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CLIPPING AHPACEG 03/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Goiás registra 1,9 mil casos e uma morte em 24 horas
PCGO indicia médico do Araújo Jorge por corrupção ao cobrar dinheiro para preencher apólice de seguro de vida
Telespectador denuncia que cadeiras e macas estão abandonadas no Hugol
Moderna vai pedir aval da Anvisa para aplicar vacina da covid em bebês
Pneumologista alerta para os perigos da asma
Qualicorp lança Qualiclass, programa que alia serviço de concierge à promoção da saúde
Planos de saúde preveem reajuste maior do que 15% após relatarem gasto médico recorde
A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1,9 mil casos e uma morte em 24 horas
Goiás registra 1.996 novos casos da covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta terça-feira (3/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.331.956 casos e 26.481 óbitos ligados ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Também de acordo com a SES-GO, Goiás soma 767.715 casos suspeitos em investigação para saber se há relação com a covid-19, enquanto outros 320.906 casos já foram descartados.
Além dos 26.481 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,99%, há 321 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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POLÍCIA CIVIL
PCGO indicia médico do Araújo Jorge por corrupção ao cobrar dinheiro para preencher apólice de seguro de vida
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), indiciou nesta terça-feira (03/5) um médico funcionário do Hospital Araújo Jorge pela prática do crime de corrupção passiva. O crime perpetrado por ele era comum, sendo cobrado valores que variavam entre R$ 200 e R$ 400.
Conforme esclarecido por meio do respectivo inquérito policial, o indiciado exerce a função de médico assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital Araújo Jorge, entidade privada e filantrópica, sem fins lucrativos, credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o atendimento de pacientes oncológicos em Goiás, sendo que, na qualidade de funcionário público por equiparação, teria cobrado, indevidamente, vantagem indevida de familiares de pacientes falecidos, como condição para o preenchimento de formulários de apólices de seguro de vida. Até o momento, apenas o filho de um paciente levou ao conhecimento da Polícia Civil as informações do fato. Ele pagou a cobrança, embora indignado, e depois deu conhecimento à autoridade, tendo inclusive gravado a entrega da “propina”.
Segundo o delegado Cleybio Januário, responsável pelas investigações, a cobrança e o próprio preenchimento desses formulários são expressamente proibidos por Resolução do Conselho Federal de Medicina. A Dercap solicita às demais pessoas que tenham sido vítimas desse tipo de cobrança que procurem a delegacia para que o fato também seja devidamente apurado ou façam denúncia pelo Disque Combate à Corrupção, número 181, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
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TV ANHANGUERA
Telespectador denuncia que cadeiras e macas estão abandonadas no Hugol
globoplay.globo.com/v/10540487/
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AGÊNCIA ESTADO
Moderna vai pedir aval da Anvisa para aplicar vacina da covid em bebês
O Brasil pode ter uma vacina contra a covid-19 para bebês a partir dos seis meses até o final de 2022. A farmacêutica Zodiac, representante da Moderna Inc. no Brasil, pretende submeter o imunizante desenvolvido pela empresa americana para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste semestre.
Ainda sem nenhum registro no Brasil, o objetivo é que a vacina da Moderna contra o coronavírus seja aplicada por aqui em toda a população acima dos seis meses de idade, incluindo crianças, adolescentes e adultos. Segundo a Zodiac, o dossiê para o pedido de registro definitivo está sendo elaborado e "engloba o uso da vacina para todas as idades em que os estudos mostram eficácia".
A empresa submeteu na última quinta-feira (28/4) dois pedidos emergenciais ao Food and Drug Administration (FDA, agência regulatória dos Estados Unidos) para que o imunizante seja administrado em bebês e crianças de seis meses a dois anos e em crianças de dois aos seis anos de idade.
A expectativa da Moderna é que o aval da FDA saia ainda em junho deste ano, quando um grupo da agência deve avaliar o pedido. Nos Estados Unidos, o imunizante já é aplicado na população com seis anos ou mais. Caso receba a autorização, essa seria a primeira vacina contra o coronavírus autorizada em crianças e bebês dessa idade em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Butantan também tenta a autorização da Anvisa para aplicar a Coronavac em crianças de três a seis anos.
Dados promissores
O pedido da Moderna é baseado nos resultados positivos das fases 2 e 3 de um estudo feito com crianças dos seis meses aos seis anos, durante o qual a vacina demonstrou "uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes" e "perfil de segurança favorável" nessa faixa etária. "Estamos orgulhosos de compartilhar que enviamos para autorização a nossa vacina contra covis-19 para crianças pequenas", disse Stéphane Bancel, presidente corporativo da Moderna. Segundo informações divulgadas pela empresa, as estimativas de eficácia são semelhantes às encontradas na população adulta contra variante Ômicron e após duas doses.
A Moderna também afirma que os critérios estatísticos para similaridade com os adultos satisfez o objetivo principal do estudo. Em abril, representantes da Anvisa, da Zodiac e da Moderna participaram de uma reunião técnica para tratar da regularização da vacina no País, que já conta com registro definitivo nos Estados Unidos, autorização emergencial da Organização Mundial da Saúde e é aplicada em outros 84 países.
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PORTAL G1
Pneumologista alerta para os perigos da asma
A asma é uma das doenças crônicas mais comuns, tanto em adultos quanto em crianças. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, estima que no Brasil existem aproximadamente 20 milhões de asmáticos. Para alertar a população sobre a doença, foi criado o Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado na primeira terça-feira de maio.
Segundo a pneumologista Jyselda Duarte (CRM 1594), cooperada Unimed Teresina: "a asma é uma doença crônica inflamatória que se caracteriza pelo estreitamento dos brônquios, que são as vias aéreas por onde o ar passa até os pulmões. Essas vias inflamam e produzem um muco extra, que torna difícil a respiração. Caso não seja tratada corretamente, pode levar a morte", detalha a médica.
As causas da doença são uma junção de fatores genéticos e ambientais. "Os gatilhos, como costumamos chamar as causas, principalmente da asma alérgica, geralmente são os alérgenos inalatórios como poeira domiciliar; resfriado; fumaça; odor forte; mudança brusca de temperatura; pólen, mofo, ácaros e outros".
A doença possui vários tipos, a mais comum é alérgica. Porém ainda existe a asma não alérgica; asma de início tardio, principalmente em mulheres adultas; asma com obesidade; asma com obstrução fixa, devido a inflamação persistente das vias respiratórias e outros tipos.
"Os sintomas da doença geralmente aparecem e desaparecem, além de piorar em determinados períodos do ano de mudança brusca de temperatura. São: falta de ar, tosse, aperto no peito e chiados. Ainda há uma associação muito grande com a rinite, muitos pacientes com asma têm sintomas de rinite como espirros, coriza e alguns com dermatite atópica na pele", explica a pneumologista.
Apesar de não ter cura, a doença pode ser controlada com o uso de medicação e algumas medidas. "Existe a medicação de resgate, para o momento de crise, e a medicação controladora de uso contínuo, mesmo sem sintomas. Porém a indicação é feita somente após avaliação com um pneumologista".
Além disso, a médica recomenda medidas de controle de ambiente. "O asmático não deve fumar e nem conviver com quem fuma. Outro controle é evitar contato com poeira como tapetes, cortinas, bichos de pelúcia, colchões e tudo que possa desencadear as crises. Outra recomendação é a prática regular de atividade física e uso correto da medicação, com essas medidas o paciente pode ter uma vida normal", pontua.
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BLOG DO CORRETOR
Qualicorp lança Qualiclass, programa que alia serviço de concierge à promoção da saúde
Programa oferecerá atendimento personalizado, resolutivo, ágil e serviços focados na gestão da saúde e no cuidado integral do Cliente. Iniciativa conta com profissionais qualificados que serão responsáveis por cuidar de toda amplitude do processo assistencial dos beneficiados
SÃO PAULO - A Qualicorp, a mais completa plataforma de planos de saúde do Brasil, anuncia seu serviço de concierge e de atenção à saúde: o Qualiclass. O novo programa tem como objetivo oferecer serviços focados no cuidado integral dos Clientes participantes, aliado a um atendimento personalizado, próximo, ágil e, sobretudo, humanizado.
"O Cliente está no centro do nosso negócio. O compromisso da Quali é oferecer sempre o melhor atendimento a seus beneficiários e garantir que tenham acesso à saúde de qualidade" afirma Bruno Blatt, CEO da Qualicorp. "Os Clientes que integram o Qualiclass terão atendimento especializado e resolutivo, visando garantir sua total satisfação."
O Qualiclass oferecerá diversos serviços exclusivos aos Clientes participantes, sem custo adicional, entre eles o Qualiviva, responsável pela coordenação da atenção primária, composto por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e psicólogos das nossas operadoras parceiras.
O Qualiclass conta também com o suporte de uma equipe dedicada aos casos de alta complexidade. A médica Ludhmila Hajjar, especialista em cardiologia, terapia intensiva, clínica médica e medicina de emergência, foi escolhida pela Quali para compor o time do Qualiclass.
"O Qualiclass é um programa desenvolvido para promover saúde, de maneira personalizada, visando reduzir doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas", diz a médica Ludhmila Hajjar, que supervisionará os casos de alta complexidade do programa, que contará com outros profissionais, como o do neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Marcos Stevale.
"Devemos lembrar que 50% das doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e o câncer podem ser prevenidos com o controle dos fatores de risco. E estas doenças, que hoje são as principais causas de morte no Brasil se diagnosticadas precocemente, podem ter sua história modificada, com maior chance de cura e melhora da qualidade de vida", diz Ludhmila.
Entre as vantagens do programa, estão um atendimento exclusivo e serviços personalizados, como o apoio ao agendamento de consultas e exames, o suporte em internações, o apoio a autorizações prévias de cirurgias e outros procedimentos, entre outros tantos benefícios.
"Estamos sempre aprimorando nosso atendimento e é com muita satisfação que o Qualiclass vem somar, com um time de alta performance, ainda mais cuidado ao cliente", afirma Pablo Meneses, vice-presidente de operações e relacionamento da Qualicorp. "A iniciativa de aproximarmos o Qualiclass ao nosso programa Qualiviva é também uma forma de reforçarmos o nosso compromisso social, consagrado nos nossos princípios de ESG."
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PORTAL TERRA
Planos de saúde preveem reajuste maior do que 15% após relatarem gasto médico recorde
Dados de despesas das operadoras indicam corrida por consultas e exames em 2021, após meses de procedimentos represados por causa da quarentena imposta pela pandemia
Na expectativa da divulgação do índice de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), operadoras preveem reajuste acima de 15% após relatarem gasto médico-hospitalar recorde. Ao aplicar a mesma fórmula de cálculo utilizada pela ANS, entidades representativas das empresas chegaram a valores semelhantes.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que a agência autorize um reajuste de 15,7%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) chegou ao índice de 15,8%. Um dos principais motivos para a previsão é o aumento dos custos médico-hospitalares, reportado pelas operadoras. No total, o Brasil tem aproximadamente 49 milhões de beneficiários de planos de saúde.
Segundo o mais recente estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), obtido com exclusividade pelo Estadão, a variação de custos médico-hospitalares (VCMH) das operadoras foi de 27,7% nos 12 meses encerrados em setembro de 2021. Trata-se de um recorde na série histórica iniciada em 2007. Antes disso, a maior alta (20,4%) havia ocorrido entre 2015 e 2016, quando o Brasil mergulhou em uma crise econômica.
No início da pandemia da covid-19 e do isolamento social, as pessoas deixaram de ir a médicos e hospitais e adiaram exames mais caros e cirurgias eletivas (não urgentes). Com isso, as despesas dos planos de saúde despencaram. Em setembro de 2020, a VCMH apurada pelo IESS foi negativa pela primeira vez (-3,6%).
"Muita gente adiou coisas que não deveriam ter sido postergadas, como o diagnóstico e o tratamento do câncer. Com a progressão da doença, os custos aumentaram", afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS. As despesas das operadoras voltaram a crescer em março de 2021. Com o avanço da vacinação e o aumento da sensação de segurança, as pessoas deixaram de evitar consultórios médicos e hospitais. "A variação das despesas foi rápida e intensa, principalmente entre junho e setembro de 2021", diz ele.
Na composição dos custos com assistência à saúde, as internações tiveram o maior peso (63%). Em seguida, vieram as terapias (13%), os exames (11%), outros serviços ambulatoriais (7%) e as consultas (6%). Em todos os itens, houve aumento nas despesas per capita entre setembro de 2020 e setembro de 2021. Ele foi mais acentuado na categoria outros serviços ambulatoriais, que registrou crescimento de 38% nas despesas. "Uma das hipóteses de aumento nesse item foi a grande procura por serviços como fisioterapia, fonoaudiologia, psicoterapia por pessoas que tiveram covid longa", diz Cechin .
Como funciona o cálculo da ANS
No estudo do IESS, foram analisadas apenas as despesas de uma amostra de 688,9 mil beneficiários, a maior parte (36,9%) com idade de 59 anos ou mais. Para definir o reajuste das mensalidades, a ANS considera também outros fatores.
O cálculo combina o índice de valor das despesas assistenciais (IVDA) com a inflação pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), retirando desse último o subitem plano de saúde. Na fórmula, o IVDA tem peso de 80% e o IPCA, de 20%.
Em nota, a ANS informou que o percentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais ou familiares está sendo calculado e será divulgado após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. Segundo a agência, não há data definida para a divulgação. Em anos anteriores, a definição ocorreu em maio. No ano passado, o índice só foi anunciado em julho.
"Esperamos que a ANS siga a fórmula que ela mesma inventou. Haverá reclamações porque as rendas das pessoas não têm crescido de acordo com a inflação, mas o reajuste dos planos de saúde será alto porque as despesas assistenciais das operadoras cresceram", afirma Cechin.
Segundo Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e blogueiro do Estadão, um aumento elevado dos planos individuais seria totalmente incompatível com a crise econômica e sanitária atual. "É um absurdo, ainda mais depois de um período em que as operadoras lucraram muito, com aumento de clientes, e baixa utilização durante a pandemia", afirma Scheffer.
"A ANS permite reajustes baseados em dados superestimados pelas operadoras, sem justificativa técnica transparente. Há inconsistências na forma como as operadoras justificam o reajuste e a agência é conivente com isso", diz. "Ela (a agência) aceita o que vai ser o maior aumento das mensalidades dos planos individuais em mais de 20 anos. Além disso, continua não controlando nem fiscalizando os reajustes dos planos coletivos", acrescenta o professor da USP.
ANS tinha outra fórmula de cálculo antes de 2019
Em um contexto de inflação alta e encarecimento geral de produtos e serviços, os consumidores temem não conseguir arcar com mais gastos com o plano de saúde. "A possibilidade de um reajuste alto tem preocupado os consumidores porque chega neste momento muito ruim, com alta do gás, da energia e do supermercado", afirma Ana Carolina Navarette, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
"É preciso lembrar que as estimativas das empresas do setor costumam superar o reajuste autorizado pela ANS", diz ela. "No ano passado, os cálculos das operadoras ficaram em torno de 2% e o índice da agência foi negativo (-8,19%)".
Segundo Ana Carolina, a atual fórmula de cálculo é mais favorável aos clientes do que a adotada pela agência antes de 2019. "Ela é mais transparente, adota dados auditáveis e tem produzido reajustes mais baixos, historicamente", afirma ela. "O primeiro reajuste com a nova metodologia foi de 7,35%. Os aumentos autorizados nos anos anteriores foram de 10% (2018) e 13,55% (2017)", salienta.
Checar possibilidades de migração é alternativa para clientes
Caso a ANS defina um percentual elevado e o cliente não consiga mais arcar com essa despesa, Ana Carolina recomenda que o consumidor tente trocar de plano dentro da mesma operadora. Dessa forma, é possível levar com ele as carências que já foram cumpridas.
A operadora é obrigada a fornecer uma lista de planos para os quais é possível fazer a migração. Outra possibilidade é tentar trocar de plano e de operadora fazendo portabilidade. Para isso, o beneficiário deve acessar o guia da ANS no site da agência.
Ao informar os dados do plano de saúde, o serviço fornece uma lista de outros para os quais é possível mudar. Só é permitido fazer portabilidade se o cliente estiver há pelo menos dois anos no plano de origem e em dia com o pagamento das mensalidades. O plano para o qual a pessoa pretende migrar precisa ser do mesmo valor ou mais barato.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 30/04/A 02/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores
Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed
Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%
Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021
Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional
Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer
Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid
Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença
Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia
AGORA ONLINE
Hospitais e planos de saúde retêm valores devidos a fornecedores
Uma sondagem realizada pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) com empresas associadas alerta para distorções no setor que comprometem o fluxo de caixa das empresas, provoca o fechamento de algumas e pode resultar até em desabastecimento de produtos. O principal problema apontado pelo levantamento é a retenção de faturamento praticada por hospitais e planos de saúde. Ou seja, as distribuidoras entregam os produtos mas não recebem o pagamento no prazo acordado.
"Infelizmente essa situação virou uma prática de mercado, mas é ilegal. Hospitais e operadoras de planos de saúde não pagam as distribuidoras no vencimento acordado e essas, por sua vez, sofrem com a falta de dinheiro em caixa. Esse abuso de poder econômico prejudica muito os distribuidores e as consequências vão desde o fechamento de empresas e a falta de produtos no mercado, até o encarecimento da operação toda, afetando diretamente o consumidor final", explica o advogado Gustavo Afonso Martins, do Wilhelm & Niels Advogados Associados.
Por precisarem vender e pelo temor de serem descredenciadas, as distribuidoras brasileiras vêm amargando essa situação, muitas vezes até sem recorrer à justiça. "Boa parte dos produtos comercializados são importados. Próteses, instrumentais cirúrgicos, parafusos e tecnologias de ponta são adquiridas pelas distribuidoras em dólar, por meio de operações que exigem compra mínima e pagamento de impostos. São diversos custos e riscos embutidos em uma operação de compra e venda", afirma Martins.
Segundo o levantamento, os atrasos comprometem grande parte do faturamento/mês das empresas fornecedoras. Para 40% os pagamentos superam os 121 dias. "A exploração no segmento de saúde tem revelado comportamentos oportunistas, e com abuso de poder econômico, por parte daqueles que realizam retenções indevidas de valores faturados pelas empresas distribuidoras de produtos para saúde, além do potencial prejuízo aos consumidores", alerta o advogado.
Com 12 anos de atuação no mercado de OPME (Órteses, Próteses, e Materiais Especiais), um empresário paranaense, que prefere não se identificar, disse que essa prática adotada por hospitais e planos de saúde prejudica muito as distribuidoras. "Toda empresa aplica sua margem de lucro baseada no custo e pensando na liquidez em um prazo saudável, mas as operadoras e os hospitais retêm esses valores. Essa é uma prática nacional e que envolve instituições de saúde privadas e públicas de todo o país."
Na opinião do empresário, o que predomina é a lei do mais forte. "Eles querem comprar pelo preço mais barato e ainda pagar com muito atraso. Já registramos casos de pagamento em 180 dias, quando não deveriam passar de 90. Temos um cliente, que é um hospital que atende pelo SUS, que não paga há dois anos, mas não podemos parar de fornecer. Essas vendas com atraso no pagamento representam até 80% do nosso faturamento", lamenta.
O advogado Gustavo Afonso Martins conta que na maioria das execuções de cobrança o devedor chama para o acordo e procura liquidar a dívida. "O problema é que as distribuidoras evitam fazer isso por medo de represália. Por isso essa denúncia da ABRAIDI é tão importante. Ela é fruto de anos de reclamação do setor e, com certeza, um importante passo para que essa situação seja resolvida."
A falência de muitas distribuidoras, em consequência desse atraso nos pagamentos, resulta na falta de competitividade no mercado. "As grandes distribuidoras conseguem absorver o prejuízo e se manter no mercado, enquanto as pequenas dificilmente sobreviverão. Isso afeta o mercado, que é tutelado pela Lei 12.529/11, que defende a livre concorrência. Se a concorrência diminui, quem sofre é o consumidor, que acaba pagando mais caro por esses produtos."
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REVISTA MUNDO COOP
Educação é alicerce do cooperativismo - Helton Freitas é presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed
A primeira cooperativa do mundo, a Sociedade dos Pioneiros de Rochdale, Reino Unido, fundada em 1844, já ressaltava a importância da educação contínua. Dentre os princípios do cooperativismo está o que congrega educação, formação e informação. Para que uma sociedade seja justa, equilibrada e desenvolvida é fundamental priorizar o pilar da educação, celebrada mundialmente no dia 28 de abril. Em 2020 - número mais recente divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB -, o segmento de Educação representava 21% do ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços. Além de atuar diretamente no ensino, neste ramo, as cooperativas em geral também investem na educação de suas equipes e da sociedade, para cumprir seus preceitos de transparência, valorização do trabalho, livre adesão, decisões compartilhadas e interesse na comunidade.
De acordo com o balanço social consolidado pela Unimed do Brasil, em 2020 o Sistema Unimed destinou mais de R$ 49,5 milhões em programas de educação, capacitação profissional e desenvolvimento pessoal para colaboradores, médicos cooperados e comunidades, o que ressalta o seu compromisso com o tema. E foi essa premissa que levou, em 1995, à criação da Fundação Unimed, o seu braço educacional que, mais tarde, deu origem a uma faculdade. Já são mais 150 mil profissionais formados em todo território nacional, nas áreas de gestão, saúde e cooperativismo, entre turmas de pós-graduação, curta-duração e aperfeiçoamento, incluindo inúmeros opções gratuitas disponíveis para toda a população.
Há diversos exemplos do poder da educação para mudar a vida, a história e a trajetória. No ano passado, a Seguros Unimed foi escolhida o lugar mais incrível para trabalhar dentre todas as empresas de médio porte no Brasil. Recebemos, além disso, um destaque que nos deixou particularmente felizes: a mais incrível em educação corporativa, dentre todas as empresas avaliadas neste prêmio - parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) com o UOL. Pensamos na educação de forma sistêmica, não somente para o nosso público interno, mas também apoiando entidades sociais na formação e na capacitação de jovens aprendizes.
Reafirmamos, assim, compromisso individual e coletivo, como maior sistema cooperativo de trabalho médico do mundo, com uma educação inclusiva, igualitária, transformadora e criativa, fundamental para que os indicadores sociais, econômicos e tecnológicos brasileiros deem um salto de qualidade nas próximas décadas.
Parabéns a todos os profissionais que se dedicam à educação e vamos, juntos, cobrar que este tema esteja na pauta dos candidatos às eleições deste ano. Contem sempre com o cooperativismo para que este fomento seja ainda maior.
*Por Helton Freitas, médico sanitarista, presidente da Seguros Unimed e da Fundação Unimed, e diretor-geral da Faculdade Unimed
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FOLHA DE S.PAULO
Planos de Saúde: Aumento em plano de saúde chega a 80%
Central Nacional Unimed afirma que reajuste é legal e tem critérios
O fantasma do reajuste dos planos de saúde dá sinais de que pode trazer uma onda mais pesada neste ano.
Entre os primeiros aumentos, que costumam começar em maio, há casos que alcançam 80% em contratos com a Central Nacional Unimed.
Procurada pelo Painel S.A., a Central Unimed afirma, em nota, que o reajuste das operadoras de plano de saúde é um dispositivo legal, tem critérios claros e é previamente acordado entre as partes.
"Planos da modalidade adesão são negociados por meio de administradoras de benefícios, detentoras dos contratos, neste caso a Qualicorp, também responsável pela comunicação aos seus estipulantes", diz a Central Nacional Unimed.
Segundo a Qualicorp, o reajuste da carteira de clientes da Central Nacional Unimed em questão foi pontual, representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp e abrange uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado.
"A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%", diz a Qualicorp.
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Clientes comemoram suspensão de repasse de planos da Amil
Daniele Madureira
Cliente da Amil, a microempresária paulista Maria de Fátima da Silva, 50, está aliviada com a decisão da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), divulgada na sexta (29), de proibir que a empresa venda sua carteira de planos individuais e familiares para a APS.
A venda da carteira para a APS (do próprio grupo UnitedHealth, dono da Amil) fora realizada em dezembro e, na sequência, um fundo de investimentos recém-criado, o Fiord Capital, se tornou dono da APS no negócio, que envolve 330 mil planos nos estados de São Paulo, Rio e Paraná. Pouco antes do anúncio, os clientes já vinham observando mudanças, para pior, na rede credenciada, o que motivou até o aumento das reclamações na ANS.
"Achei excelente, espero que a Amil volte a ser como antes" diz Maria de Fátima, que se incomodou com mudança da rede de laboratórios credenciados.
"A Amil tirou o Lavoisier e, no lugar dele, colocou um laboratório pequeno, o Carezzato, que só faz os exames às segundas."
O administrador de empresas Benjamin Wainberg, 68, se diz aliviado, mas receoso. Para ele, a determinação da ANS resolve temporariamente o casa "É como morfina no momento da dor, você tem um alívio, mas ainda não está curado" diz ele, que deve passar em breve por uma cirurgia e vai dar início a uma série de exames pré-operatórios.
Em comunicado na sexta, a ANS declarou a nulidade do contrato de compra e venda de quotas celebrado entre a Amil e a Fiord Capital, a Seferin & Coelho e Henning Von Koss. O acordo previa aporte de R$ 2,34 bilhões da Amil na APS - ambas pertencem à americana UnitedHealth. Ou seja, por se tratar de uma carteira deficitária, que não dá lucro, a Amil iria pagar para passar o negócio à frente.
Em janeiro, havia sido anunciada mudança no controle da APS, repassada para três sócios: Fiord Capital, gestora de investimentos criada em novembro pelo empresário Nikola Lukic; Seferin & Coelho, empresa gaúcha com negócios em telemedicina, casa de repouso e dona da rede de hospitais Life Plus; e Henningvon Koss, ex-executivo de empresas do setor, como a própria Amil e a Hapvida.
Em fevereiro, a ANS bar rou essa operação, pela "ausência de informações sobre a suposta aquisição do controle societário da APS por uma empresa de reestruturação financeira".
No início de abril, A ANS determinou a suspensão da venda da carteira de clientes individuais e familiares, por constatar que "os compradores das quotas da APS não têm capacidade financeira suficiente para garantir o equilíbrio econômico financeiro da APS".
Amil e APS tiveram dez dias para se manifestar. A ANS, então, na reunião da diretoria colegiada na sexta, decidiu anular em definitivo a autorização para a transferência de carteira.
Em nota, a Amil disse que vai acatara decisão da agência. "A prioridade da Amil segue sendo garantir que seus beneficiários tenham pleno acesso aos cuidados de saúde que necessitam."
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PROCON GOIÁS
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Procon GO multa Hapvida e Unimed Goiânia em R$ 4,56 milhões cada por descumprirem normas relacionadas ao SAC
Goiânia, 2 de maio de 2022 ? O Procon Goiás multou os planos de saúde Hapvida e Unimed Goiânia no valor de R$ 4,56 milhões cada por irregularidades relacionadas ao cumprimento das regras do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). As notificações foram expedidas na última sexta-feira (29/4).
Além das normas impostas pelo Código de Defesa do Consumidor, as empresas descumpriram os ditames impostos pelo Decreto Federal nº 6.523/2008, que regulamenta o SAC no Brasil.
Os fiscais do órgão realizaram um monitoramento telefônico e pelo site das duas empresas, e, em relação à Hapvida, flagraram as seguintes irregularidades: a ausência, no primeiro menu eletrônico, de opção de contato direto com atendente, a falta de informação, no início da ligação, sobre o protocolo daquele atendimento e que só foi ofertada a opção de contato direto com o atendente após o terceiro menu.
Tais comprovações confirmam as inúmeras denúncias e reclamações feitas pelos usuários da assistência médica sobre a dificuldade em se obter informações junto à empresa.
Quanto à Unimed, constatou-se que o SAC não garantiu ao consumidor, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com o atendente e que o SAC não garantiu o direito de o consumidor não ter a sua ligação finalizada antes da conclusão do atendimento.
Também verificou-se que o atendimento pelo SAC condicionou o acesso inicial pelo atendente ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor e, além disso, não foi informado o número de protocolo para acompanhamento da demanda.
O superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael, afirma que o órgão agirá com rigor para garantir a efetividade dos direitos dos consumidores. "A saúde é um serviço essencial e, por isso, vamos tratar essa questão com o devido rigor que ela merece. Esses planos de saúde cobram valores consideráveis de seus segurados e devem prestar um atendimento de qualidade e que cumpra todas as normas previstas na legislação. Não é favor. É direito do consumidor, que deve ser respeitado", afirma.
O dinheiro advindo a partir da aplicação das multas será recolhido ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, gerido pela SSP com o objetivo de destinar recursos para a formulação de políticas públicas em prol do consumidor, como campanhas educativas por exemplo.
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METRÓPOLES
Com surto de dengue, Brasil já chega ao mesmo patamar de casos de 2021
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (2/5) que o registrou, de janeiro a abril deste ano, 542 mil casos de dengue.
As notificações revelam que o país enfrenta um surto de casos da doença, que já superam os registros de todo o ano de 221, quando foram notificados 544 mil casos.
Os números representam uma alta de 113% nos casos da doença cujo vetor é o mosquito Aedes Aegypti, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, até o momento foram confirmados 16 mortes por dengue em todo o país. Os estados que apresentaram o maior número de óbitos são: São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16).
A pasta informou que investiga ainda outros 228 óbitos prováveis pela doença.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no , a doença pode levar o paciente a morte
O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 1 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
Centro-Oeste tem maior taxa de incidênciaSegundo dados do governo federal, até 16 de abril a Região Centro-Oeste teve a maior incidência de dengue, com 92,4 casos a cada 1 mil habitantes.
O estado de Goiás é o que lidera o ranking de incidência do país, com 1.366 casos a cada 1 mil habitantes. A incidência nacional é de 254 casos a cada 1 mil habitantes.
Os municípios que mais registram casos de dengue foram Goiânia (31.189), Brasília (29.928) e Palmas (9.8).
As cidades de São José do Rio Preto e de Votuporanga, em São Paulo, aparecem na sequência com 7 mil e 6 mil casos, respectivamente.
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PORTAL R7
Estudante do ensino médio relaciona câncer a profissões e conquista prêmio internacional
Maria Eduarda Palomba Arquivo Pessoal
A estudante do terceiro ano do ensino médio, Maria Eduarda Palomba, conquistou a medalha de ouro na feira I Giovani e le Scienze com uma pesquisa que relaciona a LMC (Leucemia Mieloide Crônica) e as profissões. A pesquisa começou a ser desenvolvida durante as aulas eletivas do Cientista Aprendiz.
Após uma visita à Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) em 2018, Maria Eduarda, a Duda, se emocionou muito com uma pesquisa sobre câncer e decidiu que esse seria seu objeto de estudo. A LMC é um tipo de leucemia que afeta principalmente adultos e os homens.
"Eu queria entender se as profissões estão relacionadas à doença", explica a aluna do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. Para desenvolver a pesquisa, Duda contou com a orientação e apoio da professora Bianca Rocha, orientadora do programa de pré-iniciação científica do Dante, Cientista Aprendiz, professora de gestão pessoal e interpessoal e professora do biologia.
"Entrei em contato com o professor Israel Bendit, que é um grande especialista no assunto, e pudemos estabelecer uma parceria com Laboratório de Hematologia da USP (Universidade de São Paulo) para que a Duda pudesse desenvolver sua pesquisa sozinha", explica Bianca.
Para a pesquisa, foram analisados 153 prontuários de pacientes já diagnosticados com LMC, no entanto, por uma questão ética, a estudante só teve acesso ao sexo e profissão dos pacientes. Já para fazer a análise, Duda cruzou os dados usando duas classificações - a Classificação Brasileira de Ocupações e da Associação de Medicina do Trabalho.
"A pesquisa começou em 2019 e em 2020 acredito que a pandemia me ajudou, tive mais tempo para focar na pesquisa", diz. Como resultado, Maria Eduarda concluiu que as profissões na área industrial podem ser indicadas como atividades de risco para a doença. Outro ponto, foi o contato com produtos químicos, em especial com benzeno, presente em 48% das profissões analisadas. "O próximo passo é aprofundar a pesquisa, expandir o número de pessoas estudadas e buscar mais informações sobre o histórico das profissões", afirma a estudante.
O prêmio foi a cereja no bolo da pesquisa que extrapolou os muros da escola. "Receber esse prêmio foi o reconhecimento mais do que merecido, destaca a relevância da pesquisa e o trabalho de todos", conclui Bianca.
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PORTAL UOL
Estudo do Inca revela que atividade física atua no controle do câncer
Mudança no estilo de vida é fator preventivo para maioria dos tipos de câncer Lauro Alves / Agencia RBS
Os gastos federais somente com três tipos de câncer entre os de maior incidência no Brasil (mama, intestino grosso e endométrio) poderiam ser reduzidos em até R$ 20 milhões com o tratamento do câncer, em 2040, a partir da ampliação da prática da atividade física na população. O dado consta de estudo divulgado na sexta-feira (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), durante o seminário Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS, dentro ainda das comemorações pelo Dia Mundial da Atividade Física, transcorrido no último dia 6.
De acordo com o Inca, para que haja essa economia nos gastos com tratamento de câncer, um terço dos brasileiros deveria realizar, pelo menos, 150 minutos de exercícios físicos por semana, até 2030, em atividades moderadas.
Caso não ocorram políticas públicas e ações que estimulem a atividade física no lazer, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com esses três tipos de câncer, que somaram R$ 1,4 bilhão, em 2018, podem alcançar R$ 2,5 bilhões, em 2030, e R$ 3,4 bilhões, em 2040. As despesas levam em consideração procedimentos hospitalares e ambulatoriais realizados no SUS em pacientes oncológicos na faixa de 30 anos ou mais de idade. Os cânceres de mama, intestino grosso e endométrio têm como fatores de risco a inatividade física e hábitos sedentários, como assistir televisão e usar celular ou computador em excesso.
Mortes por covid-19 caem quase 70% entre março e abril no RSBombinha, chiado, insônia: confira perguntas e respostas sobre a asma, doença que atinge 20 milhões de brasileirosCom grande número de casos suspeitos, Porto Alegre restringe testes para dengue Insuficiência
O pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, disse à Agência Brasil que, em 2019, a prevalência da atividade física insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. Apesar da redução, os valores da falta de atividade física entre os brasileiros ainda são elevados. ?A prática é insuficiente?, observou:
? O cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factível, porque isso seria em dez anos.
A economia resultante desse aumento da atividade física entre a população poderia ser reaproveitada tanto na questão hospitalar e ambulatorial, como em programas de atividade física.
“Aí, é bom para todo mundo”, assegurou Carvalho.
O pesquisador sinalizou que essas ações valem para a prevenção de novos casos de câncer e também para quem está em tratamento ou já teve a doença.
O estudo apresentado pelo Inca ressaltou que, se a tendência de aumento de casos de câncer se mantiver, e a ausência da prática de atividades físicas entre os brasileiros persistir, a expectativa de gastos do governo federal com tratamentos oncológicos será de cerca de R$ 7,8 bilhões, em 2040, contra quase R$ 3,5 bilhões, em 2018. A projeção é que o número de casos novos de câncer diagnosticados no Brasil, exceto não melanoma, sofra aumento de 66%, em 2040, em relação aos 450 mil casos registrados em 2019, com ampliação de 81% no número de óbitos, em comparação às 232 mil mortes por câncer observadas em 2021.
Prevenção
A pesquisadora Thainá Alves Malhão, também da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, analisou, entretanto, que é possível traçar um cenário diferente, porque entre 80% e 90% dos casos de câncer são potencialmente preveníveis, com mudança de estilo de vida. A prevenção primária é aliada no controle da doença, assegura o Inca.
“O câncer é possível prevenir por meio da atividade física e da alimentação saudável”, reforçou Fabio Carvalho.
Durante o evento, foi apresentado o guia Atividade física e câncer: recomendações para prevenção e controle, elaborado por meio de parceria institucional entre o Inca, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (Sbafs). Destinado a gestores do SUS, o guia pode ser consultado, por qualquer pessoa interessada que poderá entender que a atividade física é muito importante para a prevenção do câncer, completou Fabio Carvalho.
A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, destacou que o papel do instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, é informar à população que o câncer, em boa parte dos casos, pode ser evitado. Segundo Ana Cristina, o evento de hoje teve por objetivo estimular bons hábitos diários e mostrar os efeitos positivos da prevenção primária, que podem refletir na economia dos gastos do SUS.
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A REDAÇÃO
Goiânia: Fim da obrigatoriedade da máscara completa 1 mês com recuo da covid
Divino Rufino
Goiânia - A vendedora Keila Marçal, de 28 anos, entra em um restaurante no Setor Universitário, em Goiânia, com um sorriso no rosto. Questionada sobre como está a vida, agora, sem máscara, ela confessa alívio. “Estava esperando por este momento há muito tempo. É uma sensação de liberdade muito boa”, comemora.
Amiga de Keila, Luciana Aparecida Martins, de 35 anos, também sorri durante a entrevista, mas com os olhos. Ela decidiu continuar usando máscara porque é cuidadora de uma idosa no Setor Sul. “É uma questão de responsabilidade mesmo. Tenho que minimizar o risco de contrair e transmitir o vírus”, avalia.
Keila e Luciana representam duas realidades que coexistem na capital goiana desde 1º de abril, quando passou a valer o decreto da Prefeitura de Goiânia que desobriga o uso de máscara em locais fechados. A medida, tomada por todas as capitais do Brasil, com exceção de Belém, foi amparada pela queda no número de internações provocadas pela covid-19.
Um mês após a liberação da máscara, o técnico da Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), médico Sérgio Nakamura, avalia a decisão como acertada. “O quadro de diminuição de casos, internações e óbitos por covid-19 vem se mantendo. Foi uma decisão acertada, para a vida voltar ao normal”, explica o especialista.
Sérgio Nakamura destaca que Goiânia vem registrando média de 100 casos confirmados de covid-19 por dia, “número muito próximo da menor série histórica durante toda a pandemia”. “Antes do decreto (que libera o uso de máscara) tínhamos, em março, uma média de 500 casos por dia. E a média móvel em 14 de abril foi de 142 casos, uma redução de 59% em relação a 14 dias antes”, pontua.
Segundo o técnico da SMS, foram registradas de 1º a 29 de abril 14 internações por covid-19 na rede pública municipal, sendo oito delas de pessoas que residem em Goiânia. No mês anterior, 56 habitantes da capital foram internados em razão da doença. O número é baixo se comparado ao pico de internações na rede, ocorrido em março de 2021: foram 1.467 pessoas, incluindo do interior do Estado, hospitalizadas em Goiânia, sendo 1.299 que vivem na capital.
“Abril (de 2022) é o mês que teve menos casos de internações por covid-19 em Goiânia em toda a série histórica. Mês de menos casos, internações e mortes”, diz Dr. Nakamura. O médico atribui o arrefecimento da pandemia e consequente “desafogamento” da rede pública municipal de Saúde ao avanço da vacinação. “Temos uma cobertura vacinal superior à cobertura do Estado de Goiás”, diz.
Vacinação
Dados do Vacinômetro, disponível no site da Prefeitura de Goiânia, apontam que até o dia 20 de abril 84,7% da população vacinável acima de 5 anos havia recebido a primeira dose da vacina contra a covid, e 78,1% receberam segunda dose e dose única, num total de 2.871.317 doses aplicadas.
A Prefeitura oferece testagem gratuita à população diariamente, mas houve queda na procura pelo serviço. Sérgio Nakamura diz que isso é reflexo da “diminuição de casos sintomáticos”. “Houve redução na procura (pelo teste), mas também na positividade. A maioria dos casos testados hoje tem resultado negativo”, justifica.
A melhora no cenário epidemiológico na capital não apaga o passado recente de dor e sofrimento enfrentado por milhares de famílias goianienses. Desde o início da pandemia de covid-19, há dois anos, Goiânia registra 313.484 casos e 7.533 mortes pela doença. No último mês de março, foram 53 óbitos; e neste mês de abril, até dia 28, nove. Isso significa que a doença continua fazendo vítimas, por isso, não deve ser subestimada.
“As mortes e casos graves reduziram drasticamente, mas temos que tomar cuidado porque o vírus continua circulando. É sempre bom evitar aglomerações, e usar máscara em ônibus, escolas e unidades de saúde. A recomendação vale, principalmente, para pessoas vulneráveis”, finaliza Sério Nakamura.
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JORNAL OPÇÃO
Dengue decola em Goiás – cientistas inovam contra a doença
domingo 01 maio 2022 0:00
Por Italo Wolff
Longo período de chuvas, bolsão de vulneráveis e circulação concomitante de dois sorotipos da dengue explicam aumento do número de casos
O número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti explodiu em Goiás neste ano. Apenas na primeira semana de 2022, as notificações de dengue aumentaram 572% em comparação com a primeira semana de 2021. Desde o início do ano até a data do fechamento desta edição, foram 56.470 casos confirmados e 21 óbitos – no mesmo período de 2021 se registrou 20.282 casos e 15 óbitos.
O crescimento foi tão expressivo que colocou Goiás em segundo lugar entre os estados com mais mortes pela doença, atrás apenas da Bahia. Além da dengue, também cresceu o número de notificações para chikugunya – de 1.171 casos notificados no ano passado para 2.704 casos neste ano, uma variação de 131% – e de zika – que saiu de 29 notificações no ano passado para 104 notificações neste ano; embora o número de casos de zika confirmados tenha caído de 15 para 11 até o momento.
Todas essas doenças são arboviroses. Tratam-se de patologias causadas por vírus que são transmitidos pela picada de artrópodes (arbovirose é uma contração do termo em inglês arthropod-borne virus). São assim designados não somente pela sua veiculação através de artrópodes, mas principalmente pelo fato de parte de seu ciclo replicativo ocorrer nos insetos.
O coordenador estadual de Dengue, Zika e Chikungunya da Secretaria de Saúde de Goiás, Murilo do Carmo, afirmou que vários fatores contribuíram para estes resultados ruins no estado, como a circulação concomitante de dois sorotipos do vírus da dengue, tipos 1 e 2. “Tivemos um intenso período chuvoso no Estado de Goiás, que fez com que aumentasse a oferta de água nos criadouros e favorecesse a multiplicação de Aedes aegypti. Somado a isso, tivemos baixa adesão da sociedade em campanhas de combate aos criadouros do mosquito”, analisou.
Virologia
Fabíola Fiaccadori, professora e doutora em Microbiologia e Virologia, pesquisa os arbovírus na Universidade Federal de Goiás (UFG). A cientista afirma que a análise da dispersão do vírus da dengue na população ao longo dos anos revela ciclos no contágio da doença. Isso ocorre pois o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes e a infecção do hospedeiro por uma cepa não garante a imunidade contra outras variantes, além de ser uma proteção passageira. Desta forma, a circulação prolongada de um determinado sorotipo gera na população a imunidade coletiva contra este sorotipo em questão, mas também cria oportunidade para sorotipos diferentes.
“Eventualmente, a entrada de um sorotipo coincide com o momento em que há um bolsão de pessoas suscetíveis”, explica Fabíola Fiaccadori. “Às vezes, isto é associado ainda ao contexto ambiental, com o favorecimento a replicação do mosquito que é vetor da doença. Nessas ocasiões, vemos o pico no número de casos que estamos presenciando agora.”
É diferente dos vírus das doenças chikungunya e zika, em que há apenas um sorotipo. O aumento de casos da chikungunya se explica pelo fato de que, desde a entrada da doença no Brasil, Goiás foi pouco exposto, ao contrário de estados como Rio de Janeiro e Bahia, de forma que poucas pessoas desenvolveram imunidade contra o vírus. Diferentemente, o vírus causador da doença zika já havia castigado os goianos em 2016, e seu crescimento mais lento pode ser explicado pelo obstáculo da imunidade desenvolvido nesta data.
Imunologia
O fator dos múltiplos sorotipos ajuda a explicar a dificuldade de se desenvolver uma vacina que previna todos os tipos de dengue. Com quatro cepas circulantes, em constante mutação, o desafio de criar uma única plataforma vacinal é complexo. Atualmente, existe uma vacina contra a dengue no sistema particular de saúde, com eficácia geral de 60,8%. O imunizante é composto por três doses administradas com intervalo de seis meses; só pode ser aplicado em indivíduos entre 9 e 45 anos de idade; e possui seis contraindicações.
Entretanto, o desafio que impede que essa vacina seja comprada pelo poder público e administrada amplamente para toda a população via Sistema Único de Saúde é ainda mais complicado de se superar. Fabíola Fiaccadori explica que a imunidade parcial contra o vírus da dengue não é necessariamente favorável ao hospedeiro na evolução da infecção. É comum ouvirmos aforismos como: “a terceira dengue é pior”. Existe alguma verdade na declaração, pois parte dos sintomas do paciente com dengue estão vinculados à própria resposta imunológica do hospedeiro.
Isso não necessariamente significa que alguma proteção prévia contra o vírus causará obrigatoriamente a forma mais grave da doença. Também não quer dizer que a primeira infecção por dengue é sempre leve. Mas significa que medidas de saúde pública aplicadas a toda a população devem ser mais cuidadosas. “O primeiro contato com um sorotipo da dengue causa uma resposta imune no hospedeiro; a reinfecção por outro sorotipo pode agravar o segundo caso da doença. Da mesma forma que a infecção natural induz uma resposta imune que pode complicar casos de reinfecção por sorotipos diferentes, a vacina também induz uma resposta imune. Por isso, a imunopatogênese (compreensão acerca de como a doença é mediada pelo sistema imune) complica o cenário”, afirma Fabíola Fiaccadori.
Desde 2009, pesquisadores do Butantan estudam a produção de uma vacina contra o vírus da dengue. Ela ainda não tem previsão de distribuição à população, mas ensaios clínicos estão avançados. Esse imunizante usa a técnica de vírus atenuado, apresentando o vírus da dengue ao organismo e induzindo a produção de anticorpos sem causar a doença. A tecnologia foi patenteada pelo instituto e pela farmacêutica Merck em 2021.
Os ensaios clínicos da fase três da vacina estão em andamento. A previsão é que a pesquisa seja finalizada até 2024. Em paralelo aos estudos clínicos, o Butantan estuda o escalonamento da vacina, ou seja, a elevação da produção para nível industrial. “A vacina vai ser um dos principais componentes de combate à doença, mas é importante ressaltar que não é só a vacina que vai combater a dengue. Nós temos que continuar realizando todas as outras formas de ajudar a combater o mosquito e, portanto, a transmissão da dengue”, afirma o diretor do Centro de Segurança Clínica e Gestão de Risco: Farmacovigilância e Farmacoepidemiologia, Alexander Precioso.
“As pessoas vacinadas vão evitar hospitalizações e mortes e isso vai tornar a dengue controlada no país”, explica Neuza. “Em qualquer situação é importante agir na prevenção. Na saúde pública a prevenção de doenças é feita principalmente com as vacinas”, completa.
Controle do Vetor
Por todas as dificuldades envolvidas na produção de um imunizante contra a dengue, o controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti, é a alternativa mais fácil, barata e prática. Entretanto, o sucesso desta tarefa depende de engajamento social, com a extinção dos criadores onde os mosquitos se multiplicam, por exemplo. Por isso, pesquisadores tentam desenvolver novas formas de diminuir a quantidade de vetores no ambiente ou dificultar a replicação viral dentro do vetor.
Nos últimos anos, um grupo de pesquisadores liderado pelo professor Wolf Christian Luz do Laboratório de Patologia de Invertebrados do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (LPI/IPTSP) da UFG desenvolveu um método de infectar os adultos, larvas e ovos Aedes aegypti com um fungo letal para o mosquito. Trata-se de uma técnica para atrair os insetos para um local com água, que se assemelha a um criadouro para o mosquito. Ali, a umidade está carregada de partes (conídios e microescleródios) do fungo Metarhizium humberi.
Este fungo é uma espécie nova, descrita em 2001 pelo grupo liderado pelo professor Christian a partir de amostras de solo coletadas no Cerrado. “A linhagem Metarhizium humberi IP 46 utilizada na nossa pesquisa já foi estudada intensamente em Aedes aegypti em condições de laboratório e apresenta atividade inseticida em ovos, larvas e adultos desse vetor”, esclarece Christian.
A ideia de distribuir o dispositivo em áreas peridomiciliares é promissora e os testes em laboratório mostraram bons resultados, mas deve-se ressaltar que o estudo foi realizado sob condições controladas. Fabíola Fiaccadori lembra da dificuldade prática de aplicar boas ideias no ambiente em larga escala: “Os vetores são criados nas casas das pessoas, mas nossas ferramentas de controle do vetor são via Estado. É difícil conseguir adesão social e aplicar as técnicas em locais que estão fora do alcance do Estado.
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PORTAL NTH
Covid-19: Goiás recebe prêmio por uso de evidências científicas no enfrentamento à pandemia
Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) priorizou evidências científicas na tomada de decisões, tão logo ficou configurada a emergência sanitária. A política de Gestão Informada por Evidências, implementada na SES por meio do Núcleo de Evidências, ainda em 2019, teve sua importância reconhecida pela Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O método foi reconhecido na primeira edição do Prêmio Evidência 2022. A SES ficou em 3º lugar nacional e a FGV destacou que “embora não seja possível fazer uma relação direta com o levantamento, Goiás permaneceu em posição mediana no ranking dos estados brasileiros (10º considerando número de casos por 1 milhão de habitantes e 12º considerando número de óbitos por 1 milhão de habitantes); não tendo vivenciado o colapso do sistema de saúde local”.
“Com as evidências embasando o enfrentamento da pandemia no Estado, toda população é beneficiária da iniciativa, pois essa política busca direcionar as ações de saúde pública, resultando na gestão inteligente da crise e potencializando as chances de se alcançar melhores resultados”, afirma o titular da SES, Sandro Rodrigues.
Desde a instalação do Núcleo de Evidências, foram produzidas 121 sínteses para orientar a tomada de decisão dos gestores. Ao longo da pandemia, foram mais de 70 sínteses elaboradas sobre os mais diversos temas, como vacinas, uso de máscaras e retorno às aulas, por exemplo. T
Ciência
“O caminho estratégico da Gestão Informada por Evidências já era característica da atual gestão e tornou-se mais importante e desafiador frente à rápida evolução do conhecimento e da grande quantidade de produção científica, nem sempre de qualidade, sobre os temas de interesse no contexto da pandemia”, destaca a subsecretária Luciana Vieira.
O Núcleo de Evidências da SES-GO é vinculado à Gerência do CONECTA SUS e composto atualmente pelos servidores Péricles Lopes Dourado (biomédico), Airton Ferreira dos Santos Filho (médico) e Luciana Vieira (fisioterapeuta).
A produção técnica conta com artigos, relatórios, sínteses de evidência, sumário de evidência e similares. O trabalho apresentado teve ainda a participação da servidora Alessandra Rodrigues de Almeida Lima (odontóloga) e do então secretário de Saúde anterior, Ismael Alexandrino (médico).
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg recebe Daniel Coudry para falar sobre “Mercado de Saúde - Movimentações, tendências, perspectivas, oportunidades e desafios”
Na abertura de seu ciclo de encontros com expoentes do setor de saúde, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) recebeu, no dia 28 de abril, o diretor geral do associado Hospital Mater Dei/Premium, Daniel Coudry, que falou sobre “Mercado de Saúde - Movimentações, tendências, perspectivas, oportunidades e desafios”.
Em um bate-papo com os associados e convidados, Daniel Coudry abordou o cenário atual do mercado de saúde; a concentração de empresas em poucas mãos; novos modelos assistenciais; a necessidade de mais foco e investimentos na atenção básica; e os altos e crescentes custos do setor.
O surgimento das startups que tem avançado na área da saúde, mas ainda sem escala para mudar o sistema, foi outro tema abordado. “A disrupção vai sair das startups. Temos que ter atenção ao mercado”, alertou Daniel Coudry, enfatizando ser a saúde uma das maiores e mais rentáveis indústrias e que ainda tem uma enorme demanda reprimida.
Dentre os desafios do setor, ele citou a fragmentação. “Não temos um sistema integrado”, disse. A escassez de informações é outro problema. “O consumidor não tem uma informação segura para tomar decisões na área da saúde, os dados estão descentralizados e desorganizados e há uma falta crônica de transparência”, afirmou.
Esse quadro precisa mudar, pois o mercado, de acordo com Daniel Coudry, deve estar atento às necessidades dos pacientes e transformar desafios em oportunidades. “É o paciente quem demanda e ele quem vai impor as mudanças”, alertou o palestrante, para quem o sistema hoje está desequilibrado e as correções vão impor perdas a alguns segmentos no início. “Mas depois, todos sairão ganhando”, disse.
Na próxima quinta-feira, 5 de maio, a Ahpaceg vai receber o médico, gestor e consultor estratégico Erickson Blun.
Ahpaceg e PUC Goiás discutem parceria para a formação de profissionais de saúde e áreas afins
Depois de uma pausa nas negociações devido à pandemia, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) e a PUC Goiás (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) retomaram o diálogo para uma parceria voltada para a formação de futuros profissionais de saúde e de áreas afins.
A parceria, que deve se dar por meio de estágios em instituições associadas da Ahpaceg, foi discutida em reunião realizada na sede da Associação, no dia 28 de abril. A professora Marília Rabelo, representante da PUC Goiás, reuniu-se com o presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, a coordenadora de Educação Continuada, Madalena Del Duqui, a administradora Executiva, Lorena Teles, e a médica Márcia Toledo – diretora do associado Ver Hospital de Olhos.
Além do estágio em instituições associadas, a parceria poderá abranger ainda a promoção de cursos de formação e atualização profissional. “A educação continuada é fundamental para formar bons profissionais e assegurar a qualidade assistencial pela qual tanto trabalhamos”, disse o presidente da Ahpaceg. Em breve, devem ser anunciadas ações educacionais conjuntas entre a PUC Goiás e a Ahpaceg.
CLIPPING AHPACEG 29/04/22
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DESTAQUES
Aumento em plano de saúde chega a 80%
Deputados aprovam projeto que regulamenta telessaúde
28 de abril: Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho aborda correlação de produtividade e Burnout
Robô desenvolvido por brasileiros é capaz de desinfectar ambientes hospitalares
Ministro da Saúde defende projeto que regulamenta telemedicina no Brasil
Lipo: Retirada de gordura além do recomendado causa da morte de mulher
Rede pública de Goiânia completa 10 dias sem internação de morador por covid
FOLHA DE S.PAULO
Aumento em plano de saúde chega a 80%
O fantasma do reajuste dos planos de saúde dá sinais de que pode trazer uma onda mais pesada neste ano.
Entre os primeiros aumentos, que costumam começar em maio, há casos que alcançam 80% em contratos com a Central Nacional Unimed.
Procurada pelo Painel S.A., a Central Unimed afirma, em nota, que o reajuste das operadoras de plano de saúde é um dispositivo legal, tem critérios claros e é previamente acordado entre as partes.
"Planos da modalidade adesão são negociados por meio de administradoras de benefícios, detentoras dos contratos, neste caso a Qualicorp, também responsável pela comunicação aos seus estipulantes", diz a Central Nacional Unimed.
Segundo a Qualicorp, o reajuste da carteira de clientes da Central Nacional Unimed em questão foi pontual, representa aproximadamente 0,5% do total de clientes da Qualicorp e abrange uma fração pequena de usuários de um contrato que não é mais comercializado.
"A média de reajustes das carteiras da CNU neste ano variou entre 6% e 12%", diz a Qualicorp.
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AGÊNCIA CÂMARA
Deputados aprovam projeto que regulamenta telessaúde
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto de lei que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o território nacional, abrangendo todas as profissões da área da saúde regulamentadas. A proposta (PL 1998/20) será enviada ao Senado.
De autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros 14 deputados, o projeto foi aprovado na forma de um substitutivo do relator, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL), que ampliou o texto original, antes restrito aos médicos.
Tecnologias
Segundo o texto, será considerada telessaúde a modalidade de prestação de serviços de saúde a distância por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação.
Essas tecnologias envolvem, entre outros aspectos, a transmissão segura de dados e informações de saúde por meio de textos, sons, imagens e outras formas consideradas adequadas.
Os atos do profissional de saúde praticados dessa forma terão validade em todo o território nacional e aquele que exercer a profissão em outra jurisdição exclusivamente por meio dessa modalidade não precisará de outra inscrição secundária ou complementar àquela do conselho de seu estado.
Entretanto, será obrigatório o registro, nos conselhos regionais de medicina (CRMs) dos estados em que estão sediadas, das empresas intermediadoras de serviços médicos. Essas empresas são consideradas como aquelas que contratam, de forma direta ou indireta, profissionais da área médica para o exercício da telemedicina.
Um diretor técnico médico dessas empresas também deverá estar inscrito no CRM da localidade da empresa, sob pena de cometer infração sanitária.
Para Adriana Ventura, “a pandemia ensinou muito a todos, mostrando que o Brasil precisava regulamentar a prática da telessaúde”.
O relator do projeto também defendeu a aprovação. “Nosso principal objetivo foi garantir a universalização do atendimento à saúde em todo o Brasil, e a tecnologia é uma aliada para isso”, afirmou Pedro Vilela.
O texto revoga a Lei 13.989/20, que permitiu a telemedicina durante a pandemia de Covid-19.
Liberdade de decisão
O substitutivo garante ao profissional “liberdade e completa independência” de decidir sobre a utilização ou não da telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, ao atendimento ou ao procedimento, podendo optar pela utilização de atendimento presencial sempre que entender necessário.
Quanto ao paciente, a prática da telessaúde também deve ser realizada com seu consentimento livre e esclarecido ou de seu representante legal.
Em busca de um acordo na votação em Plenário, Vilela incorporou trecho de emenda do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) para especificar que o paciente terá a garantia do atendimento presencial sempre que solicitar.
A todo caso, a prática da telessaúde estará sob responsabilidade do profissional de saúde, que deverá seguir os ditames do marco civil da internet, da Lei do Ato Médico, da Lei Geral de Proteção de Dados, do Código de Defesa do Consumidor e, quando for o caso, da Lei do Prontuário Eletrônico.
Normas e fiscalização
Sobre as regras da prática, o texto determina que o ato normativo no qual haja alguma restrição à telessaúde deve contar com demonstração da necessidade da medida para evitar danos à saúde dos pacientes. No caso do Sistema Único de Saúde (SUS), deverão ser observadas as normas para seu funcionamento expedidas pelo órgão de direção.
A fiscalização das normas éticas no exercício profissional da telessaúde será de competência dos conselhos federais das profissões envolvidas, aplicando-se os padrões adotados para as modalidades de atendimento presencial naquilo que não contrariarem as regras do projeto.
Princípios
Para o uso da telessaúde, o projeto estipula princípios a serem seguidos na prestação remota de serviços:
autonomia do profissional de saúde;
consentimento livre e informado do paciente;
direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde;
dignidade e valorização do profissional de saúde;
assistência segura e com qualidade ao paciente;
confidencialidade dos dados;
promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde;
observância estrita das atribuições legais de cada profissão; e
responsabilidade digital.
Ponto rejeitado
Na votação em Plenário, foi rejeitado destaque do PT que pretendia incluir dispositivo para resguardar a aplicação das normas que regem as contratações dos profissionais no regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
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O HOJE
28 de abril: Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho aborda correlação de produtividade e Burnout
O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é comemorado nesta quinta-feira (28/4), e levanta o debate a respeito da Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, caracterizada pelo excesso crônico de estresse ocupacional que leva ao cansaço emocional e físico.
Em 2020, durante a pandemia, 44% dos brasileiros ouvidos disseram que o período de convívio com a Covid-19 amplificou a sensação de esgotamento profissional, de acordo com os dados International Stress Management Association (Isma-BR).
Em números absolutos, cerca de 39,6 milhões de trabalhadores foram afetados. Em um ranking de oito países sondados, o Brasil ocupa a primeira colocação, à frente de Singapura (37%), Estados Unidos (31%) e Índia (29%).
Estudo
Um estudo publicado na Recisatec – Revista Científica Saúde e Tecnologia, revelou que a correlação da alta produtividade e da Síndrome de Burnout é possível, porém, não necessariamente se apresentam como fenômenos decorrentes um do outro.
O neurocientista Fabiano Agrela, que esteve a frente desse estudo explica que “a alta produtividade no trabalho é algo comum nos dias de hoje, as pessoas querem produzir mais, de maneira rápida, sabendo administrar melhor o seu tempo de modo que não se cansem muito e sejam práticos”.
Segundo Agrela, o objetivo do estudo foi compreender a diferença entre um indivíduo produtivo e aquele com a síndrome de Burnout, a partir da revisão de literatura, realizada por meio de bases de dados.
“Um indivíduo altamente produtivo é aquele que consegue desempenhar diferentes ações em diferentes áreas da vida (física, social, emocional e profissional) com equilíbrio, por isso apresenta alta produtividade, por manutenção de metas e foco em objetivos, principalmente para a sua saúde mental e física”, diz trecho do estudo.
Já o esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica inflamado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de alta ou baixa quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, que são neurotransmissores, desregulando-os.
O professor também concluiu que “a evolução tecnológica do ser humano não foi uma evolução cerebral tornando-se uma sobrecarga ao cérebro, transformando essa sobrecarga em uma síndrome, por exemplo, a de Burnout”.
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TV ANHANGUERA
Pacientes enfrentam longa fila na Santa Casa de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10529492/
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CNN BRASIL
Robô desenvolvido por brasileiros é capaz de desinfectar ambientes hospitalares
Desde que o coronavírus se instalou no mundo e causou uma pandemia que já dura mais de dois anos, as preocupações com agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos) mais do que dobrou.
Seja com álcool em gel na bolsa, limpeza das compras que chegam, ou mesmo desinfecção redobrada em ambiente hospitalar - local que costuma ocorrer um grande número de infecções.
De acordo com a Ministério , as infecções hospitalares são um problema multifatorial que exige uma série de ações que devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1.997.
As instituições adotam ações de prevenção e controle, como higienização das mãos, elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies.
Mas, nem sempre esses cuidados são suficientes. Estima-se que no Brasil, a taxa de infecção hospitalar aconteça em 14% das internações, segundo a .
Por esse motivo, pesquisadores do Grupo Phi Robotics Research Lab, sediado no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desenvolveram um robô inteligente, capaz de descontaminar ambientes infectados utilizando luz ultravioleta e névoa ozonizada.
"A tarefa realizada pelo nosso grupo consiste em dotar os robôs de autonomia para que consigam se deslocar com eficiência a fim de emitir adequadamente luz ultravioleta em todo o ambiente para descontaminá-lo. Para isso, mantemos um controle da área desinfectada, com um mapa que mostra o que foi descontaminado e o que não foi", revela Edson Prestes, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e pesquisador da UFRGS.
DispositivoA "Jaci", como foi batizado o robô, achega a medir 1,80 metro de altura e funciona por bateria. O dispositivo faz uma varredura no local em que foi instalado, e com ajuda da luz ultravioleta previne e reduz os agentes infecciosos - como o coronavírus.
Num segundo momento, a névoa ozonizada, "é utilizada para desinfectar regiões que a luz não alcançou ou ficou menos tempo que o desejado", como explicou a coordenadora do projeto, Mariana Kolberg.
"O usuário escolhe quais serão os microrganismos a serem inativados e o robô desinfecta o local", disse Kolerg.
A Jaci foi desenvolvida para 'limpar' tanto superfícies sólidas quanto exterminar os agentes do ar.
https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/04/Jaci.mp4A tecnologia já está disponível em quatro hospitais: Unimed, Hospital Concenção (público), Hospital São Lucas, em Porto Alegre (atende SUS), Premiere e em breve no Instituto do Coração (Incor).
Segundo Prestes, "muitas vidas poderiam ter sido salvas com essa tecnologia nos hospitais durante os momentos mais agudos da pandemia".
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GAZETA DIGITAL
Ministro da Saúde defende projeto que regulamenta telemedicina no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu nesta quinta-feira (28) o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que regulamenta a telemedicina, que é o atendimento médico a distância. Segundo ele, a modalidade é "uma forma de ampliar o acesso dos brasileiros à assistência à saúde de qualidade". As declarações foram dadas em visita à Record TV, em São Paulo.
O sistema, que permite ao médico atender virtualmente o paciente em qualquer hora, data e local, existe desde 2002, mas ganhou destaque durante a pandemia da Covid-19. Foram 300 parlamentares a favor e 83 contrários. O projeto segue agora para análise do Senado.
Pelo texto aprovado, a modalidade, que antes era restrita apenas aos médicos, poderá ser ampliada aos outros profissionais da área da saúde. Se a proposta for sancionada, eles poderão atender pacientes a distância em qualquer região do país. Para trabalhar com telessaúde, não será preciso ter registro no conselho profissional de cada unidade da federação, bastará o do local de residência.
Na semana passada, o Ministério da Saúde assinou a portaria que estabelece o fim da emergência em saúde pública de importância nacional, que estava em vigor desde fevereiro de 2020. Uma das normas suspensas com a medida foi a telemedicina. Para o ministro da Saúde, a aprovação do projeto é importante para que todos tenham acesso a saúde pública, em qualquer local do país. "Onde há Brasil, há SUS", disse Queiroga.
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CORREIO BRAZILIENSE
Lipo: Retirada de gordura além do recomendado causa da morte de mulher
A Polícia Civil detalhou, nesta quinta-feira (28/4), a investigação sobre a morte de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39 anos, após fazer uma abdominoplastia e lipoaspiração no Instituto Mineiro de Obesidade, no Bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em dezembro de 2021.
Conforme a investigação, o cirurgião plástico Lucas Mendes, indiciado por homicídio culposo pela morte da paciente, errou ao retirar durante a lipoaspiração uma quantidade de gordura acima do recomendado pelo Conselho Federal de Medicina. Em função disso, a paciente teve uma anemia aguda que levou a óbito a paciente.
"Após a realização da exumação do corpo, a prova técnica apontou, através do médico legista, que houve uma retirada de volume de gordura em desacordo com o balizamento do Conselho Federal de Medicina. Nas palavras do médico legista após o acesso à documentação médica da vítima, ele afirma em seu laudo que houve a lipoaspiração de 9.320 mililitros de gordura das áreas do abdômen, flancos, dorso, lombar, face interna da coxa, axila e tórax, o que por si só gera um pouco de estranheza por serem muitas áreas", disse a delegada Lígia Mantovani, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro de Belo Horizonte.
"Normalmente, isso não ocorre em procedimentos estéticos desta natureza. Esse é ponto chave da perícia pois corresponde a 10,02% do peso corpóreo da paciente. Conforme a resolução do Conselho Federal de Medicina para este tipo de procedimento infiltrativo há um limite de 7%", completou.
O inquérito foi concluído, após quatro meses de investigação. Ao todo, 18 pessoas foram ouvidas pela polícia. Também foram periciadas as imagens das câmeras da clínica onde a cirurgia plástica aconteceu.
"Conclui-se que houve um homicídio culposo por parte do médico, em razão da imperícia, e com inobservância de uma regra de técnica da profissão médica", ressaltou a delegada Lígia Mantovani.
O cirurgião plástico Lucas Mendes ainda não se manifestou sobre a conclusão das investigações, mas na época do ocorrido ele se manifestou por meio de nota.
"Perder uma paciente dessa forma foi e está sendo muito difícil para mim. Nenhum médico acorda de manhã para trabalhar com o objetivo de causar mal ao seu paciente. Algumas informações sobre o ocorrido e a paciente não tenho o direito de mencionar na mídia, pois tenho que respeitar o sigilo da relação médico-paciente. Quando os familiares estiverem se sentindo um pouco melhor, se for o desejo deles, estarei a disposição para conversar".
Relembre o caso
Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira estava acompanhada da irmã e fez a cirurgia na manhã de uma segunda-feira (6/12). A operação começou às 8h30 e terminou às 13h. Em seguida, a mulher foi encaminhada para o quarto e começou a se queixar de dores e falta e ar.
Ela chegou a ser medicada algumas vezes. A irmã acionou o botão de emergência do quarto e saiu para chamar socorro, mas, quando voltou, a mulher já estava desacordada. A equipe tentou fazer massagens para reanimá-la, e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Lidiane foi encaminhada ao Hospital Vera Cruz, deu entrada às 20h25 e morreu às 1h20, de embolia pulmonar.
Na época, o médico responsável pela cirurgia afirmou não ser funcionário da clínica e só utilizar o espaço. Segundo o Boletim de Ocorrência, ele disse que a operação transcorreu bem, começando às 8h30 e terminando 13h. A mulher foi levada para o quarto e ficou sob os cuidados da clínica, que possui médicos, enfermeiros e suporte básico, mas sem CTI.
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A REDAÇÃO
Rede pública de Goiânia completa 10 dias sem internação de morador por covid
Divino Rufino
Goiânia - A capital goiana completa, nesta sexta-feira (29/4), dez dias sem nenhuma internação de morador por covid-19 na rede pública municipal. A informação é do técnico da Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Sérgio Nakamura, em entrevista ao jornal A Redação.
Segundo ele, em todo o mês de abril foram registradas 14 internações por covid-19 via Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal, sendo que seis dos pacientes vieram de outros municípios. Nakamura afirma que o período de dez dias sem internação de morador da capital é inédito.
“Já tivemos alguns dias sem internação de morador por covid, mas é a primeira vez que alcançamos a marca de dez dias”, explicou o técnico da SMS, atribuindo o fato ao avanço da vacinação na capital.
Dados do Vacinômetro, disponível no site da Prefeitura de Goiânia, apontam que até o dia 20 de abril 84,7% da população vacinável acima de 5 anos havia recebido a primeira dose contra a covid, e 78,1% recebeu segunda dose ou dose única.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 28/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Pfizer
Planos de saúde têm prejuízo operacional de quase R$ 1 bi
Grupo faz protesto contra aprovação do rol taxativo da ANS
Goiânia quer prevenir automutilação entre jovens após aumento de casos
Falsa enfermeira suspeita de aplicar metracril em mulher que morreu após o procedimento estético é presa
Medicamentos mais caros, e agora?
Funcionários denunciam encontrar larvas e insetos em refeições de hospital no Distrito Federal
Como age o remédio para Covid que pode ir para o SUS
Saúde e educação têm graves deficiências nos municípios do Brasil
China confirma infecção em criança
Covid-19: alta probabilidade de surgirem novas variantes mais perigosas nos próximos meses
Covid: Nenhuma criança ou adolescente morreu por conta da vacina, diz Saúde
ANS disponibiliza a atualização dos painéis com os dados econômico-financeiros
PODER 360
Anvisa amplia prazo de validade da vacina da Pfizer
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na 4ª feira (27.abr.2022) a ampliação do prazo de validade da vacina contra a covid-19 da Pfizer.
A partir de agora, tanto as versões adulto quanto pediátrica já distribuídas pelo Ministério da Saúde passam a ter validade de 12 meses, independentemente do prazo impresso na embalagem.publicidade
De acordo com a Anvisa, a aprovação permite que a farmacêutica continue a importar lotes do imunizante que estejam com período de validade inferior a 12 meses. "Essa aprovação visa a agilidade na oferta de vacinas à população brasileira", explicou a agência sanitária em nota.
A decisão foi tomada por unanimidade pela diretoria colegiada. Tem como base a aprovação da petição de ampliação de prazo de validade já aprovada pela Gerência de Produtos Biológicos da agência e pareceres emitidos pelas áreas de registro e inspeção sanitária.
Desde abril de 2021, o imunizante anticovid da Pfizer é administrado no Brasil. A vacina de RNA mensageiro aplicada em duas doses é a mais usada no Brasil. Está disponível para crianças a partir de 5 anos.
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VALOR ONLINE
Planos de saúde têm prejuízo operacional de quase R$ 1 bi
O desempenho refletiu o aumento das despesas médicas, devido à segunda onda de covid-19 e à retomada de procedimentos adiados no primeiro ano da pandemia O mercado de planos de saúde encerrou o ano passado com um prejuízo operacional de R$ 919,7 milhões, o que representa uma queda relevante em relação ao desempenho de 2020, quando o setor apurou um resultado positivo de R$ 18,7 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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JORNAL OPÇÃO
Grupo faz protesto contra aprovação do rol taxativo da ANS
Por Ysabella Portela
Mudança de no rol de caráter exemplificativo para taxativo possibilitará que planos de saúde deixem de cobrir terapias e outros atendimentos
Nesta quarta-feira, 27, um grupo contrário a aprovação do rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) com caráter taxativo se reuniu na capital federal, Brasília, para protestar. Caso aprovado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), os planos de saúde terão brecha para não cobrir tratamento de algumas doenças da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a maioria dos tribunais de justiça brasileiros entendem que o rol da ANS é exemplificativo, significando o “piso” de cobertura obrigatória.
Segundo a Lei nº 9.961/2000, que determina as funções da ANS, afirma que é atribuição da agência “elaborar o rol de procedimentos e eventos em saúde, que constituirão referência básica” ou seja, os procedimentos e eventos em saúde existentes nessa lista não podem ser negados pelos planos de saúde, sob pena de terem a comercialização de planos suspensa ou serem multados. Dessa forma, o contratante do plano de saúde, caso precise, possui cobertura obrigatória sem precisar arcar com custos adicionais. Na cobertura exemplificativa, os planos de saúde não ficam limitados para cobrir apenas o que está na lista da ANS. Já na cobertura taxativa, os procedimentos que estão fora da ANS não precisarão ser cobertos pelos planos. Ou seja, se não está no rol, não tem cobertura.
Um dos integrantes do movimento, o pré-candidato a deputado estadual, Átila Marques (Republicanos), disse ao Jornal Opção que a manifestação ocorreu hoje como uma forma de pressionar o STJ para a não aprovação da matéria. Segundo ele, os protestos de forma antecipada ocorrerão até o dia da votação. “Nosso intuito é mostrar para os ministros que o povo está acordado. É um assunto complexo no qual boa parte da população não entende o que está acontecendo e, ao apagar das luzes, eles podem aprovar algo que beneficia apenas as grandes empresas milionárias que fazem a gestão de planos de saúde particulares. Caso seja aprovado, isso destruirá a vida de famílias que dependem de tratamentos médicos complexos, principalmente àquelas que possuem crianças autistas, que precisam de um número maior de sessão terapêutica”, pontua.
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Goiânia quer prevenir automutilação entre jovens após aumento de casos
Por Nielton Soares dos Santos
Focada na saúde mental de adolescentes, Goiânia deve investir em políticas de prevenção de automutilação entre jovens. Os incidentes de casos dessa natureza têm aumentado nos últimos anos e preocupam pais e autoridades. Os registros mais recentes ocorreram em uma escola de São Paulo, cujos alunos se feriram com lâminas de apontador de lápis. No Recife (PE), estudantes precisaram de atendimento, depois de uma crise coletiva de ansiedade, antes da aplicação de uma prova.
Para remediar casos na Capital, tramita na Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) para instituir a Política Municipal de Prevenção da Automutilação em Jovens de Goiânia. “Não temos respostas prontas, mas temos de enfrentar esse debate, chamar a nossa responsabilidade e encontrar ajuda dos especialistas, porque não podemos continuar perdendo nossos jovens”, salientou a vereadora Sabrina Garcez (Republicanos), propositora da matéria.
Conforme estudo feito no ano passado, apenas no estado de São Paulo 69% dos estudantes avaliados relataram sintomas de depressão e ansiedade. Nesse contexto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos, o que pode encaminhar ao suicídio – terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Falsa enfermeira suspeita de aplicar metracril em mulher que morreu após o procedimento estético é presa
A filha dela também é alvo de mandados de busca e apreensão
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira, 27, Mariana Ramos de Jesus, de 41 anos que fazia procedimentos estéticos e se apresentava como enfermeira, mas não tinha licença do Conselho Regional de Enfermagem. Conforme a polícia, ela é responsável pela morte de uma jovem de 26 anos, que teve complicações depois da aplicação de metracril.
“A vítima contratou os serviços de uma falsa enfermeira para inserir metacril no organismo para aumentar o volume das nádegas. Após a inserção desse material, a mesma veio a ter várias complicações e evoluiu para óbito”, afirma o delegado Marcos Santana.
Conforme o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a vítima morreu por trombo embolia pulmonar, septicemia e síndrome inflamatória sistêmica causadas pela aplicação do metacril. Mariana vai responder por exercício ilegal da medicina.
A filha dela também é alvo de mandados de busca e apreensão. Elas atuavam juntas numa clínica clandestina, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
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Medicamentos mais caros, e agora?
Professor da Estácio orienta sobre aumento dos medicamentos neste ano
Nos últimos meses o brasileiro sofreu bastante com o aumento da cesta básica. Os alimentos ficaram mais caros, o combustível, o gás de cozinha, o vestuário e agora é a vez dos medicamentos. A inflação acumulada em 2021 chegou à casa dos dois dígitos, influenciando diretamente na alta do preço dos produtos.
Há pelo menos uma década o brasileiro não era aterrorizado com uma alta expressiva do preço dos medicamentos. No Brasil, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) é o órgão interministerial responsável pela regulação econômica deste produto. A CMED estabelece limites para preços de medicamentos, adota regras que estimulam a concorrência no setor, monitora a comercialização e aplica penalidades quando suas regras são descumpridas.
Segundo o professor de Farmácia da Estácio e mestre em Ciências Biológicas, Álvaro Paulo Souza, é possível fazer uma retrospectiva desse aumento nos últimos 5 anos, em 2017 o reajuste foi de 1,36% a 4,76%, 2018 de 2,84%, 2019 de 4,33%, 2020 de 5,21% e 2021 variou de 6,79% até 10,08%, sendo que um dos principais indicadores levados em consideração pela CMED é a inflação acumulada do ano anterior.
“No dia 1º de abril a CMED anunciou o percentual de reajuste para o ano de 2022, que assustou muita gente. Esse ano acompanhando a inflação acumulada de 2021 que foi de 10,06% os medicamentos estão sendo reajustados em até 10,89% que foi o limite autorizado pela pasta. Vale ressaltar que é facultativo os laboratórios fazerem o reajuste”, reafirma o professor.
Mas na prática, Álvaro comenta que de fato os laboratórios têm aumentado seus preços e as distribuidoras estão repassando esse reajuste para as farmácias que por sua vez repassa aos consumidores. “Antes do aumento anunciado pela CMED já tinha distribuidora de medicamentos informando para seus clientes que o reajuste seria linear na casa dos 12%”, revela.
Sempre no mês de abril existe um reajuste, revela o farmacêutico, tanto para o estabelecimento de saúde quanto para o cliente/paciente. “Eles já estavam acostumados com os preços, principalmente daqueles medicamentos que fazem uso contínuo, e esse reajuste impacta diretamente no orçamento familiar. Dessa forma, é importante deixar claro que o reajuste é só repassado pela drogaria e foi autorizado pelo governo a partir de sua Câmara Técnica que é a CMED”, explica.
Além disso, Álvaro reforça que todos estabelecimentos de saúde obrigatoriamente devem ter o farmacêutico em tempo integral. “O farmacêutico, nesse cenário, desempenha papel fundamental nas orientações e intercambialidade de medicamentos que pode incidir uma economia em média de 40%, dependendo do medicamento que foi prescrito”, adverte.
“Vale lembrar também que a intercambialidade deve ser feita seguindo as legislações vigentes e sob consentimento do paciente. O farmacêutico deve informar que o medicamento possui o mesmo princípio ativo, mesma dosagem e forma farmacêutica que o prescrito, garantindo que os resultados do tratamento serão os mesmos”, completa o professor da Estácio.
Álvaro ressalta que só o farmacêutico pode sugerir a intercambialidade para o paciente. “Portanto, a população tem um forte aliado para economizar nos preços dos medicamentos mantendo o tratamento farmacológico proposto frente a esse novo aumento publicado pelo CMED”, finaliza.
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O HOJE
Funcionários denunciam encontrar larvas e insetos em refeições de hospital no Distrito Federal
Por: Ícaro Gonçalves
Funcionários de um hospital público do Distrito Federal denunciaram no começo desta semana terem encontrado larvas, insetos e até mesmo pelos nas refeições oferecidas pela instituição de saúde. Segundo os servidores do hospital, os flagrantes do tipo são recorrentes, mas começaram a aumentar no último mês.
Conforme informações do portal Metrópoles, na segunda-feira (25/4), um profissional da saúde foi surpreendido por larvas ao receber sua refeição. Há duas semanas, outros profissionais da saúde registraram uma larva dentro de um pão e um pelo em uma sobremesa servida na mesma instituição.
Ao saber dos casos recorrentes, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF) divulgou nota de repúdio e denunciou a situação à Vigilância Sanitária do DF.
“Vamos cobrar a solução desse problema. Não é justo que os colaboradores passem por isso”, afirmou Josy Jacob, diretora do Sindate.
A cozinha do hospital distribui alimentos para os colaboradores, mas também para os pacientes internados, o que segundo os denunciantes tem colocado em risco todos do local.
Em nota enviada à imprensa, o órgão responsável pelo hospital afirmou que os alimentos distribuídos no hospital são produzidos por empresa terceizada, mas que vai apurar as denúncias e também fará uma pesquisa de satisfação.
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O GLOBO
Como age o remédio para Covid que pode ir para o SUS
Consulta técnica para inclusão do Paxlovid na rede, que já tem o aval da Anvisa, acabou ontem; Conitec deu parecer favorável
BERNARDO YONESHIGUE
Terminou ontem uma consulta pública sobre a inclusão do Paxlovid no Sistema Único de Saúde (SUS). O antiviral da Pfizer é um dos primeiros remédios desenvolvidos especificamente para combater a Covid-19. Recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento de casos leves ou moderados em grupos de risco, o medicamento reduziu em cerca de 89% as hospitalizações nos estudos clínicos.
O Paxlovid teve seu uso emergencial autorizado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de março, quando a diretora da agência Meiruze Freitas afirmou que "o mundo aguarda com esperança e urgência por terapias efetivas, de fácil acesso e que permitam o amplo tratamento da Covid-19". No início deste mês também recebeu um parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Agora, uma consulta pública recebeu evidências e contribuições da sociedade civil sobre a inclusão do novo tratamento na rede pública. Países como os EUA, Canadá, China, Austrália, Japão, Reino Unido e México, além União Europeia, também deram sinal verde para ele.
DOIS COMPRIMIDOS
Destinado a pessoas com risco aumentado de progressão para a Covid-19 grave - como idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades - , o Paxlovid é uma combinação de dois comprimidos que são embalados e administrados de forma conjunta: o nirmatrelvir e o ritonavir. O primeiro, produzido especialmente para o Sars-CoV-2 em tempo recorde, atua inibindo a parte do vírus responsável pela sua replicação dentro do organismo humano.
- O nirmatrelvir age bloqueando a protease tipo 3C do Sars-CoV-2, uma enzima usada pelo vírus no seu ciclo de replicação, evitando assim a progressão da infecção da Covid-19 no corpo humano - explica o infectologista José Valdez Madruga, líder de estudos clínicos do CRTDST/AIDS, em São Paulo, um dos centros de estudos do antiviral no Brasil.
Ainda segundo ele, o nirmatrelvir é administrado junto ao ritonavir - outro medicamento usado para inibir o sistema de metabolização de remédios no fígado e fazer com que o novo antiviral permaneça mais tempo no organismo e tenha uma atuação mais forte. O ritonavir já é utilizado no combate a outros vírus, como o HIV, pelo seu efeito potencializador dos tratamentos.
As pesquisas com o Paxlovid começaram no mundo em março de 2021 espalhadas por países como EUA, Brasil, Hungria, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Polônia, Porto Rico, Tailândia e Turquia. Os primeiros resultados, publicados na revista científica The New England Journal of Medicine no último dia 14, mostraram uma eficácia do tratamento de 89% para reduzir hospitalizações por Covid-19 em adultos de grupos de risco que não haviam sido vacinados ou previamente infectados pela doença.
Segundo a Anvisa, a indicação é que o tratamento comece o quanto antes após um diagnóstico positivo para a Covid-19, no prazo máximo de cinco dias após o início dos sintomas. A administração do remédio, que depende de prescrição médica, dura também um período de cinco dias.
Para Valdez Madruga, a incorporação do medicamento ao SUS é importante e pode ajudar a reduzir ainda mais os quadros graves de Covid-19 no país.
Segundo a Pfizer, testes laboratoriais conduzidos em janeiro mostraram que o antiviral continuou eficaz em combater a replicação do vírus em sua mutação mais recente, a Omicron.
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CORREIO BRAZILIENSE
Saúde e educação têm graves deficiências nos municípios do Brasil
Na área de saúde pública, segundo a CNM, nenhuma imunização do calendário nacional atingiu cobertura de 80% postado em 28/04/2022 06:00
Reunidos em Brasília, representantes da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgaram estudos que mostram as dificuldades entranhadas Brasil afora. Dois levantamentos indicaram deficiências graves na área da saúde e da educação.
Nos últimos cinco anos, o Brasil, que era referência mundial em cobertura vacinal para todas as idades, está em declínio na aplicação dos imunizantes. Estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que, entre 2017 e 2021, a meta de imunização nacional, fixada pelo Ministério da Saúde, ficou abaixo dos 70%.
Segundo a CNM, nenhuma imunização do calendário nacional atingiu cobertura de 80%. As regiões Norte e Nordeste são as mais castigadas. "A vacina de Influenza/gripe foi a única que esteve acima dos 70% de cobertura em todas as regiões, mas a meta é de 90%. A imunização contra tuberculose (BCG), deveria ser de 95% e está em torno de 64%", diz o texto.
Para crianças de até quatro anos, a meta é de 95% e está abaixo de 50%. Outra preocupação é a aplicação da primeira dose da Tríplice Viral, que deveria estar no patamar de 95%, está em 55,13%. A segunda dose, que deveria ter o mesmo percentual, não chega a 48%.
"Após aumento da cobertura (vacinal no SUS), de 2017 para 2018, a procura pelas vacinas obrigatórias entrou em declínio em todas as regiões, e registrou os menores valores da década, deixando o país suscetível a doenças já erradicadas e novos surtos de febre amarela, poliomielite, sarampo, caxumba e até rubéola", alerta o documento da CNM. "Isso representa um retrocesso na política sanitária nacional, ao colocar o Brasil em um cenário similar ao da década de 1980, e indica, ainda, que a pandemia de covid-19 distanciou a população dos postos de saúde", acrescenta o estudo.
Em outro levantamento, a CNM identificou que há quase sete mil obras paradas no Brasil. Entre escolas, casas populares, postos de saúde, os valores totais estipulados para todas as fases das construções chegam a R$ 9,32 bilhões.
"No caso dos municípios, a conclusão de obras públicas pode representar novas escolas, unidades de saúde, pavimentação de estradas, canalização de esgoto e iluminação pública, podendo elevar substancialmente a provisão de serviços públicos e o bem-estar social dos seus habitantes", diz o documento da CNM. A entidade analisou cinco ferramentas do governo onde as obras estão registradas.
Dados obtidos pela Plataforma Brasil, apontam que a maior parte dos empreendimentos não iniciados ou não movimentados, se encontra na Região Nordeste (55%). Segundo o levantamento, ao contabilizar valores de contrato e quantidade de obras, aproximadamente 78% do total estão em municípios com até 50 mil habitantes.
A construção e a restauração de unidades escolares da rede pública de ensino municipal são as vencedoras no quesito obra parada. Segundo o documento da CNM, 2.668 empreendimentos ficaram sem andamento entre 2012 e 2021.
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China confirma infecção em criança
A China confirmou o primeiro caso humano conhecido da gripe aviária H3N8, mas as autoridades afirmaram que o risco de transmissão entre pessoas é baixo. A cepa H3N8 está em circulação desde 2002, depois de ser detectada em aves aquáticas norte-americanas. Já infectou cavalos, cães e focas, mas não havia sido detectada em seres humanos.
A Comissão Nacional da Saúde (CNS) da China informou que um menino de 4 anos que mora na província central de Henan testou positivo para cepa, depois de ser hospitalizado com febre e outros sintomas. A família do paciente cria galinhas em casa e mora em uma área com a presença de patos silvestres, afirmou a CNS, em um comunicado. A criança foi infectada diretamente pelas aves, mas não há indícios de que a variante tenha capacidade de contaminar humanos, segundo a comissão. Os exames nos contatos próximos ao paciente não detectaram "anomalias", acrescentaram as autoridades.
Raridade
A CNS afirmou que o caso do menino foi uma "transmissão única entre espécies, e o risco de transmissão em larga escala é pequeno". Mas advertiu os cidadãos que permaneçam longe de aves mortas ou doentes e procurem tratamento imediato em casos de febre ou sintomas respiratórios.
A gripe aviária ocorre em particular em aves selvagens e domésticas, mas os casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. As cepas H5N1 e H7N9 detectadas em 1979 e 2013 foram responsáveis pela maioria dos casos de doenças em pessoas, de acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Em 2012, a cepa H3N8 foi considerada responsável pelas mortes de mais de 160 focas na costa nordeste dos Estados Unidos, depois de provocar pneumonia nos animais.
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MEDICINA S/A
Covid-19: alta probabilidade de surgirem novas variantes mais perigosas nos próximos meses
Por mais que o momento seja de relaxamento das medidas de prevenção à Covid-19 em todo o mundo, especialistas preveem que novas variantes do coronavírus podem estar por vir nos próximos meses, driblando a capacidade do sistema imune de contê-las. Esta é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em parceria com o Instituto de Química (IQ-USP) e o Hospital Sírio Libanês.
Publicado na revista Viruses no dia 16 de abril, o estudo traz uma revisão de mais de 150 artigos sobre o SARS-CoV-2. Foram analisados diversos aspectos do vírus, como seu potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. A principal conclusão a que chegamos é que não devemos deixar o vírus circular, porque não sabemos como serão as variantes nos próximos meses, afirma Cristiane Guzzo, professora do Departamento de Microbiologia do ICB-USP e pesquisadora principal do artigo.
Segundo ela, é um erro acreditar que a pandemia está sob controle e que não se trata mais de uma emergência sanitária, como anunciou o Ministério da Saúde no último dia 18. Estamos em uma situação confortável para os próximos meses quando a imunidade criada pelas doses de reforço das vacinas e pelo alto índice de contaminação da Ômicron permanecerá alta. Mas depois a tendência é que as pessoas comecem a se infectar novamente e aí ficaremos sujeitos ao surgimento de variantes ainda mais contagiosas e fortes do que as que conhecemos, o que diminui a eficácia das vacinas. Como não temos como prever como será a evolução da pandemia e como as novas variantes vão se comportar, todo o cuidado ainda precisa ser feito pela sociedade de forma a evitar a circulação do vírus, destaca.
Mais perigoso No estudo, foi observado que o coronavírus é ainda mais mutável do que se imaginava. Isso porque a proteína Spike, parte superficial do vírus que faz contato com as células humanas, segue evoluindo. Identificamos em primeira mão que 9,5% das mutações produzidas pelas variantes estão localizadas na região N Terminal (NTD) da proteína. Isso mostra que estas mutações não estão diretamente associadas à interação ao receptor humano ACE2, mas afeta principalmente a capacidade dos anticorpos humanos reconhecerem o vírus, afirma Guzzo.
Os pesquisadores também constataram um número expressivo de mutações (7,7%) localizadas na região RDB, região que promove a interação com a ACE2. O que faz com que o contato entre vírus e célula humana seja maior e assim as contaminações aumentem. A hipótese encontrada é de que a maioria das vacinas tem como princípio o estímulo da produção de anticorpos que inibam a interação entre a proteína Spike ao ACE2, de forma a diminuir a infecção viral. E uma das formas que o vírus encontrou para burlar essa inibição é modificar a região de interação do vírus com a célula humana, enfatiza. O vírus vem evoluindo com o objetivo de se manter vivo e para isso ele está se modificando principalmente para burlar a ação dos anticorpos e conseguir infectar o ser humano, complementa.
Foram identificados seis mecanismos que a proteína Spike adquiriu de forma a aumentar a eficiência de transmissão do SARS-CoV-2. Um deles é o aumento da afinidade do Spike ao ACE2. Um outro é o aumento significativo da quantidade de proteínas Spike na superfície de cada partícula viral.
No artigo, os pesquisadores destacam que outras proteínas do vírus também estão se modificando. Isso ocasiona, por exemplo, o aumento da taxa com que o vírus consegue se multiplicar nas células humanas. Por esses e outros fatores, o vírus vai aprendendo a driblar a ação dos anticorpos e se adaptar ao ser humano, acrescenta.
O conjunto de mutações sendo observadas na proteína Spike pode sugerir que o SARS-CoV-2 possa evoluir para infectar outras células, além das células pulmonares. O grande medo seria a infecção, por exemplo, de células neurológicas, afirma Guzzo.
Aumento da transmissão Além disso, foi observado que o período em que as pessoas começam a transmitir o vírus tem se iniciado cada vez mais cedo conforme as variantes surgem. Antes ainda do início dos sintomas.
Vimos que 74% das transmissões pela variante Delta foram feitas por assintomáticos. Na variante original, as pessoas começavam a transmitir o vírus um dia antes do início dos sintomas. Já na Delta, isso passou a acontecer com dois dias de antecedência. São detalhes que mostram que o vírus está evoluindo na sua capacidade de se esconder em nosso organismo. O que também pode estar relacionado com o aumento na gravidade dos casos e na taxa de transmissão, detalha.
Isso explica por que cada pessoa contaminada com a variante original transmitia o vírus, em média, para duas pessoas. Já na Delta esse número aumentou para cinco e, na ômicron, a taxa varia entre sete e dez contaminações. Portanto, vale lembrar que as vacinas que temos hoje impedem a mortalidade e os casos graves da doença, mas não conseguem impedir que o vírus circule, complementa.
Nosso estudo vai ao encontro daquilo que apontou a Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente, que o coronavírus ainda segue com o status de emergência à saúde pública por conta de sua evolução imprevisível, afirma Guzzo. Precisamos tomar as doses de reforço da vacina, evitar aglomerações, manter a utilização das máscaras, a higienização das mãos e manter os ambientes ventilados, enfatiza. Assim evitamos uma nova onda, postergando o surgimento de novas variantes de preocupação até que possamos descobrir medicamentos eficazes contra a Covid-19 e imunizantes, que possam bloquear a infecção e a transmissão viral, além de ativarem a produção de anticorpos que permaneçam por um período mais longo de tempo no corpo humano.
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PORTAL UOL
Covid: Nenhuma criança ou adolescente morreu por conta da vacina, diz Saúde
Passados dez meses do início da vacinação contra a covid-19 da faixa etária abaixo de 18 anos no Brasil, nenhuma criança ou adolescente morreu em decorrência de efeito adverso da vacina. O dado consta em boletim epidemiológico especial do Ministério da Saúde, que investigou 38 óbitos notificados por estados e municípios e descartou que eles tenham sido provocados pela vacina.A vacinação de adolescentes foi aprovada no dia 11 de junho de 2021 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que liberou a vacina da Pfizer para a faixa etária de 12 a 17 anos. A vacina para crianças entre 5 e 11 anos foi liberada apenas em dezembro do ano passado. Relacionadas Minas investiga raiva humana em criança de 11 anos; 4º caso no estado Anvisa pede 15 dias para alteração de atos normativos relacionados à covid Queiroga oficializa fim da emergência por covid: o que pode mudar agora? Segundo o documento, divulgado na terça-feira (26), desde o início da vacinação até o dia 12 de março, o ministério recebeu a notificação de 3.463 casos de eventos adversos na faixa etária abaixo de 18 anos.
Destes, 419 (ou 12,1% do total) foram graves e 38 resultaram em morte, segundo classificação das vigilâncias epidemiológicas municipais e estaduais.A análise dos casos foi feita com base no sistema de informação e-SUS Notifica, onde há um módulo para que vigilâncias epidemiológicas municipais e estaduais comuniquem casos de eventos adversos. Com base nessas informações, todos os casos de óbito são investigados para comprovar ou descartar que a vacina está ligada à causa da morte.Segundo a investigação, a média de idade dos óbitos informados pelas vigilâncias foi de 13 anos e teve a mesma proporção entre os sexos. O intervalo de tempo entre a vacinação e o início do evento adverso é de, em média, 30 dias.Uma das revelações do documento é que alguns dos óbitos notificados nem sequer estavam dentro do intervalo possível entre a aplicação da dose e o óbito. "Quatro eventos ocorreram com mais de 30 dias após a vacinação, evidenciando uma relação temporal inconsistente de acordo com a classificação de evento adverso", aponta.Do total de comunicados de eventos adversos feitos ao ministério, 38 (ou 1,1%) terminaram em morte, sendo 36 casos relacionados à vacina Pfizer e dois, à CoronaVac.Após a investigação dos casos, os 38 óbitos notificados foram avaliados e classificados como:Reações coincidentes ou inconsistentes: 23;Inclassificáveis devido à necessidade de informações: 13;Dados conflitantes em relação à causalidade: 2.Até o momento, não há registro de evento adverso com desfecho óbito na faixa etária de cinco a menores de 18 anos com relação causal com as vacinas utilizadas confirmadaBoletim especial do Ministério da SaúdeEfeitos comprovadosPara especialistas ouvidos pela coluna, o resultado mostra como a vacinação nessa faixa etária é segura e confere grande eficácia."O boletim confirma o perfil de segurança demonstrado nos estudos de fase 3 e que propiciaram o licenciamento da vacina no público de crianças e adolescentes.
Portanto, vacinar continua como a melhor forma de prevenção para esse público, sem dúvidas", afirma a pediatra Melissa Palmieri, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) em São Paulo."A gente já esperava esse resultado [da Pfizer]; e no caso da CoronaVac é uma vacina de vírus inativado, igual a outras usadas há muita décadas e nada reatogênica", avalia Mônica Levi, diretora da SBIm. A dose liberada da vacina Pfizer é de apenas 1/3 da vacina para adultos e adolescentes.A gente quer proteger crianças e adolescente com segurança, e está provado --aqui e no mundo-- que evento adverso é extremamente raro. Esses dados mostram, para quem tinha medo ou receio de levar seu filho, que é hora vacinar! É o momento de vencer a desinformação.Mônica Levi, SBImAo contrário das vacinas, a covid-19 já foi responsável pela morte de 2.933 pessoas entre 10 e 19 anos, segundo dados dos cartórios de registro civil colhidos ontem (27) no portal da transparência da covid.A doença, por sinal, se tornou a principal causa de morte natural para essa faixa etária no país.
Entre adultos, segurança comprovadaNo que se refere à vacinação somando todas as faixas etárias, o acompanhamento dos eventos adversos também continua apontando para uma grande segurança de todos os imunizantes utilizados no Brasil.Até o dia 12 de março, foram 142.401 eventos adversos notificados ao ministério, sendo mais de 90% (130,4 mil) considerados não graves. Houve ainda 26.315 erros de imunização.É considerado evento adverso grave qualquer evento que requeira hospitalização e que tenha ao menos um desses itens:Risco de morte ou exigência de intervenção clínica imediata para evitar o óbito;Disfunção significativa e/ou incapacidade permanente;Anomalia congênita;Óbito.Em termos proporcionais, são idosos os que mais sofrem com efeitos adversos: Segundo as notificações dos departamentos de vigilância, apenas 4,1 doses em cada 100 mil aplicadas apresentam eventos adversos graves.Como tem feito em boletins passados, a pasta compara o risco de ter um evento adverso com o de ser internado com doença grave ou de morrer por covid-19.
Até o dia 2 de abril, lembra o boletim, foram 3.074.283 internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e 660 mil óbitos confirmados pela covid-19 no Brasil.De acordo com o relatório, 1,4% da população brasileira (ou 1.451 a cada 100 mil habitantes) foi internada ou morreu por SRAG entre 2020 e abril de 2022. No mesmo período, a mortalidade por covid-19 foi de 311,7 a cada 100 mil habitantes. Os dados indicam que a chance de ser internado por SRAG é 354 vezes maior do que a de sofrer um evento adverso da vacina. A chance de morrer por covid-19 é 76 vezes maior.
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REVISTA COBERTURA
ANS disponibiliza a atualização dos painéis com os dados econômico-financeiros
As publicações contemplam dados referentes ao ano de 2021
Já está disponível no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a atualização do Prisma Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar, do Painel Contábil da Saúde Suplementar, do Anuário: Aspectos Econômico-Financeiros das Operadoras de Plano de Saúde e do Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar. Os quatro painéis apresentam dados econômico-financeiros do setor em uma ferramenta dinâmica, com interface simples e de fácil compreensão para toda a sociedade.
O Prisma é dividido em três grandes grupos: Dados Consolidados do Setor de Saúde Suplementar, Ativos Garantidores e Provisões Técnicas e Indicadores Econômico-Financeiros (ponderados e não ponderados). Apresenta a evolução dos dados econômico-financeiros do setor de forma consolidada e por modalidade de operadoras de planos de saúde. O Prisma é atualizado com dados trimestrais das operadoras; e apresenta agora os dados relativos ao 4º trimestre de 2021.
No caso do Painel Contábil, o principal objetivo é apresentar, de forma dinâmica, os dados contábeis já divulgados no portal da ANS e no Portal Brasileiro de Dados Abertos, ampliando a transparência das informações enviadas pelas operadoras à Agência. O painel é atualizado com dados trimestrais das operadoras; e apresenta agora os dados relativos ao 4º trimestre de 2021. A novidade nesta edição é a inclusão de uma nova página na qual é possível consultar diferentes indicadores, como sinistralidade e índice combinado, em três bases temporais distintas: por trimestre, por período de 12 meses e acumulado no ano.
Já o Anuário apresenta aspectos econômico-financeiros de cada operadora de plano de saúde, como dados do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados do Exercício, além de diversos indicadores necessários para uma análise mais detalhada das empresas do setor. O Anuário é atualizado anualmente e apresenta agora os dados relativos a 2021.
O Atlas oferece uma visão concorrencial do setor, apresentando indicadores de concentração, número de beneficiários, identificação das operadoras que possuem as maiores fatias de mercado e receitas e despesas assistenciais estimadas para cada um dos 148 mercados relevantes de planos individuais e familiares, coletivos por adesão e coletivos empresariais. O Atlas apresenta também a evolução dos dados anualmente e apresenta agora os dados relativos a 2021.
Além disso, duas novidades estarão disponíveis aos usuários no Atlas:
I. A partir de agora será possível consultar a quantidade de planos (produtos) comercializáveis e de operadoras que os oferecem por mercado relevante. O objetivo é indicar quantos produtos estão efetivamente à disposição do consumidor.
II. Também será possível ter uma visão por operadora. Nela se consulta a importância dos principais mercados relevantes em que cada uma atua para a respectiva carteira.
Confira o Atlas Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar
Os dados que constam nos painéis incluem também as demais competências desde 2018, e são extraídos de Documentos de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS), do Sistema de Cadastro de Operadoras (CADOP), do Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) e das Notas Técnicas de Registro de Produtos (NTRP).
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 27/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospital de Uruaçu passa a realizar cirurgia de reconstrução de face
Santa Casa diz que aumentou vagas para atendimento em cardiologia
Pacientes enfrentam dificuldade para conseguir consultas na Santa Casa de Goiânia
Dois hospitais ficaram sem energia por problemas nas redes elétricas em Goiás
Família de contador que morreu de Covid-19 deve ser indenizada em R$ 500 mil por empresa em que ele trabalhava
Médico atende pacientes à luz de velas por falta de energia em hospital de Niquelândia
Sindsaúde se reúne com titular da SEAD para discussão pautas dos servidores da saúde
HGG retoma o projeto Saúde na Praça com o atendimento gratuito; veja programação
A REDAÇÃO
Hospital de Uruaçu passa a realizar cirurgia de reconstrução de face
O Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), localizado em Uruaçu, começou a oferecer neste mês de abril cirurgia de traumatologia do complexo bucomaxilofacial, segmento odontológico que atende a casos de alta complexidade, ocasionados por acidentes e outras indicações patológicas para reconstrução facial.
A intervenção foi indicada a dois pacientes que sofreram acidentes com traumas e fraturas na região da face. Uma das pessoas foi uma mulher de 35 anos. “Ela sofreu uma queda da própria altura. Devido ao trauma, ficou com dificuldades respiratórias e rinoescoliose, pois o nariz ficou bastante torto. Realizamos a cirurgia e deixamos o nariz da paciente o mais próximo do normal, fizemos tamponamento nasal, que foi removido após 48 horas”, explica o cirurgião-dentista do HCN, Leandro Costa.
Já o outro paciente foi um homem de 60 anos, regulado para o procedimento devido a um acidente motociclístico. Nos dois casos, a recuperação foi rápida e ambos tiveram alta. Nesse sentido, o especialista em cirurgia bucomaxilofacial pontua que o pós-operatório costuma ser tranquilo. “Em poucos dias de acompanhamento, o paciente já consegue ter alta e se alimentar em casa com as devidas orientações”, ressalta Costa.
Equipe capacitada
Vale reforçar que os profissionais odontólogos que realizam a cirurgia bucomaxilofacial possuem uma extensa especialização. O que evidencia o investimento do HCN na formação de equipe multiprofissional e altamente capacitada. Atualmente, fazem parte do quadro do hospital dentistas, enfermeiros, médicos, assistentes sociais, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros colaboradores de áreas diversas.
“Essa é uma especialidade odontológica que exige grande especialização para o profissional já formado em odontologia. São cerca de três anos de aperfeiçoamento a mais em vivência hospitalar. O procedimento abrange a região acima do osso hioide (que fica na parte anterior do pescoço) e abaixo da linha do glabelar (local entre as sobrancelhas)”, destaca Costa.
Fluxo de atendimento
Com a realização do novo procedimento, a população do Centro-Norte Goiano fica ainda mais assistida. “Antes, o paciente que tinha fratura ou trauma na face tinha de ser direcionado para outra unidade em uma cidade distante. Então, essa implementação no complexo melhora toda a logística hospitalar da região, além de ser um grande benefício para a assistência à saúde dos moradores de Uruaçu e cidades do entorno”, reforça o cirurgião-dentista.
A opinião vem ao encontro da direção do hospital: “Sem dúvida, estamos conseguindo atender à estratégia do Estado de inverter o fluxo de atendimento e regionalizar a saúde”, completa Getro de Oliveira Pádua, diretor do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), organização social que administra o HCN.
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TV ANHANGUERA
Santa Casa diz que aumentou vagas para atendimento em cardiologia
Apesar disso, capacidade é limitada para atender a grande demanda
https://globoplay.globo.com/v/10522358/?s=0s
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Pacientes enfrentam dificuldade para conseguir consultas na Santa Casa de Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10521869/
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Transformador de energia pega fogo e Santa Casa precisa ser abastecida por geradores
globoplay.globo.com/v/10519169/
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Dois hospitais ficaram sem energia por problemas nas redes elétricas em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/10521204/
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PORTAL G1
Família de contador que morreu de Covid-19 deve ser indenizada em R$ 500 mil por empresa em que ele trabalhava
Parentes disseram que escritório funcionava presencialmente mesmo com proibição de decreto, o que levou o homem a contrair o coronavírus.
A viúva e o filho de um auxiliar de contabilidade de 42 anos devem ser indenizados em R$ 500 mil pela empresa em que ele trabalhava após o funcionário morrer de Covid-19, em Goiânia. Segundo a família, o escritório estava funcionando mesmo com o decreto que proibia a abertura de atividades não essenciais. Com isso, o homem teria contraído a doença no local e morrido.
Ainda cabe recurso dessa decisão. Por telefone, a defesa da empresa disse que não tinha conhecimento da sentença até as 12h30 desta terça-feira (26) e que buscaria informações sobre o caso. O g1 não recebeu um novo posicionamento até a última atualização dessa reportagem.
A família pediu que o nome do homem não fosse divulgado. Ele testou positivo para a Covid-19 e foi afastado do trabalho no dia 8 de março de 2021. O funcionário morreu no dia 1º de abril.
A Prefeitura de Goiânia publicou um decreto no dia 27 de fevereiro proibindo atividades não essenciais. Escritórios de contabilidade se enquadravam nos estabelecimentos que deveriam se manter fechados.
Porém, funcionários contaram em depoimento à Justiça que trabalhavam normalmente na empresa. Eles eram orientados a manter janelas e cortinas fechadas, não sair do local e até mesmo evitar estacionar próximo para não chamar a atenção da fiscalização.
Nesse período, dez funcionários ficaram doentes no escritório. Apenas no dia 27 de março um novo decreto da prefeitura incluiu escritórios de contabilidade como atividade essencial. Porém, nessa data, o auxiliar contábil já tinha contraído o coronavírus.
Na sentença, a juíza Viviane Silva Borges defende que não é possível afirmar com certeza o local da contaminação do trabalhador, mas que há uma “alta probabilidade de ter ocorrido no ambiente laboral diante dos demais elementos trazidos aos autos”.
Diante disso, a família pediu indenização por danos morais e materiais. Considerando a idade do homem, o tempo de vida que ele teria baseado nas expectativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o salário que ele ganhava na empresa, a Justiça determinou que fosse pago aos familiares o valor R$ 60 mil como reparação moral.
Além disso, foi estabelecida uma pensão mensal de R$ 1.095,44 até a data em que o funcionário faria 76 anos. Considerando que a vítima tinha 42 anos quando morreu, o montante acumulado da pensão ultrapassa R$ 440 mil.
“É um marco para a Justiça goiana e para a Justiça Trabalhista como um todo aplicar nossa legislação a um caso concreto de algo tão recente. O maior desafio é estabelecer o nexo causal, que é ter a relação entre o acidente, no caso a doença, com a atividade profissional”, disse o advogado da família do funcionário, Luis Gustavo Nicoli.
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Médico atende pacientes à luz de velas por falta de energia em hospital de Niquelândia
Profissional disse que gerador da unidade médica funciona apenas para o centro cirúrgico, que são os casos de emergência. Enel disse que vai trocar o transformador da região.
O médico Américo Lúcio Neto atendeu pacientes à luz de velas na noite de segunda-feira (25) por falta de energia no Hospital Santa Marta, o único privado de Niquelândia, no norte de Goiás. A diretora-administrativa da unidade médica, Maria Aparecida Arruda, disse que a energia elétrica acabou às 14h de segunda e não voltou até as 12h desta terça-feira (26).
"Eu fiz plantão a noite à luz de velas. Estamos com gestantes e pacientes internados. Não podemos ficar sem energia.Temos um transformador, mas funciona apenas para o centro cirúrgico", desabafou o médico.
A diretora-administrativa do hospital contou que a concessionária levou um gerador portátil de energia para atender a unidade momentaneamente, mas não resolveu.
"Chegou, mas não resolveu nosso problema porque a energia que está chegando é bem acima da voltagem dos nossos aparelhos. Chega mais de 300 volts, enquanto nossos equipamentos aceitam 220 volts", explicou Maria Arruda.
A distribuidora de energia Enel informou em nota que as esquipes estão trocando o transformador da região nesta terça-feira. A empresa avaliou que é preciso aumentar a capacidade do transformador para reduzir o risco de falhas.
A empresa reforçou ainda que, conforme a legislação, toda unidade de saúde precisa ter disponíveis geradores de energia para operar em casos de emergência.
Segundo a diretora, o hospital continua aberto para atender pacientes, mas não tem como fazer exames de raios-x e eletrocardiograma, por exemplo, pela falta de energia.
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O HOJE
Sindsaúde se reúne com titular da SEAD para discussão pautas dos servidores da saúde
Por: Cecília Sampaio
Na última segunda-feira (25/4), representantes do Sindicato dos trabalhadores do sistema único de saúde de Goiás (Sindsaúde) se reuniu com o titular da Secretaria de Estado da Administração (SEAD), Bruno D’Abadia, para discutir interesses dos servidores de saúde do estado. Eles tentam realinhar a tabela salarial, assegurar o pagamento da progressão salarial e aumentar o teto do vale-alimentação.
A Lei Complementar Federal 191/22 desenvolveu uma contagem de tempo para concessão de direitos relacionados ao tempo de serviço para a Saúde e Segurança. Quando questionado sobre Bruno afirmou que já está sendo acertada a liberação e que a concessão acontecerá até agosto.
Já sobre o vale-alimentação, o sindicato pede o aumento do teto, que no momento equivale a R$ 5508, e buscam alternativas para não perder o benefício.
De acordo com Ricardo Manzi, presidente do sindicato, o secretário já tem conhecimento sobre a tabela dos servidores. Bruno explicou que o processo retornou a Secretaria de Saúde de Goiás para qualificar informações e depois retornará a SAED, mas ainda dependerá do aval da Secretaria de economia.
Ficou acordado que eles terão retorno da secretaria. Além de Rodrigo participaram da reunião a vice-presidente do Sindsaúde de Goiás, Néia Vieira, e a secretária Geral Flaviana Alves.
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HGG retoma o projeto Saúde na Praça com o atendimento gratuito; veja programação
Por: Rodrigo Melo
Após dois anos suspenso devido à pandemia de Covid-19, o projeto Saúde na Praça, promovido pelo Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, retorna nesta terça-feira (26/4) e irá até o fim do ano (veja programação abaixo). A ação será realizada na Praça Abrão Rassi, em frente ao hospital, em alusão ao Dia Mundial de Prevenção à Hipertensão Arterial, celebrado na data.
A iniciativa de promoção da saúde conta com o atendimento de profissionais e serviços gratuitos à população, das 7 às 12 horas. O público terá acesso a aferição de pressão arterial, teste de glicemia e orientações das equipes de enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, cardiologia e clínica médica.
A chefe do serviço de Cardiologia do HGG, Flaviana Carneiro, alerta que a hipertensão arterial é uma doença silenciosa, de grande prevalência no mundo e que, normalmente, não manifesta sintomas. “Raramente a pessoa pode sentir uma dor de cabeça, uma dor no peito, mas como é uma doença silenciosa, a maioria dos hipertensos não percebe os sintomas”, explica.
A médica ressalta que as pessoas com maior predisposição à hipertensão são as obesas, as que fazem uso de medicação contínua e/ou de anti-inflamatórios, as tabagistas, as que levam uma vida sedentária e as que ingerem álcool e sal em excesso. Para evitar a hipertensão, é preciso ter uma vida saudável, com prática de exercícios físicos e alimentação controlada, além de observar o histórico familiar. “Quem tem hipertensos na família tem uma tendência maior de ter hipertensão”, explica Flaviana.
Saúde na Praça
O Saúde na Praça é um projeto do HGG realizado desde 2017, com ações organizadas pela equipe médica da unidade. O objetivo é promover ações de conscientização, prevenções de doenças e orientações para a melhora da qualidade de vida da população. Todos os serviços oferecidos pela “tenda da saúde” do HGG são gratuitos.
Programação
O projeto do HGG tem programação para o ano inteiro, sendo feito em maioria, duas vezes por mês. Cada dia terá um tema específico. No mês de maio já tem a definição dos temas, porém, nos outros ainda está em planejamento. Confira:
Maio:
Dia 5 – Higienização das mãos
Dia 26 – Saúde digestiva
Junho – dias 21 e 27
Julho – dias 15 e 28
Agosto – dias 4 e 5
Setembro – dias 6 e 22
Outubro – dias 6 e 27
Novembro – dias 10 e 17
Dezembro – dia 8
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 26/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pesquisa da USP e do Sírio alerta para mais variantes
Capacitar liderança é prioridade maior que transformação digital em 2022
OCB/GO vai profissionalizar núcleos para apoiar cooperativas do interior
MPGO recomenda ao município de Goiânia a adoção de medidas para regularização do Imas e da assistência aos usuários
Vacina contra Covid nas clínicas particulares
Anvisa aprova novo medicamento à base de cannabis
Governo convoca mais de 2,6 milhões de goianos para tomarem a dose de reforço contra Covid-19
Paciente é executado dentro de hospital
O ESTADO DE S.PAULO
Pesquisa da USP e do Sírio alerta para mais variantes
Pandemia do coronavírus
_ Para cientistas, existe uma alta probabilidade de mutação, que ainda aumenta com a circulação crescente do vírus da covid-19 pelo mundo
EMÍLIO SANT'ANNA
Novas variantes do coronavírus capazes de enganar o sistema imunológico e mais transmissíveis devem surgir nos próximos meses, aponta pesquisa feita por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Sírio-Libanês. Publicado na revista Viruses o estudo alerta que essa é uma alta probabilidade e aumenta com a grande circulação do coronavírus - propiciada pela retomada do contato social - e não é possível afirmar que a letalidade menor apresentada pela Ômicron deve se repetir. E o cenário ainda é preocupante, com cidades enfrentando lockdowns, como Xangai, na China.
A pesquisa revisou mais de 150 artigos científicos. Foram analisados aspectos do vírus, como seu potencial de mutação, a capacidade de controle do sistema imune, a transmissibilidade e a eficácia das vacinas. Quanto maior for a circulação do vírus, maior a probabilidade do surgimento de novas variantes. "Essa é uma questão probabilística. Novas variantes são esperadas, o problema é diminuir as restrições (de contato social) que aumentam a circulação do vírus", diz Cristiane Guzzo, pesquisadora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da USP e uma das autoras do artigo.
Ela explica que, por ora, estamos em uma situação confortável, que deve durar pelos próximos meses, período em que a imunidade criada pelas doses de reforço das vacinas e pelo alto índice de contaminação da variante Ômicron permanecerá alta. Depois disso, novas contaminações devem propiciar o surgimento de variantes ainda mais contagiosas, o que também deverá diminuir a eficácia das vacinas.
Contaminação acentuada
"Decretar que a pandemia acabou e que o vírus foi vencido não é verdade", diz o líder do grupo de pesquisas em Bioinformática do Hospital Sírio Libanês, Pedro Galante, também um dos autores do estudo. "Temos de continuar tomando todos os cuidados e medidas necessárias para evitar a transmissão", ressalta.
"Estamos olhando apenas para os números de casos e mortes (em queda) para dizer se é seguro ou não. Isso não é suficiente", afirma Cristiane.
Nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, retirou a obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinai para frequentadores de bares, restaurantes, teatros e cinemas. Essa era a última restrição de circulação em vigor na capital fluminense e sua suspensão seguiu orientação do Comitê Especial de Enfrentamento da covid-19.
RISCO. Galante afirma que as mutações que podem ocorrer no vírus ajudam a explicar por que a ideia de que o vírus se torna menos letal conforme evolui não é uma regra. No início da pandemia, as transmissões começavam um dia antes dos primeiros sintomas, diz a pesquisa. Com a variante Delta, esse período aumentou para três dias de transmissão assintomática e 74% dos contágios por aquela variante ocorreram nessa janela. "As novas variantes evoluíram de forma a aumentar o período assintomático. Ou seja, as pessoas transmitem sem saber que estão contaminadas. Para o vírus o que importa é passar de uma pessoa para outra. O que vai acontecer com a pessoa depois disso (até a letalidade) 'não importa' para ele", afirma.
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Capacitar liderança é prioridade maior que transformação digital em 2022
O desenvolvimento de líderes tem sido cada vez mais entendido como papel das empresas, principalmente em relação às soft skills. Ter as habilidades comportamentais certas para o mercado de trabalho não é exatamente uma novidade, mas as urgências e as novidades dos últimos dois anos fizeram com que elas precisem ser ainda mais aperfeiçoadas.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Great Place to Work ouviu mais de 2.600 respondentes e apontou que a prioridade número um para este ano, dentro da área de gestão de pessoas, é o desenvolvimento de lideranças. O assunto foi destacado como o mais relevante por 42,6% dos entrevistados.
Em 2021, as prioridades eram comunicação interna, 54%, seguida de mudança do mindset da liderança, 53%, e transformação digital, 42%. Essa última, inclusive, perdeu espaço este ano. Em 2020, o tema era a preocupação de 41% dos entrevistados. Em 2022, apenas 16,5% elegeram o assunto como primordial para o ano.
"Nos dois últimos anos, a mentalidade digital era uma prioridade para as empresas. O primeiro fator foi a pandemia, que acelerou a transformação digital. Neste ano, porém, esse dado não foi expressivo. Deixou de ser um grande desafio apontado pelas empresas", explica Tatiane Tiemi, vice-presidente do Great Place to Work.
Agora, o que as empresas procuram é treinar os seus líderes para que eles consigam não apenas entregar o trabalho técnico e resultados para a organização, mas também cuidar dos funcionários, enquanto estão a par de temas caros ao mercado, como diversidade e inclusão, sustentabilidade e saúde mental, completa ela. "Agora ele precisa ser um superlíder."
Segundo a pesquisa, as capacidades mais importantes do ponto de vista das empresas são: a resolução de problemas complexos, a habilidade de liderar e influenciar e a resiliência.
"Existe hoje uma sobrecarga para os líderes. Então, mais do que nunca, há a priorização das empresas em relação à capacitação, para que eles possam seguir e enfrentar desafios que aparecem nesse ambiente de incerteza. De fato, agora precisam de mais cuidado e investimento", conta Tatiane.
Confira trechos do papo com a vice-presidente do Great Place to Work, Tatiane Tiemi.
Quando a pesquisa diz que a prioridade para 2022 é o desenvolvimento de lideranças, de que tipo se fala? No sentido técnico ou comportamental?
Nos dois sentidos. Os líderes são cobrados tanto pela questão técnica quanto pelo preparo emocional. O que a gente observa é que, com a complexidade dos tempos atuais, novas pautas entraram nesse escopo da liderança, exigindo maior qualificação e desenvolvimento desses líderes.
As soft skills têm entrado com força total. Temas relacionados à diversidade e inclusão e à sustentabilidade, principalmente com o ESG, também. Outro ponto é a atenção para a saúde mental, intensificada pela pandemia, pela forma que tivemos que nos relacionar nesses dois anos e principalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ter passado a considerar o burnout como uma questão ocupacional.
Todas essas mudanças e novas demandas organizacionais certamente impactam na formação desses líderes, que, além de cuidar dos negócios, têm que cuidar das pessoas.
Como esse conceito de desenvolvimento de lideranças se relaciona com a inovação nas empresas?
É um desafio que observamos desde a pesquisa de 2020. Quando perguntamos o maior empecilho para a inovação, a maioria diz que é a mentalidade da liderança. O líder está à frente da empresa, ele é a personificação para a equipe, para o mercado, para os clientes. Se ele não estiver muito bem preparado em relação à transformação digital, à inovação e a todos os temas que permeiam o dia a dia, ele acaba sendo a barreira para que o processo de inovação aconteça.
Quando o líder faz uma gestão adequada das pessoas e do time, ele consegue promover um ambiente de confiança e esse ambiente tem uma relação direta com a inovação. As pessoas quando se sentem amparadas pelo líder, quando entendem que um erro é visto como uma oportunidade de tentar algo diferente, elas tendem a sair da caixinha, a fazer diferente.
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Esse ambiente é fundamental para as equipes terem coragem para a inovação, porque ela passa por tentativa e erro. Quando você trabalha com líder que não reconhece os erros não intencionais e necessários para um processo de inovação, ela não acontece. Mais uma vez, é algo que está na mão do líder.
É papel das empresas o desenvolvimento de líderes?
As empresas precisam intensificar essa capacidade do líder. Não é à toa que a maioria dos respondentes da pesquisa afirmou que essa é a prioridade de trabalho para este ano, porque agora ele precisa ser um superlíder: responder pelos resultados do negócio, cuidar das pessoas, responder a temas como diversidade e inclusão, sustentabilidade e saúde emocional.
Existe hoje uma sobrecarga para eles. Então, mais do que nunca, há a priorização das empresas em relação à capacitação, para que eles possam seguir e enfrentar desafios que aparecem nesse ambiente de incerteza. De fato, agora precisam de mais cuidado e investimento.
Que tipo de capacidade as empresas buscam desenvolver nos líderes?
Observando as cerca de 4 mil empresas que se submeteram aos nossos processos e pesquisas, nós observamos esse desafio de treinar líderes. Elas estão demandando soluções que ajudem os líderes a ser mais humanizados, para conseguir trabalhar com as adversidades. Os temas que elas mais buscam são: dar e receber feedback, como se comunicar de forma mais assertiva, como liderar de forma imparcial e como humanizar as relações com o intuito de construir maior confiança nas equipes.
Com isso em mente, nós desenvolvemos duas soluções com foco na capacitação de líderes. Uma delas é a Youleader, que se consolidou no último ano, e trabalhamos com 500 empresas. A outra é a Lidera, que é voltada para pequenas empresas, porque sabemos que toda empresa precisa desse tipo de treinamento.
Essas duas formações acontecem de forma híbrida e são voltadas a diversos aspectos, principalmente na gestão de pessoas mais humanizada. A demanda por gestão emocional também cresceu bastante. O foco acaba sendo soft skills, gestão de negócios e visão de mundo.
Em "visão de mundo", por exemplo, a gente faz uma atualização em relação a tudo o que está acontecendo no mundo. Fazemos uma curadoria dos acontecimentos e, então, levamos alguém com propriedade no tema para conseguir compartilhar sobre o assunto. Recentemente, levamos um especialista para treinar sobre o impacto da segurança da covid-19, como que o líder pode atuar nesse sentido.
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A REDAÇÃO
OCB/GO vai profissionalizar núcleos para apoiar cooperativas do interior
Goiânia – O Sistema OCB/GO conquistou grande avanço em seu papel institucional de representação, capacitação e apoio às cooperativas goianas, em 2021. Para este ano, prevê novos investimentos, especialmente com o objetivo de fortalecer o cooperativismo em todas as regiões do Estado, por meio de melhor estrutura e da profissionalização dos núcleos regionais implantados no ano passado.
O projeto Sistema OCB/GO Itinerante, que continua em execução, possibilitou a visita a 127 cooperativas goianas até agora. Em 2022, terá forte incremento com a contratação, via processo seletivo do SESCOOP/GO, de analistas de cooperativismo para dar apoio in loco aos coordenadores dos seis núcleos regionais cooperativos do Sistema. A meta é ajudar a promover ações de fortalecimento do cooperativismo em todos os seus ramos.
"Visitamos os cinco núcleos regionais do interior (Norte, Nordeste, Sul, Sudoeste, Noroeste e Entorno do Distrito Federal) em 2021 e 2022. Agora, estamos em visita às cooperativas do Núcleo Central. Esperamos, até o final do ano, ter visitado todas as cooperativas registradas na OCB/GO”, disse o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira.
Os resultados foram destacados na Assembleia Geral Ordinária (AGO), seguida pela Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizadas em formatos presencial e on-line, na manhã de hoje (25/04), na sede da OCB/GO, em Goiânia. Também foram apresentadas a prestação de contas da administração relativa a 2021 e mudanças no estatuto da OCB/GO, integralmente aprovadas.
O estatuto foi atualizado, ampliando a abrangência dos serviços às cooperativas registradas e não filiadas e a implantação da governança dual, com Conselho de Administração e Diretoria Executiva separados em funções estratégicas e operacionais.
Solidez
O ano de 2021 foi próspero para o Sistema OCB/GO, apesar das dificuldades impostas pela pandemia. Conforme a demonstração das Mutações do Patrimônio Social, o resultado apresentou incremento de R$ 1,2 milhão em relação a 2020. E quando se considera os últimos cinco anos, os superávits totais saltaram de R$ 15,7 milhões, em 2016, para R$ 20,8 milhões, em 2021, apresentando crescimento em todos os anos.
Segundo Luís Alberto Pereira, esses números mostram que o Sistema OCB/ GO cresce ano a ano, o que comprova a solidez da instituição. "A demonstração de resultados atesta que a nossa receita subiu cerca de R$ 600 mil, enquanto nossas despesas cresceram cerca de R$ 150 mil. Ou seja, estamos com um controle muito eficiente das nossas despesas, ao passo que a receita subiu significativamente”, compara.
Números
Braço educacional do Sistema OCB/GO, o SESCOOP/GO investiu R$ 10,8 milhões em treinamentos, contabilizando mais de 660 ações de formação profissional e proporcionando a capacitação de 20.182 pessoas. Além disso, realizou 205 ações de promoção social, beneficiando 68.238 pessoas.
O Sistema OCB/GO representa mais de 260 cooperativas, em um universo formado por mais de 300 mil cooperados, responsável por cerca de 13 mil empregos diretos. De 2020 para 2021 foi registrado um aumento de 7,96% no número de postos de trabalho e de 42 mil novos associados, um salto de 16,1%.
Atividades
O Relatório de Atividades 2021 do Sistema OCB/GO também foi apresentado. Foram várias as ações ao longo do ano, com destaque ao fomento à criação de novas cooperativas. Para isso, foi estabelecida parceria com o Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual da Retomada.
Além disso, foram executadas ações distribuídas com planejamento, alinhadas às diretrizes do Sistema OCB/GO: representação, gestão e governança, comunicação, inovação, intercooperação e mercado. "Fizemos muito em 2021 e faremos ainda mais em 2022”, enfatizou Luís Alberto.
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MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
MPGO recomenda ao município de Goiânia a adoção de medidas para regularização do Imas e da assistência aos usuários
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou ao prefeito de Goiânia, Rogério Oliveira da Cruz, e ao presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Welmes Marques da Silva, que adotem uma série de medidas administrativas, em caráter de urgência.
No documento, assinado pelas promotoras de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas, titular da 20ª Promotoria de Justiça (PJ) da capital, e Marlene Nunes Freitas Bueno, titular da 87ª PJ, é recomendado, entre outras medidas, que seja elaborado e apresentado cronograma de pagamento dos serviços realizados e auditados, com a respectiva quitação, para o restabelecimento da assistência à saúde aos usuários do Imas.
Também foi recomendado um levantamento da dívida pendente de reconhecimento, com a instituição de auditoria extraordinária, para elaboração de cronograma de pagamento. As promotoras de Justiça sugeriram também rigor na análise de contas, com apuração de glosas, bem como a elevação do quantitativo de profissionais auditores e peritos.
Na semana passada, as duas promotoras de Justiça reuniram-se com o prefeito Rogério Cruz, na sede do MPGO, quando pontuaram sobre a necessidade de tomada de providências urgentes para que a assistência aos servidores municipais retorne à normalidade, como o estabelecimento de cronograma para pagamento dos prestadores dos serviços de saúde, regularidade dos repasses financeiros para o Imas.
Outro aspecto abordado foi em relação à autonomia administrativa e financeira do instituto, fortalecimento do quadro de auditores, conclusão dos processos de credenciamentos, provimentos dos cargos de direção por meio de avaliação criteriosa, com preponderância da qualificação técnica.
Também participaram da reunião a procuradora-geral do Município, Tatiana Accioly Fayad; o chefe de Gabinete da Prefeitura, José Alves Firmino, e o subprocurador-chefe de Assessoramento Jurídico, Rafael de Oliveira Caixeta. Na ocasião, a promotora Carmem Lúcia Santana de Freitas fez explanação do histórico dos atos realizados pelo MPGO.
Promotoras apontam falta de informações em portal
Entre as outras recomendações contidas no documento expedido hoje (25/4), estão a imediata revisão das tabelas de procedimentos e serviços, reestruturação administrativa, provimento de cargos de direção com servidores qualificados tecnicamente, mediante criteriosa avaliação curricular, e maior transparência nas informações contábeis e anexos orçamentários.
Foi estabelecido prazo de cinco dias úteis para a manifestação de acatamento ou não da recomendação. No caso de concordância, afirmam as promotoras de Justiça, será aguardado o decurso do prazo de 15 dias úteis para a remessa aos autos do inquérito civil do cronograma de execução das medidas elencadas, juntamente com a documentação comprobatória das medidas iniciadas e ou concluídas.
Na recomendação, as promotoras de Justiça observam que, em consulta ao portal do Imas, foram verificadas falhas de informações e de acesso a informações. Além disso, afirmaram que o instituto é um plano de saúde em regime de cooperação, em que parte é financiada pelos servidores municipais por meio de contribuição descontada em folha de pagamento e a outra parte pelo poder público, com as contribuições dos servidores não integrando o caixa da Prefeitura.
Também consideraram que o Imas vem “demonstrando exaustivamente uma grave anormalidade administrativa, que tem ocasionado risco à qualidade e à continuidade do atendimento à saúde dos usuários”, bem como tem dificultado e impedido o acesso aos procedimentos e assistência em saúde. Outro problema é o descumprimento de regras relativas à contratação e ao credenciamento de prestadores de serviços de saúde.
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O POVO
Vacina contra Covid nas clínicas particulares
A vacina contra a Covid-19 nas clínicas particulares está mais perto de sair. Até então, o foco estava no Sistema Único. Mas o Ministério da Saúde já estuda uma forma de permitir a compra nas redes privadas para que os estabelecimentos ofertem aos pacientes.
Pela regra atual, as empresas somente podem adquirir os imunizantes para aplicação gratuita, além disso, com doação de 50% para o SUS, conforme Lei 14.125/2021.
A Associação Brasileira de Clínica de Vacinas (ABCVAC) inclusive frisava que a lei inviabilizava completamente que o setor privado trabalhasse nesse âmbito. ?Não há lógica para uma clínica, que sobrevive dos serviços de vacinação, comprar doses de vacinas, aplicá-las gratuitamente e ainda doar metade do estoque para a rede pública.?
O potencial de mercado neste tipo de vacina é grande. Pois vai ser uma imunização anual, em mais de uma campanha. E quem puder adquirir a dose em clínica particular vai ter essa opção.
As redes particulares vão atuar, conforme já fazem, como um serviço complementar ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
E a busca por conseguir comprar vacina contra o coronavírus vem desde novembro de 2020. Mas como a prioridade é o SUS, não havia disponibilidade do produto.
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ISTOÉ
Anvisa aprova novo medicamento à base de cannabis
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (25), autorização de um novo produto à base de cannabis. O medicamento é o Canabidiol Active Pharmaceutical. Este é o 15º produto medicinal aprovado pela agência.
De acordo com a resolução, o produto será fabricado no Canadá e comercializado no Brasil sob a forma de solução, contendo 20 mg/ml de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). Ele poderá ser importado e vendido em farmácias e drogarias no Brasil.
A liberação para o paciente deverá ser feita pelo farmacêutico, a partir de prescrição médica por meio de receita especial do tipo B, que tem cor azul e é retida no estabelecimento.
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O HOJE
Governo convoca mais de 2,6 milhões de goianos para tomarem a dose de reforço contra Covid-19
Por: Augusto Sobrinho
Apesar dos bons resultados em relação à pandemia no estado, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), alerta que 2,6 milhões de goianos estão com a dose de reforço contra Covid-19 atrasado. São três aplicações para pessoas acima de 18 anos e quatro para idosos e imunossuprimidos.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, fala sobre esse cenário. “É preocupante esse alto número de atrasados para a dose de reforço. Todos os maiores de 18 anos que já receberam a segunda dose há mais de quatro meses já podem procurar um posto de saúde para receber a terceira dose”, explica.
Ela aproveita para reforçar que a imunização é comprovadamente segura e eficaz na prevenção de quadros graves e de óbitos pelo coronavírus, conforme tem sido demonstrado na análise dos óbitos ocorridos desde fevereiro. Além disso, afirma que há vacinas em todos os postos de saúde do estado.
A recomendação é que todos completem os esquemas vacinais seguindo as orientações sanitárias, ou seja, duas doses de vacina, mais uma de reforço (três doses), para toda a população acima de 18 anos de idade e as pessoas acima de 60 anos e os imunossuprimidos devem tomar, ao todo, quatro doses.
Impacto
De acordo com os dados de investigação da condição vacinal de pessoas que vieram a óbito desde fevereiro, às pessoas que não se vacinaram ou tomaram apenas uma única dose estão entre a maioria dos registros de óbitos, com taxa de 23,23/100 mil habitantes, na faixa etária acima de 60 anos.
Os idosos não vacinados ou com vacinação incompleta tem uma taxa de óbitos onze vezes maior e uma taxa de internação seis vezes maior do que os idosos com esquema primário completo mais a dose de reforço.
Mesmo quem está com esquema vacinal incompleto, a depender da condição da imunidade e de outros fatores clínicos individuais, tem taxa de 2,74 óbitos, na faixa etária acima de 60 anos. A SES-GO alerta que o coronavírus continua em circulação, com pelo menos três variantes conhecidas.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Paciente é executado dentro de hospital
Conforme um funcionário da enfermagem, o local foi tomado por um clima de "desespero" e "pânico" após o ataque
Um paciente foi executado a tiros na frente da equipe médica do Hospital Santo Amaro, em Guarujá, no litoral de São Paulo, no último domingo, 24. Conforme um funcionário da enfermagem, o local foi tomado por um clima de “desespero” e “pânico” após o ataque. Veja o momento:
Os suspeitos conseguiram fugir depois do crime e, até a manhã desta segunda-feira, 24, não haviam sido identificados.
“O paciente ficou internado em um quarto e eu estava em outro. Teve um momento que cheguei a entrar no local para ajudar a auxiliar de enfermagem que cuidava dele e ele parecia tranquilo durante toda a noite”, afirma o profissional, que atua na ala de pacientes que passaram por cirurgia.
Segundo o HSA, o paciente identificado como Gilianderson dos Santos, de 37 anos, deu entrada no local na última sexta-feira, 22, com ferimento por arma de fogo na nádega e na perna. A Polícia Civil, informou que Gilianderson relatou durante o registro do boletim de ocorrência, na madrugada do último sábado, 23, que havia sido vítima de um roubo na ciclovia da Piaçaguera.
De acordo com o B.O, os assaltantes levaram a bicicleta e mochila dele. Mesmo baleado na nádega e na perna, ele conseguiu caminhar até a Avenida Bento Pedro da Costa, no Jardim Conceiçãozinha e pedir ajuda. Uma equipe do SAMU socorreu a vítima ao hospital conta com 30 funcionários da segurança.
A dupla disparou cerca de seis tiros na direção de Gilianderson que atingiram a cabeça e abdômen do paciente.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 21 A 25/04/22
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DESTAQUES
Queiroga assina portaria que encerra emergência sanitária por conta da Covid-19
Planos de saúde terão reajustes que podem chegar a 16%
Secretaria de Saúde alerta para atraso na vacinação contra Covid-19 e zika em gestantes
Câmara deve votar projeto que libera teleatendimento médico em farmácias
Goiás não registra nenhum óbito por covid-19 nas últimas 24 horas
Brasil chega a 662,6 mil mortes por covid-19
Barroso manda à PF documentos e provas da CPI da Covid contra Bolsonaro e aliados
OMS confirma casos de hepatite de origem desconhecida
Artigo - A nova era da Telemedicina no Brasil
Saúde estuda regulamentar telemedicina após fim do estado de Emergência
Conselhos de Saúde criticam fim da emergência sanitária
Congresso analisa regulamentação da teleconsulta após fim de emergência por Covid
PORTAL G1
Queiroga assina portaria que encerra emergência sanitária por conta da Covid-19
Decisão deve alterar parte das medidas implementadas para o controle da pandemia, como o uso de máscaras, a compra de remédios e a vacinação.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou nesta sexta-feira (22) portaria que estabelece o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (Espin) por conta da Covid.
"Nós não acabamos com a Covid e nem com o vírus. Iremos aprender a conviver com ele. Temos capacidade de combater hoje", disse Queiroga.
A portaria assinada pelo Ministro entrará em vigor 30 dias após a publicação no "Diário Oficial" da União. Segundo ele, esse movimento deve ocorrer ainda hoje de forma excepcional.
O estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional por conta da Covid entrou em vigor em fevereiro de 2020, poucos dias depois de a OMS declarar emergência internacional de saúde pública.
A norma permitiu que o governo federal e os governos estaduais e municipais tomassem uma série de medidas, como o uso obrigatório de máscaras e a autorização emergencial para vacinas.
"Sei que os secretários de estados e municípios pediram tempo maior. Não vejo muita dificuldade para que secretarias estaduais e municipais se adequem ao que já existe na prática. Porque o ato normativo só vem ratificar o que já existe na prática. como falar de emergência sanitária se hoje está acontecendo carnaval em várias cidades do Brasil?", explicou Queiroga.
Com o fim da emergência em saúde pública, o Ministério da Saúde estima que mais de 2.000 normas caiam em todo o país, como a possibilidade de comprar medicamentos e insumos médicos sem licitação.
Entre as normas que poderão ser afetadas estão, por exemplo, a do uso de máscaras, do teletrabalho, e da regulamentação da telemedicina.
Especialistas avaliam que, apesar da redução recente das infecções, este ainda não é o melhor momento para revogar o estado de emergência.
O que muda com essa assinatura?
Segundo o próprio Ministro, poucas coisas na rotina de combate à Covid devem mudar, porém, ela pode tirar parte da autonomia local que foi cedida aos prefeitos e governadores durante a pandemia.
"Não muda muita coisa já que a principal política foi a vacina. Outras ações como a atenção primária na saúde foi reforçada, ela não irá diminuir. O que muda é essa questão de se restringir as liberdades individuais de um gestor local. Isso cria mais divergência do que uma situação efetiva de combate à situação pandêmica no Brasil", declarou Queiroga.
Prefeitos ainda poderão obrigar o uso de máscara?
"Na minha visão esse tipo de medida não faz sentido. A portaria só tem a prerrogativa de encerrar a Espin, o que decorre daí as vezes depende de decretos de estados, municípios. Tudo vai dar trabalho para o ministro Ricardo Lewandowski. A minha expectativa é que se acabe essas exigências", respondeu Marcelo Queiroga.
Extensão da regulamentação dos medicamentos
Queiroga disse que pediu à Anvisa que aumentasse um ano no período de regulamentação de medicamentos e vacinas que tivessem sido aprovadas em caráter emergencial durante o Estado de Emergência.
"Pedimos para a Anvisa para estender o prazo por mais de um ano. não são tantos né? é uma vacina, de vírus inativado, e 3 medicamentos", disse o Ministro.
Nesse caso, a vacina em questão é a CoronaVac desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo grupo chinês Sinovac. Ela é produzida a partir do vírus inativado e foi aceita pela Anvisa em caráter emergencial no início de 2021.
Ainda em caráter emergencial, a concessão dessa vacina pode ser revogada a qualquer momento. Para chegar a um nível definitivo é preciso apresentar pesquisas que comprovem qualidade, eficácia e segurança.
Depois disso, a Anvisa irá avaliar independentemente o caso e decidirá pela concessão ou não do direito definitivo.
O que levou ao fim do estado de emergência sanitária?
Em seu pronunciamento no último domingo (17), o ministro falou que com a alta taxa de vacinação no país – com cerca de 73% da população vacinada – além de uma melhora no cenário epidemiológico, foi possível decretar o fim da Espin.
Em março, o ministro havia dito que era preciso ao menos três fatores para a sua revogação:
Cenário epidemiológico favorável, com queda nos casos e mortes
Estrutura do sistema hospitalar, principalmente das UTIs desafogadas
Acesso a medicamentos eficazes contra a Covid-19 na fase inicial
Queiroga reiterou, no entanto, que o fim do estado de emergência não significa o fim da pandemia – e nem citou a possibilidade de considerar a Covid-19 uma endemia no Brasil.
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TV ANHANGUERA
Planos de saúde terão reajustes que podem chegar a 16%
https://globoplay.globo.com/v/10514349/
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Secretaria de Saúde alerta para atraso na vacinação contra Covid-19 e zika em gestantes
https://globoplay.globo.com/v/10514376/
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FOLHA DE S.PAULO
Câmara deve votar projeto que libera teleatendimento médico em farmácias
A Câmara dos Deputados deve votar em breve um projeto de lei que poderá abrir caminho para o teleatendimento médico em farmácias. Hoje a lei proíbe a realização de consultas nesses estabelecimentos comerciais.
Pelo modelo proposto, a farmácia poderá fechar parcerias com grandes redes de hospitais ou até mesmo com planos de saúde. Por meio de totens, poderia realizar exames simples, como aferição de pressão arterial e de glicose no sangue. Para os estabelecimentos, a vantagem é levar os usuários até às lojas e aumentar a circulação.
O projeto 1998/2020 é de autoria conjunta de 15 deputados de diversos partidos e foi elaborado para institucionalizar a telemedicina, muito utilizada no período de restrição de circulação durante a pandemia de coronavírus. Segundo argumentam, o objetivo é "ampliar o acesso, aumentar a qualidade e reduzir o custo dos serviços de saúde no Brasil".
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A REDAÇÃO
Goiás não registra nenhum óbito por covid-19 nas últimas 24 horas
Théo Mariano
Goiânia - Goiás não registrou nenhuma nova morte pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado neste domingo (24/4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Ainda de acordo com a divulgação, foram notificados 51 novos casos da doença no mesmo período. Ao todo, desde o início da pandemia, os goianos acumulam 1.320.543 infecções e 26.415 óbitos confirmados.
O boletim também aponta taxa de letalidade de 2% da covid-19. Além disso, outras 315 mortes são investigadas para saber se há ligação com a doença, e mais de 770 mil pacientes são considerados casos suspeitos de infecção.
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AGÊNCIA BRASIL
Brasil chega a 662,6 mil mortes por covid-19
O Ministério da Saúde divulgou, neste domingo (24), novos números sobre a covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem, no acumulado, 30,3 milhões de casos confirmados da doença e 662,6 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 29,3 milhões (96,8% dos casos).
Em 24 horas, o ministério registrou mais 3,8 mil novos casos e 36 mortes pela doença.
Ranking
O estado de São Paulo tem, até o momento, o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 5,3 milhões, e também de mortes: 168 mil. Em seguida, aparecem Minas Gerais, com 3,3 milhões de casos e 61,2 mil óbitos; Paraná. com 2,4 milhões de casos e 43 mil óbitos) e Rio Grande do Sul, com 2,3 milhões de casos e 39,2 mil óbitos.
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AGÊNCIA ESTADO
Barroso manda à PF documentos e provas da CPI da Covid contra Bolsonaro e aliados
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a remessa, à Polícia Federal, de documentos e provas que constam no relatório da CPI da Covid e implicam o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Em despacho dado na quarta-feira (20/4), o ministro baseou a determinação na 'necessidade de análise mais precisa' das provas colhidas pelos parlamentares, citando ainda uma 'dificuldade' apresentada pela PGR.
A indicação faz referência à informação prestada pelo órgão no sentido de que o relatório da CPI não teria sido 'preciso' em vincular as condutas supostamente criminosas aos documentos colhidos durante a investigação parlamentar'. "Há, portanto, a necessidade de sistematizar a documentação apresentada a fim de que se possa subsidiar eventual pedido de instauração de inquérito, arquivamento ou oferecimento de denúncia", registro Barroso no despacho.
O chefe do Ministério Público Federal, Augusto Aras, quer que a PF examine o conjunto probatório coletado pela CPI na busca de 'provas individualizadas e destacadas' sobre a hipótese criminal de que o chefe do Executivo e uma série de aliados - incluindo seus filhos Flávio e Eduardo - informaram publicamente a prática de crime no contexto da pandemia da covid'.
Incitação ao crime
Quando a CPI da Covid apresentou o relatório final da investigação parlamentar, sugerindo 68 indiciamentos, foi descrita a conduta de Bolsonaro enquadrada como incitação ao crime. Os parlamentares apontaram não só a omissão do governo na conscientização da população acerca da pandemia, mas também a 'participação efetiva' do presidente, de seus filhos, de parlamentares, do primeiro escalão do governo e de empresários na criação e disseminação das informações falsas sobre a covid-19.
No documento de mais de mil páginas, a CPI afirmou que o chefe do Executivo e seus aliados, em um contexto de 'comunicações enganosas' e 'de forma mal intencionada e visando interesses próprios e escusos', 'provocaram grande confusão na população, levando as pessoas a adotarem comportamentos inadequados para o combate à pandemia'.
"A incitação ao crime por parte do presidente Jair Bolsonaro também ocorreu pela disseminação de notícias falsas (fake news) que encorajaram os brasileiros a infringirem medidas sanitárias preventivas, conduta que, como visto, é tipificada como crime pelo art. 268 do CP. Em relação a esse delito, o Chefe do Executivo não agiu sozinho, na verdade, foram vários os agentes, sempre contanto com uma estrutura organizada", registra trecho do relatório.
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JORNAL OPÇÃO
OMS confirma casos de hepatite de origem desconhecida
Por Dayrel Godinho
Países europeus detêm maioria dos registros da doença, foram 160 casos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o surgimento de 169 casos de casos de hepatite aguda grave que têm origem desconhecida. A maioria das notificações está na Europa e envolve bebês, crianças e adolescentes entre um mês e 16 anos de idade. Até o momento, uma morte foi confirmada.
Foram notificados à OMS 114 casos da doença no Reino Unido; 13 na Espanha; 12 em Israel; nove nos Estados Unidos; seis na Dinamarca; cinco na Irlanda; quatro na Holanda; quatro na Itália; dois na Noruega; dois na França; um na Romênia e um na Bélgica. Segundo a OMS, os sintomas da doença incluem elevada taxa de enzimas hepáticas, vômito, diarreia e dores abdominais. Entre os casos registrados, 17 crianças (cerca de 10% do total) necessitaram de transplante de fígado após contraírem a doença.
No comunicado distribuído à imprensa, a OMS declarou que está monitorando a situação e afirmou que não é preciso restringir viagens e o comércio com o Reino Unido e os demais países que tiveram casos confirmados.
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JORNAL HOJE
Artigo - A nova era da Telemedicina no Brasil
Sandra Franco
O anúncio do final do Estado de Emergência em Saúde Pública pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga traz como assunto urgente uma nova regulamentação da Telemedicina, especialmente da teleconsulta, para que não haja um estado de insegurança jurídica na sociedade.
O próprio ministro disse que nos próximos dias deve ter um novo ato normativo que trará as novas diretrizes para a Telemedicina no Brasil. E nossa esperança é que ocorram avanços significativos que estabeleçam uma nova era para a telessaúde no país.
Acelerados por conta das necessidades impostas pela pandemia da Covid-19 em 2020, os atendimentos médicos realizados por meio de computadores e smartphones crescem diariamente e já estão inseridos na rotina de médicos e pacientes.
Importante ressaltar que em nos últimos dois anos, a Telemedicina foi utilizada em duas entre cada três consultas. Ou seja, uma metodologia eficaz que se tornou a principal alternativa para que as pessoas não precisem ir presencialmente a hospitais e pronto socorros e que se provou se resolutiva.
Alguns números atestam que as consultas virtuais estão sendo utilizadas cada vez mais no país. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.
De acordo com o levantamento, a Telemedicina foi a alternativa mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B, o que representa 42% de todas as pessoas que fizeram consultas online. Logo em seguida aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda. A pesquisa contou com a participação de 5,5 mil pessoas acima de 16 anos e foi divulgada no último dia 5 de março.
Os dados indicam que 82% dos usuários das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também demonstrou que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior. Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%).
A regulamentação da Telemedicina no Brasil foi acelerada em razão da emergência em saúde pública, reconhecida pela Portaria 188/20 e pela Lei 13.979/20. O isolamento social, necessário para controlar a rápida disseminação do vírus trouxe a urgência de medidas rápidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias, uma delas foi a de se permitir a teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina. A mais complexa do ponto de vista ético e legal, considerando que extrai da relação médico e paciente um dos seus elementos centrais: o exame clínico presencial.
A legislação para garantir a segurança de médicos e pacientes precisa avançar. Para tanto, tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que pretendem regulamentar de uma forma mais robusta a Telemedicina. Os debates dessas propostas estão centrados na autonomia, na segurança de dados, da qualidade no atendimento e da boa remuneração dos profissionais que atuam na Telemedicina.
É necessário observar as limitações de uma consulta a distância e os cuidados redobrados com relação à segurança de dados e princípios éticos representativos de direitos constitucionais, como a privacidade e a dignidade humana.
Entre os pontos importantes discutidos, vale destacar que no texto de uma das propostas está estabelecido que as operadoras de planos de saúde podem oferecer serviços de telessaúde, desde que não causem impedimentos ou dificuldades de acesso ao atendimento presencial, caso seja a opção do profissional de saúde ou do usuário.
Porém, faltam em ambos os projetos de lei um incentivo maior a separação e destinação de recursos públicos para a ampliação para o acesso Telemedicina, principalmente no SUS. Esse deveria ser um ponto a ser estudado de imediato, pois o atendimento virtual da saúde é fundamental para um maior controle e economia dos recursos em serviços do setor. É preciso uma avaliação mais ampla e um parágrafo exclusivo de como esses recursos poderão e deverão ser utilizados por Estados e Municípios.
A Telemedicina, entretanto, precisa evoluir para o bem do cidadão e para o bem do sistema de saúde, seja ele privado ou público. Entre as principais barreiras estão o acesso à internet e aos dispositivos móveis. É preciso democratizar o acesso aos serviços de saúde online. Precisamos abrir a possibilidade de consulta virtual para todos, seguindo inclusive exemplos no mundo de países pobres e de outros desenvolvidos que tem a telemedicina como parte de seu sistema de saúde há décadas. Apenas para ilustrar três grandes sistemas: Índia, Estados Unidos, Reino Unido (no sistema de saúde britânico, aliás, a primeira consulta deve ser virtual).
Esses são grandes desafios em um país de enorme extensão territorial, com grandes diferenças econômicas e culturais e muitos lugares sem condições básicas de saúde.
A Telemedicina foi importante na pandemia e poderá ser ainda mais relevante para se atingir as metas de um melhor atendimento de saúde a população e da redução do gasto global do sistema. Programas que envolvam saúde primária, para que se evitem doenças, podem ser amplamente desenvolvidos através da telemedicina.
Agora, precisamos encontrar caminhos para aumentar e equalizar o acesso à saúde, com o objetivo de também equacionar os gastos de recursos investidos em políticas públicas.
Sandra Franco é consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública
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Saúde estuda regulamentar telemedicina após fim do estado de Emergência
Por Ítallo Antkiewicz
A telemedicina é uma forma eficaz de levar a saúde mais longe e, por isso, discutir e fomentar a criação de conhecimento e ferramentas é de grande importância para profissionais da área, para todo o setor e os pacientes para que se possa, cada vez mais, aumentar qualidade e eficiência para salvar vidas. E não é por menos, ao abordar o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração.
Equipes do Ministério da Defesa e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) debateram nesta semana em Goiânia, detalhes sobre o Programa Nacional de Telemedicina, que deverá atuar nas regiões de maior vulnerabilidade social e com pouco ou nenhum atendimento à saúde. O objetivo do People Near Transit (PNT) é criar uma infraestrutura profissional e tecnológica para propiciar o acesso a consultas, exames e tratamentos médicos que exigiam o deslocamento do paciente a centros maiores e distantes.O pré-projeto piloto do PNT foi lançado no dia 4 de dezembro de 2021, no distrito de Marajó, em Cristalina (GO), no entorno do Distrito Federal, com a participação do secretário Ismael Alexandrino. “Já conhecíamos o secretário, que atendeu à proposta e percebeu a relevância do que estamos fazendo”, afirma o secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, general de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, ao explicar a escolha de Goiás para participar de forma pioneira no PNT.
O anúncio do final do Estado de Emergência em Saúde Pública, assinado ontem (22) em portaria pelo Ministro da Saúde (MS), Marcelo Queiroga traz como assunto urgente uma nova regulamentação da Telemedicina, especialmente da teleconsulta, para que não haja um estado de insegurança jurídica na sociedade. O próprio ministro afirmou que nos próximos dias deve ter um novo ato normativo que trará as novas diretrizes para a Telemedicina no Brasil. E nossa esperança é que ocorram avanços significativos que estabeleçam uma nova era para a telessaúde no país.
Acelerados por conta das necessidades impostas pela pandemia da Covid-19 em 2020, os atendimentos médicos realizados por meio de computadores e smartphones crescem diariamente e já estão inseridos na rotina de médicos e pacientes. Importante ressaltar que em nos últimos dois anos, a Telemedicina foi utilizada em duas entre cada três consultas. Ou seja, uma metodologia eficaz que se tornou a principal alternativa para que as pessoas não precisem ir presencialmente a hospitais e prontos socorros e que se provou ser resolutiva.
Alguns números atestam que as consultas virtuais estão sendo utilizadas cada vez mais no país. Segundo dados da pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.
Alternativa mais procurada
De acordo com o levantamento, a Telemedicina foi a alternativa mais utilizada entre as pessoas de maior renda, classes A e B, o que representa 42% de todas as pessoas que fizeram consultas online. Logo em seguida aparecem as classes C, com 22%, e as classes D e E, com 20% da demanda. A pesquisa contou com a participação de 5,5 mil pessoas acima de 16 anos e foi divulgada no último dia 5 de março.
Os dados indicam que 82% dos usuários das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também demonstrou que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior. Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%).
Expansão da Telemedicina
A regulamentação da Telemedicina no Brasil foi acelerada em razão da emergência em saúde pública, reconhecida pela Portaria 188/20 e pela Lei 13.979/20. O isolamento social, necessário para controlar a rápida disseminação do vírus, trouxe a urgência de medidas rápidas a serem adotadas pelas autoridades sanitárias, uma delas foi a de se permitir a teleconsulta, uma das modalidades da telemedicina. A mais complexa do ponto de vista ético e legal, considerando que extrai da relação médico e paciente um dos seus elementos centrais: o exame clínico presencial.
A legislação para garantir a segurança de médicos e pacientes precisa avançar. Para tanto, tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que pretendem regulamentar de uma forma mais robusta a Telemedicina. Os debates dessas propostas estão centrados na autonomia, na segurança de dados, na qualidade no atendimento e na boa remuneração dos profissionais que atuam na Telemedicina.
A consultora jurídica especializada em direito médico e saúde, Sandra Franco, ressalta que a Telemedicina, entretanto, precisa evoluir para o bem do cidadão e para o bem do sistema de saúde, seja ele privado ou público. Entre as principais barreiras estão o acesso à internet e aos dispositivos móveis. “É preciso democratizar o acesso aos serviços de saúde online. Precisamos abrir a possibilidade de consulta virtual para todos, seguindo inclusive exemplos no mundo de países pobres e de outros desenvolvidos que têm a telemedicina como parte de seu sistema de saúde há décadas. Apenas para ilustrar três grandes sistemas: Índia, Estados Unidos, Reino Unido (no sistema de saúde britânico, aliás, a primeira consulta deve ser virtual)”, afirma Franco.
De acordo com a consultora jurídica, esses são grandes desafios em um país de enorme extensão territorial, com grandes diferenças econômicas e culturais e muitos lugares sem condições básicas de saúde. “A Telemedicina foi importante na pandemia e poderá ser ainda mais relevante para se atingir as metas de um melhor atendimento de saúde à população e da redução do gasto global do sistema. Programas que envolvam saúde primária, para que se evitem doenças, podem ser amplamente desenvolvidos através da telemedicina. Agora, precisamos encontrar caminhos para aumentar e equalizar o acesso à saúde, com o objetivo de também equacionar os gastos de recursos investidos em políticas públicas”, explica.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Conselhos de Saúde criticam fim da emergência sanitária
As entidades lembram que a pandemia não acabou, razão pela qual a manutenção de políticas para combater a circulação do vírus, para ampliar a vacinação e para mitigar novas infecções ainda se fazem necessárias
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram ofício ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) questionando o anúncio de que a pasta irá publicar norma para decretar o fim do estado de emergência de saúde pública de importância nacional em decorrência da pandemia da covid-19.
As entidades manifestam preocupação com o “fim abrupto” da emergência. Segundo elas, há um conjunto de leis, regras e políticas públicas vinculadas a essa situação que afetam estados e municípios.
Outro impacto negativo mencionado pelas entidades é o fato de haver leis e decretos estaduais e municipais baseados nessa condição, que teriam de ser ajustados e atualizados. Os conselhos destacam que o enfrentamento da pandemia envolveu ampliação de políticas, celebração de contratos com fornecedores e contratação de profissionais.
“É imperativa a readequação dos serviços e o remanejamento dos profissionais, além da adequação de contratos já celebrados e que estão em andamento, o que demandará considerável esforço dos municípios e dos estados, o que não poderá ser concluído em curto espaço de tempo”, ressalta o ofício.
“Sob o risco de desassistência à população, solicitamos ao Ministério da Saúde que a revogação da Portaria MS/GM nº 188, de 03 de fevereiro de 2020, estabeleça prazo de 90 (noventa) dias para sua vigência e que seja acompanhada de medidas de transição pactuadas, focadas na mobilização pela vacinação e na elaboração de um plano de retomada capaz de definir indicadores e estratégias de controle com vigilância integrada das síndromes respiratórias”, defendem o Conass e o Conasems.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “mantém permanente diálogo com estados e municípios e reforça que nenhuma política pública será interrompida com a medida”. A pasta acrescenta que entende que “o cenário epidemiológico permite o encerramento da Espin [Emergência de Saúde Pública de Interesse Nacional], além da alta cobertura vacinal e a capacidade de resposta e assistência do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
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CNN
Congresso analisa regulamentação da teleconsulta após fim de emergência por Covid
Durante a pandemia, mais de seis milhões de brasileiros foram atendidos de maneira remota; parlamentares buscam instituir o modelo via projeto de lei
Mathias BroteroVinícius Tadeu
Diante da decisão anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que a pasta irá reclassificar a pandemia no Brasil e decretar o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) instaurada em fevereiro de 2020, alguns procedimentos de enfrentamento à Covid-19 serão reavaliadas no país.
Entre as consequências do fim da emergência pelo coronavírus, está a derrubada da medida que instituiu a teleconsulta no Brasil. Durante a pandemia, muitas pessoas passaram a usar esse tipo de atendimento, seja para desafogar o sistema de saúde, evitar o contato pessoal ou até mesmo facilitar o acesso à saúde.
Nos últimos dois anos, desde que a medida entrou em vigor, mais de seis milhões de atendimentos foram realizados pela internet, sendo que a taxa de resolução chegou a 90%. Isso significa que a cada dez pacientes, um deles foi encaminhado para atendimento presencial.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que conta com um projeto no Congresso Nacional para regulamentar a teleconsulta no país mesmo com o fim da emergência por Covid-19.
Um dos projetos que tramitam na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal é o PL 1998/2020, de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que diz que o atendimento remoto deve acontecer em consenso tanto pelo médico quanto pelo paciente.
Além disso, a deputada pontua que outros pontos estão em discussão pelos parlamentares, como, por exemplo, o que diz respeito à regionalização dos atendimentos. Ainda não foi encontrada uma definição sobre se a região em que o médico e o paciente estarão deve ser a mesma.
A previsão é que o projeto seja protocolado na Câmara até a próxima quinta-feira (21) e, então, encaminhado para votação na semana que vem.
Com o eventual fim do estado de emergência devido à Covid-19, há preocupação sobre um possível vácuo jurídico que pode se formar em relação às medidas que foram implementadas no combate à pandemia, como a telemedicina.
Durante os dois anos em que foi usada, a teleconsulta foi usada principalmente por pessoas das classes A e B, que representam 42% dos pacientes. A classe C constitui 22% dos atendimentos e as classes D e E representam 20% das consultas remotas.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 20/04/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos nesta terça-feira (19/4)
Covid-19: Goiás registra 1.512 novos casos e três mortes em 24 horas
Unimed Goiânia doa mudas de árvores para recompor área degradada
Surto de dengue faz Caldas Novas decretar estado de emergência em saúde pública
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Paralisação: Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos eletivos nesta terça (19)
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisa consultas, exames e cirurgias para cobrar mais investimentos
Santa Casa para atividades por 24 horas em protesto ao fechamento de outras unidades
O HOJE
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Maiara Dal Bosco
A SantaCasadeMisericórdia de Goiânia suspendeu, ontem (19), os atendimentos eletivos, como consultas, exames e cirurgias. Segundo informoua entidade, aparalisaçãodurou24 horas e fez parte de um movimento nacional das Santas Casas,que alerta para o risco de fechamento definitivo destes hospitais diante da pior crise enfrentada por eles. Ainda de acordo com a Santa Casa, todos os atendimentos agendados para ontem (19) já foram remarcados e o funcionamento hoje (20) já está normalizado.
Nos últimos dias, em diversas entrevistas à imprensa, em reuniões com colaboradores, em publicações do hospital e em um encontro com o presidente da Santa Casa, arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, e com o vice-presidente, Dom Levi Bonatto, a superintendente falou sobre a crise enfrentada. “É um pedido de socorro, pois precisamos de recursos para manter o funcionamento das Santas Casas”, afirma a superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura.
O assunto também foi abordado em uma audiência com o prefeito da capital, Rogério Cruz, e com o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso. “Agora, com essa mobilização, queremos chamar a atenção de toda a sociedade, do poder público e de parlamentares sobre as dificuldades vividas pela rede filantrópica de hospitais e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia”, diz Moura, enfatizando que se nada for feito, os hospitais podem fechar definitivamente, deixando milhares de pessoas sem assistência.
“Nossas entradas de recursos não batem com as saídas e, a cada dia, estamos nos endividando mais e, sem apoio, vamos fechar. E as Santas Casas não podem fechar”, aponta. A superintendente destaca também que as contas estão à disposição de toda a população. “Estão disponíveis de forma transparente para que vejam como são aplicados os recursos disponíveis, e contamos com o apoio de todos para que possamos continuar atendendo, salvando vidas com qualidade e, sobretudo, de forma humanizada”, diz a superintendente.
Entenda
Conforme dados divulgados pela entidade, uma olhada rápida nos números já deixa clara a gravidade da crise enfrentada pelas Santas Casas: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, e o salário-mínimo 1.597,79%.
Este descompasso representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa. “A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município”, frisa Moura, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo afirma, o Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à SMS de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos.
No início da semana, a reportagem de O Hoje já havia questionado a Prefeitura sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS afirmou que a tem feito um esforço concentrado para quitar, com recursos próprios, todos os contratos ou convênios com prestadores de serviços na área da saúde.
Segundo a pasta, os repasses junto à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram colocados em dia, as recentemente um problema no sistema do SUS levou a liberação de apenas uma parte dos recursos, o que provocou um mês de atraso. “A situação vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e gestores da Santa Casa e caminha para uma solução”, destaca o comunicado. (Especial para O Hoje)
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Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos estima que 70% das instituições aderiram ao ato nesta terça-feira
A CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), que organiza a campanha "Chega de Silêncio", para alertar o poder público sobre a alarmante situação financeira dessas instituições, estima que 70% das instituições aderiram ao ato, nesta terça-feira (19 de abril).
A movimentação foi grande nos 17 estados brasileiros nos quais a Confederação possui federações estaduais que mobilizaram os hospitais, promovendo grandes atos públicos e paralisações de atendimentos eletivos (consultas, exames e cirurgias) não urgentes e reagendados para o mais breve possível.
"Em todas essas capitais e também no interior dos estados, instituições filantrópicas promoveram atos para sensibilizar a população, gestores públicos e deputados federais. Foram abraços simbólicos, palestras, panfletagens, entrevistas para a imprensa e, na grande parte, foi possível reprogramar os agendamentos eletivos das 24h do dia de hoje, para datas próximas, demonstrando a importância e volume do atendimento do setor para o SUS", destaca o presidente da CMB, Mirocles Veras.
Procedimentos e cirurgias de alta complexidade, especialmente na Oncologia, e o atendimento nas emergências foram mantidos.
"Podemos destacar algumas regiões e estados, como o Rio Grande do Sul, onde todos os hospitais de Porto Alegre se reuniram em um grande encontro; o interior do estado de São Paulo, em que há regiões onde 90% do atendimento SUS são realizados por hospitais filantrópicos; Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Santa Catarina, com a exposição pública da grave crise que enfrentamos", elencou.
As Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do projeto de lei 2564/20 - que institui o piso salarial da enfermagem, com impacto estimado em R$ 6,3 bilhões, porém, sem indicação de alternativa de financiamento; assim como para a adequação ao equilíbrio econômico no relacionamento com o SUS.
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A REDAÇÃO
Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos nesta terça-feira (19/4)
Goiânia - A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu nesta terça-feira (19/4) todos os atendimentos eletivos da unidade - consultas, exames e cirurgias. A paralisação vai durar 24 horas e objetiva chamar a atenção dos governos e parlamentares para a crise vivida pela instituição.
A assessoria de comunicação da Santa Casa afirma que o hospital recebe mensalmente dos governos Estadual e Federal R$ 4 milhões - metade do montante necessário para custear seu funcionamento. A instituição alega que tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas.
Pacientes que buscaram atendimento pela manhã, alguns vindos do interior do Estado, foram surpreendidos com a interrupção dos serviços. “Infelizmente, algumas pessoas que estiveram aqui hoje não foram avisadas da paralisação, mas elas serão atendidas”, se desculpou a superintendente-geral da unidade, Irani Ribeiro de Moura.
A “greve de um dia” ocorre simultaneamente em mais de 2 mil Santas Casas de todo o país. O movimento alerta que se os governos não aumentarem os repasses, as instituições filantrópicas podem fechar as portas e suspender a assistência em definitivo.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos governos, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura.
Segundo ela, a Santa Casa de Goiânia é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital e recebe do SUS apenas R$ 10,00 por uma consulta médica.
Além da defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa ainda enfrenta o reajuste dos valores dos medicamentos – teve remédio cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal também tem feito repasses de forma atrasada ao hospital. Os valores são enviados aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses estão demorando mais de 100 dias.
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Covid-19: Goiás registra 1.512 novos casos e três mortes em 24 horas
Gabriel Neves
Goiânia - Goiás registrou 1.512 novos casos da covid-19 e três mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado na tarde desta terça-feira (19/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.318.837 casos e 26.401 óbitos ligados ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás monitora 768.930 casos para saber se há ligação com a covid-19, enquanto outros 319.125 casos já foram descartados. A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,00% em Goiás. A pasta informa que 318 óbitos suspeitos estão em investigação para saber se há ligação com o vírus.
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Unimed Goiânia doa mudas de árvores para recompor área degradada
Goiânia - A Unimed Goiânia fez a doação de 2.200 mudas nativas do Cerrado para o viveiro da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Senador Canedo, cidade que fica na Grande Goiânia. A ação faz parte do processo de neutralização da emissão de Dióxido de Carbono (CO2) relacionada ao consumo de combustíveis utilizados em automóveis e geradores de energia e ao consumo de gás natural pela Cooperativa, no ano de 2020.
De acordo com o diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, responsável pela área de Sustentabilidade, foi usado o software CO2 Neutro para o cálculo das emissões da operadora de planos de saúde, recursos próprios e eventos, disponibilizado pela Unimed do Brasil. “Desse modo é possível fazermos a quantificação de árvores que devem ser plantadas para neutralização de CO2”, explicou o diretor.
A entrega simbólica aconteceu no dia 13 de abril, no prédio administrativo da Unimed Goiânia, com a presença do presidente, Sergio Baiocchi Carneiro; do diretor de Mercado, Frederico Moraes Xavier; e do presidente da Amma de Senador Canedo, Paulo Roberto dos Santos, juntamente com a bióloga do município, Virgínia dos Santos Macedo.
A Área de Preservação Permanente Flor do Ipê, localizada na região norte de Senador Canedo, e que se encontra em situação de degradação, foi o local escolhido para receber o plantio das mudas. O presidente da Amma do município, Paulo Roberto dos Santos, pondera que o meio ambiente em áreas urbanas também precisa ser protegido, o que explica a importância dessa parceria com a Unimed Goiânia. “A comunidade vai receber esse reflorestamento com a maior satisfação. A área que vai ser recuperada e é próxima a duas comunidades bem povoadas no nosso município e, com certeza, vai ser um enorme ganho para todos”, ressalta.
Para o presidente da Unimed Goiânia, Sergio Baiocchi Carneiro, a doação das 2.200 mudas tem um importante caráter socioambiental e que cumpre o princípio cooperativista de cuidado com a comunidade. “De um lado, estamos fazendo a neutralização de emissão de CO2 e do outro, reforçamos o bom relacionamento com o município de Senador Canedo, que integra a área de atuação da Unimed Goiânia. Esse trabalho de conservação do meio ambiente também faz parte do cuidado com a saúde das pessoas. Nós médicos buscamos orientar as pessoas a viverem mais e melhor e do ponto de vista da biologia, a fauna e a flora fazem parte desse processo”, reiterou o presidente da Cooperativa.
Área de Preservação Permanente
A bióloga Virgínia dos Santos Macedo explica que a área fragilizada a ser restaurada no município de Senador Canedo já apresenta erosão, mas o plantio está previsto para ser feito durante o período chuvoso, no final do ano, para melhor manejo das plantas. “A Unimed Goiânia está nos ajudando a dar andamento no projeto de recuperação de uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados e isso é muito valioso para nós”, afirma.
O diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, disse que além de ser uma das marcas de plano de saúde mais lembradas no mercado, a Cooperativa tem uma reconhecida participação no desenvolvimento das comunidades onde atua e no cuidado com o meio ambiente. “O plantio de espécies nativas do Cerrado possibilitará melhoria na qualidade do ar e na saúde das pessoas”, afirmou.
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JORNAL OPÇÃO
Surto de dengue faz Caldas Novas decretar estado de emergência em saúde pública
terça-feira 19 abril 2022 15:46
Por Giselle Vanessa Carvalho
Prefeito Kleber Marra prepara decreto e força-tarefa para mitigar a crise. Goiânia também reconheceu a crise sanitária provocada pelo Aedes aegypti
Caldas Novas é a segunda cidade goiana a decretar estado de emergência em saúde pública em decorrência do aumento de 295,32% nos casos de dengue registrados este ano. Na segunda-feira, 18, a Prefeitura de Goiânia tomou a mesma medida. Prefeito de Caldas, Kleber Marra (Republicanos) prepara decreto com tempo de vigência indeterminado e também vai anunciar a criação de uma força tarefa para tentar mitigar a crise.
“Vivemos mais um momento difícil em nosso município, com um aumento expressivo no número de crianças internadas com síndromes respiratórias em estados graves, além dos casos de dengue”, diz. Uma das medidas imediatas de Marra será o remanejamento de profissionais para o Hospital Municipal André Ala Filho, além de criar uma força-tarefa para amenizar essa situação. A decisão foi tomada em conjunto com o secretário de Saúde de Caldas Novas, Marcos Paixão, e com o diretor-clínico do hospital, João Osório. Previsto na Constituição, o estado de emergência pode ser decretado em situações extraordinárias face à ameaças que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público atingido. Como efeito do decreto, o governo tem autorização legal para suspender parte de suas funções básicas e colocar em prática projetos específicos para conter a situação.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que Goiás já tem confirmados confirmados 39.874 casos de dengue. Além desses, há 87.042 notificações. Antes de decretar emergência, Caldas Novas, assim como outras cidades goianas, a exemplo de Silvânia, Luziânia, Valparaíso de Goiás e Cristianópolis, já havia intensificado este ano a capacitação de profissionais de saúde e a limpeza urbana. A baixa adesão dos cidadãos à limpeza dos espaços privados propícios à reprodução do mosquito transmissor Aedes aegypti, inclusive, é uma das explicações para o surto que o Estado vive, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim. Ela também credita a crise sanitária à intensidade das chuvas, que favorecem o surgimento de novos criatórios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Os números alarmantes fizeram o Governo de Goiás aumentar também o envio de insumos, materiais e equipamentos para o combate à dengue aos municípios goianos. De acordo com a SES, as cidades do Estado já receberam, entre outros, 720 unidades de bombas costais motorizadas de uso individual pelo agente de saúde, com manutenção de outras 211 já existentes; todas em pleno funcionamento. A pasta também fez a distribuição de 20 bombas ultrabaixo volume (UBV) veiculares adquiridas em 2021, contemplando as 18 Regionais de Saúde do Estado, além do município de Goiânia que recebeu duas unidades. Foi feita, ainda, a distribuição dos inseticidas às regionais, regularizando o abastecimento em todos os municípios. Entre os insumos repassados incluem-se 14.775 litros do Cielo, 203 quilos de Pyriproxyfen, 4.086 sachês de fludora, 591.920 pastilhas de espinosade e 1.263 unidades de cortador de comprimido.
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AGÊNCIA ESTADO
Prevent Senior isenta de crimes contra pacientes
Investigação da Policia Civil de São Paulo isentou funcionários da operadora de saúde Prevent Senior dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio em decorrência da prescrição para pacientes com coronavírus do chamado kit Covid, coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada.
Segundo o inquérito instaurado pela delegada Lisandrea Colabuono, da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal, a análise de prontuários médicos não comprovou imperícia ou negligência por parte dos médicos da operadora, conforme denúncia. No relatório final, a delegada ressaltou que a investigação afastou "qualquer motivação político-partidária". Segundo a Prevent Senior, a empresa é "vítima do sistema político".
A investigação analisou o prontuário de cinco pacientes da operadora que morreram no início da pandemia em decorrência de sintomas respiratórios, entre eles, o infectologista Antony Wong e Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang.
A delegada ouviu os médicos denunciantes do uso do kit Covid pela Prevent Senior. Em depoimento, eles não confirmaram que algum paciente tenha morrido devido ao uso dos medicamentos, apesar de terem sido prescritos sem a devida realização de exames e análise prévia do prontuário.
Laudos
Além dos laudos periciais feitos por médicos legistas, o inquérito policial se baseou em análises técnicas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). "Criminalizar as condutas médicas, neste caso, seria condenar inúmeros médicos e servidores da saúde que atuaram e perderam suas vidas nesse embate contra esse novo vírus até então desconhecido", escreveu a delegada.
Para o advogado da empresa, Aristides Zacarelli Neto, a conclusão do inquérito "é o primeiro resultado de uma investigação técnica que mostra que a Prevent Senior foi alvo de uma injustiça semelhante à sofrida pela Escola Base há quase 30 anos". Concluída no início de abril, a CPI da Prevent Senior feita pela Câmara Municipal de São Paulo acusou 20 pessoas ligadas à empresa por 52 crimes em relatório final.
Na lista de acusados estão os donos da operadora de saúde, os irmãos Fernando e Eduardo Parrillo, o ex-diretor-executivo Pedro Benedito Batista Júnior, além de outros seis integrantes do pentágono, nome dado à cúpula da empresa. A Prevent Senior contestou o relatório e afirmou que "tem total interesse em que investigações técnicas, sem contornos políticos, possam restabelecer a verdade dos fatos".
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Hepatite infantil: o que se sabe sobre a doença que avança na Europa
A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada
Por Leon Ferrari
Setenta e quatro casos de hepatite aguda foram descobertos em crianças do Reino Unido até o dia 8 de abril, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). De lá para cá, os registros têm crescido na Europa e nos Estados Unidos. A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada.
Por ora, a OMS não orienta restringir viagens aos países com casos da doença e destaca que a prioridade no momento é encontrar a causa dos quadros. A preocupação se deve ao fato de que a infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais.
O que é hepatite?
Conforme a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Existem cinco cepas do vírus da hepatite: A, B, C, D e E.
Embora todas causem doença hepática, tem modos de transmissão, gravidade, distribuição geográfica e métodos preventivos diversos entre si. Os vírus B e C, diz a OMS, causam doenças crônicas em milhões de pessoas e, juntos, são a principal causa de cirrose hepática, câncer de fígado e mortes relacionadas à hepatite viral. Estima-se que 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com hepatite B ou C. A maioria não acessa testes e tratamentos.
De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), os sintomas mais comuns da doença são: urina escura; fezes brancas ou acinzentadas; comichão na pele; olhos e pele amarelados (icterícia); dores musculares e nas articulações; cansaço; perda de apetite; dores de barriga.
Qual a causa da hepatite aguda que aflige crianças do Reino Unido?
Essa é a chave da questão. Por mais que profissionais de saúde e agências do Reino Unido estudem os casos desde janeiro, ainda não encontraram a etiologia dos quadros. De acordo com a OMS, nos casos do Reino Unido, testes laboratoriais descartaram os vírus da hepatite A, B, C, D e E.
Entre os casos do Reino Unido, muitos apresentavam infecção por adenovírus (família de vírus comuns que, em geral, causam doenças leves) ou pelo vírus causador da covid-19, disse a OMS. Recentemente, houve aumento na atividade dos adenovírus na região, que cocirculam com o SARS-CoV-2.
Por mais que sejam investigados como causas potenciais, o papel desses vírus na patogênese (mecanismo pelo qual a doença se desenvolve) ainda não está claro. Nenhum outro fator de risco epidemiológico foi identificado, incluindo viagens internacionais recentes. A UKHSA informou não haver vínculo com a vacina contra covid – nenhum dos casos confirmados recebeu imunizante.
Nesta semana, equipes do Reino Unido divulgaram que um agente infeccioso é a causa mais provável do problema, mas um diagnóstico completo ainda está em investigação pelas autoridades locais.
Quais os sintomas que as crianças do Reino Unido têm apresentado?
O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais, principalmente em pequenos até 10 anos.
Qual a idade dos pacientes?
A síndrome atinge pacientes de até 16 anos de idade. A maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos.
Alguma morte já foi registrada?
Alguns dos pacientes precisaram ser transferidos para unidades especializadas de fígado infantil e seis precisaram de transplante. Nenhuma morte foi registrada até 11 de abril.
Em que países há casos?
Dos casos confirmados, 49 são da Inglaterra, 13 da Escócia e os demais do País de Gales e da Irlanda do Norte, conforme as autoridades do Reino Unido. Após o alerta do Reino Unido, Irlanda, Holanda, Dinamarca e Espanha também notificaram casos confirmados e suspeitos à OMS. Eles ainda estão sob investigação Autoridades dos Estados Unidos também relataram casos.
Como esses países têm respondido aos casos?
Conforme a OMS, medidas clínicas e de saúde pública foram adotadas no Reino Unido, a fim de coordenar a identificação de casos e de investigar a etiologia da doença. As autoridades estudam o histórico de exposição dos pacientes, aplicam testes toxicológicos e virológicos/microbiológicos. Na Irlanda e na Espanha, as medidas também foram aplicadas
Como prevenir?
Mesmo sem causa identificada, em nota, a diretora de Infecções Clínicas e Emergentes da UKHSA, Meera Chand deu algumas orientações aos pais e responsáveis. “Medidas convencionais de higiene, como boa lavagem das mãos e higiene respiratória, ajudam a reduzir a propagação de muitas das infecções que estamos investigando.” Ela também pediu para que fiquem atentos a sinais de hepatite e contatem profissionais de saúde.
Quais foram as orientações da OMS?
Segundo a OMS, como há tendência crescente de casos desde o mês passado no Reino Unido, além de busca extensa, é provável que ocorram mais confirmações antes que a etiologia (causa) seja identificada. A organização encorajou países a identificarem, investigarem e notificarem casos potenciais. Com base nas informações obtidas até agora, a organização recomendou não restringir viagens a países com casos confirmados. Mas destacou que está monitorando o cenário.
Há casos suspeitos no Brasil?
Conforme o alerta emitido pela OMS ainda não há casos confirmados fora da Europa. No entanto, a organização pediu atenção de todos os países-membros. O Estadão fez contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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CORREIO BRAZILIENSE
Um terço dos infectados com covid-19 continua com sintomas após fase aguda
Um em cada três pessoas que têm covid-19 continuará com sintomas, mesmo após a fase aguda. Fadiga é a sequela mais comum, mas estudo descobre diferenças entre pacientes hospitalizados e aqueles com atendimento ambulatorial postado em 20/04/2022 06:00
(crédito: HANDOUT)
P ara 30% dos sobreviventes do Sars-CoV-2, a doença causada por ele não acaba com o fim dos sintomas. Bastante estudada desde os primeiros casos de recuperação da fase aguda, a chamada covid longa caracteriza uma série de condições que acompanham os pacientes mesmo depois de curados da infecção. Havia dúvidas, porém, sobre sua prevalência. Agora, um estudo publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (Ucla), constatou que as sequelas estão presentes em uma de três pessoas afetadas pelo coronavírus.
Segundo Sun Yoo, professor clínico de ciências da saúde na Escola de Medicina David Geffen da Ucla, "a incidência e os fatores de risco da covid longa, e até mesmo a definição da síndrome, permaneceram obscuros ao longo da pandemia". Por isso, ele se associou a outros pesquisadores para avaliar características como sintomas, prevalência e incidência, em um grupo de 1.038 pacientes de covid-19, dos quais 309 apresentaram consequências persistentes da infecção.
Como esperado, pessoas com histórico de hospitalização, diabetes e índice de massa corporal mais alto eram mais propensos a desenvolver a síndrome. Contudo, para a surpresa dos pesquisadores, características associadas previamente à covid longa e à gravidade da doença, como idade avançada e status socioeconômico, não tiveram relação, neste estudo, com a permanência dos sintomas depois da fase aguda.
Acompanhados por um ambulatório da própria Ucla desde o início da infecção, 30,8% dos pacientes que foram hospitalizados e 26,5% daqueles que receberam atendimento ambulatorial desenvolveram a síndrome. No total, 29,8% dos 1.038 incluídos no estudo tiveram sintomas persistentes, que se mantiveram por mais de 30 dias. Os mais comumente relatados foram fadiga (73,2%), seguida de falta de ar (63,6%), febre e calafrios ( 51,5%) e, por fim, dores musculares (50,6%).
Passados 60 dias da infecção, a fadiga foi o sintoma mais relatado (31,4%), seguida de falta de ar (13,9%) e perda de paladar ou olfato (9,8%). Febre persistente (1,9%) e erupção cutânea (
Os fatores associados à síndrome pós-covid também foram diferentes entre pessoas tratadas no ambiente hospitalar versus ambulatorial. No segundo, os pacientes eram mais jovens, com maior probabilidade de serem brancos. Mulheres e indivíduos com seguro saúde eram a maioria. Já em relação aos internados, idade e etnia não se correlacionaram com a permanência de sintomas, embora o sexo feminino tenha sido, estatisticamente, mais afetado. De acordo com Yoo, o estudo destaca a necessidade de se considerar diversos fatores nas investigações sobre covid longa, incluindo alguns que não foram incluídos nessa pesquisa em particular.
"O estudo ilustra a necessidade de se acompanhar longitudinalmente diversas populações de pacientes para entender a trajetória da covid longa e avaliar como fatores individuais, como comorbidades pré-existentes, fatores sociodemográficos, status de vacinação e tipo de variante do vírus, afetam o tipo e a persistência da covid longa", diz. "Nosso estudo também levanta questões como: por que os pacientes com seguro privado tinham duas vezes mais chances de desenvolver covid longa? Como os sintomas persistentes podem ser de natureza subjetiva, precisamos de melhores ferramentas para diagnosticar com precisão a síndrome. Finalmente, precisamos garantir o acesso equitativo aos cuidados ambulatoriais da covid longa."
Fardo
Deborah Dunn-Walters, professora de imunologia da Universidade de Surrey, no Reino Unido, concorda que são necessários mais estudos para caracterização da covid longa, incluindo o perfil dos pacientes mais suscetíveis. "Apesar das tentativas de caracterizar a síndrome, há uma diversidade de sintomas associados. Não compreendemos ainda todos os processos que estão por trás da covid longa", diz. De acordo com a especialista, acredita-se que o sistema imunológico desempenhe um papel no desenvolvimento da síndrome em um número significativo de casos, provavelmente como resultado de uma resposta imune super-reativa e/ou levemente mal tratada durante a infecção aguda.
Para ela, uma das formas mais eficazes de evitar a persistência dos sintomas, o que afeta não só o paciente, mas pode se tornar um fardo para os sistemas de saúde, é a vacinação. "Revisões de estudos têm mostrado que, pessoas vacinadas e que pegam covid são menos propensas a desenvolver a forma longa se tiverem recebido uma ou duas doses do imunizante, em comparação com indivíduos não vacinados. A melhor forma de evitar os sintomas pós-covid é se vacinar."
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de dengue em todo o país aumentam 95% em relação a 2021
O número de casos prováveis de dengue, em todo o país, quase dobrou desde o começo do ano comparado ao mesmo período de 2021, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue e zika vírus
De acordo com o levantamento, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano.
Para a segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, dois fatores podem explicar esse aumento considerável. O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E, como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor.
Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início as duas doenças têm sintomas parecidos.
Muito acima da média nacional, a Região Centro-Oeste apresenta taxa superior a 700 casos de dengue por 100 mil habitantes, com destaque para as capitais Goiânia, Brasília e Palmas. É na capital federal onde mora o fotógrafo Raphael Padilha, que teve dengue logo após se curar da covid-19, em fevereiro. Assustado com os sintomas, chegou a desconfiar de complicações da covid-19. Raphael conta que, na região onde vive, está havendo surto de dengue e que nem o filho mais novo, de quase 2 anos, ficou ileso.
O boletim do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, está confirmada a morte de 112 pessoas, das 280 que desenvolveram agravamento da dengue no país. Os registros ocorreram, principalmente, nos estados de São Paulo, seguido de Goiás, Bahia, Santa Catarina e Minas Gerais. Além disso, mais de 170 mortes ainda são investigadas e podem estar associadas à dengue.
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FOLHA DO TOCANTINS
Piso salarial para enfermagem deve ser votado no dia 4 de maio
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou que a votação do piso salarial da enfermagem (PL 2564/20) deverá ser realizada no dia 4 de maio. A definição foi feita, segundo ela, após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). "No mês de maio nós comemoramos a Semana Brasileira de Enfermagem e no dia 4 de maio estaremos aqui no Plenário da Câmara deliberando o projeto de lei do piso salarial da enfermagem", disse.
A proposta teve a urgência aprovada pelo Plenário no dia 22 de março. Zanotto, que coordenou o grupo de trabalho sobre o impacto orçamentário da proposta, afirmou que há várias sugestões de fontes de financiamento para custear esse aumento salarial.
A proposta define salário inicial para os enfermeiros de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
O texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.
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BLOG JOVEM PAN
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel - Central das Notícias - Notícias, vídeos, esportes e diversão
País abre 4,6 mil vagas para profissionais de saúde com diplomas obtidos em outros países, mas eles terão que ser aprovados no exame Revalida, que dá valor legal ao documento no Brasil
Foto: Isac Nóbrega/PRPresidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o antigo programa Mais Médicos e citou algumas diferenças do novo programa, o Médicos Pelo Brasil
No evento de lançamento do programa Médicos Pelo Brasil, que substitui o Mais Médicos e deve reforçar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o novo programa não é uma continuação do anterior, criado em 2013, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), e que contava com profissionais cubanos sem diploma válido no Brasil. "Entre outras coisas, 80% do salário ia diretamente para Fidel Castro. O pessoal ficava aproximadamente com 20% aqui. Nós tentamos emendar o projeto, de modo que eles pudessem receber o salário no Banco do Brasil ou Caixa Econômica. A oposição, ou melhor, situação naquela época, a esquerda, passou por cima disso. Não foi possível. Tentamos também fazer o mínimo de teste da pessoa, não é um Revalida, não, um mínimo de teste simples, para saber, por exemplo, se Benzetacil é endovenosa, se é muscular, se é oral. Tenho certeza que a maioria não seria aprovada, não conseguiria responder", disse Bolsonaro.
O programa Médicos Pelo Brasil permite a entrada de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mas exige a aprovação no exame Revalida, que dá valor legal ao diploma de outro país. Inicialmente, são 4,6 mil vagas para atender quase 2 mil cidades brasileiras. No lançamento do programa foram contratados 529 profissionais de saúde para a primeira etapa. Até o fim deste mês devem ser convocados 1,7 mil médicos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o novo programa servirá "de verdade" para assistência à população, com médicos preparados. "Todos nós nos lembramos o que aconteceu nos anos de 2013 e 2014. O governo que estava de plantão à época trouxe um programa que consistia em importar médicos de uma ditadura da América Latina. E esse programa, esses médicos que vinham para o Brasil, 80% do que eles recebiam era retornado para o país de origem. Esses colegas não tinham autonomia para sequer receber o suor do seu trabalho, que eles ganhavam prestando assistência. Isso, no governo Bolsonaro, não acontece mais", disse Queiroga.
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BLOG ALTAIR TAVARES
Paralisação: Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos eletivos nesta terça (19)
Médicos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspederam, nesta terça-feira (19), o atendimento para consultas, exames e cirurgias. O ato faz parte de um movimento que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira acerca das mais de 2 mil Santas Casas de todo país. Apenas casos de emergência estão sendo atendidos. Segundo a direção do hospital, todos os serviços votam ao normal nesta quarta-feira (20).
Ainda de acordo com a superintendente Geral, Irani Ribeiro, atualmente a entidade trabalha com uma tabela muito ”desafada”. ”Funcionamos com uma tabela muito desafada. Um dos exemplos, é uma consulta médica a R$ 10 reais e o médico recebe depois de 60 dias. Uma cirurgia, R$ 120 reais e o médico recebe depois de 60 dias”, destaca Irani Ribeiro. Ela ainda afirma que a unidade não possui nenhum laboratório que trabalha com a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). ”Nós pagamos além do valor SUS, mais 40% para complementação. Ou seja complementamos os exames”, disse.
Atendimento SUS
Segundo a superintendente, em 2021, a Santa Casa de Goiâna atendeu uma alta demanda do SUS. Sendo 41 mil de consultas, mais de 7 mil cirurgias, mais de 40 mil atendimentos laboratoriais por mês. ” 96% da nossa produção é SUS. É um hospital susdependente”, disse Irani.
Irani reforça que a situação financeira das unidades está crítica nesse período pós pandemia principalmente após alta nos preços dos medicamentos. A superintendente conta que antes, o valor de uma ampola para anestésico utilizado para cirurgias, custava R$ 1,90 , agora, essa mesma ampola custa R$ 245.
Essa situação tem ficado mais difícil para a Santa Casa porque segundo a superintendente,a cada semana os preços dos medicamentos sobem. ”Está faltando medicamentos no mercado, e quando encontramos o preço é altíssimo. Então, as Santas Casas estão passando por muitas dificuldades”, frisa.
Leitos usados na pandemia
De acordo com Irani, há um ano atrás, as Santas Casas conversaram com presidente da República pedindo ajuda, segundo ela, mostrando que durante a pandemia 70% dos leitos ocupados para tratamento da Covid-19 são das instituições filantrôpicas. ”Nós temos um papel social muito grande, mas precisamos ter recursos para continuar salvando vidas. E hoje salvar vidas está ficando muito caro” disse.
No ano passado, segundo a superintendente, o governo fedral prometeu R$ 2 bi para serem distribuidos às Santas Casas, seguindo as suas produções, para liquidar um pouco das dívidas. ”Nós estamos financiando o SUS, estamos emprestando recursos para cubrir uma tabela que hoje ninguém quer trabalhar com essa tabela”, destaca.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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PORTAL G1
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisa consultas, exames e cirurgias para cobrar mais investimentos
Cerca de 800 atendimentos deixaram de ser feitos nesta terça-feira (19). Dívida do hospital é de cerca de R$ 50 milhões.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisaram o atendimento para consultas, exames e cirurgias nesta terça-feira (19). O movimento faz parte de um ato nacional que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira. Apenas casos de emergência serão atendidos. A previsão é que todos os serviços voltem ao normal na quarta-feira (20).
A dona de casa Heloísa Maria Gomes viajou de Araçu a Goiânia para trazer uma parente para uma consulta após colocar um marca-passo. Porém, teve que voltar sem o atendimento. “Não tem como, tem que voltar depois de novo. Eu achei errado, porque não sei como vou fazer com ela”, disse.
Em um comunicado, a Santa Casa disse que 800 atendimentos, entre consultas e exames já marcados, deixarão de ser feitos na unidade e serão remarcados. Muitos pacientes disseram que foram pegos de surpresa.
“Eu não sei como vou fazer, porque fiz cirurgia, ontem fez um mês e hoje era o retorno”, disse o autônomo José Viríssimo Gomes.
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia informou que é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde na capital. A unidade disse ainda que recebe do SUS apenas R$ 10 por consulta médica. A dívida do hospital com fornecedores é de R$ 50 milhões.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é compartilhada entre União, estados e municípios. A pasta afirmou que repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Segundo o ministério, o Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços e cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região (leia nota na íntegra no fim do texto).
“Nós estamos pedindo socorro para deixar nós continuarmos trabalhar. A Santa Casa é o único hospital que o paciente SUS fica 60 dias, 90 dias tratando todas suas patologias”, disse a superintendente-geral da Santa Casa de Misericórdia, Irani Ribeiro de Moura.
Ela afirmou ainda que as equipes trabalharam intensamente para atender nos outros dias as pessoas que tiveram as consultas e exames canceladas devido à paralisação.
Atendimentos
Por mês, a Santa Casa de Misericórdia realiza cerca de 40 mil consultas, 30 mil exames, 10 mil internações e 400 cirurgias. Para manter esse volume de atendimentos, recebe do estado e município R$ 3,5 milhões.
A direção da unidade disse que precisaria do dobro desse valor para manter e ampliar o atendimento com qualidade.
“O que a gente sente dificuldade é falta de recursos para fazer novos investimentos, melhorias nas condições de trabalho”, disse Cláudio Tavares, superintendente técnico do hospital.
Nota Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Em 2021, foram repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2021, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços.
A pasta reforça que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é tripartite, ou seja, compartilhada entre União, estados e municípios. O Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços. Cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região.
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TV ANHANGUERA
Servidores da Santa Casa de Misericórdia realizam paralisação em Goiânia
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/
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Santa Casa para atividades por 24 horas em protesto ao fechamento de outras unidades
https://globoplay.globo.com/v/10499169/
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Assessoria de Comunicação