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Segunda, 24 Janeiro 2022 11:08

CLIPPING AHPACEG 22 A 24/01/22

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação

Nota em favor do 'kit covid' vira alvo de parlamentares e de cientistas

Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre

Nova fase da campanha 'Vacina Sim' incentiva a imunização de crianças

Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus

Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h

Opinião - Natalia Pasternak - Efeitos adversos em vacinas

Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos

Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados

Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios

Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe - e o que dizem especialistas

Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19

Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol

Casos de Covid aumentam no TO e várias pessoas ainda não completaram o esquema vacinal

AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra mais de 84 mil casos de covid-19 nas últimas 24 horas

O Brasil registrou 166 novas mortes pela covid-19 neste domingo (23/1). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 292, mantendo tendência de crescimento pelo 12° dia consecutivo.

O número de novas infecções notificadas foi de 84.230. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 148.212 - recorde batido a cada dia, desde o dia 18 de janeiro. No total, o Brasil soma 623.145 mortos e 24.044.437 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20 horas.

Segundo os números do governo, 21,8 milhões de pessoas se recuperaram da doença desde o início da pandemia. São Paulo teve 52 mortes e 4.992 novos casos nas últimas 24h. A maior quantidade de testes positivos para o coronavírus no período veio do Minas Gerais, que notificou mais de 15 mil novas infecções.

Amapá e Roraima não registraram vítimas fatais da doença neste domingo. Tocantins e o Distrito Federal não atualizaram os dados. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. 

A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Dados do Ministério
O Ministério da Saúde informou que foram registrados 135.080 novos casos e 269 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 24.044.255 pessoas infectadas e 623.097 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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Vacinação contra covid para crianças é alvo de desinformação

É FALSO

Após o início da vacinação infantil contra a covid-19, WhatsApp e redes sociais se encheram de conteúdos falsos que relacionam os imunizantes a reações adversas graves. Um exemplo em especial viralizou impulsionado por políticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) - o caso de uma menina de 10 anos, de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardiorrespiratória após se vacinar na última terça-feira.

No mesmo dia, grupos antivacina passaram a espalhar que a culpa era do imunizante, mesmo que ainda não houvesse diagnóstico. Na quinta-feira, a Secretaria da Saúde de São Paulo informou que uma investigação conduzida por dez especialistas descartou relação com a vacina - a criança, na realidade, tem uma doença congênita que era desconhecida pela família.

Ainda assim, Bolsonaro continuou a repercutir o caso - no sábado, voltou a levantar dúvidas sobre o imunizante ao falar da conversa telefônica que teve como pai da menina. Os ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), foram visitar a família da criança na quinta-feira e intermediaram a ligação do presidente. Nos tuítes que fez sobre a viagem, Damares não citou que a relação com a vacina já fora descartada. Também na quinta, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) postou que a investigação sobre o caso da menina foi feita 'em tempo recorde' e pediu a suspensão da vacinação.

O imunizante infantil contra a covid-19 foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e órgãos semelhantes de vários países, que ratificaram a segurança e a eficácia do produto. Não foram registrados eventos adversos graves durante os testes. Anvisa e Ministério da Saúde mantém monitoramento constante sobre notificações de possíveis reações, que são investigadas por equipes de vigilância.

É FALSO 

Ministros não são isentos de se vacinar Vídeo que circula no WhatsApp diz que uma resolução isenta ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deputados e senadores de se vacinar. Mas a resolução não existe. STF e Câmara exigem certificado de vacinação ou teste para entrada no prédio. 

 

É FALSO 

Alta na gasolina não é culpa de dívida Circula no Facebook um texto que afirma que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, teria dito que o combustível está caro por causa de uma dívida de US$ 880 bilhões com o governo americano. A estatal negou que ele tenha dito isso. 

 

É ENGANOSO 

Rede não impede posts pró-governo Em postagem no TikTok, um homem reclama que não consegue publicar um vídeo a favor de Bolsonaro. Mas isso não é verdade. O autor do vídeo tentava —compartilhar uma publicação com visualização restrita apenas a amigos. 

 

É ENGANOSO 

Vídeo de projeto na Dutra é antigo Viralizou no Facebook um vídeo que apresenta um novo traçado para o trecho da BR-116 na Serra das Araras. Mas o projeto é de 2016 e não chegou a sair do papel. A empresa CCR informou que o projeto não deve ser aplicado como nas imagens. 

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Nota em favor do 'kit covid' vira alvo de parlamentares e de cientistas

A Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de Covid-19 deve convidar o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, para prestar esclarecimentos sobre a nota técnica da pasta que atribui eficácia à hidroxicloroqui-na e diz ainda que as vacinas não têm a mesma efetividade contra a covid, na contramão de estudos em todo mundo.

O documento assinado por Angotti barra as diretrizes que contraindicavam o 'kit covid' no tratamento ambulatorial e hospitalar da doença, aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema de Saúde.

O vice-presidente da frente e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já havia apresentado um pedido para criação de nova CPI da pandemia. Neste sábado, Randolfe contabilizava 11 assinaturas, das 27 necessárias, a maioria da frente.

MANIFESTO ONLINE. Mais de 40 mil professores, pesquisadores e profissionais da saúde já assinam carta de repúdio à nota técnica. Ela foi redigida primeiramente pelo patologista Paulo Saldiva. Ao Estadão,ele contou que outras cinco profissionais ajudaram na redação: a infectologista Anna Sara Levin, a patologista Mari-sa Dolhnikoff, a endocrinolo-gista Berenice Mendonça, a fi-siatra Linamara Batistella e a pediatra Sandra Grisi. A carta afirma que ao publicar o documento, a Saúde 'transgride não somente os princípios da boa ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde'.

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FOLHA DE S.PAULO

Doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, crescem no país e atingem mais a população pobre

SÃO PAULO Se o Ministério da Saúde falha categoricamente em monitorar uma epidemia aguda como cada Covid-19 que nos mata aos montes a olho nu, imagine só, caro leitor, a quantas anda a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis no país.

Como alerta a OMS (Organização Mundial de Saúde), essas condições, a despeito de evoluírem insidiosamente, são responsáveis por nada menos do que 71% dos óbitos globais, podendo chegar a 85% nos países não desenvolvidos.

Sem a vigilância adequada das doenças e seus determinantes -o que envolve coleta de dados e análises técnicas sistemáticas- não se podem implementar políticas públicas preventivas baseadas em evidência.

Chama-se Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas) o nosso principal estudo de abrangência nacional que monitora anualmente a prevalência de condições crônicas e seus fatores de risco.

Como a divulgação dos resultados do Vigitel 2020 atrasou (assim como a conclusão da pesquisa de 2021), pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) debruçaram-se sobre os dados disponíveis e publicaram uma breve nota técnica para balizar políticas públicas.

Em dezembro de 2021, finalmente o Ministério da Saúde divulgou o relatório completo.

Com base em ambos os documentos, faço um apanhado dos principais resultados, que, adianto, não são nada animadores.

Em 2020, 16 capitais apresentaram prevalência de obesidade acima de 20%. Há dez anos, nenhuma delas superava essa marca.

Manaus, Cuiabá e São Paulo lideramo ranking, com cerca de 25% de obesos. A proporção de pessoas com hipertensão arterial e diabetes do tipo 2 -ambas associadas com o excesso de peso corporal- manteve-se estável na série histórica, com cerca de 25% ? 7%, respectivamente.

Em cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro, três em cada dez pessoas reportaram ser hipertensos; ao lado de Maceió, a capital fluminense também encabeça o ranking de diabetes, com 11% da população acometida.

Há um pequeno punhado de fatores de risco que predispõem às doenças crônicas: tabagismo, inatividade física, abuso de álcool e alimentação inadequada. E no quesito hábito de vida, também caminhamos mal.

Na comparação entre 2019 e 2020, portanto dos períodos pré e pós-pandemia de Covid-19, com exceção do tabagismo, praticamente todos os fatores de risco comportamentais se deterioraram, ainda que discretamente.

A inatividade física avançou de 14% para 15% (considerado o critério da OMS de 150 minutos semanais de atividades moderadas a vigorosas, o incremento foi de 45% para 47% da população).

O consumo excessivo de álcool saltou de 19% para 21%. O consumo de ultra processados -os alimentos de mentira- também cresceu. Destaque para Porto Alegre, onde cerca de dois a cada dez habitantes relataram consumir cinco ou mais grupos desse tipo de alimento diariamente.

Esses dados do Vigitel 2020 reforçam as conclusões de estudos internacionais e nacionais feitos na pandemia.

Entre eles, um de nosso grupo da Universidade de São Paulo, que apontara importantes mudanças nos comportamentos alimentares da família brasileira, como o aumento do hábito de 'beliscar' alimentos ultra processados entre as refeições e a maior demanda por serviços de entrega de fast foods.

A tendência de agravamento da inatividade física identificada pelo inquérito brasileiro também é global, provavelmente como consequência do uso mais frequente de telas para o trabalho, estudo e lazer, bem como das necessárias medidas de restrição de circulação por conta da Covid.

O dado mais preocupante do inquérito refere-se à associação entre determinantes sociais e a prevalência de doenças e fatores de risco. Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados.

O grupo com menor escolaridade também apresentou piores taxas de obesidade, inatividade física, consumo de frutas e tabagismo.

Se não bastasse ter de passar a conviver com a insegurança alimentar, que atingiu a obscena marca de 55% dos]lares brasileiros em 2020, o pobre também trava luta contra a obesidade e suas mazelas.

O cenário que se descortina é característico de uma sindemia -a sobreposição de várias pandemias (Covid-19, obesidade, doenças crônicas, etc. ) que sobrecarregam sistemas de saúde e golpeiam com mais intensidade pessoas dos andares de baixo.

Enquanto gestores públicos mundo afora se mobilizam para ampliar o guarda-chuva de proteção dos vulneráveis contra a tormenta que se avizinha, por essas bandas, o Congresso Nacional aprovou a proposta de gastos encaminhada pelo Ministério da Saúde mais enxuta em relação ao orçamento total da última década, o que certamente minará a já combali da capacidade de resposta do SUS (Sistema Único de Saúde).

Como se pode antecipar, sofrerá primariamente o pobre, alimentando assim a lista ímpar de iniquidades que somente este país é capaz de produzir.

Entre as pessoas menos escolarizadas, as prevalências de hipertensão e diabetes foram mais de duas vezes maiores do que as observadas entre os mais escolarizados

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Nova fase da campanha 'Vacina Sim' incentiva a imunização de crianças

SÃO PAULO - O consórcio de veículos de imprensa -formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1, TV Globo, GloboNews e Extra- lançou neste domingo (23) a quinta fase da campanha 'Vacina Sim''.

O objetivo desta etapa é incentivar a imunização de crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que começou a ser vacinada no Brasil no último dia 144, quando o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, 8, foi o primeiro a receber uma dose do fármaco.

Na atual fase da campanha, um especialista foi convidado para sanar as dúvidas dos pequenos: o tio Drauzio, também conhecido como dr. Drauzio Varella, médico e colunista da Folha.

Nos vídeos que serão veiculados, cerca de 20 crianças perguntam se a vacina dói, se coça, se pode ter febre ou, então, como ela age no corpo -dúvidas semelhantes às de adultos.

A conversa foi diferente por causa do público-alvo? 'Eu acho que não existe uma linguagem para criança. Procuro responder como estou acostumado a falar, mas tentando adaptar com uma linguagem mais simples, mais fácil', afirma Drauzio.

Recentemente, a Folha conversou com crianças a respeito da ansiedade de se imunizar contra a Covid. Alguns falaram sobre a vontade de rever e abraçar amigos e parentes que estão em grupos de risco, assim como ir ao cinema ou viajar.

Além de crianças anônimas, alguns atores mirins também fizeram perguntas para o tio Drauzio. É o caso de Gabriel Miller, o Mig do sitcom 'Bugados', da Gloob, o canal infantil da Globo. Ele diz estar feliz de participar da campanha e assim inspirar outras pessoas a se protegerem contra a Covid.

'É uma missão muito séria e todo mundo precisa colaborar e fazer a sua parte para podermos voltar à escola, rever os amigos, brincar e nos abraçarmos muito. Chegou a nossa hora e, como diria o Mig de Bugados, hoje é o melhor dia da minha vida!'

A imunização infantil, porém, vem sofrendo ataques do governo de Jair Bolsonaro (PL), que, sem provas, lança dúvidas sobre a segurança das vacinas.

O presidente disse que sua filha de 1 anos não será vacinada contra a Covid.

Inicialmente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a sua pasta recomendaria a vacinação desde que houvesse a exigência de prescrição médica, o que foi rejeitado em consulta pública.

Em recente pesquisa Datafolha, 79% dos brasileiros com 16 anos ou mais disseram ser favoráveis à imunização de crianças de 5 a 11 anos. Outros 17% afirmaram ser contra, e 4% declararam não saber opinar.

Os pequenos da campanha 'Vacina Sim', no entanto, não estão preocupados com o debate político envolvendo os fármacos, e sim com os seus efeitos no corpo. 'Parece que essas crianças [da campanha] não foram contaminadas pela discussão política que cerca as vacinas no Brasil neste momento', diz Drauzio.

No Brasil, há dois imunizantes autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as crianças: a Pfizer, liberada em dezembro para quem tem a partir de 5 anos; e a Coronavac, que recebeu aval na última quinta (20) para quem tem a partir de 6 anos.

Iniciativa inédita, o consórcio de veículos de imprensa foi criado em junho de 2020 para acompanhar e divulgar os números da Covid-19 depois que Ministério da Saúde tirou dados do ar e ameaçou sonegar informações sobre a situação da pandemia.

Desde então, os veículos se reuniram para divulgar balanços diários de casos e mortes pela Covid. Com o início da vacinação, em janeiro de 2021, o consórcio passou a divulgar também dados de imunizados. As informações são coletadas diariamente de secretarias estaduais de saúde pelas equipes dos veículos.

Em janeiro do ano passado, o consórcio criou a campanha 'Vacina Sim'', para conscientizar a população sobre a importância de se vacinar contra a Covid-19.

Na segunda etapa da campanha, em fevereiro, jornalistas e personalidades ligadas aos veículos do consórcio se reuniram para incentivar a vacinação. A campanha juntou os colunistas da Folha Juca Kfouri, Luiz Felipe Pondé e Djamila Ribeiro aos atores Lázaro Ramos e Fernanda Montenegro, entre outros.

A terceira fase, em abril, teve como objetivo incentivar a população brasileira a continuar tomando os cuidados necessários -como uso de máscaras e distanciamento social- durante o avanço da vacinação.

A quarta etapa, em setembro, buscou conscientizara população sobre a importância de completar a imunização. Ela foi direcionada ao público jovem, que ainda não havia tomado a primeira dose, e também àqueles que estavam parcialmente imunizados.

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Crianças até 4 anos são mais vulneráveis ao coronavírus

Brasil registra quase quatro vezes mais mortes por Covid na faixa de O a 4 anos em comparação à de 5 a 11

BRASÍLIA - Crianças de 0 a 4 anos são mais vulneráveis ao novo coronavírus do que o público infantil de 5 a 11, faixa etária que entrou no plano nacional de vacinação contra a Covid.

Oficialmente, o Brasil registrou 1. 544 mortes de crianças de o a 11 anos por Covid desde o início da pandemia. Do total, 324 delas tinham de 5 a 11. Entre o e 4, o número de óbitos alcançou 1. 220, o que representa quase quatro vezes mais ocorrências que na faixa acima de 5 anos.

Em 2021, segundo o IBGE, havia no país 14, 7 milhões de crianças de o a 4 anos e 20, 5 milhões de 5 a 11 anos.

Levantamento da organização Vital Strategies avalia ainda que há subnotificação de dados e projeta a omissão de 2. 537 mortes. Isso porque, como não há um diagnóstico do motivo da morte em alguns casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), os óbitos entram nas estatísticas como SRAG por causa não especificada.

Com isso, o total estimado pode chegar a 4. 081 mortes de crianças por Covid. Os números chegariam então a 3. 249, de 0 a 4 anos, e 832, de 5 a 11.

Questionado sobre subnotificações e as estimativas da Vital Strategies, o Ministério da Saúde não se manifestou.

A médica epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies Fatima Marinho disseque a falta de diagnóstico é consequência de diversos fatores, como baixa testagem, colapso no sistema de saúde e acesso desigual à assistência.

A SRAG é uma condição que pode ser causada tanto pela Covid quanto por outros vírus respiratórios, como o HIN1, agente infeccioso da Influenza A (gripe). Os dados foram coletados no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), do Ministério da Saúde.

Marinho disse que êam chegar a essa projeção foi feita a redistribuição de óbitos de SRAG não especificados considerando a série histórica de anos anteriores à pandemia - mo caso 2018 e 2019.

O número excedente foi reclassificado como Covid e por outros vírus respiratórios, como o da Influenza. Houve explosão de casos de mortes não especificadas por SRAG em 2020 e 2021, o que aponta a preponderância da Covid.

'As crianças têm menor diagnóstico de Covid por causa da clínica diferente [sintomas]. Muitas vezes o sintoma de Covid nas crianças é a diarreia, dor abdominal, tosse, não tendo muitas vezes alguns sintomas clássicos como febre, falta de ar. Em paralelo há a baixa testagem que contribui para a não identificação da Covid', disse Marinho.

Recentemente mais impactadas pela Covid, as crianças de 0 a 4 anos continuam mais vulneráveis porque ainda não podem ser imunizadas.

No Brasil, dois imunizantes foram aprovados para crianças pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o da Pfizer, para maiores de 5 anos, e a Coronavac, para maiores de 6.

Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), diz que a maior mortalidade em crianças com menos de 5 anos também foi registrada em outros países. Nessa faixa etária, o sistema imunológico é mais imaturo e não responde às infecções como os mais velhos.

'As crianças nessa faixa etária vão continuar mais vulneráveis. Por causa disso, quem já pode, deve tomar a vacina para ajudar a reduzir a circulação do vírus', afirmou.

A dona de casa Adriana de Godoy Zaniolo, 41, teve seu terceiro filho durante a pandemia em Rio Claro, no interior paulista, no início da campanha de vacinação da Covid no Brasil. Com isso, ela não havia ainda sido imunizada.

Nas primeiras horas de vida de Matheus, em 10 de março de 2021, ele foi transferido para a UTI, com a oxigenação baixa. No terceiro dia de internação, foi identificado que ele estava com Covid.

A partir desse momento, os médicos isolaram o bebê e pediram para Adriana também fazer um teste, que deu positivo. No dia seguinte, Matheus morreu.

'Parece que ainda não caiu a ficha. Tudo pronto esperando meu filho, nasceu tão per feito e do nada o mundo desaba. Cada vez que nós íamos à UTI o médico não tinha um diagnóstico', disse Adriana.

Flávia Bravo, diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) disse acreditar que as vacinas contra Covid não devem demorar a chegar para faixas etárias abaixo de 5 anos.

O pedido do Instituto Butantan à Anvisa era para usar as doses em crianças a partir de 3 anos. Mas a agência entendeu que não existem dados suficientes para autorizar a vacinação até essa idade.

O instituto agora aguarda resultados da pesquisa do Chile com crianças de 3 a 5 anos para encaminhá-los à agência reguladora. A previsão é que ocorra ainda neste ano.

Em entrevista à Folha, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, disse que a farmacêutica pretende apresentar à Anvisa ainda neste ano o pedido de autorização de uso da vacina da Covid em crianças de 6 meses a 5 anos.

O Ministério da Saúde prevê em contrato com a Pfizer a possibilidade de adquirir doses para crianças de o a 4 anos caso a vacina seja aprovada pela agência reguladora.

As subnotificações também ocorrem com as internações.

Dados do Ministério da Saúde apontam 18. 326 internações no público de o a 4 anos e 6. 802 em crianças de 5 a 11.

Entretanto, o Brasil já pode ter atingido 92. 837 internações em crianças de 0 a 4 anos e 39. 584 em crianças de 5 a 11.

Marinho, da Vital Strategies, afirmou que uma política de testagem eficaz é imprescindível para controlar os casos em crianças. Porém, quase dois anos após a pandemia, ainda não há uma estratégia consolidada quanto ao tema.

A médica diz que as crianças que não poderão tomar a vacina continuarão vulneráveis e acompanhando as curvas da pandemia -conforme cresce o total de casos e mortes, isso ocorre também entre as crianças, mas em proporção menor que a de adultos.

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PORTAL IG

Telemedicina: fila de espera para planos de saúde ultrapassa 24h

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento dobra a cada 36 horas

Morador de Marechal Hermes, no Rio, o empresário Renan Reis, de 30 anos, recorreu ao serviço de telemedicina da Amil para a mulher e o filho de oito meses, que apresentaram sintomas respiratórios após um familiar testar positivo para a Covid-19

No primeiro dia, encarou uma fila com 4,9 mil pessoas, e o aplicativo travou após 12 horas de espera. No segundo, esperou mais de dez horas, mas a consulta com o médico não aconteceu. O jeito foi levar o filho a um hospital:

- No hospital, a médica disse que não podia pedir o exame para Covid porque os planos não estão autorizando por falta de testes, apenas em casos de internação. Não tivemos atendimento, nem suporte.

O episódio enfrentado por Reis está longe de ser um fato isolado. Com a explosão de casos de Covid em meio ao avanço da variante Ômicron, a demora no atendimento on-line pelas operadoras de saúde tem sido alvo de queixa frequente em redes sociais.

50 mil teleconsultas

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a demanda por atendimento via telemedicina para casos de Influenza e Covid-19 dobra a cada 36 horas.

Entre o Natal e o Réveillon, o número de atendimentos saltou de sete mil para 15 mil. Já nos dez primeiros dias de janeiro, a associação estimou que seria alcançada a marca de 50 mil atendimentos à distância somente para as duas doenças.

Apesar de numericamente pouco significativas, as queixas sobre telemedicina à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), saltaram de oito, em todo o mês de dezembro, para 36, entre 1º e 17 de janeiro. A agência considera um 'aumento considerável' e admite que pode haver subnotificação.

A telemedicina está liberada para uso em caráter emergencial e transitório no país na pandemia, ressalta o Conselho Federal de Medicina (CFM). A regulamentação atual permite a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, atestados e relatórios.

"A estrutura de atendimento deve prever conexão estável da internet e mecanismos de comunicação para situações inesperadas de interrupção. A prescrição pode ser enviada por e-mail", diz Donizetti Dimer Giamberardino vice-presidente da CFM.

Os planos de saúde não têm sequer a obrigação de ofertar a telemedicina. Mas, se oferecem o serviço, precisam garantir que o consumidor acesse a consulta, diz Matheus Falcão, advogado do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec):

"O que não pode é ofertar a telemedicina, gerar a expectativa no consumidor e ele esperar por 20 horas. Ou, pior ainda, o médico não aparecer ou haver uma desconexão."

Foi o que aconteceu com o fotógrafo Lucas Westfal, de 40 anos. Mesmo com hora marcada, ele só conseguiu ser atendido 14 horas depois do agendado pela SulAmérica.

"Uma hora antes do horário marcado, o sistema (do aplicativo) ficou travado. A consulta foi remarcada pelo menos três vezes", queixa-se.

O estudante Victor Meirelles, de 19 anos, aguardou treze horas na fila virtual para a teleconsulta pelo Saúde Bradesco:

"Por volta das 4h, finalmente chegou a minha vez. Entrei na sala virtual e fui avisado de que se a médica não entrasse em cinco minutos eu seria atendido por outro profissional. Esperei 40 minutos e nada. Desisti."

Depois de saber, pela Amil, que o agendamento de consulta demoraria sete dias, a analista de TI Emanuele Vieira, de 45 anos, decidiu enfrentar a fila de espera. Mais do que pela demora, ela reclama do descuido do médico com as informações prestadas na triagem:

"Quando o médico me encaminhou a receita havia medicamentos que não posso tomar por ser alérgica. E na triagem eu tinha dado a informação à enfermeira. Achei a teleconsulta arriscada."

Fenasaúde: Alta da covid

Paulo Roque, diretor do Instituto Brasileiro de Direito do Consumidor (Brasilcon) orienta, seja em caso de mau ou não atendimento, registro de queixa no Procon, na ANS e até no Ministério Público.

Procuradas Amil, SulAmérica e Bradesco informaram que a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) responderia por eles. Em nota, a federação informou que o aumento do tempo de espera por atendimento de telemedicina é resultado da explosão de casos de Covid.

A Fenasaúde disse que as operadoras vêm adotando medidas como ampliar a orientação a beneficiários, melhorias nas plataformas e reforço nas equipes médicas, medida que esbarra no afastamento de profissionais de saúde infectados por Covid.

Onde reclamar

Fila. Quem tiver problemas para marcar consultas ou com o teleatendimento, pode entrar em contato com a ANS no site ou pelo 0800 7019656.

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O GLOBO

Opinião - Natalia Pasternak - Efeitos adversos em vacinas

Em abril de 1982, a rede NBC de televisão nos EUA exibiu um documentário chamado 'Vaccine Roulette' ('Roleta da Vacina'). O filme mostrava os 'perigos' de terríveis efeitos adversos atribuídos à vacina DTP, contra difteria, tétano e pertussis (coqueluche). O foco era na vacina contra coqueluche, que supostamente estaria causando danos cerebrais permanentes em crianças, epilepsia e deficiência cognitiva.

O filme mostrava cenas de crianças tendo convulsões e espasmos. Nunca houve prova de que a vacina seria a causa, mas pais e mães ficaram impressionados. A vacina utilizada então continha a bactéria Bortedella pertussis (que causa coqueluche) inteira, inativada. Esta formulação, raras vezes, causava febres altas. Febres altas, também raras vezes, podem causar convulsões. Assim, relatos de casos apareciam na mídia e eram, erroneamente, associados a encefalopatias e danos cerebrais. A vacina acabou substituída por uma versão acelular, que não causa febre alta.

Apesar do estrago causado pelo documentário, e pelos grupos antivacinas formados por causa dele -só no Reino Unido, a queda nas taxas de vacinação levou a uma epidemia com mais de cem mil episódios de coqueluche -o caso alertou para a necessidade de mais transparência quanto aos efeitos adversos de vacinas. Após o filme, tanto pessoas físicas como associações de pais e mães abriram tantos processos contra fabricantes de vacinas que muitos saíram do mercado, deixando os EUA, por exemplo, em risco de não conseguir mais produzir os imunizantes de que precisava.

Em1986, o Congresso americano aprovou lei transferindo ao governo a responsabilidade de indenizar supostas 'vítimas' das vacinas obrigatórias, dando aos fabricantes segurança de que não seriam levados à falência por custos judiciais. Também foi criado o Vaers, um sistema de comunicação de efeitos adversos de vacinas. No Brasil, o órgão responsável por fazer esse controle é a Anvisa, com o sistema de farmaco-vigilância VigiMed.

Qualquer pessoa pode reportar qualquer suposto efeito adverso ao Vaers. Por isso, é preciso tomar muito cuidado com os dados dali. Para um efeito constar do Vaers, basta que alguém, em algum lugar, ache que a causa foi uma vacina. A ausência de filtro é importante para que a população veja que existe um canal aberto. A partir dos informes recebidos, o Vaers procura padrões. Se houver muitos efeitos parecidos atribuídos a uma mesma vacina, o CDC investiga para determinar se é possível ou provável que a vacina seja mesmo a causa.

Exemplo: a vacina de rotavírus Rotashi-eld, de 1998, causava um efeito raro de obstrução intestinal. Este efeito não apareceu nos testes clínicos, que usaram dez mil crianças. Quando a vacina foi aplicada em milhões, percebeu-se que a obstrução ocorria com frequência de cem por milhão. O imunizante foi retirado do mercado, e hoje temos vacinas melhores.

No caso das vacinas de Covid-19, nenhum efeito adverso sério chega nem perto desse número. As mortes possivelmente associadas a vacinas de Covid-19 -ou seja, aquelas que foram investigadas pelos órgãos competentes e em que a hipótese de relação entre vacina e óbito foi tida como plausível - somam 11 no Brasil, com mais de 140 milhões de pessoas vacinadas, e 9 nos EUA, com mais de 200 milhões.

O ministro Marcelo Queiroga distorceu esse número e citou a cifra de quatro mil mortes relacionadas à vacina. Estes são os casos reportados e, à semelhança do Vaers, ali entra tudo. Agora cabe ao sistema de farmacovigilância analisar cada evento. Até agora, após investigação, restam 11 onde tem alguma lógica ligar a vacina ao óbito -não quatro mil. Um erro de 'apenas' 36.000%. E compreensível que grande parte da população não esteja familiarizada com os sistemas de comunicação de efeitos adversos. E inaceitável que o Ministro da Saúde não esteja.

O ministro Queiroga citou quatro mil mortes relacionadas à vacina, mas após investigação, só em 11 há alguma lógica fazê-lo

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A REDAÇÃO

Aparecida amplia vacinação contra covid-19 para crianças a partir de 5 anos

Aparecida de Goiânia começa nesta segunda-feira (24/1) a vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 em sete pontos fixos. A partir de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou a ampliação da aplicação de doses para toda a faixa etária que recebe a dose pediátrica.

De acordo com a Prefeitura de Aparecida, assim como nas escolas, todo o público infantil autorizado pelo Ministério da Saúde poderá receber, a partir desta segunda-feira, o imunizante pediátrico na Central de Imunização e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Andrade Reis, Anhembi, Cardoso, Veiga Jardim, Retiro do Bosque e Jardim Olímpico. A Central funciona de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 8 às 12 horas. A imunização nas UBSs ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

A coordenadora de Imunização da SMS, Renata Cordeiro, explica que esse sempre foi o objetivo da pasta. “Desde o início da vacinação infantil em Aparecida, na segunda-feira passada, a expectativa era liberar a imunização para todas as crianças de 5 a 11 anos."

Continua Renata: "Só que, em decorrência do quantitativo de doses recebidas e da estratégia de vacinação escolar, iniciamos a vacinação infantil nas unidades de saúde apenas às crianças de 11 anos e aos pequeninos de 5 a 11 anos com deficiência permanente ou comorbidades, indígenas e quilombolas, grupos considerados prioritários no País para essa imunização".

De acordo com a coordenadora de Imunização da SMS de Aparecida, "a partir desta semana, para aumentarmos a cobertura vacinal infantil no município, vamos ampliar a imunização para todas as crianças com mais de cinco anos interessadas na proteção contra a covid-19 nos sete postos fixos de vacinação pediátrica da cidade”.

Estratégia ampliada

Além disso, a SMS tem realizado uma maratona de visitas em mais de 50 escolas da cidade para vacinar crianças de 5 a 11 anos matriculadas nessas instituições e também residentes nas imediações dos colégios.

Em todos os locais, unidades de Saúde ou escolas, as vacinas pediátricas são aplicadas mediante a apresentação da certidão de nascimento ou RG e cartão SUS ou CPF. As crianças também precisam estar acompanhadas de um responsável legal ou apresentar termo de autorização do responsável.

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Covid-19: Goiás ultrapassa marca de 1 milhão de casos confirmados

Goiás ultrapassou a marca de 1 milhão de contaminados pela covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o boletim epidemiológico divulgado neste domingo (23/1) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado também registrou mais 11 mortes entre ontem e hoje, atingindo o total de 24.869 óbitos pelo vírus.

Ainda de acordo com a pasta estadual, 667 mil infecções têm ligação suspeita com a doença, e outras 394 mortes são investigadas para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado de Goiás é de 2,49%. 

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JORNAL OPÇÃO

Com aumento de casos de Covid-19 em Goiás, busca por testes sobrecarrega laboratórios

Por Gabriella Oliveira

Só nas últimas 24h, o Estado tem 6. 143 casos confirmados da doença

Após as festas de fim de ano e com o surgimento da nova variante Ômicron, o número de casos de Covid-19 voltou a aumentar fazendo com que Goiás registrasse 6. 143 casos confirmados somente nas últimas 24h, segundo o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, a procura por testes tem sobrecarregado laboratórios e denúncias de aumentos exorbitantes de preço tem ocorrido, levando o Procon Goiás a realizar uma fiscalização na terça-feira, 18.

Em alguns relatos, houve queixas de pacientes que reclamaram de falta de testes. Contudo, procurado pelo Jornal Opção, os principais laboratórios privados do Estado negaram a falta de teste. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO) também reiteraram que “apesar do alerta de risco de falta de insumos nos laboratórios, devido ao aumento do consumo no mercado brasileiro e mundial o Sindilabs-GO não registrou o problema em Goiás. O Sindicato também não tem registros de reajustes de preços dos exames neste mês”.

A SES-GO, afirmou que na rede pública “não há falta de teste na rede estadual. O Estado, inclusive, tem realizado um programa de testagem em 22 hospitais e distribuído testes aos municípios. Além de testes recebidos do Ministério da Saúde, Goiás se antecipou e realizou uma compra, que já está sendo entregue”.

Além desses testes distribuídos, a Universidade Federal de Goiás (UFG), afirmou que os testes de RT-Lamp COVID desenvolvidos por eles já foram distribuídos para seis laboratórios do Estado por meio da transferência de tecnologia. As equipes técnicas dos laboratórios tiveram treinamento na quinta-feira, 20, e realizarão os exames em nos laboratórios por um custo bem mais baixo em relação ao RT-PCR.

O laboratório da Unimed, explicou que a alta demanda tem levado a demora para realizar todos os testes, mas que isso não significa que os testes tenham esgotado. “No período de 1º a 17 de janeiro de 2022, foram realizados no Laboratório Unimed 11.881 testes de covid-19. No mesmo período, em 2021, foram realizados 5.171 exames, o que representa um crescimento de 130%. Mesmo com o aumento no número de testes, até o momento, não houve comprometimento do atendimento devido à falta de insumos, embora a Unimed Goiânia tenha ciência do risco iminente de desabastecimento”, explicou a Unimed.

O laboratório Padrão, informou que houve falta apenas dos testes rápidos de Covid-19, mas que o RT-PCR continuava sendo aplicado mesmo com a alta demanda. “Ampliamos os estoques de insumos, contratamos profissionais, reforçamos nossos canais de atendimento, entre outras medidas. Não houve aumento de preço dos exames em nenhum momento. Inclusive, houve redução no valor do teste rápido de R$ 110 para R$ 90,00”, explicaram.

Já o laboratório Atalaia, afirmou que o aumento do preço se deu devido ao crescimento do valor dos insumos. “Por enquanto estamos conseguindo atender as pessoas que nos procuram. A tendência atual é de aumento de preços porque os valores dos insumos estão cada vez mais altos”.

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PORTAL G1

Por que a Espanha agora quer tratar covid como gripe - e o que dizem especialistas

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, declarou que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia.

O presidente do governo da Espanha (equivalente ao cargo de primeiro-ministro), Pedro Sánchez, declarou na semana passada que seu país está trabalhando para começar a tratar a covid-19 como uma gripe e não como uma epidemia, como tem sido até agora.

E ele também defende que essa seja a estratégia para o resto da Europa.

"Estamos trabalhando nisso há semanas", respondeu Sánchez em entrevista ao canal Cadena Ser quando perguntado se ele está buscando uma "gripalização da pandemia".

"A ciência conhece melhor o vírus. (...) Temos que avaliar a evolução da covid para uma doença endêmica", disse Sánchez, embora tenha esclarecido que seu governo ainda aguarda relatórios "mais conclusivos" sobre a variante ômicron.

O presidente justificou a nova abordagem devido à taxa de vacinação (82% da população com vacinação completa e 36% com dose de reforço), o uso de máscaras, o surgimento de medicamentos como a pílula da Pfizer - cujos ensaios apontam que é eficaz na 89% dos casos para evitar internações e óbitos em pacientes de risco - e a aparente menor letalidade do vírus com a variante mais recente.

"Este é um debate que já estamos tentando abrir em nível europeu", disse Sánchez, que está levando a questão aos ministérios da saúde europeus e ao Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. "É um debate necessário."

A ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, acrescentou que a atual sexta onda de covid da Espanha é diferente das anteriores.

"Temos que ser capazes de antecipar novos cenários, por isso temos que começar a avaliar a adaptação a um novo sistema de vigilância e controle da covid-19 uma vez superada esta sexta onda epidêmica em que nos encontramos", disse.

Vigilância

Essa nova abordagem da pandemia é chamada de "vigilância sentinela".

Ela tem sido usada para outros vírus e implica interromper os testes em massa e, em vez disso, controlar grupos menores que servem como amostra do que está acontecendo no resto da sociedade.

Isso pode ser feito com uma ou mais instituições médicas que coletam rotineira e sistematicamente informações epidemiológicas e amostras laboratoriais de pacientes - mas não deve ser um processo muito extenso, pois pode reduzir a qualidade da informação, afirma o escritório regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a gripe sazonal, por exemplo, "quantidades limitadas de dados de alta qualidade de 'locais sentinela' representativos são suficientes para entender a epidemiologia e a circulação", afirma a OMS.

As localizações devem ser distribuídas no território de forma que produzam uma amostra confiável do que acontece na população em geral.

Além disso, é necessário usar definições padrão que possam ser comparadas ao longo do tempo, tanto dentro de um país quanto com outros países.

A informação deve ser comunicada uma vez por semana às autoridades nacionais, de acordo com o escritório europeu da OMS.

A partir daí, podem ser estimadas as taxas de incidência de pessoas infectadas — sintomáticas e assintomáticas —, internações, pacientes em terapia intensiva e óbitos pela doença.

Se esse método for usado com a covid, acredita-se que pode ajudar a evitar a superlotação de hospitais com casos leves, disse a Sociedade Espanhola de Medicina de Família e Comunidade.

Essa posição, no entanto, não é compartilhada por todos os sindicatos médicos da Espanha. E nem mesmo em todos os países.

A transição da pandemia para a endemia

Outros países também estão pensando em como será o fim da pandemia.

No Reino Unido, o ministro da Educação, Nadhim Zahawi, que até setembro estava à frente do programa de vacinação contra a covid-19, disse que seu país deve liderar a saída.

"Espero que sejamos uma das primeiras grandes economias que mostre ao mundo como fazer a transição de uma pandemia para uma endemia", disse ele ao canal Sky News.

O país também tem a seguinte taxa de vacinação contra covid-19: 70% com esquema completo e 53% com dose de reforço.

Além disso, o risco de hospitalização para a variante ômicron é cerca de um terço do risco da delta, de acordo com uma análise publicada pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido. E a ômicron está substituindo a delta pelo mundo como a variante predominante.

Outro estudo preliminar realizado nos EUA por pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, da organização Kaiser Permanente e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostrou que as pessoas infectadas com ômicron tinham metade da probabilidade de serem hospitalizadas em comparação com a delta, 75% menos probabilidade de entrar em uma UTI e 90% menos probabilidade de morrer.

As internações hospitalares, por sua vez, foram reduzidas de cinco para 1,5 dia com a ômicron.

"O Reino Unido é provavelmente o mais próximo de qualquer país de estar fora da pandemia, se é que já não está fora, em endemia já", disse David Heymann, professor de epidemiologia de doenças infecciosas da London School of Medicine em um bate-papo virtual aberto com a organização sem fins lucrativos Chatham House.

Numa endemia, a doença geralmente está presente, mas não há mais um aumento incomum no número de casos. A gripe, por exemplo, é endêmica.

"Em breve estaremos em uma situação em que o vírus estará circulando, cuidaremos das pessoas em risco, mas aceitaremos que qualquer outra pessoa o pegue", diz a virologista Elisabetta Groppelli, da Universidade de St. George de Londres.

"Se uma nova variante ou uma variante anterior aparecer, para a maioria de nós, como qualquer outro coronavírus de resfriado comum, teremos espirros e um pouco de dor de cabeça e ficaremos bem", disse Julian Hiscox, chefe de infecções e saúde global da Universidade de Liverpool e integrante do Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do governo do Reino Unido.

Nos Estados Unidos, um grupo de seis especialistas que assessoraram o presidente Joe Biden publicou uma série de artigos nos quais defendiam que é hora de abordar a pandemia de uma maneira diferente.

"Nem a vacinação contra covid-19 nem a infecção parecem conferir imunidade ao longo da vida", escreveu Ezekiel Emanuel, especialista em políticas de saúde da Universidade da Pensilvânia, que coordenou as propostas do grupo.

"As infecções por covid-19 são assintomáticas ou levemente sintomáticas, e o período de incubação do SARS-CoV-2 é curto, o que impede o uso de estratégias específicas, como 'vacinação em anel'. Mesmo pessoas totalmente vacinadas correm o risco de ter SARS-CoV avançado. Consequentemente, um 'novo normal com covid' em janeiro de 2022 não é viver sem covid-19", disse Emanuel.

Ele defende que a covid-19 deve ser tratada como outras doenças respiratórias, como a gripe, já que "as pessoas já conviveram normalmente com as ameaças desses vírus" antes.

Não tão cedo

O principal conselheiro da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci, acredita que uma nova fase está próxima, mas diz que os EUA ainda não chegaram lá.

"Qual é a caixa que todos estamos olhando agora? Essa caixa é controle, ou seja, baixar o nível de infecção que causa doença grave de forma suficiente para que possamos incorporar essa infecção. Acredito que possivelmente estamos nos aproximando disso", disse Fauci.

Com uma taxa de vacinação completa de apenas 62% da população e 23% com doses de reforço, os EUA enfrentam a onda de ômicron com número recorde de internações pelo vírus, quase o dobro em relação às registradas no Reino Unido.

"O vírus está a caminho de se tornar endêmico. Não há dúvida sobre isso. Mas ainda estamos no meio dessa pandemia", disse a líder técnica da Covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma conferência na semana passada.

"Não podemos acabar com a pandemia e fazer com que o vírus se torne 'endêmico' em um país, enquanto o resto do mundo lida com a pandemia. Não é assim que funciona."

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TV ANHANGUERA

Mapa mostra 23 cidades com indicação para medidas mais restritivas contra a Covid-19

https://globoplay.globo.com/v/10235051/

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Família reclama de descaso no atendimento de paciente no Hugol

https://globoplay.globo.com/v/10234811/

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Assessoria de Comunicação

Sexta, 21 Janeiro 2022 09:14

CLIPPING AHPACEG 21/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo

Crianças receberam doses erradas

Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração

Em SP, 90% dos internados não estão vacinados

Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta

Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5

Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?


Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas

Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas

Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra

Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19



PODER 360

Ômicron já representa 97% dos casos no Brasil, diz estudo

A variante ômicron já representa 97% dos casos da covid-19 no Brasil, mostra um estudo conjunto das redes Vírus e Corona-ômica BR, vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Eis a íntegra (1,8 MB).

O levantamento, que considera infecções até a 1ª semana de janeiro, mostra que em cinco Estados a variante chegou a 100% das amostras analisadas: Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Santa Catarina.

A ômicron já tem um percentual superior a 90% das infecções em 13 estados, mostra o estudo. A pesquisa contou com um total de 208.480 amostras, distribuídas entre 01/11/2021 até 06/01/2022, nas 27 unidades federativas.

O informe confirma ainda uma maior transmissão da ômicron em relação às demais variantes. Comparando com a gama e a delta, a nova cepa alcançou 100% dos casos positivos em um intervalo de tempo menor, cerca de 6 semanas, desde a sua introdução no país.

Os casos da linhagem foram aumentando progressivamente em novembro (3,4%), dezembro (67,5) e janeiro (97%). Nesses três meses, o Brasil enfrentou um aumento no número de casos positivos para covid-19.

Apesar do levantamento apontar que o número de infectados pela ômicron passa dos 90%, dados oficiais do Ministério da Saúde contabilizavam 1.407 casos da nova cepa até esta 5ª feira (20.jan.2022). Há 1.080 casos em investigação, segundo a pasta.

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CORREIO BRAZILIENSE

Crianças receberam doses erradas

Exatamente duas semanas depois da autorização da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, um levantamento do Ministério da Saúde com base nos dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) mostrou que crianças dessa faixa etária foram vacinadas antes da liberação. Outros imunizantes, além da Pfizer, o único autorizado para o público infantil, também foram aplicados. Ao todo, mais de 57 mil crianças espalhadas pelo país receberam doses erradas.

De acordo com o relatório, até dezembro de 2021 teriam sido vacinadas cerca de 2, 4 mil crianças de zero a quatro anos, além de mais de 18 mil crianças de 5 a 11 anos. Uma tabela apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostra, ainda, que 14. 561 crianças e adolescentes de até a 17 anos receberam doses da AstraZeneca, 20. 064 da CoronaVac e 1. 274 da Janssen. Esses imunizantes não têm aval para aplicação pediátrica.

O levantamento também apontou que 18. 838 crianças de 5 a11 anos e 2. 410 de até 4 anos receberam o imunizante da Pfizer antes da chegada das doses específicas para a faixa etária - ou seja, vacinas destinadas ao público adulto. A AGU cita, também, o caso do menino que recebeu dose vencida da vacina na Paraíba. Diante dos dados, a AGU solicitou ao STF a suspensão de qualquer campanha de vacinação de crianças e adolescentes em desacordo com as diretrizes prescritas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 (PNO) e nas recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

UTIs

A ocupação dos leitos de UTI para covid-19 também aumentou nas últimas semanas. Cinco unidades da Federação ingressaram na zona de alerta intermediário de ocupação (com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%). Somaram-se às outras seis que se encontravam nessa faixa. Quatro estados estão na zona de alerta crítico, com ocupação superior a 80%: Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%).

Entre as capitais com taxas divulgadas, Fortaleza (85%), Recife (80%), Belo Horizonte (88%), Rio de Janeiro (95%) e Cuiabá (100%) estão na zona de alerta crítico. Porto Velho (66%), Manaus (77%), Boa Vista (60%), Palmas (69%), São Luís (68%), Teresina (66%), Salvador (65%), Vitória (78%), Curitiba (61%), Campo Grande (77%), Goiânia (77%) e Brasília (74%) estão em alerta intermediário.

Na visão dos cientistas do Observatório, a distribuição dos casos de internação e morte nos grupos etários também preocupa, já que, desde dezembro de 2021, houve uma mudança de perfil. Tanto para internações quanto para óbitos, destaca-se a maior presença de pessoas mais jovens. Em especial para internações, chama a atenção a presença de crianças com até dois anos.

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O GLOBO

Criança não teve reação a imunizante, conclui apuração

Menina internada após receber dose da Pfizer possui doença congênita rara

Uma menina de 10 anos internada após ser vacinada contra Covid-19 em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, não teve reação ao imunizante da Pfizer, concluiu ontem uma investigação do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

A análise, realizada por mais de 10 especialistas, apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. A conclusão foi de que não existe qualquer relação causai entre a vacinação e seu estado de saúde.

"A Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da vacinação e reafirma que todas os imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são seguros e eficazes", afirmou a pasta em nota.

De acordo com a Prefeitura, o pai relatou que a criança "apresentou alterações nos batimentos cardíacos e desmaiou" 12 horas após receber a dose pediátrica da Pfizer. Ela foi encaminhada à rede de saúde particular para receber atendimento médico, onde foi reanima-da. Ainda segundo o governo municipal, a criança estava em estado estável e consciente. Ela foi transferida para o Hospital Uni-med de Botucatu, onde permanece sob observação. Procurada, a unidade de saúde não informou o quadro clínico da paciente até esta publicação.

O geneticista e pediatra Salmo Raskin afirmou ao GLOBO que "a parada cardíaca não está nem descrita nos efeitos adversos a curto prazo da vacina" e que a miocardite nessa faixa etáriaé "raríssima" - (A miocardite) acomete uma em cada milhão de crianças, e os casos não são graves. Rara, a miocardite é mais frequente em meninos e após a segunda dose -afirmou.

VACINAÇÃO SUSPENSA

Apesar disso, a Prefeitura de Lençóis Paulista decidiu manter a decisão de suspender a vacinação de crianças até a próxima terça-feira. A medida foi aconselhada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 local, em reunião extraordinária realizada na quarta-feira. Na ocasião, ficou estabelecida a interrupção da aplicação de imunizante em crianças entre 5 e 11 anos por sete dias, "em livre demanda". No entanto, pais e responsáveis que queiram imunizar crianças antes de a Prefeitura retomar o calendário de vacinação podem ligar na Central Saúde para realizar agendamento.

O comitê municipal afirma ainda que não coloca em questão a importância da vacinação infantil. Mas que vai usar o prazo de suspensão para acompanhar e monitorar as crianças já imunizadas no município.

- Seguiremos monitorando nossas 46 crianças vacinadas. Na terça-feira, retomamos (a vacinação em massa) - disse o prefeito Anderson Prado ao GLOBO. - Eu acredito na nota informativa do Centro, nos técnicos e que a vacinação é segura e devemos orientá-la. Sempre fomos a favor da vacinação -emendou.

A Pfizer informou, por meio de nota, que o relato de potencial evento adverso foi submetido à área de farmaco vigilância da empresa, conforme estabelece o processo global da companhia.

No texto, a Pfizer também afirma que "não há alertas de segurança graves relacionados ao imunizante". E acrescenta que a "companhia realiza habitualmente o acompanhamento de relatos de potenciais eventos adversos de seus produtos, mantendo sempre informadas as autoridades sanitárias brasileiras, de acordo com a regulamentação vigente".

Investigação. Mais de 10 especialistas comprovaram que não existe relação entre a vacinação e saúde da criança

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Em SP, 90% dos internados não estão vacinados

De 376 pacientes hospitalizados pela Covid-19, apenas 37 tinham recebido as três doses; no Rio, situação é semelhante e solicitações por leitos chegam ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021

Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde do Governo de São Paulo mostra que 90,1% dos pacientes internados por Covid-19 em hospitais estaduais não tinham completado o esquema de vacinação com as três doses.

O estudo foi feito com base nos dados de 16 serviços hospitalares ligados à pasta na capital paulista, região metropolitana da Grande São Paulo, interior e litoral do estado.

Dos 376 pacientes internados com o novo coronavírus, apenas 37 tinham recebido as três doses da vacina.

Outros 202 haviam tomado duas doses, o que representa 53,7% dos hospitalizados pela doença. Ainda conforme o levantamento, 83 (ou 22%) dos pacientes com Covid-19 internados em hospitais estaduais tinham tomado apenas uma ou nenhuma dose do imunizante.

- Os números comprovam que é fundamental tomar as duas doses e mais o reforço para evitar quadros graves entre os infectados pelo novo coronavírus. A vacina segue sendo a melhor forma de se prevenir complicações da doença -afirma Jean Gorynchtein, Secretário de Estado da Saúde de São Paulo.

Os dados do levantamento foram coletados nos hospitais estaduais de Bauru, Sorocaba e Américo Brasi-liense, no interior do estado; Hospital das Clínicas da FMUSP, Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Metropolitano Santa Cecília, Hospital Estadual da Vila Alpina e Hospital Heliópolis, na capital paulista; Hospital Guilherme Álvaro, de Santos, e os hospitais estaduais de Santo André, Cotia, Itaquaque-cetuba, Mogi das Cruzes, Carapicuíba e Diadema.

INTERNAÇÕES NO RIO

No Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 90,7% dos internados na rede SUS da capital não estão com o esquema vacinai completo (incluindo o reforço), e 38% sequer tomaram a primeira dose.

Como consequência da explosão de casos de Covid-19 provocada jielo avanço da variante Omi-cron, o número de solicitações por leitos para o tratamento da doença no Rio de Janeiro chegou na segunda-feira ao maior número desde o dia 24 de agosto de 2021, quando o estado enfrentava o pico da variante Delta. Foram 181 pedidos de internação, contra 191 naquele dia, aponta o painel de monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde.

O indicador cresceu rapidamente no último mês. Entre a semana que antecedeu o Natal, de 18 a 24 de dezembro, e a semana passada, de 9 a 15 de janeiro, o acumulado semanal de solicitações por leito de Co-vid-19 no estado saltou de 85 para 756, um aumento de 789%.

TAXA DE OCUPAÇÃO

Um levantamento da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), maior Organização Social de Saúde (OSS) do Brasil, que mantém contratos para gestão de hospitais estaduais e municipais, aponta que os serviços geridos pela entidade atingiram no dia 13 de janeiro a maior taxa de ocupação de leitos de internação por Covid-19 desde julho de 2021.

O estudo contempla hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde), a maioria deles no estado de São Paulo, mas também em cidades como Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE), onde há 700 leitos de enfermaria e UTI disponíveis.

No dia 13, os hospitais administrados pela SPDM chegaram a 50% de ocupação dos leitos de UTI por Covid e 49% das vagas de enfermaria destinadas ao atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Foi a maior taxa em cinco meses.

RISCO DE MORTE

Levantamento feito a partir das estatísticas oficiais do governo da Suíça indica que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que aqueles que completaram o esquema vacinai, incluindo a dose de reforço.

O Ministério da Saúde do país europeu vem reunindo, há um ano, dados sobre o status de vacinação da população. Além disso, ao notificar mortes provocadas pela Covid-19, os médicos precisam informar as autoridades se o paciente foi ou não vacinado. O gráfico obtido por esses dados mostra como as vacinas são eficazes para salvar vidas, especialmente a dose de reforço. (Comgl)

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O ESTADO DE S.PAULO

Infecções pela covid disparam; mortes também registram alta

Explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva internações e aumenta em 121% número de óbitos em 19 dias

A pressão no sistema de saúde do País, causada pela disseminação da variante Ômicron, está nas filas dos postos de saúde, na falta de medicamentos antigripais nas farmácias, na escassez de testes para detecção de covid-19 nos laboratórios privados e, em janeiro, após longo represamento de dados, nos levantamentos do Ministério de Saúde. A explosão de casos diários, que já passam de 200 mil, eleva as internações. A média móvel de mortes aumentou 121% em duas semanas.

Especialistas alertam que a chegada e a evolução da Ômicron, ao longo de dezembro, não foram registradas pelo Ministério da Saúde. Alguns usam a expressão 'voo cego' para ilustrar a situação dos gestores públicos e dos hospitais privados.

Quando os sistemas da pasta sofreram um ataque hacker, em 10 de dezembro, o número de casos, hospitalizações e mortes por covid-19 estava no nível mais baixo do ano. Isso foi antes das celebrações de fim de ano, do surto de gripe em várias cidades e do avanço da Ômicron.

Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas haviam sido restabelecidas ainda em dezembro e a instabilidade não teria interferido na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Isso é o oposto do que dizem os pesquisadores. 'Tivemos um apagão epidemiológico importante. Esses números estabilizados, segundo o Governo Federal, envolvem os dados retrospectivos? Para chegarmos à média móvel recorde de 100 mil deve ter havido uma variação importante em janeiro', opina Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

O especialista se refere à média móvel de 100 mil diagnósticos diários registrada na quarta-feira. Foi a primeira vez que esse número foi atingido desde o início da pandemia. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +487%, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.

Mesmo sem os dados oficiais, o avanço da doença é flagrante. Como surto de gripe misturado ao crescimento de casos de covid-19, pessoas com sintomas gripais lotam as unidades de saúde neste início de ano. Com isso, as vendas de medicamentos antigripais nas farmácias dispararam.

A recuperação dos dados do Ministério de Saúde não resolveu o problema da subnotificação de casos, na opinião de Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Para o especialista, a questão é recorrente. 'Desde outubro, o e-Sus não reportou adequadamente os testes de antígeno. Ainda não sabemos o real impacto da Ômicron. Os números ainda são subestimados. A maioria dos resultados é da rede privada. '

Outro entrave é a falta de testes de detecção de covid-19. Em várias partes do Brasil, gestores públicos e laboratórios privados têm dificuldades para conseguir mais exames.

O número de casos neste início do ano impressiona na comparação com os períodos anteriores. Apenas nos primeiros 19 dias do ano, o número de casos de covid (1. 135. 488) equivale a 30% do total de casos confirmados ao longo de todo o segundo semestre de 2021 (3. 726. 209).

IMPACTO NAS MORTES. A curva de mortes começou a subir recentemente por conta do tempo entre o contágio, hospitalização, óbito, confirmação da causa e, finalmente, o registro. Em 31 de dezembro, a média móvel registrava 97 óbitos diários. No dia 19, essa mesma métrica registrava 215 óbitos diários - aumento de 121% em pouco mais de duas semanas. Dessa forma, a média móvel de vítimas atingiu agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker, quando a média indicava 183 mortos pela doença a cada dia. Desde o dia 3 de dezembro de 2021, o País não ultrapassava as 200 mortes diárias.

Descontrole

Para especialistas, chegada e evolução da Omicron não foram registradas pelo governo

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FOLHA DE S.PAULO

Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Associação que reúne Dasa e Einstein saiu em defesa da decisão da Anvisa de adiar liberação do modelo

Após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adiar a liberação dos autotestes de Covid no Brasil, a Abramed, associação que reúne empresas de medicina diagnóstica como Dasa, Fleury e Einstein, diz que vai procurar o Ministério da Saúde para sugerir serviços de laboratórios que poderiam auxiliar a população a aplicar os autoexames. A sugestão seria verificar o funcionamento dos testes e transmitir os resultados às autoridades, segundo a entidade.

"Embora os autotestes pareçam de grande simplicidade, certamente, muitas pessoas terão dificuldade em realizá-los, e a coleta do material é um passo crítico para que o resultado final seja confiável e não apresente falsos negativos", afirma a associação, em nota.

Executivos do setor avaliam que os laboratórios, que viram nascer um mercado com os testes de Covid na pandemia, poderiam encontrar um novo nicho de atuação na área, caso viessem a perder espaço com a chegada do autoteste.

A Abramed saiu em defesa da decisão da Anvisa de não aprovar o uso do autoteste.

A entidade afirma que, antes de liberar os pacientes para fazer seus próprios exames, seja estruturado um sistema de compartilhamento de informações sobre os resultados dos testes. Também sugere que o Conecte SUS seja avaliado como uma das possibilidades.

Nesta quarta-feira (19), ao postergar a medida, a Anvisa justificou que a nota técnica do Ministério da Saúde, que fez o pedido da liberação, apresentava lacunas sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.

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Anvisa libera Coronavac para grupo de 6 a 17 anos e veta em crianças de 3 a 5

Decisão faz deslanchar campanha paulista de vacinação e aumenta oferta ao Ministério da Saúde

BRASÍLIA A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O voto dos diretores segue a recomendação da área técnica.

O pedido do Instituto Butantan era para utilizar as doses em crianças a partir de 3anos. No entanto, a agência entendeu que não existem dados suficientes para reduzir a vacinação contra a Covid-19 até essa idade. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.

O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que fez a apresentação da área técnica antes da votação, explicou que a ampliação da faixa etária para 3 a 5anos poderá ser feita quando houver mais dados disponíveis.

O governo de São Paulo reservou 8 milhões de doses de Coronavac para o uso em crianças, segundo informou o Instituto Butantan nesta quinta -há outros 7 milhões de doses prontas à disposição do governo federal ou de outros estados que desejarem fechar contrato.

A vantagem do imunizante é sua disponibilidade de doses, já que parou de ser usado pelo governo federal na imunização dos adultos.

O imunizante fabricado pelo Instituto Butantan está autorizado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos.

O Brasil já recebeu 2, 4 milhões de doses pediátricas da Pfizer. A próxima entrega deve ocorrer na segunda (24). No total, a Saúde prevê a entrega de4, 3 milhões de vacinas desse tipo em janeiro.

A previsão é de que 7, 3 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer sejam entregues em fevereiro. Em março, a Pfizer prevê enviar outros 84 milhões de unidades.

Além desses 20 milhões de vacinas, o governo espera receber outros 10 milhões de doses da Pfizer para crianças no primeiro trimestre. Esse lote, porém, não tem cronograma de entrega definido pela farmacêutica.

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças. Como a vacina é do mesmo modelo aplicado em adultos, estados já se planejam para destinar doses estocadas ao público mais jovem.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou as redes sociais para se manifestar sobre a aprovação da vacina.

'A Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. Todas as vacinas autorizadas pela Anvisa são consideradas para a PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19]. Aguar damos o inteiro da decisão e sua publicação no DOU [Diário Oficial da União]', disse.

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), e SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) apoiam a autorização e extensão do uso da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos.

Um dos estudos usados para a análise foio da vacinação com a Coronavac no Chile, que tem resultado preliminar de efetividade na população de 6 a 16 anos. As evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica.

A Anvisa aprovou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.

'São os dados que temos maior informação [6 a 17 anos] e maior sugestão de desempenho. São os dados do Chile, de efetividade do Chile. Isso também é corroborado com os pareceres das sociedades médicas' disse Mendes.

'E não imunocomprometidas porque essas crianças precisam de uma atenção especial, principalmente no que diz respeito à eficácia. A sugestão é que sejam vacinas crianças de 6 a17 anos até que tenha a apresentação de novos dados para subsidiar a ampliação da faixa etária', completou.

A diretora relatora, Meiruze Sousa Freitas, também destacou a não aprovação da vacina para crianças de 3 a5 anos. Disse que a agência apenas aprova a vacina contra a Covid-19 após uma avaliação criteriosa que demonstra qualidade, segurança e eficácia.

'Foram apresentados estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 em andamento. E dados e estudos de vida real em quase 2 milhões de crianças com 6 anos ou mais e adolescentes de até 17 anos em países que têm demonstrado competência no monitoramento das vacinas', ressaltou Freitas.

Apesar da aprovação, a Anvisa aguarda que o Butantan encaminhe outros dados sobre a vacinação em crianças coma Coronavac, como o resultado da fase três, que ainda está em andamento. Além disso, destacou que a instituição deve adotar uma farmacovigilância robusta e capaz de identificar reações adversas da vacina.

Para ampliar o uso da vacina para a faixa de 3 a 5 anos, deverá ser realizado um novo pedido por parte do Butantan.

O pedido aprovado é o segundo feito pelo Butantan para aplicar Coronavac em crianças e adolescentes. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado pela agência reguladora e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que, em 2021, havia 20, 4 milhões de pessoas de 5 a 11 anos.

Calendário no estado de SP

20 a 30 de janeiro - 1º dose

* Crianças de 9a 11 anos de idade * Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas

31 de janeiro a 10 de fevereiro - 1º dose

* Crianças de 5 a 8 anos de idade

* Crianças de 5 a 11 anos com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas

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Quanto custou o atraso de 30 dias para o início da imunização?

No dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Surpreendentemente, autoridades do governo federal deflagraram uma série de medidas protelatórias para tentar impedir a introdução de um esquema vacinal para esse grupo etário.

As medidas desnecessárias e absurdas foram propostas pelo Ministério da Saúde. Incluíam a necessidade de um estudo mais detalhado do que o feito pela Anvisa e que seria feito por técnicos do Ministério da Saúde, a exigência de prescrição médica para a vacinação das crianças, e até uma inédita e absurda consulta pública sobre a conveniência da vacinação de crianças.

Esse processo culminou com uma manifestação da autoridade máxima do país minimizando a morte de crianças por Covid-19 e ignorando completamente os 308 óbitos de crianças entre 5 e 11 anos de idade registrados pelo Ministério da Saúde até dezembro de 2021.

Além disso, o governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars COV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda.

O governo alega que encomendou a vacina assim que a Pfizer entrou com o pedido de autorização junto à Anvisa. Entretanto, é difícil acreditar nessa afirmação, pois, se assim fosse e houvesse vacinas disponíveis no fabricante, a vacinação das crianças poderia ter se iniciado no dia seguinte à autorização.

Quantos casos e mortes teriam sido evitados se o governo federal tivesse procedido imediatamente com a vacinação em vez de tentar protelar o seu início?

Para responder a essa pergunta, utilizamos um modelo matemático que consiste em simulação em ambiente computacional da dinâmica da Covid-19 na faixa etária de 5 a 11 anos. Os resultados são as estarrecedoras cifras de 23 mil casos e 37 mortes evitáveis nessa faixa de idade para esses 30 dias de atraso.

Esse mesmo modelo mostrou sua utilidade quando previu, uma semana antes da Copa América de 2021, que ocorreriam 27 casos de Covid-19 entre os atletas participantes, um número muito próximo das 33 infecções registradas.

Com base nesse caso e em uma série de outros exemplos, pode-se afirmar que esse modelo tem confiabilidade e boa capacidade preditiva.

Esse tipo de modelo já demonstrou há muitos anos que, quando se vacinam as faixas etárias superiores à média de idade em que as pessoas adquirem a infecção, essa idade média diminui e, como é o caso, se a infecciosidade aumenta, eleva-se o risco para os indivíduos mais jovens.

No Brasil, já circula a variante ômicron, que é muito mais infectante, podendo cada pessoa infectara contaminar outras dez, e o número de casos de Covid-19 em crianças pode aumentar significantemente, o que explica os 23 mil casos previstos pelo modelo.

Caso o Instituto Butantan tivesse a autorização para a aplicação da Coronavac na faixa etária de 3 a 11 anos, mais 5. 000 casos teriam sido evitados e cinco vidas poupadas nesses 30 dias.

Embora a taxa de letalidade da ômicron seja inferior à das cepas anteriores, o número de casos esperados é tão grande que as mortes se acumulariam, o que explica a mortalidade esperada, nesses 30 dias, ser de 12% do total registrado até dezembro de 2021.

Entretanto, deve-se entender que o modelo é sensível à taxa de contato entre as pessoas e isso muda de acordo com medidas tomadas por autoridades municipais e estaduais. Essas autoridades, diferentemente de certas autoridades federais, ouvem a opinião de grupos de especialistas para enfrentar a pandemia.

O ex-primeiro ministro britânico Harold Macmillan dizia: 'Se você não acredita em Deus, acredite na decência'. O presidente do Brasil diz que acredita em Deus (acima de tudo), mas é difícil imaginar indecência maior que tentar impedir a vacinação de crianças contra a doença que mais mata dentre as infecções preveníveis pela vacinação.

O governo federal parece ignorar que as crianças infectadas pelo Sars-CoV-2 podem sofrer de efeitos gravíssimos, como a síndrome inflamatória multissistêmica aguda

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AGÊNCIA BRASIL

Afastamento do trabalho por Covid quase triplica em um ano

Foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade pela doença, em 2021, quando o período de licença é acima de 15 dias

O número de afastamento do trabalho por causa da Covid-19 quase triplicou em um ano. De janeiro a dezembro de 2021, foram concedidos 98.787 benefícios por incapacidade, o antigo auxílio-doença, por causa de infecção por coronavírus, ante 37.045 de abril a dezembro de 2020, um aumento de 166%.

A Covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento dos profissionais no trabalho desde o primeiro trimestre de 2021. Além de liderar o ranking das doenças que mais afastaram no ano passado, a infecção causada pelo coronavírus tem o triplo dos casos do segundo problema que mais afetou os trabalhadores, a fratura de punho, com 30.336 concessões.

Os dados são de um levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência. "Esses casos representam somente aqueles afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do Regime Geral de Previdência Social do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)", afirmou o ministério em nota. A pasta não tem os números deste último mês nem os casos de afastamento com atestado médico inferior a 15 dias.

"A Covid foi responsável pelo maior número de afastamento no INSS no ano passado. Na verdade não é só a Covid, mas sim as sequelas da doença que muitas vezes incapacita as pessoas para o trabalho", alerta a advogada trabalhista Lariane Del Vecchio, do escritório Aith Badari e Luchin Advogados.

Uma pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas, de São Paulo, apontou que cerca de 60% dos pacientes que tiveram a doença apresentaram algum tipo de sequela. Entre os casos analisados foram relatados alterações pulmonares importantes, sintomas cardiológicos e emocionais ou cognitivos, como perda de memória, insônia, concentração prejudicada, ansiedade e depressão.

Avanço da Ômicron

Segundo a advogada trabalhista, no começo da pandemia, antes da vacina, e no ano passado, com o avanço da imunização, o período de afastamento era maior e as sequelas também, por isso os casos demandavam mais do INSS.

O Brasil tem registrado uma disparada nos casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias devido ao avanço da variante Ômicron. Nesta quinta-feira (20), foram registrados 168.495 novos casos de coronavírus, com o total chegando a 23.585.243. Na véspera, houve recorde de 204.854 de novos casos em apenas 24 horas.

No começo do ano, o Ministério da Saúde determinou uma nova orientação de isolamento para quem contrair a doença. Paciente assintomático que tiver diagnóstico negativo pode ser liberado da quarentena após cinco dias. Para aqueles que apresentarem teste positivo, o prazo é até dez dias depois da infecção.

Para a advogada trabalhista, o avanço da vacinação e as novas normas do Ministério da Saúde vão refletir em redução dos afastamentos pelo instituto, quando o atestado é dado com mais de 15 dias consecutivos e que tenha ocasionado uma incapacidade para o trabalho. "Essa nova recomendação, que prevê períodos de afastamento de 5 a 10 dias, vai fazer com que as pessoas não sejam afastadas pelo INSS. Esse encargo vai ficar por conta das empresas", avalia Lariane.

Mas o que deve prevalecer é o atestado médico. "É o médico que deve determinar os dias de afastamento e a data da alta", orienta a advogada. O que vale é o atestado médico. Na minha opinião, ele se sobrepõe à portaria do Ministério da Saúde."

Lariane também recomenda ao funcionário que sentir os sintomas que, no primeiro momento, comunique a empresa e passe no médico, para avaliar qual o período que deve ficar afastado e o que deve ser feito.

"A primeira coisa é comunicar o empregador e buscar o atendimento médico. Em caso de atestados com mais de 15 dias, a empresa deve encaminhar o funcionário para afastamento pelo INSS", explica a advogada.

Para funcionário em home office, vale a mesma regra. "Se o médico disser que ele precisa ser afastado para se recuperar, ele não tem que trabalhar. Ele não pode ser obrigado a exercer suas tarefas. Se ele estiver se sentindo bem, ele pode trabalhar mesmo que tenha atestado, mas não pode ser obrigado", conclui.

Familiares e vítimas têm direito a benefícios do INSS

Você sabia que familiares e vítimas da covid-19 têm direito a receber benefícios previdenciários? Entre eles, estão: auxílio-doença, acidente de trabalho, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Veja as dicas do advogado João Badari, especialista em direito previdenciário do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, e da advogada Daniela Castro, especializada em direito previdenciário do escritório Vilhena Silva Advogados, e da advogada Adriana Calvo, professora da FGV Direito RJ e coordenadora de direito individual da OAB/SP. Clique nas imagens acima e veja mais!

AUXÍLIO DOENÇA: o benefício é devido ao trabalhador que precisa se ausentar do trabalho por mais de 15 dias em decorrência da doença. Para ter o direito, a incapacidade temporária deve ser constatada por perícia médica. A advogada Daniela Castro acrescenta que o segurado precisa comprovar a carência mínima de 12 contribuições para ter direito de pedir o auxílio-doença. 'O trabalhador também precisa ficar atento às contribuições pagas pelos empregadores para que o benefício não seja negado, em caso de necessidade futura, por falta de pagamento por parte da empresa', diz Daniela.

Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

ACIDENTE DE TRABALHO: Esse auxílio vale para os profissionais que adquiriram a doença em sua atividade de trabalho, caso dos profissionais da saúde, por exemplo. Porém, uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu caminho para profissionais que mantiveram sua atividade de trabalho dentro da empresa - independentemente da sua área de atuação - possam caracterizar a contaminação pela covid-19 como doença ocupacional e, assim, garantir um benefício do INSS mais atrativo. Ao classificar a covid-19 como uma doença ocupacional, a advogada Adriana Calvo explica que o trabalhador tem direito ao benefício integral, a partir do primeiro dia de contratação, e estabilidade de 12 meses no emprego.'Cabe ao empregador comprovar que o empregado não adquiriu a covid-19 no ambiente de trabalho ou decorrente do exercício da atividade laboral', completa Badari.

Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (OU INCAPACIDADE): o trabalhador tem direito a solicitar quando um perito atesta sua incapacidade - definitiva ou por tempo indeterminado - para exercer sua atividade profissional.

O benefício também é concedido a profissionais que tiveram sequelas graves que o impeçam de retornar ao trabalho.Como pedir: o segurado pode agendar a perícia presencial em uma das agências do INSS que estiverem prestando este serviço, pelo telefone 135 ou pelo site Meu INSS. E é bem simples, basta criar um cadastro e senha.

PENSÃO POR MORTE: Em caso de morte de segurado por causa da covid-19, os familiares podem reivindicar pensão por morte ao INSS. Se a doença foi causada em razão do trabalho, o cálculo será de 100% sobre o salário de benefício, e não existe número mínimo de contribuições para o seu pagamento. Caso não seja em decorrência do trabalho, o valor inicial é de 50%, mais 10% para cada dependente.

Como pedir: o pedido pode ser feito é realizado via internet (Meu INSS) ou pelo telefone 135.

DIREITOS TRABALHISTAS: o advogado João Badari também destaca que além desses benefícios previdenciários, o trabalhador e seus dependentes também possuem direitos securitários e trabalhistas, tais como:

? Indenização por dano moral;

? Indenização por danos materiais (exemplo: compra de remédios, fisioterapia e gastos hospitalares);

? Estabilidade acidentária no caso de retorno ao trabalho (pelo período de 12 meses);

? Recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) durante o afastamento;

? Pensão mensal, paga pelo empregador, aos dependentes em caso de falecimento; e

? Recebimento de eventual seguro de vida profissional (caso a empresa oferecesse aos funcionários).

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 6,1 mil novos casos e 23 mortes em 24 horas


Ludymila Siqueira 

Goiânia - Goiás registrou 6.143 novos casos e 23 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (20/1), pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o território goiano soma 988.950 infecções e 24.815 óbitos desde o início da pandemia. 

Conforme o boletim estadual, 656.220 infecções e 395 mortes são investigadas para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Além disso, do total de infecções, 945.963 pessoas estão recuperadas da doença no Estado. 

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Goiás aguarda parecer do governo federal para distribuir doses pediátricas


Goiânia - A Secretária de Estado de Saúde de Goiás adiou a distribuição das 44.300 doses pediátricas da Pfizer contra a covid-19 que chegaram à Goiânia na última terça-feira (18/1). Como as doses chegaram em condições inadequadas de uso, o Estado enviou um relatório com as informações ao Ministério da Saúde (MS) e aguarda um parecer para saber se as crianças poderão ser imunizadas com estas doses ou não. 

O órgão federal é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos Estados. De acordo com SES-GO, as vacinas, que deveriam ter chegado entre -60 e -90ºC, chegaram a -119ºC - ou seja, mais congeladas. A pasta estadual informou que, como a nova remessa dos imunizantes foi entregue fora da temperatura adequada, os lotes que seriam enviados aos municípios nesta quarta-feira (20) seguem armazenados pelo Estado.

Em nota enviada ao jornal A Redação nesta quinta-feira (21/1), a Secretaria informa que as vacinas estão estocadas na Central Estadual de Rede de Frio da SES-GO (CERF-GO). "Assim, a distribuição dos imunizantes aos municípios, que seria feita na última quarta-feira, (19), foi adiada até que as recomendações sejam formalizadas. Conforme disponibilidade de vacinas, a campanha segue no Estado, visto que todos os 246 municípios ainda estão abastecidos com a remessa que chegou na sexta-feira (14)", esclarece a SES-GO. 

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O HOJE

Preços dos testes de diagnóstico da Covid-19 disparam e procura mais que dobra

Denúncias nos órgãos de proteção ao consumidor de Goiânia apontam elevação de até 50% nos valores dos testes de diagnóstico da Covid-19 nos últimos dias. Os fiscais do Procon Goiás já percorreram vários laboratórios, drive-thrus e drogarias localizados em Goiânia e em Aparecida de Goiânia para apurar. O objetivo da ação é coibir a possível prática de preços considerados abusivos.

Os estabelecimentos comerciais visitados têm o prazo de 48 horas para apresentar a documentação solicitada: notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses. Os documentos serão encaminhados para análise da Gerência de Pesquisa e Cálculo.

O superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, ressalta a importância de os consumidores fazerem as denúncias das supostas irregularidades ao órgão. Problemas como demora no atendimento também devem ser relatados. “Os consumidores devem guardar os comprovantes de compra e notas fiscais como documentos para registrar as denúncias ou reclamações junto ao órgão, que irá apurar todas, uma a uma”.

Segundo ele, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos produtos/testes em respeito ao princípio da livre iniciativa e por isso não existe tabelamento de preços. No entanto, a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo.

“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, analisa o superintendente.

Caso seja constatada abusividade sobre a margem de lucro dos empresários, o que infringe o artigo 39 inciso V do Código de Defesa do Consumidor, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a até R$ 11 milhões.

A empreendedora Paula Soares disse que se assustou quando foi procurar fazer um teste Covid tipo PT-PCR pela rede particular de laboratórios. “Quando busquei fazer o teste de Covid pela primeira vez estava custando em torno de R$ 70, deixei para uma próxima vez, quando voltei novamente já tinha aumentado o valor, e estava custando R$ 90. Quando finalmente fui marcar para fazer o teste, já estava no valor de R$ 105 só que o meu teste eu paguei o total de 159,00 porque fiz a H1N1 junto. Olha que diferença surreal de preço de R$ 70 tive que pagar R$ 159 no final”, denuncia.

Buscas mais que dobram

Quase um mês após as festas de fim de ano, a busca por testes de Covid-19 mais que dobrou na Capital. Antes, a média diária girava em torno de 700 pessoas que iam aos locais de testagem rápida. Atualmente, o número oscila entre 1,5 mil e 1,8 mil pessoas, de acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Grécia Pessoni. Do dia 27 de dezembro ao dia 2 deste mês, foram realizados 8.952 testes. Já do dia 3 ao dia 9 janeiro, 17.635.

O atendimento na modalidade tenda das testagens ampliadas é feito somente mediante agendamento, disponibilizado na página principal do site da Prefeitura de Goiânia. Serão disponibilizados pela SMS 1,5 mil testes de antígeno por ponto e na modalidade drive-thru, o atendimento continua por demanda espontânea, com horário das 8h às 16h nas duas opções.

Na opção tenda, no ato do cadastro, os munícipes devem cadastrar o endereço e apresentar o comprovante no ato da aplicação do exame. Serão disponibilizados três pontos nesta modalidade por dia e o agendamento sempre será liberado um dia antes da testagem.

“O comprovante de endereço apresentado deve ser o mesmo cadastrado”, ressalta a secretária-executiva da SMS, Luana Ribeiro. A intenção da secretária, é evitar aglomerações e desorganização. “Ainda não é tempo de baixarmos a guarda e, por isso, estamos tomando essas medidas para proporcionar um melhor atendimento à população de Goiânia”, salienta.

Luana Ribeiro acrescenta ainda que a empresa responsável pela realização dos testes já foi comunicada e ninguém sem agendamento deve ser atendido. “Não vamos abrir exceções e solicitamos que os interessados se organizem e fiquem atentos no site da prefeitura, bem como nas redes sociais”, pontua.

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Com apenas 60 fiscais, prefeitura informa que vai fiscalizar medidas contra Covid-19

A Prefeitura de Goiânia informou, nesta quinta-feira (20/1), que dará início à fiscalização das medidas de enfrentamento da pandemia da Covid-19 estabelecidas pelo Decreto Municipal n. 138/2021, publicado no Diário Oficial do Município. As ações serão realizadas pela Central Covid-19, que a partir de agora passa a ser coordenada pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e que conta com auditores fiscais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e agentes da Guarda Civil Metropolitana.

Os fiscais vão verificar protocolos como distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as mesas de estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, pit dogs, boates e congêneres, número máximo de pessoas nos ambientes, definido em 50% da capacidade máxima até o limite de 500 pessoas, entre outras regras.

“ Apesar de estarmos avançando na vacinação e termos reserva de leitos para acolhimento da nossa população,  a variante Ômicron tem provocado uma defasagem profissional em várias áreas do mercado de trabalho e precisa ser controlada, por isso, a necessidade de ações mais enérgicas visando combatê-la”, afirma o diretor de Fiscalização da Seplanh Goiânia, Fausto Henrique Gomes.

No total, apenas 60 auditores fiscais e agentes da Prefeitura de Goiânia estarão diariamente nas ruas realizando visitas aos estabelecimentos para verificar o cumprimento das medidas na capital que possui cerca de 1,5 milhão de habitantes. Além disso, também está disponível no aplicativo Prefeitura 24 Horas um espaço para que a população possa encaminhar denúncias sobre o descumprimento do decreto.

Os estabelecimentos vistoriados que estiverem descumprindo as medidas adotadas pelo município poderão pagar multa de até R$12 mil e serem fechados pela fiscalização municipal. Além disso, os clientes e frequentadores que descumprirem o regramento de utilização de máscara de proteção facial podem ser multados em R$ 110,  conforme legislação municipal.

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Assessoria de Comunicação

Quinta, 20 Janeiro 2022 09:14

CLIPPING 20/01/22

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PORTAL G1

Escolas da rede estadual de Goiás são as primeiras do país a retomar as aulas 100% presenciais

No estado, 91% dos servidores da educação estão imunizados com a segunda dose da vacina. Entre os estudantes de 11 a 18, 73% já foram vacinados.

As escolas da rede estadual de Goiás foram as primeiras do país a iniciar o ano letivo com aulas 100% presenciais.

Nesse retorno, os cuidados são os mesmos adotados desde que a pandemia começou: tapete sanitizante, medição de temperatura e proteção no rosto.

'Não tirar a máscara, a não ser na hora de comer ou beber água, manter distanciamento e sempre usar álcool em gel. Eu tenho álcool gel na minha bolsa', diz a estudante Ágata Maciel.

'Hoje, as escolas têm condições de funcionar, as crianças precisam da escola. Hoje, nós estamos preparados', afirma Flávio Roberto de Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás.

'Hoje, as escolas têm condições de funcionar, as crianças precisam da escola. Hoje, nós estamos preparados', afirma Flávio Roberto de Castro, presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás.

A volta às aulas presenciais foi obrigatória para os mais de 500 mil alunos da rede estadual de Goiás. A Secretaria de Educação recomendou que quem estiver com febre ou outros sintomas de gripe fique em casa.

Nos últimos dois anos, a maioria dos alunos da rede estadual estudou de casa ou fez revezamento semanal para ir para as salas de aula no sistema híbrido de ensino.

'As crianças deram um show de responsabilidade. Elas realmente levaram para casa aquilo que estava sendo ensinado a respeito da pandemia e, agora, nós vamos trabalho isso em relação à vacinação', declara a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.

'As crianças deram um show de responsabilidade. Elas realmente levaram para casa aquilo que estava sendo ensinado a respeito da pandemia e, agora, nós vamos trabalho isso em relação à vacinação', declara a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli.

Em Goiás, 91% dos servidores da educação estão com esquema vacinal completo. Entre os estudantes de 11 a 18, 73% já tomaram pelo menos a primeira dose. Mas a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que o percentual está subestimado por causa do apagão de dados no sistema do Ministério da Saúde.

'A gente precisa também readaptar os nossos tempos a esse momento que a gente está vivendo. Que faça a vacinação dos seus filhos e não esqueçam dos cuidados: evitar aglomerações, uso de máscara, higiene das mãos, isso sempre', diz a infectologista Nívia Ferreira.

'A gente precisa também readaptar os nossos tempos a esse momento que a gente está vivendo. Que faça a vacinação dos seus filhos e não esqueçam dos cuidados: evitar aglomerações, uso de máscara, higiene das mãos, isso sempre', diz a infectologista Nívia Ferreira.

Para quem está terminando o ensino médio, estar novamente na sala de aula tem um significado ainda maior.

'É bastante alegre, é gratificante a gente poder voltar, pelo menos, no último ano do nosso ensino médio e essa volta vai ajudar muito na questão dos estudos e do nosso preparo para o Enem, para o vestibular, para concurso. E, realmente, isso me deixa muito feliz de poder aproveitar esse último ano de vida minha de escola', comemora o estudante Pedro Romão Paiva.

'É bastante alegre, é gratificante a gente poder voltar, pelo menos, no último ano do nosso ensino médio e essa volta vai ajudar muito na questão dos estudos e do nosso preparo para o Enem, para o vestibular, para concurso. E, realmente, isso me deixa muito feliz de poder aproveitar esse último ano de vida minha de escola', comemora o estudante Pedro Romão Paiva.

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Não-vacinados correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que quem tomou a dose de reforço

Estatísticas do governo da Suíça deixam evidente a eficácia das vacinas contra Covid para salvar vidas. País vacinou 68% da população com duas doses; 35% com o reforço.

Na Suíça, as estatísticas do governo mostraram que pessoas não vacinadas correm um risco de morrer quase 50 vezes maior do que as vacinadas com dose de reforço.

Há um ano, o Ministério da Saúde da Suíça reúne dados sobre o status de vacinação da população e, ao relatar mortes por Covid, os médicos também precisam passar essas informações para as autoridades. O resultado é um gráfico que deixa evidente a eficácia das vacinas - e especialmente da dose de reforço - para salvar vidas.

O gráfico mostra as mortes por Covid desde o dia 27 de janeiro de 2021, de acordo com o status de vacinação. A linha vermelha, no alto, indica o número de pessoas não-vacinadas que morreram. Bem abaixo, em azul, estão os vacinados sem reforço. E, em amarelo, o número ainda menor de vacinados com reforço que perderam a vida.

Edouard Mathieu, chefe de dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, explicou que o risco de morrer por Covid na Suíça é nove vezes menor para pessoas vacinadas e 48 vezes menor para quem tomou uma dose de reforço em comparação com quem não tomou nada.

A Suíça vacinou 68% da população com duas doses; 35% com o reforço. E o governo quer aumentar logo esses números, porque os casos não param de subir. Nesta quarta-feira (19), o país registrou o maior número de casos em 24 horas desde o início da pandemia: mais de 38 mil em um país com menos de 9 milhões de habitantes.

O ministro da Saúde, Alain Berset, avisou: 'Precisamos seguir muito modestos e prudentes'.

O governo estendeu até o fim de março algumas medidas de restrição e, até o fim de fevereiro, a obrigação para trabalhar de casa.

O ministro da Saúde da Suíça alertou: 'Para sair da pandemia, não há atalho. A vacinação é fundamental, inclusive com a dose de reforço, para proteger contra quadros graves da doença'. Ele também pediu paciência e cautela.

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AGÊNCIA ESTADO

Reino Unido vai retirar obrigatoriedade do uso de máscaras, anuncia Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta quarta-feira, 19, que encerrará na próxima semana as principais restrições contra a disseminação da covid-19 impostas para combater a variante Ômicron. Além disso, em março ele planeja encerrar o isolamento para casos positivos.

A medida, porém, ocorre em meio a pressões depois que a imprensa revelou festas em sua residência oficial durante o lockdown. A partir do dia 27 de janeiro, o uso da máscara deixará de ser obrigatório, o teletrabalho não será oficialmente recomendado e o passaporte sanitário não será obrigatório para ter acesso a discotecas e a grandes aglomerações, anunciou o líder conservador no Parlamento.

"À medida que a covid se torna endêmica, temos que substituir as obrigações legais por conselhos e recomendações", argumentou Johnson. Ele disse que não tinha intenção de estender as regras que impõem o isolamento para casos positivos de covid-19 que expira em 24 de março. Essa data poderia até ser antecipada.

A decisão vai contra o que o primeiro-ministro vinha fazendo no combate à pandemia desde que ele próprio foi infectado em 2020. Desde o fim do ano passado, o país vinha registrando números recordes de casos devido à disseminação da variante Ômicron. Os números dão sinais de queda agora, mas internações ainda preocupam e o número de óbitos foi o maior na última terça-feira, 18, do que o registrado em quase um ano.

Esse relaxamento das medidas não tem razões sanitárias, mas sim políticas. Ele ocorre em meio a um escândalo sobre festas do governo durante o confinamento, que afetou diretamente o primeiro-ministro. Johnson luta para reprimir uma revolta interna de seus próprios legisladores que estão irritados com as festas em Downing Street, o escritório e residência do primeiro-ministro.

Recusa à renunciar
O premiê disse ao Parlamento nesta quarta-feira que não renunciará. Johnson, que em 2019 conquistou o maior número de votos de seu partido em mais de 30 anos com a promessa de "concluir o Brexit", pediu desculpas repetidamente pelas festas e disse que não sabia de muitas delas. No entanto, ele participou do que disse que achava ser um evento de trabalho em 20 de maio de 2020, no qual os convidados foram instruídos a "trazer sua própria bebida".

"Toda semana, o primeiro-ministro oferece defesas absurdas e francamente inacreditáveis aos partidos de Downing Street, e a cada semana isso se desfaz", disse Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista de oposição, ao Parlamento. A pressão sobre o primeiro-ministro cresceu quando um parlamentar conservador desertou para o Partido Trabalhista de oposição e um ex-membro do gabinete de Johnson lhe disse: "Em nome de Deus, vá!"

Voto de desconfiança
Os legisladores conservadores estão julgando se devem abrir um voto de desconfiança contra Johnson em meio à raiva pública pelo escândalo do "partygate". De acordo com as regras do Partido Conservador, um voto de desconfiança no líder do partido pode ser acionado se 54 parlamentares do partido escreverem cartas exigindo isso. Até agora, apenas alguns membros conservadores do Parlamento pediram abertamente que Johnson renuncie, embora se acredite que várias dezenas tenham enviado cartas.

O legislador conservador Andrew Bridgen, que está pedindo uma mudança de liderança, disse acreditar que o limite de 54 assinaturas seria atingido "esta semana", preparando o terreno para um voto de desconfiança em poucos dias. Se Johnson perdesse o voto de confiança entre os 359 legisladores do partido, isso desencadearia uma disputa para substituí-lo como líder conservador. O vencedor também se tornaria primeiro-ministro.

Derrubar Johnson deixaria o Reino Unido no limbo por meses, enquanto o Ocidente lida com a crise da Ucrânia e a quinta maior economia do mundo lida com a onda inflacionária desencadeada pela pandemia de covid-19, com a inflação no Reino Unido subindo para o nível mais alto em quase 30 anos. Os principais rivais dentro do Partido Conservador incluem o Chanceler do Tesouro Rishi Sunak, 41, e a Secretária de Relações Exteriores Liz Truss, 46.

Ao menos 14 festas
Do lockdown anunciado por Johnson no dia 23 de março de 2020, até abril do ano passado, houve pelo menos 14 festas em Downing Street, a sede do governo britânico, no coração de Londres. Uma delas aconteceu na véspera do funeral do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II - o premiê imediatamente pediu desculpas à família real.

Na semana passada, a imprensa britânica noticiou que, uma das festinhas, em maio de 2020, saiu do controle e adentrou a madrugada nos jardins da residência oficial. Um dos convidados, um pouco mais animado, quebrou o balanço de Wilf Johnson, filho de 1 ano do primeiro-ministro. Relatos de alguns frequentadores garantem que uma geladeira especial foi instalada na sala de imprensa para armazenar garrafas de vinho.

O futuro do premiê depende agora do resultado da investigação de Sue Gray, uma alta funcionária do gabinete responsável pelo monitoramento da ética no governo. Aos 64 anos, ela tem reputação de ser independente e fama impecável. Johnson disse aos legisladores que o relatório de Gray seria publicado na próxima semana e instou seu partido a reter o julgamento até então. "Cabe ao inquérito apresentar uma explicação do que aconteceu", disse.

As desculpas de Johnson - nas quais ele reconheceu "erros de julgamento", mas não quebra de regras pessoais - parecem ter enfraquecido, em vez de fortalecido, sua posição no partido. Mesmo os legisladores que apoiaram Johnson dizem que ele teria que renunciar se for descoberto que mentiu. (Com agências internacionais). 

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Planos de saúde serão obrigados a pagar teste rápido, decide ANS

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu na tarde de ontem que os planos de saúde devem cobrir os testes rápidos para detecção de antígeno do coronavírus a todos os beneficiários. A inclusão da testagem no rol de procedimentos obrigatórios foi aprovada por unanimidade durante reunião extraordinária e virtual entre a diretoria colegiada do órgão.

O teste passa a ser disponibilizado para todos os pacientes que apresentem sintomas de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, desde que entre o primeiro e o sétimo dias do início dos sintomas. A janela, segundo os diretores da ANS, teria uma 'melhor resposta no diagnóstico'.

Os planos de saúde não serão obrigados a pagar pelo teste quando o paciente tiver resultado positivo para o coronavírus em teste há até 30 dias ou tiver contactado alguma pessoa infectada, mas esteja assintomático. Crianças com menos de dois anos de idade também não serão incluídas na cobertura dos planos, assim como aqueles que desejam saber o diagnóstico para volta ao trabalho ou suspensão do período de isolamento.

'O covid nos traz restrições e impactos sobre toda a população, tanto no individual quanto no coletivo. A pandemia nos impõe algumas situações e reflexões. Mas, mais do que refletir, nós fomos instados a agir', disse Paulo Rebello, presidente da ANS, durante a reunião.

RECORDE DE CASOS. O Brasil registrou 349 novas mortes pela covid-19 ontem. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 215, mantendo a tendência de crescimento pelo nono dia consecutivo e superando o patamar de 200 pela primeira vez desde o início de dezembro.

O número de novas infecções pelo coronavírus notificadas foi de 205. 310, o maior registro em 24 horas desde o início da pandemia, substituindo o recorde alcançado na véspera, quando mais de 132 mil pessoas foram diagnosticadas com covid-19.

Com isso, a média diária de testes positivos é de 100. 322, também a maior até então, representando um aumento de 487% em relação à de duas semanas atrás.

No total, o Brasil tem 621. 927 mortos e 23. 420. 861 casos da doença.

Mortes por covid

O País registrou ontem 349 novos óbitos, sendo a média diária de 215 na última semana

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Lewandowski manda MP fiscalizar pais antivacina

Ministro do STF dá orientação após questionamento de partido; lei prevê imunização obrigatória quando houver recomendação de autoridades sanitárias

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, oficiou ontem os procuradores-gerais de Justiça dos 26 Estados e do Distrito Federal para que adotem as 'medidas necessárias' para fiscalizar pais que não estão vacinando seus filhos contra a covid-19, inclusive com a eventual aplicação de penalidades. A determinação leva em consideração atribuições do Ministério Público previstas na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em nota, o gabinete do ministro diz que a medida se dá para que os MPs possam verificar se os pais 'estão tendo o devido cuidado' com a saúde das crianças no tema da imunização.

O despacho de Lewandowski ocorre após o partido Rede Sustentabilidade questionar sobre casos de pais antivacina e frisar que o Estatuto da Criança e do Adolescente 'impõe a obrigatoriedade de toda e qualquer vacina nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias'. Ao oficiar o MP em todo o País, o ministro recomendou que os promotores também atuem na 'relevante tarefa de preservar a saúde das crianças' - embora os Conselhos Tutelares sejam os primeiros responsáveis na fiscalização desse tipo de conduta.

De acordo com o ECA, a vacinação é obrigatória nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. Quem descumpre 'os deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda' está sujeito a multa de três a 20 salários - podendo haver, ainda, punições mais severas.

O presidente Jair Bolsonaro, contudo, tem colocado em xeque a segurança e a eficácia da vacina para o grupo de 5 e a 11 anos, na contramão de entidades médicas, científicas e mais de 40 países que aplicam o imunizante nesta faixa etária.

DISCUSSÃO. Alexandre Schneider, pesquisador do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público da FGV, diz que 'não há discussão em relação à obrigatoriedade da vacinação' nas escolas, por causa do posicionamento do STF de 2020, sobre o tema. Ele diz acreditar que, quando houver imunizante disponível para todos, será possível que escolas apliquem medidas para incentivar a vacinação.

'O Supremo na decisão, inclusive, definiu que o Estado pode impor algumas obrigações indiretas como, por exemplo, vetar a presença de pessoas não vacinadas em determinados ambientes', diz. 'A escola pode adotar uma regra de obrigatoriedade da vacina para todos os estudantes que a estejam frequentando. Não é o caso de eventualmente negar a matrícula, mas de garantir com que a frequência à escola seja em aulas presenciais feitas só por crianças e adolescentes vacinados. '

INFORMAÇÃO. Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, o debate sobre se uma criança pode ou não frequentar a escola por não estar vacinada gera polêmica. Quando os pais se negam a imunizar os filhos, a orientação é acionar o Conselho Tutelar - o que ela destaca não ser algo rotineiro para vacinas obrigatórias no País.

'Hoje, essa discussão só aumenta o discurso dos contra vacina e as dúvidas dos pais', diz. 'Temos uma maioria de famílias que pretende vacinar seus filhos e temos uma parte importante, de pelo menos 20%, com dúvidas. ' Para ela o importante é reforçar orientações sobre a vacinação infantil contra a covid, destacando que o imunizante é seguro e eficaz.

IRREGULARIDADES. No âmbito da mesma ação - processo que tratava inicialmente da compra de vacinas, pelo governo federal - Lewandowski solicitou manifestação, em 48 horas, dos Estados e do Distrito Federal sobre supostas irregularidades na vacinação de crianças e adolescentes menores de 18 anos contra a covid-19.

Segundo a Advocacia-Geral da União, o governo teve acesso a informações 'extremamente preocupantes' sobre o registro de aplicação de imunizantes em crianças e adolescentes fora dos padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária'. O órgão sustenta que, segundo o cadastro, doses de outras vacinas teriam sido aplicadas. Além disso, a AGU diz haver registros de que crianças com menos de cinco anos teriam sido vacinadas.

Público-alvo

5 a 1l anos é a nova faixa etária da campanha nacional de imunização contra a covid-19, iniciada na última semana

61 % foi o aumento de internações de crianças e adolescentes pelo novo coronavírus nos últimos dois meses no Estado de São Paulo, conforme dados da Secretaria da Saúde.

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FOLHA DE S.PAULO

Lençóis Paulista suspende vacinação infantil após pai relatar suposta reação

Secretaria estadual diz ser precipitado associar o caso à vacina contra a Covid

A informação de que uma criança apresentou alterações nos batimentos cardíacos após tomar a vacina contra a Covid-19 levou a Prefeitura de Lençóis Paulista, no interior paulista, a suspender nesta quarta-feira (19) a campanha de imunização de crianças.

A decisão foi tomada pelo prefeito Anderson Prado (DEM) depois de circular um relato de que uma criança com asma teria apresentado alterações nos batimentos cardíacos e, segundo relato dos pais, chegou a desmaiar cerca de 12 horas após a aplicação da vacina

A criança foi levada para uma clínica particular e transferida para um hospital em Botucatu, onde permanece sob observação. A Prefeitura de Lençóis Paulista informou que, segundo a família, a criança tem quadro estável e está consciente.

Em nota divulgada nas redes sociais, a prefeitura ainda afirmou que não teve acesso ao prontuário da criança. Mesmo assim, optou por suspender a vacinação infantil por sete dias.

O prefeito informou, no entanto, que pais ou responsáveis que procurarem espontaneamente a rede poderão vacinar os filhos.

A campanha de vacinação infantil foi iniciada nesta terça (18) e 46 crianças já haviam sido vacinadas no município. Segundo a prefeitura, elas serão monitoradas por técnicos da saúde, que vão atestar se houve ou não alguma nova reação indesejada.

Com cerca de 70 mil habitantes, a cidade tem 6.430 crianças de 5 a 11 anos.

O prefeito explicou que a decisão de suspender a campanha de vacinação para crianças foi tomada em reunião extraordinária do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município, realizada na tarde desta quarta.

"O Comitê deixa claro que não existe dúvida sobre a importância da vacinação infantil. Mas, diante do ocorrido, será dado esse prazo para o acompanhamento e monitoramento diário das 46 crianças lençoenses vacinadas até o momento", disse o prefeito em nota.

Ele afirmou que o prazo é necessário para aprofundamento sobre o caso de envio de relatórios aos órgãos de controle federais e estaduais: "A Secretaria de Saúde está solicitando autorização para acesso ao prontuário médico, uma vez que o atendimento ocorreu na rede privada", acrescenta.

Antes da reunião do comitê, a prefeitura já havia publicado uma nota nas redes sociais oficiais da relatando o caso.

Na nota, a prefeitura afirma que não teve acesso ao prontuário médico e, portanto, não tinha certeza se o quadro clínico da criança seria um efeito da aplicação da vacina.

A decisão do prefeito provocou reações nas redes sociais. Mas também ganhou o apoio de parcela da população, que informou que não mais vacinaria os seus filhos.

O prefeito defendeu a divulgação do caso nas redes da prefeitura: "Não há nada de alarmismo nessa medida. A decisão de tornar o caso público foi totalmente acertada e uma forma de mostrar transparência das medidas adotadas pela Administração", disse o prefeito.

O prefeito Anderson Prado publicou nesta terça-feira (19) em suas redes sociais um vídeo em que é cumprimentado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) por ter conseguido junto ao Ministério da Saúde um lote de 10 mil testes para Covid-19 para a cidade.

Nesta semana, Zambelli enviou ofício ao ministério e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em que pede a suspensão da vacinação infantil "até a reavaliação de segurança".

O prefeito afirmou não ter nenhuma relação com Zambelli. Disse que sempre foi à favor da vacina e que também é favorável à vacinação infantil. Mas defendeu ser prudente suspender a vacinação e avaliar os efeitos nas crianças já imunizadas.

A Secretaria de Estado da Saúde disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes, impactando diretamente na redução de casos graves e internações por Covid-19.

A pasta estadual informou ainda que o Centro de Vigilância Epidemiológica está acompanhando e analisará o caso de Lençóis Paulista. Ainda informou que todos os casos de eventos adversos são examinados por uma comissão de especialistas antes de qualquer confirmação.

"É, portanto, precipitado e irresponsável afirmar que o caso do município está associado a vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante", afirma a secretaria.

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Em recorde, Brasil supera 200 mil casos em único dia

São Paulo O Brasil, pelo segundo dia consecutivo, registrou recordes de casos de Covid. Nesta quarta-feira (19), foram 205. 310 infecções documentadas, maior valor observado em um único dia. A média móvel de casos também atingiu o recorde de toda a pandemia e agora é de 100. 322 infecções por dia, valor 487% maior do que o dado de duas semanas atrás.

Na terça (18), foram registrados 132. 254 casos de Covid.

Além do crescimento de casos, as mortes também aumentaram. Nesta quarta, foram registrados 349 óbitos e a média móvel chegou a 215 vidas perdidas por dia, aumento de 114%, também em relação aos dados de duas semanas atrás.

O elevado valor de infecções se deve, em especial aos dados do Rio de Janeiro, que registrou sozinho 69. 223 casos. O estado não apresentou explicações para o número.

Com os dados desta quarta, o país chegou a 621. 927 vidas perdidas e a 23. 420. 861 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia. Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de

Saúde estaduais.

Os dados da vacinação contra a Covid-19 estão afetados pelo ataque hacker ao sistema do Ministério da Saúde, ocorrido em dezembro, com diversos estados sem atualização. De toda forma, as informações foram ao menos parcialmente atualizadas em 15 estados e no Distrito Federal.

Nesta semana, o consórcio de veículos de imprensa atualizou os números de população brasileira usados para calcular o percentual de pessoas vacinadas no país. Agora, os dados usados são a projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2022. Todos os números passam a ser calculados de acordo com esses valores, inclusive os do ano passado. Por isso, os percentuais de pessoas vacinadas podem apresentar alguma divergência em relação aos números publicados anteriormente.

O Brasil registrou 1. 689. 540 doses de vacinas contra Covid-19, nesta quarta-feira. De acordo com dados das secretarias estaduais de Saúde, foram 153. 477 primeiras doses, 198. 979 segundas doses. Além disso, foram registradas 1. 440. 750 doses de reforço.

As doses únicas ficaram com dados negativos (-103. 666). Isso ocorreu devido a revisões no Amapá (-5-455), Bahia (-31), Ceará 83. 959), Distrito Federal (-39), Maranhão (-133), Minas Gerais (-92) e, principalmente, Rio Grande do Sul (-95. 400).

Ao todo, 162. 418. 676 pessoas receberam pelo menos a primeira dose de uma vacina contra a Covid no Brasil -142. 752. 088 delas já receberam a segunda dose do imunizante. Somadas as doses únicas da vacina da Janssen contra a Covid, já são 147. 754. 119 pessoas com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen.

Assim, o país já tem 75, 60% da população com a 1º dose e 68, 78% dos brasileiros com as duas doses ou com uma dose da vacina da Janssen. Considerando somente a população adulta, os valores são, respectivamente, de 100, 40% ? 91, 33%.

Mesmo quem recebeu as duas doses ou uma dose da vacina da Janssen deve manter cuidados básicos, como uso de máscara e distanciamento social, afirmam especialistas.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

205. 310 número de casos registrados nesta quarta

100. 322 média móvel de novas infecções por dia; valor é 487% maior do que o dado de duas semanas atrás

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Anvisa adia liberação de autoteste e cobra mais dados da Saúde

BRASÍLIA A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não aprovou nesta quarta (19), por 4 votos a 1, o uso de autoteste de Covid-19 no Brasil.

A decisão ocorre no momento em que há uma explosão da procura por testes da Covid com o avanço da variante ômicron. Laboratórios privados têm relatado falta de exames.

A leitura foi de que a nota técnica do Ministério da Saúde apresentava lacunas, por exemplo, sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.

Os diretores aprovaram a realização de diligências adicionais e a retomada da votação sobre o tema em até 15 dias.

Na quinta (13), a pasta pediu para a agência liberar esse tipo de exame, que pode ser feito em casa. Seu uso é vetado por uma resolução de2015.

Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. A pasta já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.

A diretora relatora, Cristiane Rose Jourdan Gomes, foi a única que sinalizou positivamente a aprovação do autoteste mesmo sem política pública por parte do ministério.

Ela entendeu que que tal regulamentação pode ser editada em medida de excepcionalidade para garantir maior acesso da população a testagem, e consequentemente, identificar, isolar e minimizar a transitabilidade da variante ômicron independentemente da ação de política pública.

'Considerando o contexto pandêmico que vivemos, o uso dos autotestes pode representar uma estratégia de triagem, uma vez que poderia iniciar rapidamente os casos positivos e as ações necessárias para interrupção da cadeia de transmissão', disse.

'Trata-se de uma medida adicional que amplia o acesso a testagem a fim de prevenir a transmissão de Covid junto com a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social', afirmou Gomes.

Ela citou algumas medidas que deveriam ser tomadas, como a exigência de uma linguagem clara ao público com alertas, precauções, como realizar a coleta adequada e a execução do teste.

Gomes disse ainda que se deve alertar que o teste negativo não eliminaria a possibilidade de infecção do vírus e pediu a criação de um canal para atender ao usuário.

Os outros diretores seguiram o voto do diretor Rômison Mota. No seu voto, ele disse que não houve uma formalização da inclusão da auto testagem como política pública pelo Ministério da Saúde. Na sua visão, tal formalização é condição da que seja afastada a vedação.

'Outros países que adotaram o teste fora do ambiente laboratorial, além de possuir critério sanitário direcionado a tais situações, estabeleceram políticas públicas na perspectiva de combate à disseminação do coronavírus'

Os diretores esclareceram que, conforme entendimento da Procuradoria Federal junto à Anvisa, a nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde não cumpre todos os requisitos necessários a uma política pública.

Em razão disso, a diretoria responsável pela análise do processo havia encaminhado pedido de esclarecimentos adicionais ao ministério na terça (18) e aguarda resposta.

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que há diversas lacunas a serem respondidas. Há preocupação por 1parte da agência, por exemplo, sobre a compilação de dados e a transformação de dados compilados em notificação capaz de gerar todo o tratamento estatístico necessário.

O ministro da Saúde, Mar celo Queiroga, afirmou que irá se manifestar sobre a cobrança feita pela Anvisa quando tiver acesso ao inteiro teor da decisão.

'A posição do Ministério da Saúde acerca do autoteste é clara, como é tudo aqui no governo do presidente Jair Bolsonaro [PL]. Nós já nos manifestamos favoráveis à venda de autotestes nas farmácias', disse após assinar, em evento no ministério, portaria que libera R$104 MILHÕES para municípios atingidos pelas chuvas na Bahia.

'Em relação à política pública, a política são os testes na atenção primária. E nós estamos distribuindo testes para os municípios para que eles realizem testes na atenção primária', afirmou.

Na sequência, o ministro voltou a se manifestar em redes sociais. 'Vamos complementar as informações solicitadas pela Anvisa. Em relação aos testes no SUS, as demandas têm sido atendidas', escreveu Queiroga. Segundo ele, foram enviados 15 milhões detestes.

Como a Folha mostrou, o presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa, disse que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia.

Outros países que adotaram o teste fora do ambiente laboratorial, além de possuir critério sanitário direcionado a tais situações, estabeleceram políticas públicas na perspectiva de combate à disseminação do coronavírus

Rômison Mota diretor da Anvisa

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O GLOBO

Governo quer lançar uma plataforma 'Open Health' para reduzir custos

Compartilhamento seria similar ao de dados entre os bancos. Especialistas lembram que não há prontuário unificado no país

O Ministério da Saúde planeja a criação de um modelo de compartilhamento de dados entre planos de saúde para ampliar a concorrência no setor de saúde suplementar, conforme informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim no último fim de semana. A ideia é que o 'Open Health' funcione nos moldes do que acontece com os bancos no Open Banking, que permite ao consumidor compartilhar dados com quais bancos desejar, possibilitando a oferta de produtos personalizados.

Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o projeto já recebeu aval do presidente Jair Bolsonaro. O governo estuda fazer uma medida provisória sobre o tema, disse o ministro. Uma das consequências citadas por Queiroga seria reduzir o tempo necessário para a portabilidade entre planos.

A plataforma reuniria registros de pacientes e indicadores de saúde, que seriam compartilhados entre as empresas. Assim, diz o ministro, operadoras poderiam oferecer planos adequados ao perfil de cada cliente, com preços menores para aqueles que usam menos o sistema de saúde. Além disso, com o esperado aumento da oferta de planos, haveria menos pressão sobre o sistema público de saúde. Procurado pelo GLOBO, o ministério, porém, não esclareceu até o fechamento desta edição como os dados seriam compilados, uma vez que não existe um prontuário unificado de saúde no país.

ALCANCE DA MEDIDA

No caso do sistema financeiro, os dados de crédito estão reunidos em plataformas privadas, e o Open Banking demanda adesão do usuário.

Representantes do setor de saúde receberam a proposta com surpresa e ponderam que a medida pode, de fato, aumentar a concorrência no setor, porém há risco de segregação de beneficiários que dependem mais do plano, coma adoção de preços maiores, e reforçam que não há prontuário unificado no país.

Para José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), parte dos usuários pode ter resistência a compartilhar seu prontuário médico, principalmente se há algum problema de saúde, mas bons hábitos também podem servir como indicador, como prática de esportes e alimentação. Do ponto de vista do negócio, ele vê ganhos:

- Com conhecimento dos dados da carteira de usuários do outro, as operadoras poderiam 'pescar no aquário', oferecer o que fazem melhor por um custo menor. Mas é preciso fazer uma análise criteriosa para entender as consequências.

Para Mário Scheffer, especialista em saúde e professor da faculdade de Medicinada USP, a proposta do governo pode prejudicar quem já tem algum tipo de doença ou comorbidade:

-A circulação livre de dados dos pacientes entre as operadoras serve para que façam seleção de risco, escolham pessoas que não têm doença e para justificar a venda de planos 'customizados' de menor cobertura.

Há dúvidas ainda sobre o alcance da medida. Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), lembra que na saúde os dados são muito descentralizados, pois não há sistema de prontuário único. Além disso, os planos de saúde individuais representam apenas 20% do mercado.

- Não sei se o compartilhamento desses dados seria suficiente para aumentar a oferta de planos individuais, já que o grande entrave é mesmo a aplicação de reajuste pela média do mercado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) - disse Casarotti, lembrando que não é permitido fazer diferenciação de preço de entrada nos planos nem recusar cliente se o produto estiver à venda.

Alexandre Putini, diretor de Transformação Digital, Inovação e Advanced Analytics da SulAmérica, diz que o sistema teria impacto positivo na velocidade e qualidade de atendimento e na redução da inflação médica, com mais eficiência em prescrições e exames.

- Veremos muita inovação, produtos e serviços 'digital', muito amparados por novas tecnologias e redes de alta velocidade habilitando experiências incríveis, algumas delas em tempo real.

Para Carlos Eduardo Fernandes, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), o maior risco é a segregação de quem precisa de um cuidado mais intensivo: - O sistema pode vir travestido de benefícios, mas me preocupa a vulnerabilidade dessa população. A exposição de dados aos planos aumenta o risco de segregação.

'Com conhecimento dos dados da carteira de usuários, as operadoras poderiam 'pescar no aquário; oferecer o que fazem melhor por custo menor' José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar '

'A circulação livre de dados dos pacientes entre as operadoras serve para que façam seleção de risco, escolham pessoas que não têm doença' Mário Scheffer, especialista em saúde e professor da faculdade de Medicina da USP

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Em SP, cresce internação por Covid entre menores de 18

Aumento de ocupação de UTIs foi de 61% nos dois últimos meses, de acordo com dados do governo do estado

A internação de crianças e adolescentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido à Covid-19 aumentou 61% nos últimos dois meses. Segundo o governo do estado, em 15 de novembro de 2021 havia 106 menores de idade em UTI. Já na segunda-feira desta semana, o número chegava a 171 internados em estado grave.

- Esse aumento mostra a necessidade de acelerar a vacinação nesta faixa etária -afirmou o governador João Doria, em coletiva realizada ontem.

A expectativa do governo de São Paulo é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere a aplicação da vacina Corona-Vac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade ainda hoje, numa reunião prevista para as 10 horas da manhã. Se aprovada, a vacinação começará imediatamente, prometeu Doria.

PRONTA-ENTREGA

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, que fabrica a CoronaVac no Brasil, informou que o laboratório játem 15 milhões de doses prontas para aplicação em crianças e adolescentes, das quais 10 milhões deverão ser utilizadas nos 645 municípios de São Paulo.

As doses de CoronaVac também poderão ser negociadas com o governo federal, caso o Ministério da Saúde solicite, ou com governos de outros estados. Por enquanto, o governo liberou apenas 10% da quantidade necessária de vacinas para imunizar, com Pfizer, as crianças de 5 a 11 anos em todo o país.

-A CoronaVac tem o melhor perfil de segurança para essa faixa etária. É absolutamente segura e temos confiança que a Anvisa deverá aprovar -disse Covas.

Coordenadora do programa de vacinação em São Paulo, Regiane de Paula informou que, tendo vacina disponível, os municípios terão condições de aplicar 250 mil doses diariamente.

A vacina produzida pelo Butantan é indicada para crianças a partir de 3 anos de idade. Já a vacina pediátrica da Pfizer, adotada pelo governo federal, pode ser aplicada em crianças a partir de 5 anos.

São Paulo tem hoje 2.842 pessoas internadas em UTI. Apesar do aumento ocorrido a partir do início do ano, o número de internações ainda está bem abaixo dos períodos de pico: 6.500 na primeira onda e 13.150 na segunda onda.

'GALINHA VACINADINHA'

Na terça-feira, o governo de São Paulo lançou uma campanha que traz a personagem Galinha Pintadinha se vacinando contra a Covid-19, para incentivar a imunização de crianças. Na peça publicitária, após receber a primeira dose, a penosa se transforma em "Galinha Vacinadinha".

O vídeo de 30 segundos será exibido nos canais de televisão, portais e redes sociais até o dia 31 de janeiro. Além da Galinha Vacinadinha, a ação exibe outros personagens representando médicos e cientistas.

"A peça destaca que a ciência, através de diversos estudos, trabalhou no combate a pandemia e garantiu a vacinação para toda a população, inclusive, a imunização para mais de 4 milhões de crianças", disse o governo, em nota.

Ainda de acordo com o governo de São Paulo, a paródia musical é um incentivo para que pais e responsáveis acompanhem o calendário vacinai e levem seus filhos ao posto mais próximo de casa para serem imunizados.

A vacinação infantil no estado começou na sexta-feira passada, após a entrega do lote inicial de 234 mil vacinas pediátricas da Pfizer. O menino indígena Davi Seremramiwe Xavan-te, de 8 anos e portador de uma deficiência motora, foi a primeira criança a receber a vacina no Brasil.

Esta não é a primeira vez que o governo faz referência a desenhos, filmes ou séries em suas campanhas. Anteriormente já foram usados 'Harry Potter', 'Elite' e 'High School Musical'. A estratégia também já foi adotada por políticos, como a deputada Joice Hasselmann, que usou a 'Miss Piggy', em alusão à personagem Peppa Pig, durante o último pleito, no qual concorria à prefeitura de São Paulo.

Espera incansável. Expectativa do governo de São Paulo é que Anvisa libere CoronaVac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade ainda hoje

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É #FAKE que Drauzio Varella escreveu texto ensinando como socorrer crianças em caso de mal súbito

Médico não escreveu coluna com esse teor. A imagem falsa serve de mote para legendas que alegam que as vacinas contra a Covid-19 para crianças são prejudiciais à saúde. A Anvisa atesta que as vacinas são seguras. Além disso, a bula do imunizante não cita os efeitos alegados na mensagem viral.

RIO - Circula nas redes sociais uma imagem que imita o aspecto da coluna do médico Drauzio Varella no jornal "Folha de S.Paulo" com o seguinte título: "Como socorrer seu filho pequeno caso ele tenha um mal súbito". É #FAKE.

A suposta coluna mostra uma foto de uma criança sendo socorrida e a seguinte frase abaixo do título: "Má alimentação, vida sedentária e aquecimento global podem contribuir para o problema".

A imagem é uma montagem. Drauzio Varella não escreveu uma coluna com esse título. "É fake. Nunca escrevi essa idiotice", disse o médico ao Fato ou Fake.

Drauzio também desmentiu a mensagem falsa em suas redes sociais verificadas e em seu site oficial. "A imagem e a coluna não são verdadeiras. As fake news são um problema grave, e não podemos ser ingênuos. Verifique antes de compartilhar", afirma uma publicação em sua conta do Twitter.

Está rolando por aqui, o print de uma suposta coluna do dr. Drauzio que teria sido publicada no dia 12/01, na Folha de S.Paulo.

A imagem e a coluna NÃO SÃO VERDADEIRAS.

As fake news são um problema grave, e não podemos ser ingênuos. Verifique antes de compartilhar.

- Portal Drauzio (@drauziovarella) January 17, 2022

A Folha também publicou em seu perfil verificado no Facebook uma checagem da Agência Lupa que desmente que Drauzio tenha escrito uma coluna com esse título.

Detalhes revelam a inconsistência da mensagem falsa. A imagem apresenta data de 12 de janeiro de 2022. Mas a coluna real de Drauzio publicada neste dia é intitulada "No combate a Covid e influenza, enfermeiras são linha de frente da saúde".

Além disso, a imagem falsa apresenta Drauzio como médico e jornalista. Mas a coluna verdadeira dele na Folha o apresenta como "médico cancerologista, autor de 'Estação Carandiru'.'

Fake usada para criticar vacinação infantil

A imagem falsa serve de mote para legendas que alegam que as vacinas contra a Covid-19 para crianças são prejudiciais à saúde delas.

"Pais, se preparem, porque a partir dessa segunda-feira o aquecimento global vai causar muitas mortes de crianças por mal súbito", diz uma delas. De forma irônica, a mensagem troca o termo "vacina" por "aquecimento global".

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas contra a Covid são seguras. A agência autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Também participaram da avaliação feita pela Anvisa especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.

A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.

Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos. A bula da Pfizer não cita mal súbito ou ataques cardíacos entre os possíveis efeitos adversos da vacina.

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PORTAL UOL

Sem apagão, registros de óbito pela covid em cartórios saltam 81% em 2022

Depois de nove meses seguidos de queda no número de registros de óbitos pela covid-19, o mês de janeiro já marca uma reversão na tendência. Os cartórios de registro civil do país contabilizavam, até as 19h de quarta-feira (19), um aumento de 81% na média móvel de mortes diárias pela doença.

O número estava em 102 no dia 31 de dezembro, o menor desde março de 2020. Passou para 183 em 16 de janeiro, o mais alto desde 11 de novembro de 2021.

Os dados, ainda preliminares, já apontam que a média móvel cresce a passos largos em meio à terceira onda da pandemia no país, marcada pela disseminação da variante ômicron.

Total de mortes sobe, mas patamar é mais baixo

O número de mortes, no entanto, deve ficar longe de se aproximar dos alcançados na segunda onda de covid no país. Em 30 de março do ano passado, a média móvel diária de mortes registrada pelos cartórios ficou em 3.413.

"Vamos ter um número significantemente menor em comparação ao ano anterior", diz Juliane Fonseca de Oliveira, pesquisadora do CIDAC (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde) da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O país tem quase 70% da população com o ciclo vacinal completo contra covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte. Mesmo após o recorde de mais de 200 mil casos confirmados no país ontem, as internações cresceram em um ritmo menos acelerado -assim como deve ocorrer com as mortes.

Uma média baixa também está sendo observada em outros países que também estão sendo bastante afetados pela circulação do ômicron, o que prova o efeito da proteção da vacina. Mas ainda é cedo: a gente precisa acompanhar para ver se vamos manter a proteção e entender o quão ela é eficaz diante da ômicron".

Juliane Fonseca de Oliveira, Fiocruz

Mortes causadas pela covid-19:

Apesar dos dados dos cartórios ainda serem parciais, a tendência é que janeiro registre um aumento de mortes em relação ao mês anterior, algo que não ocorria desde março em relação a fevereiro de 2021. Em todo o mês de dezembro do ano passado, os cartórios registraram 3.341 óbitos. Este mês, até ontem, eram 2.768.

Os dados do Portal da Transparência da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais) têm como base a causa mortis apontada pelo médico na declaração de óbito. Além disso, o número de mortes se refere à data do óbito, diferente dos estados (que abastecem o Ministério da Saúde e o consórcio de imprensa) -que se referem à data da inclusão do óbito no sistema.

"Os números já mostram uma elevação nos óbitos em janeiro, na comparação com os dados de dezembro, chegando ao pico de mais de 80% no dia 16 de janeiro, ainda dentro de um prazo em que podem ser lançados mais registros na plataforma", disse Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen/Brasil.

O prazo total para recepção dos dados dos cartórios e inclusão no portal é de até 15 dias, ou seja, os números dos últimos dias janeiro ainda podem subir.

Outro dado do portal é que as mortes pela covid-19 cresceram de forma desigual pelo país, com maior aumento nos estados que primeiro detectaram a circulação da variante ômicron.

O Rio de Janeiro teve o maior crescimento, de 933%, indo de 3 para 31 entre o último dia do ano passado e o dia 17 deste mês.

Mortes no Rio:

Em São Paulo, também houve uma alta acima da média nacional. A média móvel de sete dias mais que dobrou este ano: de 24 (em 31 de dezembro) para 57 (em 14 de janeiro). As internações de crianças e adolescentes no estado cresceram 61% entre novembro e janeiro, informou ontem o governador João Doria.

Apagão impediu prever alta

Para especialistas em análise de dados ouvidos pelo UOL, a curva de ascensão de casos e internações -que resultou na alta de mortes- não pôde completamente percebida porque ocorreu justamente no período de apagão de dados do Ministério da Saúde.

Juliane Oliveira explica que a estimativa é que o número de óbitos provocados pela covid-19 comece a subir em torno de 15 dias após a alta o número de casos.

"O apagão de dados demonstra também um colapso no acompanhamento do risco da pandemia como um todo. Esses dados do registro civil com crescimento [de mortes] na primeira semana de janeiro demonstra que falhamos em prever o impacto da ômicron, que é a variante que mais causava risco no aumento de casos no final do ano", aponta.

A ferramenta mais importante para essa medição é o Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), usado para que municípios reportem casos graves, internações e mortes por Influenza ou covid-19. A plataforma ficou sem dados entre 30 de novembro de 2011 (data da última atualização antes do ataque hacker) até a volta, no dia 14 de janeiro.

Um ponto que é importante destacar é que, como houve esse apagão do número de casos, temos um cenário de subnotificação que não somente está relacionado com os casos, mas muito provavelmente relacionado ao número de óbitos. Essa subnotificação também precisa ser estudada e estimada".

Juliane Fonseca de Oliveira, Fiocruz

Após o retorno do acesso aos dados do Sivep-Gripe, a Rede Análise Covid-19 remontou sua plataforma de dados com números de internações pelo país --e, só então, viu que elas cresceram durante o período de apagão.

"Os dados Sivep-Gripe mostram que a reversão de tendência de SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave] aconteceu bem no período do apagão. Essa inversão começou a ocorrer ainda no final de 2021, quando a média diária de mortes parou de cair", explica Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede.

Ele também destaca que, como a doença deve ter um novo comportamento na sociedade, é difícil estimar um teto de óbitos que ela pode chegar, por exemplo. "Agora temos variante nova, vacinas, comportamento diferente da população", finaliza.

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CNN BRASIL

Goiás recebe vacinas pediátricas contra a Covid-19 fora da temperatura adequada

Ministério da Saúde orientou que o estado não distribua as doses até a conclusão da análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)

A equipe técnica da Central Estadual de Rede de Frio de Goiás (CERF-GO) constatou, nesta quarta-feira (19), um erro na temperatura das caixas que armazenavam 44.300 doses da vacina pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 transportadas pelo Ministério da Saúde.

A partir do parecer, a Secretaria da Saúde de Goiás notificou o órgão do governo federal 'visto que ele é o responsável por toda a logística de envio dos imunobiológicos aos estados'. É aguardada pela pasta a decisão sobre a liberação ou não dos imunizantes.

Com o caso, a distribuição das vacinas que chegaram na terça-feira (18) foi suspensa. A campanha no estado continua com a remessa que chegou na última sexta-feira (14).

Procurado pela CNN, o Ministério da Saúde 'informa que foi notificado e investiga o caso'. A pasta orientou Goiás a não 'distribuir as doses aos municípios, até a conclusão da análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).'

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JORNAL OPÇÃO

Estudo genético mostra que infecção da sífilis está de volta

Por Rafaela Ferreira

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revela que um total de 64.301 casos de sífilis adquirida foi registrado no primeiro semestre de 2021. Pesquisadores descobriram duas linhagens da infecção e as duas estão circulando atualmente em 12 países

Durante décadas, a infecção sexualmente transmissível (IST) silenciosa e sistêmica da Sífilis diminui nos anos 1980 e 1990. Isto ocorreu em decorrência, em parte, das práticas sexuais mais seguras na esteira da epidemia de HIV/Aids. Porém, recentemente, no Brasil, o número de casos desta IST parece aumentar. Segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde (MS), cerca de 64.300 casos foram registrados no Brasil somente no primeiro semestre de 2021. O número é 16 vezes maior do que em todo o ano de 2010, quando 3.936 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

Em um levantamento realizado pela CNN Brasil, mostrou que o Centro-Oeste aparece com 7% dos casos totais de todo país, sendo a última do ranking. Desta forma, o Centro-Oeste segue o Sudeste que representa cerca de 45% dos casos, em seguida, aparecem o Sul (22%), Nordeste (16,5%), Norte com 8%. 

Mesmo com uma baixa expressiva, em comparação com as outras regiões do país, os casos de sífilis seguem sim uma ascensão no estado. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no período entre 2010 e 2029 foram detectados 25.616 casos de sífilis adquirida, 12.707 casos em gestantes e 2.385 casos de sífilis congênita no estado. Os casos concentram-se na população masculina (65%) e na faixa etária de 20 a 29 anos.

Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, é possível observar que no ano de 2020, comparado ao ano de 2019, houve redução de todas as taxas: 26,6% na taxa de detecção de sífilis adquirida, 9,4% na taxa de incidência de sífilis congênita e 0,9% na taxa de detecção em gestantes. A redução no número de casos pode decorrer de uma subnotificação dos casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) devido à mobilização local dos profissionais de saúde ocasionada pela pandemia.

A sífilis tem cura e o tratamento é simples, por meio de uma a três doses de penicilina, dependendo da fase da doença, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Quando não é tratada, a bactéria permanece no organismo e a doença evolui para os estágios de sífilis secundária, quando podem ocorrer manchas, pápulas e outras lesões no corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e línguas. Além disso, pode acarretar também na sífilis latente, fase assintomática, quando não aparece mais nenhum sinal ou sintoma. Após o período de latência, que dura de dois a 40 anos, a doença evolui para a sífilis terciária, uma condição grave que leva à disfunção de vários órgãos e pode provocar a morte do paciente. Costuma apresentar lesões ulceradas na pele, além de complicações ósseas, cardiovasculares e neurológicas.

Pesquisa

Em um mapeamento sobre o ressurgimento da doença em todo o mundo, pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM, na sigla em inglês), Instituto Wellcome Sanger, Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, foi considerado o maior e mais abrangente estudo dos genomas da sífilis até hoje e fornece dados sobre como as cepas estão se movendo ao redor do mundo. 

A pesquisa intitulada “Global phylogeny of Treponema pallidum lineages reveals recent expansion and spread of contemporary syphilis“ revelou que a equipe descobriu que todas as amostras vieram de apenas duas linhagens profundamente ramificadas, Nichols e SS14. Ambas as linhagens estão circulando atualmente em 12 dos 23 países amostrados, e amostras quase idênticas estiveram presentes em 14 desses países. Também foram encontradas algumas sub-linhagens mais raras, como cepas únicas ou privadas de um único país. Embora isso possa ser esperado em locais com pouca amostragem e geograficamente distantes, como Cuba, Haiti, México e Zimbábue, a pesquisa mostrou que a maioria das sub-linhagens privadas e cepas únicas eram, na verdade, do Canadá, Reino Unido ou EUA, sugerindo que uma amostragem mais profunda em outros lugares também pode encontrar uma nova diversidade.

O Dr. Mathew Beale, do Instituto Wellcome Sanger, primeiro autor do estudo, explica que foram encontradas evidências de transmissão generalizada de cepas entre países e que a maioria das cepas de todo o mundo são extremamente semelhantes. “Isso porque compartilham uma fonte comum que data de apenas algumas décadas (final dos anos 1990 / início dos anos 2000). Embora também tenhamos sequenciado algumas cepas mais antigas, elas não estão intimamente relacionadas à sífilis atual e parece que novas cepas (linhagens) de sífilis substituíram as mais antigas”, ressalta. 

Ainda segundo o pesquisador, as linhagens de sífilis dominantes que infectavam pacientes antes de 1983 não são as mesmas que infectam hoje. “Nossa análise mostra um gargalo populacional ocorrido no final da década de 1990 que indica um grande declínio no tamanho da população de T. pallidum, provavelmente como resultado da crise de HIV / Aids”, destaca. Para ele, isso acende um alerta do ponto de vista da saúde pública. “O preocupante é que a presença de amostras quase idênticas em vários países sugere que a doença está sendo transmitida internacionalmente de forma regular. A sífilis está de volta e é global”, atenta o Dr. Beale.

Para realizar o levantamento, os pesquisadores utilizaram 726 amostras de sífilis de 23 países, as quais incluíram áreas bem amostradas, como Estados Unidos e Europa Ocidental, além de regiões mal amostradas, como Ásia Central, Austrália e África. O estudo é um recurso valioso para a compreensão da diversidade genética do T. pallidum que pode ter implicações para o desenvolvimento de vacinas e resistência aos medicamentos. Além disso, o estudo também mostra a associação com o aumento da sífilis congênita, que decorre do aumento do número geral de casos. 

Atualmente, uma limitação da pesquisa é o número muito limitado de amostras de certas partes do mundo, incluindo a América Latina. Não há genomas disponíveis atualmente no Brasil e por isso a equipe está em busca de laboratórios no Brasil ou países vizinhos que tenham interesse em colaborar com a genômica da sífilis.

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Trombose: entenda a relação da doença com o Covid-19 e as vacinas contra o vírus

Por Gabriella Oliveira

Com a pandemia, casos de trombose tem aumentado, gerando dúvidas e medos em relação ao vírus e seu imunizante

Desde o surgimento do vírus Sars-CoV-2, em dezembro de 2019, os casos de trombose vêm aumentando em pacientes que se contaminaram com a doença e também em uma pequena parcela de pessoas que tomaram o imunizante que protege o corpo do vírus. Diante dos casos, muitas dúvidas e polêmicas foram criadas em torno do Covid-19 e das vacinas, por isso médicos e cientistas especialistas realizaram uma série de pesquisas para descobrir a relação entre os três fatores.

A trombose é um problema circulatório que se dá quando um coágulo, parcial ou total, se forma nos vasos sanguíneos, veias ou artérias, limitando o fluxo normal do sangue. “Em relação a Covid-19 nós sabemos que ele tem relação com a trombose, porque ele aumenta a coagulação sanguínea. Então, em determinados momentos, nós temos que entrar com anticoagulantes nos pacientes”, explica o infectologista Marcelo Daher.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a trombose acomete cerca de um terço dos pacientes internados com Covid-19 e, normalmente, são casos de trombocitopenia, ou seja, a produção de plaquetas diminuem no sangue formando uma coagulação, uma trombose, aumentando a produção de trombos. Essa sequela do vírus pode acometer qualquer pessoa, de qualquer idade, mesmo que o paciente não tenha pré-disposição a problemas circulatórios. Contudo, como esclarece Daher, “não é exclusividade do Covid-19 apresentar alguma sequela trombótica, outras doenças graves também podem desenvolver”.

Em relação as vacinas, tanto a bula da Astrazeneca quanto a da Janssen, alertam para “trombose em combinação com trombocitopenia” como efeito colateral de ter tomado o imunizante, reiterando que são raros os casos. As duas tem tecnologia semelhante em sua fórmula, chamada de vetor de adenovírus, que seria o causador da possível trombose. De acordo com o Ministério da Saúde, na Europa os casos de pessoas que desenvolveram esse efeito colateral foi de 1 a 8 milhão de casos por indivíduo, ou seja, menos de 0,008%. Sendo assim, como concluiu um estudo feito pela The British Medical Journal (The BMJ), no Reino Unido, as chances de desenvolver coágulos sanguíneos é maior ao ser infectado pelo novo coronavírus do que ao receber uma vacina contra Covid-19.

A trombocitopenia, causada pela aplicação da vacina, pode aparecer após 4 a 52 dias depois que o indivíduo tomou a primeira dose, sendo muito pouco provável que a doença venha a se desenvolver após esse período ou após a segunda dose. As pessoas mais suscetíveis a ter esse efeito colateral da vacina, como explicou Marcelo Daher, seriam mulheres na idade fértil. “Por isso, a Inglaterra passou a dar preferência de usar essa vacina em mulheres a partir de 40 anos de idade”, explica o infectologista. E gestantes, por terem uma pré-disposição a enfrentarem problemas circulatórios, também estariam dentro desse risco, por conta disso que a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi que as grávidas se vacinem com o imunizante Pfizer.

Os sintomas de uma trombocitopenia, incluem falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente e sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves. Caso uma pessoa apresente esses sintomas dentre o período citado (de 4 a 52 dias após tomar a primeira ou segunda dose), deverá se encaminhar a um centro de saúde para que exames sejam feitos e o tratamento realizado o mais rápido possível.

A Anvisa, lançou uma nota em que reitera que “os benefícios das vacinas da AstraZeneca e da Janssen superam os riscos do uso desses produtos e (a Agência) mantém a recomendação da continuidade da vacinação com os imunizantes, dentro das indicações descritas na bula.” A Anvisa lembra que os casos de trombose após receber a vacina são raros e que “é fundamental a identificação precoce dos casos e a implementação urgente de terapia adequada” para quem apresentar os sintomas da trombocitopenia.

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PORTAL G1 GOIÁS

Vendedora relata sofrimento e seios deformados após cirurgia de implantes em Goiânia: 'Traumatizada'

Processo pede R$ 180 mil ao cirurgião e à clínica em indenização por danos morais e materiais à paciente. Defesa afirma que os acusados prestaram atendimento adequado.

Uma vendedora de 40 anos conta que sofreu com dores intensas e ficou com os seios deformados após cirugia para colocar próteses de silicone, em Goiânia. Segundo ela, o que um dia foi um sonho se tornou fonte de medo e decepção, por isso, entrou com um processo pedindo R$ 180 mil de indenização por danos morais e materiais contra o cirurgião e a clínica onde fez a operação.

“Fiquei traumatizada. Foram seis meses gritando de dor para tomar banho, acordando com pontadas, um líquido vazando do meu peito, e ele [cirurgião] sempre me remendando e dizendo que era meu corpo que não tinha uma cicatrização boa”, contou.

Os advogados da clínica e do médico informaram, por meio de nota, que a cirurgia foi feita em local regularizado, por profissional habilitado e que "transcorreu sem intercorrências".

Também de acordo com o comunicado, a paciente teve uma infecção um ano após o procedimento por uma bactéria que pode ter sido contraída em ambiente profissional ou residencial da paciente. A defesa também disse que ela recebeu o atendimento adequado, mas que abandonou o tratamento.

Questionado sobre o caso e se há investigação em andamento contra o profissional, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) respondeu, por meio de nota, que "não informa sobre a tramitação de denúncias/processos/sindicâncias".

Segundo a paciente, a cirurgia para colocar os implantes foi feita no início de 2020. Ela contou que sofreu com os seios muito doloridos e o mamilo esquerdo com um aspecto de necrose. Depois de seis meses tentando resolver a situação com o mesmo médico, ela procurou outro profissional, que conseguiu ajudá-la a se recuperar.

“O outro médico se sensibilzou com o meu caso. Eu lembro que fui fazer consulta com ele e só conseguia chorar. Ele colheu o material que estava vazando do meu peito, identificou uma infecção bacteriana, me prescreveu o antibiótico e eu melhorei, mas tive que retirar a prótese, colocar um curativo interno. Fiz duas cirurgias para tentar resolver o problema da primeira”, completou.

Após as novas consultas, ela fez uma cirurgia em agosto e outra em outubro do mesmo ano para conseguir se recuperar das sequelas da primeira operação.

Ao contar o que viveu, a vendedora se emociona. Ela disse que, mesmo dois anos depois, ainda sofre muito com a própria imagem e, apesar de ter superado a dor física, as sequelas emocionais e os tratamentos psicológicos e psiquiátricos ainda fazem parte da realidade dela.

“Me sinto feia, quase não me olho no espelho. Dormi seis meses separada do meu marido, isso afetou nosso casamento. Afetou muito a minha autoestima, fiquei muito abalada. Ainda é difícil contar”, disse.

Com base nas consultas que fez com o médico que a curou, a vendedora disse que, para recuperar o formato dos seios, seria colocando novo implante. No entanto, depois de tudo que passou, ela disse que não consegue considerar a alterantiva por medo.

Processo

A vendedora conseguiu entrar com um processo na Justiça em março de 2021. O pedido de indenização feito pela defesa da vendedora registra que as cirurgias e medicamentos usados para reparar os danos causados custaram mais de R$ 30 mil.

Os documentos relatam ainda que a paciente teve que começar tratamentos psiquiátricos para lidar com as deformidades com que ficou. No registro, são citados problemas no casamento, com a autoimagem, crises de ansiedade, entre outras dificuldades.

No último dia 14 de janeiro, o juiz do caso nomeu um perito para que analise o caso e dê um parecer técnico sobre a situação. O prazo estipulado é de 30 dias para a entrega do laudo.

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Assessoria de Comunicação

Quarta, 19 Janeiro 2022 10:09

CLIPPING AHPACEG 19/01/22

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DESTAQUES

Anvisa deve aprovar nesta quarta uso de autoteste de Covid

Brasil registra 2º maior número de casos de covid em 24h; média móvel é recorde

Procon Goiás fiscaliza laboratórios e farmácias para verificar preços de testes para Covid

Com estoques baixos, bancos de sangue em Goiânia apelam por doações

Pacientes denunciam superlotação e falta de medicamentos no Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia

Estudo conclui que a maioria das reações às vacinas contra covid-19 é de ordem psicológica

Psiquiatra e clínica médica são condenados por se recusar a atender paciente preso, em Trindade

Dona da Amil divulga resultados em meio a negociações para deixar o Brasil

Goiânia retoma aulas presenciais da rede municipal nesta quarta (19/1)

Covid-19: Goiás registra mais de 5 mil novos casos nas últimas 24 horas

Caiado anuncia abertura de 40 leitos de UTI para tratar covid-19 em Goiás

Goiânia registra menor índice de obesidade do País, mostra pesquisa

Santa Casa de Misericórdia precisa de doações de sangue com urgência

Erro em teste de paternidade gera condenação de R$ 80 mil para laboratório

Índice de Covid-19 no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto do ano passado, alerta UFG

FOLHA DE S.PAULO

Anvisa deve aprovar nesta quarta uso de autoteste de Covid

BRASÍLIA - A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aprovar nesta quarta-feira(19) o uso do autoteste para Covid-19 no Brasil.

O Ministério da Saúde pediu na última quinta (13) para a agência liberar o exame que pode ser feito em casa. Utilizado há meses em outros países, os autotestes são proibidos no país por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.

Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que os produtos não devem ser comprados pelo governo federal.

Técnicos da agência também tentavam levar para a mesma reunião a votação sobre pedido de uso da Coronavac para o público de 3 a 17 anos. Mas a análise da diretoria deve ser feita em outra data, ainda nesta semana, pois alguns pareceres sobre a vacina estão sendo finalizados.

A tendência é aprovar o autoteste e o uso da Coronavac em crianças e adolescentes, mas a decisão final depende do voto da maioria dos cinco diretores da Anvisa.

A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da variante ômicron.

Entidades científicas cobraram, na semana passada, uma política de testagem mais ampla do governo federal e a per missão do exame em casa. A procura pelos testes disparou como avanço da contaminação na virada do ano.

O ministro Queiroga disse que o autoteste pode desafogaras unidades de saúde, mas afirmou que a compra do produto para o SUS pode não ter o efeito desejado.

'O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos', disse o ministro no último dia 14.

Presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa disse à Folha que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia. 'Hoje a gente vê valores de R$70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$45 a R$70', afirma Gouvêa.

Na proposta envidada à Anvisa, o ministério orienta que pacientes que detectaram a infecção pelo autoteste procurem atendimento em unidade de saúde ou teleatendimento para confirmar o diagnóstico e receber orientações.

Segundo a mesma nota, a autotestagem é uma estratégia adicional para prevenir e interromper a cadeia de transmissão da Covid-19, juntamente com a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social.

A campanha de vacinação das crianças foi aberta na última sexta-feira (14), com o imunizante da Pfizer destinado ao grupo de 5 a 11 anos.

Integrantes da Anvisa afirmam que algumas condições

podem ser definidas para aprovar a Coronavac para o grupo de 3 a 17 anos. Entre elas, que o Instituto Butantan, que produz a Coronavac no Brasil, se comprometa a gerar dados sobre o uso das doses no Brasil, além de apresentar o desfecho de estudo global que está sendo conduzido na China, África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.

Os pareceres das áreas técnicas devem apontar que a vacina demonstra dados sólidos de segurança. Além disso, destacar que o imunizante é largamente aplicado nos mais jovens em outros países, como o Chile. O país andino já imunizou 1, 4 milhão de pessoas entre 3 e 17 anos.

O Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças, caso haja aprovação da Anvisa.

"A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos"

Marcelo Queiroga - ministro da Saúde

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil registra 2º maior número de casos de covid em 24h; média móvel é recorde

O Brasil registrou, entre a segunda-feira, 17, e esta terça-feira, 137.286 novos casos de covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste dia 18 de janeiro. O total só é menor do que o registrado em 18 de setembro de 2021, com 150.106 casos.

À época, o pico de casos foi um ajuste feito na compilação de dados após falhas no sistema, o que acumulou os dados para esse dia específico. O total entre a segunda-feira e esta terça é quase o dobro do que o registrado uma semana atrás. Em 11 de janeiro foram 70.765 novos casos. A média móvel de novos registros nos últimos sete dias atingiu 83.205 casos, a maior desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020.

A maior média móvel até então era de 77.328 casos, em 23 de junho de 2021. O total de casos de covid-19 chega a 23.211.894 desde o início da pandemia, de acordo com o Conass.

Mortes

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou 351 óbitos causados pela covid-19 entre a segunda-feira e esta terça, 2,32 vezes superior ao total de uma semana atrás com 147 mortes. A média móvel de sete dias foi a 183 óbitos, ante 154 na segunda-feira e 122 óbitos de média móvel em 11 de janeiro, uma semana atrás. Com isso, o País acumula 621.517 vidas perdidas para a doença. 

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TV ANHANGUERA

Procon Goiás fiscaliza laboratórios e farmácias para verificar preços de testes para Covid

globoplay.globo.com/v/10221087/

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DIÁRIO DO ESTADO

Com estoques baixos, bancos de sangue em Goiânia apelam por doações

Não bastasse a pandemia do novo coronavírus, somado ao surto de gripe e dengue que Goiânia vive, as férias no fim do ano acabaram afastando as pessoas dos bancos de sangue. O resultado de todo o combo são estoques baixos. Na Santa Casa de Misericórdia, alguns tipos sanguíneos já se esgotaram e, consequentemente, cirurgias precisam ser adiadas e até desmarcadas. No Hemocentro, as doações de sangue apresentam queda vertiginosa que chega a 41%.

De acordo com a biomédica e coordenadora do banco de sangue da Santa Casa de Misericórdia, Gabriela Miranda, a situação atual é crítica. “Na situação em que estamos existem cirurgias que precisam ser desmarcadas ou adiadas porque não existe reserva de sangue para poder atender essas cirurgias de grande porte, como as cardíacas, vasculares, gerais… Nesse momento, já está acontecendo de ter que desmarcar essas cirurgias”, pontua.

A atual situação impede que alguns pacientes possam continuar seus tratamentos. “Dependendo dos pacientes que já estão internados alguns podem já precisar ficar esperando”, destaca. Ela atribui a situação crítica às férias de fim de ano. “As doações nessa época costumam cair e a gente enfrenta dificuldades”, pondera Miranda.

Mas não apenas. “Coincidentemente, além da pandemia que já vem incomodando há 2 anos, estamos num período epidêmico de gripes e das doenças sazonais transmitidas pelo mosquito, dengue, chikungunya. Isso afasta o doador dos bancos de sangue visto que não estando saudável não se pode doar sangue. Estamos enfrentando tudo isso ao mesmo tempo”, destaca.

Ela pede para que as pessoas com condições de doação possam realizar o gesto. “É um apelo para quem esteja dentro das condições que compareçam ao banco de sangue e liguem pra gente para tirar as dúvidas porque a saúde infelizmente não podem esperar. Tem muitas pessoas necessitadas de doação”.

As doações para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia podem ser feitas entre 2ª e 5ª feira entre a 7h e às 12h e das 13h às 16h. Na sexta-feira, as doações podem ser feitas até as 15h. O agendamento pode ser feito pelo telefone (62) 3254-4283.

Hemocentro apresenta queda de 41% nas doações

A baixa nos estoques também preocupa a rede do Hemocentro em Goiás. De acordo com a diretora-geral Denyse Goulart as doações despencaram e os estoques de sangue das unidades apresentaram uma queda de 41%. Ela também atribui as férias escolares ao distanciamento das pessoas dos bancos. “Outra razão é pelo aumento da demanda dos hospitais por hemocomponentes. Temos um número elevado de acidentes que demanda a emergência e observamos um crescente número de casos de dengue e covid o que tem exigido um esforço ainda maior da rede estadual do Hemocentro”, pontua.

O contexto pandêmico e das doenças sazonais que saltaram vertiginosamente nas últimas semanas também não ajuda. A situação precisa ser revertida a medida que o feriado do Carnaval também se avizinha. “Estamos vivendo um momento delicado por conta da pandemia e dessas doenças sazonais que aparecem. No carnaval aumentam as viagens e com isso, também a probabilidade de acidentes de trânsito. A gente espera que haja um aumento no consumo para que consigamos reverter esse quadro”, destaca Denyse.

Goulart ainda destaca que o processo para doação é simples, não é doloroso e seguro. “O processo de doação de sangue é extremamente simples, diferente do que muitas pessoas pensam, que é doloroso ou demorado. A gente observa o anseio das pessoas em ir até um serviço de saúde como o Hemocentro achando que é um ambiente de risco para adquirir Covid-19. Asseguramos que é um processo simples, não é doloroso e o ambiente é extremamente seguro. Todos os profissionais usam EPIs completos. O ambiente possui dispenser de álcool em gel e temos um controle de pessoas que circulam na unidade que pode ser feito pelo nosso site ou telefone.”

Veja os critérios para doação de sangue, de acordo com o Hemocentro:

Quais as condições básicas para doar sangue?
Estar em boas condições de saúde;
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos, precisam de autorização)
Pesar no mínimo 50 kg;
Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);
Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);
Apresentar documento com foto emitido por órgão oficial.

Impedimentos temporários:
Gripe, resfriado e febre: aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
Período gestacional;
Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
Amamentação (até 12 meses após o parto);
Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
Ter estado exposto a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).
Pessoas que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita de Covid-19 ficam impedidas de doar sangue pelo prazo de 14 dias
Pessoas que foram consideradas caso suspeito ou confirmado, devem aguardar o prazo é de 30 dias após a remissão dos sintomas.
Vacinas têm um período de inaptidão que varia entre 48 horas e 12 meses.

Critérios definitivos de impedimento:
Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
Uso de drogas ilícitas injetáveis;
Malária.

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Pacientes denunciam superlotação e falta de medicamentos no Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia

Por conta da alta procura por atendimento, os pacientes tem precisado sentar no chão por falta de assentamentos no Cais

Os usuários da rede municipal de saúde de Aparecida de Goiânia tem sofrido com a superlotação e a demora no atendimento devido a surtos de dengue, chicungunha e H3N2. Unidades de saúde como o Centro de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) Nova Era, por exemplo, tem registrado superlotação e falta de médicos, segundo os pacientes. Algumas pessoas, inclusive, precisam sentar no chão por falta de assentos.

Ao Diário do Estado, a população disse que não havia distanciamento social na unidade de saúde, uma das principais medidas de proteção contra a Covid-19. De acordo com a aposentada Zione da Costa Oliveira, de 79 anos, o  motivo da superlotação foi a falta de médicos e a demora para fazer a triagem.

“Cheguei no CAIS e fiz a minha ficha era umas 7 horas da manhã. No entanto, eles começaram a chamar para a triagem já era mais de 8 porque os médicos não tinham chegado ainda. A partir dai foi mais uma luta para conseguir ser atendida. Quando cheguei não tinha muita gente, mas quando começou a chamar para a triagem as pessoas começaram a se aglomerar”.

Desorganização

Para Zione, o atendimento na unidade de saúde é desorganizado. Ela explica que durante a consulta foi aconselhada a fazer um exame para detectar a Covid-19. Entretanto, ao tentar agendar o teste, ela precisou voltar na sala do médico novamente, já que um dos papeis necessários para o agendamento não havia sido impresso por falta de papel.

Outro problema denunciado pela idosa é a falta de medicamentos no CAIS. A aposentada afirma que a médica lhe passou seis medicamentos, mas ao tentar pegá-los na farmácia do local conseguiu apenas dois, já que os outros quatro estavam em falta.

“O atendimento no CAIS é mito desorganizado. Precisei voltar na médica que me passou o pedido para fazer o teste contra a Covid-19 porque estava faltado uma folha. Ela me falou que não tinha imprimido porque tinham acabado as folhas. Já na hora de marcar o exame a internet caiu e não conseguimos marcar. Porém, o pior foi a falta de medicamentos na unidade. A mulher da farmácia me deu paracetamol porque não tinha dipirona”, exaltou.

Nota Prefeitura de Aparecida

“A Secretaria de Saúde de Aparecida (SMS) esclarece que nesta terça-feira, 18 de janeiro, o Cais Nova Era está com a escala médica completa, com sete médicos atuando no plantão diurno. A Secretaria informa que os atendimentos ocorrem conforme prioridade clínica, ou seja, priorizando os casos mais graves e com risco de vida. Logo, casos mais leves têm um maior tempo de espera, dependendo da demanda.

A SMS acrescenta que a procura de pacientes no Cais aumentou em mais de 43% no mês de janeiro devido aos casos suspeitos de dengue, gripe e covid-19, ou seja, pessoas com sintomas gripais como tosse, dor de cabeça e no corpo, coriza, febre e fraqueza, dentre outros. Além do fluxo intenso de pacientes da cidade, a pasta continua atendendo diariamente a pacientes vindos de outros municípios, principalmente da Região Metropolitana de Goiânia, o que tem correspondido a 40% do total de atendimentos.

Para desafogar as UPAs e Cais, a SMS abriu, desde o último 29 de dezembro, todas as 40 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da cidade para atendimentos de livre demanda, sem necessidade de agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, relacionados às síndromes gripais e à dengue, inclusive com exames laboratoriais para descartar casos de covid e dengue. O município também está disponibilizando atendimento agendado via telemedicina”.

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O HOJE

Estudo conclui que a maioria das reações às vacinas contra covid-19 é de ordem psicológica

Mais de dois terços dos casos de efeitos adversos em pessoas que se vacinaram contra Covid-19 são de ordem psicológica. Foi o que concluiu um estudo feito em voluntários e conduzido por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos.

Segundo o resultado dos estudos, os efeitos caracterizam o efeito nocebo — oposto ao do placebo — que ocorre quando um indivíduo experimenta reações desagradáveis sem que elas tenham relação específica com um fármaco. No caso do placebo, há benefícios físicos ou psicológicos sem que a pessoa tenha tomado uma medicação específica.

O estudo foi publicado nesta terça-feira (18/1) no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA Open Network). Os pesquisadores analisaram dados de 12 ensaios clínicos de vacinas contra Covid-19 com um total de 45.380 participantes.

Placebo x nocebo

Para alcançar os resultados, metade dos voluntários tomaram uma injeção de soro fisiológico (placebo), e a outra metade recebeu a vacina. Os voluntários não sabem o que tomaram até o fim do estudo. Os pesquisadores observaram que 35% dos participantes que tomaram uma injeção de placebo relataram efeitos adversos após a primeira dose — principalmente dor no corpo, febre e cansaço.

No grupo que tomou a vacina, 46% declararam ter experimentado algum efeito adverso sistêmico como os relatados acima. Os integrantes do Programa de Estudos Placebo do Centro Médico Beth Israel Deaconess fizeram análises e cálculos e conseguiram estimar que o efeito nocebo esteve presente em 76% de todas as reações adversas entre quem tomou a vacina.

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Psiquiatra e clínica médica são condenados por se recusar a atender paciente preso, em Trindade

A Justiça de Goiás condenou uma clínica médica e um psiquiatra do município de Trindade, após o médico ter se recusado a prestar atendimento a um homem presidiário. O caso ocorreu no ano de 2015. O preso se dirigiu à clínica acompanhado de sua irmã e de escolta policial. Após a recusa de seu atendimento, o homem foi levado de volta ao presídio da cidade, onde teve um surto psicótico e decepou dedos do próprio pé com o uso de uma faca.

Segundo os autos, a irmã do preso procurou a unidade de saúde no dia 28 de setembro de 2015, já que o irmão estava passando por problemas psicológicos e psiquiátricos. A consulta foi agendada, com valor definido em de R$ 105. No entanto, ao chegar à clínica escoltado, o médico recusou atendê-lo. Conforme os autos, a condição de preso e existência de escolta foram reportados ao médico pela secretária da clínica, que retornou com a informação de que o médico não o atenderia.

A condenação foi proferida nesta terça-feira (18/1) pelo juiz Liciomar Fernandes da Silva, titular da 2ª Vara Cível, Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental da comarca de Trindade. O estabelecimento e o médico deveram indenizar solidariamente o preso e sua irmã, cada um em R$ 20 mil, pela recusa no atendimento que contraria o Código de Ética Médica.

“Resta evidente a discriminação praticada pelo réu em relação ao autor, pois, ao tomar conhecimento de que o paciente era presidiário, se recusou a atendê-lo, orientando a secretária a pedir desculpas e devolver o valor pago pela consulta. Infelizmente, ferindo princípio básico dos direitos humanos, o de ser tratado de forma igual”, ressaltou o juiz.

Para o magistrado, a conduta do médico ao constranger de forma deliberada o paciente, feriu o direito à imagem do requerente, além de lhe negar proteção ao direito à vida, bem tão caro ao ordenamento jurídico brasileiro, sendo constitucionalmente assegurado. Prosseguindo, afirmou que caso a clínica e respectivo consultório efetivamente não contassem com estrutura para atender de forma adequada o paciente, era dever médico, após avaliação, realizar encaminhamento do paciente a outra clínica/hospital.

“O médico sequer conversou com o paciente ou com a irmã dele que estava no local, demonstrando total descaso com a pessoa que necessitava de atenção médica. Sua completa omissão evidencia a culpa que atrai a obrigação de indenizar, na forma do artigo 14, parágrafo único do Código do Consumidor”, sentenciou o magistrado.

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EXAME

Dona da Amil divulga resultados em meio a negociações para deixar o Brasil

UnitedHealth Group deve apresentar receita de 73 bilhões de dólares; companhia busca comprador para a Amil e deve deixar o Brasil

A UnitedHealth, gigante norte-americana do setor de saúde que é dona da operadora de planos brasileira Amil, divulga nesta quarta-feira (19) seus resultados para o quarto trimestre de 2021. A expectativa do mercado é que a empresa apresente receita de 73 bilhões de dólares, o que representará alta de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Um dos pontos fortes da companhia no período foi a venda de seguros, que cresceu principalmente com mais adesões nos programas para idosos e baixa renda nos EStados Unidos. Planos odontológicos e oftalmológicos também devem ajudar a companhia a crescer no período, de acordo com estimativa da plataforma de investimentos Zacks.

Ainda assim, a última linha do balanço pode ser impactada pelos efeitos negativos dos custos de testagem e tratamento para a covid-19. A empresa teve um aumento no nível de gastos devido à ampliação dos custos médicos e operacionais causada pela pandemia.

A expectativa da UnitedHealth é terminar 2021 com receita de 287 milhões de dólares. Para 2022, o faturamento esperado é de 318 milhões de dólares.

Venda da Amil

Os números do quarto trimestre chegam em meio às notícias de que a companhia pretende deixar o Brasil. A empresa busca um comprador para a operadora de planos Amil, que tem uma carteira de 5,7 milhões de usuários, 15 hospitais e 53 centros ambulatoriais.

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A REDAÇÃO

Goiânia retoma aulas presenciais da rede municipal nesta quarta (19/1)

O ano letivo de 2022 da rede municipal de Goiânia tem início nesta quarta-feira (19/1) de forma 100% presencial. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), as aulas começam com rígidos protocolos de biossegurança nas instituições e com planejamento pedagógico elaborado para recuperar as aprendizagens dos estudantes após mais de um ano de ensino remoto ou híbrido. 
 
Estudos e avaliações diagnósticas realizadas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) apontaram defasagens no ensino dos estudantes e baixa efetividade no aprendizado. Por este motivo o retorno presencial contará com o apoio de programas como o Aprender Sempre e o Alfabetização em Foco que visam melhorar as aprendizagens. 
 
As aulas retornarão em um formato 100% presencial e levarão em conta as normativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que autorizam o funcionamento das instituições de ensino desde que sejam cumpridos rígidos protocolos de biossegurança. Diante disso, toda a comunidade escolar será obrigada a cumprir medidas sanitárias de combate à disseminação de covid-19, que incluem o uso obrigatório de máscaras, envio de máscara reserva dentro da mochila, higienização frequente com álcool em gel, água e sabão e limpeza recorrente dos ambientes educacionais.
 
Os protocolos de biossegurança determinam ainda que as refeições sejam feitas em locais arejados e ao ar livre. Além disso, os alunos não deverão compartilhar objetos e a aferição de temperatura com termômetro estará mantida. A qualquer sinal de síndrome gripal, a orientação é de que os pais e responsáveis não levem os filhos para as unidades. As medidas de segurança incluem ainda a testagem em massa dos integrantes de toda a comunidade escolar. 
 
Além disso, técnicos da SME e da SMS, em conjunto com Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para o novo Coronavírus (COE-Ncov), irão avaliar diariamente o cenário epidemiológico da Covid-19 em Goiânia. "O nosso objetivo é garantir a segurança das crianças, estudantes e servidores do município de Goiânia", frisa o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

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Covid-19: Goiás registra mais de 5 mil novos casos nas últimas 24 horas


Ludymila Siqueira

Goiânia - Goiás registrou 5.509 novos casos de covid-19 somente nas últimas 24 horas. Além disso, 23 mortes foram confirmadas em decorrência da doença, no mesmo período. É o que apontam os dados divulgados, na tarde desta terça-feira (18/1), pela Secretária de Estado da Saúde de Goiás. A taxa de letalidade do vírus é de 2,54%.

Com as atualizações, o Estado já contabiliza 978.504 infecções pelo novo coronavírus e 24.792 mortes. A pasta investiga outros 644.856 casos e 391 óbitos para saber se há alguma ligação com a doença. Ainda conforme informações da SES-GO, do total de registros, 938.814 pessoas estão recuperadas da covid-19 no território goiano.

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Caiado anuncia abertura de 40 leitos de UTI para tratar covid-19 em Goiás

Théo Mariano

Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (18/1), por meio das redes sociais, a abertura de mais unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratamento exclusivo de pacientes com a covid-19. Segundo o chefe de Estado, foram remanejados ao todo 40 leitos: "Sendo 30 para adultos e 10 pediátricos nas cidades de Goiânia, Formosa e Itumbiara."

O Estado de Goiás tem passado, assim como todo o País, por uma nova onda da covid-19, que ganhou força após a chegada da variante Ômicron. Em um boletim da última semana, inclusive, a Secretaria de Estado da Saúde chegou a reportar mais de 6 mil novos casos da doença em um único dia.

Com a alta do número de infectados, os governantes precisaram entrar em alerta para retomar medidas de combate ao vírus. Em Goiânia, que segundo o último boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz estava com a maior taxa de ocupação das UTIs para covid-19 entre as capitais, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) publicou decreto proibindo carnaval, grandes eventos e outras medidas retritivas.

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Goiânia registra menor índice de obesidade do País, mostra pesquisa

A pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), mostrou que Goiânia foi a capital com o menor índice de obesidade do Brasil. Em 2019 a doença atingiu 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas em 2020 o número cresceu para 21,5% neste grupo, com maior prevalência nos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste. No entanto, Goiânia foi a capital do país com o menor índice, de 14,8%. 

“Não podemos esquecer que a obesidade é a doença que mais mata no mundo. É uma doença crônica, multifatorial, inflamatória e extremamente ligada aos hábitos. Atendendo no Rio de Janeiro e Goiânia é bastante evidente que a forma com que as pessoas encaram o trabalho determina muito o estilo de vida que ela levará. Então, quando veio a pandemia e as pessoas foram obrigadas a ficarem isoladas e distantes de sua jornada de trabalho intensa, ficaram mais ansiosas e depressivas, sendo estes um dos principais fatores que interferem diretamente na obesidade”, explica o médico especialista em nutrologia, Lucas Augusto. 

No entanto, o índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população brasileira era portadora desse tipo de comorbidade. O ano marca a primeira vez que foi realizado o levantamento Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27.077 pessoas nesta edição do estudo.

Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca ainda o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa. Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019.

Outro hábito que contribuiu pra o aumento de peso foi o crescimento do consumo de comida delivery, a maioria gordurosa, calóricas, fast-food várias vezes por semana. Aquelas pessoas que faziam pequenas caminhadas para ir trabalho passaram a ficar sentadas em casa, o que que também contribuiu para a piora.

“Com o aumento das lives e as maratonas de filmes e séries, a população começou a inserir bebidas alcoólicas e comidas de fácil preparo em seus hábitos diários. Então o que era esporádico tornou-se rotina e a falta de acompanhamento médico, psicológico e nutricional na pandemia fizeram os novos-obesos perderem o controle de suas vidas e entrarem num ciclo vicioso. No caso a ansiedade e depressão regiam seus dias já que o futuro era totalmente incerto”, explica o médico. 

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Santa Casa de Misericórdia precisa de doações de sangue com urgência

Com estoque baixo, o Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia realiza uma campanha para estimular a doação de sangue de qualquer tipo. As doações podem ser feitas de segunda a quinta-feira, das 7h às 16h. Na sexta-feira entre 7h e 15h. 

O atendimento pode ser agendado pelo telefone (62) 3254-4283, das 7h às 17h. "O Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia está funcionando normalmente e pronto para te receber, seguindo todas as medidas de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus. Precisamos com urgência", pontuou a unidade. 

Para ser um doador, você precisa:

- Estar em boas condições de saúde;

- Ter entre 18 e 65 anos de idade;

- Pesar acima de 51 kg;

- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas);

- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação);

- Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

- Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 7 dias;

- Pode ter qualquer tipo sanguíneo;

No momento da doação, é preciso apresentar documento original, com foto.

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JORNAL OPÇÃO

Erro em teste de paternidade gera condenação de R$ 80 mil para laboratório

Por Acaray Martins

Mãe alegou que o resultado trouxe grande sofrimento, abalo moral e constrangimento, que perdurou até a realização de novo exame confirmando a paternidade

Um laboratório foi condenado a pagar R$ 80 mil para uma mulher, a titulo de indenização por danos morais, em decorrência de erro em exame de paternidade, no qual constava falso negativo. A juíza Sueli Juarez Alonso, da 2ª Vara Cível de Itaquera, entendeu que o falso resultado trouxe à autora desequilíbrio psicológico que perdurou até a constatação da afirmativa da paternidade.

A autora da ação alegou que procurou a ré para fazer exame de DNA visando confirmar a paternidade da filha dela. Afirmou que o resultado do exame foi falso negativo para a paternidade do companheiro e que o resultado trouxe grande sofrimento, abalo moral e constrangimento, que perdurou até a realização de novo exame confirmando a paternidade.

Na análise dos autos, a juíza considerou evidente que a mulher sofreu constrangimento. “É evidente que o falso resultado trouxe a autora desequilíbrio psicológico que perdurou até a constatação da afirmativa da paternidade. Não se pode olvidar que enquanto aguardava o resultado de outro exame, que, diga-se, a ré sequer se prontificou a fazer, a autora ficou exposta a situação capaz de abalar sua integridade psíquica, com repercussão na sua reputação e consideração no meio familiar e social”, afirmou.

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Índice de Covid-19 no esgoto de Goiânia é o maior desde agosto do ano passado, alerta UFG

Por Rafaela Ferreira

A alta concentração de carga viral no esgoto de Goiânia não era identificada desde setembro de 2021. No entanto, a semana do Natal já apontou mudança de tendência na amostragem

Monitoramento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) mostra que, após quatro meses de baixa concentração do vírus Sars-CoV-2 no esgoto de Goiânia, a carga viral voltou a subir, atingindo uma alta concentração na última semana. O estudo, realizado em conjunto com a Saneago, identificou que os índices correspondem aos que foram encontrados do dia 18 do mês de agosto de 2021. As amostras estão sendo coletadas desde maio do ano passado e pesquisadores projetam um alerta precoce a ser divulgado para as entidades de saúde.

A análise é realizada semanalmente e são coletadas na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Doutor Hélio Seixo Brito, para onde são enviados 70% do esgoto gerado na capital. Em boletim da Rede Vírus-MCTI, é mostrado que há uma tendência de aumento da carga viral. As coletas semanais representam a contribuição de aproximadamente um milhão de pessoas.

A alta concentração de carga viral no esgoto de Goiânia não era identificada desde setembro de 2021. Isso ocorre após meses de queda na concentração do material genético do vírus no esgoto, que era identificado em níveis médios ou até mesmo inferiores ao limite de detecção. Para se ter ideia, em duas semanas dos meses de outubro e novembro e no início de dezembro o monitoramento não detectou carga viral no esgoto. No entanto, a semana do Natal já apontou mudança de tendência na amostragem.

“Identificamos um aumento significativo na semana do Natal.  E a primeira semana de janeiro já apontou a tendência de aumento, apesar de não ter atingido alta concentração do vírus. Isso muito provavelmente devido às chuvas intensas do período que diluíram o material de análise. Com a estiagem, a carga viral da segunda semana de janeiro já atingiu níveis elevados”, explica a professora da UFG e coordenadora do projeto, Gabriela Duarte. 

Em considerações gerais do documento, é afirmado que, a média móvel de casos clínicos reportados também vem sofrendo reduções gradativas. Porém, na última semana foi detectada concentração média de fragmentos do RNA viral no esgoto, na ordem de 105 cópias de RNA/L. “Nas semanas epidemiológicas de 30 a 49/2021, amostragens realizadas entre os dias 30 de julho e 08 de dezembro de 2021, foi detectada a presença de fragmentos do material genético do SARS-CoV-2. As concentrações detectadas variaram entre 106 e 109 cópias de RNA/L (faixas de média e alta concentração)”, aponta boletim.

Alerta

Atualmente, as pesquisadoras da UFG pretendem divulgar um Alerta Precoce para orientar os órgãos públicos em ações e na distribuição de recursos, incluindo estratégias de teste, rastreamento e preparação para o enfrentamento de surtos virais. A frequência de ocorrência de Covid-19, em uma comunidade, pode ser estimada pela detecção do RNA do vírus no esgoto, explica Gabriela.

“O monitoramento oferece uma importante ferramenta epidemiológica que sugere a necessidade urgente de medidas de controle sanitário para o enfrentamento da pandemia”. Os resultados do monitoramento da covid no esgoto em Goiânia são publicados em boletins semanais pela Rede Vírus-MCTI.

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Assessoria de Comunicação

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Estamos vivendo um momento de aumento de casos de síndromes gripais e Covid-19, além de casos de Dengue, Zika e Chikungunya, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Essa situação tem provocado a lotação de prontos atendimentos e aumentado o tempo de espera por assistência.

Por isso, sempre é importante cuidar da prevenção para proteger você e quem você ama.

Para evitar as síndromes gripais e Covid-19, mantenha o distanciamento social, evitando aglomerações; vacine-se; use corretamente a máscara de proteção facial e higienize frequentemente as mãos com água e sabão e com álcool em gel quando não for possível lavá-las.

Para prevenir a Dengue, Zika e Chikungunya, mantenha os ambientes limpos, eliminando objetos que possam acumular água e se tornar criadouros do mosquito.

Cada um precisa fazer a sua parte.

 

Em vigor desde 12 de janeiro de 2022, quando foi publicado no Diário Oficial da União, o Decreto Nº 10.936 regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O documento reitera que “os fabricantes, os importadores, os distribuidores, os comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos”.

O decreto traz também a regulamentação das responsabilidades dos geradores de resíduos sólidos e do poder público, trato do Programa Nacional de Logística Reversa, sua forma de implantação e as diretrizes aplicáveis à gestão e ao gerenciamento dos resíduos sólidos, destacando que  a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos será assegurada por meio de instrumento de remuneração, com cobrança dos usuários, garantida a recuperação dos custos decorrentes da prestação dos serviços essenciais e especializados.

Acesse e confira: https://www.in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.936-de-12-de-janeiro-de-2022-373573578

Terça, 18 Janeiro 2022 08:57

CLIPPING AHPACEG 18/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: Fiocruz investiga hesitação de pais em vacinar crianças

Artigo - Os conflitos entre os conselhos profissionais de classe da saúde

'É irracional cobrar atestado no cenário atual da pandemia', diz advogada trabalhista

Sociedade de Pediatria pede investigação contra Bia Kicis, deputada que confessou ter vazado dados de médicos

Chile anuncia mudanças no isolamento e gestão da pandemia por variante ômicron

Brasil registra 74.134 casos e 121 mortes por covid-19 em 24h, diz Conass

Quarta dose da vacina anticovid é 'menos' eficaz contra ômicron, diz hospital israelense

Testes de Covid no buraco negro

Exame com saliva pode ser mais eficaz que teste de nariz

Carnaval, grandes eventos e baladas serão proibidos em Goiânia

Manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos; diz profissional

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Fiocruz investiga hesitação de pais em vacinar crianças

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que contou com 15.297 pais, mães ou responsáveis por crianças e adolescentes indicou que mais de 80% pretendem vacinar seus filhos contra a covid-19. Chamada de VacinaKids, a pesquisa investiga os motivos da hesitação vacinal e aplicou um questionário online que teve 70,55% de participação de pais da região Sudeste, 11,13% do Sul, 8,27% do Nordeste, 7,6% do Centro-Oeste e 2,4% do Norte.

Segundo as respostas apresentadas, a hesitação é maior na faixa etária de 0 a 4 anos, que ainda não foi contemplada pela vacinação. Entre os pais dessas crianças, o percentual que não pretende vacinar foi 16,4%. A hesitação vacinal foi menor entre os pais de crianças de 5 a 11 anos, com 12,8%, e chegou a 14,9% entre os responsáveis por adolescentes.

A pesquisa analisa que os principais motivos associados à hesitação vacinal foram medo de reações adversas e supostos efeitos de longo prazo, minimização da gravidade da pandemia e a falsa ideia de que quem teve covid-19 não precisa se vacinar. Entre suas respostas, esses pais também declararam com frequência que discordam que a vacina tornaria o retorno escolar mais seguro e que acreditam que a imunidade natural é uma opção melhor de proteção do que a vacina.

Outras crenças mencionadas pelos entrevistados foram a de que a vacina precisa de mais tempo para ser considerada segura e a de que as crianças e adolescentes não têm nenhuma chance de ficar grave se contrair a covid-19. Também houve respostas no sentido de preferir produtos naturais à vacinação.

A Fiocruz ressalta que a vacinação de crianças de 5 a 11 com a vacina da Pfizer é segura e eficaz, e conta com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e outras autoridades sanitárias do mundo, como a dos Estados Unidos, onde 8,7 milhões de doses já foram aplicadas nessa faixa etária.

A coordenadora do estudo, a pediatra e pesquisadora clínica do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz, Daniella Moore, cita dados do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que mostram que vacinação de crianças é segura e transcorre naquele país com a ocorrência de cerca de 4 mil eventos adversos, sendo 97% leves, entre as mais de 8 milhões de doses aplicadas.

'O relatório mostra que aproximadamente 8,7 milhões de doses da vacina Pfizer-BioNTech Covid-19 foi administrada em crianças nessa faixa etária durante o período de 3 de novembro a 19 de dezembro de 2021. Dessas 8,7 milhões de doses, foram notificados 4.249 eventos adversos, o que representa apenas 0,049% das doses aplicadas. A grande maioria (97,6%) dos efeitos notificados foi leve a moderado, como dor no local da injeção, fadiga ou dor de cabeça. Ou seja, a vacina é, de fato, segura e os dados comprovam a sua segurança, mostrando, na sua maioria, efeitos adversos que mães e pais já têm experiência em lidar com outras vacinas do calendário vacinal", conta Daniella.

A pesquisadora ressalta que a ocorrência de miocardite, que é uma inflamação do músculo cardíaco, foi registrada em 11 crianças dessa faixa etária que foram vacinadas, e todas se recuperaram. A complicação é um dos principais medos citados por pais que hesitam em vacinar seus filhos, mas a pediatra lembra que a covid-19 também pode causar essa inflamação, especialmente quando a doença evolui para um quadro de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.

'Alguns pais subestimam a gravidade da doença em crianças. No entanto, apesar da covid-19 ser considerada menos grave em crianças quando comparada a adultos, elas ainda assim ficam doentes, podem ficar graves e ter evoluções desfavoráveis', alerta Daniella.

No ano passado, foram hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid-19 quase 20 mil crianças e adolescentes. Segundo levantamento realizado pela Fiocruz, 1.422 menores de idade morreram vítimas pela covid-19 até o dia 4 de dezembro do ano passado, sendo 418 em menores de 1 ano; 208, de 1 a 5 anos; e 796, de 6 a 19 anos.

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O ESTADO DE MINAS

Artigo - Os conflitos entre os conselhos profissionais de classe da saúde

Atualmente, além dos médicos, temos os biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e até fisioterapeutas atuando na área estética

Os médicos, dentistas e demais profissionais da saúde possuem suas atividades fiscalizadas e regulamentadas pelos seus respectivos conselhos de classe. Esses conselhos são autarquias que visam fiscalizar o exercício técnico e moral das profissões regulamentadas.

Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o livre exercício de qualquer trabalho, o mesmo dispositivo legal prevê que para alguns casos é necessário que sejam atendidos certos requisitos legais, conforme se verifica do inciso XIII de seu artigo 5º, segundo o qual 'é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer'.

Tais entidades fazem parte da administração pública indireta. Sua criação decorreu da descentralização das atividades do Estado, visando atuar em ramos específicos (como a fiscalização de atividades regulamentadas). Exercem, portanto, uma atividade pública, tendo o interesse público como alvo, e não somente os interesses da classe à qual representam. Atuam vinculadas aos princípios da administração pública e, dentre uma série de eventuais desatendimentos a estes, podemos citar como exemplo o 'desvio de poder' (quando os atos não atendem ao interesse público).

Tendo em vista esses fatos, essas autarquias têm mesmo atendido ao interesse público? Atualmente, esse é o questionamento de muitos, que entendem a constante 'disputa' entre os conselhos como uma mera defesa da reserva de mercado de seus respectivos membros, sobretudo em relação aos procedimentos estéticos, que têm sido o grande pivô dessa disputa.

Atualmente, além dos médicos, temos os biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas e até fisioterapeutas atuando na área estética. Isso sem falar no esteticista, profissão regulamentada pela Lei 13.643/18, que compreende ainda o cosmetólogo e o técnico em estética. E, em meio a uma verdadeira 'guerra dos conselhos', cada qual defendendo mais autonomia a seus membros, a justiça tem atuado cada hora em um sentido diferente, tornando tudo ainda mais confuso.

No caso dos enfermeiros, os procedimentos estéticos foram previstos pela Resolução nº 529/16 do COFEN (suspensa pelo Tribunal Federal da 1ª Região, alegando exercício ilegal da medicina). Em 2020, o COFEN publicou a Resolução 626, criando a figura do 'enfermeiro esteta' e listando os procedimentos autorizados.

Os biomédicos atuam na estética com base nas Resoluções do CFBM 197/2011 (que prevê procedimentos invasivos não cirúrgicos), 200/2011 (que cria a figura do 'biomédico esteta') e 214/2012 (que elenca as substâncias que podem ser usadas), todas elas questionadas pelo CFM.

Em relação aos farmacêuticos, o CFF publicou a Resolução 573/2013 que prevê a atuação na saúde estética (questionada pelo CFM por afronta ao ato médico). Decisões judiciais autorizaram os procedimentos estéticos não invasivos. As resoluções 573/2013, 616/2015 e 645/2017 do CFF indicam os procedimentos autorizados.

Sobre os dentistas, a 'harmonização orofacial' foi reconhecida como especialidade pela Resolução CFO 198/2019. A justiça autorizou o uso da toxina botulínica, não o considerando invasivo, e em seguida a laserterapia e a bichectomia. Em 2020, a Resolução 230 do CFO vetou procedimentos como a blefaroplastia e a rinoplastia (dentre outros), mas existem inúmeros questionamentos e decisões na justiça.

Se por um lado o CFM busca enquadrar os procedimentos estéticos como invasivos e limitar a atuação dos outros profissionais, de outro lado os demais conselhos e profissionais alegam o contrário, e buscam garantir seu direito de atuação.

Nesse contexto, diante da total desconexão científica entre os conselhos federais (que sequer se entendem sobre o que é ou não invasivo), a justiça tem decidido questões sobre as quais os próprios conselhos possuem conhecimento infinitamente maior, mas não entram em acordo, passando à sociedade a impressão de travarem uma disputa de caráter exclusivamente corporativista.

Notamos que, na maior parte das disputas, o CFM sustenta que a incapacidade dos demais profissionais para atuar em procedimentos invasivos coloca os pacientes em risco de deformidades, e até de óbito, por falta de conhecimento técnico e científico. Argumento considerado razoável por grande parte dos interlocutores. Contudo, outros apontam uma grande contradição na narrativa do conselho.

Isso porque o próprio CFM não exige que um médico seja especialista para atuar em qualquer ramo da medicina, podendo exercê-la em sua plenitude nas mais diversas áreas, sendo vedada somente a divulgação de especialidade que não possui. Ora, se são exigidos pelo próprio CFM, a título de exemplo, 6 anos de residência médica para se tornar um cirurgião plástico, qual o sentido de permitir que qualquer um atue na especialidade, sem tal imersão de aprendizado? Sob esse prisma, muitos entendem que a vedação do CFM tão somente da divulgação de especialidade que não possui (mas não de a praticar) chega a ser absurda. Sem dúvidas, um argumento pertinente.

O crime de exercício ilegal da medicina encontra-se previsto no art. 282 do Código Penal: 'Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites'. Vemos que não se enquadra na conduta somente quem não possui a devida autorização, mas também quem 'excede seus limites'. Para muitos especialistas, seria este o caso dos que atuam sem a devida titulação. Outro argumento interessante.

Por outro lado, temos um contra-argumento bastante plausível: um médico com 30 anos de experiência em uma determinada área, mas sem deter o título de especialista, não teria até mais condições técnicas de conduzir uma cirurgia invasiva de alta complexidade do que um recém-titulado? Sem dúvidas, vale a reflexão.

Se há fortes argumentos contra a posição sustentada pelos demais conselhos federais, o CFM também não escapa da crítica, conforme exposto. Contudo, não pretendemos aqui fazer um juízo de valor sobre o tema, mas somente discorrer sobre os fatos e argumentos de cada lado, até porque também nos falta conhecimento técnico e científico para nos posicionarmos. Mas expor os fatos e cobrar que os conselhos se entendam e visem o interesse público em primeiro lugar, além de um direito, é obrigação de todos.

O tema enfrentado é de altíssima complexidade. Ninguém possui mais legitimidade e conhecimento técnico para enfrentá-lo senão os próprios conselhos profissionais das classes envolvidas. Contudo, tal enfrentamento deve ocorrer livre de vícios e corporativismo (e se possível, livre do Poder Judiciário), de forma que as autarquias cumpram seu papel junto à sociedade e conduzam a atuação de suas classes profissionais atendendo à sua função social para que a sociedade não siga totalmente perdida (assim como os próprios profissionais) entre resoluções contraditórias, pareceres corporativistas e decisões judiciais conflitantes.

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BBC BRASIL

'É irracional cobrar atestado no cenário atual da pandemia', diz advogada trabalhista


Dois dias após a virada do ano, o funcionário temporário de um órgão público de 39 anos acordou com dor de garganta, tosse e dor no corpo, principalmente nas pernas.

Na segunda-feira, 3 de janeiro, estava prevista sua volta ao trabalho presencial, após quase dois anos exercendo suas funções à distância, devido à pandemia de covid-19.

"Os especialistas recomendam que a gente não vá no pronto-socorro se está com sintomas leves, mas eu precisei ir para ter o atestado", conta o funcionário, que preferiu não ter seu nome citado.

Covid-19: 'Meu chefe ameaçou cortar meu salário se eu fizer home office'

Assim como ele, milhares de trabalhadores brasileiros estão lidando neste início de ano com sintomas respiratórios característicos de gripe ou covid-19.

Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), cerca de 20% dos funcionários do setor em todo o país estão afastados por suspeitas das duas doenças.

Na construção civil, alguns canteiros de obra registram até 30% dos trabalhadores com atestado médico nos últimos dias, conforme José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) disse à Folha de S. Paulo.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou na terça-feira (12/1) que, somente na base do sindicato, 150 agências tiveram de ser fechadas em uma semana por conta de casos de covid-19.

Neste cenário, o que empresas e trabalhadores devem fazer para lidar com a nova onda de coronavírus e influenza?

A BBC News Brasil ouviu a advogada trabalhista Erica Coutinho, sócia do escritório Mauro Menezes & Advogados, e o infectologista Leonardo Weissmann, médico do Instituto Emilio Ribas, para colher as orientações mais atualizadas para enfrentarmos a situação atual.

Entre sindicatos patronais e de trabalhadores há uma queixa comum: a oferta de testes de covid e influenza é insuficiente para atender a presente demanda do mercado de trabalho.

A liberação do autoteste de covid e maior oferta de testes e locais de testagem na rede pública são demandas tanto das empresas, como de funcionários.

Retomar o home office, onde possível

A primeira orientação do infectologista Leonardo Weissmann às empresas é retomar o home office neste momento, em todas as atividades em que o trabalho à distância seja possível.

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PORTAL G1

Sociedade de Pediatria pede investigação contra Bia Kicis, deputada que confessou ter vazado dados de médicos

Em nota, a instituição defendeu que 'gesto' da parlamentar não pode ficar impune.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) quer que o Ministério Público Federal (MPF) e a Câmara dos Deputados apurem o vazamento de dados de médicos que defenderam a vacina contra a Covid para crianças. Em nota da SBP divulgada nesta segunda-feira (17), são pedidas providências também contra a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), cujo nome é citado três vezes no texto.

Ao MPF, a instituição solicitou que seja apurada a "fonte do vazamento, com responsabilização dos envolvidos" por conduta ilegal. E à Câmara, a Sociedade pediu que seja aberto um inquérito que investigue a atitude de Kicis (que preside Comissão de Constituição e Justiça da Casa).

"Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela [Bia Kicis] deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados", sustenta a SBP.

"Se for confirmada a violação do decoro parlamentar, ela [Bia Kicis] deve ser processada e julgada conforme o Código de Ética da Câmara dos Deputados", sustenta a SBP.

Há 11 dias, o jornal O Globo revelou que a deputada Bia Kicis, aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), vazou dados de médicos que falaram a favor da imunização infantil contra a Covid em audiência pública promovida pelo Ministério da Saúde. A sessão foi no início do ano.

Após a revelação do jornal, Kicis confessou ter, sim, divulgado em aplicativo de mensagens fotos da íntegra de declarações entregues por três médicos ao Ministério da Saúde antes da audiência. Nos documentos constavam dados pessoais dos profissionais: número de CPF, e-mail e celular.

Sobre a conduta de Bia Kicis, a a instituição A Sociedade Brasileira de Pediatria disse que o "gesto" não pode ficar impune. E acrescentou que os médicos que tiveram os dados vazados ficaram vulneráveis, "sendo alvos de ameaças e intimidações pelo seu posicionamento em relação ao tema da vacinação de crianças contra a Covid-19".

O g1 tenta entrar em contato com a deputada.

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ISTOÉ

Chile anuncia mudanças no isolamento e gestão da pandemia por variante ômicron

O Ministério da Saúde do Chile (Minsal) anunciou nesta segunda-feira (17) mudanças na gestão da pandemia contra a variante ômicron no país: reduziu o tempo de isolamento para casos confirmados de 10 para sete dias e o eliminou para 'contatos próximos'.

A autoridade de saúde comunicou as novas medidas após um aumento de 530% nos casos confirmados de coronavírus nas últimas três semanas, nos quais a ômicron é dominante, e diante da estabilização do número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

'Esta variante tem um comportamento diferente das outras variantes. Esse comportamento tem se manifestado na manutenção dos números diários de internação na UTI', disse o subsecretário de Saúde, Alberto Dougnac, em entrevista coletiva.

'As estratégias estão voltadas para a prevenção, além de fortalecer a rede assistencial', acrescentou.

Em uma medida que entra em vigor nesta segunda-feira, foi eliminado o isolamento para contatos próximos - determinado pelo Ministério da Saúde - e foi criada a categoria 'pessoa em alerta covid', para quem vive ou esteve próximo (menos de um metro afastado e com uso incorreto da máscara) de um caso confirmado.

Um PCR ou teste de antígeno é recomendado para essas pessoas no quinto dia de contato, se não apresentarem sintomas. Se apresentarem sintomas, devem ser testados imediatamente e tomar medidas de autocuidado, evitar atividades maciças e optar pelo teletrabalho.

As autoridades também anteciparam a quarta dose de vacinação para todos os profissionais de saúde, inicialmente prevista para 7 de fevereiro, quando começará para todos os maiores de 55 anos.

O Chile tem uma cobertura vacinal com esquema completo de 88,4% e 71,5% com a dose de reforço, de uma população-alvo total a ser vacinada de 18,9 milhões, que inclui todos os maiores de três anos.

Durante esta segunda-feira, foram notificados 8.904 casos e 32 óbitos, em um total de 1.885.540 infetados e 39.426 óbitos desde o primeiro caso notificado no país, em 3 de março de 2020.

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Brasil registra 74.134 casos e 121 mortes por covid-19 em 24h, diz Conass

O Brasil registrou, entre o domingo, 16, e esta segunda-feira, 74.134 novos casos de covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste dia 17 de janeiro. O total entre o domingo e esta segunda-feira é ainda pouco mais de duas vezes maior que o registrado uma semana atrás. Em 10 de janeiro foram 34.788 novos casos.

A média móvel de novos registros nos últimos sete dias atingiu 73.728 casos, a maior desde 25 de junho de 2021, quando a média móvel de sete dias ficou em 74.471 casos.

O total de casos de covid-19 chega a 23.074.791 desde o início da pandemia, de acordo com o Conass.

Mortes

O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou 121 óbitos causados pela covid-19 entre o domingo e esta segunda-feira.

A média móvel de sete dias foi a 154 óbitos, ante 152 no domingo e 126 óbitos de média móvel em 10 de janeiro, uma semana atrás.

Com isso, o País acumula 621.166 vidas perdidas para a doença.

Por problemas técnicos, os dados do Ceará foram mantidos, segundo o Conass.

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Quarta dose da vacina anticovid é 'menos' eficaz contra ômicron, diz hospital israelense

A aplicação de uma quarta dose das vacinas contra a covid-19 da Pfizer e Moderna permite o aumento dos anticorpos, mas é 'menos' eficaz no combate à variante ômicron do coronavírus, indicou nesta segunda-feira (17) um hospital israelense que realizou testes clínicos sobre o tema.

Uma equipe do hospital Sheba, perto de Tel Aviv, iniciou um ensaio clínico no final de dezembro, vacinando 154 profissionais de saúde com uma quarta dose de Pfizer e outros 120 voluntários com uma quarta dose de Moderna.

Uma semana depois do início do estudo, que deve durar seis meses, 'os anticorpos [dos participantes] aumentaram cinco vezes, indicando que a vacina funciona e oferece proteção contra complicações graves', disse o hospital à imprensa.

Nesta segunda-feira, porém, três semanas após o começo dos testes, o professor Gili Regev-Yochay, que dirige o estudo, especificou que, embora a administração dessas quartas doses permita 'aumentar o nível de anticorpos (?), oferece apenas defesa parcial contra o vírus.'

'As vacinas da Pfizer e da Moderna, que foram as mais eficazes contra as outras variantes, oferecem menos proteção contra a ômicron', ressaltou o especialista em doenças infecciosas em comunicado publicado pelo hospital.

O governo israelense recentemente autorizou a administração de uma quarta dose da vacina para pessoas idosas ou de outros grupos de risco.

Mais de 537 mil israelenses já a receberam, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

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FOLHA DE S.PAULO

Testes de Covid no buraco negro

Pelo Datafolha, 42 milhões de brasileiros acima de 16 anos já tiveram Covid-19, com diagnóstico confirmado por um teste laboratorial. Pelos registros oficiosos, foram, em todas as faixas etárias, 23 milhões.

É uma diferença brutal, especialmente quando se considera que, no Brasil, apenas serviços credenciados puderam aplicar testes e eles têm a obrigação de informar as autoridades de todos os resultados. O número de casos "perdidos" deveria, portanto, ser muito baixo ou mesmo zero. O que se vê, porém, é que, para cada teste computado pelo sistema, quase um passou abaixo do radar.

O principal suspeito para o nível vexatório de subnotificação é a falta de padronização. Embora a pandemia já tenha dois anos, ainda não existe uma regra única para o envio e a contabilização dos casos.

Em determinados lugares, os laboratórios e farmácias enviam os dados para a autoridade municipal, em outros, para a estadual, em outros ainda, vão direto para o Ministério da Saúde. O que cada esfera faz dos números que recebe é um mistério ainda maior. O governo federal gosta de desaparecer com eles, mas nem o sumiço é aplicado de forma consistente para oferecer um padrão confiável.

E o problema vai muito além da pandemia de Covid-19. Gostamos de pensar o avanço da medicina como uma história de descobertas e invenções revolucionárias. Em parte é isso mesmo. Mas o que mais tem contribuído para a segurança e a eficácia de procedimentos médicos é a análise obsessiva dos dados que as próprias instituições produzem e sua tradução em melhores protocolos e padronizações. Se novas vacinas desenvolvidas em tempo recorde são fundamentais, coisas como a adoção de "checklists" e melhorias nas medidas de controle de infecção hospitalar também o são.

A chave aqui é gerar dados, entendê-los e transformá-los em ganhos incrementais concretos. Nós estamos produzindo dados e os jogando num buraco negro.

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FOLHA DE S.PAULO

Exame com saliva pode ser mais eficaz que teste de nariz

Especialistas alegam que amostras da boca podem detectar variante Omicron dias antes dos cotonetes nasais

Nos últimos dois anos, diagnosticar uma infecção por coronavírus muitas vezes exigiu dos profissionais de saúde explorar o nariz das pessoas com finos cotonetes. E mesmo no caso de países que adotaram amplamente os testes caseiros, como os Estados Unidos, esse tipo de exame exige que se colete material das duas narinas.

-A abordagem tradicional para diagnosticar infecções respiratórias tem sido investigar o nariz - disse Donald Milton, especialista em vírus respiratórios da Universidade de Maryland.

Mas a rápida disseminação da variante Ômicron e as dúvidas que surgiram sobre a sensibilidade dos testes caseiros reacenderam o debate sobre se a melhor maneira de detectar o vírus não seria coletar amostras de um local diferente: a boca.

-O vírus aparece primeiro na boca e na garganta. Isso significa que a abordagem que estamos adotando tem problemas -disse Milton.

Coletar amostras de saliva ou esfregar o interior da boca pode ajudar a identificar pessoas infectadas com o vírus dias antes do que os cotonetes nasais são capazes, sugerem algumas pesquisas.

A ciência ainda está evoluindo e os dados pintam um quadro complexo, sugerindo que os testes baseados em saliva têm suas próprias limitações. Muitos laboratórios não estão atualmente configurados para processar esse tipo de material, nem a maioria dos testes de antígeno caseiros disponíveis estão autorizados para isso.

Mesmo os céticos dos testes baseados em saliva reconhecem que as amostras orais têm algumas vantagens únicas. E com a Ômicron em alta, especialistas dizem que empresas de testagem, laboratórios e autoridades federais devem trabalhar com mais urgência para determinar os melhores locais e tipos de amostras para o vírus.

- Precisamos ser adaptáveis - disse Anne Wyllie, microbiologista da Escola de Saúde Pública de Yale, que é uma das desenvolve-doras do SalivaDirect, um protocolo de teste de PCR não comercial. -Vejo tantos laboratórios ou governos tão fixados em um determinado tipo de amostra ou em um determinado teste que, mesmo com a alteração de dados ou preferências, eles não fazem as adaptações necessárias em seus programas de testagem.

ESTUDO DA SALIVA

Os cientistas começaram a investigar os testes de saliva nos primeiros meses da pandemia. Eles estavam ansiosos para encontrar um método de teste que fosse mais confortável do que os cotonetes nasofaríngeos profundos que eram o padrão na época e que não exigissem profissionais de saúde treinados ou cotonetes nasais, ambos escassos. Com saliva, as pessoas poderíam simplesmente cuspir em um tubo e entregá-lo para processamento.

Alguns profissionais de laboratório estavam céticos de que o teste de saliva seria uma maneira confiável de detectar a infecção.

-Inicialmente, havia preocupações de que a saliva não fosse a amostra padrão ouro, a amostra mais sensível - disse Glen Hansen, do laboratório de microbiologia clínica e diagnóstico molecular do Hennepin County Medicai Center.

Mas no outono de 2020, dezenas de estudos sugeriram que a saliva era uma amostra adequada.

-Tem havido um crescente número de evidências de que, no mínimo, a saliva tem desempenho tão bom quanto, se não melhor, quando é coletada e processada adequadamente -disse Wyllie.

Também surgiram evidências de que o vírus tendia a aparecer na saliva antes de se acumular no nariz, sugerindo que as amostras de saliva podem ser a melhor maneira de detectar infecções precocemente.

Milton e seus colegas descobriram recentemente que nos três dias anteriores ao aparecimento dos sintomas e nos dois dias seguintes, as amostras de saliva continham cerca de três vezes mais vírus do que as amostras nasais e tinham 12 vezes mais chances de produzir um resultado positivo de PCR. Depois disso, porém, mais vírus começaram a se acumular no nariz, segundo o estudo, que ainda não foi publicado em uma revista científica.

A Food and Drug Admi-nistration, órgão regulador dos EUA equivalente à Anvisa no Brasil, já autorizou vários testes de PCR baseados em saliva, que se mostraram populares para triagem de alunos nas escolas.

As vantagens da saliva podem ser mais pronunciadas com a Ômicron, que parece se replicar mais rapidamente no trato respiratório superior e tem um período de incubação mais curto do que as variantes anteriores. Qualquer método de teste que possa detectar o vírus com segurança mais cedo é particularmente valioso.

Especialistas também teorizaram que a Ômicron pode ser melhor na replicação nas células da boca e da garganta do que outras variantes.

Uma equipe de pesquisadores sul-africanos descobriu recentemente que, embora os cotonetes nasais tenham um desempenho melhor do que os cotonetes de saliva ao detectar a variante Delta, o oposto foi verdadeiro para a Ômicron.

Mais pesquisas são necessárias, e outro pequeno novo estudo, realizado em um local de testes em São Francisco, na Califórnia, durante o surto de Ômicron, foi menos encorajador. Das 22 pessoas que deram positivo em um teste rápido de antígeno usando cotonetes nasais padrão, apenas duas deram positivo quando suas bochechas internas foram esfregadas. Os cientistas estão atualmente estudando se os cotonetes da garganta têm melhor desempenho.

COMPLICAÇÕES

A saliva também tem seus pontos fracos. Embora o vírus pareça se acumular nela precocemente, o nariz pode ser um lugar melhor para detectá-lo mais tarde no curso da infecção.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia descobriram que, embora o vírus muitas vezes fosse identificado primeiro na saliva, ele apresentou níveis mais altos no nariz. Seus resultados sugerem que testes altamente sensíveis, como testes de PCR, podem detectar infecções na saliva dias antes do que em cotonetes nasais, mas testes menos sensíveis, como testes de antígeno, não.

Os dados sobre a saliva ainda são mistos, observaram alguns especialistas.

- Existem esses poucos estudos que eu achei realmente muito interessantes - disse Mary Hayden, médica de doenças infecciosas e microbiologista clínica do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago.

Mas Hayden diz interpretar os novos estudos com cautela porque 'durante anos e anos', pesquisas sugeriram que amostras de naso-faringe são melhores para detectar vírus respiratórios.

Alguns cientistas também têm preocupações práticas. A boca é 'um ambiente um pouco mais descontrolado em comparação com as passagens nasais', disse Joseph DeRisi, bioquímico da Universidade da Califórnia.

A saliva também pode ser 'viscosa e difícil de trabalhar', especialmente quando os pacientes estão doentes e desidratados, disse Ma-rie-Louise Landry, diretora do laboratório de virologia clínica do Hospital Yale New Haven, por e-mail.

Em última análise, diferentes abordagens podem ser necessárias em diferentes circunstâncias. Para pessoas que tiveram sintomas por vários dias, cotonetes nasais podem ser uma boa escolha, enquanto a saliva pode ser mais adequada para a triagem de vigilância em larga escala de pessoas assintomáticas.

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A REDAÇÃO

Carnaval, grandes eventos e baladas serão proibidos em Goiânia


Goiânia - A Prefeitura de Goiânia anunciou a proibição do carnaval, grandes eventos e funcionamento de baladas em Goiânia para evitar a disseminação da covid-19. A medida constará em novo decreto, que será publicado pela gestão municipal. O pacote de medidas foi anunciado nesta segunda-feira (17/1) em coletiva de imprensa, no Paço Municipal.

As restrições também vão atingir bares e restaurantes, que terão público limitado a 50% da capacidade total, além de ter a obrigatoriedade de manter mesas a 1,5 metro de distância. Além disso, estão vedados o consumo e a presença de pessoas em pé e também o uso de pistas de dança.

Confira todas as restrições:

Bares, restaurantes, pit-dogs, food trucks, boates e congêneres: distância de 1,5 metro entre as mesas; limitação de 50% da capacidade do local; máximo de 500 pessoas; não é permitido pessoas em pé; vedado uso de pista de dança; consumo de alimentos e bebidas exclusivamente sentados à mesa;

Shopping center, igrejas, academias, quadras e ginásios, salão de beleza e barbearias, mercado popular, zoológico e mutirama, cinemas, teatros e circos: 50% da capacidade total de público;

Eventos sociais e corporativos: limitação de 50% da capacidade de público do local; máximo de 500 pessoas; não é permitido pessoas em pé;

Eventos programados: eventos programados mediante autorização da Secretaria de Saúde;

Proibidos: carnaval; grandes shows e eventos; baladas.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos; diz profissional

O crescimento da estética no Brasil e a venda de produtos cosméticos coloca o país em terceiro lugar no mercado mundial

O crescimento da estética no Brasil e a venda de produtos cosméticos coloca o país em terceiro lugar no mercado mundial, ficando atrás apenas do Japão e dos Estados Unidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2060 a população maior de 65 anos será de 25,5% o que aumentará o consumo de produtos e procedimentos estéticos para atender o envelhecimento da população.

De acordo com a biomédica esteta, Kely Dayane Feitosa Ramalho de Almeida, manter uma boa relação com o espelho tem motivado os brasileiros a procurarem recursos estéticos.

“A indústria da beleza foi um dos únicos mercados que resistiu à crise econômica nos últimos anos e é cada vez mais procurado pelos brasileiros em busca de cuidados com a aparência e bem-estar. A estética é uma grande oportunidade de investimento para profissionais que têm o sonho de abrir um negócio próprio”, afirma.

Kely Dayane conta que iniciou na área há um ano e meio. Ela atendia home care e hoje tem o próprio consultório. “Trabalho com facial desde do simples ao avançado dentro da área da estética (limpeza de pele, peeling, botox, etc) e atendo todo os tipos de público”, conta.

Lorrane Gabriele Camargo conta que sentia a necessidade de realçar a beleza e ter um pouco mais de autoestima “fiz micropigmentação para deixar meus lábios mais avermelhados e parecer estar mais coradinha e “produzida” ao acordar. Também realizei a Micro 3D realista nas sobrancelhas para realçar meu olhar. Pretendo fazer outros procedimentos, mas já me sinto realizada e feliz com os resultados que superou minhas expectativas e me deixou mais poderosa e confiante”, afirma.

Confira as principais áreas do mercado de estética:

Beleza – O profissional pode realizar atividades para melhorar o aspecto da pele, como os tratamentos para linhas de expressão, estrias e celulites, além de limpeza de pele, depilação, maquiagem entre outras;

Bem-estar – Esse é um ramo da estética que foca mais a qualidade de vida do que a beleza em si, como assagem relaxante, massagem modeladora, esfoliação e nutrição da pele e drenagem linfática são alguns exemplos;

Saúde – A eletroterapia, que consegue melhorar os tecidos corporais, a criolipólise, um tratamento para reduzir medidas com a eliminação da gordura localizada e a carboxiterapia, que melhora a oxigenação e a circulação dos tecidos com o uso do gás carbônico são alguns exemplos;

Imagem pessoal – Atende pessoas que passaram por cirurgia, vítimas de queimaduras. Também faz tratamentos para remover manchas da pele e trabalha a imagem pessoal como um todo, desenvolvendo maquiagens e penteados adequados a cada paciente.

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Assessoria de Comunicação

Segunda, 17 Janeiro 2022 17:51

CLIPPING AHPACEG 15 A 17/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Estudo vai testar eficácia da CoronaVac em crianças e adolescentes

É #FAKE que Pfizer adicionou trometamina secretamente à vacina da Covid-19 para crianças para tratar ataques cardíacos

Há um ano, Brasil aplicava sua 1ª dose de vacina contra a covid-19

Inscrições para a 1ª etapa do Revalida começam nesta segunda-feira

Aparecimento de superfungo em Pernambuco coloca autoridades em alerta

Bolsonaro nega ser contra vacina e prevê queda da inflação neste ano

A volta da gripe: UE enfrenta ameaça de pandemia dupla e prolongada

Saúde pede cautela após erro em vacinação de crianças na Paraíba

Brasileiro bebeu mais, se exercitou menos e engordou na pandemia

Menino de 11 anos é primeira criança a ser vacinada contra covid em Anápolis

Goiânia quer vacinar 120 mil crianças contra covid, diz secretário

Enfermarias que tratam crianças com Covid estão 100% ocupadas há seis dias em Goiás

Procon investiga relatos de aumento de 50% no preço dos testes covid em Goiânia

PORTAL G1

Estudo vai testar eficácia da CoronaVac em crianças e adolescentes

Coletas devem durar um ano. Menores de três a 17 anos vão receber uma dose inteira da CoronaVac, igual a que foi administrada em adultos.

Após o sucesso da pesquisa do "Viana Vacinada", uma nova pesquisa começou a ser feita no Espírito Santo, na sexta-feira (14). Trata-se do projeto curumim, iniciativa que testará a eficácia e segurança da vacina CoronaVac no público de três a 17 anos. Ao todo, 1.280 crianças e adolescentes devem participar do estudo.

As coletas devem durar um ano, e os exames e análises vão ser feitos no Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Butantan. Crianças de três a 17 anos vão receber uma dose inteira da CoronaVac, igual a que foi administrada em adultos. O modelo é diferente vacina da Pfizer para crianças, em que houve redução no volume da dose

Podem participar do estudo crianças e adolescentes que ainda não receberam vacina contra Covid-19, mesmo se já tiverem sido infectados pela doença. As crianças menores de cinco anos somente serão imunizadas apenas com a CoronaVac.

O estudo, realizado pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), ainda está na fase der recrutamento de interessados. Será disponibilizado, nos próximos dias, um site para consulta sobre o andamento da pesquisa

Os participantes serão divididos em dois grupos: os que recebem a vacina CoronaVac e os que recebem a vacina da Pfizer.

O objetivo é comparar a eficácia e segurança da CoronaVac em crianças e adolescentes tendo como base o imunizante da Pfizer, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que já começou a ser ministrado no Espírito Santo.

A médica responsável pelo estudo, Valéria Valim, destacou a importância do estudo para possível vacinação da CoronaVac em todo o Brasil.

'O estudo é necessário para que a Coronavac possa ser incluída como uma opção de vacina para crianças no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde Brasil', afirmou a médica, que também foi a responsável pelo estudo "Viana Vacinada.

'O estudo é necessário para que a Coronavac possa ser incluída como uma opção de vacina para crianças no Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde Brasil', afirmou a médica, que também foi a responsável pelo estudo "Viana Vacinada.

Segundo especialistas, a CoronaVac é uma vacina de vírus inativado. Essa tecnologia, conhecida há anos, induz resposta imune e é segura, e os efeitos colaterais são leves e de curta duração.

"A CoronaVac tem a vantagem de induzir uma grande diversidade de resposta, além de ser mais segura, ou seja, produz menos efeitos colaterais. Pelo mesmo motivo, também é menos eficaz. No entanto, as crianças maiores de 3 anos têm um sistema imunológico muito ativo e respondem às vacinas melhor do que os adultos. Por isso, há uma base científica para considerar que uma vacina inativada pode ser suficientemente eficaz e com menos efeitos colaterais em crianças', reforçou a pediatra pneumologista e aluna de doutorado no projeto Curumim, Carolina Strauss.

"A CoronaVac tem a vantagem de induzir uma grande diversidade de resposta, além de ser mais segura, ou seja, produz menos efeitos colaterais. Pelo mesmo motivo, também é menos eficaz. No entanto, as crianças maiores de 3 anos têm um sistema imunológico muito ativo e respondem às vacinas melhor do que os adultos. Por isso, há uma base científica para considerar que uma vacina inativada pode ser suficientemente eficaz e com menos efeitos colaterais em crianças', reforçou a pediatra pneumologista e aluna de doutorado no projeto Curumim, Carolina Strauss.

Diretores da Anvisa se reúnem na noite desta segunda-feira (17) com representantes do Butatan para discutir Coronavac para crianças. Análise está em fase final e decisão será tomada pela agência em reunião que ainda não tem data definida para ocorrer.

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É #FAKE que Pfizer adicionou trometamina secretamente à vacina da Covid-19 para crianças para tratar ataques cardíacos

A trometamina está presente na composição da vacina para adultos e crianças, mas esta informação é pública e está disponível na bula das vacinas. Além disso, segundo a Anvisa, a Pfizer e especiaistas, a trometamina é usada para controlar o PH da vacina e aumentar o prazo de validade. Portanto, não tem relação com o tratamento de ataques cardíacos.

Circula pelas redes sociais um vídeo em que um homem diz que a Pfizer adicionou secretamente trometamina às vacinas contra a Covid-19 para crianças. É #FAKE.

"Pfizer secretamente adicionou droga para tratamento de ataque no coração nas vacinas de Covid-19 das crianças... Mas, por que? Eles dizem que ao invés de usar uma solução salina como tampão, que basicamente é colocada em praticamente quase toda vacina, eles estão usando como tampão, mas ela não é listada como tampão. Ela é muito perigosa e muito forte afinador do sangue", diz a legenda do vídeo.

A trometamina não foi secretamente adicionada às vacinas. A informação é pública e está disponpível na bula das vacinas. Ao contrário do que a mensagem falsa diz, a função da trometamina nas vacinas é bem conhecida e não visa tratar ataque cardíaco. Ela é utilizada para controlar o PH da vacina e aumentar o prazo de validade.

Procurada pelo g1, a Pfizer explica os seguintes pontos:

A farmacêutica Ana Paula Duarte Souza, pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), explica que o conteúdo do vídeo é falso. Ela diz que a trometamina é, sim, um tampão para controlar o PH da vacina.

"Trometamina é um tampão usado para controlar o pH de uma solução e é classificada como excipiente. Serve para aumentar o prazo de validade da vacina antes de ela ser administrada nos pacientes. Está na composição da vacina da Moderna contra o Covid-19, então não é nada secreto e não está associada com ataques cardíacos. Pode ser utilizada em pacientes para tratamento de acidose metabólica", afirma Souza.

"A composição da vacina da Pfizer contra a Covid-19 [com a adição da] trometamina foi mudada no final do ano passado, mas essa composição é segura e foi aprovada pelas agências reguladoras, tanto dos EUA, a FDA, como a brasileira, a Anvisa", diz a farmacêutica.

"A composição da vacina da Pfizer contra a Covid-19 [com a adição da] trometamina foi mudada no final do ano passado, mas essa composição é segura e foi aprovada pelas agências reguladoras, tanto dos EUA, a FDA, como a brasileira, a Anvisa", diz a farmacêutica.

Souza também destaca que "a trometamina não foi adicionada secretamente na vacina da Pfizer especialmente para crianças", pois o componente está presente também na composição do imunizante para adultos.

"Se ler a bula atualizada da vacina na página da Anvisa e na página da Pfizer, após a autorização do uso em crianças de 5 a 12 anos, existem três diferentes composições descritas: uma composição para idades acima de 12 anos que precisa diluir; outra acima de 12 anos que não precisa diluir e contém trometamina; e uma composição para crianças entre 5 e 11 anos que também contém trometamina. Deste modo, o uso de trometamina na composição da vacina não é exclusiva para as crianças. Esse componente está presente também na composição para uso em adultos", afirma.

Anvisa autorizou adição da substância

Em nota, a Anvisa esclareceu que "autorizou a inclusão da trometamina na composição da Pfizer" e que "isso está descrito em bula, portanto, não havendo nada de secreto na presença desse componente."

"Este é um excipiente comumente usado pela indústria farmacêutica e tem efeito tamponante a fim de contribuir para a estabilidade e as propriedades farmacológicas do produto, ou seja, não tem qualquer relação com prevenção de ataques cardíacos", diz a Anvisa.

De acordo com a Anvisa, as vacinas contra a Covid são seguras. A agência autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Também participaram da avaliação feita pela Anvisa especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.

A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.

Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.

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AGÊNCIA BRASIL

Há um ano, Brasil aplicava sua 1ª dose de vacina contra a covid-19

Há exatamente um ano o país inteiro acompanhava pelos veículos públicos da EBC, Empresa Brasil de Comunicação, a histórica reunião da Anvisa que autorizou o uso de vacinas contra covid-19 no Brasil. Naquele domingo, 17 de janeiro de 2021, contamos pra você, minuto a minuto, o que os técnicos da agência reguladora avaliaram sobre eficácia, segurança e qualidade da CoronaVac e da AstraZeneca.

Diante de imunizantes desenvolvidos em tempo recorde, a Anvisa concluiu que as vantagens dessas vacinas eram muito maiores do que os riscos. E autorizou o uso emergencial das duas substâncias. Naquele momento, foi possível renovar a esperança de voltar a ter uma vida mais parecida com aquela a que estávamos acostumados.

Logo após a autorização, no domingo mesmo, a primeira vacina foi aplicada no país. E a escolhida para receber a dose foi a enfermeira Mônica Calazans, que, desde o começo da pandemia, trabalha na linha de frente, no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo. Agora, um ano depois, Mônica lembra o que pensou naquele momento. Segundo ela, foi um dia que passou a trazer esperança da vacinação chegar a todo país.

O infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, faz um balanço deste primeiro ano de vacinação. Elei também conta o que deve ocorrer com a imunização contra covid-19 nos próximos meses.

A enfermeira Mônica Calazans deixa um recado para quem ainda não está com a vacinação em dia.

Além da AstraZeneca e da CoronaVac, a Anvisa autorizou o uso de outras duas vacinas no Brasil: a Janssen e a Pfizer. De acordo com o Vacinômetro, do Ministério da Saúde, o imunizante mais usado no país é o da AstraZeneca, em 37,5% das pessoas vacinadas. Em seguida, vem a Pfizer, com 33,7%. A CoronaVac foi aplicada em 27,3% dos vacinados e a Janssen, em 1,6%.

Até a última sexta-feira (14), 145 milhões de brasileiros tinham recebido as duas doses ou a dose única da vacina - o que corresponde a 68% da população. E mais de 15 milhões e 500 mil pessoas tomaram a dose de reforço. Isso representa 7% dos brasileiros.

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Inscrições para a 1ª etapa do Revalida começam nesta segunda-feira

O exame será aplicado no dia 6 de março


As inscrições para a primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2022/1 começam na nesta segunda-feira (17), no Sistema Revalida, e vão até sexta-feira (21). O exame será aplicado no dia 6 de março, em oito cidades: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Ao fazer a inscrição, o participante deve indicar a cidade onde deseja realizar a prova, anexar o diploma de graduação em medicina expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira, reconhecida no país de origem pelo Ministério da Educação ou órgão equivalente, autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo da Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, promulgado pelo Decreto nº 8.660 de 29 de janeiro de 2016.

O resultado da análise do documento será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no dia 28 de janeiro. Caso o diploma enviado não esteja em conformidade com o previsto em edital, o participante não terá sua inscrição confirmada, mesmo que tenha realizado o pagamento da taxa de inscrição.

O valor da taxa de inscrição é R$ 410. O pagamento deve ser feito por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) até o dia 26 de janeiro, em qualquer agência bancária, casa lotérica ou agência dos correios, obedecendo aos critérios estabelecidos por esses correspondentes bancários, assim como respeitando os horários de compensação bancária.

Atendimento especial

O participante que precisar de atendimento especializado deverá, no período da inscrição, informar a condição, como: baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia, gestante, lactante, idoso e/ou pessoa com outra condição específica.

Também é necessário anexar, no Sistema Revalida, documento legível que comprove a condição que motiva a solicitação de atendimento. Para ser considerado válido para análise, o documento deve informar o nome completo do participante; o diagnóstico com a descrição da condição que motivou a solicitação e o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10); assinatura e identificação do profissional competente, com respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente.

Além disso, o participante que solicitar atendimento para cegueira, surdocegueira, baixa visão, visão monocular e/ou outra condição específica e tiver sua solicitação confirmada pelo Instituto poderá ser acompanhado por cão-guia e utilizar material próprio: máquina de escrever em braile, lâmina overlay, reglete, punção, sorobã ou cubaritmo, caneta de ponta grossa, tiposcópio, assinador, óculos especiais, lupa, telelupa, luminária, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado. Os recursos serão vistoriados pelo aplicador, exceto o cão-guia.

Já o participante que conseguir atendimento para deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira poderá indicar, na inscrição, o uso do aparelho auditivo ou implante coclear. Nesses casos, os aparelhos não serão vistoriados pelo aplicador.

No caso de quem solicitar atendimento para autismo e tiver o pedido confirmado pelo Inep, será permitido o uso de caneta transparente com tinta colorida para proceder as marcações, exclusivamente, em seu Caderno de Questões. O Cartão-Resposta deverá, obrigatoriamente, ser preenchido com caneta transparente de tinta preta.

Nome social

A solicitação do tratamento pelo nome social também deve ser realizada no momento da inscrição, no Sistema Revalida, pelo participante que se identifica e quer ser reconhecido socialmente por sua identidade de gênero (participante transexual ou travesti).

Para a solicitação, é necessária a apresentação dos seguintes documentos que comprovem a condição: foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares); cópia digitalizada, frente e verso, de um dos documentos de identificação oficiais com foto, válido, conforme previsto em edital.

Edital

O Inep publicou o Edital nº 3/2022, que trata das diretrizes, dos procedimentos e prazos da primeira etapa do Revalida 2022/1, nessa quinta-feira, 6 de janeiro, no Diário Oficial da União.

Aplicado pelo Inep desde 2011, o Revalida busca subsidiar a revalidação, no Brasil, do diploma de graduação em medicina expedido no exterior. As referências do exame são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normativas associadas e na legislação profissional.

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Aparecimento de superfungo em Pernambuco coloca autoridades em alerta

O aparecimento dos casos do fungo Candida Auris, o chamado superfungo, em Pernambuco, colocou as autoridades sanitárias do país em alerta. Isso porque o microrganismo tem uma alta taxa de letalidade e é resistente a antifúngicos e outros medicamentos.

Porém, ao contrário das doenças virais, o fungo não é transmissível de pessoa para pessoa, nem por vias respiratórias, sendo restrito geralmente ao ambiente hospitalar e se instalando, principalmente, em pacientes que passaram por procedimentos muito invasivos, segundo explica o médico infectologista, Filipe Proshaka.

Os casos registrados na semana passada em Pernambuco já configuram o terceiro surto do Candida Auris no Brasil, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Houve um primeiro surto na Bahia em 2020, com 15 casos e duas mortes, e um segundo surto, também na Bahia, em dezembro do ano passado.

Segundo a Anvisa, a definição de surto não se restringe apenas a uma grande quantidade de casos, mas também ao surgimento de um novo microrganismo contagioso.

O membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Filipe Proshaka, ressaltou ainda que não há uma fórmula pronta para se erradicar o fungo de determinado local, sendo necessário também investigar a situação de mais hospitais.

O Cândida Auris pode permanecer no ambiente por longos períodos, até por meses, e resiste a diversos tipos de desinfetantes. Ainda de acordo com a Anvisa, o hospital de Pernambuco onde o fungo foi identificado já adotou as medidas para conter o surto.

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ISTOÉ

Bolsonaro nega ser contra vacina e prevê queda da inflação neste ano

Por Eduardo Simões

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro negou nesta segunda-feira ser contra a vacinação contra Covid-19, afirmando que o governo federal adquiriu 400 milhões de doses de imunizantes contra a doença, e afirmou que a inflação cairá neste ano, depois de fechar 2021 em alta de 10,06%.

Em entrevista à Rádio Viva, do Espírito Santo, Bolsonaro também afirmou que terá problemas na eleição deste ano caso decida buscar um segundo mandato, ao mesmo tempo que disse acreditar estar cumprindo uma missão divina na Presidência e prometeu brigar para, segundo ele, não permitir uma volta atrás.

'Deixo bem claro, foi o nosso governo que comprou 400 milhões de doses de vacinas. Continuam me acusando de ser contra a vacina, mas como contra se eu comprei 400 milhões de doses?', disse o presidente.

'O que eu entrei na disputa nas últimas semanas é quando se falou em vacinar crianças de 5 a 11 anos. Ou seja, prevaleceu a vontade nossa, do Ministério da Saúde, onde as crianças podem se vacinar desde que os pais autorizem', acrescentou.

Bolsonaro, que afirma não ter se vacinado contra a Covid-19, diz, por exemplo, contrariando evidências científicas, que quem contraiu e se recuperou da doença, como ele, tem uma imunidade maior contra o coronavírus do que a fornecida pelos imunizantes.

O presidente também já criticou quem chama de 'tarados por vacinas' e questionou, mais uma vez contrariando evidências, a eficácia e segurança da vacina contra Covid em crianças. Disse ainda que não vacinará sua filha de 11 anos.

Bolsonaro reconheceu que o desemprego e a alta da inflação são problemas, ao mesmo tempo que voltou a responsabilizar as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da Covid-19, mas afirmou que inflação irá arrefecer em 2022.

'Vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar neste ano', prometeu.

O presidente também acusou a esquerda de buscar o poder destruindo os valores da família e disse que seus opositores o atacam porque querem que ele desista.

'Eu não vou desistir. Não tenho apego por essa cadeira, mas entendo que estou aqui por uma missão de Deus. Afinal de contas Ele salvou minha vida em 2018', disse referindo-se à facada que levou durante a campanha eleitoral.

'Então a missão está posta. Obviamente a gente vai ter problema em uma possível reeleição, mas temos que brigar para que nós não venhamos a voltar atrás', afirmou, sem especificar que problemas enfrentará.

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A volta da gripe: UE enfrenta ameaça de pandemia dupla e prolongada

Por Francesco Guarascio

BRUXELAS (Reuters) - A influenza voltou à Europa de maneira mais rápida do que o esperado após quase desaparecer no ano passado, levantando preocupações sobre uma pandemia dupla prolongada com a Covid-19, em meio às dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra a gripe.

Os lockdowns, uso de máscaras e distanciamento social se tornaram normais na Europa durante a pandemia de Covid-19 que tirou a gripe do jogo no inverno passado, erradicando temporariamente um vírus que mata mundialmente 650 mil pessoas, de acordo com dados da União Europeia.

Mas isso agora mudou enquanto países adotam medidas menos rígidas para combater a Covid-19 dada a vacinação generalizada.

Desde meados de dezembro, os vírus da gripe circulam pela Europa em uma taxa maior do que era esperado, como relatou neste mês o Centro de Prevenção e Controle de Doenças europeu (ECDC).

Em dezembro, o número de casos de gripe em unidades de tratamento intensivo na Europa subiu constantemente, chegando ao pico de 43 na última semana do ano, como mostram dados do ECDC e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A marca é bem menor do que em níveis pré-pandêmicos -quando os casos semanais de gripe em UTIs chegavam a picos de mais de 400 na mesma época em 2018, por exemplo.

Mas é um aumento expressivo em relação ao ano passado, quando havia apenas um caso de gripe em uma UTI no mês inteiro de dezembro, mostram os dados.

O retorno do vírus pode ser o início de uma longa temporada de gripe que pode se estender até o verão, afirmou o principal especialista do ECDC em influenza, Pasi Penttinen.

'Se começarmos a suspender todas as medidas, a grande preocupação que tenho com a influenza é de que, como tivemos um longo tempo quase sem sua circulação entre a população europeia, talvez possamos nos afastar de padrões sazonais normais', disse.

Penttinen disse que tirar as medidas restritivas na primavera pode prolongar a circulação da gripe para muito além de sua temporada normal na Europa em maio.

Uma pandemia prolongada pode colocar pressão excessiva sobre sistemas de saúde já sobrecarregados, afirma o ECDC em seu relatório.

Na França, três regiões -incluindo a capital Paris- enfrentam uma epidemia de gripe, de acordo com dados publicados pelo Ministério da Saúde francês na semana passada. Outras estão em fase pré-epidêmica.

Nesta temporada, a França registrou até agora 72 casos graves de gripe, com seis mortes.

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PORTAL R7

Saúde pede cautela após erro em vacinação de crianças na Paraíba

Pelo menos 48 crianças foram imunizadas com a dose destinada a adultos, em Lucena (PB). MPF também apura as circunstâncias

O Ministério da Saúde acompanha os casos das crianças que foram vacinadas contra a Covid-19 com doses destinadas a adultos. De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, pelo menos 48 pessoas entre 5 e 11 anos do município de Lucena, na Paraíba, receberam incorretamente a imunização, antes mesmo das doses pediátricas chegarem ao Brasil. O cardiologista definiu o episódio como "erro vacinal". Ele esteve na região, quando se reuniu com gestores locais e autoridades de saúde, e visitou uma das mães cujo filho foi indevidamente vacinado.

"Essas doses foram aplicadas antes da distribuição das vacinas específicas. É o que nós consideramos erros vacinais", afirmou Queiroga, em entrevista, nesta segunda-feira (17). O ministro ressaltou a necessidade dos municípios receberem todas as orientações, considerando ser esse um dever das secretarias de estado. "O Ministério da Saúde acompanha todos esses casos. Temos que cuidar para que não haja esse tipo de erro novamente."

A pasta monitora de perto as crianças que foram indevidamente vacinadas, sobretudo por terem recebido uma dosagem três vezes maior do que a recomendada para a faixa etária. No âmbito administrativo, foi instaurado um processo para apurar as responsabilidade. O MPF (Ministério Público Federal) acompanha o caso.

Nesta semana, o órgão paraibano deve ouvir a auxiliar de enfermagem responsável pelas aplicações para avaliar se a ação foi feita de maneira deliberada ou se foi um erro. Autoridades de saúde do município e do estado paraibano, além das famílias responsáveis pelas crianças vacinadas incorretamente, também prestarão depoimentos.

De acordo com a prefeitura de Lucena, a responsável pelo suposto erro está afastada e teria aplicado as doses "indevidamente e sem autorização". "Esclarecemos que a decisão foi tomada individualmente pela pessoa que fez a aplicação, sendo uma falha pontual e que não partiu de determinação da administração municipal", disse a prefeitura, em nota.

Queiroga frisou que o objetivo das análises não é buscar uma mera punição. "Mas é claro que precisa ser averiguado para que fatos como esse não voltem a acontecer". O ministro pediu cautela na aplicação das doses infantis. "Essas vacinas devem ser aplicadas conforme as recomendação do ministério e a orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que fez uma série de observações para que as vacinas fossem aplicadas em crianças dessa faixa etária."

A Anvisa estabeleceu que a sala em que se dará a aplicação de vacinas contra o novo coronavírus em crianças seja exclusiva para a aplicação desse imunizante, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas. Os profissionais que atuam na campanha também devem ser direcionados exclusivamente para esse fim. As medidas servem para evitar erros nas aplicações.

Outra circunstância que visa impedir a confusão de doses é a coloração do frasco diferente entre a vacina pediátrica e a adulta. Ainda que ambas contenham o mesmo princípio ativo, a dosagem infantil é 1/3 da aplicada no restante da população. Por isso, são embaladas em frascos laranjas, quando a de adultos vêm em recipientes roxos.

O Ministério da Saúde ainda alerta que "cabe aos gestores locais do SUS o armazenamento correto, acompanhamento da validade dos frascos e aplicação das doses, seguindo as orientações do ministério".

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Brasileiro bebeu mais, se exercitou menos e engordou na pandemia

Pesquisa do IEPS aponta que somente as taxas de tabagismo não cresceram no primeiro ano da crise sanitária, em 2020

Os efeitos da pandemia na saúde dos brasileiros foi arrasador, mesmo entre aqueles que não foram infectados com a Covid-19.

Em 2020, quando o Brasil passou mais tempo em isolamento social para frear o avanço do coronavírus, houve aumento no consumo abusivo de bebidas alcoólicas e no sedentarismo entre a população brasileira, o que desencadeou a elevação da taxa de pessoas com doenças crônicas, como a obesidade.

Isso é o que mostra a pesquisa Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel, realizada pelo IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde).

Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do país. Mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5% deste grupo, com maior prevalência nos estados do Sul, Sudeste e Nordeste. Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio (23,8%) lideram o ranking de maior incidência da obesidade. Até 2011, nenhuma capital havia ultrapassado 20%.

O índice nacional chega a quase o dobro do que foi registrado 14 anos antes, em 2006, quando só 11,8% da população era diagnosticada com essa comorbidade.

O ano marca a primeira vez que foi feito o levantamento Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) pelo Ministério da Saúde, de onde os dados do IEPS foram extraídos. Foram entrevistadas 27.077 pessoas nesta edição do estudo.

Alerta

Especialistas afirmam que a alteração no estilo de vida dos brasileiros, provocada pela pandemia, foi determinante para o surgimento - e até agravamento - de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que desencadeiam outras doenças.

A vestibulanda de Artes Visuais Isabella Stael, de 19 anos, atribui o aumento do consumo de bebidas alcoólicas na pandemia ao que chama de "desgaste psicológico". Ela afirma que o álcool é usado como refúgio para relaxar e se divertir em meio ao estresse causado pela covid e pelos estudos, sem que haja, necessariamente, uma ocasião especial.

"Em grande parte, o consumo de álcool que faço está ligado a aliviar a pressão e não precisar pensar no futuro", afirma ela. "Também está relacionado a dias em que estou muito cansada, ou em outros em que o esgotamento mental é tão grande que fico frustrada por não conseguir estudar direito e chego ao final do dia querendo beber", acrescenta a jovem.

O psiquiatra Guido Palomba, da APM (Associação Paulista de Medicina), vê relação direta entre a pandemia e a alta da taxa de doenças crônicas. Para ele, isso acontece porque as pessoas precisam restringir a locomoção e lidar com a superexposição a notícias negativas, o que desencadeia transtornos psiquiátricos que colaboram para surgirem comorbidades.

A demanda excessiva de trabalho criada pelo home office também é apontada por Palomba como fator inerente ao "novo normal", que estimula hábitos pouco saudáveis. "Alimentação e álcool são formas de gratificação em momentos ruins. Consequentemente, há aumento de obesidade, diabete e problemas cardíacos", afirma.

Diagnóstico

Beatriz Rache, mestre em Economia pela Universidade Columbia (EUA) e autora da pesquisa do IEPS, destaca o aumento dos fatores de risco à saúde, como o consumo de ultraprocessados (biscoitos, chocolate, salsicha, margarina, entre outros), em praticamente todos os segmentos da pesquisa.

Só o tabagismo se manteve estável em 2020 ante 2019. Em contrapartida, o consumo abusivo de álcool partiu de 18,8% para 20,4%, mesmo cenário observado em relação ao sedentarismo (de 13,9% para 14,9%).

"A gente vê, entre 2019 e 2020, piora de todos os indicadores de riscos comportamentais e, por isso, é possível associar ao aumento da obesidade. Apesar de a Vigitel não permitir fazer essa correlação, os dados mostram que a pandemia parece estar associada aos resultados de 2020, ano tanto de estresse econômico quanto sanitário", afirma Beatriz.

Presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), César Fernandes destaca a importância de grandes campanhas de conscientização sobre riscos da alimentação inadequada e da falta de atividade física.

"Muitas famílias mudaram hábitos alimentares para pior, com o teor de gordura e caloria aumentado. As pessoas começaram a se servir por meio de delivery. Não bastasse isso, se privaram de atividades físicas habituais, como pequenas caminhadas no cotidiano", acrescenta.

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A REDAÇÃO

Menino de 11 anos é primeira criança a ser vacinada contra covid em Anápolis


Ludymila Siqueira

Goiânia - Gustavo de Paula, de 11 anos, é a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 em Anápolis. O estudante foi acompanhado pela manhã e se imunizou na UniEvangélica, na Cidade Universitária. A vacinação para este público começou nesta segunda-feira (11/1) e ocorre no mesmo local das 8h às 16h.

Para receber o imunizante é preciso fazer um cadastro prévio no site da prefeitura. No momento do cadastro, será necessário anexar o documento de CPF ou cartão SUS , comprovante de endereço e documento pessoal da criança, pode ser certidão de nascimento ou RG.

Além disso, no dia da vacinação, a criança precisa estar acompanhada do responsável, que também deve apresentar documento de identificação ou enviar autorização assinada. 
 

O município recebeu 2.430 doses de vacinas da Pfizer no sábado (15) para a vacinação infantil.

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Goiânia quer vacinar 120 mil crianças contra covid, diz secretário

O secretário municipal de Saúde (SMS), Durval Pedroso, afirmou na manhã desta segunda-feira (17/1) que devem ser vacinadas 120 mil crianças com idade de 5 a 11 anos em Goiânia até a primeira quinzena de fevereiro. No primeiro dia de aplicação da dose pediátrica da Pfizer na faixa etária dos 11 anos, Durval defendeu o imunizante, "que tem caraterísticas próprias".

"Ela [a vacina pediátrica] possui uma concentração e uma dose menores. Ou seja, é um frasco identificado, é uma vacina específica", desceveu o titular da SMS. Na manhã de hoje, 15 postos começaram a receber crianças de 11 anos para aplicação da primeira dose contra covid-19.

De acordo com Durval, os sete grupos em ordem decrescente de faixa etária foram estruturados para reduzir a idade de acordo com a chegada de novas remessas de doses e para evitar aglomerações nos locais de vacinação. "É importante que venha quanto menos adulto possível acompanhando essas crianças a fim evitar que mais pessoas estejam no local. Se possível, um responsável para cada criança é o ideal a fim de que não se comprometa a segurança."

Até o momento, Goiânia recebeu 8,9 mil doses para a faixa etária de 5 a 11 anos. Ainda nesta semana, uma nova remessa de imunizantes pediátricos deve chegar à capital, já que o Ministério da Saúde recebeu mais uma entrega de doses da Pfizer no último final de semana.

"Inicia-se por 11 anos. E essa estratégia vai a cada três dias reduzindo. Até chegar no público dos 5 anos de idade." Segundo Durval Pedroso, a intenção da SMS é aplicar de 400 a 500 doses em crianças por dia de vacinação. "Até o início da primeira quinzena de fevereiro, esse grupo já estará concluído", afirmou o secretário.

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MAIS GOIÁS

Enfermarias que tratam crianças com Covid estão 100% ocupadas há seis dias em Goiás

A lotação máxima das enfermarias da rede estadual ocorre desde o dia 12 de janeiro

As enfermarias públicas que atendem crianças diagnosticadas com Covid estão 100% ocupadas em Goiás. O dado consta nos indicadores disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), na manhã desta segunda-feira (17). A lotação máxima na rede estadual ocorre desde o dia 12 de janeiro. No caso das UTIs Covid pediátricas, a taxa é de 52%.

Conforme expõem os índices, atualmente 29 leitos de enfermaria são destinados para o tratamento de crianças que foram contaminadas pelo novo coronavírus. Todos eles estão no Hospital de Urgência Governador Otávio Lage Siqueira (Hugol), na região Noroeste de Goiânia.

Deste total, 14 estão ocupados e 15 estão bloqueados, segundo a SES. Os bloqueios ocorrem em caráter temporário, devido à manutenção, desinfecção e preparo da unidade para uma nova internação. Além disso, o leito também pode ficar bloqueado, pois a vaga já foi autorizada e a unidade aguarda a chegada do paciente.

Ocupação máxima de enfermarias que tratam crianças com Covid já dura seis dias

Segundo dados extraídos do painel eletrônico da SES, a ocupação máxima de enfermarias públicas que tratam crianças com Covid já dura seis dias. Desde 12 de janeiro, a taxa é de 100%.

O aumento expressivo de tais internações ocorre desde a última quinzena de dezembro. A taxa subiu de 75% no dia 15 de dezembro de 2021 para 90% no dia 21 do mesmo mês e ano. A partir daí, o índice passou a ficar acima de 95%.

Nesta segunda-feira (17), cidades goianas iniciaram a vacinação de crianças contra a Covid-19. Em Goiânia, a imunização ocorre em 15 pontos.

Covid-19: ocupação de UTIs e enfermarias para adultos

Ainda de acordo com os dados da SES-GO, a taxa de ocupação das UTIs públicas destinadas a adultos com Covid é de 83%. No caso das enfermarias, esse índice é de 60%.

Com relação à rede privada, a taxa de ocupação é de 48,65% e a de enfermaria Covid está em 24%.

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Procon investiga relatos de aumento de 50% no preço dos testes covid em Goiânia

De acordo com o órgão, há relatos dE aumento de até 50% no preço de testes de Covid-19 em Goiânia e Aparecida

Procon Goiás fará, nesta terça-feira (18), uma fiscalização para apurar denúncias de possíveis aumentos abusivos no preço de testes de Covid-19 em Goiânia e Aparecida. De acordo com o órgão, há relatos de aumento de até 50% no dispositivos para identificar a presença do coronavírus.

O Procon informou que vai visitar laboratórios, drive-thrus e drogarias localizadas em Goiânia e Aparecida. De acordo com o órgão, o estabelecimentos visitados terão 48 horas para apresentar a documentação solicitada, que inclui notas fiscais de compra mês a mês dos últimos 12 meses e as notas fiscais de venda (uma por semana) dos últimos 12 meses.

Os documentos serão encaminhados para a Gerência de Pesquisa e Cálculo, que vai analisar e verificar se houve a prática de aumento abusivo no preço. Conforme o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, as empresas podem cobrar diferentes preços pelos testes, até por não existir tabelamento de preços. Porém, “a prática de preços abusivos fere os direitos do consumidor e causa um desequilíbrio nas relações de consumo”.

“O mercado se autorregula pela lei da oferta e procura, que interfere diretamente na elevação ou redução dos preços dos produtos, mas , por lei, os fornecedores não podem obter vantagem excessiva sobre o consumidor, ainda mais neste momento de aumento de casos de Covid em plena pandemia que já impactou sobremaneira o orçamento das famílias brasileiras”, declarou Vaz.

Caso o Procon constate os preços abusivos, a empresa responderá a um processo administrativo sancionatório que pode resultar na aplicação de multa que pode chegar a R$ 11 milhões.

Buscas por testes de Covid-19 em Goiânia aumentaram 185% no fim do ano passado

Em meio às festas de final de ano, as buscas por testes de Covid-19  em 2021 aumentaram 185%, em Goiânia. Segundo a prefeitura de Goiânia, isso aconteceu porque as pessoas querem celebrar com a família com a garantia de que não estão contaminados, bem como conseguir a entrada em eventos que fazem essa exigência.

No dia 30 de dezembro, por exemplo, uma grande fila de carros se formou na região da Praça C-170, no Jardim América, onde foi realizada a testagem prioritariamente na modalidade drive-thru. A testagem se iniciou às 8 horas e terminou às 16 horas.

Por conta do alto fluxo de veículos, o trânsito fluiu com lentidão. Motoristas registraram as duas filas de carros que ser formaram em torno da praça, as quais ocupam duas das três faixas disponíveis para o trânsito.

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Assessoria de Comunicação

Presidente Haikal Helou fala à TV Record sobre a ocupação de leitos na rede privada em Goiás neste período da pandemia

TV RECORD
Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações
https://www.youtube.com/watch?v=ttb0nmouDwk

Sexta, 14 Janeiro 2022 08:46

CLIPPING AHPACEG 14/01/22

Escrito por

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos

Remédios devem subir 10% e planos de saúde, 15%

UTIs em situação crítica

Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações

Quem vai ficar com a Amil?
Anvisa proíbe propaganda de produtos contendo 'chip da beleza'

Hospitais reservam exames apenas para pacientes graves

Estados adotam estratégias diferentes de vacinação infantil

Diagnóstico de Covid em crianças dispara em hospitais de São Paulo

Justiça libera clientes de planos de saúde de multa por rescisão contratual

Saúde no Congresso: Os principais temas para 2022

Ministério Público critica redução do isolamento

OMS aprova o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid

Goiás tem 6,3 mil casos conhecidos de Covid em 24 horas, diz Saúde

O que o Cofen vai fazer pelo piso da Enfermagem em 2022?

Caiado descarta novo decreto de medidas restritivas contra a covid em Goiás

Ministério da Saúde adia entrega de vacinas contra covid-19 para crianças

Escassez de insumos pode levar à suspensão de testes da covid em Goiás

“Imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”, reforça Ludhmila Hajjar, sobre a ômicron

AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil registra 22,8 milhões de casos e 620,5 mil óbitos

O Ministério da Saúde divulgou hoje (13) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, desde o início da pandemia, 22,8 milhões de casos confirmados da doença e 620,5 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 21,7 milhões (95,2% dos casos).

Nas últimas 24 horas, o ministério registrou 97,9 mil casos e 174 mortes.

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 4,4 milhões de casos e 155,5 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (2,3 milhões de casos e 56,7 mil óbitos); Paraná (1,6 milhão casos e 40,9 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,5 milhão de casos e 36,5 mil óbitos).

Os menores números de casos e óbitos estão no Acre (89.244 e 1.844, respectivamente), Amapá (128.212 e 2.028) e Roraima (131.529 e 2.078)

Ômicron

A pasta também informou que foram registrados 503 casos de pessoas infectadas pela variante Ômicron, com incidência confirmada em 16 unidades da Federação, com Rio de Janeiro (133) e São Paulo (121) registrando o maior número de casos. Também foram registradas duas mortes, uma em Alagoas e outra em Goiás.

Há 796 casos e duas mortes pela nova variante em investigação.

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CORREIO BRAZILIENSE

Remédios devem subir 10% e planos de saúde, 15%

Cálculos são do Citi e do BTG Pactual. No caso dos convênios médicos, a previsão se refere a contratos individuais e familiares, que têm o percentual de correção anual fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar

A jovem Isabela Ribeiro, 25, diagnosticada com síndrome de Turner, precisa fazer tratamento contínuo por conta da doença, de origem genética. Autônoma, ela conta que não consegue arcar com os pesados custos de um plano de saúde. 'Os planos têm se tornado cada vez mais caros, eu não tenho condições de pagar. A não ser que eu tenha um emprego de carteira assinada que me forneça um plano de saúde', condiciona. Para a jovem, um dos grandes benefícios de ter um convênio médico seria realizar exames com mais rapidez, já que, muitas vezes, a dinâmica da rede pública é mais demorada.

Neste começo de ano, os bancos, tradicionalmente, começam a fazer as contas e sinalizam os aumentos na área da saúde que vem por aí: pelos cálculos do Citi, os medicamentos terão alta de 10%. Já os planos de saúde, pelas projeções do BTG Pactual, devem ficar 15% mais caros. Um impacto no bolso de todos os brasileiros.

Atualmente, Isabela Ribeiro faz tratamento no Hospital de Base do Distrito Federal e busca medicamentos e atendimento pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Mas isso não a deixa imune dos impactos causados pela alta dos preços dos remédios. 'Meu hormônio de crescimento é fornecido pelo SUS, mas os outros medicamentos que os médicos passam eu tenho que comprar. Lidar financeiramente com isso é procurar cupom, desconto, assistência do SUS em tudo que você tiver direito e tentar minimizar os custos ao máximo', relata.

O economista e professor de Especialização em Mercado Financeiro na Universidade de Brasília (UNB) César Augusto Bergo explica que os aumentos refletem a inflação e os custos dos insumos. 'No caso do medicamento, tem o aspecto da importação dos insumos, que opera em relação ao dólar. Na hora de comprar, às vezes não se encontra o genérico, e não dá pra deixar de tomar. Mas existem remédios hoje que estão totalmente fora do orçamento das famílias', analisa.

Isabela lamenta que, dentro da realidade brasileira, não haja nada que se possa fazer para frear o aumento dos preços e desabafa: 'As vezes, gasto R$ 300 ou R$ 400 de farmácia por mês. Na maioria das vezes, utilizo cartão de crédito. Só resta minimizar os custos da forma como a gente consegue'.

Os ajustes que os brasileiros fazem para reduzir gastos também estão presentes quando se trata dos planos de saúde. Há quem opte por planos mais simples para não arcar com custos exorbitantes - e as operadoras de saúde fornecem opções. 'Alguns planos usam artifícios de reduzir a cobertura, de hospitais, médicos, procedimentos para que não exista tanto aumento na mensalidade. Mas o consumidor precisa ficar atento, porque toda a cobertura à qual ele tem acesso, que assinou no contrato, não pode mudar no meio do período', alerta o economista.

O aumento nas parcelas dos planos de saúde vai além da questão monetária: impacta a qualidade do serviço. 'Contratos de saúde com cobertura genérica implicam em aumento de custo para o consumidor, porque, na prática, a cobertura reduziu. Piora a qualidade do plano', avalia Bergo. Ele destaca que há muitas operadoras no mercado, e o plano precisa ser escolhido de acordo com a situação de cada pessoa, para que, no fim das contas, os custos com saúde não pesem tanto no orçamento e de fato atendam a realidade do consumidor.

O advogado especialista em contratos de plano de saúde Marco Mota diz que o aumento de 15% estimado para os convênios individuais pode dar um susto no primeiro momento, mas se mantêm na média dos últimos anos. 'Se observarmos os anos

anteriores à pandemia, de 2015 até 2019, constataremos que a média de reajuste anual foi de 11, 60%. O reajuste estimado revela a volta aproximada aos percentuais anteriores, somados ao aumento de custos para tratamentos das demandas eletivas que estavam represadas', analisa.

Tradicionalmente, reajustes nos planos individuais também costumam puxar aumento nos convênios coletivos, que são a maioria dos contratos no Brasil. No entanto, Marco diz que é difícil estipular o quanto o aumento de 15% nos planos individuais pode influenciar em um reajuste nos coletivos: 'Considerando que os reajustes nos planos coletivos sempre são acima dos individuais, já que não são regulados pela ANS, é difícil prever se esse percentual também ocorrerá nesses planos coletivos', afirma o advogado.

Os planos têm se tornado cada vez mais caros, eu não tenho condições de pagar. A não ser que eu tenha um emprego de carteira assinada que me forneça um plano de saúde" Isabela Ribeiro, autônoma

Peso para os idosos

Caso se concretize, um reajuste de 15% nos planos de saúde individuais pode trazer riscos para a saúde pública brasileira, especialmente para a população com a idade mais avançada, observa o advogado especialista em contratos de plano de saúde, Marco Mota. 'Os reajustes anuais, sempre muito acima da inflação e dos aumentos salariais, acabam expulsando beneficiários de mais idade do sistema, pois não conseguem arcar com a mensalidade do plano e acabam migrando para o sistema público', observa.

A respeito dos reajustes dos planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que o percentual máximo a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será informado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. A Agência não estima a data para a divulgação dos percentuais de aumento.

Regras

Cada tipo de contratação, sejam os planos individuais/ familiares, sejam os coletivos (empresariais e por adesão), tem regras específicas. Nos planos individuais ou familiares, por exemplo, a ANS definiu que as operadoras deveriam reduzir as mensalidades em até 8, 19% entre maio de 2021 e abril de 2022. Agora, haverá aumento. A Agência salienta, ainda, que os consumidores podem solicitar à operadora a memória de cálculo e a metodologia utilizada para justificar a correão das mensalidades. As empresas têm prazo máximo de 10 dias para fornecer as informações.

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UTIs em situação crítica

Fiocruz alerta que circulação da ômicron e transmissão durante as festas de fim de ano fizeram internações dispararem

As taxas de ocupação de UTIs para a covid-19 chegaram a um ponto considerado 'crítico' em um estado e quatro capitais. É o que apontam dados da nota técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada na quarta-feira. Segundo o Observatório Covid-19, a explosão de infecções pela cepa ômicron e as transmissões do novo coronavírus pelas festas de fim de ano pressionam os serviços de saúde.

Segundo a Fiocruz, Pernambuco (82%) e as capitais Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão em situação crítica. Em seguida, oito unidades da Federação estão em uma fase que requer atenção: Pará, Tocantins, Piauí, Ceará, Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. As capitais Porto Velho, Macapá, Maceió, Salvador, Vitória e Brasília se encontram na mesma situação.

No caso de Pernambuco, dos 857 leitos existentes para a covid-19, 703 estão ocupados - em agosto passado, eram 1.460 vagas abertas e 686 internações. No Pará, são 201 leitos com 143 pacientes internados - também em agosto, 341 vagas estavam à disposição. Já em São Paulo, que antes do avanço da vacinação era o epicentro da pandemia no país, houve uma alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.

No recebimento das primeiras doses da vacina pediátrica contra a covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou as pessoas não vacinadas e as responsabilizou pelo aumento das internações.

Menor quantidade

Segundo o infectologista do Hospital das Forças Armadas Hemerson Luz, é preciso levar em consideração que há menos leitos disponíveis do que no momento inicial da pandemia, já que os hospitais de campanha foram desativados e unidades deixaram de ser áreas de atendimento de casos de coronavírus. 'É necessário ter planos de contingência caso não haja uma redução desse índice ou, em conjunto, haja um aumento da taxa de infecção', defendeu.

Na visão do epidemiologista Jonas Brant, mesmo que a nova variante não resulte em tantos casos graves, é preciso muita atenção, pois a velocidade de contaminação pode causar uma sobrecarga no sistema de saúde e levar à falta de profissionais aptos a atender os pacientes afirmou.

'A gente já está vendo sobrecarga na rede devido ao absenteísmo', alerta.

O estudo da Fiocruz alerta que o número de casos novos de covid-19 deve atingir níveis 'muito mais elevados' nas próximas semanas, pressionando a demanda por serviços de saúde. De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Brasil registrou, nas últimas 24h, 97.986 novos casos de covid-19. Com o avanço da ômicron, o número diário de registros de um dia para o outro se aproxima de 100 mil, e é o sexto maior desde o início da pandemia.

O Conass, aliás, encaminhou ofício a Queiroga pedindo para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19.

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TV RECORD

Pacientes com Covid-19: menos leitos e mais internações

https://www.youtube.com/watch?v=ttb0nmouDwk

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BRAZIL JOURNAL


Quem vai ficar com a Amil?
https://braziljournal.com/quem-vai-ficar-com-a-amil

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FOLHA DE S.PAULO

Anvisa proíbe propaganda de produtos contendo 'chip da beleza'

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a propaganda da gestrinona e de produtos que contenham em sua fórmula essa substância, sejam eles industrializados ou manipulados. Conhecida popularmente como o 'chip da beleza', a gestrinona é um hormônio esteroide com ações anabolizantes.

Por seus possíveis efeitos androgênicos, como diminuição de massa gorda e aumento de massa muscular, a substância tem sido usada por mulheres na busca de melhora da performance física e estética.

A decisão da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União no final de 2021.

Alexandre Hohl, presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), disse que a decisão da agência reguladora foi acertada.

O médico explica que, em um primeiro momento, o dispositivo com gestrinona era usado para tratar a endome-triose. Não existem, entretanto, estudos de segurança e eficácia dessa substância para tratamento de endometriose por meio de implantes.

Ele explicou que a gestrinona começou a ser estudada para tratamento da endometriose por via oral no final dos anos de 1970. Para essa finalidade, o registro foi concedido pela agência reguladora por 24 meses na década de 1990, mas não foi renovado.

O fenômeno de utilizar a substância com a finalidade estética começou há cerca de oito anos e foi aumentando de forma avassaladora. Atualmente, há centenas de médicos dando curso de como implantar o 'chip da beleza'.

"A gente usa remédio para tratar doenças, a gestrinona está sendo usada por vaidade. Uma substância em que o risco é infinitamente maior que os benefícios. Os efeitos colaterais são proporcionais às doses utilizadas. Pode ocorrer o surgimento de acne, aumento de pelos, ole-osidade na pele, alteração da voz, a pessoa pode parar de menstruar, ter dificuldade de engravidar e até [numa eventual gravidez], malformação fetal', relatou.

Antes dessa decisão da Anvisa, a Sbem já havia se posicionado, no mês de novembro, sobre o uso e abuso de implantes de gestrinona no BrasiL O documento tinha sido enviado para a Anvisa, CFM (Conselho Federal de Medicina) e AMB (Associação Médica Brasileira).

Na ocasião, a Sbem informou que não reconhecia os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaçava veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico e pediu às autoridades regulatórias para aumentar a fiscalização do emprego inadequado desses implantes hormonais no país.

Em nota técnica, encaminhada em resposta para a Sbem, a agência reguladora informou que não há medicamentos contendo o insumo farmacêutico ativo gestrinona com registro sanitário válido no BrasiL Tampouco constam em seu banco de dados pedidos de registro aguardando análise ou em avaliação pela área técnica.

Disse ainda que não é possível alegar que esses produtos sejam eficazes e seguros, o que representa um risco à saude publica.

Pontuou que se trata de produtos irregulares, que não passaram pelo escrutínio das áreas técnicas da GGMED (Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos).

Hohl informou ainda que a agência reguladora se prontificou a colocar a substância na lista C5, que regula os anabolizantes no país.

Dessa forma, a gestrinona pode estar sujeita a controle especial no país e teria uma maior fiscalização.

A gente usa remédio para tratar doenças, a gestrinona está sendo usada por vaidade. Uma substância em que o risco é infinitamente maior que os benefícios

Alexandre Hohl médico

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Hospitais reservam exames apenas para pacientes graves

Com poucos testes de Covid disponíveis devido à alta demanda, hospitais e laboratórios de São Paulo estão priorizando a realização dos exames em pacientes com sintomas mais graves.

Médicos do Hospital São Luiz, da Rede D'Or, que pediram para não ser identificados, disseram que a unidade orientou os profissionais a realizar testes apenas em pacientes internados, para que pudessem separar os doentes entre alas. Aqueles com sintomas leves e assintomáticos não seriam testados, mas orientados para que se isolassem por uma semana.

Em nota, a Rede D'Or afirma que continua realizando testagem em todas as suas unidades, priorizando "pacientes com indicação clínica para definição de tratamento e isolamento, pacientes internados e em profissionais de saúde, limitando a realização dos exames eletivos ou em pacientes com bom estado geral".

Declara ainda que os resultados dos testes estão sendo entregues dentro do prazo, mas não informaram qual nem se o prazo foi estendido ou alterado de acordo com o aumento da demanda.

"Tão logo haja um reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis, retomaremos a testagem de pacientes que não estejam nos critérios de prioridade citados acima", diz, em nota.

Os prazos para entrega dos resultados também têm variado entre algumas unidades de saúde.

O Hospital Sírio-Libanês disse que os resultados dos testes normalmente ficam prontos dentro de 24 horas, mas, com o aumento da demanda, pode haver atrasos na entrega dos laudos. O tempo pode ficar entre 48 e 72 horas.

Já o Hospital Israelita Albert Einstein informou por meio de nota que prioriza a testagem de pacientes com sintomas mais expressivos, como febre persistente sem alívio com antitérmicos, falta de ar, fraqueza intensa ou sonolência excessiva.

O tempo de espera para os resultados pode variar de acordo com o tipo de teste e unidade em que será realizado -atualmente, a estimativa é de 12 horas para antígeno e de 48 horas para RT-PCR.

O risco do desabastecimento dos testes de Covid levou a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) a recomendar que os laboratórios priorizem testes em pacientes de acordo com a escala de gravidade.

Ou seja, aqueles que possuem gravidade nos sintomas, pacientes hospitalizados, cirúrgicos, pessoas do grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais.

A entidade recomenda que os laboratórios interrompam os testes de pessoas que tiveram apenas contato com pacientes infectados, assintomáticos e daqueles com sintomas leves, que devem, porém, permanecer isolados.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informou que são realizados na rede municipal os exames de RT-PCR e testes rápidos (antígenos) para diagnóstico da Covid-19 e que estão sendo realizados normalmente nas unidades de atendimento.

O Governo de São Paulo diz que os testes são adquiridos e distribuídos pelo Ministério da Saúde, mas a administração estadual também tem realizado a compra de testes rápidos de antígenos.

Até fevereiro, serão disponibilizados 2 milhões de testes, além de outros 800 mil que já foram enviados aos municípios.

A rede Dasa -que abarca os laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, Salomão Zoppi, Hospital Nove de Julho, entre outros-, informou que, em decorrência do aumento expressivo do número de casos de Covid e influenza, reorganizou temporariamente seu estoque de insumos, priorizando o atendimento de pacientes internados e profissionais da saúde e serviços essenciais.

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Estados adotam estratégias diferentes de vacinação infantil

Estados e Distrito Federal começam a se organizar para a chegada de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Apesar de recomendações do Ministério da Saúde, são adotadas estratégias diferentes de aplicação.

A pasta recomenda que a imunização comece por crianças com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.

Em seguida, devem vir as crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco da evolução grave da Covid. Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos.

O próprio ministério diz em nota técnica que a vacinação deve começar pelos grupos amparados pela lei. Em relação ao restante, compete a cada ente a melhor estratégia .

Oito unidades da federação afirmam que irão seguir as diretrizes do Ministério da Saúde: Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí e Tocantins.

Tatyana Amorim, diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto, afirma que a vacinação foi planejada para atender o público pediátrico, que, apesar de não ser o que mais desenvolve doença grave quando infectado, ainda se configura como vulnerável para internações e óbitos.

"A vacinação não é obrigatória, mas é um ato de amor. Muitas pessoas perderam crianças para a Covid-19 desde o início da pandemia, e a vacinação objetiva a redução de óbitos e de internação pela infecção", afirmou, em nota.

A maioria dos estados irá seguir em parte as recomendações do ministério. Alguns, por exemplo, não pretendem colocar crianças que moram com pessoas com risco grave de Covid em grupo prioritário. Já outros só irão trabalhar com a imunização por faixa etária.

Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, por meio de nota, a vacinação se dará somente por ordem decrescente de idade, ou seja, iniciando com as crianças de 11 anos e sendo, gradativamente, reduzida.

"A pasta entende que é a forma mais simples de ser entendida pela população e executada pelos municípios. É também mais eficiente, sem necessidade de laudos médicos que comprovem, por exemplo, uma comorbidade", afirmou.

Os estados também planejam os locais para vacinar as crianças. O governo de São Paulo disse, em nota, que ao menos 268 escolas de nove municípios do estado estão disponíveis para servir de postos para vacinação.

Em São Paulo, a partir da chegada das doses, a vacinação se iniciará com crianças com comorbidades. Para comprovar a condição, elas precisarão apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.

O Ministério da Saúde espera receber 4,3 milhões de doses até o fim de janeiro. As unidades serão distribuídas de forma proporcional para estados e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação do imunizante.

Somente a vacina da Pfizer está liberada para ser aplicada em crianças. O pedido do Instituto Butantan para a liberação da vacina Coronavac no público de 3 a 17 anos está em análise na Anvisa.

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Diagnóstico de Covid em crianças dispara em hospitais de São Paulo

Pais aproveitam as consultas médicas para tirar dúvidas sobre a vacinação contra a doença

Desde o início do ano, a taxa de diagnóstico positivo para a Covid-19 disparou nos hospitais infantis de São Paulo, enquanto a da gripe influenza está em queda. As internações também apresentam tendência de alta, mas em ritmo bem menor.

Muitos pais estão aproveitando a ida aos hospitais ou as consultas virtuais com pediatras para esclarecer dúvidas sobre a vacinação contra a Covid-19. Na capital paulista, a prefeitura planeja começar a vacinação de crianças na próxima segunda-feira (17).

Nos três hospitais públicos infantis paulistanos (Menino Jesus, Darcy Vargas e Cândido Fontoura), o aumento de internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) na última semana foi de 8% (de 37 para 40 internados), mas, na avaliação do consolidado dos últimos seis meses, o total de crianças internadas hoje é 82% maior do que o registrado em julho, segundo análise do Info Tracker, projeto da Unesp e da USP que monitora dados da pandemia.

Devido ao apagão de dados no sistema de notificação oficial do Ministério da Saúde e à subnotificação de casos de estados e municípios, não há dados nacionais sobre a alta da Covid no público infantil.

No maior hospital pediátrico do país que atende o SUS, o Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR), foram 102 casos confirmados para Covid nos 12 primeiros dias do ano, com oito internações, contra 20 casos e duas internações em todo o mês de dezembro. A instituição registrou também quatro casos de "flurona" (coinfecção da gripe influenza com a Covid).

Na Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, foram 993 atendimentos pediátricos por sintomas respiratórios nos dez primeiros dias do ano. No período, 39 crianças com diagnóstico de Covid foram internadas. Na última quarta (12), seis estavam hospitalizadas.

No Hospital Sírio-Libanês, a taxa de positividade nos exames de Covid em crianças está em 36%. Há uma semana, estava em 21,4% e, em dezembro, em 7%.

No Hospital Infantil Sabará, a taxa de exames positivos para Covid subiu de 2%, em meados de dezembro, para 20%, na semana passada. Agora, está em 28%. Já a de influenza chegou a 62% na semana do Natal, caiu para 40% no início do ano e agora está em 15%. Por dia, o hospital tem internado de quatro a cinco crianças com Covid. Nesta quarta (12), havia oito internadas, o dobro de uma semana atrás.

"Felizmente o tempo médio de internação desses pacientes é baixo, em média dois dias", afirma o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira Junior, gerente de qualidade do Sabará.

Segundo o pediatra Claudio Schvartsman, vice-presidente da Sociedade Israelita Albert Einstein, a maioria das internações se refere a crianças com comorbidades, como asma e bronquite, ou com doenças que demandam uso de medicações imunossupressoras.

Assim como em outros serviços de saúde do país, ambos os hospitais só estão testando para a Covid as crianças que passam pelo pronto-atendimento com sintomas mais sérios e que, em geral, precisam de internação. "Devido à redução da disponibilidade de testes, a gente está tendo que fazer uma racionalização", diz Oliveira Júnior.

Nos casos leves, segundo ele, o teste positivo não vai influenciar na conduta clínica. A orientação é para que a família se comporte como se fosse Covid. "Nessa situação epidemiológica atual, síndrome gripal sem identificação do agente etiológico é igual a isolamento para Covid."

No Hospital Albert Einstein, em duas semanas, o índice de positividade nos testes de Covid saltou de 12% para 32%. Sete crianças estavam internadas nesta quinta (13), contra cinco há uma semana.

"Dessa vez, diferentemente das outras ondas, a Covid está afetando a faixa etária das crianças pequenas. Felizmente, na maioria dos casos, a doença vem se comportando como um resfriado de pequena ou média intensidade. Tem uma duração de três ou quatro dias e depois começa a melhorar", diz Schvartsman.

Segundo Oliveira Júnior, do Sabará, além dos sintomas respiratórios clássicos, algumas crianças com diagnóstico de Covid vêm apresentando manifestações gastrointestinais, com vômito, diarreia e dor abdominal. Às vezes, esses sinais aparecem sozinhos, sem febre ou outros sinais gripais.

A orientação, afirma o médico, é para que, diante de queixas leves e se a criança estiver com um bom estado geral, os pais utilizem primeiro a ferramenta da telemedicina ou entrem em contato com o pediatra da criança antes de se deslocar até o hospital.

"Devem ir ao PS se surgirem sinais de alerta como febre prolongada que não cede, desconforto respiratória, se a criança muito pequena estiver hipoativa [alheia ao que se passa ao seu redor], parar de aceitar alimentação. Aí, sim, precisam de avaliação presencial e eventual internação."

Schvartsman, do Einstein, diz que a demanda por atendimentos por telemedicina está alta e que muitos pais estão aproveitando as consultas para se orientar sobre se devem ou não vacinar os filhos contra a Covid.

"Em geral, a justificativa para a dúvida é que ainda é uma vacina nova e que a doença, em crianças, costuma ser leve. É uma meia verdade. Em números absolutos, não é um contingente pequeno de mortes, é maior que a mortalidade de outras doenças para as quais também há vacina. Eu sempre digo que a relação custo e benefício [da vacinação] compensa."

A professora Cristina Diniz, 45, é uma das pessoas que ainda têm dúvida em relação à vacina infantil contra a Covid. Ela, o marido, a filha adolescente, de 15 anos, e o filho, de nove anos, contraíram Covid em uma viagem à Bahia no final do ano. Os sintomas foram leves. O casal e a filha estão vacinados. "Se meu filho foi infectado, ainda assim ele precisa de vacina? Já não está imunizado?"

Segundo a pediatra Talita Rizzini, coordenadora do serviço de pediatria do Hospital Leforte da unidade Liberdade, mesmo que a criança já tenha tido Covid, é importante que ela se vacine devido às mutações do Sars-Cov-2 e à possibilidade de surgimento de novas variantes.

"A vacinação é muito importante porque, com os anticorpos formados, quando a criança entrar em contato com o vírus, a resposta imunológica é mais rápida, o que traz menor gravidade ao caso".

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Justiça libera clientes de planos de saúde de multa por rescisão contratual

Decisão abriu caminho para abolir cobrança, mas ANS entende que ela não é válida para todos

Beneficiários de planos de saúde têm conseguido na Justiça o direito de não pagar multas e aviso prévio por rescisão de contratos com as operadoras. Em suas decisões, juizes de primeira instância e desembargadores entendem que essa cobrança foi anulada pela Justiça Federal em 2019.

Somente no Tribunal de Justiça de São Paulo, tramitaram mais de 1.500 processos de segunda instância relacionados ao tema em 2020, a maioria com decisões favoráveis aos consumidores. As operadoras e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) entendem que a cobrança, em determinadas circunstâncias^ legítima.

Escritórios de advocacia também relatam uma demanda crescente de clientes. Há casos em que o montante de multas e aviso prévio cobrado pelas operadoras chega a R$ 8 milhões.

São situações como a do empresário Rubens Ribeiro, de São Paulo, que durante a pan-demia precisou readequar as despesas da empresa e decidiu mudar o plano de saúde após um ano de tê-lo contratado. Com nove vidas, o plano tinha um custo mensal de R$ 23 mil.

'Tentamos negociar, mas a operadora foi irredutível em relação ao aviso prévio e à multa, que chegavam a R$ 80 mil. Para nós, era muito inviável', conta. Na Justiça, ele conseguiu uma liminar favorável. 'As pessoas precisam ir atrás dos seus direitos', reforça Ribeiro.

Com Ana Luisa e o marido aconteceu o mesmo. Eles haviam contratado um plano no valor total de R$ 3.400, mas três meses depois decidiram cancelá-lo porque o marido conseguiu um emprego que oferecia o benefício a ambos. Mas foram surpreendidos com uma cobrança de R$ 17 mil, referente a multa e aviso prévio. O débito também foi anulado na Justiça.

A suspensão e a rescisão contratual lideravam o ranking das queixas de usuários na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em outubro de 2020, segundo o índice de abertura de processos administrativos da agência. Representavam 26,1% do total.

Em geral, a exigência de cumprimento de aviso prévio de 60 dias para o cancelamento do contrato e multa pela rescisão antes do período de 12 meses está prevista no contrato assinado entre o beneficiário e o plano de saúde (cláusula de fidelidade). As operadoras também se baseiam em uma resolução da ANS de 2009 que permitia a cobrança.

Ocorre que uma decisão do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) declarou a ilegalidade da fidelização e determinou a mudança da norma da ANS que estabelecia a obrigatoriedade de o consumidor permanecer pelo menos 12 meses no plano.

A ação, transitada em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso), foi movida pelo Procon/RJ contra a ANS. A partir dessa decisão, juizes de primeira instância e desembargadores dos Tribunais de Justiça têm declarado a ilegalidade da cobrança.

Segundo o advogado especialista em direito à saúde Rafael Robba, do escritório Vi-lhena Silva Advogados, com a pandemia, essas queixas aumentaram bastante. 'Tem muita gente mudando de plano e aí recebe cobrança tanto da multa, quando os contratos têm menos de 12 meses, quanto a cobrança dos dois meses de aviso prévio.'

Ele afirma que, mesmo antes da decisão da Justiça Federal de 2019, a cobrança já era entendida como abusiva. 'A ANS tem sido omissa para impedir que as operadoras continuem fazendo cobranças indevidas na hora de o usuário rescindir o contrato.' Embora a ANS já tenha mudado a norma que previa a cobrança de multa e aviso prévio, as operadoras continuam com a permissão de colocar essa previsão em determinados tipos de contrato. 'Aí os consumidores têm que ficar acionando a Justiça individualmente para se livrar das cobranças', afirma o advogado.

Robba diz que muitos consumidores procuram a ANS antes de ingressar com as ações judiciais, mas a agência não soluciona a questão.

Em nota enviada à Folha, a agência informa que, após a decisão do TRF, anulou parágrafo único do artigo 17 da resolução normativa n° 195 (que tratava da fidelização].

A agência diz, no entanto, que existem duas situações diferentes: uma é o cancelamento total de contrato coletivo; a outra é a saída de usuários de um determinado contrato.

Na primeira situação, segundo a ANS, quando um contrato coletivo como um todo é cancelado, é permitida a exigência de aviso prévio ou cobrança de multa rescisória à pessoa jurídica contratante (empresa ou associação, por exemplo), desde que essas questões estejam previstas no contrato. Mas mesmo com essa permissão da ANS, há várias decisões judiciais derrubando a cobrança.

De acordo com a agência, na segunda situação, quando usuários de um plano de saúde individual, familiar ou coletivo decidem sair do contrato, é proibida a exigência de prazo de permanência ou de aviso prévio. Ou seja, eles podem sair a qualquer momento.

'É importante deixar claro que a operadora ou a administradora de benefícios não poderá, em hipótese alguma, cobrar multa rescisória de beneficiário de plano coletivo', diz. 'Apenas para o caso do empresário individual é que poderá haver cobrança de multa rescisória diretamente ao usuário, se previsto em contrato, visto que, neste caso, ele é o beneficiário e a parte contratante do plano coletivo simultaneamente.'

Segundo a agência, o cancelamento de vínculo a pedido do beneficiário deve ter efeito imediato a partir da data da ciência do pedido pela operadora ou administradora de benefícios.

'O beneficiário que não estiver satisfeito com seu plano de saúde pode optar por mudar deplano levando consigo as carências já cumpridas, o que chamamos de portabilidade de carências.'

Em nota, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) informou que, após decisão judicial e posterior alteração da resolução pela ANS, as operadoras seguem o que ficou estabelecido, ou seja, que 'as condições de rescisão do contrato ou de suspensão de cobertura, nos planos privados de assistência à saúde coletivos por adesão ou empresarial, devem constar do contrato celebrado entre as partes'.

'A manutenção e o respeito aos contratos são fundamentais para a segurança jurídica dos envolvidos, assim como o equilíbrio e a sustentabilidade econômico-financeira também são fundamentais para a continuidade dos serviços oferecidos pelos planos de saúde', diz a Abramge em nota.

A Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) afirma que a regulação dos planos de saúde é clara ao citar que 'as condições de rescisão do contrato ou de suspensão de cobertura, nos planos privados de assistência à saúde coletivos por adesão ou empresarial, devem também constar do contrato celebrado entre as partes'.

Portanto, segundo a Fenasaúde, a cobrança de multa por cancelamento é legítima, caso conste em contrato.

A federação destaca também que durante a pandemia as operadoras associadas flexibilizaram suas políticas de negociação e pagamento, inclusive aderindo voluntariamente a sugestões da ANS para manutenção de clientes.

'Esforço que vêm se refletindo no crescimento do acesso à saúde suplementar e retomada de clientes, desde junho de 2020', diz a Fenasaúde.

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PORTAL JOTA

Saúde no Congresso: Os principais temas para 2022

Rol da ANS e telemedicina na pós-pandemia são dois dos temas de projetos em tramitação

Com a pandemia de Covid-19, projetos relacionados à Saúde tomaram conta da pauta do Congresso Nacional. Muitos deles foram proposições novas, outros foram resgatados com o intuito de tentar solucionar problemas antigos tanto no sistema de saúde pública, quanto no sistema de saúde privada.

O JOTA fez um levantamento dos principais projetos que continuarão em foco nos debates em 2022.

No Senado, MP do Rol

A Medida Provisória (MP) 1067/2021, que modifica o processo de atualização do Rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - lista de cobertura obrigatória no âmbito da saúde suplementar - , foi apresentada pelo governo como alternativa ao veto presidencial ao Projeto de Lei 6330/19, que previa a obrigatoriedade do fornecimento de quimioterápicos orais pelos planos de saúde.

Publicada em 3 de setembro, a MP ficou parada por um longo período na Câmara. A deputada Silvia Cristina (PDT-RO) foi designada relatora apenas em 8 de dezembro, mas a tramitação deslanchou após negociações para incorporar ao texto da MP pontos do projeto de Lei dos Quimioterápicos (PL 6330/2019) - vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. A proposta foi aprovada pela Câmara em 14/12 e agora o Senado tem até o dia 10 de fevereiro para votar o novo texto, ou a MP perderá validade.

Vale registrar que o acordo construído prevê que haverá a manutenção do veto ao projeto dos Quimioterápicos, que segue pendente de análise pelo Congresso.

Este conteúdo faz parte da newsletter 'Bastidores da Saúde', enviada aos assinantes do JOTA PRO Saúde. Conheça e tenha acesso em primeira mão a notícias e bastidores da área no STF, STJ e Congresso, além da cobertura de decisões da ANS e Anvisa

Telemedicina pós-pandemia

O Projeto de Lei 1998/2020, inicialmente de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e, posteriormente, com outros parlamentares como coautores, foi proposto em 17 de abril de 2020 com o objetivo de substituir de forma permanente a lei que regulamentou a prática da Telemedicina no período da pandemia de Covid-19, que segue em vigor.

Apesar da relevância para o setor de saúde, a relatoria do PL foi definida somente em março de 2021. Hiran Gonçalves (PP-RR) chegou a prometer algumas vezes a apresentação do parecer, mas a tramitação ficou estagnada no segundo semestre de 2021, sobretudo por divergências em pontos nevrálgicos do projeto.

As divergências concentravam-se basicamente em dois pontos: definir se o Conselho Federal de Medicina (CFM) terá o poder de regulamentar a lei depois de aprovada; e se a primeira consulta médica terá que ser necessariamente presencial. Sem acordo, a proposta acabou travada na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

Um movimento iniciado em novembro por adversários do relator propiciou a apresentação de um requerimento de urgência para levar o tema ao plenário. Duas frentes se empenharam nisso: a Frente Parlamentar da Economia e Cidadania Digital e a Frente da Telessaúde; além das deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), autora do PL, e Luisa Canziani (PTB-PR), autora do requerimento - que acabou aprovado no dia 16 de dezembro.

Ao JOTA, o próprio relator reconheceu que o projeto precisava de mais discussão para ser aprovado em 2022 e classificou como positiva a deliberação ir para o plenário.

No Aprovômetro, ferramenta preditiva do JOTA exclusiva para assinantes do serviço que calcula as chances de mais de 68 mil proposições, a expectativa de aprovação ainda é baixa, de 6,5%, mas a possibilidade de o tema ser retomado cresceu, sobretudo porque agora possui o apoio de um grupo consolidado de deputados, que sustenta o requerimento de urgência.

PL dos Planos de Saúde

O Projeto de Lei 7419/2006 tramita na Câmara e prevê a alteração da Lei 9656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, conhecida como Lei dos Planos de Saúde.

Na legislatura passada, o hoje ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, chegou a apresentar um parecer, mas não houve consenso e o debate tinha sido abandonado. Em maio de 2021, a tramitação foi retomada com a recriação da comissão especial. Hiran Gonçalves, que presidiu a comissão anterior, assumiu a relatoria.

Desde então, a comissão realizou várias audiências públicas reunindo diversas entidades do setor, mas não há movimentação desde setembro. Assim como em relação ao projeto da Telemedicina, o relator prometeu apresentar um parecer, mas não o fez.

Uma minuta inicial chegou a circular entre os parlamentares, mas Hiran não formalizou nenhum texto e já informou ao JOTA que segue fazendo debates em busca de um texto que tenha ampla adesão na Casa.

Entre os principais pontos que estão em discussão no projeto estão: a portabilidade de carência, o ressarcimento dos planos de saúde suplementar ao SUS e o reajuste por faixa etária a partir dos 59 anos.

Piso salarial da Enfermagem

O Projeto de Lei 2564/2020 altera a Lei 7498/1986, para instituir o piso salarial nacional do Enfermeiro, do Técnico de Enfermagem, do Auxiliar de Enfermagem e da Parteira. Em 24 de novembro, a medida foi aprovada no Senado Federal, que fixou no valor de R$4.750 para o piso salarial a ser pago nacionalmente por serviços de saúde públicos e privados.

Em 29 de novembro, o texto foi remetido à Câmara dos Deputados. Apesar do discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), favorável ao projeto e inclusive defendendo que o texto promova uma redução de jornada para 30 horas, ele próprio optou por uma tramitação tradicional, remetendo o projeto às comissões.

Mauro Nazif (PSB-RO) foi designado no dia 15 de dezembro como relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP). Ele é autor de um requerimento de urgência para o projeto e já se manifestou favorável ao mérito em audiência pública, o que sinaliza que deverá se empenhar pelo tema na volta dos trabalhos.

Cabe destacar que esse projeto tem gerado uma intensa mobilização de entidades de classe representante dos trabalhadores e de entidades que representam hospitais e planos de saúde, o que, consequentemente, tem pressionado mais o Congresso. No Aprovômetro, a proposta consta com apenas 3,5% de chances de ser aprovada, mas o cenário pode mudar a depender da articulação política no Congresso.

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AGÊNCIA ESTADO

Ministério Público critica redução do isolamento

Em meio ao avanço veloz da contaminação pela variante Ômicron do novo coronavírus no País, o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira, considera 'muito pouco' o período de cinco dias de isolamento definidos pelo governo em algumas situações e alertou para a responsabilidade das empresas em caso de contaminação.

'A responsabilidade do empregador é muito grande. Se houver contaminação porque a empresa não respeitou as regras de segurança, ela vai responder tanto na esfera trabalhista quanto em outras esferas. Mas a maior penalidade será mesmo paralisar por completo as atividades se contaminar todo mundo', disse ao Estadão/Broadcast.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde reduziu o período de quarentena para sete dias em caso de pacientes assintomáticos ou com sintomas leves, mas liberou a volta ao trabalho em apenas cinco dias em caso de teste negativo após esse período, mantendo o uso de máscaras e o distanciamento social.

'A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda uma média de sete dias para afastamento de pessoas assintomáticas e de 10 a 14 dias para pessoas com sintomas. Já um prazo de cinco dias a própria ciência está descartando, é muito pouco. Tanto existe a possibilidade de contágio, que a recomendação no período é não tirar a máscara para nada', disse. 'Se queimarmos etapas e encurtarmos os prazos, pode haver infecção generalizada, que vai acabar paralisando as empresas.'

O MPT monitora os impactos da variante Ômicron em diversos setores, mas Lima alertou que a regra de isolamento deve ser igual para os trabalhadores. Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse haver a possibilidade de liberação de médicos infectados para o trabalho, por causa do grande número de funcionários afastados.

Alerta Procurador-geral do MPT diz que é grande a responsabilidade do empregador

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O GLOBO

OMS aprova o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid

Recomendações da Organização Mundial da Saúde são baseadas em novas evidências envolvendo sete ensaios com mais de 4 mil infectados pelo coronavírus, incluindo pacientes em estado grave e crítico.

A Organização Mundial da Saúde aprovou o uso de dois remédios para evitar hospitalização e morte por Covid.

A principal aposta é o baricitinibe - um medicamento já usado para tratar artrite reumatoide. A partir desta quinta-feira (13), ele passa a ser fortemente recomendado pela OMS para pacientes com Covid em estado grave ou crítico, em combinação com corticosteroides.

Segundo o painel de especialistas, evidências indicaram uma redução na necessidade de ventilação mecânica, sem o aumento de efeitos colaterais. O uso é oral.

A outra recomendação é para o anticorpo monoclonal sotrovimabe. Mas, ao contrário do baricitinibe, ele é indicado para pacientes com Covid não grave, mas que tenham alto risco de hospitalização. Nesse caso, o tratamento é intravenoso.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde são baseadas em novas evidências envolvendo sete ensaios com mais de 4 mil infectados pela Covid, incluindo pacientes em estado grave e crítico, e representam uma enorme esperança num momento em que a OMS vê recordes atrás de recordes de casos.

Mas especialistas alertam que o anúncio não resolve os problemas. O desafio agora é tornar os medicamentos acessíveis.

Mas especialistas alertam que o anúncio não resolve os problemas. O desafio agora é tornar os medicamentos acessíveis.

Na Índia, por exemplo, o tratamento de 14 dias sai pelo equivalente a R$ 30. Já no Brasil, o medicamento é vendido por cerca de R$ 5 mil.

A organização Médicos Sem Fronteiras pediu aos governos medidas imediatas para garantir que patentes não impeçam o acesso ao baricitinibe.

'Está tendo uma explosão de casos, e alguns desses casos são graves. As pessoas precisam ter uma chance de sobreviver', enfatiza Felipe Carvalho, coordenador no Brasil da Campanha de Acesso a Medicamentos/MSF.

'Está tendo uma explosão de casos, e alguns desses casos são graves. As pessoas precisam ter uma chance de sobreviver', enfatiza Felipe Carvalho, coordenador no Brasil da Campanha de Acesso a Medicamentos/MSF.

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PORTAL G1

Goiás tem 6,3 mil casos conhecidos de Covid em 24 horas, diz Saúde

Este é o segundo maior número de infectados por dia desde o início da pandemia. Boletim diz ainda que 12 pessoas perderam a vida pela doença em um dia.

Goiás tem 6.317 mil casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta quinta-feira (13). Os dados mostram ainda que 12 pessoas perderam a vida pela doença em um dia.

Este é o segundo maior número de infectados por dia desde o início da pandemia. Em 9 de junho de 2021, o estado registrou 7.031 infectados em um dia, batendo um recorde.

Em nota, a SES informou que além dos novos casos que foram inseridos nos sistemas oficias do Ministério da Saúde (MS), há aqueles que não foram registrados anteriormente e que estavam acumulados, devido ao ataque hacker sofrido pelas plataformas do governo federal.

A pasta disse ainda que os problemas foram sanados, uma vez que os sistemas de notificação voltaram a operar, existindo ainda cumulativo de registros a serem notificados, que estão sendo inseridos gradativamente.

Conforme a pasta, nesta quinta-feira, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs para o tratamento da doença é de 80%. Em relação às enfermarias, 42% estão sendo usadas.

Ao todo, o Goiás já registrou 967.579 casos e 24.753 mortes pela a doença desde o início da pandemia.

Goiânia

Em Goiânia, até esta tarde, havia o total de 238.641 infectados e 7.032 vidas perdidas para o coronavírus. Em 24 horas, foram 1.889 novos casos conhecidos e nenhum óbito.

No entanto, a capital tem 72% das UTIs para o tratamento da doença lotados. Na enfermaria, a taxa é de 78%.

Ômicron em Goiás

Goiás é o segundo estado com mais registros de ômicron no país após ter 70 casos e a 1ª morte pela variante, conforme dados do Ministério da Saúde desta terça-feira.

O estado está atrás de São Paulo, que lidera com 121 casos da variante e Rio de Janeiro, com 58 infectados pela ômicron.

Até esta quinta-feira, o Brasil havia registrado apenas uma morte pela variante, que aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A vítima foi um idoso de 68 anos portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. O caso foi registrado no último dia 6 de janeiro. Ele vivia em um abrigo de idosos e já estava vacinado com as três doses.

Especialistas explicam que a vacinação contra a Covid-19 reduz o risco de morte pela doença e suas variantes. Eles afirmam ainda que os imunizantes disponíveis contra o coronavírus são para evitar o agravamento dos casos, mas que não há garantia de que possam impedir a reinfecção.

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COFEN

O que o Cofen vai fazer pelo piso da Enfermagem em 2022?

Ações e mobilizações em série serão adotadas para chegar a resultados práticos

Na abertura do ano legislativo, em 9 de fevereiro de 2022, a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estará na Câmara dos Deputados, junto às presidentes e aos presidentes dos Conselhos Regionais de Enfermagem (Coren), peregrinando de gabinete em gabinete, para buscar apoio parlamentar e alcançar a votação urgente do PL 2564/20, que cria um piso salarial para a categoria em todo o território nacional. A ideia inicial seria fazer uma manifestação nesse dia, com a participação de pelo menos 3 mil pessoas. Entretanto, o avanço da Covid-19 criou um momento epidemiológico grave, que não permite a realização do ato neste momento.

“Durante os últimos dois anos, estivemos diariamente no Senado, cobrando o reconhecimento do direito ao piso salarial. Lá, o projeto terminou aprovado por unanimidade. Neste ano, na Câmara, não vai ser diferente. Os Conselhos de Enfermagem vão continuar mobilizando forças pela aprovação desse projeto. Eu tenho esperança de que seja aprovado. Enquanto houver 1% de chance, eu continuarei lutando com 100% de fé e determinação. Em momento oportuno, quando a situação permitir, a gente conta com a adesão em massa da categoria, para avançar até a medida da aprovação. A gente precisa acreditar para que se torne realidade”, considera a presidente do Cofen, Betânia Santos.

O Sistema Cofen/Conselhos Regionais vai estabelecer um cronograma de atividades para todo o ano, em defesa do piso nacional da Enfermagem. Nas ruas e nas redes sociais, por meios de ações diretas e campanhas, serão demonstradas a justiça, a urgência e a necessidade de regulamentar esse direito. Neste momento, as deputadas e os deputados que fazem parte do grupo de trabalho instalado para avaliar a viabilidade econômica da proposta estão debruçados sobre a matéria. A partir das diretrizes que esses parlamentares apontarem, os demais terão condições de decidir o voto.

O PL 2564/20 estabelece piso de R$ 4.750,00 para enfermeiras e enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e técnicas e 50%, para auxiliares e parteiras. “Quanto mais o tempo passa, mais os profissionais de Enfermagem provam que são imprescindíveis para a população. Eu espero que isso seja reconhecido e valorizado em 2022. De outro modo, o sistema de saúde vai à falência. Se a linha de frente não for valorizada depois de enfrentar uma pandemia como essa, a saúde pública terá sido violada em seus preceitos mais essenciais. Sem dignidade, não faz sentido a luta pela vida. Esperamos que a realidade dos profissionais de Enfermagem mude daqui para frente”, considera Betânia Santos.

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A REDAÇÃO

Caiado descarta novo decreto de medidas restritivas contra a covid em Goiás

Goiânia- O governador Ronaldo Caiado descartou a possibilidade de um novo decreto de medidas restritivas para contenção da covid-19 em Goiás nos próximos dias. "Vamos continuar estimulando cada vez mais a vacinação contra o novo coronavírus. Essa é principal regra e meta que temos que alcançar",“declarou em entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (13/1), no Cel da OAB, em Aparecida de Goiânia. Ele acompanha no local a posse da nova presidência da OAB-GO.

Ainda segundo Caiado, os prefeitos devem analisar a sistuação nos municípios e também encorajar cada vez mais a imunização. "Se 100% da população já estivesse imunizada com as duas doses e agora com a terceira, não teríamos mais esse quadro da progressão da doença e nem da nova variante, que também é sensível ao efeito das vacinas", declarou o governador. 

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Ministério da Saúde adia entrega de vacinas contra covid-19 para crianças

Goiânia - O Ministério da Saúde (MS) comunicou, na noite desta quinta-feira (13/1), que a entrega das vacinas contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos será adiada. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, segundo o órgão do governo federal, há uma previsão de que as doses estejam disponíveis no Estado ainda na manhã desta sexta-feira (14).

"O objetivo é que na segunda-feira (17/01), todo o território goiano esteja abastecido para início da campanha para o público de 11 anos de idade, a depender da chegada das doses", disse a SES-GO. 

Doses chegariam em Goiás nesta madrugada 
Com a chegada na manhã desta quinta-feira (13/1) da primeira remessa de doses da Pfizer contra covid-19 para crianças de 5 a 11 anos ao Brasil, Goiás vai contar com as primeiras 44,3 mil vacinas, que chegariam no Estado por volta de 1h30 da manhã, conforme anúncio feito pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), na manhã de hoje (13).

Confira a nota na SES-GO na íntegra
 
"Adiamento da entrega de vacinas contra covid-19 para crianças

O Ministério da Saúde (MS) comunicou, na noite desta quinta-feira (13/01), que a pauta de entrega das vacinas para crianças de 5 a 11 anos foi cancelada. 

Segundo o órgão do governo federal, há uma previsão de que as doses estejam disponíveis, ainda na manhã desta sexta-feira (14/01), para o Estado.

A SES-GO aguarda mais informações e reitera que toda a logística para envio, em tempo oportuno, das doses aos municípios está preparada e definida.

O objetivo é que na segunda-feira (17/01), todo o território goiano esteja abastecido para início da campanha para o público de 11 anos de idade, a depender da chegada das doses. 

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás"

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Escassez de insumos pode levar à suspensão de testes da covid em Goiás

A alta procura dos testes da covid-19 tem preocupado entidades ligadas aos laboratórios e bancos de sangue em Goiás e no Brasil. O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado (Sindilabs-GO) informou que busca pela testagem já começou a provocar escassez de reagentes no mercado brasileiro e internacional. Segundo a presidente do sindicato, Christiane do Valle, a situação pode ocasionar, a princípio, outras duas: uma demora maior na entrega dos resultados ou, num pior caso, a suspensão temporária dos testes da covid-19.

"Em Goiás, no momento, os laboratórios têm conseguido atender a nova demanda, e o Sindilabs-GO (Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás), vem monitorando a situação e trabalhando junto a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) para evitar o desabastecimento", informa o Sindilabs-GO. 

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JORNAL OPÇÃO

“Imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”, reforça Ludhmila Hajjar, sobre a ômicron

Por Gabriela Macedo

Ao Jornal Opção, a intensivista e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP explicou que a previsão para os próximos não é positiva às unidades de saúde, que devem lotar com pacientes hospitalizados pela Covid-19

Após Ministério da Saúde considerar a variante ômicron como a variante predominante no Brasil, devido a uma rápida explosão de contaminação, as previsões ao sistema de saúde dos próximos dias não são tão positivas. A avaliação é da intensivista e professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ludhmila Hajjar, que ao Jornal Opção considerou como assustadora a explosão de casos da variante, de modo que o impacto no sistema hospitalar pode ser grande dentro de uma ou duas semanas.

“Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil e isso já tem gerado um grande impacto no sistema hospitalar, especialmente quanto a questão de insumos e leitos. O que esperamos são dias muito difíceis, especialmente dentro de uma ou duas semanas, quando provavelmente teremos um número de internações muito além de nossa capacidade”, explica a médica. Novamente, a palavra da vez, segundo ela, é ‘colapso’, especialmente porque com uma nova superlotação das unidades de saúde, tratamentos eletivos também acabam prejudicados.

“Isso terá um impacto negativo nas cirurgias eletivas e internações por outras doenças, como câncer, doenças cardiovasculares, entre outras”, pontua. Ludhmila ainda detalha que, atualmente, a maior parte das pessoas hospitalizadas em estado grave pela Covid-19 são pacientes que já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas não tomaram, ou pessoas não imunizadas. “Isso infelizmente é a realidade. Internado, o paciente se arrepende, mas é tarde. Já está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com o pulmão doente”, lamenta.

Para a professora da faculdade de Medicina da USP, a variante ômicron, descoberta na África do Sul, vem sendo subestimada por muitos, com o conceito de que esta seria menos grave que as demais. Quanto a sua gravidade e risco de morte, ela concorda, no entanto, pede atenção, uma vez que a “prevalência e frequência vêm sendo tão altas que o número de internações aumentou e permanecerá subindo nos próximos dias”.

As medidas protetivas individual e coletiva, no entanto, permanecem as mesmas. Ela, inclusive, ressalta a importância da permanência do uso de máscaras e sugere a troca das máscaras cirúrgicas e de pano para a PFF2 ou N-95. Especialmente em ambientes fechados ou que possuam pessoas com sintomas ou já diagnosticadas com a Covid-19. “Estamos em um momento de altíssima transmissão e estamos falando de uma variante que é muito difícil conter essa transmissão. Por isso, pedimos que aglomerações sejam evitadas e que todas as medidas de higiene sejam mantidas”, sugere a cardiologista.

Hajjar ainda reitera que, diferente do que muitas pessoas que não desejam se imunizar argumentam, “a imunidade de rebanho é conferida pela vacina, não pela infecção”. Segundo ela, a vacina é a arma mais potente que se existe para o combate à Covid-19, de modo que toda a população deve tomar a primeira e a segunda dose, a dose de reforço quando indicada, e levar suas crianças para serem imunizadas. “Essa é a solução imediata que temos. Enquanto isso, nós, como profissionais da Saúde, faremos o possível para atender todas as pessoas, com todas as dificuldades estruturais que teremos”, declara.

Ludhmilla Hajjar é formada pela UnB e doutora pela USP. Nascida em Anápolis, Goiás, a professora de Cardiologia da USP chegou a ser cotada para chefiar o Ministério da Saúde no último ano.

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Assessoria de Comunicação