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Quinta, 20 Fevereiro 2025 06:02

CLIPPING AHPACEG 20/02/25

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Associação alerta sobre escassez de insulina regular e de ação prolongada no Brasil

Falta de insulina regular e de ação prolongada no mercado brasileiro causa alerta à saúde de Goiânia

Em meio à crise, Ipasgo Saúde lança atendimento 24 horas

Novas diretrizes definem contribuição da ressonância magnética e da tomografia cardíacas para a prática clínica

RÁDIO CBN

Falta de insulina regular e de ação prolongada no mercado brasileiro causa alerta à saúde de Goiânia

Com uma demanda média de 100 unidades de insulina de ação prolongada e de 100 unidades de insulina regular, por trimestre, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás convive com a ameaça de ter a assistência aos pacientes comprometida pela falta do produto, que é utilizado para o tratamento de pacientes diabéticos.  

Segundo a coordenadora da central de negócios da Ahpaceg, Ana Valéria Miranda, desde o ano passado, a rede hospitalar privada vem enfrentando dificuldades com a falta do produto no mercado brasileiro. Ana destaca ainda que situação se agravou neste mês e pode piorar ainda mais. 

Até o momento, não há previsão concreta para a normalização dos estoques, mas Ana Valéria explica que a Ahpaceg tem estado em contato constante com fornecedores e distribuidores para buscar alternativas. 

Esta semana, a Ahpaceg enviou um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, e à diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressaltando a necessidade urgente de uma solução para o problema de desabastecimento.

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/falta-de-insulina-regular-e-de-a%C3%A7%C3%A3o-prolongada-no-mercado-brasileiro-causa-alerta-%C3%A0-sa%C3%BAde-de-goi%C3%A2nia-1.2811775

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JORNAL OPÇÃO

Associação alerta sobre escassez de insulina regular e de ação prolongada no Brasil

Caso o abastecimento não seja regularizado, o atendimento aos pacientes pode ser comprometido

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) emitiu posicionamento alertando a população e as autoridades sobre a escassez de insulina regular e de insulina de ação prolongada no mercado brasileiro. Caso o abastecimento não seja regularizado, o atendimento aos pacientes pode ser comprometido.

A Ahpaceg informa que a demanda média trimestral dos hospitais vinculados ao grupo é de 100 unidades da insulina de ação prolongada e de 100 unidades de insulina regular. A oferta se mostrava irregular desde meados de 2024 e a situação se intensificou neste mês.

“Estamos em contato constante com fornecedores e distribuidores para buscar alternativas que minimizem os transtornos causados e trabalhamos para regularizar o fornecimento o mais breve possível. No entanto, até o momento, não há previsão concreta para a normalização dos estoques”, é posto no ofício enviado pela Ahpaceg ao Ministério da Saúde (MS) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia feito alerta sobre a irregularidade da oferta da insulina, ainda em novembro de 2024. Apesar da mobilização, o abastecimento não foi regularizado. A provável causa para a situação está na suspensão temporária e global de insulinas produzidas pela indústria Novo Nordisk, fornecedora do mercado brasileiro.

Ao Jornal Opção, a coordenadora da Central de Compras da Ahpaceg, Ana Valéria Miranda, explicou que a falta da insulina se estende há mais de dois anos. “A falta da insulina já vem acontecendo há mais de dois anos. Então temos a dificuldade de encontrar o insumo no mercado. Recebemos cartas de fabricantes que reiteram compromisso com a normalização e às vezes precisamos ir a drogarias comprar para não faltar dentro dos hospitais”, relata.

“Às vezes o paciente consegue insulina no SUS. O Ministério da Saúde conseguiu um lote para a rede pública, mas a rede particular ainda tem dificuldade para conseguir o insumo. Consumimos, em média, 100 frascos de insulina regular e 100 de duração prolongada nos hospitais, e está em falta”, afirma.

De acordo com a farmacêutica, a associação notifica o Ministério da Saúde para buscar providências. “Enviamos uma carta para a ministra pedindo a liberação extraordinária para que possamos importar o medicamento de uma outra indústria. Conseguimos achar a insulina na Turquia, mas as regras sanitárias do Brasil são muito rígidas. Agora essa liberação depende da Anvisa”, disse.

“O processo de importação é muito burocrático. Não podemos importar produtos que não tem registro no Brasil, então é necessária essa liberação especial. Hoje dependemos do Ministério da Saúde e da Anvisa para conseguir esse insumo. A empresa que produz insulina no Brasil suspendeu a produção e afetou a distribuição”, completou.

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A REDAÇÃO

Em meio à crise, Ipasgo Saúde lança atendimento 24 horas

Em meio a crise desencadeada por uma queda de braço entre médicos credenciados e o Ipasgo Saúde, a entidade anunciou nesta quarta-feira (19/2) a disponibilização de pronto atendimento online, 24 horas por dia e sete dias por semana, em clínica médica, pediatria e psicologia. Além disso, consultas eletivas com 31 especialidades estão disponíveis de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. A novidade expande o acesso à saúde para beneficiários de todas as localidades, inclusive os que residem em outros Estados e fora do Brasil, e vem depois da entidade ter ampliado sua telemedicina.

A nova telemedicina acrescenta 200 profissionais à rede de atendimento do Ipasgo Saúde, composta por quase cinco mil prestadores, pessoas físicas e jurídicas. O objetivo, segundo o Instituto, é dar mais agilidade e praticidade em atendimentos de urgência e expandir geograficamente a capacidade de assistência aos quase de 600 mil beneficiários. 

“A telemedicina já era um serviço oferecido pelo Ipasgo Saúde, mas percebemos a necessidade de aprimorá-lo, tornando o atendimento mais ágil e acessível. Agora, nossos beneficiários podem ser atendidos de onde estiverem, a qualquer hora, um passo fundamental para modernizar nossas operações e garantir um atendimento de excelência, alinhado às melhores práticas da saúde suplementar”, avalia o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius Luz. 

Luz lembra que o serviço conecta médicos e pacientes para consultas, diagnósticos, monitoramento e tratamento, sem a necessidade de estarem fisicamente presentes no mesmo local.

As especialidades disponíveis na nova telemedicina do Ipasgo Saúde também incluem: alergia e imunologia; cardiologia; coloproctologia; dermatologia; endocrinologia e metabologia; endocrinologia pediátrica; gastroenterologia; geriatria; ginecologia e obstetrícia; infectologia; nefrologia adulto; nefrologia pediátrica; neurocirurgia; neurologia; neurologia pediátrica; nutrologia; oftalmologia; oncologia clínica; ortopedia e traumatologia; otorrinolaringologia; pneumologia; pneumologia pediátrica; psiquiatria; psiquiatria pediátrica; reumatologia e urologia; fonoaudiologia e nutricionista. 

De acordo com Vinícius Luz, essa mudança tem impacto positivo direto na vida dos beneficiários que residem fora da capital. “A telemedicina elimina barreiras geográficas e garante que o atendimento chegue a quem realmente precisa, independentemente da localização. Antes, beneficiários precisavam se deslocar até cidades maiores para consultas médicas especializadas. Agora, com apenas alguns cliques, é possível agendar e realizar consultas sem sair de casa”, diz. Dados do Ipasgo Saúde indicam que aproximadamente 54% dos beneficiários moram em cidades do interior de Goiás. O serviço também alcança os que estão em outras localidades, como Distrito Federal e Tocantins, e, até mesmo, fora do país.

Atendimento

Para acessar o novo serviço, os beneficiários do Ipasgo Saúde devem acessar o site da instituição, clicar no banner ou ingressar no Portal do Usuário, e escolher entre pronto atendimento 24 horas (clínica médica, pediatria e psicologia - a qualquer hora do dia ou da noite, inclusive em finais de semana e feriados); ou em consulta especializada (31 especialidades), com assistência de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, o que permite aos beneficiários escolher datas e horários que melhor se ajustem às necessidades pessoais, tornando o processo de atendimento mais ágil e flexível.

A nova plataforma é simples, intuitiva, com um ambiente seguro e sigiloso para a realização dos atendimentos, respeitando as normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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MEDICINA S/A

Novas diretrizes definem contribuição da ressonância magnética e da tomografia cardíacas para a prática clínica

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), lançou a Diretriz de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular 2024, uma das poucas diretrizes brasileiras feitas por duas sociedades em conjunto. Essa atualização é um marco no uso de métodos de imagem no diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares, responsável por 28% das mortes no Brasil entre 2010 e 2019.

A nova diretriz reflete as evidências científicas mais recentes, consolidando o papel das imagens como ferramentas indispensáveis no manejo clínico, em especial o desempenho da angiotomografia, que passou a ser o exame de primeira escolha para o diagnóstico não invasivo (sem cateterismo) de pacientes sintomáticos de risco baixo a intermediário ou de pacientes assintomáticos de risco muito alto.

As diretrizes também destacam como a tomografia pode contribuir no sentido de esclarecer dúvidas resultantes de outros exames não invasivos, bem como para avaliar pacientes submetidos a cirurgia cardíaca ou implante de stents. “Nos casos de avaliação de artérias coronárias por tomografia, a diretriz mostrou que o exame é o que apresenta a melhor relação custo-benefício nesses pacientes”, conta o cardiologista Ibraim Masciarelli Francisco Pinto, consultor médico do Grupo Fleury e colaborador do novo documento.

No que diz respeito à personalização de tratamento, a ressonância magnética é recomendada como padrão-ouro na avaliação de viabilidade miocárdica e no diagnóstico de cardiomiopatias, cuja causa não seja descoberta por outros exames, como a eco cardiografia. Em algumas condições, como a amiloidose, ela passou a ser indicada também para o acompanhamento do tratamento, enquanto para cardiopatias estruturais o documento elege a tomografia para o planejamento de procedimentos menos invasivos, como implantes de válvula aórtica. “Com esses recursos recomendados na diretriz conseguimos determinar com maior precisão quais intervenções oferecem o melhor prognóstico para os pacientes”, considera Masciarelli.

Além de otimizar a conduta médica, as recomendações têm o potencial de reduzir custos ao evitar exames desnecessários e promover diagnósticos mais rápidos e precisos. E, ainda, a diretriz sugere formas mais efetivas de realizar exames usando o mínimo de radiação – no caso da tomografia – e de contraste, tanto no caso da tomografia como no da ressonância. O documento recomenda também que algumas das aplicações anteriormente feitas apenas pela ressonância, como as pesquisas de cicatrizes no músculo do coração e a de irrigação cardíaca, possam ser feitas até pela tomografia, o que pode agilizar o diagnóstico dos pacientes.

Para o cardiologista, esses exames estão redefinindo o cuidado cardiovascular, permitindo diagnósticos mais confiáveis com menos riscos aos clientes. “O planejamento de procedimentos é fundamental. Por exemplo, a tomografia, seja para o tratamento da valva aórtica como da valva mitral e até da tricúspide, passou a ser um exame essencial para definir se o paciente deve ser tratado por meio da cirurgia convencional ou por meio de cateter e para planejar o tratamento, economizando recursos e reduzindo o tempo de internação” explica o especialista.

A diretriz também contou com a expertise dos consultores médicos radiologistas do Grupo Fleury Andrei Skromov Albuquerque, Gilberto Szarf e Paulo Savoia Dias da Silva, que contribuíram para garantir que o documento traduzisse os melhores padrões internacionais de cuidado.

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Assessoria de Comunicação

 

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O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, é o vice-coordenador da recém-criada Câmara Técnica de Segurança Institucional do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). A primeira atividade da Câmara, coordenada pela médica Paula Pires de Souza, aconteceu no sábado, 15, e reuniu médicos, conselheiros, gestores de saúde, representantes do setor hospitalar e de planos de saúde para o debate da segurança nos atendimentos médico-hospitalares em Goiás.

 

O I Fórum de Segurança Institucional do Cremego colocou em pauta a diferença entre segurança em saúde e percepção dela. Haikal Helou falou sobre a segurança no ambiente hospitalar. 

 

“Nós estamos chamando de ‘hospitais’ aquilo que não é hospital”, alertou Haikal, citando que há instituições consideradas de alto padrão, mas sem condições básicas para atender complexidades, como UTI e exames. 

 

“Ainda existe a crença de que a acreditação é uma ‘medalha’. Porém, o que acontece é que uma instituição acreditada e certificada tende a ter processos e condutas que geram melhores resultados”, acrescentou.

 

O que é um hospital?

 

Em seguimento ao debate, o médico fiscal do Cremego, Saul Erzom, explicou sobre as classificações das instituições de saúde, com base em definições do Conselho Federal de Medicina (CFM).

  

Os hospitais são classificados como locais com, pelo menos, cinco leitos, equipe clínica organizada e presença de médicos por 24 horas, entre outros critérios. Trata-se de um conceito básico, mas algumas instituições se restringem apenas a isso.

 

“As classificações são frágeis e confusas, mas deixam oportunidades para atualizações. Por isso, a questão do enquadramento inadequado de muitos hospitais em Goiânia está na inclusão apenas por esse conceito”, informou.

 

 

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O paciente no centro do cuidado

 

O I Fórum de Segurança Institucional do Cremego abordou ainda a jornada do paciente e a assistência centrada na pessoa, com a palestra da diretora da Rede Mater Dei de Saúde, Mariane Tarabal. 

 

Ela descreveu que informar sobre as condições clínicas de forma clara e prestar um atendimento respeitoso são essenciais para o paciente se sentir satisfeito. Isso ajuda na adesão ao tratamento, pois o indivíduo entende que também é responsável pela própria saúde. 

 

Para esse empoderamento do paciente ser bem-sucedido, é preciso ter estratégias, como materiais que expliquem o diagnóstico e as condutas médicas realizadas. Além disso, é importante incentivar as perguntas, definir metas e compartilhar os resultados. 

 

Com esses objetivos, o médico possui um papel transformador. “Temos que deixar o paciente falar mais e saber escutá-lo. Vocês precisam sair daqui com isso em mente, de que são agentes da mudança”, declarou. 

 

Segurança como demanda para os médicos

 

Para finalizar o evento, a diretora Técnica na QGA, organização responsável pela implementação do programa de acreditação internacional Qmentum International no Brasil, Melissa Chueiri, ressaltou que as práticas de segurança devem ser preocupação também dos médicos, não apenas dos gestores das instituições. 

 

Um aspecto fundamental está no repasse assertivo das informações entre os membros da equipe, assim como o preenchimento correto do prontuário.

 

“Nós (médicos) precisamos liderar não como protagonistas, mas como responsáveis pelas conduções dos processos de segurança. Temos que entender que somos parte dos serviços (de saúde) e não apenas ‘passadores de visitas’, nos responsabilizando para ser os condutores da linha de cuidado”, afirmou. 

Câmara Técnica de Segurança Institucional

 

A Câmara Técnica de Segurança Institucional tem a seguinte composição:

Paula Pires de Souza – coordenadora

Haikal Yaspers Helou – vice-coordenador

André Luiz Braga das Dores

Bárbara Teodoro Vasconcelos Rodrigues

Fabiano Calixto Fortes de Arruda

Felipe Maia de Toledo Piza

Fernando Protásio Carneiro

Leonardo Brandão

Paulo Gonçalves Júnior

Luiz Rassi Júnior

Mariane Santos Parreiras Tarabal

Paulo César Brandão Veiga Jardim

 

(Com informações: Cremego)

Quarta, 19 Fevereiro 2025 07:11

CLIPPING AHPACEG 19/02/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil contabiliza quase 300 mil erros na assistência à saúde em um ano

Estudo aponta percepção dos brasileiros em relação aos serviços de saúde

Artigo - Acreditação: transformando equipes e garantindo resultados

Ahpaceg alerta sobre escassez de insulina nos hospitais privados: tratamentos podem ser comprometidos

Médico condenado por matar a ex é denunciado por adolescente por abuso sexual durante atendimento para dor no estômago

Da Digitalização à Inteligência Artificial: O que esperar do setor de saúde em 2025

MEDICINA S/A

Brasil contabiliza quase 300 mil erros na assistência à saúde em um ano

Entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil contabilizou 295.355 mil falhas na assistência à saúde. Os dados foram levantados pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em informações fornecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Entre as ocorrências mais graves estão a administração incorreta de medicamentos, seja por dosagem ou tipo errados, e a realização de cirurgias em locais equivocados no corpo dos pacientes. Além disso, destacam-se casos de lesão por pressão, divididos em três tipos: contusão (lesão dos tecidos moles causada por trauma), entorse (alongamento dos ligamentos) e luxação, considerada a mais grave, em que há deslocamento do osso da articulação. Esses dados refletem a seriedade das falhas no sistema de saúde brasileiro e o impacto que podem ter na segurança do paciente.

Existem, no entanto, diversas medidas que podem ser implementadas para reduzir estes erros e até evitar óbitos. Uma delas é a implementação de processos de acreditação, que permitem às instituições adotar protocolos de segurança mais rigorosos para proteger os pacientes.

Recentemente, a ONA conduziu uma pesquisa com aproximadamente 100 instituições de saúde, para avaliar a redução de falhas após a implementação de medidas de segurança. “Mais de 30% dos entrevistados relataram que as falhas na administração de medicamentos diminuíram em 51%; os erros na identificação de pacientes caíram 52%; as infecções hospitalares reduziram 42%; as falhas na prescrição de medicamentos baixaram 35%; enquanto os problemas de comunicação diminuíram 37%. Houve ainda uma redução de 33% nas quedas de pacientes nos leitos e de 45% tanto nas falhas na esterilização de materiais quanto na manutenção preventiva dos equipamentos”, evidencia a gerente de Operações da ONA, Gilvane Lolato.

“A obtenção da acreditação é um processo desafiador que exige comprometimento, disciplina e uma profunda mudança cultural dentro das organizações. Além de aumentar a segurança no atendimento médico e na realização de exames e diagnósticos, também traz maior precisão e confiança tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde. O processo contribui ainda para minimizar riscos e reduzir falhas operacionais”, acrescenta Gilvane.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que ocorram anualmente cerca de 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda, levando a aproximadamente 2,6 milhões de mortes.

O cenário de acreditação no Brasil

Atualmente, das mais de 380 mil organizações de saúde registradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), apenas 1.932 estão acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,1% das certificações, o que corresponde a mais de 1.500 instituições, sendo 422 hospitais. No entanto, apenas 0,45% das instituições de saúde no Brasil possuem certificação. Dentre as acreditadas, 68,4% são de gestão privada, 22,2% de gestão pública, 8,3% filantrópica e 0,1% são de gestão militar.

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Estudo aponta percepção dos brasileiros em relação aos serviços de saúde

Um levantamento inédito conduzido pela Wellon, startup de mercado de saúde digital, traçou um panorama sobre a percepção dos brasileiros em relação aos serviços de saúde. Realizada entre janeiro e outubro de 2024, a pesquisa analisou a experiência de 642.561 pacientes de 18 estados do País, com base em 4,7 milhões de atendimentos em hospitais, clínicas, laboratórios, operadoras de saúde e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A pesquisa traça um panorama abrangente e inédito sobre a avaliação do atendimento médico no Brasil, revelando informações valiosas sobre satisfação, lealdade e desafios enfrentados pelos pacientes em diversas regiões e contextos de saúde”, destaca Eduardo Nunes, cofundador e CEO da Wellon.

A pesquisa mostrou que 30,66% dos pacientes buscam serviços que auxiliem no diagnóstico inicial das condições de saúde, seguidos de 19,06% dos pacientes que buscam por laboratórios e 17,78% que buscam diagnóstico por imagem, mostrando que a maioria dos entrevistados tem uma forte busca já nos sintomas iniciais. Ainda apenas 8,71% dos pacientes buscam diretamente hospitais, a maioria dos casos são resolvidos diretamente em Unidades de Pronto Atendimentos (UPA’s) ou nos Postos de Saúde (PS).

Outro dado que chama atenção destaca a região Norte liderando a pesquisa de satisfação dos pacientes, com um NPS médio de 75,5, seguida pelo Nordeste, com 73,9. Já o Centro-Oeste apresentou o pior desempenho regional, com um NPS médio de apenas 56,5. Entre os estados, Rio Grande do Norte (88,2), Tocantins (83,8) e Santa Catarina (83,4) se destacaram positivamente, enquanto Goiás (46,9), Pernambuco (50,1) e Mato Grosso do Sul (57,8) registraram as avaliações mais baixas.

“Esses dados sinalizam a importância de adotar estratégias regionais específicas para atender melhor às necessidades locais. Por exemplo, na região Norte, onde a satisfação é mais elevada, a manutenção dessas práticas pode servir como modelo para outras regiões. Já no Centro-Oeste, a identificação das causas da baixa satisfação e a implementação de ações direcionadas, como a melhoria da comunicação com os pacientes ou a oferta de serviços mais personalizados, podem contribuir para a elevação do NPS”, ressalta Nunes.

Um dos destaques da pesquisa foi o impacto da comunicação digital no relacionamento com os pacientes. O WhatsApp lidera como principal canal de interação, representando 89,57% dos contatos com instituições de saúde, evidenciando a preferência por soluções digitais rápidas. O estudo também revelou um índice de fidelização de apenas 39,27%, indicando oportunidades para melhorar a retenção de pacientes por meio de experiências mais positivas e consistentes. “A baixa fidelização sugere a necessidade de integrar melhor os serviços e fortalecer os canais de comunicação e atendimento, consequentemente aumentando a satisfação e lealdade dos pacientes em todo o Brasil”, explica o CEO.

Como funciona a pesquisa?

Para medir a satisfação e lealdade dos pacientes, o estudo utilizou o sistema Net Promoter Score (NPS), que avalia os serviços de saúde em uma escala de 0 a 10. O NPS é calculado pela diferença percentual entre promotores (avaliadores positivos) e detratores (avaliadores negativos), fornecendo uma métrica confiável de qualidade percebida.

No perfil dos participantes, o maior número está na faixa etária entre 41 e 60 anos, que representa 35,67% da amostra total. Em relação ao gênero, as mulheres lideraram a participação, representando 64,82% do total de respondentes, enquanto os homens somaram 35,06%. Apenas 0,12% optaram por não revelar sua identidade de gênero.

“Este relatório é uma contribuição significativa para mapear a satisfação com o sistema de saúde no país e identificar oportunidades de melhorias. Ao utilizar o NPS, conseguimos quantificar a lealdade dos pacientes e entender, de forma precisa, o que os leva a recomendar ou não os serviços de saúde, permitindo a implementação de ações mais direcionadas para a melhoria contínua da qualidade assistencial”, finaliza Nunes.

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Artigo - Acreditação: transformando equipes e garantindo resultados

Desde a pandemia de covid-19, a saúde global enfrenta desafios cada vez mais complexos, que exigem soluções inovadoras e adaptadas à realidade de cada país e comunidade. Esses desafios afetam diretamente os profissionais de saúde, revelando fragilidades estruturais e sociais que precisam ser enfrentadas com união e planejamento estratégico.

Essa crise global nos leva a refletir sobre a importância de fortalecer a confiança nos profissionais de saúde e de promover sistemas mais resilientes e sustentáveis. No Brasil e na América Latina, contextos marcados por desigualdades sociais e vulnerabilidades demandam esforços ainda maiores. É preciso unir instituições e lideranças com culturas semelhantes para criar soluções que beneficiem não apenas os profissionais, mas toda a população atendida.

Focar na valorização e no desenvolvimento das equipes multidisciplinares é essencial para transformar o cuidado em saúde. Ao investir em capacitação, qualidade e segurança, as instituições conseguem oferecer uma experiência mais positiva e humana para os pacientes. Esse é o caminho para construir sistemas de saúde mais fortes, capazes de superar adversidades e entregar resultados consistentes.

Por conta disso, a Acreditação é um pilar estratégico para garantir que as instituições de saúde adotem metodologias e padrões internacionalmente reconhecidos. A implementação de processos bem definidos não apenas aprimora a governança clínica, como também contribui diretamente para a capacitação e engajamento da força de trabalho. Acreditar uma instituição vai além de validar a qualidade assistencial – trata-se de criar um ambiente de trabalho onde profissionais se sintam valorizados, apoiados e motivados a entregar o seu melhor.

Instituições que atualizam seus protocolos e alinham seus padrões às necessidades locais têm mais chances de antecipar desafios e criar soluções sustentáveis. Essa abordagem permite transformar crises em oportunidades de aprendizado e melhoria, atendendo às especificidades de cada comunidade – seja diante de dificuldades financeiras, barreiras geográficas ou outras adversidades.

Além disso, a Acreditação promove uma governança clínica mais eficiente, uma vez que orienta as instituições a adotarem práticas baseadas em evidências, indicadores de desempenho e auditorias constantes. Essa estrutura favorece não apenas os profissionais de saúde, mas também gera impactos positivos para os pacientes, que se beneficiam de cuidados mais seguros e eficazes.

Mais do que nunca, é fundamental compartilhar experiências e boas práticas entre líderes que enfrentam desafios semelhantes. A troca de conhecimento é fundamental para criar redes colaborativas e construir um futuro em que a saúde seja prioridade global, com protocolos ajustados a cada contexto e comunidades mais saudáveis.

A transformação na saúde começa com pessoas. Profissionais capacitados, equipes fortalecidas e líderes comprometidos são a base para um sistema mais equitativo e eficiente. Com a implementação de metodologias consolidadas, como as oferecidas pela Acreditação, o setor de saúde pode alcançar novos patamares de qualidade e segurança.

Juntos, podemos reconstruir a saúde global, promovendo qualidade, segurança e dignidade para todos. A verdadeira revolução começa com instituições que acreditam no potencial humano, investem na melhoria contínua e abraçam a missão de transformar a saúde em um direito acessível e equitativo para todos.

*Camilla Covello é sócia e CGO da QGA – Quality Global Alliance.

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FOCO NACIONAL

Ahpaceg alerta sobre escassez de insulina nos hospitais privados: tratamentos podem ser comprometidos

A escassez de insulina regular e de insulina de ação prolongada no mercado brasileiro acendeu uma luz de alerta nos hospitais associados à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Desde meados de 2024, a rede hospitalar privada vem enfrentando dificuldades com o abastecimento do produto e a situação se agravou neste mês.

Com uma demanda média de 100 unidades de NPH (insulina de ação prolongada) e de 100 unidades de insulina regular, por trimestre, a Ahpaceg já convive com a ameaça de ter a assistência aos pacientes comprometida pela falta do produto, essencial para o tratamento de pacientes diabéticos.

Em ofício enviado na terça-feira, 18, à ministra da Saúde, Nísia Trindade, e à diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, ressalta a necessidade urgente de uma solução para o problema de desabastecimento.

“Estamos em contato constante com fornecedores e distribuidores para buscar alternativas que minimizem os transtornos causados e trabalhamos para regularizar o fornecimento o mais breve possível. No entanto, até o momento, não há previsão concreta para a normalização dos estoques”, afirma o presidente.

No final de novembro de 2024, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já tinha alertado o Ministério da Saúde sobre o problema, exigindo uma ação imediata para solucionar a falta de insulina no Brasil e a adoção de todas as medidas necessárias para normalizar o fornecimento nas redes pública e privada. Mas, o abastecimento continua comprometido.

A causa do problema está na suspensão temporária e global do fornecimento do Novolin R (insulina regular) e do Novolin N (insulina NPH, de ação prolongada) pela indústria Novo Nordisk, fornecedora do mercado brasileiro.

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PORTAL G1

Médico condenado por matar a ex é denunciado por adolescente por abuso sexual durante atendimento para dor no estômago

Alfredo Carlos disse à jovem que ela tinha o útero invertido e que essa era a causa das dores. Ele pediu que ela tirasse a roupa e disse que colocaria o órgão no lugar.

Médico é suspeito de abusar sexualmente de adolescente que foi à consulta com dores de estômago, em Goiânia, Goiás

O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior, condenado por matar a ex-mulher, foi denunciado por uma adolescente de 17 anos por abuso sexual. De acordo com denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás obtida com exclusividade pela TV Anhanguera, o homem praticou o crime dentro do consultório, no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia. A adolescente foi buscar tratamento para uma dor no estômago, diz o texto.

Alfredo Carlos é cirurgião gástrico e atendeu a adolescente acompanhada pela mãe em março de 2023. A defesa do médico informou que soube do caso por meio da veiculação da reportagem e que poderá se manifestar após ter mais detalhes do processo.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse que ainda não foi notificado sobre o caso. O Hospital Ruy Azeredo informou que não foi intimado pela Justiça e que desconhece qualquer processo judicial relacionado ao médico. A unidade de saúde reforçou o compromisso em contribuir com o poder judiciário e não respondeu à reportagem se o médico continua atuando no hospital.

A denúncia diz que o médico solicitou exames, entre eles uma endoscopia e uma ultrassom endovaginal à jovem. Com os resultados, levados pela jovem e pela mãe a Alfredo no mês seguinte, o médico afirmou que ela tinha “anteversão do útero”, conhecida popularmente como “útero invertido”, e que essa era a causa das dores de estômago.

O documento relatou que o médico pediu que a adolescente retirasse a blusa, abaixasse a calça e se deitasse na maca para corrigir a posição do útero ali mesmo no consultório.

O texto diz que Alfredo iniciou a prática de atos libidinosos acariciando as mamas da adolescente, declarando que estava ensinando a fazer o autoexame.

“Em seguida, o denunciado colocou uma luva e introduziu os dedos na vagina da ofendida, manipulando o órgão genital por cerca de um minuto e meio, sob o pretexto de que estaria ‘colocando o útero no lugar’”, afirmou o texto.

Durante os abusos, a vítima sentiu dor e a mãe dela pediu que o médico parasse, informou o texto do MP. Foi então que Alfredo disse que já tinha colocado o útero no lugar, relatou a denúncia.

A adolescente e a mãe procuraram um ginecologista, que informou que o procedimento não tinha respaldo técnico, disse o MP.

Ouvido pela TV Anhanguera, o ginecologista e diretor da Maternidade Nascer Cidadão Rogério Cândido reafirmou que o procedimento não existe na ginecologia.

“O argumento para fazer uma mudança na posição do útero na região da vagina é descabido. Não existe esse procedimento no meio médico”, declarou Rogério.

Na denúncia, os promotores relatam ainda que outras pacientes já registraram ocorrência contra Alfredo Carlos por práticas semelhantes, “o que demonstra a habitualidade e a gravidade de sua conduta”.

A Justiça negou o pedido de prisão contra o médico solicitado pelo Ministério Público porque considerou que os argumentos usados pelos promotores são genéricos e se basearam nos relatos feitos pela suposta vítima e pela mãe dela.

No entanto, o juiz Marlon Rodrigo Alberto dos Santos determinou que Alfredo Carlos está proibido de exercer a medicina, além de não estar autorizado a sair de Goiânia por mais de oito dias sem autorização judicial. O médico também deve permanecer em casa entre as 22h e 6h. A proibição do exercício da medicina fica a cargo Cremego, diz a decisão judicial.

Assassinato

O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior foi condenado pela morte da ex-mulher Magda Maria Braga de Mattos ocorrido em Nova Lima (MG). O caso aconteceu em um hospital, no final da década de 1990. Segundo as investigações, Magda Maria foi internada para fazer uma cirurgia e tratar dores abdominais.

Por não aceitar que ela estivesse se relacionando com outro homem, Alfredo foi até o leito, dopou a mãe da vítima com um suco e aplicou álcool no soro da ex-mulher, informou a promotoria. Ao reagir com os medicamentos que Magda tomava, a substância provocou a morte dela.

O médico foi condenado pelo crime em 2011 e recebeu o direito de recorrer da decisão em liberdade. Ele se mudou para Goiânia e, em 2015, Alfredo Carlos foi preso em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, enquanto realizava uma palestra.

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SAÚDE DEBATE

Da Digitalização à Inteligência Artificial: O que esperar do setor de saúde em 2025


Após a pandemia de COVID-19, o ecossistema de saúde passou por uma transformação significativa. Hospitais, clínicas e outras instituições precisaram acelerar seus processos de transformação digital para lidar com o aumento da demanda por atendimento. Essa mudança provocou uma verdadeira revolução no setor, impactando não apenas os profissionais de saúde, mas também a sociedade, que vivenciou uma clara revolução no cuidado ao paciente e na prestação de serviços de saúde.

De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2024, lançada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), 92% dos estabelecimentos de saúde do Brasil têm algum sistema eletrônico para registro das informações dos pacientes. Mesmo assim, 55% dessas informações ainda são mantidas tanto em formato eletrônico quanto em papel, e 6% dos registros continuam sendo feitos exclusivamente em papel.

Levando em conta esse cenário, fica evidente que ainda existem desafios significativos nas instituições de saúde quando se trata de inovação. As mudanças implementadas durante a pandemia, embora importantes, ainda são insuficientes frente à rápida evolução tecnológica enfrentada atualmente.

Tendo em vista esse panorama e com a proximidade do fim do ano, momento em que as instituições de saúde começam a incorporar em seus planejamentos as inovações e desafios para o próximo ano, quais serão as principais tendências que nortearão o setor em 2025?

Integração, digitalização e segurança

Primeiramente, é fundamental considerar o investimento em tecnologias integradas que possam elevar o nível de cuidado e otimizar a gestão das instituições de saúde. Softwares de gestão hospitalar, por exemplo, trazem diversos benefícios, como a centralização das informações dos pacientes, a agilidade nos processos administrativos e a melhoria na tomada de decisões clínicas.

Além disso, a adoção de ferramentas para a digitalização de documentos, assinatura eletrônica, certificação digital e criptografia, com foco em segurança da informação, é vista como essencial para assegurar a integridade e confidencialidade dos dados dos pacientes. Essas tecnologias não apenas facilitam o acesso rápido e seguro às informações, mas também ajudam as instituições a se adequarem às regulamentações vigentes, como a LGPD.

Dessa forma, com essas implementações, as instituições de saúde estarão mais próximas de alcançar uma jornada sem papel ou paperless, garantindo uma operação mais sustentável, além de aumentar sua eficiência e segurança operacional.

Comunicabilidade

Soluções que criam um canal de comunicação direto e em tempo real entre a instituição e o paciente, são altamente promissoras para as empresas do setor de saúde. Nesse contexto, a adesão a uma estratégia de uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação, plataformas omnichannel, com o objetivo de estreitar a relação entre pacientes, profissionais de saúde e instituições, torna-se igualmente importante para aumentar a eficiência do cuidado.

Essas plataformas permitem o agendamento de consultas por meio de ferramentas, totalmente integradas ao software de gestão da instituição, o que facilita o processo de agendamento, proporciona comodidade ao paciente - pela disponibilidade de agendamentos 24 horas, 7 dias da semana -, contribui para a redução de ausências em consultas, além de promover eficiência e redução de custos.

Apoio aos profissionais de saúde

Investir na otimização dos processos hospitalares, por meio de ferramentas que auxiliem e facilitem o trabalho dos profissionais de saúde, também é essencial. Para tanto, contar com tecnologias de suporte à decisão clínica para padronizar e otimizar a assistência médica pode ser um caminho assertivo para reduzir a variabilidade do cuidado e oferecer um suporte completo aos médicos, a fim de evitar sobrecargas e garantir um atendimento ainda mais aprimorado.

O paciente não está sozinho

O uso da tecnologia para o acompanhamento de pacientes entre consultas médicas, atendimentos ambulatoriais ou hospitalares ainda é um caminho pouco explorado no setor de saúde.

Nesse contexto, torna-se fundamental que as instituições passem a adotar tecnologias que permitam um monitoramento contínuo dos pacientes, incentivem o autocuidado, promovam o controle de doenças crônicas e melhorem o desfecho de cuidados clínicos, além de ampliar as ações de prevenção.

Aplicando o conceito de PRM (Patient Relationship Management), é possível criar linhas de cuidado para diferentes tipos de acompanhamento em saúde e desenvolver campanhas de prevenção e promoção da saúde em canais de maior conveniência ao paciente, como o WhatsApp.

Inteligência Artificial em ascensão

A Inteligência Artificial (IA) ainda é uma aposta para 2025, com o potencial de transformar a operação das instituições de saúde, automatizando tarefas e analisando grandes volumes de dados, a fim de melhorar a tomada de decisões e aumentar a eficiência, mas sem perder o foco central que é o cuidado ao paciente.

No entanto, antes de adotar a IA, é preciso considerar as outras inovações mencionadas, integrando-as de forma efetiva. Isso garantirá que as instituições de saúde estejam realmente preparadas para um futuro promissor, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes.

Nesse contexto, é essencial adotar soluções alinhadas ao conceito de Quadruple Aim, que visa não apenas melhorar os resultados institucionais, mas também a experiência dos pacientes e das equipes, além de reduzir os custos associados ao cuidado.

Assim, o sucesso da transformação digital no setor de saúde não depende apenas das tecnologias disponíveis, mas da capacidade de implementar essas inovações de forma estratégica. Dessa forma, o setor estará totalmente preparado para elevar a qualidade do cuidado, proporcionando uma experiência mais eficaz, segura e centrada no paciente.

*Glauber Garcia é Diretor Comercial da Digisystem para a área da Saúde e Marcos Gonçalves é CTO da Beth Health Tech, companhia parceira que tem como missão elevar a transformação digital no setor de saúde

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Assessoria de Comunicação

2 FEVEREIRO VISITA HOSPCOM

Com o intuito de impulsionar a inovação e o aprimoramento das ações educacionais da Ahpaceg, o presidente Haikal Helou, a coordenadora de Educação Continuada, Madalena Del Duqui, e representantes do Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), Arthur e Carolina, visitaram o Laboratório de Simulação Realística da Hospcom. O objetivo da visita, realizada no último dia 13, foi conhecer novas possibilidades para a formação e qualificação dos profissionais de saúde dos hospitais associados.

O laboratório foi estruturado pela Hospcom para fortalecer seu trabalho no segmento de suporte educacional na área da saúde. No espaço, organizado em várias estações, instrutores e profissionais podem simular situações reais de pronto-socorro e Unidade de Terapia Intensiva, por exemplo.

Essa simulação realística torna o aprendizado mais efetivo por meio de raciocínio clínico com condutas médicas mais seguras. “Nosso objetivo foi conhecer o laboratório, que representa uma inovação na formação dos profissionais da saúde, e estudar uma parceria entre a Hospcom e Ahpaceg”, disse Haikal Helou, ressaltando que a proposta inicial é preparar médicos recém-formados para a atuação em unidades de pronto-socorro.

A coordenadora Madalena Del Duqui ressaltou a necessidade de aprimoramento contínuo dos profissionais médicos, especialmente para atender de maneira mais eficiente as demandas de pronto-socorro da rede Ahpaceg.

"A colaboração com a Hospcom é uma oportunidade para garantirmos a atualização da equipe e a excelência no atendimento médico, proporcionando aos nossos profissionais as ferramentas e o conhecimento necessário para lidar com situações críticas", afirmou.

Investir na formação e qualificação dos profissionais que atuam na rede Ahpaceg faz parte do compromisso da Associação com a qualidade e a segurança do atendimento prestado à população. “Por isso, estamos atentos a parcerias estratégicas que possam assegurar que os hospitais associados continuem a oferecer cuidados de qualidade e excelência, acompanhando as inovações do setor”, afirmou o presidente.

INSULINA

A escassez de insulina regular e de insulina de ação prolongada no mercado brasileiro acendeu uma luz de alerta nos hospitais associados à Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Desde meados de 2024, a rede hospitalar privada vem enfrentando dificuldades com o abastecimento do produto e a situação se agravou neste mês.

Com uma demanda média de 100 unidades de NPH (insulina de ação prolongada) e de 100 unidades de insulina regular, por trimestre, a Ahpaceg já convive com a ameaça de ter a assistência aos pacientes comprometida pela falta do produto, essencial para o tratamento de pacientes diabéticos.

Em ofício enviado na terça-feira, 18, à ministra da Saúde, Nísia Trindade, e à diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, ressalta a necessidade urgente de uma solução para o problema de desabastecimento.

“Estamos em contato constante com fornecedores e distribuidores para buscar alternativas que minimizem os transtornos causados e trabalhamos para regularizar o fornecimento o mais breve possível. No entanto, até o momento, não há previsão concreta para a normalização dos estoques”, afirma o presidente.

No final de novembro de 2024, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já tinha alertado o Ministério da Saúde sobre o problema, exigindo uma ação imediata para solucionar a falta de insulina no Brasil e a adoção de todas as medidas necessárias para normalizar o fornecimento nas redes pública e privada. Mas, o abastecimento continua comprometido.

A causa do problema está na suspensão temporária e global do fornecimento do Novolin R (insulina regular) e do Novolin N (insulina NPH, de ação prolongada) pela indústria Novo Nordisk, fornecedora do mercado brasileiro.

 

AHPACEG NA MÍDIA

Ahpaceg alerta sobre escassez de insulina nos hospitais privados: tratamentos podem ser comprometidos

JORNAL OPÇÃO

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/associacao-alerta-sobre-escassez-de-insulina-regular-e-de-acao-prolongada-no-brasil-681876/

RÁDIO CBN

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/falta-de-insulina-regular-e-de-a%C3%A7%C3%A3o-prolongada-no-mercado-brasileiro-causa-alerta-%C3%A0-sa%C3%BAde-de-goi%C3%A2nia-1.2811775

PORTAL GO NEWS

https://gonews365.com/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de-insulina-nos-hospitais-privados-em-goias/

GOIÁS INFORMA

https://goiasinforma.com.br/associacao-alerta-sobre-escassez-de-insulina-regular-e-de-acao-prolongada-no-brasil/

FOLHA DO PLANALTO

https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/02/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de.html

FOCO NACIONAL

https://www.foconacional.com.br/2025/02/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de.html

CONGRESSO NEWS

https://www.congressonews.com.br/2025/02/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de.html

ISSO É GOIÁS

https://www.issoegoias.com.br/2025/02/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de.html

TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS

https://www.tendenciasenegocios.com.br/2025/02/ahpaceg-alerta-sobre-escassez-de.html

 

Terça, 18 Fevereiro 2025 07:20

CLIPPING AHPACEG 18/02/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Grupo de médicos e dentistas alega falta de pagamento e mobiliza suspensão de atendimentos do Ipasgo; plano rebate

Ipasgo Saúde abre credenciamento para novos médicos

Governo fará mutirão nacional para redução das filas de cirurgias em março

Dentista suspeita de causar deformidades em pacientes divulgava serviços nas redes sociais: ‘entrego o nariz dos seus sonhos’

CROGO abre processo contra dentista após escândalo e debates de procedimentos estéticos ilegais na odontologia

Menino de 13 anos morre por bactéria em hospital do DF

PORTAL 6

Grupo de médicos e dentistas alega falta de pagamento e mobiliza suspensão de atendimentos do Ipasgo; plano rebate

Paralisações nos atendimentos de saúde deve durar 48h e tem início marcado para esta terça-feira (18)

Por meio de um comunicado, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou que realizará uma suspensão dos serviços durante, pelo menos, 48h, com início já nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19).

A medida tem como foco servidores credenciados ao Ipasgo Saúde, após o plano não atender uma série de reivindicações apresentadas pela categoria, dentre elas a retenção de valores descontados nas remunerações pagas aos médicos no início de fevereiro deste ano. O plano de saúde, por sua vez, afirma que sequer foi procurado pelo sindicato oficial ou extraoficialmente – inclusive sabendo da situação por meio da imprensa.

Além disso, parte dos trabalhadores também solicita a “continuidade dos profissionais que já estão em exercício”, a fim de garantir estabilidade, assim como a manutenção da assistência à população.

Na nota, assinada pela presidente do sindicato, Franscine Leão, foi informado que a paralisação serve como “advertência” aos gestores responsáveis, cobrando esclarecimentos e providências para corrigir a situação.

O Portal 6 chegou a contatar o Simego na última sexta-feira (14), antes de a suspensão ser oficialmente anunciada, solicitando informações acerca das motivações.

Na ocasião, a associação relatou que ainda aguardava resposta por parte do Ipasgo e que, caso não fosse respondida, daria continuidade ao plano de paralisação, como visto já nesta segunda-feira (17).

O que diz o Ipasgo?

O Ipasgo Saúde, por sua vez, declarou não ter conhecimento das demandas, uma vez que não foi procurado, tampouco algum documento oficial chegou a ser encaminhado por parte do Simego.

Além disso, o plano de saúde sustentou que “desconhece qualquer falta de pagamento à rede” e que tomou conhecimento do ocorrido somente após o assunto ser vinculado pela imprensa.

A instituição ainda apontou que tem realizado os repasses corretamente, sendo que entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro os profissionais que atendem pelo plano receberam R$ 18,2 milhões – valor que se somou ao montante de quase R$ 1 bilhão, acumulado desde setembro de 2024.

Não o bastante, o comunicado também destacou que os profissionais envolvidos na paralisação não possuem vínculo empregatício com a empresa e, portanto, “têm plena autonomia para solicitar descredenciamento a qualquer tempo”. O Ipasgo Saúde ainda enfatizou que a suspensão unilateral dos atendimentos constitui descumprimento contratual, podendo resultar em penalidades que incluem a rescisão do contrato.

Apesar disso, o plano de saúde reiterou que o movimento é realizado por “um grupo específico de médicos e odontólogos” e não deve impactar toda a rede credenciada do Ipasgo Saúde, mantendo os serviços normalmente.

Confira as notas na íntegra:

Nota do Simego:
“O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás – SIMEGO – no uso de suas atribuições legais e estatutárias, informa a toda a sociedade goiana, em especial aos usuários dos Planos de Saúde mantidos perante o Ipasgo Saúde, que haverá paralisação dos atendimentos realizados pelos médicos do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde), a partir das 07:00 (sete) horas do dia 18 de fevereiro de 2025 (terça-feira), por 48 (quarenta e oito) horas, finalizando às 07:00 (sete) horas do dia 20 de fevereiro de 2025, sendo esta deliberação tomada em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada no dia 10 de fevereiro do ano em curso, como forma de advertência, uma vez que os gestores responsáveis, não atenderam à pauta de reivindicações apresentadas pela categoria. Os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina.”

Nota do Ipasgo Saúde:
“O Ipasgo Saúde foi surpreendido pelo anúncio de paralisação dos atendimentos por um grupo de médicos e odontólogos, sem qualquer comunicação prévia à instituição, o que fere diretamente as regras contratuais estabelecidas.

O maior plano de saúde do Estado de Goiás esclarece que esses profissionais não têm vínculo empregatício com o Ipasgo Saúde. São autônomos e instituições independentes, que atendem aos beneficiários com base em contratos de credenciamento. Portanto, eles têm plena autonomia para solicitar descredenciamento a qualquer tempo, desde que respeitadas as condições pactuadas, inclusive a continuidade do atendimento aos beneficiários durante o prazo de aviso prévio.

O Ipasgo Saúde nunca foi procurado ou recebeu um documento oficial do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) para tratar de pauta reivindicatória e desconhece qualquer falta de pagamento à rede credenciada, uma informação que tomou conhecimento por meio da imprensa.

A instituição pode provar que, desde setembro de 2024, repassou aos prestadores quase R$ 1 bilhão. Só nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os profissionais que atendem beneficiários do plano de saúde receberam R$ 18,2 milhões. Caso, de forma excepcional, algum prestador identifique pendências, essas devem ser formalmente comunicadas para que o Ipasgo Saúde possa apurar e adotar, com celeridade, as providências cabíveis.

A suspensão injustificada e unilateral dos atendimentos aos beneficiários constitui descumprimento contratual, que pode resultar em sanções, incluindo a rescisão do contrato e o descredenciamento do prestador. Por isso, o Ipasgo Saúde está monitorando a situação de perto e tomará todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento das normas, para fazer com que os direitos dos beneficiários sejam respeitados, para garantir plena assistência e que a qualidade no atendimento seja mantida.

A paralisação foi anunciada por um grupo específico de médicos e odontólogos e não impacta toda a rede credenciada do Ipasgo Saúde, a maior de Goiás, composta por quase cinco mil pessoas físicas e jurídicas. Hospitais, clínicas e a rede própria do plano de saúde mantêm atendimentos regulares às quase 600 mil vidas que estão sob os cuidados da instituição.

O Ipasgo Saúde tem compromisso inegociável com a excelência, a continuidade dos serviços prestados e com diálogos responsáveis, construtivos e legítimos. A transparência, a ética e o respeito aos nossos beneficiários são valores que norteiam nossas ações.”

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AGÊNCIA CORA CORALINA

Ipasgo Saúde abre credenciamento para novos médicos

O Ipasgo Saúde abriu credenciamento para que médicos de todas as especialidades possam atender os quase 600 mil beneficiários do plano de saúde, o maior de Goiás. A partir desta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, profissionais interessados podem realizar o cadastro .

As solicitações serão analisadas a partir de critérios como município de atuação, cobertura assistencial, estudos epidemiológicos, demanda de beneficiários, facilidade de acesso e oferta de serviços.

O credenciamento é simples e pode ser feito de forma totalmente digital. Para integrar a rede, os médicos precisam possuir registro ativo no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), preencher o formulário disponível no site e anexar documentos

Os documentos necessários são Carteira de identidade profissional, expedida pelo conselho; Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos cadastros de Atividades Econômicas (CAE) e Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES).

Além disso, os candidatos devem ter licença sanitária das secretarias estadual ou municipal de Saúde; bem como alvará de localização e funcionamento; comprovantes de pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS) e de conta bancária.

A instituição também solicita currículo resumido, atualizado e assinado, contendo diploma registrado no Ministério da Educação (MEC), informações sobre residência médica, estágios, especialização, mestrado e doutorado. Se for o caso, os médicos podem apresentar a relação dos aparelhos e/ou equipamentos disponíveis.

Os profissionais interessados em atender à carteira de quase 600 mil beneficiários distribuídos por todo o estado não podem ter penalidade pública junto ao conselho profissional. Inscrições com documentações incompletas ou parciais também não serão analisadas.

Em caso de dúvidas, os médicos interessados podem obter mais informações na Central de Atendimento ao Prestador, pelo telefone 0800 333 1212.

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PORTAL DE NOTÍCIAS

Governo fará mutirão nacional para redução das filas de cirurgias em março

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou um mutirão nacional para a redução das filas de cirurgias para o próximo mês. A iniciativa busca reduzir o tempo de espera e garantir mais acesso aos serviços de saúde em todos os estados. "Em 2024, foram 14 milhões de cirurgias eletivas, maior número da história do SUS. Ainda há muito a fazer. A partir de março, realizaremos o Mutirão Nacional para Redução das Filas", declarou a ministra em rede social.

O Programa Nacional para a Redução de Filas de Cirurgias foi lançado em 2023 e estendido ao Programa Mais Acesso a Especialistas (Pmae) neste ano, para acelerar ainda mais o atendimento à população.

"Este é um desafio de décadas, agravado pela pandemia de covid-19. Por essa razão, lançamos em 2023 o Programa Nacional para a Redução de Filas de Cirurgias, ao lado dos governadores dos estados. Temos um grande desafio pela frente, assegurar o menor tempo de espera, que é muito desigual entre os estados e entre algumas especialidades" destacou a ministra Nísia.

Como funciona?

O novo componente do Pmae depende da adesão dos gestores de estados e municípios, que devem enviar suas respectivas programações de cirurgias a serem realizadas, acompanhadas de resolução aprovada na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de cada estado.

Todas as programações serão analisadas pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), que fará ou não a aprovação, considerando os critérios formais previstos na portaria, além de aspectos técnicos em relação à demanda apresentada e previsão de realização de procedimentos.

Os recursos destinados aos estados e ao Distrito Federal para execução do Componente Cirurgias do Pmae E serão proporcionais à população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao Tribunal de Contas da União para o ano vigente. Ainda será realizado monitoramento quadrimestral da execução do orçamento, visando elaborar estratégias complementares que fomentem a execução da programação em sua totalidade.

Sobre o Mais Acesso a Especialistas

O Mais Acesso a Especialistas é uma estratégia da Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde (Pnaes) e tem como objetivo ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à atenção especializada em saúde. O foco é tornar o acesso do paciente às consultas, exames especializados e, agora, cirurgias, o mais rápido possível e com menos burocracia, a partir do encaminhamento realizado pelas equipes de atenção primária, por exemplo, a Equipe de Saúde da Família.

O programa traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.

O programa já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.

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PORTAL G1

Dentista suspeita de causar deformidades em pacientes divulgava serviços nas redes sociais: ‘entrego o nariz dos seus sonhos’

Com mais de 6 mil seguidores, Miriã Costa se apresenta como a 'maior referência em rino estruturada' de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ela é investigada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina.

A dentista Miriã Costa suspeita de causar deformidades em pacientes após rinoplastias, segundo a Polícia Civil, divulgava os serviços nas redes sociais. Com mais de 6 mil seguidores, ela se apresenta como a “maior referência em rino estruturada” de Goiás.

"Te entrego o nariz dos seus sonhos, com a melhor experiência", diz a dentista em seu perfil no Instagram.

A defesa da profissional afirmou que ela é habilitada para procedimentos odontológicos e que as intervenções realizadas não eram cirúrgicas. Destacou que a dentista atende mais de dois mil pacientes e que a clínica possui os registros necessários para funcionamento.

Já o Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) disse que a inscrição da investigada está ativa no conselho e que apura o caso.

Miriã divulgava ainda que a clínica de estética em que faz os atendimentos fica localizada no Jardim América, em Goiânia. onde um mandado de busca e apreensão foi cumprido pela polícia. Ela é investigada por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina após oito pacientes denunciarem que tiveram deformidades e lesões graves depois de fazerem rinoplastia com ela.

A delegada Myrian Vidal, responsável pela investigação do caso, disse que a rinoplastia tem cortes e só médicos podem fazer. "Ela usava o nome 'rino estruturada' para encobrir o verdadeiro procedimento que fazia, a rinoplastia", disse.

Segundo a investigação, os serviços da odontóloga eram divulgados nas redes sociais pelo marido de Miriã, Pedro Henrique Alves Teixeira. Os nomes da dentista e do esposo foram divulgados pela Polícia Civil para que novas vítimas possam denunciar.

“A investigada teria realizado procedimentos de rinoplastia em diversos clientes, sem possuir a qualificação necessária ou autorização para tal, causando lesões irreparáveis e, em alguns casos, deformidades permanentes”, detalhou a polícia.

Investigação

A Polícia Civil detalhou que os serviços de rinoplastia feitos por Miriã Costa eram realizados de forma precária e sem acompanhamento pós-operatório adequado. Na sexta-feira (14), um mandado de busca e apreensão foi cumprido na clínica da investigada, localizada no Setor Jardim América.

A ação foi realizada pela 7ª Delegacia Distrital de Polícia e contou com a presença de peritos criminais, que apreenderam instrumentos e medicamentos irregulares. Além disso, segundo a polícia, funcionários da Vigilância Sanitária constataram diversas irregularidades no local.

Entre as irregularidades identificadas pela Vigilância Sanitária e divulgadas pela Polícia Civil, estão:

medicamentos que deveriam ser descartados estavam armazenados para reutilização;

falta de esterilização adequada dos instrumentos utilizados nos procedimentos;

condições insalubres que colocavam em risco a saúde dos pacientes.

Durante a ação policial foram apreendidos materiais e documentos que vão ser analisados pela equipe policial.

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JORNAL OPÇÃO

CROGO abre processo contra dentista após escândalo e debates de procedimentos estéticos ilegais na odontologia

A realização de procedimentos estéticos por cirurgiões-dentistas voltou a ser discutida após a dentista Miriã Mariana Coelho da Costa ser investigada por suspeita de realizar rinoplastias sem a devida qualificação. De acordo com a Polícia Civil, a profissional teria causado “lesões irreparáveis e, em alguns casos, deformidades permanentes” em pacientes ao executar cirurgias plásticas faciais sem autorização legal. O caso reacendeu o debate sobre os limites da atuação dos dentistas na área estética e as regulamentações impostas pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) esclareceu, em nota oficial (na íntegra), que os cirurgiões-dentistas têm restrições bem definidas quanto à realização de procedimentos cirúrgicos na face. Segundo a Resolução CFO Nº 230/2020, os profissionais da odontologia estão proibidos de realizar cirurgias como rinoplastia, blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), otoplastia (correção das orelhas), lifting facial e outras intervenções que ultrapassem a área de atuação odontológica.

Além das limitações cirúrgicas, a regulamentação também proíbe a publicidade de procedimentos não odontológicos, como micropigmentação de sobrancelhas e lábios, design de sobrancelhas e tratamentos capilares. De acordo com o CFO, os cirurgiões-dentistas devem atuar estritamente dentro da anatomia da cabeça e do pescoço, conforme estabelecido pela Resolução CFO Nº 176/2018.

A clínica da dentista investigada foi alvo de uma operação policial, que resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Durante a ação, peritos criminais confiscaram instrumentos e medicamentos considerados irregulares. Além disso, agentes da Vigilância Sanitária identificaram múltiplas infrações, incluindo armazenamento inadequado de medicamentos, falta de esterilização adequada dos instrumentos e condições insalubres dentro do estabelecimento. Essas irregularidades, segundo as autoridades, representavam um risco à saúde dos pacientes.

Em resposta ao caso, o CROGO afirmou que instaurou um processo administrativo disciplinar contra a dentista, o qual tramita sob sigilo. O conselho ressaltou que, apesar das investigações, a inscrição profissional de Miriã Mariana Coelho da Costa segue ativa, conforme consulta pública disponível no site do CFO.

O episódio gerou grande repercussão no meio odontológico e entre especialistas da área da saúde, que destacaram a importância de se respeitar os limites técnicos e éticos da profissão. Para a categoria, casos como esse evidenciam a necessidade de fiscalização e punição para aqueles que ultrapassam as normas estabelecidas.

A regulamentação da harmonização orofacial, especialidade reconhecida pela odontologia, permite que dentistas realizem procedimentos estéticos dentro de sua área de atuação, como aplicação de toxina botulínica (botox) e preenchimentos faciais. No entanto, qualquer intervenção cirúrgica além dos limites anatômicos estabelecidos pelo CFO é considerada ilegal e sujeita a penalidades.

Pacientes que se submetem a procedimentos estéticos devem estar atentos à qualificação dos profissionais, verificando se possuem registro e especialização na área em que atuam. O CFO mantém um banco de dados público onde é possível consultar a situação cadastral dos dentistas, garantindo mais segurança na escolha dos serviços odontológicos.

O caso segue sob investigação, e novas diligências serão realizadas para apurar a extensão dos danos causados aos pacientes. A Polícia Civil também orienta que possíveis vítimas denunciem práticas ilegais para que as autoridades possam tomar as medidas cabíveis.

Confira nota completa do CROGO:

“Prezados,

Com relação aos andamentos da apuração disciplinar, o Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CROGO) informa que está em curso expediente administrativo em face da profissional, o qual tramita sob sigilo.

Com relação ao registro profissional, informa-se que, atualmente, a inscrição da profissional está ativa, conforme consulta pública (https://website.cfo.org.br/buscaprofissionais/).

Com relação aos procedimentos estéticos, a Resolução CFO Nº 230/2020 estabelece quais são as técnicas proibidas e a Resolução CFO Nº 176/2018 estabelece os limites da área anatômica autorizada para intervenções realizadas por cirurgiões-dentistas.”

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PORTAL UOL

Menino de 13 anos morre por bactéria em hospital do DF

Miguel Fernandes Brandão, 13, era filho único, um milagre para a família, pois os pais Genilva Fernandes e Fábio Luiz Brandão não podiam engravidar até então. "Foi um menino muito amado e esperado por toda a família, o primeiro neto das duas famílias", conta a mãe.

Com quase 1,8 metro de altura, jogava futebol e sonhava em se profissionalizar. Dividia com a bisavó materna a paixão pelo esporte, acompanhando jogos, debatendo lances e performance dos jogadores.

Em novembro do ano passado, depois de quase um mês internado no Hospital Brasília, no Distrito Federal, ele morreu por complicações de uma infecção bacteriana. Os pais denunciam negligência.

Moramos no hospital por 25 dias. Entrei com meu filho e infelizmente só saí com ele dentro de um caixão.Genilva Fernandes

Gosto ruim na bocaMiguel começou com sintomas de sua já conhecida rinite alérgica na noite de 11 de outubro, uma sexta-feira, com espirros frequentes. Medicado, dormiu, mas acordou de madrugada com febre, que foi amenizada com outro remédio.

Na segunda, dia 14, foi Genilva quem acordou de madrugada com os mesmos sintomas. "Pensei: 'Miguel está gripado e peguei dele'. Deitei novamente e depois acordei para trabalhar de casa."

O menino não teria aula naquele dia, e Genilva aproveitou para fazer um café da manhã reforçado para o filho: carne para comer com pão de queijo e bolo de cenoura com chocolate. Mas quase tudo na boca dele tinha um gosto ruim - só a água continuava sem sabor.

Na cabeça da mãe, isso podia ser sinal de covid, então ela e o marido o levaram ao Hospital Brasília, no Lago Sul. Lá, uma médica disse que o gosto ruim era da secreção do nariz, mas os pais duvidaram e disseram que o filho reclamava da garganta, sem conseguir engolir saliva, sempre cuspindo.

"O nariz dele estava bem inchado, como nunca ficou antes em nenhum caso de alergia que ele já teve", conta. Miguel tomou remédio contra febre e foi liberado.

Febre persistente e fraqueza Miguel chegou ao hospital no dia 15/10/2024 com fraqueza, diarreia e episódios de vômito Naquela noite, a febre voltou, mas não passava com remédio. Um tempo embaixo do chuveiro ajudou a reduzir a temperatura, e ele só conseguiu dormir por volta de 5h de terça-feira, 15.

Quando acordou, estava com sintomas mais intensos: vômito, diarreia e fraqueza nas pernas. Precisou sentar numa cadeira para tomar banho. "Ele não conseguia andar do banheiro para a cama."

A família foi ao mesmo hospital, onde ele chegou com a pele amarelada, fraqueza e extremidades roxas. Uma médica que estava quase encerrando o plantão demonstrou preocupação e agilizou o primeiro atendimento, conta Genilva.

A profissional sugeriu um diagnóstico que, se confirmado, levaria Miguel à UTI.

Eu estava vendo meu filho desfalecido, na cadeira, de olho fechado, muito fraquinho. Genilva Fernandes

Na troca de plantão, outra médica assumiu o caso. O menino já tinha feito exame de sangue e depois um eletrocardiograma, que deu pequena alteração. "Ficamos no box do pronto-socorro, ele ainda com diarreia e vômito, eu ali limpando."

Genilva notou que a boca de Miguel começou a ficar vermelha - depois de uma hora, a mancha vermelha migrou para o pescoço e desapareceu. Em seguida, o corpo empolou, ficou cheio de carocinhos, e os linfonodos do pescoço incharam. Chamada, a médica olhou, passou a mão e saiu, disse a mãe.

O teste de covid deu resultado negativo, então a médica sugeriu fazer o painel viral, em que um único exame avalia a presença de diferentes vírus. Mas a coleta demorou. "Quando dei por mim, já tinha trocado o plantão, e a médica saiu sem pedir o mapa viral, não falou qual horário ia sair e nem quem ia ficar com o caso do meu filho."

Pelo estado de Miguel, ela ficou na expectativa de ele ir para a UTI, mas foi encaminhado para internação em quarto de adulto porque, segundo a equipe, não tinha vaga na pediatria.

Fomos para o quarto por volta de 1h50, mas, enquanto isso, nenhum médico do plantão noturno foi ver meu filho, mesmo eu cobrando na enfermaria. O mapa viral não foi feito no dia 15 e passamos a madrugada inteira com ele febril, meio acordados, com ele passando mal. Genilva Fernandes

'Ansiedade materna'

Na manhã de quarta-feira (16), um médico avaliou Miguel e também sugeriu um quadro viral. Genilva já tinha aberto reclamação na ouvidoria do hospital, sinalizando que o filho estava mal e aguardavam ir para a UTI.

Uma médica chegou depois e reforçou a hipótese viral, incluindo gastroenterite, uma infecção intestinal. O tratamento seria "hidratação e medidas de suporte". No prontuário enviado por Genilva à reportagem, a médica descreve que avaliou o paciente "devido ansiedade materna" e que "explicou várias vezes o quadro".

Prontuário médico indica que mãe de Miguel estava "ansiosa" "Foi meu primeiro contato com ela, ela não tinha visto meu filho, ela não fez nenhum exame do meu filho, e eu não posso questionar?", diz Genilva.

A médica novamente falou em pedir o painel viral, mas até 16h daquela quarta, o pedido ainda não tinha sido feito, e a médica tinha ido embora. "Fiquei muito nervosa e rapidinho chegou alguém do laboratório para fazer exame."

O resultado demoraria até sete dias. A mãe entrou em contato com o plano de saúde para pedir a transferência para a ala pediátrica e foi atendida por volta de 20h.

Miguel seguia com febre e manchas mais nítidas no corpo, sendo medicado para os sintomas. Genilva afirma que não houve nova investigação sobre o motivo da alta temperatura.

Piora brusca

Na quinta-feira, 17 de outubro, a mãe seguiu com os questionamentos, ao que a médica tentou tranquilizá-la, repetindo que tudo fazia parte do quadro viral e que ela "tinha que ter paciência, que estava muito ansiosa". Ela estava aflita, mas sem saber o que fazer.

No fim da tarde, Genilva começou a se sentir mal, com febre e tosse incessante, mas seguiu acompanhando o filho.

Miguel gostava de futebol e fazia aula em uma escola de Brasília A essa altura, Miguel reclamava de dor na garganta e no tórax, atribuídos à tosse, e estava com a barriga inchada, que segundo um médico era por estar deitado há muito tempo.

"Pedi um raio-x, mas o médico falou 'para quê expor à radiação à toa?', e não pediu mais exame, sempre afirmando quadro viral, mas o resultado nem tinha saído ainda."

Na sexta-feira (18), por volta das 4h, Genilva deu banho no filho novamente para baixar a febre e negou uma nova medicação, mas foi convencida pela médica a mais uma tentativa.

Quando deram o remédio, ele começou a transpirar muito, excessivamente. Chamei a médica e falei que, pelo amor de Deus, meu filho não estava passando bem. Genilva Fernandes

Em seguida, a equipe da UTI chegou com equipamento de oxigênio para levá-lo, com o corpo roxo e a barriga mais inchada. Miguel foi intubado, colocado em sondas, e novos exames foram feitos.

Para Genilva, a piora de Miguel foi brusca. Antes da intubação, ela conversou com o filho. "A mamãe vai ter de sair, o médico vai fazer um procedimento para você ficar melhor. Pensa em uma viagem que a gente fez que você gostou, fecha o olhinho. Mamãe e papai te amam, você é nossa vida", disse ao menino. "Ele olhou pra gente e não falou nada."

Na UTI, Miguel teve três paradas cardíacas, a primeira de 24 minutos e outras de oito e cinco minutos. Medicado com antibióticos "para atingir o maior número de bactérias", ele só foi diagnosticado com Streptococcus pyogenes no domingo, 20, pela manhã.

No dia anterior, Genilva também tinha sido internada, porque seguia com febre alta e o mesmo sintoma de boca seca do filho, mas já medicada com antibiótico devido à pneumonia. Depois que falou à equipe sobre Miguel e a bactéria identificada nele, ela também foi diagnosticada com a mesma infecção.

'Morte assistida'Os rins, o pulmão, o fígado e o cérebro de Miguel foram comprometidos. A pele necrosou e foi preciso raspá-la. Costas, nádegas e saco escrotal ficaram em carne viva, e ele teve hemorragia.

Na UTI, Miguel estava com sonda na bexiga, fazendo diálise e com medicações intravenosas Genilva conta que ele teve a bexiga perfurada durante a troca da sonda, causando mais perda de sangue e outro choque séptico.

As pernas dele, se tivesse sobrevivido, provavelmente na outra semana teria de amputar. A sensação que eu tenho é que meu filho entrou no hospital para ter uma morte assistida. Genilva Fernandes

Miguel morreu num sábado, 9 de novembro, e foi enterrado no dia seguinte. A mãe tem muitas perguntas sem respostas. "Quando ele foi infectado pela bactéria? Por que a demora para fazer exames? Por que não me ouvir? Isso é muito revoltante."

O que diz o hospital

Ao UOL, o Hospital Brasília disse que lamenta profundamente o óbito do adolescente e que "apesar dos esforços de nosso corpo clínico, infelizmente não foi possível reverter o quadro infeccioso que o acometeu".

A entidade informou que uma "rigorosa análise do atendimento realizado" está em andamento, durante o qual os profissionais envolvidos no caso ficarão afastados. Sobre o termo "ansiosa" no prontuário médico, o hospital pede desculpas pelas "anotações inadequadas" acerca das preocupações da mãe.

No dia 30 de dezembro, Genilva registrou um boletim de ocorrência contra o hospital na Polícia Civil do Distrito Federal, que investiga o caso. "Esperamos que os culpados sejam punidos."

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 12 Fevereiro 2025 06:49

CLIPPING AHPACEG 12/02/25

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

ANS sugere criar planos estritamente para consultas eletivas e exames

Secretário de Saúde diz que não localizou verbas de emendas, em Goiânia

Professora reclama de falta de atendimento no IMAS

Audiência pública discute denúncias de irregularidades no Ipasgo após troca da empresa de faturamento

Por iniciativa da Comissão de Saúde, audiência pública debateu queixas de usuários e prestadores sobre mudanças no Ipasgo

Fiscalização identifica descarte ilegal de lixo hospitalar em Aparecida

AGÊNCIA BRASIL

ANS sugere criar planos estritamente para consultas eletivas e exames

A Agência Nacional deProposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar prevê cobertura em todas as especialidades médicas para os usuários, mas sem acesso a pronto-socorro, internação e terapias.(ANS) elaborou proposta voltada para a criação de planos de saúde voltados estritamente para consultas eletivas e exames. Os usuários teriam cobertura em todas as especialidades médicas, mas sem acesso a pronto-socorro, internação e terapias.

A realização de consulta pública para colher opiniões da sociedade sobre a proposta foi aprovada na segunda-feira (12). Os interessados poderão apresentar contribuições entre os dias 18 de fevereiro e 4 de abril. Os documentos que detalham a proposta devem ser disponibilizados ainda nesta semana. Além disso, foi marcada para o dia 25 deste mês uma audiência pública sobre o tema.

De acordo com a ANS, os novos planos seriam uma alternativa mais barata para os consumidores e não afetarim os que já existem no mercado. A expectativa é que tais planos sejam capazes de ampliar o acesso ao atendimento na atenção primária e secundária.

A ANS estima que 10 milhões de brasileiros poderiam ser incluídos com os novos planos, desafogando filas de exames no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e acelerando diagnósticos. "De acordo com dados do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde, a atenção primária tem capacidade de resolver de 80% a 90% das necessidades de saúde de uma pessoa ao longo da vida", destaca a agência.

Os novos planos seriam inicialmente criados em um sandbox regulatório. Isso significa que, nos primeiros dois anos, a oferta se daria em caráter experimental sob acompanhamento minucioso. Ao final desse período, a ANS fará uma avaliação para decidir se o modelo deve ser mantido ou descontinuado. As operadoras que quiserem participar do ambiente experimental precisarão criar e registrar o novo plano de saúde, que poderá ter coparticipação até o limite de 30%.

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PORTAL G1

Secretário de Saúde diz que não localizou verbas de emendas, em Goiânia

https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/secratario-de-saude-diz-que-nao-localizou-verbas-de-emendas-em-goiania-13334083.ghtml

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Professora reclama de falta de atendimento no IMAS

https://globoplay.globo.com/v/13332368/

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Audiência pública discute denúncias de irregularidades no Ipasgo após troca da empresa de faturamento

Evento acontece às 14h desta terça-feira, na Assembleia Legislativa de Goiás, em Goiânia. Ipasgo nega que a rede credenciada esteja há meses sem receber pelos serviços prestados.

Após denúncias de usuários e médicos credenciados no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) vai realizar uma audiência pública nesta terça-feira (11), às 14h, para discutir irregularidades no plano de saúde. Há um documento com reivindicações de mais de 600 profissionais credenciados.

O presidente da comissão, Gustavo Sebba (PSDB), afirmou que os problemas aconteceram após a troca da empresa de faturamento.

“O usuário não consegue marcar exame, não consegue marcar consulta, um procedimento relativamente barato, chega lá falando que não tem vaga, porque o Ipasgo limita cotas. E aí tem vários profissionais que estão há quatro meses já sem receber”, explicou o deputado.

Ao g1, o Ipasgo disse que não há sistema de cotas em vigência e que desde novembro de 2024 a ouvidoria não registra reclamações em relação a exames. Afirmou ainda que não é verdade que a rede credenciada está há meses sem receber pelos serviços prestados. Em nota, o instituto reconheceu que existiram problemas pontuais no pagamento de prestadores devido ao processo de migração de sistemas, mas reforçou que isso não atingiu toda a rede credenciada (leia a nota na íntegra ao fim da matéria).

“Entre setembro e dezembro de 2024, quase 3,3 mil prestadores do Ipasgo Saúde receberam mais de R$ 755,64 milhões. Neste total, estão incluídos R$ 71,7 milhões destinados a 2.601 prestadores pessoa física (médicos e demais fornecedores). Em 2025, já foram realizados R$ 190,72 milhões em pagamentos a prestadores, sendo R$ 23,74 milhões para prestadores pessoas físicas e R$ 166,98 milhões para prestadores pessoa jurídica (como hospitais)", escreveu o Ipasgo.

Já o Grupo Fácil, que administra o sistema Facplan e está responsável pelo faturamento do Ipasgo, ponderou que a integração do Ipasgo Saúde à ANS foi de alta complexidade e que demandou "alterações significativas em todo o processo de faturamento dos prestadores". Além disso, disse que está trabalhando junto ao Ipasgo para identificar os valores a serem repassados a terceiros, como médicos e demais fornecedores (veja a nota completa no final da reportagem).

Audiência pública

O evento promovido pela Comissão de Saúde vai acontecer no Auditório 1 da Alego, em Goiânia, além de também ser transmitido ao vivo pelo YouTube no canal TV Assembleia Goiás. A programação divulgada conta com a participação de especialistas e representantes de entidades da saúde. Entre eles, o presidente do Ipasgo, Vinícius de Cecílio Luz, a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Francine Leão, e o presidente da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), Arthur Silveira Miranda.

g1 teve acesso ao documento com as reivindicações dos 600 médicos credenciados no Ipasgo que vão ser abordadas durante o evento. No documento, os profissionais pedem a regularização dos pagamentos pendentes referentes aos meses de julho, agosto setembro, outubro e novembro de 2024. A médica representante dos profissionais, Lara Roberta Marques, detalhou sobre essas reivindicações.

“Eles não estão pagando os procedimentos de julho, agosto e setembro. Eles não vão conseguir auditar, então provavelmente vamos ficar no prejuízo. Outubro, novembro e dezembro, do mesmo jeito. Eles pagaram consultas, mas não os procedimentos’, disse a médica.

“O Ipasgo tentou passar as consultas, os procedimentos honorários para o hospital, só que o hospital também não tem essa condição de saber o que está sendo pago. E a gente não aceitou receber via hospital, porque a gente vai sofrer tri tributação: o hospital emite nota para o Ipasgo, a gente emite nota para o hospital e depois a gente tem que declarar isso”, completou.

Além disso, os médicos ligados ao Ipasgo pedem:

Data fixa para pagamento;

Atualização da tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM);

Realização de pagamentos simultâneos para honorários de consultas, cirurgias e procedimentos, consolidados em um único demonstrativo, com a disponibilização de demonstrativos detalhados em até 7 dias após o pagamento;

Cobrança de diferença de acomodação e honorários de instrumentação cirúrgica;

Pagamento direto aos médicos via pessoa jurídica ou física, rejeitando pagamentos feitos via hospitais;

Adicional noturno para procedimentos;

Exigência de identificação dos auditores responsáveis pela liberação de guias.

Especificamente em relação aos pagamentos dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024, o Grupo Fácil disse que foram promovidos “ajustes nos arquivos enviados pelos hospitais, possibilitando a liberação dos pagamentos aos terceiros na semana passada, acompanhados dos respectivos demonstrativos disponíveis no portal”.

“O mesmo procedimento está sendo aplicado aos arquivos de janeiro e continuará sendo adotado até que o processo esteja completamente adequado”, disse a diretoria do grupo, em nota.

Paralisação de serviços

O advogado que representa o grupo de médicos, Marcelo Celestino, explicou que a insatisfação dos prestadores de serviços, especialmente em relação aos atrasos nos pagamentos, poderá resultar em paralisação dos serviços de saúde. Segundo a médica Lara Roberta Marques, uma greve está prevista para a próxima terça-feira (18), para o caso de as reivindicações não serem atendidas.

“O Ipasgo enfrenta um cenário crítico, com riscos significativos à continuidade da assistência à saúde de seus segurados, em razão de atrasos nos pagamentos aos prestadores de serviços”, escreveu o advogado no parecer jurídico sobre a situação do Ipasgo.

“Caso não sejam adotadas medidas urgentes para regularizar os pagamentos, o impacto na rede assistencial poderá ser grave, prejudicando milhares de segurados”, acrescentou.

Nota do Ipasgo na íntegra:

“Não é verdade que a rede credenciada está há meses sem receber pelos serviços prestados. Tanto, que entre setembro e dezembro de 2024, quase 3,3 mil prestadores do Ipasgo Saúde receberam mais de R$ 755,64 milhões. Neste total, estão incluídos R$ 71,7 milhões destinados a 2.601 prestadores pessoa física (médicos e demais fornecedores).

Outro fato que refuta as alegações sobre falta de pagamento é que, em 2025, já foram realizados R$ 190,72 milhões em pagamentos a prestadores, sendo R$ 23,74 milhões para prestadores pessoas físicas e R$ 166,98 milhões para prestadores pessoa jurídica (como hospitais) - efetuados dentro do prazo contratual, segundo o qual os pagamentos devem ocorrer em 60 dias após a apresentação da fatura.

Desse montante, R$ 6,31 milhões foram pagos no último dia 31, após reprocessamento das contas, referentes a honorários médicos que anteriormente haviam sido repassados aos hospitais. Os demonstrativos desses pagamentos estão disponibilizados no Portal do Prestador.

O Ipasgo Saúde reconhece que, em decorrência do processo de migração de sistemas, houve problemas pontuais no pagamento de prestadores, mas que nunca atingiram toda a rede credenciada. Casos excepcionais e, eventualmente, remanescentes estão sendo tratados para que sejam resolvidos de forma definitiva.

Sobre o número de glosas, o plano de saúde esclarece que o aumento reflete o aprimoramento nas análises das contas médicas, mas que os prestadores podem, via sistema, ingressar com recurso de glosa, por meio do qual é possível apresentar comprovações e solicitar revisão.

Outro fato que contradiz as alegações diz respeito à tabela de remuneração da rede credenciada, visto que houve recomposição de preços em agosto de 2022, ou seja, há pouco mais de dois anos. Essa nova tabela representou um incremento de R$ 200,8 milhões por ano nas despesas assistenciais do Ipasgo Saúde. Apesar desse fato, o Ipasgo Saúde entende a necessidade de atualizar a remuneração. A instituição está aberta ao diálogo com as categorias para avaliar possíveis ajustes, sempre considerando a viabilidade financeira e a sustentabilidade do sistema.

Por fim, o Ipasgo Saúde reitera que trabalha diuturnamente para superar as dificuldades operacionais ocasionadas pela adoção de um sistema adequado às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que todos seus esforços tem objetivo de garantir atendimento pleno à rede e aos beneficiários."

"A instituição elucida também que não há sistema de cotas em vigência e que desde novembro de 2024 a Ouvidoria do Ipasgo Saúde não registra nenhum tipo de reclamação sobre dificuldades em relação de exames. É fundamental entender que eventuais negativas de atendimento são casos pontuais e devem ser analisados individualmente, uma vez que plurais fatores técnicos podem levar à negativa, como erro ou insuficiência na apresentação de documentos, sendo essa a situação mais comum. Tais fatos não configuram, em hipótese alguma, uma restrição generalizada ao atendimento. Se tratam de questões cotidianas em qualquer plano de saúde que se paute por rigorosos critérios administrativos e preze pela qualidade e segurança da assistência aos beneficiários."

Nota do Grupo Fácil na íntegra:

“O Grupo Fácil esclarece que este é um projeto de alta complexidade, que envolve diversos desafios decorrentes de uma mudança cultural enraizada há mais de 60 anos. A integração do Ipasgo Saúde à ANS demandou alterações significativas em todo o processo de faturamento dos prestadores.

Atualmente, estamos trabalhando em conjunto com o Ipasgo para oferecer suporte aos prestadores no envio dos arquivos conforme o padrão ANS (TISS), garantindo a identificação clara e precisa dos valores a serem repassados a terceiros, como médicos e demais fornecedores.

Em relação aos meses de outubro, novembro e dezembro, o Grupo Fácil e o Ipasgo Saúde promoveram ajustes nos arquivos enviados pelos hospitais, possibilitando a liberação dos pagamentos aos terceiros na semana passada, acompanhados dos respectivos demonstrativos disponíveis no portal. O mesmo procedimento está sendo aplicado aos arquivos de janeiro e continuará sendo adotado até que o processo esteja completamente adequado”.

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ALEGO

Por iniciativa da Comissão de Saúde, audiência pública debateu queixas de usuários e prestadores sobre mudanças no Ipasgo

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), presidida pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), promoveu, nesta terça-feira, 11, audiência pública para debater questões referentes ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), após a troca da empresa de faturamento para a Facplan. O evento foi realizado no auditório 1 da Alego.

Em seu pronunciamento na abertura da audiência, Gustavo Sebba ressaltou que o tema é de interesse de toda a sociedade goiana e lamentou a ausência do presidente do Ipasgo, Vinícius de Cecílio Luz, que não compareceu apesar de ter sido convidado. "Lamentavelmente ele não está presente para que possamos tentar resolver, de forma conjunta, os problemas da saúde em Goiás e dos servidores públicos", disse.

Para Sebba, a saúde pública de Goiás está à beira do colapso, com usuários do Ipasgo enfrentando dificuldades para agendar consultas, exames e procedimentos, além de médicos que atendem pelo plano estarem há meses sem receber seus honorários.

Segundo o deputado, a oferta de serviços do Ipasgo se deteriorou nos últimos meses, com pacientes enfrentando dificuldades para marcar desde exames simples, como radiografias odontológicas, até consultas com especialistas e exames laboratoriais. Estamos tentando cobrar por parte do governo, por parte da Secretaria de Saúde, do Ipasgo, alguma providência nesse sentido. Agora a situação se agrava muito, porque, além da má oferta de serviços para os usuários do Ipasgo, os profissionais que atendem estão sem receber , afirmou Sebba.

Segundo ele, a falta de pagamento aos médicos que atendem pelo plano é outro fator que agrava a crise na saúde do Estado, pois há profissionais que não recebem seus honorários há seis meses. O Ipasgo já tem uma defasagem com um valor de tabela muito grande. Há mais de oito anos que eles não reajustam. Os valores de honorários médicos, de consultas, são valores que chegam a ser absurdos, mas os profissionais permanecem atendendo. Agora o instituto simplesmente parou de pagar , denunciou o deputado.

Sebba também criticou a mudança no sistema de gestão do Ipasgo, que teria contratado um sistema ruim e incompatível" com o sistema da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse sistema não se comunica com a ANS, tem uma diferença de código muito grande. Pelas informações que levantamos, o Ipasgo não sabe quanto deve, nem para quem deve , explicou o deputado.

Segundo o parlamentar, médicos que atendem pelo Ipasgo ameaçam paralisar o atendimento a partir da Páscoa, caso não haja uma solução para a falta de pagamento e a má gestão do plano. Para tentar encontrar uma solução, Gustavo Sebba propôs a realização de outra audiência pública com a participação do presidente do Ipasgo, representantes do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), e entidades que representam médicos, laboratórios e hospitais.

Controle

O procurador Edmarkson Ferreira destacou a necessidade de um controle parlamentar efetivo sobre a instituição, especialmente em um momento em que muitos usuários enfrentam dificuldades para agendar consultas, exames e procedimentos, e médicos que atendem pelo plano estão há meses sem receber.

Ferreira lembrou que o controle parlamentar é um direito previsto na Constituição e que o Legislativo tem a função de fiscalizar os demais poderes. Além de legislar, o Parlamento deve ser a voz direta e plural do povo , afirmou. Ele elogiou a iniciativa do deputado Gustavo Sebba, que promoveu a audiência, para ouvir a sociedade e cobrar informações do Ipasgo, ressaltando a importância do controle concomitante.

O procurador também criticou a postura da presidência do Ipasgo, que questionou a adequação do Parlamento para realizar a audiência. Aqui é a Casa do povo, onde temos pessoas capacitadas para discutir e buscar soluções , rebateu Ferreira.

Durante a audiência, o procurador questionou as justificativas técnicas apresentadas pelo Ipasgo para a crise, especialmente em relação à recente mudança no sistema de gestão do plano. As justificativas não pareciam razoáveis, considerando a transformação do Ipasgo em um serviço social autônomo, uma mudança radical que levanta questionamentos sobre o planejamento e a codificação do sistema , ponderou.

Convocação

O ex-presidente da Alego, Jardel Sebba (PSDB), manifestou sua indignação em relação à ausência do presidente do Ipasgo. Sebba classificou a atitude como inaceitável , ressaltando a falta de respeito para com a classe médica.

"Seria uma oportunidade de vir aqui, explicar, debater e dialogar. Ele diz que se recusa a vir porque aqui não é o local competente. Aqui é o lugar mais apropriado que existe, porque aqui é a Casa do povo", afirmou o ex-deputado, que já presidiu o Parlamento por três mandatos.

Sebba destacou a importância do diálogo e sugeriu que a Assembleia tem o poder não apenas de convidar, mas também de convocar o presidente do Ipasgo para comparecer à audiência. "Se ele não vier, que venha sob custódia da polícia. Quando eu fui presidente, as pessoas compareciam quando chegávamos a esse termo", ressaltou.

O ex-presidente também fez um apelo à classe médica e aos profissionais da saúde, incluindo farmacêuticos e bioquímicos, para que tomem uma posição de repúdio e indignação diante da situação. "Nós não podemos nos calar diante de uma missão tão grande quanto essa", concluiu Sebba.

Com Gustavo Sebba na condução dos trabalhos, a mesa diretiva foi composta ainda pelos seguintes integrantes: presidente em exercício da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Goiás (OAB-GO), Arthur Silveira Miranda; presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão; conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego), Donaldy Sampaio.

Também participaram da mesa diretiva o procurador da Alego, Edmarkson Ferreira de Araújo; representante do Cremego, Robson Paixão; e o médico e ex-presidente da Alego, Jardel Sebba.

A audiência foi transmitida ao vivo pelo YouTube , onde está disponibilizada no canal da TV Assembleia Legislativa.

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A REDAÇÃO

Fiscalização identifica descarte ilegal de lixo hospitalar em Aparecida

Seringas e tubos com sangue foram encontrados 

As equipes da Operação Aparecida Limpa identificaram um descarte ilegal de lixo hospitalar contaminado no setor Chácara São Pedro, em Aparecida de Goiânia, nesta terça-feira (11/2). Foram encontrados materiais contaminados, como seringas, tubos com sangue, luvas e outros resíduos hospitalares, descartados de forma irregular em uma propriedade particular.

O comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Inspetor Sobral, destacou que a fiscalização seguirá de forma rigorosa. “Estamos intensificando as fiscalizações para assegurar que ações criminosas como essa sejam severamente punidas. Essa é uma determinação do prefeito Vilela”, afirmou.

O hospital responsável pelo descarte irregular foi identificado e será autuado pela Vigilância Sanitária. De acordo com a legislação vigente, crimes ambientais desse tipo podem resultar em multas que variam de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, além de outras sanções, dependendo da gravidade do dano causado. “O descarte irregular de lixo hospitalar, que deveria ser incinerado, pode configurar crime ambiental, com penas que incluem reclusão de dois a quatro anos”, explicou o superintendente de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira.

O coordenador de fiscalização ambiental, Wislem Ricardo, ressaltou os riscos desse tipo de crime para a população e o meio ambiente. “O despejo inadequado de resíduos hospitalares não apenas contamina o solo, mas também representa uma ameaça direta à saúde pública. Precisamos de mais conscientização, mas a prefeitura seguirá monitorando e responsabilizando os envolvidos, adotando sempre as medidas legais cabíveis”, destacou.

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Assessoria de Comunicação

Terça, 11 Fevereiro 2025 06:52

CLIPPING AHPACEG 11/02/25

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Novas regras vão encarecer planos de saúde, diz diretora do Procon-SP

Vacinação contra dengue tem baixa adesão um ano após início no SUS

Análise: negacionismos e perseguição pautam o Conselho de Medicina

I Fórum de Segurança Institucional do Cremego vai debater a assistência segura e o envolvimento do paciente nos cuidados de saúde

Hospitalar 2025 já tem data marcada e credenciamento aberto

Prêmio iBest destaca maiores influenciadores de saúde no Brasil

METRÓPOLES ONLINE

Novas regras vão encarecer planos de saúde, diz diretora do Procon-SP


Para diretora do órgão de defesa do consumidor, mudanças que podem ser implementadas pela ANS foram pouco discutidas com a sociedade
As propostas de mudanças dos planos de saúde, divulgadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no fim de 2024, conseguir criar uma unanimidade: estão sendo criticadas tanto pelas empresas do segmento como por órgãos de defesa do consumidor.

"As mudanças são muito complexas e estão sendo pouco discutidas com a sociedade", diz Patrícia Dias, diretora de Assuntos Jurídicos do Procon-SP. "E elas têm forte impacto porque afetam a política de preços do setor."

Ou seja, elas mexem com o bolso da clientela, formada por mais de 50 milhões de brasileiros que utilizam a saúde suplementar. E quais são os problemas das novas normas? É o que a técnica do Procon-SP explica, a seguir, em entrevista ao Metrópoles.

Qual é o problema das propostas da ANS?

Há vários problemas, agravados pelo fato de as mudanças estarem sendo pouco debatidas. A ANS publicou as propostas de alteração em 31 de dezembro e fixou o limite para receber contribuições da sociedade até 3 de fevereiro. Depois, esse prazo foi ampliado por mais uma semana, para o dia 9. E isso não refrescou o problema. É pouco tempo para discutir alterações tão importantes, com medidas cheias de termos técnicos e com forte impacto na vida das pessoas.

Ocorreram audiências públicas recentemente, mas elas também foram criticadas. Por quê?

Elas foram insuficientes. Aconteceram em dois dias. Como a proposta da ANS foi dividida em quatro eixos, cada um deles foi debatido em meio período. De novo, é pouco tempo para realizar discussões qualificadas sobre temas complexos. E o cenário é muito complicado, com pessoas sendo literalmente expurgadas dos planos e com reajustes muito altos.

E quais são os principais pontos da proposta?

A primeira questão é sobre o reajuste dos planos coletivos. Em relação aos individuais, quem define a correção é a ANS. No caso dos coletivos, o aumento fica a critério da operadora. Existe uma demanda histórica por uma maior transparência para esses contratos coletivos.

Qual é essa demanda?

Principalmente, em relação ao combate a algumas cláusulas de reajuste, que colocam o consumidor, o contratante, em situação de vulnerabilidade. As novas regras são insuficientes para atender à demanda por maior transparência. Elas não nos dão segurança de que isso acontecerá.

Pode citar um exemplo?

A mudança de regulamentação sobre rescisão unilateral é um caso. Ela é insuficiente. Esse tipo de decisão ainda continua sob critério das operadoras.

Qual é o outro ponto?

Um deles é o mecanismo financeiro de regulação, a famosa coparticipação (em que os clientes arcam com uma parte do custo dos serviços). A ANS colocou limites para alguns procedimentos. Eles só poderão ser feitos um determinado número de vezes. Depois disso, vale a coparticipação.

Em quais casos esse limite se aplica?

Um desses casos é a mamografia. Ela ficou limitada em um exame por ano. Esse foi um ponto bastante criticado por entidades médicas na audiência pública. Com a coparticipação, você inibe a prevenção, a prática da medicina preventiva, que pode diminuir internações e procedimentos de alto custo e complexidade. Houve também limitação do número de consultas a pediatras e, conforme a idade da criança, isso também é complicado.

Qual o terceiro ponto?

É a revisão técnica de preços de planos individuais e familiares. A ANS traz esse ponto para a regulamentação. A nossa preocupação é que as operadoras usem esse tipo de expediente para promover reajustes, sem que sejam consideradas eventuais ineficiências de gestão dessas empresas. Ou seja, não queremos que um plano, por ineficiente na gestão, penalize o consumidor com aumentos. Achamos que os requisitos fixados para que as operadoras façam essa revisão técnica ainda são limitados.

E o quarto ponto é a questão da venda de planos de saúde online?

Preocupação do Procon é que a venda dos planos seja apenas online. Pela proposta, foi colocado que a partir da vigência da nova regulação, a venda presencial seria feita por mais 12 meses. Depois disso, só online. Com isso, as empresas não precisariam mais manter estruturas físicas para o atendimento aos clientes. Mas existem pessoas com necessidades especiais, elas precisam de explicações mais detalhadas. Os contratos também são complexos, cheios de detalhes, como nos casos de portabilidade (em que o usuário muda de plano, mas negocia a redução de carências, por exemplo). Além disso, é o consumidor que tem de escolher se vai fazer uma compra presencial ou online.

Qual é a expectativa agora?

Depois de todo o processo de consultas públicas, que termina em 19 de fevereiro, cabe à ANS avaliar com parcimônia as contribuições recebidas. E, além disso, ela deve considerar se não é o caso de fazer maiores avaliações antes de promover qualquer alteração. Isso porque, querendo ou não, as mudanças terão um efeito negativo na sociedade.

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AGÊNCIA BRASIL

Vacinação contra dengue tem baixa adesão um ano após início no SUS


Apenas metade das doses distribuídas foram aplicadas; especialistas alertam para risco de nova epidemia

Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a adesão ao imunizante segue abaixo do esperado. Entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025, 6,3 milhões de doses da vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foram distribuídas pelo Ministério da Saúde. No entanto, dados da Rede Nacional de Dados em Saúde indicam que apenas 3,2 milhões de doses foram aplicadas no público-alvo, formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

Essa faixa etária foi escolhida por registrar o maior número de hospitalizações por dengue após os idosos - grupo para o qual a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não liberou o uso do imunizante. O esquema vacinal adotado no SUS é de duas doses, aplicadas com um intervalo de três meses entre elas.

Imunização prioritária e distribuição limitada

O Brasil iniciou a vacinação contra a dengue em fevereiro de 2024 em 521 municípios, selecionados por critérios como grande porte (mais de 100 mil habitantes), alta transmissão da doença e predominância do sorotipo 2 do vírus. Atualmente, a vacina já foi distribuída a todas as unidades da federação, mas a oferta ainda é limitada.

A Takeda, fabricante da vacina, informou que está priorizando a demanda do governo federal e, por isso, suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios, além de limitar o fornecimento à rede privada. "Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde", disse a empresa.

Ainda de acordo com a farmacêutica, 6,6 milhões de doses foram entregues ao governo em 2024 e há previsão de fornecimento de 9 milhões de doses para 2025.

Vacina tem registro e aval da OMS

A vacina Qdenga recebeu registro da Anvisa em março de 2023 e foi incorporada ao SUS em dezembro do mesmo ano. Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o que possibilita sua aquisição por agências internacionais como a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

A OMS recomenda que a Qdenga seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em áreas de alta transmissão. Segundo Rogerio Gaspar, diretor de regulação da entidade, a pré-qualificação é fundamental para expandir o acesso ao imunizante. "Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas", afirmou.

Especialistas alertam para baixa procura

Diante da baixa adesão à vacina, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta no mês passado. A entidade ressaltou que a vacina está disponível apenas para um público restrito e que metade das doses distribuídas ainda não foram aplicadas.

O alerta coincide com ações do Ministério da Saúde para intensificar o monitoramento da dengue, especialmente diante da detecção do sorotipo 3 do vírus em várias regiões. Esse sorotipo não circulava predominantemente no Brasil desde 2008, o que faz com que grande parte da população esteja suscetível à infecção.

De acordo com o Ministério da Saúde, devido à baixa disponibilidade da vacina, a imunização não é a principal estratégia de combate à dengue. Como medida alternativa, a pasta lançou o Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê reforço nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Além disso, no início de janeiro de 2025, o governo reinstalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), para ampliar o monitoramento das arboviroses no país.

Brasil registra pior epidemia de dengue da história

Em 2024, o Brasil enfrentou a pior epidemia de dengue já registrada, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes confirmadas pela doença.

Já em 2025, os números continuam preocupantes: até o momento, o Painel de Monitoramento das Arboviroses registra 230.191 casos prováveis, além de 67 mortes confirmadas e 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência atual é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da vacinação e de medidas preventivas, como o combate ao Aedes aegypti, transmissor da doença.

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CORREIO BRAZILIENSE

Análise: negacionismos e perseguição pautam o Conselho de Medicina

Luiz Carlos Azedo

A sanitarista Lígia Bahia é perseguida porque criticou o apoio do CFM ao uso de cloroquina contra a covid-19 e a falta de incentivo à vacinação na pandemia

Disponível na plataforma de streaming Netflix, o filme Joy se baseia na história real da criação da técnica de fertilização in vitro (FIV). A história de Louise Joy Brown, o primeiro bebê concebido por meio da técnica, nascido em 1978, é uma vitória contra o negacionismo. Dirigido por Ben Taylor, o longa mostra uma figura menos conhecida na história: a enfermeira e embriologista Jean Purdy. Interpretada por Thomasin McKenzie, ela se une ao fisiologista Robert Edwards (James Norton) e ao ginecologista Patrick Steptoe (Bill Nighy) na missão de criar a solução para a infertilidade.

Antes do marco histórico de 25 de julho de 1978, casais que enfrentavam dificuldades para conceber naturalmente encontravam poucas soluções eficazes. A jornada iniciou-se em 1969, quando Edwards fertilizou com sucesso um óvulo fora do útero, no Hospital Dr Kershaw's Cottage, em Manchester. Ao lado de Steptoe, eles implantaram embriões em 282 mulheres, mas as gestações não foram bem-sucedidas. Por essa razão, sofreram muitas críticas e quase desistiram. Jean Purdy convenceu os dois cientistas a retomar as pesquisas.

O negacionismo na medicina quase sempre é fruto do status quo social, político e/ou científico. Desde o século XIX, movimentos contrários à vacinação já existiam, mas ganharam força no final do século XX, com a publicação (fraudulenta) do médico britânico Andrew Wakefield, em 1998, que associava a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo. O estudo foi desmentido, porém sua tese, até hoje, alimenta o movimento antivacina global.

A lobotomia promovida pelo neurologista Walter Freeman nos EUA, entre as décadas de 1930 e 1950, como um "tratamento" para doenças mentais, apesar da falta de evidências científicas sobre sua eficácia, causou danos devastadores. Durante décadas, empresas de tabaco financiaram pesquisas para desacreditar as evidências científicas que ligavam o cigarro ao câncer de pulmão e outras doenças.

Entre 1980 e 1990, cientistas como Peter Duesberg argumentaram que o HIV não era a causa da aids, o que influenciou políticas públicas, especialmente na África do Sul. Ainda hoje, grupos alegam que a adição de flúor na água potável causa doenças graves, incluindo câncer e problemas neurológico. A fluoretação reduz cáries e é segura.

Mais recentemente, durante a pandemia da covid-19, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram promovidas como "tratamento precoce", sem base científica. Apesar de estudos demonstrarem sua ineficácia contra o vírus, médicos, políticos e até conselhos médicos, como o CFM (Conselho Federal de Medicina), no Brasil, defenderam seu uso, contribuindo para a desinformação e para a demora na adoção de medidas eficazes.

Caso Ligia Bahia

O negacionismo quase sempre vem acompanhado de perseguições aos cientistas e profissionais de saúde pública que o denunciam, como é o caso do processo judicial movido pelo CFM contra a médica sanitarista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia. O CFM alega que, em uma entrevista concedida ao canal O Conhecimento Liberta, em 2024, Lígia proferiu críticas consideradas ofensivas à entidade, especialmente em relação ao seu posicionamento durante a pandemia da covid-19. A ação judicial solicita uma indenização de R$ 100 mil, retratação pública e a remoção do conteúdo do YouTube.

Lígia Bahia criticou o apoio do CFM ao uso de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19, e a falta de incentivo à vacinação. Ela também questionou a postura do conselho em relação ao aborto legal, especialmente em casos de estupro. A ação movida pelo CFM provocou forte reação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), além de outras entidades, como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

O caso suscita um debate nos meios acadêmicos e científicos sobre o papel das entidades reguladoras em temas que exigem mais excelência científica e menos interesses econômicos e políticos. O CFM tem sido alvo de críticas devido a decisões negacionistas e polêmicas. Durante a pandemia da covid-19, o CFM apoiou a autonomia médica para prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus, como a cloroquina e a ivermectina, um endosso ao chamado "tratamento precoce".

A polêmica Resolução nº 2.378/2024, do CFM, proibia a realização de procedimentos para interrupção da gravidez após 22 semanas de gestação, mesmo nos casos previstos em lei, como em situações de estupro. A medida foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou haver indícios de abuso do poder regulamentar. Outra controvérsia envolveu a plataforma Atesta CFM, criada para a emissão de laudos médicos. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a obrigatoriedade do uso dessa plataforma, por violar a competência da União e criar uma reserva de mercado.

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FOCO NACIONAL

I Fórum de Segurança Institucional do Cremego vai debater a assistência segura e o envolvimento do paciente nos cuidados de saúde

O I Fórum de Segurança Institucional do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) será realizado no dia 15 de fevereiro, sábado, com uma grande missão: debater e trazer reflexões essenciais a médicos e pacientes sobre a segurança do paciente e a importância de ambientes assistenciais seguros.

A segurança do paciente é um dos pilares da qualidade no atendimento médico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que milhões de pessoas no mundo sofrem danos evitáveis durante tratamentos de saúde, como cirurgias.

No Brasil, em 2022, foram registrados 292 mil incidentes envolvendo falhas na assistência à saúde. Os dados são da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente (Sobrasp).

Por traz destes números estão sérios danos e até óbitos de pacientes, sofrimento para famílias e profissionais de saúde e a elevação dos custos sociais e com saúde, por exemplo, em função de longos períodos de internação, de tratamentos adicionais necessários e de sequelas.

Assistência segura

A realidade sobre a segurança do paciente no Brasil e no mundo reforça a necessidade de protocolos rigorosos a serem seguidos pelas instituições e pelos profissionais de saúde e também a importância do envolvimento direto dos pacientes no processo de cuidado.

E o I Fórum de Segurança Institucional do Cremego tem justamente esse objetivo: promover conhecimento e conscientização, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes, destacando boas práticas e estratégias que possam reduzir riscos em hospitais, clínicas e consultórios.

Das 8h às 12h30, o diretor de Fiscalização do Cremego, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e as médicas especialistas Melissa Chueiri Morais  e Mariane Tarabal vão debater o cenário atual da assistência à saúde em Goiás; como diferenciar estabelecimentos de saúde seguros; as metas de segurança e cirurgia segura e de que forma pacientes podem se tornar protagonistas na garantia de sua própria segurança durante atendimentos médicos.

O evento é gratuito, conta com emissão de certificado e está com inscrições abertas pelo link: https://forms.gle/LNz2aZANzNLUohFd9.

Confira a programação:

8h00 – 8h30 | Credenciamento

8h30 – 8h40 | Abertura

8h40 – 9h20 | “Estamos seguros? Qual cenário atual?” – Haikal Yaspers Helou – presidente da Ahpaceg

9h20 – 10h00 | “Hospitais, clínicas, consultórios: como diferenciar estabelecimentos assistenciais de saúde?” – Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro – Diretor de Fiscalização do Cremego

10h00 – 10h20 | Coffee break

10h20 – 11h10 | “Metas de segurança e cirurgia segura” – Melissa Chueiri Morais – Pediatra (SP)

11h10 – 11h50 | “Como traduzir e transmitir para o paciente conceitos básicos de segurança – Paciente como protagonista de seu cuidado” – Mariane Tarabal –Médica da Família e Comunidade (MG)

11h50 – 12h30 | Discussão e encerramento

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SAÚDE BUSINESS

Hospitalar 2025 já tem data marcada e credenciamento aberto

O evento mais esperado do setor de saúde na América Latina acontece dos dias 20 a 23 de maio, no São Paulo EXPO, e reunirá os principais players da saúde em uma edição importante para o setor.

Ao longo de três décadas, a Hospitalar se consolidou como a principal plataforma de negócios para a saúde na América Latina. Em 2025, o evento reforça seu papel de reunir as maiores marcas, tomadores de decisão e especialistas em um ambiente que impulsiona a inovação, amplia conexões e fortalece parcerias estratégicas entre empresas, hospitais, laboratórios, distribuidores, veterinários e startups do setor.

A 30ª edição da Feira Hospitalar reunirá mais de 1.200 marcas expositoras e visitantes de 80 países diferentes nos pavilhões do São Paulo EXPO. O evento contará com uma programação que totalizará 240 horas de conteúdo especializado, abordando temas fundamentais para o setor de saúde.

Conecte-se com as principais inovações

As arenas de conteúdo retornam com uma agenda imperdível! Serão dois espaços focados em temas essenciais para o setor. A Arena de Engenharia Clínica, com curadoria da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin), vai promover debates sobre a evolução da tecnologia e como ela está transformando o mercado da saúde. 

Nascida como plataforma online, a Hospitalar Hub terá novamente nesta edição, a Arena HUB, trazendo mais troca de conhecimento e experiências, além de networking com outros profissionais. Com participação confirmada do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) e do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CBEXS), o espaço é um ponto de encontro essencial para debates estratégicos e apresentação de tendências que impulsionam a gestão e a inovação na saúde.

Vale lembrar que os parceiros do evento promovem encontros online durante todo o ano, mantendo a comunidade de saúde sempre atualizada com as principais novidades do mercado.

Além das já conhecidas arenas de conteúdo, este ano o evento ganha ainda mais força com novos congressos próprios.

Os congressos mais tradicionais, como o Future Digital Health International Congress (FDHIC), o Congresso de Atenção Domiciliar (CAD), o Congresso de Reabilitação, o Congresso de Hotelaria e Facilities e o Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS), continuam com uma programação completa, feita pelos curadores parceiros da Informa Markets LATAM.

As novidades serão quatro novos congressos, que ampliam ainda mais a discussão sobre as diferentes vertentes que o mercado de saúde abrange:

O Congresso de Infraestrutura Hospitalar vai discutir temas essenciais para a área, com uma abordagem focada na prática. O Congresso de Supply Chain, focará na gestão de suprimentos na saúde. O Simpósio de Cuidados Respiratórios trará as últimas inovações nesse campo de atuação e o Summit Veterinário, que vai discutir temas de gestão e liderança no setor veterinário. 

A programação da Hospitalar 2025 também contará com uma agenda exclusiva de conteúdos desenvolvidos pelos parceiros. Cada sessão reunirá especialistas e referências da área para debater temas essenciais da saúde, trazendo discussões aprofundadas, atualizações do mercado e a apresentação de cases de sucesso. 

Entre os parceiros confirmados estão ABIMED, ABRAIDI, ABRAMED, ANSM, CBR, Comitê de Integração da Assistência de Enfermagem do HCFMUSP, Inova HC, Sindhosfil, SOBRACAM e STEMS. 

É a oportunidade ideal para estar por dentro das principais tendências e avanços do setor, ampliando conexões e descobrindo novas soluções para os desafios da área.

Como garantir a minha visitação?  

O credenciamento para a 30ª edição da Feira Hospitalar já está aberto. Os valores variam conforme a data da compra, com vantagens para quem adquirir o ingresso antecipadamente. 

Até 31 de março, a entrada para o evento sai por apenas R$ 80,00. A partir de 1º de abril, o segundo lote estará disponível por R$ 100,00 até 30 de abril. Já o terceiro lote, com valor de R$ 120,00, seguirá até 19 de maio. 

Durante os dias 20/05 a 23/05, os ingressos terão o preço de R$ 180,00 para compras online e R$ 240,00 na bilheteria física do São Paulo EXPO.

Além do ingresso para a feira, os participantes que desejam uma experiência ainda mais completa podem adquirir o ingresso de congressista, garantindo acesso exclusivo a conteúdos aprofundados e discussões com grandes especialistas do setor. 

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MEDICINA S/A

Prêmio iBest destaca maiores influenciadores de saúde no Brasil

A medicina no Brasil está passando por uma transformação, e uma nova geração de influenciadores está na vanguarda dessa mudança. Utilizando suas plataformas digitais para compartilhar conhecimento e práticas de saúde, esses profissionais estão aproximando a medicina de milhões de brasileiros e promovendo hábitos saudáveis. No Prêmio iBest 2024, a categoria Influenciadores de Saúde destaca quem são os maiores responsáveis por essa revolução no campo da saúde.

A premiação utiliza um algoritmo próprio para avaliar a relevância digital de cada iniciativa, com o apoio de uma votação popular e da Academia iBest – definida por um júri de especialistas -, garantindo que os melhores do Brasil sejam reconhecidos por seu impacto nas redes sociais.

Conheça os 3 finalistas pelo voto popular e pela Academia iBest:

Saúde

Voto popular

Ana Beatriz Barbosa | PodPeople: 5.6 M Instagram | 4.11 M Youtube

Fernando Lemos: 1.5 M Instagram | 6.6 M Youtube

Drauzio Varella | Portal Drauzio: 1.4 M Instagram | 3.9 M Youtube

Academia iBest

Ana Beatriz Barbosa | PodPeople: 5.6 M Instagram | 4.11M Youtube

Fernando Lemos: 1.5 M Instagram | 6.6 M Youtube

Christian Aguiar: 875K Instagram | 722K Youtube

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Médico que trabalha em sala de cirurgia com raio-x receberá periculosidade

A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Universidade de São Paulo (USP), responsável pelo Hospital Universitário da USP, a pagar o adicional de periculosidade a um médico anestesiologista que acompanha cirurgias em que se utiliza o aparelho de raio-x conhecido como Arco Cirúrgico (Arco C). De acordo com o colegiado, como permanece habitualmente na sala de cirurgia durante o funcionamento do equipamento, o médico está exposto de forma constante à radiação ionizante e tem direito à parcela.

Manipulação de paciente é feita durante raio-x

Na reclamação trabalhista, o anestesista argumentou que sua exposição à radiação não era eventual, como para diagnóstico (salas de recuperação ou leitos de internação). Segundo ele, o ato anestésico exige manipulação contínua do paciente, de forma dinâmica, e o profissional pode estar recebendo radiação no exato momento de procedimentos cirúrgicos complexos, como cirurgias ortopédicas.

O hospital, por sua vez, alegou que o aparelho do centro cirúrgico era móvel, e apenas o médico responsável por sua operação teria direito ao adicional.

O juízo de primeiro grau deferiu o adicional em grau máximo, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª julgou improcedente a demanda. Para o TRT, o fato de o anestesista não operar o aparelho de raio X descaracteriza a exposição à periculosidade.

O ministro Sergio Pinto Martins, relator do recurso de revista do médico, observou que a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST decidiu, em recurso repetitivo, que não é devido o adicional de periculosidade a quem permanecer de forma habitual, intermitente ou eventual em áreas de risco sem operar o equipamento móvel de raio-X.

Por outro lado, o TST também distingue a situação em que o profissional trabalha com equipamentos do tipo Arco C, que fornece imagens em movimento e em tempo real do interior do corpo, a partir da emissão de raios X.

Em um dos processos, consta que esse tipo de equipamento utilizado em sala de cirurgia não é considerado raio-X móvel nos termos da Portaria 595/2015 do Ministério do Trabalho. A norma não considera perigosa a atividade desenvolvida em áreas em que são utilizados os aparelhos móveis e menciona apenas emergências, centros de tratamento intensivo, salas de recuperação e leitos de internação.

A decisão foi unânime. Processo: RR-1000501-98.2021.5.02.0072

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 10 Fevereiro 2025 06:40

CLIPPING AHPACEG 08 A 10/02/25

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde: Cremesp proíbe entrada de políticos em ambientes privados

Estudo revela novos dados sobre o perfil do Paciente Digital no Brasil

Unimed lança portal com informações de saúde validadas por médicos cooperados

Maternidade Célia Câmara interrompe e retoma atendimento pediátrico no mesmo dia

ANPD investiga dona das farmácias Raia e Drogasil por suspeita de uso indevido dos dados de clientes

Donos de clínica de estética suspeitos de deformar pacientes são soltos após decisão da Justiça

O VALE ONLINE

Saúde: Cremesp proíbe entrada de políticos em ambientes privados

Um parlamentar invade uma unidade de saúde com câmera ligada, filma pacientes e funcionários, entra em salas de atendimento e exige o médico. Esse tipo de situação, segundo Angelo Vattimo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), vem se tornando comum no estado.

A entidade não tem dados estatísticos. Os casos chegam ao conhecimento do conselho por meio da imprensa e das redes sociais.

No último dia 3, em Felício dos Santos (MG), o vereador Wladimir Canuto (Avante) invadiu uma sala restrita da UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade. Um idoso de 93 anos, que passava por um procedimento cardíaco de urgência, morreu durante a ação. Segundo a prefeitura, o vereador entrou no local de maneira "abrupta e injustificada".

A fim de evitar casos como esse, o Cremesp encaminhou uma circular aos responsáveis técnicos dos serviços de saúde com orientações sobre como proceder em caso de invasão de políticos. A entrada dos políticos em áreas privativas da medicina deve ser proibida. A orientação é acionar a Polícia Militar e o Cremesp e registrar um boletim de ocorrência na delegacia.

O conselho forneceu um número de WhatsApp para as denúncias, com plantão 24 horas. Segundo o Cremesp, cabe aos gestores responsáveis informar e capacitar a equipe sobre a legislação e as diretrizes da entidade e preparar os profissionais para lidar de maneira adequada com a abordagem de autoridades municipais e estaduais.

"Nós encaminhamos uma circular com uma orientação sobre como o estabelecimento de saúde deve proceder se houver esse tipo de constrangimento. Temos visto que começou a se avolumar esse tipo de atitude por parte de políticos. Eles entram em ambientes privativos onde pacientes são atendidos, constrangem médicos a título de fiscalização, sem nenhuma rotina ou fluxo operacional", afirma Vattimo.

"É uma ação midiática. A ação fiscalizadora cabe aos conselhos regionais, à Vigilância Sanitária, enfim, a órgãos fiscalizadores do estabelecimento de saúde, da prática e da atuação médica", diz.

Nas redes sociais do Cremesp há relatos de casos recentes em Guarulhos que envolvem um vereador e unidades como Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso, UBS do Parque Alvorada, PA Maria Dirce, Hospital Municipal de Urgências e UBS Vila Barros. Há também relatos de situações de constrangimento em Valinhos e Campinas, no interior paulista, e em São Bernardo do Campo, no ABC.

Em 2024, no Rio de Janeiro, o ex-vereador Gabriel Monteiro foi condenado a um ano de prisão por ter invadido a Coordenação de Emergência Regional do Leblon, na zona sul, durante a pandemia de Covid. Ele entrou no CTI da unidade, numa área restrita para os pacientes com coronavírus, em 26 de março de 2021, sob o pretexto de realizar "vistoria". Segundo a denúncia do Ministério Público, o então vereador chegou ao local acompanhado de assessores "mesmo após a negativa da direção da unidade de saúde, e passou a circular por diversas alas filmando os pacientes e funcionários".

"O político é uma pessoa como qualquer outra. Se todo mundo resolver entrar no meio de um lugar onde você está atendendo o paciente e começar a filmar, não vai dar certo. Não é só no Brasil, em qualquer lugar do mundo você não entra em nenhum hospital dessa forma. Vai entrar a título do quê? O que ele está procurando?", diz Vattimo.

O parlamentar fiscaliza a administração, cuida da aplicação dos recursos e observa o orçamento. Ele detém o poder de fiscalizar os serviços médicos no âmbito administrativo, não técnico.

Em janeiro passado, o CFM (Conselho Federal de Medicina) publicou uma nota oficial com crítica à utilização de visitas de fiscalização a unidades de saúde como ferramentas de autopromoção e sensacionalismo por parte de alguns agentes políticos recém-eleitos.

De acordo com o documento do CFM, os parlamentares podem avaliar se a escala de profissionais está completa e se há insumos necessários ao atendimento. Caso se constate que um médico não está cumprindo suas obrigações no plantão, a denúncia pode ser feita à administração e também ao Conselho Regional de Medicina.

Earle José Fernandes, advogado pós-graduado em direito médico e de saúde, explica que fiscalizar o trabalho de médicos e outros profissionais de saúde com o pretexto de defender o direito de atendimento dos munícipes representa desacato, ameaça e constrangimento ilegal, além de apontar para abuso de autoridade, mesmo com a alegação de estar praticando o ato por ser fiscal da lei.

"É um ato de autopromoção que expõe os profissionais ao ridículo. Cabe aos afetados [registrar] um boletim de ocorrência e um pedido de indenização por danos morais", diz o advogado.

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MEDICINA S/A

Estudo revela novos dados sobre o perfil do Paciente Digital no Brasil

As mulheres ainda são as que mais usam plataformas digitais para agendar serviços de saúde, mas os homens vêm utilizando cada vez mais o serviço: de 24% (2018) para 37% (2024). Em paralelo, o acesso às plataformas pelo desktop vem diminuindo, enquanto via tablet vem aumentando e o celular reina absoluto: 84%. Nesse contexto, as cinco especialidades mais buscadas são Ginecologia e Obstetrícia (12%), Psiquiatria (9%), Dermatologia (8%), Ortopedia (7%) e Psicologia (7%). Esses são apenas alguns dados da 6ª edição do Perfil do Paciente Digital, que acaba de ser lançado pela Doctoralia, plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil. O relatório, feito a partir dos dados gerados pelos mais de 20 milhões de usuários únicos/mês em 2024, busca traçar um panorama sobre as preferências e expectativas dos pacientes brasileiros em relação aos serviços de saúde.

"Conhecer o perfil do paciente digital é essencial para oferecer atendimentos mais personalizados e otimizar a gestão de consultórios e clínicas. De 2023 para 2024, houve um aumento de 53% nos agendamentos de consultas via Telemedicina. Além disso, uma pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha e patrocinada pela farmacêutica Abbvie no final de 2022, apontou o Google como o principal meio utilizado pelos brasileiros para tirar dúvidas sobre saúde. Essa informação confirma a mudança significativa que vem ocorrendo nos hábitos de saúde, impulsionada pela crescente digitalização da sociedade", afirma José Maurício Orsolini, COO da Doctoralia. Para o executivo, esse consumidor resolve tudo online, pelo celular, buscando comodidade, praticidade e segurança validadas por outras pessoas.

O levantamento traz uma análise sobre o uso da telemedicina pelos pacientes. As especialidades de saúde mental, Psiquiatria e Psicologia, representaram 82% dos agendamentos de teleconsulta em 2024 na Doctoralia versus 79% no ano anterior.

Comportamento do Paciente Digital

O estudo apresenta insights interessantes sobre o comportamento dos pacientes: 13% preferem agendar consultas médicas aos finais de semana e 33% dos agendamentos são realizados fora do horário comercial, antes das 9h e depois das 18h. Isso demonstra uma demanda crescente por profissionais que tenham agenda online disponível para que os pacientes possam fazer o agendamento em horas alternativas em qualquer dia da semana.

Já com relação ao mês, janeiro costuma ser o mais procurado para consultas médicas, enquanto dezembro é o com menos agendamentos: 236 mil em 2024 frente a 164 mil em 2023. O relatório aponta também as cidades com maior concentração de usuários: São Paulo (37,3%), Rio de Janeiro (17,8%), Belo Horizonte (7,8%), Curitiba (7,5%) e Brasília (6,1%) são as cinco primeiras.

"O estudo mostra também os critérios usados pelos pacientes para agendamento de consultas, como o número de opiniões no perfil e localização do consultório. Além disso, os usuários analisam o conteúdo do perfil, principalmente as fotos, a presença nas redes sociais, os horários disponíveis e a localização", comenta o COO.

Para Orsolini, o estudo traz dados valiosos para ajudar profissionais da saúde a criar serviços alinhados às necessidades dos pacientes. "Espero que essas informações sejam úteis para aprimorar o atendimento e tornar a experiência em saúde mais eficiente e humanizada. Afinal, compreender as preferências do paciente é um grande diferencial para melhorar sua experiência, fortalecer a fidelização, reduzir conflitos e destacar o profissional no mercado", completa.

Em 2024, a Doctoralia contabilizou mais de 255 milhões de visitantes em seu site e mais de 9,5 milhões de agendamentos de consultas por mês. Além disso, a healthtech disponibiliza mais de 970 mil respostas no Pergunte ao Especialista, serviço em que os pacientes podem tirar suas dúvidas com profissionais, tendo acesso a uma fonte de informação segura e gratuita sobre saúde na internet.

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Unimed lança portal com informações de saúde validadas por médicos cooperados

Em um cenário repleto de informações sobre saúde, nem sempre baseadas em evidências, a Unimed do Brasil lançou o novo portal Viver Bem, uma plataforma digital que se diferencia ao oferecer conteúdos validados por médicos das cooperativas do Sistema Unimed. O objetivo é fornecer à população informações seguras e acessíveis sobre qualidade de vida, bem-estar e prevenção, reforçando a autoridade da marca no setor.

Com um design interativo e navegação intuitiva, o portal reúne materiais que vão desde dicas de saúde e hábitos preventivos até orientações embasadas cientificamente.

“O novo Viver Bem não é apenas um portal, é um movimento para transformar a saúde no Brasil. Queremos que as pessoas tenham acesso a informações seguras e cientificamente embasadas, que possam ser aplicadas no dia a dia. É a Unimed levando sua autoridade em saúde e vocação para o cuidado para o ambiente digital”, afirma Omar Abujamra Junior, presidente da Unimed do Brasil.

Uma das novidades do portal é a editoria especial dedicada ao programa Mude1Hábito, iniciativa da Unimed do Brasil voltada à promoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e cuidados preventivos. A ação já impactou milhões de brasileiros por meio de campanhas de conscientização, eventos esportivos e orientações profissionais.

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JORNAL OPÇÃO

Maternidade Célia Câmara interrompe e retoma atendimento pediátrico no mesmo dia

Suspensão ocorreu porque a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) não conseguiu médicos para cobrir a escala de plantão, após a troca da empresa prestadora de serviços

A crise na saúde pública de Goiânia gerou mais um episódio de instabilidade neste domingo, 9. O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) interrompeu os serviços de pediatria devido à falta de médicos, mas, após negociações, o atendimento foi retomado ainda no mesmo dia, às 19h.

A suspensão ocorreu porque a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) não conseguiu médicos para cobrir a escala de plantão, após a troca da empresa prestadora de serviços. O problema refletiu a crise no financiamento da saúde pública da capital, que enfrenta atrasos nos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atendimento restabelecido após reunião

Após uma reunião emergencial entre a empresa contratada e a Fundahc/UFG, o serviço foi normalizado. Segundo a fundação, as equipes estão empenhadas em manter o atendimento de excelência aos bebês nascidos na unidade e aos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e de Cuidados Intermediários (UCIN).

Apesar da retomada dos atendimentos, a crise na saúde pública de Goiânia continua. As maternidades geridas pela Fundahc são responsáveis por 60% dos partos da capital e vêm enfrentando dificuldades desde o ano passado, quando a Prefeitura reduziu os repasses financeiros. Mesmo com a retomada de pagamentos na gestão de Sandro Mabel (UB), os valores atrasados ainda comprometem a manutenção dos serviços essenciais.

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ANPD investiga dona das farmácias Raia e Drogasil por suspeita de uso indevido dos dados de clientes

A ANPD determina que clientes do Programa de Benefício de Medicamentos tenham uma forma alternativa de verificar a identidade, além da biometria

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deve investigar a rede de drogarias RD Saúde (novo nome da RaiaDrograsil) por suspeita de infringir a Lei Geral de Proteção de Dados. A ANPD determina que clientes do Programa de Benefício de Medicamentos tenham uma forma alternativa de verificar a identidade, além da biometria.

Além disso, a empresa deverá facilitar o acesso dos clientes a informações sobre o tempo de armazenamento dos seus dados pessoais e apresentar à ANPD uma série de informações e documentos, especialmente sobre como os dados pessoais sensíveis são usados para criar perfis e sobre o compartilhamento de dados com a empresa de anúncios Rd Ads, do mesmo grupo.

Serão investigadas possíveis infrações da empresa à Lei Geral de Proteção de Dados. A empresa teria formado perfis comportamentais a partir de dados pessoais sensíveis, com o fim de ofertar publicidade direcionada e obter vantagem econômica.

De acordo com a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) a medida determina a reavaliação da hipótese legal para o tratamento de dados e a adequação das informações relativas à privacidade e proteção de dados, e o exercício de direitos do titular em seu site, de modo a facilitar o exercício pelo usuário.

“As medidas preventivas aplicadas não são sanções e sim uma determinação expressa da fiscalização da ANPD, indicando as ações que as empresas fiscalizadas devem adotar para corrigir os problemas identificados. O não cumprimento dessas medidas, contudo, pode resultar na abertura de um processo sancionador e no agravamento das sanções eventualmente aplicadas”, afirmou o Coordenador-Geral de Fiscalização, Fabrício Lopes.

Em nota, a RD Saúde afirmou que “estão em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Todas as informações são protegidas por um sistema seguro e a identificação pessoal é uma opção do cliente. A empresa permanece à disposição para os esclarecimentos que a agência considerar necessários.”

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PORTAL G1

Donos de clínica de estética suspeitos de deformar pacientes são soltos após decisão da Justiça

Karine Gouveia e Paulo César Dias estavam presos desde o dia 18 de dezembro. Mais de 70 pacientes procuraram a polícia para denunciar lesões após os procedimentos.

Karine Gouveia e o marido, Paulo César Dias, suspeitos de deformar paciente após procedimentos estéticos, foram soltos após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. Eles estavam presos desde 18 de dezembro. A defesa reforçou que a prisão era ilegal e desnecessária.

Na decisão publicada na sexta-feira (7), a ministra Daniela Teixeira pontuou manter o casal preso era “desproporcional” e citou que outros investigados já foram soltos. A sentença atendeu o pedido da defesa, que alegou que Karine e Paulo não poderiam mais atrapalhar as investigações e também são pais de uma criança de 7 anos, que inclusive sofreu um acidente grave de carro e precisou passar por cirurgia.

A ministra determinou ainda um série de restrições aos investigados, como proibição de deixar o país, de acessar o local onde funcionava a clínica de estética deles e de manter contato com funcionários e vítimas.

Também ficou proibida a atuação profissional na área de estética e divulgar qualquer tipo de procedimentos em redes sociais.

A Diretoria-Geral de Polícia Penal confirmou que o casal já deixou o presídio.

Apurações

O delegado Daniel Oliveira informou que a investigação começou em abril de 2024, após a primeira denúncia de uma paciente. Dezenas de pessoas já procuraram a polícia para relatar sequelas e erros ocorridos na Clínica Karine Gouveia. Entre os casos graves, há o de uma vítima que precisou ser intubada após sofrer necrose no nariz.

"Há vítimas que estão na fila do SUS para reparar os erros desses procedimentos. Além dessas lesões, que elas sofriam, a gente identificou que a presença de substâncias como PMMA e silicone, em procedimentos que só poderiam ser realizados por médicos cirurgiões plásticos", afirmou o delegado.

A dona da clínica não tem formação na área da saúde e o marido cuidava da parte administrativa do negócio. A polícia informou que a clínica atraía clientes com preços abaixo do mercado, por meio de um forte trabalho nas redes sociais, que contava até com a colaboração de famosos.

A polícia informou que os procedimentos eram realizados em condições inadequadas. Os profissionais não possuíam a habilitação necessária para o manejo das substâncias utilizadas, e as instalações da clínica apresentavam problemas, como a falta de esterilização e o uso de bisturis cegos.

As duas unidades da clínica, em Goiânia e Anápolis, foram fechadas pela Vigilância Sanitária em dezembro de 2024.

Vítimas relatam problemas após procedimentos na clínica de Karine Gouveia

Nota da defesa de Karine Gouveia e Paulo Gonçalves

O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a ilegalidade das prisões da Karine Gouveia e do Paulo César Dias Gonçalves. Na decisão, a ministra Daniela Teixeira afirmou: ”Logo, considerando os elementos individualizados do caso concreto sob julgamento, revela-se desproporcional e injustificada a manutenção da prisão cautelar dos recorrentes. Pelo exposto, reconsidero a decisão proferida e concedo a ordem para determinar a revogação da prisão cautelar.”

O advogado de Karine Gouveia, Romero Ferraz Filho e os advogados de Paulo César, Tito Souza do Amaral e Caio Victor Lopes Tito, em que pese o profundo respeito que têm pelas instituições, no exercício da atividade de advocacia, sempre apontaram com vigor a ilegalidade da prisão temporária que seus clientes foram submetidos. Essa prisão nunca foi necessária.

Desde o início da operação, foram denunciadas várias ilegalidades na investigação, a qual, inclusive, nunca foi apresentada ao Poder Judiciário para controle de legalidade. A metodologia abusiva da Autoridade Policial nos vazamentos seletivos diários de documentos sigilosos, promovendo o repudiado julgamento pela mídia, manteve uma prisão absolutamente ilegal que foi utilizada para extrair confissões forçadas de investigados. Se manifestava pela soltura apenas se “contribuísse” com as investigações. Nada mais absurdo e inconstitucional.

As defesas sempre acreditaram na Justiça e que de fato a ilegalidade da prisão, sustentada desde o início, seria reconhecida. A decisão do STJ deixa claro que não é possível a prisão para extrair confissões, em clara violação aos direitos fundamentais. Não têm dúvidas de que a Karine e o Paulo César, com a liberdade restabelecida, poderão esclarecer todos os fatos ao Poder Judiciário, que, inclusive, deverá enfrentar todas as ilegalidades praticadas no âmbito da investigação que já foram denunciadas.

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Assessoria de Comunicação

CARD SEGURANÇA DO PACIENTE FORUM CREMEGO

 

O I Fórum de Segurança Institucional do Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) será realizado no dia 15 de fevereiro, sábado, com uma grande missão: debater e trazer reflexões essenciais a médicos e pacientes sobre a segurança do paciente e a importância de ambientes assistenciais seguros.

A segurança do paciente é um dos pilares da qualidade no atendimento médico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que milhões de pessoas no mundo sofrem danos evitáveis durante tratamentos de saúde, como cirurgias.

No Brasil, em 2022, foram registrados 292 mil incidentes envolvendo falhas na assistência à saúde. Os dados são da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e da Segurança do Paciente (Sobrasp).

Por traz destes números estão sérios danos e até óbitos de pacientes, sofrimento para famílias e profissionais de saúde e a elevação dos custos sociais e com saúde, por exemplo, em função de longos períodos de internação, de tratamentos adicionais necessários e de sequelas.

Assistência segura

A realidade sobre a segurança do paciente no Brasil e no mundo reforça a necessidade de protocolos rigorosos a serem seguidos pelas instituições e pelos profissionais de saúde e também a importância do envolvimento direto dos pacientes no processo de cuidado.

E o I Fórum de Segurança Institucional do Cremego tem justamente esse objetivo: promover conhecimento e conscientização, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes, destacando boas práticas e estratégias que possam reduzir riscos em hospitais, clínicas e consultórios.

Das 8h às 12h30, o diretor de Fiscalização do Cremego, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e as médicas especialistas Melissa Chueiri Morais e Mariane Tarabal vão debater o cenário atual da assistência à saúde em Goiás; como diferenciar estabelecimentos de saúde seguros; as metas de segurança e cirurgia segura e de que forma pacientes podem se tornar protagonistas na garantia de sua própria segurança durante atendimentos médicos.

O evento é gratuito, conta com emissão de certificado e está com inscrições abertas pelo link: https://forms.gle/LNz2aZANzNLUohFd9.

Confira a programação:

8h00 – 8h30 | Credenciamento

8h30 – 8h40 | Abertura

8h40 – 9h20 | “Estamos seguros? Qual cenário atual?” – Haikal Yaspers Helou – presidente da Ahpaceg

9h20 – 10h00 | “Hospitais, clínicas, consultórios: como diferenciar estabelecimentos assistenciais de saúde?” – Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro – Diretor de Fiscalização do Cremego

10h00 – 10h20 | Coffee break

10h20 – 11h10 | “Metas de segurança e cirurgia segura” – Melissa Chueiri Morais – Pediatra (SP)

11h10 – 11h50 | “Como traduzir e transmitir para o paciente conceitos básicos de segurança – Paciente como protagonista de seu cuidado” – Mariane Tarabal –Médica da Família e Comunidade (MG)

11h50 – 12h30 | Discussão e encerramento

 

[fonte: Cremego]

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