Postado em: 13/10/2025

CLIPPING AHPACEG 11 A 13/10/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS

https://www.aredacao.com.br/noticias/241927/beneficiarios-de-planos-de-saude-fizeram-1-93-bilhao-de-procedimentos-em-2024-diz-ans

Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida

https://www.foconacional.com.br/2025/10/outubro-rosa-da-unimed-catalao-destaca.html

Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol

https://medicinasa.com.br/intoxicacao-metanol/

SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde

https://medicinasa.com.br/parceria-reino-unido-sus/

Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?

https://medicinasa.com.br/estrategia-e-risco/

Onde estará seu hospital no futuro da saúde?

https://www.saudebusiness.com/colunistas/onde-estara-seu-hospital-no-futuro-da-saude/

Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia

https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/como-preparar-auditorias-fiscalizacoes-clinicas/

Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/10/10/empresario-morto-em-pastelaria-tinha-sido-alvo-de-operacao-que-investiga-desvio-de-r-10-milhoes-na-saude-aponta-investigacao.ghtml

A REDAÇÃO

Beneficiários de planos de saúde fizeram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, diz ANS

Dado inclui consulta, exame, terapia e mais 

Os beneficiários de planos de saúde realizaram 1,93 bilhão de procedimentos em 2024, aumento de 0,3%, segundo o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número, divulgado nesta sexta-feira (10/10), inclui consultas, exames, terapias, internações e atendimentos odontológicos, autorizados pelas operadoras de planos de saúde ao longo do ano.

De acordo com o levantamento da ANS, no topo do ranking continuam os exames ambulatoriais, que responderam por 1,18 bilhão de registros, aumento de 0,7% em relação ao ano anterior. No período, foram realizadas 284,5 milhões de consultas no País, aumento de 3,3% em comparação com o ano anterior. Já o número de atendimentos ambulatoriais alcançou 202,1 milhões de procedimentos, alta de 2,8%.

Por outro lado, houve redução na quantidade de terapias ambulatoriais, que somaram 67,7 milhões procedimentos, segundo os dados da ANS. Houve redução também em internações, que totalizaram 9,1 milhões de registros em 2024, diminuição de 1% em relação ao ano anterior.

Outra modalidade que teve retração foi a de procedimentos odontológicos, que alcançou 190,8 milhões de atendimentos, queda de 2,7% em base anual de comparação.

Procedimentos por beneficiário
De acordo com a ANS, no período a média de procedimentos por beneficiário se manteve estável em 5,5 consultas médicas e 22,9 exames por ano. Nos planos odontológicos, a quantidade de procedimentos foi de 5,2 por pessoa ao longo do período.

O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apontou, ainda, que os gastos com medicamentos representaram 10,2% do total de despesas médico-hospitalares no ano passado, aumento de 40% em relação a 2019, ano de referência para a medição. Para a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, a publicação permitirá aos beneficiários, operadoras e prestadores de serviço, compreender melhor a realidade da saúde suplementar no País.

"Temos hoje um modelo de saúde que precisa ser discutido da maneira mais abrangente possível, e a agência tenta trazer transparência, dados e informações para fomentar esse debate", explicou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. 

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FOCO NACIONAL

Outubro Rosa da Unimed Catalão destaca a força que cuida

Na Unimed Catalão, o cuidado com a saúde das mulheres é diário, mas neste mês ele ganha uma nova cor. Aproveitando a campanha Outubro Rosa, a Unimed Catalão desenvolve uma série de ações voltadas para a prevenção do câncer de mama, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequados são essenciais para a promoção da saúde.

E a campanha Outubro Rosa deste ano vem carregada de emoção, coragem e histórias reais que tocam o coração. Com o tema “Força que Cuida”, a Unimed Catalão dá voz a mulheres que enfrentaram ou enfrentam o câncer de mama e hoje inspiram outras com seus relatos de superação, mostrando a todas como é importante se cuidarem.

Serão divulgados vídeos com dez histórias reais, emocionantes e motivadoras de mulheres que foram desafiadas pela doença e estão superando essa situação com determinação, força e coragem. A campanha dá voz a mulheres como Marcela Cabral, Eline Pereira, Ludmila Martins, Mayara Cardoso, Leidilaine Gomes, Vânia Cavalcante, Ana Paula Rodovalho e Rosa Nayara, que aceitaram o convite para compartilhar momentos marcantes da luta contra a doença.

Em comum, além da força e determinação, elas relatam o apoio que encontram na família, nos amigos, na fé e no cuidado contínuo oferecido pela Unimed Catalão.

Cada depoimento é um lembrete de que o autocuidado pode mudar o rumo de uma vida. Além dos relatos, que serão veiculados até o início de novembro, o público também terá acesso, nas redes sociais, a orientações sobre a prevenção do câncer de mama. Um convite para parar, se observar, se tocar e se cuidar não apenas em outubro, mas em todos os dias do ano.

Acesse, confira, compartilhe e cuide-se @unimedcatalao

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MEDICINA S/A

Ministério da Saúde divulga novas diretrizes para atendimento a intoxicações por metanol

Ministério da Saúde enviou uma nota técnica aos estados e municípios com orientações atualizadas sobre o atendimento e a notificação de casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O documento atualiza os critérios para confirmação dos casos e detalha o fluxo de análise laboratorial, os procedimentos para solicitação de insumos e a notificação imediata ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

A principal orientação está na definição de casos de intoxicação por metanol. Agora, a confirmação de caso com indicação de tratamento é baseada no histórico de ingestão de bebida alcoólica, no quadro clínico e em achados laboratoriais compatíveis. Para casos suspeitos, passa a ser considerado o período de persistência ou piora dos sintomas entre 6 e 72 horas após a ingestão.

O documento também traz definições de casos confirmados, descartados e em investigação. Além disso, orienta sobre o fluxo de análise laboratorial dos exames, os procedimentos para solicitação de insumos e as regras para notificação imediata aos CIEVS estaduais, que devem informar o CIEVS Nacional por meio do Disque-Notifica (0800-644-6645) e do e-Notifica (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.). Mesmo com a notificação imediata, o registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação continua sendo obrigatório.

Fluxo laboratorial

A definição do laboratório responsável pelas análises deve ser feita por cada estado, com prioridade para os laboratórios da rede Centro de Informações Toxicológicas (CIATox) ou os da Polícia Científica. Nos casos em que o estado não tiver capacidade para realizar as análises, as amostras devem ser enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do estado, que vai encaminhar o material para o CIATox-Campinas. Até o momento, 21 estados possuem fluxo definido para o encaminhamento e análise das amostras.

O Brasil conta com 32 CIATox, centros de referência em toxicologia para orientação, diagnóstico e manejo de intoxicações, além de apoio à toxicovigilância e à ingestão de risco químico. Os estados que não têm CIATox, podem usar gratuitamente o serviço Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001.

Para reforçar a rede laboratorial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a ampliação da capacidade de análise de casos suspeitos. Com o apoio do laboratório da Unicamp, em São Paulo, passam a ser realizados até 190 testes por dia, reforçando a capacidade de resposta e o tratamento dos pacientes.

Antídotos

O Brasil recebeu, nesta quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol para reforçar o estoque estratégico do SUS destinado ao tratamento de intoxicações por metanol. A compra é inédita, e a distribuição já foi iniciada, com 1,5 mil unidades enviadas aos estados. São Paulo foi o primeiro a receber 288 unidades do medicamento, em razão do elevado número de casos.

Os demais estados com ocorrências suspeitas também receberão o antídoto: Pernambuco (68 unidades), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16). Em seguida, a distribuição será ampliada para todo o país, garantindo o abastecimento em todas as regiões. Permanecerão no estoque estratégico do Ministério da Saúde 1.000 ampolas.

O ministério também enviou mais de 1,4 mil unidades de etanol farmacêutico — outro antídoto usado para reduzir a gravidade da intoxicação por metanol — a 11 estados: Acre (30), Alagoas (60), Bahia (90), Ceará (120), Distrito Federal (90), Goiás (75), Mato Grosso do Sul (60), Paraná (360), Pernambuco (480), Rio Grande do Sul (60) e Rio de Janeiro (60).

Sinais e sintomas

Os sintomas por esse tipo de intoxicação podem demorar de 6 a 72 horas para aparecer. Fique atento se você ou alguém próximo apresentar:

Sintomas iniciais: Sensação de embriaguez que não passa, acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal forte ou desconforto gástrico.

Sintomas neurológicos: Dor de cabeça, tontura e confusão mental.

Ao apresentar qualquer um desses sintomas, especialmente alterações visuais, após a ingestão de bebida alcoólica procure imediatamente o serviço de emergência mais próximo. (Com informações do Ministério da Saúde)

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SUS e NHS ampliam colaboração em gestão e inovação na saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, renovou parceria bilateral entre Brasil e Reino Unido com ênfase na troca de experiências entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o National Health Service (NHS) britânico – uma das inspirações para a criação do SUS. O NHS também adota iniciativas do modelo brasileiro de atenção primária à saúde, com destaque para a estratégia Saúde da Família e a atuação de agentes comunitários de saúde.

Projetos-piloto em bairros de Londres já incorporam práticas inspiradas no SUS e têm despertado interesse em expandir o modelo para outras regiões do país. O ministro assinou o documento juntamente com Zubir Ahmed, subsecretário parlamentar de Estado para Inovação e Segurança em Saúde.

“É uma grande alegria e honra a ampliação dessa parceria. O NHS é como um irmão mais velho. Quando fomos criar o nosso sistema nacional público de saúde, depois da redemocratização do Brasil, uma das experiências que nos inspirou foi a luta da sociedade inglesa depois da Segunda Guerra Mundial, a luta dos trabalhadores e trabalhadoras inglesas que criaram o NHS e que inspirou o Brasil na criação do SUS. Por outro lado, a ideia da nossa atenção primária em saúde ser fortemente baseada no território onde as pessoas vivem influencia o cuidado e a organização dos serviços de saúde. Vocês adotam aqui, essa que é uma estratégia que iniciamos no Brasil nos anos 90, dos agentes comunitários de saúde. Então, essa nossa colaboração vai continuar em favor dos desafios que enfrentamos, da resiliência do sistema de saúde que exige antecipar, identificar problemas para os anos futuros”, disse Padilha.

Zubir Ahmed também celebrou a renovação do acordo. “Nós temos muito em comum com o Brasil e estamos muito orgulhosos de ter estabelecido trabalhadores de saúde comunitários que foram muito inspirados pela experiência brasileira com base em evidências ao longo dos últimos 30 anos. Nós fizemos os primeiros pilotos aqui em Westminster em 2020, bem no meio da Covid-19, onde percebemos que nosso sistema de saúde pública não estava funcionando, e precisávamos encontrar soluções para ajudar as comunidades mais vulneráveis. Iniciamos os pilotos com apenas quatro profissionais e isso cresceu para mais de 200 trabalhadores de saúde comunitários em 25 locais diferentes em toda a Inglaterra em apenas dois ou três anos. A função do trabalhador de saúde comunitário está sendo implementada em todo o país e toda semana estamos conversando com mais e mais localidades que desejam implementar essa função. Portanto, é um momento muito emocionante para a colaboração, para continuarmos aprendendo uns com os outros”, disse.

O acordo prevê ações conjuntas nas seguintes ações: mudanças climáticas e saúde pública; política de igualdade racial em saúde; preparação, prevenção e resposta a pandemias; inovação, tecnologia em saúde e saúde digital; e fortalecimento dos sistemas de saúde.

Missão

A missão brasileira também busca novas alianças voltadas ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, à autonomia tecnológica do SUS e à cooperação científica internacional. A programação inclui visitas a centros de inovação tecnológica e de saúde digital, que servem de referência para a modernização do sistema público brasileiro. Participam da comitiva entidades governamentais e empresariais para fortalecer parcerias estratégicas na área de medicamentos, vacinas e inteligência artificial aplicada à saúde. (Com informações do Ministério da Saúde)

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Sua operadora de saúde deve construir ou comprar um hospital?

A verticalização na saúde suplementar — movimento em que operadoras passam a investir em hospitais, laboratórios e centros próprios, ou em que hospitais tornam-se operadoras — é uma tendência crescente no Brasil. Esse processo busca alinhar três objetivos fundamentais: controle de custos, efetividade assistencial e melhoria do resultado operacional.

No entanto, a decisão estratégica entre construir ou comprar um hospital deve ser analisada com cautela. Mais do que o investimento inicial, é a capacidade de operação eficiente e sustentável que define o sucesso no médio e longo prazo.

Na gestão da Unimed Criciúma, por exemplo, houve a experiência prática de abrir dois hospitais do zero e adquirir um terceiro, que já possuía quase 60 anos de história na cidade. Essa vivência permite avaliar, com base em variáveis objetivas, as vantagens e desvantagens de cada estratégia.

Análise de custo para construção de um hospital próprio

Para a construção de um hospital próprio, consideremos um exemplo com valores aproximados, fundamentados nos casos de uma operadora real. O custo do metro quadrado de construção varia entre R$ 6.000 e R$ 10.000 (CBIC; Abrasce, 2023). Com isso, a construção de um hospital de aproximadamente 7.000 m² exigiria:

R$ 60 milhões em obras;

R$ 40 milhões em equipamentos.

Totalizando R$ 100 milhões para uma estrutura com 60 leitos, pronto-atendimento, UTI, centro cirúrgico com cinco salas e centro obstétrico com três salas.

Para a operação inicial, seria necessário contratar cerca de 300 colaboradores, gerando um custo mensal de pessoal de R$ 2,1 milhões/mês. O custo operacional total, considerando 50% de ocupação, ficaria em torno de R$ 6 milhões/mês, enquanto a receita inicial é limitada, já que apenas 30% a 50% da rede migra nos primeiros dois anos.

Isso gera uma dupla despesa: a operadora mantém custos com a rede credenciada e passa a arcar com o hospital novo. O déficit estimado é de R$ 4 milhões/mês (R$ 48 milhões/ano) até a maturação do negócio, mesmo considerando intercâmbio de pacientes e atendimentos particulares.

O desafio maior não está no investimento, mas na operação eficiente sem comprometer margens. Estudos indicam que hospitais levam de 3 a 5 anos para atingir equilíbrio financeiro (Porter & Teisberg, 2006). Eficiência de processos, gestão enxuta e alta ocupação são fundamentais para o sucesso.

Análise de custo para compra de um hospital existente

Geralmente, um hospital em funcionamento é colocado à venda devido a dificuldades operacionais ou endividamento, o valor de compra do hospital geralmente é realizado através de valuation baseado em fluxo de caixa descontado (DCF) ou EBITDA, com múltiplos de 5 a 7 vezes.

Um exemplo prático: um hospital de 7.000 m² com faturamento anual de R$ 90 milhões, margem operacional de 5% e valuation estimado entre R$ 45 a 100 milhões.

O custo da operação gira em torno de R$ 7 milhões/mês, enquanto a receita da operadora local representa 50% (R$ 3,75 milhões) e os outros R$ 3,75 milhões vêm de pacientes particulares, outros convênios e intercâmbio. O saldo líquido para a operadora (sem otimização) fica em R$ 375 mil/mês, com impacto anual de R$ 4,5 milhões positivo.

Comparativo com a construção

Diferente da construção, a compra não apresenta o grande impacto inicial. No exemplo analisado, o resultado líquido para a operadora foi positivo em R$ 4,5 milhões/ano, exigindo ajustes operacionais.

Comparativo construção x compra de hospital

 

A verticalização é uma estratégia inevitável para muitas operadoras diante da alta sinistralidade e da pressão regulatória. Construir hospitais é mais arriscado no curto prazo, mas pode gerar ganhos relevantes no longo prazo, desde que a gestão seja eficiente. Comprar hospitais oferece retorno imediato em termos de estrutura física e carteira, mas exige aquisição criteriosa.

Do ponto de vista estratégico ampliado, a compra tende a ter menor impacto operacional no curto e médio prazo, sendo a opção preferível quando disponível.

Assim, a decisão deve considerar:

Perfil da carteira (tamanho, dispersão, risco);

Capacidade de investimento e gestão;

Objetivos estratégicos de longo prazo (eficiência, valorização médica, perpetuidade do negócio).

A verticalização não é um fim em si mesma, mas um meio de garantir eficiência, sustentabilidade e qualidade assistencial.

*Leandro Avany Nunes é presidente da Unimed Criciúma.

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SAÚDE BUSINESS

Onde estará seu hospital no futuro da saúde?

Gestores hospitalares precisam se preparar para liderar a transformação acelerada da saúde no Brasil.

Recentemente, acompanhei uma palestra do médico Peter Diamandis, considerado uma das principais vozes globais sobre a inovação exponencial. Suas projeções para o futuro da saúde são surpreendentes, tanto pelo potencial de transformação do setor quanto pela velocidade com que as mudanças acontecem.

Ele espera, por exemplo, que em dez anos tenhamos um século de progresso tecnológico. Em meia década, as inteligências artificiais alcançarão a capacidade cognitiva de toda a humanidade combinada. Isso traz implicações imediatas para o futuro do trabalho, dos negócios, da educação e, também, da saúde.

Temos inovações batendo à nossa porta, como tecnologias vestíveis capazes de monitorar nossa fisiologia 24 horas por dia, fazendo um check-up contínuo. Técnicas como o CRISPR, ferramenta de edição do genoma, trazem possibilidades surpreendentes para mudar o desfecho de uma série de doenças. E mesmo a extensão da longevidade é um desafio sobre o qual muitos especialistas se debruçam neste exato momento.

Mudará, também, o modelo de negócios, uma vez que muitas atividades de saúde sairão dos hospitais para ocorrer nas casas dos pacientes. Isso exigirá menos infraestrutura para as próprias instalações hospitalares e mais tecnologia, conhecimento e pessoas para que sigamos na liderança do melhor tratamento para o indivíduo, onde ele estiver.

Diante disso, a pergunta não é mais “se” essas mudanças virão, mas “quando” elas acontecerão. Aqui reside o grande desafio dos gestores de hospitais e instituições de saúde do país: onde estaremos no futuro do setor? Seremos os líderes dessas transformações ou correremos atrás dos avanços?

Ainda temos uma série de percalços a serem superados em nosso país, que segue bastante desigual na disponibilidade dessas tecnologias para toda a população. Sem contar também as dificuldades que enfrentamos na sustentabilidade econômica, diante de um financiamento estatal insuficiente e da necessidade de avanços na relação com as operadoras.

Apesar dos desafios, é nossa missão sermos agentes da transformação, dentro da realidade das nossas instituições. E isso já está acontecendo: por exemplo, o mais recente ranking dos melhores hospitais do mundo, realizado pela revista Newsweek, colocou 22 centros médicos brasileiros entre os destaques globais.

O Rio Grande do Sul também tem se destacado, reunindo, da capital ao interior, instituições de referência internacional em qualidade na assistência. Em Porto Alegre, os hospitais representados pelo SINDIHOSPA vêm registrando conquistas importantes, como centros altamente especializados, profissionais de destaque e conexão com universidades que estão entre as melhores do mundo. 

Inovações como a inteligência artificial já fazem parte do nosso cotidiano, contribuindo na busca de melhores desfechos, otimizando a atuação dos médicos e, também, permitindo dar passos consistentes na direção de uma saúde cada vez mais preditiva e preventiva.

Se na pandemia vimos avanços extraordinários ocorrerem de forma acelerada, a tendência para os próximos anos é de transformações muito mais céleres. Atualize-se, prepare suas lideranças e estruturas para o que virá pela frente. Isso determinará o lugar onde você e seu hospital estarão quando o futuro chegar.

*Daniel Giaccheri é vice-presidente do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e fundador do São Pietro Hospitais e Clínicas

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Como se preparar para auditorias e fiscalizações com apoio da tecnologia

A preparação para auditorias clínicas envolve gestão documental, tecnologia para auditorias e controle de conformidade.

Cada vez mais comuns em hospitais, clínicas e centros de diagnóstico, a auditoria clínica e a fiscalização em clínicas garantem não apenas conformidade regulatória, mas também melhorias operacionais e eficiência administrativa.

A seguir, vamos explorar práticas e recursos que ajudam a transformar o controle de conformidade em um processo de melhoria contínua, que une monitoramento de processos, checklist de fiscalização e suporte tecnológico para decisões mais estratégicas.

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O que são auditorias clínicas

A auditoria clínica é uma ferramenta de gestão voltada para revisar práticas assistenciais e comparar resultados com padrões baseados em evidências. O objetivo é identificar falhas, corrigir processos e elevar a qualidade do atendimento ao paciente.

Existem dois tipos principais: a auditoria interna, conduzida pela própria instituição para monitorar conformidade e propor melhorias operacionais clínicas, e a auditoria externa, realizada por órgãos fiscalizadores ou empresas independentes, que validam se a instituição cumpre protocolos de auditoria e normas regulatórias. 

Ambas são fundamentais para o compliance em saúde e fortalecem a credibilidade da organização. A relevância desse processo vai além da burocracia. 

Ao revisar prontuários, protocolos e fluxos de atendimento, a auditoria apoia a gestão de saúde, assegura conformidade regulatória e contribui para a eficiência administrativa. 

Em outras palavras, conecta boas práticas médicas, segurança do paciente e sustentabilidade da operação: pilares essenciais para clínicas e hospitais interessados em crescer com segurança.

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Como se preparar para uma auditoria

A preparação para auditoria não deve ser vista apenas como uma obrigação regulatória, mas como parte da rotina de qualidade da instituição. 

Para estar pronto diante de auditorias e fiscalizações clínicas, três pilares sustentam o processo: planejamento documental, capacitação da equipe e uso de tecnologia para controle de conformidade.

Cada um desses pontos ajuda a organizar informações, padronizar práticas e antecipar falhas antes que se tornem não conformidades. 

A seguir, veja como aplicar cada pilar de forma prática no dia a dia.

Preparação documental

Uma auditoria bem-sucedida começa pela organização de prontuários, contratos e relatórios. 

Todos os registros devem estar completos, atualizados e facilmente localizáveis. Essa prática assegura rastreabilidade e reduz o risco de apontamentos negativos durante uma fiscalização em clínicas.

digitalização é o próximo passo. Criar um repositório seguro, com controle de acesso e histórico de alterações, fortalece a gestão documental clínica. Assim, além de atender às exigências de compliance em saúde, a clínica ganha agilidade para apresentar evidências sempre que solicitado.

Treinamento da equipe

A equipe é parte decisiva na preparação para auditoria.

Todos precisam compreender as respectivas responsabilidades dentro dos processos internos, desde a atualização correta do prontuário eletrônico até o cumprimento dos protocolos assistenciais. Treinamentos regulares e objetivos criam consciência de que cada registro é uma evidência de conformidade.

As simulações de auditoria ajudam a testar esse preparo na prática. Ao reproduzir situações reais, gestores identificam falhas, ajustam rotinas e deixam os profissionais mais seguros diante de auditores externos. Essa etapa fortalece a cultura de qualidade e o controle de conformidade.

Uso da tecnologia

Sistemas de prontuário eletrônico centralizam informações e reduzem falhas de documentação, tornando-se aliados estratégicos durante a avaliação de conformidade. 

Além disso, softwares de compliance e monitoramento permitem acompanhar indicadores em tempo real e consolidar relatórios de auditoria com rapidez.

Outro recurso eficiente são os alertas automáticos para pendências, que lembram sobre licenças a vencer, treinamentos obrigatórios ou registros incompletos. 

Essa automação mantém o monitoramento de processos constante e garante que a clínica esteja sempre pronta para auditorias e fiscalizações.

Benefícios do uso da tecnologia em auditorias

Redução de erros humanos: sistemas de prontuário eletrônico e softwares de compliance evitam falhas de digitação, perdas de documentos e glosas.

Agilidade no acesso e organização de dados: relatórios, contratos e registros ficam centralizados, fortalecendo a gestão documental clínica e acelerando a preparação para auditoria.

Monitoramento contínuo de processos: alertas automáticos e painéis de controle mantêm o controle de conformidade e antecipam falhas em fiscalizações clínicas.

Suporte à tomada de decisão baseada em dados: relatórios digitais e dashboards orientam gestores a ajustar protocolos, reduzir custos e aumentar a eficiência administrativa.

Checklist de preparação para auditoria clínica

Prontuários completos e padronizados: garanta registros clínicos atualizados, de preferência em prontuário eletrônico com histórico acessível.

Contratos e relatórios organizados: mantenha documentos digitalizados, com controle de acesso e trilha de auditoria.

Protocolos revisados: valide rotinas assistenciais e administrativas segundo normas do CFM e exigências da Anvisa.

Equipe capacitada: realize treinamentos periódicos e simulações de auditoria para reforçar a conscientização dos colaboradores.

Soluções de compliance: adote tecnologia para auditorias, como softwares que monitoram processos e emitem alertas automáticos.

Planos de ação claros: defina responsáveis, prazos e indicadores para correção imediata de não conformidades.

A preparação para auditoria vai além da documentação: envolve cultura de qualidade, tecnologia integrada e treinamento constante. 

Clínicas que adotam esse ciclo reduzem riscos, aumentam a confiança dos pacientes e fortalecem sua posição no mercado de saúde.

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PORTAL G1

Empresário morto em pastelaria tinha sido alvo de operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na Saúde, aponta investigação

A TV Anhanguera confirmou que, além de empresário, Fabrício Lourenço era secretário executivo de uma associação na área da saúde. A Polícia Civil investiga o caso.

O empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, morto em uma pastelaria foi alvo de uma operação que investigava um desvio de R$ 10 milhões. Segundo a TV Anhanguera, além de comerciante, Fabrício também era secretário executivo da associação União Mais Saúde. Essa associação firmou um convênio com a Prefeitura de Goiânia para prestar serviços na área da saúde.

g1 entrou em contato com a associação União Mais Saúde pedindo um posicionamento, mas não teve retorno até a última

A morte de Fabrício ocorreu na noite do último sábado (4), em Goiânia. Nas imagens de uma câmera de segurança, a vítima aparece na porta da pastelaria, enquanto leva dois sacos de lixo para fora. Logo depois, dois homens usando capacetes e armados efetuam disparos e depois fogem (assista acima).

Empresa firmou convênio

De acordo com a TV Anhanguera, em agosto do ano passado, a associação firmou um convênio com a Secretaria Municipal de Saúde para fornecer exames a pacientes transplantados que precisavam de tratamento para uma doença rara chamada doença de Crohn. O valor do contrato foi de R$ 10 milhões.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou a suspensão do convênio. Segundo a investigação, não houve processo de licitação, e a associação foi quem procurou a prefeitura oferecendo o serviço. No mesmo dia, a Prefeitura de Goiânia autorizou um pagamento de R$ 5 milhões, mesmo sem a entrega de qualquer serviço.

A Polícia Civil chamou a operação de Speed Cash, pela rapidez em que o contrato foi realizado, segundo a reportagem. Até o momento, ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, a investigação do assassinato de Fabrício está sob sigilo.

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Assessoria de Comunicação