Postado em: 07/07/2022

CLIPPING AHPACEG 07/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Sobe para 142 o número de casos de varíola dos macacos no Brasil

Artigo - Plano de saúde x plano de doença

Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 29 mortes em um dia

Mesmo com troca de OSs, médicos do Hmap seguem sem salários

Hospital Araújo Jorge – 55 anos de luta contra a dor

Estudo mostra resultados em gestações feitas através de transplantes de úteros

No Brasil, mortes associadas a gravidez são 4 mil a mais que o registrado, diz estudo

Goiás tem 7 casos notificados de varíola dos macacos; veja quando é considerado suspeito

AGÊNCIA BRASIL

Sobe para 142 o número de casos de varíola dos macacos no Brasil

Maioria foi registrada em São Paulo 

Os órgãos sanitários brasileiros confirmaram 36 novos casos de varíola dos macacos (Monkeypox) nas últimas horas. No total, já foram registrados 142 casos da doença viral causada pelo vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Vírus).

Segundo o Ministério da Saúde, a maioria (98) dos casos foi confirmada no estado de São Paulo. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 28 ocorrências da doença, Minas Gerais (8), Ceará (2), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Norte (1).

Em nota divulgada à imprensa na manhã de hoje (8), a pasta reafirma que está em contato direto com as secretarias de saúde estaduais, monitorando os casos e rastreando as pessoas com quem os pacientes tiveram contato.

Segundo a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), tradicionalmente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Não há evidência de que o vírus seja transmitido por via sexual.

Tratamento

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões, de acordo com a Opas. O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

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A REDAÇÃO

Artigo - Plano de saúde x plano de doença

Nunca ouviu falar em Plano de Doença? Não conhece isso? Afirmo que conhece, mas com outro nome.
 

O País inteiro foi envolvido em uma discussão nas últimas semanas e opinou sobre algo que pouco ou nada conhece e o fez porque sentiu na carne as consequências de um sistema que está doente e precisa ser tratado, o sistema de saúde suplementar e o reajuste dos planos de saúde muito acima da inflação e dos reajustes salariais.
 

Bastava entrar na área de opinião do leitor de qualquer veículo sério de comunicação para ler coisas do tipo: “Meu salário não aumentou nessa proporção e por ganância das operadoras ficarei sem assistência médica”, mas sem se aprofundar no assunto. Por quê aumentou? Para onde vai o dinheiro que eu pago? Se o negócio é tão bom, por que as operadoras estão no vermelho e fechando?

A explicação é simples, o sistema perdeu sustentabilidade. Como? Alto custo da tecnologia médica (novos exames e medicamentos), envelhecimento da população, judicialização de usuários que querem receber o que não contrataram e principalmente um grande desperdício dos recursos instalados, é aí que entra o plano de doença!
 

Algumas doenças que tratamos hoje poderiam ser prevenidas, com exercícios diários, exames regulares, sem tabagismo e uma boa dieta, o que convenhamos todo mundo sabe e poucos seguem. O que normalmente acontece é: pago um plano de assistência médica e não o utilizo até que tenha um problema (trauma, infecção, desmaio, dor de cabeça...) aí procurarei um especialista ou um pronto socorro e começará a via-crúcis que tornou o sistema impagável. Vou citar um exemplo muito comum.

O paciente acorda com uma dor de cabeça muito forte. Com dor e medo, procura um neurologista (afinal de contas a dor é na cabeça). O colega examinará e pedirá os exames complementares pertinentes. Descobrirá que o paciente tem cefaleia como consequência de uma hipertensão arterial que provavelmente já tem há muito tempo, mas estava silenciosa. O encaminhará para o cardiologista, que, após uma boa consulta e mais exames, o mandará para um fisiatra e um nutrólogo, poque o paciente está obeso e sedentário... Mais consultas, mais exames... Some o tempo, o número de consultas e os exames complementares feitos e verá o porquê o sistema está colapsando.
 

 Qual a saída? Primeiro o que todos sabemos, tenha hábitos saudáveis, faça exercícios, se alimente bem e não fume. Diga à sua operadora que quer um médico para chamar de seu, um médico de família, aqueles que saberão toda a sua história, que cuidarão de você sempre, independentemente de estar sentindo algo ou não e que só te encaminhará para um especialista se realmente precisar.

Isso chamamos de Atendimento Integral à Saúde e não é feito para gerar economia, mas para melhorar a assistência, evitando desperdícios de tempo e dinheiro e por tabela gerando economia.
 

Quando todos entenderem que o resultado é uma somatória de esforços em que o paciente, os profissionais da saúde, prestadores, as operadoras e quem paga por tudo isso, seja pessoa física, seja a empresa que quer o bem estar do seu funcionário, teremos um Plano de Saúde e ele será sustentável e pagável.

*Haikal Helou é médico, empresário, presidente do Conselho Setorial de Saúde da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

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Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 29 mortes em um dia

Taxa de letalidade do vírus é de 1,76%

Goiás registrou 6.162 novos casos de covid-19 e 29 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (6/7). Com as atualizações, o Estado contabiliza 1.531.520 infecções e 26.990 óbitos ligados à covid desde o início da pandemia. 

No território goiano, há 840.427 casos e 226 mortes em investigação para apurar se há relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,76% no Estado. 
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JORNAL OPÇÃO

Mesmo com troca de OSs, médicos do Hmap seguem sem salários

Por Nielton Soares dos Santos

Prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que todos os recursos foram repassados ao IBGH; o Albert Einstein informou que o assunto se refere a gestão anterior 

Os médicos que prestam serviços no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap) estão sem receber os salários desde o mês de abril. A unidade era gerida até 2 de junho pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). Recentemente, o processo de trocas de Organização Social (OS) da unidade passou por turbulências. Para se ter ideia, até o contrato com a nova gestora, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, foi assinado após o ex-prefeito Gustavo Mendanha (Patriota), deixar o cargo.

Procurada pelo Jornal Opção, a Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) esclarece que o contrato com a antiga Organização Social (OS) vigorou até 31 de maio e que todos os repasses foram realizados pontualmente. Por sua vez, o IBGH teria empenhado os recursos para as empresas terceirizadas, entre elas a Carvalho Serviços Médicos (CSMed) e a HMB Gestão em Saúde, para repasse aos servidores. “Para os profissionais, é revoltante e desanimador essa atitude que demonstra a total desvalorização do trabalho e desrespeito a todo o empenho que tiveram durante a exaustivas jornadas no HMAP”, denuncia um médico. 

A SMS complementa que “fez o repasse para quitação dos passivos trabalhistas e aguarda a prestação de contas por parte do IBGH”. Procurada pela reportagem, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein destacou que as denúncias são referentes gestão anterior. 

Não é de hoje que há atrasos no pagamento de salários para profissionais da unidade de saúde. Em outubro do ano passado, médicos denunciaram à imprensa que estavam a cerca de 3 meses sem serem remunerados. O IBGH não se manifestou sobre as denúncias. A gestão do IBGH foi marcada por inúmeras denúncias de corrupção, a mais recente é a acusação de desvio de quase R$ 6 milhões de recursos que seriam para o combate à pandemia da Covid. O processo está em tramitação no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

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Hospital Araújo Jorge – 55 anos de luta contra a dor

Por Bento Fleury

Com seus 50 anos de existência, o hospital do câncer vivenciou fases de desenvolvimento e, também, de percalços

Há exatamente 55 anos, no dia 02 de fevereiro de 1967, às 10 horas de uma manhã chuvosa em Goiânia, era inaugurado pelo então Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Hospital do Câncer de Goiânia”, depois de mais de uma década de lutas do médico Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, com a sua Associação de Combate ao Câncer em Goiás. 

Esta entidade fora fundada em 1956 e contara, na sua gênese, com a ajuda da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que a essa associação destinara o seu “Pavilhão Dom Emmanuel” por vários anos; assim como o Rotary Club da capital.

 Era, naquele ano de 1967, diretor administrativo do hospital o advogado Sabry Falluh. Estiveram presentes ao evento, o então prefeito eleito de Goiânia,do MDB, Iris Rezende Machado, o governador eleito do Estado, da UDN, Otávio Lage de Siqueira e o então Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Dr. Olympio Jayme; além de outras autoridades. 

Uma curiosa coincidência é que, 50 anos depois, novamente é prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado, prova de sua longevidade na política.

Com seus 50 anos de existência, esse hospital vivenciou fases de desenvolvimento e, também, de percalços. Mas ele foi a luz de esperança ou estrada final para milhares de pessoas. Ele, com sua linda história de trabalho e humanidade, por meio de todos os que ali doaram suas vidas, médicos, enfermeiros e funcionários, o nosso mais caloroso reconhecimento.

O grande e admirável médico alagoano, Dr. Alberto Augusto Araújo Jorge foi, em terras goianas, um lutador e pioneiro. Amava o ideal de servir e deixou gravado de forma indelével em nossa terra o seu legado de persistência em favor de um ideal; daí, vale o significado da música cantada por Francisco Petrônio; “pois quem ama não descansa, até morrer”.

Alberto Augusto Araújo Jorge nasceu em Maceió no dia 27 de outubro de 1913, filho do também médico Dr. Afrânio Augusto Araújo Jorge, que nascera em Maceió em 1880 e estudara na Faculdade de Medicina da Bahia e colara grau em 1903. Ele fora casado com Lídia Nuno de Barros Pereira. Desse cadinho, no exemplo do pai, que fizera Medicina por sacerdócio Dr. Alberto acompanhou os sofrimentos do mesmo pelas perseguições políticas vivenciadas no período da República Velha. Também seu irmão mais velho, Ascânio Augusto formou-se em Medicina em Maceió, onde fez carreira, assim como no Rio de Janeiro.

Pelas perseguições políticas sofridas pelo pai, a família de Dr. Alberto Augusto viveu vários anos em Recife e depois Rio de Janeiro, pois em Maceió ele sofreu uma tentativa de assassinato por sua posição contra a política opressora da época e, também, teve a casa invadida e depredada, dada a truculência política alagoana naqueles velhos tempos.

Na verdade, a ilustre família Araújo Jorge teve por pioneiro Silvério Fernandes, que vivera na antiga cidade de Alagoas, hoje Marechal Deodoro e ali nasceu em 20 de julho de 1817, há duzentos anos!

Ele estudou na Academia de Ciências Jurídicas de Olinda e terminou o curso de Ciências Jurídicas em São Paulo, no ano de 1840, escolhendo a área de magistratura para sobreviver. Casado com Maria Vitória Nascimento Pontes, teve onze filhos. Foi ele o ascendente de Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge.

O primeiro filho do casal foi Manoel Fernandes de Araújo Jorge (1841-1905), que formou em Direito e chegou a Desembargador. O segundo foi Adriano Augusto de Araújo Jorge (1842-1901), que foi catedrático em Língua Inglesa e lecionou no Lyceu alagoano. Seu filho Adriano Augusto se formou em Medicina na Bahia. O terceiro filho foi Dr. Afrânio Augusto, pai do admirável médico que, em Goiânia, deixou as marcas de sua bondade e dignidade registradas na história de nossa capital.

As irmãs Maria Tereza, Paulina e Tereza Maria, solteiras, naquele século XIX, eram moças prendadas em Alagoas, com suas leituras e prendas admiráveis. Silvério Filho (1853-1911) iniciou o curso de Direito e depois seguiu carreira militar. Seu filho Agostinho foi médico e foi assassinado em 1910. Antonio Augusto (1855-1923) formou em Direito. Eduardo Araújo Jorge também se formou em Medicina. Rodrigo Adolfo (1858-1931) formou-se em Direito. Ele foi avô do grande poeta brasileiro J.G. de Araújo Jorge, reconhecido escritor e político brasileiro. Florentino de Barros, o décimo filho, formou-se em Direito e chegou a Desembargador.

Com os genes do amor à Medicina e ao trabalho, em longas raízes nobres e esclarecidas, Dr. Alberto Augusto Araújo Jorge elevou-se espiritualmente no entendimento dos caminhos do mundo. Era um homem de nobre coração.

Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge formou em Medicina em 1938 na Faculdade de Medicina da Bahia. Dedicou-se desde cedo às áreas de técnica operatória, e oncologia. Formado, ele voltou a sua terra com todo idealismo e boa vontade e foi um dos fundadores da Escola de Medicina de Maceió. 

Como visionário e sonhador, exerceu a medicina em São Paulo, Belo horizonte, Nova Ponte, Uberlândia e mais tarde Goiânia, cidade nova e instigante, em que ele deu o brilho de sua invulgar inteligência.

Em Uberlândia ele fez residência na Casa de Saúde São Luiz, de propriedade de Diógenes Magalhães da Silveira, que era especialista em Cancerologia e Eletro-cirurgia pela famosa Universidade de Berlim.

Também, de volta a Alagoas, foi cirurgião do serviço de Tisiologia do Departamento Estadual de Saúde e regente da Cátedra de Técnica Operatória da Faculdade de Medicina de Alagoas. No ano de 1953 ele se tornou membro do Colégio Internacional de Cirurgia. 

No ano de 1955 estava ele em Goiânia, a capital caçula do Brasil, para realizar um notável trabalho no campo da Medicina e da luta contra a dor. Quis a espiritualidade que aqui fosse o seu campo de atuação.

E ele cumpriu com honra o seu sagrado dever.

Há 66 anos, em 1956, ele criou a Associação de Combate ao Câncer em Goiás e dirigiu o núcleo de oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, travando a luta contra a terrível doença, em consonância também com o louvável trabalho da grande brasileira que foi Carmen Anne Dias Prudente (1912-2001).

Na criação da ACCG estavam os mais ilustres profissionais da área médica em Goiás como Luiz Rassi, Francisco Ludovico de Almeida, Jofre Marcondes de Rezende, Wilson Mendonça e Osvaldo Vilela, como bem destacou o ilustre pesquisador IúriRincon Godinho em seu livro “Médicos e Medicina em Goiás – do século XVIII aos dias de hoje”.

A ACCG funcionava em um pavilhão cedido pela Santa Casa de Misericórdia onde realizava precariamente o atendimento oncológico. Neste ano de 1965 foi iniciada a construção da primeira unidade da ACCG, o Hospital do Câncer de Goiânia, no Setor Universitário.

Em 1960 o Dr. Araújo Jorge recebeu a visita do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, na ACCG. Na época, além do atendimento a pacientes com câncer a Instituição se dedicava a desenvolver ações de prevenção e esclarecimentos sobre a doença, fato que deu grande notoriedade ao trabalho desenvolvido pelo ilustre médico.

Também, a ACCG inaugurou a Fundação Hospital do Câncer de Goiânia em fevereiro de 1967. Foi um notável evento para a área da saúde em Goiás. Após uma década de trabalho intenso, o presidente da ACCG, Dr. Araújo Jorge realizou mais um sonho, que foi o funcionamento de uma unidade hospitalar especializada no tratamento oncológico, e que seria acessível à população carente. São marcas de seu generoso coração, no pensamento de que a doença atinge o ser humano, independente de sua situação social e econômica.

Naquele ano nascia a primeira e mais antiga unidade da ACCG e que ao longo de sua história tornou-se referência nacional no combate ao câncer, com propósitos salutares e atendimento ao povo de Goiânia e também do interior.

Mais tarde, a ACCG criou sua segunda unidade operacional, o Centro de Estudos do Hospital do Câncer, unidade voltada para estudos e pesquisas na área oncológica. Foi um avanço significativo na ampliação do atendimento e de estudos acerca da doença.

Agora, a unidade tem o nome de Instituto de Ensino e Pesquisa, sendo responsável pelo aprimoramento técnico-científico dos seus profissionais e dos profissionais da área de saúde, na promoção de cursos como Residência Médica em Cancerologia e Residência em Enfermagem Oncológica, ampliando as possibilidades de melhorias significativas.

Em 1977, há 45 anos, a ACCG prestou uma homenagem ao criador da Instituição, o médico alagoano Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, transferindo o nome da unidade de Hospital do Câncer de Goiânia para Hospital Araújo Jorge. Esse nome hoje é marca. Todos dizem: “Trata-se no Araújo Jorge”. “Foi no Araújo Jorge” e houve profunda assimilação por todos.

Também, o Setor de Radioterapia do Hospital Araújo Jorge adquiriu no ano de 1987 o primeiro acelerador linear. O equipamento foi responsável por realizar as sessões de radioterapia e funciona até os dias de hoje, com eficiência no tratamento das pessoas.

Em 1990 foi o ano da primeira turma de Residência Médica em Oncologia, coordenada pelo então Centro de Estudos que, no ano seguinte, recebeu a denominação de Instituto de Ensino e Pesquisa, unidade operacional da ACCG, em constante aprimoramento.

Logo mais tarde, houve a inauguração do Núcleo de Assistência Social, unidade responsável pelo desenvolvimento de projetos sociais que objetivaram beneficiar pacientes e familiares carentes atendidos pela instituição, na melhoria significativa da qualidade de vida de pacientes e acompanhantes.

Também houve a inauguração do Setor de Prevenção, unidade criada pela ACCG, cujo objetivo era desenvolver atividades de prevenção primária e secundária tendo como público alvo a população goiana, ao promover o acesso das pessoas às informações básicas sobre a doença.

Numa sequência de melhorias, a ACCG criou o Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico (GAPPO) que passou a oferecer atendimento domiciliar aos pacientes do Hospital Araújo Jorge fora das possibilidades terapêuticas. Atualmente, o GAPPO possui uma equipe multidisciplinar formada por médico, psicóloga, enfermeira, motorista, orientadora espiritual e voluntários que prestam atendimento e levam conforto às residências de pacientes e suas famílias. Houve uma maior humanização no tratamento e ampliação dos domínios terapêuticos.

Também houve a inauguração da unidade Oncológica de Anápolis, que foi criada para tratamento de pacientes de Anápolis e região Norte de Goiás. Também em 1997 a Instituição criou o Setor de Captação de Recursos que teve como objetivo captar doações financeiras da comunidade e que colaboram com o custeio dos projetos sociais desenvolvidos pela Instituição, como, por exemplo, o GAPPO – Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico.

No ano de 1998 houve a ampliação do Hospital Araújo Jorge. O novo prédio de quatro andares possibilitou um aumento da capacidade de atendimento da unidade de aproximadamente 60%, em seis mil metros quadrados de área construída. Tal fato possibilitou mais ainda a ampliação dos serviços e o atendimento ao povo.

Também foi adquirido para o Setor de Radioterapia do Hospital Araújo Jorge um Acelerador Linear ALX CLINAC/600, equipamento responsável pelo tratamento radioterápico. O Ministério da Saúde, com o apoio da então Deputada Federal Lídia Quinan, liberou verbas que viabilizaram a aquisição do novo equipamento.

Ainda, o Setor de Transplante de Medula Óssea do Hospital Araújo Jorge foi inaugurado em 2000 e nesse mesmo ano realizou o primeiro transplante de medula óssea na região Centro-Oeste. Ainda no ano de 2000 o Setor de Radioterapia do HAJ adquiriu o equipamento de braquiterapia de alta dose e ainda foi responsável pela realização da 1ª Radiocirurgia da região, se tornando a segunda unidade hospitalar na América Latina a realizar o procedimento, conforme salienta o aspecto histórico da instituição no site institucional.

No ano de 2002, o Setor de Terapia Intensiva do HAJ passou por uma ampla reforma e foi reinaugurado em novo espaço físico tendo ampliada a sua capacidade de atendimento com o aumento do número de leitos. Nesse mesmo ano o IEP criou o Curso de Especialização em Física Médica; o que foi uma grande melhoria.

Também a Casa de Apoio Governador Marconi Perillo foi inaugurada no ano de 2003 e obteve o patrocínio do Governo do Estado de Goiás. O prédio de quatro andares passou a abrigar o Núcleo de Assistência Social e a casa de apoio que hospedava pacientes do Hospital Araújo Jorge vindos de outras cidades em busca de tratamento; uma ação social de grande alcance aos mais carentes.

No ano de 2004 o IEP – Instituto de Ensino e Pesquisa da ACCG realizou a I Bienal de Cancerologia do Hospital Araújo Jorge, evento que reuniu renomados profissionais para discutirem assuntos relacionados à oncologia e tendo como público-alvo os profissionais da área médica, enfermagem e fisioterapia. Nesse mesmo ano, iniciou um grande investimento: a construção de uma nova unidade Centro Médico Ambulatorial, prédio de oito pavimentos, onde serão realizados atendimentos ambulatoriais incluindo Banco de Sangue, Setor de Quimioterapia, consultórios, salas de exames, salas de curativos, e centro cirúrgico para pequenas cirurgias.

A ACCG iniciou a comemoração do seu cinquentenário em uma homenagem prestada pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás pela relevância do trabalho realizado ao longo de meio século de luta contra o câncer.

No cinquentenário, a Unidade Oncológica de Anápolis também recebeu novos equipamentos para o seu Setor de Imagem. A aquisição de um novo raio-x, um mamógrafo, um aparelho de ultrassonografia, dois carros de emergência e dois cardioversores foi viabilizada por meio de uma doação feita pelo Deputado Federal Ronaldo Caiado, através de uma emenda individual.

Também, o novo Setor de Quimioterapia da Unidade Oncológica de Anápolis foi inaugurado no ano de 2007, quando teve sua capacidade de atendimento ampliada em ambiente físico mais apropriado e com novos equipamentos. Já em 2008 foi iniciado o projeto de Reforma e Adequação do Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital Araújo Jorge. 

Ainda, a Instituição obteve a aprovação da criação do Estatuto do Portador de Câncer em 2009. O projeto foi idealizado pela médica radioterapeuta, Dra. Juliana Castro Dourado Pinezi, e apresentado à  Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEG), e obteve ainda o apoio dos deputados Hélio de Sousa e Wagner Guimarães que fizeramcom que a Lei fosse criada. O projeto foi aprovado no mês de dezembro em sessão ordinária da Assembleia Legislativa.

Também, a III Bienal de Cancerologia do Hospital Araújo Jorge, realizada em agosto de 2009, reuniu eventos de várias especialidades relacionadas à oncologia, reciclando os profissionais das áreas de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, serviço social e psicologia. Nesse mesmo ano o Banco de Sangue do Hospital Araújo Jorge passou a funcionar em novas instalações no Centro Médico Ambulatorial da ACCG

A ACCG criou o Centro Integrado de Oncologia, setor do Hospital Araújo Jorge responsável pelo tratamento quimioterápico de pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde. A mudança de unidade de assistência social para unidade de tratamento foi necessária devido à existência de grande demanda que era reprimida quando o setor funcionava em local menor resultando numa capacidade de atendimento menor.

Assim, a ACCG teve e continua tendo uma história de grande valor na área da Medicina em nosso Estado.

Dessa forma, o Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge foi presidente da Associação de Combate ao Câncer até 1977, há 45 anos, quando sofreu um acidente e se retirou do cenário das luas cotidianas. Ele faleceu em 1986.É Patrono da Cadeira 004, da Academia Goiana de Medicina, pelo seu exemplo, trabalho e dedicação.

Grande ser humano, ele se casou-se com Martha Borges Magalhães, natural de Uberlândia, onde nasceu em 31 de maio de 1925, comerciante em Goiânia. O casal teve quatro filhos.

O mais velho, Carlos Alberto, nasceu em Uberlândia em 22 de abril de 1945. Fez o curso de Direito e trabalhou no Rio de Janeiro. Casado com Maria Madalena Soreano, alagoana, funcionária administrativa do Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro. Desse consórcio teve um filho, Pedro, nascido em 1979.

O segundo filho foi Ivan, que nasceu em Uberlândia em 11 de julho de 1946, formado em Engenharia, funcionário da Real Construtora, depois funcionário da Saneago em Goiás. Casado em primeiras núpcias com Iracy Ferreira, com quem teve dois filhos;ambos médicos, e em segundas núpcias com Alice Vieira.

O terceiro filho, Estanislau, nascido em Maceió em 24 de abril de 1948, seguiu os passos do pai. Formou-se em medicina pela UFG e fez residência médica no Hospital do Câncer no Rio de Janeiro. Continuou a obra do pai. Desde há muito luta pela obra do Hospital Araújo Jorge, no Hospital São Domingos e no CEBROM. Na luta médica, fez mais de dez mil cirurgias, a maioria considerada de grande porte. Casado com Eva Silva Montello, bancária, com quem teve três filhos.

A última filha de Alberto Augusto de Araújo Jorge é Lídia, que nasceu em Maceió em 06 de janeiro de 1953, formada em Economia, com atuação no Governo Federal em Brasília. Casou-se em primeiras núpcias com Cesar Canedo e em segundas núpcias com Paulo Fogaça e tem o filho Leonardo, nascido em 1982.

Na história de Dr. Alberto Augusto de Araújo Jorge, um pouco da história da Medicina goiana, assim como a história da Associação de Combate ao Câncer em Goiás e do Hospital do Câncer. Páginas de solidariedade e amor se misturam nesse caminho orlado por exemplo, dignidade e retidão.

Que na morada celeste ele continue a ser um espírito de luz na condução digna e honrada da sagrada missão de ensinar, de auxiliar, de curar e de conduzir todos os que sofrem.

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O HOJE

Estudo mostra resultados em gestações feitas através de transplantes de úteros

Um novo estudo divulgado nesta quarta-feira (6/7), mostrou a eficácia em gestações concedidas através do transplante de útero. A pesquisa foi realizada com mais da metade das mulheres estadunidenses, entre 2016 e 2021. Os pesquisadores ao observarem e estudarem os dados profundamente, perceberam que de 33 mulheres submetidas a ação clínica, 19 delas deram a luz à um total de 21 bebês, ou seja, 58% passaram por uma gestação bem sucedida e tiveram filhos saudáveis.

“O transplante de útero deve ser uma realidade clínica nos Estados Unidos“, explicaram os cientistas no Jama Surgery.

O objetivo dessa pesquisa é gerar uma possiblidade que permita mulheres inférteis ou caso tiveram alguma doença, poderem engravidar. O estudo alega que todas as mulheres observadas sofriam a infertilidade absoluta do fator uterino (quando uma mulher nasce sem útero ou precisa removê-lo). Entretanto, essa técnica ainda é um estudo e necessita ser colocado em prática para ter certeza nos avanços dos resultados.

Resultados promissores

A pesquisa ressalta que 74% das mulheres receberam o útero por transplante, conseguiram permanecer com o funcionamento após um ano da cirurgia. Com isso, 83% deram à luz por meio da cesárea, em 14 meses depois do transplante. Outra metade dos recém nascidos, tiveram o parto realizado após 36 semanas de gravidez.

Ao fazer o processo e ter o bebê, a mulher precisa retirar o útero novamente, pois é necessário evitar a necessidade do uso de drogas imunossupressoras pelo resto da vida.

Liza Johannesson, líder do estudo, contou que aproximadamente mais de um milhão e meio de mulheres puderam beneficiar desse experimento. “A cobertura de seguro para transplante de útero faz parte de uma discussão mais ampla que envolve cobertura de cuidados de infertilidade em geral”, explicou a pesquisadora.

As cirurgias são realizadas na Universidade Baylor, no Texas, localizada na Clínica Cleveland e o Hospital da Universidade de Pensilvânia. Até o momento, eles foram responsáveis por produzirem em todo o mundo mais de cem transplantes de útero.

Um em cada quatro pacientes sofreram complicações no procedimento, que é feito a partir da doação de útero. Apesar dos resultados promissores, a solução está longe para algumas pessoas, afinal, o custo é altamente caro por se tratar de um tratamento de fertilidade.

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No Brasil, mortes associadas a gravidez são 4 mil a mais que o registrado, diz estudo


Por: Luan Monteiro

No Brasil, o número de mortes de mulheres grávidas e puérperas foram quase 4 mil a mais que o registrado pelo Ministério da Saúde. As informações são de um levantamento realizado pelo Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBR). O número representa 34% a mais que os dados oficiais de mortalidade associada a gestação.

O levantamento levou em conta informações entre 2016 e 2021. Segundo dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), foram notificadas, no período, 11.436 mortes relacionadas a gravidas ou puérperas de até 42 dias após o parto no país.

Os novos dados estarão disponíveis em um banco de dados da organização. “O objetivo do OOBR é pegar bancos de dados que já são disponíveis e transformar isso em painéis de [mais fácil acesso]”, afirma Rossana Vieira Francisco, professora associada de obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenadora do observatório.

Oficialmente, a morte materna ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o nascimento do bebê. Também é preciso que a causa do óbito seja relacionada com a gravidez ou tenha sido agravada por ela.

Outra forma é a morte tardia, que ocorre após 43 dias do parto. “Por exemplo, uma mulher que engravidou e pegou Covid. O parto foi feito e ela foi internada na UTI. Ela veio a falecer 43 dias após o parto. Ela é considerada uma morte materna tardia”, afirma a coordenadora.

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Goiás tem 7 casos notificados de varíola dos macacos; veja quando é considerado suspeito


Por: Rodrigo Melo

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) informou nesta quinta-feira (7/7) que no Estado há 7 casos suspeitos de varíola dos macacos (Monkeypox). Dois casos foram descartados por critério laboratorial. De acordo com a pasta, cinco casos suspeitos seguem em investigação e seus contatos próximos estão sendo rastreados e monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Até o momento, o Estado não tem casos confirmados de Monkeypox. 

primeiro caso suspeito em Goiás tratavasse de uma mulher de 43 anos, moradora de Goiânia, que teve contato com uma pessoa de outro município do interior de Goiás, que apresentava sinais semelhantes. 

 A SES explicou os critérios para definição de caso suspeito da varíola dos macacos sendo indivíduo de qualquer idade que, a partir de 15 de março de 2022, apresente início súbito de erupção cutânea (lesões na pele) aguda sugestiva de Monkeypox. Elas podem ser única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre.

Os primeiros sintomas também podem ser dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Histórico de casos suspeitos

Também são critérios para definição histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.

É investigado se pessoa teve vínculo epidemiológico com:

Pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas OU

Casos confirmados de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas ou histórico de contato íntimo com desconhecido/a (s) e/ou parceiro/a(s) casual (is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas.

Transmissão da varíola dos macacos

A varíola dos macacos é uma doença viral rara causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês). Ela é transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Exames

O processo de investigação da Monkeypox em Goiás inclui a coleta de amostras do paciente e o encaminhamento das mesmas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Algumas amostras para diagnóstico diferencial são analisadas no próprio Lacen e outras, encaminhadas pelo Lacen ao laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O processo de investigação também contempla a busca ativa de contatos e o isolamento do paciente.

Preparo para a contenção do vírus

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

A SES informou que tem realizado capacitações rotineiras com os profissionais da saúde (médicos, enfermeiros e outros) voltados à identificação de casos suspeitos, diagnóstico, manejo clínico, coleta e envio de amostras e tratamento e outros protocolos.

Uma dessas capacitações foi realizada no dia 29 de junho, com participação de especialistas da área médica, de epidemiologia e vigilância laboratorial. 

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Assessoria de Comunicação