CLIPPING AHPACEG 01/08/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Crise na hemodiálise: Clínicas interditadas pelo estado podem ser reabertas
Definidas as OS´s que vão administrar maternidades
Presidente do CFM critica abertura indiscriminada de faculdades e cobra criação do Exame de Proficiência
CFM e CNBB reafirmam defesa da vida intrauterina e a crueldade da técnica assistolia fetal
Caiado reforça articulação com EUA para proteger Goiás do tarifaço
Planos: quando o conservadorismo custa mais do que a inovação
https://medicinasa.com.br/planos-saude-conservadorismo/
TV ANHANGUERA
Crise na hemodiálise: Clínicas interditadas pelo estado podem ser reabertas
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Definidas as OS´s que vão administrar maternidades
PORTAL CFM
Presidente do CFM critica abertura indiscriminada de faculdades e cobra criação do Exame de Proficiência
Na abertura do XV Fórum Nacional de Ensino Médico de Conselho Federal de Medicina (CFM), o presidente da autarquia, José Hiran Gallo, defendeu a aprovação urgente do Projeto de Lei nº 2.294/2024, que propõe a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina, especialmente diante da explosão do número de escolas médicas no Brasil. A quantidade dobrou em pouco mais de 10 anos, chegando a 448, e ainda há 292 solicitações em tramitação no Ministério da Educação com pedidos de abertura de novos cursos.
“Nos EUA, com uma população 70% maior que a nossa, são 211 faculdades. Na Índia, com quase sete vezes mais habitantes, existem 605. No início de todo esse processo, a justificativa do governo era de que a abertura de cursos seria o caminho para fixar recém-formados nas regiões de difícil provimento. Porém, isso não aconteceu, mantendo-se alta concentração no Sul e Sudeste. O fato é que o crescimento acelerado do ensino superior na medicina ocorreu de forma indiscriminada. Os cursos – em especial privados – surgiram sem lastro em termos de corpo docente e de campos de prática”, ressaltou.
Segundo ele, a ausência de critérios regulatórios repercutiu na qualidade do egresso. Em sua avaliação, trata-se de uma questão que envolve a responsabilidade solidária com a preservação da saúde e da vida. “A criação do Exame de Proficiência é uma medida necessária, urgente e transformadora não só para o ensino, mas para a qualificação da assistência médica no País. O projeto de lei estabelece que somente médicos que passarem nesse exame poderão se registrar nos Conselhos Regionais de Medicina”, explicou Gallo.
Ele ressaltou que, após inúmeros apelos do CFM e de outras entidades médicas, o governo propôs dar início à avaliação de progresso individualizada dos estudantes nos ciclos básicos e clínico por meio do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed). Para o presidente do CFM, se trata de uma iniciativa de extrema relevância, que merece apoio sobretudo se levar ao fechamento de vagas e de cursos de medicina que não estiveram cumprindo sua missão: formar adequadamente o médico. “Mas, sem o Exame Nacional de Proficiência em Medicina, não resolverá os problemas”, destacou.
Nas provas, será verificado de forma justa e transparente se o recém-formado tem o preparo mínimo exigido para o exercício da profissão, em processos semelhantes que ocorrem em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Alemanha. “Assim, o Exame Nacional de Proficiência funcionará como barreira de proteção para a sociedade, em especial dos que dependem exclusivamente do SUS”, concluiu.
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CFM e CNBB reafirmam defesa da vida intrauterina e a crueldade da técnica assistolia fetal
Assistolia fetal foi o tema central de reunião institucional entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira (31) na sede da autarquia em Brasília.
Suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 989, a Resolução CFM nº 2.378/24 veda a prática a partir da 22ª semana gestacional.
Secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers destacou que o objetivo do encontro é reafirmar o compromisso conjunto com a defesa da vida e com os princípios que regem a atuação médica no Brasil. “Se não defendemos esse tema, nenhum outro tema tem sentido para nós — que é a vida, o início da vida”, enfatizou Dom Ricardo.
A assistolia fetal é um ato médico que, através administração de drogas no coração do feto, leva ao feticídio antes da interrupção de gravidez. Considerando que, a partir da 22ª semana gestacional, há viabilidade de vida extrauterina do nascituro, como já estabelecido pela embriologia, a realização da assistolia fetal a partir dessa idade não tem previsão legal, é antiética e vedada ao médico.
“O bebê está vivo, mas não pode se defender. O direito de nascer deve ser preservado, com base na Constituição Federal e nos direitos fundamentais, assim como a medicina deve ser usada em defesa da vida e da segurança do ser humano”, destacou Hiran Gallo.
A conselheira Dra. Yáscara Pinheiro destacou a incongruência entre o rigor com o bem-estar animal e a defesa da prática com seres humanos: “Existem protocolos rígidos para que pesquisas não submetam ratos ao sofrimento; a assistolia também é proibida com animais. Mas, com humanos, há quem defenda esse tipo de procedimento, que implica em aplicar uma injeção no coração do bebê, provocando diretamente na morte”, alertou Yáscara. O assessor institucional da CNBB Frei Jorge Soares acrescentou: “estamos humanizando os animais e bestializando os humanos.”
Na reunião, o CFM e CNBB reforçaram o compromisso institucional em defesa dos direitos fundamentais, da dignidade humana e da ética médica.
Também participaram da reunião o conselheiro federal Carlos Magno, o subsecretário-geral da CNBB, Leandro Megeto, e o representante da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB Rodolfo Pinho.
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A REDAÇÃO
Caiado reforça articulação com EUA para proteger Goiás do tarifaço
Confira o vídeo publicado nas redes
O governador Ronaldo Caiado afirmou nesta quinta-feira (31/7) que segue mobilizado para proteger a economia de Goiás diante do aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em vídeo publicado nas redes sociais, Caiado destacou que tem mantido contato direto com o encarregado de negócios da Embaixada Americana, Gabriel Escobar.
Caiado lembrou que, desde que tomou conhecimento da situação, tem trabalhado junto ao secretariado estadual para atender as empresas que serão mais penalizadas, visando cuidar da sobrevivência dos negócios e a manutenção dos empregos dos goianos.
O governador ressaltou que realizou uma audiência por videoconferência com o encarregado direto de negócios da Embaixada Americana, Gabriel Escobar, para tratar do assunto. “Sempre existiu uma parceria do Governo de Goiás com os Estados Unidos. É fundamental que tenhamos esse nível de parceria, pois é isso que o setor também espera por parte do governo americano”, disse o chefe do Executivo goiano ao manifestar sua insatisfação com o fato de setores importantes para a economia goiana, como o de carnes e açúcar, terem sido mantidos na tarifação.
Caiado afirmou que Gabriel Escobar recebeu bem a solicitação do Governo de Goiás e irá “trabalhar intensamente neste sentido” com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, visando reduzir os impactos no setor goiano. Enquanto não há uma posição definitiva entre os dois países em relação às taxas, o Governo de Goiás anunciou uma série de medidas para amparar as empresas goianas atingidas. No dia 22 de julho, o governador anunciou a abertura de linhas de créditos aos empresários.
Ajuda efetiva
Entre as medidas está a criação do Fundo Creditório, que visa apoiar os 18 segmentos da economia goiana que mais exportam para os Estados Unidos. Com ele, devem ser investidos R$ 628 milhões em créditos de Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS) passíveis de utilização como garantia para acesso às linhas de crédito.
Outra opção é a utilização do Fundo de Equalização para o Empreendedor (Fundeq), um fundo público de natureza financeira criado durante a pandemia de Covid-19 com o objetivo de fornecer recursos financeiros para subsidiar o pagamento de encargos em operações de crédito. Já o Fundo de Estabilização Econômica do Estado de Goiás, uma reserva financeira destinada a momentos de crise econômica, também pode ser utilizado para amenizar o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos goianos. A medida tem como objetivo garantir a continuidade de serviços considerados essenciais.
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MEDICINA S/A
Planos: quando o conservadorismo custa mais do que a inovação
Nos últimos anos, o debate sobre inovação no setor da saúde se intensificou – especialmente diante dos avanços em inteligência artificial, tecnologia vestível, integração de dados e novos modelos de atendimento. No entanto, uma peça-chave desse ecossistema insiste em se mover lentamente: os planos de saúde.
A impressão é clara: enquanto o mundo avança com tecnologias que prometem mais precisão, prevenção e personalização, os planos continuam presos a um modelo que enxerga inovação como custo – não como valor. Mas até quando essa lógica se sustentará?
Os números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram um cenário revelador: os planos de saúde registraram lucro líquido de R$11,1 bilhões em 2024, um aumento de 271% na comparação com 2023. Para colocar em perspectiva, esse resultado é superior ao obtido nos três anos anteriores somados. No entanto, a mesma ANS limitou o reajuste para planos individuais em 6,91% (maio/2024–abril/2025).
Ou seja, embora as receitas cresçam, os custos para o consumidor são mantidos relativamente controlados, deixando no ar a pergunta: onde está sendo investido esse lucro?
De acordo com o Censo 2022 do IBGE, a saúde suplementar caminha em ritmo acelerado. O número de beneficiários cresceu 12% entre 2010 e 2022 – quase o dobro do crescimento da população brasileira, que foi de 6,5% no mesmo período. Isso demonstra que a demanda por serviços privados só aumenta. Mas será que essa demanda está sendo atendida por planos que acompanham a inovação e as necessidades reais dos usuários?
É fato que vivemos em um país onde os serviços de urgência e emergência são majoritariamente responsabilidade do SUS. Ainda assim, os planos privados ocupam um papel central como articuladores do sistema. A questão é que, apesar de contarem com uma quantidade crescente de dados e soluções tecnológicas, muitos ainda preferem manter-se inertes, operando em estruturas ultrapassadas, desconectadas e com uma visão fragmentada do paciente.
Cada stakeholder desse ecossistema – hospitais, médicos, operadoras, pacientes – continua olhando apenas para o seu pedaço da jornada. E é justamente essa falta de visão sistêmica que impede avanços reais. Não é por acaso que empresas que se verticalizam e oferecem soluções ponta a ponta têm crescido. Elas enxergam o todo, conectam as pontas e – mais importante – integram tecnologia com propósito.
A pandemia evidenciou a urgência de transformação. A flexibilização do Conselho Federal de Medicina em relação à telemedicina, por exemplo, escancarou a possibilidade de escalar o atendimento com eficiência. Hoje, é possível imaginar um médico recebendo suporte de inteligência artificial com dados contextuais antes de uma consulta – seja online ou presencial. Isso não substitui o profissional, mas amplia sua capacidade de tomada de decisão. Ainda assim, poucos planos estão investindo seriamente nessa estrutura.
Não é só uma questão tecnológica – é uma mudança de postura. Fala-se muito sobre planos super premium, com promessas de acesso a hospitais de ponta. Mas a inovação não pode ser privilégio de poucos. A verdadeira transformação está na base: integrar dados, promover a prevenção, reconhecer hábitos e personalizar os cuidados. Isso, sim, gera valor real. Isso, sim, reduz custos no médio e longo prazo.
A saúde baseada em dados não é mais um conceito futurista. Hoje, com uma simples pulseira inteligente, já consigo monitorar meus batimentos, níveis de estresse e sono. Compartilho essas informações com meu médico, que passa a atuar de forma muito mais estratégica. Às vezes, a prescrição não será um remédio, mas uma mudança de rotina. Esse é o ponto: a tecnologia não substitui o cuidado humano, mas o potencializa.
Enquanto isso, seguimos com sistemas de gestão que tratam o paciente como um número – e não como alguém com histórico, contexto e necessidades específicas. Continuamos pagando por retratamentos, exames duplicados e consultas desnecessárias simplesmente porque os sistemas não se conversam. A descentralização dos dados segue como um gargalo imenso. Grandes empresas tentaram resolver isso há mais de uma década e desistiram. Mas o problema persiste.
O que falta, então? Visão. Coragem. Liderança. Os planos de saúde precisam deixar de enxergar a inovação como ameaça. Precisam entender que o maior risco hoje é continuar apostando em um modelo ultrapassado, que privilegia o volume em detrimento da qualidade. A inovação não é um custo: é a única forma de tornar o sistema sustentável no futuro.
E aqui está a provocação: quanto vai custar manter o modelo atual pelos próximos cinco anos? Talvez seja hora de repensar não apenas a tecnologia, mas a mentalidade. Porque no fim do dia, inovar na saúde é cuidar melhor de pessoas – com inteligência, com empatia e com visão de longo prazo.
*Eduardo Freire é CEO e estrategista de inovação da FWK Innovation Design.
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Assessoria de Comunicação