Postado em: 17/09/2025

CLIPPING AHPACEG 17/09/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Vantagens do open health na saúde: benefícios, desafios e futuro

https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/vantagens-do-open-health-na-saude/

Liderança ativa muda perfil do pronto-socorro do Hospital São Paulo

https://www.saudebusiness.com/gestao/lideranca-ativa-muda-perfil-do-pronto-socorro-do-hospital-sao-paulo/

Como oferecer exames on-line com segurança e eficiência

https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/como-oferecer-exames-online/

STJ: operadoras de saúde não são obrigadas a custear exames feitos no exterior

https://ohoje.com/coluna/stj-operadoras-de-saude-nao-sao-obrigadas-a-custear-exames-feitos-no-exterior/

Cerca de 40% dos médicos apresentam quadros de doença mental, aponta novo estudo da Afya

https://revistavisaohospitalar.com.br/cerca-de-40-dos-medicos-apresentam-quadros-de-doenca-mental-aponta-novo-estudo-da-afya/

Pedido de ajuda do Hospital do Câncer Araújo Jorge

https://www.youtube.com/watch?v=nJpA_Y1BaDw

Crise no serviço de hemodiálise atinge pacientes em Goiás

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/crise-no-servico-de-hemodialise-atinge-pacientes-em-goias-13935339.ghtml

Dia Mundial da Segurança do Paciente destaca cuidados pediátricos no Brasil

https://medicinasa.com.br/sobrasp-campanha/

Cartão do SUS será unificado com dados do CPF do usuário

https://medicinasa.com.br/cartao-sus-cpf/

SAÚDE BUSINESS

Vantagens do open health na saúde: benefícios, desafios e futuro

O open health integra sistemas e compartilha dados, aumentando eficácia e personalização no cuidado à saúde.

A digitalização da saúde está transformando a forma como hospitais, clínicas e operadoras interagem com pacientes e profissionais. 

O conceito de open health surge como uma evolução do ecossistema de saúde, permitindo o compartilhamento seguro de dados médicos e a integração de sistemas. Ele surge para melhorar a personalização do atendimento, reduzir custos e aumentar a eficiência operacional. 

A seguir, exploramos as principais vantagens do open health na saúde, os desafios de implementação e as perspectivas para o futuro da saúde digital.

O que é open health e como funciona?

A integração de dados entre diferentes sistemas — chamada de interoperabilidade — é o alicerce do open health, já que permite que informações de saúde circulem de forma segura e padronizada entre hospitais, clínicas, operadoras e pacientes.

Open health, ou saúde aberta, é um movimento que busca tornar o sistema de saúde mais transparente, acessível e colaborativo.

A iniciativa promove o compartilhamento de dados com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento, ampliar o acesso a informações e possibilitar decisões mais informadas.

Na prática, o open health foca em três pilares:

Tornar os dados de saúde abertos e acessíveis, incluindo prontuários eletrônicos, exames e dados genômicos, permitindo que pesquisadores desenvolvam tratamentos mais eficazes.

Garantir transparência no funcionamento de instituições de saúde, possibilitando que pacientes comparem serviços e façam escolhas informadas.

Incentivar a pesquisa médica colaborativa, com acesso aberto a dados de ensaios clínicos e inovação compartilhada.

Globalmente, diversas iniciativas têm adotado o open health para ampliar o acesso a registros médicos digitais, melhorar a gestão clínica e fortalecer a colaboração entre profissionais e instituições.

No Brasil, a adoção do open health ainda está em fase inicial, seguindo a lógica do open banking, com foco em estimular a concorrência, otimizar planos de saúde e facilitar o acesso a informações para pacientes e operadoras, promovendo experiências mais personalizadas e eficientes.

Vantagens do open health na saúde

O open health oferece benefícios significativos para hospitais, clínicas, operadoras de planos e pacientes, com foco na eficiência, personalização e integração do atendimento.

Melhoria na personalização do atendimento

Com o compartilhamento seguro de dados, médicos e profissionais de saúde têm acesso ao histórico completo do paciente, permitindo decisões mais precisas e um atendimento individualizado. 

A centralização de informações em prontuários eletrônicos garante que os pacientes não precisem repetir seu histórico, aumentando a confiança e otimizando a relação médico-paciente.

Redução de custos para operadoras e hospitais

O acesso automatizado a dados clínicos reduz a duplicidade e desperdícios de exames, agiliza processos e diminui custos operacionais. 

Ao facilitar a portabilidade de planos e o gerenciamento de informações, hospitais e operadoras podem otimizar recursos, promovendo maior competitividade no mercado.

Maior integração entre sistemas e profissionais

O open health permite que diferentes sistemas de saúde se comuniquem, favorecendo a interoperabilidade na saúde e o compartilhamento de informações entre médicos, laboratórios e operadoras. 

Esse trabalho em conjunto acelera diagnósticos, melhora a coordenação do cuidado e contribui para o aperfeiçoamento da gestão hospitalar digital, colocando o paciente no centro do cuidado.

Desafios da implementação do open health

A adoção do open health no Brasil apresenta grande potencial para transformar o sistema de saúde, mas ainda enfrenta obstáculos relacionados à tecnologia, regulamentação e cultura organizacional.

Questões de segurança e privacidade de dados

O compartilhamento de informações médicas exige protocolos robustos de segurança e conformidade com a LGPD na saúde

Sem garantias de proteção adequadas, os dados dos pacientes podem ficar vulneráveis, comprometendo a confiança no sistema e a eficiência do atendimento.

Barreiras regulatórias e culturais no Brasil

A fragmentação regulatória entre órgãos como ANS e Ministério da Saúde, aliada à resistência cultural de algumas instituições em abrir seus dados, dificulta a implementação ampla do open health. 

Assim como ocorreu no open banking, a padronização e incentivos claros são essenciais para acelerar a adesão.

Infraestrutura tecnológica e interoperabilidade

A adoção do open health depende de sistemas interoperáveis e padronizados, capazes de compartilhar dados de forma segura entre hospitais, clínicas e operadoras. 

Perspectivas e tendências para o open health

O open health representa um movimento em expansão que deve remodelar o ecossistema da saúde no Brasil.

De acordo com estudo do IESS, países como Estônia, Reino Unido, Singapura e Austrália já avançaram em modelos de interoperabilidade e governança de dados que podem servir de referência para o cenário nacional. 

Essas experiências reforçam que a transformação digital no setor exige colaboração entre diferentes players, inovação tecnológica e foco no paciente.

O papel das healthtechs no ecossistema

As healthtechs têm papel estratégico no desenvolvimento de soluções que promovem interoperabilidade e inovação. 

Elas trazem para o setor de saúde práticas já testadas em outros mercados digitais, viabilizando maior integração de dados e personalização dos serviços.

Como hospitais e operadoras podem se preparar

A preparação envolve investimento em infraestrutura digital, conformidade com normas de proteção de dados e adoção de padrões de interoperabilidade. 

O estudo do IESS mostra que países como Reino Unido, Estônia e Singapura têm utilizado modelos colaborativos e APIs abertas para estimular a inovação — práticas que podem inspirar hospitais e operadoras no Brasil.

Futuro da saúde digital e impacto no paciente

A experiência internacional indica que o open health tende a colocar o paciente no centro do cuidado, ampliando sua autonomia sobre os dados e facilitando o acesso a serviços de qualidade.

Para o cenário brasileiro, isso pode significar maior eficácia, redução de custos e um modelo de cuidado mais ágil e inclusivo.

O open health abre caminho para uma nova era da saúde digital, em que a integração de sistemas, a governança de dados e a inovação colaborativa serão essenciais para garantir eficiência e melhores experiências para pacientes e profissionais. 

As referências de outros países mostram que o Brasil tem um potencial expressivo para adaptar modelos de sucesso, mas será necessário investir em infraestrutura, segurança da informação e fortalecimento da cultura de compartilhamento. 

Nesse contexto, hospitais, operadoras, healthtechs e órgãos reguladores precisam atuar de forma integrada para tornar essa transformação sustentável e centrada no cuidado.

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Liderança ativa muda perfil do pronto-socorro do Hospital São Paulo

Mudança no pronto-socorro prioriza casos graves, reforça protocolos baseados em evidências e envolve liderança para engajar equipes e integrar o SUS.

O Hospital São Paulo, vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), passou por uma transformação em sua unidade de emergência. A mudança, iniciada no final de 2022, teve como objetivo central reorganizar o atendimento para priorizar casos de alta complexidade e fortalecer a missão acadêmica da instituição. 

“Não se tratou apenas de uma reforma física, mas de uma nova forma de enxergar a unidade de emergência”, afirmou Eduardo Alexandrino Medeiros, diretor técnico do hospital, durante o Lean Summit 2025. Segundo o executivo, a proposta foi integrar o pronto-socorro ao Sistema Único de Saúde (SUS), evitando a sobrecarga com casos leves.

“Queríamos deixar de gastar energia desnecessária com atendimentos simples e focar naquilo que é nossa missão: casos graves e complexos”, explicou. 

Estrutura modernizada e protocolos baseados em evidências 

A unidade ganhou banheiros acessíveis, áreas separadas para adultos e crianças e uma sala vermelha para emergências críticas. “Hoje temos duas portas de entrada: uma para ambulâncias e outra para livre demanda, com triagem médica rigorosa”, detalhou Medeiros. Essa mudança visa reduzir filas, aumentar a resolutividade e melhorar a integração com serviços como SAMU e Corpo de Bombeiros. 

Além da infraestrutura, a gestão implementou protocolos clínicos baseados em evidências científicas. “A tomada de decisão precisa ser fundamentada em ciência, não em achismos”, destacou o diretor. 

Liderança e gestão: pilares da transformação 

A mudança exigiu liderança ativa e gestão participativa. “Não basta ter estrutura física; é preciso engajar 4.500 profissionais de enfermagem, 1.200 residentes e mais de mil alunos”, ressaltou Medeiros. O processo incluiu: 

Definição de objetivos estratégicos claros 

Comunicação interna contínua para reduzir resistências 

Protocolos clínicos baseados em evidências científicas 

Capacitação em gestão para médicos e líderes de equipe 

“Muitos médicos assumem cargos de gestão sem formação específica. Trabalhamos para mudar isso, trazendo ferramentas de gestão e cultura de melhoria contínua”, afirmou. 

Desafios financeiros e missão acadêmica 

Apesar dos avanços, o hospital enfrenta desafios econômicos. “Uma consulta de emergência é remunerada em apenas R$10 pela tabela SUS, valor muito inferior ao custo real do atendimento”, alertou Medeiros. Essa realidade pressiona a sustentabilidade do serviço, que também é responsável pela formação de profissionais. O Hospital São Paulo mantém 95 programas de residência médica, sendo o maior do país. 

“As salas do hospital são nossas salas de aula. A formação acontece à beira do leito, com casos reais”, reforçou Medeiros, lembrando que a instituição alia assistência, ensino e pesquisa. 

Impacto esperado 

Com a reestruturação, a expectativa é reduzir o tempo de espera, aumentar a qualidade assistencial e garantir maior satisfação da equipe. “Queremos consolidar um modelo que una eficiência, humanização e ensino de excelência”, concluiu. 

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Como oferecer exames on-line com segurança e eficiência

Exames on-line garantem praticidade no acesso, envio de laudos e gestão digital em clínicas e laboratórios.

Oferecer exames on-line tornou-se uma estratégia cada vez mais adotada por clínicas e laboratórios.

Essa prática inclui desde pedidos digitais até a entrega de laudos eletrônicos, tornando o acesso aos resultados mais rápido e integrado. A digitalização dos processos melhora a experiência do paciente e otimiza a gestão das unidades de saúde.

medicina digital entrou em um novo ciclo de expansão em 2025, impulsionada por tecnologias como inteligência artificial, 5G e big data

Apenas em 2023, mais de 30 milhões de atendimentos médicos foram realizados remotamente no Brasil, segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar, mostrando a consolidação da telemedicina diagnóstica. 

A seguir, entenda como oferecer exames on-line com segurança e eficiência, explorando vantagens, tecnologias e boas práticas para o setor.

O que são exames on-line e como funcionam

Antes de entender as vantagens e a aplicação prática dessa modalidade, é importante esclarecer como os exames on-line são estruturados e quais tecnologias estão por trás desse processo.

Definição de exames digitais e telemedicina diagnóstica

Os exames on-line consistem em procedimentos de apoio ao diagnóstico disponibilizados de forma digital, o que inclui tanto a solicitação quanto a entrega dos resultados via plataformas seguras. 

Eles podem ser realizados presencialmente, mas o acesso, armazenamento e laudos passam a ser geridos em ambiente on-line.

Esse modelo está diretamente conectado à telemedicina diagnóstica, que possibilita a interpretação remota de exames por médicos especialistas devidamente credenciados, garantindo laudos ágeis e assinados digitalmente. 

Além de aumentar a conveniência para pacientes, a prática otimiza recursos e expande a cobertura assistencial.

Solicitação, realização e entrega dos resultados

O fluxo de exames digitais segue etapas semelhantes ao processo tradicional, mas com ganhos de eficiência:

Solicitação digital: durante uma consulta presencial ou teleconsulta, o médico pode emitir pedidos eletrônicos com assinatura digital, que ficam disponíveis ao paciente em uma plataforma on-line.

Exames on-line garantem praticidade no acesso, envio de laudos e gestão digital em clínicas e laboratórios. 

Realização do exame: dependendo do tipo, pode ocorrer em clínicas, hospitais, laboratórios ou até via coleta domiciliar, no caso de exames laboratoriais.

Entrega e acesso: os resultados são liberados em ambiente digital seguro, acessíveis por login e senha, com possibilidade de download ou impressão.

Esse processo permite que pacientes consultem laudos sem deslocamento e equipes médicas compartilhem informações em tempo real, favorecendo a continuidade do cuidado.

Tecnologias que viabilizam exames on-line (IA, nuvem, plataformas integradas)

A expansão dos exames digitais só é possível graças a tecnologias que garantem segurança, integração e escalabilidade:

Plataformas em nuvem: oferecem armazenamento seguro, acessível de qualquer lugar e com autenticação protegida por criptografia.

Inteligência Artificial (IA): auxilia na triagem de dados, interpretação de exames complexos e suporte à decisão clínica, aumentando precisão e agilidade.

Sistemas integrados de telessaúde: unificam agendamento, exames, laudos e prontuários em um único ambiente digital, reduzindo retrabalho e ampliando eficiência.

Esses recursos representam não apenas inovação, mas também um passo fundamental na digitalização da medicina diagnóstica, tema que já vem impulsionando avanços em todo o setor.

Vantagens de oferecer exames on-line

Oferecer exames digitais deixou de ser apenas um diferencial competitivo para clínicas e laboratórios: trata-se de uma solução estratégica que amplia o acesso, melhora a jornada do paciente e reduz custos. Veja as principais vantagens.

Agilidade no atendimento e redução de burocracia

A digitalização dos pedidos, laudos e resultados elimina etapas manuais que antes exigiam deslocamentos, impressões e assinaturas físicas.

Com sistemas de telemedicina integrados, o fluxo é automatizado: solicitações são feitas em poucos cliques, laudos ficam prontos rapidamente e documentos podem ser acessados com segurança a qualquer momento.

Essa agilidade contribui para diagnósticos mais rápidos e decisões clínicas mais assertivas.

Melhoria na experiência do paciente e fidelização

Para o paciente, os exames on-line representam conveniência. O acesso aos resultados pode ser feito de casa, sem filas nem necessidade de retornar ao laboratório apenas para retirar laudos. 

A integração com aplicativos e plataformas digitais facilita o compartilhamento de informações entre diferentes médicos e especialistas, fortalecendo a confiança e incentivando a fidelização ao serviço de saúde.

Redução de custos operacionais para clínicas e laboratórios

Do ponto de vista da gestão, a digitalização dos exames reduz despesas relacionadas a papel, impressão, armazenamento físico de documentos e deslocamentos de pacientes. 

Além disso, a possibilidade de laudos on-line permite que clínicas menores contem com especialistas remotos, sem necessidade de manter grandes equipes presenciais, otimizando recursos e aumentando a rentabilidade.

Acesso ampliado a regiões com menor infraestrutura de saúde

Em localidades afastadas, onde há escassez de especialistas e infraestrutura hospitalar, os exames on-line se tornam uma ferramenta importante para democratizar o acesso. 

Plataformas digitais permitem que pacientes em regiões remotas realizem exames em clínicas locais e tenham seus resultados interpretados por médicos de centros de referência em grandes cidades, reduzindo desigualdades e fortalecendo a equidade no cuidado.

Como oferecer exames on-line com segurança

Ao digitalizar exames e laudos médicos, clínicas e laboratórios precisam garantir não apenas a eficácia do serviço, mas também a proteção das informações sensíveis dos pacientes. Para isso, algumas práticas são fundamentais.

Adequação à LGPD e proteção de dados dos pacientes

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) determina regras específicas para o tratamento de informações de saúde, que são consideradas dados sensíveis. 

Plataformas de exames on-line precisam operar com criptografia, autenticação de acesso e políticas claras de privacidade, impedindo o uso indevido das informações.

Também é necessário que os pacientes sejam informados sobre como seus dados são coletados, armazenados e compartilhados.

Certificação digital e assinatura eletrônica em laudos

Para que pedidos médicos, resultados e laudos tenham validade jurídica, é necessário o uso de certificação digital reconhecida pelo ICP-Brasil. 

A assinatura eletrônica garante autenticidade, integridade e não repúdio dos documentos, o que significa que eles não podem ser alterados ou questionados após a emissão. Essa prática assegura confiança tanto para médicos quanto para pacientes e instituições de saúde.

Treinamento de equipes e integração de sistemas

Não basta adotar tecnologia: é fundamental capacitar médicos, técnicos e agentes administrativos para o uso correto das plataformas digitais. 

O treinamento evita erros de operação e garante que todos compreendam os protocolos de segurança.

A integração dos sistemas de gestão clínica com soluções de telemedicina facilita o fluxo de informações, reduz retrabalho e melhora a experiência do paciente.

Boas práticas para garantir eficiência e confiabilidade

Entre as principais recomendações estão: limitar o acesso aos sistemas apenas a usuários autorizados, implementar rotinas de backup em nuvem, atualizar softwares regularmente e auditar os processos internos de segurança. 

A aplicação dessas medidas fortalece a proteção contra ataques cibernéticos e garante a continuidade do serviço.

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O HOJE

STJ: operadoras de saúde não são obrigadas a custear exames feitos no exterior

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que as operadoras de planos de saúde não são obrigadas a custear exames realizados no exterior. Segundo o colegiado, salvo disposição contratual expressa, a legislação exclui a obrigação de cobertura para procedimentos fora do país, não se aplicando, nesses casos, o parágrafo 13 do artigo 10 da Lei 9.656/98. A ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso, afirmou que a Lei 9.656/1998 impõe aos planos de saúde a obrigação de arcar com os procedimentos realizados exclusivamente no Brasil. Segundo ela, o artigo 10 da norma que regula o plano-referência determina que a assistência médico-hospitalar seja garantida apenas dentro do território nacional. A relatora apontou que a interpretação do artigo 1º, parágrafo 1º, inciso I, da Resolução Normativa 566/2022 da ANS, em conjunto com o artigo 10 da Lei 9.656/1998, evidencia que a área de abrangência dos planos de saúde, onde a operadora deve assegurar todas as coberturas contratadas, está restrita ao território nacional. Nancy Andrighi ainda citou decisões anteriores do próprio colegiado que reforçam essa posição, como o julgamento do REsp 1.762.313, que validou a negativa de custeio de procedimento internacional, e, mais recentemente, o do REsp 2.167.934, em que a Terceira Turma rejeitou a cobertura do exame Mammaprint justamente por ter sido realizado fora do país.

Mãe de filho com paralisia

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito de uma técnica de enfermagem da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) de reduzir sua jornada de trabalho em 50% para cuidar do filho com paralisia cerebral, sem redução salarial e sem necessidade de compensação de horários. A decisão seguiu jurisprudência consolidada do TST, que admite a aplicação analógica do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Federais (Lei 8.112/1990) em casos como esse.

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REVISTA HOSPITALAR

Cerca de 40% dos médicos apresentam quadros de doença mental, aponta novo estudo da Afya

No Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, Afya lança campanha “Está tudo bem?” e disponibiliza atendimento psicológico gratuito para médicos e estudantes de medicina

A Afya, maior hub de educação e soluções para a prática médica do Brasil, apresenta os resultados do estudo “Qualidade de vida dos médicos”, desenvolvido pelo Research Center, núcleo de pesquisa da companhia. Com objetivo de identificar e mapear a saúde mental dos profissionais atuantes no mercado, os dados obtidos na edição 2024 indicam uma leve melhora em relação ao último ensaio realizado em 2022. Contudo, doenças como depressão, ansiedade e burnout continuam presentes em uma parcela significativa dos médicos.
De acordo com o estudo, 39,8% dos médicos enfrentam algum tipo de doença mental, sendo que duas em cada três pessoas afetadas são do gênero feminino. Na faixa etária entre os 25 e 35 anos os dados também chamam a atenção: 49,6% dos profissionais desta idade sofre com doenças mentais.
A pesquisa ainda revelou que cerca de 3,6% dos médicos já esteve internado para tratar alguma condição mental e precisou ficar afastado cerca de 5,1 semanas nos últimos 12 meses.
“A proposta deste estudo é manter um panorama vivo e dinâmico sobre a qualidade de vida médicos e, a partir disso, incentivar a comunidade a criar soluções que deem suporte e acolhimento a este público. Ao compreender esse cenário, podemos promover um ambiente de trabalho mais saudável, prevenindo o esgotamento e assegurando a continuidade de um cuidado médico de qualidade para toda a população”, explica Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center da Afya.
Depressão, Ansiedade e Burnout
O transtorno de ansiedade é o que mais acomete os médicos – 33,5% têm esse diagnóstico e 21,1% apresentaram os sintomas nos últimos 12 meses. Desses, 27,1% estão em tratamento e 6,4%, embora constatado o transtorno, não o tratam. As mulheres são as mais impactadas: quatro em cada dez médicas sofrem com a doença enquanto o percentual é de 25,1% para homens. Já 23,9% dos médicos relataram ter sintomas de transtorno de ansiedade, mas sem ter diagnóstico médico.
Em segundo lugar no ranking das doenças mentais está a depressão: 22,1% dos profissionais já receberam esse diagnóstico, sendo que 19,9% tratam e acompanham com especialistas e 2,2% não tratam. Outros 17,1% apresentam sintomas, mas não têm diagnóstico e não tratam a doença. De acordo com o estudo, 22,4% dos profissionais detectaram a condição nos últimos 12 meses.
O burnout aparece com 6,7% dos casos, e metade foram identificados nos últimos 12 meses. 2% dos médicos diagnosticados com a condição não fazem acompanhamento com especialista. Contudo, em uma avaliação mais ampla, mais de 50% dos médicos indicam já terem apresentado sintomas da doença, ainda que não tenham um diagnóstico fechado ou já tenham se curado da condição.
Quase 20% dos médicos já foram diagnosticados com burnout no passado e 27,2% apresentam sintomas, mas não foram diagnosticados e não estão em tratamento. A carga horária elevada é o principal motivo destacado: médicos com diagnóstico de burnout trabalham em média 57,2 horas por semana, cerca de sete horas a mais do que a média geral.
Médico, está tudo bem?
O estigma associado às doenças mentais e a dificuldade de acesso a serviços de apoio frequentemente levam os médicos a evitar buscar ajuda profissional. O tema que ainda é tabu na sociedade, ganha força durante o Setembro Amarelo, mês dedicado ao cuidado com a saúde mental e à prevenção ao suicídio. Ciente desse cenário, a Afya lança nesta quinta-feira, 28, a campanha “Está tudo bem?” para incentivar médicos e estudantes de medicina a procurar por ajuda especializada.
Durante o mês de setembro, médicos e alunos de medicina em todo o país terão acesso a uma nova funcionalidade nas plataformas digitais da Afya: o botão “Está tudo bem?”. Ao utilizar esse recurso, o usuário será direcionado para um mapeamento de saúde mental, que pode oferecer desde conteúdos sobre cuidados com a saúde e bem-estar até suporte médico e psicológico gratuito para aqueles que estiverem enfrentando dificuldades emocionais.
“Precisamos quebrar o estigma das doenças mentais e humanizar a figura do médico como um ser humano que também enfrenta adversidades e indecisões ao longo da jornada. Tratar corretamente sintomas oriundos de condições mentais em desequilíbrio é uma etapa importante para uma vida mais equilibrada e saudável”, finaliza Moura.
Metodologia:
A pesquisa quantitativa foi aplicada entre os dias 2 de julho e 6 de agosto de 2024 com um total de 2005 respostas. A margem de erro estimada é de 2 p.p. e o nível de confiança de 95%. A amostra contou com a participação de médicos de qualquer especialidade, independentemente do tempo de formação.
Sobre a Afya

A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 32 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.583 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 20 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2023) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em www.afya.com.br e ir.afya.com.br.

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PUC TV

Pedido de ajuda do Hospital do Câncer Araújo Jorge

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TV ANHANGUERA

Crise no serviço de hemodiálise atinge pacientes em Goiás

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MEDICINA S/A

Dia Mundial da Segurança do Paciente destaca cuidados pediátricos no Brasil

Em comemoração ao Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado no próximo dia 17 de setembro, a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) lança uma campanha nacional com foco na segurança de recém-nascidos e crianças. A iniciativa segue o tema proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2025: “Cuidados seguros para cada recém-nascido e cada criança”.

A campanha pretende conscientizar profissionais de saúde, pacientes e familiares sobre os riscos evitáveis no atendimento pediátrico, promovendo a prevenção de eventos adversos, como erros de medicação e infecções relacionadas à assistência à saúde. Serão disponibilizados webinars, lives e podcasts no site oficial da SOBRASP, abordando boas práticas e estratégias de segurança voltadas ao cuidado à saúde do público infantil.

“A SOBRASP reconhece que a segurança do paciente para o recém-nascido e a criança deve ser abordada de forma integral, desde o pré-natal até a adolescência, respeitando as particularidades de cada fase do desenvolvimento humano”, destaca Priscila Amaral, membro do núcleo de pediatria da entidade.

Ainda segundo a especialista, a campanha reforça o compromisso da SOBRASP em difundir conhecimento técnico, atuar junto a órgãos governamentais e colaborar com outras sociedades científicas para promover melhorias contínuas no cuidado em saúde e na segurança dos pacientes.

Campanha Mundial da OMS: A Campanha Mundial da OMS está estruturada em pilares essenciais para a segurança dos pacientes pediátricos. Entre os principais eixos de atuação estão: nascimento seguro e cuidados pós-natais, administração segura de medicamentos, segurança no diagnóstico, imunização segura, prevenção de infecções e reconhecimento precoce da deterioração clínica. Esses pilares visam fortalecer práticas assistenciais e reduzir riscos que afetam diretamente a saúde de recém-nascidos e crianças em diferentes contextos de cuidado.

Nascimento seguro: Um dos pilares da campanha é o nascimento seguro, que envolve uma assistência pré-natal de qualidade e com amplo acesso às gestantes. Durante esse período, são realizadas ações fundamentais de promoção da saúde, rastreamento de doenças, além de orientações sobre autocuidado, nutrição e vacinação, reforçadas nas consultas de rotina.

A especialista Priscila Amaral, do núcleo de pediatria da SOBRASP, destaca ainda a importância do período pós-natal, que vai do nascimento até as seis semanas de vida do bebê. “É um momento crítico não apenas para os recém-nascidos, mas também para as mulheres, pais, cuidadores e familiares, exigindo atenção especial dos serviços de saúde”, ressalta.

Erros de medicação ainda são frequentes em pediatria e neonatologia: A administração segura de medicamentos é uma das maiores preocupações quando se trata de segurança do paciente pediátrico. Entre os erros mais comuns estão: doses incorretas, omissão de medicamentos e uso inadequado da via de administração, como falhas no uso oral, injetável ou respiratório. A grafia ilegível de prescrições também é apontada como um fator que contribui para essas falhas.

Um estudo realizado, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre fevereiro e junho de 2024, identificou 511 eventos adversos, sendo 68,1% relacionados a erros na administração de medicamentos. Desses, 65,4% envolviam falhas no intervalo de administração, com maior incidência no uso de antimicrobianos, sedativos e analgésicos.

Para reduzir esses riscos, a SOBRASP reforça a adoção de medidas como: sistemas de prescrição eletrônica, quando disponível; aumento do número de enfermeiros por paciente; prática da dupla checagem; identificação correta do paciente e capacitação contínua das equipes.

“Precisamos refletir sobre a responsabilidade inerente à prescrição, preparo e administração de medicamentos. É essencial criar um ambiente adequado que promova a prática da ‘medicação segura'”, afirma Priscila Amaral.

Principais eventos adversos evitáveis em recém-nascidos e crianças durante internação e/ou Unidades de Terapia Intensiva: Entre os eventos adversos mais frequentes e evitáveis em recém-nascidos e crianças internados, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), destacam-se: uso inadequado de dispositivos de ventilação nasal implicando na necessidade de intubação traqueal; problemas relacionados ao uso do clamp umbilical — dispositivo usado para prender o cordão umbilical e interromper o fluxo sanguíneo da placenta para o bebê logo após o parto; complicações com conectores de cateteres venosos; dobras na cânula traqueal; e lesões de pele causadas pelo uso de clorexidina alcoólica em neonatos prematuros extremos.

Segurança diagnóstica: Erros de diagnóstico podem ocorrer em até 1 a cada 14 pacientes hospitalizados (cerca de 7%), segundo um estudo realizado em um centro nos Estados Unidos, publicado no periódico BMJ Quality & Safety. A pesquisa aponta que, em países de alta renda, mais da metade dos profissionais de saúde relatam cometer erros de diagnóstico pelo menos uma ou duas vezes por mês. Já em países de baixa e média renda, os desafios são ainda maiores, devido ao acesso limitado a exames diagnósticos, à escassez de profissionais especializados e à fragilidade dos sistemas de registro clínico.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva a adoção de estratégias para reduzir erros diagnósticos por meio de diversas intervenções. Entre as principais recomendações estão a garantia de que os profissionais de saúde tenham acesso ao histórico completo do paciente, a realização de exames clínicos detalhados, a ampliação do acesso a testes diagnósticos, além da implementação de métodos para monitorar e aprender com os erros cometidos. A OMS também destaca a importância da adoção de soluções tecnológicas como caminho eficaz para minimizar os equívocos no diagnóstico”, afirma a entidade.

Imunização segura: O Brasil ainda enfrenta dificuldades para vacinar adequadamente as crianças. Segundo o Anuário Vacina BR 2023, nenhum estado brasileiro atingiu a meta de cobertura para as quatro principais vacinas aplicadas até o primeiro ano de vida: pentavalente, poliomielite, pneumocócica e tríplice viral.

No caso de tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, apenas quatro estados alcançaram a cobertura recomendada de 95%. A redução na cobertura vacinal é preocupante e vem ocorrendo de forma contínua: em 2013, dez estados atingiram a meta para pelo menos três das quatro vacinas.

Como evitar transmissões de infecções: A higienização das mãos é a forma mais simples e eficaz de prevenir a transmissão de infecções em ambientes hospitalares, afirma Priscila Amaral, do núcleo de pediatria da SOBRASP. A limpeza pode ser feita com água e sabão ou por fricção com álcool 70%, e é recomendada para profissionais de saúde, visitantes e pacientes. Para aumentar a eficácia da higienização, é importante que adornos como anéis, pulseiras e relógios sejam retirados, além da manutenção das unhas curtas e limpas.

No caso de recém-nascidos e crianças maiores internados em Unidades de Terapia Intensiva, que utilizam dispositivos invasivos como cateteres vasculares centrais, ventilação mecânica e cateteres urinários, é necessário que sejam seguidos protocolos rigorosos para inserção e manutenção desses equipamentos para prevenir infecções e reduzir complicações.

Deterioração clínica: A sepse, definida como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção, representa uma condição grave e potencialmente fatal.

“A resposta do organismo inclui alterações na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de glóbulos brancos e ritmo respiratório. Sem tratamento adequado, a sepse pode levar à parada cardíaca e à falência múltipla dos órgãos, resultando em óbito”, finaliza Priscila.

Mortalidade infantil: Em 2023, o Brasil alcançou o menor índice de mortalidade infantil e fetal por causas evitáveis em quase três décadas, conforme dados preliminares do Ministério da Saúde divulgados em 2024. Foram registradas 20,2 mil mortes, número que representa o mais baixo desde 1996, quando houve 53,1 mil óbitos – uma diferença de 62% a menos. As mortes consideradas evitáveis são aquelas que poderiam ter sido prevenidas com medidas como vacinação, acompanhamento adequado durante a gestação e o parto, além de cuidados eficazes ao recém-nascido e diagnósticos precisos.

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Cartão do SUS será unificado com dados do CPF do usuário

O novo Cartão Nacional de Saúde (CNS), a partir de agora, passa a exibir nome e CPF no lugar do antigo número. A mudança foi anunciada nesta terça-feira (16) pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A previsão é que 111 milhões de cadastros sejam inativados até abril de 2026 – desde julho, 54 milhões já foram suspensos. Em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que pacientes sem CPF continuam sendo atendidos normalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Não estamos deixando ninguém para trás. As pessoas que não têm CPF ainda vão continuar a ser atendidas”, disse. “Não há sistema nacional de saúde público que tenha o volume, a diversidade e a complexidade dos dados que tem o SUS”, completou.

Higienização

Para tornar a unificação possível, a pasta iniciou uma espécie de limpeza da base de cadastros de usuários do SUS, conhecida como CadSUS. Desde então, os registros passaram de 340 milhões para 286,8 milhões de cadastros ativos.

Desse total, 246 milhões já estão vinculadas ao CPF, enquanto 40,8 milhões permanecem sem CPF, em fase de análise para inativação. O processo de higienização, de acordo com o ministério, alcança ainda cadastros inconsistentes ou duplicados.

“Estamos dando um passo muito decisivo para uma revolução tecnológica no Sistema Único de Saúde. Não é simples o que estamos fazendo”, avaliou Padilha, ao citar que o sistema nacional de saúde pública inglês, ao criar seu cartão de unificação, demorou 10 anos para conseguir implementar a ação.

Integração

A estimativa do governo é que 11 milhões de registros sejam inativados todos os meses, totalizando 111 milhões até abril de 2026. A meta é que, ao final da ação, a base de cadastros de usuários do SUS seja equivalente ao total de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.

O avanço, segundo o ministério, foi possível graças à interoperabilidade do CadSUS e da base de dados da Receita Federal, utilizando o CPF como identificador único do cidadão e viabilizando acesso a dados como histórico de vacinas e medicamentos garantidos no programa Farmácia Popular.

Usuários sem CPF

Em nota, a pasta informou ter estabelecido um cadastro temporário para cidadãos atendidos no SUS sem CPF, válido por um ano. A medida, de acordo com o comunicado, atende a situações em que a pessoa não consegue informar o CPF no momento do atendimento, como em casos de emergência.

“Após a alta ou regularização, é necessária a prova de vida e a inclusão do CPF”, destacou o ministério.

Populações que não utilizam CPF, como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos, permanecem identificadas pelo Cadastro Nacional de Saúde, nomenclatura que vai substituir a expressão Cartão Nacional de Saúde “para reforçar que se trata de um registro secundário e complementar”, reforçou a pasta.

Bases de dados

O ministério informou que vai readequar todos os sistemas de informação do SUS para que passem a utilizar o CPF do paciente – a começar pelos mais utilizados por estados e municípios, como a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o prontuário eletrônico da atenção primária.

O calendário, segundo Padilha, será pactuado com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O prazo para conclusão é dezembro de 2026.

Ainda de acordo com a pasta, o CadSUS será integrado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), coordenada pelo MGI. “A medida permitirá receber informações de outros ministérios e órgão, como IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] e CadÚnico [Cadastro Único], e compartilhar dados de saúde de forma segura, sem transferência integral da base”.

“A ação vai melhorar o monitoramento, combater o desperdício e fortalecer a gestão pública”, concluiu o ministério na nota. (Com informações da Agência Brasil)

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Assessoria de Comunicação