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19 04 24 Letramento

Enfermeiros gestores, assistenciais e da qualidade de instituições associadas da Ahpaceg participaram hoje, 19, de uma palestra sobre “Letramento em Saúde e o Cotidiano Profissional”, ministrada pela coordenadora da Rede Brasileira de Letramento em Saúde (REBRALS), Virginia Visconde Brasil.

No evento, organizado pela Coordenação de Educação Continuada da Ahpaceg, a palestrante, que é enfermeira, professora titular da Universidade Federal de Goiás, com atuação e pesquisa relacionadas ao letramento em saúde, qualidade de vida e cuidados críticos, abordou a importância dessa ferramenta e como usá-la na “alta segura” nos diversos segmentos da saúde e demais setores.

19 04 24 Letramento2

 

O Letramento Funcional em Saúde é a capacidade cognitiva de entender, interpretar e aplicar informações sobre saúde, que envolve não apenas a escrita, mas a fala e a linguagem corporal, por exemplo.

 

A aplicação desta ferramenta auxilia na capacitação dos profissionais para que possam transmitir informações aos pacientes da melhor forma, contribuindo para que compreendam corretamente a mensagem e melhorando a segurança e a qualidade da assistência.

A coordenadora de Educação Continuada, Madalena Del Duqui, explica que novos encontros sobre o tema serão realizados para capacitar os profissionais das áreas de recepção, hotelaria e serviços gerais dos associados.

Sexta, 19 Abril 2024 07:44

CLIPPING AHPACEG 19/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde têm lucro líquido de R$ 2,98 bilhões em 2023

Custo de internação de paciente com dengue é de R$ 3.323

ISTOÉ ONLINE

Planos de saúde têm lucro líquido de R$ 2,98 bilhões em 2023


Dados indicam recuperação do setor no cenário pós-pandemia, com alta de quase 400% em relação ao ano anterior; números foram divulgados nesta 5ª feira
pela ANS

O setor de saúde suplementar registrou lucro líquido de R$ 2,98 bilhões no ano de 2023. O dado foi divulgado nesta 5ª feira (18.abr.2024) pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O resultado mostra a recuperação do segmento, que havia fechado 2022 com lucro líquido de R$ 606 milhões -uma diferença de quase 400% .

A saúde suplementar compreende as operadoras de planos de saúde médico hospitalares, planos odontológicos e administradoras de benefícios. Para a ANS, o desempenho é o mais positivo do período pós-pandemia. Nos números agregados, os resultados líquidos por segmento foram:

médico-hospitalar, principal do setor, registrou lucro de R$1,93 bilhões.

administradoras de benefícios registro de lucro de R$ 406,4 milhões; e,

operadoras exclusivamente odontológicas, de R$ 652,8 milhões;

As operadoras médico-hospitalares fecharam o ano passado com o resultado operacional negativo de R$ 5,9 bilhões. O prejuízo, no entanto, foi compensado pelo resultado financeiro de $ 11,2 bilhões, um recorde.

Já o lucro líquido somado do segmento foi de R$ 1,9 bilhão. O número contrasta com o de 2022, quando foi registrado prejuízo de R$530 milhões.

"A recuperação está acontecendo, os resultados são melhores do que o que foi projetado para o setor. Inclusive, poderíamos até mesmo ter números melhores, mas houve ajustes contábeis significativos em operadoras maiores que tiveram impacto nos resultados gerais", afirmou o diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino.

Para o diretor, é preciso uma visão mais ampla do cenário e a revisão de modelos. "Temos acompanhado atentamente certas dificuldades na gestão das operadoras. Por isso, reforçamos que é necessária uma revisão do modelo de gerenciamento e de atendimento, para que elas possam entregar melhores serviços com melhor aproveitamento de todos os seus recursos. Não é uma fórmula fácil, mas as operadoras precisam buscar equacioná-la", disse.

SINISTRALIDADE

A sinistralidade, principal indicador que explica o desempenho das operadoras médico-hospitalares, registrou o valor de 87,0% no ano de 2023. O número está 2,2 pontos percentuais abaixo do apurado no ano anterior. O percentual indica que em torno de 87% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais.

A redução da sinistralidade atual em relação aos mesmos períodos dos anos anteriores é resultado da recomposição das mensalidades dos planos - em especial das grandes operadoras - quando comparada à variação das despesas.

Segundo a ANS, é observada uma tendência de maior crescimento das mensalidades médias, ajustadas pela inflação do período observado, em relação à despesa assistencial por beneficiário, também ajustada pela inflação. Para a agência, o cenário sugere que o setor passa por um período de reorganização de seus contratos para recuperar os resultados na operação.

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MEDICINA S/A

Custo de internação de paciente com dengue é de R$ 3.323

O Brasil concentra 83% de todos os casos de dengue em países das Américas (América do Sul, Central e Norte), segundo dados da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). No total, as regiões registraram cerca de 4,6 milhões de casos de dengue neste ano, o que representa um crescimento de 237% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, o país já registrou mais de 3,1 milhões de casos prováveis da doença e 1.292 mortes confirmadas, com outros 1.875 óbitos em investigação.

Em levantamento realizado na plataforma DRG Brasil, em 25 hospitais brasileiros, no período de janeiro de 2023 a março de 2024, foi contabilizado 1.054 internações de pacientes com dengue, que consumiram 3.926 dias de leito, com média de permanência de 3,7 dias. Na base de dados de custos da Planisa (empresa com expertise em serviços de consultoria para otimização da gestão de custos), em igual período, cada diária custou, aproximadamente, R$ 898. “Portanto, cada paciente com dengue custou, em média, para o sistema de saúde hospitalar, R$ 3.323. Os desafios da saúde no Brasil são recorrentes e muitos têm origem na deficiente estrutura sanitária, o que ocasiona internações hospitalares que poderiam ser evitadas”, ressalta o especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo.

Carnielo lembra que hoje, os processos de transição demográfica e epidemiológica colocaram as doenças crônicas como as principais causas de internações e consumidoras de recursos no sistema de saúde brasileiro. Segundo Ministério da Saúde, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são a maior a causa de morte e adoecimento da população, constituindo-se uma epidemia no país. As DCNTs vitimam mais de 700.000 pessoas por ano no país e aproximadamente 50% da população possuía ao menos uma DCNT em 2019.

Com o envelhecimento da população, a tendência é que a incidência e prevalência destas patologias aumentem ainda mais. “Por outro lado, evidenciam-se as persistentes incidências de doenças transmissíveis, transmitidas por vetores, e as causas externas, como a Covid-19, a atual epidemia da dengue, os acidentes de trânsito e a violência, com destaque aos homicídios. As doenças infectocontagiosas causadas por vírus e bactérias são prevalentes em países pobres e com déficit em saneamento”, pontua Carnielo. “Especialmente a dengue, transmitida pelo vetor Aedes aegypti, também transmissor das febres zika e chikungunya, não é novidade por aqui, uma vez que se registrou entre 2015 e 2016, aumento de incidência de 95%. As causas são amplamente conhecidas e remontam a raiz da falta de abastecimento de água e saneamento”, salienta.

Para o diretor de Serviços da Planisa, o futuro da saúde reside na capacidade do sistema de saúde de diminuir o custo per capita. “Para tal, políticas sólidas de prevenção e promoção da saúde tornaram-se imperativas, como a ampliação com eficiência e efetividade da atenção primária ou continuaremos sendo hospitalocêntricos”, conclui.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 18 Abril 2024 12:04

CLIPPING AHPACEG 18/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Radiologia foi responsável por 12,8% das reclamações de erros de diagnóstico

Brasil registra mais de 700 casos de exercício ilegal da medicina

STF começa a analisar lei que impõe restrições para laqueadura 

Vacinação contra a dengue é ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos em Goiás

Empresária que morreu após passar mal em casa teve tromboembolismo cardíaco e pulmonar, diz Saúde

MEDICINA S/A

Radiologia foi responsável por 12,8% das reclamações de erros de diagnóstico

Equipamentos de imagem mal calibrados e erros na interpretação das imagens podem prejudicar significativamente os resultados dos exames de pacientes. Esses problemas podem levar a diagnósticos imprecisos, atrasos no tratamento e até mesmo a danos à saúde dos pacientes. Portanto, é fundamental garantir que os equipamentos estejam adequadamente calibrados e que os profissionais responsáveis pela interpretação das imagens sejam devidamente capacitados e sigam protocolos rigorosos. São ações essenciais para garantir a qualidade e a precisão dos resultados dos exames, contribuindo assim para a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Um estudo recente, conduzido pelo médico Andrew Rosenkrantz e sua equipe da NYU Langone Health, publicado no Journal of the American College of Radiology, em maio de 2021, revelou que a radiologia foi responsável por 3,9% de todas as reclamações de negligência médica e por 12,8% das reclamações relacionadas aos erros de diagnóstico. Entre essas reclamações, as imagens oncológicas representam 44% dos casos de negligência, destacando a importância crítica da precisão nessa área.

Durante uma década, os pesquisadores investigaram a prevalência de erros relacionados à oncologia na radiologia diagnóstica com base em dados do Sistema de Benchmarking Comparativo da Controlled Risk Insurance Company, que abrange cerca de 30% das reclamações de saúde nos Estados Unidos. Em 2023, por exemplo, foram realizados nos EUA aproximadamente 80 milhões de exames de tomografia e 30 milhões de ressonâncias magnéticas.

Do total de alegações de possíveis erros de diagnósticos relacionados às doenças oncológicas, analisadas pelo estudo, a de maior prevalência se refere à mamografia. “Em parte, este resultado é esperado, pois esta modalidade diagnóstica depende do correto posicionamento e apresenta diversas limitações tecnológicas quanto a detecção de lesões de baixo contraste”, ressalta o físico especialista em diagnóstico por imagens, Renato Dimenstein. O estudo também indica erros quanto aos exames de ressonância magnética e tomografia, “entretanto, acredito que a maior parte desses relatos não deve ser associado aos médicos radiologistas na interpretação dos laudos, mas à aquisição inapropriada de imagens”, pontua Dimenstein.

As análises desse estudo apontaram que a mamografia é a modalidade diagnóstica mais frequentemente associada às alegações de diagnóstico de câncer. “Isso se deve, em parte, às limitações tecnológicas inerentes à detecção de lesões de baixo contraste nesse tipo de exame. Além disso, foram identificados erros em exames de ressonância magnética e tomografia, sendo que muitas falhas estavam relacionadas à aquisição inadequada de imagens, ao invés de imprecisões na interpretação dos laudos pelos médicos radiologistas”, esclarece o físico.

No Brasil, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, existem aproximadamente 120 mil equipamentos médicos. “No entanto, a maioria são de gerações obsoletas, o que pode comprometer a precisão dos diagnósticos por imagem, especialmente no que diz respeito a neoplasias”, explica Dimenstein.

Apesar das rígidas regras de controle de qualidade preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para os equipamentos de diagnóstico por imagem, muitos deles apresentam desempenho inadequado, prejudicando a qualidade dos resultados dos exames e, consequentemente, a saúde dos pacientes. “A ausência de equipamentos adequadamente calibrados pode resultar em falhas no diagnóstico, levando a tratamentos inadequados e aumentando os custos tanto para o sistema de saúde público quanto para o privado”, alerta Renato.

Para Dimenstein, “as seguradoras de saúde desempenham um papel fundamental nesse processo. Elas têm a oportunidade de incentivar de forma sistemática os serviços de diagnóstico por imagem a buscarem certificações de qualidade reconhecidas por instituições nacionais – como a ONA (Organização Nacional de Acreditação) – e outras internacionais. Essa medida garante aos pacientes a tranquilidade de realizar seus exames em centros de referência que atendem aos mais altos padrões de qualidade”.

Entretanto, para garantir a eficiência na prestação do serviço, na visão do especialista, as agências de acreditação devem assegurar que as clínicas e hospitais atendam a indicadores satisfatórios de qualidade. “Isso inclui verificar se os equipamentos estão adequadamente mantidos, se os profissionais estão recebendo treinamento adequado, se os laudos gerados em monitores com resolução adequada, se são implementadas medidas para garantir a segurança dos pacientes e se os registros são devidamente rastreados, entre outros critérios essenciais”, ressalta.

Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas é acreditado pela ONA

Um exemplo de sucesso nesse sentido é o Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, que recebeu a certificação nível 3 em 2017. “Antes do processo de acreditação, não tínhamos a maioria dos nossos processos padronizados e descritos, o que era crítico principalmente por sermos um hospital escola. Outro ponto frágil, estava relacionado ao fluxo de comunicação dos achados críticos nos exames de imagem”, lembra o diretor clínico do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, doutor Márcio Sawamura.

Atualmente, o hospital dispõe de documentos detalhados para as rotinas/procedimentos, a fim de evitar interpretações equivocadas. “Em relação aos achados críticos, elaboramos documentos específicos que descrevem quais são essas evidências em cada modalidade de diagnóstico por imagem. Além disso, foram introduzidas melhorias para agilizar e garantir a efetividade de comunicação. Agora, os médicos radiologistas registram essas descobertas diretamente no sistema, e um alerta automático “pop-up” é gerado no prontuário do paciente. Esses protocolos e procedimentos foram cruciais para aumentar a segurança dos pacientes”, comenta Sawamura.

Para a coordenadora de Gestão da Qualidade do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, Juliana Vecchia, além de proporcionar um serviço de maior qualidade e precisão, a certificação pela ONA resultou em melhorias significativas na qualidade do atendimento. “Ela também incentivou o desenvolvimento de uma cultura organizacional focada na melhoria contínua e na segurança do paciente, além de promover uma gestão financeira mais sustentável, com uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis”.

Acreditação x sustentabilidade

“São diversas as economias que a certificação pode trazer para a instituição acreditada”, observa Péricles Góes da Cruz, superintendente Técnico da ONA. “Não há dúvidas de que quando a segurança do paciente é priorizada e os protocolos são criteriosamente seguidos, ocorre uma redução significativa na repetição de trabalho, no desperdício e nos possíveis processos judiciais. Isso, por sua vez, contribui diretamente para a sustentabilidade financeira da instituição”, destaca.

Quando devo acionar juridicamente uma instituição por falhas de imagens e erros médicos na interpretação?

Conforme aponta Silvio Guidi, advogado especializado em saúde e sócio da SPLAW Advogados, é essencial realizar uma análise caso a caso. “A decisão de pacientes e familiares de investigar a situação requer muita cautela. É fundamental compreender se houve algum erro na execução dos serviços de imagem ou na interpretação da equipe de saúde. Nesse contexto, os conselhos profissionais de saúde desempenham um papel importante. Embora o Judiciário possa ser acionado para este controle, a análise técnica será conduzida por um perito judicial”, esclarece o advogado.

Partindo da premissa de que ocorreu um erro, é importante destacar que as condutas danosas podem resultar em consequências em diversas esferas. “A mais conhecida é a responsabilidade civil, que pode recair tanto sobre a instituição prestadora de serviços de saúde quanto sobre os profissionais responsáveis pela assistência. Essa responsabilização encontra respaldo no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor. No entanto, as repercussões pessoais são mais comumente abordadas nos Códigos de Ética Profissionais e no Código Penal, referentes às responsabilidades ética e criminal, respectivamente”, alerta Silvio Guidi.

“Entretanto, quando não há certeza da falha, é importante que a família esteja ciente de alguns fatores primordiais”, enfatiza Guidi. “Muitas vezes, ao buscar um advogado, pacientes e familiares esperam encontrar culpados pelos problemas enfrentados na assistência à saúde. No entanto, nem sempre a resposta é a esperada e isso pode acarretar em outros danos, como o ressurgimento das dores emocionais relacionadas ao tratamento médico. Além disso, o prestador de serviços de saúde também pode enfrentar danos irreparáveis, tanto financeiros, devido aos custos associados ao processo, quanto no aspecto preventivo, adotando medidas defensivas para evitar possíveis processos futuros. Esse fenômeno é conhecido como medicina defensiva”, esclarece.

É relevante destacar que a falta de condenação em uma ação que busca responsabilizar os prestadores de serviços de saúde pode acarretar ônus significativos aos familiares. “Isso inclui o pagamento dos custos processuais e dos honorários dos advogados que representam o prestador, que podem corresponder a até 20% do montante de indenização pretendido. Muitas vezes, as famílias e os pacientes não estão preparados para lidar com essa situação, e cabe ao advogado apresentar todos esses aspectos, bem como todas as nuances e riscos típicos dos processos com esse perfil”, adverte.

Certificação ONA

Um dos métodos eficazes para mitigar potenciais erros ou reclamações em hospitais e clínicas de imagem é submeter-se a um processo de acreditação. “A acreditação estimula a implementação de sistemas de gestão de equipamentos eficazes, promovendo uniformidade e conformidade com as melhores práticas”, destaca doutor Péricles Góes da Cruz, superintendente técnico da ONA.

Isso significa que o estabelecimento adota políticas e procedimentos apropriados para a aquisição, rastreamento, manutenção, calibração, descarte e substituição de equipamentos. “Além desses cuidados, é essencial que a equipe seja devidamente treinada para realizar todos os procedimentos de forma eficiente, inclusive evitando erros de interpretação por parte da equipe clínica de diagnóstico”, conclui.

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JORNAL OPÇÃO

Brasil registra mais de 700 casos de exercício ilegal da medicina

Números foram revelados recentemente por um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM).

A cada dia, o Brasil registra quase dois casos de exercício ilegal da medicina, sendo cerca de 60 por mês e mais de 700 por ano. Os números foram revelados recentemente por um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em Goiás, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego), informou que os números são “similares” aos nacionais.

A necessidade de combater a prática ilegal foi debatida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) em uma plenária temática realizada na noite da última segunda-feira, 15. O conselheiro, 2º tesoureiro do Cremego e dermatologista Adriano Loyola abriu a plenária apresentando uma série de complicações de procedimentos estéticos realizados por não médicos e alertando para a urgência de medidas para combater o problema.

Marco Chaul, Fabiano Calixto e a dermatologista Mayra Ianhez reforçaram as denúncias com imagens e relatos de casos de pacientes que apresentaram sequelas irreversíveis, necroses, comprometimento de movimentos, distúrbios emocionais e até morreram vítimas de falsos médicos. A delegada Débora Melo falou sobre a atuação da Decon no combate a esse crime e citou dificuldades enfrentadas, como limitações legais para a prisão dos envolvidos, e a falta de denúncias por parte dos pacientes.

Além de crime previsto no artigo 282 do Código Penal brasileiro e no artigo 65 do Código de Defesa do Consumidor e do descumprimento da Lei do Ato Médico (12.842/2013), o exercício ilegal da medicina é uma grave ameaça à saúde da população, que coloca em risco o bem-estar físico e mental, a integridade e a vida de pacientes e aumenta os custos operacionais da rede pública e privada de saúde.

Uma das razões para o crescimento dos números é a falta de fiscalização adequada, permitindo que pessoas sem formação médica exerçam ilegalmente a profissão, colocando em risco a saúde e a segurança dos pacientes. Além disso, em regiões carentes de profissionais médicos, indivíduos podem recorrer a pessoas não qualificadas na esperança de receberem cuidado médico, mesmo que ilegal.

A desinformação também desempenha um papel importante, com algumas pessoas buscando tratamentos de indivíduos não autorizados devido à falta de conhecimento sobre os riscos envolvidos ou por acreditarem em falsas promessas de cura. Problemas econômicos também são um fator, já que a dificuldade de pagar por serviços médicos legais pode levar as pessoas a procurarem alternativas mais baratas, mesmo que sejam ilegais e potencialmente perigosas.

Além disso, a impunidade contribui para o problema, já que a falta de punição adequada para os responsáveis pelo exercício ilegal da medicina pode encorajar outras pessoas a seguir o mesmo caminho.

No Brasil, existem 14 profissões reconhecidamente vinculadas ao campo da saúde. É importante destacar que quem delimita a atuação profissional é a lei, independentemente dos objetivos e interesses de cada categoria profissional. A lei confere ao Conselho Federal de Classe uma série de funções normativas, válidas para os profissionais sujeitos à sua jurisdição. Esse poder normativo está estabelecido no Inciso XIII do artigo 50 da Constituição Federal, que garante a liberdade de exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais estabelecidas pela lei.

A Lei nº 12.842/2013, conhecida como Lei do Ato Médico, trouxe importantes definições e delimitações quanto aos atos exclusivos da prática médica no Brasil. No entanto, segundo o Cremego, a ausência de uma lei específica para outras profissões da área da saúde, aliada a interpretações equivocadas e tendenciosas, gerou uma cultura na qual alguns profissionais acreditam que, na falta de legislação específica, têm permissão para realizar atos exclusivos da medicina.

Essa interpretação equivocada levou a entendimentos errôneos de que procedimentos “minimamente” invasivos poderiam ser praticados por profissionais como biomédicos, fisioterapeutas, dentistas e esteticistas. No entanto, é importante ressaltar que tal entendimento não apenas é antijurídico, mas também contraria diretamente o texto legal da Lei do Ato Médico.

Nos últimos anos, desde a promulgação da Lei do Ato Médico, tem havido um aumento no recurso à via judicial por parte da classe médica. Esse recurso busca o controle jurisdicional para que o Poder Judiciário avalie a validade dos normativos emitidos pelos demais conselhos profissionais, especialmente no que se refere aos limites do exercício da prática de procedimentos estéticos considerados invasivos por profissionais de saúde não graduados em medicina.

Como denunciar

As denúncias também raramente chegam ao Cremego, que criou um canal exclusivo para o atendimento aos pacientes: o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. As denúncias recebidas são encaminhadas à Decon e ao Ministério Público. O Cremego, inclusive, já solicitou ao governador Ronaldo Caiado e à Secretaria de Segurança Pública a criação de um grupo de investigação de crimes contra a saúde na Decon.

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AGÊNCIA BRASIL

STF começa a analisar lei que impõe restrições para laqueadura 

O Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu nesta quarta-feira (17/4) as sustentações orais das partes envolvidas no julgamento sobre a constitucionalidade da lei que estabeleceu critérios para realização de cirurgias de esterilização voluntária de homens e mulheres, métodos conhecidos como vasectomia e laqueadura. 

Os ministros ouviram representantes de diversas entidades que atuam na defesa dos direitos das mulheres e da defensoria pública antes de proferirem seus votos. A data do julgamento do processo ainda não foi definida.

A Corte vai julgar trechos da Lei 9.263/1996, conhecida como Lei do Planejamento Familiar, a partir de uma ação protocolada pelo PSB, em 2018. Na prática, as restrições atingem principalmente as mulheres.

O texto original previa que homens e mulheres só poderiam realizar laqueadura e vasectomia se tiverem idade mínima de 25 anos, pelo menos dois filhos vivos, e após o cumprimento de intervalo mínimo de 60 dias.

No período, de acordo com a lei, homens e mulheres devem ter acesso a serviço de aconselhamento para "desencorajar a esterilização precoce". Além disso, a norma definiu que a esterilização dependia da autorização expressa do cônjuge.

Em 2022, a Lei 14.443 promoveu alterações na norma original sobre o tema. A autorização para realização da laqueadura foi retirada, e a idade mínima passou para 21 anos. Contudo, a restrição do método continuou condicionado ao número mínimo de dois filhos.

Durante as sustentações, a advogada Ana Letícia Rodrigues, representante do PSB, afirmou que as limitações são contra os direitos reprodutivos e representam interferência indevida do Estado no planejamento familiar dos brasileiros.

"Trata-se de uma intolerável intervenção estatal, que condiciona a prática de um direito a um uso específico do corpo e sexualidade, qual seja, a concepção de filhos, reforçando uma cultura de maternidade compulsória, dificultado acesso a método contraceptivo eficaz", afirmou.

A advogada Ligia Ziggiotti, do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), disse que a autonomia das mulheres deve ser respeitada e a esterilidade voluntária deve ser garantida para mulheres com mais de 18 anos.  Para Ligia, não cabe ao Estado exigir mais maturidade ou mais filhos para condicionar a laqueadura.

"Um Estado que seja democrático de direito não pode limitar um exercício de liberdade, partindo da premissa de que a escolha de uma mulher civilmente capaz que não deseje engravidar é uma escolha duvidosa", afirmou.

Para a defensora pública Tatiana Mello Aragão,  representante da Defensoria Pública da União (DPU), somente a idade mínima de 18 anos pode ser imposta para impedir a esterilização voluntária.

"Embora a disposição legislativa seja dirigida a ambos sexos, a mulher experimenta de forma muito mais intensa essa situação. Historicamente, a ela compete o dever de evitar a concepção, tanto que a laqueadura é amplamente mais utilizada no Brasil que a vasectomia", completou.

O novo modelo que ouve as partes em plenário antes do julgamento foi implantado no ano passado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O método é utilizado pela Suprema Corte dos Estados Unidos.

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A REDAÇÃO

Vacinação contra a dengue é ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos em Goiás

A vacinação contra a dengue será ampliada em Goiás, a partir desta quinta-feira (18/4), para pessoas de 4 a 59 anos. A nota técnica do Ministério da Saúde que amplia a faixa etária foi recebida pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) no início da manhã.
 
A medida foi tomada para utilizar as doses remanescentes da leva inicial da campanha de vacinação, que vencem no dia 30 de abril. Ao todo, são cerca de 65 mil doses distribuídas em todo o Estado de Goiás e a aplicação fica ao encargo das secretarias municipais de saúde.  
 
Para quem se imunizar, o correto é a aplicação de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. Uma nova leva de vacinas já foi encomendada e, quando chegar, voltará a ser aplicada na faixa etária de 10 até 14 anos, conforme recomendação inicial do Ministério da Saúde. 

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PORTAL G1/GOIÁS

Empresária que morreu após passar mal em casa teve tromboembolismo cardíaco e pulmonar, diz Saúde

Cardiologista explica que se trata de um coágulo massivo que bloqueou a circulação do sangue do coração para o pulmão. Body piercer Lorrayne morreu no dia 11 de abril, em Goiânia, após passar mal.

body piercer Lorrayne Murielle, de 29 anos, morreu por conta de uma trombose intracardíaca e pulmonar bilateral, conhecida como TEP; entenda abaixo a explicação médica. As informações constam na certidão de óbito da mulher, atestado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).

Lorrayne morreu no dia 11 de abril, em Goiânia, após passar mal. Segundo o namorado, Alic da Silva França, a body piercer desmaiou em casa sozinha e ligou para ele pedindo ajuda. Ele foi até a casa dela, no Setor Belo Horizonte, e a encontrou com muita dificuldade para respirar. A jovem, inclusive, desmaiou de novo na presença do namorado.

Alic ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e falou com um médico, que orientou que ele desse alguma coisa doce para a jovem comer, pois tudo indicava que ela estava com baixa quantidade de açúcar no sangue, não havendo necessidade de que uma ambulância fosse enviada.

“Ele informou que não ia mandar ambulância porque era problema de glicose baixa, que eu deveria dar algo com açúcar para ela e, se não melhorasse, depois de 20 minutos eu entrava em contato novamente. Informei que ela estava muito ruim e precisava urgente da ambulância, mas o médico disse que se eu não quisesse seguir o que ele falou, que eu colocasse ela no carro e levasse para a emergência”, relatou o namorado ao g1.

Alic colocou a namorada no carro e a levou para o Cais Amendoeiras por conta própria, mas a jovem não resistiu. Ele acredita que Lorrayne morreu no caminho.

Desmaio dias antes

Segundo o namorado, dois dias antes de morrer, na terça-feira (9), Lorrayne passou mal e também desmaiou onde trabalhava, no setor Santo Hilário. Na ocasião, o Samu também foi chamado e prestou socorro à jovem, mas nada de anormal foi detectado. A equipe optou por não levá-la ao hospital.

“Na quarta levei ela no postinho, mas não teve atendimento porque estava sem médico, e aí marcamos para segunda-feira”, lembra Alic. Porém, Lorrayne morreu no dia seguinte.

Sobre isso, a Secretaria de Saúde de Goiânia disse apenas que todas as unidades de saúde tem medico à disposição.

Caso será investigado

O namorado de Lorrayne registrou um boletim de ocorrência, na segunda-feira (15), contra o Samu, alegando omissão de socorro por nenhuma ambulância ter sido enviada para atender a jovem no dia em que ela morreu.

Em nota, a direção do Samu disse que “as ações realizadas pelos profissionais da instituição seguem estritamente as diretrizes nacionais, que orientam a triagem de casos com base na urgência dos sintomas apresentados”.

Ainda segundo o Samu, em situações onde não há relatos que demonstram risco imediato à vida, as orientações são fornecidas para que sejam tomados cuidados iniciais, “resguardando os recursos para emergências mais críticas”.

De acordo com a Polícia Civil, o caso ficará à cargo da 14ª Delegacia distrital de Polícia de Goiânia. Como as ligações com o Samu ficam gravadas por segurança, as investigações devem analisar a conversa entre o médico e o namorado de Lorrayne, além de colher depoimento e analisar os laudos.

“Resolvi abrir o B.O porque foram negligentes e isso custou a vida dela, com certeza também custou a de mais gente que o Samu nega a ajudar”, disse Alic.

Médico explica

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O cardiologista Maurício Prudente explica que, em casos em que a causa morte é a trombose intracardíaca e pulmonar bilateral, o que acontece no corpo é que um coágulo massivo se desprende de algum órgão e impede a circulação do sangue do coração para o pulmão.

“O coração bombeia o sangue para o pulmão para ser oxigenado. Se o coágulo parar na artéria pulmonar, que são as artérias nutridoras do pulmão, pode levar a esse colapso. A pressão despenca, o paciente fica sem respirar”, explica.

Segundo o cardiologista, não é regra que pacientes assim reclamem de dor no peito, o que pode passar ainda mais a ideia de mal súbito. A morte precoce da body piercer, por exemplo, pegou amigos e familiares de surpresa. Segundo o namorado, antes desses episódios, Lorrayne sempre foi saudável, se alimentava bem e praticava exercícios físicos.

O médico explica que, quando esse tipo de trombose acomete pacientes jovens, os motivos para a causa podem ser infinitos, passando desde características dos órgãos de cada pessoa, até hábitos de vida ou medicamentos que toma.

“Em geral, estão associados o uso de anabolizantes, cigarro, uso de contraceptivo oral, que são os anticoncepcionais, chips de beleza. Além disso, tem algumas outras causas que podem ser anatômicas mesmo, doenças que a gente chama de trombofilias, que são doenças que predispõem à formação de coágulos, alguma malformação anatômica, varizes de membro inferior, quando muito importante, pode causar isso”, orienta.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 17 Abril 2024 07:47

CLIPPING AHPACEG 17/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Cremego vai intensificar o combate ao exercício ilegal da medicina em Goiás

Artigo - O futuro do cuidado médico passa pela humanização de profissionais

Artigo - A importância da acreditação na redução da judicialização da saúde

FOCO NACIONAL

Cremego vai intensificar o combate ao exercício ilegal da medicina em Goiás

A cada dia, o Brasil registra quase dois casos de exercício ilegal da medicina. São 60 por mês e mais de 700 por ano. Mas, o que está por trás destes números revelados recentemente por levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM)?

A resposta é simples e assustadora: além de crime previsto no artigo 282 do Código Penal brasileiro e no artigo 65 do Código de Defesa do Consumidor e do descumprimento da Lei do Ato Médico (12.842/2013), o exercício ilegal da medicina é uma grave ameaça à saúde da população, que coloca em risco o bem-estar físico e mental, a integridade e a vida de pacientes e aumenta os custos operacionais da rede pública e privada de saúde.

A necessidade de combater essa prática extremamente nociva, infelizmente cada vez mais comum, foi debatida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) em uma plenária temática realizada na noite de ontem, 15 de abril.

A presidente Sheila Soares Ferro Lustosa Victor recebeu diretores e conselheiros do Cremego; os presidentes das Sociedades Brasileiras de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), Marco Chaul, e de Cirurgia Plástica (SBCP-GO), Fabiano Calixto Fortes de Arruda; médicos especialistas; o deputado federal Zacharias Calil e a delegada Débora Melo, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).

O conselheiro, 2º tesoureiro do Cremego e dermatologista Adriano Loyola abriu a plenária apresentando uma série de complicações de procedimentos estéticos realizados por não médicos e alertando para a urgência de medidas para combater o problema. Marco Chaul, Fabiano Calixto e a dermatologista Mayra Ianhez reforçaram as denúncias com imagens e relatos de casos de pacientes que apresentaram sequelas irreversíveis, necroses, comprometimento de movimentos, distúrbios emocionais e até morreram vítimas de falsos médicos.

“Já atendi pacientes com problemas renais decorrentes destes atos”, relatou Mayra Ianhez, mostrando que as complicações vão muito além de maus resultados estéticos e têm impactado nos custos de saúde, pois exigem longos tratamentos para a recuperação do paciente e, muitas vezes, os resultados são os esperados, gerando danos irreversíveis.

A delegada Débora Melo falou sobre a atuação da Decon no combate a esse crime e citou dificuldades enfrentadas, como limitações legais para a prisão dos envolvidos, e a falta de denúncias por parte dos pacientes. “Há dois meses, conseguimos prender uma odontóloga e identificamos cerca de 20 pacientes vítimas de complicações de procedimentos feitos por ela, mas tivemos que ir atrás dessas pessoas, que nem sempre procuram a polícia”, disse.

As denúncias também raramente chegam ao Cremego, que criou um canal exclusivo para o atendimento aos pacientes: o e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. “Todas as denúncias recebidas são encaminhadas à Decon e ao Ministério Público”, citou a presidente, ressaltando que essa parceria com a delegacia deve ser intensificada após a plenária. O Cremego, inclusive, já solicitou ao governador Ronaldo Caiado e à Secretaria de Segurança Pública a criação de um grupo de investigação de crimes contra a saúde na Decon.

O Cremego também deve intensificar as campanhas de orientação à população sobre os riscos da realização de procedimentos médicos com não médicos. “As pessoas precisam se conscientizar sobre esses riscos e não entregar a sua saúde a quem não é habilitado, não consegue tratar complicações, atua em condições inadequadas e com o uso de equipamentos e produtos duvidosos”, alertou a presidente.

Para conferir a plenária completa, acesse o canal do Cremego no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=GYzG04BRSTk

LEIA TAMBÉM: Cremego reitera orientações para o atendimento a vítimas de complicações decorrentes de procedimentos feitos por não médicos

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MEDICINA S/A

Artigo - O futuro do cuidado médico passa pela humanização de profissionais

O cenário é conhecido: ao buscar auxílio médico, muitos de nós deparamos com médicos que parecem distantes e desinteressados à situação. Tal problema está longe de ser um reflexo da índole dos profissionais, mas da sobrecarga de trabalho, da falta de recursos ou do esgotamento provocado por sistemas de saúde diversas vezes saturados. Esse tipo de atendimento, mecânico e tecnicista, gera mais do que somente a frustração, podendo levar a diagnósticos precipitados ou tratamentos inadequados, colocando em risco, inclusive, a saúde do paciente.

Na maioria das vezes, ao buscar uma instituição de saúde, o paciente encontra-se fragilizado e inseguro. Desse modo, a forma como ele é acolhido no atendimento, desde o primeiro contato, faz toda a diferença. Até por isso, o conceito de atendimento humanizado vem ganhando cada vez mais espaço e importância no setor. Tal abordagem, além de reconhecer a importância da técnica e do conhecimento médico, além de enfatizar ainda a necessidade de um relacionamento mais próximo e empático entre profissionais de saúde, pacientes e suas famílias.

A importância de um tratamento que considere tais aspectos vai além do simples afeto, tendo implicações reais na própria eficácia do tratamento. Estudos e relatos apontam para uma recuperação mais rápida e eficiente quando o paciente se sente acolhido, entendido e respeitado. Ou seja, o cuidado pode efetivamente contribuir para o bem-estar geral do paciente, fazendo com que responda melhor aos procedimentos clínicos.

Obviamente, tal noção não se sobrepõe ou abdica do aspecto técnico da medicina; pelo contrário, reforça a necessidade de uma abordagem integral, que considera o paciente em sua totalidade. Até porque, frequentemente, uma intervenção médica acaba acompanhada de procedimentos invasivos e dolorosos. No entanto, cada vez mais se expande a consciência de que o corpo médico pode, e deve, amenizar essas dores e destacar o olhar empático pela busca do bem maior.

Tecnologia como alicerce

Curiosamente, em uma era onde a tecnologia avança a passos largos, é paradoxal que muitas vezes seja justamente tal avanço o catalisador para uma prática médica mais próxima e sensível às necessidades humanas. Se por um lado existia o temor de que a execução de procedimentos técnicos padronizados e automatizados, além de estruturas hospitalares maiores e mais complexas, contribuiria para tornar a relação médico-paciente mais fria e distante, o que temos observado é justamente o resultado inverso.

Ferramentas modernas, como a inteligência artificial (IA) e a internet das coisas (IoT), têm liberado os profissionais de saúde de tarefas burocráticas, permitindo que dediquem mais tempo a um aspecto que a tecnologia nunca poderá substituir: o fator humano do atendimento.

Por mais dúbio que pareça, é possível afirmar que a tecnologia assume um papel relevante para que o atendimento médico se torne mais eficiente e otimizado e, sobretudo, humano. Além de colaborar para que possam atuar de forma mais embasada e informada em cada caso específico, tais recursos abrem espaço para que os médicos tomem a melhor decisão terapêutica levando em conta as diversas nuances humanas que invariavelmente passam despercebidas à perspectiva da máquina/software.

Uma nova saúde?

Felizmente, esse zelo pelas particularidades humanas já é percebido também e valorizado pelos pacientes, inclusive sendo critério determinante na hora da escolha do médico responsável pelo atendimento. No Brasil, segundo um levantamento recente publicado pela plataforma Doctoralia, o principal parâmetro de escolha de um profissional é justamente o atendimento humanizado (63%), com um índice quase quatro vezes superior ao diagnóstico, que ocupa a segunda posição (16%).

Até por essa crescente importância, o atendimento humanizado também já está sendo pautado na formação acadêmica dos futuros médicos, uma vez que a empatia e a capacidade de se conectar com o paciente são vistas como habilidades tão cruciais quanto o conhecimento técnico ou as competências práticas. Hoje, nos cursos de medicina das melhores instituições de ensino, por exemplo, já se utiliza uma metodologia centrada no estudante em que o aluno é protagonista do seu aprendizado e com foco total no desenvolvimento de competências técnicas e humanas.

A verdade é que estamos diante de uma transformação gradual, onde cada passo em direção a um cuidado mais integrado e sensível à condição humana contribui para a melhora da experiência do paciente, além de redefinir o papel da medicina na sociedade moderna. É essencial continuar promovendo e valorizando o atendimento humanizado, reconhecendo os desafios e trabalhando coletivamente para superá-los. Afinal, no coração da medicina, deve sempre pulsar a compaixão.

*Diego Gadelha é diretor do Hospital HELP e da Faculdade de Medicina da UNIFACISA.

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Artigo - A importância da acreditação na redução da judicialização da saúde

judicialização da saúde no Brasil tem se tornado uma questão cada vez mais relevante e com impactos significativos no sistema de saúde, nos pacientes e nos profissionais médicos. Os números revelados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras instituições mostram uma realidade preocupante: mais de 500 mil processos relacionados à saúde em um país com pouco mais de meio milhão de médicos. Esse cenário reflete não apenas a busca por reparação em casos de supostos eventos adversos, mas também uma série de questões estruturais e de acesso que permeiam nosso sistema de saúde.

Dentre os diversos fatores que contribuem para esse fenômeno, alguns exemplos incluem:

a falta de acesso a medicamentos;

a dificuldade em encontrar especialistas e serviços especializados;

negativas de cobertura por parte dos planos de saúde;

A crescente judicialização da medicina não afeta apenas a relação médico-paciente, mas também sobrecarrega o sistema judiciário e impacta negativamente a gestão dos recursos públicos destinados à saúde.

Pensando nisso, é imprescindível destacar o papel fundamental da Acreditação na redução da judicialização e na promoção de uma prática assistencial mais segura e eficiente. A Acreditação, por meio dos processos e padrões estabelecidos com a instituição, busca garantir a qualidade e a segurança dos serviços de saúde, promovendo a padronização de procedimentos, a melhoria contínua da qualidade e a adoção de boas práticas clínicas.

Ao implementar esses processos, as instituições de saúde se comprometem com a excelência em todos os aspectos do atendimento, desde a infraestrutura física até a qualificação dos profissionais e a segurança do paciente. Esses processos não apenas ajudam a prevenir erros e eventos adversos, mas também fortalecem a confiança e a credibilidade das instituições de saúde junto aos pacientes e à sociedade como um todo.

Um dos principais benefícios da Acreditação é a redução da chamada medicina defensiva, um fenômeno em que os profissionais de saúde adotam medidas excessivamente cautelosas para se protegerem de possíveis processos judiciais. Com padrões claros e processos bem definidos, a Acreditação oferece orientações que ajudam os profissionais a tomarem decisões mais seguras e embasadas, reduzindo a necessidade de práticas defensivas que podem comprometer o atendimento aos pacientes.

Além disso, ao promover a melhoria contínua da qualidade e da segurança dos serviços de saúde, a Acreditação contribui para a redução de imprevistos e erros assistenciais, que são uma das principais causas de processos judiciais na área da saúde. Instituições de saúde Acreditadas têm taxas significativamente menores de complicações e incidentes adversos, o que se reflete em uma menor incidência de processos e uma maior confiança por parte dos pacientes.

Ao investir em processos de Acreditação, as instituições de saúde não apenas cumprem com seu compromisso ético e profissional, mas também contribuem para a construção de um sistema de saúde mais justo, transparente e acessível para todos. É hora de reconhecer e valorizar o papel crucial da Acreditação na promoção da saúde e na prevenção de litígios desnecessários, em benefício tanto dos pacientes como dos profissionais da saúde e da sociedade como um todo.

*Camilla Covello é sócia e CGO da QGA – Quality Global Alliance.

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Assessoria de Comunicação

LUIZ MAURO

 

 

Comunicamos a todos que, entre os dias 18/04/24 e 08/05/24, o médico Luiz Mauro de Paula e Souza estará interinamente à frente da presidência da Ahpaceg, substituindo o presidente Haikal Helou.

Terça, 16 Abril 2024 08:53

CLIPPING AHPACEG 16/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Como a tecnologia na saúde está revolucionando a experiência do paciente

Planos de saúde querem regras sobre exames desnecessários - Notícias do brasil

Em nova fiscalização, Procon Goiás suspende venda de novos planos de saúde Hapvida

Fim de plano da Unimed: O encerramento de serviço e comunicado emergencial aos clientes

Artigo: Precificação da vida e incorporação de medicamentos ao SUS

MEDICINA S/A

Como a tecnologia na saúde está revolucionando a experiência do paciente

Por Claudia Cohn

tecnologia desempenha um papel cada vez mais crucial nos cuidados de saúde. Os ganhos são extremamente relevantes no aumento da prevenção, no diagnóstico precoce, tratamento assertivo e até personalizado de doenças, refletindo também no bem-estar social e na experiência do paciente.

Segundo o estudo “Inovações Tecnológicas do Setor da Saúde”, lançado em 2023 pela ABIMED, entre 2008 e 2019 o Índice de Tecnologia Médica cresceu 117% e teve impacto positivo sobre o custo da saúde, assim como proporcionou mais qualidade de vida ao paciente e precisão nos resultados diagnósticos.

Um exemplo prático dessas inovações é a chegada da ressonância magnética com projeção ou cinema vision. Pode parecer um detalhe para alguns, mas para quem tem ansiedade ou alguma fobia, focar em imagens relaxantes ou escolher um filme, música ou até um programa de televisão durante o procedimento, traz conforto e tranquilidade. E mais: para mais de melhorar a jornada de cuidado, a tecnologia ajuda a reduzir custos e procedimentos que demandam sedação por fobia.

Além dos investimentos em equipamentos, há também um avanço significativo do uso da Inteligência Artificial (IA), com impactos positivos em diversas áreas de cuidado e, principalmente, na identificação precoce de condições sérias de saúde. O uso de algoritmos proporciona benefícios diretos aos pacientes, aos médicos e mais sustentabilidade ao setor. No Programa Kardia, por exemplo, eletrocardiogramas realizados são armazenados em nuvens e são filtrados por algoritmos de inteligência artificial. Os que apresentam alterações são priorizados para o médico fazer o laudo, diminuindo o tempo de início do tratamento.

Outro exemplo são os Algoritmos de Processamento de Linguagem Natural (NLP), pelos quais são estabelecidas regras para análise de laudos que identificam pelo menos 43 doenças. Quando o paciente possui um achado detectado por meio de NLP, o médico solicitante é alertado e consegue dar o próximo passo no tratamento, em média, depois de 7 dias. Quando não é alertado, o tempo é de 17 dias.

Esses modelos reais mostram que, já no Brasil, os algoritmos de IA, aliados a profissionais qualificados, são capazes de analisar grandes conjuntos de dados, identificar padrões e prever riscos de doenças de forma preditiva, permitindo um tratamento mais eficaz aumentando as chances de recuperação.

Todos esses avanços têm como objetivo final impactar o usuário que consome saúde e também aqueles que operam a gestão de saúde. Quando falamos em tecnologia, transformação digital e outros conceitos, o foco principal deve sempre ser o consumidor. Mudar o modo de interação com ele pode transformar também a forma como o usuário se engaja nos próprios cuidados, com enorme ganho em qualidade de vida. Além da transformação tecnológica, é uma transformação cultural.


*Claudia Cohn é diretora de Negócios Nacionais da Dasa e diretora executiva do Alta Diagnósticos.

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PODER 360

Planos de saúde querem regras sobre exames desnecessários - Notícias do brasil


Superintendente-executivo da Abramge cita recorde de exames de vitamina D e diz que protocolos são necessários para deixar setor mais saudável

Os planos de saúde devem avançar na discussão de criar regras e protocolos que racionalizem o acesso a procedimentos e exames que julgam desnecessários, afirma em entrevista ao Poder360 Marcos Paulo Novais, superintendente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).

O setor passa por uma crise no período pós-pandemia, com aumento de custos e de procedimentos eletivos que ficaram represados durante a crise sanitária. Os planos tiveram, em 2022, prejuízo operacional de R$ 11 bilhões - o pior resultado da série histórica que começou em 2001. Os dados de 2023, que serão divulgados em breve, devem indicar novo prejuízo por volta de R$ 9 bilhões.

O resultado operacional é aquele que considera só os valores com serviços de saúde (desconsidera ganhos com operações financeiras, por exemplo).

Os usuários de planos de saúde, que atingiram número recorde (51 milhões) em 2023, também estão insatisfeitos. Foram 353 mil queixas registradas pela ANS no ano passado, um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Reclamam de negativas injustas, protelação dos planos, não cumprimento de acordos.

Novais diz que o caminho para superar o problema de financiamento e reduzir as queixas dos usuários por falta de atendimento passa por, além de colocar mais regras para evitar exames desnecessários, lidar com a judicialização do setor, melhorar o combate às fraudes contra os planos (para direcionar melhor os recursos) e trazer novamente usuários mais jovens ao serviço.


Crise no setor

"A gente nunca tinha passado por 3 anos de prejuízo operacional ( ) Do começo em 2021 com R$ 1 bilhão de prejuízo operacional vai a 2022 com R$ 11 bilhões. Em 2023, a gente já está em um prejuízo operacional de cerca de 7 bilhões de reais [até o 3º trimestre]. Devemos totalizar 3 anos com R$ 20 bilhões de prejuízo operacional.

"O que a gente está discutindo agora são tratamentos específicos que custam R$ 10 milhões para uma única sessão de tratamento e para uma doença normalmente muito rara. Além disso, a gente ainda tem pacientes oncológicos daquele pós-pandemia que fizeram menos rastreio e estão identificando mais tarde. O tratamento fica muito mais difícil, o paciente está tratando um câncer mais avançado e também mais caro ( ) Tudo isso junto atuando em conjunto fez com que realmente gerasse um prejuízo à pressão muito grande, porque as despesas cresceram de forma desenfreada."

Reclamações de usuários

"De fato, o número de reclamações quando a gente olha números da Agência Nacional de saúde, eles cresceram. Cresceu também o volume de atendimentos. A gente vai ter 1,7 bilhão de procedimentos cobertos ( ) Acho que a gente tem que sopesar o que é essa organização. São 3 milhões de novos exames por dia pagos por plano de saúde."

Exames desnecessários

"Tem muito exames desnecessários. Só para dar um exemplo, um exame que é campeão, em volume, é vitamina D [cuja principal forma de se adquirir é ficar exposto ao sol]. Quer dizer aí num país tropical como o nosso Brasil a gente ser campeão em vitamina D, não faz sentido.

"Nós somos o país que mais faz ressonância magnética em todo o mundo. Isso não é comum. A gente passa os padrões americanos, que já não são considerados os melhores.

"A gente precisa passar por uma discussão muito grande de protocolos e diretrizes. Mas, para isso, precisamos de um acesso à saúde que seja mais regrado.

"Não é porque a gente deseja que nós vamos fazer uma ressonância magnética. [Tem que ser] porque o médico entende que é necessário ou talvez não, ou talvez [o médico faça] apenas uma anamnese e aquele paciente vai para casa se cuidar."

Nós fomos habituados a ter um acesso rápido a qualquer tipo de cirurgia e procedimento. Agora, nós, os planos e os profissionais de saúde também, [vamos ter que nos acostumar a] ter um acesso mais regrado, né? Não é porque eu quero fazer um acompanhamento de nutricionista de performance que eu vou medir minha vitamina D de 3 em 3 meses, porque isso não faz sentido de ponto de vista de saúde e o sistema não vai ficar saudável. A gente tem que ter protocolos. A nossa proposta é para que a gente tenha que passar por protocolos de, senão tudo, quase tudo de serviço de saúde.

"A gente inclusive já está em vias de fazer uma primeira submissão, uma diretriz de utilização para um dos procedimentos do rol de procedimento de saúde.

"A gente entende que de forma alguma é limitar o acesso, mas sim regrar o acesso para que a gente consiga ter uma racionalidade".

Fraudes

"A gente começou a identificar um mesmo atendimento médico sendo solicitado do reembolso em múltiplas operadoras. O implante capilar vira 12 recibos de consulta. Pessoas que começam a fazer um acompanhamento nutricional e começam a ter, de 3 em 3 meses, 50 pedidos de exame ao custo de R$ 25.000. A gente também tem hoje laboratórios que são um CNPJ para poder conseguir fazer reembolsos de R$ 25.000.

"A gente precisa tipificar o crime de fraude em saúde para que as pessoas possam entender que é crime e que a gente tenha uma grande arma para que ele seja evitável, porque hoje é um senso de impunidade muito grande."

Falta de pagamento dos planos ao SUS

"A gente é cobrado [pela União] 2 anos depois que o atendimento aconteceu. Aquilo que você fez no SUS há 2 anos chega a conta para a operadora hoje, talvez você já nem seja meu cliente. Talvez eu nem tenho esse contrato, é muito difícil o acesso ao prontuário para saber se aquele procedimento foi de fato feito. O processo [de cobrança] é ruim.

"Assim que um beneficiário de plano de saúde dá entrada no hospital do SUS, que ele notifique a operadora para que a gente já saiba que um paciente de plano de saúde está ali, inclusive para que a gente possa entrar em contato com ele para entender o porquê de ele estar na unidade pública, se ele não deseja ser removido por unidade privada ou se está com alguma dificuldade de locomoção. A nossa maior defesa agora é que a gente possa acompanhar esse paciente e não ficar sabendo 2 anos depois do ocorrido."

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MAIS GOIÁS

Em nova fiscalização, Procon Goiás suspende venda de novos planos de saúde Hapvida

Medida cautelar tem duração de 7 dias, podendo ser prorrogada caso a empresa não comprove melhoria no atendimento e vale para todo o estado. Fiscalização desta segunda-feira contou com parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon)

Na sequência da operação realizada na última sexta-feira (12), o Procon Goiás realizou nova fiscalização, no hospital Jardim América, que atende emergência do plano de saúde Hapvida nesta segunda-feira (15). Diante da reincidência de denúncias pela má prestação de serviço, do longo período de espera por atendimento e da superlotação do pronto socorro, a empresa foi autuada pela segunda vez.

Vale lembrar, na sexta, após denúncias por má prestação de serviço, os fiscais do procon chegaram ao hospital de emergências do plano de saúde (o mesmo desta segunda) e encontraram dezenas de pacientes que relataram demora no atendimento, falta de medicação, acomodação e internação. Um dos casos mais emblemáticos da situação flagrada foi o de um homem de 41 anos que só recebeu atendimento após 17h de espera.

Mas de volta a esta segunda, de maneira cautelar, o Procon Goiás notificou para que haja a suspensão da venda de novos planos, em todo Estado, pelo prazo de 7 dias. O período pode ser prorrogado caso a empresa não comprove melhorias. Vale citar, a ação desta data contou com parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).

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TV O FOCO

Fim de plano da Unimed: O encerramento de serviço e comunicado emergencial aos clientes


Empresa precisou se pronunciar após impasse com contratantes

Atendendo a uma alta demanda, a Unimed tem sede em diversos lugares. No entanto, uma recente situação acabou prejudicando alguns deles.

Para quem não acompanhou, em janeiro, os contratantes da Unimed Vitória foram informados que a Benevix, que era administradora dos benefícios, não atuaria mais na intermediação do convênio. Porém, em fevereiro, um segundo boleto de cobrança foi enviado.

Unimed Vitória afirma ter rompido com a Benevix (Foto: Divulgação)

Depois disso, a Benevix se pronunciou e afirmou que a parceria com a companhia de planos de saúde continuava em vigor. Em contrapartida, segundo uma publicação do Século Diário, clientes teriam relatado que a carteirinha da administradora já não estava mais funcionando.

A Unimed, então, disse que os planos coletivos haviam migrado para um regime de contratação direta com a Associação Comercial e Empresarial do Espírito Santo (ACE-ES) e a Associação do Comércio de Bens e Serviços no Estado do Espírito Santo (ACS-ES). Os boletos passariam a ser das entidades.

Mais uma vez, a Benevix reafirmou que seria intermediadora até 2028. Houve um novo desdobramento.

O que diz a Unimed?

Unimed está entre os principais nomes da saúde suplementar do Brasil (Foto Reprodução/Internet)

Após a repercussão do caso, a empresa de Vitória se pronunciou novamente. Em uma nota enviada ao Século Diário, o grupo confirmou que havia, de fato, encerrado o contrato com a administradora Benevix e fez um alerta sobre o pagamento dos serviços.

"Qualquer boleto de mensalidade enviado por ela aos clientes é indevido e não deve ser pago. Juntamente com as entidades ACE-ES e ACS-ES, a cooperativa já está acionando judicialmente a administradora para evitar que os beneficiários sejam prejudicados", pontuou.

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CORREIO BRAZILIENSE

Artigo: Precificação da vida e incorporação de medicamentos ao SUS


Se quem paga o plano de saúde faz determinado tratamento e se cura, mas quem usa o SUS tem acesso negado e morre, isso gera ao menos à família do usuário uma expectativa de um direito de reparação
Apesar da Constituição Federal garantir o direito à vida e à saúde e igualar todos os cidadãos, em função das dificuldades vivenciadas por quem depende do SUS, quem tem condição financeira paga um plano de saúde. Os planos são regidos pelas regras da ANS, que atualiza seu rol de seis em seis meses, nos termos da Resolução Normativa 465/2021, e são obrigados a fornecer os medicamentos que estão nessa lista. Nem sempre o fazem, o que gera a polêmica jurisdicionalização da saúde.

No Brasil, ao menos neste momento, já que quando se fala em direito de saúde há uma grande volatilidade nos entendimentos, o rol não é taxativo, e, sim, exemplificativo. Para estar incluído no rol da ANS, o medicamento precisa preencher uma série de requisitos. Quando falamos em SUS, é importante saber se o medicamento está incorporado ou não. Em ambos os casos, existem demandas judiciais, mas cada uma com suas peculiaridades.

A não incorporação, por exemplo, pode se tornar um entrave significativo para o paciente. As demandas judiciais são longas e penosas. Há casos em que o paciente vai a óbito antes que o juiz decida a seu favor. Em outros, a lentidão nas decisões e nos cumprimentos resulta no retardamento do tratamento, gerando consequências severas e irreversíveis. É preciso um combo de fatores para favorecer o resultado almejado.

Para a incorporação de um tratamento ao SUS, é necessário que ele passe por uma análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, e, nesse processo, alguns pontos devem ser analisados. A análise da Conitec é baseada em evidências científicas, considerando aspectos como eficácia e segurança da tecnologia, tudo nos termos do Decreto nº 7.646/2011. No entanto, existem outros fatores que podem levar à negativa do pedido de incorporação ao SUS. Basta uma pesquisa simples para ver que, nos pareceres da Conitec para medicamentos altamente utilizados por pacientes graves mundo afora, são encontradas palavras como "custo adicional", "mais caro" e "impacto orçamentário".

Cabe, portanto, o questionamento: Quanto vale uma vida humana? É possível mensurá-la? No terreno do pensamento, o que nos torna humanos é a incansável luta pela felicidade - aqui personificada no direito e na justiça como instrumentos de busca por uma vida com dignidade, algo extremamente profundo que dá contorno a nossa existência e a sua singularidade, que não pode ser medida, nem pesada. Não tem preço! São inúmeros os fatores que levam o médico assistente a prescrever o medicamento A ou B, e o principal deles é o indivíduo. Todos eles passam pela eficácia, mas, para a Conitec, ela não é suficiente.

Inúmeros medicamentos que estão, há anos, no rol da ANS não foram incorporados ao SUS. Ou seja, se a pessoa tem uma doença grave e um plano de saúde, em tese, fará uso daquele tratamento que seu médico sabe que pode lhe salvar a vida ou lhe dar um fim digno, com menos dor. Mas se ela depender do SUS e não procurar a Justiça, poderá ver sua vida minguando lenta e dolorosamente. Onde fica a igualdade prevista na Constituição?

Mesmo ciente de que é impossível não considerar o impacto orçamentário, soluções precisam ser encontradas, porque a vida do usuário do plano de saúde não tem mais valor do que a do usuário do SUS. É preciso pensar em redução de impostos, custos, quebrar patentes, investir em pesquisas e outras soluções. Se alguém precisa perder algo, esse alguém não pode ser o cidadão doente, sob pena de ver sua cidadania ferida de morte.

Há uma nova tecnologia de combate a alguns tipos de câncer que consiste em extrair uma amostra de sangue, tratar os linfócitos e enviá-la aos Estados Unidos, onde eles "aprenderão" a combater a neoplasia. Logo depois, o sangue é infundido no paciente. Esse tratamento custa cerca de R$ 3 milhões e, aparentemente, somente os planos de saúde têm sido acionados para arcar com ele. Enquanto isso, se esvaem vidas de Marias, Marinas e Josés, todos à espera de se tratar pelo SUS, assim como o fazem outros que têm condição financeira de pagar o plano.

A questão é muito simples: se quem paga o plano faz determinado tratamento e se cura, mas quem usa o SUS tem acesso negado e morre, isso gera ao menos à família do usuário uma expectativa de um direito de reparação, não pela morte, mas porque a ele foi negado o direito de tentar. Fala-se tanto em impacto orçamentário e em medicamento de alto custo, mas, se todos os doentes desse país que não iniciaram o tratamento no momento certo e tiveram prejuízos conhecessem seus direitos, certamente o impacto seria enorme.

A conclusão é de que não somos todos iguais, já que uns podem tratar-se de uma doença devastadora melhor e mais rapidamente do que outros. A diferença está na precificação da vida. A luta pela vida vale muito a pena, tanto no âmbito individual quanto no coletivo, já que é essa luta de massa que faz com que medicamentos sejam incorporados, patentes sejam quebradas e pesquisas sejam iniciadas. Essa reflexão é necessária e urgente, até porque não há nada mais urgente do que a vida e a dignidade humana.

* Janaína Mathias Guilherme, Advogada especialista em direito civil, processual civil e processual penal; Maria Francisca da Silva Santos, p

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 15 Abril 2024 07:28

CLIPPING AHPACEG 13 A 15/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

É preciso preparar o mundo para a próxima pandemia

Opinião - Gustavo Ribeiro: É preciso racionalizar o debate sobre planos de saúde

Em Goiânia, Congresso Nacional de Telemedicina e Telessaúde destaca inovações tecnológicas

Goiás atinge a marca de 110 mortes por dengue em 2024

Uma radiografia da saúde pública no Brasil

O GLOBO

É preciso preparar o mundo para a próxima pandemia

Reunião da OMS em Genebra apresentará agenda para evitar repetir erros do combate à Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deverá se reunir no mês que vem em Genebra com o objetivo de formular um pacto global para que, na próxima pandemia, não se repitam os erros cometidos na última. O balanço da experiência mundial no enfrentamento da Covid-19 é negativo: falta de medicamentos e vacinas para todos, descoordenação entre países e atrasos contumazes, com um saldo oficial de 7 milhões de mortos (embora se saiba que o impacto do coronavírus tenha resultado em mais de 25 milhões de vidas perdidas).

Para fundamentar as discussões, a
mobilizou um grupo que, durante oito meses, auditou o comportamento dos países e da própria organização. Um resumo desse trabalho, publicado pelo jornal The Washington Post, registra que, apesar de anos de alerta sobre a ameaça inevitável de uma pandemia, não foram tomadas as medidas de precaução necessárias. O mundo não entrou em prontidão como deveria. "A preparação foi inconsistente e sem base. O sistema de alerta foi muito lento", afirma o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

: As clínicas em Wuhan, cidade onde surgiram os primeiros casos da doença, foram rápidas em identificar uma pneumonia de origem desconhecida no final de dezembro de 2019. Mas, depois disso, a notificação formal demorou. Perdeu-se um tempo precioso. Se tivessem sido adotadas desde o início, medidas de isolamento poderiam ter evitado que a nova cepa de coronavírus se espalhasse.

Entre as propostas levadas a Genebra está a criação, pela OMS, de um novo sistema global de vigilância, usando modernas ferramentas digitais. A reunião também deverá deliberar sobre uma autorização para aivulgar informações sobre riscos de pandemias sem aprovação prévia dos governos.

Um ponto central é o acesso rápido de cientistas ao material recolhido de pacientes e aos locais onde são apontados os primeiros casos de uma nova doença em qualquer país.
Pretende propor um acordo internacional para garantir que não se perca tempo em burocracias. "Doenças não respeitam fronteiras", diz o Post. "Reter informações põe todo o mundo em risco."

Quanto aos recursos, a ideia é criar um fundo global contra pandemias, constituído por doações proporcionais ao nível de desenvolvimento dos países. Esperam-se contribuições entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões por ano, de modo que, quando necessário, o fundo tenha recursos para desembolsar de US$ 50 bilhões a US$ 100 bilhões em apoio às emergências.

No campo do aprendizado positivo, é preciso registrar que as vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde. Mas faltou distribuí-las de forma mais equânime. Daí a proposta de que a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a
tratem com produtores de imunizantes e seus países a cessão voluntária da tecnologia. Se não houver acordo num prazo de três meses, a proposta é abrir exceção com base na legislação sobre direito a propriedade intelectual, como no caso da quebra de patentes das drogas no combate ao HIV.

Os críticos afirmam que ela quer ser uma "polícia global da saúde pública". Mas a pandemia de Covid-19 foi uma prova irrefutável da necessidade de coordenação global no combate às novas doenças. Ideologia e política não deveriam prejudicar o entendimento entre países para combaterem juntos ameaças à espécie humana.

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FOLHA DE S.PAULO

Opinião - Gustavo Ribeiro: É preciso racionalizar o debate sobre planos de saúde


Conclamamos a sociedade para um diálogo a favor do beneficiário e do sistema

Europa, início do século 17. O regime absolutista regia a vida dos indivíduos, alicerçado na base de dogmas e de imposições. O diálogo entre os grupos sociais era silenciado. As "convicções" barravam o progresso. O Velho Continente estaria fadado ao obscurantismo, não fosse a ciência e um novo contrato social.

Foi no auge do Iluminismo, no século 18, que Jean-Jacques Rousseau trouxe para a teoria a importância da articulação política entre os homens para a fundação de um ente para proteger a coletividade. Assim, cidadãos renunciaram a parte de seus direitos individuais e consentiram em favor desse novo ente resultante de um novo pacto social: o Estado, cuja finalidade é a busca do bem comum. Passados três séculos, resgatar os princípios do Iluminismo será crucial para que o sistema de saúde suplementar continue a operar de forma sustentável no Brasil.

O advogado Gustavo Ribeiro, novo presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde)

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Fortalecer a articulação do setor com os demais agentes sociais em torno de uma agenda propositiva e baseada na ciência é um dos grandes desafios da gestão que assume a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) pelos próximos dois anos. Ao propor um novo pacto, nosso objetivo é o ampliar o acesso à saúde, desafogando e desonerando o SUS e garantindo a sustentabilidade do setor, que hoje responde por cerca de 6% do PIB.

Nos próximos dois anos, será preciso dar mais transparência a pontos nevrálgicos que regem a relação entre os operadores da saúde e a sociedade. Esclarecer que as mensalidades não são determinadas por suposta avidez de lucro, como acredita quem desconhece o negócio. A saúde suplementar não é elitista. Muito ao contrário, aumentar o acesso da população aos planos de saúde é uma das bandeiras do setor.

Mas há uma série de fatores que impactam os custos e que se traduzem em reajustes que visam reequilibrar o sistema. Entre os mais significativos, as fraudes e a judicialização indevida.

Essas questões precisam ser mais bem compreendida pelos beneficiários, pelos representantes eleitos e pelos julgadores. A falta de observância de pontos fundamentais dos contratos e da regulação acabam gerando efeito inverso ao pretendido, qual seja, a exclusão de grande número de pessoas do sistema privado e a consequente sobrecarga do sistema público.

Incorporar novas tecnologias no rol de procedimentos dos planos de saúde, por exemplo, tem custos e riscos. Decisões judiciais que determinem a inclusão da cobertura, sem análise do seu impacto e sua efetividade, afeta a todos os beneficiários. Isso acontece porque os planos funcionam na base de financiamento coletivo. O usuário não paga por aquilo que usa, mas pela segurança do sistema, que administra o montante de recursos de modo a atender a quem precisa.

Para lidar com esses desafios, temos de discutir a criação de um modelo de sanções e incentivos capaz de estimular o uso consciente do sistema. O benefício será coletivo; afinal, o Brasil de hoje é inimaginável sem a atuação desse setor, que, ao desafogar o sistema público, contribui para a sustentabilidade dele também.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Em Goiânia, Congresso Nacional de Telemedicina e Telessaúde destaca inovações tecnológicas

Evento em Goiânia reúne especialistas para discutir o futuro da medicina digital

Na última sexta-feira (12/4), teve início o XI Congresso Nacional de Telemedicina e Telessaúde, no Centro de Convenções de Goiânia. O evento, que se estenderá até o dia 14 de abril, tem como foco principal a apresentação das mais recentes tecnologias aplicadas aos serviços de saúde. Uma exposição inovadora sobre o Césio-137 faz parte da programação diversificada do congresso.

Durante o evento, mais de 60 produtos de Inteligência de Negócios (IN) e Ciência de Dados estão sendo apresentados, destacando-se iniciativas como o Boletim do Paciente no Expresso Goiás, Arbo e Imuniza Goiás. Essas ferramentas têm como objetivo melhorar a administração e o atendimento na área da saúde, proporcionando agilidade nas ações, economia e controle de recursos aplicados, conforme explicou o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos.

O presidente do congresso, Dr. Alexandre Chater Taleb, destacou a importância das novas tecnologias apresentadas, afirmando que representam um novo modo de cuidar que veio para ficar. Com avanços significativos na Telemedicina, especialmente após a pandemia, os participantes do congresso poderão conhecer soluções que permitem realizar exames de fundo de olho, ultrassom e análises dermatológicas remotamente, reduzindo custos e agilizando o atendimento.

Além das exposições e palestras, o evento marca o lançamento da versão bilíngue da fotorreportagem “A história do acidente radioativo em Goiânia – 37 anos”, que conta com depoimentos de fotógrafos que cobriram o evento.

A I Mostra de Saúde Digital, iniciada nesta sexta-feira às 9h, trouxe palestras de especialistas nacionais e internacionais, incluindo destaque para o “hackathon”, uma competição desafiadora organizada pela Hub Goiás, que estimula grupos multidisciplinares a desenvolverem soluções inovadoras para questões de saúde.

Durante o congresso, os participantes terão acesso a totens interativos para consultar o site “Inovação Saúde”, desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia, Inovação e Saúde Digital da SES-GO. Além disso, uma sala de talk show abrigará discussões sobre temas relevantes da saúde digital, incluindo a experiência da Estônia apresentada por Tanel Tera, convidado internacional.

Durante o evento, mais de 60 produtos de Inteligência de Negócios (IN) e Ciência de Dados estão sendo apresentados, destacando-se iniciativas como o Boletim do Paciente no Expresso Goiás, Arbo e Imuniza Goiás. Essas ferramentas têm como objetivo melhorar a administração e o atendimento na área da saúde, proporcionando agilidade nas ações, economia e controle de recursos aplicados, conforme explicou o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasivel Santos.

O presidente do congresso, Dr. Alexandre Chater Taleb, destacou a importância das novas tecnologias apresentadas, afirmando que representam um novo modo de cuidar que veio para ficar. Com avanços significativos na Telemedicina, especialmente após a pandemia, os participantes do congresso poderão conhecer soluções que permitem realizar exames de fundo de olho, ultrassom e análises dermatológicas remotamente, reduzindo custos e agilizando o atendimento.

Além das exposições e palestras, o evento marca o lançamento da versão bilíngue da fotorreportagem “A história do acidente radioativo em Goiânia – 37 anos”, que conta com depoimentos de fotógrafos que cobriram o evento.

A I Mostra de Saúde Digital, iniciada nesta sexta-feira às 9h, trouxe palestras de especialistas nacionais e internacionais, incluindo destaque para o “hackathon”, uma competição desafiadora organizada pela Hub Goiás, que estimula grupos multidisciplinares a desenvolverem soluções inovadoras para questões de saúde.Durante o congresso, os participantes terão acesso a totems interativos para consultar o site “Inovação Saúde”, desenvolvido pela Superintendência de Tecnologia, Inovação e Saúde Digital da SES-GO. Além disso, uma sala de talk show abrigará discussões sobre temas relevantes da saúde digital, incluindo a experiência da Estônia apresentada por Tanel Tera, convidado internacional.

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A REDAÇÃO

Goiás atinge a marca de 110 mortes por dengue em 2024

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou o registro de 110 mortes por dengue neste ano no estado até o momento. As vítimas eram de diferentes faixas etárias e moravam em 42 municípios goianos. Conforme dados da SES, outros 142 óbitos suspeitos estão em investigação. Os municípios que registraram maior número de mortes pela doença são Anápolis (21), Luziânia (10), Valparaíso de Goiás (7) e Goiânia (6).
 
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, ressalta que o momento ainda é de preocupação. Só neste ano foram notificados 205.965 casos de dengue. No ano de 2023 houve 124.503 notificações da doença. As amostras analisadas no Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) indicam que 46,4% dos casos são pelo sorotipo 2, considerado o mais agressivo, e 52,8%, pelo sorotipo 1, menos grave.
 
A superintendente informa que os casos de dengue estão avançando, mas em ritmo menor, com tendência de desaceleração. Ela pondera que essa situação não significa despreocupação. “A população deve continuar eliminando de suas casas todo e qualquer material, utensílio ou dispositivo que acumula a água parada e que se transforma em criadouro do mosquito Aedes aegypti” enfatiza.
 
Vacinação
Flúvia Amorim alerta a população a vacinar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos contra a dengue. O imunizante, que protege contra os quatro sorotipos da doença, está disponível em centros de saúde de todos os municípios goianos. A aplicação é feita em duas doses, no intervalo de três meses uma da outra. Goiás recebeu do Ministério da Saúde 158.505 doses, das quais 52% foram aplicadas. A superintendente relata que o Ministério da Saúde deve enviar novas remessas a serem usadas como segunda dose.
 
Até agora, a SES coordenou a instalação de 223 Gabinetes de Combate à Dengue nas secretarias municipais de saúde, nos hospitais e em unidades básicas de saúde. Essas estruturas são responsáveis por reunir informações sobre os casos da doença e dar o suporte necessário de insumos, soro e medicamentos para o tratamento célere dos pacientes.

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ESTADO DE MINAS

Uma radiografia da saúde pública no Brasil


Em "SUS: Uma biografia", o médico Luiz Antonio Santini e o historiador Clóvis Bulcão se unem para dissecar o DNA do megassistema que universalizou o atendimento
Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde uma pandemia. Em janeiro de 2021, a enfermeira Mônica Calazans seria a primeira pessoa vacinada no Brasil contra o novo coronavírus, no que se tornaria uma campanha de imunização em massa que, apesar dos percalços, estancou a mortalidade pela doença no país. Este ano, a proteção contra a dengue também começa a chegar em nível nacional aos primeiros grupos. A aplicação gratuita dessas e de outras vacinas só é possível graças à capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS), com ramificações em 5.570 municípios brasileiros.

Com o objetivo de apresentar as bases que fundaram essa megaestrutura, baseada na Constituição Federal de 1988, o médico e professor aposentado da Universidade Federal Fluminense Luiz Antonio Santini e o jornalista e historiador Clóvis Bulcão se uniram para registrar o histórico da saúde em "SUS: Uma Biografia - Lutas e Conquistas da Sociedade Brasileira".

"Ao longo da história do Brasil, a saúde sempre foi um problema, excluindo boa parte da sociedade. Pela primeira vez, pessoas de diferentes extratos ideológicos começaram a colocar um tijolinho. (...) (O SUS) É um avanço civilizatório do qual eu acho que brasileiro moderno não tem consciência, por conta dos problemas de financiamento", afirma Bulcão, sobre o que inspirou a empreitada.

Após a Segunda Guerra Mundial a saúde passou a ser considerada "direito universal", com a Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, aponta o livro, que prossegue relatando o cenário que antecedeu a ideia que deu origem ao SUS.

Antes da Revolução Cubana, em 1959, foram criadas organizações com o objetivo de melhorar a questão de saúde nas s, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 1902, com o apoio de fundações americanas.

Após a Revolução Cubana, o governo dos EUA buscou financiar desenvolvimento social, criando anos depois "a formulação de políticas públicas de saúde" para países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA). Um projeto tocado com recursos provenientes de grandes empresas americanas, como a Kellogg's, Ford, Rockfeller e outras, segundo a obra.

Pajés e curandeiros

Antes e durante boa parte da colonização portuguesa, apontam os autores, os grandes encarregados de tratamentos de saúde no Brasil eram pajés e curandeiros que faziam uso da flora local e do conhecimento empírico acumulado pelos povos originários ao longo do tempo. Apesar deste ser o tipo de tratamento mais comum à época, o sistema Santa Casa de Misericórdia surgiu em 1543, a partir de Santos, chegando depois a outras cidades, como Salvador (1549), Rio de Janeiro (1567) e Porto Alegre (1803).

O ensino da medicina começa em 1808 na capital baiana, sendo seguido pela capital fluminense em data muito próxima, por ordem de dom João VI, que chegou ao Brasil com a corte portuguesa para escapar do avanço das tropas de Napoleão Bonaparte sobre as terras lusitanas. Contudo, o avanço dos estudos médicos no Brasil eram lentos: apenas em 1938 foram abertas 12 faculdades de medicina no país. No período, se formou o médico Oswaldo Cruz, responsável pela vacinação que acabou culminando na Revolta da Vacina, mas que ajudou no avanço sanitário do país, lembram os autores.

Com o passar do tempo, diante de guerras, pandemia de gripe espanhola e convivência com diversas doenças, a saúde passou a ser o centro das discussões no Brasil. Foi neste cenário que alguns médicos que viriam a contribuir com surgimento do SUS - como Sérgio Arouca, Hésio Cordeiro, José Saraiva Felipe, José Temporão, José Carvalho de Noronha, José Luís Fiori, Reinaldo Guimarães e o próprio autor do livro, Luiz Antonio Santini - começaram buscar soluções para os problemas sanitários que afetavam a população.

Os militares e a saúde

Em 1964, com o golpe de Estado que derrubou João Goulart e levou os militares ao poder, o Brasil enfrentava uma escalada de mortes por doenças transmissíveis, alta taxa de mortalidade infantil e tinha 18 milhões com males como varíola, malária, mal de chagas e esquistossomose, em uma população de 82 milhões de pessoas.

"A questão das doenças transmissíveis não estava restrita aos rincões mais isolados ou mais pobres do país. Acossava as grandes metrópoles. Em fevereiro de 1969, foram instalados em Belo Horizonte nove pontos de vacinação contra o sarampo (...). Na entrada da década de 1970, o Brasil era o único país da do Sul que continuava convivendo com surtos de varíola", afirma Bulcão. Quando as enfermidades passaram a afetar a saúde de pessoas da alta sociedade, os militares passaram a encampar a questão sanitária como fundamental e, em 1973, por determinação do Ministério da Saúde foi criado o Programa de Imunização (PNI), visando combater varíola, rubéola e poliomielite.

Os comunistas e o Centrão

Três anos depois, médicos brasileiros, muitos deles ligados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), construíram o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes). Como inspiração, afirma a obra, tinham figuras como o médico, sociólogo e historiador argentino Juan César García; o médico e sanitarista italiano Giovanni Berlinguer e seu irmão Enrico, que foram políticos pelo Partido Comunista Italiano (PCI); o psiquiatra Franco Basaglia; e até mesmo o filósofo francês Michel Foucalt.

Revolução e desigualdade

Essa corrente buscava a aplicação de um sistema de saúde universal. Anos depois, com a redemocratização e a Assembleia Constituinte, em 1988, entre derrotas e vitórias, foi aprovada a criação do SUS. Um dos poucos parlamentares a se posicionarem contrários à proposta foi o ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso recentemente por ter atirado contra policiais federais.

"O Centrão, na constituinte, comprou a ideia de se fazer o SUS. Figuras como Roberto Jefferson são contra, por achar que a saúde não tem nada a ver com o Estado, é uma questão privada", relatou o historiador Clóvis Bulcão.

Na época, o deputado constituinte Eduardo Jorge afirmou que "a luta maior era pelo direito universal da saúde no Brasil, garantido por uma estrutura pública. Essa estrutura pública não significa ser estatal, mas combinando com os setores filantrópicos, de medicina lucrativa e pública. O fundamental era o universal, para todas e todos, para 100% dos brasileiros. Uma revolução no país mais desigual do mundo"

Na entrevista a seguir, os autores de "SUS: Uma Biografia" dão detalhes sobre essa revolução. Confira os principais trechos.

Como era o panorama da saúde antes do SUS e qual é a importância desse sistema no Brasil?

Luiz Antonio Santini: O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), em Niterói, recebia uma demanda muito forte do interior do estado do Rio de Janeiro e muitas vezes atendia com dificuldade, precariedade. Isso me despertou. Eu era uma pessoa politicamente participativa, tinha participado de movimento estudantil, do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Isso me aproximou de movimentos que nos anos 1970 estavam se articulando na busca da melhoria de uma saúde pública no Brasil. Minha aproximação veio pelas dificuldades que, como médico do hospital universitário, encontrava no atendimento a população. (O objetivo do livro) foi contar a história de como o processo da medicina e da saúde pública no Brasil se desenvolveu.

Clóvis Bulcão: Antes do SUS, havia 40 milhões de brasileiros que, quando caíam doentes, não tinham acesso a nada.(...) Hoje, quando se anda pelas cidades brasileiras, é possível ver pessoas em situação de rua com próteses, grades de quem operou o fêmur, morador de rua que foi atendido numa UPA... Antes da Constituinte, essas pessoas chegariam ao pronto-socorro e não seriam atendidas.

O SUS é responsável pela aplicação de uma série de vacinas nas cidades brasileiras. Como foi a construção da ideia de imunização da população e como essa queda das taxas de imunização é vista hoje?

Bulcão: Quem criou o Plano de Imunizações (PNI), que agora está vacinando contra a dengue e vai retomar a vacina contra a gripe para idosos, foram os militares. Eles tinham consciência de que isso era importante. Foi um legado do governo militar. Quem tentou destruí-lo foi um governo em que se falava "meu exército". (...) O PNI foi um orgulho do governo militar, que agora ficam questionando. Esses números (de vacinação) já vinham em queda, porque começaram a circular informações, e nós importamos essa ideia da Europa e dos Estados Unidos, de que a vacina do sarampo causa autismo. Brasileiro sempre gostou de se vacinar, tanto que se tem a expressão "vacina até na testa".

Santini: Quando surgiram as vacinas para doenças preveníveis por imunização, o Brasil foi um país de sucesso nessa área. Foi um dos primeiros países a ter um programa nacional de imunização, conseguimos acabar com a poliomielite, sarampo, varíola, e isso foram programas desenvolvidos por muitos anos. (...) O risco disso é a interrupção. O risco de se reativar uma doença como essas, sobretudo nas populações mais novas. (...) As pessoas que não foram vacinadas são vulneráveis, e a doença pode se alastrar outra vez, como ocorria antes de haver vacinação.

O Brasil ainda tem uma grande concentração de médicos em grandes metrópoles. Qual a razão disso?

Bulcão: O Brasil sempre teve uma quantidade pequena de universidades de medicina, formava poucos médicos. Agora, o que a gente vê é um salto, você tem muito mais pessoas formadas. Mas quem está pagando R$ 12 mil ou R$ 13 mil numa faculdade privada não está interessado no programa Mais Médicos, quer ficar nos grandes centros atrás de recuperar o dinheiro que foi investido. Recentemente, tanto no Brasil, quanto em Minas , os governantes se posicionaram contrários à vacinação obrigatória. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu reiteradas vezes que não iria se vacinar. Já o governador Romeu Zema (Novo) se mostrou favorável à desobrigação do cartão vacinal de crianças e adolescentes que se matriculem no ensino estadual esteja atualizado. Quais são os efeitos disso na população?

Santini: O governador de Minas está alinhado a um movimento internacional antivacina, que faz isso em nome da liberdade de escolha. A vacina é uma conquista da humanidade e, havendo evidências científicas de que produz resultados, e, neste caso, há, sobretudo na infância, como no caso da pandemia da COVID-19, que evitou a morte de muitas crianças, (esse movimento) é um absurdo, não faz o menor sentido. O pensamento anticientífico tem produzido verdadeiras catástrofes desnecessárias. A possibilidade do retorno de uma epidemia, de uma doença imunoprevenível, é uma atitude anticientífica, antidemocrática e é um risco social epidemiológico. Uma atitude dessas significa você reacender uma doença que já foi eliminada. No caso de Minas , que tem uma população muito grande, faz fronteiras com muitos estados, é passagem de brasileiros e é ponto de visitação, (essa postura) tem a possibilidade de contribuir negativamente para disseminação de uma epidemia. Estou falando de uma decisão política e tecnicamente equivocada

Bulcão: O Ministério Público deveria abrir queixa-crime contra todo gestor público que age a favor de patógenos serem espalhados. É fundamental combater essas pessoas com a lei. Além de seguir e incrementar as campanhas de vacinação.

Esse discurso antivacina pode ter impacto a longo prazo?

Santini: A cobertura da vacina para dengue já tem sido muito menor. Apesar de o Brasil não ter o número de vacinas necessárias para atender a toda população-alvo, que são as crianças, hoje em dia, o número das que têm sido vacinadas é menor que a quantidade de doses disponíveis. Essa campanha de desinformação que foi encampada até pelo Ministério da Saúde do governo Bolsonaro trouxe prejuízos que terão repercussões a longo prazo, justamente porque transforma uma questão científica de saúde pública em uma discussão ideológica. O governo Bolsonaro foi na contramão de tudo o que o Brasil conquistou historicamente. O maior alinhamento que o Bolsonaro tinha com a ditadura militar é na questão da repressão política, tortura.

Quais são os desafios e o futuro do SUS no Brasil?

Santini: O futuro (do SUS) é uma nova pactuação da sociedade brasileira com relação aos compromissos com a saúde pública. No Brasil, foi retomado o conceito da saúde como direito, e disso ninguém abre mão. A pandemia de COVID-19 ajudou a compreender isso. As pessoas entenderam que o problema de saúde pública, se não for tratado e articulado pelo poder público, há um risco muito grande. O Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema público de saúde universal. Isso é uma grande conquista, mas temos que avançar mais. Primeiro, um dos grandes desafios do sistema brasileiro é o subfinanciamento. Se comparado com outros países de mesmo nível de desenvolvimento da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país investe menos da metade. Segundo, é preciso melhorar o processo organizativo, incluir na discussão as parcerias público-privadas. Terceiro, é necessário avançar nas pesquisas e na produção de insumos nacionais. Aumentar a capacidade de produzir o que o Brasil necessita, ao menos para as contingências, as crises da saúde pública e alimentares. Quarto, é a questão ambiental, que está associada a comportamentos, por exemplo o nível de obesidade da população brasileira que é muito grande e cresceu muito rapidamente.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 12 Abril 2024 10:48

CLIPPING AHPACEG 12/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Bom senso regulatório – equilibrar custo, qualidade e acesso à saúde

Artigo - A importância da acreditação na redução da judicialização da saúde

Crianças que fazem hemodiálise comovem a web com vídeo sobre tratamento: 'Não é o fim'

MEDICINA S/A

Artigo - Bom senso regulatório – equilibrar custo, qualidade e acesso à saúde

Os números demonstram que o mercado de saúde suplementar não consegue equilibrar três fatores fundamentais para a satisfação dos beneficiários, adesão dos prestadores e sustentabilidade das operadoras e seguradoras: custo, qualidade e acesso. Há muitos anos, temos advertido que a excessiva regulação, a judicialização e a incorporação tecnológica sem rigor científico acarretaria aumento de custo e ameaçaria a sustentabilidade setorial.

Não é tarefa fácil equilibrar demandas e alinhar interesses. Por exemplo, citamos a incorporação sem um plano orçamentário ou atuarial do medicamento Zolgensma, com custo superior a R$7,5 milhões de reais por tratamento, valor esse superior ao faturamento anual de 82 operadoras e maior do que o faturamento mensal de 372 operadoras. Nos últimos meses, as terapias de TEA (Transtorno do Espectro Autista) e de TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento) passaram a representar 9% dos custos das operadoras, superando os custos médios dos tratamentos oncológicos (8%). Em outros países muitas das coberturas são funções do setor educacional e não do setor saúde, pois essas crianças devem estar inseridas socialmente na vida das famílias e escolas, e não durante 40 horas semanais em terapias individuais em clínicas. Como consequência, os planos empresariais têm aumentado os custos em dois dígitos percentuais por ano.

Além disso, enfrentamos uma avalanche de fraudes, que fizeram a diferença entre o lucro e o prejuízo do conjunto da saúde suplementar. Em 2022, foram perdidos, para atos como empréstimos de carteirinha, declarações de saúde e reembolsos falsos, entre outros, até R$34 bilhões. Naquele ano, o prejuízo operacional das operadoras totalizou R$11,5 bilhões. Ou seja, sem fraudes, mesmo com o atendimento a consultas, exames e internações represadas pela pandemia do coronavírus, o segmento teria lucro operacional.

Equívocos regulatórios e legislativos não nos impediram de identificar e implantar tecnologias e processos que nos ajudassem a ajustar as finanças. Passamos a contar com a CIG (Classificação de Informações Gerenciais), um dos módulos da solução Unimetrics, que utiliza algoritmos para avaliação de custos assistenciais na rede de prestadores da Seguros Unimed. Adotamos e desenvolvemos com nossas equipes algoritmos de machine learning (subconjunto da inteligência artificial voltado para a construção de sistemas que aprendem e aperfeiçoam o desempenho) para prever padrões e otimizar operações, evitando gastos desnecessários e melhorando os desfechos assistenciais. Em 2023, criamos também uma estrutura corporativa voltada ao combate das fraudes. Na Justiça, obtivemos liminares contra clínicas que solicitaram login e senha dos clientes para requerer reembolsos de despesas médicas, muitas vezes indevidos.

O esforço nos permitiu, mesmo na adversidade setorial, trazer expressivo resultado operacional. Mas temos convicção de que há um limite para o que se possa obter de resultado por intermédio do combate a desperdícios e fraudes. Para compatibilizar custo, qualidade e acesso à saúde, será necessário rever práticas regulatórias e legislativas.

Equilibrar todos os interesses na balança com bom senso e atenção ao custo-benefício, focando no real resultado sobre a saúde da população, com atenção a prevenção quaternária que olha a intervenção desnecessária sobre a saúde de todos permitirá a ampliação do escopo de beneficiários, incluindo segmentos que hoje não tem acesso à saúde suplementar.


*Luís Rolim é Diretor Executivo de Provimento da Seguros Unimed.

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A importância da acreditação na redução da judicialização da saúde


A judicialização da saúde no Brasil tem se tornado uma questão cada vez mais relevante e com impactos significativos no sistema de saúde, nos pacientes e nos profissionais médicos. Os números revelados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras instituições mostram uma realidade preocupante: mais de 500 mil processos relacionados à saúde em um país com pouco mais de meio milhão de médicos. Esse cenário reflete não apenas a busca por reparação em casos de supostos eventos adversos, mas também uma série de questões estruturais e de acesso que permeiam nosso sistema de saúde.
Dentre os diversos fatores que contribuem para esse fenômeno, alguns exemplos incluem:

a falta de acesso a medicamentos;
a dificuldade em encontrar especialistas e serviços especializados;
negativas de cobertura por parte dos planos de saúde;

A crescente judicialização da medicina não afeta apenas a relação médico-paciente, mas também sobrecarrega o sistema judiciário e impacta negativamente a gestão dos recursos públicos destinados à saúde.
Pensando nisso, é imprescindível destacar o papel fundamental da Acreditação na redução da judicialização e na promoção de uma prática assistencial mais segura e eficiente. A Acreditação, por meio dos processos e padrões estabelecidos com a instituição, busca garantir a qualidade e a segurança dos serviços de saúde, promovendo a padronização de procedimentos, a melhoria contínua da qualidade e a adoção de boas práticas clínicas.
Ao implementar esses processos, as instituições de saúde se comprometem com a excelência em todos os aspectos do atendimento, desde a infraestrutura física até a qualificação dos profissionais e a segurança do paciente. Esses processos não apenas ajudam a prevenir erros e eventos adversos, mas também fortalecem a confiança e a credibilidade das instituições de saúde junto aos pacientes e à sociedade como um todo.
Um dos principais benefícios da Acreditação é a redução da chamada medicina defensiva, um fenômeno em que os profissionais de saúde adotam medidas excessivamente cautelosas para se protegerem de possíveis processos judiciais. Com padrões claros e processos bem definidos, a Acreditação oferece orientações que ajudam os profissionais a tomarem decisões mais seguras e embasadas, reduzindo a necessidade de práticas defensivas que podem comprometer o atendimento aos pacientes.
Além disso, ao promover a melhoria contínua da qualidade e da segurança dos serviços de saúde, a Acreditação contribui para a redução de imprevistos e erros assistenciais, que são uma das principais causas de processos judiciais na área da saúde. Instituições de saúde Acreditadas têm taxas significativamente menores de complicações e incidentes adversos, o que se reflete em uma menor incidência de processos e uma maior confiança por parte dos pacientes.
Ao investir em processos de Acreditação, as instituições de saúde não apenas cumprem com seu compromisso ético e profissional, mas também contribuem para a construção de um sistema de saúde mais justo, transparente e acessível para todos. É hora de reconhecer e valorizar o papel crucial da Acreditação na promoção da saúde e na prevenção de litígios desnecessários, em benefício tanto dos pacientes como dos profissionais da saúde e da sociedade como um todo.

*Camilla Covello é sócia e CGO da QGA - Quality Global Alliance.

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PORTAL G1

Crianças que fazem hemodiálise comovem a web com vídeo sobre tratamento: 'Não é o fim'

Ideia de fazer gravação surgiu com propósito de ter uma brincadeira para distraí-los. Vídeo foi gravado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia

Por Thauany Melo

Crianças que fazem hemodiálise comovem a web com vídeo sobre tratamento: 'Não é o fim'

Crianças que fazem hemodiálise comoveram a web ao falarem, de forma descontraída, sobre o tratamento. Nos relatos, elas não só contam sobre as experiências diárias, como aproveitam para brincar com a situação.

“Eu faço hemodiálise e é claro que eu durmo a sessão toda”, contou uma criança.

“Eu faço hemodiálise e é claro que toda terça eu chego inchada”, disse outra criança, sorrindo.

Ao final do vídeo, as mães das crianças se reúnem e mandam uma mensagem: “Nossos filhos fazem hemodiálise e é claro que somos felizes”, dizem juntas.

A médica pediatra Juliane Nogueira, que publicou o vídeo, afirmou que o momento de descontração foi importante para as crianças, para os profissionais da saúde que lidam com a situação e para as mães dos pacientes que participaram.

“A hemodiálise não é o fim. Eles me lembram disso todos os dias”, escreveu na publicação.

O vídeo foi gravado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. Ao g1, Juliane Nogueira contou que as crianças podem se sentir mal no decorrer da sessão da hemodiálise e a ideia de fazer a gravação surgiu com o propósito de ter uma brincadeira para distraí-los.

“As crianças costumam passar mal do meio da sessão para frente. Tive a ideia de fazer a 'trend' para tentar distraí-los e eles entraram na brincadeira”, contou a médica.

Juliane Nogueira explicou que a hemodiálise é um procedimento feito quando o rim não funciona corretamente e que as crianças atendidas apresentaram insuficiência renal por diversas causas.

“Cada uma tem um motivo diferente para fazer o tratamento. Tem muitas crianças que já nasceram com má formação do trato urinário, outras que têm síndrome nefrótica. Mas todas foram evoluindo com a doença renal crônica”, explicou.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 11 Abril 2024 06:50

CLIPPING AHPACEG 11/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Família entra na Justiça e consegue remédio milionário para salvar a vida de bebê com doença rara

Criança de 11 anos morre com suspeita de dengue em Caldas Novas

Planos de saúde deve custear transporte se no município do paciente não oferecerem atendimento

Brasil ultrapassa 3 milhões de casos prováveis de dengue

Estudo mostra que 64% das pessoas que tiveram covid longa seguem com sintomas

Artigo: "É hora de aumentar o acesso à saúde suplementar no Brasil"

PORTAL G1

Família entra na Justiça e consegue remédio milionário para salvar a vida de bebê com doença rara

Bebê de 1 ano e 8 meses tem doença genética rara e progressiva. Para que seja eficaz, o medicamento só pode ser aplicado até os 2 anos.

A Justiça Federal concedeu um medicamento que custa cerca de R$ 7 milhões para tratamento da pequena Anny Tereza Moscôso, de 1 ano e 8 meses, diagnosticada com uma doença rara: Atrofia Muscular Espinhal (AME). O remédio se chama Zolgensma e é considerado o mais caro do mundo pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

A decisão saiu na noite desta quarta-feira (10), concedendo com urgência o medicamento para Anny, de acordo com documento da Justiça Federal da 1ª Região (TRF1).

A urgência se justifica pela idade da Anny, já que este tratamento é indicado somente para menores de 2 anos. A família, que mora em Cristalina, no entorno do Distrito Federal (DF), pede judicialmente pelo tratamento desde janeiro deste ano.

"Ai, meu Deus, eu já chorei, só que dessa vez de felicidade. Que aconteçam essas coisas no prazo. Na primeira etapa a gente já venceu”, disse a mãe sobre a decisão.

A mãe, professora universitária e agrônoma, Janielly Moscôso, e o pai, o agrônomo Leandro Araújo, ambos com 37 anos, planejaram a gravidez da primeira filha. Motivo de alegria para os novos papais, Anny nasceu no dia 1º de junho de 2022. Os pais só perceberam os primeiros sintomas da doença quando ela tinha sete meses, após um alerta da avó.

Ela contou que a sogra veio da Paraíba para os visitar. “Ela achou estranho que a Anny não firmava as pernas”, disse. Janielly afirma que, inicialmente, pensaram que era um atraso normal, porém, aos nove meses, Anny ainda não engatinhava, o que preocupou os pais. Eles a levaram para fazer exames e o diagnóstico de Atrofia Muscular Espinhal (Ame) foi confirmado em 29 de dezembro de 2023.

Janielly relata dificuldades até o diagnóstico, por ser um caso raro. “É muito triste, é muito angustiante. Você, mesmo investigando o que é, depois descobrir que é uma doença rara, e o médico falar que era preguiça da menina. Isso não aconteceu só comigo, o que me deixa mais revoltada. Quando eu vou conversar com várias famílias é a mesma história”, contou.

Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Esta é uma doença genética rara e progressiva. A neuropediatra Jeania Damasceno explicou, de forma simplificada, que a Ame afeta a sobrevivência de neurônios motores e leva à degeneração. Sobre os sintomas, explica que “o paciente vai ter fraqueza muscular, problemas para deglutição, problemas respiratórios e de uma maneira progressiva”.

“A gente reconhece atualmente quatro subtipos de Ame: a mais conhecida é a tipo 1, quando o paciente, desde a barriga da mãe, já demonstra assim que mexe pouco ou já nasce com alguns sinais clínicos. Tem uma mortalidade muito alta”, explica Jeania. O tipo 2 tem início de 7 a 18 meses, o tipo 3 em bebês com mais de 18 meses e o tipo 4 em adultos.

Anny foi diagnosticada com o tipo 2 de Ame. “Essa doença é progressiva e degenerativa. Vou ficar morrendo de medo. É uma preocupação constante”, disse a mãe.

"Ela está começando a ver as coisas e falar. Ela viu o coleguinha correndo, aí ela fala ‘correndo, correndo’, o colega pulando, ela fala ‘pulando, pulando’. Ela já está começando a perguntar. É como se fosse uma faca entrando no meu coração”, desabafa Janielly.

Tratamento

O tratamento para Ame é multidisciplinar, segundo a neuropediatra. Ela explica que a doença não tem cura e que é um “tratamento de suporte ao paciente, a gente precisa manejar os sintomas”. Ela também diz que a doença é uma das que mais apresentam avanços terapêuticos.

"São pacientes que vão precisar de profissionais da fisioterapia, tanto motora quanto respiratória, vão precisar de fonoaudióloga, cuidados nutricionais, do apoio psicológico à família”, pontuou.

Sobre a indicação do melhor tratamento, a médica explica que, por preço e dificuldade de acesso, “hoje a gente faz uma escolha muito mais relacionada àquela que esteja disponível”. Continua dizendo que precisa analisar “a disponibilidade do tratamento: aquele que está mais rápido para conseguir, a possibilidade do paciente de conseguir receber o tratamento”.

O Zolgensma é uma das opções de tratamento, de reposição gênica, técnica que introduz genes saudáveis no organismo. Somente uma dose é aplicada em toda a vida. “Pacientes que receberam a terapia de reposição gênica melhoraram de modo significativo os marcos motores, a condição respiratória e nutricional. Há uma modificação mesmo do curso da doença, de modo significativo. A gente tem muitas esperanças”, disse.

A médica exemplifica: “bebês que não tinham expectativa clínica de sentar, conseguiram sentar e se alimentar por via oral; pacientes que receberam o tratamento precoce chegaram até a andar sem apoio”.

Além da fisioterapia, de acordo com a mãe, obrigatória, Anny já fazia um tratamento com Spinraza, atua na produção da proteína SMN, necessária para a sobrevivência dos neurônios motores. Ela faz aplicações periódicas e precisa ficar internada. Segundo Janielly, a intenção é retardar o desenvolvimento da doença. Este tratamento será interrompido para que Anny possa usar somente o Zolgensma.

Preço

O preço do medicamento varia de acordo com a cotação do dólar, por isso, atualmente, o custo seria de cerca de R$ 7 milhões. Os pais chegaram a abrir uma vaquinha para arrecadar o dinheiro, mas os resultados - 37 mil reais - ainda eram muito distantes do necessário. A neuropediatra Jeania Damasceno explicou que medicações voltadas para doenças raras são consideradas “órfãs”.

“O que a indústria fala para a gente é que a produção desses remédios não é muito viável, porque a utilização é muito pequena. E, além disso, para produzir exige muitos estudos e recursos tecnológicos e financeiros”, disse.

O g1 solicitou posicionamento para o TRF e para o Ministério da Saúde, que não responderam até a última atualização desta matéria. O espaço continua aberto.

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Criança de 11 anos morre com suspeita de dengue em Caldas Novas

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, menino precisou ser entubado e teve uma parada cardiorrespiratória. Caso está sob investigação da Vigilância Epidemiológica.

Miguel Silva Nascimento, de 11 anos, morreu com suspeita de dengue em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o menino precisou ser entubado e teve uma parada cardiorrespiratória.

A secretaria informou que a criança chegou no Hospital Municipal Dr. André Ala Filho acompanhado pela mãe na terça-feira (9), em estado grave e com os rins comprometidos. Após ser atendido pela equipe médica, ele foi medicado e fez exames laboratoriais.

A SMS disse que devido à gravidade do caso e à evolução do quadro, Miguel precisou ser entubado e, posteriormente, teve uma parada cardiorrespiratória. O menino acabou morrendo no hospital, quase quatro horas após a entrada no local.

A prefeitura informou que “o caso está sob investigação da Vigilância Epidemiológica, e que, a confirmação oficial só será possível, após análise pela equipe estadual de Vigilância de óbito por dengue e outras arboviroses e o resultado final do exame para dengue, emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN)”.

A prefeitura disse por meio de nota que “lamentamos profundamente o ocorrido, nos solidarizamos com a família neste momento de dor, e respeitosamente, nos colocamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos”.

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PORTAL PORTO FERREIRA HOJE

Planos de saúde deve custear transporte se no município do paciente não oferecerem atendimento


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras de plano de saúde devem custear o transporte de ida e volta para uma cidade que ofereça o serviço médico necessário, quando não houver possibilidade de atendimento do beneficiário no município onde surgiu a demanda, e independentemente de ser o prestador do serviço credenciado ou não pelo plano. O entendimento dos ministros da 3ª Turma foi unânime.

Caso no estado de SP

A Justiça do estado de SP já havia condenado a operadora Unimed Tatuí a fornecer transporte a um beneficiário do plano, morador de Tatuí, para o tratamento em hospital de Sorocaba - ambas cidade do interior do Estado. A condenação foi fixada em primeira instância e mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil ultrapassa 3 milhões de casos prováveis de dengue


Nesta quarta-feira, 10, o Brasil ultrapassou os 3 milhões de casos prováveis de dengue. Os dados foram divulgados pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, que também confirmou 1.256 óbitos em decorrência da doença. Além disso, 1.857 mortes estão sob investigação.

De acordo com as informações fornecidas pela pasta, o coeficiente de incidência atual da dengue é de 1.508 casos para cada 100 mil habitantes, marcando a maior epidemia já registrada no País. Esse índice ultrapassa significativamente o limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para considerar uma situação como epidêmica, que é de 300 casos por 100 mil habitantes.

Além do recorde em número de casos, a quantidade de óbitos também se configura como a maior da história. O recorde anterior aconteceu em 2023, com 1.094 mortes. Já o terceiro ano com maior número foi 2022, com 1.053.

Vale ressaltar que os números reportados pelo Ministério da Saúde muitas vezes não refletem imediatamente a realidade, havendo um intervalo até que estejam totalmente atualizados. Portanto, é provável que o número atual, reportado às 15h37 desta quarta-feira, seja ainda maior.

Formas de prevenção

A eliminação de criadouros de mosquitos segue sendo uma das melhores maneiras de evitar a doença. Além disso, vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que possuem duração superior em comparação a outros tipos.

A Qdenga, vacina contra a dengue fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se do primeiro imunizante de uso amplo contra a doença liberado no País. Anteriormente, a Anvisa havia aprovado a Dengvaxia, vacina da Sanofi Pasteur contra a dengue, mas que é indicada apenas a quem teve exposição anterior à doença.

Em julho de 2023, a Qdenga começou a ser oferecida pela rede privada no Brasil e, em dezembro do mesmo ano, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do primeiro País do mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública de saúde. Devido ao número limitado de doses, contudo, inicialmente só alguns municípios receberam a vacina para aplicar em crianças e adolescentes.

Como informado em reportagem publicada no início de março pelo Estadão, a procura pela vacina, no entanto, ficou aquém do esperado nessas localidades. Por isso, as doses começaram a ser redistribuídas, chegando a municípios que, de início, não receberiam o imunizante, como a capital paulista.

Vale reforçar que ainda não existe um tratamento específico para a doença. Mas a hidratação adequada é capaz de salvar vidas.

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CORREIO BRAZILIENSE

Estudo mostra que 64% das pessoas que tiveram covid longa seguem com sintomas

Estudo norte-americano identificou que 64% das pessoas que tiveram a forma grave da doença continuavam com um ou mais sintomas depois de um ano. Outra pesquisa, do Reino Unido, descobriu cinco subtipos da condição

Dois terços dos pacientes que sofreram covid-19 grave apresentam problemas físicos, psiquiátricos e/ou cognitivos um ano depois de contrair a doença infecciosa, sugere um estudo da Universidade da Califórnia, em San Francisco (UFSC). O prolongamento de sintomas passada a fase aguda vem sendo estudado desde os primeiros meses da pandemia, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020. Porém, agora, passados quatro anos, os pesquisadores acreditam ter uma melhor ideia do número de pessoas afetadas.

Publicado na revista Critical Care Medicine, o estudo atual avaliou o impacto do Sars-CoV-2 na vida de sobreviventes de covid severa - a maioria deles passou, em média, um mês com ventiladores mecânicos. Devido ao uso prolongado do respirador artificial, os pacientes foram encaminhados, após a alta, a hospitais de cuidados agudos de longa duração, instituições especializadas no desmame do aparelho e na reabilitação de pessoas que ficaram muito tempo hospitalizadas.

Dos 156 participantes do estudo, 64% relataram ter comprometimento persistente após um ano, incluindo físico (57%), respiratório (49%), psiquiátrico (24%) e cognitivo (15%). Quase metade, ou 47%, tinha mais de um tipo de problema. E 19% continuaram precisando de oxigênio suplementar. Segundo os autores, o acompanhamento de longo prazo é necessário para compreender a extensão das sequelas em pacientes que adoeceram no início da pandemia: nesse caso, o grupo foi infectado entre 2020 e 2021, com média de dois meses de hospitalização.

"Temos milhões de sobreviventes da doença covid grave e prolongada em todo o mundo", analisa o primeiro autor do estudo, Anil N. Makam, MD, professor associado de medicina na UCSF. "Nosso estudo é importante para compreender sua recuperação e deficiências de longo prazo, e para fornecer uma compreensão diferenciada de sua experiência de mudança de vida."

Retorno

Camila Ahrens, infectologista do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba, esclarece que os sintomas da covid longa costumam durar semanas, meses ou mesmo anos, podendo, inclusive, serem interrompidos e retornarem depois. "Os mais comuns são fadiga incapacitante, falta de ar ou dificuldade para respirar (sintomas que pioram após esforço físico ou mental), tosse persistente e dor no peito", diz. "Também pode ocorrer febre, dificuldade de concentração, depressão, ansiedade, dor nas articulações, problemas para dormir e mudanças no ciclo menstrual."

No caso do advogado Guilherme Kovalski (foto), as sequelas persistem três anos depois da alta. Ele foi internado em julho de 2020, aos 35 anos, e ficou na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital paranaense durante quase sete meses. Nesse período, esteve entubado, dependendo de ventiladores mecânicos. Em fevereiro de 2021, recebeu alta.

O advogado conta que ainda sofre as sequelas da doença e faz acompanhamento com especialistas como infectologistas, nefrologista, ortopedista, pneumologista, cirurgião vascular e endocrinologista. "Cada dia é uma luta diferente. Há dias melhores, em que as sequelas não me atrapalham, e há dias em que as doenças me afetam mais, mas cada dia é a luta para sobreviver, não dá para desanimar", relata.

"Milagre"

No estudo norte-americano, a equipe acompanhou os sobreviventes com entrevistas frequentes até um ano depois da alta. Makam conta que, além das sequelas da doença, muitos sofreram os efeitos de uma longa internação, incluindo úlceras por compressão, conhecidas como escaras, e danos nos nervos, que limitaram o movimento dos braços ou das pernas. "Muitos dos participantes que entrevistamos ficaram mais incomodados com essas complicações, portanto, evitar que elas aconteçam é fundamental para a recuperação", diz.

Todos afirmaram que eram saudáveis antes da covid. Embora 79% tenham afirmado não ter regressado à saúde habitual, 99% voltaram para casa e 60% dos que tinham emprego recuperaram o posto laboral. Segundo Makam, uma característica em comum é a gratidão pela sobrevivência, que muitos creditaram a um "milagre".

O pesquisador da UCSF ressalta que outras doenças graves, que exigem muito tempo de internação, podem deixar sequelas persistentes. "Nos casos de sintomas prolongados, o melhor tratamento é por meio da reabilitação multidisciplinar", explica.

A infectologista Camila Ahrens recomenda que o paciente procure um profissional de saúde, caso os sintomas continuem por mais de três meses após a infecção. "O paciente é sempre o protagonista. Ele sabe o que muda no decorrer do tempo e quais sintomas não são comuns. A conversa franca com o médico e o detalhamento do que está sentindo contribuem consideravelmente para o melhor atendimento."

Cinco subtipos e seus sintomas

A covid longa tem cinco subtipos, segundo um novo estudo com mais de 700 pessoas, publicado na revista Nature Immunology. Os pesquisadores, liderados pelo Imperial College London, na Inglaterra, descobriram que alguns grupos de sintomas parecem associados a proteínas específicas detectadas no sangue dos pacientes. Por exemplo, pessoas com sequelas gastrointestinais tinham níveis aumentados de um biomarcador chamado SCG3, anteriormente associado ao prejuízo da comunicação entre intestino e cérebro.

Apesar de alguns pontos em comum, no geral, os pesquisadores dividiram os subtipos de covid longa em fadiga; comprometimento cognitivo; ansiedade e depressão; sequelas cardiorrespiratórias; e problemas gastrointestinais. Os cientistas destacam que é possível um único paciente se situar em vários grupos, dependendo dos sintomas, mas afirmam que os cinco representam bem os mecanismos biológicos da doença.

Tratamento

Para a equipe do Imperial College London, a classificação dos subtipos poderá ser útil em estudos sobre o tratamento da covid longa, além de pesquisas que expliquem por que alguns sintomas persistem depois da fase aguda da infecção. "Com cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo sofrendo de sintomas contínuos, precisamos urgentemente de mais pesquisas para entender essa condição. No momento, é muito difícil diagnosticá-la e tratá-la", comentou, em nota, Peter Openshaw, principal pesquisador.

"A covid longa é um importante problema de saúde que afeta pessoas infectadas com o vírus Sars-CoV-2, e os casos continuam a ocorrer. Também é claramente bastante complicada: diferentes pessoas com covid de longa duração relatam diferentes padrões de sintomas, e ainda há um longo caminho a percorrer na busca por tratamentos eficazes", afirma Kevin McConway, pesquisador da Open University, na Inglaterra, que não participou do estudo. " É muito provável que as descobertas levem a pesquisas mais focadas e úteis sobre como surgem os sintomas prolongados, como e por que eles diferem entre as pessoas, e a pesquisas produtivas sobre tratamentos", acredita.

Cinco subptipos e seus sintomas

A covid longa tem cinco subtipos, segundo um novo estudo com mais de 700 pessoas, publicado na revista Nature Immunology. Os pesquisadores, liderados pelo Imperial College London, na Inglaterra, descobriram que alguns grupos de sintomas parecem associados a proteínas específicas detectadas no sangue dos pacientes. Por exemplo, pessoas com sequelas gastrointestinais tinham níveis aumentados de um biomarcador chamado SCG3, anteriormente associado ao prejuízo da comunicação entre intestino e cérebro.

Apesar de alguns pontos em comum, no geral, os pesquisadores dividiram os subtipos de covid longa em fadiga; comprometimento cognitivo; ansiedade e depressão; sequelas cardiorrespiratórias; e problemas gastrointestinais. Os cientistas destacam que é possível um único paciente se situar em vários grupos, dependendo dos sintomas, mas afirmam que os cinco representam bem os mecanismos biológicos da doença.

Tratamento

Para a equipe do Imperial College London, a classificação dos subtipos poderá ser útil em estudos sobre o tratamento da covid longa, além de pesquisas que expliquem por que alguns sintomas persistem depois da fase aguda da infecção. "Com cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo sofrendo de sintomas contínuos, precisamos urgentemente de mais pesquisas para entender essa condição. No momento, é muito difícil diagnosticá-la e tratá-la", comentou, em nota, Peter Openshaw, principal pesquisador.

"A covid longa é um importante problema de saúde que afeta pessoas infectadas com o vírus Sars-CoV-2, e os casos continuam a ocorrer. Também é claramente bastante complicada: diferentes pessoas com covid de longa duração relatam diferentes padrões de sintomas, e ainda há um longo caminho a percorrer na busca por tratamentos eficazes", afirma Kevin McConway, pesquisador da Open University, na Inglaterra, que não participou do estudo. " É muito provável que as descobertas levem a pesquisas mais focadas e úteis sobre como surgem os sintomas prolongados, como e por que eles diferem entre as pessoas, e a pesquisas produtivas sobre tratamentos", acredita. (PO)

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Artigo: "É hora de aumentar o acesso à saúde suplementar no Brasil"

Para fazer com que os serviços de alta qualidade prestados pelo setor cheguem a ainda mais brasileiros, respeito a normas estabelecidas e segurança jurídica são essenciais

Gustavo Ribeiro*

O balanço da saúde suplementar de 2023, divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão regulador do setor, traz dados que podem parecer conflitantes a quem desconheça o funcionamento do sistema. Pela primeira vez, 51 milhões de brasileiros têm acesso a planos de assistência médica - e, mesmo assim, o setor continuou a enfrentar resultado operacional negativo. No acumulado desde 2021, as perdas superam R$ 20 bilhões. Pode parecer paradoxal. Mas não é.

O descasamento entre esses dois dados mostra que a sustentabilidade do setor de saúde suplementar está em xeque. A explicação para esse estado de coisas tem, entre as suas raízes, o incontável número de questões técnicas que o setor tem de enfrentar. Uma delas são os crescentes gastos com reembolsos fraudulentos que, no acumulado de 2019 a 2023, superaram os R$ 10 bilhões, segundo estimativas da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

Outro ponto relevante é a judicialização indevida em excesso. Os dados do Conselho Nacional de Justiça são de tal ordem que poderiam soar como um exagero. Antes fosse. Em 2023, a Justiça recebeu mais de 570 mil novas ações referentes a questões ligadas à saúde - e, destas, 219 mil se referem ao setor de saúde suplementar. A judicialização em excesso movida por comportamentos fraudulentos contra os sistemas de saúde público e privado representa um grave obstáculo ao Sistema Judiciário, que se vê sobrecarregado com ações sem mérito, iniciadas sob justificativas implausíveis.

O impacto se traduz em números impressionantes para a saúde suplementar. Nos últimos cinco anos, os custos com a judicialização somaram mais de R$ 15 bilhões. Entre 2017 e 2018, as despesas judiciais pagas por operadoras de planos de saúde cresceram 11,4%; de 2018 para 2019, houve um avanço mais expressivo: 19,9%. Mas ainda assim, nada comparado aos 58,2% de aumento que se viu entre 2021 e 2022. Nada há de trivial nesses números, nem há de ser trivial a busca pela solução desse problema. A ação, contudo, é necessária e urgente já que a inação prejudica a sustentabilidade do setor e, acima de tudo, os beneficiários.

Hoje, um em cada quatro brasileiros possui plano de saúde. São 677 operadoras de planos médico-hospitalares que respondem pela realização, a cada dia, de um total de 3 milhões de exames (laboratoriais e de imagem), 10 mil cirurgias, 25 mil internações, 4.300 sessões de quimioterapia e muitos outros serviços e procedimentos. Por ano, o total de procedimentos supera a marca de 1,6 bilhão. Os 51 milhões de beneficiários da saúde suplementar no Brasil já são mais que a população de qualquer país da América Latina, à exceção do México.

Com todos os obstáculos à frente, ainda assim há espaço para crescer no Brasil. O plano de saúde é o terceiro maior desejo de consumo dos brasileiros, depois de educação e casa própria, segundo pesquisa do Vox Populi feita a pedido do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS). O dado é corroborado por estudo da própria Abramge, que ouviu 1.599 pessoas e verificou que 94% delas pagariam pelo benefício se pudessem.

O brasileiro deseja a segurança que o serviço proporciona e espera que o custo seja compatível com seu orçamento. Aumentar o acesso da população ao sistema é possível e é uma das razões de ser da Abramge. Mas, para fazer com que os serviços de alta qualidade prestados pelo setor cheguem a ainda mais brasileiros, é preciso haver crescimento com equilíbrio. E para isso, respeito a normas estabelecidas e segurança jurídica são essenciais.

Entendemos que há sempre espaço para melhorias, mas é preciso racionalizar o debate. A observância de normas e regulações por agentes do setor e instâncias julgadoras é imprescindível para que se possa garantir o justo atendimento a todos os beneficiários. E isso só será alcançado se, quando comprovadas as fraudes além de qualquer recurso cabível, forem aplicadas as medidas punitivas em toda a sua extensão.

É preciso olhar para esse estado de coisas com atenção. Por isso, é imprescindível que os representantes do setor participem do debate e contribuam na construção de uma solução. O grande beneficiário de um debate em que todos os lados são ouvidos será o usuário do plano.

*Presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge)

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 10 Abril 2024 07:00

CLIPPING AHPACEG 10/04/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Artigo - Inteligências Generativas na Saúde (GenAIs): fazer mais e melhor

Clínicas que não utilizam tecnologia têm crescimento de 8,5% em absenteísmo

Assembleia Legislativa aprova alterações no Ipasgo Saúde para adequar à ANS  

Hepatites virais matam 3,5 mil por dia no mundo, alerta OMS

MEDICINA S/A

Artigo - Inteligências Generativas na Saúde (GenAIs): fazer mais e melhor

“Estamos morando em uma residência que passa por uma grande reforma, que não tem data marcada para acabar. Marceneiros cruzam a sala, encanadores trocam tubos na cozinha, pedreiros desmancham paredes enquanto outros nivelam pisos pelos corredores, pintores conversam alto, telhadistas montam andaimes, e nós, vivendo e trabalhando no meio dessa confusão, misturamos projetos com realidade, criando aspirações repletas de incerteza. Desconfiamos que o resultado final será bom e progressista, mas estamos convivendo com a inovação generativa no meio dela, dentro do seu desenrolar, sem chance de desistir ou mandar parar tudo”.

Essa é a genealogia metafórica das Inteligências Generativas Artificiais (GenAIs) em nossa vida, em nosso mundo, em nosso ecossistema social e profissional. Fomos pegos de surpresa. Um belo dia alguém gritou: “Atenção, vamos ter que reformar tudo! Vamos construir um novo mundo…” E assim, como numa reforma domiciliar relâmpago, estamos tentando nos adaptar ao barulho, poeira, transfiguração ambiental, opinadores, influenciadores, arquitetos, sem falar nos poucos recursos financeiros que dispomos para a velocidade exigida. Acordamos disruptados. Analogamente, fomos convocados a “parir um feto em 5 meses”, ou “cursar Medicina em um ano”, ou mesmo “treinar em poucos dias milhões de pessoas no sistema Braille”. O tempo cronológico não é mais o mesmo da relojoaria: aceleramos o devir.

Na área de Saúde, se percebe um misto de enorme euforia asfixiada por colossais níveis de ambiguidade. Enquanto vislumbramos as GeniAIs como o “santo graal” para resolver inúmeras inconsistências dentro das cadeias de saúde, o paciente já aprende e utiliza esse ‘braille’ mais rápido do que os players do setor. Novos modelos, práticas, sistemas e obstáculos irrompem todos os dias na vida de cada profissional de saúde, de cada liderança setorial e de cada provedor de insumos, máquinas e serviços.

A disruptura rompe o tecido da realidade como a conhecemos, desafiando as noções fundamentais de espaço, tempo e causalidade. Ela cria fissuras na estrutura do ser, que podem e devem ser aproveitadas para as reformas. O novo e o inédito surgem dessas fissuras, reconfigurando a essência do que é real. Sabemos que fomos “apanhados” pela disruptura quando o familiar se torna estranho, quando o inatingível, considerado impossível de ocorrer, se manifesta factível diante de nós. A disruptura também revela a entropia do sistema. Se no início ela desmonta estabilidades, aos poucos cria catalisadores para a evolução e adaptação. Ela é um prelúdio para a criação.

O Sistema Nacional de Saúde (público e privado) precisa “fazer as coisas diferentes”. Não basta ter aspirações ou ambições novas, é preciso realizar ações singulares e inovadoras. A implantação das tecnologias em GenAI possibilita realizar avanços colossais na cadeia nacional de saúde. Fronteiras restritivas, como interoperabilidade, redes de dados, suporte à decisão clínica (copilot), EHRs e inúmeros outros itens engargalhados há décadas podem ser superados com o apoio de máquinas generativas de IA, ou de qualquer coisa que estas ajudem a criar para desbloquear a inovação na Saúde.

Processos e práticas médicas turbinadas por GenAI criam uma nova cosmologia em saúde. Sua utilização nos leva a uma nova Era Industrial, que não se restringe a “fazer mais”, mas, principalmente, “fazer mais e melhor”. Organizações de Saúde no mundo todo se preparam para a mais radical transição sistêmica da pós-modernidade: desenvolver uma nova estrutura clínico-assistencial facilitada por máquinas de cognição artificial.

A quinta revolução industrial não será determinada por máquinas, algoritmos, devices e plataformas sistêmicas inteligentes, mas sim por mentes, por cérebros de pessoas capazes de juntar a engenharia cognitiva das GenAIs com sua própria engenhosidade e inventividade. O rápido progresso em computação, conectividade e inteligência artificial (IA) – acelerado pela pandemia – antecipou o cronograma de transformações. Sempre desejamos melhorar a Economia da Saúde com ampliação do acesso assistencial, redução de desperdícios, melhoria na atenção básica e modelos de gestão centrados nos usuários do sistema. Será que encontramos algo que ajude o bioma saúde a deslanchar?

Tecnologias habilitadoras definem revoluções industriais (vapor, eletricidade, computação, conectividade digital e IA). Mais uma vez estamos diante de uma revolução tecnológica habilitadora, na qual a eficiência cognitiva define a capacidade de aprender, resolver problemas e criar novos conceitos com os recursos que dispomos. É preciso explorar as GenAIs, entendê-las, utilizá-las, fundir a sua engenharia algorítmica com a nossa e aproveitar sua eficiência para renovar a nossa.


*Guilherme S. Hummel é engenheiro em saúde digital, coordenador científico da 29ª Hospitalar e da Hospitalar Hub e Head Mentor do EMI (eHealth Mentor Institute).

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Clínicas que não utilizam tecnologia têm crescimento de 8,5% em absenteísmo

O envio de mensagens para confirmação de presença dos pacientes em consultas reduzem as faltas nos períodos de férias. Segundo dados da Linx, empresa do grupo Stone.Co, as clínicas que utilizam tal tecnologia tiveram um pequeno aumento de 0,64% no absenteísmo entre dezembro e janeiro, comparado a outubro e novembro. O número é considerado baixo para a época do ano, que costuma contabilizar muitas ausências por conta do período de férias. Já os locais que não utilizam o sistema, apresentaram uma alta mais significativa nas faltas, de 8,57%.

De acordo com Bruno Pereira, gerente da vertical de Saúde da Linx, o absenteísmo impacta diretamente o faturamento das clínicas. “As faltas são mais comuns durante as férias por conta da mudança na rotina dos pacientes, que tendem a aproveitar o período para viajar. Esse comportamento impacta o faturamento das clínicas, já que o horário reservado fica perdido e sem possibilidade de agendar outros pacientes. Os sistemas de mensagens ajudam não só a relembrar as pessoas sobre suas consultas, como facilitam o contato com a clínica, possibilitando ao paciente remanejar o atendimento e à clínica ocupar o espaço vago pela ausência avisada previamente. Além disso, essa época é famosa pelo aumento de despesas com pessoas, pois são pagos 13º salários e direitos. O início do ano também marca o pagamento de impostos sobre imóveis e automóveis. Tudo isso, se não bem planejado e cercado por mensagens para garantir menor queda na receita, pode significar começar o próximo ano longe de uma meta financeira ou com prejuízo, o que agrava a situação e consome um caixa que poderia ser destinado ao crescimento do negócio”, afirma.

O estudo da Linx também mostrou que as clínicas que representam beleza e cuidado tiveram um aumento de 47,49% no número de agendamentos. Contudo, as que não utilizam o sistema de mensagens registraram, também, aumento de 8% no absenteísmo. Por isso, Bruno alerta que estabelecimentos com alto volume de agendamentos também devem investir em programas de mensagens, que ajudam a organizar a agenda, otimizam o dia a dia, reduzem o intervalo entre uma consulta e outra e ainda ajudam a manter a saúde financeira. “Nesses casos, o uso do sistema de mensagens é essencial para evitar as ausências e impactos ao financeiro da empresa. Com mais pessoas frequentando a clínica, um nível maior de absenteísmo pode causar grande falta de dinheiro no orçamento. Por isso é tão importante investir em um sistema de mensagens eficaz que reduza essa incerteza, além de ter um bom gerenciamento financeiro”, diz.

O gerente aponta que as clínicas com baixo índice de faltas e um sistema financeiro organizado conseguem gerenciar e acompanhar melhor as necessidades, conquistando resultados mais positivos. “Em cada um dos estudos já feitos, fica comprovado que as empresas que se importam com a gestão automatizada do seu negócio, têm, naturalmente, resultados maiores. Elas gerenciam, acompanham e performam melhor”, explica Bruno.

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JORNAL OPÇÃO

Assembleia Legislativa aprova alterações no Ipasgo Saúde para adequar à ANS  

Legislação que instituiu o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás foi sancionada no ano passado

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou em definitivo, na sessão desta terça-feira, 9, alterações na lei, que instituiu o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo-Saúde). A proposta do governo do Estado justificou a necessidade de adequação às exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e além disso, facilitar a captação de patrocinadores para a entidade, além do Estado. Outra mudança é em relação aos cargos de direção.

De acordo com o governo, ao incluir mais usuários, é necessário explorar novas fontes de receita. Por isso, a nova redação prevê a utilização dos recursos do Ipasgo Saúde, bem como outras fontes de renda como ressarcimentos, compensações, programas de apoio financiados por entidades públicas e outras fontes de renda eventual, além das contribuições de patrocinadores.

Conforme o texto, os benefícios fiscais para o Ipasgo também serão ampliados, o que inclui isenção de custas, emolumentos e outras taxas judiciais estaduais, antes não previstas na legislação. Para o governo, isso facilitará a regularização do patrimônio transferido pelo Estado para o serviço social autônomo.

Outro aspecto destacado pela nova redação é a garantia de isonomia e paridade entre os beneficiários, independentemente de optarem por contribuições com base em percentual descontado sobre a remuneração ou em cálculo atuarial. A mudança deve assegurar os descontos e o sistema assistencial já existentes, embora os usuários possam escolher aderir a outras modalidades de planos assistenciais criadas pelo Ipasgo Saúde no futuro.

Já a estrutura administrativa do Ipasgo reformulada, caso a nova legislação seja sancionada, apenas o presidente do Ipasgo e seus diretores poderão compor a diretoria-executiva. Uma vez que a expansão do rol de patrocinadores do serviço implica mudanças na composição dos Conselhos de Administração e Fiscal.

Alterações importantes

Os novos dispositivos visam incluir a participação do representante do segundo maior patrocinador e seu respectivo suplente, além do representante dos servidores ou empregados públicos vinculados ao segundo maior patrocinador. Cabe ressaltar que o Estado de Goiás é o maior patrocinador do Ipasgo.

Outra alteração diz respeito aos convênios, anteriormente restritos ao instituto e ao Estado, mas que agora podem ser celebrados com outros patrocinadores, observadas as disposições da lei em questão, do estatuto do Ipasgo e das normas da ANS.

A nova legislação também trata dos produtos que o Ipasgo poderá oferecer. O objetivo é que a regulamentação da assistência à saúde seja feita por regulamento próprio para cada plano de saúde, com aprovação do Conselho de Administração e registro na ANS.

Quanto à responsabilização, a nova redação ajusta a responsabilidade dos membros do Ipasgo. O presidente, diretores e conselheiros serão responsabilizados pessoalmente por atos lesivos cometidos com dolo, culpa, negligência ou fraude, além de infrações às legislações federal e estadual pertinentes e ao estatuto do Ipasgo.

A lei prevê ainda a reversão integral do patrimônio aportado pelo respectivo patrocinador em caso de desvio de finalidade do Ipasgo ou de sua extinção. Em outras palavras, nos casos previstos, o patrimônio transferido ao instituto retornará ao patrocinador concedente.

Apenas o deputado estadual Antônio Gomide registrou o voto contrário da bancada dos deputados do PT à matéria.

Primeira alteração

No ano passado, o governo estadual alterou o regime jurídico do Ipasgo, que permitiu autonomia financeira e administrativa da entidade. Além de imunização de impostos federais, municipais e de tributos estaduais. Ficou permitido ainda a maior participação dos servidores, que passarão a integrar os conselhos de administração e fiscal.

Com a atualização, o Ipasgo passou a ser regido pela legislação civil e sua gestão conduzida por uma diretoria executiva indicada pelo Executivo estadual. Na época, a justificativa do Palácio das Esmeraldas era que a mudança visava cumprir recomendações do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), que sugeriu que as receitas provenientes das contribuições dos servidores públicos estaduais ao Ipasgo não sejam incluídas na base de cálculo da receita corrente líquida.

No entanto, o governo seguiu como controlador do instituto e os serviços prestados passarão a ser regulamentados e fiscalizados pela ANS.

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AGÊNCIA BRASIL

Hepatites virais matam 3,5 mil por dia no mundo, alerta OMS

As mortes por hepatites virais estão aumentando em todo o mundo e a doença já responde como a segunda principal causa infecciosa de morte no planeta, contabilizando 3,5 mil óbitos por dia e 1,3 milhão por ano – mesmo total de mortes causadas pela tuberculose, que ocupa o primeiro lugar no ranking. O alerta foi feito nesta terça-feira (9) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estudo divulgado pela entidade destaca que, apesar de melhores ferramentas para diagnóstico e tratamento disponíveis, além da queda no preço desses produtos, a testagem e a quantidade de pacientes em tratamento estagnaram. “Mesmo assim, atingir a meta de eliminação das hepatites virais até 2030, proposta pela OMS, ainda é algo possível, desde que medidas rápidas sejam tomadas agora”.

Os dados mostram que as mortes por hepatites virais registradas em 187 países passaram de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022. Desse total, 83% foram causadas pela hepatite B e 17%, pela hepatite C. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os óbitos aumentaram porque pouquíssimas pessoas com a doença têm acesso ao diagnóstico e tratamento adequado.

Casos

A estimativa da entidade é que 254 milhões de pessoas viviam com hepatite B e 50 milhões com hepatite C em 2022 – mais da metade das infecções foram registradas entre adultos com idade de 30 a 54 anos e 12%, entre crianças e adolescentes menores de 18 anos. Homens respondem por 58% de todas as infecções.

Apesar de uma leve queda no número de casos entre 2019 e 2022, a incidência da doença no mundo, segundo a OMS, permanece alta. Em 2022, foram contabilizadas 2,2 milhões de novas infecções, contra 2,5 milhões em 2019. “Mais de 6 mil pessoas estão sendo infectadas por hepatites virais todos os dias”, destacou o estudo.

Tratamento

Os números mostram que, em todas as regiões do mundo, até o fim de 2022, cerca de 13% das pessoas que viviam com infecção crônica por hepatite B haviam sido diagnosticadas, enquanto 3% recebiam terapia antirretroviral indicada para tratar a doença. No caso da hepatite B, 36% foram diagnosticadas e 20% recebiam tratamento contra a infecção.

“Ambos os resultados estão bem abaixo da meta global de tratar 80% das pessoas vivendo com hepatite B crônica e com hepatite C até 2030. Entretanto, eles indicam uma leve, mas consistente melhora no diagnóstico e na cobertura de tratamento da doença desde o último balanço, em 2019”, destacou a OMS.

Os diagnósticos de hepatite B aumentaram de 10% para 13% no período, enquanto o acesso ao tratamento passou de 2% para 3%. Entre as infecções por hepatite C, o diagnóstico aumentou de 21% para 36% e o acesso ao tratamento, de 13% para 20%.

Disparidades

O estudo ressalta que os dados variam drasticamente de região para região. O Continente Africano responde por 63% das novas infecções por hepatite B. Ainda assim, só 18% dos recém-nascidos na região foram imunizados contra a doença após o parto. Já a região do Pacífico Ocidental responde por 47% das mortes por hepatite B, e apenas 23% das pessoas diagnosticadas têm acesso ao tratamento.

Bangladesh, China, Etiópia, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Rússia e Vietnã, juntos, respondem por quase dois terços do fardo global das hepatites B e C. “Alcançar o acesso universal à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento nestes dez países até 2025, juntamente com esforços intensificados na região africana, é essencial para colocar a resposta global de volta no caminho certo e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.

Recomendações

Dentre as recomendações publicadas pela OMS, com o objetivo de acelerar o combate às hepatites virais, estão ampliar o acesso à testagem e ao diagnóstico; ofertar tratamento equitativo; ampliar os esforços de prevenção na atenção primária; e mobilizar financiamentos inovadores.

“O financiamento para as hepatites virais, tanto em nível global como no âmbito dos orçamentos de saúde de cada país, não é suficiente para satisfazer as necessidades. Isso resulta de uma combinação de fatores, incluindo a consciência limitada de intervenções e ferramentas que podem salvar vidas, bem como prioridades concorrentes nas agendas globais de saúde”, concluiu a entidade.

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Assessoria de Comunicação

Clínicas que não utilizam tecnologia têm crescimento de 8,5% em absenteísmo

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