca de 25% em 2024, afetando cerca de 41 milhões de pessoas.

O que aconteceu

A inflação médica foi três vezes maior que a inflação oficial o IPCA. Enquanto os preços em geral aumentaram 4,8% no ano passado, a inflação médica subiu 14,1%. É mais do que a média global, de 10,1%. Os dados são da consultoria AON, que mediu os custos dos insumos médicos no ano passado em 113 países.

O reajuste nos planos empresariais, no entanto, pode chegar a 25%. É que para chegar ao índice de reajuste, as operadoras consideram, além da inflação médica, as fraudes, a utilização dos planos e o resultado financeiro. Em 2023, o setor teve déficit operacional de R$ 5,1 bilhões.

Por que a inflação médica é maior no Brasil? "O Brasil tem a maior população e território na América Latina, o que torna os desafios amplos, como eficiência operacional e distribuição de recursos", diz o vice-presidente da AON Brasil, Leonado Coelho.

As coberturas e medicações obrigatórias aumentaram consideravelmente nos últimos anos. Além disso, o Brasil limita a oferta de planos com coberturas mais especializadas, mais acessíveis, o que é bem menos limitado nas outras regiões.

Leonardo Coelho

As maiores operadoras têm divulgado reajuste acima de 20% para empresas com até 29 vidas. Já a média ponderada de planos empresariais [com outros portes e número de segurados] chegou a 25% de reajuste.

Luiz Feitoza, da consultoria Arquitetos da Saúde

"Esses 25% são um escárnio", diz Mario Scheffer, pesquisador e professor da Faculdade de Medicina da USP. "Essa conta de botequim ignora o fluxo de ingressos de recursos, créditos, empréstimos e o fato de que as operadoras têm capacidade de investimento."

Não existem informações básicas: quantos clientes pagam acima de R$ 5.000 por mês? Quantos pagaram e não utilizaram o plano no ano?

Mario Scheffer

Aumento sem regulação

A oferta de planos a 10,8 milhões de trabalhadores já abocanha 14% da folha de pagamento só na indústria. Em 2012, os gastos equivaliam a 11,7% da folha, diz a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Esse aumento acontece porque os planos empresariais não são regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde). A operadora só decide o índice de reajuste dos planos familiares e individuais, que no ano passado foi de 9,63%. Para 2024, o Citibank prevê alta de 8,7%.

Para se livrar da regulação da ANS, as operadoras reduziram a oferta de planos individuais e familiares. A estratégia para atrair novos clientes, dizem os especialistas, é oferecer planos mais baratos, com até cinco vidas, aos donos de pequenas empresas, que usam seu CNPJ para contratar um "plano empresarial" para sua família, os chamados "pejotinhas".

Mas no primeiro aumento, eles levam um susto porque não há limite de reajuste. Tivemos casos que chegaram a 40%.

Rafael Robba, especialista em saúde da Vilhena Silva Advogados

No ano passado, o setor chegou à marca de 50,9 milhões de clientes. Boa parte desses planos, porém, é de pejotinhas, os que mais cresceram nos últimos anos. Em 2019, antes da pandemia, cerca de 38% das operadoras já não vendiam contratos individuais, então restritos a 20% dos segurados no Brasil.

R$ 3.000 de aumento

Um deles é o consultor Jean Paul Robin, 59. Ele recebeu uma carta da SulAmérica em janeiro informando que seu convênio terá 24,7% de reajuste em março, passando de R$ 11,6 mil para R$ 14,4 mil para ele, mulher e dois filhos.

Jean foi convencido a mudar. Preocupado com o preço do plano familiar e com dificuldade para encontrar outro com esse perfil, Jean procurou um corretor. "Ele sugeriu migrar para um plano empresarial porque sairia mais barato", diz.

A surpresa veio nos primeiros reajustes. "Sempre muito altos. Aí eu pulo para outro, e é a mesma história", conta. Após processar um dos convênios, a mensalidade caiu. "Estou há um ano na SulAmérica e já dão esse aumento."

A inflação não chegou a 5%. Essa diferença é um absurdo.

Jean Paul Robin

A SulAmérica diz que o percentual foi definido pela inflação médica e pela utilização do plano.

De quem é a culpa?

O setor lembra que o uso dos planos disparou depois da pandemia. A utilização aumentou tanto que 89,2% das receitas com mensalidades foram gastas com atendimento médico em 2023. Na pré-pandemia essa proporção variava entre 80% e 82%. "No ano passado, a alta foi puxada por exames, terapias e internação", diz Leonardo Coelho, da AON.

As fraudes e desperdício do setor são repassados para a mensalidade. Eles consumiram R$ 34 bilhões no ano passado 12,7% do faturamento de R$ 270 bilhões das 14 maiores operadoras. Nos países desenvolvidos, esse índice gira em torno 7%, segundo estudo divulgado pelo IESS (instituto que pesquisa o setor).

As surpresas com reajuste convivem com "rescisões de contratos pelas operadoras", diz Scheffer. No ano passado, dispararam as reclamações contra rescisões de planos para autistas. O setor diz que a ANS aumentou demais a oferta de terapias para esse público, encarecendo os gastos.

As operadoras calculam em 236 mil as crianças autistas com plano médico. Cada uma custaria até R$ 6.000 por mês, "movimentando próximo de R$ 1 bilhão mensal", estima a Med Advance, clínica especializada em terapia ocupacional para autistas. "Um investimento alto em um segmento que não registrava demanda tão grande até 2020", diz Janderson Silveira, CEO da empresa.

As operadoras sempre se utilizaram de fantasmas para obter benefícios. Já houve a temporada de culpar os idosos; os prestadores fraudulentos. Agora os vilões são os autistas.

Mario Scheffer

O advogado Rafael Robba cobra da ANS que também escolha o índice de reajuste nas mensalidades dos planos coletivos. Procurada, a agência disse que as regras de reajuste também são "estipuladas pela ANS".

A ANS chega a um reajuste para planos individuais usando dados das operadoras. Como as operadoras chegam a 25% de aumento nos coletivos?

Rafael Robba

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MEDICINA S/A

Hospitais da Rede D’Or São Luiz em SP registram até 833% mais casos de dengue em 2024

Os hospitais da Rede D’Or situados em cinco estados brasileiros registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 307% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023. Os atendimentos se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, além de Paraná e Sergipe.

Na capital paulista e região metropolitana de São Paulo os hospitais da Rede D’Or São Luiz registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 443% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023.

A maior alta proporcional foi verificada no pronto-socorro do São Luiz Anália Franco, na zona Leste, com 833% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no São Luiz de São Caetano, no Grande ABC, o total de casos confirmados subiu 675%, enquanto na unidade Morumbi houve alta de 520%.

O Hospital São Luiz do Itaim, na zona sul, registrou aumento de 385% nos atendimentos por dengue entre 1º e 20 de janeiro, enquanto no do Jabaquara a alta foi de 266% e na unidade de Osasco, 245%.

RJ

No Rio, a maior alta proporcional foi verificada no pronto-atendimento do Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá, no Rio, com 2.300% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no Barra D’Or, o total de casos confirmados subiu 1.250%, enquanto no Hospital Bangu houve crescimento de 1.050% e no Hospital Samer, em Resende, alta de 1040%.

Também foram verificados aumentos do número de casos de dengue em pacientes atendidos nos hospitais Norte D’Or (690%), em Cascadura, Copa D’Or (500%), na capital fluminense, e Oeste D’Or (126%), em Campo Grande.

Unidades da rede no estado do Rio que não tiveram entre 1º e 20 de janeiro de 2023 nenhum caso de paciente com dengue – hospitais Rio Barra, Perinatal, São Vicente, Jutta e Copa Star – registraram casos da doença neste ano.

DF

Os hospitais da Rede D’Or no Distrito Federal registraram em janeiro deste ano um aumento médio de 107% no número de pacientes diagnosticados com dengue, na comparação com o primeiro mês de 2023.

A maior alta proporcional foi verificada no pronto-atendimento do Hospital DF Star, com 173% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.

Já no Hospital Santa Luzia, o total de casos confirmados subiu 146%, enquanto no Santa Helena houve alta de 55%.

Outros estados

Ainda segundo levantamento da Rede D’Or, houve aumento de 200% no atendimento a pacientes com dengue no Hospital São Lucas, de Sergipe, na comparação dos primeiros 20 dias de 2024 com o mesmo período do ano passado. O Hospital Santa Cruz, no Paraná, que não atendeu nenhum caso da doença em janeiro em 2023, tem recebido casos neste ano.

Já em serviços hospitalares da rede localizados na Bahia e em Pernambuco, houve no geral queda nos atendimentos, exceto no Hospital Cardio Pulmonar, de Salvador-BA, que registrou alta de 133% na assistência a pacientes com dengue.

“O crescimento é expressivo nos hospitais da rede no Rio e em estados como São Paulo e no Distrito Federal. É um indicador preocupante, especialmente se for registrada a circulação de sorotipo 3, como tem sido visto em algumas cidades, o que aumenta o número de pessoas suscetíveis à doença. Isso não ocorria há 15 anos. O risco de crescimento contínuo do número de casos nos próximos meses é real. As pessoas que já tiveram dengue no passado podem apresentar sintomas mais severos”, afirma David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or.

Segundo o infectologista, é importante que a população esteja atenta aos principais sintomas da doença, como febre alta repentina, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza e dor atrás dos olhos, dentre outras. “É importante procurar assistência hospitalar especializada nesses casos”.

Ainda de acordo com Uip, é fundamental adotar as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias, evitando recipientes com acúmulo de água parada nos domicílios, para que o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, não encontre ambientes propícios para proliferar.

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Projeto atribui a psicólogo prescrição de terapias para tratar autismo


O Projeto de Lei 3905/23 determina que é atribuição privativa do psicólogo a prescrição de terapias que serão utilizadas no tratamento das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta altera a lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Pelo projeto, o laudo médico que ateste o TEA deverá prescrever obrigatoriamente o encaminhamento para avaliação psicológica. A autora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), acredita que a iniciativa vai permitir que os diagnósticos sejam mais precisos, evitando o encaminhamento a terapias desnecessárias.

"Na prática, o que tem sido percebido pelas famílias de pessoas com TEA é uma série de exageros, por meio de tantos pedidos de terapias que, em vez de beneficiarem o indivíduo com TEA, propiciam crises, surtos e desistência dos tratamentos", afirmou a parlamentar.

"Há ainda que se considerar os vultosos valores que são cobrados nessa profusão de terapias, bem como a judicialização em massa na busca de tratamentos que podem nem mesmo ser os mais adequados para aquela pessoa em específico", complementou.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)

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A REDAÇÃO

Profissionais de saúde realizam capacitação para detecção precoce de câncer

Profissionais da policlínica de Quirinópolis realizam capacitação para a realização do Goiás Todo Rosa, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e da Universidade Federal de Goiás (UFG). A parceria da SES com a UFG permitirá a realização de sequenciamentos genéticos para detecção precoce das mutações que causam câncer de mama e/ou ovário pelo SUS.

O cronograma do projeto prevê que o atendimento comece pela Policlínica de Quirinópolis, na região Sudoeste, sendo estendido em seguida para a região Centro-Norte, em Goianésia e Uruaçu. Posteriormente, o teste genético deve chegar a todas as mulheres com predisposição para estes tipos de câncer no Estado.

“Esse momento é muito importante porque a policlínica será a conexão entre a atenção primária e a Universidade Federal de Goiás. Na policlínica, a paciente será atendida e o teste será solicitado. A coleta de sangue será feita no Centro de Genética da UFG”, explicou a mastologista e professora da Faculdade de Medicina da UFG, Rosemar Macedo Sousa Rahal, acrescentando que o teste será realizado em pacientes que atendem aos critérios de solicitação do painel.

Todo este processo deverá ser feito de forma criteriosa, por isso serão capacitados todos os profissionais que trabalham na policlínica - médicos, enfermeiros e profissionais da área administrativa. Em caso positivo para o câncer, a paciente fará o chamamento dos familiares, que poderão realizar o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, a partir de uma amostra de sangue, para descobrirem se também têm a predisposição para a doença.

Testagem

O exame analisa todas as bases presentes nos genes BRCA 1 e 2, permitindo a identificação de mutações que podem causar câncer de mama e ovário. Ele pode ser feito a partir de uma simples amostra de sangue ou do DNA extraído de peça tumoral. Com o diagnóstico, é possível estabelecer uma rotina personalizada de rastreio de câncer, com maiores chances de cura e mais qualidade de vida para o paciente, com a opção também da mastectomia profilática. O procedimento cirúrgico ocorrerá no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG).

Em Goiás, a taxa de mortalidade por câncer de mama em 2021 foi de 13,62/100.000 mulheres. De 2020 a 2023, pelos menos 1.993 mulheres perderam a vida para a doença. Quanto à incidência, no período de 2020 a 2022 foram diagnosticados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás, 5.349 casos de câncer. Em 2023, até o mês de julho, foram 730 casos confirmados.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Vacina contra a dengue chegará inicialmente a apenas 10% das cidades do país

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina seria distribuída para 521 municípios em 16 estados e no Distrito Federal

A vacina contra a dengue chegou ao Brasil em janeiro de 2024, após ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. A vacina, chamada Dengvaxia, é produzida pelo laboratório Takeda Pharma e é indicada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

A primeira remessa de doses da vacina chegou ao Brasil no dia 25 de janeiro de 2024. O Ministério da Saúde anunciou que a vacina seria distribuída para 521 municípios em 16 estados e no Distrito Federal. Esses municípios foram selecionados com base em critérios como alta transmissão da dengue nos últimos anos, população residente igual ou maior a 100 mil habitantes e altas taxas de casos nos últimos meses.

A vacinação contra a dengue começou no dia 28 de janeiro de 2024. A primeira dose deve ser aplicada em duas etapas, com intervalo de seis meses entre elas. O Ministério da Saúde estima que a vacinação de todos os municípios selecionados deve ser concluída até o final de 2024.

A chegada da vacina contra a dengue foi um marco importante no controle da doença no Brasil. A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A doença pode causar febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos. Em casos graves, a dengue pode levar à morte.

A vacina contra a dengue é uma ferramenta importante para a prevenção da doença. Estudos clínicos mostraram que a vacina é eficaz na redução da incidência de dengue grave em até 80%.

No entanto, a cobertura vacinal contra a dengue ainda é limitada. Apenas 10% dos municípios brasileiros estão recebendo a vacina. Isso se deve à baixa capacidade na produção do imunizante pelo laboratório Takeda Pharma.

O Ministério da Saúde espera que a produção da vacina seja ampliada nos próximos anos, para que a cobertura vacinal possa ser ampliada.

A cobertura vacinal limitada contra a dengue é uma preocupação para especialistas em saúde pública. Eles acreditam que a vacina poderia ajudar a reduzir o número de casos e mortes pela doença no Brasil.

O Ministério da Saúde está trabalhando para ampliar a cobertura vacinal contra a dengue. O órgão está negociando com o laboratório Takeda Pharma para aumentar a produção do imunizante. O ministério também está desenvolvendo campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação contra a dengue.

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JORNAL OPÇÃO

Entenda o histórico político da crise da saúde em Goiânia

Giovanna Campos

Paulo Garcia defendia a criação da unidade na Capital; para entender a crise na saúde, é necessário um histórico dos últimos 20 anos

Ainda nesta semana, o Jornal Opção noticiou o fechamento do Centro de Referência em Ortopedia e Fisioterapia (CROF), em Goiânia. Funcionários denunciaram o desmonte da unidade ao longo dos últimos cinco anos. As três maternidades da cidade paralisaram seus atendimentos em setembro do ano passado por 60 dias, quando apenas serviços de urgência e emergência funcionaram. Servidores relataram falta de insumos básicos e pagamento, com salários atrasados desde o mês de maio.

As maternidades Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Nascer Cidadão (MNC) e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) funcionam sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (Fundahc), que alegou falta de pagamento da prefeitura. Uma enfermeira do HMMCC afirmou que, no hospital, faltavam ambulâncias para transferência dos pacientes. Em setembro de 2023, a diretora da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa, disse ao Jornal Opção que nas maternidades faltavam analgésicos para as pacientes grávidas, que estavam dando à luz sem a medicação adequada.

O ponto mais crítico talvez seja a gestão do IMAS (Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia). Os servidores públicos pagam mensalmente pela assistência, mas não estão recebendo atendimento. A porta de entrada para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Pronto-Socorro Psiquiátrico Professor Wassily Chuc, reflete o sucateamento saúde mental na capital.

A Rede de Atenção à Saúde em Goiânia é composta por: 

54 Unidades de Saúde da Família 

21 Centros de Saúde

16 Unidades de Atenção à Urgência

14 Centros de Atenção Psicossocial 

3 Maternidades

13 Ambulatórios de Especialidades

1 Farmácia de Insumos e Medicamentos 

1 Centro Municipal de Vacinação

1 Central de Regulação 

Além de serviços contratualizados (internações, exames e reabilitação). 

Diante da situação enfrentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reportagem questionou a pasta se seria necessária a criação de um Hospital Municipal em Goiânia. “Não há nada definido a respeito desse assunto”, afirmou a SMS. Em entrevista ao Jornal Opção, o Secretário de Saúde, Wilson Pollara, disse que “Goiânia tem tudo para ser exemplo para o Brasil” e os problemas na Saúde de Goiânia poderiam ser resolvidos com melhoria na atenção básica.

Segundo o secretário, há um erro na distribuição de demandas nas unidades, fazendo com que alguns locais estejam lotados de pacientes aguardando atendimento, enquanto outros que executam o mesmo serviço estão vazios. O titular da pasta explicou à reportagem que assumiu a Secretaria em um momento difícil por conta da herança deixada pela pandemia da Covid-19, que causou uma crise geral na saúde, pública e privada. “Foram muitos contratos e convênios feitos, muitas UTI’s (Unidade de Terapia Intensiva) contratadas e muitos recursos foram desviados para a alta complexidade, tirando os recursos da atenção básica”, pontuou.

O médico Wilson Pollara assumiu no dia 3 de outubro a Secretaria de Saúde de Goiânia. A saída de Durval Pedroso do cargo marcou o início da reforma do secretariado municipal. Pollara é professor, pós-graduado, Mestre, Doutor e Livre-Docente em Cirurgia Geral, com experiência na área de saúde e também em administração hospitalar. Ele foi secretário-adjunto do Governo do Estado de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin e secretário municipal de João Doria.

Sônia Maria Ribeiro dos Santos, presidente do Conselho Municipal de Saúde em Goiânia, afirmou: “O SUS foi concebido dentro do modelo de atenção à saúde, e qual é o modelo? Investir na atenção primária exatamente para diminuir custos com a atenção secundária e terciária. No caso, um hospital estaria na terciária.”

Para ela, a falta de investimentos na atenção primária — de prevenção/promoção da saúde — é uma das falhas que explica a alta demanda nas áreas secundária e terciária. “Isso não significa que não seja necessário investimentos também nesse outro nível da atenção”, pontuou Sônia. “A demanda de atenção hospitalar em Goiânia realmente existe? Seria uma demanda por policlínicas ou um hospital geral? Precisamos de estudos mais aprofundados”, questionou a representante.

Néia Vieira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO), afirma que um Hospital Municipal poderia resolver a demanda da saúde na capital. “Goiânia compra muitos serviços da rede privada de saúde do município, exatamente porque não tem um hospital municipal capaz de atender especialidades e atender as demandas da população de modo geral”, explicou.

Qual prefeito fez mais pela saúde em Goiânia?

Para entender a crise na saúde municipal, faz-se necessário um histórico dos últimos 20 anos. Considerado por muitos como o herdeiro de Pedro Ludovico Teixeira, Iris Rezende é ainda hoje um dos prefeitos mais lembrados pela população e ficou conhecido como um tocador de obras. Entre as mais importantes, estão o Parque Mutirama, o Centro de Convenções de Goiânia, a Rodoviária, pavimentação e construção de vários conjuntos habitacionais. Se aproximou da população com seus mutirões populares e possui um inegável legado para a capital, mas não deixou uma grande obra na área da saúde. Durante os dez anos em que foi prefeito, Iris Rezende (MDB) não construiu nenhum hospital em Goiânia. Durante sua gestão, faltaram profissionais, medicamentos e sobraram doentes não atendidos.

Tanto Sônia Maria quanto Néia Vieira apontaram a gestão do professor Pedro Wilson (PT) como aquela em que houve maior “incentivo à atenção básica”. A presidente do Conselho Municipal elogiou a gestão de Pedro Wilson (PT) em especial pela democratização do acesso e profissionalização dos servidores. “Por exemplo, no governo Pedro Wilson houve uma expansão muito grande da Rede de Atenção Psicossocial”, pontuou.

Os especialistas entrevistados afirmaram que, para avaliar a melhoria na área, é necessário visualizar um conjunto de indicadores, como estrutura básica, investimento financeiro, gestão administrativa, valorização profissional e inovação tecnológica. “Pedro Wilson criou equipes de saúde da família. Houve a entrada dos agentes comunitários na sociedade, a possibilidade de termos uma atenção básica fortalecida, populações periféricas sendo atendidas, muitos postos de saúde sendo abertos com essas equipes de saúde da família. Também foi um período em que se investiu na construção da Maternidade e Nascer Cidadão”, explicou Néia Vieira.

Durante as últimas gestões, incluindo as de Iris Rezende e de Paulo Garcia, testemunhou-se um aprofundamento da crise na área da saúde. Houve escasso investimento e uma gestão considerada desqualificada pelos pacientes e representantes do setor.

Entretanto, Néia Vieira, presidente do Sindsaúde afirma: “O pior momento que a saúde vive em Goiânia é agora com o prefeito Rogério Cruz, com o ex-secretário Durval Pedroso. O doutor Pollara chegou muito recentemente a Goiânia, mas a gente precisa ver ações mais concretas para garantir que a gente tenha, no mínimo, um pouco mais de avanços na saúde do município.”

Paulo Garcia foi vice-prefeito de Iris Rezende e assumiu o Paço com a renúncia do emedebista. Apesar de deixar a gestão mal avaliado, o petista foi responsável, na área da saúde, pela construção do Hospital e Maternidade Dona Íris, inaugurado em 2013. Natural de Goiânia, era médico neurocirurgião, formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), teve a militância política originada nos movimentos da vida acadêmica e nos movimentos da área da saúde.

Paulo Garcia foi também presidente da Unimed Goiânia e dirigente no Sistema Nacional Unimed; professor de Neurocirurgia e presidente do colegiado do curso de medicina da UFG; secretário da Academia Brasileira de Neurocirurgia e membro do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO). O prefeito dizia que a Capital sofria para atender pacientes de praticamente todos os municípios de Goiás e de outras unidades da Federação. Por isso, defendia a criação de um hospital municipal.

O Brasil precisa sentar e rediscutir o pacto federativo. Não é possível mais os municípios brasileiros ficarem com a menor fatia do bolo. Tudo o que é arrecadado no País em forma de tributo fica em sua grande parte com a União. Goiânia tem 1,3 milhão de habitantes e 6 milhões de inscritos no SUS. Goiânia acolhe pacientes de 600 municípios, sendo que Goiás tem apenas 246. Ou seja, um contingente monumental de pacientes de Estados vizinhos.

Terceirização e privatização não são soluções

Sônia Maria Ribeiro dos Santos, presidente do Conselho Municipal de Saúde, afirmou: “Desde que eu estou na presidência do Conselho de Saúde, percebo a estratégia de sucateamento da saúde pública para a transferência da gestão para Organizações Sociais de Saúde (OSs). Por exemplo, faltam insumos, medicamentos, coisas básicas para que realmente o serviço seja eficiente e sempre falta. É impressionante que a gente procura uma explicação e nunca tem uma explicação plausível’.

Através de decreto, a Prefeitura de Goiânia criou um grupo de trabalho para estudar a viabilidade de se contratar Organizações Sociais para gerir a rede municipal de Saúde da Capital. O grupo foi denominado Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas com Organizações da Sociedade Civil (CGPPP/OSC).

O atual Secretário de Saúde afirmou que o modelo de OSs perdeu a credibilidade. “Grandes empresas privadas de saúde buscaram a filantropia de pequenas santas casas no interior como fachada e atuar normalmente. Entretanto, o maior problema do modelo não tem a ver com a filantropia ou o lucro privado. Tem a ver com a remuneração por resultado”, disse Pollara.

O secretário afirmou: “Por mais filantrópica que uma instituição seja, é impossível trabalhar com saúde sem algum lucro que te permita reinvestir em seus serviços, ou o negócio estará sempre precário. A nova lei das OS (nº 13.019) atualizou o modelo. Agora, as OS são contratadas via licitação. Se ela for eficiente e obtiver lucro, declara o lucro e paga os impostos como os demais serviços, e está tudo bem. A nova legislação modernizou o modelo e considero que resolveu grande parte dos problemas com as OS. Antes, as empresas disfarçaram o lucro, que saía da companhia de maneira espúria. Hoje, não vemos mais casos como esses.”

A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Milena Costa, reforça que os governos, após sucatearem as unidades de saúde, têm usado as organizações sociais sob a alegação de que a gestão pública é ineficiente e com isso as relações de trabalho são totalmente precarizadas, “desmantelamento total das condições de trabalho”, exemplifica. A procuradora lembrou que a prefeitura de Goiânia segue o modelo aplicado no governo do Estado: “Observamos em Goiás a ‘quarteirização’ e até mesmo uma ‘quinteirização’ dentro dos hospitais, que estão ‘pejotizando’ tudo e acabando com os processos seletivos e o regime de CLT”.

Há solução para a crise na saúde municipal?

Para a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sônia Maria Ribeiro dos Santos, é preciso um controle social que garanta os direitos constitucionais. “O que eu faria? Investiria pesado na atenção primária, nas unidades básicas de saúde, para fazê-las funcionarem bem, com contratação de profissionais e valorizações desses profissionais, dando as condições básicas, uma boa estrutura de funcionamento, não deixando faltar os insumos, os medicamentos, trazendo todos os equipamentos necessários para que a unidade funcione bem.”

Sônia Maria Ribeiro dos Santos explica que as Unidades de Saúde da Família em Goiânia (54 no total) precisam ser mais resolutivas e dinâmicas no atendimento. “É preciso investir em programas de prevenção e promoção de saúde. Se você fizer essas unidades funcionarem bem, cada uma em sua especificidade, nós melhoraríamos muito a situação da saúde na Capital”.

Néia Vieira citou modelos fora do Brasil que funcionam e oferecem uma saúde pública que garante atendimento de qualidade às pessoas, como na Inglaterra e no Canadá. “É possível quando se tem vontade política, quando se pensa na saúde como direito e não como mercadoria”, afirmou. Como sugestão, ela apontou a necessidade de colocar em cargos técnicos profissionais que compreendam de gestão pública e de saúde.

“O que vemos hoje é um loteamento dos cargos de direção das unidades de saúde sendo feita por vereadores à pessoas que não têm qualificação técnica para gerir a saúde pública no município”, disse Néia Vieira. Com estrutura adequada, profissionais qualificados, a decisão pelo investimento fica facilitada porque há menos possibilidade de desvios e má aplicação desses recursos.

Como exemplo, ela citou como é feita a gestão da educação. Os diretores dos CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) são escolhidos por eleição direta, pela comunidade, tanto de profissionais quanto pela comunidade que utiliza as escolas. “Isso faz uma diferença muito grande. Na saúde, passamos mais frequentemente por crises. É preciso ter eleições com pessoas que participem do processo eleitoral, mas sendo qualificadas para o exercício da função, e não como é feito hoje”.

A Comissão de Saúde e Assistência Social (CSAS) da Câmara Municipal de Goiânia é presidida pela vereadora Kátia Maria (PT), sob vice-presidência de Gian Said (MDB). Participam ainda os seguintes parlamentares: Anderson Sales Bessa (Solidariedade), Edgar Duarte (DC), Gabriela Rodart (PTB), Igor Franco (Solidariedade) e Pastor Wilson (PMB).

De acordo com o secretário Wilson Pollara, em 2023 foram investidos, pela Prefeitura de Goiânia, 22.06% dos recursos próprios em Saúde. O percentual, conforme frisou, está acima da meta de 15% preconizada pela Constituição Federal. Pollara ressaltou, contudo, a necessidade de se investir mais na atenção primária a saúde.

Para a vereadora Kátia Maria, o secretário “tenta passar uma imagem de que está tudo bem”, mas que não observa observa essa realidade em visita às unidades básicas de atendimento, aos Centros Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais), e às maternidades. Segundo a vereadora, os números apresentados não refletem a qualidade na prestação do serviço prestado. “São inúmeras as queixas, as reclamações. Faltam insumos básicos, as filas para cirurgias são grandes. E nós queremos entender isso. Nosso papel aqui é fiscalizar; nosso interesse é que a população não seja prejudicada por falta de planejamento e de gestão. Doença não espera e todos precisam ser atendidos”, sustentou. 

“O que queremos é que seja estruturado o Sistema Único de Saúde, o SUS, não a carreta, não o contrato com a empresa privada, não a OS. Queremos que a rede de assistência à saúde de Goiânia, na atenção básica, na média e na alta complexidade, possa funcionar corretamente e atender a nossa população com a dignidade que ela merece”, completou.

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TERRA MAGAZINE

Estudo da Organização Mundial da Saúde avalia o impacto ocupacional do câncer de pele

Um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre

Entre os meses de dezembro e março é possível verificar o aumento da temperatura causado pelo verão e, durante este período, é necessário intensificar os cuidados com a pele devido ao câncer de pele. Um documento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro alertou para o impacto ocupacional da doença: um em cada três óbitos por câncer de pele foi causado pela exposição à radiação ultravioleta em atividades laborais ao ar livre. O estudo mostrou ainda que, em 2019, 1,6 bilhão de pessoas no mundo exerciam funções diretamente sob o sol; e no Brasil, 2,4 trabalhadores formais em 100 mil atuavam nesta situação no ano pesquisado.

Segundo o biomédico Fredson Serejo, a exposição ao sol por tempo prolongado e sem proteção representa um alto risco.

- Os raios ultravioletas (UV) podem estragar a pele de um jeito que não dá para regenerar, causando envelhecimento rápido, queimaduras e até câncer de pele. Se a exposição for longa e sem proteção, pode danificar as células e fazer os tumores aparecerem.

Segundo o professor de Biomedicina da Estácio, os tipos principais de câncer de pele no Brasil ligados ao sol são: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

- O carcinoma basocelular é o mais comum e se parece com uma ferida pequena na pele ou uma pinta perolada. O carcinoma espinocelular é parecido com uma ferida que não sara e pode ter casquinhas ou escamas. O melanoma é o mais perigoso e pode surgir de uma pinta já existente ou como uma nova lesão, com cores diferentes, bordas irregulares e tamanho maior -, explica o biomédico especialista em estética.

O profissional alerta sobre a atenção aos casos de mudanças na cor da pele e nas pintas do corpo (tamanho, cor, bordas ou evolução).

- Este tipo de atenção é importante para notar os primeiros sinais de câncer de pele. Além disso, ir ao dermatologista regularmente é fundamental para verificar qualquer alteração na pele. Descobrir cedo aumenta muito as chances de tratar e curar.

O mestre e doutor em Biofísica destaca como crucial o uso de proteção solar, mesmo em momentos em que não há a exposição direta ao sol e até em dias nublados. Fredson Serejo dá mais algumas dicas de prevenção e proteção diária:

- Use chapéus ou bonés com abas largas para proteger o rosto, orelhas e couro cabeludo; roupas leves e de tecidos fechados, como algodão, também ajudam a se

defender dos raios UV; além de óculos com proteção UV, que protegem os olhos e a pele ao redor. Tente ficar na sombra, especialmente das 10h às 16h, quando o sol é mais forte. Evite as câmaras de bronzeamento, pois elas podem ser tão ruins quanto o sol de verdade. Se mantenha hidratado, bebendo água regularmente, isso também é importante.

Como escolher o protetor solar

Com muitas opções nas lojas, muitas pessoas se sentem confusas na hora de escolher o protetor solar para o rosto ou para o corpo. Fredson explica que ambos precisam proteger contra os raios UVA e UVB.

- Mas a pele do rosto é mais sensível e pode ter acne, então pode precisar de um tipo diferente. Os protetores solares para o rosto costumam ter texturas mais leves e menos propensas a entupir os poros. Às vezes, têm ingredientes bons para a pele do rosto, como antioxidantes ou hidratantes. Isso ajuda a evitar problemas em peles sensíveis ou com acne. Os que dizem "oil-free" ou feitos especialmente para o rosto são ótimas opções.

Para o corpo, o biomédico diz que um protetor solar comum fará sua função, sendo mais importante o seu uso de forma correta.

- Isso significa passar o protetor e reaplicar a cada duas horas, especialmente depois de nadar, suar ou se secar com toalha. E sobre o FPS, descrito nas embalagens, ele mostra o quanto o protetor solar bloqueia os raios UVB: o FPS 30 bloqueia 97%, o FPS 50 bloqueia 98%, o FPS 70 bloqueia de 98,5% a 99%, e o FPS 100 bloqueia quase 99,9%. A diferença entre FPS 50 e 100 é bem pouca na prática. O mais importante é usar do jeito certo, não importa o número que você escolher.

Sobre a quantidade certa de protetor, o profissional explica que o recomendado para o rosto é a medida de uma colher de chá, suficiente para cobrir o rosto, pescoço e orelhas. Já para o corpo a medida é de uma colher de sopa para cada braço, perna, tronco e costas.

- A proteção solar é importante para todo tipo de pele e de qualquer cor. Lembrar da importância da proteção solar é um cuidado diário com a saúde da pele, importante em qualquer estação do ano. Cuidar da pele é investir na saúde -, finaliza o biomédico

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 26 Janeiro 2024 07:26

CLIPPING AHPACEG 26/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Entidades médicas dizem que hospitais ligados a igrejas podem oferecer métodos contraceptivos

Mais de 130 cidades de Goiás vão receber vacina contra a dengue; veja a lista

Bebê de dois meses morre após ser liberado de UPA em Buriti Sereno

Hapvida NotreDame é alvo da ANS por descumprimento de liminares

FOLHA.COM

Entidades médicas dizem que hospitais ligados a igrejas podem oferecer métodos contraceptivos


A posição do Hospital São Camilo de não realizar o procedimento de inserção de DIU (dispositivo intrauterino), laqueaduras e vasectomias eletivas devido a valores religiosos não é seguida por todas as entidades de saúde vinculadas a igrejas.

O Hospital Adventista de São Paulo, por exemplo, participou de uma campanha da Pró-PM (Associação Beneficente Pró-Saúde Policial Militar do Estado de São Paulo) em que realizou 500 vasectomias em 2022, no contexto do novembro azul, de atenção à saúde masculina.

Hospitais são independentes para definir a oferta de procedimentos, incluindo laqueaduras, segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas


O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, em Curitiba, possui um programa para colocação de DIUs de cobre, assim como para a realização de laqueaduras e vasectomias.

De acordo com a entidade, que atende mais de 90% de seus pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o programa de laqueadura conta com ambulatório específico, no qual pacientes não gestantes realizam o processo de forma eletiva. Já as gestantes que apresentam o pedido da cirurgia 60 dias antes do nascimento do bebê, como prevê a legislação, realizam a operação no pós-parto.

"Planejamento familiar é fundamental para a saúde da mulher e faz parte da rotina do hospital, que acima de tudo respeita a lei", disse a instituição em nota.

O Hospital da PUC (Pontifícia Universidade Católica) em Campinas, por sua vez, informou que a colocação de DIU é realizada em atendimento primário e secundário de saúde pública e que o hospital é voltado para o atendimento de alta complexidade. Disse ainda que o convênio que mantém com o SUS não contempla o procedimento.

Já o Santa Marcelina, que além do hospital em Itaquera, na zona leste de São Paulo, administra diversos equipamentos públicos, afirmou que no momento não iria se posicionar sobre o assunto.

A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) informou em nota que "a colocação de um DIU é um procedimento eletivo e cada instituição é livre para definir suas habilitações para a realização desse tipo de procedimento".

A confederação explicou que não orienta os hospitais sobre quais serviços ou procedimentos realizar, seja por meio do SUS ou nos contratos com as operadoras de saúde, e não há uma diretriz nacional ou regional nesse sentido.

Para a CMB, cada instituição tem o seu papel e o seu propósito estratégico na rede nacional de assistência à saúde, sendo a oferta de serviços pactuada com os gestores públicos.

"O Grupo São Camilo é um associado da CMB e uma referência do setor filantrópico de saúde, pela importância e relevância dos serviços prestados aos brasileiros nos diversos cantos deste país, através do SUS", afirmou.

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PORTAL G1

Mais de 130 cidades de Goiás vão receber vacina contra a dengue; veja a lista

Vão receber a vacina pessoas de 10 a 14 anos em municípios com mais de 100 mil habitantes com alta transmissão de dengue tipo 2. Goiás registrou mais de 6 mil casos nas primeiras semanas de 2024.

Por Thais Alves, g1 Goiás

O Ministério da Saúde divulgou a lista das cidades goianas que vão receber a vacina contra a dengue (confira abaixo). Os imunizantes serão distribuídos em mais de 130 municípios.

De acordo com as estratégias para a campanha divulgadas nesta quinta-feira (25), vão receber a vacina pessoas de 10 a 14 anos em cidades com mais de 100 mil habitantes com alta transmissão de dengue tipo 2. Este grupo vai ser o primeiro a receber as doses devido a concentração maior de hospitalizações pela doença, depois dos idosos.

Para o grupo de mais de 60 anos, o imunizante ainda não foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o Ministério de Saúde, a Qdenga (nome da vacina), não será ofertada, por enquanto, ao público geral devido à limitação de produção farmacêutica Takeda.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES), a quantidade de imunizantes que o estado vai receber e a data de quando começarão a serem distribuídas as doses, ainda não foram divulgados (confira a nota na integra).

Cidades em alerta

A Secretaria de Saúde do Estado informou que 123 municípios estão em risco devido ao aumento de casos da dengue em Goiás. Segundo o último boletim divulgado pela secretaria, o estado registrou 6.891 casos. O número é 10% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Neste ano, uma morte foi confirmada em Uruaçu. Outras cinco estão sendo investigadas em Águas Lindas de Goiás. Além destas, 12 óbitos suspeitos de dengue foram notificados em Padre Bernardo, Cristalina, Pirenópolis, Mineiros, Iporá, Valparaíso de Goiás, Anápolis, Catalão, Goiânia e Serranopolis.

Nota da Secretaria de Estado da Saúde

Em função do anúncio recente do Ministério da Saúde, sobre envio de vacina contra dengue, a Secretaria de Estado da Saúde informa que ainda aguarda o envio da Nota Técnica ao Estado com detalhes da distribuição das vacinas.

Ademais, uma vez que o governador do Estado, durante reunião virtual fará na sexta-feira (26), às 10h50, um alinhamento com os 246 municípios goianos a respeito do cenário de emergência das Arbovirosos, maiores informações serão disponibilizadas oportunamente.

Veja a lista das cidades que vão receber a vacina

Goiânia

Trindade

Inhumas

Goianira

Santo Antônio de Goiás

Guapó

Anicuns

Abadia de Goiás

Araçu

Nerópolis

Petrolina de Goiás

São Francisco de Goiás

Itauçu

Santa Bárbara de Goiás

Nazário

Ouro Verde de Goiás

Itaguari

Damolândia

Avelinópolis

Taquaral de Goiás

Nova Veneza

Campestre de Goiás

Santa Rosa de Goiás

Caturaí

Brazabrantes

Jesúpolis

Aparecida de Goiânia

Senador Canedo

Orizona

Piracanjuba

Bela Vista de Goiás

Hidrolândia

Edéia

Aragoiânia

Professor Jamil

São Miguel do Passa Quatro

Bonfinópolis

Cezarina

Indiara

Varjão

Vicentinópolis

Cromínia

Silvânia

Pontalina

Edealina

Vianópolis

Leopoldo de Bulhões

Cristianópolis

Caldazinha

Jandaia

Mairipotaba

Águas Lindas de Goiás

Luziânia

Valparaíso de Goiás

Novo Gama

Santo Antônio do Descoberto

Cidade Ocidental

Cristalina

Jataí

Mineiros

Serranópolis

Perolândia

Caiapônia

Doverlândia

Santa Rita do Araguaia

Chapadão do Céu

Portelândia

Aporé

Anápolis

Cocalzinho de Goiás

Campo Limpo de Goiás

Alexânia

Pirenópolis

Goianápolis

Abadiânia

Corumbá de Goiás

Terezópolis de Goiás

Gameleira de Goiás

Formosa

Planaltina

Alto Paraíso de Goiás

São João d'Aliança

Flores de Goiás

Cabeceiras

Vila Boa

Água Fria de Goiás

Rio Verde

Santa Helena de Goiás

Quirinópolis

Acreúna

São Simão

Porteirão

Caçu

Turvelândia

Paranaiguara

Itarumã

Maurilândia

Santo Antônio da Barra

Cachoeira Alta

Itajá

Montividiu

Aparecida do Rio Doce

Castelândia

Lagoa Santa

Catalão

Caldas Novas

Ouvidor

Pires do Rio

Ipameri

Urutaí

Corumbaíba

Campo Alegre de Goiás

Três Ranchos

Rio Quente

Goiandira

Marzagão

Santa Cruz de Goiás

Cumari

Palmelo

Davinópolis

Nova Aurora

Anhanguera

Itumbiara Sul Morrinhos

Goiatuba

Bom Jesus de Goiás

Joviânia

Buriti Alegre

Água Limpa

Aloândia

Panamá

Cachoeira Dourada

Inaciolândia

Gouvelândia

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O HOJE

Bebê de dois meses morre após ser liberado de UPA em Buriti Sereno

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com a família

Um bebê de cerca de dois meses de idade morreu nesta semana, após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Buriti Sereno, em Aparecia de Goiânia. Segundo relato da família, a criança havia sido atendida e retornou para uma nova consulta. Só que novamente no local, ela foi internada e não resistiu.

Conforme relatado pelos parentes, o episódio teve início na segunda-feira, dia 22, quando o pequeno Enzo Bastos Putencio começou a apresentar sintomas de um quadro gripal, incluindo dificuldades respiratórias. Por essa razão, os pais o levaram para consulta na UPA do Buriti Sereno. Uma tia da criança relata: “A médica que o atendeu disse que era apenas um resfriado e orientou que voltássemos mais tarde”.

Durante a madrugada, o bebê piorou, levando a família a voltar à mesma unidade de saúde na manhã seguinte. Ele foi internado e submetido à intubação, porém, lamentavelmente, não resistiu e faleceu na UPA. Um familiar afirmou que os médicos mencionaram que a causa da morte poderia ser pneumonia ou bronquiolite.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com a família. Uma sindicância para averiguar os fatos ocorridos também será aberta.

Veja a nota na íntegra

O paciente Enzo Bastos Putencio foi atendido na UPA Buriti Sereno no dia 22/01/2024 apresentando sintomas gripais. Lá ele recebeu atendimento médico, realizou exames complementares e não foram constatadas alterações graves. Por isso ele recebeu alta.

Já no dia 23/01/2024 ele deu entrada na unidade às 7h30 já em estado gravíssimo, sem respiração espontânea e com frequência cardíaca abaixo do esperado para a idade. Então, foram realizados de imediato todos os protocolos necessários para o quadro clínico, mas ele faleceu com parada cardiorrespiratória.

Foi aberta uma sindicância para averiguar os fatos. A Secretaria lamenta o ocorrido e se solidariza com a família.

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O POVO

Hapvida NotreDame é alvo da ANS por descumprimento de liminares

Empresa tem sede no Ceará

O Hapvida NotreDame Intermédica é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por descumprimento de ações judiciais que determinam atendimentos dos usuários assinantes dos planos. Ontem, 25, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que pediu esclarecimentos à empresa. As informações foram reveladas pelo Estadão.

"Pedimos esclarecimentos com relação a essas 80 liminares que não fora cumpridas, que apresentem qual é o problema narrada na ação, as liminares que foram deferidas e as justificativas pelo não cumprimento", afirmou Paulo Rebello, presidente da ANS, ao jornal de São Paulo.

Uma reunião, convocada pela Agência, aconteceu entre as partes na última terça-feira, 23, quando foi decidido que uma defesa será enviada pela Hapvida em até 15 dias. Só com isso a ANS vai decidir se inicia uma investigação ou não.

A questão foi deflagrada após uma série de matérias do Estadão, publicadas no último dia 18, analisando dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). No sistema, a reportagem identificou decisões emitidas que não foram cumpridas pela empresa.

O presidente da ANS revelou que, na reunião, representantes da operadora de saúde afirmaram que os processos diziam respeito a procedimentos fora do rol de procedimentos da ANS.

Mas, ele reforçou: "Mesmo que haja um recurso ainda não apreciado pela instância superior e nos casos em que não haja cobertura obrigatória pelo rol, uma vez havendo a liminar, a gente entende que a operadora tem a obrigatoriedade de cumprir".

Provocado pelo jornal de São Paulo, Rebello explicou que, dentro dos mecanismos regulatórios, pode indicar um diretor técnico para acompanhar e monitorar a operadora, a operação in loco, pedindo esclarecimentos e documentos. Mas não vê a necessidade de fazer isso agora, antes das informações pedidas serem entregues.

Ao Estadão, a Hapvida NotreDame Intermédica afirmou que "mantém uma relação constante com a ANS" e que "se coloca à disposição da agência sempre que necessário para prestar esclarecimentos, a exemplo da reunião ocorrida na última terça-feira, em sinal de seu comprometimento com a sustentabilidade do setor e o atendimento de qualidade aos seus clientes".

O POVO também procurou a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Porte

Depois da fusão entre Hapvida e NotreDame Intermédica, a empresa passou a ser a maior operadora de saúde privada do Brasil

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FOCO NACIONAL

Em palestra da Unimed Federação Centro Brasileira, colaboradores aprenderam mais sobre saúde mental

Para celebrar a campanha Janeiro Branco, psicóloga mostrou que a saúde mental passa pelo autocuidado e gerenciamento de estresse 



O começo de um novo ano, normalmente, é marcado por metas e desejos de que possamos nos cuidar melhor. Por isso, a campanha Janeiro Branco foi criada para lembrar que os cuidados com a saúde mental são tão importantes quanto os aspectos físicos e devem ser incluídos nessas metas.

Para abordar o assunto, a Unimed Federação Centro Brasileira convidou a psicóloga Gabriela Borba (foto). Na manhã desta quinta-feira, 25, por meio de um bate-papo virtual com colaboradores da Federação e de Unimeds federadas, ela ressaltou que ter saúde mental não é apenas ausência de doença.

“O termo engloba algo mais amplo, em que você está bem, conseguindo aplicar a resiliência, satisfeito com a vida e com a rotina, além de saber reconhecer que tem habilidades e consegue administrar as suas questões emocionais”, esclareceu.


Para que tal bem-estar psíquico possa ser atingido, Gabriela enfatizou que é importante ficarmos atentos aos nossos pensamentos. Afinal, em um mundo que cobra produtividade incessante, precisamos manter em mente que não iremos dar conta de tudo. 



“Temos que contribuir com a sociedade, mas não carregar o peso do mundo. Nós exigimos coisas que são utópicas, sendo que não somos bons em tudo e nem conseguiremos fazer tudo sozinhos”, alertou a especialista.



Então, cuidar da saúde mental também passa pelo descanso, gerenciamento de problemas e priorização. Gabriela listou as seguintes formas de autocuidado que devem estar presentes no dia a dia: 




Psicológico: gerenciar o estresse;

Físico: boa alimentação, exercícios físicos e check-up médico;

Emocional: cultivar emoções saudáveis;

Espiritual: sustentar um significado para a vida. 




Em seguida, a psicóloga perguntou aos colaboradores o que eles desejam conquistar em 2024. Em meio a vários objetivos citados, ela chamou a atenção para que não faltem os atos de cuidar de si e priorizar suas necessidades. 




“Vocês não poderão aproveitar o que alcançaram se não estiverem bem, com a percepção tranquila sobre essas conquistas e, assim, poder desfrutá-las. Eu espero que vocês conquistem o que falaram, mas que priorizem estar bem”, resumiu ela.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 25 Janeiro 2024 07:12

CLIPPING AHPACEG 25/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Sindicato prepara ofício contra Equatorial devido quedas de energia

Quedas de energia comprometem atendimentos em clínicas de imagem, afirma sindicato

Hospital de São Paulo se recusa a colocar DIU em paciente por questões religiosas

Nova portaria trará 200 exceções para trabalho em feriados

Saúde distribui vacinas contra catapora e HPV aos municípios em Goiás

3ª Convenção de Mercado e 16º Workshop de Vendas da Federação e Unimed Goiânia reuniram equipes de vendas de Unimeds de todo o Brasil

Gigante da Unimed, Amil e Intermédica aniquilados: Novo plano de saúde mais barato do Brasil derruba 3 em 2024

Artigo - STF cassa decisão que reconhecia vínculo empregatício entre médica PJ e hospital

Planos de saúde:51 milhões de beneficiários em 2023

Gastos com saúde mental crescem 72% em 2023

Médico vítima de acidente em Goiás morreu no dia do aniversário da esposa

TV ANHANGUERA

Sindicato prepara ofício contra Equatorial devido quedas de energiagloboplay.globo.com/v/12294857/

https://globoplay.globo.com/v/12294857/

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JORNAL OPÇÃO

Quedas de energia comprometem atendimentos em clínicas de imagem, afirma sindicato

Categoria diz que vai oficializar Equatorial Goiás sobre a questão; concessionária afirma que já está em contato com representantes do setor

As constantes quedas no fornecimento de energia elétrica em Goiás estão comprometendo o tempo de atendimento aos pacientes nas clínicas de imagem goianas. A afirmação é do Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem).

Segundo a categoria, devido às quedas, equipamentos e computadores precisam ser reiniciados frequentemente, o que pode atrasar o atendimento e a realização de exames, comprometendo o trabalho nas clínicas e gerando transtornos para os pacientes, além de riscos de danos aos aparelhos e prejuízos às empresas.

O sindicato afirmou que vai enviar um ofício à concessionária Equatorial solicitando uma rápida solução para o problema, que se intensifica em períodos de chuva. A expectativa que é as quedas de energia sejam sanadas e que as clínicas possam trabalhar normalmente.

O que diz a Equatorial?

Por nota a Equatorial Goiás disse que já está em contato com os representantes do Sindimagem, em Goiânia, para entender e prestar todos os esclarecimentos, orientações e tirar dúvidas dos empresários do setor. Confira a nota na íntegra:

A Equatorial Goiás já está em contato com os representantes do Sindimagem, em Goiânia, para entender e prestar todos os esclarecimentos, orientações e tirar dúvidas dos empresários do setor, verificando inclusive quais são as unidades consumidoras afetadas, já que somente em Goiânia, onde estão alguns dos clientes citados na reportagem, os indicadores de qualidade mostram que a concessionária teve uma melhoria de 5 horas na duração das interrupções equivalentes e a quantidade de horas que cada cliente em média fica sem energia. O esforço segue ininterrupto para que os casos sejam atendidos em um prazo ainda menor.

A Equatorial segue aberta para comunicação com os seus clientes através dos canais oficiais:

Aplicativo Equatorial Goiás, disponível para download no Android e iOS;

Agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br;

Call Center 0800 062 0196;

Agência de atendimento;

O cronograma de trabalho ao longo de 2024 pode ser acompanhado em tempo real no site do Trabalhômetro, plataforma que permite monitorar de forma ainda mais transparente a atuação e planejamento da empresa para todos os seus clientes.

Assessoria de Imprensa Equatorial Goiás.

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AGÊNCIA ESTADO

Hospital de São Paulo se recusa a colocar DIU em paciente por questões religiosas

Uma paciente relatou que, depois de realizar uma consulta, o Hospital São Camilo, em São Paulo, se negou a realizar a colocação do dispositivo intrauterino (DIU), um método contraceptivo de longo prazo e que é totalmente reversível.

Por meio de seu perfil no X (antigo Twitter), Leonor Macedo falou sobre a recusa da instituição médica, que aconteceu na unidade da Pompeia, bairro da zona Oeste. "Vocês acham que é fácil ser mulher? Fui a uma consulta no Hospital São Camilo e a médica me informou que não pode colocar o DIU em mulheres porque isso vai contra os valores religiosos da instituição", afirmou ela.

Ela disse ainda que o Hospital São Camilo entrou em contato para explicar que não realiza procedimentos contraceptivos em mulheres nem em homens. Segundo Leonor, foi uma conversa respeitosa, no entanto, ela criticou a postura do hospital.

Em uma das respostas aos seus comentários, uma internauta cita que o marido também recebeu a informação de que o Hospital São Camilo não realiza vasectomia. O próprio médico, no entanto, se ofereceu para realizar o procedimento contraceptivo no seu consultório particular. A consulta também foi realizada na unidade da Pompeia. "O Hospital São Camilo disse que só coloca o DIU no caso de endometriose grave, mas não como método contraceptivo. Explicou que é uma instituição religiosa e que segue os preceitos da Igreja Católica e do Vaticano", acrescentou Leonora.

Também por meio das redes sociais, o Hospital São Camilo SP confirmou que, por diretrizes de uma instituição católica, não há realização de procedimentos contraceptivos, seja em homens ou mulheres. Em nota enviada na manhã desta quarta-feira (24/01), a Rede de Hospitais São Camilo - SP reforçou que, por ser uma instituição confessional católica, tem como diretriz não realizar procedimentos contraceptivos. "Tais procedimentos são realizados apenas em casos que envolvam riscos à manutenção da vida."

Os pacientes que procuram pela Rede de Hospitais São Camilo - SP e não estão com a saúde em risco são orientados a buscar na rede referenciada do seu plano de saúde hospitais que tenham esse procedimento contratualizado.

Em nota, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), que representa 51 mil serviços privados de saúde, disse que acredita que, desde que o hospital não deixe o paciente correr risco de vida e que o preceito de atendimento de emergência seja cumprido, as instituições de saúde têm o direito de implantarem suas próprias políticas de atendimento.

Procurado, o Ministério da Saúde não comentou o caso envolvendo o Hospital São Camilo, apenas disse que o acesso aos métodos contraceptivos pelo sistema de saúde é direito de todas as brasileiras. "Cabe à pasta garantir a oferta de diversos métodos, assim como informações, acolhimento e orientação sobre planejamento familiar nos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS)."

Hospital pode se recusar a colocar DIU ou outros métodos contraceptivos por questões religiosas?
"Se não há risco para a integridade da saúde do paciente, o hospital privado pode se negar a realizar o procedimento por preceitos religiosos", afirma Mérces da Silva Nunes, mestre e doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e especialista em Direito Médico e Bioética pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. A situação muda quando a vida do paciente está em risco.

"Nesse caso, não há possibilidade de ser invocada, tanto pela instituição como pelos profissionais de saúde, qualquer convicção religiosa com o propósito de evitar a realização de um determinado procedimento. Isso seria inconcebível e o caso seguiria para apuração de responsabilidade na esfera criminal", disse a advogada.

Como paciente deve proceder caso o procedimento seja negado pelo hospital por questão religiosa?
O paciente deverá procurar outro hospital credenciado no seu plano de saúde para realizar o procedimento. 

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AGÊNCIA BRASIL

Nova portaria trará 200 exceções para trabalho em feriados

Uma nova portaria a ser editada até o início de fevereiro trará uma lista de cerca de 200 setores considerados essenciais que não precisarão fechar acordos com os sindicatos para trabalho aos feriados. A informação foi dada nesta quarta-feira (24/1) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e por entidades de trabalhadores e de empregados.

O anúncio ocorreu após reunião nesta tarde entre representantes do governo, das centrais sindicais e dos empregadores. Segundo Marinho, a lista de exceções ainda não está definida, mas farmácia e postos de gasolina estão entre os setores que não precisarão de acordo coletivo.

“Fizemos o ajuste em todo o texto da portaria, que será republicada. Há uma bancada de relatores alterando o texto, que não apresentará hoje a versão final. A portaria anterior teve o único objetivo de provocar essa conversa nacional, com uma mesa permanente para discutir o tema, inclusive daqui para frente”, disse Marinho em entrevista coletiva após a reunião.

A portaria publicada em novembro de 2023 e revogada logo em seguida,  invalidou uma outra portaria de 2021, que concedeu autorização permanente para o trabalho aos domingos e feriados em vários setores do comércio. 

Trabalho aos domingos
Segundo o ministro, a nova portaria será editada até 5 de fevereiro e entrará em vigor logo após a publicação. Em relação ao trabalho aos domingos, as categorias fora da lista de exceções precisarão de convenção para implementar o trabalho. “A portaria do governo anterior agredia o que dizia a lei. A legislação diz que pode trabalhar aos fins de semana, mas que o trabalho aos feriados precisa de negociação [com os sindicatos]”, acrescentou Marinho.

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), os setores excluídos serão listados num anexo da portaria.

“Observamos que existem alguns tipos de trabalhos que precisam funcionar por conta do atendimento à população, trabalhos especiais. Farmácia, por exemplo, que pode salvar a vida de uma pessoa. É primordial. Esse é o ajuste que foi feito, com um anexo de redação, dizendo quais poderão funcionar independentemente da negociação coletiva”, informou.

Categorias
Representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Ivo Dall’Acqua disse que a lei trata apenas do comércio de produtos. Atividades ligadas a serviços não terão necessidade de acordo coletivo, como bares, restaurantes e hotéis. Supermercados, no entanto, necessitam de convenção para abrirem aos feriados.

“A lei não contempla bares e restaurantes, que são do grupo de turismo e hospitalidade. A portaria vai deixar claro as categorias que poderão funcionar sete dias por semana, como hotéis e outras atividades. A lei diz respeito a parte do comércio que cuida do atacado e varejo, comércio de mercadorias, compra e vendas. Por isso, a gente trata a excepcionalidade com cuidado para que todos tenham tratamento isonômico”, declarou.

Além do Ministério do Trabalho e Emprego, a reunião teve a presença de representantes das seguintes centrais sindicais: CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Os empregadores foram representados pela CNC.

Histórico

Em novembro, o Ministério do Trabalho publicou uma portaria que obrigava a convenção coletiva para o trabalho aos feriados a todos os setores. Uma semana mais tarde, o texto foi revogado, após a Câmara dos Deputados ameaçar aprovar um decreto legislativo cancelando a portaria.

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A REDAÇÃO

Saúde distribui vacinas contra catapora e HPV aos municípios em Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início, nesta semana, à distribuição de doses das vacinas contra HPV (papilomavírus humano) e varicela (catapora) aos municípios goianos. O estoque dos imunizantes estava zerado devido a atraso no envio pelo Ministério da Saúde (MS).

A situação gerou um desabastecimento, em especial do imunizante contra catapora, que agora deverá ser gradualmente regularizado, conforme informações repassadas pelo MS. No caso da vacina contra HPV, o estado recebeu 30 mil doses.

“Esse foi o quantitativo que a gente pediu, que é necessário para restabelecer o estoque e a distribuição dessa vacina, assim como a vacina contra a varicela, que também estava em falta e que nós recebemos. Nós iniciaremos a distribuição ainda nesta semana para as regionais e as regionais repassarão aos municípios”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim.

Em relação à varicela, o MS enviou 12 mil unidades para Goiás, que também já começaram a ser distribuídas aos municípios goianos. Nesta semana, o repasse das doses será feito na região metropolitana de Goiânia. A previsão é de que, a partir do dia 29 deste mês, os imunizantes também passem a ser distribuídos aos demais municípios do estado.

“No mais tardar no meio da próxima semana, todos os municípios já terão essas doses na sua sala de vacina”, reforça a superintendente da SES.

Imunizantes em falta

Ao longo de 2023, o Ministério da Saúde enviou ao estado mais de 202 mil unidades do imunizante contra o HPV. A quantidade distribuída, contudo, foi maior (221 mil) por conta do estoque restante de 2022.

Já a vacina contra varicela tem sido enviada a Goiás em cota reduzida pelo MS desde maio do ano passado. Em alguns meses do último ano, não houve envio de nenhuma dose. A última remessa havia sido encaminhada em dezembro, mas contendo apenas 5 mil doses, quando a quantidade mensal necessária é de 17 mil doses.

Outras vacinas

Além das vacinas contra varicela e HPV, o estado conta também com estoques de outros imunizantes que compõe o Calendário Nacional de Vacinação. Entre elas, as vacinas contra difteria, tétano, febre amarela, antirrábica, tríplice viral e Covid-19 para crianças maiores de 5 anos.

Há, contudo, desabastecimento do imunizante contra Hepatite A desde outubro de 2023, diante do não envio por parte do Ministério da Saúde. “A promessa é que em 2024 haverá uma regularização desses envios”, pontua Flúvia Amorim.

A superintendente explica ainda que, apesar de não ser recomendada, a pausa no esquema vacinal diante da falta temporária dos imunizantes não prejudica a resposta imune e, por isso, a continuidade é fundamental.

“A gente não reinicia esquema vacinal, mas sim completa […] Orientamos que os pais ou responsáveis já entrem em contato com o seu município para saber onde tem a vacina e poder atualizar o cartão vacinal da criança”, conclui.

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FOCO NACIONAL

3ª Convenção de Mercado e 16º Workshop de Vendas da Federação e Unimed Goiânia reuniram equipes de vendas de Unimeds de todo o Brasil

 Durante três dias, os participantes puderam assistir palestras de profissionais reconhecidos em diversas áreas e aperfeiçoar seus conhecimentos em vendas e mercado

As equipes de vendas do Sistema Unimed já estão acostumadas com o sucesso do plano de saúde mais lembrado pelos brasileiros, mas para manter a alta performance, é preciso continuar treinando, se aperfeiçoando a cada dia para entender as demandas do mercado e continuar encantando os clientes. Por isso, entre os dias 18 e 20 de janeiro, a Unimed Federação Centro Brasileira e a federada Unimed Goiânia realizaram a 3ª Convenção de Mercado e o 16º Workshop de Vendas. 

Cerca de 230 representantes de mais de 15 Unimeds, dentre elas federadas à Centro Brasileira e também outras de todo o Brasil, participaram dos eventos, que foram realizados no inspirador Tauá Resort e Convention Alexânia. Estiveram presentes, profissionais da Unimed Nacional, Unimed Morrinhos, Unimed Rio Verde, Federação do Estado de Mato Grosso, Unimed Araguaína, Unimed Bauru, Unimed Santos e muito mais. 

Durante os encontros já tradicionais, os participantes tiveram a oportunidade de assistir palestras com nomes que são referências quando o tema é sucesso: o campeão olímpico Cesar Cielo; o poeta e empreendedor Bráulio Bessa; o multiempresário e criador do Método Relacional de Aceleração de Negócios, Tiago Keniskley; o investidor e fundador de várias startups, Marcelo Smarrito, a gerente de Relacionamento, Marketing e Negócio da Unimed Santa Bárbara D’Oeste e Americana, Patrícia Candian; e o diretor de Tráfego e Performance de Mídia na Ads Cool, Jayme Diogo.

Os membros da diretoria da Unimed Federação Centro Brasileira explicaram que a programação foi pensada em cada detalhe para promover a ampliação de conhecimentos das equipes, atualização sobre as tendências e é, claro, oferecer motivação para continuar levando o Jeito de Cuidar Unimed a cada beneficiário. 

Para o diretor-superintendente, Martúlio Nunes Gomes, que falou em nome da Federação na abertura oficial dos eventos, não existe alta performance sem foco nem resultado sem treino. 

“Este é o convite que os eventos nos fazem: um chamado para aprimorarmos nossas habilidades, concentrarmos nossos esforços e, assim, atingirmos a excelência em nossas atividades diárias. Estamos aqui para avaliar os muitos desafios que enfrentamos cotidianamente e discutir soluções que nos possibilitem superá-los com eficiência, sempre aperfeiçoando os nossos serviços”, afirmou ele, que estava acompanhado do diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro, e do vice-presidente da Federação e presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi. 

Todo esse aprendizado se uniu a momentos de relaxamento e confraternização entre os participantes, como o ocorrido durante a apresentação da cantora Maíra Lemos. Os patrocinadores da 3ª Convenção de Mercado e do 16º Workshop de Vendas também levaram informações e diversão ao público com a exposição de seus produtos e serviços e o sorteio de brindes. A Unimed Goiânia também premiou os corretores do ano, homenageando os que se destacaram em três categorias definidas por tipo de porte de plano saúde.

Sabia mais: https://www.protagonistasdanossahistoria.com/noticias 

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TV O FOCO

Gigante da Unimed, Amil e Intermédica aniquilados: Novo plano de saúde mais barato do Brasil derruba 3 em 2024


O serviço de saúde baratinho chega como um presente aos brasileiros

Sem sombra de dúvidas, sabemos da grande importância de contarmos com um bom plano de saúde na atualidade. Dessa forma, no Brasil, podemos contar com grandes empresas do ramo, como a Amil e Unimed.

E por falar nos planos de saúde, um novo plano de saúde mais barato do Brasil chegou com os 2 pés na porta para derrubar 3 concorrentes em 2024, como gigante da Unimed, Amil e Intermédica.

De acordo com o portal 'Busque Plano de Saúde', o serviço mais barato da lista é o Estilo apartamento da Unimed Nacional. Vale frisar que, a tabela do plano inicia em R$ 217,45 para crianças e adolescentes de 0 a 18 anos de idade.


Vale frisar que, o plano Estilo está disponível para contratação para MEI/CNPJ a partir de 2 vidas e tem coparticipação. O reembolso deste plano é de 81,98 reais por consulta.

Porém, caso você não haja CNPJ, a contratação da Unimed Nacional precisará ser via coletivo por adesão. Assim, você vai necessitar de uma formação acadêmica ou profissão que se encaixe em uma entidade de classe e contratar.

Quais são os melhores planos de saúde do Brasil?


Escolher bem um plano de saúde pode ser uma tarefa difícil, visto que envolve muitos detalhes que devem ser analisados e pensados com calma e cuidado. O melhor plano de saúde deve atender às expectativas de quem está o contratando.

Comparar planos, cobertura, rede de atendimento, reputação e outros detalhes deve ser feito com muita cautela, afinal ter um plano de saúde e estar bem amparado é o desejo da maioria dos brasileiros.

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MEDICINA S/A

Artigo - STF cassa decisão que reconhecia vínculo empregatício entre médica PJ e hospital


Por Luis Henrique Borrozzino

Em mais um caso extremamente emblemático e significativo para as empresas que atuam na área da Saúde como Hospitais, Clínicas, Planos de Saúde e outros, o STF, no julgamento da Reclamação 65.011 (São Paulo), de relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, novamente exercendo seu papel de guardião da Constituição Federal, cassou a decisão de primeira instância que reconhecia o vínculo empregatício entre médica contratada como PJ e um Hospital, julgando improcedente a reclamação e seu respectivo cumprimento provisório de sentença.

A decisão do Ministro, assim como outras tratando de vínculo empregatício, reiterou a ofensa ao Tema 725 de Repercussão Geral decorrente do RE 958.252 de relatoria do Ministro Luiz Fux e à ADPF 324 de relatoria do Ministro Roberto Barroso, ou seja, de que esse tipo de contrato é válido e deve ser respeitado.

Moraes, em seu voto, destaca ainda que pela interpretação conjunta dos precedentes conclui-se pela licitude de outras formas de relação de trabalho que não a relação de emprego regida pela CLT.

Portanto, denota-se que o Supremo Tribunal Federal vem adotando com coerência seu posicionamento e, deixando claro o cenário de mudanças e maior flexibilidade nas relações de trabalho.

*Luis Henrique Borrozzino é Advogado, sócio do escritório M3BS Advogados e membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/SP.

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MONITOR MERCANTIL

Planos de saúde:51 milhões de beneficiários em 2023


O setor de planos de saúde manteve, em 2023, o crescimento significativo em números de beneficiários em suas duas segmentações. De acordo com levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no mês de dezembro, o setor totalizou 51.081.018 usuários em planos de assistência médica - é a primeira vez que esse segmento supera a marca dos 51 milhões. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram 32.668.175 beneficiários.

Vale destacar também que, em um ano, os planos médico-hospitalares apresentaram crescimento de 957.197 beneficiários em relação a dezembro de 2022. No comparativo de dezembro de 2023 com novembro de 2023, o crescimento foi de 150.118 usuários. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.469.502 beneficiários nos 12 meses; e 287.751, na comparação de dezembro de 2023 com novembro de 2023.

Em relação aos dados por estado, no comparativo com dezembro de 2022, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos. Entre os odontológicos, todas as 26 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, sendo também São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os estados com maior crescimento em números absolutos.

Quanto aos dados por faixa etária, observa-se que a faixa de 45 a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica (240.716 novos beneficiários nos últimos 12 meses), seguido pela faixa etária de 40 a 44 anos (183.201 novos beneficiários). Já as faixas etárias que tiveram maior crescimento nos planos odontológicos foram 45 a 49 anos (aumento de 281.144 beneficiários) e 40 a 44 anos (mais 253.934 beneficiários).

"Esse crescimento no número de beneficiários de planos de saúde acompanha um movimento de aquecimento da economia do país, já que dados preliminares apontam para um crescimento do PIB do Brasil na casa dos 3% em 2023. Outro dado bastante relevante é que 1,9 milhão de empregos formais foram gerados entre janeiro e novembro do ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso reflete diretamente no aumento do número de beneficiários nos planos coletivos empresariais, que passou de 34,8 milhões em janeiro de 2023 para 36 milhões em dezembro", analisou o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes.

Vale destacar que os números podem sofrer alterações retroativas em razão das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras. As tabelas de evolução de beneficiários por tipo de contratação do plano e por UF em diferentes competências estão disponíveis no portal da ANS.

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Gastos com saúde mental crescem 72% em 2023


Gastos com terapias, psicólogos e psiquiatras tiveram impacto no comportamento de consumo dos brasileiros em 2023. Segundo levantamento do Itaú Unibanco, os gastos com saúde mental tiveram alta de 72% no valor transacionado e de 54% na quantidade de transações no ano passado, na comparação com 2022.

Os dados fazem parte de um estudo do Itaú que analisou o comportamento de consumo dos brasileiros em 2023, incluindo as transações realizadas com cartões de crédito, débito e as compras com Pix feitas por clientes do banco.

No segmento de saúde mental, o pagamento instantâneo tem maior representatividade, com 86% das transações, e é quem puxa a alta, com avanço de 79% no valor transacionado e de 64% no número de transações. O ticket médio no Pix é de R$ 662, enquanto no crédito é de R$ 384.

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PORTAL G1

Médico vítima de acidente em Goiás morreu no dia do aniversário da esposa

Mulher descreveu o companheiro como uma pessoa doce, carinhosa e com grande amor pela medicina. Ele deixa duas filhas, de 5 e 16 anos, frutos de outros relacionamentos.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

O médico Thiago Ubirajara Araújo Rosa, de 39 anos, vítima de acidente de trânsito na GO-060, morreu no dia do aniversário da esposa, a nutricionista Aline Francelino. Ao g1, ela descreveu o companheiro como uma pessoa doce, carinhosa e com grande amor pela medicina. Ele deixa duas filhas, de 5 e 16 anos, frutos de outros relacionamentos.

“Eu estou destruída por dentro, mas quero que ele seja lembrado pela pessoa maravilhosa que era. Uma pessoa doce, carinhosa, que passava a imagem de durão, mas no fundo tinha um coração gigante”, disse a esposa.

O acidente aconteceu na terça-feira (23), quando Aline completou 39 anos. O marido voltava de um plantão no Hospital Municipal de Anicuns quando, por motivos ainda desconhecidos, bateu de frente com o carro do pastor Arnaldo Moreira, de 56 anos, entre Santa Bárbara de Goiás e Claudinápolis, no distrito de Nazário.

“Ele fez 12 horas de plantão em Anicuns e estava voltando para casa, em Goiânia”, explicou o amigo, que preferiu não se identificar.

Thiago e o pastor ficaram presos às ferragens de seus carros e, quando o Corpo de Bombeiros chegou no local, ambos já haviam morrido. Imagens mostram que os carros ficaram destruídos por conta do acidente. O motor do carro do pastor foi arremessado durante a batida.

Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) e a Polícia Científica fez uma perícia no local. Segundo Aline, o velório de Thiago está marcado para essa quarta-feira (24), na Paz Universal, localizada no Setor Coimbra, em Goiânia, a partir das 18h.

Em postagem nas redes, Aline se declarou ao marido: “Quero que você vá em paz e obrigada por ter compartilhado sua existência comigo. [...] Vou te amar sempre e pedir a Deus que você encontre sua felicidade com muito acolhimento”.

Amor pela medicina

Aline relata que Thiago trabalhava nos hospitais de Anicuns e Avelinópolis, além de também fazer parte da equipe médica do Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Finsocial, em Goiânia. O médico também trabalhou um tempo em Araçu.

“Era uma relação linda [ com a medicina ]. A maior satisfação dele era cuidar dos pacientes que atendia. Sempre cuidadoso, atencioso e certeiro nos diagnósticos e tratamentos. Ele amava sua profissão, dedicava 80% do seu tempo à medicina. Esse foi o legado dele”, afirmou Aline.

Homenagens

No Instagram, a Prefeitura de Avelinópolis lamentou as mortes de Thiago e Arnaldo. Foi decretado luto oficial e ponto facultativo nas repartições públicas em respeito às vítimas.

“Uma tragédia que uniu duas vidas! Dois seres que salvavam vidas! Dr. Thiago Ubirajara exerceu a medicina com um verdadeiro dom! Pastor Arnaldo salvava vidas através da palavra de Deus. Mesmo local, o mesmo horário, atuantes na cidade de Avelinópolis, despediram de todos que os amavam em um grande sentimento de missão cumprida!”, escreveu a prefeitura.

A Prefeitura de Anicuns também usou as redes para publicar uma nota de pesar. “Agradecemos ao Dr. Thiago por sua dedicação e serviços prestados à comunidade. Que sua alma descanse em paz”, disse o comunicado.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia também lamentou o ocorrido dizendo: “Era querido pelos colegas e pacientes. Nos solidarizamos com os familiares, amigos e colegas de trabalho. Que Deus, na sua infinita bondade, conforte a todos!”.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 24 Janeiro 2024 07:32

CLIPPING AHPACEG 24/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid: Goiás registra em uma semana quase total de casos somados em dezembro

Leis municipais e estaduais dificultam acesso ao aborto legal

Teste de sangue pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer

Saúde anuncia R$ 55 milhões para prevenção e tratamento de hanseníase

Goiânia tem 231 casos de dengue confirmados neste ano, diz boletim

Vacina da dengue será aplicada antes onde há alta transmissão

Hanseníase: Brasil está em 2º lugar no ranking mundial em número de casos

Por que corretoras dizem "compra" para Hapvida (HAPV3) em meio a investigações?

Fim de uma era: Gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil

AGÊNCIA BRASIL

Leis municipais e estaduais dificultam acesso ao aborto legal

Goiás criou campanha de conscientização

Nos últimos meses, a aprovação de leis municipais ou estaduais com iniciativas para levar mulheres a abrir mão do direito ao aborto legal têm chamado a atenção de instituições que monitoram esse atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em Maceió, por exemplo, uma lei que obrigava mulheres nessas condições a verem a imagem do feto foi revogada pela Justiça de Alagoas, em 19 de janeiro, poucos dias depois de o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sancionar a lei que criou a “campanha de conscientização contra o aborto para mulheres”.

Ainda em vigor, a Lei Estadual 22.537/2024, assinada por Caiado em 11 de janeiro, traz diretrizes para políticas públicas de educação e saúde em todo o estado. São orientações como a elaboração de palestras sobre o tema para crianças e adolescentes e a garantia de que o Estado forneça para a mãe exame de ultrassom “contendo os batimentos cardíacos do nascituro”.

Na avaliação de Júlia Rocha, coordenadora da organização não governamental de direitos humanos que publica desde 2018 o Mapa Aborto Legal, o surgimento de leis em estados e municípios em desacordo com a legislação federal impacta diretamente a garantia de direitos sexuais e reprodutivos.

No Brasil, esses direitos garantem o acesso ao aborto legal nos casos em que as gestantes foram vítimas de estupro, quando a gravidez representa risco à vida da mãe, ou ainda quando acontece a anencefalia fetal, uma má formação no sistema nervoso central que inviabiliza a vida do bebê durante a gestação ou 24 horas após o nascimento.

Júlia explica que, em todos os casos, as mulheres que buscam o aborto legal já estão muito vulnerabilizadas pela situação que a levou ao serviço de saúde para exercer seu direito e qualquer nova dificuldade acaba empurrando-as para os serviços clandestinos. “Se você cria barreiras municipais e estaduais ao aborto legal, nada impede que essas pessoas que estão buscando o serviço no SUS naquele município busque outra forma para acessar o direito e, assim, você cria novas formas de vulnerabilização.”

Autor da lei de Goiás, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (Democracia Cristã) diz que a intenção é chamar a atenção aos riscos do aborto, tanto o legal, quanto o ilegal. Segundo ele, o trecho que trata do ultrassom apenas garante o serviço à mulher que queira ter acesso ao exame. “Não há, em momento nenhum na nossa lei, nem no Artigo 3º, Inciso VI, e nem em um outro momento, a palavra obrigatoriedade ou exigência, então o estado simplesmente disponibiliza.”

No entanto, para Júlia, esse tipo de lei afeta diretamente o atendimento e o acolhimento no sistema de saúde, já que cada lugar vai legislar o assunto de uma maneira diferente, e locais que antes disponibilizavam o aborto legal podem deixar de ofertar o procedimento. “Essa oscilação também é muito prejudicial, principalmente para crianças que vão buscar o serviço de aborto, muitas vezes em um estado de gestação avançado, por uma questão de dificuldade de comunicar que houve a violência sexual, mas também uma dificuldade de perceber essa gestação.” 

De acordo com Pesquisa Nacional do Aborto de 2021, que ouviu 2 mil mulheres em 125 municípios brasileiros, 6% das mulheres que declararam ter realizado o procedimento afirmaram ter passado por ele entre 12 e 14 anos. De acordo com Júlia, os diagnósticos do Mapa do Aborto Legal apontam que essa população é a que mais fica vulnerável quando um serviço de saúde deixa de acolher para o aborto legal.

Procurado pela reportagem da Agência Brasil, o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, respondeu por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa que a “Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) tomou conhecimento da lei recém-publicada e está dando os encaminhamentos necessários para seu cumprimento.”

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Teste de sangue pode revolucionar diagnóstico de Alzheimer


Estudos recentes tornaram mais próxima de se tornar realidade a possibilidade de fazer análises do sangue confiáveis para detectar a demência.

Um projeto no valor de 5 milhões de libras foi lançado por pesquisadores do Reino Unido no ano passado com o objetivo de permitir que as pessoas sejam diagnosticadas em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.

Segundo o jornal britânico The Guardian, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial, que já se encontra no mercado, que pode ser tão bom, ou mesmo ultrapassar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.

Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, afirmou que os resultados têm implicações importantes, uma vez que a investigação demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo nos doentes de Alzheimer.

Estudos recentes tornaram mais próxima de se tornar realidade a possibilidade de fazer análises do sangue confiáveis para detectar a demência.

Um projeto no valor de 5 milhões de libras foi lançado por pesquisadores do Reino Unido no ano passado com o objetivo de permitir que as pessoas sejam diagnosticadas em segundos no Serviço Nacional de Saúde (NHS) dentro de cinco anos.

Segundo o jornal britânico The Guardian, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial, que já se encontra no mercado, que pode ser tão bom, ou mesmo ultrapassar, as punções lombares e os exames dispendiosos na detecção de sinais de Alzheimer no cérebro.

Nicholas Ashton, primeiro autor do estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, afirmou que os resultados têm implicações importantes, uma vez que a investigação demonstrou que os medicamentos donanemab e lecanemab podem retardar o declínio cognitivo nos doentes de Alzheimer.

"Para receber [os novos medicamentos], é preciso provar que se tem amiloide no cérebro", afirmou. "É simplesmente impossível fazer punções lombares e exames cerebrais a todas as pessoas que precisariam de fazê-los em todo o mundo. É por isso que a análise do sangue tem um enorme potencial."

No entanto, Ashton acrescentou que os testes podem ser úteis mesmo que esses medicamentos não estejam disponíveis - como é o caso no Reino Unido.

"Pode dizer-se que não se trata da doença de Alzheimer e que pode ser outro tipo de demência", destaca Ashton, o que ajudaria a orientar a rotina de gestão e tratamento do doente.

Na revista Jama Neurology, Ashton e os colegas explicaram que a proteína p-tau217 é um biomarcador bem conhecido para as alterações no cérebro associadas à doença de Alzheimer.

Trabalhos anteriores demonstraram que a proteína pode ser usada para diferenciar o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas e para detectar a doença mesmo em caso de déficit cognitivo ligeiro.

As medições da p-tau217 no sangue revelaram-se promissoras como instrumento de diagnóstico da doença de Alzheimer. No entanto, a disponibilidade de tais testes para investigação e utilização clínica é limitada.

Numa tentativa de melhorar a disponibilidade, os investigadores avaliaram um teste sanguíneo comercial existente para a proteína p-tau217, chamado ALZpath.

O ALZpath está sendo discutido com laboratórios do Reino Unido para ser lançado para utilização clínica este ano, e um dos coautores, Henrik Zetterberg, disponibilizou o ensaio para utilização na investigação como parte da "fábrica de biomarcadores" da University College London (UCL).

A investigação envolveu a análise de dados de diferentes ensaios nos Estados Unidos, Canadá e na Espanha e envolveu 786 pessoas (504 do sexo feminino e 282 do sexo masculino) - incluindo pessoas com e sem déficit cognitivo.

Nos três ensaios, os doentes foram submetidos a uma punção lombar ou a uma PET amiloide para identificar sinais das proteínas amiloide e tau - características da doença de Alzheimer. A equipa comparou os resultados aos da análise sanguínea ALZpath.

Os investigadores afirmaram que seu teste mostrou que a análise ao sangue era tão exata como os testes baseados em punções lombares e era superior às avaliações da atrofia cerebral, na identificação de sinais de Alzheimer.

"Oitenta por cento dos indivíduos podem ser definitivamente diagnosticados através de uma análise ao sangue, sem qualquer outra investigação", afirmou Ashton.

David Curtis, professor honorário do Instituto de Genética da UCL, congratulou-se com os resultados e sugeriu que as análises ao sangue pudessem ser utilizadas para rastrear todas as pessoas com mais de 50 anos de idade, de tempos em tempos, da mesma forma que atualmente se rastreia o colesterol elevado.

No entanto, Ashton pediu cautela, observando que ainda não foi demonstrado que os medicamentos para a doença de Alzheimer são eficazes em pessoas sem sintomas.

"Se tivermos amiloide no cérebro aos 50 anos de idade, a análise ao sangue será positiva", disse. "Mas o que recomendamos, e o que as diretrizes recomendam, em relação a estas análises do sangue é que estas se destinam a ajudar os médicos - por isso, alguém deve ter tido alguma preocupação objetiva de que tem a doença de Alzheimer ou de que a sua memória diminuindo."

Para Richard Oakley, diretor adjunto de Investigação e Inovação da Alzheimer's Society, o estudo é um passo bem-vindo na direção certa.

"Mostra que as análises ao sangue podem ser tão exatas como os testes mais invasivos e dispendiosos para prever se alguém tem características da doença de Alzheimer no cérebro", afirmou.

"Além disso, sugere que os resultados destes testes podem ser suficientemente claros para não exigir mais investigações de acompanhamento para algumas pessoas que vivem com a doença de Alzheimer, o que poderia acelerar significativamente o caminho do diagnóstico no futuro."

Mas ele sublinhou que é necessária mais investigação. "Ainda precisamos de ver mais investigação em diferentes comunidades para compreender a eficácia destas análises do sangue em todas as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer", reforçou.

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Saúde anuncia R$ 55 milhões para prevenção e tratamento de hanseníase

O Ministério da Saúde anunciou R$ 55 milhões para a prevenção e o tratamento da hanseníase no Brasil. Desse total, R$ 50 milhões serão repassados diretamente a 955 municípios classificados como de alta endemia - mais de 10 casos por grupo de 100 mil habitantes. O objetivo, segundo o governo, é eliminar a doença como problema de saúde pública.

Os municípios selecionados deverão investir os recursos em ações como a busca ativa para detecção de novos casos de hanseníase; aplicação de testes rápidos nos contatos de casos registrados a partir de 2023, para rastreio daqueles com maior chance de adoecimento; e resgate de casos em situação de abandono.

Do restante do total, R$ 4 milhões são para investimento em pesquisa de novos medicamentos para o tratamento da hanseníase e R$ 1 milhão para abertura de edital direcionado às organizações não governamentais brasileiras (ONGs) para ações de enfrentamento ao estigma e à discriminação e educação em saúde.

Vacina

Segundo o Ministério da Saúde, os R$ 55 milhões anunciados nesta terça-feira (23), em Brasília, somam-se a outros R$ 5 milhões já liberados no ano passado para pesquisa e desenvolvimento nacional de uma vacina e novos testes para hanseníase.

"Neste momento, o Ministério da Saúde financia, juntamente com a Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], o ensaio clínico para avaliar a eficácia da Lepvax, primeira vacina específica para hanseníase do mundo, que aguarda liberação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para prosseguir os testes," informou o ministério.

Casos

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou pelo menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações do mesmo período de 2022.

Segundo informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 anotados anteriormente.

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A REDAÇÃO

Covid: Goiás registra em uma semana quase total de casos somados em dezembro

A taxa de infecção por covid-19 voltou a subir em Goiás. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) mostram que, entre 31 de dezembro e 20 de janeiro, o Estado contabilizou 2.278 casos confirmados da doença.

Somente entre os dias 14 e 20 de janeiro de 2024, o estado registrou 1.023 infecções pela doença, quase o total de registros em todo o mês de dezembro, com 1.174 confirmações. Além disso, foram registradas nove mortes em decorrência da doença nas primeiras semanas deste ano. 


Na semana 51 de 2023, que representa a 3ª semana de dezembro, Goiás contabilizou 254 casos de covid-19. O número é bem menor do que o registrado na terceira semana de janeiro de 2024, quando foram confirmados 1.023 casos da doença.

Vacinação

De acordo com dados da SES-GO, disponíveis no Painel da Covid, 5.993.126 pessoas foram imunizadas com uma dose da vacina contra a doença. Ainda conforme os números, 5.426.511 receberam a 2ª dose ou dose única. 

Já a dose de reforço, foram 1.107.236 atendimentos registrados em todo o Estado. Cerca de 2.333.350 pessoas estão com a dose de reforço em atraso. 

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O HOJE

Goiânia tem 231 casos de dengue confirmados neste ano, diz boletim

Monitoramento dos casos apresenta baixa incidência da doença nas três primeiras semanas de janeiro

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou nesta segunda-feira (22/1) a 3ª edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses, que reúne dados do monitoramento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya na Capital.

No documento, referente às três primeiras semanas de 2024, há a confirmação de 231 casos de dengue e outros 844 em investigação. Os dados deste ano apresentam uma redução de 45,9% em relação ao mesmo período de 2023 de dengue em Goiânia. No entanto, os cuidados precisam ser redobrados por toda a população da Capital, para que os números permaneçam controlados. Em todo o país, os dados são alarmantes, com mais de 55 mil casos notificados nas duas primeiras semanas deste ano e seis mortes.

“Apesar de Goiânia estar com os casos controlados, não podemos abrir mão dos cuidados diários em nossas residências. Cuidados simples e rotineiros que podem evitar a explosão de casos como acontece em todo o país”, alerta o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

Em Goiás, 91 municípios estão caracterizados como de alto risco para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Nossa situação não é crítica, mas precisamos redobrar os cuidados. Os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) seguem realizando visitas domiciliares e orientando a população, mas o trabalho conjunto entre poder público e população é a principal estratégia para manter essas doenças controladas, afirma o titular da SMS, Wilson Pollara.

“Nossa rede de saúde está preparada com insumos e profissionais para atender casos graves. Mas nossa intenção é reduzir a necessidade de hospitalização, para isso é necessário evitar focos do mosquito, e a população deve ser protagonista nessa força-tarefa”, acrescenta o secretário de Saúde.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o estado corre o risco de ter epidemia de dengue, pois há a circulação simultânea de quatro sorotipos. Em 2023 a Capital confirmou mais de 19 mil casos de dengue, com 36 casos graves. “É importante a união de esforços para que neste ano a gente consiga diminuir os impactos da doença na população, esse é nosso objetivo”, detalha Pollara.

Sintomas

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode variar desde casos assintomáticos até quadros graves. Entre os sintomas estão febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo e dor abdominal intensa.

Cuidados diários nas residências

Verificar se a caixa d’água está bem tampada

Colocar areia nos pratos de plantas

Recolher e acondicionar o lixo do quintal

Limpar as calhas

Cobrir piscinas

Cobrir bem a cisterna

Deixar as lixeiras bem tampadas

Limpar a bandeja externa da geladeira

Tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários

Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação

Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado

Cobrir bem todos os reservatórios de água

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FOLHA DE S.PAULO

Vacina da dengue será aplicada antes onde há alta transmissão


Regiões de saúde são conjuntos de cidades próximas que partilham características semelhantes. É uma medida usada para melhor organizar o planejamento e a execução de ações e serviços na área.

No estado de São Paulo, uma das regiões de saúde em que a imunização ocorrerá será a Baixada Santista, que é composta por Bertioga, Cubatáo, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

A Folha apurou também que o plano de vacinação incluirá ainda as regiões de Grande Florianópolis (SC), Uberaba (MG), Vespasiano (MG), Feira de Santana (BA), Foz do Iguaçu (PR), Distrito Federal e Centro Sul (GO).

Além disso, serão alcançadas regiões que abrangem capitais, como São Paulo, Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE). O documento com o nome de todos os municípios estava em processo de conclusão nesta segunda-feira (22) no Ministério da Saúde.

A Folha teve acesso ao documento que mostra quais são as39 regiões de saúde que receberão as doses. A partir desses dados, buscou quais municípios são aptos a receber o imunizante na ba se de dados abertos do Conasems. Segundo pessoas do Ministério da Saúde, pode haver algumas cidades dentro dessas regiões que não venham a rece-

ber a vacina pela baixa incidência da doença.

O Ministério da Saúde informou que chegaram ao Brasil, no sábado (20), as primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue, que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A previsão é começara imunização em fevereiro.

A chegada do primeiro lote acontece em meio a uma escalada no número de casos da doença no início de 2024.

O primeiro lote faz pa rte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas sem custos ao governo brasileiro pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde informou que adqui riu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante - chamado Qdenga- disponíveis pelo fabricante para este ano. Elas serão entregues poretapas até o mês de novembro.

Oito estados e o DF iniciaram 2024 com expressivos aumentos nos casos, de 100% ou mais em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os números são mais alarmantes no Sul do país, onde foram 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas do ano, somando Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023.

O Brasil fechou 2023 com um recorde de mortes por dengue, com 1.094 óbitos. Os dados foram extraídos do Sinan (Sistema de Informação

de Agravos de Notificação).

O recorde anterior ocorreu em 2022, com 1.053 óbitos. O terceiro ano com mais mortes foi 2015, com 986 vítimas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue ao SUS.

Desde que o registro da vacina Qdenga foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023, publicações nas redes sociais passarama questionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a demora na incorporação do imunizante ao SUS.

Atualmente, só é possível se vacinar na rede privada, onde o imunizante é custa entre 300 e R$ 800 a dose.

Pode receber o imunizante quem já teve dengue e também quem nunca foi infectado. No entanto, gestantes, lactantes e pessoas com alergia a algum dos componentes Da vacina não podem ser imunizadas com a Qdenga. A restrição também vale para pessoas com o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora.

Laboratórios privados registraram aumento médio de 25% no número de exames de dengue nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano em relação ao mesmo período de 2023. Foram 26.162 exames neste ano contra 20.746 no ano passado, mostra a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnostica).

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CORREIO BRAZILIENSE

Hanseníase: Brasil está em 2º lugar no ranking mundial em número de casos


Janeiro é marcado pela campanha de prevenção e combate à hanseníase, também conhecida como 'lepra', doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria que afeta a pele, os nervos periféricos, olhos e mucosa nasal. Atualmente, a hanseníase está em situação endêmica em diversos estados brasileiros.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hanseníase de 2024, divulgado nesta terça-feira (23/1) pelo Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados em todo o mundo 174.087 casos novos da doença, uma taxa de detecção de 21,8 casos por 1 milhão de habitantes. No Brasil, o número de casos novos reportados passou de 10 mil, o que classifica o país em segundo lugar no ranking mundial em número de casos novos, atrás apenas da Índia.

O estudo também contempla análises de indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase no Brasil entre os anos de 2013 e 2022. Dentro do período de pesquisa (2013 a 2022) foram notificados 316.182 casos de hanseníase no Brasil, o que inclui casos novos, transferências, recidiva e outros reingressos da doença no país.

Em um recorte de gênero, 55,6% dos 254.918 casos novos da doença foram em homens. Já entre faixa etária, 53,9% dos infectados tinham entre 30 e 59 anos, 24,6% com 60 anos ou mais e 15,2% de 15 a 29 anos de idade.

Em 2024, o Ministério da Saúde notificou a entrada de 955 municípios das 27 unidades da federação em situação endêmica, quando há o registro de mais de 10 casos por 100 mil habitantes. A infectologista Naíra Bicudo explica que o grande número de casos nos estados brasileiros pode estar associado à pobreza, ao acesso precário de moradia, alimentação, cuidados de saúde e educação.

"É uma doença antiga, que apesar de ter tratamento e ser curável, ainda permanece endêmica em várias regiões do mundo. Pode ser transmitida pelas vias respiratórias, pessoa a pessoa, mas pode permanecer incubada por muitos anos até aparecerem os primeiros sintomas. O atraso no diagnóstico faz com que a doença permaneça em transmissão entre os acometidos pela hanseníase não tratados e com alta carga bacilar", explica a especialista.

Cura

No Brasil, a hanseníase se tornou fator de dificuldade para as autoridades de saúde no controle de infecção. De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico, durante o período analisado, pode ser observado uma redução de 9,3% nas médias de cura, onde passou de 84,0% em 2013 para 76,2% em 2022, mantendo-se em um parâmetro "regular". Todas as regiões brasileiras apresentaram diminuição na proporção de cura, com maior redução no Centro-Oeste, com uma queda de 13,7% e a mudança de parâmetro de "regular" para "precário".

Apesar da dificuldade, a doença tem cura. De acordo com o infectologista Manuel Renato Retamozo, o tratamento é baseado no uso de antibióticos específicos. "A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença, e pode durar de seis meses ou até mais de um ano".

A importância do tratamento vai para além da saúde pessoal, influenciando na sociedade como um todo. "Ele previne a progressão da doença e a transmissão para outras pessoas. É importante que o paciente siga rigorosamente o tratamento prescrito para poder garantir uma cura completa", finaliza o infectologista do hospital Anchieta.

Para além do tratamento convencional, a vacina Lepvax é uma ação conjunta do Ministério da Saúde e do laboratório Fiocruz, sendo a primeira vacina específica para a hanseníase do mundo. O projeto espera liberação da Anvisa para seguir para as próximas fases de testes.

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ESTADÃO

Por que corretoras dizem "compra" para Hapvida (HAPV3) em meio a investigações?


A Hapvida (HAPV3), uma das maiores empresas de capital aberto do setor de saúde, está no meio de um imbróglio judicial que envolve uma investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP)

A notícia revelada pelo Estadão fez as ações caírem 6,98% na quinta (18) e 5,72% nesta segunda-feira (22)

Mas há quem esteja achando o movimento exagerado, entendendo que a queda das ações é uma oportunidade de compra

A Hapvida (HAPV3), uma das maiores empresas de capital aberto do setor de saúde, está no meio de um imbróglio judicial que envolve uma investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) sobre descumprimento de liminares judiciais e denúncias de morte de pacientes, segundo familiares. As informações divulgadas pelo Estadão na última quinta-feira (18) pesaram sobre os ativos da empresa na Bolsa: naquele pregão, as ações cederam 6,98%.

Maior plano de saúde do País, Hapvida NotreDame é investigada por se negar a cumprir liminares

O movimento continuou negativo na segunda-feira (22), fazendo os papéis cederem mais 5,72%, cotados a R$ 3,79. Como mostramos nesta outra reportagem, começa a ventilar no mercado a ideia de que possa haver alguma indenização aos pacientes afetados e até desprovisionamento da companhia a partir da investigação. Um problema para a credibilidade e o caixa da Hapvida.

Mas a avaliação negativa dos fatos não é unanimidade e, no início desta semana, algumas corretoras reforçaram o posicionamento favorável à compra de HAPV3.

"Muito barulho para pouca causa". Foi assim que a XP Investimentos classificou a queda das ações da Hapvida causadas pelo episódio.

Em relatório divulgado no domingo (21), os analistas Rafael Barros e Raphael Elage defendem que a perda de quase R$ 4 bilhões em valor de mercado que a Hapvida (HAPV3) teve nos últimos dias é "incompatível com a perda potencial" que a empresa pode vir a ter com os processos e custos de sinistralidade.

Para o time da XP, o temor do mercado sobre essa temática é muito maior que o dano real e o cenário "não é tão assustador de perto", levando a corretora a reiterar a recomendação de compra para HAPV3, com um preço-alvo de R$ 5.

E ela não foi a única. Em um relatório sobre o setor de saúde na B3, divulgado nesta segunda-feira (22), o Santander também reiterou sua posição de compra em HAPV3, considerada a ação "top pick" pelo time de research do banco. O entendimento é que a Hapvida vai continuar focando na rentabilidade por meio de aumento de preços no curto prazo e investimentos para aumentar a verticalização.

Um possível impacto da investigação do MP nos resultados da companhia não foi mencionado no documento.

"Na nossa opinião, a empresa pode ganhar market share em um mercado fraco em 2024 , dizem os analistas Caio Moscardini, Karoline Silva Correira e Guilherme Gripp. "A empresa está negociando a um preço sobre lucro (P/L) ajustado de 19,7x, o que não é exatamente uma pechincha. No entanto, ajustando a amortização do ágio, o P/L ajustado cairia para 14,2x em 2024, um nível mais razoável."

Além de reiterar a recomendação de compra, o banco elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 5,35 para R$ 5,85.

Depois das quedas nas ações, o Citi também passou a ver oportunidade em HAPV3. Nesta terça (23), o banco reforçou que os papéis da Hapvida estão sendo negociadas a 0,9 vezes o múltiplo preço sobre lucro projetado pelos analistas para 2025, enquanto ainda oferece um rendimento de 9% de fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE).

Assim, o banco enxerga que a equação risco-recompensa das ações da operadora de saúde como altamente inclinada para valorização, reforçando a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 6,0 para os papéis.

A "defesa" dos grandes bancos de investimento ajudou a Hapvida a respirar na Bolsa: nesta terça, os papéis reagiram e subiram 3,96%, cotados a R$ 3,94.

Receio de investidores

A investigação do MP contra a Hapvida apura o descumprimento sistemático de decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários, que mesmo com liminares não conseguem acesso a tratamentos para doenças graves. Segundo reportagem do Estadão, há casos de pacientes que, segundo familiares, morreram após a recusa da empresa em oferecer tratamento de urgência garantido pela Justiça. Ao jornal, a empresa afirmou que respeita o Poder Judiciário e negou que venha descumprindo de forma sistemática as decisões judiciais.

A notícia pegou investidores de surpresa na última semana, com um receio de que as operações da companhia sejam afetadas por possíveis indenizações. A acusação mina ainda mais a credibilidade da companhia, que já está abalada por recorrentes críticas quanto à qualidade dos serviços prestados.

Ainda é cedo para mensurar o impacto real do episódio na imagem e nos balanços da companhia, mas alguns players do mercado veem a situação com cautela. Para o Citi, por exemplo, a investigação não é um "bom presságio", o que pode gerar volatilidade nas ações - conforme os pregões vem evidenciando.

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TV FOCO

Fim de uma era: Gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil


O serviço de saúde renomado do Brasil se desfez de nada menos que 5 milhões de clientes

O Brasil é um dos únicos países do mundo que oferece um serviço de saúde gratuito. Mesmo assim, ainda temos a opção de aderir aos planos de saúde.

E por falar nos serviços particulares, uma gigante dos planos de saúde se desfaz de 5 milhões de clientes e sai em definitivo do Brasil.

Acontece que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra da Amil, que hoje pertence ao United Health Group (UHG). O despacho aprovou a operação e foi publicado no Diário Oficial da União.

A UHG anunciou no final de dezembro de 2023 a aprovação de um acordo para vender a empresa ao fundador e ex-presidente da Qualicorp por US$ 7 bilhões, o equivalente a R$ 34,59 bilhões, em uma operação com dívida da empresa brasileira.

Mas, segundo informações do portal 'Poder 360', o grupo norte-americano UnitedHealth Group deve vender suas operações no Brasil. A empresa é dona da operadora Amil e da Americas Serviços Médicos.

Vale lembrar que, a Amil possui cerca de 5,4 milhões de clientes entre os planos de saúde e dental, além de uma rede com 19 unidades hospitalares, 52 unidades ambulatoriais e mais 1.600 hospitais credenciados. Já a Americas Serviços Médicos conta com 12 hospitais e 30 clínicas médicas em 6 Estados brasileiros.

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Assessoria de Comunicação

23 01 24 reunião ses comitê dengue

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, participou da reunião do Gabinete de Crise contra a Dengue e outras Arboviroses, promovida pela Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES-GO), nesta terça-feira (23).

Junto com outras entidades da área da saúde, como o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e Sociedades de Especialidades Médicas, Haikal Helou e os representantes governamentais debateram as ações que devem ser realizadas contra o aumento expressivo dos casos de dengue, Zika e a Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

“Sensibilizados por o que aconteceu na covid-19, nós aprendemos que não existe saúde pública ou privada. Existe saúde e a parceria entre o privado e o público se faz necessária. Faremos o que for preciso para que o estrago seja o menor possível, que menos vidas sejam perdidas e que possamos trabalhar pela saúde coletiva”, afirmou Haikal.

O comitê atua em 91 municípios goianos considerados de alto risco. Recentemente, a SES-GO noticiou que mais de 4,4 mil diagnósticos de dengue foram registrados em Goiás, com dois óbitos confirmados.

Acesse nossas redes sociais e confira o vídeo do presidente Haikal Helou: https://www.instagram.com/p/C2c4w8BO1z3/

 

 

Terça, 23 Janeiro 2024 07:42

CLIPPING AHPACEG 23/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Venda da Amil não deve impactar consumidor, avaliam especialistas

Governo cria gabinete de crises após explosão de casos de dengue

Pacientes do Imas são informados de que tratamento para câncer será suspenso;

Imunização contra dengue terá pouco impacto em 2024, diz especialista

6 usos menos comuns do laser adotados por profissionais de saúde

Site gringo de venda de atestado médico sem consulta tenta burlar regras brasileiras

Usuários tem dificuldade de mudar plano de saúde

Tecnologia como aliada da saúde: soluções engajam e melhoram a experiência dos pacientes

De 10 doenças que mais afastam do trabalho, 6 são ligadas à coluna e ombros

Casos prováveis de dengue crescem quase 40%, aponta Ministério da Saúde



MEDICINA S/A

Venda da Amil não deve impactar consumidor, avaliam especialistas


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou a compra da Amil pelo empresário José Seripieri Filho, fundador e ex-presidente da Qualicorp. A Amil, da norte-americana UnitedHealth, foi vendida por US$ 7 bilhões (R$ 34,59 bilhões), em operação que incluiu dívida da empresa brasileira. A transação é histórica, pois tornou-se o maior negócio de fusão e aquisição feito entre uma empresa e uma pessoa física no Brasil.

A Amil tem 5,4 milhões de clientes e é dona de outros planos de saúde. Para Mérces da Silva Nunes, advogada e especialista em Direito Médico e Bioética pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, os beneficiários não devem se preocupar com a troca de dono pois estão respaldados pela lei. "A venda não deve impactar negativamente porque o consumidor tem o direito de usufruir do plano de saúde com observância do que foi efetivamente contratado entre as partes. E isso independe de quem esteja à frente da gestão e administração da empresa. A legislação vigente determina que a operadora mantenha o mesmo padrão de qualidade contratado. A eventual mudança de hospitais e profissionais credenciados deverá ser informada, com antecedência de 30 dias".

Ela lembra de outro ponto importante: o tratamento de longo prazo. "Se o beneficiário estiver em algum tratamento de longo prazo (especialmente em casos de internação por doença grave) a legislação determina que o paciente continue o tratamento no mesmo hospital, ainda que a instituição tenha sido descredenciada pela operadora", diz.

Para Nycolle Soares, advogada, sócia e CEO do Lara Martins Advogados e MBA em Direito Médico e Proteção Jurídica Aplicada à Saúde, a operação não deve prejudicar a concorrência no mercado. "Como a operação que se desenhou não vincula uma operadora a outras, eventual prejuízo à concorrência fica afastado. Os entraves seriam se a operação resultasse na formação de um enorme grupo que tivesse condições de criar um monopólio no setor", explica.

Nycolle também não vê nenhum grande impacto na questão da carência. "Como nesse caso em específico o comprador deixou de estar vinculado às demais empresas de planos de saúde, não há impacto algum, e ainda assim, a transferência de carências é uma operação contratual entre o beneficiário e a operadora, com regras específicas e que não devem ser impactadas por esse tipo de operação entre empresas e empresários", pontua.

E os processos contra Amil, como ficam? "Caso a operação seja finalizada nos termos em que se apresenta, os processos da Amil continuam tendo a mesma responsável, sendo que o controle da empresa será alterado pela mudança de dono [agora José Seripieri Filho], já que houve a compra da empresa como um todo."

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TV ANHANGUERA

Governo cria gabinete de crises após explosão de casos de dengue

https://globoplay.globo.com/v/12288352/

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Pacientes do Imas são informados de que tratamento para câncer será suspenso;

https://globoplay.globo.com/v/12286224/

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A REDAÇÃO

Imunização contra dengue terá pouco impacto em 2024, diz especialista


Ludymila Siqueira

Goiânia - O Ministério da Saúde (MS) informou, na última semana, que deve disponibilizar a vacina contra a dengue a partir de fevereiro no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a pasta, o país adquiriu 5,2 milhões de doses da Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda. O Brasil é o primeiro país a oferecer essa vacina no sistema público universal. A incorporação da vacina da dengue no calendário do SUS foi decidida em dezembro de 2023. 

No sábado (20/1), o país recebeu a primeira remessa, com 750 mil doses. Um segundo lote, com 570 mil doses, tem previsão de entrega no próximo mês. Como a capacidade de fabricação da vacina é limitada, a pasta estima que cerca de 3,2 milhões de pessoas receberão o imunizante neste ano, já que a vacina exige aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de três meses.


Os critérios para distribuição das doses foram definidos pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Conass e o Conasems - órgãos que representam as secretarias de Saúde estaduais e municipais. Para 2024, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, conforme o MS. A vacina não foi liberada para idosos.

As vacinas serão encaminhadas a regiões com municípios de grande porte onde há alta transmissão da dengue nos últimos dez anos - o foco são as localidades com população residente igual ou maior a 100 mil habitantes.
 

Dengue no Brasil e em Goiás

O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. 

Em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan on-line), revelou que o país registrou recorde de mortes por dengue durante todo o ano. Foram 1.079 óbitos em decorrência da doença. 

“Fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipos do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, avaliou o Ministério em nota.

Com 65.293 casos de dengue registrados em 2023, Goiás está entre os Estados com maior incidência de dengue no país, junto com Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o território goiano contabilizou 38 mortes em decorrência da doença no ano passado. 

Segundo  a superintendente em Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, Goiás tem 91 municípios que já ultrapassaram o limite máximo esperado de casos para o período, no caso de 2024. Essas cidades recebem apoio do Estado para gestão de crise com gabinetes instalados. 


"Para a dengue, que é um problema de saúde pública há vários anos no Brasil, aqui em Goiás não é diferente, a vacinação com certeza vai ser um avanço muito grande. Os dados da vacina eles mostram que eles reduzem doença, mas reduzem muito mais casos graves e ópticos. Precisa ficar claro que a vacinação está começando agora, sendo assim, primeiro um pequeno grupo populacional vai ser imunizado, até porque o laboratório não teve condições de produzir em grande quantidade para o Brasil, então são 5 milhões de doses para o Brasil inteiro até novembro de 2024", destaca em entrevista à reportagem do A Redação. 

Flúvia ressalta que além da dengue, o território goiano também registra uma elevação da chikungunya, doença causada também pelo mosquito Aedes aegypti. Com isso, conforme pontua Flúvia Amorim, o problema atual não se restringe a um só. Nós temos municípios com dengue já em situação de epidemia, e nós temos municípios com epidemia de chikungunya também. Então, pela primeira vez, a gente está vivendo aí, dentro do estado, duas doenças causando epidemias ao mesmo tempo. Então isso aumenta ainda mais a situação de alerta, aumenta mais a necessidade de preparação dos municípios para o atendimento dessa demanda que está por vir e em alguns municípios que já está acontecendo", descreve. 


Impacto da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde

Para a infectologista Moara Borges, a incorporação da vacina contra a dengue no SUS significa um grande avanço à saúde pública do país, já que o Brasil registra o maior número de casos da doença.

A médica, que também é professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG), destaca que nesta fase inicial de incorporação, pelo número ainda limitado de doses disponíveis, é importante levar em consideração as demais medidas preventivas da doença, a exemplo de evitar água parada em pneus, vasilhas, vasos de plantas, dentre outros lugares mantenedores de larvas do  mosquito Aedes aegypt, transmissor do vírus.


"A vacinação, como aprendemos com nosso histórico de imunizações, incluindo a covid-19, é uma medida que ajuda na prevenção de infecções. Em especial, podemos citar os casos graves, que serão significativamente reduzidos com a imunização e, com isso, os casos de dengue devem registrar uma queda no Brasil”, ressalta em entrevista à reportagem do jornal A Redação.


O principal foco da vacinação será atingir grupos que, historicamente, apresentam maior risco de desenvolver as formas graves da doença, incluindo a evolução para o óbito. As principais populações em risco são crianças e idosos, no entanto, como a vacina está liberada apenas para faixa etária entre 4 e 60 anos, a escolha dos grupos prioritários deste primeiro momento serão crianças e adolescentes, que são mais acometidas pela doença. 

Com isso, segundo a infectologista, o impacto da imunização não será expressamente visível em 2024, devido ao número de doses disponibilizadas no Sistema Único de Saúde. “Porém, está previsto para os próximos anos a autorização de outras vacinas, incluindo uma desenvolvida pelo Instituto Butantan, que podem ajudar a compor o cenário de imunização contra a dengue no serviço público”, afirma. 

Por se tratar de vacina com vírus atenuado, ou enfraquecido, populações como gestantes, lactantes e pessoas que apresentam baixa imunidade por doenças ou uso de medicamentos não devem utilizar a vacina Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda. “Este imunizante pode ser utilizado por pessoas que foram ou não expostas à dengue e seu uso não foi associado a pior quadro clínico em caso de infecção após a vacinação. São necessárias duas doses, com intervalo de 90 dias entre ela”, reforça.

Embora a vacina contra a covid-19 não tenha sido bem aceita por uma parcela da população, o que inclui a disseminação de desinformação, Moara acredita que no caso da dengue será diferente. De acordo com a infectologista, a dengue é uma doença que afeta anualmente um grande número de pessoas, com sintomas intensos e debilitantes, sendo assim, a população que foi infectada pela doença possivelmente irá compreender o benefício de preveni-la com a vacinação. 

“O esclarecimento da população sobre a importância, a segurança e a efetividade das vacinas é um fator essencial para a aceitação e a procura para a realização de todas as doses. É importante ressaltar que a dengue precisa da atenção de todas as pessoas para o controle dos focos do mosquito e uma atenção redobrada a sintomas que podem ser sugestivos da doença, como febre, dor de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, para que o acompanhamento seja feito de forma correta, minimizando o risco de complicações”, arremata em entrevista ao A Redação.

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6 usos menos comuns do laser adotados por profissionais de saúde

A laserterapia é mais uma das evoluções tecnológicas que se provaram grandes aliadas da saúde. De fato, técnicas que foram pensadas para outras finalidades têm se passado a ser utilizadas para tratamentos diversos. A terapia com laser (Light Amplification of Stimulated Emisions of Radiation, que traduzindo significa “amplificação da luz por estimulação da emissão de radiação”), por exemplo, é fundamentada nos estudos da física nuclear. O feixe de luz funciona com uma radiação eletromagnética não ionizante, que tem poder de penetração superficial ou profundo, dependendo de sua intensidade.


Assim, a laserterapia pode ser utilizada em tratamentos variados, como explica a enfermeira Janaína Araujo, mentora especialista em consultoria de amamentação e membro do Espaço Zune. "Essa técnica é utilizada para uma série de coisas, sendo excelente para tudo o que envolve cicatrização ou analgesia", ressalta.

Veja seis usos menos convencionais para a utilização do laser que ganharam espaço entre profissionais de saúde:

1. Nascimento dos dentes

Janaína explica que a utilização desta terapia é muito interessante não só no surgimento dos primeiros dentinhos, mas também quando a criança já tem entre 1 ano e 1 ano e meio e começam a aparecer os dentes maiores. "Neste caso, a laserterapia é utilizada com o objetivo analgésico, para diminuir as dores, os incômodos e até a febre causada pelo nascimento da dentição no bebê", detalha.

2. Pós-perfuração de orelha

A enfermeira ressalta que o laser, neste caso, é utilizado como uma ação cicatrizante do furo. Assim, a aplicação é parte de uma abordagem mais humanizada da perfuração, o que pode ser benéfico tanto na infância quando na fase adulta. "Diminuímos, assim, os riscos de inflamações e aceleramos a cicatrização da orelhinha, dando mais conforto à criança", pontua.

3. Cicatrização de cesárea e parto vaginal

O parto natural é recomendado pela Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde, no entanto, a cesariana ainda é muito popular no Brasil, seja em respeito à opção da mulher ou por indicação médica. O procedimento, que tem uma de recuperação mais longa para a puérpera, também pode ser beneficiado pela laserterapia. Ela reduz dores, alivia o desconforto na região abdominal e diminui a inflamação, sendo também utilizado com ação cicatrizante. "O laser permite que o corte da cirurgia cesariana fique mais bonito e cicatrize mais rápido", reforça Janaína. Contudo, a especialista também reforça que a aplicação do laser também é muito utilizada após a realização de partos vaginais, pois podem ocorrer lacerações.

4. Pós-operatório

E não é só pós-operatório da cesariana que a abordagem é recomendada. A especialista do Espaço Zune ressalta que a laserterapia pode ser utilizada na recuperação de qualquer cirurgia, especialmente aquelas que demanda maior atenção e levam mais tempo para se curar. "Pode ser plástica, períneo, qualquer cirurgia pode ter um pós-operatório mais confortável com a utilização do laser para cicatrização mais acelerada", explica.

5. Feridas

Crianças ativas e cheias de energia dão bons sinais de desenvolvimento, porém também estão sujeitas a se ferirem mais. "Fazemos o laser para auxiliar na cicatrização", explica Janaína. Como ela esclarece, quando a criança machuca, o laser pode ser um ótimo aliado para o tratamento da ferida, pois aumenta o fluxo sanguíneo e estimula a produção de colágeno.

6. Fissuras mamilares

A amamentação é cheia de benefícios para o bebê e pode ser uma experiência cheia de significados para o elo com a mãe. Contudo, o início pode ser desafiador em alguns casos. Nessas situações, a laserterapia pode gerar ótimos resultados no tratamento e prevenção de fissuras dos mamilos e tem sido utilizada nas consultorias de amamentação. "Essa técnica reduz as dores e acelera a cicatrização das fissuras, gerando maior bem-estar para a mãe", relata.

A laserterapia tem conquistado cada vez mais adeptos. "Isso porque é um tratamento prático, totalmente indolor e que tem uma ação rápida e eficaz", explica a enfermeira. Entretanto, é preciso que o tratamento seja feito com um profissional devidamente habilitado para a aplicação da laserterapia. "Ele deve avaliar a melhor forma de aplicação para que o tratamento seja assertivo para o paciente", completa Janaína.

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SITE JCONCURSOS

Site gringo de venda de atestado médico sem consulta tenta burlar regras brasileiras


Termina nesta quarta-feira (24) o prazo que a Justiça brasileira deu para que o site atestadomedico24.com seja retirado do ar, em resposta à denúncia feita pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). O portal, sediado em Hamburgo, na Alemanha, é de venda de atestado médico por R$ 29, prometendo dispensar a consulta presencial, prática que vai contra as normas médicas do Brasil.

Desde o ano de 2023, o Cremesp tem buscado a remoção do site, que não possui representação no país e tem seu domínio registrado pela Amazon. A ação movida pelo Conselho resultou em uma liminar concedida pela juíza substituta Tatiana Pattaro Pereira, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo.

A decisão baseia-se na premissa de que um médico só pode exercer legalmente sua profissão no Brasil após o registro do diploma no Ministério da Educação e inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM).

A juíza destacou o risco evidente de danos, considerando que a comercialização de atestados médicos indevidos representa uma ameaça aos consumidores.

"A comercialização de atestados médicos emitidos em desconformidade com a legislação brasileira é evidente, e a parte ré, como provedora de hospedagem do site, apresenta os requisitos necessários para a concessão da tutela de urgência requerida," afirmou Tatiana Pattaro Pereira.

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Posicionsamento Cremesp

De acordo com o Cremesp, os atestados eram emitidos após o preenchimento de um questionário online, sem a necessidade de consulta médica. O site alega que os atestados são emitidos por médicos internacionais, que não precisam de licença no Brasil por trabalharem online.

O presidente do Cremesp, Angelo Vattimo, celebrou a decisão, afirmando que casos prejudiciais à sociedade e à medicina não devem ser aceitos, mas sim enfrentados. Ele encorajou a comunidade a denunciar casos semelhantes para que providências possam ser tomadas.

Atestado médico sem estar doente é crime

É importante ressaltar que a apresentação de atestado médico falso no ambiente de trabalho, com o intuito de faltar sem estar doente, é considerada crime no Brasil. O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 298, estabelece pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa, para quem falsifica, fabrica ou altera documento particular com o objetivo de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

Além das consequências legais, tal conduta pode configurar falta ética e violação das normas internas da empresa, sujeitando o funcionário a medidas disciplinares que variam desde advertências e suspensões até demissão por justa causa.

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Demissão por justa causa

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) especifica em seu artigo 482 mais de dez condutas que podem ensejar a demissão por justa causa do funcionário. Confira abaixo algumas delas e fique atento para não reproduzi-las no ambiente de trabalho:

Ato de indisciplina ou de insubordinação;

Abandono do emprego;

Violação de segredo da empresa;

Desídia no desempenho das funções;

Ofensas verbais e físicas contra o empregador e superiores hierárquicos;

Ato de improbidade;

Embriaguez habitual ou em serviço; e

Perda da habilitação para o exercício da profissão.

Vale ressaltar que a justa causa também pode ser justificada pela empresa para dispensar um empregado que foi advertido várias vezes, mas não quis cumprir as regras internas. Como era de se esperar, ao ser dispensado por justa causa os direitos do trabalhador CLT são reduzidos para:

Receber o salário proporcional aos dias trabalhados no mês (incluindo hora extra e adicional noturno, se for o caso); Férias vencidas, acrescidas de 1/3, caso haja; 13º salário vencido, se for o caso.

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CORREIO DA MANHÃ

Usuários tem dificuldade de mudar plano de saúde


Os reajustes elevados dos planos de saúde e o descredenciamento de serviços médicos têm provocado um aumento na busca por mudança de operadora sem a obrigatoriedade de cumprir novas carências, mas os beneficiários enfrentam entraves para fazer a portabilidade prevista em lei.

Entre 2022 e 2023, o número de queixas de usuários sobre dificuldades impostas pelas operadoras para fazer essa mudança teve um salto de 44% (2.362 para 3.404), segundo dados da ANS.

No Idec, a proporção dessas reclamações mais do que triplicaram. Em 2022, elas representavam 3% do total de queixas contra planos de saúde. Em 2023, saltaram para 10%, de acordo com números preliminares do instituto. O relatório completo sai em março.

No mesmo período, a ANS registrou uma alta de 13,5% na buscas de informações sobre portabilidade de carência. Passaram de 333.133, em 2022, para 378.220 em 2023. Não há dados disponíveis sobre a quantidade de portabilidades efetivadas de fato.

Segundo a advogada Marina Paullelli, do programa de saúde do Idec, as principais razões que levam o consumidor a pedir a mudança são os altos reajustes das mensalidades e o descredenciamento de profissionais, de hospitais e outros serviços de saúde.

Nos dois últimos anos, os planos coletivos por adesão tiveram aumentos acima de 20%. Neste ano, o percentual deve variar entre 20% e 25%, segundo estimativa da consultoria Arquitetos da Saúde. A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o acumulado de 2023 em 4,62%.

Esses também foram os principais motivos que levaram os beneficiários a consultar a ANS sobre a portabilidade: 40% buscam um plano mais barato, 21% procuram uma melhor qualidade na rede prestadora, e 18% alegam cancelamento de contrato.

Paullelli afirma que os idosos são o grupo que mais enfrenta dificuldades para fazer a portabilidade sem carência. "Muitas vezes os planos impõem barreiras a esses consumidores, condutas discriminatórias, o que é vetado por lei, ou é valor das mensalidades que não se adequada ao consumidor."

Ela diz que embora a ANS disponha de um guia explicativo de como fazer a portabilidade, consumidores com dificuldade de acesso à internet têm uma barreira adicional. Escritórios de advocacia também observam aumento na procura por outros grupos relatando entraves com as operadoras, como pessoas que estão em tratamento, casais que se divorciaram, filhos que atingiram a maioridade e beneficiários que, após a demissão, perderam seus planos e agora tentam fazer a portabilidade para um novo.

Após dez anos de trabalho em uma instituição financeira, a administradora Ylanna Lais, 30, foi dispensada e teve direito de manter o plano empresarial por dois anos. No final do ano, ao buscar a portabilidade de carência para um plano coletivo por adesão, diz que passou a enfrentar uma série de dificuldades colocadas pela operadora.

"Cada hora eles alegam uma coisa. No início do ano, disseram que já tinha passado o prazo para fazer a portabilidade, o que não é verdade. Tenho até o fim do mês. Agora, não consigo falar nem com a ouvidoria do plano. Se fosse para uma nova contratação, já estaria tudo resolvido." Ela registrou uma queixa na ANS e estuda ingressar com ação judicial.

"O consumidor tem direito a fazer a portabilidade, mas nada disso está sendo respeitado. As operadoras criam argumentos que não estão na resolução da ANS para recusar", diz o advogado Rafael Robba, sócio do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde.

Segundo ele, o processo de portabilidade, que deveria proporcionar liberdade de escolha e estimular a competição entre as operadoras, tem sido prejudicado por obstáculos criados pelas próprias empresas.

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PORTAL SEGS

Tecnologia como aliada da saúde: soluções engajam e melhoram a experiência dos pacientes


Longo tempo de espera e dificuldades no agendamento de consultas são alguns desafios enfrentados por pacientes em instituições de saúde

O cenário da saúde é constantemente desafiado por questões que assustam os pacientes e os afastam, imprudentemente, de consultórios e clínicas médicas, levando a um declínio na confiança e na satisfação com os serviços oferecidos. Nesse contexto, a tecnologia surge como aliada capaz de superar barreiras e proporcionar um ambiente mais seguro e confiável.

"A integração eficaz da tecnologia na prática clínica pode melhorar significativamente a experiência dos pacientes, promovendo um atendimento eficiente e personalizado. No entanto, é importante lembrar que ela deve sempre ser utilizada de forma ética e responsável, respeitando a privacidade e segurança das informações dos pacientes", comenta Elton Tognon, head de estratégias da Nuria, healthtech com autoridade em interoperabilidade no setor da saúde e pioneira no desenvolvimento de soluções digitais para melhorar o engajamento do paciente.

À medida que nos aprofundamos na transformação digital, a saúde deve acompanhar esse progresso. Pensando nisso, o executivo traz cinco pontos de atenção que podem ser beneficiados com o auxílio da tecnologia. Confira:

Dificuldades no agendamento de consultas

Longos períodos de espera ou complexidade no agendamento de consultas, exames e avaliações clínicas podem frustrar os pacientes. Hoje, a tecnologia já proporciona soluções que facilitam e otimizam a marcação dos procedimentos, o que inclui agendamento online, lembretes automáticos, integração de calendários e o gerenciamento eficiente da agenda de profissionais de saúde.

Comunicação ineficaz

Um dos principais desafios na saúde é a comunicação clara entre profissionais e pacientes. Isso pode resultar em mal-entendidos, falta de adesão ao tratamento proposto e até aplicação do tratamento de forma incorreta. A tecnologia entra em cena com soluções como as que facilitam o onboarding do paciente nas instituições de saúde. Além disso, os prontuários digitais possibilitam o compartilhamento de informações entre diferentes especialidades médicas, evitando ruídos e interações medicamentosas.

Falta de acesso a informações clínicas

Os pacientes, por muitas vezes, se sentem desamparados ao não terem acesso fácil aos seus próprios registros médicos. A interoperabilidade bem implementada facilita a consolidação de dados da jornada do paciente em portais e aplicativos de saúde, assim, fornece acesso instantâneo a informações específicas, permitindo que cada um monitore seu progresso e tome decisões informadas sobre sua saúde.

Tempo de espera excessivo

A longa espera por consultas médicas é uma fonte comum de frustração. Nesse caso, a tecnologia pode ser aplicada através de sistemas de agendamento online, que permitem aos pacientes escolher horários convenientes e receber notificações sobre a disponibilidade de consultas. Além disso, soluções de gerenciamento de filas virtuais podem diminuir o tempo de espera no local. A previsibilidade pode tornar o tempo mais proveitoso.

Falta de acompanhamento pós-consulta

Muitas vezes, após uma consulta ou tratamento, os pacientes se sentem deixados à própria sorte. A tecnologia pode ser utilizada para implementar sistemas de envio automatizados, como lembretes de medicamentos, notificações de consultas de acompanhamento e monitoramento remoto de condições crônicas.

Sobre a Nuria

A Nuria é uma healthtech brasileira com autoridade em interoperabilidade no setor da saúde e pioneira no desenvolvimento de soluções digitais para melhorar o engajamento do paciente. Fundada em 2012 em Belo Horizonte (MG), inicialmente, surgiu para simplificar o agendamento de consultas e exames, tornando-o digital. Com mais de uma década de presença no mercado, investidores de peso como DNA Capital e Green Rock, e mais de 9,7 milhões de pacientes impactados só no último ano, a Nuria construiu em 2018, uma plataforma de interoperabilidade exclusiva para o mercado de saúde. Atualmente, após um crescimento de 62% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior e um novo posicionamento e rebranding, a Nuria mantém sua missão de engajar e fidelizar pacientes por meio de tecnologia avançada, além de conectar o ecossistema da saúde. Possui a sua unidade de negócio Nuria Patient Engagement, com soluções de ponta a ponta no engajamento do paciente e o Nuria My Connect - plataforma de interoperabilidade.

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PORTAL R7

Das dez doenças que mais afastam do trabalho, seis são ligadas à coluna e aos ombros


No ano passado, o Ministério da Previdência Social concedeu 2.573.147 benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) com duração maior que 15 dias. Entre as dez doenças que mais afastam do trabalho, seis são ligadas a problemas de coluna e ombros. De acordo com a médica da família Lorena Bessa, na maioria das vezes, os trabalhadores exercem funções com elevação de peso ou sobrecarga.

"Muitos trabalhadores não têm orientação e tempo para realizar atividade física e fortalecer a musculatura. Movimentos repetitivos e levantamento de peso sem orientação, principalmente porque a função exige, causam problemas relacionados a coluna e ombros", explica.

Confira a lista:

1º lugar: Transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia - 51.453 afastamentos

2º lugar: Dor lombar baixa (lombalgia) - 46.964 afastamentos

3º lugar: Mioma uterino - 41.888 afastamentos

4º lugar: Fratura do punho - 39.666 afastamentos

5º lugar: Outros transtornos de discos intervertebrais - 37.840 afastamentos

6º lugar: Síndrome do manguito rotador (ombro do nadador) - 35.267 afastamentos

7º lugar: Colelitiase (cálculo ou pedra na vesícula) - 30.876 afastamentos

8º lugar: Hérnia Inguinal - 29.749 afastamentos

9º lugar: Transtorno misto ansioso e depressivo - 28.514 afastamentos

10º lugar: Lesões do Ombro - 28.320 afastamentos

Entre as causas de afastamento, a única ginecológica tem relação com o mioma uterino. Em 2023, 41.888 mulheres receberam o auxílio por incapacidade temporária. Entretanto, a especialista explica que a doença não é relacionada a funções profissionais.

"O mioma é uma lesão no útero que aparece principalmente em mulheres na menopausa e causa aumento do sangramento. Então a mulher fica menstruada por semanas e isso causa muito constrangimento, principalmente para as que trabalham com público e não podem ir sempre ao banheiro. Além disso, muitas desenvolvem anemia, o que causa fraqueza", explica a médica Lorena Bessa.

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Com relação ao cálculo ou pedra na vesícula, a médica explica que a doença tem relação com a má alimentação. "A maioria dos trabalhadores brasileiros ficam longos períodos sem comer e quando se alimenta, opta por ultraprocessados, que geram alto índice de gordura corporal e com isso, os fatores de risco aumentam. Alguns pacientes até retiram a vesícula".

No ranking do Ministério da Previdência Social é listada apenas uma doença psicológica: o transtorno misto ansioso e depressivo, responsável por afastar 28.514 trabalhadores de suas funções em 2023. Bessa pontua que muitos pacientes a quem ela atende na rede pública de saúde reclamam da grande carga horária de trabalho e de salários baixos.

"Muitos não têm tempo de comer bem, não têm tempo de fazer nenhum tipo de exercício, precisam cuidar dos familiares, não têm lazer. E isso gera ansiedade e depressão. Além disso, muitos ambientes de trabalho são estressantes, aumentando o número de afastamentos".

Como evitar lesões na coluna

De acordo com o Ministério da Saúde, carregar peso excessivamente, não praticar exercícios físicos, posições inadequadas e má postura ao deitar são algumas ações prejudiciais à saúde da coluna. Confira algumas dicas.

A melhor maneira de se deitar de lado é com um travesseiro entre a cabeça e o ombro e outro entre as pernas;

Evite dormir de bruços, isso força a coluna e dificulta a respiração;

Ao recolher um objeto pesado do chão, abaixe com as pernas flexionadas;

Ao trabalhar em frente a uma mesa ou digitando no computador, mantenha as costas retas, encostadas ao encosto da cadeira e as pernas debaixo da mesa, evitando cruzá-las;

Ao dirigir por horas seguidas, é importante manter as costas retas, perfeitamente apoiadas no encosto;

Não carregue mochilas ou sacolas com o peso de um só lado. A mochila deverá ser apoiada nos dois ombros e as sacolas divididas nas duas mãos.

Ao usar o celular, mantenha a tela na altura dos olhos, mantendo a cabeça bem centrada, alinhando os ouvidos com os ombros, e a cada 20 ou 30 minutos realize alongamentos e mude de posição;

Ao acordar, levante com calma. Sem levantar a cabeça, fique deitado de lado, dobre as pernas e impulsione o corpo com a mão.

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CNN

Casos prováveis de dengue crescem quase 40%, aponta Ministério da Saúde


De julho de 2023 a este ano, foram registrados 305.190 casos prováveis de dengue - cerca de 150 casos para cada 100 mil habitantes em todo o Brasil. Em comparação com o mesmo período do monitoramento nos anos anteriores, o aumento é de 38,2% no número de casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Apenas em 2024, até 17 de janeiro, foram registrados 55.859 casos prováveis de dengue, cerca de 27,5 casos por 100 mil habitantes, e seis óbitos foram confirmados.

As regiões que concentram as maiores incidências são Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Já entre as unidades da federação, Distrito Federal, Espírito Santo, Acre e Goiás apresentam as maiores incidências.

No total, foram registrados 127 óbitos, com o maior número de óbitos e casos graves concentrados nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente. São 3.841 casos graves e com sinais de alerta da doença e uma letalidade de 3,3%.

Neste período, foi identificada a circulação dos quatro sorotipos do vírus dengue (do subtipo 1 ao 4), com predominância, até o momento, do DENV1, a dengue subtipo 1, em 17 unidades da federação. Quase 4 mil municípios tiveram casos confirmados.

Foi observada a inversão se sorotipos da dengue subtipo 1 para dengue subtipo 2 nos estados da Região Centro Oeste, Tocantins, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O Ministério da Saúde informa que o número de casos prováveis de dengue no Brasil no monitoramento 2023/2024 encontra-se fora dos limites do canal endêmico, considerando a série histórica.

Confira algumas dicas para manter sua casa protegida do mosquito da Dengue:

Manutenção e controle da água parada

Remova todos os recipientes que possam acumular água em sua propriedade, como vasos, pratos, pneus velhos, garrafas e latas vazias.

Esvazie piscinas sem uso regularmente.

Certifique-se de que as caixas d'água estejam bem vedadas, sem frestas que possam permitir a entrada de mosquitos.

Adicione cloro em piscinas e outros produtos para evitar o desenvolvimento das larvas.

Cuidados em áreas comuns

Instale telas em portas e janelas para impedir a entrada dos mosquitos adultos.

Mantenha o quintal limpo, eliminando folhas e detritos que possam acumular água.

Coloque uma camada de areia nos vasos de plantas para evitar o acúmulo de água e criar uma barreira contra a reprodução do mosquito.

Faça inspeções regulares em sua propriedade para identificar e eliminar potenciais criadouros.

É fundamental adotar práticas de prevenção contínuas para interromper o ciclo de vida do Aedes aegypti

Além disso, vale mencionar que no fim de dezembro, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil passa a ser o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, o imunizante já está disponível em clínicas privadas deste julho do ano passado.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 22 Janeiro 2024 08:09

CLIPPING AHPACEG 20 A 22/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ismael Alexandrino processará repórter que o associou a empresa investigada

Modelo brasileira muda a cor dos olhos castanhos para azuis; veja como funciona procedimento, custo e riscos

Casos de dengue no país têm 'boom' em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023; seis mortes foram confirmadas

Pacientes com câncer tem tratamento suspenso devido falta de verba

Alcance e capacitação profissional são desafios do SUS para tratamento de autismo

Brasil recebe primeiras 750 mil doses de vacina contra dengue

"Não queremos o cooperado no prejuízo", afirma presidente da Unimed Vitória

JORNAL OPÇÃO

Ismael Alexandrino processará repórter que o associou a empresa investigada

Defesa do deputado federal, conduzida pelo advogado Demóstenes Torres, diz que jornal Metrópoles ligou indevidamente o deputado à firma Amme Saúde

Neste domingo, o portal de notícias Metrópoles publicou reportagem intitulada “Laranja sacou R$ 787 mil de firma com verba pública ligada a deputado”, em referência ao deputado federal Ismael Alexandrino (PSD-GO). A matéria descreve como uma funcionária sacou grandes quantias em dinheiro da empresa Amme Saúde, que tinha contratos públicos à época em que Alexandrino era secretário de Saúde do Estado de Goiás. 

A sócia majoritária da Amme Saúde é Andréia Lopo, ex-recepcionista de uma clínica de Brasília do médico Daniel Alexandrino, irmão de Ismael. Para a Delegacia de Combate à Corrupção de Goiás (Deccor), Andréia seria “laranja” de Daniel na empresa. 

O Jornal Opção ouviu a defesa do deputado, conduzida pelo advogado Demóstenes Torres, que afirmou que Ismael processará o repórter do portal Metrópoles por associar o deputado à empresa a partir do título da matéria. 

Em janeiro de 2023, a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Sinusal, prendendo preventivamente Daniel Alexandrino, Andreia Lopo e Fernando Borges de Oliveira. Os três sócios da Amme Saúde foram ouvidos, soltos, e a investigação ainda não foi concluída.

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PORTAL G1

Modelo brasileira muda a cor dos olhos castanhos para azuis; veja como funciona procedimento, custo e riscos

A cirurgia foi feita numa clínica oftalmológica em Lausanne, na Suíça, perto de Genebra, onde ela mora. O Fantástico conversou com o médico que operou a Layyons.

Modelo brasileira passa por cirurgia na Suíça que troca cor dos olhos

E se, um dia, você resolvesse mudar a cor dos seus olhos? Foi o que fez uma modelo brasileira de 24 anos.

Desde o ano passado, Layyons Valença deixou de ter olhos castanhos para ter olhos azuis. O procedimento feito por ela se chama ceratopigmentação e não foi realizado no Brasil.

Com ajuda de uma microagulha ou de laser, os médicos aplicam uma pigmentação na córnea, parte mais externa e transparente do olho, para promover a mudança de cor. É como se fosse uma tatuagem. O procedimento dura, em média, 30 minutos.

"E pigmentar essa área significa pigmentar de forma definitiva, injetando um pigmento para que mude a cor de acordo com o que se deseja", explica ao Fantástico Wilma Lelis, Presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

'Não me identificava'

"Com os meus olhos marrons, que é a minha cor natural, eu não me identificava, eu não conseguia me olhar no espelho", diz a modelo brasileira.

Layyons chegou a usar lentes de contato antes de decidir mudar de vez a cor dos olhos.

"Eu optei pela cirurgia porque eu não tinha os cuidados certos, porque eu queria dormir com a lente, eu dormia com a lente. Eu acordava com a lente. Então, em várias ocasiões eu peguei infecções. Aí foi quando eu realmente falei: 'eu preciso mudar a cor dos meus olhos'".

Entenda como foi feita a cirurgia

A cirurgia foi feita numa clínica oftalmológica em Lausanne, na Suíça, perto de Genebra, onde ela mora. O Fantástico conversou com héodore Hojabr, médico que operou a Layyons na Europa.

"Criamos uma espécie de túnel na córnea, que é feito em sete segundos. Em seguida, começo a introduzir o pigmento para termos a mudança de cor dos olhos com a ceratopigmentação [...] São pigmentos naturais derivados de metais e minerais. O laboratório que produz esses pigmentos obteve todas as validações com as autoridades da Europa", afirma o médico Théodore Hojabr.

A clínica chega a atender, por ano, 250 pacientes para esse tipo de cirurgia. Théodore destaque que, em uma cirurgia, nunca há risco zero.

"Por isso fazemos um check-up completo no paciente para termos certeza de que a operação pode ser feita. E, depois da cirurgia, indicamos medicamentos em gotas para garantir que a cicatrização ocorra em boas condições."

Trocar a cor dos olhos é possível em alguns países, como na Suíça. Mas investir nesse sonho tem um preço alto. A cirurgia de Layyons custou oito mil francos suíços, o equivalente a mais de R$ 45 mil.

"Se me perguntam, eu falo: são os meus olhos. Eu comprei, são meus. Eu estou feliz, me sinto realizada, me sinto muito bem. Minha autoestima mudou muito."

Layyons explica que os cuidados com os olhos redobraram após a cirurgia.

"Os três primeiros meses você fica muito sensível à luz. E depois disso passa. Às vezes eu coloco algumas gotinhas para hidratar o olho mesmo". Ela também diz que usa óculos de sol com frequência.

Ela também afirma que recebeu muitas críticas de pessoas dizendo que o procedimento "ficou muito feio" e "artificial", mas que também teve apoio de quem gostou.

Procedimento é permitido no Brasil?

No Brasil, a mudança de cor de olho só é permitida em casos específicos.

"A cirurgia ela é originalmente relacionada a casos em que há uma opacidade extensa da córnea, em que realmente o olho ele está "branco", como consequência de alguma doença muito grave, como um glaucoma avançado, um histórico de uma doença ocular extensa, que levou à perda da função daquele olho", explica Flavio Mac Cord, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Wilma Lelis complementa. "O que não é permitido é com fins estéticos para olhos que têm visão."

Quais são os riscos?

Os especialistas destacam ainda os riscos do procedimento.

"Essa pigmentação ficando vai impedir a visualização do olho quando esse paciente precisar de cirurgias. Então, se ele for fazer uma cirurgia de catarata, que é o mais comum, vai ter uma dificuldade muito grande para acessar esse olho", diz Wilma Lelis.

Além da tatuagem na córnea, os especialistas no Brasil fazem um alerta para outros procedimentos nos olhos, como o implante de íris artificial, que o Fantástico revelou em 2013. Outra prática é mudar a cor da esclera, como é chamada a parte branca dos nossos olhos, geralmente feitas em estúdios de tatuagem.

"Imagina numa situação em que você não tem esses cuidados de um centro cirúrgico? Então, os riscos tanto de infecções quanto de alergias, irritações, inflamações graves, são muito maiores. O risco de uma perda é real. Se você quer mudar a cor dos seus olhos, use lentes de contato. Com uma adaptação adequada, você está muito menos exposto a riscos e vai conseguir o mesmo objetivo que você quer. Inclusive, pode até trocar de cores", conclui Wilma Lelis.

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Casos de dengue no país têm 'boom' em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023; seis mortes foram confirmadas


O número de casos de dengue nas duas primeiras semanas de 2024 foi mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.

Nas duas primeiras semanas deste ano, houve 55.859 casos prováveis de dengue no país. Seis pessoas morreram por complicações da doença. A incidência de casos neste ano é de 27,5/100 mil habitantes.

No mesmo período de 2023, haviam sido registrados 26.801 casos, com 17 mortes.

âO aumento de casos ocorre em meio ao anúncio do governo de que o número de doses da vacina de dengue só dará para imunizar no máximo 3 milhões de pessoas em 2024.

O país é o primeiro no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio com a baixa quantidade de doses.

Considerada pelo ministério como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

O período do ano com maior transmissão é justamente nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio, e, portanto, o alerta é para o combate ao mosquito.

Água parada é o principal foco, e os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

A infectologista Luana Araújo afirma que o cenário para 2024 é "extremamente preocupante com relação às arboviroses de uma forma geral" em razão do momento climático favorável para a proliferação do mosquito - por causa do El Niño, que vem com calor intenso e muita chuva.

É tudo que o mosquito precisa. No calor, ele coloca os ovos, vem a chuva, que hidrata esses ovos e permite o desenvolvimento da larva. A larva eclode, vem o calor de novo, ela amadurece, vira um outro mosquito e por aí vai.

- Luana Araújo, infectologista

Ela ressalta a necessidade de diminuir a presença do mosquito.

"É muito importante que as pessoas cuidem de suas casas, aquilo que a gente sempre falou a vida inteira: pratinho de planta, garrafa retornável que está coletando água e não tem um escoamento, bandeja de degelo de geladeira, fonte em quintal, fontes ornamentais, depósitos, coisas ao ar livre, tudo isso pode coletar água. É de responsabilidade da gente, enquanto cidadão, cuidar de casa para diminuir isso", afirma.

Surto no RJ


No Rio de Janeiro, mais de 4 mil casos de dengue foram registrados em 13 dias. O número representa alta de 669%, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2023, no mesmo período, 566 casos foram registrados no estado.

Vacina contra a dengue


Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, a ministra, Nísia Trindade, disse que o novo imunizante deverá começar a ser aplicado em fevereiro deste ano.

O ministério deve priorizar a imunização de crianças e jovens de 6 a 16 anos. A definição sobre por qual faixa etária e grupo a vacinação começará, além da quantidade de doses a ser distribuída aos estados, será tomada nas próximas semanas.

ð A Qdenga é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma.

A farmacêutica conseguiria entregar de fevereiro até novembro cerca de 5 milhões de doses. No entanto, esse número seria menor em volume de pessoas imunizadas, já que são necessárias duas doses para o ciclo completo.

Combate ao aedes

Entre as ações de combate à dengue, o ministério informou que foram distribuídos cerca de 175 mil testes aos estados para fazer a testagem da população.

Para a infectologista Luana Araújo, essa quantidade não será suficiente para o número de casos projetados, mas que também, em razão da validade dos testes, não é recomendável entregar a quantidade total agora.

Se a gente pensar que a projeção de número de casos para esse ano é maior, é claro que esse número de testes distribuídos não vai ser suficiente para lidar com esse cenário. Mas também não se faz a distribuição da quantidade total que se prevê necessária para um ano no começo do ano. Existe validade de teste.

- Luana Araújo, infectologista

Também foram distribuídas pelo ministério cerca de 30 toneladas de inseticidas utilizados no combate das larvas e dos mosquitos adultos. A pasta disse ainda que repassou neste ano R$ 256 milhões para ações de fortalecimento da vigilância e combate de endemias, com foco nas arboviroses.

Outras medidas incluem a implantação de uma Sala Nacional de Arboviroses (para tratar do controle, pesquisa e resposta) e a capacitação de médicos e enfermeiros. Além disso, o ministério tem programado apoio técnico a estados e municípios com aumento de casos.

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TV ANHANGUERA

Pacientes com câncer tem tratamento suspenso devido falta de verba

https://globoplay.globo.com/v/12285062/

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FOLHAPRESS

Brasil recebe primeiras 750 mil doses de vacina contra dengue

Ministério da Saúde vai priorizar vacina para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos

Ministério da Saúde informou que chegaram ao Brasil neste sábado (20) as primeiras 750 mil doses da vacina contra a dengue, que serão oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A pasta lembra que, por causa do número limitado de unidades recebidas, foram estabelecidos critérios para a vacinação, levando em conta regiões com alta transmissão e a faixa etária com maior número de hospitalizações, entre 10 e 14 anos.

A chegada do primeiro lote acontece em meio a uma escalada no número de casos da doença no início deste ano.

O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas, sem custos ao governo brasileiro, pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde acrescenta que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante, chamado Qdenga, disponíveis pelo fabricante para este ano, que serão entregues por etapas até o mês de novembro.

De acordo com os critérios de vacinação estabelecidos pela pasta em conjunto com estados e municípios, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte —população igual ou superior a 100 mil habitantes— e com alta transmissão da doença nos últimos dez anos.

Além disso, serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que são as idades com maior número de hospitalizações por dengue. O ministério explica que essa faixa etária também está dentro do recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

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Alcance e capacitação profissional são desafios do SUS para tratamento de autismo


SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na sala de estimulação sensorial, equipada com piscina de bolinha, rede e pula pula, a pequena Lara de Almeida, 4, é acompanhada por uma psicóloga e uma fonoaudióloga. A sessão terapêutica mais parece uma brincadeira, mas a mãe da menina atesta os resultados do tratamento, iniciado há dois anos, quando ela foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

"Depois que eu trouxe ela para cá, ela começou a se desenvolver. Antes era muito agitada, não conseguia fazer uma atividade ou parar para almoçar", conta Leonice de Almeida, 43, que tem mais uma filha autista, Liana, de 9 anos.

As duas meninas são atendidas semanalmente no CER (Centro Especializado de Reabilitação) Milton Aldred, equipamento do SUS (Sistema Único de Saúde) localizado na zona sul de São Paulo. "Minha filha mais velha também melhorou muito, já está lendo e quase alfabetizada", comemora a mãe.

Cerca de 300 pessoas com autismo -entre adultos e crianças- fazem tratamento contínuo na unidade de saúde, que atende pacientes na região do Grajaú, distrito mais populoso da cidade.

O equipamento oferece diferentes tipos de reabilitação: física, visual, auditiva e intelectual. Dentro dessa última modalidade, hoje, a maioria dos pacientes é autista. "A gente tem pacientes novos entrando todos os meses no serviço. Trabalhamos sempre com 100% da ocupação das vagas", afirma a gerente do CER, Karine Cristina Castão.

A alta demanda está diretamente relacionada à maior conscientização sobre o tema e também a mudanças na compreensão sobre o que é autismo pela comunidade médica. Hoje, o transtorno é entendido como um espectro, com diferentes níveis de gravidade e suportes necessários, e que pode ou não estar atrelado a deficiência intelectual.

Na rede pública de saúde da capital paulista, a procura pelo tratamento de TEA é cada vez maior. No ano passado, o sistema registrou quase 130 mil atendimentos, alta de 384% na comparação com 2019 (26.521).

A terapia multidisciplinar é oferecida nos CERs e nos Caps (Centro de Atenção Psicossocial) infantis e adultos. Enquanto o primeiro oferece diversas modalidades de reabilitação, o atendimento no Caps é direcionado a pacientes com deficiência intelectual mais grave e sofrimento psíquico -justamente por isso, o serviço funciona de portas abertas.

"Nenhum serviço consegue cuidar sozinho dessas pessoas. A gente precisa trabalhar em rede e se articular, principalmente, com a atenção básica", acrescenta Castão. Além de porta de entrada, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são responsáveis pelo acompanhamento dos pacientes depois que eles recebem alta.

Lançada em 2022, a linha de cuidado do município para TEA preconiza o diagnóstico a partir de uma equipe multiprofissional e o tratamento individualizado, com olhar para as particularidades de cada paciente. "A gente tem pacientes que se desenvolvem muito rapidamente, mas tem outros que precisam de um longo tempo de terapia e de muito estímulo para conseguir se desenvolver", disse Castão.

O programa terapêutico elaborado por médicos e outros profissionais especializados é chamado PTS (Projeto Terapêutico Singular) e estabelece objetivos para o desenvolvimento em diversas áreas, como fala, interação social e habilidades motoras. O tratamento pode incluir sessões com psicólogo, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia, incluindo atividades em grupo. Na maioria dos casos, os pacientes fazem de uma a duas sessões semanais.

A diretriz municipal também destaca a importância da estimulação precoce das crianças, mas não estabelece abordagens ou técnicas terapêuticas específicas.

Segundo fonoaudióloga Lígia Maria Brunetto Borgianni, assessora técnica da SMS (Secretaria Municipal de Saúde), cabe ao médico definir, a partir de sua formação e dos recursos disponíveis, a melhor abordagem. A linha de cuidado do Ministério da Saúde também não orienta métodos terapêuticos específicos.

Esta lacuna é alvo de críticas por especialistas consultadas pela reportagem. "Esses pacientes são atendidos não necessariamente na linha que a gente preconiza para o autismo, que são as intervenções comportamentais", avalia a neuropsicóloga Joana Portolese, coordenadora do Ambulatório de Autismo do Hospital das Clínicas, serviço que oferece diagnóstico e encaminhamento médico gratuito para TEA. Ela afirma que a maioria dos pacientes que atende não tem plano de saúde e depende unicamente do SUS.

"A assistência no país acaba sendo muito irregular, já que o tratamento varia dependendo da formação do médico", afirma Cristiane de Paula, coordenadora de pós-graduação em psicologia na Universidade Mackenzie.

Para as duas especialistas, que já desenvolveram estudos sobre o tratamento de autismo no SUS, a capacitação dos profissionais em metodologias baseadas em evidências e a ampliação da rede de atendimento estão entre os principais desafios do sistema público de saúde, que é marcado por desigualdades regionais.

Em 2022, De Paula analisou o acesso a serviços de saúde por cerca de 900 famílias brasileiras com crianças autistas, e identificou maior concentração de equipamentos no Sudeste e em capitais. "O estudo mostrou que 25% das famílias têm que andar mais de 100 km para obter o diagnóstico. Na região Norte, sobe para 40%", diz ela, que defende modelo com centros de referência regionais.

Procurada, a Federação Nacional das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) reafirmou a existência de desigualdades regionais nos serviços de atendimento. "Em grande parte da rede Apae, identificamos demanda reprimida e considerável fila de espera para os atendimentos a pessoas com TEA", afirma Eduardo Mesquita, coordenador de saúde da entidade.

Questionada, a Prefeitura de São Paulo disse que dois novos CERs e cinco novos Caps foram implantados desde 2020, e que novos profissionais serão contratados com repasses do Ministério da Saúde.

Em outubro passado, o Ministério da Saúde anunciou repasse de R$ 540 milhões a estados e municípios para ampliação e qualificação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. Unidades CER que atendem pacientes autistas receberão incremento de 20% no orçamento.

Atualmente, o país tem 301 CERs e 300 Caps infantojuvenis. O novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê recursos para construção de novas unidades.

Procurado, o Governo de São Paulo disse que tem projeto para a criação de Centros de Referência e Atendimento Especializado às Pessoas com TEA. "O objetivo é que todas as regiões do estado sejam contempladas", diz nota da Secretaria de Estado da Saúde.

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A GAZETA ONLINE

"Não queremos o cooperado no prejuízo", afirma presidente da Unimed Vitória


O médico cirurgião Fabiano Pimentel Pereira assumiu o comando da Unimed Vitória em 27 de março de 2023. Dois meses depois, em 31 de maio, o jornal Valor Econômico publica a informação de que a Unimed Vitória era um dos maiores cotistas dos fundos da Infinity Asset, gestora que entrou em grave crise e que foi fechada para resgates. O curso do mandato foi alterado radicalmente logo na decolagem. De lá para cá, o presidente de uma das maiores cooperativas do Estado mergulhou no trabalho, ficou semanas sem conseguir dormir, montou (ao lado da diretoria e dos executivos) uma estratégia para tomar decisões com agilidade e não falou com a imprensa. Esta é a primeira entrevista que ele concede. "O susto inicial foi grande, mas felizmente conseguimos organizar. Colocamos para rodar um plano focado em melhorar a operação e a gestão da Unimed. Em abril, primeiro mês da nossa gestão, o resultado já foi positivo, em setembro, apesar de tudo o que aconteceu de maior em diante, revertemos todo o acumulado negativo do ano".O buraco causado pela Infinity ainda não foi completamente coberto, ainda faltam perto de R$ 140 milhões. Os próximos dias serão decisivos. Uma carta de crédito foi apresentada pelos administradores e a data marcada para o dinheiro pingar é 12 de fevereiro, segunda-feira de carnaval, que é um dia oficialmente útil. A carta é assinada pela ICP Ventures, empresa do próprio Grupo Infinity.Sobram dúvidas sobre se o dinheiro virá ou não, mas o clima, por conta da melhora dos resultados operacionais, é grande. "Só para você ter uma ideia, lá atrás, quando assumimos, a previsão era de ter de mandar um boleto para cada cooperado da ordem de R$ 150 mil para suprir a perda que estava sendo prevista para dezembro. Os 2,6 mil cooperados teriam de aportar esse recurso, na Unimed. Hoje, na pior situação, se o fundo não pagar o que ainda precisa pagar, fica na casa de R$ 15 mil por cooperado. Mas a nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado".

Na entrevista, ao lado de Fabiano Pimentel Pereira, estavam Gustavo Knupp, executivo da Unimed Vitória, e o médico ortopedista Dejair Cordeiro, diretor de Mercado.

O grande fato da Unimed Vitória no último ano foi o rombo causado pelo investimento feito no fundo Infinity. Foi logo no início da sua gestão e certamente te obrigou a mudar os planos de voo logo no começo do seu mandato. Como foi aquilo?

Aquilo ali foi uma surpresa. Quando nós ingressamos, no início do ano passado (27 de março), sabíamos que os desafios seriam grandes, mas nos deparamos com algo muito maior sob o ponto de vista operacional. O Infinity foi uma grande surpresa porque, na transição, os gestores antigos não comunicaram nada sobre o Infinity. Eles já tinham conhecimento, mas não nos passaram absolutamente nada. Este fundo teve mais de seis fatos relevantes (comunicados ao mercado) dizendo o seguinte: "tira o meu dinheiro daqui, ele não pode continuar aqui". Em fevereiro, antes de entrarmos, o fundo já tinha sido remarcado, o recurso já estava preso, não poderia ser sacado. Só que como ainda não tinha o default (calote) de fato, a contabilidade que nos foi apresentada pela equipe financeira da Unimed da época estava toda ok. Diante disso, partimos para tocar o nosso plano. Quando, por terceiros, descobrimos o que estava acontecendo, foi uma enorme surpresa. Com o fato consumado, fomos buscar entender qual era o impacto daquilo ali na Unimed Vitória. Observamos que apenas 10% (R$ 18 milhões) deste fundo estavam como garantidor na ANS (Agência Nacional de Saúde), que temos de deixar para garantir o atendimento dos clientes em caso de problema da operadora. Chamamos imediatamente ANS para conversar, apresentamos o nosso plano para reverter a situação, eles entenderam, nos apoiaram e em três meses o dinheiro necessário já estava novamente no fundo garantidor da ANS.

Como estão as finanças da Unimed Vitória hoje?

Além do problema com o Infinity, eram R$ 186 milhões da Unimed Vitória ali, a antiga gestão (liderada por Fernando Ronchi) assumiu compromissos de caráter assistencial, cerca de R$ 140 milhões, que precisavam ser quitados, tomou empréstimos junto a instituições financeiras da ordem de R$ 140 milhões e tinha fechado o primeiro trimestre de 2023 com R$ 16,3 milhões no negativo. Somando isso tudo dava um rombo de algo perto de meio bilhão de reais. Imediatamente colocamos para rodar um plano focado em melhorar a operação e a gestão da Unimed. Em abril, primeiro mês da nossa gestão, o resultado já foi positivo, em setembro, revertemos todo o acumulado negativo do ano. Hoje, o resultado da Unimed Vitória é positivo, estamos investindo com recursos próprios e vamos investir mais. A robustez está voltando. Ainda aguardamos o desfecho da situação do Infinity para termos uma resposta sobre sobras ou perdas referente ao ano passado. Importante dizer, novamente, que estamos com superávit nas provisões técnicas exigidas pelas ANS. Só para você ter uma ideia, lá atrás, quando assumimos, a previsão era de ter de mandar um boleto para cada cooperado da ordem de R$ 150 mil para suprir a perda que estava sendo prevista para dezembro. Os 2,6 mil cooperados teriam de aportar esse recurso, na Unimed. Hoje, na pior situação, se o fundo não pagar o que ainda precisa pagar, fica na casa de R$ 15 mil por cooperado. Mas a nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado. Não queremos o cooperado no prejuízo. Temos até o final de março para apresentar o balanço.

"A nossa expectativa, alguns fatos ainda estão acontecendo, é levar um superávit entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões ao cooperado. Não queremos o cooperado no prejuízo. Temos até o final de março para apresentar o balanço."

Um investidor secreto, pelo menos para o grande público, se comprometeu a aportar US$ 100 milhões no Infinity, ressarcindo a Unimed Vitória. Esse dinheiro deve ser depositado agora em fevereiro. Qual é a expectativa de vocês? Saindo o dinheiro, o que será feito?

Há um compromisso de pagamento no dia 12 de fevereiro. Este compromisso foi firmado em meados do ano passado, na assembleia dos cotistas do Infinity. Fomos à RJI, que é a administradora, buscar mais garantias. A RJI nos apresentou uma contraparte com uma carta de crédito de US$ 100 milhões. Fomos à contraparte e conseguimos com eles uma carta de crédito exclusiva para a Unimed Vitória. Se comprometeram a honrar tudo. Estamos, agora, formalizando um contrato com eles e aguardando o retorno desses recursos. É isso que está acontecendo agora.

Quem é esta contraparte? Qual é a confiança que vocês têm de que esse dinheiro de fato irá voltar aos cofres da Unimed Vitória?

Nós trabalhamos com cenários. Com o cenário de que o dinheiro retornará e com o cenário da ausência deste recurso. Baseado nesses cenários, apresentamos as alternativas para o cooperado, tudo, aliás, apresentado em assembleia. Esta carta de crédito existe, mas só vamos saber se o dinheiro virá ou não em 12 de fevereiro.

Mas quem assina a carta?

Isso é um fato estranho que compartilho com você. Como uma administradora de fundo, no caso a RJI, apresenta uma contraparte e não remarca o fundo (atualizar o preço do ativo)? Numa condição normal não precisaria de carta creditória.

"Há um compromisso de pagamento no dia 12 de fevereiro. Este compromisso foi firmado em meados do ano passado, na assembleia dos cotistas do Infinity. Fomos à RJI, que é a administradora, buscar mais garantias"

Então vocês não sabem quem é a contraparte?

É a ICP Ventures. Dejair Cordeiro: Não temos todos os detalhes da contraparte. Diante deste cenário, a Unimed Vitória tomou todas as medidas para minimizar os danos do fundo. Não temos a garantia de que o dinheiro irá retornar, o que temos é uma série de ações que tomamos para otimizar a possibilidade desse retorno, mas não sei se teremos sucesso, vamos esperar o dia 12 de fevereiro. Independente da volta do fundo, a Unimed Vitória está com a sua vida financeira equalizada e, mais importante, ninguém - fornecedor, cooperado, parceiro e cliente - tomou prejuízo por conta desse fundo. E não fomos ao mercado financeiro para resolver o problema, a solução foi interna, melhorando a gestão, potencializando as oportunidades e usando a força da marca. Quando saiu a informação do problema no fundo, tínhamos 406 mil clientes, chegamos aos 420 mil, mesmo retirando da carteira contratos deficitários. Claro que trabalhamos muito para que os recursos do fundo voltem, seria um balão de oxigênio gigantesco, mas, se não vier, a vida da Unimed está resolvida. Importante dizer que uma parte dos recursos foram remarcados, estamos falando do retorno de algo perto de R$ 140 milhões.

Tudo bem, mas, se o dinheiro não entrar, haverá desdobramentos...

Dejair Cordeiro: Sim, se não entrar, vamos fechar o exercício de 2023 no negativo, afinal, vamos perder esses ativos que estão lá, aí temos os desdobramentos que já estão sendo trabalhados dentro da cooperativa. O mais simples seria fazer um rateio entre os cooperados. Podemos também lançar mão de uma série de reservas e provisionamentos que nós temos para cobrir o rombo sem danos para o cooperado. O maior objetivo dessa gestão é que o cooperado não receba esse reflexo.

Vocês estão relatando um cenário financeiro que era muito ruim, no começo de 2023, e que acabou sendo contornado mesmo se a Unimed não receber os recursos do Infinity, que é o pior cenário. Como foi possível?

Importante dizer que não foi via reajuste de planos. A média do mercado ficou em 25%, a nossa ficou em 18,15%, para suprir a sinistralidade, que é uma obrigação nossa. O que de fato mudou foi a gestão: diminuição das despesas administrativas, das despesas operacionais, ampliação da carteira de clientes, combate às fraudes... Foram mais de 300 iniciativas no decorrer de 2023, é muito trabalho e busca por oportunidades.

E os investimentos? Vocês já anunciaram a intenção de ampliar o Hospital Unimed, em Vitória, de ter mais presença na Serra... Como está o planejamento?

Vamos manter os investimentos com os pés no chão. Temos aportes relevantes em unidades novas para o tratamento do autismo e de oncologia. Na Serra, vamos inaugurar, agora no primeiro semestre, uma unidade avançada, com atendimento 24h e parque de diagnóstico. Para o segundo semestre, a ideia é termos seis salas de cirurgia e 27 apartamentos. É um chamado hospital-dia, com assistência intermediária. O investimento total fica na casa dos R$ 150 milhões. No Hospital Unimed, em Vitória, temos um projeto grande, que envolve todos aqueles terrenos no entorno, mas, no curtíssimo prazo, vamos reformar toda a área do estacionamento, ampliando o espaço e o número de vagas. Até o final do ano, esperamos iniciar a primeira das três torres que faremos ali, trazendo grande parte de nossos serviços para aquele local. O cliente vai chegar e se resolver ali dentro.

Depois de dez meses à frente da Unimed, com crise e tudo, o que o senhor tem a dizer aos cooperados e aos clientes da Unimed Vitória?

Baseado no que fizemos em 2023, teremos um bom 2024 para os cooperados e para os usuários. Estamos canalizando esforços para aumentar os honorários médicos. Com o médico satisfeito, o cliente fica satisfeito. Aumentar o valor da consulta é um desafio nosso para 2024, também queremos corrigir os plantões a um patamar superior ao ofertado por qualquer outra operadora. Queremos estar cada vez mais robustos, vamos seguir crescendo a carteira, ofertando cada vez mais oportunidades de atendimento para a clientela e, claro, para dar conta disso tudo, investindo. Importante dizer aos nossos clientes que vamos intensificar a busca por um melhor atendimento, mais acolhimento e mais entregas. Estamos comprometidos com tudo isso.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 19 Janeiro 2024 10:12

CLIPPING AHPACEG 19/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

STJ: plano de saúde não pode recusar cliente por estar negativado

Hapvida NotreDame é investigada por se negar a cumprir liminares

Opinião - Ligia Bahia e Mário Scheffer: Planos de saúde, puxadores da inflação

Tecnologia monitora sinais vitais de pacientes de forma automática

Postos de saúde registram falta de vacina contra catapora em Goiás

AGÊNCIA BRASIL

STJ: plano de saúde não pode recusar cliente por estar negativado


Os planos de saúde não podem negar a assinatura de contrato com cliente sob a justificativa de que o mesmo possui o nome negativado em serviços de proteção de crédito e cadastro de inadimplentes, por débito anterior ao pedido de contratação, decidiu o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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O tema foi julgado no fim do ano passado pela Terceira Turma do STJ, que por maioria de votos obrigou a Unimed dos Vales de Taquari e Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, a firmar contrato com uma cliente.

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Prevaleceu ao final o entendimento do ministro Moura Ribeiro, para quem negar o direito à contratação de serviços essenciais, como a prestação de assistência à saúde, por motivo de negativação de nome constitui afronta à dignidade da pessoa e é incompatível princípios do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

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O ministro frisou que o Código Civil prevê que a liberdade de contratação está limitada pela função social do contrato, algo maior do que a mera vontade das partes. Em seu voto, ele escreveu ainda que não se sabe o motivo pelo qual a cliente teve o nome negativado e que não é justa causa para a recusa de contratação "o simples temor, ou presunção indigesta, de futura e incerta inadimplência".

"O fato de o consumidor registrar negativação passada não significa que vá também deixar de pagar aquisições futuras", afirmou Ribeiro. Ele acrescentou que "a contratação de serviços essenciais não mais pode ser vista pelo prisma individualista ou de utilidade do contratante, mas pelo sentido ou função social que tem na comunidade".

Ficou vencida no caso a relatora do tema, ministra Nancy Andrighy. Para ela, as regras que regem a contratação de planos de saúde não preveem "obrigação de a operadora contratar com quem apresenta restrição de crédito, a evidenciar possível incapacidade financeira para arcar com a contraprestação devida".

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7 MINUTOS

Hapvida NotreDame é investigada por se negar a cumprir liminares


Maior empresa de planos de saúde do País, o grupo Hapvida NotreDame é acusado de descumprir sistematicamente decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários, que, mesmo com liminares na mão, não conseguem acesso a tratamentos para doenças graves, como câncer.

Há casos de pacientes que, segundo familiares, morreram após a recusa da empresa em oferecer tratamento de urgência que havia sido prescrito pelo médico e garantido pela Justiça. Com quase 9 milhões de clientes, distribuídos entre Hapvida, NotreDame e outras operadoras menores pertencentes ao grupo, a companhia é, hoje, responsável pela saúde de um em cada seis brasileiros que têm convênio médico.

Um levantamento feito pelo Estadão nos processos do Foro Central Cível, o maior da cidade de São Paulo, encontrou mais de cem casos de descumprimento somente nos últimos oito meses e descobriu que a situação levou à abertura de investigações pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).

Em decisões às quais a reportagem teve acesso, magistrados afirmam que os descumprimentos por parte da empresa "vêm se tornando rotineiros" e dizem que o grupo empresarial "dá de ombros" à Justiça de forma sistemática e faz "ouvidos moucos" às determinações judiciais. Diante do cenário, juízes vem determinando aumento de multas, bloqueio judicial de valores e abertura de inquéritos contra a companhia pelo crime de desobediência, que pode ser punido até com a detenção de diretores da empresa.

Questionada, a empresa diz que respeita o Poder Judiciário e negou que venha descumprindo de forma sistemática as decisões judiciais. Argumentou ainda que apenas "exerce de forma ampla seu direito de defesa". A operadora também comentou os casos concretos apresentados pela reportagem e disse que "as pacientes citadas estão com seus respectivos casos em solução" ( sobre o posicionamento da empresa abaixo).

Embora haja registro de descumprimentos pontuais de decisões também por parte de outras operadoras, o comportamento do grupo Hapvida NotreDame passou a chamar a atenção de advogados e juízes no último ano, quando o desrespeito às ordens judiciais deixou de ser esporádico e virou corriqueiro, conforme relatado por magistrados em suas decisões (veja abaixo).

Veja trechos de decisões

Juízes relatam resistência do grupo Hapvida NotreDame em cumprir ordens judiciais. Leia abaixo manifestações dos magistrados em processos contra as duas operadoras (elas são citadas em alguns casos como 'ré' ou 'requerida')

Em escritórios de advocacia consultados pela reportagem, o índice de descumprimento de liminares por parte da Hapvida e NotreDame também destoa do das demais empresas: 63% a 100% das liminares obtidas em 2023 contra o grupo foram descumpridas, segundo advogados ouvidos.

Nos processos contra outros grandes convênios médicos, esse percentual ficou em torno de 20% a 30%. A Promotoria do Consumidor, que abriu investigação após receber manifestações de juízes e clientes relatando os descumprimentos, disse ser a primeira vez que recebe tamanho volume de comunicações sobre desrespeito a ordens judiciais por parte de uma operadora.

O aumento dos casos de descumprimento ocorreu após a fusão das operadoras Hapvida e NotreDame Intermédica, em 2022, e coincide com o período em que a companhia enfrentava situação financeira desfavorável e pressão dos investidores pela redução de custos e da sinistralidade, que é o percentual de gastos assistenciais sobre o valor arrecadado com as mensalidades.

Na comparação com outros grandes planos de saúde, a empresa também foi a que registrou os maiores aumentos no número de ações judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e de reclamações junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos últimos anos. O volume de queixas contra a NotreDame na ANS por problemas relacionados à cobertura de tratamentos cresceu 422% entre 2019 e 2023, contra alta de 193% no total de reclamações contra planos de saúde.

O Estadão analisou centenas de processos disponíveis no portal e-SAJ, do Tribunal de Justiça paulista, e ouviu dezenas de fontes, entre beneficiários, advogados e membros do Poder Judiciário. O TJ-SP disse não ter como levantar o número exato de descumprimentos, mas a apuração feita pela reportagem em uma amostra de processos públicos do Foro Central Cível (Fórum João Mendes Jr.) encontrou ao menos 126 casos de descumprimento por parte da NotreDame desde maio, com um aumento de registros nos últimos meses. Em julho, foram dez casos de desrespeito. Em novembro, esse número passou para 28.

Magistrados diretamente envolvidos nos julgamentos não concederam entrevista porque são impedidos de se manifestar sobre os processos nos quais atuam. Nos autos analisados pela reportagem, porém, juízes confirmam que os descumprimentos vem se tornando cada vez mais frequentes pelo grupo Hapvida Notredame, acusam a empresa de "má-fé", "inércia", "indiferença" e "desapreço pela vida do paciente" e caracterizam o comportamento das duas operadoras como "abusivo" e "reprovável".

"Colegas que atuam nessa área disseram que estão recebendo mais processos da NotreDame e Hapvida e que está tendo muita incidência de descumprimento. Não temos números específicos, mas a gente percebe quando uma situação rara e excepcional vai se tornando reiterada", disse ao Estadão a desembargadora Maria Lúcia Pizzotti, coordenadora do Núcleo de Mediação (Nupemec) do TJ-SP, que está à frente de um recém-lançado projeto de conciliação entre empresas e clientes de planos de saúde.

Na maioria dos casos de descumprimento encontrados pela reportagem, a empresa apenas ignora a decisão do magistrado e não age mesmo após transcorrido o prazo máximo para cumprimento. Em outros processos, ela entra com recurso, mas, mesmo nesses casos, a lei prevê que ela deveria acatar a liminar por tratar-se de uma demanda urgente - o recurso é analisado apenas na discussão do mérito do processo.

Empresa 'dá de ombros' à Justiça, diz magistrado

Em um dos processos, no qual a NotreDame já acumulava dois meses de descumprimento de uma decisão que determinava a oferta de tratamento para um paciente com câncer na língua, a juíza Ana Laura Correa Rodrigues, do Foro Central Cível, afirma "que a resistência da NotreDame quanto ao cumprimento das determinações judiciais é evento rotineiro. Em outro processo do mesmo foro, no qual a operadora se negava a cumprir determinação para oferta de tratamento psiquiátrico, a juíza Luciana Biagio Laquimia diz que a recalcitrância (desobediência) incondicional da ré já foi observada recentemente em outros processos.

Juízes de fora da capital também vêm relatando em seus despachos conduta semelhante por parte da empresa. Em uma ação no Foro de São Bernardo do Campo, no qual a NotreDame acumulava atraso de quatro meses no cumprimento da decisão que a obrigava a oferecer exame diagnóstico a um paciente com suspeita de câncer, o juiz Mauricio Tini Garcia caracteriza a conduta da empresa como um "dar de ombros sistemático da ré" às ordens judiciais.

Em outro processo, este movido contra a Hapvida no Foro de Ribeirão Preto e no qual a empresa se negava a cumprir a decisão de realizar uma cirurgia de vesícula de urgência, o juiz Francisco Camara Marques Pereira destacou que a empresa "vem fazendo ouvidos moucos à decisão da Justiça" e que o descumprimento de decisões judiciais pela companhia "vem se tornando corriqueiro". Neste último caso, a paciente, a dona de casa Matildes Ramos, de 60 anos, acabou morrendo de infecção generalizada após a operadora resistir por 28 dias em cumprir a ordem judicial ( sobre a história de Matildes aqui).

Juízes reclamam de descumprimentos

Magistrados dizem que empresa "dá de ombros" e faz "ouvidos moucos" para a Justiça. Veja abaixo manifestações dos magistrados em processos contra as duas operadoras (elas são citadas em alguns casos como 'ré' ou 'requerida')

Questionada, o grupo Hapvida NotreDame afirmou que preza pelo respeito, confiança e deferência às instituições do país, não sendo diferente com o Poder Judiciário, disse ter, acima de tudo, compromisso com a vida e refutou "qualquer alegação de prática deliberada de descumprimento às decisões judiciais. A empresa disse que "exerce de forma ampla seu direito de defesa, dentro dos limites e regras processuais previstas, sempre com a premissa de buscar uma solução mais justa para os litígios, i nclusive com pedidos de perícias, tendo em vista a legítima preocupação com a sustentabilidade e perenidade da prestação de serviços.

A desembargadora Maria Lúcia Pizzotti, do TJ-SP, esclarece, no entanto, que a possibilidade de a empresa se defender e entrar com recurso não a exime de cumprir a liminar.

Quando o julgador do processo diz 'cumpra-se', tem que cumprir e, passado o prazo dado, a empresa já fica em situação de descumprimento. Caber recurso sempre cabe, mas quase nunca isso dá efeito suspensivo (da liminar). Então a empresa pode até discutir no tribunal (segunda instância), mas a decisão liminar continua valendo e deve ser cumprida, diz a magistrada.

Tal regra é mencionada em decisões judiciais contra a NotreDame.

Num dos despachos, a juíza Ana Laura Correa Rodrigues, do Foro Central Cível, esclarece que a mera interposição de agravo (recurso) não autoriza o descumprimento da liminar, uma vez que a decisão está mantida e não há, nos autos, "atribuição de efeitos suspensivos da liminar concedida.

A conduta da operadora é criticada pelos magistrados.

Ressalto que, desde o início do processo, a requerida tem apresentado comportamento extremamente reprovável e em desconformidade com a lisura processual, disse, nos autos, a juíza Isabela Canesin Dourado Figueiredo Costa, também do Foro Central Cível.

Questionada novamente sobre as manifestações dos juízes,

a companhia voltou a afirmar que não há prática deliberada de descumprimento de decisões e justificou que o setor de saúde suplementar vem enfrentando uma crescente judicialização", recurso que, na visão da empresa, vem sendo utilizado antes mesmo de uma conciliação pelos canais das operadoras e da ANS e que, em alguns casos, "envolvem fraudes e solicitações de coberturas não contratadas. Essa judicialização gera um prejuízo para toda a população, refletindo, por exemplo, em reajustes nos planos de saúde de todos os clientes, argumentou.

Disse ainda que, diante do cenário, é necessária "atuação responsável e equilibrada para garantir a continuidade da nossa missão, que consiste em dar acesso à saúde para os brasileiros, com valores acessíveis, tendo como premissas a segurança e o cumprimento das normativas" da ANS.

Ainda sobre os descumprimentos, disse que "embora indesejadas, em algumas situações, acontecem intercorrências na operacionalização do cumprimento das decisões, conforme as peculiaridades de cada caso, muitas vezes em face do prazo concedido e por envolver terceiros.

Sobre o caso da paciente Matildes Ramos,

a empresa diz que, após o recebimento da decisão judicial, ela foi atendida com quadro estável em pronto-socorro e internada e que, após a realização da cirurgia, a usuária recebeu alta hospitalar. Segundo documentos juntados ao processo, as informações não conferem. A idosa só recebeu atendimento depois de o juiz aumentar a multa por descumprimento duas vezes e porque procurou um pronto-socorro. A cirurgia feita não foi a de remoção da vesícula, mas, sim, a colocação de um cateter para desobstrução das vias biliares - o que nem sempre resolve o problema.

NotreDame é investigada pelo Ministério Público nas esferas cível e criminal

O crescente número de decisões não cumpridas pela Hapvida NotreDame chegou à Promotoria de Defesa do Consumidor do MPE-SP, que abriu uma investigação preliminar em julho de 2023 a partir de uma denúncia de um paciente com câncer que apresentou o caso dele e de outros beneficiários prejudicados pelos descumprimentos da NotreDame. A partir de então, começaram a chegar ofícios também do Poder Judiciário comunicando reiterados descumprimentos.

De uma forma praticamente inédita, começamos a receber notícias de descumprimento judicial e só da NotreDame. O que é relevante para a Promotoria é investigar as causas desse comportamento. Se a protelação do cumprimento for disseminada, é muito grave, diz Cesar Ricardo Martins, promotor de Justiça do Consumidor.

A partir da apuração preliminar, o promotor decidiu instaurar inquérito civil no último dia 12 para investigar as negativas de cobertura e desrespeito às decisões judiciais por parte do grupo empresarial.

Ele conta que, desde julho, quando iniciou a apuração preliminar, solicitou por duas vezes esclarecimentos à Hapvida NotreDame, mas afirma que a empresa não respondeu até agora.

No documento de instauração do inquérito, o promotor diz que em breve levantamento de processos judiciais, foi possível verificar que, mesmo nos casos em que há decisão proferindo tutela antecipada (liminar), não há o cumprimento por parte da averiguada. Entre 80 processos verificados pela Promotoria, nenhum havia tido a decisão cumprida.

O levantamento de casos apresentados ao MPE-SP e que deu origem à investigação foi feito pelo advogado Thiago Gomes de Araujo Silva, filho de uma paciente com câncer da NotreDame que, inconformado com o descumprimento judicial no caso de sua mãe, levantou outros processos no site do TJ-SP.

Falava com outros pacientes e percebi que estavam com o mesmo problema, então, num rápido levantamento, encontrei 80 casos de descumprimento e protocolei uma notícia de fato ao MP, conta.

Ele diz ter encontrado dois casos em que as pacientes morreram sem que a decisão tivesse sido cumprida.

De acordo com a Promotoria, após a conclusão do inquérito, se ficar comprovado o descumprimento sistemático de decisões judiciais, o promotor poderá propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou mover uma ação civil pública contra a companhia.

Os casos de descumprimento também foram encaminhados ao MPE-SP para providências no âmbito criminal, dado que o não cumprimento de decisão judicial pode ser classificado como crime de desobediência. Somente a Promotoria do Juizado Especial Criminal (Jecrim) já instaurou 11 inquéritos entre 2022 e 2023 para investigar o crime de desobediência por parte da NotreDame. A infração pode ser punida com multa e até seis meses de detenção para diretores da companhia.

Questionada sobre as investigações e sobre o motivo de não ter prestado informações à Promotoria, a companhia disse inicialmente que não identificou que tenha sido cientificada, mas adotará as providências necessárias. Em posicionamento enviado posteriormente, a empresa afirmou que está diligenciando acesso aos autos para prestar os esclarecimentos necessários.

Encaminhar o caso para que o MPE-SP investigue crime de desobediência tem sido uma das estratégias tentadas pelos magistrados para coibir os reiterados descumprimentos. Nos autos analisados, a reportagem verificou que eles também têm apelado cada vez mais para o aumento do valor da multa por descumprimento e bloqueio judicial do valor do tratamento. Há casos também de aplicação de multa contra a empresa por ato atentatório à dignidade da Justiça e litigância de má-fé.

Ainda assim, dizem advogados, nem sempre as medidas têm surtido efeito. As multas são muitas vezes inferiores aos valores dos tratamentos e só precisam ser pagas após o julgamento do mérito da ação, o que faz a empresa "ganhar tempo" caso queira adiar o cumprimento.

Índice de descumprimentos chega a 100% em escritórios de advocacia

Entre os advogados ouvidos pela reportagem, o índice de descumprimento de liminares por parte da Hapvida NotreDame ficou entre 63% e 100% em 2023, segundo levantamento feito por eles a pedido da reportagem.

Não estão cumprindo mais nada, só cumprem quando o juiz determina o bloqueio judicial do valor ou quando o caso ganha repercussão, diz o advogado Mario Vechiatto Neto, especializado em direito do consumidor e que já moveu 16 processos contra a NotreDame. Todos eles tiveram descumprimento ou atraso no cumprimento, conta.

Um dos casos que foi cumprido parcialmente somente após ampla repercussão na internet foi o da estudante de medicina Maria Paula Sabbion, de 23 anos. Diagnosticada com linfoma de Hodgkin em 2022, ela teve que entrar com um pedido de liminar para que a NotreDame arcasse com as 16 sessões de quimioterapia recomendadas pelo médico. O juiz deferiu o pedido em 1º de novembro para cumprimento em até cinco dias, mas, até o dia 16/11, a empresa seguia ignorando a decisão, o que levou a jovem a publicar um vídeo denunciando a situação em suas contas no Instagram e TikTok.

O vídeo teve mais de um milhão de visualizações. No dia seguinte à publicação, a operadora liberou três das 16 sessões necessárias, as quais já foram realizadas. Antes de autorizar os demais ciclos quimioterápicos, a operadora exigiu que ela passasse por exames. Ela fez os testes e agora aguarda autorização da quarta sessão, que está prevista para o dia 24. Em dezembro, a paciente disse ao Estadão que temia a demora para fazer o exame, receber o resultado e abrir outro protocolo solicitando mais medicação. "Isso pode interromper o tratamento por pelo menos dois meses."

A empresária Juliana Martins da Silva, de 45 anos, viveu drama semelhante. Depois de um ano e meio tratando um mieloma múltiplo, ela deveria começar a tomar diariamente uma medicação de manutenção para que a doença permaneça em remissão. A NotreDame negou o tratamento, a paciente entrou na Justiça e teve decisão judicial favorável em agosto, mas só recebeu a medicação em outubro e em quantidade que durou somente até o dia 14 de novembro.

Pensei que, com uma multa (definida pela Justiça), não iriam atrasar a entrega. Já se passaram duas semanas e nada. Para nós, pacientes oncológicos, um mês no atraso do tratamento pode representar a diferença entre a vida e a morte, disse ela ao Estadão no fim de novembro.

Somente após a reportagem contatar a empresa pedindo um posicionamento, no dia 8 de dezembro, o fornecimento do medicamento foi normalizado.

Parte considerável das ordens judiciais descumpridas são de pacientes com câncer, mas o Estadão encontrou registros de desrespeito em casos de cirurgias, exames e terapias, como o tratamento de crianças com autismo.

A advogada Camilla Varella, sócia do Varella Guimarães Advogados, atende um grande número de pacientes com essa condição e relata que, das 27 liminares obtidas contra a NotreDame em 2023, 17 tiveram descumprimento.

Claramente no último ano houve uma piora, a gente entra com pedidos de aumento de multa, de bloqueio e eles fazem de conta que não é com eles. Enquanto isso, essas crianças, que já têm um desenvolvimento atípico, retroagem , diz a advogada.

Especialista em direito médico, a advogada Larissa Nascimento diz que a operadora tem feito de tudo para dificultar a oferta dos tratamentos. Ela ingressou com uma ação em nome de uma paciente com câncer metastático e teve dificuldades até para notificar a operadora, que não cumpriu a ordem judicial.

Ela entrou, então, com pedido de bloqueio do valor do tratamento. Hoje, a cada mês, a advogada pede o desbloqueio parcial em favor da cliente para que ela possa custear o tratamento.

O escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, viu o índice de descumprimentos triplicar por parte das operadoras do grupo no último ano. Das 22 liminares obtidas pelo escritório a favor dos pacientes em 2023, 15 foram descumpridas. No ano passado, haviam sido 18 pedidos de liminares concedidos e apenas quatro descumprimentos. O índice de desobediência, portanto, passou de 26% para 68% no período e, segundo o escritório, até liminares de casos de 2022 que estavam sendo respeitadas passaram a ser descumpridas em 2023.

O descumprimento de decisões sempre foi um problema, mas, em 2023, se intensificou, diz Marcos Patullo, sócio do Vilhena Silva. Em relação aos casos das pacientes citadas, a operadora informou que as decisões estão sendo cumpridas e que as pacientes estão com seus casos em solução e recebendo assistência e acolhimento.

Sobre a paciente Maria Paula, a empresa alega que não houve descumprimento de liminar. "Após fazer um transplante de medula óssea, foi indicada continuidade de terapia oncológica, que foi autorizada pela operadora", diz. Procurada novamente pela reportagem, a paciente apresentou os documentos que comprovam o descumprimento. Como já mencionado, a operadora ignorou a ordem judicial por mais de uma semana e as terapias só foram oferecidas após o vídeo da paciente viralizar nas redes sociais.

Já sobre a paciente Juliana, a empresa alega que a medicação solicitada pelo médico de fora da rede está autorizada e que a demora no fornecimento do medicamento se deu por conta de uma divergência médica que se encontra solucionada.

A paciente diz que só voltou a receber os remédios no dia 8 de dezembro, após a reportagem do Estadão entrar em contato com a companhia.

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FOLHA.COM

Opinião - Ligia Bahia e Mário Scheffer: Planos de saúde, puxadores da inflação


O ano de 2024 começou com o prenúncio dos planos de saúde de que virão por aí aumentos exorbitantes das mensalidades de seus clientes. Surpreende a ousadia da pretensão e a insistência de emplacar na mídia a versão de que a assistência médica suplementar está em crise.

Consultorias a serviço das operadoras projetam reajustes de 25% em média para 2024, o que poderá afetar 41,9 milhões de pessoas ligadas a planos corporativos, de adesão ou contratados por pequenas e médias empresas. Seguirão, nos próximos meses, negociações do tipo "no mínimo 20%".
Os planos individuais, que representam apenas 17% dos contratos, já receberam o aceno amigo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deve repetir a bordoada de 2023, em torno de 15%.

No ano passado, com o argumento de maior uso de serviços de saúde no pós-pandemia, os planos praticaram aumentos de dois dígitos, inclusive em contratos coletivos, o que pesou no bolso de clientes e empregadores. Na indústria, a compra de planos de saúde para 10,8 milhões de trabalhadores já representa 14% da folha de pagamento, cerca de 20% a mais do que consumia em 2012.

Em situação crítica estão também os autônomos que têm plano de saúde MEI, e os indivíduos, famílias ou donos de pequenos negócios que adquiriram planos mediante um CNPJ, os "pejotinhas". Neste ano, estarão sujeitos a rescisões imotivadas e aumentos maiores que o permitido aos planos individuais. Em todos os casos, o reajuste no aniversário do contrato poderá se sobrepor aos aumentos por mudança de faixa etária.

Índices sempre superiores à inflação transformam o pagamento de planos de saúde em um grande tormento.

A troca de plano se tornou frequente. Correr para outra operadora ou permanecer na mesma, porém com redução de escolhas e coberturas, passou a ser estratégia tácita de acomodação. Se isso responde às necessidades de saúde dos empurrados para menores garantias assistenciais é uma pergunta ainda em aberto.

Por um lado, a contratação de novos planos cresceu (1,9% entre 2022 e 2023) e, por outro, explodiram reclamações (aumento de cerca de 70% no mesmo ano) sobre atendimentos negados, longo tempo de espera, mensalidades impagáveis, descredenciamento de prestadores e dificuldades com reembolsos.

Incrementos nos negócios, da venda recente da Amil ao patrocínio de clubes e arenas, correm ao lado da crescente insatisfação dos usuários. A pujança do setor não corresponde às expectativas de boa saúde, de uma população que envelhece e de pessoas com deficiências.

Empresas do setor alegam o aprofundamento do desequilíbrio entre despesas e receitas. É dito, aqui e ali, que as margens de retorno e o valor de ações não estão lá essas coisas.

A falta de transparência de dados é marca registrada desse segmento, que pouco revela seu real desempenho, oculta subsídios públicos e insiste em um modelo de precificação rudimentar.

Não existem informações se o alegado prejuízo decorre da falta de pessoas de classe média alta que aceitam pagar mais de R$ 5.000 por mês, do excesso de gente pendurada em planos relativamente mais baratos, da existência de doentes crônicos em condições de alta gravidade ou de crianças que requerem atenção continuada.

Não é mais possível ignorar a necessidade de parâmetros confiáveis para regulamentar um mercado propositalmente heterogêneo. Adotar despesas médicas como referencial exclusivo para fixar índices na saúde turbina preços na economia. Em 2023, os planos de saúde mais uma vez estiveram no topo dos itens que responderam por maior impacto no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Ao iniciar o ano arrotando números que inflacionam, empresários de planos de saúde sabotam os esforços colaborativos de segurar as pontas dos gastos para que o país recupere crescimento com desenvolvimento social e ambiental.

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PORTAL TRIBUNA DO NORTE

Tecnologia monitora sinais vitais de pacientes de forma automática


Uma tecnologia intitulada como Central Actionable HealthCare - Central de monitoramento inteligente de pacientes críticos é capaz de monitorar os sinais vitais e funcionais do paciente. A ideia unifica etapas que, atualmente, são feitas manualmente pelos profissionais da saúde. Para se tornar uma empresa e entregar tanto esses monitoramentos quanto também dados estratégicos para a instituição de saúde, a ferramenta vai ganhar incentivos financeiros de R$ 5 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O projeto é conduzido pelo professor do Instituto Metrópole Digital (IMD), Itamir Barroca. Segundo o docente, ele criou os componentes de software que eram capazes de ler dados de monitoramento, processá-los na base de dados e operar com diferentes equipamentos, além de apresentar painéis mais inteligentes. "Durante o meu doutorado o uso da internet era muito alto e a saúde sempre foi muito carente de tecnologias para auxiliar tanto no acompanhamento, como no tratamento profissionalizado. Também sempre teve uma necessidade desse processo de hospitalização na demanda por recursos hospitalares. Por isso, eu entendi que essa solução poderia trazer benefícios. Então quanto mais tecnologias para esses ambientes críticos, melhor é para haver uma boa gestão, controle de custo e tratamento", explica.

O professor conta que com a criação da empresa Healthcare Artificial Intelligence (HAI), haverá investimento no desenvolvimento da plataforma utilizada. "A ferramenta será uma personalidade personalizada para esses pacientes, facilitando até a melhora dele como um todo. Então, esse foi o intuito do desenvolvimento da tecnologia que de fato me motivou nessa criação", finaliza.

O monitoramento que a ferramenta faz tem dois focos principais: um é o tratamento personalizado com protocolos específicos, direcionamento, base de diagnóstico e a necessidade do paciente. Esse monitoramento é constante e com ele é possível classificar o risco do paciente crítico durante a internação. Outra possibilidade é a estimativa de tempo de internação. "Essa aplicação consegue monitorar os pacientes e fazer algumas recomendações. a ideia é que essa ferramenta no futuro seja capaz de recomendar ações da equipe médica para o paciente. Para essa empresa, a expectativa é que ela expanda com mais inteligência artificial. Isso vai ser possível com as informações disponíveis no prontuário eletrônico e nos exames", diz Itamir.

Dessa forma, os dados serão cruzados para melhorar a eficiência das informações e assim, seja possível utilizar as melhores técnicas com o objetivo de auxiliar o caso clínico. "Essa central de monitoramento tem impacto tanto em relação à qualidade do tratamento da pessoa em estágio crítico como também no controle e acompanhamento dos cursos pelo hospital. A nossa pretensão com esse projeto é possibilitar o acompanhamento do estado do paciente sob uma ótica completa, inclusive verificando prontuários eletrônicos, exames e sinais vitais, para introduzir, nesse processo, os conceitos de IA e Aprendizado de Máquina", finaliza.

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A REDAÇÃO

Postos de saúde registram falta de vacina contra catapora em Goiás

Goianos, assim como moradores de estados de outras quatro regiões do Brasil, têm encontrado dificuldades na hora de tomar a vacina contra a catapora. Isso porque o Ministério da Saúde (MS) vem enviando, desde maio de 2023, o imunizante de forma fracionada. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) nesta quinta-feira (18/1). 

O imunizante está previsto no calendário do programa nacional de vacinação. A primeira dose deve ocorrer quando a criança tem 1 ano e 3 meses e o reforço aos 4 anos de idade. 
 

Segundo a SES, inclusive, em agosto, setembro e novembro, não houve envio do imunizante por parte do Ministério. A última remessa, com 5 mil doses, foi recebida no início de dezembro de 2023. O que se sabe até agora é que 12 mil doses da vacina devem chegar a Goiás até dia 31 de janeiro.
 

Nova composição
Em nota, o Ministério da Saúde explicou que, em março de 2023, a Anvisa determinou a suspensão do fornecimento da vacina varicela para avaliação da nova composição do imunizante, que seguiu decisão adotada pela agência europeia de medicamentos e que, depois de um rigoroso estudo de qualidade a vacina, a vacina foi liberada, em julho.

O Ministério afirmou ainda que a interrupção ocasionou atraso no abastecimento global, o que resultou no desabastecimento em alguns estados, que em dezembro de 2023 o Ministério da Saúde recebeu 1 milhão de doses, que até o final de janeiro a Pasta irá distribuir 554 mil doses para os estados e que, entre julho a dezembro de 2023, já havia distribuído 981.868 doses para os estados.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 18 Janeiro 2024 08:10

CLIPPING AHPACEG 18/01/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Saúde suplementar em momento de reorganização

Diretora da Chemical Risk analisa nova lista de doenças ocupacionais

Vacina contra dengue ainda não tem data para chegar em Goiás, diz SES

Prefeitura reforça alerta sobre risco de casos de dengue no período chuvoso

Caiado passa por procedimento cirúrgico em São Paulo

Anestesistas dizem que nota da Unimed Natal é inverídica

STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde

Cade autoriza venda da Amil pelo United Health Group

CORREIO BRAZILIENSE

Artigo - Saúde suplementar em momento de reorganização

Vera Valente - diretora executiva da FenaSaúde

A saúde suplementar brasileira vive momento de reorganização, que deriva de efeitos dramáticos sobre os custos assistenciais que vêm desde a pandemia. Enquanto, de um lado, vemos o número de associados aos planos de saúde crescer continuamente, de outro, os resultados econômico-financeiros permanecem preocupantes. Mais que nunca, mostram-se necessárias mudanças agudas na cadeia de prestação de serviços de saúde privados, de forma a reavivar a sustentabilidade do setor.

Em 2023, as operadoras de planos de saúde privados tiveram mais um ano positivo em termos de crescimento do mercado. Assim tem sido desde a pandemia, com mais brasileiros buscando a segurança e a qualidade oferecidas pelo sistema de saúde suplementar. O ano registrou o maior patamar de beneficiários da história, com cerca de 51 milhões de usuários cobertos por planos de assistência médica e mais de 32 milhões com planos exclusivamente odontológicos (os números definitivos só são divulgados em fevereiro).

Em contraste com a expansão do número de beneficiários, os resultados econômico-financeiros mantiveram-se tímidos em 2023. Até o terceiro trimestre, dado oficial mais recente, as operadoras de planos médico-hospitalares registraram lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 3,4 bilhões em igual período de 2023. O resultado pode, à primeira vista, até parecer robusto, mas equivale a apenas 1,3% do total das receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) pelas operadoras, o que evidencia a estreitíssima margem de lucro com que o setor tem trabalhado.

Mais preocupante são os resultados operacionais - ou seja, aqueles decorrentes do negócio de planos de saúde propriamente dito. Até o terceiro trimestre, houve novo prejuízo operacional, desta vez de R$ 6,3 bilhões. Assim tem sido, de forma praticamente ininterrupta, desde o segundo trimestre de 2021: de 10 trimestres, nove tiveram resultados negativos, acumulando rombo de R$ 20,8 bilhões até agora.

Segue, portanto, consolidando-se um modelo de negócio em que resultados operacionais muito fracos são atenuados por resultados financeiros mais expressivos, vindos, sobretudo, dos ganhos com a aplicação financeira das provisões das operadoras. Tal dependência preocupa o setor, particularmente em cenário de queda das taxas de juros que remuneram as reservas - entre aplicações garantidoras e livres, a soma, hoje, é de R$ 107 bilhões.

Diante dessa situação, os planos têm procurado reorganizar-se, buscando mensalidades mais sustentáveis, capazes de fazer frente à alta das despesas assistenciais dos beneficiários e, ainda, fazendo ajustes de custos na gestão das operações. Numa situação assim, medidas que resguardem o caixa das operadoras se fazem necessárias, ou melhor, obrigatórias, a bem de toda a cadeia de prestação de serviços de saúde privada, profundamente dependente da remuneração paga regularmente pelos planos.

É o que as operadoras têm feito, por exemplo, ao examinar melhor gastos que podem ser indevidos ou superfaturados e atuar para aperfeiçoar a gestão dos recursos. E, também, ao dedicar enormes esforços para combater fraudes e diminuir desperdícios, numa cruzada que, felizmente, começa a envolver largas camadas da sociedade - segundo estudo recém-publicado pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), tais perdas equivalem a 12,7% das receitas totais da saúde suplementar.

As perspectivas para este ano de 2024 são de que, em termos de cobertura, o desempenho dos planos continue dependendo, como sempre dependeu, do comportamento da economia em geral e, mais especificamente, das condições do mercado de trabalho. Há uma correlação estreita entre emprego formal e desempenho dos planos coletivos empresariais, que correspondem a mais de 70% das contratações no país.

No campo econômico-financeiro, o maior desafio é a permanência do descompasso entre o aumento das obrigações dos planos impostas por novos regramentos legais e regulatórios - logo, resultando em mais despesas assistenciais - sem as receitas correspondentes. Em grande medida, a situação dos planos de saúde vem se deteriorando nos últimos tempos por causa de alterações de regras que não levaram em consideração seus respectivos impactos financeiros - como, por exemplo, a incorporação de novos e caríssimos medicamentos e o fim de limites de sessões para certos tipos de terapias.

Todos os elos da cadeia perdem com essa situação. As cerca de 700 operadoras de planos de saúde médico-hospitalares privados em atividade no país são a porta de entrada de um gigantesco sistema. São elas que efetuam, ao repassar quase 90% do que recebem de seus associados na forma de mensalidades, os pagamentos devidos aos prestadores pelos atendimentos ministrados aos pacientes: 83% das receitas dos principais hospitais privados e 61% da dos laboratórios provêm das transferências feitas pelos planos.

É sempre bom lembrar que a saúde suplementar permite a realização de aproximadamente 1,8 bilhão de procedimentos de saúde anuais, com a cobertura de mais de cerca de R$ 200 bilhões em despesas assistenciais realizadas em torno de 129 mil estabelecimentos de saúde. Movimentamos ao redor de 3% do PIB e constituímo-nos num dos principais empregadores do país, com quase 5 milhões de colaboradores, dos quais 420 mil são médicos que atendem o setor privado com exclusividade ou dividindo seu tempo com o SUS. É a sobrevivência de toda essa rede de assistência que ora está sob risco.

Também em função disso, as maiores preocupações do setor em relação a 2024 referem-se à garantia de um ambiente regulatório mais estável, que dê mais previsibilidade e segurança jurídica para o negócio de planos de saúde no país. Neste sentido, acompanhamos com especial atenção a evolução das discussões em torno da revisão do marco legal dos planos de saúde em marcha na Câmara dos Deputados, com regime de urgência estabelecido. É crucial uma reflexão conjunta da sociedade, com especial atenção das esferas governamentais, a começar pelo Ministério da Saúde, sobre a urgência e a gravidade da situação.

Nosso foco principal continua sendo ajudar a fazer com que mais brasileiros consigam ter um plano de saúde, seja com planos mais acessíveis, seja com regras mais competitivas ou com medidas que ajudem a conter a alta dos custos dos tratamentos de saúde - um desafio que não é apenas brasileiro, é mundial. Passos em falso podem determinar o fim da saúde privada no país tal como a conhecemos hoje, com efeitos danosos também sobre a saúde pública, que, sem condições e sem orçamento, teria de absorver enorme demanda adicional. Não é disso que o país precisa.

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GAZETA DA SEMANA

Diretora da Chemical Risk analisa nova lista de doenças ocupacionais



O Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças relacionadas ao trabalho, que não era revisada desde 1999. A nova lista, que entrou em vigor no dia 29 de dezembro de 2023, incorpora 165 novas patologias, como Covid-19, burnout, abuso de drogas, tentativa de suicídio e diversos transtornos mentais. A medida visa auxiliar no diagnóstico, na prevenção e na assistência aos trabalhadores que sofrem com esses agravos.

Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo SUS entre 2007 e 2022. A maior parte das notificações, 52,9%, foi relativa a acidentes de trabalho grave. O levantamento aponta ainda que 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2%, devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.

Para a toxicologista e especialista em segurança química, Camilla Colasso, diretora técnica da Chemical Risk, a atualização da lista é um avanço importante para a saúde pública e para a proteção dos direitos dos trabalhadores.

"A nova lista reconhece os riscos emergentes e as novas formas de adoecimento relacionadas ao trabalho, que muitas vezes são invisibilizadas ou subnotificadas. Além disso, ela amplia as possibilidades de afastamento e de estabilidade no emprego para os trabalhadores que sofrem com essas doenças, que podem ter consequências graves e irreversíveis para a sua qualidade de vida", afirma.

Camilla destaca que o ácido fluorídrico, um dos agentes químicos mais perigosos e corrosivos, foi incluído na nova lista como uma das causas de intoxicação aguda e crônica.

"O ácido fluorídrico é usado em diversos processos industriais e pode provocar danos severos aos tecidos, aos ossos e aos órgãos internos. Ele também pode causar câncer, alterações genéticas e problemas reprodutivos. É fundamental que os trabalhadores que lidam com esse produto tenham acesso a equipamentos de proteção adequados e a um atendimento médico especializado em caso de exposição", alerta.

A nova lista de doenças relacionadas ao trabalho atende toda a população trabalhadora, independentemente de ser urbana ou rural, ou da forma de inserção no mercado de trabalho, seja formal ou informal. Os ajustes já receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social.

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JORNAL OPÇÃO

Vacina contra dengue ainda não tem data para chegar em Goiás, diz SES

Primeiro lote terá 460 mil doses para todo o País

A vacina contra dengue, recém incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não tem data para chegar em Goiás, informou a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O primeiro lote da Qdenga, com 460 mil doses para todo o País, deve atender o grupo prioritário de pessoas entre 6 e 16 anos de idade, além dos municípios com maior taxa de infecção.

No entanto, enquanto aguarda definição, o Estado foca em estratégias para combater o Aedes aegypti. A SES implantou a sala de situações para arboviroses como parte da estratégia de combate ao mosquito vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, durante o período chuvoso que iniciou em dezembro e segue até por volta do mês de fevereiro.

A sala de situação trabalha com reuniões semanais para elencar os municípios prioritários, onde deverão ser reforçadas as ações de combate ao vetor. O objetivo é ainda intensificar a testagem para as arboviroses no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) para garantir melhor panorama das doenças no Estado e preparar as equipes de saúde para as ações necessárias.

Escala reduzida

A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) do Ministério da Saúde deve se reunir em 1º de fevereiro para definir a distribuição e estratégia de vacinação para o Brasil. O imunizante não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, pois, o laboratório fabricante, Takeda, tem uma capacidade restrita do fornecimento das doses. São esperadas, até novembro, 5 milhões de doses para todo o País.

A vacina é aplicada em duas doses.

A vacina Qdenga é aprovada para a prevenção da dengue em indivíduos na União Europeia (UE)/Espaço Econômico Europeu (EEE) — incluindo todos os Estados-Membros da UE e Irlanda do Norte, bem como países do EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega) e Grã-Bretanha.

Nesses países, a orientação é vacinar os viajantes para áreas endêmicas. Indonêsia e Tailândia também aprovaram o registro da vacina, assim como a Argentina, que ainda não incorporou o imunizante ao sistema de saúde local.

Cidades goianas não vão receber estratégia

Uma das estratégias adotadas pelo MS para conter a proliferação da dengue, zika e Chicungunha não deve ser implementada em Goiás. Conhecida como Wolbachia, a estratégia será levada para seis municípios brasileiros: Devem receber os mosquitos Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Londrina (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Joinville (SC).

A técnica, que consiste em distribuir mosquitos que não transmitem o vírus para tentar conter a doença, tem uma eficiência de 77% na redução da transmissão de casos. As ações iniciaram no Rio de Janeiro (RJ) e em Niterói (RJ), em uma área que abrange um milhão e 300 mil habitantes. Em Niterói, dados preliminares já apontam redução de até 77% dos casos de dengue e 60% de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam.

Capacitações

Além do monitoramento e capacitações em vários municípios, a SES-GO realizou capacitação em ações de controle químico, nos dias 11 e 12 de dezembro, nos municípios da Regional Entorno Sul, incluindo a equipe de Águas Lindas de Goiás.

Também foram deslocadas duas equipes com quatro técnicos e equipamentos de nebulização UBV veicular da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) para realização de quatro ciclos de bloqueio químico no município, que começou no último dia 18 de dezembro e vai até 13 de janeiro. Um mecânico da Suvisa também foi enviado para instalação de equipamento de nebulização UBV veicular, adquirida por Águas Lindas, para reforço das ações de controle químico.

Uma equipe, composta por dez técnicos da Suvisa, foi enviada para realização das ações de manejo ambiental, para identificação e eliminação de criadouros em Águas Lindas de Goiás, com dois veículos tipo van para transporte das equipes de Regional Entorno Sul e do município para as atividades de manejo ambiental.

Em relação à assistência, a SES-GO também vai orientar os municípios na organização de espaços estratégicos e alternativos para atendimento, estabelecendo um fluxo bem definido para regular os casos graves.

Unidades como Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-Sol), Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária (HDS) e Hospital Estadual de Jaraguá Dr. Sandino de Amorim (Heja) serão organizados para retaguarda de internação para dengue, deixando o HDT para os casos mais graves e complexos, além da disponibilização de uma equipe de telemedicina para apoiar os médicos das equipes de assistência.

Os dados da regulação, como solicitação de vagas com códigos relacionados a arboviroses, serão utilizados como indicadores e acompanhados diariamente, redirecionando as políticas como o envio de insumos e medicamento para municípios que mudarem sua categorização de risco.

Confira a nota na íntegra

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informa que aguarda a divulgação de nota técnica do Ministério da Saúde (MS) sobre a incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Até agora, não há nenhuma definição sobre a distribuição, estratégias de vacinação, grupos e regiões prioritárias, entre outras informações, por parte do Ministério da Saúde. A previsão, de acordo com o que foi divulgado pelo diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, é de que todas essas definições aconteçam na próxima reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), no dia 1º de fevereiro.“

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A REDAÇÃO

Caiado passa por procedimento cirúrgico em São Paulo

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, passou por uma cirurgia a laser na manhã desta quarta-feira (17/1), em São Paulo (SP), para tratar de uma hiperplasia prostática benigna.
 
O procedimento foi realizado sem intercorrências no Hospital Vila Nova Star e é considerado de baixa complexidade. Ele foi conduzido pela equipe médica do urologista Dr. Rafael Coelho e pela cardiologista e intensivista, Dra. Ludhmila Hajjar.
 
A hiperplasia prostática é caracterizada pelo aumento do tamanho da próstata, condição comum em homens com mais de 50 anos. Segundo informações da Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo de Goiás, o governador está bem, consciente e orientado e deve continuar sob observação da equipe médica para acompanhamento da recuperação.

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Prefeitura reforça alerta sobre risco de casos de dengue no período chuvoso

A Prefeitura de Goiânia reforça o alerta sobre os riscos de aumento de casos de dengue durante a temporada de chuva. Ela também enfatiza a preparação da rede de saúde para atender os pacientes com sintomas da doença. O objetivo é garantir a rápida realização de exames de diagnóstico para eliminar os riscos e complicações que podem levar a óbito.

Para os adultos, a rede de urgência e emergência conta com serviços nos Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Amendoeiras, Bairro Goiá, Cândida de Morais, Campinas, Finsocial e Vila Nova. Além disso, os adultos podem procurar atendimento nos Centros Integrados de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte e Urias Magalhães, e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Jardim América, Dr. Paulo de Siqueira Garcia, Maria Pires Perillo, Itaipú e Novo Mundo.

Já o atendimento infantil de urgência está disponível no Cais Campinas, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Paulo de Siqueira Garcia, situada na Chácara do Governador, na UPA Itaipú, e na UPA Maria Pires Perillo, localizada na Região Noroeste da Capital.

Sintomas

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, e manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, destaca a importância de ficar atento aos sintomas e ressalta que a negligência pode levar a quadros mais graves da doença. 

“Nas unidades de Goiânia, o paciente tem acesso ao diagnóstico por meio de exames laboratoriais. Caso teste positivo, se necessário, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) é hidratado com soro fisiológico na própria unidade de saúde e pode seguir com o tratamento adequado em casa, com orientações médicas”, pontua Pollara.

Boletim Epidemiológico

O Boletim Epidemiológico de Arboviroses, referente à Semana Epidemiológica 3 de 2024, indica uma queda nos casos de dengue em Goiânia e registra 361 notificações suspeitas, com 104 casos confirmados, sem óbito. Comparado ao mesmo período de 2023, a capital goiana apresenta uma redução de 80% de casos confirmados.

Cuidados

A SMS reforça a necessidade de cuidados constantes, mesmo com a redução nos casos, especialmente com a chegada do período chuvoso. A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, ao eliminar potenciais criadouros, como vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso ou manutenção. Recipientes pequenos, como tampas de garrafas, também devem ser verificados, e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpas regularmente.

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BLOG HEITOR GREGÓRIO

Anestesistas dizem que nota da Unimed Natal é inverídica

Na tarde desta quarta-feira(17), a Unimed Natal emitiu nota oficial que não condiz com a realidade dos fatos. A informação de que haveria "histórico de dificuldade de negociações" é inverídica, tendo em vista as várias tentativas de diálogo promovidas pela COOPANEST- RN junto à direção do convênio.

Vale ressaltar, ainda, que a Cooperativa dos Médicos Anestesiatas alertou para o final do prazo do contrato, que se encerraria em 31 de outubro de 2023, enviando ofícios nos dias 04 e 31 de outubro, ambos ignorados pela Unimed Natal.

Apesar da ausência de resposta, proposta ou comunicado aos profissionais, os médicos anestesistas trabalharam no Hospital da Unimed durante TODO O MÊS DE NOVEMBRO.

Além dos plantões médicos já suspensos, a Unimed Natal surpreendeu, mais uma vez, e decidiu, na última segunda-feira(15), dispensar os serviços anestesiológicos eletivos da Coopanest/RN dentro do Hospital da Unimed, impedindo o acesso dos médicos nas dependências do nosocômio, inclusive para a prestação de serviço em favor de beneficiários de outra operadora de saúde, ou mesmo para atendimentos particulares.

A Coopanest/RN reafirma o compromisso com ética e a segurança do paciente . Em três décadas de existência construímos uma história de respeito aos parceiros, ao mercado e a sociedade potiguar.

Natal, 17 de janeiro de 2024

Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte. Coopanest/RN.

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CONSULTOR JURÍDICO

STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde


Novo trabalho STF afasta vínculo de emprego de médica contratada como PJ por casa de saúde

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, anulou a decisão da Justiça do Trabalho que havia reconhecido o vínculo de emprego entre uma médica e a Casa de Saúde Santa Marcelina, em São Paulo. Na decisão, o magistrado aplicou o entendimento da corte sobre a validade de formas de relação de trabalho que não a regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A autora da ação trabalhista desejava que fosse reconhecido o vínculo de emprego entre 2014 e 2019, quando trabalhou na casa de saúde por meio de contrato de prestação de serviços. Ela alegava ter sido contratada com carga horária fixa e estar sujeita às imposições do hospital, em flagrante fraude à legislação trabalhista, pois era obrigada a emitir nota fiscal como pessoa jurídica.

A primeira instância reconheceu o vínculo, e o entendimento foi mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (Grande São Paulo e litoral paulista) e pelo Tribunal Superior do Trabalho.

No STF, o hospital alegou que a empresa da médica foi criada em 2002, mais de uma década antes da prestação de serviços, e que sua contratação se deu sem demandas pré-estabelecidas, a partir da solicitação de outras equipes para participação complementar no atendimento médico. Segundo seu argumento, as relações de trabalho não se baseiam em um único modelo rígido e as partes podem decidir a melhor forma de organizar a prestação de serviços.

Ao acolher o pedido da casa de saúde, Alexandre explicou que a interpretação conjunta de precedentes do STF, como o Recurso Extraordinário 958.252 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 324, reconhece a validade de outras formas de relação de trabalho que não a relação de emprego regida pela CLT. Assim, segundo ele, a conclusão adotada pela Justiça do Trabalho contrariou esse entendimento.

O ministro lembrou ainda, que em casos semelhantes envolvendo a chamada pejotização, a 1ª Turma do Supremo tem decidido no mesmo sentido.

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MONITOR MERCANTIL

Cade autoriza venda da Amil pelo United Health Group


A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra, por um investidor brasileiro, da Amil, atualmente pertencente ao United Health Group. O despacho aprovando a operação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

O negócio está sujeito também à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.

A Amil atua na operação de planos de saúde médico-hospitalares e de planos exclusivamente odontológicos, individuais, familiares e coletivos em todo o Brasil. O grupo possui ainda hospitais e centros médicos (unidades ambulatoriais) para a prestação de serviços médico-hospitalares, além de contar com rede credenciada de médicos, hospitais e laboratórios. Já o comprador possuiu atividades no ramo de investimentos financeiros e imobiliários.

De acordo com o Grupo UHG, o negócio permitirá um desinvestimento no Grupo Amil, uma subsidiária de baixa representatividade nas operações globais do grupo. Em seu parecer, a SG observou que todas as empresas nas quais o comprador detém participação indireta pertencentes ao Grupo QSaúde não estão em operação, e o mesmo não possui ações em outras empresas com atividades em mercados horizontal ou verticalmente relacionados àqueles em que atua o Grupo Amil. Assim, a operação representa apenas uma substituição de agente econômico e decidiu pela sua aprovação sem restrições.

Mas a operação esteve envolvida com uma disputa iniciada em dezembro do ano passado. Segundo o site Metrópoles, possível comprador não revelado pelo Cade, o empresário José Seripieri Filho, conhecido como o Júnior, foi pressionado pela própria Qualicorp na Justiça sobe acusação de não pagamento de um negócio envolvendo R$ 7 milhões com a operadora fundada por ele. Isso fez com que um fundo ligado a Junior fosse bloqueado colocando em risco a operação da Amil. O possível comprador correu à Justiça para realizar o pagamento da dívida junto à Qualicorp, ficando acertado um acordo para a concretização da operação.

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Assessoria de Comunicação

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