Administrador

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Quarta, 21 Outubro 2020 08:14

CLIPPING AHPACEG 21/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

Brasil registra 661 mortes por covid-19 em 24 horas; total vai a 154.837

Caiado afirma que Goiás vai receber vacina contra Covid-19 a partir de janeiro: 'Cada frasco imuniza 10 pessoas'

CoronaVac: 7 perguntas para entender a vacina do Butantan

Pesquisa vai sequenciar genoma para saber quais variantes do coronavírus circulam em Goiás

Brasil anuncia que vai comprar 46 milhões de doses da CoronaVac

Obrigatoriedade da vacinação divide país e pode parar no Supremo

Raia Drogasil aguarda parecer sobre proibição de medicamentos de marca própria

Plano de saúde digital Sami recebe aporte de R$86 milhões

Com serviço de teleorientação, Seguros Unimed lança "Super App"

Rede DOr pede ao Cade para elevar participação na Qualicorp

Covid-19: Goiás registra 1.361 novos casos e 43 mortes em um dia

Atuação de Caiado na pandemia é aprovada por 73% dos goianos, diz pesquisa

 

 

PODER 360

 

Brasil registra 661 mortes por covid-19 em 24 horas; total vai a 154.837

O Brasil tinha pelo menos 154.837 mortes por covid-19 até as 19h desta 3ª feira (20.out.2020). São 661 vítimas a mais que no dia anterior. Os dados são do Ministério da Saúde.

O país contabiliza 5.273.954 casos de covid-19, segundo a pasta. Acréscimo de 23.227 casos, em 24 horas.

Cerca de 4,7 milhões de pessoas se recuperaram da doença até o momento. Outras 398 mil estão em acompanhamento.

O Brasil é o 2º país do mundo com mais mortes por covid-19. Só os Estados Unidos têm mais vítimas: 226.020.

O número de mortos no Brasil também é elevado na comparação proporcional. São 731 mortes por milhão de habitantes -segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A taxa coloca o Brasil na 4ª posição do ranking mundial. O Peru é o país onde a covid-19 mais mata em relação ao número de habitantes. São 1.021 mortes por milhão de pessoas. Distrito Federal, Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso e Amazonas têm taxas mais altas.

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PORTAL G1

 

Caiado afirma que Goiás vai receber vacina contra Covid-19 a partir de janeiro: 'Cada frasco imuniza 10 pessoas'

Em reunião com o ministro da Saúde, Caiado disse que a vacina será aplicada primeiro nos profissionais da saúde e em pessoas de grupos de risco.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (20) que a vacina contra o coronavírus vai ser distribuída para o estado goiano a partir de janeiro do ano que vem e de forma gratuita por meio de um programa nacional de imunização a ser elaborado pelo Ministério da Saúde (MS).

Cada frasco da vacina permite imunizar até 10 pessoas e a política de imunização será nacional, ou seja, nenhum estado terá prioridade no recebimento de doses, segundo o governador.

Os primeiros a serem imunizados, porém, serão os profissionais da saúde de, que atuam na linha de frente no combate a? doença, e as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, conforme explicou Caiado.

"É a melhor notícia do ano", ressaltou o governador.

186 milhões de doses

Durante reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador informou em um post nas redes sociais que serão adquiridas ao total 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Ao todo, são vacinas de três institutos diferentes: a Butantan-Sinovac, a AstraZeneca e a Covax. A compra do antígeno produzido pelo instituto brasileiro Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac será de 46 milhões de doses, como anunciou Caiado.

"Minha gente, apresento a vocês a Vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19. Agora, em reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou confirmado que ate? janeiro de 2021 serão adquiridas 46 milhões de doses. Junto às outras duas vacinas, AstraZeneca e a Covax, teremos 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem", disse o governador no post

.O governador destaca ainda a distribuição gratuita da vacina. "E o melhor: 100% custeadas pelo Ministério da Saúde. Os primeiros a serem imunizados serão os profissionais da saúde, que atuam na linha de frente no combate à doença, e as pessoas que fazem parte dos grupos de risco. Mais uma esperança para a nossa gente se ver livre deste vírus", ressalta Caiado.

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CoronaVac: 7 perguntas para entender a vacina do Butantan

Segundo governo, testes feitos no Brasil confirmaram que vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com Instituto Butantan é segura, mas ainda é preciso provar sua eficácia contra a Covid-19.

O governo de São Paulo anunciou na segunda-feira (19/10) os primeiros resultados dos testes feitos no Brasil da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a CoronaVac se mostrou segura, mas ainda será necessário esperar pelos resultados dos testes de eficácia, que indicarão se a vacina protege ou não contra o novo coronavírus.

A expectativa de Covas é ter esses resultados até o final deste ano, embora especialistas ouvidos pela BBC News Brasil digam ser improvável cumprir essa meta.

A expectativa de Covas é ter esses resultados até o final deste ano, embora especialistas ouvidos pela BBC News Brasil digam ser improvável cumprir essa meta.

A comprovação de eficácia será fundamental para obter o registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dar início à vacinação.

Com mais de 40 milhões de infectados e 1,1 milhão de mortos no mundo por causa da Covid-19, há uma grande expectativa em torno não apenas dessa, mas das 196 vacinas que estão sendo desenvolvidas atualmente no mundo contra a Covid-19, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

Desse total, 44 já estão sendo testadas em humanos, das quais 10 estão na última fase desta etapa de pesquisa, a chamada fase 3, quando se verifica a eficácia.

Entre elas está a CoronaVac, que está sendo testada não apenas no Brasil, mas também na Turquia e na Indonésia.

A BBC News Brasil preparou uma série de perguntas e respostas para esclarecer o que se sabe sobre essa vacina até o momento. Confira a seguir.

O que foi anunciado agora?

O governo de São Paulo divulgou que, entre os 9 mil voluntários que já participam dos testes da CoronaVac no Brasil, 35% deles tiveram efeitos adversos.

Os mais comuns foram dor, edema e inchaço no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga. Não foram detectados efeitos colaterais graves.

Na coletiva de imprensa em que foi feito o anúncio, foi apresentado um comparativo com outras quatro vacinas também em teste no Brasil, desenvolvidas pelas empresas Moderna, BioNTech/FoSun/Pfizer, CanSino e AstraZeneca/Oxford.

Nestas quatro vacinas, a incidência de efeitos adversos variou entre 77% e 100%. "Portanto, [a CoronaVac] é a vacina mais segura não só no Brasil, mas no mundo", disse Covas.

Nestas quatro vacinas, a incidência de efeitos adversos variou entre 77% e 100%. "Portanto, [a CoronaVac] é a vacina mais segura não só no Brasil, mas no mundo", disse Covas.

No entanto, esses resultados já eram esperados, de acordo com especialistas.

Por que já se esperava que os testes no Brasil apontassem que a CoronaVac é segura?

Há dois motivos. O primeiro é que ela usa uma tecnologia bastante tradicional, diz o imunologista Aguinaldo Pinto, professor da Universidade Federal de Santa Catarina.

Essa vacina utiliza uma versão inativada do vírus. Isso quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir.

Essa vacina utiliza uma versão inativada do vírus. Isso quer dizer que o vírus foi exposto ao calor ou a produtos químicos para não ser capaz de se reproduzir.

Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo.

Mas, como o vírus é incapaz de se reproduzir, não consegue deixar uma pessoa doente.

"Não há nada de novo na tecnologia por trás dessa vacina. Ela existe há várias décadas. Temos muitas vacinas de vírus inativados sendo comercializadas hoje, como as contra a gripe, por exemplo. E sabemos que elas são bastante seguras", afirma Pinto.

"Não há nada de novo na tecnologia por trás dessa vacina. Ela existe há várias décadas. Temos muitas vacinas de vírus inativados sendo comercializadas hoje, como as contra a gripe, por exemplo. E sabemos que elas são bastante seguras", afirma Pinto.

Enquanto isso, as outras vacinas comparadas à CoronaVac na coletiva de imprensa usam tecnologias ainda inéditas em vacinas e cujos efeitos são mais incertos.

O segundo motivo é que os testes no Brasil apenas confirmaram o que já havia sido comprovado em etapas anteriores da pesquisa, como o próprio governo de São Paulo indicou.

Antes de ser testada aqui, a CoronaVac foi testada na China para verificar sua capacidade de gerar uma reação do sistema imune e sua segurança e obteve bons resultados em ambos os critérios.

Naquela ocasião, o estudo concluiu que esta vacina teve índices bastante semelhantes ou mesmo menores de participantes com efeitos adversos.

"Essa conclusão é apenas um reforço dos resultados de fases anteriores. Se tivesse surgido algum efeito adverso grave, a segurança da vacina já teria sido contestada e, possivelmente, ela nem teria chegado à fase 3", explica Pinto.

"Essa conclusão é apenas um reforço dos resultados de fases anteriores. Se tivesse surgido algum efeito adverso grave, a segurança da vacina já teria sido contestada e, possivelmente, ela nem teria chegado à fase 3", explica Pinto.

Mas o imunologista alerta que uma vacina ser segura (ou a mais segura) não significa que ela seja eficaz.

Afinal, a CoronaVac protege contra a Covid-19?

É exatamente isso que os testes de fase 3 estão investigando. Estes testes estão sendo realizados não só no Brasil, mas também na Indonésia e na Turquia.

No Brasil, os testes de fase 3 serão feitos pelo Butantan com 13 mil profissionais de saúde voluntários com idades entre 18 e 59 anos, dos quais 9 mil já foram recrutados.

Eles são divididos em dois grupos: um recebe a vacina e outro, placebo. Nem os participantes nem os pesquisadores sabem em qual grupo está cada voluntário.

Ao fim do estudo, será analisada a proporção de pessoas que receberam a vacina e ficaram doentes para atestar sua eficácia.

De acordo com o governo de São Paulo, uma análise preliminar de eficácia poderá ser feita quando ao menos 61 casos de Covid-19 forem confirmados entre os participantes, o que, segundo o governo de São Paulo, ainda não foi atingido.

Um comitê de especialistas terá acesso aos dados e poderá saber de qual grupo fazem parte essas pessoas que ficaram doentes para avaliar se a vacina funciona ou não.

Uma segunda análise poderá ser feita quando houver 151 casos de Covid-19 ou mais.

Se nestas análises a maioria dos que ficaram doentes estiver no grupo que tomou placebo, o comitê poderá concluir que a eficácia foi comprovada, o que permitirá apresentar esses resultados à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o registro da vacina.

No entanto, a mesma tecnologia que faz da CoronaVac uma alternativa segura não conta a favor de sua eficácia.

"Vacinas de vírus inativados não geram uma resposta do sistema imune tão forte e duradoura quanto vacinas de vírus atenuados [que conseguem se reproduzir, embora lentamente], por exemplo", diz Pinto.

"Vacinas de vírus inativados não geram uma resposta do sistema imune tão forte e duradoura quanto vacinas de vírus atenuados [que conseguem se reproduzir, embora lentamente], por exemplo", diz Pinto.

Qual é a taxa de eficácia que uma vacina deve ter?

A imunologista Cristina Bonorino, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, diz que, em geral, uma vacina deve ter uma taxa de eficácia de 70%, ou seja, ser capaz de proteger sete em cada dez pessoas que a tomarem.

"Porque aí a gente consegue atingir a chamada imunidade de rebanho, e há uma chance maior de proteger a população como um todo", afirma Bonorino.

"Porque aí a gente consegue atingir a chamada imunidade de rebanho, e há uma chance maior de proteger a população como um todo", afirma Bonorino.

Dimas Covas disse, no entanto, que o governo de São Paulo deve pedir o registro à Anvisa caso a CoronaVac tenha uma eficácia de ao menos 50%.

A própria Anvisa já indicou que pode aceitar uma eficácia neste patamar, diante da situação de emergência criada pelo novo coronavírus, contra o qual não existe ainda uma vacina.

"Neste momento, a regra mínima é 50%, mas já seria de grande utilidade uma vacina com 40% de eficácia. Já seria suficiente para reduzirmos a mortalidade e as internações. Se tivéssemos uma vacina com 40% de eficácia, eu seria o primeiro a tomá-la", disse Covas.

"Neste momento, a regra mínima é 50%, mas já seria de grande utilidade uma vacina com 40% de eficácia. Já seria suficiente para reduzirmos a mortalidade e as internações. Se tivéssemos uma vacina com 40% de eficácia, eu seria o primeiro a tomá-la", disse Covas.

A CoronaVac pode ficar pronta ainda neste ano?

O governo de São Paulo afirmou que espera poder fazer uma primeira análise de eficácia até novembro. Também anunciou anteriormente que a vacinação de profissionais de saúde teria início em 15 de dezembro.

Para isso, o Butantan deverá começar a produzir a CoronaVac ainda em outubro para ter 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas até dezembro. "Aí aguardaremos o processo de registro da vacina", disse Covas.

Para isso, o Butantan deverá começar a produzir a CoronaVac ainda em outubro para ter 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas até dezembro. "Aí aguardaremos o processo de registro da vacina", disse Covas.

Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), considera esse cronograma pouco factível.

"Mostrar que a vacina é segura não quer dizer nada. Para registrar uma vacina, o mais importante é a eficácia. Precisa ver se ela protegeu contra a doença, se ela deixou a doença mais branda, e para observar isso precisa de tempo", afirma Kalil.

"Mostrar que a vacina é segura não quer dizer nada. Para registrar uma vacina, o mais importante é a eficácia. Precisa ver se ela protegeu contra a doença, se ela deixou a doença mais branda, e para observar isso precisa de tempo", afirma Kalil.

O imunologista destaca que, até agora, o estudo do Butantan ainda não conseguiu recrutar todos os 13 mil voluntários previstos.

Além disso, o governo de São Paulo também afirma que foram aplicadas até o momento apenas 12 mil doses entre os 9 mil voluntários que já participam dos testes. Isso significa que a maioria deles ainda não recebeu a segunda das duas doses previstas da vacina.

"Também tem muito pouco tempo de observação pós-vacinal. Isso não é aceito internacionalmente", afirma Kalil.

Bonorino concorda: "Não tem como demonstrar eficácia a não ser daqui a vários meses, porque precisa deixar as pessoas terem Covid-19."

A imunologista acredita que existe um fator político por trás do desenvolvimento acelerado das vacinas contra a Covid-19.

Por sua vez, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse não estar em uma "corrida eleitoral ou ideológica, mas em uma corrida para salvar vidas".

"As vacinas que salvam vidas são as que cumprem todos os protocolos de testes e têm eficácia comprovada", diz Bonorino.

Quem vai tomar a vacina primeiro?

Isso ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo de São Paulo.

Mas João Gabardo, coordenador-executivo do centro de ontingência da Covid-19 de São Paulo, afirmou que são usados normalmente critérios de vacinação no Brasil que levam em conta o grau de exposição a uma doença e os grupos para os quais ela representa um maior risco de morte.

Isso inclui profissionais de saúde e segurança, portadores de doenças crônicas, idosos, pessoas que têm alguma imunodeficiência.

Dimas Covas reafirmou esse entendimento ao dizer que, "em uma vacinação no meio de uma pandemia, se deve proteger quem tem mais risco".

"Num primeiro momento, a vacina vai ser priorizada para esses grupos", disse o diretor do Butantan.

Vai ser obrigatório tomar a vacina?

João Doria disse na sexta-feira (16/10) que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o Estado. Segundo Doria, somente quem tiver um atestado médico que comprove que ele não pode ser imunizado será liberado.

"Adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido", disse o governador.

No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), adversário político de Doria, afirmou que quem oferecerá a vacina será o Ministério da Saúde, mas "sem impor ou tornar a vacina obrigatória".

Na segunda-feira, Bolsonaro voltou tratar do assunto. Em conversa com apoiadores, afirmou que a vacina contra a Covid-19 "não será obrigatória e ponto final" e criticou o rival.

"Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil dizendo que ela [a vacina] será obrigatória. Repito que não será."

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Pesquisa vai sequenciar genoma para saber quais variantes do coronavírus circulam em Goiás

Expectativa é de que, com o estudo, seja possível estabelecer as rotas de transmissão e contribuir para o desenvolvimento de vacinas e remédios para tratamento.

Pesquisadores goianos vão sequenciar o genoma do coronavírus para saber quais as variantes da doença que circulam em Goiás. A expectativa é de que, com o estudo, seja possível conhecer a real diversidade genética do vírus, o que permitirá estabelecer as rotas de transmissão e contribuir para o desenvolvimento de vacinas e remédios para tratamento da Covid-19.

O projeto é coordenado pela professora Mariana Pires de Campos Telles, pesquisadora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

“A primeira coisa é descrever quais variantes estão circulando em Goiás. Há alguns trabalhos recentes, mostrando que no Brasil tem duas principais variantes, então, com essa pesquisa você consegue fazer uma rastreabilidade para saber qual é o tipo do vírus. A partir daí, a gente acumula conhecimento, porque o genoma diz muito sobre vários aspectos, inclusive os alvos para vacina e tratamento advêm do conhecimento no genoma do vírus e do funcionamento da biologia do vírus”, explica a pesquisadora.

O projeto é um dos selecionados em um chamamento feito por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Por isso, será financiado pelo governo goiano, que deve investir R$ 253.941,68 no trabalho.

Segundo a Fapeg, o termo de outorga foi assinado no dia 21 de setembro. A previsão é que a pesquisa comece em novembro, com a etapa experimental, e termine em dezembro de 2021. Os resultados do estudo serão disponibilizados em um banco de dados internacional.

“Está tudo pronto para começarmos. Só estamos aguardando os insumos para começar os trabalhos. Vamos usar a estrutura da Universidade Federal de Goiás. A mão de obra vai ser dos pesquisadores da UFG e da PUC”, completou a professora.

Coleta de amostras

De acordo com o governo, a pesquisa vai utilizar a metodologia de “nova geração”. Os pesquisadores vão dar início ao trabalho de sequenciamento do genoma do Sars-CoV-2, inicialmente, fazendo o sequenciamento de 120 amostras, que serão coletadas de pacientes com diagnósticos de Covid-19 confirmados.

Uma pequena quantidade de RNA de cada amostra será utilizada para construção das bibliotecas para sequenciamento na plataforma do banco de dados.

“Nós vamos coletar amostras e extrair o material genético. Para isso, a gente tem uma tecnologia desenvolvida para a gente recuperar o genoma do vírus a partir da biotecnologia de sequenciamento. A gente pega o RNA do vírus e transforma em DNA. A partir daí a gente consegue sequenciar. A partir do momento que a gente consegue recuperar e montar a sequencia dos genomas dos vírus, a gente consegue comparar com bancos de dados públicos”, explicou.

Conforme a Fapeg, o trabalho de "vigilância genética viral" é importante para entender a quantidade e a forma com que a doença está se espalhando em Goiás em relação ao mundo.

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O GLOBO

 

Obrigatoriedade da vacinação divide país e pode parar no Supremo

Especialistas acreditam que governos podem adotar sanções contra quem se recusar a receber 0 imunizante contra Covid

CLEIDE CARVALHO

A possibilidade de que a vacinação contra o coronavírus seja obrigatória causa celeuma e ameaça dividir os brasileiros antes mesmo da aprovação do imunizante. O assunto, porém, não é novidade no país. O Programa Nacional de Imunizações, em vigor desde 1973, estabelece que o Ministério da Saúde define o calendário de vacinas, "inclusive as de caráter obrigatório". A Lei 13.979, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro para enfrentar a pandemia, previu vacinação compulsória, assim como exames e testes laboratoriais.

Não é incomum que a Justiça obrigue pais a vacinarem seus filhos, sob pena, inclusive, da perda de guarda prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em setembro, um casal de Gaurama (RS) foi obrigado a vacinar o filho recém-nascido, por determinação da Justiça. Em 2016, um casal formado por mãe brasileira e pai belga tentou não vacinar um bebê, sob argumento que preferia seguir o calendário da Bélgica. A Justiça determinou que o bebê fosse vacinado enquanto estivesse no Brasil.

- Ninguém vai parar um cidadão na rua e obrigar a tomar a vacina. Mas os que não se submeterem à obrigatoriedade podem responder na Justiça- afirma a advogada Thais Pinhata, mestre pela Universidade de São Paulo, com atuação em Filosofia do Direito.

Segundo Pinhata, há, em diversas leis, mecanismos que obrigam a imunização. No caso de crianças e adolescentes até 18 anos, diz ela, o ECA é taxativo ao estabelecer a obrigatoriedade.

CADERNETAS NAS ESCOLAS

Em 2018, o Ministério Público Federal pediu aos estados medidas para que as cadernetas de vacinação fossem verificadas nas escolas. Vários estados aderiram. No Rio, a lei é adotada desde 2013. Em São Paulo, entrou em vigor em março passado, da educação infantil ao ensino médio. Os pais que não seguirem a determinação são denunciados ao Conselho Tutelar.

Na Câmara Federal, tramita o projeto de lei 3842/ 2019, que pune pais ou responsáveis que se omitam ou se contraponham à vacinação de crianças e adolescentes sem justa causa. Já aprovado por várias comissões, o texto prevê detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Pinhata afirma que também os adultos, caso não queiram se vacinar, podem responder com base no Código Penal, que prevê no artigo 268 a infração de medida sanitária preventiva, com detenção de até um ano e pagamento de multa.

O advogado José Luiz Toro da Silva, professor convidado do Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra, em Portugal, lembra que a vacinação obrigatória é discutível no mundo todo, mas que o Estado pode inclusive adotar medidas restritivas de direitos.

- Não se pode aplicar vacina à força, mas é possível estabelecer restrições, como não poder participar de concurso público, ingressar em universidades estaduais e até impedir acesso a locais tutelados pelo Estado - diz.

Ele lembra que o Direito trabalha sob o princípio do sopesamento: qual direito é mais importante que outro.

- E uma questão controversa, tanto assim que houve a Revolta da Vacina no começo do século passado. Sou defensor da liberdade, mas creio que o Estado tem meios para forçar as pessoas a serem vacinadas - afirma o advogado Marco Antonio da Costa Sabino.

Na avaliação dele, a questão pode ser judicializada, e o Supremo Tribunal Federal ser chamado a decidir.

A advogada Cecília Mello, ex-desembargadora do Tribunal Regional Federal, diz que o Brasil sempre seguiu decisões da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que a obrigatoriedade da vacina pode ser controlada por meio do acesso aos programas sociais do governo, como o Bolsa Família. As regras internacionais terão também de ser respeitadas.

- Se a OMS determinar um código sanitário internacional, quem não for vacinado não vai passar por portos e aeroportos - diz.

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AGÊNCIA BRASIL

Brasil anuncia que vai comprar 46 milhões de doses da CoronaVac


Após reunião virtual com governadores na tarde de hoje (20), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Segundo o Ministério da Saúde, esta ação é mais um passo na estratégia de ampliar a oferta de vacinação para os brasileiros. O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses.

Somadas, as três vacinas - AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac - representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021.

Segundo o ministro, as doses serão distribuídas em todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

'Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados', disse Pazuello.

O acordo

Para o protocolo de intenções de compra de doses da CoronaVac, uma nova medida provisória será editada para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão. O Ministério da Saúde já havia anunciado, também, o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan - o que auxiliará na produção da vacina.

Segundo o Ministério, o processo de aquisição ocorrerá após o imunizante ser aprovado e obter o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Produção local

Além destas doses iniciais, a partir de abril, a Fiocruz deve começar a produção própria da AstraZeneca e disponibilizar ao país até 165 milhões de doses durante o segundo semestre de 2021. O acordo do Instituto Butantan com a Sinovac também prevê a transferência de tecnologia e, com isso, o Butantan deve passar a produzir 100 milhões de doses por ano com sua nova fábrica.

A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacinação possa ser iniciada em janeiro do próximo ano. Mas alerta que isso vai depender dos resultados da Fase 3 das vacinas, que testa eficácia, e de liberação da Anvisa.

Segundo o ministério, o primeiro grupo a ser imunizado serão os profissionais da saúde e pessoas do grupo de risco para a covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus). A vacinação, segundo o órgão, não será obrigatória.

Testes

A CoronaVac já está na Fase 3 de testes em humanos. Ao todo, os testes com a CoronaVac - que tiveram início no Brasil em julho - serão realizados em 13 mil voluntários.

Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, ou seja, comprove que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. A CoronaVac prevê a administração de duas doses por pessoa.

Ontem (19), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que a CoronaVac é uma vacina segura, ou seja, ela não apresenta efeitos colaterais graves. Ele também disse que os resultados de eficácia ainda não foram finalizados, mas que ele espera que isso seja possível de acontecer até dezembro deste ano.

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AGÊNCIA ESTADO

Raia Drogasil aguarda parecer sobre proibição de medicamentos de marca própria

 

A Raia Drogasil afirmou, em nota, que "acompanha aguarda o parecer técnico da Anvisa e a publicação do texto final" sobre a consulta pública a respeito da proibição de medicamentos de marca própria, após reportagem do Broadcast.

Entidades do setor farmacêutico criticam uma consulta pública divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho e encerrada em setembro. Entre os pontos previstos pela reguladora, está um artigo que proibiria a comercialização de medicamentos de marcas próprias. A Raia Drogasil é uma das empresas que vendem o tipo de remédio.

De acordo com associações representantes de farmácias e marcas próprias, a medida pode causar uma série de prejuízos aos fabricantes e, inclusive, ao consumidor.

Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Anvisa afirmou em nota que "as contribuições ao processo de Consulta Pública ainda estão em fase de consolidação, como parte do processo regulatório". "Dessa forma, ainda se trata de um tema em discussão pela Agência. O objetivo da Consulta é exatamente de captar posicionamentos que colaborem com a regulamentação e a avaliação de seus impactos", diz a agência.

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REUTERS

Plano de saúde digital Sami recebe aporte de R$86 milhões

Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A startup Sami anunciou nesta terça-feira que recebeu um investimento de 86 milhões de reais numa rodada liderada pelas gestoras de capital de risco Valor Capital Group e monashees, em preparação para passar a atuar como operadora de plano de saúde.

Criada em 2018, a Sami tem foco em orientações primárias de saúde com uso de dados.

Com a explosão da demanda por telemedicina na esteira da pandemia da Covid-19, os fundadores da empresa, Vitor Asseituno e Guilherme Berardo, resolveram dar uma guinada no negócio, para tentar torná-lo uma opção aos planos de saúde tradicionais, com foco em planos coletivos para empresas pequenas e médias.

O negócio consiste em uma operação simplificada de planos de saúde, com uso intensivo de dados e inteligência artificial, modelo que lembra os usados por plataformas digitais de segmentos como finanças e transportes por aplicativos, no caso para encaminhamento de serviços como exames e consultas.

A estrutura administrativa da operadora é digital, desde a venda --direta, sem corretores-- até o encaminhamento para hospitais, clínicas e médicos.

Além de financiar novos investimentos em tecnologia --um terço dos 72 funcionários da Sami são desenvolvedores de sistemas, alguns deles na Índia-- o aporte, o maior já feito numa startup de saúde na América Latina, reforçará o capital da startup para atender exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

'Com um modelo mais simples e mais inteligente, conseguiremos oferecer planos de 10% a 20% mais baratos do que a média do mercado', disse Asseituno.

A rede credenciada incluirá poucos hospitais, sendo o Beneficência Portuguesa o primeiro deles. Outros serão anunciados nas próximas semanas, antes da venda comercial dos planos a partir de novembro, disse Asseituno.

Os planos, desenhados para venda para empresas com até 99 vidas, serão vendidos inicialmente apenas na região metropolitana de São Paulo.

O anúncio ilustra uma recente onda de investimentos para uso de maior tecnologia para serviços de saúde, que ganhou impulso com as medidas de isolamento social tomadas desde março para tentar conter o avanço da Covid-19.

O Fleury, maior grupo de medicina diagnóstica do país, lançou uma plataforma digital alimentada por prontuários médicos, cujos dados os próprios pacientes podem compartilhar com médicos, operadoras de planos de saúde.

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MEDICINA S/A

Com serviço de teleorientação, Seguros Unimed lança "Super App"

O aplicativo, que reúne todos os serviços oferecidos pela Companhia em um só lugar, está disponível nas plataformas IOS e Android. A plataforma acaba de ser premiada no Grow+ Innovation Awards 2020, que destaca as iniciativas mais inovadoras do Brasil. A Seguradora foi reconhecida na categoria Corporate - Inovação Aberta.

O Super App possui uma proposta diferenciada, que vai além dos relacionamentos usuais da empresa com o cliente. Na parte de serviços é possível acessar informações gerais dos produtos contratados, solicitação e prévia de reembolso, autorizações, busca de rede e a carteirinha digital do plano. Há uma seção especial para os tempos de Covid-19, com teleorientação médica e odontológica e agendamento de vídeo-consultas com especialistas.

Além disso, é possível ter acesso aos conteúdos e programas de parceiros da Seguradora; realizar a compra digital de produtos (como seguros de vida ou residencial e planos odontológicos); e cuidar da saúde e do bem-estar com um coah virtual e um sistema de metas. Tudo isso na palma da mão, de forma prática e completa.

"O Super App da Seguros Unimed é a transformação do nosso cuidado com a saúde física e financeira das pessoas e instituições para a plataforma mobile. Uma proposta ancorada em nossa estratégia de futuro digital, que chega para aprimorar a experiência dos clientes com os nossos serviços", releva o diretor-presidente da Seguradora, Helton Freitas.

O Super App foi desenvolvido pela célula de inovação digital da Companhia, a , em parceria com a , uma empresa de aplicações abertas do Sistema Unimed.

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CAPITÓLIO CONSULTING

Rede DOr pede ao Cade para elevar participação na Qualicorp

Grupo hospitalar se tornou a maior acionista da administradora de planos de saúde em 2019

Dona da maior rede hospitalar do país, a Rede D'Or deu entrada no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para pedir autorização para elevar sua participação na Qualicorp. Há pouco mais de um ano, o grupo hospitalar se tornou o principal acionista da Qualicorp e hoje tem 12% do capital da empresa, que é a maior administradora de planos de saúde por adesão do Brasil. A companhia também vinha fazendo outras aquisições e se prepara para abrir capital.

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A REDAÇÃO

 

Covid-19: Goiás registra 1.361 novos casos e 43 mortes em um dia


Goiânia - Goiás registrou 1.361 novos casos da covid-19 e 43 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta terça-feira (20/10). Com as atualizações, o Estado chega a 240.415 casos da doença e 5.444 óbitos confirmados. 

Segundo a SES-GO, Goiás registra 230.554 pessoas recuperadas. No Estado, há 237.902 casos suspeitos em investigação e outros 174.081 já foram descartados.

Além dos 5.444 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,26%, há 223 óbitos suspeitos que estão em investigação. 

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Atuação de Caiado na pandemia é aprovada por 73% dos goianos, diz pesquisa

Instituto Paraná ouviu 1.507 goianos 

Goiânia - Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas aponta que 73% dos goianos aprovam a  atuação do governador Ronaldo Caiado na crise provocada pelo novo coronavírus. Do total de entrevistados, 22,4% desaprovam e 4,6% não sabem ou não opinaram.

A pesquisa também traz dados sobre a aprovação do governo Caiado em Goiás. Segundo o levantamento, 69,9% dos entrevistados aprovam a administração do governador, 24,6% desaprovam e 5,6% não sabem ou não opinaram.

Sobre a gestão no presidente Jair Bolsonaro, 61,6% dos goianos ouvidos aprovam o atual governo, enquanto 33,6% desaprovam. 4,7% não sabem ou não opinaram. 

A pesquisa entrevistou 1.507 pessoas entre os dias 27 de agosto e 30 de setembro, através de abordagens pessoais telefônicas. O levantamento tem intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 2,5% para mais ou para menos, estando registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Regiões sob o nº 3122/20.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Terça, 20 Outubro 2020 14:51

Covid-19: Boletim Ahpaceg 20|10|20

 BOLETIM DIÁRIO COVID 20 10 20

O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.

Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.

 

 REUNIÃO CANDIDATO 21 10

Nesta quarta-feira (21), a Ahpaceg dará sequência às reuniões com os candidatos à Prefeitura de Goiânia com um encontro com Virmondes Cruvinel (Cidadania).

 

O objetivo é escutar as propostas do candidato para a saúde e demais áreas da administração de Goiânia, além de apresentar as demandas que requerem maior atenção do próximo prefeito da capital.

 

A Ahpaceg já se reuniu também com Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD).

Ahpaceg vai se reunir com Virmondes Cruvinel Nesta quarta-feira (21), a Ahpaceg dará sequência às reuniões com os candidatos à Prefeitura de Goiânia com um encontro com Virmondes Cruvinel (Cidadania). A entidade visa escutar as propostas do candidato para todas as áreas da administração de Goiânia, além de apresentar as demandas da saúde que requerem atenção do próximo prefeito da capital. A Ahpaceg já se reuniu também com Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD).
Segunda, 19 Outubro 2020 15:55

Covid-19: Boletim Ahpaceg 19|10|20

 BOLETIM DIÁRIO COVID 19 10 20

O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.

Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.

Segunda, 19 Outubro 2020 07:42

CLIPPING AHPACEG 17 A 19/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás

AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios

Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico

Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes

Palavra do Presidente – Dia do Médico

Uma homenagem do Cremego aos médicos

Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares

Fundador da Qualicorp lança plano de saúde

JORNAL OPÇÃO

 

Dia do médico: na linha de frente contra o coronavírus, 20 profissionais perderam a vida em Goiás

 

Por Lívia Barbosa

Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais

O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, este ano será marcado pela perda de inúmeros profissionais que morreram vítimas de Covid-19. Somente em Goiás, 20 médicos e médicas perderam a vida em decorrência do coronavírus. “Infelizmente, nessa caminhada, perdemos vários colegas, mas os médicos nunca se acovardaram ou se esconderam da luta”, afirma o presidente do Cremego, Paulo Roberto Cunha Vencio.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) instalou um monumento confeccionado em mármore preto na entrada de eventos do Conselho, em Goiânia, para homenagear os profissionais que perderam a vida. A homenagem também se estende a todos que lutam na linha de frente da pandemia e aos médicos que se contaminaram pela Covid-19 e se recuperaram.

“Acredito que em tempos tão sombrios como os atuais precisamos nos lembrar de tudo aquilo que nos inspira. (…) Que a cada dia continuemos a lembrar de curar nossos pacientes sempre que possível, de maneira pura, honesta e profunda. Que possamos aliviar o sofrimento nas horas de agonia e dor. Que continuemos a consolar sempre, mesmo quando se trata do nosso próprio consolo”, destaca o ortopedista Maurício Morais.

Médicos que faleceram em decorrência da Covid-19 em Goiás:

Abdala Sebba Primo CRM/GO 2277 – Nasceu em Goiânia e se formou em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Dermatologista, faleceu no dia 15 de outubro, aos 71 anos de idade.

Altamiro Araújo Campos CRM/GO 1780 – Natural de Pontalina, formou-se em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 17 de agosto, aos 71 anos de idade.

Antonio Marmo Campos Furtado CRM/GO 2208 – Anapolino, formou-se em 1974 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neurologista, faleceu em 24 de setembro, aos 73 anos de idade.

Antônio Romário Fulgêncio MartinsCRM/GO 888 – Nasceu em Bambuí, Minas Gerais. Formou-se em 1968 na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Acupunturista, faleceu em 7 de agosto, aos 79 anos de idade.

Caio Martins Guedes CRM/GO 19180 – Tocantinense de Taguatinga, formou-se em 2014 no Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Faleceu em 22 de junho, aos 32 anos de idade.

Ciro Ricardo Pires de Castro CRM/GO 1114 – Goianiense, formou-se em 1969 na Universidade Federal do Paraná. Especialista em Clínica Médica, faleceu em 27 de junho, aos 75 anos de idade.

Cristovam Guilherme Nunes de Alvarenga Filho CRM/GO 2145 – Mineiro de Muriaé, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Pneumologista, faleceu aos 70 anos de idade no dia 7 de setembro.

Emivaldo Soares Martins CRM/GO 4086 – Natural de Conceição do Araguaia, no Pará, formou-se em 1983 na Universidade Federal do Maranhão. Cirurgião geral e ginecologista e obstetra, faleceu em 25 de maio, aos 63 anos de idade.

Fernando José Teixeira CRM/GO 5765 – Paulista de Cajobi, formou-se em 1985 na Universidade do Vale do Sapucaí. Médico do trabalho, faleceu no dia 14 de agosto aos 60 anos de idade.

Flávio Fialho dos Santos CRM/GO 17525 – Natural de Goianésia, formou-se na Universidade de Guayaquil em 2004. Faleceu no dia 22 de julho aos 49 anos de idade.

João Margon CRM/GO 3244 – Goiano de Catalão, formou-se em 1977 na Universidade Federal do Paraná. Faleceu no dia 24 de julho aos 68 anos de idade.

Jonas Pinheiro Dias CRM/GO 2099 – Mineiro de Salinas, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Faleceu aos 78 anos de idade no dia 16 de agosto.

José Antônio de Freitas CRM/GO 611 – Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, formou-se em 1957 na Universidade Federal de Minas Gerais. Faleceu aos 87 anos de idade em 2 de agosto.

José Ronaldo Menezes CRM/GO 4889 – Goiano de Niquelândia, formou-se na Universidade Federal do Maranhão em 1986. Urologista, faleceu no dia 19 de maio aos 60 anos de idade.

Josias Rosa da Silva CRM/GO 3798 – Mineiro de Ibiá, formou-se na Universidade Federal de Goiás em 1981. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 2 de julho aos 79 anos de idade.

Márcio Alves da Silva CRM/GO 3989 – Natural de Araguari, Minas Gerais, formou-se em 1982 na Universidade Federal do Pará. Cardiologista, faleceu em 22 de julho aos 66 anos de idade.

Marco Aurélio Rodrigues Lima CRM/GO 8817 – Goiano de Aragarças, formou-se em 1981 na Universidade Federal do Maranhão. Faleceu em 25 de agosto aos 68 anos de idade.

Nelzinho Faleiro de Siqueira CRM/GO 4953 – Goianiense, formou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Barbacena. Oftalmologista, faleceu em 31 de agosto aos 74 anos de idade.

Olimpia das Dores Gomes Carvalho CRM/GO 3226 – Baiana de Pindaí, formou-se em 1979 na Universidade Federal do Pará. Pediatra, faleceu no dia 15 de setembro aos 69 anos de idade.

Roque Gomide Fernandes CRM/GO 795 – Anapolino, formou-se em 1967 na Universidade Federal de Goiás. Pediatra, faleceu no dia 12 de agosto aos 79 anos de idade.

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DIÁRIO DA MANHÃ

AMG – Posse da nova diretoria é marcada por desafios

http://impresso.dm.com.br/edicao/20201019/pagina/4

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A REDAÇÃO

Caiado comenta combate à pandemia em reunião virtual no Dia do Médico

Evento era de posse de nova diretoria da AMG  

Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reuniu neste domingo (18/10), data em que o Brasil celebra o Dia do Médico, colegas de profissão em cerimônia virtual para homenagear a data. “Nada mais divino e gratificante no mundo do que a profissão de salvar vidas. O momento é de continuar essa luta, muitos desafios virão”, destacou.

A solenidade marcou a posse da nova diretoria da Associação Médica de Goiás (AMG). Caiado cumprimentou o novo presidente da entidade, Washington Luiz Ferreira Rios, e citou a “relevância” da AMG e Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) pelas decisões partilhadas com o Governo de Goiás em defesa da vida, especialmente durante o enfrentamento atual da pandemia do novo coronavírus. 

O governador frisou que neste combate à pandemia, ninguém está mais exposto que o médico e as categorias da saúde. “É uma verdadeira guerra”, disse. “Em 46 anos de formado, acredito que nunca vivemos uma situação semelhante, com mais de 150 mil mortos no país, 5.300 vítimas em Goiás e, entre elas, 21 colegas médicos”, destacou.

Caiado apontou, ainda, os desafios da área da saúde e da gestão do Estado durante e após a pandemia, com os efeitos da covid-19 nos pacientes afetados e a crise econômica, desemprego e aumento das dificuldades das famílias vulneráveis. O governador pediu apoio da classe para a criação de um ambulatório especializado em sequelas da doença, que, como explicou, não afeta apenas o sistema respiratório, mas sim diversas áreas do corpo humano como o paladar e sistema nervoso central. 

A cerimônia de posse contou com a presença de profissionais da medicina e representantes de entidades, como o presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Lopes Ferreira, a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Antonio Fernando Carneiro, o presidente da Academia Goiana de Medicina, Lindomar Oliveira, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e outros médicos de renome.

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FANTÁSTICO/TV GLOBO

Juventude eterna: nem todos os tratamentos estéticos realmente funcionam; veja quais são eficazes

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/10/18/juventude-eterna-nem-todos-os-tratamentos-esteticos-realmente-funcionam-veja-quais-sao-eficazes.ghtml

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CREMEGO

Palavra do Presidente – Dia do Médico

https://www.youtube.com/watch?v=pa65BpZL1-g

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Uma homenagem do Cremego aos médicos

https://www.youtube.com/watch?v=RfltDQe8EPM

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ESTADO DE MINAS

Médicos abraçam a profissão inspirados em exemplos de familiares

Três gerações de médicos na Rede Mater Dei de Saúde. Na foto, Felipe Salvador Ligório, Maria Norma Salvador Ligório, José Salvador Silva, Norma Salvador, Henrique Moraes Salvador, Anna Salvador, Livia Salvador Geo, Márcia Salvador Geo e Lara Salvador Geo

Ser médico é não se acomodar. É ser impaciente, no melhor sentido da palavra, e não aceitar limites. É estar em movimento, é aprender dia a dia. Não se trata apenas de curar ou prevenir doenças. É respeitar e admirar a vida e todas as suas adversidades. E fazer a vida melhor. É ter uma escuta apurada, uma palavra de conforto, é amparar, ser amigo, amar o ser humano. Não há horários, não há fronteiras. Neste domingo, o Dia do Médico enaltece o trabalho de quem, ao final de cada jornada, honra a profissão que se reinventa a todo instante, mas não perde a essência.

A medicina, muitas vezes, é um saber transmitido entre gerações. "É preciso roubar uma parte da vida para dedicar aos sonhos, ideais e realizações que não queremos que morram conosco." A frase inspiradora de José Salvador da Silva, fundador da Rede Mater Dei de Saúde, em Belo Horizonte, mostra que seu grande sonho é também o sonho de seus descendentes. "Sempre fui um sonhador. Menino, sonhei em ser médico. Quando jovem, depois de me formar, tive o sonho de construir um hospital", diz o ginecologista e obstetra que, aos 90 anos, passou para a família a maravilha sobre a profissão.

Com a esposa, Norma Salvador, igualmente ginecologista, tem três filhos e quatro netos seguindo os mesmos passos. "Nossos filhos viram de nós o entusiasmo pelo trabalho. Me encanta a possibilidade de ajudar o outro, não apenas como médico. A principal bandeira do hospital é atender bem o paciente, de forma personalizada, individualizada e humanizada", diz José Salvador.

Desde a infância, Norma Salvador nutria o desejo em ser médica. Aos 88 anos, recorda-se que os filhos sempre viram o casal atendendo aos chamados no hospital, não importava se era dia ou noite. Para ela, a medicina ensinou sobre amor, carinho, a se doar, estar disponível, seja qual for a situação. "Vivemos pelo trabalho. O médico precisa ter uma visão geral sobre o mundo, sobre a vida. Nosso exemplo deu coragem e força para que nossos filhos exercessem a medicina. E o exemplo vale mais que palavras", declara.

Hoje, as filhas Maria Norma e Márcia, são diretoras da Rede Mater Dei de Saúde, e o primogênito, Henrique, é o presidente do grupo hospitalar. Renato, o outro filho, é o único que não seguiu caminho na medicina. Engenheiro, coordena uma construtora. Entre 10 netos, na terceira geração Felipe, Anna, Lara e Livia são médicos e integram a equipe na rede.

Henrique Moraes Salvador Silva, de 62, é mastologista. Teve formação na Inglaterra, Itália, Canadá e Estados Unidos, e está no Mater Dei desde 1985. Lidar diretamente com o ser humano e fazer o bem é algo que lhe dá prazer. Sobre a medicina, gosta do fato de poder exercê-la de várias maneiras. Primeiro, o atendimento ao paciente, depois a medicina acadêmica (é professor livre docente), a medicina de gestão, com o dia a dia no hospital, e a medicina de representação de classe - Henrique já presidiu a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Associação Nacional de Hospitais Privados. "Dos meus pais, aprendi sobre o respeito ao paciente, o amor pela profissão e o compromisso em estar sempre atualizado", conta.

"Através da prática, da observação, do dia a dia, meus pais desde cedo me mostraram o quão gratificante é ser médico", diz Maria Norma Salvador Ligório, de 60, ginecologista e obstetra. A médica trabalha no Mater Dei desde a inauguração, em 1980. É vice-presidente administrativa e financeira. José Salvador e Norma são para ela referência de luta e trabalho duro.

"Desde a infância convivo com a medicina por causa de meus pais, e me encantei. Precisamos ter inspiração, mas é através da transpiração que chegamos aonde queremos." No âmbito de sua especialidade, conta que o que mais lhe fascina é ajudar a trazer ao mundo um novo ser. "É indescritível a sensação de entregar aos pais o filho que acaba de nascer", acrescenta. Para o filho, Felipe, Maria Norma ensina a importância de fazer o que lhe agrada, e fazer com amor.

Já Márcia Salvador Géo, de 57, é ginecologista, obstetra e uroginecologista. Atua no Mater Dei desde os 17, onde hoje é vice-presidente assistencial e operacional. Dos pais, apreendeu a missão de servir ao próximo, de ser desafiada a dar o melhor para os pacientes, a importância do conhecimento, para oferecer o que há de mais moderno na área, perseguindo preceitos éticos e filosóficos. "São exemplo de luta e perseverança. Profissionais que foram além, se destacaram e fizeram a diferença, seja na família, na vida dos pacientes, e na sociedade em geral. Ensinaram-me a nunca desistir dos sonhos. Que a vida é bem melhor se tiver um propósito, que a família e os amigos são essenciais para sermos felizes", pontua.

Para Márcia, a lição que fica é a da humildade, a crença na vida como bem maior, respeitar o tempo das coisas e saber que o tempo é finito, perceber que pequenos atos fazem a diferença. "Cada paciente te ensina muito e te faz um ser humano melhor. É um privilégio trabalhar com pessoas, ter um desafio novo a cada dia. Uma troca de energia que nos faz lidar melhor com os obstáculos. Achamos que estamos ajudando o paciente, mas quem sai melhor desta troca somos nós, os médicos." Para as filhas, Lara e Lívia, Márcia procura lembrar de ter um objetivo, e disciplina e foco para atingi-lo. "Que sonhem sempre, que tudo nesta caminhada vale a pena, principalmente quando a alma não é pequena."

Felipe Salvador Ligório, de 32, ingressou na Rede Mater Dei de Saúde em 2009, primeiro como estagiário de medicina. Atualmente, é diretor médico e atua na gestão e administração do grupo, auxiliando pacientes e médicos de todas as especialidades. Dos avós, da mãe, Maria Norma, e dos tios, teve referências profissionais e pessoais. "Me ensinaram a agir diante de situações difíceis e delicadas, sem esquecer o lado humano. A medicina exige dedicação e entrega. Sem esforço nada é possível.'

Felipe diz que admira a profissão desde cedo, pela influência mesmo da família. A escolha na hora do vestibular foi natural. "A vontade de servir ao próximo sempre existiu e percebi que a medicina me proporcionaria isso. Me sinto grato e honrado em poder ajudar as pessoas em momentos delicados. É um desafio e uma missão de vida."

MEDICINA COMO ARTE

Anna Salvador, de 29, é filha de Henrique. Ela entrou no hospital como estagiária em 2011. Como os familiares, também atua com ginecologia, mastologia e obstetrícia. O pai e os avós lhe apresentaram a medicina como uma arte. A arte em contribuir com o outro, e uma maneira sem igual de realização profissional. "Saber o que meus avós construíram e como influenciaram na vida dos pacientes para melhor é, para mim, o estímulo para crescer enquanto pessoa e ser uma profissional completa. A medicina me mostra como não temos o controle em muitas situações, mas um simples detalhe importa. E me pede a cada dia para me aprimorar."

Sobre o fazer da profissão, o encantamento são os laços edificados. Para Anna, nada mais importante que um abraço carinhoso de gratidão - faz valer todo sacrifício. "Optei pela medicina justamente por admirar tanto meus avós, meu pai e minhas tias. Desde a adolescência, tive a oportunidade de acompanhar meu pai nos partos que fazia. Me sinto privilegiada. Poder contribuir para a saúde das pessoas e presenciar uma vida nova é emocionante."

Lara Salvador Géo, de 27, é uma das filhas de Márcia. Depois de passar pelo Mater Dei, agora trabalha em outro hospital. É gestora. Não pratica a medicina assistencial. "Minha mãe e meus avós me apresentaram a medicina como uma profissão apaixonante, de doação, de troca, de respeito. Tenho orgulho em fazer parte dessa família. Eles são para mim a maior inspiração, um exemplo diário, não apenas profissional."

Lara diz que a medicina lhe faz ser uma pessoa melhor, perceber cada indivíduo como único, com sua beleza e singularidades. "Trata-se de enxergar o outro em todas as suas dimensões. É uma troca gratificante. Me sinto realizada e feliz em ver que, de alguma forma, estou impactando positivamente na vida do paciente."

Para Lívia Salvador Géo, de 26, outra filha de Márcia, a medicina pede para aprimorar o ouvir, em uma época em que muito se fala e pouco se escuta. "Nunca devemos desvalorizar a queixa de uma pessoa. É preciso ter um olhar holístico para realizar um cuidado amplo e adequado", diz Lívia, que ingressou no Mater Dei em 2016 e, para a residência médica que começa em 2021, escolheu também a ginecologia e obstetrícia. Lembra da forma amorosa com que os familiares sempre se referiram à medicina. 'Não só minha mãe e avós. Meus tios e primos também me inspiram na carreira que quero construir. Estou começando e tenho muito a aprender, com a certeza que estou cercada por grandes médicos. A medicina é uma área cheia de possibilidades", afirma.

Caminho natural

Médicos que seguem os passos dos pais, tios ou avós compartilham experiências no trabalho. Muito mais do que aprendizado e interação, exemplo e dedicação são levados para todas as áreas da vida

Os cirurgiões plásticos Pedro e Marzo Bersan: filho e pai trabalham juntos

Cirurgiões plásticos, Marzo e Pedro Bersan são pai e filho. Aos 60 anos, Marzo trabalha no hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, desde 1986, e já fez parte da equipe médica do centro de queimados da Fhemig. Há mais de 30 anos, também mantém consultório próprio, e conta com o filho na equipe há cinco anos, tempo em que Pedro também se tornou companhia no hospital. Os dois atuam juntos nas intervenções cirúrgicas, discutem casos médicos e as melhores formas de conduzir os tratamentos em cada situação.

Para Marzo, o fato de o filho ter escolhido a profissão é motivo de orgulho. Ele diz que a interação é enriquecedora - união entre sua visão, mais antiga, e o que vem de novo de Pedro, de 33. "Transmito a experiência técnica e também sobre relacionamentos. Cuidar do paciente, aliviar sofrimentos, ter prazer no trato com as pessoas. A medicina é algo que nasce com a gente", afirma Marzo.

Pedro conta que aprende muito com o pai, para ele um verdadeiro professor. Ser médico foi um caminho natural. Marzo nunca o pressionou para que seguisse a carreira. "A informação está acessível a todos, mas a experiência vem com o tempo, não está nos livros. A medicina me ensina sobre empatia. Aprendi com meu pai sobre a importância de se colocar no lugar do outro, ter atenção com o paciente, o rigor para garantir a segurança nos procedimentos. Podem dizer que a cirurgia plástica é uma futilidade. Mas interfere diretamente na autoestima, na melhor percepção sobre si mesmo e nas relações interpessoais", ressalta.

Os pacientes que geralmente buscam intervenções em cirurgia plástica, explica Pedro Bersan, quase sempre agendam os procedimentos em algum momento que não atrapalhe a rotina de trabalho, já que o tempo de licença médica costuma ser de até 15 dias. "Como a maioria está em home office e não tem a obrigação do emprego presencial, já marca a cirurgia de uma vez. Aumentou muito a procura por mudanças na face, nariz e pálpebra, características que ficam mais evidentes nas chamadas de vídeo", diz o cirurgião.

A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48 anos, é de uma família de médicos: opção pela medicina nunca foi uma dúvida

A endocrinologista Patrícia Fulgêncio, de 48, é de uma família de médicos. Cresceu no hospital mantido pelos pais em Mantena, no interior de Minas Gerais. É diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Minas Gerais (SBEM-MG), presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional Minas Gerais (SBD-MG), professora da Faculdade de Ciências Médicas e tem consultório particular.

A opção pela medicina nunca foi uma dúvida. De Antônio, cirurgião, e Heloísa, ginecologista, recebeu o exemplo de um trabalho árduo e contínuo, de dedicação, respeito, cuidado e carinho. Com 78 e 75 anos, respectivamente, os pais até hoje demonstram o amor pelo que fazem, e isso foi transmitido para toda a família. "Eles iam ao hospital durante a noite, passando de leito em leito para ver se tudo estava bem, e muitas vezes eu ia junto. Fui me apaixonando, nunca pensei em fazer outra coisa. Aprendi como a medicina é fundamental para melhorar a vida, ainda que não seja curar, mas aliviar a dor", diz. O irmão é cardiologista e a irmã oftalmologista. Patrícia já começa a perceber também o pendor da filha mais nova pela carreira médica.

Patrícia conta que, no primeiro mês da pandemia, os atendimentos tiveram uma queda brusca na frequência. O que logo a fez começar a prestar assistência por telemedicina. Começou a auxiliar pacientes não apenas em BH, mas também no interior de Minas Gerais e até em outros países. "Muitas pessoas gostaram do modelo. Os atendimentos presenciais estão voltando, mas muita gente preferiu continuar com a telemedicina. Tenho mais pacientes agora do que antes da COVID-19", diz.

ORGULHO

Christiano Simões, de 40 anos, e o pai, Roger Simões, de 73, são médicos ortopedistas e traumatologistas

Incluindo o período de residência, Christiano Simões, de 40, trabalha no hospital Felício Rocho, em BH, desde 2006, e tem consultório privado. Atua como ortopedista e traumatologista, assim como o pai, Roger Simões, que ingressou na unidade de saúde em 1972. Seguindo o percurso paterno, trata problemas de coluna, traumas, patologias crônicas, tumores, casos de deformidades e degeneração, além do pronto atendimento em urgências e emergências.

Ele se lembra das ocasiões em que, ainda criança, passeava com o pai e encontrava pacientes o cumprimentando, agradecendo pelo tratamento. O que mais ouvia era "o senhor salvou minha vida". "Ficava orgulhoso, e isso me fez desejar trabalhar na mesma área. A medicina sempre foi para mim uma referência", conta.

Para Christiano, os encantos da profissão, que em sua opinião exige dedicação e vocação, passam principalmente pela possibilidade de resolver o problema do próximo, ser útil, perceber a gratidão das pessoas, poder ajudar em momentos difíceis. "Meu pai me ensinou a ser honesto, a não usar a medicina como finalidade, mas como meio. Meio para conquistar as coisas na vida. O primeiro objetivo é cuidar. Qualquer resultado financeiro é secundário, apenas uma consequência."

Roger tem 73 anos. Na época de criança, lembra-se de que as maiores aspirações nas famílias é que se formassem médicos. Algo que foi intencionado pelos seus pais. Conta que sempre gostou da medicina, e logo seguiu o rumo. Hoje, o filho dá continuidade a essa história, e faz mais. "Há quase 50 anos, a medicina era muito artesanal. Hoje, meu filho está muito mais bem preparado", compara.

A esposa de Christiano, Pierina Formentini, de 34, também é ortopedista e traumatologista, especializada em ortopedia pediátrica. Conta que a interação com o marido é algo a acrescentar. "Discutimos as situações, falamos sobre as melhores condutas, orientamos um ao outro. Tranquilizar as famílias, transmitir a confiança de que tudo vai melhorar, acompanhar a evolução do paciente, é uma satisfação", conta a médica, que trabalha na Santa Casa de Belo Horizonte e no hospital São Lucas, no Santa Efigênia.

Legado de família

Acompanhar o trabalho de pais nas consultas ou atendimentos domiciliares desde cedo despertou vocação de médicos que decidiram seguir os mesmos passos na carreira. Aprendizado é diário

Médico ginecologista, Agnaldo Lopes diz que os filhos, Teresa e Bernardo, querem seguir a mesma carreira

Agnaldo Lopes da Silva foi o primeiro morador de Caraí, no Norte de Minas, a se tornar médico, em 1958. Especializado em otorrinolaringologia, se formou em Belo Horizonte, pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Nos 25 anos em que viveu em Teófilo Otoni, organizou sua rotina entre o consultório, o hospital e a fazenda da família. Com a esposa, Maria Thereza Martins da Costa Lopes, teve cinco filhos. Depois de quatro mulheres, nasceu o filho caçula, Agnaldo, que herdou do pai, falecido, o nome e a profissão.

Com passagem por algumas especialidades médicas, Agnaldo Lopes da Silva Filho, de 47, hoje é presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). O ginecologista conta que não sabe precisar o momento exato em que decidiu cursar medicina. Desde criança, seus interesses apontaram a direção. O fato de ser filho do único otorrinolaringologista de uma cidade do interior lhe proporcionou uma experiência interessante que, certamente, contribuiu para a escolha, embora antes não tivesse consciência sobre isso.

"Naquela época, era costume o atendimento médico domiciliar e meu pai recebia pacientes em nossa casa ou os atendia em suas residências. Nesses atendimentos fora do consultório, frequentemente solicitava minha participação, quem sabe já intuindo a minha vocação e alimentando a chama", lembra.

Agnaldo diz que a carreira científica e acadêmica foi influenciada por mestres da vida e da profissão. O primeiro foi o pai, homem de caráter notável, honestidade e simplicidade, como relata, cujo exemplo foi sua maior ferramenta de ensino. "Talvez tenha sido o principal responsável pela minha carreira, já que sempre me ensinou que estudo e competência são importantes, mas o imprescindível é o caráter. Para meu pai, o mais importante não era ser bem-sucedido, mas ser um homem de valor", lembra. Da mãe, ainda garoto se recorda de ouvir que a medicina é um sacerdócio.

Com a também médica Rívia Lamaita, de 48, teve os filhos Teresa e Bernardo. Os dois pretendem seguir a carreira médica. "Interesso-me pela oncologia. Isso veio dos meus pais. Sempre escutei os dois conversando sobre a medicina e me passaram o amor pela profissão. Ensinaram-me a ir atrás do que eu quero", conta Teresa.

Agnaldo diz que o aprendizado é diário, muito pelo contato com os pacientes que tem a oportunidade de auxiliar. "Aprendo com as vitórias e também com os erros e fracassos. Quando se lida com vidas humanas, todas as decisões envolvem riscos. O exercício da medicina exige que sejamos capazes de enfrentar esses riscos e de tomar decisões por vezes muito difíceis." Para Agnaldo, a noção mais importante sobre relação médico-paciente é a da confiança."A pessoa se entrega a você."

Com a pandemia, Agnaldo observa mudanças na sua forma de atuação. Costumava viajar para outras cidades, estados e até países diferentes para participar de congressos, concursos, conferências, bancas de pós-graduação, muito por causa de seu cargo de professor titular da cadeira de ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesse período de quarentena, as atividades passaram a ser pelas plataformas digitais. Na universidade, inclusive, as aulas presenciais acabam de ser retomadas.

Por um lado, não há mais o desgaste com tantas viagens, como diz o médico, e, por outro, com o trabalho na Febrasgo no momento baseado nos contatos virtuais, a relação com os associados foi estreitada. "Conseguimos uma presença mais próxima com os associados em outras regiões do Brasil e no exterior", descreve.

SUPER-HER?IS

A psiquiatra Jaqueline Bifano, de 35, cresceu escutando do pai elogios à medicina. Pessoas que salvam vidas e se empenham no cuidado ao próximo para ele são mesmo super-heróis. O irmão e a irmã também são médicos. "Desde criança, para nós essa parecia a melhor profissão que podíamos escolher", diz.

A psiquiatra Jaqueline Bifano com os pais, Florisvaldo e Gilda, e os irmãos, Lucas e Tatiana: medicina na veia. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina", diz

O sonho do pai em ser médico, ainda que não realizado por ele, devido à dificuldade em lidar com sangue, mesmo assim foi a inspiração pela opção. "Pela influência desse profundo desejo do meu pai, eu e meus irmãos decidimos pela medicina. Meu irmão até cursou relações internacionais, mas abandonou o curso no último ano por ver que não era aquilo que ele queria. Hoje, somos dois psiquiatras e uma neurologista."

EMPURRÃO

Para Lucas e Tauana, o amor pela medicina passa de primo para prima

Um percorrendo os passos do outro, entre o dermatologista Lucas Miranda, de 37, e a neurologista Tauana Tirone, de 32, a afeição pela medicina foi transmitida de primo para prima. Os dois cresceram em Carangola, no interior mineiro, e estudaram nos mesmos colégios durante a infância. Mais tarde, cursaram faculdade e fizeram a residência médica também nas mesmas instituições.

"Lucas é cinco anos mais velho. Fui acompanhando seus passos, as histórias que contava sobre o curso, a faculdade de medicina. Foi um empurrão para eu não desistir', lembra Tauana. Quando ingressou na escola de medicina, os incentivos recebidos do primo eram ainda maiores. "Muitas vezes, sofria com a rotina pesada de estudo e dedicação que o curso exige. Mas, como o Lucas tinha passado pelo mesmo caminho, me ajudava muito repassando materiais, me estimulando."

Para Lucas, a medicina é uma vontade que vem de garoto. "Não me lembro ao certo em qual idade, ou como exatamente isso surgiu. Nunca cogitei outra área, o que é curioso para mim até hoje. Talvez por ser um grande objetivo, desde cedo despertou o interesse de parte da família", diz.

O irmão mais novo de Tauana também acaba de se formar em medicina e a afilhada de Lucas, Lorena, vai fazer o Enem visando essa área.

Médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam, diz pesquisa

Além do alto índice de confiabilidade, estudo aponta que 95% dos entrevistados acreditam que estes profissionais carecem de valorização, como maior remuneração e plano de carreira

Jéssica Mayara*

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Instituto Datafolha no segundo semestre deste ano, os médicos são os profissionais em quem as pessoas mais confiam. Os dados, recolhidos em entrevistas estruturadas via telefone em todas as regiões do país, apontam que 33% - nove percentuais a mais do que os índices apresentados em 2018 - das 1.511 pessoas que responderam o questionário têm na figura do médico, a profissão em quem mais depositam confiança.

O alto nível de credibilidade depositado nos médicos se deve, especialmente, no que tange à percepção das mulheres (42%), da população com ensino fundamental completo (42%) e com idade superior a 45 anos (37%). O olhar positivo para a categoria também é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%) ou mais de dez salários mínimos (33%). Do ponto de vista da distribuição geográfica, os percentuais são muito próximos, com destaque para os estados do Nordeste (37%) e Sul (38%).

"A vocação por promover saúde, prevenir doenças e cuidar de pessoas consiste no cerne do exercício profissional do médico. Diante da pandemia instalada em todo mundo e que afetou pesadamente o Brasil, a luta de todos os profissionais, e em especial dos médicos, tornou-se ainda mais intensificada e percebida. Inclusive, por estarem na linha de frente nos serviços de saúde, muitos profissionais adoeceram e faleceram", avalia Camila Souza, coordenadora adjunta do curso de medicina do UniBH, ao comentar os índices e enaltecer a profissão. "São anos investidos para entrar, permanecer e conquistar o diploma em medicina, e intensos anos de residência médica e obrigação em manter-se sempre atualizado. Isso tudo faz da medicina uma profissão de altíssima responsabilidade social e de alto investimento, foco e abdicação pessoal e familiar", completa.

Justamente neste contexto de responsabilidade social é que a pesquisa trabalhou, também, no quesito de avaliação e confiança no trabalho médico durante a pandemia, haja vista ser esse o momento mais difícil da atualidade. "Acredito que, especialmente com a pandemia, as pessoas têm tido mais empatia com a profissão. Não é fácil estar na linha de frente e abdicar do contato com a família, mas a missão de estar a serviço da população sempre fala mais alto. Acredito que essa pesquisa só reforça o que nós temos visto neste momento de pandemia: o reconhecimento da população pelo trabalho dos médicos em um esforço contínuo para salvar vidas", comenta Rennan Tavares, professor do curso de medicina do UniBH.

Em relação a atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento da pandemia de COVID-19, o levantamento apresenta os seguintes resultados: na opinião de 77% dos entrevistados, o trabalho desses profissionais é considerado como ótimo ou bom, os outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo. Para Rennan, esses dados são de extrema importância para restaurar a imagem do médico, que se desgasta em razão da luta para salvar mais e mais vidas.

"A carga de adoecimento mental e físico, de sobrecarga dos sistemas e de subversão de todo o modus operandis da sociedade é cada vez maior neste momento. E, apesar disso, o médico precisa manter-se lúcido, atualizado, equilibrado e preparado para manter seu juramento de cuidar da saúde das pessoas, dos familiares e das comunidades. O médico não pode se eximir desse juramento profissional. Embora esses profissionais sejam humanos, sem o seu trabalho, toda a sociedade pode solapar nesse período de pandemia", opina Camila.

A pesquisa mostra, ainda, que para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Enquanto isso, na percepção de 95%, os médicos merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.

*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram

O olhar do médico

O olhar do médico é o equilíbrio entre a ciência e o humanismo, a razão e o sentimento, a observação e a interpretação, a eterna busca pela paz mesmo na guerra contra os males que põem em risco o corpo e a mente

Marcus Vinícius Bolívar Malachias

Cardiologista, PhD pela USP, pós-doutor pela Harvard Medical School, professor da Faculdade Ciências Médicas de MG,

diretor clínico do Instituto de Hipertensão de MG e governador no Brasil do American College of Cardiology

Aos olhos atentos do médico experiente, muitas doenças são diagnosticadas pela simples observação. Os olhos saltados do hipertireoidismo, a falta de ar do enfisema, a perda do fôlego e os edemas da insuficiência cardíaca, a face congesta da doença renal crônica, as muitas doenças da pele, as típicas marchas dos portadores de distúrbios neurológicos ou ortopédicos, mas também o semblante sem horizontes da depressão e a inquietude da ansiedade. São muitos os diagnósticos feitos no dia a dia dos consultórios apenas como a observação somada à experiência, mesmo antes de iniciada a anamnese - o clássico diálogo entre médicos e pacientes.

Cada vez mais, a visão do médico é amplificada pela tecnologia das imagens, como tomografias, ressonâncias, ultrassons, cintilografias, PETs e toda a parafernália de que a moderna medicina dispõe hoje para desvendar os diferentes distúrbios ocultos, possibilitando intervenções cada vez mais precoces e precisas. Mas, mesmo com todos esses intrincados recursos, não existem exames que quantifiquem a intensidade da dor, o grau da angústia, a magnitude do estresse ou os tormentos da alma, males que só podem ser percebidos pelo olhar atento e sensível de quem escolheu preservar e salvar vidas.

Para o médico sensível, tão importante quanto descobrir qual é a doença que aflige o paciente é decifrar quem é o indivíduo acometido pela doença. O olhar do médico não é só de investigação, a laboriosa interpretação de fragmentos de sintomas e sinais para o encontro do diagnóstico mais correto com o mais indicado tratamento. É também o olhar de bem-querer, de compaixão e de consolo diante de tão frequentes derrotas para os males sem solução. Afinal, é dever do verdadeiro médico ver com os olhos e enxergar com o coração.

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VALOR ECONÔMICO

 

Fundador da Qualicorp lança plano de saúde

O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha

Por Beth Koike, Valor — São Paulo

Um ano após deixar a corretora de planos de saúde que fundou, a Qualicorp, o empresário José Seripieri Filho voltou a empreender. Desta vez, Junior, como é conhecido, está lançando uma operadora de convênio médico, o Qsaúde, que já demandou investimentos de mais de R$ 120 milhões.

A ideia é que o novo plano de saúde seja bem diferente daqueles que Júnior vendeu nos seus mais de 30 anos de carreira. O projeto começou a ser gestado em janeiro, quando o empresário comprou da própria Qualicorp a operadora e obteve autorização para atuar nesse mercado. O contrato de não competição continua valendo para o segmento de corretoras e administradoras de convênios médicos por adesão, área de atuação da Qualicorp.

O Qsaúde chega ao mercado com uma rede credenciada enxuta, com médicos e hospitais de primeira linha e, inicialmente, será ofertado apenas na modalidade individual em São Paulo. Os preços variam de R$ 246,39 a R$ 3,2 mil.

O diferencial é que todos os usuários do novo plano de saúde serão atendidos por um médico de família da Clínica Einstein. São esses profissionais que farão o encaminhamento para um especialista. A estratégia da parceria com uma instituição de saúde de renome é evitar que o paciente sinta-se “cerceado” como ocorre nas operadoras verticalizadas. Além disso, quando o atendimento é feito com um médico generalista, inicialmente, há uma redução de idas desnecessárias ao pronto-socorro ou especialistas e, consequentemente, o custo da operadora é menor.

O Qsaúde é uma combinação de Prevent Senior, operadoras verticalizadas e seguradoras. A operadora voltada a idosos é tida como um case de sucesso por fazer um acompanhamento médico constante de seus usuários, as verticalizadas têm um custo menor devido a sua rede própria e as seguradoras trabalham com hospitais independentes como Albert Einstein.

O desafio de Júnior é conseguir controlar custo com uma rede de atendimento terceirizada. Para isso, está sendo feito um grande investimento em tecnologia que possa mostrar em tempo real os procedimentos médicos realizados pelos pacientes, além disso, os contratos com médicos do Einstein são baseados no modelo de remuneração por performance.

Sua estratégia é até o fim deste ano realizar uma massiva campanha publicitária — que começa a ser veiculada hoje, Dia do Médico — para divulgar o Qsaúde e entrar 2021 com quatro modalidades de planos de saúde, de enfermaria até apartamento, com cobertura de hospitais como Albert Einstein, Oswaldo Cruz e HCOr laboratórios Salomão Zoppi e Delboni, entre outros.

A data escolhida para o produto estar disponível no mercado não é à toa. No próximo ano, os reajustes nos planos de saúde voltam a ser aplicados e ainda é uma incógnita como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai repassar a inflação médica de 2019 e 2020. Há ainda o aumento por faixa etária suspenso neste ano. Ou seja, o reajuste do convênio médico pode ser salgado em 2021, mas o Qsaúde não carrega esse histórico.

A inflação médica, que serve de parâmetro para aplicação dos reajustes, é três a quatro vezes superior à inflação geral. Com isso, só 25% da população brasileira têm convênio, sendo que cerca de 65% é plano empresarial e só 9% é individual. A oferta desse tipo de plano é escassa porque o reajuste é controlado pela ANS o que, segundo as operadoras, torna o produto sem rentabilidade. No entanto, especialistas do setor afirmam que o plano individual é rentável desde que feito com gestão.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Sábado, 17 Outubro 2020 16:02

Covid-19: Boletim Ahpaceg 17|10|20

BOLETIM DIÁRIO COVID 17 10 20

O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.

Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.

Sexta, 16 Outubro 2020 14:51

Covid-19: Boletim Ahpaceg 16|10|20

BOLETIM DIÁRIO COVID 16 10 20

O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.

Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.

HOMENAGEM MEMORIAL 2

 

MEMORIAL INAUGURAÇÃO

O Cremego inaugurou ontem, dia 15, um monumento em homenagem aos médicos que tombaram pela Covid-19. A inauguração abriu as celebrações do Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro.

O presidente do Cremego, Paulo Roberto Cunha Vencio, contou que o Conselho decidiu fazer a homenagem logo nos primeiros meses de pandemia. “Infelizmente, nessa caminhada, perdemos vários colegas, mas os médicos nunca se acovardaram ou se esconderam da luta. Por isso, somos honrados em ser o Conselho de uma profissão tão digna e que não abaixa a cabeça para a doença”.

O diretor Científico do Cremego, Waldemar Naves do Amaral, falou sobre o monumento confeccionado em mármore preto e instalado na entrada de eventos do Conselho, na Rua T-27, Setor Bueno. “O memorial traz os nomes dos médicos que tombaram pela doença. Falamos ‘tombaram’ porque estamos, sim, em uma guerra. Também tem uma homenagem a todos que lutam na linha de frente da pandemia e aos médicos que se contaminaram pela Covid-19 e se recuperaram”, explicou.

O 1º vice-presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis, ressaltou sua solidariedade às famílias dos médicos que faleceram e aos profissionais que ainda estão se recuperando da Covid-19. “Essa doença não é brincadeira, ela devasta o organismo de alguns pacientes. Então, temos que ter muita responsabilidade e manter os cuidados”, alertou e acrescentou a importância da manutenção das restrições de aglomerações.

A corregedora de Sindicância do Cremego, Sheila Soares Ferro Lustosa Victor, e o diretor de Fiscalização, Antônio Carlos de Oliveira e Ribeiro também participaram do evento na sede do Conselho.

Transmitida ao vivo pelo Facebook do Cremego, a solenidade contou com a participação virtual do governador de Goiás e também médico Ronaldo Caiado. Ele parabenizou o Conselho pela iniciativa e afirmou que o monumento é uma marca de gratidão aos médicos vítimas da doença. “Eles foram verdadeiros combatentes nessa guerra e mostraram o compromisso que nós médicos temos com a vida”, afirmou.

Virtualmente, a solenidade reuniu ainda representantes de diversas entidades médicas, que manifestaram homenagens aos colegas falecidos e aos que estão atuando no combate à pandemia. Dentre os participantes estavam o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Antônio Fernando Carneiro; o presidente da Academia Goiana de Medicina, Lindomar Guimarães Oliveira; o presidente do Comitê de Entidades Médicas (Cemeg), José Umberto Vaz de Siqueira; o presidente eleito da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Luiz Ferreira Rios; a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Francine Leão; o presidente da Sicoob Unicentro Brasileira e ex-presidente do Cremego, Raimundo Nonato Leite Pinto, conselheiros, diretores e várias outras autoridades.

Na segunda etapa da inauguração, os diretores se dirigiram ao monumento, acenderam velas, depositaram flores e fizeram uma oração diante do memorial, que deve se tornar um marco da homenagem aos médicos goianos. Nos próximos dias, o Cremego vai receber familiares dos médicos falecidos para a entrega de um troféu e um diploma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido por eles em prol da medicina.

Toda a cerimônia permanece gravada no Youtube do Cremego: https://www.youtube.com/watch?v=3GZXsAs4Zbk

 

HOMENAGEADOS _ MEMORIAL COVID-19

Abdala Sebba Primo CRM/GO 2277

Nasceu em Goiânia e se formou em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Dermatologista, faleceu no dia 15 de outubro, aos 71 anos de idade.

Altamiro Araújo Campos CRM/GO 1780

Natural de Pontalina, formou-se em 1974 na Universidade Federal de Goiás. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 17 de agosto, aos 71 anos de idade.

Antonio Marmo Campos Furtado CRM/GO 2208

Anapolino, formou-se em 1974 na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Neurologista, faleceu em 24 de setembro, aos 73 anos de idade.

Antônio Romário Fulgêncio MartinsCRM/GO 888

Nasceu em Bambuí, Minas Gerais. Formou-se em 1968 na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Acupunturista, faleceu em 7 de agosto, aos 79 anos de idade.

Caio Martins Guedes CRM/GO 19180

Tocantinense de Taguatinga, formou-se em 2014 no Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. Faleceu em 22 de junho, aos 32 anos de idade.

Ciro Ricardo Pires de Castro CRM/GO 1114

Goianiense, formou-se em 1969 na Universidade Federal do Paraná. Especialista em Clínica Médica, faleceu em 27 de junho, aos 75 anos de idade.

Cristovam Guilherme Nunes de Alvarenga Filho CRM/GO 2145

Mineiro de Muriaé, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Pneumologista, faleceu aos 70 anos de idade no dia 7 de setembro.

Emivaldo Soares Martins CRM/GO 4086

Natural de Conceição do Araguaia, no Pará, formou-se em 1983 na Universidade Federal do Maranhão. Cirurgião geral e ginecologista e obstetra, faleceu em 25 de maio, aos 63 anos de idade.

Fernando José Teixeira CRM/GO 5765

Paulista de Cajobi, formou-se em 1985 na Universidade do Vale do Sapucaí. Médico do trabalho, faleceu no dia 14 de agosto aos 60 anos de idade.

Flávio Fialho dos Santos CRM/GO 17525

Natural de Goianésia, formou-se na Universidade de Guayaquil em 2004. Faleceu no dia 22 de julho aos 49 anos de idade.

João Margon CRM/GO 3244

Goiano de Catalão, formou-se em 1977 na Universidade Federal do Paraná. Faleceu no dia 24 de julho aos 68 anos de idade.

Jonas Pinheiro Dias CRM/GO 2099

Mineiro de Salinas, formou-se em 1974 na Universidade de Brasília. Faleceu aos 78 anos de idade no dia 16 de agosto.

José Antônio de Freitas CRM/GO 611

Natural de Uberlândia, em Minas Gerais, formou-se em 1957 na Universidade Federal de Minas Gerais. Faleceu aos 87 anos de idade em 2 de agosto.

José Ronaldo Menezes CRM/GO 4889

Goiano de Niquelândia, formou-se na Universidade Federal do Maranhão em 1986. Urologista, faleceu no dia 19 de maio aos 60 anos de idade.

Josias Rosa da Silva CRM/GO 3798

Mineiro de Ibiá, formou-se na Universidade Federal de Goiás em 1981. Ginecologista e obstetra, faleceu no dia 2 de julho aos 79 anos de idade.

Márcio Alves da Silva CRM/GO 3989

Natural de Araguari, Minas Gerais, formou-se em 1982 na Universidade Federal do Pará. Cardiologista, faleceu em 22 de julho aos 66 anos de idade.

Marco Aurélio Rodrigues Lima CRM/GO 8817

Goiano de Aragarças, formou-se em 1981 na Universidade Federal do Maranhão. Faleceu em 25 de agosto aos 68 anos de idade.

Nelzinho Faleiro de Siqueira CRM/GO 4953

Goianiense, formou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Barbacena. Oftalmologista, faleceu em 31 de agosto aos 74 anos de idade.

Olimpia das Dores Gomes Carvalho CRM/GO 3226

Baiana de Pindaí, formou-se em 1979 na Universidade Federal do Pará. Pediatra, faleceu no dia 15 de setembro aos 69 anos de idade.

Roque Gomide Fernandes CRM/GO 795

Anapolino, formou-se em 1967 na Universidade Federal de Goiás. Pediatra, faleceu no dia 12 de agosto aos 79 anos de idade.

 

 

DIA DO MÉDICO - Vice-presidente alerta para a necessidade de manutenção da prevenção da Covid-19

Durante a cerimônia de inauguração do monumento criado pelo Cremego em homenagem aos médicos que tombaram pela Covid-19, o 1º vice-presidente do Conselho, Leonardo Mariano Reis, alertou sobre a necessidade de manter os cuidados contra o vírus.

“Essa doença é uma incógnita, não é uma brincadeira. Ela devasta o organismo de alguns pacientes. Então, temos que ter muita responsabilidade. Em que pese a diminuição dos casos, ainda temos um grande risco de segunda onda, como acontece em alguns países, principalmente da Europa”, explicou.

Ele ainda fez um apelo aos governantes para que não afrouxem as medidas de precaução. “Mantenham as restrições a aglomerações em locais públicos, como shows e bares. O que pudermos evitar de aglomerações, até o surgimento de uma vacina, irá salvar vidas”.

 

Fonte: Cremego

Sexta, 16 Outubro 2020 07:20

CLIPPING AHPACEG 16/10/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga

Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise

Estados pedem que ministério compre vacina chinesa

Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho

SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência

Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac

Vacina mostra-se segura para idosos

Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h

Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista

 

PORTAL G1

 

Prefeitura deve indenizar morador que estava com larvas no ouvido e foi liberado de hospital sem ser examinado, em Itapuranga

Segundo o processo, médico 'sequer tocou' nele e não realizou exames, apesar das fortes dores. Para juiz, houve negligência médica e prefeitura deve indenizar vítima em R$ 10 mil.

Por Danielle Oliveira, G1 GO

A Prefeitura de Itapuranga, na região central de Goiás, foi condenada a indenizar em R$ 10 mil um paciente que procurou atendimento no hospital municipal sentindo fortes dores na cabeça, mas foi mandado de volta para casa, apesar de estar com larvas no ouvido - o que só foi diagnosticado depois. Segundo o homem, o médico "sequer tocou a mão" nele e não realizou exames. Para o juiz, houve negligência médica. Cabe recurso.

O G1 tentou contato, por telefone e e-mail enviado às 16h37 de quinta-feira (15), com a Prefeitura de Itapuranga para obter um posicionamento sobre a decisão e aguarda retorno.

A sentença da Ação de Reparação de Danos Morais foi proferida pelo juiz Denis Lima Bonfim, da comarca local, que, além dos R$ 10 mil, também ordenou o pagamento de R$ 180 por danos materiais, gastos com a limpeza e desinfecção da área afetada em um hospital particular.

Segundo a sentença, no dia 12 de fevereiro de 2019, o morador procurou a emergência do Hospital Municipal de Itapuranga com “desconfortos agonizantes e intensos dentro da cabeça, como se estivesse algo a se mexer dentro do ouvido”. Ao procurar atendimento, de acordo com a ação, um médico da unidade receitou um medicamento e mandou o paciente para casa, sem sequer analisá-lo.

O morador relatou no processo que não dormiu durante a noite devido às fortes dores e teve de procurar uma farmácia na manhã seguinte, quando foi orientado pelos atendentes a ir ao médico.

No entanto, o homem insistiu para que fosse atendido ali mesmo, momento em que alguns funcionários, com uma lanterna, iluminaram o ouvido e viram que estava infestado de larvas.

Após isso, o homem precisou procurar ajuda em um hospital particular, onde foi feito o procedimento de limpeza e desinfecção. Na ocasião, segundo a decisão, foi extraída do ouvido uma espécie de “mosca morta em estado de decomposição”.

Conforme o juiz, é “incontestável” que houve erro na conduta do médico ao diagnosticar o paciente com otalgia - que é uma dor de ouvido, sem realizar nenhum exame físico.

“As larvas encontradas pelos atendentes de uma farmácia, sem qualquer aparelho próprio ou instrução específica na área da medicina e, posteriormente, retiradas pelo médico responsável pelo segundo atendimento, possuem um tamanho significante que, apesar de sua rápida evolução, poderiam ser constatadas em doze horas antes”, observou o juiz.

O juiz considerou ainda “mais reprovável” a conduta do médico que, além de não pedir nenhum exame, liberou o paciente sem pedir que ele retornasse ao médico, mesmo ele tendo se queixado de dores há 15 dias. Porém, o médico não foi citado no processo.

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GLOBO ONLINE

 

Planos de saúde mais baratos e cartões de desconto são apostas para enfrentar a crise

RIO - De olho em um mercado de mais de 180 milhões de brasileiros que não têm plano de saúde, as empresas estão lançando produtos mais baratos durante a pandemia. Há desde planos a partir de R$ 125 (mas que oferecem uma rede credenciada menor de hospitais e clínicas) até outros modelos, que não são planos de saúde, como os serviços de assinatura mensal que dão direito a descontos de até 80% em um número limitado de consultas e exames.

Cobrança indevida:

Oferecer produtos mais em conta é discussão antiga no setor de saúde suplementar, mas se tornou uma questão mais premente com a pandemia. De 2014 para cá, as operadoras acumulavam perda de mais de três milhões de usuários. De março a julho, foram 327 mil pessoas que deixaram de contar com a cobertura. Em agosto, porém, o setor ensaiou recuperação, com acréscimo de 77,4 mil usuários.

Empresas tradicionais do setor, como SulAmérica e Qualicorp, lançaram planos com valor menor. Eles estão sujeitos às mesmas regras de produtos mais caros, como a oferta de exames e tratamentos para doenças de maior complexidade. A diferença é que o usuário pode ter menos escolhas de hospitais, profissionais ou clínicas. É uma adaptação ao cenário de recessão com alto número de desempregados e perspectiva de retomada lenta da economia.

Idec:

Atualmente, 80% dos beneficiários do setor de saúde estão em planos empresariais. Leonardo Giusti, sócio líder do setor de Saúde da KPMG Brasil, lembra que os planos são hoje o segundo maior custo das empresas sobre o capital humano depois dos salários. Para ele, a regulamentação da telemedicina durante a pandemia foi fundamental.

Rede restrita

Leonardo Nascimento, sócio-fundador da Urca Capital Partners, diz que as fusões e aquisições no setor de saúde cresceram 60% de 2018 para 2019. De um lado, operadoras compraram clínicas, hospitais e laboratórios. De outro, healthtechs oferecem plataformas digitais para atendimento e gestão da saúde. Tudo para reduzir custo, explica:

A terceira onda é o lançamento de produtos mais baratos, com ganho no volume, um movimento que precisamos ver se vai ser bem-sucedido.

Há um ano, a SulAmérica lançou seu primeiro plano popular, o Direto, que custa cerca de 35% menos do que a mensalidade de entrada do plano coletivo tradicional da operadora. E esse valor ainda pode cair mais, diz Ricardo Soares, diretor de Precificação da empresa. Os planos têm cobertura regional e rede de assistência mais enxuta. A grande mudança foi na forma de pagamento dos prestadores de serviço, diz Soares:

Entenda:

Pagamos um valor per capita pelo número de usuários do plano. No início, havia uma preocupação dos parceiros sobre como funcionaria esse compartilhamento de risco. Hoje há fila de prestadores interessados em parcerias. O desafio é chegar ao interior.

Maior administradora de benefícios do país, a Qualicorp tem firmado parcerias para oferecer planos de adesão a preços mais em conta, com mensalidade a partir de R$ 125. Este ano, com o efeito pandemia, já lançou 18 produtos acessíveis; no ano passado foram quatro.

São planos com diferentes parceiros, com redes mais restritas, cobertura regional, mas que cobrem tudo o que está previsto num produto tradicional ressalta Elton Carlucci, vice-presdiente da Qualicorp.

Pesquisador:

Vera Valente, diretora executiva da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), que reúne as operadoras, insiste que são necessárias mudanças na regulamentação para desenvolver o mercado de planos populares. A federação defende a venda de planos só com consultas ou exames:

Planos individuais são um caminho para o crescimento, já que com a crise econômica muitos brasileiros estão na informalidade. Mas com a regra atual não são viáveis.

Já os serviços de assistência com cartões de desconto não estão submetidos às mesmas regras dos planos de saúde fixadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São usualmente restritos a consultas e exames, não oferecem atendimento de emergência e preveem pagamento, ainda que reduzido, a cada procedimento realizado. O risco neste caso, segundo os especialistas, é o consumidor confundir essa espécie de pacote básico de atendimento com um plano tradicional.

Explicações:

Os cartões de descontos são serviços mais baratos que um plano, mas menos completos. Podem ser úteis em situações pontuais, mas para exames e procedimentos de alta complexidade, de custo alto, o consumidor tem de recorrer ao SUS ou é obrigado a fazer desembolsos vultosos diz Ana Carolina Navarrete, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A seguradora Porto Seguro, que tem em seu portfólio planos de saúde tradicionais, acabou de lançar o Porto Cuida. Trata-se de um serviço de assinatura digital, com custo mensal de R$ 19,90, e que oferece ao titular, e até outras duas pessoas, quatro consultas anuais gratuitas por telemedicina, além de descontos de 40% a 50% em consultas e exames e de até 70% em remédios.

O público alvo é quem não tem plano de saúde, independentemente de faixa de renda. Com a comercialização limitada de planos individuais, quem perde emprego não tem acesso a um plano explica Marcelo Picanço, vice-presidente da Porto Seguro.

Avaliação do Cade

As operadoras de planos de saúde são impedidas por lei de comercializar cartões de desconto e pré-pagos. No caso da Porto Seguro, ela explica que o Porto Cuida não é um plano e que está vinculado à Porto Seguro Serviços e Comércio, diferentemente de sua operadora de seguro-saúde, ligada a outra empresa do grupo e que segue a regulamentação da ANS. As duas companhias atuam de forma independente.

Plano de saúde:

A queda das vendas do seu seguro-viagem durante a pandemia fez a Ciclic, uma plataforma digital de venda de seguros e serviços, pensar em novos negócios e lançar, em junho, o Saúde Protegida. Ele engloba desconto em medicamentos e teleconsultas ilimitadas, com assinatura mensal de R$ 29,90, para planos individuais e R$ 49, família. Em agosto, a empresa lançou o Plano Plus, que oferece descontos de até 80% em consultas e exames em 3.500 clínicas e laboratórios em todo o país.

O produto vai evoluir, mas sem chegar a ser um plano de saúde. Uma das opções em estudo é a parceria com seguradora que permita uma indenização em caso de diagnóstico de doença grave, como câncer, para custear o tratamento antecipa Raphael Swierczynski, CEO da Ciclic.

Questionamentos sobre a comercialização de cartões de saúde foram parar no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que em junho decidiu pela legalidade da oferta desses produtos.

Plano de saúde empresarial com coparticipação cresce na pandemia

O órgão entendeu que a oferta destes cartões vem num momento em que as pessoas perderam renda, estão sem acesso a plano e sem cobertura de saúde. O Cade destacou, no entanto, que o consumidor deveria ser bem informado de que não há cobertura securitária. Ou seja, quem vende tem que tomar o cuidado de explicar ao consumidor para que ele não ache que vai ter as proteções e garantias de um plano de saúde diz José Alexandre Sanches, sócio de Contencioso do escritório Machado Meyer Advogados.

Segundo a ANS, é proibida qualquer vinculação de produtos como cartão de desconto e cartão-saúde com as marcas das operadoras de planos.

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Estados pedem que ministério compre vacina chinesa

Governo de São Paulo argumenta que CoronaVac é o imunizante mais avançado em fase final de testes no Brasil

ANA LETÍCIA LEÃO

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) pediu, em ofício enviado ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que o governo federal compre doses da vacina chinesa contra o coronavírus, a ConoraVac, produzida no Brasil em conjunto com o Instituto Butantan, e a inclua no Programa Nacional de Imunização (PNI).

O documento foi enviado ontem, após uma reunião virtual na véspera com secretários estaduais de Saúde, que discutiu um possível plano nacional de imunização contra a Covid-19. Até então, o Ministério da Saúde apoiou acordos para comprar a vacina da empresa AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a do Covax, consórcio global contra o vírus.

As duas parcerias somam mais de 140 milhões de doses do imunizante contra o novo coronavírus. No entanto, ainda não há sinalização da pasta em relação à CoronaVac:

"O Ministério da Saúde está em constante avaliação de novas possibilidades e permanece em contato com o Butantan e outros institutos nacionais que buscam parcerias com laboratórios estrangeiros", disse a pasta, em nota. "O imunizante que ficar pronto primeiro - o que significa atender todos os critérios de segurança e eficácia exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - será uma opção para aquisição."

CONSTRANGIMENTO

No documento, o Conass alega que há possibilidade de "disponibilização imediata" de doses da CoronaVac já em dezembro. Além disso, pede a incorporação de imunizantes que possuam "condições de eficácia, segurança e produção disponível" para iniciar a vacinação em janeiro de 2021.

Presente na reunião do Ministério da Saúde sobre imunização contra a Covid-19, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a não inclusão da CoronaVac no PNI causou "constrangimento para todos". O governador João Doria afirmou que irá a Brasília para ter uma conversa "definitiva" sobre um repasse do ministério para a compra de 60 milhões de doses da CoronaVac já previstas em contrato.

O CoronaVac termina nesta semana a fase final de testes em voluntários. Até o momento, os estudos não mostram efeitos adversos significativos da vacina e está prevista a chegada de 6 milhões de doses do imunizante ao Instituto Butantan, ainda neste mês, prontas para serem usadas, se o imunizante receber a aprovação da Anvisa.

Doria diz que a vacinação a profissionais de saúde - grupo prioritário - poderia começar já no dia 15 de dezembro. Posteriormente, serão feitas no Brasil mais 40 milhões de doses até dezembro e outras 14 milhões até fevereiro do ano que vem.

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SETOR SAÚDE ONLINE

Em expansão, Hapvida projeta 345 novas obras até 2021 e anuncia novo membro do Conselho

Seguindo o seu projeto de expansão por verticalização, a operadora de planos de saúde Hapvida informa o planejamento de executar 345 obras até 2021. No primeiro semestre de 2020, foram investidos R$ 167 milhões na estrutura física das 158 obras entregues até agosto.

Agora, estão previstas mais 187 obras, dentre elas 34 novas unidades, que somarão as 345 obras previstas para serem entregues até 2021. A operadora projeta inaugurar 10 hospitais nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a companhia acompanha 15 targets, entre hospitais e operadoras de pequeno e médio portes, para aquisições.

Fundada em 1979, pelo médico oncologista Cândido Pinheiro de Lima, como uma pequena clínica em Fortaleza, transformou-se no Hospital Antônio Prudente em 1986. Em 1993, foi fundada a operadora de planos de saúde Hapvida, que logo se expandiu pelo Ceará e demais estados do Nordeste e região Norte. Com a abertura de capital nos últimos dois anos, a Hapvida se expandiu para todas as regiões do Brasil.

Atualmente, conta com cerca de 6,4 milhões de clientes, sendo considerado o maior sistema de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país. A Hapvida conta com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos que realizam 350 mil atendimentos por mês, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Novo membro do Conselho de Administração

A Hapvida definiu Igor Lima como novo membro independente do seu Conselho de Administração, conforme documento enviado ao mercado na quinta-feira (15). O executivo é vice-presidente da YDUQS (holding de capital aberto com foco no ensino superior). Além disso, Lima é conselheiro consultivo da Peers Consulting e conselheiro do Vetor Brasil.

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LEGISCOR

SulAmérica lança SOS Prev e anuncia inclusão de telemedicina em planos de Previdência

 

Com objetivo de cada vez mais ter soluções completas e integradas para ampliar o cuidado e a proteção, a SulAmérica passa a oferecer aos clientes de Vida Individual e Previdência Individual o uso do Médico na Tela, serviço de telemedicina disponível 24h por dia, sete dias por semana. O atendimento é realizado por chamada de vídeo com médicos plantonistas de forma prática, rápida e segura. "Somos a primeira empresa a oferecer teleconsulta médica para clientes de Previdência. Trata-se de mais um exemplo da visão de Saúde Integral da companhia, promovendo o equilíbrio entre corpo, mente e finanças para melhorar a vida das pessoas", afirma Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica. "Beneficiários de Vida também terão acesso a este serviço de atendimento remoto", completa.

Outra novidade exclusiva e pioneira anunciada pela SulAmérica é o SOS Prev, uma assistência para apoiar os clientes de Previdência na manutenção do planejamento futuro. Trata-se de uma linha de crédito que pode socorrer aqueles que têm um plano ativo e precisam de ajuda financeira emergencial. Com o SOSPrev, os clientes de planos PGBL e VGBL terão acesso a um crédito equivalente a até 50% da reserva previdenciária.

"Com essa solução inovadora, quem precisa de recurso urgente não terá de resgatar seu investimento de previdência para resolver questões financeiras pontuais. Ou seja, estamos ajudando nossos clientes a cuidarem de seu patrimônio com uma opção interessante para que não desfalquem suas reservas previdenciárias, tão importantes para o futuro", conclui Mello.

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FOLHA DE S.PAULO

Pressionado por secretários, ministério diz que não descarta comprar CoronaVac

Renato Machado

Pressionado pelos estados a comprar a vacina chinesa Sinovac, desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan, o Ministério da Saúde amenizou o tom e informou que não descarta nenhuma possibilidade de imunização.

Em entrevista à imprensa nesta quinta (15), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que o país pode contar com "várias vacinas" contra o novo coronavírus e que a vacina chinesa "está no rol daquelas que deverão ser adquiridas".

O secretário voltou a falar que as vacinas em fase 3 de testes clínicos - com amostragem ampliada- terão preferencia.

"Em fase 3, estágio avançado de desenvolvimento, talvez ali concomitante com a da AstraZeneca, nós temos a do Butantan aqui no Brasil. Com certeza ela está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade...", disse o secretário-executivo.

Franco também disse que, entre os requisitos avaliados pelo ministério, estão a capacidade de produção em escala e um preço "que seja exequível, que possamos pagar pela vacina".

Secretários estaduais de Saúde encaminharam um ofício nesta quinta ao ministro Edu ardo Pazuello (Saúde), solicitando a compra da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O documento assinado pelo presidente do Conass (conselho de secretários estaduais da Saúde),Carlos Lula, cita reunião realizada entre os secretários e dirigentes do Ministério da Saúde, na qual foram informados que as opções contratadas pelo governo federal não devem resultar na vacinação da população antes de abril do próximo ano. Por causa desse prazo, uma crise se instaurou entre ministério e estados, revelada pelo Painel.

Os secretários argumentam que a vacina produzida pelo instituto Butantan encontra-se na fase 3 de testes clínicos, que deve ser encerrada até novembro.

Além disso, existiría a disponibilidade imediata, em dezembro, de 46 milhões de doses. Essas quantias seriam ampliadas em fevereiro, com mais 14 milhões, e outros 40 milhões até junho.

Na semana passada, Franco havia adotado um tom mais duro, ao ser questionado sobre a compra da vacina chinesa. O secretário-executivo afirmou na ocasião que as negociações com o estado de São Paulo estavam no mesmo passo que as demais mantidas pelo ministério.

"A vacina que ficar pronta primeiro com certeza será uma opção para adquirirmos. De acordo com a legislação brasileira, eu não posso comprar o que não existe", disse.

Franco disse nesta quinta feira que pode haver um adiantamento para dezembro do início do fornecimento das vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca, via Fiocruz. A princípio, as primeiras 15 milhões de doses estarão disponíveis em janeiro.

O ministério afirma que o cronograma de entrada dessas vacinas será mensal, com a mesma quantidade inicial.

Na semana passada, o governo federal informou que terá 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus no primeiro semestre.

Em relação à imunização no primeiro semestre, 100 milhões de doses virão da parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, por intermédio da Fiocruz.

As outras 40 milhões de doses serão obtidas através do mecanismo Covax Facility, liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Brasil anunciou a adesão ao mecanismo em setembro deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou medida provisória liberando R$2,5 bilhões.

O Ministério da Saúde também apresentou nesta quinta feira o boletim epidemio lógico, em relação à semana que terminou no dia 10 deste mês. A pasta acrescenta que essa é a 19 a semana com tendência de queda no número de mortes.

Com certeza ela [CoronaVac, do Instituto Butantan] está no rol daquelas que deverão ser adquiridas e deverão ser inseridas no programa nacional de imunização, conforme um estudo de segurança, da eficácia, do prazo de disponibilidade.

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CORREIO BRAZILIENSE

Vacina mostra-se segura para idosos



Uma vacina chinesa para a covid-19 baseada no vírus Sars-CoV-2 inteiro e inativado mostrou-se segura e provocou uma resposta de anticorpos, segundo um pequeno ensaio clínico randomizado de fase inicial publicado na The Lancet Infectious Diseases.

O estudo incluiu participantes com idade entre 18 e 80 anos e descobriu que a ativação de proteínas foi induzida em todos eles. Pessoas com mais de 60 anos demoraram mais para responder, levando 42 dias antes que os anticorpos fossem detectados, em comparação com 28 dias para aqueles com 18 a 59 anos.

Os níveis de anticorpos também foram mais baixos nas pessoas de 60 a 80 anos, em comparação com aquelas com 18 a 59 anos. Como o ensaio não foi desenhado para avaliar a eficácia da vacina, não é possível dizer se as respostas induzidas pela substância, chamada BBIBP-CorV, são suficientes para proteger da infecção por Sars-CoV-2, ressaltou Xiaoming Yang, do Instituto de Pequim de Produtos Biológicos, em Pequim, e um dos autores do estudo.

"Proteger as pessoas mais velhas é o principal objetivo de uma vacina para a covid-19 bem-sucedida, já que essa faixa etária é a que oferece maior risco de doença grave", comentou Yang. "No entanto, as vacinas, às vezes, são menos eficazes nesse grupo porque o sistema imunológico enfraquece com a idade. Portanto, é encorajador ver que a BBIBP-CorV induz respostas de anticorpos em pessoas com 60 anos ou mais, e acreditamos que isso justifica uma investigação mais aprofundada."

Dose de reforço

A vacina é baseada em uma amostra do vírus que foi isolada de um paciente da China. Os estoques do micro-organismo foram cultivados em laboratório usando linhagens de células e, em seguida, inativados com uma substância química chamada beta-proprionolactona. A BBIBP-CorV inclui o vírus morto misturado a outro componente, o hidróxido de alumínio, que é chamado de adjuvante pela capacidade de aumentar as respostas imunológicas.

A primeira fase do estudo foi desenhada para encontrar a dose segura ideal para o BBIBP-CorV. Envolveu 96 voluntários saudáveis com idade entre 18 e 59 anos e um segundo grupo de 96 participantes com 60 a 80 anos. Dentro de cada grupo, a vacina foi testada em três níveis de dose diferentes. No total, na fase 1, 144 pessoas receberam a vacina e 48, o placebo.

A segunda fase do estudo foi desenhada para identificar o calendário ideal para a vacinação. Nela, 448 participantes com idade entre 18 e 59 anos foram aleatoriamente designados para receber uma injeção de vacina ou placebo. Desses, 336 recebendo, de fato, a substância imunizante. Nenhum evento adverso sério foi relatado dentro de 28 dias após a vacinação final. "Nossas descobertas indicam que uma injeção de reforço é necessária para obter as melhores respostas de anticorpos contra o Sars-CoV-2 e pode ser importante para a proteção. Isso fornece informações úteis para um estudo de fase 3", disse Xiaoming Yang.

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A REDAÇÃO

 

Goiás chega a 5,3 mil mortes por covid-19 após registro de 45 óbitos em 24h

Théo Mariano

Goiânia - A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou, nesta quinta-feira (15/10), novo boletim diário sobre o avanço do novo coronavírus no Estado. Segundo os números da pasta, foram registrados, nas últimas 24 horas, 2.092 casos e 45 mortes pela doença. Goiás agora chega aos totais de 234.658 contaminações e 5.306 óbitos pela covid-19. Ainda de acordo com os números, há 224 mil recuperados da doença nos municípios goianos.

A pasta também aponta investigação de 226 mortes para saber se a causa foi coronavírus. Outros 233 mil pacientes são considerados casos suspeitos. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 2,26%.

O Governo de Goiás disponibiliza plataforma, atualizada a cada 30 minutos, com os principais dados sobre o avanço da covid-19 no Estado.

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

Xenofobia pode atrapalhar imunização contra Covid-19, diz infectologista

"Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades", disse o infectologista Renato Kfouri

 

O Ministério da Saúde exibiu ontem (14), o cronograma de vacinação contra o coronavirus. A partir daí, foi levantada a questão de dificuldade de imunização pelo infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunização.

Renato Kfouri relatou em entrevista que “nós vamos ter dificuldades em vacinar a nossa população por desconfiança de uma vacina, de outra, de um partido político xenofóbico. Esse vai ser talvez um grande problema para nós enfrentarmos”, disse ele.

O cronograma anunciado pelo Ministério da Saúde, apresenta a AstraZeneca, vacina desenvolvida pela Universidade Oxford. A outra vacina que foi cogitada para a população brasileira, é a CoronaVac, feita na China.

Segundo o infectologista, a disputa política, de campanha para um medicamento específico pode atrapalhar na hora de imunizar a sociedade. Já que algumas pessoas podem ter a ideia de tomar um partido e decidir não receber tal vacina.

A vacina da CoronaVac, não teve investimento para que a população receba a imunização, apresentou o Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do governo de São Paulo.

A negociação da vacina chinesa seria para que indivíduos tenham acesso por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da transação, também precisa ser constatada a eficácia da terceira fase de testes.

“Ajudar em ter uma gama maior de vacinas, de opções, de quantidades diferentes, eventualmente com perfis diferentes de resultados de segurança e eficácia. O momento não é eliminar, ou desprezar, ou não contar. Temos é que agrupar mais fornecedores e aumentar o nosso leque de oportunidades”, falou o Kfouri.

Para ele, é importante ter a união neste momento, para que haja um resultado positivo de imunização na sociedade.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação  

Quinta, 15 Outubro 2020 14:55

Covid-19: Boletim Ahpaceg 15|10|20

BOLETIM DIÁRIO COVID 15 10 20

O boletim Ahpaceg traz os números de atendimentos relacionados ao novo coronavírus (Covid-19) em 22 instituições associadas da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Catalão e Rio Verde.

Nele, estão detalhados a quantidade de leitos exclusivos para os atendimentos de Covid-19, os casos suspeitos e confirmados de pacientes internados em leitos comuns e em UTIs, as altas médicas registradas nas últimas 24 horas, os óbitos confirmados nas últimas 24 horas e o total de mortes acumulado desde 4 de abril, data do primeiro óbito por Covid-19 em hospitais associados.

Atenção: O total de hospitais associados em Goiânia representa 10% dos hospitais da capital. Os demais não fazem parte da Ahpaceg e os leitos ofertados por eles e sua taxa de ocupação não constam neste boletim.