Postado em: 06/10/2025

CLIPPING AHPACEG 04 A 06/10/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-10/brasil-tem-209-casos-suspeitos-de-intoxicacao-por-metanol

Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/goias-recebe-alcool-etilico-injetavel-como-antidoto-para-intoxicacao-por-metanol-752902/

Saiba qual é o maior hospital do Brasil

https://www.jornalopcao.com.br/brasil/maior-hospital-do-brasil-funciona-como-metropole-com-mais-de-2-mil-leitos-e-20-mil-funcionarios-752906/

Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama

https://www.aredacao.com.br/noticias/241476/startup-goiana-desenvolve-tecnologia-com-ia-para-cirurgias-de-cancer-de-mama

Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024

https://medicinasa.com.br/ataque-saude-prejuizos/

Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde

https://www.saudebusiness.com/eventos-3/healthcare-innovation-show/entenda-as-novas-regras-do-stf-para-judicializacao-da-saude/

AGÊNCIA BRASIL

Brasil tem 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol

O Brasil tem 209 casos em investigação de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste domingo (5).

Em todo o país, são 16 casos confirmados - 14 em São Paulo e 2 no Paraná.  As informações são enviadas pelos estados e consolidadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS). 

O estado de São Paulo responde pela maioria das notificações, com 14 casos confirmados e 178 em investigação.

Ao todo, 13 estados tem casos notificados - Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os estados da Bahia e do Espírito Santo tiveram os casos registrados descartados. Já o Ceará notificou o primeiro caso suspeito.  

Até o momento, o país tem 15 registros de óbitos, com duas mortes confirmadas no estado de São Paulo. As demais mortes (13) estão em investigação.

7, em São Paulo,

3, em Pernambuco,

1, no Mato Grosso do Sul,

1, em Paraíba,

1, no Ceará.

 As informações consideram os registros enviados pelos estados até as 16h deste domingo (5) e estão sujeitas a atualizações locais.

Antídoto

O Ministério da Saúde informou também que iniciou a distribuição de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de intoxicações por metanol, aos estados que formalizaram pedido de reforço de estoque.

Nesta primeira remessa, foram enviadas 580 ampolas a cinco estados:

240 para Pernambuco,

100 para o Paraná,

90 para a Bahia,

90 para o Distrito Federal,

60 para Mato Grosso do Sul.

As unidades distribuídas fazem parte das 4,3 mil ampolas entregues aos estoques dos Sistema Único de Saúde (SUS) pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Emergência 

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, busque imediatamente os serviços de emergência médica e contate pelo menos uma das instituições a seguir:

Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;

CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui); 

Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.

A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

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JORNAL OPÇÃO

Goiás recebe álcool etílico injetável como antídoto para intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso

Diante dos recentes casos de intoxicação por metanol registrados em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) informou que o Ministério da Saúde publicou, neste domingo, 5, a Nota Informativa nº 27/2025-CGAFME/DAF/SECTICS/MS. O documento estabelece o fluxo de distribuição do álcool etílico 99,5% (solução injetável em ampola), utilizado como antídoto em casos de envenenamento pelo composto químico.

Conforme a SES, o envio do medicamento será feito apenas mediante demanda específica — ou seja, após a notificação de um caso suspeito ou confirmado de intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde não fará distribuição prévia de estoques aos estados, mas garantirá o fornecimento prioritário e emergencial diretamente à unidade de saúde que registrar o caso, de acordo com a disponibilidade do produto.

A SES-GO informou ainda que, de forma emergencial, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (CIATox-GO) retirou 27 ampolas de álcool etílico absoluto estéril disponíveis no Hospital das Clínicas da UFG, na tarde de sexta-feira (3/10), para atender imediatamente pacientes internados em Formosa e Uruaçu.

A pasta já havia comunicou o registro de três casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado, envolvendo duas mulheres e um homem. Segundo a SES, dois dos pacientes apresentam quadro grave, estão internados em UTI e necessitam de hemodiálise.

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Saiba qual é o maior hospital do Brasil

Complexo hospitalar do HC-FMUSP abriga institutos especializados, como InCor e ICESP

Com mais de 20 mil profissionais e uma estrutura que abriga até 2.500 leitos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), em São Paulo, é o maior e mais complexo centro hospitalar do Brasil, e um dos maiores da América Latina. Funcionando como uma verdadeira cidade dentro da capital paulista, o HC se destaca não apenas pelo tamanho, mas também pela excelência em ensino, pesquisa e atendimento à população.

Idealizado em 1915, o hospital nasceu da necessidade de oferecer à recém-criada Faculdade de Medicina da USP um hospital-escola moderno e de referência. O projeto começou a ganhar forma com o apoio da Fundação Rockefeller, responsável por financiar parte da estrutura e dos equipamentos.

As obras tiveram início em 1938, e, apenas seis anos depois, em 1944, o Hospital das Clínicas foi inaugurado oficialmente, marcando o início de uma nova era para a saúde pública e a formação médica no país.

Diferente de um hospital convencional, o HC não se limita a um único prédio. Trata-se de um complexo de institutos especializados, interligados por corredores, passagens e áreas de apoio, que funcionam de forma integrada.

Entre as unidades de maior destaque estão o Instituto do Coração (InCor), o Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP) e o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT), cada um com equipes, laboratórios e infraestrutura próprios. 

Atualmente, o Hospital das Clínicas mobiliza diariamente entre 2.200 e 2.500 leitos, além de realizar milhões de atendimentos por ano. Suas atividades abrangem desde consultas ambulatoriais e cirurgias até casos de emergência e tratamentos de alta especialidade.

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A REDAÇÃO

Startup goiana desenvolve tecnologia com IA para cirurgias de câncer de mama

Iniciativa tem apoio do Governo de Goiás 

Batizado de OBNext, o equipamento portátil desenvolvido pela healthtech goiana GONexter une inteligência artificial e fluorescência por imagem para revolucionar as cirurgias de câncer de mama — e, futuramente, de outros tipos de neoplasias. O Governo de Goiás tem apoiado a iniciativa por meio do Programa Centelha, executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). O dispositivo permite analisar margens cirúrgicas em tempo real, no próprio centro cirúrgico, garantindo maior precisão, rapidez e confiabilidade ao procedimento.
“O fármaco é um marcador tumoral fluorescente. Com o OBNext conseguimos gerar um gêmeo digital da peça retirada e colorir, em verde, a parte livre de doença e, em vermelho, as áreas comprometidas, indicando ao cirurgião onde deve ampliar a ressecção”, explica o médico nuclear Antônio César Pereira, um dos fundadores da startup. Ele lembra que, hoje, mais de 90% dos hospitais dependem de laboratórios externos para esse tipo de análise, o que retarda o processo e aumenta os custos.

Origem em Goiás

Criada em Anápolis, a GONexter nasceu da união de expertises complementares: Antônio César Pereira, médico com experiência em cirurgias radioguiadas; Kleber Mundim, físico matemático especialista em IA; e Sérgio Hirase, executivo de TI e plataformas em nuvem. A proposta conquistou apoio no Programa Centelha 2, executado pela Fapeg.

“A empresa só existe graças ao Centelha. O apoio inicial com capacitações, networking e fomento foi fundamental para transformar um sonho em realidade. O programa cumpre o que promete: impulsiona a inovação e prepara Goiás para um futuro cada vez mais tecnológico”, afirma Antônio César Pereira.

Impacto

A tecnologia busca eliminar a dependência de análises externas feitas por patologistas — em muitos casos, com logística precária e envio de amostras por motoboys. Além de reduzir tempo e custos, a solução deve ampliar o acesso a cirurgias oncológicas de alta precisão em cidades de pequeno e médio porte.

Expectativa

O OBNext está em fase de validações clínicas e aguarda aprovação da Anvisa. A expectativa é disponibilizar o equipamento em breve para hospitais, operadoras de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil e no exterior. A startup já acumula parcerias com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), com apoio da Embrapii/Sebrae, além de colaboração com a goiana Ziontech para produção e comercialização. Outro avanço é o trabalho conjunto com a Universidade Estadual de Goiás (UEG) no desenvolvimento de novos fármacos marcadores tumorais com inteligência artificial.

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MEDICINA S/A

Ataques contra o setor de saúde resultaram em perdas acima de US$ 200.000 em 2024

Netwrix, provedora de cybersecurity representada no Brasil pela Aiqon, divulgou novas descobertas de seu Relatório de Tendências de Segurança Cibernética para 2025. Esta análise revela que o setor de saúde está sofrendo com o aumento das perdas causadas por ataques cibernéticos. O relatório constatou que quase metade (48%) das organizações de saúde sofreram pelo menos um incidente de cybersecurity no último ano. Os resultados sobre saúde são baseados em uma pesquisa global da Netwrix com 2.150 profissionais de TI e segurança de 121 países, incluindo o Brasil.

Em muitos casos, o custo foi severo: a proporção de entrevistados do setor de saúde que relataram perdas acima de US$ 200.000 (cerca de 1 milhão de reais) quase quadruplicou em relação ao ano anterior, passando de 5% em 2024 para 19% na pesquisa de 2025. As perdas acima de US$ 500.000 (mais de 2,5 milhões de reais) também aumentaram, passando de 2% das perdas relatadas no ano passado para 12% neste ano. Em comparação com o estudo da Netwrix sobre todas as verticais de negócios, nos outros setores apenas 13% relataram perdas acima de US$ 200.000 e 6% acima de US$ 500.000.

“O setor de saúde está sendo mais afetado do que outros setores porque os invasores sabem que os registros dos pacientes têm alto valor e as operações não podem sofrer interrupções. Esses ataques geralmente começam com credenciais comprometidas. É por isso que a identidade deve ser a primeira linha de defesa para os dados dos pacientes”, observa Grady Summers, diretor executivo da Netwrix.

Phishing, ransomware e comprometimento de contas de usuário foram os tipos de ataque mais comuns relatados — frequentemente esses ataques começam com credenciais roubadas. Quase um terço dos entrevistados (31%) disse que suas organizações tiveram incidentes envolvendo contas de usuário ou administrador comprometidas.

A pesquisa de 2025 investigou o impacto da IA sobre o setor de saúde pela primeira vez. Mais de um terço dos profissionais de TI e segurança (37%) disseram que as ameaças impulsionadas por IA já os forçaram a fortalecer as defesas, mostrando a rapidez com que os adversários estão adotando a IA para potencializar o phishing e o comprometimento de contas privilegiadas. Mesmo com um maior investimento em defesas, as descobertas do estudo sugerem que os invasores — especialmente aqueles que usam IA — estão evoluindo mais rápido do que muitos defensores conseguem se adaptar.

“Os invasores estão se movendo mais rápido do que os defensores, e a IA está ampliando essa distância. Fechar essa lacuna requer resiliência baseada em uma abordagem que prioriza a identidade e protege tanto as contas quanto os dados confidenciais aos quais elas têm acesso”, recomenda Jeff Warren, diretor de produtos da Netwrix.

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SAÚDE BUSINESS

Entenda as novas regras do STF para judicialização da saúde

No HIS 2025, especialista explica como os novos critérios do STF impactam a cobertura de saúde suplementar fora do rol da ANS.

judicialização da saúde no Brasil está ganhando novos contornos com decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelecem critérios mais rigorosos para o fornecimento de medicamentos e tecnologias não incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A análise foi apresentada por Renata Rothbarth, sócia da Machado Meyer Advogados, no palco Saúde Privada durante o HIS – Healthcare Innovation Show 2025

Segundo Rothbarth, os julgamentos ocorridos em setembro de 2024 e setembro de 2025 representam uma mudança de paradigma. “A judicialização do que não está incorporado no SUS só pode ser fornecida em caráter excepcional, não é a regra e sim a exceção”, afirmou. Essa nova diretriz rompe com a interpretação ampla do direito à saúde que prevalecia até então. 

Seis requisitos para acesso judicial a medicamentos 

O chamado Tema 6, relatado pelo ministro Luiz Roberto Barroso, estabelece seis requisitos cumulativos que devem ser comprovados pelo autor da ação para obter judicialmente um medicamento não incorporado ao SUS. Entre eles estão:  

Negativa administrativa de acesso; 

Ilegalidade ou omissão da Conitec; 

Ausência de substituição terapêutica; 

Comprovação de eficácia com evidência científica de alto nível; 

Imprescindibilidade clínica; 

Incapacidade financeira do paciente. 

Rothbarth alerta para os impactos dessa nova exigência: “Pode ser que a gente deixe de conceder medicamentos que cumprem todos os cinco requisitos, mas não cumprem o sexto por razões que fogem ao controle do paciente, da agência, da própria indústria ou qualquer outra entidade”. 

Taxatividade mitigada no rol da ANS 

Já o julgamento da ADI 7265, ocorrido em setembro de 2025, trouxe à tona a discussão sobre a natureza do rol da ANS. O STF definiu que o rol tem caráter de “taxatividade mitigada”, ou seja, tecnologias não listadas podem ser cobertas desde que cumpram cinco requisitos específicos. A decisão impacta diretamente as operadoras de planos de saúde, que agora devem considerar esses critérios antes de negar cobertura. 

Os cinco requisitos definidos pela ADI 7265 são: 

Existência de prescrição médica ou odontológica; 

Inexistência de negativa da ANS ou pendência de avaliação de incorporação; 

Ausência de alternativa terapêutica disponível no rol da ANS; 

Comprovação de eficácia, qualidade e segurança com evidência científica de alto nível; 

Existência de registro na Anvisa, quando aplicável. 

“Os cinco requisitos são limitadores no sentido de que passamos a criar um padrão do que precisa ser analisado tanto pelas operadoras quanto pelos juízes”, explicou Rothbarth. Ela também destacou que, diferentemente do tema 6, a ADI 7265 permite a inversão do ônus da prova, cabendo às operadoras justificar a negativa de cobertura. 

Dados revelam complexidade do cenário 

O mapeamento realizado pelo escritório mostra que, após a aplicação dos novos critérios, houve uma taxa de interrupção de tratamentos já concedidos entre 18% e 20%. Além disso, cerca de 70% dos medicamentos judicializados custam menos de mil reais, e 45% dos processos envolvem tecnologias já incorporadas ao SUS. 

“Será que o problema da judicialização é efetivamente o que está fora do rol ou será que o que a gente incorporou no rol não está sendo comprado, não está sendo disponibilizado?”, questiona Rothbarth, apontando para falhas operacionais que obrigam o paciente a recorrer à Justiça para obter acesso ao que já deveria estar disponível. 

Futuro incerto e necessidade de dados 

Apesar dos avanços, Rothbarth acredita que os novos critérios não resolverão o problema da judicialização. “A gente ainda vai ter um alto grau de subjetividade em relação a determinados critérios”, afirmou. Ela defende que o debate seja pautado por dados concretos e não por estigmas. “Não é sobre o paciente que pede um Uno e quer levar uma Ferrari. É sobre entender se todos estão cumprindo seu papel e onde estão os pain points do sistema.” 

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Assessoria de Comunicação