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CLIPPING AHPACEG 24 E 25/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Varíola dos macacos: Anvisa esclarece que não recomendou isolamento
Anvisa sugere máscara e distanciamento para adiar chegada de varíola
Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da variante ômicron
HGG realiza uma cirurgia de redesignação sexual a cada quinze dias
Estratégia de descentralização da saúde em Goiás passa pela implantação das policlínicas
Nova caderneta de gestante do SUS é considerada um retrocesso
Ministério da Saúde institui Sala de Situação para monitorar casos a varíola dos macacos no Brasil
Cofen - Conselho Federal de Enfermagem » Presidente do Senado garante que votará PEC 11
Mãe luta há 2 anos na rede pública para conseguir cirurgia para filho com caroço no pescoço, em Goiânia
Viúva pede justiça por morte de marido que recebeu tratamento alternativo para Covid de casal indiciado por curandeirismo
AGÊNCIA BRASIL
Varíola dos macacos: Anvisa esclarece que não recomendou isolamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta terça-feira (24) esclarecendo as recomendações feitas pela agência para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Segundo a Anvisa, foram apenas reforçadas a adoção das medidas que já estão em vigência em aeroportos e em aeronaves e que são destinadas a proteger "o indivíduo e a coletividade não apenas contra a covid-19, mas também contra outras doenças."
Na nota, a Anvisa esclarece que não recomendou o "isolamento" como uma medida para o enfrentamento à varíola dos macacos.
"De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. O vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama", diz a nota.
A Anvisa informou que atua consoante com as ações das agências internacionais e de organismos mundias de saúde e que permanece monitorando a evolução dos casos da varíola dos macacos, mantendo um contato constante com o Ministério da Saúde. "Tão logo se justifique, serão propostas as medidas sanitárias, quando cabíveis, em aditamento às regras existentes e vigentes no Brasil."
A doença
A varíola de macaco é uma doença pouco conhecida porque a incidência é maior na África. Até o momento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) há 131 casos confirmados de varíola dos macacos, registrados fora do continente africano e 106 outros casos suspeitos, desde que o primeiro caso foi relatado em 7 de maio.
Diante do quadro, o Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
"Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país", informou o Ministério da Saúde, em nota. A pasta afirma que encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.
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AGÊNCIA ESTADO
Anvisa sugere máscara e distanciamento para adiar chegada de varíola
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento físico sempre que possível, uso de máscara e higienização frequente das mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países.
O Ministério da Saúde já instituiu uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil. A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo, 22, foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina.
A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes. Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico.
"Acho muito difícil que (a doença) não chegue aqui", afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. "Mas se trata de uma doença considerada benigna." Além disso, existem tratamento e vacinas. Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin.
"Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas." "É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual", disse Urbaez. "O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real", destacou.
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A REDAÇÃO
Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da variante ômicron
O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia identificou, na segunda-feira (23/5), duas novas sublinhagens da ômicron em circulação no município: a BA.4 e a BA.5. Esses são os primeiros registros dessas variantes em todo o Centro-oeste. A descoberta só foi possível graças ao programa, que é o maior do gênero realizado no Brasil por uma prefeitura, segundo a plataforma internacional Gisaid, entidade com banco de dados sobre genomas de vírus.
Ainda de acordo com a plataforma, até a manhã desta terça (24) em todo o mundo foram identificados 2.371 casos de BA.4, sendo oito na América do Sul e três no Brasil. Desses, dois são de Aparecida. A respeito da BA.5 o Gisaid já registrou 2 mil casos no mundo, sendo sete na América do Sul, todos eles identificados no Brasil. Um caso é de Aparecida. Essas sublinhagens ainda estão sendo estudadas.
“Neste ano, a variante ômicron foi a que predominou em Aparecida. 100% das amostras sequenciadas pelo nosso programa em 2022 são referentes a ela. Agora, observamos o surgimento dessas sublinhagens, que já foram relacionadas ao aumento de casos de covid-19 em outros locais. Contudo, ainda não se pode falar em crescimento de hospitalizações e óbitos. Não é possível nem afirmar que a BA.4 e a BA.5 vão predominar em Aparecida. De qualquer forma, seguimos monitorando. Por enquanto, uma orientação permanece: testagem e vacinação”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.
A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico, reitera a informação e explica que não há motivo para alarme: “Sempre gosto de destacar que enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, infectando e reinfectando pessoas, ele sofre mutações. Esse é um processo natural da replicação do vírus. Algumas dessas mutações podem garantir um maior poder de adaptação, gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Para analisar as consequências é necessário monitorar”.
Casos identificados em Aparecida
Sobre os dois registros da BA.4 em Aparecida, a superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Ribeiro, informa que trata-se de um casal em isolamento domiciliar. A mulher, de 38 anos, testou positivo para a covid-19 em 16 de maio, depois de apresentar tosse seca, dor de cabeça e mialgia. Já o homem, de 39 anos, foi diagnosticado no dia 17 de maio, após sentir os mesmos sintomas que a esposa. Ambos foram vacinados com três doses e não precisaram de internação. Até o momento, não houve transmissão intradomiciliar para nenhuma outra pessoa que reside na casa.
Sobre o caso da BA.5, a superintendente explica que trata-se de um homem, de 20 anos, que também está em isolamento domiciliar: “Ele testou positivo no dia 16 de maio, apresentando sintomas como dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. Segue estável, sem queixas”. Segundo a gestora, ele está vacinado com duas doses.
Daniela Ribeiro avalia ainda que como não foi possível identificar a origem da contaminação nesses três casos, pode-se afirmar que já existe transmissão comunitária dessas sub-linhagens em Aparecida.
Programa de Vigilância Genômica
O Programa Municipal de Sequenciamento analisa amostras colhidas durante a realização do RT-PCR que tenham uma carga viral mínima e com os seguintes critérios: pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica. Até o momento, o município já realizou 500.369 testes RT-PCR para diagnóstico da covid-19 e já sequenciou 2.637 amostras.
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JORNAL OPÇÃO
HGG realiza uma cirurgia de redesignação sexual a cada quinze dias
Por Italo Wolff
Para participar do programa, basta que pacientes procurem a rede básica de saúde e peçam encaminhamento para o projeto de transexualidade do HGG
Em Goiás, pacientes que buscam o processo de transição de gênero e pacientes com desvios de diferenciação sexual já são atendidas no Hospital Alberto Rassi (HGG) via Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017. O hospital, com uma equipe multidisciplinar especializada, é o único do estado a realizar todo o tratamento – ambulatorial, psicológico e cirúrgico – e vem recebendo pacientes de outras unidades da federação que precisam do serviço.
A ginecologista Margareth Giglio, que coordena o Serviço de Identidade de Gênero, Transexualidade e Intersexualidade (Ambulatório TX) do HGG, já realizou mais de 5,7 mil consultas. Atualmente, 350 pacientes frequentam o Ambulatório TX ativamente. A médica explica que há uma grande demanda pelo tratamento no Brasil, e que em um dos centros de referência, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, mais de cem pacientes aguardam na fila. Em Goiás, uma cirurgia de redesignação sexual é feita a cada quinze dias, e o HGG tem potencial para realizar um procedimento por semana.
Distúrbio de diferenciação sexual: o termo intersexual está sendo substituído por disturbios de diferenciação sexual. A condição não é rara, acometendo até 1,7% da população, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e tem diversas causas possíveis. Se caracteriza pela genitália indefinida ou mal formada. São crianças que não necessariamente se sentem diferentes do seu fenótipo, mas que precisam de tratamento precoce para evitar o mal desenvolvimento de características sexuais e a exclusão social.
Transexuais: São pessoas com disforia sexual, que experimentam algum grau de incongruência entre seu sexo biológico e sua identidade de gênero. Há o sentimento de pertencer a um gênero diferente de seu sexo biológico. O tratamento pode ser iniciado a partir dos 18 anos de idade, com atendimento psiquiátrico, psicológico e hormonal. Após dois anos de participação no programa do HGG, tendo o paciente pelo menos 21 anos de idade, o tratamento pode levar à cirurgia de redesignação sexual.
Em comum, os tratamentos para as duas condições podem envolver as cirurgias de readequação genital, mas Margareth Giglio explica que estas não são o fim do tratamento. “Temos várias formas de cuidar. A cirurgia não é o final do processo, já que esses pacientes continuam dependendo de hormônios, medicamentos e acompanhamento psicológico. Nossa equipe multidisciplinar aborda todos os aspectos com médicos ginecologistas e urologistas, cirurgiões plásticos, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos.”
O processo não é trivial, diz Margareth Giglio: “Antes da cirurgia, os pacientes têm de cumprir 2 anos com 24 sessões de atendimento psicológico. Algumas doenças mentais podem contraindicar a redesignação para certos pacientes. Há mulheres trans que desejam próteses mamárias, mas não a cirurgia genital; e há homens que optam apenas pela hormonioterapia para se masculinizar com testosterona. Como cada caso é um caso, nossa equipe tem de trabalhar muito unida.”
A complexidade do processo exige cuidado, explica a médica. “Dentro das readequações, a cirurgia mais especializada é a de se fazer uma vulva ou vagina a partir da genitália masculina. São necessários três profissionais médicos no processo, e no HGG já contamos 12 mulheres redesignadas desta forma. No Brasil, não há uma unidade formadora desses profissionais. Portanto, lutamos para manter a demanda baixa.”
Entrevista com uma mulher trans
Lenna Campos é redatora, mestre em teoria e estudos literários, e concluiu sua transição com 23 anos de idade. Nascida e criada no Rio de Janeiro, vive em Goiânia com a família desde 2019.
Como foi o início do seu processo de transição?
Na prática, eu sempre me senti diferente, não pertencente ao meu sexo biológico. Comecei a me identificar formalmente como mulher aos 18 anos de idade, mas isso não foi surpreendente para as pessoas próximas de mim, pois sempre fui muito ligada ao universo feminino, desde que consigo me lembrar. Meus pais relatam que eu manifestava aversão às coisas de menino desde a infância, mas sinceramente não me lembro muito dessa fase de minha vida, que foi quando mais sofri segregação na escola, por parte de colegas e professores. Acho que bloqueei muitas dessas memórias.
Houve conflitos no procedimento formal para registro do seu gênero e atendimento médico?
Não, foi relativamente tranquilo. Eu comecei a transição quando já tinha apoio de minha família e amigos. Sei que esses são os pontos em que minhas colegas enfrentam boa parte dos conflitos, portanto ter apoio das pessoas que me amam foi realmente fundamental para encarar todo o procedimento. Me sinto imensamente triste por saber que essa não é a realidade da maioria das pessoas trans.
Fiz o caminho convencional. Das unidades básicas de saúde, fui referenciada a um Ambulatório de Transexualidade especializado na cidade do Rio de Janeiro, onde eu vivia na época. Após anos de hormonioterapia, terapia cognitiva e comportamental, visitas regulares a todos os atendimentos médicos necessários, fiz a cirurgia de redesignação pela rede pública de saúde.
Foi necessária alguma espécie de adaptação ou sua rotina continuou como antes?
Como foi tudo muito gradual, apenas as pessoas mais próximas acompanharam todo o processo. Quando concluí a transição (não conclui de fato, pois ainda sou acompanhada por profissionais), eu já estava trabalhando em um escritório convencional, onde conto com o respeito dos meus colegas. Sei também que essa não é a regra para todas as pessoas, mas acredito que tive relativa sorte, pois minha adaptação foi tranquila.
Acredito que a maior parte dos obstáculos esteja na entrada no mercado de trabalho: devido ao preconceito, muitas pessoas acreditam que contratar uma mulher trans trará problemas ao ambiente de trabalho. Empregadores acham que precisarão mudar todas as regras no escritório – do banheiro ao uso da linguagem. Mas a verdade é que as pessoas trans querem pertencer, funcionar bem em sociedade, progredir com toda a coletividade. No final das contas, o ambiente se beneficia de diversidade; a diversidade não é um problema para o funcionamento “normal” das coisas.
A minha relativa sorte não significa que o preconceito não exista, é claro. Eu particularmente não preciso me expor ao público e não falo sobre transexualidade o tempo todo porque sou muito tímida. Mas talvez o estranhamento e a aversão das pessoas explique parte dessa timidez. O Brasil ainda é o país que mais mata transexuais e travestis (foram 140 assassinatos a pessoas trans em 2021, segundo Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais). Por tudo isso, apesar de me sentir acolhida, há o constante medo da ignorância alheia quando preciso sair do meu círculo de pessoas mais próximas.
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Estratégia de descentralização da saúde em Goiás passa pela implantação das policlínicas
Por Marcos Aurélio Silva
Unidades instaladas em regiões diferentes do Estado conseguem ofertar atendimento para 191 municípios
O projeto de descentralização e regionalização da assistência à saúde em Goiás tem se dado, principalmente, no modelo estratégico das policlínicas. Essas unidades que prestam atendimento de média complexidade na rede de saúde da região, ampliando o acesso ambulatorial às especialidades médicas e exames. Ao todo são seis policlínicas em diferentes regiões do Estado, prestando atendimento a pacientes que antes precisavam se deslocar até a capital.
As seis Policlínicas estão em funcionamento, com atendimentos de consultas, exames e procedimentos médicos em praticamente todas as áreas. Instaladas em Posse, Goianésia, Quirinópolis, São Luís de Montes Belos, Formosa e Goiás, ao custo de R$ 67 milhões do Governo de Goiás, as unidades se tornaram referência para a Região de Saúde em que estão localizadas. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), ainda foram investidos R$45,9 milhões em equipamentos para às seis unidades. Falando em resultado para população, a pasta aponta que mais de 210 mil consultas atendimentos já foram realizados nas unidades, que também já executaram 224 mil exames de imagens e laboratoriais.
As policlínicas, estão basicamente estruturadas com consultórios, salas para exames, posto de coleta do laboratório, farmácia, posto de enfermagem, central de esterilização de material e salas destinadas à administração. “Tomamos a decisão de regionalizar a saúde pública porque levar o serviço para perto do cidadão humaniza o atendimento e mostra respeito às pessoas. Um serviço de saúde mais próximo de casa dá dignidade e melhora o bem-estar de todos”, afirmou o governador Ronaldo Caiado (UB) na inauguração da policlínica da Região Rio Vermelho, entregue a cerca de 10 dias.
No total foram investidos R$ 66,8 milhões somente na construção das seis unidades, em mais de 23 mil metros quadrados de área construída. Desse total, apenas para a Policlínica da cidade de Goiás foram destinados R$ 20,6 milhões – R$ 10,1 milhões na construção e R$ 10,5 milhões na aquisição de equipamentos.
A estrutura oferece 20 especialidades médicas, como cardiologia, endocrinologia, dermatologia, ortopedia, ginecologia, mastologia, pediatria. Além disso, conta com equipe multiprofissional composta por assistente social, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta. Na policlínica, a população ainda pode realizar 23 tipos de exames, entre ergométricos, de imagens (mamografia, colonoscopia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, raio-X) e laboratoriais.
O prefeito da cidade de Goiás, Aderson Gouvea, reconhece destacou a parceria estabelecida com o Governo de Goiás: “Saúde não pode ser mendigada, tem que ser colocada à disposição de todo homem e mulher que contribui para fazer um município, um estado e um Brasil melhor”, finalizou.
Ampliação dos atendimentos
O governador deu o tom de que as policlínicas são elementos estratégicos dentro da proposta de descentralização da saúde, algo que segundo Ronaldo Caiado é esperado há anos pela população. “Estão se tornando uma referência para a população do interior. Elas têm uma importância ímpar, porque os doentes crônicos, por exemplo, que precisam de tratamento continuado, vão ter todos os serviços atendidos nestas unidades, como exames, fisioterapia, orientação nutricional e de enfermagem. Isso é respeito às pessoas”, explicou o governador.
O que é a policlinica? A Policlínica é a unidade de saúde de nível intermediário no SUS,
entre a atenção básica e a atenção hospitalar, destinada a desenvolver o
atendimento especializado ao cidadão, na promoção e recuperação
da saúde, desenvolvendo o diagnóstico e o tratamento
de patologias que exigem a atenção especializada.
A frente da Secretária Estadual de Saúde há cerca de um mês, Sandro Rodrigues já atuava na pasta como Superintendência de Atenção Integral à Saúde de Goiás. Ele é um entusiasta do projeto de descentralização da saúde que vem sendo aplicado no Estado. Logo que assumiu a gestão da pasta ele já declarou a intensão de seguir com a integração. “Nos hospitais e nas policlínicas, já foi pautada essa necessidade de integração com a atenção primária. Já é obrigatório, por exemplo, que as policlínicas tenham médico de família, justamente para fazer essa coordenação de cuidado e de transição para a atenção ambulatorial especializada.”
Com as Policlínicas, o número de unidades de saúde nas cinco macrorregiões goianas saltou para 29. “Levamos saúde de qualidade aos goianos de diversas regiões, que não precisam mais se deslocar até Goiânia, em viagens longas e cansativas para um atendimento, um exame ou até uma cirurgia ambulatorial”, Sandro Rodrigues, secretário de Estado da Saúde.
O gestor também frisa que a policlínica leva desenvolvimento econômico e social para a região. ““Temos municípios que zeraram filas de especialidade. Isso é o sentido de uma Policlínica. A gente levar saúde, chegar ao município, ser percebido pela população e ter os problemas resolvidos”, destaca.
Cidade de Goiás
A Policlínica Estadual da Região Rio Vermelho, na cidade de Goiás, foi a sexta unidade inaugurada na atual gestão, o que ampliou os atendimentos hospitalares e ainda facilitou o acesso aos serviços do SUS. Todas as unidades foram planejadas para cobrir vazios assistenciais em saúde que sempre existiram em Goiás e prejudicavam mais a população que vive distante das maiores cidades.
Em Posse, primeira Policlínica inaugurada pelo Estado, em 2020, a população da região norte e nordeste do Estado tem se beneficiado de uma gama de especialidades médicas, sem precisar se deslocar grandes distâncias, como ocorria anteriormente.
Camila Timo Oliveira Mesquita, coordenadora da unidade, também relata os benefícios. “Melhorou muito a qualidade de vida das pessoas, que não precisam mais viajar cerca de 5 horas para buscar atendimento médico. Não só para os pacientes quanto para os profissionais, pois até a mão de obra, em grande parte, foi absorvida pelo município.
Inaugurada em Junho de 2021, a Policlínica de Quirinópolis beneficia diretamente moradores de 28 municípios próximos e tem capacidade para 7,7 mil consultas ao mês. Heleno Vitor Gomes Martins, diretor da unidade, conta que a Policlínica tem sido reconhecida pelos moradores. “As pessoas estão buscando os serviços e muitas tem falado da qualidade do atendimento, da estrutura ampla, da oferta de especialidades, principalmente cardiologia, oftalmologia e endocrinologia.”
Descentralização segue objetivos da OMS
De acordo com uma publicação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o objetivo dessa abordagem é aumentar a autoridade local e reforçar o processo de prestação de contas para obter melhor qualidade dos serviços.
Neste sentido, a autonomia local não é o objetivo final da descentralização, mas o meio para alcançar uma gestão baseada em resultados e com uma maior responsividade.
Como resultado, esperam-se as seguintes métricas das políticas de descentralização:
Garantir a equidade em relação aos cuidados de saúde;
Melhorar os desfechos clínicos;
Aumentar a eficiência na alocação de recursos;
Melhorar a relação custo benefício devido ao entendimento das necessidades locais.
Assim, a OMS destaca três formas chave de descentralização:
Devolução: onde algumas das funções de planejamento e financiamento são transferidas para níveis mais baixos do sistema;
Desconcentração: em que a autoridade e a responsabilidade são transferidas do Ministério da Saúde para as Secretarias regionais;
Delegação: em que autoridade e responsabilidade são transferidas para organizações não controladas diretamente pelo Ministério da Saúde (como as ONGs, por exemplo).
A partir dessa estrutura, a descentralização se torna uma forma efetiva de administrar a entrega dos serviços que são heterogêneos por natureza. Isso porque, os núcleos de gestão estão mais proximamente ligados às características demográficas e sociais das comunidades em que estão inseridas.
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PORTAL TERRA
Nova caderneta de gestante do SUS é considerada um retrocesso
Após o lançamento da nova caderneta de gestante feita pelo Ministério da Saúde no início de maio, a Rede Feminista de Ginecologistas e Obstetras em conjunto com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade emitiu uma nota de repúdio sobre o conteúdo do material, que naturaliza procedimentos já reconhecidos como violência obstétrica. O evento de apresentação da nova caderneta e as falas do secretário da atenção primária do governo federal, Raphael Câmara Medeiros Parente, provocou uma onda de reações nas redes sociais, com especialistas fazendo postagens e lives para esclarecer informações sobre gestação e parto.
O novo documento orienta as gestantes de que episiotomias (corte feito no perineo da mulher durante o trabalho de parto) podem ser realizadas, mesmo sendo uma prática já descartada por ser considerada violenta e sem qualquer comprovação científica de sua eficácia. A nova caderneta também garante cesáreas eletivas pelo SUS, não menciona o trabalho das doulas que colaboram como apoio emocional e assitencial antes, durante e depois do parto, e também deixa de mencionar o plano de parto. "A OMS, já em 1996, classificava a episiotomia como uma prática prejudicial e desnecessária que deveria ser extinta. Como agravante, esse é um procedimento muitas vezes realizado sem o consentimento ou explicação prévia à mulher, outros tantos sem nem mesmo realizar anestesia prévia ao corte. Trata-se de uma mutilação genital que agride a integridade e autonomia da mulher e que não encontra respaldo de benefício na medicina baseada em evidências.", rebate a nota.
Além das instruções descritas na caderneta, a nota também repudiou a fala do secretário da atenção primária do governo federal, que defendeu a manubra de Kristeller e desautorizou o auxílio prestado pelas casas de parto. "Nós, médicos e médicas de família e comunidade, assim como obstetras e ginecologistas, que executam diariamente o acompanhamento pré-natal e assistência ao parto de pessoas gestantes e puérperas em serviços públicos de saúde; entendendo nosso papel técnico e político; não poderíamos nos omitir às falas do atual secretário da atenção básica do governo federal. Achamos pertinente elucidar alguns temas apontados pelo secretário, à luz das evidências científicas e princípios éticos da prática médica", diz um trecho da nota.
Reações
A publicação da nova caderneta e a postura do secretário durante o evento provocou uma onda de reações de ginecologistas, obstetrizes, pediatras, doulas e educadoras perinatal nas redes sociais.
"Quando o Ministério da Saúde coloca informações equivocadas e comprovadamente ultrapassadas num documento oficial que vai ser distribuído nas UBSs de todo País, está relativizando tudo o que ensinamos as mulheres sobre o que pode ser uma violência obstétrica. Aquela mulher vai ler a informação errada num documento oficial e vai acreditar, e isso é muito grave˜, considerou a doula Jaquelini Calandrino.
Além de ser mãe de duas crianças e educadora perinatal, ela sofreu violência obstétrica durante o parto de seu segundo filho. "Eu estava na fase expulsiva do parto, não deu tempo de chegar ao hospital. a equipe médicame atendeu dentro do carro. Tentaram fazer manobra de Kristeller, ficaram o tempo todo tentando retirar o bebê com as mãos. Até hoje não consegui superar esse trauma, então decidi estudar, me profissionalizar e criar conteúdo para que outras mulheres não passem pela mesma coisa".
A médica obstetriz Ana Bárbara Januzz usou suas redes sociais para rebater e esclarecer informações contidas na caderneta, durante uma live no Instagram. "Não há qualquer evidência científica que comprove que a episiotomia é eficaz em qualquer cenário durante um parto.
A educadora perinatal Brena Limonel, do perfil Bora Parir, também fez uma live com a advogada especialista em violência obstétrica e presidente do Nascer Direito coletivo nacional de combate à violência obstétrica, Ruth Rodrigues para desmentir as informações contidas na caderneta. "Estamos trabalhando para levar uma denúncia ao MP, porque essa caderneta é uma violação aos direitos da mulher. A caderneta é um instrumento de atenção primária, é o que chega na mulher que está grávida. O impacto é ruim porque ficam menos informadas e acreditando que não tem certos direitos. Juridicamente falando, temos as diretrizes de assistência ao parto normal que não foram revogadas e outras portarias do Ministério da Saúde que corroboram pra essa humanização e não estão na caderneta. Se a mulher não tem informação, ela acha normal passar por certas violências", explicou Ruth.
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GAZETA WEB
Ministério da Saúde institui Sala de Situação para monitorar casos a varíola dos macacos no Brasil
O Ministério da Saúde estabeleceu, nesta segunda-feira (23), uma Sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. A medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no País. A pasta encaminhou aos estados o Comunicado de Risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.
A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.
A varíola dos macacos é uma doença viral endêmica no continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos.
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COFEN
Cofen - Conselho Federal de Enfermagem » Presidente do Senado garante que votará PEC 11
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu, nessa terça-feira (24/5), no plenário da Casa, que irá colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 11/2022, a qual prevê maior garantia jurídica ao piso salarial da Enfermagem (PL 2564/2020 [1]) na próxima semana. O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
"Conseguimos hoje a concordância do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, senador Davi Alcolumbre, para que venha direto ao plenário do Senado. Então, na próxima semana, desejamos pautar e apreciar essa proposta de emenda à Constituição. Portanto, estamos esperançosos por boas notícias", afirmou Pacheco.
A proposta, de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), evita que tribunais de Justiça apontem vício de iniciativa no projeto de lei do piso. A irregularidade acontece quando uma proposta é apresentada por um poder que não tem competência para tratar sobre determinado assunto. A proposta traz mais robustez jurídica e evita que ocorra possíveis judicializações, questionando a constitucionalidade do projeto.
A PEC aguardava a avaliação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Agora vai para o plenário. Se aprovada, segue para avaliação da Câmara dos Deputados. O grupo de Fórum Nacional da Enfermagem esteve no Senado nesta terça e afirmou o clima propício para inserção na pauta do Senado e aprovação.
Para Eliziane Gama, a aprovação da proposta é fundamental para outra pendência em relação ao piso da Enfermagem: a origem da fonte de custeio. "Aliás, uma PEC que desdobrará o PLP (Projeto de Lei Complementar) de onde será apresentada a fonte de recurso para o financiamento desse piso", afirma.
Sobre o Piso - O PL 2564/2020 foi proposto pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e aprovado nos termos da emenda da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), fixando em R$ 4.750 o valor para enfermeiros e pisos proporcionais de 70% do valor para os técnicos e 50% auxiliares e parteiras, corrigidos pelo INPC (Índice de Preços ao Consumidor). O PL conseguiu aprovação na Câmara dos Deputados por 449 votos a 12 no dia 4 de maio.
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PORTAL G1
Mãe luta há 2 anos na rede pública para conseguir cirurgia para filho com caroço no pescoço, em Goiânia
Maria Aparecida conta que no início os médicos trataram como uma íngua, mas o caroço já tem 16 cm. Hospital informou que vaga deve ser liberada em breve.
A Maria Aparecida, mãe do pequeno João Miguel, de três anos, denuncia que espera há dois anos por uma cirurgia para o menino em Goiânia. Segundo a mulher, o menino precisa retirar um caroço no pescoço.
“Ele reclama que está doendo a cabeça, reclama das costas porque ele deita todo virado. Ele baba muito e uma fonoaudióloga até já confirmou que ele está babando demais. Ele reclama de dor no peito e precisei até levar na UPA”, contou Maria.
Maria contou que o caroço surgiu como um inchaço, quando João Miguel tinha seis meses, e foi tratado como uma íngua. No entanto, com um ano o que era para ser uma íngua, cresceu para um caroço de dois centímetros.
Segundo a mãe, os médicos acreditaram que o caroço poderia ser um câncer, mas com a evolução do inchaço, que agora tem 16 cm, eles diagnosticaram que pode não ser grave.
“A gente vai ao hospital o médico joga para um lado, joga para o outro e fica esse descaso total. Para mim, os médicos chegam lá, olham para a criança e dizem ‘não é comigo’. Então é com quem?”, desabafou o pai João Pedro.
Em nota, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) informou que, João Miguel Alves Viana passou por consulta médica no dia 18 de maio com o cirurgião pediátrico Zacharias Calil e que sua cirurgia está autorizada e deve ser realizada em breve na unidade de saúde.
O Hecad anunciou que a cirurgia ainda não foi feita porque João Miguel está realizando todos os exames necessários para ser submetido com segurança ao procedimento.
Espera angustiante
O sofrimento de Maria aumenta ao contar sobre outra cirurgia que João Miguel aguarda. Aos quatro meses de idade, os médicos constataram que a “moleira” do bebê havia fechado antes da hora e, por isso, o cérebro não tinha espaço para crescer.
O irmão gêmeo de João realizou a cirurgia em novembro do ano passado, o menino chegou a ser internado, mas não fez o procedimento por causa de um aparelho quebrado. A mãe contou à TV Anhanguera que o filho precisa fazer a cirurgia antes de completar quatro anos de idade.
Preocupada, a família falou que recorreu ao Ministério Público para que o procedimento fosse liberado, mas até o momento não conseguiu a vaga.
“Todo dia a gente pede a Deus que dê certo, porque é difícil para uma mãe ver o filho reclamando de dor e você não pode fazer nada”, desabafou.
Em uma corrida contra o tempo, a família está preocupada porque o menino completa quatro anos em julho.
“Se passar da idade, a cirurgia não é feita mais e eu vou ter que entrar com recurso. A criança pode ter alguma coisa na cabeça, pode não aprender, pode ter problema na fala”, lamentou o pai.
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Viúva pede justiça por morte de marido que recebeu tratamento alternativo para Covid de casal indiciado por curandeirismo
Dupla assinou acordo com Ministério Público e não deve ser denunciada, se cumprir exigências do órgão. Homem disse não ser curandeiro e que não foi responsável por morte do paciente.
Após pouco menos de um ano esperando uma denúncia contra o casal, que foi indiciado por curandeirismo e exercício ilegal da medicina, Elizabeth disse que ficou frustrada ao saber que Marcelo Miguel da Silva e Joilma Abadia Avelar aceitaram um acordo do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para cumprir exigências do órgão e não serem denunciados.
O homem afirmou ainda que não é curandeiro, que é terapeuta holístico e não foi obrigado a parar com a prática, "e sim incluir o tratamento médico junto ao tratamento alternativo". No entanto, contou que não atua mais na área por opção prórpia.
O g1 não conseguiu descobrir o contato do advogado que representa o casal para pedir uma posição sobre o caso.
Segundo o MP-GO, o acordo foi oferecido porque o casal foi indiciado por crimes que não envolvem "violência ou grave ameaça" e nenhum deles tem antecedentes criminais.
Durante audiência com o promotor responsável pelo caso, Marcelo e Joilma confessaram que diagnosticaram e trataram Homero contra Covid-19 com uso de imãs. Além disso, eles confirmaram que não tinham registro ou autorização para oferecer esse serviço.
A Justiça homologou o acordo para o casal pagar, no total, R$ 5 mil, divididos em dez vezes, a uma instituição que ajuda crianças e adolescentes de Nerópolis, e não ser processado pelos crimes de exercício ilegal da medicina e curandeirismo.
Os comprovantes dos acordos foram acrescidos ao processo na Justiça de Goiás na segunda-feira (23).
Indignação
Elizabeth contou que o marido descobriu que estava com Covid-19 no início de junho de 2021. "Ele disse que já tinha ido no 'doutor Marcelo' e que ele disse que era assim mesmo. Para mim, ele estava tendo atendimento médico", lembrou-se.
No entanto, no dia 16 daquele mês, Homero bateu a caminhonete que dirigia em um poste e foi quando Elizabeth descobriu que, na verdade, ele estava fazendo um tratamento alternativo de biomagnetismo e não havia se consultado com um profissional habilitado em medicina.
"Trataram ele do primeiro ao décimo dia de Covid. Homero envolveu tanto com esse pessoal que estava tratando a vista e há mais de ano fazendo tratamento renal com eles. Eu nem sabia que ele tinha problema renal", contou, desolada.
Elizabeth disse que descobriu ainda que, horas antes do acidente, o marido tinha passado mal e ido ao hospital com Joilma, mas que não aceitou fazer novo exame de Covid e que nenhum dos dois contou aos médicos que ele estava com a doença.
"O que mais me chateou nisso tudo foi eles tentarem se livrar. Se admitissem que ele estava com Covid no hospital, ele não teria quase morrido sufocado", completou.
Ainda segundo a confeiteira, após o acidente, ela levou o marido a uma unidade de saúde, depois de volta para casa. "No outro dia, ele já estava segurando o peito para conseguir falar, com os dentes cerrados, disse que não ia para hospital nenhum, que estava tratando com 'doutro Marcelo', que era assim mesmo", contou.
De toda forma, a confeiteira conseguiu levar o marido ao Hospital de Campanha (HCamp), mas ele ficou dois dias internado e morreu em seguida.
Setindo que não conseguiu a justiça que queria para Homero, Elizabeth disse que está consultando com advogados para avaliar entrar com um processo cível contra o casal.
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Assessoria de Comunicação
Haikal Helou será um dos palestrantes do evento “Maio Amarelo” da FacUnicamps
O presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, será um dos palestrantes do evento “Maio Amarelo - Os Crimes de Trânsito e suas consequências Jurídicas”, promovido pela FacUnicamps - Faculdade Unida de Campinas (@facunicamps)
Acesse e saiba mais sobre o evento: https://www.sympla.com.br/maio-amarelo---os-crimes-de-transito-e-suas-consequencias-juridicas__1588794
#Ahpaceg #maioamarelo #facunicamps
CLIPPING AHPACEG 21 A 23/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: chega ao fim estado de emergência em saúde pública no Brasil
Conselho federal regulamenta exercício da telenfermagem
Open Health pode ser saída para crise do sistema de saúde, mas há sérios obstáculos a superar
'o câncer colorretal está ligado à uma dieta ocidental'
Grupo sugere 3° dose contra Covid em jovens de 12 a 17 anos
Surto de dengue é o pior em dez anos no DF e em cinco estados
Maiores empregadores mantêm home office e trabalho híbrido
Hecad de Goiás é referência nacional no tratamento de hemangiomas
Covid-19: Goiás registra 73 novos casos em 24 horas
Greve dos peritos do INSS acaba e atendimentos voltam a ser normalizados
Cabelos são doados em ação no parque Mutirama para virarem perucas para pacientes
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: chega ao fim estado de emergência em saúde pública no Brasil
Brasília - Chegou ao fim, neste domingo (22/5), o estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de covid-19 no Brasil.
A portaria com a decisão foi assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 22 de abril, e previa prazo de 30 dias para que estados e municípios se adequassem à nova realidade.
A decisão do governo brasileiro foi tomada com base do cenário epidemiológico mais arrefecido e o avanço da Campanha de Vacinação no país. Segundo o Ministério da Saúde, apesar da medida, nenhuma política pública de saúde será interrompida.
“A pasta dará apoio a estados e municípios em relação à continuidade das ações que compõem o Plano de Contingência Nacional”, garantiu o governo. (Agência Brasil)
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PORTAL R7
Conselho federal regulamenta exercício da telenfermagem
O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) normatizou a atuação da enfermagem na saúde digital no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada. A resolução, publicada no Diário Oficial da União, denominou como telenfermagem.
Segundo a resoulução, a saúde digital compreende o uso de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para produzir e disponibilizar informações confiáveis, sobre o estado de saúde para quem precisa.
A prática da telenfermagem irá englobar atividades como consultas de enfermagem, interconsulta, consultoria, monitoramento, educação em saúde e acolhimento da demanda espontânea.
A emissão de receitas e solicitação de exames à distância serão válidas em meio eletrônico com assinatura, certificados e senhas emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Todas as ações a serem realizadas devem ter consentimento do paciente ou do responsável legal, sendo necessário formalizar a decisão por escrito ou de forma verbal, desde que o enfermeiro transcreva em prontuário físico ou eletrônico, ou no registro de atividades coletiva.
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ÉPOCA
Open Health pode ser saída para crise do sistema de saúde, mas há sérios obstáculos a superar
No setor financeiro, open banking tem grande potencial para ampliar o acesso ao crédito. mas na saúde, temos de nos precaver contra efeitos previsíveis - e fatais
As máscaras caíram, mas não podemos deixar a guarda baixar. Sabemos que o setor da saúde foi sobrecarregado na pandemia: faltaram leitos, e hospitais de campanha foram montados às pressas. O aumento da demanda gerou gargalo na cadeia de suprimento de insumos médicos, os profissionais da saúde atuaram nos limites da sanidade mental e da resistência humana, a falta de dados e inteligência em decisão clínica e a inexistência de compartilhamento de aprendizados clínicos entre os principais agentes da cadeia e os médicos aumentaram o sofrimento de pacientes e famílias. A pandemia expôs as fragilidades do setor.
Se estamos saindo da pandemia, o setor da saúde continua na UTI. As instituições de saúde tiveram inúmeros desafios, da disparada de preços de insumos básicos até a perda de receita com as cirurgias eletivas, substituídas por atendimentos emergenciais. No geral, a receita não aumentou na mesma proporção que os custos e as despesas. Além da perda na receita nos últimos anos, os hospitais enfrentam o desafio de se modernizarem, o que exige altos investimentos em tecnologia, treinamento, equipamentos e modelagem de dados para se adaptarem a novos modelos comerciais de compartilhamento de risco.
Além desse estresse atual, o envelhecimento acelerado da população cria mais pressão para mudanças sobre a cadeia de valor da saúde. Vale lembrar que, a cada semana, aproximadamente 5 mil brasileiros tornam-se idosos e, portanto, demandarão ainda mais atenção e cuidados especiais de um sistema que já atua nos limites. Essa pressão adicional deve recair, sobretudo, no governo e nas operadoras de planos de saúde, os grandes pagadores. As operadoras também atuam nos limites e enfrentam desafios gigantescos para se modernizar a fim de ampliar acesso qualificado.
Nesse contexto, qual seria o caminho para tornar as instituições de saúde mais eficientes e financeiramente sustentáveis? Uma alternativa ventilada é o Open Health. Pelas informações disponíveis até o fim de abril, parece ser uma plataforma online do Governo Federal que agregaria dados de saúde da população, e que poderiam ser acessados por instituições de saúde públicas e privadas, com autorização do paciente. O sistema foi inspirado no Open Banking, no qual os clientes consentem em liberar os dados pessoais às instituições financeiras em troca de serviços personalizados e expectativa de financiamentos com menores juros.
No caso do Open Health, a ideia é que o histórico clínico do paciente na rede otimizaria a atuação do médico, reduziria exames repetidos e estimularia o avanço da medicina preditiva e prescritiva, aliviando os custos de toda a rede pública e privada. Segundo o Ministério da Saúde, o sistema trará ainda mais transparência ao setor, ampliará a concorrência entre planos de saúde e combaterá a concentração de mercado.
Contudo, vejo obstáculos importantes a superar, para que um eventual Open Health amplie acesso e reduza custos.
O primeiro obstáculo é jurídico. A Constituição assegura como Direito Fundamental a inviolabilidade da intimidade e vida privada. Já a LGPD classifica como sensíveis os dados pessoais de saúde, sendo vedado seu uso para obter vantagem econômica. Proteger esses dados será um desafio colossal, pois o setor de saúde é um dos preferidos dos hackers, e o próprio Ministério da Saúde protagonizou episódios de vazamentos e omissão de dados pessoais.
Resolvidos esses obstáculos, não está claro ainda como a transparência total da condição médica das pessoas não será usada para segregar pacientes conforme seu histórico de saúde. A segregação implica entender quem são as pessoas que gastarão mais em saúde e, portanto, que custarão mais aos pagadores. Como evitar que isso aumente os preços para os que mais precisam ainda não está claro. Mesmo que se construa um sistema de incentivos para compartilhamento de riscos, que contribua para ampliar acesso e reduzir custos, haverá o desafio de explicar às pessoas em quais circunstâncias valeria a pena compartilhar seus dados de saúde. O paciente estaria diante de um trade-off bem complexo: abdicar da privacidade em troca de serviços mais acessíveis - ou manter o sigilo de seus dados e abrir mão de certos serviços.
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O GLOBO
'o câncer colorretal está ligado à uma dieta ocidental'
ENTREVISTA
Sidney Klajner/ cirurgião e coloproctologista
Médico presidente do Albert Einstein relaciona aumento de casos da doença à piora dos hábitos de vida dos pacientes e ao atraso a na realização de exames de check-up
Cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista, Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, observa com apreensão o avanço dos diagnósticos de câncer colorretal em pacientes que passam pela oncologia do centro de saúde, sediado em São Paulo. Segundo levantamento interno, a média anual de pacientes atendidos saltou 83% entre 2015 e 2021.
Para ele, o crescimento importante de diagnósticos está relacionado à piora dos hábitos de vida dos pacientes. Cada vez mais acelerados, descontam na alimentação pouco saudável, carregam na ansiedade e não têm tempo nem mesmo para ir ao banheiro como se deve. Embora os números preocupem, Klajner vê com bons olhos o avanço da genética para personalizar os tratamentos oncológicos - e acredita que uma revolução na lida com a doença ocorrerá em uma década.
O que explica o aumento de 80% em casos de câncer colorretal nos últimos anos?
Estamos há décadas observando o aumento no câncer no colo ou no reto. Antes, tínhamos um volume muito maior de casos de tumores no estômago, cujo desenvolvimento está ligado ao consumo de alimentos mal-conservados, que ficaram fora da geladeira. Com a melhora no acondicionamento, a lista de pacientes com câncer de estômago foi reduzida. Mas, em outra mão, vem em crescente o câncer colorretal que tem mais a ver com dietas pouco saudáveis.
Qual tipo de dieta?
Esse tipo de câncer, segundo a teoria mais aceita, está ligado a uma "dieta ocidental". E, também, ao que se chama de obstipação crônica (intestino preso com grande frequência). Quadro causado, inclusive, por alimentos que contêm substâncias carcinogênicas, que permanecem mais tempo em contato com mucosa intestinal. São os produtos industrializados, embutidos. Neste caso, há ainda uma descoberta mais recente de que quem consome a carne vermelha extremamente bem passada, tem ocorrência do câncer colorretal aumentado. Esse tipo de carne está relacionada, vale dizer, ao alto consumo, ou seja, todos os dias.
Quem são os pacientes que têm câncer colorretal?
São pacientes com altos níveis de ansiedade, sem tempo para se cuidar, que protelam seus exames de check-up. Está associado a tabagismo, obesidade, sedentarismo e constipação.
A pandemia piorou o ritmo de exames?
Grande parte da prevenção do câncer colorretal está na realização da colonoscopia, que foi postergada pelos pacientes por conta do avanço da Covid-19. A estimativa é que as consultas de controle oncológico apresentaram 30% de queda durante a pandemia. Muita gente tinha tomografias prometidas e não fez. Mas a oportunidade de ter sucesso no tratamento do câncer está atrelada à detecção precoce de alguma anormalidade, que é baseado nesses exames. Com a demora, perde-se uma valiosa oportunidade.
Quais mecanismos corporais levam à essa doença?
Infelizmente, esse câncer aparece em uma população cada vez mais jovem. E por isso que a primeira colonoscopia passou a ser indicada aos 45 anos desde 2018. Antes disso, o indicado era aos 50 anos. Quem tem histórico familiar de câncer de cólon deve fazer a colonoscopia dez anos antes do que quando o tal parente teve o diagnóstico. A imensa maioria dos casos é caracterizada pela evolução do crescimento de um pólipo (um tipo de formação anormal de tecidos de mucosas), uma lesão benigna, que, de acordo com a teoria mais aceita, está ligada a essa alimentação ocidental. Mas existe um câncer que aparece por uma predisposição genética e hereditária. Essas são pessoas com indicação para um aconselhamento genético.
A genética já é determinante para esse diagnóstico?
Ainda não conhecemos tudo o que podemos conhecer (para determinar todos os diagnósticos). Num futuro próximo, vamos saber qual quimioterápico agirá melhor em cada tipo de tumor. Hoje o tratamento oncológico é o "one size fits all" (um tamanho serve para todos). Em alguns casos, há três tipos de drogas indicadas para certos tipos de tumor, mas para algumas pessoas não acontece nada. No futuro, saberemos porque a resposta não foi boa, baseado na genética.
A medicina está pronta para remediar a piora progressiva dos hábitos de vida?
Remediar é uma coisa. Prevenir é outra e vale não só para o câncer. Faz parte do nosso trabalho, na área da saúde, incutir hábitos saudáveis associados à prevenção de uma série de doenças. As profissões atualmente levam cada vez mais ao aparecimento de doenças. A prevenção precisa dessa comunicação de hábitos mais saudáveis, mas passa também pela percepção de quem nos governa de que é necessária a possibilidade de mudar esses hábitos, pensar no conceito de cidades saudáveis. Enquanto isso, o papel da medicina é remediar. Quem sabe, se a genética permitir, com a detecção mais precoce.
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FOLHA DE S.PAULO
Grupo sugere 3° dose contra Covid em jovens de 12 a 17 anos
Ana Bottallo
são paulo A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (Ctai) da Covid-19 aprovou a recomendação de uma terceira dose (ou dose de reforço) da vacina contra a doença para os adolescentes de 12 a 17 anos.
A câma ra tem mais de 30 profissionais de diversas especialidades científicas e médicas que se reúnem semanalmente para assessorar o governo federal nos assuntos de imunização, em caráter consultivo.
Em recomendações passadas, o Ministério da Saúde acatou a decisão do grupo e publicou notas técnicas com as novas resoluções.
Fazem parte do comitê membros de sociedades científicas e médicas, bem como consultores das áreas de imunologia, infectologia, epidemiologia e demais áreas de vacinas.
A Ctai possui também representantes dos conselhos de saúde estadual e municipal, como o Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) e o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), além da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço nas Américas da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A terceira dose da vacina contra Covid somente está disponível atualmente no Brasil para pessoas com mais de 18 anos.
Em países como Estados Unidos, Israel, Canadá, Reino Unido, Chile e nos da União Europeia, já foi autorizada uma dose adicional nos menores de 18 anos. Já a Austrália recomenda terceira dose apenas para adolescentes de 16 e 17 anos.
Na última terça, a FDA, agência que regulamenta drogas e produtos alimentícios dos Estados Unidos, aprovou também uma dose de reforço para aqueles de 5 a 11 anos.
Segundo Renato Kfouri, pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que faz parte da câmara, há uma tendência de recomendar as doses adicionais para todas as faixas etárias. "O esquema completo de três doses vai ser o natural para todas as idades", afirmou.
Ainda de acordo com ele, o Ministério da Saúde pode publicar o informe com a nova recomendação dentro dos próximos dias, mas ainda não há previsão de quando seria.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para perguntar sobre tal recomendação e se há intenção de fazer o informe na próxima semana, porém sua assessoria disse que não tinha essa informação.
"Aúnica mudança [anunciada] essa semana foi a quarta dose para todos os idosos com mais de 60 anos", afirmou a pasta.
No passado, a Ctai foi responsável por guiar as decisões do ministério em relação a, por exemplo, quais os tipos de imunizantes mais recomendados para os reforços nos adultos e aqueles indicados para gestantes e puérperas.
No último caso, a recomendação de optar por imunizantes de RNA mensageiro ou de vírus inativado em detrimento de vacinas com vetor viral ocorreu após a notificação de casos raros, porém graves, de coágulos após a vacinação.
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Surto de dengue é o pior em dez anos no DF e em cinco estados
Governos atribuem quadro à pandemia; Fiocruz diz ter obtido bons resultados com bactéria para reduzir casos
Lucas Marchesini
brasília Além de em só quatro meses já ter superado o número de casos registrados em todo o ano passado, o atual surto de dengue no Brasil mostra a chegada do mosquito Aedes aegypti a novos locais e é o pior em uma década no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Os estados mais afetados e o governo federal apontam a pandemia como uma das causas que dificultaram o combate à disseminação da doença.
Além da conhecida rotina de prevenção, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde) diz ter obtido resultados promissores no uso da bactéria Wolbachia, cuja eficácia é testada desde 2014, mas o método é aplicado em poucas cidades.
Para combater o surto, os gestores de saúde em todos os níveis intensificam uma rotina já conhecida. Aplicação de larvicida, conscientização da população para que evite criar lugares propícios para a reprodução do mosquito e treinamento de agentes de saúde, entre outras atividades.
Apesar disso, o mosquito tem chegado a regiões que antes não tinham esse problema. Esses são os casos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ambos têm um surto recorde de dengue.
Em Santa Catarina, foram 56 mil casos notificados no primeiro quadrimestre. É o terceiro ano seguido de crescimento. Antes de 2019, o recorde era de 4.800 casos entre janeiro e abril de 2016.
No Rio Grande do Sul, hou ve 41,4 mil casos. A explosão é similar à observada no estado vizinho, com um crescimento paulatino desde 2019, atingindo números muito maiores do que os registrados nos anos anteriores.
Entre as causas, a Secretaria de Saúde catarinense apontou "alterações nas condições climáticas, que permitem a reprodução do mosquito ao longo de todo o ano". O frio impede a reprodução do mosquito. Com o aumento das temperaturas, o clima fica mais favorável para o Aedes aegypti.
Outro problema foi a pandemia. O Ministério da Saúde disse ter havido redução das visitas de agentes de saúde às residências "devido à dificuldade encontrada durante a emergência sanitária da Covid-19 para controlar a proliferação do mosquito".
A Secretaria de Saúde de Tocantins, outro estado com número recorde, listou "o diagnóstico tardio pelos pro fissionais que estavam focados na Covid-19" e a "redução das ações de controle do vetor devido 0 direcionamento dos profissionais para o Covid-19".
Em Niterói, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e Petrolina, a Fiocruz testa há alguns anos o uso da Wolbachia, paralelamente a pesquisas que estão sendo realizadas sobre o método em 11 países.
Essa bactéria está presente naturalmente dentro da célula de diversos insetos, mas não no mosquito que transmite a dengue, a zika e a chikungunya.
De acordo com Luciano Moreira , líder do WMP (sigla em inglês para Programa Mundial do Mosquito, que coordena o projeto em âmbito mundial) e pesquisador da Fiocruz, o primeiro passo do método, que por ora é complementar, consiste na introdução da bactéria nos ovos de Aedes aegypti.
Isso acontece em uma fábrica da Fiocruz no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, cidade que também já teve liberações de mosquitos. Depois disso, há duas opções: liberar os ovos ou o mosquito adulto.
Na natureza, o mosquito se reproduz e passa a bactéria para seus descendentes. Com o tempo, a tendência é que ele se torne dominante no local, dificultando assim a transmissão do vírus.
Em Belo Horizonte, os mosquitos foram liberados entre outubro de 2020 e janeiro de 2021. Os resultados só devem ser medidos daqui a quatro anos.
O primeiro local que recebeu mosquitos com a bactéria foi Niterói e alguns bairros do Rio, em 2014. Ao analisar os dados coletados depois do experimento, a Fiocruz constatou uma redução de 70% no número de casos na comparação com bairros que não tinham recebido o método.
Campo Grande (MS) e Petrolina (PE) também já participam do programa. Além deles, mais de 20 municípios pediram adesão, porém a Fiocruz não tem capacidade para atender novas solicitações.
Para resolver o problema de oferta do mosquito com a bactéria, o plano é construir uma nova fábrica com capacidade de produzir 50 milhões de ovos por semana. Hoje, a capacidade é de 8 milhões. Caso haja a expansão, negociada entre Ministério da Saúde, Fiocruz e WMR o "cálculo bastante conservador é de em dez anos cobrir 67 milhões de habitantes no Brasil (32% da população)", diz Moreira.
Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP 1 e de Cambridge (Reino União) mostrou que moscas da espécie Drosophila melanogaster - comuns em qualquer cozinha- são infectadas por menos espécies de vírus e contêm menor carga viral quando são colonizadas por bactérias do gênero Wolbachia.
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Maiores empregadores mantêm home office e trabalho híbrido
Levantamentos apontam preferência por modelo flexível e ganho de produtividade em casa
Douglas Gavras
Impulsionados pelas medidas de distanciamento, o home office e o trabalho híbrido permanecem sendo adotados por algumas das maiores empregadoras do país, e a expectativa é que sejam mantidos, mesmo com o avanço da vacinação.
A decisão de seguir com a opção de trabalho remoto, ao menos por algumas vezes por semana, está em linha como que apontam levantamentos recentes, em que os trabalhadores dizem querer aproveitar a experiência de trabalho que tiveram nos últimos anos e preferem não estar no escritório todos os dias.
Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Previdência, fazem parte dos maiores empregadores formais do país instituições bancárias (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú), os Correios, empresas do setor de alimentação (BRF e Seara), de teleatendimento (Atento) e de saúde (Raia-Drogasil).
Pelos critérios da Rais, o topo do ranking antes da pandemia, em 2019, era dos Correios e do Banco do Brasil. De acordo com os dados atuais de nú mero de funcionários fornecidos pelas empresas à Folha, o primeiro lugar e m 2022 pode ficar com o Itaú Unibanco.
Com quase 100 mil colaboradores hoje, o Itaú Unibanco chegou a migrar metade de seu quadro para o modelo remoto, com o início da pandemia, em 2020.
Em fevereiro deste ano, já com a vacinação em estágio mais avançado, o banco passou a adotar três modelos de trabalho nos escritórios administrativos: presencial, para os colaboradores cujas funções demandam presença no banco todos os dias; híbrido, para times que precisam trabalhar nos escritórios com frequência ou em situações predefinidas; e flexível, que prevê mais autonomia.
No caso dos Correios, atualmente com 88,5 mil empregados, 2% (cerca de 1.770) estão em trabalho remoto. Segundo a empresa, mesmo antes da pandemia, a partir da reforma trabalhista de 2019, o teletrabalho é uma opção para parte do quadro de funcionários, "observando as condições legais, bem como a conveniência na prestação dos serviços"
No Bradesco, há a expectativa de manter 30% do quadro de funcionários no sistema híbrido para as áreas administrativas com atividades elegíveis.
"O aprendizado com o trabalho remoto permitiu que, por meio de acordo coletivo com o movimento sindical, fôssemos o primeiro banco de grande porte a assumir o compromisso de adotar essa forma de trabalho após a pandemia", diz a instituição, que tem 87,5 mil funcionários.
Eles também têm a avaliação de que, em algumas áreas, essa modalidade passou a ser relevante para a atratividade e a retenção de talentos.
A Caixa chegou a ter mais de 56 mil empregados (35,6% do total) trabalhando de casa, em razão da pandemia, e teve um retomo positivo por parte dos que atuaram remotamente, sobretudo pela mai or autonomia e possibilidade de conciliação entre trabalho e família.
"Com isso, considerando o cenário atual, estudam-se a implantação e percentuais aplicáveis para manutenção do trabalho remoto na empresa", diz a assessoria do banco.
Depois de usar a modalidade durante a pandemia, o Banco do Brasil implantou o trabalho de formato híbrido, com até dois dias na semana fora do escritório. Atualmente, são cerca de 4% dos 86,3 mil funcionários alternando entre o trabalho remoto e o presencial.
A instituição diz acompanhar a tendência das novas modalidades de trabalho desde 2015, quando criou um projeto-piloto para alguns funcionários, e a necessidade de adotar o trabalho remo to durante a pandemia reforçou as vantagens dessas modalidades.
No fim de março, o governo editou uma medida provisória ue regulava o trabalho híbrido. Especialistas em direito do trabalho ainda se dividem sobre a possibilidade de que as novas regras incentivem mais empregadores a ofertar essa modalidade de trabalho.
Dos 70 mil colaboradores da Atento, cerca de 35% estão em home office - o restante se divide entre os modelos híbrido e presencial.
"O sistema tem se mostrado benéfico para todos. Esse formato de trabalho ampliou as possibilidades de contratação e movimentação interna de profissionais que, por algum motivo, priorizam o modelo remoto", diz Ana Mareia Lopes, vice-presidente de Pessoas e Responsabilidade Social da Atento no Brasil.
Moradora de Sorriso (MT), a consultora Vanessa Marquiafavel, 42, é um exemplo disso. Formada em letras e na Atento desde o início do ano, ela ajuda a desenvolver interfaces para assistentes virtuais, que deixam mais humanizado o atendimento feito por robôs em call centers.
"Sou linguista computacional e trabalho em home office desde 2007. Antes, a vida de quem trabalhava de casa era um pouco mais complicada, mas a pandemia acabou deixando as empresas ma is preparadas", diz.
Em casa, ela consegue aproveitar melhor o tempo com o marido, que é agrônomo, e o filho, de cinco anos. "Ainda não encontrei uma desvantagem no home office."
Já a Raia-Drogasil decidiu manter os 3.000 funcionários da área corporativa no modelo híbrido. " Levamos em conta todos os aprendizados extraídos ao longo dos últimos dois anos", diz Patricia Vasconcelos Giacomo, diretora na empresa.
Quando iniciou o retorno ao presencial, a rede de farmácias, que tem 50 mil colaboradores, optou por fortalecer a independência das equipes. "O estar junto agora tem outro significado, muito mais profundo que o cumprimento de uma tarefa. Os times têm liberdade de definir quando faz sentido estar presente", diz ela.
Uma consulta feita com mil pessoas pela Edelman América Latina em março aponta que os brasileiros estão satisfeitos com seus empregos atu ais, percepção que aumentou com o trabalho remoto. Para 61%, o home office fez crescer a satisfação com o emprego, enquanto apenas 16% disseram que diminuía.
Além disso, o estudo - que foi encomendado pela plataforma de suporte tecnológico para empresas ServiceNow - diz que 7 em cada 10 estão trabalhando de casa ao menos em dois dias na semana, ante 52% no pré-pandemia.
Antes da crise sanitária, 21% nunca haviam trabalhado em home office, e agora há apenas 1% nessa situação.
"Foram várias descobertas e ganhos com o trabalho remoto, e a maioria não quer abrir mão disso. O que se observa é uma tendência de o funcionário negociar um modelo híbrido com a empresa, sempre que possível", diz Ka tia Ortiz, executiva da ServiceNow no Brasil.
Entre os aspectos positivos do home office apontados pelos entrevistados, estão a economia de tempo de deslocamento (51%), a economia de dinheiro (43%) e o maior tempo com a família (41%). Por outro lado, 28% se sentem mais desconectados do trabalho, e 27% dizem que é mais fácil se distrair.
Ortiz complementa que a própria empresa percebe que é importante tomar os funcionários mais satisfeitos. "Nos EUA, há um movimento forte de empregados pedindo demissão, também por terem sido obrigados a voltar ao escritório. Para reter ta lentos, a empresa acaba tentando ofertar modelos alternativos e aumentar o investimento em tecnologia."
Outro estudo recente, da Eaesp/FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas) em parceria com o PageGroup e a PwC Brasil, apontou que 72% dos executivos dizem acreditar que a chefia se adaptou ao trabalho remoto, e 71% dos colaboradores têm expectativas de mudanças no ambiente de trabalho, rumo a uma maior flexibilização.
Em empresas de menor porte, a decisão também tem sido manter dias de trabalho fora do escritório.
"Ao adotarmos o home office como modelo oficial, percebemos vantagens tanto em termos de satisfação dos colaboradores quanto na atração de talentos. Mais de 40% estão fora do eixo Rio-São Paulo", diz Bruno Pereira, executivo da Cortex, plataforma de big data que vende soluções para vendas e comunicação, onde o trabalho é totalmente remoto para os300 colaboradores.
Entre eles está Am anda Sena, 40, gerente do time de atendimento e marketing. Após trabalhar por três meses no começo de 2020 no sistema presencial, ela migrou, como o restante da empresa, para o home office e não pretende voltar à antiga rotina.
"Quando precisava me deslocar para o escritório, na zona sul de São Paulo, tudo era mais complicado: o trânsito caótico, o transporte público não ajudava. Agora, consigo conviver mais com meu marido, que é músico, e o nosso cachorro. A empresa também só ganhou ao ter mais pessoas de fora."
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A REDAÇÃO
Hecad de Goiás é referência nacional no tratamento de hemangiomas
Goiânia- O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) é reconhecido nacionalmente pelos atendimentos e tratamentos de hemangiomas e linfohemangiomas. O atendimento é realizado por meio do Serviço de Más Formações Vasculares da Criança (Sismav), coordenado pelo cirurgião pediátrico, Zacharias Calil, e mais dois médicos das áreas de cirurgia vascular e plástica. Mais de cinco mil pacientes já passaram pelo serviço, hoje sediado no Hecad.
Segundo a equipe médica do hospital, o hemangioma é um tumor benigno formado pelo acúmulo anormal de vasos sanguíneos, que pode surgir em diversos locais do corpo, levando ao aparecimento de uma área inchada e com uma mancha avermelhada ou arroxeada. A patologia acomete crianças prematuras e cinco vezes mais as pessoas do sexo feminino.
Diretora-geral do Hecad, a médica Mônica Ribeiro Costa, reconhece o trabalho realizado pela equipe do Sismav. “É muito bom sabermos que estamos impactando positivamente a vida de tantas pessoas. O Dr. Zacharias Calil é referência mundial nesse tipo de atendimento e compõe o corpo clínico do nosso hospital, que é extremamente preparado. Além disso, nosso objetivo também é sensibilizar a sociedade para este tipo de patologia, combatendo o preconceito e devolvendo a autoestima de crianças e jovens”, pontua ela.
De acordo com Calil, a equipe é especializada nos procedimentos dos hemangiomas e linfohemangiomas. “Desenvolvemos a patente de um medicamento para os linfohemangiomas e temos tratado os pacientes com quase 100% de cura sem intervenção cirúrgica. É uma assistência de ponta para estes casos, disponível de forma gratuita e acessível para a população.
Laserterapia
Somente nos últimos quatros meses, mais de 50 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram beneficiados pelo tratamento de Laserterapia oferecido no Hecad. A terapia é considerada de alto custo devido à precisão do equipamento Etherea. Cada sessão dura em média uma hora. Na rede particular, uma única sessão de laser chega a custar R$ 8,5 mil. “Recebemos pedidos de atendimentos de todo país. O Hecad é o único hospital no Brasil que tem esse equipamento para o tratamento das doenças vasculares em crianças”, destaca Zacharias.
Ana Paula Lima Andrade, 28 anos, moradora da cidade de Mossâmedes, mãe da paciente Heloísa Vitória Lima Silva de 3 anos, falou da relevância do tratamento. “Sou muito grata ao Hecad e ao doutor Zacharias Calil. Jamais teria condições financeiras de pagar pelas sessões de laser. Desde os oito meses, a minha filha é acompanhada para o tratamento do hemangioma que ela tem na região da boca. A lesão já diminuiu bastante e isso impactou em uma melhor qualidade de vida para todos nós, pois a região da face é a identidade do ser humano”, agradeceu Ana Paula.
O Hecad
Inaugurado em fevereiro deste ano pelo governador Ronaldo Caiado, o Hecad é um centro especializado em pediatria com 124 leitos e referência para vários tratamentos especializados. Localizado no Parque Acalanto em Goiânia-GO, o Pronto-Socorro funciona ininterruptamente durante 24 horas em todos os dias da semana. O Hecad conta ainda com 12 consultórios de especialidades como cardiologia, pneumologia, alergia/imunologia, neurologia, endocrinologia, cirurgia pediátrica, gastroenterologia e outros.
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Covid-19: Goiás registra 73 novos casos em 24 horas
Goiânia - Goiás notificou 73 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O território não registrou mortes pela doença no mesmo período. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde deste domingo (22/5). O Estado acumula 1.354.447 de infecções pela doença e 26.598 óbitos confirmados desde o início da pandemia.
A pasta ainda investiga outros 769.533 casos e outras 291 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,96% em Goiás.
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JORNAL OPÇÃO
Greve dos peritos do INSS acaba e atendimentos voltam a ser normalizados
Por Rafaela Ferreira
Atendimentos para o público retornam de forma integral na próxima segunda-feira, 23; se o benefício for concedido a categoria especificas, o MTP se comprometeu a conceder 19,99% de reajuste para os perito médicos
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciaram o fim da greve nesta sexta-feira, 20. Após a paralisação que durou 52 dias, o titular do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), José Carlos Oliveira, e representantes da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirmam que todas as reivindicações da categoria foram atendidas. Com isso, os atendimentos para o público retornam de forma integral na próxima segunda-feira, 23. A paralisação fez com que a fila de espera para a perícias médicas passasse de um milhão.
Caso o governo federal conceda aos servidores públicos um reajuste linear, os servidores do INSS o receberão da mesma forma. Agora, se o benefício for concedido a categoria especificas, o MTP se comprometeu a conceder 19,99% de reajuste para os perito médicos. Entre as exigências da categoria, estão a limitação de 12 atendimentos por dia e o preenchimento da agenda de forma contínua e de maneira igualitária entre os turnos.
Os servidores paralisaram, uma vez que, cerca de 20 mil servidores se aposentaram entre 2015 e 2021 e reduziram pela metade a quantidade de trabalhadores que contam com uma demanda represada de 3 milhões de requerimentos de benefícios em todo o país. Por este motivo, além do reajuste salarial, os servidores também pedem a realização de um concurso público; o estabelecimento de uma carreira da Seguridade Social; o fim do adicional de meta; o reajuste nos auxílios; melhores condições de trabalho e o fim das terceirizações. Segundo os servidores, o último reajuste no salário dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS foi conquistado no ano de 2015 e pago em parcelas até 2017. De lá para cá, as perdas acumuladas somam mais de 40%.
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TV ANHANGUERA
Cabelos são doados em ação no parque Mutirama para virarem perucas para pacientes
https://globoplay.globo.com/v/10598079/
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Assessoria de Comunicação
Ahpaceg na Mídia - Farmacêutica da Central de Compras fala sobre escassez de medicamentos
Em entrevista à Rádio CBN Goiânia, a farmacêutica Ana Valéria Miranda, da Central de Compras da Ahpaceg, fala sobre a escassez de medicamentos no mercado e o aumento dos preços dos produtos encontrados. Confira

Assim como na rede pública, os hospitais particulares e farmácias de Goiás também estão com falta de medicamentos e insumos. A reportagem CBN percorreu diversos estabelecimentos na tarde desta quinta-feira (19) e verificou que não há antibióticos infantis, amoxicilina e dipirona. Em alguns locais, está faltando até soro fisiológico e antidepressivos. Farmacêuticos relataram que o problema começou há mais ou menos cinco meses, mas que, nos últimos dois, a situação piorou.
CLIPPING AHPACEG 20/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Varíola dos macacos: por que surto na Europa e nos EUA não preocupa tanto até agora
Mais de 75% dos pacientes com Covid longa não chegam a ser hospitalizados pela Covid inicial
Parceria QualificaSUS reúne grupo com expertise na gestão da saúde
Covid-19: Goiás notifica 236 casos e três mortes em um dia
Prefeitura de Goiânia contrata médicos com salários até R$ 13 mil
Acusado de corrupção, vereador do PT tem habeas-corpus negado pela TJ-GO
Hepatite aguda infantil: Goiás registra primeiro caso
MEC facilita a criação de mais vagas em cursos de Medicina pelo Brasil
PORTAL G1
Varíola dos macacos: por que surto na Europa e nos EUA não preocupa tanto até agora
Diferentemente do coronavírus, do qual nada se sabia quando surgiram os primeiros casos, a varíola dos macacos é uma enfermidade já conhecida, para a qual existem vacinas e tratamentos.
Em um mundo que ainda nem saiu de uma pandemia, um outro vírus tem disparado alarmes em diversos países.
A varíola dos macacos, uma doença incomum que tem afetado habitantes do continente africano há décadas, começou a ser identificada em países da Europa e da América do Norte.
Ainda que os surtos atuais da doença tenham sido contidos, o surgimento de cada vez mais casos em diferentes localidades tem gerado preocupação.
No entanto, embora as autoridades de saúde apontem que ainda não há muitas informações sobre os novos surtos e suas possíveis vias de transmissão, elas garantem que atualmente não há motivo para pânico nem grandes riscos para a sociedade.
"É importante enfatizar que a varíola não se espalha facilmente entre e o risco para as pessoas em geral é bastante baixo", disse Nick Phin, vice-diretor do Serviço Nacional de Infecção do departamento de Saúde Pública do Reino Unido.
Michael Head, pesquisador em saúde global da Universidade de Southampton, diz que, apesar de lacunas sobre o que se sabe do surto atual, ele não acha que as pessoas precisem temer níveis de infecção como ocorreu na pandemia de coronavírus.
"Seria muito raro vermos mais do que alguns casos em cada surto. E definitivamente não veremos níveis de transmissão no estilo da Covid-19", disse ele ao Science Media Center.
A principal diferença aqui é: quando os primeiros casos de coronavírus surgiram, nada se sabia sobre a doença, mas a varíola dos macacos é uma enfermidade já conhecida, para a qual existem vacinas, tratamentos e informações sobre surtos anteriores.
É preciso ter em vista também que os mecanismos de monitoramento e vigilância epidemiológica são atualmente mais modernos, o que torna mais fácil detectar e identificar vírus, novas variantes e doenças infecciosas.
Autoridades de saúde alertam, no entanto, que tudo isso não significa que não se deva vigiar e agir para conter a disseminação dos casos atuais de varíola dos macacos: vírus sofrem mutação frequentemente e nada garante que um surto seja igual ao outro.
Entenda abaixo em mais detalhes por que especialistas em saúde afirmam que os casos reportados até o momento não representam uma ameaça grave para a população em geral.
Dados apontam que ela mata no máximo 1 a cada 10 pessoas infectadas. A mortalidade é maior entre crianças e adultos jovens, e indivíduos imunocomprometidos estão particularmente em risco de desenvolver a forma mais grave da doença.
Os sintomas da varíola dos macacos geralmente incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, exaustão, linfonodos inchados e lesões na pele, que podem chegar a milhares.
1. É um vírus conhecido
Quando os primeiros casos de Covid-19 começaram a ser registrados ao redor do mundo, uma das grandes dúvidas era que tipo de patógeno o causava e qual era sua origem.
Embora o Sars-Cov-2 tenha sido identificado em pouco tempo e várias teorias sugiram que ele passou de animais para humanos, ainda não há informações precisas sobre que animal era esse e como o vírus saltou para as pessoas.
Mas o vírus que causa a varíola dos macacos é conhecido há mais de meio século, e, por consequência, sabe-se como funciona e como é transmitido.
Embora se acredite que o vírus tenha afetado pessoas na África por muito mais tempo, ele foi identificado em 1958 em macacos mantidos em um laboratório para pesquisa. E daí seu nome.
Mas estudos posteriores mostraram que os principais vetores da doença são roedores e não macacos.
"A varíola foi descoberta em macacos na década de 1950, mas em 1970 já havia se espalhado para humanos. Também é encontrada em outros animais selvagens, como alguns roedores. Então, os macacos podem não ser o principal reservatório natural do vírus. Transmissão para humanos supõe-se que seja devido à ingestão de animais infectados", disse Simon Clarke, professor de microbiologia celular da Universidade de Reading, ao Science Media Center.
Pesquisadores identificaram duas variantes do vírus, uma da África Central, que causa uma doença com mais sintomas, e outra da África Ocidental, que causa uma doença mais branda e foi detectada nos casos relatados até agora.
Embora nos casos do novo surto as autoridades médicas tenham apontado que alguns pacientes têm em comum serem homens que fazem sexo com outros homens, atualmente não há evidências de que o vírus tenha sofrido mutação para uma forma de transmissão sexual.
2. Existem vacinas e tratamentos disponíveis
Por ser um vírus conhecido e que tem afetado comunidades por décadas, foi possível desenvolver vacinas e tratamentos.
Como o vírus da varíola do macaco está intimamente relacionado ao que causa a varíola, a vacina desenvolvida contra a varíola se mostrou eficaz para ambas as doenças.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos explica em seu site que, embora atualmente não haja tratamentos específicos disponíveis para a infecção por varíola, os surtos podem ser controlados com medicamentos.
São remédios disponíveis no mercado que foram aprovados e se mostraram eficazes contra a doença, como o cidofovir, o ST-246 e a imunoglobulina vaccinia.
Existe também uma vacina aprovada por várias nações para a prevenção e tratamento da varíola dos macacos, chamada JYNNEOSTM (também conhecida como Imvamune ou Imvanex) e é produzida pela empresa farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic.
Dados oficiais apontam que a vacina é pelo menos 85% eficaz na prevenção da varíola dos macacos.
Há uma segunda vacina contra a varíola, ACAM2000, feita pela Emergent Product Development, que também pode oferecer alguma proteção contra a varíola — ela foi usada em um surto relatado em 2003 nos EUA.
A Organização Mundial de Saúde afirma que algumas pessoas que receberam vacinas contra a varíola também podem ter certos níveis de imunidade, embora em muitos países essa vacinação tenha sido suspensa há quase 40 anos, quando a doença foi considerada erradicada.
Atualmente, as vacinas, na maioria dos países, são autorizadas apenas para maiores de 18 anos considerados de alto risco de contrair a doença.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido explica que a vacinação contra a varíola pode ser usada antes e depois da exposição.
Segundo a farmacêutica Bavarian Nordic, o governo dos EUA solicitou à empresa farmacêutica a fabricação de milhões de doses após a detecção do primeiro caso no país.
3. Não é muito contagioso
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido diz que, diferentemente de outras doenças contagiosas, a varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas.
Em surtos anteriores, uma pessoa infectada transmitia o vírus, em média, para no máximo uma pessoa, de modo que os níveis de contágio eram muito baixos.
“Na maioria dos casos, uma pessoa doente não transmite o vírus a mais ninguém”, disse Jay Hooper, do Instituto de Pesquisa Médica do Exército dos EUA para Doenças Infecciosas, à NPR em um relatório sobre a doença.
Head, da Universidade de Southampton, explica que isso ocorre porque o vírus, para ser transmitido, precisa de contato muito próximo, às vezes pele a pele, com um indivíduo infectado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a taxa de mortalidade por varíola símia variou de 0 a 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças pequenas.
A disseminação da varíola pode ocorrer quando uma pessoa entra em contato próximo com um animal, humano ou material contaminado com o vírus, que entra no corpo através da pele quebrada (mesmo que não visível), do trato respiratório ou das membranas mucosas (olhos , nariz ou boca).
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido explica que a disseminação de pessoa para pessoa "é rara", mas pode ocorrer por meio de:
contato com roupas usadas por uma pessoa infectada (incluindo roupas de cama ou toalhas)
contato direto com lesões ou crostas na pele do paciente
tosse ou espirro de uma pessoa infectada
4. Varíola dos macacos já causou diversos surtos antes
O primeiro caso humano de varíola dos macacos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo, e surtos ou casos da infecção foram relatados em vários países da África Central e Ocidental ao longo das décadas seguintes.
Embora os casos humanos de varíola fora da África sejam raros, nos últimos anos eles foram relatados nos Estados Unidos, Reino Unido, Israel e Singapura.
De fato, no Reino Unido, onde foi detectado o primeiro caso do atual surto, também foram registrados pacientes com a doença em 2018, 2019 e 2021.
Todos esses surtos que foram detectados anteriormente fora da África foram muito pequenos, com poucas pessoas infectadas.
Em um surto nos EUA em 2003, por exemplo, 47 pessoas ficaram doentes.
A existência de surtos anteriores dá às autoridades de saúde não só conhecimento sobre as formas de transmissão do vírus, mas também experiência em como contê-lo, como tratar pacientes e como propor formas de reduzir o contágio.
No entanto, as agências de saúde de vários países anunciaram que vão acompanhar de perto a evolução de novos casos, uma vez que até que haja dados suficientes, não se pode afirmar categoricamente que será o mesmo agora.
De fato, nunca antes tantos casos de varíola dos macacos foram registrados simultaneamente em vários países e sem que se estabeleça uma potencial ligação entre pessoas infectadas com viagens para a África, como é o caso agora.
Quais são os sintomas?
A varíola dos macacos é uma parente da varíola, doença que foi erradicada em 1980, mas é menos transmissível, causa sintomas mais leves e é menos mortal.
Ela geralmente dura de duas a quatro semanas e os sintomas podem aparecer de cinco a 21 dias após a infecção.
Os sintomas da varíola dos macacos geralmente começam com uma mistura de febre, dores de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, exaustão e linfonodos inchados.
Este último sintoma é normalmente o que ajuda os médicos a distinguir a varíola dos macacos da catapora ou da varíola, segundo a OMS.
Passada a febre, pode surgir uma erupção cutânea, que tende a se desenvolver de um a três dias depois, geralmente começando no rosto e depois se espalhando para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.
O número de lesões pode variar de algumas a milhares.
A erupção muda e passa por diferentes estágios, e pode parecer catapora ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.
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FOLHA DE S.PAULO
Mais de 75% dos pacientes com Covid longa não chegam a ser hospitalizados pela Covid inicial
The New York Times
Mais de três quartos dos americanos diagnosticados com Covid longa não tiveram sintomas suficientemente graves para serem hospitalizados quando sofreram a infecção inicial. É o que concluiu uma nova análise, divulgada na quarta-feira (18), de dezenas de milhares de pedidos de pagamento de seguro particular.
Os pesquisadores analisaram dados dos primeiros meses depois de médicos começarem a usar um código especial de diagnóstico criado no ano passado para designar a Covid longa. Os resultados traçam um retrato preocupante do impacto sério e de longo prazo da Covid longa sobre a saúde das pessoas e sobre o sistema de saúde americano.
A Covid longa, uma constelação complexa de sintomas da Covid que persistem ou de sintomas novos que aparecem após a Covid e que podem perdurar por meses ou ainda mais, tornou-se um dos legados mais temíveis da pandemia. As estimativas sobre o número de pessoas possivelmente afetadas variam entre 10% e 30% dos adultos infectados.
Um relatório recente do Government Accountability Office, um órgão federal dos EUA, diz que entre 7,7 milhões e 23 milhões de pessoas nos Estados Unidos podem ter desenvolvido Covid longa. Mas ainda há muito que não é sabido sobre a prevalência, as causas, os tratamentos e consequências da condição.
O novo estudo vem somar-se a um conjunto crescente de evidências de que, embora pacientes que foram hospitalizados corram risco maior de apresentar Covid longa, pessoas com infecções de coronavírus iniciais de leves a moderados que compõem a vasta maioria dos pacientes com coronavírus ainda podem sentir sintomas pós-Covid debilitantes, incluindo problemas respiratórios, fadiga extrema e problemas cognitivos e de memória.
"Isso está gerando uma pandemia de pessoas que não chegaram a ser hospitalizadas, mas acabaram com incapacidade aumentada", disse o Dr. Paddy Ssentongo, professor assistente de epidemiologia de doenças infecciosas na universidade Penn State, que não participou do novo estudo.
Baseada no que o artigo descreveu como o maior banco de dados de pedidos de pagamento de seguros privados de saúde nos Estados Unidos, a análise descobriu que entre 1º de outubro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, 78.252 pacientes foram diagnosticados com o novo código da Classificação Internacional de Doenças código de diagnóstico U09.9, referente a "condição não especificada pós-Covid 19".
Claire Stevens, médica e acadêmica clínica no Kings College London e não envolvida na nova pesquisa, disse que o número total de pessoas que recebe o diagnóstico é enorme, considerando que o estudo cobriu apenas os primeiros quatro meses após a introdução do código de diagnóstico e não incluiu pessoas cobertas por programas governamentais de assistência médica como Medicaid ou Medicare (se bem que incluiu pessoas com planos particulares Medicare Advantage).
"É provável que seja apenas uma gota no oceano em comparação com o número real", disse Stevens.
Realizado pela Fair Health, ONG que trabalha com custos de assistência médica e questões de seguro, o estudo concluiu que 76% dos pacientes com Covid longa não precisaram ser hospitalizados pela infecção inicial com o coronavírus.
Outra conclusão surpreendente foi que, embora dois terços dos pacientes tivessem problemas de saúde preexistentes em suas fichas médicas, quase um terço não tinha uma porcentagem muito mais alta do que Ssetongo disse que teria previsto. "São pessoas que eram saudáveis antes e estão dizendo caras, alguma coisa não está certa comigo."
Os pesquisadores pretendem continuar a acompanhar os pacientes para averiguar quanto tempo seus sintomas perduram, mas Robin Gelburd, presidente da Fair Health, disse que a organização decidiu divulgar os dados dos primeiros quatro meses agora, "dada a urgência" da questão.
Ela disse que os pesquisadores estão buscando respostas para algumas das perguntas não tratadas no relatório; entre elas, detalhar os problemas de saúde anteriores dos pacientes para tentar identificar se determinados problemas médicos podem elevar o risco de pessoas sofrerem Covid longa.
A organização também pretende analisar quantos pacientes no estudo foram vacinados e quando, disse Gelburd. Mais de três quartos dos pacientes no estudo foram infectados em 2021, a maioria deles no segundo semestre do ano. Em média, os pacientes continuavam a apresentar sintomas de Covid persistente que os qualificavam para o diagnóstico quatro meses e meio depois de infectados.
As descobertas sugerem um impacto potencialmente espantoso da Covid persistente sobre pessoas no auge da vida e sobre a sociedade de modo geral. Quase 35% dos pacientes tinham entre 36 e 50 anos de idade, quase um terço, entre 51 e 64, e 17% estavam na faixa dos 23 aos 35 anos. Crianças também foram diagnosticadas com condições pós-Covid: quase 4% dos pacientes tinham 12 anos de idade ou menos, e quase 7%, entre 13 e 22 anos.
Seis por cento dos pacientes tinham 65 anos ou mais. Essa parcela provavelmente reflete o fato de que pacientes cobertos pelo programa Medicare regular não foram incluídos no estudo. Eles tinham probabilidade muito maior que os grupos mais jovens com Covid persistente de apresentar problemas médicos crônicos preexistentes.
Os dados de seguro analisados não incluíram informações sobre a raça ou etnia dos pacientes.
A análise, que segundo Gelburd foi avaliada por um revisor acadêmico independente mas não passou por uma revisão formal de pares, também calculou um escore de risco dos pacientes, uma maneira de estimar a probabilidade de as pessoas utilizarem recursos médicos. Comparando todos os pedidos de pagamento de seguro dos pacientes até 90 dias antes de contraírem a Covid com os pedidos que fizeram 30 dias ou mais depois de infectadas, o estudo concluiu que o escore médio de risco subiu entre os pacientes de todas as faixas etárias.
Gelburd e outros especialistas disseram que os escores sugerem que as repercussões da Covid persistente não se limitam ao aumento de gastos médicos. Eles assinalam "quantas pessoas estão abandonando seu trabalho, quantas estão recebendo status de invalidez, quanto absenteísmo está ocorrendo nas escolas", disse Gelburd. "É como uma pedrinha jogada num lago. As ondinhas em volta da pedra são círculos concêntricos de impacto."
Pelo fato de o estudo ter captado apenas uma população que tem convênio médico particular, disse Ssentongo, é quase certo que ele subestima a abrangência e o ônus da Covid persistente, especialmente porque comunidades de baixa renda têm sido desproporcionalmente afetadas pelo vírus e frequentemente têm menos acesso à saúde. "Acho que pode ser ainda pior se incluirmos os setores cobertos pelo Medicaid e todas essas outras pessoas que ficaram de fora" dos dados do estudo, ele disse.
O estudo apontou que 60% dos pacientes com diagnóstico pós-Covid são mulheres, contra 54% do total de pacientes de Covid no banco de dados da FAIR Health. Mas nas faixas etárias mais jovens e mais velhas, há uma equivalência aproximada entre homens e mulheres.
"Acho que há uma preponderância feminina nesta condição", disse Steves, acrescentando que uma das razões pode incluir diferenças em fatores biológicos que deixam as mulheres mais propensas a sofrer condições autoimunes.
Os pedidos de seguro mostraram que quase um quarto dos pacientes pós-Covid tinham sintomas respiratórios; quase um quinto tinham tosse, e 17% foram diagnosticados com mal-estar e fadiga, uma categoria ampla que pode incluir problemas como confusão mental e exaustão que se agravam após atividade física ou mental. Outros problemas comuns incluíram batimentos cardíacos anormais e desordens do sono.
O novo estudo procurou determinar até que ponto certos sintomas eram comuns antes de os pacientes serem infectados, em comparação com o período em que os mesmos pacientes receberam o diagnóstico de condições pós-Covid. A conclusão foi que alguns problemas de saúde normalmente incomuns tinham chances muito maiores de emergir durante a Covid persistente. Por exemplo, problemas musculares ocorriam com frequência 11 vezes maior em pacientes com Covid persistente; embolismos pulmonares, com frequência 2,6 vezes maior, e determinados tipos de desordens relacionadas ao cérebro ocorreram com o dobro da frequência.
Como estudos anteriores, o relatório concluiu que, se os pacientes precisaram ser hospitalizados pela infecção inicial, correram risco mais alto de sintomas de longo prazo que os pacientes não hospitalizados. O relatório chegou a essa conclusão porque 24% dos pacientes diagnosticados com a condição pós-Covid haviam sido hospitalizados mais homens do que mulheres--, sendo que apenas 8% de todos os pacientes com coronavírus precisaram ser internados em um hospital.
Mesmo assim, como a grande maioria das pessoas não precisa ser hospitalizada por Covid, especialistas médicos disseram que este estudo e outros indicam que muitas pessoas com doença inicial leve ou moderada acabarão apresentando sintomas persistentes ou novos problemas de saúde pós-Covid.
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Parceria QualificaSUS reúne grupo com expertise na gestão da saúde
"Por meio do DRG Brasil os hospitais terão modelos assistenciais capazes de reverter desperdício em economia e entrega de valor ao paciente", Renato Couto.
Iniciativa nasce para maximizar resultados assistenciais dos hospitais de Minas Gerais e garantir o melhor desfecho assistencial aliado à otimização do uso dos recursos financeiros.
Entregar valor na saúde é garantir o melhor desfecho assistencial aliado à otimização do uso dos recursos financeiros. Na prática significa não desperdiçar dinheiro, melhorar as entregas de resultados assistenciais e proporcionar, de forma eficiente à população que recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS), cuidados e serviços essenciais ao seu atendimento.
QualificaSUS e a Política de Atenção Hospitalar de MG - Valora Minas
Para acompanhar estas premissas, a Central dos Hospitais de Minas Gerais, em parceria com outras sete empresas com expertise no segmento de saúde, lança o QualificaSUS. O objetivo é disponibilizar produtos e serviços aos hospitais para cumprirem os requisitos da Deliberação CIB-SUS/MG 3.673. Os eixos de atuação são: o primeiro voltado para implementação da metodologia de Grupos de Diagnósticos Relacionados (DRG) e, o segundo, para adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC). Todas as iniciativas fazem parte da Valora Minas, Política de Atenção Hospitalar do Governo do Estado de Minas Gerais.
Ao cumprirem os requisitos da Deliberação, os hospitais públicos e filantrópicos com leitos totais maior ou igual a 50 tornam-se elegíveis a acessar os recursos financeiros provenientes da Valora Minas, que vincula repasse de recursos a resultados assistenciais passíveis de mensuração.
QualificaSUS e a mensuração de resultados
Para receber o fomento do Estado proveniente do Valora Minas, os hospitais devem implementar o software para metodologia DRG, capacitar a sua equipe profissional e aderir ao PNGC, entre outras iniciativas.
Um dos principais diferenciais do Qualifica SUS está, exatamente, na disponibilização de um software exclusivo para facilitar a implementação da metodologia DRG. Este software foi totalmente desenvolvido considerando a realidade da saúde brasileira e ajustada ao SUS. "Por meio do DRG Brasil é possível formar banco de dados e adotar indicadores que irão prover aos gestores, prestadores de serviços e secretarias de saúde informações consistentes para a tomada de decisões. Isso reflete em modelos assistenciais capazes de reverter desperdício em economia e entrega de valor ao paciente", afirma Renato Couto, presidente do DRG Brasil. Segundo ele, o grupo que está à frente da QualificaSUS é pioneiro na implantação do DRG Brasil, com experiência aplicada em mais de 340 hospitais no Brasil.
A Parceria conta com respeitadas instituições para atuar na capacitação dos profissionais de saúde, ofertando cursos para toda a equipe na implementação do DRG. São elas: Pós-graduação da Ciências Médicas, a Faculdade Unimed e a Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS). "Essas instituições já promoveram treinamento desta metodologia para mais de 5 mil profissionais da saúde. Além disso, temos em nossa equipe a Organização Nacional de Acreditação - ONA. Mais de 80% das instituições acreditadas no país adotam os padrões ONA", explica Wesley Marques, Superintendente da Central dos Hospitais.
Entenda a relação Valora Minas e QualificaSUS
Valora Minas: Política de atenção hospitalar com foco nos usuários do SUS com objetivo de qualificar e ampliar acesso aos serviços de saúde a partir da otimização no uso dos recursos materiais. Prevê que o repasse de verbas às instituições de saúde está vinculado aos resultados assistenciais e valor entregue à população.
Módulos Valora Minas: Para atender à heterogeneidade do estado, foram criados módulos nos quais o Valora Minas se desdobra: *Valor em Saúde, *Hospitais Plataforma e *Novos Prestadores, Novos Vínculos.
*Valor em Saúde: compreende os hospitais de relevância microrregional, macrorregional e estadual que mais contribuem para a resolubilidade em saúde nos seus territórios.
OtimizaSUS : Projeto vinculado ao módulo Valor em Saúde a partir da Deliberação CIB-SUS/ MG Nº 3.673.
Pilares do OtimizaSUS:
Qualificar assistência
Ampliar o acesso qualificado da população mineira
Responder de forma eficientes às demandas da população
Otimizar a utilização de recursos com foco na melhoria dos processos de trabalho dos estabelecimentos hospitalares
QualificaSUS: A Central dos Hospitais de Minas Gerais com apoio da Federação Unimed Minas criou a Parceria QualificaSUS para apoiar os hospitais a cumprirem 100% dos requisitos da Deliberação CIB-SUS/MG 3.673 com segurança jurídica. A parceria QualificaSUS é a união de 8 empresas com expertise no mercado de saúde, nas diversas frentes de atuação. As entidades foram selecionadas por apresentarem excelência técnica e a maior experiência no uso do DRG na realidade brasileira.
Empresas que englobam o QualificaSUS
Central dos Hospitais de Minas Gerais, Federação das Unimeds MG, DRG Brasil, Pós-graduação da Ciências Médicas, Fundação/Faculdade Unimed, Organização Nacional de Acreditação (ONA), Planisa e Sociedade Brasileira de Analistas de Informação em Saúde (SBAIS).
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás notifica 236 casos e três mortes em um dia
Goiás notificou 236 novos casos e três mortes pelo novo coronavírus em um dia, segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19/5) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). Com os números de hoje, são contabilizadas 1.351.482 infecções e 26.593 óbitos desde o início da pandemia no território goiano.
De acordo com a pasta, a taxa de letalidade do vírus é de 1,97%. Ao todo, 290 mortes e 767.609 casos são investigados para saber se existe ligação com o novo coronavírus.
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Prefeitura de Goiânia contrata médicos com salários até R$ 13 mil
A Prefeitura de Goiânia continua a contratar médicos para as unidades da rede de atenção primária do município. Com salários que chegam a R$ 13,8 mil, o credenciamento se destina à contratação de médicos generalistas, com carga horária de 20h semanais, para atuar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e médicos para as Unidades de Saúde da Família (USF), com carga horária de 40h e prevê início imediato.
O salário para a carga horária de 20 horas semanais é de R$6.925,00, e o de 40 horas chega a R$13.850,00. Os interessados podem ou não estar vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e serão chamados conforme necessidade do município. "Esses profissionais vão reforçar o atendimento na rede de atenção primária, que é a porta de entrada do SUS", afirma o prefeito Rogério Cruz.
"O contrato tem validade de dois anos, mas pode ser prorrogado por mais dois", informa o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, que reforça a importância dos médicos da atenção primária. "São eles os responsáveis pelo início dessa engrenagem tão fantástica que é o sistema integrado e universal do SUS".
A documentação necessária para o agendamento está no edital, e deve ser apresentada na Gerência de Contratos, Convênios e Credenciamento da SMS, Bloco D, 2º Andar, Sala 16 do Paço Municipal, das 08h às 18h.
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JORNAL OPÇÃO
Acusado de corrupção, vereador do PT tem habeas-corpus negado pela TJ-GO
Por Nielton Soares dos Santos
Welio Antônio da Silva, conhecido como Welio de Iraci Chegou, foi preso preventivamente na terça-feira, 17
Vereador de Formosa, município goiano do Entorno de Brasília, Welio Antônio da Silva, conhecido como Welio de Iraci Chegou (PT), foi preso nessa terça-feira,17, durante Operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Contra ele, pesam as acusações de fraude de licitação, peculato, tráfico de influência e falsidade ideológica. Nesta quarta-feira, 18, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou um pedido de habeas-corpus da defesa do político.
Além do parlamentar, é alvo de investigações um empresário, que não teve o nome divulgado. Ele se encontra foragido da Justiça. O MP-GO informou que segue com as apurações para identificar mais possíveis envolvidos no esquema de corrupção.
Na terça-feira, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) cumpriu, além do mandado de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador, dentro da Câmara Municipal de Formosa. A assessoria da Casa destacou que Welio não foi preso nas dependências do poder.
A 3ª Promotoria de Justiça de Formosa está apurando se o vereador exigia pagamentos para a execução de contratos entre uma empresa locadora de veículos e o Fundo Municipal de Saúde. As investigações apontam que o Welio teria sido favorecido por pagamentos de parcelas referente a prestações de serviços feitas pela empresa a servidores públicos municipais, que são responsáveis pelo pagamento na pasta da saúde.
Ao indeferir o habeas-corpus, o TJ-GO considerou que a detenção do vereador está embasada na “gravidade concreta das condutas”, o que deve garantir a ordem pública. Isso porque, ele teria usado do cargo para o “patrocínio de interesse alheio e o desvio de recurso público com o sistema de abastecimento de veículos privados”.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Hepatite aguda infantil: Goiás registra primeiro caso
A menina de 2 anos, mora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital
A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou na quinta-feira, 19, que monitora um caso suspeito de hepatite grave de causa desconhecida em uma menina de 2 anos, moradora de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
“Temos um caso suspeito de hepatite grave de causa desconhecida, que é a mesma registrada em todo o mundo. Estamos monitorando os exames realizados e aguardando o resultado de alguns deles para saber o agente causador da doença”, disse a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.
A criança está internada em um hospital de Goiânia e apresenta, até o momento, estado de saúde regular, ou seja, ela está bem.
Conforme Flúvia existem três classificações para este tipo de hepatite: suspeito, provável ou descartado. Somente exames laboratoriais podem confirmar a classificação da doença.
“Primeiro se descarta a causa, como viral ou bacteriana. Se todos [exames] forem negativo, vamos tentar identificar qual é o agente causador da infecção por meio de exames mais complexos”, explica.
Os sintomas são de febre, icterícia (pele amarelada), dor abdominal, vômito, diarreia, urina escura e fezes brancas em crianças com histórico saudável. Seria um quadro típico de hepatite, não fosse por dois aspectos: o motivo e, segundo o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, o maior número de casos graves em relação aos quadros clássicos de hepatite infantil.
Vinte e um países já detectaram a hepatite grave de origem desconhecida entre crianças desde o início de abril e pelo menos 26 jovens precisaram de transplantes de fígado. No Reino Unido, segundo Flúvia, acharam o adenovírus e o sars-cov como agentes causadores deste tipo de hepatite.
No Brasil, São Paulo é o estado com o maior número de registros suspeitos, com 14 casos da hepatite misteriosa sob investigação. Há casos em investigação em Minas Gerais (7), Mato Grosso do Sul (4), Rio Grande do Sul (3), Paraná (2), Rio de Janeiro (6), Espírito Santo (1), Goiás (1), Santa Catarina (4), Pernambuco (3) e Maranhão (1).
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MEC facilita a criação de mais vagas em cursos de Medicina pelo Brasil
De um lado, as entidades médicas apontam o risco de precarizar as condições da formação. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas
Por José Maria Tomazela
Uma portaria do Ministério da Educação (MEC) publicada na segunda-feira, 16, liberou o pedido de novas vagas em cursos de Medicina até o limite de mais cem alunos. A medida vale para as escolas criadas por chamamento público, no âmbito do Mais Médicos. Desde 2013, quando a iniciativa foi criada, o número de escolas no Brasil passou de 210 para 354, um crescimento de 69%. De um lado, as entidades médicas apontam o risco de precarizar as condições da formação. De outro, entidades ligadas ao ensino, principalmente o privado, reclamam do engessamento do processo para criar vagas.
Em nota pública, o Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu a imediata revogação da portaria. “Lamentavelmente, essa decisão foi tomada sem consulta ao CFM e às demais entidades médicas. Isso expressa uma opção excludente, autoritária e pouco transparente na condução de tema delicado e com consequências para a vida da população e dos profissionais”, afirmou. Conforme o conselho, a portaria possibilita a criação de 37 mil vagas em cursos já existentes, “milhares delas em municípios que não oferecem condições necessárias para o pleno processo de ensino e aprendizagem”.
Conforme a Associação Médica Brasileira (AMB), o País tem 570 mil médicos distribuídos de forma inadequada, problema que a portaria do MEC não corrige. “Considerando que não temos uma carreira nacional do médico, o que facilitaria a correta distribuição dos profissionais, a AMB se posiciona contra a abertura de novas escolas médicas ou o aumento de vagas nos cursos de Medicina. A AMB entende que a prioridade neste momento é a melhoria da qualificação da graduação médica das instituições de ensino já existentes”, disse.
DIVERGÊNCIA
Consultor em ensino superior, o advogado Edgar Jacobs acredita, porém, que se abre a possibilidade de melhorar a distribuição de médicos e suprir a falta deles pelo País. “Quando comparamos com outros países, o Brasil é apenas o 79.º em densidade médica (médicos por mil habitantes), e eles estão mal distribuídos. Essa medida reconhece a dinâmica da oferta de leitos e espaços de treinamento na área de saúde, na medida em que permite que cursos que obtiveram aportes menores, de 30 ou 50 vagas, possam requerer novamente a ampliação, quando o contexto da oferta de saúde mudar”, disse.
Já para o professor Mario Scheffer, pesquisador e docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é muito preocupante a decisão. “Do início do governo Bolsonaro até agora, o MEC liberou 37 novos cursos de Medicina, dos quais apenas três em universidades públicas. Foram autorizadas 4.500 vagas de graduação, 96% delas privadas, que cobram R$ 8.500 de mensalidade, em média. Com Temer (ex-presidente Michel Temer), em 2018, o MEC chegou a suspender novos editais para criação de cursos e vagas durante cinco anos. Decretou-se uma ‘moratória’ de araque, pois foram abertos cursos e vagas sem parar.” Segundo ele, antes da Lei do Mais Médicos, da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013, o Brasil formava 20 mil médicos por ano. “Hoje vai formar 40 mil por ano.”
Segundo Scheffer, o atual governo seguiu abrindo muitas vagas, mas abdicou da avaliação da qualidade do ensino médico. “Não sabemos como estarão sendo formados milhares de jovens médicos que passam a atender a população imediatamente após a formatura. Também registramos que não há vagas de residência médica para boa parte dos formados em Medicina. Isso é seriíssimo, abriram a torneira da graduação sem se preocupar com a necessidade de, proporcionalmente, ampliar a oferta da formação especializada via bolsas de residência médica.”
Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas, a portaria só regulamenta a de 2018 e não vai precarizar a educação médica, uma vez que todos os cursos são constantemente avaliados pelo MEC. “Está apenas trazendo uma regulamentação”, ressalta.
Segundo ele, a pandemia deixou evidente a falta de profissionais sobretudo na área de saúde. “A possibilidade de abertura de vagas para formação médica é um benefício para a sociedade como um todo, que precisa de mais e melhores profissionais.” A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Saúde (CNS), mas não obteve resposta até as 19 horas.
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Assessoria de Comunicação
Comitê de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas reúne-se na Ahpaceg
Membros do Comitê de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas da Ahpaceg voltaram a se reunir presencialmente nesta quinta-feira, 19. Formado por representantes das instituições associadas e coordenado pela psicóloga Marina Guimarães (do associado Hospital Samaritano de Goiânia), o comitê reuniu-se na sede da Associação e abordou temas, como a importância da alimentação correta e frequente dos indicadores de recursos humanos na plataforma usada pela Ahpaceg.
No encontro, a psicóloga Gissely Soares (do associado CDI) foi eleita secretária do Comitê. Também foram definidos o cronograma de reuniões para 2022 e as pautas a serem abordadas, dentre elas a política de benefícios das empresas, políticas de endomarketing voltadas para o engajamento dos colaboradores e a integração dos sistemas de RH e departamento de pessoal.
“Para essa integração de sistemas, já estamos pesquisando empresas em busca de uma proposta que atenda a todos os associados interessados”, adiantou Marina Guimarães.
CLIPPING AHPACEG 19/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde alegam 'explosão' de despesas em 2021 e preveem reajuste de 16% neste ano - Notícias
Médico cria clínica "faz tudo" para melhorar experiência do paciente
Confederação de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos faz protesto sobre crise financeira nas unidades
Aumento de casos de dengue faz crescer demanda por plaquetas
Entra em vigor a lei que cria bula digital e muda regras de rastreabilidade de medicamento
Confira como está a situação financeira da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
Aparecida faz “gambiarra jurídica” no HMAP
Brasil supera 90 milhões de vacinados com a 3ª dose contra covid-19
Com Caiado, Iquego consegue parceria de transferência de tecnologia
CCJ aprova o Dia do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto
Explante: doença do silicone faz crescer número de brasileiras que querem retirar próteses
Homem transexual dá a luz ao seu primeiro filho e declara: ‘Nasceu o grande amor da minha vida’
AGÊNCIA CÂMARA
Planos de saúde alegam 'explosão' de despesas em 2021 e preveem reajuste de 16% neste ano - Notícias
Demanda reprimida por consultas e exames durante a pandemia provocou aumento dos custos, dizem representantes do setor
A Agência Nacional de Saúde (ANS) e as operadoras esperam um reajuste em torno de 16% nos planos de saúde do para este ano. A previsão foi revelada em audiência pública da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados. A justificativa apresentada foi que o setor teve reajuste negativo de menos 8% em 2021, e seria necessária a compensação neste ano.
Superintendente Executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Marcos Novais afirma que a pandemia de Covid-19 provocou redução das despesas em 2020, mas os custos voltaram crescer consideravelmente em 2021. "Esse é um ciclo da pandemia. A pandemia gerou uma distorção nas nossas despesas. As despesas em um momento caem e, em um outro momento, que é ano passado, elas explodem", disse.
O superintendente de estudos e projetos especiais da Federação Nacional de Saúde Suplementar, Sandro Leal Alves, acrescentou que a redução nas atividades ocorreu pelo medo das pessoas de procurarem serviços de saúde nos piores momentos da pandemia. Por isso, segundo ele, ocorreu a diminuição na procura principalmente por consultas e exames, mas a busca por esses serviços voltou a crescer em igual proporção com a retomada da normalidade. "É o chamado efeito rebote: você guardou toda aquela demanda que estava reprimida e, quando as pessoas voltam às suas atividades normais, é natural que esse efeito aconteça", completou.
Para o presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa, Denis Bezerra (PSB-CE), o reajuste nos planos de saúde vai penalizar ainda mais a faixa da população com idade avançada, principalmente porque o Brasil já passa por um período de crise, com inflação e aumento geral de preços.
Os reajustes nos planos de saúde são concedidos anualmente e servem para manter o equilíbrio financeiro do setor.
Histórico
Para Gerson Sanford Vieira Lima, da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB e representante dos usuários da saúde suplementar no Comitê Estadual da Saúde do Ceará, o reajuste não se justifica. Ele alega que, apesar do aumento das despassas, as receitas das operadoras apresentam longo histórico de crescimento.
"Não há argumento sustentável para dizer que as operadoras de planos de saúde, como regra, estão passando por uma situação de dificuldade do equilíbrio econômico e financeiro. Ao contrário, elas estão numa situação extremamente confortável. Isso demonstrado de forma objetiva", alertou.
Representante do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Frederico Moesch lembrou ainda que o consumidor brasileiro também passou por dificuldades na pandemia, com perda de empregos ou redução na renda. "E, mesmo assim, observando os dados do setor, os dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, nós não identificamos grandes oscilações na inadimplência, no número de beneficiários. Teve até um aumento no número de beneficiários", ponderou.
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EXAME
Médico cria clínica "faz tudo" para melhorar experiência do paciente
O médico oncologista Raphael Brandão importou dos Estados Unidos, onde morou por dois anos durante um curso na Universidade Harvard, o modelo de clínica concierge. Por trás desse tipo de assistência médica está a meta de resolver qualquer problema do paciente - seja qual for a moléstia.
Assim nasceu a First, uma clínica focada em medicina preditiva e preventiva. A First visita internados, faz home care com telemedicina, marca exames, monitora doentes crônicos e até ajuda clientes em viagem a achar remédios.
O pontapé inicial foi treinar médicos no chamado "encantamento do paciente", uma variação da temática da "experiência do cliente", cada vez mais comum em departamentos de marketing mundo afora. "A vendedora da Casas Bahia é treinada para ganhar a confiança do cliente; o médico tem de fazer isso também", diz.
"Gostamos de mimar o paciente para cuidar dele da juventude à velhice", completa. Aberta em agosto de 2020, a First atendeu 2.500 pacientes e faturou 12 milhões de reais no ano passado. Agora prepara a abertura da segunda unidade - serão mais três até o fim do ano.
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TV GLOBO
Confederação de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos faz protesto sobre crise financeira nas unidades
https://globoplay.globo.com/v/10588668/
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TV ANHANGUERA
Aumento de casos de dengue faz crescer demanda por plaquetas
https://globoplay.globo.com/v/10584990/
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PUC TV
Entra em vigor a lei que cria bula digital e muda regras de rastreabilidade de medicamento
https://www.youtube.com/watch?v=v5fOEUTzvrs
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TV SAGRES
Confira como está a situação financeira da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
https://www.youtube.com/watch?v=tIOs-qNeO6M
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DIÁRIO DA MANHÃ
Aparecida faz “gambiarra jurídica” no HMAP
Prefeitura muda Contrato de Gestão para “Termo de Colaboração” e cria frankenstein jurídico para gasto de R$ 16,5 milhões mensais. Especialista em Direito Administrativo diz haver sérias dúvidas sobre legalidade em ato
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia criou um monstrengo jurídico ao firmar com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein um tal “Termo de Colaboração” visando transferir a gestão do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) para a entidade paulista.
O indigitado termo de colaboração é considerado uma “gambiarra” na melhor acepção da palavra por não gerar compromisso jurídico que controle transferência de recursos da ordem de R$ 16,497 milhões por mês para o Hospital Albert Einstein. O mais curioso é que a Prefeitura não fez contrato que crie direitos e obrigações do Albert Einstein, como é comum no Poder Público que segue as normas de compliance e legalidade dos atos administrativos.
O começo de todo o processo já foi nebuloso por completo, porque a Secretaria Municipal de Saúde lançou um edital de chamamento público – modalidade de licitação para contratação de Organização Social – direcionando para o Hospital Albert Einstein. A entidade interessada em participar do certame precisava comprovar na data da publicação estar na gestão de um hospital com no mínimo 200 leitos, coisa que poucas OSs do Brasil poderiam e o Einsten estava dentro.
Depois do arremedo de chamamento a Secretaria Municipal de Saúde prosseguiu com o disparate sem firmar contrato e autorizou o Albert Einstein a “fazer gastos e contratos visando assumir a gestão do HMAP”. Sem medo de problema para o CPF os gestores da SMS de Aparecida prosseguiram na senda de passar a gestão sem estabelecer um documento jurídico de valor inquestionável.
O IBGH (Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar), Organização Social que está com contrato vigente para gestão do HMAP arguiu ao Tribunal de Contas dos Municípios o fato da SMS de Aparecida de Goiânia insistir na transferência sem ter contrato assinado e requereu uma liminar para suspender o processo.
Suspeitas
Para o advogado Juscimar Pinto Ribeiro, especialista em Direito Administrativo há um entendimento do Supremo Tribunal Federal que permite que o Poder Público contrate Organizações Sociais para gerir instituições de saúde. Todavia, pondera ele, é preciso seguir preceitos básicos de transparência nas ações e isonomia na escolha, além de imprescindível respeito à legalidade dos atos.
“Me causa certa estranheza ser feito um documento intitulado ‘Termo de Colaboração’ e não um Contrato de Gestão que implique em direitos e obrigações”, comenta.
Juscimar foi presidente da Comissão do Terceiro Setor na seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil é um dos mais respeitados especialistas quando o assunto envolve Organizações Sociais e gestão de unidades de saúde. Para ele pesam severas dúvidas sobre a legalidade dessa inovação jurídica que a SMS quer fazer para o HMAP e que isso poderá implicar sérias complicações para os gestores municipais e também para a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. “É princípio basilar da administração pública o respeito à legalidade dos atos administrativos e não me parece que esse ato está revestido dessa legalidade imperiosa”, frisa.
O relator da arguição feita ao Tribunal de Contas dos Municípios, conselheiro Francisco José Ramos, mandou oficiar com urgência a SMS de Aparecida de Goiânia para dar explicações e analisar o pedido de liminar que visa suspender o procedimento esdrúxulo criado ela Prefeitura de Aparecida de Goiânia.
https://www.dm.com.br/cotidiano/2022/05/aparecida-faz-gambiarra-juridica-no-hmap/
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil supera 90 milhões de vacinados com a 3ª dose contra covid-19
O Brasil alcançou nesta quarta-feira (18/5) 90.305.663 de vacinados com a terceira dose contra a covid-19. Em relação à quarta, também considerada de reforço, o País já imunizou 2.400.982. A 2.ª dose ou dose única contra a doença foi aplicada em 165.375.069, o equivalente a 76,98% da população. No acumulado, 177.812.991 (82,77%) de pessoas tomaram ao menos uma dose.
Ao considerar a vacinação pediátrica (para crianças de 5 a 11 anos), o País vacinou 12.151.788, o que corresponde a 59,28% deste público. Nas últimas 24 horas, o País administrou 781.675 doses de vacinas, de acordo com os dados do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Até este horário apenas 15 estados haviam informado dados sobre vacinação.
O balanço da campanha de vacinação contra a covid é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Em termos proporcionais, Piauí é o Estado que mais vacinou sua população até aqui: 93,12% dos habitantes receberam ao menos a primeira dose. O estado de Roraima apresenta o percentual mais baixo de indivíduos vacinados com uma dose: 62,27%. Em números absolutos, o maior número de vacinados com a primeira dose está em São Paulo (42 milhões), seguido por Minas Gerais (17 milhões) e Rio de Janeiro (14 milhões).
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JORNAL OPÇÃO
Com Caiado, Iquego consegue parceria de transferência de tecnologia
Por Nielton Soares dos Santos
Governador e ex-presidente da empresa e atual assessor estratégico, Denes Pereira, comemoram a assinatura do contrato
O governador Ronaldo Caiado (UB) e o ex-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), Denes Pereira, comemoraram a assinatura do contrato de parceria com o Consórcio Medxamano Brasil Biological Technology. Atualmente, Denes é assessor de assuntos estratégicos da empresa e é homem de confiança do governador.
Esse contrato celebrado visa a transferência de tecnologia, o que deve assegurar à Iquego a internalização de conhecimento (know-how) e segredos industriais. Além disso, há concessão de direitos para uso, produção e comercialização de produtos para a saúde. Dentre os quais: luvas cirúrgicas e de procedimento, preservativos masculinos e femininos, tubo de látex garrote, cateteres e equipamentos de soro.
Custeado integralmente pelo Consórcio, o negócio terá investimentos de mais de R$ 28 milhões para os próximos cinco anos. De acordo com Pereira, com essa parceria a Iquego passará a ter plenas condições de retomar o parque fabril e amortizar as dívidas herdadas nos últimos 20 anos.
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CCJ aprova o Dia do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto
Por Ysabella Portela
Projeto é de autoria da vereadora Gabriela Rodart (PTB) e sugere o dia 8 de outubro para celebração
Gabriela Rodart, presidente metropolitana do PTB em Goiânia l Foto: Reprodução
Nesta quarta-feira, 18, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara Municipal de Goiânia, aprovou o projeto de lei da vereadora Gabriela Rodart (PTB) para instituir no calendário oficial da capital o Dia do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto, a ser celebrado anualmente em 8 de outubro. A proposta segue agora para votação em plenário.
Segundo a autora do projeto, o objetivo do projeto é pelo reconhecimento da pauta e para que haja na cidade celebrações cívicas em defesa do direito à vida. Gabriela destaca que “a proposta tem o objetivo de conscientizar a sociedade a respeito das graves consequências da prática do aborto induzido para a saúde física e mental feminina”, diz.
Apesar da aprovação, a procuradoria da Casa manifestou-se pelo arquivamento do projeto, visto que em 2009 o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, já havia sancionado uma lei que estabelece o 8 de outubro como o Dia Municipal em Defesa da Vida.
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O HOJE
Explante: doença do silicone faz crescer número de brasileiras que querem retirar próteses
Por: Ana Bárbara Quêtto
Uma nova cirurgia tem ganhado destaque nos consultórios médicos, o explante. O procedimento consiste na remoção da prótese de silicone, que pode ser realizada por estética, ou por complicações no pós-cirúrgico, o que têm sido mais comum entre os pacientes.
A doença do silicone, é um termo genérico que pode englobar todas as complicações relacionadas à próteses, mas, geralmente, é popularmente relacionada a toxicidade do implante, que extravasa sem ser rompido. Já a Síndrome de Ásia, serve de gatilho e desencadeia sintomas semelhantes aos das doenças reumatológicas, como dor nas articulações, cansaço, distúrbios do sono, perda de cabelo, olho e boca secos.
A Síndrome de Ásia, por ser uma síndrome autoimune induzida por adjuvantes, é muito rara. Os sintomas são desencadeados por adjuvantes, termo que define a exposição do organismo a um “corpo ou substância” estranha. Por isso, especialistas afirmam que não há como garantir que a paciente tenha desenvolvido a condição somente pela prótese.
“Para colocar um implante mamário é necessário que o cirurgião seja sincero com a paciente, expondo todos esses riscos, e a paciente precisa ter maturidade para que nessa escolha seja levada em conta os benefícios e os riscos existentes. Por isso, antes da cirurgia, é importante conversar com o médico sobre todas as dúvidas. A confiança entre médico e paciente é fundamental nessa decisão”, orienta Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Segundo o especialista, no caso da doença do silicone os implantes, caso rompidos, podem migrar para a axila, gerando dor, desconforto e até prejudicando a drenagem linfática da mama e dos braços.
“É comum formar, ao redor de qualquer material implantado, uma cápsula. No caso dos implantes mamários essa cápsula pode ficar endurecida, com deformidade visível e até causar dor. Apesar de raro, existe um linfoma relacionado ao implante mamário e, nesse caso, a cirurgia para remoção do implante é a indicação. A prótese deve ser retirada em bloco, ou seja, o implante intacto dentro de sua cápsula”, explica o cirurgião.
Relato
A enfermeira Karina Fernandes, de 34 anos, implantou 340ml há quatro anos, mas, está com a cirurgia de explante marcada para o dia 28 de maio deste ano. Em entrevista à BBC, revelou que decidiu colocar o implante após dar a luz ao seu segundo filho. Após 25 dias da operação, os pontos de Karina começaram a abrir e ela precisou correr até o centro cirúrgico.
Ela acredita que seu corpo estava dando sinais de rejeição. “Com um ano e meio que estava com a prótese, eu comecei a notar alguns sintomas. Meu cabelo começou a cair muito, eu tinha um cansaço e uma fadiga que não passavam”, diz Karina.
Depois de dois anos, sua visão começou a ficar embaçada, além de surgir um “zumbido” no ouvido, que a fez perder o sono. A mulher, então, procurou estudos científicos sobre casos parecidos com o dela, até que encontrou um artigo sobre a síndrome ásia, que citava a “doença do silicone”.
Após a suspeita da doença, Karina começou a fazer exames. “Meu médico juntou todos os exames, somados aos sinais e sintomas e o convênio autorizou o explante. Eu tive que percorrer um caminho ao longo desses quatro anos de prótese”, conta.
Hoje, a mãe fala sobre a síndrome no seu perfil do TikTok e já acumula mais de 1,4 milhão de seguidores. “Quando descobri que o meu problema era o silicone e que eu não estava doente com algo mais sério foi um alívio, porque eu tenho dois filhos”, desabafa a enfermeira.
“Hoje eu não penso em questões estéticas, espero apenas que fique da melhor forma possível”, conclui.
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Homem transexual dá a luz ao seu primeiro filho e declara: ‘Nasceu o grande amor da minha vida’
O ex- participante do reality show da Netflix, “O Crush perfeito”, Roberto Bete deu a luz ao seu primeiro filho, Noah. Ele é um homem trans e está em um relacionamento com a empreendedora Erika Fernandes, de 28 anos, que também é uma mulher trans. Em suas redes sociais, Roberto compartilhou a chegada do seu novo primogênito e como foi o momento do parto.
Há cerca de uma semana atrás, nasceu Noah e Roberto passou por 12 horas de parto. O bebê se encontra bem e a família muito feliz por esse momento. Erika e ele levaram o pequeno para sua primeira consulta ao médico logo após do seu nascimento. “Desse momento para frente, eu não fui mais o mesmo. Meu corpo ainda vibra de dentro para fora, não consigo desgrudar nenhum minuto sequer, tenho ciúmes de qualquer aproximação que não for a minha ou a da mãe dele. Olha pro rostinho pensado e vem uma vontade de chorar, de abraçar, de cuidar e de proteger.”, registrou em uma postagem do Instagram.
No fim da gestação, Bete fez um ensaio fotográfico pela artista Vivi Bacco, fotógrafa também responsável por campanhas da Calvin Klein. As fotos exibindo o barrigão repercutiram as redes sociais, ele estava de cueca branca e usando uma coroa de flores na cabeça. “Um olhar poético e militante”, comentou.
Ainda fazendo posts de declarações em sua página, Roberto enfatizou: “Quero muito viver, muito estar vivo e agora é por ele! Nesse momento, nasceu o grande amor da minha vida, por quem eu viveria e vou viver intensamente os melhores momentos e ser o melhor de mim a cada dia. Por ele! Por você, meu filho! Por você, Noah. Te amo mais que a mim.”, relata. Em outro registro com sua mulher, Erika, ele continua : ” Que seja livre toda forma de amor.”
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JORNAL DE BRASÍLIA
Médica que divulgou discussão com colega de trabalho é condenada a pagar indenização
Conforme a colega exposta, a médica teria repassado a gravação feita de maneira clandestina aos demais profissionais da equipe
A médica que divulgou áudios de uma discussão com uma colega de trabalho teve a sentença mantida, por unanimidade, pela 1ª Turma Cível do TJDFT. A indenização por danos morais no valor R$ 7 mil, foi imposta depois que a mulher liberou o debate sobre um tratamento a ser prestado a uma paciente. Ela também não deve voltar a divulgar ou reproduzir a gravação, sob pena de multa.
Conforme a colega exposta, a médica teria repassado a gravação feita de maneira clandestina aos demais profissionais da equipe. No áudio, elas discutiram de forma acalourada e a profissional exposta afirma ter sido ofendida e constrangida com a exposição do diálogo.
Segundo a decisão de 1ª instância, a conversa divulgada não afrontou a cláusula de sigilo ou informações sobre o paciente, sobretudo porque as informações técnicas foram repassadas a outros membros da equipe médica.
No entanto, a sentença da 14ª Vara Cível de Brasília identificou que a ré extrapolou o direito de liberdade de expressão, ao gravar e repassar aos demais médicos a gravação de uma conversa constrangedora.
A divulgação ainda foi avaliada como desnecessária e não era essencial para que a equipe pudesse discutir o melhor tratamento a ser adotado, uma vez que todas as informações necessárias à tomada de decisão estavam registradas no prontuário do paciente. Assim, a ré foi condenada a pagar à autora indenização por danos morais.
A médica recorreu da decisão alegando que a gravação utilizada para formar a condenação é inválida, pois teria sido adquirida por meio ilícito. Ela afirma que enviou o áudio em uma conversa privada e individualizada aos médicos plantonistas que acompanhavam a paciente e que estaria coberta, portanto, pelo sigilo das comunicações, previsto na Constituição Federal.
Para ela, não houve conteúdo ofensivo na divulgação, e afirma que sua intenção não era manchar a reputação da colega, tanto que só repassou a gravação para os quatro médicos plantonistas. Reforça que exerceu regular direito de asseguramento do interesse médico e preservação da vida e da saúde da paciente. Assim, pediu a revisão da sentença ou, subsidiariamente, a redução do valor dos danos morais.
A parceira de trabalho, por sua vez, recorreu e solicitou que o valor da indenização fosse aumentado para R$ 20 mil, visto que a médica só a procurou para conversar após ter sido notificada da decisão liminar, ou seja, após a ação judicial.
No recurso, ela afirma que a gravação divulgada "tem o condão de causar males maiores, por chegar aos ouvidos de quem não foi destinatário original", como de fato ocorreu e foi narrado por uma testemunha ouvida pela Justiça. Segundo ela, a médica tinha como única intenção prejudicá-la ao divulgar a gravação. Reforça que o compartilhamento cessou apenas com a decisão liminar.
"Não demonstrada a utilidade da captação ambiental clandestina do diálogo que manteve a ré com a autora, nem a necessidade de divulgá-lo, nem a serventia de o dar a conhecer aos demais profissionais médicos, é de ser reconhecida a ilicitude da conduta praticada pela ré", avaliou a desembargadora relatora. De acordo com a magistrada, o prontuário médico existe para atender a finalidade de registrar todos os procedimentos adotados por cada um dos profissionais no tratamento e assistência do paciente.
Além disso, a julgadora verificou que não foram encontrados elementos indicativos de que a autora estivesse atuando de maneira a comprometer as informações transcritas no documento, portanto, não se justifica o argumento apresentado pela ré de que realizou a gravação clandestina e a divulgou para se resguardar.
"A falta de observância ao dever ético e moral que deve fundamentar toda e qualquer conduta privada ou social, bem como a desconsideração da boa-fé, que se identifica na insustentável motivação de que, com o registro gravado, atenderia a ré ao dever médico de informar os demais membros da equipe quanto aos procedimentos adotados, tornam inequívoco o interesse da ré de macular a reputação profissional da autora", concluiu.
Dessa maneira, o colegiado analisou como ilícita a ação da ré, por ofender direito da personalidade ao colocar em dúvida, no ambiente de trabalho, entre os colegas, a competência profissional médica da autora. Os danos morais foram mantidos em R$ 7 mil. Caso descumpra a determinação de não repassar ou reproduzir a gravação novamente, poderá ser aplicada multa de R$ 3 mil, por cada divulgação, até o limite de R$ 30 mil.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 18/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Ato põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos
Com grande número de casos, saúde descarta possibilidade de falta de testes para dengueapvida aprova recompra de até 400 mi de ações
Hapvida: queda de 16% ontem, hoje com alta de 8%; o que está acontecendo?
Falta de remédio é principal problema para 25% dos hospitais privados de SP
"Na saúde, o que funciona parece não dar voto", diz Antônio Britto
BP, Fleury e Bradesco anunciam nova empresa de oncologia
Estudo aponta que pegar Covid eleva risco de doença cardíaca em 63%
Covid-19: Goiás registra 1,7 mil casos e 18 mortes em 24 horas
Falsa biomédica presa atraía clientes para procedimentos estéticos por meio das redes sociais
PORTAL G1
Ato põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos
1 de 2 Grupo põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos - Foto: TV Globo/Reprodução
Grupo põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos - Foto: TV Globo/Reprodução
A Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil (CMB) fez uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (18), em Brasília. A entidade colocou 1,8 mil cruzes no gramado central da Esplanada dos Ministérios, para chamar atenção sobre as dificuldades financeiras vividas pelas instituições.
A CMB afirma que as santas casas e os hospitais filantrópicos estão passando por um "colapso financeiro" nos últimos anos. Segundo a entidade, Segundo a CMB, 60% das operações desses hospitais são remuneradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, alegam que os valores repassados pelo governo não são suficientes para cobrir os gastos. O g1 questionou o Ministério da Saúde sobre a situação mas, até a última atualização desta reportagem, não tinha recebido resposta.
2 de 2 Grupo põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos - Foto: TV Globo/Reprodução
Grupo põe 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, para pedir auxílio a santas casas e hospitais filantrópicos - Foto: TV Globo/Reprodução
Segundo a CMB, que representa 1.824 hospitais, desde o início do Plano Real, a tabela e os incentivos pagos às entidades foram reajustados em 93,77%. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 636,07%; o salário mínimo, 1.597,79%; e o gás de cozinha, 2.415,94%.
O diretor-geral da confederação, Mário César Homsi Bernardes, diz que há um "descompasso" na remuneração da prestação de serviços ao SUS. Segundo o gestor, a medida gera um desequilíbrio econômico e financeiro de R$ 10,9 bilhões ao ano, e leva os hospitais filantrópicos a endividamento.
"Isso vem provocando o sucateamento das estruturas físicas e tecnológicas, e riscos na assistência ao paciente. Sem contar com a falta de recursos para cobrir os custos da mão-de-obra hospitalar e de materiais e medicamentos, em especial neste momento durante e pós-pandemia", afirma.
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O HOJE
Com grande número de casos, saúde descarta possibilidade de falta de testes para dengue
Em Goiás foram notificados 73.652 casos da doença. Pelo menos 7 estados e o Distrito Federal relatam falta de exames para detecção da doença
Por Ítallo Antkiewicz e Sabrina Vilela
Apesar do aumento dos casos de Dengue em Goiás, não há riscos de faltar testes para detecção da doença em hospitais e postos de saúde, como ocorreu em outros estados. O Brasil registrou mais de 654,8 mil casos notificados da doença. Já o Estado apontou 73.652 casos da doença. Entre os municípios que mais tiveram casos estão Goiânia, que apresenta maior incidência, com 37.913 ocorrências, seguido por Aparecida de Goiânia com 10.885, Anápolis com 6.116, e Rio Verde com 5.680.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) dispõe de 225 testes PCR fornecidos pelo Ministério da Saúde (MS), que estão sendo utilizados nesta semana, com outros adquiridos pelo Estado, e está prevista a chegada de nova remessa de testes moleculares também esta semana.
Ao mesmo tempo, o Lacen-GO tem em aberto compra de insumos próprios, até mesmo para tipificar a dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4). De acordo com a SES-GO, os kits de testes moleculares têm sido enviados pelo Ministério da Saúde com periodicidade mensal ou semanal (em casos de pedidos urgentes).
"Esse fornecimento é vinculado às solicitações da unidade. Em maio, o Lacen-GO recebeu importante quantitativo de testes sorológicos para dengue e, atualmente, tem em estoque mais de 6 mil testes. Dessa forma, não há risco de falta em curto prazo, para sorologia. A demanda de amostras está se estabilizando e dando sinais de diminuição, o que indica que os estoques de sorologia para dengue no Lacen podem durar até julho", pontua a pasta.
Rede particular
No pronto-atendimento do plano de saúde privado Unimed Goiás, a procura diária por testagem para a doença cresceu sete vezes em relação ao mesmo período do ano passado.
Em nota, a rede afirmou que o abastecimento dos insumos laboratoriais específicos para o teste NS1 é constante e generalizado em função da alta demanda dos casos de Dengue na região nos últimos dias e que não houve atraso na entrega dos fornecedores deste insumo para todos os laboratórios.
"Os pacientes com sintomas de Dengue estão sendo submetidos aos testes capazes de confirmar o diagnóstico e de orientar os tratamentos, tais como hemograma e testes de anticorpos, que seriam suficientes para orientar a conduta clínica, sendo o exame NS1 de natureza apenas complementar (confirmação diagnóstica)", afirma trecho da nota.
Importância do teste
O teste rápido para Dengue auxilia no rastreamento, em caso de suspeita da doença, para pessoas com sintomas sugestivos ou sob risco. É um exame de detecção qualitativa e simultânea de anticorpos IgG, IgM e/ou do antígeno do vírus da Dengue NS1 dos quatro sorotipos.
O infectologista Robert Fabian Crespo Rosas, e professor de Medicina, explica que o teste é fundamental para diferenciar doenças que têm sintomas semelhantes à dengue. "O teste está facilitando a conduta médica nos casos duvidosos. Principalmente quando o resultado é positivo, pois permite iniciar o tratamento com segurança. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser logo iniciado, mas o ideal mesmo é evitar ao máximo a doença por meio de prevenção (uso de repelentes, evitar acúmulo de água parada, colocar areia em vasos de plantas e tela nas janelas, etc).", afirma.
Segundo o infectologista, os testes sorológicos ou de pesquisa de antígenos do vírus da Dengue não permitem detectar novas variantes. "Para realizar a detecção de variantes ou sorotipos da Dengue são utilizados os testes de biologia molecular (PCR)", pontua.
Rosa ressalta que a Dengue se manifesta por tipos e intensidades diferentes, então, ao contraí-la, a pessoa pode lidar tanto com a sua forma mais branda quanto com a mais perigosa. "Um dos problemas da doença é que a fase leve pode evoluir para a mais complicada, caso não seja tratada o quanto antes. Por isso, uma simples suspeita já deve ser o suficiente para que o paciente procure um médico", explica.
"Todo paciente com suspeita de dengue, precisa ser avaliado por um médico via exame físico. Neste exame, será possível determinar a gravidade do caso do paciente (isto é, se este apresenta sinais de alarme ou choque). Por meio dessa avaliação, ele terá uma classificação de risco de A a D, baseada em seus sinais e sintomas, considerando A o menor risco e D o maior risco", afirma o infectologista.
Ele explica ainda que os testes sorológicos têm como objetivo identificar anticorpos em sangue de indivíduos doentes."Para tal efeito são realizados estudos in vitro com cultura de células infectadas pelos diferentes subtipos do vírus da Dengue (den-1; den-2; den-3; den-4). O próximo passo é expor essa cultura celular com o soro de pacientes suspeitos de Dengue", detalha o especialista.
Segundo ele, se o soro desses pacientes conter anticorpos contra a dengue, esses anticorpos se ligam às partículas virais presentes. Sendo assim, resultado positivo para infecção pelo vírus da Dengue.
Goiás registra mais mortes por Dengue neste ano do que em 2021
A quantidade de mortes por Dengue em Goiás neste ano já supera o quantitativo total registrado ao longo de 2021. Após pouco mais de cinco meses de 2022, o Estado notificou 36 óbitos pela doença, enquanto foram confirmados 33 em todo o ano passado. Há ainda 127 mortes suspeitas de ter alguma relação com a dengue, todas registradas entre janeiro e maio, segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
De acordo com os números contabilizados pela pasta, a quantidade de casos de dengue triplicou se compararmos as semanas 1 e 18 do último ano e do ano atual. Em 2021, no respectivo período, foram notificadas 36.462 infecções, enquanto neste ano, já são mais de 145 mil infectados pela doença no Estado. Mais de 110 municípios goianos possuem grau de risco considerado alto, de acordo com o Mapa de Incidência da dengue disponibilizado pela SES-GO.
De acordo com a superintendente em Vigilância de Saúde, Flúvia Amorim, até maio deste ano foram no total 36 mortes confirmadas. "O número de óbitos é bem maior que o do ano passado. Estamos nesse exato momento com 36 óbitos confirmados no 127 em investigação. No ano passado inteiro nós tivemos 33 óbitos confirmados", afirma.
O último boletim da dengue da SES-GO mostra os dados obtidos entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano. O levantamento indica que Goiás teve aumento de 300,09% de casos confirmados e notificados em comparação com o mesmo período do ano passado.
Neste período em Goiás, foram 73.645 confirmados e 145.879 notificados, conforme o boletim. Veja abaixo as cidades com mais casos notificados de dengue, conforme boletim da SES.
A superintendente informou que em maio do ano passado a secretaria emitiu um alerta para as cidades goianas sobre uma possível epidemia. "Emitimos um alerta para todos os gestores municipais para que eles se atentassem a uma possível ocorrência de epidemia e de surtos de dengue e chikungunya e, infelizmente, estamos vendo que isso se concretizou em 2022", afirma.
Conforme boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), Goiás tem cerca de cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional. A informação é do boletim divulgado no dia 6 de maio deste ano, com dados levantados até a semana 17 de junho de 2022.
Segundo o levantamento, a cada 100 mil moradores de Goiás, 1.556,7 mil têm ou tiveram dengue este ano, segundo O órgão indica que essa incidência é de cerca de cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 307 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas.
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ISTOÉ
Hapvida aprova recompra de até 400 mi de ações
Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - O conselho de administração do grupo de saúde Hapvida aprovou um novo programa de recompra de até 400 milhões de ações em até 18 meses, disse a empresa em fato relevante nesta quarta-feira.
A medida tem como objetivo atender ao futuro exercício dos planos de remuneração baseado em ações a executivos da companhia e maximizar a geração de valor a acionistas, disse a Hapvida.
O novo programa substitui e dá continuidade a um anterior aprovado pela Hapvida "de modo a refletir o incremento do seu número de ações em circulação após a incorporação da Notre Dame Intermédica".
Assim, as até 400 milhões de ações já incluem os papéis comprados no âmbito do programa anterior, que envolvia a recompra de até 100 milhões de ações.
O anúncio ocorre após as ações da Hapvida despencarem 16,8% na terça-feira, a maior queda do papel desde sua estreia na bolsa em 2018, diante de reação negativa do mercado à divulgação de prejuízo líquido no primeiro trimestre pela empresa.
A Hapvida acrescentou no comunicado que o novo programa prevê a possibilidade de contratação de instrumentos derivativos com liquidação financeira referenciados em ações, que poderá envolver operações de 'equity swap' tendo como contraparte instituições financeiras.
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UOL
Hapvida: queda de 16% ontem, hoje com alta de 8%; o que está acontecendo?
Depois de fechar o pregão de ontem (17) com baixa de 16,84% -- a maior desde sua estreia na Bolsa, em 2018 --, as ações da operadora de serviços de saúde Hapvida (HAPV3) estão entre as maiores altas desta quarta-feira (18). Por volta das 13h50 (horário de Brasília), elas subiam 8,59%, chegando a R$ 7,08.
O motivo da inversão é que a operadora anunciou um novo programa de recompra de ações, que substitui e dá continuidade ao programa aprovado na assembleia geral extraordinária de 15 de outubro de 2022.
O que é recompra de ações? E diante dessa oscilação no preço da ação, vale a pena investir na Hapvida? Confira o que dizem os especialistas consultados pelo UOL abaixo.
Vale lembrar que recompra de ações é quando a empresa decide investir em si mesma -- o que costuma ser visto com bons olhos pelo mercado.
O número de ações em circulação após a incorporação da Notre Dame Intermédica aumentou substancialmente a base acionária da Hapvida.
Então, a quantidade de ações que poderão ser adquiridas agora passa de 100 milhões para 400 milhões. O novo programa terá duração de até 18 meses a partir de então.
Vale a pena comprar ações da Hapvida?
Para o Goldman Sachs a recomendação é neutra: quem tem deve ficar com a ação, e quem não tem, não compra.
O banco ressalta que, no primeiro trimestre deste ano, a empresa teve maiores despesas e custos não operacionais que levaram a um prejuízo antes dos impostos de R$ 204 milhões.
"Além disso, a margem do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização caiu 9 pontos percentuais o comparativo trimestral para 5,9% - seu nível mais baixo de todos os tempos", declarou o Goldman Sachs, relatório.
Mas o BTG recomenda a compra, acreditando em um preço-alvo de R$ 12 por ação. A XP também, esperando que a fusão com o Grupo Notre Dame crie sinergias e redução de custos.
Este material é exclusivamente informativo, e não recomendação de investimento. Aplicações de risco estão sujeitas a perdas. Rentabilidade do passado não garante rentabilidade futura.
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Falta de remédio é principal problema para 25% dos hospitais privados de SP
Um em cada quatro (25%) hospitais privados do Estado de São Paulo diz que a falta ou dificuldade para compra de remédios é o principal problema enfrentado hoje, segundo pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp), feita de 29 de abril a 12 de maio.
Farmácias e centros médicos, públicos e particulares, relatam a escassez de medicamentos. Entre os motivos apontados, estão os sucessivos "lockdowns" na China e a guerra na Ucrânia, que afetaram a cadeia de fornecimento. A crise prejudica o trabalho dos profissionais de saúde e o atendimento de pacientes e leva até ao adiamento de cirurgias eletivas (não urgentes).
Outros 30% dos hospitais ouvidos pelo SindHosp relataram a alta de preços como principal problema. No total, foram ouvidos 76 unidades particulares - responsáveis por 1.518 leitos de UTI e 5.725 leitos clínicos - entrevistadas pela entidade. Conforme a pesquisa, só 14% dos hospitais não enfrentam problemas com estoque ou a aquisição de medicamentos.
Os itens em falta ou com estoque abaixo do nível de segurança mais citados são Dipirona (em 25% dos hospitais), Dramin B6 (18%) e Neostgmina (17%).
Veja a lista completa de medicamentos em falta mais citados pelos hospitais ouvidos pelo SindHosp (entre aqueles centros médicos que relataram problemas para compra):
- Dipirona (24,5%).
- Dramin (18,4%).
- Neostagmina (16,7%).
- Soro (9,5%).
- Imunoglobina (4,5%).
- Aminoglicosídeos (3,3%).
- Anestésicos em geral (3,3%).
- Ocitocina (3,3%).
- Celestone soluspan (0,6%).
- Meetronisadol (0,6%).
- Purisole (0,6%).
- Soro fisiológico (0,6%).
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, diz que a falta de medicamentos, materiais e equipamentos de saúde ficou evidenciada desde o início da pandemia de covid-19 e defende a importância de definir a área da saúde como prioridade. Segundo ele, é preciso reduzir a dependência de matéria-prima externa para produção de fármacos.
Gestores do SUS falam em piora do cenário
A falta de medicamentos afeta também os hospitais municipais geridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O problema acontece desde o fim do ano passado, mas se agravou nas últimas semanas, segundo o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado (Consems-SP).
O órgão afirma que a situação já exigiu o adiamento de cirurgias e procedimentos. Levantamento do Cosems paulista apontou como causas a desorganização do sistema de produção depois da pandemia, falta de insumos, matéria-prima e embalagens, e aumento da demanda.
A região do ABC paulista é uma das que mais sofrem com o desabastecimento e a lista de remédios faltantes nos hospitais já ultrapassa 43 itens. Entre eles está o soro fisiológico, medicamento básico em hospitais. Secretária de Guararema, na Grande São Paulo, Adriana Martins aponta o cenário crítico diante da falta de soro de 500 ml.
O mesmo problema é relatado pela diretora do Hospital das Clínicas de Mauá, Adlin de Nazaré Santana Savino Veduato. "Além disso, não conseguimos adquirir outros medicamentos básicos. E quando encontramos, os valores são altos. Estamos restringindo bastante o uso de medicamentos e, se a falta de abastecimento permanecer, teremos problemas com procedimentos cirúrgicos", afirma.
Peregrinação em farmácias
Peregrinação por farmácias e postos de saúde e gastos fora dos planos, com remédios alternativos, entraram na rotina de pacientes de doenças crônicas, como Parkinson e lúpus, segundo mostrou o Estadão no início do mês. Vítimas do desabastecimento no setor farmacêutico, eles relatam dores e dificuldades para se locomover.
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PODER 360
BP, Fleury e Bradesco anunciam nova empresa de oncologia
Os grupos Fleury, Bradesco Seguros e a BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo) divulgaram na 3ª feira (17.mai.2022) a criação de uma empresa especializada em tratamento de câncer. O investimento previsto é de R$ 678 milhões nos próximos 5 anos.
A BP tem um Centro de Oncologia e Hematologia e a operação permitirá expandir o atendimento para diversas cidades brasileiras. Segundo o anúncio, a quantia será aplicada em clínicas oncológicas e centros de tratamento de alta complexidade.publicidade
A CEO da BP, Denise Soares, afirma que o acordo "ratifica a estratégia da instituição de expandir os negócios e ter presença geográfica em âmbito nacional".
O Bradesco também controla 30% da Fleury. Diretor geral da Atlântica Hospitais e Participações, responsável pela gestão e investimentos do Bradesco Seguros, Carlos Marinelli diz que o grupo está "entusiasmado" com a parceria.
"Estamos muito entusiasmados com essa iniciativa, que visa à oferta de valor, ao cuidado coordenado, à atuação em abrangência nacional e a uma jornada integrada e digital sob a ótica das necessidades do paciente oncológico. A união de grandes nomes do setor proporciona o acesso a serviços de referência em saúde para uma parcela cada vez maior da sociedade", declarou no LinkedIn.
O acordo só será concretizado depois de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e BC (Banco Central).
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"Na saúde, o que funciona parece não dar voto", diz Antônio Britto
Pouco mais de 2 anos se passaram desde o início da pandemia da covid-19, um período que, diante de tragédias, colapsos e perda de mais de 660 mil vidas no país, aguçou a percepção do brasileiro sobre a área da saúde. As fases críticas das ondas de contágio não só abriram o olhar da população para as urgências e demandas, como também exigiram e ainda exigem um apurado senso de escuta por partes dos gestores para identificar as necessidades dos usuários.
O diagnóstico é da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), que realizou a pesquisa "O que pensam os brasileiros sobre a saúde no Brasil?", iniciativa integrante da campanha "2022: o ano de ouvir a saúde", também lançada pela entidade em 2022. Na avaliação do diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, a atual conjuntura e os resultados do estudo, feito em parceria com o PoderData -empresa de pesquisa do Poder360-, evidenciam ser premissa básica unir esforços para a prestação de uma assistência mais qualificada, tanto na saúde pública quanto na saúde suplementar, integrando as 2 frentes a fim de evitar chagas tão ou mais profundas em cenários futuros. Leia a revista com os principais dados da pesquisa (baixe aqui).publicidade
"A Anahp reafirma que é um enorme equívoco alguém pensar que no Brasil poderá haver sistema de saúde sem o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde). De outra parte, parece também extremamente equivocado alguém pensar que o país poderá oferecer saúde apenas com o sistema público. O nosso sistema é, na teoria e na prática, um sistema que precisa entrosar e integrar o público e o privado", destacou Antônio Britto.
Esse aprendizado, acrescenta Britto, pode preparar as estruturas sanitárias para as próximas pandemias, com empenhos que precisam ser articulados em todos os níveis de governo. "Em 2022, o ano que marca a saída da pandemia e ao mesmo tempo a realização de uma eleição ampla no Brasil, é essencial que se discuta mais e melhor sobre saúde. A pesquisa oferece dados, elementos e opiniões que ajudam políticos e candidatos de 2022 a discutirem com mais profundidade o que acontece na saúde no Brasil e, especialmente, o que a pandemia mostrou de forma muito clara".
Nessa perspectiva, é imperativo quebrar paradigmas e repreender posturas meramente eleitoreiras, defende: "Grande parte do que é necessário em saúde não precisa de tijolo. O que realmente funciona em saúde parece que não dá voto, e o que dá voto parece que não dá saúde".
O estudo da Anahp/PoderData aponta, entre outros números, que 4 entre 10 (43%) brasileiros reprovam a saúde no país. Outros 45% consideram os serviços regulares e apenas 9% sinalizam aprovação, classificando-os como bons ou ótimos; 3% não souberam responder. Ainda de acordo com a pesquisa, divulgada nesta 4ª feira (18.mai.22) na Feira Hospitalar, em São Paulo, metade da população quer que o próximo governo priorize os "investimentos em tecnologia e inovação" e a distribuição de "mais medicamentos gratuitos". Os 2 itens foram mencionados, respectivamente, por 28% e 22% dos 3.056 entrevistados, usuários da saúde pública e da saúde suplementar nas 27 unidades da Federação, ouvidos entre 1º e 8 de abril.
Leia a entrevista:
Poder360 - A Anahp lançou a campanha "2022: o ano de ouvir a saúde". Por que é urgente para o Brasil pensar a saúde a partir de uma visão de presente e de futuro, que foi o foco da pesquisa integrante dessa mobilização?
Antônio Britto - Estamos saindo da pior crise sanitária da história do Brasil e da humanidade. Para nós, da Anahp, não parece sensato que se saia da crise sem aprender com ela, nem que o ano termine sem que haja uma solução sobre o que aprendemos. Tomar boas iniciativas é honrar as quase 700 mil pessoas mortas durante a pandemia.
Esse aprendizado pode nos preparar para as próximas pandemias. Em 2022, o ano que marca a saída da pandemia de covid-19 e, ao mesmo tempo, a realização de uma eleição ampla no Brasil, é essencial que se discuta mais e melhor sobre saúde.
Com base nessa premissa, a Anahp lançou uma campanha defendendo que 2022 precisa ser o ano de ouvir a saúde. E a pesquisa (realizada pela Anahp em parceria com o Poder360) é parte dessa campanha, para oferecer dados, elementos e opiniões que ajudem políticos e candidatos de 2022 a discutirem com mais profundidade o que acontece na saúde no Brasil e, especialmente, o que a pandemia mostrou de forma muito clara.
A Anahp, embora seja uma representante dos hospitais privados, tem se posicionado publicamente também em defesa da valorização do SUS. Quais as mudanças mais urgentes percebidas pela entidade em relação à gestão do Sistema? De que forma é possível convergir esforços para fortalecer a saúde pública?
A Anahp fica muito à vontade, por ser uma entidade representante dos hospitais privados, para reafirmar que é um enorme equívoco alguém pensar que no Brasil poderá haver sistema de saúde sem o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. O SUS é essencial para garantir acesso e dignidade assistencial no Brasil.
De outra parte, parece também extremamente equivocado alguém pensar que o país poderá oferecer saúde apenas com o sistema público. O nosso sistema é, na teoria e na prática, um sistema que precisa entrosar, integrar os aspectos público e privado.
Veja o que aconteceu na pandemia. Na hora do sufoco, durante o trabalho nos hospitais de campanha, por exemplo, ninguém ficou perguntando se o profissional ou o equipamento eram do público ou do privado.
Precisamos transferir aquilo que se fez no sufoco para uma política. Se em determinado lugar existe uma facilidade privada que pode oferecer determinado serviço, não faz sentido colocar o público para competir com o privado. E a recíproca também é verdadeira.
Na pesquisa da Anahp/PoderData, os usuários da saúde pública e suplementar mostraram seus descontentamentos e anseios e sinalizaram também os benefícios nos atendimentos. O cenário de pandemia aguçou a percepção da população sobre esses serviços? Ou os dados levantados seriam semelhantes se tivessem sido apurados em um período pré-pandêmico?
A pandemia fortaleceu a valorização do SUS. Ela alterou 2 aspectos importantes. O 1º deles é que, obviamente, aumentou em milhares de vezes a preocupação da população com o sistema de saúde. O brasileiro sai da pandemia com mais conhecimento sobre o sistema de saúde, sobre as partes boas e as partes ruins. Ele hoje se sente mais participante das discussões sobre saúde. Até porque questões como equipamentos, presença de médicos e importância da vacinação foram sofridamente assuntos principais em todos os lugares 24 horas por dia durante os últimos 2 anos.
E a 2ª consequência é a valorização do sistema de saúde. Quem sempre teve o plano de saúde valoriza a importância do sistema privado, dos hospitais privados. Agora, a valorização do SUS se tornou um dos fatos importantes também.
Portanto, entendo que, se esta pesquisa tivesse sido feita antes da pandemia, provavelmente a valorização do SUS seria menor, assim como também seria menor o nível de conhecimento por parte das pessoas sobre as peculiaridades do Sistema.
Os últimos 2 anos foram marcados por uma intensa revolução em diversos setores. A saúde foi uma das áreas mais desafiadas diante dos aumentos de casos de covid-19. O Brasil conseguiu conciliar avanços positivos nesse período, mesmo com políticas de inovação deficientes?
A pandemia não mostrou problemas que não eram conhecidos no sistema de saúde. O que ela fez foi aflorar esses problemas de uma forma muito mais intensa, mais sentida, mais divulgada. A questão da inovação é um excelente exemplo disso. Somos um país que desperdiça talentos e não produz inovação na medida do que poderia e do que precisa.
Isso ficou muito claro durante a pandemia. Ficamos muito dependentes de outros países para acessar descobertas feitas, principalmente, em relação às vacinas. Políticas mais estáveis e mais inteligentes em matéria de inovação poderiam ter permitido inclusive que saísse do Brasil a descoberta do processo de uma nova vacina.
A capacidade dos nossos cientistas, que é reconhecida mundialmente, e a nossa capacidade de fabricação, em exemplos como Fiocruz e Butantan, infelizmente não são apropriadas de políticas públicas e de interesse privado que ampliem o nível de inovação. Por consequência, dependemos sempre dos chamados grandes insumos: as vacinas, os principais medicamentos, a maioria dos equipamentos.
Um dos desafios do país na saúde é definir uma política de inovação. O Brasil não vai ser o 1º país do mundo autossuficiente. Ninguém vai produzir tudo o que precisa. Mas o país precisa selecionar alguns itens e aplicar de forma constante e segura.
Ainda falando sobre a inovação, quais os itens mais urgentes para a realidade brasileira na área da saúde?
Equipamentos. Existe uma indústria nacional que já tem uma determinada capacidade instalada e que pode avançar mais na produção de boa parte dos equipamentos. Precisamos chamar as grandes empresas mundiais para desenvolver planos a fim de que elas não só ampliem a presença no Brasil, mas também transfiram tecnologia. Ou seja, a pandemia ressaltou algo que já tínhamos conhecimento: atrasamos muito em matéria de inovação.
Há 2 lugares hoje para o Brasil. Há um lugar para quem inova em alguns inventos e há um para se posicionar como dependente e comprador. O Brasil tem de escolher se quer ficar no 1º ou no 2º lugar.
Quando se trata de acesso ao sistema privado, a renda média dos trabalhadores retira a possibilidade de muitos aderirem ao plano de saúde. Como esse problema socioeconômico também impacta o financiamento das atividades privadas? O que o Brasil precisa fazer para estimular a sustentabilidade do setor privado e, consequentemente, aliviar a demanda do SUS?
O futuro do setor de saúde suplementar vai depender do futuro do Brasil. Não há como ampliar o sistema de saúde suplementar se não ampliarmos o emprego e a renda. 70% dos planos de saúde existentes no Brasil são contratados por empresas que os oferecem aos funcionários. Se a economia brasileira e o volume de empregos, de salários e de renda não crescerem, de onde as pessoas e as empresas vão retirar os recursos para ampliar o número de assistidos pelo plano de saúde?
A saúde suplementar está com o seu futuro rigorosamente amarrado ao futuro do Brasil, em termos de economia, emprego e renda. O que pode acontecer de melhor para aumentar a saúde suplementar? Um número maior de pessoas com emprego e renda. O que pode acontecer de pior? É o que acontece durante as crises econômicas, em que, diminuindo emprego e renda, há redução imediata de pessoas com plano de saúde.
Claro que este é um caminho difícil, e existem outras coisas a serem resolvidas, como a questão da tributação e a necessidade de aumentar a multiplicidade de produtos, elevando a competitividade no setor. Hoje, apesar de tudo, o número ainda é reduzido.
Há outro ponto muito importante para nós, da Anahp: não adianta elevar o número de produtos de planos de saúde contratados pelos brasileiros se não houver preocupação em assistência digna e qualificada.
A gestão da saúde envolve também medicina preventiva, atendimento primário e acompanhamento de pacientes crônicos. Esse é um caminho para reduzir custos de atendimentos de emergência ou ocorrência de casos mais graves? Por que o Brasil tem avançado tão pouco nesses aspectos em relação a outros países?
Estes são alguns dos dados mais tristes e mais preocupantes desta pesquisa, 85% dos usuários da saúde suplementar não participam de iniciativas preventivas por meio dos planos de saúde, e 71% dos usuários do SUS não fazem atividade de prevenção, segundo estudo realizado pela Anahp em parceria com o PoderData.
Se não começarmos muito rapidamente a investir e a dar importância para a prevenção, a corrida para oferecer saúde de qualidade vai ser perdida neste que é um país onde aumenta assustadoramente o número de pessoas com doenças crônicas e onde felizmente cresce a longevidade da população.
Não há país no mundo que consiga conviver com um altíssimo número de idosos e de pessoas com doenças crônicas. Os países estão tentando reduzir o problema na base, na origem, diminuindo o número de pessoas doentes.
A pesquisa mostra: não é que o brasileiro seja simplesmente preguiçoso e não queira fazer ginástica, combater a obesidade É que não são ofertados sistemas de prevenção. O Brasil, num determinado período, enfrentou e derrotou a questão do tabagismo. Hoje não existem políticas públicas para enfrentar a pressão alta, a obesidade, o uso demasiado de sal e de açúcar e o sedentarismo.
Outro ponto é que os sistemas de saúde não têm estímulos para fazer sistemas de prevenção. Ao contrário. Como existe a portabilidade, os planos raciocinam muito pensando no curto prazo. Não se interessam em fazer um programa para melhorar a saúde do usuário se este pode a qualquer momento migrar para outro plano.
Estamos sem políticas públicas e estímulos para que sejam oferecidos programas consistentes e continuados na prevenção e na promoção da saúde, o que é lamentável.
Quais os países que são referência na frente da medicina preventiva?
Há esforços preventivos bem-sucedidos em alguns países da Europa, sobretudo nos nórdicos. Temos especialmente, em termos de prevenção e promoção à saúde, coisas interessantíssimas acontecendo, unindo saúde digital e prevenção. É o caso de Israel.
Da mesma forma que hoje se acompanha a situação em cada rua e os carros no trânsito, há equipamentos digitais que vão permitindo acompanhar a saúde das pessoas, com inteligência artificial, de forma preditiva, passando a prever o que vai acontecer. O Brasil está muito atrasado em relação a isso.
A pesquisa, realizada pela Anahp em parceria com o PoderData, mostra que a qualidade dos médicos é o fator mais decisivo para os usuários da saúde suplementar na hora de escolher um hospital (43% apontaram esse item). O processo de formação profissional está alinhado à realidade brasileira ou mostra-se deficitário?
Estamos caminhando para 620 mil médicos neste ano. Desse total, em torno de 220 mil têm especialização. São enormes e crescentes as dúvidas sobre a qualidade e a atualização dos médicos que estão saindo das faculdades.
Vamos nos perguntar: quantas faculdades de Medicina estão preparando o médico para a nova realidade, para a inteligência artificial, para a robótica, para o monitoramento a distância, para a telessaúde? O mundo está fazendo telessaúde. Na Ucrânia, os soldados feridos são atendidos pela telemedicina. O profissional deve ser preparado para essa nova realidade.
Então, a resposta para a pergunta é não. A maioria das faculdades brasileiras não está preparando o profissional, salvo as honrosas exceções de sempre. Do ponto de vista da qualificação, o esforço bem intencionado de abrir escolas não vem acompanhado da qualificação dessas instituições.
O Brasil precisa repensar a questão da formação do médico. Vejo com muita alegria o esforço do CFM (Conselho Federal de Medicina), e o que a AMB (Associação Médica Brasileira) vem fazendo nessa discussão, com participações muito interessantes.
Não se resolverá a distribuição de médicos somente aumentando o número desses profissionais. O que impede um médico de ir para uma pequena cidade do interior é o fato de as condições de vida, o exercício da medicina e as condições salariais, muitas vezes, não valerem a pena no local. O Brasil forma cada vez mais médicos, mas eles se concentram nas grandes cidades, e o problema continua. A formação e a distribuição dos médicos me parecem um capítulo mal escrito da nossa história no sistema de saúde.
Quais os principais erros do gestor público ao lidar com a área da saúde? Quais paradigmas devem ser quebrados para garantirmos acesso de qualidade para a população?
Nós estamos sofrendo no Brasil as consequências ruins da falta de políticas de médio e longo prazo. Qualquer pessoa que assuma um cargo público na área da saúde e diga que vai fazer, em 1 ou 2 anos, mudanças profundas ou está enganada ou está querendo enganar os outros. Não existe o que pode dar certo em saúde se não for um esforço repetido ao longo do tempo de forma persistente e continuada.
Não se muda o hábito de tabagismo, não se cria uma rede bem resolutiva de serviços assistenciais em 1 ou 2 anos, ao sabor da próxima eleição. Há um problema: o que interessa como moeda política é a inauguração do posto. Parece que tem de ter tijolo para dar voto. Mas a verdade é que grande parte do que se precisa em saúde não precisa de tijolo.
O que realmente funciona em saúde parece que não dá voto, e o que dá voto parece que não dá saúde.
Se uma nova pandemia, de outra doença, se instalasse no país, estaríamos prontos para combatê-la com mais eficácia em razão do know-how adquirido com as ondas de contágio do novo coronavírus ou retrocederíamos nesse embate, pois as marcas da última crise ainda não foram atenuadas a contento?
Se olharmos para os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, se olharmos para os hospitais públicos e privados, eu posso lhe garantir que eles estão hoje muito mais bem qualificados e muito mais bem preparados do que antes. Se olharmos para os gestores públicos, eu espero que eles tenham aprendido lições durante esse festival de horrores a que o país assistiu.
Eu espero, então, que o setor que detenha a liderança dos processos, nos governos federal, estaduais e municipais, tenha também aprendido lições com a pandemia. Por isso, é muito importante que esta eleição ponha a saúde no topo das discussões.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo - O SUS precisa ser financiado e emagrecer o País
O fato de o Sistema Único de Saúde (SUS) ser subfinanciado desde sua criação não culpabiliza sumariamente governos de outrora ou o atual. A equação é rude e os componentes são complexos. Contudo, maltrata-nos sua agonia orçamentária de arrimos frágeis e flerte contínuo com o caos, sem qualquer pauta vigente e significante de discussão.
Aceitemos, porém, que, a despeito da míngua financeira, o SUS e suas vertentes carecem de mecanismos auditáveis de eficácia, que servirão para validá-lo perante as necessárias solicitações de recursos, além do que cederão elementos mensuráveis e impedientes de contestações.
Em outra observação de maiúscula importância está a necessidade de corrigir grave erro estratégico, condicionado por paradigma sem sustentação científica, que serviu e serve para prospectar o mercado futuro de medicamentos e materiais hospitalares, sem nos proteger de inquietantes padecimentos.
Desdenhada por quase um século e até há pouco compreendida como resultante de deslizes pessoais, a obesidade foi apresentada pela maioria dos profissionais de saúde ? e por alguns, infelizmente, ainda o é ? como opção revogável de conduta.
Plurifatorial em suas origens, uma vez estabelecido o ganho ponderal, nossos sistemas gestores cerebrais são readequados para novos padrões de ingestas calóricas, num moto-contínuo eventualmente interrompido, mas raramente revertido.
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 20112022, do Ministério da Saúde, tem a intenção de minimizar o derretimento de verbas e melhorar significativamente os índices de saúde do País. Mas, em seu mais recente balanço, ao tempo de sua apresentação prospectada para o período 2021-2030, embora com meta pouco audaciosa, o quesito obesidade expressou o equívoco colossal ao qual me refiro, perpetuado a cada colegiado.
Pretendia-se apenas manter o porcentual de 15,1% de obesos na população adulta, mas em 2019 alcançávamos 20,3%, enquanto dados mais recentes fornecidos pelo IBGE apontam a obesidade com prevalência de ao menos 26,8% nesta imensa fração populacional.
Embora sejam corretas as orientações que estimulam a prática de exercícios físicos e a escolha de alimentos saudáveis, contemplá-las como condutas únicas para emagrecimento é inocente, para não dizer inútil, pois são ditames imprescindíveis para impedir a obesidade, talvez sua progressão, e não para tratá-la.
Em sua derivação mais apoteótica está o diabetes tipo 2, patologia na qual 80% de seus portadores são obesos. A potencial reversão da evolução diabética obtida com a perda ponderal precoce demonstra a inegável relação criador e criatura.
Observássemos somente os gastos contemplando algumas complicações vasculares com forte patrocínio do diabetes, veríamos escoando pelo ralo gigantescos montantes no tratamento de coronariopatias, acidentes vasculares cerebrais, insuficiências renais, cegueira e inúmeros outros distúrbios.
Mas a aptidão para a geração de negócios da obesidade é interminável, avançando para a deflagração de cânceres exigentes de quimioterapias milionárias, doenças articulares que suplicam próteses de preços exorbitantes e disfunções respiratórias solucionadas por aparelhos de assistência ventilatória cuja aquisição demanda vultosas cifras.
Em apontamento providencial, anoto que alguns municípios adequam seus setores de captação e atendimento de emergência para solucionarem, com drogas trombolíticas, casos de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico em curso, embora com preços estratosféricos; além de vidas, têm o propósito de salvar musculaturas cardíacas e tecidos cerebrais.
Não incomoda o custo brutal destes programas nem tão pouco as enormes despesas ambulatoriais e hospitalares na condução de todas as complicações, já estabelecidas, decorrentes da obesidade. Causa espanto, porém, que para os 40 milhões de brasileiros obesos reste apenas aguardar pelas desastrosas consequências e torcer para que tenham soluções pagáveis, por eles ou pelo poder público.
É evidente que o embate deve ser principiado pelo combate às causas deflagradoras, no que serão especialmente protegidos crianças e adolescentes, contudo, diante desta doença estabelecida, seu enfrentamento deve ser contundente, sobretudo médico, com tratamento farmacológico quando possível e cirúrgico quando necessário, sem que sejam dispensadas as mudanças comportamentais e dietéticas, naquilo que seja executável.
Embora eu refaça essa súplica reiteradamente, o faço de vários observatórios, no que pretendo alertar que o SUS implora justo, urgente e robusto financiamento, mas esta honrosa instituição, que nos orgulha em seus predicados, tem mostrado imperdoável inoperância diante da pandêmica obesidade.
Esta inoperante estratégia compromete o SUS em suas causas, mas a inobservância contábil faz pior, arrisca sua existência!
Antônio Carlos do Nascimento
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O ATUAL
Estudo aponta que pegar Covid eleva risco de doença cardíaca em 63%
Mesmo que o fim da pandemia pareça cada vez mais próximo, a Covid-19 deixa para o sistema de saúde brasileiro uma herança indesejada: o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, causado pela contaminação do vírus.
Em consultórios e hospitais, os médicos se deparam com um número alto de casos - que atribuem tanto a efeitos diretos (sequelas da infecção) quanto a indiretos (mais sedentarismo e mudanças de hábitos) da pandemia.
Com a situação incomum, grupos bolsonaristas aproveitam os relatos para questionar complicações das vacinas, mas médicos dizem que não há nenhuma relação demonstrada neste caso.
Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Washington publicado na revista científica Nature em fevereiro, demonstrou que pacientes que foram infectados pelo coronavírus têm mais chances de apresentar infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia do pulmão, trombose, disritmias, doenças isquêmicas e outros males relacionados ao coração.
No geral, o risco é de 63%. Mas cada doença específica tem uma porcentagem de aumento:
Miocardia: 438%
Embolismo pulmonar: 193%
Parada cardíaca: 145%
Pericardite: 85%
Falha cardíaca: 72%
Disritmias cardíacas: 69%
Infarto: 63%
Qualquer mal cardiovascular: 63% (até aqueles que tiveram covid leve);
AVC: 52%
O estudo fez uma comparação entre os dados de 153 mil pessoas infectadas pela doença com milhões de outros pacientes que não haviam contraído covid-19. Depois de 12 meses, aqueles que tiveram coronavírus apresentaram mais complicações cardíacas, independentemente de idade, doenças prévias ou outras variáveis - como o nível de 'intensidade' da contaminação pelo vírus da covid.
Em entrevista ao Jornal Poder360, Viviane Cordeiro Veiga, pesquisadora e coordenadora de UTI do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela diz que a covid-19 não é só uma doença respiratória.
"Tem de tirar da cabeça que afeta só o pulmão. É uma doença dos vasos, de uma inflamação sistêmica", afirma.
No Brasil, as doenças cardíacas já lideravam a lista de causas de morte, mesmo antes da pandemia. Isso ocorre porque o envelhecimento da população, que aumenta a quantidade de pessoas portadoras de fatores de risco, levou esse tipo de doença a estar no topo das causas de morte.
De acordo com um cálculo do Ministério da Saúde, houve o aumento de 4% das mortes por doenças cardiovasculares durante a pandemia, em comparação à série histórica. O número considera as causas básicas e associadas ao óbito.
Carlos Pastore, diretor da Eletrocardiografia do Incor (Instituto do Coração da USP) e professor da Universidade de São Paulo, afirma que as sequelas cardíacas foram vistas principalmente em pacientes com covid-19 que ficaram muito tempo internados.
Como a Covid influencia o surgimento de doenças cardiovasculares?
Primeiro, o vírus ataca e danifica células do sistema cardiovascular. O próprio músculo do coração pode ficar inflamado e comprometido.
Depois, quando o vírus causa acúmulo de fluido atrapalhando os pulmões, a corrente sanguínea recebe menos oxigênio. Com isso, o coração acelera, o que pode provocar danos no tecido cardíaco e morte de células cardíacas.
Em seguida, as superfícies internas de veias e artérias podem ser afetadas pela infecção do coronavírus. Inflamação de pequenos vasos podem causar obstrução e prejudicar o fluxo de sangue para outras partes do corpo.
Há também a questão da mudança de hábito: pessoas que se tornaram mais sedentárias durante a pandemia aumentam a predisposição a sofrer males cardíacos. Falta de exercícios e de mobilidade durante as fases de maior restrição, piora na alimentação e aumento do tabagismo são fatores de risco para essas doenças.
De uma maneira geral, durante os momentos de sobrecarga do sistema de saúde público brasileiro, doentes e pessoas com fatores de risco deixaram de fazer acompanhamento periódico. Muitas vezes, isso se deu para evitar exposição a ambientes com aglomeração.
Por fim, por conta da sobrecarga do sistema de saúde, com o foco na covid-19, havia menos profissionais de saúde e estrutura para atendimento disponível para as outras doenças. Houve redução dos cuidados na atenção primária à saúde. Cirurgias foram adiadas.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 1,7 mil casos e 18 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia - Goiás registrou 1.799 novos casos da covid-19 e 18 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. É o que aponta o boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta terça-feira (17/5). Com as atualizações, o Estado soma 1.350.352 infecções e 26.581 óbitos provocados pela covid-19.
Ainda de acordo com a pasta, outros 768.425 casos e 290 mortes estão em investigação para saber se há alguma ligação com o novo coronavírus. Taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 1,97%.
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O HOJE
Falsa biomédica presa atraía clientes para procedimentos estéticos por meio das redes sociais
A falsa Biomédica Hozana Carneiro Ximenes, foi presa em Manaus nesta quinta-feira (10/3), acusada de deformar pacientes em procedimentos estéticos clandestinos. A mulher exercia o papel de biomédica mesmo sem a formação e atraía clientes cobrando um valor muito abaixo do mercado. Hozana teria deformado várias pessoas com os procedimentos mal-sucedidos, e até o momento 10 pessoas denunciaram a profissional clandestina. De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, ela na verdade é formada em matemática.
Hozana não possui nenhum curso ou registro profissional que a permita realizar procedimentos estéticos. Mesmo assim, Hozana atuou com estética em várias clínicas de Manaus. Ainda de acordo com investigação da polícia, a falsa esteticista cobrava muito abaixo do preço de mercado. Procedimentos que custariam R$ 15 mil seriam oferecidos por cerca de R$ 3 mil por Hozana.
A prisão ocorreu no bairro Novo Israel, na Zona Norte de Manaus. Agora, a suspeita responderá pelos crimes de estelionato, lesão corporal grave e falsificação de documento público. Ela será encaminhada à Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição do Poder Judiciário.
O delegado Gesson Aguiar, que está respondendo interinamente pelo 10º DIP, reforçou que a falsa biomédica já havia sido demitida várias vezes e a investigação começou após 10 boletins de ocorrência de clientes deformadas. A mulher já havia trabalhado em várias clínicas da cidade, “pois sempre que dava algum problema ela era demitida, mas já buscava outra clínica para trabalhar”, contou.
A autoridade policial relatou que as vítimas apresentaram as documentações das clínicas dos procedimentos estéticos para comprovar a veracidade da denúncia, bem como os documentos dos hospitais em que elas foram internadas devido aos resultados do tratamento ilegal.
“Como a infratora alegou que era formada em Biomedicina e que tinha estudado em uma faculdade particular da capital, nós entramos em contato com a instituição de ensino superior e fomos informados que Hozana nunca tinha passado por lá”, esclareceu Aguiar.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 17/05/22
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DESTAQUES
‘Pretendo sancionar’, diz Bolsonaro sobre piso da enfermagem
Hapvida tem prejuízo líquido de R$ 182 mi no 1º trimestre
ANS inclui opções de quimioterapia oral em seu rol de procedimentos
Receita dobra, mas custos da fusão pesam e Hapvida (HAPV3) tem prejuízo no 1º trimestre
Dengue dispara no país, e reagente de testes se esgota
Goiás já registra mais mortes por dengue em 2022 do que em todo ano passado
Covid-19: Goiás registra 1,8 mil novos casos e 6 mortes em 24 horas
Morte de bebê de oito meses após injeção acende alerta para procedimentos em crianças; médicos explicam condutas
Mesmo com pandemia, SUS fica estagnado
Após regulamentação, telessaúde busca avanços em implantação
O TEMPO
‘Pretendo sancionar’, diz Bolsonaro sobre piso da enfermagem
Projeto já foi aprovado pelo Congresso, mas parlamentares ainda não definiram uma fonte de custeio
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (15) que deve sancionar o piso salarial nacional da enfermagem, aprovado pelo Congresso Nacional no início de maio e pronto para a sanção.
“Pretendo sancionar. Estou no aguardo da definição sobre qual será a fonte de recursos”, disse.
Porém, ainda não há previsão de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), envie o texto para o Poder Executivo. Ele aguarda que seja resolvido o impasse sobre o custeio para a implementação do piso
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ISTOÉ
Hapvida tem prejuízo líquido de R$ 182 mi no 1º trimestre
A Hapvida, operadora de planos de saúde, registrou prejuízo líquido de R$ 182 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo lucro líquido de um ano antes, quando alcançou R$ 151,8 milhões. Já o lucro líquido ajustado acumulou R$ 78,1 milhões de janeiro a março, queda de 69,9% sobre um ano antes.
Segundo a companhia, em release divulgado junto aos resultados, os números já trazem o consolidado da combinação de negócios com Notre Dame Intermédica (GNDI), contabilizando fevereiro e março da companhia junto aos dados trimestrais da Hapvida.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 284,4 milhões, recuo de 39,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2021. Já o Ebitda ajustado (ou Ebitda Ex-ILP/SOP) teve queda de 11,3%, saindo de R$ 466,8 milhões no primeiro trimestre de 2021 para R$ 414 milhões no mesmo período de 2022.
Por outro lado, a receita líquida da Hapvida atingiu R$ 4,8 bilhões no intervalo entre janeiro e março, alta anual de 108,4%. A sinistralidade caixa consolidada do trimestre foi de 72,9%.
Ao excluir custos relacionados à Covid-19, despesas médico-hospitalares das operadoras recém-adquiridas com patamares mais elevados de sinistralidade e impacto do reajuste dos planos individuais, a sinistralidade caixa teria sido de 67,1%, "em linha com o histórico da companhia".
"Permanecemos eficientes na adequada gestão das despesas com vendas atingindo um índice de 6,8% e das despesas administrativas com índice de 9,7% no trimestre", diz a Hapvida. O que, segundo a empresa, justifica o Ebitda ajustado do período.
No trimestre consolidado com as duas companhias, foram adicionados de forma líquida 111 mil beneficiários de saúde e perdidos 37 mil beneficiários de odonto.
O resultado financeiro líquido no primeiro trimestre totalizou uma despesa líquida de R$ 171,5 milhões em comparação a uma despesa líquida de R$ 29,8 milhões um ano antes.
Ao fim do trimestre, a companhia apresentou saldo de empréstimos, financiamentos e debêntures de R$ 10,8 bilhões, incluindo o saldo de outras contas a pagar de empresas adquiridas, ativos indenizatórios e os saldos de instrumentos financeiros derivativos. A dívida bruta totalizou R$ 11,8 bilhões. Já o índice de Dívida financeira líquida/Ebitda no foi de 2,8x enquanto no quarto trimestre de 2021, o índice ficou em -0,8x.
"O aumento desse indicador em relação aos trimestres anteriores refere-se ao pagamento da parcela caixa para acionista GNDI no valor de R$ 3,2 bilhões, dividendo extraordinário do GNDI no valor de R$ 1 bilhão, dívida proveniente do balanço de abertura do GNDI e Ebitda LTM ainda penalizado pela pandemia", explica a companhia em release.
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ANS inclui opções de quimioterapia oral em seu rol de procedimentos
Opções de tratamento trazem benefícios de sobrevida aos pacientes
A inclusão de três opções de quimioterapia oral no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) traz benefícios em termos de sobrevida aos pacientes e permite a prescrição, pelo médico, para aqueles pacientes que têm seguro saúde, avaliou hoje (16) a oncologista Andreia Melo, do Grupo Oncoclínicas, também chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Publicada no último dia 6, no Diário Oficial da União, a decisão contemplou as substâncias trifluridina + cloridrato de tipiracila, para câncer colorretal e gástrico metastático; Brigatinibe, para câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático, positivo para quinase de linfoma anaplásico (ALK); e Venetoclax, combinado com obinutuzumabe, para pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) em primeira linha de tratamento.
Segundo o Inca, a estimativa é que em cada ano do triênio 2020-2022, o Brasil tenha em torno de 41 mil novos casos de câncer colorretal, 21 mil casos de câncer gástrico e 30 mil de câncer de pulmão, além de 11 mil casos novos de leucemia, dos quais a leucemia linfoide crônica responderá por cerca de um quarto. No total, o Inca estima o aparecimento de 650 mil casos novos de câncer no país a cada ano do triênio.
Por isso, na avaliação da oncologista, é grande o significado que as incorporações de tratamento podem trazer aos pacientes.
"Elas trazem novas opções terapêuticas. São novas linhas de tratamento para pacientes com essas neoplasias (colorretal e gástrico) no cenário metastático. No caso do câncer de pulmão, você tem a seleção por um biomarcador e tem uma resposta objetiva muito boa com o uso do tratamento e ganho de sobrevida".
A cobertura obrigatória dessas três novas opções de quimioterapia oral pelos planos de saúde é fundamental para que o oncologista faça, na sua prática clínica, o que há de melhor na literatura, em termos de padrão de tratamento.
"Priorizar essas opções de tratamento oral na cobertura dos pacientes com essas neoplasias é fundamental. É isso que acontece com o Rol da ANS", indicou a oncologista.
Cânceres
Câncer colorretal é o nome dado ao tipo de tumor que atinge a região do intestino grosso (cólon), reto (final do intestino, antes do ânus) e o ânus. Apenas em 2019, a doença provocou mais de 20 mil mortes no país. Esse é, segundo o Inca, o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil, com um risco estimado de cerca de 19 casos novos a cada 100 mil pessoas. O câncer colorretal metastático é o estágio avançado da doença. O tratamento deve ser contínuo, visando prolongar a sobrevida, diminuir sintomas relacionados ao tumor, postergar a progressão da doença e manter a qualidade de vida. Mesmo considerando que a doença esteja em um estágio mais avançado, os pacientes ainda podem receber tratamento.
O Inca adverte que quase 30% de todos os cânceres colorretais poderiam ser evitados mediante uma dieta saudável, prática de atividades físicas e redução do consumo de bebidas alcoólicas. O instituto, vinculado ao Ministério da Saúde, estima que, em 2030, a despesa do Sistema Único de Saúde (SUS) com pacientes que desenvolverão esse tipo de câncer, em função da exposição a fatores de risco evitáveis, vai ser 88% maior do que o valor gasto registrado em 2018, que alcançou R$ 545 milhões.
Andreia Melo advertiu que o custo da assistência em oncologia tem subido a cada ano, não só pelo aumento do número de casos. "É uma doença que tem ficado mais incidente e tem aumentado a sua mortalidade também. É claro que, junto disso, você caminha com o desenvolvimento de novas opções terapêuticas, novas tecnologias, novas intervenções que, habitualmente, apresentam alto custo".
Já o câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre mulheres, com um risco estimado de 12,81 casos a cada 100 mil homens e 7,34 para cada 100 mil mulheres. No mundo, foram estimados 684 mil casos novos em homens, sendo o quarto mais frequente entre todos os cânceres. O tipo mais frequente é o adenocarcinoma, responsável por 95% dos casos, sendo a infecção pela bactéria Helicobacter Pylori o principal fator de risco.
Já a leucemia linfocítica crônica (LLC) se caracteriza por um aumento do número de linfócitos, que são um dos principais tipos celulares dos leucócitos, ou glóbulos brancos. Trata-se de uma doença que se desenvolve de forma lenta e afeta, em sua maioria, pessoas com mais de 55 anos. A idade média no momento do diagnóstico é em torno de 70 anos. Extremamente rara em crianças, o risco de uma pessoa desenvolver LLC é de 0,57%, sendo um pouco maior em homens do que em mulheres.
De acordo com o Inca, o câncer de pulmão é o segundo mais comum no Brasil e o primeiro em todo o mundo, tanto em incidência quanto em mortalidade. É responsável por cerca de 13% de todos os novos casos de câncer, com incidência mundial de 1,8 milhão de casos novos. Esse tipo de câncer é considerado hoje uma das principais causas de morte evitáveis, porque, em cerca de 85% dos casos, seu aparecimento está diretamente ligado ao consumo de derivados do tabaco. O cigarro constitui o mais importante fator de risco.
Na mesma decisão, a ANS aprovou a incorporação no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da substância Risanquizumabe, para tratamento da psoríase moderada a grave.
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TRADEMAP
Receita dobra, mas custos da fusão pesam e Hapvida (HAPV3) tem prejuízo no 1º trimestre
A Hapvida (HAPV3) registrou prejuízo líquido de R$ 182 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo o lucro de R$ 151,8 anotado no mesmo período do ano passado.
No resultado ajustado, que exclui efeitos do incentivo de longo prazo e amortização da combinação de negócios, o lucro líquido caiu 69,9% no período na base anual, para R$ 78,1 milhões.
Segundo a companhia, o principal fator por trás da queda no resultado foi a amortização do valor justo proveniente da combinação de negócios com a NotreDame Intermédica, além de gastos com incentivos de longo prazo e remuneração baseada em ações (SOP).
A receita líquida alcançou R$ 4,841 bilhões no trimestre, 108,4% maior que o visto no mesmo período do ano anterior, impulsionada pela combinação de negócios com a GNDI, além de um aumento orgânico no número de beneficiários, da receita proveniente de empresas adquiridas e do crescimento na receita de prestação de serviços para terceiros.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por outro lado, teve queda de 39,1% no período, para R$ 284,4 milhões na base anual. Com ajuste, excluindo os efeitos do incentivo de longo prazo e a amortização da combinação de negócios, o lucro operacional somou R$ 414 milhões no trimestre, uma queda de 11,3% ante o mesmo intervalo de 2021.
A redução no Ebitda, segundo a Hapvida, é explicada principalmente pelos impactos da pandemia, uma vez que os custos assistenciais relativos à Covid-19 somaram R$ 121,2 milhões no trimestre.
A carteira de beneficiários de saúde e odonto era de 15,272 milhões ao final do primeiro trimestre, uma alta de 122,9% ante igual intervalo de 2021. Do total, 8,774 milhões representavam plano saúde e 6,498 milhões, odonto, uma alta de 133,3% e 110,3%, respectivamente.
O ticket médio caiu 4,2% no período na base anual e totalizou R$ 217,91. A queda, de acordo com a companhia, deve-se principalmente ao reajuste negativo de 9,19% divulgado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em 2021.
O custo assistencial total foi de R$ 3,72 bilhões no primeiro trimestre do ano, uma elevação de 144,5% ante o mesmo intervalo do ano anterior.
A sinistralidade total da companhia alcançou 76,9% ao final do primeiro trimestre, uma alta de 11,3 pontos percentuais (pp) na comparação anual.
A rede própria de atendimento da Hapvida era de 749 unidades entre hospitais, clínicas, diagnóstico e prontos atendimentos, aumento de 63,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2021.
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FOLHA DE S.PAULO
Dengue dispara no país, e reagente de testes se esgota.
Entrega de novos kits para o diagnóstico da doença está prevista para junho
Danielle Castro
ribeirão preto O número de casos de dengue disparou no Brasil, e o reagente usado para fazer o exame que confirma a doença está esgotado na rede pública e privada.
Ao todo, em quatro meses, o Brasil superou os 544 mil casos de dengue registrados em todo o ano passado. De janeiro a abril, houve 654,8 mil notificações da doença.
O Ministério da Saúde não especificou a situação de cada região, mas confirmou que a reposição nacional só deve ser restabelecida em junho e que, no momento, está sem a entrega de novos kits moleculares para 0 diagnóstico da dengue, chikungunya e zika.
De acordo com o Ministério da Saúde, os insumos para tratamento têm sido enviados.
Segundo o último boletim epidemiológico federal (semana 18, publicado na última sexta-feira), as notificações prováveis triplicaram em relação ao mesmo período do ano passado (alta de 146,5%, passando de 307.133 para 757.068 casos).
Os casos notificados à União pelos municípios e estados subiram 56,7% (de 542.970 para 850.657 pacientes) e os confirmados aumentaram 65,7% (de 254.836 para 422.342).
A recomendação da Saúde é que os casos de dengue sejam "confirmados por critério laboratorial ou por critério clínico-epidemiológico".
Para locais onde não for possível fazer exames laboratoriais, "a recomendação é seguir os protocolos de diagnóstico por critério clínico, notificando o caso suspeito com o diagnóstico por critério clínico epidemiológico".
A nota diz que na "impossibilidade de realização de confirmação laboratorial específica ou para casos com resultados laboratoriais inconclusivos, deve-se considerar a confirmação por vínculo epidemiológico com um caso confirmado laboratorialmente".
São Paulo está sem reagente. Piauí e Paraná estão com estoques baixos e têm orientado as equipes de saúde a priorizar o uso da testagem com os kits remanescentes em pacientes graves e grávidas.
Bahia e Mato Grosso do Sul estão sem reagentes e abriram processos emergenciais para compra pelos próprios estados. Segundo a TV Globo, há carência do material em Minas Gerais e Santa Catarina.
Em São Paulo, o número de confirmações de dengue manteve-se estável, mas os óbitos subiram de 41 para 77 (aumento de 87,8%). O estado registrou em 2022, até 2 de maio, 1074 mil casos de dengue contra 104 mil casos no mesmo período do ano anterior.
A Secretaria de Estado da Saúde paulista disse que "en caminhou ofícios para o órgão federal para envio de novos testes, mas não houve sinalização de nova entrega" e que a "aquisição e distribuição dos testes para detecção da dengue são de responsabilidade do Ministério da Saúde", cabendo ao governo estadual "apenas redistribui o item".
É essencial para o sistema de vigilância epidemiológica confirmar os casos [...] para ter certeza do tipo de vírus que está circulando
Amaury Lelis Dal Fabbro, médico
Ainda segundo o órgão, a falta do exame não impede o diagnóstico dínico nem o tratamento do paciente pelos municípios e que a "suspensão de coleta de sorologia para os casos não graves já é prevista nas diretrizes para prevenção e controle das arboviroses urbanas no estado".
O CVE (Centro de Vigilân cia Epidemiológica) do estado põe em ranking as cidades com casos acima do esperado para seu histórico sazonal.
Essa lista é usada para definir onde a coleta de amostras para confirmação do diagnostico por sorologia será suspensa, mesmo quando há o reagente disponível.
O ranking não é divulgado, segundo o estado, por ser um quadro de atualizações muito dinâmico - é preciso estar há quatro semanas consecutivas com alta de casos acima do esperado, e a entrada e saída de cidades é constante.
É o caso Barretos, município no interior, a 233 km da capital paulista, que nesta semana foi declarado com epidemia de dengue pelo estado.
Com a alta de de casos suspeitos, os testes deixaram de ser realizados na cidade. O secretário municipal da Saúde da cidade, Kleber Rosa, disse que agora os pacientes que procurarem a rede pública de saúde apresentando três sintomas ou mais da doença receberão o tratamento direto.
"Mesmo sem o teste específico para dengue iremos continuar fazendo os hemogramas para o controle das plaquetas dos pacientes", afirmou Rosa.
Em Ribeirão Preto, que manteve índices baixos nos últimos dois anos, o total de pacientes com sintomas de dengue também disparou.
No pronto atendimento do plano de saúde privado Unimed Ribeirão, a procura diária por testagem para a doença cresceu sete vezes em relação ao mesmo período do ano passado e pelo menos desde segunda a rede está sem reagentes.
Em nota, a rede disse que "o não abastecimento dos insumos laboratoriais específicos para o teste NSi é momentâneo", "generalizado em função da alta demanda dos casos de dengue na região nos últimos dias" e que houve "atraso na entrega dos fornecedores deste insumo para todos os laboratórios".
Os pacientes com sintomas de dengue estão sendo sub metidos aos testes capazes de confirmar o diagnóstico e de orientar os tratamentos, tais como hemograma e testes de anticorpos, que seriam "suficientes para orientar a conduta clínica, sendo o exame NSi de natureza apenas complementar (confirmação diagnostica)."
Para o médico Amaury Lelis Dal Fabbro, professor do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Pau Io (USP), ainda que seja possível o diagnóstico, a falta de reagentes pode afetar o sistema de vigilância epidemiológica da dengue.
Segundo ele, exames virológicos e sorológicos de dengue ajudam a lidar com uma sintomatologia "razoavelmente inespecífica", que pode eventualmente ser confundida com outras viroses.
"É essencial para o sistema de vigilância epidemiológica confirmar os casos, ou pelo menos um certo número de casos, para ter certeza do tipo de vírus que está circulando na população", disse Fabbro.
Os dois tipos básicos de exames de sangue específicos são o sorológico, que identifica os anticorpos contra a dengue e confirma o diagnóstico, e o virológico, que mostra qual vírus da dengue infectou o paciente e está circulando naquele momento - é este que está em falta no país.
"Esta informação [de sorologia] é fundamental para virologia, porque cada sorotipo tem comportamento diferente na população e é fundamental que haja disponibilidade de exames", afirmou o médico.
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A REDAÇÃO
Goiás já registra mais mortes por dengue em 2022 do que em todo ano passado
Goiânia - A quantidade de mortes por dengue em Goiás neste ano já supera o quantitativo total registrado ao longo de 2021. Após pouco mais de cinco meses de 2022, o Estado notificou 36 óbitos pela doença, enquanto foram confirmados 33 em todo o ano passado. Há ainda 127 mortes suspeitas de ter alguma relação com a dengue, todas registradas entre janeiro e maio. Os dados constam na plataforma de monitoramento disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e foram checados nesta segunda-feira (16/5).
De acordo com os números contabilizados pela pasta, a quantidade de casos de dengue triplicou se compararmos as semanas 1 e 18 do último ano e do ano atual. Em 2021, no respectivo período, foram notificadas 36.462 infecções; enquanto neste ano, já são mais de 145 mil infectados pela doença no Estado. Mais de 110 municípios goianos possuem grau de risco considerado alto, de acordo com o Mapa de Incidência da dengue disponibilizado pela SES-GO.
Desde o início do ano, como tem mostrado A Redação, o Estado de Goiás lidera ou ocupa as primeiras posições do País em transmissão e mortes por dengue. O último boletim de monitoramento dos casos de arboviroses até a semana 18, divulgado nesta segunda-feira (16/5) pelo Ministério da Saúde, aponta Goiânia como a cidade com maior registro de casos da doença por 100 mil habitantes e Aparecida de Goiânia na quinta posição.
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Covid-19: Goiás registra 1,8 mil novos casos e 6 mortes em 24 horas
Goiânia - Goiás registrou 1.835 novos casos da covid-19 e seis mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta segunda-feira (16/5). Com as atualizações, o Estado chega a 1.348.553 casos e 26.563 óbitos ligados à covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda de acordo com a SES-GO, outros 769.571 casos e 319 óbitos são investigados para saber se há ligação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,97%.
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PORTAL G1
Morte de bebê de oito meses após injeção acende alerta para procedimentos em crianças; médicos explicam condutas
A morte de um bebê de oito meses minutos após receber uma injeção em um centro clínico em Guarujá, no litoral de São Paulo, acende um alerta: quais procedimentos médicos devem ser adotados em crianças? O g1 ouviu dois pediatras para explicar e orientar sobre o tema.
Os profissionais não avaliaram o caso do menino Valentim Viegas Mazagão dos Santos, a vítima citada acima. No entanto, apontaram como reagiriam em situação semelhante.
O intensivista pediátrico Lourival Ferreira de Assis, que atende em Santos, disse que é raro haver necessidade de aplicar injeção em crianças, salvo as vacinas. Entretanto, aponta que a droga injetável pode ser opção quando é preciso ter uma resposta rápida ao medicamento, como para baixar a temperatura: "não é o protocolo [a aplicação]", disse o médico.
Uma pediatra que conversou com a reportagem e preferiu não se identificar concorda com o colega que injeções podem ser uma saída, a depender da urgência do caso.
Ao citar novamente o caso de Valentim que, segundo a família, recebeu uma injeção de corticoide antes de realizar o exame de raios X solicitado, o intensivista pediátrico diz que aguardaria o resultado do procedimento. "Não é a conduta normal fazer a medicação injetável sem ter um diagnóstico de certeza", ressaltou Lourival, que contou apenas como procederia em caso semelhante.
Sobre o tipo de medicamento aplicado, ele disse que "o corticoide baixa a imunidade da criança, e pode complicar". "Se for uma infecção, uma broncopneumonia, por exemplo, você vai agravar violentamente o quadro. Outra coisa, às vezes a criança está com uma miocardite [processo inflamatório no coração] e, se fizer uma medicação injetável na veia, pode sobrecarregar mais ainda o coração e a criança ter uma parada cardíaca por isso", argumenta.
Em contrapartida, a pediatra comenta que, em alguns cenários, é necessário medicar os pequenos sem antes fazer exames específicos. "Se ela [criança] chega em urgência, você tem que fazer a medicação para depois fazer a imagem", afirma.
Intolerância à corticoide é baixa
Lourival comenta, no entanto, que a probabilidade de o paciente ter apresentado algum tipo de intolerância ao medicamento [corticoide] é baixa, já que "ele é o antialérgico mais potente que existe". Para o médico, portanto, caso o bebê tivesse alguma manifestação contrária ao medicamento, a família dele provavelmente também teria, e saberia da condição.
A pediatra ouvida pelo g1 defende o mesmo ponto. Segundo ela, a chance da causa da morte ter sido por alguma reação ao corticoide é baixa.
Relembre o caso
O pequeno Valentim Viegas Mazagão dos Santos, de oito meses, morreu na sexta-feira (13) após receber uma injeção em Centro Clínico particular em Guarujá. A família o levou para a unidade de saúde por volta das 15h porque ele apresentava sintomas de gripe. Lá ele foi medicado na veia e, quando a família se preparava para ir embora, ele desmaiou. A equipe médica do Centro Clínico Frei Galvão da Notredame Intermédica tentou reanimá-lo, mas não conseguiu. O bebê morreu perto das 17h.
A família afirma que a médica pediatra que atendeu o bebê solicitou um exame de raios X e indicou a medicação com corticoide. Ao mesmo tempo, a família foi informada de que a unidade de Guarujá não dispõe de equipamento de raios X, apenas o centro clínico em Santos, cidade vizinha.
Segundo a família, a médica insistiu para que a medicação fosse aplicada em Guarujá e que o exame fosse realizado posteriormente. Após a morte do pequeno Valentim, a médica pediatra teria informado à família que a morte de Valentim aconteceu porque ele broncoaspirou catarro.
"Isso não pode ficar impune. Sei que não trará o neném de volta, mas não podemos permitir que outras famílias passem por essa dor", desabafou Madalena Mazagão, tia do bebê. O caso foi registrado como morte suspeita, súbita e sem causa determinante aparente na Delegacia de Polícia (DP) Sede de Guarujá.
Estiveram no DP para prestar depoimento a família de Valentim e os profissionais da saúde envolvidos no atendimento. A médica pediatra que atendeu o paciente, prescreveu a medicação e auxiliou no processo de reanimação dele esteve presente na elaboração do documento, mas preferiu não comentar o caso antes de se consultar com um advogado.
Notredame Intermédica responde. Confira a íntegra:
"Paciente entrou na unidade com sintomas gripais, e com desconforto respiratório, para tratamento foi aplicado hidrocortisona, após medicação paciente saiu do local para realizar RX [exame de raios X]. A família retornou após 15 minutos com a criança com rebaixamento de consciência. Nesse momento a criança foi levada a sala de emergência, outra médica foi acionada para suporte, todos os procedimentos e protocolos necessários foram feitos, sem sucesso."
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O ESTADO DE S.PAULO
Mesmo com pandemia, SUS fica estagnado
Apesar de aporte bilionário, dados mostram que rede básica mantém estrutura pré-covid
A covid-19 expôs como nunca a dependência do brasileiro ao Sistema Único de Saúde. Aproximadamente 75% da população, ou 150 milhões de pessoas, é atendida, hoje, exclusivamente pelo SUS. Em 2020, a aprovação no Congresso do "orçamento de guerra" possibilitou incremento inédito de R$ 38 bilhões ao sistema, acompanhado de um esforço financeiro de Estados e municípios. Mas, passados mais de dois anos desse gasto recorde, o SUS permanece praticamente do mesmo tamanho. Os desafios e as demandas, porém, só crescem.
Com a redução do número de mortos e infectados pelo coronavírus, a pressão sobre a rede pública não tem sido observada mais na porta de hospitais, mas na atenção primária, cuja estrutura, com raras exceções, ficou estagnada nos últimos dois anos. Resultado, segundo analistas, da opção de se investir em uma rede provisória, como observado nos hospitais de campanha e na compra de leitos privados, conjugada com a falta de coordenação federal no repasse de verbas.
As filas para consultas com especialistas, exames de prevenção e marcação de cirurgias eletivas, que já representavam um dos gargalos do sistema, se somam agora às novas exigências de tratamento relacionadas à chamada covid longa, como a demanda por serviços de saúde mental. E também nesta área houve estagnação ? o número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) até cresceu entre 2019 e 2021, mas apenas 4,8%, segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES).
As estatísticas da rede municipal de saúde de São Paulo mostram o tamanho do desafio e da desigualdade no atendimento. Na média, enquanto moradores do Limão, bairro na zona norte da capital, ou de Perdizes, na zona oeste, aguardam de sete a 14 dias para conseguir consulta com um psiquiatra, os cidadãos que vivem nos extremos levam quase um ano. É o caso, por exemplo, de quem vive em São Domingos, na região noroeste. No distrito localizado entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, a espera é de até 343 dias, segundo o Mapa da Desigualdade publicado todos os anos pela Rede Nossa São Paulo.
Responsável por tabular os dados relativos ao tamanho do SUS, a professora Ligia Bahia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que também postos de saúde, laboratórios e serviços de telemedicina mantiveram a estrutura pré-pandemia. E o quadro se agrava porque o Programa Saúde da Família (PSF), que cobre 63% da população, foi reduzido em um movimento já anterior à crise sanitária, com mudanças nas regras de pagamento das equipes.
"O que se percebe é que a pandemia no Brasil não funcionou como um vetor capaz de alterar o ritmo de expansão do sistema público, como ocorreu em outros países. O SUS já era muito esquálido, insuficiente para as necessidades de saúde, e perdeu-se a chance de aumentá-lo", afirmou Ligia, em referência a resultados obtidos, por exemplo, no Chile, na Colômbia, no Reino Unido, em Portugal e na Alemanha.
LEGADO.
Segundo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi um dos países onde a covid não deixa como legado um incremento dos serviços públicos de saúde, especialmente na rede básica, em que planejamento e prevenção fazem a diferença. "E isso com um aporte de recursos substancial, que nunca tinha acontecido antes. O que é triste é que houve dinheiro, mas ele não foi canalizado para expandir a rede estruturante necessária para atender melhor a população", disse Ligia.
Para a professora da UFRJ, o quadro comprova a falta de coordenação do Ministério da Saúde na crise sanitária. "O que o governo federal fez foi repassar recursos para Estados e municípios, que, por sua vez, repassaram para terceiros. O dinheiro foi escoado.
Não estou dizendo que foi pelo ralo, porque temos algum resultado positivo, mas certamente não era o esperado."
PLANEJAMENTO.
Presidente do Instituto Todos pela Saúde, Jorge Kalil destacou que, para cumprir seu papel, o SUS precisa não só atender, mas planejar os atendimentos. "Assim como o zika, a pandemia nos deixará casos crônicos. Sabemos que há muitas questões neuropsiquiátricas que vão trazer sequelas a longo prazo. Outras dizem respeito a complicações respiratórias e ainda cardiológicas, como aumento de enfartes", disse o imunologista, em referência à covid longa.
Essas novas demandas se juntam a outras que ficaram suspensas durante a pandemia em muitas cidades cujas redes de saúde não foram suficientes para atender a urgência da covid-19 e, ao mesmo tempo, as necessidade de procedimentos eletivos, como cirurgias não emergenciais ou consultas com médicos especialistas.
Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que "em nenhum momento, mesmo durante a pandemia", as cirurgias eletivas foram suspensas. Em 2020, foram realizadas 10.810 e, em 2021, 19.170 cirurgias, além de procedimentos cirúrgicos de pequeno porte. O total de procedimentos, no entanto, não conseguiu fazer a fila cair substancialmente. Em janeiro de 2019 havia 153 mil pacientes à espera. Hoje, são pelo menos 112 mil.
"Desde o início da pandemia, o sistema de saúde passou por diversas ampliações para o atendimento à população, o que fortaleceu a rede de forma permanente. De lá para cá, dez novos hospitais municipais foram entregues ? com 1.649 leitos ?, mais de 31,1 milhões de vacinas, aplicadas e a implementação da telemedicina na rede pública de saúde", ressaltou a pasta, em nota.
LEITOS.
A análise dos dados estruturais do SUS entre 2019 e 2021 mostra que o principal resultado proporcionado por causa da pandemia se deu na rede de leitos de UTI. Ao fim do ano passado, o total de leitos públicos de terapia intensiva era cerca de duas vezes maior do que o registrado em 2019.
"Tal aumento repercutiu sobre a composição público-privada que, em 2019, estava configurada pela participação pública de 37% do total e, em 2021, passou para 44%. Em Estados como São Paulo e Rio, nos quais predominavam os leitos privados, a parcela pública cresceu de 30% para 37% e de 40% para 46%, respectivamente, no intervalo de dois anos. Aumentamos, é fato, mas não demos a virada necessária", afirmou Ligia.
O desafio, agora, é manter os leitos abertos, com equipamentos e equipes suficientes para administrá-los. "Sem dúvida que quando fazemos as coisas de afogadilho, sem nenhum tipo de planejamento, e simplesmente gerenciamos a crise, não temos a qualidade de gestão esperada. Agora, não tenha dúvida de que esse aumento nos deixou com outra capacidade de atendimento em UTIs", disse Kalil.
A ampliação de leitos de tratamento intensivo não foi acompanhada, no entanto, de uma alta no número de profissionais capazes de operá-los.
O levantamento da UFRJ aponta que caiu a proporção de médicos intensivistas no SUS durante a pandemia. Em 2019, 54,61% atuavam em hospitais públicos. Hoje, essa fatia diminuiu para 51,8%. A disputa entre o público e o privado atingiu ainda especialidades como infectologistas (61,72% atuavam no SUS antes de pandemia; agora, são 57,65%) e pneumologistas (taxa caiu de 40,94% para 36,79%).
Para o pesquisador na área de políticas e sistemas de saúde Mário Scheffer, os dados ilustram a desigualdade de acesso aos serviços. "Os brasileiros não têm chances iguais de adoecer e receber tratamento. O SUS dá certo onde ele é mais abrangente e universal.
Para atingirmos isso, o caminho tem de ser o da universalidade. É preciso desfragmentar o sistema, reduzindo os gastos com saúde privada", afirmou Scheffer, que é professor da Faculdade de Medicina da USP.
No Brasil, diferentemente de países onde os governos financiam a maioria dos gastos em saúde, a pirâmide é inversa: o setor público assume cerca de 44%, enquanto a saúde suplementar e particular, os outros 56%. No Reino Unido, por exemplo, que tem uma espécie de SUS em menor escala, essa relação é de 75% (público) e 25% (privado).
O Ministério da Saúde não respondeu aos contatos para comentar os dados.
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"O SUS dá certo onde ele é mais abrangente e universal. É preciso desfragmentar o sistema, reduzindo os gastos com saúde privada."
Mário Scheffer
Professor da Faculdade de Medicina da USP
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"A pandemia no Brasil não funcionou como um vetor capaz de alterar o ritmo de expansão do sistema público (...) Perdeu-se a chance de aumentá-lo."
Ligia Bahia
Professora da UFRJ
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Cenário
Com o arrefecimento da crise sanitária, pressão sobre a rede pública de saúde migrou dos hospitais para a atenção primária.
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MEDICINA S/A
Após regulamentação, telessaúde busca avanços em implantação
Na última quinta-feira (12), uma edição especial do Anahp Ao Vivo reuniu especialistas para discutir as consequências da aprovação do PL 1998/2020, pela Câmara dos Deputados, e da Resolução nº 2.314/2022, do CFM, que definiram e regulamentaram a telemedicina no Brasil. Com a presença do relator da norma no órgão, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Donizetti Giamberardino, os convidados classificaram os documentos como um salto de 20 anos.
Para Chao Lung Wen, professor associado e chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), agora o Brasil tem uma regulamentação compatível com os melhores exemplos internacionais. Antônio Carlos Endrigo, presidente da Comissão de Saúde Digital da Associação Médica Brasileira (AMB), relatou o nível de satisfação elevado na entidade e suas regionais. E Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, reconheceu a façanha política do relator por chegar a um resultado que agradou a todos.
Do seu lado, Giamberardino considerou a resolução como um entendimento possível no momento, favorecido pela mudança de percepção dos médicos em relação à telemedicina nos últimos dois anos. E acrescentou que o documento realmente foi bem-sucedido no seu objetivo principal de agregar segurança ao ato médico e ao paciente, mas que ainda é um trabalho em evolução e que vai demandar ajustes e incrementos com o tempo.
Agora, temos que avançar na implantação, afirmou Carlos Pedrotti, coordenador do GT de Saúde Digital da Anahp e gerente médico do Centro de Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein, destacando que a regulamentação vai oferecer segurança jurídica para investimentos fundamentais na área. Com isso, aumenta a prática, dissemina a qualidade, estimula o aprendizado e multiplica o acesso, explicou.
Wen sugeriu já tornar a telemedicina uma disciplina obrigatória na graduação. Os alunos precisam compreender que a ferramenta faz parte dos métodos à disposição do médico, dominar a ética digital e a propedêutica na teleconsulta, detalhou. Nesse sentido, Endrigo questionou Temos professores suficientes para isso?. Felipe Cabral, coordenador do GT de Tecnologia e Inovação da Anahp e gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, acrescentou que a educação vai além da universidade. Temos que capacitar os médicos que se formaram antes da telemedicina, lembrou.
De acordo com Chao, as sociedades médicas têm que desenvolver manuais de boas práticas e detalhar os procedimentos, porque eles são diferentes em cada especialidade, para orientar os profissionais e as residências. E Cabral completou que também chegou a hora de construir jornadas híbridas para o paciente com a segurança oferecida pela regulamentação, principalmente para o SUS.
Outro ponto de destaque foi a responsabilidade pela segurança das informações, atribuída ao médico na nova norma. Giamberardino confirmou que não se espera que o profissional garanta inviolabilidade total dos dados no ambiente digital, mas que fique claro que ele se empenhou para utilizar o método mais seguro possível. O vice-presidente do CFM acrescentou que também é necessário desenvolver uma linha de compliance nesse sentido.
Endrigo destacou a importância de a regulamentação esclarecer que a telemedicina é um ato complementar, que nunca vai substituir a assistência presencial. E Giamberardino disse que um dos objetivos principais foi evitar a conclusão de que agora tudo pode ser feito à distância, sem a necessidade de contratar médicos, sobretudo nas cidades pequenas.
Por fim, o diretor-executivo da Anahp afirmou que somos todos vencedores dessa etapa que estamos encerrando. Agora vamos para as novas experiências, que vão trazer novos desafios.
Confira alguns dos destaques da nova Resolução da Telemedicina:
Consulta presencial: o médico tem autonomia para decidir se a primeira consulta poderá ser, ou não, presencial. Reitera-se que o padrão ouro de referência para as consultas médicas é o encontro em pessoa, sendo a telemedicina um ato complementar. Os serviços médicos à distância não poderão, jamais, substituir o compromisso constitucional de garantir assistência presencial segundo os princípios do SUS de integralidade, equidade, universalidade a todos os pacientes.
Acompanhamento clínico: no atendimento de doenças crônicas ou doenças que requeiram assistência por longo tempo, deve ser realizada consulta presencial, com o médico assistente do paciente, em intervalos não superiores a 180 dias.
Segurança e sigilo: os dados e imagens dos pacientes, constantes no registro do prontuário devem ser preservados, obedecendo as normas legais e do CFM pertinentes à guarda, ao manuseio, à integridade, à veracidade, à confidencialidade, à privacidade, à irrefutabilidade e à garantia do sigilo profissional das informações.
Termo de consentimento: o paciente ou seu representante legal deve autorizar expressamente o atendimento por telemedicina e a transmissão das suas imagens e dados.
Honorários médicos: a prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação à contraprestação financeira pelo serviço prestado.
Territorialidade: as empresas prestadoras de serviços em telemedicina, plataformas de comunicação e arquivamento de dados deverão ter sede estabelecida em território brasileiro e estarem inscritas no CRM do estado onde estão sediadas, com a respectiva responsabilidade técnica de médico regularmente inscrito no mesmo Conselho.
Fiscalização: os CRMs manterão vigilância, fiscalização e avaliação das atividades de telemedicina, em seus territórios, no que concerne à qualidade da atenção, relação médico-paciente e preservação do sigilo profissional.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 14 A 16/05/22
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
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PORTAL R7
Profissionais de saúde devem notificar casos de Covid, define Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde definiu que profissionais de saúde serão obrigados a notificar casos de Covid-19. A medida foi definida após o Sars-CoV-2 ser incluído no item da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), associada ao coronavírus. A portaria com a consolidação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).
A inclusão da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), associada à Covid-19, também foi definida na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças. O ministério decidiu ainda pela inclusão da Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A), também associada ao vírus, no catálogo de agravos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.
A notificação compulsória é feita quando a norma legal obriga profissionais de saúde e pessoas da comunidade a informar à autoridade sanitária a ocorrência de doenças ou agravos que estão sob vigilância epidemiológica.
Há alguns dias, o governador Ibaneis Rocha revogou o decreto de calamidade pública que estava em vigor no Distrito Federal em razão da pandemia. Foi perdida a validade o documento editado em junho de 2020, que permitia o remanejamento de recursos para o enfrentamento à crise sanitária.
Em 18 de abril, logo após o Ministério da Saúde declarar o fim da emergência em saúde, Ibaneis revogou outro decreto de calamidade pública, referente apenas à área da saúde, publicado em março de 2021, que previa a adoção de estratégias como o toque de recolher.
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JOTA INFO
ANS vai discutir novos critérios para rede credenciada
Agência quer debater política para acompanhar o descredenciamento e a substituição de rede oferecida pelos planos
Ganha força na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a discussão sobre uma nova política para acompanhar o descredenciamento e a substituição de centros de atendimento oferecidos pelos planos de saúde.
A regra atual determina que, quando um prestador é retirado da lista de serviços credenciados, empresas são obrigadas a substitui-lo por outro de nível equivalente.
Na prática, no entanto, nem sempre isso acontece. O diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, considera subjetivos os critérios usados para a substituição. E é isso que a ANS quer mudar. O ideal é ter parâmetros para nortear essa avaliação.
Ao JOTA, Rebello citou o projeto de monitoramento desenvolvido pela ANS em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, por meio do programa Proadi-SUS, para avaliação da qualidade dos hospitais e comparação entre eles. Algumas das conclusões do programa podem ajudar na construção da proposta.
Precisamos desses indicadores para avaliar resultados, eficiência do atendimento e satisfação dos usuários, afirmou o presidente da ANS.
A criação do modelo, porém, precisa levar em conta outros fatores, diz Rebello
Entre eles, as características do mercado. Em locais onde há grande oferta de prestadores e poucas operadoras de planos de saúde competitivos, o poder de negociação fica comprometido e com grande tendência de que empresas de planos paguem pouco pelos serviços. A lógica inversa também se aplica. Nos locais onde há poucos serviços, a tendência é a de que os preços cobrados de planos sejam maiores.
Para trazer maior equilíbrio, Rebello sugere uma análise dos critérios da abrangência. Numa metrópole, é necessária uma distribuição equivalente nas regiões? Será que se houver serviços concentrados numa área geográfica específica, mas capazes de atender toda carteira não seria suficiente?
O episódio recente da transferência da carteira de planos individuais da Amil para APS deixou clara a necessidade dessa revisão. Antes mesmo da operação, houve um movimento de mudança na rede credenciada. E isso já nos chamou a atenção.
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BLOG DIRETO DA FONTE
Médica dos famosos, Ludhmila Hajjar encara a avalanche da 'covid do coração'
A médica Ludhmila Hajjar está na linha de frente do combate à avalanche de casos de doenças surgidos no coração em decorrência da covid-19. "Os casos cardiovasculares aumentaram 100% no Brasil. Estou vivendo isso no dia a dia. Meu consultório está lotado", iniciou a conversa, por videoconferência, com a repórter Paula Bonelli.Recuperando o fôlego, após atender um paciente que estava enfartando, a professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, de 44 anos, falou sobre sua atividade que abrange diversas especialidades, inclusive sobre o papel de médica de famosos e autoridades.Seu consultório fica ao lado do Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, onde recentemente atendeu o senador Davi Alcolumbre durante sua internação. Em março de 2021, ela recusou o convite de Jair Bolsonaro para ser ministra da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello.
Para Ludhmila, a mulher médica está preparada para encarar a dura rotina das UTIs, mais do que os homens. "A mulher hoje é um ser destemido," disse. Apesar de ter personalidade forte, ela não ficou à vontade em fazer cliques segurando o café, como proposto para ilustrar este papo, "sou tímida", confessou.
O médico deve ter pretensões políticas?
Acho que depende, tem cidadãos que têm talento para política, predisposição. Não é o meu caso. A saúde é tão importante e a gente tem sofrido tanto nas políticas públicas de saúde.
Por que aceitou ir conversar com Jair Bolsonaro sobre ministério?
Fui mais pensando na pandemia e em todas as coisas ruins que estavam acontecendo com o Brasil. Hoje pensando friamente acho que posso ajudar muito mais sendo médica.
Por que recusou o convite?
A gente não se entendeu. Fiquei surpresa de ter ido lá porque já conhecia a linha. Mas, pelo meu sentimento mesmo de tentar ajudar as pessoas, acreditei que pudesse ser diferente. As conversas mostraram que temos linhas diferentes.
Cinco dias de isolamento para quem testar positivo para a Covid são suficientes na sua visão?
Não, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos acabou liberando essas recomendações e depois o Ministério da Saúde referendou porque a Ômicron veio como uma nova onda grande. Para não destruir a força econômica da sociedade, que está tentando se reerguer. E aí ficou sete dias de isolamento. Com cinco dias faz o teste de antígeno. Só sair de casa se der negativo. A gente sabe, porém, que na maioria das vezes o paciente ainda elimina vírus em média por dez dias.
O que os candidatos à presidência deveriam propor para a saúde?É preciso revisar e propor um plano de financiamento para o SUS à luz da saúde atual. Faltam medicamentos, diagnósticos, celeridade. É possível melhorar muito o SUS com parceria público-privada, em um ambiente sem corrupção.
Quais são os problemas da saúde privada no Brasil?
Ela também precisa ser revisada. Hoje existe uma heterogeneidade muito grande do tipo de serviço, muitas operadoras, planos, hospitais excelentes, outros muito ruins, tratamentos muito diferentes. Por exemplo, você prescreve um tratamento com evidência científica que muda a vida da pessoa e o plano não aprova, nem procedimentos mais complexos e caros.
E o programa que você vai liderar na Qualicorp?
É um atendimento focado em prevenção da saúde. A lógica dos brasileiros é ir procurar tratamento, quando é feito um diagnóstico. A nossa medicina é muito terapêutica e pouco preventiva, a ideia é fazer uma medicina focada em promoção da saúde.
Como foi se tornando médica de famosos?
Acho que é uma coisa natural. A propaganda da gente quem faz são os nossos próprios pacientes. Nunca falei de paciente meu em reportagem. Um indica para o outro, aí você começa a entrar nesse mundo que tem os artistas, os políticos, o pessoal do Judiciário.
Ainda dá plantões?
Sim, dou plantões direto. Viro noite, trabalho nas madrugadas, mas não dou plantões específicos com horários fixos. Por isso que tenho essas olheiras.
A mulher médica encara melhor uma UTI que o homem?
Acho que mulher encara melhor qualquer desafio, não é só UTI. A mulher hoje é um ser destemido, já ultrapassou vários desafios, está mais corajosa. A gente está pronta para a guerra.
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O ESTADO DE S.PAULO
Artigo - Reajuste dos planos de saúde
O funcionamento de um plano de saúde é semelhante ao funcionamento de um seguro de automóveis. Na base dos dois, está o mutualismo, um fundo comum, constituído pelas contribuições proporcionais de cada segurado, com o objetivo de arcar com os custos decorrentes de eventos cobertos, previstos no contrato.
É do mútuo que a seguradora e a operadora de planos de saúde retiram os recursos para pagar sua operação. O maior peso, como não poderia deixar de ser, é o pagamento das despesas decorrentes dos eventos cobertos. Elas representam na maioria das vezes mais de 50% do faturamento, enquanto os custos comerciais giram ao redor de 20% e os custos administrativos, entre 10% e 15%. Como ainda temos os custos tributários, fica claro que a margem industrial de uma seguradora ou de uma operadora de planos de saúde privados é exígua, e exige uma administração meticulosa para evitar resultados negativos.
É verdade, estas empresas têm mais uma fonte de receita importante. Como faturam muito com a venda de seus produtos e são obrigadas a constituírem reservas para fazer frente às necessidades da operação, elas são grandes investidoras financeiras, o que gera recursos significativos que, somados ao resultado industrial, geram um resultado operacional melhor. Muitas vezes, inclusive, o resultado financeiro é o que garante o azul na última linha do balanço.
O negócio de uma operadora de planos de saúde está sujeito a variáveis muitas vezes incontroláveis, como é o caso da pandemia da covid-19. Mas não são apenas situações negativas que interferem no resultado da operação. Em 2020, em função da pandemia, as operadoras tiveram um resultado médio bastante positivo, gerado pelo represamento de milhões de procedimentos, que deixaram de ser realizados em função do coronavírus, do isolamento social e da lotação dos hospitais pelos portadores da covid-19.
Isso gerou uma ação demagógica das autoridades do setor, que forçaram reajustes de preços baixos, mesmo sabendo que, em algum momento, os procedimentos represados seriam realizados, concomitantemente com os procedimentos normais na rotina dos planos, e que isso pressionaria as despesas.
Como não podia deixar de ser, isso aconteceu, e os planos de saúde privados enfrentaram uma situação mais complicada em 2021, justamente quando a disparada da pandemia, somada aos reajustes baixos, gerou o aumento das despesas e a queda do faturamento.
Agora, as operadoras estão anunciando aumentos elevados para recompor sua capacidade de atuação, reequilibrando o mútuo afetado pelos resultados de 2021. É uma medida antipática, mas necessária. Em 2021, as operadoras de planos de saúde pagaram R$ 200 bilhões para fazer frente a mais de um bilhão de procedimentos. É mais do que o orçamento do SUS e é quanto o sistema efetivamente custa.
O tema é sério. As operadoras não podem ter lucros indecentes, mas, se a remuneração não for suficiente, elas não terão caixa para atender os segurados.
Antonio Penteado Mendonça
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PORTAL G1
Goiás já registrou mais mortes por dengue neste ano do que ao longo de 2021
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou que o estado já registrou mais mortes por dengue neste ano, do que ao longo de 2021. De acordo com a superintendente em Vigilância de Saúde, Flúvia Amorim, até maio de 2022 foram 36 mortes confirmadas (veja abaixo a lista de óbitos por cidade).
"O número de óbitos é bem maior que o do ano passado. Estamos nesse exato momento com 36 óbitos confirmados no 127 em investigação. No ano passado inteiro nós tivemos 33 óbitos confirmados", explicou Flúvia.
O último boletim da dengue da SES-GO mostra os dados obtidos entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano. O levantamento indica que Goiás teve aumento 300,09% de casos confirmados e notificados em comparação com o mesmo período do ano passado.
Neste período em Goiás, foram 73.645 confirmados e 145.879 notificados, conforme o boletim. Veja abaixo cidades com mais casos notificados de dengue, conforme boletim da SES.
Flúvia informou que em maio do ano passado a secretaria emitiu um alerta para as cidades goianas sobre uma possível epidemia.
"Emitimos um alerta para todos os gestores municipais para que eles se atentassem a uma possível ocorrência de epidemia e de surtos de dengue e chikungunya e, infelizmente, estamos vendo que isso se concretizou em 2022", narrou Flúvia.
Conforme boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS), Goiás tem cerca de cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional. A informação é do boletim divulgado no dia 6 de maio deste ano, com dados levantados até a semana 17 de 2022.
Segundo o levantamento, a cada 100 mil moradores de Goiás, 1.556,7 mil têm ou tiveram dengue este ano, segundo O órgão indica que essa incidência é de cerca de cinco vezes maior do que a média em todo o Brasil, que é de 307 diagnósticos para cada grupo do mesmo número de pessoas.
Municípios com óbitos confirmados
Período entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano
Cidades com mais casos de dengue notificados
Período entre 2 de janeiro e 7 de maio deste ano
Goiânia: 37.913Aparecida De Goiânia: 10.885Anápolis: 6.116Rio Verde: 5.680Jataí: 5.371Senador Canedo: 4.155Luziânia: 3.581Itumbiara: 2.930Catalão: 2.928Inhumas: 2.783Trindade: 1.914Aguas Lindas De Goiás: 1.896Caldas Novas: 1.490Silvania: 1.337Jaraguá: 1.323
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PARANASHOP
Primeiro kit portátil para exames físicos remotos do Brasil é apresentado na Hospitalar 2022
Equipamento tem sido utilizado na guerra da Ucrânia, onde a população sitiada é assistida por médicos, em Israel, a mais de 2 mil quilômetros de distância. A utilização do kit em atendimentos de rotina evita em 93% a visita presencial ao centro médico
Precisão e rapidez no diagnóstico de problemas respiratórios, cardíacos, dermatológicos e outros, durante uma consulta virtual. Tudo isso é possível por meio do TytoCare, uma solução tecnológica que conecta médico e pacientes para realizar exames físicos remotos e auxiliar no diagnóstico de possível infecção da garganta e ouvido; auscultar o pulmão, coração e abdômen; medir a temperatura; e fazer imagens de lesões na pele com alta resolução e acurácia. O equipamento foi desenvolvido em Israel e será apresentado na Hospitalar 2022.
Só em 2021, foram realizados mais de 1 milhão de exames por meio do equipamento, em todo o mundo. "A procura pelo kit está cada vez maior e cresce na medida em que a telemedicina ganha mais adeptos. O TytoCare é 100% intuitivo e o paciente pode realizar os exames sozinho (atendimentos assíncronos) ou contar com o auxílio do médico que, conectado na outra ponta, orienta em tempo real a condução dos exames (atendimentos síncronos)", explica a diretora da Tuinda Care, startup distribuidora exclusiva da tecnologia no Brasil, Ana Carolina Lucchese. O médico tem acesso aos resultados, em tempo real, para realizar o diagnóstico e prescrever o tratamento à distância. Ou ainda pode atender de forma assíncrona, acessando os exames feitos pelo paciente, que ficam arquivados na plataforma digital.
"Estudos comprovam que a utilização do kit em atendimentos de rotina pode evitar em 93% a visita presencial ao centro médico. Já nos casos de emergência, a redução de idas ao pronto socorro é de 40,5%, com redução de gastos de 37%", afirma Ana Carolina. O aparelho é indicado no atendimento de crianças e adultos, nas especialidades de pediatria, clínica geral, otorrinolaringologia, pneumologia, cardiologia e dermatologia, entre outras. É ideal para planos de saúde, hospitais, clínicas, secretarias de saúde, escolas, casas de repouso e enfermarias de empresas.
Pacientes com doenças crônicas ou mais complexas, que necessitam de acompanhamento frequente, também podem ser beneficiados, inclusive para identificação precoce de possíveis complicações de sua doença ou tratamento. "Neste caso, a redução de visitas presenciais ao médico é de 96%", complementa.
Nos últimos meses, o TytoCare tem sido utilizado até na guerra da Ucrânia, onde a população sitiada é assistida por médicos, em Israel, a mais de 2 mil quilômetros de distância. Aqui no Brasil, equipa diversos hospitais ? entre eles os infantis Pequeno Príncipe (PR) e Sabará (SP) ?, planos de saúde, clínicas e universidades de medicina, desde 2020.
O TytoCare é autorizado pela Anvisa, Comunidade Europeia (CE), Agência Federal do Departamento de Saúde dos Estados Unidos (FDA) e Health Canada. Atualmente, o kit é usado em 23 países de todos os continentes.
Sobre a Tuinda Care
A Tuinda Care é uma startup que tem o objetivo de expandir o acesso a cuidados em saúde de qualidade no Brasil por meio da telemedicina. É distribuidora exclusiva da tecnologia TytoCare no território nacional, com o propósito de conectar o médico ao seu paciente, sem limite de distância, garantindo excelência médica a cada atendimento. Conta com o apoio dos hospitais Pequeno Príncipe (PR) e Sabará (SP) como aceleradores.
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JORNAL OPÇÃO
Telemedicina leva saúde ao Brasil profundo
Por Italo Wolff
Com progresso na área, empresas já se especializam em colocar pacientes isolados em contato com os médicos dos centros urbanos
Desde o início da pandemia, o atendimento médico à distância já é uma realidade. O medo do contágio por Covid-19, o fechamento dos transportes e a necessidade de alcançar rapidamente populações isoladas obrigou os médicos a examinarem seus pacientes por meios digitais. Ainda em março de 2020, o Ministério da Saúde emitiu uma portaria que autorizava médicos a emitir atestados e receitas médicas em meio eletrônico enquanto durasse o estado de calamidade pública. Nos últimos três meses, com lei aprovada pela Câmara dos Deputados, portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina foi permanentemente regulamentada no país.
Anteriormente, em 2001, o CFM havia expressado concordância com a Associação Médica Mundial e Associação Médica Brasileira sobre a telemedicina. Mas esse entendimento não especificava o que ou de que forma as consultas à distância deveriam ser feitas e, além disso, deixava sob responsabilidade do médico todo o processo. Desta forma, médicos cadastrados no Conselho Regional de Medicina (CRM) podiam atuar restritos em seus estados e, com o dever de proteger os dados dos pacientes, muitos profissionais evitavam a prática. Agora, a responsabilidade ficou dividida entre os profissionais da saúde e as empresas de tecnologia que armazenam e processam os prontuários, exames e procedimentos dos pacientes.
O resultado, explicam especialistas, foi a abertura de uma área nova e promissora. Marcelo Pacheco de Brito Júnior, advogado atuante na área do direito médico, afirma que a regulamentação da prática pelo CFM publicada no dia 05 de maio é um marco. “Não se sabia como fazer o tratamento dos dados e quais eram os limites da atuação. Esse limbo em que estávamos oferecia um risco aos médicos na área. Agora, veremos avanços para os pacientes e médicos.” O advogado ressalta que também foi positivo o destaque de que o padrão-ouro para as consultas médicas é o encontro em pessoa, sendo a telemedicina um ato complementar.
Como avança a medicina
Marcelo Pacheco, advogado atuante no direito médico, afirma que o maior benefício da regulamentação vem para o paciente, que pode ser atendido de forma rápida em qualquer lugar do país.
Um exemplo ilustrativo é o caso da jornalista Jordana Ayres que, ainda no dia 05 de maio, realizou uma consulta em casa pois não conseguia se dirigir a um hospital. Ela conta que uma infecção alimentar a deixou debilitada e, sozinha em casa, não tinha ajuda para ir até uma unidade de saúde. Jordana Ayres utilizou a plataforma para atendimento imediato de seu plano de saúde, Hapvida, e foi logo atendida por um clínico geral. O médico verificou seus sintomas e lhe deu instruções sobre o que fazer, além de fornecer receitas e atestado médico.
Jordana Ayres afirma que não se trata de uma ferramenta para substituir o atendimento presencial, mas que a telemedicina é um método complementar essencial. “É claro que o contato pessoal com o médico faz falta, e não há como fazer os exames de casa, mas se o paciente estiver passando mal e precisar de atendimento imediato, é fundamental”, comenta a jornalista. “Achei muito válido, porque não esperei em filas e fui logo diagnosticada antes que minha situação se agravasse.”
Entretanto, conforme novas empresas exploram a área que se abriu, surgem soluções para os problemas da falta de equipamento para exames. O médico Marcus Vinicius Lobo criou a empresa Medicou.net, que é capaz de transformar qualquer consultório simples em uma policlínica. O empreendedor fornece equipamentos para exames básicos a seus clientes (principalmente empresas e prefeituras), que conseguem criar polos de saúde em qualquer lugar. Assim, mesmo os pacientes na zona rural e em vilarejos passam a ter acesso aos médicos de ponta que atendem nos centros urbanos.
“Morei no interior de Goiás e vi de perto a dificuldade de encontrar médicos”, conta Marcus Vinícius Lobo. “O Brasil tem 5,5 mil municípios e apenas 1.400 geriatras. Os pacientes idosos nas cidadezinhas ficam negligenciados. Cerca de 70% das cidades têm menos de 20 mil habitantes – simplesmente não existem especialistas suficientes. Agora, os pacientes podem ter atendimento de qualidade sem precisar viajar centenas de quilômetros, dormir fora por dias, enfrentar filas, como fazem atualmente.”
Não se trata apenas de um “kit” para exames. A Medicou.net tem uma plataforma adequada às exigências do CFM e LGPD, com médicos cadastrados e na qual pacientes interessados podem se cadastrar e agendar consultas. Marcus Vinícius Lobo comenta que seus principais clientes são órgãos de saúde com dificuldades de contratar profissionais para regiões remotas, mesmo oferecendo altos salários. São entidades como sindicatos rurais, empresas como usinas de açúcar e etanol, cujos trabalhadores frequentemente precisam de assistência médica mas se encontram distantes de qualquer hospital.
“Usando os equipamentos que fornecemos, um cardiologista na cidade consegue escutar o coração de uma pessoa na zona rural”, diz o médico e empreendedor. “O pediatra vê a garganta do menino no vilarejo em tempo real. Esses pacientes são auxiliados por enfermeiros e técnicos, não é necessário saber mexer no computador e nem operar equipamentos.”
Marcus Vinícius Lobo conta que, durante a pandemia, os atendimentos via telemedicina em geral aconteceram por chamadas de WhatsApp, Zoom, Google Meets. Entretanto, esses não são as plataformas adequadas para guardar e transmitir informações sensíveis do paciente. “A Anvisa fala sobre plataformas específicas: software as a medical device, com critérios de compliance e cibersegurança.” Apesar de parecer uma restrição para os médicos, o empreendedor comenta que a norma é positiva, pois o médico em geral não tem formação em segurança de dados, e agora, dividindo responsabilidade com as plataformas, pode contar com equipes de especialistas para operacionalizar a parte de tecnologia da informação.
“Eu também sou médico e entendo a barreira cultural que estamos enfrentando”, comenta Marcus Vinícius Lobo. “É muito complexo dar um diagnóstico para um paciente sem poder aferir sua pressão ou ouvir seus batimentos cardíacos. A telemedicina totalmente online ajuda, mas precisa ser enriquecida com o estudo dos sinais vitais do paciente e exames básicos. Nossa proposta é vencer essa barreira, pois na nossa plataforma o paciente sai de casa, é tocado por um ser humano que faz a intermediação na vídeo chamada, envia seus exames e recebe um diagnóstico mais preciso.”
Principais pontos da Resolução do CFM
Discernimento de ambas partes: O médico tem autonomia para decidir se a primeira consulta poderá ser, ou não, presencial. Médico e paciente podem escolher interromper o atendimento para solicitação de exames e consulta presencial, caso prefiram.
Acompanhamento clínico: No atendimento de doenças crônicas ou doenças que requeiram assistência por longo tempo, deve ser realizada consulta presencial, com o médico assistente do paciente, em intervalos não superiores a 180 dias.
Segurança e sigilo: dados e imagens dos pacientes devem ser preservados, obedecendo as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e do CFM.
Termo de consentimento: agora o paciente deve autorizar expressamente o atendimento por telemedicina e a transmissão das suas imagens e dados. Isso é feito com a assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – um documento em que estão claros todas as particularidades da telemedicina.
Honorários: a prestação de serviço de telemedicina, como um método assistencial médico, em qualquer modalidade, deverá seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial.
Territorialidade: as empresas prestadoras de serviços em telemedicina, plataformas de comunicação e arquivamento de dados deverão ter sede estabelecida no Brasil e estarem inscritas no CRM do estado onde estão sediadas. Agora, médicos podem atender pacientes em todo o país.
Fiscalização: os CRMs manterão vigilância, fiscalização e avaliação das atividades de telemedicina.
Além disso, não há obrigação de se gravar o atendimento já que, em geral, o atendimento presencial também não é gravado. Podem ser emitidos atestados médicos, laudos, receitos para medicamentos, e todos os outros procedimentos padrões da consulta tradicional.
Seis modalidades
De acordo com a nova Resolução, o atendimento à distância se divide em diferentes modalidades.
Teleconsulta: consulta médica não presencial, mediada por plataformas de comunicação digital entre médico e paciente localizados em diferentes espaços.
Teleinterconsulta: É a troca de informações e opiniões entre médicos, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico. É muito comum, por exemplo, quando um médico de Família e Comunidade precisa ouvir a opinião de outro especialista sobre determinado problema do paciente.
Telediagnóstico: A emissão de laudo ou parecer de exames, por meio de gráficos, imagens e dados enviados pela internet.
Telecirurgia: É quando a cirurgia é feita por um robô, manipulado por um médico que está em outro local.
Televigilância ou Telemonitoramento: É a avaliação clínica ou aquisição direta de imagens, sinais vitais e dados de equipamentos ou dispositivos agregados ou implantáveis nos pacientes.
Teletriagem: Realizada por um médico para avaliação dos sintomas do paciente, à distância, para regulação ambulatorial ou hospitalar, com definição e direcionamento do mesmo ao tipo adequado de assistência que necessita ou a um especialista.
Como a medicina avança
basicamente agilizando e chegando mais longe. Procedimentos e análises que devam ser presencial ainda serão feitos sem perda. alguns tratamentos utilizam como triagem para economizar tempo do paciente, solicita exame para no presencial já ter um atendimento completo,. existe também em outras formas, telediagnóstico, telecirurgia, médicos em outros estados, consulta com outro médico de região Necessária concordância expressa com o TCLE. Anuência expressa
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A REDAÇÃO
Goiás registra 37 novos casos da covid-19 em um dia
Adriana Marinelli
Goiânia - Goiás registrou 37 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde deste domingo (15/5). Não foram registradas mortes em decorrência da doença no período, também segundo o boletim da pasta.
Com as atualizações, o Estado soma 1.346.718 casos e 26.557 óbitos ligados à covid-19 desde o início da pandemia. Ainda de acordo com a SES-GO, 769.413 casos e 319 óbitos são investigados para saber se há relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,97%.
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TV ANHANGUERA
Dois médicos do Samu de Itumbiara são denunciados por improbidade administrativa
globoplay.globo.com/v/10576083/
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Família recorre à Justiça para conseguir cirurgia urgente, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/10576015/?s=0s
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O HOJE
Com aproximação do inverno, vírus de doenças respiratórias podem voltar a circular
Com a frente fria aproximando-se de Goiás, as doenças respiratórias estão mais propensas a se proliferar, gerando uma superlotação nos Centros de Saúde. De acordo com a Cimehgo, Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás, em Goiânia, a temperatura pode chegar até 5 graus Celsius, ficando abaixo de zero, em municípios localizados no Sul do Estado.
Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretária de Estado da Saúde de Goiás (SES), enfatiza que a imunização contra a influenza e principalmente o reforço da segunda dose da Covid-19, é necessário para a proteção do sistema imunológico, diante a queda das temperaturas. “A população tem a vacina ao alcance de suas mãos. É imprescindível que os cidadãos que estão em situação de vulnerabilidade, tanto idosos quanto imunossuprimidos, procurem os centros de saúde para imunizarem. A vacina salva vidas.”, ressaltou.
O alerta da vacinação é justamente em razão dos baixos números de cobertura vacinal contra a Influenza, indo de idosos a crianças. A Secretária de Estado de Goiás aponta que 37% dos idosos vacinaram e já crianças de 6 meses a 5 anos, apresentaram 16% e gestantes apresentaram 13%. Diante desses dados, a meta de vacinação contra gripe imposta pelo Ministério da Saúde, permanece abaixo do esperado, sendo 95%.
A segunda dose de reforço contra Covid-19 (DR2) também está em baixa adesão. A redução das medidas sanitárias fez com que algumas pessoas esquecessem da existência do vírus, porém, não é bem assim. A pandemia ainda está ocorrendo, não como antes, mas qualquer um pode ser infectado. Com os impactos da vacina, o risco de agravamento da doença é diminuído e por isso, o ciclo vacinal completo é essencial. Ela garante uma proteção maior contra o coronavírus. Essa dose é destinada principalmente ao grupo de risco, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais e os imunossuprimidos. Até agora, 2.678.917 pessoas estão em atraso com a aplicação da primeira dose e a DR2 foi aplicada em 152.694 pessoas.
Em todos os Munícios do Estado, o Governo de Goiás em conjunto com a SES, disponibiliza vacinas contra Influenza e contra a Covid-19. A campanha de vacinação iniciou em 4 de abril e irá até o dia 3 de junho, imunizando todas as pessoas que compõem o grupo prioritário. “Buscar um posto de vacinação é fundamental neste momento. Quem tem direito à vacina deve se imunizar”, completa Flúvia.
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Assessoria de Comunicação