AUDIENCIA PUBLICA EAD 13 04 22

 

Instituições mostram a importância do contato entre o aluno e o paciente para o aprendizado


Na quarta-feira, 13 de abril, a Câmara Municipal de Goiânia, a pedido do vereador Mauro Rubem (PT), realizou uma audiência pública para debater o desarquivamento do Projeto de Lei nº 253/21, que revoga a Lei nº 10.612/21, sendo que esta última proíbe a realização de cursos com educação à distância (EaD) na área da saúde.


Na reunião, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) foi representado pelo seu vice-presidente, Fernando Pacéli, que ressaltou como o estudante de medicina precisa tocar e escutar o paciente, a fim de se tornar um bom profissional. “Essa ideia (de revogar a Lei nº 10.612/21), estava eivada de ilicitudes quando foi posta à mesa e o Conselho não comunga dessa atitude, assim como não comunga com as aberturas de faculdades de medicina inauguradas em todo o Brasil sem nenhuma boa condição de ensino”, acrescentou ele.


Já a enfermeira e representante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Madalena Del Duqui (foto), lembrou que quem cria um projeto pedagógico precisa ser responsabilizado pela qualidade dos profissionais formados por meio dele.


“Para você ter um curso muito bem elaborado, existe um documento que rege tudo, que é o projeto pedagógico. Entre tantas informações nesse documento, existe o perfil do profissional que nós queremos no mercado. Não se cria cursos EaD sem projeto pedagógico. Então, quem está propondo o ensino à distância tem que ser responsabilizado pela qualidade desses profissionais que irão atuar no mercado de trabalho”, afirmou ela, que também é professora na Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás (PUC Goiás).


Os impactos da aprovação de aulas EaD serão sentidos não agora, mas, sim, daqui cerca de seis anos, quando os primeiros profissionais se formarem, como relatou o secretário do Trabalho do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Robson Azevedo. “A comunicação online é um benefício que chegou, mas não podemos estender isso a todas as áreas. A saúde, em especial, não combina com esse tipo de educação. Em determinados momentos, o professor até pode fazer uma apresentação assim, mas não podemos colocar isso em uma lei para que algumas pessoas, às vezes até de forma inescrupulosa, possam se aproveitar disso”.


Esteve presente ainda a representante do Sindicato das Clínicas Radiológicas, de Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás (Sindimagem), entidade que também se manifestou contra os cursos à distância para a área da saúde. A audiência contou ainda com representantes de enfermeiros, biomédicos, odontólogos e outros profissionais de saúde.


Ao final da audiência, o vereador Mauro Rubem garantiu que continuará acompanhando o trâmite da matéria e que acredita que o assunto deve ser acionado nacionalmente, para que esse tipo de regulamentação não seja decidida separadamente por cada município.

TV ANHANGUERA

Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento

Entre os remédios, está a dipirona injetável. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia relatou dificuldades em fechar contratos de compra.

https://globoplay.globo.com/v/10477393/

Terça, 12 Abril 2022 10:45

CLIPPING AHPACEG 12/04/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Com 80 mortes por covid nesta segunda, Brasil tem média abaixo de 200 há 10 dias

Farmácias podem ficar sem medicamentos após alta dos preços, alerta Ahpaceg

Conheça a médica brasileira que aos 89 anos, está na lista de principais cientistas do mundo

Anvisa não vai renovar a vigilância dos editais de medicamentos e oxigênio. Entenda o que significa

Rainha Elizabeth II fala pela primeira vez sobre ter ficado com sequelas da Covid-19

Medo de represália desencoraja médicos a denunciarem planos de saúde à ANS

Laudo mostra que idosa que morreu no Hugo não foi vítima de asfixia

Goiás completa 48 horas sem registros de mortes por covid-19

Uso constante de remédios para disfunção erétil aumenta risco de doenças oculares

Ministério da Defesa aprova compras de 35 mil comprimidos de Viagra para Forças Armadas

Associação Médica quer criar Exame Nacional de Medicina

DPE-GO pede Habeas Corpus em favor do suspeito de matar idosa no Hugo

AGÊNCIA ESTADO

Com 80 mortes por covid nesta segunda, Brasil tem média abaixo de 200 há 10 dias

O Brasil registrou 80 novas mortes em decorrência da covid-19 nesta segunda-feira (11/04). Há dez dias, a média móvel de óbitos fica abaixo de 200. O índice, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está em 144. O declínio dos indicadores da pandemia ocorre após o surto da Ômicron registrado em janeiro. No acumulado, a doença já ceifou a vida de 661.389 brasileiros Entre as 20 horas desse domingo, 10, e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 10.526 No total, o Brasil tem 30.158.707 casos acumulados da doença.

Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 29.076.974 pessoas estão recuperadas. O Estado de São Paulo registrou 12 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas. O Rio de Janeiro foi o estado com mais vidas perdidas para a doença: 34. Conforme o levantamento, 12 estados não registraram óbitos, e o Acre não informou os dados mais recentes.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 8.803 novos casos e mais 69 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.161.205 pessoas infectadas e 661.327 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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O HOJE

Farmácias podem ficar sem medicamentos após alta dos preços, alerta Ahpaceg


Por: Maiara Dal Bosco

Menos de duas semanas depois do reajuste de até 10,89% nos preços dos medicamentos, anunciado no último dia 1º de abril, os consumidores enfrentam outro problema para além dos preços mais altos: a falta de vários itens nas farmácias. O alerta sobre a falta de medicamentos é feito por médicos de hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), já que os médicos têm recebido queixas de pacientes que não têm conseguido aviar as receitas. 

A Ahpaceg destaca que o problema, iniciado em 2021, se agravou de fevereiro deste ano para cá, atingindo medicamentos, como os indicados para o tratamento de febre, dor, antibióticos, anti-inflamatório e anti-histamínicos, usados para tratar reações alérgicas. 

Segundo a Associação, o problema do abastecimento tem atingido também a rede hospitalar. “A dipirona injetável, usada no tratamento contra dor e febre, por exemplo, está em falta e os hospitais trabalham com estoques que já estão acabando”, destaca em nota.

Ainda de acordo com a Ahpaceg, têm sido oferecidas opções diversas de medicação. Contudo, mesmo assim, os pacientes precisam pesquisar no mercado, uma vez que nem sempre o remédio receitado é encontrado. “A Ahpaceg vem atuando juntos aos fornecedores para tentar sanar o problema entre os associados, mas a escassez de alguns medicamentos e falta de outros é mundial”, pontua.

Motivos

O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, observa que são muitos os motivos para a falta de medicamentos enfrentada atualmente e com poucas perspectivas de solução imediata. Dentre eles, o presidente destaca falhas no fornecimento de insumos primários pela China – o principal fornecedor mundial – e o aumento dos custos de produção nem sempre acompanhado do reajuste do preço de venda, o que desestimula a indústria a produzir.

“A escassez, o aumento significativo do custo ou a falta de medicamentos traz um trabalho imenso para médicos e farmacêuticos que precisam adequar a prescrição para que os pacientes não sofram as consequências da falta de medicamentos”. afirma.

Segundo o presidente, a dipirona, já em falta, chama mais atenção, mas o problema atinge outros itens, como antibióticos, relaxantes musculares, analgésicos e anestésicos, por exemplo. “Às vezes, não conseguimos identificar o que é uma falta temporária e o que é mais grave, mas já percebemos o problema e não sabemos quanto tempo irá durar”, diz.

A reportagem procurou o Procon Goiânia para verificar sobre a questão na capital. O órgão informou que ainda não recebeu nenhuma denúncia sobre falta de remédios nas farmácias da capital. Caso o consumidor encontre esse problema, a orientação do Procon é realizar a denúncia. 

“O Procon Goiânia orienta o consumidor a denunciar o problema nos canais de atendimento do órgão, por meio dos telefones 3524-2936, 3524-2942 e aplicativo Prefeitura 24h. Ao receber a denúncia, a fiscalização vai ao local notificar o estabelecimento para que explique o motivo da falta dos medicamentos”, afirma. 

Entenda

Os preços dos medicamentos tiveram um reajuste de 10,89% no Brasil, desde o último dia 1º. O índice foi autorizado pelo governo federal para a recomposição anual de preços dos remédios. O Sindicato dos Produtos da Indústria Farmacêutica (Sindusfarma), estima que o aumento dos preços atinge cerca de 13 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.

Em nota, o Sindusfarma destaca que durante os dois anos de pandemia, a oferta dos medicamentos manteve-se regular e os preços aumentaram menos do que, por exemplo, os dos alimentos dos transportes. Segundo o Sindicato, no acumulado de 2021 e 2020, os medicamentos subiram em média 3,75%, enquanto a inflação geral no Brasil saltou para 15,03%. 

O Sindicato frisa ainda que a cotação do dólar chegou a aumentar quase 40% nos últimos dois anos, os gastos com frete e seguros aumentaram em média 10%, em dólares, bem como materiais de embalagem, que também subiram cerca de 40%.  “Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”, afirma o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini. 

Além disso, o Sindusfarma também alega outros fatores significativos nesse sentido. Entre eles, estão que a carga tributária embutida no preço dos medicamentos equivale a até 32% do valor final pago pelo consumidor e que medicamentos oferecidos gratuitamente no Programa Aqui Tem Farmácia Popular, como hipertensivos, medicamentos para diabetes e outros produtos para doenças de larga incidência são vendidos pelas empresas fabricantes por valores de reembolso baixíssimos, que não são reajustados há anos.

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Conheça a médica brasileira que aos 89 anos, está na lista de principais cientistas do mundo

Por: Rodrigo Melo

A médica Angelita Habr-Gama foi reconhecida pela Universidade de Stanford como uma das profissionais que mais contribuíram com o desenvolvimento da ciência. Aos 89 anos, a cirurgiã brasileira dedicou 70 deles à medicina e agora faz parte da lista dos 2% dos cientistas mais influentes do mundo, de acordo com a lista feita no final de 2021 pela Universidade em parceria com a editora Elsevier BV.

Em 1952, aos 19 anos, ela entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo se tornando a primeira mulher a fazer residência no Hospital das Clínicas de São Paulo, criando posteriormente na instituição, a disciplina de coloproctologia. A médica também foi a primeira a chefiar o departamento de Cirurgia e Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP e atualmente trabalha no Hospital Alemão Oswaldo Cruz. de Cirurgia e Gastroenterologia da FMUSP.

Em 2020, trabalhou na linha de frente na pandemia de Covid-19, onde contraiu a doença aos 87 anos. Após 50 dias sedada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista, ela se curou.

A gastroenterologista desenvolveu estudos que mudaram a forma e revolucionaram o tratamento do câncer retal em todo o mundo. Ela publicou centenas de trabalhos científicos, ganhou mais de 50 prêmios nacionais e internacionais, foi nomeada coordenadora no Brasil do Programa de Prevenção do Câncer Colorretal pela Organização Mundial de Gastroenterologia (OMGE).

Angelita fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), preside inúmeras sociedades científicas, é membro honorária no centenário American College of Surgeons. É a primeira mulher a integrar o seleto grupo de 17 Membros Honorários da European Surgical Association e foi reconhecida pela revista Forbes como uma das mulheres mais influentes do Brasil.

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Anvisa não vai renovar a vigilância dos editais de medicamentos e oxigênio. Entenda o que significa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (11/4) que não vai renovar a vigência dos editais de chamamento de medicamentos e oxigênio medicinal. Em nota eles acusam o cenário epidemiológico e a elevada carga administrativa, mas caso seja necessário mudanças receber novos emergenciais novos editais vão ser publicados.

A Anvisa lembrou que tem atuado de diferentes formas no intuito de ampliar a produção e o acesso a medicamentos e oxigênio medicinal durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus (covid-19).

No mesmo retrospecto, a Anvisa destacou que, desde 2020, foram publicados diversos editais de chamamento para que os detentores de registro de medicamentos informassem à agência dados sobre a fabricação, importação e distribuição de anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e agentes adjuvantes, entre outros medicamentos, empregados para a manutenção da vida de pacientes infectados pelo vírus. 

A Anvisa acrescentou que da mesma forma, desde 2021, as empresas fabricantes, envasadoras e distribuidoras de oxigênio medicinal fornecem informações sobre estoque, venda e produção. Essas medidas visavam o monitoramento de dados de produção e vendas dos medicamentos listados nos editais, vacinas contra a covid-19 e oxigênio medicinal. 

“O objetivo foi possibilitar aos gestores de saúde o mapeamento da quantidade de tais produtos disponíveis para atender a população brasileira, bem como dados referentes à localização dos estoques. Assim, o Ministério da Saúde e outros gestores de saúde poderiam ter previsibilidade, permitindo a adoção, em tempo hábil, das medidas necessárias à garantia de fornecimento desses produtos essenciais. E a Anvisa poderia compreender o cenário e avaliar a possibilidade de concessão de excepcionalidades e flexibilizações, ponderando o risco e o benefício dessas medidas”, destacou a Anvisa.

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Rainha Elizabeth II fala pela primeira vez sobre ter ficado com sequelas da Covid-19

Por: Cecília Sampaio

A Rainha Elizabeth contou neste domingo (10/4) sobre as sequelas que vem enfrentando desde a infecção com Covid-19. Em chamada de vídeo com um ex paciente e funcionários do Royal London falou sobre o assunto pela primeira vez.

A monarca inglesa de 95 anos contou ao ex-paciente Asef Hussain, que perdeu pai e irmão para a doença “[O vírus] deixa a pessoa muito cansada e exausta, não é? Essa pandemia horrível. Não é um resultado legal. Mas é ótimo ter a oportunidade de falar com você hoje”.

O diagnóstico da rainha foi divulgado no dia 20 de fevereiro e por mais que o Palácio de Buckingham tenha dito que ela tinha sintomas leves, todos os compromissos virtuais foram desmarcados. Ela ficou fragilizada a ponto de não conseguir passear com seus adorados cachos.

Sua Majestade cria cachorros da raça corgis desde a juventude, já teve mais de 30 cães. Funcionário do Palácio falou que eles são um consolo a ela e que dias depois da morte do Príncipe Philip, marido da rainha por 74 anos, ela passeava com eles quase todos os dias. Mesmo sem ter saído com eles pelo período em que esteve doente continuaram sendo parte primordial e passaram a acompanhá-la dentro de casa. 

1 ano da morte do Príncipe Philip

Desde a morte do seu marido, Príncipe Philip, a Rainha Elizabeth tem ficado mais reclusa e não foi diferente na última sexta-feira (9) onde completou um ano do fatídico dia. Nas redes sociais publicaram um vídeo dele desde o noivado a fotos com seus bisnetos.

Nesse último ano ela passou mais reclusa tendo tido problemas de saúde e só voltou a aparecer em outubro de 2021 e por último foi sido vítima da Covid. Por causa disso acabou tendo que desmentir a própria morte.

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AGÊNCIA BRASIL

Medo de represália desencoraja médicos a denunciarem planos de saúde à ANS


Por: Rodrigo Melo

Das cerca de 100 queixas que profissionais de saúde apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2021, por supostos conflitos contratuais com operadoras de convênios médicos, apenas nove resultaram em autos de representação que podem acarretar alguma punição às empresas.

Segundo a própria ANS, quase a totalidade das reclamações dos prestadores de serviços em saúde que aceitam convênios médicos foi arquivada ou porque a operadora de plano de saúde resolveu o problema antes que um auto de infração fosse lavrado, ou porque o processo não avançou devido à falta de informações que corroborassem a denúncia.

“Não fico surpreso com este resultado. Infelizmente, com o passar do tempo, a agência que foi criada para fiscalizar o funcionamento das operadoras passou a atuar em prol das operadoras”, criticou o diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM), Marun David Cury.

De acordo com Cury, o número de reclamações que chegam à agência está muito aquém da real dimensão dos conflitos entre trabalhadores e empresas. Para a ANS, o problema está no receio que os  próprios profissionais de saúde têm de sofrerem algum prejuízo caso se identifiquem.

“Há, sim, casos em que as entidades médicas encaminham as queixas de profissionais que temem sofrer alguma represália caso sejam identificados. São queixas fundamentadas, documentadas, mas, ainda assim, a resposta demora e, na maioria das vezes, não há resultados práticos. Daí o desapontamento dos profissionais e o pequeno número de queixas apresentadas”, acrescentou Cury, explicando que, por razões práticas, nos últimos anos, a APM e outras entidades têm procurado diretamente as operadoras para tentar resolver as queixas de profissionais.

No último dia 31, a APM e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram os resultados de uma pesquisa feita com 3.043 médicos de todo o país que atendem a clientes de planos de saúde.

Oito em cada dez entrevistados afirmaram já ter enfrentado restrições das operadoras ao prescreverem a seus pacientes a realização de exames laboratoriais ou de imagem. Pouco mais da metade (51%) dos respondentes disse já ter enfrentado dificuldades na hora de internar seus clientes e 53% afirmam já ter sofrido pressão para antecipar a alta médica de pacientes internados. Outro problema destes médicos é a glosa, ou seja, quando as operadoras de planos de saúde deixam de pagar por atendimentos já realizados ou medicamentos e materiais fornecidos.

Melhores condutas e práticas

Em nota, a ANS garante que sempre incentivou as melhores condutas e práticas para o setor. E lembra que possui um canal de denúncias específico para receber, dos profissionais de saúde, queixas relacionadas a problemas com as operadoras de convênios médicos – mas, legalmente, o profissional precisa se identificar e reunir uma série de documentos que sustentem sua queixa, além de cumprir todos os prazos estabelecidos.  

Sobre os resultados da pesquisa da AMB e da APM, a ANS comentou que as recusas à realização de atendimentos e procedimentos dizem respeito ao “atendimento ao beneficiário [cliente] de planos de saúde”, não sendo possível identificar se houve interferência na autonomia médica. E sobre as glosas, a agência garantiu que, sempre que recebe uma reclamação, notifica a operadora a apresentar sua defesa, analisando a situação dentro do prazo legal.

“A ANS notifica a operadora em busca de uma solução para o problema. Uma parte das denúncias acaba sendo arquivada nessa fase, com sua resolução. Já aquelas que prosseguem sem solução são encaminhadas para outros setores da agência para que sejam analisadas questões assistenciais e econômico-financeiras das operadoras que poderiam motivar tal conduta, isso porque não existe uma infração específica na norma para a conduta”, explicou a agência.

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A REDAÇÃO

Laudo mostra que idosa que morreu no Hugo não foi vítima de asfixia

A idosa Neuza Cândido, que morreu no Hospital de Urgência de Goiás, em Goiânia, na última semana, não foi vítima de asfixia. É o que afirma a Polícia Civil do Estado, que apura a morte da paciente. Neuza estava internada no hospital quando foi encontrada morta após a visita de uma pessoa que não teria sido autorizada pela família.

De acordo com o delegado Rhaniel Almeida, da Delegacia de Homicídios, os exames realizados até agora apontam que a idosa não teria sido vítima de esganadura, hipótese inicialmente levantada. O delegado não afasta, no entanto, a possibilidade do crime de homicídio. A confirmação ou não só será possível após realização de exames mais detalhados. 

Suspeito do crime, um homem que se apresentou como Ronaldo foi preso logo após a confirmação da morte da mulher. A família da idosa questionada a entrada do homem na enfermaria onde Neuza estava internada, já que a visita não havia sido autorizada por parentes. Em depoimento à polícia, o suspeito informou que se aproximou na cama onde a idosa estava porque ela se parecia “com a mãe dele”. Disse também que não tinha intenção de matar a mulher. Segundo a polícia, o suspeito apresentou, em alguns momentos, aparente confusão mental. 
 

De acordo com o delegado, outros pontos ainda estão sendo analisadas, como horário de entrada do suspeito na unidade de saúde e horário da morte da idosa. Outros depoimentos estão previstos. 

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Goiás completa 48 horas sem registros de mortes por covid-19


Théo Mariano

Goiânia - Goiás completou 48 horas sem registrar novas mortes pelo novo coronavírus, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (11/4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Desde o início da pandemia, o vírus já foi responsável pela morte de 26.348 habitantes do território goiano.

No entanto, em relação aos casos, a pasta informou a confirmação de 1.485 novas infecções nas últimas 24 horas. Foram 1.307.157 casos confirmadas no Estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade da covid-19 é de 2,02% em Goiás. Além disso, a SES-GO monitora o quadro de 768,8 mil pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus e investiga as causas de outros 320 óbitos para saber se há ligação com a doença. 

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JORNAL OPÇÃO

Uso constante de remédios para disfunção erétil aumenta risco de doenças oculares

Por Rafaela Ferreira

Risco de desenvolver condições podem chegar em até 85% para quem utiliza medicamentos, mostrou pesquisa

A utilização contínua de remédios para disfunção erétil, como o Viagra, Cialis, Levitra e Stedra, pode aumentar em até 85% o risco de doenças graves, que podem levar à cegueira, mostrou pesquisa da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá. Apesar de algumas consequências na região dos olhos pela ingestão constante dos medicamentos já serem relatadas, foi com o estudo epidemiológico que a questão foi confirmada. A pesquisa foi divulgada na última quinta-feira, 7, na revista científica JAMA Ophthalmology, e o assunto voltou à dona depois que foi revelado que o Governo Federal autorizou a compra de Viagra para as Forças Armadas.

Desta forma, o estudo concluiu que o risco de desenvolver um de três problemas de visão são de até 85%. Sendo assim, o risco para descolamento de retina aumentou 2,5 vezes. Já o de oclusão venosa da retina (OVR), 1,4 vezes e o de neuropatia óptica isquêmica (NOI), 2,2 vezes.  A OVR é caracterizada pela obstrução de uma ou mais veias da retina que levam oxigênio e nutrientes até ela, o que pode causar cegueira. A NOI também é apresentada como um quadro que pode levar a perda súbita de visão, uma vez que gera a suspensão do fluxo sanguíneo para o nervo óptico do olho. 

Para realização do estudo, os pesquisadores analisaram o plano de saúde de 213 mil homens do Estados Unidos (EUA), sem relatos de problemas de visão, e que começaram a ingerir os medicamentos. Desta forma, foi possível fazer uma comparação entre quantos indivíduos desenvolveram uma ou mais condição e quantos permaneceram sem as doenças, após o uso dos rémedios.

O professor do departamento de oftalmologia e ciências visuais da Faculdade de Medicina da UBC, Mahyar Etminam, informou que as condições são raras e o risco individual de desenvolver uma delas é baixo em qualquer usuário. Porém, ele afirma, ainda, que o número de prescrições deste medicamentos a cada mês (20 milhões), nos EUA, significa um número maior de pessoas que podem ser afetadas. A pesquisa não identificou exatamente qual seria o mecanismo que provoca esse aumento, porém, a maneira como esses remédios atuam no organismo sugerem hipóteses. 

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Ministério da Defesa aprova compras de 35 mil comprimidos de Viagra para Forças Armadas

Por PH Mota

Denúncia aponta oito pregões realizados entre 2020 e 2021 para adquirir remédio utilizado contra disfunção erétil

As Forças Armadas aprovaram a compra de mais de 35 mil unidades de Viagra, segundo dados compartilhados no Portal da Transparência e do Painel de Preços do Governo Federal, destinadas aos comandos da aeronáutica, marinha e exército, que receberiam, respectivamente, duas mil, 28.320 e cinco mil unidades do remédio utilizado contra disfunção erétil. Ao todo, foram 35.320 unidades do medicamento negociadas em oito pregões realizados por unidades vinculadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entre os anos de 2020 e 2021. Se considerado o preço médio de mercado, que é de R$ 20,12 por pílula, a compra poderia custar cerca de R$ 710,8 mil aos cidadãos.

Nos processos listados no Portal da Transparência, o medicamento está listado com o princípio ativo, sildenafila. O citrato de sildenafila promove relaxamento dos vasos sanguíneos em áreas específicas do corpo, como pênis ou pulmões, sendo indicado para tratar disfunção erétil, em homens, ou hipertensão pulmonar, em homens ou mulheres. Medicamentos para tratamento da disfunção erétil podem ser comprados na forma de comprimidos de 25, 50 ou 100 mg, e devem ser usados sob orientação médica. Por atuar como vasodilatador, pode causar dores no peito, náusea, taquicardia, desmaio e baixa pressão arterial. Em casos mais graves, a substância leva a perda de consciência, hemorragia cerebral e morte, se consumido em altas doses.

A informação foi divulgada pelo deputado federal Elias Vaz (PSB), que apontou a existência dos processos de compra e pediu esclarecimentos ao Ministro de Estado da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, por meio de requerimento.

As Forças Armadas tem apresentado um processo de compras fora do padrão da moralidade pública, com compras de cervejas, comidas como picanha, lombo de bacalhau, salmão, filé, e isso tem nos chamado a atençaõ. No mínimo, as Forças Armadas devem explicação de porque estão fazendo isso. É dinheiro público e não é possível admitir um comportamento desse”, declara o parlamentar.

Elias Vaz também alerta para um recente aumento de 10,89% nos preços de medicamentos pelo país, no último 31 de março. Junto a isso, o deputado destaca que, com frequência, veículos de imprensa apontam e denunciam a falta de medicamentos nos hospitais e centros de saúde, o que agrava ainda mais o investimento feito nos remédios contra disfunção erétil. “É algo recorrente no governo. Se falta para comprar o básico, como tem para esse excesso?”, questiona.

Outro luxos

Na última semana, o deputado E já havia denunciado outras compras milionárias do Ministério da Defesa para as Forças Armadas, por meio da compra de mais de um milhão de quilos (ou mil toneladas) de picanha, filé e salmão entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. Em fevereiro de 2021, outra denúncia apontou compra de 714 mil quilos de picanha; 80 mil cervejas (com exigência de marcas específicas); mais de 150 mil quilos de bacalhau; 438,8 mil quilos de salmão; 1,2 milhão de quilos de filé mignon, além de uísque 12 anos e conhaque.

As denúncias foram apresentadas ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU). O MPF distribuiu a representação aos estados e já foram instalados mais de 20 processos de investigação. O TCU recomendou a fiscalização e, em alguns casos, a suspensão das compras.

Segundo o deputado, a postura de controle de gastos faz parte de sua vida política desde que era vereador em Goiânia e irá continuar focado em manter essa linha de atuação. “Sempre investiguei gastos da prefeitura e agora aplico o que acho que as pessoas que votaram em mim esperam. Levo a sério e faço com muita dedicação”, garante.

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Associação Médica quer criar Exame Nacional de Medicina

Por Gabriella Oliveira

Avaliação funcionaria como uma “prova da OAB” para médicos recém-formados

O senador Randolfe Rodrigues recebeu, no fim de março, um projeto entregue pela Associação Médica Brasileira (AMB) com a proposta de implementar o Exame Nacional de Proficiência da Medicina (ENPM). A avaliação teria testes práticos e teóricos. Ideia é similar a prova aplicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A AMB alega que hoje, as únicas exigências para a atuação médica são a conclusão da graduação em algum curso reconhecido e a inscrição no Conselho Regional de Medicina. Por conta disso, a criação da avaliação seria uma forma de medir o conhecimento do profissional e, assim, ser transparente com a população.

No Brasil, 37 mil médicos são formados por ano nos 343 cursos de graduação espalhados pelo país. Não há nenhum órgão que avalie a qualidade desses cursos, nem o conhecimento dos alunos ao terminá-los. “Muitas escolas surgem de forma indiscriminada, sem a menor preocupação com a excelência do ensino. Se tivermos um exame bem feito, teremos um retorno positivo para toda a sociedade. Outro efeito colateral é que as universidades terão que se preocupar de verdade com a formação do aluno”, afirmou José Eduardo Lutaif Dolci, diretor científico da AMB.

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DIÁRIO DA MANHÃ

DPE-GO pede Habeas Corpus em favor do suspeito de matar idosa no Hugo

O defensor público Luiz Henrique Silva Almeida, responsável pela impetração do Habeas Corpus, afirmou que o pedido de prisão preventiva é ilegal

 

12 de abril de 2022 08:03 | Atualizado há 24 minutos

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) entrou com um pedido de Habeas Corpus em favor do homem em situação de rua que foi preso suspeito de matar uma idosa no Hospital de Urgência de Goiás (Hugo), na última quinta-feira, 07.

Segundo a DPE, a solicitação é pela liberdade provisória ou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. A Polícia Civil aguarda um novo laudo para saber a causa da morte da idosa. Ao contrário do que foi relatado inicialmente, os primeiros exames mostraram que Neusa Candida, de 75 anos, não morreu asfixiada.

No dia, o morador de rua, de 48 anos, entrou no HUGO por volta de uma e meia da tarde. Câmeras de segurança mostram que ele foi até o quarto, tomou banho e se aproximou do leito. De acordo com o Delegado de homicídios Rhaniel Almeida, o depoimento do homem, que é usuário de drogas, foi desconexo e ele afirma ter tido um surto achando que a mulher era sua mãe, que já morreu.

O defensor público Luiz Henrique Silva Almeida, responsável pela impetração do Habeas Corpus, afirmou que o pedido de prisão preventiva é ilegal. Para ele, o juiz justificou a necessidade da prisão sem qualquer elemento concreto. Luiz Henrique ressaltou, ainda, que com as novas informações, não se pode descartar a possibilidade de sequer ter ocorrido um crime.

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Sagres TV

Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais

https://www.youtube.com/watch?v=5AtHUKsSDJg

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Assessoria de Comunicação

Ahpaceg na Mídia – 11/04/22

 

Sagres TV

 

Após aumento, medicamentos somem das farmácias e dos hospitais

https://www.youtube.com/watch?v=5AtHUKsSDJg

 

SINDHOESG ROL ANS 09 12 20

 

O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, observa que são muitos os motivos para a falta de medicamentos enfrentada atualmente e com poucas perspectivas de solução imediata. Dentre os motivos, ele destaca falhas no fornecimento de insumos primários pela China – o principal fornecedor mundial - e o aumento dos custos de produção nem sempre acompanhado do reajuste do preço de venda, o que desestimula a indústria a produzir.

Ele ressaltou que a Ahpaceg conta com uma central de compras conjunta, que adquie medicamentos para os associados diretamente da indústria, com estoque para um ano. Isso garante ao grupo uma proteção para o que está escasso no mercado. Já no caso de produtos que deixam de ser produzidos, como pode vir a ser o caso da dipirona, não há o que fazer.

“A escassez, o aumento significativo do custo ou a falta de medicamentos traz um trabalho imenso para médicos e farmacêuticos que precisam adequar a prescrição para que os pacientes não sofram as consequências da falta de medicamentos”. afirma.

Segundo o presidente, a dipirona, já em falta, chama mais atenção, mas o problema atinge outros itens, como antibióticos, relaxantes musculares, analgésicos e anestésicos, por exemplo. “Às vezes, não conseguimos identificar o que é uma falta temporária e o que é mais grave, mas já percebemos o problema e não sabemos quanto tempo irá durar”, diz.

 

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AHPACEG ALERTA SOBRE FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO

 

AHPACEG NA MÍDIA - APÓS AUMENTO, MEDICAMENTOS SOMEM DAS FARMÁCIAS E DOS HOSPITAIS

 

PRESIDENTE HAIKAL HELOU FALA À RÁDIO CBN GOIÂNIA SOBRE A FALTA DE MEDICAMENTOS NO MERCADO

 

AHPACEG NA MÍDIA - HOSPITAIS RELATAM DIFICULDADE EM ACHAR MEDICAMENTOS BÁSICOS PARA ATENDIMENTO

Ahpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou falou à Rádio CBN Goiânia, no dia 9 de abril de 2022, sobre a falta de medicamentos no mercado. Confira:

Após reajuste de mais de 10%, começa a faltar alguns medicamentos nas farmácias

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/ap%C3%B3s-reajuste-de-mais-de-10-come%C3%A7a-a-faltar-alguns-medicamentos-nas-farm%C3%A1cias-1.2436221

Segunda, 11 Abril 2022 07:08

CLIPPING AHPACEG 09 A 11/04/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia

Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura

'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass

Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19

Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional

Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana

Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado

Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas

Metanfetamina: substância apresenta aumento de usuários e internações em clínicas particulares no Brasil

Famosas por defender cloroquina, médicas miram o Congresso

Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas

PORTAL IG

Brasil tem 38 mortes por Covid em 24h; média móvel é de 158 óbitos/dia

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (10) indicam 38 mortes em decorrência da Covid-19 nas últimas 24h. Com isso, o Brasil registra a menor média móvel desde 17 de janeiro - hoje em 158,7 - e seu 45º dia com quedas percentuais superiores a 15% no comparativo do índice com as duas semanas anteriores - padrão determinado por infectologistas, que fixam a variação de 15% como ponto de inflexão para que se mude a tendência da pandemia para alta ou queda. Esse número também representa uma queda de 33% em relação ao verificado há 14 dias.

Ainda neste domingo, a curva de contágio completa 20 dias em queda. Depois de um longo período com frequentes altas no primeiro trimestre do ano - com picos de 189 mil casos diários na média móvel -, o índice apresentado hoje - 21.852,1 - é 27,8% menor do que há 14 dias.

O cálculo de médias móveis consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia.

Nas últimas 24h, o Brasil registrou 7.210 novos diagnósticos positivos e 38 novos óbitos por Covid-19. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Não foram levantados números de Acre, Mato Grosso, Amapá, Rio de Janeiro, Roraima, Tocantins e do Distrito Federal, pois as plataformas de informações dos estados apresentaram problemas e algumas unidades da federação não computam óbitos durante o final de semana.

No total, o Brasil já perdeu 661.258 vidas para a doença e computou 30.152.402 casos de contaminação.

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PORTAL G1

Sem direito à licença-maternidade, prefeita de Palmas improvisa quarto para o filho na prefeitura

Cinthia Ribeiro (PSDB) foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal. A cidade do Tocantins, no entanto, não prevê a licença para a função de chefe do Executivo.

Uma situação inusitada tem chamado a atenção na capital do Tocantins. Um bebê tem passado os dias na prefeitura de Palmas, com a mãe. É que a prefeita, Cinthia Ribeiro (PSDB), engravidou durante o mandato e, quando o filho nasceu, descobriu que não teria direito à licença-maternidade. Veja a reportagem completa no vídeo acima.

Cinthia tem um filho mais velho, de 14 anos. Ela foi a única mulher eleita como prefeita em uma capital brasileira na última eleição municipal, em 2020. Em todo o Brasil, apenas 12% das cidades são administradas por mulheres.

A prefeita de Palmas trabalhou até o dia do parto, 15 de novembro. O seu resguardo durou menos de duas semanas.

“Dez dias depois, de eu ter dado à luz o Vittorio, eu estava numa solenidade. É claro que o corpo da gente precisa desse descanso”, conta a prefeita.

O município de Palmas não prevê licença-maternidade para a função de chefe do Executivo. Então, para continuar administrando a cidade e cuidando do filho, a solução encontrada foi improvisar um quarto na prefeitura.

Apesar de a Constituição Federal assegurar o direito a licença-maternidade para todas as mulheres brasileiras, no caso de quem exerce cargo eletivo no país, falta clareza.

“No nosso entendimento, e na jurisprudência, já existe esse direito, seria garantido à prefeita. Só que, quando o município não coloca este direito líquido e certo na sua lei orgânica, fica esse temor de sair e um suplente assumir o mandato”, explica a deputada Celina Leão (PP), coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados.

Já existe uma proposta de emenda constitucional para mudar essa realidade. Quando era vereadora em Rio Branco, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva passou por um drama 16 dias depois de dar à luz sua terceira filha, Moara. Ela foi chamada às pressas à Câmara porque poderia ter o mandato cassado por faltas injustificadas.

Marina saiu correndo de casa, para se defender. O caso, em 1990, gerou comoção, e a Câmara de Rio Branco regulamentou o direito de licença-maternidade para cargos eletivos. Três décadas depois, o país ainda tem muito a avançar.

Em Palmas, após o nascimento de Vittorio, a Câmara de Vereadores decidiu revisar a legislação municipal. No entanto, ainda não há data para votação dessa revisão.

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2022/04/10/sem-direito-a-licenca-maternidade-prefeita-de-palmas-improvisa-quarto-para-o-filho-na-prefeitura.ghtml

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O GLOBO

'É preciso despolemizar o tema do fim da pandemia', diz novo presidente do Conass

BRASÍLIA Recém-empossado como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes de Medeiros Junior assumiu o cargo há pouco mais de duas semanas com a missão de negociar o fim do estado de emergência em saúde no país, tratado como "fim da pandemia" pelo presidente Jair Bolsonaro. Na avaliação de Fernandes, é possível chegar a um acordo nos próximos meses se os indicadores de casos, de internações e de mortes pela doença permanecerem em queda, além de se criar uma estratégia permanente de vacinação.

Melhora no cenário epidemiológico:

É preciso despolemizar o tema. O fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando a pandemia acabou . No entanto, precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano, porque já não serão mais necessárias as prerrogativas de autoridade pública ampliadas.

Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o secretário de Saúde do Espírito Santo analisa que após um período marcado por discordâncias em relação à condução da pandemia, o Ministério da Saúde, estados e municípios hoje têm uma relação de harmonia.

A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país. Então, nós não vivemos ao longo da pandemia um contexto onde o ambiente institucional, político, ideológico, espiritual da nação estava coeso em torno de medidas eficazes contra o vírus afirmou.

Tristeza boa:

A seguir, leia os principais trechos da entrevista:

Qual a tendência da pandemia para os próximos meses no Brasil?

Se não surgir uma nova variante de preocupação e nós conseguirmos manter o ritmo de vacinação num patamar melhor do que temos hoje, nós caminhamos para ter um ano com controle do comportamento da pandemia em termos de novas internações por semana, novos óbitos e novos casos. Nós sabemos que, após cinco, seis meses da última vacina, a proteção das vacinas cai de maneira muito significativa, principalmente para casos leves, ainda mais no contexto da circulação da Ômicron. Precisamos que as estratégias de vacinação sejam permanentes, anuais e que esse dilema de quem vai se vacinar todo ano ou não deve ser definido neste ano. Existe uma programação com a indústria para as aquisições das vacinas para poder garantir que a principal estratégia de prevenção contra uma doença infectocontagiosa não tenha um esquema que torne a população brasileira vulnerável à circulação do vírus. A gente precisa entender que a ampla cobertura vacinal permite, sim, uma agenda de retomada plena das atividades econômicas e sociais.

É possível falar em fim da pandemia?

É preciso despolemizar o tema, porque o fim da pandemia, do ponto de vista administrativo, segundo regulamento sanitário internacional, é uma definição que deve ser adotada pelo diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom), subsidiado pelo comitê de crise, que vai dizer quando acabou ou não. No entanto, nós precisamos trabalhar com o tratamento do estado de emergência, que, de fato, pode ser levantado ao longo deste ano. Nós temos tratado com o Ministério da Saúde que é necessário preparar o país para o fim do estado de emergência, porque, sem dúvida, será alcançado caso não ocorra o surgimento de novas variantes de preocupação com escape vacinal.

Alerta:

Como o fim do estado de emergêncua pode impactar os estados?

Nós temos um conjunto de prerrogativas ampliadas no contexto do estado de emergência. Elas são fundamentais para a gente conseguir fazer uma gestão adequada da pandemia tanto no que diz respeito àquilo que a gente pode recomendar, como o uso de máscara obrigatório, fazer compras emergenciais, contratações excepcionais... Quando surge uma nova onda, nós temos que decidir rapidamente, por exemplo, a mudança do perfil de hospitais do dia para noite. Nós temos que, sem o tempo necessário para poder fazer uma devida motivação administrativa, o recálculo do preço do contrato com uma organização social, com hospitais filantrópicos, privados... A gente precisa, num contexto fora da emergência, fazer diversos tipos de cotações. Uma instrução processual e uma fundamentação administrativa que exigem um tempo que nós não temos na resposta à emergência. De fato, o estado de emergência garante que a gente consiga fazer com que o sistema de saúde responda de maneira mais rápida e oportuna dentro desse contexto.

Como os estados têm se preparado para esse cenário?

Nós temos uma proposta de aguardar pelo menos 60, 90 dias de plena estabilidade, sem surgimento de novas variantes, avançando na vacinação enquanto todos os estados e municípios, a Anvisa, os órgãos da medicina do trabalho, o Ministério Público do Trabalho, as instituições que se prepararam para este contexto de emergência se organizem para o levantamento dele. Então, isso é possível desde que tenha uma condução clara e uma comunicação por parte do ministério a sociedade.

A maioria dos estados já flexibilizou o uso de máscaras e o Ministério da Saúde lançou diretriz no ambiente de trabalho. O Conass planeja alguma orientação unificada nesse sentido?

Não foi possível a coesão e a homogeneidade das medidas sanitárias, principalmente as não farmacológicas, em todos os estados. Então, não será agora que isso será possível. A carência de uma coordenação nacional e as vicissitudes que existem no contexto das disputas políticas em cada estado são muito complexas para que uma pactuação interfederativa dê conta de responder todas as questões que se vinculam às particularidades de cada estado. Nós não temos expectativa de que, neste momento, a gente teria uma pactuação nacional que homogeneizasse a desobrigação do uso de máscaras em todos os estados. Esse tipo de medida só consegue ser tomada quando existe uma coordenação nacional que dê coesão a todos os atores e que pacifique todos os campos políticos. A grande parte das medidas necessárias adotadas por governadores e prefeitos foram combatidas por forças políticas em todos os estados e grande parte delas mobilizadas por importantes autoridades públicas nacionais do país.

A que o senhor se refere quando fala em falta de coesão nacional e diretriz unificada aos estados?

Houve, por parte do presidente da República, uma decisão de não coordenar a pandemia. O STF nunca retirou do governo federal as prerrogativas de ser o articulador da federação, o coordenador das políticas nacionais. A Presidência deslegitimou as medidas necessárias adotadas por prefeitos e governadores, combateu e mobilizou bases políticas e sociais para poder politizar e polarizar essas medidas de modo que a gente não conseguiu ter a coesão de toda a população naquilo que poderia preservá-la dos riscos de infecção, de internação e de óbito. Não era possível você pegar e colocar num estádio as pessoas que seguiam o presidente e, em outro, que seguiam. Elas estão vivas na sociedade e grande parte dela se organizam em polos de poder político. O país não teve essa coordenação nacional. Quando você tem como presidente da República que insiste em questionar a eficácia das vacinas e criar teses conspiratórias sobre a origem do vírus, sobre os interesses de governadores e prefeitos em torno da pandemia... Nós, de fato, temos um cenário extremamente complexo para a gestão dela.

Nesse cenário de arrefecimento da pandemia, o que a população deve entender sobre a Covid-19?

Deve entender que o vírus continua sendo transmitido da mesma maneira, pelas vias respiratórias, que o vírus ainda implica em risco de vida para pessoas, principalmente não vacinadas. No entanto, a gente precisa que a população celebre junto com todos nós o fato de que estamos conquistando a principal medida esperada com a vacinação, que é a redução dos óbitos, das internações e das sequelas. Sem dúvida, foi uma grande conquista do Sistema Único de Saúde.

Como os estados devem lidar com a demanda represada na pandemia por outras doenças?

Os estados estão se programando para uma retomada ampla, geral de procedimentos eletivos. No entanto, existe uma complexidade que são os tetos fiscais e a capacidade de financiamento desta retomada. Nós não temos, dentro de um plano de retomada dessas atividades, uma proposta concreta do Ministério da Saúde para o financiamento pleno tanto das linhas de cuidado do pós-Covid como também das outras condições (como cirurgias e procedimentos oncológicos) que se tornaram represadas ao longo desses dois últimos anos.

Quais seriam as possíveis soluções para isso?

O financiamento mais ousado e robusto da estrutura hospitalar que não foi habilitada. Nós temos, ainda, muitos leitos que não conseguiram ser habilitados e que correm risco de serem fechados compondo uma redução da capacidade de resposta dos estados. Nós temos um financiamento da média complexidade ambulatorial, especialmente vinculados à reabilitação física e fonoaudiológica. Se os estados e municípios quiserem garantir acesso a essas especialidades, vão precisar fazer, basicamente, com recursos próprios, porque não está colocada uma agenda para a organização desse serviço de saúde dentro do estado.

O senhor tomou posse no Conass em 23 de março. Quais os planos para a gestão?

Nós temos um ano que tem três momentos muito bem definidos: o da gestão da pandemia, com a etapa de reabilitação, quando vamos precisar superar o estado de emergência. Temos a convicção no Conass de que a gente precisa construir uma carta de compromisso a todos os presidenciáveis de todos os campos políticos em que nós pretendemos apresentar uma série de diretrizes e compromissos, inclusive com uma agenda para a primeira CIT (Comissão Intergestores Tripartite) de 2023. O ano precisa começar em janeiro com uma agenda clara para a saúde pública do país e que ela consiga ter o apoio não somente do campo político do presidente eleito, mas de qualquer espectro entre a direita e a esquerda de que essa agenda possa ter o apoio de todos os campos políticos.

Como está o diálogo dos estados com o ministério?

Nós temos um diálogo muito republicano e uma unidade administrativa que sempre é tratada com muito zelo. Nós tratamos de evitar polêmicas e desgastes na condução administrativa do sistema de saúde. De fato, fazer com que Conass e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) se manifestem numa posição de polarização, de beligerância, de conflito com o ministério, é necessário muito esforço político por parte do Ministério da Saúde para que esses momentos aconteçam. Infelizmente, aconteceram ao longo da pandemia. Nós entendemos que, neste momento, há um ambiente de retomada das pontes de diálogo, dos canais de comunicação com o ministério.

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Paralisação das Santas Casas do Brasil está marcada para o próximo dia19


No dia 19 de abril, as Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Brasil vão fazer uma paralisação simbólica, em protesto ao subfinanciamento do SUS que culminou, nos últimos seis anos, no fechamento de 315 hospitais. Os estabelecimentos vão reagendar procedimentos eletivos que estiverem agendados na data, atendimentos de urgência não serão prejudicados.

O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Mirocles Véras, explica que a mobilização é necessária, "pois há descaso do governo federal com um cenário que se agravou com a pandemia". Ele garante que houve uma promessa de aporte de R$ 2 bilhões emergenciais, em maio de 2021, que nunca saiu do papel. O setor também aguarda que o governo apresente os recursos para que hospitais filantrópicos possam absorver o piso nacional da enfermagem que está para ser votado na Câmara e deve impor um custo de R$ 6,3 bilhões ao setor.

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PORTAL JOTA

Artigo - Atenção Primária em Saúde: financiamento é prioridade global e urgência nacional

Na semana que celebra o Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, a revista Lancet Global Health publicou uma pesquisa que analisou modelos de financiamento da Atenção Primária em Saúde (APS) em sistemas de saúde no mundo.

Realizado em meio à pandemia da Covid-19, o estudo reuniu 22 especialistas de 15 países para investigar como arranjos de financiamento podem fortalecer a APS em países de baixa e média renda. A exitosa experiência brasileira de financiamento da Estratégia Saúde da Família (ESF), que atualmente encontra-se numa encruzilhada, fez parte do estudo.

Em 1978, a Assembleia Mundial de Saúde realizada na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão, definiu a Atenção Primária em Saúde como a melhor estratégia para levar “Saúde para Todos” no mundo até o ano 2000. A partir de uma abordagem centrada na comunidade, as equipes que atuam na APS buscam atender ao conjunto das necessidades de saúde apresentadas pelas pessoas ao longo de sua vida, incluindo o bem-estar físico, mental e social.

Diversos estudos demostram que países com sistemas de saúde organizados com base na Atenção Primária em Saúde têm populações com melhor situação de saúde, há mais equidade nos resultados em saúde e estão em melhor posição para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU.

Porém, na maioria dos países de baixa e média renda, a APS ainda é subdesenvolvida, sub-financiada e encontra dificuldade para dispor de força de trabalho qualificada. Como resultado, metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e encontra-se em situação de maior vulnerabilidade frente a emergências sanitárias.

Para reverter esse quadro, estudo da Lancet afirma que é crucial aportar maior volume de recursos públicos para Atenção Primária e aprimorar os mecanismos de financiamento da APS nos sistemas de saúde para trazer as pessoas para o centro da atenção.

Apesar das desigualdades socioeconômicas e dos problemas estruturais do SUS – entre os quais o baixo financiamento público, a frágil governança regional e a ineficiência na alocação de recursos disponíveis –, construímos no Brasil um modelo de APS que é reconhecido internacionalmente pelo caráter inovador e pelos resultados alcançados.

A APS brasileira foi desenvolvida para ser a base do Sistema Único de Saúde, o SUS, alicerçada nos princípios da universalidade, integralidade, descentralização e participação da comunidade. Em contraste com a maioria dos países de baixa e média renda, que tem programas focais e seletivos de APS – dirigidos para um grupo específico de doenças nas populações mais pobres – e de países de alta renda, que tem modelos centrados no trabalho médico, a Estratégia Saúde da Família inovou ao estabelecer equipes multiprofissionais que oferecem uma ampla gama de ações clínicas e de saúde coletiva para a população residente em área geográfica definida.

Diversos estudos mostraram que a presença das equipes de ESF nas comunidades está associada a melhorias nos resultados e na equidade em saúde. Implementado a partir de 1998, o Piso de Atenção Básica (PAB) foi o pilar de sustentação da expansão dessa estratégia.

O PAB foi primeira fonte de financiamento federal a contemplar todos os municípios com recursos específicos para Atenção Primária. Composto por dois componentes – um fixo, de base populacional, canalizado mensalmente para as prefeituras com a finalidade exclusiva de subsidiar a prestação de serviços de APS, e outro variável, destinado a estimular os municípios a adotarem programas prioritários para APS –, o Piso de Atenção Básica possibilitou a manutenção do gasto regular pelos municípios na APS. Isso garantiu a resiliência da Atenção Primária mesmo diante de oscilações nas políticas locais.

Ao contemplar cidades menores e nas regiões mais pobres, que antes não tinham infraestrutura de saúde para prestar serviços e receber financiamento federal, o PAB fixo contribuiu para redução das inequidades em saúde no país. O componente variável, por sua vez, teve papel decisivo para induzir a adoção da ESF com financiamento atrelado ao número de equipes implantadas.

Entretanto, apesar dos resultados positivos alcançados pela Estratégia Saúde da Família, a APS brasileira apresenta importantes desafios que derivam de problemas estruturais do SUS, que vêm se agravando diante da crise política e econômica vivida no Brasil.

Embora as transferências federais tenham sido decisivas para expansão da ESF, foram os municípios que assumiram a maior carga do financiamento da APS. Como o financiamento municipal está associado às suas próprias receitas, as prefeituras passaram a arcar com despesas para manter os serviços de APS em condições bastante desiguais – como na contratação de profissionais médicos –, perpetuando inequidades na alocação de recursos.

Em resposta à recessão econômica, em 2016 o Congresso Nacional aprovou o congelamento de gastos federais – reajustado apenas pela inflação – por 20 anos. Estudos projetaram que essas medidas iriam enfraquecer o SUS e a APS, com maior deterioração dos resultados em saúde sobre municípios menores e mais dependentes de transferências federais, exacerbando as desigualdades em saúde no país.

As evidências de enfraquecimento da Atenção Primária em Saúde no Brasil são preocupantes. Apesar da cobertura de ESF seguir estável (63,3% em 2021), a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) mostrou uma queda abrupta no percentual da população que refere ter o posto ou centro de saúde como serviço de uso regular: de 53,7% para 35,9% entre 2013 e 2019.

Essa tendência é confirmada pela redução do número de procedimentos realizados em Unidades Básicas de Saúde, que tem início no ano de 2016, se acentua a partir de 2018 e piora ainda mais durante a pandemia. A perigosa redução da cobertura vacinal é resultado direto disso.

No contexto de austeridade fiscal, em 2019 o governo federal lançou uma nova política de financiamento para a Atenção Primária no SUS. Chamada de Previne Brasil, a política substituiu o mecanismo do Piso de Atenção Básica por uma combinação de captação ponderada, pagamento por desempenho e incentivos a ações prioritárias como base cálculo de recursos federais para municípios. Devido à Covid-19, sua implementação foi iniciada apenas em 2022.

O estudo da Lancet afirma que a captação deve ser a pedra angular da remuneração de equipes de APS por vincular as pessoas às equipes e que o pagamento por desempenho deve ser utilizado para incentivar as equipes melhorar os resultados na saúde da população sob sua responsabilidade. No Previne Brasil, entretanto, esses instrumentos não estão sendo utilizados para remunerar equipes, mas para calcular o volume de transferências que o governo federal repassa para os municípios.

Desse modo, esses instrumentos podem exacerbar desigualdades ao penalizar municípios com menor capacidade gerencial, infraestrutura, recursos humanos e tecnológicos. Ao considerar apenas pessoas cadastradas e não população total – num país com 25% da população com planos privados –, o instrumento limita a universalidade e aumenta a fragmentação da APS. Ao considerar um grupo limitado de indicadores, o pagamento por desempenho estabelecido pelo Previne Brasil induz a seletividade da Atenção Primária. Efeitos opostos aos produzidos pelo PAB.

O aumento do financiamento federal para APS é decisivo para fortalecer a Estratégia Saúde da Família no país. Os instrumentos estabelecidos pelo Previne Brasil poderiam ser valiosos para aprimorar a eficiência do gasto na Atenção Primária se fossem adicionados ao esquema bem-sucedido do PAB e dirigidos diretamente ao aumento da remuneração das equipes prestadoras de serviços de APS, a exemplo de como é feito em países da OCDE.

O complexo cenário sanitário sob impacto da Covid-19 requer esforços coordenados entre as três esferas de governo para fortalecer a APS no SUS. O primeiro passo deve ser resgatar a concepção de uma Atenção Primária em Saúde universal, integral e base estruturante do SUS. Os arranjos de financiamento devem ser aprimorados para tornar os serviços de APS cada vez mais acessíveis, resolutivos e integrados aos demais níveis de um sistema de saúde resiliente.

ADRIANO MASSUDA – Professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV) e membro do FGV Saúde. Graduado em medicina pela UFPR, na Unicamp fez residências em Medicina Preventiva e Social e em Administração em Saúde, mestrado e doutorado em Saúde Coletiva na área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. Foi médico em Unidade Básica de Saúde em Campinas e no Hospital de Clínicas da Unicamp. Foi secretário municipal de Saúde (2013-2015) em Curitiba. No Ministério da Saúde, foi secretário-executivo substituto (2011-2012) e secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (2015)

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JORNAL OPÇÃO

Piso salarial para enfermagem ainda não é o ideal, segundo entidade goiana

Por Nielton Soares dos Santos

Enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país

Em tramitação avançada no Congresso Nacional, projeto do Governo Federal para um piso nacional para profissionais da enfermagem, como ocorreu com professores, já foi aprovado no Senado Federal. Agora, a proposta será apreciada pela Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, os enfermeiros deverão receber mensalmente R$ 4.750,00, técnicos de enfermagem R$ 3.325,00 e auxiliares de enfermagem e parteiras R$ 2.375,00, em todo o país.

A expectativa no Congresso é do projeto de lei (nº 2.564/2020) seja pautado na Câmara dos Deputados ainda neste mês, uma vez que a Casa aprovou por 458 votos a 10, o requerimento de urgência para a apreciação do texto. Porém, os deputados envolvidos na articulação do projeto defendem que seja debatido junto a governadores e prefeitos o impacto orçamentário, previsão é de R$ 24,9 bilhões em 2024, ao se pagar um teto de piso para a categoria. O intuito é evitar desgastes políticos como ocorrido para o pagamento do piso de profissionais da área de Educação.

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Goiás (Cofen-GO), Edna de Souza Batista, denunciou ao Jornal Opção que há profissionais que recebem R$ 800,00 por mês. Ela lembra que durante a pandemia, os profissionais foram um dos poucos que não tiveram como trabalhar remotamente, mas seguirem na linha de frente tratando de pacientes com Covid-19. “Esse piso não é o ideal, é o início. Esse piso salarial é um piso ético, que provavelmente, vai ser melhorado, ajustado com valor digno da nossa categoria de enfermagem”, cobra.

“Esse projeto é um sonho que a enfermagem de Goiás e a enfermagem brasileira que precisam viver esse sonho. Nós aqui do Conselho Regional de Enfermagem, juntamente com todos os regionais do nosso país, juntamente com a nossa presidente Maria Betânia, estamos lutando de forma árdua, pedindo apoio para todos os senadores e deputados, que de fato aprovem o piso salarial da enfermagem”, pontou.

Além do Confen-GO, Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (SIEG), Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e outros instituições classistas defendem e lutam pela aprovação imediata do projeto. Ao Jornal Opção, a presidente do Sieg e diretora da FNE, Roberta Rios, afirmou que atualmente são mais de 60 mil profissionais de enfermagem no Estado de Goiás, desses a maioria precisa complementar o salário com jornadas múltiplas de trabalho.

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Rogério Cruz decreta ponto facultativo na véspera do feriado

Apenas serviços essenciais, como saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) assinou nessa sexta-feira, 8, decreto determinando ponto facultativo para a próxima quinta-feira, 14, em órgãos públicos municipal da administração direto e indireta. A data é véspera do feriado religioso de Sexta-feira da Paixão, comemorado no dia 15.

De acordo com o documento, apenas os serviços essenciais, dentre os quais saúde e limpeza pública, funcionarão em regime de plantão.  “Será um momento para reflexão ou descanso, dependendo da religião de cada servidor, mas seguiremos com os serviços essenciais. Inclusive os goianienses que quiserem podem aproveitar para se vacinar contra gripe ou com as doses de reforço contra Covid-19”, pontou Cruz. Os locais de vacinações podem ser pesquisados no Aplicativo Prefeitura 24h, site ou redes sociais.

O decreto foi publicado como suplemento do Diário Oficial do Município (DOM) dessa sexta-feira e estabelece que seja enviada ao gabinete do prefeito pelos titulares de órgãos e entidades da prefeitura relação com os nomes dos servidores plantonistas.

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O HOJE

Antes do teste de farmácia, mulheres colocavam urina em sapos e rãs para saber se estavam grávidas

Você imagina como as mulheres descobriam – ou o que faziam para saber – quando estavam grávidas antes da chegada ao mercado dos testes rápidos de gravidez? O Museu de Ciências de Londres, na Inglaterra, que se dedica ao tratamentos e novidades que ajudaram a combater e a evitar doenças, tem espaço dedicado à gestação humana.

E é de lá que saem histórias como a do sapo ou da rã. Antes de 1970, quando a mulher passou a poder comprar o teste de gravidez na farmácia e ver se está mesmo grávida em casa, o método mais utilizado era pegar a urina da mulher e colocar dentro de um sapo ou uma rã. E o resultado vinha da seguinte maneira: se o anfíbio soltasse ovos depois de injetado o líquido, a pessoa sabia que teria um filho.

Parece estranho, conto da carochinha, conversa para boi dormir ou sem efeito, mas colocar urina em um sapo ou uma rã para saber se a mulher estava grávida foi o método mais usado por muito tempo no século XX. Mas nada de compara ao mecanismo utilizado no Egito Antigo, por volta de 1.350 antes de Cristo (a.C.).

Grãos de trigo e cevada

Um endocrinologista chamado Glenn Braunstein, do Centro Médico Cedars-Sinai, dos Estados Unidos, revelou em um artigo de 2014 que o exame de gravidez mais comum, podemos chamar assim, usado no Egito Antigo era pegar a urina da mulher e misturar a grãos de trigo e cevada. A resposta estava se eles brotariam ou não por algum tempo. Se germinasse, a resposta para a gravidez era positiva.

E tem mais. Se só a cevada desse algum broto, o bebê seria do sexo masculino. No caso de apenas o trigo brotar, aí era uma menina, na crença dos antigos egípcios. Se para saber sobre a gravidez pode não passar de uma antiga tradição sem efeito, a urina da grávida pode sim fazer com que a planta comece a se desenvolver.

Método testado

O método do Egito Antigo foi testado por um grupo de cientistas em 1963 nos Estados Unidos. O experimento verificou que 70% das tentativas observadas constataram um crescimento das sementes se desenvolvia em contato com a urina da grávida. Já o líquido de mulheres que não esperavam filho não surtiu o mesmo efeito sobre o grão do trigo ou da cevada.

Na Idade Média surgiram os “profetas do xixi”. Eles eram assim chamados porque acreditavam que os fluídos do corpo humano deveriam ser usados para avaliar a saúde de uma pessoa. E a urina era analisada pela cor, cheiro, textura e outros aspectos, já que não existia nada parecido, por exemplo, com um microscópio.

De acordo com relatos de 1552, a urina de uma mulher é descrita como “cor clara de limão pálido, inclinada para o esbranquiçado, com aspecto nebuloso na superfície”.

Vinho na urina

Parte dos tais “profetas do xixi” jogavam vinho na urina para saber se uma mulher estava grávida. Estudos mais recentes mostra que o contato do álcool com a urina pode causar a reação com proteínas, o que daria condições de acertar mesmo, mesmo que com taxa moderada de sucesso, se a gestação havia começado.

A forma mais confiável para se saber se a mulher estava grávida era mesmo observar as mudanças no corpo, como vômitos, enjoos e o crescimento da barriga. Só a partir do século XVIII que o funcionamento do corpo humano começou a avançar nos conhecimentos científicos. Foi o fisiologista Ernest Starling, da Inglaterra, que passou a usar a palavras “hormônio” para definir “mensageiros químicos” do corpo.

Primeiros testes de gravidez

Em 1927, os cientistas alemães Selmar Aschheim e Bernhard Zondek começaram a observar os resultados de colocar a urina da mulher grávida em uma rata ou camundonga sem chegar à maturidade sexual. Os dois perceberam que a técnica estimulava que o ovário se desenvolvesse e começasse a liberar óvulos nas fêmeas roedoras. Assim como no trigo ou na cevada, o xixi de uma mulher não grávida não tinha o mesmo efeito nesses animais.

A suspeita dos cientistas estava na presença do hormônio hCG, que só aparece quando a mulher chega a nove meses de gravidez. Foi quando surgiu o teste A-Z, que leva as inicias dos sobrenomes dos alemães. Só que demorava para sair o resultado, já que era preciso injetar a urina da mulher em cinco ratas e esperar uma semana para saber se tratava-se ou não de uma gravidez.

Coelha

Depois o animal usado foi uma coelha. Mas tinha um problema: era preciso matar o animal no teste para ter o resultado. Foi aqui que começaram a usar os sapos e rãs, porque a liberação dos ovos ao entrar em contato com a urina da mulher não exigia sacrificar o bicho para disseca-lo. E é justamente o hormônio hCG que estimulava que ovos saíssem ao entrar em contato com o xixi de alguém em gestação.

De 1940 a 1960, o comércio internacional de anfíbios para realização de testes de gravidez causou impactos ao meio ambiente. A espécie Xenopus laevis começou a ser importada da África para os Estados Unidos, o que levou junto um fungo que causa doenças graves e colocou em risco de extinção outros anfíbios nativos da América do Norte.

Sapos machos no Brasil

A técnica com sapos e rãs foi utilizada no Brasil. Mas era diferente. O modelo do argentino Carlos Galli Mainini usava machos. O que se observara era se, ao injetar a urina da mulher, o sapo colocaria para fora espermatozoides em um intervalo de três horas. Os animais usados eram capturados em Guarapiranga, em São Paulo, e era transportado no bonde até o laboratório. (Com informações da BBC)

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Metanfetamina: substância apresenta aumento de usuários e internações em clínicas particulares no Brasil

A metanfetamina é uma das drogas mais conhecidas da cultura pop. Na série premiada série de televisão Breaking Bad, a criação de metanfetamina é um dos principais tópicos abordados na trama, ressaltando em diversos episódios a complicada condição que os usuários da droga sofrem no decorrer da série.

Apesar de não ser uma das drogas mais populares do Brasil, o número de internações relacionadas ao uso de metanfetamina sofreu um aumento de internações em clínicas particulares recentemente. Conhecida como Tina, a droga sintética começou a fazer sucesso no Brasil após se mostrar uma substância que libera a produção de dopamina, noradrenalina e serotonina, deixando o usuário em um estado de energia e euforia.

A metanfetamina também é bastante utilizada durante relações sexuais, o chamado chemsex, sexo com substâncias qúmicas. Usuários da droga relatam que após utilizar o químico durante as relações, não conseguiam mais se relacionar sem o uso da droga, gerando uma dependência.

A substância no Brasil é bastante consumida em grandes centros urbanos, principalmente entre pessoas com maior poder aquisitivo, já que uma grama de metanfetamina pode custar entre R $400 a R $550. Em entrevista ao jornal Extra, o psiquiatra Jorge Jaber comenta que o aumento do consumo da substância química está relacionado a diminuição da concentração da cocaína.

Os prejuízos causados pelo consumo de metanfetamina são um dos maiores na vida do usuário, causando grandes chances de dependência, explica o psiquiatra Bruno Branquinho em entrevista ao jornal Extra.

Dentre os diversos efeitos colaterais do uso de metanfetamina, estão: danos em vasos cerebrais, que podem levar o usuário a ter um acidente vascular cerebral, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, alta na temperatura corporal, convulsão, desidratação e comportamento agressivo, com episódios de paranoia e ansiedade.

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CARTA CAPITAL

Famosas por defender cloroquina, médicas miram o Congresso

Mayra, Nise, Raissa, Roberta e Maria Emília. Cinco médicas conhecidas pela defesa de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 são pré-candidatas a vagas no Senado e na Câmara dos Deputados. Elas têm em comum o fato de terem ficado conhecidas durante a pandemia por conta da predileção pela cloroquina. Os anúncios das pré-candidaturas foram divulgadas pelas médicas por meio de redes sociais.

Mayra Pinheiro (PL-CE) ficou conhecida como Capitã Cloroquina, após participar do desenvolvimento de aplicativo do governo federal que recomendava o medicamento. A CPI da Covid pediu o indiciamento de Mayra por crime de epidemia com resultado de morte, prevaricação e crime contra a humanidade. Nas eleições deste ano, a cearense disputará vaga na Câmara. Ao anunciar a pré-candidatura em seu perfil oficial no Instagram, ela afirmou:

"Que em 2022 o Brasil possa ter no Congresso Nacional a mais corajosa representação feminina da sua história". Em janeiro, a médica se manifestou a favor da decisão de Roraima de instituir os medicamentos hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina como protocolo.

Também com pedido de indiciamento pela CPI, na qual alegou que o "tratamento precoce" reduziu hospitalizações e mortes da doença, Nise Yamaguchi (PROS-SP) anunciou, ainda em dezembro, sua pré-candidatura ao Senado por São Paulo. Na ocasião, disse que se tratava de uma "batalha entre o bem e o mal" e que estava "disposta a enfrentar os desafios pós-Covid com ética, conhecimento científico e com a intenção verdadeira de salvar vidas". A oncologista e imunologista tem 158 mil seguidores nas redes.

Pré-candidata ao Senado, Raíssa Soares (PL-BA) foi secretaria de Saúde de Porto Seguro (BA). Ela ganhou visibilidade após gravar vídeo em que pedia ao governo federal que enviasse o kit Covid a Salvador. Hoje, ela soma 160 mil seguidores no Instagram. Nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou vídeo de apoio à candidatura.

"Ela que começou a ganhar notoriedade durante a pandemia e provou ser uma pessoa corajosa e destemida e agora tem aflorado também nas pautas conservadoras", disse.

A infectologista Roberta Lacerda (PL-RN) ficou conhecida ao se posicionar contra a vacinação. Ela, que mira no Senado, chegou a citar supostos casos de câncer provocados pelo imunizante da Covid e teve a conta suspensa nas redes sociais. Já Maria Emília Gadelha (PRTB-SP) também criticou a vacinação, agradando a bolsonaristas. Em seu perfil nas redes sociais, promoveu lives com temas como "Vacina para Covid-19 e os riscos para a saúde" e divulgou ações contra o passaporte sanitário. Ela quer ser deputada federal.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 34 novos casos e nenhuma morte nas últimas 24 horas


Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás notificou 34 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O Estado não registrou mortes provocadas pela doença no mesmo período. É o que afirma o boletim divulgado neste domingo (10/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Com as atualizações, o território goiano já acumula 1.305.672infecções e 26.348 óbitos pelo novo coronavírus. 

Segundo a Saúde de Goiás, ainda são investigados 769.931 casos e 321 mortes para saber se há alguma relação com a doença. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,02%.

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Assessoria de Comunicação

Exclusiva para associados da Ahpaceg, a palestra “Mercado de Saúde: A Relação entre Hospitais e Operadoras (Fusões e Aquisições no Brasil)” foi promovida pelo Ipog no dia 30 de março. Realizado no formato virtual, o evento teve como palestrantes a professora Gilvane Lolato e o enfermeiro e gestor de qualidade Erik Mikael Lemes.

Com um vasto currículo na área da saúde, incluindo mais de dez anos de atuação em Gestão da Qualidade em Saúde, Gilvane Lolato apresentou um panorama da saúde no Brasil em relação à quantidade de hospitais públicos e privados desde 2017 e mostrou que há uma tendência à redução do número de estabelecimentos e de leitos por mil habitantes. Ela observou ainda que a variação da quantidade de leitos é bem desigual de região para região.

Erik Lemes, enfermeiro e gestor de Qualidade, atualmente no Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente da Seguros Unimed, falou sobre a relação entre hospitais e os planos de saúde e movimentações no mercado, como as recentes aquisições de operadoras, o volume de recursos movimentados e a expansão de carteiras.

Ele também observou que os custos na saúde suplementar têm aumentado devido a fatores, como a incorporação de novas tecnologias sem tanta superioridade em eficiência e a remuneração baseada em fee for service. A otimização de oportunidades foi outro ponto abordado por Érik Lemes, que afirmou que o setor sempre vai procurar se adequar ao mercado.

Segurança do paciente

Mas, além do cenário do mercado de saúde, os palestrantes abordaram um dos principais pilares do trabalho da Ahpaceg: a segurança do paciente. Segundo Gilvane Lolato, as instituições precisam focar na melhoria contínua dos processos e aperfeiçoamento da qualidade e segurança da assistência.

A implementação desta cultura da segurança, de acordo com os palestrantes, passa pelo conhecimento e aplicação da legislação e regulamentação dos serviços de saúde e pelo envolvimento de profissionais e gestores de todos os setores da instituição.

Todos devem estar cientes e comprometidos com a segurança, participando de forma ativa deste processo. “Os profissionais precisam entender, compreender e se comprometer com a qualidade e segurança do trabalho dele e do colega”, afirmaram. As operadoras e os pacientes também precisam estar envolvidos neste processo.

A divulgação de dados em saúde, citou Erik Lemes, ainda é um tabu para todos, mas faz parte da cultura de segurança que consigam compartilhá-los buscando a melhoria contínua. “A operadora fideliza o hospital se ele mostrar que é mais resolutivo, mesmo que seja mais caro”, afirmou.

Para conferir a apresentação completa, clique aqui.

JANEIRO FARMACEUTICO IMD 20 01 21

 

Uma semana após o reajuste de até 10,89% nos preços dos medicamentos, medida que entrou em vigor em 1º de abril, os consumidores enfrentam um problema: a falta de vários itens nas farmácias.

 

Médicos de hospitais associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) têm recebido queixas de pacientes que não conseguem aviar as receitas.

 

São oferecidas opções de medicação, mas, mesmo assim, os pacientes precisam pesquisar no mercado, pois nem sempre o remédio receitado é encontrado.

 

O problema, iniciado em 2021, se agravou de fevereiro para cá e atinge medicamentos, como os indicados para tratamento de febre e dor, antibióticos, anti-inflamatório e anti-histamínicos.

 

Esse problema de abastecimento atinge também a rede hospitalar. A dipirona injetável – usada no tratamento contra dor e febre -, por exemplo, está em falta e os hospitais trabalham com estoques que já estão acabando.

 

 

A Ahpaceg vem atuando juntos aos fornecedores para tentar sanar o problema entre os associados, mas a escassez de alguns medicamentos e falta de outros é mundial.

 

Confira também

Ahpaceg na Mídia - Presidente Haikal Helou falou à Rádio CBN Goiânia, no dia 9 de abril de 2022, sobre a falta de medicamentos no mercado. Confira:

Após reajuste de mais de 10%, começa a faltar alguns medicamentos nas farmácias

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/ap%C3%B3s-reajuste-de-mais-de-10-come%C3%A7a-a-faltar-alguns-medicamentos-nas-farm%C3%A1cias-1.2436221

 

Sexta, 08 Abril 2022 14:11

CLIPPING AHPACEG 08/04/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Confirmado primeiro caso de subvariante da Ômicron no Brasil

Prefeitura oferecerá 20 serviços de saúde na 'Caravana do Bem' em Goiânia

Em evento de cooperativismo, presidente do CFM defende qualificação da assistência e valorização dos médicos

Paciente de 75 anos é assassinada no Hospital de Urgências de Goiânia

AGÊNCIA BRASIL

Confirmado primeiro caso de subvariante da Ômicron no Brasil

Foi identificado o caso de mais uma variante do novo coronavírus no Brasil. O Instituto Butantan informou que encontrou uma pessoa infectada com a subvariante denominada XE, que mistura duas modalidades da Ômicron.

O caso foi confirmado pelo Ministério da Saúde, que divulgou nota anunciando que recebeu a notificação do Instituto Butantan. A pasta acrescentou que “mantém o constante monitoramento do cenário epidemiológico da covid-19”.

A variante XE é uma combinação de duas cepas diferentes da Ômicron: BA.1 e BA.2. O primeiro caso foi mapeado na cidade de Londres, em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Butantan, a taxa de crescimento da XE é 10% superior à da cepa BA.2.

Contudo, o Instituto informa que ainda não há evidências suficientes acerca de mudanças, vantagens e desvantagens da circulação a nova variante em aspectos como gravidade, transmissão e eficácia de vacinas já existentes.

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A REDAÇÃO

Prefeitura oferecerá 20 serviços de saúde na 'Caravana do Bem' em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, levará ao 4º Mutirão do Governo de Goiás mais uma edição da Caravana do Bem, com mais de 20 serviços na área da saúde. Ação ocorrerá na Região Leste da capital, entre sexta-feira (8/4) a domingo (10/04). No primeiro dia da ação, o atendimento será das 12h às 16h, no sábado, das 07h às 16h, e no domingo, das 07h às 12h.

O prefeito Rogério Cruz destaca importância de mais uma parceria com o governo estadual. “Quem ganha com essa união entre estado e município, é a população. Unidos, podemos reforçar os serviços de qualidade já prestados aos moradores, principalmente na área da saúde. Portanto, convido todos os moradores da região para que compareçam ao Mutirão”, conclama.

Atendimento na tenda

O atendimento na tenda montada na Praça Tarsila do Amaral, na Avenida Firenze, no Jardim Abaporu, é destinado à população em geral. No local, serão ofertados serviços como rastreamento de câncer de boca, distribuição de kit de higiene bucal; realização de exames de pessoas que aguardam na fila da regulação, como ultrassonografia e eletrocardiograma, todos já contactados; solicitação de mamografia; auriculoterapia, vacinas contra Influenza e covid-19, além de testagem de antígeno para o novo coronavírus e atividades educativas. Também será ofertada vacina antirrábica.

Atendimento na USF Recanto das Minas Gerais

O atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF) do Recanto das Minas Gerais será voltado para os pacientes da própria unidade, que poderão fazer exame de prevenção ao câncer de útero (Papanicolau), eletrocardiograma, e ainda passar por consulta médica com clínico geral.

Outras ações

Estão em reforma as Unidades de Saúde da Família (USF) Recanto das Minas Gerais e Dom Fernando, e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Comunitários de Endemias (ACE) já intensificaram as visitas domiciliares na região. Os ACS visitam as residências para verificação e orientações quanto às condições de saúde das famílias. Já os ACE verificam os imóveis quanto à possível existência de focos do mosquito Aedes aegypti.

“A Caravana do Bem, criada na administração do prefeito Rogério Cruz, é um complemento ao serviço já prestado pelo município. A caravana nos possibilita avançar no atendimento à população”, diz o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso.

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RÁDIO WEB COOPNEWS

Em evento de cooperativismo, presidente do CFM defende qualificação da assistência e valorização dos médicos

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, defendeu no Fórum Unimed em Brasília uma série de propostas para fortalecer o cooperativismo médico no País. Ele foi um dos palestrantes da mesa redonda "Agenda Estratégica para o Trabalho Médico e o Cooperativismo de Saúde", que debateu os desafios para o setor.

Entre as propostas defendidas para o fortalecimento desse sistema, ele defendeu a alternância das lideranças nos cargos de comando, a construção de um marco regulatório que traga mais equilíbrio ao setor, a valorização dos honorários médicos e a revisão dos custos assistenciais.

Durante sua participação, o presidente do CFM também afirmou que as cooperativas médicas devem buscar a adequada regulação entre os profissionais, o fortalecimento dos códigos de conduta e a sensibilização do Poder Judiciário às demandas de cobertura. "O cooperado tem que se sentir valorizado para que todo o sistema cresça", defendeu.

Comissão - José Hiran Gallo também aproveitou o encontro com as lideranças para anunciar que a conselheira Yaskara Lages (PI) como a nova coordenadora da Comissão de Cooperativismo do CFM. Segundo ele, o grupo será reativado na perspectiva de incrementar debates e subsidiar proposições sobre o tema.

Cooperado da Unimed Rondônia, Gallo já foi coordenador por muitos anos da Comissão de Cooperativismo Médico do CFM. "Tenho muito orgulho de fazer parte da família Unimed", afirmou. O encontro aconteceu em 5 de abril (terça-feira).

A mesa redonda foi coordenada pelo presidente da Central Nacional Unimed, Luiz Paulo Tostes. Também fizeram exposições: o diretor de Assuntos Parlamentares da AMB, Luciano Gonçalves, e o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas.

Todos defenderam o fortalecimento da bancada parlamentar em defesa da causa médica e do cooperativismo. Após a realização do Fórum, foi inaugurado o Espaço Unimed, em Brasília, que será um ambiente dedicado ao diálogo com os poderes constituídos, as entidades setoriais e a sociedade.

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PORTAL G1

Paciente de 75 anos é assassinada no Hospital de Urgências de Goiânia

Suspeito foi preso e teria contado a testemunha que teve a intenção de ajudar a vítima limpando a boca e região de traqueostomia dela, segundo registro policial. Polícia Civil investiga o caso.

Uma paciente de 75 anos foi morta dentro do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Segundo informações da Polícia Civil, um suspeito do crime, que tem 47 anos, foi preso em flagrante no local e o caso deve ser investigado pela corporação.

g1 entrou em contato com a unidade de saúde, por mensagem, às 9h26 desta sexta-feira (8), e a assessoria do hospital informou que deve divulgar uma nota sobre o caso em breve.

De acordo com informações da Polícia Civil, o crime aconteceu por volta de 17h30 de quinta-feira (7).

O registro do caso descreve que a paciente estava respirando por meio de tubo na traquéia. Segundo relato da Polícia Militar, relato de uma testemunha indica que o autor entrou na enfermaria e teria ido limpar a boca e a região da traqueostomia da vítima, mas fechou a entrada de ar e a matou asfixiada.

Também segundo o relato policial, o autor disse à testemunha que a intenção era ajudar a paciente.

O delegado Rhaniel Almeida Pires deve assumir a investigação para apurar o que aconteceu e o que motivou o crime.

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Assessoria de Comunicação