CLIPPING AHPACEG 13/06/25
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DESTAQUES
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
INSPIRED NEWS
Aumento da participação feminina em planos de saúde revela novas demandas
O número de mulheres nos planos de saúde atinge 27,6 milhões, sendo 53% do total, com destaque para as faixas etárias mais velhas, segundo dados do IESS.
Um novo levantamento revelou que a participação feminina nos planos de saúde atingiu um número recorde, com 27,6 milhões de mulheres beneficiárias, o que representa 53% do total de 52,3 milhões de vínculos na saúde suplementar. Essa análise, realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra um crescimento significativo desde 2014, quando 26,6 milhões de mulheres estavam cadastradas.
Entre 2020 e 2025, o crescimento do número de mulheres com acesso a planos médico-hospitalares foi de 9,2%. A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que mais cresceu, com um aumento impressionante de 27,6%. Outras faixas etárias que apresentaram aumento significativo foram as de 75 a 79 anos, com 24,4% de crescimento, e 40 a 44 anos, com 21,9%. O relatório do IESS destaca que os planos coletivos empresariais são os mais predominantes, abrangendo 69,2% dos vínculos femininos, o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de mulheres.
A região Sudeste do Brasil se destaca como a que concentra o maior número de beneficiárias, representando 59,6% do total. Nesse contexto, São Paulo aparece como líder, com 9,7 milhões de mulheres com planos médico-hospitalares, seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com cerca de 3 milhões, e pelo Paraná, com 1,7 milhão de beneficiárias. José Cechin, superintendente executivo do IESS, aponta que esses números refletem a forte dependência da saúde suplementar em relação ao mercado de trabalho formal. Além disso, ele destaca que a preocupação das mulheres com a saúde é um fator importante que as leva a buscar esse benefício. "A necessidade e o uso de um plano tendem a ser maior do que para os homens", afirma.
Ainda segundo dados do governo federal, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro aumentou para 40,6%, totalizando 7,7 milhões de mulheres, apesar da persistente desigualdade salarial, onde elas ganham em média 20,9% a menos que os homens. O IESS não analisou se essa maior participação das mulheres nos planos de saúde está relacionada a custos médicos mais elevados. A médica Ana Maria Malik, coordenadora do FGV Saúde, sugere que isso pode ser um fator a ser considerado, especialmente para a faixa etária que mais cresceu em vínculos, a de 45 a 49 anos, que coincidentemente é uma fase marcada pelas mudanças hormonais e pela menopausa, levando muitas mulheres a buscar assistência médica.
Na faixa etária de 75 a 79 anos, também há um aumento significativo na procura por serviços de saúde. Malik cita que, acima dos 70 anos, as mulheres tendem a utilizar mais o sistema de saúde, dado que elas são demograficamente mais numerosas e, culturalmente, possuem um cuidado maior com sua saúde.
Martha Oliveira, CEO do Grupo Laços e que já ocupou um cargo de direção na ANS, ressalta a necessidade de o setor de saúde suplementar se adaptar a essa feminização. Ela destaca que, acima dos 60 anos, a proporção é de 7,1 homens para 8,1 mulheres e, acima dos 80 anos, a relação é ainda mais acentuada, com 1,9 homem para 3,4 mulheres. Tradicionalmente, o público feminino sempre foi associado à obstetrícia e aos partos, mas a realidade atual exige abordagens e programas de cuidado diferentes.
Oliveira também menciona um aumento de mulheres que vivem sozinhas, destacando uma epidemia de solidão que precisa ser tratada como um fator de risco, assim como hipertensão e outras condições. A falta de uma abordagem focada na medicina preventiva, especialmente para um envelhecimento saudável, é uma preocupação, segundo Malik. Ela acredita que o setor de saúde suplementar deve se atentar mais a esses aspectos, visto que a medicina preventiva não é uma prioridade, exceto para alguns planos que se especializam em atender ao público idoso.
O envelhecimento populacional é uma realidade que muitos sistemas de saúde no mundo estão abordando de forma proativa, enquanto o Brasil ainda oferece serviços sem considerar essas mudanças. Oliveira alerta que a abordagem tradicional de tratar doenças crônicas não será eficaz, pois isso pode resultar em custos elevados e cuidados inadequados.
Com a crescente presença de mulheres idosas no sistema de saúde suplementar, há um aumento potencial nos casos de osteoporose e riscos de quedas e fraturas. Prevenir esses problemas por meio de exercícios e programas de saúde deve ser uma prioridade para o setor, segundo Oliveira. Ela enfatiza que a prevenção precisa ser iniciada a partir dos 30 ou 40 anos, com foco na manutenção da mobilidade e prevenção de quedas, assegurando que as mulheres envelheçam de forma saudável e com menos custos associados tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde.
A situação atual dos planos de saúde e a participação crescente das mulheres traz à tona a necessidade de reavaliar as políticas e práticas dentro da saúde suplementar, assegurando que as mudanças demográficas sejam acompanhadas por um atendimento que considere a saúde integral e as especificidades de cada faixa etária.
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PORTAL SAÚDE DIGITAL NEWS
Saúde pública e tecnologia: como a transformação digital pode beneficiar a população
A saúde pública no Brasil está em constante evolução, e a tecnologia surge como uma aliada essencial para melhorar a eficiência, a qualidade e o acesso aos serviços de saúde. Neste cenário, falar sobre a transformação digital como um apoio da gestão e da população é falar do futuro.
De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2024, 90% dos estabelecimentos de Saúde Pública do Brasil utilizam hoje um sistema eletrônico para registro das informações do paciente. O número representa uma evolução, mas a transformação digital vai além do registro apenas. Os próximos passos, como a massificação da telemedicina, a integração entre sistemas e a presença da inteligência artificial ainda serão discutidos.
Neste cenário, a MV, líder em desenvolvimento de tecnologia para a saúde, estará presente no Congresso Conasems, reforçando seu compromisso com a inovação e a eficiência na gestão pública de saúde. Com soluções que integram dados clínicos, administrativos e epidemiológicos, a MV contribui para a tomada de decisão estratégica, permitindo que gestores municipais ofereçam um atendimento mais ágil e preciso à população.
"Estamos em um momento crucial para a saúde pública, onde a tecnologia não é mais um diferencial, mas uma necessidade. Mais do que a existência de um computador em uma sala, buscamos trazer a transformação completa, chegando até a palma da mão do cidadão. Temos exemplos pelo Brasil, como no caso do Hospital Geral do Grajaú, 00% SUS, além de unidades estaduais de Goiás e exemplos de municípios, que tiveram uma grande transformação no atendimento e na celeridade dos processos com a tecnologia", destaca Francisco Figueiredo, Diretor Corporativo de Operações da MV.
O Congresso do Conasems reunirá secretários municipais de saúde, especialistas e representantes do setor para debater os desafios e oportunidades da saúde pública no país. A participação da MV no evento reforça a importância da transformação digital como caminho para uma assistência mais eficiente, humana e sustentável.
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METROPOLES
Grupo acusado de fraude na Lei Rouanet recebe R$ 64 milhões da Saúde
Grupo farmacêutico envolvido em esquema de irregularidades na Lei Rouanet assinou contrato de R$ 64 milhões com o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde contratou por R$ 64,5 milhões, em janeiro deste ano, o grupo farmacêutico Takeda para fornecer concentrado de fator de coagulação, medicamento essencial no tratamento de distúrbios hemorrágicos como a hemofilia.
O acordo foi celebrado mesmo após o grupo ter sido multado em R$ 3,2 milhões pela Controladoria-Geral da União (CGU), em 2023, por desvio de finalidade e uso indevido de renúncia fiscal por meio da Lei Rouanet.
2 imagens Fechar modal. 1 de 2 Contrato foi firmado na gestão da ex-ministra Nísia Trindade Reprodução 2 de 2 CGU e PF atuaram em conjunto para desarticular fraude Reprodução
A penalidade aplicada à Takeda teve como base as investigações da Operação Boca Livre, deflagrada pela Polícia Federal, em 2017, durante a gestão do então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
As apurações revelaram que a Nycomed Produtos Farmacêuticos - incorporada pela Takeda em 2011 - utilizou recursos públicos destinados a projetos culturais para financiar ações de interesse corporativo, contrariando os objetivos da legislação de incentivo.
Os atos investigados ocorreram entre 2008 e 2011, quando a Nycomed ainda operava como empresa independente.
No entanto, a Takeda foi responsabilizada administrativamente após incorporar a companhia.
A CGU concluiu que houve desvio de finalidade dos recursos incentivados, originalmente destinados à promoção cultural, e que acabaram sendo direcionados a atividades promocionais da farmacêutica.
Entre as ações custeadas irregularmente, estão a celebração dos 60 anos da companhia e a produção de livros institucionais utilizados em campanhas internas.
Esses eventos foram viabilizados por meio do patrocínio de três projetos culturais - dois shows e uma publicação - que, segundo a CGU, foram descaracterizados para atender a interesses comerciais, prática expressamente vedada pela Lei Rouanet.
A CGU apontou que a empresa se valeu de interpostas pessoas jurídicas e físicas, configurando uma tentativa de ocultar sua participação direta.
Os nomes citados foram a empresa Vision Mídia e Propaganda e a pessoa física Kátia dos Santos Piauy, ambas ligadas ao chamado Grupo Bellini Cultural.
Ainda conforme o relatório, o Grupo Bellini atuava como intermediário e executor de projetos financiados com recursos incentivados.
A CGU afirma que a Takeda celebrou acordos com o grupo para direcionar os recursos públicos a objetivos corporativos.
A Vision e Kátia Piauy teriam viabilizado a apresentação e execução das propostas junto ao então Ministério da Cultura.
A CGU também destacou que a Takeda já possuía um histórico consolidado no uso da Lei Rouanet, com mais de 70 projetos aprovados entre 1999 e 2015, totalizando mais de R$ 9 milhões em aportes.
Esse contexto, segundo o órgão de controle, enfraqueceu a alegação de desconhecimento da legislação ou erro de interpretação.
O que diz a empresa
Em sua defesa, a Takeda alegou boa-fé, disse ter sido induzida ao erro pelo Grupo Bellini e destacou o pagamento voluntário dos tributos relacionados aos projetos investigados. Negou, ainda, ter participado de qualquer plano fraudulento.
A CGU, no entanto, rejeitou os argumentos e concluiu que houve fraude na destinação dos recursos públicos para fins privados.
Procurado pela coluna, o grupo Takeda declarou que cumpriu integralmente todas as determinações da CGU, encerrando o processo.
"Na ocasião, a empresa colaborou com as investigações e cumpriu a penalidade aplicada, reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência.
Ressaltamos que não houve, em nenhum momento, qualquer impedimento para que a empresa continuasse fornecendo medicamentos ao governo brasileiro.
Os contratos são firmados em total conformidade com a legislação e os trâmites legais, refletindo o compromisso da Takeda em contribuir para o acesso à saúde no Brasil."
O que diz o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que a Takeda Distribuidora participou regularmente do Pregão Eletrônico nº 90112/2024, destinado ao fornecimento de concentrado de fator de coagulação IX, tendo atendido a todos os critérios técnicos e jurídicos estabelecidos no edital e se sagrado vencedora.
"Para participar de processos licitatórios, é exigido o cumprimento de uma série de requisitos legais e documentais. A empresa apresentou toda a documentação necessária e não possuía qualquer restrição nos cadastros oficiais consultados, como o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS), Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados do Setor Público Federal (CADIN), certidão do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros."
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Assessoria de Comunicação