Postado em: 02/06/2025

CLIPPING AHPACEG 31/05 A 02/06/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Rafael Martinez é o novo presidente do Cremego

https://www.foconacional.com.br/2025/06/rafael-martinez-e-o-novo-presidente-do.html

Consulta em até 14 dias e exames em até 10: veja prazos obrigatórios dos planos de saúde e saiba como agir

https://g1.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2025/06/02/consultas-prazos-obrigatorios-dos-planos-de-saude-como-agir.ghtml

Setor de serviços médicos lidera denúncias de assédio por gestores

https://medicinasa.com.br/denuncias-assedio/

Setor médico enfrenta nova escalada nos custos operacionais

https://medicinasa.com.br/custos-setor-medico-24/

Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde

https://medicinasa.com.br/saude-digital-obstaculos/

Cremego abre concurso com salário de até R$ 6,1 mil

https://ohoje.com/2025/06/02/cremego-abre-concurso-com-salario-de-ate-r-61-mil/

Dados na telemedicina: importância da segurança das informações

https://maislaudo.com.br/blog/dados-na-telemedicina/

FOCO NACIONAL

Rafael Martinez é o novo presidente do Cremego

Em plenária realizada na quinta-feira, 30, os conselheiros do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) elegeram a nova diretoria da instituição para a gestão junho/2025 a janeiro/2027. O médico oftalmologista Rafael Cardoso Martinez é o novo presidente do Conselho.

A nova diretoria é composta por:

Rafael Cardoso Martinez - Presidente

Vagner Ruiz Gil – 1º vice-presidente;
João Anastácio Dias – 2º vice-presidente;
Sheila Soares Ferro Lustosa Victor – 1º secretária;
Ruy Rocha de Macedo – 2º secretário;
Fernando Henrique Abrão Alves da Costa – 1º tesoureiro;
Adriano Jaime Consorte Loyola – 2º tesoureiro.

Durante a plenária, a ex-presidente, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, que deixou o cargo em 31 de maio, apresentou o relatório de sua gestão, apontando o cumprimento de 90% dos compromissos de campanha e desejando sucesso ao novo presidente.

O relatório, na íntegra, com todas as ações realizadas, está disponível no site do Cremego: www.cremego.org.br. O documento também aponta um aumento expressivo nas atividades do Conselho nos últimos meses com resultados positivos para a classe médica.

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PORTAL G1

Consulta em até 14 dias e exames em até 10: veja prazos obrigatórios dos planos de saúde e saiba como agir

Resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar determina prazos máximos para que convênios atendam clientes; g1 explica como recorrer para que sejam cumpridos.

Planos de saúde devem marcar consultas, exames e procedimentos em prazos curtos determinados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A resolução existe desde 2011 e foi atualizada em 2023, mas ainda é pouco conhecida pelos beneficiários dos convênios.

Consultas básicas, que englobam as especialidades de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia devem ser marcadas em até sete dias. As demais especialidades devem obedecer o prazo de 14 dias.

Mãe de um menino autista, a empregada doméstica Rosilene Moreira tentava há dois anos marcar um psiquiatra para o filho, que é autista e tem nove anos.

Rosilene, que é beneficiária da Amil, conta ao g1 que a consulta com o especialista é parte do tratamento do menino, que precisa de uma equipe multidisciplinar para cuidar de sua condição. A demanda para outras especialidades –terapia ocupacional e neurologia– também levou longos meses para ser atendida.

Quando conseguiu a terapia, Rosilene diz ter sido encaminhada para uma clínica em Interlagos, na zona sul de São Paulo, a 60 quilômetros de onde ela mora, em Franco da Rocha, na região metropolitana. Ela demora cerca de 2h30 de transporte público para chegar, trajeto que deixa o menino estressado.

O neurologista, que foi marcado depois de cerca de um ano de tentativas, foi uma péssima experiência, segundo ela.

“Quando finalmente consegui levar meu filho ao neurologista, esse médico prescreveu zolpidem para um menino de nove anos. Não sabia que era proibido para menores de 18 anos, e passei a dar o medicamento para o meu filho, que ficou totalmente desestabilizado”, ela conta.

O hemitartarato de zolpidem é um hipnótico recomendado para um tratamento a curto prazo de insônia crônica. Ele não tem qualquer indicação a crianças, muito menos a condições relacionadas ao autismo. Rosilene, então, desistiu. Hoje, paga R$ 600 para levar o garoto a um neurologista particular.

O g1 procurou a Amil, plano de saúde de Rosilene. Após o contato da reportagem, o convênio agendou a consulta do filho dela. Em nota, a empresa disse que “agendou com a mãe a realização da consulta em São Paulo, uma vez que no município de Franco da Rocha, em que o beneficiário reside, há uma carência de serviços dessa especialidade.”

ANS determina prazos máximos para marcar procedimentos

A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) obriga planos de saúde a concederem um prazo máximo para atendimento a beneficiários. A Pasta determina, ainda, que esses especialistas estejam localizados na mesma cidade do paciente.

Desde a pandemia de coronavírus, a ANS percebeu um aumento de 450% no número de reclamações.

Nos últimos dez anos, a Pasta interferiu em mais de 230 mil demandas de beneficiários, acelerando os processos de planos de saúde. Conheça os prazos máximos determinados pela ANS:

Consulta básica (pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia): 7 dias.

Consulta, demais especialidades: 14 dias.

Consulta/sessão com fonoaudiólogo: 10 dias.

Consulta/ sessão com nutricionista: 10 dias.

Consulta/ sessão com psicólogo: 10 dias.

Consulta/ sessão com terapeuta ocupacional: 10 dias.

Consulta/ sessão com fisioterapeuta: 10 dias.

Consulta/ sessão com enfermeiro obstetra: 10 dias.

Consulta e procedimentos realizados em clínica com cirurgião-dentista: 7 dias.

Exames de análises clínicas em laboratório: 3 dias.

Demais exames em laboratório: 10 dias.

Terapia em regime ambulatorial: 10 dias.

Procedimentos de alta complexidade: 21 dias.

Atendimento em regime de internação eletiva: 21 dias.

Atendimento em regime de hospital-dia: 10 dias.

Tratamentos oncológicos em casa (incluindo medicamentos que controlam efeitos colaterais): 10 dias.

Tratamentos contra o câncer iniciados em hospital que precisam ser continuados em casa ou em clínica: 10 dias.

Urgência e emergência: imediato

“Acionar a ANS dá resultado”

A doula Janaína Martins costuma acionar a ANS para resolver os prazos absurdos que, segundo ela, seu antigo convênio, o São Cristóvão, costumava dar. Ela conta à reportagem que tentou marcar uma consulta com um neurologista para a filha, de um ano, e a espera ultrapassava dois meses.

“Eu trabalhava com uma advogada especialista em saúde que me orientou a fazer o processo. Pedi o protocolo ao plano, acionei a ANS e no dia seguinte recebi um e-mail com um horário disponível em uma clínica. Mas não compareci porque as avaliações da clínica eram péssimas”, conta.

“Em outro momento, precisei fazer uma avaliação neuropsicológica e a espera era de seis meses. Fiz o mesmo procedimento, acionei a ANS no dia 24 de agosto. Em 30 de agosto eu comecei a avaliação neuropsicológica”, diz.

“Acionar a ANS é simples e dá resultado. É importante que clientes de plano de saúde saibam disso.”

Como proceder se prazos não forem cumpridos

Ao acionar o plano de saúde, ele deve conceder opções de datas compatíveis com os prazos máximos. Caso isso não aconteça, a ANS recomenda:

Peça ao convênio o protocolo de atendimento. Ao entrar em contato com o plano de saúde para solicitar a marcação, anote o número de protocolo. A operadora é obrigada a fornecê-lo. Esse número é a prova de que a solicitação foi feita e de quando foi feita.

Entre em contato com a ouvidoria do plano. Se o prazo expirar e a operadora não agendar o serviço, o próximo passo é acionar a ouvidoria do plano de saúde. Explique a situação, fornecendo o protocolo do atendimento inicial. A ouvidoria tem um prazo para dar uma resposta.

Acione a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Caso a ouvidoria do plano não resolva o problema ou não ofereça solução satisfatória dentro do prazo, o beneficiário deve registrar uma reclamação diretamente na ANS.

Registre a reclamação. É possível registrar a reclamação online, pelo site da ANS (www.gov.br/ans/pt-br), pelo telefone (0800 701 9656) ou presencialmente em um dos núcleos da ANS.

Cheque as informações necessárias. Tenha em mãos os dados, os dados do plano, o número de protocolo do atendimento no plano de saúde e da ouvidoria, além de uma descrição detalhada do problema (de qual serviço precisa, quando solicitou, e a falta de agendamento).

Problema deve ser resolvido em menos de uma semana. Se, mesmo após acionar a ANS, o plano não cumprir a determinação e o usuário for obrigado a pagar pelo serviço por conta própria (em um prestador particular, por exemplo), a operadora terá de reembolsar integralmente, incluindo possíveis despesas com transporte, em até 30 dias a partir da sua solicitação de reembolso.

Reembolso também vale se a operadora não marcar a consulta. O mesmo vale para os casos em que a operadora não fornecer um prestador em sua rede ou em municípios próximos e o usuário tiver que buscar atendimento por conta própria.

O que dizem convênios e ANS

À reportagem, o São Cristóvão, antigo convênio de Janaína, afirma que “atua fortemente para proporcionar um atendimento humanizado, ético e de qualidade, e que todos os processos seguem rigorosamente os protocolos e normas estabelecidos pelos órgãos reguladores.”

“Reforçamos nosso compromisso com a transparência e nos colocamos à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários pelos nossos canais oficiais de atendimento”, diz a empresa, em nota. "Sobre o caso informado pela reportagem, devido à limitação de dados e informações, não localizamos registros sobre a manifestação da interlocutora”, conclui.

Também em nota, a ANS explica que “em qualquer caso em que o consumidor tenha dificuldade quanto ao seu atendimento, ele ou seu representante legal deve procurar, inicialmente, sua operadora para que resolva o problema. Caso não tenha a questão resolvida, registre reclamação junto à ANS nos seguintes Canais de Atendimento:

Disque ANS (0800 701 9656). Atendimento telefônico gratuito, de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h, exceto feriados nacionais;

Formulário eletrônico. Fale Conosco na Central de Atendimento ao Consumidor;

Central de atendimento para deficientes auditivos. 0800 021 2105;

Núcleos da ANS existentes nas cinco regiões do país.

“É importante pontuar que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a oferecer todos os procedimentos previstos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde para atendimento integral da cobertura prevista, de acordo com a segmentação assistencial, área geográfica de abrangência e de atuação do produto, dentro dos prazos definidos pela ANS, não sendo permitida, sob qualquer alegação, a negativa indevida de cobertura assistencial."

"Para garantir a assistência oferecida nos seus produtos, as operadoras devem formar uma rede de prestadores, seja própria ou contratualizada, compatível com a demanda e com a área de abrangência do plano, respeitando o que foi contratado, sendo imputada a elas a responsabilidade por eventuais falhas na formação desta rede”, conclui a Pasta.

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MEDICINA S/A

Setor de serviços médicos lidera denúncias de assédio por gestores

A 10ª edição da Pesquisa Nacional dos Canais de Denúncias, da Aliant, empresa especializada em soluções para Governança, Compliance, Ética, Privacidade e ESG, e pertencente à holding ICTS, revelou que o setor de serviços médicos foi o mais denunciado em 2024, concentrando 22,3% de todos os relatos registrados por canais independentes. O dado acende um alerta sobre o ambiente organizacional de hospitais, clínicas e empresas da área da saúde, onde 57,4% das denúncias dizem respeito a assédio e condutas inadequadas de líderes e gestores.

Os dados fazem parte do Panorama Setorial dos Canais de Denúncias – 2ª edição, publicação técnica da Aliant baseada em mais de 8 mil denúncias anonimizadas, recebidas entre janeiro e dezembro de 2024. O relatório analisa os principais setores econômicos e oferece insights acionáveis para líderes e gestores das áreas de integridade e compliance.

Além da alta concentração de relatos, o levantamento traz outros recortes preocupantes. Um deles mostra que 73% das denúncias partiram de mulheres e 67,5% foram realizadas de forma anônima, um forte indicativo de que o medo de retaliação ainda persiste e de que o canal é percebido como único espaço seguro para relatar irregularidades.

Apesar disso, o setor mantém um índice elevado de confiança no canal: o Net Trust Score (NTS) foi de 4,2, equivalente à média nacional, evidenciando que, mesmo diante de um cenário adverso, as colaboradoras acreditam na efetividade do sistema. Ainda assim, apenas 26,2% dos casos considerados procedentes resultaram em medidas disciplinares, número abaixo da média geral (32,8%). Nos casos mais graves, envolvendo assédio, preconceito e discriminação, apenas 20,3% resultaram em responsabilização formal.

“Quando vemos um volume alto de denúncias, principalmente contra lideranças, aliado à baixa taxa de responsabilização, temos um sinal de alerta: o canal está funcionando como termômetro de um ambiente ético fragilizado, mas o ciclo da integridade ainda não se fecha”, avalia Mauricio Fiss, Diretor Executivo da Aliant.

Outro dado relevante é o tempo médio de apuração das denúncias, que no segmento é de 43 dias (51 dias para denúncias qualificadas), indicador positivo que demonstra respostas mais rápidas em comparação com outros segmentos. No entanto, apenas 58% dos relatos foram considerados qualificados, abaixo da média geral (68%), o que sugere necessidade de mais clareza sobre como e o que denunciar.

Para a Aliant, os resultados reforçam a importância de não apenas ouvir, mas agir. “O canal de denúncias é um instrumento de transformação, desde que haja acolhimento, investigação qualificada e responsabilização. Sem isso, a confiança se quebra”, conclui Fiss.

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Setor médico enfrenta nova escalada nos custos operacionais

O setor médico e hospitalar brasileiro enfrenta, em 2024, uma nova escalada nos custos operacionais, com destaque para o aumento significativo dos preços dos medicamentos. Segundo o Boletim Informativo Planisa (BIP), os custos unitários hospitalares registraram aumentos em praticamente todas as áreas, ampliando os desafios de sustentabilidade financeira enfrentados por hospitais, operadoras de saúde e pacientes. Entre os principais fatores, o crescimento de 16,9% no custo com medicamentos se destaca como o mais expressivo, superando largamente a inflação oficial (IPCA), que foi de apenas 3,9% no mesmo período.

Esse avanço nos gastos reflete tanto os reajustes regulatórios quanto o uso crescente de medicamentos de alta complexidade, como imunobiológicos e agentes oncológicos. Em paralelo, os materiais hospitalares também apresentaram uma elevação considerável, com alta de 14,2% entre 2023 e 2024.

Além dos insumos, outras áreas críticas do atendimento hospitalar também tiveram aumentos relevantes. A hora do centro cirúrgico, por exemplo, subiu 15% no período, influenciada principalmente pelo aumento de 19% nos custos com pessoal não médico.

O custo por colaborador do centro cirúrgico aumentou 8%, enquanto os custos gerais e administrativos avançaram 15% e os custos absorvidos de apoio, 12%. Ainda que o número de cirurgias tenha crescido 6%, a taxa de ocupação das salas cirúrgicas caiu 9%, o que acentua o impacto do custo unitário.

Outros custos

No pronto-socorro, o custo médio por paciente atendido também registrou elevação expressiva de 17% entre 2023 e 2024. Essa alta foi puxada por um aumento de 10% nos custos com pessoal médico e não médico, além de uma elevação de 12% no custo médio por colaborador. Ao mesmo tempo, houve uma queda de 2% no número total de atendimentos, o que contribuiu para a elevação do custo por unidade de serviço prestado.

“Os serviços de diagnóstico também não escaparam da pressão inflacionária. O custo médio dos exames de raios X aumentou 22% em apenas um ano, influenciado por um crescimento de 18% nos custos gerais e de 12% com pessoal não médico. Mesmo com um aumento de 45% na produção desses exames, os custos por exame seguiram em alta. Esse movimento foi especialmente observado em unidades privadas sem fins lucrativos e geridas por organizações sociais de saúde (OSS), que apresentaram os maiores valores médios”, ressalta o diretor de Serviços da Planisa e especialista em custos hospitalares, Marcelo Carnielo.

Nas unidades de internação, os custos também seguiram em trajetória ascendente. A internação em unidades não críticas adultas teve aumento de 10,4% no custo médio, passando de R$ 882 em 2023 para R$ 974 em 2024. Já a UTI adulta apresentou crescimento mais moderado, de 3,3%, com o custo médio indo de R$ 2.424 para R$ 2.505. O cenário foi semelhante nas unidades pediátricas, com as internações não críticas para crianças subindo 11,1% e as UTIs pediátricas aumentando 8,5%. As UTIs neonatais também registraram alta de 3,3% nos custos, chegando a R$ 2.688.

Serviços

Outros serviços hospitalares de apoio, como lavanderia e alimentação, também registraram elevações. O custo médio por quilo de roupa processada cresceu 15% entre 2023 e 2024, sendo que nas unidades com lavanderia terceirizada os aumentos foram ainda mais acentuados: mão de obra terceirizada subiu 31%, materiais 33% e serviços gerais 15%. Já o custo por dia de alimentação do paciente aumentou de R$ 65 para R$ 73 no mesmo intervalo, uma elevação de 12,3%.

“Esses aumentos refletem uma combinação de fatores: reajustes salariais, pressão inflacionária, aumento do custo dos insumos médicos e impacto residual da pandemia, que ainda afeta a ocupação e a produtividade em várias unidades hospitalares. A taxa de ocupação, por exemplo, permanece abaixo dos níveis de 2019 em diversas áreas, o que reduz a diluição dos custos fixos e contribui para o aumento do custo unitário”, explica Carnielo.

Diante desse cenário, Carnielo pontua que há a necessidade de ações imediatas por parte dos gestores hospitalares e operadoras: renegociação de contratos com fornecedores, implementação de protocolos clínicos padronizados, revisão de processos administrativos e adoção de modelos de remuneração baseados em valor”, fala. “Além disso, o uso de ferramentas analíticas para monitorar custos e desempenho em tempo real pode ajudar a conter despesas e melhorar a previsibilidade orçamentária”, completa.

Na avaliação do especialista da Planisa, os resultados confirmas a continuidade de uma tendência preocupante no setor de saúde: os custos sobem mais rápido que a inflação, enquanto os níveis de ocupação e produtividade ainda se recuperam lentamente. “A sustentabilidade do sistema dependerá, cada vez mais, da eficiência na gestão hospitalar, da inovação em modelos de atenção e da capacidade de adaptação a um ambiente econômico e regulatório em constante transformação”, conclui.

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Tecnologia: Velhos problemas, novas soluções para a saúde

Não é novidade que a promessa da transformação digital na saúde brasileira sofre com vários obstáculos. Prontuários físicos e sistemas isolados e mal projetados mantiveram hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde em uma espécie de zona de estagnação tecnológica. Mas esse cenário finalmente começa a mudar — até mais rápido do que prevíamos — com a inteligência artificial (IA) generativa. Uma tecnologia que pode destravar caminhos, acelerar a reinvenção dos modelos de cuidado e até tornar aquilo que conhecemos como “padrão ouro” rapidamente obsoleto.

Para muitos médicos brasileiros, a insistência no uso de prontuários em papel não é apenas uma resistência ao novo; é, na verdade, uma escolha que fazem diante de sistemas antigos, pouco intuitivos e que impõem mais complicações do que soluções — e ainda roubam tempo da consulta que deveria ser gasto com o paciente. É aqui que a IA começa a se destacar, oferecendo fluxos de trabalho mais amigáveis que eliminam a necessidade de digitação manual e automatizam a coleta e análise de dados.

De acordo com o Mapa da Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros 2024, elaborado pela FOLKS, 62% das instituições reconhecem a importância da transformação digital em seus planos estratégicos. Ainda assim, apenas 18% contam com estratégias estruturadas. Ou seja, a lacuna entre discurso e prática é grande, mas a pressão por mudança cresce e a inteligência artificial pode ser o elo que faltava para transformar intenção em ação.

Desafios clássicos como interoperabilidade complexa, infraestrutura precária, pouco investimento em pesquisa e déficit na capacitação dos profissionais de saúde desafiaram gestores do setor por anos. Mas esses obstáculos não são mais tão intransponíveis quanto pareciam. A própria natureza da IA generativa, com sua grande capacidade de se adaptar a diferentes contextos e de lidar com dados estruturados (que correspondem a mais de 80% dos dados do setor), permite que soluções sejam construídas mesmo em cenários de baixa maturidade digital e que grandes saltos de geração de valor passem a ser frequentes.

A chave para a transformação é oferecer algo melhor, mais simples, mais eficiente e centrado no usuário. Profissionais sobrecarregados, que enfrentam jornadas exaustivas e lidam com múltiplas demandas, não precisam de mais sistemas sofisticados. Precisam, sim, de soluções que funcionem integradas à sua rotina clínica.

A IA pode e deve ser esse caminho. Um caminho que não exige que se adapte a prática clínica às limitações tecnológicas, mas que adapte a tecnologia à realidade de quem cuida. Com escuta, investimento e atenção às particularidades do sistema de saúde brasileiro, será possível abordar, sob novas perspectivas, os problemas antigos que insistem em perdurar.

*Fillipe Loures é médico e fundador da Voa Health.

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O HOJE

CREMEGO abre concurso com salário de até R$ 6,1 mil

Conselho de Goiás oferece 60 vagas para jornalista e contador

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEGO) publicou o edital do novo concurso público para 2025. A seleção oferece 60 vagas, sendo duas para provimento imediato e as demais para formação de cadastro de reserva. As oportunidades são destinadas a candidatos com nível superior de escolaridade, para os cargos de Contador e Assessor de Imprensa (Jornalista).

A organização do certame está sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Educação, Seleção e Tecnologia (Ibest). Os interessados poderão se inscrever exclusivamente pela internet, por meio do site www.institutoibest.org.br, das 9h de 26 de maio até as 23h59 de 26 de junho de 2025. A taxa de inscrição será de R$ 65 para o cargo de jornalista e R$ 58 para o cargo de contador, havendo possibilidade de isenção para inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea.

Vagas e salários

O edital oferta as seguintes vagas:

Assessor de Imprensa (Jornalista): 1 vaga imediata + 29 em cadastro de reserva. Remuneração de R$ 6.158,43, para 25 horas semanais.

Contador: 1 vaga imediata + 29 em cadastro de reserva. Remuneração de R$ 3.822,36, para 20 horas semanais.

Ambas as funções exigem formação superior na área correspondente e registro ativo e adimplente no respectivo conselho profissional.

Benefícios

Além do salário base, os aprovados terão direito aos seguintes benefícios:

Auxílio-alimentação: R$ 756,25;

Auxílio-creche: R$ 349,18 por filho menor de 6 anos;

Auxílio-saúde: conforme instruções normativas;

Auxílio-transporte: conforme legislação vigente;

Plano de carreira, cargos e salários.

Etapas da seleção

O concurso será composto por duas etapas:

Prova objetiva: de caráter eliminatório e classificatório. Composta por 50 questões de múltipla escolha, sendo:

20 questões de conhecimentos básicos: Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática e Atualidades;

30 questões de conhecimentos específicos da área do cargo.

A pontuação máxima da prova objetiva será de 80 pontos.

Avaliação de títulos: de caráter apenas classificatório. Serão pontuados títulos de pós-graduação, mestrado e doutorado. A nota máxima será de 10 pontos, mesmo que a soma dos títulos ultrapasse esse limite.

Requisitos para investidura

Entre os requisitos para investidura no cargo estão:

Ter nacionalidade brasileira ou portuguesa (nos termos legais);

Idade mínima de 18 anos;

Estar em dia com as obrigações eleitorais e, se do sexo masculino, com as militares;

Não acumular cargo público de forma irregular;

Ter aptidão física e mental para o exercício das atividades;

Não estar cumprindo sanção por inidoneidade em qualquer esfera da administração pública.

Aplicação das provas

As provas objetivas estão previstas para serem aplicadas em 27 de julho de 2025, em local e horário que serão divulgados posteriormente pela banca organizadora. Os candidatos devem acompanhar todas as atualizações e comunicados oficiais no site do Instituto Ibest.

Último concurso

O último certame realizado pelo CREMEGO ocorreu em 2024, com vagas para níveis médio e superior. Na época, foram ofertadas duas vagas com salários que variavam de R$ 2.591,82 a R$ 7.191,02, além de benefícios. A banca organizadora foi a ABCP Concursos.

Para mais informações, consulte o edital completo no site do Instituto Ibest.

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MAIS LAUDO

Dados na telemedicina: importância da segurança das informações

Os dados na telemedicina envolvem prontuários, históricos clínicos, resultados de exames e outros registros que, se vazados, podem causar danos jurídicos e à imagem das instituições. Por isso, é muito importante que as instituições de saúde tenham um compromisso ainda maior com a segurança da informação.

Neste artigo, explicamos como garantir a segurança dessas informações, quais são as principais normas que regulam o setor e como a Mais Laudo se posiciona como referência em proteção de dados.

Por que investir em segurança dos dados na telemedicina?

A segurança da informação na saúde vai além do ambiente digital. Embora o manuseio físico de documentos também envolva riscos, é no espaço virtual que as soluções mais eficazes se concentram. Sistemas digitais permitem restringir acessos, auditar registros e definir níveis de autorização com maior controle e eficiência.

Ao garantir a integridade dos dados, as instituições de saúde:

Evitam falhas humanas comuns no arquivamento físico;

Reforçam a proteção contra ciberataques e acessos não autorizados;

Mantêm conformidade com legislações como a LGPD;

Aumentam a produtividade e reduzem retrabalhos no dia a dia clínico.

Todos esses motivos citados contribuem para que as instituições transmitam mais confiança a pacientes e parceiros.

Quais são as consequências do vazamento de dados?

O vazamento de informações médicas pode causar prejuízos irreparáveis. Além de expor detalhes íntimos do paciente, como por exemplo, doenças sexualmente transmissíveis ou uso de medicamentos controlados, esses dados comprometem a reputação da instituição.

Legalmente, clínicas e hospitais podem ser alvos de processos movidos por pacientes ou familiares. A LGPD prevê sanções e multas severas, enquanto a Resolução CFM nº 1.997/2012 reafirma o dever ético do sigilo médico. A credibilidade da instituição também é afetada, já que confiança e privacidade são pilares no relacionamento com o paciente.

LGPD e telemedicina: o que diz a legislação?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais em qualquer setor — e na saúde, isso é ainda mais sensível. Informações clínicas são consideradas dados sensíveis e, por isso, demandam atenção redobrada.

Listamos abaixo algumas das principais exigências legais:

Obtenção de consentimento explícito do paciente;

Transparência no uso e finalidade das informações;

Garantia de acesso aos dados pelo titular;

Medidas de segurança como criptografia, autenticação e controle de acesso.

Além disso, é importante ressaltar que a Resolução CFM nº 1.638/2002 define que a telemedicina só deve ser praticada mediante infraestrutura tecnológica que assegure privacidade, sigilo e integridade das informações médicas.

Como garantir a segurança dos dados na prática?

A proteção de dados na telemedicina deve ser pensada como uma estratégia integrada entre pessoas, processos e tecnologia. Veja como colocar isso em prática:

Defina perfis de acesso conforme a função de cada colaborador;

Adote criptografia robusta para o armazenamento e a transmissão de dados;

Mantenha os sistemas sempre atualizados e com firewalls ativos;

Realize auditorias periódicas para identificar vulnerabilidades;

Capacite a equipe sobre boas práticas de segurança digital.

Essas ações reduzem riscos, promovem rastreabilidade e garantem conformidade com normas legais e éticas.

Como a Mais Laudo garante a segurança dos dados?

A Mais Laudo adota uma série de medidas para garantir que os dados compartilhados em sua plataforma estejam protegidos em todas as etapas do processo.

Laudos 100% assinados eletronicamente, laudados apenas por médicos especialistas com RQE

Todos os laudos liberados pela Mais Laudo possuem marca d’água e são 100% assinados eletronicamente com certificado digital individual de acordo com o ICP-BRASIL, tornando este documento inviolável.

Além disso, todos os laudos contam com dois formatos de validação, sendo por QRCode com acesso rápido e via link com token de verificação. Oferecendo assim, mais credibilidade para sua empresa. 

Laudos disponíveis por 5 anos com backup e segurança:

Aqui na Mais Laudo utilizamos a melhor infraestrutura de servidores e armazenamento online, a Amazon Cloud Services. O que isso significa? Que todos seus laudos estão guardados e sempre disponíveis para seu acesso de qualquer lugar do mundo, 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Gestão de contas e usuários

No sistema Mais Laudo é possível administrar todas suas unidades filiais através de uma única conta, com intuito de uma melhor gestão dos laudos. Assim como, é possível criarmos contas direcionadas para os seus clientes, para que eles possam ter acesso direto aos laudos de seus funcionários.

Além disso, pensando na segurança dos dados e na divisão de setores dentro da sua empresa, podemos disponibilizar usuários com diferentes níveis de permissões de acesso à sua conta.
Fale com nossos consultores e conheça todas as soluções da Mais Laudo para sua clínica ou hospital.

Médico Cardiologista formado pela UNEC e Especialista em Ecocardiografia pela FATESA. Possui vasta experiência em atendimento ambulatorial em Cardiologia e Saúde da Família, urgência e emergência, enfermaria hospitalar, além de atuar como ergometrista. Também possui expertise em Telemedicina, sendo especialista em laudos de Holter, Eletrocardiograma e MAPA. Atualmente, é Coordenador da Unidade Coronariana do Hospital Vila da Serra, Preceptor da Especialização em Cardiologia Clínica do mesmo hospital e referência técnica da Clínica Cuidar Saúde, em Sete Lagoas, MG. CRM MG 61303, RQE 43711 e LinkedIn @jailton-neves-fernandes.

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Assessoria de Comunicação