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4 abril eleição 16 04 25

Pedro (esq.), Haikal, Renato e Frederico

 

Renato Daher foi eleito presidente da entidade e vai suceder Haikal Helou


A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) elegeu, em assembleia geral realizada ontem (16), sua nova diretoria para a gestão 2025/2027.

A partir de 1º de maio, Renato Daher assume a presidência da Diretoria Executiva, sucedendo o médico Haikal Helou, que esteve à frente da instituição nos últimos anos e passará a responder pela presidência do Conselho de Administração. Ao lado de Daher, integram a Diretoria Executiva, Pedro Frota e Frederico Mesquita Gomes.

A eleição marca também o início de uma nova fase institucional da entidade, que passa a contar com um Conselho de Administração composto por seis sócios fundadores, além do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva.

Criada em 2003, a Ahpaceg representa o setor de saúde privada de alta complexidade em Goiás e tem sido protagonista nos debates e ações voltados à qualificação da assistência hospitalar sempre focando a qualidade e a segurança dos atendimentos, além da sustentabilidade do setor.

Renato Daher agradeceu a confiança dos associados e o apoio dos sócios fundadores. “O mercado é desafiador, e a Ahpaceg tem sido fundamental para o enfrentamento das dificuldades dos últimos anos. A dedicação intensa do Dr. Haikal foi um grande diferencial dessa gestão. Tenho grande admiração por ele e sua total dedicação à Associação”, afirmou o presidente eleito.

Renato destacou ainda que pretende conduzir uma transição tranquila, sem mudanças abruptas. “Vamos investir muito em trabalho. Estou animado com o desafio, amparado por uma equipe extremamente competente de associados e técnicos. Em breve, também traremos novidades, inclusive no aperfeiçoamento das formas de negociação”, adiantou.

Haikal Helou, que fica à frente da presidência até o fim de abril, fez um breve balanço de sua gestão e destacou os desafios enfrentados. “O ano de 2025 começou de forma atípica, com o fechamento de três hospitais e crise nas operadoras de planos de saúde (OPS). Minha dedicação total neste ano e ao longo da gestão foi uma resposta à necessidade de sobrevivência do grupo. Trabalhamos unidos, lado a lado. Para mim, foi um aprendizado valioso”, declarou.

Ele também comentou sobre a reestruturação institucional da Ahpaceg, que definiu como um processo construído com muito diálogo ao longo do tempo. “Essa nova estrutura foi costurada com cuidado. O Conselho de Administração, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal vão fortalecer ainda mais a governança da entidade, que passa a contar com uma forte política de compliance”, explicou.

Já o futuro presidente reafirmou o orgulho de fazer parte da associação. “A Ahpaceg reúne os grandes ativos da saúde em Goiás. Acredito que temos aqui o que há de melhor em alta complexidade hospitalar no Estado”, concluiu Renato Daher.

Com a nova composição, a Ahpaceg busca não apenas fortalecer sua representatividade, mas também consolidar um modelo de gestão mais moderno, participativo e preparado para os desafios crescentes do setor.

Confira a composição do corpo diretor da Ahpaceg na nova gestão

Diretoria Executiva
Renato Daher (CRD Medicina Diagnóstica)
Pedro Frota (Hospital São Francisco de Assis)
Frederico Mesquita Gomes (Maternidade Ela)

Conselho de Administração

Haikal Helou (Hospital Santa Mônica) - presidente

Gustavo Gabriel Rassi (Hospital do Coração Anis Rassi)

Luiz Mauro de Paula e Souza (Hospital Santa Helena)
Luiz Rassi Júnior (CDI Premium)
Paula Pires de Souza (Hospital da Criança)
Paulo César Brandão Veiga Jardim (Hospital do Coração de Goiás)


Conselho Fiscal
Gustavo Suzin Clemente (Hospital da Criança)
José Vicente Passani (Hospital Samaritano de Goiânia)
Bárbara Teodoro Vasconcelos Rodrigues - suplente (Hospital e Maternidade Santa Bárbara)

Quinta, 17 Abril 2025 06:53

CLIPPING AHPACEG 17/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM veta terapia hormonal para menor de 18 anos e restringe cirurgias

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-04/cfm-veta-terapias-hormonal-para-menor-de-18-anos-e-restringe-cirurgias

MPF questiona resolução do CFM que veta terapias hormonais

https://medicinasa.com.br/mpf-terapia-hormonal/

Menos de 1% das empresas de Saúde utilizam os benefícios da Lei do Bem

https://medicinasa.com.br/lei-do-bem-empresas/

Goiás soma mais de 31 mil casos de dengue em 2025

https://www.aredacao.com.br/noticias/230773/goias-soma-mais-de-31-mil-casos-de-dengue-em-2025

Estudante de medicina é suspeito de comercializar armas de fogo em Mineiros

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/04/16/estudante-de-medicina-e-suspeito-de-comercializar-armas-de-fogo-em-mineiros.ghtml

Menina de 6 anos morre após buscar atendimento para crise de asma em hospital, diz família

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/04/17/menina-de-6-anos-morre-apos-buscar-atendimento-para-crise-de-asma-em-hospital-diz-familia.ghtml

        

AGÊNCIA BRASIL

CFM veta terapia hormonal para menor de 18 anos e restringe cirurgias

Resolução foi publicada no Diário Oficial 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou nesta quarta-feira (16/4), no Diário Oficial da União, resolução que revisa critérios éticos e técnicos para o atendimento a pessoas com incongruência e/ou disforia de gênero.
 
O texto define como incongruência de gênero uma discordância acentuada e persistente entre o gênero vivenciado por um indivíduo e o sexo atribuído, sem necessariamente implicar sofrimento.
 
Já a disforia de gênero é definida pelo documento como grave desconforto ou sofrimento causado pela incongruência de gênero.
 
Bloqueadores hormonais
O texto veta aos médicos a possibilidade de prescrever bloqueadores hormonais para tratamento de incongruência de gênero ou disforia de gênero em crianças e adolescentes.
 
“A vedação não se aplica a situações clínicas reconhecidas pela literatura médica, como puberdade precoce ou outras doenças endócrinas, nas quais o uso de bloqueadores hormonais é cientificamente indicado”.
 
Terapia hormonal
A terapia hormonal cruzada (administração de hormônios sexuais para induzir características secundárias condizentes com a identidade de gênero do paciente) passa a ser permitida somente para pessoas com 18 anos ou mais.
 
De acordo com a publicação, o paciente que optar por terapia hormonal cruzada deverá:
 
- iniciar avaliação médica, com ênfase em acompanhamento psiquiátrico e endocrinológico por, no mínimo, um ano antes do início da terapia hormonal;
 
- obter avaliação cardiovascular e metabólica com parecer médico favorável antes do início do tratamento;
 
- não apresentar doença psiquiátrica grave, além da disforia, ou qualquer outra doença que contraindique a terapia hormonal cruzada.
 
Cirurgias de redesignação
A resolução também restringe o acesso a cirurgias de redesignação de gênero para pessoas transgênero antes dos 18 anos e, nos casos em que o procedimento implicar potencial efeito esterilizador, antes de 21 anos.
 
“Os procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero previstos nesta resolução somente poderão ser realizados após acompanhamento prévio de, no mínimo, um ano por equipe médica”.
 
Serviços que realizam esse tipo de procedimento cirúrgico deverão, obrigatoriamente, cadastrar os pacientes e assegurar a disponibilização dessas informações aos conselhos regionais de medicina da jurisdição em que estiverem sediados.
 
Arrependimento
Em casos de arrependimento ou da chamada destransição, o texto prevê que o médico ofereça acolhimento e suporte, avaliando o impacto físico e mental e, quando necessário, redirecionando o paciente a especialistas adequados.
 
Atendimento clínico
De acordo com o CFM, indivíduos transgêneros que conservem órgãos correspondentes ao sexo biológico devem buscar atendimento preventivo ou terapêutico junto a especialista adequado.
 
“Homens transgêneros que mantenham órgãos biológicos femininos devem ser acompanhados por ginecologista. Mulheres transgêneros com órgãos biológicos masculinos devem ser acompanhadas por urologista”.
 
Validade
As novas regras não se aplicam a pessoas que já estejam em uso de terapia hormonal ou bloqueadores da puberdade.
 
Análise
Em entrevista coletiva, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, ressaltou que a resolução foi aprovada por unanimidade pelo plenário da entidade. “Todos os 28 conselheiros presentes aprovaram essa resolução”, disse.
 
O médico ginecologista Rafael Câmara, conselheiro pelo estado do Rio de Janeiro e um dos relatores da resolução, destacou que se trata de um tema em que as evidências e os fatos mudam a todo instante. “É natural que essas resoluções sejam alteradas”.
 
Ao tratar da vedação da terapia hormonal cruzada para menores de 18 anos, ele lembrou que a resolução anterior do CFM estabelecia 16 anos como a idade mínima para a administração de hormônios sexuais com essa finalidade.
 
“Não é algo inócuo”, disse, ao citar riscos como o aumento de doenças cardiovasculares e hepáticas, incluindo câncer; fertilidade reduzida; calvície e acne, no caso da testosterona; e problemas tromboembólicos e câncer de mama, no caso do estrogênio.
 
Sobre bloqueadores hormonais, o médico destacou que o uso desse tipo de terapia, no intuito de suprimir a puberdade em crianças e adolescentes, é motivo de discussões e questionamentos frequentes.
 
Câmara lembrou que, em abril do ano passado, o Reino Unido aboliu o uso de bloqueadores sexuais. Segundo ele, Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca, “países com sistemas de saúde fortes e de tendência progressista”, também proibiram a terapia.
 
“A exposição a hormônios sexuais é importante para a resistência óssea, para o crescimento adequado e para o desenvolvimento de órgãos sexuais”, disse, ao citar, entre as consequências, densidade óssea comprometida, altura alterada e fertilidade reduzida.
 
O médico ressaltou que a vedação do uso de bloqueadores não se aplica a situações clínicas reconhecidas pela literatura médica nas quais o uso é cientificamente comprovado, incluindo quadros de puberdade precoce e doenças endócrinas.
 
Na coletiva, Câmara citou ainda o aumento de relatos de arrependimento de transição e mesmo de destransição sexual desde 2020, o que levou diversos países a revisarem seus protocolos para lidar com a incongruência e a disforia de gênero.
 
Outro ponto destacado por ele trata do sobrediagnóstico, sobretudo entre menores de idade. “Mais crianças e adolescentes estão sendo diagnosticados com disforia de gênero e, com isso, levados a tratamentos. Muitos, baseado em estudos, no futuro, poderiam não ser trans, mas simplesmente gays e lésbicas”.
 
“Estudos mostram que, alguns anos atrás, a tendência, quando se tinha casos diagnosticados [de disforia de gênero], era tentar fazer com que a criança não mantivesse [o quadro]. Hoje, a tendência é fazer um viés de confirmação. Se a criança de 4 anos diz que é trans, muitos serviços acabam mantendo ou estimulando”.

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A REDAÇÃO

Goiás soma mais de 31 mil casos de dengue em 2025

Número de mortes pela doença chega a 23 

Estado de Goiás soma 31.524 casos confirmados de dengue nas 14 primeiras semanas de 2025. O Estado contabiliza 23 mortes em decorrência da doença no mesmo período. Os dados constam nos indicadores de arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO)


A cidade de Goiânia registra três óbitos confirmados e 15 suspeitos. Na sequência, aparecem os municípios de Aparecida de Goiânia e Montes Claros de Goiás, ambos com duas mortes. Ao todo, o Estado investiga 42 óbitos para saber se há relação com a dengue. 

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PORTAL G1

Estudante de medicina é suspeito de comercializar armas de fogo em Mineiros

Aluno do quarto período de medicina, estudante confessou o crime de comércio ilegal de arma de fogo. Investigação acontece em conjunto com Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar.

Delegado Marcos Gomes fala sobre operação em Mineiros

Um estudante de 23 anos do quarto período de medicina é suspeito de vender armas, em Mineiros, no sudoeste do estado. Nesta quarta-feira (16), as polícias militar, civil e federal cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do estudante suspeito de oferecer e comercializar arma de fogo a integrantes de uma organização criminosa que atua na região, informou a PC.

Como o nome do estudante não foi divulgado, o g1 não conseguiu contato com a defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

A investigação iniciou há cinco meses. Em nota, a Polícia Civil disse que a investigação começou após o compartilhamento de informações entre os órgãos de segurança pública (leia a nota completa abaixo).

Em depoimento, o estudante confessou o crime de comércio ilegal de arma de fogo, informou o delegado. Um aparelho de celular foi apreendido e a polícia vai apurar se o aparelho era usado para a venda de armas, segundo PC.

Segundo o delegado Marcos Gomes, o estudante explicou em depoimento que ele pegou uma arma de uma pessoa e vendeu para outra. O suspeito não disse o nome dessas pessoas, mas descreveu as características físicas delas, informou Marcos.

O estudante ainda não foi indiciado, informou o delegado. Marcos declarou que, ao fim da investigação, ele pode responder por comércio ilegal de arma de fogo, além de tráfico de drogas e organização criminosa. Segundo Marcos, a investigação está em andamento e algumas informações estão sob sigilo.

g1 questionou o delegado sobre o envolvimento do estudante com tráfico de drogas, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Nota da PC

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia Civil de Mineiros, em ação conjunta com a FICCO/GO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) — composta pela Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar e demais órgãos de segurança —, deu cumprimento, na manhã desta terça-feira (16/04), a mandado judicial de busca e apreensão domiciliar em face de um estudante do curso de Medicina, investigado por supostamente oferecer e comercializar armas de fogo a integrantes de uma organização criminosa atuante na cidade de Mineiros.

A investigação teve início a partir do compartilhamento de informações entre os órgãos integrados de segurança pública, apontando o envolvimento do investigado na facilitação do armamento de membros da referida organização.

Durante a diligência, realizada na residência do alvo, foram colhidos elementos informativos relevantes para o prosseguimento das investigações. Além disso, foi apreendido um aparelho celular, o qual será submetido à extração de dados, visando à obtenção de provas relacionadas às denúncias.

O investigado, ao ser entrevistado pela autoridade policial, confessou uma das práticas criminosas apuradas até o momento, reforçando a linha investigativa em curso.

A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o enfrentamento qualificado às organizações criminosas e ressalta que a integração entre os órgãos de segurança tem sido fundamental para a repressão efetiva a crimes de alta complexidade.

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Menina de 6 anos morre após buscar atendimento para crise de asma em hospital, diz família

Segundo a família, Maria Eduarda Ferreira da Silva morreu logo após receber uma medicação intramuscular. Ela deu entrada no hospital com dor forte no peito.

Criança morre durante atendimento médico em Cidade Ocidental

A pequena Maria Eduarda Ferreira da Silva, de 6 anos, morreu após buscar atendimento para uma crise de asma em um hospital de Cidade Ocidental, no Entorno do DF. Segundo a família, a menina morreu logo após receber uma medicação intramuscular.

Em entrevista à TV Anhanguera, a família contou que Maria Eduarda acordou sentindo uma dor forte no peito e pediu para ser levada ao hospital, alegando que não estava bem.

“Levei ela e, no hospital, aplicaram um remédio errado e mataram minha filha. Eu falei para ele – profissional da saúde – que ela nunca tinha tomado esse remédio por via intramuscular, sempre com o soro, mas ele disse que, por conta da idade dela, podia aplicar”, disse a mãe.

A criança morreu na última terça-feira (15), na Unidade Básica de Saúde de Cidade Ocidental. A Secretaria Municipal de Saúde manifestou pesar pela morte e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos e apoio necessário à família.

Segundo a Secretaria, a criança chegou com a mãe às 7h17 para abertura do prontuário. Às 7h26, passou por triagem, apresentando queixa de tosse e cansaço respiratório. Ainda conforme relato da família, a criança não possuía comorbidades ou alergias conhecidas.

Conforme a Secretaria, às 7h37, Maria Eduarda já estava em atendimento médico, quando a mãe informou o histórico de crises asmáticas. Após avaliação clínica e exame físico, foi identificado um quadro compatível com crise asmática "exacerbada". Diante disso, foi prescrita e administrada medicação intramuscular (hidrocortisona 100 mg) como parte do tratamento inicial.

Poucos minutos após a administração do medicamento, a criança apresentou uma piora, evoluindo para estado de inconsciência. Imediatamente, ela foi reanimada e após aproximadamente duas horas de tentativas, não houve retorno da circulação espontânea e ela morreu, às 9h50, segundo a Secretaria.

“Foi o tempo de ela tomar o remédio, eu virei as costas e ela caiu em cima de mim. Eu quero justiça. Minha filha só tinha 6 anos, era muito espontânea, muito alegre, e agora, por conta de um remédio errado, acabaram com a minha vida. Estou despedaçada, não tenho mais minha filha comigo”, desabafou a mãe.

Segundo a Secretaria, diante da natureza atípica do caso, da ausência de diagnóstico prévio de doenças crônicas e do curto intervalo entre o atendimento e a morte, o hospital orientou os familiares a registrarem um boletim de ocorrência para acionamento do Instituto Médico Legal (IML) ou do Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

A Secretaria disse ainda que aguarda a conclusão do laudo pericial para esclarecimento do caso e eventuais desdobramentos e ressaltou que vai disponibilizar todos os documentos, relatórios e registros da paciente, incluindo o GAE (Gráfico de Atendimento de Enfermagem), necessários.

A Polícia Civil informou que investiga o caso após a suspeita da família de erro médico. Uma equipe da polícia foi ao hospital, colheu informações sobre o atendimento e solicitou um exame pericial no corpo da vítima para determinar a causa da morte. Conforme a corporação, a equipe médica que participou do atendimento será ouvida nos próximos dias.

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MEDICINA S/A

Menos de 1% das empresas de Saúde utilizam os benefícios da Lei do Bem

A Lei do Bem, inscrita sob o número n° 11.196/05, permite a dedução de 20,4% a 40% das despesas relacionadas à inovação no IRPJ e na CSLL das empresas. No setor de Saúde, os incentivos fiscais podem impulsionar ainda mais a transformação digital, principalmente quando incorporados a outros benefícios que incluem até 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de equipamentos. No entanto, a adesão a esta lei permanece baixa entre empresas de Saúde, revela levantamento realizado pela PwC Brasil.

Dados recentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revelam que, em 2022, apenas 69 empresas do setor farmacêutico estavam inscritas na Lei do Bem. Esse número representa menos de 1% do total de empresas de outros setores beneficiadas no mesmo período. Além disso, pouco mais de 6% das operadoras de saúde identificadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como contribuintes de IRPJ e CSLL, submeteram o FORM P&D – documento necessário para a obtenção dos benefícios fiscais garantidos pela lei – ao MCTI. Avaliando apenas as 100 operadoras que mais contribuíram com esses impostos no ano, a adesão à lei é de apenas 12%.

No contexto da Saúde, a Lei do Bem surge como uma importante aliada estratégica, especialmente diante das transformações que a indústria vem enfrentando com o crescimento de tecnologias como big data, analytics e, principalmente, inteligência artificial (IA). Essas inovações têm o potencial de revolucionar o setor, oferecendo soluções que melhoram diagnósticos, otimizam processos e proporcionam uma experiência mais integrada e personalizada aos pacientes.

Outros benefícios incluem a redução de 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de equipamentos e a depreciação acelerada de bens voltados para PD&I – os incentivos garantem maior segurança financeira para que organizações invistam em soluções inovadoras.

“Investir em inovação é indispensável para melhoria de desempenho, ganho de produtividade e maior competitividade em todos os setores. Organizações de Saúde que buscam ser líderes de mercado devem ser protagonistas e aproveitar os incentivos fiscais para impulsionar sua capacidade de inovação. A Lei do Bem pode e deve ser usada como uma estratégia para que sua empresa saia na frente nesta jornada de disrupção digital”, afirma Bruno Porto, sócio e líder do setor de Saúde na PwC Brasil.

Negócios beneficiados

O levantamento da PwC Brasil demonstra que é essencial às empresas entender o conceito de inovação tecnológica para identificar quais negócios estão qualificados aos benefícios da Lei do Bem. Isso porque os incentivos oferecidos vão além da inovação como objetivo final, eles contemplam processos de pesquisa e desenvolvimentgo tecnológico que envolvem um certo grau de risco. São processos que envolvem, também, as etapas de pesquisa básica dirigida, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental de soluções.

Além disso, o sócio da PwC Brasil explica que sob a pespectiva da lei do Bem, o desenvolvimento tecnológico pode ser realizado tanto no contexto interno quanto externo de uma organização de Saúde. Estão enquadrados nos benefícios produtos ou serviços que atedam ao portfólio das empresas, às fontes de fomento, à estrutura apropriada para inovação, ao correto conjunto de habilidades das equipes, ao ecossistema de parceiros e clientes, a processos e governança e à cultura das empresas.

“Com os incentivos fiscais dessa legislação, as organizações podem transformar ideias em projetos concretos, promovendo avanços que beneficiam não apenas seus negócios, mas toda a cadeia de valor do setor. Essa é a chance de criar um impacto positivo duradouro na Saúde do país”, conclui Bruno Porto.

Exemplos:

As iniciativas viabilizadas pela Lei do Bem impactam diferentes áreas do setor de Saúde:

Farmacêuticas: Investimentos em PD&I têm acelerado a descoberta de novos medicamentos e otimizado cadeias de suprimentos por meio de tecnologias digitais;

Hospitais e clínicas: Ferramentas de IA têm sido usadas para análise preditiva, monitoramento de pacientes e atendimento remoto por telemedicina;

Dispositivos médicos: Impressão 3D e dispositivos vestíveis estão revolucionando o monitoramento de condições crônicas e aprimorando a gestão da Saúde;

Operadoras de saúde: Soluções baseadas em big data e analytics estão melhorando a gestão de dados e a detecção de fraudes.

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MPF questiona resolução do CFM que veta terapias hormonais

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar a legalidade de uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada nesta quarta-feira (16) que revisa critérios éticos e técnicos para o atendimento a pessoas com incongruência e/ou disforia de gênero.

Em nota, a entidade destaca que a publicação altera as normas que definem o atendimento e a realização de procedimentos médicos ofertados a pessoas trans, incluindo crianças e adolescentes.

De acordo com o MPF, o procedimento foi aberto a partir de denúncia feita pela Associação Mães pela Diversidade e de nota técnica publicada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

“As entidades comunicaram o fato e demonstraram a preocupação de familiares de crianças com variabilidade de gênero ou adolescentes trans que sofrem de disforia de gênero e que têm acesso a procedimentos terapêuticos como bloqueio puberal e hormonização cruzada.”

O procurador regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Lucas Costa Almeida Dias, expediu ofício ao CFM para que, no prazo de 15 dias, preste informações sobre os argumentos técnicos e jurídicos que fundamentaram a decisão normativa.

“Ele aponta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) em sentido contrário e a despatologização da transexualidade reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou o MPF no comunicado.

Entenda

A resolução do CFM proíbe o bloqueio hormonal para crianças e adolescentes com incongruência e/ou disforia de gênero.

O texto estabelece ainda que terapia hormonal cruzada (administração de hormônios sexuais para induzir características secundárias condizentes com a identidade de gênero do paciente) só poderá ser iniciada a partir dos 18 anos.

A publicação também restringe o acesso a cirurgias de redesignação de gênero para pessoas trans antes dos 18 anos e, nos casos em que o procedimento implicar potencial efeito esterilizador, antes de 21 anos.

Por fim, a resolução determina que pessoas trans que mantêm seus órgãos reprodutivos biológicos devem buscar atendimento médico preventivo ou terapêutico com especialistas do sexo biológico e não conforme sua identidade de gênero. 

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 16 Abril 2025 06:57

CLIPPING AHPACEG 15 E 16/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Excesso de processos judiciais contra a Unimed Goiânia motiva parceria com a Justiça de Goiás para conciliação com usuários

https://www.jornalopcao.com.br/saude/excesso-de-processos-judiciais-contra-a-unimed-goiania-motiva-parceria-com-a-justica-de-goias-para-conciliacao-com-usuarios-698169/#google_vignette

Preços de medicamentos para hospitais sobem 0,36% em março

https://medicinasa.com.br/precos-medicamentos-marco/

Executivo ex-Kora assume área de tecnologia do Sírio Libanês

https://www.folhavitoria.com.br/folha-business/executivo-ex-kora-assume-area-de-tecnologia-do-sirio-libanes/

'Fui diagnosticada com doença autoimune grave, 5 anos depois descobri que era só estrabismo', conta vítima de erro médico

https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/04/16/fui-diagnosticada-com-doenca-autoimune-grave-5-anos-depois-descobri-que-era-so-estrabismo-conta-vitima-de-erro-medico.ghtml

Alunas de medicina que expuseram paciente transplantada podem ser punidas?

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/04/16/estudantes-medicina-paciente-redes-sociais-punicao.htm

Deputados voltam a disparar contra secretário de Saúde

https://ohoje.com/2025/04/15/deputados-voltam-a-disparar-contra-secretario-de-saude/

Lucro recorde e desafios desiguais: a sustentabilidade da saúde suplementar em 2025

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/lucro-recorde-e-desafios-desiguais-a-sustentabilidade-da-saude-suplementar-em-2025/

JORNAL OPÇÃO

Excesso de processos judiciais contra a Unimed Goiânia motiva parceria com a Justiça de Goiás para conciliação com usuários

Demandas pré-processuais e processuais envolvendo a Unimed Goiânia serão priorizadas pelo TJ-GO. Unimed está disposta a colaborar em acordos

Tratamentos de câncer, pós-bariátrico e para pessoas autistas são as principais questões que levam os usuários de planos de saúde em Goiás à Justiça, segundo o juiz Eduardo Perez Oliveira. Na segunda-feira, 14, ele participou da assinatura do termo que oficializou a parceria entre o Tribunal de Justiça e a Unimed-Goiânia, que busca conciliação com os usuários a fim de desobstruir esse excesso de processos judiciais. 

Segundo o TJ-GO, 207 ações tramitam na comarca de Goiânia contra a Unimed-Goiânia somente em 2025. Já de 2024, são 631 ações, enquanto em 2023, o Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário (Natjus Goiás) recebeu 511 ações contra a Unimed-Goiânia.

“São centenas de processos. São vários tipos de procedimentos distintos, mas sim, são muitos processos, não são poucos”, afirmou o juiz. 

Ele é coordenador do Natjus Goiás, e aponta que o objetivo da parceria é selecionar temas (e os expandir gradativamente) para propor a conciliação, “para que a gente possa consolidar essa confiança na conciliação como meio melhor para a solução dos problemas. Rápido, seguro, eficaz e gratuito”.

Além dos temas já mencionados como pertinentes nos processos jurídicos, o juiz ainda coloca cuidados de home care e tratamentos específicos como causadores de conflitos entre os usuários e a Unimed. Isso acontece por conta do conflito de interesses. Por exemplo, quanto às cirurgias pós-bariátricas e a discussão se seriam estéticas ou não.

Conciliação

O TJ-GO vai receber as demandas pré-processuais indicadas pela Unimed e priorizar a realização dessas conciliações em até cinco dias úteis, conforme explicou o juiz Eduardo Perez. Sobre os processos que já estão em andamento, a Justiça deve priorizá-los em até 10 dias. Ele garante que os processos serão resolvidos gradualmente.

“Teremos conciliadores capacitados para lidar com o caso, e a partir daí, sendo celebrado um acordo, este será homologado pelo Tribunal de Justiça. Obviamente, a Unimed tem que estar disposta a comparecer e a Unimed declarou a intenção realmente de colaborar e de realizar acordo em alguns casos para viabilizar o interesse do paciente”, afirmou o juiz.

Essa tratativa com a Unimed-Goiânia é antiga, segundo Eduardo. “Tudo depende muito da gestão deles também, no interesse de realizar. Diante da existência de tantos processos, da possibilidade de conciliação, a convencionar-se a realização de um termo de cooperação para que se possa fazer esses acordos”, afirmou.

Em nota, a Unimed-Goiânia afirmou que a “iniciativa busca promover soluções conjuntas com mais agilidade, estimulando o diálogo direto com os usuários e contribuindo para a redução da judicialização”. Além disso, informou que a expectativa é que o novo formato “proporcione acordos mais rápidos, eficientes e humanizados, fortalecendo a relação com os usuários” – confira abaixo a nota na íntegra.

“Quando você tem esse caminho [a conciliação], a judicialização se torna menos interessante, porque ela é mais demorada e cara, tem todo um estresse envolvido, que pode demorar até anos. Então, um caminho fácil, um caminho viável, um caminho gratuito, porque a conciliação é gratuita, ela diminui o conflito”, concluiu o juiz.

O objetivo final da parceria é que os usuários que tiverem problemas com o plano, não abram novos processos imediatamente, mas que optem pela conciliação por meio do Tribunal de Justiça. O juiz destaca que este o ideal é que este canal esteja de “muito fácil acesso para o consumidor, da melhor forma de contato”.

“Lógico que nem todos os casos é possível realizar conciliação, mas é um caminho viável para o consumidor antes de resolver eventualmente ajuizar uma ação”, disse.

Nota da Unimed Goiânia na íntegra

“A Unimed Goiânia – Cooperativa de Trabalho Médico firmou, no dia 14 de abril, termo de cooperação com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), com o objetivo de fortalecer o uso da conciliação e da mediação como formas de resolver demandas envolvendo seus beneficiários.

A iniciativa busca promover soluções conjuntas com mais agilidade, estimulando o diálogo direto com os usuários e contribuindo para a redução da judicialização. O termo formaliza uma atuação já existente entre as instituições, agora ampliada para incluir a conciliação pré-processual, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da Saúde.

A Unimed Goiânia reafirma seu compromisso com a transparência, a escuta ativa e o respeito aos direitos dos beneficiários. A expectativa é de que o novo formato proporcione acordos mais rápidos, eficientes e humanizados, fortalecendo a relação com os usuários e contribuindo para a construção de soluções sustentáveis com apoio técnico do Poder Judiciário“.

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MEDICINA S/A

Preços de medicamentos para hospitais sobem 0,36% em março

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), resultado de uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, empresa de tecnologia SaaS especializada em soluções de gestão para instituições da área da saúde, apresentou um avanço de 0,36% em março de 2025, desacelerando em relação à alta de 1,13% registrada no mês anterior. Com esse resultado, o IPM-H acumulou uma variação positiva de 1,15% no primeiro trimestre de 2025, enquanto a variação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 4,24%.

Comparativamente, a prévia da inflação ao consumidor no mês de março, medida pelo IPCA-15 do IBGE, apontou uma variação de 0,64%, enquanto o IGP-M/FGV, registrou uma deflação de 0,33% no mesmo período. Além disso, dados do Banco Central indicaram uma apreciação de 0,33% da moeda brasileira em relação ao dólar no período1.

De acordo com Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, “os resultados de março vieram próximos de nossa expectativa. Considerando a sazonalidade, a alta mensal de 0,36% foi similar àquela observada em março de 2024, mantendo-se pouco abaixo da média observada para esse mês entre 2015 e 2024 (+0,70%), que sofreu influência da alta dos preços durante a pandemia. Considerando a alta acumulada pelo IPM-H em 12 meses, que é de 4,24% (abaixo do IPCA acumulado no período), a atenção se volta agora para o comportamento esperado dos preços dos medicamentos no próximo mês, quando entrarão em vigor os novos reajustes anuais da CMED, cuja média também ficou abaixo da inflação em 12 meses”

Entre os grupos terapêuticos que compõem a cesta de cálculo do IPM-H, os resultados mensais de março foram influenciados, pelo lado positivo, principalmente pela elevação nos preços de aparelho digestivo e metabolismo (+2,43%). Em seguida, destacam-se os grupos: preparados hormonais (+0,92%); agentes antineoplásicos (+0,73%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+0,63%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+0,55%); e aparelho respiratório (+0,20%). Em contrapartida, sete grupos terapêuticos que compõem a cesta do índice apresentaram retração mensal, sendo a mais expressiva observada no grupo sistema musculoesquelético (-2,41%). Em sequência, figuraram: aparelho geniturinário (-3,43%); sistema musculoesquelético (-2,61%); sistema nervoso (-1,16%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,00%); aparelho cardiovascular (-0,61%); e órgãos sensitivos (-0,53%).

Considerando o resultado do IPM-H no primeiro trimestre (+1,15%), os aumentos de preço abrangeram os grupos: aparelho digestivo e metabolismo (+5,04%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+4,97%); agentes antineoplásicos (+1,07%); e aparelho respiratório (+0,03%). Por outro lado, destacam-se as quedas nos grupos sistema musculoesquelético (-3,76%); aparelho cardiovascular (-1,78%); órgãos sensitivos (-1,34%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-1,19%); sistema nervoso (-0,35%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-0,34%); preparados hormonais (-0,29%); e aparelho geniturinário (-0,28%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, a variação positiva do IPM-H (+4,24%) é impulsionada por: aparelho digestivo e metabolismo (+18,98%); imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+12,77%); anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+4,49%); agentes antineoplásicos (+4,21%); aparelho respiratório (+3,07%); órgãos sensitivos (+1,64%); sistema nervoso (+1,41%); e preparados hormonais (+1,36%). Em contraponto, os preços recuaram em 12 meses no sistema musculoesquelético (-10,39%); aparelho cardiovascular (-4,26%); sangue e órgãos hematopoiéticos (-3,40%); e aparelho geniturinário (-0,92%).

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FOLHA BUSINESS

Executivo ex-Kora assume área de tecnologia do Sírio Libanês

O Hospital Sírio-Libanês, uma das instituições de saúde mais renomadas do país, acaba de contratar Alex Julian como Chief Information Officer (CIO) da instituição. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia da informação, ele acumula uma trajetória sólida no setor, tendo atuado nos últimos três anos como CIO da capixaba Kora Saúde.

"Saúde sem tecnologia não existe mais", afirma Alex Julian

Durante sua passagem pela Kora, Alex foi responsável pela criação e consolidação de um blueprint (ferramenta visual que permite mapear processos e interações de um serviço ou produto) de tecnologia, garantindo conectividade eficaz entre sistemas assistenciais interoperáveis e de backoffice, além de definir e executar uma estratégia robusta de infraestrutura em nuvem para otimizar as operações da empresa.

"Foram três anos nessa empresa, que é referência no Espírito Santo, onde tive a oportunidade de estruturar sistemas de segurança da informação, infraestrutura e dados, colocando tanto a tecnologia quanto os serviços que a área de tecnologia presta para a organização em um outro patamar. A Kora se consolidou como uma empresa dominante, não só em terras capixabas, mas nos demais mercados em que atua", afirma o executivo.

Além da estruturação de sistemas assistenciais e corporativos, ele relembra um dos projetos mais marcantes durante o período: o desenvolvimento do Ziggy AI!, um robô de convivência que percorreu as alas pediátricas dos hospitais capixabas, levando acolhimento às crianças internadas - iniciativa que, segundo o executivo, uniu tecnologia, inovação e cuidado de forma humanizada.

Alex afirma que a tecnologia já é peça central na estratégia das organizações de saúde e defende que sua aplicação precisa ir além do suporte técnico, assumindo um papel estratégico e orientado ao negócio.

"Saúde sem tecnologia não existe mais. O nosso papel, hoje, é facilitar o cuidado, apoiar o corpo clínico com dados para engajar os pacientes e buscar eficiência no uso dos recursos. A tecnologia não pode ser um prestador de serviço do hospital, tem que ser uma área que gera negócio e que seja um facilitador entre o negócio e o paciente", completa.

Mesmo em fase de transição no novo cargo, o executivo adianta que seu foco seguirá sendo o mesmo: aliar inovação à eficiência e, sobretudo, ao cuidado com o paciente.

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O GLOBO ONLINE

'Fui diagnosticada com doença autoimune grave, 5 anos depois descobri que era só estrabismo', conta vítima de erro médico

Em depoimento ao GLOBO, Ana Terra Pompeu fala que precisou se submeter a tratamento pesado e desnecessário, que envolveu inclusive a retirada de um órgão saudável

"Meu nome é Ana Terra Pompeu, tenho 34 anos e sou de Campinas, interior de São Paulo. Vim para a capital em 2014 fazer mestrado e dar início à minha carreira como fonoaudióloga. Comecei trabalhando só com cantores, nessa época mais com o pessoal do rap. Eles estavam em ascensão, então trabalhavam muito e, consequentemente, eu também. Por conta do mestrado, que também era bem puxado, quando somava todas as minhas horas de trabalho e estudo dava mais ou menos 18 por dia, era um ritmo intenso, ainda mais para alguém que veio do interior.

Em 2015, comecei a ter visão dupla, mas só ao final do dia, por volta de 21h, 22h. Eu pensava que todo mundo tinha visão dupla quando estava cansado como eu, com uma rotina tão exaustiva. Eu só via duplicado objetos que estavam longe, então como ficava mais no computador isso não me incomodava tanto. Só que, com o tempo, a visão dupla foi surgindo cada vez mais cedo até ficar insustentável. Eu atendia e via dois clientes.

Fui ficando preocupada e comecei a procurar médicos. Passei por uns seis oftalmologistas e ninguém sabia o que era. Todos falavam que era estresse, que minha carga de trabalho era insana, que eu precisava diminuir. Em 2016, quando terminei o mestrado, consegui reduzir bastante meu tempo de estudo e trabalho por dia.

Mas a minha visão só piorava. Até que chegou a um ponto que comecei a cair, não conseguia andar na rua sozinha. Já caí da escada, fraturei o pé. Até chegar a um momento em 2019 em que eu não conseguia mais fazer praticamente nada sozinha porque todas as imagens que eu via eram duplas.

Eu não tinha convênio, e o SUS era muito concorrido, então usei toda minha reserva que tinha construído desde que cheguei em São Paulo para pagar médicos particulares de referência. Um deles desconfiou que era miastenia gravis (doença autoimune que causa fraqueza muscular progressiva) porque eu relatava cansaço no rosto, muita dor de cabeça. E como eu tinha as quedas, na época associaram a um possível cansaço também nas pernas. Eu estava bem sensível, só queria um diagnóstico para tratar e curar.

Um especialista em miastenia que pediu um exame que teve como resultado uma alteração sugestiva da doença. Com a análise clínica, o médico concluiu que era miastenia e demos início ao tratamento. Em 2019, comecei a tomar corticoides e imunossupressores e fazer uma terapia com imunoglobulina que era administrada no hospital. Eu não chegava a ser internada, mas passava metade do dia lá recebendo a medicação na veia. É um remédio forte e tive todos os efeitos colaterais possíveis, parecia que meu corpo rejeitava tudo.

Fui buscar outras pessoas que tinham miastenia. Queria fazer amizade, saber como elas viviam. Porque se você procura sobre no google, aparecem fotos horríveis, de pessoas debilitadas. Queria encontrar pessoas que estivessem vivendo bem. As que eu encontrava falavam que fizeram a imunoglobulina, que tinha ajudado muito. Mas comigo parecia que eu ia morrer. Nunca desconfiei de que não tinha miastenia, pensava que era azar, que nenhum medicamento funcionava comigo.

Meu médico era referência em miastenia gravis no Brasil. Então fui seguindo o tratamento, acreditando que ia melhorar, só que cada vez eu ficava pior até que fiz uma cirurgia para retirar um órgão saudável chamado timo porque o médico disse que isso enfraqueceria o meu sistema imunológico, o que ajudaria a controlar a miastenia. Passei muito mal durante o procedimento, tive um derrame no pericárdio. Tive alergia aos medicamentos para dor, como morfina, então tive que aguentar a recuperação só com analgésicos simples.

Só que ainda assim a miastenia não melhorava, então tentamos um novo procedimento que se chama plasmaférese. Nele, você é internada, coloca-se um tubo na jugular que drena todo o seu sangue. Depois, ele é devolvido sem o plasma. Cheguei a ter uma convulsão durante o procedimento. Foi bem difícil, a pior coisa que eu já passei, mas ainda acreditava que precisava.

Depois disso tudo, engravidei em 2023 e a visão dupla piorou num nível que meu olho ficou para dentro e não saía de lá. Em nenhum momento do dia eu conseguia ver normal. Vivi uma gravidez que era de alto risco, tive sangramentos semanais porque tomava corticoides e tive um parto complexo porque o anestesista uma dose menor porque, por conta da miastenia, tinha medo de eu ter um efeito rebote e morrer. Era uma cesárea, eu gritava durante o parto.

Depois que minha filha nasceu, continuei com a visão dupla bem forte. Além da parte funcional, isso afetava meu trabalho, minha autoestima e comecei a ficar deprimida. Não conseguia imaginar viver o resto da minha vida com a diplopia, que é a visão dupla. Eu levava essas questões para o meu médico, e ele dizia que eu estava com depressão, me receitava antidepressivos, mas não me ouvia.

Ele fazia os testes e via que eu tinha força nas pernas, nos braços, que eu conseguia fazer atividades físicas, e só tinha mesmo a visão dupla. Dizia que eu tinha um "resto" da miastenia no globo ocular. Parecia que eu estava morrendo em vez de me curando. Eu comecei então a pesquisar sobre miastenia, a frequentar palestras, simpósios, tudo o que eu encontrava de eventos médicos sobre a doença.

Em um deles, um médico falava sobre algumas soluções para pacientes que tinham problemas oculares. Decidi marcar uma consulta, e ele pediu novos exames. Senti que ele ficou meio desconfiado quando relatei minha situação, mas não falou nada. Ao mesmo tempo, busquei uma nova oftalmologista. Ela percebeu que eu estava com um grau extremamente alto de estrabismo e também que eu estava ficando com catarata e prestes a ter glaucoma. Ela disse que daria para consertar o estrabismo com cirurgia, mas que eu iria perder a visão se continuasse com os corticoides.

Eu levei isso para o meu médico antigo e ele respondeu com sarcasmo, desdenhando do meu caso. Na hora, não acreditei, ele sabia que eu ia perder a visão e falou para eu continuar com os remédios. Eu permanecia com ele porque você cria um apego, passa a confiar no profissional que está com você está ali em situações difíceis. Mas depois dessa, foi aquele abraço. Nunca mais voltei nele.

Fui de novo no outro médico que tinha pedido os novos exames. Quando cheguei lá ele disse "olha, acho que você não tem miastenia". Eu fiquei sem chão, cinco anos acreditando que você tem uma doença crônica, conhecendo pessoas que sofrem com o mesmo problema. Tirei documento de pessoa com deficiência, me envolvi com todo um contexto social de ser PCD. Quando soube que possivelmente eu não tinha miastenia fiquei sem saber quem eu era.

O médico pediu novos exames, pediu para eu refazer outros testes, e tudo indicou que eu de fato não tinha nada. Mas eu continuava vendo duplicado. Nessa hora busquei mais neurologistas e oftalmos que trabalharam juntos e conversaram para tentar entender o que era o meu caso. Finalmente eu me sentia ouvida.

Eles entenderam que, na verdade, o que eu sempre tive foi só estrabismo. Minha fraqueza no rosto era de fazer esforço o tempo todo para unir a imagem duplicada, o que é realmente muito cansativo. Só que os medicamentos da miastenia afetaram a musculatura do meu rosto e pioraram o estrabismo a ponto de só dar para corrigir com cirurgia.

Fiz a operação agora no final de janeiro e me lembro de ir chorando no hospital porque eu estava tão cansada. A operação foi sem anestesia, porque se eu estivesse acordada eu poderia falar com a médica enquanto ela mexia se estava vendo duplicado ou não, então a chance de sucesso seria maior. Depois de passar por tudo que eu passei, pensei "melhor fazer acordada mesmo".

Ainda estou me recuperando, mas desde então finalmente não tenho mais a visão dupla. Viver vendo duplo é insuportável, agora me sinto invencível. Mas fiquei com algumas sequelas do tratamento desnecessário da miastenia, como a catarata e o início de um glaucoma. E virei uma pessoa corticosensível, não posso mais usar corticoide. Fora as cicatrizes, que tenho muitas dos procedimentos. Ainda assim, a sensação é de alívio.

O que eu sinto é que eu sou uma boa fonoaudióloga porque eu escuto meus pacientes na hora de cuidar deles. E sinto muito não ter sido tratada assim. Me senti abandonada. Mas espero que minha história sirva para que os profissionais da saúde prestem atenção no que os pacientes falam sobre si mesmos. O tratamento precisa ser conjunto".

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PORTAL UOL

Alunas de medicina que expuseram paciente transplantada podem ser punidas?


As duas estudantes de medicina denunciadas por expor uma paciente em vídeo no TikTok podem ser punidas no âmbito criminal e civil, de acordo com especialista consultada pelo UOL. Na publicação, as alunas descrevem a situação clínica de uma paciente, que morreu nove dias depois, para milhares de pessoas nas redes sociais. O caso aconteceu no Incor (Instituto do Coração) da Faculdade de Medicina da USP. Mesmo sem a divulgação do nome da paciente, o caso da jovem Vitória era considerado raro dentro da instituição. Por isso, a família percebeu que o conteúdo era sobre ela e, com isso, argumentam que isso constataria a falta de ética e desrespeito das estudantes de medicina. Alunas podem ser punidas? No âmbito criminal, as duas estudantes podem ser punidas pela violação do sigilo médico. Adriana Maia, advogada especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, cita o artigo 154, que trata da violação do segredo profissional.

'O resultado pode ser uma pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. Se a violação ocorrer com o intuito de obter vantagem ou causar prejuízo, a pena pode ser agravada', explica a especialista. Outro artigo citado pela advogada é o 139 do Código Penal, de difamação. No vídeo, as alunas sugerem que a paciente teve complicações após uma das cirurgias por erro dela mesma. 'Ela não tomou os remédios que precisava tomar e o corpo rejeitou e teve que transplantar de novo por um erro dela. E agora transplantou de novo.' Por este motivo, Maia explica que elas também podem ser punidas por difamação - o ato de divulgar informações falsas ou imprecisas sobre alguém. Aqui, a punição é a mesma da violação de sigilo, detenção de três meses a um ano, e multa. Já no âmbito cível, as duas podem ser punidas por danos morais. A punição neste caso, explica a advogada, depende do juiz. Pode resultar em detenção ou em multa.

'Se a paciente estivesse viva, por exemplo, ela poderia entrar com danos materiais caso fosse necessário gastar com terapia ou consulta médica após a exposição feita nas redes', explica. Alunas ainda não têm registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) dos estados onde vivem. Caso já tivessem registro, elas poderiam receber punições que vão desde advertências, penas disciplinares e até cassação do registro médico, explica a especialista. Relembre o caso No vídeo, as estudantes descrevem a situação de Vitória para milhares de pessoas. O vídeo foi excluído da rede social após repercussão, mas já contava com milhares de curtidas e centenas de comentários. Ainda no vídeo, uma delas sugere que a paciente teve complicações após uma das cirurgias por erro dela mesma. O vídeo tem pouco mais de dois minutos e as estudantes vão se intercalando nas falas. 'Sete vidas', diz outra estudante. A segunda aluna complementa a fala da colega satirizando a situação da paciente, segundo a família.

'Essa menina está achando que tem sete vidas? (...) Eu tô em choque', complementa. Ao fim do vídeo, as mulheres dizem que desejam melhoras para a paciente. Vitória morreu nove dias depois da gravação. Polícia investiga. O caso foi registrado como injúria no 14º Distrito Policial de Pinheiros, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Alunas eram de outra universidade e estavam fazendo curso de extensão no Incor, explica USP. Ao UOL, a Faculdade de Medicina de São Paulo explicou que as universidades de onde as estudantes vieram foram notificadas sobre o ocorrido. Alunos de curso de extensão receberão orientações sobre como se portar nas redes sociais e assinarão termo de compromisso, diz a universidade. 'A FMUSP repudia com veemência qualquer forma de desrespeito a pacientes e reafirma o compromisso inegociável com a ética, a dignidade humana e os valores que norteiam a boa prática médica', afirmou em nota.

As estudantes apagaram os próprios perfis nas redes sociais. Alunas lamentaram a morte da paciente 'Estamos vindo a público para dizer para a família que realmente sentimos muito pela perda e deixar claro que a nossa intenção jamais foi expor', disseram Gabrielli Farias de Souza e Thaís em vídeo ao g1. 'A única intenção do vídeo foi demonstrar surpresa por um caso clínico raro que tomamos conhecimento dentro de um ambiente de prática e aprendizagem médica', completaram. Elas também afirmaram que desconheciam a identidade da paciente. 'É muito importante ressaltar que nós não tivemos acesso à paciente, ao seu prontuário ou divulgamos qualquer imagem relacionada a ela, nós nem sequer sabemos seu nome completo.'

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O HOJE

Deputados voltam a disparar contra secretário de Saúde

Insatisfação dos deputados com o secretário não é recente, mas ganhou contornos mais graves no início deste ano

Durante o Pequeno Expediente da última segunda-feira, 14, o deputado Amauri Ribeiro (UB) fez uso da tribuna para comentar o cancelamento da audiência pública com o secretário de Estado da Saúde, Rasivel dos Reis, por iniciativa do representante da pasta. Na oportunidade, Amauri relembrou o período em que foi prefeito do município de Piracanjuba e da relação que tinha com os vereadores da cidade.

“Fui prefeito e vereador, e, enquanto eu fui vereador, eu convoquei um prefeito para explicar seus erros. Virei prefeito e qualquer acusação que tivesse com meu nome eu ia à câmara municipal, porque quem não deve, não teme. E o secretário de Saúde, se não tem o que temer, não vejo o porquê da negativa em estar aqui prestando esclarecimento”, afirmou Ribeiro.

Amauri declarou ainda que não consegue contato com o secretário nem por telefone e que, embora seja da base governista, tem questionamentos a fazer: “Eu sou base, mas não vou me calar no que eu vejo e no que me parece que não está correto”.

Supostas irregularidades

Ainda durante a sessão ordinária da última segunda-feira, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) também usou a tribuna para lamentar a atuação do secretário da Saúde, Rasível dos Santos, e a contratação da organização social (OS) responsável pelo Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).

Sebba apontou que a missão do secretário “é difundir a OS por todo o estado, tendo firmado contrato de gestão da OS para a Policlínica de Goiás, o Hospital Estadual de Jaraguá, o Hospital Estadual de Águas Lindas, o Hospital Estadual de Itumbiara, o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia” e, de acordo com ele, está para conseguir o de Jataí.

E foi adiante: “São mais de R$ 50 milhões de contrato por mês e, desde sua contratação, vem burlando leis e fazendo maracutaias. Isso tudo graças ao secretário Rasível. Os diretores da HMTJ são réus em ação penal por corrupção, improbidade administrativa e formação de organização criminosa. Esse é o povo que esse secretário trouxe pra cá”.

Mais do mesmo 

A insatisfação dos deputados com o secretário não é recente, mas ganhou contornos mais graves no início deste ano, quando Rasível foi convidado a prestar contas sobre a situação da Saúde no Palácio Maguito Vilela, sede do Legislativo estadual. Conforme mostrado pelo O HOJE, na ocasião, ele deixou a reunião antes do previsto, alegando um “compromisso inadiável”. A justificativa não colou entre os parlamentares, que se sentiram desrespeitados pela falta de tempo para questionamentos.

A gota d’água para muitos parlamentares foi a percepção de que o secretário estava evitando o diálogo e agindo com indiferença em relação ao Parlamento. Tanto que o deputado Gustavo Sebba (PSDB) chegou a protocolar um requerimento para a criação de uma CPI da Saúde, com o objetivo de investigar não apenas a falta de remédios, mas também a relação do governo com as OS – entidades que, em tese, deveriam melhorar a eficiência da gestão hospitalar, mas que muitas vezes são alvo de suspeitas.

A proposta, no entanto, não deve avançar. O principal obstáculo foi justamente o líder do governo na Alego, Talles Barreto, que fez um movimento nos bastidores para convencer Sebba a recuar. Em declaração à imprensa, Talles admitiu ter pressionado o colega: “Conversei muito com o Gustavo para não montar essa CPI. Falei que o Rasível viria e não havia necessidade de criar esse clima aqui”.

Em contato com a reportagem do O HOJE, a Secretaria Estadual de Saúde informou, via nota, que “devido a compromissos de agenda assumidos anteriormente para a mesma data, o secretário Rasível Santos ficará impossibilitado de  participar da Audiência Pública da Comissão de Tributação e Finanças da Casa de Leis do Estado, agendada para esta terça-feira (15). A Pasta negocia uma nova data e horário para o cumprimento do referido compromisso”. 

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SAÚDE BUSINESS

Lucro recorde e desafios desiguais: a sustentabilidade da saúde suplementar em 2025

Operadoras, hospitais e prestadores vivenciam realidades financeiras diferentes, o que pode comprometer a saúde do sistema e dos pacientes.

A sustentabilidade no setor de saúde é um assunto sempre em pauta. Diante de um cenário de maior expectativa de vida, no qual as pessoas demandam mais cuidados de saúde, e de tecnologias cada vez mais caras, é natural que operadoras, hospitais e demais instituições de saúde encontrem dificuldades para se manter sustentáveis.  

No entanto, para os planos de saúde, o cenário parece menos sombrio. As empresas do setor registraram lucro líquido de R$ 11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% em comparação com 2023. Este resultado também é superior ao que foi obtido nos três anos anteriores somados. Por outro lado, hospitais e prestadores enfrentam dificuldades financeiras, com margens cada vez mais apertadas e desafios na negociação com planos de saúde.

De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), essa recuperação é resultado da reorganização financeira promovida especialmente pelas operadoras de grande porte, que têm reajustado as mensalidades em patamar superior à variação dos custos com as despesas assistenciais. Além disso, as aplicações financeiras também contribuíram para esses bons números.

Gustavo Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), explica que esses resultados são provenientes do empenho e resiliência das companhias e dos profissionais do setor. “Embora indiquem uma melhora em relação aos anos anteriores, os resultados seguem abaixo dos patamares pré-pandemia. Em 2024, as mais de 660 operadoras juntas apresentaram um resultado operacional de R$ 3,96 bilhões, com uma margem de apenas 1,32% sobre a receita total”, observa ele.

O executivo destaca ainda que a percepção de lucro desconsidera o fato de que 44,4% dessas operadoras, responsáveis pelo atendimento e cuidado de 15,2 milhões de beneficiários, fecharam o ano com resultados negativos. “Ainda há muitas barreiras a serem ultrapassadas para que se alcance um nível de sustentabilidade que gere mais tranquilidade e amplie o acesso à saúde pela população.”

A recuperação do setor pode beneficiar toda a cadeia?

Na opinião de Ribeiro, sim. “A recuperação do setor é fundamental para a sustentabilidade e o equilíbrio de todo o sistema suplementar de saúde. Segundo dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), as operadoras de planos de saúde são responsáveis por 80,6% das receitas dos hospitais e 74% das receitas dos laboratórios diagnósticos. Um sistema de saúde saudável é bom para todos, principalmente para a população, que pode contar e se beneficiar com o acesso a serviços de excelência no cuidado e atenção à própria saúde”, analisa Ribeiro.

Para Reginaldo Teófanes, presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), é importante reconhecer que o bom desempenho financeiro das operadoras é um sinal positivo para todo o setor de saúde suplementar. No entanto, para que esse ciclo virtuoso se complete, é essencial que os estabelecimentos de saúde também estejam financeiramente saudáveis.

“A sustentabilidade do sistema passa, necessariamente, por uma relação mais equilibrada e transparente entre operadoras e hospitais. Isso envolve, por exemplo, rever práticas como as glosas excessivas e pouco justificadas, que geram incertezas financeiras e operacionais aos prestadores. Aqui na FBH, a nossa expectativa é que possamos avançar para um modelo de corresponsabilidade, em que operadoras e hospitais caminhem lado a lado, compartilhando riscos, resultados e, principalmente, compromissos com a qualidade assistencial.”

Na opinião de Teófanes, o modelo vigente impõe desafios. Segundo o executivo, a assimetria de poder nas negociações, que hoje pende para as operadoras em detrimento dos estabelecimentos, somada à ausência de um agente regulador de mercado que promova maior equilíbrio entre os elos da cadeia, acaba por fragilizar os prestadores, que muitas vezes operam no limite da viabilidade.

“Ainda que exista o direito legítimo de auditar e glosar serviços quando há inconsistências, o que temos observado é uma banalização desse instrumento, utilizado de forma quase sistemática e, em muitos casos, sem fundamentação adequada. Isso gera instabilidade, imprevisibilidade e insegurança jurídica. A longo prazo, teremos comprometimento de investimentos e da própria permanência de muitos hospitais no mercado.”

Milva Pagano, diretora-executiva da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), reforça a opinião de Teófanes ao compartilhar sua visão de que o modelo atual exerce uma pressão contínua e desproporcional sobre os prestadores, o que pode comprometer a manutenção da qualidade dos serviços oferecidos. “A sustentabilidade do setor depende de um redesenho nas relações, com uma visão mais integrada e colaborativa entre todos os agentes que compõem esse ecossistema.”

Recentemente, a Anahp realizou um evento para debater a recuperação expressiva das operadoras de planos de saúde no ano passado e o agravamento do desequilíbrio com os hospitais, principalmente por conta das glosas e dos prazos de pagamento alongados.

Antônio Britto, diretor-executivo da associação, diz que só haverá equilíbrio se a relação respeitar a necessidade de operadoras e hospitais serem saudáveis financeiramente. “O sistema de saúde suplementar não será sustentável se for bom para um só lado. Estamos falando aqui de um sistema onde os elos da cadeira conversam mal, e isso tem impedido que operadoras e hospitais discutam novas formas de trabalho.”

Segundo ele, quando os diversos atores se sentam à mesa, a discussão gira em torno do fator preço. “Nesse cenário, a conversa não tem futuro e o sistema não vai se ajustar e se recuperar. Temos que mudar o tom da conversa, pois a realidade é que hospitais e operadoras investem pouco na atividade que vai salvar o setor, que é a prevenção e a promoção da saúde. Não vemos iniciativas importantes de trabalho conjunto nesse sentido.”

Na avaliação de Charles Lopes, especialista em legislação de saúde suplementar e professor da Escola de Negócios de Seguros (ENS), alguns passos são importantes para a manutenção e garantia da saúde suplementar no Brasil, como a transparência nas negociações, estabelecendo-se um diálogo aberto sobre custos e reajustes; a adoção de modelos que remunerem pela qualidade e eficiência dos serviços, como o pagamento por performance; e a revisão periódica dos contratos para que estes reflitam mudanças nos custos e nas necessidades dos serviços.

Riscos do descompasso

Mas quais os riscos, para hospitais e prestadores, desse cenário onde apenas um dos lados parece em vantagem? “Os sinais de alerta estão acesos há um bom tempo. A FBH, em parceria com a CNSaúde, publica anualmente o ‘Cenário dos Hospitais no Brasil’, estudo que traz dados atualizados sobre aberturas e fechamentos de estabelecimentos e leitos da rede privada e filantrópica. O estudo mostra que o país conta atualmente com menos hospitais e menos leitos do que tinha em 2010, há 15 anos”, destaca Teófanes.

Diz ele ainda que esse encolhimento se reflete em uma crise financeira que abala, sobretudo, os hospitais de pequeno e médio portes, que representam 70% de toda a rede hospitalar brasileira e que são, em muitos municípios, a única opção de assistência à população.

“Quando parte significativa dos recursos que deveriam ser repassados aos hospitais é retida, compromete-se a capacidade dessas instituições de manter e melhorar sua estrutura, investir em inovação e contratar profissionais qualificados. O risco não é apenas para os hospitais, mas para toda a cadeia”, diz Teófanes.

O executivo lembra que as operadoras dependem de uma rede prestadora forte e bem estruturada para ampliar sua base de clientes e oferecer serviços de excelência. “Portanto, quando os hospitais sofrem, todo o sistema sente. O que se coloca em jogo não é apenas a saúde financeira das instituições, mas a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.”

Na avaliação de Britto, os riscos desse descompasso já estão mostrando sua face. O primeiro deles está na estagnação do setor de saúde suplementar, que não registra aumento no número de beneficiários desde 2014 – atualmente, são cerca de 52 milhões de usuários.

“O segundo risco também já é real. Hoje, o sistema desperta uma unanimidade irônica: todos se queixam dele – operadoras, hospitais, pacientes, médicos. O que mais precisa acontecer para que percebamos que o sistema é que está com problemas, e que não adianta um dos atores que o compõe buscar uma saída isolada? Ou reformamos a maneira como o sistema funciona hoje, ou ele será ruim para todos. Em 2024, 41% dos investimentos que estavam previstos pelos hospitais não foram realizados porque eles não conseguem receber das operadoras.”

Teófanes destaca que os hospitais brasileiros têm demonstrado uma notável capacidade de resiliência, mesmo diante de restrições orçamentárias, da alta carga tributária, além dos atrasos nos repasses. Muitos, segundo ele, se esforçam para investir em tecnologia, capacitação de equipes e expansão da infraestrutura.

“No entanto, essa adaptação, em muitos casos, tem sido feita à custa de sacrifícios significativos, como postergação de investimentos ou redução de leitos. Essa não é uma situação sustentável.”

Para Milva, esse desequilíbrio entre os resultados das operadoras e dos hospitais e prestadores pode afetar diretamente a rede oferecida pelos planos de saúde aos beneficiários, comprometendo a qualidade da assistência, o acesso e os diferenciais do atendimento. “Quando não há alinhamento entre operadoras e prestadores, o impacto se espalha por toda a cadeia – e, no centro dela, está o paciente. Sem um esforço conjunto para reequilibrar esse cenário, os efeitos serão sentidos a médio e longo prazo.”

Propostas regulatórias da ANS têm sido debatidas como um possível caminho

A ANS tem proposto alguns caminhos visando à sustentabilidade do setor, como mudanças no sistema de coparticipação, criação de planos que ofereçam apenas consultas e exames, entre outros. Mas até que ponto essas propostas podem efetivamente beneficiar a todos?

Britto diz que a Anahp apoia propostas que fortaleçam o sistema de saúde suplementar e a saúde financeira das operadoras, no entanto, muitas empresas do setor não têm visto com bons olhos a questão de criação de planos ambulatoriais, por exemplo.

Em relação às outras propostas, ele acredita que elas precisam ser melhor esclarecidas. “É preciso que haja uma solução para planos individuais que se tornaram inviáveis e que exista um entendimento sobre formas de coparticipação. O debate está apenas começando. Temos que abrir uma discussão ampla e profunda sobre o que está sendo proposto, mantendo o olhar em uma saída que seja positiva para o setor como um todo.”

Para o presidente da FBH, propostas regulatórias que promovam maior transparência, previsibilidade nos contratos e mecanismos efetivos de resolução de conflitos são fundamentais para o amadurecimento da relação entre operadoras e prestadores.

“Esperamos, por exemplo, que se avance em normas que estabeleçam critérios objetivos e auditáveis para as glosas, bem como instâncias de recurso que realmente funcionem. Além disso, é preciso discutir formas de redistribuir de maneira mais equitativa os resultados positivos do setor. Se queremos um sistema sustentável e centrado no paciente, é indispensável que todos os elos — operadoras, hospitais, profissionais e fornecedores — estejam alinhados e valorizados.”

Milva vê com otimismo as propostas, acreditando que elas podem contribuir para ampliar o acesso, o que tende a atrair mais beneficiários para dentro do sistema e, com isso, gerar maior volume de recursos.

“No entanto, é essencial que essas mudanças sejam acompanhadas de discussões técnicas consistentes e de um olhar atento à qualidade da assistência e à segurança do paciente. A regulação tem papel fundamental nesse processo de reequilíbrio, desde que venha acompanhada de diálogo com todos os setores envolvidos.”

Lopes, da ENS, faz uma avaliação de algumas das propostas e pontua suas considerações:

Novo modelo de reajuste para contratos de até mil vidas: pode proporcionar maior estabilidade e previsibilidade nos reajustes, beneficiando operadoras e prestadores. No entanto, pode haver perda de informações detalhadas.

Regras para coparticipação: definir limites financeiros pode ajudar a controlar os custos para os beneficiários e evitar abusos.

Reativação dos planos individuais com reajuste mais flexível: pode aumentar a competitividade e oferecer mais opções aos consumidores, mas exige renúncia a algumas conquistas.

Criação de um plano ambulatorial sem urgência e emergência: pode reduzir os custos para os beneficiários e aliviar a pressão sobre os hospitais, mas pode criar um produto com menos proteção.

“Essas medidas têm o potencial de equilibrar o ecossistema de saúde suplementar, promovendo a sustentabilidade financeira, mas certamente reduzirão a qualidade dos serviços oferecidos”, comenta o especialista.

Conquistar a sustentabilidade na saúde suplementar é um desafio complexo, mas possível de ser alcançado com ações coordenadas, inovação e foco na eficiência e qualidade do cuidado. O caminho parece estar na conversa e no entendimento entre todos os que fazem parte dessa cadeia.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 14 Abril 2025 06:50

CLIPPING AHPACEG 12 A 14/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM proíbe uso de bloqueadores hormonais em jovens

https://revistaoeste.com/saude/cfm-proibe-uso-de-bloqueadores-hormonais-em-criancas-e-adolescentes/

Hospital de Goiás troca corpos de bebês e famílias vivem sofrimento

https://ohoje.com/2025/04/12/hospital-de-goias-troca-corpos-de-bebes-e-familias-vivem-sofrimento/

Doenças raras: colaboração é a chave para os avanços no setor

https://medicinasa.com.br/doencas-raras-colaboracao/

Projeto aprova autonomia de médico para escolher tratamento de pacientes

https://medicinasa.com.br/medico-autonomia/

REVISTA OESTE

CFM proíbe uso de bloqueadores hormonais em jovens

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma resolução na terça-feira 8, que proíbe o uso de bloqueadores hormonais em crianças e adolescentes para mudança de sexo. A medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial para entrar em vigor.

A resolução determina o aumento da idade mínima para cirurgias de transição com efeito esterilizador de 18 para 21 anos.

Além disso, eleva de 16 para 18 anos a idade mínima para o início da terapia hormonal cruzada, que visa à feminização ou masculinização de acordo com a “identidade de gênero”.

Detalhes sobre a proibição

A proibição do uso de bloqueadores hormonais não se aplica a casos de puberdade precoce ou outras condições endócrinas, mas é específica para crianças e adolescentes que buscam a transição.

Procedimentos cirúrgicos para redesignação de sexo sem efeito esterilizador mantêm a idade mínima de 18 anos.

Os serviços de saúde que realizam esses procedimentos devem cadastrar os pacientes e garantir a disponibilização das informações aos Conselhos Regionais de Medicina locais. Essa medida visa a assegurar o monitoramento adequado das práticas médicas envolvidas.

Fundamentação do CFM

Para fundamentar essa mudança, o CFM se baseou em uma lei aprovada em 2022, que reduziu de 25 para 21 anos a idade mínima para laqueadura ou vasectomia no Brasil.

A resolução também destaca que transgêneros que mantêm órgãos do sexo biológico original devem buscar atendimento preventivo ou terapêutico com especialistas adequados, como ginecologistas e urologistas.

O CFM ressalta que as alterações estão em linha com medidas adotadas em outros países, como no Reino Unido, que impôs restrições à transição para menores de idade depois de reavaliar os tratamentos.

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O HOJE

Hospital de Goiás troca corpos de bebês e famílias vivem sofrimento

Uma das mulheres chegou a realizar o funeral sem saber que enterrava o filho de outra pessoa.

Um erro no Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás (Heal) abalou duas famílias no fim de março. A unidade de saúde trocou os corpos de dois bebês que nasceram mortos, entregando os fetos às mães erradas. 

Uma das mulheres chegou a realizar o funeral sem saber que enterrava o filho de outra pessoa. Agora, ela tenta na Justiça a exumação para que os corpos sejam identificados corretamente e as famílias possam velar seus filhos de forma digna.

A troca só foi descoberta dias depois, causando mais sofrimento às mães, que já enfrentavam o luto. “Além de viverem a dor da perda, elas agora precisam lidar com a incerteza sobre quando e como poderão enterrar seus filhos de fato”, afirmou o advogado Idelbrando Mendes, que representa as famílias ao lado do também advogado Daniel J. Kaefer.

Segundo os defensores, o hospital não ofereceu até o momento qualquer tipo de apoio seja jurídico, médico ou psicológico. “Não houve contato oficial da unidade com as famílias. Elas estão desamparadas”, lamentou Idelbrando.

O caso será investigado pela Polícia Civil, e os advogados acompanham o inquérito para buscar responsabilização civil e criminal dos envolvidos.

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MEDICINA S/A

Doenças raras: colaboração é a chave para os avanços no setor


Por Vivian Kiran Lee

As doenças raras são conhecidas como aquelas que afetam uma pequena parte da população. No entanto, somam cerca de 13 milhões as pessoas que convivem com alguma dessas enfermidades no Brasil e 300 milhões no mundo, cada uma com sua jornada única. A busca pelo diagnóstico é um processo desafiador para os pacientes, suas famílias e todos que os cercam, pois a diversidade de sinais e sintomas é muito ampla, além da forma como essas condições progridem. Manifestações relativamente frequentes podem simular problemas de saúde comuns, dificultando sua identificação correta.
A colaboração entre a indústria farmacêutica, sociedades médicas, associações de pacientes, poder público e instituições privadas de saúde é essencial para o apoio aos pacientes com doenças raras e para ampliar o conhecimento sobre as terapias adequadas disponíveis. Estima-se que existam de seis a oito mil dessas condições, sendo que 75% afetam crianças, 80% são causadas por fatores genéticos e até 30% desses pacientes morrem antes dos 5 anos de idade. Apesar do impacto significativo, segundo um estudo realizado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), apenas 2% dos casos são tratados com os chamados medicamentos órfãos, capazes de interferir na progressão da doença.
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado nesse cenário. Iniciativas como programas de capacitação para profissionais de saúde, o engajamento de associações de pacientes e seus cuidadores e o compromisso de avaliação de novos medicamentos pelas empresas farmacêuticas e órgãos reguladores, num esforço de contribuição para o alcance de tratamentos inovadores, têm sido fundamentais para ampliar o suporte a quem convive com essas doenças.
Chegar a um diagnóstico preciso o mais rápido possível é crucial para melhorar o cuidado e a qualidade de vida das pessoas com doenças raras. No entanto, para muitas delas, a jornada desde o início dos sintomas demora em média de seis a nove anos e envolve muitas visitas a diversos especialistas, testes, procedimentos e hospitalizações, além de altos custos psicológicos e financeiros. Por isso, uma preocupação é contribuir com informações de apoio e saúde, como faz a iniciativa Juntos pelos Raros, uma plataforma dedicada à conscientização, que promove acolhimento para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde.
O processo de descoberta, desenvolvimento, produção e incorporação de medicamentos nos sistemas de saúde é bastante complexo. O mais importante é que o olhar seja direcionado para todo o ecossistema da saúde. E no caso das doenças raras, elas não podem ser negligenciadas.

*Vivian Kiran Lee é diretora médica da Takeda no Brasil.

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Projeto aprova autonomia de médico para escolher tratamento de pacientes

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 956/22, da deputada Lídice da Mata (PSB-BA), que garante ao médico autonomia para escolher a abordagem terapêutica dos pacientes com plano de saúde. O texto inclui a medida, contida em norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na Lei dos Planos de Saúde.

A proposta recebeu parecer pela constitucionalidade da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). O projeto tramitou em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário.

"Ninguém melhor do que o médico conhece as necessidades e contexto de vida do paciente, podendo escolher o encaminhamento terapêutico adequado. As operadoras, por outro lado, costumam abordar os casos de forma mais homogênea, tendendo, quando possível, a defender condutas que reduzam os custos. Isso é um grave atentado contra a saúde pública", afirmou Carneiro.

O texto aprovado proíbe as operadoras de planos de restringir a liberdade do exercício de atividade profissional do prestador de serviço, desde que a ciência e as leis sejam observadas. Infratores poderão ser punidos com sanções, que vão de advertência a cancelamento da autorização para funcionamento.

Debate

O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) defendeu a proposta. "Esse projeto é extremamente importante e consegue garantir vários direitos, como o direito à saúde e a um tratamento digno, além de preservar a autonomia, a independência e a isenção técnica dos profissionais da saúde, para que escolham a melhor abordagem terapêutica para o seu paciente", disse.

"É uma luta necessária contra o poder econômico representado pelas empresas de planos de saúde, que recebem valores altos e, em vez de prestar um serviço de excelência, acabam criando burocracia para os pacientes", criticou Duarte Jr.

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 11 Abril 2025 06:38

CLIPPING AHPACEG 11/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

O que está errado com o modelo de remuneração na saúde?

https://www.jota.info/artigos/o-que-esta-errado-com-o-modelo-de-remuneracao-na-saude

Cartel dos anestesistas aterrorizava quem recusava esquema no DF

https://www.metropoles.com/colunas/mirelle-pinheiro/cartel-dos-anestesistas-aterrorizava-quem-recusava-esquema-no-df

Hospitalizações de crianças por sintomas respiratórios aumentam em Goiás

https://www.aredacao.com.br/noticias/230417/hospitalizacoes-de-criancas-por-sintomas-respiratorios-aumentam-em-goias

JOTA INFO

O que está errado com o modelo de remuneração na saúde?

Imagine que você precisa fazer uma cirurgia ou tratar uma condição crônica. O que você espera? Recuperar-se bem, evitar complicações e não gastar mais do que o necessário. Mas e se, no meio do tratamento, surgirem novas despesas, visitas inesperadas ao hospital sem que você perceba melhora na sua condição? Esse é um retrato comum em um sistema de saúde que, muitas vezes, se preocupa mais com o volume e com a complexidade dos procedimentos do que com a qualidade do cuidado prestado.

Esse modelo tradicional remunera médicos e hospitais por cada exame, consulta ou cirurgia, sem necessariamente considerar os resultados obtidos. Fora o impacto que tem na nossa saúde individual, ele gera um custo significativo para o sistema. Esse modelo incentiva a quantidade de procedimentos em vez da qualidade, elevando os custos sem necessariamente melhorar os resultados para os pacientes. Isso acaba prejudicando todos nós, já que esses custos são repassados, direta ou indiretamente, para os beneficiários e para o sistema público.

Traduzindo em números, em 2023, segundo a última edição do Panorama da Saúde Suplementar da ANS, publicado em dezembro de 2024, as 668 operadoras que atuam no Brasil gastaram com despesas assistenciais R$ 239 bilhões para atender 51,5 milhões de pessoas que possuem planos particulares. As despesas assistenciais consistem nos eventos assistenciais per capita acumulados em 12 meses, tanto em valores nominais quanto ajustados pela inflação. Essas despesas incluem os custos relacionados aos atendimentos médicos e hospitalares cobertos pelos planos de saúde. Além disso, elas também estão relacionadas ao indicador de sinistralidade, que mede a relação entre receitas (contraprestações) e despesas dos planos de saúde.

Já outro estudo desenvolvido pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), em parceria com a consultoria EY, abordou o impacto das fraudes e desperdícios no setor, bem como as melhores práticas. A análise mostrou perdas e prejuízos reais para o setor estimados entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões, em 2022, evidenciando ainda mais a relevância do tema.

É aí que entra uma abordagem diferente e muito mais interessante: cuidar para que cada paciente receba o cuidado que efetivamente precise e traga os melhores resultados para ele a um custo mais otimizado possível. Pense nisso como uma mudança de foco. Em vez de contabilizar cada serviço prestado, o sistema passa a medir o sucesso pelo impacto na vida do paciente e ser recompensado por isso. Melhor recuperação, menos internações, mais satisfação e um custo adequado.

Vale ressaltar que essa questão de qualidade e resultados não se limita ao Brasil. Mesmo em países desenvolvidos, há uma grande variabilidade nos desfechos clínicos - ou seja, nos resultados dos tratamentos que realmente importam para nossa a saúde e recuperação. Esses desfechos podem variar de local para local e de prestador para prestador, gerando diferenças enormes na qualidade do cuidado.

Por exemplo, na Alemanha, a taxa de reoperação após cirurgias de quadril pode variar até 18 vezes entre hospitais. Na Suécia, as complicações após cirurgias de catarata chegam a variar até 36 vezes, dependendo do hospital. Esses dados revelam que, mesmo em sistemas considerados avançados, ainda há um caminho importante a percorrer para garantir que todos recebam o mesmo padrão de cuidado e segurança.

Hoje, sabemos que 212,6 milhões de brasileiros dependem de um sistema de saúde que pode se beneficiar muito dessa nova abordagem, seja no SUS ou na saúde privada. Esse cenário precisa mudar e envolve uma série de fatores. Passos começam a ser dados. Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) selecionou, por meio de chamamento público, o Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª e 4ª Região para firmarem um acordo de cooperação visando ampliar e operacionalizar essa lógica no Brasil. A proposta é clara: remunerar melhor quem entrega bons resultados, promovendo um sistema mais eficiente e justo para todos. Isso significa alinhar recursos àquilo que realmente importa: o bem-estar dos pacientes.

Além de focar na qualidade dos desfechos clínicos, o modelo de remuneração baseado em valor também promove maior transparência entre operadoras, prestadores de serviços e nós, os pacientes. Conseguimos compreender muito melhor os recursos que despendemos para cuidar da nossa saúde e nos sentimos muito mais parte do nosso cuidado.

No âmbito do sistema, o impacto financeiro também é significativo. O modelo de remuneração baseado em valor permite uma gestão mais eficiente dos recursos, priorizando a alocação inteligente de investimentos e reduzindo desperdícios. Isso não apenas ajuda a controlar os custos das operadoras de saúde, mas também beneficia diretamente as pessoas e as empresas. Os planos consideram o aumento dos custos dos tratamentos oferecidos para definir os reajustes das mensalidades. Com um modelo mais eficiente e com menos desperdício, a tendência é que os reajustes se tornem mais equilibrados e previsíveis para os beneficiários, garantindo acesso a um cuidado mais eficaz e focado em resultados reais, ao mesmo tempo em que se evitam despesas desnecessárias.

Para que esse modelo seja implementado com sucesso, é necessário investir em tecnologia, capacitar profissionais e promover mudanças estruturais no modelo atual. Médicos e hospitais precisam ser incentivados a priorizar resultados reais para os pacientes, assegurando que cada real investido gere benefícios concretos para a sociedade.

Esse não é apenas um movimento passageiro, mas uma mudança necessária e urgente. O que buscamos, em qualquer parte do mundo, é um sistema de saúde mais eficiente, que priorize o cuidado de qualidade e o uso responsável dos recursos. Isso precisa ser a regra, não a exceção.

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METRÓPOLES ONLINE

Cartel dos anestesistas aterrorizava quem recusava esquema no DF

Operação Toque de Midaz desmontou rede de coerção, monopólio e enriquecimento ilícito no setor de anestesiologia do Distrito Federal
Uma ofensiva da Polícia Civil e o Ministério Público expôs os bastidores do setor de saúde no Distrito Federal. Deflagrada nessa quinta-feira (10/4), a Operação Toque de Midaz investiga um suposto cartel milionário liderado por integrantes da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest-DF). A investigação aponta que, por anos, um seleto grupo de profissionais comandou com punho de ferro o mercado de anestesia na capital, praticando coerção contra colegas dissidentes, manipulando valores de honorários e restringindo a livre concorrência em hospitais estratégicos.

Segundo as autoridades, os alvos da operação formavam uma organização criminosa estável e articulada, que utilizava a estrutura da cooperativa para controlar o acesso a hospitais e impor barreiras à atuação de médicos independentes. A tática, conforme apurado, incluía ameaças explícitas de descredenciamento, exclusão da cooperativa e até intimidações de natureza física e psicológica.

No centro das apurações está o médico José Silvério Assunção, atual vice-presidente da Coopanest-DF. Figura influente na especialidade, ele foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência de alto padrão. Silvério carrega, ainda, o peso de uma condenação judicial por erro médico - um caso emblemático em que uma paciente foi deixada em estado vegetativo após complicações anestésicas em uma cirurgia simples de apendicite, no Hospital Santa Lúcia. O episódio, ocorrido em 2006, se estendeu até 2018, quando a paciente faleceu, e culminou em uma derrota do médico em todas as instâncias judiciais, inclusive no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Outro nome ligado à cúpula da cooperativa e também alvo da operação é Pablo Pedrosa Guttenberg, membro do Conselho Fiscal da entidade. A Polícia Civil cumpriu mandado de busca em seu apartamento de luxo.

O modus operandi da organização incluía, segundo os investigadores, a imposição de monopólios em hospitais estratégicos do DF, negociando em bloco com operadoras de planos de saúde e fixando tabelas de honorários que sufocavam a concorrência.

A operação, batizada de "Toque de Midaz" - em referência ao sedativo Midazolam e ao rei Midas, símbolo da ganância - , contou com o apoio da Divisão de Inteligência Policial (Dipo). Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nesta fase, e os envolvidos poderão responder por organização criminosa, formação de cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.

Por meio de nota, a cooperativa informou que "nunca houve e não há cartel ou qualquer outra irregularidade ou ilegalidade por parte da Coopanest-DF e seus diretores.". A defesa também acrescentou que "irá comprovar, mais uma vez, a integral regularidade e o compromisso ético dos trabalhos prestados aos seus cooperados por mais de 40 anos."

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Hospitalizações de crianças por sintomas respiratórios aumentam em Goiás

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tiveram um crescimento entre crianças pequenas, segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10/4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta nas hospitalizações é associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, cuja incidência ocorre em praticamente todo o país, incluindo Goiás, e tende a crescer no outono e no inverno.

O estudo é referente à Semana Epidemiológica de 30 de março a 5 de abril, e também alerta para os primeiros indícios de crescimento dos casos de SRAG por influenza, o vírus da gripe. Esse aumento ocorre especialmente no Mato Grosso do Sul, onde as hospitalizações pelo vírus têm atingido jovens, adultos e idosos.

De acordo com a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portela, com o início de aumento dos casos de influenza no Mato Grosso do Sul, é fundamental que todas as pessoas dos grupos prioritários, crianças de seis meses a seis anos, assim como gestantes e idosos, se imunizem contra o vírus.

“Especialmente as pessoas dos grupos prioritários que moram nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste, onde a campanha de vacinação contra o vírus já começou”, explicou.

Em nota, Tatiana reforça ainda a importância de, “em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, sair de casa usando máscara, assim como dentro de locais fechados e com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde”.

Estados e capitais

No total, 13 dos 27 estados apresentam incidência de SRAG com sinal de crescimento na análise das últimas semanas: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

Situação nacional

Em 2025, já foram notificados 31.796 casos de SRAG, sendo 12.527 (39,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 14.113 (44,4%) negativos, e ao menos 3.060 (9,6%) aguardando resultado laboratorial.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 10,3% de influenza A, 1,6% de influenza B, 50,4% de vírus sincicial respiratório, 31,4% de rinovírus, e 9,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19). 

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Assessoria de Comunicação

hospital médico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta semana os resultados da Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente 2024, voltada para hospitais com Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Realizada anualmente, a avaliação visa aprimorar a segurança dos pacientes e a qualidade dos serviços de saúde prestados, com foco na gestão de riscos e na adoção de práticas seguras no atendimento.

De um total de 2.128 hospitais convidados a participar da avaliação, 1.509 completaram o processo, sendo 79 deles localizados em Goiás. Entre os hospitais goianos com UTI que apresentaram alta conformidade na avaliação, 10 são associadas à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

Parabéns!!!

Hospital de Acidentados

Hospital do Coração Anis Rassi

Hospital do Rim

Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida

Hospital e Maternidade Santa Bárbara

Hospital e Maternidade São Nicolau

Hospital Evangélico Goiano

Hospital Nasr Faiad

Hospital Ortopédico de Goiânia

Instituto Ortopédico de Goiânia

Essa avaliação da Anvisa tem se mostrado um importante instrumento para fortalecer a cultura de segurança no setor de saúde e garantir cuidados de alta qualidade em todo o país. Com essa conquista, os hospitais associados à Ahpaceg reafirmam seu compromisso com a melhoria contínua da segurança e qualidade no atendimento médico-hospitalar de alta complexidade.

Quinta, 10 Abril 2025 06:51

CLIPPING AHPACEG 10/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Os caminhos para reduzir desperdícios e erros na saúde

https://medicinasa.com.br/tecnologia-inovacao/

Setor de dispositivos médicos espera crescer acima de 10% em 2025

https://medicinasa.com.br/termometro-abimed-2025/

Um terço dos brasileiros com doenças oculares abandona o tratamento

https://medicinasa.com.br/doencas-oculares-graves/

O valor do descanso na saúde e na gestão sustentável

https://medicinasa.com.br/desligar-para-conectar/

STF começa a analisar ação de planos de saúde contra ampliação de coberturas

https://noticias.r7.com/brasilia/stf-comeca-a-julgar-acao-sobre-planos-de-saude-contra-ampliacao-de-coberturas-10042025/

MEDICINA S/A

Os caminhos para reduzir desperdícios e erros na saúde


Por Fabricio Valadão

O Brasil possui atualmente mais de 52 milhões de usuários de planos de saúde, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que representa aproximadamente um quarto da população brasileira. Apesar dos números robustos, para que o segmento possa crescer de forma sustentável e atingir um maior número de pessoas, é fundamental aprimorar os processos por meio do uso de tecnologia e inovações. Ferramentas de inteligência artificial e de dados contribuem para reduzir os erros e evitar desperdícios financeiros que causam prejuízos bilionários às empresas que fazem parte de toda a cadeia do setor.
Nesse cenário, o aumento de bloqueios e glosas em pagamentos a hospitais reacende um debate essencial para a saúde suplementar. O problema não está apenas nos conflitos entre operadoras e prestadores, mas em um sistema que ainda carece de critérios claros, previsibilidade e alinhamento de incentivos.
Segundo levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), os hospitais privados deixaram de receber R$ 5,8 bilhões no ano passado por serviços prestados e posteriormente com pagamentos retidos pelas operadoras - o equivalente a 15,89% de todo o faturamento obtido de planos, um aumento significativo em relação aos 11,8% registrados em 2023.
Atualmente, é possível observar que o relacionamento entre planos de saúde e prestadores é pautado por assimetrias de informação. O hospital envia uma conta extensa após cada atendimento, e cabe à operadora validar, item a item, se a cobrança está correta - muitas vezes com base apenas na fatura.


Essas cobranças são extremamente granulares: uma única internação pode gerar milhares de linhas -

com itens como luvas, seringas e pacotes de gaze descritos individualmente, com quantidades e valores aplicados, tornando a análise imprecisa e passível e erros que podem custar muito caro para as operadoras de saúde.
Some a isso os efeitos dos custos com fraudes, desperdícios e abusos (FWA), que consomem algo entre 13-16% da receita do setor - o que pode representar até R$ 50 bilhões em pagamentos indevidos por ano. Valores que, sim, precisam ser evitados, mas sempre com critérios técnicos, transparência e responsabilidade.
Ainda assim, a auditoria de contas é, em grande parte, manual ou feita por amostragem, o que gera decisões frágeis, aumenta o risco de judicialização e acirra o desgaste entre os atores do ecossistema.
Depois de analisar mais de R$ 100 bilhões em sinistros, entendo que os principais desafios na auditoria envolvem conformidade da cobrança, pertinência, comportamento indevido, adequação e custo-efetividade. Ou seja, o problema não está na má-fé, mas na complexidade operacional e regulatória do próprio modelo de saúde.
O fato é que a situação atual torna o futuro do setor insustentável. Avançar exige mais do que controle. É necessário inteligência e transparência.
Os últimos anos trouxeram avanços relevantes em tecnologia e IA capazes de identificar padrões, erros e inconsistências com mais precisão e escala. Incorporar essas ferramentas aos processos regulatórios é o caminho para fortalecer decisões, reduzir ruídos e garantir sustentabilidade ao sistema -

com mais segurança para as operadoras, previsibilidade para prestadores e cuidado adequado para o paciente.
Adotar essas ferramentas aos processos regulatórios é o caminho para fortalecer decisões, reduzir ruídos e garantir sustentabilidade ao sistema -

com mais segurança para as operadoras, previsibilidade para prestadores e cuidado adequado para o paciente.

*Fabricio Valadão é cofundador e CEO da Arvo Saúde

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Setor de dispositivos médicos espera crescer acima de 10% em 2025

indústria de dispositivos médicos no Brasil projeta um 2025 marcado por crescimento expressivo e forte ritmo de investimentos, segundo o Termômetro ABIMED – levantamento semestral conduzido pela Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED) com suas empresas associadas. O estudo mostra que 48% das empresas esperam crescimento superior a 10% neste ano, um salto em relação a 2024, quando apenas 30% tinham essa mesma expectativa.

“Iniciamos 2025 com um cenário mais otimista e maduro. A combinação de inovação, melhoria de desempenho do mercado e estabilidade relativa nos indicadores macroeconômicos está criando um ambiente mais propício para crescimento”, afirma Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da ABIMED. “O fato de quase metade das empresas estimarem crescimento superior a dois dígitos é um indicativo claro do dinamismo do setor”, reforça Silveira Filho.

A inovação permanece como um dos principais motores do avanço. Mais da metade das empresas planeja aumentar os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e novas linhas de produtos. Além disso, 61% pretendem ampliar a capacidade produtiva ou incorporar novas linhas mesmo diante da complexidade do cenário tributário. A proposta da criação de uma Agência Única de Incorporação de Tecnologias, em discussão no país, também foi bem recebida: 65% das empresas veem nela uma oportunidade para acelerar a inovação e reduzir barreiras regulatórias.

“Estamos atentos às oportunidades que podem tornar o ambiente regulatório mais ágil, previsível e orientado à inovação. Esse é um passo essencial para garantir o acesso da população a tecnologias avançadas e, ao mesmo tempo, promover a sustentabilidade dos sistemas de saúde”, destaca.

Apesar do otimismo, o setor enfrenta desafios consideráveis. Existe uma expectativa de aumento nos custos operacionais, superior a 10%, impulsionado por fatores como logística, câmbio e inflação, foi apontado por 48% dos participantes. Ainda assim, a maioria das empresas (74%) não relatou dificuldades relevantes na aquisição de suprimentos e insumos.

O Termômetro 2025 também mostra que a transformação digital está no radar: 61% das empresas pretendem investir em Inteligência Artificial para o desenvolvimento de produtos e capacitação de equipes, embora uma parcela (22%) prefira aguardar diretrizes regulatórias antes da adoção plena da tecnologia.

Para o presidente-executivo da ABIMED, esses dados reforçam o papel estratégico do setor de dispositivos médicos para o futuro da saúde. “As empresas estão comprometidas com o desenvolvimento sustentável da saúde no Brasil. Para isso, é fundamental um ambiente regulatório moderno, estabilidade econômica e políticas públicas que incentivem a inovação e a capacidade do Brasil se tornar um hub regional, e a ABIMED continuará atuando de forma proativa nesse sentido”, conclui o executivo.

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Um terço dos brasileiros com doenças oculares abandona o tratamento

Uma pesquisa conduzida pela Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC) em parceria com a ONG Retina Brasil, associação de pessoas com doenças da retina, e apoio da Roche Farma Brasil, revela os principais desafios dos pacientes com condições que estão entre as principais causas de perda de visão entre pessoas acima de 55 anos: a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo úmida e o edema macular diabético (EMD). Essas condições afetam cerca 1,4 milhões de pessoas no Brasil atualmente e, com o envelhecimento populacional e o crescimento de casos de diabetes no país, a previsão é de que esse número chegue a 1,7 milhão nos próximos cinco anos.

Segundo o levantamento, quase um terço dos entrevistados revela que já desistiu do tratamento em algum momento, o que pode acarretar em piora dos sintomas e na evolução clínica da doença, segundo a oftalmologista Patricia Kakizaki, especialista em Retina Clínica e Cirúrgica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). “A DMRI e o EMD são condições que afetam a área central da retina – a mácula, responsável pela nitidez da visão – e prejudicam atividades de rotina como dirigir, ler ou até fazer compras no supermercado. O tratamento pode exigir a aplicação de injeções intravítreas (dentro do olho) até uma vez por mês, representando um peso grande para os pacientes e familiares”, explica a médica.

Quase metade dos pacientes (45%) declarou ter grave perda de visão no momento da entrevista, com impactos profundos no dia a dia. Ainda segundo Kakizaki, o diagnóstico tardio e a falta de adesão ao tratamento são possíveis explicações para esse cenário, mas a medicina têm procurado alternativas para melhorar a visão e a qualidade de vida desses pacientes. “Hoje, estamos acompanhando o desenvolvimento de inovações capazes de impedir a progressão dessas doenças, estabilizando ou muitas vezes até melhorando a visão dos pacientes, além de proporcionar mais comodidade, diminuindo a frequência do tratamento e a necessidade de deslocamento até os consultórios e as clínicas”, detalha a especialista.

O estudo também aponta outros aspectos que foram afetados na vida dos pacientes, como condição financeira e saúde mental: 6 em cada 10 pacientes tiveram impactos financeiros importantes no cotidiano, e quase metade (47%) declaram que têm, tiveram ou gostariam de ter apoio psicológico para lidar com a condição. Além disso, 72% dos pacientes convivem com outras doenças, como diabetes (que pode causar o EMD), hipertensão, condições renais, hipotireiodismo, artrose, entre outras.

“A ciência investe em pesquisa para desenvolver soluções que melhorem a perspectiva para os cuidados e o controle das doenças da retina, na mesma velocidade em que mira a busca por cuidados mais cômodos e uma melhor experiência para o paciente”, afirma Michelle França, líder médica da Roche Farma Brasil. “Almejamos um futuro no qual o controle e o convívio com condições oculares tenham o menor impacto possível na vida desses pacientes”, conclui.

O levantamento ouviu 155 pessoas de todas as regiões do país para entender a percepção dos pacientes sobre a doença, o processo de reabilitação, a situação atual de qualidade de vida e as principais mudanças que o convívio com a condição têm causado. 65% dos entrevistados são mulheres, a maioria (59%) com 60 anos ou mais. Cerca de um terço dos pacientes estavam em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no momento da entrevista.

Retina Brasil

“A pesquisa trouxe muitas informações que apontam para a necessidade de melhorar o atendimento ao paciente que tem urgência de ser tratado, sob pena de perda da visão.” diz Maria Antonieta Leopoldi, vice-presidente da Retina Brasil

Continuando a comentar a pesquisa, Maria Antonieta Leopoldi falou da importância de se combinar o tratamento da DMRI ou EMD com apoio psicológico, que contribui para a continuidade do tratamento e a estabilização da condição ocular. Muitos respondentes assinalaram o impacto que a pandemia do covid trouxe na suspensão do tratamento e na perda da visão. Outros fatores que implicaram na suspensão do tratamento com injeções foram doenças graves, depressão e alto custo do tratamento para o paciente que não encontra acolhimento no SUS e tenta se tratar com plano de saúde.

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O valor do descanso na saúde e na gestão sustentável

Por Renato Tardelli

Vivemos em um tempo em que a conectividade ininterrupta, a aceleração dos processos e a cultura da performance têm obscurecido um valor essencial à saúde individual e à sustentabilidade das organizações: o descanso. No ambiente da saúde pública, com seus desafios permanentes, metas exigentes e compromisso com o cuidado humano, essa realidade se agrava. Precisamos, com urgência, abrir espaço para refletir sobre o direito — e a necessidade — de desconectar.

Nosso corpo e nossa mente não foram feitos para operar em regime contínuo. A fisiologia do descanso é clara: o sono, as pausas e os momentos de lazer não são indulgências, mas processos ativos de regeneração física e mental. A literatura científica é vasta nesse sentido. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em diversos relatórios, aponta o estresse ocupacional como uma das maiores ameaças à saúde global do trabalhador, associando-o a doenças cardiovasculares, transtornos psiquiátricos e até à síndrome do esgotamento profissional (burnout), reconhecida como fenômeno ocupacional pela própria OMS desde 2019.

No clássico estudo de Maslach e Leiter (1997), referência na compreensão do burnout, evidencia-se que uma das principais causas de exaustão emocional nos ambientes de trabalho é a invasão do tempo pessoal. Quando o profissional não consegue se desligar de suas atividades, mesmo fora do expediente, as fronteiras entre vida profissional e pessoal se dissolvem. O resultado é a perda de identidade fora do trabalho, queda no rendimento e afastamento dos vínculos afetivos — com filhos, parceiros, amigos e consigo mesmo.

Na saúde, isso é particularmente alarmante. Somos uma categoria vocacionada ao cuidado do outro, e, por isso mesmo, precisamos estar bem para cuidar bem. Se nossa equipe — dos diretores aos profissionais da ponta — não puder descansar verdadeiramente, não será possível sustentar o nível de excelência e empatia que o Sistema Único de Saúde (SUS) exige de nós.

O conceito de recuperação psicológica do trabalho, estudado por Sabine Sonnentag (2001), mostra que o descanso fora do expediente melhora a memória de trabalho, o foco, a criatividade e até a resolução de conflitos. O autor reforça que essa recuperação só ocorre quando há ausência de demandas laborais, inclusive digitais. O simples recebimento de mensagens ou e-mails profissionais fora do expediente já é capaz de reativar o “modo trabalho” no cérebro, impedindo o desligamento necessário para a restauração cognitiva.

A Harvard Business Review publicou, em 2021, um artigo contundente: “The Case for a 4-Day Workweek”, defendendo que organizações que protegem o tempo livre de seus profissionais colhem benefícios em inovação, produtividade e vínculo com a instituição. Em outras palavras, permitir e incentivar o descanso não é um gesto de gentileza — é estratégia de gestão inteligente e baseada em evidência.

Como diretor técnico de uma Organização Social de Saúde com mais de 24 mil colaboradores e mais de 465 líderes, temos a responsabilidade de dar o exemplo. Na instituição, prezamos pelo cuidado com quem cuida, investindo em ações que promovam um olhar empático e humanizado em relação à saúde mental. Para isso, investimos em um espaço de escuta qualificada e acolhimento dos nossos profissionais, além de uma parceria com uma plataforma para oferecer sessões de terapia online e conteúdo de autocuidado a todos os colaboradores.

Sabemos que, dentro do segmento da saúde, a dinâmica das urgências e demandas inadiáveis pode tornar difícil a desconexão total. No entanto, é fundamental refletirmos sobre nossos hábitos e buscarmos um equilíbrio mais saudável. Pequenos ajustes na cultura organizacional podem fazer a diferença para garantir que o descanso seja respeitado sempre que possível, sem comprometer a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes.

É hora de mudar. É hora de reforçar nosso compromisso com a saúde começando por nós mesmos. Desligar aos fins de semana não é desleixo, é autocuidado. Evitar mensagens fora do horário não é omissão, é respeito ao outro. Proteger as férias alheias não é perda de tempo, é gestão com visão de futuro.

Como dizia o médico psiquiatra Viktor Frankl, “Quando não somos mais capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.” A cultura organizacional é feita por pessoas. E líderes têm o poder (e o dever) de moldá-la.

Façamos do descanso uma prática institucional. Do respeito ao tempo do outro, uma política não escrita, mas vivida. E da valorização da vida pessoal de cada colaborador, um reflexo verdadeiro daquilo que defendemos enquanto organização: o cuidado com o ser humano.

*Renato Tardelli é Diretor Técnico do Centro de Gerenciamento Integrado de Serviços de Saúde (CEGISS) do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

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PORTAL R7

STF começa a analisar ação de planos de saúde contra ampliação de coberturas

Lei federal ampliou a cobertura de procedimentos não previstos na lista da ANS

O Supremo Tribunal Federal (STF) começará a examinar, no dia 10 de abril, a ação proposta pela União Nacional das Instituições de Autogestão Em Saúde (Unidas) contra a lei federal que ampliou a cobertura dos planos de saúde para procedimentos não previstos na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7265 será examinada em duas etapas: na primeira, na próxima semana, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF e relator, fará a leitura do relatório (resumo do caso) no Plenário. Na mesma sessão, a Unidas e entidades admitidas no processo apresentarão suas manifestações. A segunda etapa, com a apresentação dos votos, será marcada posteriormente. Todas as sessões são abertas ao público e são transmitidas pela TV Justiça, pela Rádio Justiça e pelo canal do STF no YouTube.

O ministro Barroso admitiu no processo 14 entidades, que apresentarão seus pontos de vista sobre a matéria na sessão do dia 10: Unimed do Brasil - Confederação Nacional das Cooperativas Médicas, Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Apoio a Pesquisa e Pacientes de Canabis Medicinal (Apepi), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD Nacional), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM - Nacional) e Instituto Diabetes Brasil (IDB Nacional), ACIONAL), Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Associação Brasileira de Proteção aos Consumidores de Planos e Sistemas de Saúde (Saúde Brasil), Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência (CRPD), Associação Beneficente de Amparo a Doentes de Câncer (Abadoc), Defensoria Pública da União (DPU), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde).

Na ação, a Unidas pede a invalidação de parte da Lei 14.454/2022. A norma altera a Lei dos Planos Privados de Saúde (Lei 9.656/1998) e passa a reconhecer a cobertura para tratamentos não previstos na lista da ANS, responsável por regular o setor, desde que sua eficácia seja comprovada cientificamente. A prescrição também tem de obedecer às recomendações da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) ou de órgãos de avaliação de tecnologias em saúde de renome internacional.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 09 Abril 2025 06:57

CLIPPING AHPACEG 09/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Quase 60% dos leitos hospitalares do Brasil estão no Sul-Sudeste

https://www.poder360.com.br/poder-saude/quase-60-dos-leitos-hospitalares-do-brasil-estao-no-sul-e-no-sudeste/

MP aponta irregularidades em planos que restringem terapia a autistas

https://www.metropoles.com/distrito-federal/entorno/mp-aponta-irregularidades-em-planos-que-restringem-terapia-a-autistas

90% dos autistas ganham ações judiciais contra planos de saúde

https://eshoje.com.br/geral/2025/04/90-dos-autistas-ganham-acoes-judiciais-contra-planos-de-saude/

ANS sob pressão: flexibilização do modelo regulatório pode avançar?

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/ans-sob-pressao-flexibilizacao-do-modelo-regulatorio-pode-avancar/

Entidades da saúde propõem inclusão de ética econômico-financeira na formação universitária

https://www.saudebusiness.com/carreiras/educacao/entidades-da-saude-propoem-inclusao-de-etica-economico-financeira-na-formacao-universitaria/

Fim da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode elevar custos e pressionar o SUS

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/fim-da-isencao-de-icms-para-dispositivos-medicos-pode-elevar-custos-e-pressionar-o-sus/

Estudo global revela desafios e oportunidades na Inclusão em Saúde

https://medicinasa.com.br/estudo-inclusao-saude/

PODER 360

Quase 60% dos leitos hospitalares do Brasil estão no Sul-Sudeste

As regiões Sul e Sudeste do Brasil concentram 57% dos leitos hospitalares do país, de acordo com o ElastiCNES, plataforma de dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). O levantamento indica que a região Norte é a mais deficitária, com apenas 7,4% dos leitos. O Sudeste aparece na frente, com 41,3% do total de leitos do país. Outros 26,5% estão no Nordeste, 15,7% no Sul e 9% no Centro-Oeste.

Entre os Estados, o Amazonas é a unidade federativa com menor disponibilidade de leitos hospitalares do país. São 168 leitos para cada 100 mil habitantes. Segundo informações do portal, que opera com dados enviados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, Sergipe e Pará também têm menos de 200 camas para cada 100 mil pessoas, com 189 e 198, respectivamente.

O Distrito Federal é o ente federativo com maior disponibilidade de leitos. São 368 para cada 100 mil habitantes. Apenas outras duas unidades federativas têm mais de 300 camas para cada 100 mil pessoas: Rondônia, com 324, e Rio Grande do Sul, com 302.

Segundo o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, são considerados leitos hospitalares as camas destinadas à internação de pacientes em hospitais. Para este cálculo, não são considerados os leitos de observação.

Em nota enviada ao Poder360, o MS (Ministério da Saúde) informou que a distribuição desigual de leitos entre os estados resulta de fatores históricos, econômicos, demográficos e de infraestrutura.

O MS disse ainda que estão em curso ações do Governo Federal para ampliar o acesso à assistência em regiões com carência de serviços. "O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nos próximos anos, buscará universalizar serviços essenciais na rede de saúde pública e retomar investimentos em políticas públicas, especialmente em obras de infraestrutura econômica, social e urbana", afirmou.

Outra iniciativa da União para democratizar o acesso a serviços de saúde é o programa Mais Médicos, que leva profissionais a áreas prioritárias e vulneráveis. De acordo com o ministério, o primeiro edital de 2025 prevê a atuação de mais de 28 mil médicos no país.

Dos 535.392 leitos hospitalares do Brasil, 357.425 estão em estabelecimentos do SUS (Sistema Único de Saúde). Esse número corresponde a 67% do total disponível no país.

Em 17 anos, a proporção de leitos no SUS em relação ao total do país caiu 5 pontos percentuais. Em 2008, primeiro ano com registros no ElastiCNES, a quantidade de camas do sistema público correspondia a 72% do total do Brasil.

Em números absolutos, a variação do total de leitos neste intervalo de tempo não foi significativa. Eram 502.971 em 2008 e passaram para 535.392 em 2025, um aumento de 6,5%.

O único crescimento expressivo no período se deu de 2019 para 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19. Foram 45.424 novos leitos de um ano para o outro, crescimento de 9,2% que representou a maior alta entre dois anos.

O maior número de leitos da série histórica foi registrado em 2021, quando o Brasil ainda enfrentava o coronavírus. Em dezembro daquele ano, o país tinha 547.069 camas hospitalares em funcionamento.

Segundo o Ministério da Saúde, a redução na proporção de leitos SUS em relação ao total do país reflete uma tendência global de desospitalização, processo em que internações são substituídas por cuidados ambulatoriais e domiciliares.

Leia a íntegra da nota do Ministério da Saúde:

"A distribuição desigual de leitos entre os estados brasileiros resulta de fatores históricos, econômicos, demográficos e de infraestrutura. A Região Norte, por exemplo, possui vasta extensão territorial e áreas isoladas.

"Com o objetivo de ampliar o acesso à assistência em regiões com carência de serviços, o Governo Federal promove diversas medidas, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, nos próximos anos, buscará universalizar serviços essenciais na rede pública e retomar os investimentos em políticas públicas, especialmente em obras de infraestrutura econômica, social e urbana. Destaca-se também o Programa Mais Médicos, que leva profissionais a áreas prioritárias e vulneráveis. Com o primeiro edital de 2025, serão mais de 28 mil médicos atuando no país.

"Quanto à redução de leitos, essa mudança reflete uma tendência global de substituição de internações por cuidados ambulatoriais e domiciliares, promovendo a desospitalização. Essa estratégia prioriza a promoção da saúde e a prevenção de agravos, contribuindo para a redução de internações evitáveis e garantindo um modelo de cuidado mais eficiente.

"Além disso, a transformação no modelo de atenção do SUS reforça a ênfase em ações preventivas, sem deixar de assegurar o acesso aos serviços hospitalares sempre que necessário, preservando a integralidade do cuidado oferecido à população".

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METRÓPOLES

MP aponta irregularidades em planos que restringem terapia a autistas

O MPGO representou à PGR e pediu avaliação da resolução 424/2017 da ANS. Para o MP, a norma possibilita a redução de terapia para autistas
O Ministério Público de Goiás (MPGO) representou à Procuradoria-Geral da República (PGR) e pediu para que seja apontada a inconstitucionalidade da Resolução Normativa 424/2017 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo o MP, a norma possibilita que os planos de saúde reduzam as terapias para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A norma foi criada em auditoria própria da ANS, por meio de notificações ou reiteradas Juntas Médicas, em planos de saúde. O autor da representação à PGR é o promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, titular da 70ª promotoria de Goiânia.

Durante apreciação de uma ação civil pública que tratava de um caso de paciente autista, o promotor teria identificado que a operadora do caso em questão "pratica uma nova modalidade de abuso, que consistiria no uso da resolução para notificar os beneficiários sobre a adequação de quantidade de terapias".

As reduções chegam 50% da quantidade de terapias indicadas aos pacientes. Segundo o MP, a operadora convocava uma junta médica - grupo autorizado pela resolução em questão a definir o seguimento de um tratamento quando há divergência entre o médico do paciente e o plano de sáude - que decidia pelas reduções ou, simultaneamente, pedia que os usuários assinassem um termo de concordância com redução terapêutica pré-determinada.

O que aconteceu

MPGO pediu que a PGR apresente um pedido de inconstitucionalidade da Resolução Normativa 424/2017 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ao Supremo Tribunal Federal (STF);

O pedido requer uma liminar que suspenda a resolução;

Para o MP, os planos de saúde têm utilizado a resolução - que dispõe sobre a convocação de juntas médicas - para reduzir o tratamento indicado para pacientes autistas;

A resolução dispõe sobre os casos em que deve ou não ser formada a junta médica, especifica a qualificação dos profissionais envolvidos, determina as formas de notificação, prazos e formas de resposta, além dos direitos e deveres de beneficiários, profissionais assistentes e operadoras.

Para o promotor, essa situação pressiona famílias vulneráveis e desinformadas a aceitarem a diminuição de terapias, antes mesmo da realização do exame da junta.

"Essa prática coercitiva aproveita-se da dificuldade técnica das famílias em compreender as implicações dessas reduções propostas e do temor de perderem completamente a cobertura, caso não concordem com os termos apresentados unilateralmente", avalia Élvio Vicente.

Na representação, o promotor esclareceu que os níveis de suporte do TEA e a necessidade de intervenções multidisciplinares intensivas e abrangentes que necessitam para o desenvolvimento neuropsicomotor e os retrocessos já documentados, em caso de sua falta.

"Desta forma, apontando a inconstitucionalidade material da resolução, o MP requer ao Ministério Público Federal (MPF) a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de medida cautelar contra a Resolução 424/2017, por violação à Constituição Federal, no que se refere a garantia de direitos, em proteção aos direitos fundamentais das pessoas com TEA e seus familiares, equiparados como consumidores hipervulneráveis", completa o texto.

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ES HOJE

90% dos autistas ganham ações judiciais contra planos de saúde

Cerca de nove em cada dez ações judiciais (92%) contra planos de saúde que pedem tratamentos para crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) têm decisões favoráveis ao beneficiário, mostra estudo inédito do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), que analisou sentenças do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Os pedidos com maiores índices de sucesso foram para tratamentos de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psicoterapia e equoterapia (acima de 94% de sucesso). Já os menores foram para acompanhante terapêutico (70,6%), psicopedagogia (76,7%), nutricionista (80%), medicamentos a base de canabidiol (81,8%), musicoterapia (83,3%) e hidroterapia (87,5%).

Em 66% dos casos houve solicitação para que fosse usada a ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês), uma técnica baseada na ciência do comportamento que foi alvo recente de controvérsia sobre a falta de evidências científicas que atestem a sua eficácia e/ou a superioridade em comparação a outros métodos.

Atualmente, o autismo é condição de saúde que mais motiva litígios contra planos de saúde entre o público infantojuvenil, respondendo por 51% das demandas, segundo uma outra análise do Insper. No SUS (Sistema Único de Saúde), essa condição abarca 10,4% dos casos.

De acordo com Vanessa Boarati, pesquisadora do núcleo de economia do direito do Insper, o estudo objetivou entender qual o perfil de crianças que ingressam com demandas judiciais, quais os principais pedidos e as sucesso dessas demandas. A pesquisa teve financiamento da FJLS (Fundação José Luiz Setúbal).

A maior parte das ações envolve meninos (80,7%), com idades entre dois e cinco anos (62,8%). Em mais de um terço dos casos, foram requeridos três (18,1%) ou quatro (20%) tratamentos. As decisões levaram cerca de um ano para serem proferidas.

A pesquisadora diz que se surpreendeu com a taxa de sucesso de ações que pedem terapias não relacionadas diretamente à saúde. "A hipótese que eu tinha era que questões relacionadas à educação [como psicopedagogia] não seriam aprovadas, mas a taxa de sucesso foi acima de 70%", diz.

Boarati reforça que análise buscou isenção e não emite juízo de valor sobre as terapias solicitadas. "A gente teve uma preocupação muito grande de não assumir posição, de garantir a nossa independência como pesquisador."

De acordo com o estudo, as operadoras de planos de saúde basearam suas argumentações de defesa principalmente em discussões jurídicas sobre a obrigatoriedade ou não da cobertura dos tratamentos solicitados.

Já os juízes fundamentaram suas decisões na jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo, no Código de Defesa do Consumidor e em súmulas do próprio tribunal. O argumento predominante foi que nem o Judiciário nem a operadora poderiam revisar a prescrição médica do paciente.

Em 2022, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) editou duas normas sobre o tema. Uma ampliou a cobertura de tratamentos para o TEA, como o método ABA, e a outra pôs fim à limitação do número de consultas e sessões com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e psicoterapeutas.

Segundo a pesquisadora, o esperado seria que essas normas freassem a judicialização, mas isso não ocorreu. Ela diz que há muita controvérsia em torno da necessidade de cobertura de certos tratamentos e insegurança jurídica. Ainda não há, por exemplo, decisão vinculante do Superior Tribunal de Justiça) sobre o tema.

"O que mais chega ao nosso gabinete são negativas de planos de saúde de terapias e cancelamento de apólices de crianças autistas, mas uma minoria de pais tem recursos para ingressar com ações judiciais contra os planos", afirma a deputada estadual Andréa Werner (PSB-SP), ativista pelos direitos dos autistas.

Ela afirma que há duas semanas sentiu na pele o problema ao ter o reembolso da equoterapia do filho negado pelo plano de Saúde. Theo foi diagnosticado com autismo nível 3 aos dois anos, em 2010. "O argumento é que não está no rol da ANS."

A análise do Insper envolveu apenas casos julgados em 2023, ou seja depois da publicação das novas normas da ANS. Foram inicialmente reunidas 1.588 sentenças judiciais relacionadas ao TEA e feita uma análise sistemática do conteúdo em 212 delas.

Para Gustavo Ribeiro, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), existe um vácuo legislativo e regulatório que estimula o ingresso de ações judiciais.

"Como a lei permite tudo, a regulação não delimita o que pode e o que não pode, vira combustível para a judicialização. Quanto menos segurança jurídica você tem na base legislativa e na base regulatória, mais judicialização você vai ter."

Segundo ele, grande parte dessa judicialização está ligada a fraudes, que envolvem terapias sem evidências ou quantidade de horas não factíveis de tratamento, e não necessariamente a deficiência ou falha de atendimento dos planos.

Na opinião de Ribeiro, para reduzir a judicialização é preciso lei e regulação da ANS. "É preciso que diga o que é bom para o paciente, mas sempre com lastro na ciência. Sem isso, é praticamente impossível conseguir fazer essa gestão."

De acordo com dados da Abramge, em 2023, os custos com tratamentos para pacientes com TEA e outros transtornos globais de desenvolvimento (TGD) superaram os custos com tratamentos oncológicos_9% do custo médico total 8,7%.

O pediatra José Luiz Setúbal, presidente da FJLS, diz que o objetivo da instituição em financiar pesquisas como essa do autismo é estimular trabalhos, com rigor científico, que influenciem políticas públicas na adoção de boas práticas para a promoção da saúde infantil.

"Essa pesquisa é uma prova de que o tratamento do TEA tem sido objeto de processos judiciais desnecessários, que atrasam e impactam o desenvolvimento infantil", afirma.

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SAÚDE BUSINESS

ANS sob pressão: flexibilização do modelo regulatório pode avançar?

Propostas da Agência Nacional de Saúde Suplementar para promover a sustentabilidade em saúde dividem opiniões.

No mês de fevereiro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou um total de pouco mais de 52 milhões de beneficiários de planos de saúde no Brasil, número esse que vem se mantendo estável nos últimos anos. Houve um crescimento de 912.706 beneficiários em relação a fevereiro de 2024. Já no comparativo de fevereiro de 2025 com janeiro de 2025, houve uma queda de 10.676 usuários.

Por um lado, um mercado estagnado; do outro, custos de saúde cada vez mais elevados, e, no meio disso, o envelhecimento populacional e o consequente aumento das doenças crônicas. Esse cenário tem feito com que os atores do ecossistema de saúde discutam algumas propostas para manter a sustentabilidade do setor.

Hoje, a pauta gira em torno de temas como regras de coparticipação, determinando o percentual de 30% de coparticipação por procedimento, o limite mensal de 30% do valor da mensalidade e limite anual de até 3,6 vezes o valor da mensalidade; revisão técnica de planos individuais e familiares, que prevê um reajuste maior que o autorizado pela ANS para operadoras que demonstrarem desequilíbrio econômico-financeiro; e a discussão de novas formas de remuneração, onde sairia de cena o modelo fee for service para dar lugar a um modelo de pagamento baseado em valor.

Mas o quanto essas propostas podem realmente contribuir para a sustentabilidade do setor sem com isso afetar a qualidade do atendimento ao consumidor? Esse é o debate que vem sendo travado.

Para José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), as mudanças propostas pela ANS merecem discussões aprofundadas. “A possibilidade de um novo modelo de reajuste para contratos com até mil vidas, mudanças nas regras de coparticipação e reativação dos planos individuais com reajustes mais flexíveis, tem suscitado grande debate nos meios de comunicação e precisam ser avaliadas com cautela.”

Novo formato de plano de saúde

Entre as propostas da ANS, uma tem gerado polêmicas: a criação de planos ambulatoriais que incluem consultas e exames, sem cobertura de urgência e emergência. Para Cechin, esse é outro tema a ser profundamente debatido, com argumentos técnicos e sem vieses. “Esses planos representariam mais uma opção para os consumidores. Como há dúvidas sobre seus efeitos práticos, a ANS optou por submeter essa proposta ao sandbox regulatório por prazo determinado, findo o que poderão ser avaliados seus efeitos práticos.”

O sandbox regulatório funciona como um ambiente experimental de regulação, com as empresas tendo dois anos para testar seu produto, durante os quais deverão seguir algumas regras, o que inclui a criação e registro de um plano de saúde no formato coletivo por adesão, com participação limitada a 30%, além de oferecer bônus aos beneficiários que participarem de programas de cuidado e permanecerem no plano após o período de testes de dois anos.

Passado esse prazo, caso a ANS decida por não manter a modalidade, os beneficiários terão portabilidade extraordinária para troca por outro plano ou a possibilidade de voltar ao plano de origem.

Diferentes atores do ecossistema, diferentes perspectivas

Na avaliação de Cechin, abrir o leque de escolhas para os consumidores não pode ser prejudicial, pois os consumidores não optariam por produtos que piorassem suas situações. “Na verdade, esses planos refletem uma realidade já em curso. O consumidor já vem buscando alternativas mais acessíveis e flexíveis, como clínicas populares e cartões de desconto em saúde, que oferecem serviços com cobertura limitada e sem regulação da ANS. O que a agência está fazendo é abrir espaço para que o setor regulado ofereça esse tipo de serviço com mais segurança para o consumidor. Com isso, os usuários terão acesso a serviços estruturados, com canais formais para reclamação, fiscalização e informações claras sobre os direitos adquiridos.”

Com a criação do modelo mais simples, a expectativa da ANS é ampliar a quantidade de pessoas com acesso à atenção primária e secundária, incluindo cerca de 10 milhões de brasileiros no setor de saúde suplementar. Isso, justifica a Agência, reduziria a fila de exames do SUS e aceleraria o diagnóstico dos pacientes.

Países como os Estados Unidos, com o Obama Care, a África do Sul ou Austrália já adotam modelos mais flexíveis e segmentados na regulação da saúde suplementar. “Essa abordagem permitiu ao setor desenvolver produtos diversificados, com maior capacidade de adaptação à renda e às necessidades específicas de diferentes perfis de consumidores. O resultado foi um mercado mais dinâmico, com maior penetração entre a população, especialmente entre aqueles que antes estavam excluídos do sistema tradicional de cobertura integral. A flexibilidade regulatória não significa ausência de proteção, mas sim a possibilidade de equilibrar acesso, sustentabilidade e responsabilidade contratual”, destaca Cechin.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante das operadoras de planos de saúde do país, avalia que a medida abre a possibilidade de ser oferecida mais uma alternativa de assistência aos beneficiários, preservando todas as demais opções de planos hoje disponíveis.

Em nota, a Federação diz que considera, ainda, que coberturas mais focadas, como a proposta pela ANS, podem contribuir para tornar os planos de saúde mais acessíveis e ampliar o acesso dos brasileiros à saúde de qualidade que as operadoras propiciam. Segundo a FenaSaúde, as empresas também irão colaborar para maior promoção de saúde e prevenção de doenças, com efeitos benéficos sobre todo o sistema de saúde, ao aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS) das filas de espera de consultas eletivas e exames.

Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a lei que autoriza as agências reguladoras a abrirem processos de sandbox regulatório determina que a inovação é requisito indispensável para ser observado. No entanto, o tipo de plano proposto pela ANS não traz qualquer inovação ao setor de planos de saúde. Trata, na realidade, de um pleito antigo das operadoras de saúde e que vem sendo discutido desde a criação da Lei de Planos de Saúde (Lei nº 9.656), em 1998, pelo setor regulado.

Essa também é a visão do advogado especialista em Direito à Saúde e sócio do escritório Vilhena Silva, Rafael Robba, ao afirmar que a proposta confronta a própria lei, que determina que os planos ambulatoriais de saúde devam ter como cobertura mínima obrigatória procedimentos ambulatoriais como quimioterapia, radioterapia, hemodiálise, entre outros, além de garantir atendimentos de urgência e emergência.

“Essa proposta, além de não contribuir com o melhor funcionamento do sistema de saúde, ainda deixa o consumidor vulnerável, pois caso ele necessite de um tratamento, terá que recorrer ao SUS. Porém, devemos lembrar que a porta de entrada para o SUS são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”, analisa Robba. Isso significa que toda a jornada do paciente começaria do zero, com novas consultas e exames sendo necessários, o que pode levar a um atraso no início do tratamento e um aumento nos custos.

Essa questão apontada por Robba deve estar na pauta de discussão caso a proposta seja aprovada, acredita Cechin. “Existem dois pontos de atenção: a posição na fila e, para evitar desperdícios, o SUS precisará se valer dos resultados dos exames que o paciente fez pelo plano.”

Para Yuri Hidd, pesquisador do Programa de Saúde do Idec, produtos nesse formato não garantem o direito à saúde do paciente, pois as suas necessidades de saúde não se esgotam na realização de consultas e exames.

“Com esses produtos, os consumidores terão no máximo um diagnóstico. Hoje, os planos existentes também se separam entre aqueles que oferecem serviços de maior ou de menor qualidade. Com a proposta de planos ainda mais desregulamentados, é possível que, além de não terem seus problemas de saúde resolvidos, também terão atendimentos de baixa qualidade. É preciso destacar, ainda, que a ANS não avança sobre a regulação de prestadores de serviço ou de certificação de qualidade.”

Para Cechin, a proteção ao consumidor em um modelo mais flexível está diretamente ligada à atuação regulatória da ANS, à transparência contratual e a vendas bem-informadas. “Um contrato claro e bem delimitado garante que o beneficiário tenha pleno conhecimento dos serviços que está adquirindo. Assim como acontece com os cartões de desconto em saúde, o consumidor não terá mais direitos do que os previstos no contrato — mas, diferente desses produtos, terá a segurança de contar com um operador regulado, sujeito às normas da ANS. Cabe à agência garantir que os limites de cobertura estejam explicitados e que haja canais eficazes de fiscalização, orientação aos prospectivos contratantes e resolução de conflitos.”

Hidd comenta ainda que existe o risco de que a flexibilização favoreça grandes corporações em detrimento de pequenos prestadores de serviço. “Hoje, já existe um mercado privado de saúde que oferece serviços desregulamentados de consultas e exames para pacientes – os cartões de desconto e as clínicas populares. Grandes empresas não conseguem operar nesse mercado, pois ele não é regulamentado pela ANS. Ao criar produtos com menor regulamentação, a ANS está atendendo ao anseio das operadoras por essa reserva de mercado, ainda que em detrimento da saúde dos pacientes.”

Sobre a possibilidade de redução de custos em saúde e aumento do acesso, o pesquisador do Idec analisa que os produtos são mais lucrativos para as operadoras, pois cobrem apenas os serviços de saúde mais baratos, o que pode sobrecarregar o SUS, em especial considerando que, com a possibilidade de oferecer produtos mais baratos e flexíveis, ocorra um downgrade, ou seja, pessoas que hoje têm planos de saúde migrem para esse novo produto que diminui seu acesso aos serviços de saúde.

Segundo Cechin, os atendimentos ambulatoriais têm alta resolutividade (entre 80% e mais de 90% dos casos). “O atendimento ambulatorial faz uso mais eficiente dos recursos, daí a redução de custos, sem falar que as orientações adequadas por parte do profissional podem ajudar o paciente a construir saúde e evitar o adoecimento.”

Para Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a proposta não reduz custo do que é necessário, somente do que é entregue, e não deve avançar. “A saúde suplementar, para sobreviver, tem que aumentar a sua eficiência.”

O debate sobre sustentabilidade em saúde tem levado à criação de propostas que precisam ser amplamente debatidas para que tanto empresas quanto consumidores possam ter suas necessidades atendidas, sem risco para o que mais importa: a saúde das pessoas.

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Entidades da saúde propõem inclusão de ética econômico-financeira na formação universitária

Mais de 30 instituições levaram ao MEC uma sugestão para incorporar o tema às Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos da área, com foco na integridade e no combate a práticas indevidas.

Em uma iniciativa inédita, mais de 30 entidades representativas da saúde apresentaram ao Ministério da Educação (MEC), no dia 2 de abril, em Brasília, uma proposta para inclusão de conteúdos sobre ética nas relações econômico-financeiras nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de saúde. A proposta é liderada pelo Instituto Ética Saúde (IES), com apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), e visa incorporar o tema à formação de profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.

A sugestão segue o modelo de outras resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) que integram de forma transversal temas como relações étnico-raciais, direitos humanos e educação ambiental no ensino superior. A próxima etapa do processo será a apresentação da proposta ao próprio CNE, responsável por deliberar sobre as mudanças nas diretrizes.

Ética e integridade como parte da formação profissional

Participaram da reunião com o MEC o secretário executivo Leonardo Osvaldo Barchini Rosa, o secretário executivo adjunto Gregório Durlo Brisa, o secretário de Educação Superior Marcus Vinicius David e a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Marta Abramo. Também estiveram presentes o diretor executivo do IES, Filipe Venturini Signorelli, o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, e o assessor da presidência da Ebserh, José Santana.

Segundo os idealizadores, a proposta tem como objetivo contribuir para a formação de profissionais mais conscientes quanto às implicações éticas de decisões econômico-financeiras no setor de saúde. A intenção é estimular o pensamento crítico e promover práticas alinhadas às normas legais e aos valores socioculturais.

“O objetivo é que os profissionais iniciem suas carreiras com um entendimento sólido sobre quais condutas são consideradas éticas e íntegras nas relações profissionais, reduzindo riscos de envolvimento em práticas indevidas e fortalecendo uma cadeia de valor mais transparente no setor”, explicou Filipe Venturini Signorelli.

Proposta conta com apoio amplo do setor de saúde

O documento foi elaborado com o apoio de entidades de diversos segmentos do setor — incluindo indústria, distribuição, hospitais, diagnóstico, organizações sociais, conselhos profissionais e associações de pacientes — que assinam a proposta em conjunto.

Arthur Chioro, presidente da Ebserh, destacou que a proposta chega em um momento oportuno, já que as DCNs dos cursos da área da saúde estão em fase de revisão. “É uma pauta que, mesmo com uma mudança pontual, pode gerar impacto significativo na formação dos futuros profissionais do setor”, afirmou.

Criado em 2015, o Instituto Ética Saúde é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua no combate à corrupção na área da saúde e na promoção da integridade, com foco na sustentabilidade do setor e na segurança do paciente.

Entidades e personalidades apoiadoras da proposta:

Associação Médica Brasileira (AMB)

Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS)

ABIMED, ABIMO, ABRAIDI, ABRAFARMA, ABRAMED

Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP)

Associação Brasileira de Auditores em Saúde (AUDIF)

Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL)

Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs)

Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH)

Federações de hospitais e santas casas como FEHOESP e FEHOSP

Grupo FarmaBrasil, IBROSS, IBSP, Instituto Ethos, INTERFARMA

Observatório Social do Brasil (OSB)

Diversas sociedades médicas e conselhos profissionais, como COFEN

Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO)

Personalidades como Arthur Chioro, Angélica Carlini, Celso Grisi, entre outros

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Fim da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode elevar custos e pressionar o SUS

ABIMO propõe prorrogação do Convênio ICMS nº 01/99 até 2032 para evitar aumento nos custos da saúde, insegurança jurídica e queda na inovação.

A possível extinção da isenção de ICMS para dispositivos médicos pode resultar em um aumento médio de 20% no custo desses materiais, com reflexos diretos sobre hospitais, clínicas e o Sistema Único de Saúde (SUS). O alerta é da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos), que defende a prorrogação do Convênio ICMS nº 01/99 como medida para preservar a sustentabilidade do setor e o acesso da população à saúde.

Em vigor há 25 anos, o convênio garante a isenção do imposto estadual para itens como marcapassos, stents, próteses e insumos hospitalares. Segundo a entidade, o benefício tem sido fundamental para evitar o aumento da carga tributária sobre produtos essenciais à assistência médica.

“A retirada desse benefício impactaria diretamente os custos dos tratamentos e o acesso da população à saúde, gerando filas ainda maiores e reduzindo investimentos em inovação”, afirma Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO.

Insegurança jurídica e risco de retrocesso

Atualmente, o convênio foi prorrogado até julho de 2025. No entanto, a falta de definição sobre sua continuidade tem gerado insegurança jurídica para as empresas do setor. Para mitigar esses efeitos, a ABIMO propõe um calendário de transição com validade até 2032 — prazo que coincide com a implementação da Reforma Tributária.

A proposta está sendo discutida com a Frente Parlamentar de Serviços de Saúde e no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), com o objetivo de alinhar a vigência do convênio às etapas previstas da reforma.

Impactos sobre o acesso, a inovação e a geração de empregos

Caso a isenção não seja mantida, os impactos podem incluir aumento dos custos para o sistema público e privado de saúde; redução de investimentos em inovação e tecnologia; perda de competitividade e empregos no setor; e maior dificuldade de acesso a tratamentos e equipamentos essenciais, com possíveis prejuízos à segurança dos pacientes.

“Criar um ambiente seguro e previsível para o setor significa garantir que as empresas possam continuar inovando e oferecendo melhores tratamentos à população”, conclui Fraccaro.

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MEDICINA S/A

Estudo global revela desafios e oportunidades na Inclusão em Saúde

Haleon, empresa de produtos de consumo em saúde, apresentou a segunda fase do estudo Health Inclusivity Index. Desenvolvido pela divisão de pesquisa do Economist, este estudo global, que abrange 40 países, investiga como as políticas nacionais integram a inclusão na saúde e como as pessoas vivenciam essa inclusão e exclusão na prática. Além de fornecer recursos valiosos para a formulação de políticas, o estudo desafia pensamentos estabelecidos e destaca abordagens inovadoras para promover a inclusão na saúde.

Nesta edição, pesquisadores ouviram mais de 42 mil pessoas para avaliar a inclusão ou exclusão no acesso aos serviços de saúde, identificando lacunas significativas, especialmente entre populações vulneráveis. Ao obter informações sobre as principais barreiras globais, é possível recomendar ações necessárias para promover a inclusão e expandir as oportunidades de melhorar a saúde cotidiana de milhões de pessoas em todo o mundo.

Em relação ao Brasil, o estudo revelou insights relevantes sobre as barreiras de acesso a recursos de saúde, como:

74% dos brasileiros enfrentam pelo menos uma barreira no acesso aos serviços de saúde.

50% das populações marginalizadas e com condições crônicas de saúde no Brasil relatam que a qualidade do atendimento foi prejudicada por características demográficas ou antecedentes.

69% dos entrevistados se sentem capacitados para tomar decisões de saúde quando compartilhadas com profissionais de saúde.

40% dos brasileiros afirmam que membros específicos da comunidade fornecem apoio aos pacientes que não são membros da família ou profissionais de saúde.

73% dos brasileiros dizem que podem pedir ajuda a vizinhos ou amigos para temas de saúde, se necessário.

Além disso, a pesquisa ressalta a importância de continuarmos avançando para garantir que a saúde seja acessível a todos.

“O levantamento traz uma radiografia do setor para identificar gargalos e aspectos que devem ser aprimorados na busca por mais acesso à saúde de qualidade. Na Haleon, acreditamos que sistemas inclusivos são essenciais para garantir que todas as pessoas tenham acesso e sejam educadas e empoderadas para tomar decisões quanto a sua saúde, por isso é fundamental que as políticas públicas de saúde incorporem o autocuidado e a educação em saúde. Promover o autocuidado não apenas melhora a qualidade de vida das pessoas, mas também alivia a pressão sobre os sistemas de saúde públicos.”, destaca Mariana Lucena, Diretora de Corporate Affairs LatAm da Haleon.

O estudo também destaca que muitos países de baixa e média renda conseguem trazer acesso à saúde com menos recursos e infraestrutura menos desenvolvida, oferecendo uma fonte rica de aprendizado. Isso representa uma oportunidade para os formuladores de políticas liderarem a conversa sobre como impulsionar a inclusão em saúde, promovendo serviços nas comunidades de baixo para cima e de cima para baixo.

Apesar de um baixo nível de letramento em saúde em comparação com outros países, o empoderamento do autocuidado é um ponto positivo para o Brasil e pode fornecer as bases para uma comunidade mais empoderada.

“Reconhecemos a importância dos dados e informações confiáveis para a tomada de decisão adequada à formulação de políticas públicas e iniciativas em saúde que assegurem a inclusão de todos na sociedade. O índice desenvolvido pela Economist Impact tem como objetivo ser uma ferramenta para entendimento da realidade e auxiliar na construção de ações e políticas efetivas. Vale notar que o estudo traz conclusões interessantes, como o fato de os países mais inclusivos serem aqueles que oferecem à população ferramentas e condições para tomar decisões relativas à sua própria saúde, demonstrando a relevância da informação e o empoderamento das pessoas”, destaca Mariana.

O estudo aponta que populações marginalizadas e pessoas com condições crônicas de saúde continuam enfrentando barreiras significativas, ressaltando a necessidade urgente de políticas de saúde mais inclusivas e eficazes. Além disso, as gerações mais jovens demonstram falta de conscientização sobre os serviços disponíveis, evidenciando a carência de uma maior educação e disseminação de informações.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 08 Abril 2025 07:04

CLIPPING AHPACEG 08/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS divulga resultados do 4º trimestre de 2024

https://monitormercantil.com.br/ans-divulga-resultados-do-4o-trimestre-de-2024/

Workshop OPME em Foco, da Unimed Federação Centro Brasileira, debate estratégias para negociações

https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/04/workshop-opme-em-foco-da-unimed.html

GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem

https://www.foconacional.com.br/2025/04/gestao-20252028-marcelo-vilela-lauar-e.html

Cibersegurança na Saúde: Um remédio essencial contra fraudes e ataques virtuais

https://jornaldobelem.com.br/noticia/75143/ciberseguranca-na-saude-um-remedio-essencial-contra-fraudes-e-ataques-virtuais

Unimed descobre crianças fantasmas em tratamento; clínica foi fechada

https://www.agazeta.com.br/colunas/leonel-ximenes/unimed-descobre-criancas-fantasmas-em-tratamento-clinica-foi-fechada-0425

Com um público qualificado e muito atento, Sindhoesg e Soquasa realizam o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”

https://www.tendenciasenegocios.com.br/2025/04/com-um-publico-qualificado-e-muito.html

Goiás investe R$ 4 milhões em pesquisas na saúde pública

https://agenciacoradenoticias.go.gov.br/151420-goias-investe-r-4-milhoes-em-pesquisas-na-saude-publica#:~:text=O%20Governo%20de%20Goi%C3%A1s%20lan%C3%A7a,%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS)

Brasil vai ampliar produção de insulina com nova planta da Novo Nordisk

https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202504/brasil-vai-ampliar-producao-de-insulina-com-nova-planta-da-novo-nordisk

Namorado de Sandy é proibido pela Justiça de fracionar recibos médicos após acusação de fraude de R$ 2 milhões

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/04/07/namorado-de-sandy-e-proibido-pela-justica-de-fracionar-recibos-medicos-apos-acusacao-de-fraude-de-r-2-milhoes.ghtml

MONITOR MERCANTIL

ANS divulga resultados do 4º trimestre de 2024

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde responsável pelos planos de saúde no Brasil, divulgou nesta segunda-feira os resultados do 4º trimestre de 2024 do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que passou a utilizar uma nova base de dados, ampliada, de reclamações de consumidores sobre negativas de cobertura ou descumprimento dos prazos máximos para atendimento.

Segundo a ANS, neste momento, não haverá suspensão da comercialização de planos de saúde, pois o monitoramento considera os resultados de dois ciclos seguidos. No período analisado, 540 operadoras ficaram na faixa zero (melhor desempenho) e 120 ficaram na faixa 3 (pior desempenho).

O diretor de Normas e Habilitação dos Produtos, Alexandre Fioranelli, esclarece que não houve mudanças na metodologia do monitoramento e, sim, a ampliação da base de dados utilizada para o cálculo do desempenho das operadoras, o que reflete o compromisso contínuo da ANS com a sociedade: "A partir das novas informações, poderemos avaliar com mais precisão quais operadoras apresentam problemas, identificar riscos à assistência dos beneficiários e garantir a proteção dos consumidores em casos de irregularidades", destacou.

Com o ajuste no indicador aprovado na 608ª Reunião da Diretoria Colegiada da ANS, realizada em 1º de julho de 2024, o Monitoramento da Garantia de Atendimento passou a usar um número maior de demandas assistenciais registradas na ANS pelos consumidores. A grande diferença é que o novo indicador considera 50% do total de demandas informadas como não resolvidas pelos beneficiários no período referente a cada ciclo como base de cálculo do numerador.

Diferente do indicador anterior, que se baseava em demandas assistenciais analisadas e classificadas pela Diretoria de Fiscalização. O denominador permanece usando como base a média do número de beneficiários no período.

"Não dependemos mais da análise manual de demandas assistenciais e mantemos o uso de reclamações dos beneficiários como indícios de infração em questões relacionadas ao atendimento", completou Fioranelli.

Demandas assistenciais classificadas como Núcleo são aquelas que foram analisadas pela Diretoria de Fiscalização e enviadas para apuração nos Núcleos da ANS. As demandas classificadas como RVE (Reparação Voluntária e Eficaz) são aquelas que a operadora soluciona o problema corrigindo eventuais danos ou prejuízos ao beneficiário dentro do prazo de 5 dias úteis da Notificação de Intermediação Preliminar - NIP).

Resultados

Para possibilitar a realização dos ajustes necessários no novo indicador, a ANS suspendeu os ciclos relativos ao 2º e ao 3º trimestres de 2024. Sendo assim, o 4º trimestre de 2024 é o primeiro calculado com a nova base de dados. Portanto, nesse ciclo, não haverá planos que terão a venda suspensa pelo Monitoramento da Garantia de Atendimento, já que será necessário constatar a sua reincidência na faixa 3.

O Monitoramento da Garantia de Atendimento é o acompanhamento do acesso dos beneficiários às coberturas contratadas, realizado com base nas reclamações recebidas pela ANS e na quantidade de beneficiários de planos de saúde. As reclamações consideradas nesse monitoramento se referem a negativas de cobertura assistencial ou ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames, terapias e cirurgias.

Com base no número de demandas registradas na ANS, as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas. Aquelas que são enquadradas nas faixas superiores do monitoramento apresentam um pior resultado no indicador da operadora. A partir de dois ciclos seguidos na pior faixa, as operadoras são proibidas de receber novos beneficiários nos planos que tiveram mais reclamações. A cada trimestre a listagem de planos é reavaliada, e as operadoras que deixarem de apresentar risco à assistência à saúde são liberadas, pelo monitoramento, para oferecer os planos para novas comercializações.

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FOLHA DO PLANALTO

Workshop OPME em Foco, da Unimed Federação Centro Brasileira, debate estratégias para negociações

Participantes receberam orientações da especialista Andrea Bergamini para evitar desperdícios e custos altos nas compras

Profissionais de auditoria, compras e áreas relacionadas das Unimed federadas se reuniram na Unimed Federação Centro Brasileira no Workshop OPME em Foco, realizado nos dias 3 e 4 de abril. O evento foi formulado com o objetivo de debater o comitê criado pela Federação para unificar as compras de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), a fim de obter melhores negociações com os fornecedores.

Afinal, o primeiro contratempo que envolve tais materiais é o fato de que não há uma tabela de preço unificada. Assim, os fornecedores negociam de formas diferentes com cada operadora, como explicou Andrea Bergamini, vice-presidente da Advice Health, empresa que realiza a intermediação do comitê da Federação com os fabricantes e representantes.

“No ramo de OPME, nunca sabemos o quanto os materiais custam e não existem comparativos técnicos. É um mercado volátil e ambíguo, que envolve muita complexidade”, destacou ela, que é ex-integrante da Comissão de OPME do Conselho Federal de Medicina (CFM) e referência na área.

Os participantes do Workshop debateram os aspectos técnicos, comerciais e éticos. Por exemplo, casos de indicações inadequadas de determinados materiais, o que gera o aumento injustificado dos custos para as operadoras e até mesmo desperdícios.

“Chegam muitas tecnologias no Brasil, mas não são novas. A indústria coloca algo diferente e quer vender mais caro dizendo que vai entregar mais valor ao paciente. Temos que entender que uma nova tecnologia é aquela que realmente entrega valor ao paciente, como mais resultado, tempo menor de cirurgia e melhor qualidade de vida”, ressaltou Andrea.

Na federada Unimed Cerrado, o aumento abusivo de preços e as demandas por OPMEs de alto valor agregado são alguns dos desafios enfrentados, como contou o gerente executivo de Saúde da operadora, José Lino.

“Internamente, fazemos juntas médicas e negociações pontuais, para comparar valor e tecnologias. Tudo sem esquecer de verificar o melhor prazo de pagamento”, descreveu ele sobre as estratégias aplicadas.

Já na Unimed Araguaína, o maior desafio está nos preços mais altos. “A cidade não tem aeroporto, o que deixa tudo caro e difícil. Por isso, entramos no comitê da Federação para compras conjuntas”, relatou a responsável pelo setor de compras de OPME da entidade, Ana Clara Reis.

“As operadoras têm tido muita dificuldade referente à negociação e à expertise. É um meio com muitas mudanças e que requer grande conhecimento sobre os materiais”, resumiu Tábata Martins Baicere e Silva, coordenadora de Operações da Advice Health.

Durante o Workshop, as especialistas demonstraram como criar a curva de aprendizado para poder “navegar” com mais tranquilidade no ramo. Uma dica é separar os materiais por especialidades e conhecer as variedades dos produtos.

Andrea Bergamini ainda orientou os profissionais sobre a importância das visitas técnicas aos fornecedores, gravando ou elaborando atas das reuniões. Também é indicado avaliar os registros de CNPJ, as autorizações na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estudar criteriosamente os orçamentos.

“Com o tempo, começamos a ficar com um olho clínico mais apurado, o que nos ajuda muito nas negociações. Porém, sem esquecer de manter sempre em mente a qualidade da assistência prestada, sustentabilidade financeira da operadora e foco no paciente. Afinal, o beneficiário paga para nós (operadoras) fazermos uma boa gestão da saúde dele”, definiu Andrea.

Além de profissionais da Unimed Federação Centro Brasileira, o evento contou com a participação de representantes das federadas Unimed Anápolis, Unimed Araguaína, Unimed Catalão, Unimed Cerrado, Unimed Goiânia, Unimed Gurupi, Unimed Regional Sul Goiás (Itumbiara) e Unimed Rio Verde.

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FOCO NACIONAL

GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem

O médico Marcelo Vilela Lauar, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, foi reeleito para presidir no Sindimagem (Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás) na gestão 2025/2028.

Confira a composição da nova diretoria e do Conselho Fiscal do Sindicato:

Presidente: Marcelo Vilela Lauar                      

Vice-Presidente: Paulo Eduardo Marinho de Jesus

Secretário-Geral: Luiz Rassi Júnior

Secretário-Adjunto: Ricardo Tavares Daher

Tesoureiro-Geral: Renato Tavares Daher

Tesoureiro-Adjunto: Celso Augusto de Paula Nunes

Conselho Fiscal

Presidente: Mauricio Fogliatto Zacarias

Relator: Alexandre Rodrigues Mendonça

Conselheiro: Rubens Carneiro dos Santos Neto

        

Suplente - Conselho Fiscal 

Primeiro Suplente: Cristiano Rézio Fonseca

Segundo Suplente : Ana Beatriz Marinho de Jesus Teixeira

Terceiro Suplente : Rodrigo Seronni Frota FOCO NACIONAL

https://www.foconacional.com.br/2025/04/gestao-20252028-marcelo-vilela-lauar-e.html

GESTÃO 2025|2028: Marcelo Vilela Lauar é reeleito presidente do Sindimagem

O médico Marcelo Vilela Lauar, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, foi reeleito para presidir no Sindimagem (Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás) na gestão 2025/2028.

Confira a composição da nova diretoria e do Conselho Fiscal do Sindicato:

Presidente: Marcelo Vilela Lauar                      

Vice-Presidente: Paulo Eduardo Marinho de Jesus

Secretário-Geral: Luiz Rassi Júnior

Secretário-Adjunto: Ricardo Tavares Daher

Tesoureiro-Geral: Renato Tavares Daher

Tesoureiro-Adjunto: Celso Augusto de Paula Nunes

Conselho Fiscal

Presidente: Mauricio Fogliatto Zacarias

Relator: Alexandre Rodrigues Mendonça

Conselheiro: Rubens Carneiro dos Santos Neto

Suplente - Conselho Fiscal 

Primeiro Suplente: Cristiano Rézio Fonseca

Segundo Suplente : Ana Beatriz Marinho de Jesus Teixeira

Terceiro Suplente : Rodrigo Seronni Frota

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JORNAL DO BELÉM

Cibersegurança na Saúde: Um remédio essencial contra fraudes e ataques virtuais

Frente às nossas rotinas corridas, cada dia é uma nova chance de refletir sobre bem-estar e qualidade de vida. No entanto, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 07 de abril, vai além: é um momento oportuno para dar ênfase não só aos riscos de ataques do coração, mas também aos riscos de ataques cibernéticos. Em um cenário cada vez mais digital, proteger dados sensíveis e garantir a integridade das informações tornou-se fundamental para assegurar a confiança, qualidade e continuidade dos serviços de saúde. Portanto, não podemos deixar de mencionar como a cibersegurança é necessária, como ela está acompanhando o desenvolvimento do setor e, mais ainda, impactando direta ou indiretamente o nosso dia a dia.

Um estudo elaborado pela Kaspersky apontou que, em 2024, o setor de saúde no Brasil sofreu um aumento significativo de 146% no número de tentativas de ataques por ransomware, alcançando o terceiro lugar no ranking dos mercados mais visados por cibercriminosos no país. Esclarecendo brevemente, ransomwares possuem um alto nível de sofisticação na exploração de vulnerabilidades de rede e têm como principal objetivo invadir sistemas e criptografar dados, visando uma possível exigência de pagamento para devolução das informações roubadas. Para se proteger, empresas precisam investir em estratégias de segurança digital eficientes que resguardem a privacidade dos dados de fornecedores, colaboradores e, é claro, dos pacientes.

Além de ser um setor altamente regulamentado em todo o mundo, a Saúde vem passando por atualizações, dada a evolução tecnológica que observamos diariamente. Isso significa que, além de adaptar e aprimorar técnicas médicas ao uso de tecnologias como a 5G, por exemplo, a Saúde também tem investido na digitalização de processos e demandas. Para ilustrar, temos a recente resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estabelece novas regras para notificações de inadimplência em planos de saúde. Vamos entender melhor.

A partir da nova resolução, as operadoras de planos de saúde estão autorizadas a enviar notificações por diversos meios digitais, como e-mails e mensagens de texto via SMS ou aplicativos de mensagens com criptografia de ponta a ponta. Embora essas medidas facilitem a comunicação, é importante ressaltar que também acabam abrindo brechas para tentativas de fraude, que se aproveitam do ambiente digital para enganar beneficiários. Diante disso, como impedir que hackers interceptem mensagens e pratiquem golpes voltados para esse nicho?

Soluções digitais

Uma das modalidades mais conhecidas e praticadas por cibercriminosos são os ataques por phishing. Nessa situação, os golpistas enviam e-mails, SMS ou links falsos que imitam correspondências legítimas de empresas com o intuito de enganar as vítimas para que revelem informações como senhas, dados bancários e números de cartões de crédito. Vale ressaltar que, com o uso da Inteligência Artificial, as páginas falsas e links fraudulentos estão cada vez mais sofisticados, o que aumenta as chances de o golpe ter sucesso. Felizmente, existem ferramentas que podem auxiliar na prevenção do phishing.

Soluções como o S/MIME (Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions) são altamente eficientes para assegurar a veracidade das comunicações. Em linhas gerais, o S/MIME permite a criptografia e a assinatura digital de e-mails, atuando para avisar ao remetente e ao destinatário com um alerta, caso a mensagem tenha sido interceptada e adulterada. Além disso, a assinatura digital garante a autenticidade do remetente, permitindo que os beneficiários verifiquem a legitimidade das notificações recebidas, mitigando riscos de golpes e fraudes.

O S/MIME também pode ser combinado a outros mecanismos para ampliar a sua eficácia, tais como filtros de e-mail avançados e a Autenticação Multifator (MFA). Tudo isso, somado às melhores práticas em segurança digital, ajudará empresas e consumidores finais a não cair em armadilhas cibernéticas e fortalecerá a confiança entre operadoras e beneficiários. Em um cenário onde a digitalização é cada vez mais presente, adotar medidas que garantam a integridade e a confidencialidade das informações se torna um passo fundamental para a construção de um ambiente digital mais seguro e saudável.

Ludmila Lobo de Sa Vianez da Silveira

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A GAZETA ONLINE - ES

Unimed descobre crianças fantasmas em tratamento; clínica foi fechada

Fraudes envolvem clínicas que têm convênio com diversos planos de saúde e fazem com que o mesmo paciente supostamente faça tratamento com todos eles
A Unimed Vitória está apostando em mais segurança e investindo em tecnologia para combater fraudes no sistema de saúde.

A Unimed Vitória está apostando em mais segurança e investindo em tecnologia para combater fraudes no sistema de saúde. Com a implementação de geolocalização e reconhecimento facial, por exemplo, a cooperativa pode verificar se a carteirinha do usuário foi utilizada no local correto e se o paciente realmente esteve presente na consulta.
O reforço nas medidas de segurança se tornou necessário, segundo a cooperativa médica, após uma recente atualização do sistema identificar algumas irregularidades, como a ausência de 40 crianças que supostamente realizavam tratamento de neurodesenvolvimento.
Segundo o diretor-presidente da Unimed Vitória, Fabiano Pimentel, esse número revelou a existência de pacientes fantasmas e fraudes praticadas por administradoras que recebem pagamentos indevidos por atendimentos que nunca foram realizados.
Considerando que cada paciente fantasma tenha recebido atendimentos seguindo o padrão da Unimed - 12 horas semanais de sessões de terapia ABA com psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo -, esse cenário representa um prejuízo anual de R$ 1,49 milhão.
CLÍNICA FECHADA
As fraudes, explica a cooperativa, envolvem clínicas que têm convênio com diversos planos de saúde, não apenas da Unimed, e fazem com que a mesma criança supostamente realize tratamento com todos eles. De acordo com o diretor, uma clínica médica em Jardim Camburi, em Vitória, foi fechada neste ano após uma denúncia.
"Registramos um boletim de ocorrência e denunciamos o caso ao Ministério Público. Estamos atentos e auditando essas clínicas, pois não é possível que uma criança passe 24 horas dentro de um ambiente clínico. Além disso, encontramos registros de atendimentos nos finais de semana, em locais que sequer funcionam nesses dias", destaca Pimentel.
O diretor também alerta os pacientes para nunca deixarem suas carteirinhas, nem as de seus filhos ou acompanhantes, sob a posse de clínicas ou hospitais. "Nossos clientes também são vítimas dessas fraudes. Por isso, adotamos novas medidas para reforçar a segurança e garantir um atendimento mais confiável para todos."

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS

Com um público qualificado e muito atento, Sindhoesg e Soquasa realizam o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”

Com um público formado por profissionais de várias áreas da saúde, todos com um interesse comum – saber mais sobre a qualidade da gestão e a acreditação dos serviços de saúde –, o Sindhoesg e a Soquasa ministraram, no sábado, 5, o primeiro módulo do curso “Acreditação ONA na Prática”.

Realizado na sede do Sindicato, o curso reuniu farmacêuticos, enfermeiros, gestores, administradores e outros profissionais que já atuam ou têm interesse em ingressar na área da saúde.

Durante toda a manhã, a turma teve a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a gestão da qualidade. Marietha Severino, diretora comercial da Soquasa, explicou que o objetivo deste Módulo Básico foi nivelar o conhecimento dos participantes sobre os fundamentos da Gestão da Qualidade em Saúde, com foco na certificação ONA.

“Abordamos a história da qualidade na saúde e a importância da cultura organizacional, estrutura e princípios da Organização Nacional de Acreditação (ONA), conceitos-chave como foco no cliente, melhoria contínua e segurança do paciente, introdução à gestão por processos, riscos e indicadores, além de apresentarmos os níveis de certificação ONA e o papel da governança clínica”, disse.

A abordagem foi feita com linguagem acessível e exemplos do cotidiano das unidades de saúde, o que facilitou o entendimento e engajamento dos alunos, mostrando como o conteúdo pode ser aplicado na prática.

“Tivemos uma turma muito interessada, questionadora e com grande disposição para aprender e trocar experiências. A diversidade de instituições e perfis dos participantes enriqueceu o debate e mostrou o quanto o tema é necessário e atual”, afirmou Marietha.

Uma das alunas foi Maysa da Fonseca Signoreli, farmacêutica do Hospital Samaritano de Goiânia. Ela soube do curso pelo Instagram do Sindhoesg e, como tem muito interesse na área de qualidade hospitalar, decidiu participar do primeiro módulo e já garantiu sua vaga nos demais. “Procurei o curso para agregar conhecimento, e o primeiro módulo foi maravilhoso”, contou Maysa, que aguarda as próximas aulas com muita expectativa.

Mas o que o público pode esperar dos próximos módulos? Marietha Severino garante que os próximos encontros trarão uma abordagem ainda mais prática, aprofundando temas como gestão de processos, segurança do paciente, indicadores de desempenho, liderança e como implantar efetivamente os requisitos do manual ONA em cada realidade institucional.

“A intenção é preparar os participantes para conduzir seus serviços rumo à certificação, com conhecimento técnico e ferramentas aplicáveis”, adiantou, parabenizando o Sindhoesg pelo investimento em formação técnica e prática. “Esse é um grande diferencial para o fortalecimento do setor da saúde em Goiás. Essa trilha formativa dará base sólida para que gestores e profissionais implantem uma cultura de excelência em suas instituições, com foco no paciente e em resultados sustentáveis.”

Investir na educação continuada e no aperfeiçoamento dos gestores e técnicos do setor de saúde é uma das metas da gestão, que tem à frente o presidente Gustavo Clemente. Os próximos módulos do curso “Acreditação ONA na Prática” serão realizados nos dias 12, 25, 26 e 27 de abril. Quem não participou do primeiro módulo também pode se inscrever. Confira e faça a sua inscrição:

Curso Intermediário – 08h/aula
Data: 12/04/2025 – 08h às 17h

Curso Avançado – 16h/aula
Data: 25/04/2025 – 18h às 20h
Data: 26/04/2025 – 08h às 18h
Data: 27/04/2025 – 08h às 12h

Segunda, 07 Abril 2025 06:58

CLIPPING AHPACEG 5 A 7/04/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Pacientes com câncer ficam sem exames com suspensão de radiofármacos

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/pacientes-com-cancer-ficam-sem-exames-com-suspensao-de-radiofarmacos-13493548.ghtml

Adoção de IA na saúde pode crescer mais de 300%, indica estudo da KPMG

https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/adocao-de-ia-na-saude-pode-crescer-mais-de-300-indica-estudo-da-kpmg/

107 hospitais estaduais de SP aderem a sistema de indicadores da Anahp

https://www.saudebusiness.com/saude-publica/107-hospitais-estaduais-de-sp-aderem-a-sistema-de-indicadores-da-anahp/

TV ANHANGUERA

Pacientes com câncer ficam sem exames com suspensão de radiofármacos

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/pacientes-com-cancer-ficam-sem-exames-com-suspensao-de-radiofarmacos-13493548.ghtml

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SAÚDE BUSINESS

Adoção de IA na saúde pode crescer mais de 300%, indica estudo da KPMG

Pesquisa revela expansão da inteligência artificial no setor de saúde e ciências da vida, destacando desafios, investimentos e impacto da tecnologia.

A inteligência artificial (IA) está ganhando espaço no setor de saúde e ciências da vida, e sua adoção pode crescer mais de 300% nos próximos três anos. De acordo com o KPMG Global AI in Finance Report, atualmente, 18% das empresas do setor utilizam IA de forma parcial ou ampla. Esse percentual pode saltar para 74% até 2027. 

Quando se trata especificamente da IA generativa, a adoção ainda é mais restrita: apenas 8% das empresas já fazem uso dessa tecnologia, mas a expectativa é que esse índice suba para 42% nos próximos anos. 

Maturidade do setor e investimentos em IA 

O estudo também avaliou o grau de maturidade da inteligência artificial no setor. Atualmente, 59% das empresas estão em processo de implementação da tecnologia, 25% ainda estão na fase inicial e apenas 16% se destacam como líderes na adoção da IA. 

Os investimentos também devem crescer. Hoje, as empresas do setor destinam 7,3% de seu orçamento para IA, com projeção de aumento para 8,6% nos próximos três anos. 

Principais desafios na adoção da IA 

Apesar do avanço, algumas barreiras ainda dificultam a implementação da inteligência artificial no setor. Os principais desafios apontados pelos executivos foram: 

Vulnerabilidades em segurança e privacidade de dados (59%) 

Falta de habilidades e conhecimentos técnicos (53%) 

Dificuldade em coletar dados relevantes e consistentes (48%) 

Mesmo com esses entraves, a pesquisa revelou um retorno sobre investimento (ROI) de 22% na aplicação da IA no setor de saúde e ciências da vida. 

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107 hospitais estaduais de SP aderem a sistema de indicadores da Anahp

Plataforma permite monitoramento e comparação de desempenho entre unidades públicas e privadas, ampliando a qualidade da gestão hospitalar.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo firmou, na última quarta-feira (02/04), um acordo de cooperação para que os 107 hospitais estaduais passem a integrar o Sistema de Indicadores Hospitalares da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). O evento contou com a presença de Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde; Priscilla Perdicaris, secretária-executiva da Saúde; Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Anahp; e Antônio Britto, diretor-executivo da entidade.

“A Anahp tem entre seus objetivos expandir as melhorias conquistadas pelas instituições privadas para além das fronteiras da saúde suplementar, beneficiando todos os brasileiros. Nosso sistema de indicadores é uma ferramenta valiosa nesse sentido, pois permite não apenas a avaliação dos serviços hospitalares, mas também a comparação entre instituições para identificar oportunidades de aprimoramento. Desde 2016, disponibilizamos essa plataforma para hospitais públicos e filantrópicos, tornando seu uso ainda mais relevante para o setor. A adesão dos hospitais do Estado de São Paulo representa mais um passo essencial para fortalecer a qualidade da saúde no país”, afirmou Eduardo Amaro.

Além das unidades de São Paulo, o sistema já é utilizado em parcerias estratégicas com o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a Confederação das Santas Casas (CMB) e o complexo de institutos do Hospital das Clínicas.

Monitoramento e capacitação para aprimorar a gestão

O próximo passo da iniciativa será a capacitação dos profissionais dos hospitais estaduais para que possam registrar, inicialmente, 30 indicadores no sistema da Anahp. Entre os principais dados monitorados estão a média de permanência dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a taxa de conversão de atendimentos de emergência em internações.

Com a inclusão desses dados, será possível comparar o desempenho de cada hospital com a média das demais instituições participantes, permitindo uma análise mais precisa sobre a qualidade dos serviços prestados. Esse processo contribuirá para estabelecer benchmarks, identificar oportunidades de aprimoramento e direcionar estratégias de gestão hospitalar.

Atualmente, o Sistema de Indicadores Hospitalares da Anahp reúne 265 indicadores distribuídos em quatro categorias: assistenciais, gestão de pessoas, econômico-financeiros e sustentabilidade. A plataforma, criada há 17 anos, oferece relatórios individuais para cada hospital, permitindo análises segmentadas por porte, localização, número de leitos e outros critérios. Com acesso restrito e exclusivo, a ferramenta auxilia gestores na tomada de decisões estratégicas, promovendo melhorias no atendimento aos pacientes e na sustentabilidade dos recursos hospitalares.

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Assessoria de Comunicação

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