Postado em: 09/10/2025

CLIPPING AHPACEG 09/10/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH

https://portal.cfm.org.br/noticias/cfm-destaca-importancia-de-diagnostico-clinico-e-individualizacao-de-laudo-medico-sobre-tdah

Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro 

https://www.saudebusiness.com/hospitais/conahp-2025-foca-em-inovacao-e-cuidados-do-futuro/

Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica

https://medicinasa.com.br/ing-cirurgia-robotica/

Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos

https://www.folhape.com.br/noticia/amp/443027/brasil-regulamenta-nova-lei-de-pesquisa-clinica-que-deve-acelerar/

CFM

CFM destaca importância de diagnóstico clínico e individualização de laudo médico sobre TDAH

O Conselho Federal de Medicina (CFM) participou, nesta terça-feira (7), de audiência pública conjunta das comissões de Educação e de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados que discutiu quais componentes devem ser obrigatoriamente contemplados em laudos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Representando a autarquia, o neurologista infantil Alexandre Ribeiro Fernandes, membro da câmara técnica do tema no CFM e professor associado da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi o primeiro a falar no debate. Em sua exposição, destacou que o TDAH é um transtorno cognitivo-comportamental que se manifesta por sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção, sendo um problema que passa necessariamente pela escola e impacta de forma significativa a vida das crianças e suas famílias.

Segundo o especialista, para que o diagnóstico seja feito corretamente, os sintomas precisam ter início antes dos 12 anos, estar presentes em mais de um ambiente — como escola e família — e não haver outra explicação plausível para sua ocorrência. “O diagnóstico é essencialmente clínico, não existe biomarcador que o comprove, como exame de sangue, ressonância ou neuroimagem. O que temos são evidências observacionais e relatos de comportamento”, explicou.

Fernandes enfatizou que a avaliação neuropsicológica é um instrumento complementar importante, pois fornece informações sobre o funcionamento cognitivo e comportamental da criança, mas não substitui o diagnóstico clínico, que deve ser realizado por médico devidamente habilitado.

Ele alertou para o aumento expressivo de diagnósticos. “Nos Estados Unidos, uma em cada nove crianças já foi diagnosticada com TDAH, o que corresponde a aproximadamente 10% das crianças em tratamento. Em uma sala de aula com 30 alunos, por exemplo, de um a três podem ter TDAH”, observou.

O médico salientou que, além da identificação do transtorno, é fundamental avaliar a presença de comorbidades, como transtornos de aprendizado, depressão, ansiedade, altas habilidades ou autismo. “Nem sempre a desatenção está ligada a uma doença. Pode estar relacionada a um ambiente familiar desagregado ou a um modelo pedagógico que não dialoga com o perfil da criança”, pontuou.

Fernandes reforçou que o tratamento deve ser multidisciplinar, com intervenções escolares e familiares que auxiliem o desenvolvimento da criança. “Cada caso é um caso. Mas só o remédio não é suficiente. Há situações também que não é preciso o uso de medicamento. O que é fundamental é criar estratégias que ajudam a criança a lidar com os estímulos e a manter o foco”, disse.

Laudos médicos – O representante do CFM lembrou que se trata de documento técnico e formal, de responsabilidade exclusiva do médico, regido pelo Código de Ética Médica e pela Resolução CFM nº 2.381/2024, devendo conter identificação do profissional, data, descrição técnica e conclusão. Ele destacou que os dados de saúde são protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) e que o laudo integra o prontuário médico, com guarda mínima conforme determina a autarquia.

“O laudo médico deve ser objetivo, técnico e livre de juízo de valor. As informações precisam ser as mais científicas possíveis, com base em evidências e observações clínicas. Cada paciente é único, e não há como padronizar os conteúdos obrigatórios de um laudo”, pontuou Fernandes.

“Cada laudo médico (ou relatório médico especializado) deve respeitar sempre a individualidade e as necessidades únicas de cada pessoa com TDAH e preservar a liberdade do médico assistente em prescrever tratamentos com o devido embasamento técnico e/ou científico. O único item, necessariamente a ser contemplado, é a qualificação do médico emitente: exigir sempre o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) diante de condições que requeiram um olhar especializado”, finalizou.

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SAUDE BUSINESS

Conahp 2025 foca em inovação e cuidados do futuro 

O congresso apresentará espaço imersivo sobre novas tecnologias, modelos integrados e experiências centradas no paciente.

Nos dias 15 e 16 de outubro, ocorrerá o o Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), no Transamerica Expo Center, em São Paulo. O destaque da edição será o “Circuito de Saúde do Futuro”, um espaço que oferece uma experiência imersiva para explorar as transformações no cuidado em saúde, guiada pela personagem Ana.  

A iniciativa pretende mostrar, de forma prática, como novas tecnologias, modelos integrados e cuidados centrados no paciente podem impactar o sistema de saúde. 

Conteúdo científico e temas estratégicos 

A curadoria científica do congresso é liderada por Vanessa Teich, diretora de Transformação da Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein, e Gabriel Dalla Costa, diretor médico e executivo do Hcor.  

Entre os temas abordados estão: equilíbrio entre inovação, acesso e resultados; construção de um sistema de saúde acessível, conectado e integrado; regulação e políticas públicas; parcerias público-privadas; inteligência artificial em diagnósticos, tratamentos e fármacos; multimorbidade e modelos integrados; impactos de eventos climáticos extremos na saúde; e o papel de ensino, pesquisa e inovação na transformação das instituições. 

Palcos temáticos e convidados internacionais 

O evento contará com seis palcos temáticos — Central, Inovação, Eficiência, Pessoas, Assistência e Saúde do Futuro. Entre os nomes internacionais confirmados estão Maneesh Goyal, da Mayo Clinic; Arnon Afek, do Ministério da Saúde de Israel; Noelia Mateo, do Hospital Clínic de Barcelona; e Gordon Guyatt, professor da Universidade McMaster. Entre os brasileiros, estarão Drauzio Varella, Carla Tieppo e líderes das principais instituições de saúde do país. 

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MEDICINA S/A

Instituto de Neurologia de Goiânia inaugura unidade de cirurgia robótica

O Instituto de Neurologia de Goiânia (ING) dará um passo histórico em sua trajetória ao inaugurar sua nova unidade de robótica. A chegada da tecnologia robótica coloca o hospital entre os centros de referência no país capazes de oferecer procedimentos de alta complexidade com ainda mais precisão, segurança e eficiência.

A cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões por onde são introduzidas uma câmera e pinças delicadas acopladas a braços robóticos. Esses instrumentos são controlados integralmente pelo cirurgião a partir de um console, garantindo maior precisão nos movimentos e reduzindo a agressão ao organismo.

“Essa tecnologia nos permite realizar cirurgias complexas de forma mais delicada e segura, proporcionando ao paciente menos dor no pós-operatório, menor risco de complicações, cicatrizes mínimas e uma recuperação significativamente mais rápida”, explica o urologista e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ING, Vagner Gil.

Na urologia, especialidade que mais utiliza a robótica em todo o mundo, os procedimentos mais frequentes são voltados ao tratamento de tumores de próstata, rins e bexiga. Mas a tecnologia já é aplicada também em outras áreas, como cirurgia digestiva, ginecologia, torácica, cardíaca e até de cabeça e pescoço. No caso da prostatectomia radical, a cirurgia robótica tem como diferencial maior preservação da continência urinária e da função sexual do paciente, além de menor tempo de internação — muitas vezes entre 24 e 48 horas após a intervenção.

Para o diretor-geral do ING, Jayme Ferraz, a conquista representa um marco para a instituição e para a medicina em Goiás. “É um momento marcante de grande satisfação inaugurarmos nossa nova unidade de robótica. Essa é uma conquista importante para nossa instituição e marca o início de uma nova era em nossa jornada para oferecer os melhores cuidados e tratamentos aos nossos pacientes”, afirma.

Entre os benefícios mais reconhecidos da cirurgia robótica em relação à técnica tradicional estão a menor necessidade de analgésicos, menor sangramento, menor incidência de hérnias incisionais e o rápido retorno às atividades habituais. Outra vantagem é a ergonomia proporcionada ao cirurgião, que opera sentado em um console com visão tridimensional ampliada, o que garante mais conforto ao médico e segurança ao paciente.

O coordenador do Programa de Cirurgia Robótica, pondera que, apesar dos avanços, o acesso à cirurgia robótica ainda é um desafio no Brasil. Porém, um importante passo foi dado com a publicação da Portaria SECTICS/MS nº 72, de 30 de setembro de 2025, que incorpora a prostatectomia radical robótica ao rol de procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que a medida amplie o acesso não apenas na rede pública, mas também na saúde suplementar, por meio dos planos de saúde.

Vagner Gil ressalta que a tecnologia não substitui o trabalho humano. “Muitas pessoas têm a dúvida se o robô opera sozinho. A resposta é não! Todos os movimentos são 100% controlados pelo cirurgião. O robô é uma ferramenta que amplia nossa precisão, mas quem conduz todo o processo é sempre o médico”, conclui.

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FOLHA PE

Brasil regulamenta nova Lei de Pesquisa Clínica, que deve acelerar acesso a novos medicamentos

Aplicação de regra pode atrair investimento direto de R$2,1 bilhões e fazer Brasil saltar de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º

O Governo Federal regulamentou, nesta terça-feira (7), a Lei da Pesquisa Clínica, um marco para o desenvolvimento científico e para a saúde no Brasil.

A expectativa é que a nova regulamentação, que já havia sido sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, traga mais segurança jurídica, investimentos em inovação e impulsione o desenvolvimento científico e industrial do país. O Brasil está entre os 20 países no ranking global de estudos clínicos, mas participa de menos de 2% da pesquisa clínica mundial, com a legislação, esse cenário deve mudar.

A aprovação da lei que muda os critérios de pesquisa clínica no Brasil entrou em vigor agosto do ano passado, após anos de paralisações e vetos.

A legislação, entre outras coisas, acelera prazos, reduz o período que desenvolvedores são obrigados a fornecer o medicamento ao voluntário após o fim do estudo, e também muda os critérios da aprovação ética de cada análise.

As mudanças, contudo, só poderiam entrar oficialmente em vigor quando o Ministério da Saúde regulamentasse como devem ocorrer essas alterações, por meio de portarias, que expliquem prazos e métodos para que o plano saia do papel.

Avanços
Um levantamento realizado pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) em parceria com a consultoria IQVIA apontou que a aplicação da nova lei que determina como deve ser feita a pesquisa clínica — como se chamam os estudos de novos medicamentos — pode incluir 286 mil novos pacientes brasileiros em análises do tipo.

O mesmo levantamento diz que a nova regulamentação pode levar ao investimento de R$ 2,1 bilhão de reais do setor no Brasil, por ano, causando impacto econômico de R$6,3 bilhões anuais.

A pesquisa, obtida com exclusividade pelo Globo e divulgada no começo de setembro, também aponta que 56 mil profissionais científicos podem ser envolvidos nessas novas análises, uma vez que elas sejam atraídas para o país.

A avaliação da entidade é que se o Brasil implementar as mudanças previstas na nova regulamentação, passará de 20º no ranking de pesquisa clinica global para 10º. O prazo para essas mudanças ocorrerem, porém, ainda é difícil de medir, aponta o setor.

— Se o país tiver esse marco regulatório implementado, haveria uma subida na capacidade de fazer estudos clínicos. Isso porque o Brasil tem outras características naturais (positivas). Há uma grande população urbana, miscigenada, há excelente base científica, centros de pesquisas, uma população gigantesca, de 200 milhões de pessoas — afirma Renato Porto, presidente-executivo da organização. — Comparando as características de países que estão em determinadas posições (no ranking de realização de estudos clínicos) e as nossas características, seria possível dizer que o Brasil facilmente passaria a ocupar, por exemplo, a décima posição.

Outro trunfo do país, diz o material, seriam custos menos elevados para realizar uma análise do tipo. A pesquisa toma como exemplo uma média de custo para pesquisas oncológicas — o tipo mais predominante em todo o mundo — para avaliar as métricas de custos globais.

Realizar uma análise do Brasil consumiria apenas 44% do orçamento necessário para fazer uma pesquisa do mesmo tipo nos Estados Unidos. O país, demonstra a pesquisa, seria menos custoso do que Argentina, Alemanha, Bélgica, Reino Unido e Polônia.

Dobrar número de estudos
"Muitas vezes, uma universidade ou um instituto quer fazer um projeto de avaliação de medicamento e, hoje, no Brasil, isso demora em média até seis meses, em alguns casos, até um ano, para aprovação pelas várias etapas do sistema atual. Esse sistema foi criado nos anos 90 e deu conta da necessidade de se ter um sistema de ética em pesquisa no país. Mas, com esse novo instrumento aprovado pelo Congresso Nacional e regulamentado pelo presidente, estamos modernizando esse sistema para encurtar os prazos de aprovação”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Em 2024, o Brasil registrou 254 estudos clínicos. A expectativa é dobrar esse número e reverter a tendência de queda a partir de 2022, quando os marcos regulatórios de outros países se tornaram mais competitivos.

Após a pandemia de Covid-19, países como China, Reino Unido, membros da União Europeia, Índia, Canadá e Estados Unidos reavaliaram seus marcos regulatórios de pesquisas clínicas, buscando aumentar a competitividade, estimular a inovação e facilitar o acesso a novas tecnologias.

“Vários estudos avaliam o potencial de crescimento de investimentos, que deve mais do que triplicar no Brasil, de indústrias, universidades e cooperação internacional para esses estudos de pesquisa no país. Isso é decisivo para atrair também a produção de medicamentos e de diagnósticos. Portanto, é um marco regulatório que vai permitir que o Brasil tenha mais pesquisa na área da saúde e, ao mesmo tempo, atraia investimentos, produtos e gere emprego e renda aqui no Brasil”, destacou o ministro.

Mudanças
O novo modelo reduz de 180 dias para 30 dias o processo de avaliação dos projetos pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs). A avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será de até 90 dias úteis. Já as pesquisas estratégicas para o SUS e os casos de situações emergências em saúde, serão avaliadas em até 15 dias úteis.

A nova lei determina que, em casos de doenças graves e sem alternativas de tratamento, os pacientes que apresentarem benefícios comprovados tenham garantida a continuidade do tratamento por até cinco anos após o término da pesquisa.

Novo sistema de governança ética, com a criação do Sistema Nacional de Ética em Pesquisa (SINEP)

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Assessoria de Comunicação