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Curso do Educa Ahpaceg aborda como evitar glosas
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Como evitar as glosas foi um dos temas já abordados pela professora doutora Danielle Perdigão no curso “Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde: DRG, Governança Clínica e o Papel das Informações em Saúde”, que acontece hoje na Ahpaceg.
O primeiro curso do Educa Ahpaceg conta com a participação de auditores do Ipasgo, Unimed Goiânia, Hospital Araújo Jorge, Hospital Santa Rosa e Instituto de Saúde Assistida.
Utilizando a metodologia ativa, que inclui exposição teórica e atividades práticas, Danielle já abordou também temas, como governança clínica, informações em saúde, cuidados em saúde baseados em valor e modelos remuneratórios baseados em valor.
Acompanhado pela coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, o curso começou às 8 horas e segue até as 18 horas, na sede da Associação.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Uso inadequado de antibióticos: um desafio global
J&J e Hapvida colaboram para lançar estudo sobre a jornada do paciente
Vice-presidente da EMS defende inovação como caminho para ampliar o acesso a medicamentos
O GLOBO
Uso inadequado de antibióticos: um desafio global
Abuso de medicamentos em serviços de saúde e na produção de alimentos traz risco de resistência
A resistência antimicrobiana é um grande desafio de saúde pública no século XXI. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela está diretamente ligada a cerca de 1,27 milhão de mortes anuais, com quase 5 milhões de mortes atribuíveis indiretamente a suas complicações. Se não for adequadamente combatida, poderá causar danos irreversíveis, comprometendo os avanços modernos no tratamento de doenças infecciosas e transformando infecções comuns em ameaças letais.
O uso excessivo e inadequado de antibióticos, tanto na medicina humana quanto na agropecuária, é um dos principais fatores que impulsionam essa resistência. O consumo de antibióticos em animais de produção, por exemplo, já corresponde a 73% de todos os antimicrobianos utilizados globalmente. Esse uso indiscriminado cria um ambiente propício para o surgimento e disseminação de bactérias resistentes, não apenas entre os animais, mas também nos seres humanos.
Os efeitos da resistência vão além da saúde pública. Se continuar crescendo sem controle, países de baixa e média renda sofrerão perdas econômicas significativas. Estima-se que, até 2050, essas nações poderão perder mais de 5% de seu produto interno bruto (PIB), um total de US$ 100 trilhões, devido ao aumento dos custos de internação, tratamentos prolongados e a incapacidade de trabalho.
Tecnologias e práticas inovadoras estão sendo desenvolvidas para mitigar esse problema. Uma delas é o uso da inteligência artificial (IA) para prever a suscetibilidade antimicrobiana de bactérias e otimizar o uso de antibióticos. Sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados, permitindo que médicos escolham tratamentos mais eficazes e personalizados, reduzindo o uso de medicamentos de amplo espectro que contribuem para a resistência. Outra área de grande inovação é o desenvolvimento de terapias alternativas aos antibióticos tradicionais, como as que usam fagos. Esses vírus, que infectam e destroem bactérias, têm se mostrado promissores no combate a infecções resistentes, particularmente aquelas que formam biofilmes e são de difícil tratamento com antibióticos convencionais.
Além disso, o desenvolvimento de novos antibióticos e modificações em classes existentes, como as carbapenêmicos, oferece esperanças. Desde 2010, mais de 29 novos antibióticos receberam aprovação, embora muitos sejam variações de classes já existentes, e a resistência cruzada permaneça uma ameaça constante. A busca por compostos com mecanismos de ação inéditos é urgente.
O papel da educação pública e da prevenção não pode ser subestimado. Programas que promovem o uso racional de antibióticos e que enfatizam a importância de práticas básicas de higiene, como a lavagem das mãos e a vacinação, podem prevenir a propagação de infecções e, consequentemente, reduzir a necessidade do uso de antibióticos. A OMS estima que a melhoria do acesso a água potável e saneamento adequado pode prevenir mais de 337 mil mortes anuais associadas a esse problema.
A falta de regulamentação adequada no uso de antibióticos em comunidades e hospitais, bem como a prática generalizada de prescrição sem receita médica em muitos países, continua sendo um grande obstáculo. Também deve ser ressaltado que todo hospital deve ter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, ação regulamentada pela Anvisa, que estabelece normas para a prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
A resistência antimicrobiana representa um dos maiores desafios à saúde global e à sustentabilidade dos sistemas de saúde. A urgência em desenvolver novos tratamentos, implementar estratégias eficazes de prevenção e promover a conscientização pública sobre o uso racional de antibióticos é evidente. Sem uma ação coordenada e inovadora, enfrentaremos um futuro em que infecções tratáveis poderão novamente se tornar fatais.
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MEDICINA S/A
J&J e Hapvida colaboram para lançar estudo sobre a jornada do paciente
A Johnson & Johnson MedTech Brasil está colaborando com o Instituto de Pesquisa e Educação (IPE) da Hapvida NotreDame Intermédica para lançar um estudo sobre a jornada de diagnóstico e tratamento de pacientes com endometriose e câncer de pulmão no Brasil. A pesquisa será realizada por meio de ciência de dados aplicada à pesquisa do banco de pacientes da maior empresa de saúde da América Latina, com quase nove milhões de beneficiários.
O objetivo é avaliar os processos atuais e a condução do cuidado para as duas condições de saúde, considerando sintomas iniciais, diagnóstico, tratamento e acompanhamento em longo prazo. Os primeiros resultados da análise retrospectiva são esperados para o último trimestre deste ano.
No âmbito da endometriose, a J&J MedTech Brasil objetiva aprimorar a linha de cuidado desenvolvida pela Hapvida NotreDame Intermédica, voltada ao acompanhamento de pacientes durante toda a jornada de tratamento, permitindo a assistência da equipe multidisciplinar no momento certo e a redução de complicações pós-cirúrgicas. Já no contexto do câncer de pulmão, o intuito é construir um modelo preditivo, apoiado em ciência de dados, para identificar fatores de risco e garantir diagnósticos precoces utilizando a expertise do IPE.
Ao analisar grandes volumes de informação, a ciência de dados permite a identificação de padrões que podem não ser aparentes em métodos tradicionais. A tecnologia possibilita a detecção de achados de forma oportuna, permite intervenções mais eficazes nas fases iniciais das doenças e viabiliza o desenvolvimento de ações preventivas, novos medicamentos e abordagens cirúrgicas.
Endometriose
A iniciativa busca traçar um panorama do cenário de cuidado da endometriose, condição que afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, causando dor pélvica crônica, infertilidade, entre outros problemas de saúde. O estudo pretende contribuir para a produção de informação sobre a doença – que ainda enfrenta barreiras em relação ao diagnóstico – e demanda um cuidado individualizado e personalizado de acordo com as especificidades de cada paciente.
O avanço na análise dos dados a partir do estudo conjunto objetiva padronizar o atendimento, reduzir o tempo para diagnóstico, ampliar o acesso a tratamentos eficazes e inovadores, com menos efeitos colaterais, além de promover uma melhora na qualidade de vida.
Câncer de Pulmão
Líder em mortalidade por câncer no mundo, o câncer de pulmão é uma condição com alto número de casos diagnosticados em estágios avançados da doença. Diante desse desafio, o estudo terá como foco a identificação de fatores de risco e características associadas ao diagnóstico precoce.
A partir dos dados gerados, o estudo pretende viabilizar um modelo preditivo, com auxílio de tecnologia de ponta, que possa auxiliar na detecção precoce do câncer de pulmão. A iniciativa tem potencial para revolucionar o diagnóstico da doença, o que permitirá intervenções mais oportunas e eficazes.
Linhas de Cuidado
A linha de cuidado consiste em um processo que organiza o fluxo de tratamento dos pacientes, para que eles passem pelas etapas necessárias e recebam o cuidado pertinente para suas necessidades em cada fase da doença, com o objetivo de oferecer mais segurança e melhores resultados clínicos.
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SAÚDE BUSINESS
Vice-presidente da EMS defende inovação como caminho para ampliar o acesso a medicamentos
Durante o fórum do Brazil Journal, Marcus Sanchez destacou a importância da inovação e da modernização regulatória para facilitar o acesso da população a novos medicamentos e promover a sustentabilidade do setor farmacêutico.
Durante o fórum “Saúde não tem preço, mas tem custo”, promovido pelo Brazil Journal em São Paulo, Marcus Sanchez, vice-presidente da farmacêutica EMS, trouxe à tona a importância de discutir como criar um ambiente de segurança jurídica e modernização regulatória para fomentar a inovação no Brasil. Sanchez destacou que o país precisa evoluir em pontos-chave para viabilizar a inovação e defendeu o equilíbrio entre economia e saúde, sugerindo que agilidade e avanço tecnológico são fundamentais para a sustentabilidade do setor.
“Talvez o único legado positivo da pandemia tenha sido nos mostrar que decisões urgentes podem ser discutidas com rapidez. No setor de saúde, vimos como é possível formar forças-tarefa para destravar questões como a inovação, a aprovação de registros ou a entrada de novos produtos, ampliando a concorrência. Estamos em um momento crucial”, afirmou.
O evento, realizado na última quarta-feira (26), reuniu empresários e especialistas jurídicos e regulatórios, abordando quatro grandes temas: “Regulação do Setor e Acessibilidade”, “Consolidação e Modelos de Negócios”, “Incorporação de Novos Medicamentos e Tecnologias” e “Inteligência Artificial e Gestão em Saúde”.
Avanços regulatórios e o papel da Anvisa
No painel sobre "Incorporação de Novos Medicamentos e Tecnologias", Sanchez debateu com Daniel Pereira, diretor da Anvisa; Alexandre Fioranelli, diretor da ANS; Cássio Ides Alvez, diretor médico da Abramge; e Daiane Nogueira de Lira, conselheira do CNJ. O vice-presidente da EMS aproveitou para pedir à Anvisa mais agilidade na análise de registros e regulamentação de produtos inovadores. Ele sugeriu a realocação de recursos humanos dentro da agência para acelerar processos e defendeu uma avaliação mais criteriosa das empresas com base no histórico de mercado e risco envolvido.
Sanchez também alertou para a urgência de atualizar a legislação sobre inovação. “A legislação precisa evoluir rapidamente, especialmente para facilitar a entrada de inovações radicais no país. Ela está desatualizada em relação às necessidades do mercado presente e futuro”, afirmou. Ele ressaltou ainda que os custos com inovação na indústria farmacêutica tendem a aumentar significativamente, tornando a questão uma das principais agendas do Brasil.
Compartilhamento de riscos e sustentabilidade do setor
Outro ponto abordado por Sanchez foi a necessidade de dividir os riscos no setor de inovação, que será cada vez mais vital para a indústria farmacêutica. “A inovação traz terapias de ponta para os pacientes, mas precisa ser comprovada cientificamente. Compartilhar o risco é uma agenda que também precisa avançar”, reforçou.
Daniel Pereira, diretor da Anvisa, defendeu a reputação da agência como uma das autoridades regulatórias mais respeitadas do mundo, ressaltando que isso é um ativo importante para o Brasil. Pereira também comparou a eficiência do sistema de saúde brasileiro com o dos Estados Unidos, destacando que, embora o país norte-americano destine 20% do PIB à saúde, enquanto o Brasil destina 10%, a diferença na expectativa de vida entre os dois países é de apenas um ano. “Com muito menos, fazemos mais”, concluiu.
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Assessoria de Comunicação
05|10 - Curso “Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde. Inscreva-se!
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Abrindo a programação da nova fase de sua área de educação continuada, a Ahpaceg vai promover neste sábado, 5, o curso Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde: DRG, Governança Clínica e o Papel das Informações em Saúde.
Aberto a enfermeiros, auditores e demais profissionais da área hospitalar (curso superior) de instituição associadas e não associadas, o curso será ministrado pela enfermeira professora doutora Danielle Perdigão.
Confira a programação e inscreva-se: (62) 3088 5800.
Investimento: R$ 400,00
15% de desconto para associados
Parcelamento em 2 vezes
Pode ser pago no dia do curso
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participam de evento sobre nutrieconomia
Escrito por Administrador
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participaram ontem, 2, de um encontro que abordou o tema “Nutrieconomia na prática: estudo de mundo real de custo-efetividade da terapia nutricional”.
Promovido pela Ahpaceg, com o apoio da Danone e da Ello Distribuidora, o evento levou informações e proporcionou ao público uma reflexão sobre a aplicação de três pilares no dia a dia das instituições de saúde: nutrição, rentabilidade e saúde!
“Queremos ser um aliado dos hospitais nesta jornada da área nutricional”, diz Christine Alves, da Danone. Também participaram do evento, a coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, gestores da Danone e o diretor da Ello Distribuidora, Willian Perillo.
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participam de evento sobre nutrieconomia
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Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participaram ontem, 2, de um encontro que abordou o tema “Nutrieconomia na prática: estudo de mundo real de custo-efetividade da terapia nutricional”.
Promovido pela Ahpaceg, com o apoio da Danone e da Ello Distribuidora, o evento levou informações e proporcionou ao público uma reflexão sobre a aplicação de três pilares no dia a dia das instituições de saúde: nutrição, rentabilidade e saúde!
“Queremos ser um aliado dos hospitais nesta jornada da área nutricional”, diz Christine Alves, da Danone. Também participaram do evento, a coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, gestores da Danone e o diretor da Ello Distribuidora, Willian Perillo.
Ahpaceg, Ello Distribuidora e Danone debatem a oferta de novos serviços aos associados
Escrito por Administrador
Também na quarta-feira, 2, representantes da Ahpaceg, Ello Distribuidora e Head do Canal Hospitalar Nacional da Danone reuniram-se para o alinhamento de novos serviços voltados para os associados da Ahpaceg.
O foco do encontro, realizado na sede da Associação, foi a oferta aos associados de produtos e serviços com mais segurança e qualidade.
A Ello Distribuidora é parceira da Ahpaceg para a distribuição de produtos Danone à rede associada. Essa parceria garante a entrega dos produtos em até 24 horas.
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023
Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos
Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global
Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão
MEDICINA S/A
Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023
A 26ª Global Digital Trust Insights, da PwC, lançada neste ano, revelou que, globalmente, o custo médio de ciberataques no setor da Saúde chegou a US$ 5,3 milhões em 2023, o maior entre os segmentos pesquisados. A pesquisa ouviu mais de 3,8 mil lideranças de sete setores em todo o mundo, incluindo a América Latina. Outro levantamento, o 2023 Global Resilience Survey, feito com cerca de 2 mil executivos, mostrou que apenas 24% dos entrevistados do setor de Saúde têm um plano de resiliência integrado, o que inclui ações de cibersegurança.
Estas pesquisas revelam que o setor de saúde está enfrentando o impacto de ataques cibernéticos em um ecossistema de ameaças cada vez mais interconectado. As operações têm sido significativamente afetadas por diversos eventos de terceiros. Estes episódios afetaram vários segmentos da saúde e elevaram a relevância da resiliência operacional e tecnológica. Neste contexto, a PwC listou seis ações essenciais para que as empresas se preparem, respondam com eficiência e possam emergir mais fortes de uma crise cibernética.
“A indústria da saúde não está imune ao multiverso de riscos que enfrentamos na era da disrupção tecnológica. O ritmo da transformação digital torna desafiador o entendimento do que é mais crítico na hora de gerenciar riscos cibernéticos. À medida que o setor se digitaliza, a tendência é de que as ameaças sejam mais agressivas. Essa nova jornada será cheia de desafios, e as lideranças precisarão de resiliência para superar os obstáculos”, afirma Bruno Porto, sócio e líder do setor de Saúde da PwC Brasil.
A primeira das seis ações propostas é criar uma estrutura multifuncional de gestão de crise, englobando diferentes áreas e profissionais. Em seguida, a consultoria orienta avaliar impactos potenciais nas operações de negócio e nos clientes por meio de relatórios que devem ser divididos com todas as instâncias de liderança. O terceiro passo propõe desenvolver soluções táticas e abordagens alternativas, que casa com a recomendação seguinte de considerar cuidadosamente as etapas para normalizar os processos. O próximo passo é desenvolver protocolos de comunicação internos e externos claros. E, por fim, melhorar as medidas internas de segurança cibernética e avaliar riscos a terceiros.
A PwC ainda complementa essas orientações ao detalhar alguns caminhos para buscar a resiliência cibernética. Entre os destaques estão: a gestão de custos, que requer a integração de conhecimentos empresariais e tecnológicos; o planejamento histórico, ao ampliar a abertura para outros eventos de disponibilidade; o uso da nuvem como componente crítico da estratégia de resiliência e o cumprimento das regulações vigentes nos países de atuação.
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Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos
Dados do Censo 2022 apontam um aumento de 39,8% no período de 2012 a 2021 do número de brasileiros acima dos 65 anos. A expectativa é que este número passe de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070, o que acarreta uma maior carga de doenças na população e, com isso, a necessidade de adequações nos cuidados para essa parcela. “Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma o médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, Pedro Curiati, responsável por um estudo inédito sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados (PIMs) na terceira idade e seus impactos na saúde pública. “O uso desses medicamentos, por exemplo, pode agravar o quadro clínico e aumentar os custos para o sistema de saúde”, completa Curiati.
Para o estudo, foram analisadas 15 mil internações de pessoas com 60 anos ou mais, utilizando um sistema de suporte à decisão clínica integrado ao prontuário eletrônico dos pacientes, que utiliza inteligência artificial para gerar alertas sobre a segurança e o uso correto de medicamentos. Durante a pesquisa, foram avaliados os alertas relacionados a (PIMs) para idosos e sua associação com os riscos clínicos dos pacientes internados, destacando os impactos dessas intervenções na saúde pública e nos custos hospitalares. Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um alerta de uso de (PIMs).
O Geriatra explica que o foco do estudo foi entender se os alertas gerados identificavam pacientes com maior risco e como isso se associava às suas evoluções clínicas. Os resultados apontaram que 71,8% deles apresentaram pelo menos um alerta de uso de medicamentos potencialmente inadequados (PIMs). “Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”, explica Curiati.
O estudo evidencia a necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem e modernizarem para melhor atender os idosos. É o que analisa o especialista, argumentando que o cuidado com pessoas acima de 65 anos tem particularidades que não se aplicam a pacientes mais jovens. “Eles têm mais doenças concomitantes, maior uso de medicamentos, e são mais vulneráveis a eventos adversos”, completa.
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Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global
Por Michel Goya
Vivemos em uma era de transformação no setor da saúde, impulsionada por mudanças demográficas, avanços tecnológicos e desafios econômicos. Em tempos de incerteza, a consolidação e as parcerias têm se tornado estratégias centrais para garantir a sustentabilidade e o crescimento das organizações. Nesse cenário, planos de saúde e hospitais têm se unido na busca por aumento de eficiência com redução de custos, sinergias e compartilhamento de recursos para melhorar os resultados.
A pandemia de covid-19 acelerou muitos processos de transformação. No setor da saúde, evidenciou-se a necessidade de um sistema mais integrado e eficiente. Isso abriu caminho para que fusões, aquisições (M&A) e parcerias estratégicas se tornassem cada vez mais frequentes. Com aumento visível de cerca de 61% nas transações, especialmente impulsionado por investimentos em tecnologia da saúde (healthtech).
Ao unirem forças, as companhias conseguem reduzir ineficiências operacionais e com acesso a novos recursos e tecnológicos, sua capacidade de atendimento, competitividade e normalmente um aumento substancial nos resultados. Um exemplo recente são as redes hospitalares que passaram a integrar suas operações com planos de saúde, criando ecossistemas mais robustos, com foco na experiência do paciente.
Esses novos modelos de negócios trouxeram um impacto significativo para o mercado. Por meio da otimização de processos e da adoção de tecnologias disruptivas, como a telemedicina e a inteligência artificial, essas parcerias conseguem atender às demandas crescentes de saúde mantendo a qualidade. Mais do que nunca, a busca pela eficiência operacional se tornou pauta prioritária nas agendas de quem está na gestão da companhia.
Mas, como ficam as startups de saúde nesse cenário de consolidação? Embora o movimento pareça inicialmente preocupante para empresas menores, especialmente startups, o contexto é promissor. As startups são, por natureza, ágeis e inovadoras. Elas conseguem preencher lacunas no mercado e oferecer soluções tecnológicas especializadas que muitas grandes organizações ainda não possuem.
As parcerias entre startups e grandes instituições de saúde, portanto, não só são possíveis como essenciais para a evolução do setor. Em muitos casos faz mais sentido uma empresa incorporar uma startup do que investir em uma estrutura verticalizada de pesquisa e desenvolvimento.
O futuro das startups de saúde está diretamente ligado à sua capacidade de colaborar com esses gigantes do mercado. Ao desenvolver soluções inovadoras, muitas startups encontram nas grandes empresas uma oportunidade de crescimento. Por outro lado, as corporações precisam da inovação ágil e disruptiva que as startups oferecem para se manterem competitivas em um ambiente de constante transformação.
Neste contexto, as parcerias estratégicas não são apenas desejáveis — são fundamentais. Grandes players do setor de saúde, que já possuem a infraestrutura e a escala necessárias, podem encontrar nas startups a inovação que lhes falta. E, ao se associarem com empresas menores e mais ágeis, podem acelerar a implementação de novas soluções tecnológicas, melhorar a experiência do paciente e otimizar os custos operacionais.
Acredito que o futuro do setor será cada vez mais colaborativo. A chave para o sucesso reside na capacidade de unir forças, compartilhar conhecimento e buscar inovação conjunta. As startups de saúde, longe de serem ameaçadas pelo movimento de consolidação, têm um papel crucial a desempenhar como parceiras estratégicas, ajudando a transformar a saúde em um modelo mais eficiente, sustentável e com foco no paciente.
*Michel Goya é CEO da OPME Log e diretor da ABSS.
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METRÓPOLES
Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão
Atualização nas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia inclui a categoria "pressão elevada" como alerta importante para pacientes
Novas diretrizes para a medição da pressão arterial foram lançadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Um dos pontos mais relevantes foi a inclusão do termo "pressão elevada".
Ele passa a ser usado quando o paciente apresenta pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou a diastólica fica entre 70 e 89 mmHg. O diagnóstico serve como um alerta para o risco do paciente evoluir para a hipertensão.
As diretrizes foram apresentadas no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que ocorreu em Londres, em setembro. É a primeira atualização desde 2018, seguindo novas evidências científicas, com dados de diferentes estudos. Por ter sido feita por uma comunidade científica que serve de referência para o mundo, a atualização é levada em conta pelos médicos brasileiros.
"A diretriz indica um olhar mais atento para que esse grupo de pacientes seja alertado, orientado e incentivado a adotar ou intensificar medidas de prevenção. Quando efetivas, essas medidas podem evitar quadros de hipertensão e suas complicações", explica o médico Rodrigo Noronha, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A hipertensão é considerada um "mal silencioso" ou um "inimigo oculto", pois não apresenta sintomas específicos e pode levar a eventos cardiovasculares graves, como infartos ou acidente vascular cerebral (AVC).
"É bastante comum que a pessoa não saiba que tem hipertensão até sofrer um infarto ou um AVC. Ela é silenciosa, os pacientes descobrem durante um exame admissional, um atendimento ocasional ou uma emergência médica", afirmou o cardiologista Rafael Côrtes, responsável pelo atendimento da especialidade no Grupo Santa, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Classificação da pressão arterial:
Pressão arterial normal: menor que 120/70 mmHg;
Pressão arterial elevada: pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg a diastólica entre 70 e 89 mmHg;
Hipertensão arterial sistêmica: sistólica acima de 140 mmHg ou diastólica acima de 90 mmHg.
9 imagens Fechar modal. 1 de 9 A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg Gizmo/ 2 de 9 Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial Peter Dazeley/ 3 de 9 Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente Colin Hawkins/ 4 de 9 Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos Grace Cary/ 5 de 9 A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia Peter M. Fisher/ 6 de 9 Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão 7 de 9 Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis bluecinema/ 8 de 9 Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados A. Martin UW Photography/ 9 de 9 Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos.
Pressão elevada
Pessoas com pressão elevada podem ser impactadas de diferentes formas. A curto prazo, esses pacientes podem sentir dores de cabeça e tonturas; cansaço e falta de ar; e ansiedade e nervosismo.
Em médio prazo, começam a ocorrer danos aos vasos sanguíneos e problemas renais iniciais. A longo prazo - uma vez estabelecido o quadro de hipertensão arterial e sem o tratamento adequado - , o paciente pode sofrer AVC, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias, insuficiência renal severa e até perda de visão significativa, podendo levar à cegueira.
O cardiologista Rodrigo Noronha considera que o diagnóstico de pressão elevada serve como um alerta para que o paciente faça o acompanhamento médico nos intervalos indicados e realize o monitoramento adequado.
"É essencial que o paciente reflita sobre como adotar ou intensificar mudanças efetivas em seu estilo de vida capazes de prevenir o aumento da pressão", afirma Noronha.
Pressão elevada X pressão alta
O diagnóstico de hipertensão requer tratamento específico contínuo, inclusive com uso de medicamentos. Já o de pressão elevada exige monitoramento constante e ajustes no estilo de vida.
Nos casos de pressão elevada, algumas medidas não farmacológicas podem ajustar a pressão do paciente, evitando que ele evolua para um quadro de hipertensão e até mesmo volte a ter a pressão regulada.
Essas medidas incluem reduzir o peso corporal, praticar atividade física - incluir caminhadas ou corridas e musculação na rotina - , parar de fumar, diminuir o consumo de sódio, ingerir a quantidade adequada de potássio, por meio de uma alimentação rica em frutas e vegetais, e manter níveis aceitáveis de colesterol e glicemia.
"Pacientes com pressão elevada ainda não têm indicação de uso de medicamento. Algumas medidas não farmacológicas são comprovadamente eficientes para evitar a hipertensão. Dependendo do caso, o paciente pode até voltar a ter a pressão normal", afirma Noronha.
Diagnóstico
Um dos principais exames para o diagnóstico é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Nele, um pequeno aparelho é colocado no paciente para medir a pressão a cada 15 minutos durante 24 horas.
Outra opção de exame é a monitorização residencial de pressão arterial (MRPA). Nesse caso, o paciente realiza as medições da pressão em casa. Três medições devem ser feitas com intervalos de 15 minutos pela manhã e outras três à noite, por alguns dias.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Plenário elege por unanimidade a nova diretoria do CFM
Secretário de Saúde admite que pediu para adiar paralisação em hospital para depois da eleição
Hospital Jacob Facuri diz que dívida da Prefeitura de Goiânia é de R$ 19,5 milhões e suspende atendimentos pelo SUS
Rede D'Or é uma das empresas mais sustentáveis do mundo
Folga por estresse ou desânimo: como funciona a "licença por infelicidade"? Entenda
CFM
Plenário elege por unanimidade a nova diretoria do CFM
Após posse dos conselheiros para a Gestão 2024-2029, os integrantes efetivos do Plenário participaram de sessão específica para a escolha da composição da nova diretoria da Autarquia. Por unanimidade, José Hiran da Silva Gallo foi escolhido para continuar à frente do Conselho. Com ele, foram definidos ainda os ocupantes dos outros 11 cargos de comando e os três integrantes da Comissão de Tomada de Contas. Conheça, a seguir, os componentes do grupo gestor.
DIRETORIA DO CFM
Presidente: José Hiran da Silva Gallo
1º vice-presidente: Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti
2ª vice-presidente: Rosylane Nascimento das Mercês Rocha
3º vice-presidente: Jeancarlo Fernandes Cavalcante
Secretário-geral: Alexandre de Menezes Rodrigues
1º secretário: Hideraldo Luis Souza Cabeça
2º secretário: Estevam Rivello Alves
3ª secretária: Dilza Teresinha Ambrós Ribeiro
Tesoureiro: Mauro Luiz de Britto Ribeiro
2º tesoureiro: Carlos Magno Pretti Dalapicola
Corregedor: José Albertino Souza
Vice-corregedor: Francisco Eduardo Cardoso Alves
COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS
Ademar Carlos Augusto
Bruno Leandro de Souza
Nailton Jorge Ferreira Lyra
Após o anúncio do resultado, José Hiran da Silva Gallo fez um breve discurso e desejou boas-vindas aos colegas. Ele afirmou que honrará o novo mandato e explicou o funcionamento do plenário, das comissões e das câmaras técnicas. “Honrarei os médicos brasileiros, assim como os médicos brasileiros honraram o processo eleitoral, amplamente democrático. Todos aqui foram eleitos pelos seus pares. Todos, sem exceção. E trabalharemos em prol da medicina brasileira”, declarou.
De acordo com a resolução 2.335/2024, a sessão foi presidida pelo conselheiro efetivo de maior idade entre os recém-eleitos, Eduardo Monteiro de Jesus (Amapá), e secretariado pelo conselheiro federal efetivo mais jovem entre os que tomaram posse hoje, Carlos Orlando Sparta (Rio Grande do Sul).
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JORNAL OPÇÃO
Secretário de Saúde admite que pediu para adiar paralisação em hospital para depois da eleição
Hospital Jacob Facuri suspendeu novas internações do SUS nas UTIs neonatal e adulto por falta de pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde
O secretário municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Wilson Modesto Pollara, admitiu, em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, que tentou adiar a paralisação dos atendimentos no Hospital Jacob Facuri para depois das eleições. Questionado se o relato do pedido para adiar a suspensão em pelo menos uma semana procedia, Pollara disse que sim. “Claro que sim, imagina. Isso é uma coisa horrível, é uma pressão, é um soco abaixo da cintura.”
O titular da pasta disse que a SMS deve quitar os pagamentos em atraso à hospitais privados em convênio com o município até o mês de outubro. O Hospital Jacob Facuri suspendeu as internações do SUS nas UTI neonatal devido à falta de de pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde e da prefeitura de Goiânia. “Esse ano nós demos mais de R$ 17 milhões. Eles não tem o que reclamar, se tem algo em atraso, vai ser corrigido em cerca de um mês”, afirma Pollara.
De acordo com o secretário, o contrato com o Hospital Jacob Facuri venceu e houve tentativa de negociação no valor da UTI. “O SUS paga R$ 600 no leito de UTI e a Prefeitura paga mais R$ 500. Temos em Goiânia 120 leitos de UTI que trabalham com o preço de R$ 1.100, eu não posso é pagar R$ 2.100, a gente não tem condições, tanto por dinheiro quanto para não inflacionar o preço de todos os leitos”, disse.
A unidade hospitalar aponta que a dívida ultrapassa os R$ 19,5 milhões. Ibrahim Jacob Facuri, diretor executivo do hospital, lembra que a Prefeitura de Goiânia e a SMS iniciaram o ano com uma dívida de R$ 24 milhões. “Ao longo dos meses aumento a dívida em cerca de R$ 12 milhões pelos serviços prestados e “pagou” R$ 17 milhões, sendo que boa parte é de repasses federais. Ou seja, continua devendo R$ 19 milhões e ainda tem seis repasses federais que não foram feitos”, rebate.
Pollara aponta que a situação de endividamento da SMS com os hospitais conveniados se dá pelo leito. “O que acontece é que esses hospitais trabalham com múltiplo da tabela SUS. Quando eu entrei há um ano, eu tinha quatro meses de atraso e zero de orçamento. Não consegui pagar coisa alguma até o final do ano. Aí, este ano, quando abriu o orçamento é que eu comecei a pagar os atrasos e praticamente no mês que vem vai estar tudo em dias”, garante.
O titular da SMS diz que as dívidas em atraso hoje giram em torno de R$ 80 milhões e que a programação é que elas sejam quitadas até outubro. “Entrei com R$ 260 milhões em dívidas. Agora temos 80 num orçamento de R$ 2 bilhões, é um valor administrável”, argumenta.
Confira a entrevista na íntegra:
Esse valor por leito não é determinado pelo sus?
Não, o SUS paga R$ 600 no leito de UTI, os outros leitos que temos em Goiânia cobra R$ 1100 por leito, ou seja, a Prefeitura paga mais R$ 500 por leito. Ele quer R$ 2100, a gente não tem condições, tanto porque a gente não tem dinheiro quanto para não inflacionar o preço de todos os leitos.
O contrato dele venceu a gente quis contratá-lo pelo preço que a gente paga para os outros. Ele não aceitou. Essa negociação faz tempo que estamos fazendo.
Diretoria do hospital relatou atrasos dos repasses federais que são carimbados.
Isso não. Esse ano nós demos mais de R$ 17 milhões para eles e nesse valor de R$ 2100, então eles não tem o que reclamar. Se tem algo em atraso, isso vai ser corrigido em cerca de um mês. Estamos pagando o mês seis.
Há atrasos de 2022, 2023 e 2024 foi pago apenas o mês de janeiro.
Não, isso aí não. Isso aí é um trabalho que ele fez na época da Covid e por problema de documentação não conseguimos pagá-lo. Não foi da minha gestão. Da época da Covid era um outro tipo de pagamento e não conseguimos identificar [o serviço] e está em análise, em auditoria. De 2024, pagamos até o mês seis a parte SUS. Janeiro ficou atrasado, aí ele recebeu três meses, fevereiro, março e abril. Aí mês passado nós pagamos três meses para ele. Esse mês agora iríamos pagar maio e junho e mês que vem ficaríamos em dias. Mas o problema não foi esse, não foi o atraso. O atraso é normal e todos sabem que isso existe mesmo algum um ou dois meses de atraso e depois a gente paga dois ou três meses juntos. O problema é que ele quer cobrar o dobro do que a gente paga.
Relato que houve um pedido para que não se fizesse a suspensão durante o período eleitoral. Isso procede?
Claro que sim, imagina. Isso é uma coisa horrível, é uma pressão, é um soco abaixo da cintura.
Como estão as dívidas da SMS com os hospitais?
O que acontece é justamente porque esses hospitais trabalham com múltiplos da tabela SUS. Quando eu entrei, faz um ano, eu tinha quatro meses de atraso e zero de orçamento. Não consegui pagar nada até o final do ano. Aí, este ano, quando abriu o orçamento é que eu comecei a pagar os atrasos e praticamente no mês que vem vai estar tudo em dias. Nós tínhamos um atraso lá atrás e eu cheguei para resolver.
A suspensão dos atendimentos pode sobrecarregar outras unidades?
Não, esses leitos de alta complexidade são de responsabilidade do Estado. O município tem que cuidar da atenção básica e da média complexidade.
Em entrevista ao Jornal Opção quando o senhor foi nomeado secretário, o senhor relatou uma dívida de R$ 170 milhões. Como está isso hoje?
Entrei esse ano com R$ 260 milhões de dívida, atualmente temos mais ou menos R$ 80 milhões e a programação é que até outubro a gente já vai quitar tudo. São R$ 80 milhões de dívida num orçamento de R$ 2 bilhões, é um valor administrável.
Nesse período de gestão, o que foram as maiores dificuldades?
Justamente porque a saúde de Goiânia estava nas mãos dos privados que não conseguem trabalhar com a tabela SUS. O SUS tem que ser trabalhado com os filantrópicos e pelos próprios hospitais. Os hospitais privados pagam impostos e encargos da folha de pagamento, coisa que o filantrópico não paga. Por isso que o filantrópico, como Araújo Jorge conseguem atender o SUS. 80% dos gastos de um hospital é RH, quase 20% do orçamento deles é encargo sobre folha de pagamento e por isso não conseguem atender a tabela SUS. O presidente da associação dos Hospitais privados concorda que não é possível um hospital atender pela tabela SUS.
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Hospital Jacob Facuri diz que dívida da Prefeitura de Goiânia é de R$ 19,5 milhões e suspende atendimentos pelo SUS
Em nota à imprensa, o hospital alega que em alguns casos, os atrasos de pagamentos ultrapassam 12 meses
Os atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiânia no Hospital Jacob Facuri estão suspensos desde a última sexta-feira, 27, devido a dívida da Prefeitura de Goiânia com a unidade. A paralisação dos atendimentos, de acordo com a entidade, atinge internações e procedimentos cardiológicos e de hemodinâmica, incluindo UTIs Neonatal e Adulto. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde não deu qualquer retorno à reportagem.
“Temos uma dívida de R$ 19,5 milhões no momento para receber da Secretaria Municipal de Saúde. Tem dívidas de 2024, tem dívidas de 2023 e de 2022 que eles não pagaram. Tivemos inúmeros contatos com a secretaria que dizia que ia fazer uma programação de pagamento e pedia para não fechar e agora eles começaram a falar que não tem dinheiro, sendo que boa parte da verba é federal e vem para o hospital Jacob e deveria ter sido repassadas”, disse Ibrahim Jacob Facuri, diretor executivo do hospital, ao Jornal Opção.
O hospital tem 30 leitos de UTI neonatal e 25 leitos adultos de uso exclusivo do SUS. São cerca de 54 atendimentos neonatal por mês e em média 30 na UTI adulto. De acordo com Ibrahim, o único repasse em 2024 foi feito no mês de janeiro. “Em 2022 são 2 milhões em atraso, em 2023 o segundo semestre inteiro está em atraso e neste foi pago apenas janeiro”, disse.
Em nota, o hospital alega que em alguns casos, os atrasos de pagamentos ultrapassam 12 meses e há ainda falta de repasses federais mensais de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) em tempo hábil.
“Após diversas tentativas de regularização e notificações para solucionar essas pendências financeiras, a instituição se vê forçada a tomar essa decisão”, diz o comunicado.
Atualmente, o hospital é o único centro médico de Goiás credenciado pela Associação Americana do Coração, sendo também uma referência na formação de novos médicos tanto na graduação quanto pós-graduação, certificado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
“O Hospital Jacob Facuri tem se esforçado ao máximo para evitar essa situação, incluindo endividamento e comprometimento de seus próprios recursos”, segue a nota. Lamentamos não poder mais prestar os serviços, visto que a instituição é referência no atendimento hospitalar, cardiológico, de terapia intensiva adulto e neonatal a recém-nascidos graves. Agradecemos a compreensão de todos e reiteramos que continuamos buscando, com a máxima urgência, uma solução para essa insustentável situação”, finaliza o documento.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para saber se existe previsão para o pagamento da unidade de saúde ou se há alguma negociação em andamento, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O espaço segue aberto.
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NOTÍCIAS DO BRASIL
Rede D'Or é uma das empresas mais sustentáveis do mundo
Companhia está entre as 5 brasileiras que integram o ranking global de 2024, produzido pela revista Time
Os investimentos da Rede D'Or em sustentabilidade resultaram no reconhecimento global por boas práticas ambientais e sociais. Em 2024, a empresa foi uma das 5 brasileiras no ranking das 500 companhias mais sustentáveis do mundo da revista Time, além de ser uma das 11 corporações de saúde que aparecem na lista.
A seleção considera, dentre outros fatores, corporações que assinaram compromisso com importantes programas climáticos e cumprem padrões rigorosos de controle de emissões. O levantamento foi realizado pela Statista, plataforma global de dados.
O resultado reflete um trabalho em prol da sustentabilidade que vem sendo construído há anos, com cada vez mais transparência. Desde 2022, a Rede D'Or divulga o relatório anual de sustentabilidade, que é auditado por organismo externo independente e destaca as práticas ESG (ambiental, social e governança, da sigla em inglês) adotadas e os compromissos e as metas assumidos. A publicação também é credenciada junto a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Em 2023, conforme o relatório anual, a Rede D'Or registrou redução de 17,1% no consumo de água e quase 13% na produção de resíduos. Além disso, 133 unidades da empresa já estão inventariadas no Programa Brasileiro GHG Protocol, que monitora e estabelece métricas para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
"Estamos fortemente engajados na agenda das mudanças climáticas, contribuindo para uma economia de baixo carbono. Dentre nossas iniciativas estratégicas, destacamos a migração de 74 unidades para o uso de energia de fontes renováveis até o final de 2025", afirmou Paulo Junqueira Moll, CEO da Rede D'Or.
Dentro do GHG Protocol, a Rede D'Or foi reconhecida com o Selo Ouro, o mais alto nível de qualificação, em 2023. O selo evidencia o compromisso em estabelecer métricas de redução de emissões, conforme estabelecido pelo Protocolo de Quioto. A empresa também recebeu nota B -uma das notas mais altas- pelo 2º ano consecutivo pelo CDP (antigo Carbon Disclosure Project), sistema de divulgação internacional de impacto ambiental.
"No último ano, realizamos uma avaliação abrangente de riscos e oportunidades baseadas em cenários climáticos físicos e de transição. Essa avaliação é fundamental para identificar as principais fontes de emissão de gases de efeito estufa e definir estratégias climáticas alinhadas ao modelo de negócios da empresa", disse Ingrid Cicca, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Rede D'Or.
Metas ambientais
A Rede D'Or destaca que já está comprometida com metas para as próximas décadas. Enquanto signatária do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), aderiu à Agenda 2030 de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Para seguir no caminho da sustentabilidade, dentre os compromissos prioritários estão a redução de 36% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030, em alinhamento com o compromisso global Race to Zero, e a neutralização das emissões líquidas até 2050.
A empresa também mantém outras metas ambientais importantes, dentre as quais a redução de 10% no consumo de energia elétrica nas centrais de água gelada, que auxiliam o sistema de refrigeração nas unidades e o resfriamento de equipamentos, até o final de 2024. Também está prevista a diminuição de 10% no uso de água nas unidades que adotam o projeto interno de eficiência hídrica até o encerramento deste ano.
Além disso, a companhia planeja alcançar 30% de taxa de reciclagem de resíduos até 2030. Para tanto, investe na eficiência energética dos hospitais e clínicas e no aprimoramento do programa de gerenciamento de resíduos.
Em 2023, a Rede D'Or conquistou ainda um novo certificado FTSE4Good Index Series, um importante indicador de sustentabilidade internacional, aferido pela FTSE (Financial Times Stock Exchange) Russell, divisão da London Stock Exchange, bolsa de valores de Londres, na Inglaterra. A companhia obteve score 3,9, ficando posicionada dentre as top 6 do subsetor que faz parte.
Listada na B3, bolsa de valores brasileira, a empresa foi selecionada para integrar a 19ª carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), que entrou em vigor em janeiro de 2024. Esse grupo específico reúne corporações avaliadas com alto comprometimento com a sustentabilidade empresarial.
Investimento social
No campo social, a Rede D'Or também tem forte atuação. Com investimento em 2023 de R$ 17,5 milhões em projetos sociais de áreas como cultura, esporte e assistência em saúde, cerca de 1,6 milhão de pessoas foram indiretamente ou diretamente beneficiados pelos programas da empresa. Também foram criados, ao todo, 21.325 empregos pela companhia no último ano.
"Ressaltamos o nosso compromisso social com o desenvolvimento econômico das regiões em que atuamos. Em 2023, mais de 90% dos materiais e serviços contratados pela Rede D'Or foram distribuídos por fornecedores locais", afirmou o executivo Paulo Junqueira Moll.
A empresa também atua em situações que mobilizam a sociedade brasileira. Diante das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano, com cerca de 2 milhões de pessoas afetadas, a empresa realizou uma série de ações em solidariedade à população gaúcha.
Foram doados materiais hospitalares, medicamentos e equipamentos para órgãos, entidades e instituições de saúde da região. A prefeitura de Canoas, o Hospital Nossa Senhora de Pompéia, em Caxias do Sul, e a PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), por exemplo, receberam recursos médico-hospitalares.
Foram realizadas outras doações, destinadas à Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, que abastece os hospitais São José, em Taquari, São José da Divina Providência, em Arroio do Meio, São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires, e Estrela da Divina Providência, em Estrela.
Organizações do Rio Grande do Sul receberam ainda 60 computadores para acesso da população a teleconsultas.
Outra atuação de destaque da empresa foi no combate à pandemia de covid-19, iniciada em 2020. Por meio do Idor (Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino), braço de pesquisa e desenvolvimento da companhia, foram conduzidos estudos clínicos de tratamento com mais de 6.000 voluntários com as vacinas Oxford/AstraZeneca no Brasil, além de pesquisas com os imunizantes Coronavac/Butantan e Clover.
Comprometido com a ciência e inovação, as pesquisas do Idor, no geral, já resultaram em cerca de 2.000 publicações desde 2010, com mais de 39.000 citações em revistas científicas. Entre 2020 e 2023, foram publicados 160 estudos relacionados somente à covid-19.
Mais premiações
Além do reconhecimento pela revista Time, a Rede D'Or foi premiada no ano passado pela organização internacional Health Care Without Harm, representada no Brasil pelo projeto Hospitais Saudáveis.
A companhia recebeu o prêmio Health Care Climate Challenge como uma das 6 empresas globais destacadas no setor de saúde por ações climáticas eficazes com impacto coletivo na região em que atuam, na categoria Campeões Climáticos. Também recebeu reconhecimento na categoria Liderança Climática. A conquista ressalta o empenho no combate às mudanças climáticas.
A empresa conquistou no ano passado a menção honrosa na categoria Análise Econômico-Financeira no 25º Prêmio Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) de Melhor Relatório Anual de Companhia Aberta.
O reconhecimento foi em razão do Relatório de Sustentabilidade 2022. A empresa foi incluída dentre as finalistas, o que mostra a transparência e a qualidade das informações econômicas, sociais, ambientais e governança divulgadas.
Essas conquistas são resultado de uma atuação cada vez mais fortalecida no campo da sustentabilidade em todas as pontas. "Ter metas ESG e implementar políticas para atingi-las é um trabalho permanente, em que o processo de amadurecimento é transversal e a evolução é constante", afirmou Ingrid Cicca.
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INFOMONEY
Folga por estresse ou desânimo: como funciona a "licença por infelicidade"? Entenda
Nos últimos anos, muitas mudanças surgiram no mercado de trabalho, na esteira das reformulações provocadas pela pandemia. Trabalho remoto, híbrido, semana de 4 dias. São muitas as fórmulas para lidar com os funcionários, e os diversos problemas mentais que vieram à tona após esse período. Mas agora uma medida surgida na China começa a chamar atenção dos especialistas: a "licença por infelicidade".
A nova política, instaurada pela rede de varejo chinesa Pang Dong Lai, prevê que o trabalhador possa tirar um dia de folga quando estiver estressado, triste ou desanimado, mesmo sem aprovação da liderança. O fundador da varejista, Yu Donglai, disse querer dar liberdade aos funcionários para que, se não estiverem felizes, não irem trabalhar. Essas folgas são limitadas em 10 dias por ano e tem como objetivo permitir que o funcionário tenha um equilíbrio melhor entre a vida profissional e a pessoal.
O assunto chamou atenção, especialmente porque os chineses são considerados um povo que não externa seus problemas, além de serem muito aplicados no trabalho. Só para se ter uma ideia, a empresa de Donglai tem mais de 7 mil funcionários e conta com uma jornada de trabalho mais curta que suas parceiras, com sete horas por dia. Os empregados também folgam aos fins de semana e têm direito de 30 a 40 dias de folga remunerada por ano, e cinco dias de folga durante o Ano Novo Chinês, como falou o empresário durante o evento China Supermarket Week 2024.
Mudanças no mercado de trabalho
Entretanto, as novas experiências de trabalho têm surgido com mais intensidade em países mais abertos, como ocorreu com a semana de quatro dias, que foi criada na Nova Zelândia em 2019 e já se espalhou por vários países da Europa, África e Américas. Sob a gestão do movimento 4-Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos, a jornada reduzida vem fazendo escola e já contou até com projeto-piloto também no Brasil, capitaneado pela Reconnect Hapiness at Work, parceira do 4-Day Week Global.
A fundadora da Reconnect, Renata Rivetti, avaliou que medidas como a "licença por infelicidade" são bem-vindas, por beneficiar os colaboradores. Mas frisou que é preciso tomar cuidado com ações paliativas, que tratam apenas o sintoma, mas não vão à raiz do problema. "Se as pessoas estão infelizes, é preciso saber o que provoca aquilo. Se não há uma sobrecarga, ou ambiente tóxico, ou desmotivação com o seu dia a dia. Não adianta a gente dar uma licença para elas saírem num dia e voltar no outro para o mesmo lugar que a adoece", afirma.
Mas para a especialista em Recursos Humanos, Cinthia Martins, o importante é que cada vez mais se discute sobre o bem estar das pessoas e a necessidade de olhar para as elas como seres que precisam viver com qualidade de vida e bem estar no ambiente de trabalho. "Hoje se fala muito em sustentabilidade e isso vai além do meio ambiente, estando mais conectada à saúde", diz. Cinthia acrescenta que a cultura oriental sempre foi de prevenção, diferente da ocidental, que deixa a doença se estabelecer e vai atrás quando aparecem os sintomas.
Para o advogado Sergio Pelcerman, sócio da área trabalhista de Almeida Prado & Hoffmann Advogados, apesar da discussão constante sobre saúde laboral e preservação social dentro do ambiente de trabalho é preciso ver também como é a legislação e quais são as responsabilidades desse trabalhador junto a coletividade. "Por isso, no Brasil temos as férias e até mesmo afastamentos pelo INSS, no caso de problemas de saúde".
Ele frisa ainda que a legislação brasileira prevê inclusive a possibilidade de indenização judicial em caso de jornadas extenuantes, assédios em geral e em especial discriminações no ambiente de trabalho (com vertentes criminais).
Para a advogada Beatriz Tilkian, sócia da área de Direito Trabalhista no escritório Gaia Silva Gaede Advogados, ações como essa mostram a importância de que sejam adotadas medidas para que se evite que o profissional chegue ao esgotamento físico e mental.
"Recentemente, foi aprovado um novo texto da norma regulamentadora nº 1 do Ministério do Trabalho e Emprego, que entrará em vigor em 26 de maio de 2025, determinando justamente a necessidade do gerenciamento de riscos ocupacionais, abrangendo não apenas os riscos com agentes físicos, químicos, biológicos e de acidentes, mas também os relacionados aos fatores ergonômicos e psicossociais no trabalho", explica a Tilkian.
Veja quais são as licenças previstas no Brasil
A advogada Roberta Dantas Ribeiro, sócia CGV Advogados, lista abaixo quais são as licenças remuneradas previstas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Licença-maternidade e licença-paternidade:
A licença maternidade é de 120 dias, nos termos do artigo 392 da CLT (capítulo que prevê a proteção da maternidade). A trabalhadora deverá comunicar ao empregador, mediante atestado médico, a data do início do afastamento do emprego, que deverá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e a ocorrência deste. Cumpre destacar que a licença maternidade também será concedida em caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente (art 392-A da CLT).
Já a licença paternidade, nos termos do artigo 473, III da CLT, prevê que o trabalhador poderá se ausentar no prazo de 05 dias consecutivos na hipótese de nascimento do filho, adoção ou guarda compartilhada.
"Contudo, infelizmente, o Brasil, em que pese a alteração recente na legislação para ampliar o prazo de licença paternidade, ainda não avançou para contemplar a possibilidade de licença parental compartilhada ou exclusiva do pai e mãe, como outros países já garantem, a exemplo de Portugal (artigos 39 e seguintes do CT português)".
Licença para casamento:
Licença remunerada de até 3 dias consecutivos, prevista no artigo 473 da CLT. A licença gala garante aos empregados o afastamento de três dias consecutivos de folga. Como a legislação não é precisa sobre a data de início do cômputo, a jurisprudência aponta que o início da contagem dependerá da data do casamento e dos dias de trabalho do empregado.
Licença para óbito:
Afastamento por falecimento conta com licença remunerada de até 2 dias consecutivos, prevista no artigo 473 da CLT. Conhecida como licença nojo, ela é restrita ao falecimento de cônjuge, ascendente, descente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sobre sua dependência econômica. Ou seja, não contemplaria, por exemplo, o óbito de tios, primos, sogra, sobrinhos, etc.
Licença médica:
Afastamento para tratar a saúde, com atestado médico válido por até 15 dias. Vale lembrar que a CLT não possui previsão específica para a licença médica. Contudo, outras legislações amparam essa previsão. A lei 605/1949 prevê na alínea "f" do artigo 6º que a ausência de prestação de atividade laboral por motivo de doença trata-se de motivo justificado. Além disso, parágrafo 2º do mencionado artigo aponta que a doença será comprovada mediante atestado médico. Ou seja, a licença médica terá correspondência com o período consignado no atestado médico do empregado.
Os 15 primeiros dias de afastamento são de responsabilidade do empregador, nos termos do §3º do artigo 60 da Lei 8.213/91. Neste sentido, convém destacar que o artigo 59 da Lei 8.213/91 aponta que o auxílio-doença será devido ao segurado quando ficar incapacitado por mais de 15 dias consecutivos, de modo que o afastamento a partir do 16º dia será custeado pela Previdência Social (artigo 60 da Lei 8.213/91).
Vale lembrar ainda que, desde 2022, a síndrome de burnout (termo inglês que se traduz como esgotamento profissional) ganhou nova e mais detalhada descrição na Classificação Internacional de Doenças (CID-11). Antes listada como uma condição de saúde, passou a ser descrita como um fenômeno ocupacional, associado ao fato de estar empregado ou desempregado e está elegível ao afastamento.
Licença para serviço militar obrigatório:
O afastamento para exercício de serviço militar obrigatório ou de outro encargo público está previsto no artigo 472 da CLT. Durante os primeiros 90 dias de afastamento, o empregado continuará recebendo normalmente a sua remuneração, nos termos do §5º do artigo 472 da CLT.
Licença para doação de sangue:
A situação em que o empregado pode faltar ao trabalho por um dia (sem desconto na remuneração) em virtude de doação de sangue está prevista no inciso IV do artigo 473 da CLT. A ausência do serviço ocorrerá por um dia (data da doação de sangue) a cada 12 meses. Ou seja, trata-se, na verdade, de um abono da falta justificada no dia da doação de voluntária de sangue mediante comprovação.
Licença eleitoral:
O empregado pode faltar ao trabalho, devendo apresentar comprovante do Tribunal Regional Eleitoral, para alistamento eleitoral, com previsão de folga por 02 dias consecutivos ou não, nos termos do inciso V do artigo 473 da CLT. Destaca-se ainda prazo para outros serviços eleitorais. Neste sentido, destaca-se o artigo 98 da Lei 9504/97 que aponta que "os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação."
Licença para comparecer a juízo:
A licença para o comparecimento em Juízo está prevista no VIII do artigo 473 da CLT e será concedida pelo tempo que se fizer necessário quando o trabalhador tiver que comparecer a juízo. O trabalhador deverá apresentar uma declaração comprovando a presença em compromisso judicial, como por exemplo, a declaração de comparecimento em audiência que geralmente registra o período que o trabalhador esteve à disposição da Justiça.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
ANS propõe nova política para planos de saúde e projeto vai passar por audiência pública
ANS concede registro para o Ipasgo; Instituto garante andamento da transição de Co-Gestão para Autogestão
Internações, cirurgias e realização de exames aumentam e impulsionam o mercado de dispositivos médicos
O GLOBO
ANS propõe nova política para planos de saúde e projeto vai passar por audiência pública
Diretoria da agência aprovou projeto que reformula regras. Mudanças incluem correções 'excepcionais' de mensalidades para contratos individuais e familiares de operadoras em dificuldades
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai colocar em discussão um projeto de reformulação da política de preços dos planos de saúde, com medidas como correções "excepcionais" das mensalidades de planos individuais e familiares cujas operadoras passem por dificuldades financeiras. Também prevê a definição de uma cláusula padrão de aumento dos planos coletivos e limites para coparticipação.
O projeto foi aprovado em reunião da diretoria colegiada da ANS na última sexta-feira, e será discutido em audiência pública marcada para o próximo dia 7.
Durante a sessão, o diretor de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, disse que o "combo" de medidas serve para evitar possíveis distorções com a adoção de "medidas regulatórias eventualmente tomadas de forma isolada".
- Nossa expectativa é que haja aumento da concorrência entre as operadoras, com mais e melhores ofertas aos consumidores. Esse aquecimento também é fundamental para a sustentabilidade econômica do setor - afirmou.
Transparência A iniciativa trata de aspectos financeiros dos planos, como o reajuste anual dos contratos. Pelo projeto, uma das medidas seria a definição de uma cláusula padrão de reajuste dos planos coletivos, o que, segundo a agência, daria ao consumidor mais transparência sobre o cálculo realizado para definição do percentual.
Hoje, os aumentos são definidos entre a operadora e a empresa contratante (ou a administradora, no caso dos contratos por adesão).
Além disso, o texto propõe ampliar o tamanho dos planos para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), hoje com no máximo 29 usuários. A ideia, segundo a ANS, seria ter uma maior "diluição do risco" e reajustes mais equilibrados.
Outra medida é uma revisão técnica de preços de planos individuais ou familiares. Segundo o órgão, seriam estabelecidos requisitos para que as operadoras em desequilíbrio econômico-financeiro pudessem ter reajustes "excepcionais" - ou seja, acima do teto estabelecido pela ANS para o tipo de contrato. Esse desequilíbrio, no entanto, teria que ser caracterizado por indicadores pré-definidos.
Para Marina Paullelli, advogada do programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o reajuste via revisão técnica é uma prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
- Esse tipo de reajuste coloca o consumidor numa situação de extrema desvantagem e, na prática, autoriza a alteração unilateral de preço. Seria adequado pensar como as operadoras podem aprimorar a gestão das carteiras e em critérios de transparência e compliance para evitar desequilíbrios econômico-financeiros - analisa.
O projeto também trata das coparticipações e franquias dos planos de saúde, com a previsão da definição de um percentual máximo de cobrança por procedimento, limites financeiros mensais e anuais e procedimentos sobre os quais não poderia haver cobrança.
Cartões de desconto Outro ponto que será debatido na audiência pública são as regras de comercialização de planos exclusivamente ambulatoriais, os chamados cartões de desconto.
- Sabemos que há cerca de 60 milhões de pessoas usando cartões de desconto, que são produtos baratos, sem qualquer tipo de regulação e fiscalização. É a forma como essas pessoas encontraram de ter acesso aos serviços de saúde. A proposta de rever as regras dos planos exclusivamente ambulatoriais é dar a esses consumidores a possibilidade de ter planos de saúde com preços mais baixos, regras claras e coberturas garantidas - disse o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.
Analistas do Citi consideraram que, das mudanças propostas, as que tratam dos reajustes dos planos coletivos e sobre coparticipação e franquias são "relativamente negativas por reduzirem a flexibilidade dos operadores, potencialmente aumentando a supervisão sobre o reajuste e as coparticipações das PME".
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) disse que vai comentar o tema apenas após a publicação do edital pela ANS.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) avaliou a iniciativa da ANS como positiva.
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JORNAL OPÇÃO
ANS concede registro para o Ipasgo; Instituto garante andamento da transição de Co-Gestão para Autogestão
Decisão mantém os quase 10 mil servidores que estavam ameaçados de perder a cobertura com as mudanças para adequação à regulação federal
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) conseguiu seu registro junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na última sexta-feira, 27. O Instituto entrou em processo de transição de Co-Gestão para Autogestão e, neste contexto, houve possibilidade de exclusão de alguns servidores ligados ao sistema federal. Com o registro, todos os usuários do Ipasgo foram mantidos.
“O Ipasgo não ficará mais dependente do governo de ocasião”, afirma o governador Ronaldo Caiado, que em setembro já indicava que o Ipasgo receberia a certificação, que reforça a conformidade da operadora às exigências regulatórias. Publicação no Diário Oficial da União (DOU) deve ser feita oficializando o novo registro.
O governador garantiu a permanência dos quase 10 mil beneficiários de 14 entidades que antes não eram elegíveis a continuar no Ipasgo Saúde. As negociações de Caiado com a presidência da ANS garantem que esses beneficiários sigam sendo atendidos pelo Ipasgo, mas em regime de extinção, ou seja, ficam impedidas novas adesões dos servidores federais em Goiás e celetistas.
A ANS determinou que a operadora Ipasgo Saúde apresente um novo modelo de plano assistencial aos seus beneficiários no prazo de 30 dias, além de formalizar o registro de todos os planos vigentes. O presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, comemora: “Agora, conseguimos mudar de patamar”.
O Termo de Compromisso firmado estabelece que, ao longo dos próximos 360 dias, o Ipasgo Saúde deverá cumprir rigorosamente as normas relativas à contabilidade, capital base e provisões técnicas exigidas pela ANS. A adesão a essas exigências encerra um processo de diligências iniciado em março deste ano, quando o pedido de registro foi protocolado.
Desde então, o Ipasgo Saúde tem promovido uma série de ajustes e implementado novas práticas de gestão para atender às regulamentações da ANS. Entre as principais mudanças estão melhorias na governança, o fim da vinculação entre o atendimento e o pagamento de coparticipações, além da introdução do boleto bancário como uma opção alternativa de pagamento.
“A transformação de autarquia para operadora de saúde requer mudanças profundas na cultura e nos procedimentos internos”, concluiu Luz.
Entenda o caso
No início do processo de solicitação do registro, houve possibilidade de que quase 10 mil usuários do plano ficassem sem atendimento. O cancelamento dos planos dos servidores federais seria uma forma de adequar o Ipasgo à legislação federal. Em Goiás, seriam 9.877 beneficiários excluídos de 14 instituições no estado de Goiás.
Na época, o Ipasgo enviou nota dizendo que as mudanças seriam necessárias para atender ao artigo 1º da Lei Estadual nº 21.880/2023 e, assim, a elegibilidade das Entidades Patrocinadoras, o que impossibilita manter a prestação de serviços a órgãos federais”.
Na época, o Ipasgo Saúde reforçou que “tem se posicionado, perante a ANS, de forma reiterada, pela manutenção da assistência a todos os beneficiários inscritos no SSA, porém, até o momento não logramos êxito”. Movimentos sindicalistas denunciaram a exclusão unilateral de milhares de servidores, ignorando o tempo de fidelidade aos planos do Ipasgo.
A justificativa apresentada à época para essa exclusão foi a de que, segundo o artigo 12 da Resolução Normativa nº 137/2006, “essas entidades não apresentam correlação de atividades com o Poder Público Estadual para a continuidade da prestação de serviço”.
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CANAL COM Q
Internações, cirurgias e realização de exames aumentam e impulsionam o mercado de dispositivos médicos
Foram abertos 3.511 postos de trabalho na área, alta de 2,4%. Segmento de 'reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro' foi o que mais cresceu
ABIIS
Dados do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) mostram um crescimento de 7,9% no consumo de produtos médico-hospitalares, no Brasil, nos seis primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2023. O setor também contratou mais. Foram abertas 3.511 vagas nas atividades industriais e comerciais, uma alta de 2,4%. Agora são 148.108 trabalhadores nesse mercado, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica.
O segmento com a alta mais significativa foi o de 'reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro', 22%, seguido de 'próteses e implantes - OPME', 4,2%, e 'materiais e equipamentos para a saúde', 2,8%. "O resultado mostra que o setor de dispositivos médicos tem suprido prontamente o sistema de saúde com os produtos necessários à intensificação no atendimento à população, nas suas necessidades, principalmente no tocante a diagnósticos em laboratórios clínicos, realização de testes rápidos (como a dengue) e exames de imagem. Também tem dado suporte com os produtos, materiais e equipamentos para a expansão da rede de atendimento privada", analisa o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
Apesar da demanda por dispositivos médicos ter aumentado, no primeiro semestre, a produção nacional recuou 0,7%. Quem supriu boa parte desta necessidade foram os produtos importados. O Brasil comprou 14,4% mais da indústria estrangeira do que nos seis primeiros meses do ano passado, totalizando US$ 3,9 bilhões. As exportações também cresceram: 11,6%, somando US$ 408 milhões.
Internações, cirurgias e exames
Entre janeiro e junho, foram realizadas 6,8 milhões de internações, no SUS, cerca de 4,5% acima do verificado no mesmo período de 2023. Houve um crescimento de 21,5% nas internações para 'métodos de diagnósticos em especialidades' e de 3,2% para 'tratamentos clínico (outras especialidades)', onde vale alertar para o aumento de 8,6% nas internações para 'tratamentos de doenças bacterianas'.
As cirurgias também apresentaram alta de 7,9%, em relação ao mesmo período de 2023. Foram realizadas 2,98 milhões de procedimentos. 'Cirurgia do aparelho da visão' cresceu 23,9%, 'pequena cirurgia e cirurgia de pele, tecido subcutâneo e mucosa' teve aumento de 18,0% e 'bucomaxilofacial' incremento de 16,7%.
Também foram realizados 7,4% mais exames no SUS, no primeiro semestre, totalizando 655.403 milhões. Destaque para o aumento de 17,5% no 'diagnóstico por tomografia' e de 12,3% nas 'ressonâncias magnéticas'.
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Assessoria de Comunicação
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DESTAQUES
Clínica de Goiânia oferece exames gratuitos e orientações sobre os cuidados com o coração
ONU contra os micróbios resistentes
Anvisa prorroga proibição sobre uso de produtos à base de fenol
Experiência humanizada: para atrair e reter é preciso conhecer o seu paciente
PUC TV
Clínica de Goiânia oferece exames gratuitos e orientações sobre os cuidados com o coração
https://www.youtube.com/watch?v=b4Khq5WPayM
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O GLOBO
ONU contra os micróbios resistentes
No dia 26 de setembro, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas foi palco da assinatura da Declaração Política da Reunião de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana. Cento e noventa e dois países assinaram um termo de compromisso para lidar com o problema, considerado uma das dez mais importantes ameaças à saúde publica global pela Organização Mundial da Saúde.
Resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas que afetam a saúde humana deixam de responder a medicamentos que antes eram eficazes para combatê-los, comprometendo ou impedindo o tratamento, aumentando o risco de propagação de doenças e de que essas doenças evoluam para quadros graves ou morte do paciente.
Casos de resistência são muito bem documentados em bactérias multirresistentes (multi-R), que podem se tornar resistentes a diversas classes de antibióticos, deixando os médicos sem opção de tratamento. É curioso - e triste - constatar que antibióticos, juntamente com vacinas e saneamento básico, mudaram completamente o panorama das doenças infecciosas no último século, e que agora corremos o risco de voltar a ser vulneráveis a doenças que já pareciam conquistadas, se não agirmos globalmente e de forma organizada.
Estudo publicado no periódico Lancet estima que o número de mortes por bactérias multi-R pode chegar a 1,9 milhão ao ano em todo o mundo até 2050, um aumento de 67% em relação a projeção anterior, de 2021. Dados da OMS apontam que em 2019, 4,95 milhões de mortes foram associadas a infecções bacterianas resistentes a medicamentos, incluindo 1,27 milhão de mortes diretamente atribuíveis à resistência bacteriana antimicrobiana, 20% das quais foram de crianças menores de cinco anos.
Neste sentido, a declaração da ONU é muito bem- vinda, e audaciosa. Propõe reduzir o número de mortes por resistência antimicrobiana em 10% até 2030, pede investimento de US$ 100 milhões no Fundo Global de Resistência Antimicrobiana, com o intuito de garantir que ao menos 60% dos países signatários consigam elaborar planos de ação nacionais até 2030. A declaração ressalta que também é necessário investir em vacinas e saneamento básico, e no controle do uso e descarte de antibióticos de uso médico, veterinário, e na agricultura.
Mas a declaração acaba sendo pouco mais do que uma carta de boas intenções, e nem é a primeira. Existe uma declaração anterior, de 2016, que já trazia discurso e compromissos muitos parecidos.
Nestes oito anos, o que houve foi principalmente a criação de órgãos de colaboração. Claro que os órgãos precisam ser criados, e hoje temos o Grupo de Lideres Globais para Resistência Antimicrobiana, lançado em 2020, e a Secretaria Conjunta Quatripartite, composta pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, OMS, Organização Mundial de Saúde Animal e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A Secretaria Quatripartite ficou encarregada de atualizar o Plano Global de Ação sobre Resistência Antimicrobiana até 2026.
Apesar do progresso, é preocupante constatar como são parecidas as declarações de 2016 e 2024. Verbos e locuções como "reconhecemos", "admitimos", "notamos com preocupação o" e "reafirmamos" parecem clonados de uma declaração para outra. Reconhecer o problema e preocupar-se com ele são um ótimo primeiro passo, mas quando reaparecem no lugar do segundo passo, acendem um sinal de alerta.
Parece haver conscientização suficiente entre os signatários de que este é um problema global gravíssimo. E como todo problema global que depende de soluções locais coordenadas, é um tremendo desafio. Resta esperar que a declaração não fique só nas intenções, e que a próxima reunião traga resultados concretos.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa prorroga proibição sobre uso de produtos à base de fenol
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União uma resolução que prorroga a proibição da fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e do uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
Em nota, a Agência informou que a nova resolução foi editada diante do término da vigência da medida cautelar publicada junho e que já proibia os produtos. À época, a decisão foi adotada após a morte de um jovem de 27 anos em São Paulo por complicações provocadas por um peeling de fenol.
“O caso específico do fenol continua sendo avaliado e investigado pela Anvisa, que analisa as evidências científicas disponíveis e as informações encaminhadas por entidades de classe e associações da área de saúde, em resposta às diligências realizadas pela Agência. Contudo, como esse trabalho ainda está em andamento, foi necessária a publicação da medida preventiva.”
Segundo o comunicado, permanecem autorizados produtos devidamente regularizados na agência “para as exatas condições de registro”, além de produtos usados em laboratórios analíticos ou de análises clínicas. A lista de produtos contendo a substância fenol em sua formulação e que estão regularizados pode ser conferida aqui.
Entenda
O peeling de fenol é um procedimento autorizado no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ele é indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida.
A técnica – executada de forma correta e seguindo as orientações – traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas. A entidade, entretanto, considera o procedimento invasivo e agressivo e diz que a realização em toda a face demanda extrema cautela.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) defende que procedimentos estéticos invasivos como o peeling de fenol sejam realizados apenas por médicos, preferencialmente com especialização em dermatologia ou cirurgia plástica, de forma a garantir ao paciente atendimento com competência técnica e segurança.
Ainda de acordo com o Conselho, todo procedimento estético invasivo, mesmo realizado por médicos, deve ser realizado em ambiente preparado, com obediência às normas sanitárias e com estrutura para imediata intervenção de suporte à vida em caso de intercorrências.
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MEDICINA S/A
Experiência humanizada: para atrair e reter é preciso conhecer o seu paciente
Ebook gratuito da Doctoralia explica como usar as soluções tecnológicas para simplificar a experiência do paciente e, assim, aproximá-lo mais rapidamente do seu consultório.
As preferências do paciente enquanto consumidor de serviços de saúde mudaram bastante nos últimos anos. Diante das novidades, o setor de saúde teve que se reinventar e criar estratégias para atender a esse novo público. O termo “paciente digital”, por exemplo, surgiu devido ao avanço da tecnologia e está relacionado à pessoa que utiliza a internet para coletar informações sobre doenças e tratamentos, solucionar possíveis dúvidas, escolher profissionais, realizar agendamentos de consultas e ainda participar de lives e debates.Mas, qual o perfil dessas pessoas? Existem características em comum entre elas?
De acordo com a pesquisa “Perfil do Paciente Digital”, feita pela Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo, a faixa etária predominante entre os usuários sempre foi de 25 a 34 anos, entre os períodos de 2018 a 2023, sendo que em 2018 essa taxa foi de 38%, enquanto em 2023 foi de 26,1%. Porém, houve um aumento no número de usuários mais jovens, entre 18 a 24 anos, sendo 11% em 2018 e 22,5% em 2023. Outro índice que chamou atenção foi o crescimento de pessoas da melhor idade, conhecido como os 65+, passando de 3% em 2018 para 6,1% em 2023.
Agora, com esses dados em mãos, é possível criar estratégias assertivas para engajar esses pacientes em cada passo da sua jornada, que ocorre em oito etapas diferentes:
Durante o agendamento e check-in da consulta, a tecnologia também tem um papel muito importante e ajuda a engajar os pacientes , pois por meio de plataformas digitais é possível enviar mensagens e lembretes, como data, horário e endereço do consultório, nome do médico e até mesmo informações que envolvem os pacientes, como tratamentos, dicas e orientações importantes e assertivas para cada caso.
Por fim, vale destacar que essas são apenas algumas ações que humanizam a relação entre médico e paciente e permitem que o serviço seja oferecido de forma personalizada, colocando assim as pessoas no centro de toda a jornada e dando toda a atenção necessária em cada momento, a fim de melhorar a experiência e o engajamento entre todas as partes envolvidas.
Clique aqui para fazer o download gratuito do ebook: https://pro.doctoralia.com.br/recursos-gratuitos/ebook/como-usar-a-tecnologia-para-facilitar-a-jornada-do-paciente/form?utm_source=&utm_medium=footer-banner&utm_campaign=br_doc-fac_mal_branded-content-sep
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Assessoria de Comunicação