Sexta, 19 Junho 2020 08:00

CLIPPING AHPACEG 19/06/20

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dexametasona: uso incorreto pode ser perigoso

Ministério da Saúde vê estabilização na curva da pandemia e prepara protocolo de flexibilização

Pico ou platô? Entenda como especialistas acompanham a epidemia de Covid-19

Hapvida vê sucesso da cloroquina durante a fase inicial da Covid-19

COVID-19: BH dobra mortes e amplia busca por leitos após flexibilizar

Iris assina decreto que autoriza reabertura de shoppings e galerias

Goiás ultrapassa 13 mil casos de Covid-19 em dia com mais de 800 novos registros

Prefeitura de Goiânia pretende credenciar leitos de UTI para Covid-19

Médica goiana escreve carta em redes sociais com apelo sobre a Covid-19: 'Evolui agressivamente'

 

TV RECORD

Dexametasona: uso incorreto pode ser perigoso

https://www.youtube.com/watch?v=AL6UsmeqwdU

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YAHOO

 

Ministério da Saúde vê estabilização na curva da pandemia e prepara protocolo de flexibilização

Ainda com média de mil novas mortes confirmadas ao dia, o Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (18) avaliar que o país caminha para uma tendência de estabilização da curva de casos e mortes pela Covid-19. A tendência, porém, ainda precisa ser confirmada nas próximas semanas.

"Quando olhamos a inclinação da curva de novos casos de Covid, dá a entender que estamos entrando em um platô e que curva se encaminha para uma estabilidade", afirmou o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.

Segundo ele, a pasta diz ter verificado uma tendência mais intensa desde a última semana. "Precisamos confirmar se tendência permanece com o passar dos próximos 15 dias, mas já conseguimos perceber que estamos talvez entrando efetivamente em um platô de novos casos", disse.

O secretário apresentou dados que indicariam, na visão da pasta, uma desaceleração da média semanal de novos casos diários.

Entre as duas últimas semanas, a média ainda teve aumento --foi de 24.915 para 25.381. O avanço, porém, foi menor do que vinha ocorrendo até então, diz Medeiros.

Já em relação às mortes, a média de novas confirmações passou de 1.014 para 970 nas duas últimas semanas, apontam os dados.

A possível tendência de estabilização na curva de casos no Brasil já havia sido citada pela Organização Mundial de Saúde.

A entidade, porém, recomendou cautela e frisou ainda que medidas de prevenção são necessárias para evitar nova alta de casos. "Este é o momento de redobrar a cautela, pois já vimos em outros países que uma estabilização pode rapidamente se transformar em um aumento", disse na ocasião o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan.

No mesmo dia em que anunciou ver uma tendência de estabilidade, o ministério também informou que deve lançar uma portaria com recomendações de medidas de prevenção a gestores que decidirem flexibilizar o isolamento social.

A previsão é que a portaria seja publicada até essa sexta no Diário Oficial da União. Segundo o secretário-executivo, Antônio Elcio Franco Filho, a portaria orienta medidas de prevenção em diferentes atividades, "desde o convívio social num salão de festas até retomada das atividades".

"Ela orienta que, quando o gestor flexibilizar ações de distanciamento de acordo com avaliação da curva e capacidade de resposta da área de saúde, ele vai conseguir com medidas de prevenção mitigar contaminação coletiva da população", disse.

"Óbvio que ele vai ter que dar um passo atrás caso haja aumento da contaminação", afirmou. Ele não deu detalhes das medidas.

Questionado, disse apenas que inclui ações como uso de álcool em gel, ambientes ventilados e medidas para transporte público. Também negou que o anúncio tenha relação com a avaliação de tendência de estabilidade e disse que a decisão pela flexibilização cabe ao gestor, mas que a orientação visa que isso ocorra "com segurança".

A medida, porém, vai ao encontro da defesa de flexibilização do isolamento adotada pelo presidente Jair Bolsonaro.

AVANÇO AO INTERIOR

Ao mesmo tempo em que registra uma possível tendência de estabilização no número geral de novos casos de Covid, o país ainda vive avanço da doença no interior, afirmou o secretário de vigilância do ministério.

Atualmente, 4.590 municípios do país, ou 82,4%, já registram ao menos um caso da Covid. Do total, 2.165, ou 38%, tiveram ao menos uma morte confirmada.

A concentração de casos ainda é maior nas capitais e regiões metropolitanas, mas já é possível ver um avanço para mais cidades, aponta Medeiros.

Segundo ele, os dados gerais apontam tendência de estabilização da curva em todas as regiões, mas ainda é preciso ver o impacto da chegada no inverno no Sul e Sudeste, regiões com menor incidência de casos em comparação ao Norte e Nordeste.

Isso ocorre devido a tendência de aumento de casos de vírus respiratórios nesse período. "Estamos muito atentos ao que pode acontecer com chegada do inverno [nessas regiões]."

Após evitar comentar dados atualizados, atrasar divulgações e chegar a retirar de boletim números do total de casos e mortes pela Covid-19, o ministério voltou a apresentar nesta quinta-feira os dados mais recentes em coletiva de imprensa.

Dados da pasta apontam quem foram registrados 22.765 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, com 1.238 novas mortes. O balanço segue dados até 17h30 desta quinta. Com isso, o total já chega a 978.142 casos confirmados, com 47.748 mortes pela doença.

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METRÓPOLES ONLINE

 

Pico ou platô? Entenda como especialistas acompanham a epidemia de Covid-19

Pela primeira vez, nesta quarta-feira (18/06), o Ministério da Saúde declarou que o Brasil está chegando ao momento de estabilização da pandemia . De acordo com os técnicos da pasta, está sendo observada uma diminuição no número de óbitos e uma constância no número de casos. Teríamos chegado ao pico da epidemia?

Em primeiro lugar, o próprio Ministério da Saúde e vários especialistas alertam que o pico não será único em todo o país. Diferentes regiões experimentaram o auge da pressão no sistema de saúde em momentos distintos. O Amazonas, por exemplo, pode ter ultrapassado este momento. Depois de enfrentar um cenário catastrófico, com imagens de cemitérios lotados e hospitais sem condições de suportar a demanda, o estado tem vivido uma diminuição diária na quantidade de novos diagnósticos.

O professor do Departamento de Saúde Coletiva e membro da sala de situação da UnB, Mauro Sanchez, explica que o pico é quando o número de casos para de subir, se estabiliza e começa, então, a diminuir. Porém, não é literalmente um pico: é mais um platô. "É possível ter uma epidemia que seja um pico, mas como essa cresce de forma explosiva e acelerada, é difícil a gente ver um dia que ela está crescendo e cair no seguinte. Devemos passar por um momento de estabilização, mas não há regra quanto a isso", detalha.

Só será possível determinar que os casos estão, de fato, diminuindo, depois de pelo menos duas semanas de queda consistente - este é o período de incubação da doença. De qualquer forma, o "pico" será identificado apenas quando olharmos para trás. "Não veremos um dia só, provavelmente vai ser um período. No dia a dia, pode ter flutuações", explica o professor.

Picos matemáticos Vários modelos matemáticos são utilizados para fazer uma estimativa de quando o pico deve acontecer. Sanchez explica que o cálculo costuma estar baseado no número de óbitos (é mais difícil haver subnotificações em falecimentos, que precisam ser justificados) considerando um intervalo de tempo. "Há 10 dias, por exemplo, quantos casos tinham que existir para alcançar o número de mortes? Assim, se cria uma curva que pode ser projetada para o futuro. Esta é a melhor maneira de se ter um cenário confiável. Se usarmos o número de casos confirmados, certamente não refletirá a realidade de pessoas assintomáticas ou com sintomas muito leves que não fizeram testes ", ensina.

A quantidade de casos atuais também não é considerada um bom parâmetro por incluir o resultado de testes rápidos, que medem a presença de anticorpos contra o coronavírus. Uma pessoa que tenha sido contaminada com a Covid-19 em março, por exemplo, mas só fez o exame hoje, entra nos dados do dia.

A taxa R também pode ser levada em consideração, já que determina a velocidade de transmissão do vírus . Se está abaixo de 1 (cada paciente infectado contamina "menos" de uma pessoa), se considera que a curva está descendente. O número pode ajudar a prever quantas pessoas serão infectadas nos próximos dias, mas é algo que varia de acordo com as medidas de distanciamento social.

" O pico teórico , que segue um modelo matemático, não significa que vai acontecer na realidade. Depende do distanciamento social, da situação de cada cidade. Não são só 27 estados e 27 epidemias, cada município é diferente, é maior ou menor, o processo é muito dinâmico", explica Glória Teixeira, epidemiologista da Universidade Federal da Bahia e integrante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Esta informação seria usada apenas como uma forma de o gestor se organizar para o que pode acontecer.

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AGORA RN

 

Hapvida vê sucesso da cloroquina durante a fase inicial da Covid-19

A Fundação Ana Lima, braço social do Sistema Hapvida, fez uma doação limitada de hidroxicloroquina para as operadoras do Sistema Hapvida. Desde maio, o Sistema disponibiliza a medicação para os pacientes que possuírem a prescrição médica para o uso da droga em casa.

A rede decidiu prescrever o medicamento, de preferência logo aos primeiros sintomas. O paciente recebe a droga gratuitamente mesmo que não esteja internado.

Segundo o presidente do Sistema Hapvida, Jorge Pinheiro, a medida é uma forma de garantir a saúde dos clientes, evitando que a doença se agrave, pois as pessoas que tiverem indicação médica poderão realizar seu tratamento com as dosagens indicadas pelo médico nas próprias residências.

"A percepção clínica de nossos médicos é de que o uso da hidroxicloroquina, em associação com outras drogas, na fase inicial da doença, tem sido um elemento essencial para evitar a gravidade da Covid-19 em nossos pacientes", detalhou Jorge Pinheiro.

A ação, ainda segundo Jorge Pinheiro, contribui para que a situação dos pacientes não se agrave. "Quando ele se consultar com nosso médico em nossas unidades, e o médico entender que ele possui condições de ficar em casa e precisa da medicação, daremos acesso à hidroxicloroquina, já que muitos pacientes têm nos relatado dificuldades de encontrar a medicação na rede farmacêutica do País como um todo. Já temos, no momento, tratamento para 20 mil pessoas, mas estamos trabalhando para ampliar essa quantidade", explicou Pinheiro.

Entre os meses de maio e junho, o Sistema Hapvida contabiliza a marca de mais de sete mil altas de pacientes acometidos com a Covid-19 na rede própria em todo Brasil, de acordo com o último boletim epidemiológico da marca.

Atualmente, o Sistema Hapvida conta com 39 hospitais, 194 clínicas médicas, 42 prontos atendimentos, 177 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Em abril, o grupo de serviços em saúde também inaugurou uma moderna unidade hospitalar na cidade de Mossoró, no Oeste do Rio Grande do Norte.

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ESTADO DE MINAS

COVID-19: BH dobra mortes e amplia busca por leitos após flexibilizar

O processo de reabertura gradual do comércio em Belo Horizonte já engloba cerca de 92% dos empregos e aumentou a circulação de pessoas nas ruas. Iniciada em 25 de maio, a flexibilização das normas de isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus reflete de forma acentuada na estrutura hospitalar cidade. Desde que a prefeitura liberou o funcionamento de serviços não essenciais, a taxa de ocupação das UTIs específicas para COVID-19 passou de 40% para 74%. Acrescente também foi constatada nos leitos clínicos para pacientes com a doença, que têm 63% de vagas ocupadas, ante 34% do momento anterior.

Os números de casos confirmados e mortes em decorrência do coronavírus também cresceram significativamente. Entre março, quando o primeiro caso de COVID-19 foi detectado, e 24 de maio, véspera da reabertura dos primeiros estabelecimentos comerciais, BH tinha registrado 42 óbitos. Nos 25 dias pós-flexibilização, foram mais 45 vítimas, para um total de 87 até essa quinta-feira, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. Depois da reabertura, o número médio de mortes por 24 horas se multiplicou por três. A cada dez dias durante a flexibilização, morrem 18 pessoas. Antes, eram seis óbitos nesse mesmo período de tempo.

A taxa de letalidade do vírus não cresceu significativamente, mas o salto na quantidade de vítimas indica o aceleração na propagação da doença. A detecção de casos também aumentou (veja no gráfico). Até 24 de maio, eram 1.434 registros de COVID-19 em Belo Horizonte. A partir da reabertura, foram mais 2.376, para um total de 3.810. A média de novos infectados por dia subiu de 20,4 para 95 após a flexibilização do isolamento social.

De acordo com especialistas entrevistados pela reportagem, os reflexos epidemiológicos da reabertura do comércio não são sentidos imediatamente. Segundo eles, há um período de até 14 dias para que se possa ter certeza de que uma eventual aceleração propagação do vírus se deu em decorrência da flexibilização. "Os 14 dias são para que haja certeza total.

O período de incubação é de uma semana, mas as pessoas, às vezes, não procuram os hospitais no início dos sintomas. Elas podem ser internadas quando há piora, o que ocorre no começo da segunda semana. Então, considerando o número de internações, estamos falando dos pacientes que têm entre sete e dez dias de doença. As internações de hoje representam o que aconteceu, em termos de transmissão, entre 10 e 14 dias atrás", analisa o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Toledo Júnior. Integrante do Comitê de Enfrentamento à Epidemia de COVID-19 da prefeitura de BH, o infectologista Carlos Starling disse que era natural que houvesse aumento de casos e mortes durante a reabertura. A principal preocupação da administração municipal é evitar que falte equipamentos sanitários para atender aos pacientes. "O aumento nos casos reflete o número de internações e óbitos. Não é nenhuma novidade.

Isso é mais que esperado que aconteça. A prefeitura se preparou muito bem para a flexibilização. Uma hora a flexibilização vai acontecer. É preciso flexibilizar dentro da capacidade de atendimento", avalia.

Para analisar a reabertura do comércio, o comitê leva em consideração três variáveis: número médio de transmissão por infectado (Rt), ocupação de UTIs e ocupação de leitos de enfermaria. Para melhorar os dois últimos parâmetros, a PBH já começou a abrir novas vagas para internações. Nesta sexta-feira (19), o grupo anunciará se a capital mantém, recua ou avança no processo de flexibilização.

Rede privada

O crescimento das estatísticas após o início da flexibilização também se reflete nos dados divulgados por hospitais particulares da capital. Até 25 de maio, a rede própria da Unimed havia registrado 205 diagnósticos positivos. No dia 16 deste mês, o número saltou para 1.053. Houve aumento, também, nas internações.

No dia da retomada, eram 41 pacientes hospitalizados, 28 a menos que os 69 dessa quarta-feira.No Madre Teresa, os 36 casos confirmados - conforme estatísticas de 25 de maio - subiram para 85 nessa quinta-feira, um dia após a casa de saúde registrar a primeira morte em virtude do coronavírus. O número de internações também cresceu: de 11 para 33.As internações no Lifecenter seguiram o ritmo. Dados desta quinta-feira apontam 23 pacientes em isolamento - 8 casos confirmados e 15 suspeitos.

No dia inicial da flexibilização, por sua vez, havia seis pessoas isoladas, sendo que apenas uma delas já tinha testado positivo. Segundo o hospital, entre 25 de maio e 16 de junho, as UTIs exclusivas para tratar pacientes da COVID-19 tiveram 53,5% de ocupação. Entre 3 e 24 de maio, o percentual médio foi de 39,8%.Por nota, a Unimed confirmou o impacto da flexibilização nos atendimentos. "O isolamento mais rigoroso foi fundamental para reduzir as taxas de transmissão do vírus no país e evitar a sobrecarga do sistema público e privado de saúde.

Sabemos que as ondas de flexibilização impactariam de alguma forma a curva de transmissão, mesmo sendo feitas com responsabilidade e cautela". O Lifecenter não descarta expandir a capacidade operacional. "Novas estruturas podem ser implantadas de maneira ágil, já que o Lifecenter possui alta capacidade modular para abrir novas unidades de suporte aos pacientes com coronavírus, o que será avaliado de acordo com a evolução do número de casos da doença em nossa região". O Madre Teresa, por sua vez, diz não ter explicação para o aumento na quantidade de atendimentos.

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A REDAÇÃO

 

Iris assina decreto que autoriza reabertura de shoppings e galerias

Região da 44 também retomará atividades 

Adriana Marinelli

Goiânia - O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, assinou nesta quinta-feira (18/6) o decreto que libera abertura de  shoppings, galerias, centros comerciais, comércio varejista e atacadista a partir da próxima segunda-feira (22/6). De acordo com a prefeitura, o texto deve ser publicado nesta sexta-feira (19) e estabelece regras para a flexibilização. 

No caso dos shoppings e galerias, as praças de alimentação só funcionarão em regime take away (pegue e leve). O funcionamento dos cinemas também não está previsto no decreto. 

O comércio da região da 44 voltará a funcionar no dia 30 de junho, também com obrigatoriedade de medidas de segurança, como uso de máscaras e controle de temperatura de funcionários e clientes. 

O decreto também prevê  a realização de cultos e missas duas vezes na semana, mantendo o distanciamento social. Outras atividades, como bares, restaurantes e academias seguem sem previsão de reabertura. 

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JORNAL OPÇÃO

Goiás ultrapassa 13 mil casos de Covid-19 em dia com mais de 800 novos registros

Por Luiz Phillipe Araújo

Atualização da SES detalha nove mortes nas últimas 24 horas. Total de óbitos confirmados chega a 264, outros 33 seguem em investigação

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa que há 13.366 casos de doença pelo coronavírus 2019 (Covid-19), 853 novos registros nas últimas 24 horas. No Estado, há 39.986 casos suspeitos em investigação. Outros 21.609 já foram descartados.

Há 264 óbitos confirmados de Covid-19, nove a mais que no último boletim. Há 33 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 354 mortes suspeitas nos municípios goianos.

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

Prefeitura de Goiânia pretende credenciar leitos de UTI para Covid-19

Nielton Soares

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), programa a publicação de um edital de credenciamento de leitos, até a próximo sexta-feira (19), para ser utilizado no tratamento da Covid-19 via Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesta semana, a rede municipal já sofre com a lotação nos três hospitais que fornecem vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para casos confirmados ou suspeitos de contaminação pelo novo Coronavírus.

Nesta quinta-feira (18), por exemplo, a taxa de ocupação de UTIs disponíveis na rede municipal se encontra em 92%, quando houve a aplicação de leitos de UTI conveniados com o SUS de 10 para 16, com previsão de mais um leito, no Gastro Salustiano Hospital.

Com isso, a rede municipal passa a contar com até 67 leitos de UTI disponíveis para tratar a Covid-19. Esse número varia, uma vez que o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) possui capacidade de 4 a 10 pacientes. Lá, depende o perfil dos pacientes, se a infecção já foi confirmada ou não. Na unidade há oito leitos ocupados.

Já o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) tem 40 vagas de UTI, que segue lotado desde segunda (15). A SMS espera ainda a liberação de 10 leitos de UTI pela Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, mas depende de contratação de profissionais para atuar na UTI.

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PORTAL G1/GO

Médica goiana escreve carta em redes sociais com apelo sobre a Covid-19: 'Evolui agressivamente'

Após receber a notícia de que um amigo próximo está infectado com a doença, a profissional resolveu desabafar na internet e disse estar preocupada com o avanço do vírus entre os jovens.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

Mais uma médica goiana usou a internet para mostrar aos cidadãos como o coronavírus vem avançando sobre as pessoas mais jovens e que não pertencem a grupos de risco. Após receber a notícia de que um amigo próximo estava contaminado pelo vírus, Amanda Rincón escreveu uma carta aberta à sociedade com os mesmos relatos já expostos por outros médicos: hospitais cheios de pacientes com dificuldade para respirar e que acabam entubados num leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Em toda minha a vida nunca pensei que fosse viver algo tão bizarro como essa doença. A Covid-19 não escolhe rosto, corpo, idade. Ela simplesmente ataca. Ataca e mata. Não é só uma gripezinha”, diz um trecho da carta.

A médica diz estar preocupada com as pessoas fora dos grupos de risco, que têm se aglomerado com conhecidos sem o uso de máscara, segundo ela, em pistas de caminhadas pela capital.

“Por favor, não escutem quem diz que os hospitais estão vazios, porque não estão. Os hospitais estão cheios, lotados, abarrotados. E mesmo que haja ventiladores, os pacientes, ainda assim morrem, porque, às vezes, nem o ventilador nem as melhores medidas conseguem salvá-los. ”, alerta a médica.

Segundo Amanda Rincón, uma das partes mais difíceis ao atender o paciente é vê-lo “sem conseguir fazer a coisa mais básica da vida: respirar. E ele chega para você e pergunta: ‘E aí doutora? Vai ficar tudo bem? Vou ser entubado? De repente está tá no tubo, no ventilador, com acesso central e na UTI”, destaca a médica.

"Faça festa que te vejo no plantão"

A médica de urgência e emergência Thamine Mesquita do Vale também desabafou sobre a Covid-19 em redes sociais na quarta-feira (17).

Em três horas de trabalho no Cais de Campinas, ela já assinava o terceiro pedido de internação para paciente com coronavírus. Logo depois postou uma foto em sua rede social com um alerta: "Continue fazendo festa que eu te vejo aqui no plantão".

Cerca de 60 a 70 pessoas com sintomas de Covid-19 procuram diariamente atendimento médico no Cais de Campinas, como explica a médica. Destes casos suspeitos, aproximadamente 10 acabam sendo internados.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Quinta, 18 Junho 2020 17:33

Covid-19: Boletim Ahpaceg 18|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 18 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 18 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 21 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). O Hospital Clínica do Esporte não informou.

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje.

Quarta, 17 Junho 2020 16:55

Covid-19: Boletim Ahpaceg 17|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 17 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 17 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 21 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). O Hospital Clínica do Esporte não informou.

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados.

Terça, 16 Junho 2020 17:23

Covid-19: Boletim Ahpaceg 16|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 16 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 16 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados desde 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados.

TREINAMENTO PORANGATU

 

O apoio da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) ao Hospital de Campanha (HCamp) de Porangatu para o combate à pandemia de Covid-19 está ganhando mais um importante capítulo nesta semana com a doação de 40 camas à unidade instalada para o atendimento à população do norte do Estado. São equipamentos novos, adquiridos de uma empresa do sul do País, e que poderão equipar leitos comuns ou de Unidades de Terapia Intensiva.

Além das camas, que devem ser entregues hoje, 16, a Ahpaceg já enviou cinco aparelhos respiradores ao HCamp. Essa entrega aconteceu no dia 6 de junho e os respiradores estarão à disposição do hospital por seis meses, prazo que poderá ser renovado. Neste período, a Ahpaceg ficará responsável também pela manutenção dos equipamentos.

O projeto elaborado pela Associação para levar apoio e ampliar o atendimento a pacientes com Covid-19 em Porangatu e região inclui ainda a capacitação de profissionais de saúde do HCamp e de unidades de cidades vizinhas. Realizado em parceria com a UniEvangélica, o Curso de Formação de Multiplicadores Linha de Cuidado Covid-19 aconteceu no final de maio, em Anápolis.

O treinamento contou com simulação realística de atendimentos, a formação de multiplicadores para a capacitação de mais profissionais de saúde, mapeamento estratégico, desenho de fluxos da linha de cuidado total e orientações para a implantação de protocolos.

Coordenado pela diretora de Qualidade da Ahpaceg, Jacqueline Lopes Rodovalho, o Projeto HCamp Porangatu é todo custeado pela Associação e faz parte das ações desenvolvidas pela entidade para ajudar Goiás a enfrentar a pandemia de Covid-19.

Todo o trabalho voltado para Porangatu foi elaborado após uma visita de técnicos da UniEvangélica à cidade, quando foi feito um diagnóstico da estrutura de saúde local. Com base neste diagnóstico, foram definidas as etapas e ações do projeto.

Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, explica que ajudando Porangatu, a Associação ajuda todo o Estado e o povo goiano, contribuindo para o fortalecimento da interiorização do atendimento e evitando que pacientes tenham que buscar assistência em Goiânia. Segundo ele, esse trabalho poderia ser estendido a outras cidades do interior se houve a colaboração de outros setores da economia.

O apoio de outros empresários para o combate à Covid-19, de acordo com o presidente, ajudaria o Estado a vencer a pandemia em um tempo mais curto e a retomar suas atividades de forma mais rápida.

 

TREINAMENTO PORANGATU2

Segunda, 15 Junho 2020 17:46

Covid-19: Boletim Ahpaceg 15|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 15 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 15 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 20 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). O Hospital São Francisco de Assis e o Hospital Santa Terezinha não informaram.

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 15, quando foi registrados um óbito.

IPASGO

 

Em contato nesta segunda-feira, 15, com a diretoria da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), o presidente do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), Silvio Fernandes, informou já ter auditado cerca de 80% das contas hospitalares e garantiu que não haverá atrasos na liberação dos pagamentos dos serviços prestados.

A notícia tranquiliza os prestadores e demonstra a transparência do diálogo entre a Ahpaceg e o Ipasgo. Essa transparência tem sido uma marca da parceria entre o Ipasgo e a Ahpaceg, que vem ganhando força nesta pandemia.

Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, ressalta que o Instituto tem sido um grande parceiro da Associação na busca de soluções que assegurem e ampliem o atendimento aos pacientes neste período.

“Esse trabalho conjunto tem nos permitido oferecer aos beneficiários do Ipasgo uma assistência com qualidade e segurança", diz, ressaltando que esse é um compromisso de todos os associados credenciados pelo Instituto.

Especulações sobre uma possível paralisação dos atendimentos pela Ahpaceg, de acordo com o presidente, não passam de notícias falsas, pois essa medida sequer foi cogitada nem teria razão para acontecer neste momento.

Sábado, 13 Junho 2020 17:06

Covid-19: Boletim Ahpaceg 13|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 13 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 13 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e hoje, 13, quando foram registrados quatro óbitos.

Sexta, 12 Junho 2020 17:00

Covid-19: Boletim Ahpaceg 12|06|20

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2 BOLETIM DIÁRIO 12 06 20 INTERNAÇÕES UTI

Confira o boletim de hoje, 12 de junho, com os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).

Neste boletim estão detalhados os casos suspeitos e confirmados de altas médicas e de pacientes internados nas últimas 24 horas e o número de óbitos confirmados acumulados entre 4 de abril, data da primeira morte em hospitais associados, e ontem, 11.

Sexta, 12 Junho 2020 11:41

CLIPPING AHPACEG 11 E 12/06/20

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ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Bolsonaro pede que entrem e filmem hospitais para conferir leitos vazios

Demanda por testes de Covid-19 aumenta 5 vezes

Faltam testes de COVID-19 em Goiânia

UFG realiza tests para COVID-19

Casos de coronavírus em Goiás

Mortes superam 40 mil; Bolsonaro contesta números

Prefeitura de Rio Verde (GO) interdita complexo da BRF

Nova regra afeta 7% dos enterros

Medicamentos para entubação estão em falta no mercado

Mulher com coronavírus dá à luz a prematuro

"Velho durão" vence a Covid-19

Cirurgias pediátricas de cardiopatia têm déficit de 50%

A REDAÇÃO

 

Bolsonaro pede que entrem e filmem hospitais para conferir leitos vazios


Yuri Lopes
 

Goiânia - Durante a tradicional live transmitida pelo Facebook, o presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta quinta-feira (11/6), que seus apoiadores visitem e filmem hospitais de campanha para fiscalizar como estão a oferta de leitos, uma versão atual dos "fiscais do Sarney", como ficaram conhecidos os apoiadores do presidente que checavam o controle dos preços nos supermercados, em 1986.


Presidente Jair Bolsonaro incentiva as pessoas a entrarem em hospitais de campanha e hospitais públicos para filmar e ver “se os leitos tão ocupados ou não”. “Mais gente tem que fazer isso”, disse.

Nosso chefe de Estado pedindo que as pessoas arrisquem a vida.

A justificativa do presidente é a de que é preciso saber se há desperdício de dinheiro público nas unidades. Ele também pediu para que os vídeos sejam enviados para suas redes sociais e disse que o material será selecionado e enviado à Polícia Federal e à Abin. 

“Se tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso, mas mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”, disse.

No dia 5 de maio, deputados estaduais fizeram uma visita surpresa ao Hospital de Campanha do Anhembi, onde filmaram a situação da unidade temporária. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que vai registrar uma queixa-crime contra os parlamentares. 

Mandetta “global” 

Na mesma live, Bolsonaro criticou o desempenho do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e o acusou de inflar dados sobre a covid-19. “Esses números eram fictícios. Ele todo dia estava vendendo o peixe de ‘fique em casa’, ‘não saia’, ‘a curva tem que amansar’, ‘ciência, foco, foco na OMS’. Olha o vexame da OMS aí. Gosto do Mandetta como pessoa, mas ali ele deu uma escorregadinha na questão da pandemia. Deu uma inflada. Ele ficou empolgado pela Globo. Objetivo era vender o pavor”, falou.

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TV ANHANGUERA

 

Demanda por testes de Covid-19 aumenta 5 vezes

https://globoplay.globo.com/v/8620379/

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Faltam testes de COVID-19 em Goiânia

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76430800

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UFG realiza tests para COVID-19

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76430885

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Casos de coronavírus em Goiás

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76440072

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VALOR ECONÔMICO

 

Mortes superam 40 mil; Bolsonaro contesta números

Presidente diz que pode ter sido infectado em viagem aos Estados Unidos

O Brasil chegou à marca oficial de 40.919 mortes por covid-19 ontem, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde. Em 24 horas foram registrados 1.239 novos óbitos. Os casos confirmados da doença chegaram a 802.828 - mais de 30,4 mil pacientes diagnosticados.

O total de pessoas recuperadas da covid-19 é de 345.595. Outros 416.314 casos estão sob análise.

São Paulo já tem 10.145 mortes pela doença, 283 em 24 horas. O número de casos confirmados no Estado ultrapassam 162,5 mil. Rio de Janeiro teve 225 mortes entre quarta e quinta, chegando a 7.363), com 75,7 mil casos.

Pelos dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa formado por "O Globo", "Extra", G1, "Folha de S.Paulo", UOL e "O Estado de S. Paulo", a partir das atualizações das secretarias estaduais de Saúde, o país chegou a 805.649 contágios confirmados ontem, com 41.058 mortes. Os números são do boletim de 20h. Em 24 horas até aquele horário houve registro de 30.465 novos casos e 1.261 óbitos confirmados pelas secretarias.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em live transmitida pelo Facebook, que pode ter sido infectado pelo novo coronavírus depois de viajar aos EUA com uma comitiva em que mais de 20 pessoas testaram positivo para a covid-19. "Eu acho que eu já fui contaminado, dada a maneira que vim de um avião, dos Estados Unidos. Acho que 23 [pessoas] do avião pegaram [a doença]", disse.

No mês passado, Bolsonaro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os resultados negativos de exames para a detecção da covid-19. Na live ele não mencionou se foi submetido a outros testes ou se teve sintomas da doença. Falou sobre o fato de não ter tomado cloroquina de modo preventivo, a exemplo do que havia feito o presidente americano Donald Trump. Mas voltou a defender o medicamento, que não tem eficácia comprovada.

Apesar de pesquisas científicas mostrarem que o número de casos da covid-19 pode ser até sete vezes maior do que os efetivamente registrados, Bolsonaro voltou a sugerir que há supernotificação do número de mortes. Disse recebido "dezenas de denúncias" de mortes por outras causas atestadas como covid-19.

"Não entendo o que querem ganhar com isso. Talvez os caras estejam aproveitando as pessoas que falecem para ter algum ganho político e colocar a culpa no governo federal", afirmou. Bolsonaro ainda disse que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta apresentava "números fictícios", "vendia o peixe" da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o isolamento social e "exagerava com o objetivo de vender o pavor".

Ele voltou a criticar os governadores que têm optado por não flexibilizar as medidas de isolamento social, já que e os hospitais estariam conseguindo atender à demanda dos pacientes infectados. "Posso estar equivocado, mas ninguém perdeu a vida por falta de respirador ou leito de UTI", declarou.

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Prefeitura de Rio Verde (GO) interdita complexo da BRF

Por decisão da empresa, unidade, que tem vários funcionários contaminados pela covid-19, já estava paralisada

A Prefeitura de Rio Verde (GO) determinou nesta semana a interdição do complexo industrial da BRF localizado no município até 21 de junho. A decisão, publicada em decreto, ocorre em meio ao espalhamento da covid-19 na cidade. A unidade da BRF apresenta diversos casos da doença.

Por decisão da própria empresa, a fábrica já estava com as operações paralisadas desde sexta-feira. Atendendo à orientação da Vigilância Sanitária local, a BRF realizou testes nos mais de 8,5 mil funcionários e terceirizados entre os dias 5 e 7 de junho. Os resultados indicam alta incidência do novo coronavírus.

Entre as justificativas para a suspensão do complexo, a prefeitura cita que, dos testes que já tiveram resultado, 58,6% apresentaram diagnóstico positivo para a covid-19. Quando Rio Verde determinou a suspensão, o resultado de 29% das amostras era conhecido. Portanto, de 8,6 mil funcionários, ao menos 1,4 mil teriam testado positivo.

Em comunicado, a BRF informou que, até o momento, 32% das análises já foram concluídas. De acordo com a companhia, restante será encaminhado a "para outros laboratórios de maior capacidade de processamento, ampliando a quantidade de parceiros nesta frente, a fim de receber de forma conclusiva e completa todos os resultados".

A empresa fará, ainda, testes para a contraprova dos resultados por amostragem. O intuito é aumentar a confiabilidade ao processo. O protocolo de testagem da BRF foi desenvolvido pelo infectologista Esper Kallas, professor da Universidade de São Paulo, pelo Hospital Albert Einstein e pela consultoria McKinsey. No país, a empresa fez testes em cerca de 20 mil funcionários.

O complexo industrial de Rio Verde é um dos mais importantes para a BRF. Lá, a empresa abate frangos, suínos e produz alimentos processados. A unidade é habilitada para exportar para mercados como a China.

Segundo a empresa, todos os funcionários do complexo de Rio Verde se encontram afastados e sem qualquer prejuízo salarial.

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O POPULAR

Nova regra afeta 7% dos enterros

Até o dia 8 de junho, 261 pessoas já haviam sido sepultadas na capital com suspeita ou confirmação do novo coronavírus. Casos obedecem a conjunto de regras para despedida que incluem a vedação de caixões, entre outras normas

O número de sepultamentos feitos em Goiânia nos meses de abril e maio deste ano que seguiram o protocolo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) representa 7,38% do total realizado nos cemitérios da capital nesses dois meses. Em abril, foram registrados 1.279 funerais, sendo que 73 eram suspeitos ou confirmados de Covid-19. Em maio, esse registro foi de 1.444, sendo que 128 eram confirmados ou suspeitos para a doença, número 64% maior do que o registrado no mês anterior. Os dados são da Central de Óbitos da capital. Desde o início da pandemia até a última segunda-feira (8), 261 pessoas já haviam sido enterradas nessas condições. No boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) neste mesmo dia, Goiânia contava com 79 mortes confirmadas pela Covid-19.

O administrador do Cemitério Parque, no Setor Gentil Meireles, José de Souza, explica como são os sepultamentos feitos pelo protocolo para mortes, confirmada ou suspeitas, por coronavírus. "Não tem velório. O corpo vem direto do hospital e o caixão é fechado o tempo todo. Além disso, apenas dois membros da família podem participar do momento do sepultamento mantendo a distância apropriada."

Para fazer os enterros dos casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, os coveiros também precisam tomar cuidados especiais. "Eles vestem macacões apropriados e têm de usar máscaras e luvas de proteção. Nós também delimitamos uma área em volta do jazigo para evitar a circulação de pessoas", diz Souza.

Os velórios e sepultamentos de pessoas que não morreram por conta do novo coronavírus também sofreram restrições. "Só podem participar dez pessoas e elas não podem ficar todas aglomeradas. O caixão pode ficar aberto, mas o velório só pode durar quatro horas", explica.

Dobro do tempo

A longo prazo, se aumentar a demanda, os enterros feitos pelo protocolo poderão gerar uma crise adicional. Os corpos das pessoas enterradas com a suspeita ou confirmação do novo coronavírus nos cemitérios públicos irão demorar dez anos para terem permissão para a retirada. Normalmente, a espera para o procedimento e enterrar outro corpo é de cinco anos. As gavetas ficarão ocupadas o dobro do tempo.

O motivo para a espera prolongada são os invólucros cadavéricos, espécies de sacos onde os corpos das pessoas com suspeita ou confirmação da Covid são colocados. "Quando as pessoas morrem são colocados dentro desses invólucros e depois dentro dos caixões. Eles são feitos de plástico, o que acaba atrasando a decomposição do corpo", explica o gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios da Secretaria Municipal de Assistência Social, Divino Evangelista.

Por conta do atraso na decomposição e informações das propriedades do plástico, foi tomada a decisão de aumentar o tempo mínimo para exumação. "Os técnicos fizeram uma avaliação da situação e chegaram à conclusão de que pode ter risco de contaminação", diz o gerente.

Evangelista explica que, caso haja outras gavetas no mesmo jazigo onde a pessoa com Covid-19 foi enterrada, elas terão uso normal. "A maioria dos jazigos tem mais que uma gaveta. Porém, se for o caso de ter só uma e ocorrer uma nova morte em um período inferior a 10 anos, será construída uma gaveta emergencial", finaliza o gerente.

Rio Verde

Quando uma pessoa da mesma família morre na cidade, o normal é que a mesma cova seja reaberta para novo sepultamento. Mesmo que não seja por consequência da infecção do novo coronavírus, quando uma pessoa morre em Rio Verde uma nova cova é aberta para evitar que principalmente os trabalhadores dos cemitérios tenham contato com os gases emitidos pelo corpo humano. "Ainda não se sabe sobre o comportamento do vírus depois que a pessoa morre. Não podemos colocar mais vidas em risco", afirma o diretor geral de cemitérios da cidade, Wendel Carlos Moraes e Silva.

Coveiros passam por treinamento para terem mais segurança

Os coveiros que trabalham nos quatro cemitérios públicos de Goiânia (Santana, Parque, Vale da Paz e Jardim Saudade) estão recebendo desde maio deste ano um treinamento para fazerem o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que estão sendo fornecidos pela Prefeitura.

A necessidade de um treinamento surgiu da observação do gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios, Divino Evangelista. "Vimos que apesar de eles terem os equipamentos, eles precisavam saber usá-los corretamente. Por isso, pedi para uma técnica em segurança do trabalho e dois engenheiros de segurança do trabalho da Secretaria Municipal de Administração (Semad) passarem um treinamento para eles", esclarece o gerente.

O treinamento, que é realizado durante o horário de trabalho das três diferentes equipes de plantão nos quatro cemitérios municipais, ainda não tem data para ser finalizado. 

"Estamos nos esforçando para sermos rápidos. Nós vamos até o local e explicamos, por exemplo, como devem se vestir e se despir do macacão que usam para fazer os sepultamentos sem se contaminarem", explica Evangelista.

A recepção dos coveiros com a novidade implementada foi boa. "Eles gostaram de receber as orientações e tiraram muitas dúvidas durante o processo. Esse treinamento acaba os ajudando a ter mais segurança na hora de executar o trabalho. Além disso, com o treinamento temos mais tranquilidade para afirmar que a saúde deles está sendo bem cuidada", finaliza o gerente. 

Famílias resistem a protocolos

Os protocolos adotados na hora do sepultamento de pessoas com suspeita ou confirmação de infecção por Covid-19 têm sido encarados com resistência por algumas famílias. "Temos alguns casos de família que são resistentes e querem, por exemplo, abrir o caixão", aponta o gerente municipal de Administração de Cemitérios, Divino Evangelista. 

O gerente ressalta que os procedimentos são padrões e necessários para a proteção da família da pessoa que morreu. "Entendemos que é dolorido, mas é uma questão de segurança dos familiares e também dos nossos profissionais. Por isso, pedimos que as famílias entendam a necessidade e colaborem para que tudo ocorra da maneira mais correta possível", esclarece Evangelista. 

O coveiro Edmar Macêdo de Jesus, que trabalha no Cemitério Santana, no Setor dos Funcionários, há 12 anos, relata que em alguns sepultamentos é necessário até pedir o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM). "Sabemos que é um momento delicado e evitamos ao máximo, mas têm famílias que não entendem e não respeitam. Aí temos que pedir a presença da GCM", conta.

A dificuldade de seguir o protocolo nos enterros de casos suspeitos e confirmados da Covid-19 acontece desde o início da pandemia. "Eu e o meu parceiro que trabalha comigo temos um combinado de não abrir de jeito nenhum. Por mais que seja difícil e um momento muito delicado, se trata da segurança e saúde de todos nós", enfatiza Jesus.

No momento, cemitérios não estão sobrecarregados

Apesar do acumulado de mortes pela doença e do total de sepultamentos nos cinco primeiros meses de 2020 (6.739) ter sido maior do que no mesmo período de 2019 (5.524), a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e o Sindicato das Empresas Funerárias, Cemitérios e Crematórios de Goiânia e Região Metropolitana (SEFECC-GO) afirmam que o número total de sepultamentos na capital desde o início da pandemia da Covid-19 diminuíram. De acordo com os dados da Central de Óbitos, em março deste ano ocorreram 1.372 sepultamentos em Goiânia. Em 2019, foram 1.433. No mês seguinte, em abril de 2020, foram registrados 1.279. No mesmo mês do ano passado foram 1.373. A tendência só mudou no mês de maio: em 2020 foram registrados 1.444 sepultamentos, enquanto em 2019 foram 1.394.

O gerente da Central de Óbitos e Administração de Cemitérios, Divino Evangelista, explica que no início da pandemia houve uma preocupação com o número de covas, insumos e mão de obra disponível. "Frente a tudo que o País está vivendo, ficamos com medo de ter uma sobrecarga no nosso sistema. Porém, até o momento não foi preciso fazer nenhuma alteração, nem preparar novas covas. Estamos conseguindo lidar com tranquilidade com o número de mortos tanto nos cemitérios públicos, quanto nos privados", esclarece.

O diretor executivo da funerária Paz Universal e vice-presidente do SEFECC-GO, Wanderley Rodrigues, afirma que o setor funerário também esperou um aumento da demanda. "Na verdade tivemos uma redução de mortes nos primeiros meses do ano. Porém, temos uma rede funerária muito bem estrutura. Se repentinamente houver um aumento de 50% na demanda dos serviços, conseguimos absorver tranquilamente", aponta. O vice-presidente do SEFECC-GO acredita que esta queda nas mortes em março e abril se deu por conta do isolamento social. "Acreditamos que o número de mortes violentas e por acidentes diminuiu e mesmo com os registros da Covid-19, isso refletiu na baixa no número de óbitos."

No Complexo Vale do Cerrado, na GO-060, na saída para Trindade, onde fica o único crematório do Estado, também não houve aumento de cremações. "Ano passado estávamos fazendo em torno de 16 cremações por mês e sigo com o mesmo número. Até o momento, apenas cinco pessoas com a Covid-19 foram cremadas aqui", aponta o diretor do local, Guilherme Santana. Porém, de acordo com ele, os sepultamentos de pessoas com a Covid-19 no Cemitério Vale do Cerrado, têm crescido nas últimas semanas. "Já foram enterradas 20 pessoas aqui. Grande parte desses óbitos ocorreu nas duas últimas semanas, depois das flexibilizações. Por isso, estamos nos preparando para que o número de enterros possa começar a crescer", esclarece.

Com avanço de casos, Rio Verde abre novas covas em cemitério

Diante do aumento exponencial do número de pessoas que testaram positivo para a Covid-19 em Rio Verde, no Sudoeste do Estado, dezenas de covas estão sendo abertas no Cemitério São Sebastião. A medida, de acordo com o diretor geral de cemitérios da cidade, Wendel Carlos Moraes e Silva, é tomada porque não existe norma técnica recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o que deve ser feito nos casos de reabertura de covas para novos sepultamentos. Por isso, o município criou seu próprio protocolo. A prioridade é não reabrir túmulos de quem teve a doença.

Quando uma pessoa da mesma família morre na cidade, o normal é que a mesma cova seja reaberta para novo sepultamento. Mesmo que não seja por consequência da infecção do novo coronavírus, quando uma pessoa morre em Rio Verde uma nova cova é aberta para evitar que principalmente os trabalhadores dos cemitérios tenham contato com os gases emitidos pelo corpo humano. "Ainda não se sabe sobre o comportamento do vírus depois que a pessoa morre. Não podemos colocar mais vidas em risco. Em casos de meningite, por exemplo, os túmulos só podem ser reabertos depois de oito anos. Para evitar uma possível crise, escolhemos deixar o local preparado para o que for necessário."

O diretor explica que a abertura de novas covas é uma precaução que tem sido tomada, especialmente a parir deste mês. Outra medida adotada foi a escolha de quatro profissionais para atuarem especificamente nestes casos. Eles receberam equipamentos de proteção individual da prefeitura e trabalham paramentados para evitar qualquer risco de contágio.

Na cidade, os sepultamentos de pessoas que tiveram a infecção ocorrem apenas no Cemitério São Sebastião. A cidade possui outro cemitério, além de outros três distribuídos nos distritos de Rio Verde. A decisão por sepultar em apenas um deles foi para restringir o contato das equipes com este tipo de cadáver. O diretor ainda acrescenta que, com isso, quer evitar o contágio dos trabalhadores e de suas famílias. Entendemos que manter uma equipe treinada especificamente para esse fim é um dos meios de evitar possíveis novos contágios.

Além disso, ele diz que a cidade mantém os protocolos de não abrir os caixões durante os velórios e limitar o acesso de pessoas às salas de velório a fim de evitar aglomerações.

O POPULAR esteve no cemitério na última quarta-feira (10), dia em que dois idosos foram sepultados. As duas vítimas, com diagnóstico confirmado para Covid-19, eram um homem de 78 anos e uma mulher de 85. Um deles residia em um lar de idosos da cidade onde há outros internos com suspeita de infecção por coronavírus.

Casos

Na atualização dos casos de coronavírus em Rio Verde, divulgada na noite desta quinta-feira (11), o prefeito Paulo do Vale (DEM) informou que 2.229 pessoas testaram positivo para a infecção até agora. Sete pessoas morreram pela doença e 2.138 estão em isolamento. Outras 28 ainda estão internadas e 56 já são consideradas curadas.

O elevado número de positivos está relacionado a uma testagem em massa em indústrias do município nos últimos dias. A cidade tem 7.573 suspeitos que aguardam resultado dos exames, com 38 pessoas internadas em enfermarias públicas e 5 em UTIs do SUS. Outros 11 pacientes estão em enfermarias da rede privada e 10 em UTIs particulares.

Goiás tem mais 475 registros de coronavírus e totaliza 7.696 casos

Com 475 novos casos de Covid-19 confirmados nas últimas 24 horas, Goiás chegou a 7.696 ontem a (11). Os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) apontam ainda 32.715 suspeitas em investigação. Outros 16.694 já foram descartados. No total, são 189 óbitos, 1 a mais do que os divulgados na última quarta-feira (10). Apesar disso, O POPULAR já havia revelado que já são pelo menos 204 mortes confirmadas de pacientes contaminados pelo novo coronavírus, de acordo com dados de secretarias municipais. O número de casos deve subir de forma significativa nos próximos dias, pois as confirmações da testagem em massa nas indústrias de Rio Verde ainda não foram incluídas nos dados oficiais SES, que prepara uma força-tarefa para a atualização dos dados.

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Medicamentos para entubação estão em falta no mercado

Hospitais não estão conseguindo adquirir relaxantes musculares usados em leitos de UTI, mas afirmam que ainda há estoque para demanda atual

Médicos e gestores da área da Saúde em Goiás estão em alerta por conta da dificuldade de aquisição de medicamentos sedativos e relaxantes musculares utilizados para a entubação de pacientes com Covid-19. Após enfrentar um aumento significativo nos preços, em comparação ao início da pandemia, as unidades hospitalares simplesmente não encontram mais a medicação no mercado. O problema é nacional e, de acordo com a indústria farmacêutica, se dá pela falta de insumos para a produção.

Goiás ainda não registra falta de sedativos nas unidades hospitalares, mas os estoques estão baixos. Para o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, atualmente, o risco de desabastecimento dos medicamentos essenciais às unidades de terapia intensiva preocupa mais que o quantitativo de leitos de UTI. Mas para ele, apesar de crítica, a situação em Goiás ainda está melhor que em outros Estados onde já há a falta desses produtos.

"O que mais tem preocupado, neste momento, é a falta no Brasil de sedativos e de relaxantes neuromusculares. Isso aí tem sido absolutamente crítico. Além de estar raro, está absurdamente caro. Não que o quantitativo de leitos não nos preocupe, mas esses nós ainda temos uma reserva", afirmou.

Alexandrino explica que gestores estaduais se uniram, por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para comprar as medicações fora do País. "Nós estamos fazendo uma gestão junto a Organização Panamericana da Saúde (Opas) para uma aquisição no exterior, provavelmente no México, Estados Unidos, Canadá e Argentina."

Nos bastidores, a falta de insumos para a fabricação dos medicamentos por parte de indústria é questionada. Havia uma promessa de reajuste para esse tipo de medicação no Congresso Nacional em março desde ano, após anos sem nenhum tipo de aumento, e isso não ocorreu, o que levantou a hipótese de uma pressão política.

Goiânia

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia diz que ainda não há comprometimento do atendimento nas UTIs sob a gestão do município. No entanto, A SMS não consegue efetuar compra há dois meses.

"Temos um estoque, mas em uma quantidade que preocupa, porque o número de casos está subindo e a gente não sabe como as pessoas vão se comportar. Se tivermos nas unidades uma procura maior de pacientes com dificuldade de respirar, que precisarão de um processo de entubação, (a medicação) vai faltar", diz o superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde da SMS, Silvio José de Queiroz.

"A gente sempre fez essas compras com uma margem de segurança, que é o que está garantindo o estoque neste momento. Nós vamos pedir emprestado a outras prefeituras e hospitais e tentar minimizar ao máximo essa situação", adianta.

O superintendente explica que o relaxante muscular é fundamental para entubar um paciente com segurança. "O profissional aplica a medicação na veia, relaxa a musculatura e nesse momento introduz o tubo na traqueia do paciente", detalha. O sedativo, por sua vez, é utilizado para manter o corpo sob ventilação mecânica, onde o aparelho faz todo o processo de respiração.

A entubação é o principal recurso para os pacientes graves de Covid. Doentes em situação crítica, com o pulmão bastante afetado pela infecção, chegam a ficar de 10 a 15 dias em utilizando um ventilador mecânico.

Um profissional de saúde do Hospital das Clínica da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), que atua diretamente com pacientes graves com Covid-19 e prefere não ser identificado, diz que vários hospitais da cidade não encontram sedativos, analgésicos e relaxantes musculares para comprar. "Aquele problema que tinha lá atrás, de falta de EPI, não era tão grave como esse agora", alerta.

No caso do HC, ele relata que, com a volta das cirurgias eletivas, o problema vai aumentar. "Mas precisa voltar, muita gente precisa (de cirurgia)."

Assim como os gestores do Estado e do município, o médico diz que o HC não chegou ao ponto de não ter a medicação. No entanto, já teve que "escolher outros medicamentos que talvez não fossem o melhor para aquele momento". "Precisa de um tipo, não encontra e usa outro. Não é que seja prejudicial ao paciente (substituir), mas as vezes não é o ideal", diz.

O profissional destaca ainda o problema do custo quando encontra o produto no mercado." Tem drogas que (o hospital) comprava por R$ 1 a ampola e hoje está R$ 30".

Responsável pela gestão do Hospital de Campanha de Goiânia, o maior dedicado ao enfrentamento da Covid-19 no Estado, a Associação de Gestão Inovação e Resultados em Saúde (Agir) informa que, apesar do problema nacional, não existe desabastecimento em suas unidades. A OS também administra o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

"Nos antecipamos ao elaborar planos de contingência para minimizar problemas futuros, como criar fluxos e protocolos específicos entre as equipes técnicas e os almoxarifados de farmácia das unidades, até o estudo de princípios ativos dos medicamentos de maior relevância para a assistência que podem ser substituídos, eventualmente, por outros disponíveis no mercado."

O Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), que também é referência para tratamento da Covid-19 em Goiânia, informou que, diante da falta de medicamentos para anestesia no mercado, "foram definidas condutas específicas no caso de faltarem esses itens, sempre garantindo o bom atendimento e a eficácia no tratamento dos pacientes internados no HMMCC". No entanto, assessoria de imprensa não detalhou quais seriam essas "condutas específicas".

Apesar de não atender casos confirmados ou suspeitos de coronavírus, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), pelo perfil da unidade, é um dos que mais utiliza sedativos e anestésicos no Estado. Segundo a assessoria, qualquer falta de medicamento, insumos ou outro recurso que possa impactar na assistência ao paciente preocupa. "Alguns medicamentos se encontram em falta no mercado e estamos trabalhando já faz algum tempo em aumento de estoque e com a área clínica, para padronização de substitutivos."

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Mulher com coronavírus dá à luz a prematuro

Em Catalão, no Sul do Estado, uma mulher de 34 anos que precisou fazer uma cesariana às pressas por causa de insuficiência respiratória, um dos sintomas da Covid-19, teve alta do Hospital São Nicolau na última segunda-feira (8). A então gestante, que prefere se manter no anonimato, deu entrada no hospital no dia 15 de maio e seu estado ficou muito grave, o que levou o corpo clínico a optar pela interrupção da gestação. O bebê, que nasceu com 1,4 kg, permanece na UTI Neonatal e não tem a doença.

Giselda Vasconcelos Vieira de Alcântara, obstetra que recebeu a gestante de pouco mais de sete meses, uma auxiliar de serviços gerais, contou que a mulher apresentava tosse, falta de ar e febre. "Quando foi feita a tomografia, vimos que o pulmão já estava muito comprometido." No dia 18 de maio, diante da piora do quadro, foi decidida a cesariana de emergência. "Ela já deixou o centro cirúrgico entubada e foi direto para a UTI."

Ao deixar o hospital, que montou uma UTI específica para pacientes de Covid-19, a mulher estava totalmente curada. No hospital há ainda outros três pacientes internados, entre eles um senhor de 84 anos que vem apresentando excelente evolução em seu quadro de saúde após um mês de internação. A expectativa é que ele deixe a unidade na próxima segunda-feira.

Os médicos do Hospital São Nicolau, que é um estabelecimento privado e mantém convênio com a prefeitura local para atender parturientes, aguardam o bebê, que é do sexo masculino, ganhar mais peso para liberá-lo do hospital. Assim que nasceu, a criança precisou de respirador por 48 horas, mas seu estado de saúde é considerado satisfatório.

A auxiliar de serviços gerais deixou o hospital aplaudida pela equipe técnica, mas pediu para não ser identificada depois de sofrer muito com comentários na cidade sobre seu estado de saúde. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Catalão tinha nesta quarta-feira (10), 81 casos confirmados de Covid-19 e outros 162 suspeitos. 

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"Velho durão" vence a Covid-19

Homem passou por dez dias de internação. Belarmino Lemes de Siqueira teve alta do Hospital Municipal (HMAP) livre do novo coronavírus. Família acredita em milagre

Belarmino Lemes de Siqueira nunca gostou de ficar parado, nem mesmo quando deixou de lado a lida na zona rural em Paraúna, município goiano onde viveu, e mais tarde a função de servente de pedreiro na região metropolitana de Goiânia. Teve, sim, alguns apertos relacionados à sua saúde, mas saiu deles ainda com mais coragem para enfrentar a vida. Foi o que aconteceu na última terça-feira (9) quando, aos 94 anos de idade, deixou, sob aplausos da equipe técnica, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), depois de driblar a Covid-19, doença provocada pelo coronavírus que tende a agravar o estado de saúde de pessoas com mais idade.

Rodeado pela família, na casa onde vive no Parque Ibirapuera, em Aparecida de Goiânia, ele ergue as mãos para os altos, num agradecimento a Deus, quando a nora Lia diz que "ele é um exemplo de superação, um herói para toda a família" por ter sobrevivido à Covid-19, uma doença difícil e ainda tão desconhecida. Um dos filhos, o militar da reserva Agnaldo, conta que o pai colocou marcapasso há cinco anos, mas que sempre foi uma pessoa inquieta de nunca se acomodar num mesmo lugar ou numa mesma situação. "Ele é um velho durão. Venceu a Covid depois de cinco dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e outros cinco na enfermaria".

O ex-agricultor foi internado no dia 31 de maio com sintomas de confusão mental, falta de ar e tosse e com diagnóstico positivo para Covid-19. Durante o tempo em que permaneceu na UTI não precisou de respiração mecânica, apenas o auxílio de oxigênio. Voltou para casa ainda com pneumonia, mas já livre do coronavírus. Viúvo e sob os cuidados dos filhos, das noras, dos genros e dos netos, ele ainda está debilitado e com a voz enfraquecida, mas atento a todos os acontecimentos ao seu redor.

"Esse episódio foi uma lição de vida para todos nós. Já somos uma família muito unida, mas agora ficamos mais. A gente considera que ele sair bem da Covid, aos 94 anos, foi um milagre de Deus. Nunca perdemos a fé. Tínhamos uma crença muito grande de que ele sairia dessa", afirma Agnaldo. "Ele é guerreiro, lutou e venceu a doença", concorda Lia, a nora. Segundo ela, o empenho e o carinho dos profissionais do HMAP fizeram toda a diferença para a recuperação do sogro que ficou emocionado diante da homenagem da equipe no momento da alta hospitalar.

Os colaboradores da unidade, de acordo com o diretor técnico do HMAP, Sérgio Vêncio, ficaram sensibilizados com a cura do idoso, o que se tornou mais um caso emblemático para a história da unidade, inaugurada em dezembro de 2018. No dia 2 deste mês, o casal Alice Santana de Jesus Costa, de 63 anos, e Evilásio Francisco Costa, de 67, deixou junto o hospital, também sob aplausos da equipe, segurando o cartaz com a inscrição "Eu venci a Covid-19".

"A dedicação de todo o grupo tem sido fundamental para a gente conseguir cumprir nosso compromisso com a saúde. Ver o paciente sair daqui sob aplausos nos encoraja a enfrentar todas as dificuldades", enfatiza Sérgio Vêncio. Para os familiares, a recuperação do patriarca, além de uma vitória para quem cuidou dele é, essencialmente, um estímulo para pessoas mais velhas que estão ou que forem acometidas com a doença. "Meu pai ficou todos esses dias no hospital, passou por dificuldades e venceu. Cremos em algo sobrenatural. Isso é mesmo coisa de Deus", comentou o militar da reserva.

Familiares são infectados

O aposentado Belarmino Lemes de Siqueira não foi o único da família a contrair a doença provocada pela última versão do coronavírus. O filho Agnaldo conta que todos estavam cumprindo a quarentena e tomando os cuidados conforme o que foi preconizado pelas autoridades de saúde.

 "Estávamos separados, cada família em sua casa", detalha. Há cerca de 20 dias começaram a surgir sintomas em alguns dos parentes. "Fizemos dois encontros em chácaras, todos foram, até meu pai, pode ser que tenha sido isso, não sabemos". O militar da reserva, a mulher Lia, um irmão dele e uma cunhada estão entre os infectados.

Para Agnaldo, o que aconteceu "foi um azar muito grande". Como os irmãos e suas famílias estavam fechados em casa, eles acreditaram que os "encontros nas chácaras não dariam em nada". Fora o pai Belarmino, os quatro mais velhos da família foram os que apresentaram mais sintomas, como calafrio, tosse, febre e dores nas articulações. "Nós não precisamos ficar no hospital. Nos cuidamos em casa mesmo, mas consideramos que houve um grande milagre na família." Entre os que positivaram estão crianças e adolescentes que, conforme o militar da reserva nem pareciam que estavam doentes. "Ficaram totalmente assintomáticas".

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JORNAL OPÇÃO

Cirurgias pediátricas de cardiopatia têm déficit de 50%

Por Marcos Aurélio

Pandemia fez com que reduzisse ainda mais o número de cirurgias cardíacas no País

Esta sexta-feira, 12, também é lembrada por ser o  Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita. No entanto, neste ano não há muito o que se comemorar, já que, segundo o presidente do Departamento de Cirurgia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), Andrey Monteiro, a situação é de preocupação em função da pandemia do novo coronavirus.

Segundo Monteiro existe um déficit acumulado de cirurgias cardíacas pediátricas não realizadas no país, que já era de 50% antes da pandemia. “Existe um número de cirurgias que é realizado mensalmente e só contempla 50% dos casos. Esse número foi reduzido entre 70% e 80%, em todo o país [com a crise da covid-19]”. A queda ocorreu tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), como na rede privada. O cardiologista imagina que, a curto prazo, o déficit acumulado poderá aumentar ainda mais. “Quanto mais tempo isso [pandemia] durar, maior será o déficit”, conclui.

Protocolos de segurança

De maneira geral, no Brasil, só têm sido feitos casos de urgência, quando há risco iminente. A situação varia de acordo com o porte do hospital, observou Monteiro. No Hospital Pro Criança Cardíaca, instituição médico-social fundada há 23 anos para cuidar da criança cardíaca carente, o atendimento dos pacientes vem sendo mantido, operando-se casos com maior risco de morte e com cuidados redobrados, seguindo todos os protocolos clínicos de segurança, como a testagem do paciente, familiares e equipe médica, destacou Andrey Monteiro. Por ser um hospital pediátrico, não há tanta pressão de adultos internando no local, como ocorre em um hospital geral, por exemplo, que teve de ceder leitos pediátricos para internar adultos, explicou.

O cardiologista admitiu, entretanto, que houve uma redução no movimento de cirurgias cardíacas pediátricas para todos os hospitais, em média entre 70% e 80%. “Uns reduziram menos, outros mais, outros até pararam o movimento cirúrgico. Cada centro tem um cenário”. Segundo o especialista, o déficit é maior nas regiões Norte e Nordeste e menor no Sul e Sudeste brasileiro. Deixou claro, porém, que em relação à queda do movimento de cirurgias pediátricas, a perda ocorreu em todo o país.

Gravidade da situação

Andrey Monteiro afirmou que o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita é um motivo a mais para que a população e os profissionais de saúde compreendam a gravidade da situação para a população infantil. “O problema não é só da rede assistencial. Neste momento, por conta da preocupação em não se contaminar, a verdade é que as pessoas sequer estão buscando tratamento para outros problemas de saúde. As famílias, muitas vezes, não querem levar o paciente para tratamento porque acham que vão se expor”.

Monteiro destacou o número crescente de enfartes registrado dentro das casas, desde o início da pandemia, porque as pessoas sequer procuram o hospital. “Passa a haver uma série de problemas e não só por causa da rede assistencial. Isso também passa pela preocupação das pessoas e, de certa forma, pela desinformação”. É preciso, disse Monteiro, que outros centros pediátricos voltem a operar, priorizando os pacientes mais graves.

A data nacional de conscientização é oportuna para divulgar o número que já era deficitário antes da pandemia, mas também para incentivar os profissionais e os familiares que a assistência tem que continuar e que se deve ir retomando a vida normal com os protocolos clínicos e as cidades mantendo as orientações de segurança, recomendou.

Sequelas

A cardiopatia congênita envolve desde uma apresentação simples, que pode ser notada como um sopro cardíaco, até alterações externas, como a criança ficar arroxeada, com baixa oxigenação no sangue. Essas cardiopatias podem provocar sequelas nas crianças, dependendo do nível de gravidade do caso. Andrey Monteiro esclareceu que o não tratamento no momento adequado aumenta a chance de deixar sequelas mesmo nos pacientes tratados. “Isso vai variar de acordo com o nível da cardiopatia, com o nível de comprometimento do coração, até se o momento em que houve o tratamento foi adequado ou não”. As cardiopatias mais complexas, em casos extremos, têm chance de gerar problemas em outros órgãos além do coração, como pulmão, fígado e rins.

Andrey Monteiro informou que os procedimentos eletivos de baixo risco não têm sido realizados no Hospital Pro Criança Cardíaca. O volume global de cirurgias para pacientes de convênios de planos de saúde foi bastante reduzido desde março, quando teve início o isolamento social decretado para evitar a disseminação da covid-19. Por outro lado, não houve interrupção nas cirurgias efetuadas nas crianças com cardiopatia congênita atendidas pela instituição tradicionalmente, que se mantiveram no volume histórico de quatro procedimentos mensais.

Subnotificação

Apesar de estudos iniciais demonstrarem que as crianças são menos suscetíveis à covid-19, com uma incidência em torno de 4%, acredita-se que há uma subnotificação da doença na população pediátrica, já que a maioria é assintomática ou pouco sintomática.

A diretora médica do Hospital Pro Criança Cardíaca, Isabela Rangel, ressaltou que, recentemente, foi evidenciada uma nova apresentação clínica em crianças e adolescentes associada à covid-19, denominada Síndrome Inflamatória Multissistêmica, com manifestação clínica e alterações laboratoriais similares às observadas na Síndrome de Kawasaki (doença infantil rara que causa inflamação nas paredes de alguns vasos sanguíneos do corpo) ou na Síndrome de Choque Tóxico (complicação rara e potencialmente fatal de certas infecções bacterianas).

O Hospital Pro Criança Cardíaca foi fundado pela cardiologista pediátrica Rosa Célia. No ano passado, a médica recebeu o Prêmio de Personalidade do Ano na Área da Saúde, concedido pela Hospitalar, plataforma que gera negócios e promove o desenvolvimento do setor.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação