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Renato Daher, presidente da Ahpaceg, e Haikal Helou, presidente do Conselho de Administração da Associação, tomaram posse, em 12 de dezembro, como conselheiros do CBEXS Chapter Goiás, durante o evento de relançamento da entidade, que tem Renato Gomes na presidência.

 

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Na posse, eles receberam certificados de reconhecimento pela contribuição com o fortalecimento da liderança, da inovação e da excelência em gestão em saúde.

 

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Realizado no auditório da Coopanest, o encontro reuniu gestores, especialistas e autoridades da área da saúde para discutir soluções práticas e inovadoras para o sistema de saúde goiano. Haikal Helou foi um dos participantes do painel “O Cenário do Financiamento em Saúde no Brasil”.

12 ahpaceg reunião farma

A coordenadora da Central de Compras da Ahpaceg, Ana Valéria Miranda, conduziu, na quinta-feira (11), uma reunião com farmacêuticos e profissionais de compras das instituições associadas. O encontro, realizado na sede da Associação, teve como objetivo avaliar o trabalho desenvolvido ao longo do ano e planejar estratégias para 2026.

Durante a reunião, o grupo analisou os contratos atualmente em vigor, discutiu novas demandas do mercado e identificou pontos de melhoria no processo de aquisição conjunta. As instituições também compartilharam experiências e expectativas, contribuindo para a construção de estratégias mais eficientes para o próximo ano.

Segundo Ana Valéria, a troca direta entre os participantes reforça a importância da integração entre as equipes e da atualização constante diante das mudanças do setor. A proposta é que as contribuições levantadas sirvam de base para aprimorar os processos e fortalecer as ações da Central de Compras em 2026.

Sexta, 12 Dezembro 2025 06:43

CLIPPING AHPACEG 12/12/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Deputados autorizam nova cobrança no Ipasgo Saúde e matéria segue para sanção do governador Ronaldo Caiado

https://aredacao.com.br/deputados-autorizam-nova-cobranca-no-ipasgo-saude-e-materia-segue-para-sancao-do-governador-ronaldo-caiado/

Lucro das operadoras de saúde dispara e setor registra melhor resultado em cinco anos

https://iclnoticias.com.br/economia/lucro-operadoras-de-saude/

Mabel tenta negociar em Brasília dívida de R$ 200 milhões do SUS deixada por Rogério Cruz

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/mabel-tenta-negociar-em-brasilia-divida-de-r-200-milhoes-do-sus-deixada-por-rogerio-cruz-774103/

Em 2030, Emergência Hospitalar pode funcionar como ‘pit-stop’ de Fórmula 1

https://www.saudebusiness.com/colunistas/em-2030-emergencia-hospitalar-pode-funcionar-como-pit-stop-de-formula-1/

A REDAÇÃO

Deputados autorizam nova cobrança no Ipasgo Saúde e matéria segue para sanção do governador Ronaldo Caiado

Texto foi alvo de críticas por parte de alguns parlamentares

A sessão ordinária híbrida da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), realizada nesta quinta-feira (11/12), foi marcada pela validação definitiva do projeto do Poder Executivo Estadual que autoriza a cobrança de mensalidade de dependentes de beneficiários do Ipasgo Saúde, até então isentos de taxas.

A cobrança dos dependentes será de 30% da tabela atuarial e limitada por teto familiar, levando em consideração, ainda, a faixa etária do usuário dependente. A Secretaria da Economia do Estado de Goiás argumenta que essa cobrança “reduz, de forma expressiva, o déficit atual, traz a sinistralidade para patamar próximo ao equilíbrio técnico, corrige distorções históricas de custeio e reforça a justiça contributiva”.

A proposta tramita na Casa de Leis como processo no 30892/25 e foi alvo de críticas da oposição. Os posicionamentos contrários de ontem atravessaram sessões ordinária e extra, além de reunião da Comissão Mista, e seguiram na manhã desta quinta. Entretanto, com a nova e definitiva aprovação, a pauta segue agora para sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).

Votos

Dos 41 deputados estaduais, 34 votaram. Foram 25 manifestações favoráveis e nove contrárias, estas de Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, do PT; Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, do PL; Gustavo Sebba e José Machado, do PSDB; além de Gugu Nader (Avante) e Clécio Alves (Republicanos).

Não estavam presentes, no momento da votação, Dr. George Morais (PDT), Lucas do Vale (MDB) e Paulo Cezar (PL).

Falas

Mauro Rubem acusou o Governo de querer “destruir” o Ipasgo Saúde, “um programa que reúne R$ 200 milhões de um monte de servidores com salário baixo, tentando ser atendido”. Segundo o deputado, totalizam 90 mil os dependentes que serão cobrados caso seja sancionado o projeto. Já Bia de Lima classificou a proposição como “a mais difícil deste ano para os servidores públicos”. Na visão da petista, os profissionais da Educação, que receberiam os menores salários entre esses servidores, não serão mais capazes de pagar o plano.

Gustavo Sebba declarou que o Ipasgo Saúde “já foi referência para as famílias que tanto se dedicam a cuidar do serviço público no Estado: professores, policiais, médicos, todos os colaboradores”. Afirmou ainda que, depois que “privatizaram o Ipasgo Saúde, ele não só ficou mais caro como teve uma piora na qualidade do serviço”.

Clécio Alves disse que o projeto penaliza quem depende do Ipasgo Saúde “para cuidar das suas famílias”. Para ele, a proposição foi feita “da noite para o dia, sem sequer ser debatida, sem dados técnicos que pudessem justificar uma matéria como essa, que pune e fere os 600 e tantos mil servidores do Governo do Estado”.

Major Araújo criticou, além da iniciativa legislativa, a postura do governo Ronaldo Caiado em relação aos servidores públicos de modo geral. O parlamentar sustentou, ainda, sua oposição contrária à instituição de diferentes tributos pelo chefe do Poder Executivo goiano, como o da semana passada em relação aos combustíveis.

Gugu Nader, pertencente à base, manifestou, ontem e hoje, que avalia deixá-la justamente por dissenso em relação ao projeto de lei em pauta. “Eu fiz o compromisso inegociável que eu nunca votaria contra servidores públicos”, declarou. “Na minha cidade de Itumbiara, tem mais de 15 mil conveniados do Ipasgo; estou aqui honrando meu compromisso.”

Amauri Ribeiro (UB) foi o único a se manifestar pela base governista. “Ou nós aprovamos essa lei ou o Ipasgo vai sucumbir, infelizmente”, sustentou. “Nós não queríamos aprovar uma lei como esta, mas se faz necessário, e não estamos aqui para fazer politicagem.”

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ICL NOTÍCIAS

Lucro das operadoras de saúde dispara e setor registra melhor resultado em cinco anos

O lucro operacional acumulado chegou a R$ 9,3 bilhões, um avanço de quase 140% em comparação ao mesmo período de 2024

As operadoras de planos de saúde tiveram um desempenho expressivo entre janeiro e setembro deste ano. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o lucro operacional acumulado chegou a R$ 9,3 bilhões, um avanço de quase 140% em comparação ao mesmo período de 2024 — o melhor resultado desde 2019.

Quando considerados também os ganhos financeiros — favorecidos pelo cenário de juros elevados — o lucro líquido atingiu R$ 17,9 bilhões, superando o recorde anterior de R$ 15,9 bilhões registrado em 2020, durante a pandemia. Esse é o maior valor desde o início da série histórica, em 2018.

O levantamento aponta que Bradesco, SulAmérica e Hapvida foram responsáveis por 43% de todo o lucro operacional do setor. O peso dessas companhias deixa evidente como o resultado das líderes influencia o panorama geral das operadoras de saúde.

Juros elevados impulsionam o lucro líquido das operadoras de saúde

As empresas também se beneficiaram significativamente das receitas vindas de aplicações financeiras. Só nos nove primeiros meses de 2025, o ganho com investimentos somou R$ 11,1 bilhões, 60% acima do mesmo período do ano passado e o maior volume desde 2018.

Outro dado positivo foi a redução da sinistralidade, que fechou o período em 81,9%, queda de 2,4 pontos percentuais em comparação com 2024. A métrica mede quanto da receita é utilizada para custear atendimentos e procedimentos dos clientes — quanto menor, maior a folga financeira das operadoras.

Apesar do crescimento robusto, a recuperação não é uniforme. Cerca de 7,2 milhões de beneficiários ainda dependem de operadoras que enfrentam dificuldades financeiras.

Atualmente:

49 operadoras participam de programas de ajuste econômico-financeiro

26 estão sob direção fiscal

41 enfrentam processos de cancelamento de registro

Segundo o jornal O Globo, fontes próximas à ANS afirmam que a diretoria discute formas de reforçar o monitoramento dessas empresas para evitar prejuízos assistenciais aos consumidores, já que muitos dos problemas são atribuídos à má gestão.

Durante a apresentação dos dados, Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras, resumiu o cenário:

“Há uma recuperação forte, lucros importantes, mas é um mercado ainda muito heterogêneo na sua performance.”

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JORNAL OPÇÃO

Mabel tenta negociar em Brasília dívida de R$ 200 milhões do SUS deixada por Rogério Cruz

A pendência, segundo o prefeito, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, aproveitou a ida a Brasília nesta quinta-feira, 11, quando participou de um evento promovido pelo movimento Todos pela Educação, para conversar com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e tentar negociar uma dívida de cerca de R$ 200 milhões deixada pela gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.

A pendência, segundo o prefeito Sandro Mabel, engloba o ressarcimento ao SUS do valor de R$ 119 milhões, que deveriam ter sido pagos a fornecedores, mas foram desviados para outras finalidades, mais o valor do pagamento a esses próprios fornecedores.

“Conversei com ele [Padilha], e ele disse que iria ver o que pode fazer”, disse o prefeito.

A dívida, que teria sido notificada pelo Ministério da Saúde em novembro deste ano, inclusive serviu de embasamento para o pedido de Mabel enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para prorrogar por 180 dias os efeitos do decreto de calamidade na Saúde.

Confusão

A proposta foi alvo de bate-boca de deputados na deliberação da CCJ nesta quinta-feira, ocasião em que Talles Barreto, que é líder do governo, e Clécio Alves trocaram insultos e quase foram às vias de fato.

Apesar da tramitação turbulenta, o Jornal Opção apurou que a prorrogação do decreto não deve enfrentar dificuldades e pode receber aval da Alego já na próxima semana.

“Pente-fino”

Conforme revelado pela coluna Bastidores em novembro deste ano, Sandro Mabel se reuniu com o ministro Alexandre Padilha em julho para apresentar demandas de Goiânia na Saúde e pedir ao Ministério que fizesse uma investigação “pente-fino” em todos os repasses federais feitos para a Saúde de Goiânia durante a gestão de Rogério Cruz.

Em novembro, o gestor esteve novamente em Brasília e teria reforçado o pedido.

Conforme já noticiado pela coluna, Mabel teria identificado repasses que foram realizados, mas se perdido pelo caminho, sem nenhum investimento que resultasse deles na gestão anterior. 

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SAÚDE BUSINESS

Em 2030, Emergência Hospitalar pode funcionar como ‘pit-stop’ de Fórmula 1

Grand Prix de Fórmula 1 em 2025, pit-stop da escuderia que está à frente da corrida: tudo acontece na fronteira entre a biomecânica e uma coreografia do Bolshoi. O piloto aciona o limitador de 80 km/h, finca o ponto-morto e estanca o carro no espaço de um cartão de crédito (se errar, coleciona memes e punições). O cronômetro ladra décimos. Em média, 20 a 22 mecânicos usando macacões antichama Nomex, capacete FIA 8860 e luvas que resistem a 800° C por 4 segundos, avançam em direção ao bólido. Dois “jack men” erguem o carro; quatro “gunners” empunham pistolas pneumáticas que giram até 10 mil rpm, alçam o carro, retiram porcas de titânio e quatro “carriers” manuseiam pneus de 13 kg como se fossem rolimãs. Dois ajustam a asa dianteira em 0,35 graus cravados; um “lollipop” de semáforo decide quem vive ou morre na saída do box e o “chief-mechanic” rege a coreografia, eliminando cerca de 300 g de suor por pit-stop. O maestro invisível é o estrategista no pit-wall, cronometrando 2,2 segundos de parada, com erro estatístico na casa dos nanosegundos.

Corta para a Emergência Hospitalar em 2030, com um acidentado grave do trânsito carioca: a maca é como um chassi de carbono de última geração; está cravejada de biossensores piezoelétricos que vasculham em milissegundos pressões arteriais micro-pulsáteis e saturação de oxigênio. Câmeras de visão IA multiespectrais no teto varrem um “scan da lataria” que descreve hematomas, cortes e microfissuras sanguíneas com sofisticação da pista de Suzuka. O paciente, convertido em ‘monoposto biológico’, tem sua biometria facial decodificada por IA, estimando dor, ansiedade e nível de consciência (algo entre o “delta do pneu” e o “mapa-emocional do motor”). Antes que a triagem humana consiga perguntar a temperatura do corpo, um Assistente Agêntico ajusta a dose de noradrenalina em 1,8 R-R (o algoritmo reavalia e titula o vasopressor a cada 1,8 ciclos cardíacos).

No pit-lane clínico, cada profissional tem seu Agente Cognitivo Artificial de alta performance: o anestesista “encaixa” um tubo orotraqueal como quem aperta a porca a 12 mil rpm; o cirurgião declama “box, box, box” para chamar a ‘tomografia total-body’ em 45 segundos, que na corrida contra a hipoperfusão pode significar óbito. Um humor involuntário é sentido quando a IA avisa que o lactato de 8 mmol/L não é “desgaste de pneu”, mas choque séptico (referência normal: ≤ 2 mmol/L). Nesse instante, o clínico com seu headset Multiverso entende que perder décimos de segundo não rende ‘grid penalty’, mas necrose, com o córtex humano falhando bem antes disso. Calibrar o fluxo da bomba de infusão exige a mesma diligência com que se regula a válvula de recirculação do turbo híbrido da F1.

IAs representam uma força transformadora na medicina emergencial. Vão acelerar e melhorar a precisão da triagem de pacientes, diagnósticos e gerenciamento de recursos, concebendo um sistema de atendimento emergencial mais eficiente e resiliente. Por outro lado, é tosca e frágil a ideia de que LLMs Multimodais podem substituir o aparato humano disponibilizado nos ambientes de urgência. Profissionais de saúde e LLMs precisarão trabalhar em conjunto antes que o ‘paddock-clínico’ pegue fogo. A versão com ‘IA do Médico’ vai superar a versão sem IA quase sempre.

O Great Ormond Street Hospital for Children (GOSH), em Londres, sabe disso e aprimorou seu processo de transferência de pacientes da cirurgia para a UTI observando como a equipe de Fórmula 1 da Ferrari lidava com os pit-stops nos boxes. Durante a visita, médicos do GOSH se concentraram na maneira como os mecânicos e engenheiros lidavam com possíveis falhas. “O que poderia dar errado?”, “O que faremos se algo falhar?” e ​​“Qual a importância dessa ação se der errado?”, indagavam à equipe da Ferrari, reunidos em uma mesa durante os treinos.

Todas as ideias dos ‘médicos estagiários’ na Ferrari levaram o grupo a criar um método denominado “Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA – Failure Modes and Effects Analysis)”. As lideranças médicas do GOSH perceberam que o planejamento antecipado deixa a equipe de apoio nos boxes muito mais preparada do que a equipe médica, cuja única estratégia tendia a ser “esperar que algo desse errado para então descobrir o que deveriam ter feito”. Observando a equipe nos boxes, os médicos notaram o valor do mapeamento e da descrição de processos, além da importância de definir as tarefas de cada pessoa. Embora as principais mudanças tenham sido nos procedimentos mais sofisticados, as informações da Fórmula 1 foram facilmente adaptadas ao ambiente hospitalar. As lições aprendidas pelo GOSH conseguiram reduzir o número de erros em 66% (erros por 100 transferências).

Os principais fundamentos apreendidos com os times de F1 foram:

Estrutura de liderança/comando clara. Ambientes de Pronto-atendimento no Brasil são geralmente confrontados com a tênue hierarquia de comando (“quem manda aqui?”).  Não existe esse tipo de dúvida na F1; o “operador do pirulito” (lollipop man) orienta tudo, principalmente quando o carro deve entrar e sair. Ninguém discute sua autoridade (a equipe do GOSH designou o anestesista como “líder do time”, sem mais confusão);

Funções e coreografias definidas. Assim como cada mecânico na equipe nos boxes tem uma tarefa fixa (operador da pistola, operador do macaco, carregador de pneus, etc.), a equipe do GOSH definiu funções específicas (enfermeiro para drenos/cateteres, respiracionista para monitoramento, assistente de sinais vitais, etc.), com posições fixas para que os funcionários não “atrapalhem uns aos outros”;

Comunicação estruturada e conversa simultânea limitada. Eis um dos pontos nevrálgicos no pronto-atendimento: fala-se e grita-se demais, como uma competição de quem recebe mais atenção. A conversação verbal mínima é pouco adotada e não se ensaia códigos não verbais (como alertas oferecidos por monitores multiparamétricos). A F1 está ensinando aos hospitais que no atendimento emergencial (principalmente nos casos críticos, onde o paciente corre risco de óbito) são necessárias sessões de treinamento (briefing/debriefing), para coordenar ações e vozes;

Monitoramento ativo do desempenho e da redução de erros. No estudo realizado no GOSH, a implementação do novo protocolo reduziu o número médio de erros técnicos de 5,42 para 3,15 e as omissões de informação de 2,09 para 1,07; sendo que o tempo de transferência caiu de uma média de 10,8 minutos para 9,4 minutos. “Não se pode controlar aquilo que não se pode aferir”, diz a velha máxima da engenharia de produção, muito válida dentro da cadeia hospitalar.

É fácil sonhar que equipes de Pronto-atendimento no Brasil, ou em boa parte do mundo, treinem falhas prováveis no atendimento de urgência, em longos ensaios a portas fechadas. À exceção das entidades com controle de Acreditação, isso dificilmente ocorre com a frequência adequada. Esses ensaios, também denominados ‘Urgências e Emergências com Simulação Realística’ e, no Brasil, regulados pelo COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), têm sua periodicidade geralmente desestimulada por diversos fatores, como Custos e Recursos, Logística Complexa e o famigerado Foco na Produção.

O mundo é um grande pronto-socorro. Segundo o CDC (EUA), 17,8 milhões de atendimentos em Departamentos de Emergência resultaram em internações em 2023. Quando se compara esse número ao total de 34,4 milhões de admissões hospitalares, registradas pela American Hospital Association no mesmo ano, constata-se que cerca de 52% das internações norte-americanas começaram no Emergency Care. No Brasil, o “Observatório Anahp 2025”revela que 42,6% das saídas hospitalares de 2024 (rede privada) tiveram o pronto-socorro (PS) como porta de entrada (44,1% em 2023). Em ambos os países, portanto, o PS continua sendo a principal via de acesso ao leito hospitalar. Nenhuma surpresa: sabemos disso desde bem antes da largada do primeiro Grand Prix de Fórmula 1.

Nos ambientes de pronto-atendimento crítico, onde a vida, o aumento morbidade, as sequelas e a finitude circulam sem cerimônia, frações de segundo podem determinar o sucesso ou o fracasso, como no pit-stop da F1. O uso prematuro de uma bandeira amarela de advertência, por exemplo, pode fazer um piloto (ou médico) reduzir a velocidade o suficiente para não perder uma vantagem adquirida. Mecânicos e assistentes da F1 são treinados exaustivamente para agir com extrema decisão, nem muito cedo, nem muito tarde. Treinam o ano todo para isso, quase sempre realizam centenas de vezes a mesma tarefa para evitar falhas no pit-stop.

Quantos hospitais fazem uma análise metódica (periodicamente) dos erros em ambientes de pronto-socorro? A questão é: como os ambientes de cuidados emergenciais serão em 2030, considerando as transformações digitais e cognitivo-artificiais em curso?

“E se um cirurgião recebesse feedback em tempo real durante uma cirurgia robótica, assim como Max Verstappen e sua equipe fazem durante uma corrida? Pesquisadores do LUMC e NKI-AVL utilizam princípios de sucesso da Fórmula 1 para aprimorar procedimentos cirúrgicos tecnologicamente avançados. Não processando dados de pista, desempenho do carro ou paradas nos boxes, mas sim registrando e analisando meticulosamente cada movimento de um robô cirúrgico, por exemplo”, explica o paper “Proficiency in the operating room: how Formula 1 principles could help surgical teams implement advanced medical technology”, publicado em agosto de 2025 pela Leiden University Medical Center (LUMC), na Holanda. Numa Prostatectomia Laparoscópica Assistida por Robô, cada procedimento dura cerca de três horas, durante as quais foram medidos dados de 44 parâmetros diferentes. Foram analisados a velocidade e a suavidade dos “movimentos de instrumentos”, bem como a sua localização dentro do corpo e a relação de uns com outros, e, principalmente, quanto tempo cada etapa leva. Por meio de uma plataforma de IA, todas essas aferições foram processadas e interpretadas.

A equipe da LUMC estudou a movimentação e preparação dos pit-stops da F1 para ‘mapear curvas, retas e chicanes, e procedimentos cirúrgicos delicados’, que se desenrolam em fases distintas. Cada fase impõe diferentes exigências: às vezes a velocidade é fundamental, outras vezes a precisão é crucial. “Pense em Max Verstappen acelerando em uma reta ou freando antes de uma curva fechada para obter ‘tempos de volta’ mais rápidos e consistentes. Os cirurgiões também precisam ajustar sua abordagem dependendo da fase da cirurgia. Preservar as estruturas nervosas requer movimentos lentos e precisos, enquanto a sutura exige movimentos circulares”, explica o estudo.

Da mesma forma, a equipe Williams de Fórmula 1 fez parceria com o Hospital Universitário do País de Gales (Cardiff), para “aplicar técnicas de pit-stop aos protocolos de reanimação neonatal”. A equipe do hospital mapeou espaços padronizados nos centros obstétricos, “copiando os layouts personalizados” que a Williams utiliza nas pistas de corrida, onde 20 pessoas trocavam 4 pneus em 2 segundos com perfeita sincronia. As equipes médicas galesas adotaram as análises de vídeo e as reuniões de avaliação pós-corrida como prática padrão, como fazem as equipes de corrida após cada Grand Prix. Revisam cada parada nos boxes centenas de vezes em busca de melhorias. O foco do hospital era otimizar os fluxos de processo na saúde, eliminando movimentos desnecessários, esclarecendo funções e comunicando claramente ‘quando segundos podem determinar a sobrevivência do paciente’. Grande parte dessa engenharia ascendeu nos últimos anos graças aos LLMs, capazes de mapear, gravar, identificar, segmentar e avaliar todos os procedimentos dentro de um atendimento de urgência, com uma característica: realizam e registram tudo em segundos.

Em poucos anos, a sinfonia no corredor do pronto-socorro será orquestrada por médicos e máquinas de cognição artificial. Câmeras de Computer Vision (IA Multimodal) espalhadas pela emergência lerão a perfusão cutânea antes mesmo do enfermeiro perguntar “nome completo”, com microfones ultrassônicos detectando sibilos respiratórios ocultos. No ‘pit-stop emergencial’, o “jato de combustível” é uma infusão titulada por algoritmo e o “aperto final da porca” equivale ao ajuste dinâmico na ventilação mecânica, com base em loops de complacência que mudam a cada respiração. Felizmente, a mesma IA que avisa o superaquecimento do motor Honda é capaz de sugerir, em voz serena e neutra, que aquele lactato altíssimo não é “mero desgaste de pneus”, mas choque anafilático na curva hemodinâmica 1.

Se na Fórmula 1 a meta é trocar quatro pneus e reabastecer antes que o cronômetro pisque, em 2030 o desafio na saúde será transfundir quatro unidades de sangue antes que o córtex pisque, ambos dependendo de algoritmos que não podem vacilar. Respeitando as ‘salvaguardas ontológicas’ da coreografia esportiva da F1, cujos tempos e velocidade de ação não podem ser comparados ao que acontece num ambiente hospitalar emergencial, o que deve ocorrer cada vez mais nos pronto-atendimentos é uma “ação coreográfica orquestrada por telemetria”, e não a confusão improvisada de hoje.

Na década de 1950, os pit-stops da F1 tinham uma média de 67 segundos. Quinze anos depois, a mediana de uma parada nos boxes era de 45 segundos. No início dos anos 70, esse tempo caiu para quase 27 segundos e, na década seguinte, o tempo médio de parada foi de 11 segundos. No início dos anos 1990, o tempo médio já era de 6 segundos. Atualmente, o tempo médio está entre 2 e 2,5 segundos. Em 2030, é muito provável que o pit-stop na F1 dure menos de 1,5 segundo (o quick-lock hub, que trava/destrava as quatro porcas, poderá operar em cerca de 0,15 s, valor que coincide com o intervalo mínimo de reação humana definido no Manual Técnico da FIA).

Em novembro de 2025, o Ministério da Saúde anunciou que vai viabilizar a construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o primeiro hospital inteligente do Brasil. Com o uso de inteligência artificial e big data, a unidade objetiva ser um marco na modernização do SUS e “poderá reduzir em 25% o tempo de espera na emergência, significando que o atendimento no pronto-socorro pode passar de uma média de 120 minutos para 90 minutos”, segundo o MS. “Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas”, explicou o ministro na divulgação. Não há dúvida de que é uma boa notícia. Resta saber o que o governo entende por “Hospital Inteligente”, ou a que distância esse entendimento está daquilo que será efetivamente implantado (o ciclo de modelos de IAs muda a cada 3 semanas).

Cada vez mais as inovações tecnológicas reais (que se pagam) migram para Saúde, como a fibra de carbono, sensores, computer-vision, etc. Porém, os atendimentos de Pronto-Socorro no Brasil, Índia ou mesmo nos EUA ainda são colossais centros de improvisação e altruísmo. São corredores transformados em enfermarias, equipes sobrecarregadas e uma “caoticidade” aferida principalmente pelas horas de espera.

As Inteligências Artificiais notáveis chegaram há três anos. Ninguém pediu ou rezou por elas. Ninguém esperou que elas chegassem. Não nos preparamos antecipadamente para seu impacto. A maioria das pessoas ainda está atônita, sem saber o que fazer, como fazer ou qual a melhor maneira de aproveitar essa dádiva tecnológica. As resistências ao seu uso na Saúde foram ferozes, na Academia Médica, mais ainda. O poder público tropeça nas pernas artificiais “sem saber com que pernas deve seguir”. O tempo passa, os modelos de LLM avançam vertiginosamente e sua consolidação no setor produtivo é cada vez mais real. Na Saúde, sempre lenta em escolher pernas, já cresce a usabilidade das IAs, emergindo um novo frescor e ímpeto em reduzir problemas por meio delas. O que fazer, pergunta a Cadeia de Saúde? Como tratar o extraordinário avanço das IAs nas unidades emergenciais?

Isso lembra a velha piada da celebridade que recebeu um Prêmio de Honorabilidade, com direito a troféu e uma pequena quantia em dinheiro. Atrapalhado, ele subiu ao palco pensativo, confuso, ovacionado pela plateia. Com honesta abnegação, declarou: “Senhoras e Senhores, eu acredito sinceramente que não mereço esse prêmio…” Silêncio e surpresa no auditório. O agraciado pensou por 30 segundos, trêmulo. Depois agarrou firme o troféu e continuou: “…bem, sabe, eu tenho artrite, …e também acho que não mereço por ela… Portanto, aceito a homenagem, obrigado e boa noite!”. O setor nacional de saúde sofre de artrite; não convém rejeitar a ocasião oferecida pelas IAs.

Guilherme S. Hummel
Head Mentor – EMI (eHealth Mentor Institute)

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Assessoria de Comunicação        

Quinta, 11 Dezembro 2025 06:43

CLIPPING AHPACEG 11/12/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Calamidade pública na saúde de Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/calamidade-publica-na-saude-de-goiania-14171061.ghtml

Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026

https://www.dm.com.br/brasil/atestados-fisicos-continuarao-validos-em-todo-o-brasil-em-2026/

Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias-para-os-estados/goias/2025/dezembro/ministerio-da-saude-reforca-atendimento-em-goias-com-a-chegada-de-novos-medicos-pelo-programa-agora-tem-especialistas

Confiança é o capital invisível da saúde

https://www.saudebusiness.com/mercado-da-saude/confianca-e-o-capital-invisivel-da-saude/

Unimed Federação Centro Brasileira é bronze no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025

https://www.issoegoias.com.br/2025/12/unimed-federacao-centro-brasileira-e.html

Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/imas-assina-contrato-com-araujo-jorge-que-passa-a-atender-beneficiarios-do-plano-773820/

Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/pesquisadora-brasileira-desenvolve-caneta-que-detecta-cancer-em-10-segundos-773689/

Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/12/10/familia-de-pastor-que-morreu-apos-ser-atingido-na-cabeca-por-cilindro-de-oxigenio-em-upa-deve-ser-indenizada-em-r-60-mil.ghtml

Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação

https://portal.al.go.leg.br/noticias/161325/cobranca-a-dependentes-do-ipasgo-avanca-para-segunda-votacao

Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar

https://futurodasaude.com.br/coparticipacao-planos-de-saude/

TV ANHANGUERA

Calamidade pública na saúde de Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/calamidade-publica-na-saude-de-goiania-14171061.ghtml

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DIÁRIO DA MANHÃ

Atestados médicos em papel continuarão válidos em todo o Brasil em 2026

Os atestados médicos emitidos em papel continuarão válidos em 2026. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que negou a existência de qualquer mudança que torne obrigatória a adoção exclusiva de documentos digitais.

Nos últimos dias, circularam nas redes sociais publicações afirmando que, a partir de março do próximo ano, apenas atestados digitais seriam aceitos por empregadores. Segundo o CFM, esse conteúdo é falso e não há alteração na legislação que retire a validade dos documentos físicos.

Em nota, o conselho esclareceu que tanto os atestados emitidos em papel quanto os digitais permanecem plenamente válidos em todo o território nacional.

Além disso, também foi desenvolvida uma plataforma chamada Atesta CFM, voltada à emissão, validação e verificação de atestados médicos. O objetivo do sistema é reduzir casos de fraudes nesses documentos. Atualmente, a ferramenta está temporariamente suspensa por decisão judicial.

O projeto foi criado como um mecanismo de proteção contra irregularidades. Com a plataforma, o médico responsável recebe notificações por e-mail sempre que um atestado é emitido em seu nome, o que facilita a identificação rápida de possíveis fraudes.

Segundo o conselho, a intenção é tornar o uso da ferramenta obrigatório no futuro, com a emissão digital dos documentos, sem que isso elimine a possibilidade de emissão de atestados em papel, que seguirão válidos.

Além dos atestados de afastamento, o sistema também permitirá a emissão de documentos relacionados à saúde ocupacional e à homologação de laudos.

Confira na íntegra o que diz a nota do Conselho Federal de Medicina

Atestados médicos físicos (em papel) e digitais seguem válidos e plenamente aceitos em todo o território nacional, visto que não há qualquer mudança na legislação, seja emanada pelo Poder Legislativo ou pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que determine a emissão exclusiva de atestados por meio digital.

Fortalecendo a segurança do ato médico e reduzindo a possibilidade de fraudes, o Conselho desenvolveu a plataforma Atesta CFM, criada para emitir, validar e verificar atestados médicos, contemplando tanto documentos físicos quanto digitais. A ferramenta, regulamentada pela Resolução CFM nº 2.382/2024, garante a integração de diferentes bancos de dados, observando integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Publicado em 2024, o Atesta CFM está judicialmente suspenso por decisão em 1ª instância e, portanto, sem previsão de data para entrar em vigor. O Tribunal de Contas da União (TCU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já confirmaram a legalidade e a adequação técnica do Atesta CFM.

O CFM aguarda decisão definitiva da Justiça Federal para que os médicos possam emitir seus atestados de forma rápida, prática e segura através do Atesta CFM, fato que será comunicado a todos pela autarquia.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Ministério da Saúde reforça atendimento em Goiás com a chegada de novos médicos pelo programa Agora Tem Especialistas

Para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, programa do governo federal levou mais seis profissionais para atender o SUS em Goiânia, Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio quente

O Ministério da Saúde superou a meta inicial de 500 médicos especialistas prevista no lançamento do Programa Agora Tem Especialistas, que, para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias, tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas. Com mais 264 médicos – resultado da segunda chamada do Projeto reforçando a oferta de atendimento em hospitais e policlínicas do SUS em 187 municípios brasileiros.

Em Goiás, seis profissionais já estão atendendo na rede pública pelo programa do governo federal na capital Goiânia e nos municípios de Catalão, Luziânia, Pires do Rio, Porangatu e Rio Quente. O objetivo é ampliar o acesso da população a serviços especializados de média e alta complexidade, reduzindo o tempo de espera no SUS. Somados aos profissionais da primeira chamada, o estado passa a contar com 16 médicos especialistas em atividade.

Com atuação em 105 municípios, os 264 novos médicos especialistas se somam aos 313 que já estavam atuando no Brasil, ampliando a oferta de serviços de saúde de média e alta complexidade para os pacientes do SUS. Do total, 65% vão reforçar o atendimento no interior do Brasil em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia. A medida prevista no Programa Agora Tem Especialistas tem como uma de suas ações o provimento e a formação de profissionais especialistas.

A região Nordeste conta com o maior número de profissionais (348), o que representa 60% do total. Já o Sudeste recebe 132 especialistas, seguido pelo Norte (70), Centro-Oeste (22) e Sul (5). Considerando as regiões remotas do país, 24% atuam em áreas classificadas como de alta ou muito alta vulnerabilidade e 20%, na região da Amazônia Legal.

“O Mais Médicos Especialistas alia essa formação continuada para profissionais que já são especialistas e buscam o suporte de uma instituição de excelência para se atualizar com as melhores evidências científicas, articulando isso à necessidade de um serviço capaz de reduzir o tempo de espera e oferecer uma equipe completa de especialistas. Saber que a meta foi superada demonstra a grande demanda existente e reforça que continuaremos atuando para ampliar o provimento e a formação de especialistas no país”, disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.

Formação especializada em serviço

A iniciativa integra os novos profissionais às instituições formadoras, promovendo um ciclo de formação e provimento de especialistas dentro do Programa Agora Tem Especialistas. O objetivo é reduzir a demanda por atendimentos de média e alta complexidade em estados e municípios, priorizando a distribuição de vagas em regiões com número de especialistas abaixo da média nacional.

Os profissionais participarão de cursos de aprimoramento com carga horária compatível e conteúdo programático voltado à formação em serviço, promovidos e certificados por instituições e entidades parceiras com reconhecida atuação nacional na formação médica especializada.

Os cursos mais procurados foram nas áreas de Cirurgia (130), Anestesiologia (90), Colposcopia (84) e Ultrassonografia Mamária (76).

As atividades de formação envolvem imersões presenciais em cenários reais de prática (polos regionais), supervisões em serviços de referência, além de ações educacionais a distância, realizadas tanto de forma síncrona quanto assíncrona. Também estão previstas mentorias presenciais ou remotas, ofertadas em serviços públicos ou conveniados ao SUS. O objetivo central é desenvolver competências clínicas e cirúrgicas consideradas estratégicas para a atenção especializada.

A formação é conduzida por instituições de excelência como A.C.Camargo Câncer Center, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês, além da Ebserh e da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).

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SAÚDE BUSINESS

Confiança é o capital invisível da saúde

A comunicação desempenha um papel estratégico ao conectar processos às pessoas e fortalecer a reputação a longo prazo.

Em um setor tão desafiador como a saúde, onde margens são pressionadas e a inovação se torna rapidamente commodity, há um ativo que decide o futuro das organizações: a confiança.
Pacientes confiam quando percebem transparência e cuidado. Colaboradores confiam quando enxergam coerência entre discurso e prática. A sociedade confia quando resultados clínicos e de gestão são comunicados de forma clara e responsável.

Sem confiança, nenhuma instituição sobrevive por muito tempo por mais avançada que seja sua tecnologia ou por mais renomado que seja seu corpo clínico. É nesse ponto que a comunicação assume papel estratégico. Longe de ser apenas ferramenta de visibilidade, ela se torna instrumento de gestão. Organiza narrativas, traduz dados em valor, conecta processos a pessoas e sustenta a reputação no longo prazo.

Da retórica à governança

Comunicação em saúde não é acessório de marketing. É parte da governança.

Quando uma instituição compartilha seus indicadores de qualidade assistencial, abre espaço para diálogo com a sociedade.

Quando traduz relatórios técnicos em linguagem compreensível, fortalece a relação com pacientes e familiares.

Quando monitora em tempo real menções e crises, evita que ruídos isolados se transformem em ondas de desconfiança.

Trata-se de alinhar cultura organizacional, práticas assistenciais e experiência do paciente em torno de um propósito maior: a sustentabilidade do sistema de saúde.

O Brasil diante do desafio

Embora algumas operadoras de planos de saúde tenham registrado lucros expressivos no último ano, quase metade do setor segue no vermelho. A inflação médica, o envelhecimento populacional e a judicialização continuam a pressionar custos. Diante desse cenário, comunicar de forma seletiva ou triunfalista pode ser um tiro no pé. O verdadeiro desafio é assumir e transformar vulnerabilidades, compartilhar aprendizados e mostrar o que está sendo feito para garantir continuidade e acesso.
Essa é a fronteira onde comunicação e gestão se encontram. É aqui que reputação se constrói ou se destrói.

O futuro é de quem inspira confiança

Tecnologia pode ser replicada. Estruturas podem ser copiadas. Mas confiança, construída dia após dia, é intransferível. Ela nasce da coerência entre discurso e prática e do respeito ao paciente.
No setor de saúde, confiança não é apenas ativo intangível. É vantagem competitiva. É o que diferencia instituições que sobrevivem daquelas que realmente se tornam referência. E a questão que fica é: sua organização está preparada para tratar a comunicação como parte da governança e assumir a confiança como seu maior ativo?

*Gilmara Espino é mestre em Gestão de Saúde pela FGV, professora do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e presidente da GPeS – Comunicação em Saúde.

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ISSO É GOIÁS

Unimed Federação Centro Brasileira é bronze em Excelência em Gestão 2025

A Unimed Federação Centro Brasileira conquistou o bronze na categoria primeiros passos do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão 2025. A premiação, promovida pelo Sistema OCB e entregue no dia 9 de dezembro, em Brasília, reconhece boas práticas de cooperativas de todo o Brasil em gestão.

São premiadas iniciativas que contribuem para melhores resultados na gestão cooperativista. Ao se inscrever, a Federação respondeu ao diagnóstico Governança e Gestão AvaliaCoop, um questionário que também promove o aprendizado organizacional e possibilita a melhoria dos processos. As cooperativas foram avaliadas de acordo com sua categoria e nível de maturidade selecionado.

Na entrega da premiação, a Federação foi representada pelo diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional, Éder Cássio Rocha Ribeiro, pela superintendente Fabiana Daniel e pela coordenadora da Qualidade, Thais Cardoso.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o prêmio cumpre um papel essencial no incentivo à melhoria contínua da gestão cooperativista, pois cada cooperativa premiada representa uma história de dedicação, inovação e impacto real na vida das pessoas.

Nesta sétima edição, o prêmio contou com a participação de 366 cooperativas, e a Unimed Federação Centro Brasileira se destacou entre elas. Parabéns a todos que fazem parte desta conquista!

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JORNAL OPÇÃO

Imas assina contrato com Hospital Araújo Jorge, que passa a atender beneficiários do plano

O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos

O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia, o Imas, fechou um contrato com o Hospital de Câncer Araújo Jorge, que passa a atender os pacientes oncológico beneficiários do plano. O contrato foi fechado pelo valor de R$ 324,7 milhões e terá vigência de cinco anos.

A contratação do hospital, que é referência no tratamento de câncer em Goiás, estava em negociação desde maio deste ano. As conversas se intensificaram na gestão da atual presidente do Imas, Gardene Moreira, e foram finalizadas agora.

Está incluída no contrato a prestação de serviços contínuos e por demanda que envolvam “a promoção, proteção e recuperação da saúde prestada aos usuários do Imas na área de atuação contratada”, de oncologia.

Atualmente, o Imas tem cerca de 300 usuários em tratamento de câncer e que agora poderão ser tratados pelo Araújo Jorge. Vale destacar que pacientes oncológicos do instituto municipal são isentos de coparticipação.

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Pesquisadora brasileira desenvolve caneta que detecta câncer em 10 segundos

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA

A química brasileira Lívia Schiavinato Eberlin, professora da Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, é responsável por uma das inovações médicas mais promissoras da última década. Ela criou a MasSpec Pen, dispositivo capaz de identificar, em apenas 10 segundos, se um tecido é saudável ou cancerígeno, diretamente durante a cirurgia, sem danos ao paciente.

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, conduz o primeiro estudo clínico fora dos EUA com a tecnologia. A pesquisa é realizada em parceria com a multinacional Thermo Fisher Scientific, responsável pelo espectrômetro de massas que interpreta a leitura química captada pela caneta.

A MasSpec Pen funciona conectada a um espectrômetro. Durante a cirurgia, o médico encosta a ponta do dispositivo no tecido suspeito. Ele libera uma microgota de água estéril, que extrai moléculas da superfície. A amostra é aspirada imediatamente e analisada pelo equipamento, que identifica a composição química e determina se o material é tumoral ou não.

Segundo Eberlin, o processo é comparável a “fazer um café”: a água extrai moléculas, mas não danifica o tecido.

O método reduz o tempo e o risco das cirurgias oncológicas. Hoje, a avaliação intraoperatória depende do exame de congelação, que leva até 1h30 e pode distorcer a estrutura do tecido. A resposta instantânea permite maior precisão na retirada do tumor e evita recidivas.

Testes no Brasil

O Einstein acompanha 60 pacientes com câncer de pulmão e de tireoide. Estudos anteriores, publicados na JAMA Surgery, apontam acurácia superior a 92% na diferenciação entre tecidos normais e cancerígenos. A próxima etapa inclui tumores de mama, fígado e ovário.

O centro também investiga se a caneta pode identificar, em tempo real, o perfil imunológico do tumor, informação decisiva para tratamentos modernos como imunoterapia.

O espectrômetro Orbitrap 240, que integra o sistema, analisa moléculas ionizadas e cria uma assinatura química comparada a um banco de dados alimentado por inteligência artificial. É essa leitura que sustenta o diagnóstico instantâneo.

Trajetória e próximos passos

Campineira, formada pela Unicamp e com carreira construída em universidades norte-americanas, Lívia Eberlin comanda a MS Pen Technologies, startup que pretende comercializar o equipamento. Após a conclusão dos estudos clínicos, a tecnologia será submetida à aprovação da FDA, nos EUA, e futuramente à Anvisa.

“A ciência brasileira tem alcance global e pode transformar vidas”, afirmou a pesquisadora ao portal g1.

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PORTAL G1/GOIÁS

Família de pastor que morreu após ser atingido na cabeça por cilindro de oxigênio em UPA deve ser indenizada em R$ 60 mil

Justiça reconheceu falha no manuseio do equipamento. Domingos Lapa da Rocha tinha 66 anos.

A Justiça condenou o município de Anápolis a indenizar a família do pastor Domingos Lapa da Rocha, de 66 anos, que morreu depois de ser atingido por um cilindro de oxigênio enquanto estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alair Mafra.

A decisão judicial concluiu que houve falha no manuseio do cilindro por parte de funcionários da UPA e que o acidente pode ter agravado o estado de saúde de Domingos.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o idoso apresentava um quadro infeccioso na região abdominal e estava com um hematoma do lado esquerdo da cabeça.

O município de Anápolis pagará indenização por danos morais para cinco familiares do pastor, totalizando R$ 60 mil, considerando o sofrimento que o acidente causou para a vítima e sua família.

Entenda o caso

Domingos Lapa da Rocha deu entrada na UPA Alair Mafra no dia 27 de dezembro de 2024, com queixas de febre, dificuldade para respirar e outros sintomas.

No dia 31 de dezembro, ao ser levado para um exame de radiografia do tórax dentro da unidade, um cilindro de oxigênio de 3 kg caiu sobre o rosto dele. Domingos teve traumatismo cranioencefálico e um corte no supercílio.

Em entrevista à repórter do g1 Goiás Yanca Cristina, a filha do pastor, Lídia Lapa da Rocha, afirmou que, apesar de a equipe médica responsável ter realizado exames após o acidente, seu pai apresentou uma piora no quadro infeccioso e no trauma sofrido pela queda do cilindro.

“Ele teve confusão mental. Fizeram uma tomografia que constatou um trauma (coágulo), que, segundo o médico, seria absorvido pelo organismo. Infelizmente, ele teve uma piora no quadro infeccioso e também piora do trauma sofrido pela pancada”, relatou Lídia.

Depois do acidente, ele foi transferido para o Hospital Municipal Alfredo Abrahão, onde faleceu 12 dias depois.

Após o ocorrido, a filha registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediu um exame cadavérico para averiguar a causa da morte do pai.

Sobre a vítima

Domingos era pastor há mais de 20 anos na Igreja Pentecostal de Jerusalém Celestial, segundo sua filha. Ela conta que o pastor também era técnico em eletrônica por formação, mas não exercia o cargo. Ele deixou uma esposa, cinco filhos e 15 netos.

A Prefeitura de Anápolis afirmou à TV Anhanguera que ainda não foi intimada da decisão da Justiça. O g1 em contato para pedir mais detalhes sobre o posicionamento do município, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

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PORTAL ALEGO

Cobrança a dependentes do Ipasgo avança para segunda votação

Sessão extraordinária

Iniciativa da Governadoria, que argumenta pelo reequilíbrio de custeio e melhores práticas do setor de saúde suplementar, foi tema central nesta quarta-feira, 10. Após duas sessões plenárias e discussão na Comissão Mista, a pauta obteve sua primeira chancela, apesar de sustentações da oposição. Presidente também anunciou sessões híbridas até o fim de 2025. Decisão busca agilizar pauta legislativa, que inclui adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

O projeto de lei que autoriza a cobrança sobre dependentes de beneficiários do Ipasgo Saúde voltou à pauta do Plenário da Assembleia Legislativa do Estado Goiás (Alego) nesta quarta-feira (10). A proposta, assinada pelo Governo Estadual, demandou, ainda, uma sessão extraordinária para obter sua primeira aprovação do Parlamento.

Os deputados da oposição criticaram a iniciativa em diversas oportunidades ao longo da tarde, tanto na Comissão Mista, onde a matéria tramitou antes de ser submetida à primeira votação, quanto em Plenário, nas duas sessões de hoje. Um dos argumentos dos que se opõem à pauta é que essa cobrança sobre dependentes, até então isentos de taxas, pode inviabilizar o Ipasgo Saúde para muitos usuários e, em um âmbito maior, o plano de saúde como um todo. Na proposição, a Governadoria define que poderá ser cobrado até 30% da tabela atuarial de mensalidades, observada a faixa etária do usuário dependente.

Foram 25 votos favoráveis que garantiram a primeira aprovação da matéria e sete votos contrários, esses últimos de Clécio Alves (Republicanos), Gugu Nader (Agir), Delegado Eduardo Prado e Major Araújo, ambos do PL, e Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, os três do PT.

Nove deputados estiveram ausentes no momento da votação: Lucas do Vale (MDB), Alessandro Moreira (PP), Vivian Naves (PP), Paulo Cezar (PL), Gustavo Sebba (PSDB), José Machado (PSDB), Dr. George Morais (PDT), Cristóvão Tormin (PRD) e Karlos Cabral (PSB).

A proposta, que tramita na Casa de Leis sob o nº 30892/25, busca alterar a Lei nº 21.880/23, que instituiu o Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde. 

Manifestação contrária

A deputada Bia de Lima (PT) abriu os debates sobre o tema nesta quarta-feira. Ao defender que a mudança seja barrada, ela ressaltou que o Ipasgo Saúde nunca cobrou mensalidade de dependentes.

“Vemos como injustiça a cobrança dos dependentes no Ipasgo Saúde, coisa que nunca aconteceu na história. Além disso, quero alertar a todos os deputados: não cometam esse erro, porque vocês estarão pedindo voto no ano que vem também para os servidores públicos - e isso terá reflexo nas eleições”, salientou. Durante a sessão extraordinária, a petista e outros opositores reforçaram o discurso contrário à proposta.

O deputado Mauro Rubem (PT) fez coro às ponderações contrárias. Na visão do parlamentar, a cobrança ocasionará uma “debandada” de usuários do plano. Para ele, a proposta é “mais uma iniciativa para acabar com o Ipasgo Saúde. [...] Estamos vendo o Ipasgo afundar, e não podemos ficar calados”.

Nesse sentido, Delegado Eduardo Prado (PL) também argumentou que “o Ipasgo vai quebrar de vez, porque quem é a estrutura do Ipasgo, [o servidor estadual], não vai ter condições de pagar o plano”. Ele acompanhou os posicionamentos contrários e estimou que cerca de 154 mil servidores deixarão o convênio, caso o projeto avance. Prado reforçou sua posição como servidor público e delegado de polícia: “Esse projeto é totalmente prejudicial para todos nós. Oriento a oposição e a base do Governo para que votem contra esta matéria”.

No mesmo tom, o deputado Gugu Nader (Avante) afirmou que não iria apoiar a proposta. “Sempre fui leal ao Governo, mas a minha cidade de Itumbiara tem 18 mil conveniados, e eu não vou votar um projeto para ficar mal com a minha cidade e com todas as pessoas do Estado de Goiás. Sem polemizar, eu gosto do governador Ronaldo Caiado (UB), mas o meu voto é contra”.

O republicano Clécio Alves acompanhou seus antecessores ao defender que se trata de “mais um projeto que prejudica a população goiana”. “Foram três presentes de Natal que a base do Governo entregou para o povo. O primeiro foi a aquisição de um prédio antigo por 128 milhões de reais, retirando 90 milhões de reais da saúde. O segundo é o reajuste do ICMS dos combustíveis no Estado de Goiás. E o terceiro presente está sendo votado agora: a destruição definitiva do Ipasgo”, frisou.

Na defesa

Mais cedo, antes da sessão extraordinária, o deputado Amauri Ribeiro (UB) foi o único,  além do líder do Governo, Talles Barreto (UB), a sair em defesa da proposta do Palácio das Esmeraldas. Ribeiro sustentou que a medida é necessária para garantir a sobrevivência do plano. “Meu plano de saúde é Ipasgo e nenhum dos meus dependentes paga. Nenhum plano de saúde consegue sobreviver desse jeito. Mas, agora, porque o Ipasgo é público, precisa ser dessa forma?”, questionou.

Ele argumentou que a Governadoria busca recuperar a saúde financeira do serviço. “O que o Governo está tentando fazer é salvar esse plano de saúde, e nossa obrigação, enquanto deputados estaduais, é fazer o que é necessário. (…) Eu defendo o que é correto, e o governador Ronaldo Caiado vem tomando as atitudes corretas para resgatar esse Estado, inclusive para que o Ipasgo tenha um ótimo atendimento”, defendeu.

Rodovia Governador Maguito Vilela

Além do projeto alvo de intenso debate entre os parlamentares, terminou aprovado em definitivo o texto de nº 20896/25, de autoria do deputado Issy Quinan. A matéria denomina Governador Maguito Vilela a Rodovia GO-108, no trecho entre Guarani de Goiás e o Parque Estadual de Terra Ronca, em São Domingos.

Falecido em 2021, Maguito Vilela também dá nome ao prédio da Assembleia Legislativa. Natural de Jataí, nascido em 24 de janeiro de 1949, ele foi governador de Goiás entre 1995 e 1999. Na motivação da iniciativa legislativa, Quinan destaca que Vilela “construiu uma trajetória exemplar de dedicação à vida pública”. Ele foi, ainda, vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, vice-governador, governador e prefeito de Aparecida de Goiânia.

Sessões híbridas

Antes de encerrar a sessão, os deputados aprovaram, por unanimidade, um requerimento que transforma todas as sessões ordinárias e extraordinárias de 2025, a partir de 11 de dezembro, em sessões híbridas até o fim do ano, ou seja, além dos presentes no Plenário Iris Rezende, estarão aptos para votar remotamente os parlamentares que participam de forma on-line das sessões da Alego.

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), informou, ainda, que os trabalhos seguirão até pelo menos o dia 19 de dezembro, prazo que considera suficiente para votar todas as matérias pendentes. Isso inclui a adesão de Goiás ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permitirá ao Estado deixar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O Fundo Estadual de Gestão e Monitoramento dos Recursos do Propag (FGM-Propag), aprovado em outubro pelo Parlamento, já está oficialmente instituído em Goiás.

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O FUTURO DA SAÚDE

Coparticipação: caminho sustentável para a saúde suplementar

Em novo artigo, Maurício Lopes escreve sobre a função do modelo coparticipativo na sustentabilidade dos planos de saúde

Por Mauricio Lopes

A palavra coparticipação pode gerar dúvidas em quem contrata um plano de saúde, por ser associada a custos adicionais ou eventual redução de acesso. Mas, na prática, o mecanismo tem outro sentido: longe de ser uma ameaça, a coparticipação é uma aliada para equilibrar contas, estimular o uso consciente e fortalecer a sustentabilidade do setor.

A saúde suplementar atende hoje 53 milhões de pessoas, das quais 38,3 milhões estão em planos coletivos empresariais.

O desafio dos custos para as operadoras nem sempre é evidente. Em 2023, a sinistralidade média foi de 88,2%, com resultado operacional negativo de R$ 6,3 bilhões entre janeiro e setembro, segundo a ANS. Essa equação pressiona empresas, operadoras e beneficiários. Nesse cenário, o modelo coparticipativo ganha relevância. Em uma consulta de R$ 200, por exemplo, ele pode significar desembolso de apenas R$ 30 ou R$ 40 para o beneficiário - um valor acessível, que incentiva o uso consciente sem restringir o acesso.

O tíquete médio dos planos com coparticipação é 26% menor (R$ 969,47) que o dos produtos sem esse mecanismo. Essa diferença contribui para reduzir a sinistralidade, que fica, em geral, abaixo do limite técnico de 70% estipulado pelas principais operadoras.

Com custos mais equilibrados e previsíveis, as operadoras conseguem oferecer planos mais baratos, com reajustes menores, ampliando o acesso à saúde suplementar e incentivando a permanência dos beneficiários, o que gera maior estabilidade para o mercado.

A prática vem se consolidando: hoje, cerca de 60% dos planos existentes no mercado já contam com algum tipo de fator moderador, segundo a Abramge. Na Qualicorp, em 2024, 80% dos produtos vendidos ao longo do ano previam coparticipação em consultas e exames.

A lógica é parecida com o que aconteceu nos seguros de automóveis quando a franquia foi incorporada pelo Código Civil (Lei 10.406/2002), nos artigos sobre contratos de seguro. Até então, qualquer dano era totalmente coberto pela seguradora, o que tornava as apólices caras e difíceis de sustentar. Com a franquia, o risco passou a ser compartilhado entre segurado e seguradora, trazendo mais racionalidade no uso do seguro e ajudando a reduzir custos.

O seguro de automóveis já foi considerado o "patinho feio" do mercado até que esses mecanismos o tornaram um dos mais sustentáveis. A coparticipação cumpre função equivalente na saúde suplementar.

Vale reforçar: não se trata de impor um modelo único. Planos sem coparticipação continuam disponíveis, assim como opções com franquia ou limites de utilização. O essencial é oferecer alternativas para que empresas e beneficiários escolham conforme perfil e necessidade.

O futuro da saúde suplementar passa por essa pluralidade. Os beneficiários merecem serviço de qualidade, previsibilidade de preços e acesso a redes qualificadas. A coparticipação, quando bem estruturada, é uma ferramenta que permite alinhar esses incentivos e garantir a sustentabilidade de um sistema vital para milhões de brasileiros.

Mauricio Lopes

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Assessoria de Comunicação        

Quarta, 10 Dezembro 2025 06:31

CLIPPING AHPACEG 10/12/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude

https://diariodejustica.com.br/atestados-medicos-compliance-e-integridade-como-a-resolucao-cfm-2-381-24-redefine-responsabilidades-e-combate-a-fraude/

CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina

https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/12/cdi-premium-celebra-25-anos-de-cuidado.html

Vacina contra a dengue do Butantan começa a ser aplicada em janeiro

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-12/vacina-contra-dengue-do-butantan-comeca-ser-aplicada-em-janeiro

ANS inclui 1º cirurgia robótica na cobertura obrigatória dos planos de saúde

https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/beneficiario/ans-inclui-1o-cirurgia-robotica-na-cobertura-obrigatoria-dos-planos-de-saude

ONA disponibiliza, a partir de hoje, o Manual OPSS 2026

https://www.saudebusiness.com/hospitais/ona-divulga-hoje-o-manual-opss-2026/

Gestão inteligente de dados tem potencial para revolucionar a saúde

https://medicinasa.com.br/gestao-inteligente-dados/

TV SERRA DOURADA

Atestado médico de papel deixará de ser aceito; entenda a mudança

https://www.youtube.com/watch?v=Qil56mY_E7I

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PUC TV

Ação promove a alunos da rede municipal orientação sobre os cuidados com a saúde dos olhos

https://www.youtube.com/watch?v=4IrcJldI9Xk

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DIÁRIO DE JUSTIÇA

Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude

Poucos documentos têm tanto peso social e econômico quanto um atestado médico, ele garante ao trabalhador o direito de se afastar sem prejuízo salarial, viabiliza benefícios previdenciários e influencia decisões de seguradoras, hospitais e planos de saúde. Mas quando mal utilizado, pode se transformar em porta de entrada para fraudes bilionárias que sobrecarregam empresas, distorcem o sistema previdenciário e minam a confiança na relação médico-paciente.

O Brasil convive há anos com um cenário onde falsificações e usos indevidos de atestados prejudicam o equilíbrio financeiro do setor público e privado, aumentam custos de planos e alimentam um ciclo de insegurança jurídica.

Os números sobre fraude em atestados no país são alarmantes, ainda que muitas vezes subnotificados. Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afastamentos fraudulentos e uso indevido de benefícios por incapacidade custam bilhões de reais anualmente. O Tribunal de Contas da União já apontou fragilidades na concessão de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez baseadas em documentos frágeis ou manipulados.

A publicação da Resolução CFM nº 2.381/2024 marca um ponto de virada

 Até então, as regras que orientavam a emissão de atestados e outros documentos médicos eram baseadas em uma norma de 2002, que não acompanhava a realidade da saúde digital, da telemedicina e das exigências modernas de privacidade e integridade.

A nova norma exige que o médico identifique o paciente com documento oficial com foto e CPF, reforçando a segurança do processo. Também determina que documentos digitais sejam assinados com certificado qualificado, garantindo validade jurídica e dificultando falsificações. Define informações mínimas que devem constar nos documentos, como nome e CRM do médico, contatos profissionais, endereço e data, e reforça que esses registros gozam de presunção de veracidade, mas responsabilizam civil, penal e eticamente o profissional que emitir declarações falsas ou sem a devida fundamentação.

A norma também exige uma reflexão sobre privacidade e integridade

Ao restringir o uso indiscriminado da Classificação Internacional de Doenças (CID), ela protege dados sensíveis e está em sintonia com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que considera informações de saúde altamente delicadas. Isso impõe às instituições de saúde e aos departamentos de RH a necessidade de criar protocolos claros de compartilhamento e armazenamento seguro de informações médicas, equilibrando o dever de proteger o paciente com a obrigação de manter processos confiáveis e auditáveis.

Essas mudanças não são mera burocracia. Elas dialogam diretamente com temas como compliance, governança clínica e prevenção à fraude, e criam uma camada adicional de segurança para médicos, hospitais, planos de saúde, cooperativas médicas e empregadores.

Fraudes ligadas a afastamentos custam caro e quem paga a conta é toda a sociedade. O Ministério da Previdência estima que irregularidades em benefícios por incapacidade, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, superam R$ 10 bilhões ao ano. Grande parte desses casos começa com um atestado questionável que abre caminho para licenças indevidas.

Para as empresas privadas, o impacto vem em várias frentes. Além de bancar os primeiros 15 dias de afastamento, companhias enfrentam aumento de absenteísmo, queda de produtividade e despesas com contratação temporária ou horas extras. Estudos de associações empresariais apontam que o absenteísmo pode representar de 2% a 5% da folha anual em determinados setores e parte relevante está ligada a afastamentos médicos controversos.

Na saúde suplementar, fraudes documentais afetam o equilíbrio atuarial. Planos de saúde e cooperativas médicas relatam aumento de custos com procedimentos desnecessários ou licenças ampliadas indevidamente. Isso se reflete em reajustes mais altos para clientes e em margens de lucro mais estreitas para operadoras. Cada fraude não combatida acaba diluída no preço pago por todos os usuários.

A publicação da Resolução 2.381/24 inaugura uma nova era para a documentação médica no Brasil

Ao exigir rigor técnico, identidade verificada e assinatura qualificada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) responde a um cenário onde fraudes comprometem a sustentabilidade de empresas, planos de saúde e do próprio INSS. Ao mesmo tempo, a norma valoriza a ética médica e reforça a privacidade do paciente, alinhando a prática à LGPD e às expectativas contemporâneas de governança.

Para hospitais, cooperativas médicas e planos de saúde, adotar compliance robusto deixou de ser diferencial e passou a ser requisito de sobrevivência. Quem modernizar fluxos, treinar equipes e investir em tecnologia reduzirá riscos jurídicos, protegerá seu corpo clínico e ganhará reputação de confiabilidade. Para médicos, seguir as regras é também uma forma de blindar a própria carreira. Para empresas e RHs, significa reduzir passivos e melhorar previsibilidade de custos. Para a sociedade, representa um sistema mais justo e economicamente sustentável.

Em um país onde a integridade ainda é desafiada diariamente, usar normas como a Resolução CFM 2.381/24 para construir processos sólidos é visão estratégica. Saúde e economia agradecem quando ética e compliance caminham juntos.

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FOLHA DO PLANALTO

CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina

(Goiânia/GO) - Há 25 anos, dois médicos cardiologistas deram início a um projeto que mudaria para sempre a relação entre tecnologia, medicina e cuidado humano em Goiás. Assim, nasceu o CDI Premium, fruto do sonho e da dedicação dos amigos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado de oferecer à população um atendimento que fosse, ao mesmo tempo, tecnicamente preciso e profundamente humano.

Em 2025, ao celebrar um quarto de século de existência, o CDI Premium é muito mais do que um centro de diagnóstico por imagem: é um espaço onde o compromisso com a vida pulsa em cada detalhe. Um lugar onde conexão, dedicação e inspiração não são apenas palavras, são valores vividos diariamente, por toda a sua equipe, em cada exame, em cada gesto de cuidado.

Desde o início, o compromisso foi claro: ir além dos exames, com um olhar voltado para o todo, para o ser humano. Essa visão transformadora se materializou em uma estrutura que impressiona pela tecnologia, mas também acolhe com calor humano.

Em uma ampla sede localizada na esquina da Avenida Portugal e Rua 22, no Setor Oeste, em Goiânia, salas modernas, equipadas com o que há de mais avançado no mundo, como o Tomógrafo Aquilion One de 640 cortes, reconhecido internacionalmente como o melhor equipamento de radiologia em 2024, dividem espaço com recepções aconchegantes em todos os andares, com o Espaço Mulher, o Espaço Kids e o Espaço Ruy de Paula Nunes, que homenageia um dos pioneiros da medicina goiana. Tem ainda o  CDI Premium Órion Concierge, localizado no Órion Business & Health Complex, como um ponto de apoio para médicos e pacientes.

A tecnologia empregada nos exames impressiona. O tomógrafo com tecnologia SilverBeam reduz significativamente a radiação em exames de tórax, enquanto outro equipamento com inteligência artificial permite uma resolução ainda mais precisa em angiotomografias cardíacas. Mas por trás de cada máquina, está o que realmente diferencia o CDI Premium: gente que ama o que faz, que se dedica com atenção e empatia ao paciente, que enxerga em cada exame uma oportunidade de cuidar com excelência.

Além do atendimento, o CDI Premium se dedica à formação de novos profissionais, por meio do NEPI (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação), reforçando o compromisso com o conhecimento e com o futuro da medicina. A atuação social também se faz presente em projetos como a Blitz da Saúde, que leva prevenção e informação à comunidade, e no apoio ao esporte, patrocinando atletas e incentivando a prática esportiva.

Mais do que um centro de diagnósticos, o CDI Premium tornou-se referência, um símbolo de um jeito diferente de fazer medicina: mais moderna, mais humana, mais completa. E isso só é possível porque há 25 anos, dois médicos decidiram transformar um sonho em realidade. Hoje, esse sonho é vivido por centenas de profissionais e milhares de pacientes, todos os dias.

Conexão, dedicação e inspiração: essa é a essência do CDI Premium. E é com ela que a instituição projeta o futuro, onde a medicina continua encontrando o humano, e o cuidado segue se transformando em legado.

CDI PREMIUM

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Há 25 anos, dois médicos cardiologistas deram início a um projeto que mudaria para sempre a relação entre tecnologia, medicina e cuidado humano em Goiás. Assim, nasceu o CDI Premium, fruto do sonho e da dedicação dos amigos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado de oferecer à população um atendimento que fosse, ao mesmo tempo, tecnicamente preciso e profundamente humano.

Em 2025, ao celebrar um quarto de século de existência, o CDI Premium é muito mais do que um centro de diagnóstico por imagem: é um espaço onde o compromisso com a vida pulsa em cada detalhe. Um lugar onde conexão, dedicação e inspiração não são apenas palavras, são valores vividos diariamente, por toda a sua equipe, em cada exame, em cada gesto de cuidado.

Desde o início, o compromisso foi claro: ir além dos exames, com um olhar voltado para o todo, para o ser humano. Essa visão transformadora se materializou em uma estrutura que impressiona pela tecnologia, mas também acolhe com calor humano.

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Médicos Celso Nunes, Ana Beatriz Teixeira, Leonardo Sara e Colandy Nunes Dourado

 

 

Em uma ampla sede localizada na esquina da Avenida Portugal e Rua 22, no Setor Oeste, em Goiânia, salas modernas, equipadas com o que há de mais avançado no mundo, como o Tomógrafo Aquilion One de 640 cortes, reconhecido internacionalmente como o melhor equipamento de radiologia em 2024, dividem espaço com recepções aconchegantes em todos os andares, com o Espaço Mulher, o Espaço Kids e o Espaço Ruy de Paula Nunes, que homenageia um dos pioneiros da medicina goiana. Tem ainda o CDI Premium Órion Concierge, localizado no Órion Business & Health Complex, como um ponto de apoio para médicos e pacientes.

A tecnologia empregada nos exames impressiona. O tomógrafo com tecnologia SilverBeam reduz significativamente a radiação em exames de tórax, enquanto outro equipamento com inteligência artificial permite uma resolução ainda mais precisa em angiotomografias cardíacas. Mas por trás de cada máquina, está o que realmente diferencia o CDI Premium: gente que ama o que faz, que se dedica com atenção e empatia ao paciente, que enxerga em cada exame uma oportunidade de cuidar com excelência.

Além do atendimento, o CDI Premium se dedica à formação de novos profissionais, por meio do NEPI (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação), reforçando o compromisso com o conhecimento e com o futuro da medicina. A atuação social também se faz presente em projetos como a Blitz da Saúde, que leva prevenção e informação à comunidade, e no apoio ao esporte, patrocinando atletas e incentivando a prática esportiva.

Mais do que um centro de diagnósticos, o CDI Premium tornou-se referência, um símbolo de um jeito diferente de fazer medicina: mais moderna, mais humana, mais completa. E isso só é possível porque há 25 anos, dois médicos decidiram transformar um sonho em realidade. Hoje, esse sonho é vivido por centenas de profissionais e milhares de pacientes, todos os dias.

Conexão, dedicação e inspiração: essa é a essência do CDI Premium. E é com ela que a instituição projeta o futuro, onde a medicina continua encontrando o humano, e o cuidado segue se transformando em legado.

CDI PREMIUM

 

12 projeto férias com cuidado2

 

Com uma linguagem simples e de forma lúdica, alunos de 4 a 10 anos da Escola Municipal de Educação Integral Eurípedes Menezes, em Aparecida de Goiânia, começaram a semana aprendendo a como cuidar bem da saúde dos olhos. As enfermeiras do Instituto Panamericano do Visão (IPVisão), Laurenice de Siqueira Carvalho e Roberta de Lacerda Tavares, estiveram na escola, no dia 8 de dezembro, onde ministraram quatro palestras sobre o tema.

A iniciativa integra a primeira edição do “Projeto Férias com Cuidado”, uma ação social criada pelo IPVisão e que conta com o apoio técnico das médicas Alessandra Rassi e Cínthia Mendonça.

O foco é orientar a garotada sobre prevenção de acidentes oculares durante as férias, período em que, entre brincadeiras dentro e fora de casa, aumentam os riscos de traumas, ferimentos com objetos, irritações por contato com cloro de piscinas e exposição ao sol sem proteção, por exemplo.

As enfermeiras também alertaram as crianças sobre os riscos do uso excessivo de celulares e de tempo prolongado em frente à TV, reforçando a importância das pausas. “Parem um pouquinho, desliguem a tela e aproveitem para brincar com os amigos”, aconselhou Laurenice.

Evitar coçar os olhos, não olhar diretamente para o sol e usar proteção ao brincar com brinquedos que disparam bolinhas foram algumas dicas dadas pela enfermeira Roberta a um público atento e participativo.

“As informações chegam em um momento muito importante”, destacou a professora Lara Melo, se referindo ao início das férias, período no qual acidentes domésticos envolvendo crianças aumentam até 25%, e muitos envolvem a saúde ocular.

Além de assistir às palestras, os estudantes puderam explorar uma peça anatômica que reproduz um olho humano e cada um ainda recebeu um chocolate, uma squeeze e um folder cheio de informações para compartilhar com a família e os amigos. A ação alcançou cerca de 500 crianças.

Terça, 09 Dezembro 2025 07:03

CLIPPING AHPACEG 09/12/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Judicialização dos planos de saúde pode explodir até 2035

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2025/12/7309322-judicializacao-dos-planos-de-saude-pode-explodir-ate-2035.html

TJGO e Ipasgo selam parceria para acelerar atendimento e reduzir ações na saúde

https://www.jornalopcao.com.br/cidades/tjgo-e-ipasgo-selam-parceria-para-acelerar-atendimento-e-reduzir-acoes-na-saude-773110/

Pesquisa mostra que ressonância pode predizer o risco de metástase

https://medicinasa.com.br/ressonancia-metastase-cancer/

Rombo de plano de saúde ajuda a quebrar Correios

https://www.osul.com.br/rombo-de-plano-de-saude-ajuda-a-quebrar-correios/

CORREIO BRAZILIENSE

Judicialização dos planos de saúde pode explodir até 2035

A judicialização dos planos de saúde pode chegar a 1,2 milhão de novos processos por ano até 2035, caso não haja mudanças estruturais capazes de conter o avanço das disputas na Justiça. A projeção aparece no estudo “Judicialização na Saúde Suplementar: Desafios Regulatórios e Caminhos para a Sustentabilidade do Setor até 2035”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) em parceria com o juiz federal Clenio Schulze.

O relatório mostra que o fenômeno já cresce em ritmo acelerado. Entre 2020 e 2024, o número de ações mais que dobrou — salto de 112% — até atingir 298,7 mil novos processos em 2024, o que equivale a uma nova ação a cada 1 minuto e 45 segundos. Mantido esse ritmo, o setor tende a enfrentar forte pressão financeira e regulatória, com impactos diretos sobre a previsibilidade dos serviços oferecidos aos beneficiários.

Os dados do estudo apontam que as causas da judicialização permanecem relativamente estáveis. Medicamentos lideram 35% das disputas, seguidos por tratamentos médico-hospitalares (30%), reajustes contratuais (20%), órteses, próteses e materiais especiais (10%) e home care (3%).

A concentração geográfica também é significativa, São Paulo responde por 38% das ações, seguido por Rio de Janeiro (15%), Minas Gerais (9%) e Rio Grande do Sul (8%).

Entre 2019 e 2023, a judicialização consumiu cerca de R$ 17,1 bilhões das operadoras. Em 2024, o setor movimentou R$ 350 bilhões em receitas, com lucro líquido de R$ 11,1 bilhões — números que, segundo o IESS, revelam robustez, mas também um ambiente pressionado por custos crescentes e imprevisibilidade regulatória.

Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o estudo deixa claro que o tema exige articulação institucional. “A judicialização não é apenas um fenômeno jurídico; é um indicador de que nossas estruturas de diálogo, regulação e mediação ainda não estão funcionando como deveriam. Quando o Judiciário vira porta de entrada do sistema, todos perdem”, afirma.

Além disso, o estudo mapeia iniciativas consideradas bem-sucedidas no esforço de desjudicialização. A Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mantém a taxa de resolução acima de 90%. 

Câmaras de mediação estaduais, como as do Rio de Janeiro e da Bahia, já evitaram mais de 80 mil processos desde que foram criadas. O e-NatJus soma mais de 272 mil notas técnicas e registrou alta de 40% nas consultas somente em 2024.

Projeções 

Para os próximos dez anos, o IESS projeta três possíveis trajetórias para a judicialização. No cenário pessimista, o volume de ações poderia chegar a 1,2 milhão por ano. No cenário considerado realista, haveria estabilização em torno de 400 mil processos anuais. 

Já o cenário otimista prevê redução para cerca de 170 mil ações, resultado de medidas como o fortalecimento da mediação pré-processual, a criação de um NAT específico para a saúde suplementar e avanços em transparência regulatória.

Segundo Cechin, o futuro dependerá da capacidade de o setor implementar reformas. “O Brasil já mostrou que sabe construir soluções inteligentes: NAT-JUS, Conitec e NIP são provas disso. Falta agora integrar essas iniciativas em um modelo coerente, previsível e sustentável. A janela de oportunidade existe, mas não ficará aberta para sempre”, diz.

A conclusão do estudo mostra que a judicialização só deixará de ser a rota dominante se houver coordenação institucional, modernização regulatória e ampliação dos mecanismos administrativos para resolver conflitos. “O acesso à saúde não pode depender da capacidade individual de litigar. Nosso desafio é construir um sistema que funcione para todos, sem precisar do Judiciário como mediador permanente”, resume Cechin.

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JORNAL OPÇÃO

TJGO e Ipasgo selam parceria para acelerar atendimento e reduzir ações na saúde

Durante o evento, a juíza Jussara Louza destacou que o termo representa um avanço significativo na forma como o Estado lida com as demandas de saúde dos servidores públicos e seus familiares

Em uma iniciativa que promete transformar a forma como conflitos na área da saúde são solucionados em Goiás, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e o Ipasgo Saúde oficializaram, na sexta-feira, 5, um Termo de Cooperação voltado à ampliação dos métodos consensuais de resolução de disputas. O acordo busca agilizar demandas relacionadas a serviços médicos e hospitalares, priorizando conciliação e mediação para reduzir a judicialização.

A cerimônia ocorreu no Salão Nobre da Presidência do TJGO e foi conduzida pela juíza auxiliar Jussara Cristina Oliveira Louza, representante do presidente do Tribunal, desembargador Leandro Crispim. Também participaram o presidente do Ipasgo, Bruno Magalhães D’Abadia, e o juiz coordenador do Cejusc Saúde, Eduardo Oliveira.

Durante o evento, a juíza Jussara Louza destacou que o termo representa um avanço significativo na forma como o Estado lida com as demandas de saúde dos servidores públicos e seus familiares. Segundo ela, a parceria reforça o compromisso das instituições com práticas modernas de gestão pública e com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A magistrada ressaltou que o acordo fortalece a cultura do diálogo e contribui para a redução de processos judiciais. “Nosso objetivo é garantir um atendimento que respeite a dignidade do cidadão, especialmente em momentos de vulnerabilidade. Esperamos que esta cooperação gere resultados concretos e fortaleça a cultura da paz e da eficiência no serviço público”, afirmou.

O presidente do Ipasgo, Bruno D’Abadia, celebrou a aproximação com o Judiciário e enfatizou que a medida trará benefícios diretos aos usuários do plano. Para ele, a cooperação permitirá respostas mais rápidas e soluções menos onerosas.

“O termo possibilita que o Ipasgo atue com maior eficiência, reduzindo prazos e custos. Além disso, contribui para que os recursos do Judiciário sejam utilizados de forma mais racional”, destacou.

O juiz Eduardo Oliveira, coordenador do Cejusc Saúde, ressaltou que a parceria inaugura um novo momento para o centro de conciliação. Ele lembrou que o TJGO tem buscado ampliar acordos com operadoras de saúde, e o Ipasgo tem se mostrado um parceiro constante nesse processo.

“Este termo é fruto de um esforço conjunto e está alinhado às diretrizes do CNJ. O Ipasgo tem demonstrado grande disposição em colaborar, sempre buscando soluções eficientes para as demandas judiciais relacionadas à saúde”, afirmou.

A solenidade contou ainda com a participação do secretário do Nupemec, Jackson Santos; da gestora do Cejusc Saúde, Stephanie Lopes; e dos representantes do Ipasgo José Rodolfo Alves da Silva Júnior (gerente jurídico), Caroline Nayhara Alves (chefe de gabinete) e Pedro José de Barros (secretário-executivo).

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MEDICINA S/A

Pesquisa mostra que ressonância pode predizer o risco de metástase

A ressonância magnética após a radioterapia pode predizer o risco de metástase em pacientes com câncer de reto antes mesmo do resultado da cirurgia. A descoberta é resultado de uma pesquisa conduzida no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INRADHCFMUSP), liderada pela médica radiologista Cinthia Ortega, coordenadora médica do Grupo de Imagem Gastrointestinal do instituto. O estudo foi publicado na revista European Radiology, publicação de alto fator de impacto e que é a principal publicação da Sociedade Europeia de Radiologia.

A pesquisa utilizou dados de pacientes com câncer de reto provenientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Os sujeitos tiveram tanto dados clínicos quanto imagens de ressonância analisados e relacionados a desfechos após longo tempo de seguimento, o que permitiu aos investigadores observar como características da ressonância podem antecipar o comportamento futuro da doença.

“A ressonância, além de mostrar o estadiamento (estágio atual) do tumor, mostrou-se capaz de prever se o paciente tem maior ou menor risco de desenvolver metástases no futuro. É uma informação que transforma o exame de imagem em um biomarcador prognóstico e pode mudar a forma como decidimos o tratamento”, explica Cinthia.

O achado representa um avanço importante rumo à oncologia de precisão, em que decisões terapêuticas são cada vez mais personalizadas. Saber antecipadamente o risco de metástase pode evitar tratamentos agressivos em pacientes de baixo risco e, ao mesmo tempo, indicar a intensificação da quimioterapia naqueles com maior probabilidade de recorrência.

“Os resultados não apenas demonstram o potencial da imagem como ferramenta de predição, mas também levantam novas hipóteses para futuros protocolos de pesquisa. É um passo importante rumo a uma medicina mais personalizada”, complementa a pesquisadora.

O estudo teve origem em um protocolo clínico multidisciplinar que contou com a colaboração das disciplinas de Oncologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Radioterapia e Radiologia, previamente apresentado no ESMO Congress 2020 (European Society for Medical Oncology) e reforça a posição do INRAD HCFMUSP como liderança em pesquisa.

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JORNAL O SUL

Rombo de plano de saúde ajuda a quebrar Correios

Prestes a registrar rombo de R$10 bilhões só em 2025 e na iminência de um colapso, a estatal Correios luta para manter o Postal Saúde, plano de saúde exclusivo para funcionários, aposentados e dependentes, que drena bilhões dos cofres públicos. Além dos cônjuges e filhos, o plano também beneficia pais dos funcionários e mais 203 mil aposentados. A cada três meses, R$700 milhões são tirados de quem paga impostos para cobrir o rombo do Postal, que aumentou 80% em relação a 2024.

Despesas explodem

O envelhecimento da clientela reduz a chance de recuperação do Postal Saúde: 25% dos 203 mil aposentados beneficiários têm mais de 59 anos.

Lipoaspiração

O custeio anual do Postal Saúde já chega a R$2 bilhões, segundo fontes dos Correios, consumindo 10% do faturamento da empresa.

Bomba-relógio

Sindicalistas do PT que dirigiram os Correios condenaram a empresa à morte, fechando acordos que ignoravam a sustentabilidade financeira.

Não pagou, parou

A situação é tão crítica o atraso nos repasses levou hospitais como Rede D'Or e Unimed a suspender atendimentos dos beneficiados do plano.

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Assessoria de Comunicação        

 

GALERIA

Fundada em 2003, a Ahpaceg eterniza uma parte de sua história com a instalação da galeria dos presidentes que estiveram à frente da Associação nesses 22 anos.

Instalada na sede da entidade, no Setor Sul, a galeria reúne, em ordem cronológica, os sete presidentes que conduziram a Ahpaceg até 2025, quando foi eleito o atual presidente, Renato Daher.

Com o lema “Nossa história tem passado, presente e futuro”, são apresentadas as fotos dos presidentes:

Dr. Quimarques Cassemiro Barros Santos (2003/2004)
Dr. Valney Luiz da Rocha (2004/2007)
Dr. Luiz Mauro de Paula e Souza (2007/2009)
Dr. Robério Ferro (2009/2010)
Dr. Carlos Frederico Tavares (2010/2011)
Dr. Haikal Yaspers Helou (2011/2013)
Dr. Gustavo Gabriel Rassi (2013/2014)
Dr. Haikal Yaspers Helou (2014/2025)

A instalação da galeria é também uma forma de homenagear quem contribuiu e ainda contribui para a construção da história da Ahpaceg.

Segunda, 08 Dezembro 2025 06:47

CLIPPING AHPACEG 08/12/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

'OAB da Medicina': entenda em 7 pontos o exame para médicos recém-formados aprovado em comissão do Senado

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2025/12/06/oab-da-medicina-entenda-em-7-pontos-o-exame-para-medicos-recem-formados-aprovado-em-comissao-do-senado.ghtml

A crise que está levando médicos a desistir da residência

https://www.dw.com/pt-br/a-crise-que-est%C3%A1-levando-jovens-m%C3%A9dicos-a-desistir-da-resid%C3%AAncia/a-75012368

Doenças raras em foco: momento histórico para a ciência brasileira

https://medicinasa.com.br/doencas-raras-em-foco/

Amil investe R$ 50 milhões em espaço exclusivo no Sírio-Libanês

https://medicinasa.com.br/amil-eespaco-sirio/

Abordagem personalizada melhora evolução clínica de pacientes com choque séptico

https://medicinasa.com.br/abordagem-personalizada-sepse/

Telessaúde otimiza fluxo de pacientes e encurta tempo de espera

https://medicinasa.com.br/telemedicina-fluxo-pacientes/

Imposições unilaterais podem inviabilizar segmento de OPME

https://www.saudebusiness.com/industria/imposicoes-unilaterais-podem-inviabilizar-segmento-de-opme/

PORTAL G1

'OAB da Medicina': entenda em 7 pontos o exame para médicos recém-formados aprovado em comissão do Senado

Exame deverá representar uma etapa adicional para a obtenção do registro profissional para os graduandos de Medicina. Quem não for aprovado na ProfiMed não poderá solicitar o CRM.

Nesta semana, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou o projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade de aprovação no Exame Nacional de Proficiência em Medicina (ProfiMed) para médicos recém-formados. O PL ainda precisa ser votado pelo Senado e pela Câmara de Deputados (entenda mais abaixo.)

Se aprovado, o exame vai representar uma etapa adicional para a obtenção do registro profissional para os graduandos de Medicina. A proposta está sendo chamada por muitos de "OAB da Medicina" por sua semelhança com a prova obrigatória para advogados.

Abaixo, entenda em 7 pontos o que propõe o PL e como a criação do ProfiMed mudará a formação médica no país.

1. O que é o ProfiMed?

O Exame Nacional de Proficiência em Medicina tem como objetivo verificar a qualidade da formação dos concluintes de graduação em Medicina e sua habilitação para a prática médica. A prova está prevista em um projeto de lei que tramita no Congresso. (Veja mais abaixo sobre a tramitação.)

A etapa será obrigatória para a obtenção do registro profissional nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Ou seja, mesmo após concluir a graduação, o médico só poderá exercer legalmente a profissão se for aprovado na prova.

2. Como deve funcionar o ProfiMed?

O PL prevê que o exame seja coordenado e elaborado pelo Ministério da Educação (MEC). A prova deve ser aplicada duas vezes por ano em todos os estados e no Distrito Federal.

O ProfiMed deverá avaliar competências profissionais e éticas, conhecimentos teóricos e habilidades clínicas, com base nos padrões mínimos exigidos para o exercício da profissão.

3. O que muda com o exame?

Atualmente, um médico recém-formado pode solicitar o CRM após a colação de grau e pode atuar profissionalmente a partir da emissão do documento.

Se aprovado, o ProfiMed vai adicionar uma etapa que antecede a emissão do documento, já que o profissional só terá direito ao registro profissional após ser aprovado no exame.

Já para profissionais que se formaram em instituições internacionais e precisam revalidar o diploma para atuar no Brasil, também será possível obter a revalidação do documento por meio do ProfiMed. A prova equivalerá às duas etapas do Revalida.

O que é o Revalida: o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira é a prova realizada por médicos formados fora do Brasil que querem exercer a profissão aqui no país. O exame tem duas etapas — a primeira é uma prova escrita (com questões objetivas e discursivas); e a segunda, prática, para testar as habilidades clínicas do médico — e é considerada difícil: na edição do 2º semestre de 2022, por exemplo, apenas 3,75% dos inscritos foram aprovados nas duas etapas e tiveram seus diplomas revalidados.

4. O que acontece com quem reprovar no exame?

O texto do PL prevê a criação da Inscrição de Egresso em Medicina (IEM), que permite ao recém-formado realizar atividades técnico-científicas enquanto não for aprovado no ProfiMed.

5. Quando o exame passará a ser aplicado?

O ProfiMed segue em discussão no Senado e, em seguida, na Câmara. Uma vez aprovado e sancionado, a iniciativa deve entrar em vigor em um ano.

6. O que diz o CFM

O Conselho Federal de Medicina diz que o exame é “fundamental para aprimorar a qualidade da formação médica no país.”

“A implementação do Exame Nacional de Proficiência representa um avanço estrutural para o país. Não se trata apenas de uma etapa avaliativa, mas de uma política pública que assegura que apenas profissionais realmente preparados recebam o registro para atuar. Isso protege a população e fortalece a fiscalização do exercício médico”, afirmou Alceu Pimentel, conselheiro federal suplente e coordenador-substituto da Comissão de Assuntos Políticos do CFM em reunião do grupo, em novembro.

Em abril, o CFM já havia defendido a criação do ProfiMed, argumentando que a avaliação do médico é fundamental para a segurança da população e, portanto, necessária para a concessão do registro profissional.

7. Tramitação do projeto

Na quarta-feira (3), o PL 2.294 de 2024, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado por 11 votos a 9. Ela ainda precisa passar por um turno suplementar de votação no colegiado antes de seguir para a Câmara dos Deputados.

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PORTAL DW

A crise que está levando médicos a desistir da residência

Longas jornadas, assédio moral, baixa remuneração são alguns dos problemas estruturais da especialização médica. Situação pode impactar atendimento à população no futuro.

“Uma vez cheguei a chorar, pois não via a luz do dia por duas semanas”. Esse é o relato de Silvia (que teve o nome alterado pela reportagem), de 29 anos, especialista em cirurgia geral, que concluiu a residência no primeiro semestre deste ano, em São Paulo.

Ela prefere manter o anonimato por medo de represálias, diante do aumento do número de casos de assédio moral e jornadas exaustivas sofridas pelos médicos residentes em todo o Brasil. “Já cheguei a trabalhar mais de 100 horas por semana. Incontáveis vezes somos humilhados em cirurgias ou até mesmo na frente dos pacientes”, diz a jovem. Diante da pressão exagerada, ela pensou em desistir diversas vezes ao longo dos três anos de especialização.

Ela não é a única a se queixar de um ambiente cada vez mais hostil na residência médica. Em 2022, residentes do primeiro ano em ortopedia e traumatologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pediram demissão coletiva. Em carta, eles afirmaram que as condições de trabalho e a carga horária semanal, além do número reduzido de residentes, “tornaram nosso trabalho humanamente impossível de ser realizado”.

Embora não seja obrigatório realizar residência para ser médico , ela é necessária para a formação como especialista. O treinamento ocorre em hospitais, combina prática assistencial e atividades teóricas, sempre sob supervisão, e varia de dois a cinco anos, dependendo da área.

Esse percurso, porém, tem esbarrado em problemas estruturais. Segundo Lucas Faidiga, presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), parte das vagas seguem ociosas enquanto a pressão aumenta sobre quem está nos programas. Hoje, apenas cerca de 70% das vagas disponíveis estão preenchidas, segundo ele.

Segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2025 (DMB), realizado pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e instituições parceiras, em dezembro de 2024, o Brasil tinha 353.287 médicos especialistas, cerca de 59% do total de profissionais registrados. Os outros 244.141, ou 41%, eram médicos formados, mas sem título de especialista.

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Formado há dois anos em medicina, Renato (nome alterado pela reportagem) preferiu não fazer residência por conta da pressão e pouca qualidade de vida que a especialização oferece ao residente. Ele afirma que a relação médico-paciente vem se deteriorando e os ambientes de trabalho estão se tornando cada vez mais difíceis.

Devido às queixas de muitos colegas que seguiam na residência, ele optou por não se especializar em uma área e preservar sua saúde mental. Ele acredita que não seja o único que a fazer essa ponderação. Segundo o médico, trata-se de um movimento geracional que vem ganhando força nos últimos anos, levando em consideração a necessidade de mudanças em antigas estruturas já tradicionais e consolidadas, mas que se encontram desatualizadas.

“Ainda existe uma percepção popular de que o médico deve seguir uma jornada de altruísmo e abdicação, com um certo fator místico, mas que, na sociedade de hoje, é uma percepção que não se sustenta”, complementa.

Salários baixos e denúncias desencorajadas

Embora haja inúmeros relatos de assédio e jornadas exaustivas em residências médicas, Nicole Dittrich, residente de Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que sua experiência tem sido diferente.

“A minha residência é bem respeitosa. Todos os chefes são muito respeitosos e a relação entre os colegas é muito boa. Nunca ouvi nenhum relato disso na minha residência. Já ouvi relatos de colegas de outras especialidades, mas eu não presenciei essas cenas”, conta.

Apesar disso, ela observa que a exposição e o desafio para mulheres continuam sendo maiores em qualquer carreira, inclusive na medicina. “As mulheres têm mais dificuldade de inserção, de terem suas opiniões com a mesma validação que um homem tem. Então, nesse sentido, acaba sendo mais desafiador para as mulheres”, afirma Dittrich, que também atua como representante dos residentes de Radiologia.

Ela também critica a remuneração e as condições de trabalho. “O valor da residência médica não é condizente com a carga horária que um médico está trabalhando. É um trabalho médico especializado, e o valor que se recebe é muito abaixo do valor de mercado de um médico generalista recém-formado. Isso prejudica até na própria residência, porque o tempo que deveria ser usado para se capacitar é usado para complementar a renda”, afirma.

Por que médicas mulheres ganham menos do que homens?

Silvia confirma que as diferenças de gênero aparecem com mais frequência em áreas com alta pressão, como cirurgia geral e ortopedia. “Na cirurgia geral ainda há bastante preconceito, inclusive de chefes que deixam os residentes homens fazerem cirurgia e as mulheres não, ou diferença de tratamento entre homens e mulheres”, diz.

Segundo a médica, essas especialidades mantêm hierarquias rígidas e perpetuam as mesmas ações ao longo de anos. Ela também afirma que situações de assédio moral não são levadas para setores responsáveis. “As denúncias são, sim, subnotificadas e desencorajadas por chefes. Se souberem que você denunciou, provavelmente sofrerá retaliação. Na maior parte das vezes, a denúncia não leva a nenhum desfecho”, diz. Em momentos de pressão ou desrespeito, ela conta que boa parte da equipe lida sozinha com o problema.

Saúde mental e futuro dos profissionais

Nesse contexto, Alcindo Cerci Neto, representante do Conselho Federal de Medicina na Comissão Nacional de Residência Médica, afirma que combater o assédio moral e psicológico deve ser prioridade. Para ele, o residente precisa ser reconhecido como profissional em formação, e não como mão de obra barata. Isso requer ambientes seguros de aprendizado, relações de respeito e clareza sobre as regras que regem a residência médica.

Cerci Neto também aponta limites no modelo brasileiro, centrado em carga horária e não em competências. Segundo ele, mesmo as 60 horas previstas em lei só são compatíveis com a preservação da saúde mental quando há descanso adequado, limites pós-plantão e acesso a apoio psicológico – algo ainda distante da realidade de muitos serviços.

Especialistas apontam que, antes de discutir evasão ou desinteresse dos recém-formados, o país precisa rever a lógica que sustenta a formação especializada e a atuação do médico em diferentes regiões.

Para Faidiga, a remuneração atual é um dos principais entraves. Ele lembra que o valor líquido recebido por grande parte dos residentes não passa de R$ 3,6 mil e pode ficar em R$ 3 mil dependendo do local da bolsa.

Para o presidente da ANMR, a má distribuição de especialistas é consequência direta da falta de infraestrutura, salários baixos em cidades pequenas e ausência de apoio estatal. Uma das soluções defendidas é a criação de um plano de carreira nacional, nos moldes do que já existe para outras profissões.

Cerci Neto reforça que o problema também está no desenho das políticas de formação. Ele aponta que o país forma mais médicos do que consegue absorver na residência, mas que muitas vagas seguem sem candidatos por falta de atratividade ou estrutura adequada. Especialidades consideradas estratégicas pelo SUS, como Medicina de Família e Comunidade ou Patologia, continuam com vagas ociosas mesmo após políticas de incentivo.

Um ponto crítico é a diferença entre a bolsa da residência e a remuneração de outras políticas públicas. “Enquanto um bolsista do Programa Mais Médicos recebe cerca de R$ 12 mil para uma jornada de 30 horas, o médico residente recebe pouco mais de R$ 4 mil, mesmo cumprindo o dobro da carga horária”, diz.

Impacto também nos pacientes

A pressão crescente dentro dos programas de residência tem reforçado um alerta que já vinha sendo discutido por entidades médicas e pesquisadores: o impacto direto do ambiente de formação na saúde mental dos futuros especialistas. Jornadas longas, hierarquias rígidas e dificuldade para relatar abusos formam um conjunto que deixa residentes mais vulneráveis ao adoecimento.

As consequências desse contexto aparecem de forma recorrente nas pesquisas e no cotidiano dos hospitais. O psiquiatra Marcel Fúlvio Padula Lamas, coordenador da Psiquiatria do Hospital Albert Sabin (HAS), afirma que o adoecimento dos residentes se concentra em três eixos: carga horária excessiva, cultura institucional hostil e falhas organizacionais.

A privação de sono e o desgaste físico, diz ele, diminuem a capacidade de enfrentar adversidades e, quando somados ao medo de retaliação, levam o residente ao isolamento. Esse conjunto aumenta o risco de burnout, depressão , ansiedade, ideação suicida e abandono da residência.

Lamas enfatiza que a solução passa por mudanças estruturais. Garantir descanso adequado, reduzir tarefas administrativas que não contribuem para a formação, qualificar preceptores e criar canais independentes de denúncia compõem, segundo ele, um conjunto mínimo de medidas. Programas de saúde mental acessíveis e sigilosos também são fundamentais, assim como o acompanhamento contínuo de indicadores, como taxas de desistência e prevalência de burnout.

Os efeitos dessa situação se estendem além da residência. “Ambientes hostis no início da carreira aumentam o risco de erros, reduzem empatia e comprometem a relação médico–paciente”, diz. Para o médico, falar sobre saúde mental na formação é discutir o futuro da assistência oferecida à população.

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MEDICINA S/A

Doenças raras em foco: momento histórico para a ciência brasileira

As doenças raras desafiam sistemas de saúde no mundo todo e, no Brasil, não é diferente. Ainda convivemos com barreiras importantes, como acesso difícil e desigual a especialistas, capacidade diagnóstica limitada e investigações que se arrastam por anos.

O impacto dessas doenças é expressivo. Embora cada enfermidade seja individualmente pouco frequente, calcula-se que existam entre 7 mil e 8 mil diferentes doenças raras, que juntas afetam até 13 milhões de brasileiros. A grande maioria tem origem genética.

Quando o diagnóstico atrasa – ou nunca chega – o que se prolonga é a incerteza. Famílias vivem anos peregrinando por consultas e exames sem obter uma resposta conclusiva, acumulando frustração, sofrimento e também custos silenciosos ao sistema de saúde, que precisa lidar com internações que poderiam ser evitadas e tratamentos, muitas vezes, desnecessários ou equivocados.

Diante desse cenário, iniciativas que estimulem a cooperação científica e ampliem a capacidade investigativa do país são essenciais. Um exemplo foi a realização, no final de outubro, da Conferência da Rede Internacional de Doenças Não Diagnosticadas (UDNI) no Rio de Janeiro – evento realizado, pela primeira vez, no hemisfério Sul e na América Latina. O movimento sinaliza que a comunidade global reconhece o potencial técnico e institucional da região.

E o Brasil mostrou que esse reconhecimento tem fundamento. A edição de 2025 foi a maior da história da UDNI, com 405 inscritos de 45 países, 55 palestrantes e moderadores, diversas sociedades médicas parceiras e debates que foram das fronteiras da genômica ao uso de inteligência artificial em casos complexos. A expressiva participação latino-americana reforça que o continente está pronto para avançar de forma mais coordenada.

Mas é fundamental reconhecer: um evento não resolve desafios estruturais. Ele pode inspirar, provocar, acelerar, mas só políticas contínuas consolidam mudanças reais. O país precisa ampliar o número de centros especializados e organizá-los em rede, formar mais profissionais treinados na área, integrar a genômica ao cuidado cotidiano e fortalecer a pesquisa clínica, que ainda opera aquém do seu potencial.

Nesse sentido, um movimento recente merece destaque especial. Um acordo firmado entre Ministério da SaúdeFiocruzGemma Therapeutics e Casa dos Raros prevê o desenvolvimento de terapias gênicas no Brasil, com custos mais acessíveis. O primeiro protocolo, voltado à atrofia muscular espinhal (AME), deverá começar ainda em 2025. É um passo concreto rumo às tecnologias que moldarão o futuro da medicina e um sinal de que o país pode, sim, ocupar posição de liderança neste tema.

O impacto desse conjunto de iniciativas – UDNI, novos acordos, fortalecimento da pesquisa – será medido em resultados tangíveis: diagnósticos mais rápidos, famílias com respostas, terapias avançadas acessíveis. Capacidade técnica não nos falta; vontade de avançar, tampouco. O que ainda precisamos é transformar esse potencial em ações coordenadas dentro de um plano consistente, aperfeiçoando e alavancando as políticas públicas na área.

Se conseguirmos sustentar o que profissionais, sociedades médicas e organizações civis vêm defendendo há décadas, o Brasil poderá, enfim, assumir o protagonismo que demonstrou ser capaz de exercer no campo das doenças raras. É exatamente isso que os milhões de brasileiros que convivem com essas condições esperam – e merecem.

*Roberto Giugliani é Diretor Executivo da Casa dos Raros, Head de Doenças Raras da Dasa Genômica, Professor Titular da UFRGS e Médico Geneticista do HCPA (Porto Alegre, RS).

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Amil investe R$ 50 milhões em espaço exclusivo no Sírio-Libanês

Amil inaugurou um espaço exclusivo no térreo do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, marcando o início de um investimento de R$ 50 milhões destinado a elevar a experiência do cliente da operadora na unidade.

“Ancoramos no Sírio-Libanês um espaço de alto padrão para atender nossos clientes. A partir daqui, pretendemos direcionar casos de altíssima complexidade. É apenas o início de uma parceria profícua em que se espera novos e maiores investimentos”, afirmou o presidente do conselho da Amil, José Seripieri Junior.

“É uma quebra de paradigma porque vai além de uma parceria entre operadora e hospital. É uma relação de negócios”, destacou Fábio Fossen, CEO do hospital.

O projeto prevê ainda para o primeiro trimestre de 2026 a entrega de um andar totalmente reformado e dedicado exclusivamente aos clientes Amil, com atendimento realizado pelo corpo clínico do próprio Sírio-Libanês.

A iniciativa reforça a estratégia da operadora em São Paulo, segunda maior praça da companhia, e consolida a parceria com um dos hospitais de maior referência em alta complexidade no país.

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Abordagem personalizada melhora evolução clínica de pacientes com choque séptico

Quando se está com infecção e pressão arterial muito baixa cada minuto conta. E cada decisão da equipe médica pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Esse é o cenário do choque séptico, a fase mais aguda da sepse, uma infecção generalizada que compromete órgãos vitais. A mortalidade nessa condição pode chegar a 40%, mesmo com tratamento rápido e adequado.

Para oferecer um atendimento mais efetivo, pesquisadores de 19 países, sob liderança de pesquisadores da Pontificia Universidad Católica de Chile (PUC-Chile), da Fundação Vale del Lili, na Colômbia, e do Hcor, desenvolveram e testaram um protocolo personalizado de ressuscitação de sinais vitais. O resultado do estudo, chamado ANDROMEDA-SHOCK-2, acaba de ser publicado no JAMA e apresentado no Congresso Anual da Sociedade Europeia de Medicina Intensiva (ESICM), reforçando a relevância científica da pesquisa.

Único hospital brasileiro a participar do estudo, o Hcor teve papel relevante no planejamento estatístico, sendo responsável pela gestão de dados dos pacientes envolvidos. “Estamos muito orgulhosos por apoiar a Pontificia Universidad Católica de Chile e a Fundação Vale del Lili na liderança deste estudo. Foi muito gratificante ter atuado em colaboração com tantos países dispostos a encontrar um melhor tratamento para uma questão tão séria como a sepse”, explica o Superintendente Médico, de Ensino e Pesquisa do Hcor, Alexandre Biasi.

No total, foram analisados 1.467 pacientes. “Em comparação ao tratamento padrão, seguir um protocolo personalizado de ressuscitação hemodinâmica trouxe benefícios significativos para os pacientes com choque séptico — principalmente por reduzir o tempo de uso de terapias invasivas, como ventilação mecânica, hemodiálise e medicamentos vasopressores”, destaca.

O protocolo personalizado avalia sinais simples à beira do leito, como o tempo de enchimento capilar (como o sangue volta a circular nas extremidades do corpo), pressão arterial, pulso, saturação de oxigênio e ultrassom básico, permitindo que o tratamento seja adaptado à resposta de cada paciente em tempo real. O objetivo é recuperar a perfusão dos órgãos nas primeiras seis horas de atendimento do choque séptico, justamente quando há maior chances de reverter as consequências negativas desta síndrome. Diferente do método tradicional, que segue etapas padronizadas para todos, essa abordagem individualiza cada decisão médica, aumentando a chance de recuperação.

Para o especialista, esses resultados demonstram que observar sinais simples e aplicar protocolos individualizados tornam o atendimento mais eficiente e sustentável. “Cada decisão é baseada na condição real do paciente, e isso faz toda a diferença”, reforça.

O estudo abre novas perspectivas para o cuidado crítico em todo o mundo, mostrando que mesmo sinais simples, quando avaliados de forma estruturada e personalizada, podem transformar o desfecho de pacientes com choque séptico, diminuindo complicações e acelerando a recuperação.

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Telessaúde otimiza fluxo de pacientes e encurta tempo de espera

A transformação digital na saúde segue ganhando força no Brasil e já demonstra impacto direto no desempenho dos hospitais e na experiência dos pacientes. No centro desse avanço está a telemedicina, que surgiu em larga escala no contexto emergencial da pandemia e se tornou uma ferramenta essencial para reduzir deslocamentos desnecessários, agilizar triagens, ampliar o acesso a especialistas e garantir a continuidade do cuidado de forma mais eficiente.

Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2024 foram realizados 2,5 milhões de atendimentos remotos, contra 1,5 milhão em 2023, representando um crescimento de 65% em apenas doze meses. A estrutura também se expandiu de maneira significativa: entre 2022 e 2024, o número de estados brasileiros com núcleos de telessaúde passou de 10 para 24, ampliando o alcance do serviço e permitindo que mais pessoas recebam suporte especializado, inclusive em áreas desassistidas.

Um estudo internacional publicado pelo periódico Healthcare (MDPI, 2025) analisou 57 artigos científicos produzidos entre 2020 e 2024 e confirmou que a telemedicina tem potencial real para reduzir desigualdades de acesso à saúde em áreas rurais, levar cuidados especializados a populações remotas e transformar como essas comunidades acessam serviços para a saúde.

Segundo Jeferson Sadocci, Diretor Corporativo de Mercado e Cliente da MV, esse potencial é notável pois a utilização de novas ferramentas, aliada com o histórico e o registro dos dados, mesmo à distância, tem se tornado fundamental para melhorar o acompanhamento contínuo e aproximar o paciente da instituição. “A telemedicina auxilia a reduzir erros e aumentar a eficiência operacional. Informações clínicas ficam mais organizadas, integradas e acessíveis e permitem às equipes oferecer um cuidado mais seguro e consistente para o paciente”.

Além dos meios de conversação, o monitoramento remoto de quem já foi atendido presencialmente também desponta como uma ferramenta de apoio e celeridade no cuidado com o paciente.

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SAUDE BUSINESS

Imposições unilaterais podem inviabilizar segmento de OPME

Gargalos inéditos, de retenção recorde de faturamento ao avanço de modelos de compra que pressionam a sobrevivência das empresas, segundo ABRAIDI.

O setor de saúde suplementar no Brasil, especificamente o segmento de Órteses, Próteses e Materiais Especiais – OPME – vive um momento de intensas transformações e pressões. O avanço de novos portais de compras, as dificuldades de operação e retenção de faturamento, e fenômenos recentes que vêm afetando principalmente as pequenas e médias empresas, têm criado um ambiente de incerteza e preocupação entre importadores e distribuidores de produtos para saúde que, em alguns casos, já estão na iminência de inviabilidade comercial.

As distorções no setor, que vem sendo registradas pela ABRAIDI em pesquisa há quase uma década chegaram a patamares jamais registrados. O montante de pagamentos pendentes ou não realizados pelos clientes, planos de saúde ou hospitais, chegou à marca de R$ 4,587 bilhões, no levantamento deste ano.

Desse total, R$ 2,2 bilhões, que imobilizou 17,63% do faturamento das empresas de produtos para saúde, estão relacionados à Retenção de Faturamento, que é o valor de OPME já utilizado na cirurgia, que por alguma falha ou impasse, não teve a autorização de faturamento aprovada pelo hospital ou pela operadora de plano de saúde.

As glosas injustificadas, aquelas cujo pagamento é paralisado ou não realizado sem motivo legítimo e transparentes,  chegaram à R$ 229,7 milhões e a inadimplência à R$ 2,069 bilhões. O valor global comprometeu 36% do faturamento das empresas.

Por outro lado, o surgimento de portais de compra, que chegaram para padronizar processos, rastrear transações, ofertar maior agilidade nas cotações e centralizar informações vem produzindo efeitos colaterais que não podem mais ser ignorados. 

Sob o pretexto de modernizar e otimizar as compras, a maioria desses portais tem imposto aos fornecedores custos adicionais expressivos, que não necessariamente se traduzem em valor proporcional. Os portais de compras de OPME operam, muitas vezes, em uma lógica de leilão reverso. Para ter o direito de participar das cotações, o fornecedor precisa pagar taxas de acesso e, em determinados modelos de negócio, taxas sobre o volume transacionado.

Trata-se de um verdadeiro pedágio com condição obrigatória para poder vender a clientes já cativos, sem perspectiva de ampliação do mercado ou da visibilidade do portfólio. 

Outro ponto de extrema gravidade é o avanço do chamado empacotamento de procedimentos e insumos, que vem se disseminando em diversas redes hospitalares e operadoras de planos de saúde. Sob o argumento de otimizar custos, esse modelo tem promovido reduções unilaterais de valores, agrupando diferentes procedimentos e materiais em pacotes de remuneração única e reduzida.

A prática, além de carecer de respaldo técnico e jurídico, distorce a composição de custos e compromete a qualidade assistencial, uma vez que induz à utilização de materiais de menor desempenho e à limitação de tratamentos.

Trata-se de uma forma disfarçada de contenção de despesas que, na prática, compromete a liberdade técnica dos profissionais, o equilíbrio contratual e a segurança dos pacientes, além de desrespeitar normas de referência, como as da CBHPM, e princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor.

Esses desafios, no entanto, não são isolados. Eles refletem um cenário mais amplo de mudanças estruturais na relação entre fabricantes, distribuidores, prestadores e operadoras. Contexto que exige, mais do que nunca, coesão institucional, diálogo permanente e atuação técnica responsável porque muitas empresas já vivem um completo desequilíbrio econômico-financeiro.

Temos consciência da dimensão desses impactos e da ansiedade legítima de nossos associados diante de práticas de mercado que já comprometem a sustentabilidade das empresas e a qualidade do atendimento ao paciente. Por isso, reforçamos nosso compromisso histórico com a representatividade efetiva, a defesa jurídica e regulatória, e a busca de soluções equilibradas, que conciliem os interesses do setor com as boas práticas éticas e de governança.

Entendemos que, diante de um ambiente tão complexo, a resposta mais eficiente não está na fragmentação, mas sim no fortalecimento das instituições existentes e na construção coletiva de propostas que representem, de fato, a diversidade e a força de união do setor de OPME, que tem travado uma queda de braço com gigantes de enorme poder político e financeiro. Eles dão as cartas na saúde suplementar do país e deixam na vulnerabilidade as empresas de produtos para a saúde e na última ponta o consumidor.

Seguimos tentando ampliar o diálogo com órgãos reguladores, com o Legislativo e com a sociedade civil, reafirmando a importância de um setor de saúde suplementar ético, transparente e sustentável. Nosso compromisso é continuar sendo uma voz técnica, ponderada e firme na defesa de um mercado mais justo e equilibrado para todos.

*Sérgio Rocha é presidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI).

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Assessoria de Comunicação        

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